Sebenta Contabilidade Geral 1
Sebenta Contabilidade Geral 1
Sebenta Contabilidade Geral 1
DE TECNOLOGIA E CIENCIA
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CONTABILIDADE GERAL I
OBJECTIVOS
Função de registo
Uma das funções primordiais da contabilidade na empresa é a de registar todos os factos que
provocam alterações no seu património. Par a contabilidade poder cumprir esta missão, a
empresa deve munir-se de todos os documentos obrigatórios ou facultativo que tornem apta a
fornecer informações claras, precisas e concisas a todos os interesses na sua vida. Quer isto que o
papel da contabilidade na empresa começa ainda antes de a empresa entrar em funcionamento é
por isso que devemos dividir a função de registo em duas fases:
a) Fases de montagem da empresa
Nesta fase impõe-se:
Escolher os modelos de impressos adequados ao tipo de empresa e as informações que se
pretendem obter;
Conhecer em perfeição o circuito de cada impresso, de modo haver boa coordenação
entre os vários serviços da empresa;
Adquirir e registar os livros obrigatórios, de acordo com o estipulado no código
comercial (artigo 31). Os livros obrigatórios são:
Diário: regista cronologicamente as operações que modificam o património da empresa,
quer quantitativamente quer qualitativamente;
Razão: regista os movimentos da empresa por contas;
Inventario e balanço: regista no início da actividade todos os valores activos e passivos
da empresa, bem como o balanço da mesma, a que por lei for obrigada;
Livro de Actas (obrigada para as sociedades): nelas se regista as actas de todas reuniões
de negócios.
b) Função de análise do funcionamento:
Já em funcionamento, a empresa deve possuir uma contabilidade que registe todos os factos que
lhe dizem respeito, pelo registo deve apurar-se claramente:
A situação da empresa em determinado momento;
O resultado obtido em cada exercício.
Função de Controlo
O controlo aqui suponha várias percepções:
Apreciar se a situação económica e financeira da empresa está boa ou má
Permite o cálculo de indicadores de gestão;
Permite perceber como o resultado foi alcançado;
Serve como instrumento de comparação com os valores alcaçados;
Operar (fazer) uma análise transversal entre os dados de uma empresa com as empresas
do mesmo sector.
Função Avaliação
A contabilidade fornece a informação para avaliação do valor intrínseco matemático e o valor de
cada elemento que compõe a actividade da empresa.
Por exemplo:
Determinação do capital próprio;
Permite conhecer os custos pelos quais os bens ficaram à empresa
Permite calcular preços de venda com base nos preços de custos
Permite adquirir os bens necessários ao seu funcionamento
Permite analisar a produtividade dos trabalhadores da empresa
Função de Previsão
A previsão é feita com base em documentos chamados orçamentos, elaborados a partir de
dados fornecidos pela contabilidade não só da empresa mas também de outras empresas.
A contabilidade fornece a informação que permite a definição dos objectivos e metas a alcançar
pela empresa. Depois fornece as realizações que são comparados com as previsões estabelecidas
para extrair, apurar os desvios, explicar as causas, e determinar as responsabilidades.
Item em aberto
Tipos de informações:
1. De ordem econômica – dizem respeito à movimentação das compras e vendas, despesas e
receitas, evidenciando o lucro ou prejuízo apurados nas transações realizadas pela empresa.
2. De ordem financeira – dizem respeito ao fluxo de entradas e saídas de dinheiro na empresa.
Para fornecer tais informações, a Contabilidade precisa registrar toda a movimentação do
Patrimônio (fazer a contabilização de todos os fatos que ocorrerem nessa empresa). Esse
processo de registro é denominado de “escrituração contábil”.
As informações fornecidas pela Contabilidade podem ser utilizadas para fins de:
a) Controle
Pode ser conceituado como um processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do
possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e políticas traçados
pelos donos de capital e pela própria alta administração.
