Caderno Didático Educação Física 8 Ano Final
Caderno Didático Educação Física 8 Ano Final
Caderno Didático Educação Física 8 Ano Final
Edição: 2020
Caderno Didático de
Educação Física
Escola:
Nome:
Ano: Turma: Ano:
SUMÁRIO
APRESENTANDO ................................................................03
INTRODUÇÃO.......................................................................04
Unidade Didática 1:
GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO..........06
Exercícío Físico de Promoção da Saúde .................................06
O que acontece com o corpo logo depois da prática de
Esportes ....................................................................................09
Unidade Didática 2:
CONTROLE DA INTENSIDADE DO TREINAMENTO.16
Frequência Cardíaca.................................................................16
Unidade Didática 3:
ESPORTES DE REDE..........................................................24
Voleibol......................................................................................24
Sistemas de jogo........................................................................28
Unidade Didática 4:
DANÇA DE SALÃO...............................................................32
Dnças Gaúchas.........................................................................33
Unidade Didática 5:
ESPORTES DE CAMPO E TACO.......................................39
Unidade Didática 6:
GINÁSTICA DE CONCIENTIZAÇÃO CORPORA...........44
IOGA..........................................................................................44
TAI CHI CHUAN.......................................................................47
Unidade Didática 7:
BASQUETEBOl.....................................................................50
APRESENTANDO
A Coleção Cadernos Didáticos de Educação Física representa uma conquista
muito importante para minha prática pedagógica neste componente curricular.
Representou uma oportunidade de ressignificar o ensino da Educação Física e
possibilitar aos estudantes melhores espaços de discussão e compreensão dos te-
mas da cultura corporal de movimento. Esta necessidade foi, ao longo dos anos,
influenciada pelos desafios encontrados na prática do “ser” professor, entretanto,
também possui raízes nos preceitos estabelecidos pelo movimento renovador ini-
ciado em meados da década 1980.
Paulo Ghiraldelli Júnior (1988), Lino Castellani Filho (1988), Mauro Betti
(1991), Valter Bracht (1992), Elenor Kunz (2001), Coletivo de Autores (2009), en-
tre outros, delinearam uma concepção em que os saberes das práticas corporais
também precisam ser desconstruídos, contextualizados, problematizados e siste-
matizados. Esta perspectiva toma como fundamental que a disciplina Educação
Física também se engaje na tarefa escolar de possibilitar que o aluno desenvolva o
pensamento crítico, não se limitando a propiciar apenas a prática de um conjunto
específico de modalidades esportivas e/ou atividades recreativas.
Estes instrumentos permitiram aprimorar o processo de ensino dos conteúdos
em minhas aulas possibilitando uma tematização das práticas corporais funda-
mentadas na concepção da Escola Republicana e contextualizadas ao ambiente
sócio-histórico-cultural em que atuei neste período. Por isso, cabe ao professor
que fizer uso desta coleção, num primeiro momento, realizar as adequações ao
seu projeto pedagógico e num segundo momento, mediar a relação que alunos e
alunas estabelecerão com esses materiais.
Construídos ao longo dos últimos anos, a partir de minha prática pedagógica,
os Cadernos Didáticos de Educação Física foram aperfeiçoados a partir do Mes-
trado Profissional em Educação Física em Rede Nacional – ProEF e constituem
produtos do estudo intitulado “PARA EXPLICAR AS COISAS”: as representa-
ções dos alunos do ensino fundamental II quanto ao uso dos cadernos didáticos
de Educação Física.
A elaboração respeitou os documentos legais que orientam as organizações
curriculares, por isso, os Cadernos Didáticos de Educação Física seguem as orien-
tações do Referencial Curricular Municipal. Este é estruturado a partir do Refe-
rencial Curricular Gaúcho que, por sua vez, é norteado pela Base Nacional Co-
mum Curricular.
Destaco que nas mãos de professores capacitados qualquer material didá-
tico, seja ele livro, apostila, material audiovisual, cone ou bola funciona como
instrumento parceiro do projeto pedagógico. Do contrário, provavelmente, estes
mesmos materiais não comprometerão, mas também, não promoverão as apren-
dizagens que se espera do projeto de Educação Física iniciado pelo Movimento
Renovador.
Certo de estar contribuindo com o reconhecimento da Educação Física en-
quanto componente curricular engajado num projeto político e pedagógico, dese-
jo aos docentes que fizerem uso destes materiais, muito sucesso na formação de
sujeitos críticos, capacitados a intervir na sociedade, que façam uso do seu papel
de cidadãos por um mundo sem desigualdades, mais cooperativo e colaborativo,
sustentável, que reconheça a pluralidade e que respeite as diferenças.
INTRODUÇÃO
Exercício Físico e
Promoção da Saúde
05
Unidade Didática 1:
GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO
06
Responda para reflexão.
5. O que tem acontecido com as pessoas que vivem nas áreas urbanas?
07
8. A atividade física deve ser praticada de que forma?
9. Complete a cruzadinha.
(a) Uma das capacidades físicas adquiridas também através da atividade físi-
ca.
(b) Falta de atividade física suficiente que pode afetar a saúde das pessoas.
(c) Trouxe facilidades para a vida humana
(d) Doença metabólica, crônica degenerativa, caracterizada por um aumento
anormal do açúcar no sangue
(e) Objetivo da atividade física do homem primitivo.
Disponível em: http://profmargi.blogspot.com.br/2010/05/qualidade-de-vida-e-saude.
html. Acesso em 02/04/2012.
Para Relembrar:
ATIVIDADE FÍSICA:
Qualquer movimento produzido pelos
músculos esqueléticos que resulte em um
gasto de energia física acima do basal.
EXERCÍCIO FÍSICO (TREINAMENTO):
Atividade física realizada de forma pla-
nejada e sistemática, de frequência e inten-
sidade definidas, com o objetivo de melho-
rar ou manter a condição física.
