Laudo Iluminancia

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LAUDO TÉCNICO

"AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS


DE TRABALHO"

MALHARIA LC LTDA.

OUTUBRO/2011
CIDMED — Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÕES DA EMPRESA PERICIADA 3

2. OBJETIVO 4

3. INTRODUÇÃO 4

4. METODOLOGIA E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO AMBIENTAL 5


4.1 ILUMINAMENTO 5
4.2 RUÍDO 5

5. IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL PERICIADO 6


5.1 DATA/HORARIO DA REALIZAÇÃO DO LAUDO AMBIENTAL 6

6. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES/AMBIENTE DE TRABALHO NA EMPRESA 6


6.1 DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DAS ATIVIDADES E AMBIENTES DE TRABALHO 6

7. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS AGENTES ENCONTRADOS 55


7.1 ILUMINAMENTO 55
7.2 RUÍDO 55
7.3 EFEITOS DOS ÓLEOS, HIDROCARBONETOS E GRAXAS 56
7.4 ÓLEO DIESEL 56
7.5 POEIRA DE ALGODÃO 57

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 57

9. TERMO DE ENCERRAMENTO 58

AV. ARNO CARLOS GRACHER, 69, SALA D3


FONE: (571 3351-4266 E 3396-6642
CIDMED — Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

1. IDENTIFICAÇÕES DA EMPRESA PERICIADA

Razão Social: MALHARIA LC LTDA.


Endereço da Empresa: Rua Maximiliano Furbringer, 221
Bairro: Jardim Maluche - Cidade: Brusque - CEP: 88.354-670 - Estado: SC
Fone: (47) 3351-4000
CNPJ: 79.386.371/0001-03
CNAE: 13.30-8-00 (Fabricação de tecidos de malha).
Grau de Risco: 3
N° de Funcionários: 135

Horário de trabalho: A empresa trabalha nos seguintes dias e horários:


• Escritório - Administrativo, Vendas No horário comercial/geral, de terça as
sextas feiras, das 7:30 às 12:00 e das 13:15 às 17:30 horas. Nas segundas feiras,
das 7:30 às 12:00 e das 13:00 às 17:30 horas.
• Produção (tecelagem) 4 Trabalha em todos os turnos: 1° Turno, 2° Turno e 3 °
Turno-5:0/13; 2 :0/5.,comintervalpfção/dscn.

AV. ARNO CARLOS GRACHER, 69, SALA 03


CIDMED — Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

2. OBJETIVO

O presente trabalho foi realizado para esta empresa, com o objetivo de


identificar os agentes e riscos ambientais (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos)
existentes nos diversos setores produtivos da mesma e nas áreas de apoio, no sentido de
que sejam elaborados programas efetivos e medidas corretivas adequadas nas áreas de
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
Sempre que houver alguma modificação nas condições de trabalho, este
levantamento deverá ser refeito, pois os dados e as conclusões poderão ser alterados.

3. INTRODUÇÃO

Este trabalho pericial tem por finalidade identificar possíveis


condições de trabalho na empresa, que possam ser classificadas como atividades
insalubres e/ou periculosas, nos termos definidos pela Portaria n° 3.214/78, modificações
posteriores, e demais normas relativas á Segurança e Medicina do Trabalho, que devem
ser obrigatoriamente seguidas por todas as empresas, sejam elas públicas ou privadas,
do território Nacional.

"Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por


sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos". (art. 189 — CL T)

"O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de


tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por
cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e
mínimo". (art. 192 — CL 1).

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará o fim do


pagamento do adicional respectivo.
A Norma estabelece que as medidas de controle para a eliminação ou
neutralização dos riscos ocupacionais deverão ser adotadas na seguinte ordem de
prioridade:

=> Medidas coletivas — EPC (Equipamento de Proteção Coletiva);


ir> Medidas administrativas de organização do trabalho;
=> Utilização de equipamentade proteção individual - EPI.

Também servirá este Laudo para auxiliar na realização do PPRA (Programa


e prevenção de Riscos, Ambientais — NR-9), PCMSO (Programa de Controle Médico e
Saúde Ocupacional — NR-7), confecção do mapa de riscos da empresa e elaboração do
PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário).

