TCC AlbertoZambissaTecaPaca Final Assinado
TCC AlbertoZambissaTecaPaca Final Assinado
TCC AlbertoZambissaTecaPaca Final Assinado
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Florianópolis
2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
ALBERTO ZAMBISSA TECA PACA
Florianópolis
2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
ALBERTO ZAMBISSA TECA PACA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e adequado para obtenção do Título
de bacharel em Engenharia Civil, e aprovado em sua forma final pela comissão examinadora e
pelo curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina, Centro
Tecnológico.
Florianópolis, 14 de maio de 2020
________________________
Prof. Luciane Rohde, Dra.
Coordenador do Curso
Banca Examinadora:
________________________
Prof. Marcos Aurélio Marques Noronha, Dr.
Orientador
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof. Rafael Augusto dos Reis Higashi, Dr.
Avaliador
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Eng. Civil. Rafael Elizeu Beltrão de Azevedo
Avaliador
Este trabalho é dedicado aos meus queridos pais e toda minha família.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus pela proteção e pelos livramentos me dado durante
o processo de graduação.
Aos meus pais, Simão Alberto e Maria Lueta, pelo apoio financeiro e emocional durante todo
o período da graduação.
Às minhas irmãs, Guiguina, Helezescky e Maluzzy pelas palavras de força e apoio quando
precisei.
Ao professor orientador Marcos Aurélio Marques Noronha por ter aceitado o convite e ter me
dado todo apoio para elaboração deste trabalho de conclusão.
Aos colegas dos tempos de Joinville principalmente ao Fernando e Luana pela parceria e aos
momentos de desconcentração.
Aos colegas de estagio obrigatório realizado na Construção Padilha pelo aprendizado e apoio.
À Francine pelo apoio nos momentos finais deste curso e pelo companheirismo.
Por fim quero agradecer aos bons professores que eu tive no intercâmbio de mobilidade
acadêmica realizado na UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ -
UTFPR e aos bons professores da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA –
UFSC que contribuíram na minha vida acadêmica.
RESUMO
Os túneis estão presentes na sociedade desde as civilizações mais antigas. No passado remoto,
essas obras eram construídas manualmente e com equipamentos rudimentares, onde
motivações religiosas muitas vezes estavam associadas às primeiras construções. Contudo
com passar dos anos essas obras subterrâneas adaptaram-se há diversas utilidades, como para
o transporte ferroviário, rodoviário, metroviário ou para sistemas de saneamento. Em países
desenvolvidos as infraestruturas tuneleiras são soluções comumente utilizadas para o
desenvolvimento da sociedade contemporânea. Já em países em desenvolvimento a
infraestrutura tuneleira é ainda precária. No Brasil com o advento, dos métodos TBM e
NATM, verificou-se um grande aumento de obras de túneis entre 1979 e 2019. Porém,
verificou-se um desenvolvimento muito maior nesse mesmo período na China, que vai de país
pobre e rural à potência econômica atual graças às diversas técnicas utilizadas da Engenharia
de Túneis. O presente trabalho tem a finalidade de levantar dados detalhados acerca de obras
de túneis no Brasil e compará-lo com o caso China apresentando solução para os problemas
de infraestruturas do Brasil.
Tunnels have been present in society since the earliest civilizations. In the remote past, these
works were built manually and with rudimentary equipment, where religious motivations
were often associated with the first constructions. However, over the years, these underground
works have been adapted for several uses, such as for rail, road, subway or sanitation systems.
In developed countries, tunneling infrastructures are solutions commonly used for the
development of contemporary society. In developing countries, tunneling infrastructure is still
precarious. In Brazil, with the advent of the TBM and NATM methods, there was a great
increase in the construction of tunnels between 1979 and 2019. However, there was a much
greater development in that same period in China, which goes from a poor and rural country
to current economic power thanks to the various techniques used in Tunnel Engineering. The
present work has the purpose of gathering detailed data about tunnel works in Brazil and
comparing it with the case of China, presenting a solution to Brazil's infrastructure problems.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 19
1.1. Breve histórico acerca do tema ................................................................................... 19
1.2. OBJETIVOS.................................................................................................................. 20
1.2.1. Objetivo Geral ......................................................................................................... 20
1.2.2. Objetivos específicos ............................................................................................... 20
1.3. JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................20
1.4. METODOLOGIA APLICADA ..................................................................................... 21
1.5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.............................................................................. 21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 23
2.1. Investigações e descrição das condições geológicas e geotécnicas .............................. 23
2.2. Aspectos Sobre Túneis ............................................................................................... 24
2.2.1. Classificações de túneis ........................................................................................... 25
2.2.2. Forma de seção de túnel .......................................................................................... 29
2.2.3. Métodos construtivos .............................................................................................. 31
2.3. MÉTODOS NÃO MECANIZADOS - NÃO DESTRUTIVOS (MND) .......................... 33
2.3.1. Escavação Sequencial (New Austrian Tunneling Method) ........................................ 33
2.3.1.1. Processo construtivo ............................................................................................. 34
2.3.2. Tunnel liner ............................................................................................................. 37
2.3.3. Escavação a fogo ou drilling and blasting ............................................................... 41
2.4. MÉTODOS NÃO MECANIZADOS – DESTRUTIVOS ............................................... 43
2.4.1. Vala a Céu Aberto (VCA) ....................................................................................... 43
2.4.1.1. Métodos de construção ......................................................................................... 44
2.5. MÉTODOS MECANIZADOS ....................................................................................... 48
2.5.1. Pipe jacking (PJ) ..................................................................................................... 49
2.5.1.1. Técnica de construção Pipe Jacking......................................................................51
2.5.2 Máquinas Tuneladoras (TBM - Tunnel Boring Machine) ............................................. 52
2.6.1. Escolha dos Tipos de TBMs ..................................................................................... 55
2.6.1.1. Principais tipos de máquinas TBM ........................................................................ 55
2.6.2 Visão geral das máquinas TBMs ............................................................................... 61
2.7. COMPARAÇÕES DE DESEMPENHO ENTRE MÉTODOS CONSTRUTIVOS ......... 63
2.7.1. Custo entre métodos mecanizados x convencionais ................................................. 66
3. TÚNEIS NO BRASIL ......................................................................................................67
3.1. Localização do Brasil ................................................................................................. 67
3.2. TERRITÓRIO DO BRASIL .......................................................................................... 68
3.3. RELEVO DO BRASIL .............................................................................................. 69
3.3.1. Clima e meio ambiente do Brasil ............................................................................. 70
3.4. POPULAÇÃO DO BRASIL .......................................................................................... 72
3.4.1. Composição étnica do Brasil ................................................................................... 73
3.4.2. Maiores Metrópoles do Brasil .................................................................................. 74