08
Pesquisa
Exercício físico x Patologias
• Diabetes
• Hipertensão
• Depressão
• Osteoporose
• Obesidade
1. O que é? Quais as suas características?
2. O que causa essa doença?
3. Como prevenir?
4. Quais são as consequências para pessoas portadoras dessa pato-
logia?
5. Existe tratamento? Quais?
6. Quais exercícios físicos são indicados para pessoas com esta pa-
tologia? Por quê?
7. Quais exercícios físicos não são indicados para pessoas com esta
patologia? Por quê?
Após a organização dos dados coletados em um texto com formato
científico, monte uma apresentação utilizando cartaz informando as
principais informações da pesquisa.
12
SAÚDE
“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a
ausência de doença.”
QUALIDADE DE VIDA
Para a OMS, a definição de qualidade de vida é a “a percepção que um indiví-
duo tem sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura
e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas,
padrões e preocupações”. Trata-se de uma definição que contempla a influência
da saúde física e psicológica, nível de independência, relações sociais, crenças
pessoais e das suas relações com características inerentes ao respetivo meio na
avaliação subjetiva da qualidade de vida individual. Neste sentido, poderemos
afirmar que a qualidade de vida é definida como a “satisfação do indivíduo no que
diz respeito à sua vida quotidiana”.
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2. A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no organismo, apresenta-
dos na figura, são adaptações benéficas à saúde de um indivíduo:
(a) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da oxigenação
do sangue.
(b) Diminuição da oxigenação do sangue e aumento da frequência cardíaca em
repouso.
(c) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da gordura cor-
poral.
(d) Diminuição do tônus muscular e aumento do percentual de gordura corpo-
ral.
(e) Diminuição da gordura corporal e aumento da frequência cardíaca em re-
pouso
14
Unidade Didática
Controle da
Intensidade do
Treinamento
15
Unidade Didática 2:
CONTROLE DA INTENSIDADE DO TREINAMENTO
FREQUÊNCIA CARDÍACA
16
Pode ser medida em qualquer ponto do corpo onde a pulsação de uma artéria
é transmitida para a superfície - sempre que é comprimido contra uma estrutura
subjacente como o osso - pressionando-o com o indicador e o dedo médio. O po-
legar não deve ser usado para medir a frequência cardíaca de outra pessoa, pois
seu pulso forte pode interferir com a discriminação no local de pulsação. Alguns
locais comumente palpados incluem:
Mas, mesmo dentro de uma única equipe de esportes de elite, como remadores
olímpicos em seus 20 anos, a frequência cardíaca máxima pode variar de 160-
220.
Estes números dependem muito da fisiologia individual. Por exemplo, as taxas
de um corredor de resistência vão ser tipicamente mais baixas devido ao aumento
do tamanho do coração necessário para suportar o exercício, enquanto as taxas
de um velocista serão maiores devido ao tempo de resposta melhorado e curta
duração.
ZONA DE TREINAMENTO
De acordo com a intensidade desejada, o indivíduo ou atleta deve manter a
frequência cardíaca dentro de um valor mínimo e um valor máximo durante o
exercício. Esta faixa de valor chama-se zona de treinamento, ou zona alvo de trei-
namento. Abaixo a reprodução das zonas de treinamento do American College of
Sports Medicine:
18
Zonas De Treinamento
Intensidade %FC reserva %FCmáx
Muito leve < 20% < 35%
Leve 20% - 39% 35% - 54%
Moderado 40% - 59% 55% - 69%
Difícil 60% - 84% 70% - 89%
Muito difícil ≥ 85% ≥ 90%
Máximo 100% 100%
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Consiste basicamente no número de inspirações realizadas dentro de deter-
minado limite de tempo. Normalmente registra-se o número de inspirações por
minuto.
Em relativo repouso, a frequência respiratória é da ordem de 10 a 15 movimen-
tos por minuto.
Nunca se consegue encher os pulmões com ar completamente renovado, já
que mesmo no final de uma expiração forçada o volume residual permanece no
sistema respiratório. A ventilação pulmonar, portanto, dilui esse ar residual no ar
renovado, colocado em seu interior
O volume de ar renovado por minuto (ou volume-minuto respiratório) é obti-
do pelo produto da frequência respiratória (FR) pelo volume corrente (VC): VMR
= FR x VC.
Em um adulto em repouso, temos:
FR = 12 movimentos por minuto
VC = 0,5 litros
Portanto: volume-minuto respiratório = 12 x 0,5 = 6 litros/minuto
Os atletas costumam utilizar o chamado “segundo fôlego”. No final de cada
expiração, contraem os músculos intercostais internos, que abaixam as costelas e
eliminam mais ar dos pulmões, aumentando a renovação.
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Com a determinação de seu potencial (teste ergoespirométrico), obtemos a fre-
quência cardíaca máxima real e as zonas alvo de frequências cardíacas correspon-
dentes aos ritmos e velocidades de corrida. De acordo com os parâmetros reais é
possível elaborarmos um programa de exercícios compatível com seus objetivos
e condição física. Desta forma fica mais fácil monitorar seu treinamento, tanto no
que diz respeito à segurança para sua saúde, quanto em uma maior precisão nas
cargas de treinamento, evitando sobrecargas desnecessárias.
Treine sempre monitorado e aprenda a conhecer como seu corpo responde aos
treinos e corridas em diversas situações, pois observamos que os batimentos car-
díacos não se alteram apenas pelo aumento de carga durante o exercício físico.
Conheça outros fatores que podem modificar sua Frequência Cardíaca:
A frequência cardíaca pode se elevar nas altas temperaturas, existindo uma
relação estreita com o estado de desidratação.
Em temperaturas altas, o corpo começa a perder água (transpiração) e a FC se
eleva. Isso ocorre para a manutenção da quantidade de sangue bombeado pelo
coração por minuto (débito cardíaco), uma vez que com a desidratação o volume
de líquidos no sangue estará diminuído.
