Manual Quimica - AF (Digital) Final
Manual Quimica - AF (Digital) Final
Manual Quimica - AF (Digital) Final
Amado Mateus
Carolina Maria Apolinário do Rio
INTRODUÇÃO À
QUÍMICA
LABORATORIAL
NO ENSINO SUPERIOR
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química
nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
INTRODUÇÃO
À QUÍMICA
LABORATORIAL
NO ENSINO
SUPERIOR
EDITORA
INTRODUÇÃO
À QUÍMICA
LABORATORIAL
NO ENSINO
SUPERIOR
e CIÊNCIAS DA SAÚDE
2021
Título: Introdução à química laboratorial no ensino superior: guia de laboratório dirigido
ao ensino da química nas áreas das ciências biológicas e ciências da saúde
Autores: Maria da Conceição Domingues Amado Mateus e Carolina Maria Apolinário do Rio
Revisores Científicos:
Maria do Amparo Ferreira Faustino, Universidade de Aveiro
Diana Cláudia Gouveia Alves Pinto, Universidade de Aveiro
João António Baptista Pereira de Oliveira, Universidade de Aveiro
EDITORA
© Universidade do Algarve
Campus de Gambelas
8005-139 Faro
Portugal
≈ 5 ≈
3.2. Tipos de desvios.................................................................................................................... 52
3.2.1. Precisão e exatidão............................................................................................... 52
a) Avaliação da precisão e da exatidão........................................................ 54
b) Qual a confiança na média estimada?.................................................... 55
3.2.2. Propagação de erros............................................................................................. 57
3.2.3. Regressão linear e o método dos mínimos quadrados......................... 57
4. Atividades laboratoriais................................................................................................................ 63
4.1. Preparação de soluções.................................................................................................... 64
4.2. Determinação de cloreto de sódio por fotometria de chama
em amostras ambientais e biológicas........................................................................ 75
Determinação da velocidade da luz
(Atividade complementar à atividade laboratorial 4.2.)................................... 86
4.3. Caracterização de propriedades físico-químicas de substâncias
com uso quotidiano.............................................................................................................. 92
4.4. Aromas e moléculas............................................................................................................ 104
4.5. Transição de fase (líquido/gasoso) de uma substância pura e de uma
mistura...................................................................................................................................... 119
4.6. Estudo da cinética de uma reação química que serve de base
à medida do nível de alcoolemia.................................................................................... 130
4.7. Quantificação volumétrica do HCO3- em solução por titulação
ácido-base.............................................................................................................................. 139
4.8. Preparação de soluções tampão e comparação da capacidade tampão... 149
4.9. Estudo qualitativo da atividade antioxidante de alguns alimentos.............. 159
4.10. Determinação da eficiência de remoção de tiocianatos,
numa estação de tratamento, por análise espetrofotométrica..................... 170
4.11. Quimiluminescência vs. Bioluminescência............................................................... 183
≈ 6 ≈
Capítulo 1
Reconhecimento de perigos
Avaliação dos principais riscos de perigo
Minimização dos riscos de perigo
Preparação para resolução de emergências
Um perigo é uma fonte potencial de dano. Se os perigos químicos não forem reconhe-
cidos, eventos inesperados, que resultam em ferimentos pessoais e/ou danos à
propriedade, podem ocorrer (e ocorrem).
1
A informação apresentada neste capítulo é fundamentalmente adaptada de Safety in Academic Chemistry Laboratories;
Best Practices For First-and Second-Year University Students, 8th Ed., American Chemical Society Joint Board–Council
Committee on Chemical Safety, 2017.
≈ 7 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Toxicidade
Uma substância tóxica, ou tóxico, é um produto químico que pode causar
lesões a um organismo vivo. Frequentemente, as substâncias tóxicas
também são chamadas de venenos, mas esse termo tem significados
diferentes para pessoas diferentes e pode ser mal compreendido (por
exemplo, um químico pode definir um veneno como um produto químico
que altera a atividade de um catalisador usado numa reação).
As substâncias tóxicas que são derivados de fontes biológicas são conhe-
cidas como toxinas.
Há muitos fatores que determinam a forma como cada organismo vivo vai reagir quando uma
substância química entra no corpo. Nomeadamente: a forma como o produto químico penetra no
corpo (chamada de via de entrada), a quantidade de substância (a dose) e o período de tempo de
exposição (a duração), o estado físico do produto tóxico (a forma), e muitos outros fatores, tais como
o sexo da pessoa exposta, a fase do ciclo reprodutivo, idade, estilo de vida, sensibilização prévia,
que órgão é afetado, os fatores alérgicos, e predisposição genética do indivíduo - para citar apenas
alguns. Todos estes fatores afetam a gravidade de uma exposição.
Inflamabilidade
São classificados como inflamáveis ou substâncias inflamáveis toda e qualquer
substância que se enquadre nas seguintes características:
· Substâncias que ao ar e à temperatura ambiente possam aquecer e acabar
por incendiar-se, sem fonte de aquecimento ativa;
· Sólidos que possam entrar em combustão através de faísca ou atuação
ligeira de fonte de ignição, e que continuam a queimar ou formam braseiro por
si próprios;
· L íquido cujo ponto de inflamação se situa entre 21 °C e 55 °C;
· Substâncias que em contato com água ou humidade do ar possam produzir gases altamente
inflamáveis (mínimo 1 L/kg/h).
≈ 8 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Um líquido inflamável não pode arder; é o vapor (a forma gasosa do produto químico) do líquido
que arde. A velocidade à qual um líquido produz vapores inflamáveis depende da sua velocidade
de vaporização, que aumenta com a temperatura. Por conseguinte, um líquido inflamável é mais
perigoso a temperaturas elevadas do que a temperaturas mais baixas.
Muitos solventes orgânicos apresentam riscos significativos de inflamabilidade.
Todos os líquidos e sólidos inflamáveis devem ser mantidos afastados de oxidantes e do contacto
inadvertido com fontes de ignição, como placas quentes em câmaras de exaustão.
Os solventes orgânicos inflamáveis devem ser armazenados à temperatura ambiente em armários
antifogo, a menos que outras condições de armazenamento sejam indicadas na etiqueta do
fabricante.
Corrosividade
Corrosão é a destruição gradual, resultante da ação de um produto
químico, em metais ou tecidos vivos.
Todos os ácidos fortes, todas as bases fortes, alguns ácidos fracos
(ex: ácido acético, ácido carbónico e ácido fosfórico), algumas bases
fracas (ex: hidróxido de amónio) e algumas bases levemente solúveis
(ex: hidróxido de cálcio) são corrosivas.
Quanto mais concentrado o ácido ou a base e/ou quanto maior o contato, maior a destruição.
Alguns ácidos e bases provocam danos dentro de 15 segundos após o contato. Por esse motivo,
devemos usar sempre luvas e óculos de proteção contra salpicos do produto químico ao manusear
substâncias corrosivas.
Ao diluir soluções concentradas de ácidos, lembre-se sempre de adicionar lentamente o ácido à água
enquanto agita a mistura, porque o calor de reação libertado aumentará bastante a temperatura
da solução.
Reatividade/Incompatibilidade
A maioria das experiências em laboratórios de química usa produ-
tos químicos que reagem entre si. Essas reações quando controladas
são úteis, mas, às vezes podem ser perigosas. Ácidos reagem com
bases; agentes oxidantes reagem com agentes redutores. Quando
essas reações apresentam riscos específicos, geralmente referimo-
-nos aos dois reagentes como “incompatíveis”. Dependendo do grau
de incompatibilidade, a reação pode ser lenta ou violenta.
O conceito de incompatibilidade também desempenha um papel importante na maneira como
os produtos químicos são armazenados num laboratório de investigação ou num depósito de
reagentes. A primeira tendência é armazenar produtos químicos por ordem alfabética, mas isso
pode traduzir-se no armazenamento de produtos químicos incompatíveis um ao lado do outro, o
que pode resultar numa situação potencialmente perigosa, se os recipientes verterem ou partirem
e os produtos químicos se misturarem e reagirem. Os sistemas de armazenamento de produtos
químicos identificam categorias de produtos químicos para manter as substâncias incompatíveis
bem separadas umas das outras.
Ver anexo I
≈ 9 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 10 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Não existe um número mínimo ou máximo de pictogramas que uma substância possa
justificar. No entanto, embora um produto químico possa representar vários perigos
que justifiquem a respetiva sinalização, apenas o maior nível de perigo será repre-
sentado no rótulo.
≈ 11 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Palavra sinal
Quantidade
Informações nominal
suplementares
Figura 1.1 - Exemplo de rotulagem de um produto químico de acordo com o sistema GHS.
(Fonte: https://www.act.gov.pt/(pt-PT)/crc/PublicacoesElectronicas/Documents/
Folheto_rotulos produtos quimicos.pdf, acedido em janeiro de 2021.)
· N
ome da substância ou preparação.
· C
omposição.
· M
enções específicas de perigo e/ou símbolos que lhes correspondam:
F
rases que mencionam os riscos (frases do tipo R – Risk Phrases) ou
Advertência de perigos (código - H).
F
rases que mencionam as precauções a tomar (frases do tipo S – Safety
Phrases), destinadas a atenuar os riscos e informar os utilizadores sobre as
precauções de manipulação ou de armazenamento e conduta necessária
em caso de acidente ou Recomendações de prudência (código - P).
É importante ter a consciência de que, o estudante que está a iniciar a sua formação
superior em química apresenta limitações no seu conhecimento sobre perigos e riscos
químicos. Nesta fase o aluno ainda está a aprender um assunto em que desconhece
o que não sabe. Para se proteger a si, e a outras pessoas, faça perguntas se não tiver
a certeza e leia todas as informações de segurança fornecidas, para poder começar a
aprender a reconhecer os perigos e riscos associados aos produtos químicos que usa.
≈ 12 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
· A
titude indiferente relativamente às regras de segurança
· F
alha no reconhecimento dos perigos ou situações de perigo
· F
alha na avaliação dos riscos envolvidos no trabalho que está a ser realizado
· F
alha na atitude de alerta em relação ao meio envolvente
· F
alha no seguimento das instruções ou medidas de minimização de riscos
· F
alha no reconhecimento das limitações do próprio conhecimento e experiência.
Calçado: Não deve expor os pés e deve oferecer estabilidade para estar de pé e andar.
O uso de objeto de adorno (colares, pulseiras, anéis, etc.) deve ser evitado.
≈ 13 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Tipo Uso
Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para solventes orgânicos.
PVC Bom para ácidos e bases, mau para a maioria dos solventes orgânicos.
Neopreno Bom para ácidos e bases, mau para a maioria dos solventes orgânicos.
Bom para uma grande variedade de solventes orgânicos e ácidos
Nitrilo
e bases.
Calçar sapatos
fechados
antiderrapantes
As situações de emergência mais prováveis que podem surgir num laboratório de intro-
dução à química são: a ignição de um solvente inflamável, a exposição química na pele
ou nos olhos, cortes com vidros quebrados e derramamentos de produtos químicos.
A lista sumarizada na Tabela 1.4 descreve as linhas básicas para minimizar os riscos
inerentes à utilização de produtos químicos, sempre que estiver no laboratório de
química.
≈ 14 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Conduta adequada
· N ão trabalhe sozinho no laboratório.
· N ão realize experiências não autorizadas ou altere procedimentos sem autorização.
· Mantenha uma consciência do que o rodeia e mova-se de forma apropriada em torno de outras
pessoas.
· N ão remova produtos químicos do laboratório sem prévia autorização.
· N unca jogue ou brinque com material eletrónico, ou outro, no laboratório.
· Avise o seu professor/orientador se observou a violação de alguma das regras de segurança
do seu laboratório.
Condutas adequadas
· M inimize os riscos de tropeçar, mantendo os corredores livres de mochilas de livros, bancos
e outros riscos de tropeçar.
· Evite derramamentos, mantendo os produtos químicos e aparelhos bem afastados das bordas
da bancada do laboratório ou de outro espaço de trabalho.
· Descarte os resíduos químicos perigosos conforme as instruções e peça sempre orientação
se não tiver a certeza.
· L impe a sua área de trabalho para o próximo utilizador.
· L impe derramamentos nas balanças conforme as instruções do seu professor.
Higiene adequada
· Não prepare ou armazene (mesmo que temporariamente) alimentos ou bebidas no laboratório de
química.
· N unca consuma alimentos ou bebidas quando estiver no laboratório de química.
· N unca use ou leve a bata de laboratório para áreas onde os alimentos são consumidos.
· Não mastigue chiclete, fume ou aplique cosméticos ou protetor labial em laboratório. Esteja ciente
de que os cosméticos, alimentos e produtos de tabaco em embalagens abertas podem absorver
vapores químicos.
· N unca leve as mãos ou a caneta ao rosto ou à boca enquanto trabalha no laboratório.
· Não manuseie as lentes de contato no laboratório, exceto para removê-las quando uma emer-
gência exigir o uso do lava-olhos ou do chuveiro de segurança.
· Para evitar inadvertidamente contaminações, deve remover as luvas antes de deixar a área
de trabalho, ou antes de manipular outros materiais como por exemplo telemóveis.
· Lave sempre as mãos e os braços com água e sabão antes de sair do laboratório, mesmo que use luvas.
≈ 15 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 16 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
≈ 17 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
SEPARAÇÃO DE RESÍDUOS
Consultar no manual de
segurança procedimentos
adequados sobre a separação
e eliminação de resíduos.
Todos os recipientes
devem ser tapados.
≈ 18 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Nunca coloque produtos químicos numa pia ou no ralo, a menos que seu
professor tenha informado que os regulamentos locais permitem que
essas substâncias sejam colocadas no sistema de esgoto da rede muni-
cipal. Por exemplo, água e soluções aquosas diluídas de cloreto de sódio,
açúcar e sabão de um laboratório de química podem ser descartadas
na pia.
≈ 19 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Azidas Ácidos
Amoníaco, acetileno, butadieno, butano, metano, propano (ou
Bromo outros hidrocarbonetos gasosos), hidrogénio, benzeno, metais
finamente divididos
Carvão ativado Hipocloritos, todos os agentes oxidantes
≈ 20 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Permanganato
Glicerol, etileno glicol, benzaldeído, ácido sulfúrico
de potássio
Cobre, crómio, ferro, a maior parte dos metais e seus sais, álcoois,
Peróxido de hidrogénio matéria orgânica, anilina, nitrometano, líquidos inflamáveis,
substâncias combustíveis
Todas as substâncias oxidáveis como etanol, metanol,
ácido acético glacial, anidrido acético, benzaldeído, sulfureto
Peróxido de sódio
de carbono, glicerol, etileno glicol, acetato de etilo, acetato
de metilo, furfural
Pentóxido de fósforo Água
(Fonte: http://nshs.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/10/manual-de-seguranca-para-laboratorios.pdf,
acedido em janeiro de 2021.)
≈ 21 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Pedir ajuda;
Parar ou diminuir a hemorragia, aplicando pressão sobre
a ferida. Se a ferida for muito grande ou contiver corpos
Golpe profundo
estranhos aplique pressão acima do corte, nunca mais
de 5 min;
Encaminhar para assistência médica urgente.
Solicitar ajuda;
Grandes
Lavar abundantemente a área afetada com água;
queimaduras
Encaminhar para assistência médica urgente.
Queimaduras químicas Nota: Existem exceções a estas regras. Com alguns ácidos
(via cutânea) ou bases convém lavar com soluções básicas ou ácidas conforme
o caso. Verificar na preparação do trabalho através das FDS.
≈ 22 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Pedir ajuda;
Projeção de produtos Afastar-se da área onde ocorreu o acidente;
químicos no corpo Retirar a roupa;
ou vestuário Lavar abundantemente o corpo com água durante 10 min a
15 min (chuveiro de emergência).
Solicitar ajuda;
Projeção de produtos Caso tenha óculos não os retire. Lavar imediatamente a cara
químicos nos olhos e os olhos no lava-olhos. Retirar os óculos. Lavar novamente
a cara.
≈ 23 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Pequeno foco
Solicitar ajuda;
de incêndio
Utilizar o extintor de incêndios ou manta apaga-fogos.
não confinado
Pedir ajuda;
Se não for possível controlar o incêndio com extintores,
Grande foco
dar o alarme no edifício (partir botão de incêndio)
de incêndio
e/ou contactar a central de segurança (portaria);
Evacuar o edifício.
(Fonte: http://nshs.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/10/manual-de-seguranca-para-laboratorios.pdf,
acedido em janeiro de 2021.)
≈ 24 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Combustíveis vulgares:
madeira, papéis, têxteis, …
Líquidos inflamáveis,
solventes, óleos, ceras, …
Gases e equipamentos
elétricos.
1
eixam um grande depósito de pó na área de incêndio, pelo que deve ser evitado o seu uso em equipamento eletrónico.
D
O peso do pó derruba com facilidade montagens delicadas.
2
Usando dióxido de carbono, os incêndios com solventes podem reacender-se depois de extintos.
≈ 25 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
ANEXO IV – Tabela comparativa da simbologia dos pictogramas atualmente em vigor com a convenção anterior.
Saúde
Irritante
ou nocivo
Corrosivo
Tóxico
Mutagénico
--
ou carcinogénico
Meio ambiente
Prejudicial para
o meio ambiente
≈ 26 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
≈ 27 ≈
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Explosivos e inflamáveis
Inflamável
Comburente
(Fonte: https://sea-solucoes.com/site/produtos-quimicos-novos-pictogramas/,
acedido em janeiro de 2021.)
≈ 28 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
– Não fumar;
– Proteger da radiação solar;
– Proteger do calor, radiadores, lâmpadas, lareiras,… Garrafas para gases.
≈ 29 ≈
Leituras Selecionadas
Safety in Academic Chemistry Laboratories; Best Practices For First-and Second-
Year University Students, 8th Ed., American Chemical Society Joint Board – Council
Committee on Chemical Safety, 2017.
http://laboratoriosescolares.net/sites/default/files/equipamento_activo_seguranca.pdf
(Acedido em janeiro de 2021).
Tabela 2.1 - Tolerâncias dos diversos instrumentos de classe A, de acordo com ASTM E-288-94.
Balões Pipetas
Capacidade Provetas Buretas
volumétrica volumétricos volumétricas graduadas
mL
Tolerância ± mL
1 0,006 0,01
2 0,006 0,01
3 0,01
4 0,01
5 0,05 0,02 0,01 0,01 0,02
10 0,08 0,02 0,02 0,02 0,03
15 0,03
20 0,03
25 0,14 0,03 0,03 0,03 0,05
50 0,20 0,05 0,05 0,05
≈ 31 ≈
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≈ 32 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Pipetas volumétricas > Pipetas graduadas > Balões volumétricos > Buretas > Provetas
≈ 33 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 34 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
A pesagem, usando uma balança, é uma operação pela qual se determina a massa de
uma substância, sendo a sua prática frequente em laboratórios de Química, Bioquímica
ou Biologia.
As balanças possuem pés ajustáveis e bolhas de nível que permitem que se mantenha
a balança numa posição nivelada.
2
Classificação de acordo com a Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML).
≈ 35 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
i. A balança deve ser mantida sempre limpa, ou seja, não se devem colocar reagentes
diretamente no prato, mas sim sobre uma cápsula de pesagem (ex: vidro de relógio).
As substâncias voláteis ou corrosivas devem ser pesadas em recipientes fechados.
ii. A temperatura do objeto a pesar deve ser razoavelmente próxima da temperatura
da balança (o que normalmente é feito por meio de um exsicador onde se coloca
a substância até estabilizar à temperatura ambiente).
iii. As janelas da balança devem estar fechadas durante a pesagem.
iv. C
ada passo na pesagem (taragem, colocação do objeto no prato, leitura) deve ser feito
lentamente, dando tempo suficiente à balança para atingir o equilíbrio.
v. O objeto a pesar deve ser cuidadosamente colocado no centro do prato da balança, para
evitar erros de excentricidade.
vi. Terminada a pesagem, a balança deve ser limpa, se necessário, as janelas fechadas
e desligada se não for utilizada de imediato.
2.3. Medição de pH
A determinação do pH é muito importante num grande número de áreas, desde a deter-
minação da qualidade de uma água até à análise do pH do sangue. O pH é a medida da
atividade dos protões livres (aH+) em solução, e define-se como:
≈ 36 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
ElétrodoCombinado
Elétrodo Combinado Elétrodo
Elétrodo de de Referência
Referência
Elétrodo Combinado Elétrodo de Referência
Fio
Fio deFio de platina
de
platina platina
Fio
Fio de
de prata
prata
Fio de prata Mercúrio
Mercúrio
Mercúrio
Elétrodo
Elétrodo de
de referência
Elétrodo de referência
referência Cloreto de mercúrio
Cloreto
Cloreto de mercúrio
Membrana
Membrana semipermeável
Membrana semipermeável
semipermeável
Solução
Solução tampão
tampão
Solução tampão Cloreto de potássio
Cloreto
Cloreto potássio
de potássio
TampaTampa
Tampa
≈ 37 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
a) Calibração do medidor de pH
O estado da membrana de vidro, e especialmente da camada hidratada, está sujeito
a variações ao longo do tempo. Por esta razão, é necessário fazer periodicamente a cali-
bração do pH, por exemplo diariamente ou sempre que se faz uma medição. O objetivo da
calibração é fazer coincidir as características do elétrodo com as características do medi-
dor de pH, de forma a que este atribua leituras de pH aos valores de potencial medidos.
Selecionam-se duas soluções tampão de tal modo que as leituras de pH das amostras
fiquem dentro do intervalo de calibração. Normalmente usa-se o pH 7 como uma das
soluções tampão. Preferencialmente, as duas soluções não devem diferir mais de
3 unidades de pH entre si (por exemplo, pH 4 e 7 ou pH 7 e 10). Os potenciómetros
dispõem de dois botões de regulação que devem ser ajustados consoante as instru-
ções do fabricante.
≈ 38 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
A parede do tubo capilar é graduada em graus ou frações deste. Este tipo de termómetros,
adapta-se à temperatura do meio em que se encontra e a medição de temperatura
faz-se pela leitura da escala no ponto em que se observa o topo da coluna líquida.
≈ 39 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Um termómetro deve:
· s er exato;
· s er reprodutível;
· a
tingir o equilíbrio térmico com rapidez;
· s er sensível (isto é, a propriedade termométrica deve variar claramente com
a temperatura).
Nota: Apesar de os termómetros serem em geral instrumentos de exatidão apenas moderada, podem
atingir exatidões elevadas (por exemplo, 0,01 oC, com um termómetro de centésimas), desde que
tenham sido convenientemente calibrados e sejam utilizados em condições adequadas.
Em 1954, foi escolhido um outro ponto fixo de referência, como base de uma nova
escala de temperatura, baseada nas propriedades dos gases. Esse ponto corres-
ponde à temperatura do estado onde gelo, água líquida, e vapor de água coexistem em
equilíbrio, e é designado por ponto triplo (PT) da água.
≈ 40 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Referências Citadas
[1] Abílio Marques da Silva, Aprendendo Química; Auxiliado por analogias do quotidiano,
EUEDITO, 2016.
Leituras Selecionadas
Fraser A.W., Volumetric Glassware Calibration. Applications note 1. www.allanfraser
andassociates.com (De acordo com ASTM E288-94. Standard speciation for laboratory
glass volumetric flasks.) (2016). (Acedido em janeiro de 2021).
≈ 41 ≈
Capítulo 3
Unidade de base – unidade de medida que é adotada, por convenção, para uma
grandeza de base.
Exemplo:
≈ 43 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
· O
s símbolos das unidades ficam invariáveis no plural.
· O
símbolo para litro, unidade de volume não SI, é a letra minúscula l. Para
este caso é também permitido usar a letra maiúscula, L, para evitar confusão
entre l e 1. O mesmo se aplica ao submúltiplo, podendo utilizar-se ml ou mL.