(7S nRACHFR RR CAÍ A flq


CIDMED — Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

4. METODOLOGIA E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS


NA AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Além do método qualitativo de avaliação, previsto na NR 15 da portaria n°


3.214/78, do Ministério do trabalho, e pesquisa bibliográfica, foram realizadas entrevistas
com os funcionários e/ou com a representante da empresa, que tinha um real
conhecimento das atividades desenvolvidas na empresa e avaliadas neste Laudo.
Para a realização dos levantamentos quantitativos dos possíveis riscos
físicos (ruído e temperatura) e ergonômicos (intensidade luminosa) foram utilizados os
equipamentos descritos abaixo:

4.1 Iluminamento

Quanto a iluminância geral dos postos de trabalho, adotamos os critérios


estabelecidos pela Norma Regulamentadora 17, da Portaria n°3214/78 e da NBR 5413
(iluminãncia de interiores).
Apesar do iluminamento não ser mais fator determinante de
insalubridade, o perito informa no presente laudo os valores de iluminamento
constatados, tendo em vista às exigências da legislação vigente.
A determinação dos níveis de iluminamento foi efetuada em dia parcialmente
ensolarado, condição climática que atende a recomendação da ABNT, sendo utilizado
para a avaliação quantitativa o luximetro marca Instrutherm, modelo LD-300.

4.2 Ruído

Os níveis de ruido foram obtidos próximos ao aparelho auditivo dos


trabalhadores em seus postos de trabalho, a altura do plano horizontal que contém o
canal auditivo.
Os níveis de ruido contínuo e intermitente foram medidos em decibéis (dB),
com o instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A"
e circuito de resposta lenta. Utilizamos para tanto, o Decibelímetro marca Instrutherm,
modelo DEC-470, com calibrador interno, previamente calibrado em 94 dB(A) e um
Dosimetro de Ruído marca Instrutherm, modelo DOS-450 com áudio calibrador de marca
Instrutherm, modelo CAL-3000 também calibrado em 94 dB(A).

Os Limites de Tolerância para Ruído Contínuo e Intermitente são


estabelecidos pela NR-15, Anexo 1, da Portaria n°3214/78 do MTb.

n na
CIDMED —Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

5. IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL PERICIADO

Este laudo foi realizado na empresa MALHARIA LC LTDA., localizada na


Rua Maximiliano Furbringer, 221, bairro Jardim Maluche, na cidade de Brusque/SC. A
empresa está dividida nos setores conforme abaixo descritos:

PAVIMENTO TÉRREO
• Recepção
• AmostrasNendas
• Depósito de Malhas — Expedição
• Depósito de Fios / Malha Crua
• Tecelagem/Revisão
• Manutenção Mecânica
• Laboratório

PAVIMENTO SUPERIOR
• Escritório: Contabilidade, Financeiro, Informática, RH, Administração, Vendas

5.1 Data/Horário da Realização do Laudo Ambiental

O levantamento técnico de dados obtidos na empresa para a confecção


deste Laudo Ambiental, ocorreu no dia 13/10/2011, com início as 9:00 horas e
acompanhado pela Sra. Viviane — Analista de RH, que representou a empresa durante a
vistoria. O dia estava chuvoso.

6. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES/AMBIENTE DE


TRABALHO NA EMPRESA

6.1 Descrição Pormenorizada das Atividades e Ambientes de


Trabalho

As avaliações pormenorizadas das atividades realizadas e dos ambientes de


trabalho estão descritas a seguir nas Fichas de Avaliação.

