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Parasita PDF

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Capítulo 1

Primeiro Ato
Uma eternidade vazia

Um momento, no meio do nada, uma alma vaga dentre a eternidade, atormentada por
vários espectros.
Traçando um caminho frio e escuro, com árvores mortas por toda a estrada, e sons
agoniantes dos espectros que lhe atormentava, essa alma seguia sem olhar para trás
mesmo com os lamentos mais horrorizantes.

Passo após passo, ele chegava mais perto de uma luz, e os espectros iam ficando para
trás, talvez pelo medo da luz.
De frente a luz, uma voz surgiu:
- Me diga seu destino, alma itinerante.

Alma não conseguia falar, sua voz era suprimida no mar dessa luz.
Relutante, a alma anda em direção a luz, e com um calor acolhedor ela engole seu corpo.
Novamente a voz aparece, mas dessa vez ela está ecoando pela sua mente:
- Sua voz é vazia, que você busca desta vez minha criança?

A alma agoniza ao tentar falar.


Então se quebra, dividindo-se em duas partes.
No seu lado esquerdo, uma mulher com cabelo vermelho igual sangue chorava, e
contava suas lamurias:
- Na minha vida me faltou um lar, eu só queria uma casa, uma família.
Sua voz se quebrava cada vez mais.
- Se eu tivesse um lugar, eu não precisaria ter feito tudo isso, (Um ruído interfere na voz)
não é culpa minha, se eu tivesse…

Seu lado direito, um homem de cabelos loiros como o girassol mais saudável, com uma
cicatriz da testa que engole seu olho e segue até o pescoço, corta a mulher e lamenta:
- Não há lugar, não há família, só precisava ser mais forte e então eu farei tudo para
conquistar o meu lugar e …

As duas vozes se fundem:


- Se eu tiver (Um ruído cria uma ressonância entre as frases), se eu pudesse criar, um lar
tudo estaria bem.

As duas faces se unem ao vazio da alma.


E a voz ressoa ainda mais fundo em sua mente:
- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.

Então, gargalhada toma conta da alma.


Dentro do vazio, as duas faces sorriem diante à risada.
Não havia voz… a alma estava rindo de si mesma.

E a luz consumia a alma mais e mais.


- É justo tentarmos de novo Ìcaro? Eu não quero mais ver pessoas morrendo pelas
minhas mãos, ou sendo enganadas, eu só queria me redimir.
Dizia a voz feminina

- O nosso pecado vai nos consumir até o inferno nos engolir Rose, isso é, se existir um.
Dizia a voz masculina

As duas vozes se fundem.


- O nosso inferno… é a própria existência. (Risos com ruídos).

Os espectros ficam olhando para luz, e se rodeiam enquanto a luz engole totalmente a
alma.
Mesmo após ir, eles seguem lá, lamentando e talvez orando, a alma se lembra a voz de
cada um deles.
É assustador só de lembrar o som que eles faziam enquanto estavam vivos.

Quando a luz consumiu totalmente a alma, um recomeço era marcado.

Flashes da sua existência são visto pelos seus olhos.


Mas tudo começaria com uma pequena mão de criança, dando a alma uma voz que havia
sido apagada.
A criança de aproximadamente dois anos engatinhava pelo chão de terra até ver uma
pequena tela branca com letras azuis.

Na tela a mensagem aparecia:


//Evoluir// º Traço genético: melhoria cognitiva nv.1/ 4 pontos genéticos – atualmente:
12 pontos → atualmente: 8 pontos

Sua voz finalmente era alcançada.


Minha nova vida, um verme parasita;
Sua mente ainda tentava se acostumar aos pensamentos que lhe viam a cabeça, a
melhoria cognitiva deu o empurrão mas a criança chorava pelo tanto de visão que
aparecia diante de seus olhos.
Primeiro eu era um verme de barriga hospedado por algum camundongo, mas por algum
motivo aconteceu uma mutação, e do camundongo morto eu persisti, na terra quase
morto por algum tempo, buscando água para sobreviver segui até em um pequeno lago,
contaminei um peixe que seria morto por um homem e levado a uma grávida.

Esse lugar, transformou a vontade da minha alma em minha arma, como humano eu
sempre tive dificuldade em evoluir, me aperfeiçoar, quem diria que voltar como um
parasita e que eu teria exatamente o que busquei por tanto tempo.
Evoluir, que poder maravilhoso.

As memórias da alma estavam embaçadas, como se estivesse esperando por algo para
desbloquear las.

//Evoluir// º Traço de alma: memórias nv.max / 100 pontos genéticos – atualmente: 8


pontos.

Por mais lento que a mente dessa criança fosse, rápido ele entendeu que seria necessário
ter mais e mais desses pontos para evoluir.

Isso é tão familiar, é quase como se fosse um jogo…


Jogo, que palavra estranha, um sentimento quente e de saudades, o que será que é?
O que eu estou pensando?

Olhando para as mãozinhas de criança ela refletia cada vez mais.


Suas histórias inundavam sua mente de memórias.

A grávida deu luz a uma criança frágil, e com alguns problemas de saúde, que
ironicamente é minha culpa.
Minha culpa?
Olá Xenos, me desculpe, espero que no abismo você não volte para me atormentar.

A mente de Xenos estava confusa como se ele estivesse falando com outra pessoa, mas
ele está sozinho.

Quanto mais memórias chegavam, mais a criança se sentia estranhamente feliz, e em um


certo momento ela apagou.

Isso seria só um sonho?

Sua mãe o acorda fazendo carinho na sua cabeça e dando uma sopa para Xenos.
Mas a sobrecarga causou uma febre tão forte que o faz apagar toda vez que acorda.
A voz da mãe não parece fazer sentido, mas ele sente um alívio e mesmo sonhando, ele
sorri.
No sonho a pequena criança vê as duas partes da alma, suas vozes também não fazem
sentido, mas ele segura a mãos deles e segue por um caminho de luz, então da luz, surge
um rio de sangue.
Mesmo assim, um sentimento de paz permeia Xenos.

Ao acordar a criança fica olhando a tela, e então, instintivamente marca uma opção, com
uma dualidade de pensamentos.
“Esse é o melhor traço para ter.” … “Mas como eu sei isso” … e uma voz feminina
surge bem baixinho “Não se preocupe, deixe acontecer”.

//Evoluir// º Traço genético: transmissão por sangue nv.1/ 8 pontos genéticos –


atualmente: 8 pontos → atualmente: 0 ponto.

Ainda tentando aprender mais de si mesmo ele começa a refletir sobre a sua existência.
Xenos a criança mais nova da família xerat, com dois anos;
Seu pai um trabalhador, e sua mãe uma dona de casa.
Vivendo em uma pequena vila com uma casa dada pelo lorde dono do campo o qual ele
trabalha.
Curioso ele começa a notar como é seu pai e sua mãe, seu pai é um homem grande, de
cabelos vermelhos e olhos azuis, aparentemente humano, ele passava uma figura de
segurança, sua mãe, uma mulher de cabelos brancos como neve, e olhos azuis, sua
orelha tinha uma ponta fina e grande, uma palavra surgia na sua mente: “elfa”, e ela
passava uma sensação de acolhimento e dava um sentimento quente em seu peito.
Ao olhar seu reflexo em um balde com água ele descobre sua aparência, diferente de
seus pais ele era mais humano, seu cabelo ruivo e longo igual ao seu pai e olhos pretos
como a noite, ao se comparar com seus irmãos ele sentia a diferença no rosto e no tipo
de corpo, por isso o “elfo” causava um efeito em sua mente.
Seus dois irmãos, Ikytar o irmão do meio e seu irmão mais velho Xyro;
Ikytar um meio elfo de cabelo ruivo igual ao seu pai, orelhas menores só que pontudas e
um rosto redondo, passava uma sensação de amigo, e Xyro totalmente “elfo”, puxando
sua mãe, cabelos brancos e olhos azuis, sua sensação era de paz, como olhar um rio.

Os pensamentos da criança Xenos se tornavam cada vez mais barulhentos, como se


estivesse segurando uma pedra enorme com a cabeça, até que ele simplesmente aceitou
os pensamentos, sem entender o significado apenas abraçando o sentimento que ela
transmitia.

A sua mãe olhava para ele com uma cara de preocupação, é quando, seus pensamentos
são quebrados, e seus irmãos o levaram para fora de casa no colo, vendo as memórias,
isso acontecia algumas vezes, quando Xyro estava em casa.
Olhando para trás, enquanto era carregado, ele conseguia ver uma casa pequena com
várias folhagens, feita em suma de barro e algumas outras plantas, essa casa enchia seu
pequeno coração de alegria e um calor inexplicável.
E em sua frente, via uma vila cheia de casas semelhantes, umas com flores junto as
plantas, rodeados por uma floresta de árvores altas com uma passagem ao norte
totalmente limpa, estradas de pedra por toda a vila, e um rio que cortava a vila passando
para a floresta.

