Introdução Á Logistica
Introdução Á Logistica
Introdução Á Logistica
INTRODUÇÃO À
LOGÍSTICA
SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - LOGÍSTICA
INTRODUÇÃO À
LOGÍSTICA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Nacional
INTRODUÇÃO À
LOGÍSTICA
© 2019. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autoriza-
ção, por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI
de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utiliza-
da por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
_____________________________________________________________________________
S491i
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Introdução a logística / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento
Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2019.
67 p. : il. (Série Aprendizagem Industrial - Logística).
SENAI Sede
7 65
CAPÍTULO 1
clipboard-list
Fundamentos da Logística
Conheça mais detalhes sobre
Você sabe o que é Logísti- CONHECENDO o autor deste livro, sua forma-
ca? Quando começou? Seus
ção e experiências profissio-
apoios? O que ela oferece para O AUTOR nais, entre outros.
o seu futuro? Embarquemos
67
agora juntos nestas respostas!
9
CAPÍTULO 2
Suprimentos, produção e
screwdriver
noções de manutenção Confira agora as referências
Mais que transportar, a Logística utilizadas nesta Unidade Cur-
também está presente na trans-
REFERÊNCIAS ricular. Aproveite e amplie seus
formação. Ferramentas, pro- conhecimentos!
cessos e serviços são seus “best
31 friends”. “Bora” conhecê-los? 69
CAPÍTULO 3
truck-loading
porte
O cliente espera o produto certo e
perfeito o quanto antes. Para ga-
rantir este espetáculo, a Logística
mantém os serviços dos bastido-
51 res. Vamos a eles?
MENSAGEM
AO APRENDIZ
Caro(a) aluno(a), parabéns por escolher estudar e aprender. Seja bem-vindo(a) à Uni-
dade Curricular “Introdução à Logística”.
Neste livro será abordado um assunto de fundamental importância para a competi-
tividade das empresas no mercado: a Logística. Um conceito relativamente novo, mas
de uma dimensão significativa na sobrevivência do mercado em qualquer parte do
mundo. A maioria das coisas que você realiza nos dias de hoje serão envolvidas por
alguma atividade logística.
Serão abordados conceitos de operações e ferramentas logísticas, mecanismos de
suporte e controle, bem como a importância e o desempenho para o sucesso no con-
texto logístico.
Espero o melhor proveito possível em conhecimento e aplicação.
Bons estudos!
FUNDAMENTOS DA
LOGÍSTICA
clipboard-list
9
LOGÍSTICA • GUERRA • PLANEJAR
EXECUTAR • CONTROLAR
CLIENTES E CUSTOS
Professora Elisa,
você pode explicar de onde Claro.
veio a logística? Então vamos
as guerras!
Histórico
Históricoda
da
Logística
Logística
Como?
Vamos lembrar de como eram travadas as Muito bem. Além disso, devem
guerras antigas para entender melhor a ter preocupações com a distância
função e importância da logística. que a tropa irá percorrer e se deslocar,
O que é preciso em uma guerra? onde e como vão repousar, e quais os
meios de transporte serão utilizados.
Pessoas, armas,
munições, alimentos e Nossa!
recursos para feridos. Quanta coisa
para pensar.
Sim! Para que todas as pessoas estejam Então é possível dizer que muitas guerras
ali preparadas, é preciso que os meios de foram vencidas com a ajuda da logística?
condução e trajetos sejam os menos exaustivos
possíveis. Preocupar-se com isso certamente
Sim! Uma logística eficiente pode ter
é um diferencial para maior longevidade e
contribuído a vencer guerras, bem
equilíbrio da tropa.
como uma boa logística pode ser a
garantia do sucesso nas indústrias!
FIM
FIM
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
■■ Compreender a importância da Logística.
■■ Entender a dimensão de sua atuação.
■■ Conhecer os mecanismos de apoio na transformação, proteção e
deslocamento nos serviços da Logística.
LOGÍSTICA
1.1. HISTÓRICO Especialidade respon-
sável pelo serviço de
controle, armazena-
A Logística está presente na vida das pessoas há muito tempo e é bas- mento, movimentação
tante notada nas guerras. A Segunda Guerra Mundial fortalece a impor- e entrega de produtos
tância dela, ao descrever a ciência da movimentação, manutenção e visando qualidade,
agilidade, segurança
suprimentos necessários e utilizados pelas forças militares no terreno
e, ainda, oportunidade
da guerra, que acabou em 1945. de redução de custos.
bruev ([20--?])
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
11
Seu sucesso não foi um acidente. Ele foi capaz de superar os exércitos
inimigos e expandir seu reinado graças a fatores como:
■■ inclusão da Logística em seu planejamento estratégico;
■■ detalhado conhecimento dos exércitos inimigos, dos terrenos de
batalha e dos períodos de fortes intempéries;
■■ inovadora incorporação de novas tecnologias de armamentos;
■■ desenvolvimento de alianças;
■■ manutenção de um simples ponto de controle que centralizava to-
das as decisões, gerenciando o sistema logístico e incorporando-o
ao plano estratégico.
