DJ7206 2021-Disponibilizado

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021


PRESIDENTE
Desª. CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO
VICE-PRESIDENTE
Des. RONALDO MARQUES VALLE
CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA
Desª. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA
CONSELHO DA MAGISTRATURA
Desª. CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO Desª. EZILDA PASTANA MUTRAN
Des. RONALDO MARQUES VALLE Desª. ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
Desª. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA Desª. EVA DO AMARAL COELHO
Desª. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

DESEMBARGADORES
MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO
LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR MAIRTON MARQUES CARNEIRO
VÂNIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA DIRACY NUNES ALVES EZILDA PASTANA MUTRAN
RAIMUNDO HOLANDA REIS RONALDO MARQUES VALLE MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA GLEIDE PEREIRA DE MOURA ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR
MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
RICARDO FERREIRA NUNES MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO EVA DO AMARAL COELHO
LEONARDO DE NORONHA TAVARES ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO


Plenário da Seção de Direito Público Plenário de Direito Público
Sessões às terças-feiras Sessões às segundas-feiras
Desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento Desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento
Desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro Desembargadora Diracy Nunes Alves
Desembargadora Diracy Nunes Alves (Presidente) Desembargador José Maria Teixeira do Rosário (Presidente)
Desembargador José Maria Teixeira do Rosário Desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto
Desembargador Roberto Gonçalves de Moura
Desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto
Desembargadora Ezilda Pastana Mutran
Desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira
Desembargadora Rosileide Maria da Costa Cunha
SEÇÃO DE DIREITO PENAL
SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO Plenário da Seção de Direito Penal
Plenário da Seção de Direito Privado Sessões às segundas-feiras
Sessões às quintas-feiras Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre
Desembargador Constantino Augusto Guerreiro Desembargador Rômulo José Ferreira Nunes
Desembargador Ricardo Ferreira Nunes (Presidente) Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha
Desembargador Leonardo de Noronha Tavares Desembargador Raimundo Holanda Reis
Desembargadora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães Desembargadora Vânia Lúcia Carvalho da Silveira
Desembargadora Gleide Pereira de Moura Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos
Desembargadora Maria do Ceo Maciel Coutinho Desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior
Desembargadora Maria Filomena de Almeida Buarque Desembargador Ronaldo Marques Vale
Desembargador José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior Desembargador Maria Edwiges de Miranda Lobato
Desembargadora Eva do Amaral Coelho Desembargador Mairton Marques Carneiro (Presidente)
Desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO


Plenário de Direito Privado 1ª TURMA DE DIREITO PENAL
Sessões às segundas-feiras Plenário de Direito Penal
Desembargador Constantino Augusto Guerreiro Sessões às terças-feiras
Desembargador Leonardo de Noronha Tavares Desembargadora Vânia Lúcia Carvalho da Silveira (Presidente)
Desembargadora Maria do Ceo Maciel Coutinho Desembargador Maria Edwiges de Miranda Lobato
Desembargadora Maria Filomena de Almeida Buarque Desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias
Desembargador José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior (Presidente)

2ª TURMA DE DIREITO PENAL


2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO
Plenário de Direito Penal
Plenário de Direito Privado Sessões às terças-feiras
Sessões às terças-feiras
Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre
Desembargador Ricardo Ferreira Nunes
Desembargador Rômulo José Ferreira Nunes
Desembargadora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães (Presidente)
Desembargadora Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha (Presidente)
Desembargadora Gleide Pereira de Moura
Desembargador Ronaldo Marques Vale
Desembargadora Eva do Amaral Coelho

1ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO 3ª TURMA DE DIREITO PENAL


Plenário de Direito Público Plenário de Direito Penal
Sessões às segundas-feiras Sessões às quintas-feiras
Desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro Desembargador Raimundo Holanda Reis
Desembargador Roberto Gonçalves de Moura (Presidente) Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos (Presidente)
Desembargadora Ezilda Pastana Mutran Desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior
Desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira Desembargador Mairton Marques Carneiro
Desembargadora Rosileide Maria da Costa
SUMÁRIO
PRESIDÊNCIA 10
VICE-PRESIDÊNCIA 13
CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA 16
COORDENADORIA DOS PRECATÓRIOS 25
SECRETARIA JUDICIÁRIA 31
TRIBUNAL PLENO 32
SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO 61
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO- UPJ 104
CEJUSC
PRIMEIRO CEJUSC BELÉM 484
SEÇÃO DE DIREITO PENAL 485
TURMAS DE DIREITO PENAL
2ª TURMA DE DIREITO PENAL 630
3ª TURMA DE DIREITO PENAL 641
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PENAL - UPJ 642
COORDENADORIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO 645
UPJ DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA CAPITAL 647
SECRETARIA DA 11ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 678
SECRETARIA DA 12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 691
SECRETARIA DA 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 720
SECRETARIA DA 2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 726
SECRETARIA DA 3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 759
SECRETARIA DA 4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 795
SECRETARIA DA 5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 857
SECRETARIA DA 6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 911
SECRETARIA DA 7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 917
SECRETARIA DA 8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 919
SECRETARIA DA 9ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 962
SECRETARIA DA 10ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 1007
UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 1 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 1015
UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 2 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 1032
UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 3 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 1069
UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 4 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 1093
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ICOARACI 1148
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE ICOARACI 1167
SECRETARIA DA VARA DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA 1169
SECRETARIA DA VARA DO 3º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA 1187
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE ANANINDEUA 1200
SECRETARIA DA VARA DO 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA 1206
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE MARITUBA 1217
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL DE CASTANHAL 1221
UPJ DAS TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA CAPITAL - SECRETARIA GERAL 1224
COORDENAÇÃO GERAL DA UPJ DAS TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA CAPITAL - UPJ
TURMAS RECURSAIS 1225
DIVISÃO DE REGISTRO DE ACÓRDÃOS E JURISPRUDÊNCIA 1255
SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS 1258
FÓRUM CÍVEL
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 2 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1260
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 3 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1263
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 4 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1286
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 5 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1298
SECRETARIA DA 6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL 1347
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 7 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1364
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 8 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1387
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 9 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1439
SECRETARIA DA VARA DE CARTA PRECATÓRIA CÍVEL DA CAPITAL 1466
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 1 VARA DE FAMÍLIA 1487
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 2 VARA DE FAMÍLIA 1532
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 3 VARA DE FAMÍLIA 1543
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 4 VARA DE FAMÍLIA 1591
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 5 VARA DE FAMÍLIA 1629
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 6 VARA DE FAMÍLIA 1637
UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 7 VARA DE FAMÍLIA 1654
SECRETARIA DA 1ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL 1708
SECRETARIA DA 2ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL 1710
SECRETARIA DA 3ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA CAPITAL 1711
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 4 VARA DA FAZENDA 1769
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 1 VARA DA FAZENDA 1771
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 2 VARA DA FAZENDA 1785
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 3 VARA DA FAZENDA 1818
UPJ DAS VARAS DA FAZENDA DA CAPITAL - 5 VARA DA FAZENDA 1829
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 10 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1834
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 11 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1841
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 12 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1881
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 13 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1882
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 14 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1888
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 15 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 1890
FÓRUM CRIMINAL
SECRETARIA DA 1ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1994
SECRETARIA DA 3ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 1997
SECRETARIA DA 5ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 2006
SECRETARIA DA 6ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 2009
SECRETARIA DA 7ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 2018
SECRETARIA DA 8ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 2019
SECRETARIA DA 9ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 2036
SECRETARIA DA 10ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 2038
SECRETARIA DA 11ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 2039
SECRETARIA DA 12ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 2056
SECRETARIA DA 2ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI 2065
SECRETARIA DA 4ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DE BELÉM 2070
SECRETARIA DA 13ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL 2072
SECRETARIA DA 1ª VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 2088
SECRETARIA DA 3ª VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 2106
SECRETARIA DA VARA DE CARTA PRECATORIA CRIMINAL 2123
SECRETARIA DA 1ª VARA DE CRIMES CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 2133
FÓRUM DE ICOARACI
SECRETARIA DA VARA DE FAMILIA DISTRITAL DE ICOARACI 2134
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DISTRITAL DE ICOARACI 2145
SECRETARIA DA VARA DE INFANCIA E JUVENTUDE DISTRITAL DE ICOARACI 2190
SECRETARIA DA 1ª VARA CRIMINAL DISTRITAL DE ICOARACI 2210
SECRETARIA DA 3ª VARA CRIMINAL DISTRITAL DE ICOARACI 2211
SECRETARIA DA 2ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL DISTRITAL DE ICOARACI 2215
FÓRUM DE MOSQUEIRO
SECRETARIA DA VARA CIVEL E CRIMINAL DISTRITAL DE MOSQUEIRO 2217
FÓRUM DE ANANINDEUA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ANANINDEUA 2218
SECRETARIA DA 1ª VARA DE FAMÍLIA DE ANANINDEUA 2256
SECRETARIA DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE ANANINDEUA 2261
SECRETARIA DA 2ª VARA DE FAMÍLIA DE ANANINDEUA 2296
SECRETARIA DA VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DE ANANINDEUA 2312
SECRETARIA DA 2ª VARA CRIMINAL DE ANANINDEUA 2314
SECRETARIA DA VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DE ANANINDEUA 2316
SECRETARIA DA 2ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE ANANINDEUA 2328
SECRETARIA DA 4ª VARA CRIMINAL DE ANANINDEUA 2370
SECRETARIA DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ANANINDEUA 2379
FÓRUM DE BENEVIDES
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BENEVIDES 2389
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BENEVIDES 2390
FÓRUM DE MARITUBA
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARITUBA 2395
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE MARITUBA 2408
EDITAIS
COMARCA DA CAPITAL - EDITAIS 2419
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 1 VARA - EDITAIS 2421
JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO 2431
COMARCA DE ABAETETUBA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ABAETETUBA 2433
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ABAETETUBA 2435
COMARCA DE MARABÁ
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARABÁ 2440
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARABÁ 2452
SECRETARIA DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARABÁ 2492
SECRETARIA DA 2ª VARA CRIMINAL DE MARABÁ 2544
SECRETARIA DA 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE MARABÁ 2560
COMARCA DE SANTARÉM
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 1 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2563
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 2 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2569
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 3 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2584
UPJ DAS VARAS CRIMINAIS DE SANTARÉM - 1 VARA CRIMINAL 2611
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 4 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2615
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 5 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2619
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE SANTARÉM - 6 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 2631
UPJ DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL DE SANTARÉM 2637
UPJ DAS VARAS CRIMINAIS DE SANTARÉM - 3 VARA CRIMINAL 2642
SECRETARIA DA VARA AGRÁRIA DE SANTARÉM 2643
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE SANTARÉM 2650
VARA DO JUIZADO ESPECIAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO DE SANTARÉM 2658
COMARCA DE ALTAMIRA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ALTAMIRA 2701
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ALTAMIRA 2735
SECRETARIA DA 1ª VARA CRIMINAL DE ALTAMIRA 2748
SECRETARIA DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ALTAMIRA 2750
SECRETARIA DA VARA AGRÁRIA DE ALTAMIRA 2756
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ALTAMIRA 2758
COMARCA DE TUCURUÍ
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE TUCURUÍ 2904
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE TUCURUÍ 2958
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE TUCURUÍ 2963
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE TUCURUÍ 2966
COMARCA DE CASTANHAL
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CASTANHAL 2970
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CASTANHAL 2974
SECRETARIA DA 2ª VARA CRIMINAL DE CASTANHAL 2976
SECRETARIA DA VARA AGRÁRIA DE CASTANHAL 2977
COMARCA DE BARCARENA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BARCARENA 2979
COMARCA DE SANTA MARIA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SANTA MARIA DO PARÁ 2992
COMARCA DE PARAUAPEBAS
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE PARAUAPEBAS - 1 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 3003
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE PARAUAPEBAS - 2 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 3011
UPJ DAS VARAS CRIMINAIS DA COMARCA DE PARAUAPEBAS - 1 VARA CRIMINAL 3053
UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DE PARAUAPEBAS - 3 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL 3068
UPJ DAS VARAS CRIMINAIS DA COMARCA DE PARAUAPEBAS - 2 VARA CRIMINAL 3476
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE PARAUAPEBAS 3483
UPJ DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA E EXECUÇÃO FISCAL DE PARAUAPEBAS 3528
COMARCA DE ITAITUBA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ITAITUBA 3529
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ITAITUBA 3532
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE ITAITUBA 3571
COMARCA DE TAILÂNDIA
SECRETARIA DA 1ª VARA DE TAILÂNDIA 3579
SECRETARIA DA 2ª VARA DE TAILÂNDIA 3594
COMARCA DE JACUNDÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE JACUNDÁ 3633
COMARCA DE REDENÇÃO
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE REDENÇÃO 3646
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE REDENÇÃO 3658
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE REDENÇÃO 3667
SECRETARIA DA VARA AGRÁRIA DE REDENÇÃO 3672
COMARCA DE PARAGOMINAS
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAGOMINAS 3675
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAGOMINAS 3707
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE PARAGOMINAS 3709
SECRETARIA DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAGOMINAS 3714
SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE PARAGOMINAS 3717
COMARCA DE DOM ELISEU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE DOM ELISEU 3778
COMARCA DE PACAJÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PACAJÁ 3898
COMARCA DE RONDON DO PARÁ
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL DE RONDON DO PARÁ 3919
SECRETARIA DA 1ª VARA CRIMINAL DE RONDON DO PARÁ 3963
COMARCA DE OURÉM
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE OURÉM 3964
COMARCA DE MONTE ALEGRE
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MONTE ALEGRE 3972
COMARCA DE JURUTI
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE JURUTI 3996
COMARCA DE ORIXIMINA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ORIXIMINA 4008
COMARCA DE OBIDOS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE OBIDOS 4026
COMARCA DE ALENQUER
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ALENQUER 4045
COMARCA DE TERRA SANTA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE TERRA SANTA 4074
COMARCA DE CAPANEMA
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CAPANEMA 4082
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE CAPANEMA 4089
COMARCA DE GOIANÉSIA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE GOIANÉSIA DO PARÁ 4090
COMARCA DE CURRALINHO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE CURRALINHO 4110
COMARCA DE SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ 4112
COMARCA DE SÃO FRANCISCO DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO FRANCISCO DO PARÁ 4117
COMARCA DE SALINÓPOLIS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SALINÓPOLIS 4131
COMARCA DE SANTA IZABEL DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE SANTA IZABEL DO PARÁ 4145
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE SANTA IZABEL DO PARÁ 4152
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE SANTA IZABEL DO PARÁ 4161
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTA IZABEL DO PARÁ 4165
COMARCA DE MOJÚ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MOJÚ 4172
COMARCA DE ACARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ACARÁ 4176
COMARCA DE SANTARÉM NOVO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO JOÃO DE PIRABAS - SANTARÉM NOVO 4220
COMARCA DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA
SECRETARIA DA 1ª VARA DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA 4259
SECRETARIA DA 2ª VARA DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA 4266
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA 4277
COMARCA DE GURUPÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE GURUPÁ 4293
COMARCA DE CACHOEIRA DO ARARI
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE CACHOEIRA DO ARARI 4308
COMARCA DE CURIONÓPOLIS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE CURIONÓPOLIS 4310
COMARCA DE XINGUARA
SECRETARIA DA 2 VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE XINGUARA 4326
SECRETARIA DA 1 VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE XINGUARA 4350
SECRETARIA DA VARA CRIMINAL DE XINGUARA 4374
COMARCA DE BAIÃO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE BAIÃO 4375
COMARCA DE GARRAFÃO DO NORTE
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE GARRAFÃO DO NORTE 4394
COMARCA DE TUCUMÃ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE TUCUMÃ 4398
COMARCA DE IRITUIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE IRITUIA 4433
COMARCA DE SANTANA DO ARAGUAIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SANTANA DO ARAGUAIA 4445
COMARCA DE BRAGANÇA
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BRAGANÇA 4462
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE BRAGANÇA 4469
COMARCA DE AURORA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE AURORA DO PARÁ 4471
COMARCA DE NOVA TIMBOTEUA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE NOVA TIMBOTEUA 4500
COMARCA DE ITUPIRANGA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ITUPIRANGA 4504
COMARCA DE PONTA DE PEDRAS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PONTA DE PEDRAS 4511
COMARCA DE CONCÓRDIA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE CONCÓRDIA DO PARÁ 4515
COMARCA DE OURILÂNDIA DO NORTE
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE OURILÂNDIA DO NORTE 4542
COMARCA DE OEIRAS DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE OEIRAS DO PARÁ 4544
COMARCA DE NOVO REPARTIMENTO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE NOVO REPARTIMENTO 4553
COMARCA DE RIO MARIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE RIO MARIA 4641
COMARCA DE SOURE
GABINETE DA VARA ÚNICA DE SOURE 4670
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SOURE 4689
COMARCA DE MOCAJUBA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MOCAJUBA 4699
COMARCA DE MEDICILÂNDIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MEDICILÂNDIA 4701
COMARCA DE PRIMAVERA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PRIMAVERA 4713
COMARCA DE CAMETÁ
SECRETARIA DA 1 ª VARA DE CAMETÁ 4718
SECRETARIA DA 2ª VARA DE CAMETÁ 4759
COMARCA DE SANTA LUZIA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SANTA LUZIA DO PARÁ 4809
SECRETARIA DO TERMO JUDICIÁRIO DE CACHOEIRA DO PIRIÁ 4811
COMARCA DE JACAREACANGA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE JACAREACANGA 4813
COMARCA DE BREU BRANCO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE BREU BRANCO 4815
COMARCA DE BRASIL NOVO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE BRASIL NOVO 4818
COMARCA DE CANAÃ DOS CARAJÁS
SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CANAÃ DOS CARAJÁS 4857
SECRETARIA DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE CANAÃ DOS CARAJÁS 4858
COMARCA DE SÃO DOMINGOS DO CAPIM
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO DOMINGOS DO CAPIM 4860
COMARCA DE PEIXE - BOI
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PEIXE - BOI 4862
COMARCA DE ALMERIM
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ALMERIM 4864
SECRETARIA DA VARA DISTRITAL DE MONTE DOURADO DA COMARCA DE ALMEIRIM 4890
COMARCA DE ANAJAS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ANAJAS 4929
COMARCA DE AUGUSTO CORREA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE AUGUSTO CORREA 4945
COMARCA DE BREVES
SECRETARIA DA 1ª VARA DE BREVES 4949
SECRETARIA DA 2ª VARA DE BREVES 4987
SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL E CRIMINAL DE BREVES 4990
SECRETARIA DO TERMO JUDICIÁRIO DE BAGRE DA COMARCA DE BREVES 4991
COMARCA DE CURUÇÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE CURUÇÁ 4994
COMARCA DE IGARAPÉ-AÇU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE IGARAPÉ-AÇU 5022
SECRETARIA DO TERMO JUDICIÁRIO DE MAGALHÃES BARATA 5025
COMARCA DE LIMOEIRO DO AJURU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE LIMOEIRO DO AJURU 5029
COMARCA DE MÃE DO RIO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MÃE DO RIO 5034
COMARCA DE MARAPANIM
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MARAPANIM 5039
COMARCA DE PORTO DE MOZ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PORTO DE MOZ 5049
COMARCA DE PRAINHA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PRAINHA 5051
COMARCA DE SALVATERRA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SALVATERRA 5054
COMARCA DE SÃO DOMINGOS DO ARAGUAIA
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO DOMINGOS DO ARAGUAIA 5058
COMARCA DE SÃO FÉLIX DO XINGU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO FÉLIX DO XINGU 5090
COMARCA DE TOME - AÇU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE TOMÉ - AÇU 5126
COMARCA DE NOVO PROGRESSO
SECRETARIA DA VARA CÍVEL DE NOVO PROGRESSO 5129
COMARCA DE SENADOR JOSE PORFIRIO
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SENADOR JOSE PORFIRIO 5131
COMARCA DE PORTEL
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE PORTEL 5135
COMARCA DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ 5145
COMARCA DE VIGIA
SECRETARIA DA VARA UNICA DE VIGIA 5148
COMARCA DE VISEU
SECRETARIA DA VARA UNICA DE VISEU 5156
COMARCA DE VITÓRIA DO XINGU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE VITÓRIA DO XINGU 5164
COMARCA DE ULIANÓPOLIS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ULIANÓPOLIS 5171
COMARCA DE SÃO JOÃO DO ARAGUAIA
SECRETARIA VARA ÚNICA DE SÃO JOÃO DO ARAGUAIA 5185
COMARCA DE MARACANÃ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE MARACANÃ 5189
COMARCA DE ANAPU
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ANAPU 5208
COMARCA DE IPIXUNA DO PARÁ
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE IPIXUNA DO PARÁ 5222
COMARCA DE ELDORADO DOS CARAJÁS
SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE ELDORADO DOS CARAJÁS 5235
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PRESIDÊNCIA

A Excelentíssima Senhora Desembargadora CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO, Presidente do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, RESOLVE:

PORTARIA Nº 2765/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO a Portaria nº 2761/2021-GP, de 13/08/2021, publicada no DJ em edição nº 7205 do dia


16/08/2021,

TORNAR sem efeito a Portaria nº 2165/2021-GP, de 28/06/2021, publicada no DJ edição nº 7172 de


30/06/2021, que designou o servidor ALCINDO AUGUSTO PALHA JUNIOR, matrícula nº 68306, para
responder pela chefia do Serviço de Comercialização dos Selos de Segurança, no período de 18/06/2021
a 02/07/2021.

PORTARIA Nº 2766/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-OFI-2021/03450,

Art. 1º EXONERAR a servidora MAGDA ROSANNE LEITE DE LACERDA, Analista Judiciário -


Área Judiciária, matrícula nº 124109, do Cargo em Comissão de Assessor de Juiz, REF-CJS-2, junto ao
Gabinete do Juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Paragominas, a contar de 07/07/2021.

Art. 2º DESIGNAR a servidora MAGDA ROSANNE LEITE DE LACERDA, Analista Judiciário -


Área Judiciária, matrícula nº 124109, para responder pelo Cargo em Comissão de Diretor de Secretaria,
REF-CJS-3, junto à Secretaria da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Paragominas, durante o
afastamento por férias da titular, TASSIA MURARO AIRES, matrícula nº 93025, retroagindo seus efeitos
ao período de 07/07/2021 a 03/08/2021.

PORTARIA Nº 2767/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-OFI-2021/03450,

NOMEAR a bacharela DEBORA MIKAELE DA SILVA NOGUEIRA, para exercer o Cargo em Comissão de
Assessor de Juiz, REF-CJS-2, junto ao Gabinete do Juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Paragominas, a contar de 07/07/2021.

PORTARIA Nº 2768/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-OFI-2021/03868,

Art. 1º EXONERAR a bacharela VANESSA YOSHIE MORIMITSU FILGUEIRA, matrícula nº 134325, do


Cargo em Comissão de Assessor de Juiz, REF-CJS-2, junto ao Gabinete do Juízo da 1ª Vara Criminal da
Comarca de Castanhal, a contar do dia 02/08/2021.

Art. 2º NOMEAR a bacharela VANESSA YOSHIE MORIMITSU FILGUEIRA, para exercer o Cargo
em Comissão de Assessor de Juiz, REF-CJS-2, junto ao Gabinete do Juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial
da Comarca de Benevides, a contar do dia 02/08/2021.

PORTARIA Nº 2769/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-MEM-2021/29472,


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Art. 1º EXONERAR o servidor MAURICIO OTAVIO DE ALMEIDA JUNIOR, Analista Judiciário -


Administração, matrícula nº 66834, do Cargo em Comissão de Coordenador, REF-CJS-4, junto à
Coordenadoria de Convênios e Contratos deste Egrégio Tribunal de Justiça.

Art. 2º DESIGNAR o servidor MAURICIO OTAVIO DE ALMEIDA JUNIOR, Analista Judiciário -


Administração, matrícula nº 66834, para exercer a Função Gratificada de Chefe de Serviço, REF-FG-2,
junto ao Serviço de Licitações deste Egrégio Tribunal de Justiça.

PORTARIA Nº 2770/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-MEM-2021/29472,

Art. 1º DISPENSAR a servidora LORENA PENIN BASTOS BOTELHO, Auxiliar Judiciário,


matrícula 123005, da Função Gratificada de Chefe de Serviço, REF-FG-2, junto ao Serviço de Licitações
deste Egrégio Tribunal de Justiça.

Art. 2º NOMEAR a servidora LORENA PENIN BASTOS BOTELHO, Auxiliar Judiciário, matrícula 123005,
para exercer o Cargo em Comissão de Coordenador, REF-CJS-4, junto à Coordenadoria de Convênios e
Contratos deste Egrégio Tribunal de Justiça.

PORTARIA Nº 2771/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-MEM-2021/26393,

DESIGNAR o servidor LINDALBERTO DE JESUS ANTEIRO, Auxiliar Judiciário, matrícula nº 189871, para
exercer, em caráter excepcional, a função de Oficial de Justiça Ad hoc, junto ao Fórum da Comarca de
Anapu, especificamente durante o afastamento para tratamento de saúde do servidor Danilo Cezar
Coelho de Souza Figueiredo, Oficial de Justiça Avaliador, matrícula nº 157767, retroagindo seus efeitos ao
período de 14/07/2021 a 12/08/2021.

PORTARIA Nº 2772/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-MEM-2021/25993,

DESIGNAR o servidor ALACY PENA DE SOUSA, Diretor de Secretaria de 1ª Entrância, matrícula


nº 48984, para exercer, em caráter excepcional, a função de Oficial de Justiça Ad hoc, junto ao Fórum da
Comarca de Santa Luzia do Pará, especificamente durante o afastamento por licença prêmio do servidor
Weliton Pedro Gomes, Oficial de Justiça Avaliador, matrícula nº 21032, no período de 01/07/2021 a
26/08/2021.

PORTARIA Nº 2773/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-MEM-2021/24565,

DESIGNAR o servidor ODAY CARIDADE MACIEL JUNIOR, matrícula nº 161438, para exercer, em caráter
excepcional, a função de Oficial de Justiça Ad hoc, junto ao Fórum da Comarca de Chaves,
especificamente durante o afastamento, por licença para tratamento de saúde do servidor Silvio Rodrigo
Grando, Oficial de Justiça Avaliador, matrícula nº 170828, retroagindo seus efeitos ao período de
10/06/2021 a 24/06/2021.

PORTARIA Nº 2774/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-REQ-2021/04021,


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RELOTAR o servidor EDILBERTO JAIME DA SILVA BITTENCOURT, Analista Judiciário, matrícula


nº 49425, no Gabinete da 4ª Vara Criminal da Comarca de Belém.

PORTARIA Nº 2775/2021-GP. Belém, 16 de agosto de 2021.

CONSIDERANDO o expediente protocolizado neste Tribunal sob o nº PA-MEM-2021/08828,

RELOTAR o servidor HOLDAMIR MARTINS GOMES, Auxiliar Judiciário, matrícula nº 65226,


no 2º CEJUSC da Capital.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

VICE-PRESIDÊNCIA

RESENHA DE DISTRIBUI??O - 09/08/2021 A 13/08/2021 -

Magistrado: MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE


Secretaria: TRIBUNAL PLENO
Processo: 0002792-05.1996.8.14.0000 Distribuicao: 10/08/2021 12:22:16
A??o: Mandado de Segurança Coletivo
Vara: TRIBUNAL PLENO
Situa??o: REDISTRIBUIDO
Fundamento: Mandado de Segurança Coletivo / Execução - Acordão nº 67.618 e 69.041 - Recurso
Especial nº 1.114.523-PA STJ - O6 Volumes e 01 Anexo c/ 03 Vol. - PRIORIDADE IDOSO
Partes: LITISCONSORTE PASSIVO NECESSARIO: ESTADO DO PARA
EXEQUENTE: JOSÉ DO CARMO SAMPAIO MARTHA
EXEQUENTE: NORMA MARGARIDA DE CAMPOS ESTEVES
e outros...

Magistrado: LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR


Secretaria: TRIBUNAL PLENO
Processo: 0001651-20.2018.8.14.0051 Distribuicao: 10/08/2021 13:40:09
A??o: RECURSO ESPECIAL
Vara: TRIBUNAL PLENO
Situa??o: REDISTRIBUIDO
Fundamento: CAP.: ARTS. 33 E 35 DA LEI 11.343/2006 E ART. 333 DO CPB. ACOMPANHA 4
APENSOS.
Partes: RECORRENTE: NAIARA DE PAULA SILVA PINHEIRO
RECORRENTE: ALAN WILKER DOS SANTOS DE DEUS
RECORRENTE: DRIEELY FABRICIA MONTEIRO SILVA
e outros...

Magistrado: MAIRTON MARQUES CARNEIRO


Secretaria: TRIBUNAL PLENO
Processo: 0014970-89.2017.8.14.0051 Distribuicao: 13/08/2021 10:29:37
A??o: RECURSO ESPECIAL
Vara: TRIBUNAL PLENO
Valor:0.0 Situa??o: REDISTRIBUIDO
Fundamento: CAPITULAÇÃO ART 33 E 35 DA LEI 11.343/06. ACOMPANHA 2 APENSOS.
Partes: RECORRENTE: FERNANDA DE OLIVEIRA REGO
RECORRENTE: WILLER RAYKAR EBRAIM DOS SANTOS
RECORRIDO: JUSTIÇA PÚBLICA
e outros...

Secretaria: TRIBUNAL PLENO DE DIREITO PÚBLICO


Processo: 0008314-12.2016.8.14.0000 Distribuicao: 12/08/2021 12:58:54
A??o: Conflito de competência cível
Vara: TRIBUNAL PLENO DE DIREITO PÚBLICO
Valor:0.0 Situa??o: REDISTRIBUIDO
Fundamento: AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA/OBJ. DO AI:
DECISÃO QUE CONCEDEU LIMINAR DETERMINANDO À AGRAVANTE QUE PROMOVESSE A
REMOÇÃO DAS FAMÍLIAS PARA LOCAL SEGURO E COM PLENAS CONDIÇÕES DE HABITAÇÃO,
SOB PENA DE MULTA DIÁRIA. / CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA
Partes: AGRAVANTE: VALE SA
AGRAVADO: NEZIA COELHO DE OLIVEIRA
AGRAVADO: MARIA DE SENA DE LIMA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

e outros...

Magistrado: LUZIA NADJA GUIMARAES NASCIMENTO


Secretaria: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO
Processo: 0002626-71.2011.8.14.0074 Distribuicao: 12/08/2021 13:28:09
A??o: Apelação / Remessa Necessária
Vara: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO
Valor:0.0 Situa??o: REDISTRIBUIDO
Fundamento: AÇÃO DE COBRANÇA DE ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO.
Partes: SENTENCIANTE: JUIZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CIVEL DA COMARCA DE
TAILANDIA
SENTENCIADO / APELANTE: ESTADO DO PARA
SENTENCIADO / APELADO: IGOR LOPES VALE

Magistrado: LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR


Secretaria: 3ª TURMA DE DIREITO PENAL
Processo: 0002442-75.2018.8.14.0087 Distribuicao: 12/08/2021 09:10:43
A??o: Apelação Criminal
Vara: 3ª TURMA DE DIREITO PENAL
Valor:0.0 Situa??o: REDISTRIBUIDO
Fundamento: CAPITULAÇÃO: ART. 155, §§ 1º E 4º, I, CPB - 1 APENSO IDENTIFICADO HC
00024427520188140087, AO QUAL DEIXO DE FAZER PREVENÇÃO POR DIVERGÊNCIA DE ÓRGÃO
JULGADOR
Partes: APELANTE: JOSCELINO LEAL MORAES
APELADO: JUSTIÇA PÚBLICA

RESENHA DE DISTRIBUI??O - 16/08/2021 A 16/08/2021 -


Magistrado: VANIA LUCIA CARVALHO DA SILVEIRA
Secretaria: SEÇÃO DE DIREITO PENAL
Processo: 0015656-48.2010.8.14.0401 Distribuicao: 16/08/2021
A??o: Embargos Infringentes e de Nulidade
Vara: SEÇÃO DE DIREITO PENAL
Situa??o: REDISTRIBUIDO
Fundamento: Capitulação: art. 121, caput do CPB. (3 VOLUMES)
Partes: EMBARGADO: JUSTICA PUBLICA
EMBARGANTE: ANTONIO ROCHA JUNIOR
ASSISTENTE DE ACUSACAO: WALDEMAR PINHEIRO SARMENTO
e outros...

Magistrado: LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO


Secretaria: TRIBUNAL PLENO DE DIREITO PÚBLICO
Processo: 0012175-69.2017.8.14.0000 Distribuicao: 16/08/2021
A??o: Sindicância
Vara: TRIBUNAL PLENO DE DIREITO PÚBLICO
Situa??o: REDISTRIBUIDO
Fundamento: referente ao Procedimento de Investigação Preliminar n.º 2015.7000535-2
Partes: REQUERENTE: CORREGEDORIA DE JUSTICA DAS COMARCAS DO INTERIOR
REQUERIDO: GLAUCIO ARTHUR ASSAD

Magistrado: EZILDA PASTANA MUTRAN


Secretaria: 1ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo: 0002700-90.2008.8.14.0301 Distribuicao: 16/08/2021


A??o: Apelação / Remessa Necessária
Vara: 1ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO
Valor:1000.0 Situa??o: REDISTRIBUIDO
Fundamento: Mandado de Segurança - Inexistência de relação jurídico-Tributária p/ cobrança de ICMS
(278 fls.)
Art. 104, inciso V, alinea "b" do Regimento Interno do TJE/PA **ATIVAÇÃO AUTOMÁTICA**
Partes: SENTENCIADO / APELANTE: ESTADO DO PARA FAZENDA PUBLICA ESTADUAL
SENTENCIANTE: JUIZO DE DIREITO DA 6ª VARA DE FAZENDA DA CAPITAL
SENTENCIADO / APELADO: TRANSPORTES ZILLI LTDA.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA

PROCESSO Nº 0003560-59.2020.2.00.0814
CLASSE: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
REQUERENTE: JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE PARAGOMINAS-PA
DECISÃO: Trata-se de Ofício nº 023/2020-GJ, subscrito pela Juíza da 1ª Vara Cível e Empresarial de
Paragominas, informando acerca de casos de estelionato envolvendo idosos aposentados e
empréstimos consignados. Esclareceu a magistrada que a autoridade policial oficiou à Direção do Fórum
de Paragominas solicitando informações acerca de ações de tal natureza em trâmite na comarca, tendo
em vista a possibilitar de estar havendo agenciamento de idosos para a propositura de tais demandas em
massa contra instituições bancárias. Informa a magistrada que, na época, com a instalação do Pje na
comarca foram identificadas mais de mil ações de idosos em desfavor de instituições bancárias num
período de 03 (três) meses, sendo que em muitas houve condenação por litigância de má-fé. Por fim, a
Juíza esclareceu que encaminhava tais informações para conhecimento deste censório (tais informações
englobam: cópias de processos distribuídos e julgados improcedentes e relação de algumas sentenças já
proferidas no mesmo sentido em outros processos), e que as mesmas teriam sido encaminhadas à
Delegacia de Polícia local para subsidiar procedimentos criminais iniciados. Ainda no âmbito da
Corregedoria de Justiça das comarcas do interior (ID 120254) foi determinado o levantamento, nos
sistemas de gestão de processos do Tribunal de Justiça, de ações de indenização por danos morais
ajuizadas por parte com prioridade legal (idoso) em face de
instituições financeiras que tenham por assunto empréstimo consignado, com prazo de cinco dias. A
Secretaria de Informática prestou informações quanto aos achados (ID 162937). Tendo em vista o
despacho (ID 347210), foi encaminhado a esta Corregedoria pela Secretaria de Informática novas
informações relativas ao pleito (ID 447658 e 447659). Uma vez atendida a solicitação quanto ao chamado
técnico pela unidade judicial, bem como diante do fato de que a magistrada requerente já noticiou o fato à
Delegacia de Polícia Local, não vislumbro qualquer situação que reclame a atuação desta Corregedoria
visto que as supostas irregulares são oriundas de pessoas externas ao Tribunal de Justiça do Pará, pelo
que determino o ARQUIVAMENTO do presente Pedido de Providências. Na oportunidade, tendo em vista
o que preconiza o art. 152, XV, do Código Judiciário do Estado do Pará, encaminhe cópia do
conteúdo dos ID´s 447655, 447658 e 447659 à Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Pará,
fazendo referência a comunicação anterior já realizada em razão do presente PP, para providências
que julgar cabíveis. À Secretaria para providências. Belém, 20/07/2021. Desembargadora ROSILEIDE
MARIA DA COSTA CUNHA - Corregedora Geral de Justiça do Estado do Pará

PROCESSO N.º 0001156-98.2021.2.00.0814


PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
REQUERENTE: NATASHA FRAZÃO MONTORIL (OAB/PA 15.161)
REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 5ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE
SANTARÉM/PA

EMENTA: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. LOCALIZAÇÃO DE AUTOS PROCESSUAIS. PRETENSÃO


SATISFEITA. PERDA DE OBJETO. ARQUIVAMENTO.
DECISÃO: Trata-se de pedido de providências formulado pela Advogada Natasha Frazão Montoril
(OAB/PA 15.161) solicitando o auxílio deste Órgão Correcional para diligenciar junto ao Juízo de Direito
da 5ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Santarém/PA, a fim de que fossem localizados os autos
do processo n.º 0007996-16.2011.8.14.0051. Instada a manifestar-se, a Exma. Sra. Dra. Karise Assad
Ceccagno, Juíza de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Santarém/PA, em
síntese, na manifestação Id. 350573, informou que os autos do processo nº 0007996-16.2011.8.14.0051
tramitam na 4ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Santarém/PA.
É o Relatório. DECIDO. Analisando os fatos apresentados pela Advogada requerente, percebe-se que
a sua real intenção era obter informação acerca do Juízo processante dos autos de execução de título
extrajudicial n.º 0007996-16.2011.8.14.0051. Consoante às informações prestadas pela Magistrada titular
da 5ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Santarém, os autos do processo n.º 0007996-
17
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

16.2011.8.14.0051 tramitam perante à 4ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Santarém/PA. Diante


do exposto, DETERMINO que a informação constante no documento Id. 350573 seja encaminhada à
advogada requerente. Por fim, considerando não haver qualquer outra medida a ser adotada por esta
Corregedoria-Geral de Justiça, DETERMINO o ARQUIVAMENTO do presente

pedido de providências. Dê-se ciência às partes. Utilize-se cópia da presente decisão como ofício. À
Secretaria para os devidos fins. Belém(PA), 02/08/2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA
COSTA CUNHA - Corregedora-Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0001871-43.2021.2.00.0814
REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO
REQUERENTE: GILBERTO DA SILVA MADEIRO
REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA DA FAZENDA DA COMARCA DE BELÉM/PA
EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO ¿ DECISÃO PROFERIDA ¿
PROCESSO RECEBEU IMPULSO ¿ PRETENSÃO ALCANÇADA ¿ ARQUIVAMENTO.
DECISÃO: Trata-se de representação por excesso de prazo formulada por Gilberto da Silva Madeiro em
desfavor do Juízo de Direito da 3ª Vara da Fazenda da Comarca de Belém/PA, expondo morosidade na
tramitação do Processo nº 0000095-24.2004.8.14.0301. Instada a manifestar-se, a Exma. Sra. Dra. Marisa
Belini de Oliveira, Juíza de Direito Titular da 3ª Vara da Fazenda da Comarca de Belém/PA, em síntese,
informou que os autos do processo n.º 00095-24.2004.8.14.0301 tiveram uma contratempo em razão do
falecimento da exequente, que acarretou na necessidade de habilitação dos herdeiros necessários para
recebimento de valores devidos àqueles, o que tornou a
situação do processo um pouco mais trabalhosa e delicada. É o Relatório. DECIDO. Analisando os fatos
apresentados pelo requerente, percebe-se que a sua real intenção era que fosse dado impulso aos autos
do processo n.º 00095-24.2004.8.14.0301. Consoante às informações prestadas pela Exma. Sra. Dra.
Marisa Belini de Oliveira, Juíza de Direito Titular da 3ª Vara da Fazenda da Comarca de Belém/PA,
verificou-se que os autos do processo n.º 00095-24.2004.8.14.0301 receberam decisão,
dando impulso ao feito em questão e satisfazendo a pretensão exposta pelo requerente junto a este Órgão
Correcional. Diante do exposto, DETERMINO a retificação da autuação do presente feito da classe Pedido
de Providências para a classe Representação por Excesso de Prazo. Por fim, considerando não haver a
princípio qualquer outra medida a ser adotada por esta Corregedoria-Geral de Justiça, DETERMINO o
ARQUIVAMENTO da presente representação por excesso de prazo, com fulcro no art. 9º, § 2º da
Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça. Dê-se ciência às partes.

Utilize-se cópia da presente decisão como ofício. Após, arquive-se. À Secretaria para os devidos fins.
Belém (PA),02/08/2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA - Corregedora Geral
de Justiça

PROCESSO Nº 0002809-38.2021.2.00.0814
REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO
REQUERENTE: A. G. D. D. REPRESENTADA PELA GENITORA EVELIN VITORIA PEGAS DIAS
ADVOGADO: FRANCINALDO RODRIGUES DA SILVA (OAB/PA 23.705)
REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA 5ª VARA FEDERAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIARIA DO
ESTADO DO PARÁ
REF. PROC. N.º 1026857-40.2020.4.01.3900
EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. PEDIDO DE DESISTÊNCIA.
HOMOLOGAÇÃO. ARQUIVAMENTO.
DECISÃO: Trata-se de representação por excesso de prazo formulada pelo Advogado Francinaldo
Rodrigues da Silva (OAB/PA 23.705) atendendo aos interesses da menor A. G. D. D. representada pela
genitora Evelin Vitoria Pegas Dias em desfavor do Juízo de Direito da 5ª Vara Federal Cível da Seção
Judiciária do Estado do Pará, expondo morosidade na tramitação do processo n.º 1026857-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

40.2020.4.01.3900. Verifica-se que o causídico encaminhou a petição que foi protocolizada em 07/07/2021
e em 16/07/2021, o próprio advogado da requerente, juntou aos autos a petição Id. 629295, desistindo do
prosseguimento do presente feito uma vez que houvera protocolizado por equívoco. É o Relatório. Decido.
Das informações trazidas e de todos os documentos juntados, apura-se a evidente perda de objeto dos
presentes autos, uma vez que o próprio advogado
requerente informou que o requerimento inicial foi protocolizado por equívoco junto a este Órgão Censor.
Desse modo, HOMOLOGO a desistência requerida e diante da perda do objeto dos presentes autos,
DETERMINO o ARQUIVAMENTO desta representação por excesso de prazo.

Dê-se ciência ao Advogado requerente. Sirva a presente decisão como ofício. À Secretaria, para as
providências necessárias. Belém(PA), 09/08/2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA - Corregedora- Geral de Justiça

PROCESSO Nº 0002808-53.2021.2.00.0814
REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO
REQUERENTE: ERNESTINA MACIEL COUTINHO
ADVOGADO: JHONATA GONÇALVES MONTEIRO (OAB/PA 29571)
REQUERIDO: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE CONCÓRDIA DO PARÁ/PA
EMENTA: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO. CONSTATADA AUSÊNCIA DE
MOROSIDADE. ARQUIVAMENTO.
DECISÃO: Cuida-se de representação por excesso de prazo formulada por Ernestina Maciel Coutinho
representada pelo Advogado Jhonata Gonçalves Monteiro (OAB/PA 29571) em desfavor do Juízo de
Direito da Vara Única da Comarca de Concórdia do Pará/PA, expondo morosidade na tramitação do
processo n.º 0800348-96.2020.8.14.0105 e requerendo a imediata apreciação de pedido de tutela
antecipada. Instado a manifestar-se, o Exmo. Sr. Dr. José Ronaldo Pereira Sales, Juiz de Direito Titular
da Vara Única da Comarca de Tomé-Açu, respondendo pela Vara Única da Comarca de Concórdia do
Pará/PA, fez uma síntese da tramitação do referido processo e da situação em que se encontra naquela
Unidade Jurisdicional, nos seguintes termos: ¿Trata-se de ação de adoção c/c destituição do poder
familiar ajuizada por Reginaldo da Silva Nazare e Edna Cristina de Abreu em face de Ernestina Maciel
Coutinho, em 03/11/2020. Os autores alegaram que a requerida é genitora do menor Cristian Maciel
Coutinho e registrou o seu nascimento perante o Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais da
Comarca e Município de Ananindeua. Relataram, ainda, que a requerida realizou a entrega da criança com
poucos dias de vida à guarda e cuidado dos requerentes por não ter condições de cria-lo. Que no ato da
entrega da criança, a requerida manifestou o seu consentimento à adoção da criança pelos autores.
Desta feita, os requentes pleitearam a adoção de Cristian Maciel e a destituição do poder familiar. Na data
de 07/12/2020, foi proferido despacho inicial condicionando a concessão da guarda provisória a elementos
suficientes de prova que foram encontrados na inicial, determinou a designação de audiência de
justificação a ser agendada pelo cartório e a citação da requerida. Neste viés, ressalta-se que o Juiz titular
condicionou a apreciação do pedido de guarda provisória, feita pelos requerentes, à apresentação do
estudo social pelo CREAS, o que não foi providenciado ainda. Após, designou-se audiência de
justificação para o dia 28/04/2021 e determinado ao CREAS a emissão de relatório psicossocial com a
criança e os autores.

