Injeção Eletrônica - Os Fundamentos
Injeção Eletrônica - Os Fundamentos
Injeção Eletrônica - Os Fundamentos
ISENÇÃO DE
RESPONSABILIDADE
Todas as informações contidas neste guia são provenientes de minhas experiências
pessoais com o aprendizado sobre eletricidade, elétrica automotiva, injeção eletrônica,
física e tudo que compõe meus conhecimentos ao longo de vários anos de estudos e
trabalho. Embora eu tenha me esforçado ao máximo para garantir a precisão e a mais
alta qualidade dessas informações e acredite que todas os fundamentos e conceitos
aqui descritos podem levar o leitor do absoluto zero ao conhecimento de elétrica
automotiva. Cabe ao leitor utilizar e ajustar as informações deste guia de acordo com
sua situação e necessidades.
DIREITOS AUTORAIS
Este guia está protegido por leis de direitos autorais. Todos os direitos sobre o guia
são reservados. Você não tem permissão para vender este guia nem para
copiar/reproduzir o conteúdo do guia em sites, blogs, jornais ou quaisquer outros
veículos de distribuição e mídia. Qualquer tipo de violação dos direitos autorais estará
sujeito a ações legais.
Sobre o autor
KEVEN MADALOZZO
Há 5 anos sou proprietário de meu próprio negócio, realizando meu sonho, hoje
trabalho no Grupo Madalozzo, onde recentemente dei mais um passo em direção aos
meus objetivos e sonhos de vida. Decidi Transformar, transformar vidas, dividir
conhecimento, sempre tive o sonho de modificar o mundo e acredito que tenha dado
os primeiros passos, iniciei meu canal no Youtube onde divido as minhas experiências e
como acredito muito no universo, junto com esses primeiros passos veio um convite
muito especial de me tornar Instrutor Técnico na Escola do Mecânico de minha cidade.
Hoje sigo meu projeto com o canal no Youtube e redes sociais, meu Blog e como
Instrutor Técnico.
Capítulo 1 Introdução............................................................................................... 9
Capítulo 1 INTRODUÇÃO
Seja muito bem vindo, fico muito feliz que tenha decidido iniciar a leitura deste
livro, neste livro encontrará de forma reduzida um pouco do conhecimento que adquiri
durante os anos. Assim como você eu também já tive a vontade de aprender algo novo,
inovar, fazer a diferença. Neste livro concentrarei os esforços para simplificar o
entendimento do que chamamos de injeção eletrônica automotiva.
“Vou trabalhar de mecânico, vou fazer esse curso”. Meu pai me apoiou e foi aí que
tudo começou, então, eu não sabia nada mesmo, nunca havia tido contato.
Aquela paixão por injeção eletrônica tinha sido geminada, quando eu via os
mecânicos através do scanner, solucionando problemas e diagnosticando falhas, aquilo
era o que eu queria. Desde então vinha sempre que possível observando e perguntando
muito, sempre fui muito curioso, como as coisas funcionam e por que funcionam de tal
maneira, isso me proporcionou adquirir muito conhecimento de pessoas altamente
instruídas, como meu curso era Técnico, logo de cara na parte de elétrica veio um
conteúdo muito similar ao de escola, sabe? Bastante teoria, cálculos e mais cálculos e
isso me proporcionou a criar uma forte e sólida base para meus futuros conhecimentos
e empreitadas, aproveitei a quantidade de teoria que vinha adquirindo e comecei a
perguntar, conversar e acompanhar os serviços de injeção eletrônica, como eu
trabalhava das 08:00 ao 12:00 eu sempre chegava 7:20, 7:30, aproveitava para passar
o primeiro café do dia e no horário do almoço eu bombardeava meus colegas e chefe
com perguntas, as vezes penso que posso ter sido até irritante, hoje valorizo muito
quando alguém me pergunta algo, pois, reconheço a vontade e o interesse em adquirir
conhecimento e sinto muito feliz de poder compartilhar, com o tempo, comecei a ser
direcionado para mais serviços de injeção e elétrica, somente serviços simples, até por
questão da minha carga horária, não podia começar e terminar um serviço maior no
mesmo dia, por exemplo.
Lembro ainda que a maior felicidade era quando um carro chegava de guincho sem
funcionar, sério, adorava esse tipo de problema. Antes mesmo de terminar o meu curso
técnico eu acabei saindo daquela empresa e indo para outra por indicação de um
professor do meu curso e nesta empresa, devo muito dos meus conhecimentos de hoje,
assumi um cargo na época de auxiliar de eletricista, trabalhando na época somente com
injeção eletrônica, elétrica e GNV. Uma empresa muito bacana e com muitos recursos
e ferramental, comecei lá ter contato com ferramentas mais precisas de diagnóstico,
esquemas elétricos, osciloscópio, scanners variados, ferramentas especiais.
Nesta época comecei a comprar ferramentas para fazer algumas coisas em casa,
não ganhava muito, mas era o suficiente para viver e ir adquirindo ferramentas.
Comecei a consertar alguns veículos no sábado e domingo, o que não tinha de
ferramenta meu chefe me emprestava, como disse anteriormente, muito gente boa e
devo muito aquela empresa, os scanners eram o mais caro então sempre pegava
emprestado.
Nessa mesma linha do tempo conheci uma pessoa muito inteligente e entramos
em um projeto juntos, existe uma injeção chamada MegaSquirt que é uma injeção de
código aberto americana com muitos recursos bacanas que quase não existiam nas
injeções nacionais e queríamos torna-la mais compacta e moderna, então começamos
analisar os esquemas elétricos e projetar uma placa nova, com os componentes em
SMD e o mais compacta possível com Bluetooth, foram anos bem corridos e produtivos,
pude aprender muito de eletrônica e como uma injeção realmente trabalha. Montamos
algumas injeções, instalamos e algumas até hoje funcionam, mas o tempo acabou nos
distanciando do projeto e seguimos nosso caminho. Durante essa jornada, com o
conhecimento e a experiência aumentando recebi propostas de trabalho melhores e
com dois corações tive que tomar uma decisão para seguir em minha trajetória de vida,
muito grato por todo aprendizado e oportunidade, segui minha trajetória para trabalhar
somente com injeção eletrônica. E contei esse trecho de minha vida para vocês, apenas
para dizer que isso só foi possível porque havia construído uma base forte de
conhecimento, isso é, os fundamentos, isso me proporcionou suportar os
conhecimentos para até projetar uma injeção eletrônica. E desejo isso para vocês, que
construam uma fundação sólida para apoiar o prédio da vida de vocês.
Meus sentimentos mais sinceros é que você possa aprender os fundamentos aqui
descritos sem decorar nada, sem cobrança alguma e construa uma forte e inabalável
fundação de conhecimentos, sempre digo que uma casa de 2,3,4 ou até mais andares
necessita, primeiramente de uma boa fundação para suportar esses andares, se não,
inevitavelmente com o tempo essa construção não resistira ao tempo, as adversidades
da natureza. Costumo pensar que cada andar que colocamos em cima de nossa casa é
um conhecimento a mais que agregamos, por exemplo, injeção eletrônica básica é 1
andar, aprendi como utilizar o scanner é outro andar, aprendi osciloscópio básico é
outro andar, e assim vamos construindo nosso prédio, mas se, por algum motivo nossa
fundação for fraca, eventualmente um temporal, vendaval vai vir a balançar o prédio,
esses fenômenos se apresentam em nosso dia a dia como forma de problemas,
dificuldades, duvidas e diversas situações, por isso, se tivermos uma base sólida e forte
nosso prédio sobrevivera ao mau tempo.
- Confúcio.
Caso você não tenha domínio ou conhecimento sobre elétrica/ eletricidade indico
que primeiro, leia o livro Eletroeletrônica Automotiva Básica – Os fundamentos o qual
você pode baixar aqui:
https://kevenmadalozzo.com.br/ebook-eletrica-automotiva-os-fundamentos/
Neste livro vou fornecer tudo para que você saia do ABSOLUTO ZERO em injeção
eletrônica até conhecer e entender como esse sistema funciona.
Caso você tenha algum conhecimento, o convido a ler também o livro por
completo, pois, sempre há algo que nos agrega, às vezes, até por simplesmente
escrever este livro com meus próprios pensamentos e experiências pessoais.
https://www.youtube.com/playlist?list=PLg7mVxL7uMtO6CexGBhqufFUPQiVrXBgT
O triplo C
Combustível
Comburente
Calor
São os três, fundamentais para existir combustão, no caso do nosso motor a
gasolina/álcool por exemplo, temos o combustível :
Temos também o comburente, esse reage com o combustível, gerando calor e luz
em determinadas situações, que no motor a combustão é convertido em movimentos
mecânicos. O comburente mais comum é o oxigênio, que o motor aspira através do ar
em seu funcionamento.
Só pode existir combustão caso haja esse triplo “C”, o motor por sua natureza é
uma “bomba de vácuo” e sempre que está em movimento os pistões estão aspirando
comburente para o interior da câmara de combustão, o combustível por sua vez, nos
veículos carburados era inserido através do carburador e hoje quem é responsável por
essa inserção é a injeção eletrônica através do eletro injetor (“bico injetor”) e a fonte
de calor é fornecida pela bobina de alta tensão que distribui a centelha para a vela de
ignição que fica instalada na câmara de combustão.
Mas precisa entender que há cada ano o controle de emissão de poluentes fica
mais rígido e com isso novos sistemas, estratégias e componentes tendem a aparecer,
modificar, por isso devemos compreender o funcionamento da combustão e do motor
para compreender melhor a injeção eletrônica. A ideia é sempre obter mais eficiência
com menos poluição, por isso é comum você ver motor 1.0 hoje com mais potência que
motores 1.6, 1.8 e até 2.0 de 20 anos atrás.
