Parasita PDF
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Primeiro Ato
Uma eternidade vazia
Um momento, no meio do nada, uma alma vaga dentre a eternidade, atormentada por
vários espectros.
Traçando um caminho frio e escuro, com árvores mortas por toda a estrada, e sons
agoniantes dos espectros que lhe atormentava, essa alma seguia sem olhar para trás
mesmo com os lamentos mais horrorizantes.
Passo após passo, ele chegava mais perto de uma luz, e os espectros iam ficando para
trás, talvez pelo medo da luz.
De frente a luz, uma voz surgiu:
- Me diga seu destino, alma itinerante.
Alma não conseguia falar, sua voz era suprimida no mar dessa luz.
Relutante, a alma anda em direção a luz, e com um calor acolhedor ela engole seu corpo.
Novamente a voz aparece, mas dessa vez ela está ecoando pela sua mente:
- Sua voz é vazia, que você busca desta vez minha criança?
Seu lado direito, um homem de cabelos loiros como o girassol mais saudável, com uma
cicatriz da testa que engole seu olho e segue até o pescoço, corta a mulher e lamenta:
- Não há lugar, não há família, só precisava ser mais forte e então eu farei tudo para
conquistar o meu lugar e …
- O nosso pecado vai nos consumir até o inferno nos engolir Rose, isso é, se existir um.
Dizia a voz masculina
Os espectros ficam olhando para luz, e se rodeiam enquanto a luz engole totalmente a
alma.
Mesmo após ir, eles seguem lá, lamentando e talvez orando, a alma se lembra a voz de
cada um deles.
É assustador só de lembrar o som que eles faziam enquanto estavam vivos.
Esse lugar, transformou a vontade da minha alma em minha arma, como humano eu
sempre tive dificuldade em evoluir, me aperfeiçoar, quem diria que voltar como um
parasita e que eu teria exatamente o que busquei por tanto tempo.
Evoluir, que poder maravilhoso.
As memórias da alma estavam embaçadas, como se estivesse esperando por algo para
desbloquear las.
Por mais lento que a mente dessa criança fosse, rápido ele entendeu que seria necessário
ter mais e mais desses pontos para evoluir.
A grávida deu luz a uma criança frágil, e com alguns problemas de saúde, que
ironicamente é minha culpa.
Minha culpa?
Olá Xenos, me desculpe, espero que no abismo você não volte para me atormentar.
A mente de Xenos estava confusa como se ele estivesse falando com outra pessoa, mas
ele está sozinho.
Sua mãe o acorda fazendo carinho na sua cabeça e dando uma sopa para Xenos.
Mas a sobrecarga causou uma febre tão forte que o faz apagar toda vez que acorda.
A voz da mãe não parece fazer sentido, mas ele sente um alívio e mesmo sonhando, ele
sorri.
No sonho a pequena criança vê as duas partes da alma, suas vozes também não fazem
sentido, mas ele segura a mãos deles e segue por um caminho de luz, então da luz, surge
um rio de sangue.
Mesmo assim, um sentimento de paz permeia Xenos.
Ao acordar a criança fica olhando a tela, e então, instintivamente marca uma opção, com
uma dualidade de pensamentos.
“Esse é o melhor traço para ter.” … “Mas como eu sei isso” … e uma voz feminina
surge bem baixinho “Não se preocupe, deixe acontecer”.
Ainda tentando aprender mais de si mesmo ele começa a refletir sobre a sua existência.
Xenos a criança mais nova da família xerat, com dois anos;
Seu pai um trabalhador, e sua mãe uma dona de casa.
Vivendo em uma pequena vila com uma casa dada pelo lorde dono do campo o qual ele
trabalha.
Curioso ele começa a notar como é seu pai e sua mãe, seu pai é um homem grande, de
cabelos vermelhos e olhos azuis, aparentemente humano, ele passava uma figura de
segurança, sua mãe, uma mulher de cabelos brancos como neve, e olhos azuis, sua
orelha tinha uma ponta fina e grande, uma palavra surgia na sua mente: “elfa”, e ela
passava uma sensação de acolhimento e dava um sentimento quente em seu peito.
Ao olhar seu reflexo em um balde com água ele descobre sua aparência, diferente de
seus pais ele era mais humano, seu cabelo ruivo e longo igual ao seu pai e olhos pretos
como a noite, ao se comparar com seus irmãos ele sentia a diferença no rosto e no tipo
de corpo, por isso o “elfo” causava um efeito em sua mente.
Seus dois irmãos, Ikytar o irmão do meio e seu irmão mais velho Xyro;
Ikytar um meio elfo de cabelo ruivo igual ao seu pai, orelhas menores só que pontudas e
um rosto redondo, passava uma sensação de amigo, e Xyro totalmente “elfo”, puxando
sua mãe, cabelos brancos e olhos azuis, sua sensação era de paz, como olhar um rio.
A sua mãe olhava para ele com uma cara de preocupação, é quando, seus pensamentos
são quebrados, e seus irmãos o levaram para fora de casa no colo, vendo as memórias,
isso acontecia algumas vezes, quando Xyro estava em casa.
Olhando para trás, enquanto era carregado, ele conseguia ver uma casa pequena com
várias folhagens, feita em suma de barro e algumas outras plantas, essa casa enchia seu
pequeno coração de alegria e um calor inexplicável.
E em sua frente, via uma vila cheia de casas semelhantes, umas com flores junto as
plantas, rodeados por uma floresta de árvores altas com uma passagem ao norte
totalmente limpa, estradas de pedra por toda a vila, e um rio que cortava a vila passando
para a floresta.
O seu irmão mais velho colocou Xenos em cima de um tronco, e ficou conversando com
outras crianças maiores, já as menores ficavam correndo e pulando nas árvores.
Analisando mais a vila, ele notou um muro entre a floresta e a cidade, nesse muro tinha
escadas de madeira e corda, com postos de vigilância;
Novamente tudo era feito de barro com algumas plantas, tendo em algumas partes várias
flores dentro e fora do muro.