12 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
1.1.1. A EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA
Ao passar dos anos, a Logística passou por vários fatores que são con-
siderados relevantes em sua história recente, entre os quais é possível
citar os seguintes:
■■ 1901: a Logística é examinada pela primeira vez sob o prisma
acadêmico no início do século XX, por meio de um artigo de John
Crowell intitulado Report of the Industrial Commission on the Dis-
tribution of Farm Products, que tratava dos custos e fatores que
afetavam a distribuição dos produtos agrícolas.
■■ 1916: Arch Shaw, em seu artigo An Approach to Business Problems,
aborda os aspectos estratégicos da Logística; no mesmo ano, L.
D. H. Weld introduziu os conceitos de utilidade de Marketing (mo-
mento, lugar, posse) e de canais de distribuição.
■■ 1927: Ralph Borsodi, em sua obra The Distribution Age, define o
termo logística conforme utilizado hoje.
■■ 1941-1945: com a Segunda Guerra Mundial, a Logística tem um
impulso em evolução e refinamento.
■■ Década de 1950: as empresas começam a enfatizar a satisfação
do cliente no lucro. O serviço ao cliente torna-se, mais tarde, a pe-
dra fundamental da administração da Logística.
■■ 1956: artigo publicado pela Harvard Business School introduz o
conceito de análise de custo total na área de Logística.
■■ Início dos anos 1960: a Michigan State University e a Ohio State
University são as primeiras faculdades a ministrar cursos de graduação
em Logística, devidamente reconhecidos pelo governo americano.
■■ 1963: cria-se o National Council of Physical Distribution Manage-
ment, mais tarde mudado para Council of Logistics Management
(CLM), primeira organização a congregar profissionais de Logística
em todas as áreas com o propósito de educação e treinamento.
■■ 1976: é publicado um estudo do CLM identificando os componen-
tes do custo de manutenção dos estoques e apresentando uma
metodologia para o seu cálculo.
■■ 1978: a consultoria A. T. Kearney e o CLM publicam estudo deno-
minado Measuring Productivity in Physical Distribution, a primeira
avaliação completa do estado da arte da atividade de serviço ao
cliente nas empresas americanas.
■■ Anos 1970 e 1980: implementação de diversas técnicas em Lo-
gística como MRP, Kanban, JIT etc., mostrando a eficácia dessas
práticas e a necessidade do relacionamento entre Logística, Mar-
keting, Produção e outras funções empresariais.
■■ Década de 1980: grande aumento na utilização de computado-
res na administração da Logística. Artigo publicado por Graham
Sharman, intitulado “The Rediscovery of Logistics”, aponta a ne-
cessidade de a alta administração reconhecer a importância da
administração logística.
■■ Década de 1990: formação de mercados globais (MCE, NAFTA,
Mercosul etc.).
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
13
No Brasil, a história da Logística é ainda muito recente, mas é possível
destacar os seguintes fatos:
Anos 1970:
■■ Desconhecimento do termo e da abrangência da Logística.
■■ Informática ainda era um mistério de domínio restrito.
■■ Iniciativas no setor automobilístico, principalmente nos setores
de movimentação e armazenagem de peças e componentes em
função da complexidade de um automóvel, que envolvia mais
de 20.000 diferentes unidades de manutenção de estoques
(SKU, em inglês).
■■ Fora do segmento automobilístico, o setor de energia elétrica definia
normas para embalagem, armazenagem e transporte de materiais.
■■ Em 1977, são criadas a Associação Brasileira de Administração de
Materiais (ABAM) e a Associação Brasileira de Movimentação de Ma-
teriais (ABMM), que não se relacionavam e nada tinham de sinérgico.
■■ Em 1979, é criado o Instituto de Movimentação e Armazenagem de
Materiais (IMAM).
Anos 1980:
■■ Em 1980, surge o primeiro grupo de estudos de Logística, criando
as primeiras definições e diretrizes para diferenciar transportes de
distribuição e de logística.
■■ Em 1982, é trazido do Japão o primeiro sistema moderno de lo-
gística integrada, o Just in Time (JIT) e o KANBAN, desenvolvidos
pela Toyota.
■■ Em 1984, é criado o primeiro Grupo de Benchmarking em Logística.
■■ Em 1984, a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) cria
um departamento de logística para discutir e analisar as relações
entre fornecedores e supermercados.
■■ É criado o Palete Padrão Brasileiro (PBR) e o projeto do Veículo
Urbano de Carga.
■■ Em 1988, é criada a Associação Brasileira de Logística (ASLOG).
■■ Instalação do primeiro Operador Logístico no Brasil (Brasildock’s).
Anos 1990:
■■ Estabilização da economia a partir de 1994 com o plano Real e
foco na administração dos custos.
■■ Evolução da microinformática e da tecnologia de informação com
o desenvolvimento de software para o gerenciamento de arma-
zéns como o Warehouse Management System (WMS), códigos de
barras e sistemas para roteirização de entregas.
■■ Entrada de 6 novos operadores logísticos internacionais (Ryder,
Danzas, Penske, TNT, McLane, Exel) e desenvolvimento de mais de
50 empresas nacionais.
■■ ERP / ECR / EDI / DOT.
14 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
■■ Privatização de rodovias, portos, telecomunicações, ferrovias e
terminais de contêineres.
