Edema Agudo de Pulmao
Edema Agudo de Pulmao
Edema Agudo de Pulmao
de Pulmão
SUMÁRIO
1. Introdução e fisiopatologia.......................................................................................... 3
3. Exames complementares............................................................................................. 5
Exames laboratoriais .................................................................................................... 5
Radiografia de tórax...................................................................................................... 6
4. Tratamento.................................................................................................................... 7
Referências ..................................................................................................................... 11
1. INTRODUÇÃO E FISIOPATOLOGIA
O edema agudo de pulmão (EAP) é uma síndrome clínica caracterizada pela tran-
sudação de líquido para o espaço alveolar, sendo o resultado de um desequilíbrio en-
tre os fatores reguladores do transporte de líquido da microcirculação pulmonar para
o espaço intersticial pulmonar, ou seja, desequilíbrio entre as pressões hidrostática e
oncótica.
Existem dois tipos diferentes de edema pulmonar em humanos: o edema pulmo-
nar cardiogênico (também denominado hidrostático ou hemodinâmico) e o edema
pulmonar não cardiogênico. Embora tenham causas distintas, o edema pulmonar
cardiogênico e não cardiogênico podem ser de difícil distinção por conta de suas
manifestações clínicas semelhantes.
O diagnóstico preciso de edema agudo de pulmão requer uma compreensão das
alterações microvasculares. No pulmão normal, o extravazamento de proteínas e
de líquido ocorre principalmente por meio de pequenas lacunas entre os vasos ca-
pilares. Tais fluidos e solutos penetram o espaço intersticial alveolar normalmente,
porém não penetram nos alvéolos pois o epitélio alveolar é composto por junções
muito estreitas. Ainda sob condições normais, os capilares linfáticos removem a
maior parte desse fluido filtrado do interstício e o transporta novamente à circulação
sistêmica.
Um rápido aumento da pressão hidrostática no capilares pulmonares, levando ao
aumento das vias de filtragem de fluidos é a marca registrada do edema cardiogê-
nico ou de sobrecarga de volume. A pressão hidrostática aumentada no capilares
pulmonares geralmente se deve à elevação da pressão venosa pulmonar decorrente
do aumento da pressão diastólica final do ventrículo direito e o aumento na pressão
atrial esquerda. Suaves elevações da pressão atrial esquerda (18 a 25 mmHg) po-
dem causar edema. Com isso, ocorre rompimento do epitélio pulmonar, inundando
o alvéolos com líquido pobre em proteínas. Por outro lado, o edema pulmonar não
cardiogênico é causado por um aumento na permeabilidade vascular do pulmão,
resultando em um aumento do fluxo de líquido e proteína no interstício pulmonar e
espaços aéreos. No EAP não cardiogênico o edema possui um alto teor de proteínas,
porque o sistema vascular membrana é mais permeável ao exterior e ao movimento
de proteínas plasmáticas.
3. EXAMES COMPLEMENTARES
Exames laboratoriais
Um exame complementar que pode ser utilizado é a dosagem do peptídeo natriu-
rético cerebral (BNP). O BNP é secretado predominantemente pelos ventrículos em
resposta ao estiramento da parede e ao aumento da pressão intracardíaca. Em pa-
cientes com insuficiência cardíaca congestiva, os níveis plasmáticos de BNP se cor-
relacionam com a pressão diastólica final do ventrículo esquerdo e com a pressão
da artéria pulmonar. Um nível de BNP abaixo 100 pg/mL indica que a insuficiência
cardíaca é improvável (valor preditivo negativo,> 90%), considerando que um nível de
BNP superior a 500 pg/mL indica que é provável a insuficiência cardíaca (valor predi-
tivo positivo,> 90%) . Os níveis de BNP entre 100 e 500 pg/mL não fornecem discrimi-
nação diagnóstica adequada.
Radiografia de tórax
Os mecanismos cardiogênicos e não cardiogênicos de edema pulmonar resultam
em algumas características distintas na radiografia de tórax. Essas características
podem ser observadas da Tabela 1.
Fonte: Adaptado de Ware et. Al. Acute Pulmonary Edema. NEJM. 2005.
4. TRATAMENTO
O tratamento instaurado para o EAP deve ser capaz de reduzir tanto a pré-carga
quanto a pós-carga. Por isso, utiliza-se morfina, diuréticos de alça e vasodilatadores
diretos, sendo iniciado o mais rápido possível. Além disso, o paciente deve ser bem
Intensa dispneia
Classificação
Clínico
Diagnóstico Etiologia
Swan – Ganz:
Não é rotina Cardiogênico Não Cardiogênico
DX de etiologia Quadro Clínico
cardiológica BPN
SDRA ou SARA
EAP + Derrame Pleural Ecocardiograma Intensa dispneia Edema Pulmonar:
Disfunção VE sistólica
• de grandes altitudes
Disfunção VE diastólica
Aumento da área cardíaca RX Tórax Aumento: FC, FR, PA • neurogênico
Obstrução via de saída VE
• Re-expansão
ECG Estenose Mitral
SCA, Arritmia, • Reperfusão
Crepitações progressivas: Hipertensão Renovascular
Sobrecarga de VE Intoxicação opioides
Base --> Terço Médio -->
e salicilatos
Ápice
Sibilos Expiratórios
Nivel de Consciência:
Extrema Gravidade!
Sanar
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