Iso37122 Abnt-Nbr
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APRESENTAÇÃO
Projeto em Consulta Nacional
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo Especial de Cidades e Comunidades
Sustentáveis (ABNT/CEE-268), com número de Texto-base 268:000.000-011, nas reuniões de:
05.12.2019
a) é previsto para ser idêntico ao ISO 37122:2019, que foi elaborada pelo Technical
Committee Sustainable Cities and Communities (ISO/TC 268);
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.
© ABNT 2020
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
Prefácio Nacional
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR ISO 37122 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Cidades e Comunidades
Sustentáveis (ABNT/CEE-268). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de
XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
A ABNT NBR ISO 37122 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à
ISO 37122:2019, que foi elaborada pelo Technical Committee Sustainable Cities and Communities
(ISO/TC 268).
Scope
This document specifies and establishes definitions and methodologies for a set of indicators for
smart cities.
As accelerating improvements in city services and quality of life is fundamental to the definition of
a smart city, this document, in conjunction with ISO 37120, is intended to provide a complete set of
Introdução
Os indicadores detalhados na ABNT NBR ISO 37120 tornaram-se rapidamente o ponto de refe-
rência internacional para cidades sustentáveis. Os especialistas do ISO/TC 268/WG2 identificaram
a necessidade de indicadores adicionais para cidades inteligentes. Este documento complementa
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a ABNT NBR ISO 37120 e estabelece indicadores com definições e metodologias para medir e consi-
derar aspectos e práticas que aumentem drasticamente o ritmo em que as cidades melhoram os seus
resultados de sustentabilidade social, econômica e ambiental.
Este documento, quando usado em conjunto com a ABNT NBR ISO 37120, auxilia as cidades a iden-
tificarem indicadores para a aplicação de sistemas de gestão urbana, como a ABNT NBR ISO 37101,
e a implementarem políticas, programas e projetos de cidades inteligentes que:
— usem informações de dados e tecnologias modernas para oferecerem melhores serviços e quali-
dade de vida para aqueles que estão na cidade (moradores, empresas, visitantes);
NOTA BRASILEIRA A ISO 37120 foi adotada pela ABNT em 2017 (ABNT NBR ISO 37120:2017, Desenvolvimento
sustentável de comunidades – Indicadores para serviços urbanos e qualidade de vida).
1 Escopo
Este Documento especifica e estabelece definições e metodologias para um conjunto de indicadores
de cidades inteligentes.
Como acelerar melhorias nos serviços urbanos e qualidade de vida é fundamental para a definição de
uma cidade inteligente, este Documento, juntamente com a ABNT NBR ISO 37120, se destina a forne-
cer um conjunto completo de indicadores para medir o progresso em direção a uma cidade inteligente.
Isto é representado na Figura 1.
2 Referências normativas
Os seguintes documentos são referidos no texto, de modo que alguns ou todos os seus conteúdos
constituem requisitos deste documento. Para referências datadas, somente a edição citada se aplica.
Para referências atualizadas, a última edição do documento referenciado (incluindo quaisquer altera-
ções) se aplica.
ABNT NBR ISO 37101, Desenvolvimento sustentável nas comunidades – Sistema de gestão para
o desenvolvimento sustentável – Requisitos com orientação para uso
ABNT NBR ISO 37120, Cidades e comunidades sustentáveis – Indicadores para serviços municipais
e qualidade de vida
3 Termos e definições
Para este documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR ISO 37101 e ABNT NBR ISO 37120
e os seguintes.
A ISO e a IEC mantêm bases de dados terminológicos para uso em normalização nos seguintes endereços:
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3.1
gigajoule
medida de energia equivalente a 1 bilhão de joules (J), sendo 1 J a quantidade de energia necessária
para enviar uma corrente elétrica de um ampère, por meio de uma resistência de um ohm por segundo
3.2
por 100 000 habitantes
para cada 100 000 habitantes da cidade
Nota 1 de entrada: A escolha de 100 000 habitantes foi feita para permitir que cidades de diferentes tamanhos
comparem os resultados entre si com relativa facilidade e eficiência. Convém notar que, em alguns países,
a estatística por 1 000 habitantes é coletada e um pequeno ajuste matemático pode ser necessário para
refletir esta diferença, de modo a atingir-se comparação precisa. A medida de 1 000 habitantes pode ser mais
aplicável às pequenas cidades.
3.3
edifício público
propriedade governamental ou arrendada, que funciona como escritório municipal e administrativo,
biblioteca, centro de recreação, hospital, escola, corpo de bombeiros ou delegacia de polícia
Nota 1 de entrada: A propriedade dos edifícios (públicos ou privados) é definida de acordo com a região e o sis-
tema político. A definição restritiva ora empregada permite a comparabilidade global entre cidades.
3.4
cidade inteligente
cidade que aumenta o ritmo em que proporciona resultados de sustentabilidade social, econômica e
ambiental e que responde a desafios como mudanças climáticas, rápido crescimento populacional e
instabilidades de ordem política e econômica, melhorando fundamentalmente a forma como engaja
a sociedade, aplica métodos de liderança colaborativa, trabalha por meio de disciplinas e sistemas
municipais, e usa informações de dados e tecnologias modernas, para fornecer melhores serviços e
qualidade de vida para os que nela habitam (residentes, empresas, visitantes), agora e no futuro pre-
visível, sem desvantagens injustas ou degradação do ambiente natural
Nota 1 de entrada: Uma cidade inteligente também enfrenta o desafio de respeitar as fronteiras existentes no
planeta e de levar em conta as limitações impostas por estas fronteiras.
Nota 2 de entrada: Existem inúmeras definições de uma cidade inteligente; no entanto, a definição usada
pelo TC268 é a oficialmente acordada pelo Conselho de Administração Técnica da ISO.
3.5
biossólidos
mistura de água e sólidos separada de vários tipos de água, como resultado de processos naturais
ou artificiais
4 Indicadores da cidade
Este Documento se destina a auxiliar as cidades a orientar e avaliar o desempenho da gestão de
seus serviços urbanos, bem como a qualidade de vida. Ele considera a sustentabilidade como o seu
princípio geral, e a “cidade inteligente” como um conceito orientador no desenvolvimento das cidades.
Os indicadores devem ser reportados anualmente. Dependendo de seus objetivos em termos de inte-
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ligência, as cidades escolherão o conjunto apropriado de indicadores deste Documento a ser relatado.
Para fins de interpretação de dados, as cidades devem levar em consideração a análise contextual
ao interpretar os resultados. O ambiente institucional local pode afetar a capacidade de aplicar indica-
dores. Em alguns casos, os serviços podem ser prestados pelo setor privado ou pela própria comunidade.
NOTA BRASILEIRA No Brasil, os serviços públicos são oferecidos aos cidadãos de acordo com uma
matriz constitucional de competências, sendo que, além dos municípios – que detêm, conforme a legislação
vigente, a incumbência de organizar e prestar os “serviços públicos de interesse local” (iluminação pública,
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem de águas pluviais, entre outros) –,
os estados e a União também detêm responsabilidades por diversos serviços públicos relacionados aos indi-
cadores deste Documento (por exemplo, geração e distribuição de energia elétrica, de competência da
União). Desta forma, em que pese a atuação municipal (local) ser preponderante, a evolução dos indica-
dores de inteligência urbana tratados neste Documento (e a consequente materialização plena do conceito
de “cidade inteligente” no Brasil) depende de atuação concomitante e coordenada do Poder Público nas três
esferas federativas.
— Tecnologia neutra: não favorecer uma tecnologia sobre outra, existente ou futura.
— Validade: os indicadores são um reflexo preciso dos fatos e dados que podem ser coletados
usando técnicas científicas.
Os usuários também podem considerar os seguintes aspectos, que devem ser claramente consigna-
dos no relatório e justificados: indicadores podem ser agregados a áreas administrativas maiores (por
exemplo, região, área metropolitana); indicadores podem ser agrupados para análise, levando-se em
consideração as características holísticas de uma cidade; e este conjunto de indicadores pode ser
complementado por outros conjuntos de indicadores, a fim de proporcionar abordagem holística mais
abrangente para a análise de cidades inteligentes e sustentáveis.
Fontes de dados podem variar, dependendo das cidades, e podem ser diferentes das indicadas
neste Documento. No entanto, os dados devem ser verificáveis, auditáveis, fidedignos e justificados.
Cidades podem não ter acesso a todos os dados necessários para aplicação dos indicadores neste
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Documento, caso os serviços estejam sendo executados por terceiros. No entanto, ainda é importante
que as cidades obtenham estes dados. Um componente importante das cidades inteligentes é o papel
das parcerias público-privadas, e convém que essa colaboração, incluindo o compartilhamento de
dados, seja incentivada.
NOTA BRASILEIRA Conforme a legislação vigente, os serviços públicos – sejam eles federais, estaduais
ou municipais – podem ser prestados diretamente pelos entes públicos ou delegados à iniciativa privada, por
meio de concessões (inclusive as parcerias público-privadas), permissões ou autorizações. É ainda possí-
vel, de acordo com a legislação atual, o estabelecimento de parcerias “público-público”, como, por exemplo,
os contratos de programa celebrados em diversos setores, como saneamento básico, designando-se a enti-
dades estaduais, por exemplo, a prestação de serviços de competência originária dos Municípios. Desta
forma, o processo de aplicação, no Brasil, dos indicadores apresentados neste Documento deve, necessa-
riamente, passar pela identificação e engajamento prévio de todos os atores, públicos ou privados, que, por
estarem envolvidos, direta ou indiretamente, na entrega de um serviço ao cidadão, detenham, potencial ou
efetivamente, os dados necessários à aplicação dos indicadores.
As cidades que empregarem este Documento devem reportar pelo menos 50 % dos indicadores nele
contidos, aplicando também, em conjunto, a ABNT NBR ISO 37120. “Cidades inteligentes” consiste
em um conceito relativamente novo e ainda em desenvolvimento, que cidades de todo o mundo vêm
abordando, sendo relevante que cidades relatem cada vez mais os indicadores contidos neste Documento
ao longo do tempo.
Além disto, para cada indicador, a correspondência com os temas da ABNT NBR ISO 37101 é apon-
tada [para consistência com o Anexo A e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
das Nações Unidas (Anexo B)].
5 Economia
5.1 Porcentagem dos contratos de prestação de serviços municipais que disponham
de política de dados abertos
5.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Uma política de dados abertos demonstra o compromisso de uma cidade para melhor gerenciar
as informações comerciais durante todo o ciclo de vida das informações. Identificar e tornar os dados aces-
síveis ajuda a garantir que o público seja informado e engajado por meio de um governo transparente, res-
ponsável e acessível.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Governança, empoderamento e engajamento”, “Inovação, criatividade
e pesquisa” e “Economia, produção e consumo sustentáveis”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele
pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Atratividade” e “Uso responsável de recursos”
da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
e expresso como a porcentagem de contratos de prestação de serviços municipais que tenham uma
política de dados abertos.
A política de dados abertos deve se referir aos dados que devem ser fornecidos para e usados pela
cidade, que possam ser analisados e abertos ao público, incluindo residentes e não residentes da cidade.
Contratos de prestação de serviços devem se referir a contratos com empresas que prestem servi-
ços municipais.
Serviços municipais devem se referir aos serviços prestados pela cidade, e normalmente abrangem
as seguintes áreas: serviços de utilidade pública, coleta de lixo e reciclagem; segurança pública;
corpo de bombeiros; sistema viário e trânsito; recreação; construção; estatutos, infrações e execu-
ções; autorizações e licenças; planejamento; políticas, projetos e iniciativas; aluguéis e provisiona-
mento de imóveis municipais; água, efluentes e esgoto; e impostos sobre propriedade e serviços de
utilidade pública.
Convém que os dados dos contratos de prestação de serviços sejam provenientes dos respectivos
departamentos municipais ou de institutos de pesquisa de mercado e de estudos.
Um maior percentual de contratos de prestação de serviços municipais que possuem dados abertos
conduz a uma maior transparência do desempenho dos serviços municipais e a uma comunidade
tecnologicamente avançada. Isto permite que as pessoas analisem os dados e o desempenho das
empresas contratadas pela cidade para prestar serviços municipais que normalmente não são abran-
gidos pelas aferições de desempenho publicadas.
5.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Novos negócios contribuem positivamente para as economias locais, e a atividade de startups
pode sinalizar o potencial econômico de uma cidade. As novas empresas podem contribuir potencialmente
com um número substancial de novos empregos para a economia e tendem a ter taxas de crescimento de
emprego mais rápidas, principalmente nas empresas focadas em tecnologia/movidas por inovação, como
desenvolvimento de software ou de computadores.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Economia, produção e consumo sustentáveis” e “Inovação,
criatividade e pesquisa”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação
da contribuição para os propósitos de “Atratividade” e “Resiliência” da cidade, conforme definidos na
ABNT NBR ISO 37101.
A taxa de sobrevivência de novos negócios por 100 000 habitantes deve ser calculada como a taxa
de sobrevivência de novos negócios na cidade (numerador), dividida por 1/100 000 da população
total da cidade (denominador). O resultado deve ser expresso como a taxa de sobrevivência de novos
negócios por 100 000 habitantes.
Projeto em Consulta Nacional
A taxa de sobrevivência deve se referir às novas empresas que tenham sido criadas durante os últi-
mos dois anos, registradas na cidade e ainda operacionais durante o último ano (numerador), dividida
pelo número total de novas empresas que tenham sido criadas durante os últimos dois anos e regis-
tradas na cidade (denominador).
Estas empresas podem ser consideradas possuidoras de processos e/ou de produtos comerciais
inovadores. Cidades que reportem este indicador devem especificar os setores e as categorias de
empresas inovadoras que estejam incluídas no cálculo. A empresa é a menor combinação de uma
unidade jurídica, que é uma unidade organizacional que produz bens ou serviços. Empresas podem
ser categorizadas como simples (uma única entidade operacional) ou complexas (múltiplas entidades
operacionais), conforme descrito na ABNT NBR ISO 37120:2018, 5.5.2. Uma empresa inovadora é
uma empresa que está implementando novas ideias, criando produtos dinâmicos ou melhorando ser-
viços existentes em qualquer setor.
NOTA BRASILEIRA Conforme legislação vigente, compreende-se como “inovação”, no Brasil, a “introdu-
ção de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social, que resulte em novos produtos, serviços
ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço
ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho”.
Convém que os dados sobre novos negócios sejam obtidos por meio dos respectivos departamen-
tos municipais ou ministérios que supervisionam a aprovação de licenças de novas empresas ou de
novos registros de empresas.
NOTA BRASILEIRA No Brasil, compete às Juntas Comerciais, enquanto órgãos locais de execução e
administração dos serviços de registro, proceder ao registro público de empresas mercantis e atividades
afins, conforme legislação vigente. Tais serviços são supervisionados, em nível federal, pelo Departamento
Nacional de Registro Empresarial e Integração, enquanto órgão central do Sistema Nacional de Registro de
Empresas Mercantis (Sinrem), instituído e regido pela legislação vigente.
5.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Inovação, criatividade e pesquisa”, “Educação e capacitação” e
Projeto em Consulta Nacional
“Economia, produção e consumo sustentáveis”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode per-
mitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Atratividade” e “Resiliência” da cidade, conforme
definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da força de trabalho empregada em ocupações no setor de TIC deve ser calculada
como o número de residentes da cidade empregados em ocupações no setor de TIC (numerador),
dividido pela força de trabalho total da cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado
por 100 e expresso como a porcentagem da força de trabalho empregada em ocupações no setor de TIC.
O setor de TIC deve se referir a uma combinação de indústrias de manufatura e serviços que cap-
turam, transmitem e exibem dados e informações eletronicamente. Para indústrias manufatureiras,
os produtos de uma indústria elegível devem ser destinados a desempenhar a função de processa-
mento e comunicação de informações, incluindo transmissão e exibição, e devem usar processa-
mento eletrônico para detectar, medir e/ou registrar fenômenos físicos ou controlar um processo físico.
Para as indústrias de serviços, os produtos de uma indústria elegível devem ser destinados a permitir
a função de processamento e comunicação de informações por meios eletrônicos [8].
Mais especificamente, o setor de TIC deve se referir à Classificação Industrial Padrão Internacio-
nal de Todas as Atividades Econômicas (ISIC) da Divisão de Estatística das Nações Unidas, Rev. 4
(https://unstats.un.org/sd/publication/seriem/serie_4rev4e.pdf), seção J (Informação e comunicação),
em sua totalidade, e aos itens da seção C (Fabricação) que se alinhem às indústrias de fabricação de
TIC referidas acima, como os itens 26 (Fabricação de computadores, produtos eletrônicos e ópticos)
e 27 (Fabricação de equipamentos elétricos).
Conforme definido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a mão de obra deve se referir
ao conjunto de pessoas empregadas e pessoas desempregadas que estejam aptas a trabalhar. Por-
tanto, a idade de trabalho deve se referir às pessoas que estejam na mesma idade ou em idade supe-
rior à idade legal de trabalho na jurisdição em questão. Este indicador deve excluir trabalho infantil,
que é o trabalho feito por pessoas com até 14 anos de idade.
NOTA BRASILEIRA Conforme a legislação vigente, entre os direitos e garantias fundamentais estão
a “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a meno-
res de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos”.
Convém que os dados sobre emprego por setor sejam obtidos por meio de pesquisas sobre mão de
obra ou avaliações de emprego na cidade, administradas por autoridades locais, regionais ou nacio-
nais/órgãos estatísticos, ou por um Ministério ou Departamento do Trabalho.
5.4.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 À medida em que as cidades e comunidades reforçam seu foco no desenvolvimento da economia
do conhecimento, o papel da educação e das indústrias de pesquisa e desenvolvimento torna-se ainda mais
importante no desenvolvimento do capital humano. Estas indústrias desempenham um papel fundamental
no desenvolvimento econômico, promovendo processos inovadores para aprimorar produtos ou serviços
existentes ou para desenvolver novos produtos e serviços. Além disto, o setor de educação inclui aqueles
empregados em todos os níveis do sistema educacional, garantindo que os cidadãos tenham acesso à edu-
cação e recebam serviços eficazes. Deste modo, a força de trabalho empregada nestes setores auxilia no
desenvolvimento ou aprimoramento de produtos e serviços, além de garantir que os cidadãos recebam edu-
cação de alta qualidade para se envolver ativamente na economia do conhecimento.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Inovação, criatividade e pesquisa” e “Economia, produção
e consumo sustentáveis”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avalia-
ção da contribuição para os propósitos de “Atratividade” e “Resiliência” da cidade, conforme definidos na
ABNT NBR ISO 37101.
O numerador deste indicador deve ser calculado como a soma do número total de pessoas envolvi-
das em ocupações nestes dois setores, educação e pesquisa e desenvolvimento.
A força de trabalho deve referir-se, conforme definido pela OIT, à soma das pessoas empregadas mais
as pessoas em situação de desemprego que são legalmente elegíveis para trabalhar. Assim, a idade
de trabalho refere-se a todas as pessoas que são da mesma idade ou maiores do que a idade legal
de trabalho na jurisdição de referência. Este indicador exclui o trabalho infantil, que é a mão de obra
completada por pessoas de 14 anos de idade ou menos.
Projeto em Consulta Nacional
Convém que os dados sobre emprego por setor sejam obtidos por meio de pesquisas sobre mão de
obra ou avaliações de emprego na cidade, administradas por autoridades locais/regionais ou nacio-
nais/órgãos estatísticos, ou por um Ministério ou Departamento do Trabalho.
6 Educação
6.1 Porcentagem da população da cidade com proficiência profissional em mais de
um idioma
6.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 As habilidades em idiomas estrangeiros são indicativas de uma força de trabalho diversificada e
empregável. Elas também sugerem uma programação educacional altamente bem-sucedida.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Educação e capacitação”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão social”, “Bem-estar”,
“Atratividade” e “Resiliência” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da população da cidade com proficiência profissional em mais de um idioma deve ser
calculado como o número total de pessoas que podem se comunicar em mais de um idioma estran-
geiro com proficiência profissional (numerador), dividido pela população total da cidade (denomina-
dor). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da população
da cidade com proficiência profissional em mais de um idioma.
Um idioma estrangeiro deve ser referir a um idioma falado com proficiência profissional, que não seja
um dos idiomas oficiais do país em que a cidade está localizada. Por exemplo, o idioma oficial nos
Estados Unidos da América (EUA) é o inglês, portanto, um residente da cidade falando um idioma
diferente do inglês em uma proficiência profissional é contado como um idioma estrangeiro nos EUA.