O seu irmão mais velho colocou Xenos em cima de um tronco, e ficou conversando com
outras crianças maiores, já as menores ficavam correndo e pulando nas árvores.
Analisando mais a vila, ele notou um muro entre a floresta e a cidade, nesse muro tinha
escadas de madeira e corda, com postos de vigilância;
Novamente tudo era feito de barro com algumas plantas, tendo em algumas partes várias
flores dentro e fora do muro.

Xenos ficava fascinado com o mundo o qual lhe apresentaram;


Enquanto ficava perdido nos pensamentos outras crianças maiores vinham com seus
irmãos e irmãs.

Todas as crianças eram mais parecidas com “elfos”, havia apenas 2 humanos lá, (3 com
Xenos) e eram crianças pequenas que ficavam no troco junto com Xenos.
Após um bom tempo juntou-se 15 (contando com ele) crianças onde xenos estava.
Contar doía ainda mais a sua mente, mas ele estava se acostumando com a dor.

Xenos tentavam interagir com as crianças menores, mas nenhuma delas tinha a mínima
noção do que ele estava tentando fazer, então algumas juntaram e bateram nele.
Foi quando algumas crianças maiores chegaram e separaram a briga, então Xenos
começou a tentar conversar, mas as palavras não saiam.

Foi quando uma menina elfa, com uma cor de pele marrom, sentou do seu lado e ficou
ouvindo as tentativas fracassadas de Xenos.
Essa elfa, depois de muito ouvir os grunhidos falou:
- Uhum, entendi tudo, ei não me apresentei ainda, eu sou Lilya e você?

Dessa vez, determinado ele falou:


- Xenos.. (grunhidos)…eu Xenos.

Lilya não acreditava no que ouviu e chamou Xyro, só que Xenos não conseguiu falar de
novo, e toda vez que tentava apenas saia grunhidos.
Ao pôr do sol as crianças foram chamadas para dentro, e a refeição, era a mesma que
sempre comeu, algumas frutas e legumes em uma tigela de madeira, banhadas no leite,
só que a dualidade em sua mente o fazia estranhar a comida.

Sua mãe então, com um sorriso acolhedor, tentava acalma ele enquanto dava a comida
na boca de Xenos, aos poucos se acostumava com a ideia, então com determinação,
pegou o prato e comeu igual aos seus irmãos com a colher de madeira que sua mãe o
alimentava.
Ao deitar, seu pai chega e em uma noite bem escura, sendo iluminado apenas pela vela
da cozinha, Xenos dorme em uma cama improvisada de panos velhos, um dia simples
mas que o entregava felicidade.

Em seus sonhos, ele conseguia conversar com as figuras de antes, sem entender as
palavras, apenas assimilando o sentimento, a figura masculina então o ensina a andar, e
no sonho ele corre livremente.

Tuc tuc tuc.


Um som de batidas surgia no quarto ao seu lado, onde seus pais dormiam, devagar
Xenos se levanta e vai olhar, quando olha o quarto percebe seu pai montado em sua mãe,
ambos nus e ele começa a ficar com uma vergonha como se tivesse já visto algo
semelhante.
Sua visão é tampada, então em seu ouvido, Xyro fala baixinho para Xenos voltar a
dormir porque seus pais estão ocupados.

Na manhã, Xyro e Xenos estão com os olhos fundos, já que não conseguiram dormir por
causa da barulheira de seus pais.
Seu pai então avisa Xyro que é hora de trabalhar, após tomar o café da manhã, que
consistia em uma cesta de frutas frescas.
Xyro e o pai se vestem com roupas grossas e de manga longa, junto a uma bota grande
negra que estava cheia de terra.

Após abraçar Xenos e Ikytar eles vão em rumo ao trabalho.


E com uma força inexplicável Xenos se levanta anda, e grita:
- Boa … trabalho… força.

Era como se sufocasse entre seus grunhidos, mas isso abriu um sorriso na boca deles, em
casa sua mãe estava chocada de surpresa e Ikytar ria.
Ao olhar para trás Xenos perdeu o equilíbrio, se debruçando no chão.

Ikytar queria carregar Xenos para o centro da vila como Xyro havia feito, mas ele mal
conseguia levantar seu irmãozinho.
Foi quanto Xenos começou a engatinhar e andar, seguindo Ikytar, toda vez que ele não
aguentava andar, caia e continuava engatinhando.
Isso deixava Ikytar com brilho em seus olhos.

Ao chegar no centro, Xenos não conseguia subir sozinho no tronco, então Ikytar e mais
2 amigos ergueram Xenos e colocaram ele lá.

Novamente no canto, ele ficava isolado, mas em um momento uma menina elfa tentou
bater em Xenos, dessa vez ele se machucou, com um furo no mão, ele via o sangue e a
menina chorava.
Sem pensar ele agarrou o pescoço da menina, e enfiou a mão com sangue na boca dela.

Ao notar a situação, as crianças maiores tentaram afastar Xenos mas ele mordeu uma
mão até sair sangue e ficou batendo com sua mão ensanguentada.
Ikytar então pega seu irmão e leva para a casa.
Uma fama surgia sobre o nome de Xenos, uma criança violenta que não podia ser
deixada com as outras.
Ao anoitecer os pais da menina conversavam com sua mãe, e Xenos ficava olhando para
o nada com olhos vazios enquanto sua mãe, seus irmãos e seu pai davam uma bronca
nele.

Antes de dormir um sorriso surgia no rosto de Xenos.

//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 5 pontos.

A partir daquele momento Xenos era largado em casa, e ele usava esse tempo para fazer
experiências.
Xenos e as duas figuras agora conseguiam conversar sem estar em um sonho, e elas
guiavam ele em cada experiência.

/Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 10 pontos.

Xenos descobriu que a pontuação diverge de cada indivíduo o qual ele infecta.
5 pontos para humanos, 1 ponto para insetos menores, e 3 para esquilos/camundongos.

Evoluir// º Traço genético: melhoria cognitiva nv.2/ 8 pontos genéticos – atualmente: 10


pontos → atualmente: 2 pontos.

A melhoria a princípio parecia não ter efeito.


Mas durante a tarde desse mesmo dia ele descobriu o quanto impactante foi a evolução
desse traço.
Pela primeira vez ele conseguia conversar.
E sua mãe entretida com a horta se espantou ao ouvir Xenos falando, cantarolando, na
sala.

- Xenos, você está falando?

- Sim, mahmãe.
Mesmo que ele conseguisse falar, suas pronuncias ainda eram falhas, porém, eram
compreensíveis.

Ao anoitecer, Ikytar e Xyro conversavam sem parar com Xenos, quase não deixando-o
dormir.
Seus irmãos estavam admirados, em particular Ikytar o admirava ainda mais, mesmo
tendo uma visão negativa pelo evento no centro da vila.
Para ele, Xenos era um gênio de péssimo temperamento, igual a um vilão das histórias
do velho guarda.

Na manhã seguinte, Xyro ficaria em casa, então ele, Ikytar e Xenos foram para o centro
da vila, mesmo Xyro querendo carregar seu irmãozinho ele se recusava e ficava
engatinhando e caindo, com um fervor nos olhos.
Ao chegarem ele conseguiu subir no tronco sozinho e as crianças que chegavam tinham
medo de ficar perto dele.

Então ele ficava no canto olhando para seus irmãos se divertindo.


A menina elfa tentou novamente bater em Xenos, mas dessa vez ele desceu do tronco e
ficou andando pelo chão.
A menina elfa tentou seguir ele e caiu de cabeça no chão, chorando alto igual a um
alarme.

Um dos meninos vai buscar ela e a leva para a casa, já que abriu um buraco em sua testa
quando ela caiu no chão.
Xenos ficava sozinho olhando para um lago, com uma pequena pedra ele fura seu dedo e
ponha na água.
Então, ele fica olhando para o nada esperando alguma mudança nos seus pontos.

Ao notar Xenos sozinho, Lilya desce de uma árvore próxima comendo uma fruta
estranha mas que sempre está no seu café da manhã.

- Ei criança, por que está ai tão sozinho?

- Pelo mesmo motivo que você estava na árvore.


Novamente Lilya ficava impressionada com Xenos conversando, porque dessa vez ele
conseguia falar, de um jeito estranho, mas falava.

Ela então começa a rir.


- Você não pode caçar uma fruta no rio para comer.
- Mas posso caçar um peixe, não?

- Ei Xenos, você fala muito estranho.

Xenos então fica em silêncio, mas aos poucos consegue coragem para responder Lilya.
- Eu ainda … estou aprendendo, eu não tenho 20 anos, tenho só 2.
Seu nervosismo embaralhava suas palavras, e com uma sonância estridente, ela tinha um
misto de reações tanto de risada quanto de carinho.

- Então eu posso te ensinar a falar?


Ela dizia com uma voz meiga diferente das interações anteriores.

- Claro.

A partir desse dia, todos os dias Xenos ia até o centro da vila para aprender a falar
conversando com Lilya.
E com isso um ano se passou como se passa o dia e a noite.