3.5. GOVERNO E POLÍTICA.............................................................................................. 75
3.6. DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO BRASIL ............................................................... 76
3.7. INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES NO BRASIL ............................................. 78
3.8. TÚNEIS FERROVIÁRIOS ........................................................................................... 80
3.8.1. Extensão de Túneis ferroviários ............................................................................... 81
3.8.2. Expansão de túneis ferroviários ............................................................................... 82
3.9. TÚNEIS RODOVIÁRIOS ............................................................................................. 83
3.9.1. Extensão túneis rodoviários de 1979 a 2019 ............................................................ 83
3.9.2. Expansão da rede de túneis rodoviários ................................................................... 89
3.10. TÚNEIS METROVIÁRIOS......................................................................................... 90
3.10.1. Expansão da rede de túneis metroviários................................................................ 91
3.11. TÚNEL IMERSO – EM PROJETO ............................................................................. 92
3.11.1. Projeto de travessia ................................................................................................ 94
3.12. EXEMPLO DE TÚNEL EM CONSTRUÇÃO NO BRASIL ....................................... 96
3.12.1. Proposta da Linha Leste Metro Fortaleza ............................................................... 97
3.12.2. Tuneladora da Linha Leste Metro Fortaleza ........................................................... 99
3.13. INOVAÇÃO DE TUNELADORA BRASILEIRA ....................................................... 99
3.13.1. BRABO (Brazilian borer ou perfuradora brasileira) ............................................ 100
3.13.2. Modelo proposto da tuneladora BraBo ................................................................. 100
3.14. NÚMEROS TOTAIS DE TÚNEIS NO BRASIL ENTRE 1979 E 2019 ..................... 102
4. TÚNEIS NA CHINA ...................................................................................................... 104
4.1. Localização da China ............................................................................................... 104
4.2. TERRITÓRIO DA CHINA.......................................................................................... 105
4.3. RELEVO DA CHINA ................................................................................................. 106
4.3.1. Clima e meio ambiente da China ........................................................................... 107
4.4. POPULAÇÃO DA CHINA ......................................................................................... 109
4.4.1. Composição étnica da China .................................................................................. 110
4.4.2. Maiores metrópoles da China ................................................................................ 111
4.5. GOVERNO E POLÍTICA............................................................................................ 111
4.6. DIVISÃO ADMINISTRATIVA DA CHINA .............................................................. 112
4.7. INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE NA CHINA .............................................. 114
4.8. TÚNEIS FERROVIÁRIOS ......................................................................................... 116
4.8.1. Extensão de túneis ferroviários .............................................................................. 118
4.8.2. Expansão de túneis ferroviários ............................................................................. 125
4.9. TÚNEIS RODOVIÁRIOS ........................................................................................... 125
4.9.1. Extensão túneis rodoviários de 1979 a 2019 .......................................................... 127
4.9.2. Expansão da rede de túneis rodoviários ................................................................. 132
4.10. TÚNEIS METROVIÁRIOS....................................................................................... 132
4.10.1. Extensão da rede de metroviários......................................................................... 133
4.10.2. Expansão da rede de túneis metroviários.............................................................. 134
4.11. TÚNEL IMERSO ...................................................................................................... 135
4.11.1. Método construtivo.............................................................................................. 135
4.11.2. Extensão da rede de túneis imersos na China ....................................................... 140
4.11.3. Expansão da rede de túneis imersos na China ...................................................... 140
4.12. TÚNEIS EM CONSTRUÇÃO NA CHINA ............................................................... 142
4.13. NÚMEROS TOTAIS DE TÚNEIS NA CHINA ENTRE 1979 E 2019 ...................... 143
5. COMPARAÇÃO DA EVOLUÇÃO DOS TÚNEIS ENTRE BRASIL E CHINA ........... 146
5.1. Comparação entre Brasil e China.............................................................................. 146
5.1. Território brasileiro e chinês ..................................................................................... 146
5.2. População Brasil e China .......................................................................................... 147
5.3. Economia e PIB brasileiro e chinês .......................................................................... 149
5.4. Túneis ferroviários ................................................................................................... 151
5.5. Túneis rodoviários .................................................................................................... 152
5.6. Túneis metroviários .................................................................................................. 153
5.7. Túneis subaquáticos ................................................................................................. 154
6. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 156
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 158
19
1. INTRODUÇÃO
1
Historicamente a relação sino-japonesa passou por diversas fases de extrema aproximação e distanciamento. A
guerra sino-japonesa foi o resultado de uma política - imperialista japonesa para expandir sua influência política
e militarmente, a fim de garantir o acesso às reservas de matérias-primas, alimentos e trabalho. (SOUZA, 2019).
20
1.2. OBJETIVOS
Para que seja atendido o Objetivo Geral desta pesquisa, foram estabelecidos seis
objetivos específicos, visando responder o preconizado nesta pesquisa:
i Realizar uma revisão bibliográfica sobre o assunto;
ii Identificar características do ambiente sócio-político do Brasil e da China;
iii Identificar e Coletar dados sobre obras de túneis no Brasil e na China;
iv Compilar e classificar as obras de túneis encontradas;
v Realizar estudo comparativo de evolução dessas obras no Brasil e na China;
vi Efetuar análise crítica dos resultados.
1.3. JUSTIFICATIVA
Este estudo tem por finalidade realizar um levantamento detalhado com máximas
informações possíveis acerca de túneis construídos entre 1979 a 2019 no Brasil e, em
sequência, compará-lo à realidade chinesa.
A presente Tese de Conclusão de Curso selecionou a comparação entre Brasil e
China, pois ambos os países estão entre as principais economias em desenvolvimento, além
de encontrarem-se na lista dos cinco maiores do mundo em termos populacionais, possuírem
dimensões territoriais e apresentarem elevados índices de desigualdades socioeconômicas. O
Brasil possui uma das piores distribuições de renda nacional do planeta, já a China
caracteriza-se por grandes disparidades entre as áreas rurais e urbanas. (VILLELA, 2004).
21
Para a construção desse trabalho, foram utilizadas fontes de livros, manuais técnicos
de empresas, teses de graduações, mestrados, doutorados, e pesquisas realizadas pela internet,
sobre túneis executados desde a década de 1970 no Brasil e na China.
A atividade foi elaborada sob a supervisão do orientador Marcos Aurélio Marques
Noronha, Professor adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina com larga experiência
na área de Engenharia de Túneis. O professor Noronha atua principalmente nos temas acerca
de: sondas de perfuração, máquinas tuneladoras, obras subterrâneas, infraestrutura subterrânea
de transportes e métodos construtivos inovadores, tal como BraBo (Brazilian Borer ou
Perfuradora Brasileira).
