Fenomenologia e Teatro
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Luyendyk Lustosa Cardoso, Denis Guimarães Pereira & Ewerton Helder Bentes de Castro
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ABSTRACT: It is known that arts work are individual ways of expression, as well as a space to
people’s discovery of possibilities and potentialities. How is it that artists see their experiences
in a artistic environment? How do they perceive their evolution? The art here focused is the
Theatre. What is it that can reveal the careful listening of the characters about that activity?
Taking in consideration the ideas of Merleau-Ponty, the present work looked forwards to
comprehend the experiences provided by the theatre to young participants of a theatrical group,
under the light of Phenomenology, characterizing the meaning by them attributed to the scenic
activities. Participated in the research five integrants and five former integrants of the Shingeki
Theatrical Group, being five women and five men. The research, in a qualitative character, was
taken in the participant’s houses. For two participants, Manaus non-residents, were sent the
questions via email to be responded. For the interview obtainment, initially were made
invitations to t integrants of the theatrical group; it was presented to the participants of the study
the objective of the work and the importance of their partipation; it was used a recorded audio
interview that started from the following guiding question: “Which reflexes in your day-to-day
life you perceive as a result of the activities developed at the theatrical group?”. Through those,
it was built the Synthesis and the comprehensive analysis of the experiences reported under the
bias of Merleau-Ponty’s existential phenomenology. The work contributed to acknowledge
some characteristics about the theatrical doing and how it influences the behavior of its
participants. The analyzed categories were: a) Breaking free from its own chains: overcoming
shame and shyness (the fear of being judged; exacerbated shyness; introversion/loneliness; it’s
someone else’s decision; b) self-affirmation (another posture before life; team work; better
communication with others; greater self-confidence; expression of feelings; c) Honorable
audience, from now on it’s us: the communication is resized (the perception between emitter
and receptor of a message; the communication in and outside the family has changed; greater
adaptability to situations; leadership; new friendships; possibilities; d) a new place: the
theatrical group (routine changes; perception of changes under various aspects; change in the
relationship with relatives; the group experienced as family; being in the group is joyful; e) And
my relation with others changes. The focus of this work was the changes post-theatre perceived
in people; and the exact process, how specifically they operate, we could obtain some clues.
INTRODUÇÃO
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Descartes aprofunda, ainda, o dualismo alma e corpo proposto por Platão, trazendo uma
visão naturalista da existência humana, na qual o corpo, máquina física e regido pelas
leis da natureza, era responsável pela recepção das sensações, ditas como aspectos
físicos que podem vir a ser mensurados, para, então, serem transmitidas à alma, que
geraria a percepção do objeto (FERREIRA, 2014).
Diferentemente do racionalismo defendido por Descartes, o empirismo, de
acordo com Carmo (2004, p. 24), “[...] vê a consciência como um recipiente vazio que
seria preenchido pelos dados dos sentidos, isto é, a nossa mente, a princípio vazia, é
preenchida pelas sensações enviadas pela percepção, que lá ficam gravadas como
marcas na cera”. Assim temos, que o real é, na verdade, “[...] reduzido aos dados
sensíveis imediatos“ (p. 25). O conjunto de sensações se representa na forma de
percepções, que, em conjunto, formam as ideias abstratas que, então, enraízam-se na
mente (CARMO, 2004).
Como via intermediária entre o racionalismo e o empirismo, o intelectualismo
(ou idealismo) “acredita que a consciência é dinâmica, rica o suficiente para elucidar as
ambiguidades originadas da percepção“ (CARMO, 2004, p. 25). Assim, temos que, no
intelectualismo, ainda que seja necessária a interpretação de sensações do mundo
externo para a elaboração do conhecimento pela consciência, estas, sozinhas, são falhas
e são incapazes de gerar verdades sem a necessidade de que haja a “consciência, que
com sua vigilância, pode dar conta da realidade, apresentando-nos certezas” (p. 25).
Portanto, temos que, na visão idealista, a consciência é a entidade formadora do mundo,
sendo, então, este uma derivação daquele.