Todas as crianças eram mais parecidas com “elfos”, havia apenas 2 humanos lá, (3 com
Xenos) e eram crianças pequenas que ficavam no troco junto com Xenos.
Após um bom tempo juntou-se 15 (contando com ele) crianças onde xenos estava.
Contar doía ainda mais a sua mente, mas ele estava se acostumando com a dor.
Xenos tentavam interagir com as crianças menores, mas nenhuma delas tinha a mínima
noção do que ele estava tentando fazer, então algumas juntaram e bateram nele.
Foi quando algumas crianças maiores chegaram e separaram a briga, então Xenos
começou a tentar conversar, mas as palavras não saiam.
Foi quando uma menina elfa, com uma cor de pele marrom, sentou do seu lado e ficou
ouvindo as tentativas fracassadas de Xenos.
Essa elfa, depois de muito ouvir os grunhidos falou:
- Uhum, entendi tudo, ei não me apresentei ainda, eu sou Lilya e você?
Lilya não acreditava no que ouviu e chamou Xyro, só que Xenos não conseguiu falar de
novo, e toda vez que tentava apenas saia grunhidos.
Ao pôr do sol as crianças foram chamadas para dentro, e a refeição, era a mesma que
sempre comeu, algumas frutas e legumes em uma tigela de madeira, banhadas no leite,
só que a dualidade em sua mente o fazia estranhar a comida.
Sua mãe então, com um sorriso acolhedor, tentava acalma ele enquanto dava a comida
na boca de Xenos, aos poucos se acostumava com a ideia, então com determinação,
pegou o prato e comeu igual aos seus irmãos com a colher de madeira que sua mãe o
alimentava.
Ao deitar, seu pai chega e em uma noite bem escura, sendo iluminado apenas pela vela
da cozinha, Xenos dorme em uma cama improvisada de panos velhos, um dia simples
mas que o entregava felicidade.
Em seus sonhos, ele conseguia conversar com as figuras de antes, sem entender as
palavras, apenas assimilando o sentimento, a figura masculina então o ensina a andar, e
no sonho ele corre livremente.
Na manhã, Xyro e Xenos estão com os olhos fundos, já que não conseguiram dormir por
causa da barulheira de seus pais.
Seu pai então avisa Xyro que é hora de trabalhar, após tomar o café da manhã, que
consistia em uma cesta de frutas frescas.
Xyro e o pai se vestem com roupas grossas e de manga longa, junto a uma bota grande
negra que estava cheia de terra.
Era como se sufocasse entre seus grunhidos, mas isso abriu um sorriso na boca deles, em
casa sua mãe estava chocada de surpresa e Ikytar ria.
Ao olhar para trás Xenos perdeu o equilíbrio, se debruçando no chão.
Ikytar queria carregar Xenos para o centro da vila como Xyro havia feito, mas ele mal
conseguia levantar seu irmãozinho.
Foi quanto Xenos começou a engatinhar e andar, seguindo Ikytar, toda vez que ele não
aguentava andar, caia e continuava engatinhando.
Isso deixava Ikytar com brilho em seus olhos.
Ao chegar no centro, Xenos não conseguia subir sozinho no tronco, então Ikytar e mais
2 amigos ergueram Xenos e colocaram ele lá.
Novamente no canto, ele ficava isolado, mas em um momento uma menina elfa tentou
bater em Xenos, dessa vez ele se machucou, com um furo no mão, ele via o sangue e a
menina chorava.
Sem pensar ele agarrou o pescoço da menina, e enfiou a mão com sangue na boca dela.
Ao notar a situação, as crianças maiores tentaram afastar Xenos mas ele mordeu uma
mão até sair sangue e ficou batendo com sua mão ensanguentada.
Ikytar então pega seu irmão e leva para a casa.
Uma fama surgia sobre o nome de Xenos, uma criança violenta que não podia ser
deixada com as outras.
Ao anoitecer os pais da menina conversavam com sua mãe, e Xenos ficava olhando para
o nada com olhos vazios enquanto sua mãe, seus irmãos e seu pai davam uma bronca
nele.
A partir daquele momento Xenos era largado em casa, e ele usava esse tempo para fazer
experiências.
Xenos e as duas figuras agora conseguiam conversar sem estar em um sonho, e elas
guiavam ele em cada experiência.
Xenos descobriu que a pontuação diverge de cada indivíduo o qual ele infecta.
5 pontos para humanos, 1 ponto para insetos menores, e 3 para esquilos/camundongos.
- Sim, mahmãe.
Mesmo que ele conseguisse falar, suas pronuncias ainda eram falhas, porém, eram
compreensíveis.
Ao anoitecer, Ikytar e Xyro conversavam sem parar com Xenos, quase não deixando-o
dormir.
Seus irmãos estavam admirados, em particular Ikytar o admirava ainda mais, mesmo
tendo uma visão negativa pelo evento no centro da vila.
Para ele, Xenos era um gênio de péssimo temperamento, igual a um vilão das histórias
do velho guarda.
Na manhã seguinte, Xyro ficaria em casa, então ele, Ikytar e Xenos foram para o centro
da vila, mesmo Xyro querendo carregar seu irmãozinho ele se recusava e ficava
engatinhando e caindo, com um fervor nos olhos.
Ao chegarem ele conseguiu subir no tronco sozinho e as crianças que chegavam tinham
medo de ficar perto dele.
Um dos meninos vai buscar ela e a leva para a casa, já que abriu um buraco em sua testa
quando ela caiu no chão.
Xenos ficava sozinho olhando para um lago, com uma pequena pedra ele fura seu dedo e
ponha na água.
Então, ele fica olhando para o nada esperando alguma mudança nos seus pontos.
Ao notar Xenos sozinho, Lilya desce de uma árvore próxima comendo uma fruta
estranha mas que sempre está no seu café da manhã.