Para entender melhor sobre poluentes e eficiência, devemos entender sobre o que
já mencionei anteriormente : “Controle preciso de mistura de combustível.”
Por que precisa ter este controle? E como ele interfere na eficiência e emissão de
poluentes?
Como assim? O fato é que, combustível de mais não é bom e combustível de menos
também não é.
Relação Estequiométrica
Oxigênio/Combustível ( Comburente/Combustível)
O ar admitido não possui somente oxigênio, mas, este é o que mais nos importa
durante o processo de combustão. Essa relação estequiométrica muda de combustível
para combustível. Esta é mais uma vantagem do sistema de Injeção Eletrônica, que
pode calcular essa relação e compensar a maior quantidade de álcool na gasolina, por
exemplo.
Combustível Ar/Combustível
Gasolina Pura 14,7:1
Etanol 9,0:1
Gasolina Comum 13,2:1
Diesel 15,2:1
Metanol 6,4:1
Hidrogênio 34,0:1
Isto significa que, por exemplo, a cada 1 parte de Gasolina Pura é necessário 14,7
partes de oxigênio para uma combustão perfeita.
garantir essa mistura exata em todos postos que abastecermos, por isso, a injeção
eletrônica utiliza de vários sensores, cálculos e estratégias para calcular a quantidade
de combustível necessária para a combustão.
Desta forma acredito que já consiga imaginar por que o sistema Flex nasceu, a
quantidade de etanol necessário para uma queima é superior a quantidade necessária
com a gasolina.
Se um motor aspirando 100 gramas de oxigênio por ciclo, isso significa que :
Com gasolina comum ( 13,2:1 ) ele precisaria injetar: 100/ 13,2 = 7,57 gramas de
gasolina.
Com etanol ( 9:1 ) ele precisaria injetar : 100/9 = 9,09 gramas de etanol.
Com isso concluímos que é necessário injetar mais combustível quando abastecido
com etanol ou até com combustível misturado. O sistema flex consegue notar esta
diferença e corrigir seus processos em cima disso como veremos mais à frente.
Como disse anteriormente vou focar em sistemas mais modernos para melhor
aproveitamento, mas vamos entender brevemente sobre os primeiros sistemas de
injeção eletrônica.
Central Analógica;
Central Digital.
É muito raro trabalharmos com centrais analógicas nos dias de hoje e por isso,
vamos focar nas centrais digitais, caso o leitor tenha interesse em conhecer a história
da injeção eletrônica, pode estudar.
A central de injeção faz um processo muito parecido com este, recebe os dados dos
sensores, faz cálculos e atua diversos componentes no motor, recebe os dados dos
sensores novamente e assim faz, ciclo após ciclo.
Veja a mesma ideia agora com alguns dos componentes utilizados pela injeção
eletrônica, veremos todos este sensores e atuadores mais a frente, a ideia desta
ilustração é exemplificar o processo da central de injeção eletrônica, que também é
conhecida como : UCE ou ECU.
Veremos esses sensores e atuadores, mas antes vamos definir mais alguns detalhes:
Tipos de Injeção
Existem basicamente dois tipos de injeção e podemos definir o seu tipo através da
configuração de injetores da mesma.
Na injeção eletrônica também possuiu essa fase, por isso, vamos definir os tipos de
injeção existentes, os modos de injeção e configuração:
Modos:
Configurações:
Injeção Monoponto
A injeção monoponto,
como o nome já diz:
Ponto: Quantidade de
pontos.
Monoponto: Somente um
ponto, no nosso caso,
somente um injetor, essa
injeção é caracterizada por
ter somente um injetor
para todos os cilindros do
motor e é instalado acima
da borboleta de
aceleração.
É um sistema ultrapassado e faz bastante tempo que não é mais utilizado, porém,
é necessário conhecer sua existência, outra característica é que este sistema trabalha
com uma vazão de injetor maior e pressão de combustível menor, que veremos mais à
frente.
Acima, uma TBI ( corpo de borboleta ) com um injetor monoponto instalado acima
da borboleta. Por questões de eficiência e exigências na redução de poluentes este tipo
de injeção foi solicitado a modificação em 1997 para o sistema multiponto, embora
algumas montadoras chegaram a ultrapassar este ano.
Após este ano começaram os sistemas multipontos que são utilizados até hoje e
veremos as principais diferenças em...
Injeção Multiponto
Multi: Vários.
Ponto: Quantidade de
pontos.
E não para por aí, o fato de passar somente ar pelo coletor de admissão também
faz com que se evite a condensação de combustível nas paredes frias do coletor, com
isso melhora-se a mistura e a combustão.
- Menor resistência do ar, devido sua superfície ser extremamente lisa, sem
rugosidades;
- Menor peso;
Acima, uma rampa de injetores, que pode ser conhecida também como flauta dos
injetores, é o suporte dos eletro-injetores, recebe o combustível no interior dela e
distribui para os injetores realizarem a injeção de combustível.
Modos de Injeção
Sequencial;
Simultâneo ou FullGroup.
Podemos também nos dias de hoje, definir que o modo de injeção é o tipo também,
pois não existe uma injeção semi sequencial muito menos sequencial monoponto.
Dessa forma podemos considerar o modo como o tipo e vice versa.
Injeção Simultânea
É o modo mais simples e já foi ultrapassado a muito tempo por questões que você
já deve saber nesta altura do livro... Eficiência e Emissão de poluentes.
Neste caso, vamos simular como seria as injeções de combustível baseado nesta
tabela:
Acredito que tenha ficado bem claro o funcionamento dos injetores do modo
simultâneo. Alguns modelos de injeção podem fazer injeção de 180º em 180º na fase
de aquecimento, o importante é entender que todos os injetores trabalham juntos.
Semi Sequencial
Neste modo de injeção a injeção de combustível é feito banco a banco a cada 180º:
Neste caso, vamos simular como seria as injeções de combustível baseado nesta
tabela:
Hoje esse método também não é mais utilizado, porém, foi muito utilizado e você
provavelmente trabalhará bastante ainda com esse modo de injeção.
Outra característica deste sistema é que ele também se aplica a ignição, sendo o
disparo da centelha do mesmo modo, ou seja, banco a banco.
Sequencial
Para este modo sequencial é necessário a central do motor saber a posição exata
do virabrequim e também saber em qual fase está cada cilindro, para isso é necessário
um sensor no comando de válvulas também, veremos isso mais para frente.
Neste modo então, temos 4 bancos de injeção com controle totalmente individual,
em alguns sistemas de injeção a central consegue até calcular a quantidade de
combustível para cada cilindro em função de desgaste e rendimento individual.
Neste caso, vamos simular como seria as injeções de combustível baseado nesta
tabela:
Este é o método mais eficiente, porém demorou mais tempo a ser implementado
em todos os veículos por questão de custo de projeto. O sistema também não há perdas
por condensação, já que, a cada injeção o cilindro já admite a mistura, não havendo o
modo de espera.
Estas são as duas configurações de injeção, injeção direta que está crescendo cada
ano mais nos veículos e injeção indireta que é utilizado desde os primórdios.
A diferença entre as duas vai muito além do nome, a principal diferença entre elas
é o local onde o eletro injetor fica disposto.
Agora veremos o sistema de injeção direta e é muito simples notar sua diferença.
Ao lado podemos
observar um sistema de
injeção direta, onde a
principal característica é
que o eletro injetor é
instalado diretamente na
câmara de combustão,
após as válvulas de
admissão.
Aí começa as grandes
diferenças deste sistema e
seu alto custo de
produção.
Sensores
Oque vimos até agora é que a central de injeção eletrônica calcula a quantidade de
combustível a ser injetada, sempre procurando a relação estequiométrica. E para isso a
central utiliza de vários sensores para auxiliar os cálculos de quantidade de massa de ar
admitidos pelo cilindro a fim de mensurar a quantidade de combustível necessária para
uma combustão adequada.
Unidade de
Sensores Atuadores
Comando
Neste capítulo vamos conhecer de forma geral os sensores que compõe a injeção
eletrônica, suas funções e posteriormente vamos ver sensor por sensor de uma forma
mais especifica. Desta forma vamos estar mais alinhados com os sensores para
compreender melhor como a central faz o cálculo de injeção e isso é importante para
entender como fazer um diagnóstico, entender a lógica de raciocínio.
E: Engine .
C: Coolant .
T: Temperature .
Sensor de temperatura do ar
I: Intake
A: Air
T: Temperature
Acima um sensor de temperatura de ar, bem simples, este sensor tem a função de
informar a central de injeção eletrônica a temperatura do ar admitido, este sensor vai
instalado geralmente no coletor de admissão ou na mangueira de admissão, este
sensor é muito importante pois a temperatura do ar influencia diretamente na massa
de ar admitida, isso influencia na quantidade de combustível necessária e no ângulo
de ignição
T: Throttle .
P: Position .
S: Sensor .
M: Manifold .
A: Absolute .
P: Pressure .
CK: Crankshaft .
P: Position .
Sensor .
CM: Camshaft .
P: Position .
Sensor .
O2: Oxygen .
S: Sensor .
Sensor de detonação
K: Knock .
S: Sensor .
.
Atuadores
Agora que já vimos de uma forma geral alguns dos sensores que compõe o sistema
de injeção eletrônica, vamos ver o outro lado da moeda, os atuadores. Como já vimos
anteriormente os sensores fazem o mapeamento do terreno e os atuadores agem no
campo. Existem diversos tipos de atuadores, veremos a maioria deles aqui neste livro,
porém, por hora focaremos nos “universais” ou seja, que todos os veículos da
atualidade possuem.
