Texto Narrativo - Solução
Texto Narrativo - Solução
Texto Narrativo - Solução
Acção - sequência de acontecimentos, isto é, conjunto de pequenos factos que se vão desenrolando
sucessivamente ao longo da história.
2. Lê o texto.
O Francisco apanhou um susto quando uma noite viu uma cara na janela. Mas depressa percebeu que
era a bruxa Lucília e foi abrir.
- Está frio – disse a bruxa, e o gato não aquecia nada e, para dizer a verdade, o huuu-huuu do morcego
até a ela estava a assustar.
- Entra lá, mas não faças magia nenhuma aqui dentro, ouviste?
A pobre da bruxinha quase fugiu pela janela: é que as bruxas detestam água!
Por sorte, havia mais uma cama no quarto, uma daquelas de puxar, por baixo da dele, e o Francisco
puxou-a para fora. E foi-lhe buscar uma camisa de noite da mãe. A bruxa Lucília aceitou a camisa de
noite, mas disse que não tirava o chapéu. Dormia com ele desde que era bebé e ele esticava e crescia
com ela.
- Eu também tenho um urso desde pequeno – respondeu o Francisco, e o assunto ficou arrumado.
O gato deitou-se no fundo da cama e o morcego pendurou-se no varão da cortina, de pernas para o ar,
claro.
Isabel STILWELL, “A história da bruxa Lucília II” in Histórias para contar em 1 minuto e ½,
1. Transcreve uma expressão do discurso do narrador. (Qualquer frase que não esteja assinalada
com travessão)
2. Indica as personagens e, em seguida, regista a fala de uma delas. (O Francisco, a bruxa Lucília,
o gato e o morcego); ( Qualquer frase assinalada com travessão)
3. Copia duas frases ou expressões que refiram duas acções das personagens. (Francisco puxou-a
para fora. / E foi-lhe buscar uma camisa de noite da mãe. / A bruxa Lucília aceitou a camisa
de noite,… / O gato deitou-se no fundo da cama e o morcego pendurou-se no varão da cortina,
de pernas para o ar, … )
4. Situa a história no tempo. Noite
5. Localiza a história no espaço. Quarto de Francisco
O NARRADOR
Texto A
A história de António não é alegre. (…) Naquele dia de muito calor (quando o conheci), António vendeu-
-me um postal ilustrado, daqueles que os hotéis e os restaurantes têm nos balcões de recepção, para os
turistas. (…)
Reparei nas suas mãos ainda de criança (…) que deviam ainda estar sobre a carteira da escola. E
estavam ali.
Texto B
O velho urso Zarnabé já começava a sentir sono, um grande sono que o ia fazer dormir durante meses e
meses, quando chegasse o tempo do frio. Dorminhoco como era , dormia três a quatro meses por ano e
uma vez chegou a dormir seis meses seguidinhos. (…)
O urso Zarnabé não esperou mais argumentação. Lembrou à mulher que era preciso fazer o letreiro do
costume, espreguiçou-se, bocejou muito fundo e meteu-se pela escuridão da gruta.
Obrigada!
Maria Rosa Dias da COSTA, Uma história por acabar e outras que não têm fim, Livros Horizonte (com supressões)
Tipos de narrador
Ex.: texto B
Ex.: texto A
Texto A
O Manuel costumava correr comigo pela mata fora. Brincávamos muito, éramos bons camaradas e
ele gostava de me ensinar habilidades. Atirava, por exemplo, um pedaço de pau para longe, e eu
corria para o apanhar. Depois levava-lho na boca e ele exclamava:
E eu agitava o rabo. Agitar o rabo é a minha maneira de mostrar contentamento. Nós, os cães, não
sabemos rir como as pessoas. Ilse LOSA, Faísca conta a sua história, Livros Horizonte
Texto B
O menino Jesus, como os outros meninos, tinha vontade de crescer e não acreditava no Natal. Ele
bem sabia quem punha os brinquedos na sandália (era a Mãe), e, por não haver então lojas de
brinquedos, e, mesmo que houvesse, não terem os pais do menino Jesus dinheiro para os comprar
(os brinquedos já eram muito caros), ele bem vira S. José estar a fazer uma carrocinha, às
escondidas. (…) por isso, (…)o menino Jesus, que estava à espera de lhe darem a carroça, fingia
que não se importava, fingia, até, não esperar coisa alguma. Jorge de SENA, Razão de o Pai Natal ter barbas
brancas, Lisboa Ed. (com supressões)
Texto C
Uma vez um rapaz de nome Toninho foi para a escola sem saber a lição e, por isso mesmo, ia
muito preocupado só de pensar que o professor o poderia interrogar.
