CT PC - Geral
CT PC - Geral
CT PC - Geral
- Duto de admiss�o: tem como finalidade ordenar o fluxo de entrada do motor, a fim
de garantir o bom
funcionamento do compressor. Existem basicamente 4 tipos de dutos de admiss�o, s�o
eles o tipo PITOT,
SIMPLES ENTRADA, DUPLA ENTRADA e BOCA DE SINO.
- Pitot: � amplamente usada em avi�es de velocidades subs�nicas. Tem por
caracter�stica um pequeno
comprimento interno, que serve para reduzir o atrito do ar nas paredes internas do
mesmo e aproveitar
melhor a press�o de impacto do ar. Nas velocidades pr�ximas � velocidade do som,
este tipo de duto de
entrada perde a efici�ncia por causa das ondas de choque que se formam na sua
entrada de ar.
- Simples: � usado em motores de fluxo axial, para proporcionar o fluxo de ar
direto atrav�s do
motor. As perdas de energia s�o reduzidas quando os dutos s�o curtos, pois assim, o
atrito do ar com
as paredes internas ser� menor.
- Dupla entrada: tamb�m conhecida como entrada dividida, facilita mais a difus�o do
ar e, em alguns
casos, ela � requerida, principalmente onde prevalece interfer�ncia de equipamento
ou de
constitui��o estrutural do avi�o. A entrada de ar de forma dupla entrada �
empregada em avi�o ca�a
dotado de um �nico motor.
- Boca de sino: a entrada de ar � um funil com boca de sino, sendo empregado para
ensaios de motores
em bancos de testes. F�cil instala��o e remo��o, seu projeto pretende obter elevada
efici�ncia
aerodin�mica. Tem a finalidade de conduzir ar ao compressor com as menores perdas
poss�veis, pois
possui bordos cuidadosamente arredondados, de modo a n�o promover resist�ncia �
entrada de ar, sua
perda de press�o � t�o pequena que � considerada zero. Usualmente equipado com uma
tela protetora,
o que resulta em uma perda de efici�ncia, que deve ser corrigida em par�metros nos
quais o motor
opera.
- Estator: al�m do rotor girat�rio, o compressor possui um estator formado por p�s
ou l�minas
estacion�rias.
- L�minas ou p�s vari�veis do estator/Variable Stator Vanes: alguns motores possuem
l�minas de �ngulo
vari�vel no estator, as quais corrigem constantemente o fluxo de ar sobre as
l�minas rotativas, a fim
de evitar o estol de compressor.
- Turbina: serve para extrair pot�ncia dos gases queimados, a fim de acionar o
compressor e outros
acess�rios. Nos motores aeron�uticos s�o usadas somente turbinas do tipo AXIAL. As
p�s da turbina
est�o sujeitas a altas temperaturas e por isto s�o fabricadas com materiais
resistentes ao calor,
podendo ter canais e orif�cios de resfriamento atrav�s de ar comprimido. Al�m das
l�minas rotativas,
a turbina tamb�m possui l�minas fixas que constituem o estator.
- Tipos de turbinas: se dividem em tr�s tipos distintos, compat�veis com a passagem
formada entre as
palhetas do estator e as do rotor para a passagem dos gases.
1�: Turbina de impulso: na turbina de impulso, a passagem entre suas palhetas
orientadoras �
CONVERGENTE, e a sua �rea de entrada � maior do que a de descarga, promovendo a
acelera��o dos gases
que deixam o orientador, o que resulta em diminui��o de temperatura e press�o. Os
gases aceleradores
s�o dirigidos contra as palhetas do rotor e na passagem, atrav�s dessas palhetas,
sofrer�o mudan�a
de dire��o, surgindo nas palhetas uma for�a de impulso (dos gases acelerados contra
as palhetas do
rotor) que faz o rotor girar.
2�: Turbina de rea��o: na turbina de rea��o, a principal fun��o do estator �
orientar os gases que,
ao atravessarem o espa�o entre as turbinas, n�o s�o acelerados.
3�: Turbina de impulso-rea��o: os motores a rea��o empregam uma turbina que �
usualmente uma
combina��o equilibrada dos dois tipos anteriores, sendo conhecida como turbina de
impulso-rea��o. A
combina��o entre os dois tipos de turbina, para a forma��o desta, � feita de
maneira bem sucedida, de
modo a projetar-se as pontas das palhetas para o m�ximo de rea��o e as ra�zes das
mesmas para o
impulso, misturando-os de modo que as devidas caracter�sticas sejam aproximadamente
metade impulso e
metade rea��o.
Motores com dois rotores: nestes motores, h� dois compressores e duas turbinas. O
rotor de alta
press�o gira mais rapidamente, funcionando numa faixa de press�es mais elevada.
Essa subdivis�o da
carga de trabalho aumenta a efici�ncia e ajuda a reduzir a possibilidade de estol
de compressor.
- Rotor de baixa press�o (N1).
- Rotor de alta press�o (N2).
