RESPOSTAS
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Juro
A matemática financeira trata do estudo do valor do dinheiro ao longo do tempo. O seu
objetivo básico é o de efetuar análises e comparações dos vários fluxos de entrada e
saída de dinheiro de caixa verificados em diferentes momentos.
Taxas de juro
A taxa de juro é o coeficiente que determina o valor do juro, isto é, a remuneração do
fator capital utilizado durante certo período de tempo.
As taxas de juros se referem a uma unidade de tempo (mês, semestre, ano, etc.) e podem
ser representadas equivalentemente de duas maneiras: taxa percentual e taxa unitária.
A taxa percentual refere-se aos centos do capital, ou seja, o valor dos juros para cada
centésima parte do capital.
Exemplo
Um capital de R$ 1.000,00 aplicado a 20% ao ano rende de juros, ao final deste período:
Juro=(1.000,00/100)x20
Juro=10,00x20=200,00
O capital de R$ 1.000,00 tem dez centos. Como cada um deles rende 20, a remuneração
total da aplicação no período é R$ 200,00.
Fluxo de caixa
Apresenta os movimentos monetários temporalmente através de um conjunto de
entradas e saídas de caixa. O fluxo de caixa é de grande utilidade para as operações da
matemática financeira, permitindo que se visualize no tempo o que ocorre com o
capital.
Pode ser representado graficamente por meio de uma linha horizontal que registra a
escala de tempo (o horizonte financeiro da operação). O ponto zero (0) indica o
momento inicial, e os demais pontos (1, 2, 3, 4,...), representados por setas, representam
os períodos de tempo (datas). Setas para cima da linha indicam as entradas
(recebimentos) de dinheiro, e as setas para baixo da linha indicam as saídas
(pagamentos, aplicações) de dinheiro.
Regra
Nas fórmulas de matemática financeira, tanto o prazo da operação como a taxa de juros
devem estar necessariamente estar expressos na mesma unidade de tempo.
Exemplo:
Suponha um fundo de poupança que ofereça juros de 2% ao mês e os rendimentos
creditados mensalmente. Note que o prazo a que se refere a taxa (mês) e o período de
capitalização do fundo (mensal) são iguais.
Somente após a definição do prazo e da taxa de juro na mesma unidade de tempo é que
as formulações da matemática financeira podem ser operadas.
Exemplo:
Suponha um empréstimo de R$ 1.000,00 pelo prazo de 5 anos, pagando juros simples
de 10% ao ano.
Ano Saldo início Juros a cada ano Saldo devedor Crescimento
de cada ano ao final de anual do saldo
cada ano devedor
Início 1. ano - - 1.000,00 -
Fim do 1. ano 1.000,00 0,10x1.000=100,00 1.100,00 100,00
Fim do 2. ano 1.100,00 0,10x1.000=100,00 1.200,00 100,00
Fim do 3. ano 1.200,00 0,10x1.000=100,00 1.300,00 100,00
Fim do 4. ano 1.300,00 0,10x1.000=100,00 1.400,00 100,00
Fim do 5. ano 1.400,00 0,10x1.000=100,00 1.500,00 100,00
Observações:
- Os juros ao incidir exclusivamente sobre o capital inicial de R$ 1.000,00, apresenta
valores idênticos ao final de cada ano (coluna 3);
- Em conseqüência, o crescimento dos juros no tempo é linear (coluna 5);
- Se os juros simples, ainda, não forem pagos ao final de cada ano, a remuneração do
capital emprestado somente se opera pelo seu valor inicial (R$ 1.000,00), não ocorrendo
remuneração sobre os juros que se formam no período;
- como os juros tem variação linear no tempo, a apuração do custo total da dívida no
prazo contratado é processada simplesmente pela multiplicação do número de anos pela
taxa anual (5 anos x 10% ao ano=50% para 5 anos).
Caso queira converter esta taxa anual para mês, basta dividir a taxa anual por 12 (10%
ao ano/12 meses=0,8333% ao mês)
Exemplo:
Suponha que o empréstimo de R$ 1.000,00 deve ser pago em juros compostos à taxa de
10% ao ano.