■■ Investimentos em monitoramento de cargas. E-COMMERCE
■■ Ascensão do e-commerce. Em português, comér-
cio eletrônico, ou seja, é
uma modalidade de co-
mércio no qual os negó-
cios e transações finan-
ceiras são realizadas via
dispositivos e platafor-
REFLITA mas eletrônicas, como
computadores, tabletes
Você sabe que a Logística evoluiu muito nos últimos anos, que se tor- e smartphones.
nou mais rápida e eficiente e, junto com a evolução da internet, nos
permitiu comprar produtos sem sair de casa e, ainda, ter informação
do status do produto em tempo real. Então, pensando nisso, como se-
riam as nossas vidas se a Logística não tivesse evoluído?
Missão da Logística
Disponibilizar o
Determinando:
No mínimo Produto certo
custo • O que, quanto e onde
produzir/adquirir
• O que, quanto e
onde armazenar
• Quando e como
No tempo produzir/transportar etc. Na quantidade
certo certa
No lugar certo
Figura 1 - Missão da Logística
Fonte: Do autor (2019)
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
15
Para Bowersox (1996, p. 21), “a Logística é o trabalho exigido para mo-
ver e posicionar o inventário na cadeia de suprimentos”. Sendo assim,
ela “é um subconjunto e ocorre dentro da estrutura mais abrangente de
uma cadeia de suprimentos”.
A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição,
movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acaba-
dos (e os fluxo de informações correlatadas) por meio da organização e
seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades
presentes e futuras por meio do atendimento dos pedidos a baixo custo
(CHRISTOPHER, 2002, p. 2).
Como você viu, os autores falam de formas diferentes, mas todos eles
estão tratando do mesmo assunto.
16 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
PRATICANDO
2
3
4
5
Você viu, até agora, que a logística é muito ampla e é um processo que
viabiliza o comércio em todas as esferas. Mas por que você deve estudar
sobre este assunto? Confira!
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
17
William_Potter ([20--?])
Desde a sua criação, a Logística se foca na eficiência do fluxo de
bens ao longo dos canais de distribuição. O fluxo de informação era
muitas vezes menosprezado porque nem sempre foi visto como de
vital importância para o cliente. Além disso, a velocidade das trocas de
informação era limitada à velocidade de circulação do papel.
A informação exata é de extrema importância para a Logística e pode
ser considerada um fator crítico por três motivos:
18 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
conseguir responder às necessidades dos clientes e à gestão de
decisões. Tal agilidade é crítica, pois os clientes necessitam, frequen-
temente, aceder ao nível de estoques e ao estado das encomendas.
■■ Rigor: a informação logística deve ser rigorosa de modo a poder
refletir tanto o estado atual quanto o periódico das atividades a
fim de demonstrar a condição das encomendas dos clientes e o
nível dos estoques. O rigor é definido como a relação entre a infor-
mação registada pelo sistema de informação logística e os níveis
ou estados físicos atuais.
■■ Oportuno: existem momentos certos em que a informação é ne-
cessária e, como tal, a informação logística tem que ser dispos-
ta oportunamente de modo a fornecer um feedback útil à rápida
gestão. Considera-se como momento oportuno o intervalo de
tempo entre a ocorrência da atividade e a disponibilidade da in-
formação no sistema logístico.
■■ Exceção: este sistema de informação tem que ser baseado em
exceções de modo a conseguir enfatizar problemas e oportunida-
des. As operações logísticas incluem, frequentemente, um largo
número de clientes, produtos e fornecedores de serviços.
■■ Flexibilidade: as operações logísticas também têm que ser flexí-
veis para serem capazes de suprir as necessidades tanto dos utili-
zadores do sistema quanto dos clientes. Os sistemas de informa-
ção logística têm que conseguir fornecer informação de acordo
com as urgências de clientes específicos.
■■ Formato apropriado: esses sistemas têm que ter o formato apro-
priado, pois têm que fornecer relatórios logísticos com uma dis-
posição que seja perceptível, contendo a informação, estrutura e
sequência corretas.
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
19
phaisarn2517 ([20--?])
■■ Sistema de gestão de armazenamento
Tem sua responsabilidade focada na estocagem. Contribui no ge-
renciamento da rotina à qual é submetido um estoque, facilitando um
processo de pré-transporte. Entre suas atribuições, consta: verificar a
necessidade de repor o estoque, espaços disponíveis, guardas dos esto-
ques, controle de todas as entradas e saídas e portaria.
OstapenkoOlena ([20--?])
20 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
■■ Sistema de monitoramento de entrega
Esse sistema engloba as responsabilidades sobre os produtos desde
a saída do armazém até a chegada no ponto final, contribuindo para o
controle do transporte de carga.
katrink03 ([20--?])
Há um monitoramento com recursos tecnológicos de grande ajuda,
permitindo:
a. Acompanhar onde a carga se encontra através de GPS.
b. Confirmação via fotografia da entrega dos produtos no destino.
c. Utilizar SMS ou e-mail para deixar o cliente ciente do estágio
da entrega.
d. Comunicação entre empresa e motorista.
e. Atualização de informações via código de barras.
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
21
As empresas analisam suas necessidades e os resultados que podem
conseguir na gestão de seus negócios. Cada sistema compreende espe-
cificamente um grupo de atribuições e tecnologias específicas para a
facilitação e otimização dos resultados.
