Bloco de Atividades para o 7º Ano
Bloco de Atividades para o 7º Ano
Bloco de Atividades para o 7º Ano
Atividades
1º bloco
Temas: Povos indígenas: saberes e técnicas; relações entre África e Brasil.
Habilidade trabalhada: EF07HI03.
2º bloco
Temas: Mudanças na Europa feudal; Renascimentos e humanismos; Reforma
e Contrarreforma.
Habilidades trabalhadas: EF07HI01; EF07HI04; EF07HI05.
3º bloco
Temas: Estado moderno, Absolutismo e Mercantilismo; As Grandes
Navegações; Conquistas e colonização espanhola da América; América
portuguesa: colonização.
Habilidades trabalhadas: EF07HI02; EF07HI06; EF07HI07.
4º bloco
Temas: Africanos no Brasil; Europeus disputam o mundo atlântico; A formação
do território da América portuguesa.
Habilidades trabalhadas: EF07HI13; EF07HI14, EF07HI16.
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1º bloco
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c) A África é um continente com 54 países (2012) e mais de 30 milhões de
quilômetros quadrados;
d) A história da África negra tem ligações estreitas com a história do Brasil;
e) Grande parte da população brasileira descende de povos africanos.
Resposta: Alternativa A: falsa. A África é um continente e não um país.
Alternativa B: falsa. A África é um continente habitado por povos de diferentes
origens; a África do norte, por exemplo, é habitada predominantemente por
indivíduos de origem árabe, mouros, tuaregues e aparentados. Já ao sul do
deserto do Saara predominam povos negro-africanos. Milhões de brasileiros
descendem desses povos. Alternativa C: verdadeira. A África possui 54 países
(independentes): 48 continentais e 6 insulares. Alternativa D: correta. Da África
saíram os ancestrais de milhões de brasileiros. Alternativa E: verdadeira.
Segundo o IBGE, 50,7% dos brasileiros descendem de africanos. Professor:
São muitas as visões preconceituosas e estereotipadas sobre a África. Alguns
exemplos: a visão da África como um conjunto só e não como um continente
multifacetado; a forma como a mídia divulga uma disputa política: se for na
Europa a disputa é tratada como “conflito regional”; se for na África, como
“conflito tribal”; a visão da África como um continente parado no tempo
habitado por “tribos” que desconhecem os meios tecnológicos
contemporâneos.
A noz-de-cola
A noz-de-cola é um produto da floresta [...]. No interior desse fruto de
diversas variedades, ficam os gomos, com um sumo extremamente amargo,
que, ao ser consumido nas regiões áridas do deserto [...], sacia a sede e
produz uma sensação de bem-estar graças ao seu alto teor de cafeína.
De conservação delicada, era transportado com cuidado, envolto em folhas
verdes e largas, tendo de ser constantemente reembalado para que seu
frescor fosse mantido. Oferecido aos visitantes ilustres, não podia faltar entre
os bens das pessoas de maior distinção. […] Tinha alto valor de troca, o que
compensava as longas distâncias e os cuidados especiais relacionados ao seu
comércio.
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No Brasil a noz-de-cola, conhecida como obi e orobo, tem lugar de
destaque na realização de alguns cultos religiosos afro-brasileiros.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. São Paulo: Editora Ática,
2006, p. 18.
a) A noz-de-cola é uma planta nativa da África. Para que serve seu fruto?
Resposta: Serve para saciar a sede e, por ter um alto teor de cafeína, serve
também como estimulante.
b) A noz-de-cola exigia cuidados especiais em seu transporte e conservação.
Apesar disso, era muito vendida nos mercados de Tombuctu. Como você
explica isso?
Resposta: O seu alto valor de troca compensava as despesas com transporte
e conservação. Era muito consumido também pelos mais ricos.
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2º bloco
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2. Aponte as inovações técnicas ocorridas a partir do século XI no Ocidente
medieval e explique uma delas.