Em 27/04/2021, determinou-se a suspensão da audiência eis que inoportuna no rito e o envio de ofício ao
CREAS a fim de que realize o estudo determinado. A requerida apresentou contestação com pedido de
tutela de urgência alegando que os autores mentem em suas afirmações na inicial. Pois, afirma que os
autores abusaram de sua confiança por ser prima da requerente. Que a criança iria passar apenas alguns
dias com os autores, mas depois a requerente começou a pressionar a requerida para que deixasse a
criança com eles (em 29/04/2021). Por conseguinte, o juízo determinou remessa dos autos ao Ministério
Público para manifestação, na data de 28/05/2021. O Ministério Público se manifestou favorável a entrega
do menor à genitora (01/06/2021). Neste diapasão, os autores requereram pela manutenção da criança
com estes. Novamente o Ministério Público pugnou pela entrega da criança à requerida (22/06/2021). Em
15/07/2021, este juízo proferiu decisão na qual deixou de apreciar o pedido de tutela de urgência da
requerida fundamentando que a via adequada para o requerimento da parte seria por meio da
reconvenção. Neste viés, é oportuno registrar que este magistrado responde pela Comarca de Concórdia
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

do Pará desde a data 12/06/2021, consoante Portaria nº 2330/2021-GP. Desta feita, observa-se o
cumprimento dos deveres dispostos no art.35, inciso II e III, da Lei Complementar nº 35, de 24 de março
de 1979 diante da apreciação do pedido da requerida sem exceder injustificadamente o prazo para
despachar, bem como determinando as
providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais.¿ É o relatório.
Decido. Da leitura das informações que integram estes autos, apurou-se que o processo n.º 0800348-
96.2020.8.14.0105, objeto de representação por excesso de prazo, está em tramitação regular. Destarte, à
luz do princípio da razoabilidade, não há que se falar em atraso processual decorrente de ato ou omissão
do Juízo requerido, verificando-se que os intervalos entre os atos processuais se deram em tempo
razoável, não havendo paralisação do processo de modo a configurar morosidade. Em casos semelhantes
assim tem se manifestado o Conselho Nacional de
Justiça: "Para se entender configurada morosidade no tramitar de qualquer processo faz-se
necessário, à luz do princípio da razoabilidade, aferir o volume de trabalho a que está submetido o
magistrado, a sua produtividade, as condições cartorárias (equipamentos e pessoal), a complexidade da
causa e a indispensabilidade do atendimento da legislação processual" (CNJ - REP200710000001832 -
Rel. Min. Corregedor Nacional Cesar Asfor Rocha - 65ª Sessão - j. 24.06.2008 - DJU 05.08.2008l)". Assim
sendo, chama-se atenção ao fato de que o Princípio Constitucional da Duração Razoável do Processo, por
vezes, há de ser relativizado, posto que não significa imediatismo. Assim, a duração razoável deve ser
analisada caso a caso, de modo a não
importar hiato temporal, mas sim, se durante esse período, o processo tramitou regularmente. Desse
modo, ante a inexistência de qualquer infração administrativa a ser apurada, assim como diante da
ausência de constatação de morosidade processual, impõe-se o ARQUIVAMENTO destes autos, com
fulcro no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça, por não haver a princípio
qualquer outra medida a ser adotada por este Órgão Correcional. Dê-se ciência às partes. Sirva a
presente decisão como ofício. À Secretaria, para as providências necessárias. Belém (PA), 09/08/2021
Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA - Corregedora-Geral de Justiça

Processo PjeCor nº 0005315-21.2020.2.00.0814

Requerente: Dr. Jorge de Mendonça Rocha ¿ Procurador de Justiça e Corregedor Geral do MP

DECISÃO: Retornaram os autos após juntada de manifestação do Setor de Informática (ID 503120), em
resposta ao despacho (ID 321384) que solicitou informações acerca do sistema utilizado para gravação
das audiências e sobre a possibilidade de se efetuar o backup dos arquivos e de que forma poderia ser
viabilizado. Informou o Coordenador de atendimento ao usuário que o Sistema DRS Audiências, sistema
oficial de gravações de audiências, está devidamente instalada e funcional no momento. Reforçou a
importância de o operador realizar a publicação das audiências após seu término, o que possibilita a
realização de backup no Datacenter do TJPA, de forma que, sem a publicação, as audiências ficarão
armazenadas localmente nos microcomputadores, gerando riscos em caso de problemas no equipamento.
Acrescentou que, nos casos em que o operador não conseguir realizar a publicação decorrente de erros, é
recomendável realizar abertura de Chamado Técnico, via Central de Serviços pelo link:
https://centralservicos.tjpa.jus.br/glpi/ , para a equipe responsável analisar. Juntou informações prestadas
pelo Analista de Sistemas, Daniel Fontes Pereira, dando conta de que o sistema DRS Kenta possui
funcionalidade de sincronia, no qual os dados gravados na comarca são publicados no Datacenter do
TJ/PA, e que é feito backup diário com retenção de 8 dias (informação fornecida pela Coordenadoria de
Suporte Técnico da Secretaria de Informática). Informou, ainda, referente ao caso referenciado no
expediente, que o sistema não estava instalado/disponível no Salão do Júri da Comarca de Santa Izabel, à
época, fato já sanado. Destacou que os dados precisam ser publicados pelo operador para que estejam de
fato resguardados e qualquer status diferente, impede a solução de cumprir essa função, informando ainda
que, salvo soluções que estejam em avaliação pela Secretaria de Informática, quaisquer outras
ferramentas não são passíveis do armazenamento e backup no Datacenter do TJPA. É o Relatório. Ante o
exposto, expeça-se ofício circular a todos os magistrados de Juízos criminais, orientando-os para que
observem o procedimento orientado pela Secretaria de Informática para salvaguardar os arquivos de
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mídias referentes às audiências, destacando a importância do operador realizar a publicação das


audiências após seu término, pois essa ação possibilita a realização de backup no Datacenter do TJPA,
sendo que, sem a publicação, as audiências ficarão armazenadas localmente nos microcomputadores,
gerando riscos em caso de problemas no equipamento. Outrossim, caso tenham dificuldades na
publicação, que providenciem a abertura de Chamado Técnico, via Central de Serviços pelo link:
https://centralservicos.tjpa.jus.br/glpi/, para análise da equipe responsável. Cientifique-se o Procurador de
Justiça e Corregedor-Geral do Ministério Público acerca das providências adotadas por esta Corregedoria
Geral de Justiça e, após, arquive-se. À Secretaria para providências. Belém, 04 de agosto de 2021.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Desembargadora Corregedora Geral de Justiça do TJPA.

PROCESSO Nº 0003128-40.2020.2.00.0814

REQUERENTE: CORREGEDORIA DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO.

REQUERIDO: CARTÓRIO DO ÚNICO OFÍCIO DE PEIXE-BOI.

EMENTA: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS - SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS ¿ SOLICITAÇÃO DE


CERTIDÃO ¿ PLEITO SATISFEITO ¿ CERTIDÃO EXPEDIDA E ENVIADA AO REQUERENTE ¿
ARQUIVAMENTO.

DECISÃO: Trata-se de expediente formulado pela Corregedoria de Justiça do Estado do Maranhão,


solicitando apoio para a emissão da 2ª via de Certidão de Nascimento de Paulo do Socorro da Silva,
reclusos no Estado do Maranhão. Instado a manifestar-se, o cartório do único ofício de Peixe-Boi, informou
que a referida certidão solicitada foi expedida e postada na data de 05/07/2021. É O RELATÓRIO.
DECIDO. Analisando a manifestação prestada pelo Oficial Interino Luiz Liberato, observo que a pretensão
do requerente fora satisfeita, uma vez que a certidão solicitada pela Corregedoria do Estado do Maranhão
fora expedida e postada na data de 05/07/2021. Diante do exposto, não havendo outra medida a ser
adotada por esta Corregedoria, DETERMINO o arquivamento do presente expediente. À Secretaria para
os devidos fins. Utilize-se cópia do presente como ofício. Belém, data da assinatura eletrônica.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA - Corregedora de Justiça

Processo nº 0001541-46.2021.2.00.0814

CONSULENTE: EDUARDO LUIZ AYRES DUARTE DA ROSA

EMENTA: CONSULTA - DÚVIDAS A RESPEITO DE SITUAÇÕES QUE DEVERIAM TER SIDO


SANADAS AO TEMPO EM QUE A SERVENTIA SE ENCONTRAVA EM TRANSIÇÃO DE
TITULARIDADE - INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA - COMPETÊNCIA DA VARA DE REGISTROS
PÚBLICOS - NÃO CONHECIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de consulta formulada pelo Titular do 3º Ofício de Notas da Capital, Sr. Eduardo Luiz
Ayres Duarte da Rosa, pela qual apresenta caso concreto para apresentação desta Corregedoria,
referente a cobrança de emolumentos pelos serviços notariais anteriormente recolhidos à
antiga responsável Interina pela Serventia Extrajudicial, todavia não repassados ao posterior responsável
interino nomeado por esta Corregedoria, Sr. Ricardo Santiago Teixeira e ao atual titular, ora Consulente.
Vieram-me os autos conclusos. É, no essencial, o relatório. DECIDO. Prima facie, ao examinar os
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delineamentos da consulta, verifica-se a existência de excesso que impedem o processamento do feito na


espécie. Nesse sentido, forçoso é mencionar que o tema proposto pelo consulente trata-se de um caso
concreto, não se enquadrado, portanto, na previsão legal de Consulta a ser formulada a esta
Corregedoria, haja vista que autorizada apenas a se manifestar em consultas em tese, de acordo com o
que estabelece o art. 154, inciso XII do Código Judiciário do Estado do Pará, vejamos: "Art. 154. Aos
Corregedores Gerais além das atribuições que foram definidos no regimento baixado pelo Tribunal Pleno,
compete:

XII- Dar instruções aos Juízes e serventuários, respondendo as consultas daqueles sobre matéria
administrativa, em tese". (grifei)

Assim, pela simples leitura do dispositivo legal, percebe-se o descabimento de manifestação através de
consulta administrativa de casos concretos apresentados, razão pela qual a consulta não deve ser
conhecida. Ademais, a consulta envolve uma a situação de serventia submetida a transição de titularidade,
de sorte que, todos os desdobramentos interrogados, decorrem desse fato gerador que, não
foram solucionados oportunamente. Dessa feita, importante se faz trazer a baila a previsão contida no
Código de Normas do Pará que, em seu art. 43, in verbis:

"Art. 43. A transição nos serviços notariais e registrais inicia-se a partir da data de outorga da delegação
ou de designação de responsável interino".

Por sua vez, o art. 44, § 3º do mesmo normativo é enfático, no seguinte sentido:

"§ 3o O Juiz de Registros Públicos poderá designar servidor para auxiliar no acompanhamento dos atos de
transição, preferencialmente dentre os oficiais de justiça avaliadores.

Como bem pode se perceber, em que pese ter sido formulada em caráter de consulta a matéria ora
enfrentada, por seus contornos, não deixam dúvida de que a questão a ser dirimida deveria ter sido
saneada ao tempo da transição de titularidade entre os responsáveis, isso por meio de correição especial
de transição, promovida pelo Juiz da Vara de Registros Públicos. A esse respeito, corroboram para
elucidar, mais ainda, o caso sob análise, os artigos 50, 52, ambos do Código de Normas do Pará, senão
veja-se:

¿Art. 50.O responsável interino deverá entregar ao novo delegatário ou responsável interino, no momento
da abertura da Ata de transição, e na presença do Juiz de Registros Públicos, o formulário do balanço
aprovado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), indicando os valores auferidos e as despesas
efetuadas no mês da transição até o dia anterior ao do exercício do novo delegatário ou responsável
interino, devidamente acompanhado da documentação comprobatória e do numerário correspondente à
diferença entre receitas e despesas, de maneira a possibilitar a apuração e o pagamento do excedente ao
teto remuneratório previsto no Art. 34 deste Código de Normas, e da renda liquida a ser recolhida ao
Tribunal de Justiça do Estado do Pará, observado o prazo estabelecido no art. 35 deste instrumento, se
houver, bem como a quitação das obrigações vincendas no mês¿.

Art. 52. As prestações de contas dos atos praticados no mês de transição devem ser apresentadas em
lotes distintos, sendo o lote principal designado para o período correspondente aos atos praticados até o
último dia em que a serventia esteve sob a responsabilidade do responsável interino ou do Delegatário
Titular anterior, e o lote complementar ao período referente à responsabilidade do Novo Delegatário.

Não se pode olvidar, portanto, que a questão apresentada pelo consulente se deu a destempo e por meio
de expediente impróprio, contudo, a título de orientação, traz se à baila a previsão contida no art. 233 do
Código de Normas que assim aduz:

¿Art. 233. O procedimento de suscitação de dúvida concernente à legislação de registros públicos é da


competência do Juízo de Registros Públicos, devendo ser distribuído por sorteio entre as varas cíveis na
falta de vara especializada na comarca¿.
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Dessa feita, no caso de dúvida, o Código de Normas dispõe de outros instrumentos que não a consulta a
este órgão censor, cuja utilização pode ser realizada a qualquer tempo perante a autoridade competente.
Por todo o exposto, face a natureza da matéria ora em observância NEGO CONHECIMENTO À
PRESENTE CONSULTA. Dê-se ciência ao consulente. Utilize-se cópia do presente como ofício. À
Secretaria para os devidos fins. Após, Arquive-se. Belém, data registrada no sistema. Rosileide Maria da
Costa Cunha - Desembargadora Corregedora Geral de Justiça.

PROCESSO Nº 0000556-14.2020.2.00.0814 - PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS

REQUERENTE: EXMO. SR. DR. SÉRGIO CARDOSO BASTOS, JUIZ DE DIREITO TITULAR DA
COMARCA DE INHANGAPI/PA

REQUERIDO: DIVISÃO DE SERVIÇO SOCIAL DO FÓRUM CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL

DECISÃO/OFÍCIO N.º /2021-CGJ

EMENTA: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. AUXÍLIO PARA AGENDAMENTO DE EXAME DE DNA.


PRETENSÃO ALCANÇADA. ARQUIVAMENTO.

Trata-se de pedido formulado pelo Exmo. Dr. Sérgio Cardoso Bastos, Juiz de Direito Titular da Vara
Única da Comarca de Inhangapí/PA, solicitando auxílio desta Corregedoria-Geral de Justiça junto ao
Setor de Serviço Social do Fórum Cível para sejam providenciadas, com brevidade, as autorizações para
realização dos exames de DNA que se encontravam pendentes. A Divisão do Serviço Social das Varas de
Família apresentou manifestação em referência à reclamação formulada, contendo esclarecimentos
acerca da triagem e agendamento de exames de DNA ofertados por este TJ/PA, através do 1º Termo
Aditivo do contrato 022/2019/TJPA, ora vigendo. Consta explicação de que o Serviço de Triagem de Ações
de Investigação de Paternidade/Maternidade e marcação de exames de DNA foi instituído no TJPA em
1999, e desde então vem seguindo a Resolução nº. 0016/99 ¿GP, que dispõe sobre a forma de
operacionalizá-lo. É o relatório. Decido. Considerando as informações prestadas pelo requerido (Id.
357313) e documentos anexos (Id. 357314), que comprovam o encaminhamento de ofício de
agendamento de exame de DNA ao Juízo de Inhangapí, juntamente com os Kits de coleta de material do
Laboratório contratado por SEDEX, entendo que resta prejudicado o objeto do presente expediente,
motivo pelo qual determino seu arquivamento nos termos do artigo 91, parágrafo 3° do Regimento
Interno do TJ/PA. Dê-se ciência ao requerente. Sirva a presente decisão como ofício. À Secretaria para
providências. Belém (PA), data registrada no sistema. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA - Corregedora-Geral de Justiça

PROCESSO Nº 004685-62.2020.2.00.0814

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS

REQUERENTE: EXMO. SR. DR. ANDRÉ MONTEIRO GOMES, JUIZ DE DIREITO TITULAR DA VARA
ÚNICA DA COMARCA DE BUJARU/PA

DECISÃO: O Juiz de Direito André Monteiro Gomes, titular da Vara Única da Comarca de Bujaru/PA,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

comunicou à Corregedoria de Justiça da Comarcas do Interior, à época, sobre a ausência de Defensor


Público em atuação naquela Comarca. Esclareceu que encaminhou Ofícios à Defensoria Pública do
Estado a fim de solicitar providências, diante dos problemas acarretados pela ausência de Defensor
Público designado para aquela Comarca. É o relatório. Decido. Inicialmente, observa-se que diversos
magistrados que exercem suas atividades nas comarcas do interior, já há bastante tempo, têm
comunicado a ausência de Defensores Públicos nas suas respectivas unidades, como, por exemplo,
Redenção, Moju, Maracanã, Ourém, Primavera, entre outras. Desnecessário dizer que a ausência de
Defensor Público nas Comarcas do interior do Estado do Pará praticamente esvazia o direito constitucional
de defesa por parte da grande maioria da população, fazendo com que milhares de pessoas
economicamente necessitadas fiquem sem a assistência judiciária de um advogado. Isso sem falar na
paralisação de inúmeros processos, os quais dependem da presença, inclusive física, de um Defensor
Público para terem andamento. Ainda que seja desnecessário, repetir o óbvio tem sido a rotina desta
Corregedoria-Geral de Justiça. Assim, considerando a imprescindibilidade da presença de Defensor
Público nas Comarcas do interior, determino a expedição de ofício (1) à Defensoria Pública Geral do
Estado do Pará, para que tome conhecimento dos fatos narrados pelo juiz requerente e designe ao menos
um defensor público para atuar na Comarca de Bujaru/PA, ainda que de forma cumulativa com outra
unidade judicial; (2) à Exma. Sra. Desembargadora Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, a
fim de que tome conhecimento dos fatos relatados nestes autos; (3) ao Exmo. Sr. Procurador-Geral de
Justiça do Estado do Pará, para que avalie se a conduta do Defensor Público Geral se enquadra, em tese,
como prática de ato de improbidade administrativa ou outro ilícito de natureza diversa; e (4) ao Magistrado
requerente, para que designe defensor dativo para atuar nos processos em que a parte não tiver
advogado. Feitas as comunicações acima determinadas, arquivem-se estes autos. Belém (PA), 29 de
julho de 2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora-Geral de Justiça

CORREGEDORIA-GERAL DE JUSTIÇA

COMUNICADO N.º 108/2021-CGJ

A Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora-Geral de Justiça, no uso de


suas atribuições legais;

COMUNICA aos MM. Juízes de Direito, Membros do Ministério Público, Advogados, Notários e
Registradores, Serventuários de Justiça e a quem mais possa interessar, para conhecimento e devidos
fins, que, conforme teor do PJECOR 0001745-90.2021.2.00.0814, foi comunicado pelo 2º Ofício do
Registro de Imóveis de Belém o cancelamento dos seguintes selos digitais, em razão do cancelamento
dos atos aos quais foram apostos:

- A72955, código de segurança 55927000000029400460023110 (AV-6, matrícula 248BP, protocolo nº


283475),

- A73045, código de segurança 54037000000098600460023110 (AV-8, matrícula 301697, protocolo nº


283598)

- A73005, código de segurança 50037000000026004600460023110 (AV-4, matrícula 446HF, protocolo nº


283571).

Publique-se. Registre-se e Cumpra-se.

Belém, PA, data registrada no sistema.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desa. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Corregedora-Geral de Justiça

CORREGEDORIA-GERAL DE JUSTIÇA

COMUNICADO N.º 109/2021-CGJ

A Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora-Geral de Justiça, no uso de


suas atribuições legais;

COMUNICA aos MM. Juízes de Direito, Membros do Ministério Público, Advogados, Notários e
Registradores, Serventuários de Justiça e a quem mais possa interessar, para conhecimento e devidos
fins, que, conforme teor do PJECOR 0000492-67.2021.2.00.0814, foi comunicado pelo Cartório do Distrito
de Mosqueiro a ocorrência de fraude na Serventia, em razão de emissão de procuração inexistente, tendo
em vista a suposta emissão de procuração cuja outorgante seria a Senhora Margarete Henriques Calado e
o outorgado seria o Senhor Antônio Laércio Maia Russo Pedrosa, conferindo a este plenos poderes para a
transferência de bem imóvel da suposta outorgante. Informa que a situação foi devidamente relatada à
Polícia Civil do Estado do Pará através do Boletim de Ocorrência nº 00004/2019.101627-8, lavrado
em29/01/2021

Publique-se. Registre-se e Cumpra-se.

Belém, PA, data registrada no sistema.

Desa. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA

Corregedora-Geral de Justiça
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

COORDENADORIA DOS PRECATÓRIOS

PRECATÓRIO: nº 004/2020

PROCESSO DE ORIGEM: nº 0000899-62.2013.8.14.0301

CREDOR(A): Construtora Sucesso S/A

ADVOGADO(A): Silvio Augusto de Moura Fé ¿ OAB/PI nº 2422 e OAB/MA nº 6735-A

ENTE DEVEDOR: Município de Ananindeua-PA

PROCURADOR(A): João Luís Brasil Batista Rolim de Castro - OAB/PA nº 14045

DESPACHO

Intime-se a pessoa jurídica credora para juntar procuração a seu advogado, a qual deve ser subscrita pela
pessoa com atribuição para tanto, conforme previsto no ato constitutivo e alterações de fls.40 ¿ 48.

Satisfeita a providência acima determinada, voltem-me os autos conclusos.

Mantenha-se o crédito provisionado (fl.27).

Publique-se.

Belém-PA, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência, designado para a

Coordenadoria de Precatórios (Portaria nº 624/2021-GP)

Protocolo nº 2020.02642543-45

Requerente: Raimunda Nonata Campos da Silva (Adv. Gleydson Alves Pontes ¿ OAB/PA nº 12.347)

Requerido: Município de Itaituba-PA

Referência: Devolução de Ofício Precatório

DESPACHO

Considerando a informação prestada pelo Serviço de Análise de Processos, devolva-se o


ofício precatório ao Juízo da Execução, tendo em vista a ausência de dados necessários ao
processamento de precatório requisitório, nos termos do artigo 6º da Resolução n° 303/2019 - CNJ,
conforme checklist em anexo.

Publique-se.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência ¿ TJPA, designado para a

Coordenadoria de Precatórios ¿ CPREC (Portaria nº.624/2021-GP)

Protocolo nº 2020.02642328-1

Requerente: Raimunda Maria Oliveira Lima (Adv. Gleydson Alves Pontes ¿ OAB/PA nº 12.347)

Requerido: Município de Itaituba-PA

Referência: Devolução de Ofício Precatório

DESPACHO

Considerando a informação prestada pelo Serviço de Análise de Processos, devolva-se o


ofício precatório ao Juízo da Execução, tendo em vista a ausência de dados necessários ao
processamento de precatório requisitório, nos termos do artigo 6º da Resolução n° 303/2019 - CNJ,
conforme checklist em anexo.

Publique-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência ¿ TJPA, designado para a

Coordenadoria de Precatórios ¿ CPREC (Portaria nº.624/2021-GP)

Protocolo nº 2020.02642086-58

Requerente: Raimunda Maria do Espírito Santo Silva (Adv. Gleydson Alves Pontes ¿ OAB/PA nº 12.347)

Requerido: Município de Itaituba-PA

Referência: Devolução de Ofício Precatório

DESPACHO

Considerando a informação prestada pelo Serviço de Análise de Processos, devolva-se o


ofício precatório ao Juízo da Execução, tendo em vista a ausência de dados necessários ao
processamento de precatório requisitório, nos termos do artigo 6º da Resolução n° 303/2019 - CNJ,
conforme checklist em anexo.
27
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Publique-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência ¿ TJPA, designado para a

Coordenadoria de Precatórios ¿ CPREC (Portaria nº.624/2021-GP)

Protocolo nº 2020.02644612-46

Requerente: Raimundo Wilson Mota Oliveira (Adv. Gleydson Alves Pontes ¿ OAB/PA nº 12.347)

Requerido: Município de Itaituba-PA

Referência: Devolução de Ofício Precatório

DESPACHO

Considerando a informação prestada pelo Serviço de Análise de Processos, devolva-se o


ofício precatório ao Juízo da Execução, tendo em vista a ausência de dados necessários ao
processamento de precatório requisitório, nos termos do artigo 6º da Resolução n° 303/2019 - CNJ,
conforme checklist em anexo.

Publique-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência ¿ TJPA, designado para a

Coordenadoria de Precatórios ¿ CPREC (Portaria nº.624/2021-GP)

Protocolo nº 2020.02644615-37

Requerente: Sandra Márcia Farias Silva (Adv. Gleydson Alves Pontes ¿ OAB/PA nº 12.347)

Requerido: Município de Itaituba-PA

Referência: Devolução de Ofício Precatório

DESPACHO

Considerando a informação prestada pelo Serviço de Análise de Processos, devolva-se o


ofício precatório ao Juízo da Execução, tendo em vista a ausência de dados necessários ao
processamento de precatório requisitório, nos termos do artigo 6º da Resolução n° 303/2019 - CNJ,
28
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

conforme checklist em anexo.

Publique-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência ¿ TJPA, designado para a

Coordenadoria de Precatórios ¿ CPREC (Portaria nº.624/2021-GP)

Protocolo nº 2020.02644642-53

Requerente: Raimundo Nonato Araújo (Adv. Gleydson Alves Pontes ¿ OAB/PA nº 12.347)

Requerido: Município de Itaituba-PA

Referência: Devolução de Ofício Precatório

DESPACHO

Considerando a informação prestada pelo Serviço de Análise de Processos, devolva-se o


ofício precatório ao Juízo da Execução, tendo em vista a ausência de dados necessários ao
processamento de precatório requisitório, nos termos do artigo 6º da Resolução n° 303/2019 - CNJ,
conforme checklist em anexo.

Publique-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência ¿ TJPA, designado para a

Coordenadoria de Precatórios ¿ CPREC (Portaria nº.624/2021-GP)

Protocolo nº 2020.02644643-50

Requerente: Salomão Albuquerque Aranha (Adv. Gleydson Alves Pontes ¿ OAB/PA nº 12.347)

Requerido: Município de Itaituba-PA

Referência: Devolução de Ofício Precatório

DESPACHO

Considerando a informação prestada pelo Serviço de Análise de Processos, devolva-se o


29
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ofício precatório ao Juízo da Execução, tendo em vista a ausência de dados necessários ao


processamento de precatório requisitório, nos termos do artigo 6º da Resolução n° 303/2019 - CNJ,
conforme checklist em anexo.

Publique-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência ¿ TJPA, designado para a

Coordenadoria de Precatórios ¿ CPREC (Portaria nº.624/2021-GP)

Protocolo nº 2020.02644667-75

Requerente: Sandra Nogueira Leite (Adv. Gleydson Alves Pontes ¿ OAB/PA nº 12.347)

Requerido: Município de Itaituba-PA

Referência: Devolução de Ofício Precatório

DESPACHO

Considerando a informação prestada pelo Serviço de Análise de Processos, devolva-se o


ofício precatório ao Juízo da Execução, tendo em vista a ausência de dados necessários ao
processamento de precatório requisitório, nos termos do artigo 6º da Resolução n° 303/2019 - CNJ,
conforme checklist em anexo.

Publique-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência ¿ TJPA, designado para a

Coordenadoria de Precatórios ¿ CPREC (Portaria nº.624/2021-GP)

Protocolo nº 2020.02644656-11

Requerente: Ruth de Almeida Mota (Adv. Gleydson Alves Pontes ¿ OAB/PA nº 12.347)

Requerido: Município de Itaituba-PA

Referência: Devolução de Ofício Precatório

DESPACHO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Considerando a informação prestada pelo Serviço de Análise de Processos, devolva-se o


ofício precatório ao Juízo da Execução, tendo em vista a ausência de dados necessários ao
processamento de precatório requisitório, nos termos do artigo 6º da Resolução n° 303/2019 - CNJ,
conforme checklist em anexo.

Publique-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Leonardo de Farias Duarte

juiz auxiliar da Presidência ¿ TJPA, designado para a

Coordenadoria de Precatórios ¿ CPREC (Portaria nº.624/2021-GP)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA JUDICIÁRIA

RESENHA: 17/08/2021 A 17/08/2021 - SECRETARIA JUDICIÁRIA - VARA: TRIBUNAL PLENO

PROCESSO: 00004282520178140000 PROCESSO ANTIGO: ---


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JONAS PEDROSO LIBÓRIO VIEIRA Ação:
Suspensão de Liminar ou Antecipação de Tutela em: 16/08/2021---REQUERENTE:ESTADO DO PARA
Representante(s): OAB 3259 - OPHIR FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR (PROCURADOR(A)) OAB
7494 - PAULO DE TARSO DIAS KLAUTAU FILHO (PROCURADOR(A)) OAB 11936 - ANA CAROLINA
LOBO GLUCK PAUL PERACCHI (PROCURADOR(A)) REQUERIDO: JUIZO DE DIREITO DA
TERCEIRA VARA DE EXECUCAO FISCAL INTERESSADO:LIDER COMERCIO E INDUSTRIA LTDA E
FILIAIS Representante(s): OAB 14904-A - TIAGO BAGGIO LINS (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO
No uso de suas atribuições legais, o Secretario Judiciário INTIMA o ESTADO DO PARÁ para que tome
conhecimento acerca do desarquivamento dos autos de Suspensão de Liminar ou Antecipação de Tutela
nº. 0000428-25.2017.8.14.0000. Belém/PA, 16/8/2021.
32
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL PLENO

Número do processo: 0002848-71.2006.8.14.0005 Participação: RECORRENTE Nome: DAUMESNIL


ALVES DOS SANTOS NETO Participação: RECORRIDO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
PARA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: GILBERTO DIAS ALENCAR Participação:
ADVOGADO Nome: VERA LUCIA TAPIAS SCHWAMBACK STORCH OAB: 4941/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, INTIMA A
PARTE RECORRIDA: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ, bem como ao ASSISTENTE DE
ACUSAÇÃO: GILBERTO DIAS ALENCAR, de que foi interposto Recurso Especial/Extraordinário, estando
facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.030 do CPC/2015.

Belém, 13 de agosto de 2021

Número do processo: 0013635-15.2013.8.14.0006 Participação: RECORRENTE Nome: ALEX AVIZ DE


SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: ARMANDO AQUINO ARAUJO JUNIOR OAB: 14403/PA
Participação: RECORRIDO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: FRANCISCO CARNEIRO DO NASCIMENTO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, INTIMA A
PARTE RECORRIDA: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ, de que foi interposto Recurso
Especial/Extraordinário, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.030 do
CPC/2015.

Belém, 16 de agosto de 2021.


33
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0000341-32.2015.8.14.0035 Participação: RECORRENTE Nome: MARCIO


ROGERIO RIBEIRO NOGUEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO EDSON DE OLIVEIRA
MARINHO JUNIOR OAB: 7679/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO LUIZ DE ANDRADE
CARDOSO OAB: 13028/PA Participação: RECORRIDO Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0000341-32.2015.8.14.0035

AGRAVO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

AGRAVANTE: MÁRCIO ROGÉRIO RIBEIRO NOGUEIRA

REPRESENTANTE: ANTÔNIO EDSON DE O. MARINHO JR. OAB/PA 7.679

AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

REPRESENTANTE: FRANSCISCO BARBOSA DE OLIVEIRA (4º PROCURADOR DE JUSTIÇA


CRIMINAL)

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso extraordinário (ID 5835424), interposto por MÁRIO ROGÉRIO RIBEIRO
NOGUEIRA, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão que não admitiu
o recurso extraordinário (ID 5835420).

Apresentaram-se contrarrazões (ID 5835426).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Supremo Tribunal Federal, salvo se também houver sido interposto agravo em
recurso especial, caso em que os autos devem ser remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042,
§§ 4º e 7º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0000341-32.2015.8.14.0035

AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: MÁRCIO ROGÉRIO RIBEIRO NOGUEIRA

REPRESENTANTE: ANTÔNIO EDSON DE O. MARINHO JR. OAB/PA 7.679


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

REPRESENTANTE: FRANSCISCO BARBOSA DE OLIVEIRA (4º PROCURADOR DE JUSTIÇA


CRIMINAL)

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (ID 5835422), interposto por MÁRIO ROGÉRIO RIBEIRO
NOGUEIRA, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão que não admitiu
o recurso especial (ID 5835421).

Apresentaram-se contrarrazões (ID 5835427).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, § 4º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0014358-54.2017.8.14.0051 Participação: RECORRENTE Nome: MUNICIPIO DE


SANTAREM Participação: RECORRIDO Nome: BYTECAP LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
FRANCIVALDO CARDOSO RODRIGUES OAB: 14820/PA Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA
RACHADEL COSTA OAB: 24662/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIZA MACHADO DA SILVA
LIMA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO INTERNO CÍVEL (1208) - 0014358-54.2017.8.14.0051

AGRAVANTE: MUNICIPIO DE SANTAREM

AGRAVADO: BYTECAP LTDA

RELATOR(A): Vice-presidência do TJPA

EMENTA

AGRAVO INTERNO. NÃO ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL, COM FUNDAMENTO EM


SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. CABIMENTO DE AGRAVO EM RECURSO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ESPECIAL. ART. 1.042 DO CPC. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO INTERNO. PRINCÍPIO DA


FUNGIBILIDADE RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. ERRO GROSSEIRO. PRAZO RECURSAL NÃO
INTERROMPIDO. CERTIFICAÇÃO DO TRÂNSITO EM JULGADO. PRECEDENTES.
NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO INTERNO.

1. O recurso cabível da decisão que nega seguimento a recurso especial com fundamento em súmulas do
Superior Tribunal de Justiça é o agravo previsto nos arts. 1.030, §1.º, e 1.042 do Código de Processo Civil,
e não o agravo interno.

2. A redação do art. 1.042 do CPC torna incabível a aplicação do princípio da fungibilidade recursal, por
tratar-se de erro grosseiro. Precedentes do STJ.

3. Tratando-se de recurso manifestamente incabível, que não suspende nem interrompe o prazo para a
interposição de outro recurso, constata-se a ocorrência do trânsito em julgado da decisão que não admitiu
o recurso especial.

3. Agravo interno não conhecido.

ACÓRDÃO

Acordam os Desembargadores do Pleno do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, por
unanimidade, em não conhecer do agravo interno em recurso especial em apelação cível, nos termos do
voto do Relator, Desembargador Ronaldo Marques Valle (Vice-Presidente). Julgamento presidido
pela Desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro (Presidente). Afirmou impedimento-suspeição o
Desembargador Rômulo José Ferreira Nunes.

Belém (PA), data registrada no sistema.

Desembargador Ronaldo Marques Valle

Vice-Presidente e Relator

TRIBUNAL PLENO

PROCESSO ELETRÔNICO N.º: 0014358-54.2017.814.0051

AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAÇÃO CÍVEL

AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE SANTARÉM

(Representante: Maria Josiane de Sousa Maia – Procuradora do Município - OAB/PA n.º 11.874).

AGRAVADA: BYTECAP LTDA

(Representante: – Larissa Rachadel Costa - Advogada – OAB/PA n.º 24.662).

RELATOR: DESEMBARGADOR RONALDO MARQUES VALLE

RELATÓRIO
36
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O Excelentíssimo Senhor Desembargador Ronaldo Marques Valle (Relator):

Trata-se de agravo interno (ID 5415717), interposto pelo Município de Santarém, com fundamento no art.
1.021 do Código de Processo Civil, c/c os arts. 289 e 290, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, contra a decisão registrada sob o ID 4941974, pretendendo, por conseguinte, a admissão
do recurso especial interposto (ID 4568986) e seu encaminhamento ao Superior Tribunal de Justiça,
visando à reforma do acordão, que desproveu sua apelação (ID 4207330).

Sustentou, em síntese, o cabimento do recurso, porque a decisão agravada seria decisão monocrática de
relator, sendo certo que o acórdão que julgou a apelação deveria ser reformado, uma vez que, além de
confrontar jurisprudência do Tribunal Superior, sua manutenção feriria interesse público e
provocaria prejuízos ao erário, porquanto, para a continuidade dos serviços, teve de abrir novo
procedimento licitatório.

Não foram apresentadas contrarrazões (ID 5690344).

Éo relatório.

VOTO

AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAÇÃO CÍVEL N.º: 0014358-54.2017.814.0051

O Excelentíssimo Senhor Desembargador Ronaldo Marques Valle (Relator):

A decisão agravada, que não admitiu o recurso especial interposto (art. 1.030, V, do Código de Processo
Civil), fundou-se na incidência dos enunciados 5, 7. 83 e 126, todos de Súmula do Superior Tribunal de
Justiça.

Destarte, deve ser desafiada pelo agravo previsto nos arts. 1.030, §1.º, e 1.042, do Código de Processo
Civil, protocolado no tribunal local, mas com suas razões endereçadas ao Superior Tribunal de Justiça, de
modo que a interposição de agravo interno configura erro grosseiro, o que impede a aplicação do princípio
da fungibilidade recursal, bem como não tem o condão de interromper o prazo para a interposição do
recurso cabível.

Não é outro o entendimento do STJ. Exemplificativamente:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INTEMPESTIVIDADE. 1. Ação de exceção de pré-executividade. 2. A
interposição de embargos de declaração contra decisão do Tribunal de segunda instância que inadmite o
processamento do recurso especial, configura erro grosseiro e, por via de consequência, não comporta a
aplicação do princípio da fungibilidade recursal, bem como não tem o condão de interromper o prazo para
a interposição do recurso cabível. 3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1679049/RS, Rel.
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/10/2020, DJe 21/10/2020)”

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. 1. DECISÃO QUE


INADMITE O RECURSO ESPECIAL. RECURSO CABÍVEL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
EXPRESSA PREVISÃO NO ART. 1.042 DO CPC/2015. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. INAPLICABILIDADE. ERRO GROSSEIRO. 2.
INTERPOSIÇÃO FORA DO PRAZO LEGAL. INTEMPESTIVIDADE RECONHECIDA. 3. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO OPOSTOS CONTRA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL.
NÃO INTERRUPÇÃO DA CONTAGEM DO PRAZO PARA O RECURSO CABÍVEL. 4.AGRAVO INTERNO
IMPROVIDO. 1. De acordo com a jurisprudência do STJ, o princípio da fungibilidade não pode ser aplicado
quando houver expressa previsão legal de determinado meio processual, o que afasta a dúvida objetiva e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

impõe o reconhecimento de erro grosseiro pela utilização de outro meio. 2. Nos termos do art. 219, c/c o
art. 1.003, § 5º, ambos do Código de Processo Civil de 2015, é intempestivo o recurso interposto com
fundamento na respectiva lei adjetiva após escoado o prazo de 15 (quinze) dias úteis. 3. Consoante a
jurisprudência desta Corte, o único recurso cabível da decisão do primeiro juízo de admissibilidade do
recurso especial é o agravo previsto no art. 1.042 do CPC/2015. A oposição dos embargos de declaração
não tem o condão de interromper o prazo para a interposição do citado recurso. Precedentes. 4. Agravo
interno improvido. (AgInt no AREsp 1694445/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA
TURMA, julgado em 21/09/2020, DJe 24/09/2020)”.

AGRAVO INTERNO/REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO ADMITIDO. RECURSO


MANIFESTAMENTE INCABÍVEL. ARTS. 1.030, § 1º, E 1.042 DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. PRAZO RECURSAL NÃO
INTERROMPIDO. CERTIFICAÇÃO DO TRÂNSITO EM JULGADO. 1. Contra a decisão monocrática que
não admite o recurso extraordinário, nos termos do art. 1030, V, do CPC, não cabe agravo
interno/regimental, mas agravo para o Supremo Tribunal Federal, conforme previsão expressa dos artigos
1030, §1º, e 1042 do Estatuto Processo Civil. 2. Há, na espécie, erro grosseiro, a impossibilitar a aplicação
do princípio da fungibilidade recursal. 3. Tratando-se de recurso manifestamente incabível, que não
suspende nem interrompe o prazo para a interposição de outro recurso, constata-se a ocorrência do
trânsito em julgado da decisão que não admitiu o recurso extraordinário. 4. Agravo interno/regimental não
conhecido. (AgRg no RE no AgInt no AgRg no AREsp 1236999/SC, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE
NORONHA, CORTE ESPECIAL, julgado em 07/11/2018, DJe 20/11/2018).

Sendo assim, voto pelo não conhecimento do agravo interno, devendo ser certificado o trânsito em julgado
da decisão que não admitiu o recurso especial.

Belém, 12/08/2021

Número do processo: 0001006-54.2014.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: MUNICIPIO DE


CAMETA Participação: RECORRIDO Nome: MOISES DOS PRAZERES RODRIGUES Participação:
ADVOGADO Nome: EIKY WILLER DE MIRANDA CARVALHO OAB: 28398/PA

PROCESSO Nº 0001006-54.2014.8.14.0012

AGRAVO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

AGRAVANTE: MOISES DOS PRAZERES RODRIGUES

REPRESENTANTE: EIKY WILLER DE MIRANDA CARVALHO – OAB/PA Nº 28.398

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE CAMETA

REPRESENTANTE: MARCOS SOARES BARROSO – OAB/PA Nº 15.847

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso extraordinário (Id 4711674), interposto pelo MOISES DOS PRAZERES
RODRIGUES, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão de inadmissão
do recurso extraordinário (Id 4711673).

Não foram apresentadas contrarrazões (Id 5928026).


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Supremo Tribunal Federal, salvo se também houver sido interposto agravo em
recurso especial, caso em que os autos devem ser remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042,
§§ 4º e 7º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

PROCESSO Nº 0001006-54.2014.8.14.0012

AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: MOISES DOS PRAZERES RODRIGUES

REPRESENTANTE: EIKY WILLER DE MIRANDA CARVALHO – OAB/PA Nº 28.398

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE CAMETA

REPRESENTANTE: MARCOS SOARES BARROSO – OAB/PA Nº 15.847

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (Id 4711675), interposto por MOISES DOS PRAZERES
RODRIGUES, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão de inadmissão
do recurso especial (Id 4711672).

Não foram apresentadas contrarrazões (Id 5928026).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0005977-16.2017.8.14.0000 Participação: REPRESENTANTE Nome: SINTESE


ENGENHARIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CANDIDO BARRA MONTEIRO DE
BRITTO OAB: 3961/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICIPIO DE BELEM Participação:
AUTORIDADE Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0005977-16.2017.8.14.0000

AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: SÍNTESE ENGENHARIA LTDA

REPRESENTANTE: ANTÔNIO CÂNDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO - OAB PA3961-A

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE BELÉM

REPRESENTANTE: MIGUEL GUSTAVO CARVALHO BRASIL CUNHA (PROCURADOR MUNICIPAL)

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (ID 5361339), interposto por SÍNTESE ENGENHARIA LTDA com
fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão que não admitiu o recurso
especial (ID 5130575).

Foram apresentadas contrarrazões (ID 5514104).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, § 4º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0807581-08.2019.8.14.0000 Participação: RECORRENTE Nome: JORGE


FERNANDO DE CAMPOS ALMEIDA Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO RENATO FREITAS DE
OLIVEIRA JUNIOR OAB: 15837/PA Participação: RECORRIDO Nome: PREFEITURA DE ANANINDEUA
Participação: RECORRIDO Nome: ELIAS SALEH RIMAN Participação: RECORRIDO Nome: linda fayad
riman

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0807581-08.2019.8.14.0000

AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AGRAVANTE: JORGE FERNANDO DE CAMPOS ALMEIDA

REPRESENTANTE: SERGIO RENATO FREITAS DE OLIVEIRA JUNIOR - OAB PA15837-A

AGRAVADOS: MUNICÍPIO DE ANANINDEUA e OUTROS

REPRESENTANTE: (sem advogado constituído nos autos)

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (ID 5311329), interposto por JORGE FERNANDO DE CAMPOS
ALMEIDA com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão que não admitiu o
recurso especial (ID 5011036).

Não foram apresentadas contrarrazões (ID 5835937).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, § 4º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0000084-33.2007.8.14.0020 Participação: RECORRENTE Nome: TELEMAR


NORTE LESTE S/A. - EM RECUPERACAO JUDICIAL Participação: ADVOGADO Nome: VERA LUCIA
LIMA LARANJEIRA OAB: 17196/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE MIRANDA LIMA
OAB: 13867/PA Participação: RECORRIDO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
PROCURADOR Nome: RAIMUNDO DE MENDONCA RIBEIRO ALVES OAB: null

PROCESSO ELETRÔNICO. N.º: 0000084-33.2007.8.14.0020

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: TELEMAR NORTE LESTE S/A. – EM RECUPERACAO JUDICIAL

REPRESENTANTE: ALEXANDRE MIRANDA LIMA (OAB/RJ 131.436)

AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

REPRESENTANTE: RAIMUNDO DE MENDONÇA RIBEIRO ALVES (PROCURADOR DE JUSTIÇA)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DESPACHO

TELEMAR NORTE LESTE S/A., com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, interpôs
agravo em recurso especial (ID. 5459318) contra a decisão que não admitiu o recurso especial (ID.
5260789).

Foram apresentadas contrarrazões (ID. 5860474).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, § 4º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0004957-24.2016.8.14.0000 Participação: RECORRENTE Nome: CONDOMINIO


EDIFICIO LILLE Participação: ADVOGADO Nome: MICHEL FERRO E SILVA OAB: 7961/PA Participação:
RECORRIDO Nome: PORTE ENGENHARIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO MENEZES
COELHO DE SOUZA OAB: 8770/PA Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA MENEZES COELHO
DE SOUZA OAB: 11307/PA

PROCESSO ELETRÔNICO N. 0004957-24.2016.814.0000

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LILLE

REPRESENTANTE: MICHEL FERRO E SILVA OAB/PA nº 7961-A

AGRAVADO: PORTE ENGENHARIA LTDA

REPRESENTANTE: BRUNO MENEZES COELHO DE SOUZA OAB/PA 8.770

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (ID 5656795), interposto por CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LILLE,
com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão que não admitiu o recurso
especial (ID 5387396).

Foram apresentadas contrarrazões (ID 5849138).


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A parte agravada apresentou petição (ID 5849140) solicitando a exclusão dos autos de petição (ID
5849136), erroneamente protocolada.

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Providencie a Secretaria a exclusão da petição (ID 5849136), conforme solicitado (ID 5849140).

Remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, § 4º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0028149-58.2013.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: MUNICIPIO DE


BELEM Participação: RECORRIDO Nome: EDNA CRISTINA BENTES NUNES Participação: ADVOGADO
Nome: YURI DE BORGONHA MONTEIRO RAIOL OAB: 17402/PA Participação: ADVOGADO Nome:
MARINA DA CONCEICAO ALMEIDA SANTOS OAB: 15871/PA Participação: ADVOGADO Nome:
DEBORA DO COUTO RODRIGUES OAB: 14662/PA Participação: RECORRIDO Nome: ELIANE DO
SOCORRO LOBATO CARNEIRO Participação: ADVOGADO Nome: YURI DE BORGONHA MONTEIRO
RAIOL OAB: 17402/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARINA DA CONCEICAO ALMEIDA SANTOS
OAB: 15871/PA Participação: ADVOGADO Nome: DEBORA DO COUTO RODRIGUES OAB: 14662/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
PROCURADOR Nome: LEILA MARIA MARQUES DE MORAES OAB: null

PROCESSO ELETRÔNICO N.º: 0028149-58.2013.8.14.0301

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE BELÉM

(Representante: Daniel Coutinho da Silveira - Procurador do Município –OAB/PA n.º 11.595)

AGRAVADAS: EDNA CRISTINA BENTES NUNES E ELIANE DO SOCORRO LOBATO CARNEIRO

(Representante: Yuri de Borgonha Monteiro Raiol – Advogado – OAB/PA n.º 17.402).

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (ID n.º 5.598.087), interposto pelo Município de Belém, com
fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, insurgindo-se contra decisão de não
admissibilidade de recurso especial, fundada nos enunciados 83 e 7 da Súmula do Superior Tribunal de
Justiça (ID n.º 4.870.877).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Foram apresentadas contrarrazões (ID n.º 5.796.765).

Em seguida, vieram-me os autos conclusos, para o fim do disposto no §2.º do art. 1.042 do Código de
Processo Civil.

É o relatório. Decido.

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho por seus próprios
fundamentos.

Sendo assim, encaminhe-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, §4.º, do Código de
Processo Civil).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0806047-58.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: PAULO SERGIO


BARATA MARQUES Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO JERONIMO DE OLIVEIRA FROES
OAB: 8376/PA Participação: IMPETRADO Nome: GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ Participação:
AUTORIDADE Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: INTERESSADO
Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO N. 0806047-58.2021.8.14.0000.

SECRETARIA DA SECRETARIA JUDICIÁRIA.

MANDADO DE SEGURANÇA.

IMPETRANTE: PAULO SÉRGIO BARATA MARQUES.

ADVOGADO: RICARDO JERONIMO DE OLIVEIRA FRÓES – OAB/PA 8376.

IMPETRADO: EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ.

LITISCONSORTE PASSIVO NECESSÁRIO: ESTADO DO PARÁ.

PROCURADOR DO ESTADO: DANIEL CORDEIRO PERACCHI.

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA: CÉSAR BECHARA NADER MATTAR JR.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RELATORA: DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado PAULO SÉRGIO BARATA MARQUES. Alega que
foi Delegado de Polícia Civil de carreira nomeado através de Concurso Público em 26.09.2000. Narra que
enquanto exercia suas atividades de Delegado de Polícia civil lotado no Município de Marabá, na
Superintendência do Sudeste do Pará, estando de folga em sua residência recebeu a visita de seu
superior hierárquico, Delegado João de Deus Damasceno Filho, que o convidou para viajar até Bom Jesus
do Tocantins, onde este delegado era designado e respondia pelo expediente da Delegacia Municipal de
Bom Jesus do Tocantins, como estava havendo uma ocorrência no município e teria sido acionado para
comparecer no local para tomada de providências legais e por isso convidou o impetrante que estava de
folga e se fez acompanhá-lo até o Município de Bom Jesus do Tocantins.

Que ao chegar em Bom Jesus do Tocantins, o Delegado responsável pela Delegacia JOÃO DE DEUS
DAMASCENO, tomou as providências legais, PRESIDIU todos os atos concernentes a apuração dos fatos
e sua autoria, desde a tomada de depoimentos e demais diligências que compete à Autoridade presidente
do feito, dentre as quais a determinação da viagem dos policiais até o município de Rondon do Pará, como
foi confirmado em todas as declarações dos demais servidores envolvidos nos fatos apurados no
respectivo PAD 018/05, IPC DIRSANDRO TEIXEIRA VENDRAMINI e IPC MANOEL OLIVEIRA DA
COSTA, e desta própria AUTORIDADE, DPC JOÃO DE DES DAMASCENO que presidiu o feito, todos os
acusados em unanimidade EXCLUIRAM o impetrante de qualquer irregularidade nos fatos apurados.