A informação contábil é útil ao processo de controle das seguintes formas:
a.1) como meio de comunicação: os relatórios contábeis podem ser de grande auxílio, ao
informar a organização a respeito dos planos e políticas da administração e, em geral, das formas
de comportamento ou ação que a administração deseja atribuir à organização;
a.2) como meio de motivação: a não ser que a empresa ou negócio seja do tipo individual, não
compete à administração fazer ou executar o serviço, isto quer dizer que a administração não
fabrica e vende pessoalmente o produto. Pelo contrário, a responsabilidade da administração
consiste em saber se o trabalho está sendo executado pelos outros. Isto requer, em primeiro
lugar, que o pessoal seja contratado e formado dentro da organização, e, em segundo lugar, que a
organização seja motivada de forma que venha a fazer o que a administração quer que se faça. A
informação contábil pode auxiliar este processo de motivação;
a.3) como meio de verificação: periodicamente, a administração necessita avaliar a qualidade
dos serviços executados pelos empregados. A apreciação desse desempenho pode resultar em
acréscimo de salários, promoções, readmissões, ações corretivas as mais variadas, ou, em casos
extremos, demissões. A informação contábil pode auxiliar esse processo de avaliação, embora o
desempenho humano não possa ser julgado apenas pela informação contida nos registros
contábeis.
b) Planejamento
Por sua vez, é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro.
O processo de planejamento consiste em considerar vários cursos alternativos de ação e
decidir qual o melhor. Planejamento (que deve ser diferenciado de simples previsão) pode
abranger um segmento da empresa ou toda a empresa.
A informação contábil, principalmente no que se refere ao estabelecimento de padrões e
ao inter-relacionamento da Contabilidade com os planos orçamentários, é de grande utilidade no
planejamento empresarial, mesmo em caso de decisões isoladas sobre várias alternativas
possíveis, utiliza-se grande quantidade de informação contábilistica.
1
VIEGAS, Hélder, e outros, Tecnologias de Administração, 5ª edição, edições asas, Lisboa 1996, pag 27.
Já vimos que a contabilidade, para além de uma técnica de registos de factos
patrimoniais, constitui um eficiente meio de gestão, uma vez que permite estabelecer opções
entre diferentes alternativas possíveis.
Sendo a contabilidade um sistema de informação para a gestão, nunca será demais
acentuar este seu carácter instrumental. De facto, a contabilidade valoriza os recursos postos a
disposição da empresa, as obrigações contraídas e os meios obtidos na transmissão dos bens e
serviços produzidos. E transmitem, sob forma adequada, aos diferentes utentes, os resultados
dessas valorizações, que tantos podem ser históricos como prospectivos.
Se a contabilidade é, pois uma ferramenta de gestão, isso significa que os gestores
necessitam do produto dos sistemas contabilísticos para governarem as empresas. Necessitam de
outras informações, como é óbvio, mas o como estamos a falar da contabilidade restringir-se-
mos à informação contabilística financeira que no âmbito de uma gestão moderna, torna ainda
mais premente a existência, na empresa, de sofisticados e eficazes sistemas de informação.
Face ao que foi dito atrás, pode-se então dizer que a contabilidade também é uma técnica
de informação ao serviço da empresa, uma vez que possibilita à empresa dirigir e regular as suas
relações com o universo que o rodeia.
Com tudo, antes de apresentar o trabalho contabilístico a efectuar pela empresa no final
de cada ano, devem-se analisar os princípios contabilísticos consagrados no PGC (pagina 68)
que visam a obtenção de uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos
resultados das operações realizadas pela empresa. Os modelos contabilísticos obedecem a
princípios que são iguais em todos os países, e são imutáveis. Desta feita temos:
1. Principio da Entidade: Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma
a autonomia patrimonial, ou seja, a Contabilidade deve ter plena distinção e separação
entre pessoa física e pessoa jurídica. Enfim, o patrimônio da empresa jamais se confunde
com o dos seus sócios.
2. Princípio da continuidade: este princípio diz-nos que uma vez iniciada a sua actividade
a empresa opera de forma contínua, isto é a empresa tem uma duração ilimitada sendo a sua
gestão feita por tempo indefinido a não ser que haja intenção de liquidar a empresa e cessar a sua
actividade. Apesar de a empresa prestar e apresentar contas de cada exercício económico estas
paragens são artificiais. A empresa continua a funcionar e apenas avalia o trabalho a executar
durante o exercício económico.
3. Princípio da consistência: este princípio diz-nos que a empresa não pode alterar as suas
políticas contabilísticas (PGC pagina 66), ou seja, a sua maneira de proceder de um exercício
para o outro, não podem ser modificadas, a não ser por razões fortemente justificadas que devem
ser explicadas no anexo.
Os procedimentos contabilisticas mais vulgarmente derrogados são2:
Os critérios de valorimetria das existências;
O cálculo do valor das provisões;
O cálculo do valor das amortizações.
Se a empresa alterar tais procedimentos, deverá de acordo com o PGC, indicar e justificar
tais alterações e mostrar os efeitos que as mesmas provocam nas demonstrações finaceiras da
entidade, no anexo.