Unidade de
Sensores Atuadores
Comando
Neste capítulo vamos conhecer de forma geral os atuadores que compõe a injeção
eletrônica, suas funções e posteriormente vamos ver atuador por atuador de uma
forma mais especifica. Desta forma vamos estar mais alinhados com os sensores e
atuadores para compreender melhor como a central faz o cálculo de injeção e aplica na
prática essas correções e cálculos. Isso é importante para entender como fazer um
diagnóstico, entender a lógica de raciocínio.
“Sensor da lenta”
Bomba de combustível
A bomba de combustível é a
responsável por fornecer vazão de
combustível para o sistema de injeção
eletrônica.
Bobina de ignição
Relé de potência/geral
Auto Adaptação
O Scanner além de fazer esse reset, também, consegue efetuar leituras de erros
gerados no sistema que chamamos de DTC ( Diagnostic trouble code ( Código de
diagnóstico de problemas )). Consegue realizar leitura de sensores, atuadores, além de
acesso a leitura de estratégias e funções especiais.
Toda vez que a UCE detecta uma falha no sistema, seja por falha elétrica ou falha
de mau funcionamento, a UCE vai gerar um DTC que pode ser acessado via scanner.
Scanner
• Napro;
• Launch;
• Autel;
• Raven;
• Alfatest;
• Pdl;
• ETC.
O scanner forma essa interface amigável entre UCE e reparador, com ele somos
capazes de acessar sistemas, realizar medições em tempo real com o motor
funcionando, realizar funções especiais etc.
Tomada de diagnóstico
Com o passar do tempo isso foi sendo regularizado, até que, o conector de
diagnostico foi modificado e universalizado .
Após a implantação deste conector OBD2 ficou muito mais fácil, pois, um cabo
apenas consegue conectar em 100% dos veículos, desde que o veículo possua suporte
para o scanner. Agora, a localização do conector depende de vários fatores da
montadora, tem veículos que é no porta luvas, tem veículos que é no console central
do veículo, tem veículo que é bem pela frente acima dos pedais, etc.
Introdução
Se tivermos por exemplo: 13,2 partes de ar para uma de gasolina e apenas 6,1 parte
de ar e meia parte de gasolina for queimada e o restante ir para o escapamento teremos
muito ar no escapamento e essa leitura pode ocasionar uma falsa mistura pobre .
Tendo uma falsa mistura pobre, a sonda lambda indicaria isso a central do motor
que prontamente estaria disponibilizando mais combustível afim de sanar essa
deficiência, causando maior consumo.
• Bobina de ignição
• Cabo de vela ( Se houver )
• Vela de ignição
Todo material possui uma certa resistência a tensão elétrica, como sabemos, um
fio tem resistência, baixíssima resistência, mas possui. Uma borracha podemos até
considerar como isolante, de tão alta que é a resistência. Mas existe um outro fator que
chamamos de Tensão de ruptura dielétrica.
Em média uma vela possui um espaço vago de até 1mm, algumas mais, outras
menos, mas vamos considerar essa média de 1mm, sabendo disso, teoricamente
precisaríamos 3KV para gerar esta centelha na vela dentro da câmara de combustão,
mas ai se encontra outro detalhe, a ignição é gerada com o cilindro em compressão,
muito próximo ao tempo de combustão, com isso a pressão interna do cilindro é muito
maior, praticamente multiplicado pela taxa de compressão.
Pegamos por exemplo um motor com taxa de compressão de 10:1, isso significa
que teremos 10 partes de ar no espaço de uma só. Teoricamente sem muitos cálculos,
apenas para fim de entendimento, é necessário que nossa tensão seja multiplicada em
10x para conseguir atravessar o ar nessas condições. 30KV são necessários nesta
situação, então, o sistema de ignição é capaz de transformar tensões baixas, de 12,6V
por exemplo em até 30, 40, 50 KV para vencer a dielétrica do ar/combustível dentro do
cilindro neste exato momento.
Por isso o sistema de ignição é bem complexo e sensível, necessitando uma devida
atenção especial.
Bobina de Ignição
O sistema primário fica com baixa tensão e o sistema secundário fica com alta
tensão, já a corrente elétrica acontece o inverso.
Descarga
Tempo de carga
Tempo de queima
Cabo de Ignição
Os cabos de ignição ou cabos de vela como também são conhecidos tem a função
de conduzir a corrente elétrica em alta tensão que foi gerada pelo secundário da bobina
de ignição até as velas de ignição que vão instaladas na câmara de combustão e que é
o ponto final da centelha.
Vela de Ignição
As velas de ignição possuem duas funções, embora uma delas, muitas vezes
esquecida ou despercebida:
2ª - Dissipação de calor
A parte externa é o
A carcaça metálica e o isolamento cerâmico.
sextavado para
Internamente a
apertar/soltar a vela.
resistência e
externamente o anel de
vedação.
Entre os eletrodos
ocorre o centelhamento.
A principal função da vela de ignição é conduzir a alta tensão elétrica gerada pela
bobina de ignição até a câmara de combustão onde é formado o arco elétrico (centelha)
entre os eletrodos central e massa. Portanto, ela é projetada para suportar a elevada
pressão do interior do cilindro, assim como a alta temperatura de funcionamento do
motor quando entra em combustão durante todo seu tempo de vida útil.
Esta tensão necessária para formação do arco elétrico não pode ser superior
aquela fornecida pela bobina, caso contrário poderá haver falhas de ignição em
situações críticas do motor e com isso, falhas de combustão.
Esse desgaste nos eletrodos não se limita apenas ao distanciamento físico entre
eles, mas ocorre também, um desgaste que aumenta a resistividade dos eletrodos a
condução da corrente, gerando turbulências na centelha e até baixa na eficiência da
combustão, portanto, uma vela desgastada não deve ser, apenas regulada.
As velas com grau térmico maior conduzem pouca quantidade de calor para fora
da câmara, dessa forma a temperatura de funcionamento da vela e da câmara de
combustão tendem a aumentar.
As velas com grau térmico menor conduzem maior quantidade de calor para fora
da câmara, dessa forma a temperatura de funcionamento da vela e da câmara de
combustão tendem a ser menores.
É necessário sempre aplicar vela correta no veículo, pois, o grau térmico da vela é
muito importante e se aplicado errado pode vir até mesmo danificar o motor do veículo,
pois, caso aplicamos uma vela que dissipa menos calor do que deveria, essa vela pode
trabalhar com uma tensão elevada e causar o que chamamos de pré ignição ou “grilar”.
Essa aplicação incorreta pode também acabar danificando até o pistão do motor, se a
temperatura for muito elevada.
A vela de ignição trabalha com uma faixa de temperatura, geralmente entre 400 e
800 graus. A temperatura da vela deve ser alta o suficiente para queimar os depósitos
que tendem a acumular na vela de ignição . ( Temperatura de auto limpeza ).
Acima um exemplo de uma vela mais quente e uma vela mais fria. Cada uma delas
vai trocar calor com uma intensidade diferente.
Driver de Ignição
Um pino de alimentação do
transistor (5v).
Tipos de bobinas
Antigamente existia uma bobina de ignição que gerava centelha para todos os
cilindros presentes no motor, a centelha era distribuída pelo distribuidor, conforme a
evolução se aproximou o distribuidor foi extinto.
Logo após o distribuidor foram criadas bobinas com 4 saídas que utilizavam 4 cabos
de velas para transportar a alta tensão até a vela de ignição.
Após este feito foram implantadas bobinas individuais para cada cilindro,
dispensando os cabos de velas.
Lembrando que o primário de ignição pode gerar tensões de 300V facilmente, por
este motivo deve-se verificar a tensão de trabalho do seu osciloscópio e se necessário
utilizar um atenuador de entrada no sinal.
uma ou duas saídas, se possuir apenas 2 pinos significa que temos acesso ao primário
de ignição. Se possuir 3 pinos significa que temos uma alimentação ( Positivo, Negativo
) e o terceiro pino de chaveamento do driver.
Bobina dupla motor fiat com apenas 2 Bobina simples motor VW MI com 3 pinos.
pinos. (Não possui driver interno) (Possui driver interno)
Existe outro modelo de bobina que é o modelo DIS, o qual muitos conhecem como
centelha perdida, estas bobinas possuem 4 saídas, sendo, de funcionamento semi-
sequencial, ou seja, fornecendo centelha a 2 cilindros ao mesmo tempo. Os cilindros
1 Alimentação positiva em
comum para ambos par de
saídas.
2x Alimentações
provenientes do driver dentro
da central.
Quando uma bobina que trabalha com sistema DIS semi sequencial possui apenas
3 pinos significa que ela não possui driver interno. Por este motivo, nós possuímos
acesso ao primário de ignição da mesma, podendo fazer diagnóstico e leitura do sinal
de ignição tanto pelo sistema primário, como pelo secundário.
O sistema de ignição é bem complexo e muita coisa pode modificar o sinal, por
isso, o que indico sempre é praticar muito, principalmente em carros sem defeito,
dessa forma fica muito mais fácil compreender o sinal padrão e suas características.
• Tempo de queima;
Mistura de combustível;
E por último avaliamos o residual de bobina, por padrão, uma bobina é construída
de modo que tenha potência sobrando, por isso, após a queima no interior do cilindro,
a bobina dissipa sua potência de “sobra” e com isso gera aquelas ondinhas
características do residual de bobina. Por padrão uma bobina precisa ter pelo menos 3
ondinhas, abaixo disso é muito provável que, se não der alguma falha de ignição em
situações críticas, pode em breve começar!
Falhas de ignição
Fuga de corrente ( Cabos de velas, vela com cerâmica trincada, bobina trincada
etc.) (PERIGO AO OSCILOSCÓPIO, ATENÇÃO!)
Sistema com resistência elevada ( Vela de ignição, cabos de vela, compressão alta
devido a carbonização, ponto de ignição atrasado, mistura pobre etc.)
