As Nações Unidas e A Prevenção de Conflitos
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As Nações Unidas e a
Prevenção de Conflitos*
António Monteiro
Embaixador de Portugal em Paris**
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INTRODUÇÃO
1 Ver “Towards a Culture of Prevention: Statements by the Secretary-GeneraI of the United Nations”,
“Carnegie Commission on Preventing Deadly Conflict”, Dezembro 1999); e Edward Luttwak
“A Regra de Kofi: Intervenção humanitária e neo-colonialismo” in: Política Internacional, vol. 3,
n.º 21, Primavera-Verão 2000, pp. 59-67; Nuno Brito “Lidando seriamente com as Nações Unidas:
Kofi Annan e a Intervenção humanitária”, idem, pp. 69-82.
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“Quiet Diplomacy”
A sua natureza confidencial e low profile faz com que não caia no domínio
publico, pelo menos até à (eventual) conclusão positiva.
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Operações Preventivas
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Kofi Annan afirma, e bem, que a proliferação de armas ligeiras não pode
ser considerada unicamente uma questão de segurança, mas também de
direitos humanos e de desenvolvimento. O número exorbitante de armas
ligeiras em circulação – algumas avaliações colocam o numero à volta de
500 milhões – alimenta e exacerba situações de conflito armado. O
Conselho de Segurança tem vindo a afirmar que o progresso na pre-
venção e no combate à acumulação excessiva e ao tráfico ilícito de armas
ligeiras tem uma importância crítica na prevenção de conflitos armados.
Tarefas essenciais de desarmamento, desmobilização e reintegração so-
cial de antigos combatentes, fazem, cada vez mais, parte das operações
que asseguram a execução de acordos de paz, porque desempenham um
papel importante na prevenção de um eventual ressurgimento do confli-
to. Através da remoção de armas das mãos das partes em conflito e da
promoção de um futuro económico para os antigos combatentes, as
Nações Unidas tentam, efectivamente, interromper o ciclo de violência
que, de outro modo, se prolonga indefinidamente.
Outros modelos preventivos, como o estabelecimento de zonas desmili-
tarizadas, estão a encontrar aceitação como modalidades para a redução
de tensões, facilitando a prevenção ou a resolução de conflitos.
Modalidades Económicas
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Medidas de Força
Manutenção da Paz
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OBSERVAÇÕES FINAIS
O maior vigor que está a ser dedicado aos vários aspectos da prevenção
de conflitos pode não bastar. Tem que ser reforçada a busca de um
consenso irrefutável à volta da noção de que a prevenção deve ser uma
estratégia essencial dos esforços das Nações Unidas, em prol da manuten-
ção da paz e da segurança internacionais.
Devem ser disponibilizados recursos para estabelecer uma capacidade
efectiva das Nações Unidas nesta área. É óbvio que será sempre preferível
actuar antes que um conflito comece. Mas uma tal intervenção só poderá
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Secretariado, dada a oposição de Jacarta e dos seus apoiantes dentro do CS. Veio a decidir nesse
sentido, cedendo à insistente pressão portuguesa com o apoio do Secretário-Geral, mas já depois de
consumada a devastação do Território. Perdeu-se em consequência uma oportunidade única de
actuação preventiva. Mesmo assim, a missão foi determinante para a decisão da entrada da força
multinacional, sendo hoje apresentada como um exemplo de sucesso da actuação do CS.
11 O ênfase na questão dos diamantes tem a ver com actualidade dos casos de Angola e da Serra Leoa.
Foi, aliás, a primeira questão e a actuação do Presidente do Comité de Sanções (contra a UNITA),
Embaixador canadiano Robert Fowler, que colocou o assunto na ordem do dia do Conselho.
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12 David Cartwright, “The Price of Peace”, 1997, estudos efectuados sob a égide da “Carnegie
Commission on Preventing Deadly Conflict”.
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