Xenos então fica em silêncio, mas aos poucos consegue coragem para responder Lilya.
- Eu ainda … estou aprendendo, eu não tenho 20 anos, tenho só 2.
Seu nervosismo embaralhava suas palavras, e com uma sonância estridente, ela tinha um
misto de reações tanto de risada quanto de carinho.
- Claro.
A partir desse dia, todos os dias Xenos ia até o centro da vila para aprender a falar
conversando com Lilya.
E com isso um ano se passou como se passa o dia e a noite.
Xenos começava a ver algumas mudanças no seu corpo, manchas brancas surgiam nele,
uma mancha criou uma mecha de cabelo branca no meio de seu cabelo ruivo.
E depois uma mancha em seu olho fez com que ele mudasse de cor, isso assustava sua
mãe que tinha preocupação com a saúde frágil dele.
Mas, com o traço de melhoria física sua saúde melhorou muito, raramente ele ficava
doente, esses eventos aconteciam principalmente quando ficava muito frio.
Seu aniversário de 3 anos chegou e a única pessoa de fora da família era Lilya.
Ikytar e Xyro estranhava ninguém ter aparecido já que eles planejavam uma festa
surpresa para Xenos, porém quando chegou a hora todas as crianças estavam no centro,
como se eles não existissem.
Mas Xenos não se importava, para ele sua família já era o suficiente para encher lo de
sorrisos, nesse momento Lilya teria se tornado parte da família de Xenos;
Na sua festa pela primeira vez ele comeu o pão especial de sua mãe, era um pão azul
crocante por fora mas por dentro era tão mole quanto algodão-doce, o suave gosto
agridoce do pão marcou sua mente.
Eles passavam tanto tempos juntos que sua mãe e seu pai já consideravam a Lilya como
uma namorada do Xenos, isso levou a um problema grande, as crianças maiores
começaram a rejeitar Lilya por causa disso.
Algumas vezes até faziam pegadinhas que tinham o propósito de machucar ela, só que
mesmo sabendo o motivo, ela não parava de conversar com Xenos.
Certo dia alguns meninos maiores resolveram afogar o Xenos chamando ele de
aberração.
Tudo começou em uma tarde em que ele estava olhando para um peixe que ele tinha
infectado, mesmo sem ter a certeza disso, o peixe estava estranhamente ligado a ele.
Quando, por trás 4 meninos maiores se aproximaram e sentaram do seu lado.
Ao olhar para trás ele via mais dois meninos olhando para o centro e para eles como se
estivessem vigiando.
Mas outro menino grande achou que Xenos estava zombando dele, então ele agarrou o
pescoço de Xenos e olhou no fundo dele.
- Sua aberração eu sei que está zombando de nós, deveríamos te caçar igual fazemos
com os goblin da floresta.
- Talvez isso dê uma lição nele e faça ele ficar longe da Lilya.
Dizia o primeiro menino, sem se envolver no afogamento, apenas olhando.
Uma vez, eu estava cobrando um homem, afinal esse era meu trabalho cobrar a escória
da sociedade que pega dinheiro com os monstros e não pagam, mas esse homem, invés
de chorar para mim e para os meus subordinados que ele tinha família e que pagará
assim que der, ele olhou bem fundo nos meus olhos e brigou com os subordinados.
Mesmo com furo na cabeça ele se erguia, e com olhar que queimava em chamas ele
continuava lutando contra meus subordinados.
Naquele momento eu senti medo verdadeiro, e como um covarde eu o esfaqueei, foi
nesse momento que eu deixei de ser humano.
Quem diria que em outra vida eu seria veria os olhos desse homem em mim.
Perdendo a consciência ficando sem ar, o cachecol que protegia Xenos do frio intenso
afundou no lago, fazendo ele sentir um choque térmico enorme e uma dor de de outro
mundo.
Se vendo abeira do precipício Xenos agarra a mão da figura masculina.
- É a hora de mostrar a eles do que somos capazes.
O menino que empurrava o pescoço de Xenos no rio queimo a mão, ao ponto de sair
fumaça, e levantando da água, ainda sem consciência Xenos soltou um bafo de fogo pela
boca que queimou o rosto de um dos meninos que segurava sua mão, e as pernas dos
outros enquanto fugiam.
De si mesmo saia uma fumaça, e partes da sua pele se queimava no processo, seus olhos
estavam tomados por uma luz azul, e ele não sentia nada além de dor.
Após um guarda ver a luz ele correu em direção a ela, quando ele viu 3 meninos
chorando de dor queimados, Xenos desmaiado com uma fumaça saindo dele, e outros 2
paralisados de medo, com lágrimas por toda a cara e com fedor de mijo e merda saindo
deles.
Naquela noite, uma lua de sangue surgiu, e todas as 6 crianças não mais foram vistas.
Xenos foi cuidado por sua mãe e seus irmãos, que ficaram aliviados de ver seu
irmãozinho ainda vivo.
Xenos dormiu por duas semanas inteiras, e quando acordou estava com algumas partes
da cara queimada, pernas moles e uma fraqueza inexplicável, mas depois de alguns dias
de tratamento da sua mãe e treinos físicos ele voltou ao normal.
Depois de acordar, as crianças voltaram a falar com ele e se desculparam por isolar ele.
Depois de um mês do evento, dois dos garotos voltaram da floresta, nus e se tremendo
de medo, com uma cicatriz enorme na barriga eles foram até Xenos que estava
brincando no centro da vila e pediram desculpas.
E ele aceitou as desculpas, mas esses meninos nunca mais foram os mesmos, sempre
estava cheio de medo, e de vez em quando se escondiam e choravam.
Xenos aparece e cumprimenta o elfo, mas como se fosse algo natural ele abaixa a cabeça
e se apresenta.
- Eu sou Xenos, prazer em te conhecer.
- É meu prazer te conhecer Xenos, eu sou me chamo Donehdorf, mas eu sei o quanto é
complicado lembrar, então pode me chamar de lorde, ou donny.