Ano Saldo início cada Juros apurados a cada Saldo devedor ao
ano ano final de cada ano
Início do 1. ano - - 1.000,00
Fim do 1. ano 1.000,00 0,10x1.000,00=100,00 1.100,00
Fim do 2. ano 1.100,00 0,10x1.100,00=110,00 1.210,00
Fim do 3. ano 1.210,00 0,10x1.210,00=121,00 1.331,00
Fim do 4. ano 1.331,00 0,10x1.331,00=133,10 1.464,10
Fim do 5. ano 1.464,10 0,10x1.464,10=146,41 1.610,51
Observações:
- Os juros não incidem unicamente sobre o capital inicial (1.000,00), mas sobre o saldo
total existente no início de cada ano. Este saldo incorpora o capital inicial emprestado
mais os juros incorporados em períodos anteriores;
- o crescimento dos juros
Algumas considerações:
- No primeiro período (ano) do prazo total os juros simples e compostos são iguais
(100,00), tornando também igual o saldo devedor de cada regime de capitalização.
Assim, para operações que envolvam um só período de incidência de juros (também
denominado de período de capitalização), é indiferente o uso do regime de capitalização
simples ou composto.
- a diferença de valores entre os critérios estabelece-se em operações com mais de um
período de capitalização.
No regime composto há uma capitalização dos juros, entendida por juros sobre juros. Os
juros são incorporados ao saldo devedor anterior e passam, assim, a gerar juros. Quanto
maior for o número de períodos de incidência dos juros, maior será a diferença em
relação à capitalização simples.
Por exemplo, a caderneta de poupança paga uma taxa de juros de 6% ao ano para seus
depositantes, creditando todo mês o rendimento proporcional de 0,5%. A taxa
referenciada para esta operação é linear, porem os rendimentos são capitalizados
segundo o critério de juros compostos, ocorrendo ao longo dos meses juros sobre juros.
Para uma avaliação mais rigorosa do custo ou rentabilidade expressos em percentual,
mesmo para operações em juros simples, é sugerida a utilização do critério de juros
compostos. Tecnicamente mais correto por envolver a capitalização exponencial dos
juros, o regime composto é reconhecidamente adotado por todo o mercado financeiro e
de capitais.
Esta formula também pode ser usada para o cálculo de outros valores financeiros,
mediante alguma dedução algébrica:
C=J/(i.n)
i=J/(c.n)
n=J/(c.i)
Exemplos:
1. Um capital de R$ 80.000,00 é aplicado à taxa de 2,5% ao mês durante um trimestre.
Pede-se determinar o valor dos juros acumulados neste período.
C=80.000,00
i=2,5% a.m. (0,025)
n=3 meses
J= ?
J=C.i.n
J=80.000,00 x 0,025 x 3=6.000,00
2. Um negociante tomou um empréstimo pagando uma taxa de juros simples de 6% ao
mês durante 9 meses. Ao final deste período, calculou em R$ 270.000,00 o total dos
juros incorridos na operação. Determinar o valor do empréstimo.
C= ?
i= 6% a.m. (0,06)
n=9 meses
J=270.000,00
C=J/(i.n)
C=270.000,00/(0,06 x 9)=270.000,00/0,54=500.000,00
Montante e capital
Um determinado capital, quando aplicado a uma taxa periódica de juro por determinado
tempo, produz um valor acumulado denominado de montante, e identificado em juros
simples por M. o montante é constituído do capital mais o valor acumulado dos juros,
isto é:
M=C+J
Como, J=C.i.n, substituindo na formula do montante, e colocando C em evidência,
M=C+C.i.n
ou
M=C(1+i.n)
A expressão (1+i.n) é definida como fator de capitalização (ou de valor futuro) dos
juros simples. Ao multiplicar um capital por este fator, corrige-se o seu valor para uma
data futura, determinando o montante. O inverso, ou seja, 1/(1+i.n) é denominado de
fator de atualização (ou de valor presente). Ao se aplicar o fator sobre um valor
expresso em uma data futura, apura-se o seu equivalente numa data atual.
Exemplos:
1. Uma pessoa aplica R$ 18.000,00 a taxa de 1,5% ao mês durante 8 meses. Determinar
o valor acumulado ao final deste período.
C=18.000,00
i=1,5% a.m. (0,015)
n=8 meses
M= ?