Poucos experimentos foram feitos ao longo do ano.


Tabela de pontos e evoluções que aconteceram durante esse ano.

//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 1 ponto.


//Evoluir//º Traços genéticos: melhoria cognitiva nv.2/ transmissão por sangue nv.1/
melhoria física nv.1. // º Traços de alma: dualismo nv.max//

Xenos começava a ver algumas mudanças no seu corpo, manchas brancas surgiam nele,
uma mancha criou uma mecha de cabelo branca no meio de seu cabelo ruivo.
E depois uma mancha em seu olho fez com que ele mudasse de cor, isso assustava sua
mãe que tinha preocupação com a saúde frágil dele.
Mas, com o traço de melhoria física sua saúde melhorou muito, raramente ele ficava
doente, esses eventos aconteciam principalmente quando ficava muito frio.

Um evento a se ressaltar é a primeira vez que Xenos viu neve.


A vila ficou coberta de neve, e o rio congelo, fazendo as crianças brincarem nele.
O lorde deu de presente a todos um cachecol que fazia as pessoas se manterem quentes
mesmo brincando no gelo.
Xenos passou durante ao ano se isolar cada vez mais das crianças menores, passando a
maior parte do seu tempo conversando com Lilya ou buscando animais para testar o
contágio de seu sangue.

Xenos participava do aniversário de seus irmãos, e sempre enchia a casa, mas as


crianças tinham medo dele por causa das manchas.

Seu aniversário de 3 anos chegou e a única pessoa de fora da família era Lilya.
Ikytar e Xyro estranhava ninguém ter aparecido já que eles planejavam uma festa
surpresa para Xenos, porém quando chegou a hora todas as crianças estavam no centro,
como se eles não existissem.

Mas Xenos não se importava, para ele sua família já era o suficiente para encher lo de
sorrisos, nesse momento Lilya teria se tornado parte da família de Xenos;
Na sua festa pela primeira vez ele comeu o pão especial de sua mãe, era um pão azul
crocante por fora mas por dentro era tão mole quanto algodão-doce, o suave gosto
agridoce do pão marcou sua mente.

Eles passavam tanto tempos juntos que sua mãe e seu pai já consideravam a Lilya como
uma namorada do Xenos, isso levou a um problema grande, as crianças maiores
começaram a rejeitar Lilya por causa disso.
Algumas vezes até faziam pegadinhas que tinham o propósito de machucar ela, só que
mesmo sabendo o motivo, ela não parava de conversar com Xenos.

Certo dia alguns meninos maiores resolveram afogar o Xenos chamando ele de
aberração.
Tudo começou em uma tarde em que ele estava olhando para um peixe que ele tinha
infectado, mesmo sem ter a certeza disso, o peixe estava estranhamente ligado a ele.
Quando, por trás 4 meninos maiores se aproximaram e sentaram do seu lado.

Ao olhar para trás ele via mais dois meninos olhando para o centro e para eles como se
estivessem vigiando.

- Ei aberração, eu não quero pegar essa doença que você carrega.

- Então não fica perto de mim.


Respondeu Xenos.

O menino então continua.


- Eu também não quero que a minha queria Lilya pegue, então eu te peço para ficar
longe dela.
Sabendo como essa situação terminaria se ele fizesse alguma gracinha Xenos apenas
concordou.

Mas outro menino grande achou que Xenos estava zombando dele, então ele agarrou o
pescoço de Xenos e olhou no fundo dele.
- Sua aberração eu sei que está zombando de nós, deveríamos te caçar igual fazemos
com os goblin da floresta.

Um misto de medo e raiva sondava a mente de Xenos.


Mas ele ficava quieto.

- Eu vou te ensinar uma boa lição.


O menino então afogou Xenos, junto a mais dois garotos.

- Talvez isso dê uma lição nele e faça ele ficar longe da Lilya.
Dizia o primeiro menino, sem se envolver no afogamento, apenas olhando.

Perdendo a consciência Xenos via as duas figuras.


A figura masculina estava rindo.

Uma vez, eu estava cobrando um homem, afinal esse era meu trabalho cobrar a escória
da sociedade que pega dinheiro com os monstros e não pagam, mas esse homem, invés
de chorar para mim e para os meus subordinados que ele tinha família e que pagará
assim que der, ele olhou bem fundo nos meus olhos e brigou com os subordinados.
Mesmo com furo na cabeça ele se erguia, e com olhar que queimava em chamas ele
continuava lutando contra meus subordinados.
Naquele momento eu senti medo verdadeiro, e como um covarde eu o esfaqueei, foi
nesse momento que eu deixei de ser humano.
Quem diria que em outra vida eu seria veria os olhos desse homem em mim.

Perdendo a consciência ficando sem ar, o cachecol que protegia Xenos do frio intenso
afundou no lago, fazendo ele sentir um choque térmico enorme e uma dor de de outro
mundo.
Se vendo abeira do precipício Xenos agarra a mão da figura masculina.
- É a hora de mostrar a eles do que somos capazes.

O menino que empurrava o pescoço de Xenos no rio queimo a mão, ao ponto de sair
fumaça, e levantando da água, ainda sem consciência Xenos soltou um bafo de fogo pela
boca que queimou o rosto de um dos meninos que segurava sua mão, e as pernas dos
outros enquanto fugiam.
De si mesmo saia uma fumaça, e partes da sua pele se queimava no processo, seus olhos
estavam tomados por uma luz azul, e ele não sentia nada além de dor.

Após um guarda ver a luz ele correu em direção a ela, quando ele viu 3 meninos
chorando de dor queimados, Xenos desmaiado com uma fumaça saindo dele, e outros 2
paralisados de medo, com lágrimas por toda a cara e com fedor de mijo e merda saindo
deles.

Naquela noite, uma lua de sangue surgiu, e todas as 6 crianças não mais foram vistas.
Xenos foi cuidado por sua mãe e seus irmãos, que ficaram aliviados de ver seu
irmãozinho ainda vivo.

Xenos dormiu por duas semanas inteiras, e quando acordou estava com algumas partes
da cara queimada, pernas moles e uma fraqueza inexplicável, mas depois de alguns dias
de tratamento da sua mãe e treinos físicos ele voltou ao normal.
Depois de acordar, as crianças voltaram a falar com ele e se desculparam por isolar ele.

Depois de um mês do evento, dois dos garotos voltaram da floresta, nus e se tremendo
de medo, com uma cicatriz enorme na barriga eles foram até Xenos que estava
brincando no centro da vila e pediram desculpas.
E ele aceitou as desculpas, mas esses meninos nunca mais foram os mesmos, sempre
estava cheio de medo, e de vez em quando se escondiam e choravam.

Naquela noite seu pai e Xyro voltaram mais cedo.


Atrás dele estava um elfo loiro que exalava nobreza.

- Olá, o menino Xenos está ai?


Dizia o elfo a mãe.

Xenos aparece e cumprimenta o elfo, mas como se fosse algo natural ele abaixa a cabeça
e se apresenta.
- Eu sou Xenos, prazer em te conhecer.

- É meu prazer te conhecer Xenos, eu sou me chamo Donehdorf, mas eu sei o quanto é
complicado lembrar, então pode me chamar de lorde, ou donny.

- Tentarei lembrar de seu nome, Lorde Donehdorf.

- Não se preocupe, lorde não é um título, eu diria que é mais um apelido.


Mas então Xenos, eu tenho algumas coisas sérias para conversar com você, então se
pudermos ir para a minha carruagem eu agradeceria.
A família de Xenos não se importava com a situação, porém Xenos mostrava medo em
sua cara, então Xyro fala para ele o quanto o lorde é legal e confiável.

Ao entrar na carruagem uma conversa pesada começa.


- Primeiro, eu preciso pedir desculpas, por mais que aconteça de alguém nascer com
alguma doença genética eu ainda não consegui o tempo para explicar a todos os
cidadãos sobre isso, então tenho que vir e ensinar caso a caso.

- Você fala das minhas manchas?

- Exatamente, isso é uma doença que veio no seu nascimento, ela afeta apenas a você,
mas ela não vai te matar ou algo do tipo.

Antes de Xenos conseguir falar ele continua.


- Eu também gostaria de pedir desculpas pelas ações das crianças, eu sempre reforço que
nesta vila é estritamente proibido a violência aos moradores, mesmo assim casos onde
alguma criança acaba morta por alguma besteira é estupidamente frequente.

- Está tudo bem, eles estavam como medo.


Xenos falou.

O lorde então olha bem fundo nos olhos do Xenos.


- Entenda criança, você só sobreviveu porque é especial, se não tivesse usado magia
naquele momento provavelmente os guardas não chegariam a tempo de te salvar.
Se a invejas os guiou, a esperança lhe protegeu.

- Magia?

O lorde fica quieto por um tempo então fala.


- Bem eu já estava esperando que tu não soubesse nada sobre isso, seria uma infelicidade
se você soubesse.

- Por que, lorde Donehdorf?