Av. ARNO CARLOS GRACHER, 69, SALA 03


CIDMED — Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

cmMED ®
FICHA DE AVALIAÇAO AMBIENTAL - LTCAT I Data: 13/10/2011
Empresa: MALHARIA LC LTDA.
Mecânico de Manutenção III (05);
Setor: Manutenção Seção: Manutenção
ão Mecânica Função: Mecânico de Manutenção IV (02);
Mecânico de Manutenção V(01);
N ° de funcionários que exercem a
Turno: 1 ° , 2 ° e 3° Turnos função:
08
> liessikapgpAsktgle: Executar a manutenção de diversos tipos de máquinas e equipamentos industriais (principalmente teares
circulares), reparando e substituindo peças, fazendo ajustes, regulagem e lubrificação convenientes. Localizar defeitos em
máquinas e equipamentos; desmontar total ou parcialmente a máquina; reparar a peça defeituosa ou substitui-la utilizando
ferramentas como: limas, serra, chaves diversas, dispositivos de bancada, etc

ir Descrição do Ambiente de Trabalho:


- Tecelagem: -Tecelagem'. Consiste em uma construção de concreto armado/alvenaria, com área aproximada de 1.200,00 m 2 , piso
em concreto/cimento alisado, cobertura em placas onduladas de alumínio, pê direito alto superior a 800 m, iluminação artificial
através lâmpadas fluorescentes, janelas nas laterais da edificação; sistema de exaustão junto ao piso, para controle de poluentes
(poeiras de algodão). Encontramos na secão'em exame, trinta e cinco teares circulares.
- Sala de Manutenção Mecânica: possui área aproximada de 12,00 m 1 ; piso em concreto/cimento alisado; teto em alvenaria/laje,
janela; mesa com cadeira; banca com morsa e esmeril, e, ferramentas manuais inerente a função.

- RUÍDO: - Tecelagem: 8800 a 91,00 dB(A). Tempo de exposição diária: em média de 5,00 a
". FÍSICOS 7.00 horas da jornada de trabalho
- Sala de Manutenção Mecânica: 79,00 a 82,00 dB(A).

w -Hidrocarbonetos e Outros Compostos de Carbono: Contato habitual e intermitente no


4)
••• QUÍMICOS manuseio/limpeza das peças.
5
0 `+ BIOLÓGICOS - Não Constatados.
o)
ci - ILUMINAMENTO: Bancada de manutenção, iluminânciaeral
g em 1700 lux (luminária
". ERGONÓMICOS suplementar).
- Riscos operacionais inerentes a atividade, tais como acidente mecânico nas máquinas,
,-. RISCOS DE ACIDENTE transmissões, motores, cortes, queimaduras, etc..
I- Medidas de Senuranca adotadas:
- EPC: Extintores de incêndio rede de hidrantes e sistema preventivo corara incêndio, de acordo com exigido pela Norma do
Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina, e, gerador. Exaustores.
- Medidas Administrativas. Ventiladores com vaporizadores para aumentar o conforto térmico no ambiente, placas
indicativas de EPI's, aterramento das máquinas.
- EPI: Calçado de segurança CA 9128), protetor auditivo (CA 5745 com NRRsf 17 dB), óculos de segurança (CA 9722), luva
impermeável (CA 9634), luva nitrIlica (CA 10005), creme de proteção para a pele (CA 11.070).
Y Recomendações;o i
- Todos os EPEs fornecidos pe a empresa devem conter o CA (Certificado de Aprovação), válido emitido pelo MTE; os que não
possuírem deverão ser subsfituidos, e o seu uso é obrigatório.
- Treinamento/conscientização, exigência e controle quanto ao uso do EPI apropriado.
- Manter em local acessível aos funcionários a FISPO (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico) de todos os
produtos químicos utilizados, para serem consultados antes de serem utilizados, e, suas recomendações deverão
obrigatoriamente ser seguidas.
- Fazer intervalos/rodizios para o descanso dos funcionários que trabalham continuamente em pê, desenvolvendo outro tipo
de atividade e mudança de posição.
- Fornecer creme de proteção para a pele.
- Uso de máscara para poeiras nas operações de raspagem e lixamento.
- Uso de viseira de segurança para a proteção do rosto/face.
- Corrigir iluminância insuficiente na tecelagem.
1) Conclus
- RUÍDO: a) Dose equivalente de ruído; D = 146
b) Nivel Equivalente Ruído; Leq = 87,72 dB(A) 9 Insalubridade de grau médio (20%)
c) Nivel media de pressão sonora com protetor auditivo = 87,05 dB(A) - 17,00 08(A) = 70,05 dB(A) 3 Agente
neutralizado com o devido uso continuo do EPI (protetor auditivo, CA 5745) - NR-15 do MTE, Anexo no. 01, e. Norma para
Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído - NHO 01 da FUNDACENTRO, desde que comprovado o uso obrigatório do
EPI (protetor auditivo), vide observações.
- QUIM ICO: - Poeira de algodão 9 Agente não quantificado - realizar avaliação quantitativa - Limi tes de Tolerância
estabelecidos pela ACGIH (Internacional).
- Hidrocarbonetos: Contato de modo habitual e intermitente com agentes insalubres, tipo químico 3
Insalubridade de grau médio (20%) NR 15 anexo 13. ''Emprego de produtos contendo hidrocarbonetos aromáticos
como solventes ou em limpeza de peças".
- ERGONOMIA: A iluminância geral artificial é insuficiente na tecelagem. 9 recomendado no minimo 400 lux - TOMAR
PROVIDÊNCIAS - NR-17 do MTE. e, NBR 5413 da ABNT.
- Não constatamos durante sua atividade laborai, quaisquer agentes biológicos, capazes de colocar em risco a sua saúde.
- Não esta exposto habitual e permanentemente aos riscos ocasionados por radioatividade, produtos inflamáveis, explosivos e
eletricidade.