■■ Sistema de roteirização
Tem a incumbência de ajudar no planejamento da operação de trans-
porte, viabilizar as melhores rotas, garantir um maior custo benefício
para a empresa no trajeto de entrega e, ainda, ofertar prazos mais sa-
tisfatórios na entrega da mercadoria. Os resultados possíveis a partir da
implementação desse sistema, são:
a. Cálculo do trajeto.
b. Cálculo do prazo de entrega considerando possíveis atrasos.
c. Definição do veículo a ser adotado de acordo com o tipo e volu-
me das cargas a serem transportadas.
d. Contribuição na auditoria para pagamento, quando se tratar de
transportadoras terceirizadas.
e. Definição da rota de melhor custo-benefício para otimizar despe-
sas com combustível, transportes e tempo estimado de viagem.
CreativaImages ([20--?])
22 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
1.3. CONTROLES LOGÍSTICOS
Conforme visto anteriormente, os sistemas de logística são grandes fa-
cilitadores para os diversos controles necessários para a Logística. Visa,
por meio de registros, fazer o monitoramento das ações, atividades, pro-
dutos armazenados e que estão em trânsito (a caminho do destino). Age
com informações que são de grande valia para resultados eficazes e oti-
mizados relacionados a decisões e à qualidade na entrega para o cliente.
A Logística é uma ferramenta estratégica para as empresas, sendo um
processo de planejamento, implementação e controle de fluxo, o qual ser-
ve para manter um bom nível de serviço prestado ao cliente, proporcionar
maior segurança às empresas e, principalmente, reduzir os custos. Todavia,
se não houver uma correta organização, consequentemente ocorrerão er-
ros que resultam em prejuízos. Para evitá-los é necessário o uso de softwa-
res de planejamento e controle, bem como de sistemas de gerenciamento.
?
PERGUNTA
Você sabia que podemos localizar onde está cada um dos caminhões e
o que está planejado para eles?
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
23
Zephyr18 ([20--?])
1.3.2. INVENTÁRIO DE ESTOQUES
Inventários são conferências periódicas necessárias que as empresas
devem fazer e têm várias finalidades. As principais são:
■■ Conferir se todas as informações registradas e documentadas es-
tão iguais em quantidade ao que está no estoque.
ACURÁCIA
■■ Conferir a localização real da mercadoria com o registro.
Acurácia de estoque é um
indicador da qualidade e ■■ Verificar qualidade e vencimento dos produtos armazenados
confiabilidade da informa- (neste caso, dependendo muito do que é armazenado – produtos
ção existente nos sistemas que podem ser perecíveis, com curto prazo de validade etc), pois
de controle, contábeis ou podem não ter mais valor comercial ou podem sofrer manutenção
não, em relação à existência
física dos itens controlados.
e serem recuperados.
Pode ser obtida pela seguin- ■■ Minimizar a possibilidade de oferecer dados incorretos à fiscalização.
te fórmula:
ACURACIDADE=
É possível então dizer que os inventários são necessários para conferir
Qtde. de informações corretas
a acurácia de estoque, ou seja, conferir se o que temos de produtos re-
Qtde. de informações verificadas
×100
gistrados no sistema existe realmente no físico.
Estas ações de inventário se fazem necessárias devido às movimenta-
ções de estoque, entradas e saídas.
24 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
EXEMPLO:
Em uma empresa qualquer, um funcionário precisou fazer a acurácia
dos itens de A até J. Para isso, ele foi até o sistema e verificou a quan-
tidade que constava de cada item. Em seguida, ele foi até o armazém
e os contou, verificando que os itens D e G estavam errados, conforme
a tabela a seguir:
8
= × 100
Acurácia
10
Acurácia = 80%
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
25
PRATICANDO
26 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
se não houver mais entradas, será suficiente para atender a demanda.
Saber qual deve ser meu estoque mínimo; qual pode ser meu estoque
máximo (normalmente considerando espaço físico ou custos); total de
vendas; média de vendas e custo do estoque.
Dzyuba ([20--?])
Ter controle dos meios de transportes que serão utilizados para o tipo
de pedido − considerando os fatores tempo, custo e segurança, princi-
palmente −, bem como sobre o tempo de entrega e de recebimento são
fatores relevantes para não deixar os clientes na mão.
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
27
A Logística no e-commerce engloba as seguintes tarefas:
■■ Recepção e conferência dos produtos.
■■ Estocagem dos produtos no galpão.
■■ Envio dos produtos para a preparação do pedido – picking.
■■ Envio dos pedidos para a transportadora.
■■ Rastreamento de pedidos enviados.
■■ Controle de entrega.
28 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
que o resultado, fruto dos serviços, seja de qualidade e o mais próximo
possível das expectativas ou necessidades almejadas.
Dentro da Logística, existem muitas empresas especializadas que pres-
tam serviços nas mais diversificadas áreas, que vão desde a retirada da
matéria prima, passando pelos processos internos e indo até a entrega
do produto no cliente final. Dentre esses serviços, podemos citar: trans-
porte, armazenagem, sistemas logísticos etc.
