Aline Texeira Psico
Aline Texeira Psico
Aline Texeira Psico
Componentes:
Beatriz Monteiro
Elian Vitorino
Claudia Lira
1.1- Condições físicas da escola e da sala (tamanho da sala x número de alunos, disposição
dos alunos na sala, posicionamento do professor na sala);
A Escola é da rede municipal, situada na cidade de Barreiras-Ba, no povoado da Baraúna. Segundo observado,
é uma escola ampla, limpa e com espaços bem distribuídos, recebe cerca de 410 crianças entre 03 a 16 anos,
maior porcentagem é moradora da própria comunidade. A escola oferece três modalidades de ensino:
Educação Infantil (pré-escola), Fundamental I (do 1° ate o ano 5°) e Fundamental II (6° até o 9° ano).
A Escola funciona em dois turnos, o matutino das 07h30 às 11h30h e o vespertino das 13h30min às
17h45min. Conta também, com o quadro de 58 funcionários, que auxiliam em várias funções à instituição, se
analisarmos outras escolas do município veremos que a escola em questão é bem equipada quanto a materiais
didáticos e mobiliário (vale ressaltar que a escola é recém-reformada), em seu ensino é considerado de boa
qualidade.
Possui um auditório, sala de professores, 13 salas, sendo uma especialmente para AEE (Atendimento
educacional especializado), seis banheiros, dois femininos, dois masculinos, um para os funcionários e um
adaptado (sendo que um feminino e masculino é exclusivo para educação infantil), uma cantina e refeitório,
três almoxarifado (um para a merenda escolar, um para produtos de limpeza e um para materiais didáticos),
além de uma pequena biblioteca que divide espaço com sala dos professores, é um ambiente limpo, extenso,
iluminado e bem arejado como todo o restante da escola.
Possui ainda uma quadra poliesportiva (que durante a noite a comunidade faz uso), um pátio bastante
espaçoso com varias árvores, dois bebedouros, lixeiras em cada sala e nos corredores, estacionamento
improvisado para motos, rampas para os cadeirantes, mini palco para as realizações de atividades culturais,
uma sala para a prática do projeto mais educação, em si a, a escola é excelente, tanto em questão
administrativa quanto em sua estrutura, e mesmo que existam pormenores, ainda assim é digno de elogios,
uma vez que a parte que lhe cabe é cumprida com louvar.
Já em sala observamos em uma turma de 1°ano, onde contem 16 alunos. A sala é bem organizada espaçosa e
arejada, a professora tem ajuda de uma monitora.
1.2- Relação professor-aluno (como trata os alunos, como é tratado pelos alunos, como reage
à conversa paralela, às situações de indisciplina e desinteresse dos alunos, como os
alunos reagem às situações e atividades propostas);
A professora consegue mobilizar os alunos para a aprendizagem de forma clara, estabelecendo seqüências de
aprendizagem coerentes, conseguindo gerir o tempo de forma eficaz, proporcionando aos alunos iguais
oportunidades de participação, usando recursos e materiais adequados ao nível etário e de ensino dos alunos,
dominando os conteúdos e explicando-os com clareza.
Analisamos também que a professora tinha sua rotina diária para iniciar suas aulas, ela sempre começava
com a oração, seguida com cantigas de roda, leitura de uma estória e correção da atividade de casa, após essa
rotina ela iniciava a aula dando os conteúdos do dia.
A professora ministra as aulas com muita dedicação, os alunos mantêm respeito por ela, existe um bom
relacionamento entre eles. Predomina o diálogo entre a professora e os alunos em sala de aula. A professora
é interessada na aprendizagem dos alunos e compromissada com sua profissão, ela impõe respeito em sala de
aula chamando a atenção dos alunos com firmeza nas horas devidas.
1.3- Relação aluno-aluno (há situações que incentivam e/ou desestimulam a interação entre
alunos, há cooperação entre os alunos);
Na observação percebemos que alguns alunos têm bastante dificuldade no aprendizado, principalmente os que
mais conversam e brincam, em geral a turma é bastante conversadora (tem um três que conversam bem mais,
e chama muito atenção), mas com a ajuda da professora e monitora todos realizam as atividades aplicadas
pelo professor.
