Trabalho de Contabilidade

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 17

Índice

1 Introdução..................................................................................................................2

2 Objetivos....................................................................................................................2

2.1 Objetivo geral.....................................................................................................2

2.2 Objetivos específicos..........................................................................................2

3 Historia da contabilidade............................................................................................3

3.1 Conceito e finalidade da contabilidade...............................................................3

4 A origem da contabilidade.........................................................................................4

5 O profissional contábil...............................................................................................4

6 Evolução histórica da contabilidade...........................................................................5

6.1 Contabilidade do mundo antigo..........................................................................6

6.2 Contabilidade do mundo medieval.....................................................................7

6.3 Contabilidade do mundo Moderna.....................................................................8

6.4 Contabilidade do mundo cientifico.....................................................................9

7 Foi o inicio da fase científica da Contabilidade.........................................................9

7.1 O pai da contabilidade......................................................................................10

8 O pensamento contábil.............................................................................................10

9 Escola Europeia e Escola Norte-Americana............................................................11

10 O início da contabilidade no Brasil......................................................................12

11 Conclusão.............................................................................................................13

12 Referencia bibliográfica.......................................................................................14

1
1. Introdução
Vive-se uma era de grandes transformações no comércio, prestação de serviços e
indústria, estas mudanças, exige que as entidades estejam alicerçadas em uma
contabilidade eficiente e eficaz.

Conforme Sá (1997) a história auxilia na compreensão de certos acontecimentos e


transformações, pois através do conhecimento é possível ver a evolução e, evidenciar o
que necessita melhorar para o futuro. Na história da contabilidade não é diferente. O
estudo da história contábil proporciona o entendimento das atuações da profissão, seu
desenvolvimento e suas influências, que contribuíram para sua evolução. Também, a
esclarecer os tipos de procedimentos que foram adotados na contabilidade e, apontar as
contribuições relevantes para o futuro.

É percetível que, o mundo sempre está em processo de evolução, fato que nos
proporciona mudanças em todas as áreas, principalmente no que diz respeito à
tecnologia. Em decorrência a isso, a contabilidade vem se aprimorando com o decorrer
do tempo e das 2 evoluções que ocorreram, como as mudanças culturais, econômica,
social, política e científica. A Contabilidade, no entanto, desde o princípio da história da
civilização tem como propósito controlar os patrimônios adquiridos, sua evolução
aconteceu deste fato. Portanto, diante do exposto acima, é necessário tornar evidente
essas mudanças que ocorreram na história da Contabilidade para melhor entendimento
do cenário que é vivido nos dias atuais.

1 Objetivos
1.1 Objetivo geral
Este trabalho identifica a necessidade de se analisar fatos históricos da Contabilidade,
desde a sua descoberta nos primórdios da civilização ate os dias atuais, na busca de
verificar o estágio evolutivo da ciência, tanto no âmbito da globalização do
conhecimento como da praticidade das informações adquiridas através dos tempos.

1.2 Objetivos específicos


Contextualiza a Contabilidade na idade antiga, média, moderna e contemporânea,
apresentar a origem e evolução da história da Contabilidade, discorrer sobre a origem da
Contabilidade e destacar a função do profissional contábil para a sociedade.

2
 Verificar a evolução da contabilidade diante de suas necessidades.
 Demonstrar o nível de conhecimento sobre as mutações contábeis.
 Evidenciar as mutações ou transformações inseridas ou/e sofridas pela
contabilidade durante toda sua evolução, sempre se adaptando as épocas ou
sociedades de seu tempo.

3
2 Historia da contabilidade
2.1 Conceito e finalidade da contabilidade
Conforme Oliveira e Nagatsuka (2000) a contabilidade é o campo das ciências
administrativas, que classifica, registra e estuda todas as operações feitas pela entidade
ou organizações que possui ou não fins lucrativos, concedendo então auxílio sobre a
situação econômica da empresa.

Apesar da contabilidade estar relacionada a números ela é uma ciência social e não
exata, tendo como ramo científico analisar fatos sociais da humanidade. A contabilidade
está associada a relações comerciais como (negociar, promover, averiguar, ajustar,
comprar, vender, trocar).