O presente trabalho está estruturado em seis capítulos, dos quais o capítulo 1 traz
introdução, objetivo geral, objetivos específicos, justificativa, metodologia aplicada e
organização do trabalho.
O segundo capítulo apresenta um breve histórico sobre investigações e descrições
das condições geológicas e geotécnicas de obras de túneis, aspectos, classificações, formas e
métodos construtivos de túneis. Também, neste mesmo capítulo estão apresentados métodos
não mecanizados, tais como Escavação sequencial, tunnel liner, Escavação a fogo, Vala a céu
22
aberto. E, por fim, são apresentados métodos mecanizados tais como pipe jacking e
tuneladoras, além de comparações de desempenho entre esses métodos.
O terceiro capítulo traz um histórico sobre o Brasil, descrevendo a localização, a
etimologia da palavra Brasil, o território, a população, o governo e política, divisão
administrativa, a economia e PIB, a infraestrutura, túneis ferroviários, rodoviários,
metroviários, imerso, túneis em construção, inovação tuneladora, e números totais de túneis.
O quarto capítulo expõe um histórico sobre a China, descrevendo a localização, a
etimologia da palavra China, o território, a população, o governo e política, divisão
administrativa, a economia e PIB, a infraestrutura, túneis ferroviários, rodoviários,
metroviários, imerso, túneis em construção, e números totais de túneis.
O quinto capítulo apresenta uma comparação de evolução das obras de túneis entre o
Brasil e a China.
O sexto capítulo apresenta a conclusão acerca do Trabalho de Conclusão de Curso.
23
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os túneis podem ser classificados de diversas formas como, por exemplo, de acordo
com a sua finalidade, condição geológica ou forma de seção transversal. Quanto à utilidade,
Melâneo (2014 apud Trichês, 2019) diz que os túneis podem ser classificados em:
Fonte: (Pikist)
26
Fonte: (O dia)
27
Fonte: (Compesa)
28
Fonte: (Sabesp)
29
Fonte: (Mural)
Melâneo (2014), afirma que os túneis podem ser classificados, de acordo com a sua
seção transversal, sendo os formatos mais comuns: Circular, Ferradura, Oval e Retangular,
como apresentado na Figura 2.9.
O Túnel com seção do tipo ferradura geralmente é empregado no transporte
ferroviário devido às dimensões do trem. (SOUZA, 2012).
A seção típica de um túnel depende de fatores como as condições do solo, as
condições da água subterrânea, o comprimento, diâmetro e profundidade do túnel, a logística
de suporte da escavação, o uso final e a gestão de risco apropriada. (BALASUBRAMANIAN,
2014). O Quadro 2.1 apresenta uma relação entre os quatro principais tipo de seção
(retangular, circular, ferradura e elíptica) e os métodos construtivos e os maciços mais
indicados para cada uma delas.
A forma e o tamanho da seção transversal também dependem tanto das condições do
solo quanto das respectivas medidas de apoio necessárias na fase de construção (suporte de
30
túnel) e na fase de serviço (suporte permanente). Zonas de rocha fraca ou solos seções
ovaladas cuja forma pode ser composta por ferradura incluindo arco invertido. (ITA, 2019).
Fonte: (Autor)
com explosivos. Apesar de sua eficiência relativamente alta na taxa de remoção do maciço,
uma das desvantagens do desmonte por explosivo corresponde aos riscos causados tanto à
obra (vibrações, fraturas) quanto aos operários sujeitos à eventual exposição a gases e poeiras
tóxicas.
As Figuras 2.10, 2.11 e 2.12 ilustram alguns dos principais aspectos do método NATM.
2
Cambota: cambotas são perfis metálicos geralmente em forma de arco, laminados ou treliçados, aparafusados
e soldados. Possuem diversas funções como a de suportar as cargas iniciais do terreno, servir de gabarito para o
revestimento de concreto, guia para o correto alinhamento do túnel, guia para a execução do tratamento do solo
e apoio para a colocação de telas de aço ao redor do túnel.
36
Segundo Rios (2019), para túneis de pequeno porte (cerca de 100 m de extensão) o
método de escavação manual mais utilizado no Brasil é o ‘’tunnel liner’’ - Túnel revestido,
que corresponde a um Método Não Destrutivo que pode ser inserido em diversos tipos de
solos. De acordo com Hernandez (2017), o Tunnel Liner trata-se de um sistema de escavação
modular do solo com montagem simultânea do revestimento metálico na frente da escavação.
Este revestimento é composto pelo aparafusamento de anéis formados por chapas de aço
corrugado, sendo estas de fácil manuseio, o que permite a construção de túneis com seções
transversais de pequena e média dimensões (entre 1.20 e 5.00m). Segundo Paiva (2011 apud
Pierri, p. 10, 2019), essas chapas corrugadas possuem orifícios que possibilitam a inclusão de
uma calda de injeção a fim de preencher vazios existentes entre o anel do revestimento e o
maciço escavado.
Os túneis revestidos são executados em diversas formas, circular, elipse, lenticular,
arco e são muito usados para passagens de veículos e de pedestres, como mostrado na Figura
2.14. Este método é indicado para travessias sob rodovias movimentadas ou em áreas urbanas,
pois se trata de um método não destrutivo, ou seja, não acarretam em interrupção no tráfego.
Figura 2.13. Formas possíveis para tunnel liner, além de a forma circular.
A escavação de Vala a Céu Aberto (VCA, ou cut and cover ) consiste de um método
destrutivo utilizado na execução de construção de instalação de obras subterrâneas.
‘’O cut-and-cover é muito utilizado não só na execução de túneis, mas também para
redes de serviço em regiões metropolitanas (água, esgoto, cabeamentos). Em termos
gerais, esta técnica consiste em executar uma escavação a céu aberto, instalar uma
estrutura no fundo da escavação e posteriormente aterrar para o nível pretendido
(OLIVEIRA, 2012, apud, GUIMARÃES, 2018, p.40)’’.
De acordo com Chapman, Metje e Stark, 2010, o método VCA oferece uma
alternativa para outras formas de construção de túneis subterrâneos. A construção é realizada
pela abertura de uma trincheira (vala) reforçada ou ancorada que posteriormente será coberta
após a execução da estrutura do túnel. (CHAPMAN, METJE e STARK, 2010).
O método VCA é um processo não mecanizado cujo custo direto pode ser bem mais
barato que outros métodos, sendo mais indicado para túneis rasos (até 20 m). No entanto, é
importante observar que esta técnica envolve uma grande interferência na superfície, ou seja,
causando impactos ambientais ou em centros urbanos, afetando o normal funcionamento
44
destas zonas e gerando custos indiretos que podem superar muitas vezes a economia obtida
com os custos diretos. (NÔRO, 2014).