Essas empresas estão no mercado para suprir alguma deficiência de
mão-de-obra qualificada ou por falta de recursos de investimento das
empresas, fazendo com que os processos possam ser executados com
baixos custos operacionais.
RESUMINDO
Contexto
Evolução
Profissional Por que
O que surgiu? O que
fazer? mudou?
Fundamentos
Quem da Logística Quem pode
Serviços fez? ajudar? Sistemas
Tendências Controles
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
29
ANOTAÇÕES
30 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
CAPÍTULO 2
SUPRIMENTOS, PRODUÇÃO E
NOÇÕES DE MANUTENÇÃO
screwdriver
31
Terceirização • suprimentos
matéria-prima • indicadores
Kanban
Professora Elisa, qual a
diferença entre matéria-prima, Não são a
insumos e suprimentos. mesma coisa e as diferenças
Não é tudo a mesma são fáceis de perceber.
coisa?
Matéria-prima,
Matéria-prima,
insumos
insumosee
suprimentos
suprimentos
FIM
FIM
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
■■ Diferenciar cada tipo de material ou produto por suas caracterís-
ticas e aplicações.
■■ Realizar a rotina administrativa utilizando instrumentos de infor-
mática para as operações logísticas.
■■ Identificar as etapas do processo produtivo.
■■ Reconhecer a filosofia Lean e os sistemas Kanban.
Um profissional de logística
bem preparado, será um
estrategista potencial.
?
PERGUNTA
twinsterphoto ([20--?])
Quando vamos a um consultório, todas as ações do médico relacionadas
ao atendimento de avaliação são também um serviço, enquanto o produ-
to será algo palpável e tangível, como o medicamento que for comprado.
Ambos caminhos são muito próximos e complementares. Assim como
a troca de pneu precisa de um serviço para colocar um produto e no mé-
dico o serviço vai culminar na necessidade de um produto, na Logística
a destinação do produto é manipulada pelo serviço.
Se olharmos a Logística dentro de uma indústria, ela é apenas uma
área de apoio, portanto, áreas de serviço. Mas, se olharmos para uma
TRANSBORDO empresa que faz transporte, o produto dela é o transporte e o serviço
Ato ou efeito de passar pode ser considerado todas as outras coisas que compõem esse trans-
mercadorias, passagei- porte, como o transbordo.
ros etc. de um meio de
transporte para outro.
2.2. SUPRIMENTOS
Elemento essencial para a produção de um determinado produto ou
serviço. Inclui os fatores de produção, como maquinários e capital, ma-
téria-prima e demais componentes que agregam valor à essa última
para que o produto seja concluído.
Dentre os componentes que estão diretamente ligados à fabricação
do produto, é possível classificar como:
Insumos: conjunto de todos os fatores necessários para a fabricação
de um produto. Todo e qualquer tipo de material usado na produção,
mas que não necessariamente faz parte dele.
34 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
Existem três tipos de insumos: naturais, do trabalho e capital. Isso in-
clui ferramentas, energia, mão-de-obra, água, máquinas, a própria ma-
téria-prima e tudo o que servir para gerar, no fim, o produto acabado.
EXEMPLO:
Máquina de tecer, amaciantes e a água que lavou as camisetas podem
ser considerados insumos.
EXEMPLO:
As transportadoras são empresas terceirizadas e especializadas no
transporte de cargas. Há empresas que oferecem serviços de armazena-
gem, outras que oferecem serviços exclusivos de TI e assim por diante.
36 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
■■ se bem planejada, gera estabilização de custos a longo prazo;
■■ feita de forma eficaz, tende a obter maior controle sobre o nível de
serviço, por conhecer melhor seus clientes e produtos.
b. Vantagens dos serviços terceirizados:
■■ tende a ser mais barato pela diluição dos custos;
■■ liberdade ao contratante de escolher o que terceirizar.
?
PERGUNTA
Essa frota (caminhões, por exemplo) que foi terceirizada, é de máqui-
nas ou equipamentos?
?
PERGUNTA
Máquinas e equipamentos são a mesma coisa?
conteflex ([20--?])
38 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
?
PERGUNTA
40 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
Planejamento da produção: trata-se de um planejamento a curto pra-
zo, expresso em semanas. Este planejamento é de nível operacional e
aponta questões do tipo: cor, tensão, modelo, embalagem – especifica-
ções detalhadas do produto em relação a ações diárias.
É possível entender melhor por que muitas empresas fecham tempos de
depois de iniciarem seus negócios. Não se pode arriscar um negócio sem
um bom planejamento. Além de planejar entregas com fornecedores, en-
tregas com clientes, suprimentos necessários, também precisamos garan-
tir que internamente nosso processo de produção esteja bem organizado.
Plano de produção
REFLITA
Será que seria possível termos bons resultados, alcançando o que foi pla-
nejado, sem controlarmos os nossos resultados através de indicadores?
42 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
2.2.8. CONTROLE DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
O controle de máquinas e equipamentos, como tantos outros tipos
de controle, é de fundamental importância, tanto para fins lucrativos,
produtivos ou de segurança.