Resposta: São elas o uso da charrua de ferro, a rotação trienal e a utilização
do cavalo atrelado pelo peito para puxar o arado. Professor: O uso da
charrua de ferro, em substituição da de madeira, herdada dos romanos,
permitia que se cultivassem terrenos úmidos e pesados, como os do norte da
Europa; a charrua de ferro penetrava mais profundamente a terra, revolvendo-
a. Isso permitiu que houvesse um grande aumento das áreas cultivadas. A
rotação trienal consistia na divisão da terra cultivável em três campos, ficando
uma parte reservada ao descanso; outra ao cultivo de inverno (trigo) e, por fim,
a última ao cultivo de primavera (leguminosas, ervilhas etc.). Nas colheitas
subsequentes, havia revezamento de função entre as três parcelas do terreno,
isto é, o que era cultivo de inverno virava de primavera, o que era de
primavera, repouso e o que era de repouso, inverno. Com isso, 2/3 dos campos
eram aproveitados anualmente (contra ½ no sistema de rotação bienal), além
do que se passava a contar com 2 colheitas anuais, aumentando a segurança
alimentar. O atrelamento peitoral tornou mais produtivo o uso do cavalo nos
trabalhos agrícolas, pois, ao contrário do atrelamento pelo pescoço, usual em
bovinos, o peitoral não pressionava o pescoço do cavalo, evitando que fosse
sufocado enquanto movia a charrua.
3. Compare uma feira medieval a uma feira de bairro de uma cidade brasileira
na atualidade.
Resposta: Diferenças: as feiras medievais aconteciam em determinada época
do ano, duravam de 15 a 60 dias e reuniam mercadores de várias partes do
mundo. As feiras livres brasileiras acontecem em um determinado dia da
semana, durante o ano todo e reúnem geralmente feirantes das áreas próximas
a ela. Semelhanças: a existência dos mais variados tipos de mercadorias; o
fato de ambas serem locais de encontro para a troca de notícias e ideias e de
incluir exibições artísticas (encenações na Idade Média) e apresentações
musicais (exemplo: cordelistas no Nordeste).
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Ninguém duvidava, naquela época, que houvesse outro mundo, além
das coisas visíveis. [...] Todas as culturas – emprego o plural porque junto à
cultura dos membros da Igreja existiam, também, uma cultura guerreira e uma
cultura camponesa – são dominadas pelas mesmas angústias em relação ao
mundo. [...] O que conta essencialmente é garantir a graça do céu. Isso explica
o poder extraordinário da Igreja, dos servidores de Deus na terra, pois o
Estado, tal como o concebemos hoje, não existia. O direito de comandar, fazer
justiça, proteger, explorar o povo dispersava-se entre vários pequenos núcleos
locais.
DUBY, Georges. Ano 1000, ano 2000; na pista de nossos medos. São Paulo:
Unesp, 1999. p.15.
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6. O texto a seguir é de Paulo Micceli, professor da Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP). Leia-o com atenção.
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e) Iniciou-se por uma questão pessoal de Henrique VIII.
f) São sete os sacramentos: batismo, penitência, eucaristia, crisma, extrema-
unção, ordem sacerdotal e matrimônio.
g) O rei é também o chefe da Igreja.
Resposta: Alternativa A: luteranismo. Alternativa B: catolicismo. Alternativa C:
catolicismo. Alternativa D: luteranismo. Alternativa E: anglicanismo. Alternativa
F: catolicismo. Alternativa G: anglicanismo.
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3º bloco
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Resposta: “Felipe Augusto”.
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g) País europeu que se formou durante a Reconquista e cuja história tem
estreita relação com a história do Brasil.
Resposta: A - França; B - Inglaterra; C - Inglaterra; D - Espanha; E - França, F
- Espanha; G Portugal.
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trouxe consigo uma fortuna em pimenta, canela e gengibre. A venda dessas
especiarias possibilitou aos investidores um lucro extraordinário (alguns
historiadores falam em 600%).
