Trabalho APS de Psicologia Construtivista (UNIP)
Trabalho APS de Psicologia Construtivista (UNIP)
Trabalho APS de Psicologia Construtivista (UNIP)
6º SEMESTRE NOTURNO
NOVEMBRO de 2020
1
JOSÉ RICARDO BELTRAMINI DE MELO
RIBEIRÃO PRETO – SP
NOVEMBRO DE 2020
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Sumário
Métodos...........................................................................................................................06
Resultados e Discussão..................................................................................................07
Conclusão.......................................................................................................................08
Bibliografia.....................................................................................................................09
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Introdução e Introdução Teórica:
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acontece a tomada de consciência da formas, transpondo-as nos desenhos, mesmo que
não correspondam exatamente as formas desejadas.
Na terceira etapa temos o “Estágio Esquemático” que perdura dos 7 aos 9 anos.
É no “Estágio Esquemático” que o conceito de forma já se encontra introjetado,
tornando possível desenhos e símbolos de seu meio social, do seu ambiente, que se
configuram em tentativas de descrição do meio.
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percepção empírica. Há a junção do real com a elaboração de continuidade do objeto
por parte da criança.
Com Jean Piaget, temos a percepção do desenho juntamente com outras noções,
como a imagem semiótica, o jogo simbólico e as imagens mentais. Refere-se ao
surgimento de uma função semiótica na criança, advinda da necessidade de sua
categoria sensório-motora em atribuir significações. Assim, a criança inicia-se através
de uma imitação diferida, onde desenvolverá a imitação de gestos sem a presença da
figura mimetizada.
Temos, por sequência, o jogo simbólico, em que se acessa níveis fora do alcance
do sistema sensório-motor. É ainda um gesto de imitação, mas há a inserção de objetos
simbólicos na sua atividade, para que possa se apropriar da realidade a sua volta, uma
vez que a linguagem enquanto principal meio de adaptação social, não é acessível para
ela. Assim, inicia-se o princípio da imagem gráfica, o desenho, sendo ainda um
elemento de intermédio do jogo (imitação) e da imagem mental, manifestando-se a
partir dos 2 anos.
Métodos
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materiais indicados para sua faixa etária: giz atóxico e folha sulfite. O ambiente para a
realização do desenho fora um ambiente aconchegante, tranquilo e seguro.
Resultados e Discussão
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Ao interpretarmos os desenhos do nosso caso sob a teoria de Luquet, podemos
compreende-lo como um grafismo fruto do que o autor denomina de “Realismo
Falhado”, em que podemos observar tentativas de representação de objetos diferentes.
Temos desenhos diferentes, sem um sentido de continuidade entre eles, sobrepostos.
Assim como é descrito na etapa de Luquet, em que um conjunto de representações não
formam um conjunto de sentido, o que o autor caracteriza pela imperfeição de destreza
da coordenação.
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Se pensarmos o grafismo infantil em questão na perspectiva de Jean Piaget,
podemos entende-lo como uma produção do estado pré-operatório, onde a inteligência
representativa começa a se manifestar. Temos como evidência a esse ponto as tentativas
de formas produzidas no desenho, em que procura representar um objeto ausente de sua
sala de aplicação, baseando-se no seu significado, que no caso, toma vida nas formas.
Também podemos perceber a presença da linguagem no comportamento da criança
durante a atividade, traço observável durante o período pré-operatório.
Conclusões:
Com o desenho produzido por O.P podemos identificar que a criança em questão
está identificando a diferenciação entre os objetos, adquirindo contorno para os seus
conhecimentos, porém ainda necessita de treinamento e aperfeiçoamento de sua
coordenação para aperfeiçoa-las. Suas diversas indagações ao aplicador também
revelam alguns aspectos que o indivíduo perpassa, como por exemplo, uma fase pré-
operatória, com a manifestação da linguagem que comunica suas vontades de
demonstrar seu desenho aos pais.
Referências:
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Piaget compara a imagem interior com o modelo interno de Luquet, que consiste em entender a
representação mental que o desenho manifesta.
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PIAGET, J.; INHELDER, B. A função semiótica ou simbólica. In: A Psicologia da
Criança. 3ª ed. Trad. Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Difel, 2003.
GOULART, Íris Barbosa. Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor.
25ª. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
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