• Tempo de queima OK
• Tensão de disparo OK
Podemos imaginar este sistema como um todo interligado. Como se tivesse uma
corda ancorada ao pico da tensão de disparo e a ponta do tempo de queima.
Imaginando esta corda, agora imagina que no ponto de baixo existe uma roldana,
e se, puxarmos a tensão de disparo para cima acabamos “encolhendo” o tempo de
queima, se baixamos a tensão de disparo, o tempo de queima aumenta.
Agora vamos entender um pouco mais sobre outro fator fundamental no motor a
combustão interna e na injeção eletrônica....
Capítulo 4 COMBUSTÍVEL
Motores Flex são motores que são capazes de trabalhar a combustão com uma
combinação qualquer entre gasolina e álcool sem a intervenção do motorista, ou seja,
o sistema detecta o combustível utilizado e atua em cima disso na regulagem do sistema
de injeção e ignição para que tal trabalhe corretamente.
Octanagem
Batida de pino, detonação, motor “grilando”, entre outros que não tenho ciência
no momento.
Quanto maior a compressão do motor (seja pela taxa de compressão ou pela sobre
alimentação) maior a temperatura interna na fase de compressão e a capacidade do
combustível não entrar em ignição espontânea antes da centelha é a octanagem.
A gasolina possui menor octanagem que o álcool, por este motivo é adicionado
álcool na mistura da gasolina, para aumentar sua octanagem.
Gasolina
Inibidores de corrosão;
Compostos detergentes;
Corantes;
Gasolina Aditivada
Outras gasolinas:
Gasolina Adulterada
Essa tenho certeza de que já ouviu, mas a pergunta que sempre segue, adulterada
como? O que altera?
Solventes
Aromáticos Parafínicos
Por conter oxigênio em sua composição, o etanol tem um poder de queima menor
que o da gasolina, uma vez que o oxigênio é mais pesado que os outros componentes,
ele aumenta o peso do combustível porém não produz energia. Isso explica o maior
consumo de Etanol em relação a gasolina.
Em função dessas características, o motor a álcool pode e deve utilizar uma taxa de
compressão mais elevada para aumentar sua eficiência térmica. Os motores flex
possuem um balanço de taxa de compressão entre gasolina e álcool.
Um motor a álcool também suporta um ponto de ignição maior devido a sua alta
capacidade de resistência a detonação, por ser um combustível de menor poder
calorifico ele também possui uma queima mais lenta o que se faz necessário o avanço
de ignição disparar a centelha antes, comparado a gasolina, para dar tempo do motor
aproveitar toda eficiência da combustão.
Como o etanol é hidratado, ou seja, possui água em sua composição, isso também
faz com que o interior da câmara de combustão trabalhe com temperaturas menores e
esses benefícios se estendem na combustão do motor, para melhor entendimento
indico estudo dos motores ciclo OTTO.
• Menor poluição;
O etanol não apresenta octanagem, mas para se ter uma noção de comparação
entre combustíveis ele equivale a octanagem de 110.
Ar Combustível ( AF )
Sabemos que todo combustível tem uma relação para queima perfeita entre
combustível e comburente.
Essas dimensões entre reagentes são apenas para fim de entendimento, sendo a
proporção real muito diferente. Uma ideia de uma proporção real:
Fator Lambda
Que nada mais significa que uma mistura está com excesso de combustível ou com
falta de combustível.
Como cada combustível possui sua relação estequiométrica, e por exemplo, não
sabemos se estamos falando de gasolina comum, aditivada, etc. Fica complicado
fazermos uma avaliação de cara.
Por isso nasceu o Fator Lambda, que nada mais é que a relação entre a mistura que
possuímos e a mistura estequiométrica.
E claro:
Fator λ = 1
Fator λ = 0,88
Fontes
https://www.shell.com.br/motoristas/combustiveis/shell-v-power-racing.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Octanagem
https://portal.ipiranga/wps/portal/ipiranga/produtoseservicos/produtos/combust
iveisipiranga/destaques/octapro
Linha 30;
Linha 15.
Linha 31.
Para isso, utilizamos um esquema elétrico, alguma literatura técnica que possamos
conferir os pinos de alimentação e testá-los com o multímetro ou até mesmo
osciloscópio.
Aterramento
Para testar e conferir o aterramento da central, deve medir a tensão elétrica entre
os pinos negativos da central e o negativo da bateria.
Queda de tensão
Ele pega uma alimentação positiva e varia o sinal dele entre o negativo e essa
alimentação, caso a central utilizasse diretamente a tensão da bateria, ela nunca teria
precisão nos sensores pois a tensão estaria sempre variando.
Regulador
12V 5V
de tensão
Uma tensão mínima e uma tensão máxima de entrada. Que varia de acordo com
cada componente, mas para entendermos, se a tensão for menor que a tensão mínima
de entrada, o 5V ficara comprometido.
O que acontece muito quando a bateria está com defeito ( Baixa corrente de
partida a frio ), é que a tensão cai abaixo do limite do regulador, comprometendo a
alimentação da central, podendo fazer com que ela perca algumas configurações dela,
como por exemplo, o combustível que estava utilizando (porcentagem de etanol na
mistura).
Então é necessário ficar atento quanto a bateria do veículo, pois, muitas vezes o
problema do sistema de injeção eletrônica encontra-se na bateria do veículo, e como é
muito fácil testar o sistema de partida, muitos dos diagnósticos aconselho e começar
por ela.
Capítulo 6 SENSORES
Neste capítulo iremos estudar os sensores de uma forma mais individual e objetiva,
assim como sua forma de sinal, alimentação, função etc.
Um exemplo ao lado
apenas representativo de que
em função da temperatura o
ar se expande, então,
considerando que o motor
possui sempre o mesmo
volume aspirado, quanto mais
quente o motor, menos ar é
aspirado ( EM MASSA ), porém
o volume segue igual.
Por isso que a injeção de combustível diminui em função da temperatura, por isso
o sensor de temperatura desempenha uma função bem importante e deve ser
verificado caso note algum problema com mistura de combustível.
O sensor é formado por um corpo de latão ou plástico na maioria dos casos que
protege o elemento resistivo constituído por um termistor do tipo NTC (coeficiente
negativo de temperatura), no qual o valor da resistência deste termistor é inversamente
proporcional a temperatura , ou seja, quando a temperatura sobe a resistência elétrica
do sensor diminui e quando a temperatura desce a resistência elétrica aumenta.
Injeção Eletrônica Automotiva Básica – Os fundamentos ©2020
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Sensores
Conector e Sinal
Existem sensores com mais pinos, com outras variações, mas o sistema base é este
que está apresentado.
Outro detalhe que é interessante se atentar é que as vezes o sensor pode estar
marcando errado. Podemos verificar isso utilizando o Scanner, Osciloscópio ou
Multímetro.
Temperatura Resistência
Esta tabela é apenas um exemplo e não serve para qualquer aplicação, geralmente
as literaturas técnicas disponíveis não dispõe de uma tabela com resistências precisas
em todas as temperaturas, por isso, indico que faça a verificação através do scanner.
• No coletor de admissão;
• Ao corpo de borboleta.
Temperatura do ar em 25Cº e da água em 20Cº por exemplo, isso faz com que a
mistura de combustível seja mais enriquecida do que deveria, já que a central faz o
cálculo em cima da temperatura de 20Cº quando na verdade está em 25Cº.
Acima uma TBI e bem na ponta da direita instalado o sensor TPS, quanto o
acelerador é pressionado e o cabo começa movimentar o ângulo da borboleta, o eixo
da borboleta que está acoplado ao sensor TPS, movimente o TPS internamente e com
isso causa uma alteração de tensão no sinal do TPS que informa a central da posição
exata de aceleração do veículo.
Um sensor TPS tem o mesmo princípio de divisor de tensão dos sensores que já
vimos até agora, mas, o sensor TPS é basicamente um potenciômetro que altera a
resistência entre o negativo e o positivo conforme é movimentado, dessa forma o sinal
trabalha conforme a borboleta é aberta ou fechada.
• Estratégia de desaceleração;
Conector e Sinal
Alimentação Alimentação
+ -
5V GND
Sinal
Por isso devemos ter cuidado na hora de aplicar o sensor TPS, pois, existem
sensores com a aparência idêntica, pinagem idêntica e se casa perfeitamente no local,
porém, tem o padrão contrário de funcionamento.
O sinal do sensor TPS deve ficar em torno de 100 mV até 4,8 V , variando de carro
para carro, sempre, mas o intuito de alertar sobre esse “em torno” é que, caso o sinal
fique totalmente negativo ( 0V ) ou totalmente positivo ( 5V ) a central reconhecerá
como um DTC , curto circuito ao positivo, curto circuito ao negativo ou circuito aberto.
Para testar esse sensor podemos utilizar o multímetro em tensão elétrica e verificar
a tensão elétrica conforme aceleramos, não pode haver “buracos” ou picos de tensão
na progressão de aceleração. Podemos também testar com o scanner, realizar a
medição do ângulo de abertura da borboleta e verificar a progressão, ou testar com o
osciloscópio...
Osciloscópio
Neste teste nós procuramos por inconformidades no sinal, como buracos ou picos
de tensão, e caso encontremos, verificar novamente para fazer a prova real do
problema. Este TPS trabalha de 0 a 5V.
Faça este teste com apenas a chave ligada e o motor desligado e depois refaça com
o motor ligado para ver se não há problemas de alimentação negativa quando ligado o
motor.
Este sensor é capaz de medir a pressão real dentro do coletor de admissão, nos
motores a gasolina que a aceleração é controlada através do fluxo de ar limitado pela
borboleta de aceleração nós possuímos na marcha lenta e em condições de baixa carga
o que chamamos de vácuo, isso porque, a pressão interna do coletor de admissão é
menor que a pressão atmosférica presente.