O professor fez a chamada e, quando chegou ao nome de Toninho, o rapaz respondeu Presente!,
mas ninguém o ouviu e o professor disse:
A minha vida é diferente. Mal entro em casa, pouso a pasta e corro para um campo cortar erva
tenra para os vitelos, que se fartam de reclamar no estábulo. Vou a outro campo buscar as ovelhas
e as cabras que me aguardam, presas a estacas. Corto lenha e acarreto-a para a cozinha; vou à
fonte buscar regadores de água e encho as pias dos porcos que não param de foçar no estrume,
sempre sujos e esfomeados.
2.2.Dos excertos abaixo apresentados, apenas um poderá ser a continuação do texto D. Qual?
Texto E
Apesar dessas canseiras, não se tem saído mal. Claro que não é bom aluno; de vez em
quando, tem negativas, mas lá se vai aguentando.
Texto F
Apesar dessas canseiras, não me tenho saído mal. Claro que não sou bom aluno; de vez
em quando, tenho negativas, mas lá me vou aguentando.
Frase A
- Afinal, consegui! – pensou Toninho, aliviado por poder escapar ao interrogatório do professor.
Frase B
2.4. Imagina que era o Toninho quem contava este episódio da história que se passou com ele. Copia o
texto para o teu caderno, fazendo as alterações necessárias.
Uma vez eu fui para a escola sem saber a lição e, por isso mesmo, ia muito preocupado só de
pensar que o professor me poderia interrogar.
AS PERSONAGENS
1. Lê o texto seguinte:
O cavalo real
Não lhe chamavam cavalo do rei, mas cavalo real, porque andava sempre com o rei às costas.
Quando se via, nos desfiles, à frente da restante cavalaria dos lanceiros, dos arqueiros, dos
alabardeiros, julgava-se não só o rei de todos os cavalos, que o seguiam medindo o trote dele, como o
comandante-em-chefe de toda aquela tropa.
Que presunção!
(…)
Mas, um dia, numa caçada, o cavalo real tropeçou num tronco e deixou cair o rei, que se
estatelou no chão, com a coroa à banda.
Não lhe perdoou o rei o tambolhão. Deixar cair o rei é cair em desgraça. Foi o que aconteceu.
Expulso das cavalariças reais, o cavalo percebeu finalmente que não lhe tinham respeito nenhum.
Nem tudo se perdeu, afinal. Depois do que se passou, o cavalo ganhou juízo.
Quando soou o último toque, correram para o portão e colocaram-se uma de cada lado, para
interceptarem o Chico.
Era um fim de tarde de Outono, já frio. Escurecia cedo, e em volta recortavam-se os prédios que àquela
hora pareciam todos cinzentos, debruados no topo por um fio de luz dourada. No ar uma nuvem de fumo
espalhava o cheirinho bom das castanhas assadas.
Um rio de gente comprimia-se para passar no portão, empurrando as gémeas uma para cada lado, com
as patas, sacos, cotoveladas.
- Cheguem-se para lá, o que é que estão aí a fazer? – perguntou um empregado, aproximando-se.
A Teresa ia a responder, mas avistaram o Chico que avançava sozinho no fim da fila.
Ana Maria MAGALHÃES e Isabel ALÇADA, Uma Aventura na Cidade, Ed. Caminho
Outono, fim da tarde, depois da última aula / à saída da escola, junto ao portão.