- Porque não há escolas na vila, se você soubesse sobre isso provavelmente te trataria
como um espião, ou algo do tipo.

A carruagem balança, mas o olhar fixo do Lorde assusta Xenos.


- Eu não sei nada sobre essa magia, só não queria morrer, saiu sem eu saber.

- Exatamente Xenos, um instinto, isso só prova que você é abençoado, eu vou te fazer
um pedido agora, por favor Xenos eu gostaria de te ensinar você a usar magia.
- Claro Lorde Donehdorf, eu definitivamente quero aprender mais sobre isso.
Os olhos de Xenos brilhavam.

- Bom, foi mais fácil do que eu esperava, eu ia te falar sobre a questão de manter sobre
controle para não machucar os moradores, bom então amanhã você vai com seu pai para
a minha casa e eu começarei a te ensinar tudo que precisa saber sobre magia.
Foi um prazer Xenos.

- Igualmente, Lorde Donehdorf.

Ao contar para sua família sobre o convite do lorde eles ficavam felizes por Xenos, sua
mãe lhe conta sobre o como o lorde usava magia para proteger os trabalhadores durante
invasões de goblins e untaros.
Xenos então pergunta a sua mãe o que é goblins e untaros quando ela está lavando as
cestas fora de casa.

- Goblins são pequenos bichos verdes e algumas vezes marrons que atacam as pessoas
para roubar comida, as vezes sangue, se tiver um hobgoblin que é a evolução deles,
acabam sequestrando as pessoas para matar e comer;
Já o untaro é uma besta que anda em quatro patas e tem uma calda com escamas que
brilham mais que o sol, o bico dele parece de um pássaro, que ataca por comida também.

- Mãe, o que você sabe sobre magia?

- Desculpe filho, eu não sei nada, infelizmente não fui abençoada com esse poder, fico
feliz de ver que um filho meu conseguiu o que eu sempre desejei.

Xenos se sentia estranho, e no vazio de sua mente as figuras argumentavam, afinal tudo
aconteceu por culpa de Ícaro;
Nós nos tornamos monstros que conseguem superar a natureza é isso que eu fiz, óbvio é
apenas uma figura de linguagem, mas provamos o impossível possível.

- Mãe me dê sua mão.


Xenos segura a mão da sua mãe, palma a palma e fala:
- Eu te odeio tanto, preferia nunca ter nascido nessa família, vocês são todos podres.

Lágrimas saiam dos olhos de sua mãe, ela rapidamente tirou a mão e começou a chorar.
- Se acalme mãe, veja minha mão está molhada, pelo visto eu estava certo, magia não é
um dom é uma condição?

Sua mãe estava extremamente confusa.


- Do que você está falando, você está agindo tão estranho.

- Eu fiz uma pesquisa, estava com essa dúvida na cabeça, por mais que você criou pouca
água foi o suficiente para sentir alguma diferença.
Parabéns mãe, você consegue usar magia, mas precisa de uma condição.

- Uma condição?

- Naquele dia eu senti medo, e raiva, muita raiva, faz sentido se tornar fogo, eu imaginei
que sentiria o mesmo, que estranho, você não sentiu raiva né?

- Eu estou te entendendo, acho que eu só me senti… triste?

- Droga, isso só leva a dois caminhos então.

- Dois caminhos? Quais são eles?

- Mãe, talvez seja algo que você não precisa saber.

- Por favor, me conte.

- Ou o Lorde está mentindo para a gente, ou ele não fez esse experimento tão simples, e
para um homem que consegue fazer com que a gente não sinta frio com um simples
pedaço de tecido que se coloca no pescoço é meio óbvio qual é a resposta.

A mãe de Xenos olha desesperada para a cara dele e fala:


- Você estava certo, eu não deveria ter ouvido isso, nós não tivemos essa conversa, por
favor não dê falsas esperanças para os outros, sei que você é uma criança, mas está
quase fazendo quatro anos, as pessoas podem acabar acreditando nisso.

Xenos retribui com um sorriso.


- E você, acredita mãe?

Ela fica quieta e manda Xenos para o quarto dele.


No vazio de sua mente ele perde o sono discutindo probabilidades.

- Acorda dorminhoco!
Dizia seu pai balançando Xenos para acordar
- Você tem sua primeira aula hoje.

Hoje também seria o primeiro dia de trabalho do Ikytar, então toda a família ia para a
casa do lorde hoje.
Ao seguir a única estrada, que levava ao norte chegam em uma fazenda gigantesca, algo
que desperta uma série de sentimentos em Xenos, e maravilha Ikytar, cheia de
trabalhadores contando ao mínimo umas 70 pessoas, muitos rostos eram desconhecidos,
provavelmente moradores de outra vila já que havia muitos mais estradas na fazenda.
Diferente da vila, a fazenda era rodeada por grandes campos, e no centro uma casa
gigante, totalmente de madeira com flores roxas que voavam e voltavam para o telhado,
algo que refrescava os olhos de quem via.
Os trabalhadores também não eram os mesmos, havia uma diferença de raça muito
grande. Elfos, elfos negros e humanos brancos e negros, ele se animo, pela primeira vez
em tanto tempo ele conseguiu ver pessoas que se pareciam com ele.
Dentre a plantação andava o lorde, seu cabelo brilhava muito mais que o próprio sol,
deixando sua pele ainda mais pálida, um brilho descomunal em meio a um bando de
trabalhadores.

Com um sorriso no rosto, ele dizia palavras que soavam como melódia, mesmo distantes
dele:
- Bom trabalho a todos, espero o melhor de vocês hoje, gostaria de parabenizar a Imyr
que está cuidando das flores apenas a 5 meses e conseguiu criar um jardim tão cheio de
vida.

De pessoa em pessoa, campo a campo, reduzia sua distância falando com cada
trabalhador.
- Bom dia Ivan, bom dia Ikytar, bom dia Xyro e, por fim, bom dia Xenos, espero
grandes coisas de vocês hoje, Xenos se não se importar, gostaria que entrasse na casa
primeiro, eu ainda tenho alguns trabalhadores para cumprimentar, e então entrarei para
lecionar.

Xenos ficou impressionado com o lorde falando com cada um.

O interior da casa era maior ainda, ao entrar Xenos foi cumprimentado com duas
serventes, vestidas totalmente preto, ambas eram ruivas, mas uma possuía olhos verdes e
a outra azuis.
A madeira brilhava, algumas poucas mobilhas e um cheiro doce magnífico.
Sentado em um banco de madeira, Xenos esperava ansiosamente pelo lorde.

Quando as portas se abrem.


Xenos se levanta.
- Desculpe ter lhe feito esperar Xenos.

- Sem problemas, lorde Donehdorf;


Sou grato por querer me ensinar.
O lorde se senta do lado de Xenos e faz o sinal para ele sentar.
- Xenos temos o dia todo para o aprendizado, então você me ajudará em alguns testes
também.

- Com todo prazer.

- Xenos, a pergunta agora é séria, e ditará o quanto você tem que aprender, o que é, para
você, a magia?

- Para mim? Bom, eu acredito que a magia seja uma reflexão do estado de espírito,
quero dizer se você elevar a emoção de alguém é capaz de ela (Xenos para de falar do
nada.) possa mostrar magia se tiver afinidade.

- Xenos, eu não vou lhe punir por falar a verdade, eu sou um mago, qualquer
conhecimento em relação a magia eu vou aceitar de braços abertos.
Você questionaria a afinidade, certo?

- Sendo sincero, não consigo entender como uma afinidade se estabelece, é algo
aleatório? É algo biológico?
O lorde interrompe Xenos.

- Essa palavra Xenos, onde aprendeu ela?

Rose fala com a voz de Xenos.


- Aprendi ela em um sonho, é o meu jeito de dizer sobre corpo.

- Entendo, prossiga por favor.

- Eu usei fogo com raiva, e se eu tivesse medo, teria usado outra coisa? E se eu não
tivesse afinidade conseguiria usar algo?

- Essa perguntas são ótimas, por favor não se restrinja de fazer elas; (O Clima muda e o
Lorde começa a fazer uma cara séria.)
A palavra que você usou Xenos, biologia, ela significa o estudo dos seres vivos, ou
melhor era o que significava para os humanos, Xenos, eu consigo sentir a mentira, você
não mentiu para mim quando disse que era um sonho, mas mentiu sobre o seu jeito de
dizer, então farei uma pergunta curta e cruel.
Xenos você é um reencarnado?

Ícaro responde com a voz de Xenos.


- Não, definitivamente não sou um reencarnado.
O lorde se surpreende.
- Então eu tenho só mais uma pergunta, Xenos você é um renascido?

Xenos ficava em silêncio.


- Sim.

A felicidade no olhar do Lorde se torna explícita.


- De onde você veio?

- Muitos lugares Lorde, mas definitivamente nenhum parecido com qualquer coisa que
aqui pode mostrar.
Eu nunca tive contato com magia… ou elfos.