Crítico da dicotomia representada pelas teorias empíricas e intelectualistas para
o aprendizado da consciência, pode-se exemplificar a crítica de Merleau-Ponty, filósofo
francês nascido no início do século XX, fruto da geração de filósofos que ficou
conhecida como “geração dos descontentes”, em relação ao modelo da teoria de
conhecimento cartesiana com o seguinte trecho retirado de Merleau-Ponty (1945) citado
por Carmo (2004):
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qualquer vivência intensa, a vivência estética cria uma atitude muito sensível
para os atos posteriores e, evidentemente, nunca passa sem deixar vestígios
para o nosso comportamento. (p. 86)
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MATERIAL E MÉTODOS
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Para a efetivação da análise de dados, deu-se conta que uma das propostas
existentes para a compreensão, no sentido fenomenológico, do real, foi a
identificação neste do seu caráter de fenômenico e não de empírico. A partir daí,
pode-se afirmar que para entender o discurso dos participantes da pesquisa pensou-se
o processo a partir da Fenomenologia Existencial. Partir para a análise numa
perspectiva fenomenológico-existencial consiste, dentre outras coisas, em um
remeter-se a uma análise do existir na dimensão ontológica conforme a analítica da
existência.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir deste momento, serão expostas as categorias de análise encontradas
considerando os discursos dos participantes.
Libertando das próprias amarras: superando a vergonha e a timidez:
Os colaboradores da pesquisa, trazem em seus excertos de discursos, a
compreensão de que participar de um grupo de teatro trouxe – dentre as variáveis
possíveis – a superação de dois aspectos, a vergonha e a timidez. Ressaltam que
conseguiram ir além da insegurança anteriormente vivenciada por cada um em vários
ambientes pelos quais transitaram:
Uma das primeiras coisas que a gente tende a mudar é a vergonha, então de
uma forma ou de outra pra você se apresentar na frente, da forma que você
quer, pra mostrar tudo o que você quer... É essa mudança de saber o que eu
tenho de fazer não pode ser impedido pelo que eu tenho medo de fazer. Então
é isso, traduzido como vergonha, ter medo de ser julgado, ter vergonha de
não parecer bom, ou de não parecer normal. (SIRIUS)b
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Timidez exacerbada
(...) por exemplo pra sala né, em apresentação de seminários coisa assim, eu
creio que eu melhorei porque antes eu ficava toda, sabe meio, encostada
assim tímida, aí quando eu vou apresentar eu já sinto mais “ah, apresentar’’
uma coisa normal, uma coisa que que basicamente melhorou. E em questão
de... eu comecei o teatro por que eu era muito tímida (...) acho que eu não me
sentia bem, mas eu queria pelo menos ser um pouco mais espontânea. E eu
com esse, nesse processo consegui até perder um pouco da timidez e acho
que eu melhorei um setenta por cento por aí e que tem coisa mais pra ser
trabalhada. (ACRUX)
Eu nunca pensei que isso ia mudar tanto a minha vida no sentido de trabalhar
essa minha timidez. Eu sou muito tímida e eu morro de medo de falar com as
pessoas, não gosto que as pessoas me olhem. (...) Então o teatro me ajudou
muito nesse quesito, porque, eu estar na frente de várias pessoas
interpretando alguém ou mesmo sendo eu, só que um pouco modificada,
transformou muito essa vergonha, eu continuo com vergonha, mas assim, é
bem reduzido, mas a, o teatro, estar com um grupo, e passar por experiências
diferentes me auxiliou bastante nessa minha timidez. (ANTARES)
Introversão/solidão
A decisão é do outro
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Esse outro passa a existir para si mesmo, enquanto existente, a partir de sua
inserção no grupo de teatro, uma vez que percebem o antes e o depois, quando
caracterizam mudanças em sua forma de se relacionar com o outro e consigo mesmos.
Trabalho em grupo
Hoje em dia eu continuo não sabendo dançar e continuo fugindo disso, mas
depois que tudo isso aconteceu eu fui mudando com as pessoas, eu fui
tornando, me tornando um tipo de pessoa mais comunicativa. Hoje em dia
quem me conhece fala que eu não preciso falar para eu aparecer, que só das
pessoas olharem pra mim já é diferente, e antes eu não era assim, eu chegava
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num local, e eu saía e não fazia diferença, hoje em dia não, hoje em dia eu me
destaco de uma certa forma que eu mesma não acho que , não achei que isso
um dia fosse acontecer, eu sempre achei que eu sempre ia ser aquela pessoa
que sempre ia ser um número a mais, que ia tá ali, só mesmo pra enfeite, hoje
em dia não, eu já tenho uma facilidade em falar com as pessoas. (VEGA)
Maior auto-confiança
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capacidade de seguir adiante e conseguir ter um olhar mais abrangente sobre si mesmos
e sobre a vida.