M=C(1+i.n)
M=18.000,00(1+0,015 x 8)=18.000,00 x 1,12=20.160,00
Suponha um empréstimo bancário a uma taxa (custo) nominal de 24% ao ano. O prazo
a que se refere especificamente a taxa de juros é anual. A seguir, deve-se identificar a
periodicidade de ocorrência dos juros. Ao se estabelecer que os encargos incidirão
sobre o principal somente ao final de cada ano, os dois prazos considerados são
coincidentes.
Mas em muitas operações estes prazos não são coincidentes. O juro pode ser
capitalizado em prazo inferior ao da taxa, devendo-se nesta situação ser definido como o
prazo da taxa será rateado ao de capitalização.
No regime de juros simples, diante de sua própria natureza linear, esta transformação é
processada pela denominada taxa proporcional de juros também denominada de taxa
linear ou nominal. Esta taxa proporcional é obtida da divisão entre a taxa de juros
considerada na operação e o número de vezes em que ocorrerão os juros (quantidade de
períodos de capitalização).
Por exemplo, para uma taxa de juros de 18% ao ano, se a capitalização for definida
mensalmente, o percentual de juros que incidirá sobre o capital a cada mês será:
Taxa proporcional=18%/12=1,5% ao mês
Os juros produzidos pelas duas taxas lineares de juros são iguais, logo são definidas
como equivalentes.
Exemplos:
1. Calcular a taxa anual proporcional a:
6% ao mês
i=6% x 12=72% ao ano
10% ao bimestre
i=10% x 6=60% ao ano
9% ao trimestre
i=9%/3 x 6=18% a.s. ou i=9% x 2=18% a.s.
4. Uma dívida de R$ 30.000,00 a vencer dentro de um ano é saldada 3 meses antes. Para
a sua quitação antecipada, o credor concede um desconto de 15% ao ano. apurar o valor
da dívida a ser pago antecipadamente.
M=30.000,00
n=3 meses
i=15% ao ano (15%/12=1,25% ao mês)
C= ?
C=30.000,00/(1+0,0125 x 3)=28.915,66
Pelo tempo exato, utilizando-se efetivamente o calendário do ano civil de 365 dias. O
juro apurado desta maneira denomina-se juro exato.
Pelo ano comercial, admitindo mês com 30 dias e ano com 360 dias. O juro apurado
desta maneira denomina-se juro comercial ou ordinário.
Equivalência financeira
Conceitualmente, dois ou mais apitais representativos de uma certa data dizem-se
equivalentes quando, a uma certa taxa de juros, produzem resultados iguais numa data
comum (data focal ou data de comparação).
Exemplo:
Determinar se R$ 438.080,00 vencíveis daqui a 8 meses é equivalente a se receber hoje
R$ 296.000,00 admitindo uma taxa de juros simples de 6% ao mês.
Data focal=8
M=296.000,00(1+0,06 x 8)=438.080,00
Exemplo:
Suponha que o montante no final de dois anos de R$ 100,00 aplicados hoje, a taxa de
juros simples de 20% ao ano, é igual a R$ 140,00.
Este processo não pode ser fracionado. Pois se apurar inicialmente o montante ao final
do primeiro ano e, a partir daí, chegar ao montante do segundo ano, envolve a
capitalização dos juros (juros sobre juros).
Data focal=1
M=100,00(1+0,2 x 1)=120,00
Data focal=2
M=120,00(1+0,2 x 1)=144,00
Diferente de
Data focal=2
M=100,00(1+0,2 x 2)=140,00
Juros compostos
O regime de juros compostos considera que os juros formados em cada período são
acrescidos ao capital formando o montante (capital mais juros) do período. Este
montante passará a render juros no período seguinte formando um novo montante
(constituído do capital inicial, dos juros acumulados e dos juros sobre os juros formados
em períodos anteriores), e assim por diante.
Final do 1. mês
O capital de 1.000,00 + juros de 100,00 (10% x 1.000,00) e um montante de 1.100,00
(1.00,00+100,00)
FV=1.000,00(1+0,10)=1.100,00
Final do 2. mês
O montante do mês anterior, 1.100,00, é o capital do segundo mês e serve de base para
o calculo dos juros deste período.
FV=1.000,00(1+0,10)x(1+0,10)
FV=1.000,00(1+0,10)2=1.210,00
Generalizando,
FV=PV(1+i)n
PV=FV/(1+i)n
Onde, (1+i)n é o fator de capitalização (ou de valor futuro) – FCC (i,n) a juros
compostos, e 1/(1+i)n o fator de atualização (ou de valor presente) – FAC (i,n) a juros
compostos.
