Deficiência Física - Fundamentos e Metodologias
Deficiência Física - Fundamentos e Metodologias
Deficiência Física - Fundamentos e Metodologias
Fundamentos e
Metodologias
Prof.a Marisa Fátima Padilha Giroletti
2019
2ª Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.a Marisa Fátima Padilha Giroletti
G526d
ISBN 978-85-515-0268-6
CDD 371.91
Impresso por:
Apresentação
Prezado Acadêmico!
III
Trouxemos neste livro, na primeira unidade, alguns depoimentos/
relatos de pessoas com deficiência física, sendo a grande maioria que se
tornou uma pessoa com deficiência, é importante você ler todas as histórias
de vida e imaginar se colocar no lugar destas pessoas, para assim se
sensibilizar e ter mais cuidados com algumas patologias e ou acidentes.
IV
O interesse e o aprofundamento dos estudos na área da deficiência
física irão depender de cada um, se você, acadêmico, estudar e aproveitar
este livro de estudos e seguir as dicas de filmes e documentários, tudo vai
contribuir para que você se aproprie dos conceitos da deficiência física.
Não esqueça:
Este livro, o qual foi escrito por uma professora com mais de 25 anos
de trabalho na área da Educação Especial, onde sempre esteve envolvida
nas causas pelas deficiências, acessibilidade e inclusão na sociedade.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
V
UNI
VI
VII
VIII
Sumário
UNIDADE 1 – DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS
CONSEQUÊNCIAS...................................................................................................... 1
IX
2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA VOLTADA À DEFICIÊNCIA
FÍSICA ..................................................................................................................................................... 74
3 LEIS VOLTADAS À ACESSIBILIDADE.......................................................................................... 76
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 95
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 96
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• vivenciar fatos e histórias da deficiência física através das dicas dos filmes
e documentários.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, estamos iniciando os estudos dentro da área da
deficiência Física, onde apresentamos desde a parte clínica como a social, afetiva,
de acessibilidade, as leis que amparam tanto as edificações quanto o específico na
educacional e tecnológica, que só vêm contribuir com as pessoas com deficiência
física.
Compreender os conceitos aqui colocados vem ao encontro da proposta
dos estudos deste livro, visto que, no ensino a distância, é necessário um esforço
maior e autônomo de cada acadêmico para o processo de aprendizagem.
Bons estudos.
3
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
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TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-6-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-7-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
5
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-8-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-9-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
6
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-11-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
FIGURA 6 – OSTOMIA
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-12-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
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TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
FIGURA 7 – POLIOMELITE
9
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Observe a figura:
FIGURA 8 – HIDROCEFALIA
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TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
FIGURA 10 – OSTEOPOROSE
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
DICAS
A dica desta unidade é você, acadêmico, assistir com sua turma e ou sua família
ao filme De Porta em Porta, simplesmente inesquecível, com uma grande lição de vida
de superação e de apoio de uma mãe que não desiste, a qual, usa a seguinte frase para
estimular o filho com paralisia cerebral: “Paciência e Persistência”. O tempo todo ela diz esta
frase: “Paciência e Persistência”. O filme é incrível, por favor, assista, só contribuirá com sua
formação e com seus estudos na área da deficiência física.
FONTE: <http://www.planejamentodevendas.com.br/tecnicas-de-vendas/porta-em-porta/>.
Acesso em: 28 jan. 2019.
SINOPSE E DETALHES
O filme De Porta em Porta (Door to Door, lançado em 2002) conta a história real de Bill
Porter (interpretado por William H. Maci), um portador de paralisia cerebral nascido em 1932
(ainda vivo) que deseja tornar-se um vendedor de porta em porta.
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TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
Portland, Oregon, 1955. Apesar de ter nascido com uma paralisia cerebral, que cria limitações
na sua fala e movimentos, Bill Porter (William H. Macy) tem todo o apoio da sua mãe para
obter um emprego como vendedor na Watkins Company. Bill consegue o emprego, apesar
de certa relutância devido as suas limitações, pois teria que ir de porta em porta oferecendo
os produtos da companhia. Bill só conseguiu o emprego quando disse para lhe darem a pior
rota. Primeiramente Bill é rejeitado pelas pessoas "normais", mas ao fazer sua primeira venda
para uma alcóolatra reclusa, Gladys Sullivan (Kathy Baker), ele literalmente não parou mais.
Por mais de 40 anos Bill caminhou 16 quilômetros por dia e, para ajudá-lo nesta trajetória,
além da sua mãe e Gladys, surgiu Shelly Soomky Brady (Kyra Sedgwick).
Observação: Este filme é usado muitas vezes por empresas em palestras de motivações de
vendas para público de pessoas sem deficiências.
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RESUMO DO TÓPICO 1
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AUTOATIVIDADE
I - Paraplegia
II - Monoplegia
III - Tetraplegia
IV- Triplegia
V - Hemiplegia
Relacione as opções:
( ) Perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
( ) Perda total de um só membro (inferior ou posterior).
( ) Perda total das funções dos membros inferiores.
( ) Perda total das funções motoras em três membros.
( ) Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou
esquerdo).
I – Paraparesia
II – Monoparesia
III – Tetraparesia
IV – Triparesia
V – Hemiparesia
Relacione as opções:
15
( ) Perda parcial das funções dos membros inferiores.
( ) Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Dando continuidade, neste tópico, vamos estudar as causas da deficiência
física, sendo elas pré-natais, perinatais e pós-natais. É necessária a compreensão
das causas para também saber como proceder no atendimento e encaminhamento
para estimulação, para a escolarização e para, posteriormente, o mercado de
trabalho.
• Pré-natais: tudo que possa ocorrer durante a gestação. Sendo por malfomações
congênitas (podem também estar relacionadas a drogas), infecções,
medicamentos, hipertensão, genéticos e em muitos casos por tentativas de
abortos, entre outros.
• Perinatais: tudo que possa ocorrer durante o nascimento. Sendo a
prematuridade, o sofrimento fetal, a falta de oxigênio levando a paralisia
cerebral, o parto por fórceps, o cordão umbilical, que pode enrolar no pescoço
e outras causas.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
• Pós-natais: tudo que possa ocorrer após o nascimento. Estas causas vão desde
uma infecção hospitalar, meningite, problemas com o sangue da mãe e bebê,
traumatismos cranianos, lesões medulares (que podem estar ligas a acidentes
de trânsito, de armas e até mesmo de mergulhos), brigas, aneurismas, AVC
(ligado às “plegias”) e outras patologias. Além das Artropatias: suas causas
podem ser hemofilia, distúrbios metabólicos, processos degenerativos ou
inflamatórios.
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TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
Além das síndromes citadas, existem muitas outras, porém, não podemos
deixar de citar as distrofias musculares, que incluem também algumas síndromes,
como é a de Duchenne.
Além das escleroses que são doenças autoimunes, como ELA – Esclerose
Lateral Amiotrófica e EM – Esclerose múltipla. Nas doenças autoimunes, o
sistema imunológico não consegue distinguir os antígenos dos tecidos saudáveis
do corpo e acaba atacando e destruindo as células normais do organismo.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
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TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
DICAS
Uma dica muito boa também é você, acadêmico, assistir ao filme 300, pelo
menos a parte inicial, se não puder assistir tudo, e assim comprovará que haviam as mortes
de crianças com deficiência física no nascimento. Além de você poder ver neste filme
a participação de um brasileiro, Rodrigo Santoro. Filme de muita ação, sangue e mortes,
mas que mostra a realidade das pessoas com deficiências no povo de Esparta. Para mais
informações, acesse <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-57529/>
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
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TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
FONTE: <http://www.herbritts.com/archive/photo/christopher-reeve-side-view-
hollywood-1996/>. Acesso em: 18 nov. 2018.