Agora que vimos que até mesmo a temperatura influencia na quantidade de massa
de ar admitida, tenho uma pergunta para você. É fato que em diferentes locais a pressão
atmosférica é diferente, por exemplo, na praia próximo ao nível do mar a pressão
atmosférica é maior que em uma montanha com altitude bem superior ao nível do mar,
isso faz com que se tenha menor pressão disponível no ar, se há menor pressão
disponível no ar como consequência o motor admite menor massa de ar em
circunstancias parecidas.
Se viajasse de onde você está até uma montanha ( Não sei onde você está nesse
momento, talvez já esteja em uma, se já estiver, finja que não está por favor! ) é fato
que a injeção eletrônica teria uma regulagem diferenciada. Isso afetaria a injeção de
combustível?
Existe outra função do sensor MAP que é a seguinte, toda vez que ligamos a chave
do veículo a central de injeção eletrônica lê a pressão do sensor MAP que, como o motor
está em repouso, está com a pressão atmosférica. Desta forma a injeção consegue se
ajustar ao ambiente que se encontra. Gosto de dizer que o sensor MAP é também uma
ferramenta, pois, a pressão interna do motor é fruto da regulagem de válvulas,
sincronismo do motor, etc. Dessa forma conseguimos fazer um diagnóstico muitas
vezes através do mesmo.
Conector e sinal
O sensor MAP possui uma pinagem bem simples e similar ao do sensor TPS:
Alimentação Alimentação
+ -
5V GND
Sinal
• A rotação do motor;
• A posição do virabrequim;
• A posição de PMS;
• O ponto de ignição;
• Eficiência de combustão.
1. Indutivos;
2. Efeito Hall.
O sensor de rotação é instalado próximo a uma roda fônica dentada que possui um
certo número de dentes e uma falha para identificação do PMS.
Outro modelo bastante aplicado também é a 36-1 e 36-2, o que muda é somente
o número de dentes. A roda fônica com 60-2 possui uma resolução superior as outras.
Sensor Indutivo
O sensor indutivo é constituído de uma capa tubular dentro do qual existe um imã
permanente e uma bobina em sua volta. Seu funcionamento é baseado no princípio de
indução magnética, ao girar a roda fônica, o intervalo entre os dentes do rotor de sinal
altera o fluxo do campo magnético no interior do sensor, induzindo uma tensão elétrica
alternada na bobina do sensor. A UCE avalia essas oscilações de tensão e a frequência
da mesma e a partir disto, deduz a rotação, aceleração e ou desaceleração.
Essas oscilações induzem uma força nas extremidades da bobina, gerando uma
tensão alternada de acordo com a velocidade da passagem dos dentes da roda fônica
pelo sensor, o valor de pico da tensão na saída do sensor depende, entre outros fatores,
da:
• Resistencia;
Em uma roda fônica cujo há falhas para sincronismo ( por exemplo 60-2 e 36-1 ) o
inicio do sincronismo para a injeção e ignição é reconhecido logo depois do espaço vazio
dos dentes que faltam, esse espaço vazio gera um amplitude de sinal diferenciada dos
outros dentes, que faz o modulo iniciar uma contagem a partir do primeiro dente depois
da falha, após um determinado número de dentes após a falha encontra-se o PMS que
varia de veículo para veículo.
Por isso, veículos equipados apenas com sensor CKP são capazes de trabalhar
apenas com injeção semi sequencial, isso é, banco a banco com os cilindros gêmeos.
Injetando tanto no 1-4, como no 2-3, o cilindro que está em admissão recebe a
mistura e o outro aguarda como já vimos anteriormente.
O sensor hall atua na presença e na falta de metal em sua fronte, gerando um sinal
de onda quadrada em sua saída.
Alimentação
Alimentação -
+
GND
5V
Sinal
Onda
quadrada
O sensor Hall gera um sinal na casa de 200 mV para nível lógico baixo e na casa de
4,7V para nível logico alto. A fim de estratégias o sensor de efeito hall possui as mesmas
do indutivo, com exceção da falha dos dentes que o padrão é um pouco diferente.
Osciloscópio
Os gráficos variam de veículo para veículo, roda fônica para roda fônica, por isso
não existe um padrão fixo, existe um modelo, que já vimos.
O sensor de fase pode também ser indutivo ou hall e possui todas as características
que já vimos até agora, então se faz desnecessário o entendimento de seu
funcionamento, já que funciona de forma identifica ao sensor de rotação, tirando o fato
que está instalado na parte do cabeçote para realizar a leitura do comando de válvulas.
Existem diversos padrões de sinal do sensor de fase e cada veículo vai possuir sua
peculiaridade, mas, acessando as literaturas técnicas temos acesso a essas informações
para poder compará-las.
Na falta do sensor de fase a UCE consegue fazer o motor funcionar de modo semi
sequencial, injetando em cilindros gêmeos.
Este sensor também é importantíssimo, ele é o sensor que vai instalado no bloco
do motor e tem a capacidade de detectar batidas, vibrações e etc.
Neste caso, os esforços que o sensor está sujeito são as vibrações no bloco do
motor, a detonação produz no motor uma vibração muito peculiar que, é transmitida
para o bloco do motor e ao atingir o sensor KS ele gera um pulso de tensão referente.
Este sensor de detonação não deve ser instalado com arruelas e/ou calços porque
podem interferir na leitura do sensor, se o sinal do sensor de detonação se tornar muito
fraco ou inexistente, a UCE pode desativar o controle de combustão e alterar o mapa
de ignição, utilizando um mapa de segurança para não danificar o motor.
Outro ponto muito importante é que o sensor de detonação possui torque para
instalação, já vi diversos veículos fracos que o problema era apenas o sensor de
detonação apertado demasiadamente, fazendo com que o veículo entrasse em
estratégia de segurança. (Em geral não pode ultrapassar os 20NM).
• Temperatura;
Pré Ignição
A pré ignição é a combustão que ocorre antes da centelha, por causa de alguma
fonte de calor não desejada. O excesso de temperatura do motor e a carbonização são
fatores que contribuem para que a pré ignição ocorra.
Sensor de Oxigênio
Mais conhecido como sonda Lambda, ou sensor hego, este sensor é localizado no
sistema de escapamento antes do catalisador e as vezes, também depois deste.
A sonda faz uma comparação com o nível de oxigênio presente na atmosfera com
o nível presente no escapamento e informa em forma de tensão elétrica para a ECU,
através dessa medição a central consegue mensurar a relação ar/combustível.
Existem basicamente 2
tipos de sonda lambda, de
banda estreita e de banda
larga, vamos abordar inicialmente as sondas de banda estreita, as sondas de banda
estreita possui uma resposta mais lenta e não tem precisão em toda faixa do fator
lambda.
A sonda lambda banda estreita gera uma voltagem própria (não necessitando de
uma alimentação externa para funcionar) de 0mV até 1100mV.
As sondas lambdas convencionais de banda estreita que são a maioria, não tem
precisão na identificação da mistura ar/combustível, apenas consegue informar a falta
ou a presença de oxigênio basicamente, fornecendo uma tensão abaixo de 450mV para
misturas pobres e acima de 450mV para misturas ricas. A sonda lambda fornece este
sinal para UCE e a UCE recalcula a quantidade de combustível necessária para o próximo
ciclo.
Curva característica de uma sonda lambda de banda estreita. Perceba que a maior
faixa de tensão da sonda representa o fator Lambda em 1.
Outro detalhe é que para a sonda ter uma leitura eficiente ela necessita estar
aquecida a uma certa temperatura, as primeiras sondas disponíveis demoravam um
período mais extenso até a sonda alcançar esta temperatura se aquecendo pelos
próprios gases de escapamento e começar a leitura, com o passar do tempo e da
Veremos eles mais a frente, mas, pra ter uma ideia, caso aconteça isso a UCE pode
abrir a estratégia de aprendizado de combustível, no caso dos FLEX e é dessa forma que
a central identifica a porcentagem de álcool presente no tanque, ela vai regulando a
injeção até alcançar a estequiometria como resultado da queima.
Conector e Sinal
A sonda lambda possui algumas variações entre conectores, mas em sinal é quase
tudo igual, em exceção as sondas AF e sondas banda larga, focaremos agora em sondas
de banda estreita (sondas finger).
Esta é uma sonda de 1 fio apenas, ela utiliza a própria carcaça da sonda como
aterramento de referência e o fio dela é o fio de sinal. Esta é uma sonda mais antiga e
tem muitas desvantagens, como por exemplo:
• Não possui resistência de aquecimento, dessa forma leva mais tempo para
começar a ter eficiência.
Esta é uma sonda de 3 fios, essa sonda já possui aquecedor acoplado internamente,
por esse motivo ela já tem respostas mais rápidas e sua eficiência também é alcançada
mais rapidamente já que a resistência interna aquece a sonda na temperatura de
trabalho. Porém, o negativo de referência do sinal ainda é aterrado na carcaça e utiliza
a surdina como condução negativa.
E esta sonda de 4 fios que é utilizada faz um tempo e ainda é até os dias de hoje,
claro que com melhorias constantes, vamos ver algumas melhorias mais à frente.
Esta sonda de 4 fios é praticamente uma sonda de 3 fios, mas, com o negativo de
referência do sinal por fio agora, descartando o negativo da carcaça. Isso torna a sonda
muito mais confiável já que o negativo que a sonda recebe é um negativo filtrado pela
UCE como referência de sinal.
Perceba que o aquecedor não tem polaridade, portanto, não tem posição fixa,
porém, há de haver uma alimentação nesta sonda para que o aquecedor funcione.
Existem algumas sondas com cores de pinagem diferente, como por exemplo, fio
roxo ou azul e também algumas sondas de 4 fios que não pertencem a mesma realidade
de sinal de que vimos até agora ( de 0mv a 1100mv ). São por exemplo, as sondas AF
que são aplicadas em veículos Honda.