Av. ARNO CARLOS GRACHER, 69, SALA 03


CIDMED — Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

Fundamerpto Científico:
- RUMO: NR15 do MTE, Norma para Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído - NHO 01 da FUNDACENTRO.
- ILUMINAMENTO: NBR 5413 da ABNT.
- MECÂNICOS: Normas Regulamentadoras do MTE.
- ERGONOMIA: NR-17 do MTE.
- POEIRAS DE ALGODÃO: Limites de Tolerância estabelecidos pela ACGIH (Internacional).
- QUIMICO: NR-15 Anexo N°07, N°13 .

Observanbes:
- O adicional de insalubridade e os efeitos nocivos poderão ser elididos e neutralizados com a implantação. e um controle
rígido, de EPC's (Equipamentos de Proteção Coletiva), medidas administrativas e pelo uso correto do EPI adequado.
- Caso a empresa não possua uma politica de treinamento, exigência, cobrança e punição quanto ao uso do respeCtIVO EPI,
deverá pagar o adicional de insalubridade nos casos em que se fizerem necessários.
-A caracterização acima é valida enquanto as condições de trabalho permanecerem como aquelas observadas e informadas
durante os levantamentos de campo Caso ocorra alguma mudança nesta função, ou no seu ambiente de trabalho, deverá ser
solicitada uma nava vistoria.
- As conclusões referentes ã avaliação especificamente deste setor e função, permanecem inalteradas e podem servir
de base para obtenção de informações desde o laudo realizado em 08/12/2009.

AV. ARNO CARLOS GRACHE R, 69, SALA 03 (


COME° — Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

7. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS AGENTES


ENCONTRADOS

7.1 Iluminamento

O Ministério do Trabalho revogou o anexo 4 da NR-15 que fixava os níveis


mínimos de iluminamento para os postos de trabalho. Atualmente o iluminamento é
tratado apenas como aspecto ergonômico, não sendo mais considerado fator gerador de
insalubridade.
O iluminamento deficiente pode provocar efeitos sobre o indivíduo dos tipos
extra e intraoculares. Os efeitos principais são: dores de cabeça e náuseas ocasionais,
desconforto, sensação de pressão, lacrimejamento intenso, piscar freqüente, irritações da
córnea, alteração da clareza visual, visão nebulosa e contorcida, tonturas, depressão,
irritação, olhos inchados, diminuição da produção, erros, aumento de acidentes,
diminuição da qualidade.
Para que os limites de iluminância atendam aos limites estabelecidos pela
NBR 5413, NR 17, é sugerido que seja aumentado o número/potência das lâmpadas,
manutenção nas instalações (substituição e limpeza de lâmpadas, luminárias e janelas),
pintar tetos e paredes com cores claras, fazer com que a iluminação do ambiente esteja
homogênea (evitando cansaço visual), colocar iluminação sobre as máquinas/postos de
trabalho.
Valores recomendados de iluminamento:

