Artigo - Estufa

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO –

CÂMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Curso de Engenharia de Controle e Automação

HENRIQUE VALENTE HALADA


MARCUS VINÍCIUS TEODORO SILVA
RENAN SANTOS FERREIRA

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL PARA CONTROLE DE PROCESSO E OTIMIZAÇÃO


PERSONALIZÁVEL DE CULTURAS VOLTADA PARA O AGRONEGÓCIO

São José dos Campos


2021
HENRIQUE VALENTE HALADA
MARCUS VINÍCIUS TEODORO SILVA
RENAN SANTOS FERREIRA

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL PARA CONTROLE DE PROCESSO E OTIMIZAÇÃO


PERSONALIZÁVEL DE CULTURAS VOLTADA PARA O AGRONEGÓCIO

Projeto de pesquisa apresentado ao


Curso de Engenharia de Controle e
Automação, como parte do requisito
para a aprovação na disciplina
Metodologia Científica, sob a
responsabilidade da Professora Mirella
Souza.

São José dos Campos


2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

2. OBJETIVO GERAL 6

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 6

4. REVISÃO DA LITERATURA 8

5. METODOLOGIA 8

6. CRONOGRAMA 8

7. ORÇAMENTO 9

8. REFERÊNCIAS 10

9. APÊNDICES 10

10. ANEXOS 10
1. INTRODUÇÃO

Esse projeto visa automatizar e supervisionar uma estufa agrícola, a partir do uso de software

de programação, microcontrolador e sensores.

Com o software de programação que será usado é possível controlar o sistema de maneira

contínua a partir de sinais dos sensores em campo que emitem respostas em tempo integral.

Já com o software de supervisão computacional, como o Indusoft ao qual será usado no

projeto, é possível realizar um monitoramento online de maneira remota, seja por meio de

IHM conectadas fisicamente ou via web.

Será montada uma estrutura de acrílico de formato cúbico a fim de representar a parte

estrutural da estufa, um microcontrolador será responsável pela comunicação entre os

sensores e comandos de acionamento dos atuadores, a fim de proporcionar autonomia ao

sistema. A irrigação se dará por meio de um umidificador e a ventilação será realizada por

meio de ventoinha. Além disso, o modelo do microcontrolador permite comunicação remota

via Wifi ou Bluetooth.

Os principais problemas encontrados no setor agrícola são a dependência das hortaliças em

relação a sazonalidade das épocas do ano, intempéries e condições de temperatura, umidade e

luminosidade, exposição a pragas e o uso excessivo de recursos naturais.

A agricultura é um dos setores que mais cresce no Brasil, logo, é um mercado com tendência

a ser cada vez mais concorrido. Isso implica em pressionar os empresários a investir em seus

negócios de maneira econômica e sustentável.

Estufas agrícolas são uma ótima alternativa para dar fim às essas adversidades, com elas é

possível obter ambientes com controle de luminosidade, umidade e temperatura, isentando a


dependência das épocas do ano para um plantio eficiente. Além disso, a suscetibilidade a

pragas diminui consideravelmente, visto que em ambiente aberto a exposição é muito maior.

Em caso de pragas, o controle se torna muito mais rápido e efetivo.

Não somente na redução de riscos, usar estufas agrícolas também reduzem custos, pois, no

geral, os recursos como a água, energia elétrica e mão de obra são minimizados, além de

diminuir o uso de agrotóxicos. A produção se torna mais limpa e sustentável.

A motivação para a escolha do tema foi baseada no setor agrícola, pois, é hoje o maior setor

econômico do Brasil, tornando-o cada vez mais sustentável. Há a oportunidade de aplicar os

conceitos da automação industrial ao qual é a motivação do projeto, além de usá-lo como

estopim para a criação de um produto a ser comercializado, incentivando o lado

empreendedor dos alunos responsáveis.

2. OBJETIVO GERAL

Criar um sistema de automação industrial voltado para o agronegócio através de uma

estufa/protótipo com objetivo de otimizar a criação e colheita dos mais diversos tipos de

plantas.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Comprar materiais e equipamentos para a montagem do projeto.


● Montar sistema, como alocação de sensores e distribuição destes, construção física da
estufa e montagem das partes de controle e elétrica.
● Automatizar processos, como irrigação, exposição à iluminação e controle de umidade
do ar e solo.
● Estudo de criação de parâmetros para diferentes espécies de cultivo
● Supervisionar sistema através de um sistema supervisório.

4. REVISÃO DA LITERATURA
Desde o surgimento da automação, no fim dos anos 40, sua aplicação tem por função otimizar

determinados processos e tarefas com o objetivo de reduzir custos, reduzir tempo e obter

melhorias no processo final [1]. Desde as primeiras máquinas utilizadas para se automatizar um

processo, até os dias e as ferramentas atuais, vem havendo uma melhoria contínua nos

métodos de aplicação da automação nos mais diversos campos industriais e, com isso,

fomentando a competitividade entre as empresas e companhias que utilizam a automação para

obterem, a cada dia, produtos mais baratos, com mais qualidade e a um custo menor. No

surgimento dos primeiros processos de automação, as máquinas automáticas eram construídas

por sistemas de comando por válvulas eletrônicas a vácuo, para realizar determinadas

operações previamente programadas, sem “interfaceamento” com a mão de obra humana [1].

