Características, Diagnósticos, E Tratamento Do Transtorno Opositor Desafiador
Características, Diagnósticos, E Tratamento Do Transtorno Opositor Desafiador
Características, Diagnósticos, E Tratamento Do Transtorno Opositor Desafiador
OPOSITOR DESAFIADOR.
TEMA
Reconhecer na medida em que o TOD interfere no desenvolvimento escolar
da criança.
PROBLEMA DE PESQUISA
Como o TOD interfere no desenvolvimento escolar da criança?
OBJETIVO GERAL
Descobrir de que maneira o TOD interfere no desenvolvimento escolar do
aluno.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar as características, o diagnóstico e possível tratamento para o TOD.
Saber quais as atitudes a serem tomadas durante o transtorno em sala de
aula.
Reconhecer os problemas que o TOD pode trazer na vida do aluno.
JUSTIFICATIVA
Uma vez que o TOD é um transtorno novo para muitos e não possui muitas
pesquisas concretas sobre ele, torna-se importante adquirir conhecimentos sobre
este assunto, ainda mais quando não se sabe lidar com o aluno em sala de aula.
Visto que, nós educadores podemos nos deparar com alunos que possuem o
Transtorno Desafiador Opositor, é de suma importância que saibamos como agir
diante deste, para que o aluno não seja excluído e tenha um bom desenvolvimento.
1 Introdução
Este artigo contém estudos sobre o tema “Reconhecer como o TOD interfere
no desenvolvimento escolar da criança” e centra-se na seguinte questão: De que
forma o TOD interfere na aprendizagem do aluno? Esta temática se justifica, visto
que nós, educadores, podemos nos deparar com alunos que possuem o Transtorno
Desafiador Opositor, sendo de suma importância que saibamos como agir diante
deste, para que o aluno não seja excluído e tenha um bom desenvolvimento.
O trabalho tem como principal objetivo descobrir de que maneira o TOD
interfere no desenvolvimento escolar do aluno, mas também são suas finalidades
identificar as características, o diagnóstico e possível tratamento para o TOD, saber
quais as atitudes a serem tomadas durante o transtorno em sala de aula e
reconhecer os problemas que o TOD pode trazer na vida do aluno. Além disso,
destaca – se que o TOD é um transtorno muito novo e não possui muitas pesquisas
relacionadas, torna-se necessário adquirir conhecimentos sobre esse assunto,
principalmente quando pode haver dificuldades para lidar com esse aluno em sala
de aula.
Além disso, podemos destacar que com um tratamento efetivo e com auxilio
do professor é possível amenizar os sintomas de quem tem esse transtorno. A
pesquisa também ressalta, o quão importante é descobrir formas de alcançar o
aluno que possui o transtorno de forma que ele possa confiar no professor e permitir
com que ele possa auxiliá-lo. Sendo assim, o aluno terá uma enorme evolução em
sua aprendizagem, por ter um profissional que conheça e saiba como lidar diante de
todas as dificuldades deste estudante.
2 Metodologia
A investigação a que se propôs este artigo é qualitativa de caráter
exploratório-descritivo, visto que foi conduzida a partir de pesquisa bibliográfica e de
campo, acerca de reconhecer em que o TOD interfere no desenvolvimento escolar
da criança, no intuito de organizar fundamentação teórica pertinente ao trabalho,
assim como meios de relaciona-la a realidade.
Com esse propósito, a pesquisa foi organizada a partir de tópicos adequados
aos seus objetivos. Sendo assim, primeiramente apresentou-se identificando as
características, o diagnóstico e possível tratamento para o TOD. Após, foram
tratados aspectos relativos, a saber, quais as atitudes a serem tomadas durante o
transtorno em sala de aula. E, por último, aprofundou-se teoricamente, reconhecer
os problemas que o TOD pode trazer na vida do aluno.