- Exatamente, isso é uma doença que veio no seu nascimento, ela afeta apenas a você,
mas ela não vai te matar ou algo do tipo.
- Magia?
- Porque não há escolas na vila, se você soubesse sobre isso provavelmente te trataria
como um espião, ou algo do tipo.
- Exatamente Xenos, um instinto, isso só prova que você é abençoado, eu vou te fazer
um pedido agora, por favor Xenos eu gostaria de te ensinar você a usar magia.
- Claro Lorde Donehdorf, eu definitivamente quero aprender mais sobre isso.
Os olhos de Xenos brilhavam.
- Bom, foi mais fácil do que eu esperava, eu ia te falar sobre a questão de manter sobre
controle para não machucar os moradores, bom então amanhã você vai com seu pai para
a minha casa e eu começarei a te ensinar tudo que precisa saber sobre magia.
Foi um prazer Xenos.
Ao contar para sua família sobre o convite do lorde eles ficavam felizes por Xenos, sua
mãe lhe conta sobre o como o lorde usava magia para proteger os trabalhadores durante
invasões de goblins e untaros.
Xenos então pergunta a sua mãe o que é goblins e untaros quando ela está lavando as
cestas fora de casa.
- Goblins são pequenos bichos verdes e algumas vezes marrons que atacam as pessoas
para roubar comida, as vezes sangue, se tiver um hobgoblin que é a evolução deles,
acabam sequestrando as pessoas para matar e comer;
Já o untaro é uma besta que anda em quatro patas e tem uma calda com escamas que
brilham mais que o sol, o bico dele parece de um pássaro, que ataca por comida também.
- Desculpe filho, eu não sei nada, infelizmente não fui abençoada com esse poder, fico
feliz de ver que um filho meu conseguiu o que eu sempre desejei.
Xenos se sentia estranho, e no vazio de sua mente as figuras argumentavam, afinal tudo
aconteceu por culpa de Ícaro;
Nós nos tornamos monstros que conseguem superar a natureza é isso que eu fiz, óbvio é
apenas uma figura de linguagem, mas provamos o impossível possível.
Lágrimas saiam dos olhos de sua mãe, ela rapidamente tirou a mão e começou a chorar.
- Se acalme mãe, veja minha mão está molhada, pelo visto eu estava certo, magia não é
um dom é uma condição?
- Eu fiz uma pesquisa, estava com essa dúvida na cabeça, por mais que você criou pouca
água foi o suficiente para sentir alguma diferença.
Parabéns mãe, você consegue usar magia, mas precisa de uma condição.
- Uma condição?
- Naquele dia eu senti medo, e raiva, muita raiva, faz sentido se tornar fogo, eu imaginei
que sentiria o mesmo, que estranho, você não sentiu raiva né?
- Ou o Lorde está mentindo para a gente, ou ele não fez esse experimento tão simples, e
para um homem que consegue fazer com que a gente não sinta frio com um simples
pedaço de tecido que se coloca no pescoço é meio óbvio qual é a resposta.
- Acorda dorminhoco!
Dizia seu pai balançando Xenos para acordar
- Você tem sua primeira aula hoje.
Hoje também seria o primeiro dia de trabalho do Ikytar, então toda a família ia para a
casa do lorde hoje.
Ao seguir a única estrada, que levava ao norte chegam em uma fazenda gigantesca, algo
que desperta uma série de sentimentos em Xenos, e maravilha Ikytar, cheia de
trabalhadores contando ao mínimo umas 70 pessoas, muitos rostos eram desconhecidos,
provavelmente moradores de outra vila já que havia muitos mais estradas na fazenda.
Diferente da vila, a fazenda era rodeada por grandes campos, e no centro uma casa
gigante, totalmente de madeira com flores roxas que voavam e voltavam para o telhado,
algo que refrescava os olhos de quem via.
Os trabalhadores também não eram os mesmos, havia uma diferença de raça muito
grande. Elfos, elfos negros e humanos brancos e negros, ele se animo, pela primeira vez
em tanto tempo ele conseguiu ver pessoas que se pareciam com ele.
Dentre a plantação andava o lorde, seu cabelo brilhava muito mais que o próprio sol,
deixando sua pele ainda mais pálida, um brilho descomunal em meio a um bando de
trabalhadores.
Com um sorriso no rosto, ele dizia palavras que soavam como melódia, mesmo distantes
dele:
- Bom trabalho a todos, espero o melhor de vocês hoje, gostaria de parabenizar a Imyr
que está cuidando das flores apenas a 5 meses e conseguiu criar um jardim tão cheio de
vida.
De pessoa em pessoa, campo a campo, reduzia sua distância falando com cada
trabalhador.
- Bom dia Ivan, bom dia Ikytar, bom dia Xyro e, por fim, bom dia Xenos, espero
grandes coisas de vocês hoje, Xenos se não se importar, gostaria que entrasse na casa
primeiro, eu ainda tenho alguns trabalhadores para cumprimentar, e então entrarei para
lecionar.
O interior da casa era maior ainda, ao entrar Xenos foi cumprimentado com duas
serventes, vestidas totalmente preto, ambas eram ruivas, mas uma possuía olhos verdes e
a outra azuis.
A madeira brilhava, algumas poucas mobilhas e um cheiro doce magnífico.
Sentado em um banco de madeira, Xenos esperava ansiosamente pelo lorde.
- Xenos, a pergunta agora é séria, e ditará o quanto você tem que aprender, o que é, para
você, a magia?
- Para mim? Bom, eu acredito que a magia seja uma reflexão do estado de espírito,
quero dizer se você elevar a emoção de alguém é capaz de ela (Xenos para de falar do
nada.) possa mostrar magia se tiver afinidade.
- Xenos, eu não vou lhe punir por falar a verdade, eu sou um mago, qualquer
conhecimento em relação a magia eu vou aceitar de braços abertos.