A Figura 2.20 ilustra os 4 principais passos do método “de baixo para cima”, onde:
Passo 1a - Instalação de suporte provisório de escavação, por exemplo, estacas moldadas;
Passo 1b - Rebaixamento do nível freático se for necessário; Passo 1c - Escavação e
instalação de suporte às paredes provisórias, por exemplo, escoras; Passo 2 - Construção da
fundação do túnel e caso necessário execução de melhoramento do maciço de fundação; Passo
3 - Finalização da construção do corpo do túnel e instalação caso necessário de elementos
impermeabilizantes; Passo 4 - Enchimento do trecho e restabelecimento da superfície.
(NÔRO, 2014).
b) Construção de cima para baixo ou método invertido (“Top-down”)
Assim como no método anterior, no método de construção de cima para baixo, a
construção inicia a partir do nível da superfície do solo, com apoio paredes de suporte e as
vigas de cobertura (vigas construídas no topo das paredes laterais). Essas paredes podem ser
construídas usando paredes diafragma, paredes empilhadas contíguas ou secantes ou outro
método (essas técnicas são descritas posteriormente nesta seção). No método de cima para
baixo, a escavação avança apenas até o nível do topo do suporte do túnel. O topo da estrutura
do túnel é então construído próximo à superfície do solo em uma escavação rasa e logo após,
a superfície do solo pode ser restaurada. A construção restante ocorre, então, pela escavação
subterrânea, agora escorada sob a estrutura do teto executado previamente. Uma vez que,
parte da reintegração de superfície pode acontecer relativamente no início do processo da
construção, a perturbação potencial em áreas urbanas pode ser minimizada. No entanto, as
condições de trabalho são mais restritas (CHAPMAN, METJE e STARK, 2010).
A Figura 2.21 ilustra os 4 principais passos do método “de cima para baixo”, onde: :
Passo 1a - Instalação de suporte de escavação/final, estacas moldadas secantes; Passo 1b -
Rebaixamento do nível freático se for necessário; Passo 2 – Escavação do topo do trecho,
construção da laje do topo do túnel e caso necessário instalação de elementos
impermeabilizantes no exterior da laje; Passo 3a – Enchimento do trecho escavado e
restabelecimento da superfície; Passo 3b – Escavação do interior do túnel e execução do
ancoramento das paredes do túnel; Passo 3c – Execução da fundação do túnel e execução de
melhoramento do maciço de fundação caso necessário; Passo 4 – Execução de acabamentos
no interior do túnel. (NÔRO, 2014).
É importante ressaltar que os equipamentos mais utilizados para abrir essas grandes
valas são: escavadeiras (Fig. 2.22), retroescavadeiras (Fig. 2.23) e valetadeiras (Figs. 2.24 e
2.25).
Fonte: (Safra)
47
Figura 2.24. Valetadeira sobre esteiras com lança de escavação (grande dimensão).
Fonte: (Vermeer)
48
Figura 2.25. Valetadeira sobre esteiras com lança de escavação (pequena dimensão).
A técnica pipe jacking um método de instalação que utiliza segmentos de tubos pré-
fabricados por meio de cravação, estáticos ou dinâmicos. Toda a operação é realizada através
de um poço de partida até que a escavação atinja o poço de recepção na extremidade oposta.
A escavação é realizada por uma microtuneladora na frente de escavação, a qual é
impulsionada pelos segmentos de tubos posicionados após a mesma, sendo todo o conjunto
empurrado por sistema hidráulico instalado no poço de partida. (DEZOTTI, 2018).
De acordo com Silva (2018), esse método é ideal para túneis de pequenos diâmetros
também denominados de microtúneis. De acordo com Chapman, Metje e Stark, (2010) e
Drösemeyer (2004), nos EUA e no Reino Unido microtúneis possuem diâmetro médio de até
900 mm, e no Japão de até 1.000 mm.
Para Dezotti (2018), a realização desta técnica pode ser realizada em conjunto com
outros métodos, tais como máquinas tuneladoras (TBMs). Este processo é denominado de
Microtunneling Boring Machines (MTBMs).
A técnica pipe jacking foi usada pela primeira vez no final do século 19, sendo
posteriormente aprimorada por empresas da Europa e do Japão entre as décadas de 1950 e
1960, melhorando o grau, a precisão e a estabilização da frente. (MISHRA, 2018). As Figuras
2.26, 2.27 e 2.28 ilustram a aplicação do método em questão.
Figura 2.32. Primeira TBM moderna construída pela empresa Robbins em 1952
utilização de suporte, apenas com a couraça. Neste caso, considera-se também que a entrada
de fluxo de água é de pouca importância e só ocorre no caso (b).
Nôro, 2014:
1) Cabeça de corte;
2) Anel de escombros; 7) Transportador de correia da TBM;
3) ‘’Baldes’’ da cabeça de corte; 8) Unidade de perfuração de sondagem;
4) Escudo de teto; 9) Macacos hidráulicos de propulsão;
5) Eretor de cambotas metálicas; 10) Garras do sistema de propulsão;
6) Unidade de colocação de pregagens; 11) Suporte estático da TBM.
Figura 2.37: Equilíbrio das pressões na frente do “Shields” e transporte do material escavado.
Nôro, 2014:
Fonte: (Darmadi)
Nôro:
1) Cabeça de corte; 5) Câmara de ar;
2) Câmara de escavação; 6) Separador;
3) Anteparo de pressão; 7) Aduela;
4) Entrada de bentonita; 8) Instalador de aduela.
O quadro 2.3 apresenta os principais métodos de construção de túneis destacados nessa dissertação e algumas de suas vantagens e
desvantagens.
Fonte: (Autor)
66
3. TÚNEIS NO BRASIL
Outrossim, o território não apresenta grandes formações montanhosas, pois não existe
nenhum dobramento moderno em seu território. (ROSS, 2016). Figura 3.4.
Figura 3.5. Mapa climático do Brasil de acordo com a classificação climática de Köppen
Fonte (Autor)
O Brasil tem a sexta maior população do mundo, somando um total de 213.1 milhões
de habitantes. A população está fortemente concentrada nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul,
enquanto as duas regiões mais extensas, Centro-Oeste e Norte, que formam 64.12% do
território brasileiro, contam com a menor número de habitantes. A maior parte da população
brasileira está concentrada no litoral, exatamente como quando se iniciou a colonização
brasileira. Como apresentado na figura 3.7 no mapa de densidade populacional.
73
A priori, utilizou-se a mão de obra escrava indígena que do ponto de vista dos
portugueses, não se adaptou com trabalho forçado que lhe fora proposto, e por isso recorreram
74
à utilização da mão de obra escrava, proveniente dos países africanos, em especial, Angola,
Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guine Bissau. Com a miscigenação desses grupos étnicos
deu origem à população brasileira da qual fazemos parte.