Sustenta que no procedimento originário de apuração foi subvertida a ordem de instrução do processo,
nos interrogatórios, no sentido de beneficiar o principal envolvido na trama das irregularidades, Delegado
João de Deus Damasceno Filho, já falecido, por ser concunhado de um dos membros da comissão
processante, pois nenhuma pergunta fora feita pela Comissão comprometida ao DPC Damasceno sobre a
participação do impetrante, caso fosse ouvido os investigadores e por último os delegados, a análise,
avaliação e convicção teria sido diferente, pois disseram que foi o Delegado João de Deus Damasceno
Filho quem determinou a ida dos policiais envolvidos até Rondon do Pará, presidiu e conduziu todos os
procedimentos, de maior gravidade entre todos os envolvidos, mesmo assim foi beneficiado no relatório
final da comissão processante, com a sugestão de 90 (noventa) dias de punição, por ser o mesmo
acusado concunhado de um dos membros da comissão processante.

Argumenta que em relação a si, de pouca ou nenhuma participação que não seja apenas a declaração
feita por apenas uma das 03 (três) vítimas, foi sugerido pela mesma comissão a demissão do serviço
público, acatado pela autoridade impetrada, ou seja, foram usados dois pesos e duas medidas, como o
velho termo se diz “usado como bode expiatório”

Assevera que aguardava o desenrolar da ação penal no sentido de provar sua inocência e ser absolvido
dos fatos a sí imputados, porém o juízo criminal da Comarca onde ocorria o feito, veio a decretar a
prescrição da ação penal pela extinção da punibilidade. Pelo decurso do tempo veio a tomar conhecimento
da relação de parentesco e fortes laços de amizade entre um dos membros da comissão processante,
com o acusado JOÃO DE DEUS DAMASCENO FILHO, através da obtenção de documento novo que
comprova ser um dos membros CONCUNHADO do acusado, face a CERTIDÃO DE CASAMENTO do ano
de 1985, entre o irmão do membro da comissão DPC LAURO MARTINS VIANA NETO, com a irmã do
acusado JOÃO DE DEUS DAMASCENO FILHO.

Que diante das provas de elementos novos não apreciados no processo originário (art.231, Lei 5.810/94),
aduzindo fatos novos, de posse da sentença da extinção da punibilidade pela prescrição da ação penal,
bem como da CERTIDÃO DE CASAMENTO do ano de 1985 de JOSÉ WALLACE GALVÃO VIANA, irmão
do DPC LAURO MARTINS VIANA NETO, “Membro da Comissão do PAD”, casado com ELIANA MARIA
DE OLIVEIRA DAMASCENO, que é irmã do principal ACUSADO, DPC JOÃO DE DEUS DAMASCENO
FILHO, já falecido, conforme Certidão de Casamento acostada no processo revisional, então protocolou no
Gabinete da governadoria do Estado, Pedido de Revisão do Processo Administrativo Disciplinar nº
018/2005, protocolo nº 2017/524277, dia 05/12/2017, encaminhado à Policia Civil no dia 07/12/2017,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

recebido na Consultoria da Policia Civil(CONJUR), no dia 12/12/2017.

Que ocorreu a abertura de processo revisional, abrangendo os dois pedidos, cuja instrução do Processo
Revisional instaurado pela Portaria nº 051/2018-DGPC/PAD/DIVERSOS, do dia 23/05/2018, publicado no
D.O.E do dia 28.05.2018, foi instruído e relatado pela Comissão Revisora, sugestionando a Reintegração
do Impetrante, sem adentrar na questão de impedimento pelo próprio espirito de corpo que reina em
qualquer repartição, após parecer jurídico favorável da Assessoria da Polícia Civil, em despacho
fundamentado, o Exmo. Delegado Geral de Polícia Civil, concordou com a reintegração do impetrante,
encaminhado os autos revisionais à Procuradoria Geral do Estado que subsidiaria o despacho da
Autoridade impetrada.

Entretanto, a Procuradoria Geral do Estado, emitiu Parecer nº 220/2019-PGE, sobre ambos os Pedidos
Revisionais de nº 2017/524277, de 05/12/2017, de nº 2018/120388, dia 16/03/2018, discorrendo que
diante apenas de único documento novo da sentença criminal de extinção da punibilidade pela prescrição,
e baseado apenas sobre a sentença, sem adentrar na Certidão de Casamento e no pedido de
impedimento, concluiu que: “ considerando que o fato novo consistente em sentença extintiva da
punibilidade por prescrição, não franqueia a revisão da pena de demissão, sugerindo o indeferimento do
Pedido Revisional ao Exmo. Governador do Estado”, o que de fato veio a ocorrer em 24/03/2019.

Irresignado, o impetrante apresentou pedido de reconsideração, mas foi indeferido pelos mesmos
argumentos, em 05/03/2021.

Diante destes fatos, argumenta: a) o cabimento do mandamus, b) nulidade do procedimento administrativo


disciplinar pela quebra da imparcialidade, violação da razoabilidade/proporcionalidade; c) nulidade em
acordo firmado entre Estado e um dos indiciados IPC Manoel Oliveira da Costa; d) que o objeto do
mandamus é questionar o ato da autoridade coatora que indeferiu por ato administrativo a reintegração do
impetrante, fundado no viciado Processo Administrativo Disciplinar 018/2005-DGPC — ato esse que fere
direito líquido e certo do impetrante à legalidade e ao devido processo legal(imparcialidade); e) requer a
concessão de liminar que seja determinada a imediata reintegração do impetrante no Quadro da Polícia
Civil, no cargo de Delegado de Polícia, visto que caracterizado fumus boni juris e o periculum in mora.

Em decisão de id. 5017161, indeferi o pleito liminar. O Estado do Pará apresentou informações em id.
5135552 e a autoridade impetrada em id. 5145775, defendendo o ato tido por ilegal e sustentando a
necessidade de denegação da ordem por inexistência de prova pré-constituída da suposta ilegalidade
alegada.

Inicialmente, o feito foi distribuído para a Exma. Sra. Desembargadora Elvina Gemaque Taveira, que
reconheceu a minha prevenção para atuar no feito, determinando a sua redistribuição (id. 5556372).

Recebido os autos, reservei-me a apreciar a liminar após prestadas as informações pela autoridade tida
por coatora (id. 5578651).

Em id. 5783568, o Estado do Pará requereu seu ingresso no feito, nos termos do art. 7º, II da Lei do
Mandado de Segurança.

Em id. 5783569, através do Ofício n. 328/2021-GG, o Exmo. Sr. Governador do Estado do Pará prestou
informações. Aduz que a via eleita se mostra absolutamente inadequada, eis que as alegações do
impetrante, em especial a pretensa quebra de imparcialidade, demandam dilação probatória, incompatível
com o rito do mandado de segurança. De resto, não há qualquer indicativo concreto de quebra da
imparcialidade dos membros da comissão processante. Que não é a primeira ação proposta pelo
impetrante buscando anular o ato de demissão. Na ação 0030821-59.2009.814.0301 (2ª Vara de Fazenda
da Capital; PJE) houve ampla análise do Processo Administrativo Disciplinar, concluindo o juízo pela
inexistência de defeito na pena de demissão. A sentença foi objeto de apelação, não conhecida por esta
relatoria, em decisão monocrática transitada em julgado. Acerca da Certidão de Casamento que o
impetrante apresenta como “fato novo”, a tese é de todo impertinente, eis que o casamento foi realizado
em 1985 e, no sistema da Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/1973), o registro do casamento visa atribuir
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ampla publicidade ao ato. Nesse diapasão, não há como enquadrar Certidão de Casamento realizado em
1985 como “fato novo” para o fim previsto no art. 231 do RJU estadual, o que demonstra a improcedência
dos pedidos. A intervenção do Poder Judiciário em Processos Administrativos Disciplinares é excepcional,
só sendo admitida para o controle da legalidade dos atos praticados e verificação da observância a
aspectos formais, situações não verificadas na espécie.

Encaminhado o feito à douta Procuradoria-Geral de Justiça, que se manifestou, com fulcro no art. 10 da
Lei 12.016/2009, pelo indeferimento da petição inicial (id. 5951265).

Éo relatório.

DECIDO.

Inicialmente cabe frisar que apesar de compreender que se tratar de ação originária e que em tese deveria
ser julgado de forma plenária, curvo-me ao posicionamento firmado pelas Câmaras Cíveis Reunidas em
sua 14ª Sessão Ordinária, ocorrida em 23 de abril de 2013, passando a julgar o feito monocraticamente
em razão do julgamento sem resolução do mérito.

O mandado de segurança, atualmente regido pelas disposições da Lei nº 12.016/2009, necessita


preencher diversos requisitos legais, entre os quais a comprovação de existência de violação por
ilegalidade ou abuso de poder de direito líquido e certo do impetrante.

O direito líquido e certo é uma premissa legal devidamente estabelecida pelo inciso LXIX do art. 5º da
Constituição Federal e pelo art. 1º da Lei 12.016/2009, vejamos:

Art. 5º da Constituição Federal. (...)

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
"habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

Lei 12.016/2009.

Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa
física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

Por outro lado, não apenas deve ser comprovado o direito líquido e certo, mas também que este esteja
sendo ou ainda que se ameaçado de violação por ato ilegal ou eivado de abuso de poder.

A ilegalidade e o abuso de poder constituem o cerne do mandado de segurança. Para Gregório Assagra
de Almeida[1]:

“Quanto à concepção de ilegalidade, observa-se que ela é a mais ampla possível e poderá decorrer da
violação de: a) norma constitucional (…); b) lei complementar; c) lei ordinária; d) lei delegada; e) medida
provisória; f) decreto; g) resolução; h) edital de concurso, etc”.

“O abuso de poder está, em regra, incluso na concepção de ilegalidade e decorreria do comportamento da


autoridade coatora que extrapola os limites autorizados por lei para agir. Neste contexto, o abuso de poder
é uma ilegalidade qualificada pela arbitrariedade”.

No caso dos autos, verifica-se que o impetrante questiona a imparcialidade da comissão processante no
âmbito do PAD 018/05, sob a alegação de que da relação de parentesco e fortes laços de amizade entre
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

um dos membros da comissão processante, com o acusado JOÃO DE DEUS DAMASCENO FILHO,
através da obtenção de documento novo que comprova ser um dos membros CONCUNHADO do
acusado, face a CERTIDÃO DE CASAMENTO do ano de 1985, entre o irmão do membro da comissão
DPC LAURO MARTINS VIANA NETO, com a irmã do acusado JOÃO DE DEUS DAMASCENO FILHO.

Por óbvio, essencial para analisar as alegações do impetrante, que fosse juntados autos a integralidade do
PAD 018/05, mas, como bem observado pela douta Procuradoria-Geral de Justiça “verifica-se a
inviabilidade da apreciação das arguições trazidas pelo impetrante, especificamente quanto a parcialidade
da Comissão Processante do PAD, uma vez que não encontra respaldo nas provas juntadas a presente
ação mandamental, pois como bem observa, os autos do processo disciplinar originário não foram
disponibilizados para exame, sendo que a ausência da comprovação das ilegalidades apontadas pelo
autor, demonstra a inexistência de direito líquido e certo a ser amparado pela ação mandamental”. E,
esclareço, isto ocorre porque o impetrante se limitou a juntar cópia do procedimento de revisão do PAD e
não o PAD originário.

Nem se alegue que está demonstrado que o impetrante não possui antecedentes funcionais e que isto
seria suficiente para demonstrar a desproporcionalidade da pena imposta, conforme estabelece o art. 77
da LC 22/1994:

Art. 77 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida,
os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes funcionais, observando-se o princípio da ampla defesa.

Portanto, essencial a análise integral do processo para investigar as demais circunstâncias dos fatos.

Friso, em meu livre convencimento motivado, que, mesmo que se concedesse prazo para emenda à
inicial, o que é permitido pela jurisprudência de nossas cortes superiores, v. g. o julgado no AgInt no REsp
1555479/SP, não seria suficiente para dar azo ao presente mandamus.

Éque não bastaria a análise do PAD originário, fatalmente seria necessária a instrução para apurar os
fatos, ouvir testemunhas, produzir documentos, atos que atraem a dilação probatória impossível de ser
exercitada em mandamus.

Aliás, o impetrante já apresentou ação ordinária visando questionar o PAD 018/05 na ação 00308221-
59.2009.8.14.0301, oportunidade em que pode questionar amplamente o fato, mas não obteve êxito, não
sendo seu recurso de Apelação conhecido nesta Corte, tendo já transitado em julgado.

Melhor sorte não socorre o impetrante quando busca reconhecer a nulidade do acordo firmado entre o
Estado do Pará e o Sr. Manoel Oliveira da Costa, na ação ordinária de Anulação de Ato Administrativo n.
0000785-20.2006.8.14.0301, que tramitava na 3ª Vara de Fazenda de Belém, porque, absolutamente, o
mandamus não é a via adequada para tal.

Ora, “a via do mandado de segurança é hostil a pretensões cuja comprovação e acolhimento demande
instrução probatória diferida” (RMS 44.560/DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 01/04/2014, DJe 07/04/2014)

Frente a necessidade de dilação probatória para maior elucidação dos fatos, deve ser extinto o mandado
de segurança, sem resolução de mérito, por ausência de direito líquido e certo.

E isto ocorre porque o Mandado de Segurança possui como requisito inarredável a comprovação
inequívoca de direito líquido e certo pela parte impetrante, por meio da chamada prova pré-constituída,
inexistindo espaço, nessa via, para a dilação probatória. Para a demonstração do direito líquido e certo, é
necessário que, no momento da sua impetração, seja facilmente aferível a extensão do direito alegado e
que seja prontamente exercido. A propósito: RMS 54.123/GO, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda
Turma, julgado em 19/9/2017, DJe 9/10/2017; RMS 53.918/GO, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Turma, julgado em 27/6/2017, DJe 30/6/2017; AgRg no MS 17.713/DF, Rel. Ministra Regina Helena Costa,
Primeira Seção, julgado em 24/5/2017, DJe 30/5/2017; MS 18.516/DF, Rel. Ministro Gurgel de Faria,
Primeira Seção, julgado em 10/8/2016, DJe 12/9/2016.

Esclareço que nada impede que o impetrante se utilize do mecanismo processual adequado para buscar
questionar o fato que entende possuir direito.

Em face do exposto, na esteira no parecer ministerial, indefiro a inicial e declaro extinto o processo, sem
resolução do mérito, com fundamento nos artigos 10 da Lei nº 12.016/2009 e 485, I e IV do Código de
Processo Civil.

Custas pela impetrante, cuja exigibilidade é suspensa em decorrência do deferimento, nesta oportunidade,
dos benefícios da assistência judiciária, nos termos do art. 98, §1º, inciso I, e sem honorários na forma do
art. 25 da Lei nº 12.016/2009.

Belém, data de assinatura no sistema.

Desembargadora DIRACY NUNES ALVES

Relatora

[1]
ALMEIDA, Gregório Assagra. op. cit. p. 443.

Número do processo: 0028149-58.2013.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: MUNICIPIO DE


BELEM Participação: RECORRIDO Nome: EDNA CRISTINA BENTES NUNES Participação: ADVOGADO
Nome: YURI DE BORGONHA MONTEIRO RAIOL OAB: 17402/PA Participação: ADVOGADO Nome:
MARINA DA CONCEICAO ALMEIDA SANTOS OAB: 15871/PA Participação: ADVOGADO Nome:
DEBORA DO COUTO RODRIGUES OAB: 14662/PA Participação: RECORRIDO Nome: ELIANE DO
SOCORRO LOBATO CARNEIRO Participação: ADVOGADO Nome: YURI DE BORGONHA MONTEIRO
RAIOL OAB: 17402/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARINA DA CONCEICAO ALMEIDA SANTOS
OAB: 15871/PA Participação: ADVOGADO Nome: DEBORA DO COUTO RODRIGUES OAB: 14662/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
PROCURADOR Nome: LEILA MARIA MARQUES DE MORAES OAB: null

PROCESSO ELETRÔNICO N.º: 0028149-58.2013.8.14.0301

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE BELÉM

(Representante: Daniel Coutinho da Silveira - Procurador do Município –OAB/PA n.º 11.595)

AGRAVADAS: EDNA CRISTINA BENTES NUNES E ELIANE DO SOCORRO LOBATO CARNEIRO

(Representante: Yuri de Borgonha Monteiro Raiol – Advogado – OAB/PA n.º 17.402).

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (ID n.º 5.598.087), interposto pelo Município de Belém, com
fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, insurgindo-se contra decisão de não
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

admissibilidade de recurso especial, fundada nos enunciados 83 e 7 da Súmula do Superior Tribunal de


Justiça (ID n.º 4.870.877).

Foram apresentadas contrarrazões (ID n.º 5.796.765).

Em seguida, vieram-me os autos conclusos, para o fim do disposto no §2.º do art. 1.042 do Código de
Processo Civil.

É o relatório. Decido.

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho por seus próprios
fundamentos.

Sendo assim, encaminhe-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, §4.º, do Código de
Processo Civil).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0802174-50.2021.8.14.0000 Participação: RECORRENTE Nome: HABIO CICERO


CALDAS BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: JANIO SOUZA NASCIMENTO OAB: 5157/PA
Participação: RECORRIDO Nome: 5ª Vara Penal de Ananindeua Participação: RECORRIDO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0802174-50.2021.8.14.0000

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: HÁBIO CÍCERO CALDAS BARBOSA

REPRESENTANTE: JÂNIO SOUZA NASCIMENTO (OAB/PA 5157)

AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ETADO DO PARÁ

REPRESENTANTE: CÉSAR BECHARA NADER MATTAR JUNIOR – PROCURADOR GERAL DE


JUSTIÇA

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (Id 5656276), interposto por HÁBIO CÍCERO CALDAS
BARBOSA, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão de não
admissão de recurso especial (Id 5458630).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Foram apresentadas contrarrazões (Id 5820139).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, § 4º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0008480-60.2015.8.14.0006 Participação: RECORRENTE Nome: HAPVIDA


ASSISTENCIA MEDICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR MACEDO FACO OAB: 16470/CE
Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC COSTA LAZARO FILHO OAB: 18663/CE Participação:
RECORRIDO Nome: SANY MARQUES GONCALVES Participação: ADVOGADO Nome: JOSE
EDUARDO PEREIRA ROCHA OAB: 18045/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: M. C. G.
S.

PROCESSO ELETRÔNICO N.º: 0008480-60.2015.8.14.0006

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

RECORRENTE: HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA.

(Representante: Isaac Costa Lázaro Filho – Advogado – OAB/PA n.º 30.043 A – e outros).

RECORRIDA: M. C. G. S., representada por SANY MARQUES GONÇALVES.

(Representante: José Eduardo Pereira Rocha - Advogado – OAB/PA n.º 8.045).

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (ID n.º 5.865.779), interposto por Hapvida Assistência Médica
LTDA, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, insurgindo-se contra decisão de não
admissibilidade de recurso especial, fundada na aplicação dos enunciados 83 e 7 da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça (ID n.º 5.619.490).

Foram apresentadas contrarrazões (ID n.º 5.913.675).

Em seguida, vieram-me os autos conclusos, para o fim do disposto no §2.º do art. 1.042 do Código de
Processo Civil.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

É o relatório. Decido.

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho por seus próprios
fundamentos.

Sendo assim, encaminhe-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça, nos termos do §4.º do art. 1.042
do Código de Processo Civil.

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0001576-87.2013.8.14.0040 Participação: RECORRENTE Nome: MUNICIPIO DE


PARAUAPEBAS Participação: RECORRIDO Nome: SAULO VITOR OLIVEIRA PAES Participação:
ADVOGADO Nome: RUBENS MOTTA DE AZEVEDO MORAES JUNIOR registrado(a) civilmente como
RUBENS MOTTA DE AZEVEDO MORAES JUNIOR OAB: 10213/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
PARA MINISTERIO PUBLICO Participação: PROCURADOR Nome: TEREZA CRISTINA BARATA
BATISTA DE LIMA OAB: null

PROCESSO ELETRÔNICO N.º: 0001576-87.2013.814.0040

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS

(Representante: Hernandes Espinosa Margalho – Procurador do Município – OAB/PA n.º 7.550)

AGRAVADO: S. V. O. P., representado por seu genitor SILVIO RODRIGUES PAES

(Representantes: Rubens Motta de Azevedo Moraes Júnior – Advogado - OAB/PA n.º 10.213, Jhonatan
Pereira Rodrigues – Advogado – OAB/PA n.º 22.109-B, e Roney Ferreira de Oliveira – Advogado –
OAB/PA n.º 12.442-A).

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (ID n.º 5.610.294), interposto pelo Município de Parauapebas,
com apoio no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra decisão de não admissibilidade de recurso
especial, fundada no art. 1.030, V, do Código de Processo Civil (ID n.º 5.091.611).

Foram apresentadas contrarrazões (ID n.º 5.800.407).

Em seguida, vieram-me os autos conclusos, conforme o disposto no art. 1.042, §2.º, do Código de
Processo Civil.

É o relatório. Decido.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Na interposição do agravo, não foi observado o disposto nos arts. 994, VI, c/c os arts. 183, 1.003, §§5º e
6.º, e 1.042 todos do Código de Processo Civil, haja vista a intimação da parte agravante em 24/05/2021
(segunda-feira), e o agravo interposto em 07/07/2021 (quarta-feira), quando o prazo de 15 dias úteis,
contados em dobro, exauriu-se em 05/07/2021 (segunda-feira).

Na hipótese, a parte não juntou qualquer prova de suspensão dos prazos no âmbito local nos dias 03 e 04
de junho de 2021 (Portaria n.º 3.047/2020 – GP/TJPA), que lhe garantisse a prorrogação do prazo para
manifestar sua irresignação.

Não obstante, remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça, juízo natural do recurso interposto (art.
1.042, §4.º, do Código de Processo Civil).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0804539-77.2021.8.14.0000 Participação: RECORRENTE Nome: PARA


MINISTERIO PUBLICO Participação: RECORRIDO Nome: HELIO MOREIRA DA SILVA JUNIOR
Participação: ADVOGADO Nome: CHAIRA LACERDA NEPOMUCENO OAB: 30025/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, INTIMA A
PARTE AGRAVADA: HÉLIO MOREIRA DA SILVA JUNIOR, de que foi interposto Agravo em Recurso
Especial (Id 5970609), estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.042, §
3°, do CPC/2015.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Número do processo: 0806479-48.2019.8.14.0000 Participação: RECORRENTE Nome: MARCELO JOSE


SOUZA OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: LEYLA SOARES ROSA OAB: 15117/PA
Participação: RECORRIDO Nome: BRUNA WALERIA RABELO LISBOA Participação: ADVOGADO Nome:
ISABELA ALICE ALMEIDA DE LIMA OAB: 31667/PA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANE
KAROLINA CONCEICAO DOS SANTOS OAB: 27798/PA Participação: ADVOGADO Nome: EUCLIDES
DA CRUZ SIZO FILHO OAB: 18350/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO Nº 0806479-48.2019.8.14.0000

AGRAVO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

AGRAVANTE: MARCELO JOSE SOUZA OLIVEIRA

REPRESENTANTES: MANOEL PRUDÊNCIO BARBOSA DA SILVA - OAB/PA Nº 15.027 E LEYLA


SOARES ROSA - OAB/PA Nº 15.117

AGRAVADA: BRUNA WALERIA RABELO LISBOA

REPRESENTANTES: EUCLIDES DA CRUZ SIZO FILHO - OAB/PA Nº 18.350 E KAROLINY VITELLI


SILVA - OAB/PA Nº 18.100

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso extraordinário (Id 5398086), interposto por MARCELO JOSE SOUZA
OLIVEIRA, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão de inadmissão do
recurso extraordinário (Id 5156045).

Foram apresentadas contrarrazões (Id 5832232).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Supremo Tribunal Federal, salvo se também houver sido interposto agravo em
recurso especial, caso em que os autos devem ser remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042,
§§ 4º e 7º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

PROCESSO Nº 0806479-48.2019.8.14.0000

AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE: MARCELO JOSE SOUZA OLIVEIRA

REPRESENTANTES: MANOEL PRUDÊNCIO BARBOSA DA SILVA - OAB/PA Nº 15.027 E LEYLA


SOARES ROSA - OAB/PA Nº 15.117

AGRAVADA: BRUNA WALERIA RABELO LISBOA

REPRESENTANTES: EUCLIDES DA CRUZ SIZO FILHO - OAB/PA Nº 18.350 E KAROLINY VITELLI


SILVA - OAB/PA Nº 18.100

DESPACHO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Trata-se de agravo em recurso especial (Id 5397694), interposto por MARCELO JOSE SOUZA
OLIVEIRA, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão de inadmissão do
recurso especial (Id 5156045).

Foram apresentadas contrarrazões (Id 5832222).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, § 4º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0002775-34.2013.8.14.0012 Participação: RECORRENTE Nome: ALESANDRO


KELVES LIMA MOREIRA Participação: ADVOGADO Nome: VENINO TOURAO PANTOJA JUNIOR OAB:
11505/PA Participação: RECORRIDO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0002775-34.2013.8.14.0012

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

AGRAVANTE:ALESANDRO KELVES LIMA MOREIRA

REPRESENTANTE: VENINO TOURÃO PANTOJA JÚNIOR (OAB/PA 11.505)

AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ETADO DO PARÁ

REPRESENTANTE: HAMILTON NOGUEIRA SALAME – PROCURADOR DE JUSTIÇA

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso especial (Id 5837037, 5837040 e 5837042), interposto por ALESANDRO
KELVES LIMA MOREIRA, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão
de não admissão de recurso especial (Id 5837033).

Foram apresentadas contrarrazões (Id 5837045 e 5837046).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, § 4º, do CPC).

Publique-se. Intimem-se.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0002775-34.2013.8.14.0012

AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO

AGRAVANTE:ALESANDRO KELVES LIMA MOREIRA

REPRESENTANTE: VENINO TOURÃO PANTOJA JÚNIOR (OAB/PA 11.505)

AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ETADO DO PARÁ

REPRESENTANTE: HAMILTON NOGUEIRA SALAME – PROCURADOR DE JUSTIÇA

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso extraordinário (Id 5837043 e 5837044), interposto por ALESANDRO
KELVES LIMA MOREIRA, com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão
de não admissão de recurso extraordinário (Id 5837034).

Foram apresentadas contrarrazões (Id 5837047 e 5837048).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Supremo Tribunal Federal (art. 1.042, § 4º, do CPC), salvo determinação legal de
remessa prévia ao Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0022336-16.2014.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: MUNICIPIO DE


BELEM Participação: RECORRIDO Nome: VALDIVANDA PEREIRA VALE Participação: ADVOGADO
Nome: ANGELA DA CONCEICAO SOCORRO MOURAO PALHETA OAB: 3887/PA Participação:
ADVOGADO Nome: CAROLINNE WESTPHAL REIS MONTEIRO ALVES OAB: 7954/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JADER NILSON DA LUZ DIAS OAB: 5273/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: PROCURADOR Nome: ANTONIO


EDUARDO BARLETA DE ALMEIDA OAB: null

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0022336-16.2014.8.0301

AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO

AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE BELÉM

REPRESENTANTE: EDUARDO AUGUSTO DA COSTA BRITO (OAB/PA 12.426) – PROCURADOR


MUNICIPAL

AGRAVADA: VALDIVANDA PEREIRA VALE

REPRESENTANTE: JADER DIAS (OAB/PA 5273)

DESPACHO

Trata-se de agravo em recurso extraordinário (Id 5688324), interposto pelo MUNICÍPIO DE BELÉM,
com fundamento no art. 1.042 do Código de Processo Civil, contra a decisão de não admissão de recurso
extraordinário (Id 5198933).

Foram apresentadas contrarrazões (Id 5778731).

As razões recursais não ensejam a retratação da decisão agravada, que a mantenho, por seus próprios
fundamentos (art. 1.042, § 2º, do CPC).

Remeta-se o feito ao Supremo Tribunal Federal, salvo determinação legal de remessa prévia ao Superior
Tribunal de Justiça.

Publique-se. Intimem-se.

ÀSecretaria, para cumprimento.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0013056-62.2016.8.14.0006 Participação: RECORRENTE Nome: BANCO ABN


AMRO REAL S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ HENRIQUE CABANELLOS SCHUH OAB:
18673/RS Participação: RECORRIDO Nome: LIANE COELHO GARCIA PESSOA Participação:
ADVOGADO Nome: ROBERTO APOLINARIO DE SOUZA CARDOSO OAB: 16876/PA

PROCESSO ELETRÔNICO N. º: 0013056-62.2016.814.0006

RECURSO ESPECIAL EM APELAÇÃO CÍVEL

RECORRENTES: BANCO ABN AMRO REAL S/A (BANCO SANTANDER BRASIL S/A) e ZURICH
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SANTANDER BRASIL SEGUROS S/A

(Representante: Luiz Henrique Cabanellos Schuh – Advogado – OAB/RS n.º 18.673).

RECORRIDA: LIANE COELHO GARCIA PESSOA

(Representante: Roberto Apolinário de Souza Cardoso - Advogado – OAB/PA n.º 16.876)

DESPACHO

A jurisprudência da Corte Superior firmou-se no sentido de que a ausência de regular comprovação do


preparo, no ato de interposição do recurso, implica a incidência do § 4º do art. 1.007 do CPC/2015 (v.g.,
AgInt no REsp 1900494/MS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
22/06/2021, DJe 25/06/2021).

Sendo assim, intime-se a parte recorrente para que, no prazo de 5 dias, recolha o preparo recursal em
dobro, sob pena de deserção (art. 1.007, §4.º, do Código de Processo Civil), uma vez que do documento
juntado sob o ID n.º 5.584.692 não é possível aferir se as custas recolhidas no valor de R$202,89
(duzentos e dois reais e oitenta e nove centavos) realmente referem-se ao processo em epígrafe.

Transcorrido o prazo, certifique-se. Após, voltem-me os autos conclusos para análise do juízo de
admissibilidade do recurso especial interposto (ID n.º 5.584.691).

Publique-se. Intimem-se, devendo a Secretaria atentar que as publicações de interesse da parte


recorrente deverão ser feitas exclusivamente em nome do advogado Luiz Henrique Cabanellos Schuh
(OAB/RS n.º 18.673), nos termos do art. 272, §5.º, do Código de Processo Civil, conforme pedido
constante da pág. 1 do ID 5.584.691.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0009383-45.2017.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: JANETE SAMPAIO


DE CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DE SOUZA PAMPLONA OAB: 13926/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARA
Participação: IMPETRADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO Nº 0009383-45.2017.8.14.0000.

SECRETARIA JUDICIÁRIA.

TRIBUNAL PLENO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA.

EMBARGANTE: ESTADO DO PARÁ.

PROCURADOR DO ESTADO: SÉRGIO OLIVA REIS.

EMBARGADO: DESPACHO DE ID. 5792434.

EMBARGADA: JANEETE DE CARVALHO FERREIRA.

ADVOGADO: THIAGO DE SOUZA PAMPLONA – OAB/PA 13.926.

RELATORA: DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por ESTADO DO PARÁ em face de DESPACHO


DE ID. 5792434, de minha lavra, que declarou o trânsito em julgado do feito e determinou o arquivamento
do feito.

Em suas razões, o Estado alega que a decisão está contraditória ao que consta nos autos, já que os
Acórdãos existentes no feito (ID 4199660 e 5746226) se referem ao Agravo Regimental convertido em
Interno e seu Embargos de Declaração, nenhum deles tratando do mérito do mandamus.

Em sede de contrarrazões, a impetrante concorda com o alegado pelo Estado e aproveita para informar o
endereço em que pode ser atualmente intimada em “Edifício do Fórum local, situado Rua Oziel Carneiro
s/n, KM 02, Bairro Centro - Eldorado do Carajás/PA, CEP: 68.524-000”.

Éo sucinto relatório.

DECIDO.

Conheço dos aclaratórios porque preenchidos os requisitos de admissibilidade.

Apesar da discussão doutrinária sobre sua natureza jurídica, a teor do art. 1.022 do CPC/2015, tenho que
os embargos declaratórios buscam suprir omissão, contradição ou obscuridade verificadas na decisão, em
toda a sua extensão, ou, até mesmo, para corrigir eventual erro material. Em verdade, eles têm por
finalidade, portanto, a função integrativa do aresto, sem provocar qualquer inovação, sendo possível
conceder-lhes efeitos infringentes somente em casos excepcionais.

Neste sentido é o magistério de Pontes de Miranda citado por Cândido Rangel Dinamarco: Neles, ‘não se
pede que se redecida, pede-se que se reexprima’. (A reforma do Código de Processo Civil, p. 186). Não
por outra razão, a jurisprudência do colendo Superior Tribunal de Justiça assim se manifesta:

PROCESSUAL CIVIL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 2/STJ. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
DIVERGÊNCIA PARA EXAME DE QUESTÕES DE CONHECIMENTO DE RECURSO ESPECIAL.
IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE OMISSÕES. EFEITOS INFRINGENTES. INVIABILIDADE. REJEIÇÃO
DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS. 1. A atribuição de efeitos infringentes, em sede de embargos de
declaração, somente é admitida em casos excepcionais, os quais exigem, necessariamente, a
ocorrência de qualquer dos vícios previstos no art. 535 do Código de Processo Civil. Hipótese não
configurada.
2. Embargos de declaração rejeitados.
59
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(EDcl no AgRg nos EAREsp 228316/TO, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Corte Especial, DJe
16/06/2016.) (Grifei).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


OMISSÃO CARACTERIZADA. SUPRIMENTO. NECESSIDADE. EFEITOS INFRINGENTES.
POSSIBILIDADE. EXCEPCIONALIDADE. (...) 1. A caracterização de omissão no julgado impõe o
acolhimento dos embargos declaratórios para suprimento. 2. A atribuição de efeitos infringentes aos
embargos de declaração é possível, em situações excepcionais, quando, sanado o vício da decisão
embargada, a alteração do resultado do julgamento surja como consequência lógica. [...]

(EDcl no AgRg no AREsp 517.135/ES, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, DJe
13/10/2015). (Grifei).

No caso em tela, assiste razão ao embargante. Realmente o despacho ao indicar a ocorrência de trânsito
em julgado incorreu em equivoco, na medida em que não houve julgamento do mérito.

Ante o exposto, conheço e ofereço provimento aos aclaratórios, para tornar sem efeito o despacho de id.
5792434, determinar à Secretaria que proceda as devidas anotações acerca do endereço em que a
impetrante pode ser intimada.

Em ato contínuo, determino a remessa do feito ao douto parquet, para emissão de parecer.

Após, conclusos.

Belém, data da assinatura no sistema.

Desembargadora DIRACY NUNES ALVES

Relatora

Número do processo: 0808069-26.2020.8.14.0000 Participação: RECORRENTE Nome: C. A. A.


Participação: ADVOGADO Nome: HUGO LEONARDO PADUA MERCES OAB: 17835/PA Participação:
RECORRENTE Nome: E. D. M. C. A. Participação: ADVOGADO Nome: HUGO LEONARDO PADUA
MERCES OAB: 17835/PA Participação: RECORRIDO Nome: M. C. A. Participação: ADVOGADO Nome:
DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: PROCURADOR Nome: MARIO NONATO FALANGOLA OAB: null

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
COORDENADORIA DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E ESPECIAIS

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiçado Estado do


Pará, Ronaldo Marques Valle, a Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais, intima a parte
AGRAVADA: MURILO CHERMONT AZEVEDO, de que foi interposto Agravo em Recurso Especial,
estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.042, § 3°, do CPC/2015.
60
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 16 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

Número do processo: 0812702-80.2020.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: DISTRIBUIDORA


DE DERIVADOS DE PETROLEO POMBAL LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ELLEN LARISSA
ALVES MARTINS OAB: 15007/PA Participação: AUTORIDADE Nome: SECRETÁRIO DE FAZENDA DO
ESTADO DO PARÁ Decisão Monocrática

Distribuidora de Derivados do Petróleo Pombal Ltda devidamente qualificada, impetrou Mandado de


Segurança contra ato do Secretário de Finanças do Estado do Pará, com fundamento na Constituição
Federal, aduzindo, em suma:

Que realiza venda de combustíveis e lubrificantes, cujas operações estão sujeitas à substituição tributária
progressiva.

Diz que uma vez realizada a entrega do combustível pela refinaria à distribuidora, ocorre a incidência e
recolhimento antecipado do ICMS-ST pela refinaria e, em seguida, pela distribuidora, quando paga pela
compra da mercadoria.

Afirma que o preço de referência de venda ao consumidor nas bombas de combustível, ao invés de ser
realizado pelo preço primário é feito por preço estimado, realizado com base no valor médio de
combustível acima do que é realmente praticado no mercado.

Alega que em razão desse fato, é obrigada a recolher ICMS sobre um valor maior ao longo dos anos,
configurando em pagamento indevido, o qual, de acordo com a Constituição e a legislação esparsa, tem
direito à restituição/compensação, por meio da emissão de nota de crédito em favor das
refinarias/fornecedoras.

Informa que se exercer esse direito sem uma tutela mandamental para declaração de uso do direito de
crédito, suportaria a retenção de sua Certidão de Regularidade Fiscal, negativação de controle fiscal e
inscrição em dívida ativa e execução fiscal.

Diz que a legislação estadual restringiu o seu direito, mesmo após inúmeras decisões do Supremo
Tribunal Federal ter confirmado o estabelecido na Constituição Federal e sem fazer nenhuma restrição.

Pleiteia, assim, que se declare o seu direito à compensação ao crédito de ICMS-ST desde outubro de
2016, para que seja imediatamente ressarcido, por meio de crédito a ser transferido aos substituídos
tributários, então fornecedores

Éo relatório necessário. Decido.

O ordenamento jurídico pátrio prevê a possibilidade de impetração de mandado de segurança, desde que
haja justo receio de potencial lesão ao direito do impetrante.

No caso dos autos, o autor afirma que seu direito constitucionalmente garantido está sendo violado, pois
não consegue ser ressarcido do seu crédito decorrente da antecipação de ICMS por estimativa, cujo
pagamento ocorre desde o ano de 2016

Com efeito, da análise da documentação juntada, verifica-se que o impetrante deixou de colacionar aos
autos prova pré-constituída capaz de evidenciar seu direito líquido e certo, uma vez que não juntou
nenhum documento demonstrando o pagamento do imposto nos autos, uma vez que se limitou a juntar
apenas decisões judiciais sobre o tema.

Nesse contexto, não vislumbro a documentação inequívoca apta a comprovar o direito da parte.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A atitude do autor torna imprecisos e incertos os fatos expostos na inicial, o que dificulta a análise e
concessão da medida.

Alexandre de Moraes[1] conceitua direito líquido e certo da seguinte forma:

“Direito líquido e certo é o que resulta de fato certo, ou seja, é aquele capaz de ser comprovado, de
plano, por documentação inequívoca. Note-se que o direito é sempre líquido e certo. A
caracterização de imprecisão e incerteza recai sobre os fatos, que necessitam de comprovação.
Importante notar que está englobado na conceituação de direito líquido e certo o fato que para
tornar-se incontroverso necessite de adequada interpretação do direito, não havendo possibilidade
de o juiz denegá-lo, sob o pretexto de tratar-se de questão de grande complexidade jurídica.

Assim, o mandado de segurança não pode fundamentar-se em simples conjecturas ou em


alegações que dependam de dilação probatória incompatível com o procedimento do mandado
segurança.” Grifo nosso

Por tais razões, conclui-se que o mandado de segurança não merece prosperar, pois inexistentes os
requisitos autorizadores para sua concessão.

Por todo o exposto, ante ausência de prova pré-constituída JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, DENEGANDO A SEGURANÇA, por força do §5º do artigo 6º da Lei
12.016/2009.

Transitado em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de lei.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO Desembargador Relator

[1] MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2007, 143/144 p

Número do processo: 0807350-10.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: LAERCIO JUNIOR


SANTOS SANTANA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: Estado do Pará

Decisão Monocrática

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Laercio Júnior Santos Santana em face de ato atribuído
à Secretária de Estado de Planejamento e Administração do Pará, Hana Sampaio Ghassan, e aos
Procuradores Estaduais Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi e Gabriel Perez Rodrigues.

O impetrante aduz que é servidor militar lotada no interior do Estado e vinha recebendo normalmente a
gratificação denominada “Adicional de Interiorização”, por força de decisão judicial, contudo a referida
vantagem teria sido indevidamente retirada de seu contracheque no mês de junho de 2021.

Afirma que a Secretaria de Planejamento e Administração do Estado do Pará – SEPLAD teria informado
que a retirada se deu em cumprimento ao Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM, endereçado ao
Procurador e Coordenador Jurídico da SEAD, Gabriel Perez Rodrigues, pela Procuradora-Geral Adjunta
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.

Defende que o ato praticado é ilegal e arbitrário, por contrariar o entendimento consignado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 6321.

Assim, e por entender que estão preenchidos os requisitos necessários, requer a concessão de liminar
para que seja determinada a anulação por completo do ato coator (Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM)
e seus conexos, bem como o restabelecimento da vantagem denominada “Adicional de Interiorização”
junto ao seu contracheque.

Pede, também, a concessão do benefício da gratuidade de justiça.

É o relatório. Decido.

A Lei Federal nº 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança, prevê em seu art. 7º, inciso III, a
possibilidade de concessão de liminar quando houver fundamento relevante (fumus bonis iuris) e perigo de
ineficácia da medida (periculum in mora).

No presente caso, verifico que o fumus bonis iuris se evidencia pela supressão da parcela do Adicional de
Interiorização do contracheque do impetrante, policial militar lotado no interior do Estado (Id.5745869), a
despeito de o Supremo Tribunal Federal ter conferido eficácia ex nunc à decisão que declarou a
inconstitucionalidade dos dispositivos legais que previam o pagamento do referido adicional, preservando-
se a coisa julgada (ADI nº 6.321/PA).

O periculum in mora, por sua vez, decorre da diminuição da remuneração mensal percebida pelo
impetrante, o que pode inviabilizar a sua adimplência perante credores e, até mesmo, prejudicar a sua
subsistência.

Assim, defiro parcialmente o pedido liminar, apenas para determinar o restabelecimento do pagamento
do Adicional de Interiorização ao impetrante.

No tocante ao pedido de gratuidade de justiça, defiro o pedido, por vislumbrar presentes os requisitos
legais.

Intime-se a autoridade impetrada para cumprimento da medida liminar, notificando-a, na mesma


oportunidade, para que preste as informações, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, inciso I, da Lei nº
12.016/2009).

Intime-se o Estado do Pará, na pessoa do seu representante legal, dando-lhe ciência da presente ação e
entregando-lhe cópia da inicial para que ingresse no feito, se houver interesse (art. 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/2009).

Ademais, considerando que as autoridades impetradas não estão sujeitas à competência do Tribunal
Pleno, prevista no art. 24, inciso XIII, alínea “b”, do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, determino a
redistribuição dos autos à Seção de Direito Público, mantendo-se o processo sob minha relatoria.

Cumpridas as diligências acima, remetam-se os autos ao Ministério Público para emissão de parecer e
retornem conclusos para ulteriores de direito.

Por fim, consigno que a presente decisão servirá, por cópia digitalizada, como mandado de
intimação/notificação.

Belém,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0801612-19.2020.8.14.0051 Participação: AUTORIDADE Nome: M. M. C.


Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO MIGUEL AIRES DE MENDONCA ANDRADE OAB: 23151/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: SEFA PARA Participação: AUTORIDADE Nome: SECRETÁRIO DE
FAZENDA DO ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: Estado do Pará

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

Pelo Presente ato ordinatório fica o impetrante intimado do relatório e boleto das custas processuais
apresentados pela UNAJ( Unidade de Arrecadação) do 2º Grau constante do ID 5627253. Belém, 16 de
agosto de 2021. Luis Melão Faria. Secretário

Número do processo: 0803615-43.2021.8.14.0040 Participação: AUTORIDADE Nome: ZELAINE SANTOS


DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO HENRIQUE CASALE OAB: 20673/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LUAN SILVA DE REZENDE OAB: 22057/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ADRIANO GARCIA CASALE OAB: 24949/PA Participação: AUTORIDADE Nome: SOCIEDADE DE
ENSINO SUPERIOR MASTER S/S LTDA. - ME

SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO.

CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 0803615-43.2021.8.14.0040.

COMARCA: PARAUAPEBAS / PA.

SUSCITANTE: JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS.

SUSCITADO: JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS.

INTERESSADO: ZELAINE SANTOS DE SOUSA.

INTERESSADO: SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR MASTER S/S LTDA. - ME.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXISTÊNCIA DE DIVERSAS AÇÕES


AJUIZADAS POR ALUNOS CONTRA UMA MESMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. IDENTIDADE DA
CAUSA DE PEDIR. CONEXÃO. ART. 55 DO CPC/2015. AINDA QUE NÃO FOSSE O CASO DE
CONEXÃO, RESTA PATENTE QUE O JULGAMENTO EM SEPARADO DAS AÇÕES PODE GERAR
RISCO DE DECISÕES CONFLITANTES. ART. 55, §3º, DO CPC/2015. PRECEDENTES.
CONSTATAÇÃO, DE OFÍCIO, DE FATO NÃO DEBATIDO PELOS JUÍZOS EM LITÍGIO.
IDENTIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA / PREVENÇÃO DE UM TERCEIRO JUÍZO, O QUAL NÃO
FIGUROU COMO SUSCITANTE OU SUSCITADO. POSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DA
COMPETÊNCIA / PREVENÇÃO DO JUÍZO ESTRANHO AO CONFLITO. PRECEDENTES DO STJ.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA CONHECIDO E DECLARADA A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA 1ª
VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS PARA JULGAR O PROCESSO Nº 0803615-
43.2021.8.14.0040.

Trata-se de CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c
Indenização (proc. nº 0803615-43.2021.8.14.0040) ajuizada por ZELAINE SANTOS DE SOUSA em face
de SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR MASTER S/S LTDA. - ME, suscitado pelo Juízo de Direito de 3ª
Vara Cível e Empresarial de Parauapebas perante o Juízo de Direito da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Parauapebas.

É o breve relatório.

O presente conflito negativo de competência cinge-se a determinar a competência para o julgamento da


referida ação de obrigação de fazer c/c indenização.

O juízo Suscitado aduziu que a causa de pedir da presente ação é a mesma contida em outras demandas
ajuizadas também por alunos contra a mesma Instituição de Ensino (ora Ré). Isto posto, considerando que
a primeira ação (proc. nº 0801798-41.2021.8.14.0040) foi distribuída perante o juízo da 3ª Vara Cível e
Empresarial de Parauapebas, este seria, então, o juízo competente para julgar o processo nº 0803615-
43.2021.8.14.0040.

Em contrapartida, o juízo Suscitante sustentou que pela simples leitura dos processos tidos como conexos
(0803615-43.2021.8.14.0040 e 0801798-41.2021.8.14.0040), verifica-se que a causa de pedir decorre de
contratos diferentes e, em se tratando de demandas oriundas de contratos diversos, é sabido que não há
correlação de causa de pedir, não havendo, pois, a conexão alegada pelo juízo Suscitado. Isto posto, no
seu entender, a competência para o julgamento do processo em questão deveria permanecer com a 2ª
Vara Cível e Empresarial de Parauapebas.

Pois bem. Analisando os processos de nº 0803615-43.2021.8.14.0040 e 0801798-41.2021.8.14.0040,


verifico que as ações possuem a mesma causa de pedir, tal seja de que após a conclusão pelos alunos
em seus respectivos cursos de ensino superior, a faculdade teria comunicado a eles sobre a necessidade
de realização de estágio obrigatório supervisionado e que o mesmo seria cobrado novamente. Além disso,
saliento que as ações foram ajuizadas contra o mesmo Réu, ou seja, trata-se em tese de um fato surgido
no âmbito da Ré e que teria repercutido de forma igualitária perante seus alunos.

Nesses termos, patente é a existência de conexão entre as referidas ações, consoante a dicção do art. 55,
caput, do CPC/2015. Ademais, ainda que não fosse o caso de conexão, resta clara a constatação de que
o julgamento em separado dos processos representaria perigo de prolação de decisões conflitantes (art.
55, §3º, do CPC/2015), pondo em risco, pois, a isonomia das partes e o princípio da segurança jurídica.
Neste sentido, confira-se:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. CONEXÃO.