Minha maior dificuldade era essa questão da comunicação e foi com o teatro
que eu aprendi isso, e é uma coisa que eu vou levar pra sempre, foi com o
teatro que eu aprendi a falar com as pessoas, que eu aprendi a ouvir as
pessoas, porque eu tinha que ouvir muita coisa que eu não tava preparada,
porque como eu tinha aquela personalidade assim um pouco egocêntrica pra
mim eu era boa do jeito que eu era e pronto, se alguém quisesse me aceitar,
tinha que me aceitar do jeito que eu era e pronto. Mas às vezes a gente tem
que se modelar as situações, tem que se adaptar as situações e hoje eu me
sinto assim, hoje eu consigo me adaptar as situações que são apresentadas a
mim, que não me incomodam né? (VEGA)
Eu era mais tímida, eu ainda sou um pouco, mas eu consigo falar quando, por
exemplo, se eu vou conhecer alguém novo antes eu não conseguia trocar uma
palavra com uma pessoa que eu não conhecia, nenhuma mesmo, até passava
mesmo como mal educada, que eu ficava com a cara fechada, que eu não
conseguia falar nada, não conseguia conversar e isso mudou também, se tu
me apresentar alguém hoje em dia, eu já vou saber falar com essa pessoa,
puxar conversa, tentar criar alguma relação (POLARIS)
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Liderança
Novas amizades
Possibilidades
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O grupo significa muito tempo da minha vida gasto aqui, amizades, vários
sentimentos que foram passados, compartilhados e vividos juntos, então é
uma coisa muito valiosa. (ALTAIR)
Eu to bem mais mais leve, mais, com menos peso na costa, que antes eu tinha
um, como eu posso dizer, eu tinha um problema com meu pai, tinha problema
com a família e hoje basicamente não influencia em nada, tanto porque no
teatro eu consegui me livrar disso [...] Consegui ter um “escape”, a gente vai
pro ensaio pra tentar se livrar das coisas do dia a dia e se focar só ali, então
isso aconteceu no teatro, e aí passei a me importar menos com esse tipo de
coisa, com problemas do dia a dia e tentar viver o dia de hoje, e tentar o
amanhã sem me preocupar com o que eu fiz no passado [...] Hm teatro, ele
significou pra mim... é uma segunda família, porque eu gostava bastante de
me encontrar com o pessoal, fazer os ensaios e as confraternizações tanto que
hoje eu tenho contato com esse pessoal e praticamente como se fosse parte da
minha família. (ALDEBARAN)
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opinião, mas me ajudou a provar que certas coisas você não faz sozinho, você
só consegue em grupo, certas tarefas você não, é... certas tarefas você pode
até fazer mas não vai fazer tão bem quanto você faria se não tivesse ajuda de
outros pontos de vista, ajuda de outras habilidades, e outras histórias, ali
dando o seu backup (SIRIUS).
Eu não sei se isso aconteceu por causa de minha criação porque eu sou filha
única, então eu nunca precisei de outras pessoas para fazer as atividades que
eu precisava fazer, eu sempre brinquei sozinha, sempre estudei sozinha então
eu sempre fiz tudo só e quando eu me deparei em uma situação em que eu
tinha que me inserir em um grupo pra eu conseguir alguma coisa, eu tive
dificuldade e eu acho que o teatro me ajudou, me ajudou nisso, porque me
mostrou pessoas diferentes, me mostrou pessoas que pensam de uma forma
diferente, mas que podem me favorecer de uma certa forma (VEGA).
Em qualquer lugar que você trabalha em grupo você tem que ser mais ou
menos assim é, um diplomata porque você tem que lidar com tipos de
pessoas, então não é uma coisa muito fácil, então eu já sou uma pessoa que
sei lidar com vários tipos de pessoas, mas assim, tem algumas pessoas né que
a gente nunca vai se identificar, porém, a gente tem que levar porque é um
grupo (ANTARES).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Recebido em 20/4/2018.
Aceito em 20/6/2018.
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