3
União: é a pessoa jurídica de Direito Público representante do Governo Federal no âmbito interno e da
República Federativa do Brasil no âmbito externo. (CONSTITUIÇÃO REPUBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL, 1988 Art. 18).
76
Segundo IBGE, o Brasil está dividido em cinco Grandes Regiões: Norte, Nordeste,
Centro-Oeste, Sudeste e Sul. (Fig. 3.9).
Fonte: (Autor)
Apesar de o transporte rodoviário ser majoritário no Brasil, isso não significa que ele
apresente a melhor qualidade. Segundo dados do DNIT (2006), o Brasil possui 1.603,031
milhões de Km em rodovias, todavia, apenas 196.280 km são pavimentados o que representa
cerca de 12% do total. (COLAVITE e KONISHI, 2015).
Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década de 1920,
nos governos militares de Washington Luís, sendo prosseguidos nos governos de Vargas e
Gaspar Dutra, os quais teve forte investimento no modal rodoviário. (OKUMURA, 2018).
O sucateamento dos transportes ferroviários ocorreu a partir da industrialização e
após investimentos dos transportes rodoviários, através principalmente das políticas, de
Washington, Vargas e Gaspar, que visavam à introdução da indústria automobilística no
Brasil.(OKUMURA, 2018).
Existem cerca de quatro mil aeroportos e aeródromos no Brasil, dos quais 721 com
pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque. O país tem o segundo maior número
de aeroportos em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O Aeroporto Internacional
de Guarulhos, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, é o maior e mais
movimentado aeroporto do país. Grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego
comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a praticamente todas
79
ferrovia construída foi em 1852, a Estrada de ferro de Petrópolis, pelo então Barão Irineu
Evangelista de Souza, em uma concessão do governo imperial entre o Porto de Mauá (interior
da baía de Guanabara) e a Raiz da Serra (Petrópolis). Em 1854 foi inaugurado à primeira
estrada de ferro do Brasil com 14.5 km de extensão, e bitola 1.63m e que foi percorrida a uma
velocidade média de 38 km/h. (FINGER, 2013, MEDEIROS, 2017).
Após a experiência de construção dos primeiros túneis ferroviários em 1860, logo em
seguida surgiu uma obra de engenharia ferroviária mais importante naquele período com uma
longa série de 15 túneis (com extensão entre 25 a 2.238 m, perfazendo 5.220 m) que ficou
conhecida como Seção 2 da Estrada de Ferro Dom Pedro II, no Japeri - Barra do Piraí, linha
na Serra do Mar no Estado do Rio de Janeiro. (ROCHA, 2012).
Esses túneis foram escavados manualmente com ponteiras, marretas e pólvora negra,
pois naquela ocasião não existiam máquinas perfuratrizes e tampouco dinamite.
A Figura 3.14 apresenta uma fotografia obtida durante a visita do imperador D.
Pedro II das realizações da série de 15 túneis da Estrada de Ferro Dom Pedro II. Desde
aqueles dias, muitas mudanças ocorreram no mercado local de túneis.
Minas e de Santa Rita de Jacutinga, no estado de Minas Gerais, e possui 8.645 metros de
extensão. (FERROVIAS, 2013 Fig. 3.15).
Figura 3.15. Maior túnel ferroviário - túnel da Mantiqueira - túnel ferrovia do aço
O gráfico 3.1 apresenta a evolução de túneis em metros construídos com o passar dos
anos.
83
Túnel ferroviário
Ano Extensão de túneis em metros
15.799
10.717
2.072
1990
1979 1984
Fonte: (Autor)
Fonte: (Fantr)
O gráfico 3.2 apresenta a expansão de túneis em metros, construídos entre o período entre 1979 e 2019.
1983 1984 1988 1991 1992 1993 19941995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2004 2006 2007 2008 2009 2010 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
1980 1981
Fonte: (Autor)
90
Fonte: (Viatrolebus)
O Quadro 3.5 apresenta a lista dos túneis metroviários construídos no Brasil entre
1979 e 2019.
Quadro 3.5. Túnel metroviário
Túnel Comprimento(m) Inauguração Estado
1 Linha 1 - Metrô do Rio de Janeiro (19 Estações) 20.200 1979 RJ
2 Linha 4 - Metrô do Rio de Janeiro (6 Estações) 16.000 2016 RJ
3 Linha 4- Metrô de São Paulo 12.800 2010 SP
4 Linha 5- Metrô de São Paulo 10.870 2017 e 2018 SP
5 Túnel da Asa Sul 7.200 1999 DF
6 Linha 2- Verde, Metrô de São Paulo (2 túneis) 5.400 1990 SP
7 Linha sul - Metrofor 3.900 2012 e 2013 CE
8 Linha 3 - Vermelha, Metrô de São Paulo (2 túneis) 3.600 1983 SP
9 Linha 1- Estação de Metrô Campo da Pólvora 1.000 2014 BA
Túnel metroviário
80.970
70.100
53.100
49.200
54.100
29.200 36.400
20.200 23.800
Fonte: (Autor)
Túneis imersos, submersos ou subaquáticos, são uma opção de travessia para canais,
rios ou mares. Essas obras são constituídas de elementos pré-fabricados em diques secos, que
posteriormente são rebocados até o seu local de assentamento, imergidos e ligados. O túnel
imerso possui algumas vantagens em relação a outros tipos de travessia, como a
aplicabilidade em solos inertes, variabilidade da forma da seção e pouca interferência no
cenário local. (CASTILHO, et al, 15º CONIC E SEMESP).
No Brasil não há túnel Imerso. No entanto, atualmente há um projeto de um túnel
imerso que conectará as cidades de Santos e Guarujá (Fig. 3.18), na Região Metropolitana da
Baixada Santista, no litoral sul do estado de São Paulo.
Devido às características da região, que atrai muitos veículos de passageiros para a
cidade de Santos devido à sua vocação comercial e, principalmente, à presença do maior porto
da América Latina; e a grande concentração de moradias no Guarujá, a demanda por travessia
de passageiros entre estes dois municípios é elevada. (DELOSPITAL, 2016).
93
O projeto do túnel que conectam Santos a Guarujá está em estudo há quase 100 anos.