Mais antigo que a automação, o processo e planejamento para cultivo de determinadas

espécies de alimentos vem desde o surgimento das primeiras civilizações [2], quando nossos

ancestrais perceberam que, com as mudanças climáticas e fases do ano, era necessário

planejar os métodos de semeio e colheita para garantir alimentos durante todo ano [3]. Essas

técnicas foram ainda mais disseminadas a partir do advento da escrita, que permitiu com que

essas técnicas fossem passadas e melhoradas de geração a geração. Todavia, por mais que

estas tenham sido as técnicas que permitiram que a humanidade se desenvolvesse e se

expandisse ao passo que chegamos, o processo de dependência de ferramentas manuais e das

condições e eventos climáticos locais ainda tornam o processo pouco eficiente, uma vez que

além do controle de pragas, chuvas, ventos e adversidades climáticas podem afetar

significativamente o processo de cultivo. Com o crescimento da população, o cultivo de

alimentos passou da necessidade de sobrevivência para um modelo de negócio, que

movimenta um gigantesco mercado mundial [4].


No Brasil, por exemplo, o agronegócio é um setor industrial muito forte e movimenta

anualmente uma parte considerável do PIB brasileiro. Em 2019 essa movimentação

correspondeu a 21,4% do PIB do país (IBGE, 2020), sendo assim, o principal setor da

economia brasileira, responsável não só pelo abastecimento interno do país, mas também por

uma gama relevante de produtos para exportação. Também em 2019, 43% de toda a

exportação nacional foi responsabilidade do setor de agronegócio (IBGE, 2020), tornando

ainda mais nítida a sua importância para o desenvolvimento nacional. O agronegócio é um

termo amplo e envolve desde alimentos advindos de plantações, como a soja e o milho, até o

alimento advindo de criações de animais, como a carne bovina e suína. Porém, de acordo com

a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o carro chefe do país são os grãos. Em

2020, por exemplo, o faturamento advindo da soja foi de 175,6 bilhões de reais, 25% a mais

que o segundo item mais exportado (IBGE, 2020), a carne bovina. Além da soja, outros

produtos relevantes fazem parte da agricultura, como o milho e a cana de açúcar. A nível de

mercado interno, essa gama é ainda maior e pode contemplar: arroz, feijão, trigo e frutas de

alto consumo.
Com o crescimento da população e, consequentemente, da demanda de alimentos, com o

advento das ciências mecânicas e elétricas, ainda no final do século XIX, foram

desenvolvidos maquinários capazes de realizar tarefas como irrigação, colheita e semeio em

grandes áreas, o que proporcionou um crescimento relevante na indústria do agronegócio [5].

Mesmo que houvesse a necessidade de mão de obra humana, este tipo de maquinário já

tornava a aplicação destes métodos de irrigação, plantio e colheita mais uniformes, o que

proporciona também resultados mais otimizados. Com o crescimento da automação e a

automatização dessas tarefas por máquinas mais precisas e um sistema mais robusto,

atualmente é possível otimizar ainda mais estes processos, garantindo, sistemicamente,

parâmetros como horário de aplicação das técnicas, vazão, no caso da irrigação, entre outros

parâmetros que oferecem, ainda mais resultados, com otimização dos custos com insumos.

Hoje, com o crescimento expressivo do acesso à automação e a eletrônica, diversos processos

são controlados computacionalmente ou automatizados por CLP ou microcontrolador.

Observando o desenrolar da história, podemos estar vivendo um marco da agricultura, uma

vez que tecnologias de automatização do cultivo de espécies estão disponíveis tanto a grandes

produtores como a famílias que tem interesse em desenvolver uma agricultura de subsistência

até dentro de um apartamento, para complementar os alimentos que compram em

supermercados. Estudos mais recentes detalham técnicas e cultivo em ambiente isolado, com

controle de temperatura e umidade, capazes de viabilizar, por exemplo, a criação de morango

no nordeste brasileiro, região que, por ter clima semiárido dificulta significativamente o

desenvolvimento natural de espécies de morango, que dependem de temperaturas mais baixas

para seu bom desenvolvimento . Atualmente, as pesquisas seguem avançando com o


[6]

objetivo de aliar as técnicas de cultivo de determinadas espécies com as novas tecnologias

disponíveis no âmbito da automação, eletrônica e indústria 4.0[7], com o objetivo de tornar a

cada dia, o processo mais eficiente, eficaz, barato e acessível.


5. METODOLOGIA

Inicialmente, foi feita uma pesquisa de preços dos materiais da Tabela 2 e então estes foram

comprados nos locais que ofereciam um menor preço de venda.

Após a compra dos materiais necessários, será necessário realizar a montagem física da

estufa. Onde as placas de acrílico da base e das laterais serão coladas (utilizando a cola

selante) em formato de caixa e a placa superior será fixada utilizando dobradiça.