1 C E U T A
2 V A S C O * D A * G A M A
3 P I M E N T A
4 C A R A V E L A
5 C O L O M B O
6 E S P A N H O I S
7 A T L Â N T I C O
8 P O R T U G A L
9 F E I T O R I A
10 A F R I C A N O
11 P O R T O * S E G U R O
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conquistadores (superioridade bélica); o fato de os ameríndios lutarem em sua
própria terra e precisarem proteger seus parentes, suas casas e seus plantios;
os espanhóis sabiam mais sobre os indígenas do que estes sobre eles.
b) Escolha a razão que você considera determinante para a vitória dos
espanhóis sobre os ameríndios. Justifique.
Resposta pessoal. Professor: O objetivo aqui foi estimular a capacidade de
escolher e justificar, argumentando em defesa de um ponto de vista.
[…] O que acontece camaradas? O que temeis? Não vos animas saber
que Deus está convosco e que já vos concedeu tantos sucessos? Pensais que
vossos inimigos são melhores e mais valorosos? Não vedes que está em
vossas mãos a expansão da fé de Cristo? Ganhareis, para vosso Soberano e
para vós mesmos, reinos e poder, contanto que sejais constantes! É pouco o
que falta e eu não temo, mas se por acaso morrermos, quereis maior
felicidade? Nenhum homem poderá ter morte mais gloriosa! Além do mais,
lembrais que sois espanhóis que costumam ser perseverantes e arriscam suas
vidas, quando se trata do serviço de Deus Onipotente, ou se apresenta uma
ocasião para merecer honrarias. Além do mais, para onde iremos? Que
faremos cansados na ociosidade do litoral? Ânimo! Recobrais o ânimo!
Submeteis comigo estas nações bárbaras sob a Lei de Cristo, e sob a
obediência a nosso rei! Quanta glória a posteridade vos dará por estas
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façanhas, que nenhum homem jamais enfrentou! Nossa pátria e os países
vizinhos vos darão tanta honra, maior do que deram a Hércules da Grécia
quando veio à Espanha, para quem construíram monumentos. São muito mais
importantes os vossos trabalhos e também serão maiores os prêmios.
Despertais, pois, e com ânimo valente empreendeis comigo a aventura
começada, sem duvidar da vitória.
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Pelos caminhos jazem [flechas] partidas;
os cabelos estão espalhados.
As casas estão destelhadas,
seus muros avermelhados.
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b) Identifique e copie o trecho em que se diz que a conquista da capital asteca
pelos espanhóis trouxe também problemas de saúde pública.
Resposta: Germes se espalham por ruas e praças [...]. As águas estão rubras,
tintas [de sangue] e, quando a bebemos, é como se bebêssemos água
salgada.
c) Transcreva um trecho do poema em que se percebe que seus autores eram
astecas.
Resposta: Nos puseram preço. Preço de jovem, de sacerdote, de criança e de
donzela.
d) O texto é inspirado em um fato real. Elabore uma hipótese: por que seus
autores são tão convincentes na descrição dos fatos?
Resposta: Porque, provavelmente, eles presenciaram e foram vítimas da
conquista espanhola de Tenochtitlán.
e) Elabore, com suas palavras, um pequeno texto sobre o que a conquista da
capital asteca significou para seus habitantes.
Resposta pessoal. Professor: O objetivo aqui é uma vez mais incentivar a
competência de escrita. Avalie coerência e coesão.
12. O texto a seguir foi escrito por Hernán Cortez em 1520. Leia-o com atenção
e depois responda.
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NEVES, Ana Maria Bergamin; HUMBERG, Flávia R. Os povos da América: dos
primeiros habitantes às primeiras civilizações urbanas. São Paulo: Atual, 1996.
p. 66-67.
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Colonização Colonização Comum às duas
portuguesa espanhola colonizações.