Segundo Delospital, (2016, v.12, p. 21), a ideia foi levantada pela primeira vez em 1927 com
o projeto de um túnel de 900 metros de extensão e 20 metros de profundidade. Em 1948, o
então governador Prestes Maia, que já previa a necessidade de conectar as duas maiores
cidades da Baixada Santista, apresentou uma proposta de interligação através de ponte
levadiça. Já em 1970, no governo de Abreu Sodré, discutiu-se a implantação de uma ponte
helicoidal com o objetivo de manter o gabarito para a passagem de navios para o Porto de
Santos. As opções de ponte e túnel se revezaram nas promessas dos políticos paulistas desde
então até que, em agosto de 2011, o governador Geraldo Alckmin decidiu definitivamente
pelo túnel do tipo inundado. A Figura 3.19 apresenta a localização do futuro túnel e seus
arredores.
94
Por outro lado, como ilustrado na Figura 3.21, a restrição portuária limita a altura
máxima das obras na região do entorno da travessia a 75 m, tornando a alternativa de solução
em túnel a melhor opção.
A Figura 3.22 ilustra uma comparação entre as opções de travessia ao longo desse
canal com ponte (3.700 m), túnel imerso (1.700 m) e túnel escavado (2.900 m), sendo esta
última 1.200 m mais extensa que o túnel imerso, além de envolver construção sob condições
muito arriscadas (detonações em maciço sob leito marinho).
Como é difícil catalogar todos os túneis em construção pelo Brasil, muitos deles
iniciados, mas com obras embargadas, neste capitulo será apresentado apenas um caso
representativo, o túnel da futura Linha Leste do Metrô de Fortaleza, por se tratar de ser o
primeiro Túnel metroviário fora do eixo Rio-São Paulo a utilizar o método construtivo TBM
(Fig. 3.23).
97
Este projeto deve ser executado com Tuneladoras compradas pelo governo cearense,
as primeiras a operar fora do eixo Rio-São Paulo e as únicas em atividade no Brasil. As obras
da linha Leste estavam previstas para ser entregue no final de 2022, a primeira linha
totalmente subterrânea de metrô da capital fortaleza, contará quando entregue a primeira fase
com 7.300 metros tuneis de metrô, distribuídos em 5 estações, das quais 4 são subterrâneas e
1 estação de superfície (Fig. 3.24). Duas estações são em túneis paralelos (Chico da Silva e
Papicu), e duas em tuneis sobrepostos (Colégio Militar e Nunes Valente). (METRÔ CPTM,
2020). Fig.3.25, ilustra a posição relativa do túnel.
98
Como mencionado por Noronha (2010), apesar do sucesso das tuneladoras atuais
(TBMs), elas ainda são semelhantes à primeira que surgiu há 50 anos. Com isso,
pesquisadores da UFSC vêm desenvolvendo novos estudos para tornar essas máquinas mais
eficientes, seguras e acessíveis. Neste item será brevemente destacada a tecnologia Brabo,
desenvolvida pelo professor Noronha em conjunto com sua equipe.
100
No levantamento feito por este trabalho, buscaram-se registrar da melhor forma possível as obras de túneis executadas entre 1979 e
2019. O Quadro 3.6 apresenta a quantidade total de túneis construídos no Brasil durante este período.
Por fim, o Quadro 3.7 apresenta os 10 maiores túneis construídos no Brasil em todos os tempos.
4. TÚNEIS NA CHINA
O maior país do Leste asiático cuja língua oficial é o mandarim, a República Popular
da China, tem como capital a cidade de Pequim. O território estende-se em uma grande área
no sudeste da Ásia e possui uma longa costa com o Oceano Pacífico. Figura 4.1 apresenta
China no mundo
A China tem uma fronteira terrestre com cerca de 22.8 mil quilômetros, a maior
fronteira terrestre do mundo, e uma linha costeira de cerca de 18 mil quilômetros, envolvendo
uma área total de 9.596.900 km 2. Se comparado com os 14 Estados que faz a fronteira, este
tem o segundo maior tamanho, da Ásia, e é o quarto maior em extensão territorial do mundo.
Existem mais de 11.000 ilhas na China, sendo 6.536 com mais de 500 m2 de área e
455 ilhas com moradores. Devido às restrições causadas pelas inúmeras baías e estreitos, o
desenvolvimento econômico em áreas locais não é muito equilibrado e o custo de transporte é
elevado. Além disso, a China tem muitos rios interiores, incluindo 28 rios principais. O
recente desenvolvimento econômico da China trouxe a necessidade de construir túneis que
cruzam montanhas, zonas urbanas, rios, lagos e mares. Devido ao fato de a China ter uma
grande população e uma área de terra per capita relativamente pequena, os túneis têm
vantagens de encurtar distâncias, sendo elementos de importância estratégica para o país.
(HONG, 2017).
A extensão do território chinês é marcada pela grande distanciação de seus extremos
de localização. O ponto mais alto medido a partir do nível do mar é o cume do Monte Everest,
região autônoma do Tibete, na fronteira sino-nepalesa. Embora as medições de sua altura
106
variem, a elevação de seu pico é de cerca 8.849 m acima do nível do mar. Já o ponto mais
baixo está a 154 m abaixo do nível do mar no lago Ayding, dentro da depressão de Turpan.
(CHINESEEMBASSY, AL. CHINA, 2008). Fig. 4.3.
sul, o relevo é de características constituídas por serras e cordilheiras com altitudes pouco
elevadas. No Himalaia se encontra o ponto mais alto, o Monte Everest, que corresponde à
montanha mais elevada do mundo com 8.848,86 m de altitude. O sudoeste da china é
composto por paisagens de altos planaltos, paisagens áridas e desertas como Takla-Makan e o
deserto de Gobi, que cresce cada vez mais. (FREITAS, 2020).
Fonte: (Autor)
A China é composta por 56 grupos étnicos diferentes. A etnia Han, a mais numerosa,
corresponde a 91,02% do total da população, sendo que as outras 55 etnias minoritárias são
apenas 8,98% da população chinesa, com cerca de 108 milhões habitantes, a etnia Zhuang,
tem 15.55 milhões de habitantes e a etnia menos numerosa é etnia Luoba com 2000
habitantes. (SALDANHA; apud NEVES et al, 2016).
Dentre os povos minoritários, o grupo Zhuang tem a maior população, numerando
em mais de 16 milhões, enquanto alguns outros grupos têm uma população de apenas alguns
milhares (HUAFU, et al, 2001).
111
Em relação as cidades mais habitadas na China, segundo Reynard, Gabriel (2015) são
cerca de 144 cidades com mais de um milhão de habitantes. Fig. 4.1 e no quadro 4.1.
O Túnel Shiqiuling ou túnel Liu Ming-Chuan foi o primeiro túnel ferroviário (Fig.
