Saúde e Meio Ambiente
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ambientais. O primeiro deles revela, a se difundir territorialmente e aumentar consideravelmente sua presença, cons-
predominantemente, doenças cardio- tituindo formas endêmicas-epidêmicas de marcante singularidade (AIDS, den-
vasculares e neoplásicas (respectiva- gue e malária, por exemplo).
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2. As disparidades urbano/rurais Na análise de causas agrupadas, para o período de 1990-98,
e regionais, sob o ângulo excluindo-se as causas mal definidas, as doenças do apare-
da morbi-mortalidade
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No ano de 1999, os homicídios ocuparam o primeiro lugar As mortes por doenças infecciosas e parasitárias ocu-
entre as causas externas, com uma taxa de 26,2 por 100.000 pam o sexto lugar na mortalidade da população brasilei-
habitantes, seguidos pelas mortes no trânsito, com uma ra, correspondendo a 5,24% dos óbitos por causas bem
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23,89%). Entre as internações restantes, destacam-se as frente às condições insalubres e perigosas, este processo
devidas a causas respiratórias (média nacional de 15,81%) propicia um aumento quantitativo e maior diversidade de
que, para a região Sul, é a primeira causa. As doenças situações de risco no ambiente de trabalho, assim como
respiratórias, nos grandes centros urbanos, crescem. En- dificulta o acesso aos meios necessários à subsistência do
tre elas destacam-se as asmas e as bronquites alérgicas, trabalhador e sua família. Esse quadro condiciona uma
decorrentes da exposição crescente à poluição atmosféri- maior vulnerabilidade da população de trabalhadores a uma
ca (devido os poluentes industriais, da combustão de ve- grande variedade de doenças. Nesse sentido, determina-
ículos a motores) e doméstica (principalmente pelo uso dos grupos de trabalhadores, como por exemplo os negros
de inseticidas). Em seguida, no ranking de internações que ocupam os postos de trabalho menos qualificados e
por grupos de causas, tem-se: as circulatórias (média na- mais perigosos, são mais atingidos por este processo, além
cional de 8,47%); digestivas (média nacional de 7,58%); do que há uma maior inserção do grupo infanto-juvenil no
transtornos mentais (média nacional de 7,21%, sendo que mercado de trabalho (IBGE/PNAD, 1999).
a região Norte apresenta taxa muito baixa: 0,84%); infecci-
osas e parasitárias (média nacional de 7,16%, sendo que o Embora ainda bastante subnotificadas, as doenças decor-
Norte e Nordeste superam as digestivas e por transtornos rentes dos ambientes de trabalho sofreram um acréscimo
mentais); geniturinárias (média nacional de 6,15%); lesões no número de ocorrências registradas, com cerca de 35.000
externas (média nacional de 4,97%); neoplasias (média casos registrados em 1996. Esses dados, por não envolve-
nacional de 2,81%); endócrinas e do metabolismo (média rem os trabalhadores do setor informal, ainda não de-
nacional de 2,35%) e perinatais (média nacional de 1,78%). monstram a complexidade desta problemática, pois essa
Quanto às neoplasias, vale destacar a importância do cân- limitação restringe o universo analisado a 18,8 milhões
cer de pele não melanoma, que tende a ser o mais fre- de trabalhadores concentrados na região Sudeste (58%) e
qüente (Datasus, 2002). Sul (19%), segundo dados de 1998 (RIPSA, 1998). No perí-
odo de 1990-1996, o percentual de doenças relacionadas
O processo de globalização, que se torna evidente e mais ao trabalho subiu 8%. A taxa de incidência dessas doen-
intenso na década de 90, tem como conseqüência a preca- ças no ano de 1998 foi de 16,24 para cada 10.000 trabalha-
rização do trabalho, a redução de empregos formais e o dores segurados, sendo 18,52 a taxa de incidência para
aumento progressivo da informalização do trabalho. Ao acidentes de trabalho típicos e 1,92 para acidentes de tra-
lado de mudanças da legislação de proteção ao trabalhador balho no trajeto.
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3. As doenças infecciosas e para- mento progressivo dessas doenças, tanto daquelas de ori-
sitárias gem mais recente (emergentes), como de outras de natureza
mais antiga (re-emergentes).