CAUSAS DE PEDIR FUNDADAS EM VALIDADE DE RESOLUÇÕES DO CONFEA. FIXAÇÃO DA
COMPETÊNCIA. NECESSIDADE DE JULGAMENTO UNIFORME PARA A QUESTÃO. PRINCÍPIO DA
SEGURANÇA JURÍDICA...
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

5. Nos termos do art. 55, §3º, do CPC, serão reunidos para julgamento conjunto os processos que
possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

6. Além disso, de acordo com o parágrafo único do art. 2º da Lei 7.347/1985, combinado com o art. 55, §
3º, já foi reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça a necessidade de reunir processos, por
conexão, quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir, assim como daqueles feitos em que
possa haver risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias, caso decididos separadamente,
mesmo sem conexão entre eles, em homenagem ao postulado da segurança jurídica.

(STJ - AgInt no CC 175187 / SP, Relator Ministro HERMAN BENJAMIN, publicado no DJe em
01/07/2021)

Com efeito, temos, até então, que a competência para o julgamento do processo nº 0803615-
43.2021.8.14.0040 caberia ao juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas, eis que neste foi
distribuído, em primeiro lugar, o processo conexo nº 0801798-41.2021.8.14.0040. Contudo, a partir de
pesquisas realizadas nos sistemas de acompanhamento processual deste E. Tribunal (PJE), constatei, de
ofício, que o processo nº 0801798-41.2021.8.14.0040 foi objeto de nova redistribuição, estando o mesmo
tramitando, atualmente, perante o juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas.

Sobre o processo nº 0801798-41.2021.8.14.0040, vale dizer que ele foi inicialmente distribuído perante a
3ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas em 08/03/2021, todavia, em 21/05/2021, este juízo observou
que houve equívoco na autuação do mesmo, pois constava na classificação do assunto do processo
matéria previdenciária (aposentadoria por invalidez), fato este que levou à distribuição vinculada do feito à
mencionada 3ª Vara, eis que esta, nos termos da Resolução nº 5/2018-TJPA, possui competência
privativa para assuntos previdenciários. Isto posto, o juízo determinou a retificação da autuação, excluindo
da classificação do assunto processual a matéria relativa a aposentadoria por invalidez, bem como
determinou a redistribuição do feito para uma das varas cíveis de Parauapebas. Em seguida, o feito foi
redistribuído para a 1ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas.

Dessarte, sendo patente que o processo nº 0801798-41.2021.8.14.0040 está sob competência da 1ª Vara
Cível e Empresarial de Parauapebas, entendo, pois, que este juízo é que deve ser declarado como
competente para julgar o processo nº 0803615-43.2021.8.14.0040.

Ademais, saliento que o C. STJ possui entendimento pacífico no sentido de ser possível, nos autos de
conflito de competência, a declaração de competência de um terceiro juízo, ainda que ele não figure
como suscitante ou suscitado, nos autos do conflito. Neste sentido:

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. ART. 20, § 2º, DA LEI 7.716/89. DISCRIMINAÇÃO E


PRECONCEITO CONTRA O POVO JUDEU. CONVENÇÃO INTERNACIONAL ACERCA DO TEMA.
RATIFICADA PELO BRASIL. DISSEMINAÇÃO. PRATICADA POR MEIO DA REDE SOCIAL
"FACEBOOK". SÍTIO VIRTUAL DE AMPLO ACESSO. CONTEÚDO RACISTA ACESSÍVEL NO
EXTERIOR. POTENCIAL TRANSNACIONALIDADE CONFIGURADA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
FEDERAL. IDENTIFICAÇÃO DA ORIGEM DAS POSTAGENS. POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE
TERCEIRO JUÍZO ESTRANHO AO CONFLITO.

7. "A jurisprudência tem reconhecido a possibilidade de declaração da competência de um terceiro


juízo que não figure no conflito de competência em julgamento, quer na qualidade de suscitante,
quer na qualidade de suscitado" (CC 168.575/MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,
TERCEIRA SEÇÃO, DJe 14/10/2019).

(STJ - CC 163420 / PR, Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, DJe 01/06/2020)

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E JUSTIÇA DO TRABALHO.


EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

QUE PROLATOU A SENTENÇA EXEQÜENDA. DECLARAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE TERCEIRO


JUÍZO, ESTRANHO AO CONFLITO. POSSIBILIDADE.

II - Admite-se a declaração de competência de terceiro juízo, estranho ao conflito. Precedentes.

(STJ - CC 89387 / MT, Relator Ministro SIDNEI BENETI, publicado no DJe 18/04/2008)

ASSIM, ante o exposto, CONHEÇO do Conflito Negativo de Competência para dirimi-lo, declarando a
competência da 1ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas para processar e julgar o feito de nº
0803615-43.2021.8.14.0040.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0802101-78.2021.8.14.0000 Participação: EXCIPIENTE Nome: LEONIDAS


CASSIAMA FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA MENDONCA DE ABREU OAB:
2051/TO Participação: EXCEPTO Nome: AIDISON CAMPOS SOUSA Participação: EXCEPTO Nome:
JUIZ DA 1a VARA CÍVEL E EMPRESAIAL DE MARABÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO – AGRAVO INTERNO EM EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO E


SUSPEIÇÃO Nº 0802101-78.2021.8.14.0000

RELATORA: DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

EXCIPIENTE: LEONIDAS CASSIAMA FERREIRA

ADVOGADO: MARCIA MENDONÇA DE ABREU (OAB/PA 21113-A)

EXCEPTO: AIDISON CAMPOS SOUSA, JUIZ DE DIREITO TITULAR DA 1ª VARA CÍVEL E


EMPRESARIAL DA COMARCA DE MARABÁ

Ref. Proc. 1G nº 0803229-54.2018.8.14.0028

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de agravo interno em face de decisão monocrática por mim proferida que rejeitou liminarmente a
presente exceção em razão da manifesta intempestividade.
68
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Na forma do art. 1.021 do CPC e no exercício do juízo de retratação facultado ao relator, torno sem efeito
a decisão ID Num. 5471752 para reconhecer a tempestividade do presente incidente, ante a comprovação
de intimação tardia demonstrada pelo excipiente no ID Num. 5796903 - Pág. 8-9.

Encaminhem-se os presentes autos digitais ao Ministério Público para manifestação.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

Relatora

Número do processo: 0807234-04.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: EVERALDO


CONCEICAO PINTO Participação: ADVOGADO Nome: LARYSSA SOUSA SILVA OAB: 28838
Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ MOTA DE SIQUEIRA NETO OAB: 23267/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ROGERIO CORREA BORGES OAB: 13795/PA Participação: IMPETRADO Nome:
Secretário de Administração do Estado do Pará Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA
GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: Estado do Pará

Decisão Monocrática

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Everaldo Conceição Pinto em face de ato atribuído à
Secretária de Estado de Planejamento e Administração do Pará, Hana Sampaio Ghassan e à Procuradora
Estadual Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.

O impetrante aduz que é servidor militar lotado no interior do Estado e vinha recebendo normalmente a
gratificação denominada “Adicional de Interiorização”, por força de decisão judicial, contudo a referida
vantagem teria sido indevidamente retirada de seu contracheque no mês de junho de 2021.

Afirma que a retirada do adicional se deu em cumprimento ao Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM,


endereçado à Secretária de Estado de Planejamento e Administração, pela Procuradora-Geral Adjunta do
Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.

Defende que o ato praticado contraria o entendimento consignado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento da ADI 6321.

Assim, e por entender que estão preenchidos os requisitos necessários, requer a concessão de liminar
para que seja determinada o restabelecimento da vantagem denominada “adicional de interiorização” junto
ao seu contracheque.

Pede, também, a concessão do benefício da gratuidade de justiça.

É o relatório. Decido.

A Lei Federal nº 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança, prevê em seu art. 7º, inciso III, a
possibilidade de concessão de liminar quando houver fundamento relevante (fumus bonis iuris) e perigo de
ineficácia da medida (periculum in mora).

No presente caso, verifico que o fumus bonis iuris se evidencia pela supressão da parcela do Adicional de
Interiorização do contracheque do impetrante, policial militar lotado no interior do Estado (Id.5729784), a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

despeito de o Supremo Tribunal Federal ter conferido eficácia ex nunc à decisão que declarou a
inconstitucionalidade dos dispositivos legais que previam o pagamento do referido adicional, preservando-
se a coisa julgada (ADI nº 6.321/PA).

O periculum in mora, por sua vez, decorre da diminuição da remuneração mensal percebida pelo
impetrante, o que pode inviabilizar a sua adimplência perante credores e, até mesmo, prejudicar a sua
subsistência.

Assim, defiro parcialmente o pedido liminar, apenas para determinar o restabelecimento do pagamento
do Adicional de Interiorização ao impetrante.

No tocante ao pedido de gratuidade de justiça, defiro o pedido, por vislumbrar presentes os requisitos
legais.

Intime-se a autoridade impetrada para cumprimento da medida liminar, notificando-a, na mesma


oportunidade, para que preste as informações, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, inciso I, da Lei nº
12.016/2009).

Intime-se o Estado do Pará, na pessoa do seu representante legal, dando-lhe ciência da presente ação e
entregando-lhe cópia da inicial para que ingresse no feito, se houver interesse (art. 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/2009).

Ademais, considerando que as autoridades impetradas não estão sujeitas à competência do Tribunal
Pleno, prevista no art. 24, inciso XIII, alínea “b”, do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, determino a
redistribuição dos autos à Seção de Direito Público, mantendo-se o processo sob minha relatoria.

Cumpridas as diligências acima, remetam-se os autos ao Ministério Público para emissão de parecer e
retornem conclusos para ulteriores de direito.

Por fim, consigno que a presente decisão servirá, por cópia digitalizada, como mandado de
intimação/notificação.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0807350-10.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: LAERCIO JUNIOR


SANTOS SANTANA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA
Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação:
IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: Estado do Pará

Decisão Monocrática

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Laercio Júnior Santos Santana em face de ato atribuído
à Secretária de Estado de Planejamento e Administração do Pará, Hana Sampaio Ghassan, e aos
Procuradores Estaduais Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi e Gabriel Perez Rodrigues.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O impetrante aduz que é servidor militar lotada no interior do Estado e vinha recebendo normalmente a
gratificação denominada “Adicional de Interiorização”, por força de decisão judicial, contudo a referida
vantagem teria sido indevidamente retirada de seu contracheque no mês de junho de 2021.

Afirma que a Secretaria de Planejamento e Administração do Estado do Pará – SEPLAD teria informado
que a retirada se deu em cumprimento ao Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM, endereçado ao
Procurador e Coordenador Jurídico da SEAD, Gabriel Perez Rodrigues, pela Procuradora-Geral Adjunta
do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.

Defende que o ato praticado é ilegal e arbitrário, por contrariar o entendimento consignado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 6321.

Assim, e por entender que estão preenchidos os requisitos necessários, requer a concessão de liminar
para que seja determinada a anulação por completo do ato coator (Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM)
e seus conexos, bem como o restabelecimento da vantagem denominada “Adicional de Interiorização”
junto ao seu contracheque.

Pede, também, a concessão do benefício da gratuidade de justiça.

É o relatório. Decido.

A Lei Federal nº 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança, prevê em seu art. 7º, inciso III, a
possibilidade de concessão de liminar quando houver fundamento relevante (fumus bonis iuris) e perigo de
ineficácia da medida (periculum in mora).

No presente caso, verifico que o fumus bonis iuris se evidencia pela supressão da parcela do Adicional de
Interiorização do contracheque do impetrante, policial militar lotado no interior do Estado (Id.5745869), a
despeito de o Supremo Tribunal Federal ter conferido eficácia ex nunc à decisão que declarou a
inconstitucionalidade dos dispositivos legais que previam o pagamento do referido adicional, preservando-
se a coisa julgada (ADI nº 6.321/PA).

O periculum in mora, por sua vez, decorre da diminuição da remuneração mensal percebida pelo
impetrante, o que pode inviabilizar a sua adimplência perante credores e, até mesmo, prejudicar a sua
subsistência.

Assim, defiro parcialmente o pedido liminar, apenas para determinar o restabelecimento do pagamento
do Adicional de Interiorização ao impetrante.

No tocante ao pedido de gratuidade de justiça, defiro o pedido, por vislumbrar presentes os requisitos
legais.

Intime-se a autoridade impetrada para cumprimento da medida liminar, notificando-a, na mesma


oportunidade, para que preste as informações, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, inciso I, da Lei nº
12.016/2009).

Intime-se o Estado do Pará, na pessoa do seu representante legal, dando-lhe ciência da presente ação e
entregando-lhe cópia da inicial para que ingresse no feito, se houver interesse (art. 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/2009).

Ademais, considerando que as autoridades impetradas não estão sujeitas à competência do Tribunal
Pleno, prevista no art. 24, inciso XIII, alínea “b”, do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, determino a
redistribuição dos autos à Seção de Direito Público, mantendo-se o processo sob minha relatoria.

Cumpridas as diligências acima, remetam-se os autos ao Ministério Público para emissão de parecer e
71
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

retornem conclusos para ulteriores de direito.

Por fim, consigno que a presente decisão servirá, por cópia digitalizada, como mandado de
intimação/notificação.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0806334-21.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: JESUS DE


NAZARE FERREIRA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB:
15811/PA Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ
Participação: IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO
Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: Estado do Pará

Decisão Monocrática

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Jesus de Nazaré Ferreira dos Santos em face de ato
atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração do Pará, Hana Sampaio Ghassan, e
aos Procuradores Estaduais Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi e Gabriel Perez Rodrigues.

O impetrante aduz que é servidor militar lotado no interior do Estado e vinha recebendo normalmente a
gratificação denominada “Adicional de Interiorização”, por força de decisão judicial, contudo a referida
vantagem teria sido indevidamente retirada de seu contracheque no mês de junho de 2021.

Afirma que a Secretaria de Planejamento e Administração do Estado do Pará – SEPLAD teria informado
que a retirada se deu em cumprimento ao Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM, endereçado ao
Procurador e Coordenador Jurídico da SEAD, Gabriel Perez Rodrigues, pela Procuradora-Geral Adjunta
do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.

Defende que o ato praticado é ilegal e arbitrário, por contrariar o entendimento consignado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 6321.

Assim, e por entender que estão preenchidos os requisitos necessários, requer a concessão de liminar
para que seja determinada a anulação por completo do ato coator (Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM)
e seus conexos, bem como o restabelecimento da vantagem denominada “Adicional de Interiorização”
junto ao seu contracheque.

Pede, também, a concessão do benefício da gratuidade de justiça.

É o relatório. Decido.

A Lei Federal nº 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança, prevê em seu art. 7º, inciso III, a
possibilidade de concessão de liminar quando houver fundamento relevante (fumus bonis iuris) e perigo de
ineficácia da medida (periculum in mora).

No presente caso, verifico que o fumus bonis iuris se evidencia pela supressão da parcela do Adicional de
Interiorização do contracheque do impetrante, policial militar lotado no interior do Estado (Id. 5609863), a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

despeito de o Supremo Tribunal Federal ter conferido eficácia ex nunc à decisão que declarou a
inconstitucionalidade dos dispositivos legais que previam o pagamento do referido adicional, preservando-
se a coisa julgada (ADI nº 6.321/PA).

O periculum in mora, por sua vez, decorre da diminuição da remuneração mensal percebida pelo
impetrante, o que pode inviabilizar a sua adimplência perante credores e, até mesmo, prejudicar a sua
subsistência.

Assim, defiro parcialmente o pedido liminar, apenas para determinar o restabelecimento do pagamento
do Adicional de Interiorização ao impetrante.

No tocante ao pedido de gratuidade de justiça, defiro o pedido, por vislumbrar presente os seus requisitos.

Intime-se a autoridade impetrada para cumprimento da medida liminar, notificando-a, na mesma


oportunidade, para que preste as informações, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, inciso I, da Lei nº
12.016/2009).

Intime-se o Estado do Pará, na pessoa do seu representante legal, dando-lhe ciência da presente ação e
entregando-lhe cópia da inicial para que ingresse no feito, se houver interesse (art. 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/2009).

Ademais, considerando que as autoridades impetradas não estão sujeitas à competência do Tribunal
Pleno, prevista no art. 24, inciso XIII, alínea “b”, do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, determino a
redistribuição dos autos à Seção de Direito Público, mantendo-se o processo sob minha relatoria.

Cumpridas as diligências acima, remetam-se os autos ao Ministério Público para emissão de parecer e
retornem conclusos para ulteriores de direito.

Por fim, consigno que a presente decisão servirá, por cópia digitalizada, como mandado de
intimação/notificação.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0807234-04.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: EVERALDO


CONCEICAO PINTO Participação: ADVOGADO Nome: LARYSSA SOUSA SILVA OAB: 28838
Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ MOTA DE SIQUEIRA NETO OAB: 23267/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ROGERIO CORREA BORGES OAB: 13795/PA Participação: IMPETRADO Nome:
Secretário de Administração do Estado do Pará Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA
GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: Estado do Pará

Decisão Monocrática

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Everaldo Conceição Pinto em face de ato atribuído à
Secretária de Estado de Planejamento e Administração do Pará, Hana Sampaio Ghassan e à Procuradora
Estadual Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.
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O impetrante aduz que é servidor militar lotado no interior do Estado e vinha recebendo normalmente a
gratificação denominada “Adicional de Interiorização”, por força de decisão judicial, contudo a referida
vantagem teria sido indevidamente retirada de seu contracheque no mês de junho de 2021.

Afirma que a retirada do adicional se deu em cumprimento ao Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM,


endereçado à Secretária de Estado de Planejamento e Administração, pela Procuradora-Geral Adjunta do
Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.

Defende que o ato praticado contraria o entendimento consignado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento da ADI 6321.

Assim, e por entender que estão preenchidos os requisitos necessários, requer a concessão de liminar
para que seja determinada o restabelecimento da vantagem denominada “adicional de interiorização” junto
ao seu contracheque.

Pede, também, a concessão do benefício da gratuidade de justiça.

É o relatório. Decido.

A Lei Federal nº 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança, prevê em seu art. 7º, inciso III, a
possibilidade de concessão de liminar quando houver fundamento relevante (fumus bonis iuris) e perigo de
ineficácia da medida (periculum in mora).

No presente caso, verifico que o fumus bonis iuris se evidencia pela supressão da parcela do Adicional de
Interiorização do contracheque do impetrante, policial militar lotado no interior do Estado (Id.5729784), a
despeito de o Supremo Tribunal Federal ter conferido eficácia ex nunc à decisão que declarou a
inconstitucionalidade dos dispositivos legais que previam o pagamento do referido adicional, preservando-
se a coisa julgada (ADI nº 6.321/PA).

O periculum in mora, por sua vez, decorre da diminuição da remuneração mensal percebida pelo
impetrante, o que pode inviabilizar a sua adimplência perante credores e, até mesmo, prejudicar a sua
subsistência.

Assim, defiro parcialmente o pedido liminar, apenas para determinar o restabelecimento do pagamento
do Adicional de Interiorização ao impetrante.

No tocante ao pedido de gratuidade de justiça, defiro o pedido, por vislumbrar presentes os requisitos
legais.

Intime-se a autoridade impetrada para cumprimento da medida liminar, notificando-a, na mesma


oportunidade, para que preste as informações, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, inciso I, da Lei nº
12.016/2009).

Intime-se o Estado do Pará, na pessoa do seu representante legal, dando-lhe ciência da presente ação e
entregando-lhe cópia da inicial para que ingresse no feito, se houver interesse (art. 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/2009).

Ademais, considerando que as autoridades impetradas não estão sujeitas à competência do Tribunal
Pleno, prevista no art. 24, inciso XIII, alínea “b”, do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, determino a
redistribuição dos autos à Seção de Direito Público, mantendo-se o processo sob minha relatoria.

Cumpridas as diligências acima, remetam-se os autos ao Ministério Público para emissão de parecer e
retornem conclusos para ulteriores de direito.
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Por fim, consigno que a presente decisão servirá, por cópia digitalizada, como mandado de
intimação/notificação.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0803597-45.2021.8.14.0000 Participação: SUSCITANTE Nome: JUÍZO DA 6ª VARA


CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM Participação: SUSCITADO Nome: JUÍZO DA 11ª VARA CÍVEL E
EMPRESARIAL DE BELÉM

SECRETARIA DA SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO

CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº. 0803597-45.2021.8.14.0000.

COMARCA DE BELÉM/PA

SUSCITANTE: JUIZO DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

SUSCITADO: JUÍZO DE DIREITO DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL E


EMPRESARIAL DE BELÉM E JUÍZO DE DIREITO DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM.
AÇÃO REINVIDICATÓRIA DE DOMÍNIO CUMULADA COM REVOGAÇÃO DE PROCURAÇÃO PÚBLICA,
INDENIZAÇÃO E REINTEGRAÇÃO DE POSSE. INVALIDAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO ANTERIOR
AO ATO REGISTRAL. VÍCIOS EXTRÍNSECOS AO REGISTRO. DEMANDA QUE EXTRAPOLA A
COMPETÊNCIA ABSOLUTA DAS VARAS DE REGISTROS PÚBLICOS. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA
11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM. DECISÃO MONOCRÁTICA. INTELIGÊNCIA DO ART.
133, INCISO XXXIV, ALÍNEA ‘c’, DO RITJPA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA, tendo como suscitante o JUÍZO DE DIREITO DA


6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM, e suscitado o JUÍZO DE DIREITO DA 11ª
VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM.

No presente caso, Iole Terezinha de Oliveira ajuizou AÇÃO REINVIDICATÓRIA DE DOMÍNIO


CUMULADA COM REVOGAÇÃO DE PROCURAÇÃO PÚBLICA, INDENIZAÇÃO E REINTEGRAÇÃO DE
POSSE em desfavor de Koncreto Construtora, Cláudio Jorge Baleiro de Lima e Gláucia Maria da Fonseca
Moraes, cujo objeto é a revogação de instrumento público de procuração, com o consequente bloqueio de
27 (vinte e sete) lotes que ainda se encontram em nome da requerente.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Inicialmente, a ação foi distribuída ao Juízo de Direito da 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém. No
entanto, o Juízo suscitado declinou da competência, aduzindo que a revogação de procuração pública e
consequente anulação do registro de imóvel litigioso em razão de venda realizada por meio do aludido
instrumento seria matéria inerente ao registro público.

Redistribuídos os autos de origem, o Juízo de Direito da 6ª Vara Cível e Empresarial de Belém se declarou
incompetente e prolatou decisão suscitando o Conflito Negativo de Competência, sob o fundamento de
que a demanda não se enquadraria na competência privativa de registros públicos, uma vez que não se
questiona matéria relativa ao direito registral propriamente dito, não abrangendo especificamente e
diretamente os atos do registro em sentido amplo, tais como inscrição, averbação, matrícula e transcrição,
todos compreendidos especificamente no processo de registro. Asseverou que o objeto do feito é o
desfazimento de negócio jurídico à luz do Direito Civil comum e, apenas como efeito da declaração de
revogação do referido negócio, o registro é atingido como efeito colateral.

Nesse sentido, determinou a remessa do feito a esta Corte de Justiça.

Em despacho de Id. 5055255, designei o Juízo Suscitante para resolver, em caráter provisório, as medidas
de urgência, até a decisão final do conflito, nos termos do art. 955 do CPC. Determinei, também, a
intimação do Juízo Suscitado para se manifestar sobre o presente Conflito de Competência, o qual não
prestou as informações solicitadas, conforme certidão de Id. 5382457.

Relatado o essencial, passo a examinar e, ao final, decido.

O cerne do presente conflito reside em definir qual Juízo possui a competência para processar e julgar
a AÇÃO REINVIDICATÓRIA DE DOMÍNIO CUMULADA COM REVOGAÇÃO DE PROCURAÇÃO
PÚBLICA, INDENIZAÇÃO E REINTEGRAÇÃO DE POSSE.

Sabe-se que a competência de registros públicos é firmada em razão da matéria, logo, é considerada
como competência absoluta.

Com efeito, o Código Judiciário do Estado do Pará (Lei nº 5.008/1981) dispões:

“Art. 113. Como Juiz de Direito de Registro Público compete-lhes:

I- Processar e julgar:

a) as causas contenciosas e administrativas que diretamente se refiram aos registros públicos;”

No presente caso, verifico que o cerne da demanda é a revogação de negócio jurídico que antecedeu o
registro público, isto é, a invalidade do instrumento de procuração, de modo que o cancelamento do
registro seria mera consequência de eventual nulidade do referido negócio jurídico. Portanto, a matéria
veiculada na demanda não se refere ao ato registral em si, estando relacionada a atos extrínsecos ao
próprio registro.

Em verdade, a hipótese dos autos repercute diretamente no âmbito do direito civil, impactando apenas de
modo indireto no ato registral, o que, de fato, extrapola a competência da Vara Especializada em registros
públicos.

Nesse sentido, cito a jurisprudência desta Corte de Justiça:

“EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. VARA DE REGISTROS PÚBLICOS - VARA


CÍVEL. AÇÃO DE CANCELAMENTO DE MATRÍCULA. ALEGAÇÃO DE INVALIDADE DA RELAÇÃO
JURÍDICA. VÍCIOS EXTRÍNSECOS AO REGISTRO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO CÍVEL. CONFLITO
CONHECIDO E PROVIDO. 1. O Município de Santarém, ao propor a ação, não ataca o ato registral em si,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

mas o negócio jurídico que o precedeu, alegando a invalidade dos recibos de compra e venda, de modo
que o cancelamento do registro seria mera consequência de eventual declaração de nulidade do negócio
jurídico. 2. Assim, o reconhecimento da nulidade do negócio levado a registro está relacionado a vícios
extrínsecos ao ato registral, extrapolando a competência da Vara especializada em registros públicos. 3.
Conflito conhecido e provido para declarar a competência do juízo suscitado para julgar a ação.”

(TJPA. 2014.04649861-48, 140.742, Rel. JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO, Órgão Julgador
TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2014-11-19, Publicado em 2014-11-21)

“EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E


EMPRESARIAL DE ANANINDEUA E JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE
ANANINDEUA. VARA DE REGISTROS PÚBLICOS. AÇÃO DE SONEGADOS C/C NULIDADE DE
INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL E INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS. ALEGAÇÃO DE
SONEGAÇÃO DOS BENS DA HERANÇA. VÍCIOS EXTRÍNSECOS AO REGISTRO. COMPETÊNCIA DO
JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE ANANINDEUA. APLICAÇÃO ART. 133, INCISO XXXIV,
ALÍNEA ‘c’, DO RITJPA.

Trata-se de um Conflito Negativo de Competência suscitado pelo Juízo de Direito da 1ª Vara Cível e
Empresarial da Comarca de Ananindeua, perante o Juízo de Direito da 3ª Vara Cível e Empresarial da
Comarca de Ananindeua.

No presente caso, o Juízo suscitado aduziu, em síntese, que a competência privativa para julgar sobre
anulação dos registros públicos é da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Ananindeua.

Já o Juízo Suscitante aduziu a matéria trazida aos autos não reside na desconstituição que do ato notarial
em si, mas de todo o arcabouço fático jurídico que ensejou o sobredito inventário extrajudicial, além da
necessidade do inventário judicial, o que induz a competência residual do juízo cível da 3ª vara da
comarca, com fundamento na Resolução nº 011/2014-GP, que dispõe sobre a competência mencionada
vara, e não do juízo especializado em registros públicos.

Éo relatório. Decido monocraticamente.

O cerne do presente conflito reside em definir qual Juízo possui a competência para processar e julgar
a AÇÃO DE SONEGADOS C/C NULIDADE DE INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL E INDENIZAÇÃO POR
PERDAS E DANOS.

E no presente caso, verifico que o reconhecimento da nulidade do ato registral está relacionado a atos
extrínsecos ao próprio registro, o que, de fato, extrapola a competência da Vara Especializada em
registros públicos.

Nesse sentido:

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. VARA DE REGISTROS PÚBLICOS - VARA


CÍVEL AÇÃO DE CANCELAMENTO DE MATRÍCULA. ALEGAÇÃO DE INVALIDADE DA RELAÇÃO
JURÍDICA. VÍCIOS EXTRÍNSECOS AO REGISTRO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO CÍVEL. CONFLITO
CONHECIDO E PROVIDO. 1. O Município de Santarém, ao propor a ação, não ataca o ato registral em si,
mas o negócio jurídico que o precedeu, alegando a invalidade dos recibos de compra e venda, de modo
que o cancelamento do registro seria mera consequência de eventual declaração de nulidade do negócio
jurídico. 2. Assim, o reconhecimento da nulidade do negócio levado a registro está relacionado a vícios
extrínsecos ao ato registral, extrapolando a competência da Vara especializada em registros públicos. 3.
Conflito conhecido e provido para declarar a competência do juízo suscitado para julgar a ação.

(TJPA. 2014.04649861-48, 140.742, Rel. JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO, Órgão Julgador
TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2014-11-19, Publicado em 2014-11-21)
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Diante do exposto, com força no artigo 133, inciso XXXIV, alínea c, forçoso reconhecer a competência do
Juízo de Direito da 3ª Vara de Cível e Empresarial de Ananindeua, para o processamento e julgamento da
demanda.

P. R. I. Oficie-se onde couber.

Belém/PA, 19 de junho de 2020.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator”

(Conflito de Competência nº 0805839-11.2020.8.14.0000, Rel. CONSTANTINO AUGUSTO


GUERREIRO, Órgão Julgador Seção de Direito Privado, Decisão Monocrática Publicada em
22/06/2020 DJE Edição nº 6929/2020).

Ante o exposto, conheço do Conflito Negativo de Competência para dirimi-lo e decidi-lo monocraticamente,
declarando competente a 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém para processar e julgar a Ação
Reinvidicatória de Domínio Cumulada com Revogação de Procuração Pública, Indenização e
Reintegração de Posse ajuizada por Iole Terezinha de Oliveira em desfavor de Koncreto Construtora,
Cláudio Jorge Baleiro de Lima e Gláucia Maria da Fonseca Moraes.

P. R. I. Oficie-se onde couber.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0800453-51.2021.8.14.0004 Participação: AUTORIDADE Nome: FUNDACAO VALE


DO RIO DOCE DE SEGURIDADE SOCIAL VALIA Participação: ADVOGADO Nome: MAYARA RIGUEIRA
OAB: 174106/RJ Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA ROSA SILVA MILWARD CARNEIRO
OAB: 150685/RJ Participação: AUTORIDADE Nome: CLAUDIO LUIZ GUERRA

SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO.

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA CÍVEL – Nº. 0800453-51.2021.8.14.0004.

COMARCA: ALMERIM/PA.

SUSCITANTE: JUIZO DE DIREITO DA VARA DISTRITAL DE MONTE DOURADO.

SUSCITADO: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE ALMERIM.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.


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DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO DE DIREITO DA VARA DISTRITAL DE MONTE DOURADO
E JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE ALMERIM. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. COMPETÊNCIA
TERRITORIAL. A EXCEÇÃO DOS CASOS EXPRESSAMENTE PREVISTOS EM LEI, A COMPETÊNCIA TERRITORIAL É
RELATIVA, E COMO TAL NÃO PODE SER RECONHECIDA DE OFÍCIO, CABENDO A PARTE INTERESSADA ALEGAR A
INCOMPETÊNCIA EM PRELIMINAR DE CONTESTAÇÃO, CONFORME ESTABELECE O ART. 64 DO CPC/2015.
PRECEDENTE DO C. STJ. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA VARA ÚNICA DE ALMERIM. APLICAÇÃO ART. 133, INCISO
XXXIV, ALÍNEA ‘c’, DO RITJPA.

Trata-se de um Conflito Negativo de Competência suscitado pelo JUÍZO DE DIREITO DA VARA DISTRITAL DE MONTE
ALEGRE, perante o JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE ALMERIM.

No presente caso, o Juízo suscitante (JUIZO DE DIREITO DA VARA DISTRITAL DE MONTE DOURADO) aduziu, em
síntese, que a decisão do Juízo Suscitado ultrapassou a regra do art. 64, §1º do CPC, tendo em vista que a matéria discutida
nos autos está sujeita a competência relativa, sendo competente ao requerido se valer da exceção de incompetência, como
preliminar de contestação, para afastar a competência do Juízo relativamente incompetente.

Já o Juízo suscitado (JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE ALMERIM), ressaltou que o endereço indicado na petição
inicial aponta que o requerido reside no distrito de Monte Dourado, declinando a competência para a Vara Distrital de Monte
Dourado/PA.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Pois bem, no presente caso, trata-se de competência territorial, não versando a demanda sobre direito real, e a exceção dos
casos expressamente previstos em lei, a competência territorial é relativa, e como tal não pode ser reconhecida de ofício,
cabendo a parte interessada alegar a incompetência em preliminar de contestação, conforme estabelece o art. 64 do
CPC/2015

Neste sentido, transcrevo precedente do C. STJ, in verbis:

CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 153.911 - AM (2017/0208423-0)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO

SUSCITANTE : JUÍZO DE DIREITO DA 4A VARA DE FAMÍLIA DE MANAUS - AM

SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 3A VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DE GOIÂNIA - GO

INTERES. : J R DE B
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ADVOGADOS : EDMILSON MARIANO ANTUNES FERREIRA - GO009168

OVÍDIO INÁCIO FERREIRA - GO001809

FERNANDA MATOS MARTINS FERNANDES - GO024865

INTERES. : I H DE C - ESPÓLIO

REPR. POR : R S H DE S

ADVOGADO : ROBERTA CAROLINNI BARROS FERREIRA - GO030119

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE RECONHECIMENTO POST MORTEM DE


UNIÃO ESTÁVEL. COMPETÊNCIA TERRITORIAL RELATIVA. INVIÁVEL DECLINAÇÃO DE OFÍCIO. SÚMULA 33/STJ.
CONFLITO CONHECIDO PARA DECLARAR A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA 3A VARA DE FAMÍLIA E
SUCESSÕES DE GOIÂNIA - GO, O SUSCITADO.

DECISÃO

Vistos etc.

Trata-se de conflito negativo de competência suscitado pelo JUÍZO DE DIREITO DA 4A VARA DE FAMÍLIA DE MANAUS -
AM em face do JUÍZO DE DIREITO DA 3A VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DE GOIÂNIA - GO, em que se pretende
definir a competência para processar e julgar "ação declaratória de reconhecimento de união estável pos mortem".

Ajuizada a demanda, o JUÍZO DE DIREITO DA 3A VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DE GOIÂNIA - GO declinou a


competência a ele atribuída, ao argumento de que (a) "na ação de reconhecimento de união estável post mortem, os
herdeiros devem figurar no polo passivo da demanda, a fim de que lhes sejam assegurados os princípios do contraditório e
da ampla defesa"; (b) "no caso vertente, ordenar-se a emenda da inicial seria tecnicamente inviável, quer por já se ter
superado o momento próprio para tanto, quer pelo fato de que, conforme informado no inventário da falecida em apenso,
todos os demais herdeiros residem em outro Estado da federação (in casu, o Amazonas)"; e (c) "desta forma, reconhecendo
a incompetência absoluta deste Juízo, com fulcro no art. 46 do NCPC, declino da competência para determinar que a
presente ação de reconhecimento de união estável seja encaminhada a uma das Varas especializadas da Comarca de
Manaus, para que lá tenha regular seguimento" (e-STJ Fl. 129).

Recebida a ação, o JUÍZO DE DIREITO DA 4A VARA DE FAMÍLIA DE MANAUS - AM suscitou o presente conflito, alegando
que (a) a competência territorial, à exceção dos casos expressamente previstos em lei, é relativa e, como tal, não pode ser
reconhecida de ofício, cabendo à parte interessada alegar a incompetência em preliminar de contestação, conforme
estabelece o art. 64 do NCPC; e (b) não havendo alegação de incompetência pela parte requerida esta será prorrogada,
conforme estipula o art. 65 do NCPC.

O Ministério Público Federal opina pela competência do juízo suscitado, em parecer assim ementado (e-STJ Fl. 150):

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE RECONHECIMENTO POST MORTEM DE UNIÃO ESTÁVEL.


COMPETÊNCIA TERRITORIAL RELATIVA. INVIÁVEL DECLINAÇÃO DE OFÍCIO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO
SUSCITADO.

É o relatório.

Passo a decidir.

Assiste razão ao juízo suscitante.

Com efeito, trata-se de hipótese de competência relativa. Conforme estabelece o art. 87 do CPC, "a competência
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determina-se no momento da propositura da ação e, em se tratando de hipótese de competência relativa, não é


possível de ser modificada ex officio. Esse mencionado preceito de lei institui, com a finalidade de proteger a parte, a
regra da estabilização da competência (perpetuatio jurisdictionis)" (CC 119.318/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 25/04/2012, DJe 02/05/2012).

Assim, em tais casos, eventual incompetência territorial deve ser arguida pela parte ré, por meio de exceção (art. 112
do CPC/73, vigente à época) e não por declinação de ofício, conforme enunciado da Súmula 33/STJ: "A
incompetência relativa não pode ser declarada de ofício".

Sobre o tema:

PROCESSO CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL


PÓS-MORTE. PEDIDO CUMULADO DE MEAÇÃO E DE ADMISSÃO EM INVENTÁRIO. FORO DE DOMICÍLIO DA
COMPANHEIRA.

COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO.

1. A pretensão inicial em ação declaratória para o reconhecimento de união estável de fato é obter uma decisão judicial sobre
a existência do relacionamento afetivo mantido entre os companheiros e, a partir daí, usufruir dos direitos decorrentes dessa
declaração.

Eventuais reflexos indiretos da declaração não são aptos a justificar o deslocamento da competência.

2. É competente o foro da residência da mulher para dirimir questões envolvendo a união estável, pela aplicação analógica
do comando inserto no art. 100, I, do CPC, porquanto símeis as situações e ausente regulação específica quanto à
companheira, e, onde impera a mesma razão deve prevalecer a mesma decisão.

3. Tratando a hipótese, de competência relativa, inviável sua declinação de ofício, nos termos do art. 112 do CPC e do
Enunciado nº 33 da Súmula do STJ.

4. Conflito conhecido para o fim de declarar a competência do Juízo de Direito da 2ª Vara Cível de Cabo de Santo Agostinho
- PE - suscitado.

(CC 117.526/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 24/8/2011, DJe 5/9/2011)

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE COBRANÇA. ACIDENTE DE VEÍCULOS. SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT.


SÚMULA 33/STJ.

1. "A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício" (Súmula n. 33/STJ).

2. Constitui faculdade do autor escolher entre qualquer dos foros possíveis para ajuizamento da ação decorrente de acidente
de veículos: o do local do acidente ou o do seu domicílio (parágrafo único do art. 100 do CPC); bem como, ainda, o do
domicílio do réu (art. 94 do CPC). Precedentes.

3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo suscitado.

(CC 110.236/MS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 25/05/2011, DJe 02/06/2011)

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. ALVARÁ JUDICIAL. LEVANTAMENTO DE VALORES


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DEPOSITADOS NO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL - PIS. MORTE DO TITULAR DA CONTA. INCOMPETÊNCIA


RELATIVA. PRINCÍPIO DA PERPETUATIO JURISDICTIONIS. AUSÊNCIA DA OPOSIÇÃO DA EXCEÇÃO
DECLINATÓRIA DO FORO. SÚMULA 33 DO STJ.

1. O conflito negativo de competência ocorre no momento em que dois ou mais juízes declaram-se incompetentes em ato
jurisdicional válido. Desta sorte, é mister verificar se a lei admite que o Juiz se declare incompetente.

2. A incompetência relativa deve ser arguida por meio de exceção, não podendo ser declarada de ofício. Incidência
da Súmula 33/STJ, segundo a qual: 'a incompetência relativa não pode ser declarada de ofício'.

3. Na hipótese, a ação foi proposta no foro de domicílio dos sucessores do instituidor da conta vinculada do PIS/Pasep.

4. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 5ª Vara de Família e Sucessões de Santo Amaro/SP.

(CC 102.965/BA, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/3/2009, DJe 6/4/2009)

AÇÃO DE INTERDIÇÃO. COMPETÊNCIA. DOMICÍLIO DO RÉU. ALTERAÇÃO DO DOMICÍLIO. REMESSA DOS AUTOS.
IMPOSSIBILIDADE.

1 - A competência, nos termos do art. 87 do CPC, se define no momento da propositura da ação, somente podendo
ser alterada se houver supressão do órgão jurisdicional ou alteração da competência em razão da matéria ou da
hierarquia. Ausentes essa duas hipóteses, o caso é de perpetuatio jurisdictionis, sendo descabida a remessa dos
autos para a comarca onde fixou domicílio a ré, depois de iniciado o processo.

2 - Incidência ainda da súmula 33/STJ.

3 - Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 4ª Vara de Família de Campo Grande - MS, suscitado.

(CC 98.219/SP, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/11/2008, DJe 09/12/2008)

Assim, tendo sido proposta perante o JUÍZO DE DIREITO DA 3A VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DE GOIÂNIA - GO, por
opção do autor, que entendeu melhor ajuizar a ação por dependência à ação de inventário de I H DE C (e-STJ Fl. 5), e
ausente o oferecimento de exceção de incompetência, nos termos da Súmula 33/STJ, deve ser declarado competente o juízo
suscitado.

Diante do exposto, com fundamento no enunciado da Súmula 568/STJ, conheço do conflito para declarar a
competência do JUÍZO DE DIREITO DA 3A VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DE GOIÂNIA - GO, o suscitado, para
processar e julgar a "ação declaratória de reconhecimento de união estável pos mortem".

Oficie-se aos juízos em conflito.

Brasília (DF), 31 de agosto de 2017.

MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO

Relator

(Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, 06/09/2017)


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Diante do exposto, com força no artigo 133, inciso XXXIV, alínea c, forçoso reconhecer a competência do Juízo de
Direito da Vara Única de Almerim, para o processamento e julgamento da demanda.

P. R. I. Oficie-se onde couber.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0807426-34.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: DIEGO SILVA


MARINHO Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação:
IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO
Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: Estado do Pará

Decisão Monocrática

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Diego Silva Marinho em face de ato atribuído à
Secretária de Estado de Planejamento e Administração do Pará, Hana Sampaio Ghassan, e aos
Procuradores Estaduais Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi e Gabriel Perez Rodrigues.

O impetrante aduz que é servidor militar lotada no interior do Estado e vinha recebendo normalmente a
gratificação denominada “Adicional de Interiorização”, por força de decisão judicial, contudo a referida
vantagem teria sido indevidamente retirada de seu contracheque no mês de junho de 2021.

Afirma que a Secretaria de Planejamento e Administração do Estado do Pará – SEPLAD teria informado
que a retirada se deu em cumprimento ao Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM, endereçado ao
Procurador e Coordenador Jurídico da SEAD, Gabriel Perez Rodrigues, pela Procuradora-Geral Adjunta
do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.

Defende que o ato praticado é ilegal e arbitrário, por contrariar o entendimento consignado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 6321.

Assim, e por entender que estão preenchidos os requisitos necessários, requer a concessão de liminar
para que seja determinada a anulação por completo do ato coator (Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM)
e seus conexos, bem como o restabelecimento da vantagem denominada “Adicional de Interiorização”
junto ao seu contracheque.

Pede, também, a concessão do benefício da gratuidade de justiça.

É o relatório. Decido.

A Lei Federal nº 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança, prevê em seu art. 7º, inciso III, a
possibilidade de concessão de liminar quando houver fundamento relevante (fumus bonis iuris) e perigo de
ineficácia da medida (periculum in mora).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

No presente caso, verifico que o fumus bonis iuris se evidencia pela supressão da parcela do Adicional de
Interiorização do contracheque do impetrante, policial militar lotado no interior do Estado (Id.5758347), a
despeito de o Supremo Tribunal Federal ter conferido eficácia ex nunc à decisão que declarou a
inconstitucionalidade dos dispositivos legais que previam o pagamento do referido adicional, preservando-
se a coisa julgada (ADI nº 6.321/PA).

O periculum in mora, por sua vez, decorre da diminuição da remuneração mensal percebida pelo
impetrante, o que pode inviabilizar a sua adimplência perante credores e, até mesmo, prejudicar a sua
subsistência.

Assim, defiro parcialmente o pedido liminar, apenas para determinar o restabelecimento do pagamento
do Adicional de Interiorização ao impetrante.

No tocante ao pedido de gratuidade de justiça, defiro o pedido, por vislumbrar presentes os requisitos
legais.

Intime-se a autoridade impetrada para cumprimento da medida liminar, notificando-a, na mesma


oportunidade, para que preste as informações, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, inciso I, da Lei nº
12.016/2009).

Intime-se o Estado do Pará, na pessoa do seu representante legal, dando-lhe ciência da presente ação e
entregando-lhe cópia da inicial para que ingresse no feito, se houver interesse (art. 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/2009).

Ademais, considerando que as autoridades impetradas não estão sujeitas à competência do Tribunal
Pleno, prevista no art. 24, inciso XIII, alínea “b”, do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, determino a
redistribuição dos autos à Seção de Direito Público, mantendo-se o processo sob minha relatoria.

Cumpridas as diligências acima, remetam-se os autos ao Ministério Público para emissão de parecer e
retornem conclusos para ulteriores de direito.

Por fim, consigno que a presente decisão servirá, por cópia digitalizada, como mandado de
intimação/notificação.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0806334-21.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: JESUS DE


NAZARE FERREIRA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB:
15811/PA Participação: IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ
Participação: IMPETRADO Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO
Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: Estado do Pará

Decisão Monocrática

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Jesus de Nazaré Ferreira dos Santos em face de ato
atribuído à Secretária de Estado de Planejamento e Administração do Pará, Hana Sampaio Ghassan, e
aos Procuradores Estaduais Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi e Gabriel Perez Rodrigues.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O impetrante aduz que é servidor militar lotado no interior do Estado e vinha recebendo normalmente a
gratificação denominada “Adicional de Interiorização”, por força de decisão judicial, contudo a referida
vantagem teria sido indevidamente retirada de seu contracheque no mês de junho de 2021.

Afirma que a Secretaria de Planejamento e Administração do Estado do Pará – SEPLAD teria informado
que a retirada se deu em cumprimento ao Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM, endereçado ao
Procurador e Coordenador Jurídico da SEAD, Gabriel Perez Rodrigues, pela Procuradora-Geral Adjunta
do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.

Defende que o ato praticado é ilegal e arbitrário, por contrariar o entendimento consignado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 6321.

Assim, e por entender que estão preenchidos os requisitos necessários, requer a concessão de liminar
para que seja determinada a anulação por completo do ato coator (Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM)
e seus conexos, bem como o restabelecimento da vantagem denominada “Adicional de Interiorização”
junto ao seu contracheque.

Pede, também, a concessão do benefício da gratuidade de justiça.

É o relatório. Decido.

A Lei Federal nº 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança, prevê em seu art. 7º, inciso III, a
possibilidade de concessão de liminar quando houver fundamento relevante (fumus bonis iuris) e perigo de
ineficácia da medida (periculum in mora).

No presente caso, verifico que o fumus bonis iuris se evidencia pela supressão da parcela do Adicional de
Interiorização do contracheque do impetrante, policial militar lotado no interior do Estado (Id. 5609863), a
despeito de o Supremo Tribunal Federal ter conferido eficácia ex nunc à decisão que declarou a
inconstitucionalidade dos dispositivos legais que previam o pagamento do referido adicional, preservando-
se a coisa julgada (ADI nº 6.321/PA).

O periculum in mora, por sua vez, decorre da diminuição da remuneração mensal percebida pelo
impetrante, o que pode inviabilizar a sua adimplência perante credores e, até mesmo, prejudicar a sua
subsistência.

Assim, defiro parcialmente o pedido liminar, apenas para determinar o restabelecimento do pagamento
do Adicional de Interiorização ao impetrante.

No tocante ao pedido de gratuidade de justiça, defiro o pedido, por vislumbrar presente os seus requisitos.

Intime-se a autoridade impetrada para cumprimento da medida liminar, notificando-a, na mesma


oportunidade, para que preste as informações, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, inciso I, da Lei nº
12.016/2009).

Intime-se o Estado do Pará, na pessoa do seu representante legal, dando-lhe ciência da presente ação e
entregando-lhe cópia da inicial para que ingresse no feito, se houver interesse (art. 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/2009).

Ademais, considerando que as autoridades impetradas não estão sujeitas à competência do Tribunal
Pleno, prevista no art. 24, inciso XIII, alínea “b”, do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, determino a
redistribuição dos autos à Seção de Direito Público, mantendo-se o processo sob minha relatoria.