Por exemplo:
Estas sondas têm um padrão diferente, mas vamos focar nas sondas mais utilizadas
e encontradas no mercado, as sondas Finger de 4 pinos.
Todas as sondas que vimos até agora, com exceção desta acima, sonda AF, tem o
mesmo padrão de sinal, é gerado uma tensão que se:
Dependendo o sistema de injeção ela pode variar de 200 a 900, de 100 a 800, o
importante é ela trabalhar entre rico e pobre, quando o sinal está acima dos 600 mV
mais ou menos a central diminui o tempo de injeção do bico injetor, e quando está
abaixo de 400 mV mais ou menos ela aumenta o tempo de injeção, sempre neste ciclo.
Isto na fase aquecida da sonda, a central ignora a sonda nos primeiros momentos,
justamente por ela estar fria, veremos sobre estas estratégias mais à frente.
Nestes casos, podemos fazer alguns testes para ver qual o nosso problema,
primeiro, verificar a resistência da sonda e verificar sua alimentação.
Também podemos simular uma mistura rica ou pobre na sonda para verificar sua
integridade, podemos fazer isso da seguinte forma:
• Mistura rica:
• Mistura pobre:
Se você já trabalha na área com certeza já deve ter ouvido falar sobre sonda lambda
planar e sua maior eficiência, isso há tempos, porque na atualidade só existem sondas
planares. Mas quando ingressaram no mercado criou bastante problemas de aplicação,
isso por que a sonda convencional e a planar tem a característica física muito similar, o
conector com a mesma pinagem padrão e até o sinal igual...
Agora, a principal diferença entre uma sonda convencional e uma sonda planar está
na eficiência de aquecimento e respostas mais rápidas da sonda planar, isso porque
utiliza uma tecnologia de aquecimento mais moderna.
Ao lado, um esquema
simplificado, de uma
alimentação do aquecedor de
uma sonda lambda planar,
perceba e diferença, a
alimentação positiva segue
constante, porém agora, o
negativo é um PWM
comandado diretamente pela
ECU. Dessa forma a ECU
consegue controlar o
aquecimento da sonda,
tornando-a mais eficiente e
veloz.
Canal Amarelo na
alimentação positiva e Canal Azul
na alimentação negativa.
Além disso, existem algumas outras características que podemos utilizar para
diferenciar uma sonda planar de uma sonda convencional, são elas:
Aspecto visual ( não é muito eficiente, pois nos dias de hoje as fabricantes estão
modificando o aspecto visual ).
Furos laterais para captação dos gases, Furos na face frontal para captação dos
característica de uma sonda gases, característica de uma sonda planar.
convencional
Caso a resistência esteja rompida ou até mesmo desconectada a central não vai
receber este positivo e vai marcar uma DTC no circuito aquecedor da sonda.
Como vimos a sonda lambda pode estar disposta antes do catalisador e depois do
catalisador. A sonda pré catalisador é utilizada para monitoramento integral da mistura
ar combustível e tem todas características que já vimos até agora, a sonda pós
catalisador foi implementada para monitoramento do sistema catalítico do veículo, ou
seja, a eficiência do catalisador, se ele está ou não fazendo a conversão catalítica dos
gases de escapamento.
A sonda pós catalisador não oscila como a primeira sonda, quando o catalisador
está em condições adequadas, ela trabalha numa faixa de mistura mais pobre e sem
muita oscilação.
Este sinal é utilizado pelo painel também, em muitos casos para informar a
velocidade do veículo no velocímetro e pode ser utilizado pela UCE para diversas
estratégias como:
• Desaceleração;
• Cut-off;
• Marcha-lenta.
Entre outras, que veremos mais adiante, agora, o sensor de velocidade é muito
simples, ele pode ter 2 formas de funcionamento, indutivo ou hall, igual já vimos
extensamente no CKP e CMP, o sensor de velocidade vai fazer a leitura de alguma roda
fônica ou em diversos casos, uma engrenagem acionada pelo diferencial vai girar o eixo
do sensor e internamente algumas janelas vão fornecer o sinal para o sensor funcionar
e então através da frequência deste sinal a UCE consegue definir a velocidade do
veículo.
Conector e Sinal
Como já disse anteriormente os mesmos testes valem, mas para não ficar dúvidas,
vamos definir aqui então a pinagem da maioria dos sensores ( Efeito hall ). A maioria
deles trabalham com efeito hall. Quero saber se nessa altura do campeonato você já
sabe por quê?
Sinal
Alimentação + Alimentação -
5V GND Onda
quadrada
Este sensor muito conhecido como MAF ( Mass Air Flow Sensor ) e em português
sensor de fluxo de massa de ar.
Diversos MAF trabalham com o fio a uma temperatura fixa de 120 Cº e a corrente
necessária para manter o fio aquecido é proporcional a quantidade de massa de ar
passando pelo sensor.
O sensor MAF podemos dizer que é um circuito a parte, já que, internamente ele
calcula essa corrente necessária para manter o fio aquecido e converte isso em forma
de tensão elétrica para a UCE. Então o sinal deste sensor para diagnóstico é digital, que
pode ser de 2 formas, um sinal de 0 a 5V ou em uma onda quadrada em forma de
frequência.
O sensor MAF por filme aquecido tem praticamente o mesmo princípio do MAF
com fio aquecido, para nós na verdade não modifica em nada, porém, como eu gosto
sempre de saber como as coisas acontecem e por que acontecem da forma que
acontecem, nós vamos estudar como funciona esse MAF por filme aquecido.
O MAF por filme aquecido tem um funcionamento mais simples, boa parte do
circuito é montado em um substrato cerâmico na forma de pequenos resistores.
Conector e Sinal
Este sensor em especial é um dos sensores que não há uma pinagem específica
igual os outros sensores que já vimos anteriormente, portanto é imprescindível que
você utilize uma literatura técnica para auxiliá-lo de veículo em veículo.
Para esta parte vou selecionar o veículo Onix 1.0 e para isto utilizaremos um
esquema elétrico de exemplo:
Note que este MAF utiliza uma alimentação 12V e uma alimentação negativa para
o sinal do MAF e um negativo exclusivo para o sinal IAT.
O sinal do MAF vai para a UCE em forma de uma onda quadrada e é possível
também medir a tensão média deste sinal com o multímetro e mensurar a vazão de ar.
Capítulo 7 ATUADORES
Bomba de combustível
A bomba de combustível pode ser comandada pela UCE através de um relé ou nos
sistemas mais modernos através de um módulo de controle PWM.
Eletro injetor
O eletro injetor, também conhecido como bico injetor tem uma função bem
simples, se você fosse responder a função dele, o que diria?
Acertei? Legal, então, o eletro injetor vai um pouco além disso, sua construção é
projetada para que o eletro injetor tenha a capacidade de pulverizar o combustível,
como vimos lá no início na relação estequiométrica, quanto melhor a homogeneidade
da mistura, ou seja, quanto menos for combustível e ar e mais for mistura ar
combustível , melhor, mais eficiente se torna a combustão.
Osciloscópio
O eletro injetor funciona, como já vimos, com uma alimentação constante em 12V
e a UCE comanda a abertura do eletro injetor com um pulso negativo.
Como já sabemos pela bobina de ignição, toda bobina quando desalimentada gera
um pico de tensão, com o eletro injetor não é diferente, por isso, é necessário utilizar
atenuador no osciloscópio caso a tensão de trabalho do osciloscópio seja inferior ao
pico de tensão do injetor que pode alcançar até 70V tranquilamente.
• Agulha danificada;
Em muitos casos podem refletir neste gráfico, todos esses exemplos acima também
podem alterar o ponto de fechamento mecânico do eletro injetor e caso isso aconteça
pode ser que algum eletro injetor está ficando mais tempo aberto que os outros mesmo
com o mesmo tempo de injeção.
Este atuador não existe em sistemas que possuam sistema de aceleração “Drive By
Wire” ( Borboleta eletrônica ).
Tipo solenoide
Um atuador de marcha
lenta do tipo solenoide possui
um embolo internamente e uma
mola.
Na volta da carcaça existe uma bobina que é alimentada por um 12V e um PWM
diretamente da UCE.
A UCE consegue chavear essa válvula entre 0% de abertura até 100%, ela consegue
fazer isso através do Duty cicle do pulso PWM, ou seja, a porcentagem em que o pulso
fica negativo ou positivo.
Acima, um exemplo com modulação do PWM em 35%, isso significa que 35% do
tempo a solenoide está com alimentação negativa e 65% positiva.
O atuador de marcha lenta do tipo motor de passo pode ser acoplado diretamente
na TBI ou em até com desviador de fluxo.
O atuador de marcha
lenta do tipo motor de passo
consiste em uma haste com a
ponta em um formato
específico que se encaixa em
espaço específico e limita a
passagem de ar no desvio
que chamamos de by pass.
Ao lado um atuador de
marcha lenta instalado em
uma TBI do motor ap mi,
dentro da propria tbi há uma
tubulação de passagem de ar
atmosferico para dentro do
coletor e o atuador de marcha
lenta regula o fluxo de ar que
circula por esta passagem.
consiste em um imã permanente e uma haste com rosca sem fim que é ligado ao
atuador mecânico ( a ponta de controle de fluxo ). A haste esta roscada no imã e é
guiada pela carcaça do atuador evitando que ela gire internamente, dessa forma a parte
de fora da haste gira mas a haste não, causando um deslocamento axial da haste e como
consequencia o atuador mecânico se desloca axialmente em um movimento de avanço
ou retração dependendo do sentido de giro do motor.
O motor de passo recebe esse nome porque ele possui um giro escalonado,
literalmente por passos, ou seja, conforme o chaveamento das 2 bobinas vai mudando
a polaridade a posição do campo magnetico do estator tambem muda, fazendo girar o
motor por repulsao magnetica, dependendo a ordem de polarizacao que é feita nas
bobinas o movimento será horário ou anti horario.