A metodologia utilizada é a tradicional utilizando o quadro Branco, caderno e o livro como recursos didáticos.
As avaliações são feitas individual, como os trabalhos e questionários individuais. A professora faz seu
planejamento semanal com livros didáticos, atividades xerocadas, gravuras e etc.
Processo Ensino Aprendizagem
Este relatório é resultado de um diagnóstico feito em uma Escola da rede pública de ensino na cidade de
Barreiras, no povoado da Baraúna. Foi solicitado como requisito da disciplina de Psicologia teve como
objetivo, analisar e registrar toda e qualquer forma de mediar, compartilhar o conhecimento entre professor e
aluno proporcionando que o estudante observe as teorias aprendidas na sala de aula, e se são associadas no
ensino-aprendizagem no ambiente escolar. A realização desse estágio de observação no ensino fundamental
I, na qual as crianças estão começando o conhecimento, entendendo o porquê e como funcionam todas as
formas de aprendizagem e que o educando será o mediador entre a criança, a cultura, e o conhecimento, e o
papel do professor é de proporcionar aos alunos a oportunidade de produzir e se apropriar de todas as
informações e etapas que a educação oferece. A metodologia utilizada durante o estágio de observação foi o
registro.
Os registros obtidos nesse relatório se deram nos dias 04 e 05 do mês de junho do ano de 2018, cada um dos
dias contaram com 04 horas de observação e após obtivemos uma conversa com a professora, que se
mostrou muito solicita e respondeu às questões que levantamos em entrevista.
Levando para um lado sócio-histórico, o ser humano na Antiguidade, se relacionavam uns com outros,
trocando experiências, conhecimentos, informações, etc., estabeleciam vínculos e dependências importantes
para a sua sobrevivência. Hoje em dia não é diferente, desde o nosso nascimento somos socialmente
dependentes dos outros e entramos em um processo histórico que, de um lado, nos oferece dados sobre ele e,
de outro lado, permite a construção de uma visão pessoal sobre este mesmo mundo.
Seguindo nessa base, Vygotsky tinha como ideia central para a compreensão de suas concepções sobre o
desenvolvimento humano como processo sócio-histórico, é a ideia de mediação. Ele enfatiza que a construção
do conhecimento é uma interação mediada por várias relações, ou seja, o conhecimento não é visto como, ação
do indivíduo sobre a realidade, e sim sobre a mediação feita por outro indivíduo. Para ele, o sujeito não é
apenas ativo, mas interativo, porque forma conhecimentos e constitui-se a partir de relações intra e
interpessoais, o indivíduo que troca experências e vão internalizando conhecimentos, papéis sociais e funções
sociais, permite assim a formação desses conhecimentos e da sua própria consciência.
Nessa perspectiva, temos Vygotsky como referência no primeiro dia de observação no ambiente escolar, a sua
teoria se encaixa pelo fato de está presente em diversas características de suas teorias no decorrer da aula. A
educadora inicia a sua aula com bastante interação com seus alunos, busca ao máximo passar conhecimentos
necessários a eles, inicia com texto, e depois faz trocas de experiências pergunta a eles como foi o seu final de
semana, com muito entusiasmo os alunos respondem em ordem, e falam para os seus colegas, interagindo com
a turma. Assim frisa Vygotsky, “A criança no seu estágio de construção do seu aprendizado desenvolve o seu
intelecto, a partir da interação social com materiais fornecidos pela cultura do universo daqueles que a cercam”.
A turma apresenta-se muito bem relacionada, tanto afetiva como cognitivamente, demonstrando um
desenvolvimento e maturidade adequados às fases de desenvolvimento infantil caracterizadas por Piaget:
Período Sensório Motor (0 a 2 anos), Período Pré operatório (2 a 7 anos), Período das Operações Concretas (7 a
11 ou 12 anos) e Período das operações formais (11 ou 12 anos em diante).
A maioria dos alunos identifica e nomeia letras e números, fazem cópias de palavras e frases, quando
solicitados pela professora. Somente dois alunos têm dificuldades em escrever seu nome, reconhecem as letras
que constituem o seu nome, porém não as conseguem transcrevê-las.