Serão feitos furos estratégicos nas partes laterais e superior da caixa, para a passagem de

cabos e sensores e terá furos na parte inferior da caixa, para permitir a vazão de água

excedente na estufa. Em seguida das partes de montagem e furação, o fundo da caixa será

preenchido com a base de aquário, cascalho e terra. E, os sensores e a lâmpada estarão

distribuídos da melhor maneira dentro da caixa.

Posteriormente, será realizada a parte de programação do sistema de controle da estufa, onde

o sistema irá obter dados de horário, temperatura, umidade do ar e do solo. Desse modo, o

sistema agirá de forma automática, controlando a luz, sistema de irrigação e o umidificador.

Por fim, após o cumprimento dos passos anteriores será plantado e cultivado algum vegetal de

escolha do grupo, para verificar a funcionalidade e eficácia do projeto proposto.

6. CRONOGRAMA
A Tabela 1 define quais as tarefas necessárias para que o objetivo final seja alcançado, tais

tarefas estão diretamente atreladas aos objetivos específicos.


Tabela 1 – Tabela do Cronograma

7. ORÇAMENTO
A Tabela 2 mostra quais materiais e equipamentos foram necessários para a realização do

projeto.
Tabela 2 – Tabela de Materiais

Unidad Qt Custo Custo


Item Modelo
e d Unitário Total
Microcontrolador Esp32 Wifi + Bluetooth Peça 1 R$ 34,00 R$ 34,00
Módulo Sensor De
Sensor de Umidade
Umidade De Solo Peça 1 R$ 7,95 R$ 7,95
de solo
Higrômetro para Arduino
Chapa Placa Acrílica
Caixa acrílico Cristal Kit 6 30x20cm Chapa 6 R$ 17,50 105
Espessura 2mm
Cola Selante
Tekbond PU 40 Peça 1 R$ 17,00 R$ 17,00
Monocomponente
Sensor de
temperatura/umidad Modelo DS18B20     R$ 6,50 R$ 6,50
e
Lâmpada Led Bulbo luz
Luz branca 20W sollar 30w E27 Bivolt Peça 1 R$ 21,17 R$ 21,17
Luz Branca 6500k
Terra vermelha Terra Marrom vermelha KG 3 R$ 4,00 R$ 12,00
Fios Pacote 1 R$ 13,00 R$ 13,00
Umidificador   Peça 1 R$ 40,00 R$ 40,00
Led Grow Full Spectrum
Luz roxa Peça 1 R$ 22,80 R$ 22,80
(UV +IR) 28w
Placa Biológica 14x14
Base de aquário Placa 20 R$ 1,55 R$ 30,99
Lisa pct c 20und
Bocal de lâmpada Soquete E27 Peça 2 R$ 2,50 R$ 5,00
Dobradiça de Porta 2.1/2"
Dobradiça Peça 2 R$ 2,92 R$ 5,84
Ferro Zincado
Cascalho Branco Fertin
Pedra Cascalho Pacote 3 R$ 3,39 R$ 10,17
900Gramas
Suporte para Selante   Peça 1 R$ 7,00 R$ 7,00
Total     44   R$
338,42
8. REFERÊNCIAS

[1] ROSÁRIO, João Maurício. Automação industrial. Editora Baraúna, 2012.

[2] KRIWACZEK, Paul. Babilônia: a Mesopotâmia e o nascimento da civilização. Editora

Schwarcz-Companhia das Letras, 2018.

[3] BAIARDI, Amílcar. Gênese e evolução da agricultura familiar: desafios na realidade

brasileira e as particularidades do semiárido. Revista Econômica do Nordeste, v. 45, n. 5, p.

143-156, 2014.

[4] SAATH, Kleverton Clovis de Oliveira; FACHINELLO, Arlei Luiz. Crescimento da

demanda mundial por alimentos e restrições no Brasil. Jornal de Economia e Sociologia Rural

, v. 56, n. 2 P. 195-212, 2018.

[5] LOURENÇO, Joaquim Carlos et al. Evolução do agronegócio brasileiro, desafios e

perspectivas. Observatorio de la Economía Latinoamericana, n. 118, 2009.

[6] DE SOUZA DANTAS, Carlos Eduardo et al. ESTUFA AUTOMATIZADA PARA O

CULTIVO DE MORANGOS NO SEMIÁRIDO.

[7] SAMPAIO, Leandro et al. Estufa Inteligente-Sistema Automatizado para o Cultivo de

Hortaliças. In: Anais do XVIII Escola Regional de Computação Bahia, Alagoas e Sergipe.

SBC, 2018. p. 135-140.

[8] JACOBUCCI. Jacobucci. Jacobucci, 2015. Disponivel em:


<https://jacobucci.ind.br/news/quais-sao-os-sistemas-de-irrigacao-para-estufas-agricolas/>.
Acesso em: 16 Maio 2021.

[9] JUNIOR, A. L. D. A. SISTEMA DE MONITORAMENTO E CLIMATIZAÇÃO,


Brasília, JULHO 2016. 84.

[10] REI, N. V. B. D. Construção de estufas. Embrapa Hortaliças. Brasília-DF, p. 15. 2005.


(ISSN 1415-3033).

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