Inês de Castro - Síntese-Análise
Inês de Castro - Síntese-Análise
Inês de Castro - Síntese-Análise
Língua Portuguesa 9
Maio de 2006 Os Lusíadas
desposar Inês, mas recusa; popular, que já havia inspirado as “Trovas à morte
÷ Nascem bastardos; de Inês de Castro”, de Garcia de Resende, e cuja
÷ D. Pedro imiscui-se na política Castelhana e os fidalgos grandeza poética, tipicamente portuguesa, saberá
aproveitar.
portugueses temem a ambição e influência da família Castro,
que podia levar ao trono português um dos filhos da ligação
ilegítima de Pedro, em detrimento do herdeiro legítimo, D.
Fernando, filho de D. Pedro e de D. Constança;
÷ O rei D. Afonso IV e seus conselheiros analisam a situação
e concluem da necessidade de matar Inês;
÷ Num dia em que D. Pedro anda à caça, D. Afonso IV chega
a Coimbra com alguns fidalgos;
÷ Sabedora das intenções do Rei, Inês vai ao seu encontro,
rodeada dos filhos, e, banhada em lágrimas, implora
misericórdia e perdão;
÷ D. Afonso IV comove-se e hesita. Pressionado pelos
conselheiros Álvaro Gonçalves, Pêro Coelho e Diogo Lopes
Pacheco, autoriza a execução de Inês;
÷ Inês é decapitada em 7 de Janeiro de 1355.
A. Considerações gerais sobre o episódio
B. Estrutura do episódio
Vasco da Gama relata ao rei de Melinde o episódio trágico de Inês de Castro, cujo
responsável é o Amor, causador da morte de Inês.
Inês vivia tranquilamente nos campos do Mondego, rodeada por uma natureza alegre e
amena, recordando a felicidade vivida com D. Pedro, seu amor.
O narrador, no entanto, vai introduzindo indícios de que essa felicidade não será duradoura
e terá um fim cruel:
• “Naquele engano da alma, ledo e cego” (est. 120, v.3)
• “Que a Fortuna não deixa durar muito” (est. 120, v. 4)
• “De noite, em doces sonhos que mentiam” (est. 121, v.5)
D. Afonso IV, vendo que não conseguia casar o filho em conformidade com as
necessidades do Reino, decide pela morte de Inês.
Os algozes trazem-na perante o rei.
O rei vacila, apiedado, mas as razões do reino levam-no a prosseguir.
4. Discurso de Inês (est. 126-129)
O rei mostra-se sensibilizado mas, uma vez mais, as razões do reino e os murmúrios do
Povo são mais fortes e a sua determinação mantém-se.
Inês é executada.