• Temperatura do ar (IAT);
A cada passo o rotor é atraído pelos polos das bobinas, que vão trocando a
polaridade conforme necessita os passos, este atuador pode ser testado com a caneta
de polaridade nos 4 pinos, ao ligar a chave e ao acelerar e desacelerar o veículo os 4
pinos devem pulsar.
Fonte: KITEST
Válvula Canister
Os gases que são poluentes são direcionados para o coletor de admissão para que
o motor os utilize na combustão, porém, são direcionados para lá somente quando a
UCE determinar, para isso existe a válvula de purga de Canister .
Como esta válvula consiste em uma bobina, ao testar com o osciloscópio deve-se
utilizar atenuador, pois, ela pode gerar picos de tensão acima da entrada permitida no
osciloscópio.
• regime do motor;
Ela pode ser comandada para suprir algum empobrecimento de mistura também
em alguns casos.
Válvula EGR
Deixei um capítulo especial para este sistema que é o Drive by wire ( Acelerador
eletrônico ), o sistema dispensa o uso de cabos e funciona de forma totalmente elétrica,
deixei ele em um capítulo isolado porque tecnicamente a TBI é tanto sensor quanto
atuador e pode causar dúvidas em relação ao seu sinal
Após isso a central utiliza essas informações para atuar a borboleta da TBI, por
exemplo, se a UCE detectar que o acelerador está com 40% de aceleração então a UCE
vai comandar a TBI para que corresponda a aceleração do pedal, a TBI também possui
internamente pistas resistivas que, através da rotação pelo eixo da TBI definem a
posição exata da borboleta e correspondem com um sinal elétrico para a UCE
interpretar, através deste sinal ela consegue mensurar e controlar a abertura da
borboleta de forma precisa.
Corpo de Borboleta
Acima uma tampa lateral de TBI e na direita desta peça se posiciona o sensor de
posição do acelerador que recebe o movimento do eixo e transforma em sinal elétrico
para a UCE.
Gosto de dividir o sistema de TBI em dois sistemas distintos, sensor e atuador (sinal
e potência) e veremos sobre a parte de sensor agora..
Sensor e Sinal
A TBI possui 2 pistas de sinal por questões de segurança e precisão, caso uma falhe
a outra consegue ainda informar a UCE que vai operar a TBI em estratégia de falha e
com redução de potência.
As duas pistas da TBI utilizam a mesma alimentação em comum com saídas de sinal
independentes e possuem a mesma característica de possuir desgaste geralmente na
porcentagem de aceleração mais baixa onde geralmente o condutor pilota mais tempo,
por isso é preciso avaliar se não há falhas em nenhuma das duas pistas. Como mencionei
anteriormente uma pista trabalha exatamente como o oposto da outra, então se uma
pista está com 3V a outra pista vai estar com 2V. Caso a tensão de alimentação seja 5V,
se for 4.9V por exemplo, a soma das duas pistas tem que fechar 4.9V com uma pequena
tolerância claro.
Caso uma pista não esteja exatamente o contrário da outra, ou, não fique
exatamente o contrário em alguma acelerada a UCE pode reconhecer como uma falha
de incoerência entre as pistas da UCE.
No Hantek existe uma função a qual se chama Math (Matemática) que gera uma
linha virtual configurável, que na imagem acima está em vermelho. Esta linha esta
configurada para calcular o resultado da soma entre a pista 1 e pista 2. Que como já
vimos que trabalham uma o inverso da outra, então, a qualquer instante, a qualquer
momento o resultado da soma das duas pistas sempre tem que ser a tensão de
alimentação da TBI, por isso que a linha vermelha se mantem estável durante toda a
aceleração, isso indica também que a parte de sinal está aparentemente OK neste teste.
Acima um gráfico dando umas aceleradas mais forte, observe que a linha vermelha
da uma leve oscilada, totalmente aceitável, o que temos que procurar é grandes
oscilações ou incoerência entre as pistas, além dos picos que já vimos na pista sobre o
TPS, caso encontre algum pico ou queda de tensão, teste novamente, pois a TBI fica
geralmente perto do sistema de ignição e as vezes o sistema de ignição causa
interferência na leitura e pode causar alguma falha no gráfico ,por isso, teste 2,3 ou
quantas vezes forem necessárias para ter certeza.
Atuador e chaveamento
Agora que já conhecemos a parte de sinal da TBI eletrônica, vamos ver como a UCE
chaveia e abre ou fecha essa borboleta.
A maioria das TBIs trabalham com 6 pinos, 4 deles sendo parte de sinal e 2 deles
sendo parte de atuador/potência que é o motor elétrico da TBI. É através deste motor
que a UCE consegue atuar a borboleta.
O motor da TBI é acionado via PWM pela UCE, alguns sistemas trabalham com uma
alimentação positiva direto e um PWM negativo e outros sistemas trabalham ao
contrário, então é necessário medir as alimentações do motor para ter certeza.
Alimentação + Alimentação -
Podendo ser PWM positivo ou negativo, além disso a polaridade para abrir a
borboleta e para fechar é outra, então o interessante é começar a medição na marcha
lenta para não ter problemas.
Acima um gráfico de acionamento de um TBI de Mercedes cla 200, neste caso a TBI
recebia um positivo constante e um negativo via PWM.
Limpeza e Aprendizado
Pedal de acelerador
Conector e Sinal
A maioria dos pedais de acelerador trabalham com 6 pinos e utilizam este padrão
de sinal, cuidado para não confundir, enquanto uma pista trabalha de 0 a 5V a outra
trabalha de 0V a 2,5V , neste caso a pista 1 é o dobro da pista 2 e a pista 2 é sempre a
metade da pista 1. Alguns sensores deste tipo possuem regulagem para fim de curso e
caso esteja mal regulado a UCE pode entender que o condutor está acelerando e não
conseguir entrar em recurso de Marcha Lenta ou gerar outros problemas.
• Platina e Ouro
A seguir o catalisados é enrolado em uma manta termo expansiva que fixa, veda,
isola termicamente e dá resistência mecânica ao componente e por fim este
componente é montado em uma carcaça metálica dando origem ao catalisador, o lado
de entrada deste catalisador é pro lado do coletor de escapamento e o lado de saída
segue com os gases de escape para o escapamento.
Internamente os gases que circulam pelo catalisador sofrem uma química e são
convertidos .
Por este motivo se cria e acaba saindo pelo escapamento água, que é resultado da
conversão catalítica dos gases de combustão.
Quando os gases passam pelo catalisador viram água e outros gases, com esse
aumento de oxigênio a sonda acaba marcando uma mistura “pobre” em combustível,
“rica” em oxigênio, por isso, a tensão mais baixa e estável, caso a sonda 2 esteja
trabalhando junto e igualmente a sonda pré catalizador significa que o catalizador está
sem eficiência e deve ser substituído. Apesar de não gerar falhas ao motor o veículo se
torna mais poluente ao meio ambiente.
Além disso o conversor catalítico as vezes é responsável por falhas no motor (não
por falta de eficiência) mas sim por estar entupido, por exemplo.
Por isso deve-se fazer a manutenção preventiva, é nosso dever instruir o cliente e
consumidor, que não possui instrução técnica para tal atitude.
Capítulo 10 ESTRATÉGIAS
• ETC
A UCE encontra vai se adaptando com esses parâmetros para fornecer uma partida
mais eficiente (ALGUNS SISTEMAS), tudo que imaginarmos pode estar em parâmetro
auto adaptativo, posição de descanso do corpo de borboleta eletrônico, temperatura
padrão etc.
Algumas centrais mais modernas que trabalham com injeção sequencial possuem
parâmetros auto adaptativos até de bico injetor, se a UCE detectar que algum injetor
em algum determinado cilindro está com baixa eficiência pode alterar a injeção
individual daquele injetor para compensar isto.
Ao fazer uma revisão completa ( velas, cabos, limpezas e etc ) é viável resetar os
parâmetros através do scanner para que se programe novamente.
Marcha Lenta
Para que o sistema habilite a marcha lenta é necessário que algumas condições
sejam alcançadas e essas condições vão variar de sistema para sistema, mas as mais
básicas são:
Os sistemas equipados com atuador de marcha lenta, seja ele de qualquer modelo
disponível, esses atuadores também possuem parâmetros auto adaptativos e muitas
vezes a UCE se adapta rapidamente em cada partida, porém, as vezes é necessário
forçar a UCE ao aprendizado, através do reset dos parâmetros ou em alguns sistemas
aprendizado de marcha lenta.
Cut-Off
Esta estratégia gera muita confusão, principalmente entre os condutores que não
trabalham na área, sempre surge aquela pergunta :
A estratégia de Cut-Off consiste em algumas condições que fazem com que a UCE
corte a alimentação de combustível do motor, fazendo com que seja injetado ZERO
COMBUSTÍVEL neste período, são elas as condições:
• Veículo acima de 2000 RPM (alguns veículos 2500, outros 1800, outros x
RPM);
Para o veículo estar acima desta rotação sem aceleração significa que o veículo está
engatado e rodando sob ação da inercia. Caso estas condições sejam alcançadas a UCE
para de injetar combustível, ao baixar a rotação ou acelerar a UCE retoma a alimentação
de combustível.
Por isso um veículo engatado descendo uma lomba ou até mesmo parando ao
semáforo se torna mais econômico do que desengatado, além de poupar freio por
utilizar freio motor.
A situação da marcha lenta oscilando por entrada de ar falso pode ser o cut-off
cortando combustível e logo após a rotação subindo novamente causando este loop
entre acelerar/desacelerar, ao aceleramos forte e soltarmos é possível notar que o
tempo de injeção no scanner marca 0ms e os bicos não trabalham até chegar na rotação
de alimentação novamente.