· D
eixa-se sempre um espaço em branco entre o valor numérico e o símbolo
da unidade.
· Q
uando uma unidade derivada é formada pelo produto de duas ou mais
unidades, o seu símbolo pode ser indicado com os símbolos das unidades
separadas por um ponto a meia altura ou por um espaço.
Exemplo: 1 N⋅m ou 1 N m
· Q
uando uma unidade derivada é formada dividindo uma unidade por outra,
o seu símbolo pode ser indicado utilizando uma barra oblíqua, uma barra
horizontal ou também expoentes negativos.
m
Exemplo: m/s ou ––
s ou m⋅s-1
· O
s prefixos do Sistema Internacional de Unidades (SI) permitem escrever
quantidades sem o uso da notação científica, de maneira mais clara para quem
trabalha numa determinada faixa de valores. Alguns dos prefixos oficiais mais
usados estão na Tabela 3.1.
≈ 44 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Prefixo Potência
Equivalente numérico
Nome Símbolo de base 10
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Prefixos_do_Sistema_Internacional_de_Unidades,
acedido em janeiro de 2021.)
· D
eve utilizar-se o sinal × e não um ponto para indicar a multiplicação de valores
numéricos.
· Q
uando uma unidade é composta por várias unidades, não se usam simulta-
neamente símbolos e nomes por extenso.
· N
ão associar informação e símbolos de unidades.
· D
eve escrever-se “45 °C ± 2 °C” ou “(45 ± 2) °C” e não “45 ± 2 °C”
· D
eve escrever-se “10 ml a 20 ml” e não “10 a 20 ml”, nem “10 – 20 ml”
· D
eve escrever-se “1 nm × 6 nm” ou “(1 × 6) nm” e não “1 × 6 nm”
≈ 45 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 46 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
≈ 47 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Tonelada t = 1 Mg = 103 kg
tempo Minuto min = 60 s
Hora h = 3600 s
Dia d = 24 h = 86 400 s
Ano a ≈ 31 556 952 s
força quilograma-força kgf = 9,806 65 N
energia eletrão-volt eV ≈ 1,602 176 620 8(98) x10-19 J
≈ 48 ≈
Tabela 3.6 – Algumas constantes fundamentais (CODATA)3.
3
P. J. Mohr, D. B. Newell, and B. N. Taylor. CODATA (Committee on Data for Science and Technology) Recommended
Values of the Fundamental Physical Constants: 2014. Rev. Mod. Phys., 88:035009, 2016. Os valores recomendados pelo
CODATA estão disponíveis diretamente em http://physics.nist.gov/constants.
≈ 49 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
2 algarismos significativos
11 mg
0,011 g
4 algarismos significativos
121,5 µL
0,1215 mL
0,0001215 L
Algarismos Algarismos
Número Número
significativos significativos
2,340 4 0,044 2
(i)
Os zeros podem significar apenas a posição da virgula, podendo ser 234,0 × 102.
(ii)
O algarismo em índice (5) refere-se ao valor estimado.
≈ 50 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
3.1.3. Arredondamentos
As regras de arredondamento, tal como referido anteriormente, estão descritas na
NP 37:2009. Os arredondamentos devem ser efetuados de acordo com o valor do
algarismo seguinte ao qual se pretende arredondar.
2,53 g → 2,5 g
2,66 g → 2,7 g
Exemplo: 3
4,346 2 g passa para 34,3 g e não para 34,35 g e depois para 34,4 g.
a) Adição e subtração
Exemplo: A soma de dois volumes, 25,5 mL e 2,24 mL, deve ser dado como
27,7 mL e não 27,74 mL.
b) Multiplicação e divisão
A multiplicação ou a divisão de uma dada medida por uma constante não introduz
alteração no número de algarismos significativos do resultado.
≈ 51 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
c) Logaritmo
A diferença entre o valor exato e o valor medido será o desvio (ou erro) associado a
essa medida, Δxi = xe – xi. O resultado deverá ser apresentado sempre acompanhado da
estimativa dos erros presentes na medição. Quanto à proveniência os erros cometidos
podem ser de três tipos:
–E
rros grosseiros: Não entram no padrão normal dos erros associados a uma análise.
Não são sujeitos a tratamento de erros. Se ocorrerem e forem detetados, em geral é
necessário repetir toda a análise.
–E
rros aleatórios (ou indeterminados): Podem resultar da incerteza instrumental,
do método ou do operador. Medem a dispersão não sistemática dos valores em
torno de uma média. Afetam a precisão e podem quantificar-se pelo desvio-padrão.
≈ 52 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Por outro lado, na mesma tabela, é mostrado que a exatidão do método experimental
depende da posição do máximo da função de distribuição em relação a xe. A exatidão
mede a concordância entre o valor obtido e o valor aceite como verdadeiro.
Medições
Precisão Exatidão
experimentais, xi
≈ 53 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da químicaGHHI JKLIMNOI
nas áreas das CIÊNCIAS=BIOLÓGICAS
>̅ − > e CIÊNCIAS DA SAÚDE
GHHI JKLIMNOI = >̅ − >((
a) Avaliação
onde,
onde, da precisão
>̅>̅ éé aa média
média e da
aritmética
aritmética exatidão
das
das nn medições
medições efetuadas,
efetuadas, ou
ou seja:
seja:
Quando se conhece o valor verdadeiro, pode-se avaliar a exatidão, em valor absoluto e
sinal, pelo erro absoluto como a diferença
= R entre
>̅>̅ =
QQR SQ
SQTTSQ
SQUUS⋯SQ
S⋯SQ WW
.. medido e o valor verdadeiro (xe):
o valor
++
Erro absoluto = x– – xe
Aonde, x– é a pode
A exatidão,
exatidão, pode também
média também ser
ser avaliada
aritmética avaliada pelo
pelo erro
das n medições relativo
relativo (em
erroefetuadas, oupercentagem),
(em percentagem),
seja: dado
dado por:
por:
x– =
x1+x2+x3+... xn.
n
A exatidão, pode também ser avaliada pelo erro relativo (em percentagem), dado por:
GHHI JKLIMNOI
GHHI JKLIMNOI
GHHI HXMJOAYI
GHHI HXMJOAYI == ×
× 100
100
>>((
Erro relativo = Erro absoluto × 100
xe
Podemos
Podemosquantificar
quantificaraaprecisão
precisãopelo
pelodesvio
desviopadrão,
padrão,variância,
variância,amplitude
amplitudeououmesmo
mesmoatravés
através
Podemos quantificar a precisão pelo desvio padrão, variância, amplitude ou mesmo
de
de outros parâmetros
outrosdeparâmetros estatísticos,
estatísticos, tais
tais como
como ootais
coeficiente
coeficiente de variação
variação eede
oo desvio padrão
através outros parâmetros estatísticos, como ode coeficiente desvio padrão
variação eo
relativo.
relativo.padrão relativo.
desvio
Para
Para um
um número
número finito de
finito de medições
medições reais
demedições reais ([
([ < 30)aaaestimativa
30) estimativa do
estimativa do desvio
desvio padrão
dodesvio padrão (s)
(s) eee da
da
Para um número finito reais (n <<30) padrão (s) da
variância
variância (s
variância (s2)2))podem
(s
2
podemser
podem serobtidos
ser obtidos por:
por:
obtidos por:
∑∑ (Q WW T
`Q̅ ) T
_aR(Q__ `Q̅ ) ,,
Desvio
Desvio padrão,
Desvio padrão, =]
padrão,LLs =
= ] _aR+`3 ,
+`3
(a) (b)
Figura 3.1 – Distribuição de Gauss. (a) Curva de distribuição normal. (b) Curvas de distribuição
normal com a mesma média (μ1 = μ2), mas com valores diferentes de desvio padrão (σ1 ≠ σ2).
Na figura 3.1 (b) há duas curvas normais com a mesma média (µ1 = µ2), mas com valores
diferentes de desvio padrão (σ1 ≠ σ2). A área sob a curva de probabilidade deve ser
igual a 1, e, portanto, a que apresenta maior dispersão do conjunto de observações,
será a mais larga, ou seja a que apresenta maior desvio padrão (σ2).
Este intervalo é designado por intervalo de confiança e os seus limites por limites de
confiança.
≈ 55 ≈
por fator de cobertura, que se encontra tabelado e assume os valores de 1,96; 2,58 e 2,97
Guia
parade laboratório
níveis de dirigido ao ensino dade
confiança química nas áreas
95,0%; das CIÊNCIAS
99,0% BIOLÓGICAS
e 99,7%, e CIÊNCIAS DA SAÚDE
respetivamente. Ver na Figura 3.2 o
exemplo para o intervalo no qual a confiança é de 95% (área a branco).
Para
Paraobter
obteroointervalo
intervalo de
de confiança necessárioobter
confiança é necessário obterentão
entãoo ovalor
valordede
k: σ:
–- PPara umnúmero
ara um número elevado
elevado de
de medições
medições (>30)
(>30)pode
podeassumir-se
assumir-sek ≅σ L.
≅ s.
- Para um menor número de medições, L é determinado e multiplicado por um novo fator
– Para um menor número de medições, s é determinado e multiplicado por um novo
multiplicativo o t de ostudent.
fator multiplicativo Este fator
t de student. Este está
fatortabelado para vários
está tabelado níveis níveis
para vários de risco
deerisco
para
vários
e paragraus degraus
vários liberdade (Tabela 3.9).
de liberdade O intervalo
(Tabela de confiança
3.9). O intervalo obtido para
de confiança obtido para n
n medições
medições
será será dado por:
dado por:
L
>̅ ± O ×
√[
Nível de confiança
Graus de 56
50,0 % 90,0 % 95,0 % 98,0 % 99,0 % 99,5 % 99,9 %
liberdade
1 1,000 6,314 12,706 31,821 63,656 127,321 636,578
2 0,816 2,920 4,303 6,965 9,925 14,089 31,600
3 0,765 2,353 3,182 4,541 5,481 7,453 12,924
4 0,741 2,132 2,776 3,747 4,604 5,598 8,610
5 0,727 2,015 2,571 3,365 4,032 4,773 6,869
6 0,718 1,943 2,447 3,143 3,707 4,317 5,959
7 0,711 1,895 2,365 2,998 3,499 4,029 5,408
8 0,706 1,860 2,306 2,896 3,355 3,833 5,041
9 0,703 1,833 2,262 2,821 3,250 3,690 4,781
10 0,700 1,812 2,228 2,764 3,169 3,581 4,587
15 0,691 1,753 2,131 2,602 2,947 3,286 4,073
20 0,687 1,725 2,086 2,528 2,845 3,153 3,850
25 0,684 1,708 2,060 2,485 2,787 3,078 3,725
30 0,683 1,697 2,042 2,457 2,750 3,030 3,646
40 0,681 1,684 2,021 2,423 2,704 2,971 3,551
50 0,679 1,671 2,000 2,390 2,660 2,915 3,460
120 0,677 1,658 1,980 2,358 2,617 2,860 3,373
∞ 0,674 1,646 1,960 2,326 2,576 2,807 3,290
(Fonte: Daniel C. Harris, Análise Química Quantitativa, 5ª Ed. LTC Editora, Rio de Janeiro, 2001.)
≈ 56 ≈
¥
(Fonte: Daniel 0,674 Análise1,645
C. Harris, 1,960
Química Quantitatva, 5ª2,326 2,576Rio de Janeiro,
Ed. LTC Editora, 2,807 2001.)3,290
(Fonte: Daniel C. Harris, Análise Química Quantitatva, 5ª Ed. LTC Editora, Rio de Janeiro, 2001.)
(Fonte: Daniel C. Harris, Análise Química Quantitatva, 5ª Ed. LTC Editora, Rio de Janeiro, 2001.)
(Fonte: Daniel C. Harris, Análise Química Quantitatva,
INTRODUÇÃO 5ª Ed. LTC
À QUÍMICA Editora, Rio de
LABORATORIAL NOJaneiro,
ENSINO 2001.)
SUPERIOR
≈ 57 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Tal como já foi referido, os erros aleatórios estão sempre presentes em medições
experimentais e, consequentemente, os pontos experimentais observados muitas
das vezes não coincidem com uma “só” reta. Nestes casos, é necessário determinar
a equação da reta que melhor ajusta o conjunto de determinações experimentais
registada, y = m × x + b. Ao processo matemático que permite efetuar o melhor ajuste
dá-se o nome de regressão linear. O objetivo de uma análise por regressão linear é
obter as melhores estimativas para m e b. Estes resultados dependerão da incerteza
associada às medições. Um dos métodos mais usados para efetuar uma regressão
linear é o método dos mínimos quadrados.
· q
ualquer diferença entre as medições experimentais e a linha de regressão
obtida é consequência de erros aleatórios associados apenas à propriedade y
medida,
· o
s erros aleatórios que afetam y estão normalmente distribuídos, mantendo
a variância ao longo da reta,
· o
s erros aleatórios que afetam y são independentes do valor de x.
Para entender a lógica da regressão linear, vamos considerar a Figura 3.4 com
alguns pontos resultantes de medições experimentais e duas linhas retas possíveis
que podem razoavelmente representar os dados. Como decidimos qual das linhas
representa o melhor ajuste aos dados?
(x2, y2)
?
(x3, y3)
?
(x1, y1)
Figura 3.4 - Linhas retas possíveis que podem razoavelmente representar os dados obtidos.
≈ 58 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Como se assumiu que toda a incerteza é devida a erros aleatórios de y, para um dado x
a diferença na vertical entre o valor de y medido e o valor de y esperado, ŷ, representa
o “erro residual” de cada ponto experimental, ri. Este modelo matemático define para
um dado valor particular de x:
ri = yi – ŷi
Na Figura 3.5 são representados os “erros residuais” de três pontos de dados experi-
mentais, onde os pontos a azul são os dados originais, yi, e os pontos a verde, ŷi, são os
valores previstos pela equação de regressão ŷ = m × x + b.
ŷ3
y2
r 2 = ( y2 – ŷ 2 ) r3 = ( y3 – ŷ3)
y3
ŷ1 ŷ2
y= m × x + b
r1 = ( y1 – ŷ1)
y1
Figura 3.5 – Representação dos “erros residuais” de três pontos de dados experimentais.
m∑?×(|x? − – } 2×
b) , melhor
1
>? − K)será , melhor
o ajusteserádaoreta
ajuste
aosdapontos
reta aos pontos experimentais,
experimentais, ou seja R ou seja Å
minimiza
∑?∑(|?(|
? −? −
i }} ×× >?>−
? − , melhor
1 1
K)K) , melhorserá seráo oajuste
ajustedadareta
retaaos
aospontos
pontosexperimentais,
experimentais,ououseja sejaÅ Å
aminimiza
distância, a distância,
ri de todos de pontos
H? os todos osà pontos à retacujo
reta obtida obtida cujoédeclive
declive é } e a ordenada
m e a ordenada na origem na
minimiza
minimiza a distância,
a distância, H? Hde
? de
todos
todos osospontos
pontos à reta
à retaobtida
obtidacujo
cujo
declive
declive é}é} e ae ordenada
a ordenada nana
b. O mínimo
éorigem é K. Odamínimofunçãoda R pode
função obter-se
Å podeigualando
obter-se aigualando
zero a sua a derivada,
zero a suaresultando
derivada,
origem
origem é éK.K. O Omínimo
mínimo da dafunção
função
assim as expressões que permitem obter m e b: Å Åpode
pode obter-se
obter-se igualando
igualando a a
zero
zeroa a
suasua derivada,
derivada,
resultando assim as expressões que permitem obter } e K:
resultando
resultando assim
assim asas
expressões
expressões que
"
quepermitem
permitem obter
obter}} e K:
e K:
} =" ""ÇÉ ee K = |Ñ − } × >̅ .
}}=="ÇÉ"ÇÇ ÇÉ
ee K K==|Ñ |
−
Ñ− }} ××>̅ >̅. .
ÇÇ ÇÇ
Pode ainda obter-se o desvio padrão do declive e da ordenada na origem, respetivamente,
Pode
Pode
Pode ainda
ainda
ainda obter-se
obter-se
obter-se oodesvio
o desvio desvio
padrãopadrão
padrão dodo do declive
declive
declivee da
e dae ordenada
da ordenada
ordenada nana na origem,
origem,
origem, respetiva-
respetivamente,
respetivamente,
L! e LÖ :
L e Le L: s:m e sb:
Lmente,
!! Ö Ö
" ∑ QT 3
L! = " ""É e LÖ = LÜ × ]á×∑∑Q∑TQ_ `(∑ _
T T = LÜ ×
uÉ ÇÇ
É
L!L!== " " e e LÖLÖ==LÜL× ×
] ] _ _ _ _ Q_ _ Q_ )
T
= =L L× × àá`3â∑3_ Ç_äT
Ü T T Ü Ü TT T
uu ÇÇ ÇÇ á×∑
á×∑
_ Q_ Q `(∑
_ `(∑
T
_ Q_ )Q_ )
T
àà ∑Ç Ç
â∑ â∑ äÇ ä
á`á`_ ___ __
∑T
∑_ Ç T
__ Ç_
Os parâmetros LÜ , LQQ , LQÜ e LÜÜ podem obter-se de acordo com as expressões definidas
OsOsparâmetros
parâmetrosLÜL,ÜL,QQLQQ
, L,QÜ
LQÜe eLÜÜ
LÜÜ podemobter-se
podem obter-sededeacordo
acordocom
comasasexpressões
expressõesdefinidas
definidas
em rodapé4.
ememrodapé
rodapé. .
4 4
≈ 59 ≈
A melhor reta poderá assim ser descrita com um intervalo de confiança5:
AAmelhor
melhorreta
retapoderá
poderá assim
assim serser
descrita
descrita
com
comum
umintervalo
intervalodede
confiança
confiança : :
5 5
| = â} ± O × L ä × > + (K ± O ×L )
Pode
Pode ainda
ainda obter-se
obter-se oo desvio desvio padrão
padrão do do declive
declive ee da da ordenada
ordenada na na origem,
origem, respetivamente,
respetivamente,
L!eeeLLL:Ö: :
LL!
! ÖÖ
Quanto
Guia menor
de laboratório o aoerro
dirigido residual
ensino da química nastotal,
áreas das Å, que BIOLÓGICAS
CIÊNCIAS definimos
T
como DAÅSAÚDE
e CIÊNCIAS = ∑?(|? − |Ä)
1
=
"
""É É ∑ _ TQ 3
LL!L!= = É"1 eee LLLÖ= =LLÜ× ××] ]]
∑∑_ QQ T_
==LLÜLÜÜ×
××
33
ÖÖ = L T=
_T __
∑?(|? − } × !>? =−uK) u
" , melhor será
ÇÇ oÜÜajuste á×∑da_ QQ_reta
á×∑ TQ
T `(∑ `(∑ aos )pontos
_ Q)_TT
Q experimentais,
à à â∑_ ÇT _Tä
T
ou seja Å
"
u ÇÇ
ÇÇ á×∑ _ __
_ `(∑ _ Q
_ __ ) àá`á`â∑
â∑__ÇÇ__ääT
á` ∑ ∑Ç_TÇT _
minimiza
Os parâmetrosa distância,
sy, sxx,Hs? xydee todos os pontos
syy podem obter-seà retadeobtida acordo cujo
com declive é} e a ordenada
∑__ Ç__
as expressões na
definidas
OsOs parâmetros
parâmetros L,Ü, ,LLLQQ,, ,LLLQÜeeeLLLÜÜ podem obter-sede
podemobter-se deacordo
acordocom comas asexpressões
expressõesdefinidas
definidas
em
Os rodapé
parâmetros é K. OLLÜÜmínimo obter-se de acordo com a expressões
as zero a suadefinidas
4
origem QQ
QQ QÜ ÜÜ podem
QÜda função
ÜÜ Å pode obter-se igualando derivada,
ememrodapé
em rodapé
rodapé
444.
..assim as expressões que permitem obter } e K:
resultando
A melhor
melhor reta
retapoderá
poderáassim
assimser
ser descrita comumum intervalo de confiança 5
:
AAAmelhor
melhor reta
reta poderá
poderá assim
assim ser
ser
}="
descrita
descrita
"ÇÉ
descrita com
com
com
e um
um intervalo
intervalo
intervalo dedeconfiança
de confiança
confiança
K = |Ñ − } × >̅ .
555:
::
ÇÇ
|||=
==â}â}±
â} ±±OOã,+`1
Oã,+`1××L L!äää×
ã,+`1 × L!
×>>++(K(K±±O Oã,+`1×
! × > + (K ± Oã,+`1
×L L)Ö )
ã,+`1 × LÖÖ )
Pode ainda obter-se o desvio padrão do declive e da ordenada na origem, respetivamente,
L! e LÖ :
Como
Como podemosavaliar
podemos avaliar aqualidade
qualidade da reta ajustada? O coeficiente de correlação (R)
Como
Como podemos
podemos avaliar aaaqualidade
avaliar qualidade da dareta
da reta
reta ajustada?
ajustada?
ajustada? OOOcoeficiente
coeficiente
coeficiente decorrelação
de
de correlação
correlação permite,
permite,
permite,
permite, de uma ∑_ Q_T
=forma
"É simples, avaliar essa qualidade. 3
de
de uma
uma forma
forma !simples,
Lsimples, e
avaliar
avaliar essa
L
essaÖ qualidade.
= L ×
qualidade.
Ü ] = LÜ ×
de uma forma simples, u"ÇÇavaliar essa qualidade.á×∑_ Q_T `(∑_ Q_ )T àá`â∑_ Ç_äT
LQÜ
LLQÜ ∑_ ÇT
_
dIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI
Coeficiente de correlação
dIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI = =
dIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI = uLQQ × LÜÜ
QÜ
Os parâmetros LÜ , LQQ , LQÜ e LÜÜ podem obter-se de acordo uLLQQ
u × LLÜÜ
QQ ×com ÜÜ as expressões definidas
em rodapé4.
O Coeficiente de correlação pode tomar valores entre +1 e –1. Quando o valor absoluto
OOO dIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI
AdIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI
melhor
é 1 reta poderá
dIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI
deste então a relação
podetomar
serpode
assimentre descrita
pode tomar
com valores
x e y tomar
é linear. umvalores
Seintervalo
valores entre
entre
entre +1
de+1
o Coeficiente eee−1.
confiança
+1 de −1. Quandoooovalor
−1.5Quando
:Quando
correlação
valor
valor
for nulo os
absoluto
absoluto
absoluto deste
de x eééyé1não
valores deste
deste então
11então arelação
| =aaâ}relação
apresentam
então entre
entre× >L>>eeäerelação
± O qualquer
relação entre ||×|éé>élinear.
linear.
+ (K
linear. ± Se
Se
Se odIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI
O ooO
linear. dIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI
quadrado
× L ) do coeficiente de
dIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI
ã,+`1 ! ã,+`1 Ö
for
for
for nuloos
nulo
nulo osvalores
correlação
os valores
valores dede>>>eeepor
designa-se
de não
|||não
não apresentam
coeficiente
apresentam
apresentam qualquerrelação
dequalquer
determinação.
qualquer relaçãolinear.
relação linear.
linear.
AAA
A concentração
concentração
Como podemosde
concentração
concentração de
dede uma
uma
avaliar
uma
uma dada
adada
dada
dada amostra,
amostra,
qualidade
amostra,
amostra, ,, ,, pode
dddC&!*",'&
da reta ajustada? pode
pode serdeterminada
O ser
ser
ser
&!*",'&
determinada
coeficiente aaaapartir
partirda
de correlação
determinada
determinada
amostra
&!*",'& partir
partir dareta
reta
permite,
da
dareta
reta
obtida
obtida
obtida
de uma
obtida por
por
porforma
por regressão
regressão
regressão
regressão linear
linear
linear
simples,
linear (|
(|
avaliar
(| ===}
(y= }}
essa m×××>>>+
× x+++K),
b),
K),
qualidade.