Alguns alunos apresentam facilidade em realizar sozinhos as atividades e outros apresentam certa dificuldade,
por isso há uma troca de conhecimento, um compartilhamento com aqueles que são assessorados e apresentam
certa facilidade e apresenta também o nível de desenvolvimento potencial, isto é, a criança desempenhar tarefas
com ajuda de adultos ou de companheiros mais capazes. Por isso que na realização das tarefas, uns
conseguiram fazer com autonomia, e outros apresentaram dificuldades, pedem ajuda ao professor ou dos
próprios colegas para a finalização das suas tarefas.
Para reforçar as nossas ideias, frisamos uma citação de Vygotsky definindo a Zona de Desenvolvimento
Proximal (ZDP) e a Zona de Desenvolvimento Real (ZDR) ou Zona de Desenvolvimento autossuficiente: Zona
de desenvolvimento proximal representa a diferença entre a capacidade da criança de resolver problemas por si
próprios e a capacidade de resolvê-los com ajuda de alguém. Em outras palavras, teríamos uma "zona de
desenvolvimento autossuficiente" que abrange todas as funções e atividades que a criança consegue
desempenhar por seus próprios meios, sem ajuda externa. Zona de desenvolvimento próximo, por sua vez,
abrange todas as funções e atividades que a criança ou o estudante consegue desempenhar apenas se houver
ajuda de alguém. “Esta pessoa que intervém para orientar a criança pode ser tanto um adulto (pais, professor,
responsável, instrutor de língua estrangeira) quanto um colega que já tenha desenvolvido a habilidade
requerida”. (Vygotsky 2002:4)
A troca de aprendizados é de suma importância para o processo de conhecimento de uma pessoa, pois é através
de experiências que aprendemos, e ao passar esse conhecimento adquirido, fazemos com que haja construções e
desencadeamentos de novos conhecimentos e aprendizagens. Para isso nada mais que interações sociais para
obter esses benefícios, ajudando assim o seu desenvolvimento.
No segundo dia de observação, podemos ver a existência de alguns fatores associados a essas teorias, o
comportamentalismo de algumas crianças muda no ambiente escolar, na medida em que se interagem com
outras crianças da mesma idade se descobrem, se socializando de forma harmônica e interativa, a mudança de
comportamento se dá, no momento dessa troca de experiências com outras crianças, nas brincadeiras,
atividades, ou até com conversas com os educadores.
Nessa ideia da observação levamos em consideração a teoria de Watson sobre o comportamento humano,
quando vimos em sala de aula trocas de experiências entre o educador e o educando, a presente professora
pergunta como foi o final de semana de cada aluno, e cada um responde de forma diferente, uns brincaram
demonstrando muita felicidade, outros preferiram não brincar, esses que não brincaram mudam seu
comportamento, e busca a forma de se divertir como os seus colegas. Essa troca de experiências do dia a dia
determina de alguma forma o desenvolvimento da aprendizagem, e do comportamento adquirido.
Percebemos um momento da aula em que a professora como principal mediadora, utiliza a teoria de Skinner do
condicionamento operante, os alunos estavam fazendo uma atividade de forma coletiva, teve uma aluna que
demonstrou certa dificuldade na realização e sua colega a ajudou explicando como se faz, a professora percebeu
a ação da aluna com sua colega e a recompensou com elogios, incentivando a manter esse jeito de tratar a sua
companheira de turma, que é o Reforço Positivo, esse reforço é muito útil no ambiente escolar. Quando um
aluno exibe comportamentos que você gostaria de manter recompense-o com estímulo positivo para incentivá-
lo a agir sempre dessa maneira.
Outra característica preponderante, foi no momento da recreação, a professora aplica outra atividade antes do
recreio, e diz que quem não terminar de fazer sua atividade, não vai sair para o recreio, quase todos estavam
fazendo, porém dois alunos estavam brincando e não terminou a suas atividades no tempo determinado pela sua
professora. Ao chegar o momento da diversão no recreio, a professora os puniu por não terminar no tempo
estipulado por ela, deixando-os sem participação na recreação, ficou com eles na sala até eles terminarem as
suas tarefas. Com a presença dessa punição aplicada pela educadora, observamos outro Reforço atípico do
condicionamento operante, o Reforço Negativo, esse deve ser usado para punir um comportamento ruim. Usado
corretamente pela educadora aos respectivos educandos.