Cumpridas as diligências acima, remetam-se os autos ao Ministério Público para emissão de parecer e
retornem conclusos para ulteriores de direito.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Por fim, consigno que a presente decisão servirá, por cópia digitalizada, como mandado de
intimação/notificação.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0804984-95.2021.8.14.0000 Participação: SUSCITANTE Nome: JUÍZO DE DIREITO


DA 3ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE BELEM Participação: SUSCITADO Nome: JUIZO DE DIREITO
DA 10ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE BELEM

SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO.

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA CÍVEL – Nº. 0804984-95.2021.8.14.0000.

COMARCA: BELÉM/PA.

SUSCITANTE: JUIZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM/PA.

SUSCITADO: JUÍZO DE DIREITO DA 10ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM/PA.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. MENOR. INEXISTÊNCIA DE COMPETÊNCIA DA


VARA PRIVATIVA PARA FEITOS RELATIVOS À ÓRFÃOS, INTERDITOS E AUSENTES. AÇÃO
AJUIZADA POR MENOR REPRESENTADO POR SUA GENITORA. NÃO CABE À VARA COM
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DOS FEITOS RELATIVOS A ÓRFÃOS, INTERDITOS E AUSENTES,
JULGAR E PROCESSAR AS CAUSAS EM QUE FIGURE INCAPAZ DE FORMA GENÉRICA,
TAMPOUCO SE O INFANTE NÃO É ÓRFÃO E SE ENCONTRA REPRESENTADO POR SEU GENITOR.
PRECEDENTE DO TJPA. COMPETÊNCIA DA 10ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE
BELÉM/PA. APLICAÇÃO ART. 133, INCISO XXXIV, ALÍNEA ‘c’, DO RITJPA.

Trata-se de um Conflito Negativo de Competência suscitado pelo Juízo de Direito da 3ª Vara Cível e
Empresarial de Belém, perante o Juízo de Direito da 10ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Belém/PA.

No presente caso, o Juízo suscitante aduziu, em síntese, a inexistência de orfandade na demanda, uma
vez que este fenômeno está adstrito a perda de ambos os genitores, realidade que coloca o menor na
situação de extrema vulnerabilidade a justificar o especial cuidado garantido no juízo de órfãos, o que não
se verifica no caso dos autos em que herdeiro(as) sucessor(as) permanece(m) devidamente
amparado(as) pelos cuidados de sua genitora.

Já o Juízo Suscitado aduziu que a demanda gira em torno de interesse de civilmente incapaz e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

possivelmente tutelado sob os auspícios da Promotoria de Órfãos, Interditos e Incapazes.

É o relatório. Decido monocraticamente.

O tema central da presente questão importa especificamente na definição de competência jurisdicional


para processar e julgar ação envolvendo Alvará Judicial.

No presente caso, da análise dos autos, observo que o menor impúbere se encontra devidamente
representado por seu genitor supérstite, não se enquadrando na condição de órfão.

Sobre referido tema, transcrevo julgado deste Egrégio Tribunal de Justiça:

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. COMPETÊNCIA ATRIBUÍDA À VARA CÍVEL


COM COMPETÊNCIA PRIVATIVA PARA OS FEITOS RELATIVOS À ÓRFÃOS, INTERDITOS E
AUSENTES. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. AÇÃO AJUIZADA POR
MENOR REPRESENTADO POR SEU GENITOR.

Não cabe à vara com competência privativa dos feitos relativos a órfãos, interditos e ausentes, julgar e
processar as causas em que figure incapaz de forma genérica, tampouco se o infante não é órfão e se
encontra representado por seu genitor.

Nas questões em que figure menor em um polo da demanda, não sendo o caso dele se encontrar em risco
e seu interesse for meramente patrimonial, não haverá falar em competência privativa da Vara da Infância
e Juventude.

Conflito conhecido e provido, declarando-se a competência do juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de


Belém PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO.

(TJPA. Tribunal Pleno. Conflito de Competência n. 0020167-55.2008.8.14.0301. Relator Des. Roberto


Gonçalves de Moura. Julgado em 26/03/2014. Publicado em 31/03/2014)

Isto porque, conforme verificado em alhures, não cabe a Vara com competência privativa dos feitos
relativos a órfãos, interditos e ausentes, julgar e processar as causas em que se figure incapaz de forma
genérica, tampouco se o infante não é órfão e se encontra representado pelo seu genitor.

Diante do exposto, com força no artigo 133, inciso XXXIV, alínea c, forçoso reconhecer a
competência do Juízo de Direito da 10ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém, para o
processamento e julgamento da demanda.

P. R. I. Oficie-se onde couber.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0804922-55.2021.8.14.0000 Participação: SUSCITANTE Nome: JUÍZO DE DIREITO


DA 3ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE BELEM Participação: SUSCITADO Nome: JUIZO DE DIREITO
DA 10ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE BELEM Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMENTA

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA – AÇÃO DE ALVARÁ JUDICIAL – NATUREZA CÍVEL –


PRESENÇA DE MENORES DEVIDAMENTE REPRESENTADOS POR SUA GENITORA – NÃO
CARACTERIZAÇÃO DE ORFANDADE – OBSERVÂNCIA AO ART. 105 DO CÓDIGO JUDICIÁRIO –
NÃO CONFIGURAÇÃO – AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA DA VARA PRIVATIVA - COMPETÊNCIA DA
VARA CÍVEL - CONFLITO PROCEDENTE – DECISÃO MONOCRÁTICA.

Vistos, etc.

Trata-se de CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA em que figuram como suscitante, o JUÍZO DA 3ª


VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM/PA, e suscitado, o JUÍZO DA 10ª VARA
CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM/PA.

A questão judicial se refere à Ação de Alvará Judicial (proc. nº. 0819281-82.2018.8.14.0301) ajuizada por
Camila Damasceno Guimarães, com interesse dos filhos menores, tendo o feito sido inicialmente
distribuído ao Juízo da 10ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém/Pa, oportunidade em que
declinou da competência, para o Juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém/Pa,
considerando haver interesse de menores e o que dispõe o art. 105, inciso V do Código Judiciário do Pará
(ID Nº. 5274819).

O juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém/Pa, por sua vez, suscitou o presente
conflito, alegando que não há orfandade na demanda uma vez que este fenômeno está adstrito a perda de
ambos os genitores, tendo ressaltado que se trata de demanda eminentemente patrimonial, de direito
individual e disponível, em que se pretende levantar valores deixados pelo de cujus, o que atrairia a
competência das Varas Cíveis comuns responsáveis pela apreciação de feitos de sucessão (ID Nº.
5274817).

Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça opinou pela improcedência do presente Conflito
Negativo de Competência, a fim de ser declarada a competência em favor da 3ª Vara Cível e Empresarial
da Comarca de Belém/Pa (ID Nº. 5859383).

É o Relatório.

Decido.

Analisando detidamente os autos, verifica-se não está evidenciada a competência do Juízo suscitante (3ª
Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém), porque aos Juízes de Orfãos, Interditos e Ausentes, a
competência resta bem definida e não abarca o processamento de qualquer ação pela simples condição
da parte ser órfã, isto é, de forma genérica.

Aliás, oportuno ressaltar que no presente caso, os menores, filhos do de cujus, estão devidamente
representados por sua genitora, conforme se infere da petição ID Nº. 18882757 (AUTOS PRINCIPAIS) e,
portanto, sequer são órfãos.

Assim, ainda que se considere que a ação de alvará judicial tenha como parte os menores, filhos do de
cujus, ou como simplesmente interessados, estes estão devidamente representados por sua genitora,
restando cristalino que a matéria afeta à causa é essencialmente de natureza Cível, até porque não se
está diante de inventário ou arrolamento, mas sim de Ação de Alvará Judicial, que por sua vez, não
nasceu ou dependeu de qualquer inventário ou arrolamento.

Nesse sentido, vejamos o que dispõe o art. 105 do Código Judiciário:

Art. 105. Como Juiz de Órfãos, Interditos e Ausentes, compete aos Juizes de Direito: I- Processar e Julgar:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

a) os inventários e arrolamentos em que forem interessados, por qualquer modo, órfãos menores e
interditos; b) as contas de tutores e curadores, bem como, as dos curadores "Ad-bona" nos casos
estabelecidos em lei; c) as causas que, direta ou indiretamente, nasceram ou dependeram dos
inventários e arrolamentos a que se refere a alínea "a" deste inciso; d) as habilitações à sucessão dos
bens dos defuntos e ausentes. II- Proceder à arrecadação dos bens de defuntos e ausentes, vagos e de
eventos, e pô-los sob a administração de um Curador. III- Abrir a sucessão provisória e definitiva, nos
termos da Legislação em vigor. IV- Dar e remover tutor e curador de órfãos e interditos. V- Praticar todos
os atos acauteladores da pessoa, bens e direitos dos órfãos, interditos e ausentes. VI- Conceder
emancipação, nos termos do artigo nº9, parágrafo único, nº1, do Código Civil. VII- Suprir o consentimento
dos tutores para órfãos contraírem casamento.

A respeito do assunto, colaciono Jurisprudência deste Egrégio tribunal, vejamos:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA ENTRE JUÍZES. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO. AUTOR INCAPAZ E INTERDITADO. AUSENCIA DE COMPETENCIA DO JUÍZO DE
INTERDITOS PARA JULGAMENTO DE DEMANDA INDENIZATÓRIA, MAS TÃO SOMENTE O ESTADO
DA PESSOA. INCIDENTE SUSCITADO EM RAZÃO DA MATÉRIA. HIPÓTESE PREVISTA NO ART. 115,
INCISO II DO CPC. I – Tendo a causa natureza eminentemente cível, mostra-se correta o
processamento e julgamento do feito pela vara cível, inexistindo via atrativa do Juízo de Interditos,
eis que não contemplada no art. 115, inciso II do CPC. III- A mera condição de interditado, não
impõe necessariamente a competência da vara de interditos para julgamento de ações em que se
discute indenização por danos morais, cuja natureza é eminentemente cível. IV – O feito distribuído
originariamente a 1ª Vara Cível de Castanhal, tendo inclusive sido realizada audiência de instrução e
julgamento, sendo este o Juízo o competente para o julgamento da causa. III - Conflito Negativo conhecido
e provido para declarar a competência do juízo da 1ª vara cível da comarca de Castanhal (TJPA, Tribunal
Pleno, proc. nº. 0001453702006.8.14.0015, julgado em 05/08/2015)

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. COMPETÊNCIA ATRIBUÍDA À VARA CÍVEL COM


COMPETÊNCIA PRIVATIVA PARA OS FEITOS RELATIVOS À ÓRFÃOS, INTERDITOS E AUSENTES.
RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. AÇÃO AJUIZADA POR MENOR
REPRESENTADO POR SEU GENITOR. 1. Não cabe à vara com competência privativa dos feitos
relativos a órfãos, interditos e ausentes, julgar e processar as causas em que figure incapaz de
forma genérica, tampouco se o infante não é órfão e se encontra representado por seu genitor. 2.
Nas questões em que figure menor em um polo da demanda, não sendo o caso dele se encontrar em risco
e seu interesse for meramente patrimonial, não haverá falar em competência privativa da Vara da Infância
e Juventude. 3. Conflito conhecido e provido, declarando-se a competência do juízo da 4ª Vara Cível da
Comarca de Belém PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. (2014.04509155-22, 131.316, Rel.
ROBERTO GONCALVES DE MOURA, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2014-03-26,
Publicado em 2014-03-31)

Desta feita, inexiste exame de matéria relativa a direito de órfãos que fixe a competência especializada da
vara privativa de feitos de Órfãos, Interditos e Ausentes, haja vista o presente caso não se coadunar com o
art. 105 do Código Judiciário, bem como aos fins buscados pela norma ao pormenorizar as matérias de
competência daquela Vara.

Ante o exposto, julgo o presente conflito procedente, declarando competente para processar e
julgar o feito, a 10ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém/Pa.

ÀSecretaria para ulteriores de direito, observando-se o que dispõe o art. 957, parágrafo único do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.


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Número do processo: 0804571-82.2021.8.14.0000 Participação: SUSCITANTE Nome: 3ª Vara Cível e


Empresarial de Parauapebas Participação: SUSCITADO Nome: 2ª vara cível e empresarial de
Parauapebas

SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO.

CONFLITO DE COMPETÊNCIA – Nº 0804571-82.2021.8.14.0000.

COMARCA: PARAUAPEBAS / PA.

SUSCITANTE: JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS.

SUSCITADO: JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS.

INTERESSADO: ADRIELA RAYLA SOARES DA SILVA.

INTERESSADO: SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR MASTER S/S LTDA. - ME.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXISTÊNCIA DE DIVERSAS AÇÕES


AJUIZADAS POR ALUNOS CONTRA UMA MESMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. IDENTIDADE DA
CAUSA DE PEDIR. CONEXÃO. ART. 55 DO CPC/2015. AINDA QUE NÃO FOSSE O CASO DE
CONEXÃO, RESTA PATENTE QUE O JULGAMENTO EM SEPARADO DAS AÇÕES PODE GERAR
RISCO DE DECISÕES CONFLITANTES. ART. 55, §3º, DO CPC/2015. PRECEDENTES.
CONSTATAÇÃO, DE OFÍCIO, DE FATO NÃO DEBATIDO PELOS JUÍZOS EM LITÍGIO.
IDENTIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA / PREVENÇÃO DE UM TERCEIRO JUÍZO, O QUAL NÃO
FIGUROU COMO SUSCITANTE OU SUSCITADO. POSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DA
COMPETÊNCIA / PREVENÇÃO DO JUÍZO ESTRANHO AO CONFLITO. PRECEDENTES DO STJ.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA CONHECIDO E DECLARADA A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA 1ª
VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS PARA JULGAR O PROCESSO Nº 0804054-
54.2021.8.14.0040.

Trata-se de CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c
Indenização (proc. nº 0804054-54.2021.8.14.0040) ajuizada por ADRIELA RAYLA SOARES DA SILVA
em face de SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR MASTER S/S LTDA. - ME, suscitado pelo Juízo de
Direito de 3ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas perante o Juízo de Direito da 2ª Vara Cível e
Empresarial de Parauapebas.

É o breve relatório.

O presente conflito negativo de competência cinge-se a determinar a competência para o julgamento da


referida ação de obrigação de fazer c/c indenização.

O juízo Suscitado aduziu que a causa de pedir da presente ação é a mesma contida em outras demandas
ajuizadas também por alunos contra a mesma Instituição de Ensino (ora Ré). Isto posto, considerando que
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a primeira ação (proc. nº 0801798-41.2021.8.14.0040) foi distribuída perante o juízo da 3ª Vara Cível e
Empresarial de Parauapebas, este seria, então, o juízo competente para julgar o processo nº 0804054-
54.2021.8.14.0040.

Em contrapartida, o juízo Suscitante sustentou que pela simples leitura dos processos tidos como conexos
(0804054-54.2021.8.14.0040 e 0801798-41.2021.8.14.0040), verifica-se que a causa de pedir decorre de
contratos diferentes e, em se tratando de demandas oriundas de contratos diversos, é sabido que não há
correlação de causa de pedir, não havendo, pois, a conexão alegada pelo juízo Suscitado. Isto posto, no
seu entender, a competência para o julgamento do processo em questão deveria permanecer com a 2ª
Vara Cível e Empresarial de Parauapebas.

Pois bem. Analisando os processos de nº 0804054-54.2021.8.14.0040 e 0801798-41.2021.8.14.0040,


verifico que as ações possuem a mesma causa de pedir, tal seja de que após a conclusão pelos alunos
em seus respectivos cursos de ensino superior, a faculdade teria comunicado a eles sobre a necessidade
de realização de estágio obrigatório supervisionado e que o mesmo seria cobrado novamente. Além disso,
saliento que as ações foram ajuizadas contra o mesmo Réu, ou seja, trata-se em tese de um fato surgido
no âmbito da Ré e que teria repercutido de forma igualitária perante seus alunos.

Nesses termos, patente é a existência de conexão entre as referidas ações, consoante a dicção do art. 55,
caput, do CPC/2015. Ademais, ainda que não fosse o caso de conexão, resta clara a constatação de que
o julgamento em separado dos processos representaria perigo de prolação de decisões conflitantes (art.
55, §3º, do CPC/2015), pondo em risco, pois, a isonomia das partes e o princípio da segurança jurídica.
Neste sentido, confira-se:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. CONEXÃO.


CAUSAS DE PEDIR FUNDADAS EM VALIDADE DE RESOLUÇÕES DO CONFEA. FIXAÇÃO DA
COMPETÊNCIA. NECESSIDADE DE JULGAMENTO UNIFORME PARA A QUESTÃO. PRINCÍPIO DA
SEGURANÇA JURÍDICA...

5. Nos termos do art. 55, §3º, do CPC, serão reunidos para julgamento conjunto os processos que
possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

6. Além disso, de acordo com o parágrafo único do art. 2º da Lei 7.347/1985, combinado com o art. 55, §
3º, já foi reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça a necessidade de reunir processos, por
conexão, quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir, assim como daqueles feitos em que
possa haver risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias, caso decididos separadamente,
mesmo sem conexão entre eles, em homenagem ao postulado da segurança jurídica.

(STJ - AgInt no CC 175187 / SP, Relator Ministro HERMAN BENJAMIN, publicado no DJe em
01/07/2021)

Com efeito, temos, até então, que a competência para o julgamento do processo nº 0804054-
54.2021.8.14.0040 caberia ao juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas, eis que neste foi
distribuído, em primeiro lugar, o processo conexo nº 0801798-41.2021.8.14.0040. Contudo, a partir de
pesquisas realizadas nos sistemas de acompanhamento processual deste E. Tribunal (PJE), constatei, de
ofício, que o processo nº 0801798-41.2021.8.14.0040 foi objeto de nova redistribuição, estando o mesmo
tramitando, atualmente, perante o juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas.

Sobre o processo nº 0801798-41.2021.8.14.0040, vale dizer que ele foi inicialmente distribuído perante a
3ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas em 08/03/2021, todavia, em 21/05/2021, este juízo observou
que houve equívoco na autuação do mesmo, pois constava na classificação do assunto do processo
matéria previdenciária (aposentadoria por invalidez), fato este que levou à distribuição vinculada do feito à
mencionada 3ª Vara, eis que esta, nos termos da Resolução nº 5/2018-TJPA, possui competência
privativa para assuntos previdenciários. Isto posto, o juízo determinou a retificação da autuação, excluindo
da classificação do assunto processual a matéria relativa a aposentadoria por invalidez, bem como
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

determinou a redistribuição do feito para uma das varas cíveis de Parauapebas. Em seguida, o feito foi
redistribuído para a 1ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas.

Dessarte, sendo patente que o processo nº 0801798-41.2021.8.14.0040 está sob competência da 1ª Vara
Cível e Empresarial de Parauapebas, entendo, pois, que este juízo é que deve ser declarado como
competente para julgar o processo nº 0804054-54.2021.8.14.0040.

Ademais, saliento que o C. STJ possui entendimento pacífico no sentido de ser possível, nos autos de
conflito de competência, a declaração de competência de um terceiro juízo, ainda que ele não figure
como suscitante ou suscitado, nos autos do conflito. Neste sentido:

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. ART. 20, § 2º, DA LEI 7.716/89. DISCRIMINAÇÃO E


PRECONCEITO CONTRA O POVO JUDEU. CONVENÇÃO INTERNACIONAL ACERCA DO TEMA.
RATIFICADA PELO BRASIL. DISSEMINAÇÃO. PRATICADA POR MEIO DA REDE SOCIAL
"FACEBOOK". SÍTIO VIRTUAL DE AMPLO ACESSO. CONTEÚDO RACISTA ACESSÍVEL NO
EXTERIOR. POTENCIAL TRANSNACIONALIDADE CONFIGURADA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
FEDERAL. IDENTIFICAÇÃO DA ORIGEM DAS POSTAGENS. POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE
TERCEIRO JUÍZO ESTRANHO AO CONFLITO.

7. "A jurisprudência tem reconhecido a possibilidade de declaração da competência de um terceiro


juízo que não figure no conflito de competência em julgamento, quer na qualidade de suscitante,
quer na qualidade de suscitado" (CC 168.575/MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,
TERCEIRA SEÇÃO, DJe 14/10/2019).

(STJ - CC 163420 / PR, Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, DJe 01/06/2020)

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E JUSTIÇA DO TRABALHO.


EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO
QUE PROLATOU A SENTENÇA EXEQÜENDA. DECLARAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE TERCEIRO
JUÍZO, ESTRANHO AO CONFLITO. POSSIBILIDADE.

II - Admite-se a declaração de competência de terceiro juízo, estranho ao conflito. Precedentes.

(STJ - CC 89387 / MT, Relator Ministro SIDNEI BENETI, publicado no DJe 18/04/2008)

ASSIM, ante o exposto, CONHEÇO do Conflito Negativo de Competência para dirimi-lo, declarando a
competência da 1ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas para processar e julgar o feito de nº
0804054-54.2021.8.14.0040.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0807426-34.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: DIEGO SILVA


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MARINHO Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação:
IMPETRADO Nome: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: IMPETRADO
Nome: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRACAO Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: Estado do Pará

Decisão Monocrática

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Diego Silva Marinho em face de ato atribuído à
Secretária de Estado de Planejamento e Administração do Pará, Hana Sampaio Ghassan, e aos
Procuradores Estaduais Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi e Gabriel Perez Rodrigues.

O impetrante aduz que é servidor militar lotada no interior do Estado e vinha recebendo normalmente a
gratificação denominada “Adicional de Interiorização”, por força de decisão judicial, contudo a referida
vantagem teria sido indevidamente retirada de seu contracheque no mês de junho de 2021.

Afirma que a Secretaria de Planejamento e Administração do Estado do Pará – SEPLAD teria informado
que a retirada se deu em cumprimento ao Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM, endereçado ao
Procurador e Coordenador Jurídico da SEAD, Gabriel Perez Rodrigues, pela Procuradora-Geral Adjunta
do Contencioso, Ana Carolina Lobo Gluck Paúl Peracchi.

Defende que o ato praticado é ilegal e arbitrário, por contrariar o entendimento consignado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 6321.

Assim, e por entender que estão preenchidos os requisitos necessários, requer a concessão de liminar
para que seja determinada a anulação por completo do ato coator (Ofício nº 729/2021 – PGE/GAB/PCDM)
e seus conexos, bem como o restabelecimento da vantagem denominada “Adicional de Interiorização”
junto ao seu contracheque.

Pede, também, a concessão do benefício da gratuidade de justiça.

É o relatório. Decido.

A Lei Federal nº 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança, prevê em seu art. 7º, inciso III, a
possibilidade de concessão de liminar quando houver fundamento relevante (fumus bonis iuris) e perigo de
ineficácia da medida (periculum in mora).

No presente caso, verifico que o fumus bonis iuris se evidencia pela supressão da parcela do Adicional de
Interiorização do contracheque do impetrante, policial militar lotado no interior do Estado (Id.5758347), a
despeito de o Supremo Tribunal Federal ter conferido eficácia ex nunc à decisão que declarou a
inconstitucionalidade dos dispositivos legais que previam o pagamento do referido adicional, preservando-
se a coisa julgada (ADI nº 6.321/PA).

O periculum in mora, por sua vez, decorre da diminuição da remuneração mensal percebida pelo
impetrante, o que pode inviabilizar a sua adimplência perante credores e, até mesmo, prejudicar a sua
subsistência.

Assim, defiro parcialmente o pedido liminar, apenas para determinar o restabelecimento do pagamento
do Adicional de Interiorização ao impetrante.

No tocante ao pedido de gratuidade de justiça, defiro o pedido, por vislumbrar presentes os requisitos
legais.

Intime-se a autoridade impetrada para cumprimento da medida liminar, notificando-a, na mesma


oportunidade, para que preste as informações, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, inciso I, da Lei nº
12.016/2009).
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Intime-se o Estado do Pará, na pessoa do seu representante legal, dando-lhe ciência da presente ação e
entregando-lhe cópia da inicial para que ingresse no feito, se houver interesse (art. 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/2009).

Ademais, considerando que as autoridades impetradas não estão sujeitas à competência do Tribunal
Pleno, prevista no art. 24, inciso XIII, alínea “b”, do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, determino a
redistribuição dos autos à Seção de Direito Público, mantendo-se o processo sob minha relatoria.

Cumpridas as diligências acima, remetam-se os autos ao Ministério Público para emissão de parecer e
retornem conclusos para ulteriores de direito.

Por fim, consigno que a presente decisão servirá, por cópia digitalizada, como mandado de
intimação/notificação.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0805843-14.2021.8.14.0000 Participação: RECLAMANTE Nome: BANCO


BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI
OAB: 28178/PA Participação: RECLAMADO Nome: Turma Recursal Permanente dos Juizados Especiais
Participação: RECLAMADO Nome: TURMA RECURSAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARÁ Participação: RECLAMADO Nome: JOAO DA CRUZ BARRETO Participação: RECLAMADO Nome:
ALEXANDRE FORNANCIARI WOLSKI Participação: RECLAMADO Nome: PAULA DE SOUSA
FERNANDES

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL Nº 0805843-14.2021.8.14.0000

SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO

RECLAMANTE: BANCO BRADESCO S/A

Advogado: Dr. Guilherme da Costa Ferreira Pignaneli

RECLAMADO: TURMA RECURSAL PERMANENTE DOS JUIZADOS ESPECIAIS

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os autos de Reclamação Constitucional com pedido de efeito suspensivo apresentada por Banco
Bradesco S.A. em face da decisão proferida pela Turma Recursal do TJPA, que, nos autos do Recurso
Inominado de nº 0800489-87.2019.814.0061, teria deixado de observar entendimento jurisprudencial do
Superior Tribunal de Justiça, ocorrendo em teratologia.

Pretende o reclamante a atribuição de efeito suspensivo à decisão até o julgamento da presente


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reclamação e, no mérito, a sua cassação e reforma da decisão que manteve condenação de danos
morais, fixada em R$8.000,00 e R$5.850,00, sob o argumento de dissonância com os precedentes do STJ
sobre a possibilidade de indenização quando a parte Autora é vítima de estelionato, quando a mesma der
causa, isentando o banco pela falha na prestação do serviço.

Acompanha a petição inicial comprovante de pagamento das custas iniciais, procuração,


substabelecimento, comprovante de intimação e cópia do processo de origem, incluindo a decisão
proferida pela Turma Recursal, objeto da presente Reclamação.

Coube-me o feito por distribuição.

Éo relatório.

DECIDO.

Compulsando os autos, verifico que a Reclamação tem como objetivo reformar decisão proferida pela
Turma Recursal dos Juizados Especiais, que em julgamento de Recurso Inominado manteve a
condenação do reclamante ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 8.000,00 (oito
mil reais), além do pagamento do valor de R$ 5.850,00 (cinco mil, e oitocentos e cinquenta reais) a título
de danos morais.

Segundo o reclamante, a decisão proferida pela Turma Recursal seria teratológica na medida em que
contraria jurisprudência do STJ que isenta a instituição financeira de responsabilidade por falha na
prestação do serviço, quando a vítima der causa ao estelionato.

De imediato, deixo assentado que a presente Reclamação é incabível, vez que não se enquadra nas
hipóteses previstas no Código de Processo Civil e no Regimento Interno deste Tribunal, o que impõe o seu
indeferimento de plano, à luz do art. 988 do CPC.

Passo a explicar.

O Novo Código de Processo Civil dispõe acerca das hipóteses de cabimento da reclamação, bem como,
dispõe acerca da inadmissibilidade do instituto, conforme se verifica:

Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

I - preservar a competência do tribunal;

II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;

III - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal
em controle concentrado de constitucionalidade; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)

IV - garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas


repetitivas ou de incidente de assunção de competência; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)

§1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão
jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir.

§2º A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal.

§3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre
que possível.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

§4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não
aplicação aos casos que a ela correspondam.

§5º É inadmissível a reclamação: (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

I - proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)
(Vigência)

II - proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral
reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos,
quando não esgotadas as instâncias ordinárias. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

§6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão
reclamado não prejudica a reclamação.

Por sua vez, o Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Justiça, especificamente em relação aos
julgados das Turmas Recursais, prevê em seu artigo 196, IV, que as partes interessadas poderão propor
reclamação quando: “houver divergência entre acórdão prolatado por Turma Recursal e a jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça, consolidada em incidente de assunção de competência e de resolução de
demandas repetitivas, em julgamento de recurso especial repetitivo e em enunciados das súmulas do STJ,
bem como para garantir a observância de precedentes”.

No caso em análise, o BANCO BRADESCO S.A apresenta reclamação sem atentar para o
procedimento estabelecido para esta, na medida em que aponta o cabimento da reclamação com base em
teratologia do Acórdão da Turma Recursal, o qual seria manifestamente absurdo, ilegal ou abusivo, sem
atender aos requisitos estabelecidos no CPC/2015 e no mencionado art. 196, IV, do RITJE/PA.

Embora aduza se tratar de decisão teratológica que contraria frontalmente jurisprudência do


STJ, não colaciona entendimento consolidado em incidente de assunção de competência, em resolução
de demandas repetitivas, julgamento de recurso especial repetitivo ou enunciados de Súmulas da referida
Corte.

Portanto, manifestamente inadmissível a presente reclamação conforme este Eg. Tribunal de Justiça vem
decidindo, inclusive de forma monocrática[1], uma vez que o reclamante se utiliza de via processual
inadequada como sucedâneo recursal, diante de seu inconformismo com o resultado do julgamento
realizado pela Turma Recursal Permanente dos Juizados Especiais Cíveis.

No mesmo sentido:

EMENTA: RECLAMAÇÃO. ACÓRDÃO PROFERIDO DIANTE A TURMA RECURSAL DO JUIZADO


ESPECIAL. SÚMULA 538 DO STJ. NÃO APLICADA AO CASO CONCRETO. ADMINISTRADORAS DE
CONSÓRCIO. DEVOLUÇÃO DA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO. LIMITAÇÃO. NÃO SE CONHECE DA
PRESENTE RECLAMAÇÃOAO JULGADO ORIUNDO DAS TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS
ESPECIAIS CÍVEIS POR MANIFESTA INADMISSIBILIDADE E UTILIZAÇÃO COMO SUCEDÂNEO
RECURSAL. DESCABIMENTO. EXTINÇÃO LIMINAR DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
RECLAMAÇÃONÃO CONHECIDA. (negritei)

(TJ-PA - RECLAMAÇÃO N° 0007371-58.2017.8.14.0000. ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO


PRIVADO. RELATORA: DESA. EDINÉA OLIVEIRA TAVARES. Data de publicação: 19/07/2017)

Diante do exposto, considerando o não enquadramento nas hipóteses legais, indefiro a petição inicial por
manifestamente descabida a Reclamação Constitucional, extinguindo o feito sem resolução do mérito, nos
termos da fundamentação. Prejudicada a apreciação do pedido de efeito suspensivo.

Belém, 13 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DES. RICARDO FERREIRA NUNES

Relator

[1] Processo nº 0003515-86.2017.8.14.0000, Órgão Julgador: Seção de Direito Público e Privado.


RECLAMAÇÃO. Relator: José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior; Seção De Direito Privado.
RECLAMAÇÃO Nº 0013637-95.2016.814.0000. Relator: Desembargadora Maria Do Ceo Maciel Coutinho;
Seção De Direito Privado. RECLAMAÇÃO Nº 0015214-11.2016.8.14.0000, Relatora: Desa. Edinéa
Oliveira Tavares

Número do processo: 0809085-83.2018.8.14.0000 Participação: AUTOR Nome: RAULAND BELEM SOM


LIMITADA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: FILIPE CHARONE TAVARES LOPES OAB: 12480/PA
Participação: REU Nome: EDMILSON BRITO RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: VALERIA
DE NAZARE SANTANA FIDELLIS OAB: 6848/PA SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM AÇÃO RESCISÓRIA – N.º 0809085-83.208.8.14.0000 COMARCA: BELÉM/PA.
EMBARGANTE: RAULAND BELÉM SOM LTDA.

ADVOGADO: FILIPE CHARONE TAVARES LOPES – OAB/PA N. 12.480.

EMBARGADO: EDMILSON BRITO RODRIGUIES.

ADVOGADA: VALÉRIA DE NAZARÉ SANTANA FIDELLIS – OAB/PA N. 6.848. RELATOR: Des.


CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO. D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A
Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DECISÃO QUE INDEFERIU O PEDIDO DE CONCESSÃO


DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. DO EXCESSO
NO VALOR DA CONDENAÇÃO. MATÉRIA DE MÉRITO. INVIÁVEL A DISCUSSÃO EM SEDE DE
LIMINAR. EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS.

Trata-se de recurso de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO protocolizados em face de decisão proferida por


este magistrado, que ao analisar o pedido de tutela provisória, para que fosse determinado a suspensão
da execução n. 0035522-75.2002.8.14.0301, INDEFERIU o pedido, face a ausência de probabilidade do
direito alegado e do periculum in mora.

Em suas razões o embargante sustenta omissão quanto a violação legal da gravação apresentada fora
dos imperativos legais. Após, sustenta excesso na condenação, que resultaria no enriquecimento sem
causa.

Sem contrarrazões.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, conheço dos embargos de declaração.

Os embargos de declaração, dada sua natureza objetiva e sua função integrativa, possuem a finalidade de
esclarecer os termos do decisum, devendo-se observar o disposto no art. 1.022 do CPC/2015, ou seja,
pressupõe a existência de obscuridade, contradição, omissão ou, ainda, a presença de erro material. De
se ver, portanto, que a lei processual somente admite os aclaratórios para esses fins.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Na espécie, o embargante sustenta uma omissão, sob a alegação de omissão do julgado quanto a
violação legal da gravação apresentada fora dos imperativos legais. Após, sustenta excesso na
condenação, que resultaria no enriquecimento sem causa.

Inicialmente destaco que o embargante sustenta a tese de que a gravação apresentada foi feita de forma
contrária às determinações legais e exigência da Lei n. 5.250/67, em especial o art. 57, §1º.

Ocorre que o Supremo Tribunal Federal já decidiu que a Lei n. 5.250/67, em sua totalidade, não foi
recepcionada pela CF/88, conforme se observa no julgado transcrito a seguir:

EMENTA: ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). LEI DE


IMPRENSA. ADEQUAÇÃO DA AÇÃO. REGIME CONSTITUCIONAL DA "LIBERDADE DE INFORMAÇÃO
JORNALÍSTICA", EXPRESSÃO SINÔNIMA DE LIBERDADE DE IMPRENSA. A "PLENA" LIBERDADE DE
IMPRENSA COMO CATEGORIA JURÍDICA PROIBITIVA DE QUALQUER TIPO DE CENSURA PRÉVIA.
A PLENITUDE DA LIBERDADE DE IMPRENSA COMO REFORÇO OU SOBRETUTELA DAS
LIBERDADES DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE INFORMAÇÃO E DE EXPRESSÃO
ARTÍSTICA, CIENTÍFICA, INTELECTUAL E COMUNICACIONAL. LIBERDADES QUE DÃO CONTEÚDO
ÀS RELAÇÕES DE IMPRENSA E QUE SE PÕEM COMO SUPERIORES BENS DE PERSONALIDADE E
MAIS DIRETA EMANAÇÃO DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. O CAPÍTULO
CONSTITUCIONAL DA COMUNICAÇÃO SOCIAL COMO SEGMENTO PROLONGADOR DAS
LIBERDADES DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE INFORMAÇÃO E DE EXPRESSÃO
ARTÍSTICA, CIENTÍFICA, INTELECTUAL E COMUNICACIONAL. TRANSPASSE DA
FUNDAMENTALIDADE DOS DIREITOS PROLONGADOS AO CAPÍTULO PROLONGADOR.
PONDERAÇÃO DIRETAMENTE CONSTITUCIONAL ENTRE BLOCOS DE BENS DE PERSONALIDADE:
O BLOCO DOS DIREITOS QUE DÃO CONTEÚDO À LIBERDADE DE IMPRENSA E O BLOCO DOS
DIREITOS À IMAGEM, HONRA, INTIMIDADE E VIDA PRIVADA. PRECEDÊNCIA DO PRIMEIRO
BLOCO. INCIDÊNCIA A POSTERIORI DO SEGUNDO BLOCO DE DIREITOS, PARA O EFEITO DE
ASSEGURAR O DIREITO DE RESPOSTA E ASSENTAR RESPONSABILIDADES PENAL, CIVIL E
ADMINISTRATIVA, ENTRE OUTRAS CONSEQUÊNCIAS DO PLENO GOZO DA LIBERDADE DE
IMPRENSA. PECULIAR FÓRMULA CONSTITUCIONAL DE PROTEÇÃO A INTERESSES PRIVADOS
QUE, MESMO INCIDINDO A POSTERIORI, ATUA SOBRE AS CAUSAS PARA INIBIR ABUSOS POR
PARTE DA IMPRENSA. PROPORCIONALIDADE ENTRE LIBERDADE DE IMPRENSA E
RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS MORAIS E MATERIAIS A TERCEIROS. RELAÇÃO DE
MÚTUA CAUSALIDADE ENTRE LIBERDADE DE IMPRENSA E DEMOCRACIA. RELAÇÃO DE
INERÊNCIA ENTRE PENSAMENTO CRÍTICO E IMPRENSA LIVRE. A IMPRENSA COMO INSTÂNCIA
NATURAL DE FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA E COMO ALTERNATIVA À VERSÃO OFICIAL DOS
FATOS. PROIBIÇÃO DE MONOPOLIZAR OU OLIGOPOLIZAR ÓRGÃOS DE IMPRENSA COMO NOVO
E AUTÔNOMO FATOR DE INIBIÇÃO DE ABUSOS. NÚCLEO DA LIBERDADE DE IMPRENSA E
MATÉRIAS APENAS PERIFERICAMENTE DE IMPRENSA. AUTORREGULAÇÃO E REGULAÇÃO
SOCIAL DA ATIVIDADE DE IMPRENSA. NÃO RECEPÇÃO EM BLOCO DA LEI Nº 5.250/1967 PELA
NOVA ORDEM CONSTITUCIONAL. EFEITOS JURÍDICOS DA DECISÃO. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 1.
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). LEI DE IMPRENSA.
ADEQUAÇÃO DA AÇÃO. A ADPF, fórmula processual subsidiária do controle concentrado de
constitucionalidade, é via adequada à impugnação de norma pré-constitucional. Situação de concreta
ambiência jurisdicional timbrada por decisões conflitantes. Atendimento das condições da ação. 2.
REGIME CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA COMO REFORÇO DAS LIBERDADES DE
MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE INFORMAÇÃO E DE EXPRESSÃO EM SENTIDO GENÉRICO,
DE MODO A ABARCAR OS DIREITOS À PRODUÇÃO INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E
COMUNICACIONAL. A Constituição reservou à imprensa todo um bloco normativo, com o apropriado
nome "Da Comunicação Social" (capítulo V do título VIII). A imprensa como plexo ou conjunto de
"atividades" ganha a dimensão de instituição-ideia, de modo a poder influenciar cada pessoa de per se e
até mesmo formar o que se convencionou chamar de opinião pública. Pelo que ela, Constituição, destinou
à imprensa o direito de controlar e revelar as coisas respeitantes à vida do Estado e da própria sociedade.
A imprensa como alternativa à explicação ou versão estatal de tudo que possa repercutir no seio da
sociedade e como garantido espaço de irrupção do pensamento crítico em qualquer situação ou
contingência. Entendendo-se por pensamento crítico o que, plenamente comprometido com a verdade ou
essência das coisas, se dota de potencial emancipatório de mentes e espíritos. O corpo normativo da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Constituição brasileira sinonimiza liberdade de informação jornalística e liberdade de imprensa, rechaçante


de qualquer censura prévia a um direito que é signo e penhor da mais encarecida dignidade da pessoa
humana, assim como do mais evoluído estado de civilização. 3. O CAPÍTULO CONSTITUCIONAL DA
COMUNICAÇÃO SOCIAL COMO SEGMENTO PROLONGADOR DE SUPERIORES BENS DE
PERSONALIDADE QUE SÃO A MAIS DIRETA EMANAÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: A
LIVRE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO E O DIREITO À INFORMAÇÃO E À EXPRESSÃO
ARTÍSTICA, CIENTÍFICA, INTELECTUAL E COMUNICACIONAL. TRANSPASSE DA NATUREZA
JURÍDICA DOS DIREITOS PROLONGADOS AO CAPÍTULO CONSTITUCIONAL SOBRE A
COMUNICAÇÃO SOCIAL. O art. 220 da Constituição radicaliza e alarga o regime de plena liberdade de
atuação da imprensa, porquanto fala: a) que os mencionados direitos de personalidade (liberdade de
pensamento, criação, expressão e informação) estão a salvo de qualquer restrição em seu exercício, seja
qual for o suporte físico ou tecnológico de sua veiculação; b) que tal exercício não se sujeita a outras
disposições que não sejam as figurantes dela própria, Constituição. A liberdade de informação jornalística
é versada pela Constituição Federal como expressão sinônima de liberdade de imprensa. Os direitos que
dão conteúdo à liberdade de imprensa são bens de personalidade que se qualificam como sobredireitos.
Daí que, no limite, as relações de imprensa e as relações de intimidade, vida privada, imagem e honra são
de mútua excludência, no sentido de que as primeiras se antecipam, no tempo, às segundas; ou seja,
antes de tudo prevalecem as relações de imprensa como superiores bens jurídicos e natural forma de
controle social sobre o poder do Estado, sobrevindo as demais relações como eventual responsabilização
ou consequência do pleno gozo das primeiras. A expressão constitucional "observado o disposto nesta
Constituição" (parte final do art. 220) traduz a incidência dos dispositivos tutelares de outros bens de
personalidade, é certo, mas como consequência ou responsabilização pelo desfrute da "plena liberdade de
informação jornalística" (§ 1º do mesmo art. 220 da Constituição Federal). Não há liberdade de imprensa
pela metade ou sob as tenazes da censura prévia, inclusive a procedente do Poder Judiciário, pena de se
resvalar para o espaço inconstitucional da prestidigitação jurídica. Silenciando a Constituição quanto ao
regime da internet (rede mundial de computadores), não há como se lhe recusar a qualificação de território
virtual livremente veiculador de ideias e opiniões, debates, notícias e tudo o mais que signifique plenitude
de comunicação. 4. MECANISMO CONSTITUCIONAL DE CALIBRAÇÃO DE PRINCÍPIOS. O art. 220 é
de instantânea observância quanto ao desfrute das liberdades de pensamento, criação, expressão e
informação que, de alguma forma, se veiculem pelos órgãos de comunicação social. Isto sem prejuízo da
aplicabilidade dos seguintes incisos do art. 5º da mesma Constituição Federal: vedação do anonimato
(parte final do inciso IV); do direito de resposta (inciso V); direito a indenização por dano material ou moral
à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas (inciso X); livre exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (inciso XIII);
direito ao resguardo do sigilo da fonte de informação, quando necessário ao exercício profissional (inciso
XIV). Lógica diretamente constitucional de calibração temporal ou cronológica na empírica incidência
desses dois blocos de dispositivos constitucionais (o art. 220 e os mencionados incisos do art. 5º). Noutros
termos, primeiramente, assegura-se o gozo dos sobredireitos de personalidade em que se traduz a "livre"
e "plena" manifestação do pensamento, da criação e da informação. Somente depois é que se passa a
cobrar do titular de tais situações jurídicas ativas um eventual desrespeito a direitos constitucionais
alheios, ainda que também densificadores da personalidade humana. Determinação constitucional de
momentânea paralisia à inviolabilidade de certas categorias de direitos subjetivos fundamentais, porquanto
a cabeça do art. 220 da Constituição veda qualquer cerceio ou restrição à concreta manifestação do
pensamento (vedado o anonimato), bem assim todo cerceio ou restrição que tenha por objeto a criação, a
expressão e a informação, seja qual for a forma, o processo, ou o veículo de comunicação social. Com o
que a Lei Fundamental do Brasil veicula o mais democrático e civilizado regime da livre e plena circulação
das ideias e opiniões, assim como das notícias e informações, mas sem deixar de prescrever o direito de
resposta e todo um regime de responsabilidades civis, penais e administrativas. Direito de resposta e
responsabilidades que, mesmo atuando a posteriori, infletem sobre as causas para inibir abusos no
desfrute da plenitude de liberdade de imprensa. 5. PROPORCIONALIDADE ENTRE LIBERDADE DE
IMPRENSA E RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. Sem embargo, a
excessividade indenizatória é, em si mesma, poderoso fator de inibição da liberdade de imprensa, em
violação ao princípio constitucional da proporcionalidade. A relação de proporcionalidade entre o dano
moral ou material sofrido por alguém e a indenização que lhe caiba receber (quanto maior o dano maior a
indenização) opera é no âmbito interno da potencialidade da ofensa e da concreta situação do ofendido.
Nada tendo a ver com essa equação a circunstância em si da veiculação do agravo por órgão de
imprensa, porque, senão, a liberdade de informação jornalística deixaria de ser um elemento de expansão
e de robustez da liberdade de pensamento e de expressão lato sensu para se tornar um fator de contração
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

e de esqualidez dessa liberdade. Em se tratando de agente público, ainda que injustamente ofendido em
sua honra e imagem, subjaz à indenização uma imperiosa cláusula de modicidade. Isto porque todo
agente público está sob permanente vigília da cidadania. E quando o agente estatal não prima por todas
as aparências de legalidade e legitimidade no seu atuar oficial, atrai contra si mais fortes suspeitas de um
comportamento antijurídico francamente sindicável pelos cidadãos. 6. RELAÇÃO DE MÚTUA
CAUSALIDADE ENTRE LIBERDADE DE IMPRENSA E DEMOCRACIA. A plena liberdade de imprensa é
um patrimônio imaterial que corresponde ao mais eloquente atestado de evolução político-cultural de todo
um povo. Pelo seu reconhecido condão de vitalizar por muitos modos a Constituição, tirando-a mais vezes
do papel, a Imprensa passa a manter com a democracia a mais entranhada relação de mútua
dependência ou retroalimentação. Assim visualizada como verdadeira irmã siamesa da democracia, a
imprensa passa a desfrutar de uma liberdade de atuação ainda maior que a liberdade de pensamento, de
informação e de expressão dos indivíduos em si mesmos considerados. O § 5º do art. 220 apresenta-se
como norma constitucional de concretização de um pluralismo finalmente compreendido como fundamento
das sociedades autenticamente democráticas; isto é, o pluralismo como a virtude democrática da
respeitosa convivência dos contrários. A imprensa livre é, ela mesma, plural, devido a que são
constitucionalmente proibidas a oligopolização e a monopolização do setor (§ 5º do art. 220 da CF). A
proibição do monopólio e do oligopólio como novo e autônomo fator de contenção de abusos do chamado
"poder social da imprensa". 7. RELAÇÃO DE INERÊNCIA ENTRE PENSAMENTO CRÍTICO E IMPRENSA
LIVRE. A IMPRENSA COMO INSTÂNCIA NATURAL DE FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA E COMO
ALTERNATIVA À VERSÃO OFICIAL DOS FATOS. O pensamento crítico é parte integrante da informação
plena e fidedigna. O possível conteúdo socialmente útil da obra compensa eventuais excessos de estilo e
da própria verve do autor. O exercício concreto da liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito
de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero ou contundente, especialmente contra
as autoridades e os agentes do Estado. A crítica jornalística, pela sua relação de inerência com o interesse
público, não é aprioristicamente suscetível de censura, mesmo que legislativa ou judicialmente intentada.
O próprio das atividades de imprensa é operar como formadora de opinião pública, espaço natural do
pensamento crítico e "real alternativa à versão oficial dos fatos" ( Deputado Federal Miro Teixeira). 8.
NÚCLEO DURO DA LIBERDADE DE IMPRENSA E A INTERDIÇÃO PARCIAL DE LEGISLAR. A uma
atividade que já era "livre" (incisos IV e IX do art. 5º), a Constituição Federal acrescentou o qualificativo de
"plena" (§ 1º do art. 220). Liberdade plena que, repelente de qualquer censura prévia, diz respeito à
essência mesma do jornalismo (o chamado "núcleo duro" da atividade). Assim entendidas as coordenadas
de tempo e de conteúdo da manifestação do pensamento, da informação e da criação lato sensu, sem o
que não se tem o desembaraçado trânsito das ideias e opiniões, tanto quanto da informação e da criação.
Interdição à lei quanto às matérias nuclearmente de imprensa, retratadas no tempo de início e de duração
do concreto exercício da liberdade, assim como de sua extensão ou tamanho do seu conteúdo. Tirante,
unicamente, as restrições que a Lei Fundamental de 1988 prevê para o "estado de sítio" (art. 139), o
Poder Público somente pode dispor sobre matérias lateral ou reflexamente de imprensa, respeitada
sempre a ideia-força de que quem quer que seja tem o direito de dizer o que quer que seja. Logo, não
cabe ao Estado, por qualquer dos seus órgãos, definir previamente o que pode ou o que não pode ser dito
por indivíduos e jornalistas. As matérias reflexamente de imprensa, suscetíveis, portanto, de conformação
legislativa, são as indicadas pela própria Constituição, tais como: direitos de resposta e de indenização,
proporcionais ao agravo; proteção do sigilo da fonte ("quando necessário ao exercício profissional");
responsabilidade penal por calúnia, injúria e difamação; diversões e espetáculos públicos; estabelecimento
dos "meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou
programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de
produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente" (inciso II do § 3º do
art. 220 da CF); independência e proteção remuneratória dos profissionais de imprensa como elementos
de sua própria qualificação técnica (inciso XIII do art. 5º); participação do capital estrangeiro nas empresas
de comunicação social (§ 4º do art. 222 da CF); composição e funcionamento do Conselho de
Comunicação Social (art. 224 da Constituição). Regulações estatais que, sobretudo incidindo no plano das
consequências ou responsabilizações, repercutem sobre as causas de ofensas pessoais para inibir o
cometimento dos abusos de imprensa. Peculiar fórmula constitucional de proteção de interesses privados
em face de eventuais descomedimentos da imprensa (justa preocupação do Ministro Gilmar Mendes), mas
sem prejuízo da ordem de precedência a esta conferida, segundo a lógica elementar de que não é pelo
temor do abuso que se vai coibir o uso. Ou, nas palavras do Ministro Celso de Mello, "a censura
governamental, emanada de qualquer um dos três Poderes, é a expressão odiosa da face autoritária do
poder público". 9. AUTORREGULAÇÃO E REGULAÇÃO SOCIAL DA ATIVIDADE DE IMPRENSA. É da
lógica encampada pela nossa Constituição de 1988 a autorregulação da imprensa como mecanismo de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

permanente ajuste de limites da sua liberdade ao sentir-pensar da sociedade civil. Os padrões de


seletividade do próprio corpo social operam como antídoto que o tempo não cessa de aprimorar contra os
abusos e desvios jornalísticos. Do dever de irrestrito apego à completude e fidedignidade das informações
comunicadas ao público decorre a permanente conciliação entre liberdade e responsabilidade da
imprensa. Repita-se: não é jamais pelo temor do abuso que se vai proibir o uso de uma liberdade de
informação a que o próprio Texto Magno do País apôs o rótulo de "plena" (§ 1 do art. 220). 10. NÃO
RECEPÇÃO EM BLOCO DA LEI 5.250 PELA NOVA ORDEM CONSTITUCIONAL. 10.1. Óbice lógico à
confecção de uma lei de imprensa que se orne de compleição estatutária ou orgânica. A própria
Constituição, quando o quis, convocou o legislador de segundo escalão para o aporte regratório da
parte restante de seus dispositivos (art. 29, art. 93 e § 5º do art. 128). São irregulamentáveis os
bens de personalidade que se põem como o próprio conteúdo ou substrato da liberdade de
informação jornalística, por se tratar de bens jurídicos que têm na própria interdição da prévia
interferência do Estado o seu modo natural, cabal e ininterrupto de incidir. Vontade normativa que,
em tema elementarmente de imprensa, surge e se exaure no próprio texto da Lei Suprema. 10.2.
Incompatibilidade material insuperável entre a Lei n° 5.250/67 e a Constituição de 1988.
Impossibilidade de conciliação que, sobre ser do tipo material ou de substância (vertical),
contamina toda a Lei de Imprensa: a) quanto ao seu entrelace de comandos, a serviço da
prestidigitadora lógica de que para cada regra geral afirmativa da liberdade é aberto um leque de
exceções que praticamente tudo desfaz; b) quanto ao seu inescondível efeito prático de ir além de
um simples projeto de governo para alcançar a realização de um projeto de poder, este a se
eternizar no tempo e a sufocar todo pensamento crítico no País. 10.3 São de todo imprestáveis as
tentativas de conciliação hermenêutica da Lei 5.250/67 com a Constituição, seja mediante expurgo
puro e simples de destacados dispositivos da lei, seja mediante o emprego dessa refinada técnica
de controle de constitucionalidade que atende pelo nome de "interpretação conforme a
Constituição". A técnica da interpretação conforme não pode artificializar ou forçar a
descontaminação da parte restante do diploma legal interpretado, pena de descabido
incursionamento do intérprete em legiferação por conta própria. Inapartabilidade de conteúdo, de
fins e de viés semântico (linhas e entrelinhas) do texto interpretado. Caso-limite de interpretação
necessariamente conglobante ou por arrastamento teleológico, a pré-excluir do intérprete/aplicador
do Direito qualquer possibilidade da declaração de inconstitucionalidade apenas de determinados
dispositivos da lei sindicada, mas permanecendo incólume uma parte sobejante que já não tem
significado autônomo. Não se muda, a golpes de interpretação, nem a inextrincabilidade de
comandos nem as finalidades da norma interpretada. Impossibilidade de se preservar, após
artificiosa hermenêutica de depuração, a coerência ou o equilíbrio interno de uma lei (a Lei federal
nº 5.250/67) que foi ideologicamente concebida e normativamente apetrechada para operar em
bloco ou como um todo pro indiviso. 11. EFEITOS JURÍDICOS DA DECISÃO. Aplicam-se as normas
da legislação comum, notadamente o Código Civil, o Código Penal, o Código de Processo Civil e o Código
de Processo Penal às causas decorrentes das relações de imprensa. O direito de resposta, que se
manifesta como ação de replicar ou de retificar matéria publicada é exercitável por parte daquele que se
vê ofendido em sua honra objetiva, ou então subjetiva, conforme estampado no inciso V do art. 5º da
Constituição Federal. Norma, essa, "de eficácia plena e de aplicabilidade imediata", conforme classificação
de José Afonso da Silva. "Norma de pronta aplicação", na linguagem de Celso Ribeiro Bastos e Carlos
Ayres Britto, em obra doutrinária conjunta. 12. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. Total procedência da ADPF,
para o efeito de declarar como não recepcionado pela Constituição de 1988 todo o conjunto de
dispositivos da Lei federal nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967.