Tipo de Atividade Iluminância (lux)


Iluminação geral para áreas usadas interruptamente ou com
100 a 500 lux
tarefas visuais simples (depósitos), trabalho bruto de maquinaria.
Iluminação geral para área de trabalho, tarefas com requisitos
500 a 1500 lux
visuais normais, trabalho médio de maquinaria, escritórios.
Iluminação geral para área de trabalho, tarefas com requisitos
visuais especiais como gravação manual, inspeção. 1500 a 2500 lux
Iluminação adicional para tarefas visuais difíceis como
montagens de microeletrônica, cirurgia. 5000 a 20000 lux

7.2 Ruído

O efeito mais direto do ruido sobre o ser humano é a perda da audição, onde
temos que qualquer redução na sensibilidade auditiva é considerada perda de audição. A
exposição a níveis altos de ruído por tempo prolongado danifica as células nervosas do
ouvido interno, sendo o trauma irreversivel.
Para que o ruído produza uma perda auditiva o mesmo deve apresentar
certas características, tais como, intensidade, freqüência e duração.
O item 9.3.6 da NR-9 estabelece que nos locais onde o nível de ruído
ultrapassa a 50% da dose diária permitida, ou seja, 80 dB(A) para 8 horas de exposição, é
atingido o nível de ação, onde então são realizadas medidas de proteção e
monitoramento, visando preservar a saúde dos trabalhadores.
As atividades com exposição ao ruído somente serão consideradas
insalubres quando o limite de tolerância de 85 db(A) para 8 horas de exposição diária for

Av. ARNO CARLOS GRACHER. 69, SALA 03


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ultrapassado. O uso do protetor auricular de forma correta elide o adicional de


insalubridade respectivo.
O ruído acima dos limites de tolerância e sem a proteção adequada, pode
provocar também, além da mudança temporária do limiar da audição e da surdez
permanente, trauma acústico, efeitos extra-auditivos (cardiovascular, endócrinos,
mentais/emocionais, irritabilidade, fadiga, etc..), dores de cabeça, vertigens, insônia,
aumento da pressão sangüínea, entre outros.

7.3 Efeitos dos Óleos, Hidrocarbonetos e Graxas

Pelo contato direto com a pele e sem a devida proteção para as mãos, os
óleos, as graxas, e a gasolina, que possuem como principais componentes químicos
produtos tais como hidrocarbonetos saturados, hidrocarbonetos olifínicos, hidrocarbonetos
aromáticos, álcool etílico e aditivo detergente dispersante, são agentes químicos
potencialmente irritantes e sensibilizantes para a pele do trabalhador. Em muitos casos
podem ocorrer dermatoses, ressecamento, e ás vezes, evoluindo para a sensibilização.
TRUHAUT, apresentou no "Cahiers de Notes Documentaires", trabalho onde
relaciona a ação dos cancerígenos químicos em quatro grupos distintos. O primeiro grupo
é representado por substâncias de ação comprovadamente cancerígena, sob
determinadas áreas do corpo, o segundo por substâncias suspeitas de serem
cancerígenas, o terceiro grupo por substâncias que comprovaram em laboratório, seu
poder cancerigeno, mas embora utilizado na indústria, nunca foram responsabilizadas
como causadoras do câncer humano. O quarto grupo é formado por substâncias que
devido a sua estrutura química, sugerem a suspeita de eventual potencialidade
cancerígena.
Os óleos minerais e graxas figuram no primeiro grupo estabelecido por
TRUHAUT e são relacionados como responsáveis por ação comprovadamente
cancerígena sobre a pele. Encontram-se também relacionadas no segundo grupo, como
suspeitos de serem cancerígenos para os pulmões.
A legislação vigente não estabelece tempo mínimo de exposição ou
freqüência para caracterizar como insalubre o trabalho no qual ocorre contato com graxas
e óleos minerais, pois a determinação da insalubridade atende a critérios qualitativos e
não quantitativos. Esta posição decorre do efeito cumulativo do agente cancerígeno que
se manifesta clinicamente, após atingir dose limite, variável de pessoa para pessoa.