Cana de açúcar Prata Trabalho forçado
Capitanias
Conselho das Índias Opressão
Hereditárias
17. Em seu caderno, copie as frases seguintes substituindo o sinal (*) por
termos historicamente corretos.
a) As (*) eram armazéns fortificados usados para guardar mercadorias e
policiar a região litorânea brasileira.
b) A troca de produto por produto entre portugueses e indígenas era chamada
de (*).
c) A primeira expedição colonizadora veio ao Brasil em 1530 e foi comandada
por (*), que fundou (*), a primeira vila, e deu início à (*).
d) O governo português dividiu o território colonial em quinze imensas faixas de
terra, chamadas de (*).
e) Durante a colonização, o governo português criou também as Câmaras
Municipais. Os vereadores dessas câmaras eram escolhidos por sorteio entre
os chamados (*), isto é, grandes proprietários de terras e escravos.
Resposta: A - Feitorias. B - Escambo. C - Martim Afonso de Sousa, São
Vicente, colonização. D - Capitanias Hereditárias. E - “Homens bons”.
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4º bloco
8. Os trechos citados a seguir foram escritos pelo André João Antonil, padre
que viveu no Brasil colonial. Leia-o com atenção e a seguir responda.
Fonte 1
Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem
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eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar a fazenda, nem ter
engenho corrente.
ANTONIL, 1982 apud CASIMIRO, Ana Palmira Bittencourt Santos. Glossário.
Disponível em:
<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_b_Antonil.htm>.
Acesso em: 5 ago. 2019.
Fonte 2
No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários três
PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo
castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o
comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa
pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito rigor, ainda quando
os crimes são certos, de que se não usa nem com os brutos animais, [...]
CAMPOS, Raymundo Carlos Bandeira. Grandezas do Brasil no tempo de
Antonil (1681-1716).
São Paulo: Atual, 1996. p. 34.
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[...] além de castigarem seres humanos, as caldeiras necessitavam de
grandes fornecimentos de lenha que, muito cedo, esgotaram as matas
próximas dos engenhos. Tornou-se necessário então procurar florestas
distantes cuja madeira, extraída por escravos, era transportada por barcos e
carros de boi até o seu destino.
CAMPOS, Raymundo Carlos Bandeira. Grandezas do Brasil no tempo de
Antonil (1681-1716).
São Paulo: Atual, 1996. p. 22.
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d) Aldeamento em que os indígenas trabalhavam e eram iniciados no
catolicismo: (* *).
Resposta: missões jesuíticas.
e) As duas principais áreas brasileiras povoadas graças à criação de gado
foram o (*) e as (*).
Resposta: Sertão do Nordeste; Campinas do Sul.
11. Leia o texto a seguir com atenção e, no caderno, responda ao que se pede.
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Resposta: Disenterias, malária, infecções pulmonares ou acidentes nas minas
(desabamentos).
c) Quais as regiões de origem da maioria dos africanos que para cá vieram?
Resposta: Angola e Costa da Mina.
d) Pesquise e escreva no caderno uma definição para os termos: “ouro de
aluvião”; “quilombos”.
Resposta: Ouro de aluvião: ouro que podia ser encontrado na superfície da
terra; era mais fácil de apanhar, mas se esgotava em pouco tempo. Quilombo:
nome dado a povoações construídas pelos africanos e seus descendentes,
com o objetivo de viverem em liberdade e ao seu jeito. Nos quilombos
geralmente viviam também indígenas e brancos pobres.
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O moleque, de trouxa às costas,
fugindo para o Quilombo do Dumba
Os outros que ficam choram por não
poder ir também
FILHO, 1985 apud BRITO, Lucas Gonçalves. Cultura afro-brasileira na
educação básica: metodologias para as relações étnicorraciais. Disponível em:
<http://eventos.livera.com.br/trabalho/98-1020059_14_06_2015_18-32-
10_8180.PDF>. Acesso em: 5 ago. 2019.
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