Projeto Drenagem - Memorial de Cálculo - Grupo 2

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Faculdade de Engenharia de Bauru - FEB

PROJETO DE REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS DO

MUNICÍPIO DE RESENDE - MEMORIAL DE CÁLCULO

Disciplina: 2140EC1 – Drenagem Urbana


Docente: Gustavo Henrique Ribeiro da Silva

Gabriel do Couto Pavão RA: 171011899


Gabriela Bailo Gomes RA: 171010396
Isabella Doriguetto RA: 171012691
Luciana Santos Porsi RA: 171011953
Matheus Francisco Magnabosco RA: 171012585
Matheus Vinicius Piacentini RA: 171012046

Bauru/Julho de 2021
Sumário
1. Introdução 3
2. Objetivo 3
3. Considerações Iniciais do Projeto 3
4. Dimensionamento da Rede 4
4.1 Cálculo da Vazão do Escoamento Superficial 5
5. Dimensionamento das Galerias 7
5.1 Cálculo das Vazões de Contribuição 8
5.2 Cálculo dos Diâmetros 8
5.3 Cálculo das Inclinações 9
5.4 Cálculo das Velocidades 10
5.5 Soluções 10
6. Tabelas de Cálculo 10
1. Introdução
O presente documento detalha o processo, bem como as equações e seus
respectivos embasamentos teóricos para o procedimento de dimensionamento e projeto
de drenagem de uma bacia na cidade de Resende-RJ.

2. Objetivo
Este documento constitui o projeto de redes de drenagem de águas pluviais do
município de Resende. O objetivo deste relatório é demonstrar os cálculos referentes ao
dimensionamento da rede.

3. Considerações Iniciais do Projeto


Para o cálculo da intensidade das chuvas utiliza-se a equação geral que é:
𝑏
𝑎.𝑇
𝑖= 𝑑
(𝑡+𝑐)

Durante a concepção do projeto foram considerados os seguintes dados:

Figura 1: Parâmetros empregados na equação geral da chuva para


cálculo da intensidade da chuva
3.1. Intensidade da Chuva e parâmetros adotados:
Para o município de Resende, foram propostos os seguintes dados:

● Período de Retorno:𝑇𝑟 = 25 𝑎𝑛𝑜𝑠;

● Duração das chuvas: 𝑡 = 9 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠;


● Coeficiente de escoamento adotado: 𝐶 = 0, 65;
● Coeficiente de rugosidade:η = 0, 013 (tubos de concreto);
● Considerar água escoando apenas na sarjeta em meia sarjeta com altura máxima
em frente a lotes de 0,075 m e largura igual a 0,45 m.

4. Dimensionamento da Rede
Os dados característicos da idade de Resende/RJ foram utilizados para o início
dos cálculos:

● Capacidade das bocas de lobo = 80 L/s;


● Inclinação Transversal = 5 %;
● Intensidade da chuva = 3,60 mm/min

O dimensionamento será realizado em busca de escoar a maior vazão possível


por meio das sarjetas, para em seguida quantificar a capacidade de escoamento
necessária das galerias e calcular a seção necessária.
A sarjeta a ser utilizada possui as seguintes características, simplificadas em um
triângulo na figura 2 a seguir:

● y = 0,15 cm;
● w = 0,45 m;
● z = 3,0;
● n = 0,013.
Figura 2: Simplificação das características da sarjeta

Logo, podemos obter algumas informações referentes à sarjeta, as quais vão ser
utilizadas para o dimensionamento de cada trecho:
● Inclinação transversal
𝑦
𝐼𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣 = 𝑤
× 100

● Área da sarjeta:
𝑦
Á𝑟𝑒𝑎 = (𝑦 × 𝑧) × 2

Onde:
𝐼𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣: inclinação transversal da sarjeta (%);

y: altura (m);
z: tg θ;
w: comprimento (m).