No caso de um país com mais de um idioma oficial, como o Canadá, com dois idiomas oficiais desig-
nados (inglês e francês), quando uma pessoa pode falar dois idiomas oficiais em nível de proficiência
profissional, um idioma oficial será incluído na contagem de idiomas estrangeiros e o outro idioma
será excluído da contagem de idiomas estrangeiros. Por exemplo, se uma pessoa no Canadá falar
inglês e francês, ela teria um idioma estrangeiro e seria contada no numerador deste indicador. Da
mesma forma, se um canadense falar apenas inglês (apenas um dos idiomas oficiais), mas também
tiver proficiência profissional em espanhol, por exemplo, esta pessoa seria considerada proficiência
profissional em mais de um idioma.
— capaz de falar o idioma com suficiente precisão estrutural, vocabulário e coesão nos discursos,
para participar efetivamente na maioria das conversas formais e informais sobre temas práticos,
sociais e profissionais;
Projeto em Consulta Nacional
— pode discutir com fluência e resolver questões abstratas e campos especiais de competência
e interessse;
— enquanto a influência do primeiro idioma do falante puder ser notada (na pronúncia, gramática
e vocabulário), convém que não haja erro padronizado algum e convém que os erros nunca dis-
traiam o ouvinte ou interfiram na comunicação.
Convém que os dados sobre idiomas estrangeiros falados pela população da cidade sejam obtidos
usando dados do censo, ou pesquisas locais, regionais ou nacionais referentes aos idiomas falados.
Uma alta porcentagem de moradores que podem se comunicar em mais de um idioma estrangeiro
indica que a cidade tem uma população bem-educada e diversificada, que pode lidar com interações
que ultrapassam as fronteiras nacionais. A globalização, o crescimento econômico nas economias em
desenvolvimento e a melhoria da infraestrutura de transporte resultaram em uma mudança conside-
rável nos padrões de comércio mundial, e uma proporção maior da população mundial pode visitar
outros países, seja por negócios, lazer ou por outros motivos.
6.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Educação e capacitação”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para o propósito de “Atratividade” da cidade, conforme defi-
nido na ABNT NBR ISO 37101.
veis por 1 000 estudantes deve ser calculado como o número total de computadores, laptops, tablets
ou outros dispositivos de aprendizagem digital com acesso à Internet disponíveis para alunos que
frequentam escolas de ensino primário e secundário da cidade (numerador) dividido por 1/1 000 do
total da população matriculada no ensino primário e secundário da cidade (denominador). O resultado
deve ser expresso como o número de computadores, laptops, tablets ou outros dispositivos digitais de
aprendizagem disponíveis por 1 000 estudantes.
Apenas computadores, laptops, tablets ou outros dispositivos digitais de aprendizagem devem ser contados.
Os alunos do ensino primário devem se referir aos alunos matriculados no ensino primário, conforme
definido na ISO 37120:2018, Seção 3.
Os alunos do ensino secundário devem se referir aos alunos matriculados no ensino secundário, con-
forme definido na ISO 37120:2018, Seção 3.
Convém que os dados sobre o número de dispositivos eletrônicos com acesso à Internet sejam pro-
venientes de conselhos escolares locais ou de um Ministério ou Secretaria de Educação.
Embora a literatura em informática possa beneficiar estudantes do ensino médio, há debates sobre
o impacto positivo da disponibilidade de dispositivos digitais e tecnologia para alunos do ensino primário.
Banda larga suficientemente rápida, conforme definido em 18.1, também pode ser levada em con-
sideração na análise deste indicador. Quando a porcentagem da população da cidade com banda
larga suficientemente rápida é baixa, o benefício da acessibilidade a computadores, laptops, tablets
ou outros dispositivos digitais de aprendizagem pode ser limitado. Banda larga suficientemente
rápida deve se referir a uma rede capaz de atingir velocidades de pelo menos 256 kbit/s em ambas
as direções, enviando e baixando. Esta velocidade é suficiente para navegação na Internet e e-mails.
Banda larga suficiente corresponde à banda larga básica.
6.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 O recebimento de educação superior fornece aos indivíduos uma base para uma participação sig-
nificativa na força de trabalho e ajuda a reduzir a pobreza e a desigualdade. Este pilar do desenvolvimento
humano é amplamente reconhecido como a principal via de mobilidade social. Todas as disciplinas ensina-
das pelas instituições de ensino superior beneficiam a sociedade de alguma forma, como as disciplinas de
Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), que são fundamentais para o desenvolvimento tec-
nológico e a inovação de uma cidade. A educação STEM ajuda a criar pensadores críticos, aumenta o conhe-
cimento científico e possibilita a próxima geração de inovadores. Além disto, o STEM é importante, porque
a ciência permeia todas as partes de nossas vidas, e a necessidade de detentores de diplomas STEM está
aumentando com a crescente demanda por inovadores de produtos e processos que ajudarão a sustentar e
promover o crescimento econômico.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Educação e capacitação” e “Inovação, criatividade e pesquisa”,
conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os pro-
pósitos de “Resiliência” e “Atratividade” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
O número de graus de ensino superior STEM por 100 000 habitantes deve ser calculado como
o número de pessoas que possuem graus de ensino superior com graduação ou especialização em
uma disciplina de um assunto STEM (numerador), dividido por 1/100 000 da população total da cidade
(denominador). O resultado deve ser expresso como o número de graus de ensino superior STEM
por 100 000 habitantes.
Os graus de ensino superior STEM devem referir-se aos graus de ensino superior especializados em
disciplinas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, e se destinam a captar um
amplo campo de oportunidades de educação e emprego, além dos campos mais estreitos da ciência
e da matemática. Os programas de estudo STEM são tipicamente classificados com base em vários
grupos ocupacionais: ciência da computação e tecnologia; ciências matemáticas; música digital e
artes digitais, engenharia e agrimensura; e ciências naturais, físicas e da vida.
Este indicador deve incluir apenas pessoas que compõem a população total da cidade e não pode
incluir residentes temporários ou estudantes internacionais.
O ensino superior deve referir-se à definição de educação superior estabelecida na ISO 37120:2018,
Seção 3.
Convém que os dados sobre os graus de ensino superior por assunto sejam obtidos de instituições
locais de nível superior/pós-secundário, diploma ou certificado, ou do respectivo Ministério ou Secretaria
de Educação, se disponível. Se os dados do ensino superior destas fontes não estiverem disponíveis,
dados de pesquisas ou censos podem ser usados.
Este indicador fornece uma visão geral do conjunto de habilidades da população. Estes dados tam-
bém podem ter impacto nas cidades vizinhas, porque a população com graus STEM pode trabalhar
nestas cidades ou, em outros contextos, pode forçar as pessoas com menor escolaridade a se muda-
rem para as cidades vizinhas, criando guetos intelectuais na cidade. Embora apenas disciplinas STEM
Projeto em Consulta Nacional
sejam consideradas para este indicador, ciências sociais e outras disciplinas também são importantes
para a força de trabalho da cidade e podem contribuir para a inteligência da cidade.
7 Energia
7.1 Porcentagem de energia elétrica e térmica produzida a partir do tratamento de
águas residuais, resíduos sólidos e outros processos de tratamento de resíduos
líquidos e outros recursos de calor residual, como uma parcela do mix total de energia
da cidade para um determinado ano
7.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 O calor desperdiçado é um recurso energético endógeno de todas as cidades. O calor residual
pode ser obtido a partir de estações de tratamento de águas residuais e resíduos sólidos, ou de quaisquer
outros processos industriais, bem como dos setores terciário e de transporte (por exemplo, rejeição de calor
de centros de dados ou ventilação subterrânea).
Água residuais são um recurso renovável que transmite energia térmica e química. Em alguns casos,
constatou-se que as águas residuais contêm quase cinco vezes a quantidade de energia necessária para
processar e tratar as águas residuais. É importante que as cidades reconheçam o potencial das águas
residuais como fonte de energia sustentável e utilizem águas residuais em suas de fontes de energia.
Embora a redução, a reciclagem e a compostagem possam fazer a sua parte para mitigar os impactos
ambientais dos resíduos sólidos urbanos, nem todos os tipos de materiais podem ser reciclados de
maneira prática e econômica de forma ambientalmente benéfica. Este resíduo sólido remanescente
pode, portanto, representar uma oportunidade para recuperar energia, usando tecnologias novas e
possivelmente mais limpas.
O calor residual pode ser classificado em alta entalpia e baixa entalpia. Embora o calor residual de
alta entalpia permita a produção de eletricidade, o calor de baixa entalpia pode ser usado diretamente
para aquecimento (e até resfriamento) de edifícios, normalmente por meio de redes de aquecimento
e resfriamento.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Economia, produção e consumo sustentáveis” e “Infraestruturas da
comunidade”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição
para o propósito “Uso responsável de recursos” da cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de energia elétrica e térmica produzida a partir do tratamento de águas residuais, resí-
duos sólidos e outros processos de tratamento de resíduos líquidos e outros recursos de calor resi-
dual como parte do mix energético total da cidade em um determinado ano deve ser calculada como
a quantidade total de energia elétrica e térmica expressa em GJ, produzida a partir do tratamento
Projeto em Consulta Nacional
de águas residuais, resíduos sólidos e outros tratamentos de resíduos líquidos e outros recursos de
calor residual (numerador), dividido pela demanda total de energia de uso final da cidade nas mesmas
unidades que o numerador (GJ). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como
uma porcentagem da energia elétrica e térmica produzida a partir do tratamento de águas residuais,
resíduos sólidos e outros resíduos líquidos e outros recursos de calor residual como parte do mix total
de energia da cidade para um determinado ano.
O termo mix de energia deve se referir à combinação das várias fontes de energia primária usadas
para atender às necessidades de energia em uma determinada região geográfica.
Sempre que possível, os dados do tratamento de águas residuais, resíduos sólidos e outros tratamen-
tos de resíduos líquidos e outros recursos de calor residual devem ser incluídos e listados individu-
almente. Isto deve incluir o uso no local de energia elétrica e térmica recuperada nas instalações de
águas residuais/resíduos e o uso externo por terceiros.
O calor residual deve ser considerado como toda a energia térmica residual gerada na cidade que não
é utilizada, bem como as potenciais fontes de energia química que não são valorizadas como energia.
As águas residuais devem se referir aos processos físicos, químicos e biológicos usados para remo-
ver, reduzir ou neutralizar os contaminantes das águas residuais antes de descarregá-los em um
corpo de água. O tratamento de águas residuais pode incluir tratamento primário, secundário ou terci-
ário, ou tratamento de águas residuais de alto padrão.
O tratamento de resíduos sólidos deve se referir aos processos físicos, químicos e biológicos usados
para remover, reduzir ou neutralizar os contaminantes dos resíduos sólidos antes da reciclagem, recu-
peração ou disposição final.
Outros resíduos líquidos devem se referir aos resíduos líquidos como gorduras, óleo ou graxa, que
são fontes de energia.
Convém que os dados sobre a quantidade de energia elétrica e térmica produzida pelo tratamento de
águas residuais, resíduos sólidos e outros tratamentos de resíduos líquidos e outros recursos de calor
residual sejam provenientes de departamentos municipais ou de ministérios que supervisionam tais
questões, bem como de reguladores e provedores de serviços locais.
Projeto em Consulta Nacional
7.2 Energia elétrica e térmica (GJ) produzida a partir do tratamento de águas residuais
per capita por ano
7.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Águas residuais são um recurso renovável que carregam energia térmica e química. Em alguns
casos, constatou-se que as águas residuais contêm quase cinco vezes a quantidade de energia necessária
para processar e tratar as águas residuais. É importante que as cidades reconheçam o potencial das águas
residuais como uma fonte de energia sustentável e utilizem águas residuais em seu mix de fontes de energia.
Além disto, as estações de tratamento de águas residuais utilizam quantidades consideráveis de ener-
gia e criam emissões de gases com efeito estufa, mas também têm potencial para serem fontes de
energia renovável para as cidades. As estações de tratamento de águas residuais podem usar esgoto
para gerar energia no local, onde tal energia pode ser usada para ajudar a operar as estações de tra-
tamento de águas residuais, reduzindo os custos operacionais, o consumo de energia e as emissões
de gases de efeito estufa.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Economia, produção e consumo sustentáveis” e “Infraestruturas da
comunidade”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição
para o propósito “Uso responsável de recursos” da cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
A energia elétrica e térmica (GJ) produzida a partir do tratamento de águas residuais per capita por
ano deve ser calculada como a quantidade total de energia elétrica e térmica, expressa em GJ, produ-
zida a partir do tratamento de águas residuais no município (numerador), dividido pela população total
da cidade (denominador). O resultado deve ser expresso como a quantidade de energia elétrica e tér-
mica em GJ produzida a partir do tratamento de águas residuais per capita para um determinado ano.
Isto deve incluir o uso no local de energia elétrica e térmica recuperada nas instalações de águas
residuais e o uso externo por terceiros.
O tratamento de águas residuais deve se referir aos processos físicos, químicos e biológicos usados
para remover, reduzir ou neutralizar os contaminantes de águas residuais antes de descarregá-los em
um corpo de água. O tratamento de águas residuais pode incluir tratamento primário, secundário ou
terciário de águas residuais, ou tratamento de alto padrão de águas residuais.
Convém que os dados sobre a quantidade de energia elétrica e térmica produzida a partir do trata-
mento de águas residuais sejam provenientes de departamentos municipais ou ministérios que super-
visionam tais questões, bem como de reguladores e provedores locais de serviços públicos.
7.3 Energia elétrica e térmica (GJ) produzida a partir de resíduos sólidos ou outros
processos de tratamento de resíduos líquidos per capita por ano
7.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Embora a redução, a reciclagem e a compostagem possam fazer a sua parte para mitigar
os impactos ambientais dos resíduos sólidos urbanos, nem todos os tipos de materiais podem ser reciclados
de maneira prática e econômica, de forma ambientalmente benéfica. Este resíduo sólido remanescente pode,
portanto, representar uma oportunidade para recuperar energia, usando tecnologias novas e possivelmente
mais limpas. Outros resíduos líquidos, como gorduras, óleos e graxas, também são uma fonte de energia.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Economia, produção e consumo sustentáveis” e “Infraestruturas da
comunidade”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição
para o propósito “Uso responsável de recursos” da cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
A energia elétrica e térmica (GJ) produzida a partir de resíduos sólidos ou outros processos de trata-
mento de resíduos líquidos per capita por ano deve ser calculada como a quantidade total de energia
elétrica e térmica, expressa em GJ, produzida a partir de resíduos sólidos e outros resíduos líquidos
no município (numerador), dividida pela população total da cidade (denominador). O resultado deve ser
expresso como a quantidade de energia elétrica e térmica em GJ per capita para um determinado ano.
Isto deve incluir o uso no local de energia elétrica e térmica recuperada nas instalações de resíduos
sólidos e uso externo por terceiros.
Isto também inclui outros resíduos líquidos, como gorduras, óleos ou graxas.
Convém que os dados sobre a quantidade de energia elétrica e térmica produzida a partir do trata-
mento de resíduos sólidos e outros resíduos líquidos sejam provenientes de departamentos munici-
pais ou de ministérios que supervisionam tais questões, bem como de reguladores e provedores de
serviços locais.
7.4.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 O principal benefício de um sistema energético mais descentralizado é o potencial para um sis-
tema elétrico mais confiável e um suprimento de energia de maior qualidade (com os sistemas de suporte
adequados instalados). Um sistema descentralizado de produção de eletricidade pode ser definido como
a localização da produção de eletricidade mais próxima do local de consumo, como a localização de insta-
lações de produção de eletricidade dentro de uma cidade, em vez de buscar eletricidade de uma instalação
regional de produção de eletricidade que seja mais distante de uma cidade. Embora seja uma abordagem
relativamente nova para a indústria de energia e provedores de serviços públicos, um sistema descentra-
lizado pode potencialmente levar a um uso mais otimizado de fontes de energia renováveis, o que pode
reduzir o uso de combustíveis fósseis e aumentar a eficiência energética e a sustentabilidade de uma região.
Portanto, o rastreamento da quantidade de produção descentralizada de eletricidade pode ser usado para
avaliar o potencial de uma região de utilizar fontes de energia renováveis e expandir o acesso a serviços de
energia limpa, como calor e energia combinados, que poderiam não estar disponíveis devido à distância das
instalações de produção de eletricidade. A oportunidade para calor e energia combinados é importante – mas
isto geralmente tem que ser incluído no projeto destes sistemas, e é difícil de instalar retroativamente.
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Economia, produção e consumo sustentáveis” e “Infraestruturas da
comunidade”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição
para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Resiliência” da cidade, conforme definidos na
ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da energia elétrica consumida na cidade que é produzida por meio de sistemas des-
centralizados de geração energética deve ser calculado como a quantidade de energia elétrica que
é produzida por meio de sistemas/instalações descentralizados de geração energética em GJ, divi-
dida pela quantidade total de energia consumida na cidade na mesma unidade do numerador (GJ) –
isto inclui a energia elétrica produzida tanto por instalações centralizadas quanto descentralizadas
de geração energética (denominador). O resultado deve ser multiplicado por 100 e expresso como
a porcentagem da energia elétrica consumida na cidade que é produzida por meio de sistemas des-
centralizados de geração energética.
Geração energética descentralizada, também referida como geração energética distribuída, deve se
referir à geração energética próxima ao local de utilização, independentemente do tamanho, tecnolo-
gia, ou combustível utilizado – seja fora ou dentro da rede. Além disto, a geração energética descen-
tralizada se refere a uma vasta gama de tecnologias, que incluem turbinas ou plantas eólicas, painéis
fotovoltaicos (solares), microturbinas e módulos com motores internos a combustão.
Convém que os dados sobre a quantidade de energia elétrica produzida tanto por sistemas/instala-
ções centralizadas quanto descentralizadas sejam provenientes de instalações locais, dos respectivos
departamentos municipais ou ministérios que supervisionam a geração de energia. Pode ser aceitável
o uso de estimativas baseadas em auditorias realizadas em locais amostrados para abordar a geração
de energia elétrica que é imediatamente utilizada como consumo próprio, que às vezes não é repor-
tada às instalações de energia elétrica.
Se uma planta produz 100% da energia elétrica da cidade, isto não é considerado descentralizado e,
portanto, o indicador é igual a 0%.
7.5.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 O pico de demanda de energia é um vetor menos falado, que aumenta os custos de energia e
limita a penetração de energias renováveis. As redes inteligentes acomodarão o armazenamento de energia
(normalmente, armazenamento elétrico e térmico, mas também combustíveis “limpos”, como o hidrogênio)
para reduzir os picos de demanda e transferir o uso de energia para períodos de produção intermitente de energia
renovável. A capacidade de armazenamento eficiente é essencial para equilibrar a oferta e a demanda de energia
em uma região, e isto pode ser alcançado por várias estratégias:
— armazenamento térmico (por exemplo, armazenamento de calor e frio em sistemas locais de aquecimento
e resfriamento urbano);
— massa térmica dos edifícios considerada armazenamento térmico no local, se associado ao consumo de
calor previsto por algoritmos que permitem a redução da demanda de pico de calor e frio dos sistemas de
aquecimento e resfriamento urbano;
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Economia, produção e consumo sustentáveis” e “Infraestru-
turas da comunidade”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da
contribuição para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Resiliência” da cidade, como definidos
na ABNT NBR ISO 37101.
A capacidade de armazenamento das redes de energia da cidade por consumo de energia total da
cidade deve ser calculada como a quantidade total de energia que pode ser armazenada anualmente
na rede elétrica da cidade e em redes térmicas (esquemas de aquecimento e resfriamento urbano),
em gigajoules (numerador), dividida pelo consumo total de energia da cidade (denominador). O resul-
tado deve ser expresso como a capacidade de armazenamento da rede de energia da cidade por
consumo total de energia da cidade.
Armazenamento de energia deve se referir ao processo de conversão de energia em uma forma arma-
zenada que pode ser convertida novamente em energia quando necessário. Assim, a capacidade de
armazenamento deve se referir à quantidade de energia capaz de ser armazenada.
Para consumo total de energia de uso final, consultar a ISO 37120:2018, 7.1.
Onde possível, especificar e relatar os tipos de consumo de energia usados no cálculo. Além disto,
se a instalação de armazenamento de energia não estiver dentro dos limites da cidade, convém que
a cidade informe a distância da instalação de armazenamento de energia.
Convém que os dados para a capacidade de armazenamento sejam obtidos dos respectivos departa-
mentos municipais ou ministérios que supervisionam a rede de energia da cidade e utilidades locais
que operam os sistemas de aquecimento e resfriamento de distritos.