Para se ter condições seguras, adequadas e apropriadas à realização
das atividades de produção, o ponto fundamental é elaborar um pro-
jeto específico para este fim, os acidentes de trabalho têm suas causas
ligadas às condições inseguras de um ambiente de trabalho. Tanto o lo-
cal de trabalho quanto o material a ser trabalhado e a máquina (o equi-
pamento) a serem utilizados podem ser inseguros.
kzenon ([20--?])
■■ Cadastro de patrimônio:
a. as máquinas e equipamentos são bens da empresa e consti-
tuem seu patrimônio;
b. então desde sua entrada na empresa, é necessário cadastrar
e manter um controle de sua localização e finalidades.
TEMPO PADRÃO
Tempo padrão auxilia a empresa na sua comunicação com o clien-
te, permitindo estimar prazo de entrega muitas vezes solicitado pelo
próprio cliente.
Esse tempo padrão é segmentado, isto é: cada processo tem o seu
tempo, que costumam ser somados criando um ciclo ou lead time. Mui-
tas vezes o pedido ao fornecedor até a entrega na empresa segue um
tempo pré-determinado devido à própria estrutura de preparo, de dis-
tância de entrega, logística etc.
Há também o tempo padrão de produção. Depende do tipo de pro-
duto ou serviço, pode estar vinculado à capacidade de produção das
máquinas por hora, pode estar vinculado ao número de empregados
disponíveis na empresa, ou ainda por um gargalo produtivo.
EXEMPLO:
Temos uma furadeira na produção que executa operações de furo de vá-
rios tamanhos em diversos produtos e que é operada por um operador.
A equipe de engenharia irá medir o tempo necessário (o ideal) para
executar essa operação em cada produto fabricado. Como podem ser
vários operadores e várias máquinas, existirão diferenças que devem
ser consideradas e, ao final da análise, a engenharia determinará qual
o tempo para cada produto.
Esse tempo teórico e ideal é o tempo que se deseja que a máquina e,
em último caso, toda a produção execute a operação. Sem atrasos,
sem falhas, sem perdas. Esse é o tempo padrão.
44 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
Há tipos de produtos que atravessam na empresa vários processos
até estarem prontos e embalados na expedição para entrega. Cada pro-
cesso precisa ser respeitado em seu tempo. Obviamente, com as tecno-
logias que entram nas empresas, um dos grandes propósitos de qual-
quer empresa é reduzir o tempo padrão. Quanto mais rápido conseguir
entregar ao cliente, mais rápido recebe o dinheiro, mais agrada o cliente
e o conquista.
CAPACIDADE INSTALADA
Trata-se da capacidade máxima de produção. É o limite máximo pos-
sível a ser produzido em determinado tempo, normalmente é possível
considerar 24 horas por dia. A capacidade é sempre definida pelo garga-
lo de sua produção.
Essa medida se torna bastante válida quando os gestores querem ter
uma noção da capacidade total de produção de uma empresa, para que,
desse modo, decisões estratégicas de investimento ou desinvestimen-
tos sejam realizadas. Medir esse dado também serve para demonstrar
se uma companhia se encontra produzindo em plena capacidade ou se
apresenta ociosidade em sua produção. Também costuma ser usado
como uma forma de comparação com relação aos concorrentes, pois
ter conhecimento dele é um importante indicativo de possibilidade de
melhoria de margens e retornos.
PRATICANDO
Para entender um pouco mais sobre gargalo, vamos usar um exemplo:
?
PERGUNTA
São todos aqueles fatores que não agregam valor ao produto que está
sendo comercializado sob a perspectiva do cliente. Foram listados em 8
desperdícios: transporte, inventário, movimentação, espera, produção
excessiva, processamento excessivo, defeitos e conhecimento. Portan-
to, o principal objetivo do Lean Manufacturing é eliminar ou reduzir des-
perdícios gerados pelos mais diversos processos de uma empresa.
Para fazer a aplicação, é preciso ir até onde o problema acontece. A
implementação adequada do Lean Manufacturing visa a eliminação
dos processos e atividades que não agregam valor para o cliente, o que
pode ser feito por meio da aplicação do Kaizen.
JoyImage ([20--?])
46 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
Para isso, torna-se substancial estudar a empresa, observar e medir os
dados, analisar os desvios e utilizar ferramentas simples, qualitativas e
gerenciais para trabalhar o problema e resolvê-lo. Além disso, conversar
com os colaboradores também é uma boa pedida, pois eles se sentem
mais à vontade para expor suas opiniões, dar palpites para a melhoria
de todo o processo, tendo uma maior autonomia.
RESUMINDO
Cadastro
Entrega de
suprimentos
Contole e
manutenção
Matéria-prima
Máquinas e
Insumos
equipamentos
Suprimentos
Materiais de Matéria-prima
Kanban
consumo em processo
Componentes
comprados Filosofia
Lean
Abastecimento
Ferramentas
de apoio
Movimentados e
transformados por Processo
produtivo
Próprio Terceirizado
48 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
ANOTAÇÕES
49 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
ANOTAÇÕES
50 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
CAPÍTULO 3
RECEBIMENTO, ARMAZENAGEM,
EXPEDIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E
TRANSPORTE
truck-loading
CONFERÊNCIA • SEPARAÇÃO •
documentos • modais • checklist
51
Alguém poderia explicar
para a turma o que é o
processo de armazenagem?