4. Princípio da especialização ou do acréscimo: de acordo com este princípio os custos e
os proveitos devem ser tratados contabilisticamente no período em que ocorre independente do
2
Lousâ Aires. A contabilidade e a gestão diária.
facto do seu recebimento ou pagamento, isto é, para efeito de registo contabilístico deve atender-
se a data da realização da operação, e não a data da sua cobrança ou pagamento.
5. Princípio de custo histórico: este princípio diz-nos que os registos contabilísticos devem
ser feitos a custo de aquisição ou de produção dos bens, e não os custos pelo qual se prevê a
próxima aquisição dos bens, ou seja, ao custo de reposição. O nosso PGC prefere apesar de
alguns inconvenientes utilizarem o princípio do custo histórico, porque está baseado em
realidades objetivas que são os documentos.
6. Princípio da prudência: este princípio diz-nos que a contabilidade deve ser prudente
sempre que se deslumbrem incertezas no futuro que possam afectar o seu património e deve
estimá-la e regista-las. Não deve, no entanto criar reservas ocultas, nem fazer provisões
excessivas que lhe possam reduzir o seu activo ou aumentar o seu passivo de modo a apresentar
resultados menores.
7. Princípio da substância sobre a forma: este princípio diz - nos que as operações devem
ser contabilizadas atendendo a sua substância e a realidade financeira e não apenas a sua forma
legal. Ex: a empresa adquire uma viatura a prestação, deve-se contabilizar a viatura no momento
em que entra ao seu serviço, apesar de que juridicamente a empresa ainda não ser titular da
mesma.
8. Princípio da materialidade: este princípio diz-nos que enquanto a relevância tem a ver
com a qualidade da informação a materialidade tem a ver com a quantidade da informação. A
relevância diz que a informação é útil quando pode fazer mudar a tomada de decisões. A
materialidade diz que as peças contabilísticas dão uma imagem verdadeira e fiel do patrimônio
da empresa não pode falhar nenhum elemento.
9. Principio da não compensação dos saldos: este princípio diz-nos que não devem ser
efetuadas compensações de saldos entre ativos e passivos. A apresentação de rubricas no balanço
pelo seu valor líquido de amortizações e provisões não é considerada uma compensação de
saldos.
Compras
Despesa Gastos
Pagamentos
Fornecedores Fornecedores
Produção
Caixa/depositos
Rendimentos
Receita
Vendas
Clientes Zona interna Recebimentos Clientes
Exemplo prático nº 01
A empresa comercial Jonilson & Pedro, Lda., apresentava em seu relatório os seguintes
elementos patrimónais no início da sua actividade em 1 de Janeiro de 2015. (valor em Kz)
1. Edifício: 500.000Kz
2. Dívida ao fornecedor Maia, SA: 520.000
3. Mercadorias em armazém: 450.000Kz
4. Empréstimos obtidos no BFA: 700.000Kz
5. Ferramentas: 20.000Kz
6. Dívida do cliente Maria & Félix, Lda.: 470.000Kz
7. Carrinha comercial: 400.000Kz
8. Maquinaria: 300.000Kz
9. Dinheiro em cofre: 600.000Kz
10. Mobiliário de escritório: 50.000Kz
Pretende-se
1- Classificar os elementos patrimoniais, em bens, direitos e obrigações, activos e passivos
2- Determinar o valor total dos bens, direitos, obrigações, activos e passivos;
3- Determinar o valor do património da “Jonilson & Pedro, Lda.” (VP=B+D-O)
Resolução
Exercícios de aplicação
A emprsa ADOM Center, possui na sua composição os seguintes elementos patrimoniais:
01- Valor em caixa – 2.000,00
02- Valor no BFA – 10.000,00
03- Estabelecimento Comercial – 14.000,00
04- Diversas factura dos fornecedores – 4.000,00
05- Empréstimos obtidos – 6.000,00
06- Empréstimos concedidos – 4.000,00
07- Três viaturas – 12.000,00
08- Diversas facturas à liquidar pelos clientes – 2.000,00
09 - Diversas facturas por liquidar – 6.000,00
10- Juros à receber – 4.000,00
Pretende-se:
a) Classificar os elementos patrimoniais, em bens, direitos e obrigações, activos e passivos
b) Determinar o valor total dos bens, direitos, obrigações, activos e passivos;
c) Determinar o valor do património da empresa “ADOM-Center”
Exercício de aplicação nº 02
O comerciante João Pedro Lda., que se dedica à comercialização de vinhos, possuía, em 2 de
Fevereiro de 2010 os seguintes elementos patrimoniais constantes no quadro:
Elementos patrimoniais Bens Direitos Obrigações
(B ) (D) (O )
Caixas de vinho tinto
Secretarias de 6 cadeiras
Divida à segurança social
Crédito de J. Pinto Lda.
Garrafas de aguardente
Um armazém
Débito de M. Alves
Debito do empregado Raul Mendes
Empréstimo concedido no BAI
Um Computador
Uma Carrinha Ford
Divida da empregada Filipa
Débito de Carlos Campos, Lda.
Empréstimo obtido no BIC (4 anos)
Dinheiro em caixa
A Situação Patrimonial Líquida também faz parte do Passivo (obrigações), mas contém
uma natureza especial, onde também fazem parte das obrigações os direitos dos accionistas,
sócios ou titular da empresa individual em relação ao património da pessoa jurídica.
Representa aquilo que, de facto, a pessoa tem. Isto é, sua riqueza efectiva, o que lhe
sobra depois de pagar todas as suas dívidas.
O Património Líquido é a diferença entre os valores do activo (+) e do passivo (-) de uma
entidade em determinado momento.
Equações Patrimoniais
a) Activo = Passivo + Património Líquido --> Indica uma situação de normalidade da empresa,
pois o conjunto de bens e direitos supera as obrigações (PL positivo). É uma situação favorável,
positiva ou superavitária.
b) Activo = Património Líquido (sendo Passivo = 0) --> Não existem obrigações para com
terceiros, o que geralmente ocorre na abertura da empresa, sendo o passivo igual a zero.
c) Activo = Passivo (sendo PL = 0) --> Neste caso, não existe capital próprio, o que significa
que o activo da empresa foi totalmente financiado com recursos de terceiros. É um estado de
alerta, pois a empresa está com dificuldades financeiras. É uma situação nula ou compensada.
d) Activo + Património Líquido = Passivo --> Nesta situação, a empresa se encontra em estado
de insolvência, uma parcela das obrigações ficará sem ser paga, mesmo que a empresa venda
todo o seu activo.
Matematicamente temos:
A – P = PL
Bens + Direitos – Obrigações = PL
4.000,00kz - 2.000,00kz = 2.000,00kz
Enunciado: Quando o valor do Activo supera o valor do Passivo, então, o Patrimônio Líquido
será positivo ou supervitária, isso significa dizer que a entidade possui mais bens e direitos do
que obrigações.
2- Se a entidade possui Bens e Direitos de 4.000,00kz e tiver uma obrigação para com o seu
Terceiro de 6.000,00kz
A – P = – PL
Bens + Direitos – Obrigações = – PL
4.000,00 – 6.000,00 = – 2.000,00
Enunciado: Quando o valor do Ativo for menor do que o valor do Passivo, tem-se o PL negativo,
que também pode ser denominado de Passivo a descoberto, pois mesmo vendendo todos os bens
e resgatando todos os direitos da empresa, não é suficiente para arcar com todas as obrigações
registradas no Passivo, portanto, o Passivo ficará a descoberto.
3- se a entidade possui Bens e Direitos de 4.000,00kz e tiver uma obrigação para com o seu
Terceiro de 4.000,00kz:
b) Qual será a situação líquida da empresa?
A – P = PL
Bens + Direitos – Obrigações = – PL
SL = A = P: situação líquida nula. 4.000,00 – 4.000,00 = 0
Massas gerais
São as chamadas de Activo, Passivo e Capital Próprio.
Activos – Conjunto de bens e direitos pertencentes a uma determinada entidade, valorizando
positivamente o património, ou seja o conjunto de valor que a empresa possui e tem a receber;
Passivos – obrigações ou conjunto de valores a pagar num determinado período (valorizam
negativamente o património);
Capital próprio ou situação – Valor do património, determinado pela diferença entre o Activo e
Passivo, ou a diferença entre os bens, direitos e obrigações.
Por sua vez as massas patrimoniais gerais dividem-se em subgrupos, de acordo com a função
específica que desempenha e forma cada grupo, que chamamos de massas patrimoniais parcial.
Massas parciais
Existem três tipos de massas patrimoniais parciais, massas parciais activo, passivo e capital
próprio.
Massa parcial do Activo
Partindo da natureza dos elementos que compõem o Activo podemos dividi-lo em Activo fixo e
activo corrente:
Activo fixo ou activo não corrente: classe que inclui o conjunto de bens e direitos
destinados a permanecerem na empresa por período superior a um ano. Classe que inclui os bens
não comercializáveis ou a serem transformados ou seja são bens com carácter de permanência na
empresa.
Exemplos: terrenos, edifícios, equipamentos, máquinas, meios de transporte etc.
Terceiros devedores: correspondem aos elementos que se transformam com maior rapidez
em disponibilidades. Neste caso: Clientes, outros valores a receber, estado, pessoal, e entidades
participantes;
Disponibilidades: correspondem ao dinheiro que existe nos cofres da empresa, depósitos, nos
bancos ou aplicadas em títulos negociáveis;
Passivo corrente ou débito exigível de curto prazo: inclui conjunto dos valores a pagar
com o prazo inferior a um ano. Estão neste caso os fornecedores, Estado, entidades
participantes, pessoal e outros credores a pagar.
De acordo com o critério temporal a situação adquirida será constituída por duas parcelas
distintas:
Resultado transitado: constitui o resultado obtido em exercício económicos anteriores e
não distribuídos ou seja retida na empresa definitiva ou temporariamente.
Resultado líquido do exercício: resultado obtido da actividade no ano em curso ou agora
terminado, cujo a aplicação ainda não é decidida.
Reservas: representa a afectação de uma parte do resultado dos exercícios anteriores
como reservas para assegurar actividade da empresa.
Pretende-se:
a) Classifica os elementos patrimoniais, segundo as classes;
b) Elaborar o mapa patrimonial;
c) Determinar o valor do património Líquido da Madeira & Filhos, S/A.
Resolução
Nº Descrição Bens Direitos Obrigações
1 Depósitos no banco Bic 120.000,00
2 Edifício 900.000,00
3 Fornecedores 75.000,00
4 Mobiliários diversos para vendas 750.000,00
5 Dinheiro em cofre 250.000,00
6 Crédito a Mobilux, Lda. 500.000,00
7 Empréstimo do Bai a 5 anos 2.000.000,00
8 Camião 1.200.000,00
9 Imposto a pagar 65.000,00
10 Débito ao Armazém valódia, Lda. 550.000,00
11 Depósitos no banco Bai 580.000,00
a) Total 3.800.000,00 580.000,00 2.140.000,00
Execícios de aplicação nº 4
A empresa MKS, Lda apresentou os seguintes elementos patrimoniais em 01 de Janeiro de 2010
em kz:
Pretende-se:
O patrimônio de uma determinada entidade, deve ser reconhecido por meio de dois
documentos principais: Inventário e Balanço.
2.2.1. O Inventário: é uma relação dos elementos patrimonial de uma empresa com indicação da
sua respectiva quantidade, preço e valor.
A origem da palavra inventário, vem da palavra inventarium, que era um termo Romano
(latim) para designar um grande documento/lista onde se encontravam registrados os produtos
dos armazéns.
Horizontal – quando os elementos do activo e do passivo estão num quadro com duas colunas
ficando, na coluna esquerda o activo e, a direita o passivo.
Actualmente tem-se em conta apenas duas etapas que são a identificação e da avaliação.
Inventário Permanente
O inventário funciona por um controlo de estoque de forma individualizada e imediata.
Geralmente este registro é feito por um sistema eletrônico de dados, ou seja, neste sistema é
possível a obtenção do custo da mercadoria vendida a qualquer instante.
Inventário Periódico
Pelo sistema periódico, as vendas não são controladas de modo imediato no estoque, isto
é, a contagem do custo da mercadoria vendida (CMV) acontece apenas no final de cada período.
Pretende-se
1- Elaborar o inventário simples (dispositivo vertical)
Resolução
Inventário Simples
Activo Qtd. Preço Valor
Armazém com escritório 1 6.500.000,00 6.500.000,00
Monta-cargas 1 1.400.000,00 1.400.000,00
Viaturas 4 800.000,00 3.200.000,00
Secretárias c/ cadeiras em uso 5 50.000,00 250.000,00
Estantes para arquivos em uso 3 32.000,00 96.000,00
Gerador uso exclusivo 1 1.800.000,00 1.800.000,00
Pacote de software de contabilidade/ Adm 1 585.000,00 585.000,00
Computadores p/ uso 8 87.600,00 700.800,00
Computadores p/ vendas 25 92.000,00 2.300.000,00
Estantes p/ vendas 15 22.000,00 330.000,00
Televisores p/ vendas 18 55.000,00 990.000,00
Mobiliário de escritórios completo 1 285.000,00 285.000,00
Mobiliários de lar diversos p/ venda 66 29.545,45 1.950.000,00
Mercadorias diversas em trânsito 1 516.800,00 516.800,00
Total do Activo 20.903.600,00
Passivo
Empréstimo de ml/p 1 12.000.000,00 12.000.000,00
total do Passivo 12.000.000,00
Pretende-se
Pretende-se
1- Elaborar o inventário geral ou classificado (dispositivo vertical)
Resolução
Inventário geral classificado do Senhor Leo em 02/02/2005
Imoveis
Armazém 1 900.000 900.000
Moveis
Meios de transporte
Carrinha 1 3.000.000 3.000.000
Imobilizações incorpóreas
Trespasse 1.000.000
Activo corrente
2- Existências
Mercadorias para venda 230.000,00
3- Terceiros
Clientes
Divida do cliente B 50.000,00
4- Disponibilidades
Depósito à ordem
Depósito no BCI 500.000,00
Deposito no BFA 300.000,00
Caixa
Dinheiro em cofre 250.000,00
Passivo
Passivo corrente
Fornecedores
Divida ao fornecedor z 158.000,00
Divida ao fornecedor y 400.000,00
Emprestimo obtido
Divida ao BIC 1.500.000,00
A sociedade Ana Jorge Lda. Cujo objecto social é a comercialização de bens alimentares.
Apresentou em 03 de Janeiro de 2015, os seguintes elementos patrimoniais:
Resolução
Inventário geral classificado da sociedade Ana Jorge em 31/01/2015
Descrição Qtd P.u Valor
Activo
Activo não corrente
1- Meios Fixos
Meios de transporte
Carrinha p/transporte 2 86.000 176.000,00
Activo corrente
2- Existências
Mercadorias
Toneladas de arroz 2.000kg 65 130.000,00
Sacos de açúcar 30 5.200 156.000,00
Latas de leite nído 72 1.000 72.000,00
3- Terceiros
Clientes
Debito de joão S.A 55.000,00
Letras a receber
Saque sobre Amadeu 36.000,00
Factura nº 40 a beira-mar 67.000,00
Devedores diversos
Divida de Sandra Lda. 31.000,00
4- Disponibilidades
Depósito à ordem
Deposito no BFA 47.000,00
Caixa
Notas de 50kz e e notas de 100kz 179.000,00
Cheques por depositar 70.000,00
Passivo
Passivo não corrente
Emprestimo obtido a MLP
Emprestimo no BFA a 5 anos 193.000,00
Passivo corrente
Fornecedores
Factura de bela flor Lda. 85.000,00
Letras a pagar
Aceite a Beto Lda. 43.000,00
Exercício de aplicação nº 08
A sociedade Lucas Lda. Cujo objecto social é a comercialização de electrodomésticos.
Apresentou em 03 de Janeiro os seguintes elementos patrimoniais:
Crédito-------------------------------------------------------------------------------------45.000,00
Dinheiro em cofre----------------------------------------------------------------------230.000,00
Cheques por depositar-------------------------------------------------------------------35.000,00
Depósito no BCI------------------------------------------------------------------------250.000,00
Depósito no BFA-----------------------------------------------------------------------145.000,00
Depósito no KEVE----------------------------------------------------------------------46.000,00
Divida comercial de Afonso----------------------------------------------------------125.000,00
16 Televisores ao preço de 1/15.000,00---------------------------------------------------------?
15 Frigoríficos ao preço de 1/12.000,00--------------------------------------------------------?
Divida de J. Pinto comercial----------------------------------------------------------120.000,00
Aceite de Ecomar S.A-------------------------------------------------------------------50.000,00
Crédito sobre Mabor Lda---------------------------------------------------------------45.000,00
20 Rádios ao preço de 1/4.500,00----------------------------------------------------------------?
Divida do empregado Rui---------------------------------------------------------------15.000,00
Um Edifício comercial-----------------------------------------------------------------100.000,00
Saque sobre Sandra Domingos---------------------------------------------------------30.000,00
Mobiliário do escritório-----------------------------------------------------------------36.000,00
Viatura para transporte de mercadorias-----------------------------------------------22.500,00
Viatura para transporte de pessoal----------------------------------------------------112.000,00
Débito a Manuela Mendes--------------------------------------------------------------30.000,00
Empréstimo obtido no BFA a 5 anos--------------------------------------------------78.000,00
Débito a Ângela e Filhos ---------------------------------------------------------------48.000,00
Pretende-se
1- Elaborar o inventário geral classificado (dispositivo vertical)
Exercício de aplicação nº 09
A sociedade Domingos Pedro S.A. Cujo objecto social é a comercialização de bens alimentares.