Ter capacidade de armazenamento de energia nas proximidades ou dentro dos limites da cidade
(perto das cargas) reduz as perdas de transmissão e garante um fornecimento de energia mais confiá-
vel. Também permite que as cidades gerenciem melhor os picos de demanda de energia. Se as insta-
lações de armazenamento de energia não estiverem localizadas dentro dos limites da cidade, a cidade
Projeto em Consulta Nacional
7.6 Porcentagem dos pontos de iluminação pública gerenciados por sistema de telegestão
7.6.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Os pontos de luz geridos remotamente contribuem para uma maior eficiência energética e podem
ser otimizados e adaptados para ligar e desligar, e atenuar em qualquer área da cidade. Além disto, as luzes
geridas remotamente podem potencialmente melhorar a segurança na cidade, onde qualquer falha de um
ponto de luz que leve a ruas insuficientemente iluminadas pode ser imediatamente monitorada e localizada
para garantir um reparo rápido. Por último, o consumo real de energia por ponto de luz pode ser medido e
relatado com precisão com o sistema de gerenciamento de luz, para monitorar melhor o custo da energia e
os esquemas de redução de CO2.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Economia, produção e consumo sustentáveis” e “Segurança
e proteção”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição
para o propósito “Uso responsável de recursos” da cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem dos pontos de iluminação pública gerenciada por um sistema de telegestão deve ser
calculada como o número de pontos de iluminação pública que podem ser controlados por um sistema
de telegestão (numerador), dividido pelo número total de pontos iluminação pública na cidade (deno-
minador). Os resultados devem ser então multiplicados por 100 e expressos como a porcentagem dos
pontos de iluminação pública gerenciados por um sistema de telegestão.
“Controlado por um sistema de telegestão” deve se referir à capacidade de monitorar pontos de luz,
definir horários para desligar/ligar e ajustar os níveis de luz por escurecimento. Isto significa que um
ponto de iluminação pública pode ser alterado individual e remotamente com um sistema baseado em
TIC, que é conectado por meio de uma rede de comunicação aos pontos de luz. Este sistema deve
também ser capaz de medir com precisão a energia elétrica consumida pelo ponto de iluminação
pública e indicar por meio do sistema baseado em TIC ao operador qualquer falha ocorrida que afete
o desempenho da luz do ponto de luz.
Convém que os dados sobre o gerenciamento remoto da iluminação sejam provenientes de departa-
mentos municipais ou de ministérios responsáveis pelo inventário de iluminação pública e pelo geren-
ciamento de iluminação pública.
7.7 Porcentagem dos pontos de iluminação pública que tenham sido remodelados e
recém-instalados
NOTA BRASILEIRA Optou-se pela tradução da palavra “refurbished” como “remodelados”, pois o sentido
de tal remodelagem é essencialmente a melhoria da eficiência energética, conforme 7.7.1 NOTA 1.
Projeto em Consulta Nacional
7.7.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A iluminação pública pode representar 15 % a 50 % do consumo total de eletricidade dos municí-
pios. A remodelagem dos pontos de iluminação pública da cidade e a instalação de novas luminárias podem
contribuir para melhorar a eficiência energética, reduzindo o consumo de energia nas vias públicas. Além
disso, a recente introdução no mercado de tecnologias de iluminação pública energeticamente eficientes
proporciona economias relevantes, com prazos de “payback” comparativamente curtos. A economia anual de
energia e de custos de manutenção pode, assim, fazer frente aos investimentos e custos de capital.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Economia, produção e consumo sustentáveis”, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição com o propósito de “Uso responsá-
vel de recursos” da cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem dos pontos de iluminação pública que tenham sido remodelados e recém-instalados
ao longo do ano deve ser expressa como o número de pontos de iluminação remodelados e
recém-instalados (numerador) ao longo do ano, dividido pelo número total de pontos de iluminação
(denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem dos
pontos de iluminação pública que tenham sido remodelados e recém-instalados.
Sempre que possível, as cidades devem reportar e indicar separadamente a porcentagem dos pontos
de iluminação pública que tenham sido remodelados e recém-instalados.
Um ponto de iluminação pública deve se referir a qualquer fonte singular de iluminação pública,
a exemplo de luminárias e postes de iluminação.
NOTA BRASILEIRA 2 Cidades podem optar pela implementação, de forma integrada aos ativos de ilumi-
nação pública, de funções de interesse público conexas às infraestruturas de iluminação pública, por meio
de dispositivos e sistemas baseados em Internet das Coisas (IoT), que viabilizem serviços como video-
monitoramento de áreas públicas, oferecimento de conectividade pública (Wi-Fi), sensoriamento de ativos
públicos, como lixeiras, bueiros e estruturas de drenagem urbana, sensoriamento ambiental e meteorológico,
entre outros, além da telegestão (ver 7.6). A adoção desta estratégia, de forma direta ou mediante parceria
público-privada, pode proporcionar economias relevantes de escala e altos níveis de eficiência operacional
e econômico-financeira ao ente público, em decorrência do compartilhamento de redes e dispositivos para
tráfego de dados de interesse público. A integração de funções de Cidade Inteligente aos ativos de iluminação
pública tende a mitigar, ainda, a duplicação desnecessária de investimentos e a criação dos denominados
“silos digitais” nas cidades, consistentes na não comunicação entre as estratégias, serviços e utilidades públi-
cas setoriais, resultando em perdas técnicas e econômico-financeiras aos municípios, na evolução em direção
ao patamar de Cidade Inteligente, conforme apontado no Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT), desen-
volvido pelo Governo Brasileiro e conforme legislação vigente. Caso a cidade que aplique este Documento tenha
optado pelo desenvolvimento de redes de iluminação pública multifuncionais, todas as funções que estejam
plenamente operacionais poderão ser computadas na aferição dos indicadores de inteligência urbana. Desta
forma, se existirem pontos de iluminação pública que, por meio de integração industrial (na luminária ou no
poste) ou de ancoragem de dispositivos, possibilitem o provimento, por exemplo, de serviços de videomoni-
toramento e conectividade pública (Wi-Fi), convém que a abrangência destas utilidades públicas seja refle-
tida, respectivamente, no cálculo dos indicadores “Porcentagem da área da cidade coberta por câmeras de
vigilância digital” (ver 15.1) e “Porcentagem da área da cidade coberta por conectividade (Internet) oferecida
pelo município” (ver 18.3). Igualmente, caso um ou mais pontos de iluminação pública possua(m), de forma
integrada, capacidade de provimento de funções integradas de sensoriamento ambiental ou recarga de veí-
culos elétricos, por exemplo, tais elementos poderão ser considerados, respectivamente, na aferição dos indi-
cadores “Número de estações remotas de monitoramento da qualidade do ar em tempo real por quilômetro
quadrado (km2)” (ver 8.2) e “Número de estações de carregamento de veículos elétricos por veículo elétrico
registrado” (ver 7.13).
Convém que as cidades considerem o ciclo de vida dos ativos de iluminação pública ao substituir,
recondicionar e instalar iluminação pública. Convém que um plano de ciclo de vida de iluminação
pública seja desenvolvido pelas cidades para avaliar melhor o estado atual dos ativos de iluminação
de uma cidade e identificar qual tratamento/material/tecnologia é conveniente para utilização na ilumi-
nação pública.
Convém que os dados sobre renovação de iluminação pública e sistemas de iluminação pública
sejam obtidos de departamentos municipais ou de ministérios responsáveis pelo inventário de ilumina-
ção pública.
NOTA BRASILEIRA Optou-se pela tradução da palavra “refurbishment” como “remodelagem”, pois o sen-
tido de tal remodelagem é essencialmente a melhoria da eficiência energética, conforme também utilizado
no indicador anterior, “Porcentagem dos pontos de iluminação pública que tenham sido remodelados e
recém-instalados” (ver 7.7). Esta remodelagem pode ser entendida também como um retrofit energético do edifício.
Projeto em Consulta Nacional
7.8.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Os edifícios são os maiores consumidores de energia na maioria das cidades. O uso reduzido e
eficiente de energia pode gerar economias substanciais e aumentar a estabilidade do suprimento de energia.
Como tal, os edifícios que necessitam de renovação/remodelagem podem dificultar o progresso para reduzir
o consumo de energia, contribuindo, assim, para alterações climáticas e outras externalidades negativas.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Economia, produção e consumo sustentáveis” e “Ambiente de
vida e trabalho”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribui-
ção para os propósitos de “Atratividade” e “Uso responsável de recursos” da cidade, conforme definidos na
ABNT NBR ISO 37101.
Edifícios públicos devem se referir a um edifício de propriedade do governo ou arrendado que fun-
cione como um escritório municipal e administrativo, biblioteca, centro de recreação, hospital, escola,
posto de bombeiros ou delegacia de polícia.
NOTA A propriedade dos edifícios (públicos ou privados) é definida de acordo com a região e o sistema
político. A definição restritiva usada aqui permite a comparabilidade global entre cidades.
Convém que os dados sobre os edifícios públicos que necessitam de renovação/remodelagem sejam
provenientes de ministérios, departamentos ou agências municipais que supervisionam a construção
e manutenção de edifícios na cidade.
7.9.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Medidores inteligentes de energia registram e exibem o consumo de energia em tempo real.
Os dados dos medidores inteligentes podem ser enviados para um local central por meio de redes sem fio,
fornecendo aos provedores de energia os meios para entender como e quando a energia está sendo usada,
planejar e melhor gerir a energia. Além disto, os dados do medidor inteligente ajudam os consumidores
a entender melhor e monitorar o uso de energia.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Infraestrutura da comunidade” e “Economia, produção e con-
sumo sustentáveis”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da con-
tribuição para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Atratividade” da cidade, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de edifícios na cidade com medidores inteligentes de energia deve ser calculada como
o número de edifícios na cidade com medidores inteligentes de energia (numerador), dividido pelo
número total de edifícios na cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e
expresso como a porcentagem de edifícios na cidade com medidores de energia inteligentes.
Os dados para edifícios públicos, comerciais e industriais devem ser incluídos e listados individualmente.
Edifícios públicos devem se referir a um edifício de propriedade do governo ou arrendado que fun-
cione como um escritório municipal e administrativo, biblioteca, centro de recreação, hospital, escola,
posto de bombeiros ou delegacia de polícia.
NOTA 1 A propriedade de edifícios (públicos ou privados) é definida de acordo com a região e o sistema
político. A definição restritiva usada aqui permite a comparabilidade global entre cidades.
Edifícios comerciais e industriais devem se referir àqueles que foram designados pela cidade para uso
comercial e industrial.
NOTA 2 Os métodos de avaliação de propriedades podem variar de uma jurisdição ou país para outro, incluindo
o método orientado para o mercado, o método orientado para o lucro e o método orientado para os custos.
Um medidor inteligente de energia deve se referir a um medidor de energia que inclua monitores digi-
tais em tempo real ou que esteja disponível por meio de um aplicativo on-line em tempo real, para que
um cliente possa entender melhor o seu uso de energia. Além disto, um medidor inteligente de energia
pode enviar digitalmente as leituras dos medidores para um fornecedor de energia para contas de
energia mais precisas e para um melhor planejamento e gestão da energia pelos provedores.
Projeto em Consulta Nacional
Convém que os dados sobre o número de edifícios na cidade com medidores inteligentes de energia
sejam obtidos de fornecedores de energia locais ou regionais, ou dos respectivos departamentos
municipais ou de ministérios que tenham dados locais sobre medidores inteligentes de energia.
7.10.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Ao contrário dos veículos convencionais que usam motores a gasolina ou a diesel, os veículos
elétricos (VE) são alimentados por eletricidade a partir de baterias. Os VE, portanto, emitem menos gases
de efeito estufa e poluentes de escapamento do que os veículos convencionais. Os VE também são mais
baratos de operar, porque os custos de combustível são mínimos ou nulos. No entanto, com uma capacidade
limitada de motor e bateria (o que significa um intervalo de viagem mais curto), os carros elétricos necessitam
de acesso regular e conveniente às estações de carregamento do veículo (isto é, da bateria).
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Saúde e assistência na comunidade”, “Infraestrutura da comu-
nidade” e “Ambiente de vida e trabalho”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma
avaliação da contribuição para os propósitos de “Bem-estar”, “Atratividade” e “Preservação e melhoria do
meio ambiente” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
O número de estações de carregamento de veículos elétricos por veículo elétrico registrado deve ser
calculado como o número total de estações de carregamento de veículos elétricos na cidade (numera-
dor), dividido pelo número total de veículos elétricos registrados na cidade (denominador). O resultado
deve ser expresso como o número de estações de carregamento de veículos elétricos por veículo
elétrico registrado.
Veículo elétrico deve se referir a qualquer meio pelo qual algo ou alguém seja transportado e que con-
tenha um motor, rodas (incluindo carros, ônibus e motocicletas, mas não trens) e que funcione, total
ou parcialmente, por meio de motor elétrico alimentado por bateria. Os veículos elétricos, portanto,
requerem a conexão a uma fonte de eletricidade para recarregar as baterias. Existem dois tipos de
veículos elétricos:
1) veículos “híbridos”, que são alimentados por um motor a gasolina ou a diesel, bem como por um
motor elétrico;
2) veículos a “bateria elétrica”, que são alimentados exclusivamente por uma bateria e não necessi-
tam de combustíveis líquidos.
NOTA BRASILEIRA No Brasil, considera-se veículo elétrico, de acordo com a Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL), “todo veículo movido por um motor elétrico em que as correntes são fornecidas por uma
bateria recarregável ou por outros dispositivos portáteis de armazenamento de energia elétrica recarregáveis
a partir da energia proveniente de uma fonte externa ao veículo, utilizado essencialmente em vias públicas,
Projeto em Consulta Nacional
NOTA BRASILEIRA No Brasil, considera-se estação de recarga de veículos elétricos, de acordo com
a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o “conjunto de softwares e equipamentos utilizados para
o fornecimento de corrente alternada ou contínua ao veículo elétrico, instalado em um ou mais invólucros, com
funções especiais de controle e de comunicação, e localizados fora do veículo” (conforme legislação vigente).
Veículo registrado deve se referir a qualquer veículo que tenha sido oficialmente listado ou registrado
junto a uma autoridade governamental e que apresente uma placa de matrícula do veículo e/ou um
certificado de matrícula do veículo.
Convém que os dados para este indicador sejam obtidos em departamentos municipais ou esta-
duais ou em ministérios responsáveis pelo transporte e registro de veículos na cidade.
8.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Os edifícios construídos em conformidade com os princípios da construção verde são substan-
cialmente mais sustentáveis. Os “edifícios verdes” são construídos com padrões de design mais altos, que
reduzem drasticamente o consumo de energia. Os edifícios verdes também podem ser construídos ou refor-
mados de acordo com os padrões de construção ecológica, que oferecem benchmarking contínuo para moni-
torar o desempenho ambiental.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Infraestruturas da comunidade” e “Ambiente de vida e traba-
lho”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para
os propósitos de “Uso responsável de recursos”, “Atratividade” e “Bem-estar” na cidade, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de edifícios construídos ou reformados nos últimos cinco anos em conformidade com
os princípios de edifícios verdes deve ser calculada como o número total de edifícios construídos ou
reformados nos últimos cinco anos em conformidade com os princípios de edifícios verdes (numera-
dor), dividido pelo número total de edifícios da cidade construídos ou reformados nos últimos cinco
Projeto em Consulta Nacional
anos (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcenta-
gem de edifícios construídos ou reformados, nos últimos cinco anos, em conformidade com os princí-
pios de edifícios verdes.
A reforma de edifícios deve se referir às atividades que visam não só ajudar a diminuir o consumo de
energia, mas também a melhorar a eficiência energética e a diminuir os impactos ambientais de um
edifício. A reforma não inclui a remoção e/ou substituição de edifícios.
Os princípios de edifícios verdes devem se referir a um conjunto de diretrizes e critérios com base nos
quais um edifício pode ser considerado construído em conformidade com a “construção verde”. Cons-
trução verde é a prática de criar estruturas e usar processos que sejam ambientalmente responsáveis
e eficientes em termos de recursos ao longo do ciclo de vida de um edifício, desde a localização até
o projeto, construção, operação, manutenção, renovação e demolição. Esta prática expande e com-
plementa as questões clássicas de economia, utilidade, durabilidade e conforto. O edifício verde tam-
bém é conhecido como edifício sustentável ou de alto desempenho.
Edifícios verdes podem ser edifícios que tenham sido construídos ou reformados de acordo com um
padrão de construção verde e podem ser classificados como um edifício verde sob padrões como
BREEAM, LEED, CASBEE, HQE, BOMA BEST, BCA Green Mark, DGNB e ASGB. O edifício não pre-
cisa ser certificado como um edifício verde, mas pode simplesmente seguir um padrão de construção
verde em todo o processo de construção.
Convém que os dados sobre o número de edifícios construídos ou reformados nos últimos cinco anos,
em conformidade com os princípios de construção ecológica, sejam provenientes dos departamentos
municipais e ministérios que supervisionem a construção e manutenção de edifícios na cidade ou
supervisionem as licenças e padrões de construção.
8.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Um sistema de monitoramento de ar em tempo real, operado remotamente, pode ajudar a avaliar
os impactos das mudanças climáticas no meio ambiente (por exemplo, a qualidade do ar). Estes sistemas
também podem fornecer observações em tempo real, processamento e análise de dados, fornecendo infor-
mações oportunas às pessoas sobre a qualidade do ar da cidade.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Saúde e assistência na comunidade” e “Ambiente de vida e tra-
balho”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para
os propósitos de “Bem-estar”, “Atratividade” e “Preservação e melhoria do meio ambiente” da cidade, con-
forme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
Uma estação de monitoramento deve se referir a uma estrutura ou dispositivo físico que utilize equipa-
mento especializado e métodos analíticos para rastrear os níveis de poluentes, como partículas finas
(PM2,5), dióxido de carbono (CO2) e dióxido de enxofre (SO2).
Um sistema remoto em tempo real deve se referir a qualquer forma de tecnologia que forneça infor-
mações instantâneas, como aplicativos móveis. Mais especificamente, um sistema remoto consiste
em hardware, software, dados e as pessoas que os utilizam. Um sistema remoto geralmente inclui
tecnologia de comunicação, como a Internet.
Convém que o número de estações remotas de monitoramento da qualidade do ar em tempo real seja
proveniente dos departamentos municipais ou de ministérios que supervisionam a qualidade do ar
da cidade.
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Saúde e assistência na comunidade” e “Ambiente de vida e tra-
balho”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para
o propósito de “Bem-estar” da cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Edifício público deve se referir a um edifício de propriedade do governo ou arrendado que funcione
como um escritório municipal e administrativo, biblioteca, centro de recreação, hospital, escola, posto
de bombeiros ou delegacia de polícia.
NOTA A propriedade de edifícios (públicos ou privados) é definida de acordo com a região e o sistema
político. A definição restritiva usada aqui permite a comparabilidade global entre cidades.
Convém que os dados sobre o número de edifícios públicos equipados para monitoramento da quali-
Projeto em Consulta Nacional
dade do ar interior sejam obtidos junto das autoridades locais, funcionários públicos ou do ministério
ou departamento responsável pelos edifícios públicos.
9 Finanças
9.1 Receita anual obtida a partir de economia compartilhada, como porcentagem da
receita própria
9.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Economia, produção e consumo sustentáveis”, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Atratividade”
e “Resiliência” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A receita anual obtida a partir de economia compartilhada, (numerador) como porcentagem da receita
própria, deve ser representada como o montante total de receitas arrecadadas por ano a partir de
taxas de licença, taxas de usuários, taxas de licenciamento e impostos, conforme permitido por lei ou
legislação (numerador), dividido pela receita total própria da cidade (denominador). O resultado deve
ser então multiplicado por 100 e expresso como a receita anual obtida a partir de economia comparti-
lhada, como porcentagem da receita própria.
O total de receitas próprias deve ser calculado como a receita total menos as transferências.
A economia compartilhada deve se referir ao uso de plataformas ou portais digitais para reduzir
a escala de transações de contratação ou participação em mercados de consumo (isto é, ‘compar-
tilhamento’, no sentido de contratar-se um ativo) e, assim, reduzir a extensão em que os ativos são
subutilizados para acomodação, transporte, bens de consumo duráveis, capital humano e mão de
obra e propriedade intelectual. Em uma abordagem ampla, a economia compartilhada é um ecossis-
tema socioeconômico construído em torno do compartilhamento de recursos humanos e físicos. Inclui
a criação, produção, distribuição, comércio e consumo compartilhado de bens e serviços por diferen-
tes pessoas e organizações.