Os
Osmateriais
materiais
Eu sei. chegaram,
chegaram,
É colocar os produtos eeagora?
agora?
na prateleira!
FIM
FIM
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
■■ Reconhecer o processo de distribuição.
■■ Reconhecer o processo de recebimento.
■■ Identificar os tipos de modais e suas aplicações.
■■ Reconhecer os processos e procedimentos de recepção, conferên-
cia e expedição de materiais.
3.1.1. RECEBIMENTO
O recebimento de materiais é um conjunto de ações que abrange reti-
rar a carga do veículo, conferir materiais, conferir com nota fiscal, regis-
trar no sistema a entrada do material e local onde serão armazenados.
Os materiais são, na maioria das vezes, etiquetados e colocados nos
seus locais indicados.
A função básica do recebimento de materiais é assegurar que o produ-
to entregue esteja em conformidade com as especificações constantes
no Pedido de Compra.
A pessoa que faz o recebimento tem uma função muito importante,
pois é ela que entrará em contato direto com o seu fornecedor ou cliente
no momento da entrega, e caso o cliente não for tratado com a impor-
tância necessária, a empresa poderá perdê-lo.
Então, para que o cliente ou fornecedor saia satisfeito do atendimen-
to, você precisa definir padrões, que já começam a ser utilizados na por-
taria da empresa, fazendo com que o acesso dos veículos seja rápido,
diminuindo o tempo de espera.
54 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
■■ Separação: após os procedimentos de recebimento dos materiais,
ocorre a separação. Os materiais devem ser separados para o ar-
mazenamento. Eles terão lugares próprios para serem guardados,
bem como se são armazenados embalados ou não. E então ocorre
a organização desses materiais.
■■ Registro de materiais no sistema: a qualidade das informações
e do controle do estoque depende muito do registro em que são
anotados no sistema nesse momento. É muito importante que as
informações sejam registradas corretamente, sem erros e sem es-
quecimento. Cada empresa tem seu sistema próprio de registrar
os materiais. O ideal é que essas informações sejam informatiza-
das. Após dar entrada no sistema, este permite a impressão de eti-
quetas que serão coladas em cada embalagem de material. Cada
caixa com uma etiqueta com códigos de barras, fazendo um resu-
mo de toda a quantidade da caixa. Isso permite que as empresas
possam conhecer as informações tecnológicas e operacionais de
seus materiais, bem como suas características.
EXEMPLO:
Quando você compra um produto pela internet, ele possivelmente será
entregue em sua casa, quando o produto chega, o motorista descarre-
ga o produto do veículo de transporte, ele te entrega ele juntamente
com a nota fiscal, você confere se a nota está correta, conforme espe-
cificado no pedido. Após isso você confere se o produto está correto e
armazena (guarda) no local mais apropriado.
3.2. ARMAZENAGEM
Armazenagem nada mais é do que fazer o gerenciamento do espaço
tridimensional que seja adequado ao produto e seguro, colocando-o à
disposição para a guarda de produtos que serão movimentados fácil e
rapidamente, respeitando as características de cada produto, manten-
do a sua integridade física e entregando o que for de direito no prazo
que foi acordado. Ou seja, nada mais é do que receber e guardar um PALETIZADOS
produto em um local que mantenha o produto seguro, sem danos ma- É possível dizer que
teriais, e entregar quando alguém o comprar. a paletização consis-
te em organizar seus
O processo de armazenagem pode ser dividido em sete etapas: produtos de forma
compacta em cima de
1. Recebimento de mercadorias: as docas já se encontram pron- paletes para promo-
tas para o recebimento dos caminhões, que uma vez posiciona- ver uma melhor orga-
dos, iniciam a descarga dos produtos; os quais de acordo com nização do estoque e
sua espécie e características já são fracionados ou paletizados, facilitar o transporte
da carga dentro ou
ou as áreas de recebimento da produção já se encontram dispo- fora do estoque.
níveis para o recebimento de outros produtos.
56 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
■■ os paletes bem acondicionados permitem uma melhor ventilação
entre as mercadorias, a exemplo do segmento de alimentos (pere-
cíveis), pois é algo que ajuda na manutenção de uma melhor tem-
peratura aos produtos paletizados;
■■ reduz o tempo de carregamento e descarga de caminhões.
3.3. EXPEDIÇÃO
É o departamento de uma empresa responsável pelas mercadorias ou
documentos que saem de uma empresa. A expedição logística é a área
responsável por todas as etapas relacionadas ao envio de uma mercadoria
para algum destino, incluindo o transporte e o planejamento do transporte.
tiero ([20--?])
Para que algo saia da empresa é preciso ter em ordem toda documen-
tação da remessa, devidamente identificada, além de garantir que a
embalagem seja adequada. Também é de responsabilidade da expedi-
ção carregar o veículo de transporte e providenciar o despacho. Para
que esse processo aconteça com sucesso é necessário muita organiza-
ção e capacidade de gestão.
Existem várias atividades que uma expedição deve exercer que po-
dem variar conforme empresas, a seguir iremos verificar algumas das
atividades mais comuns encontradas na expedição.
■■ Verificar o pedido: nessa etapa o expedidor deve verificar se to-
dos os itens que o cliente solicitou estão na embalagem, confron-
tando as informações do pick list com o produto.