Conclusão
Assim podemos dizer que a presença dessas teorias na sala de aula ajuda no ensino-aprendizagem dos alunos.
Com interações sociais, experiências, elogios usados como recompensa de algo bonito na sala de aula, (Reforço
Positivo), e o uso de punições (Reforço Negativo), entre outras, é de suma importância na construção do
aprendizado de uma criança.
É necessário que o professor como mediador fique atento com mudanças desnecessárias de comportamentos de
um ou outro aluno, para que esse processo de construção seja desenvolvido de forma certa. É válido ressaltar
que esse método de ensino não seja pensado só pelo professor, ressalto que toda proposta pedagógica deve ser
pensada criteriosamente por toda organização na política-pedagógica da instituição de ensino. Assim como
preconiza Vygotsky, o papel do educador está em orientar e mediar às situações de aprendizagem para que
ocorra a comunicação de alunos e ideias, o compartilhamento e a aprendizagem colaborativa para que aconteça
a apropriação que vai do social ao individual.
Esta pesquisa foi de suma importância, aprendemos muito, fazer este trabalho não foi fácil, com muito esforço
conseguimos chegar na meta que tanto almejamos.
Finalizamos este projeto com muito gosto, pois obtivemos ótimos resultados, agora temos a certeza da
capacidade de um professor e do seu encorajamento em estudar as teorias e aplicar de alguma forma na sala de
aula. Isso nos emociona, e nos encoraja também, a futuramente ter como base esse processo de ensinamento.
Referências Bibliográficas
• Ensino Fundamental I
• Turno: Vespertino
• Data: 04/06/2018
No início da aula a sala estava organizada em semicírculo, a professora recebeu os alunos, após a chegada de
todos reuniram-se e fizeram a oração, em momentos conversaram sobre as atividades deixadas para serem
realizadas em casa e iniciou com a disciplina de língua portuguesa fazendo a leitura do livro “Menina Bonita do
Laço de Fita” da autora Ana Maria Machado, no momento “Tempo para gostar de ler!”, logo após, acabando a
história e reflexões, a professora aplica uma atividade baseada na história contada e pede para que os alunos
desenhem a parte da qual eles mais gostaram e deixaram expostas no mural da criatividade. É realizada a
chamada e correção das atividades de casa. Seguindo ao intervalo de 15 minutos.
Ao retornar a aula, após o intervalo, foi abordado o texto: Fantasma inocente, na folha, para leitura individual, a
professora passou em cada cadeira logo em seguida e discutiram as características do texto, professora explorou o
texto e suas morais, respectivamente, os alunos responderam o que entenderam. E depois iniciaram a atividade do
livro. Na folha, os alunos formaram frase com palavras retiradas do texto.
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OBSERVAÇÃO E REGISTRO
• Ensino Fundamental I
• Turno: Vespertino
• Data: 05/06/2018
No segundo e último dia pôde-se observar que a professora sempre iniciava suas aulas da mesma forma com a
oração e a sala estava sempre organizada em semicírculo, a professora recebe os alunos, após a chegada de todos
reuniram-se e conversaram sobre as atividades deixadas para realizar em sala, as novidades familiares,
compartilhando as coisas boas e as ruins também. Iniciou a aula com a disciplina de língua portuguesa lendo o
texto “Guerra de piolhos” no momento “Tempo pra gostar de ler!”, abordando o assunto Contextualizando as
FABULAS, relembrando as características desses modelos de histórias, que possuem uma moral, que na maioria
das vezes são enfatizadas por animais com características humanas e etc. Complementou sua aula com a história
do COELHO E A LEBRE, pediu que os alunos fizesse a leitura, os alunos gostaram muito, após a leitura e
discussões copiaram a atividade e fizeram com facilidade a contextualização, até aquele que apresenta mais
dificuldade na leitura pôde com facilidade responder as questões, na finalização cada um realizou um desenho da
cena mais engraçada da historinha e deixaram expostas no mural da criatividade. Seguindo ao intervalo de 15
minutos.
Corrigiram a atividade de casa após os alunos foram liberados para aula de educação física com outra
professora que os deixou livres, elas se divertiam muito, cada aluno ou grupos escolhiam as suas brincadeiras.
Anexos: