Estado Mínimo

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Conceito de Estado Mínimo

O conceito é defendido por pensadores que são a favor do mercado livre para a economia. De acordo
com os pensamentos, na economia o peso do setor público seja mínimo, quando comparado ao setor
privado. Saiba quais são as origens de Estado Mínimo e qual é a diferença para neoliberalismo.

Estado mínimo também pode ser conhecido como Estado Liberal. O conceito prega que em uma
economia é necessário que o peso do setor público seja mínimo, quando comprado ao setor privado.
Dessa forma, o liberalismo tem a lógica de que o Estado, mesmo em seu tamanho reduzido, precisa
funcionar para manter os bens públicos que prestam auxílio ao funcionamento dos mercado. Além do
mais, s serviços prestados devem servir para a organização da ordem social. O que é feito por meio de
pontos bases como educação, saúde e segurança.
Os pensadores que são a favor do mercado livre para a economia são os que mais defendem a ideia
de Estado mínimo.
Estado Mínimo: Origens do conceito
Adam Smith foi um dos pensadores que começou a defender o Estado mínimo, a partir do século
XVIII. Ideia que até o século XIX foi sustentada pela economia clássica que se apegou ao progressismo.
Paralelamente ao Estado liberal, a ideia de laissez faire, laissez passer (deixar fazer, deixar passar)
surge sustentando o liberalismo na economia. Dessa forma, este conceito foi liberado pela escola de
pensamento inglesa. Assim sendo, ele, desde a Era Liberal, que terminou com o início da Primeira
Guerra Mundial, foi dominante. O domínio foi ainda maior em decorrência das teorias keynesianas.
Posteriormente, já no século XX, novos defensores do liberalismo surgiram. Um deles foi Robert
Nozick, que tornou a ideia mais conservadora. O que aconteceu pelo fato de o Estado obter um acúmulo
de mais funções em várias economias.
Estado mínimo e neoliberalismo
Após um período keynesiano, que levou ao aumento do governo em diversos países, o que fez
aparecer algumas crises, o Estado mínimo voltou a ser discutido.
Portanto, o novo período liberal, conhecido como neoliberalismo, fez surgir novos defensores que o
Estado não deveria servir como um protetor. Para eles, o Governo deveria auxiliar o mercado e a ordem
social, mas sem ser o protagonista.
Nos dias atuais, a ideia de Estado mínimo é contrária ao Estado de Bem-estar Social. Este se
assemelha ao keynesianismo e, além do mais, exige uma maior intervenção do governo na economia.
Ademais, o estado liberal é criticado é criticado por conta das suas falhas de mercado. Fator que
exige a presença do Estado nos bens e serviços públicos que são oferecidos

O Estado Mínimo no Brasil e os principais argumentos


Se pegarmos a história brasileira e analisarmos sobre o ponto de vista do Estado Mínimo,
perceberemos que o nosso país em toda a sua história dificilmente se aproximou de tal teoria. Temos
casos isolados em que o país adotou práticas liberais para a sua industrialização interna, como foi no
governo de Juscelino Kubitschek e, mais recentemente, nos governos de Fernando Henrique Cardoso e
Luiz Inácio Lula da Silva.
Porém, nos dois últimos citados, seus governos foram marcados por amplas políticas públicas sociais,
que ao contrário do que prega a teoria do Estado Mínimo, aumentaram consideravelmente o tamanho
do estado.
O governo de Jair Messias Bolsonaro até o momento é um dos governos recentes que mais
implementou políticas neoliberais – que são medidas que remontam os antigos ideais do liberalismo
clássico ao enfatizar a mínima intervenção estatal na economia – com amplos projetos de privatização
e sinalizações de abertura comercial para o mercado internacional.
Desse modo, o atual ministro da economia Paulo Guedes – que tem formação na tradicional escola
liberal americana de Chicago – já chegou a dizer abertamente que a grande maioria das empresas estatais
brasileiras deveriam ser privatizadas.
O ministro defende amplamente a ideia do Estado Mínimo. Como podemos observar em entrevista
concedida a Reuters
“A centralização de recursos e poder acaba corrompendo a política e estagnando a economia. É um
estado que interfere em tudo e intervem em tudo, mas é mínimo na entrega e máximo no consumo de
recursos”
Mas o modelo desperta críticas. O doutor em história política pela UFRJ, Rafael Fagundes, é um dos
críticos do modelo de Estado Mínimo proposto pelo atual governo. Em entrevista concedida para a
revista Le Monde Diplomatique Brasil, o professor afirma que:
“…O certo é que a tentativa de radicalizar o neoliberalismo nas maiores potências da América do
Sul vem se tornando incompetente. Se na Argentina, esse projeto não deu certo, porque não se forjou
um discurso radical e popular contra a esquerda, aqui não está avançando justamente porque o governo
tem se dedicado lunática e exclusivamente a intensificar tal discurso”

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