■■ Embalar a encomenda: depois de conferido o pedido e todos os
itens conforme o solicitado é hora de embalar. Cada produto deve
ser embalado conforme a sua característica, pode ser em caixa de
papelão, plástico bolha, filme strech, ou até mesmo uma embala-
gem exclusiva para aquele produto.
?
PERGUNTA
58 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
siiixth ([20--?])
PRATICANDO
Quando está tudo verificado e constatado que está pronto para ser
expedido, é a hora de fazer o transporte. Mas para fazer isso de forma
mais eficiente e com o menor custo, você precisa conhecer quais são os
modais existentes. Confira.
3.4. TRANSPORTE
A definição de Logística pode ser entendida como o processo de gerenciar
eficazmente a aquisição, movimentação, armazenagem e distribuição de
matéria-prima e produtos acabados, bem como os serviços e informações,
desde o ponto de origem até o consumidor final, a menor custo.
Então, se eu estou adquirindo e/ou distribuindo uma matéria-prima e/ou
produto acabado, você precisará de transporte, que não é nada mais do que
a parte da Logística responsável pelo deslocamento de cargas em geral e
pessoas por meio dos vários modais existentes, ao longo da cadeia de abas-
tecimento. Em resumo, transporte é o movimento de pessoas e mercado-
rias de um local para outro por toda a cadeia de suprimentos.
REFLITA
Mas vale lembrar que o transporte tem uma parte tão considerável no
custo logístico porque não damos uma maior importância a ele e dimi-
nuímos esses custos.
Ferroviário: feito por meios das ferrovias através dos trens. Limitado
pelos locais em que há estrutura de ferrovias em funcionamento.
Aéreo: feito pelos ares através dos aviões. Meio de transportes rápido
para distâncias maiores. Suas dificuldades são dos preços mais
elevados.
60 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
Existe também o modal infoviário, que é responsável por fazer o trans-
porte de informação por meio da rede mundial de computadores. Tal
modal é pouco conhecido e comentado entre os profissionais da área
de Logística, pois muitos ainda não o consideram como modal. Mas, se
estamos tratando de transporte de produtos e informações, podemos
sim afirmar que ele é um modal.
3.5. DISTRIBUIÇÃO
A Logística de distribuição é responsável em retirar os produtos aca-
bados em um determinado local, seja ele na fábrica ou em um centro de
distribuição, e fazer com que chegue até o cliente, organizando os produ-
tos de forma ordenada dentro do veículo por meio de um sistema de ro-
teamento que liga até o destino final, garantindo uma entrega eficiente.
Primeiramente, é necessário entender que o processo acontece de
maneira contínua dentro de uma empresa. Estende-se desde o fecha-
mento de um pedido do cliente até a entrega para este, mas, para que
isso aconteça, uma série de situações é enfrentada e, se há problema
em uma das operações, as outras também serão prejudicadas.
A distribuição tornou-se ainda mais importante com a chegada da in-
ternet e do e-commerce, pois, para atender com maior eficiência, seja
ela no prazo de entrega ou disponibilidade de estoque, as empresas
buscaram alternativas. Entre elas, está o centro de distribuição (CD),
que nada mais é que um armazém cuja missão é realizar a gestão dos
estoques de produtos na distribuição física, sendo esta uma atividade
que engloba manuseio, armazenagem e administração de produtos e
informações e, em alguns casos, colocação de embalagem e rótulos,
processamento de pedidos e emissão de nota fiscal.
A distribuição também possui algumas etapas que devem ser seguidas:
■■ Administração do transporte: a informação é base para qualquer
tomada de decisão. Informações como análise de custos, quem
vai transportar (frota própria ou terceirizada) e qual será a estrutu-
ra necessária são fatores fundamentais para um serviço com me-
lhor desempenho.
■■ Conferência da carga após expedição: após a expedição, etapa
final dentro de uma empresa ou centro de distribuição, é neces-
sário conferir as cargas em quantidade e tipo. Ferramentas, como
leitores de código de barras, podem dar segurança nesta confe-
rência. Erros podem resultar em devoluções que geram prejuízos
tanto para o distribuidor quanto para o varejista.
■■ Controle de fretes: o controle do frete faz com que a empresa oti-
mize inúmeras atividades, ganhando agilidade nas suas operações e,
assim, aumentando o controle financeiro e de qualidade de serviço.
■■ Monitoramento e análise de indicadores: os indicadores de de-
sempenho logístico (KPIs) servem para avaliar e medir o nível de
desempenho dos processos, sejam eles individuais ou coletivos,
62 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
RESUMINDO
Recebimento
Estocagem
Gestão de pedidos
Armazenagem
Expedição
Aquaviário
Transporte
Aéreo
Dutoviário
Distribuição
Rodoviário
Ferroviário
64 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
PALAVRAS
DO AUTOR
PALAVRAS DO AUTOR
65
CONHECENDO
O AUTOR
CONHECENDO O AUTOR
67
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
69
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
IStock
SENAI/SC
Banco de imagens
Giulia Affonso
Tatiana Daou Segalin
Diagramação
Tikinet
Revisão ortográfica e gramatical
Tikinet
Normalização