Sua FC será mais elevada quando estiver correndo em um dia quente. Quando
a temperatura ambiente se eleva de 15 para 24 ºC, a FC do corredor em uma de-
terminada velocidade pode aumentar entre 2 a 4 bpm. Quando a temperatura au-
menta de 24 para 32 ºC, você pode esperar que a sua FC em uma determinada ve-
locidade aumente aproximadamente 10 bpm. Em condições mais extremas, com
umidade relativa do ar (URA) elevada, a evaporação do suor para a perda de calor
está prejudicada, se tornando mais difícil o ajuste de suas zonas de FC, sendo
sensato ajustar seu planejamento de corrida para evitar treinos mais intensos ou
mais prolongados e redobrar a atenção em relação a estratégia de hidratação.
No processo de desidratação, o volume sanguíneo diminui e menos sangue é
bombeado a cada batimento do coração. Desta forma, sua FC aumenta em uma
determinada velocidade. Estudos mostram que a FC aumenta aproximadamente
7 bpm a cada 1% de perda de peso corporal devido à desidratação. Por exemplo,
se você pesa 70 kg, quando perder 700 gramas de peso devido à perda hídrica a
sua FC aumentará em torno de 7 bpm para correr na mesma velocidade. Perda
de água nessa magnitude pode ocorrer após 1 hora de corrida em dia moderada-
mente quente, podendo seu ritmo cair à medida que você fica progressivamente
mais desidratado.
A frequência cardíaca durante a corrida pode variar os batimentos de um dia
para outro. Se você monitora a FC regularmente irá observar que em alguns dias
aparentemente você estará um pouco mais em forma e em outros menos condi-
cionado, quando na realidade seu nível de condicionamento físico não mudou.
Desta forma, você deve ter cuidado em interpretar os resultados em uma sessão
de monitoramento da FC. Não dê muita importância a pequenas mudanças de 2
a 3 bpm na FC durante a corrida. Porém, quando você achar uma redução siste-
mática da FC em um determinado ritmo, pode confiar que seu condicionamento
melhorou. Entretanto, se você achar a sua FC consistentemente mais elevada do
que a esperada, pode concluir que alguma coisa está errada; por exemplo, você
pode estar perdendo condicionamento ou estar ocorrendo um supertreinamento
(sinais de overtraining).
20
A frequência cardíaca do treinamento não prediz a frequência cardíaca de
competição.
Durante a competição, sua FC não aumenta de forma lógica com sua velocida-
de de corrida. Há tantos fatores influenciando sua FC ao competir que ela acaba
não sendo um bom indicador de o quanto rápido/intensamente está correndo.
Se você medir a sua FC em treinos no ritmo desejado para a prova, e usar essa
FC para determinar o quão rápido irá correr na competição, irá um pouco mais
lento na prova do que o planejado por causa da excitação da competição que ele-
vará sua FC. Caso essa elevação devida à competição seja consistente, você pode
levá-la em conta e então usar a FC de forma acurada para estabelecer seu ritmo
na prova. Infelizmente, tem-se demonstrado que o quanto a FC eleva-se por cau-
sa da competição em determinado ritmo varia muito de pessoa para pessoa e de
corrida para corrida.
Procure respeitar seus limites monitorando sempre sua frequência cardíaca
durante seus treinamentos e competições.
Link de apoio:
Frequência Cardíaca Ideal de Treino
https://www.youtube.com/watch?v=nk426TLiMk8
Comportamento da pressão arterial e frequência cardíaca no exercício aeróbio
https://www.youtube.com/watch?v=xjs7KoIQ14M
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3. Por que não precisamos dar muita importância para pequenas variações na
FC durante o treino?
22
Unidade Didática
Esportes de Rede
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Unidade Didática 3:
ESPORTES DE REDE
VOLEIBOL
HISTÓRIA DO VOLEIBOL
O vôlei foi criado em 1895, pelo americano
William G. Morgan, então diretor de educação fí-
sica da Associação Cristã de Moços (ACM) na ci-
dade de Holyoke, em Massachusetts, nos Estados
Unidos. O primeiro nome deste esporte que viria
se tornar um dos maiores do mundo foi mintonet-
te.
Naquela época, o esporte da moda era o bas-
quetebol, criado apenas quatro anos antes, mas
que tivera uma rápida difusão. Era, no entanto,
um jogo muito cansativo para pessoas de idade.
Por sugestão do pastor Lawrence Rinder, Morgan
idealizou um jogo menos fatigante para os asso-
ciados mais velhos da ACM e colocou uma rede
semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 me-
tros, sobre a qual uma câmara de bola de basquete era batida, surgindo assim o
jogo de vôlei.
A primeira bola usada era muito pesada e, por isso, Morgan solicitou à firma
A.G. Spalding & Brothers a fabricação de uma bola para o referido esporte.
Em Springfield, o Dr. A.T. Halstead sugeriu que o seu nome fosse trocado para
volley ball, tendo em vista que a ideia básica do jogo era jogar a bola de um lado
para outro, por sobre a rede, com as mãos. Em 1896, foi publicado o primeiro
artigo sobre o volley ball, escrito por J.Y. Cameron na edição do “Physical Edu-
cation” na cidade de Búfalo, Nova Iorque. Este artigo trazia um pequeno resumo
sobre o jogo e de suas regras de maneira geral.
A primeira quadra de Voleibol tinha as seguintes medidas: 15,24m de compri-
mento por 7,62m de largura. A rede tinha a largura de 0,61m. O comprimento
era de 8,235m, sendo a altura de 1,98m (do chão ao bordo superior). A bola era
feita de uma câmara de borracha coberta de couro ou lona de cor clara e tinha por
circunferência de 63,7 a 68,6 cm e seu peso era de 252 a 336g.
Em 1900, o esporte chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados Uni-
dos), sendo posteriormente desenvolvido em outros países, como na China, Ja-
pão (1908), Filipinas (1910), México entre outros países europeus, asiáticos, afri-
canos e sul-americanos.
24
Na América do Sul, o primeiro país a conhecer
o volley ball foi o Peru, em 1910, através de uma
missão governamental que tinha a finalidade de
organizar a educação primária do país.