Abertura de AF
Por isso, existe uma estratégia de abertura rápida de AF, quando desligamos o
veiculo por exemplo com ¼ de tanque e ao ligarmos a chave novamente a UCE detecta
½ tanque ou ¾ por exemplo, a UCE detecta essa diferença e entende que abastecemos
e habilita a abertura de AF rápido, se ela detectar que a diferença esta muito grande
começa a trabalhar o AF (air/fuel)( Ar/combustível)
Open Loop
Open loop ou malha aberta é quando a UCE ignora o sinal da sonda lambda e atua
com base somente em seus mapas de injeção.
Quando um motor tem sua primeira partida e a rotação esta abaixo do seu valor
predeterminado nos parâmetros da UCE, o sistema vai para malha aberta e ignora a
sonda lambda, essa fase também é chamada de fase de aquecimento, além disso alguns
veículos também utilizam malha aberta quando está em faze de carga máxima
(aceleração forte) ignorando a sonda e mantendo uma mistura mais enriquecida.
Outros veículos podem entrar em open loop quando detectada alguma falha também,
nesse caso a estratégia enriquece toda a mistura para evitar problemas.
Closed Loop
Closed loop ou malha fechada é quando a UCE utiliza o sinal da sonda lambda para
controlar a mistura de ar combustível em tempo real, alterando tempo de injeção e
outros parâmetros em tempo real. Este método é geralmente quando a sonda e o
motor já estão mais aquecidos e sem falhas (DTC).
DashPot
A UCE utiliza diversos parâmetros para atuar e calcular esta estratégia como:
• Velocidade do veículo;
• Rotação do motor.
Luz de Anomalia
Esta lâmpada pode ser apagada caso o erro DTC seja resolvido mesmo sem o
scanner, então, quando pegamos problemas intermitentes as vezes a lâmpada pode
estar apagada mesmo com erros gravados, estes erros podem estar gravados na
memória como já vimos anteriormente.
Modo Alternativo
Sabemos que tudo que existe é suscetível de falha, portanto, a UCE possui
estratégias de modo alternativo caso algum sensor venha a falhar ou o funcionamento
do motor estiver irregular.
Existem diversos modos alternativos e diversas estratégias para eles também, por
tanto fique atento às DTCS.
Capítulo 11 ALIMENTAÇÃO
Bomba de combustível
Até que mudou novamente com a chegada da injeção direta, a injeção direta
necessita pressões bem alta de combustível, por isso, os sistemas de injeção direta
possuem uma bomba elétrica e outra bomba mecânica para aumentar a pressão de
combustível, aqui neste livro focaremos na bomba de combustível elétrica .
Nos sistemas mais comuns ela é alimentada diretamente com um 12V fornecidos
pelo relé da bomba de combustível e geralmente é temporizada, quando ligamos a
chave a UCE aciona o relé da bomba de combustível através de um pulso negativo.
Regulador de Pressão
Agora que já temos vazão de combustível circulando pelo sistema, vamos imaginar
a bomba de combustível bombeando combustível para o sistema até a flauta onde
ficam os bicos injetores e retornando para o tanque, por exemplo.
Fonte: http://br.bosch-
automotive.com/pt/internet/parts/parts_and_accessories_2/motor_and_sytems/benzin/bomba_eltrica_de_combustivel
/regulador_de_pressao/regulador_de_pressao_1.html
1 – Entrada de combustível
2 – Retorno de combustível
3 – Placa da válvula
4 – Suporte da válvula
5 - Diafragma
6 – Mola de pressão
7 – Conexão para o coletor de admissão
1 – Entrada de combustível
2 – Retorno de combustível
3 - Suporte da válvula
4 - Diafragma
5 – Mola de pressão
• Consumo alto;
• Cheiro de gasolina;
• Entre outros.
Para fazer o diagnóstico desse problema, basta, aspirar com uma bomba de vácuo
ou até mesmo a boca a tomada de vácuo dele, caso tenha gasolina ele está com
problema e precisa ser substituído.
Bico Injetor
• Estanqueidade:
• Atomização ou Leque:
o Este é um teste que gosto que saiba que existe, mas, não foque nele
pois não é algo que utilizamos diariamente.
Veremos agora sobre essas características uma a uma para entender sobre elas e
veremos um pouco sobre a limpeza de bicos injetores.
A norma define que, não pode haver mais de 10% de diferença de vazão entre os
injetores.
• 1 injetor = 41 ML
• 2 injetor = 41 ML
• 3 injetor = 46 ML
• 4 injetor = 35 ML
10% de 40 ML é 4ML, por tanto ,não poderia ter menos que 36ML ou mais que
44ML.
Cada máquina possui sua forma de teste, por isso, em geral, as tabelas de vazões
disponibilizadas não são compatíveis entre uma máquina e outra. Por isso fique atento
quanto a isso.
Vamos falar sobre a limpeza dos injetores posteriormente, mas, observe como
ficou os injetores desta Mercedes após a limpeza:
• 1 injetor = 42ML
• 2 injetor = 42 ML
• 3 injetor = 42 ML
• 4 injetor = 41 ML
Desta forma, ficou bem alinhado os injetores, realizamos o teste de vazão mais 4
vezes para confirmar e então remontamos no veículo que ficou perfeito.
Estanqueidade
Agora, precisamos saber que, não é só o injetor que possui a característica de ser
estanque, todo o sistema em si deve possuir esta característica, o regulador de pressão
precisa ter estanqueidade, quando é atingida a pressão e o veículo é desligado, o
regulador de pressão não pode deixar que o combustível retorne para o tanque
baixando a pressão imediatamente.
Limpeza de Bicos
Retro Lavagem
A Retro lavagem precisa que os injetores sejam instalados ao contrário, por tanto,
existem adaptadores para proporcionar este feito.
Filtro de combustível
A função deste é obvio, ele retém as impurezas que poderiam danificar as peças
sensíveis do circuito e prejudicar o funcionamento dos injetores ou da bomba.
Existe o que chamamos de pré filtro, que já vimos que fica abaixo do módulo da
bomba de combustível e após a saída de combustível da bomba há outro filtro, em
alguns veículos pode ficar dentro do tanque, porém, na maioria fica externo ao tanque
e tem grande facilidade de ser substituído.
Embora, muitas vezes, não notado ou sem a devida atenção, a troca do filtro de
combustível é fundamental para o sistema, já que, caso venha a oferecer restrição ao
combustível pode fazer com que a bomba de combustível trabalhe alterada e que o
sistema tenha uma perda de vazão de combustível na linha.
Rampa de injeção
Ela vai fixada no cabeçote ou no coletor de admissão, ela pode ser de plástico ou
de metal dependendo o veículo e o sistema.
Nos veículos mais antigos, por exemplo, os VW Santana equipado com motor AP e
injeção MI o coletor de admissão é de alumínio e a flauta de metal, isso fazia com que
todo calor proveniente do motor fosse transferido a flauta e fazia com que o
combustível aquecesse demasiadamente afetando o funcionamento do mesmo, já que
em partes estava gasoso.
A flauta pode ou não possuir o regulador de pressão integrado, no caso acima ela
possui somente entrada, sendo a pressão regulada diretamente dentro do módulo da
bomba de combustível.
Em primeiro lugar, quero parabenizá-lo por ter chegado até aqui, isso demonstra
um grande interesse de sua parte e de alguma forma gera um orgulho inestimável para
mim.
Eu aprendo coisas novas todos os dias, aprendo com meus clientes, com meus
alunos, com meus colaboradores, com minha família, com meus amigos, o fato é que a
mudança ocorre, ela é constante e é um fato, por isso sempre devemos nos atualizar e
procurar compreender os fatos e fundamentos, pois, estes, permanecem estáticos nos
ventos do tempo.
O fato de ter chegado até aqui, demonstra seu interesse em aprender e adquirir
conhecimento, por isso, fique o leitor contente com sua caminhada e sempre olhe para
trás e veja seu progresso.
O sentido que ele aplica nisso é o seguinte, as vezes podemos pensar que não
estamos progredindo, então, sempre que vencer um “mini jogo”, por exemplo, ler 10
páginas deste livro, se parabenize, leu mais 10, se parabenize. Aprendeu algo novo hoje,
parabenize-se, conseguiu solucionar um problema difícil hoje, parabenize-se.
Isso nos mantém inspirados e ajuda a enxergar que realmente estamos evoluindo,
quando não sabemos nada, a expansão do conhecimento é imensa e depois a curva de
aumento de conhecimento diminui e as vezes podemos estar achando que paramos de
evoluir, quando na verdade, saímos de um ponto de não saber nada à um ponto de
conhecimento e agora a curva tem outra aceleração
Vi isso quando comecei treinar Jiu-Jitsu, nos 3 primeiros meses, NOSSA! Grande
evolução, todo dia estava 5% melhor que no dia anterior, isso se estendeu por 3 ou 4
meses e depois diminuiu. Por quê?
Por que eu sai de um ponto de zero conhecimento, então é muito fácil crescer 100,
200 %, mas no momento em que eu já tenho uma base, um conhecimento é inviável
crescer 100% da minha habilidade em um intervalo de tempo pouco espaçado, é normal
a curva do aprendizado ter uma velocidade mais lenta, é perfeitamente normal.
Mas cada treino, agradeço, por seguir, por evoluir, por aprender. Isso me mantém
lá.
Quero desejar todo o sucesso do mundo a você e que, sinta orgulho de si mesmo,
apenas de chegar até aqui, você já faz parte de apenas 3% das pessoas que começam e
chegam até o final, você já é um vencedor na vida!
Amplie seus conhecimentos e ao mesmo tempo que faz isso, BOTE A MÃO NA
MASSA!