(ADPF 130, Relator(a): CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 30/04/2009, DJe-208 DIVULG
05-11-2009 PUBLIC 06-11-2009 EMENT VOL-02381-01 PP-00001 RTJ VOL-00213-01 PP-00020)

De ressaltar que na decisão que indeferiu a tutela de urgência, já foi devidamente informado que
dispositivos da Lei de Imprensa não foram recepcionados pela Carta Magna, motivo pelo qual não se
sustenta a omissão alegada nos presentes embargos.

Quanto ao alegado excesso na condenação, que resultaria no enriquecimento sem causa, destaco que
presente matéria é atinente ao mérito da ação rescisória protocolizada, tendo a decisão liminar somente o
escopo da analisar o fumus boni iuris e o periculum in mora, que foram devidamente analisados, não
existindo, portanto, nenhum ponto a ser dirimido no presente julgado.
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ASSIM, considerando inexistir omissão, na forma do art. 1.022 do CPC/2015, CONHEÇO e REJEITO
monocraticamente os Embargos de Declaração, mantendo integralmente os termos da decisão
interlocutória guerreada.

REMETAM-SE OS PRESENTES AUTOS AO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PARECER.

Após, conclusos para o devido julgamento do feito.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0804820-33.2021.8.14.0000 Participação: SUSCITANTE Nome: JUÍZO DA 3ª VARA


CIVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS Participação: SUSCITADO Nome: JUIZO DA 2ª VARA
CÍVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO

CONFLITO DE COMPETÊNCIA – Nº 0804820-33.2021.8.14.0000.

COMARCA: PARAUAPEBAS / PA.

SUSCITANTE: JUÍZO DA 3ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS.

SUSCITADO: JUÍZO DA 2ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL DE PARAUAPEBAS.

INTERESSADO: B.B.R.A. EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.

INTERESSADO: MANOEL MESSIAS CARVALHO DA CONCEIÇÃO.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AUSÊNCIA DE DISTRIBUIÇÃO POR


DEPENDÊNCIA OU VINCULADA. AÇÃO DISTRIBUÍDA POR SORTEIO. DISTRIBUIÇÃO ALEATÓRIA.
OCORRÊNCIA. ART. 285 DO CPC/2015. ART. 106 DO REGIMENTO INTERNO DO TJPA.
COMPETÊNCIA DO JUÍZO PREVENTO. PRECEDENTES. CONFLITO DE COMPETÊNCIA
CONHECIDO E DECLARADA A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE
PARAUAPEBAS PARA JULGAR O PROCESSO Nº 0802095-48.2021.8.14.0040
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Trata-se de CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA, nos autos do Cumprimento de Sentença


(proc. nº 0802095-48.2021.8.14.0040) de decisão extrajudicial homologatória de acordo prolatada
pelo juízo do 1º CEJUSC PARAUAPEBAS, que tem como litigantes B.B.R.A. EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS LTDA e MANOEL MESSIAS CARVALHO DA CONCEIÇÃO, suscitado pelo Juízo de
Direito da 3ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas perante o Juízo de Direito da 2ª Vara Cível e
Empresarial de Parauapebas.

É o breve relatório.

O presente conflito negativo de competência cinge-se a determinar a competência para o julgamento do


referido cumprimento de sentença.

Compulsando os autos (proc. nº 0802095-48.2021.8.14.0040), constato que na petição inicial o Autor


requereu que o feito fosse distribuído por prevenção à 2ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas, uma
vez que a juíza titular desta Vara é a mesma que proferiu decisão extrajudicial homologatória de acordo no
processo nº 0803488-42.2020.8.14.0040, o qual tramitou perante o 1º Centro Judiciário de Solução de
Conflitos e Cidadania da Comarca de Parauapebas/PA – CEJUSC.

Isto posto, o juízo Suscitado aduziu que não há prevenção da 2ª Vara Cível de Parauapebas, eis que a
magistrada proferiu sentença de homologação extrajudicial no processo nº 0803488-42.2020.8.14.0040 na
condição de Coordenadora do CEJUSC.

Em contrapartida, o juízo Suscitante alegou que a distribuição do processo nº 0802095-48.2021.8.14.0040


à 2ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas não ocorreu por prevenção, vinculação ou dependência,
mas sim de forma livre, ou seja, por sorteio. Isto posto, equivocada teria sido a determinação de
redistribuição do referido processo pela juíza da 2ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas.

Pois bem. Sem delongas, consigno que ao consultar o sistema de acompanhamento processual deste E.
Tribunal (PJE), constatei que o processo nº 0802095-48.2021.8.14.0040 foi distribuído por sorteio à 2ª
Vara Cível e Empresarial de Parauapebas. Isto posto, ainda que o Autor do cumprimento de sentença
tenha requerido pela distribuição por dependência e/ou prevenção, assim não ocorreu, pelo que, de fato,
razão pela qual foi descabida a determinação de redistribuição realizada pelo juízo da 2ª Vara Cível e
Empresarial de Parauapebas.

Sobre o assunto, confira-se os seguintes dispositivos:

CPC/2015: Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, obedecendo-se
rigorosa igualdade.

Regimento Interno do TJPA: Art. 106. A distribuição será feita por processamento eletrônico de dados,
mediante sorteio aleatório e uniforme, diária e imediatamente, observadas as classes e os assuntos
definidos pelo Conselho Nacional de Justiça.

Logo, tendo havido a distribuição por sorteio à 2ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas, fato este que
lhe torna prevento (art. 43 do CPC/2015), descabida foi a determinação de redistribuição do feito por
suposição errônea de que a demanda foi distribuída por dependência e/ou vinculação. Neste sentido:

HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. CRIME CONTRA A HONRA PRATICADO


POR MEIO DA INTERNET. NATUREZA FORMAL. CONSUMAÇÃO NO LOCAL DA PUBLICAÇÃO DO
CONTEÚDO OFENSIVO. TODAVIA QUANDO ESSE LUGAR É DESCONHECIDO, INCIDÊNCIA DA
REGRA SUBSIDIÁRIA DO ART. 72 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - CPP. COMPETÊNCIA DO
LOCAL DE DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DA QUERELADA. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA OPOSTA
NO PRAZO DA DEFESA. OBSERVÂNCIA DO ART. 108 DO CPP. PRECLUSÃO CONSUMATIVA NÃO
CONFIGURADA. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. ACÓRDÃO IMPUGNADO CASSADO.
RESTABELECIDA A DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU QUE DEU PROVIMENTO À EXCEÇÃO DE
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INCOMPETÊNCIA.

6. De acordo com o artigo 43, do Código de Processo Civil - CPC, aplicado subsidiariamente no
caso concreto por força do artigo 3º, do CPP, "determina-se a competência no momento do registro
ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de
direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a
competência absoluta".

(STJ - HC 591218 / SC, Relator Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, publicado no DJe 12/02/2021)

ASSIM, ante o exposto, CONHEÇO do Conflito Negativo de Competência para dirimi-lo, declarando a
competência da 2ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas para processar e julgar o feito de nº
0802095-48.2021.8.14.0040.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0801356-40.2017.8.14.0000 Participação: AUTOR Nome: ORLA CORRETAGENS E


EMPREENDIMENTOS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANO PANTOJA DE SOUZA
OAB: 29712/PA Participação: ADVOGADO Nome: HERMENEGILDO ANTONIO CRISPINO OAB: 1643/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CLEIA SANTOS DE ABREU OAB: 1609/PA Participação: REU Nome:
JOSE MAURICIO DE ANDRADE CAVALCANTI JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: INGRID
THAINA LISBOA DA COSTA OAB: 27381/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE GERALDO DE
JESUS PAIXAO OAB: 2797/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CARLOS AIDO MACIEL
OAB: 7009/PA Participação: INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

ATO ORDINATÓRIO

O Secretário da Seço de Direito Público e Privado do TJE/PA torna público que se encontram nesta
Secretaria, o AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL, interposto por ORLA CORRETAGEM
EMPREENDIMENTOSLTDA, sendo recorrido JOSÉ MAURÍCIO DE ANDRADE CAVALCANTI JÚNIOR,
aguardando apresentação das contrarrazões.
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UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO- UPJ

Número do processo: 0009922-83.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: EDSON RIBEIRO DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA Participação:
APELADO Nome: BANCO PAN S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA BEATRIZ DO
NASCIMENTO OAB: 24871/PA Participação: APELADO Nome: SABEMI SEGURADORA SA Participação:
ADVOGADO Nome: JULIANO MARTINS MANSUR OAB: 113786/RJ Participação: APELADO Nome:
BANCO BMG SA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB:
23255/PE

DESPACHO

Considerando tratar a matéria versada nos presentes autos de direito disponíveis, intimem-se as partes
litigantes acerca da possibilidade de conciliação no prazo de 15 (quinze) dias.

Apresentada proposta de acordo, intime-se a parte adversa para manifestar-se também no prazo de 15
(quinze) dias.

Após, certifique-se e conclusos.

Publique-se. Intimem-se.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora

Número do processo: 0800046-32.2020.8.14.0052 Participação: APELANTE Nome: MARIA DE NAZARE


FERREIRA DIAS Participação: ADVOGADO Nome: JOSIANE TRINDADE DE LIMA OAB: 29532/PA
Participação: APELADO Nome: BANCO BMG SA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA
MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE SÃO DOMINGOS DO CAPIM/PA

APELAÇÃO CÍVEL N° 0800046-32.2020.8.14.0052

APELANTE: BANCO BMG S.A.

APELADA: MARIA DE NAZARÉ FERREIRA DIAS

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE


REPETIÇÃO DE INDÉBITO E REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS– DESCONTOS NO BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO – CARTÃO DE CRÉDITO DE MARGEM CONSIGNÁVEL (RCM) - PRESCRIÇÃO
TRIENAL – INOCORRÊNCIA – MÉRITO - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – COMPROVAÇÃO DE
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DESCONTOS - COBRANÇA INDEVIDA – REPETIÇÃO DE INDÉBITO - DANO MORAL


CARACTERIZADO – VALOR FIXADO EM ATENDIMENTO AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE – DECISÃO MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO MONOCRATICAMENTE.
INTELIGÊNCIA DO ART. 932, DO CPC/2015 C/C O ART. 133, XI, “D”, DO RITJE/PA.

1. A prescrição trienal não resta caracterizada, porquanto ante o reconhecimento da nulidade do ato por
vício do negócio jurídico, impositiva a observância do disposto no artigo 169 do Código Civil.
Precedentes jurisprudenciais do STJ. Ademais, considerando que o contrato de cartão de crédito
com reserva de margem consignável (RMC) em questão prevê o pagamento de prestações mensais
de trato sucessivo, permanente e infinito, sequer poder-se-ia cogitar de termo inicial da fluência do
prazo prescricional posto que a situação se prolonga no tempo. Prescrição afastada.
2. Em se tratando de relação de consumo, invertido o ônus da prova pelo magistrado de origem, a teor
do art. 6º, VIII, do CDC, caberia ao réu/apelante se desincumbir de comprovar a devida contratação
do Cartão RCM e a legalidade dos descontos no benefício previdenciário da autora/apelada; todavia
não logrou tal êxito, tratando-se, assim, de cobrança indevida.
3. O consumidor cobrado em quantia indevida também tem direito à restituição dobrada do que pagou,
acrescido de correção monetária e juros legais, conforme disposto no art. 42, parágrafo único, do
CDC, independentemente da comprovação de má-fé-, conforme precedente do Superior Tribunal de
Justiça.
4. O desconto indevido realizado em contracheque de aposentado, por empréstimo consignado não
contratado ou cartão de crédito de margem consignável, atinge verba de natureza alimentar,
comprometendo, portanto, o sustento do consumidor, o que, por si só, ultrapassa o mero
aborrecimento decorrente dos embates da vida cotidiana, configurando os danos morais reclamados.
5. Não existindo um critério objetivo e matemático para o arbitramento de dano moral, cabe ao
magistrado a tarefa de decidir qual a justa e razoável recompensa pelo dano sofrido, estando o valor
de R$ 3.000,00 (três mil reais) em acordo com os princípios da proporcionalidade e razoabilidade e
com a jurisprudência.
6. Recurso conhecido e desprovido monocraticamente, nos termos do art. 932, V, do CPC/2015 c/c o
art. 133, XI, “d”, do RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por BANCO BMG S.A., em face da r. sentença
proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de São Domingos do Capim/PA que, nos autos
da AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO E
REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS, ajuizada por MARIA DE NAZARÉ FERREIRA DIAS, julgou
procedente a demanda.

Na origem, a apelada propôs a ação alegando que o Banco demandado ora apelante, vem descontando
indevidamente, junto ao INSS, fonte pagadora de seus proventos de previdência (Benefício de
aposentadoria por idade), parcela consignada de financiamento de cartão de crédito que não contratou
(Reserva de Margem Consignável – RMC), sob o contrato nº 11539011, com início em 03/02/2017, sendo
a parcela descontada no valor de R$46,85 (quarenta e seis reais e oitenta e cinco centavos).

Aduziu que não reconhece a relação contratual que sustenta a cobrança, que por sinal jamais recebeu
qualquer valor relacionado a essa transação bancária.

Finalizou requerendo a concessão de tutela de urgência para cessar os descontos supostamente


indevidos, indenização pelos danos suportados e repetição de indébito em dobro; além de indenização
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pelos danos morais sofridos no valor de R$10.000,00 (dez mil reais).

Após regular trâmite processual, sobreveio a r. sentença, de procedência dos pedidos formulados na
exordial, com resolução de mérito, cujo dispositivo abaixo se transcreve (Id. Num. 5675581):

“Ex positis, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO da parte autora e, com fundamento no art. 487, I, do CPC,
resolvo o mérito da demanda para:

(i) DECLARAR a ilegalidade da contratação e dos descontos efetuados no benefício previdenciário do


autor a título de “Reserva de Margem Consignável”, no valor de R$ 46,85, a partir de 03/02/2017;

(ii) CONDENAR a instituição financeira Ré na restituição, em dobro, das parcelas descontadas no


benefício previdenciário do autor a título de “Reserva de Margem Consignável”, no valor de R$ 46,85, a
partir de 03/02/2017, cujo montante deverá sofrer correção monetária, pelo índice do INPC, desde cada
desconto indevido e incidência de juros de mora, em 01% (um por cento) ao mês, a contar da citação nos
autos;

(iii) CONDENAR a instituição financeira Ré ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de
R$ 3.000,00 (três) mil reais, que deverá ser devidamente corrigida, pelo índice do INPC, a partir da
presente data, bem como acrescida de juros de mora, em 01% (um por cento) ao mês, a contar da citação
nos autos.

(iv) DEFIRIR, agora em juízo aprofundado da controvérsia, a tutela provisória de urgência para determinar
a suspensão dos descontos realizados pela instituição financeira, a título de RMC, do benefício
previdenciário da parte autora, sob pena de multa diária de R$ 100,00

(cem reais), até o limite de R$ 3.000,00 (três mil reais).

Em face do princípio da sucumbência, condeno a instituição financeira ao pagamento das custas


processuais e dos honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor do proveito
econômico obtido pela parte autora, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.”

Inconformado o banco APELOU (Id. Num. 5675583), alegando preliminarmente a prescrição, pois
considerando que a demanda foi ajuizada em 10/02/2020 e a celebração do contrato ocorreu em
15/09/2015, decorreram mais de 03 (três) anos, ultrapassando o lapso prescricional estabelecido no art.
206, §3º, inciso IV, do Código Civil, restando-se prescrita, portanto, a pretensão autoral.
Quanto ao mérito, asseverou que a recorrida contratou o BMG Card nº 5259051152268113 junto ao
apelante, tendo inclusive assinado o contrato e realizado saque no valor de R$ 1.070,99 (mil e setenta
reais e noventa e nove centavos); e R$ 434,17 (quatrocentos e trinta e quatro reais e dezessete centavos).

Aduziu que, além dos saques comprovadamente realizados, à parte Recorrida fora ofertado o cartão de
crédito BMG Card, apto a ser utilizado em todo o comércio por meio da bandeira Mastercard. E, por se
tratar de um cartão consignado, o banco realiza o desconto mínimo na folha de pagamento, ficando a
cargo do consumidor realizar o pagamento do restante da fatura.

Portanto, sustenta que, no caso dos autos, a apelada contratou com a apelante, e beneficiou-se desses
valores, sendo a relação jurídica de todo regular e sem vícios. Desse modo, inexiste ilícito cometido pelo
banco e menos a existência de dano moral a ser indenizado.

Pondera que, mesmo que houvesse cobrança indevida, inexiste no caso dos autos má fé que justifique a
devolução em dobro.

Pugna, ainda, pela minoração do quantum da indenização por dano moral; pela incidência de juros de
mora ocorra apenas a partir do arbitramento da condenação; e para minoração dos honorários
advocatícios sucumbenciais.
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Contrarrazões ofertadas no Id. Num. 5675589, refutando os argumentos do apelante, e pugnando pela
manutenção da sentença recorrida.

Encaminhados os autos a esta Corte, coube-me a relatoria por distribuição.

Éo relatório.

Decido.

Conheço do recurso de apelação, eis que atendidos os requisitos de admissibilidade exigidos pela lei
processual civil.

Conforme relatado, na origem, por meio desta demanda, a autora MARIA DE NAZARÉ FERREIRA DIAS,
ora apelada, pretende ver declarada a inexistência dos débitos, com a anulação das cobranças referentes
ao contrato de cartão de crédito de margem consignável, além de repetição do indébito, em dobro, e
indenização por dano moral, uma vez que nunca realizou empréstimos com o Banco/réu, contudo, foi
surpreendida com descontos em seu benefício do INSS.

Inicialmente, não prospera a preliminar de prescrição trienal.

No caso, ante a nulidade do ato por vício do negócio jurídico, impositiva a observância do disposto no
artigo 169 do Código Civil que consagrou o princípio da imprescritibilidade dos negócios jurídicos nulos ao
prever que: "O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do
tempo".

Logo, a ação para reconhecer a nulidade de um ato é imprescritível, notadamente quando se está, como
na hipótese dos autos, no plano da eficácia do negócio jurídico não se sujeitando, portanto, à prescrição.

Nesse sentido, o entendimento do STJ:

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CONTRATO. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL DE


ASCENDENTE A DESCENDENTE POR INTERPOSTA PESSOA. SIMULAÇÃO. REEXAME DE PROVAS.
NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO. DECADÊNCIA. INEXISTÊNCIA. ATO NULO INSUSCETÍVEL DE
CONVALIDAÇÃO PELO DECURSO DO TEMPO. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.

1. O Tribunal de origem, com fundamento na prova documental trazida aos autos, concluiu pela existência
de simulação de negócio jurídico relativo ao contrato de compra e venda de imóvel de ascendente a
descendente por interposta pessoa. A modificação do entendimento lançado no v. acórdão recorrido
demandaria o revolvimento de suporte fático-probatório dos autos, o que é inviável em sede de recurso
especial, a teor do que dispõe a Súmula 7 deste Pretório.

2. O negócio jurídico nulo por simulação não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso
do tempo e, portanto, não se submete aos prazos prescricionais, nos termos dos arts. 167 e 169 do
Código Civil de 2002.

3. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1702805/DF, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,
QUARTA TURMA, julgado em 03/03/2020, DJe 25/03/2020)

Sob outra ótica, considerando que o contrato de cartão de crédito com reserva de margem consignável
(RMC) em questão prevê o pagamento consignado de prestações mensais de trato sucessivo permanente,
de curso infinito, tanto que sequer explicita o número de parcelas do contrato ou limite de saques,
tampouco poder-se-ia cogitar de termo inicial da fluência do prazo prescricional posto que a situação se
prolonga no tempo, o que também afastaria o reconhecimento da prescrição.
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Sobre o tema colaciono jurisprudência do TJRS:

“APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


RESTITUIÇÃO DE VALORES E INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. DESCONTOS SOBRE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO A TÍTULO DE “RESERVA DE MARGEM CONSIGNÁVEL – RMS”, DECORRENTES
DA CONTRATAÇÃO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. ALEGAÇÃO DE DESCONHECIMENTO
DA ADESÃO AO PRODUTO. PEDIDO SUBSIDIÁRIO DE CONVERSÃO DA AVENÇA EM CONTRATO
DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO “COMUM”. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. Prescrição da
pretensão autoral não operada. Descontos mensais e sucessivos a títuto (SIC) de “RMC” incidentes ao
tempo de propositura da demanda. Precedente jurisprudencial. A prova documental inserta nos autos
(contrato, autorização para consignação dos descontos em folha de pagamento, cédula de crédito
vinculada à avença) confirma de maneira inequívoca a adesão ao cartão de crédito consignado. Contudo,
ausente prova nos autos da entrega do cartão à consumidora e de sua efetiva utilização pela mesma,
cumpre descaracterizar a avença na forma como originalmente estabelecida. Possibilidade, entretanto, à
luz do art. 170, do Código Civil, que a avença subsista como um contrato de empréstimo consignado
“comum” ou “padrão”, devendo ser o pacto readequado para esta espécie de operação financeira, com
apuração do saldo devedor em sede de liquidação de sentença. Dano moral inexistente. Situação que não
chega a consubstanciar violação a direitos personalíssimos, modo a dar ensejo ao reconhecimento do
alegado dano moral e autorizar a correspondente reparação pecuniária. Redimensionamento dos ônus de
sucumbência, em face do resultado final do julgamento. PREFACIAL DE MÉRITO REJEITADA.
RECURSO DE APELAÇÃO DO RÉU PARCIALMENTE PROVIDO. APELO DA PARTE AUTORA
DESPROVIDO.”

(Apelação Cível, Nº 70083956912, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Mylene Maria Michel, Julgado em: 26-11-2020)

“APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE DEVOLUÇÃO DE VALORES E


INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. CONTRATAÇÃO DE CARTÃO DE CRÉDITO COM RESERVA DE
MARGEM CONSIGNÁVEL (RMC). DESCONTO EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. PRESCRICAO.
NÃO OCORRENCIA. EXAME DO CASO CONCRETO. CONVERSÃO DA CONTRATAÇÃO PARA
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. POSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO DOS VALORES AMORTIZADOS.
DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS - Não há se falar em prescrição no caso em comento, pois se
trata de contrato firmado com prestações mensais e sucessivas, não sendo incidente o instituto. Prejudicial
ao mérito rejeitada. - Apesar de demonstrada pela instituição financeira a firmatura de contrato de cartão
de crédito com reserva de margem consignável (RMC), com autorização expressa para desconto do
pagamento mínimo em seu benefício, não houve a demonstração do uso do cartão de crédito pelo
correntista como tal, de forma a descaracterizar a contratação como formalizada e reconhecida sua
nulidade. - Tendo em vista que houve a intenção de contratação de empréstimo pessoal consignado e
recebido valores, a contratação a esse título (empréstimo pessoal consignado) deve subsistir, na forma
prevista no art. 170 do Código Civil. - Dano moral não verificado no caso concreto, pois a substituição da
espécie de contratação necessitou de declaração judicial e, antes disso, o agir da instituição financeira
estava lastreada em contrato aparentemente válido e eficaz. - ônus sucumbenciais redistribuídos.
RECURSO DE APELACAO DO RÉU PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO DE APEAÇAO DO AUTOR
PREJUDICADO. UNÂNIME.”

(Apelação Cível, Nº 70083880450, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Gelson Rolim Stocker, Julgado em: 30-04-2020)

Desse modo, rejeito a preliminar.

Passo à análise do mérito.

Como tenho sistematicamente dito, a prática da “contratação” de empréstimo consignado e cartão de


crédito de margem consignado não autorizado pelo consumidor cada vez mais tem assoberbado o Poder
Judiciário e continua sendo reprovável, a despeito do infeliz aumento de casos como os tais, sobre os
quais não se pode fechar os olhos.
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A sentença questionada neste apelo declarou inexigível o débito litigado, e condenou o requerido a restituir
a parte autora todos os valores indevidamente descontados, em dobro, e a pagar o valor de R$ 3.000,00
(três mil reais), a título de danos morais.

A parte autora alegou não reconhecer os descontos realizados em seu benefício previdenciário, sendo
estes provenientes de cartão de crédito de RMC, sob o contrato nº 11539011, com início em 03/02/2017,
sendo a parcela descontada no valor de R$46,85 (quarenta e seis reais e oitenta e cinco centavos).

Sabe-se que a jurisprudência é uníssona acerca da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor


aos contratos celebrados perante as instituições financeiras, consoante dispõe a Súmula nº 297, do
Superior Tribunal de Justiça, vejamos:

‘’Súmula 297 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.’’

E, sendo a relação bancária uma relação de consumo, é possível a inversão do ônus da prova, o que foi
determinado pelo juízo a quo, com fulcro no art. 6°, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

Assinalo que a prova é produzida pela parte e direcionada para formar o convencimento do juiz, que tem
liberdade para decidir a causa, desde que fundamente sua decisão, em observância ao princípio do livre
convencimento motivado, disposto no artigo 371 do CPC/2015, não tendo a ré/apelante conseguido
desempenhar seu encargo probatório, ônus que lhe incumbia, nos termos do inciso II, do artigo 373 do
CPC/2015.

Sob tal prisma, apura-se dos autos que diante da situação posta, e das razões articuladas
pelo Banco réu/apelante, tenho que razão não lhe socorre, haja vista que em que pese os argumentos
expendidos pelo apelante quanto a regular contratação e a correspondência entre os dados apresentados
na inicial e a documentação colacionada aos autos pelo banco, não há comprovação nos autos de que a
autora/apelada efetivamente recebeu o valor financiado; o efetivo recebimento do cartão de crédito emitido
pela instituição financeira; e a comprovação de que a requerente utilizou o aludido cartão de crédito para
compras ou saques em caixas eletrônicos, restando caracterizada a falha na prestação do serviço, sendo,
portanto, a cobrança indevida.

Vejamos o que consignou o Togado Singular na sentença proferida:

“DA COMPROVAÇÃO DA CONTRATAÇÃO E DO VÍCIO DE CONTADE:

Écerto que, nos casos em que se necessita apurar a prova de fato negativo, o ônus da prova que,
inicialmente é a parte demandante, inverte-se para a parte demandada, de maneira que passa a ser desta
o ônus de apresentar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor, conforme
estabelece o art. 373, inc. II, do Código de Processo Civil.

Portanto, não há como atribuir ao autor o ônus de provar que a parte autora não contraiu a operação
financeira perante à instituição financeira, mas cabendo a esta sim demonstrar a efetiva contratação, pela
parte autora, dos débitos cobrados.

Compulsando os autos, verifico que o contrato juntado pela instituição financeira requerida não é
documento hábil a legitimar todos os descontos que foram efetivados no benefício previdenciário da parte
autora. Digo isso porque colacionou aos autos apenas um Termo de Adesão Cartão de Crédito
Consignado/Autorização para Desconto nos Benefícios Previdenciários, subscrito pela parte autora, a
autorizar o desconto mínimo na fatura no valor de R$ 78,80, em documento supostamente firmado em
15/09/2015 (ID 17267322)

Como se vê, o contrato se refere à utilização do cartão de crédito e débito BMG Card, mediante
consignação de benefício previdenciário, havendo a previsão de desconto, mensal, do valor mínimo
consignado de R$ 78,80.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em nenhuma cláusula do contrato há a especificação de que seria cobrado o valor de R$ 46,85 do em


face do autor a título de RMC (ID 15362291), e principalmente que os descontos somente iriam ocorrer no
ano de 2017 – quase 02 anos após a suposta assinatura do contrato.

Não obstante a comprovação de celebração de contrato entre as partes, com anuência da parte autora ao
desconto das parcelas via consignação em seu benefício, não houve a comprovação de qualquer
autorização da parte autora para o desconto de valor abaixo daquele estipulado, a qualquer título.

Tal artimanha, porquanto inclusive despida de base contratual, acaba por lançar uma cortina de fumaça
apta a induzir a parte hipervulnerável a erro, uma vez que, na maioria dos casos, já possui grande parte da
sua margem consignável abarcada por outros empréstimos consignados, o que dificulta – a diferença dos
valores, a conferência pela própria parte. Além disso, tal divergência de valores pode, inclusive, confundir
o próprio Juízo.

Outrossim, apesar de a instituição financeira alegar a inadimplência da parte autora quanto ao pagamento
das faturas do cartão de crédito/débito disponibilizado, não foi juntada aos autos qualquer fatura e/ou
documento que evidencie a efetiva utilização do cartão de crédito, ou mesmo o seu inadimplemento,
sobretudo porque, muito embora tenha sido alegado na exordial que nunca promovera o seu desbloqueio,
tenho que por não ter o banco controvertido tal alegação e/ou apresentado prova em contrário, mostra-se
incontroverso o fato de que não houvera o desbloqueio do cartão, na forma dos arts. 336, 341, caput e
374, III, do Código de Processo Civil.

De igual modo, também não logrou êxito a instituição financeira em comprovar a efetiva realização dos
saques nos valores de R$ 1.070,99 (mil e setenta reais e noventa e nove centavos) e R$ 434,17
(quatrocentos e trinta e quatro reais e dezessete centavos), descritos em sua peça de bloqueio, como
forma de justificar os descontos em valores diferentes através da RMC, eis que a(s) TED(s) apresentadas,
muito embora conste os dados de conta supostamente de titularidade da parte autora, não apresenta
sequer a(s) data(s) de efetivação das transações bancárias, o que afasta, destarte, a utilização do
documento unilateral como prova.

Repita-se que, ausente prova do desbloqueio do cartão, não há como prosperar a tese de que a parte, que
alega não ter sequer contratado a aquisição do cartão de crédito, teria voluntária e deliberadamente
usufruído dos serviços bancários para justificar as cobranças contra si efetuadas.

Assim, é de se concluir pela ilegalidade dos referidos descontos, de tal sorte que não se verifica a
autorização manifestada pela parte autora para os descontos de R$ 46,85, a partir de 03/02/2017 (ID
15362291).

Válido frisar que, diante da distribuição do ônus da prova contida no art. 373 do CPC e da aplicação do art.
14, §3º, do Código de Defesa do Consumidor, constitui ônus da instituição financeira demonstrar a culpa
do consumidor ou de terceiros para que seja eximida do dever de indenizar.

No caso dos autos, todavia, a parte requerida não logrou êxito em demonstrar qualquer das hipóteses
excludentes da sua responsabilidade, do que se infere, como adiantado, a abusividade da cobrança de
valores a título de “Reserva de Margem Consignável” (RMC), com parcelas de R$ 46,85, descontadas da
aposentadoria do requerente a partir de 03/02/2017, sobretudo porque há verossimilhança na tese autoral
de vício de vontade, e de que fora induzida a erro pelo banco.”

Assim, fica evidente a responsabilidade do Banco/apelante pela má prestação de serviços, mormente por
se tratar de relação jurídica de consumo em virtude de contrato com instituição financeira e esta, na
qualidade de prestadora de serviços de natureza bancária e financeira, responder objetivamente pelos
danos que causar ao consumidor em virtude da má prestação do serviço, com fulcro na teoria do risco da
atividade, nos termos do que dispõe o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor.

Nesse sentido, cumpre consignar que além da não comprovação pelo banco apelante quanto ao efetivo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

recebimento por parte da autora do valor financiado e quanto à efetiva utilização e recebimento do cartão
de crédito contrato de cartão de crédito consignado, a referida modalidade possui peculiaridades próprias
e se operacionaliza de forma distinta do empréstimo consignado na modalidade simples, primordialmente
diante da extrema vantagem auferida pela instituição financeira no contrato, em evidente detrimento do
consumidor que, em tais contratos, é relegada a uma posição de desvantagem exagerada perante o
banco, pois em que que pese os descontos mensais das parcelas em seu benefício previdenciário, não há
amortização do valor principal do débito.

Inclusive consta dos autos, em informações trazidas pelo Banco apelante em suas razões recursais, que
na referida modalidade além dos descontos em contracheque deveria também efetuar os pagamentos
enviados por meio de fatura para que assim complementasse os valores pagos.

Constata-se, portanto, a prática abusiva por parte do banco apelante, neste sentido jurisprudência desta
Corte:

“DANOS MORAIS E MATERIAIS C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. RELAÇÃO DE CONSUMO.


INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. CARTÃO DE
CRÉDITO NÃO SOLICITADO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO PERTINENTE. DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. QUANTUM. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. OBSERVÂNCIA.
MINORAÇÃO. DESCABIMENTO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1) Instituição financeira
que realiza contratação de empréstimo, vinculado a cartão de crédito, com descontos na conta do
autor, configura prática indevida. O autor objetivava apenas a celebração de contrato de
empréstimo consignado em folha de pagamento. 2) Conduta do apelante que viola o princípio da
boa-fé objetiva, bem como o dever de informação e transparência. Competia ao banco recorrente
informar adequadamente ao autor acerca da natureza do serviço que ele estava contratando,
mormente ante a extrema vantagem auferida pela instituição financeira no contrato, em evidente
detrimento do consumidor. 3) Responsabilidade objetiva do fornecedor. Art. 14, caput, do CDC. Falha
na prestação do serviço. Anulação do contrato de cartão de crédito.4) Dano moral configurado, com valor
da indenização devidamente arbitrado pelo juízo sentenciante, em consonância com os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, promovendo de modo justo a compensação do ofendido e a punição
do ofensor.5) In casu, uma vez observadas as referidas balizas pelo juízo sentenciante, não se impõe a
alteração do quantum indenizatório pleiteado. 6) Recurso CONHECIDO e IMPROVIDO.” (4805514,
4805514, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-03-29).

Desse modo, diante da não comprovação por parte do banco apelante que a autora/apelada efetivamente
recebeu o valor financiado, bem como diante da inexistência de prova nos autos de que o cartão tenha
sido entregue efetivamente à parte demandante, porquanto sequer foi utilizado, impõe-se ao apelante
suportar as consequências de um julgamento desfavorável.

Nesse contexto, quando ocorre o pagamento indevido, dá-se o enriquecimento sem causa, pois quem
recebe pagamento a que não tinha direito está, evidentemente, a locupletar-se de forma injusta, porque
está a cobrar dívida de quem não lhe deve e aquele que recebeu quantia imerecida enriqueceu às custas
de outrem.

O Código Civil, desse modo, preleciona que “todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica
obrigado a restituir" (artigo 876). Ou seja, na eventualidade de ser efetuado um pagamento indevido, quem
tiver recebido fica obrigado a devolver a quantia, devidamente corrigida, sob pena de configurar
enriquecimento sem causa (artigos 884 e 885, do CC).

Porém, por se tratar de relação de consumo, deve ser observado o Código do Consumidor, em seu art. 42.
Parágrafo único, que prevê a possibilidade da incidência da sanção civil, nele definida como repetição de
indébito, em dobro, em havendo cobrança indevida por parte do fornecedor ao consumidor que compõe a
relação de consumo, não sendo necessária a análise quanto à má-fé por parte da empresa prestadora do
serviço.
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Nessa linha de entendimento, cito recente julgado do STJ, senão vejamos:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE E ERRO MATERIAL. CARÁTER INTEGRATIVO. EFEITOS
INFRINGENTES. NÃO CABIMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO DE FINANCIAMENTO. DÉBITO.
QUITAÇÃO. RECONHECIMENTO JUDICIAL. COBRANÇA. ABUSIVIDADE. INDÉBITO. DEVOLUÇÃO EM
DOBRO. POSSIBILIDADE. 1. Admite-se que os embargos, ordinariamente integrativos, tenham efeitos
infringentes, desde que constatada a presença de um dos vícios do art. 1.022 do Código de Processo Civil
de 2015, cuja correção importe alterar a conclusão do julgado. 2. A jurisprudência firmada pela Corte
Especial do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a restituição em dobro do indébito
independe da natureza do elemento volitivo do fornecedor que cobrou valor indevido, sendo
cabível quando a cobrança indevida revelar conduta contrária à boa-fé objetiva. 3. Embargos de
declaração acolhidos, sem efeitos modificativos.” (EDcl no AgInt no AREsp 1565599/MA, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/02/2021, DJe 12/02/2021)
(Destaquei).

Dessa forma, correta a sentença que determinou a restituição em dobro do valor referente às cobranças
indevidamente realizadas em prejuízo da aposentadoria da apelada, corrigindo desde a data do evento
danoso, ante a falha na prestação do serviço por instituição financeira que tinha o dever de zelar e tomar
as providências necessárias à segurança tanto de seus sistemas quanto de seus procedimentos
bancários.

O dano moral é “a lesão de bem integrante da personalidade, tal como a honra, a liberdade, a saúde, a
integridade psicológica, causando dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação à vítima” (in Programa
de Responsabilidade Civil, 2ª Edição, Malheiros Editores, p. 78).

E, no caso em tela, entendo que restou configurado, porquanto nessas hipóteses seria considerado “in re
ipsa”, portanto, presumido, diante do próprio fato ofensivo, qual seja, a postura abusiva e desrespeitosa do
banco apelado em sua forma de contratação leonina imposta à autora, gerando descontos em conta e
perpetrando uma dívida desenfreada no nome da consumidora, lançada em cartão de crédito não
pretendido por esta, e reduzindo o seu patrimônio e a sua renda mensal, diga-se de passagem, já
escassa, configurando um verdadeiro atendado à dignidade do consumidor.

Registro que a indenização por dano moral deve observar o caráter punitivo-pedagógico do Direito. Isso
porque visa fortalecer pontos como a prudência, o respeito e o zelo, por parte do ofensor, uma vez que se
baseia nos princípios da dignidade humana e na garantia dos direitos fundamentais. Além disso, objetiva
combater impunidade, uma vez que expõe ao corpo social, todo o fato ocorrido e as medidas tomadas em
resposta às práticas abusivas.

Sobre o cabimento dos danos morais em casos similares, colaciono o seguinte julgado:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - PRELIMINAR DE FALTA DE INTERESSE DE AGIR - REJEITADA -


PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO CONFIGURAÇÃO - MÉRITO - CONTRATOS DE
EMPRÉSTIMO E CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADOS - AUSÊNCIA DE ESPECIFICAÇÃO QUANTO
AO CARTÃO DE CRÉDITO - VENDA CASADA CONFIGURADA -BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO -
RESERVA INDEVIDA DE MARGEM CONSIGNÁVEL - PERDA DO TEMPO ÚTIL - DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. - O interesse de agir pode ser compreendido sob dois enfoques: a
necessidade/utilidade do provimento jurisdicional pleiteado e a adequabilidade do procedimento escolhido
para atingir tal fim - Quando a prova oral requerida não se revela imprescindível ao desate da demanda, o
julgamento antecipado da lide sem a sua produção não importa em cerceamento de defesa - Configura
venda casada a contratação de empréstimo e cartão de crédito consignados na mesma proposta de
adesão, sem qualquer especificação sobre as condições do cartão de crédito consignado - A perda do
tempo útil do consumidor, nos âmbitos administrativo e judicial, bem como a reserva indevida de
margem consignável no benefício previdenciário da autora, acarretam sentimentos de impotência,
frustração, angústia, ansiedade e indignação que extrapolam o mero dissabor cotidiano.”(TJ-MG -
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AC: 10000180752669001 MG, Relator: Aparecida Grossi, Data de Julgamento: 26/03/2019, Data de
Publicação: 02/04/2019).

Também cabe assinalar que a indenização deve observar aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade, para ser arbitrada com moderação, a fim de evitar o enriquecimento sem causa. O valor da
indenização pelos danos morais deve ser capaz de reparar a dor sofrida pelo ofendido, de compensá-lo
pelo sofrimento suportado em razão da conduta inadequada do agressor.

E, considerando-se as peculiaridades do caso concreto, as condições econômicas das partes, a


repercussão dos fatos, a natureza do direito subjetivo violado, bem como o caráter punitivo-pedagógico da
condenação, vislumbro que o valor de R$ 3.000,00 (trêso mil reais) arbitrado como indenização por dano
moral, atende aos requisitos da proporcionalidade e razoabilidade, consoante a jurisprudência das duas
Turmas de Direito Privado desta Corte de Justiça:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. VÍCIO DE CONSENTIMENTO
CONFIGURADO. DEVER DE INFORMAÇÃO. RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DEVIDA. QUANTUM REDUZIDO. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, À UNANIMIDADE. 1. Existe falha na prestação do serviço
quando não observado o dever de informação e de boa-fé objetiva levando o consumidor a erro. Hipótese
dos autos em que demonstrado o vício no consentimento do autor que firmou contrato de adesão à cartão
de crédito com reserva de margem consignável quando tinha a intenção de efetuar
empréstimo consignado com encargos muito inferiores e, ainda, que se trata de erro substancial e
escusável tendo em mente as características pessoais do autor e a inobservância pelo banco do dever de
informação e de observância ao princípio da boa-fé objetiva. Manutenção da sentença que adequou o
contrato às condições de um empréstimo consignado, segundo as taxas médias da época.2. A
cobrança indevida decorrente de falha na prestação do serviço acarreta dano moral indenizável.
Indenização por danos morais reduzida para o patamar de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em consonância
com o princípio da razoabilidade, de modo que a reparação não cause enriquecimento indevido de quem
recebe, nem impunidade e reincidência de quem paga. 3. Recurso conhecido e parcialmente provido, à
unanimidade.” (Processo 0009383-88.2018.8.14.0039, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão
Julgador 2ª Turma de Direito Privado, Julgado em 2020-05-13, Publicado em 2020-05-20)

Nesse sentido, entendo adequada a sentença a quo ao decidir pela declaração de inexistência da relação
jurídica, devolução em dobro dos valores pagos, e condenação em dano moral, por estar em consonância
com a doutrina e a jurisprudência dominante desta Corte.