A economia compartilhada também é conhecida como economia sob demanda, consumo colabora-
tivo ou economia ponto a ponto.
Convém que os dados sobre impostos recolhidos a partir de economia compartilhada sejam provenien-
tes dos respectivos departamentos municipais ou ministérios que supervisionam as finanças municipais.
9.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 O uso de notas fiscais eletrônicas (e-faturas) e de transferência de pagamentos para a cidade
aumenta a segurança e reduz os custos para a cidade e seus negócios e cidadãos. As cidades que com-
binam e-fatura e transferências eletrônicas com sistemas automáticos de contabilidade e controle podem
experimentar um notável aumento na produtividade.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Economia, produção e consumo sustentáveis”, “Segurança e
proteção” e “Governança, empoderamento e engajamento”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Atratividade” e “Uso responsável de
recursos” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de pagamentos para a cidade realizados por meio eletrônico, com base em notas
fiscais eletrônicas (e-faturas), deve ser calculada como o número de pagamentos para a cidade rea-
lizados por meio eletrônico (numerador), dividido pelo número total de pagamentos feitos à cidade
(denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem de
pagamentos para a cidade realizados por meio eletrônico.
O pagamento eletrônico é um pagamento por meio eletrônico sem o uso de dinheiro ou cheques.
Convém que os dados sobre pagamentos para a cidade por meio eletrônico sejam provenientes do depar-
tamento econômico da cidade ou de outros departamentos da cidade responsáveis pelos pagamentos.
Uma alta porcentagem de pagamentos eletrônicos é uma indicação de que as cidades são alta-
mente digitalizadas.
10 Governança
10.1 Número anual de visitas on-line ao portal municipal de dados abertos por
100 000 habitantes
10.1.1 Geral
Projeto em Consulta Nacional
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Os portais de dados abertos fornecem um meio de aumentar o acesso público aos dados gerenciados
pelos municípios. Criam uma maior transparência e permitem a inovação por parte de organizações comunitárias
e cidadãos. Embora muitos municípios ofereçam portais on-line, nem todos são igualmente visitados.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Governança, empoderamento e engajamento”, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para o propósito de “Atratividade” da
cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
O número anual de visitas on-line ao portal municipal de dados abertos por 100 000 habitantes deve
ser calculado como o número total de visitas ao portal municipal de dados abertos (numerador), divi-
dido por 1/100 000 da população total da cidade (denominador). O resultado deve ser expresso como
o número anual de visitas on-line ao portal municipal de dados abertos por 100 000 habitantes.
Um portal de dados abertos deve-se referir a um portal de dados operado pela cidade e que forneça
acesso a dados abertos. Os dados abertos referem-se aos dados estruturados, legíveis por máquina
e compartilhados livremente, que podem ser usados e construídos sem restrições.
Uma visita on-line deve se referir a um visitante individual que acesse on-line o portal de dados aber-
tos da cidade e prossiga para navegar e examinar o portal de dados abertos. Uma visita conta todos
os visitantes, não importa quantas vezes o mesmo visitante tenha acessado o portal de dados abertos.
Convém que os dados sobre o número de visitas ao portal de dados abertos sejam obtidos de websites
que hospedam estatísticas obtidas da administração do website do município ou fornecidas pelo(s)
host(s) do domínio.
10.2 Porcentagem de serviços urbanos acessíveis e que podem ser solicitados on-line
10.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A prestação de serviços urbanos que podem ser solicitados on-line por meio de portais digitais
oferece benefícios aos cidadãos e aos governos locais. Os municípios podem prestar serviços sem horários
fixos e podem fornecer estes serviços com recursos reduzidos. Além disto, o uso de tecnologia móvel, como
geolocalização e fotos, está ajudando na eficiência e eficácia dos serviços urbanos.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Governança, empoderamento e engajamento”, conforme definido
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão
social” e “Atratividade” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de serviços urbanos acessíveis e que podem ser solicitados on-line (isto é, por meio
da Internet) deve ser calculada como o número total de serviços urbanos oferecidos às pessoas e
empresas por meio de uma interface centralizada da Internet (numerador), dividido pelo número total
de serviços urbanos oferecidos pela cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado
Projeto em Consulta Nacional
por 100 e expresso como a porcentagem de serviços urbanos acessíveis e que podem ser solicita-
dos on-line.
Os serviços urbanos devem se referir aos serviços prestados pela cidade, incluindo aqueles contratados
a terceiros, e geralmente abrangem as seguintes áreas: lixo e reciclagem; segurança pública; corpo de
bombeiros; estradas e tráfego; estatutos, violações e execução; permissões e licenças; planejamento;
construção; políticas, projetos e iniciativas; aluguel e restauração de edifícios da cidade; água e esgo-
tos; e impostos e serviços de utilidades públicas. Os serviços urbanos são um termo amplo que engloba
os muitos “pontos de contato” que as cidades têm com cidadãos e empresas. Particularmente para
serviços urbanos acessíveis on-line, este termo pode incluir, por exemplo, solicitação e recebimento de
permissões; avaliação e coleta de impostos; reclamações de hospedagem e endereçamento; e solicita-
ção de informações sobre serviços dentro da jurisdição ou autoridade da cidade.
Quando possível, as cidades devem informar a porcentagem de usuários que efetuam o pagamento
por meio de um sistema on-line de multa por violação de tráfego separadamente.
Convém que um inventário de todos os serviços urbanos oferecidos seja feito para obter uma por-
centagem fidedigna. Convém que as informações sobre os serviços urbanos sejam provenientes de
departamentos municipais ou instituições que prestam serviços. Os números sobre serviços disponí-
veis por meio da web ou de dispositivos móveis também devem ser obtidos nos departamentos muni-
cipais ou instituições que fornecem o serviço, ou nos administradores de sites do governo municipal.
Como nem todos os serviços podem ser solicitados e entregues on-line, um valor de 100 % não é
um objetivo.
10.3 Tempo médio de resposta a chamados realizados por meio de sistema de chamados
não emergenciais da cidade (dias)
10.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Um sistema de chamados não emergenciais é um importante ponto de acesso aos serviços muni-
cipais. Refere-se à taxa de resposta de pontos de acesso não emergenciais por meio de vários meios,
incluindo telefone, aplicativos, Twitter, e-mail e contatos pessoais. O ponto de acesso pode ser usado por
cidadãos e empresas.
O tempo médio de resposta a chamados feitos por meio de sistema de chamados não emergenciais
da cidade deve ser expresso como o número total de horas da submissão de chamados/formulários
iniciais demandadas para resposta a todas as solicitações feitas pelo sistema não emergencial da
cidade (numerador), dividido pelo número total de chamados recebidos pelo sistema não emergencial
Projeto em Consulta Nacional
da cidade (denominador). O resultado deve ser dividido por 24 e expresso como tempo médio de res-
posta a chamados realizados por meio de sistema não emergencial da cidade, em dias.
Um recibo automático de retorno não pode ser contabilizado como uma resposta. Convém que a resposta
seja personalizada (por exemplo, uma solução imediata, o tempo para a solução ou uma explicação
clara de não relevância).
Um sistema de chamados não emergenciais deve se referir a um sistema que os cidadãos contatem
quando não houver um perigo imediato relacionado à saúde, segurança ou propriedade, ou não hou-
ver um crime em progresso. Sistemas de chamados não emergenciais podem incluir linhas diretas,
aplicativos baseados na Internet (por exemplo, página da web, rede social, aplicativos para celular)
que permitem que os habitantes submetam uma demanda, como uma reclamação sobre condições
urbanas desfavoráveis ou incômodos (por exemplo, um buraco, solicitação de limpeza de rua ou
remoção de um grafite, relato de um semáforo quebrado) para uma central. O sistema então escala e
retransmite a demanda para a autoridade local apropriada.
Convém que os dados sobre o tempo de resposta relativo a chamados realizados por meio do sistema
de chamados não emergenciais da cidade sejam obtidos a partir de registros mantidos pelo sistema
de chamados não emergenciais da cidade e pelo respectivo departamento da cidade escalado para
atender ao chamado.
10.4.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
A infraestrutura de TI deve se referir a hardware, software, redes, data centers, instalações e equi-
pamentos relacionados usados para desenvolver, testar, operar, monitorar, gerenciar e/ou suportar
serviços de tecnologia da informação, por exemplo, mas não limitados a, centros de dados municipais,
servidores e computadores, dispositivos multifuncionais e dispositivos sem fio.
Convém que os dados sobre o tempo de inatividade da infraestrutura de TI da cidade durante um inci-
dente sejam provenientes dos respectivos departamentos municipais e dos ministérios responsáveis
pela infraestrutura de TI.
11 Saúde
11.1 Porcentagem da população da cidade com prontuário eletrônico unificado,
acessível on-line pelos provedores de serviços de saúde
11.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A digitalização e a centralização dos históricos de saúde permitem que os profissionais de saúde
cuidem dos pacientes usando uma abordagem holística. Os prestadores de cuidados de saúde, independen-
temente da sua especialidade ou localização, podem aceder ao histórico de saúde destes indivíduos e assim
fornecer melhores cuidados.
NOTA 2 Embora a assistência médica esteja frequentemente fora da jurisdição dos governos municipais,
a disponibilidade e o acesso à atenção primária à saúde são uma característica das cidades que têm
o potencial de impactar a saúde, representando, portanto, uma importante área de enfoque para as cidades.
Além disto, os prestadores de serviços de saúde da cidade enfrentam enormes pressões e dificuldades para
reduzir o custo da prestação de cuidados de saúde e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade destes cuida-
dos. Permitir que os prestadores de serviços de saúde acessem o prontuário unificado de um paciente on-line
pode ajudar a superar estes problemas.
NOTA 3 Este indicador reflete o tema “Saúde e assistência na comunidade”, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Resiliência”
e “Bem-estar” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da população da cidade com um prontuário unificado on-line acessível aos prestado-
res de serviços de saúde será calculada como o número total de pessoas com um prontuário unificado
on-line que pode ser acessado por qualquer tipo de prestador de serviços de saúde (numerador),
dividido pelo total da população na cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado
Projeto em Consulta Nacional
por 100 e expresso como a porcentagem da população da cidade com um prontuário unificado on-line
acessível aos provedores de assistência médica.
A divulgação de dados dentro de um sistema de saúde deve ser feita com cuidado e discrição, levando
em consideração as medidas de privacidade e segurança necessárias para garantir que as informa-
ções sejam usadas apenas em benefício dos cidadãos.
Convém que os dados sobre o número de pessoas com históricos de saúde unificados acessíveis
aos provedores de serviços de saúde sejam provenientes de provedores de serviços de saúde ou
seguradoras locais, regionais ou estaduais, ou respectivos departamentos e ministérios.
11.2 Número anual de consultas médicas realizadas remotamente por 100 000 habitantes
11.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 As consultas médicas remotas fornecem uma alternativa vital às consultas tradicionais. A conside-
ração pode incluir populações envelhecidas, mobilidade reduzida ou acesso limitado ao transporte.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema de “Saúde e assistência na comunidade”, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Resiliência”,
“Coesão social” e “Bem-estar” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
O número anual de consultas médicas realizadas remotamente por 100 000 habitantes deve ser
calculado como o número total de consultas médicas realizadas remotamente, como por meio de
serviços de vídeo on-line ou teleconferência (numerador), dividido por 1/100 000 da população total
da cidade (denominador). O resultado deve ser expresso como o número anual de consultas médicas
realizadas remotamente por 100 000 habitantes.
Uma consulta médica deve se referir a uma visita do paciente a uma unidade de saúde, na qual um
paciente discute as suas necessidades de saúde e preocupações com um ou mais profissionais de
saúde. Somente consultas oficiais devem ser incluídas. Consultas médicas realizadas remotamente
devem incluir aquelas habilitadas com tecnologias de vídeo e teleconferência em formatos acessíveis;
celulares; equipamentos remotos de coleta de dados e telemonitoramento (por exemplo, monitores
cardíacos). As consultas presenciais serão excluídas.
Convém que os dados sobre o número anual de consultas médicas realizadas remotamente sejam
provenientes de departamentos ou ministérios que supervisionam os cuidados de saúde prestados
às pessoas da cidade e acompanham os modos de cuidados de saúde prestados aos seus cidadãos.
Projeto em Consulta Nacional
11.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformi-
dade com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A má qualidade do ar e da água afeta a saúde humana e contribui para a mortalidade e a morbi-
dade humana nas cidades. Os sistemas de alerta de qualidade do ar fornecem informações importantes e
conselhos ao público para minimizar a exposição ao poluente atmosférico. Da mesma forma, os sistemas de
alerta de qualidade da água informam as pessoas sobre se a qualidade da água da cidade é adequada ou
não para uso em outras atividades. Sistemas de alerta de qualidade do ar e da água podem ajudar a mitigar
ou diminuir os impactos de poluentes na saúde pública.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Saúde e assistência na comunidade”, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Resiliência”
e “Bem-estar” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da população da cidade com acesso aos sistemas de alerta público em tempo real
para alertas de qualidade do ar e da água deve ser calculada como o número de pessoas com acesso
a sistemas de alerta público em tempo real para avisos de qualidade do ar e da água (numerador),
dividido pela população total da cidade. O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso
como a porcentagem da população da cidade com acesso aos sistemas de alerta público em tempo
real para alertas de qualidade do ar e da água.
Um sistema público de alerta para a qualidade do ar e da água deve se referir a um sistema que
informe e notifique o público sobre os níveis de poluentes, alérgenos e partículas, e libere os dados
ou dados públicos em tempo real com base nos métodos de previsão. Também facilita a identificação
precoce de problemas locais de poluição do ar e da água, e emite alertas oportunos de episódios de
poluição do ar e da água (refletindo níveis de partículas e poluentes) ao público por mensagem de
texto, e-mail ou mensagem de voz pré-gravada. Um sistema de alerta pode estar na forma de aplica-
tivos móveis ou on-line.
Em alguns casos, a qualidade do ar e da água pode ser reportada por dois sistemas separados de
alerta público, um responsável pela qualidade do ar e outro responsável pela qualidade da água.
Pessoas registradas em mais de um sistema de alerta público serão contadas uma vez para o cálculo
deste indicador. Além disto, o cálculo deve incluir apenas as pessoas que residam na cidade e excluir
aquelas que não seriam incluídas na contagem total da população da cidade, de modo que residam
além dos limites administrativos da cidade.
Convém que os dados sobre o número de pessoas com acesso a sistemas de alerta público em tempo
real sejam provenientes de respectivos departamentos municipais responsáveis pelo gerenciamento
de sistemas de alerta.
12 Habitação
12.1 Porcentagem de domicílios com medidores inteligentes de energia
12.1.1 Geral
Projeto em Consulta Nacional
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Medidores inteligentes de energia registram e exibem o consumo de energia em tempo real. Dados
de medidores inteligentes podem ser enviados para um local central sem fio, fornecendo aos provedores de
energia os meios para entender como e quando a energia está sendo usada para planejar e conservar ener-
gia. Além disto, os dados do medidor inteligente ajudam os consumidores a entender melhor e monitorar
o uso de energia.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Economia, produção e con-
sumo sustentáveis”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da con-
tribuição para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Atratividade” da cidade, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de domicílios com medidores inteligentes de energia deve ser calculada como o número
total de domicílios com medidores inteligentes de energia (numerador), dividido pelo número total de
domicílios na cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como
a porcentagem de domicílios com medidores inteligentes de energia.
Um medidor inteligente de energia deve se referir a um medidor de energia que inclua displays digi-
tais em tempo real, visualizados on-line ou que estejam disponíveis por meio de um aplicativo on-line
em tempo real, para que os clientes possam entender melhor o seu uso de energia. Além disto, um
medidor inteligente de energia pode enviar digitalmente as leituras dos medidores para um fornecedor
de energia para contas de energia mais precisas e para um melhor planejamento e gestão de energia
pelos fornecedores.
Sempre que possível, convém que a porcentagem de domicílios com medidores inteligentes de ener-
gia por tipo de energia seja informada separadamente na tabela.
Convém que os dados do medidor inteligente de energia sejam obtidos de fornecedores de energia
locais ou regionais, ou respectivos departamentos da cidade ou ministérios que tenham dados sobre
medidores inteligentes de energia locais.
12.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Medidores inteligentes de água registram e exibem o consumo de água em tempo real. Os dados
do medidor inteligente podem ser enviados para um local central sem fio, fornecendo aos provedores de
água os meios para entender como e quando a água está sendo usada para planejar e conservar melhor
a água. Além disto, os dados do medidor inteligente ajudam os consumidores a entender melhor e monitorar
o uso da água.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Economia, produção e consumo sustentáveis” e “Infraestruturas
da comunidade”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contri-
buição para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Atratividade” da cidade, como definidos na
ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de domicílios com medidores inteligentes de água deve ser calculada como o número
total de domicílios com medidores inteligentes de água (numerador), dividido pelo número total de
domicílios na cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como
a porcentagem de domicílios com medidores inteligentes de água.
Um medidor inteligente de água deve se referir a um medidor de água que inclua displays digitais em
tempo real em casa, com informações em tempo real visualizadas on-line, ou que estejam disponíveis
por meio de um aplicativo on-line em tempo real, para que os clientes possam entender melhor o seu
uso de água. Além disto, um medidor de água inteligente pode enviar digitalmente leituras de medidor
a um fornecedor de água para contas de água mais precisas e para melhor planejamento e gestão de
água pelos fornecedores.
Convém que os dados sobre medidores inteligentes de água sejam obtidos de fornecedores de água
locais ou regionais, ou dos respectivos departamentos municipais ou ministérios que possuam dados
locais sobre medidores inteligentes de água.
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Os edifícios públicos acessíveis por pessoas com necessidades especiais criam uma cidade inclu-
siva, removendo barreiras para pessoas afetadas por desafios de mobilidade.
A porcentagem de edifícios públicos que são acessíveis por pessoas com necessidades especiais
deve ser calculada como o número de edifícios públicos dentro da cidade que são acessíveis por
pessoas com necessidades especiais (numerador), dividido pelo número total de edifícios públicos na
cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso em porcentagem.
Projeto em Consulta Nacional
A definição de um edifício público acessível deve basear-se na respectiva norma nacional para iden-
tificar, remover e prevenir os obstáculos, para que as pessoas com necessidades especiais tenham
mais oportunidades na vida diária. Edifícios públicos acessíveis geralmente incluem estes requisitos:
— portas automáticas
— luz suficiente
— banheiros acessíveis
Edifício público deve se referir a um edifício de propriedade do governo ou arrendado que funcione
como um escritório municipal e administrativo, biblioteca, centro de recreação, hospital, escola, posto
de bombeiros ou delegacia de polícia.
NOTA A propriedade de edifícios (públicos ou privados) é definida de acordo com a região e o sistema
político. A definição restritiva usada aqui permite a comparabilidade global entre cidades.
Convém que as informações sejam obtidas junto às autoridades locais, aos funcionários públicos ou
ao ministério ou departamento responsável por edifícios públicos.
13.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Garantir que uma cidade seja acessível a todos os seus cidadãos e visitantes promove uma socie-
dade equitativa e inclusiva. A alocação de uma parte do orçamento municipal para provisão de dispositivos
e tecnologias assistivas para cidadãos com necessidades especiais de mobilidade ajuda a manter a acessi-
bilidade da cidade ano após ano para todos os cidadãos e visitantes e para apoiar a autonomia das pessoas
com deficiência e necessidades especiais, incluindo idosos.
ano (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso em porcentagem.
Convém que os dados relativos ao montante do orçamento municipal alocado a ações de apoio,
dispositivos e tecnologias assistivas a cidadãos com necessidades especiais de mobilidade sejam
obtidos do orçamento municipal e dos documentos financeiros auditados, ou departamentos ou minis-
térios que supervisionam as despesas municipais na provisão de ajudas à mobilidade, dispositivos e
tecnologias assistivas para cidadãos com necessidades especiais.
13.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Os sinais de acessibilidade aos pedestres permitem que pessoas com necessidades especiais
atravessem os cruzamentos com segurança e realizem as suas atividades diárias.
Sinais de acessibilidade aos pedestres devem se referir aos dispositivos que comunicam os intervalos
em que o cruzamento se mostra seguro ou inseguro, usando comunicação não visual, geralmente
audível ou vibrátil (isto é, vibrações), ou como um complemento aos sinais visuais.