O misto do desconforto e da felicidade deixam uma balance estranho no rosto do lorde,


mesmo assim ele fala:
- Imaginei, então explicarei bem para você tudo o possível, Xenos você está certo, e
também está errado, Sentimentos são cruciais para poder se usar uma magia, mas estão
longe de ser o principal, se fosse assim qualquer animal poderia usar, e não vemos ratos
usando magia, geralmente vemos animais grandes, principalmente por causa da alma,
animais pequenos não possuem alma então não podem usar magias.

- Então por que você diz que só escolhidos podem usar magia?

- Seja realista Xenos, como eu ensinaria todos do vilarejo a usar magia? Além de não ser
só uma vila, e sim 3 delas, ensinar pelo menos 100 pessoas é algo fora de controle.

- Mas não seria útil ter alguns magos usando magia de terra para melhorar a colheita?

O lorde sorri, e uma das serventes o chama dizendo que terminou a organização, mas
antes de cortar o assunto ele fala seguindo para a sala:
- E se eu te disser que meu objetivo não é melhorar a colheita? Vamos é hora de estudar.

O dia se passa, mas Xenos não consegue usar nenhuma magia.


Xenos então volta com seu pai e seus dois irmãos.

Infelizmente ele perde o sono pensando na falta de resposta do lorde sobre usar magia
no campo, um bando de teorias passavam em sua mente, mesmo tendo a melhora
cognitiva ela não era o suficiente para fazer lo encontrar uma resposta;
No dia seguinte segue a mesma rotina. E assim no outro. E no outro.
Sendo praticamente a mesma coisa por uma semana inteira, quando ele consegue soltar
magia pela sua boca sem se ferir, como um bafo de dragão.
Xenos entendeu que o assunto da fazenda só deveria ser debatido em um momento
especial, mas ele não se importava, pois o que ele buscava lá oferecia.

Ele também aprende a ver uma ligação de magia entre quem ele infectou.
Infelizmente ele não infecta ninguém na casa do lorde, pois não esteve sozinho nenhuma
hora.
Um mês então se passa da mesma rotina e ele consegue usar outras magias, mas
novamente tudo pela boca.

No segundo mês de treino seria o seu aniversário, agora ele comemorava seu quarto ano,
com a Lilia e seus irmãos.
O lorde não foi em sua casa, mas no dia seguinte lhe deu uma toquinha de presente.

//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 6 pontos.


//Evoluir//º Traços genéticos: melhoria cognitiva nv.2/ transmissão por sangue nv.1/
melhoria física nv.1. // º Traços de alma: dualismo nv.max//

No terceiro mês, ele volta mais cedo e sozinho por desmaiar sem magia, e ao chegar em
casa ele vê sua mãe usando magia de água, ela olha para Xenos vendo aquilo e fica
desesperada.
- Você não devia estar aqui, VOCÊ NÃO DEVIA ESTAR AQUI.

- Se acalme mãe.

- Se ele descobrir, se o Lorde descobrir ele pode ficar irritado.


Você não deveria ter me falado que eu posso usar magia, eu não queria saber isso agora
eu.. (Ela caia em desespero chorando)

- Se acalme mãe, você conseguiu isso pelo seu próprio caminho, tenho certeza que ele
não se importará em te ver assim, ou te dar aulas também.

- Você acha que eu posso ser uma maga? Ser igual ao Lorde?

- Claro, amanhã falarei com ele, e então estudaremos juntos.

Ao cair o véu da noite, Xenos olhava para o céu tentando entender, mesmo que ele
tivesse explicado à sua mãe sobre a mecânica dentro de usar magia, ele se surpreendeu
ao saber que um placebo funcionaria tão bem sobre a mente dela, afinal a água na mão
dela seria apenas suor.

Xenos consegue convencer o lorde sobre ensinar sua mãe também, e durante um mês ela
aprende magias elementais.
Mas então, em um dia de neve, onde sua mãe resolve ir mais cedo para a casa e acaba
sendo morta em uma emboscada de alguns goblins.

O caso era interessante, os goblins perto do corpo estavam queimados, eles tinham facas
feitas de metal, porém não eram polidas.
Sua mãe foi morta com uma flecha disparada contra seus olhos.
Ao ver a situação o lorde ficou assustado, alguns guardas avisam que ela esteve
consciente por um tempo, e nesse tempo desejou adeus a toda a família.

Os goblins queimados tinha algumas armaduras, bem rústicas, mas era um uso do metal
por um monstro coisa que atiçou a mente do lorde.
E ao voltar ele teve que explicar ao Xenos a morte de sua mãe.

O fato criaria uma fissura na mente de Xenos.


O Lorde tentava confortar Xenos, e então chorando ele falou:
- Eu entendo o porque de você não ensinar sobre a magia agora, isso aqui é uma prisão,
somos apenas gados prontos para o abate, por que você se incomoda em confortar um
gado?

- Você está errado Xenos, vocês são mais do que gado para mim, afinal eu me esforço
para lembrar o nome de cada um, cada um de vocês é uma parte de mim.

- Então isso aqui é algum tipo de experimento? Por quê? Qual o sentido de brincar com
as pessoas assim?

Após ficar em silêncio por um tempo, o lorde se senta de frente para Xenos e fala:
- O que eu busco é muito maior do que o pouco de humanidade que eu tenho, mesmo
assim, … , (sua voz começa a ficar mais alta) eu faço o que eu posso, EU NÃO … Eu
não desperdiço cada um de vocês como se fossem nadas.

- Então, se você tem algum, mesmo que seja pequeno, traço de respeito por mim, ou pela
minha mãe, me diga qual é o propósito? Qual é a merda do sentido do porque estamos
aqui.

O Lorde olha para Xenos bem no fundo de seus olhos e fala:


- Você não está preparado para saber.

- Então é melhor eu ir caçar de onde vieram esses goblins, eu prefiro morrer igual minha
mãe morreu, do que viver sabendo que eu estou preso aqui apenas esperando a morte.

Ao se levantar e sair, o Lorde segurou o braço do Xenos, e ele começou a criar fogo na
boca.
O som da faísca se intensificava quando o Lorde falou:

- 5º Campo: Alice, objetivo: Buscar infantarias mágicas, de renascidos do exército


aliado, ou inimigo;
Me foi dado essa fazenda, assim como outras a muitos outros generais ou comandantes,
todos com propósitos minimamente diferentes, porém deveria ter fichado você, mas
como foge do meu objetivo posso ficar estudando até onde pode evoluir.

Xenos ficava em silêncio.


- Eu não quero me redimir, admito que fiz muita coisa ruim e deixei fazerem coisas
terríveis, mas o motivo real de eu aceitar esse posto é a esperança vaga de encontrar meu
filho que morreu lutando junto comigo.
Entenda, eu não sou herói, eu fiz muita merda, mas eu também não sou um vilão.

No vazio da mente, Xenos se via quebrado em dois, ao mesmo tempo que tentava ingerir
o que acabava de ouvir, Rose e Ícaro estavam quebrados.
Família era a única coisa que soava em sua mente.

- Família. Eu sei como é perder a família.

Os dois ficavam em silêncio.


- Eu preciso estar com meu pai e meus irmãos, me desculpe Lorde Donehdorf.

O lorde deu um abraço no Xenos.


- Não se preocupe, você ainda é apenas uma criança, mesmo que uma genial.

E o Xenos cai no choro enquanto vai ver seu pai e seus irmãos.
Ao ver o corpo de sua mãe, Xenos sentia uma parte de si quebrando, o seu pai apenas
deu um beijo na testa dela, e disse que a amou como se fosse a última pessoa do mundo.

A família então volta para a casa, pois as crianças não paravam de chorar.
Xenos via seu pai sozinho, e tentando falar com ele, mas ele agia normalmente, fechado,
sem chorar sequer uma vez.

Aquela noite foi mais fria que o normal


Na manhã seguinte seu pai acorda todos os seus irmãos, normalmente, mas nenhum
deles quer sair de casa e pela primeira vez ele não obriga.
Eles passam o dia sozinhos conversando entre si.

Ao anoitecer seu pai chega com frutas e diz que foi um presente do lorde, ele enchem o
estômago de frutas e dormem.
No dia posterior os irmãos já vão trabalhar, apenas Xenos fica em casa, deprimido sem
nenhuma motivação para levantar.
No terceiro dia Lilya começa a morar com Xenos, para cobrir os afazeres de casa, e dar
um conforto emocional para Xenos.
Mesmo sendo um pedido do Lorde, isso era algo que Lilya já faria.

Depois de um tempo, Xenos começa a se abrir com Lilya e eles começam uma conversa
sobre o futuro:
- Xenos, eu sei que as coisas não estão dando certo, mas você precisa continuar
estudando, o Lorde todo dia senta na sala e fica te esperando, falando que você vai lá
estudar;

- Então você está trabalhando lá?

- Eu estou em treinando, mesmo assim eu pedi vir para cá, quando ele estava escolhendo
alguém para ajudar vocês.

- Por que Lilya? Quero dizer você não precisava.