• Roberto Carlos: o rei se tornou uma pessoa com deficiência física ainda criança,
num acidente na linha ferroviária, quando estava em uma festa de padroeiro
e teve uma parte da perna amputada quando tinha seis anos de idade em sua
cidade natal, Cachoeiro do Itapemirim, no estado do Espírito Santo. O acidente
fez com que a perna direita perdesse a sensibilidade, pois fora esmagada
arrancando todos os nervos, por isso não chorava muito. Graças a um médico
bem instruído para a época (foi no dia de São Pedro, 29 de junho de 1947), o
qual não cortou a perna toda, somente entre o terço médio e o superior da
canela foi amputado e um pouco abaixo colocaram uma roda de metal, o que
impediu Roberto de perder os movimentos do joelho direito. Sempre andou
de muletas até os 15 anos de idade, quando começou a usar prótese e a usa até
hoje.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
FONTE: <http://wwwblogtche-auri.blogspot.com/2015/12/saiba-como-roberto-carlos-perdeu-
uma.html>. Acesso em: 30 jan. 2019.
DICAS
Outros quadros estão disponíveis para quem desejar conhecer melhor as obras
de Frida, são muito interessantes, confira no site:
<https://brasilescola.uol.com.br/biografia/frida-kahlo.htm>. Acesso em: 28 jan. 2019.
FONTE: <https://turismoadaptado.wordpress.com/2014/01/07/manual-on-accessible-tourism-
for-all-good-practices/>. Acesso em: 30 jan. 2019.
26
TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
FONTE: <http://sertanejobao.blogspot.com/2016/09/barrerito-e-o-acidente-aereo-que-mudou.
html>. Acesso em: 21 nov. 2018.
27
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Área da
cabeça
Sulco lateral Área
auditiva Área
visual
FONTE: <www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebro/>. Acesso em: 31 jan. 2019.
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TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
Quando movemos alguma parte de nosso corpo estamos fazendo por que
nosso cérebro, mais precisamente o córtex pré-motor, as lesões como um AVC e
também um acidente onde houve fraturas, se realizado um exame de imagens do
cérebro poderá constatar a veracidade e o grau de comprometimento ocorrido.
• As causas das deficiências sendo as que estão incluídas nas pré-natais, perinatais
e pós-natais.
ᵒ Pré-natais: durante a gestação (malformações congênitas, drogas, infecções,
medicamentos, hipertensão e genéticas).
ᵒ Perinatais: durante o nascimento (prematuridade, o sofrimento fetal, a
falta de oxigênio levando à paralisia cerebral, o parto por fórceps, o cordão
umbilical).
ᵒ Pós-natais: após o nascimento (infecção hospitalar, meningite, traumatismo
craniano, lesão medular, entre outros).
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AUTOATIVIDADE
A Pré-natais
B Perinatais
C Pós-natais
2 Estudando as causas das deficências físicas, existe uma que é a grande vilã
nos dias de hoje. Assinale a maior causa das deficiências físicas pós-natais,
conforme descrição. Escolha uma resposta como opção correta.
31
a) ( ) Consegue fazer o processamento das informações.
b) ( ) Não é responsável pelo comportamento motor, atividade mental, fala,
sono, procura por alimento, regulação do equilíbrio interno do corpo.
c) ( ) Controla nossos movimentos e obedece aos estímulos recebidos.
d) ( ) Essa resposta será expressa pelo comportamento motor, atividade
mental, fala, sono, busca por alimento, regulação do equilíbrio interno
do corpo, entre outros.
Analise a letra da música e faça uma discussão em sala com seus colegas
acadêmicos. Peça a seu tutor e/ou você mesmo baixe em seu celular e escute
a música, procure perceber o tom de voz, o sentimento que o cantor passa.
Registre aqui sua análise.
Viver
Era o que eu mais sabia
Eu brincava, eu corria
Pelos palcos da vida
Andei
Pra cumprir meu destino
E voltei ser menino
Não encontro saída
Meus passos
Onde estão os meus passos
Que esqueceram meu corpo
Que é levado nos braços
32
Meu Deus
Um pedido eu queria fazer
Se um dia o Senhor me atender
Devolva meus passos
33
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS
FÍSICAS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, estamos prosseguindo com a Unidade 1, neste tópico
estudaremos as consequências das deficiências físicas, as quais são muitas. Além
da limitação do andar, das plegias e ou paresias, como já foi explicado nos outros
tópicos, temos as consequências muito relevantes que são implicações sociais,
pessoais, afetivas, profissionais e outras que relataremos.
Bons estudos!
Geralmente quando se olha para uma pessoa com deficiência, não tem
como negar que às vezes a imagem (deficiência física) que se tem é de sofrimento,
de limites e de impossibilidades. Uma história construída desde os primeiros
anos da humanidade, desde os tempos primitivos, na qual uma pessoa com uma
limitação física era abandonada a sua própria sorte.
35
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
desde muito pequenos para se tornarem bons soldados. Há registros também que
muitas meninas eram jogadas ao penhasco, queriam meninos fortes para treinar
para torná-los guerreiros.
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TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
Podemos dizer então que este sujeito está com uma limitação e voltará para
suas condições anteriores. Temos ainda algumas condições da deficiência física,
por exemplo a recuperável, a qual permite uma melhora com um tratamento
correto, mas talvez não volte ao estado normal de anteriormente, em alguns casos
do AVC, por exemplo.
DICAS
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TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
Viveu muitos anos (15) usando uma bengala de apoio e não podia
mais andar grandes distâncias. Até que um dia a prótese precisou ser trocada,
novamente por uma mais moderna, pois aquela havia desencaixado da cabeça
do fêmur, grandes parafusos já não eram suficientes para cegar. Desta vez um
médico muito respeitado e grande conhecedor de pacientes com a osteoporose
trocou a prótese por uma cimentada, a qual deu mais alguns anos de vida de
forma paliativa, agora retornou andando de andador.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Assim foi até a 4ª série, os anos passando e ele ficando grande, pesado
para colo e com dificuldades para andar. Seu pai, tinha então um fusca e começou
a trazê-lo para a escola de carro. Continuou estudando e fez ensino médio
profissional na área de administração e contabilidade. Não tinha dificuldades de
aprendizagem e nem para a escrita.
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TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
Mateus constituiu família, casou e teve duas filhas, tem sua casa, vida
independente e autônoma, dirige carro adaptado, tem motociclo adaptado que
pode entrar com a cadeira de rodas e sair dela, circula pela cidade de cadeira
motorizada. Finalizando este relato, apesar de se ter muito a falar desta pessoa
muito importante e ao mesmo tempo polêmica da cidade e do movimento das
pessoas com deficiências físicas, por as vezes não ser compreendido, ser exigente
com ele mesmo e com os demais, visando a independência e autonomia na vida.
3º depoimento/relato
Sou jovem, tenho apenas 24 anos, sou casada e não tenho filhos ainda.
Atuo na área da Educação. Quando criança demorei muito a andar, comecei
pelos dois anos e com dificuldades, caia muito e chorava demais. Com estes
sinais que algo não estava normal, minha família me levou ao pediatra e este
solicitou um raio -X, no qual apareceu uma síndrome chamada de doença de
Legg-Calvé-Perthes, consiste na destruição da placa de crescimento do fêmur.
É uma patologia que em outras palavras falta sangue na parte superior da placa
que forma o fêmur. Geralmente a incidência é em meninos e a partir dos 5 anos
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
aos 10 anos de idade, em mim, foi algo diferente, com nem dois anos de idade e
por ser menina. Segundo meus pais, os médicos sempre disseram que era algo
raro e positivo, por aparecer tão cedo, sendo uma doença hereditária de um dos
pais.
A foto a seguir faz parte do arquivo pessoal da depoente, foi cedida para
nós para compor e completar o depoimento neste livro de estudos.
42
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
43
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Perdeu a mãe enquanto ainda era pequeno, foi criado pelo pai e por tias
que sempre deram o apoio. Estudou em escolas públicas onde concluiu até o
ensino médio e não continuou para uma universidade e ou um curso técnico
superior. Fez várias tentativas de trabalho em casa de vendedor de roupas, de
culinária e pela internet de outros produtos, porém não houve muito êxito.
Atualmente, cuida da casa, faz comida e ajuda na instituição de deficiência física
como voluntário.
“Minha deficiência física não foi uma escolha, mais se tornar nadador sim,
pelo esforço e pela dedicação de professores de Ed. Física e de treinadores.
A vida segue e Rui muito triste, revoltado, volta a usar drogas e bebidas
por algum tempo, fica doente e só então aceita ajudas e começa o processo
de reabilitação. Volta a estudar no ensino de adulto e consegue em dois anos
concluir o ensino fundamental, em seguida continua estudado e faz o ensino
médio frequentado.