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Apesar de ter ocorrido o aumento da
incidência dessas doenças, houve
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alagáveis, a nova endemicidade da es-
quistossomose e das leishmanioses
nos cinturões de pobreza de muitas
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4. Poluentes químicos
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sido alvo de sistemática avaliação, nem dos programas de O uso de biocidas na área urbana ultrapassa o da área rural,
vigilância à saúde. pela insuficiência de saneamento básico. As populações se
vêem incomodadas por insetos ou roedores que diminu-
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O uso de produtos biocidas, como único ou preferencial em sua qualidade de vida e alguns oferecem, objetivamen-
instrumento de combate a certos vetores de endemias, deve te, riscos para a saúde. Diversos produtos são comprova-
ser revisto com urgência. O controle da malária, por exem- damente prejudiciais à saúde humana e, no entanto, seu
plo, até há pouco tempo, estava baseado no uso do DDT consumo é estimulado pela propaganda permissiva e pela
(organoclorado altamente persistente no meio ambiente), facilidade com que se obtêm registros para sua comerciali-
produto que causa danos à flora, à fauna e à saúde huma- zação e uso, sem qualquer orientação técnica. Provavel-
na. Sendo um claro exemplo de que boa parte dos proble- mente esta situação também agrava o problema das doen-
mas de saúde, decorrente de riscos ambientais, deve ser ças respiratórias, principalmente de base alérgica e a ocor-
tratada com políticas integradas. O recente termo de coo- rência de doenças hematológicas e imunológicas. Estudos
peração técnica, assinado pelos Ministérios do Meio Ambi- que investigam a associação de doenças com uso de bioci-
ente e da Saúde deve colaborar para esse processo. das domésticos são escassos, e baseados apenas nas into-
xicações agudas. A população rural, constituída em sua
Os óbitos por envenenamentos estão relacionados princi- maioria por analfabetos funcionais, tornou-se ainda mais
palmente às exposições agudas aos agrotóxicos, domissa- vulnerável aos danos pela exposição a esses produtos tóxi-
nitários e produtos químicos industriais. O Sistema de In- cos. O uso dos agrotóxicos foi incentivado por uma política
formação Tóxico-farmacológica (Sinitox) observou, no ano oficial de condicionar o crédito rural à utilização obrigatória
de 1999, 398 óbitos por exposição aos agrotóxicos. Desses, de agrotóxicos. Esta situação é responsável por inúmeras
140 foram considerados de origem ocupacional. Este tipo mortes por intoxicação aguda de trabalhadores rurais.
de dado não reflete a realidade, uma vez que o registro
apresenta subnotificação considerável, em razão da peque- A contaminação resultante deste processo produtivo agrí-
na cobertura do sistema de coleta de dados a nível nacio- cola não fica restrita à área ou aos trabalhadores, sendo
nal, que só dispõe de 29 centros, a maioria localizada nas exportada através da contaminação ambiental (ar e água) e
capitais (Sinitox, 2002). A Organização Mundial de Saúde dos alimentos. Estimativas da população urbana contami-
informa que 70% das intoxicações humanas por agrotóxi- nada são mais difíceis de serem elaboradas, mas os núme-
cos ocorrem nos países em desenvolvimento (OMS, 1995). ros oficiais demonstram claramente a importância deste
Alguns trabalhos que procuram avaliar os níveis de conta- segmento. Contribuem para estes dados a contaminação
minação ocupacional por agrotóxicos, em áreas rurais bra- resultante da utilização direta dos pesticidas, bem como a
sileiras, têm relatado níveis de contaminação humana que exposição indireta que se dá, principalmente, através do
variam de 3 a 23% (Almeida & Garcia, 1991, Faria et al., 2000, contato com ambientes ou alimentos contaminados.