Bocal propulsor: um motor a rea��o poderia funcionar sem o bocal propulsor, mas os
gases deixariam a
turbina ainda pressurizados, desperdi�ando essa energia na atmosfera. O bocal
propulsor serve para
aproveitar a energia de press�o, aumentando a velocidade dos gases, e ainda
corrigir o fluxo que se
encontra desalinhado ao deixar a turbina.
*Existem bocais propulsores vari�veis, utilizados em avi�es militares. Quando o
bocal � aberto, a
velocidade e a press�o dos gases diminuem, e quando � fechado, ocore o contr�rio.
Motor turbojato: tamb�m conhecido como jato puro, � um motor adequado a velocidades
supers�nicas
(maiores que a velocidade do som). Para as velocidades subs�nicas, apresentam
consumo excessivo e
pouca tra��o. Al�m disso, � extremamente ruidoso, tornando sua opera��o proibida em
muitos aeropotos
no mundo. Por essa raz�o, o turbojato tem sido abandonado a favor dos seus
derivados como o turbofan
e o propfan.
*100% do ar de entrada � encontrado na sa�da.
*Entrada/compress�o/combust�o/exaust�o.
Motor turbo�lice: derivado do jato puro, e a energia dos gases � aproveitada para
acionar uma h�lice.
A turbina do motor possui dimens�es e est�gios suficientes para extrair cerca de
90% da energia dos
gases para girar a h�lice atrav�s de uma caixa de engrenagens de redu��o. Os
restantes 10% foram um
jato residual que � aproveitado para aumentar a tra��o. � um excelente propulsor
para velocidades que
n�o excedam em muito os 600KM/H. Esta limita��o deve-se � helice, cujas p�s tornam-
se ineficientes
quando atingem velocidades pr�ximas do som. O motor possui um sistema de preven��o
contra gelo na
entrada do ar atrav�s de resist�ncias el�tricas de aquecimento, para impedir a
ingest�o de gelo e
consequentes danos no compressor.
Motor turbofan: formado por um turbojato (denominado n�cleo), cuja turbina aciona
conjuntamente o
compressor e um fan (ventilador). A massa de ar movimentada � maior que no
turbojato, resultando em
maior tra��o e menor consumo. O fluxo de ar quente do n�cleo � envolvido pelo ar
frio do fan e sua
intensidade � menor que no turbojato, devido a pot�ncia que lhe foi extra�da pela
turbina. Isso torna
o motor mais silencioso. Com todas essas vantagens, o turbofan acabou substituindo
os turbojatos,
exceto em poucos avi�es militares.
*LOW BYPASS FAN: 100% do ar de entrada � dividido em 25% (fluxo de ar frio do fan)
e 75% (fluxo de ar
quente do n�cleo).
- Uma caracter�stica importante do turbofan � a raz�o de deriva��o (bypass ratio),
que indica a
propor��o entre as massas de ar impulsionadas pelo fan e pelo n�cleo. Os antigos
turbofan tinham
raz�o de deriva��o menor que 1 (o fan do movimentava uma massa de ar menor que a do
n�cleo). Hoje,
existem motores turbofan com raz�es de deriva��o iguais a 6 (massa de ar
movimentada pelo fan seis
vezes maior que a do n�cleo). No sentido puramente te�rico, o turbojato � um caso
particular de
turbofan com raz�o de deriva��o igual a 0. Mais recentemente, foram desenvolvidos
os motores
propfan, situados numa faixa intermedi�ria entre o turbofan e o turbo�lice,
destinados a velocidades
tamb�m intermedi�rias.
Motor a foguete: �nico motor capaz de funcionar sem o ar externo, pois utiliza o
combust�vel e o
comburente (ou oxidante) transportados pelo pr�prio ve�culo. Este motor � usado em
ve�culos espaciais
e alguns avi�es experimentais destinados a pesquisas.
Motor pulsojato ou pulso-reator: n�o pode ser usado em avi�es pois � extremamente
ruidoso,
antiecon�mico e vibra fortemente. J� foi usado em m�sseis e em helic�pteros
experimentais
(instalados na ponta do rotor). O seu funcionamento ocorre em dois tempos. PRIMEIRO
TEMPO (a admiss�o
da mistura ar/combust�vel ocorre atrav�s da redu��o de press�o causada pela in�rcia
da massa de gases
de escapamento de combust�o anterior. Esses gases funcionam como um pist�o
deslocando-se para fora do
tubo de escape. O motor pode funcionar parado, pois n�o depende do impacto do ar. A
v�lvula de
l�minas mant�m-se aberta por efeitos de mola) e SEGUNDO TEMPO (a vela efetua a
igni��o da mistura. A
press�o resultante da combust�o fecha a v�lvula de l�minas e provoca a sa�da dos
gases atrav�s do
tubo de escape e o motor recebe um impulso propulsivo). Para o motor iniciar o
funcionamento �
necess�rio por na c�mara ar comprimido que, misturado com o combust�vel formar� a
carga combust�vel.
Inicialmente uma vela produz centelhas para queimar a carga. Depois, o calor
acumulado no duto �
respons�vel pela combust�o da carga.
Combina��o de motores
- Turbo estato: � uma das combina��es mais antigas, em que o motor turbojato
apresenta externamente
um duto que forma o motor estato reator. Nas decolagens, subidas e pousos, o avi�o
com motor
turbo-estato � propulsionado pelo motor turbojato, enquanto que em cruzeiro a
propuls�o se faz pelo
estata reator.
- Turbo foguete: � geralmente um reator mais leve e menor que o turbo estato,
por�m, apresenta
elevado consumo de combust�vel. O avi�o ou ve�culo em que o mesmo for instalado
carrega oxig�nio para
o motor. O motor tem um compressor de baixa press�o, que � acionado por meio de uma
turbina. Esta
recebe os gases da combust�o do querosene e oxig�nio l�quido na c�mara. Como a
temperatura neste
local � muito elevada, � lan�ado combust�vel em seu interior, com a finalidade de
resfriamento, a fim
de proteger as turbinas. O combust�vel lan�ado na c�mara, ao sair da turbina,
mistura-se com o ar do
compressor e � queimado juntamente com o combust�vel queimado nos queimadores
posteriores do motor.
Ignitores:
IGNITOR COM FENDA DE AR RESTRITO.
IGNITOR COM OBTURADOR DE SUPERF�CIE.
Sistema de lubrifica��o
- �leo lubrificante sint�tico: na atualidade, os sistemas de um modo geral utilizam
�leo lubrificante
sint�tico, derivado de uma base vegetal, a fim de atender as exig�ncias mais
rigorosas.
- Requisitos para �leo lubrificante:
BAIXA VISCOSIDADE (o motor a rea��o n�o possui pe�as que executem movimentos
alternativos, assim as
cargas nos mancais s�o baixas e n�o ficam expostas a temperaturas elevadas).
BAIXO PONTO DE CONGELAMENTO (o que permite fluir livremente a temperaturas muito
baixas,
principalmente para as partidas em tempo frio).
ALTO PONTO DE FULGOR (o que caracteriza pequena varia��o de densidade para uma
grande gama de
temperatura de exposi��o para o �leo, evitando que haja perdas por evapora��o/baixa
volatilidade).
CAPACIDADE DE SUPORTAR ELEVADAS CARGAS (� uma caracter�stica de resist�ncia da
pel�cula de
lubrifica��o �s elevadas press�es e altas temperaturas de rota��o dos mancais e
engrenagens).
ALTO CALOR ESPEC�FICO (o que permite uma �tima condutibilidade t�rmica, em
benef�cio da
refrigera��o das pe�as).
Opera��o do motor
- Tra��o de decolagem: � a m�xima tra��o dispon�vel para a decolagem do avi�o. H�
dois tipos de
tra��o, uma quando o motor tem inje��o de �gua e a outra quando n�o tem. A primeira
� chamada de
tra��o molhada e a segunda, tra��o seca. Tanto um tipo como o outro � limitada a
sua utiliza��o em
tempo, cujo valor mais adotado � o de 5 minutos. A tra��o de decolagem tem limites
de utiliza��o com
rela��o � altitude e temperatura do ar.
- Tra��o m�xima cont�nua: � a tra��o m�xima que pode ser usada sem restri��es de
tempo. Esta tra��o
� usada somente em condi��es de emerg�ncia, a crit�rio do piloto.
- Tra��o m�xima de subida: para que o avi�o tenha a m�xima raz�o de subida, usa-se
este tipo de
tra��o, que muitas vezes � a mesma tra��o m�xima cont�nua.
- Tra��o m�xima de cruzeiro: � a m�xima tra��o usada em voo de cruzeiro.
- Marcha lenta: nesta fase de opera��o obt�m-se a m�nima tra��o no solo ou em voo.
Partida no solo: antes de se dar a partida em um motor � rea��o, seja para teste no
solo, seja para
um voo, deve-se tomar uma s�rie de cuidados e efetuar uma inspe��o cuidadosa, n�o
s� do motor e do
avi�o, mas da regi�o pr�xima ao avi�o, cujos itens principais s�o:
- A �rea onde ser� feita a prova no solo dever� ser limpa, n�o s� de objetos e
detritos como tamb�m
de equipamentos.
- A entrada de ar e a sa�da dos gases do motor n�o devem ter qualquer objeto. J�
ocorreram diversos
casos em que uma chave de boca esquecida na entrada do compressor condenou o motor
ao lixo.
- O pessoal no solo que acompanha a prova do motor deve ter roupas fechadas, os
audifones colocados
nos ouvidos e ficar fora das �reas de perigo.
- O avi�o deve ser colocado em posi��o de modo tal que as entradas de ar e sa�da de
gases estejam
voltadas para as regi�es de concreto.
- O avi�o deve ser travado em suas rodas, n�o s� na parte traseira como na
dianteira.
- Deve o equipamento contra inc�ndio estar em ordem e em local pr�prio.
- Durante a partida deve haver uma pessoa no solo, para aletar o operador do motor
quanto a fogo,
danos, etc.
- Fazer uma inspe��o externa do avi�o.