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TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
A vida reservou muitas surpresas, uma delas foi a perda precoce de sua
mãe, como relata com o ditado popular “Quando se perde um pai a casa balança,
quando se perde a mãe a casa caí”. Como seu pai trabalhava fora, ele teve que
se virar sozinho para cozinhar, organizar a casa e cuidar do seu irmão caçula. A
deficiência física nunca o impediu de organizar e encontrar forças dentro de si
para fazer o seu melhor.
Logo que iniciou a vida adulta, ele ressalta que a tarefa mais difícil para
ele, foi encontrar um trabalho. Mesmo diante da lei Nº 8.213, de 24 de Julho de
1991 Art. 93 que determina que:
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Ele guarda um grande sentimento por seu ex-chefe, se emocionada a falar dele
destacando que o considera como seu pai, ele trabalhou nessa empresa por 10
anos, onde pode mostrar que uma pessoa com deficiência é capaz e a deficiência
não o impede de ter uma vida normal.
Ele faz parte da Associação de sua cidade, onde tem outras pessoas com
deficiência física. Lá eles se motivam, dividem experiências e recebem atendimento
necessário. Duas vezes por semana, Mateus necessita de sessões de fisioterapia,
uma dessas sessões a associação cede gratuitamente.
Sua família é a base para sua vida, pois, a família sempre o estimula e
acredita no seu potencial. O que lhe dá forças para continuar sempre, e ir se
desenvolvendo e conquistando novos objetivos de vida.
Duara tem 26 anos, nasceu dia 24 de abril de 1992, ela é Deficiente Física e
tem Paralisia Cerebral Congênita.
A mesma relata que no dia de seu nascimento quando sua mãe chegou
ao hospital não tinha médico disponível no local para fazer o atendimento
necessário. Sua única ajuda foi uma enfermeira, sendo assim, houve atraso no
seu nascimento o que ocasionou a paralisia cerebral que afetou sua coordenação
motora e um pouco da sua fala. Nós dia atuais a mesma tem menos dificuldade na
fala por ter passado por um procedimento cirúrgico que a ajudou. Na época, sua
mãe era muito jovem e não tinha conhecimento sobre o que era sua deficiência,
porém, ela foi batalhadora e foi de atrás buscar informações e conhecimentos.
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TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
Quem a levava na escola era seu avô, mesmo com problema no coração. O
caminho até a instituição tinha muitos aclives, porém ele nunca desistiu de levar
a sua neta até lá. Com emoção ela lembra que nas subidas ele parava descansar
um pouco, para depois continuar o caminho. Os desafios maiores eram os dias de
chuvas, quando a chuva começava antes de saírem para ir à escola ela infelizmente
tinha que faltar. Quando já estava lá, voltavam para casa na chuva, se molhando.
Ela destaca que foi difícil seu ensino fundamental pelo fato que sofria
bastante bullying. Relembra emocionada de vários acontecimentos. Mas o que
mais lhe marcou, foi quando por duas semanas seguidas, no recreio onde as
salas faziam filas uma do lado das outras, dois meninos no 4º ano chamavam ela
de “alejada e Débil mental” e ainda usavam palavras ofensivas para se referir a
sua mãe. O que a magoava muito, até que um dia a mesma relatou a sua mãe o
que acontecia. Na mesma semana, ela se deslocou a escola e tomou as devidas
precauções.
Até seu 5º ano, ela não tinha segundo professores. Tinha que contar com
a ajuda de colegas, muitas vezes emprestar os cadernos dos amigos para sua mãe
em casa ajudar no registro dos conteúdos. No 6º ano em diante Duara conseguiu
ter uma segunda professora, essa professora ficou mais o menos uns 3 anos como
professora dela. A ajudou juntamente com sua mãe a conseguirem transporte
escolar para o seu deslocamento até a escola.
Outro fato marcante na vida dessa batalhadora, foi que no início de sua
adolescência ela tinha uma amiga inseparável. Sua amiga, chamada Raquel
também era cadeirante e tinha Hidrocefalia. Todo dia se viam na APAE e mesmo
depois que cada uma voltava para sua casa no tempo livre se ligavam e trocavam
mensagens. Mas como na vida nada é constante, ela nos surpreende, as vezes com
altos, as vezes com baixos um dia sua amiga ficou doente e foi para o hospital, o
dreno havia infeccionado, teve que ficar dias internada. A infecção se generalizou
e sua amiga de infância, infelizmente, não resistiu. Depois desse momento ela
sentiu dificuldades para fazer novas amizades. Desde nova também teve que
aprender a lidar com as perdas e que infelizmente as pessoas que amamos,
também por impasses da vida, acabam falecendo.
47
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Ela terminou seu ensino médio em 2011 e iniciou seus estudos do ensino
superior na faculdade, cursando História. Porém, percebeu que não era isso que
queria para sua vida. Mas nunca parou de pensar em retomar seus estudos. Com
esse pensamento em 2015 retomou seus estudos no curso de magistério. Sua mãe
no início tinha receio pelo fato de não se sentir segura em relação aos estágios e
como iriam ocorrer esse processo. Depois de muito dialogo percebeu que tudo
daria certo e foi o que aconteceu, no ano de 2016 se formou no Nível Magistério,
e foi forte, enfrentou bullying, fofocas de colegas que não acreditavam em sua
capacidade por causa da deficiência. Mas sempre mostrando que a Duara era
capaz, e sua deficiência era um detalhe, para quem quer conquistar seus objetivos
na vida.
Como para todos a história de amor acontece, para ela não foi diferente.
Um dia cansada de decepções amorosas e pessoas vivendo mentiras em redes
sociais, ela tomado a decisão de excluir seu facebook. Porém, recebeu uma
solicitação de amizade, na hora que foi excluir a solicitação acidentalmente clicou
na opção “Aceitar”, logo seu novo amigo a chamou para conversar e logo o amor
nasceu. Depois de muitos erros e decepções o amor chegou em sua vida. Ele
não era um príncipe do cavalo branco, como contam os contos de fada, mas era
alguém, que decidiu enxergar a Duara e não a sua deficiência.
Mas esse casal também, sofreu bastante preconceito das pessoas que
vivem e se relacionam no dia a dia. Um dos fatos mais marcantes foi quando
aconteceu um contratempo e por esse motivo tiveram que se mudar para uma
cidade, onde ouve vários julgamentos das pessoas. Em uma dessas ocasiões,
naquela cidade as pessoas acreditavam que todas as pessoas com deficiência
deveriam frequentar a APAE, e a Duara, teve que passar por um médico para
comprovar que não necessita mais frequentar a APAE, mais uma vez as pessoas
agiram com preconceito não vendo a pessoa que ela é sua capacidade.
Hoje em dia eles são casados e fazem a graduação na área de Serviço Social.
Duara e seu esposo moram sozinhos. Ela é coordenadora de uma Associação de
sua cidade, que trabalha com várias pessoas com deficiência física. Uma vez por
semana ela faz fisioterapia e hidroginástica, e duas vezes por semana ainda faz
academia para ter uma vida mais saudável.
Ela busca viver uma vida normal e quebrando o preconceito das pessoas,
ela destaca que ela não quer que as pessoas tenham dó dela, mas sim respeito,
não apenas por ser uma pessoa com deficiência, mas sim pela pessoa que ela é.
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TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
DICAS
Paulo morava próximo a sua escola e sempre ia de cadeiras de rodas sozinho, mas
na rua não tinha praticamente nada de acessibilidade e Paulo sofria para andar nas ruas
esburacadas, alguns ajudavam e outros não, zombavam e dificultavam sua passagem.
Paulo tinha alguns bons amigos na escola com os quais sempre saia para fazerem
programas juntos, tais como ir ao cinema, reunirem-se para estudar, conversar e ouvir
músicas.
Um dia aconteceu um incidente em sala de aula com outro amigo, no qual a cadeira
em que ele estava sentado quebrou e todos riram da situação, pois ele caiu no chão, o que
causou espanto e reação do professor que xingou a todos escrevendo no quadro a palavra
“cidadania” perguntando se sabiam o que era a palavra, questionava os alunos e foi dizendo
o que era e os direitos de cada cidadão.