Ante o exposto, estando o presente recurso contrário à jurisprudência desta Corte, NEGO PROVIMENTO
ao presente recurso, nos termos do art. 932, do CPC/2015 e art. 133, XI, “d”, do RITJE/PA.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0802313-76.2021.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: ANISIO PEREIRA DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JAMES DIAS GUITARRA EVANGELISTA OAB: 9492/TO
Participação: APELADO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA
SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO


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1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE PARAUAPEBAS/PA

APELAÇÃO CÍVEL N° 0802313-76.2021.8.14.0040

APELANTE: BANCO BRADESCO S/A

APELADO: ANÍSIO PEREIRA DA SILVA

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA


C/C RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA
DE URGÂNCIA DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA – CERCEAMENTO
DE DEFESA – INOCORRÊNCIA - DESCONTOS NO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – CONTRATO
RESULTANTE DE FRAUDE – INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – COMPROVAÇÃO DE DESCONTOS -
COBRANÇA INDEVIDA – ALEGAÇÃO DE LEGALIDADE DO CONTRATO NÃO CONHECIDA -
INOVAÇÃO RECURSAL – REPETIÇÃO DE INDÉBITO - DANO MORAL CARACTERIZADO – VALOR
FIXADO EM ATENDIMENTO AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE –
JUROS DE MORA – ALTERAÇÃO DE OFÍCIO – RELAÇÃO EXTRACONTRATUAL – INCIDÊNCIA A
PARTIR DO EVENTO DANOSO – SÚMULA N. 54 DO STJ - DECISÃO MANTIDA – RECURSO
DESPROVIDO MONOCRATICAMENTE. INTELIGÊNCIA DO ART. 932, DO CPC/2015 C/C O ART. 133,
XI, “D”, DO RITJE/PA.

1. Desnecessidade de oitiva da autora, a qual só corroboraria as afirmações deduzidas na petição


inicial e, no caso, as partes juntaram aos autos os documentos que entendiam necessários para se
apreciar a questão controvertida. Ademais, ao apresentar as provas que pretendia produzir, tais
como juntada do contrato de empréstimo aos autos e prova pericial grafodocumentoscópica, uma
vez que alega a celebração do contrato de empréstimo consignado; optou tão só pelo depoimento
pessoal da autora.
2. Em se tratando de relação de consumo, invertido o ônus da prova pelo magistrado de origem, a teor
do art. 6º, VIII, do CDC, caberia a ré/apelante se desincumbir de comprovar a devida contratação do
empréstimo consignado e a legalidade dos descontos no benefício previdenciário do autor/apelado;
todavia, foi revel, aplicando-se a presunção dos fatos alegados na exordial, na qual restou
comprovados os descontos, tratando-se, assim, de cobrança indevida.
3. Alegação de licitude do contrato objeto da lide, por se tratar de um refinanciamento dos contratos
anteriores, e por este motivo o valor recebido é inferior ao valor de contrato pois foi utilizado para
liquidar, sendo assim o cliente recebeu o saldo remanescente, configura-se em matéria de defesa
não apresentada em contestação - Vige no direito brasileiro o princípio da eventualidade para o réu.
Exigência de exposição de todas as matérias de defesa de forma cumulada e alternativa na
contestação. Também conhecido como princípio da concentração de defesa, a regra fundamenta-se
na preclusão consumativa, exigindo-se que, de uma só vez, o réu apresente todas as matérias que
tem em sua defesa, sob pena de não poder alegá-las posteriormente. Caso. Evidente alteração da
estratégia defensiva e linha de argumentos da defesa da empresa demandada. Mérito não
conhecido, no ponto.
4. O consumidor cobrado em quantia indevida também tem direito à restituição dobrada do que pagou,
acrescido de correção monetária e juros legais, conforme disposto no art. 42, parágrafo único, do
CDC, independentemente da comprovação de má-fé-, conforme precedente do Superior Tribunal de
Justiça.
5. O desconto indevido realizado em contracheque de aposentado, por empréstimo consignado não
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contratado, atinge verba de natureza alimentar, comprometendo, portanto, o sustento do consumidor,


o que, por si só, ultrapassa o mero aborrecimento decorrente dos embates da vida cotidiana,
configurando os danos morais reclamados.
6. Não existindo um critério objetivo e matemático para o arbitramento de dano moral, cabe ao
magistrado a tarefa de decidir qual a justa e razoável recompensa pelo dano sofrido, estando o valor
de R$ 3.000,00 (três mil reais) em acordo com os princípios da proporcionalidade e razoabilidade e
com a jurisprudência.
7. De ofício, os juros de mora, em relação ao dano moral decorrente de relação extracontratual, devem
ser alterados para que a incidência conte a partir da data do evento danoso, nos termos da Súmula
n. 54 do STJ.
8. Recurso conhecido e desprovido monocraticamente, nos termos do art. 932, do CPC/2015 c/c o art.
133, XI, “d”, do RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por BANCO BRADESCO S/A, em face da r. sentença
proferida pelo Juízo de Direito da 2ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas/PA, nos autos da AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA, movida por ANÍSIO
PEREIRA DA SILVA.

Na origem, o apelado propôs a ação alegando que o Banco demandado ora apelante, vem descontando
indevidamente, junto ao INSS (benefício nº 142.299.439-0), fonte pagadora de seus proventos de
previdência, parcela consignada de financiamento que não contratou (contrato nº 8146886115), com
parcela no valor de R$ 245,49 (duzentos e quarenta e cinco reais e quarenta e nove centavos)

Aduziu que não reconhece a relação contratual que sustenta a cobrança, que por sinal jamais recebeu
qualquer valor relacionado a essa transação bancária.

Pugnou pela suspensão/cancelamento imediato do referido contrato, e condenação do requerido ao


pagamento de repetição do indébito no valor de R$2.113,70 (dois mil, cento e treze reais e setenta
centavos), e de danos morais, no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais).

Após regular trâmite processual, sobreveio a r. sentença (Id. Num. 5626159), de procedência dos
pedidos formulados na exordial, com resolução de mérito, tendo o Magistrado Togado assim decidido:

“ANTE O EXPOSTO, rejeito a matéria preliminar e, no mérito, julgo procedente o pedido, extinguindo o
processo com resolução de mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC, para declarar a inexistência do
contrato de empréstimo objeto desta ação (contrato n° 814686115), bem como para determinar a
devolução na forma simples das parcelas efetivamente descontadas, com juros legais de 1% ao mês a
partir da citação inicial (art. 405, CC) e correção pelo INPC a contar da data de cada desconto (Súmula 43-
STJ), a serem apuradas em liquidação de sentença/execução. A título de danos morais, condeno o
BANCO FINANCIAMENTOS S/A a indenizar o requerente no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais),
incidindo juros legais de 1% ao mês desde a citação (art. 405, CC) e correção pelo INPC a partir do
arbitramento (Súmula 362-STJ), até o efetivo pagamento. Por fim, condeno o Banco Réu ao pagamento
das custas e despesas processuais, bem como em honorários advocatícios, que fixo em 15% sobre o
valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil..”

O banco requerido opôs embargos de declaração, os quais restaram rejeitados em decisão Id. Num.
5626164, tendo assim se manifestado o juiz a quo:
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“Quanto ao contrato, juntado somente agora na interposição dos embargos, deixou o Réu de observar a
regra do art. 434 do CPC, ou seja, deveria ter juntado o documento no momento da contestação. Uma vez
que esse documento já existia ao tempo da propositura da ação (e, óbvio, ao tempo da contestação), não
pode mais a parte juntá-lo autos autos, porque não se presta a provar fato novo, nem o Réu comprovou o
motivo que o impediu de juntá-lo anteriormente, inteligência do art. 435 do mesmo diploma legal.

Por fim, quanto aos juros dos danos morais, não houve erro material. Erro seria se o juiz quisesse dizer ou
escrever em um sentido e por erro de digitação ou ditado acabasse dizendo ou escrevendo algo diverso.
E, no caso, o que está no dispositivo sentencial é exatamente o que este juízo fez assim estar. Portanto,
não houve erro material. Se o Réu não concorda com o parâmetro o instrumento a ser manejado é outro,
não os embargos.

Em suma, analisando a sentença embargada, é possível notar que a mesma não incorreu em omissão,
obscuridade, contradição ou erro material a ensejar embargos de declaração que, por sua natureza, não
se presta a reformar sentença, que é a pretensão do Embargante.

ANTE O EXPOSTO, rejeito o recurso integrativo, por ausência das hipóteses elencadas no art. 1.022 do
vigente Código de Processo Civil. Em atenção ao disposto nos arts. 434 e 435 do CPC, determino a
exclusão do documento acostado ao ID nº 27488056.”

Inconformada, a Instituição Financeira APELOU (Id. Num. 5626167), arguindo como questão preliminar o
cerceamento de defesa pela ausência de designação da audiência de instrução para oitiva da parte
recorrida.

No mérito, asseverou que no caso dos autos, a apelado firmou com o banco apelante o contrato nº
814686115, em 09/07/2020, no valor total de R$ 11.233,69 (onze mil, duzentos e trinta e três reais e
sessenta e nove centavos), a ser quitado em 84 parcelas de R$ 245,49 (duzentos e quarenta e cinco reais
e quarenta e nove centavos), mediante desconto em benefício previdenciário. Sendo que o referido
contrato se trata de um refinanciamento dos contratos 812062886 e 812145147, e por este motivo o valor
recebido é inferior ao valor de contrato pois foi utilizado para liquidar, sendo assim o cliente recebeu o
saldo remanescente.

Desse modo, sustenta a ilicitude dos descontos realizados, a inexistência de reparação por danos
materiais e morais. Pugnando, eventualmente, pela minoração do quantum fixado a título de abalo moral.

Contrarrazões apresentadas no Id. Num. 5626176, refutando os argumentos do apelante, e requerendo,


ao final, o desprovimento do recurso.

Encaminhados os autos a esta Corte, coube-me a relatoria por distribuição.

Éo relatório.

Decido.

Conheço do recurso de apelação, eis que atendidos os requisitos de admissibilidade exigidos pela lei
processual civil. Contudo, o recurso não será conhecido em relação à matéria de defesa do mérito, eis que
a alegação de que o empréstimo teria sido firmado para pagamento de outros dois empréstimos, não foi
apresentada em sede de contestação, como a seguir se demonstrará.

Feito tal registro, passo a analisar a preliminar de cerceamento de defesa, por alegada ausência de
depoimento da parte requerida.

No caso, o apelante em sede de contestação pugnou pela oitiva da parte autora, e ao alegar o
cerceamento de defesa alegou que este teria ocorrido pela ausência de oitiva da parte requerida.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ora, no caso é desnecessária a oitiva da parte autora, pois apenas ratificaria as alegações constantes da
petição inicial.

Ademais, ao apresentar as provas que pretendia produzir, tais como juntada do contrato de empréstimo
aos autos e prova pericial grafodocumentoscópica, uma vez que alega a celebração do contrato de
empréstimo consignado; optou tão só pelo depoimento pessoal da autora

Portanto, rejeito a preliminar de cerceamento de defesa.

Ultrapassada a preliminar, passo ao mérito, onde já registrei acima que se trata de matéria de defesa
nova.

Conforme relatado, na origem, por meio desta demanda, o autor ANISIO PEREIRA DA SILVA, ora
apelado, pretende ver declarada a inexistência dos débitos, com a anulação das cobranças referentes ao
contrato nº 8146886115, além de repetição do indébito, em dobro, e indenização por dano moral, uma vez
que nunca realizou empréstimos com o Banco/réu, contudo, foi surpreendido com descontos em seu
benefício do INSS.

A sentença questionada neste apelo declarou inexigível o débito litigado, e condenou o requerido a restituir
a parte autora todos os valores indevidamente descontados, em dobro, e a pagar o valor de R$ 3.000,00
(três mil reais), a título de danos morais.

Sabe-se que a jurisprudência é uníssona acerca da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor


aos contratos celebrados perante as instituições financeiras, consoante dispõe a Súmula nº 297, do
Superior Tribunal de Justiça, vejamos:

‘’Súmula 297 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.’’

E, sendo a relação bancária uma relação de consumo, é possível a inversão do ônus da prova, o que foi
determinado pelo juízo a quo, com fulcro no art. 6°, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor (Id.
4525972).

Assinalo que a prova é produzida pela parte e direcionada para formar o convencimento do juiz, que tem
liberdade para decidir a causa, desde que fundamente sua decisão, em observância ao princípio do livre
convencimento motivado, disposto no artigo 371 do CPC/2015, não tendo o réu/apelante conseguido
desempenhar seu encargo probatório, ônus que lhe incumbia, nos termos do inciso II, do artigo 373 do
CPC/2015.

Sob tal prisma, apura-se dos autos que diante da situação posta, e das razões articuladas pelo Banco
réu/apelante, tenho que razão não lhe socorre.

Nas razões do recurso de apelação, o banco apelante afirmou que o contrato nº 814686115 se trata de um
refinanciamento dos contratos 812062886 e 812145147, e por este motivo o valor recebido é inferior ao
valor de contrato, pois, foi utilizado para liquidar, sendo assim o cliente recebeu o saldo remanescente.

Ocorre que há inovação recursal quanto à referida tese de defesa do banco usada para tentar demonstrar
a licitude dos descontos realizados na conta previdenciária do apelado.

Da simples leitura da contestação apresentada no Id. Num. 5626152, e dos fundamentos consignados na
sentença recorrida, evidencia-se que tal questionamento não foi ventilado na defesa apresentada,
suscitando essa tese de defesa exclusivamente em suas razões recursais.

A propósito, trago a colação os esclarecimentos expostos pelo Magistrado a quo:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

“Adiante, diferente da alegação genérica do Banco Réu, a pretensão do autor não tem por base falta de
capacidade de consentir do contratante (idade avançada e analfabeto), nem o benefício é de pensão por
morte. A parte não cuidou de adequar o modelo de contestação ao caso narrado nos autos. Em verdade,
imputa-se ao Banco Réu ato ilícito decorrente de fortuito interno (fraude) na contratação de empréstimo
com desconto na aposentadoria por idade do Autor, sendo pacificado na jurisprudência que o fortuito
interno não exime a instituição financeira da responsabilidade (Súmula 479-STJ e TEMA 466 dos
Recursos Repetitivos/STJ).

No mérito propriamente dito, o contestante não apresentou quaisquer provas da regularidade do contrato
de empréstimo impugnado, sequer trouxe alguma informação relevante capaz de infirmar as razões da
pretensão autoral. Em verdade, trata-se de defesa genérica, basta comparar os fatos narrados na peça de
ingresso com as teses da peça contestatória. Vê-se claramente o descompasso dos argumentos do Banco
Réu com o caso em tela, destacadamente quando fala de “autora”, “aposentadoria por pensão por morte”,
“analfabeta”.

Na dicção do Código de Processo Civil vigente, incumbe ao réu manifestar-se precisamente sobre as
alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas (art. 341,
caput).

Nos dizeres da doutrina, “Segundo o art. 341 do Novo CPC, serão presumidos verdadeiros os fatos que
não sejam impugnados especificamente pelo réu em sua contestação.

A impugnação específica é um ônus do réu de rebater pontualmente todos os fatos narrados pelo autor
com os mais (SIC) não concorda, tornando-os controvertidos e em consequência fazendo com que
componham o objeto da prova. O momento de tal impugnação, ao menos em regra, é a contestação,
operando-se a preclusão consumativa se, apresentada essa espécie de defesa, o réu deixar de impugnar
algum(s) do(s) fato(s) alegado(s) pelo autor” (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de
Processo Civil Comentado. Salvador/BA: JusPodivm, 2016, p. 595).

E continuou o seu raciocínio aduzindo que: “nos termos do art. 374, inciso III, do Código de Ritos, os fatos
admitidos no processo como incontroversos não dependem de provas. Como o Banco Réu não impugnou
os fatos e fundamentos traçados na exordial, muito menos trouxe provas da regularidade do contrato de
empréstimo, é de se concluir pela procedência da presente ação, com a declaração de inexistência do
negócio jurídico com repetição do indébito.” Para assim concluir: “Como já referido, o Banco contestante
não apresentou qualquer prova da existência e regularidade do contrato questionado, sequer trouxe
alguma informação relevante capaz de infirmar as razões da pretensão autoral. Nem mesmo o instrumento
contratual colacionou aos autos. Trata-se de defesa genérica.

Como se pode observar, os argumentos defendidos nas razões recursais para demonstrar a alegada
licitude do contrato, não foram apresentados na contestação.

Com efeito, vige no direito brasileiro o princípio da eventualidade para o réu, consagrado nos artigos 336 e
342 do CPC/15, que exige a exposição de todas as matérias de defesa de forma cumulada e alternativa na
contestação. Também conhecido como princípio da concentração de defesa, a regra fundamenta-se na
preclusão consumativa, exigindo-se que, de uma só vez, o réu apresente todas as matérias que tem em
sua defesa, sob pena de não poder alegá-las posteriormente.

Nesse sentido, é vedado ao réu deduzir nova matéria de defesa após a apresentação da contestação,
salvo se a tese for relativa a direito ou fato superveniente, passível de conhecimento de ofício ou puder ser
formulada, por expressa autorização legal, em qualquer tempo ou grau de jurisdição, hipóteses não
configuradas no caso dos autos. Confiram-se os citados dispositivos legais:

“Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e
de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
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Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:

I - relativas a direito ou a fato superveniente;

II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;

III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.”

Nos ensinamentos de Theotonio Negrão (Código de Processo Civil e legislação processual em vigor /
Theotonio Negrão, José Roberto F. Gouvêa, Luis Guilherme Aidar Bondioli, João Francisco Naves da
Fonseca. 47. ed. atual. e reform. São Paulo : Saraiva, 2016):

“Art. 336: 4. Segundo o princípio da eventualidade, acolhido pelo CPC, o réu deve aduzir toda a sua
defesa na contestação, ainda que convicto de que basta este ou aquele argumento para um desfecho
favorável do processo, já que não é possível ulterior aditamento à defesa. Nesse sentido: JTJ 198/150.
Assim, fica autorizada até a veiculação de argumentos contraditórios entre si na contestação,
considerando que um deles pode vir a ser rejeitado. “O réu deve arguir, na contestação, tudo quanto for
necessário à sua defesa; não o tendo feito, inclusive em face do princípio da eventualidade, preclui o seu
direito de suscitar, na instância seguinte, o que não fez oportunamente (RSTJ 106/193). No mesmo
sentido: RSTJ 148/373.”

“Art. 342: 1. Da mesma forma como o autor não pode, a partir da citação, livremente modificar o pedido ou
a causa de pedir (art. 329-I), o réu, após o esgotamento do prazo para contestação, não poderá alterá-la
ou aditá-la.”

Assim, tenho que o recurso não merece conhecimento no ponto, restando ultrapassada a questão
da alegada licitude do contrato objeto da lide.

Assim, fica evidente a responsabilidade do Banco/apelante pela má prestação de serviços, mormente por
se tratar de relação jurídica de consumo em virtude de contrato com instituição financeira e esta, na
qualidade de prestadora de serviços de natureza bancária e financeira, responder objetivamente pelos
danos que causar ao consumidor em virtude da má prestação do serviço, com fulcro na teoria do risco da
atividade, nos termos do que dispõe o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor.

Constata-se, portanto, a prática abusiva por parte do banco apelante, neste sentido jurisprudência desta
Corte:

“DANOS MORAIS E MATERIAIS C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. RELAÇÃO DE CONSUMO.


INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. CARTÃO DE
CRÉDITO NÃO SOLICITADO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO PERTINENTE. DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. QUANTUM. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. OBSERVÂNCIA.
MINORAÇÃO. DESCABIMENTO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1) Instituição financeira
que realiza contratação de empréstimo, vinculado a cartão de crédito, com descontos na conta do
autor, configura prática indevida. O autor objetivava apenas a celebração de contrato de
empréstimo consignado em folha de pagamento. 2) Conduta do apelante que viola o princípio da
boa-fé objetiva, bem como o dever de informação e transparência. Competia ao banco recorrente
informar adequadamente ao autor acerca da natureza do serviço que ele estava contratando,
mormente ante a extrema vantagem auferida pela instituição financeira no contrato, em evidente
detrimento do consumidor. 3) Responsabilidade objetiva do fornecedor. Art. 14, caput, do CDC. Falha
na prestação do serviço. Anulação do contrato de cartão de crédito.4) Dano moral configurado, com valor
da indenização devidamente arbitrado pelo juízo sentenciante, em consonância com os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, promovendo de modo justo a compensação do ofendido e a punição
do ofensor.5) In casu, uma vez observadas as referidas balizas pelo juízo sentenciante, não se impõe a
alteração do quantum indenizatório pleiteado. 6) Recurso CONHECIDO e IMPROVIDO.” (4805514,
4805514, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Privado,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-03-29).

Desse modo, diante da não comprovação por parte do banco apelante que o autor/apelado efetivamente
recebeu o valor financiado, bem como diante da inexistência de prova nos autos de que o contrato foi
firmado, impõe-se ao apelante suportar as consequências de um julgamento desfavorável.

Nesse contexto, quando ocorre o pagamento indevido, dá-se o enriquecimento sem causa, pois quem
recebe pagamento a que não tinha direito está, evidentemente, a locupletar-se de forma injusta, porque
está a cobrar dívida de quem não lhe deve e aquele que recebeu quantia imerecida enriqueceu às custas
de outrem.

O Código Civil, desse modo, preleciona que “todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica
obrigado a restituir" (artigo 876). Ou seja, na eventualidade de ser efetuado um pagamento indevido, quem
tiver recebido fica obrigado a devolver a quantia, devidamente corrigida, sob pena de configurar
enriquecimento sem causa (artigos 884 e 885, do CC).

Porém, por se tratar de relação de consumo, deve ser observado o Código do Consumidor, em seu art. 42.
Parágrafo único, que prevê a possibilidade da incidência da sanção civil, nele definida como repetição de
indébito, em dobro, em havendo cobrança indevida por parte do fornecedor ao consumidor que compõe a
relação de consumo, não sendo necessária a análise quanto à má-fé por parte da empresa prestadora do
serviço.

Nessa linha de entendimento, cito recente julgado do STJ, senão vejamos:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE E ERRO MATERIAL. CARÁTER INTEGRATIVO. EFEITOS
INFRINGENTES. NÃO CABIMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO DE FINANCIAMENTO. DÉBITO.
QUITAÇÃO. RECONHECIMENTO JUDICIAL. COBRANÇA. ABUSIVIDADE. INDÉBITO. DEVOLUÇÃO EM
DOBRO. POSSIBILIDADE. 1. Admite-se que os embargos, ordinariamente integrativos, tenham efeitos
infringentes, desde que constatada a presença de um dos vícios do art. 1.022 do Código de Processo Civil
de 2015, cuja correção importe alterar a conclusão do julgado. 2. A jurisprudência firmada pela Corte
Especial do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a restituição em dobro do indébito
independe da natureza do elemento volitivo do fornecedor que cobrou valor indevido, sendo
cabível quando a cobrança indevida revelar conduta contrária à boa-fé objetiva. 3. Embargos de
declaração acolhidos, sem efeitos modificativos.” (EDcl no AgInt no AREsp 1565599/MA, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/02/2021, DJe 12/02/2021)
(Destaquei).

Dessa forma, correta a sentença que determinou a restituição em dobro do valor referente às cobranças
indevidamente realizadas em prejuízo da aposentadoria da apelada, corrigindo desde a data do evento
danoso, ante a falha na prestação do serviço por instituição financeira que tinha o dever de zelar e tomar
as providências necessárias à segurança tanto de seus sistemas quanto de seus procedimentos
bancários.

O dano moral é “a lesão de bem integrante da personalidade, tal como a honra, a liberdade, a saúde, a
integridade psicológica, causando dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação à vítima” (in Programa
de Responsabilidade Civil, 2ª Edição, Malheiros Editores, p. 78).

E, no caso em tela, entendo que restou configurado, porquanto nessas hipóteses seria considerado “in re
ipsa”, portanto, presumido, diante do próprio fato ofensivo, qual seja, a postura abusiva e desrespeitosa do
banco apelado em sua forma de contratação leonina imposta à autora, gerando descontos em conta e
perpetrando uma dívida desenfreada no nome da consumidora, lançada em cartão de crédito não
pretendido por esta, e reduzindo o seu patrimônio e a sua renda mensal, diga-se de passagem, já
escassa, configurando um verdadeiro atendado à dignidade do consumidor.
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Registro que a indenização por dano moral deve observar o caráter punitivo-pedagógico do Direito. Isso
porque visa fortalecer pontos como a prudência, o respeito e o zelo, por parte do ofensor, uma vez que se
baseia nos princípios da dignidade humana e na garantia dos direitos fundamentais. Além disso, objetiva
combater impunidade, uma vez que expõe ao corpo social, todo o fato ocorrido e as medidas tomadas em
resposta às práticas abusivas.

Sobre o cabimento dos danos morais em casos similares, colaciono o seguinte julgado:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - PRELIMINAR DE FALTA DE INTERESSE DE AGIR - REJEITADA -


PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO CONFIGURAÇÃO - MÉRITO - CONTRATOS DE
EMPRÉSTIMO E CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADOS - AUSÊNCIA DE ESPECIFICAÇÃO QUANTO
AO CARTÃO DE CRÉDITO - VENDA CASADA CONFIGURADA -BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO -
RESERVA INDEVIDA DE MARGEM CONSIGNÁVEL - PERDA DO TEMPO ÚTIL - DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. - O interesse de agir pode ser compreendido sob dois enfoques: a
necessidade/utilidade do provimento jurisdicional pleiteado e a adequabilidade do procedimento escolhido
para atingir tal fim - Quando a prova oral requerida não se revela imprescindível ao desate da demanda, o
julgamento antecipado da lide sem a sua produção não importa em cerceamento de defesa - Configura
venda casada a contratação de empréstimo e cartão de crédito consignados na mesma proposta de
adesão, sem qualquer especificação sobre as condições do cartão de crédito consignado - A perda do
tempo útil do consumidor, nos âmbitos administrativo e judicial, bem como a reserva indevida de
margem consignável no benefício previdenciário da autora, acarretam sentimentos de impotência,
frustração, angústia, ansiedade e indignação que extrapolam o mero dissabor cotidiano.”(TJ-MG -
AC: 10000180752669001 MG, Relator: Aparecida Grossi, Data de Julgamento: 26/03/2019, Data de
Publicação: 02/04/2019).

Também cabe assinalar que a indenização deve observar aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade, para ser arbitrada com moderação, a fim de evitar o enriquecimento sem causa. O valor da
indenização pelos danos morais deve ser capaz de reparar a dor sofrida pelo ofendido, de compensá-lo
pelo sofrimento suportado em razão da conduta inadequada do agressor.

E, considerando-se as peculiaridades do caso concreto, as condições econômicas das partes, a


repercussão dos fatos, a natureza do direito subjetivo violado, bem como o caráter punitivo-pedagógico da
condenação, vislumbro que o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) arbitrado como indenização por dano
moral, atende aos requisitos da proporcionalidade e razoabilidade, consoante a jurisprudência das duas
Turmas de Direito Privado desta Corte de Justiça, mostrando-se, inclusive, abaixo dos valores que vem
sendo adotados por esta Corte para casos semelhantes:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. VÍCIO DE CONSENTIMENTO
CONFIGURADO. DEVER DE INFORMAÇÃO. RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DEVIDA. QUANTUM REDUZIDO. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, À UNANIMIDADE. 1. Existe falha na prestação do serviço
quando não observado o dever de informação e de boa-fé objetiva levando o consumidor a erro. Hipótese
dos autos em que demonstrado o vício no consentimento do autor que firmou contrato de adesão à cartão
de crédito com reserva de margem consignável quando tinha a intenção de efetuar
empréstimo consignado com encargos muito inferiores e, ainda, que se trata de erro substancial e
escusável tendo em mente as características pessoais do autor e a inobservância pelo banco do dever de
informação e de observância ao princípio da boa-fé objetiva. Manutenção da sentença que adequou o
contrato às condições de um empréstimo consignado, segundo as taxas médias da época.2. A
cobrança indevida decorrente de falha na prestação do serviço acarreta dano moral indenizável.
Indenização por danos morais reduzida para o patamar de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em consonância
com o princípio da razoabilidade, de modo que a reparação não cause enriquecimento indevido de quem
recebe, nem impunidade e reincidência de quem paga. 3. Recurso conhecido e parcialmente provido, à
unanimidade.” (Processo 0009383-88.2018.8.14.0039, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão
Julgador 2ª Turma de Direito Privado, Julgado em 2020-05-13, Publicado em 2020-05-20)
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Ademais, em se cuidando de juros e correção monetária, em relação aos danos morais em face de ato
ilícito, não decorrente de contrato, diante da inexistência de sua devida comprovação, correta a incidência
da correção monetária desde o respectivo arbitramento, contudo, de ofício, os juros de mora devem ser
modificados para contagem a partir do evento danoso, nos termos da Súmula n. 54 do STJ.

Portanto, entendo adequada a sentença a quo ao decidir pela declaração de inexistência da relação
jurídica, devolução em dobro dos valores pagos, e condenação em dano moral, por estar em consonância
com a doutrina e a jurisprudência dominante desta Corte.

Ante o exposto, estando o presente recurso contrário à jurisprudência desta Corte, NEGO-LHE
PROVIMENTO, nos termos do art. 932, do CPC/2015 e art. 133, XI, “d”, do RITJE/PA. E, de ofício, altero
os juros de mora, em face do dano moral, para a contagem a partir do evento danoso, nos termos da
Súmula n. 54 do STJ.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0006390-22.2017.8.14.0067 Participação: APELANTE Nome: SEGURADORA


LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LUANA SILVA
SANTOS OAB: 16292/PA Participação: APELADO Nome: ALDEMIR DE ALMEIDA PANTOJA
Participação: ADVOGADO Nome: TONY HEBER RIBEIRO NUNES OAB: 17571/PA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE MOCAJUBA/PA

APELAÇÃO CÍVEL N° 0006390-22.2017.8.14.0067

APELANTE: SEGURADORA LIDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.

APELADO:ALDEMIR DE ALMEIDA PANTOJA

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

AÇÃO DE COBRANÇA. COBRANÇA DE DIFERENÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. INVALIDEZ


PERMANENTE PARCIAL INCOMPLETA DO MEMBRO INFERIOR ESQUERDO E DO PÉ (PERDA DE
TRÊS DEDOS). ACIDENTE OCORRIDO NA VIGÊNCIA DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 340/2006.
PROPORCIONALIDADE AO GRAU DA LESÃO. SÚMULA 474 DO STJ. VALOR DA INDENIZAÇÃO
APURADO EM ACORDO COM A REPERCUSSÃO DA PERDA. OBSERVÂNCIA AOS PARÂMETROS
ESTABELECIDOS POR LEI. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO MONOCRATICAMENTE. INTELIGÊNCIA DO ART. 932, V , ‘’A’’ DO CPC/2015 C/C O ART.
133, XII, “A” E “D” DO RITJPA.

1. O acidente de trânsito ocorreu na vigência da Medida Provisória nº 340/2006, posteriormente convertida


na Lei nº 11.428/2007. De qualquer forma, o valor da indenização para os casos de invalidez permanente
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deve ser proporcional ao grau da lesão, independentemente da data em que ocorreu o acidente.
Incidência da Súmula 474, do STJ. Graduação da lesão com base na tabela acrescentada à Lei n°
6.194/74 pela Lei n° 11.945/2009, observado o laudo pericial.

2. No caso, a indenização devida ao autor deve levar em consideração as duas lesões apuradas no laudo
pericial, no percentual de 75% quanto ao membro inferior direito e no percentual de 75% relativamente à
perda de dedos do pé, dada a previsão de cumulação dessas lesões na Tabela DPVAT.

3. Desse modo, levando em conta os percentuais de invalidez definidos no laudo pericial, a indenização
deve totalizar o valor de R8.100,00 (oito mil e cem reais), e não o percentual máximo de R$13.500,00
(treze mil e quinhentos reais) determinado na sentença. Portanto, merece reforma a sentença
recorrida.

4. Recurso conhecido e parcialmente provido em decisão monocrática, nos termos do art. 932, V, “a” do
CPC/2015 c/c o art. 133, XII, “a” e “d” do RITJPA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por SEGURADORA LIDER DOS CONSÓRCIOS DO


SEGURO DPVAT, em face da r. Sentença (Id. 5497029) proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da
Comarca de Mocajuba-PA, nos autos da Ação de Cobrança Securitária- DPVAT, movida por ALDEMIR DE
ALMEIDA PANTOJA.

Na origem (Id. 5497018), o autor afirmou que foi vítima de acidente de trânsito ocorrido em 11/06/2017 que
lhe causou graves lesões com trauma e amputação traumática do 1º, 3º e 4 pododáctilos direito CID
S68.2, que lhe causou invalidez permanente, segundo o laudo pericial e boletim de ocorrência acostado
aos autos; estando acobertado pelo seguro DPVAT.

Informou que nada recebeu na via administrativa, mas que faz jus à quantia de R$ 13.500,00 (treze mil e
quinhentos reais), referente à invalidez permanente, conforme previsto pela Lei nº 6.194/73, corrigidos
pelo IGP-M desde a data do pagamento administrativo e juros de 1% ao mês desde a citação.

Requereu, assim, o pagamento do Seguro DPVAT, acrescido dos encargos legais.

Citada, a seguradora requerida apresentou contestação (Id. Num. 5497022), ocasião em que impugnou o
boletim de ocorrência juntado na inicial e aduzindo que não foi caracterizada a invalidez permanente, de
modo que requereu a realização de prova pericial.

Houve a realização do laudo pericial (Id. 5497026), nos termos na Lei 11.945, de 04.06.2009, para avaliar
o grau da invalidez permanente do autor, onde se verifica a seguinte graduação: Invalidez Permanente
Parcial Incompleta no Membro Inferior Direito (75% Residual), sendo as sequelas presentes os
percentuais de perda são de 100%.

Sobreveio a r. sentença de Id. 5497029, onde o magistrado, considerou que o laudo pericial atestou que a
parte autora possui percentual de perda em 100% (cem por cento), ou seja, que no caso ao autor possui
invalidez permanente em razão de acidente de trânsito, este faz jus ao recebimento da indenização do
seguro por acidente de trânsito, no valor de R$13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), nos termos do art.
3º da Lei 6.194/1974.

Inconformada, a requerida apresentou recurso de apelação (Id. Num. 5497030), requerendo a reforma da
sentença para limitar o valor da condenação ao percentual de 75% do valor estabelecido para o
seguimento corporal afetado, ou seja, no valor de R$9.450,00 (nove mil quatrocentos e cinquenta reais),
dos quais excluídos 75% resultaria o montante de R$ 7.087,50 (sete mil e oitenta e sete reais e cinquenta
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centavos), a ser recebido pelo autor, de acordo com o art. 3º, § 1º, I, da Lei nº 6.194/74, conforme a
extensão da lesão aferida pelo laudo pericial, qual seja, invalidez permanente parcial incompleta do
membro inferior direito em grau INTENSO (75%), decorrente de amputação traumática de três
dedos do pés e déficit parcial da força muscular do referido membro.

Sem contrarrazões, consoante a certidão de fl. 54970301.

Encaminhados os autos a esta Corte de Justiça, foram estes a mim distribuídos.

É o relatório.

Decido.

Cinge-se a questão em averiguar se a sentença proferida pelo Juízo de Piso, que julgou totalmente
procedente o pedido formulado na inicial, ao fundamento de que o autor faz jus ao recebimento da
indenização do seguro DPVAT, nos termos do art. 3º da Lei n. 6.194/1974, no valor máximo de
R$13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), foi ou não além do percentual previsto na tabela estabelecida
na Lei nº 11.945/09.

Como é de sabença, o seguro obrigatório – DPVAT foi criado pela Lei n° 6.194/74, com o fim de ressarcir
as vítimas de acidentes de trânsito, sejam elas motoristas, passageiros ou pedestres.

Não houve o pagamento na esfera administrativa, de modo que a sentença determinou o pagamento
integral do valor devido.

Como já referido, o acidente automobilístico em questão ocorreu em 11/06/2017, ou seja, na vigência da


Medida Provisória n° 340/2006, posteriormente convertida na Lei nº 11.428/2007, a qual alterou os valores
devidos a título de seguro DPVAT para os sinistros ocorridos após 29.12.2006, data de sua entrada em
vigor. Na época, o art. 3°, da Lei n° 6.194/74, possuía a seguinte redação:

“Art. 3o Os danos pessoais cobertos pelo seguro estabelecido no art. 2o desta Lei compreendem as
indenizações por morte, invalidez permanente e despesas de assistência médica e suplementares, nos
valores que se seguem, por pessoa vitimada:

I - R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) - no caso de morte;

II - até R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) - no caso de invalidez permanente; e (Grifei);

III - até R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais) - como reembolso à vítima - no caso de despesas de
assistência médica e suplementares devidamente comprovadas.

§1o No caso da cobertura de que trata o inciso II do caput deste artigo, deverão ser enquadradas na
tabela anexa a esta Lei as lesões diretamente decorrentes de acidente e que não sejam suscetíveis de
amenização proporcionada por qualquer medida terapêutica, classificando-se a invalidez permanente
como total ou parcial, subdividindo-se a invalidez permanente parcial em completa e incompleta, conforme
a extensão das perdas anatômicas ou funcionais, observado o disposto abaixo:

I - quando se tratar de invalidez permanente parcial completa, a perda anatômica ou funcional será
diretamente enquadrada em um dos segmentos orgânicos ou corporais previstos na tabela anexa,
correspondendo a indenização ao valor resultante da aplicação do percentual ali estabelecido ao valor
máximo da cobertura; e (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009).

II - quando se tratar de invalidez permanente parcial incompleta, será efetuado o enquadramento da perda
anatômica ou funcional na forma prevista no inciso I deste parágrafo, procedendo-se, em seguida, à
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redução proporcional da indenização que corresponderá a 75% (setenta e cinco por cento) para as perdas
de repercussão intensa, 50% (cinquenta por cento) para as de média repercussão, 25% (vinte e cinco por
cento) para as de leve repercussão, adotando-se ainda o percentual de 10% (dez por cento), nos casos de
sequelas residuais. (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009). “

Contudo, de acordo com a Súmula 474, do STJ, o pagamento da indenização para os casos de invalidez
permanente deverá ocorrer de forma proporcional ao grau da lesão, independentemente da data em que
ocorreu o acidente automobilístico, nos seguintes termos:

“Súmula 474. A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de
forma proporcional ao grau da invalidez.”

Então, a graduação da lesão deve ocorrer com base na tabela acrescentada à Lei n° 6.194/74 pela Lei n°
11.945/2009, na qual foi convertida a Medida Provisória n° 451/2008.

Pois bem!

O laudo pericial de Id. Num. 5497026, afirma que o autor sofreu invalidez permanente parcial incompleta
do membro inferior direito com perdas de repercussão intensa (percentuais de perda 75%), concluindo que
o percentual de sequelas é de 100%.

Contudo, em resposta aos quesitos 2 e 5 assim respondeu o perito:

“2 – A deficiência, doença ou incapacidade é de ordem física ou mental (psiquiátrica), especificar.

R: A deficiência é da ordem física. Ao exame físico, nota-se: cotos de amputações à nível da base dos
dedos do primeiro e quarto pododáctilos direitos e à nível de falange distal no terceiro pododáctilo
direito. Discreto edema residual em dorso de pé direito. Discreta hipotrofia da panturrilha direita
com déficit parcial de força muscular e debilidade do membro inferior direito. Marcha disbásica
decorrente da ausência dos quirodáctilos direito comprometendo a base de apoio do pé com o solo.”
(grifei)

“5 – Em caso de existência de deficiência, doença ou incapacidade, em que item é possível


classificá-la: (De acordo com a Tabela de Danos Corporais Totais ou Segmentares – Parciais)

R: Lesões de órgãos e estruturas cursando com prejuízos funcionais não compensáveis de ordem
anatômica (Percentuais de Perda 100%). Invalidez permanente parcial Incompleta do membro inferior
direito com perdas de repercussão intensa (percentuais de Perda 75%).”

Aliás, a própria apelante afirma que o autor sofreu invalidez permanente parcial incompleta decorrente de
amputação traumática de três dedos dos pés e déficit parcial da força muscular do referido
membro.

Logo, nos termos da aludida tabela acrescentada à Lei n° 6.194/74 pela Lei n° 11.945/2009, a referida
invalidez parcial permanente incompleta do membro inferior direito resta enquadrada no quesito “Perda
anatômica e/ou funcional completa de um dos membro inferiores”, que estabelece uma indenização no
patamar de 100%, equivalente à R$9.450,00 (nove mil quatrocentos e cinquenta reais); enquanto que a
invalidez permanente incompleta pela perda dos três dedos do pé enquadra-se no quesito “perda
anatômica e/ou funcional completa de qualquer um dos dedos do pé”, que estabelece uma indenização no
patamar de 100%, equivalente à R$1.350,00 (mil trezentos e cinquenta reais).

Todavia, a nova redação do art. 3°, da Lei n° 6.194/74, define que quando se tratar de invalidez
permanente parcial incompleta, será efetuado o enquadramento da perda anatômica ou funcional na forma
prevista, com redução proporcional da indenização, que corresponderá a 75% para as perdas de
repercussão intensa, 50% para as de média repercussão, 25% para as de leve repercussão e 10% nos
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casos de sequelas residuais (§1°, II).

Em relação ao autor, tenho que ambas as perdas foram intensas, consolidando um déficit total de 75% na
funcionalidade dos membros afetados. Assim, aplicando-se a redução proporcional prevista no art. 3° § 1°,
II, da Lei n° 6.194/74, o valor da indenização deve ser de R$ 7.087,50 (sete mil oitenta e sete reais e
cinquenta centavos) para o membro inferior direito e de R$1.012,50 (mil e doze reais e cinquenta
centavos) para a perda dos dedos do pé.

Por fim, vale, ainda, lembrar que a Tabela DPVAT permite a cumulação das duas lesões acima referidas,
na medida em que prevê indenizações distintas para os danos corporais parciais dos “membros inferiores”
e dos “pés”.

Desse modo, o valor devido ao autor resulta em R$8.100,00 (oito mil e cem reais), a título de indenização
do seguro DPVAT.

A propósito, sobre o tema discutido assim já se pronunciou esta Corte:

‘’EMENTA: CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO


DPVAT. INDENIZAÇÃO DEVIDA. DEBILIDADE PERMANENTE PARCIAL INCOMPLETA DE MEMBRO
SUPERIOR. PROPORCIONALIDADE. REDUÇÃO DA CONDENAÇÃO. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO À UNANIMIDADE.

1. In casu, considerando que o acidente ocorreu a 11.12.2016, a indenização deve observar os critérios e
graduações contidas no art. 3º da Lei 6.194/74, observadas as alterações introduzidas pelas Leis
11.482/2007 e 11.495/2009.

2. Mediante perícia realizada na autora (Id 2166645), constatou-se debilidade permanente parcial
incompleta em membro superior direito com perda média em 50%. Enquadramento da perda
anatômica/funcional que corresponde a 70% do valor máximo da cobertura (R$ 13.500,00), ou seja, no
montante de R$ 9.450,00. Aplicação da redução prevista no art. 3º, II do § 1º, da Lei 6.194/74.

3. Indenização do Seguro DPVAT a ser paga à Autora/Apelada devida no montante de R$ 4.725,00 (50%
de R$ 9.450,00), acrescida de correção monetária e dos juros, respectivamente, nos termos da Súmulas
43 e 426, ambas do STJ.

4. Recurso conhecido e provido à unanimidade.’’

(4713404, 4713404, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-03-09, Publicado em 2021-03-18)

‘’APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT. INVALIDEZ PARCIAL INCOMPLETA.


REJEITADA TESE DE NULIDADE DO LAUDO PERICIAL. INCABÍVEL O PAGAMENTO DO TETO
INDENIZATÓRIO. PROPORCIONALIDADE AO GRAU DA LESÃO. QUANTUM DEVIDO APURADO
CONFORME PARÂMETROS LEGAIS. CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR DO EVENTO DANOSO.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO À UNANIMIDADE.

1. Nulidade do laudo pericial. A concentração de atos processuais, em demandas como a presente, e a


própria simplificação da prova pericial, quando o ponto controvertido for de menor complexidade, em
atenção ao art. 464, §2º do CPC, é forma de prestigiar a celeridade e economia processual, não servindo
como fundamento para desconsiderar laudo pericial realizado por perito imparcial designado pelo juízo.

2. A indenização do seguro DPVAT, nos casos de invalidez parcial permanente, deve ser paga
proporcionalmente ao grau de lesão, analisando a repercussão da perda. Leis nº. 6194/74 e 11.945/2009.
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3. In casu, considerando que o laudo atesta que o grau de lesão corresponde ao percentual pago
administrativamente, improcede o pedido de complementação, não merecendo reparos a decisão
guerreada.

4. Incidência de correção monetária a contar da data do evento danoso. Sentença em desacordo com a
Súmula n° 580 do Superior Tribunal de Justiça. Reforma que se impõe neste ponto.

5. Recurso conhecido e parcialmente provido, à unanimidade, tão somente para julgar procedente o
pedido de incidência de correção monetária desde o evento danoso, mantendo a sentença em seus
demais termos.’’

(4616441, 4616441, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-02-23, Publicado em 2021-03-02)

‘’EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT.


INCONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS 11.482/2007 E 11.495/2009. AFASTADA. PRECEDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ADI Nº 4350/DF. INVALIDEZ PERMANENTE PARCIAL INCOMPLETA
DO MEMBRO SUPERIOR DIREITO COM REPERCUSSÃO LEVE. PROPORCIONALIDADE AO GRAU
DA LESÃO. VALOR DA INDENIZAÇÃO. PAGAMENTO ADMINISTRATIVO. SENTENÇA REFORMADA.
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO FORMULADO NA PETIÇÃO INICIAL. INVERSÃO DO ÔNUS DA
SUCUMBÊNCIA. RECURSO E PROVIDO, À UNANIMIDADE. 1. É inconteste a constitucionalidade das
Leis n°. 11.482/2007 e 11.495/2009, as quais alteraram a redação da Lei nº 6.194/1974 e instituíram a
Tabela de Pagamento de Indenização por Seguro DPVAT, conforme o grau da lesão, nos termos do
entendimento perfilhado pelo STF em sede de julgamento da ADI n. 4350/DF, onde reconheceu a
compatibilidade do referido Diploma Legal com o ordenamento constitucional; 2. Nos termos da legislação
pertinente, a indenização do Seguro DPVAT, nos casos de invalidez permanente parcial, deve ser paga
proporcionalmente ao grau de lesão, analisando a repercussão da perda, em tudo observando a Lei nº.
11.945/2009; 3. No caso, uma vez comprovada a invalidez permanente parcial incompleta do membro
superior direito, com perdas de repercussão leve, a indenização do seguro DPVAT deve ser fixada em R$
2.362,50 (dois mil, trezentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos). 4. Havendo declaração da
vítima na petição inicial de que já teria recebido, em razão do acidente, a supramencionada quantia na via
administrativa, não faz jus o Apelado a qualquer valor adicional na espécie. 5. Sentença reformada na
íntegra, com a inversão do ônus da sucumbência e consequente condenação do Apelado ao pagamento
de custas e de honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa,
os quais ficarão suspensos, nos termos do § 3° do art. 98 do CPC. 6. Recurso conhecido e provido.’’

(2020.02472408-36, 215.416, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª TURMA DE
DIREITO PRIVADO, Julgado em 2020-11-04, Publicado em 2020-11-04)

Portanto, a sentença impugnada merece ser reformada no ponto.

Ante o exposto, conheço do recurso e DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO, com fulcro no art. 932, V, “a”,
do CPC c/c 133, XII, “a” e “d”, do Regimento Interno deste E. Tribunal de Justiça, para reformar a
sentença, nos termos da fundamentação.

Belém (Pa), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR
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Número do processo: 0805812-91.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BP PROMOTORA


DE VENDAS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA
Participação: AGRAVADO Nome: DALILA DE SOUZA ARCANJO Participação: ADVOGADO Nome:
EDSON DE CARVALHO SADALA OAB: 12807/PA Participação: ADVOGADO Nome: RUAN PATRIK
NUNES DO NASCIMENTO OAB: 26925/PA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE MONTE ALEGRE-PA

AGRAVO DE INSTRUMENTO: Nº 0805812-91.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: BP PROMOTORA DE VENDAS LTDA.