K), onde
onde
onde
onde correspondeao
|||ycorresponde
corresponde
corresponde aosinal
ao sinalobtido
sinal obtidopara
obtido para
para
y -b
amostra`Ö
cada valor
cada valorde concentração,>.x.Podemos
deconcentração, Podemosentão entãoescrever,
escrever,d CLamostra=
=ÜÜëíìîïñë
Üëíìîïñë
m`Ö e o desvio
`Ö e o desvio
cada valor de concentração,
cada valor de concentração, >. Podemos então escrever,
>. Podemos então escrever,
dIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãI = d QÜ
&!*",'&
d&!*",'& == ëíìîïñë
! ee oo desvio
desvio
padrão sc, associado a Camostra terá o valor de: &!*",'&
LQQ × LÜÜ
!
!
padrãoLLL,ó, associado
, associado add&!*",'&terá teráoovalor
valorde:
de: u
padrão
padrão óó associado aa d &!*",'& terá o valor de:
&!*",'&
""É É 33 "
ô Ñ)TT 3 3 (ÜÑ `ÜÑ)T
Ló= ÑÑô `Ü Ñ) ,
==!!É!] ]ò++33á++(Ü
(Ü `Ü
O dIXåAçAX[OX éX çIHHXMJçãILLóópode
ôT ,,
]òò + á
tomar á
+
valores
! !TT×ö
! ×öÇÇ
entre
×öÇÇ +1 e −1. Quando o valor
ÇÇ
≈ 60 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Leituras Selecionadas
NP 9:2006: NP - Norma Portuguesa; 9 – Número da norma; 2006 - Ano da Edição,
regulamentado pelo Instituto Português de Qualidade (IPQ). http://www1.ipq.pt/PT/
Pages/Homepage.aspx (Acedido em janeiro de 2021).
ISO 8601:2004: ISO - Norma Internacional; 8601 - Número da norma; 2004 - Ano
da Edição, regulamentado pelo International Organization for Standardization (ISO).
https://www.iso.org/home.html (Acedido em janeiro de 2021).
≈ 61 ≈
Capítulo 4
4. Atividades laboratoriais
≈ 63 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
– a partir de sólidos
– a partir de líquidos
Competências conceptuais:
· C
aracterização dos elementos das substâncias selecionadas na tabela
periódica. Identificação do número de massa e número atómico.
· M
assa atómica, massa molecular, massa molar. Cálculo de massa molar de
substâncias compostas (g·mol–1).
· C
onceitos de concentração e de diluição de uma solução.
· U
nidades de concentração (mol·dm–3; mmol·dm–3; g·dm–3; mg·dm–3; % V·V–1;
% m·m–1; densidade (ρ); conversão de unidades).
Competências laboratoriais:
· M
edição de volumes, distinção de material volumétrico (pipeta volumétrica,
pipeta graduada, bureta, balão volumétrico, proveta). Seleção do material mais
adequado.
· P
esagens, distinção de equipamento de pesagem (balança técnica e balança
analítica) e respetiva seleção.
· C
uidados de execução laboratorial na preparação de soluções.
Enquadramento teórico
Uma solução é uma mistura homogénea de dois ou mais componentes, ou seja,
a composição da mistura é a mesma em todos os pontos. Chama-se solvente ao
componente predominante na mistura, estabelecendo o estado físico da solução,
e solutos aos componentes existentes em menor quantidade.
≈ 64 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Unidades de
Símbolo e cálculo da concentração
concentração
moles de soluto
Molalidade (m ) = mol·kg-1
massa de solvente (kg)
massa de soluto
Percentagem em massa do soluto ( % m/m) = × 100 %
massa de solução
massa de soluto
Percentagem em massa/volume de soluto ( % m/V) = × 100 %
volume de solução
moles de soluto
Fração molar ( χ ) =
moles totais
6
Um padrão primário é uma substância que deve apresentar os requisitos: massa molecular elevada para minimizar erros
de pesagem, grau de pureza superior a 99,95 % (obtida normalmente por recristalização), fácil secagem, estável tanto em
solução como no estado sólido, não higroscópico, nem reativo com substâncias existentes no ar ou com a luz.
7
Caso contrário, para conhecer a concentração da solução será necessário aferi-la.
≈ 65 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
massa (g)
n=
massa molar (g/mol)
Ci × Vi = Cf × Vf
uma vez que o número de moles pipetado da solução inicial é igual ao número de moles
da solução final.
≈ 66 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Materiais e reagentes:
· P
ipetas volumétricas
· B
alões volumétricos
· G
obelé
· V
idro de relógio
· F
unil
· P
ompete
· E
spátula
· E
xsicador
· C
loreto de sódio (NaCl) p.a.
· Á
cido acético glacial (CH3COOH)
Equipamento:
· B
alança analítica
· E
stufa (para secagem de reagentes)
C-corrosivo, F-inflamável.
≈ 67 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 68 ≈
1 2
6
NaCl/H2O 5 4
0,251 M
_/_/__
≈ 69 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
3 4
X
7
6
CH3COOH/H2O
0,2 M
_/_/__
≈ 70 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
≈ 71 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Notas:
≈ 72 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Cálculos prévios
≈ 73 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Leituras Selecionadas
R. Chang, K. A. Goldsby, Química, 11ª Ed., McGraw-Hill, Cap. 4, 2013.
J. Crowe, T. Bradshaw, Chemistry for the Biosciences: The Essential Concepts, 3rd Ed.,
Oxford University Press, Cap. 12, 2014.
K. W. Whitten, K.D. Gailey, R. E. Davis, General Chemistry, 4th Ed., Saunders College
Publishing, 98-105, 1992.
Investigação
1. C
onversão de unidades das soluções diluídas de NaCl preparadas para mg·L-1
e kg·m-3 de sódio.
2. R
epresente o diagrama do procedimento laboratorial para a preparação de
500 mL de uma solução de NaCl 1 M.
≈ 74 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
4.2. D
eterminação de cloreto de sódio por fotometria de chama
em amostras ambientais e biológicas
Competências conceptuais:
· C
aracterizar os elementos das substâncias em análise na tabela periódica.
Identificar o número de massa e número atómico e respetiva configuração
eletrónica.
· A
cor como expressão de interação radiação-matéria.
· A
lei de Lambert-Beer, sua aplicação para determinar a concentração de uma
substância em solução.
· T
raçar uma curva de calibração (absorvência vs. concentração).
· D
eterminar a concentração da solução problema a partir da curva de calibração.
· D
iferenciar entre erro por precisão e erro por exatidão.
Competências laboratoriais:
· R
econhecimento e cuidados na manipulação do fotómetro de chama.
· M
edições e registo de leituras experimentais.
· C
onstrução de curva de calibração Absorvência/Concentração utilizando
ferramentas digitais.
· A
nálise comparativa de resultados usando como base soluções de referência.
Enquadramento teórico
O espetro da radiação solar que atinge a superfície terrestre, designado por espectro
de radiação eletromagnética (Figura 4.3), é composto por duas componentes
perpendiculares, uma elétrica e outra magnética, que se propagam no espaço sob
forma de ondas, com uma dada velocidade (quando a propagação ocorre no vácuo
esta velocidade, c, assume o valor de 2,998 × 108 m/s).
≈ 75 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
ν (Hz) → frequência: número de ondas que passam por um ponto fixo P, por
unidade de tempo.
c = λ× ν (m ⋅ s–1)
z
Componente de Campo elétrico
≈ 76 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Einstein sugeriu que não se pensasse num raio de luz como uma onda, mas sim como
um feixe de partículas designadas fotões, caracterizados por um determinado valor de
energia dado pela equação de Planck:
E= h×ν ( J ⋅ fotão–1)
O modelo atualmente aceite para a estrutura do átomo indica que este é constituído
por um núcleo (de protões e neutrões) e por eletrões. Os eletrões distribuem-se em
torno do núcleo, ocupando cada eletrão um nível bem definido de energia.
Os eletrões podem ser excitados (passando para níveis de energia superiores) por
absorção de um quanta de energia, emitido por exemplo por uma chama ou por uma
descarga elétrica. Quando os mesmos eletrões passam de novo para o estado de
energia mais baixo (estado fundamental) podem, dependendo do tipo de decaimento,
emitir também um quanta de energia sob a forma de fotões, ver Figura 4.4.
≈ 77 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
E2 E2
Energia, E →
Energia, E →
h n = E2 - E1 hn =|E1 - E2|
Efotão absorvido Efotão emitido
E1 E1
Absorção de energia Emissão de energia
Figura 4.4 – Transição eletrónica entre dois níveis de energia num átomo.
A energia dos fotões (Efotão) é igual à diferença entre os dois níveis de energia, e inver-
samente proporcional ao respetivo comprimento de onda (λ), de acordo com a seguinte
equação:
em que c é a velocidade da luz, 2,998 × 108 m/s, h é a constante de Planck, 6,626 × 10-34
J·s/fotão e υ a frequência do fotão (υ = c/λ).
Tendo em conta que os eletrões podem transitar para um elevado número de estados
excitados, ao regressarem ao estado fundamental podem produzir um feixe de fotões
(Figura 4.5). Quando os fotões emitidos passam por um prisma é produzido um
espectro de riscas; cada risca corresponde a fotões com uma dada energia e compri-
mento de onda. Cada elemento apresenta o seu próprio espectro de riscas caracte-
rístico e correspondente à distribuição dos estados de energia eletrónica dos seus
átomos. Por exemplo, os 11 eletrões do sódio estão distribuídos por um conjunto de
níveis de energia eletrónica diferente dos 29 eletrões do cobre.
≈ 78 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
E3
E3
hn = E 3 - E 2
Energia, E →
hn = E3 - E2
Energia, E →
E2
E2
hn = E 2 - E 1
hn = E2 - E1
hn = E 3 - E 1
hn = E3 - E1
E
E11
Figura 4.5 – As riscas espectrais podem resultar da emissão de um fotão quando
Figura 4.5 – Aspassa
um átomo riscasde
espectrais
um nívelpodem resultar
discreto da emissão
de maior energiade umoutro
para fotãode
quando
menoruma molécula
energia.
passa de um nível discreto de maior energia para outro de menor energia. Radiação
Radiação de alta frequência é emitida quando os dois estados envolvidos na transição de alta
frequência é emitida quando os dois estados envolvidos na transição apresentam
apresentam uma maior diferença de energia. Radiação de baixa frequência é emitida uma maior
diferença de energia. Radiação de baixa frequência é emitida quando os dois estados
quando os dois estados envolvidos na transição apresentam níveis de energia próximos.
envolvidos na transição apresentam níveis de energia próximos. (Adaptado de P. Atkins, J.
(Adaptado
Paula, de P.
Elements ofAtkins,
PhysicalJ.Chemistry,
Paula, Elements
5th Ed.,of Physical
Oxford, Chemistry, 5th Ed., Oxford, 2009)
2009)
Na
Na zona dovisível
zona do visíveldodo espectro
espectro eletromagnético,
eletromagnético, a comprimento
a cada cada comprimento
de ondadedeonda de
radiação
radiação emitida sob a forma de fotões corresponde uma cor específica. A radiação
emitida sob a forma de fotões corresponde uma cor específica. A radiação característica
característica emitida por um átomo de sódio a partir do seu estado excitado de menor
emitida épor
energia um átomo deenquanto
amarelo-laranja sódio a partir doátomo
que no seu estado excitado
de cobre de radiação
a cor da menor energia
emitidaé
éamarelo-laranja
verde. enquanto que no átomo de cobre a cor da radiação emitida é verde.
Esta propriedadepode
Esta propriedade podeser
serusada
usada para
para determinar
determinar a concentração
a concentração de sódio,
de sódio, potássio
potássio e lítio
e lítio numa amostra, usando um fotómetro de emissão de chama. O esquema dos
numa amostra, usando um fotómetro de emissão de chama. O esquema dos fenómenos
fenómenos que ocorrem na chama está representado na Figura 4.6.
que ocorrem na chama está representado na Figura 4.6.
Figura
Figura 4.64.6 – Esquemados
– Esquema dosprocessos
processos que ocorrem
ocorremno nofotómetro
fotómetrodedechama.
chama.
(Adaptada de https://pt.slideshare.net/jmessiasbrt/analise-instrumental,
(Adaptada acedido em janeiro de 2021.)
de https://pt.slideshare.net/jmessiasbrt/analise-instrumental,
acedido em janeiro de 2021.)
O soro fisiológico comercial é uma solução salina com 0,9 % de NaCl em massa,
dissolvidos em água destilada. É um líquido estéril e com aplicação em medicina uma
vez que apresenta concentrações semelhantes aos fluidos corporais (ex: soro
sanguíneo).
· 3
0 minutos para leituras e registo de dados.
Materiais e reagentes:
· P
ipetas volumétricas
· B
alões volumétricos
· G
obelés
· P
ompete
≈ 80 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
· S
oluções de calibração de cloreto de sódio (NaCl)
· S
oluções amostra de água do mar
· S
oluções amostra de soro fisiológico
Equipamento:
· F
otómetro de chama
Procedimento experimental:
1) Utilize as soluções de NaCl, com concentração rigorosamente conhecida,
preparadas na atividade laboratorial 4.1. Estas soluções servirão de padrão
para calibrar o fotómetro de chama, permitindo a construção de uma curva
de calibração Sinal instrumental/Concentração de NaCl.
≈ 81 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
P3 P5
P2 P4
P1 B A1 A2
L
Branco Soluções
Soluções de NaCl
amostra
padrão para calibração
Lavagem
≈ 82 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Registo de dados
P1
P2
P3
P4
P5
≈ 83 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Referências Citadas
[1] W. J. Marshall, Clinical Chemistry, 8th Ed., Mosby Elsevier, 2017.
Leituras Selecionadas
J. A. Beran, Laboratory Manual for principles of General Chemistry, 10th Ed., John Wiley
& Sons, 2014.
P. Atkins, J. Paula, Elements of Physical Chemistry, 5th Ed., Oxford, Cap. 12, 2009.
Investigação
1.
Identificar a partir de informação selecionada, alguns metais essenciais
à vida (Fe, Mg, Ca, K, Na, etc.) e identificar a sua função.
2.
Represente a configuração eletrónica dos átomos de sódio e cloro no
estado fundamental e 1º estado excitado.
3.
Justifique a utilização do fotómetro de chama para a determinação de
NaCl em solução aquosa, sabendo que este equipamento responde apenas
à presença de sódio em solução aquosa.
≈ 84 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
· L
igar o gás combustível.
· L
igar o fotómetro à eletricidade.
· L
igar a chama (Power On) e esperar que acenda a chama.
· S
elecionar o filtro correspondente ao elemento a analisar.
· A
certar o zero (0) com água desionizada.
· A
certar o padrão de Na+ (solução mais concentrada) a 100.
· A
certar novamente o zero (0) com água desionizada.
≈ 85 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Competências conceptuais:
· R
econhecimento da natureza ondulatória da luz.
· E
spectro de radiação eletromagnética, conceitos de comprimento de onda (λ),
frequência (ν), velocidade da luz (c) e respetivas unidades.
· C
onceitos de amplitude de uma onda, nodo e antinodo.
· C
ompreensão de fenómenos e equipamentos do quotidiano tendo por base
o conhecimento científico que os fundamenta.
· D
iferenciar entre erro por precisão e erro por exatidão.
Competências laboratoriais:
· R
econhecimento e cuidados na manipulação do forno microondas.
· M
edições e registo de leituras experimentais.
Enquadramento teórico
Um forno de microondas é constituído por uma fonte de energia elétrica de alta tensão
que alimenta um gerador de microondas (magnetrão). Este gerador, situado num dos
lados da caixa do forno, produz ondas eletromagnéticas com comprimentos de onda,
e correspondente energia, na região das microondas do espectro eletromagnético.
A radiação emitida atravessa a câmara do forno, choca com a parede oposta e é refletida
no sentido oposto. A onda refletida cruza-se com a onda original cancelando-se
mutuamente em determinados pontos e adicionando-se em outros (ver Figuras 4.8
e 4.9). É assim criada uma onda estável com posições de elevada amplitude
(antinodos) que geram um forte aquecimento e posições de amplitude próxima de
zero (nodos) que geram um fraco aquecimento dos alimentos. A distância entre dois
antinodos consecutivos corresponde a 1/2 do comprimento de onda da radiação
inicialmente gerada.
≈ 86 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Figura 4.9 – Efeito de retorno da onda emitida pela fonte ao contactar com a superfície
metálica oposta do forno de microondas. (Adaptada de https://edu.rsc.org/download?ac=14941,
acedido em janeiro de 2021.)
≈ 87 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Materiais e reagentes:
· P
rato
· R
égua
· E
spátula
· 4
fatias de pão ou tostas
· M
argarina
Equipamento:
· F
orno de microondas
Procedimento experimental:
1) Colocar 4 fatias de igual dimensão (≅ 10 cm x 10 cm) de pão/tostas, em
formato quadrangular, num prato.
≈ 88 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
7) Com uma régua meça a distância entre dois sulcos seguidos, ver Figura 4.11.
8)
Registe a frequência da radiação emitida pela fonte do equipamento
(ver informação descrita na parte de trás do equipamento). Caso o valor
não esteja especificado, considere um valor padrão de 2450 MHz.
4. Calcular o erro relativo entre a média obtida a partir dos valores experi-
mentais e o valor de referência.
≈ 89 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Registo de dados:
G1
G2
G3
G4
G5
G6
Cálculos:
≈ 90 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Leituras Selecionadas
H. Stanley, Microwave experiments at school, Science in School, 12, 30-33, 2009.
K. W. Whitten, K.D. Gailey, R. E. Davis, General Chemistry, 4th Ed., Saunders College
Publishing, 180-183, 1992.
Investigação
1. Justifique a diferença entre o valor experimental obtido e o valor de refe-
rência.
≈ 91 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
4.3. C
aracterização de propriedades físico-químicas
de substâncias com uso quotidiano
Competências conceptuais:
· S
olubilidade em água e em solventes orgânicos e sua relação com a natureza
química dos compostos (compostos iónicos/compostos moleculares).
· C
ondutividade de soluções iónicas/moleculares.
· C
onceito de densidade e determinação experimental da densidade de sólidos
e de líquidos.
· C
onceitos de ácidos e bases fortes/ácidos e bases fracos e relações de
equilíbrio químico associadas.
Competências laboratoriais:
· M
edição de volumes, distinção de material volumétrico e seleção do material
mais adequado a uma dada medição.
· P
esagens, distinção de equipamento de pesagem (balança técnica e balança
analítica) e respetiva seleção.
· C
uidados na manipulação de um condutivímetro para efeito de medidas de
condutividade.
· C
uidados na manipulação de ácidos e bases em função da concentração.
Enquadramento teórico
Nesta atividade experimental pretende-se classificar conjuntos de substâncias
químicas não identificadas, com base na comparação de resultados de observações
e testes relativos a diversas propriedades físico-químicas tais como: solubilidade em
solventes com diversas polaridades, densidade, condutividade e comportamento
ácido/base. Concluir-se-á assim, se a substância em estudo é um sal, um composto
≈ 92 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
A substância ácida ou básica identificada em cada conjunto poderá ser alvo de estudo
posterior por análise volumétrica, designadamente titulação ácido-base. Pretende-se
com este estudo aplicar os conceitos de equilíbrio químico ácido-base e realizar os
cálculos associados para efeitos de análise quantitativa.
· T
este 1: Observação do aspeto físico das substâncias químicas em estudo
Deverá ser registado em tabela o aspeto físico de cada uma das substâncias em estudo.
· T
este 2: Solubilidade em água e em solventes orgânicos
≈ 93 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
· T
este 3: Condutividade de soluções
A corrente elétrica representa a transferência de carga que pode ser conduzida através
de eletrólitos puros ou em solução, ou ainda em metais. No último caso falamos em
condução metálica.
Ao aplicar uma diferença de potencial entre dois elétrodos inertes de platina (de área
bem definida) mergulhados numa solução eletrolítica, deteta-se uma resistência à
passagem de corrente entre os elétrodos que é traduzida pela expressão:
RAB
Rcélula = RR
RBC
Figura 4.12 – Diagrama de uma ponte de Wheatstone. (Fonte: M.L.S. Simões Gonçalves,
Métodos Instrumentais para a Análise de Soluções, Análise Quantitativa, 4ª Ed.,
Fundação Calouste Gulbenkian, 615-620, 2001.)
≈ 94 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
A água pura apresenta uma elevada resistência ao fluxo de eletricidade, uma vez que
a concentração iónica de iões H+ e OH- resultante da sua autoionização é muito baixa
(1,0 × 10-7 M a 25 oC). A resistência elétrica da água pode ser diminuída por dissolução
de compostos iónicos. Os iões servem de meio de condução para o fluxo de eletrões
através da solução.
A grandeza dos valores de condutividade obtidos por dissolução dos diferentes tipos
de compostos (eletrólitos fortes, eletrólitos fracos e substâncias moleculares) em água
permite diferenciar entre substâncias iónicas (mais ou menos solúveis) e substâncias
moleculares.
· T
este 4: Determinação experimental da densidade de sólidos e de líquidos
· T
este 5: Identificação de propriedades de ácido ou de base
HA ⇌ A– + H+
HA + H2O ⇌ A– + H3O+
há uma espécie química (HA) que cede um protão quando a reação química procede no
sentido direto (da esquerda para a direita) e há uma espécie química (A-) que recebe
o protão quando a reação ocorre no sentido inverso (da direita para a esquerda).
≈ 95 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Os ácidos reagem com as bases para formar água e compostos iónicos (sais) que em
solução aquosa se encontram dissociados.
HA + B+OH– → B+ + A– + H2O
A evidência de uma reação ácido-base pode ser observada por dissolução do sólido
(ácido ou base), produção de bolhas de um gás ou libertação de calor8.
Os ácidos e as bases são substâncias corrosivas e por isso não devem entrar em
contacto com as mucosas e com a pele.
· 4
0 minutos para realização dos testes de solubilidade e leitura da condutividade
das soluções resultantes.
· 4
0 minutos para a determinação dos valores de densidade dos materiais.
· 3
0 minutos para realização do teste de comportamento ácido-base.
8
ma substância neutra pode, ou não, reagir com um ácido ou com uma base. Existem também substâncias que apresentam
U
simultaneamente propriedades ácidas e básicas e designam-se por anfotéricas.
≈ 96 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Materiais e reagentes:
· P
ipeta volumétrica de 10 mL
· G
obelés de 25 mL e 50 mL
· V
idros de relógio
· F
unil
· P
ompete
· E
spátula
· B
ureta de 25 mL (tolerância ≤ 0,1 mL)
· S
uporte universal
· P
inça
· P
laca de agitação magnética
· M
agnete
· P
ipeta Pasteur
· Á
gua desionizada, etanol, acetona, hexano, solução de hidróxido de sódio a 5 %
e solução de ácido clorídrico 5 %, indicador universal ácido-base.
Equipamento:
· C
ondutivímetro
· B
alança analítica
· B
alança técnica
≈ 97 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Etanol F 1 1 3
Acetona Xi, F 2 1 3
Hexano Xn, F, N 2 3 3
Fertilizante agrícola
- 1 1 1
(princípio ativo: KH2PO4)
Fertilizante agrícola
- 1 1 1
(princípio ativo: Ca(NO3)2)
≈ 98 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Procedimento experimental
Teste 1: Observação do aspeto físico das substâncias químicas em estudo
Deverá ser registado em tabela o aspeto físico de cada uma das substâncias
em estudo.
Para cada uma das substâncias que apresentaram solubilidade total, ou parcial,
em água proceda à leitura da condutividade da solução resultante usando um
condutivímetro de acordo com o seguinte procedimento:
5) Entre cada amostra lavar a célula com água desionizada até obter o valor
inicial.