Paulo e seus amigos junto com o professor movimentaram a cidade toda, com
documentos e pedidos de rampas nos espaços públicos, ônibus adaptados, espaços
reservados a cadeirantes em cinemas, supermercados e outros lugares.
CAPA DO LIVRO
FONTE: <https://www.ciadoslivros.com.br/livros-ferias/garoto-estranho-colecao-universo-
jovem-741327-p619076>. Acesso em: 2 nov. 2018.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
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TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Experiência Sensorial
&
&
Emissão de Comportamento
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
E continua o documento...
52
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
Plasticidade Neural
Uma das importantes características do Sistema Nervoso é denominada
“Plasticidade Neural”. Mas o que é a plasticidade? É a habilidade de tomar a
forma e funcionamento a partir da demanda ou exigência do meio.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
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RESUMO DO TÓPICO 3
55
AUTOATIVIDADE
1 A deficiência física muitas vezes causa impacto visual aos olhos de quem
vê, pelos recursos como a cadeira de rodas, uma muleta, um andar com
pouco equilíbrio, entre outros. No entanto, existem alguns conceitos que
dizem respeito à acessibilidade e aos preconceitos produzidos na sociedade.
Partindo deste pressuposto, numere as afirmações a seguir.
1 – Superação
2 – Limitação
3 – Preconceitos
3 Nem toda a deficiência física pode ser definitiva. Assinale F para as sentenças
falsas e V para as sentenças verdadeiras.
57
58
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
59
60
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 2, neste tópico 1, vamos estudar como podemos fazer a
prevenção da deficiência física sendo antes do nascimento, no momento do
nascimento e após. Discutiremos o que já foi colocado na Unidade 1 sobre as
causas que podem levar a deficiências físicas, mas com foco na prevenção, nas
legislações e na reabilitação.
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
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TÓPICO 1 | PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Mas outro fator que está chamando muita atenção dos brasileiros é o uso
do celular enquanto dirige, tirando toda concentração importante para o dirigir
com cautela e responsabilidade.
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TÓPICO 1 | PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
UNI
Muitas vacinas podem evitar e até extinguir algum tipo de deficiência, como é o
caso da Poliomelite, prevenida por vacinas realizadas em várias doses por gotinhas na boca
da criança, e que é uma patologia viral que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou
total. É causada pela infecção pelo poliovírus. O vírus se espalha por contato direto pessoa
a pessoa, por contato com muco, catarro ou fezes infectadas. Veremos outras doenças e
outras vacinas em texto da Unimed, como leitura complementar, a seguir.
VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DA VACINA? VIVER BEM – Cobertura vacinal Unimed
Por longos anos, ele observou que ordenadores que haviam sido contaminados
pela cowpox, doença branda semelhante à varíola que atingia gados, eram imunes à varíola.
Mesmo sendo infectadas pelo vírus, estas pessoas se mantinham refratárias à doença.
Jenner inoculou um garoto de oito anos com o pus retirado da pústula (crosta
cheia de pus formada sobre a pele do doente) de uma ordenadora que sofria com a
doença. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava
recuperado.
65
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
A importância da vacina
Para tanto, realiza três campanhas fixas por ano contra a Poliomielite, Influenza e
atualização da caderneta de vacinação focando os grupos prioritários.
Doenças muito graves podem ser evitadas com a vacinação. Por isso, é essencial
seguir o calendário de vacinação em todas as faixas de idade, com objetivo de estimular o
sistema imunológico e produzir anticorpos para proteger o organismo de vírus e bactérias.
66
TÓPICO 1 | PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
Grande parte da população crê que a vacina é obrigatória apenas para crianças,
mas é importante ressaltar que a carteira de vacinação deve ser mantida em dia em todas as
idades para evitar o retorno de doenças já erradicadas, o cuidado deve ocorrer principalmente
na infância, já que recém-nascidos não possuem imunidade (proteção formada), o que os
deixa mais suscetíveis a contrair doenças.
Quais doenças podem ser prevenidas pela vacinação? Veja, abaixo, algumas
das doenças prevenidas por vacina:
Poliomielite: doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita
geralmente nas pernas.
Tétano: infecção, causada por uma toxina (substância tóxica) produzida pelo bacilo tetânico,
que entra no organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou
pelo coto do cordão umbilical (tétano neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema
nervoso central. Caracteriza-se por contrações e espasmos, dificuldade em engolir e rigidez
no pescoço.
Haemophilus influenzae tipo B: é uma bactéria que causa um tipo de meningite (inflamação
das meninges, membranas que envolvem o cérebro), sinusite e pneumonia. A doença mais
grave é a meningite, com início súbito de febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito e
rigidez da nuca (pescoço duro).
Sarampo: doença muito contagiosa, causada por vírus que provoca febre alta, tosse, coriza
e manchas avermelhadas pelo corpo. É transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou
fala, especialmente, em ambientes fechados.
Rubéola: doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente
crianças e provoca febre e manchas vermelhas na pele. É transmitida pelo contato direto
com pessoas contaminadas.
Caxumba: doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais
glândulas responsáveis pela produção de saliva na boca (parótida). Caso ela “desça” – em
homens – pode causar inflamação nos testículos deixando-os inférteis. Nas mulheres pode
ocorrer infertilidade devido à inflamação dos ovários. É transmitida pela tosse, espirro ou fala
de pessoas infectadas.
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Febre amarela: doença infecciosa, causada por vírus transmitido por vários tipos de
mosquito. O Aedes Aegypti pode transmitir a doença, causando a febre amarela urbana,
o que, desde 1942, não ocorre no Brasil. A forma da doença que ocorre no País é a febre
amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora
das cidades. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de
cabeça, náuseas e leva a sangramento no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos
casos, causar a morte.
Difteria: causada por um bacilo, produtor de uma toxina que atinge as amídalas, a faringe, o
nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas.
Hepatite B: doença causada por vírus que provoca mal-estar, febre baixa, dor de cabeça,
fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. O doente fica com a
pele amarelada. A Hepatite B é grave porque pode levar a uma infecção crônica (permanente)
do fígado e, na idade adulta, levar ao câncer de fígado.
Encontre mais conteúdos para o seu bem-estar em <www.unimed.coop.br/viverbem>.
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TÓPICO 1 | PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
DICAS
FONTE: <http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQQL22zMkQfWk8d8gVo6K3qCUm
jO-yLHPEbnMtmroovs-cXhXI4>. Acesso em: 18 dez. 2018.
69
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
A – Prevenção Primária
B – Prevenção Secundária
C – Prevenção Terciária
D – Primária, Secundária e Terciária
72
UNIDADE 2 TÓPICO 2
LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA
FÍSICA
1 INTRODUÇÃO
Discutiremos, dando continuidade neste tópico 2 da Unidade 2, sobre
a legislação que se refere à Educação Especial no geral e na deficiência física,
levantaremos vários pontos sobre a acessibilidade, a qual compromete a todos
no geral, seja o comércio, sejam órgãos públicos e até mesmo condomínios e
residências particulares, pois sendo na terceira idade e/ ou com pessoas com
deficiências físicas, poderá ser de grande utilidade para a vida de pessoas sem
deficiência a uma gestante, a uma pessoa obesa, idosa, entre outras.
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Hoje não se deveria mais discutir sobre normas, já que seria normal um
estudante sair da universidade com este conceito formado e internalizado, sem
sombras de dúvidas o desenho universal é a solução.
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TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
FONTE: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/publicacoes/
convencaopessoascomdeficiencia.pdf>. Acesso em 25 jan. 2019.
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Dentre tantas leis, cabe destacar que a década de 2000 foi a mais promissora
de todas as que já passamos, lógico que podemos pensar também que tudo fora
uma construção anterior aos anos 2000 e de certa forma foi, mas seu esplendor
aconteceu nesta década. Uma Lei federal, a LBI – Lei Brasileira de Inclusão, traz
novamente a cidadania e o respeito, a inclusão social e a igualdade de direito de
todos.
76
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados
pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo no 186, de
9 de julho de 2008, em conformidade com o procedimento previsto
no § 3o do art. 5o da Constituição da República Federativa do Brasil,
em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto
de 2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009,
data de início de sua vigência no plano interno (BRASIL, 2015. p. 1).
Porém, percebemos que mesmo existindo as leis que dão o suporte legal
para que os órgãos públicos façam a cobrança, ainda vimos que no dia a dia dos
espaços urbanos, seguidos da estrutura das cidades as quais não foram projetadas
e sim surgiram de pequenas vilas, a maioria fora de padrão da acessibilidade e
das leis e normas que asseguram a inclusão das pessoas com deficiências nos
espaços principalmente físicos.
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
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TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
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TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
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TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
FONTE: <http://especiais.g1.globo.com/educação/2015/censo-escolar-2014/a-escola-acessivel-
ou-nao.html>. Acesso em: 28 jan. 2019.
FONTE: <http://especiais.g1.globo.com/educação/2015/censo-escolar-2014/a-escola-acessivel-
ou-nao.html>. Acesso em: 28 jan. 2019.
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TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
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TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
E
IMPORTANT
Izabel Maior
A história das pessoas com deficiência no Brasil evoluiu no século XIX, com a
educação especial de cegos e de surdos em internatos, como na Europa. Nessa época foi
introduzido o sistema Braille de escrita para os cegos e, entre 1880 e 1960, os surdos foram
proibidos de usar a língua de sinais para não comprometer o aprendizado compulsório da
linguagem oral. (LANNA JÚNIOR, 2010). Esse fato representa no Brasil a mais emblemática
dominação da cultura hegemônica de ouvintes sobre o grupo minoritário de surdos, o qual
foi impedido de se desenvolver em sua cultura natural.
As pessoas com deficiência física (antes chamadas “deficientes físicos”) eram ligadas à área da
saúde, em centros de reabilitação, mantidos por iniciativa não governamental.
Esses centros surgiram a partir da epidemia de poliomielite nos anos 1950 e 1960,
adotando terapias instituídas a partir da II Guerra Mundial.
Ao final dos anos 1970, cresceu a consciência que resultaria no movimento político
das pessoas com deficiência. Evidenciou-se o contraste entre instituições tradicionais para
atendimento e associações de pessoas com deficiência. (LANNA JÚNIOR, 2010). Esse cenário
persiste nos dias atuais.
A “fase heroica” do movimento das pessoas com deficiência coincide com a abertura
política, quando reunidas em Brasília em 1980, as associações 2 construíram a pauta comum
de reivindicações de seus direitos. O 1° Encontro fez nascer o sentimento de pertencimento
a um grupo, a consciência de que os problemas eram coletivos e, portanto, as batalhas e as
conquistas deveriam visar ao espaço público (SÃO PAULO, 2011).
Segundo Figueira, “Se até aqui a pessoa com deficiência caminhou em silêncio,
excluída ou segregada em entidades, a partir de 1981, Ano Internacional da Pessoa
Deficiente, promulgado pela ONU, passou a se organizar politicamente” (FIGUEIRA, 2008).
Em depoimento, Sassaki conta que “pela primeira vez surgiu a palavra pessoa para conferir
dignidade e identidade ao conjunto das pessoas deficientes” (LANNA JÚNIOR, 2010).
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Em São Paulo foi criada a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com
Deficiência pela Lei Complementar 1.038/2008, para exercer funções que contribuam para
a adequada condução das políticas públicas que visem à melhoria da qualidade de vida
das pessoas com deficiência e de suas famílias. (SÃO PAULO, 2008) Essa Secretaria vem se
destacando no âmbito interno com estudos e políticas inovadoras e iniciativas internacionais
de repercussão.
Legislação Brasileira
O conjunto das leis brasileiras destinadas aos direitos das pessoas com deficiência
é reconhecido como um dos mais abrangentes do mundo. Na Constituição Federal (BRASIL,
1988) estão os direitos específicos do segmento distribuídos em vários artigos. A política de
inclusão, acessibilidade, garantias 3 para surdos, cegos e pessoas com baixa visão têm leis
próprias. Outra parte importante dos direitos está inserida, de forma transversal, na legislação
geral da saúde, educação, trabalho, proteção social, cultura, esporte, etc. As leis mais recentes
apresentam o recorte da pessoa com deficiência, como, por exemplo, a acessibilidade nos
programas habitacionais públicos e a política de mobilidade urbana.
A primeira lei federal abrangente sobre as pessoas com deficiência é a Lei 7.853/1989
(regulamentada pelo Decreto 3.298/1999). A lei dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras
de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência – Corde institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos
ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público e define crimes.
88
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
As pessoas cegas ou com baixa visão, após a Lei 11126/2005 e o Decreto 5904/2006,
podem ingressar e permanecer com o cão-guia em ambientes e transportes coletivos, com
espaço preferencial demarcado.
No Brasil, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi ratificada
com base no § 3º do artigo 5º da Constituição, incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004, passando a marco constitucional. O Decreto legislativo 186/2008 (BRASIL, 2008)
ratificou-a e o Decreto 6.949/2009 completou o processo de internalização (BRASIL, 2009). É
a única convenção com status constitucional. A denominação oficial do segmento passou a
ser “pessoa com deficiência”.
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
O artigo 23 – respeito pelo lar e pela família – aborda os diretos relativos a casamento,
família, paternidade e relacionamentos. As pessoas com deficiência, inclusive crianças, têm
o direito de manter a fertilidade e os direitos sexuais, sem ressalvas em razão da deficiência,
e devem receber orientação acessível sobre planejamento familiar; têm direito à guarda,
custódia, curatela e adoção de crianças, bem como contar com assistência na criação dos
filhos.
90
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
- formas apropriadas de atendimento e apoio que levem em conta o gênero e a idade das
pessoas com deficiência e de seus familiares e atendentes;
- informação e educação sobre a maneira de evitar, reconhecer e denunciar casos de
exploração, violência e abuso;
- serviços de proteção que levem em conta a idade, o gênero e a deficiência das pessoas;
- programas e instalações destinados a atender pessoas com deficiência efetivamente
monitorados por autoridades independentes;
- medidas apropriadas para promover a recuperação física, cognitiva e psicológica, inclusive
mediante a provisão de serviços de proteção;
- medidas de reabilitação e a reinserção social de pessoas com deficiência que forem vítimas
de qualquer forma de exploração, violência ou abuso;
- recuperação e reinserção em ambientes que promovam a saúde, o bemestar, o autorrespeito,
a dignidade e a autonomia da pessoa e levem em consideração as necessidades de gênero
e idade;
- adoção de leis e políticas efetivas, inclusive legislação e políticas voltadas para mulheres e
crianças, a fim de assegurar que os casos sejam identificados, investigados e, caso necessário,
julgados.
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
O programa foi instituído pelo Decreto 59316/2013, junto à Secretaria dos Direitos da
Pessoa com Deficiência de São Paulo e envolve instâncias correlatas. (SÃO PAULO, 2013)
Considerações finais
Referências (resumida):
SÃO PAULO. Lei Complementar n. 1038, de 6 de março de 2008. Disponível em: http://www.
al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2008/lei.complementar-1038-06.03.2008.
html Acesso em: 26 janeiro 2015
92
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
BEZERRA, Rebeca Monte Nunes. Artigo 9. Acessibilidade. In DIAS, Joelson et al. (orgs.)
Novos Comentários à Convenção sobre os Diretos das Pessoas com Deficiência, Brasília,
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria de Promoção dos
Direitos da Pessoa com Deficiência, 2014.
FONSECA. Ricardo Tadeu Marques da. O conceito revolucionário da pessoa com deficiência,
2007. Disponível em: <http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smacis/default.php?reg=4&p_
secao=96>. Acesso em: 15 out. 2014.
GARCIA, Vinicius Gaspar. As pessoas com deficiência na história do Brasil. 2011. Disponível
em: <http://www.bengalalegal.com/pcd-brasil>. Acesso em: 22 jan. 2015.
LANNA JUNIOR, Mário Cléber Martins (Comp.). História do Movimento Político das Pessoas
com Deficiência no Brasil. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos. Secretaria Nacional de
Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2010.