4.1 Cálculo da Vazão do Escoamento Superficial


O dimensionamento do sistema se inicia com a divisão da área da bacia em sub
bacias menores. As ruas foram numeradas e tiveram seus comprimentos calculados,
assim como as áreas, com o software AutoCAD.
Com esses dados, a inclinação longitudinal de cada trecho foi calculada, com a
utilização das cotas de montante e jusante:
𝑐𝑜𝑡 𝑎𝑚𝑜 𝑡−𝑐𝑜𝑡 𝑎𝑗𝑢𝑠
𝐼𝑇 = 𝐿

onde:
𝑐𝑜𝑡 𝑎𝑚𝑜𝑛𝑡: cota do terreno a montante (m);
𝑐𝑜𝑡 𝑎𝑗𝑢𝑠: cota do terreno a jusante (m);

L: extensão (m).
A partir disso, é possível calcular a vazão teórica da sarjeta e em seguida a
velocidade de cada trecho:
8/3
𝑄𝑇,𝑠𝑎𝑟𝑗𝑒𝑡𝑎 =
0,375
𝑛
× 𝑖× 𝑧 ×𝑦( )

𝑄
𝑉= 𝐴

onde:
3
𝑄𝑇,𝑠𝑎𝑟𝑗𝑒𝑡𝑎: capacidade teórica da sarjeta (𝑚 /𝑠);

n: coeficiente de manning;
V: velocidade na sarjeta (m/s);
2
A: área (𝑚 ).
A vazão teórica calculada com base nos dados característicos é calculada com:

𝑄𝑇 = 166, 67 × 𝐴 × 𝐶 × 𝐼𝑛𝑡𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎/(2 × 1000)

onde:
𝑄𝑇: vazão teórica calculada para um lado da rua (L/s);

C: coeficiente de escoamento superficial;


𝐼𝑛𝑡𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎: intensidade da chuva (mm/min);
2
A: área (𝑚 ).

A vazão teórica acumulada é determinada com a análise dos sentidos de


escoamento da água em cada sub bacia, assim como suas respectivas inclinações. Essa
vazão é obtida com a soma de todas as vazões à montante do trecho.
Em seguida, determina-se a capacidade teórica de cada sarjeta, em função da
declividade de cada trecho e, verifica-se se a vazão de projeto exige uma altura de
lâmina d’água acima da máxima.
A Vazão de Projeto pode ser determinada com a equação abaixo:
𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 = 𝑄𝑇 × 𝐹𝑅

onde:
𝑄𝑇: vazão teórica calculada para um lado da rua (m3/s);

FR: Fator de Redução;

Com os valores de ‘z’ e ‘n’, dos trechos calculados, a altura da lâmina d’água
pôde ser obtida:
3

( )
8
𝑄𝑇
𝑦= 𝑧
375× 𝑛 × 𝐼

onde:
y: altura da lâmina d’água;
3
𝑄𝑇: vazão teórica calculada para um lado da rua (𝑚 /𝑠);

z: tg θ;
n: coeficiente de manning;
I: inclinação longitudinal (m/m).
Nos trechos que exigiram uma altura de lâmina d’água acima da capacidade da
sarjeta, foram utilizadas uma ou mais bocas de lobo, com capacidade de escoamento de
80 L/s cada, para auxiliar o escoamento. A vazão final do trecho é obtida com a
subtração da vazão das bocas de lobo da vazão teórica acumulada. Nos casos de
resultado negativo, a vazão final no trecho será zero.
Os cálculos foram replicados para todos os trechos presentes no projeto, que
pode ser observado na Tabela Anexa.
5. Dimensionamento das Galerias
A julgar pelas condições do projeto, para evitar um grande número de bocas de
lobo ao final dos quarteirões, foram adotadas bocas de lobo intermediárias a fim reduzir
o volume de água nas sarjetas.
Com os dados da tabela anexa, profundidade mínima de 1,00, inclinações
mínimas exigidas para cada diâmetro de tubulação (tabela a seguir) e velocidades
permitidas na tubulação (mínima de 0,6 m/s e máxima de 5,0 m/s) é possível fazer o
dimensionamento das galerias.