Ela se cala. E então começa a falar:


- Eu passei muito tempo com você, te considerar um amigo, talvez até um irmão, mas
para mim você é parte da minha família.
Me deixe te ajudar por favor.

Os olhos de Xenos se enchem de lágrima e ele abraça Lilya que não havia entendido o
peso das palavras que falou.
Mesmo constrangida, ela abraça Xenos e fala que tudo vai melhorar.
Naquele momento ele percebeu, que ainda havia coisas a proteger.

A noite, seu pai e seus irmãos voltam, e são recebidos com alguns pratos feitos pela
Lilya, todos elogiaram a comida, então Xenos e Xyro levaram Lilya para a casa dela, ao
chegar lá, ela deu um beijo na testa de Xenos e se despediu.
Xenos não conseguiu dormir nessa noite, ele ficava vendo e revendo a imagem da Lilya
beijando a sua testa.
Ícaro se acalmou e voltou a conversar normalmente no abismo da mente com Xenos e
Rose.

Na calada da noite, Xenos acorda com alguns barulhos pela casa, e então ele
silenciosamente vai ver o que é.
Ele então nota seu pai buscando algumas ferramentas e volta a dormir.
Ao amanhecer Xenos é acordado por Xyro desesperado, então saindo de casa ele nota
que há uma multidão envolta de uma árvore em seu quintal.
Xyro, e Ikytar tentam segura Xenos, mas ele nota as lágrimas em seus olhos.
A carruagem do lorde chega, e a multidão se afasta, quando se afastam ele consegue ver,
seu pai havia se enforcado no galho de uma árvore.
Ele estava perplexo, quando por um momento o mundo se quebra como vidro.

//Evoluir// º Traço de alma: Alma ilegal //


/
/
/
}

Xenos se vê sentado em um campo com bastante árvores e um lago, alguns pássaros


brancos voam pelo céu azul.
Ele suspirava, não estava confuso, nem com medo apenas sentia um calor aconchegante;

- Se sentindo sozinho?
Dizia um menino loiro com um rosto familiar.

- Por que eu estou aqui?


Dizia Xenos com algumas lágrimas escorrendo de seus olhos.

- (Uma leve risada) Nesse momento nossa mente está confusa e provavelmente quando
voltarmos vai ser uma jornada bem difícil, quero dizer, primeiro nossa mãe e agora o
nosso pai.

- Você me conhece?
Xenos estava confuso.

- Ícaro, Xenos na real pode me chamar do que quiser, no fim eu sou você e você sou eu.

Xenos ria e se confortava olhando para o lago.

- Sabe eu vinha aqui muito quando era criança, eu nunca mais vim aqui desde o dia que
fui expulso de casa, talvez seja por isso que não consigo me mostrar adulto aqui.

- Por que você foi expulso?

- Porque eu fracassei, era para eu ser o melhor da minha família, mas eu fracassei.
Um ruído começa.
- O Fracasso Xenos é algo que muda a vida das pessoas, eu mudei e muito, se eu tivesse
estudado mais, ou me esforçado mais eu teria conseguido, não seria um mar de
lamentações que sou hoje.
- Mas você não sou eu Ícaro?

- Você é a junção de mim, da rose e de você mesmo, eu queria mudar você com o melhor
de mim, mas me desculpe eu não fui capaz.
Xenos você está tendo que aguentar muitas coisas, muito rápido, e o único jeito que eu
posso te ajudar…

- Eu sei, Ícaro, o único jeito de me confortar é me dando esse lugar para acalmar o meu
espírito.
Muito obrigado, eu me sinto mais preparado para enfrentar o que está por vir.

Ícaro abraça Xenos e eles são cercados por pétalas de flores, que levam eles de volta ao
mundo real.
Ao abrir seus olhos Xenos vê seu pai enforcado na árvore, o cheiro estava forte, algumas
moscas rodeavam o corpo dele e ele estava com muito sangue na boca.
Xyro e Ikytar tentaram fechar os olhos de Xenos para que ele não visse, então Xenos
abraça seus irmãos e diz que tudo ficará bem.

O Lorde tenta confortar Xenos, Xyro e Ikytar.


Após enterrar o corpo ele diz que os três podem ficar na casa dele até se sentirem bem
em voltar para a casa.
Mas Xenos recusa e seus irmãos seguem ele.
O Lorde então afirmar que Lilya continuará ajudando eles e ele mandará mais uma
ajudante para não se sentirem sozinhos.

- Xenos eu sei que vai ser difícil, primeiro sua mãe, agora o seu pai, mas assim que
melhorar volte a estudar comigo, leve o tempo que precisar tá bom?

- Obrigado Lorde Donehdorf, eu irei.

Os irmãos passam o dia isolados, mas as ajudantes estavam entregando comida e


tentando conversar com eles.
Lilya tentava muito conversar com Xenos, mas ele estava olhando para o vazio sem
reações.
O motivo disso é que ele passou o dia todo no refúgio de Ícaro.

No dia seguinte os irmãos já se animaram, foram brincar com alguns amigos no centro
da vila, entretanto Xenos ainda estava parado.
Lilya consegue fazer ele sair de seu refúgio no fim da tarde, e passa a tarde toda, além da
noite conversando com ele.
Pela primeira vez os dois dormiram juntos.
Mas no meio da madrugada são acordados por um barulho muito alto, Xyro e Ikytar
também acordam, e ao sair de casa eles vem os guardas tocando um berrante enorme,
quando de repente um cai do murro, e outro.
Desesperados os que estavam em cima do murro descem.

Então, eles conseguiam ver uma luz saindo da casa do lorde e indo até o céu.
A luz deixou a noite mais clara.
Do nada goblins, bicho humanoides de pele verde e com orelhas pontiagudas sobem o
muro e começam a atirar flechas de lá.

A carruagem do lorde chega.


Alguns moradores correm para perto da carruagem dele chorando de medo.
- INFUSIO!

Um grito alto que ecoa na mente deles, os goblins ficam congelados, da carruagem do
lorde sai uma névoa vermelha.
- Xenos consegue me ouvir?

- Lorde, onde você está?

- Ótimo, estou na carruagem e preciso preparar um encantamento muito forte, a infusão


vai perder força logo mais, preciso que você defenda o máximo possível a carruagem.
Não se preocupe os guardas vão te ajudar.

Xenos então corria para o centro da vila onde a carruagem do Lorde estava, os guardas
do Lorde saem da carruagem e começam a gritar.
“Fogo, bola de fogo, fogo espiral”
Algumas dessas magias derrubam os goblins, mas poucos.

Então passos altos são ouvidos.


O muro é quebrado e alguns goblins são jogados longe.

Era um bicho igual aos goblins só que de pele roxa, a feição era mais assustadora e
gigante, do tamanho de mais ou menos duas casas.

Xenos e os guardas ficam assustados e gritam o lorde.


Quando ele sai da carruagem consegue ver o bicho e então fala:

- Um goblin imperador, não me perturbem se eu não terminar a magia agora estaremos


mortos em breve.

O goblin imperador então começa a gritar um som assustador e terrível.


E naquele som ele dizia “Papa, papa não vá, eles vão te pegar.”
“Papa não me deixe.”

E por fim um “ Mama, isso dói, pede para eles pararem.”


“ISSO DÓI”

Os ouvidos de Xenos começaram a sangrar e os guardas a lançar mais e mais feitiços.


Casas começam a ruir, e os moradores correm desesperado para a área mais alta da vila
com medo.

Alguns guardas lutam com os goblins que caíram, enquanto os guardas do lorde soltam
magias no goblin imperador.
Xenos solta seu bafo de fogo nos goblins que chegam perto.
Mas tudo está ruindo, os goblins estão chegando mais e mais perto, e o goblin imperador
não parece recuar.

Então a carruagem explode e uma luz circular branca se abre no lugar.


O lorde começa a rir e diz:
- Não se preocupem estamos salvos.

Da luz sai um homem de meia idade, de aparência elfíca, com algumas cicatrizes no
rosto, olha a situação e diz:
- Qual é a situação tenente Yparo?

O homem vestia uma roupa estranha, algo semelhante a um colete, e tinha vários bolsos.

O lorde então responde:


- Código vermelho, você não consegue ver o goblin imperador, Matias?

O homem então responde:


- Doni, eu sei que você quer criar mas clima aqui, mas você precisa ter uma arma com
você, isso ai estúpido se você tiver um rifle.

- Matias, eu não vou carregar um rifle isso vai estragar toda a operação, vá logo e mata o
goblin.

- Ok ok Doni, ao seu comando.


O homem então começa a recitar.
“ Inferno negro, com chamas de pétalas, queime tudo que as suas mãos comecem a
tocar.”
Ele então tira um objeto estranho de seu bolso e do objeto semelhante a uma carabina,
sai um uma sombra que arranca um pedaço do ombro do goblin imperador.

Os goblins começam a fugir para a floresta, mas o goblin imperador grita:


“MAMÃE, MAMÃE”
E o chão se racha saindo fogo vermelho dele.