A Federação Internacional de Volley Ball
(FIVB) foi fundada em 20 de abril de 1947, em
Paris, sendo seu primeiro presidente o francês
Paul Libaud e tendo como fundadores os se-
guintes países: Brasil, Egito, França, Holanda,
Hungria, Itália, Polônia, Portugal, Romênia,
Tchecoslováquia, Iugoslávia, Estados Unidos e
Uruguai.
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O voleibol brasileiro acumula três títulos olímpicos nas quadras. Em 1992 e
2004, com a seleção masculina nos Jogos de Barcelona e Atenas, respectivamen-
te, e em 2008, com a seleção feminina. Nas areias, duas medalhas de ouro foram
conquistadas. No feminino, em Atlanta/1996, com Jacqueline/Sandra, e, no mas-
culino, em Atenas/2004, com Ricardo/Emanuel. Além desses títulos, são mais
sete medalhas no voleibol de praia, cinco de prata e duas de bronze. Na quadra, já
foram conquistadas outras quatro medalhas – duas de prata e duas de bronze.
26
O toque, passe por cima da cabeça, é usa-
do em bolas altas e lentas. É também utilizado
por levantadores por ser um passe mais preciso
do que a manchete. A cortada é a finalização
do ataque, normalmente é por ela que a equipe
consegue marcar seu ponto (ASEP, 1999).
O líbero
Devido as evoluções técnicas e táticas das equipes, foi introduzido o líbero, um
jogador específico para a defesa. Este jogador não pode atacar e sacar, fazendo o
rodízio somente na área de defesa e não há limite de substituição para ele. Assim,
com a introdução do líbero, haverá quase sempre 4 jogadores de ataque. No 5x1
sem líbero, haverá sempre 5 atacantes, mesmo que estes estejam no fundo.
Além disso, quando o jogo está difícil, o sistema 6x0, com a criação do líbero,
é por muitas vezes usado nos jogos. O levantador passa a ser o líbero, que tem 5
opções de atacante para distribuir as jogadas. O técnico Bernardinho utiliza desta
tática quando seu time está perdendo, e já está no final do set.
REGRAS BÁSICAS:
A quadra é retangular, com a di-
mensão de 18 x 9 metros, com uma
rede no meio colocada a uma altura
variável, conforme o sexo e a catego-
ria dos jogadores (adulto e juniores:
masculino -2,43 m; femininos 2,24
m). Há uma linha de 3 metros em di-
reção do campo para a rede, dos dois
lados e uma distância de 6 metros até
o fim da quadra. Fazendo uma quadra
de extensão de 18 metros de ponta a
ponta e 9 metros de lado a lado.
27
O rodízio: os 6 jogadores da equipe que estão
em quadra são posicionados de forma a respeitar
as 6 posições regulamentadas. A partir disso, a
cada ponto obtido em jogadas iniciadas por saques
adversários, a equipe deve efetuar uma rotação, ou
seja, uma troca de posição, sempre no sentido ho-
rário (ponteiros do relógio), sem pular posições, ou
seja, todos devem passar por todas as posições.
O saque: o saque é a ação que marca o início do
jogo. É realizado de qualquer lugar a partir da li-
nha de fundo da sua quadra, sem tocá-la, e é rea-
lizado pelo jogador, posicionado atrás e à direita,
golpeando a bola com uma das mãos.
Set: o jogo de voleibol é dividido em 5 set’s (blo-
cos de 25 pontos). Ganha um set a equipe que pri-
meiro marcar 25 pontos, com uma vantagem mínima de 2 pontos (25 x 23, por
exemplo). No caso de as duas equipes empatarem em 24 pontos, o jogo continua
até uma das equipes conseguir a vantagem de dois pontos (29 x 27, por exemplo).
O quinto set é jogado até 15 pontos, sendo necessário, também neste set, a vanta-
gem mínima de 2 pontos para a equipe vencer. Para ganhar a partida: uma equipe
ganha a partida quando consegue ganhar 3 set’s.
Características do toque: a bola pode ser tocada com qualquer parte do corpo.
Pode ser golpeada, mas não pode ser retida (segurada) ou lançada (condução). A
bola pode tocar várias partes do corpo, sempre que os contatos sejam realizados
simultaneamente. Ocorre infração no toque sempre que a equipe efetuar mais de
3 toques além do toque do bloqueio ou, se há um toque assistido, ou seja, o joga-
dor se apoia em um companheiro ou estrutura para alcançar a bola ou, se é feita
uma retenção ou um lançamento.
Os jogadores que ocupam as posições 1, 6 e 5 só podem acertar a bola acima
da altura da rede em direção à quadra adversária se estiverem no “fundo” de sua
própria quadra. Por esta razão, não só o bloqueio torna-se impossível, como res-
trições adicionais se aplicam ao ataque. Para atacar do fundo, o atleta deve saltar
sem tocar com os pés na linha de três metros ou na área por ela delimitada; o
contato posterior com a bola, contudo, pode ocorrer no espaço aéreo frontal.
SISTEMAS DE JOGO
6 x 0-No sistema 6x0, também chamado de sistema 6x6, todos farão a função
tanto de levantadores como de atacantes ou defensores. É o sistema mais simples
de todos, é normalmente usado em equipes que estão iniciando o treinamento no
esporte.
Neste sistema, o levantador será aquele que estiver na posição 3 (no meio da
rede, onde normalmente fica o jogador “meio-de-rede”). Por isso, este sistema
provoca pouca efetividade na cortada e na utilização do bloqueio.
4 x 2-O sistema 4x2 pode ser dividido entre o 4x2 simples e o 4x2 invertido,
ou com infiltração. No 4x2 simples há dois levantadores, que se colocam nas po-
sições diagonais da quadra, mais quatro atacantes. Com esse sistema, há sempre
um levantador na rede juntamente com dois atacantes.