Então,
O valor dos juros (J) é apurado pela diferença entre o montante (FV) e o capital (PV).
J=FV-PV
como
FV=PV(1+i)n, colocando PV em evidência
J=PV[(1+i)n-1]
Exemplos:
1. Se uma pessoa deseja obter R$ 27.500,00 dentro de um ano, quanto ela deverá
depositar hoje numa alternativa de poupança que rende 1,7% de juros compostos ao
mês?
FV=27.500,00
N=1 ano (12 meses)
i=1,7% a.m.
PV= ?
PV=FV/(1+i)n
PV=27.500,00/(1+0,017)12=27.500,00/(1,224197)=22.463,70
FV=22.463,70(1,017)12=27.500,00
Portanto, considerando a taxa composta de 1,7% ao mês, pelo conceito de valor presente
é indiferente a pessoa receber R$ 22.463,70 hoje ou esse valor capitalizado ao final de
12 meses. Esses valores, mesmo distribuídos em diferentes datas, são equivalentes para
uma mesma taxa de juros de 1,7% a.m.
Taxas equivalentes
O conceito de taxa equivalente também é válido para o regime de juros compostos
diferenciando-se, no entanto, a fórmula de cálculo da taxa de juros. Por se tratar de
capitalização exponencial, a expressão da taxa equivalente composta é a média
geométrica da taxa de juros do período inteiro.
iq=(1+i)1/q - 1
Onde
q=número de períodos de capitalização
Por exemplo, a taxa equivalente composta mensal de 10,3826% ao semestre é de 1,66%,
ou seja:
i6=(1+0,103826)1/6-1
i6=(1,103826)1/6-1
i6=1,0166-1=0,0166 ou 1,66% a.m.
Exemplos:
1. Quais as taxas de juros compostos mensal e trimestral equivalentes a 25% ao ano?
Taxa de juros equivalente mensal
i=25% a.a.
q=1 ano (12 m.)
i12=(1+0,25)1/12 - 1=1,877% a.m.
taxa de juros equivalente trimestral
q=1 ano (4 trimestre)
i4=(1+0,25)1/4 – 1=5,737% a.t.
FV(20,78% a.a)=60.000,00(1+0,2078)1=72.468,00
Produzindo resultados iguais para um mesmo período, as taxas são equivalentes. Então,
seria indiferente, para um mesmo prazo, e para o regime de juros compostos, aplicar a
9,9% a.s ou a 20,78% a.a.
Por exemplo, uma taxa de 3,8% ao mês determina um montante efetivo de juros de
56,45% ao ano, ou seja:
Quando se diz que uma taxa de juros é nominal, geralmente é admitido que o prazo de
capitalização dos juros (período de formação e incorporação dos juros ao principal) não
é o mesmo daquele definido para a taxa de juros.
Por exemplo, uma taxa nominal de juros de 36% ao ano, capitalizada mensalmente.
Note que os prazos não são coincidentes
Quando se trata de taxa nominal é comum admitir-se que a capitalização ocorre por
juros proporcionais simples. Assim, no exemplo, a taxa por período de capitalização é
de 36%/12=3% ao mês (taxa proporcional ou linear)
Ao se capitalizar esta taxa nominal, apura-se uma taxa efetiva de juros superior aquela
declarada para a operação. Com os dados do exemplo,
A taxa nominal não revela a efetiva taxa de juros de uma operação. Ao dizer que os
juros anuais são de 36%, mas capitalizados mensalmente, chega-se a taxa efetiva de
42,6% ao ano.
Para que 36% ao ano fosse considerada a taxa efetiva , a formação mensal dos juros
deveria ser feita a partir da taxa equivalente composta.
iq=(1+i)1/q – 1
i12=(1+0,36)1/12 – 1=2,6% a.m.
if=(1+0,026)12-1
if=(1,026)12-1
if=36% a.a.
Exemplos:
1. Um empréstimo no valor de R$ 11.000,00 é efetuado pelo prazo de um ano a taxa
nominal (linear) de juros de 32% ao ano, capitalizados trimestralmente. Pede-se
determinar o montante e o custo efetivo do empréstimo.