≈ 99 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
9
ara que o escoamento seja total a ponta da pipeta deve ser ajustada à parede do gobelé. As leituras de massa devem
P
ser feitas com as portas da balança fechadas.
≈ 100 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Substância 1
Substância 2
Substância 3
Substância 4
Substância 5
Tabela de
Água Etanol Acetona Hexano
solubilidade
Substância 1
Substância 2
Substância 3
Substância 4
Substância 5
≈ 101 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Condutividade/µS
Sólido
Água Etanol Acetona Hexano
metálico
Massa (g)
Volume (mL)
Temperatura (oC)
Densidade (g/mL)
Cor
pH
Adição de NaOH a 5 %
Adição de HCl a 5 %
T
endo em atenção os resultados registados proceda à respetiva inter-
pretação com a identificação das substâncias de 1 a 5, tendo em atenção
a lista de possibilidades disponibilizada pelo professor.
≈ 102 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Investigação
1.
Selecione duas das substâncias analisadas e represente as respetivas
estruturas químicas.
3.
Identifique as forças intermoleculares responsáveis pela organização da
matéria antes e após dissolução.
4.
Identifique a presença de metais nos compostos estudados e refira a sua
importância nos processos fisiológicos dos organismos vivos.
Leituras Selecionadas
D. N. Boehnke, R.D. Delumyea, Laboratory Experiments in Environimental Chemistry,
Prentice-Hall, Inc, 81- 89, 2000.
K. W. Whitten, K.D. Gailey, R. E. Davis, General Chemistry, 4th Ed., Saunders College
Publishing, Cap. 4, 1992.
≈ 103 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Competências conceptuais:
· I ntrodução ao estudo da ligação química: escrita de Lewis e teoria de RPECV,
ligação molecular covalente, ligação iónica e geometria molecular.
· M
omentos dipolares e polaridade das moléculas.
· A
plicação aos compostos de carbono, reconhecimento de grupos funcionais.
· C
onstrução e visualização tridimensional das moléculas por manipulação de
kits de modelos moleculares e software computacional de uso aberto.
· R
econhecimento de compostos orgânicos na natureza e sua relação com os
sistemas fisiológicos humanos, designadamente o olfato.
Enquadramento teórico
Podemos descrever aproximadamente a ligação entre dois átomos como o
resultado da atração recíproca entre os eletrões de valência de um átomo e a carga
nuclear efetiva10 do outro. O número de eletrões de valência determina quantas liga-
ções um átomo pode formar e a forma das moléculas resultantes. Para que a atração
entre os dois átomos seja forte é necessário que existam orbitais atómicas de valência
desocupadas ou parcialmente preenchidas. Geralmente, o número de pares de eletrões
ligados resulta no completo preenchimento das orbitais de valência dos átomos
ligados (por exemplo: o átomo de carbono tem a camada de valência semipreenchida,
o que implica poder formar o máximo de quatro ligações).
A regra do octeto estabelece que cada átomo tende a partilhar oito eletrões, adqui-
rindo a configuração de gás nobre com todas as orbitais s e p de valência preenchidas
para os elementos do segundo período da Tabela Periódica. O átomo de hidrogénio,
por possuir apenas a orbital 1s semipreenchida não obedece à regra do octeto, bem
como os elementos do 3º período que podem por vezes partilhar mais de oito eletrões
usando, para isso, as orbitais 3d vagas.
10
os átomos polieletrónicos, a carga nuclear efetiva é sempre menor que a carga nuclear total, pois a carga negativa dos
N
eletrões nas camadas interiores neutraliza, ou "blinda", parcialmente a carga positiva do núcleo. Os eletrões interiores
blindam parcialmente o efeito de atração do núcleo sobre os eletrões mais exteriores, assim, os exteriores "sentem" só
uma fração da carga nuclear total.
≈ 104 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
A forma ou geometria das moléculas pode ser inferida a partir do modelo de Repulsão
dos Pares Eletrónicos da Camada de Valência (RPECV) que procura explicar o arranjo
geométrico dos pares eletrónicos em torno de um átomo central em função da minimi-
zação das repulsões entre esses pares de eletrões. Os pares de eletrões ligantes e
os pares de eletrões isolados distribuem-se em torno do átomo central de forma a
equilibrar as forças de atração e de repulsão que se estabelecem entre os eletrões que
preenchem as orbitais de valência do átomo central. A magnitude das interações de
repulsão é por ordem decrescente a seguinte: par isolado − par isolado > par isolado −
par ligante > par ligante − par ligante.
Cada geometria molecular tem um nome específico baseado no arranjo dos átomos
ligados ao átomo central e eventuais pares isolados associados ao átomo central.
No caso do etileno, C2H4, verifica-se que a geometria resultante deixa de ser tetraé-
drica para cada um dos átomos de carbono e passa a ser planar. Este facto compreen-
de-se se pensarmos na hibridação de uma orbital 2s com duas orbitais 2p forman-
do-se três orbitais sp2 degeneradas, não sendo afetada pela hibridação uma das
≈ 105 ≈
para cada um dos átomos de carbono e passa a ser planar. Este facto compreende-se se
pensarmos na hibridação de uma orbital 2s com duas orbitais 2p formando-se três orbitais
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
sp2 degeneradas, não sendo afetada pela hibridação uma das orbitais 2p, ver Figura 4.13
b). Formam-se assim duas ligações simples C - H e uma ligação C - C com ângulos de 120o
orbitais 2p, ver Figura 4.13 b). Formam-se assim duas ligações simples C − H e uma
entreCsi−(geometria
ligação triangular
C com ângulos de 120plana).
o
entreCada uma das orbitais
si (geometria 2p plana).
triangular não hibridadas
Cada uma dos dois
das
orbitais
átomos2pdenão hibridadas
carbono dos doislateralmente
vão coalescer átomos de dando
carbono vão coalescer
origem lateralmente
a uma ligação p. Entre os
dando
dois origem
átomos adeuma ligação
carbono π. Entre os dois
estabelece-se assimátomos de carbono
uma ligação estabelece-se
dupla formada por umaassim
ligação
uma ligação dupla formada por uma ligação σ e por uma ligação π.
s e por uma ligação p.
Hibridação sp3
a) 2p 2p
Energia
2s 2s
Hibridação sp2
b) 2p 2p 2p
Energia
Excitação Hibridação
sp2
2s 2s
sp3 sp
c) sp3
sp2
Figura 4.13 - a) Esquema da hibridação sp3. b) Esquema da hibridação sp2. c) Exemplo de uma molécula com
Figura 4.13 - a) Esquema da hibridação sp3. b) Esquema da hibridação sp2.
a localizaçãoc)
das diferentes
Exemplo de hibridações.
uma molécula (Adaptado de D. Klein,das
com a localização Organic Chemistry,
diferentes 3th Ed., Jonh Wiley & Sons,
hibridações.
(Adaptado de D. Klein, Organic Chemistry, 3rd Ed., Jonh Wiley & Sons, Cap. 1, 2017.)
Cap. 1, 2017.)
106
Raciocínio idêntico pode ser feito para as ligações triplas, C ≡ C, imaginando uma hibri-
dação sp, que dá origem a uma ligação simples σ e à coalescência de duas orbitais 2p
≈ 106 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
de cada átomo de carbono com formação de duas ligações π. Entre os dois átomos de
carbono estabelece-se assim uma ligação tripla formada por uma ligação σ e por duas
ligações π, dando origem a uma geometria linear. Na Figura 4.13 c) é apresentado um
exemplo de uma molécula com a indicação das diferentes hibridações presentes.
Sem pares
eletrónicos Tetraédrica
isolados
Angular
Com um par
eletrónico
isolado
Arranjo trigonal
sp2 plana dos pares Sem pares
eletrónicos Trigonal
eletrónicos
plana
isolado
Arranjo linear
sp dos pares Linear
eletrónicos
11
letronegatividade é uma medida relativa da força de atração que um átomo exerce sobre os eletrões na formação de uma
E
ligação química com outro elemento.
≈ 107 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Figura 4.15 - Esquema do momento dipolar de uma molécula. (Adaptado de D. Klein, Organic Chemistry, 3th
Ed., Jonh Wiley & Sons,Figura
Cap. 1,4.15
2017.)
- Esquema do momento dipolar de uma molécula.
(Adaptado de D. Klein, Organic Chemistry, 3rd Ed., Jonh Wiley & Sons, Cap. 1, 2017.)
108
≈ 108 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Hidrocarbonetos
Acíclicos ou de Cíclicos
cadeia aberta ou de cadeia
ou Alifáticos fechada
R — OH Hidroxilo Mentol
Formilo/Carbonilo Benzaldeído
Cetona Diacetil
Vinilo Cinemaldeído
Alilo Eugenol
≈ 109 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
O odor dos compostos orgânicos é muito diverso e existem várias moléculas orgâni-
cas que cheiram muito bem. Os grupos funcionais das moléculas das fragâncias
podem ser relacionados com odores característicos. Os cheiros de alguns compostos,
entre os quais estão incluídos os álcoois n-alifáticos, variam entre o herbal, rosa e
laranja; em contraste com outros compostos, como os ácidos n-alifáticos, que cheiram
a gordura, azedo, rançoso ou doce. Diferenças subtis na composição química levam
a distintos cheiros. Por exemplo a mudança do grupo aldeído da vanilina (baunilha)
por um grupo alilo dá o eugenol, a fragância do cravinho da índia. A adição de um grupo
funcional vinilo ao benzaldeído dá o cinemaldeído, alterando o cheiro a amêndoa
amarga para cheiro a canela.
Para que um cheiro seja percetível aos nossos narizes as moléculas aromáticas
têm de ser lipofílicas, pequenas (massa molar inferior a 300 g/mol) e voláteis.
As moléculas das fragâncias escapam do fluido onde se encontram, ou até do estado
sólido para o ar, podendo ser dissolvidas nas mucosas, ligando-se aos recetores
olfativos que estão presentes no plasma da membrana das células olfativas, que,
por sua vez enviam os impulsos nervosos para o nosso cérebro, que aprende a associar
o cheiro com a substância original. Estima-se que seremos capazes de recordar cerca
de 1000 odores e distingui-los dentro de uma ordem de grandeza dependendo da
nossa idade, experiência e sensibilidade natural.
·6
0 minutos construção das moléculas identificadas usando modelos mole-
culares.
Materiais e reagentes:
· Tubos com tampa de 15 mL (ex: tubos falcon)
· Papel de filtro
≈ 110 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
· S
ubstâncias ativas (Anexo I): Benzaldeído, Cinamaldeído, Vanilina, Eugenol,
Carvacrol, Timol, Mentol, S-Limoneno, R-Limoneno, Ácido butírico, Diacetil e
Amoníaco.
· A
mostras: Manteiga, Leite azedo, Casca de laranja ou limão, Pequenos galhos
de pinheiro, Hortelã, Tomilho, Cravinho da índia, Oregão, Vagem de baunilha,
Canela, Licor de amêndoa amarga e Detergente amoniacal.
Benzaldeído Xn 2 1 2
Timol C,T,N 3 2 2
Mentol Xi 2 n.d. 1
R-Limoneno F,N 2 1 1
Amoníaco C,N 3 3 3
≈ 111 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Procedimento experimental
O trabalho deve ser realizado num espaço ventilado. Os alunos devem ter mãos limpas
e não usar nenhum perfume. Fazer um minuto de pausa entre os ensaios para evitar a
dessensibilização das células olfativas. Os tubos devem ser fechados imediatamente
após o teste.
Fazendo uso da regra indicada na tabela 1.4 do Capitulo 1 deste guia (Nunca cheire
diretamente um produto químico. Quando instruído a cheirar algo, use a mão para lançar vapores
em direção ao rosto e cheirar suavemente.) siga o procedimento abaixo indicado.
≈ 112 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Tabela 1
≈ 113 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Tabela 2
Geometria molecular
Substância Representação
Hibridações
ativa da molécula
Atribuição/localização
≈ 114 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Investigação
1.
Reconhecer nas estruturas químicas das substâncias ativas identificadas
pequenas modificações (ex: extensão da cadeia carbonada, substituição
de grupos funcionais, alteração da posição do grupo funcional, perda da
aromaticidade e isomeria ótica) que resultem em alterações nos cheiros.
2.
As plantas absorvem radiação solar, dióxido de carbono, água e sais mine-
rais para produzir biomassa, libertando oxigénio (processo de fotossíntese).
Represente as estruturas de Lewis, as geometrias moleculares e hibrida-
ções das moléculas de dióxido de carbono e água.
4.
Descobertas pioneiras no campo do sentido do olfato foram objeto de
Prémio Nobel da Medicina ou Fisiologia em 2004 (Richard Axel e Linda B.
Buck). Fazer uma breve investigação sobre as descobertas realizadas.
Leituras Selecionadas
A. Börsch-Haubold, Small molecules make scents, Science in School, 6, 69-74, 2007.
D. Klein, Organic Chemistry, 3rd Ed., Jonh Wiley & Sons, Cap. 1, 2017.
J. Crowe, T. Bradshaw, Chemistry for the Biosciences: The Essential Concepts, 3rd Ed.,
Oxford University Press, Cap. 8, 2014.
https://cen.acs.org/business/consumer-products/Periodic-Graphics-Combating-
underarm-odor/98/i36 (Acedido em janeiro de 2021).
≈ 115 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Anexo I
Benzaldeído Mentol
Cinamaldeído S-Limoneno
Vanilina R-Limoneno
Carvacrol Diacetil
Timol
≈ 116 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Anexo II
Sofware “Avogadro”
3) Clicar na janela Draw Tool , selecionar Ball and Stick e desativar a opção
Adjust Hydrogens.
9) Clicar na janela Navigation Tool manipular a molécula para ter uma ima-
gem que melhor exiba a geometria da molécula.
10) No menu principal selecionar as opções File → Export → Graphics e gravar o
ficheiro construido.
≈ 117 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 118 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Competências conceptuais:
·C
onceitos de equilíbrio de fases e de transição de fase.
·C
onceitos de ponto de ebulição e de entalpia (ou calor) de vaporização.
·A
plicação de propriedades coligativas das soluções: elevação ebulioscópica
(conceito de constante ebulioscópica do solvente, Ke , e unidades em que pode
ser expressa).
·A
plicação de diferentes unidades de energia.
·C
oncentração de soluções (molalidade, fração molar e densidade).
·R
epresentação gráfica de resultados experimentais (temperatura vs. tempo)
e sua interpretação cinético molecular.
Competências laboratoriais:
· I dentificação e cuidados no manuseamento de material de medição volu-
métrica.
·P
reparação de uma solução a partir de um sólido.
·M
edições e registo de leituras experimentais.
·C
onstrução de curva de temperatura/tempo, utilizando ferramentas digitais,
e determinação do declive associado ao intervalo de leituras com compor-
tamento linear.
·A
nálise comparativa de resultados usando como base valores de referência.
≈ 119 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Enquadramento teórico
As moléculas de um líquido estão em movimento constante e não numa rede
rígida. A cada temperatura existe sempre energia suficiente para que uma deter-
minada quantidade de moléculas passe do estado líquido ao gasoso (processo de
vaporização). Assim, a pressão de vapor de um líquido (ou de um sólido) pode ser
representada, como função da temperatura, num diagrama que permite identificar os
equilíbrios que se estabelecem entre as diferentes fases. As linhas representadas num
diagrama de fases correspondem aos valores de pressão/temperatura em que duas
fases coexistem. Na Figura 4.17 está representado esquematicamente o diagrama
de fases para a água pura:
O ponto de ebulição – Teb – de uma dada espécie é a temperatura para a qual a pressão
de vapor do líquido em qualquer ponto está em equilíbrio com a pressão exterior.
A transição de fase do estado líquido para o estado gasoso é definida pelo ponto
de ebulição para o valor de pressão ao qual o líquido se encontra, por isso a tempe-
ratura de ebulição da água é diferente no topo ou na base de uma montanha. Quando
é medido à pressão de 1 atm, designa-se por temperatura de ebulição normal.
≈ 120 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
∆Hvap 1
In P = �– � � � + Constante
R T
q = c × m × ⎜Tf – Ti ⎜
Para aplicar a segunda expressão podemos usar uma fonte de calor para elevar a
temperatura de uma certa quantidade de água até à temperatura de ebulição e depois
deixar ferver durante um certo tempo.
Com os dados obtidos podemos determinar a quantidade de calor cedida pela placa por
unidade de tempo, medindo o aumento de temperatura da água em função do tempo:
q/∆t = c × m × ⎜∆T/∆t ⎜.
Calculada a quantidade de calor absorvida pela água por unidade de tempo, bem como
o tempo usado para evaporar um determinado volume de água, podemos calcular
a quantidade de calor absorvida na transição de fase de 1 mole da substância do
estado líquido ao estado gasoso. Este valor é quantitativamente igual a ∆Hvap (∆Hsist =
quantidade de calor absorvido ou libertado pelo sistema a pressão constante).
Se em vez de termos uma substância pura como a água desionizada tivermos uma
solução aquosa com um ou mais solutos dissolvidos (caso do soro fisiológico ou da
água do mar), as propriedades características do solvente, tais como pontos de fusão
e de ebulição, entalpias de transição de fase, dissolução de gases e outras, sofrem
alterações mais ou menos significativas consoante a concentração do(s) soluto(s)
dissolvido(s) (ver Figura 4.18).
≈ 121 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Figura 4.18 – Diagrama de fases da água pura (linha a cheio) e de uma solução aquosa contendo
um soluto não volátil (linha a tracejado).
∆T = K × m × i
≈ 122 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
R × T e2 × M
Ke = (K · mol–1 · kg)
∆Hvap
·4
0 minutos para registo de curva de aquecimento e período de ebulição.
·2
0 minutos para preparação da solução de NaCl.
·4
0 minutos para registo de temperatura de ebulição da solução salina.
Materiais e reagentes:
·P
ipetas graduadas de 1 mL e 25 mL
·P
ompete
·E
spátula
·G
obelés de 250 mL (forma estreita)
·S
uporte universal
·G
arras
·T
ermómetro (até pelo menos 120 oC)
·M
agnete
·Á
gua desionizada
·N
aCl (s) comercial
≈ 123 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Equipamento:
·P
laca de aquecimento com agitação
·B
alança de precisão (±0,01 g).
Procedimento experimental:
12
Durante a experiência não altere a posição do gobelé.
≈ 124 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
B–D
eterminação da concentração de uma solução através da variação do ponto
de ebulição (elevação ebulioscópica)
Nota: Após cada uma das experiências a remoção dos gobelés da placa de
aquecimento deve ser feita com muito cuidado para não se queimar.
13
esta experiência, a função da pipeta graduada é permitir a leitura tão rigorosa quanto possível do nível da água no
N
gobelé.
14
água a adicionar deve estar a uma temperatura próxima dos 60 oC, para minimizar o erro de volume associado
A
à variação de temperatura (usar pompete para medir a água).
15
Durante a experiência não altere a posição do gobelé.
≈ 125 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Registo de dados
≈ 126 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
5. Sabido
5. Sabido o número
o número de moles
de moles de água
de água vaporizada (nvap()nvap
vaporizada e )aequantidade
a quantidade
dedecalor
calor
recebida
recebida naquele
naquele intervalo
intervalo de tempo
de tempo q) determine
(q) (determine a quantidade
a quantidade dedecalor
calor
necessária para vaporizar uma mole.
necessária para vaporizar uma mole.
¨
∆®¥&ã = ° · }IM `3
[¥&ã
127
≈ 127 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Registo de dados
≈ 128 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Leituras Selecionadas
R. Chang, K. A. Goldsby, Química, 11ª Ed., McGraw-Hill, 239-249 e 538-540, 2013.
R. Chang, Physical Chemistry for the Biosciences, 1st Ed., University Science Books,
Caps. 3 e 5, 2005.
Investigação
1.
Justificar a variação da temperatura de ebulição entre o solvente puro e a
solução salina.
3.
É expectável observar alguma variação na temperatura de ebulição da
água do mar relativamente à água pura? Em caso afirmativo qual o valor
de ∆Te que esperaria observar.
4.
Se a experiência A realizada no laboratório de química da sua Faculdade
fosse realizada em La Paz (Bolívia) ou nas margens do mar morto, quais
seriam as variações observadas na temperatura de ebulição da água pura?
≈ 129 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Competências conceptuais:
·R
elação entre a velocidade de uma reação química e as velocidades de consumo
dos reagentes e/ou de formação dos produtos.
·L
ei cinética de reação, constante de velocidade e ordem de reação.
·U
nidades da constante de velocidade de reação.
·M
étodo da lei integrada de velocidades para ordem zero, um e dois e sua repre-
sentação gráfica.
·A
cor como expressão de interação radiação-matéria: espetros de absorção
molecular UV-Vis.
·A
lei de Lambert-Beer e sua relação com a concentração de uma substância em
solução.
Competências laboratoriais:
· I dentificação e cuidados no manuseamento de material de medição volumé-
trica.
·P
reparação de soluções a partir de um sólido e de um líquido.
·R
econhecimento e cuidados na manipulação do espectrofotómetro.
·C
ontrole de tempo reacional.
·M
edições e registo de leituras experimentais.
·C
onstrução de curva de sinal instrumental/tempo, utilizando ferramentas
digitais. Identificação de comportamento linear e determinação do declive
associado ao intervalo de leituras com comportamento linear.
≈ 130 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Enquadramento
Enquadramento teórico
teórico
Enquadramento teórico
Enquadramento teórico
Enquadramento teórico
A
A cinética
cinética química
química éé o o estudo
estudo da da velocidade
velocidade das das reações
reações químicas,
químicas, ou ou seja,
seja, aa velocidade
velocidade
AA cinética
cinética química
química éé oo estudo da
estudo da velocidade das
velocidade das reações
reações químicas,
químicas, ou
ou seja,
seja, aa velocidade
velocidade
com
com que
que aa composição
A cinética química é oquímica
composição estudo de
química da um
de sistema
velocidade
um sistema das éé alterada
reações
alterada no tempo.
noquímicas,
tempo. ou seja, a velocidade
comque
com queaacomposição
composiçãoquímica químicadedeum umsistema
sistema é alterada
é alterada nono tempo.
tempo.
com que a composição química de um sistema é alterada no tempo.