Convém que os dados sobre faixas de travessia de pedestres equipadas com sinalização de aces-
sibilidade sejam provenientes de departamentos municipais ou ministérios que supervisionam vias
públicas e sinais de trânsito.
13.4.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 À medida que as cidades experimentam uma mudança demográfica, a necessidade de desenho
urbano e serviços urbanos amigáveis aos idosos está se tornando cada vez mais crítica. As cidades precisam
lidar com as consequências desta mudança demográfica sem precedentes por meio de planejamento amigá-
vel e serviços municipais. O desenvolvimento de programas (por exemplo, aulas de tecnologia para idosos)
é uma maneira de criar um ambiente no qual os idosos, mas também pessoas com deficiências, possam
adquirir ou aprimorar habilidades tecnológicas para participar ativamente de uma sociedade impulsionada
pela tecnologia e lutar contra a exclusão digital. Isto também capacita os cidadãos a se tornarem usuários
ativos de novas tecnologias.
A porcentagem do orçamento municipal alocado para a provisão de programas designados para redu-
zir a exclusão digital deve ser calculada como a soma das despesas anuais da cidade com a progra-
mação designada para reduzir a exclusão digital (numerador), dividida pelo orçamento anual total da
cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como uma porcen-
tagem do orçamento municipal alocado para o fornecimento de programas designados para reduzir
a exclusão digital.
Convém que os dados sobre orçamentos municipais alocados para a provisão de programas voltados
à redução da exclusão digital sejam obtidos do orçamento municipal.
14 Recreação
14.1 Porcentagem de serviços públicos de recreação que podem ser reservados on-line
14.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Ambiente de vida e trabalho”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para o propósito de “Bem-estar” da cidade, conforme definido
na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de serviços públicos de recreação que podem ser reservados on-line deve ser calcu-
lada como o número de serviços públicos de recreação que podem ser reservados on-line (numera-
dor), dividido pelo número total de serviços públicos de recreação que uma cidade oferece (denomi-
nador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem de serviços
públicos de recreação que podem ser reservados on-line.
Os serviços de recreação devem se referir aos serviços que operam instalações ou prestam serviços
que permitem que as pessoas participem de atividades esportivas ou recreativas, ou que tenham
interesses de entretenimento, hobbies e lazer. Os serviços recreativos podem incluir a cidade que
oferece espaço para recreação pública, que é definido amplamente como terrenos e edifícios aber-
tos ao público para recreação, como piscinas, instalações esportivas e de patinação e academias de
ginástica. Além disto, os serviços de recreação da cidade podem incluir programas administrados pela
cidade, acampamentos e aluguel de instalações.
Convém que a porcentagem de serviços públicos de recreação que podem ser reservados on-line seja
proveniente dos respectivos departamentos da cidade ou ministérios que supervisionam a recreação
pública, ou departamentos responsáveis pela administração on-line.
15 Segurança
15.1 Porcentagem da área da cidade coberta por câmeras de vigilância digital
15.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A presença de câmeras de vigilância é um impedimento contra o crime e outras ofensas. Quando
ocorrem incidentes, a vigilância por vídeo oferece uma representação precisa dos eventos, bem como infor-
mações importantes para solucionar crimes e outras ofensas. As câmeras digitais são mais confiáveis do que
os filmes e possuem maior capacidade e melhor qualidade de imagem, e criam arquivos que são facilmente
distribuídos e difíceis de manipular.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Segurança e proteção”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Bem-estar” e “Atratividade” da cidade,
conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da área da cidade coberta por câmeras de vigilância digital deve ser calculada como
a quantidade de área territorial da cidade coberta por câmeras de vigilância por vídeo digital em qui-
lômetros quadrados (numerador), dividida pela área total da cidade (denominador). O resultado deve
ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da área da cidade coberta por câme-
Projeto em Consulta Nacional
Câmeras de vigilância digitais, às vezes chamadas de câmeras IP, devem se referir às câmeras de
vídeo que podem enviar e receber dados por meio de uma rede de computadores, ao invés de enviar
um feed para um gravador de vídeo digital (DVR) (isto é, um drive de disco ou USB). A medição da
cobertura é determinada pelas especificações técnicas dos sistemas em uso.
Este indicador deve incluir vigilância digital acessível pela cidade, como qualquer vigilância por vídeo
digital que a cidade ou a polícia possa acessar diretamente, sem a permissão ou solicitação de pro-
prietários de câmeras privadas.
Ao usar sistemas de câmeras de vigilância digital, convém levar em consideração como os dados/imagens
são usados, bem como as medidas de privacidade e segurança necessárias para garantir a segu-
rança dos cidadãos.
Convém que os dados sobre a porcentagem da área da cidade coberta por câmeras de vigilância digi-
tais sejam obtidos dos departamentos locais de segurança pública, ministérios ou agências.
Convém que a densidade das câmeras de vigilância na área de uma cidade seja interpretada junto
a outros indicadores de segurança e proteção, assim as cidades podem responder se mais câmeras
de vigilância estão trazendo mais benefícios para a segurança. É necessária uma interpretação cui-
dadosa deste indicador, porque ele pode ser usado de forma inadequada por razões políticas ou para
uma suposição antecipada de que mais vigilância necessariamente traz mais segurança e proteção.
16 Resíduos sólidos
16.1 Porcentagem de centros de coleta (contêineres) de resíduos equipados com telemetria
16.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
O centro de coleta é definido da seguinte forma: é um modo de coleta no qual a comunidade fornece
à população uma rede de compartimentos que estão espalhados pela área da cidade e estão disponí-
veis para todos os cidadãos com acesso aberto. O cidadão não possui uma lixeira individual. Convém
que ele disponha os materiais selecionados em um local organizado pela comunidade, por exemplo,
um contêiner ao lado de uma via pública, estacionamento ou um centro comercial ou um ponto de
coleta do distrito.
Caminhões de coleta procedem ao recolhimento nas lixeiras (contêineres) dos pontos alocados na
cidade. Quando caminhões são dotados de telemetria para otimizar as suas rotas, dependendo do
preenchimento do contêiner, isto pode ser considerado o meio para que os cidadãos possuam coleta
com telemetria.
NOTA 1 Muitas cidades precisam limitar o tráfego na cidade e simplificar a organização da coleta de lixo.
Projeto em Consulta Nacional
Além disto, muitas cidades têm ruas estreitas e precárias, que fornecem apenas acesso limitado a residên-
cias e bairros. Nas cidades dos países menos desenvolvidos, as estradas e os caminhos nem sempre são
acessíveis aos caminhões de lixo para coleta. Desenvolver centros de coleta de lixo com telemetria (onde
os cidadãos trazem os seus resíduos) é uma solução local que poderia ajudar as cidades a atingir o objetivo
de reduzir o tráfego na cidade, superar o acesso limitado e simplificar a coleta e o descarte de lixo. A tele-
metria auxilia na otimização e eficiência da coleta de lixo, informando os caminhões de coleta de lixo sobre
o nível de resíduos atualmente mantidos em contêineres no centro de desmobilização.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade”, “Economia, produção e consumo
sustentáveis” e “Mobilidade”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação
da contribuição para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Preservação e melhoria de meio
ambiente” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de centros de coleta (contêineres) de resíduos equipados com telemetria deve ser
calculada como o número de centros de coleta (contêineres) de resíduos equipado com dispositivos
de telemetria (numerador), dividido pelo total de centros de coleta (contêineres) de resíduos dentro da
cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcenta-
gem de centros de coleta (contêineres) de resíduos equipados com telemetria.
Um centro de coleta de resíduos (contêiner) deve se referir a um local onde as pessoas trazem resí-
duos de acordo com os critérios de triagem. Os centros de coleta podem, por exemplo, ser colocados
perto de uma via pública ou em um estacionamento. As pessoas que usam centros de coleta geral-
mente não têm um recipiente de lixo privado. Caminhões de coleta recolherão os resíduos no centro
de coleta (contêiner).
Os centros de coleta (contêineres) de resíduos e os veículos de coleta de lixo são equipados com teleme-
tria para otimizar os ciclos de coleta de lixo com base em informações sobre a ocupação de contêineres.
Telemetria deve se referir à medição com o auxílio dos meios intermediários que permitem que
a medida seja interpretada a uma distância do detector preliminar. A característica distintiva da tele-
metria é a natureza dos meios de tradução, que inclui a provisão para converter a medida em uma
quantidade representativa de outro tipo que pode ser transmitida convenientemente para medição
à distância. Se um centro de coleta de lixo (contêiner) possuir telemetria, a quantidade de lixo em um cen-
tro de coleta de resíduos (contêiner) pode ser transmitida para caminhões de coleta de lixo remotamente.
Convém que os dados sobre a porcentagem de centros de coleta de resíduos equipados com telemetria
sejam obtidos de departamentos municipais que supervisionam os centros de coleta de lixo/resíduos.
16.2 Porcentagem da população da cidade que dispõe de coleta de lixo porta a porta
com monitoramento individual das quantidades de resíduos domésticos
16.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 O monitoramento individual das quantidades de lixo doméstico fornece informações valiosas tanto
para os cidadãos quanto para as cidades. Entender o peso do lixo doméstico pode ajudar a otimizar a coleta
de lixo e reduzir custos. Além disto, a telemedição reduz o tráfego nas ruas, adaptando o número de veículos
à quantidade real de lixo a ser coletada. Os benefícios são um tráfego mais fluente, com consequências para
a redução das emissões de GEE, melhor desenho das rodadas de coleta e melhor alocação de recursos
humanos com economias correspondentes.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade”, “Economia, produção e consumo
sustentáveis” e “Mobilidade”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação
da contribuição para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Preservação e melhoria de meio
ambiente” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da população da cidade que dispõe de coleta de lixo porta a porta com monitoramento
individual das quantidades de resíduos domésticos deve ser calculada como o número de pessoas
que moram na cidade onde há coleta domiciliar de lixo porta a porta equipada com dispositivo de
monitoramento (numerador), dividido pela população total da cidade (denominador). O resultado deve
ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da população da cidade que dispõe
de coleta de lixo porta a porta com monitoramento individual das quantidades de resíduos domésticos.
A coleta de lixo de porta a porta deve se referir ao serviço de coleta onde o contêiner é alocado a um
grupo de usuários identificáveis. O ponto de coleta de resíduos selecionados fica localizado próximo
à casa do usuário.
Os contêineres individuais de coleta de lixo e os veículos de coleta de lixo equipados com telemetria
para otimizar a coleta de lixo com base em informações sobre o enchimento de lixo podem ser conside-
rados coleta de lixo porta a porta com um monitoramento individual das quantidades de lixo doméstico.
Telemetria deve se referir à medição com o auxílio dos meios intermediários que permitem que
a medida seja interpretada a uma distância do detector preliminar. A característica distintiva da teleme-
tria é a natureza dos meios de tradução, que inclui a provisão para converter a medida em uma quanti-
dade representativa de outro tipo, que pode ser transmitida convenientemente para medição à distância.
Convém que os dados sobre a porcentagem da população da cidade que dispõe de coleta de lixo
porta a porta equipada com monitoramento individual (incluindo dados de telemetria) sejam prove-
nientes dos respectivos departamentos municipais que supervisionam os serviços de coleta de lixo e
coleta de lixo porta a porta.
16.3 Porcentagem da quantidade total de resíduos da cidade empregada para gerar energia
16.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Resíduos com conteúdo significativo de matéria orgânica podem ser uma fonte de energia direta-
mente, recuperando calor de uma usina de resíduos (incinerador) ou produzindo energia a partir da digestão
de resíduos ou outras novas tecnologias, usando esta energia para cogeração, produção de biometano para
injeção na rede de gás ou para produção de combustível.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade”, “Economia, produção e consumo
sustentáveis” conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para
os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Preservação e melhoria do meio ambiente” e “Resiliência” da
cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da quantidade total de resíduos da cidade que é empregada para gerar energia deve
ser calculada como a quantidade total de resíduos empregada para gerar energia (numerador), divi-
dida pela quantidade total de resíduos gerados na cidade (denominador). O resultado deve ser então
multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da quantidade total de resíduos da cidade
empregada para gerar energia.
A energia gerada a partir da estação de tratamento de resíduos deve ser expressa em GJ por ano.
A quantidade total de resíduos empregada para gerar energia deve se referir ao tratamento de resí-
duos com uma taxa de produção líquida de energia positiva.
Convém que os dados sobre a quantidade total de resíduos na cidade empregada para gerar energia
sejam provenientes de serviços públicos locais ou respectivos departamentos municipais que
supervisionam o tratamento de resíduos e a geração de energia relacionada.
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 O lixo plástico é uma questão ambiental global. Para evitar a dispersão no meio ambiente dos
plásticos, a melhor solução é limitar a produção de plásticos e desenvolver a reciclagem de plásticos. Levando
em conta os potenciais impactos ecológicos dos microplásticos em corpos de água e oceanos, as cidades
podem promover a reciclagem de plásticos em seus territórios. Isto requer o monitoramento da produção de
plástico e promove o aumento do uso de plásticos reciclados em outros produtos.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade”, “Economia, produção e consumo
sustentáveis”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribui-
ção para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Preservação e melhoria do meio ambiente” da
cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
Projeto em Consulta Nacional
A porcentagem da quantidade total de resíduos de plástico reciclados deve ser calculada como
a quantidade total de plásticos provenientes de unidades de triagem e reciclados (numerador), divi-
dida pela quantidade total de plásticos no mercado dentro dos limites da cidade (denominador).
O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da quantidade total
de resíduos plásticos reciclados na cidade.
Convém que os dados sobre a quantidade de plásticos emitidos a partir de instalações de triagem de
resíduos na cidade sejam provenientes de serviços públicos locais ou dos respectivos departamen-
tos municipais que supervisionam o tratamento de resíduos. Convém que os dados sobre plásticos
no mercado da cidade sejam obtidos de atividades comerciais, atividades industriais e utilidades de
coleta de lixo para consumo doméstico ou da indústria de plásticos.
16.5.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Economia, produção e consumo
sustentáveis”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição
para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Preservação e melhoria do meio ambiente” da cidade,
conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de lixeiras públicas que são dotadas de sensores será calculada como o número de
lixeiras públicas dotadas de sensores (numerador), dividido pelo número total de lixeiras públicas na
cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcenta-
gem de lixeiras públicas que são dotadas de sensores.
As lixeiras públicas devem se referir às latas de lixo fornecidas pela cidade que estão em espaços
públicos, como nas ruas e em parques públicos.
As lixeiras públicas com sensores devem se referir às lixeiras públicas equipadas com sensor(es) que
monitora(m) o nível de lixo e que faz(em) parte de uma rede maior de lixeiras ativadas por sensores
conectados por redes de telecomunicações, que geram dados e permitem o monitoramento remoto
dos níveis de preenchimento.
Convém que os dados sobre lixeiras públicas sejam obtidos nas secretarias municipais responsáveis
pelos resíduos sólidos municipais ou nas principais empresas/empresas de resíduos sólidos municipais.
16.6.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Com o rápido aumento da popularidade de telefones celulares, computadores, televisões e outros
dispositivos eletrônicos, é cada vez mais importante que as cidades garantam que o lixo eletrônico (ou
e-lixo) seja submetido a um gerenciamento ambientalmente saudável no final de sua vida útil. Os programas
de reciclagem de lixo eletrônico ajudam a manter os dispositivos eletrônicos fora dos aterros e a recuperar
os recursos úteis.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Economia, produção e consumo
sustentáveis”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição
para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Preservação e melhoria do meio ambiente” da cidade,
conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de resíduos elétricos e eletrônicos da cidade que são reciclados deve ser calculada
como a quantidade total de resíduos elétricos e eletrônicos da cidade que são reciclados, em tone-
ladas (numerador), dividida pela quantidade total de resíduos elétricos e eletrônicos produzidos na
cidade, em toneladas (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso
como a porcentagem dos resíduos elétricos e eletrônicos da cidade que são reciclados.
Resíduos elétricos e eletrônicos, comumente referidos como lixo eletrônico, devem se referir aos ele-
trônicos como computadores, impressoras ou aparelhos de fax, televisões ou monitores de computa-
dor, equipamentos de áudio e vídeo (incluindo DVD players, videocassetes, alto-falantes e tocadores
de música digital portáteis), telefones e equipamentos de jogos eletrônicos.
Este indicador deve incluir resíduos elétricos e eletrônicos produzidos por todas as classes de proprie-
dades: residencial, comercial, industrial e pública.
Convém que os dados sobre o lixo eletrônico sejam provenientes dos departamentos municipais res-
ponsáveis pelos resíduos sólidos urbanos ou pelas empresas/empresas de resíduos sólidos munici-
pais primários.
17 Esporte e cultura
17.1 Número de reservas on-line para instalações culturais por 100 000 habitantes
17.1.1 Geral
Projeto em Consulta Nacional
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Educação e capacitação” e “Cultura e identidade da comunidade”,
conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os pro-
pósitos de “Coesão social” e “Bem-estar” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
O número de reservas on-line para instalações culturais por 100 000 habitantes deve ser calculado
como o número de reservas on-line para instalações culturais (numerador), dividido por 1/100 000 da
população total da cidade (denominador).
Uma instalação cultural deve se referir a uma instituição pública ou sem fins lucrativos dentro de uma
cidade que envolva o enriquecimento cultural, intelectual, científico, ambiental, educacional, esportivo
ou artístico das pessoas que vivem em uma cidade. “Instalações culturais” incluem, sem limitação,
aquários, sociedades botânicas, sociedades históricas, organizações de preservação da terra, biblio-
tecas, museus, associações ou sociedades de artes performativas, sociedades científicas, organiza-
ções de preservação da vida selvagem, instalações esportivas sociedades zoológicas. Não convém
que “instalações culturais” incluam instituições educacionais (isto é, escolas) ou instituições envolvi-
das principalmente em atividades religiosas ou sectárias.
Convém que os dados do número de reservas on-line para instalações culturais sejam obtidos por
meio de ministérios e respectivos departamentos responsáveis pelas instalações e centros culturais.
Este indicador mede como um sistema de reservas on-line pode aumentar a disponibilidade de recur-
sos culturais para um público mais amplo.
17.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 O processo de preservação digital, ou digitalização, é o esforço formal de garantir que as infor-
mações digitais, como os dados digitais, sejam gerenciadas para garantir acesso e usabilidade contínuos.
A preservação digital de registros culturais é uma forma de preservação digital que garante a manutenção de
artefatos culturais para futuros usuários. Além disto, a preservação digital conecta e proporciona às pessoas
um acesso mais amplo aos materiais do patrimônio, o que ajuda a estimular uma sociedade da informação
inovadora. A digitalização do registro cultural de uma cidade contribui para a conservação e preservação do
patrimônio e dos recursos científicos; cria novas oportunidades educacionais; pode ser usada para incentivar
o turismo; e fornece maneiras de melhorar o acesso do cidadão ao seu patrimônio.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema de “Cultura e identidade da comunidade”, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Resiliência”
e “Atratividade” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
Projeto em Consulta Nacional
A porcentagem do acervo cultural da cidade que foi digitalizado será calculada como o número de
registros culturais da cidade que foram digitalizados (numerador), dividido pelo número total de regis-
tros culturais da cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso
como a porcentagem do acervo cultural que foi digitalizado.
A digitalização deve se referir à conversão de materiais analógicos tradicionais, como livros, mapas e
outros itens físicos (isto é, registros em papel), em uma cópia digital eletrônica.
Os registros culturais devem se referir ao patrimônio cultural tangível, ou ao legado de artefatos e tex-
tos físicos, de uma cidade e incluir o patrimônio cultural móvel (pinturas, esculturas, moedas, manus-
critos); patrimônio cultural imóvel (por exemplo, monumentos, sítios arqueológicos); patrimônio cul-
tural subaquático (naufrágios, ruínas submarinas e cidades), se aplicável[9]. É muito provável que
o acervo cultural de uma cidade seja grande, especialmente quando se considera o acervo cultural
em todas as suas inúmeras formas. Portanto, este indicador deve incluir apenas o patrimônio cultural
tangível de propriedade e/ou gerenciado pela cidade, para garantir a acessibilidade dos dados. Exclui
quaisquer componentes de propriedade privada do registro cultural de uma cidade.
Convém que os dados sobre o acervo cultural de uma cidade sejam obtidos por meio dos respectivos
arquivos da cidade ou respectivos departamentos e ministérios.