7.4 Óleo Diesel

Os principais componentes do óleo diesel são os hidrocarbonetos


naftênicos, hidrocarbonetos parafinicos, hidrocarbonetos aromáticos, enxofre e aditivo
detergente dispersante. Limite de Tolerância: Névoa de óleo (TLV — TWA): 5,00 mg/m 3 ,
para exposição de 8 horas.
Os efeitos decorrentes da exposição a este produto são:
- Efeitos agudos locais: inalação — irritação nas vias aéreas superiores;
contato com os olhos — irritação com vermelhidão das conjuntivas; contato com a pele —
ocasionais (lesões irritativas) e repetidos e prolongados (dermatite).
- Efeitos agudos sistêmicos: podem ocorrer sintomas típicos de dores de
cabeça, náusea e tonturas; por aspiração durante o vômito pode provocar pneumonia
química.

- Efeitos crônicos: dermatite.

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CIDMED — Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

Riscos de Incêndio e Explosão:


Características do produto: inflamável
Agentes extintores: espuma para hidrocarboneto, pó-químico e dioxido de
carbono.
Medidas de Proteção: Ingestão — nunca sifone óleo diesel, se necessário
utilize equipamentos mecânicos adequados; Inalação — usar máscara com filtro para
vapores orgãnicos, caso a concentração esteja acima do LT; Pele e Olhos — utilizar luvas
de PVC em atividade de contato contínuo e óculos contra respingos, todos os EPI's com o
CA (Certificado de Aprovação), válidos, emitidos pelo MTE e com devidos treinamentos
específicos.

7.5 Poeira de algodão

Tem-se observado em literatura internacional uma grande variedade de


transtornos respiratórios encontrados nos trabalhadores em contato com poeiras de
algodão; porém a enfermidade mais comum é a "bissinose". Os sintomas dessa doença
são dor no peito, tosse, dificuldade respiratória, dispnéia.
Entretanto, a prolongada exposição a altas concentrações de poeira de
algodão está também associada com uma alta incidência de bronquite crônica ou asma,
diminuição da força respiratória, febre, as quais podem estar superpostas aos sintomas de
bissinose, ou ocorrer independentemente.
A bissinose também é produzida por outros tipos de fibra, como o linho ou o
cânhamo e é uma doença difícil de se detectar, pois não apresenta alterações
radiográficas ou patalógicas especificas.
O maior risco está no manuseio do algodão bruto, até a etapa de cardação;
porém se têm demonstrado que pode produzir-se enfermidade em trabalhadores cujo
único contato com algodão em sido o enrolamento de fios por máquinas de alta
velocidade. O Brasil não dispõe de Limite de Tolerância desenvolvido e estabelecido para
sua população trabalhadora. O Limite de Tolerância estabelecido pela Nahonal Institute
for Occupational Safety and Heath (NIOSH) — USA, é de TWA= 0,2 mg/m 3 e STEEL=0,6
mg/m3 .

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, "Iluminai -ida de Interiores" NBR
5413, Rio de Janeiro 1982.

• NORMAS REGULAMENTADORAS aprovadas pela portaria N°3214, de 8 de junho de


1978 do Ministério do Trabalho;

• FUNDACENTRO, Norma para Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído - NHO


01"(1999)

• Saliba, Tuffi Messias, "Manual prático para avaliação e controle do ruído" São Paulo,
editora LTR - 2. ed. —, 2001

AV. ARNO CARLOS GRACHER, 69, SALA 03


FONE: (47) 3351-4266 E 3396-6642 57
CIDMED — Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional Ltda.

9. TERMO DE ENCERRAMENTO

Através do presente documento, dá-se por encerrado o Laudo Técnico


"AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO", dos funcionários
empresa MALHARIA LC LTDA., situada na cidade de Brusque/SC, composto por 58
(cinqüenta e oito) folhas de texto impressas em um só lado.

Eng. do Tra o —

ANDIktKORMANN BODENMÜLLER
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Reg. CREA-SC 099898-0

Brusque, 13 de outubro de 2011.

Av. ARNO CARLOS GRACHER, 69, SALA 03


a0

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