Para
Para uma reação química hipotética,
Parauma umareação
reaçãoquímica químicahipotética,
hipotética,
Para uma reação química hipotética,
Para uma reação química hipotética,
aA bB ®
aA ++ bB ® cC cC ++ dD dD
aA + bB ® cC + dD
aA + bB ® cC + dD
define-se aa velocidade
define-se velocidade de de reação
reação como como
define-sea avelocidade
define-se velocidade dede reação
reação como
como
define-se a velocidade de reação como
1
1 é[o]
é[o] = − 1 1 é[q]
é[q] = + 1 1 é[d]
é[d] = + 1 1 é[∏]
é[∏]
Y
Y= =− −J 1 é[o] = − 1 é[q] = + 1 é[d] = + 1 é[∏]
éO K éO ç éO é éO
Y = − J1 éO é[o]= − K1 éO é[q]= + ç1 éO é[d]= + é1 é[∏] éO
Y = −J éO = −K éO = +ç éO = +é éO
)[π] J éO K éO ç éO é éO
Onde
Onde )[π]
)[π] representa a variação da concentração de cada espécie no tempo e é chamada
), representa a variação da concentração de cada espécie no tempo e é chamada
Onde ), )[π]representa a variação da concentração de cada espécie no tempo e é chamada
Onde ),), da
Onde
velocidade representa
representa a variação
a variação da concentração
da concentração de cada de espécie
cada espécie no tempo no etempo
é chamadae é
velocidade da reação
reação em em ordem
ordem àà espécie
espécie X. X. AA velocidade
velocidade da da reação
reação pode pode igualmente
igualmente ser ser
velocidade
chamada da reação em
velocidade da ordem
reação àemespécie
ordem X. Aà velocidade
espécie X. da
A reação podeda
velocidade igualmente
reação ser
pode
dada
dada pelo
pelo produto
velocidade da reaçãode
produto deemuma ordem
uma constante
à espéciecinética
constante X. A velocidade
cinética kk pela
pela daconcentração
reação podedos
concentração reagentes
igualmente
dos reagentes ser
igualmente
dada ser dadade
pelo produto peloumaproduto de uma
constante constante
cinética k pelacinética k pela concentração
concentração dos reagentes dos
envolvidos,
dada pelo produto de uma constante cinética k pela concentração dos reagentes
envolvidos,
reagentes envolvidos,
envolvidos,
envolvidos, Q Ü
Y
Y= =m m [[o
o]] Q [[q q ]]Ü
Y = m [o] Q [Qq ]Ü Ü
Y = m [o] [q ]
AAesta
A esta expressão
estaexpressão
expressão chama-se
chama-se
chama-se Lei da
Lei da velocidade
Leivelocidade
da velocidade de reação.
de reação.
de reação.Aos parâmetros
Aos parâmetros
Aos parâmetros xx ee yy dá-se
dá-se
x e yoo dá-se
nome
nome
A esta expressão chama-se Lei da velocidade de reação. Aos parâmetros x e y dá-se o nome
de
de ordem
oAnome
ordem parcial
deparcial
ordem
esta expressão da
da reaçãoda
parcial
chama-se
reação relativamente
Leireação
relativamente aa AAde
relativamente
da velocidade ee B Breação.
ee ààasoma
soma
A Aos (x+y)
e B(x+y)
e à soma
parâmetrosordem
ordem global
(x+y)
x e yordem
global da reação.
dá-se
da reação.
oglobal
nome
de ordem parcial da reação relativamente a A e B e à soma (x+y) ordem global da reação.
Ada
A de reação.
ordem
ordem
ordem
A ordem
parcial
parcial
parcial deda
de
parcial
reação
reação
reação
de reação
relativa aa um
relativamente
relativa
relativa
um dado
dado e aB um
reagente
a Areagente dado
e à soma reagente
expressa
(x+y)
expressa aa ordem
forma
forma
expressa
como
globalaada
como
a reação.
forma
variação
variação
Acomo
ordem parcial dedareação
a variação relativa adaquele
concentração um dadoreagentereagenteafeta expressa a forma como
a velocidade a variação
de reação.
daA concentração
da concentração
ordem parcialdaquele daquele
de reação reagente afeta
relativaafeta
reagente a umaadado
velocidade
reagente
velocidade de reação.
de reação.
expressa a forma como a variação
da concentração
Odacoeficiente
coeficiente k, daquele
que reagente afetadaa velocidade
éé característico de reação.é chamado constante de
O
O concentração
coeficiente k,
k, que
daquele
que característico
reagente afeta
é característico da areação
da reação
velocidade
reação
em
em estudo,
em estudo,
de reação.
estudo, éé chamado
chamado constante constante de de
O coeficienteÉ independente
velocidade. k, que é característico da reação das
das concentrações em espécies
estudo, éparticipantes
chamado constante na reação, de
velocidade.
O coeficiente
velocidade. ÉÉ independente
independente das concentrações
k, que é característico
das concentrações
da reação das espécies
das espécies
em estudo, participantes
é chamado
participantes na constante
na reação, mas
reação, mas de
mas depende
velocidade. da temperatura.
É independente Assume unidades
das concentrações que dependem
das espécies participantes da ordem na reação,globalmasda
depende
velocidade.
depende da temperatura.
da temperatura.
É independente Assume unidades que
das concentrações
Assume unidades que dependem
das espécies
dependem daparticipantes
da ordem global
ordem globalna dareação,
da reação.mas
reação.
reação.
depende da temperatura. Assume unidades que dependem da ordem global da reação.
Adepende
A lei de
lei de velocidade,
velocidade,
da temperatura. para uma
para umaAssumedadaunidades
dada reação química,
reação química,
que dependem éé determinada
determinada
da ordem experimentalmente.
global da reação.
experimentalmente.
A lei de velocidade, para uma dada reação química,
A lei de velocidade, para uma dada reação química, é determinada experimentalmente. é determinada experimental-
Existem
A
Existemlei de diversos
velocidade,
diversos métodosmétodospara para
uma a sua
dada determinação.
reação química, Os
é mais comuns
determinada são o método
método do
experimentalmente. do
mente. Existem diversos para métodos a suaparadeterminação.
a sua determinação. Os mais comuns Os mais sãocomunso são o
Existem diversos métodos para a sua determinação. Os mais comuns são o método do
isolamento,
Existemdo
método
isolamento, o método
diversos método
isolamento,
o das
métodos
das velocidades
para adas
o método
velocidades iniciais
suavelocidades
iniciais ee o
determinação. o método
método da
Os da
iniciais maislei
e olei integrada
comuns
método
integrada dasão daintegrada
lei
da velocidade.
ovelocidade.
métododa do
isolamento, o método das velocidades iniciais e o método da lei integrada da velocidade.
AAvelocidade.
aplicação de
isolamento,
aplicação de cada
Aocada
método um destes
aplicação
um destes
de cada
das métodos
um destes
velocidades
métodos procura métodos
iniciais
procura obter
eobter
o método uma
uma lei
procura matemática
obter
damatemática
lei lei uma que
integrada que
leida represente
matemática
velocidade.
represente
Aqueaplicação de cada
represente a um destesda
variação métodos procura obter
concentração dos uma lei matemática
reagentes ao longo quedo represente
tempo
aaAvariação
variação
aplicação dade
da concentração
cada
concentraçãoum destes dos métodos
dos reagentes
reagentes ao longo
procura
ao longo obter do
do tempo
uma
tempo de
lei de forma
matemática
forma aa calcular
calcular
que querde
represente
quer aa
aforma
variaçãoa calcular quer a ordem
da concentração de reação ao
dos reagentes delongocada um dos reagentes
do tempo de formaquer a constante
a calcular quer a
ordem de reação
a variação
ordem de reação de cada
cada um
da concentração
de umdos dosreagentes
dos reagentesao
reagentes quer
quer longoa constante
a constante
do tempode de develocidade
forma a calcular
velocidade de reação.
de reação.
querAAa
de velocidade de reação. A variação da concentração
ordem de reação de cada um dos reagentes quer a constante de velocidade de reação. A em função do tempo pode ser
variação
ordem de
variação
seguida da
da concentração
reação demedição
concentração
através da cadaem em função
umfunção
dosuma
de dopropriedade
do tempo
reagentes
tempo quer pode
pode ser seguida
seguida
a constante
ser
macroscópica através
de através
velocidade
que seja da medição
da medição
de reação.
alterada de
aoA
de
variação da concentração em função do tempo pode ser seguida através da medição de
uma
longo
uma propriedade
variação da concentração
do tempo
propriedade macroscópica
e que possa
macroscópica em ser que
função seja
relacionada
que seja alterada
do tempo compode
alterada ao
a ao longo
concentração
longo do tempo
ser seguida
do tempo
deatravés ee que
produtos que possa ser
da medição
formados
possa serde
uma
ou propriedade
reagentes macroscópica
consumidos que seja de
(ex: absorção alterada
radiação ao eletromagnética).
longo do tempo e que possa ser
relacionada
uma
relacionadapropriedadecom
com aa macroscópica
concentração
concentração de produtos
que
de produtos
seja alterada formados
formados ao longoou reagentes
ou reagentes
do tempoconsumidos consumidos
e que possa(ex: (ex:
ser
relacionada com a concentração de produtos formados ou reagentes consumidos (ex:
absorção
relacionada
absorção de radiação
de radiação eletromagnética).
com a concentração
eletromagnética). de produtos formados ou reagentes consumidos (ex:
absorção de radiação eletromagnética). 131
absorção de radiação eletromagnética). 131
131
≈ 131 ≈ 131
No
No método
Nométodo
métododo do isolamento,
doisolamento,
isolamento,todos todos
todosos os reagentes
reagentesàààexceção
osreagentes exceção
exceçãode de
deumum estão
umestão presentes
estãopresentes
presentesem em largo
emlargo
largo
Nodemétodo
Guia laboratório do isolamento,
dirigido todosnasos
ao ensino da química reagentes
áreas das CIÊNCIASà BIOLÓGICAS
exceção de um estão
e CIÊNCIAS presentes em largo
DA SAÚDE
excesso.Assim,
excesso.
excesso. Assim,aaaconcentração
Assim, concentraçãodos
concentração dosreagentes
dos reagentesem
reagentes emexcesso
em excessopraticamente
excesso praticamentenão
praticamente nãovaria
não variaao
varia aolongo
ao longo
longo
excesso. Assim, a concentração dos reagentes em
No método do isolamento, todos os reagentes à exceção de um estão presentes em largo excesso praticamente não varia ao longo
dotempo,
do
do tempo,podendo
tempo, podendoconsiderar-se
podendo considerar-seconstante.
considerar-se constante.Este
constante. Esteprocedimento
Este procedimentoexperimental
procedimento experimentalpermite
experimental permite
permite
Nodométodo
tempo,
excesso. Assim,podendo
do aisolamento, considerar-se
concentração todos
dos os constante.
reagentes
reagentes emEste procedimento
à exceção
excesso experimental
de um estão
praticamente varia aopermite
nãopresentes em
longo
seguir
seguir
seguir aa variação
variação
a variação da
da concentração
concentração
da concentração do
do
do dos reagente
reagente
reagente minoritário
minoritário
minoritário ee consequentemente
consequentemente
e consequentemente aa
largo
seguir excesso.
a variação Assim, da aconcentração
concentração do reagentes
reagente em excesso
minoritário e praticamente nãoaa
consequentemente
do tempo, podendo considerar-se constante. Este procedimento experimental permite
influência
influência
influência
varia ao longo quedo
que
que esta
esta
esta variação
variação
variação
tempo, temna
tem
tem
podendo na
na velocidadeda
velocidade
velocidade
considerar-se da da reação(ou
reação
reação
constante. (ou
(ou seja
seja
seja
Este aaasua
suaordem
sua ordemparcial),
ordem
procedimento parcial),
parcial),
experi-
influência
seguir que estadavariação
a variação tem na velocidade
concentração do reagente da minoritário
reação (ou seja a sua ordem parcial),
e consequentemente a
bemcomo
bem
mental
bem como
como determinar
determinar
permite
determinar seguiruma uma
uma constante
constante
a variação
constante dade develocidade
de velocidadeefetiva
velocidade
concentração efetiva
efetiva k‘.
k‘.
do reagente
k‘. minoritário e conse-
bem comoque
influência determinar uma constante de velocidade efetiva(ou
k‘.seja a sua ordem parcial),
quentemente
Se aesta variação
influência quetemestanavariação
velocidade tem danareaçãovelocidade da reação (ou seja a sua
SeSe aaa concentração
concentração
concentração inicial inicial do
inicial do reagente
do reagente
reagente A, A, [A]
A, [A][A]00,00,, estiver
estiver presente
estiver presente
presente em em largo
em largo excesso,
largo excesso,
excesso,
Se acomo
bem
ordem concentração
determinar
parcial), bem como inicial do reagente
uma determinar
constante deuma A,constante
velocidade [A]0, efetiva
estiver presente efetiva
k‘.
de velocidade em largo k'. excesso,
relativamenteaaaB,
relativamente
relativamente B,então:
B, então:
então:
Serelativamente a B, então:
Se aaconcentração
concentração inicialdodo
inicial reagente
reagente A,
YYY[A]
=
A, , [A]
==m′ [[estiver
0m′
m′
, estiver presente em largo excesso,
[qq]]0Ü]ÜÜÜ presente em largo excesso, relati-
q
vamente a B, então:
relativamente a B, então: Y = m′[q]Ü
m ffff =
Ymm ==m[o]m[o]ÜQQ6QQ
m[o]
= f m′[q ] 666
m = m[o]6Q
m f = m[o]6Q
OO método
método talvez
talvez mais
mais usado
usado
O método talvez mais usado é o da lei éé oo dada lei integrada
lei integrada de
integrada de velocidades
de velocidades que
velocidades que relaciona
que relaciona aaa
relaciona
O método talvez mais usado é o da lei integrada de velocidades que relaciona a
concentraçãodas
concentração
concentração dasespécies
das espéciescom
espécies comoootempo.
com tempo.Este
tempo. Estemétodo
Este métodoconsiste
método consisteem
consiste emadmitir
em admitirpreviamente
admitir previamente
previamente
O método talvez dasmais usado é o da lei integrada de velocidades que
em relaciona a concen-
Oconcentração
método talvez espécies
mais com
usado éo otempo.
da leiEste método
integrada deconsiste
velocidades admitir
que previamente
relaciona a
umaordem
uma
uma
traçãoordem
ordem paracada
para
para
das espécies cada
cada umdos
um
um
com odos
dos reagentes
reagentes
reagentes
tempo. Esteeeemétodo
integrarconsiste
integrar
integrar aaaequação
equação
equação em deadmitir
de
de velocidade
velocidade
velocidade obtida.Se
obtida.
obtida.
previamente Seuma
Se esta
esta
esta
uma ordem
concentração para cada
das um um
espécies dos reagentes
com o tempo. e integrar
Este método a equação
consistede velocidade
em admitir obtida. Se
previamente esta
ordem
equação
equaçãopara
equação se
se cada
seajustar
ajustar
ajustar dos
aos
aos
aos reagentes
dados
dados
dados e integrar
experimentais,
experimentais,
experimentais, a equação
então
então
então aaaordem
ordem
ordem de velocidade
admitida
admitida
admitida obtida.
éééaaaordem Se esta
ordemreal,
ordem real,
real, caso
caso
caso
equação
uma ordem
equação separa
se ajustar
cada
ajustar aos
umdados
aos dados experimentais,
dos reagentes e integrar
experimentais, então a ordem
a equação
então a ordem admitida
de é a ordem
velocidade
admitida éobtida.real,
a ordem caso
Se real,
esta
contrário
contrário procede-se
procede-se aa uma
uma nova
nova tentativa
tentativa testando
testando
contrário procede-se a uma nova tentativa testando outra ordem. outra
outra ordem.
ordem.
contrário
caso
equação seprocede-se
contrário aosadados
procede-se
ajustar umaanova
umatentativa
nova tentativa
experimentais, testando
entãotestandooutra ordem.
a ordem outra ordem.
admitida é a ordem real, caso
Considerando
Considerando
Considerando
contrário umareação
uma
uma
procede-se
Considerando
reação
reação do
do
a umado tipo
tipo
tipoaX
nova aX®
aX®
aX ®
tipotentativaprodutos
produtos
→produtos
testando outra ordem.
produtos
Considerando uma
uma reação do
reação do tipo aX ® produtos
Ø
ØØ Seaaa
Se
Se
Considerando reação
reação
Sreação
euma forde
for
a reação
for
reaçãode
de
forordem
ordem
detipo
ordem
do zero
zero
ordem
zero aalei
zero
aX a® lei
lei adelei
de
de velocidade
velocidade dereação
de
de velocidade
velocidade
produtos de reação
reação serádada
será
de reação
será dada
dada por: por:
por:
serápor:
dada
Ø Se a reação for de ordem zero a lei de velocidade de reação será dada por:
YYY=
Ø Se a reação for de ordem zero a lei =
de [ªª]]6]666
[[ª
=mmmvelocidade de reação será dada por:
Y = m [ª ]6
eeeaaaexpressão
expressão
expressão integrada
integrada
integrada
e a expressão destalei
desta
desta
integrada lei
lei ééédada
desta dada
dada lei por: por:
épor:
=dadam [ ªpor:
]6
e a expressão integrada desta lei é dadaY por:
[ªª]],],,,=
[[ª ==[ª] [ª]6666−
[ª] −−JmOJmO
JmO
[
e a expressão integrada desta lei é dada ,por: 6 JmO
ª ] = [ª] −
Ø
ØØ SeSeaaareação
Se reaçãofor
reação forde
for deprimeira
de primeiraordem
primeira [ordem
ordem
ª ],ordem =aaaa[ª]leide
lei
lei de
de velocidadede
velocidade
−velocidade
JmO dereação
de reaçãoserá
reação serádada
será dadapor:
dada por:
por:
Ø Se aSreação
e a reação forprimeira
for de de primeira ordem leia6 de
lei de velocidade
velocidade de de reação
reação seráserá dada
dada por:por:
3
[ªª]]3]3velocidade
Ø Se a reação for de primeira ordem YYY= mmm[[ª
a==lei de
3
de reação será dada por:
Y = m [ª ]3
e a expressão integrada desta leiéélei é dada por:
eeeaaaexpressão
expressão
expressão integrada
integrada
integrada desaktta
des
des aktta
aktta lei
lei édadadada
dada
Y = por:
por:
[ª ] 3
por:
m
e a expressão integrada des aktta lei é dada por:
M[
M[ [ªª]],],,,=
M[[[ª ==M[[ª]
M[[ª]6666−
M[[ª] −−JmO
JmO
JmO
e a expressão integrada des aktta lei [éªdada M[ ], = por: M[[ª] 6 − JmO
Ø Sreação
Seaaa e a reação
reação fordeforsegunda
de de segunda
segunda ordem leiade leivelocidade
de velocidade de reação
seráserá dada
por:por:
Ø
Ø Se
Se reação for
for de segunda [ordem
ª ], =aaaaM[[ª]
ordem
M[ordem lei
lei de
de
6−
velocidade
velocidade
JmO dereação
de
de reação
reação será
será dada
dada
dada por:
por:
Ø Se a reação for de segunda ordem lei de velocidade de reação será dada por:
YYY= ==mmm[[ª[ªª]]1]111
1
[ª]velocidade
Ø Se a reação for de segunda ordemYa=leimde de reação será dada por:
e a expressão integrada desta lei é dada por:
eeeaaaexpressão
expressãointegrada
expressão integradadesta
integrada destalei
desta leiééédada
lei dadaYpor:
dada por:
por:
= m [ ª]1
e a expressão integrada desta lei é dada 1 por: 1
= + JmO
e a expressão integrada desta lei é dada [ª], por:[ª] 6
132
132
132
132
132
Na Figura 4.19 pode ser observada a representação gráfica de cada uma das leis integradas
anteriormente apresentadas. 132
≈ 132 ≈
Na Figura 4.19 pode ser observada a representação gráfica de cada uma das leis integradas
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
anteriormente apresentadas.
0rdem zero 1ª ordem 2ª ordem
Na Figura 4.19 pode ser observada a representação gráfica de cada uma das leis
integradas anteriormente apresentadas.
declive = ak
O trabalho experimental proposto tem por objetivo estudar a cinética da reação do etanol
com o dicromato
O trabalho de potássio,
experimental em meiotem
proposto ácido,
porpara determinar
objetivo se aareação
estudar é de
cinética daordem zero,
reação do
etanol
1ª com
ou 2ª o dicromato
ordem de potássio,
relativamente em meio ácido,
à concentração para determinar
de dicromato se a reação
e determinar é de
a pseudo-
ordem zero, 1ª ou 2ª ordem relativamente à concentração de dicromato e determinar
constante de velocidade. Esta reação está na base do teste de alcoolemia feito pelas
a pseudo-constante de velocidade. Esta reação está na base do teste de alcoolemia
autoridades policiais para determinar o teor de álcool no sangue dos condutores de
feito pelas autoridades policiais para determinar o teor de álcool no sangue dos condu-
veículos
tores demotorizados. A solução aquosa
veículos motorizados. de aquosa
A solução dicromatodede potássio de
dicromato apresenta cor
potássio amarela.
apresenta
Quando em Quando
cor amarela. solução em
aquosa acidificada
solução aquosaoacidificada
ião dicromato, Cr2O72-, reage
o ião dicromato, Cr2Ocom
7
2-
o etanol
, reage com
o etanol oxidando-o
oxidando-o a acetaldeído
a acetaldeído e libertandoe libertando o ião
o ião Cr3+ que Cr que uma
3+
apresenta apresenta umaAcor
cor verde. verde.
alteração
A alteração de cor observada no processo de redução de Cr O72- a Cr3+ pode ser monito-
de cor observada no processo de redução de Cr2O72- a Cr3+2 pode ser monitorizada por
rizada por espectroscopia de absorção molecular UV-Vis.
espectroscopia de absorção molecular UV-VIS.
A lei de velocidade para a reação química em estudo pode ser escrita da forma que se
segue:
≈ 133 ≈
é[dH1 ™¡1` ]
− = m [dH1 ™¡1` ]Q [C®7 C®1 OH]Ü [®S ]≈
que intensidade
emerge
intensidade apósda um
da percurso
radiação
radiação quequeótico l. sobre
incide
incide sobre a soluçãoem em análiseeeaaintensidade
intensidade deradiação
radiação
intensidade
que emerge apósda um radiação
percurso que ótico l. sobreaasolução
incide solução emanálise análise e a intensidadede de radiação
queemerge
que emergeapós apósum umpercurso
percursoótico óticol.l. æ
Guia deque emerge
laboratório º após
dirigido um`Ω•[π]
=aoºensino
10 dapercurso
química nasÛ ótico
áreas das l.CIÊNCIAS
MIµ ø BIOLÓGICAS Ûe CIÊNCIAS DA SAÚDE
6 `Ω•[π] ææø = ¿M[ª] o = ¿M[ª]
º = º6 10 Û MIµ æ = æ¿M[ª] Û o = ¿M[ª]
`Ω•[π]
º =
ºº==º6 º 10 10 `Ω•[π]
Û Û MIµ
MIµæø æø æø = = ¿M[ª] Û Û o = ¿M[ª]
6
º6 10 `Ω•[π]
Û MIµæ æ = ¿M[ª] ¿M[ª] Û oo==¿M[ª] ¿M[ª]
AA lei de velocidade para a reação química em estudo pode ser escrita da forma que se
A lei de velocidade para a reação química em estudo pode ser escrita da forma
lei de velocidade para a reação química em estudo pode ser escrita da forma queque se
se
segue:
segue: A
AAlei lei de velocidade para a reação química em estudo pode ser escrita da forma que se
segue: leide
develocidade
velocidadepara paraaareação reaçãoquímica químicaem emestudoestudopode podeser serescrita
escritada daforma
formaque quesese
segue:
segue:
segue: é[dH1 ™¡1` ]
− é[dH1 ™¡1` ] = m [dH1 ™¡1` ]Q [C®7 C®1 OH]Ü [®S ]≈
− éOé[dH ™ = 1` m [dH ™ 1` ] Q
[C®7 C®1 OH]Ü [®S ]≈
éO
é[dH 1 1`
™ ¡ ]]
1` 1 ¡
− é[dH11 ™¡¡ ]== m
−− m [dH[dH™ 1™ 1`
1` Q
¡ ] ]Q]Q [C®
[C®C® 7 C®OH]1 OH]
Ü
Ü [®
S ≈
SS ≈]≈
11 OH] Ü [® ]]
[ 1`
éOéO = m dH 1 ™ ¡ [C® 77 C® [®
onde k é a constante de velocidade éO e t é o tempo. 1 ¡
onde k é a constante
onde constantede develocidade
velocidadee e t ét éo otempo.
tempo.
Se asonde concentrações
onde kkkéééaaaconstante
constantede etanol
de e de ácido
de velocidade eeet ttéééforem
oootempo.tempo. muito mais elevadas (permanecendo
Se
Se asasondeconcentrações
concentrações constante de develocidade
de etanol
etanol velocidade
ee dede ácido
ácido forem
forem tempo. muitomais
muito maiselevadas
elevadas (permanecendo
(permanecendo
praticamente
SeSe as constantes
concentrações ao delongo etanol da reação)
e de do
ácido queforem a concentração
muito mais de dicromato
elevadas a lei de
(permanecendo
Seasasconcentrações
praticamente
praticamente concentrações
constantesao
constantes deao etanol
delongoetanol
longo dada ereação)
ede deácido
reação) ácidododo forem
forem
que que amuito
muito mais
concentração
a concentração maiselevadas
elevadas
de de (permanecendo
(permanecendo
dicromato
dicromato a leia de
lei
velocidade pode
praticamente
praticamente ser simplificada:
constantes
constantes ao ao longoda da reação)do do queaaconcentração
concentração dedicromato dicromato a leide de
de velocidade
praticamente
velocidade pode pode
ser ser simplificada:
constantes
simplificada: aolongolongo dareação) reação) doque que a concentraçãode de dicromatoaalei lei de
velocidade podeser
velocidade ser simplificada: 1`
velocidadepode pode sersimplificada:
simplificada:é[dH1 ™¡ ]
− é[dH1 ™¡1` ] = m′ [dH1 ™¡1` ]Q
− éOé[dH ™ = 1` m′ [ dH ™ 1` ] Q
éO
é[dH 1 1` ¡ ]] 1 ¡
− é[dH11™ ™¡¡1` ] = m′ [dH1 ™1`
[
1` Q
¡ ] ]Q]Q
−− éO = = m′
m′ dH
[dH 1 ™™¡
1`
Sendo assim possível verificar graficamente éOéO se a reação obedece 1 ¡ a uma reação de ordem
Sendo assim possível verificar graficamente se a reação obedece a uma reação de ordem
Sendo
0, ouassim
1Sendo
Sendo 2 assim possível
relativamente
assim possível verificar
àverificar graficamente
concentração graficamente se
de dicromato, seaaareação
reação
reação obedece
através
obedece auma
daaauma umareação
reaçãodeda
monitorização de
ordem
0, 1 Sendo
ou 2 assim possível
possível
relativamente verificar
verificar
à concentração graficamente
graficamente de sese
dicromato, a reação obedece
obedece
através da a uma reação
reação
monitorização de
de ordem
ordem
da
ordem 0, 1 ou 2 relativamente à concentração de dicromato, através da monitorização
absorvência
0,11ou
0,0, ou(grandeza
2 relativamente proporcional àààconcentração à concentração
concentração de dicromato, de dicromato atravésem da solução),
monitorizaçãoao da
absorvência 1 ou 2(grandeza
da absorvência 2 relativamente
relativamente
(grandeza proporcional
proporcional concentração
à concentração
à concentração de de dicromato,
dicromato,
dededicromatoatravés
através em
dicromato da
da monitorização
em solução), ao da
monitorização
solução), da
comprimento
absorvência
absorvência de onda selecionado
(grandeza
(grandeza proporcional
proporcional em função do
ààà concentraçãoespetro
concentração de absorção
dede dicromato de
dicromato uma solução
em solução),
em de
solução), ao ao
comprimento
absorvência
comprimento dedeonda
onda selecionado
(grandeza
selecionado proporcional ememfunção
função dodoespetro
espetro
concentração dede deabsorção
absorção dede
dicromato umauma
em solução
solução),
solução de ao
referência
de referência
comprimentode dicromato.
comprimento de ondaselecionado
de dicromato.
de selecionado emfunção função doespetro espetro deabsorção absorção deuma uma soluçãode de
comprimento
referência de dicromato. deonda
onda selecionadoem em funçãodo do espetrode de absorçãode de umasolução
solução de
Parareferência
verificar qual
referência de a lei integrada que melhor se ajusta basta substituir nas respetivas
de dicromato.
Para referência
Para verificar
verificar qual dedicromato.
qual aa lei
leiintegrada
integradaque
dicromato. quemelhormelhorseseajusta ajustabasta bastasubstituir
substituir nas nas respetivas
respetivas
lei[X] e [X]0 pelos
equação
equação Para
Para as
as concentrações
verificar qual
concentrações
verificar qual a [X]
lei e [X]
integrada pelos quequocientes
melhor
quocientes A
se /el e
ajusta A
At /(εl) /el.
basta
e A0 /( substituir
εl). nas respetivas
qualaalei integrada que melhor
melhorse Atajusta e A0basta substituir nas
nasrespetivas
t 0 t 0
equaçãoParaas verificar
concentrações [X] t integrada
et [X]0 pelos que quocientes se ajusta
/el basta
/el. substituir respetivas
equaçãoasasconcentrações
equação concentrações[X] [X]t et e[X] [X]0 0pelos
pelosquocientes quocientes At/eleeAA0/el. 0/el.
Ø equação
Reaçãoasdeconcentrações
ordem zero: o[X] , = t eo [X]6− 0 pelos
J(¿M)mO quocientesAAt/el t/el e A0/el.
Ø Reação de ordem zero: o, = o6 − J(¿M)mO
Ø ReaçãoReação
Ø Reação de 1ªde
Reação deordem:
de ordemM[o
ordem
ordem zero:
zero: , =oo M[o= o −6− JmO
− J(¿M)mO
Ø ReaçãoØØ Reação
de 1ªde ordemM[o
ordem: zero: , = M[o
o, ,,==66oo− −J(¿M)mO
66 JmO J(¿M)mO
3 3 &∆
Ø
Reação Reação
de 2ªde de 1ª
ordem: ordem: = pM[o M[o
3 +
= M[o − JmO
Ø
Ø Reação
ØØ Reação
Reação
Reação
de 2ªde
de 1ª1ªordem:
1ª
ordem: ordem:p3ï M[o
= ø +, ,= = OOM[o666−−JmO
, &∆M[o
Ω• JmO
pï p3ø 3
Ω• &∆
Reação de2ª2ªordem:
Ø Reação ordem: 33 = 33 +&∆&∆ O
ØØ Reaçãode
Reação de 2ª ordem: ppï==ppø++Ω•Ω•OO
2ª ordem:
p
ïï p
øø Ω•
134
134
134
134
134
≈ 134 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Materiais e reagentes:
· Pipetas graduadas de 1 mL e 10 mL
· Pompete
· Balão erlenmeyer de 25 mL
· Luvas
· Cronómetro
· Secador
· Etanol
Equipamento:
· Espectrofotómetro UV-Vis (células de quartzo)
Etanol F 1 1 3
≈ 135 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Procedimento experimental:
1) Ligar o espectrofotómetro para estabilizar a fonte de radiação e proceder
à correção da linha de base entre os 300 nm e os 650 nm após colocar a
célula de quartzo (previamente lavada e seca) no porta-células.
10) C
olocar a célula no porta-células garantindo que a primeira leitura de
absorvência seja feita ao fim de 60 s, após a adição do etanol.
13) Ao fim de uma hora ajustar novamente a absorvência a zero usando a
célula previamente lavada e seca.
16
s soluções contendo crómio VI são tóxicas e as soluções de H2SO4 com concentração elevada (> 0,5 M) são corrosivas,
A
por isso na manipulação das soluções usadas neste trabalho deve ter especial cuidado na utilização de luvas e uso de
pompete.
≈ 136 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
17) Lavar a célula com água desionizada e etanol, guardar e desligar o espectro-
fotómetro UV-Vis.
Registo de dados
Tempo
Absorvência At-A∞ ln (At-A∞) 1/(At-A∞)
(min ou s)
A0
A1
A2
A3
A4
A5
A6
A7
A∞
≈ 137 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Reação de 2ª ordem: 1
(At – A∞)
= 1
(A0 – A∞)
+ ak
εl
t
Leituras Selecionadas
J. Sotomayor, Cinética Química, Lidel – Edições técnicas Lda., Caps. 1 e 2, 2003.
P. Atkins, J. de Paula, Physical Chemistry for the Life Sciences, 2nd Ed., Oxford University
Press, Cap. 6, 2011.
Investigação
1. Determinar a estrutura de Lewis do H2SO4.
3.
Classificar o tipo de reação química envolvida no decorrer desta experiência.
4.
Partindo da informação disponível nas embalagens comerciais dos rea-
gentes utilizados efetuar os cálculos para a preparação de:
a. 50 mL de K2Cr2O7 0,0196 M.
b. 50 mL de H2SO4 3,9 M.
5.
Como poderia determinar a ordem parcial do reagente em estudo usando
o método das velocidades iniciais.
≈ 138 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Competências conceptuais:
· Conceito de equilíbrio químico ácido-base.
· pH de uma solução.
· Soluções tampão.
Competências laboratoriais:
· I dentificação e cuidados no manuseamento de material de medição volumétri-
ca (ex: bureta).
· Calibração de equipamento.
≈ 139 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Enquadramento teórico
Um problema prático que aparece no laboratório é a determinação da concen-
tração de uma dada espécie química em solução. O método volumétrico usado para
resolver o problema é a titulação que permite determinar a concentração de uma
solução X (titulado) através de uma reação específica. Para isso recorre-se a uma
solução Y de concentração rigorosamente conhecida (titulante) que reage com a
substância X. Se pretendermos determinar a concentração de uma base em solução,
deve ser selecionado como titulante um ácido que reaja com a base segundo um
equilíbrio todo deslocado no sentido direto, ou seja:
A adição de titulante (T) deve ser feita gota a gota, com agitação continua do titulado
(t), até ser atingido o ponto de equivalência, ou seja, o momento da titulação para o
qual o número de moles de titulante adicionado é estequiometricamente equivalente
ao número de moles de titulado.
t × nT = T × nt
Para uma dada reação de titulação, sabido o volume de titulado a analisar (Vt), a concen-
tração de titulante (CT) e o volume de titulante consumido até ao ponto de equivalência
(VT), podemos calcular a concentração de titulado em solução (Ct).
t × (CT × VT)
Ct =
T × Vt
Nas titulações deve observar-se uma alteração no copo de titulação quando se atinge
o ponto de equivalência. Essa alteração pode ser visualizada através da utilização
de um indicador, que no ponto de equivalência deve apresentar uma alteração de cor
na solução onde se encontra.
pH = - log [H+]
≈ 140 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
O pH de uma solução pode ser medido usando um medidor de pH (Figura 4.20). Este
é constituído por um elétrodo combinado de vidro e um potenciómetro, e mede uma
diferença de potencial que é diretamente proporcional ao pH (para mais detalhes rever
secção 2.3).
O ponto de equivalência de uma titulação ácido-base pode assim ser também detetado
seguindo a evolução do pH à medida que o titulante é adicionado – titulação potencio-
métrica, usando um medidor de pH.
Numa titulação de uma base fraca com um ácido forte, o pH inicial da solução é básico.
À medida que se adiciona o ácido, todo o H+ reage com a base, e o pH começa a diminuir
gradualmente. Quando o número de moles de ácido adicionados iguala o número
de moles de base inicialmente presentes (se a relação estequiométrica for de 1:1),
pequenas adições de ácido resultam em grandes variações de pH. Perto do ponto de
equivalência, a variação de pH com a adição de ácido é acentuada. Depois de toda a
base ser consumida, a adição de mais ácido provoca uma descida do pH mais lenta, até
que o pH da solução seja semelhante ao pH do ácido, ver Figura 4.21(a).
O ponto de equivalência pode ser determinado por métodos gráficos como por exemplo
o método da primeira derivada. Neste método, o ponto de equivalência é o ponto
de inflexão da curva de titulação correspondente ao seu declive máximo. Portanto,
podemos determinar o ponto de equivalência calculando o declive em cada ponto da
titulação próximo do ponto de equivalência17.
17
álculo da 1ª derivada: determina-se a razão entre a diferença de pH entre duas adições sucessivas de base e a diferença
C
de volumes correspondentes.
≈ 141 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
97
(a)
86
pH
75
64
pH
pH
53
42
5 10 15 20 25
3
VT (mL)
2
5 10 15 20 25
2,5 VVTT (mL)
(mL)
(b)
2
2,5
(b)
DpH/DVT (1/mL)
1,5
2
(1/mL)
DpH/DVTT (1/mL)
1
1,5
∆pH/∆V
0,5
1
0
0,5
5 10 15 20 25
VT (mL)
0
5 10 15 20 25
Figura 4.21 - (a) Curva de titulação base fraca
VVT–Tintácido
(mL)forte. (b) - Curva da primeira derivada.
(mL)
Figura 4.21 - (a) Curva de titulação base fraca – ácido forte. (b) - Curva da primeira derivada.
Figura 4.21 - (a) Curva de titulação base fraca – ácido forte. (b) - Curva da primeira derivada.
O ácido carbónico, H2CO3, é um ácido diprótico, presente na maioria dos sistemas de água
Onaturais,
ácido carbónico, H2CO
em resultado , é um ácido
da3dissolução dodiprótico,
CO2 do ar epresente
contactona
com maioria doscalcárias.
as rochas sistemasParade
água naturais, em resultado da dissolução do CO2 do ar e contacto com as rochas
Oalém
ácidodisso,
carbónico, H2CO3, é umcom
conjuntamente ácidoa diprótico,
sua base presente
conjugadana(HCO
maioria dos sistemas um
3 ) desempenha
- de água
papel
calcárias. Para além disso, conjuntamente com a sua base conjugada (HCO3-) desem-
naturais, em resultado
importante da dissolução
na regularização pH do CO2 do arao
do regularização
necessário e contacto com asdos
funcionamento rochas calcárias.
sistemas Para
biológicos
penha um papel importante na do pH necessário ao funcionamento dos
além disso, conjuntamente
(ex: pH dobiológicos
sistemas sangue, pH dospH
(ex: com a
oceanos). sua base conjugada
do sangue, pH dos oceanos). 3 (HCO -
) desempenha um papel
importante na regularização do pH necessário Sao funcionamento dos sistemas biológicos
®1 d™7 + ®1 ™ ⇌ ®d™7̀ + ®7 ™ ∞&3 = 4,31 × 10`¡
(ex: pH do sangue, pH dos oceanos).
®d™7̀ + ®1 ™ ⇌ d™71` + ®7 ™S ∞&1 = 5,61 × 10`33
®1 d™7 + ®1 ™ ⇌ ®d™7̀ + ®7 ™S ∞&3 = 4,31 × 10`¡
Para determinar a concentração1`da espécie HCO3- em solução aquosa, podemos utilizar o
®d™7̀ + ®1 ™ ⇌ d™7 + ®7 ™S ∞&1 = 5,61 × 10`33
≈ 142 Uma
método volumétrico por titulação ácido-base. ≈ vez que o valor de Kb desta espécie é
Para determinar a concentração da espécie HCO3- em solução aquosa, podemos utilizar 142
o
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Materiais e reagentes:
· Pipeta graduada de 5 mL
· Pipetas volumétricas de 15 mL a 25 mL
· Gobelés de 100 mL
· Funil
· Pompete
· Suporte universal
· Pinça
· Magnete
· Água desionizada
≈ 143 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Equipamento:
· Medidor de pH (previamente calibrado)
Solução de NaHCO3 - 1 1 1
T-tóxico, Xi-irritante
Procedimento experimental:
A – Ensaio preliminar
2) Lave uma bureta de 25 mL, primeiro com água desionizada e depois com
uma porção da solução titulante. Coloque a bureta no suporte.
≈ 144 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
1) Pipete para um copo de 100 mL, com pipeta volumétrica, o volume de so-
lução de NaHCO3 estimado no ensaio preliminar. Adicionar 2 ou 3 gotas de
indicador.
18
e acordo com o valor de volume de titulado obtido, pode ser necessário proceder a uma diluição do mesmo, de forma a
D
poder usar um volume de titulante entre 15 mL e 25 mL.
≈ 145 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 146 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Vt VT
B – Ensaio definitivo
VT pH VT int ΔpH
ΔV
0 pHi
⋮ ⋮ ⋮ ⋮
≈ 147 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Leituras Selecionadas
S. E. Manahan, Environmental Chemistry, 10th Ed., CRC press, Cap. 3, 2017.
P. Atkins, J. Paula, Elements of Physical Chemistry, 5th Ed., Oxford, Cap. 8, 2009.
S. E. Kegley, J. Andrews, The Chemistry of Water, University Science Books, Cap. 4, 1998.
J. Crowe, T. Bradshaw, Chemistry for the Biosciences: The Essential Concepts, 3rd Ed.,
Oxford University Press, Cap. 16, 2014.
Investigação
1. Compare a concentração de HCO3- obtida neste trabalho com as concen-
trações referenciadas para esta espécie em sistemas naturais, tais como o
sangue ou a água do mar.
2.
Considerando os valores de pH do plasma sanguíneo e/ou da água do mar,
justifique o efeito tampão desempenhado por esta espécie nos sistemas
em questão.
≈ 148 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
4.8. P
reparação de soluções tampão e comparação
da capacidade tampão
Competências conceptuais:
· Conceito de equilíbrio químico ácido-base.
Competências laboratoriais:
· Identificação e cuidados no manuseamento de material de medição volu-
métrica.
· Calibração de equipamento.
Enquadramento teórico
Uma solução tampão é uma solução composta por um ácido fraco e pela sua base
conjugada (ou por uma base fraca e o seu ácido conjugado) e tem a capacidade de
resistir a pequenas adições de ácido ou de base sem que o seu pH sofra grandes
alterações. Esta característica das soluções tampão é devida à presença simultânea
daquelas duas espécies em concentrações apreciáveis, o que faz com que a deslocação
do sistema em equilíbrio num ou noutro sentido por adição de pequenas quantidades
de ácido ou base não altere significativamente a sua composição e consequente-
mente o seu pH. Por este facto, estas soluções são cruciais na manutenção de um pH
constante nos sistemas biológicos.
≈ 149 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Analogamente, podemos representar o equilíbrio para uma base e o sal do seu ácido
Analogamente, podemos
conjugado:
Analogamente, podemos representar
representar oo equilíbrio para uma
equilíbrio para uma base
base ee oo sal
sal do
doseu
seuácido
ácido
Analogamente,
conjugado:
conjugado: podemos representar o equilíbrio para uma base e o sal do seu ácido
conjugado:
[™®` ][q®S ]
∞Ö =
[q]
[™®` ][q®S ]
∞Ö =
[™®`[q]
][q®S ]
∞Ö =
[q]
Podendo o pH oe/ou
Podendo pH oe/ou
pOH odas soluções
pOH resultantes
das soluções ser calculado
resultantes serempregando a equação a
calculado empregando
Podendodeo pH e/ou o pOH das soluções resultantes ser calculado empregando a equação
de Henderson-Hasselbach.
equação Henderson-Hasselbach.
Podendo o pH e/ou o pOH das soluções resultantes ser calculado empregando a equação
de Henderson-Hasselbach.
de Henderson-Hasselbach. [o` ] [LJM]
≤® = ≤∞& + MIµ ≤® = ≤∞& + MIµ
[®o] [o` ] [®o][LJM]
≤® = ≤∞& + MIµ ` ≤® = ≤∞& + MIµ
[o
[®o] ] [LJM]
[®o]
≤® = ≤∞& + [q®
MIµ S ] ≤® = ≤∞& + MIµ [LJM]
≤™® = ≤∞Ö + MIµ [®o] ≤™® = ≤∞Ö + MIµ [®o]
[q][q®S ] [q] [LJM]
≤™® = ≤∞Ö + MIµ ≤™® = ≤∞ Ö + MIµ
[q® [q]S ] [LJM]
[q]
≤™® = ≤∞Ö + MIµ ≤™® = ≤∞Ö + MIµ
Para que um sistema tampão[q] funcione bem deve apresentar quantidades [q] químicas
semelhantes de ácido e da sua base conjugada. A gama em que o tampão é mais
Para que um sistema tampão funcione bem deve apresentar quantidades químicas
eficiente é muitas vezes designada por gama ou capacidade tampão e corresponde
Para que
semelhantes deumácidosistema
e da sua tampão funcione Abem
base conjugada. gama deve
em queapresentar
o tampão quantidades químicas
é mais eficiente
à gama de pH em que a solução é mais eficaz na neutralização de ácidos ou de bases
Para que umdesistema
semelhantes ácido e tampão
dagama
sua pelafuncione
base bem Adeve
conjugada. gamaapresentar quantidades químicas
é muitas
fortes vezes designada
adicionados. É por
definida ou capacidade
expressão: tampão eem que o tampão
corresponde é mais
à gama deeficiente
pH
semelhantes
é muitas de
vezes ácido e
designada da sua base conjugada. A gama em que o tampão é mais eficiente
em que a solução é mais eficaz por gama ou capacidade
na neutralização de ácidostampão e corresponde
ou de bases à gama de pH
fortes adicionados.
éemmuitas
que avezes
soluçãodesignada por gama
é mais eficaz ou capacidade
na neutralização de tampão
ácidos oue decorresponde
bases fortesà gama de pH
adicionados.
É definida pela expressão:
em que a solução é mais eficaz nagama de pH = de
neutralização ± 1. ou de bases fortes adicionados.
pKaácidos
É definida pela expressão: gama de ≤® = ≤∞& ± 1.
É definida pela expressão: gama de ≤® = ≤∞& ± 1.
A capacidade tampão depende das quantidades gama de ≤®relativas
= ≤∞& ± 1.de ácido e de base que existem
A capacidade tampão depende das quantidades relativas de ácido e de base que
A capacidade
no sistema tampão. tampão
Se umdepende
tampãodas quantidades
apresentar maiorrelativas de ácido da
concentração e de base que
espécie existem
básica
existem no sistema tampão. Se um tampão apresentar maior concentração da espécie
Anocapacidade
sistema tampão Se
tampão. depende
um das quantidades relativas concentração
de ácido e de dabase que existem
(tampão
básicabásico) irá
(tampão suportar irá tampão
básico)maior adição de
suportar apresentarSe maior
ácido. adição
maior apresentar maior
de ácido. espécie
Seconcentração
apresentar dabásica
maior
no sistema
(tampão tampão.
básico) Se um tampão apresentar maior concentração daconcentração
espécie básica
concentração
espécie ácida (tampãodairá suportar
espécie
ácido) maior
iráácida adição
(tampão
suportar de ácido.
maiorácido)
adição Se apresentar
irádesuportar
base. maiormaior
adição de base. da
(tampão básico)
espécie ácida irá suportar
(tampão ácido)maior adição maior
irá suportar de ácido.
adiçãoSe apresentar
de base. maior concentração da
espécie ácida (tampão ácido) irá suportar maior adição de base.
≈ 150 ≈
150
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Os principais sistemas tampão presentes em sistemas biológicos, e que asseguram a
Os principais sistemas tampão presentes em sistemas biológicos, e que asseguram a
manutenção do valor de pH ajustado ao seu bom funcionamento, são: o sistema
manutenção
Os principaisdo valor de
sistemas tampãopH ajustado ao em
presentes seusistemas
bom funcionamento, são:asseguram
biológicos, e que o sistemaa
bicarbonato (H2CO3/HCO3-), o sistema fosfato (H2PO4-/HPO42-), as proteínas e o sistema de
manutenção
bicarbonato (Hdo
2CO valor
3/HCOde3-),pHo ajustado ao seu(H
sistema fosfato bom
2PO4funcionamento,
- são: o esistema
/HPO42-), as proteínas bicar-
o sistema de
amónia (NH3/NH4 ). De- todos estes sistemas. o mais
+
- relevante é o tampão formado pelo
bonato (H CO3/HCO ), o sistema fosfato (H2PO4 /HPO4 ), as proteínas e o sistema de
2-
amónia (NH23/NH 4 ). De
+ 3 todos estes sistemas. o mais relevante é o tampão formado pelo
par H2CO3(NH
amónia /HCO/NH
3 . +). De todos estes sistemas. o mais relevante é o tampão formado
-
3 4
par H2CO3/HCO3-.
pelo par H2CO3/HCO3-.
H+(aq) + HCO3–(aq) ⟶
⟵ H2CO3(aq) ⟶
⟵ H2O(I) + CO2(g)
rim
Este sistema tampão é também pulmãoe tal como
o principal regulador de pH nos oceanos
Este sistema tampão é também o principal regulador de pH nos oceanos e tal como
acontece nos fluidos biológicos está dependente do equilíbrio em termos de trocas gasosas
acontece nos fluidos
Este sistema tampãobiológicos está dependente
é também do equilíbrio
o principal regulador de em
pH termos de trocas
nos oceanos gasosas
e tal como
com o CO2 da atmosfera.
acontece
com nosatmosfera.
o CO2 da fluidos biológicos está dependente do equilíbrio em termos de trocas
gasosas
Apesar decom o CO2 da atmosfera.
desempenhar um papel menos relevante na regulação do pH nos sistemas
Apesar de desempenhar um papel menos relevante na regulação do pH nos sistemas
naturais
Apesar odetampão fosfato (H
desempenhar um2PO 4 /HPO
-
papel 4 ) do
2- 19
menos ponto denavista
relevante laboratorial
regulação do pHapresenta uma
nos sistemas
naturais o tampão fosfato (H2PO4-/HPO 4 ) 2-
2- 19
do19ponto de vista laboratorial apresenta uma
naturais o tampão
manipulação fosfato (H
mais acessível, dada
2
POa4 facilidade
-
/HPO4 ) em doadquirir
ponto de osvista laboratorial
sais alcalinos apresenta
necessários à
manipulação mais acessível, dada a facilidade em adquirir os sais alcalinos necessários
uma manipulação mais acessível, dada a facilidade em adquirir os sais alcalinos neces- à
sua preparação.
sários
sua à sua preparação.
preparação.
—T “
S −
∞®1 –™0 (L) — “ ∞ (J¨) + ®2 –™4 (J¨)
-T⎯/
S −
∞®1 –™0 (L) -⎯/ ∞ (J¨) + ®2 –™4 (J¨)
—T “ 2
∞1®–™0 (L) -⎯
—T/
S
“ 2∞ (J¨) + ®–™ 4
−
2−(J¨)
∞1®–™0 (L) -⎯/ 2∞ (J¨) + ®–™ 4 (J¨)
S
OO ácido
1919
ácido fosfórico,
fosfórico,HH3PO
3PO, é, é
4 4
umum ácido poliprótico
ácido que se
poliprótico queioniza em 3 etapas
se ioniza em 3 às quais às
etapas correspondem três constantes
quais correspondem trêsde
19 equilíbrio com valores decrescentes em resultado da perda de força da espécie ácida.
constantes de equilíbrio
O ácido fosfórico, H3POcom
4, évalores
um ácido decrescentes
polipróticoem queresultado
se ionizadaem
perda de força
3 etapas da espécie
às quais ácida.
correspondem três
`
constantes de equilíbrio®7 –™com
0 + valores
® 1 ™ ⇌ decrescentes
®1 –™ 0 + ®7em
™ S
resultado
da perda
∞&3 de
= força
7,5 ×da
10espécie
`7
ácida.
®17–™0` + + ® ®11™™ ⇌ ®1 –™01`
⇌ ®–™ ` + ® ™SS
0 + ®77™ ∞
∞&3
&1 = 7,5
`‘
6,2 × 10`7
1`` 7`1` S S `37
®–™
®1 –™00 + + ® ®11™™⇌ ⇌ ®–™
–™0 0+ +® 7® ™7 ™ ∞ &1 =
∞&7 = 2,2 10`‘
6,2××10
1` 7`
®–™0 + ®1 ™ ⇌ –™0 + ®7 ™ S
∞&7 = 2,2 × 10`37 151
151
≈ 151 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
pretende preparar20. No caso de pretendermos preparar uma solução com valor de pH
pretende
próximo preparar
de
se pretende
20
7preparar . No
20 caso
o equilíbrio de de
pretendermos
selecionado
. No caso deverá ser: preparar
pretendermos umauma
preparar solução comcom
solução valor de pH
valor de
próximo de 7de
pH próximo o equilíbrio selecionado
7 o equilíbrio deverá
selecionado ser: ser:
deverá
− 2− +
®2 –™4 + ®2 ™ ⇌ ®–™4 + ®3 ™ ≤∞J2 = 7,2
®2 –™− 2− +
4 + ®2 ™ ⇌ ®–™4 + ®3 ™ ≤∞J2 = 7,2
As concentrações do par H2PO4 /HPO4 deverão ser idênticas para que a capacidade tampão
- 2-
Asconcentrações
As concentrações
seja do par
máxima. do par H2POH42-PO
/HPO /HPO deverão
4 4 deverão
2-
4
-
ser idênticas
ser idênticas
2-
para
para que que a capacidade
a capacidade tampão
tampão seja máxima.
seja
Nestamáxima.
atividade experimental vamos estudar, por adição de alíquotas iguais de base forte
Nestaatividade
Nesta
(NaOH) atividade
e de ácido experimental
experimental vamos
forte (HCl), avamos estudar,
estudar,
resistência porpor adição
adição
das soluções de alíquotas
de alíquotas
preparadas iguaisiguais
daquele de base
deácido/base
par base forte
forte (NaOH) e de ácido forte (HCl), a resistência das soluções- preparadas daquele
(NaOH)
conjugadae decom
ácido
duasforte (HCl), a resistência
concentrações das soluções
diferentes (idênticaspreparadas
entre si [Adaquele
]/[HA] =1pareácido/base
diferentes
par ácido/base conjugada com duas concentrações diferentes (idênticas entre si
conjugada
entre si [A=-com duas concentrações
]/[HA]¹1). Os resultados diferentes (idênticascom
entre
o si [A-]/[HA] =1 e diferentes
[A-]/[HA] 1 e diferentes entre si [Aserão
- comparados
]/[HA]≠1). Os resultados efeito
serão provocado
comparados emcomágua
o
entre
efeitosiprovocado
[A ]/[HA]¹1).
desionizada
-
pela mesma Os adição
em água resultados serão
de ácido
desionizada e comparados
base
pela com odeefeito
fortes.adição
mesma ácidoprovocado em água
e base fortes.
desionizada pela mesma adição de ácido e base fortes.
Duração efetiva do trabalho experimental: 120 minutos.
Duração
· 30 efetiva
minutosdo trabalho
para experimental:
preparação de soluções de120
KHminutos.
2
PO4 e de K2HPO4.
Duração
·3 0 efetiva
minutosdo trabalho
para experimental:
preparação 120soluções
das misturas de minutos.de KH PO e de K HPO ;
• 30 minutos para preparação de soluções de KH2PO4 e de K2HPO4.
2 4 2 4
e de CH3COOH e de NaCH3COO.
• 30 minutos para preparação dasde soluções
misturasde
deKH 2PO4 e de
soluções de KKH
2HPO
2PO44. e de K2HPO4; e de
·6
0 minutos para leitura dos valores de pH antes e após a adição de ácido e base
• 30
CH3minutos
COOH e para preparação
de NaCH 3COO. das misturas de soluções de KH2PO4 e de K2HPO4; e de
fortes.
• CH COOH e de
60 3minutos NaCH
para 3COO.
leitura dos valores de pH antes e após a adição de ácido e base
• 60 minutos
fortes.
Materiais para leitura dos valores de pH antes e após a adição de ácido e base
e reagentes:
fortes.
·
Pipetas volumétricas de 10 mL e 20 mL
Materiais e reagentes:
Materiais e reagentes:
· Pompete
• Pipetas volumétricas de 10 mL e 20 mL
· Funil
• Pipetas
Pompete volumétricas de 10 mL e 20 mL
• · Pompete
Balões volumétricos de 100 mL
Funil
• · Funil
Balões volumétricos
Vidro de relógio de 100 mL
• Balões volumétricos
Vidro de relógio de 100 mL
· Espátula
• Vidro de relógio
Espátula
• · Espátula
Gobelésdede2525
Gobelés mL,
mL, 50 50
mL mL e mL
e 150 150 mL
• · Gobelés
Suporteuniversal
Suporte deuniversal
25 mL, 50 mL e 150 mL
• · Suporte universal
Micropipeta
Micropipeta (100
(100µL)µL)
• Micropipeta (100 µL)
20
20 No
N casodedeestarmos
o caso estarmos a trabalhar
a trabalhar comespécie
com uma uma espécie monoprótica,
monoprótica, partimos
partimos do do ácido
ácido neutro neutro
(ou base) e do(ou
salbase) e do
alcalino da
sal sua base
alcalinoconjugada.
da sua Ex:
base conjugada. Ex:
20
No caso de estarmos a trabalhar {Jd®
com uma espécie monoprótica,
S partimos
` do ácido neutro (ou base) e do
7 d™™ → {J + d®7 d™™
sal alcalino da sua base conjugada. Ex: S
d®7 d™™® + ®1 ™ ⇌ ®7 ™ + d®7 d™™ `
{Jd®7 d™™ → {JS + d®7 d™™`
d®7 d™™® + ®1 ™ ⇌ ®7 ™S + d®7 d™™` 152
≈ 152 ≈ 152
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
· Água desionizada
· Solução de NaOH 1 M
· Solução de HCl 1 M
· KH2PO4 (s)
· K2HPO4 (s)
Equipamento:
· Medidor de pH (previamente calibrado)
Solução de NaOH 1 M Xi 2 1 2
Solução de HCl 1 M Xi 2 1 2
≈ 153 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Procedimento experimental:
A – Preparação de soluções
KH2PO4 – 0,20 M 10 10
K2HPO4 – 0,20 M 10 10
KH2PO4 – 0,020 M 10 10
K2HPO4 – 0,020 M 10 10
H 2O 20
≈ 154 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
21
e forem usados gobelés, por exemplo, de 50 mL e os volumes totais forem de 40 mL em cada gobelé, então a alíquota
S
de ácido ou de base deverá ser proporcionalmente ajustada, neste caso a 200 µL, para obter efeito análogo em termos de
variação de pH.
≈ 155 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 156 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
6. Diga que tipo de ligações químicas existem no sal de KH2PO4 e quais são
quebradas quando dissolve o sal em água.
≈ 157 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Leituras Selecionadas
R. Chang, K. A. Goldsby, Química, 11ª Ed., McGraw-Hill, 726-732, 2013.
J. Crowe, T. Bradshaw, Chemistry for the Biosciences: The Essential Concepts, 3rd Ed.,
Oxford University Press, 571-579, 2014.
http://www.whoi.edu/OCB-OA/page.do?pid=112136
(Acedido em janeiro de 2021).
http://www.chemistry.wustl.edu/~edudev/LabTutorials/Buffer/Buffer.html
(Acedido em janeiro de 2021).
http://ocean.stanford.edu/courses/bomc/chem/lecture_10.pdf
(Acedido em janeiro de 2021).
Investigação
1.
Porque é que a elevação da temperatura dos oceanos se pode traduzir no
aumento do pH da água.
≈ 158 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Competências conceptuais:
· E
scrita e acerto de equações químicas.
· C
onceito de radicais livres. Identificação do papel desempenhado no corpo
humano.
· C
onceitos de autocatálise e inibição catalítica.
· C
onceito de reação oscilante (reação de Briggs-Rauscher)
Competências laboratoriais:
· C
ontrole de tempo reacional.
· P
reparação e avaliação de rendimento de misturas oxidantes.
Enquadramento teórico
Algumas espécies químicas têm a capacidade de trocar eletrões entre si, dando
origem a novas substâncias, sendo por isso protagonistas de uma reação química
de oxidação-redução. Nesta troca de eletrões há uma espécie que fornece eletrões
e outra que os recebe.
≈ 159 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Semirreação de oxidação
A Aox + ne-
Representa a espécie que cede n eletrões
Semirreação de redução
B + me- Bred
Representa a espécie que recebe m eletrões
Reação global de
mA + nB mAox + nBred
oxidação-redução
Quando uma espécie cede um ou mais eletrões, o seu estado de oxidação22 aumenta,
diz-se por isso que sofreu uma oxidação e a espécie que lhe provocou a oxidação
chama-se oxidante.
Quando uma espécie recebe um ou mais eletrões, o seu estado de oxidação diminui,
diz-se por isso que sofreu uma redução e a espécie que lhe provocou a redução
chama-se redutor.
A atividade laboratorial proposta tem como base a aplicação dos princípios das reações
de oxidação-redução em reações oscilantes. Uma reação dita oscilante consiste numa
mistura complexa de substâncias químicas reativas, na qual a concentração de um ou
mais componentes exibe alterações periódicas, ou onde uma dada propriedade muda
repentinamente após um determinado período de indução.
22
O estado ou número de oxidação de um elemento num composto define-se como a carga que um átomo tem, ou parece
ter, quando os eletrões no composto são contados de acordo com um certo número de regras, que são as seguintes:
1. Num elemento livre, cada átomo tem estado de oxidação zero.
2. Para iões monoatómicos, o estado de oxidação do elemento é igual à carga do ião.
3. O estado de oxidação do H é +1 e o do O é -2 na maioria dos compostos.
Exceções:
ii) quando H forma compostos binários com um metal, este forma um ião positivo e o H torna-se num ião H–, ou ião
hidreto (ex: NaH, o estado de oxidação do Na é +1 e o do H é – 1).
ii) o estado de oxidação do oxigénio numa classe de compostos chamados peróxidos, compostos baseados no ião
O22–, é –1.
4. Num composto neutro, a soma algébrica dos números de oxidação dos elementos deve ser zero; num ião poliatómico,
a soma deve ser igual à carga do ião.
≈ 160 ≈
Um método
como exemplo analítico
de reaçãopara
oscilante é a reação
a medição de Briggs-Rauscher
relativa (BR)antioxidantes
da atividade de que pode ser(ou
usada
como método
redutores). analítico
De facto, paraproduz
a reação a medição relativa
radicais livres23dahidroperoxilo
atividade de(HOO
antioxidantes
•
) que são(ou
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
redutores).
suprimidos porDeredução
facto, adoreação produz de
seu estado radicais livrespor
oxidação 23
hidroperoxilo (HOO•) que são
substâncias antioxidantes
(redutoras),
suprimidoscessando/inibindo
por redução doa oscilação
seu estado de cor
de de uma mistura
oxidação reacional durante
por substâncias um
antioxidantes
(ou redutores). De facto, a reação produz radicais livres23 hidroperoxilo (HOO•) que são
(redutoras),intervalo
determinado
suprimidos cessando/inibindo
por de tempo,
redução do seuaapós
oscilação
o qual
estado deooxidação
de cor de uma
pormistura
comportamento reacional
oscilatório
substâncias durante um
periódico
antioxidantes
regressa. O tempo
determinado
(redutoras), de inibição
intervalo paraa oscilação
de tempo,
cessando/inibindo iguais
após concentrações
o qual
de coro de de mistura
radicais reacional
comportamento
uma livres depende
oscilatório doum
periódico
durante
determinado
regressa.
poder supressor intervalo
O tempo de tempo,
de inibição
do antioxidante para
em após o qual
iguais
estudo. Parao comportamento
concentrações
um dadode oscilatório
radicais
antioxidante livres periódico
depende
o tempo de do
regressa. O tempo de inibição para iguais concentrações de radicais livres depende
inibição/supressão,
poder supressor do depende linearmente
antioxidante da concentração
em estudo. Para um dadodoantioxidante
redutor (substância
o tempo de
do poder supressor do antioxidante em estudo. Para um dado antioxidante o tempo
inibição/supressão, depende linearmente da concentração do redutor (substância
antioxidante).
de inibição/supressão, depende linearmente da concentração do redutor (substância
antioxidante).
antioxidante).
A reação de Briggs-Rauscher pode ser representada pela equação de reação global:
AA reação
reação de
de Briggs-Rauscher pode
Briggs-Rauscher pode serser representada
representada pela
pela equação
equação de reação
de reação global:
global:
º™7̀ + 2®1 ™1 + d®1 (d™1 ®)1 + ®S → ºd®(d™1 ®)1 + 3®1 ™ + 2 ™1 (eq. 1)
º™7̀ + 2®1 ™1 + d®1 (d™1 ®)1 + ®S → ºd®(d™1 ®)1 + 3®1 ™ + 2 ™1 (eq. 1) (eq. 1)
O mecanismo de reação é complexo e envolve dois processos, um radicalar e outro não
radicalar.
OOmecanismo
mecanismo de de reação
reação éécomplexo
complexo eeenvolve
envolvedois
doisprocessos,
processos, um um radicalar
radicalar ee outro
outronãonão
radicalar.
radicalar.
No processo radicalar há formação de duas espécies intermediárias, HIO (ácido hipoiodoso)
e I-No
No processo
(iãoprocesso
iodeto) que radicalar
radicalar
reagem há formação
há posteriormente
formação de
de duas duas
espécies
para espécies
formar iodo (I2)intermediárias,
intermediárias, HIO (ácido
e oxigénio HIO (ácido
hipoiodoso)
molecular(O 2);
hipoiodoso) e I -
(ião iodeto) que reagem posteriormente para formar iodo (I
-2
) e oxigénio
e I- (iãoaiodeto)
enquanto concentraçãoque reagem posteriormente
de HIO for superior à para formar iodo
concentração (I2) e oxigénio Imolecular(O
do intermediário , a solução 2);
molecular (O2); enquanto a concentração de HIO for superior à concentração do inter-
permanece
enquantode
mediário cor âmbar.
I-a, aconcentração
solução Este
de processo
permaneceHIO for é âmbar.
rápidoà concentração
superior
de cor por
Esteser catalisado
processo pela presença
doé rápido
intermediário - de ião
por ser Icatalisado
, a solução
permanece
manganês
pela dede
e formação
presença corião
âmbar. Estehidroperoxilo
demanganês
radicais processo
e formaçãoé rápido
em por serhidroperoxilo
solução.
de radicais catalisado pela empresença
solução. de ião
manganês e formação de radicais
◊ÿ
hidroperoxilo em solução.
’÷
S ŸáÀ‹›
2º™7̀ + 5®1 ™1 + 2® -⎯⎯⎯/ º1 + 6®1 ™ + 5 ™1
’÷◊ÿ
(eq. 2) (eq. 2)
ŸáÀ‹›
S
Incolor2º™7̀ + 5®1 ™1 + 2® Âmbar
-⎯⎯⎯/ º1 + 6®1 ™ + 5 ™1 (eq. 2)
Incolor Âmbar
No processo não radicalar a concentração de I- é superior à concentração de HIO e os
Noiões
processo não radicalarcom
I- combinam-se a concentração de I- um
o I para formar é superior à concentração
complexo de HIO(indicador).
azul com o amido e os iões
2
ONo iodo
I combinam-se
- reage com
processo o ácido
I2 paramalónico
não radicalar aformar para
um produzir
complexo
concentração iõescom
azul iodeto
de I- é superior que se(indicador).
combina
àoconcentração
amido com
de HIO o
osiodo
Oeiodo iões
livre
reage para
com produzir
I- combinam-se
o ácido como ião
malónicoo I2I3para
-
queproduzir
por sua
formar umvez
iões reage que
complexo
iodeto com seo com
azul amido formando
o amido
combina umlivre
complexo
com o(indicador).
iodo O iodo
para
æ“Ufi
azul escuro. - •(+,*
reage
produzir
º1 + d® ocom
ião oI3ácido
1 (d™ 1que malónico
®)1por suaºd®(d™
-⎯⎯/ vezpara produzir
reage com
1 ®) 1 +o iões
` iodeto
ºamido que se um
+ ®Sformando combina com(eq.
complexo oazul
iodo livre para
3)escuro.
æ“Ufi
produzir o ião
Âmbar I3 que -
por sua
vez reage com
•(+,* o `amidoSformando um complexo azul escuro.
Incolor
º1 + d®1 (d™ 1 ®)1 -⎯⎯/ ºd®(d™1 ®)1 + º + ® (eq. 3) (eq. 3)
Âmbar Incolor
23
Os radicais livres são espécies muito reativas porque possuem um ou mais eletrões desemparelhados (ex:
radical hidroxiloŸáÀ‹fl 'áã?)*2•-) e radical hidroperoxilo (HOO•)).
(HO•),`radical superóxido(O
º1Os
23 º ` -⎯⎯⎯/
+radicais º + J}AéI -⎯⎯⎯/
livres7são espécies muito çI}≤MX>I J‡NM XLçNHI
reativas (eq. 4) (eq. (ex:
porque possuem um ou mais eletrões desemparelhados 4)
•
radical hidroxilo (HO ), radical superóxido(O
ŸáÀ‹fl
•
'áã?)*2 ) e radical hidroperoxilo (HOO )).
•-
Ao fimxilo
de(HO
algum tempo
•), radical os iões2•I-3) -esão
superóxido(O convertidos
radical hidroperoxiloa(HOO
iodo•)].e iões iodeto desaparecendo a cor
azul.
AoOfim
processo
de algumrecomeça,
tempo osaiões
partir
I3- da
são(eq. 3), até que
convertidos todoeoiões
a iodo ácido malónico
iodeto ou o IO3- seja
desaparecendo a cor
completamente consumido.
azul. O processo recomeça, a partir da (eq.≈3),161até ≈
que todo o ácido malónico ou o IO3- seja
completamente consumido. ·'*ó(""* !¶•,?`(,&ã&"
º ` + J}AéI -⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯/ º1 + º `
ŸáÀ‹fl 'áã?)*
º1 + º ` -⎯⎯⎯/ º7` + J}AéI -⎯⎯⎯/ çI}≤MX>I J‡NM XLçNHI (eq. 4)
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Ao
Ao fim
fimde
dealgum
algumtempo
tempoososiões I3- Isão
iões 3
- convertidos
são a iodo
convertidos e iões
a iodo iodeto
e iões desaparecendo
iodeto a cor
desaparecendo
a cor Oazul.
azul. O processo
processo recomeça,
recomeça, a partir adapartir daaté
(eq. 3), (eq.que
3),todo
até que todomalónico
o ácido o ácido ou
malónico ou
o IO3- seja
o IO3 seja completamente consumido.
-
completamente consumido.
·'*ó(""* !¶•,?`(,&ã&"
º7` + J}AéI -⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯/ º1 + º `
Repete as etapas 3 e 4.
Repete as etapas 3 e 4.
Se
Seno
nodecurso
decursodadasegunda
segundafase azul
fase (quando
azul a fase
(quando nãonão
a fase radicalar estáestá
radicalar a terminar e a fase
a terminar ea
radical quasequase
fase radical a começar) adicionarmos
a começar) uma uma
adicionarmos solução ou suspensão
solução de alimento
ou suspensão (que
de alimento
(que contém
contém substâncias
substâncias redutores
redutores ou seja ou seja espécies
espécies com atividade
com atividade antioxidante),
antioxidante), o alimentoo
alimento reage com os radicais produzidos (fase âmbar) tornando mais demorada a
reage com os radicais produzidos (fase âmbar) tornando mais demorada a produção de
produção de radicais suficientes para o desencadeamento de nova etapa não radicalar
radicais suficientes para o desencadeamento de nova etapa não radicalar (fase azul).
(fase azul).
Os radicais livres localizam-se e são produzidos por muitas células e organitos celulares,
Os radicais livres localizam-se e são produzidos por muitas células e organitos
sendo o radical hidroxilo o mais reativo. No interior do corpo os radicais livres podem
celulares, sendo o radical hidroxilo o mais reativo. No interior do corpo os radicais
conduzir a diversos
livres podem problemas,
conduzir a diversoscomo por exemplo
problemas, como a por
reação e danificação
exemplo a reaçãodee lípidos,
danifi-
proteínas
cação de elípidos,
ácidosproteínas
nucleicos eincluindo o ADN. Para
ácidos nucleicos se autoo proteger
incluindo dose
ADN. Para ataque contínuo
auto proteger
do ataque
dos radicais contínuo dos radicais
o nosso organismo o 2nosso
possui organismo
mecanismos possui
básicos 2 mecanismos
de proteção: básicos
enzimático e não
de proteção: enzimático e não enzimático. Os principais antioxidantes não enzimá-
enzimático. Os principais antioxidantes não enzimáticos são a melatonina, o a-tocoferol
ticos são a melatonina, o α-tocoferol (vitamina E), o ácido ascórbico (vitamina C)
(vitamina E), o ácido ascórbico (vitamina C) e o b–caroteno (percursor da vitamina A). Estes
e o β–caroteno (percursor da vitamina A). Estes antioxidantes não enzimáticos
162
são essenciais na alimentação e encontram-se em vários alimentos. A atividade
experimental proposta compara os níveis de antioxidantes em vários tipos de
alimentos e bebidas, isto é, a sua eficácia na minimização dos efeitos prejudiciais
dos radicais livres a valores de pH próximos do pH do suco gástrico.
≈ 162 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
· 6
0 minutos para medição e registo dos tempos reacionais.
Materiais e reagentes:
· P
ipetas graduadas de 10 mL
· B
alões erlenmeyer de 100 mL
· M
icropipeta (1000 µL)
· G
obelés de 150 mL
· V
aretas
· F
unil
· P
apel de filtro
· T
ubos de ensaio
· S
uporte de tubos de ensaio
· P
ompete
· M
agnete
· P
roveta de 5 mL e 100 mL
· E
spátula
· Á
gua desionizada
· S
olução aquosa de H2O2 4,0 M - (Solução A) 24
· S
olução aquosa de KIO3 0,20 M e de H2SO4 0,077 M - (Solução B) 24
· S
olução aquosa de ácido malónico (CH2(COOH)2) 0,15 M, de MnSO4 0,20 M
e amido a 0,03 % - (Solução C) 24
24
uidados de segurança na preparação de soluções: Como o H2O2 a 30 % é um agente oxidante muito forte, o H2SO4
C
é um ácido forte corrosivo e o ácido malónico é moderadamente tóxico e corrosivo, devem ser usados óculos, bata
e luvas na preparação das soluções correspondentes (preparar as soluções na câmara de exaustão). Para além disso,
deve ser evitado qualquer contacto entre o H2O2 e materiais combustíveis.
≈ 163 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Equipamento:
· P
laca de agitação magnética
· B
alança de precisão
· T
riturador de alimentos
Procedimento experimental:
A – Preparação das amostras
Amostras sólidas:
≈ 164 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
4) Quando a solução de coloração âmbar virar a azul pela segunda vez adicio-
nar rapidamente (usando uma micropipeta) 1000 µL da amostra preparada
(ver esquema na Figura 4.23).
≈ 165 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
A reação produz iodo que é tóxico por inalação e irritante para os olhos, pele e vias
respiratórias. A atividade experimental deve ser feita na câmara de exaustão ou em
laboratório bem ventilado.
≈ 166 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Tempo Tempo
Amostra Amostra
de reação de reação
≈ 167 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 168 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Leituras Selecionadas
G. Farusi, Looking for antioxidant food, Science in School, 13, 39-43, 2009.
J. Crowe, T. Bradshaw, Chemistry for the Biosciences: The Essential Concepts, 3rd Ed.,
Oxford University Press, 594-598, 2014.
Investigação
1.
Qual o papel dos radicais livres no desenvolvimento de patologias no orga-
nismo humano?
3.
Identifique e apresente espécies moleculares nos alimentos testados
que possam ser responsáveis pela atividade antioxidante observada
(apresente as respetivas estruturas moleculares).
≈ 169 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Competências conceptuais:
· A
cor como expressão de interação radiação-matéria: espetros de absorção
molecular UV-Vis.
· A
lei de Lambert-Beer, sua aplicação para determinar a concentração de uma
substância em solução.
· T
raçar curva de calibração (absorvência vs. concentração).
· D
eterminar a concentração da solução problema a partir da curva de calibração.
· E
scrita e acerto de equações químicas, bem como reconhecimento de rea-
gente limitante.
· P
rocessos de descontaminação por biorremediação.
Competências laboratoriais:
· P
reparação de soluções padrão a partir de solutos sólidos e por diluição.
· P
reparação de soluções reacionais (função: reagente de derivatização química).
· M
edições e registo de leituras espectrofotométricas.
· C
onstrução de curva de calibração absorvência/concentração utilizando
ferramentas digitais.
· A
nálise comparativa de resultados usando como base soluções de referência.
≈ 170 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Enquadramento teórico
Os iões tiocianato, SCN-, podem estar presentes em estações de tratamento de
águas residuais como resultado de diferentes processos industriais associados à
combustão incompleta de combustíveis sólidos como o carvão ou a madeira ou em
processos de mineração de metais preciosos onde são usados cianetos. Estes iões
podem fazer parte dos efluentes industriais associados, devendo ser evitada a sua
transferência para os cursos de água natural por serem tóxicos para os organismos
aquáticos e para os seres humanos. Nas estações de tratamento de águas residuais
estes iões podem ser eliminados por ação microbiana responsável pela oxidação
dos tiocianatos dando origem a espécies ambientalmente menos nocivas.
microrganismos
SCN– + 3H2O + 2 O2 HCO3– + NH4+ + SO42– + H+
Em solução aquosa o ião Fe3+ existe sob a forma de ião complexo ligado a seis
moléculas de água (geometria octaédrica), correntemente representado por
[Fe(H2O)6]3+. Na presença de iões tiocianato uma das moléculas de água é substi-
tuída produzindo-se, assim, o ião complexo ferritiocianato [Fe(H2O)5SCN]2+, ver
Figura 4.24.
≈ 171 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Energia absorvida
∆E = hv absorvida
Energia
Energia
D E = hn
Molécula (estado fundamental)
Molécula (estado fundamental)
Figura 4.25 - Transição eletrónica de uma molécula do estado fundamental para o estado excitado.
Figura 4.25 - Transição eletrónica de uma molécula do estado fundamental para o estado excitado.
O ião complexo
complexo [Fe(H
[Fe(H22O)
O)55SCN]
SCN]2+2+ apresenta
apresenta cor sanguínea2525,, podendo
cor sanguínea ser analisado
podendo ser analisado por
espectroscopiadedeabsorção
espectroscopia absorção molecular.
molecular.
O ião
ião Fe
Fe3+3+no
noestado
estadogasoso
gasosoapresenta
apresentaduas orbitais
duas d semipreenchidas
orbitais d semipreenchidase trêseorbitais d não
três orbitais
d não preenchidas
preenchidas degeneradas.
degeneradas. A presença
A presença de qualquer
de qualquer ligando
ligando ligado aoligado
ião Fe3+aofaz
iãocom faz
Fe3+que
com que estas orbitais deixem de ser degeneradas, apresentando valores de energia
estas orbitais deixem de ser degeneradas, apresentando valores de energia diferentes
diferentes entre si. Assim, um eletrão numa orbital d semipreenchida pode absorver
entre
um fotãosi. Assim, um eletrão
transitando para umanuma orbital
orbital d semipreenchida
d de energia podeou
superior (vazia absorver um fotão
semipreenchida).
transitando
Por esta razão parao ião
umacomplexo
orbital d apresenta
de energiaasuperior (vazia de
característica ouabsorver
semipreenchida).
radiaçãoPor esta
na zona
do visível
razão o iãodevido
complexoà proximidade
apresenta aentre os valoresdedeabsorver
característica energia radiação
destas orbitais.
na zona do visível
devido à proximidade entre
A espectrofotometria os valores molecular
de absorção de energia permite
destas orbitais.
medir, usando um espectro-
fotómetro,
A a intensidadede
espectrofotometria da radiação,
absorção com um determinado
molecular permite comprimento de onda
medir, usando um
espectrofotómetro, a intensidade da radiação, com um determinado comprimento de
25
As substâncias que apresentam cor absorvem no espectro da luz visível, se um composto absorve luz verde apresenta a
onda - l - que
cor vermelha (corpassa através
complementar do de uma amostra em análise, relacionando-a com a intensidade
verde).
25
As substâncias que apresentam cor absorvem no 172 ≈ da luz visível, se um composto absorve luz verde
≈ espectro
apresenta a cor vermelha (cor complementar do verde).
172
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
A luz que passa através da amostra é absorvida pelas espécies em solução e a inten-
sidade da luz transmitida é detetada.
A B
It I0
T=I A = log I
0 t
A quantidade de radiação absorvida por uma molécula em solução varia com o compri-
mento de onda. O registo da variação da absorvência em função do comprimento de
onda da radiação incidente permite-nos obter um espetro de absorção da amostra em
estudo (Figura 4.27).
≈ 173 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Absorvência
A = εlC
Quanto maior for a concentração de uma substância em solução, maior será o sinal
de absorvência medido no instrumento. Esta relação é tipicamente linear, apenas para
uma gama limitada de concentrações, observando-se um desvio à linearidade, para
altas concentrações, devido a interações entre as espécies que absorvem radiação.
Para construir uma curva de calibração (Absorvência vs. Concentração) é necessário
preparar um conjunto de soluções de concentração conhecida do analito alvo (soluções
padrão), medir as respetivas absorvências usando um espetrofotómetro e calcular
a reta (y=mx+b) por regressão linear, na gama de concentrações onde é observada
linearidade. O declive da reta dá o produto de εb. A concentração do analito alvo numa
dada solução amostra pode ser determinada, usando os parâmetros (m e b) da equação
da reta e fazendo substituir y pelo valor de absorvência da amostra, calculando x que
corresponderá à concentração (C) de analito na amostra, C = (y-b)/m.
≈ 174 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Efluente
industrial
Efluente da estação
Oxigénio de tratamento
(o processo é aeróbio) (a ser lançado em cursos de água)
O tempo total
de tratamento
é de cerca de 15 h
Figura 4.28 - Esquema de uma estação de tratamento de águas residuais, por ação microbiana.
(Adaptado de http://www.rsc.org/learn-chemistry/resource/res00000887/
challenging-plants-phytomanagement-practicals, acedido em janeiro de 2021.)
≈ 175 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
· 6
0 minutos para leitura e registo de dados experimentais.
· 3
0 minutos interpretação de resultados.
Materiais e reagentes:
· B
alões volumétricos de 50 mL e 500 mL
· P
ipetas volumétricas
· G
obelés 100 mL e 250 mL
· F
unil
· V
idro de relógio
· E
spátula
· P
ompete
· Á
gua desionizada
· T
iocianato de potássio p.a.
· S
olução de Cloreto de ferro (III) hexahidratado 0,40 M, em solução de HCl 1,0 M
· S
oluções amostra recolhidas em diferentes pontos de uma estação de trata-
mento microbiana.
Equipamento:
· B
alança analítica
· E
spectrofotómetro de absorção molecular UV-Vis
· C
élulas de absorção (vidro ou quartzo)
· P
rotótipo de estação piloto para tratamento microbiano de águas residuais
≈ 176 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
HCl 1,0 M Xi 2 1 2
Procedimento experimental:
A – Preparação de uma solução aquosa de KSCN 250 mg/L:
26
KSCN dever-se-á secar previamente numa estufa a 100 ºC a 105 ºC durante 1 hora, para remover moléculas de água de
O
hidratação. Após secagem, dever-se-á deixar arrefecer em exsicador até ao momento de utilização.
≈ 177 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
2)
Usando uma pipeta volumétrica com a capacidade mais próxima do
volume previamente calculado, medir com a ajuda de uma pompete, o
volume selecionado.
≈ 178 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
4)
Para efetuar as medições a célula é colocada dentro do espectro-
fotómetro de modo a que a radiação atravesse as paredes transparen-
tes. No caso do espectrofotómetro de feixe duplo deve ser colocada no
respetivo porta-amostras uma célula equivalente contendo apenas
o branco.
5) As leituras devem começar pela solução mais diluída, ou seja, o branco,
seguindo a ordem crescente de concentrações (deste modo evita-se
a lavagem da célula com o solvente, passando apenas a célula com a solu-
ção a medir).
6) Após a análise dos padrões, lavar bem a célula com o solvente, passar
uma vez pela solução de amostra a analisar e preencher a célula novamente
com a amostra. Realizar o mesmo procedimento para cada amostra.
≈ 179 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 180 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
≈ 181 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
Referências citadas
[1] Royal Society of Chemistry Advancing the Chemical Sciences, Determination of
thiocyanate ions in waste water - Student worksheet http://www.rsc.org/learn-
chemistry/resource/res00000887/challenging-plants-phytomanagement-
practicals (Acedido em janeiro de 2021).
Leituras Selecionadas
Royal Society of Chemistry Advancing the Chemical Sciences, Determination of
thiocyanate ions in waste water - Student worksheet http://www.rsc.org/learn-
chemistry/resource/res00000887/challenging-plants-phytomanagement-
practicals (Acedido em janeiro de 2021).
Investigação
1. Faça um estudo comparativo entre processos de biorremediação e de fitor-
remediação no tratamento de águas residuais.
≈ 182 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Competências conceptuais:
· I nteração radiação-matéria: conceitos de absorção e emissão de radiação.
· R
eações químicas caracterizadas por emissão de luz.
- Quimiluminescência
- Bioluminescência
· R
econhecimento de reações químicas de oxidação-redução.
· C
atalisadores de reação (químicos e biológicos).
Competências laboratoriais:
· M
edição de volumes, distinção de material volumétrico: seleção do material
mais adequado.
· P
esagens, distinção de equipamento de pesagem (balança técnica e balança
analítica) e respetiva seleção.
· C
uidados de execução laboratorial na preparação de soluções com concentra-
ção expressa em % m/m.
· P
reparação de soluções a partir de sólidos corrosivos e tóxicos.
· C
onstruir uma câmara escura a partir de um esquema fornecido.
Enquadramento teórico
Quando um átomo ou molécula, no estado fundamental, absorve energia, passa para
um estado excitado (com maior energia). Para voltar ao estado fundamental tem de
encontrar uma forma de dissipar o excesso de energia, podendo fazê-lo sob a forma
de radiação eletromagnética, ou seja, sob a forma de quanta de energia ou fotões.
Quando este fenómeno ocorre a baixa temperatura designa-se por luminescência.
≈ 183 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
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/,01+20*'-,'$&3*.,'
$% 42-.*/$-3*0
Figura 4.29 – Exemplo genérico dos processos de desexcitação molecular após absorção
de radiação. O estado fundamental possui multiplicidade singuleto (linhas contínuas
representam transições radiativas; as linhas tracejadas representam transições não-radiativas).
A cada nível eletrónico estão associados diferentes níveis vibracionais.
(Adaptada de A. V. Müller et al. Quim. Nova, 40, 200-213, 2017)
≈ 184 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
≈ 185 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 186 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
no Os
grupo Heme da
cientistas hemoglobina
forenses doos
utilizam sangue atua como
fundamentos catalisador
desta reação da reaçãopara
química descrita
detetar
vestígios deSe
anteriormente. sangue em estiver
o espaço cenários de crime.na
escurecido, A mistura
presençadedeluminol numa vestigiais
quantidades solução diluída
de
de peróxido de hidrogénio é pulverizada na área suspeita de ter vestígios de sangue.
sangue, observa-se uma luz azul brilhante durante cerca de trinta segundos.
O ferro presente no grupo Heme da hemoglobina do sangue atua como catalisador
As reações
da reaçãode bioluminescência usam o ATP
descrita anteriormente. Se (adenosina trifosfato)
o espaço estiver como fonte
escurecido, nadepresença
energia. de
A estrutura das moléculas
quantidades emissoras
vestigiais de sangue,de luz varia de
observa-se espécie
uma para
luz azul espéciedurante
brilhante podendo, no de
cerca
trinta ser-lhe
entanto, segundos.
atribuída a designação geral de luciferina, ver Figura 4.32. Quando um
pirilampo brilha significa
As reações que a luciferina usam
de bioluminescência foi oxidada
o ATPpara(adenosina
produzir umtrifosfato)
estado excitado
comoque fonte
de para
decai energia. A estrutura
o estado fundamentaldaslibertando
moléculasumemissoras de tal
fotão de luz luzcomo
variaacontece
de espécie
com para
a
espécie podendo, no entanto, ser-lhe atribuída a designação geral de luciferina, ver
reação quimiluminescente no luminol apresentada anteriormente. Contudo, os pirilampos
Figura 4.32. Quando um pirilampo brilha significa que a luciferina foi oxidada para
não usam o peróxido de hidrogénio nem o ferricianeto de potássio para oxidar a luciferina;
produzir um estado excitado que decai para o estado fundamental libertando um fotão
em devezluz
disso
talusam
comouma enzima chamada
acontece luciferase
com a reação (nome genérico –no
quimiluminescente asluminol
luciferases variam
apresentada
de espécie para espécie).
anteriormente. Contudo,Aproximadamente
os pirilampos nãocerca de 90%
usam dos organismos
o peróxido vivos presentes
de hidrogénio nem o ferri-
no cianeto de potássio
oceano profundo para oxidar
também exibema luciferina; em vez
este fenómeno de disso usam uma enzima
bioluminescência, usandochamada
a luz
luciferase (nome genérico – as luciferases variam de espécie para espécie). Aproxima-
produzida com diferentes funções, como por exemplo para atrair as presas, camuflagem
damente cerca de 90 % dos organismos vivos presentes no oceano profundo também
ou para efeitos de acasalamento. Algumas bactérias também usam a bioluminescência
exibem este fenómeno de bioluminescência, usando a luz produzida com diferentes
parafunções,
comunicar. A luzpor
como produzida
exemplo pelos organismos
para atrair as vivos oceânicos
presas, é maioritariamente
camuflagem azul de
ou para efeitos
acasalamento.
ou verde, Algumas
uma vez que bactérias
a radiação também
com estes usam a bioluminescência
comprimentos parade
de onda se transmite comunicar.
forma
maisA luz produzida
eficiente pelos
através da organismos
água do marvivos(menoroceânicos é maioritariamente
comprimento de onda maiorazul ou verde,
efeito de
uma vez que a radiação com estes comprimentos de onda se transmite de forma mais
difusão).
eficiente através da água do mar (menor comprimento de onda maior efeito de difusão).
Luciferase
Luciferina
ÍNçAåXHA[J +™+ Oò¶ó?ú('&"( Oxiluciferina +
+ ÎÏÌ
Luz
1 -⎯⎯⎯⎯⎯⎯/
2 ™>AMNçAåXHA[J
≈ 187 ≈ 187
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
· 3
0 minutos para a preparação de soluções de trabalho.
Materiais e reagentes:
· P
ipetas graduadas
· B
alões volumétricos
· B
alões de erlenmeyer
· G
obelés
· V
idro de relógio
· V
areta
· F
unil
· P
ompete
· E
spátula
· H
idróxido de sódio (NaOH) p.a.
· L
uminol (C8H7N3O2) p.a.
· F
erricianeto de potássio (K3[Fe(CN)6]) p.a.
· P
eróxido de hidrogénio 30 % (H2O2)
≈ 188 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Equipamentos:
· B
alança analítica
· B
alança de precisão
Procedimento experimental:
Preparação de soluções a partir de soluto sólido
≈ 189 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
≈ 190 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Cálculos prévios
· 2
0 g de solução de Hidróxido de sódio (NaOH) a 10 % (m/m).
· C
alcular a concentração molar da solução preparada no ponto 2 do proce-
dimento.
· C
alcular a concentração molar, o número de moles e a massa de ferricianeto
de potássio em 25 g de uma solução a 3 % (m/m) deste sal.
≈ 191 ≈
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
6. Calcule a variação de energia (por fotão e por mole) quando o estado exci-
tado do intermediário do luminol decai para o estado fundamental?
≈ 192 ≈
INTRODUÇÃO À QUÍMICA LABORATORIAL NO ENSINO SUPERIOR
Leituras Selecionadas
G. Farusi e S. Watt, Living light: the chemistry of bioluminescence, Science in School,
35, 30-36, 2016.
P. B. O’Hara, C. Engelson e W. St. Peter, Turning on the Light: Lessons from Luminescence,
Journal of Chemical Education, 82, 49-52, 2005.
Materiais multimédia
https://ed.ted.com/lessons/the-brilliance-of-bioluminescence-leslie-kenna
(Acedido em janeiro de 2021).
Investigação
1. Em reações de luminescência natural que substâncias desempenham
a função de catalisador e de oxidante da reação de bioluminescência?
≈ 193 ≈
1 2
H Número He
Hidrogénio atómico Hélio
1,00 4
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be Símbolo B C N O F Ne
Lítio Berílio nome Boro Carbono Nitrogénio Oxigénio Flúor Néon
6,94 9,01 10,81 12,01 14,00 15,99 18,99 20,18
11 12 massa 13 14 15 16 17 18
Na Mg Al Si P S Cl Ar
Sódio Magnésio Alumínio Silício Fósforo Enxofre Cloro Árgon
22,99 24,30 26,98 28,08 30,97 32,06 35,45 39,95
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Potássio Cálcio Escândio Titânio Vanádio Crómio Manganês Ferro Cobalto Níquel Cobre Zinco Gálio Germânio Arsénio Selénio Bromo Crípton
39,09 40,07 44,95 47,86 50,94 51,99 54,93 55,84 58,93 58,69 63,54 65,38 69,72 72,63 74,92 78,97 79,90 83,7
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
≈ 194 ≈
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Tabela Periódica dos Elementos Químicos
Rubídio Estrôncio Ítrio Zircónio Nióbio Molibdénio Tecnécio Ruténio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Antimónio Telúrio Iodo Xénon
85,46 87,62 88,90 91,22 92,90 95,95 00 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29
55 56 57-71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
Césio Bário Lantanídeos Háfnio Tântalo Tungsténio Rénio Ósmio Irídio Platina Ouro Mercúrio Tálio Chumbo Bismuto Polónio Ástato Rádon
132,91 137,33 1 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98 00 00 00
87 88 89-103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fl Mc Lv Ts Og
Frâncio Rádio Actinídeos Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Darmstácio Roentgénio Copernício Nipónio Fleróvio Moscóvio Livermório Tenesso Oganésson
1,00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00
57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Guia de laboratório dirigido ao ensino da química nas áreas das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS e CIÊNCIAS DA SAÚDE
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Dispórsio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
138,91 140,12 140,91 144,24 1 150,36 151,96 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97
89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103
Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Actínio Tório Proactínio Urânio Neptúnio Plutónio Amerício Cúrio Berkélio Califórnio Einsténio Férmio Mendelévio Nobélio Lawrêncio
1,00 232,04 231,04 238,03 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
A disciplina introdutória de Química Geral
é transversal ao 1º ciclo do ensino superior
das diversas licenciaturas na área das Ciências
Biológicas e Ciências da Saúde.
Este livro não tem outra pretensão que não
seja auxiliar professores e alunos através de
uma seleção temática de práticas laboratoriais,
onde se procuram cruzar conceitos teóricos
lecionadas no âmbito da disciplina de Química
Geral com algumas aplicações práticas desses
conceitos e integrando-as nas áreas do saber
das Ciências Biológicas e Ciências da Saúde.
Nos três primeiros capítulos aborda-se
um conjunto de boas práticas laboratoriais
relacionadas com a implementação de condutas
de segurança em laboratório, na utilização
de material volumétrico e pequeno equipa-
mento correntemente utilizado neste nível
de ensino, bem como análise e tratamento
de resultados experimentais.
No quarto capítulo é proposto um conjunto
de atividades experimentais tematicamente
selecionadas. Cada atividade proposta integra
as competências conceptuais e laboratoriais
a atingir pelo aluno; o enquadramento teórico
da aplicação prática; materiais a utilizar e
procedimento experimental e análise de riscos,
bem como duração espetável da atividade;
orientações para o registo sistematizado
e tratamento dos dados experimentais;
sugestões de literatura científica adequada
a cada tema e também um conjunto de
questões destinadas a estimular a reflexão
e investigação complementares a cada tema
estudado.