Você questionaria a afinidade, certo?
- Sendo sincero, não consigo entender como uma afinidade se estabelece, é algo
aleatório? É algo biológico?
O lorde interrompe Xenos.
- Eu usei fogo com raiva, e se eu tivesse medo, teria usado outra coisa? E se eu não
tivesse afinidade conseguiria usar algo?
- Essa perguntas são ótimas, por favor não se restrinja de fazer elas; (O Clima muda e o
Lorde começa a fazer uma cara séria.)
A palavra que você usou Xenos, biologia, ela significa o estudo dos seres vivos, ou
melhor era o que significava para os humanos, Xenos, eu consigo sentir a mentira, você
não mentiu para mim quando disse que era um sonho, mas mentiu sobre o seu jeito de
dizer, então farei uma pergunta curta e cruel.
Xenos você é um reencarnado?
- Muitos lugares Lorde, mas definitivamente nenhum parecido com qualquer coisa que
aqui pode mostrar.
Eu nunca tive contato com magia… ou elfos.
- Então por que você diz que só escolhidos podem usar magia?
- Seja realista Xenos, como eu ensinaria todos do vilarejo a usar magia? Além de não ser
só uma vila, e sim 3 delas, ensinar pelo menos 100 pessoas é algo fora de controle.
- Mas não seria útil ter alguns magos usando magia de terra para melhorar a colheita?
O lorde sorri, e uma das serventes o chama dizendo que terminou a organização, mas
antes de cortar o assunto ele fala seguindo para a sala:
- E se eu te disser que meu objetivo não é melhorar a colheita? Vamos é hora de estudar.
Infelizmente ele perde o sono pensando na falta de resposta do lorde sobre usar magia
no campo, um bando de teorias passavam em sua mente, mesmo tendo a melhora
cognitiva ela não era o suficiente para fazer lo encontrar uma resposta;
No dia seguinte segue a mesma rotina. E assim no outro. E no outro.
Sendo praticamente a mesma coisa por uma semana inteira, quando ele consegue soltar
magia pela sua boca sem se ferir, como um bafo de dragão.
Xenos entendeu que o assunto da fazenda só deveria ser debatido em um momento
especial, mas ele não se importava, pois o que ele buscava lá oferecia.
Ele também aprende a ver uma ligação de magia entre quem ele infectou.
Infelizmente ele não infecta ninguém na casa do lorde, pois não esteve sozinho nenhuma
hora.
Um mês então se passa da mesma rotina e ele consegue usar outras magias, mas
novamente tudo pela boca.
No segundo mês de treino seria o seu aniversário, agora ele comemorava seu quarto ano,
com a Lilia e seus irmãos.
O lorde não foi em sua casa, mas no dia seguinte lhe deu uma toquinha de presente.
No terceiro mês, ele volta mais cedo e sozinho por desmaiar sem magia, e ao chegar em
casa ele vê sua mãe usando magia de água, ela olha para Xenos vendo aquilo e fica
desesperada.
- Você não devia estar aqui, VOCÊ NÃO DEVIA ESTAR AQUI.
- Se acalme mãe.
- Se acalme mãe, você conseguiu isso pelo seu próprio caminho, tenho certeza que ele
não se importará em te ver assim, ou te dar aulas também.
- Você acha que eu posso ser uma maga? Ser igual ao Lorde?
Ao cair o véu da noite, Xenos olhava para o céu tentando entender, mesmo que ele
tivesse explicado à sua mãe sobre a mecânica dentro de usar magia, ele se surpreendeu
ao saber que um placebo funcionaria tão bem sobre a mente dela, afinal a água na mão
dela seria apenas suor.
Xenos consegue convencer o lorde sobre ensinar sua mãe também, e durante um mês ela
aprende magias elementais.
Mas então, em um dia de neve, onde sua mãe resolve ir mais cedo para a casa e acaba
sendo morta em uma emboscada de alguns goblins.
O caso era interessante, os goblins perto do corpo estavam queimados, eles tinham facas
feitas de metal, porém não eram polidas.
Sua mãe foi morta com uma flecha disparada contra seus olhos.
Ao ver a situação o lorde ficou assustado, alguns guardas avisam que ela esteve
consciente por um tempo, e nesse tempo desejou adeus a toda a família.
Os goblins queimados tinha algumas armaduras, bem rústicas, mas era um uso do metal
por um monstro coisa que atiçou a mente do lorde.
E ao voltar ele teve que explicar ao Xenos a morte de sua mãe.
- Você está errado Xenos, vocês são mais do que gado para mim, afinal eu me esforço
para lembrar o nome de cada um, cada um de vocês é uma parte de mim.
- Então isso aqui é algum tipo de experimento? Por quê? Qual o sentido de brincar com
as pessoas assim?
Após ficar em silêncio por um tempo, o lorde se senta de frente para Xenos e fala:
- O que eu busco é muito maior do que o pouco de humanidade que eu tenho, mesmo
assim, … , (sua voz começa a ficar mais alta) eu faço o que eu posso, EU NÃO … Eu
não desperdiço cada um de vocês como se fossem nadas.
- Então, se você tem algum, mesmo que seja pequeno, traço de respeito por mim, ou pela
minha mãe, me diga qual é o propósito? Qual é a merda do sentido do porque estamos
aqui.
- Então é melhor eu ir caçar de onde vieram esses goblins, eu prefiro morrer igual minha
mãe morreu, do que viver sabendo que eu estou preso aqui apenas esperando a morte.
Ao se levantar e sair, o Lorde segurou o braço do Xenos, e ele começou a criar fogo na
boca.
O som da faísca se intensificava quando o Lorde falou:
No vazio da mente, Xenos se via quebrado em dois, ao mesmo tempo que tentava ingerir
o que acabava de ouvir, Rose e Ícaro estavam quebrados.
Família era a única coisa que soava em sua mente.
E o Xenos cai no choro enquanto vai ver seu pai e seus irmãos.