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No 4x2 invertido, também chamado de 4x2 com infiltração, (uma vez que há
4 atacantes e 2 levantadoras em quadra), também há dois levantadores e eles
também se posicionam em diagonal. No entanto, o levantador que está na zona
de ataque se tornará disponível para o ataque e o que estiver na zona de defesa
infiltrará, ou seja, passará da zona em que ele está para a zona de ataque para
efetuar o levantamento. Assim, sempre haverá 3 atacantes na rede. Além disso,
caso o “levantador da ocasião” (ou seja, o levantador que está no fundo) defenda,
há sempre um levantador de ofício para distribuir as jogadas. O time feminino de
Cuba, por exemplo, foi tricampeão olímpico nos anos 90-2000, utilizando este
sistema. Porém, ele exige que os levantadores sejam especialistas no ataque, o
que dificulta a sua utilização.
5 x 1-O Sistema 5x1 é o mais utilizado atualmente. Por ter apenas 1 levantador,
ele atua, quando está na zona de ataque, igual aos levantadores do sistema 4x2
simples e quando está na zona de defesa igual ao sistema 4x2 com infiltração. Ou
seja, quando ele está na rede, existem 2 opções de atacantes para distribuir a jo-
gada. Quando ele está no fundo (ou na zona de defesa), há 3 opções de atacantes
na rede.
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3. Em relação ao objetivo do voleibol, assinale a alternativa correta.
(a) O ataque visa lançar a bola na meta adversária.
(b) A defesa não pode permitir que a bola toque o solo fora da quadra.
(c) O objetivo do jogo é fazer com que a bola toque o solo no campo adversá-
rio.
(d) O ataque visa atingir os adversários.
(e) Para marcar pontos a bola não pode tocar no solo.
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Unidade Didática
Dança de Salão
31
Unidade Didática 4:
DANÇA DE SALÃO
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A dança de salão é, além de uma forma de lazer e descontração, uma atividade
física indicada tanto para jovens, quanto para pessoas mais velhas, pois ao dan-
çar, é trabalhada a capacidade aeróbica, as funções cardiovasculares e respirató-
rias, a flexibilidade, entre outras.
Danças Gaúchas
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Passando pela corte de Luiz XIV com o “Minueto”, pela Inglaterra com a “Cou-
ntry Dance” e, finalmente com a “Valsa” chega a Paris onde a vida social sofria
influência de muitos fatos mundialmente significativos, e se espalhava por todo o
círculo cultural ocidental: novas ideias, novas técnicas, novas modas, logo, novas
danças.
As danças tradicionalistas são acompanhadas de músicas típicas gaúchas. Nes-
tas prepondera o som do acordeom, também conhecida como gaita, violão e al-
guns outros instrumentos de corda e percussão.
Pela tradição Gaúcha a dama é chamada de “prenda” e o cavaleiro de “peão”.
FORMA DE DANÇAR:
Os movimentos que demons-
traremos a seguir servem tan-
to para a Vaneira, Vaneirinha
e Vaneirão, mudando apenas
o seu andamento. É executado
dois passos para a esquerda (do
peão) e dois passos para direita
(do peão). Fig.1 - Passos execu-
tados lateralmente, movimenta-
-se o pé esquerdo para esquer-
da, logo, junta-se o pé direito ao
esquerdo e em seguida dê outro
passo lateral com o pé esquerdo.
(exemplo executado pelo peão).
Execute esses mesmos passos com o pé trocado, ou seja, pé direito. Prendas fa-
zem o mesmo movimento, mas porém, com o pé trocado, ou seja, inicializa o pas-
so com o pé direito para sua direita e em seguida para sua esquerda. Fig.2 - Passos
executados em diagonal (peão para frente e prenda para trás), movimenta-se o
pé esquerdo para diagonal esquerda, logo, junta-se o pé direito ao esquerdo e em
seguida dê outro passo diagonal com o pé esquerdo. (exemplo executado pelo
peão, prendas fazem o mesmo movimento, mas porém, com o pé trocado, ou seja,
inicializa o passo com o pé direito para trás em diagonal).
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VALSA CAMPEIRA E CLÁSSICA
Ritmo que não pode faltar nas festas mais tradicionais da nossa sociedade:
casamentos, aniversários, nos bailes de sarau. A valsa a muito tempo vem sendo
a rainha das danças de salão, homenageada pelos maiores compositores da histó-
ria como por exemplo Mozart, Bethoven, Strauss, entre outros. Sua origem mais
recente é das danças rústicas Alpinas da Áustria. Ao Brasil este ritmo chegou por
volta de 1816 quando era muito dançada no Primeiro e Segundo Império e esta
acabou caindo nas graças do povo. Para o Rio Grande do Sul, a Valsa foi trazida
pelos imigrantes alemães e assim como outros ritmos ganhou características re-
gionais tanto na música quanto na dança. A dança torna-se mais bonita quando
peão e prenda giram para ambos os lados, quanto mais giros mais bela a dança
fica.
FORMA DE DANÇAR:
Existem duas formas de dançar valsa. Valsa Clássica: Com quatro movimen-
tos, sendo dois para cada lado; um passo lateral e outro de juntar. Valsa Cam-
peira: Com seis movimentos, sendo três movimentos para cada lado; um passo
lateral, junta com outro e marca no mesmo lugar com o outro, ou seja, abre passo
lateral com pé esquerdo, junta-se com o pé direito, e executa uma marcação no
mesmo lugar com o pé esquerdo (passos peão). Mesmo movimento para a direita
(do peão).
MARCHA
A marcha que marcou época em nosso País foi a Marcha “O Abre Alas” com-
posta por Chiquinha Gonzaga para o Rancho Carnavalesco Rosa de Ouro em
1899, inspirada pelo ritmo marchado utilizado pelos negros quando desfilavam
se requebrando pelas ruas. Um dos ritmos colaboradores para as danças de pares
enlaçados foi o One Step, criado nos Estados Unidos no final do século XIX e iní-
cio do século XX, que logo a seguir veio influenciar as danças de salão brasileiras.
No Rio Grande do sul a Marcha tem maior aceitação nos lugares onde predomina
a colonização alemã.
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BUGIO
ÚNICO RÍTMO AUTENTICAMENTE GAÚCHO!
