Siem BcoCapacitores Ed1
Siem BcoCapacitores Ed1
Siem BcoCapacitores Ed1
Edição 1 - 2003
Foi empregado da CESP – Companhia Energética de São Paulo no período de 1976 a 1998 e da
CTEEP – Transmissão Paulista de 1998 a 2001.
Atualmente é engenheiro consultor e associado da Virtus Consultoria e Serviços S/C Ltda. em São
Paulo – SP atendendo concessionárias, empresas de projetos elétricos e fabricantes de
equipamentos e sistemas de proteção e automação, com ênfase à Siemens Ltda.
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 4
2. BANCOS DE CAPACITORES
Em termos de projeto do capacitor de potência, são considerados três tipos de projeto por
poderem afetar na escolha do esquema de proteção de um banco de capacitores:
• Capacitores de potência com fusível externo
• Capacitores de potência com fusível interno
• Capacitores de potência sem fusível
Essa corrente de falha será suficiente para operar o fusível do elemento em curto. Após o
rompimento do fusível do elemento em curto, ocorrerá uma pequena sobretensão nos
elementos remanescentes em paralelo e também uma pequena redução de corrente os
demais, causando uma pequena (desprezível) redução na potência do capacitor.
Um grande banco de capacitores pode ser ligado todo de uma vez, mas freqüentemente
convém o uso de disjuntores ou chaves interruptoras, de modo a se poder ligar ou desligar
do sistema diversos estágios. Até três estágios é o uso mais comum, embora possam ser
usados mais, dependendo da variação da tensão por estágio e da variação da carga.
Diversas disposições típicas para ligação de grandes bancos podem ser analisadas na
figura 2.5.1:
A B C
Chave
Chave Chaves Automática
Automática Automáticas
Chaves não
Automáticas
E
D
Chave
Chaves Automática
1 2 3 Automáticas
Fusíveis
Chaves não
1X 2X 4 X kVAr
Automáticas
C) Três estágios iguais, com uma chave automática comandando todo o banco (e
desligando automaticamente, em caso de curto em quaisquer dos estágios); duas
chaves não automáticas controlam o 2o e 3o estágios, sendo o 1o controlado pela chave
principal.
Se a variação da tensão durante essas mudanças puder ser tolerada, então os sete
estágios do total de kVAr podem ser obtidos com apenas três chaves.
a) Usar disjuntores ou chaves interruptoras que sejam adequados a esses casos; tais
equipamentos normalmente lançam uma resistência em série com a carga, ao ligar
e ao desligar, de modo a amortecer sensivelmente os transitórios;
b) Intercalar pequenos reatores indutivos entre os estágios (ou também entre o banco
e a fonte, se for o caso): esta reatância adicional, convenientemente calculada,
deverá reduzir suficientemente os transitórios.
Por muitos anos foram empregados transformadores para abaixar a tensão até a tensão
nominal dos capacitores. Atualmente está estabelecido que, quando for o caso, a melhor
prática é a ligação em série de grupos de capacitores em paralelo, em vista do fator
econômico.
A figura 2.5.2 mostra como as unidades são dispostas em uma fase do sistema, numa
ligação estrela.
Fusíveis
e1
Grupo 1
1 2 3 4 5 6 M2
e2
Grupo 2
ea
1 2 3 4 5 6 M3
Grupo 3 e3
1 2 3 4 5 6 Mx
ex
Grupo X
Neutro
Figura 2.5.2 - Ligação de Capacitores com Fusível Individual para Uma Fase de Um Banco Trifásico
Se o número de unidades for muito pequeno, a corrente através do fusível pode ser tão
baixa, que não seja suficiente para queimá-lo, ou leve demasiado tempo.
É também aconselhável evitar tensões maiores que 110% nas unidades remanescentes
num grupo, quando uma unidade é retirada de circuito por queima do fusível. No caso de
bancos com o número mínimo de unidades, apenas uma operação de queima de fusível é
permitida; por isso, inspeções periódicas são aconselháveis e recomendadas. É fato
comum, grandes bancos de capacitores serem constituídos por um número de unidades
maior que o mínimo recomendado; neste caso, mais de um fusível poderá operar sem
haver grandes sobretensões nas unidades remanescentes, mas uma inspeção periódica
nos fusíveis continua indispensável, a fim de que possam ser evitados danos em
capacitores bons.