17.3 Número de livros disponíveis em bibliotecas públicas e e-books por 100 000 habitantes
17.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 As bibliotecas ajudam a educar a população em geral, além de fornecer espaços cívicos para inte-
ração. As bibliotecas podem ser consideradas um portal local para o conhecimento e fornecem “uma condi-
ção básica para a aprendizagem ao longo da vida, a tomada de decisões independente e o desenvolvimento
cultural dos grupos individuais e sociais” [10]. Em última análise, como declarado no Manifesto da Biblioteca
Pública da Unesco, “a biblioteca pública [pode ser pensada] como uma força viva para a educação, cultura
e informação, e como um agente essencial para a promoção da paz e bem-estar espiritual, por meio de das
mentes dos homens e mulheres.”
E-books tornaram-se populares entre o público devido à sua facilidade de acesso, permitindo que
os cidadãos continuem convenientemente a aprendizagem ao longo da vida e o desenvolvimento cul-
tural, e sejam expostos a uma infinidade de informações.
Além disto, a disponibilidade de e-books indica o nível de digitalização das bibliotecas de uma comu-
nidade, como também a facilidade de acesso aos livros por meio do site de uma biblioteca. Além disto,
os e-books são comparativamente mais ecologicamente corretos e promovem a sustentabilidade,
uma vez que os e-books requerem menos papel e mão de obra para fabricar e não requerem espaço
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Educação e capacitação”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão social” e “Bem-estar” da
cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
Projeto em Consulta Nacional
O número de livros disponíveis em bibliotecas públicas e e-books por 100 000 habitantes deve ser
calculado como o número total de títulos de livros disponíveis em bibliotecas públicas e o número total
de títulos de e-books (numerador), divididos por 1/100 000 da população total da cidade (denomina-
dor). O resultado deve ser expresso como o número de livros disponíveis em bibliotecas públicas por
100 000 habitantes.
As bibliotecas públicas devem se referir às bibliotecas dentro dos limites administrativos de uma cidade.
A proporção de e-books dentro do número total de livros da biblioteca deve ser especificada.
A cidade deve incluir neste indicador o número de livros da biblioteca e de títulos de e-books dis-
poníveis para os seus cidadãos em bibliotecas públicas. A cidade deve contar quaisquer títulos de
livros disponíveis e acessíveis em uma biblioteca pública dentro dos limites da cidade e incluir livros
físicos/monografias e e-books, que incluem os livros/monografias digitalizados e disponíveis para lei-
tura em um computador ou outro aparelho eletrônico. Uma biblioteca pública é qualquer biblioteca que
tenha uma coleção organizada de materiais impressos ou de outra biblioteca, ou uma combinação
destes, seja apoiada no todo ou em parte com fundos públicos, que tenha um cronograma estabele-
cido em que os serviços da equipe estejam disponíveis ao público.
Convém que os dados sobre o número de títulos disponíveis em bibliotecas públicas sejam obtidos
por meio de bibliotecas locais, conselhos de bibliotecas ou respectivos departamentos da cidade, ou
por meio de ministérios.
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 As bibliotecas ajudam a educar a população em geral, além de fornecer espaços cívicos para
interação. O número de usuários ativos de bibliotecas é uma medida do alcance e da eficácia das bibliotecas
locais, fornecendo “uma condição básica para a aprendizagem ao longo da vida, tomada de decisões inde-
pendente e desenvolvimento cultural dos grupos individuais e sociais” [10].
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Educação e capacitação”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão social” e “Bem-estar” da
cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da população da cidade que é usuária ativa de bibliotecas públicas deve ser calculada
como o número total de residentes da cidade que são usuários ativos de bibliotecas, assim conside-
rados os cidadãos que sejam membros registrados de bibliotecas públicas ou que utilizem serviços
bibliotecários (numerador), dividido pela população total da cidade (denominador). O resultado deve
Projeto em Consulta Nacional
ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da população da cidade que é usuária
ativa de bibliotecas públicas.
Um usuário ativo de biblioteca pública deve se referir a um membro da biblioteca pública registrado
a uma conta de usuário em uma biblioteca pública que utilize frequentemente serviços de biblioteca
com pelo menos uma transação por mês, como acessar bancos de dados on-line/biblioteca para
baixar artigos ou e-books que requerem privilégio de usuário de biblioteca ou assinatura de livros
da biblioteca. Os usuários ativos de biblioteca contabilizados neste indicador devem incluir apenas
os usuários que residem na cidade. A cidade deve contar quaisquer usuários ativos de biblioteca
dentro dos limites da cidade. Usuários de fora dos limites administrativos serão excluídos.
A cidade deve incluir neste indicador o número de usuários ativos da biblioteca que são membros das
bibliotecas públicas, ou que são conhecidos de forma mensurável para acessar os referidos serviços
de biblioteca. Uma biblioteca pública consiste em qualquer biblioteca que tenha uma coleção organi-
zada de materiais impressos ou de outra biblioteca, ou uma combinação destes, e que seja financiada
no todo ou em parte com fundos públicos e tenha um cronograma estabelecido em que os serviços
estejam disponíveis ao público.
Convém que os dados sobre o número de usuários ativos de bibliotecas sejam obtidos por meio de biblio-
tecas locais, conselhos de bibliotecas ou respectivos departamentos da cidade, ou por meio de ministérios.
Um grande número de usuários ativos de bibliotecas indica que as bibliotecas da cidade atendem
às necessidades da população e auxiliam na educação da população.
18 Telecomunicação
18.1 Porcentagem da população da cidade com acesso à banda larga suficientemente
rápida
18.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A banda larga suficientemente rápida ajuda a capacitar os indivíduos a exercerem o seu direito
à liberdade de opinião e expressão, e promove o progresso da sociedade por meio de um acesso mais amplo
à informação. Mais recentemente, tornou-se um direito humano fundamental, conforme identificado pelas
Nações Unidas, e oferece aos cidadãos a oportunidade de explorar e recuperar informações disponíveis na
World Wide Web.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Infraestruturas da comunidade”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão social” e “Atratividade” da
cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da população da cidade com acesso à banda larga suficientemente rápida será cal-
culada como o número total de pessoas na cidade com acesso à banda larga suficientemente rápida
(numerador), dividido pela população total da cidade (denominador). O total deve ser então multipli-
cado por 100 e expresso como a porcentagem da população da cidade com acesso à banda larga
Projeto em Consulta Nacional
suficientemente rápida.
A banda larga deve se referir à capacidade de transmissão de dados associada a uma determinada
velocidade de transmissão e à prestação de acesso de alta velocidade à Internet. A banda larga for-
nece suporte a aplicativos como navegação na Web, serviços de vídeo, TV IP e assim por diante. De
um modo geral, a infraestrutura de banda larga é a infraestrutura de comunicação subjacente que é
implantada para permitir a prestação de serviços de banda larga, isto é, o acesso à Internet a uma
determinada velocidade/largura de banda.
Banda larga suficientemente rápida deve se referir a uma rede capaz de atingir velocidades não
inferiores a 256 kbits/s em ambas as direções, carregando e descarregando. Esta velocidade é sufi-
ciente para navegar na Internet e enviar e-mails. A velocidade suficiente deve levar em consideração
as demandas potenciais dos provedores de serviços e seus destinatários na rede.
Convém que os dados sobre o número de pessoas com acesso à banda larga suficientemente rápida
sejam obtidos de provedores locais de serviços de banda larga, respectivos departamentos ou minis-
térios, ou empresas que supervisionam serviços de banda larga.
18.2 Porcentagem de área da cidade sob uma zona branca/ponto morto/não coberta
por conectividade de telecomunicações
18.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A telecomunicação permite não apenas a comunicação sem barreiras, mas também o acesso
a serviços como a Internet. Zonas brancas e pontos mortos são, portanto, um obstáculo à comunicação e
ao acesso a serviços básicos.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Infraestruturas da comunidade”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão social” e “Atratividade” da
cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da área da cidade sob uma zona branca/ponto morto/não coberta por conectividade
de telecomunicações deve ser calculada como a área total da cidade classificada como estando sob
uma zona branca/ponto morto/não coberta por conectividade de telecomunicações em quilômetros
quadrados (numerador), dividida pela área total da cidade em quilômetros quadrados (denominador).
O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da área da cidade
sob uma zona branca/ponto morto/não coberta por conectividade de telecomunicações.
Uma zona branca/ponto morto/não coberta por conectividade de telecomunicações deve se referir
a uma área sem conectividade e função de telecomunicação (isto é, Internet, telefone ou celular), nor-
malmente devido a problemas de interferência de rádio ou faixa.
Convém que os dados na área da cidade sob uma zona branca/ponto morto/não cobertos pela conec-
tividade de telecomunicações sejam obtidos de provedores de serviços de Internet locais ou respec-
tivos departamentos da cidade ou ministérios que supervisionam a construção de infraestrutura de
telecomunicações.
Projeto em Consulta Nacional
18.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Uma conexão pública com a Internet permite que pessoas que não tenham planos de dados
móveis ou acesso regular à Internet se conectem à Internet, permitindo que aproveitem os benefícios eco-
nômicos e sociais que a Internet pode oferecer. Além disto, a Internet publicamente acessível pode ajudar
os municípios a acompanhar passivamente os usuários para fins de planejamento futuro.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Infraestruturas da comunidade”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão social” e “Atratividade” da
cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da área da cidade coberta por conectividade à Internet fornecida pelo município será
calculada como a área total da cidade atendida por conectividade com a Internet, em quilômetros
quadrados (numerador), dividida pela área total da cidade, em quilômetros quadrados (denominador).
O total deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da área da cidade coberta
por conectividade à Internet fornecida pelo município.
A conectividade à Internet fornecida pelo município deve se referir aos serviços de conectividade
à Internet fornecidos pela cidade ou por terceiros, sob licença da cidade, ao público, e deve ser aces-
sível a qualquer pessoa (visitante ou residente) dentro dos limites da cidade. O serviço de Internet
fornecido pelo município incluirá conectividade livre de pagamentos, parcial ou totalmente.
Os locais publicamente disponíveis para conectividade com a Internet são definidos por local, não por
roteadores. Por exemplo, se vários roteadores existirem dentro de um parque, o parque seria con-
siderado apenas um único local. Locais públicos devem incluir, mas não estão limitados a parques,
espaços ao ar livre, edifícios, rotas de transporte e centros de transporte e estações.
Convém que os dados na área da cidade abrangidos por conectividade à Internet fornecida pelo muni-
cípio sejam provenientes de departamentos ou ministérios responsáveis pela tecnologia da informa-
ção de uma cidade e gerenciando figuras acessíveis pela Internet, ou podem ser estimados utilizando
ferramentas SIG.
19 Transporte
19.1 Porcentagem de ruas e vias da cidade cobertas por alertas e informações de
tráfego on-line em tempo real
19.1.1 Geral
Projeto em Consulta Nacional
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A proeminência e o crescimento das ferramentas cívicas on-line criaram uma cultura de compar-
tilhamento de dados cívicos em tempo real, incluindo alertas e informações de tráfego on-line. Estes dados
podem ser orientados para o usuário, utilizando a obtenção de informações geoespaciais de dados móveis
ou coletados por meio de sensores ou câmeras instalados pelas autoridades de vias e de transporte. A apli-
cação de tais tecnologias possibilita às autoridades planejar eficientemente para condições futuras, e para
usuários se descolocarem efetivamente pelas ruas e vias da cidade.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Mobilidade”, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Atratividade”,
“Bem-estar” e “Preservação e melhoria do meio ambiente” da cidade, como definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de ruas e vias cobertas por alertas e informações de tráfego on-line em tempo real
deve ser calculada como o número de quilômetros de ruas e vias da cidade cobertos por alertas de
tráfego on-line em tempo real (numerador), dividido pelo número total de quilômetros de rua e via
expressa dentro dos limites da cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por
100 e expresso como a porcentagem de ruas e vias da cidade cobertas por alertas e informações de
tráfego on-line em tempo real.
Ruas e vias devem se referir a todas as estradas locais, ruas e vias arteriais principais e secundárias
da cidade.
Os dados sobre ruas e vias cobertos por alertas e informações de tráfego on-line em tempo real
devem ser obtidos de respectivos departamentos da cidade ou instituições que gerenciam e dissemi-
nam conteúdo on-line relacionado ao tráfego de uma determinada região.
19.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 As cidades estão cada vez mais utilizando sistemas de mobilidade baseados em economia com-
partilhada para suplementar as necessidades de mobilidade existentes. À medida que os formuladores de
políticas e planejadores estiverem cientes do número de usuários do compartilhamento do transporte eco-
nômico na cidade, isto permitirá um melhor desenvolvimento dos planos e a reconfiguração do sistema de
transporte de uma cidade para acomodar estas mudanças.
A economia compartilhada deve se referir a qualquer forma de atividade econômica em que as pla-
taformas permitam que fornecedores e clientes troquem bens e serviços muitas vezes subutilizados
usando tecnologia da informação (ver ISO/IWA 27:2017). A economia compartilhada consiste em mer-
cados e plataformas que permitem que indivíduos e organizações comprem e vendam bens e serviços
diretamente uns dos outros, e aluguem, compartilhem ou emprestem bens ou ativos em uma base
de curto prazo ou por tempo determinado. Sistemas de mobilidade baseados em economia compar-
tilhada para este indicador devem se referir a quaisquer modos de transporte nos quais indivíduos
podem utilizar ativos de propriedade de outro indivíduo ou organização, como serviços de comparti-
lhamento de viagens e serviços de compartilhamento de automóveis.
Convém que os dados sobre o número de usuários de sistemas de mobilidade baseados em econo-
mia compartilhada sejam provenientes dos respectivos departamentos da cidade ou de organizações
de sistemas de mobilidade baseados em economia compartilhada. Dadas as tensões entre as auto-
ridades municipais e o compartilhamento de provedores de transporte econômico em muitas jurisdi-
ções, pode ser difícil para as cidades acessar os dados necessários.
Embora os sistemas de mobilidade baseados em economia compartilhada sejam uma realidade para
muitas cidades, há potenciais impactos adversos no transporte público. Há um crescente corpo de
evidências de que o compartilhamento de caronas pode estar canibalizando o número de passageiros
do transporte público.
19.3 Porcentagem de veículos registrados na cidade que são veículos de baixa emissão
19.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Os veículos com baixas emissões fornecem uma alternativa aos veículos tradicionais que operam
com motores de combustão interna, que expelem gases nocivos, como hidrocarbonetos não queimados.
Veículos de baixa emissão têm o potencial de melhorar a qualidade do ar local.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Saúde e assistência na comunidade” e “Ambiente de vida e tra-
balho” conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para
os propósitos de “Atratividade”, “Bem-estar” e “Preservação e melhoria do meio ambiente” da cidade, con-
forme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de veículos registrados na cidade que são veículos de baixa emissão deve ser calcu-
lada como o número total de veículos de baixa emissão registrados e aprovados na cidade (numera-
dor) dividido pelo número total de veículos registrados na cidade (denominador). O resultado deve ser
então multiplicado por 100 e expresso como uma porcentagem dos veículos registrados na cidade que
são veículos de baixa emissão.
Os veículos de baixa emissão devem se referir a veículos que emitem baixos níveis de emissões e
podem incluir veículos elétricos, híbridos e movidos a célula de combustível a hidrogênio. Os veículos
com baixas emissões devem ser certificados segundo normas adequadas de emissões de gases do
escapamento e o veículo deve satisfazer a outros requisitos especiais aplicáveis aos veículos conven-
cionais ou de combustível limpo e respectivos combustíveis.
Convém que o número de veículos de baixa emissão registrados e aprovados seja proveniente de
departamentos da cidade ou instituições que supervisionam o registro de veículos.
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Mobilidade”, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão
social”, “Atratividade” e “Bem-estar” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
19.5.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Informações em tempo real sobre linhas de transporte público podem ser compartilhadas com
os cidadãos para evitar congestionamentos e longas esperas por serviços atrasados ou cancelados. Alertas
em tempo real publicamente acessíveis mantêm os cidadãos bem informados sobre os serviços de transporte
público da cidade.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Mobilidade”, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão
social”, “Atratividade” e “Bem-estar” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de linhas de transporte público equipadas com sistema acessível ao público em tempo
real deve ser calculada como o número de linhas de transporte público equipadas com sistema aces-
sível ao público em tempo real para fornecer informações de operação em tempo real (numerador)
divididas pelo número total de linhas de transporte público dentro dos limites da cidade (denominador).
O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem de linhas de trans-
porte público equipadas com sistema acessível ao público em tempo real.
Uma linha de transporte público deve se referir a uma parte da rede de transporte público onde
um veículo de transporte público parte de dois pontos da rede de transporte público em uma única
viagem contínua e segue um horário com os tempos de direção e parada, que convém que sejam
os mesmos em todos os momentos. O cálculo deste indicador deve incluir o transporte público baseado
em ferrovias e em estradas, o teleférico e o transporte aquaviário. Uma linha de transporte público
deve ser distinguida de uma rota de transporte público ao calcular este indicador, de modo que uma
rota de transporte público possa incluir várias linhas de transporte público.
Um sistema acessível ao público em tempo real deve se referir a qualquer sistema de processamento
Projeto em Consulta Nacional
Convém que os dados sobre a porcentagem de linhas de transporte público equipadas com um sis-
tema baseado em TIC em tempo real sejam obtidos de respectivos departamentos da cidade que
supervisionam o transporte público e monitoram o tráfego.
19.6.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Um sistema de pagamento unificado incentiva o transporte modal múltiplo nos modos de trans-
porte, como ônibus, VLT, metrô e trens, e reduz a necessidade de os usuários de transporte público pararem
e pagarem em vários pontos de transferência durante uma única viagem. Um sistema de pagamento unifi-
cado para usuários de transporte público não se limita a uma linha ou modo de transporte específico, mas
abrange todos os tipos de modos de transporte público.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Mobilidade”, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Coesão
social”, “Atratividade” e “Bem-estar” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem dos serviços de transporte público da cidade cobertos por um sistema de pagamento
unificado será calculada como o número de serviços de transporte público da cidade conectados por
um sistema de pagamento unificado (numerador) dividido pelo número total de serviços de transporte
público (denominador) da cidade. O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como
a porcentagem do serviço de transporte público da cidade coberto por um sistema de pagamento unificado.
Os serviços de transporte público devem se referir aos serviços de viagem fornecidos localmente
pela cidade, que permitem que um número de pessoas viaje junto ao longo de rotas estabelecidas.
Os veículos de transporte público mais comuns que formam uma rede de transporte público podem
incluir aqueles fornecidos e/ou gerenciados pela cidade, como ônibus, barcos, metrôs, trens, bicicletas
compartilhadas e veículos compartilhados.
Convém que os dados sobre os serviços de transporte público da cidade cobertos por um sistema de
pagamento unificado sejam provenientes de respectivos departamentos da cidade, responsáveis pelo
sistema de trânsito da cidade.
19.7.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Os sistemas de pagamento eletrônico oferecem ao público métodos de pagamento mais fáceis,
porque não dependem de dinheiro ou cheques e reduzem o tempo gasto nas filas. Um sistema de pagamento
eletrônico também cria oportunidades para preços inteligentes, dependendo da hora do dia ou da frequência
de uso.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Mobilidade”, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Atratividade”
e “Bem-estar” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
As vagas de estacionamento público devem ser contadas pela sua capacidade, e o estacionamento
na rua deve ser contado por vagas pagas individuais.
Um sistema de pagamento eletrônico deve se referir a uma forma de efetuar transações ou pagar
bens e serviços por meio eletrônico sem o uso de cheque ou dinheiro, como um cartão de crédito ou
aplicativo on-line ou móvel.
Convém que a porcentagem de vagas de estacionamento público equipadas com sistemas de paga-
mento eletrônico seja proveniente de departamentos municipais que supervisionam o estacionamento
público, bem como de quaisquer organizações (públicas ou privadas) que supervisionam os sistemas
de pagamento eletrônico na cidade relativos ao estacionamento público.
19.8.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Sistemas em tempo real ajudam a distribuir informações sobre a disponibilidade de vagas de
estacionamento, horários de funcionamento, diretrizes de taxas e opções de acessibilidade. Além disto,
os sistemas em tempo real ajudam as pessoas a identificarem mais eficientemente as vagas de estacionamento
público disponíveis, ajudando a reduzir o uso de combustível e as emissões de veículos incorridas neste processo.
As vagas de estacionamento público devem ser contadas pela sua capacidade (isto é, o número de
vagas públicas), e o estacionamento na rua deve ser contado por vagas pagas individuais.
Convém que os dados sobre o número de vagas de estacionamento público com sistemas de dis-
ponibilidade em tempo real sejam provenientes de departamentos municipais que supervisionam
o estacionamento público.