Ao ver o corpo de sua mãe, Xenos sentia uma parte de si quebrando, o seu pai apenas
deu um beijo na testa dela, e disse que a amou como se fosse a última pessoa do mundo.
A família então volta para a casa, pois as crianças não paravam de chorar.
Xenos via seu pai sozinho, e tentando falar com ele, mas ele agia normalmente, fechado,
sem chorar sequer uma vez.
Ao anoitecer seu pai chega com frutas e diz que foi um presente do lorde, ele enchem o
estômago de frutas e dormem.
No dia posterior os irmãos já vão trabalhar, apenas Xenos fica em casa, deprimido sem
nenhuma motivação para levantar.
No terceiro dia Lilya começa a morar com Xenos, para cobrir os afazeres de casa, e dar
um conforto emocional para Xenos.
Mesmo sendo um pedido do Lorde, isso era algo que Lilya já faria.
Depois de um tempo, Xenos começa a se abrir com Lilya e eles começam uma conversa
sobre o futuro:
- Xenos, eu sei que as coisas não estão dando certo, mas você precisa continuar
estudando, o Lorde todo dia senta na sala e fica te esperando, falando que você vai lá
estudar;
- Eu estou em treinando, mesmo assim eu pedi vir para cá, quando ele estava escolhendo
alguém para ajudar vocês.
Os olhos de Xenos se enchem de lágrima e ele abraça Lilya que não havia entendido o
peso das palavras que falou.
Mesmo constrangida, ela abraça Xenos e fala que tudo vai melhorar.
Naquele momento ele percebeu, que ainda havia coisas a proteger.
A noite, seu pai e seus irmãos voltam, e são recebidos com alguns pratos feitos pela
Lilya, todos elogiaram a comida, então Xenos e Xyro levaram Lilya para a casa dela, ao
chegar lá, ela deu um beijo na testa de Xenos e se despediu.
Xenos não conseguiu dormir nessa noite, ele ficava vendo e revendo a imagem da Lilya
beijando a sua testa.
Ícaro se acalmou e voltou a conversar normalmente no abismo da mente com Xenos e
Rose.
Na calada da noite, Xenos acorda com alguns barulhos pela casa, e então ele
silenciosamente vai ver o que é.
Ele então nota seu pai buscando algumas ferramentas e volta a dormir.
Ao amanhecer Xenos é acordado por Xyro desesperado, então saindo de casa ele nota
que há uma multidão envolta de uma árvore em seu quintal.
Xyro, e Ikytar tentam segura Xenos, mas ele nota as lágrimas em seus olhos.
A carruagem do lorde chega, e a multidão se afasta, quando se afastam ele consegue ver,
seu pai havia se enforcado no galho de uma árvore.
Ele estava perplexo, quando por um momento o mundo se quebra como vidro.
- Se sentindo sozinho?
Dizia um menino loiro com um rosto familiar.
- (Uma leve risada) Nesse momento nossa mente está confusa e provavelmente quando
voltarmos vai ser uma jornada bem difícil, quero dizer, primeiro nossa mãe e agora o
nosso pai.
- Você me conhece?
Xenos estava confuso.
- Ícaro, Xenos na real pode me chamar do que quiser, no fim eu sou você e você sou eu.
- Sabe eu vinha aqui muito quando era criança, eu nunca mais vim aqui desde o dia que
fui expulso de casa, talvez seja por isso que não consigo me mostrar adulto aqui.
- Porque eu fracassei, era para eu ser o melhor da minha família, mas eu fracassei.
Um ruído começa.
- O Fracasso Xenos é algo que muda a vida das pessoas, eu mudei e muito, se eu tivesse
estudado mais, ou me esforçado mais eu teria conseguido, não seria um mar de
lamentações que sou hoje.
- Mas você não sou eu Ícaro?
- Você é a junção de mim, da rose e de você mesmo, eu queria mudar você com o melhor
de mim, mas me desculpe eu não fui capaz.
Xenos você está tendo que aguentar muitas coisas, muito rápido, e o único jeito que eu
posso te ajudar…
- Eu sei, Ícaro, o único jeito de me confortar é me dando esse lugar para acalmar o meu
espírito.
Muito obrigado, eu me sinto mais preparado para enfrentar o que está por vir.
Ícaro abraça Xenos e eles são cercados por pétalas de flores, que levam eles de volta ao
mundo real.
Ao abrir seus olhos Xenos vê seu pai enforcado na árvore, o cheiro estava forte, algumas
moscas rodeavam o corpo dele e ele estava com muito sangue na boca.
Xyro e Ikytar tentaram fechar os olhos de Xenos para que ele não visse, então Xenos
abraça seus irmãos e diz que tudo ficará bem.
- Xenos eu sei que vai ser difícil, primeiro sua mãe, agora o seu pai, mas assim que
melhorar volte a estudar comigo, leve o tempo que precisar tá bom?
No dia seguinte os irmãos já se animaram, foram brincar com alguns amigos no centro
da vila, entretanto Xenos ainda estava parado.
Lilya consegue fazer ele sair de seu refúgio no fim da tarde, e passa a tarde toda, além da
noite conversando com ele.
Pela primeira vez os dois dormiram juntos.
Mas no meio da madrugada são acordados por um barulho muito alto, Xyro e Ikytar
também acordam, e ao sair de casa eles vem os guardas tocando um berrante enorme,
quando de repente um cai do murro, e outro.
Desesperados os que estavam em cima do murro descem.
Então, eles conseguiam ver uma luz saindo da casa do lorde e indo até o céu.
A luz deixou a noite mais clara.
Do nada goblins, bicho humanoides de pele verde e com orelhas pontiagudas sobem o
muro e começam a atirar flechas de lá.
Um grito alto que ecoa na mente deles, os goblins ficam congelados, da carruagem do
lorde sai uma névoa vermelha.
- Xenos consegue me ouvir?
Xenos então corria para o centro da vila onde a carruagem do Lorde estava, os guardas
do Lorde saem da carruagem e começam a gritar.
“Fogo, bola de fogo, fogo espiral”
Algumas dessas magias derrubam os goblins, mas poucos.
Era um bicho igual aos goblins só que de pele roxa, a feição era mais assustadora e
gigante, do tamanho de mais ou menos duas casas.
Alguns guardas lutam com os goblins que caíram, enquanto os guardas do lorde soltam
magias no goblin imperador.
Xenos solta seu bafo de fogo nos goblins que chegam perto.
Mas tudo está ruindo, os goblins estão chegando mais e mais perto, e o goblin imperador
não parece recuar.
Da luz sai um homem de meia idade, de aparência elfíca, com algumas cicatrizes no
rosto, olha a situação e diz:
- Qual é a situação tenente Yparo?
O homem vestia uma roupa estranha, algo semelhante a um colete, e tinha vários bolsos.
- Matias, eu não vou carregar um rifle isso vai estragar toda a operação, vá logo e mata o
goblin.
Então os goblins começam a corre para cima deles, e quando os guardas e Xenos matam
eles, eles explodem, deixando uma fumaça roxa.
Não havia nada além da carcaça dos goblins mortos e do goblin imperador, no meio das
ruínas das casas perto do muro.
Quando pensaram que acabou, os corpos dos goblins se transformaram em uma gosma
roxa, e foram para o goblin imperador.
- Menos papo Matias, eu também não estou gostando da situação, chame algum outro
oficial, isso não parece que vai ser resolvido assim.
A luz então diminuía e então revelou que o goblin imperador diminuiu de tamanho.
Ficou do tamanho de um goblin comum.
Uma voz distorcida, dizia enquanto soltava ruídos estranhos na fala:
- Vocês mataram meu pai, depois abusaram de mim, e agora me mataram, o que mais
vocês querem?
Eu… estou… com fome.
- Que a deusa me ouça, que o tempo pare, para o amanhecer chegar, infusio!
- Doni é o campo ALICE ou campo INA que busca por reencarnados da guerra?
- Eu sei o que tu quer Matias por isso eu usei a infusão de mana, mas esse bicho evoluiu
do nada, sem traços para eu saber.
- Matias volte logo com a ajuda, XENOS CORRA! Eu não sei por quanto tempo o
sangue que infundi na minha magia vai aguentar.
Xenos corre de volta para a segurança, e uma mensagem surge nos seus olhos.
Xenos não entendia nada, então deixou isso para outro momento.
//Evoluir//º Traços genéticos: melhoria cognitiva nv.2/ transmissão por sangue nv.1/
melhoria física nv.1/ eclosão de ovos nv.max // º Traços de alma: dualismo nv.max/
Alma ilegal nv.? //
Da luz, surge o homem, e mais 3 pessoas, jovens, dois meninos um loiro e outro de
cabelo branco, e uma menina loira, ambos de aparência elfíca.
- Obrigado senhor.
Xenos vai em direção a roda de pessoas que estava no topo do monte perto da sua casa,
lá os guardas dos moradores fazia a contenção e vigia.
Xenos se reencontra com seus irmãos e com a Lylia que estava chorando de medo.
Depois de abraçar e acalmar ela os guardas soltam suas armas dizendo que estavam
mortos.
Ao olhar para baixo, uma horda de goblins surgia pulando das ruínas do muro e das
casas.
Muitos morriam queimados e cortados pelos feitiços do pessoal lutando na luz espiral,
só que alguns conseguiram passar e estavam em direção ao bolo.
Xenos olha aquela massa de goblin chegando e se lembra do lorde falando que infundiu
sangue com sua magia, ele tenta fazer isso mas fracassa.
Então o caos é solto, e os moradores começam a rezar, chorar e brigar uns com os
outros, algumas mulheres e homens ficaram nus no meio do bolo, surtando de desespero.
Então diz para seus irmãos se esconderem em casa, pega uma das armas que os guardas
abandonaram e foi em direção a massa.
Quatro guardas e alguns homens velhos acompanharam Xenos dizendo que só
desistiram mortos.
Então a realidade se quebra de novo, dessa vez em um vazio escuro ele vê a feição de
Ícaro e Rose.
- Xenos você é muito novo, deixe isso conosco.
Eu nunca fui um herói, sabe, mas é só fazer o que eu sei fazer de melhor, dançar em
meio ao sangue.
- Por que vocês fariam isso? NÓS não íamos mudar a nossa história?
Xenos fala indo aperta a mão da feição.
- Esta inato na nossa natureza, mas afinal, não estaríamos fazendo o bem dessa vez?
Limpando a escória desse mundo novamente.
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Ao abrir os olhos, aquela horda não assustava Xenos, ele então corta o outro pedaço da
sua mão.
Chegando em meio a horda, ele jogava sangue na cara dos goblins e cortava o pescoço
dos próximos.
Para afastar os que ele tacou sangue, soltava o seu bafo de fogo que os afastava, então
focar e matar os outros.
//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 6 pontos.
//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 11 pontos.
//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 26 pontos.
Os pontos não paravam de subir, e a destreza que aquela criança tinha no meio de um
mar de sangue encorajava os moradores que foram com ele.
Aos poucos os goblins todos morriam e a massa enorme de goblins, agora se resumia a
alguns.
Um feixe de luz gigantesco corta o céu, saindo do centro da batalha, onde o goblin
imperador foi preso em uma jaula de vidro amarela de forma igual a um cubo.
A batalha havia terminado com inúmeras baixas elfas, e incontáveis corpos de goblins.
Deixando a vila em ruínas e muitas famílias quebradas.
As consequências ressoariam para sempre, mas o lorde tomou inúmeras medidas para
minimizar os impactos.
A vila seria reconstruída mais perto da mansão, e um muro maior, com mais qualidade
estava sendo construído.
Havia muitas caras novas na vila durante a semana que se passou, provavelmente
pessoas que vieram da espiral de luz.
Lilya havia perdido seu pai e seu irmão durante o evento, então criou uma obsessão com
Xenos, estando com ele a todo momento, mas isso não era ruim, porque agora ele era o
centro da família, com seus irmãos e Lilya contando como o cabeça.
As pessoas não entendiam, e nem se importavam como uma criança de quatro anos tinha
defendido tanta gente.
- Bom dia Xenos, vejo que está bem movimentado a sua casa, fico feliz que vocês
estejam conseguindo se recuperar.
Dizia o Lorde um tom doce;
- Bom dia Xenos, me chamo Matias Kayvar, eu sou um tenente igual ao Donehdorf, só
que eu sou da ala de proteção.
- Bom dia Lorde, bom dia tenente Matias, é um prazer te conhecer, no que posso ajudar?
- Xenos, acho que não é legal conversar, venha vamos dar uma volta.
Matias, Xenos e o lorde vão andar pela nova vila, e em um campo onde não havia
ninguém eles se sentam.
- Xenos, se alguém me dissesse que uma criança de quatro anos lutou junto a um bando
de marmanjo barbado, para defender seu povo, eu não acreditaria.
Diz Matias.
- Eu agradeço o elogio lorde Donehdorf, mas eu não sou um gênio da magia, apenas fiz
o certo na hora certa.
- Você está errado senhor, eu sou um renascido, e no meu antigo mundo não havia
magia, como eu avisei ao lorde anteriormente.
E no final, mesmo que eu tenha a alma de outra pessoa, ainda tenho os problemas de ser
criança, sei que não vou tomar as melhores decisões…
Matias olhas para o Donehdorf, saca a arma que tinha usado na luta e aponta para a
cabeça de Xenos.
- Doni me desculpa, eu planejei manter isso o mais normal possível, mas o menino não
quer colaborar.
Você vem comigo por bem ou por mal.
- Criança você está certo, um maluco que vai sem medo para o campo de batalha não
teme a morte, mas tenho certeza que …
Xenos sabia das suas desvantagens de lutar ali, não só o seu corpo de criança como
também o Lorde poderia mudar de lado a qualquer momento.
- Sabe, eu sempre vi crianças mortas, talvez seja a minha chance de finalmente matar
uma.
- Xenos por favor desista, eu vou te proteger, você só tem isso se continuar vai irritar o
Matias e vamos ter problemas.
Dizia o Lorde desesperado.
- Não lorde não tenho só isso, as coisas mudaram muito desde daquele dia;
E aquela batalha me mudou muito mais do que você pode imaginar.
E Xenos continua.
- Eu irei sempre //Evoluir// para proteger, aquilo que eu busco, não importa o caminho,
não importa o resultado…
Ao falar essas palavras Xenos via suas antigas vidas, onde ele teve que abandonar tudo
que era importante para ele em diversos momentos.
- (…) Para sobreviver, e continuar.
Os olhos de Xenos brilharam em um tom púrpuro.
Ele sabia que humanos são frágeis, não era necessário uma magia absurda para matar
alguém, apenas acertar do jeito certo, no lugar certo.
- INFUSIO.
Enquanto uma névoa vermelha saia do machucado de Xenos, o Lorde conjurou uma
infusão em Xenos, que fez ele parar por alguns segundos, e deu espaço para o Matias
fugir.
Xenos então escapa e da posição onde estava Matias surge uma estaca do que é do
tamanho dele.
- Empalamento vivo, boa escolha criança, de novo tenho que me desculpar pelas ações,
tome aqui um curativo.
Matias novamente se abaixa em respeito a Xenos, e dessa vez entrega a ele um pote com
ataduras e outro com um líquido que fedia a álcool.
- Eu também tenho que me desculpar Xenos, era a ideia do Matias testar o seu potencial
mas não esperava que ele fosse tão longe a ponto de te ferir.
- Depois do que eu fiz você pode ter perdido a confiança em mim criança, e eu não
questiono isso, sei que o Doni pode te fazer um ótimo linha de frente, mas eu estava
falando sério sobre a família, o seu potencial me faz querer, sem dúvida entregar tudo
que eu tiver para que você proteja o meu país, então, eu aceito você e seus irmãos como
filhos também, a e é claro a tal da Lilya.
- Você fez tudo isso, só para me testar, que tipo de maluco você é?
Xenos respondia nervoso.
- Eu sei, o do pior tipo, mas eu posso dizer de verdade o que eu vi, e isso conta muito na
instituição.
Pelas vias normais provavelmente conseguiria ser um tenente, talvez um comandante,
mas se eu te guiar, e principal, se você aprender de agora tudo que nós temos a ensinar,
você pode ser até um herói.
Mas eu, de verdade dessa vez, respeitarei sua opinião.
- Se eu aceitar quer dizer que eu vou pra capital ou algo do tipo né? E você falou sério
sobre levar o pessoal também?
Xenos respondia com um suspiro fundo.
- Sim, aceitarei vos como meus próprios filhos, darei uma educação, boa comida,
moradia e treino.
- Sim, pode ficar em contato com o tenente Donehdorf, se a qualquer momento duvidar
de mim fale com ele.
Xenos se questionar.
Ao chegar em casa, ele conversa com seus irmãos e com a Lilya, mas ignora o lance de
experimento, apenas fala que teve uma oportunidade pela bravura que mostrou.
Eles aceitam, mas Lilya sente medo, entretanto para seguir Xenos ela abandona sua mãe.
Em beira da luz espiral que dessa vez estava dentro da casa do Lorde, Xenos se despede
do Lorde, e ele chora um pouco.
Fechando os olhos ele atravessa a luz esperando algo melhor.
Ao ver uma janela, Xenos via uma cidade cheia de coisas nunca antes vistas, prédios
enormes e pessoas vestindo roupas estranhas.
- Prontos para recomeçar?
Xenos perguntava olhando para seus irmãos e Lilya.
Fim do ato 1