Admiti-se que a taxa de juros pelo período de capitalização seja a proporcional simples,
temos:
Taxa nominal (linear): i=32% a.a.
Descapitalização proporcional: i=32%/4=8% a.t.
Montante do empréstimo:
FV=PV(1+i)n
FV=11.000,00(1+0,080)4
FV=11.000,00(1,08)4=14.965,40
Taxa efetiva:
if=(1+0,08)4-1
if=(1,08)4-1
if=36% a.a.
3. Sendo de 24% ao ano a taxa nominal de juros cobrada por uma instituição, calcular o
custo efetivo anual, admitindo que o período de capitalização dos juros seja mensal,
trimestral e semestral.
Custo efetivo mensal:
if=(1+0,24/12)12 -1=26,82% a.a
4. Uma aplicação financeira promete pagar 42% ao ano de juros. Sendo de um mês o
prazo da aplicação, pede-se determinar a sua rentabilidade efetiva considerando os juros
de 42% ao ano como taxa efetiva e taxa nominal.
Taxa efetiva:
A rentabilidade mensal é a taxa equivalente composta de 42% a.a.
iq=(1+0,42)1/12 -1
iq=(1,42)1/12 -1=2,97% a.m.
Taxa nominal:
A rentabilidade mensal de 42% a.a. é definida pela taxa proporcional simples.
i=42%/12=3,5% a.m.
51,1% é a taxa efetiva anual da operação, sendo de 42% a taxa declarada (nominal).
Exemplo:
Suponha uma taxa nominal de 18% ao ano. A tabela apresenta a taxa efetiva anual para
diferentes períodos de capitalização.
Como na prática é raro a não formação dos juros em intervalos de tempo inferiores a um
período inteiro, passa-se a adotar duas convenções para solucionar estes casos: linear e
exponencial
Convenção linear
A convenção linear admite a formação de juros compostos para a parte inteira do prazo
e de juros simples para a parte fracionária. É uma mistura do regime composto e linear,
adotando formulas de juros compostos na parte inteira do período e uma formação de
juros simples na parte fracionária.
FV=PV(1+i)n x [1+i(m/k)]
Exemplo:
Seja o capital de R$ 100.000,00 emprestado a taxa de 18% ao ano pelo prazo de 4 anos
e 9 meses, calcular o montante deste empréstimo pela convenção linear.
PV=100.000,00
n=4 anos
m/k=9/12
i=18% ao ano
FV= ?
FV=PV(1+i)n x [1+i(m/k)]
FV=100.00000(1+0,18)4 x [1+0,18(9/12)]
FV=100.000,00(1,938778)(1,135)
FV=220.051,30
Convenção exponencial
A convenção exponencial adota o mesmo regime de capitalização para todo o período.
Ou seja, utiliza capitalização composta tanto para a inteira como para a fracionária.
É mais utilizado, pois tecnicamente é mais correto empregar somente juros compostos e
taxas equivalentes para períodos não inteiros.
FV=PV(1+i)n + m/k
Do exemplo anterior
FV=100.000,00(1+0,18)4 + 9/12
FV=100.000,00(1,18)4+0,75
FV=100.000,00(1,18)4,75=219.502,50
Capitalização contínua
Produz um resultado maior que o calculado pelos juros compostos. As aplicações
práticas de capitalização contínua são restritas a certas operações em que os fluxos de
caixa se encontram de forma uniformemente distribuídas no tempo. Exemplo, receita de
vendas de um supermercado.
FV=PV(eI.n)
Por exemplo, suponha uma aplicação de R$ 1.000,00 por 2 anos a taxa de 10% com
capitalização contínua. Qual o montante apurado ao final desse período com
capitalização contínua. Para comparação, calcule também a capitalização discreta de
juros compostos.
Capitalização contínua
FV=PV(eI.n)
FV=1.000,00(2,71820,10x2)=1.221,40
Juros compostos
FV=PV(1+i)n=1.000,00(1+0,10)2=1.210,00
Em resumo:
Taxa nominal: é a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo não coincide
com a unidade de tempo dos períodos de capitalização.
Ex: 12% ao ano, capitalizados mensalmente
Taxa efetiva: é a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo coincide com
a unidade de tempo dos períodos de capitalização
Ex: 3% ao trimestre, capitalizados trimestralmente