Gonzaga et al., 1992). Utilizando-se o limite mínimo reporta-
do nestes trabalhos, e conhecendo-se a população rural Um estudo preliminar realizado pelo INCQS/Fiocruz para
brasileira envolvida em atividades agrícolas, pode-se esti- verificar o grau de contaminação por resíduos de pestici-
mar que o número de indivíduos contaminados diretamen- das de frutas brasileiras (morango, tomate e mamão) ven-
te por agrotóxicos no Brasil deve ser de aproximadamente didas ao consumidor, revelou contaminação em cerca de
540.000, com cerca de 4.000 mortes por ano. 35% das amostras, sendo observada também uma grande
variação de região para região. No caso específico do ma-
Ainda segundo dados do Sinitox para 1999, foram noti- mão foi verificado que, na região Nordeste, essa contami-
ficados 66.584 casos de intoxicação humana no país. O nação atingiu cerca de 70% das amostras analisadas. Deve-
Sudeste aparece com uma proporção de 42,37% do to- se ressaltar ainda, que a contaminação observada era devi-
tal das ocorrências registradas e o Sul com 33,65%. O do ao uso de um determinado agrotóxico (dicofol), cujo
ínfimo registro de casos de intoxicações nas outras re- uso não é autorizado para aquelas culturas. Isto demonstra
giões são principalmente decorrentes da falta de servi- uma total falta de orientação técnica e de fiscalização por
ços de controle de intoxicações, ou por sua desestrutu- parte dos organismos governamentais responsáveis. Este
ração. Os relacionados com o ambiente de trabalho so- agrotóxico, inclusive, está sendo submetido à reavaliação
mam 4.760 casos. pelas agências americanas de saúde e ambiente por ser
suspeito de ter ação carcinogênica, endócrina, imunotóxi-
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ca e neurotóxica. A substância base deste produto é consi- viabilidade) (Coco, 2002). Um estudo epidemiológico reali-
derada uma das mais tóxicas para o ecossistema e para a zado a partir de dados coletados em 11 estados brasileiros,
saúde humana (Scorecard). correlacionando as vendas de pesticidas em 1985 e desor-
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mentos transgênicos para a saúde do homem, e para o Silvany-Neto et al. (1996) investigou a exposição ao chumbo
ambiente, exige que essas tecnologias sejam submetidas em crianças residentes próximas a uma fundição e filhos
ao Princípio da Precaução. Neste sentido, os interesses dos trabalhadores, encontrando níveis de chumbo acima do
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públicos e das coletividades devem prevalecer sobre os do limite recomendado (30mg/dl) pelo Centro de Controle de
capital. Estudos em instituições públicas idôneas devem Doenças (CDC-EUA) e sintomas de intoxicação por chum-
ser priorizados para avaliar tais riscos (Senado Federal, 1999). bo. Outras fontes de exposição ocorrem nas reformas de
casas e prédios com tinta à base de chumbo, perversões
O aumento observado nos níveis de chumbo encontrado alimentares, exposições ocupacionais (tanto primárias quan-
no ambiente provém de atividades humanas (ATSDR, to secundárias) e tabagismo (ATSDR, 1999a).
1999a). As fontes mais comuns de contaminação ambien-
tal por chumbo são aéreas e ocorrem através da queima de No local estudado existia uma fundição de chumbo que
combustível e lixo sólido, formando aerossóis, e, através funcionou entre os anos de 1960 e 1993 (Silvany-Neto et al.,
1996). As características populacionais que se relaciona-
ram com níveis mais elevados de protoporfirina do zinco
nestas crianças foram: sexo feminino, proximidade da resi-
dência à fundição, perversões alimentares, ser filho de tra-
balhador da fundição e de etnia negra. Além disso, o lugar
ocupado pela criança no espaço urbano estava fortemente
associado à intoxicação por chumbo, e a migração e a situ-
ação sócio-econômica foram fatores importantes nesta dis-
tribuição espacial, como demonstrado por estudo realiza-
do nesta mesma região por Silvany-Neto et al. (1985).
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ções foram também muito superiores àquelas observa- As formas químicas do mercúrio conferem diferentes pa-
das em ambientes não impactados (0,07 ìg/m3). Poeira drões de exposição e de efeitos adversos à saúde (ATSDR,
coletada nas áreas externas de casas localizadas até uma 1999b). A exposição ao mercúrio metálico é gerada pelo
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o estado da saúde e do meio ambiente
para um limite recomendado pela Organização Mundial da dos cerca de trezentos mil garimpeiros, segundo censo
Saúde de 4,0 mg/l para pessoas não expostas. Um segun- realizado pelo Departamento Nacional de Produção Mine-
do tipo de exposição foi verificado entre pessoas que resi- ral. Atualmente, esse número seguramente é muitas vezes
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diam na periferia da cidade, e que realizavam a queima de menor, tendo em vista a redução substancial da exploração
amálgamas de ouro-mercúrio no interior das casas. Dessas aurífera na região, tanto pela queda do preço desse produto
pessoas, 13 apresentaram teores de mercúrio na urina aci- mineral no mercado, quanto pelas pressões internacionais
ma de 10 mg/l, servindo este estudo para o desenvolvimen- no sentido de suspensão dessa atividade, em função de
to de um programa especial de educação para a saúde (Câ- seus impactos negativos sob o ponto de vista ambiental.
mara et al., 2000).
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Os efeitos agudos da poluição atmosférica também estão meteorológica da Cetesb, com o número médio das interna-
associados às doenças respiratórias e cardiovasculares. ções e óbitos em razão de enfermidades respiratórias.