Tabela 1 - Declividade mínima das tubulações

5.1 Cálculo das Vazões de Contribuição


Conforme o detalhamento das áreas, é possível se obter a vazão de contribuição,
dada por:
𝑄 = 166, 67 × 𝐶 × 𝑖 × 𝐴𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎

onde:
Q = vazão de contribuição (L/s);
C = coeficiente de escoamento superficial;
i = intensidade média de chuva para a precipitação ocorrida durante o tempo de
concentração (mm/min);
A = área da bacia em hectares (ha).
A partir do formato de escolha das áreas, temos que a área da bacia contribuindo
efetivamente para cada trecho será de:

( )
𝑥
𝐴𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 = ∑ 𝐴𝑠𝑢𝑏−𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 − 𝐴𝑥
𝑖=𝑖

5.2 Cálculo dos Diâmetros


As galerias começam a existir a partir do posicionamento das bocas de lobos. O
diâmetro mínimo da galeria é dado pela seguinte fórmula:
3
8
𝑛×𝑄
𝐷 = 1, 55 × ⎡⎢ ⎤

⎣ 𝐼 ⎦
onde:
D = diâmetro da tubulação (m);
n = coeficiente de manning;
I = inclinação adotada (m/m);
Q = vazão de contribuição (m3/s).
Foram sempre adotados diâmetros com pelo menos 400 mm.

5.3 Cálculo das Inclinações


Visando sempre ter a maior economia possível, as inclinações foram calculadas a
partir da mínima possível para cada trecho. Definindo a profundidade inicial de cada
trecho, temos 2 possíveis situações.

● Primeira Situação: Profundidade Inicial = 1 metro


Usamos a inclinação natural do terreno para cálculo e obtenção da inclinação
mínima possível.
𝐼𝑚𝑖𝑛 = 𝐼𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜

𝐶𝑜𝑡𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙−𝐶𝑜𝑡𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙


𝐼𝑚𝑖𝑛 = 𝐿

Onde:
Cota terreno = é a cota do terreno para o começo ou fim do trecho (m);
L = extensão da galeria no trecho.
A comparação que resultar no menor valor, será a inclinação mínima. Usando a
inclinação mínima, garantimos sempre que ocorra menor escavação durante a execução
das galerias, uma vez que usaremos profundidades menores.

● Segunda Situação: Profundidade Inicial diferente de 1 metro


Usamos a inclinação que faria com que a profundidade final resultasse em 1
metro.
𝐼𝑚𝑖𝑛 = 𝐼𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜

𝐶𝑜𝑡𝑎𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙+1−𝐶𝑜𝑡𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙


𝐼𝑚𝑖𝑛 = 𝐿

Onde:
Cota fundo = é a cota da tubulação no início do trecho (m);
L = extensão da galeria no trecho (m).

5.4 Cálculo das Velocidades


O cálculo da velocidade é dado pela seguinte equação:
2
𝐼
𝑉 = 0, 397 × [𝐷 3 ] × η

onde:
V = velocidade plena (m/s);
η = coeficiente de manning;
I = inclinação adotada (m/m).

Ressalta-se que foi utilizada a velocidade plena para os determinados cálculos.

5.5 Soluções
De acordo com as recomendações da norma, foi adotado a implementação de
tubulação dupla no casos em que houve a inviabilidade de se obter uma velocidade de
escoamento menor que a velocidade crítica calculada.
Para o dimensionamento da tubulação dupla utiliza-se a seguinte equação
considerando que cada tubulação será responsável por 50% do fluxo de água:
3
𝑄 8
η× 2
𝐷 = 1, 55 × [ ]
𝐼

6. Tabelas de Cálculo
As planilhas de cálculo acompanham o memorial.

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