A rachadura chega até aonde eles estão.


- Esperança! Matias acaba logo com isso.
O lorde grita e uma luz para a rachadura.

Então os goblins começam a corre para cima deles, e quando os guardas e Xenos matam
eles, eles explodem, deixando uma fumaça roxa.

- Ok dani eu errei, deixa eu concertar isso.


O homem grita bem alto:
- “Sucumba.”
E uma luz verde sai do objeto dividindo a cabeça do Goblin imperador em duas fatias.

Não havia nada além da carcaça dos goblins mortos e do goblin imperador, no meio das
ruínas das casas perto do muro.
Quando pensaram que acabou, os corpos dos goblins se transformaram em uma gosma
roxa, e foram para o goblin imperador.

Ele então começou a brilhar em uma luz dourada.

- Isso não é bom.


Dizia Xenos

- Doni, por que tem uma criança no campo de batalha?

- Menos papo Matias, eu também não estou gostando da situação, chame algum outro
oficial, isso não parece que vai ser resolvido assim.

- Doni são 4 da manhã só eu estou no plantão.

- Então se prepare para ver o inferno.

A luz então diminuía e então revelou que o goblin imperador diminuiu de tamanho.
Ficou do tamanho de um goblin comum.
Uma voz distorcida, dizia enquanto soltava ruídos estranhos na fala:

- Vocês mataram meu pai, depois abusaram de mim, e agora me mataram, o que mais
vocês querem?
Eu… estou… com fome.

- Péssimo dia para eu estar de plantão do campo 5;


Dizia o homem.

O lorde se aproximava do goblin imperador e dizia:


- Você nos conhece? Como assim matamos o seu pai?

A voz então mais aguda e distorcida dizia:


- Malditos elfos, eu odeio cada um de vocês.

E do seu peito saia diversas patas de aranha.

- Que a deusa me ouça, que o tempo pare, para o amanhecer chegar, infusio!

O goblins e suas patas pararam de se mexer.

- Seus truques sujos, nunca mais me PEGARÃO!


A voz dizia.

Das patas saiam chamas que fizeram todos lá desviar.


O goblin se liberta, e sem encantar, solta algumas magias de terra debaixo de cada um lá,
que se levantavam igual a uma estaca, um dos guardas do lorde acabou rasgando a perna
com uma das estacas.

- Doni é o campo ALICE ou campo INA que busca por reencarnados da guerra?

- Eu sei o que tu quer Matias por isso eu usei a infusão de mana, mas esse bicho evoluiu
do nada, sem traços para eu saber.

O Lorde e o homem conversava enquanto desviavam dos golpes.


Xenos imagina quantos pontos ele pode ganhar se infectar o goblin então corre em
direção a ele.

- Segura o bicho ai, já volto com alguns reforços.


O homem então caminha de volta para a luz espiral, enquanto o Lorde corre atrás de
Xenos para salvar ele.
Ao chegar no goblin Xenos deixa das patas atravessar sua mão se lança sangue por toda
a cara do goblin, que lambe o sangue.
Então ele solta um bafo de fogo na cara do goblin e taca uma pedra em sua cabeça.

- XENOS PARE, NÃO PODEMOS MATAR ELE.


O Lorde grita.
Deixe comigo vou conseguir neutralizar ele.

O Lorde então corta uma parte do seu braço, e grita:


“Infusão de sangue”.

O goblin imperador fica estático.

- Matias volte logo com a ajuda, XENOS CORRA! Eu não sei por quanto tempo o
sangue que infundi na minha magia vai aguentar.

Xenos corre de volta para a segurança, e uma mensagem surge nos seus olhos.

//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 26 pontos.


//Evoluir// º Traço genético: eclosão de ovos nv.max/ 25 pontos genéticos – atualmente:
26 pontos → atualmente: 1 ponto.

//Evoluir// Os ovos se romperam//


//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 42 pontos.
//Evoluir// º Traço genético: evolução fungae – 40 pontos / º Traço genético: evolução
virae: 40 pontos/ º Traço genético: evolução parasita de mana: 100 pontos.

Xenos não entendia nada, então deixou isso para outro momento.

//Evoluir//º Traços genéticos: melhoria cognitiva nv.2/ transmissão por sangue nv.1/
melhoria física nv.1/ eclosão de ovos nv.max // º Traços de alma: dualismo nv.max/
Alma ilegal nv.? //

Da luz, surge o homem, e mais 3 pessoas, jovens, dois meninos um loiro e outro de
cabelo branco, e uma menina loira, ambos de aparência elfíca.

- Bom dia, Mão-Direita Kayvar líder da tropa 03, qual é a situação?


Um dos jovens fala, saudando o Lorde, sua figura passava a paz de um líder.

O lorde, exausto, então fala:


- Kayvar, grato por atender ao chamado a essa hora, precisamos conter o goblin
imperador, repito CONTENÇÃO;
Ele pode ser importante para a nação se neutralizarmos a ameaça.

O goblin então se liberta e grunhe um terrível som.


Ele também usa alguma habilidade de terra, fazendo estacas que pegam fogo, só que os
jovens param elas facilmente.

O homem então sai da luz e vai para perto de Xenos.


- Ei criança, você deveria estar com os outros, veja até se machucou, vá lá para onde os
outros estão reunidos e deixe isso para os adultos.

- Obrigado senhor.
Xenos vai em direção a roda de pessoas que estava no topo do monte perto da sua casa,
lá os guardas dos moradores fazia a contenção e vigia.
Xenos se reencontra com seus irmãos e com a Lylia que estava chorando de medo.
Depois de abraçar e acalmar ela os guardas soltam suas armas dizendo que estavam
mortos.

Ao olhar para baixo, uma horda de goblins surgia pulando das ruínas do muro e das
casas.
Muitos morriam queimados e cortados pelos feitiços do pessoal lutando na luz espiral,
só que alguns conseguiram passar e estavam em direção ao bolo.
Xenos olha aquela massa de goblin chegando e se lembra do lorde falando que infundiu
sangue com sua magia, ele tenta fazer isso mas fracassa.

Então o caos é solto, e os moradores começam a rezar, chorar e brigar uns com os
outros, algumas mulheres e homens ficaram nus no meio do bolo, surtando de desespero.

Então diz para seus irmãos se esconderem em casa, pega uma das armas que os guardas
abandonaram e foi em direção a massa.
Quatro guardas e alguns homens velhos acompanharam Xenos dizendo que só
desistiram mortos.

Então a realidade se quebra de novo, dessa vez em um vazio escuro ele vê a feição de
Ícaro e Rose.
- Xenos você é muito novo, deixe isso conosco.
Eu nunca fui um herói, sabe, mas é só fazer o que eu sei fazer de melhor, dançar em
meio ao sangue.

//Evoluir// º Traço de alma: Alma ilegal // ]}


}
}
}

- Por que vocês fariam isso? NÓS não íamos mudar a nossa história?
Xenos fala indo aperta a mão da feição.

- Esta inato na nossa natureza, mas afinal, não estaríamos fazendo o bem dessa vez?
Limpando a escória desse mundo novamente.

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}]

Ao abrir os olhos, aquela horda não assustava Xenos, ele então corta o outro pedaço da
sua mão.
Chegando em meio a horda, ele jogava sangue na cara dos goblins e cortava o pescoço
dos próximos.

Para afastar os que ele tacou sangue, soltava o seu bafo de fogo que os afastava, então
focar e matar os outros.
//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 6 pontos.
//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 11 pontos.
//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 26 pontos.

Os pontos não paravam de subir, e a destreza que aquela criança tinha no meio de um
mar de sangue encorajava os moradores que foram com ele.
Aos poucos os goblins todos morriam e a massa enorme de goblins, agora se resumia a
alguns.

Mas um grito é ouvido do alto do monte, um goblin escapou, e começou a esfaquear os


moradores com aquelas armas de ferro mal polidas.
Com um goblin montado em cima de Lilya, Xenos surtou e correu o mais rápido que
pode.
Antes de matar o goblin cortando sua cabeça, ele conseguiu esfaquear Lilya, criando um
buraco em sua mão, e uma cicatriz em seus olhos.

- Me desculpe Lilya, eu não fui rápido o suficiente.


Dizia Xenos se enchendo de lágrimas.
Ela ponha o mão em seu rosto e diz que está tudo bem, afinal ela está viva por causa
dele.
Infelizmente o goblin conseguiu matar uma moradora adulta, que estava nua, arrancando
suas tripas para fora.

Um feixe de luz gigantesco corta o céu, saindo do centro da batalha, onde o goblin
imperador foi preso em uma jaula de vidro amarela de forma igual a um cubo.
A batalha havia terminado com inúmeras baixas elfas, e incontáveis corpos de goblins.
Deixando a vila em ruínas e muitas famílias quebradas.

As consequências ressoariam para sempre, mas o lorde tomou inúmeras medidas para
minimizar os impactos.
A vila seria reconstruída mais perto da mansão, e um muro maior, com mais qualidade
estava sendo construído.
Havia muitas caras novas na vila durante a semana que se passou, provavelmente
pessoas que vieram da espiral de luz.

Lilya havia perdido seu pai e seu irmão durante o evento, então criou uma obsessão com
Xenos, estando com ele a todo momento, mas isso não era ruim, porque agora ele era o
centro da família, com seus irmãos e Lilya contando como o cabeça.
As pessoas não entendiam, e nem se importavam como uma criança de quatro anos tinha
defendido tanta gente.

Mas uma pessoa tinha levado isso muito para o pessoal.


Ao acordar em uma manhã após duas semanas do evento, Xenos é acordado pela visita
do Lorde Donehdorf e um amigo, Lilya dizia que era o homem que saiu da luz.

- Bom dia Xenos, vejo que está bem movimentado a sua casa, fico feliz que vocês
estejam conseguindo se recuperar.
Dizia o Lorde um tom doce;

- Bom dia Xenos, me chamo Matias Kayvar, eu sou um tenente igual ao Donehdorf, só
que eu sou da ala de proteção.

- Bom dia Lorde, bom dia tenente Matias, é um prazer te conhecer, no que posso ajudar?

- Xenos, acho que não é legal conversar, venha vamos dar uma volta.

Matias, Xenos e o lorde vão andar pela nova vila, e em um campo onde não havia
ninguém eles se sentam.
- Xenos, se alguém me dissesse que uma criança de quatro anos lutou junto a um bando
de marmanjo barbado, para defender seu povo, eu não acreditaria.
Diz Matias.

- É a primeira ordem de evacuação de lutas Matias, mulheres e crianças, mas não é


incomum para gênios de magia brilharem em momentos como esse.
O Lorde respondia.

- Eu agradeço o elogio lorde Donehdorf, mas eu não sou um gênio da magia, apenas fiz
o certo na hora certa.

- De fato não é um gênio da magia, é um reencarnado não é mesmo, Xenos?


Matias respondia com um cinismo

- Você está errado senhor, eu sou um renascido, e no meu antigo mundo não havia
magia, como eu avisei ao lorde anteriormente.
E no final, mesmo que eu tenha a alma de outra pessoa, ainda tenho os problemas de ser
criança, sei que não vou tomar as melhores decisões…

O Matias corta Xenos e fala:


- Ninguém tomará Xenos, mas você está certo, é apenas uma criança ainda, e deveria
viver como uma, por isso falei com o Lorde e quero te fazer uma proposta, agora que é
órfão a falta de uma figura pode te transformar;
Eu não confio no Doni suficiente para te ensinar e guiar ao melhor caminho.
Então, antes de tudo;

Matias abaixa sua cabeça em sinal de respeito.


- Peço desculpas por ter sido parte desse experimento, e gostaria te convidar para ser
meu filho na cidade.

Xenos entende a situação, mas repetindo os gestos do Matias ele fala:


- Eu que pedirei desculpas, tendo o que pensa, mas não posso abandonar meus irmãos,
nem a minha Lilya.

Matias olhas para o Donehdorf, saca a arma que tinha usado na luta e aponta para a
cabeça de Xenos.
- Doni me desculpa, eu planejei manter isso o mais normal possível, mas o menino não
quer colaborar.
Você vem comigo por bem ou por mal.

Xenos então mostra as cicatrizes, de sua mão cortada.


- Acha que eu tenho medo de morrer, tenente?

O Lorde desesperado tenta acalma a situação abaixando a arma de Matias.


- Ei Matias não foi isso que combinamos, você falou que respeitaria a decisão dele.

- Criança você está certo, um maluco que vai sem medo para o campo de batalha não
teme a morte, mas tenho certeza que …

Matias aponta a arma para a casa de Xenos ao longe.


- (…) Teme a morte deles…
“Pétalas de fogo...”

Xenos solta o bafo de fogo na cara do Matias, mas ele desvia.


- Eu não quero brigar, por favor os deixe em paz.

Xenos sabia das suas desvantagens de lutar ali, não só o seu corpo de criança como
também o Lorde poderia mudar de lado a qualquer momento.

- Sabe, eu sempre vi crianças mortas, talvez seja a minha chance de finalmente matar
uma.

Matias atira em Xenos, e o raspão corta um pedaço do seu braço.


Ele entendeu que teria que lutar, chuta um pouco de areia e solta seu bafo de fogo no
chão, fazendo ele se alastrar pela poeira da terra.

- Xenos por favor desista, eu vou te proteger, você só tem isso se continuar vai irritar o
Matias e vamos ter problemas.
Dizia o Lorde desesperado.

- Não lorde não tenho só isso, as coisas mudaram muito desde daquele dia;
E aquela batalha me mudou muito mais do que você pode imaginar.

//Evoluir// º pontos genéticos atualmente – 0 ponto.


//Evoluir// – O parasita de mana – º Traços genéticos: melhoria cognitiva nv.3/
transmissão por sangue nv.2/ melhoria física nv.1/ eclosão de ovos nv.max // º Traço
mágico: toxidade nv.max / invasão nv.1 / linear de mana nv.1 // º Traços de alma:
dualismo nv.max/ Alma ilegal nv.? //

E Xenos continua.
- Eu irei sempre //Evoluir// para proteger, aquilo que eu busco, não importa o caminho,
não importa o resultado…

Ao falar essas palavras Xenos via suas antigas vidas, onde ele teve que abandonar tudo
que era importante para ele em diversos momentos.
- (…) Para sobreviver, e continuar.
Os olhos de Xenos brilharam em um tom púrpuro.
Ele sabia que humanos são frágeis, não era necessário uma magia absurda para matar
alguém, apenas acertar do jeito certo, no lugar certo.

- INFUSIO.
Enquanto uma névoa vermelha saia do machucado de Xenos, o Lorde conjurou uma
infusão em Xenos, que fez ele parar por alguns segundos, e deu espaço para o Matias
fugir.
Xenos então escapa e da posição onde estava Matias surge uma estaca do que é do
tamanho dele.

- Empalamento vivo, boa escolha criança, de novo tenho que me desculpar pelas ações,
tome aqui um curativo.

Matias novamente se abaixa em respeito a Xenos, e dessa vez entrega a ele um pote com
ataduras e outro com um líquido que fedia a álcool.

- Eu também tenho que me desculpar Xenos, era a ideia do Matias testar o seu potencial
mas não esperava que ele fosse tão longe a ponto de te ferir.

Xenos estava confuso.


Enquanto matias aplicava o curativo em Xenos, ele falava.

- Depois do que eu fiz você pode ter perdido a confiança em mim criança, e eu não
questiono isso, sei que o Doni pode te fazer um ótimo linha de frente, mas eu estava
falando sério sobre a família, o seu potencial me faz querer, sem dúvida entregar tudo
que eu tiver para que você proteja o meu país, então, eu aceito você e seus irmãos como
filhos também, a e é claro a tal da Lilya.

- Você fez tudo isso, só para me testar, que tipo de maluco você é?
Xenos respondia nervoso.

- Eu sei, o do pior tipo, mas eu posso dizer de verdade o que eu vi, e isso conta muito na
instituição.
Pelas vias normais provavelmente conseguiria ser um tenente, talvez um comandante,
mas se eu te guiar, e principal, se você aprender de agora tudo que nós temos a ensinar,
você pode ser até um herói.
Mas eu, de verdade dessa vez, respeitarei sua opinião.

- Se eu aceitar quer dizer que eu vou pra capital ou algo do tipo né? E você falou sério
sobre levar o pessoal também?
Xenos respondia com um suspiro fundo.

- Sim, aceitarei vos como meus próprios filhos, darei uma educação, boa comida,
moradia e treino.

- E podemos voltar se não for verdade?

- Sim, pode ficar em contato com o tenente Donehdorf, se a qualquer momento duvidar
de mim fale com ele.

Xenos se questionar.

- Se eles aceitarem, eu aceito também.


Xenos aperta a mão de Matias.

Ao chegar em casa, ele conversa com seus irmãos e com a Lilya, mas ignora o lance de
experimento, apenas fala que teve uma oportunidade pela bravura que mostrou.
Eles aceitam, mas Lilya sente medo, entretanto para seguir Xenos ela abandona sua mãe.

Em beira da luz espiral que dessa vez estava dentro da casa do Lorde, Xenos se despede
do Lorde, e ele chora um pouco.
Fechando os olhos ele atravessa a luz esperando algo melhor.

E ao abrir os outros ele se vê em uma construção gigantesca, feita de algum material


nunca antes visto, com diversas estátuas, pilastras e cores maravilhosas, com uma
pintura de um rio no teto.
- Bem-vindo a novemundo minhas crianças, espero que gostem da cidade.

Ao ver uma janela, Xenos via uma cidade cheia de coisas nunca antes vistas, prédios
enormes e pessoas vestindo roupas estranhas.
- Prontos para recomeçar?
Xenos perguntava olhando para seus irmãos e Lilya.

Fim do ato 1

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