19.9.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Semáforos inteligentes ajudam a controlar o fluxo de veículos e pedestres pelas ruas e interse-
ções de uma maneira ideal, melhorando assim a mobilidade e reduzindo o consumo de combustíveis de
transporte. Eles também podem ser usados para informar o caminho ideal para socorristas que se movem
rapidamente pela cidade.
NOTA 2 A tecnologia automobilística começou a implementar sistemas anti-idling, que podem funcionar
com mais eficiência se puderem se comunicar com semáforos inteligentes para prever as mudanças de luz
e reduzir as emissões.
NOTA 3 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Mobilidade”, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Bem-estar”
e “Preservação e melhoria do meio ambiente” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
Projeto em Consulta Nacional
A porcentagem de semáforos que são inteligentes deve ser calculada como o número de semáfo-
ros da cidade que são inteligentes (numerador) dividido pelo número total de semáforos na cidade
(denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem de
semáforos que são inteligentes.
Os semáforos inteligentes devem se referir a sistemas de semáforos que utilizam uma combinação de
luzes, sensores e outras tecnologias de informação e comunicação, juntamente com algoritmos, para
controlar o fluxo de tráfego de veículos e pedestres.
Múltiplos semáforos na mesma interseção para o tráfego na mesma direção devem ser contados
como um único semáforo.
Convém que os dados sobre a porcentagem de semáforos que são inteligentes sejam provenientes
dos respectivos departamentos municipais que supervisionam o transporte e a iluminação pública.
19.10.1 Geral
Para aqueles que implementam este documento convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Mapas de ruas interativos em tempo real fornecem informações atualizadas para pessoas que se
deslocam pela cidade ou planejam se deslocar pela cidade. Isto permite que as pessoas planejem com mais
eficiência seus tempos de deslocamento e rotas, bem como identifiquem pontos de acesso que acomodam
pessoas com necessidades especiais.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Mobilidade”, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Bem-estar”
e “Preservação e melhoria do meio ambiente” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A área da cidade mapeada por sistemas interativos de mapeamento de vias públicas em tempo real,
como porcentagem da área total da cidade será calculada como a área total da cidade mapeada por
sistemas interativos de mapeamento de vias públicas em tempo real (numerador) divididos pela área
total da cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como área
da cidade por sistemas interativos de mapeamento de vias públicas em tempo real como porcentagem
da área total da cidade.
Sistemas interativos de mapeamento de vias públicas devem se referir a mapas de ruas gerados por
um sistema de informações geográficas (SIG) e que contenham marcadores de local que respondam
digital e imediatamente a um mouse, cursor da web ou touchpad. Os rótulos correspondem a locais
comerciais ou edifícios acessíveis a pessoas com necessidades especiais.
Tempo real deve se referir à atualização instantânea de informações no mapa de ruas interativo para
Projeto em Consulta Nacional
refletir as alterações atuais em uma área, como a construção de estradas ou a realocação de negó-
cios. Convém que os mapas de ruas cubram a rede de pedestres e calçadas e a rede de transporte
público da cidade.
Convém que os dados sobre a área mapeada por sistemas interativos de mapeamento de vias públi-
cas em tempo real sejam provenientes de respectivos departamentos municipais que supervisionam
a rede de pedestres e calçadas e a rede de transporte público.
19.11.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Os veículos autônomos poderiam reduzir as mortes no trânsito eliminando os acidentes causados por
erro humano, o que poderia ser o avanço mais significativo no histórico de segurança do automóvel. Isto poderia
ser alcançado mudando o foco da minimização de lesões pós-acidente para prevenção de colisão completamente.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Mobilidade”, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode
permitir uma avaliação da contribuição para o propósito de “Preservação e melhoria do meio ambiente” da
cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de veículos registrados na cidade que são veículos autônomos será calculada como
o número total de veículos autônomos registrados na cidade (numerador) dividido pelo número total
de veículos registrados na cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e
expresso como porcentagem dos veículos registrados na cidade que são veículos autônomos.
Os veículos autônomos devem se referir a veículos que são autoconduzidos (isto é, sem necessidade
de um motorista humano).
Convém que o número de veículos autônomos registrados na cidade seja proveniente de departamentos
municipais ou instituições que supervisionam o registro de veículos.
19.12.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Uma conexão pública com a Internet permite que pessoas que não possuem planos de dados
móveis ou acesso regular à Internet se conectem à Internet, permitindo que aproveitem os benefícios econô-
micos e sociais que a Internet oferece. Além disto, a Internet acessível ao público pode ajudar os municípios
a acompanhar passivamente os usuários para planejamento futuro.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Mobilidade” e “Infraestruturas da comunidade” conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Atratividade”
e “Bem-estar” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A conectividade de Internet oferecida e/ou fornecida pelo município deve se referir aos serviços de
conectividade da Internet oferecida e/ou fornecida pela cidade ou por terceiros, sob licença da cidade
ao público, e acessível a qualquer pessoa (visitante ou residente) dentro dos limites da cidade.
Convém que os dados relativos à porcentagem de linhas de transporte público dotadas de conecti-
vidade à Internet para os usuários, oferecida e/ou fornecida pelo município sejam provenientes de
respectivas empresas de transporte público e/ou do departamento de transporte público da cidade.
19.13.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Conformidade rodoviária com sistemas de condução automatizados requer bases de dados que
definam com precisão as estradas (tipo de estrada, número de faixas, dados de tráfego) bem como infraes-
truturas que assegurem a localização em tempo real dos veículos autônomos (por exemplo: disponibilidade
de infraestruturas de rede de comunicações [GNSS, Wi-Fi, 5g]).
A porcentagem de vias em conformidade com sistemas de condução autônomos deve ser calculada
como o número de quilômetros de vias em conformidade com sistemas de condução autônomos
(numerador), dividido pelo número total de quilômetros de vias (denominador). O resultado deve ser
então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem de vias em conformidade com sistemas
Projeto em Consulta Nacional
de condução autônomos.
Convém que os dados referentes à porcentagem de vias em conformidade com sistemas de condução
autônomos sejam obtidos nos respectivos departamentos municipais.
NOTA BRASILEIRA Optou-se pela tradução de “motor-driven” por “movida por sistemas limpos”, uma vez
que em 19.14.1 NOTA 1 e em 19.14.2 fica esclarecido que não se trata de motores a combustão.
19.14.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A implantação de veículos de transporte público que são movidos por sistemas limpos em vez
de motores auxilia a cidade a reduzir custos operacionais e emissões de gases de veículos, fornecendo
aos usuários de transporte público um meio de transporte ecológico. Ademais, veículos de transporte público
movidos por sistemas limpos reduzem ruídos e vibrações originados de sistemas a motor, melhorando
a segurança e o conforto dos passageiros.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Mobilidade” e “Infraestrutura da comunidade”, conforme definidos
na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para o propósito de “Atratividade”
da cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da frota de ônibus da cidade movida por sistemas limpos deve ser calculada como
o número de ônibus da frota da cidade movida por sistemas limpos (numerador) dividido pelo número
total de ônibus na frota de ônibus da cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado
por 100 e expresso como a porcentagem da frota de ônibus movida por sistemas limpos.
“Movidos por sistemas limpos” deve se referir a ônibus impulsionados por sistemas motorizados (em
vez de sistemas a motor que queimam ou, de outra forma, que consomem combustível para realizar
trabalho mecânico), e que utiliza motores movidos por eletricidade (forças magnéticas), ar, pressão
hidráulica, calor, fótons, elétrons ou ultrassom. Motores de sistemas limpos não mudam a composição
química da fonte de energia. Motores de sistemas limpos incluem, entre outros, sistemas movidos
a bateria contendo células de energia e excluem biogás e sistemas de combustão interna que reque-
rem diesel.
NOTA Baterias de armazenamento têm um ciclo de vida de mais de dez anos, enquanto o ciclo de vida
de baterias com células de combustível não foi confirmado devido à experiência insuficiente com uso prático.
Convém que os dados sobre a frota de ônibus sejam obtidos dos respectivos departamentos munici-
pais responsáveis pelo sistema de trânsito da cidade.
Com relação à sustentabilidade, convém que as fontes de energia que abastecem a frota de ônibus
sejam consideradas. Ver ISO 37120:2018, 7.2, para caracterizar a diversidade de energia da cidade.
20.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 A agricultura urbana tem uma importante contribuição para a segurança alimentar doméstica,
principalmente em tempos de crise ou escassez de alimentos. Alimentos produzidos localmente requerem
cadeias de suprimento menores e menos transporte e refrigeração, podendo, portanto, ajudar a conservar
energia, água e outros recursos.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Saúde e assistência na comunidade” e “Economia, produção
e consumo sustentáveis” conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação
da contribuição para o propósito “Preservação e melhoria do ambiente” da cidade, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem do orçamento municipal destinada a iniciativas de agricultura urbana deve ser cal-
culada como o valor total do orçamento municipal destinado a iniciativas de agricultura urbana em
determinado ano (numerador) dividido pelo orçamento municipal total da cidade para o mesmo ano
(denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem do
orçamento municipal anual destinada a iniciativas de agricultura urbana.
Agricultura urbana deve se referir ao cultivo de plantas e produtos alimentícios de diversos tipos de
vegetais (grãos, raízes, vegetais, cogumelos, frutas). Agricultura urbana também inclui árvores des-
tinadas à produção de frutas e aquicultura. Em muitas cidades, a criação de animais (por exemplo,
granja, coelhos, cabras, ovelhas, gado, porcos, porquinhos-da-índia) dentro dos limites da cidade
é proibida por lei. Programas ou iniciativas de agricultura urbana devem se referir a qualquer ativi-
dade relacionada à definição acima de agricultura urbana ou atividades de suporte para agricultura
urbana, como concessões da cidade disponíveis para produtores de agricultura urbana e empre-
sas que podem auxiliar no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para agricultura urbana (por
exemplo, aplicativos de celular para monitorar o rendimento de colheitas) ou simplesmente fornecer
aos produtores de agricultura urbana e empresas recursos para auxiliar nas operações em geral.
Convém que os dados sobre o valor do orçamento municipal destinado a iniciativas de agricultura
urbana sejam obtidos das demonstrações financeiras auditadas do orçamento municipal ou dos res-
pectivos departamentos municipais responsáveis pela supervisão das finanças.
Projeto em Consulta Nacional
20.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Embora alimentos e matéria orgânica sejam essenciais para a vida e para a saúde do solo, quan-
tidades significativas de alimentos e resíduos orgânicos chegam ao depósito de lixo municipal destinados,
por exemplo, a um aterro ou incinerador. Há reconhecimento, tanto nas cidades quanto globalmente, que
alimentos e resíduos orgânicos são um problema crescente, e que as práticas atuais para lidar com resíduos
não são sustentáveis. Há consequências ambientais para o envio de alimentos e matéria orgânica para des-
carte. Os benefícios ambientais da reciclagem e da compostagem de resíduos de alimentos podem ser signi-
ficativos. A compostagem transforma resíduos de alimentos em produtos usáveis como fertilizante, que pode
posteriormente ser usado na agricultura e produção de alimentos, melhorando a produtividade de alimentos
e promovendo crescimento sustentável e inteligente.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Economia, produção e consumo sustentáveis”, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Uso respon-
sável de recursos” e “Resiliência” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
Compostagem deve se referir ao processo biológico natural realizado sob condições aeróbicas con-
troladas (requer oxigênio). Neste processo, diversos micro-organismos, incluindo bactérias e fungos,
decompõem a matéria orgânica em substâncias mais simples e convertem resíduos em aditivos orgâ-
nicos de solo utilizáveis ao fornecer arejamento, umidade, tamanho de partícula, fertilizantes e adubos
adequados. A eficácia do processo de compostagem depende das condições ambientais presentes
no sistema de compostagem, isto é, oxigênio, temperatura, umidade, matéria orgânica e o tamanho
e atividade de populações microbiais. Portanto, uma instalação de processamento de compostagem
deve se referir a uma instalação que realiza compostagem.
Resíduos de alimentos se referem a alimentos descartados e não consumidos que são recuperados
da cadeia de fornecimento de alimentos. Isto pode ocorrer em toda a cadeia de fornecimento de ali-
mentos, da produção primária ao consumo final (residencial e comercial). Resíduos de alimentos são
reconhecidos como parte distinta da perda de alimentos, pois seus geradores são diferentes daqueles
de perda de alimentos, bem como suas soluções.
Convém que os dados sobre resíduos de alimentos municipais coletados sejam obtidos dos respectivos
departamentos municipais responsáveis pela coleta e reciclagem de lixo, serviços de saneamento
e/ou compostagem.
Projeto em Consulta Nacional
Uma cidade com um grande volume total de resíduos de alimentos municipais coletados anualmente
enviados a uma instalação de processamento para compostagem per capita (em toneladas) indica
que a cidade está desviando e reduzindo a quantidade de resíduos que precisa ser descartada e, por
sua vez, reduzindo os impactos ambientais associados a resíduos sólidos municipais. Isto também
indica que a cidade está convertendo resíduos de alimentos em produtos que são úteis para a agricul-
tura e melhorando o solo para a produção de alimentos.
20.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Mapas exibindo fornecedores de alimentos na cidade ajudam a conectar cidadãos a recursos
alimentares. Mapas de alimentos também fornecem dados de base sobre a situação de acesso a ativos e
suprimentos de alimentos nutritivos, permitindo que cidades estoquem recursos de alimentos.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Saúde e assistência na comunidade” e “Economia, produção
e consumo sustentáveis” conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da
contribuição com o propósito de “Resiliência” da cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
Fornecedores de alimentos devem se referir a fontes de alimentos, como varejistas de alimentos (por
exemplo, restaurantes, mercearias e lojas de conveniência oferecendo alimentos) e terras agrícolas
que tenham alimentos disponíveis para compra por residentes.
Convém que dados sobre sistemas on-line de mapeamento de fornecedores de alimentos sejam
obtidos por meio das secretarias/ministérios municipais responsáveis pela saúde pública e programas
de saúde e bem-estar e/ou o desenvolvimento de aplicativos de mapeamento SIG.
21 Planejamento urbano
21.1 Número anual de cidadãos engajados no processo de planejamento urbano por
100 000 habitantes
21.1.1 Geral
Projeto em Consulta Nacional
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 O engajamento de cidadãos é um atributo vital para o planejamento eficaz e elaboração de políti-
cas. O engajamento bem-sucedido de cidadãos melhora este processo, pois a comunidade tem contribuições
e influencia o plano de governo municipal.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Governança, empoderamento e engajamento”, conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para o propósito de “Coesão social”
da cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
O número anual de cidadãos engajados no processo de planejamento por 100 000 habitantes deve
ser calculado como o número anual de cidadãos engajados no processo de planejamento (numerador)
dividido por 1/100 000 da população total da cidade (denominador). O resultado deve ser expresso
como o número anual de cidadãos engajados no processo de planejamento por 100 000 habitantes.
O envolvimento on-line será avaliado por meio de comentários, “curtidas” e “descurtidas” por meio de
redes sociais ou ferramentas de envolvimento formal.
Convém que os dados sobre o engajamento de cidadãos sejam obtidos a partir dos registros de
comparecimento de engajamento no processo de planejamento, audiências e eventos (on-line e
pessoalmente) frequentemente observados nos relatórios e políticas de planejamento como pré-requisito
para aprovação.
21.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Governança, empoderamento e engajamento” conforme definido na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para o propósito de “Atratividade” da
cidade, conforme definido na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem das solicitações de licenças de construção submetidas por sistema eletrônico deve
ser calculada como o número de solicitações de licenças de construção submetidas por sistema ele-
trônico (numerador) dividido pelo número total de solicitações de licenças de construção submetidas
por sistema eletrônico e por meio de sistema manual pessoalmente (isto é, solicitação em papel).
O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem de solicitações de
licenças de construção submetidas por sistema eletrônico.
Um sistema eletrônico de submissão deve se referir a um sistema on-line que permite que um requi-
sitante preencha um formulário de solicitação baseado na web e solicite uma licença de construção
eletronicamente. O sistema eletrônico de submissão também permite que um solicitante carregue
quaisquer documentos de suporte diretamente on-line.
Convém que os dados sobre o número de solicitações de licenças de construção submetidas por
sistema eletrônico sejam obtidos dos respectivos departamentos municipais responsáveis pela gestão
de solicitações de licenças de construção.
21.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
O tempo médio para aprovação de licença de construção deve ser calculado como a soma, em dias,
do início à conclusão, das licenças de construção (numerador) dividida pelo número total de licenças
de construção (denominador). O resultado deve ser expresso como o tempo médio para aprovação de
licença de construção em dias.
Projeto em Consulta Nacional
Aprovações de licença de construção devem incluir licenças para novas construções comerciais,
renovações de imóveis comerciais e projetos de construção não residenciais, bem como grandes pro-
jetos residenciais e pequenos projetos residenciais em, por exemplo, construção isolada, germinada
e moradia e projetos de renovação.
Convém que os dados sobre o tempo médio para aprovação de licenças de construção sejam obti-
dos dos respectivos departamentos municipais responsáveis pela gestão de aprovações de licenças
de construção.
Cidades com um tempo médio para aprovação de licença de construção relativamente baixo podem
ter um sistema de aprovação de licença de construção mais eficiente estabelecido. Porém, convém
ressaltar que pode haver dificuldades na comparação de cidades diretamente ao considerar dife-
renças em ambientes regulamentadores nos quais aprovações de licença de construção ocorrem e
o potencial para requisitos de licença de construção mais ou menos rígidos.
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Densidade populacional é uma condição fundamental de cidades e afeta como elas funcionam.
Planejadores urbanos defendem maiores densidades populacionais para a teoria amplamente aceita de que
cidades operam de forma mais eficiente quando os seus residentes vivem em entornos urbanos mais densos.
Uma maior densidade populacional pode contribuir com o crescimento inteligente, considerando que outros
aspectos, como dependência de automóveis, são menos importantes. O crescimento é “inteligente” pois é
destinado a ser sustentável e duradouro, e não unicamente dependente de automóveis.
NOTA 2 Este indicador reflete o tema “Ambiente de vida e de trabalho” conforme definido em
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Atratividade”,
“Bem-estar” e “Coesão social” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da população da cidade que reside em zonas de média ou alta densidade populacio-
nal deve ser calculada como o número de pessoas que reside em zonas de média ou alta densidade
populacional (numerador) dividida pela população total da cidade (denominador). O resultado deve
ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da população da cidade que reside
em zonas de média ou alta densidade populacional.
Cidades devem especificar e relatar a faixa que é usada para o cálculo de densidade populacional
média a alta.
Convém que os dados sobre a densidade populacional sejam obtidos dos respectivos departamentos
municipais responsáveis pela gestão de planejamento urbano e estatísticas populacionais.
Projeto em Consulta Nacional
22 Esgotos
22.1 Porcentagem de águas residuais tratadas que é reutilizada
22.1.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Reutilização de águas residuais é um meio de economizar água em áreas onde a escassez de
água está aumentando e a falta de água pode ocorrer. É uma solução consistente com princípios de econo-
mia circular que ajuda a enfrentar mudanças climáticas e desafios de adaptação. Também é uma forma de
evitar a liberação de águas residuais não tratadas no ambiente.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestrutura da comunidade”, “Economia, produção e consumo
sustentáveis” e “Biodiversidade e serviços ecossistêmicos”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele
pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Uso responsável de recursos”, “Preservação
e melhoria do meio ambiente” e “Resiliência” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de águas residuais tratadas que é reutilizada deve ser calculada como o volume anual
total de águas residuais tratadas que é reutilizado (numerador) dividido pelo volume anual total de
águas residuais tratadas (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso
como a porcentagem de águas residuais tratadas que é reutilizada.
Águas residuais tratadas que são reutilizadas devem se referir às águas residuais que sejam reutiliza-
das, seja após tratamento biológico secundário (reúso “controlado”) ou após tratamento terciário conven-
cional (filtração, desinfecção UV, tratamento com cloro ou ozônio) ou um tratamento de alta qualidade
após tratamento de membrana (MBR/reatores de membrana, ultrafiltração, ultrafiltração/microfiltração
de osmose reversa/osmose reversa) para irrigação agrícola, irrigação urbana (áreas verdes) ou outros
usos mais nobres como reciclagem de água e recarga de águas subterrâneas (ver ISO 24511).
Convém que os dados sobre a porcentagem de águas residuais tratadas que for reutilizada sejam
obtidos dos departamentos municipais, ministérios ou instituições responsáveis pela gestão de águas
residuais e da rede de coleta de águas residuais. Dados também podem ser obtidos dos prestadores
locais de serviços de utilidades, se aplicável.