Quando falamos em Bugio, lembramos do primata das matas do sul do Brasil,
macaco de pelos avermelhados que em muitas de suas atitudes imita ou se parece
com o ser humano. Segundo Paixão Cortes e Barbosa Lessa, em pesquisa realiza-
da por volta de 1940 encontram na região das Missões, Planalto e Serra Gaúcha o
Bugio sendo dançado em todas as classes sociais. Inicialmente o Bugio era tocado
em gaita ponto, ou popularmente como é chamada de gaita de voz trocada que ao
abrir e fechar fole tirava-se sons que pareciam ser o do ronco do Bugio, e é assim
que surge o ritmo essencialmente gaúcho que tem como sua principal caracterís-
tica o jogo de fole. Mas a relação com o primata não para por ai , pois nos passos
da dança imitamos o Bugio na forma de caminhar dando pequenos saltos, ora
para um lado, ora para outro.
FORMA DE DANÇAR :
Os passos do bugio são exe-
cutados em saltos de Polca, po-
rém agora mais compassado. O
salto é executado entre o segun-
do e o terceiro passo, é o mesmo
passo de vaneira, só com a dife-
rença do pulo
36
MILONGA:
Segundo Câmara Cascudo, na língua Buda, da República de Camarões, Melun-
ga no plural torna-se Milonga, palavra que, por volta de 1829, em Pernambuco,
significa enrolação, conversalhada, enredo. Popular no subúrbio de Montevideo e
de Buenos Aires ao final do século XIX é canto e dança do tipo da habaneira e do
Tango Andaluz. No Rio Grande do Sul, a Milonga foi introduzida ao som da viola
que acompanhava os pajadores, logo em seguida outros instrumentos musicais
foram sendo adaptados a este ritmo. A Milonga é o ritmo mais romântico dos
fandangos gaúchos, os compositores escolheram a Milonga para declarar seus
amores, seus romances.
FORMA DE DANÇAR:
Dançada no chamado dois
e um, é executada dois passos
para a esquerda (do peão) e um
passo para direita (do peão).
Fig.1 - Passos executados late-
ralmente, movimenta-se o pé
esquerdo para esquerda, logo,
junta-se o pé direito ao esquer-
do e em seguida dê outro passo
lateral com o pé esquerdo, em
seguida dê uma passo lateral
com o pé direito para direi-
ta. (exemplo executado pelo
peão). Execute esses mesmos
passos com o pé trocado, ou seja, pé direito. Prendas fazem o mesmo movimento,
mas porém, com o pé trocado, ou seja, inicializa o passo com o pé direito para sua
direita e em seguida para sua esquerda. Fig.2 - Passos executados em diagonal
(peão para frente e prenda para trás), movimenta-se o pé esquerdo em diagonal
para esquerda, logo, junta-se o pé direito ao esquerdo e dê outro passo diagonal
com o pé esquerdo, em seguida dê um passo em diagonal com o pé direito , para a
direita (exemplo executado pelo peão, prendas fazem o mesmo movimento, mas
porém, com o pé trocado, ou seja, inicializa o passo com o pé direito para trás em
diagonal).
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Unidade Didática
Esporte de
Campo e Taco
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Unidade Didática 5:
ESPORTES DE CAMPO E TACO.
SOFTBOL
O softbol é um jogo de origem norte-
-americana, semelhante ao beisebol na
maior parte das regras, porém apresen-
tando diferenças quanto às dimensões
dos campos em que são jogados e dos
equipamentos utilizados e ainda quanto à
velocidade dos arremessos. Estreou como
modalidade olímpica nos Jogos de Atlan-
ta em 1996.
Originado a partir de uma adaptação do beisebol, a invenção do softbol é credi-
tada ao norte-americano George Hancock, responsável por uma versão primitiva
desta modalidade
HISTÓRIA DO SOFTBOL
O evento que marca esta origem é o jogo
realizado em 1887, em Chicago, no Farragut
Boats Club, em que os equipamentos eram
todos improvisados, assim como as bases e
os limites do campo, dentro do ginásio do
clube, eram desenhados com giz e adapta-
dos ao espaço então disponível, com dimen-
sões menores em comparação àquelas de um
campo oficial de beisebol.
A partir daí esta primeira versão da moda-
lidade passaria a se chamar indoor baseball, e o próprio Hancock desenvolveria
equipamentos como os tacos e a bola, esta um pouco maior que a de beisebol.
Posteriormente, em 1895, o mesmo jogo sofreu mais adaptações, desta vez
ganhando o ar livre, através da iniciativa de Lewis Rober, integrante do corpo
de bombeiros de Mineápolis, estado de Minessota. Para manter os bombeiros
ocupados e em forma durante o tempo livre disponível, o jogo foi instituído por
Rober com o nome de Kitten League Ball, utilizando um terreno vizinho ao corpo
de bombeiros. As dimensões do campo de softbol foram adaptadas para aquele
terreno. O nome atual do jogo só surgiria em 1926, quando foi fundada a Associa-
ção de Softbol Amador de Colorado. A primeira competição nacional dos Estados
Unidos viria em 1933, e a partir daí o esporte passaria a conquistar uma popula-
ridade cada vez maior. 39
DIFERENÇAS DO SOFTBOL E BEISEBOL
5. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ioga
6. https://www.minhavida.com.br/fitness/tudo-sobre/35121-yoga
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Cada período do jogo em que uma das
equipes permanece atacando e a outra de-
fendendo é denominado inning ou entrada.
No softbol, o jogo termina no sétimo inning,
enquanto no beisebol uma partida vai até o
nono inning.
41
Há também uma terceira variante chamada modified-pitch (lançamento mo-
dificado), em que a trajetória assumida pela bola não é controlada por regras,
embora haja algumas exigências técnicas, da mesma forma como nas variantes
anteriores, como, por exemplo, a altura em que a bola deve chegar ao rebatedor,
dentro de limites estabelecidos.
Questões de revisão
3. Que situação determina a troca de posição entre a equipe que está atacando e
a equipe que está defendendo?