O aspecto descritivo da pesquisa, por sua vez, foi constituído a partir de
entrevistas, com psicólogo, um psiquiatra e uma psicopedagoga, sendo analisadas
através de comparações entre as respostas dos entrevistados. Para compor esta
análise, foram utilizadas categorias que, segundo Minayo,“A realidade social é o
próprio dinamismo da vida individual e coletiva com toda a riqueza de significados
dela transbordante. Essa mesma realidade é mais rica que qualquer teoria, qualquer
pensamento e qualquer discurso que possamos elaborar sobre ela.”
3 Fundamentação Teórica
O Transtorno Opositor Desafiador consiste em um padrão de desobediência,
comportamento hostil e de desafio. Os pacientes com esse transtorno discutem
excessivamente, não aceitam responsabilidade, perdem facilmente o controle
quando as coisas não acontecem da forma como eles querem, e possuem
dificuldades em seguir regras. As crianças começam a apresentar características
logo no início da infância, época em que se esperam esses comportamentos. Eles
não costumam não assumir a responsabilidade por suas ações, mas culpam os
outros pelos seus erros ou comportamentos inadequados. Por isso, há grande
necessidade de avaliar as situações em que estes comportamentos ocorrem, a
intensidade e prejuízo que geram a fim de diferenciar esse transtorno dos desafios
normais da idade.
É normal que crianças e adolescentes em algum momento de suas vidas
desobedeçam, testem limites, desafiem. Estão em crescimento, estão conhecendo e
se posicionando no mundo, encontram dificuldades e desafios e reagem das mais
diferentes maneiras e às vezes é desafiando os adultos.
O transtorno é mais comum entre aqueles indivíduos que, nos anos pré-
escolares, têm temperamento problemático. Por exemplo, alta reatividade, ou
dificuldade em serem acalmados. Durante os anos escolares, pode haver baixa
autoestima, instabilidade do humor, baixa tolerância à frustração, blasfêmias e uso
precoce de álcool, tabaco ou drogas ilícitas.
Segundo Silva, o “Transtorno Opositor Desafiador ou Transtorno Desafiador
de Opositor é um padrão de comportamento chamado de disruptivos, forma de
liberar impulsos agressivos, tipo de comportamento que prejudica as pessoas com
as quais se convive, criando conflitos” (SILVA, 2017, p.15). Esse comportamento
acaba prejudicando a própria pessoa por toda a rejeição que ela passa a receber de
outros indivíduos.
O conjunto de atitudes de agressão que podem aparecer em casos de TDO é
muito vasto e pode variar de acordo com as características de cada família. O
comportamento pode se manifestar não apenas sob a forma de atitude ativa no
sentido de agredir, mas, também, através de comportamentos como o silêncio, a
omissão, a apatia, o emudecimento.
O comportamento desafiador aparece ao longo da evolução das crianças e
pode tomar diferentes caminhos, que vão desde a passividade total em que ela
permanece sistematicamente inativa quando precisa obedecer, ao extremo de
xingar, tiver acessos de cólera, hostilidade, irritação, agressividade e discussão para
com figuras de autoridade, pais ou tutores. Em muitos casos pais e professores
costumam confundir o transtorno com hiperatividade, falta de educação, ou de
limites. Os sintomas do Transtorno Opositor Desafiador são similares em ambos os
gêneros, todavia, meninos podem apresentar esses sintomas e comportamento mais
persistentes.
Geralmente, este transtorno se manifesta por volta dos oito anos de idade e
pode ter a idade mais crítica na adolescência, que é a idade das contradições, da
irritabilidade, do desafio dos limites impostos pelo mundo adulto. Para que o
comportamento difícil e problemático seja caracterizado como Transtorno Opositor
Desafiador, deve haver violações importantes que se estendem além das
expectativas apropriadas à idade da pessoa e que sejam de natureza mais grave
que as travessuras de criança ou a rebeldia que caracteriza certa parcela dos
adolescentes.
As causas do transtorno desafiador opositivo são complexas e multifatoriais.
Os estudos científicos evidenciam que múltiplos fatores de risco estão relacionados
ao surgimento do transtorno. Esses fatores são eventos, características ou
processos que aumentam as chances do desencadeamento do problema
comportamental, e seu desenvolvimento está provavelmente relacionado com uma
quantidade de fatores de risco presentes na criança. Todos esses possíveis fatores
estão relacionados com questões sociais, psicológicas e biológicas, sendo suas
interações responsáveis pelo surgimento, desenvolvimento do Transtorno Opositor
Desafiador. TOD, que parece ser mais comum nas famílias em que o pai ou a mãe
teve algum transtorno.
Um diagnóstico mais precisa e conclusivo sobre as causas de um
comportamento agressivo e opositor só pode ser feito por um profissional
competente da área de psicologia que poderá fornecer um laudo médico. O primeiro
passo é a realização de uma avaliação minuciosa que possa trazer dados
consistentes a fim de se traçar uma linha de bases, para conhecer quem é a pessoa,
como foi sua história de aprendizagem e quais são as relações estabelecidas com o
contexto. A avaliação permite trazer um diagnóstico funcional, apontar diagnósticos
diferenciais e escolher as técnicas mais pertinentes e eficazes para serem utilizadas
no processo terapêutico.
Os terapeutas comportamentais indicam que os melhores resultados
podem ser obtidos quando é realizada uma orientação familiar, com o
objetivo de modificar sua postura com os filhos, principalmente para ficarem
mais atentos aos comportamentos adequados e reforçá-los, tentando não
provocar comportamentos desafiadores. Pais e professores, ao perceberem
comportamentos extremos e persistentes nos seus filhos e alunos precisam
ficar atentos, acompanhar, comunicar a quem possa proporcionar uma
ajuda competente. Mas quando sua conduta passa a ser por demais
individualizadas e quando os adultos ou responsáveis não conseguirem
alcançá-la, uma observação mais atenta e competente precisa ser buscada.
(Tatiana Cristina Gonçalves, 2017)
Em nosso meio, muitas vezes, não dispomos dos recursos necessários para o
tratamento da criança ou adolescente com comportamento antissocial. Quando
esses recursos existem, nem sempre as famílias têm condições de comparecer ao
serviço na frequência recomendada. O profissional de saúde mental pode ser útil
estabelecendo prioridades. Não só o professor precisa estar preparado para receber
o aluno com TOD, como também todas as pessoas na escola, afinal, a convivência e
o trabalho pedagógico não se resumem ao professor apenas.
O professor precisa ajudar para que o aluno, mesmo com TOD, avance no
seu processo de aprendizagem. O educador não pode desistir de nenhum dos seus
alunos por mais grave ou difícil que seja a situação. Para o professor intervir
corretamente neste caso, é preciso que o aluno tenha sido diagnosticado
adequadamente por profissionais competentes e aptos a fazerem tal
reconhecimento.
4 Análise e discussão de resultados
5 Considerações parciais
Por fim, este trabalho tem grande importância para alunos e professores,
proporcionando mais conhecimento, afinal transtorno desafiador opositor ainda é
muito pouco reconhecido por educadores e familiares, que acabem pensando que é
apenas birra e mal comportamento.
6 Referências
Silva, Tatiana Cristina Gonsalves da. Transtorno Opositor desafiador – Como
enfrentar o Tod na Escola. Universidade Candido Mendes AVM. Rio de Janeiro
Ano 2017. Disponível em:
https://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/posdistancia/53309.pdf.
Acesso 15.10.2019.
Camponi, Sandra Noemi. Dispositivos de segurança, psiquiatria e prevenção da
criminalidade: o TOD e a noção de criança perigosa. Universidade Federal de
Santa Catarina. Florianópolis SC. Ano 2018. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/326664399_Dispositivos_de_seguranca_ps
iquiatria_e_prevencao_da_criminalidade_o_TOD_e_a_nocao_de_crianca_perigosa.
Luria, Clínica. O TRANSTORNO OPOSITIVO-DESAFIADOR (TOD). Ano 2018.
Disponível em:
https://www.facebook.com/clinicaluriapousoalegre/posts/1206994476070948/
Acesso 15.10.2019.