2
ec1
(ea )
e1n =
M 1
2 2 2
ec1 ec 2 e
+ + ... + cx
M1 M 2 Mx
2
ec1
(e a )
M 1 − N1
e1 =
(3 M 1 − N 1)(ec21) ec22 e2
+ + .... + cx
3 M 1 ( M 1 − N 1) M 2 Mx
2
N 1 ec1
(ea )
M 1 M 1 − N1
eNO =
(3 − N 1) ec21 ec22 e2
3( M 1 + + .... + cx )
3 M 1 ( M 1 − N 1) M 2 Mx
3 + + .... +
M1 M 2 Mx
2
ec1
(ea )
e1n =
M 1
2 2 2
ec1 ec 2 e
+ + ... + cx
M1 M 2 Mx
2
ec1
(ea )
e1 =
M 1 − N1
2 2 2
ec1 e e
+ c 2 + .... + cx
M 1 − N1 M 2 Mx
A corrente que circula no fusível da unidade em curto circuito no grupo 1 é igual à corrente
normal multiplicada pelo fator If:
2
ec1
(ea )
e1n =
M 1
2 2 2
ec1 ec 2 e
+ + ... + cx
M1 M 2 Mx
Com N1 unidades retiradas do grupo 1 em uma das estrelas, a tensão e1 nas unidades
remanescentes deste grupo será:
A corrente que circula no fusível da unidade em curto circuito no grupo 1 é igual à corrente
normal multiplicada pelo fator If:
6 + 2 + .... +
M1 M 2 Mx
A corrente na ligação entre os centros das estrelas, quando N1 unidades são retiradas do
grupo 1 em uma das estrelas, será a corrente normal multiplicada pelo fator INO:
1 2
ec1 N 1
INO =
2 N 1 2 M − N
6 − ec1 1 1
M1 2 2
+ ec 2 + .... + ecx
6(M 1 − N 1) M 2 Mx
Assim, temos:
ea
e1n =
X
3 M 1 ea
e1 =
2 N 1 + 3 X ( M 1 − N 1)
eNO =
N 1. ea
2. N 1 + 3. X .( M 1 − N 1)
3. M 1 . X
If =
3. X − 2
ea
ein =
X
e1 =
M 1 . ea
N 1 + X .( M 1 − N 1)
M 1. X
If =
X −1
6.M 1. ea
e1 =
5.N 1 + 6. X .( M 1 − N 1)
6.M 1. X
If =
6. X − 5
3. M 1 N 1
INO =
5. N 1 + 6. X .( M 1 − N 1)
Em todo grande banco de capacitores, se os capacitores não forem do tipo com fusíveis
internos, cada capacitor deve ser protegido por um fusível individual para:
Fase A
Fase B
Fase C
Proteção de
Sobrecorrente
Disjuntor
Fase B
Fase C
Proteção de
Sobrecorrente
Disjuntor
TP TP
Fase B
Fase C
Proteção de
Sobrecorrente
Disjuntor
Fase A
Fase B
Fase C
Proteção de
Sobrecorrente
Disjuntor
V Centelhador
Alta Impedância
Figura 3.2.2.2 - Proteção de Tensão Através de TP Ligado Entre a Terra e o Centro Estrela
Fase B
Fase C
Proteção de
Sobrecorrente
Disjuntor
Barra
TP de Barra
Relé
Banco de Balanço
Capacitores“Shunt” de Tensão
TP de Derivação
do Banco
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Fase B
Fase C
Proteção de
Sobrecorrente
Disjuntor
Nos bancos comandados por disjuntores ou chaves interruptoras, os pára-raios devem ser
instalados entre esses equipamentos e o banco propriamente dito.
Cada capacitor possui resistências internas próprias de descarga que têm por objetivo, baixar
a tensão residual entre os terminais para 50V ou menos dentro de um intervalo de tempo
máximo de 5 minutos.
Existem chaves interruptoras e disjuntores com resistores de pré-inserção que servem para
limitar a corrente de energização, dispensando a utilização de reatores de amortecimento.
Assim, a indutância dos reatores necessária será calculada em função da limitação da chave
ou do disjuntor.
E XC
Imax = .1 +
XC.X L XL
XC
fmax = 60 .
XL
onde:
2
(kV )
XC =
MVAr
2
(kV )
XL =
MVA
1
fmax =
2.π . C. L0
onde:
Uma corrente de energização menor pode ser obtida com a inserção de reatores limitadores
de corrente em série com o banco de capacitores.
4. BIBLIOGRAFIA
- “Protection of Fuseless Capacitor Banks Using Digital Relays” - Malkiat S. Dhillon (Pacific
Gas and Electric Co), Demetrios A. Tziouvaras ( SEL Inc.)