Apresentou em 06 de Janeiro de 2010 os seguintes elementos patrimoniais:
Um edifício administrativo----------------------------------------------------------17.000.000,00
2 Armazéns grossistas--------600.000/cada -------------------------------------------------------?
2 Computadores-----1/50.000,00--------------------------------------------------------------------?
3 Jeep Toyota-------1/1.400.000,00-----------------------------------------------------------------?
Um Volvo F12--------------------------------------------------------------------------3.200.000,00
15 Secretarias----1/30.500,00----------------------------------------- -----------------------------?
2 Cadeiras---------------------------------------------------------------------------------1/12.000,00
20 Caixas de óleo alimentar c/12 litros cada ao preço de 85,00/lit-.---------------------------?
2.000 Sacos de arroz de 50 kg cada ao preço de 68,00/kg--------------------------------------?
10 Latas de Leite Nido ao preço de 900,00/Lata-------------------------------------------------?
Saque s/ Viera Lda-----------------------------------------------------------------------130.000,00
Divida do Jumbo-----------------------------------------------------------------------2.160.000,00
Aceite de J. Pimenta Lda----------------------------------------------------------------120.000,00
Divida dos trabalhadores-----------------------------------------------------------------10.000,00
Empréstimo bancário (5 anos) -----------------------------------------------------42.000.000,00
Crédito da Ango-alisar----------------------------------------------------------------3.200.000,00
Depósito no BFA----------------------------------------------------------------------2.750.000,00
Depósito no BFA em USD 20.000 ao câmbio de 96,00KZ/Dólar----------------------------?
500 Notas de 1.000,00------------------------------------------------------------------------------?
2.400 Notas de 500,00------------------------------------------------------------------------------?
Cheques por depositar----------------------------------------------------------------1.310.000,00
Pretende-se
1- Elaborar o inventário geral classificado (dispositivo vertical)
2.3. O Balanço
Sendo:
SL=A>P: situação líquida activa,
SL=A<P: situação passiva,
SL=A=P: situação líquida nula.
a) Quanto a apresentação;
Total d Activo
Capital P e Passivo
Exemplos:
Dinheiro em moeda
Mercadorias
Maquinaria
Mobiliário de escritório
b) Direitos: são dívidas que terceiros têm para com a empresa e também o valor das marcas,
patentes e outros direitos similares
Exemplos:
O dinheiro depositado num banco
As dívidas de clientes
Exemplos:
Os valores em dívida nas compras a prazo
Empréstimos obtidos nos bancos
Exercícios de Aplicação
Esse facto aumentará ao valor na conta caixa em 500, pela entrada do dinheiro, e diminuirá a
conta cliente, também em 500, tendo em vista o cliente quitou a sua dívida para com a nossa
empresa.
Nosso direito, portanto, deixa de existir. Desse modo, o facto provoca, ao mesmo tempo,
aumento e diminuição entre os elementos do activo. O balanço patrimonial, após esse
acontecimento ficará assim:
Os 500 que estava em cliente passaram para a conta caixa. Houve permutação entre elementos
do activo, mas o valor do património líquido não se alterou. O património líquido, no balanço
apresentado. Tanto antes quando depois do facto, o valor do património líquido permanece o
mesmo.
Facto (b). Na conta salário a pagar, no valor de 300, registrada no passivo, representando o valor
líquido dos salários que a empresa tem a pagar a seus empregados, está contida ao valor de 30,
correspondente ao imposto de rendimento de trabalho.
Este valor deveria sido retirado dos salários dos empregados, mas ainda não foi. Para regularizar,
vamos retirá-lo da conta salário a pagar e transferí-lo para a conta própria, denominada de IRT.
Esse facto provocará, ao mesmo tempo, aumento no activo e no passivo. Veja como ficará o
balanço patrimonial, após esse evento:
Diminuição.
Esse evento diminuirá o activo, pela saída do dinheiro da conta caixa, e reduzirá também o
passivo, pela liquidação da obrigação, no mesmo valor. Veja, então, como ficará a situação
patrimonial.
Tanto no caso de aumento como no caso de diminuição, houve permutação entre elementos do
activo e do passivo ao mesmo tempo, sem interferência do património líquido, que permaneceu o
mesmo.
Diminuição.