De acordo com Sá (2010) a contabilidade é a ciência que tem como finalidade estudar
os fatos patrimoniais, dando importância à realidade, provas e atuação dos mesmos,
relacionando a eficiência útil das células sociais.

O propósito da contabilidade é prover para seus utilizadores em relação aos


demonstrativos financeiros, dados que os auxiliarão na tomada de decisões. Mudanças
ocorridas consideráveis nos tipos de utilizadores e nos métodos de informação. Com
tudo, o objetivo fundamental dos demonstrativos financeiros é fornecer dados de
grandes utilidades para uma tomada de decisão (IUDÍCIBUS, 2015).

Para Padoveze (2012) o intuito da Contabilidade é controlar os bens de indivíduos ou


entidades, controle feito por meio de coleta, reserva e elaboração de informações
provenientes dos acontecimentos que transformam a composição patrimonial.
Definindo-se então, que a contabilidade é o processo de informação que administra o
patrimônio das entidades.

A finalidade da contabilidade é listada de várias maneiras, mas as mais relevantes são


pelo panejamento, controle e auxílio no processo decisório. O planeamento sendo um
método que busca determinar o trajeto mais apropriado para o futuro. Controle é o
modo utilizado para administrar e de confirmar se está em conformidade as ações feitas
pela organização, como o que foi planejado e traçado pela política da empresa e pelos
proprietários da mesma. Já no processo decisório é o conjunto de procedimentos que faz
com que consiga realizar os objetivos pretendidos, estipulados no planeamento
(IUDÍCIBUS et al.

4
3 A origem da contabilidade
O surgimento da contabilidade deu-se devido a precisão do homem em calcular suas
riquezas e de declarar suas conquistas. “Para que se compreenda a Contabilidade, pois,
como ramo importante do saber humano que é, necessário se faz remontar a suas
profundas origens” (SÁ, 2010, p. 21).

De acordo com Oliveira e Nagatsuka (2000) a apreensão em medir e de controlar os


bens já existia há muito tempo, e que o começo das práticas associadas ao controle de
contas é datado há 10.000 anos a.C. Para obter essa contabilização dos patrimônios na
época, reis, faraós, agricultores e comerciantes, usavam técnicas de registros, sendo
conhecida como o começo da contabilidade como é denominada hoje.

Conforme Iudícibus e Marion (2008) na época que não havia escrita, nem número e
nem moeda, a contabilidade já existia como inventário, sendo mostrado que é tão antiga
quanto a presença do homem em atuação econômica. Essa fase denominada de empírica
no qual era usada figuras, desenhos e formas artísticas que serviram para distinguir os
bens presentes e evidenciar todos os feitos que o homem havia conquistado para seu
uso, contudo foi mostrado que a contabilidade existia com o intuito de medir, controlar
e preservar os pertences da família desde o início da civilização.

Iudícibus e Marion (2008) afirmam também que a origem da contabilidade ocorreu há


cerca de 4.000 anos a.C. Não sendo possível falar em evolução da contabilidade sem
citar a invenção da escrita e da moeda, a escrita que inclui a capacidade de contar, a
moeda que seria a nova base de troca.

Segundo Iudícibus (2015) a existência da contabilidade ocorreu com o homem


primitivo, no qual registrava seus instrumentos de pesca, caça, e enumerava sua
manada. E com o passar do tempo a preocupação do homem primitivo tornou-se
constantes em relação ao aumentar sua riqueza, fazendo com que o mesmo aperfeiçoa-
se no instrumento de avaliação da condição patrimonial de seus bens.

Conforme Alves (2017) o pensamento de controlar os bens das pessoas, surgiram delas
mesmas, sendo contabilizado de forma rude no início da civilização. E com o aumento
de suas riquezas o homem procurou métodos mais adequados para preservar e controlar
cada vez mais seus patrimônios que era repassado para seus herdeiros.

5
4 O profissional contábil
Segundo Padoveze (2016) em relação a figura do contador para o sistema de controle
das entidades é compreendido pela definição de accountability, termo que vem do inglês
account que quer dizer conta. No mais accountability, é a responsabilidade do
profissional de fornecer as contas das organizações, tendo como obrigação demonstrar
os efeitos obtidos.

