Mil Vezes Adeus

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Título da obra: Mil vezes adeus

Autor: John Green

Breve exposição da biobibliografia do autor:


John Green nasceu em 1977 em Indianápolis, nos Estados Unidos. No ano
2000 formou-se em língua inglesa e estudos religiosos. E durante algum
tempo trabalhou como capelão num hospital pediátrico que anos mais
tarde serviu de inspiração para escrever o livro “A Culpa é das Estrelas”.
A sua escrita tem como público alvo os adolescentes, sendo assim, está
focada em temas que preocupam os adolescentes e caracterizam a
adolescência. Para além dos livros que escreve tem também um canal no
Youtube com o irmão onde conversam com os jovens e adolescentes.
Através deste canal consegue angariar fundos para causas sociais.
Os livros que vai escrevendo são sempre bestsellers devido às temáticas
que aborda, captando a atenção dos leitores mais jovens.

Alguns dos seus livros publicados mais conhecidos são: Cidades de Papel,
escrito em 2009, adaptado para o cinema; A culpa é das estrelas, escrito
em 2012, também adaptado para o cinema e que ganhou vários prémios;
À procura de Alaska em 2005; e Mil vezes Adeus escrito em 2017.

Explicação do título da obra:


O título original da obra é Turtles all the way down foi traduzido para
português como Mil Vezes Adeus.

O título original está de acordo com uma citação do livro “São tartarugas
até ao infinito” que está relacionado com a regressão infinita, algo que
não tem fim. O livro não é sobre tartarugas, mas sobre uma jovem que
tem uma ideia diferente do mundo, que compara a sua luta interna a uma
espiral, pois quando os seus pensamentos compulsivos surgiam era como
se rodassem sempre até lá em baixo, mas nunca conseguiam chegar ao
fundo.
Síntese da obra:
Este livro conta uma aventura de adolescentes, sendo a personagem
principal Aza, uma rapariga de 16 anos que é uma adolescente insegura e
muito pensativa. Assistimos aos seus pensamentos detalhados nesta
aventura que coloca à prova todas as suas inseguranças.

Ela sofre de uma doença que não é identificada mas todas as suas atitudes
nos conduzem a concluir que é um transtorno obsessivo-compulsivo, pois
o autor expõe de forma detalhada as perturbações de pensamentos e de
que forma esta doença limita a sua vida, porque afeta a sua relação com
as pessoas e a maneira como ela vê o mundo.

Um dos exemplos desta doença é que quando ela come alguma coisa
pensa logo que está a ingerir bactérias e começa sentir sintomas e faz
pesquisas na internet à procura dessa doença enchendo a sua cabeça com
perguntas relacionadas s bactérias, micróbios e doenças.

Daisy, a melhor amiga de Aza, é uma personagem secundária mas que


quase rouba o protagonismo a Aza devido ao seu sentido de humor, é fiel,
muito extrovertida e uma verdadeira amiga que compreende Aza e que a
ajuda a sair da sua espiral de problemas e pensamentos. Ambas andam
juntas na mesma escola.

Davis é um menino rico com uma alma devastada, apaixonado pelas


estrelas e escritor de poesia num blog obscuro que não partilha com
ninguém. Tanto ele como Aza perderam pessoas que amavam,
debatendo-se com batalhas interiores quase sempre cercados pelo
silêncio. No caso de Aza que tinha perdido o pai na sua infância e não se
abria com a mãe.

O livro desenrola-se à volta do desaparecimento de Russel Pickett, um


empresário bilionário que não deixa rasto. A recompensa de cem mil
dólares para informações sobre o seu paradeiro, leva Daisy e Aza, a
quererem saber mais para ganhar essa recompensa.

Davis é filho do bilionário desaparecido e amigo de infância de Aza e


começa a surgir uma reaproximação entre ambos, mas ele encontra-se
receoso pois desde que o pai desapareceu, muitos amigos se aproximam
por causa da recompensa. Depois de algum tempo, Aza e Davis tornam-se
amigos mais próximos e partilham momentos de cumplicidade.

Num dia Daisy e Aza, vão a uma galeria de arte subterrânea e deparam-se
com uma pista na investigação que vai servir para saber um pouco mais
sobre a localização do empresário. Mas acabam por concluir que ele está
morto e não foi sequestrado como inicialmente se pensava.

Leitura expressiva de um excerto:


Pág. 250 Tu simplesmente tipo…só ficam cada vez mais pequenas.

Neste excerto Aza tenta explicar a existência dos seus pensamentos


conflituosos comparando às bonecas matrioskas, pois ela tenta encontrar
respostas até ao limite mas nunca as obtém ao contrário das bonecas, em
que a última é sempre sólida, diferente de Aza que não consegue chegar
ao fim.

Esta metáfora serve para chegar à conclusão que não existe um eu sólido,
cada pessoa é um eu infinito cheio de camadas e camadas.

Este diálogo é representativo dos adolescentes devido à repetição da


palavra “tipo”.

Opinião pessoal:
Na minha opinião o ponto forte do livro é que as personagens são bem
trabalhadas e enriquecem muito a história, pois o modo como as elas se
cruzam no caminho umas das outras é muito bem conseguido.

Acho que a história se foca muito na forma como a Aza vive, e é um


bocado repetitiva, pois é ela e as bactérias e a sua vontade de fazer algo,
mas depois pensa nas bactérias, e que pode morrer, e torna-se cansativo,
ou pelo menos para mim tornou-se.

Contudo, o desfecho da história deixa muito a desejar apresenta um final


inesperado mas não fantástico. Pois afinal o bilionário, fugiu de casa a
meio da noite por ter sido acusado de corrupção.
Apesar de a história não ter sido muito apelativa é um exemplo de um
excelente livro para explicar os problemas vividos por adolescentes e seus
relacionamentos.
Capa alternativa:
A capa adotada em Portugal acho que não é expressiva ao tema focado e
expresso na história.
A que eu considero como alternativa representa o conflito existente nos
pensamentos e sentimentos de Aza.

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