MAIOR, Izabel de Loureiro; MEIRELLES, Fábio. A Inclusão das Pessoas com Deficiência é uma
Obrigação do Estado Brasileiro. In: LICHT, Flavia Boni; SILVEIRA, Nubia (orgs.). Celebrando
a Diversidade: o direito à inclusão, ebook, Planeta Educação, São Paulo, 2010. Disponível
em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/Celebrando-Diversidade.pdf>. Acesso em:
18 dez. 2014.
PAULA, Ana Rita de; MAIOR, Izabel Maria Madeira de Loureiro. Um mundo de todos para
todos: Universalização de direitos e direito à diferença. Revista Direitos Humanos. Brasil.
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Brasília/DF, n.1.
Dezembro de 2008.
FONTE: <http://violenciaedeficiencia.sedpcd.sp.gov.br/pdf/textosApoio/Texto2.pdf>.
93
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
DICAS
FONTE: <http://www.crea-sc.org.br/portal/arquivosSGC/cartilha-acessibilidade-final-2017_
FINAL_WEB.pdf>.
94
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Dentre tantas leis, cabe destacar que a década de 2000 foi a mais promissora de
todas as que já passamos, lógico que podemos pensar também que tudo fora
uma construção anterior aos anos 2000 e de certa forma foi, mais seu esplendor
aconteceu nesta década. Uma Lei federal a LBI – Lei Brasileira de Inclusão.
• É preciso saber o número das leis e o que contém cada uma delas, para que o
dia que precisarem procurar e/ ou reclamar algum direito, possam estar cientes
das leis que vão tratar da acessibilidade, que são: a Constituição brasileira,
artigo 5º, as Leis no 10.098 e no 10.048, de 2000, os decretos de 2004, 2008 e 2009,
e por último esta de 2015, a Lei no 15.146.
96
b) ( ) Deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da
função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia,
monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia,
hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro,
paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou
adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam
dificuldades para o desempenho de funções.
c) ( ) Mobiliário e/ ou espaço urbano: um componente das obras de
urbanização, tais como os referentes à pavimentação, saneamento,
distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento e
distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do
planejamento urbanístico.
d) ( ) I - a priorização das necessidades, a programação em cronograma e a
reserva de recursos para a implantação das ações; e II - o planejamento, de
forma continuada e articulada, entre os setores envolvidos.
97
98
UNIDADE 2 TÓPICO 3
A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA FÍSICA
1 INTRODUÇÃO
Dando continuidade, neste tópico 3 da Unidade 2, sobre a reabilitação das
pessoas com deficiência física, veremos as várias possibilidades de reabilitar, de
formas também paliativas de lidar com a deficiência, se tornando menos dolorosa
a todos, à pessoa com sequelas e aos que convivem com ela. Conheceremos os
centros que se dedicam à reabilitação das pessoas com deficiências físicas e dicas
importantes para o dia a dia de conviver e usar de recursos especiais voltados à
reabilitação.
2 REABILITAÇÃO
Segundo o dicionário Aurélio (1999, p. 1710), a reabilitação conceitua-se
como: “Restituir direitos e prerrogativas (que se tinham perdido por sentença
judicial); Declarar que o sentenciado está inocente; Ajudar à reinserção social
de: Reabilitar um toxicômano, Reparar, renovar (um imóvel, um bairro antigo),
reabilitação motora como reeducação motora”.
O processo de reabilitação geralmente é demorado e dolorido para quem
passa, porém muito importante a todos que estão envolvidos e é um processo,
depende muito de cada um e de cada comprometimento.
99
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
UNI
Criada pelo médico Renato da Costa Bonfim, que após fazer um estágio na
ortopedia nos Estados Unidos, onde havia participado de vários centros e com isto
trouxe a ideia de fundar no Brasil um centro, a AACD – Associação de Assistência
à Criança Deficiente, a qual a partir de 1962 passou a produzir prótese, órtese
e acessórios e fazer a entrega e a reabilitação. Também em 1998, a entidade é
assistida pela campanha Teleton, para arrecadação de fundos, em parceria com
o SBT. Desde então, já foram construídos sete novos centros de reabilitação. Em
2012, incorporou o Lar Escola São Francisco, centro de reabilitação fundado em
1943, que era administrado pela Unifesp (AACD, 2018).
100
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
FONTE: <https://revistapegn.globo.com/Administracao-de-empresas/noticia/2016/09/uma-
fabricas-lider-no-setor-de-proteses-funciona-nos-fundos-da-aacd.html>. Acesso em: 28 jan. 2018.
101
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
102
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
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TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
106
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
Atenção
Para iniciar acompanhamento com a equipe de Ortopedia é necessário
que o paciente esteja apto para reabilitação, apresentando condições
clínicas favoráveis, como:
Ter concluído tratamentos clínico e cirúrgico
iniciados externamente.
Em razão do número de pacientes já admitidos no SARAH Brasília
e que aguardam procedimento de Artroplastia Total de Quadril e de
Joelho, suspendemos temporariamente a admissão de novos pacientes
portadores de artrose no quadril e joelho;
Não apresentar fratura ou trauma em fase aguda*.
As fraturas e os traumas agudos são condições que requerem avaliação
em serviços de urgência ou emergência. A Rede SARAH atua na fase
de reabilitação, não dispondo de serviços de pronto atendimento
(SARAH, 2019).
107
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
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TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
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UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
110
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
deficiência. Martin (2006) relata em seu estudo com cento e doze atletas com
deficiência, que o desporto é um importante aspecto para a ampliação das
relações sociais desses indivíduos.
FONTE: <http://www.scielo.br/pdf/rbce/v33n2/17.pdf>.
111
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
1 Basquete
É um esporte que, à primeira vista, não poderia ser adaptado para a prática
por pessoas com deficiência, porém, ele tem ganhado cada vez mais espaço.
112
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
3 Tênis de mesa
O saque deve ser feito com a mão contrária à que segura a raquete. Mas,
para os atletas andantes que não têm condição de usar o braço livre — por causa
de amputação ou outra deficiência —, é permitido utilizar a mão que segura a
raquete para realizar o saque.
A grande vantagem desse esporte é que ele abrange quase todos os grupos,
com exceção apenas para as pessoas com deficiências visuais. Além disso, os
participantes podem competir sozinhos em duplas ou em times maiores.
4 Voleibol sentado
No voleibol sentado, a quadra é menor. Ela tem 10m x 6m, e a rede apresenta
uma altura de 1, 15m e 1, 05m para homens e mulheres, respectivamente.
Dentro da quadra, ficam dispostos seis atletas em cada time. Vale destacar
que os atletas precisam manter a pélvis encostada no chão.
5 Futebol de 5
113
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
6 Goalball
São três jogadores em cada equipe e vence o jogo aquela que fizer o
maior número de gols. Como você pode notar, é um esporte bastante dinâmico e
interessante, tanto para quem está jogando como para quem está torcendo.
8 Remo Adaptável
114
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
9 Arco e flecha
10 Musculação
Mas é sempre bom lembrar que esse, como qualquer outro exercício físico,
deve ser praticado sob a orientação de profissionais especializados no assunto,
pois os exercícios se iniciarão de forma leve, aumentando gradativamente a
intensidade.
11 Ciclismo
Para as pessoas cuja deficiência atinge os membros superiores ou inferiores,
já existem bicicletas com uma adaptação que permite a prática do esporte.
Há também aquelas bicicletas que têm espaço para duas pessoas, em que
um ciclista pode auxiliar o outro a guiá-la.
115
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
12 Artes marciais
A prática de artes marciais como judô, karatê, jiu-jitsu, muay thai e kung
fu é uma excelente opção para quem se sente entediado com a musculação, mas
quer trabalhar os músculos do corpo.
13 Atletismo
14 Esgrima
15 Tiro paralímpico
16 Hipismo paralímpico
Vale destacar que o local deve ter sinalização sonora para orientar os
atletas com deficiência visual.
17 Halterofilismo paralímpico
É um esporte que exige muita força dos competidores já que, deitados, eles
devem trazer a barra com pesos ao peito. Em seguida, devem mantê-la estável e
reerguê-la estendendo completamente os braços antes de colocá-la na posição
original. Vence o atleta que levantar o maior peso.
Para ajudar nesses cuidados, existem alguns acessórios que podem ser
úteis para prevenir lesões nas atividades não esportivas do dia a dia, como é o
caso das almofadas ergonômicas. Por mais simples que esse acessório pareça,
para a pessoa com deficiência, sua utilização pode ser um grande diferencial e
ajudar a manter o corpo em dia para a prática do esporte.
117
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Como você pode observar, existem muitos esportes praticados por pessoas
com deficiência. Agora, basta escolher um e começar a praticar!
DICAS
DICAS
118
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
LEITURA COMPLEMENTAR
119
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
REFERÊNCIAS
1. Coelho AEBD, Lobo ST. Gestão participativa na organização de uma rede de reabilitação em
saúde pública. Rev Virt Gestão Iniciat Soc. 2004;1(out) 37–45.
121
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
122
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
27. Brasil, Ministério da Saúde. Portaria nº 818/GM em 05 de junho de 2001. Disponível em: dtr2001.
saude.gov.br/sas/PORTARIAS/ Port2001/GM/GM-818.htm. Acessado em 26 de novembro de 2009.
28. Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Agenda de compromisso para a
saúde integral e redução da mortalidade infantil. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.
29. Sistema Único de Assistência social (SUAS) [site da Internet]. Disponível em: www.mds. gov.br/
programas/rede-suas. Acessado em dezembro de 2009.
FONTE: <https://scielosp.org/pdf/rpsp/2010.v28n1/43-48/pt>.
123
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
124
AUTOATIVIDADE
Faremos as atividades de revisão dos conteúdos para que você, acadêmico, possa
ter a possibilidade de fixação da teoria e assim se preparar melhor para as provas.
125
Assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) V-V-F-F.
b) ( ) F-V-F-V.
c) ( ) V-V-F-V.
d) ( ) V-V-V-V.
ACESSIBILIDADE E AS
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
EDUCACIONAIS VOLTADAS À
DEFICIÊNCIA FÍSICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
127
128
UNIDADE 3
TÓPICO 1
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 3, no tópico 1, vamos ver sobre as tecnologias assistivas
voltadas à deficiência física, citando algumas em outras áreas das deficiências,
onde foi evoluindo com o passar dos anos, com as pesquisas e as necessidades
das pessoas com deficiências.
129
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
130
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
131
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
DICAS
132
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
133
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
IOF
Somente uma
Imposto sobre Pessoas portadoras Automóveis de
vez. O carro
Operações de deficiência física passageiros de
não pode ser Não
de Crédito, (que necessitem de fabricação nacional de
vendido antes de
Câmbio e adaptação) até 128 cv de potência
três anos
Seguros
É necessário Veículos dirigido por
RODÍZIO DE fazer novo pessoas portadoras de
Não Não há
SÃO PAULO pedido após deficiência ou por quem
trocar de carro as transportem
FONTE: <https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2018/02/13-carros-e-versoes-
para-pessoas-com-deficiencia-pcd-ate-r-70-mil>. Acesso em: 3 jan. 2019.
134
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
FONTE: <https://www.lojaciviam.com.br/baixa-visao/teclados/teclado-ampliado-e-colorido>.
Acesso em: 3 jan. 2019.
135
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
136
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
Vimos na tabela de alto, média e baixa tecnologia que acabamos por usar a
baixa por termos disponíveis recursos mais simples e de acesso na própria escola.
Porém se a família tem mais condições e tem conhecimento, interesse na procura
do melhor recursos para seu(sua) filho(a) vai fazer de alguma forma e de outra.
Por exemplo, para um tratamento de reabilitação em uma sede da AACD e ou de
Albert Einstein, precisa de dinheiro para se manter lá nos alojamentos e ou hotel,
lanches, transportes e a aquisição do recurso indicado que quase nunca se tem
pelo SUS.
137
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
FIGURA 7 – ÓRTESES
138
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
FIGURA 9 – HARDWARE 1
FIGURA 10 – HARDWARE 2
FIGURA 11 – HARDWARE 3
140
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
FIGURA 12 –HARDWARE 4
Foi possível observar nas imagens acima sobre Hardware adaptados para
o uso no dia a dia das pessoas com deficiência, os quais vem contribuir no acesso
aos programas, a leitura, a escrita e a pesquisa e cada um na sua especificidade.
FIGURA 13 – REPOSICIONAMENTO 1
141
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
FIGURA 14 – REPOSICIONAMENTO 2
FIGURA 15 – REPOSICIONAMENTO 3
142
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
FIGURA 16 – SOFTWARES
143
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
DICAS
Caro acadêmico, Como pôde observar as dicas deste livro de estudos na sua
maioria são dicas de filmes relacionados ao assunto do tópico e da unidade. Aproveite para
aprender de várias formas. A dica é do filme O escafandro e a borboleta, dirigido por Julian
Schnabel. Com: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Anne Consigny,
Olatz López Garmendia, Jean-Pierre Cassel, Niels Arestrup, Isaach De Bankolé, Marina Hands,
Patrick Chesnais e Max von Sydow de um homem de inteligência viva e sensibilidade ímpar
que se encontrava tragicamente preso a um corpo inútil.
FONTE: <http://cinemaemcena.cartacapital.com.br/critica/filme/6524/o-escafandro-e-a-
borboleta>.
FONTE: <http://cinemaemcena.cartacapital.com.br/critica/filme/6524/o-escafandro-e-a-
borboleta>.
144
RESUMO DO TÓPICO 1
• Há diferentes tipos de tecnologias assistivas e que cada uma destas tem sua
importância e funcionalidade para as pessoas com deficiências e também para
quem não tem nenhuma deficiência.
• Serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa
com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.
• Auxílios gerais para a vida diária são materiais e produtos básicos para a
independência da pessoa com deficiência, para que ela possa cozinhar, comer,
vestir, tomar banho, ir ao banheiro, entre outras ações.
145
• Na Adequação de postura, há os sistemas utilizados para garantir a postura
correta de quem tem problema de mobilidade e condições similares, para todos
os ambientes possíveis.
• Nos Auxílios para surdos e pessoas com déficit auditivo: como o próprio termo
revela, são métodos e acessórios direcionados às pessoas com deficiência
auditiva.
• Nos Auxílios para cegos e pessoas com visão subnormal: já nesse caso,
são aparatos para indivíduos com deficiência visual e demais condições
relacionadas à dificuldade em enxergar.
146
AUTOATIVIDADE
Nas atividades a seguir, vamos rever alguns conceitos e refletir sobre o que foi
apresentado no tópico sobre as tecnologias assistivas.
A – Recursos
B – Serviços
Relacione:
a) ( ) A-B-A-B
b) ( ) A-B-A-A
c) ( ) B-B-A-B
d) ( ) B-A-B-A
a) ( ) Uma simples bengala que ajuda na locomoção da pessoa cega, pode ser
considerado uma tecnologia assistiva.
b) ( ) É também definida como uma ampla gama de equipamentos, serviços,
estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas
encontrados pelos indivíduos com deficiências.
c) ( ) O conceito de tecnologia assistiva, em todo o arsenal de Recursos e
Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades
funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover
Vida Independente e Inclusão.
d) ( ) Nas tecnologias assistivas temos os recursos e os serviços, porém
importantes mesmo são os serviços pois estes orientam e de fato colaboram
com as pessoas com deficiências.
( ) essencial para uma educação inclusiva, para a comunicação eficiente por meio
de aparelhos eletrônicos, pranchas e demais materiais com símbolos diversos.
( ) materiais e produtos básicos para a independência da pessoa com
deficiência, para que ela possa cozinhar, comer, vestir, tomar banho, ir ao
banheiro, entre outras ações.
( ) meios tecnológicos de controle para acessibilidade, segurança e locomoção
em todos os espaços, da casa à empresa, entre outros.
( ) eferem-se à informática, todos os dispositivos e softwares necessários para
aumentar a integração e a inclusão digital.
148
UNIDADE 3
TÓPICO 2
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 3, no tópico 2, vamos ver sobre a comunicação alternativa
descoberta e indicada para pessoas com a comunicação comprometida, nos
casos relacionados à deficiência física. Neste caso a comunicação alternativa é
como o nome já define: comunicar-se de alguma forma, seja pelos gestos, pelo
desenho e pictogramas, o qual é a forma mais antiga de comunicação entre os
seres humanos nas cavernas e pedras, entre outros, mas que se estabeleça uma
forma de comunicação para que haja entendimento.