Essa função de prestar contas as organizações exigem um cuidado rigoroso, sendo


utilizado os sistemas de informação contábil, no qual o profissional tem a necessidades
de estar capacitado para realizar esse processo da abordagem gerência com o intuito de
crescimento no futuro.

5 Evolução histórica da contabilidade


A contabilidade constitui um dos conhecimentos mais antigos da humanidade, e surgiu
em função da necessidade que o ser humano tem de controlar suas posses e riquezas, ou
seja, o seu patrimônio. É tão antiga quanto à própria humanidade. Há inclusive,
hipóteses de que a contabilidade tenha surgido antes mesmo da escrita e até que tenha
sido base para o surgimento desta. (Ávila, 2006)

Em termos históricos, registros indicam que a ciência contábil praticamente surgiu com
o advento da civilização. Com a sedentarização da humanidade e a descoberta da
capacidade do homem de armazenar bens, nasceu a necessidade de controle desses bens.
Há evidências históricas de registro contábeis nas civilizações dos sumérios, babilônios,
assírios, egípcios, hebreus, gregos, etc. (Padoveze, 2008)

Já nos primeiros registros da escrita (aproximadamente em 3.000 a.C.), percebe-se a


existência de um primitivo controle de riqueza e posses na civilização suméria, o
mesmo povo a quem se credita a autoria do calendário e dos números decimais. Sendo a
escrita uma sucessão de símbolos com significados, a probabilidade de registro de bens
ser anterior ao surgimento da escrita é muito grande. Há quem defenda que os primeiros
registros contábeis tenham ocorrido a mais de 6.000 anos atrás.

6
5.1 Contabilidade do mundo antigo
período que se inicia com a civilização do homem e vai até 1202 da Era Cristã, quando
Leonardo Fibonacci publica o Liber Abaci, um compêndio sobre cálculo comercial.

A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o


Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos.

Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem.


Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de
processar os seus registros, utilizando gravações e outros métodos alternativos.

O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o
controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais,
escravos, etc. A palavra "Conta" designa o agrupamento de itens da mesma espécie. 

As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o


homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.

Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários
séculos.

Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças


de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que
mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.

Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal


cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.

Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa.


O nome da conta, "Matrizes" , por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o
aspecto numérico se tornou mais qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao
quantitativo. Esta evolução permitiu que, paralelamente à "Aplicação",   se pudesse
demonstrar, também, a sua "Origem" .

Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro
Gênesis, encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de
escrita cuneiforme, onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais,
ou seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já
considerava fundamental apurar os seus custos.

7
O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e "Selos de
Sigilo". Os registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em
papiros ou tábuas, no final de determinados períodos. Sofreram nova sintetização,
agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal e o balanço
anual.

Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se,


empiricamente, o Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era
confrontada com a despesa.

Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e seus


registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo.

A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelosos
e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem
do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o inicio do calendário adotado.
Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de forma primitiva,
controles administrativos e financeiros.

As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o registro iniciava-se


com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais, transporte, se
ocorresse, sempre em ordem cronológica de entradas e saídas.  

Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de


Vendas Diárias", "Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc.

Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em
seus registros. Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada
"Shat". Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do Denominador Comum
Monetário. 

5.2 Contabilidade do mundo medieval


período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, com o surgimento do Tratactus de
Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas), de Frei Luca Pacioli,
publicado em 1494, enfatizando que a teoria contábil do débito e do crédito
corresponde à teoria dos números positivos e negativos.

8
Esta obra representa o marco básico na evolução da contabilidade. Pacioli é
considerado, portanto o “pai dos autores de contabilidade

Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da


Contabilidade, denominado a "Era Técnica" , devido às grandes invenções, como
moinho de vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos
navegadores, como Marco Pólo e outros.

O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência natural das


necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo
de produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as
relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando
os registros mais complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na
Itália, transformando e fortalecendo a sociedade burguesa.

No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital" , representando o
valor dos recursos injetados nas companhias pela família proprietária.

O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa precisar
em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem
mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos.

No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos comerciais


e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de transporte e dos
tributos; juros sobre o capital, referente ao período transcorrido entre a aquisição, o
transporte e o beneficiamento; mão-de-obra direta agregada; armazenamento;
tingimento, etc., o que representava uma apropriação bastante analítica para época. A
escrita já se fazia no moldes de hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-
primas, mão-de-obra direta a ser agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos
eram contabilizados por fases separadamente, até que fossem transferidos ao exercício
industrial.

5.3 Contabilidade do mundo Moderna


período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da obra “La Contabilità
Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche”, de Francesco Villa, premiada
pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.

9
Segundo Iudícibus, Marion e Faria (2009) o início da era moderna ficou conhecida
como “Tratado de Luca Pacioli”, que teve obra publicada em 1494 a “Summa de
arithmetica, geometria, proportionalita3” texto que evidência sobre a história da
Contabilidade. Essa obra destaca os métodos que os mercantes utilizavam em Veneza
(na Itália) para controlar suas operações, denominado de “Método das Partidas
Dobradas”.

A obra do Frei franciscano Luca Pacioli, tratava-se da apresentação dos métodos que
exibia o processo das partidas dobradas e, tinha como objetivo ensinar realizar as
escriturações, que estabelecia recomendações referentes à burocracia de escrituras e as
práticas de comércio. Esse método prega que nos lançamentos, o total do valor das
contas de débito, deve ser idêntico ao valor total das contas de crédito, sendo assim,
todo devedor a um credor. De acordo com Sá (2010, p. 26) “se uma casa comercial
adquire mercadorias e a paga, duas coisas estão ocorrendo: a mercadoria que é efeito do
fenômeno da compra e a saída do dinheiro que é a origem ou recurso que permite a
compra”

O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos
importantes que ocorreram neste período:

 em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;
 em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um
enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;
 em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa,
emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.

A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras


riquezas que o Novo Mundo representava.

A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de


comerciantes italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os
investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais que
refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis
aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os empregados.

10
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci,
que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.

5.4 Contabilidade do mundo cientifico


período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje. A obra de Francesco Villa,
em 1840, é considerada o marco inicial da contabilidade como ciência.

O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados:
Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La
Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase; e
Fábio Bésta, escritor veneziano.

Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento


contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a
Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por
Fábio Bésta.

Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse
inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da
Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados
jurídicos.

Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade


começou a ser lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809. 

A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre


Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra
natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário. 

Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais


escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para
ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as
práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento
patrimonialista. 

11
6 Foi o inicio da fase científica da Contabilidade
Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos.
Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir
patrimônio como objeto da Contabilidade.

Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu
patrimônio como objeto da Contabilidade.  O enquadramento da Contabilidade como
elemento fundamental da equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável
de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é muito mais do que mero
registro; é um instrumento básico de gestão.

Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas,
sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das
partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária,
principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que
a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de
grupo.

6.1 O pai da contabilidade


Título dado ao Frei italiano Luca Pacioli, que em 1494, em Veneza/Itália, publicou a
obra “Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá”, de onde se
destaca o Tratado XI, do título IX denominado ”De computis et scripturis” (Tratado
particular de conta e escrituração). Foi a primeira apresentação escrita do método das
partidas dobradas.

O processo de registros contábeis que se consagrou por uma “equação” ou igualdade


entre o débito e o crédito de contas, alega o emérito professor Federigo Melis, haver
surgido na Itália, acredita-se, entre os anos de 1250 e 1280.

Ninguém conseguiu, até os nossos dias, identificar o autor das “partidas dobradas” nem
apresentar provas das aplicações destas, tal como fizeram os italianos antes da época
referida (embora existam antiquíssimos documentos que autorizam a crer que a intuição
para o processo tenha nascido no Oriente).

Há mais de sete séculos, adota-se um critério que se tornou insuperável, e cuja natureza
é de evidenciar “causa” e “efeito” de um ou mais fenômenos patrimoniais. (LOPES DE
SÁ, 2004).

12
7 O pensamento contábil
Segundo Coelho, Taveira e Botini (1999) o homem passou a usar contas desde que
começou a controlar a quantia de alimento, e até de seus animais, e antes de escrever ou
calcular, era por meio de pinturas ou marcações feitas em rochas que o homem
mostrava os objetos associados as suas quantias. Com tudo, é perceptível que essas
primeiras contas feitas pelo homem retrata a manifestação do pensamento contábil.

Conforme Iudícibus, Marion e Faria (2009) nota-se que a contabilidade desenvolveu de


maneira muito lenta ao decorrer dos séculos, sendo somente no século XIII que surgiu
os números hindu-arábicos, substituindo o sistema greco-romano e hebraico, sendo
usado letras para computar, desconhecendo o zero.

No século XV com a vinda importante do século XIII, sendo isso 5.000 anos a.C. é que
a contabilidade consegue alcançar o ponto de desenvolvimento evidente, denominado
de fase lógica-racional ou de fase pré-científica da Contabilidade.

Conforme Alves (2017) com o processo de globalização as organizações, sofrem danos


relevantes, devido a isso, busca-se maneiras descentralizada no qual tem o intuito tomar
as decisões de forma prática e aperfeiçoando a qualidade de decisões.

A contabilidade percorreu por várias fases, e cada escola contribuiu de maneira


considerável para a evolução da contabilidade, entre elas a escola italiana e a norte-
americana, elas contribuíram de maneira distinta devido a linha de pensamento de
acordo com seus teóricos.

8 Escola Europeia e Escola Norte-Americana


Padoveze (1996) afirma que a contabilidade retrata suas definições baseado em duas
principais escolas de pensamento: escola italiana sendo a mais velha e, a escola norte-
americana de manifestação mais atual.

Basicamente, a escola italiana aborda que a contabilidade é a ciência no sentindo mais


amplo, como a Ciência do Controle do Patrimônio, já a escola norte-americana é mais
clara e, foca essencialmente na definição de informações que são úteis para seus
usuários.

13
A escola italiana, possui visão concluída, pois as definições e teorias proporcionam
dominar todos os ramos que consiste na contabilidade, de maneira didática, e a escola
norte-americana descreve-se de maneira prática.

A escola norte-americana já possui preocupação voltada mais com o método de


transmitir a informação contábil e a contabilidade para seus utilizadores externos. Os
princípios de grande fundamento para contabilidade são resultantes da escola norte-
americana. A italiana procura a visão mais extensa, definindo-a como ciência do
controle patrimonial, não seguindo a princípios ou normas que devem se atender.

Padoveze (1996) também utilizou em sua obra, grande parte da metodologia da escola
americana, devido a rapidez na aprendizagem, e os conceitos abordados em sua obra,
que se aproximaram do método ensinado na escola americana.

Para se tratar da contabilidade Gerência, que aborda conceitos de controladora, é


necessário um estudo sobre a escola italiana, para ter melhor entendimento da ciência
contábil.

Segundo Alves (2017) a escola americana atravessou fases de desenvolvimento e fixou


na profissionalização da contabilidade, isto é, assuntos relacionados a capacitação

9 O início da contabilidade no Brasil


De acordo com Coelho, Taveira e Botini (1999) na época da colonização do Brasil,
pessoas eram estipuladas para monitorar as mercadorias que eram enviadas para
Portugal, e com o surgimento de empresas brasileiras, os negociantes se destacavam.

Na metade do século XX, os encarregados para contabilização das empresas eram


conhecidos como guarda-livros, devido registrarem em livros contábeis as operações
feitas pelas empresas, livros encadernados sempre na cor preta, e era um trabalho
realizado somente por homens.

Segundo Iudícibus e Marion (2008) a história tem manifestado que a contabilidade tem
cada vez mais importância conforme o crescimento econômico, e que a profissão
contábil tem sido valorizada nos dias atuais nos países, afinal na década de 60 o
profissional era conhecido como guarda-livros, um título desdenhoso e nada indicativo,
mas com o desenvolvimento econômico na década de 70, esse termo extinguiu-se e
passou a ser valorizado os contabilistas no mercado.

14
Para Alves (2017) a contabilidade no Brasil foi influenciada pelas duas escolas, a
italiana e a americana. Sendo que, no Brasil surgiu em 1902, a primeira escola
especializada em Contabilidade Brasileira, conhecida como “Fundação de Ciências
Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo” (FEA-USP).

A primeira evolução contábil no Brasil tem como destaque dois momentos, sendo o
primeiro influenciado pela interferência da legislação na formação dos processos
contábeis, e o segundo motivado pela enorme interferência doutrinária das escolas
italianas de pensamento contábil.

A segunda evolução teve início em 1964, onde as escolas do pensamento italiano foram
deixadas para que fossem utilizadas as práticas das escolas do pensamento norte-
americano. Essas mudanças ocorreram devido a vários motivos, como a chegadas das
empresas de auditoria anglo-americanas, que governavam as multinacionais que
chegaram no Brasil. As empresas em relação as elaborações de peças contábeis
concediam qualificação específica aos profissionais. Também, a predominância das
escolas norte-americana que ficou consumada.

15
10 Conclusão
Esse artigo permitiu evidenciar a história da Contabilidade e a sua importância para a
humanidade. Mostrando que, surgiu com o início da civilização devido a necessidade de
o homem primitivo controlar seus bens.

Esse estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica em que cada assunto
abordado percebe-se visões e pensamentos distintos, devido cada mentor ter sua própria
concepção.

O progresso tem sido um propósito para inteligência humana, e através da pesquisa


pode-se afirmar que a contabilidade obteve influências nos seus métodos, de escolas do
pensamento contábil, principalmente das escolas europeia e norte-americana. Escolas
essas que influenciaram de maneira relevante para o desenvolvimento dos processos da
contabilização.

Para responder o objetivo geral, constatou-se que vários pensadores da Contabilidade


contribuíram para sua evolução, com destaque para as escolas europeia e norte-
americana que contribuíram de maneira distinta devido a linha de pensamento de acordo
com seus teóricos. Observou-se que a contabilidade teve sua passagem por diversos
períodos, até chegar à idade contemporânea, período em que a contabilidade teve seu
crescimento e um avanço mercantil. Com o passar do tempo, o conhecimento contábil
foi engrandecendo, tecendo força, passando por mudanças, devido às influências e
inovações.

Em suma o presente artigo descreveu toda a evolução contábil, destacando a


Contabilidade na idade média, moderna e contemporânea, evidenciou-se todos os
métodos avançados, mostrando a maneira que era utilizado para contabilizar mesmo de
forma rudimentar até os dias de hoje. A apreensão em mensurar e de controlar os bens
existiu desde os primórdios. Relatou também, o início da Contabilidade no Brasil, visto
que na época da colonização do Brasil, pessoas eram estipuladas para monitorar as

16
mercadorias que eram enviadas para Portugal, e com o surgimento de empresas
brasileiras, os negociantes se destacaram.

Conclui-se então que a contabilidade evoluiu juntamente com a sociedade. Até nos dias
atuais a Contabilidade tem sofrido influências das mudanças ocorridas, por exemplo, na
Industria 4.0, mais uma vez, esta ciência está se adaptando e aperfeiçoando para atender
ao mercado, segundo sua vertente mais acentuada que é informar aos usuários acerca do
que acontece na empresa no âmbito financeiro, patrimonial e econômico.

11 Referencia bibliográfica
ALVES, Aline. Teoria da Contabilidade. Porto Alegre: Sagah Educação, 2017, p. 7-65.
COELHO, Cláudio Ulisses Ferreira; TAVEIRA, Gilda Aché; BOTINI, Joana.
Introdução a Contabilidade. 2 ed. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 1999, p. 9-10

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Introdução a Teoria da Contabilidade.


4 ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 32-277.

OLIVEIRA, Luís Martins de; NAGATSUKA, Divane A. S. Introdução à Contabilidade.


São Paulo: Futura, 2000, p.19-20.

SÁ, Antônio Lopes de. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade. São Paulo:
Atlas, 1997. p. 9

SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 21-59.

SOARES, Edvaldo. Metodologia Científica: lógica, epistemologia e normas. São Paulo:


Atlas, 2003, p. 19.

17

Você também pode gostar