Entretanto, já se pode associar o aparecimento de neoplasi-
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6. A saúde e o ambiente nas duas b) Em Paulínea-SP, resíduos clorados e metais pesados
últimas décadas oriundos de uma grande empresa produtora de agro-
tóxicos e de incineração de resíduos organoclorados,
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1983 - Cubatão - SP: Centenas de casos de intoxica- contaminam o solo e o lençol freático, expondo os
ção por benzeno são diagnosticados, problema este moradores do entorno da empresa.
também identificado em diversos pólos petroquími-
cos e siderúrgicos do país (Volta Redonda-RJ, Ouro c) Na Serra do Navio, no estado do Amapá, em área de
Branco-MG, Camaçari-BA, Vitória-ES), hoje com mais exploração de Manganês (na zona de influência des-
de 4.000 casos diagnosticados. sa cadeia produtiva), há um intenso processo de
contaminação, incluindo resíduos de arsênio, pre-
1985 - Ano marcado pelo descobrimento de aterros sentes no ambiente. Observou-se que a contamina-
clandestinos de organoclorados, em diversas áreas da ção se estende para áreas distantes da fonte de mi-
Baixada Santista - SP, vitimando residentes e trabalha- neração, incluindo a área urbana. Como é sabido, o
dores com resíduos de pentaclorofenol, tetracloreto manganês pode produzir nas pessoas expostas sín-
de carbono, percloroetileno e hexaclorobenzeno. Fo- dromes neurológicas, e o arsênio é cancerígeno para
ram observados resíduos de hexaclorobenzeno no lei- a espécie humana. Atualmente, a situação vem sen-
te materno de mulheres da área contaminada, e altera- do alvo de estudos de risco.
ções citogenéticas e hepáticas entre os trabalhadores
da indústria causadora da contaminação. Devem ser acrescentados a esses eventos, os chamados
desastres ambientais, considerados como desastres na-
1986 - Vila Socó, uma favela da cidade de Cubatão- turais ocorridos no período de 1990 a 1999 no território
SP, foi praticamente destruída pelo fogo, em razão brasileiro, tais como, inundações, estiagens, secas, desliza-
da queima de gasolina vazada de tubulações de uma mentos e incêndios florestais. Excetuando-se os desliza-
indústria de refino de petróleo. mentos, todos os outros foram, conseqüências diretas do
fenômeno El NIÑO, que afetou o clima e o regime das
1986 - Maior acidente com substância radioativa, chuvas de todo o país. Exemplificam o impacto deste fenô-
fora de uma planta nuclear, com o Césio137, na cida- meno, a ocorrência de incêndios florestais na região Norte,
de de Goiânia-Go. a seca na região Nordeste e as inundações na região Sul.
1996 - Caruarú-PE: mais de 60 pacientes de uma clíni- Deslizamentos de terra, durante chuvas torrenciais em áre-
ca de hemodiálise morrem, em decorrência da água as urbanas vulneráveis, matam muitas pessoas a cada ano
contaminada por cianobactérias (algas azuis), produ- em algumas das grandes cidades brasileiras. Enchentes
toras de hexotoxinas, que foi utilizada no processo em áreas urbanas têm sido responsáveis também por epi-
de diálise. Além do problema sanitário de falta de demias de leptospirose. Na Cidade do Rio de Janeiro, em
controle da qualidade da água, a causa ambiental, 1988 e em 1996, por exemplo, foi observado um aumento
ainda pouco explorada, provavelmente se relaciona na incidência anual dessa doença, entre 10 a 30 vezes (Con-
com a eutrofização das águas. falonieri, 2002).
2000 - Três importantes problemas ambientais, com Alterações climáticas também têm sido associadas ao au-
risco para a saúde, foram registrados: mento da incidência de febre amarela silvestre, como ob-
servado no Brasil no período de janeiro a junho de 2000, e
a) Um na cidade de Mauá-SP, onde se observou ema- que resultou em 77 casos da doença em 8 estados brasi-
nação de hidrocarbonetos aromáticos, entre eles o leiros, ocasionando a morte de 39 pessoas. Convém res-
benzeno, em um condomínio que foi erguido sobre saltar, que os últimos casos de febre amarela autóctone
um terreno utilizado no passado como depósito clan- tinham sido relatados em alguns desses estados (São
destino de resíduo industrial e desconhecido dos Paulo e Bahia) nos anos de 1953 e 1948, respectivamente
moradores. As conseqüências para a saúde huma- (Vasconcelos et alli., 2001).
na estão ainda sendo avaliadas;
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Em relação ao impacto desses desastres, pode-se afirmar primeiro, está relacionado com a valorização da importân-
que um dos mais significativos foi na economia da região cia da Terra; e o segundo, ao diagnóstico da gravidade dos
Nordeste, onde vive cerca de 30% da população do país e problemas ambientais, acumulados, e que projetados para
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O aumento das velhas doenças, com uma nova feição
sócio-ambiental, e o surgimento de inúmeras outras, de-
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