Convém que os dados sejam analisados em relação à escassez de água local. Em cidades nas quais
a escassez de água não é uma questão urgente, outras técnicas podem ser mais adequadas para
reúso de água, por exemplo, captação de água da chuva.
22.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Biossólidos podem ter um teor significativo de minerais (isto é, N, P), oligoelementos e matéria
orgânica que possam ser reutilizados para fertilização agrícola e melhora do solo ou para valor calorífico em
usinas de energia de resíduos ou instalações de digestão para produzir biometano, que é reutilizável para
injeção de gás ou produção de combustível. A reutilização de biossólidos é um importante componente da
economia circular, ajudando a reduzir a liberação ou o descarte de biossólidos no ambiente. Alguns tipos
de reutilização de biossólidos podem ajudar a atenuar as reduções esperadas de recursos minerais como
fósforo. Produção de novos recursos de fósforo, como estruvita, será necessária, portanto, no futuro.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Infraestrutura da comunidade”, “Economia, produção e consumo
sustentáveis” e “Biodiversidade e serviços ecossistêmicos”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele
pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Uso responsável de recursos”, “Preservação
e melhoria do ambiente” e “Resiliência” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de biossólidos que são reutilizados deve ser calculada como a quantidade total anual
de biossólidos que são reutilizados em massa de matéria seca (numerador) dividida pela quantidade
total anual de biossólidos produzida e medida nas instalações de produção locais da cidade em massa
de matéria seca (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como
a porcentagem de biossólidos que são reutilizados em massa de matéria seca.
Biossólidos devem se referir a resíduos obtidos após tratamento ou saneamento de águas residuais.
Características de biossólidos são diferentes dependendo de suas fontes, conforme o tipo de efluen-
tes iniciais e o tipo de tratamento aplicado. Resíduos sólidos e materiais arenosos vindos de seleção
não são incluídos nesta definição.
— solo noturno;
Convém que os dados sobre a quantidade anual de biossólidos reutilizados e a quantidade total anual
de biossólidos produzida na cidade sejam obtidos dos departamentos municipais, ministérios ou institui-
ções responsáveis pela gestão de resíduos sólidos, de águas residuais e do sistema de esgoto. Dados
também podem ser obtidos por meio de prestadores locais de serviços de utilidades, se aplicável.
Projeto em Consulta Nacional
22.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Águas residuais que contenham teores significativos de matéria orgânica podem ser uma fonte de
energia, seja ao produzir energia da digestão de águas residuais ou biossólidos ou outras novas tecnologias
usando esta energia para cogeração, produção de biometano para injeção na rede de gás ou produção de
combustível, recuperando calor das águas residuais ao longo da rede de águas residuais.
A energia derivada de águas residuais como porcentagem do consumo de energia total da cidade
deve ser calculada como a soma da quantidade total anual de energia derivada da rede de águas
residuais e de usinas de tratamento de águas residuais (numerador) dividida pelo consumo de ener-
gia total da cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como
energia derivada de águas residuais como porcentagem do consumo de energia total da cidade.
A energia derivada da rede de águas residuais e de usinas de tratamento de águas residuais, bem
como o consumo de energia total da cidade devem ser expressos em GJ por ano.
Dados sobre o consumo de energia total da cidade podem ser derivados do indicador da
ABNT NBR ISO 37120, “Uso de energia per capita”, multiplicado pelo número de habitantes da cidade.
Convém que os dados sobre a quantidade de energia derivada de águas residuais sejam obtidos dos
respectivos departamentos municipais ou de serviços de esgoto.
22.4.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Águas residuais que contenham teores significativos de matéria orgânica podem ser uma fonte de
energia, seja ao produzir energia da digestão de águas residuais ou biossólidos ou outras novas tecnologias
usando esta energia para cogeração, produção de biometano para injeção na rede de gás ou produção de
combustível, ou ao recuperar calor das águas residuais ao longo da rede de águas residuais.
A porcentagem da quantidade total de águas residuais na cidade que é empregada para geração de
energia deve ser calculada como a quantidade total de águas residuais utilizada para gerar energia
(numerador) dividida pela quantidade total de águas residuais na cidade (denominador). O resultado
deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da quantidade total de águas
residuais na cidade que é empregada para geração de energia.
A energia gerada da rede de águas residuais ou de usinas de tratamento deve ser expressa em
gigajoules (GJ) por ano.
Convém que os dados sobre a quantidade total de águas residuais da cidade que é empregada para
geração de energia sejam obtidos de serviços locais de utilidades ou respectivos departamentos muni-
cipais responsáveis pela gestão do tratamento de águas residuais e da geração de energia relacionada.
22.5 Porcentagem da rede de coleta de esgotos que é monitorada em tempo real por
sistema de sensores
22.5.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Equipar a rede de coleta de esgotos de uma cidade com tecnologias baseadas em sensores per-
mite a medição constante dos níveis efluentes na rede, a detecção de liberações em vertedouros e o cálculo
do fluxo e do volume de liberações no ambiente e suas potenciais reduções de custos. Ademais, sistemas
baseados em sensores permitem a administração e a operação remotas das redes de esgoto e águas plu-
viais, detectando problemas e prosseguindo com soluções rápidas e eficientes.
A porcentagem da rede de coleta de esgotos que é monitorada em tempo real por sistema de sensores
deve ser calculada como a extensão da rede de coleta de esgotos que é monitorada em tempo real por
sistema de sensores em quilômetros (numerador) dividida pela extensão total da rede de coleta de esgo-
tos em quilômetros (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como
a porcentagem da rede de coleta de esgotos que é monitorada em tempo real por sistema de sensores.
Um sistema de sensores deve se referir a uma rede de dispositivos (isto é, sensores) que detectam e
respondem a alguns tipos de estímulos do ambiente físico. Um sistema de sensores de rastreamento
de dados em tempo real para a rede de coleta de esgotos se refere a um sistema de sensores que
fornece dados instantâneos sobre a rede de coleta de esgotos.
Convém que os dados sobre a rede de coleta de esgotos sejam obtidos dos respectivos departamen-
tos municipais responsáveis pelas águas residuais ou de organizações públicas de utilidades.
Uma vez que este indicador se relaciona a ferramentas para digitalização, convém considerar o pro-
gresso tecnológico em outras áreas, como planejamento, construção e renovação de redes. Convém
que o objetivo final de uma cidade “inteligente” seja atingir metas de sustentabilidade, não somente
a utilização desnecessária de ferramentas de digitalização.
23 Água
23.1 Porcentagem da água potável cuja qualidade é monitorada em tempo real por
estações remotas
23.1.1 Geral
Projeto em Consulta Nacional
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Um sistema baseado em TIC em tempo real para monitorar a qualidade da água potável pode
ajudar a informar os residentes da cidade sobre a qualidade da água potável e reduzir os impactos à saúde
oriundos de água potável de má qualidade. Um sistema baseado em TIC também fornece observações em
tempo real, permitindo o processamento e análise de dados e informações sobre a qualidade da água.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestrutura da comunidade”, “Economia, produção e consumo
sustentáveis” e “Saúde e assistência na comunidade”, conforme definidos em ABNT NBR ISO 37101. Ele pode
permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Uso responsável de recursos”, “Resiliência” e
“Atratividade” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem de água potável cuja qualidade é monitorada em tempo real por estações remotas
deve ser calculada como a quantidade da água potável cuja qualidade é monitorada em tempo real
por estações remotas na cidade (numerador) dividida pela quantidade total de água potável distribuída
na cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcen-
tagem de água potável cuja qualidade é monitorada em tempo real por estações remotas.
Uma estação de monitoramento deve se referir a uma estrutura física ou dispositivo que usa equi-
pamentos especializados e métodos analíticos para rastrear níveis de poluição da água potável da
cidade. O rastreamento deve incluir mais de um ponto de medição na rede e não pode ser limitado
ao ponto de entrada na rede.
Um sistema em tempo real deve se referir a qualquer forma de tecnologia que forneça informações
instantâneas como aplicativos de celular.
Convém que a quantidade de água potável cuja qualidade for monitorada em tempo real por estações
remotas seja obtida dos respectivos departamentos municipais responsáveis pela gestão da quali-
dade da água potável da cidade.
Uma vez que este indicador se relaciona a ferramentas para digitalização, convém considerar o pro-
gresso tecnológico em outras áreas, como planejamento, construção e renovação de redes. Convém
que o objetivo final de uma cidade “inteligente” seja atingir metas de sustentabilidade, não somente
a utilização desnecessária de ferramentas de digitalização.
23.2.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Um sistema em tempo real para monitorar a qualidade da água ambiental pode ajudar a reduzir
os impactos de mudanças climáticas no ambiente e nos ecossistemas aquáticos. Usar um sistema baseado
em TIC para monitorar a água ambiental pode fornecer observações em tempo real, fornecendo à cidade e
aos seus cidadãos informações em tempo hábil sobre a qualidade da água.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas de “Infraestruturas da comunidade”, “Ambiente de vida e trabalho”,
“Biodiversidade e serviços ecossistêmicos” e “Saúde e assistência na comunidade”, conforme definidos na
ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Atratividade”,
“Resiliência” e “Preservação e melhoria do ambiente” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
O número de estações de monitoramento de qualidade da água ambiental em tempo real por 100 000
habitantes deve ser calculado como o número total estações de monitoramento de qualidade da água
ambiental em tempo real na cidade (numerador) dividido por 1/100 000 da população total da cidade
(denominador). O resultado deve ser expresso como o número de estações de monitoramento de
qualidade da água ambiental em tempo real por 100 000 habitantes.
Água ambiental deve se referir à água em rios ou mangues que beneficie o ambiente, por exemplo,
água que seja separada em áreas de armazenamento como reservatórios e represas e que seja admi-
nistrada para plantas e animais.
Uma estação de monitoramento deve se referir a uma estrutura física ou dispositivo que usa equipa-
mentos especializados e métodos analíticos para rastrear níveis de poluição da água ambiental.
Um sistema em tempo real deve se referir a qualquer forma de tecnologia ou sistema baseado em
TIC (como aplicativos de celular) que forneça informações instantâneas. Mais especificamente, um
sistema TIC consiste em hardware, software, dados e das pessoas que os usam. Um sistema TIC
normalmente inclui tecnologia de comunicações, como a Internet. Convém notar que TIC e computa-
dores não são a mesma coisa - computadores são o hardware que normalmente fazem parte de um
sistema TIC.
23.3.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
abordagem integrada para administrar o uso de água nas cidades e é composto por uma rede de
sensores e medidores que fornecem informações sobre o consumo de água e o vazamento de água
na rede de distribuição.
NOTA Este indicador reflete os temas “Infraestrutura da comunidade”, “Economia, produção e consumo
sustentáveis” e “Saúde e assistência na comunidade” conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode
permitir uma avaliação da contribuição para os propósitos de “Uso responsável de recursos”, “Atratividade” e
“Resiliência” da cidade, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101.
A porcentagem da rede de distribuição de água da cidade monitorada por sistemas inteligentes deve
ser calculada como a extensão da rede de distribuição de água coberta por sistemas inteligente em
quilômetros (numerador) dividida pela extensão total da rede de distribuição de água em quilômetros
(denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100 e expresso como a porcentagem da
rede de distribuição de água da cidade monitorada por sistemas inteligentes.
Um sistema inteligente de água deve se referir a uma rede de sensores e medidores que permita
que a cidade e utilidades monitorem e diagnostiquem problemas na rede do sistema de água remo-
tamente. Ele também fornece a capacidade de priorizar e administrar problemas de manutenção,
usando dados para otimizar todos os aspectos da rede do sistema de água de tubulação de água.
Rastreamento deve incluir mais de um ponto de medição na rede e não pode ser limitado ao ponto de
entrada na rede.
Convém que os dados sobre a rede de distribuição de água e sistemas inteligentes de água sejam
obtidos dos fornecedores de água locais ou regionais, ou dos respectivos departamentos municipais
ou ministérios que tenham dados sobre a rede local de distribuição de água.
Uma vez que este indicador se relaciona a ferramentas para digitalização, convém considerar o pro-
gresso tecnológico em outras áreas, como planejamento, construção e renovação de redes. Convém
que o objetivo final de uma cidade “inteligente” seja atingir metas de sustentabilidade, não somente
a utilização desnecessária de ferramentas de digitalização.
23.4 Porcentagem dos imóveis da cidade que possuem medidores inteligentes de água
23.4.1 Geral
Para aqueles que implementarem este Documento, convém reportar este indicador em conformidade
com os seguintes requisitos.
NOTA 1 Medidores inteligentes de água registram e exibem o consumo de água em tempo real. Dados
de medidores inteligentes podem ser enviados a um local central por conexão sem fio, dando, portanto,
aos fornecedores de água os meios para compreender como e quando a água está sendo usada para melhor
planejar e conservar seu uso. Ademais, dados de medidores inteligentes ajudam consumidores a melhor
compreender e monitorar o uso de água.
NOTA 2 Este indicador reflete os temas “Infraestruturas da comunidade” e “Economia, produção e consumo
sustentáveis”, conforme definidos na ABNT NBR ISO 37101. Ele pode permitir uma avaliação da contribui-
ção para os propósitos de “Uso responsável de recursos” e “Atratividade” da cidade, conforme definidos na
ABNT NBR ISO 37101.
Projeto em Consulta Nacional
A porcentagem de imóveis da cidade que possuem medidores inteligentes de água deve ser calculada
como o número de imóveis da cidade com medidores inteligentes de água (numerador) dividido pelo
número total de imóveis na cidade (denominador). O resultado deve ser então multiplicado por 100
e expresso como porcentagem dos imóveis na cidade que possuem medidores inteligentes de água.
Dados para imóveis públicos, comerciais e industriais devem ser incluídos na lista individualmente.
Edificação pública deve se referir a imóvel de propriedade do governo ou arrendado que serve como
escritório municipal e administrativo, biblioteca, centro de recreação, hospital, escola, delegacia de
polícia ou posto de bombeiros.
NOTA 1 Propriedade de imóveis (públicos ou privados) é definida diversamente de acordo com região e
sistema político. A definição restritiva usada aqui permite comparações globais entre cidades.
Propriedade comerciais e industriais devem se referir àquelas designadas pela cidade para uso comer-
cial e industrial.
NOTA 2 Métodos de avaliação de propriedade podem variar entre jurisdições ou países, incluindo o método
orientado pelo mercado, o método orientado por lucros e o método orientado por custos.
Para uma gestão inteligente de água na escala residencial, ver indicador 12.2.
Um medidor inteligente de água deve se referir a um medidor de água que inclua um visor digital
em tempo real ou que esteja disponível por meio de um aplicativo on-line em tempo real, para que
os clientes possam melhor compreender o próprio uso de água. Um medidor inteligente pode enviar,
digitalmente, suas leituras para um fornecedor de água para contas de água mais precisas e para
o planejamento e a conservação de água pelos fornecedores.
Convém que os dados sobre medidores inteligentes de água sejam obtidos dos fornecedores de água
locais ou regionais, ou dos respectivos departamentos municipais ou ministérios que tenham dados
sobre os medidores inteligentes de água locais.
Projeto em Consulta Nacional
Anexo A
(informativo)
—
da cidade empregada para gerar energia
— 16.4 Porcentagem da quantidade total de resí-
duos plásticos reciclados na cidade
— 16.5 Porcentagem das lixeiras públicas que são
dotadas de sensores
— 16.6 Porcentagem de resíduos elétricos e ele-
trônicos da cidade que são reciclados
— 20.2 Total de resíduos alimentares coletados
anualmente enviados a instalações de proces-
samento para compostagem per capita (em
toneladas)
— 21.3 Tempo médio para aprovação de licença
de construção (dias)
— 22.1 Porcentagem de águas residuais tratadas
que é reutilizada
— 22.2 Porcentagem de biossólidos que são reuti-
lizados (massa de matéria seca)
— 22.3 Energia derivada de águas residuais como
porcentagem do consumo de energia total
da cidade
— 22.4 Porcentagem da quantidade total de águas
residuais da cidade que é empregada para
geração de energia
— 22.5 Porcentagem da rede de coleta de esgotos
que é monitorada em tempo real por sistema de
sensores
— 23.1 Porcentagem da água potável cuja quali-
dade é monitorada em tempo real por estações
remotas
— 23.3 Porcentagem da rede de distribuição
de água da cidade monitorada por sistemas
inteligentes
— 23.4 Porcentagem dos imóveis da cidade que
possuem medidores inteligentes de água
construção verde
— 13.3 Porcentagem das faixas de travessia de pedestres equi-
padas com sinalização de acessibilidade
— 19.1 Porcentagem de ruas e vias da cidade cobertas por alertas
e informações de tráfego on-line em tempo real
— 19.4 Número de bicicletas disponíveis por meio de serviços muni-
cipais de compartilhamento de bicicletas por 100 000 habitantes
— 19.5 Porcentagem de linhas de transporte público equipadas
com sistema acessível ao público em tempo real
— 19.6 Porcentagem dos serviços de transporte público da cidade
cobertos por um sistema de pagamento unificado
— 19.7 Porcentagem de vagas de estacionamento público
equipadas com sistemas de pagamento eletrônico
— 19.8 Porcentagem de vagas de estacionamento público equi-
padas com sistemas de monitoramento de disponibilidade em
tempo real
— 19.9 Porcentagem dos semáforos que são inteligentes
— 19.10 Área da cidade mapeada por sistemas interativos
de mapeamento de vias públicas em tempo real, como por-
centagem da área total da cidade
— 19.12 Porcentagem das linhas de transporte público dotadas
de conectividade à Internet para os usuários, oferecida e/ou
gerenciada pelo município
construção verde
— 12.1 Porcentagem de domicílios com medidores inteligentes
de energia
— 12.2 Porcentagem de domicílios com medidores inteligentes
de água
— 16.1 Porcentagem de centros de coleta (contêineres) de resí-
duos equipados com telemetria
— 16.2 Porcentagem da população da cidade que dispõe de
coleta de lixo porta a porta com monitoramento individual das
quantidades de resíduos domésticos
— 16.3 Porcentagem da quantidade total de resíduos da cidade
empregada para gerar energia
— 16.4 Porcentagem da quantidade total de resíduos plásticos
reciclados na cidade
— 16.5 Porcentagem das lixeiras públicas que são dotadas de
sensores
— 16.6 Porcentagem de resíduos elétricos e eletrônicos da cidade
que são reciclados
— 22.1 Porcentagem de águas residuais tratadas que é reutilizada
— 22.2 Porcentagem de biossólidos que são reutilizados (massa
de matéria seca)
— 22.3 Energia derivada de águas residuais como porcentagem
do consumo de energia total da cidade
— 22.4 Porcentagem da quantidade total de águas residuais da
cidade que é empregada para geração de energia
— 22.5 Porcentagem da rede de coleta de esgotos que é moni-
torada em tempo real por sistema de sensores
— 23.1 Porcentagem da água potável cuja qualidade é monitorada
em tempo real por estações remotas
— 23.3 Porcentagem da rede de distribuição de água da cidade
monitorada por sistemas inteligentes
— 23.4 Porcentagem dos imóveis da cidade que possuem medi-
dores inteligentes de água
veículos autônomos
Biodiversidade e Atratividade (ABNT NBR ISO 37101)
serviços ecossistêmicos
— 23.2 Número de estações de monitoramento de qualidade da
água ambiental em tempo real por 100 000 habitantes
Anexo B
(informativo)
Bibliografia
[1] ISO 37106, Sustainable cities and communities – Guidance on establishing smart city operating
models for sustainable communities
Projeto em Consulta Nacional
[2] ISO/37151:2015, Smart community infrastructures – Principles and requirements for performance metrics
[3] ISO 15686-7:2017, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 7: Performance
evaluation for feedback of service life data from practice
[6] United Nations Statistics Division (UNSD). (2008). International Standard Industrial Classification of All
Economic Activities (ISIC), Rev. 4. https://unstats.un.org/unsd/publication/seriesm/seriesm_4rev4e.pdf
[8] Organisation for Economic Cooperation and Development (OECD). (2002). Annex 1. The OECD
definition of the ICT sector. http://www.oecd.org/internet/ieconomy/2771153.pdf
[9] United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO). (2017). What is
meant by “cultural heritage”? http://www.unesco.org/new/en/culture/themes/illicit-trafficking-of-
cultural-property/unesco-database-of-national-cultural-heritage-laws/frequently-asked-questions/
definition-of-the-cultural-heritage/
[10] United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO). (1994). UNESCO
Public Library Manifesto. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000112122