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Unidade Didática
Ginástica e
Concientização
Corporal
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Unidade Didática 6:
GINÁSTICA DE CONCIENTIZAÇÃO CORPORAL
IOGA
O ioga ou yoga (em sânscrito e páli: IAST: yoga, IPA: é um conceito que se
refere às tradicionais disciplinas físicas originárias da Índia. A palavra está as-
sociada com as práticas meditativas costuma ser associado tipicamente com a
hata-ioga e suas asanas (posturas) ou como uma forma de exercício.
Os principais ramos da ioga incluem a raja-ioga, carma-ioga, jnana-ioga, bacti-
-ioga, tantra ioga, tao yoga e hata-ioga. A raja-ioga, compilada nos Ioga Sutras de
Patanjali e conhecida simplesmente como ioga no contexto da filosofia hinduísta,
faz parte da tradição Samkhya. Diversos outros textos hindus discutem aspectos
da ioga, incluindo os Vedas, os Upanixades, o Bagavadguitá, o Hatha Yoga Pradi-
pika, o Shiva Samhita, o Mahabharata e diversos Tantras.
A palavra sânscrita yoga tem diversos significados, e deriva da raiz yuj, que
significa “controlar”, “jungir”, “unir” ou “concentração”. Algumas das traduções
também incluem os significados de “juntando”, “unindo”, “união”, “conjunção” e
“meios”.
Um(a) praticante avançado(a) da ioga é chamado de iogue
O yoga é conhecido por ser uma prática capaz de trazer sensações positivas,
como relaxamento e tranquilidade. Porém, o que pouca gente sabe é que a mo-
dalidade tem diversos benefícios à saúde, aplicados a todos os tipos de pessoas,
que vão desde tratamento de doenças, alívio de dores até um melhor preparo ao
parto.
O QUE É YOGA?
Mais do que um exercício, o yoga é uma filosofia de vida, com técnicas práticas
que conduzem à expansão da consciência. Ou seja, há uma melhor percepção do
que ocorre com você e com seu corpo.
A definição é de Tulio Bisbocci, instrutor de yoga do We Love Yoga Studio e do
São Paulo Futebol Clube. Assim, o yoga trabalha o equilíbrio entre corpo, mente
e emoções.
E sua prática, independentemente do tipo, envolve posturas (asanas), respira-
ção (pranayamas) e meditação. É o que explica a professora de yoga desde 1990
para adultos, gestantes e crianças Jagdeep Colognesi.
“O yoga enxerga o ser através do funcionamento da energia. De como a energia
funciona em nós. Por isso, traz a grande sensação de bem-estar e equilíbrio de que
todos falam. Também, mexe com todos os nossos sistemas, principalmente ner-
voso, glandular e hormonal, respiratório e sanguíneo”, comenta a especialista.
44
ALGUMAS POSIÇÕES DE YOGA:
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Levante o peito, alongue o pescoço e
olhe para frente. Retorne lentamente à
posição vertical e repita todo o processo
invertendo as pernas (agora, estendendo
a perna esquerda e flexionando a direi-
ta).
1. Que diferenças você percebe na execução das posturas de Ioga em relação aos
alongamentos que são feitos regularmente?
Questões de revisão
1. Mesmo sendo considerada uma arte marcial, o Tai Chi Chuan apresenta al-
gumas diferenças significativas se comparado as demais lutas. Descreva quais são
estas diferenças.
2. Que fatores fazem com que a modalidade seja praticada em todo o mundo?
7. https://www.infoescola.com/artes-marciais/tai-chi-chuan/
48
Unidade Didática
Baquetebol
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Unidade Didática 7:
BASQUETEBOl
As primeiras cestas sem fundo foram desenhadas por Lew Allen, de Connecti-
cut, em 1892, e consistiam em cilindros de madeira com borda de metal. No ano
seguinte, a Narraganset Machine & Co. teve a ideia de fazer um anel metálico
com uma rede nele pendurada, que tinha o fundo amarrado com uma corda, mas
poderia ser aberta simplesmente puxando esta última. Logo depois, tal corda foi
abolida e a bola passou a cair livremente após a conversão dos arremessos. Em
1895, as tabelas foram oficialmente introduzidas.
50
Primeiro livro
de regras.
O basquete no Brasil
O Brasil foi um dos primeiros países
a conhecer a novidade. Augusto Shaw,
um norte-americano nascido na cidade
de Clayville, região de Nova York, com-
pletou seus estudos na Universidade de
Yale, onde em 1892 graduou-se como
bacharel em artes e onde Shaw tomou
contato pela primeira vez com o basque-
te.
Dois anos depois, recebeu um convite para lecionar no tradicional Mackenzie
College, em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre história da
arte. Havia também uma bola de basquete. Mas demorou um pouco até que o
professor pudesse concretizar o desejo de ver o esporte criado por James Nais-
mith adotado no Brasil. A nova modalidade foi apresentada e aprovada imedia-
tamente pelas mulheres. Isso atrapalhou a difusão do basquete entre os rapazes,
movidos pelo forte machismo da época. Para piorar, havia a forte concorrência do
futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande coqueluche
da época entre os homens.
As primeiras regras em português foram traduzidas em 1915. Nesse ano a ACM
realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a participação de seis equipes.
O sucesso foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports Athléticos, respon-
sável pelos esportes terrestres no Rio de Janeiro, resolveu adotar o basquete em
1916. O primeiro campeonato oficializado pela Liga foi em1919, com a vitória do
Flamengo.
O objetivo do jogo é introduzir a bola no cesto da equipe adversária (marcando
pontos) e, simultaneamente, evitar que esta seja introduzida no próprio cesto,
respeitando as regras do jogo. A equipe que obtiver mais pontos no fim do jogo
vence.
A COMPETIÇÃO É DIRIGIDA POR:
• Três árbitros – têm como função assegurarem o cumprimento das regras
do jogo.
• Um marcador e o seu auxiliar – têm como funções o preenchimento do
boletim de jogo, onde registram os pontos marcados, as faltas pessoais e técnicas,
por exemplo.