2 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
Como surgiu a comunicação alternativa? Como o nome mesmo já define,
comunicação – uma maneira de comunicar-se, uma necessidade básica de todo o ser
humano, o animal também se comunica, mais não tem a intenção com a consciência
de comunicar. Estudos com comunicação alternativa e/ou suplementar começaram
a ser desenvolvidos na década de 1970. No Brasil, a instituição Quero Quero iniciou
o trabalho com comunicação alternativa na década de 1980. A partir de 2000, esta
área passou a ser o centro de interesses de vários pesquisadores e profissionais
que buscavam melhorar a comunicação de pessoas que apresentavam severos
distúrbios na comunicação oral e também com as dificuldades nas realizações das
atividades pedagógicas e no processo de inclusão social e escolar.
149
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
DICAS
Sobre a importância das tecnologias para a vida no dia a dia, a importância da autonomia,
comunicação e da interação.
TVE reporter | tve - tecnologias assistivas
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-i9Av0gfzFI>.
Prezado acadêmico, você pode fazer as pesquisas e ver outros documentários, pois existem
muitos sobre o assunto tecnologias assistivas. Procure, veja e traga novidades para a turma.
150
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
151
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
152
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
153
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
154
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
Saiba mais em
<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/md_
ana_zaporoszenko>.
156
RESUMO DO TÓPICO 2
157
AUTOATIVIDADE
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 3, tópico 3, o que faremos é uma revisão da unidade e
traremos exemplos e materiais, jogos para que sirvam de ideias a você, caro
acadêmico, quando se deparar com alguma situação de alunos com deficiência
e que necessite destes recursos da comunicação alternativa e das tecnologias
assistivas possa usufruir e criar.
O cuidado que se tem é com o diagnóstico dos alunos. Não para tabular
e rotular, mas para avaliar até que ponto houve evolução no quadro, alterações
no processo de aprendizagem e no uso dos recursos indicados a cada um destes
alunos. As informações sobre os alunos são importantes para partir das perguntas
que podemos fazer que são: o que sabe esta criança? O que ela precisa saber? E
por último, como ela aprende? São muito mais complexas do que se pensa em um
simples diagnóstico, o como ela aprende do que o que ela aprende.
Essas informações auxiliarão o professor especializado a conduzir seu
trabalho com o aluno e orientar o professor da classe comum sobre questões
específicas de cuidados.
159
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
Vejamos uma dica muito legal de filme o qual podemos vivenciar o dia a
dia da deficiência física.
160
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
DICAS
A dica é o filme que trata de um garoto com deficiência física: A chave da casa.
SINOPSE E DETALHES
Paolo (Andrea Rossi) tem 15 anos e sofre de deficiências físicas e psicológicas provocadas pelo
parto, que culminou com a morte de sua mãe. Criado pelos tios na Itália, Paolo precisa viajar
anualmente até um hospital de Berlim para terapia de reabilitação. Seu pai, Gianni (Kim Rossi
Stuart), aparece para acompanhá-lo pela primeira vez durante a viagem, numa tentativa de
se aproximar do filho. Suas vidas se transformam quando eles encontram Nicole (Charlotte
Rampling), uma mulher forte que se dedica de corpo e alma aos cuidados de sua filha deficiente.
161
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
162
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
163
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
164
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
165
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
166
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
167
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
168
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
São as adaptações que fazemos no dia a dia em sala de aula, muitas vezes
precisamos adaptar certo conteúdo para o aluno de forma que este venha a fazer
e compreender o que queremos.
169
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
LEITURA COMPLEMENTAR
170
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
171
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Tivemos exemplos mais práticos e vimos de forma física que podemos fazer
uso de recursos tanto tecnológico, quanto não, de adaptações simples e que
dão funcionalidade ao uso na escola e na vida no dia a dia das pessoas com
deficiência física principalmente.
• O cuidado que se tem é com o diagnóstico dos alunos. Não para tabular e rotular,
mas para avaliar até que ponto houve evolução no quadro, alterações no processo
de aprendizagem e no uso dos recursos indicados a cada um destes alunos. As
informações sobre os alunos são importantes para partir das perguntas que
podemos fazer que são: o que sabe esta criança? O que ela precisa saber? E por
último, como ela aprende? São muito mais complexas do que se pensa em um
simples diagnostico, o como ela aprende do que o que ela aprende.
• Outro conceito importante que trouxemos para esclarecer neste tópico foi
de adequação curricular e adaptação curricular. Sendo que: O conceito de
adaptações curriculares, consideradas como: estratégias e critérios de atuação
docente, admitindo decisões que oportunizam adequar a ação educativa
escolar às maneiras peculiares de aprendizagem dos alunos, considerando
que o processo de ensino-aprendizagem pressupõe atender à diversificação de
necessidades dos alunos na escola (MEC/SEESP/SEB, 1998). E o de Adequação
curricular sendo como: Estas constituem, pois, possibilidades educacionais
de atuar frente ‡s dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõem que
se realize a adequação do currículo regular, quando necessário, para torná·-lo
apropriado as peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não é um
novo currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de amplia„o,
para que atenda realmente a todos os educandos. Nessa circunstância, as
adequações curriculares implicam a panificação pedagógica.
172
AUTOATIVIDADE
1 - Adaptação Curricular
2 - Adequação Curricular
a) ( ) O que sabe esta criança? O que ela precisa saber? E por último, como
ela aprende? São muito mais complexas do que se pensa em um simples
diagnóstico, o como ela aprende do que o que ela aprende.
b) ( ) Esta criança não aprende? Não precisa ensinar a ler e escrever, pois esta
criança não fala e não interage. Como vai ensinar esta criança?
173
c) ( ) O processo, para que o sistema educacional atue de modo a promover os
ajustes necessários, para atender a todo e qualquer aluno, o entendimento
sobre os pressupostos teóricos que norteiam a Educação Inclusiva é de suma
importância para que o aluno aprenda.
d) ( ) São necessários os recursos personalizados, visando e oportunizando o
acesso à educação, à informação e ao conhecimento.
174
REFERÊNCIAS
AACD. Disponível em: <http://solarsocial.net/item/aacd/>. Acesso em: 28 jan.
2019.
175
BRASIL. Decreto n. 6.9.49, de 25 de agosto de 2009. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm>. Acesso
em: 28 jan. 2019.
176
CADERNOS de Saúde Pública. V. 22, n. 3. Rio de Janeiro, mar./ 2006. Disponível
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1484_P.pdf>. Acesso em: 30
jan. 2019.
CAMPOS, Lorraine Vilela. Frida Kahlo. Brasil Escola. Disponível em: <https://
brasilescola.uol.com.br/biografia/frida-kahlo.htm>. Acesso em: 18 nov. 2018.
177
ENUMO, S. R. F.; TRINDADE, Z. A. Ações de prevenção da deficiência mental,
dirigidas a gestantes e recém-nascidos em Saúde Pública da Grande Vitória –
ES. Revista Psicologia – USP. 13(1). 107-132. 2002. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642002000100006>. Acesso
em: 30 jan. 2019.
178
GÓES, M. C. R. de. Relações entre desenvolvimento humano, deficiência e
educação: contribuições da abordagem histórico-cultural. In: OLIVEIRA, M.
K.; SOUZA, D. T. R.; REGO, T. C. (org.). Psicologia, educação e as temáticas da
vida contemporânea. São Paulo: Moderna, 2002, p. 95-114.
179
______. Métodos naturalísticos para o ensino da linguagem funcional em
indivíduos com necessidades especiais. In: ALENCAR, E. (Ed.). Novas
contribuições da Psicologia aos processos de ensino e aprendizagem. São
Paulo: Cortez, 1992.
OLIVEIRA Monique. Brasil teve 26 mil casos de pólio de 68 a 89, e não registra
casos há 30 anos; entenda. G1 05/07/2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/
bemestar/noticia/brasil-teve-26-mil-casos-de-polio-de-68-a-89-e-nao-registra-
casos-ha-30-anos-entenda.ghtml>. Acesso em: 10 nov. 2018.
181
______. Obras Escogidas, Tomo V – Fundamentos de Defectologia. Obras
Escogidas, Madri: Visor, 1997.
182