4.12. Mapa de localização) da China construído em 1890 nas montanhas da China, no entanto,
foi utilizado por apenas 7 anos, após a sua construção durante a guerra Sino-Francesa, travada
de 1884 a 1885 no norte de Taiwan. Como a topografia de Shiqiuling é montanhosa e
complexa, os engenheiros construíram o túnel de 235 m em sete partes que foram reforçadas
com paredes de tijolos e unidas. Uma característica única do túnel é que seu teto arqueado é
cerca de 4.26 m mais alto de uma extremidade para outra, porque o trabalho foi feito em
seções diferentes ao mesmo tempo. (LIN, e HETHERINGTON, 2019). Fig. 4.13.
117
Fonte: (Reddit)
118
Devido à guerra Sino-Japonesa na década de 40, os túneis eram utilizados como defesa
contra o exército japonês, sendo construídos de forma manual (EM) sob a direção do partido
comunista chinês. Neste período, uma vasta expansão foi empreendida até o ponto em que os
túneis eventualmente conectaram muitos vilarejos vizinhos, em um complexo que incluía
armadilhas para tropas japonesas, esconderijos de armas, bunkers ocultos e postos de
comando. As entradas e saídas dos túneis geralmente ficavam em uma casa ou em um poço,
facilitando a entrada e saída dos guerrilheiros sem serem detectados. (HERMAN, 2014).
As décadas de 1950 e 1960 foram uma época de construção de grandes túneis
ferroviários, com cerca de 50.000 km de linhas ferroviárias sendo construídas nas províncias
do interior da China. Todavia, a partir de meados da década de 1970, a política trouxe grandes
mudanças para o país, desde a abertura da China ao mundo, o que trouxe maior ênfase ao
desenvolvimento da indústria tuneleira e da infraestrutura das cidades costeiras. Em 1984, um
total de 4.676 túneis com um comprimento total de 2.126 km foi construído. O Túnel Da Yao
Shan com 14.3 km de comprimento, um túnel ferroviário de via dupla na Linha Hengyeng-
Guangzhou, é o túnel ferroviário mais longo já construído na China. A construção do metrô
de Pequim e a construção de túneis em Xangai são descritas. (GAO QUQING, 1988).
Os túneis ferroviários na China são divididos em túneis extralongos (mais de 10.000 m
de comprimento), túneis longos (3.000 m a 10.000 m), túneis médios e longos (500 m a 3.000
metros), e túneis curtos (até 500 m).
Atualmente, as ferrovias são o meio de transporte mais importante na China e as
redes ferroviárias são o esqueleto da rede de transporte do país. Em 2019, a China tinha
139.000 km, em extensão de ferrovias em operação, ocupando a segunda posição mundial
(TIAN, e GONG, 2019).
Trata-se de um túnel ferroviário com dois tubos e via dupla. O túnel possui 32.000 m
de extensão e foi perfurado em condições geológicas difíceis a uma altitude elevada,
excedendo 3.300 m. (YAN; JINXIU). Fig. 4.15.
Neste trabalho serão apresentados apenas os sistemas ferroviários ativos na China, não
considerando assim os trechos extintos ou em desuso. Apesar da dificuldade de obtenção de
dados, a pesquisa deste trabalho conseguiu obter um apanhado relativamente extenso e
completo de dados através da apresentação ocorrida em 2019, na cidade de Florianópolis,
ministrada pela Profa. Jinxiu Yan, vice-presidente da sociedade chinesa de túneis e vice-
gerente geral da China Railway Academy Co. O Quadro 4.14 apresenta a lista dinâmica dos
principais túneis ferroviários atualmente existentes na China.
Túnel Ferroviário
ano extensão em metros
2.849,757
2.536,844
2.349,047
1.777,413
1.931,592
1.460,523
789.090
344.499 590.183
453.151
123.515 242.861
27.079 95.667 154.071
14.295 45.539 57.807
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
2009 2010 2018 2019
1987 2000 2002 2004 2006 2007 2008
Fonte: (Autor)
transporte de passageiros entre 1978 e 1997 aumentou de 29,9% para 53,3% no mesmo
período, com a participação da ferrovia reduzindo de 62,7% para 35,4%. A mudança da
ferrovia para a rodovia pode ser atribuída ao rápido desenvolvimento da rede de vias
expressas na China que vem aumentando ao longo dos anos, resultando em um aumento do
uso de veículos motorizado em toda China.
O túnel rodoviário mais longo da China é o Túnel Zhongnanshan é um túnel
construído nas montanhas Qinling da China. Fig. 4.16 a 4.17.
Fonte: (Chinadaily)
Quadro 4.4. Túneis rodoviários construídos 1979 a 2019 e com comprimento > 5.000 m.
Túnel Província Comprimento (m) Inauguração
1 Túnel Zhongnanshan Shaanxi 18.020 2007
2 Túnel Jingpingshan Sichuan 17.504 2011
3 Túnel Micangshan Sichuan 13.833 2018
4 Túnel Xishan Shanxi 13.654 2012
5 Túnel Erlangshan Sichuan 13.433 2017
6 Túnel Hongtiguan Shanxi 13.122 2013
7 Túnel Maijishan Gansu 12.290 2009
8 Túnel Yunshan Shanxi 11.408 2014
9 Túnel Baojiashan Shaanxi 11.200 2009
10 Túnel Baotashan Shanxi 10.480 2012
11 Túnel Nibashan Sichuan 10.007 2012
12 Túnel Zhongtiaoshan Shanxi 9.770 2014
13 Túnel Liupanshan Ningxia 9.490 2012
14 Túnel Niuyanshan Fujian 9.239 2015
15 Túnel Wankai Chongqing 9.228 2021
16 Túnel West Qinling Gansu 9.007 2013
17 Túnel Shanghai Yangtse River Shanghai 8.950 2009
18 Túnel Foling Shanxi 8.805 2016
19 Túnel Zhegushan Sichuan 8.803 2019
20 Túnel Micangshan Gansu 8.694 2014
21 Túnel Jinlong Hubei 8.693 2010
22 Túnel Huangzhushan Fujian 8.659 2015
23 Túnel Tianheshan Shanxi-Hebei 8.495 2015
129
Túnel Rodoviário
ano extensão em metros
816.449
782.013
727.516
699.834 683.849
475.428
396.919
301.230
194.211231.967
152.150
50.890 86.352
6.020 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2006 2007 2008 2009 2010
Fonte: (Autor)
No século 20, várias cidades chinesas tinham bondes elétricos que foram
desmantelados nas décadas de 1950 e 1970. Por exemplo, a cidade de Nanjing teve uma
ferrovia urbana de 1907 a 1958.
O primeiro sistema de metrô (Fig. 4.16) da China foi inaugurado em 1969 em
Pequim, enquanto em Hong Kong (na época sob domínio britânico) a primeira linha de metrô
foi inaugurada apenas em 1979. A próxima execução de metrô veio ocorrer apenas em 1984,
na cidade de Tianjin.
