Fisiopatologia Das Lesões de Partes Moles
Fisiopatologia Das Lesões de Partes Moles
Fisiopatologia Das Lesões de Partes Moles
Ruptura de vasos e lesão tecidual específica -> HEMATOMA (devido ao sangue oriundo da
ruptura dos vasos)
Irritação dos tecidos subjacentes pela liberação de enzimas (processo inflamatório agudo)
INFLAMAÇÃO
- O primeiro evento importante em uma lesão traumática é o rompimento dos vasos com
formação de hematoma dentro dos espaços internos da área lesada;
OBS: geralmente há a formação de equimose que denotam que houve sangramento (superficial
ou profundo)
- As células são lesadas duplamente pelo trauma e pela liberação de enzimas dos tecidos lesados
que provocam morte celular;
⇒ QUIMIOTAXIA
OBS: Por diapedese, os neutrófilos invadem a parede dos vasos e ultrapassam os tecidos.
OBS: Neutrófilos são os primeiros fagócitos. Essas células possuem uma vida curta e acabam
morrendo provocando um aumento da morte celular (células mortas pelo trauma e neutrófilos
mortos) fazendo com que aumente a quantidade de exsudato inflamatório.
OBS: Os monócitos são os macrófagos mais importantes e vão fazer a limpeza geral na área
para que ocorra o processo de cicatrização.
ALTERAÇÃO DA FUNÇÃO
- Além do líquido que flui do vaso, uma grande quantidade de proteína do plasma e colóides se
acumulam no interstício fazendo com que mais líquido do vaso flua para o tecido encharcando-
o e formando o edema;
OBS: Há três mecanismos de morte celular: morte das células oriunda do trauma, morte de
neutrófilos e hipóxia secundária
OBS.: Se mantiver o fator causal (trauma repetido), maior será o tempo de inflamação, portanto,
não há um tempo geral para todos os casos.
Crônico
Após a remoção dos produtos da morte celular, começa o processo de reparação com
neoformação vascular e drenagem do exsudato;
OBS: A fisioterapia trabalha também nessa fase a eletrotermofototerapia como por exemplo
LASER, CORRENTE DE ALTA VOLTAGEM, ULTRASSOM PULSADO
Os tecidos tendinoso e ligamentar precisam de mais tempo para recuperar a força tênsil
Com tensões de baixa magnitude (movimento em amplitude parcial) as fibras colágenas são
reorientadas, colocando-se paralelamente à linha de tensão e aumentando a resistência da
cicatriz fibrosa.
OBS: Fisioterapia atua em uma mobilização precoce (movimento em amplitude parcial que
aumenta progressivamente; sem carga ou com auxílio do fisioterapeuta quando aplicada uma
carga) da área ou tecido lesado depende da magnitude da lesão e do tipo de tecido (se há uma
lesão completa, não é possível até que haja deposição de colágeno antes; lesão parcial pode
fazer tensões de baixas) – Cinesioterapia
REGENERAÇÃO X CICATRIZAÇÃO
Os tendões e ligamentos rompidos demoram mais para recuperar a sua capacidade de resistência
à tensão, visto que, também sofrem uma perda considerável de elasticidade durante a
imobilização.
LESÕES DE TECIDOS MOLES
⇒ CONTUSÃO
OBS: Se não houver um tratamento adequando da contusão pode acarretar em uma MIOSITE
OSSIFICANTE (ex.: ao fazer uma imobilização precoce em um momento inadequado)
Definição:
Causas:
→ Falta de aquecimento;
→ Encurtamento muscular;
Incapacidade do tecido suportar uma força tênsil de grande intensidade, principalmente quando
o tecido mole apresenta diminuição da flexibilidade e resistência à fadiga.
"GAP" (lacuna)
→ GRAU I: Existe dor e edemas leves, não há ruptura tissular detectável, a força, contração e
mobilidade do músculo envolvido são normais;
→ GRAU II: Ocorre ruptura incompleta da unidade músculo-tendínea, causando dor, edema,
eventual equimose e incapacidade maiores que os estiramentos leves. A contração do músculo
envolvido é fraca e dolorosa. Às vezes é possível palpar um pequeno gap no local da lesão. Cura
por cicatrização em 2 a 3 semanas;
→ GRAU III: Ruptura completa de uma porção da unidade miotendínea, comprometendo 50%
ou mais da área de secção transversa do músculo. A dor e edema podem variar de mínimos a
intensos; a contração muscular é extremamente fraca ou inexistente. Pode-se palpar facilmente o
defeito muscular (gap) no local da lesão. Tempo de recuperação bem maior (mais de 4
semanas).
A cicatrização das lesões de GRAU III leva de 4 a 6 semanas. A ruptura completa de um
músculo pode ser precedida por uma lesão de menor grau, que foi curada incompletamente.
As lesões incompletas são muito mais frequentes. Os músculos mais acometidos são os
biarticulares como os isquiotibiais e reto da coxa e, por isso mesmo, são mais susceptíveis às
rupturas.
Tratamento:
→ Medicamentoso
Nas primeiras 48h, trata-se o estiramento muscular com miorrelaxantes, repouso absoluto.
→ Cirúrgico
Casos graves de rupturas tendinosas.
⇒ TRAUMAS ARTICULARES
→ SINOVITE TRAUMÁTICA
Inflamação sinovial por lesão traumática dos tecidos moles intrarticulares com instalação
progressiva nas primeiras 24h.
Pode ocorrer uma cronificação do processo devido à reação cíclica às enzimas proteolíticas.
→ HEMARTROSE
⇒ ENTORSES
Pode causar lesões por sobrecarga de tensão nos tecidos moles (ligamentos e cápsula) e
compressão sobre o osso e cartilagem.
Ocorre impotência funcional imediata, que pode resultar em sequelas, como a instabilidade
articular grave.
→ LUXAÇÃO DO COTOVELO
→ LUXAÇÃO DO OMBRO
→ LUXAÇÃO DO JOELHO
Tratamento ortopédico:
4. Suporte medicamentoso;
Complicações:
→ Rigidez articular
→ Ossificação traumática
Característica principal: pele lisa e brilhante, edema, impotência funcional, rigidez articular,
dor. Tratamento: Proteger o segmento, imobilização.
→ Choque hipovolêmico;
EFEITOS METABÓLICOS
→ Hipoproteinemia (hipotensão);
TOXEMIA E INFECÇÃO