Aumento
Suponhamos agora, a seguinte ocorrência:
Facto (f): A empresa M.M&Filhos, recebe o valor de 200, em dinheiro, proveniente de receitas
de aluguel de Imoveis.
Este facto aumenta o activo pela entrada de dinheiro na conta caixa e aumentará o património
líquido pela receita auferida. Veja a situação patrimonial anterior, modificada por esse evento.
Esse evento diminuirá o activo em 700, pela saída dos móveis, aumentará novamente o activo,
pela entrada de 750, em dinheiro, no caixa, e aumentará o património líquido, pelo lucro auferido
de 50. O balanço patrimonial ficará assim:
Balanço Patrimonial de M.M&Filhos, Lda
Activo Valor C.P e Passivo Valor
Bens: Património Líquido:
Imóveis 2.800 Capital 3.200
Diminuição
Esse facto acarretará diminuição no activo, pela saída de 220 no caixa, diminuição no passivo,
pela extinção da obrigação em dívida a pagar, no valor de 220, e diminuição no património
líquido, pela redução dos lucros em 20, devido a despesa ocorrida. A situação do património
passou a ser a seguinte:
Neste caso, tivemos, ao mesmo tempo, um facto permutatvo, entre activo e passivo, e um facto
modificativo, pagamento de juros ocorridos na operação.
1 – Factos Permutativos – Admitindo que foi efectuado um depósito de 250 kzs
ACTIVO VALORES EM KZS Variações V. APÓS LANÇAMENTO
Edifícios e Outras Construções
Equipamento Administrativo 100.000 100.000
Equipamento Básico 170.000 170.000
Mercadorias 100.000 100.000
Clientes 77.000 77.000
Depósitos à ordem 3.500 +250 3.750
Caixa 500 -250 250
TOTAL DO ACTIVO 600.000 Kzs 600.000 Kzs.
2.3. A conta
A conta é um conjunto de elementos patrimoniais, com características comuns e
homogéneas, expressos em unidades monetárias. A conta constitui a base de toda a
escrituração, visto que é a partir dela que se desenvolve o trabalho contabilístico. Permite
registar todas as variações sofridas pelos elementos patrimoniais que nela se englobam. As
contas, como classe de valores, apresentam características próprias:
Título ou compreensão da conta: é o nome da conta, ou seja, qualidade que caracteriza
o conjunto de elementos patrimoniais (Caixa, depósitos a ordem).
Extensão: conjunto de elementos patrimoniais que satisfazem as condições previamente
definidas (o valor ou saldo da conta).
Homogeneidade: a conta só deve conter os elementos patrimoniais que tenham as
mesmas características.
Integralidade: todos os elementos patrimoniais que tenham as mesmas características
devem estar incluídos na mesma conta.
Contas do Balanço
Contas do Activo Nat. Saldo Contas do Passivo Nat. Saldo
1-Meios Fixos e Investimentos 3-Terceiros
11- Imobilizações corpóreas 32- Fornecedores
12- Imobilizações incorpóreas 33-Emprestimos Credor
13- Investimentos financeiros 34- Estado
… 36- Pessoal
2- Existências
21- Compras 5-Capital próprio ou situação líquida
22- Mat. Primas, subsidiarias cons. 51- Capital
26- Mercadorias 55- Reservas Credor
Devedor
81- Resultados transitados
3- Terceiros 88- Resultado líquido do exercício
31- Clientes
4- Meios Monetários
41- Títulos negociáveis
42- Depósitos a prazo
43- Depósitos a ordem
45- Caixa
Contas de resultados
7- Contas de custos e perdas Nat. Saldo 6- Contas de proveitos e ganhos Nat. Saldo
71- Custos Exist. Vendidas e Consumidas 61- Vendas
72- Custo com pessoal 62- Prestação de serviços
73- Amortizações do Exercício 63- Outros proveitos suplementares
75- Outros Custos Operacionais 64- Variação da produção
76- Custos e perdas financeiras Devedor 65- Trabalhos p/própria empresa Credor
78- Custos e perdas não operacionais 66- Proveitos financeiros
79- Custos e perdas Extraordinários 68- Prov. Ganhos não operacionais
69- Prov. Ganhos Extraordinários
8- Resultados
81- Resultados transitados 84- Resultados em filiais e Associados
82- Resultado operacional 85- Resultado não operacional
Livre Livre
83- Resultado financeiro 86- Resultado extraordinário
87- Imposto Sobre Lucros 88- Resultado Líquido do Exercício
Exercício de aplicação
BIBLIOGRAFIA