Embora tenha começado a construção do metrô tardiamente, se comparado com a
Europa e EUA, nas décadas seguintes o trânsito ferroviário urbano da China passou por
mudanças grandes. Entre 2010 e 2019 o comprimento das linhas de metrô aumentou cerca de
4 vezes em relação ao ano de 2010. Em 2010, o comprimento das linhas de metro era de
1.471.00 km, já em 2019, o comprimento das linhas de metrô passou a ser de 6.172.2 km.
(WONG, 2020).
133
A soma desses dados indica que a China atualmente possui a maior malha
metroviária do mundo. A China ocupa o primeiro lugar no ranking mundial em extensão em
quilômetros. Atendida a demanda interna, o Metrô chinês embarcou na "estrada para o mar" e
conquistou sucessivamente grandes encomendas da Austrália, Estados Unidos, Brasil e outros
países. (YANQU, CHEN 2017).
O Quadro 4.5 apresenta a lista dos túneis metroviários construídos na China entre
1979 e 2019.
Quadro 4.5. Túneis metroviários da China.
Túnel Província Comprimento (m) Inauguração
1 Linha 3 Guangdong 57.930 2005
2 Linha 10 Beijing 57.100 2013
3 Linha 6 Beijing 53.400 2018
4 Linha 2 Wuhan 44.347 2019
5 Linha 5 Sichuan 42.300 2019
6 Linha 3 Jiangsu 41.500 2015
7 Linha 4 Jiangsu 41.500 2017
8 Linha 12 Jiangsu 40.400 2015
9 Linha 7 Beijing 40.300 2019
10 Linha 4 Sichuan 39.300 2017
11 Linha 7 Sichuan 38.600 2017
12 Linha 3 Sichuan 38.100 2018
13 Linha 1 Sichuan 37.470 2018
134
Túnel Metroviário
ano extensão território em metros
894.367
752.420
623.450
504.050
422.150
365.050
310.350
258.170
193.570
163.870
120.230
23.100 41.200
2009 2010 2015 2017 2018 2019
2005 2007 2011 2012 2013
1984 1993
Fonte: (Autor)
135
O Quadro 4.6 apresenta a lista dos túneis imersos construídos na China entre 1979 e 2019.
Quadro 4.6. Túneis imersos da China.
Túnel Comprimento (m) Profundidade (m) Inauguração Província
1 Túnel Hong Kong–Zhuhai–Macau 6.750 30.180 2010 Hong Kong /Macau
2 Túnel Xiang - na 5.950 - 2010 Fujian
3 Túnel Qing-Huang ( Jiaozhou Bay) 3.950 42 2011 Shandong
4 Túnel Nanjing Yingtian Avenue Yangtze River 3.873 - 2010 Jiangsu
5 Túnel Wuhan Changjiang 3.609 - 2008 Hubei
6 Túnel Shangzhong 2.802 2009 Shanghai
7 Túnel Eastern Harbour Crossing 1.859 27.000 1990 Hong Kong
8 Túnel Fuxing Donglu (East Fuxing) 1.214 - 2004 Shanghai
9 Túnel Waihuan ( Taihelu) 736 - 2003 Shanghai
Fonte: (Wikipédia)
O gráfico 4.4 apresenta a evolução de túneis em metros construídos na China no período entre 1979 e 2019.
Túnel Imerso
ano extensão em metros
26.793 30.743
10.220
7.418
3.809
1.859 2.595
Fonte: (Autor)
142
A construção dessa mega-obra iniciou-se em 2017 e está prevista para ser finalizada
em 2024. O custo previsto da obra é de US$ 4.83 bilhões.
Quadro 4.7. Número e extensão dos túneis construídos na China nos últimos 40 anos
Ano 1979 2017 1979 - 2017
Item Números Comprimento(km) Números Comprimento(km) Comprimento construído nos últimos 40 anos
Túnel Ferroviário 4386 2.009 15117 16.331 14.322
Túnel Rodoviário 374 52.00 16500 15.940 15.888
Linhas de Metrô 1 23.00 169 5.766 4.488 (subterrâneo)
2.084 3.8037 34.698
Fonte: (Autor)
146
Brasil e China estão entre os cinco maiores territórios do mundo. O Gráfico 5.1
mostra uma comparação das áreas do Território brasileiro com 8.516.000 km², e do território
chinês com 9.597.000 km².
147
10,000,000
9,000,000 9,597,000
8,000,000 8,516,000
7,000,000
6,000,000
5,000,000 Brasil
China
4,000,000
3,000,000
2,000,000
1,000,000
0
Brasil China
Fonte: (Autor)
A China é o maior parceiro econômico do Brasil. O PIB da China no ano de 2019 foi
quase dez vezes maior que o brasileiro. O PIB nominal brasileiro resultou em um valor de
US$ 1.45 trilhões, já o PIB nominal chinês arrecadou um valor de US$ 14.34 trilhões, no
mesmo período. (IBGE, 2019). Gráfico 5.5.
A taxa de crescimento anual (em %) do PIB da China do Brasil, entre 1979 a 2019,
estão apresentadas no Gráfico 5.6.
No levantamento efetuado por este trabalho, verificou-se que no Brasil, entre os anos
de 1979-2019, foram construídos aproximadamente 15,799 km de túneis ferroviários,
enquanto na China foram construídos aproximadamente 14.332 km de túneis ferroviários no
mesmo período.
Túnel ferroviário
Quantindade de túneis Extensão em Km
19.503
China 14.332
4
Brasil 15,799
Fonte: (Autor)
No levantamento efetuado por este trabalho, verificou-se que no Brasil, entre os anos
de 1979-2019, foram construídos aproximadamente 32,705 km de túneis rodoviários,
enquanto na China foram construídos aproximadamente 15.888 km de túneis rodoviários no
mesmo período.
Túnel rodoviário
Quantidade de túneis Extensão em Km
16.874
China 15.888
99
Brasil 32,705
Fonte: (Autor)
No levantamento efetuado por este trabalho, verificou-se que no Brasil entre os anos
de 1979-2019 foram construídos aproximadamente 80,970 km de túneis metroviários,
enquanto na China foram construídos aproximadamente 14.488km de túneis metroviários no
mesmo período.
Túnel metroviário
Quantidade de túneis Extensão em Km
170
China 4,488
9
Brasil 80,970
Fonte: (Autor)
Gráfico 5.11. Comparativo túnel imerso de quantidade e extensão de túneis China e Brasil.
Túnel imerso
Quantidade de túneis Extensão em Km
9
China
30,0
0
Brasil 0
Fonte: (Autor)
Gráfico 5.12 apresenta a quantidade de túneis construídos entre 1979 a 2019 na China e no
Brasil.
31.795
China
34.728
112
Brasil 129,5
Fonte: (Autor)
156
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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