• O cronometrista – verifica o tempo de jogo e os descontos de tempo
51
• Um operador de vinte e quatro segundos – controla os 24 segundos
que cada equipe dispõe para a execução de uma jogada.
REGRAS BÁSICAS
Os jogadores podem utilizar somente as mãos para o domínio da bola e não po-
dem se locomover na quadra segurando a bola, somente batendo ela no chão.
Equipes
São cinco jogadores em quadra e sete reservas. Um time de basquete básico
conta com um pivô, um ala-pivô, um ala, um ala-armador e um armador. Todos
os jogadores atacam e defendem, cada qual com uma estratégia tática de acordo
com a posição.
Tempo
Nas regras da FIBA, são quatro tempos de 10 minutos, com 5 minutos de in-
tervalo entre o 1° e o 2° e entre o 3° e 4° quarto; entre o 2° e o 3° quarto há um
intervalo de 15 minutos. O tempo de posse de bola é de 24 segundos.
Quadra
De acordo com as regras da FIBA, as medidas da quadra são de 28m de com-
primento por 15 de largura; a linha dos três pontos fica a 6,25m da cesta. Na NBA,
a quadra mede 28,65m de comprimento por 15,24m de largura; a linha dos três
pontos se localiza a 6,71m da cesta.
As medidas da tabela são 1,80m de largura por 1,20m, onde cesta se localiza a
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Pontuação
Existem arremessos de dois pontos e três pontos,
quando a bola é arremessada depois da chamada linha
dos três pontos, além dos lances livres que valem 1 pon-
to.
• Regra dos 5 segundos - Um jogador que está sen-
do marcado não pode ter a bola em sua posse (sem dri-
blar) por mais de 5 segundos.
• Regra dos 3 segundos - Um jogador não pode per-
manecer mais de 3 segundos dentro da área restritiva
do adversário, enquanto a sua equipe esteja na posse da
bola.
• Regra dos 8 segundos - Quando uma equipe ganha a posse da bola na sua
zona de defesa, deve, dentro de 8 segundos, fazer com que a bola chegue à zona
de ataque.
• Regra dos 24 segundos - Quando uma
equipe está de posse da bola, dispõe de 24 se-
gundos para a lançar ao cesto do adversário.
Bola
É feita de borracha ou couro macio (depen-
dendo do tipo de quadra – a oficial é de couro).
Terá sua circunferência entre 74,9cm e 78cm e
massa entre 567g e 650g.
Salto de início
Diferentemente da maioria dos esportes de invasão, o basquetebol é iniciado
com um lançamento de bola ao alto que é disputada por um jogador de cada equi-
pe. A bola é alçada ao ar, perpendicular ao chão. Os dois jogadores ficam posicio-
nados abaixo da bola no momento em que esta é lançada
e saltam com intuito de tocá-la a um companheiro para
começar o jogo com a posse da bola.
Regras de Drible
Um jogador não poderá tirar o pé-de-pivô do chão
para iniciar uma progressão sem antes executar um dri-
ble. Um jogador poderá tirar o pé-de-pivô do chão para
executar um passe ou um arremesso, mas a bola deverá
deixar sua mão antes que o pé retorne ao solo.
Um jogador que recebe a bola quando está parado ou
parando e receber a bola está autorizado a fazer a jogada
de pivô.
A jogada de pivô ocorre quando o jogador que está se-
gurando a bola pisa uma ou mais vezes em qualquer di-
Pé de Pivô
reção com o mesmo pé, e o outro pé, chamado pé de pivô, permanece no mesmo
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lugar em contato com o chão.
Posições
São usadas, geralmente, no basquete, três posições: alas, pivôs e armador. Na
maioria das equipes temos dois alas, dois pivôs e um armador.
• Armador ou base é como o cérebro dos jogadores. Planeja as jogadas e geral-
mente começa com a bola.
• Ala e ala/armador ou extremos jogam pelos cantos. A função do ala muda
bastante. Ele pode ajudar o base, ou fazer muitas cestas.
Técnicas esportivas
Questões de revisão
56
Com o passar do tempo e com a democratização do basquete, o streetball, pra-
ticado majoritariamente por jovens negros e latinos em quadras de ruas, passou
a ser um evento vitrine para os futuros jogadores e rappers profissionais, sendo a
primeira forma de contato desses com essa cultura.
Márcio Santos, ex-assessor da Secretaria de Cultura de São Paulo e ex-orga-
nizador do Encontro Paulista de Hip Hop, afirma que: “O rap se relaciona com o
basquete no momento em que trata, na maioria das vezes, da realidade do joga-
res, da identidade destes de surgirem muitas vezes do mesmo local e passarem
pelas mesmas dificuldades [que os rappers]”.
Dessa forma, tanto a carreira no basquete quanto a musical, mostram-se como
meio de ascensão para os jovens marginalizados – principalmente nos Estados
Unidos – que enxergam nessas duas vertentes maneiras de serem reconhecidos
pelo mundo. Caio César, professor formado pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ) e pesquisador, aponta que: “Dentro de um sistema meritocrá-
tico e segregador, rap e basquete são instrumentos de inclusão e ascensão social
menos difíceis para esses jovens”.
No entanto, mesmo servindo como agentes transformadores, engana-se quem
pensa que por puro mérito pode-se ascender nesses meios. “Mesmo sendo espor-
tes que prezam mais pela habilidade, questões sociais, econômicas, psicológicas
e familiares contam muito, fazendo com que ainda haja algum tipo de peneira ou
funil também nesses segmentos”, afirmou o pesquisador.
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Ainda assim, a ligação cultural entre o esporte e a música mostra-se tão forte
ao ponto que, tanto jogadores famosos da NBA quanto rappers populares têm se
inspirado uns nos outros e trabalhado juntos em prol de suas comunidades: seja
na maneira de vestir, de se comportar ou ainda de protestar contra problemas
estruturais e raciais.
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2. Existem semelhanças entre a cultura promovida pelos jogadores de elite do
futebol e do basquetebol? Descreva.
3. Essa relação do esporte com a música pode ser visualizada em outras moda-
lidades, como o futebol, por exemplo? Por quê?
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