AGRAVADA: DALILA DE SOUZA ARACANJO

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ANULAÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE


DÉBITO C/C RESTITUIÇÃO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO.
OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE PEÇAS
OBRIGATÓRIAS. INCIDÊNCIA DO § 5ª DO ART. 1.017 DO cpc. PRELIMINARES
CONTRARRECURSAIS REJEITADAS. ASTREINTES. MINORAÇÃO. ADEQUAÇÃO AOS PARÂMETROS
DESTE TRIBUNAL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

1. O recurso cumpre seus requisitos de admissibilidade, pois a pretensão recursal insurge-se em relação a
aplicação da multa pelo descumprimento da obrigação imposta pelo juiz a quo, de modo que não há se
falar em falta de dialeticidade. Do mesmo modo, nos termos do § 5º do art. 1.017 do CPC, sendo
eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-
se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia.
Preliminares contrarrecursais rejeitadas.

2. As astreintes se caracterizam como pena pecuniária imposta ao devedor de determinada obrigação,


sendo sua função justamente constranger ao cumprimento da decisão, dentro de prazo razoável e valor
compatível. Caso dos autos em que o valor das astreintes arbitrado de R$ 1.000,00 (mil reais) diários, até
o limite de R$30.000,00 (trinta mil reais) destoa dos parâmetros já adotados por esta Corte para casos
semelhantes, comportando redução para R$ 100,00 por dia, limitados a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil
reais), de modo razoável, proporcional e adequada ao fim a que se destina.

4. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO MONOCRATICAMENTE, NOS TERMOS


DO ART. 932, DO CPC/2015 C/C O ART. 133, XII, “D”, DO RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES: (RELATOR):

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO (Id. Num. 5498092), interposto por BP PROMOTORA DE


VENDAS LTDA., com pedido de efeito suspensivo, contra a r. decisão interlocutória proferida pelo Juiz de
Direito da da Vara Única da Comarca de Monte Alegre/PA, exarada nos autos da AÇÃO DE
CONHECIMENTO PELO PROCEDIMENTO COMUM CUMULADA COM PEDIDO DE TUTELA
PROVISÓRIA DE URGÊNCIA (Processo nº 08000651-04.2021.8.14.0032) movida por DALILA DE SOUZA
ARCANJO, a qual, com fundamento no art. 300 do CPC, deferiu o pedido de tutela de urgência para
determinar que o ora agravante, no prazo de 15 (quinze) dias, promova a suspensão dos descontos
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correlatos ao contrato de empréstimo referenciado na inicial, no benefício previdenciário da autora, sob


pena de multa diária fixada no valor de R$1.000,00 (mil reais), limitado a 30 (trinta) dias.

A Referida decisão teve por fundamento a afirmação da autora de que, foi aposentada em 11/04/2021, e
ao emitir um extrato de empréstimos consignados tomou conhecimento da existência de um empréstimo
(contrato nº 810359263) realizado junto ao banco, ora agravante, no valor de R$9.241,04 (nove mil,
duzentos e quarenta e um reais e quatro centavos), com data de inclusão no dia 20/07/2018, a ser pago
em 72 parcelas de R$ 263,00 (duzentos e sessenta e três reais), sendo que o referido contrato foi
realizado sem o seu consentimento, ou seja, de forma fraudulenta.

Em síntese, no seu extenso arrazoado, o agravante requer a concessão do efeito suspensivo, a fim de
afastar a aplicação da multa fixada para o caso de descumprimento da decisão agravada; ou ainda a sua
minoração, bem como que seja estendido o prazo para cumprimento da obrigação, evitando-se o
enriquecimento ilícito do agravado.

Em exame de cognição sumária (Id. Num. 5632106), indeferi o pedido excepcional.

Determinei a expedição de ofício ao Juízo de primeira instância, comunicando-lhe do teor desta decisão,
solicitando informações.

Por fim, intimação da parte agravada na forma da lei.

Contrarrazões ofertadas no Id.5688264, onde a agravada alega a preliminar de ofensa ao princípio de


dialeticidade, e de não conhecimento do recurso por ausência de peça obrigatória (procuração do patrono
da parte agravada; no mérito, refuta os argumentos do agravante, pugnando pelo desprovimento do
agravo.

Éo relatório, síntese do necessário.

DECIDO.

Ab initio, em relação as preliminares contrarrecursais de ofensa ao princípio da dialeticidade e de ausência


de documentos necessários a formação do agravo de instrumento, anoto que os pressupostos de
admissibilidade do recurso já foram analisados quando do deferimento do processamento do presente
agravo de instrumento.

Menciono, neste norte, que o recurso cumpre seus requisitos de admissibilidade, pois a pretensão recursal
insurge-se em relação a aplicação da multa pelo descumprimento da obrigação imposta pelo juiz a quo, de
modo que não há se falar em falta de dialeticidade.

Do mesmo modo, não prospera o questionamento de ausência de peça obrigatória prevista no inciso I, do
art. 1017, na medida em que o § 5º do referido dispositivo legal prevê que: ‘’Sendo eletrônicos os autos do
processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar
outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia.”

Preliminares contrarrecursais rejeitadas.

Portanto, conheço do recurso e passo a sua análise.

Com efeito, no presente recurso, o agravante pugna tão somente pela dilação do prazo para cumprimento
da determinação que lhe foi imposta em sede de tutela de urgência, bem como, pela exclusão das
astreintes ou a minoração do valor fixado.

Pois bem!
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Nesse momento de cognição exauriente, entendo que o recurso merece parcial provimento.

Primeiramente, quanto ao pedido de afastamento da multa cominatória, como falei por ocasião da decisão
interlocutória que proferi, registro que a penalidade somente incidirá no caso de descumprimento da ordem
pela instituição financeira ré/agravante, conforme disposto no art. 537, § 4º, do CPC/2015.

Além disso, como se sabe, as astreintes constituem meio coercitivo para impor o cumprimento da decisão.
Têm natureza coercitiva e não ressarcitória. Sua finalidade é compulsiva, a de fazer com que o devedor
cumpra especificamente o devido. Pode ser majorada ou diminuída de ofício, de acordo com o § 1º, do
artigo 537, do Código de Processo Civil, sem que isto importe em ofensa a coisa julgada. Além, disso, o
Juiz estipulou limite para o pagamento das astreintes.

Sobre o tema, pertinente trazer à colação o ensinamento dos notáveis professores Nelson Nery Júnior e
Rosa Maria de Andrade Nery, verbis:

“Deve ser imposta a multa, de ofício ou a requerimento da parte. O valor deve ser significativamente alto,
justamente porque tem natureza inibitória. O juiz não deve ficar com receio de fixar o valor em quantia alta,
pensando no pagamento. O objetivo das astreintes não é obrigar o réu a pagar o valor da multa, mas
obrigá-lo a cumprir a obrigação na forma específica. A multa é apenas inibitória. Deve ser alta para que o
devedor desista de seu intento de não cumprir a obrigação específica. Vale dizer, o devedor deve sentir
ser preferível cumprir a obrigação na forma específica a pagar o alto valor da multa fixada pelo juiz”.
(NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado. São
Paulo: Revistas dos Tribunais, 2006, p. 588).

No tocante à periodicidade da multa, em se tratando de obrigação de fazer, plenamente cabível a sua


fixação na periodicidade diária, a qual se mostra suficiente para o fim coercitivo a que se propõe, nos
termos dos arts. 497 e 537 do CPC/2015.

No que diz respeito ao prazo para cumprimento da decisão, entendo que não se mostra o prazo de 15
(quinze) dias exíguo para a satisfação da obrigação. Isso porque vislumbra-se ser o tempo concedido
suficiente para a efetivação da suspensão do empréstimo consignado em comento, assim como encontra-
se até mesmo superior ao entendimento desta Corte:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA. CONTRATO DE


EMPRÉSTIMO BANCÁRIO FRAUDULENTO. PROBABILIDADE DO DIREITO. DETERMINAÇÃO PARA
QUE O BANCO SE ABSTENHA DE EFETUAR OS DESCONTOS MENSAIS NO BENEFÍCIO DE
APOSENTADORIA DO CONSUMIDOR. FIXAÇÃO DE ASTREINTES. NECESSIDADE. CARÁTER
COERCITIVO DA ORDEM JUDICIAL. VALOR ARBITRADO ATENDE A RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO, À UNANIMIDADE.

1. O propósito recursal é avaliar se as astreintes fixadas na decisão que deferiu o pedido de antecipação
dos efeitos da tutela, durante a fase de conhecimento, apresentam manifesta desproporcionalidade, a
exigir sua revisão.

2. O descumprimento de ordem judicial gera o dever de compensar eventual prejuízo.

3. Ademais, não haverá que se falar em multa diária, caso a parte cumpra tempestivamente o comando
judicial, ou seja, tal imposição visa cumprimento efetivo da obrigação de fazer, logo, não há que se falar
em exclusão das astreintes.

4. Tendo em vista que o valor do empréstimo questionado é de R$ 7.628,91, entende-se que a multa R$
500,00 (quinhentos reais) ao dia, até o limite de R$ 5.000,00 se mostra razoável, proporcional e adequada
ao fim a que se destina.

5. Prazo para cumprimento da obrigação de 05 dias nos termos do art. 218, §3º do CPC se mostra
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

adequado para o Banco cumprir a determinação imposta.

6. Recurso conhecido e desprovido, à unanimidade.”

(4813765, 4813765, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-03-23, Publicado em 2021-03-30)

Por sua vez, em relação ao quantum fixado das astreintes, neste momento de cognição exauriente, tenho
que o apelo merece prosperar.

Com efeito, é consabido que a jurisprudência deste Tribunal tem se posicionado no sentido de permitir a
aplicação da multa diária (ou astreintes) em casos como o presente, conforme se verifica dos precedentes
já acima citados.

Contudo, consultando os autos principais na origem ( Processo nº 0800651-04.2021.8.14.0032), verifico


que o objeto de lide é um contrato de empréstimo consignado registrado sob o número 810359263, no
valor de R$ $9.241,04 (nove mil, duzentos e quarenta e um reais e quatro centavos), de 72 (setenta e
duas) parcelas no valor de R$ 263,00 (duzentos e sessenta e três reais).

Desse modo, entendo que o valor das astreintes arbitrado pelo Juízo a quo - no valor de R$1.000,00 (mil
reais), até o limite de R$30.000,00 (trinta mil reais), destoa dos parâmetros já adotados por esta Corte
para casos semelhantes, mostrando, assim, excessivo ante o caráter inibitório da medida.

Se por um lado a fixação de multa por descumprimento de ordem judicial visa a consecução da medida no
prazo estipulado, a fixação de um limite evita eventual enriquecimento ilícito, sendo medida que se impõe.

Nesse sentido confiram-se os precedentes desta Corte de Justiça:

“EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. EMPRÉSTIMO NÃO


RECONHECIDO. RESERVA DE MARGEM CONSIGNÁVEL – RMC. DESCONTOS EM PROVENTOS DE
APOSENTADORIA. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPETIÇÃO DE INDEBITO TUTELA DE
URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO DE DANO MORAL. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
DEFERIDA INAUDITA ALTERA PARTE. TESE RECURSAL DE LEGALIDADE DOS DESCONTOS.
CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. INSUBSISTÊNCIA. NECESSIDADE DE SUSPENSÃO DOS
DESCONTOS. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. DEMORA NO AJUIZAMENTO DA AÇÃO
JUDICIAL QUE NÃO AFASTA O PERICULUM IN MORA. SUSTAÇÃO DOS DESCONTOS EM CONTA
CORRENTE EM QUE O AUTOR PERCEBE OS PROVENTOS DE APOSENTADORIA. ASTREINTES.
MULTA DIÁRIA COMINADA EM R$ 500,00 ATÉ O LIMITE DE R$ 10.000,00. ATENDIMENTO AOS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
INTELIGÊNCIA DO ART. 6º, VIII DO CDC. DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. UNÂNIME. “

(3895310, 3895310, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Privado, Julgado em 2020-10-19, Publicado em 2020-10-27)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA. CONTRATO DE


EMPRÉSTIMO BANCÁRIO FRAUDULENTO. PROBABILIDADE DO DIREITO. REQUISITO
PREENCHIDO. FIXAÇÃO DE ASTREINTES. NECESSIDADE. Caráter coercitIivo da ordem judicial. valor
arbitrado deve atender a razoabilidade e proporcionalidade .RECURSO CONHECIDO E parcialmente
PROVIDO, à unanimidade. 1. O propósito recursal é avaliar se as astreintes fixadas na decisão que
deferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, durante a fase de conhecimento, apresentam
manifesta desproporcionalidade, a exigir sua revisão. 2. O descumprimento de ordem judicial gera o dever
de compensar eventual prejuízo. 3. Ademais, não haverá que se falar em multa diária, caso a parte
cumpra tempestivamente o comando judicial, ou seja, tal imposição visa cumprimento efetivo da obrigação
de fazer, logo, não há que se falar em exclusão das astreintes. 4. No entanto, tendo em vista que o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

valor do empréstimo questionado é de R$ 3.249,00, com descontos no importe de R$ 180,43 ao


mês, entende-se que a multa diária fixada em R$ 2.000,00 ao dia, até o total de R$ 60.000,00,
distanciou-se dos critérios da proporcionalidade e razoabilidade, pelo que se propõe a sua redução
para R$ 100,00 (cem reais) ao dia, até o limite de R$10.000,00.

5. Recurso conhecido e parcialmente provido à unanimidade.”

(3095770, 3095770, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2020-05-13, Publicado em 2020-05-20)

“EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C TUTELA DE URGÊNCIA. TUTELA DE URGÊNCIA DEFERIDA
MANTIDA. PRESENÇA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES. INTELIGÊNCIA DO ART. 300 DO CPC.
MULTA DIÁRIA. ALEGAÇÃO DE EXCESSO. INOCORRÊNCIA. PEDIDO DE REDUÇÃO. INVIABILIDADE.
PROPORCIONALIDADE DAS ASTREINTES COMINADAS. TUTELA: Preenchidos, em sede de cognição
sumária, os requisitos do art. 300 do CPC, é desprovido o agravo de instrumento e mantida a decisão
agravada que determinou a suspensão dos descontos em conta corrente das parcelas do empréstimo
contratado. MULTA DIÁRIA: A fixação das astreintes configura meio coercitivo para que a
demandada cumpra a ordem judicial. Todavia, quando manifestamente excessiva, há de ser
reduzida. In casu, desnecessário limitar o valor das astreintes fixadas em R$ 100,00 por dia, até o
limite de 100 dias. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. UNÂNIME.”

(2020.01882905-41, 214.191, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª TURMA DE
DIREITO PRIVADO, Julgado em 2020-09-09, Publicado em 2020-09-09)

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO INDÉBITA, DANO MORAL E TUTELA DE URGÊNCIA.
ASTREINTES. MECANISMO ADOTADO POR NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO PARA FINS DE
COMPELIR UMA DAS PARTES A NÃO DEIXAR DE CUMPRIR UMA DECISÃO JUDICIAL. DESTE
MODO, A IMPOSIÇÃO DE MULTA POSSUI UM CARÁTER PREVENTIVO E NÃO PUNITIVO, POIS A
PARTE SOMENTE INCORRERÁ NO SEU PAGAMENTO CASO DESCUMPRA A DECISÃO IMPOSTA.
VALOR DE R$100,00 (CEM REAIS) POR DESCUMPRIMENTO DEVE SER MANTIDO. NECESSIDADE
DE FIXAÇÃO DE VALOR MÁXIMO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO PARA
ESTABELECER O LIMITE MÁXIMO DE R$5.000,00 (CINCO MIL REAIS) PARA A ASTREINTE,
MANTENDO A DECISÃO NOS SEUS DEMAIS TERMOS.

I – Insurge-se o Agravante, especificamente quanto ao valor arbitrado da multa, aduzindo que poderia
ensejar enriquecimento sem causa, bem como quanto ao fato de não lhe ter sido garantido um prazo mais
extenso para o cumprimento da medida.

II – No tocante à multa imposta, sabe-se que é um mecanismo adotado por nosso ordenamento jurídico
para fins de compelir uma das partes a não deixar de cumprir uma decisão judicial. Deste modo, a
imposição de multa possui um caráter preventivo e não punitivo, pois a parte somente incorrerá no seu
pagamento caso descumpra a decisão imposta.

III- No caso em tela estamos diante de uma grande instituição financeira insurgindo-se contra uma multa
de R$100,00 (cem reais) por cada caso de descumprimento. Considerando-se que os descontos são
mensais, fácil concluir que somente após muitos e muitos anos de descumprimento da medida é que
poderia se falar em enriquecimento sem causa ou graves prejuízos financeiros para a Agravante.

IV - Todavia, é assente tanto na doutrina quanto na Jurisprudência que, em considera aos Princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade, é importante que haja a fixação de um limite máximo de valor de
astreintes, motivo pelo qual a decisão deve ser corrigida tão somente neste tocante.”
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(4671651, 4671651, Rel. GLEIDE PEREIRA DE MOURA, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-03-02, Publicado em 2021-03-10)

Portanto, o valor comporta redução para R$ 100,00 por dia, limitados a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil
reais), que se mostra razoável, proporcional e adequada ao fim a que se destina.

Ante o exposto, nos termos do art. 932, do CPC/2015 c/c o art. 133, XII, “D”, DO RITJE/PA. DOU
PARCIAL PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO, tão somente para reduzir o valor da multa
diária em caso de descumprimento da ordem judicial de R$ 1.000,00 (mil reais) para R$ 100,00 (cem
reais) até o limite do valor de R$10.000,00 (dez mil reais).

Belém (PA), 13 de agosto e 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0011149-45.2013.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: BANCO BRADESCO


SA Participação: ADVOGADO Nome: MAURO PAULO GALERA MARI OAB: 20455/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE LIDIO ALVES DOS SANTOS OAB: 156187/SP Participação: ADVOGADO
Nome: ROBERTA BEATRIZ DO NASCIMENTO OAB: 24871/PA Participação: APELADO Nome: G W DE
O SOUSA & CIA LTDA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE BELÉM/PA

APELAÇÃO CIVEL Nº 0011149-45.2013.8.14.0301

APELANTE: BANCO BRADESCO S.A.

APELADA: G W DE O SOUSA & CIA LTDA.

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. SENTENÇA QUE EXTINGUIU O


FEITO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. DETERMINAÇÃO DE EMENDA DA INICIAL PARA JUNTAR A
CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO ORIGINAL. NECESSIDADE. NÃO CUMPRIMENTO. PEDIDO DE
PRAZO DE JUNTADA. EXPIRAÇÃO SEM A DEVIDA APRESENTAÇÃO. PEDIDO DE DILAÇÃO DE
PRAZO. NÃO OFERTA NO TERMO REQUERIDO. INDEFERIMENTO DA INICIAL. IMPUGNAÇÃO DO
IMPERATIVO DE APRESENTAÇÃO EM RECURSO. COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO. DECISÃO
ACERTADA. RECURSO DESPROVIDO MONOCRATICAMENTE. ART. 932, DO CPC/2015 C/C O ART.
133, XI, “D”, DO RITJE/PA.

1- Tendo em vista o não cumprimento da emenda da inicial, trazendo à colação o documento


solicitado pelo magistrado de origem, bem como a expiração do prazo de 30 (trinta) dias requerido para a
sua apresentação, decorreu o indeferimento da petição inicial; e, levando-se, ainda, em consideração o
comportamento contraditório, com a impugnação em apresentar o documento original (apresentação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

obrigatória), em sede de recurso, mister a manutenção da decisão guerreada.

2- Assim, sendo a cédula de crédito bancário título de crédito circulável e sujeito ao princípio da
cartularidade, é imprescindível a apresentação do documento original, para fins de ajuizamento da ação de
busca e apreensão, dada a possibilidade de sua circulação, mediante endosso. Necessário, portanto, a
juntada da via original do título. (Precedentes STJ).

3- Recurso conhecido e desprovido monocraticamente, nos termos do art. 932, do CPC/2015 c/c o art.
133, XI, “d”, do RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES. (RELATOR):

Trata-se de recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto por BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A,
em face da r. sentença proferida pelo Juízo da 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém, nos autos da
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO COM PEDIDO LIMINAR, movida em desfavor de G W DE O SOUSA &
CIA LTDA.

Dos autos se extrai que, após o deferimento da liminar de busca e apreensão pleiteada pelo requerente na
petição inicial, houve algumas tentativas frustradas de citação, busca e apreensão.

Posteriormente, foi determinada a juntada da via original da Cédula de Crédito Bancário que instrui a
petição inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, uma vez que somente consta dos autos a sua cópia.

Contudo, a autora deixou transcorrer livremente o prazo concedido, conforme certificado nos autos.

Desse modo, sobreveio a sentença que indeferiu a inicial e julgou extinto o processo sem resolução de
mérito, com fulcro no art. 485, IV, do CPC/2015, em face de o autor, intimado para emendar a inicial, não
ter juntado a via original da Cédula de Crédito Bancário que instruiu a exordial.

Nas razões do recurso de apelação (Id. 5783553), o apelante sustenta, em síntese, a desnecessidade da
juntada do documento original da cédula de crédito bancário, de modo que não há em que se falar em
inepta da exordial a justifica a extinção do feito.

Sem contrarrazões.

Éo relatório.

DECIDO.

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do recurso.

Ab initio, acerca da ausência de análise do pedido de dilação do prazo, verifiquei que o magistrado de
origem concedeu 15 (quinze) dias para a juntada do documento (ID 5783543) em decisão datada de
28/06/2019, e, em resposta, o ora apelante solicitou a dilação do prazo por 15 (dias) dias (ID 5783543).
Todavia, passados meses, o recorrente não se desincumbiu de apresentar a cédula de crédito bancário
original, e nem tampouco trouxe aos autos posteriormente; e, ainda, em sede do presente recurso,
impugnou a respectiva apresentação, sob o fundamento de desnecessidade; pelo que, entendo, que se
eximiu do seu mister, apresentando, ademais, comportamento contraditório, não havendo, nesse sentido,
que se posicionar por qualquer nulidade pela não apreciação do requerimento formulado.

Cabe lembrar que a Cédula de Crédito Bancário foi contemplada no ordenamento jurídico brasileiro, pela
Lei n. 10.931/2004, visando estabelecer um instrumento cartular para documentações de operações
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financeiras, de modo a facilitar a transferência e a execução dos créditos daí decorrentes.

Veja-se a definição legal do instrumento:

“Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de
instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em
dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.”

O regime empregado para esta nova modalidade de negociação financeira consistiu naquele dos títulos de
crédito, tanto que o art. 44 da Lei n. 10.931/2004 expressamente prevê:

“Art. 44. Aplica-se às Cédulas de Crédito Bancário, no que não contrariar o disposto nesta Lei, a legislação
cambial, dispensado o protesto para garantir o direito de cobrança contra endossantes, seus avalistas e
terceiros garantidores.”.

Como a lei sob enfoque traz sucinto conteúdo normativo acerca da operacionalização da Cédula de
Crédito Bancário, mostrando-se preocupada em definir os requisitos legais para constituição da cártula,
bem como em permitir apenas a circulação do título mediante endosso em preto, tem-se que o regime
dessa modalidade fica sujeita em grande parte à disciplina dos arts. 887 e ss. do Código Civil/2002, fonte
legislativa subsidiária aos títulos de crédito instituídos por Lei após sua entrada em vigor (cf. Fábio Ulhoa
Coelho, Curso de Direito Comercial, vol. 1., p. 479, Saraiva: 2004).

Logo, a cédula de crédito bancário obedece aos princípios da literalidade e circularidade (art. 887
do CC/2002), assim como ao da livre circulação por endosso. (Art. 893 do CC/2002).

Aliás, o art. 29, § 1º da Lei n. 10.931/2004 é claro:

“§1.º - A Cédula de Crédito Bancário será transferível mediante endosso em preto, ao qual se aplicarão, no
que couberem, as normas do direito cambiário, caso em que o endossatário, mesmo não sendo instituição
financeira ou entidade a ela equiparada, poderá exercer todos os direitos por ela conferidos, inclusive
cobrar os juros e demais encargos na forma pactuada na Cédula.”

Nesse contexto, os direitos de crédito materializados na cédula de crédito bancário só são oponíveis ao
devedor com a apresentação do instrumento cartular.

Nesse passo, frente à possibilidade de circulação do título, o emitente poderá reter o pagamento
condicionando-o à devolução da cambial ao seu poder, já que ordinariamente apenas a retomada da
posse do instrumento é o meio adequado para prova da quitação.

A consequência direta, é que a cobrança judicial do crédito materializado no título, segundo entende
pacificamente a jurisprudência, deve ser obrigatoriamente precedida da apresentação do original da
cambial exigida, de modo a prevenir o devedor da eventual circulação ilegítima da cártula, não se
olvidando a possibilidade de furto, roubo, ou até mesmo de má-fé do credor.

Nesse sentido, já assentou o Superior Tribunal de Justiça:

“A exigência da apresentação do original do título cambial executado está fundada na possibilidade de


circulação, o que deixaria o devedor sempre sob o guante (sic) de sofrer duas execuções pela mesma
dívida.”. (STJ, REsp n. 256.449/SP, rel. Min. Ruy Rosado Aguiar, T4 - Quarta Turma, DJ - 9/10/2000).”

Ademais, confira-se o seguinte julgado:

“RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO - DETERMINAÇÃO DE EMENDA À INICIAL


A FIM DE QUE FOSSE APRESENTADO O TÍTULO ORIGINAL DA CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO -
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PROVIDÊNCIA NÃO ATENDIDA SEM CONSISTENTE DEMONSTRAÇÃO DA INVIABILIDADE PARA


TANTO - TRIBUNAL A QUO QUE MANTEVE A SENTENÇA DE INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO
INICIAL, NOS TERMOS DO ART. 267, INC. I, DO CPC, POR AFIRMAR QUE A CÓPIA DO CONTRATO
DE FINANCIAMENTO É INÁBIL PARA EMBASAR A DEMANDA. INSURGÊNCIA DA CASA BANCÁRIA.

Hipótese: Controvérsia acerca da necessidade de apresentação do título original do contrato de


financiamento com garantia fiduciária (cédula de crédito bancário) para instruir a ação de busca e
apreensão.

1. Possibilidade de recorrer do "despacho de emenda à inicial".

Excepciona-se a regra do art. 162, §§ 2º e 3º, do Código de Processo Civil quando a decisão interlocutória
puder ocasionar prejuízo às partes. Precedentes.

2. Nos termos da Lei nº 10.931/2004, a cédula de crédito bancário é título de crédito com força executiva,
possuindo as características gerais atinentes à literalidade, cartularidade, autonomia, abstração,
independência e circulação.

O Tribunal a quo, atento às peculiaridades inerentes aos títulos de crédito, notadamente à circulação da
cártula, diligente na prevenção do eventual ilegítimo trânsito do título, bem como a potencial dúplice
cobrança contra o devedor, conclamou a obrigatoriedade de apresentação do original da cédula, ainda que
para instruir a ação de busca e apreensão, processada pelo Decreto-Lei nº 911/69.

A ação de busca e apreensão, processada sob o rito do Decreto-Lei nº 911/69, admite que, ultrapassada a
sua fase inicial, nos termos do artigo 4º do referido regramento normativo, deferida a liminar de apreensão
do bem alienado fiduciariamente, se esse não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, o
credor tem a faculdade de, nos mesmos autos, requerer a conversão do pedido de busca e apreensão em
ação executiva.

A juntada do original do documento representativo de crédito líquido, certo e exigível, consubstanciado em


título de crédito com força executiva, é a regra, sendo requisito indispensável não só para a execução
propriamente dita, mas, também, para todas as demandas nas quais a pretensão esteja amparada na
referida cártula.

A dispensa da juntada do original do título somente ocorre quando há motivo plausível e justificado para
tal, o que não se verifica na presente hipótese, notadamente quando as partes devem contribuir para o
adequado andamento do feito, sem causar obstáculos protelatórios.

Desta forma, quer por força do não-preenchimento dos requisitos exigidos nos arts. 282 e 283 do CPC,
quer pela verificação de defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, o
indeferimento da petição inicial, após a concessão de prévia oportunidade de emenda pelo autor (art. 284,
CPC), é medida que se impõe. Precedentes.

3. Recurso especial desprovido.”.

(REsp 1277394/SC, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe
28/03/2016)

Entendimento esse jurisprudencial que se mantem em recentes julgados do STJ:

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DECISÃO DA PRESIDÊNCIA.


RECONSIDERAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. DECISÃO QUE
DETERMINA A APRESENTAÇÃO DA VIA ORIGINAL DA CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO
EXECUTADA. IMPRESCINDIBILIDADE.
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PRECEDENTES. AGRAVO INTERNO PROVIDO PARA CONHECER DO AGRAVO E NEGAR


PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.

1. Decisão agravada reconsiderada, na medida em que o agravo em recurso especial impugnou os


fundamentos da decisão que inadmitiu o apelo nobre, exarada na instância a quo.

2. O entendimento da Corte de origem encontra-se de acordo com a jurisprudência desta Corte Superior,
segundo a qual cabe ao Juízo, quando a parte instrui a inicial com cópia autenticada do título executivo,
abrir prazo para que emende a inicial juntando o título original.

3. Agravo interno provido para reconsiderar a decisão agravada e, em nova análise, conhecer do agravo
para negar provimento ao recurso especial.”

(AgInt no AREsp 1743487/SC, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 22/03/2021,
DJe 13/04/2021)

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CÉDULA DE


CRÉDITO BANCÁRIO. CÓPIA SEM AUTENTICAÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INADMISSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. 1. A juntada do original do documento representativo de crédito
líquido, certo e exigível é a regra, sendo requisito indispensável para todas as demandas nas quais a
pretensão esteja amparada na referida cártula. Precedentes.

2. Não cabe, em recurso especial, reexaminar matéria de fato (Súmula 7/STJ).

3. Agravo interno a que se nega provimento.”

(AgInt nos EDcl no AREsp 899.121/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA,
julgado em 30/08/2018, DJe 11/09/2018)

Sintonizado com o entendimento do STJ, a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará,


também já se firmou no sentido de considerar necessário a juntada do original da cédula de crédito
bancário para a propositura da ação de busca e apreensão, como se observa in verbis:

“APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO - AUSÊNCIA DO ORIGINAL DA CÉDULA DE


CRÉDITO BANCÁRIO - NECESSIDADE - DETERMINAÇÃO DE EMENDA - NÃO CUMPRIMENTO -
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO - DECISÃO
UNÂNIME. 1. A cédula de crédito bancário está sujeita à negociação, nos termos do art. 29 , § 1º da Lei n.
10.931 /2004, e, por isso, é necessário que o original da cambial instrua a busca e apreensão, a fim de
que o credor comprove a sua legitimidade. 2. Como o crédito nela indicado pode ser transferido a outrem
por endosso em preto, ao endossatário é permitido exercer todos os direitos a ele conferidos, inclusive
exigir o pagamento do principal e dos demais encargos avençados no instrumento. 3. Devidamente
demonstrada a necessidade da juntada do documento original, sendo insuficiente, cópia, ainda que
autenticada, tendo em vista a natureza cambial e a possibilidade de circulação do mencionado título. 4. A
Ação de Busca e Apreensão, por filiar-me ao entendimento de que a Cédula de Crédito Bancário possui
regramento próprio (Lei 10.931 /04), que está sujeita à negociação, nos termos do art. 29 , § 1º da Lei n.
10.931 /2004. 5. Não merece qualquer reparo a r. sentença que extinguiu o processo sem resolução do
mérito, por falta de juntada do original da cédula de crédito original. 6. Recurso conhecido e improvido. 7.
Decisão Unânime.”

(TJ-PA. AP 0004224-74.2015.8.14.0006 . 2ª Turma de Direito Privado. Rel. Maria de Nazaré Saavedra


Guimarães. Julgamento em 22/08/2017. DJe 25/08/2017)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE


DETERMINOU A EMENDA DA INICIAL PARA JUNTAR A CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO ORIGINAL.
DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Sendo a cédula de crédito bancário título de crédito
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circulável e sujeito ao princípio da cartularidade, é imprescindível a apresentação do documento original,


para fins de ajuizamento da ação de busca e apreensão, dada a possibilidade de sua circulação, mediante
endosso. Necessário, portanto, a juntada da via original do título. (Precedentes STJ) À unanimidade, nos
termos do voto do desembargador relator, decisão confirmada na sua integralidade. Recurso desprovido.’’
“(TJ-PA. AI 0003309-21.2012.8.14.0009 . Rel. Leonardo de Noronha Tavares. Julgamento em 05/02/2018.
DJe 27/11/2018)

“EMENTA: APELAÇÃO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.


INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. DETERMINAÇÃO DE EMENDA Á EXORDIAL NÃO
ATENDIDA. EXTINÇÃO DA AÇÃO COM BASE NO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 321 DO C/C ART.
485, I, DO CPC.

1. É imprescindível a comprovação da mora do devedor para o manejo da ação de busca e apreensão de


bem alienado fiduciariamente, ao teor da Súmula nº 72 do STJ;

2. Pelo princípio da cartularidade, torna-se indispensável que o credor esteja na posse da cédula de
crédito bancário, condição sem a qual não poderá exercer o seu direito de crédito valendo-se dos
benefícios do regime jurídico-cambial, logo, por tais fundamentos a apresentação do original do título é
condição inafastável à propositura da Ação de Busca e Apreensão, porquanto somente com a juntada do
documento original comprova-se que o autor é efetivamente o credor, bem como que ele não negociou o
seu crédito.

3. O indeferimento da ação, fincada no parágrafo único do art. 321 do CPC/15, exige a não resolução de
mérito pelo mesmo motivo, a teor do inciso I, do art. 485 do CPC, tendo em vista que, mesmo intimado
para regularizar a exordial, o autor deixa de atender ao comando judicial.

4. Recurso conhecido e desprovido.

(4900158, 4900158, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Privado, Julgado em 2021-04-05, Publicado em 2021-04-12)

Ultrapassada a fase de considerações expendidas linhas acima, acrescento, ainda, que não há porque
deixar de aplicar o entendimento consagrado na jurisprudência à demanda de busca e apreensão
lastreada em cédula de crédito bancário, exigindo-se a pronta exibição do respectivo instrumento original,
uma vez que o mesmo fundamento relativo aos demais títulos de crédito encontra perfeita ressonância à
cártula criada na Lei n. 10.931/2004, pois, que se assemelha e atrai normas específicas, submete-se ela,
como já visto, ao mesmo regime jurídico, com destaque a possibilidade de sua livre transferência e
circulação por endosso.

Desta forma, permitir a instrução da demanda com mera fotocópia da cédula de crédito bancário importa
deixar o devedor à mercê de eventual cobrança dúplice do crédito, gerando, com isso, não só esse risco
ao demandado, como também dúvidas quanto à legitimidade da posse exercida pela instituição financeira
sobre o documento.

Noutro prisma, excepcionalmente, se for autorizado a instrução do pedido com fotocópia autenticada da
cédula de crédito, tal providência só encontra lugar em casos excepcionais, devidamente justificados pelo
credor, como quando o título instrui processo conexo ou nas hipóteses em que fica retido em poder do
tabelião para o respectivo protesto etc.

Frisa-se: este não é o caso dos autos em exame, não se apresentando justificativa plausível de que fora
declarado como autêntico pelo advogado, porque, igualmente, não se discute a inautenticidade, apenas a
necessidade de se apresentar o original em secretaria, por se tratar de processo eletrônico (art. 425, § 2º,
do CPC/15), a fim de evitar que circule livremente.

Nesse passo, consoante a legislação citada linha acima (art. 26 da Lei nº. 10.931/04), conclui-se que o
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documento em debate, por imperativo de lei, representa um título de crédito. Em decorrência disso, possui
todas as características inerentes a essa categoria, dentre elas a circularidade.
Com efeito, salienta-se, por oportuno, que se aplica ao título em tela, entre outros princípios inerentes aos
títulos de crédito, aquele denominado por alguns como princípio da cartularidade e por outros como
princípio da incorporação.

Conclui-se, portanto, que, sendo a cédula de crédito bancário título de crédito circulável e sujeito ao
princípio da cartularidade, é imprescindível a apresentação do documento original, para fins de
ajuizamento da ação de busca e apreensão.

Ante o exposto, a teor do art. do art. 932, do CPC/2015 c/c o art. 133, XI, “d”, do RITJE/PA, conheço do
recurso, mas lhe nego provimento, monocraticamente, mantendo a sentença guerreada.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0800115-72.2021.8.14.0038 Participação: APELANTE Nome: BANCO


VOLKSWAGEN S.A. Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA DE ANDRADE LIMA OAB: 29889/BA
Participação: APELADO Nome: EXPEDITO GONCALVES DIAS Participação: ADVOGADO Nome: KENIA
SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0800115-72.2021.8.14.0038

APELANTE: EXPEDITO GONÇALVES DIAS

APELADO: BANCO VOLKSWAGEN S/A

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: APELAÇÃO. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA


LIMINAR. AUSÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DO CONTRATO DE FINANCIAMENTO
BANCÁRIO. ERROR IN PROCEDENDO. IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DA LEGALIDADE DAS
CLÁUSULAS DO CONTRATO EM DISCUSSÃO. DEMANDA QUE ENVOLVE MATÉRIA DE FATO E DE
DIREITO. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO ART. 332 DO CPC/2015. NULIDADE DO
JULGAMENTO. SENTENÇA ANULADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO MONOCRATICAMENTE.

1. A sentença padece de error in procedendo, pois nas ações cujo objeto é a revisão de cláusulas, há
questões de fato e de direito, uma vez que cada contrato possui cláusulas diversas de outro, sendo
impossível julgar liminarmente improcedente a ação revisional sem a juntada do instrumento
contratual aos autos, não se aplicando no presente feito o art. 332, do CPC/2015.
2. Recurso conhecido e provido, monocraticamente, para anular a sentença, com fulcro no art. 932, V,
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do CPC/2015 c/c art. 133, XII, “d”, do RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de recurso de Apelação (Id. 5528829) interposto por EXPEDITO GONÇALVES DIAS, em face de
sentença proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única de Ourém que, nos autos da Ação Revisional de
Contrato de Financiamento c/c Repetição de Indébito c/c Pedido de Tutela Antecipada, ajuizada pelo ora
apelante, em desfavor de BANCO BRADESCO S.A., por força do art. 332, do CPC/2015, liminarmente
improcedente os pedidos da demanda, extinguindo o processo com resolução de mérito.

Em suas razões recursais a parte apelante alegou, em sede de preliminar, cerceamento de defesa em
razão da não produção de prova técnica e sentença seria nula por ausência de fundamentação.

No mérito, sustentou o reconhecimento da ilegalidade da cobrança de tarifa de emissão de carnê, tarifa de


cadastro, IOF, comissão de permanência e capitalização de juros.

Aduziu a cobrança indevida de tarifa de serviço de terceiros e de despesas de tarifa de avaliação do bem e
registro do contrato.

Ao final, pugnou pelo provimento do recurso.

O Banco apresentou contrarrazões ao recurso de Apelação (Id. 5528847).

Éo relatório.

Passo a examinar e, ao final, decido.

Estando o autor/apelante dispensado do recolhimento das custas do preparo recursal, em razão de ter
sido concedido o benefício da justiça gratuita na origem (Id. 5528839), e preenchidos os demais
pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo à sua análise.

Na presente ação pretende o autor, ora apelante, a revisão de contrato de financiamento para aquisição
de veículo c/c consignação e pagamento e pedido de tutela antecipada, por entender que existem
cláusulas abusivas no referido contrato. Ainda na sua inicial, informou que o requerente não recebeu, ao
formalizar o contrato de financiamento, a via do contrato, motivo pelo qual requereu a notificação do
requerido/apelado para a apresentação do instrumento de contrato para fins de comprovação dos fatos
alegados na inicial.

Contudo, verifiquei que o magistrado de origem julgou os pedidos do demandante com base no art. 332,
do CPC/2015, sob o argumento de que as questões trazidas aos autos já teriam sido apreciadas pelos
Tribunais Superiores por meio de julgamento de Recursos Especiais repetitivos, havendo posicionamento
jurisprudencial consolidado, o qual embasaria a improcedência liminar dos pedidos.

Com efeito, nas demandas em que se pleiteia a revisão de cláusulas supostamente abusivas, há questões
de fato e de direito, uma vez que cada instrumento contratual possui cláusulas distintas do outro, sendo
impossível julgar liminarmente improcedente a ação revisional, não se aplicando no presente feito o
julgamento pela sistemática do art. 332, do CPC/2015.

Nesse contexto, observo que o juízo a quo não analisou o contrato realizado entre as partes, onde
constam todas as informações necessárias à perfeita compreensão da lide. Assim, a sentença de
improcedência exarada sem a análise do contrato deve ser anulada, pois, sem analisar as cláusulas
contratuais, o juízo de origem não possui meios de verificar a alegada abusividade praticada pela
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instituição financeira.

Nesse sentido, cito julgado do Superior Tribunal de Justiça em que é reafirmada tal necessidade, vejamos:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATOS


BANCÁRIOS. VIOLAÇÃO AO ART. 557, § 1º, DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. OFENSA AO
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. MATÉRIAS DE ORDEM PÚBLICA. POSSIBILIDADE DE
RECONHECIMENTO DE OFÍCIO PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. ART. 285-A DO CPC.
IMPROCEDÊNCIA PRIMA FACIE. NECESSIDADE DA CONFORMIDADE DO ENTENDIMENTO DO
JUÍZO SENTENCIANTE COM A JURISPRUDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS SUPERIORES. EXEGESE
TELEOLÓGICA. PEDIDO DE REVISÃO DE INSTRUMENTOS BANCÁRIOS. DEMANDA QUE ENVOLVE
QUESTÃO FÁTICA. RECURSO NÃO PROVIDO.

1. Não há falar em afronta ao art. 557 do CPC em virtude de o recurso ter sido decidido monocraticamente
pelo relator quando, em sede de agravo interno, este é reapreciado pelo órgão colegiado do Tribunal de
origem. 2. As matérias de ordem pública não estão sujeitas ao regime de preclusão e podem ser
conhecidas de ofício pelo juiz. Assim, tendo o Tribunal de origem concluído que a manutenção da
sentença viola os princípios do contraditório e da ampla defesa e, por tal razão, anular ex officio a decisão
do juízo de piso, não conduz em ofensa aos arts. 128, 460 e 514 do Código de Processo Civil. 3. A
aplicação do art. 285-A do CPC, mecanismo de celeridade e economia processual, supõe
alinhamento entre o juízo sentenciante, quanto à matéria repetitiva, e o entendimento cristalizado
nas instâncias superiores, sobretudo no Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.
4. A demanda de revisão de contratos bancários, em regra, também versa sobre questões de fato, o
que, por si, afasta a possibilidade de aplicação do art. 285-A da legislação processual civil. 5. O
simples fato de existir jurisprudência consolidada do STJ acerca de determinadas matérias não
gera a conclusão de que a questão suscitada é unicamente de direito para, em seguida, invocar o
art. 285-A do CPC, pois a subsunção à norma e à interpretação dos julgados dos tribunais superiores
necessitam do amplo conhecimento do arcabouço fático. 6. Recurso especial não provido.

(REsp 1201357/AC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 08/09/2015,
DJe 29/09/2015)

Na mesma direção, colaciono a jurisprudência desta Corte de Justiça:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.


DIREITO PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA DE FATO E DE DIREITO. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO
DO ART. 285-A DO CPC. SENTENÇA CASSADA. Nas ações em que se pleiteia a revisão de
cláusulas, há questões de fato e de direito, uma vez que cada contrato possui cláusulas diversas
do outro, sendo impossível julgar liminarmente improcedente a ação revisional, não se aplicando
no presente feito, o julgamento pela sistemática do art. 285-A, do CPC. Recurso Conhecido e Provido, à
unanimidade.” (Apelação cível nº 0010627-64.2012.8.14.0006. Acórdão nº 177.070. Órgão Julgador: 2ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO. Relator: RICARDO FERREIRA NUNES. Data de
Publicação: 23/06/2017).

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. SENTENÇA DE


IMPROCEDÊNCIA. AUSÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DO CONTRATO DE FINANCIAMENTO
BANCÁRIO. ERROR IN PROCEDENDO. IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DA LEGALIDADE DAS
CLÁUSULAS DO CONTRATO EM DISCUSSÃO. DEMANDA QUE ENVOLVE MATÉRIA DE FATO E DE
DIREITO. APLICAÇÃO DO ART. 285-A DO CPC/73. IMPOSSIBILIDADE NULIDADE DO JULGAMENTO.
SENTENÇA CASSADA.”

(Apelação Cível nº 0004532-47.2014.8.14.0006, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão


Julgador 1ª Turma de Direito Privado, Julgado em 05/04/2021, Publicado em 12/04/2021)

Assim também caminha o entendimento dos Tribunais pátrios:


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“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL C/C CONSIGNATÓRIA EM PAGAMENTO. JULGAMENTO


LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. ART. 332, I e II DO CPC. INAPLICABILIDADE NA
ESPÉCIE. 1 -Não obstante o entendimento jurisprudencial exarado pelo Superior Tribunal de Justiça no
tocante à legalidade das cláusulas das cédulas de crédito bancário, não pode o magistrado singular, com
base no artigo 332 do CPC, de pronto, julgar liminarmente improcedente o pleito inicial, sem ao menos ter
conhecimento do teor das disposições contratuais questionadas pelo autor. 2 - A sentença impugnada
padece de error in procedendo, pois analisou as cláusulas contratuais e afastou, mediante o
julgamento de improcedência liminar do pedido, as abusividades suscitadas pelo autor/apelante
sem sequer ter analisado pormenorizadamente o contrato e suas disposições contratuais
impugnadas. Portanto, deve ser cassada a sentença para que o feito prossiga. APELAÇÃO CÍVEL

CONHECIDA E PROVIDA.” (TJGO, Apelação (CPC) 5098499-56.2017.8.09.0051, Rel. Wilson Safatle


Faiad, 6ª Câmara Cível, julgado em 26/01/2018, DJe de 26/01/2018)

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. AUSÊNCIA DO CONTRATO


FIRMADO ENTRE AS PARTES. JULGAMENTO LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA DESCONSTITUÍDA. RECURSO PROVIDO. O julgamento antecipado
da lide somente é possível quando a matéria controvertida for exclusivamente de direito ou for
patente a desnecessidade de produzir novas provas. É nula a sentença que, sem elementos de
prova, julga liminarmente improcedentes os pedidos, com base no art. 332 do CPC. Sentença
desconstituída. Apelo provido.”

(TJ-BA - APL: 05059239820148050274, Relator: TELMA LAURA SILVA BRITTO, TERCEIRA CAMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 20/08/2019)

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE


ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. INSTRUMENTO CONTRATUAL NÃO ACOSTADO AOS AUTOS.
JULGAMENTO LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. NULIDADE. SENTENÇA
DESCONSTITUÍDA. A abusividade das cláusulas contratuais não pode ser verificada sem a juntada
de cópia do contrato aos autos.É nula a decisão proferida de forma antecipada, com base no artigo
332 do Código de Processo Civil, sem a prévia análise do instrumento de pactuação firmado pelas
partes. Sentença desconstituída.APELAÇÃO PREJUDICADA.”

(TJ-RS - AC: 70080900186 RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho, Data de Julgamento: 27/06/2019,
Décima Terceira Câmara Cível, Data de Publicação: 02/07/2019)

Portanto, no caso concreto, resta inviável o julgamento liminar da lide, sendo a desconstituição da
sentença medida que se impõe, porquanto não atendidos os pressupostos do artigo 332, do CPC/2015.

Ante o exposto, monocraticamente, conheço do recurso e lhe dou provimento, para anular a sentença
atacada, retornando os autos ao juízo singular para regular prosseguimento da ação, com intimação do
réu para apresentar o contrato de financiamento em discussão, com fulcro no art. 932, V, do CPC c/c art.
133, XII, “d”, do RITJE/PA.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0800573-46.2020.8.14.0096 Participação: APELANTE Nome: MARIA LUZIA


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OLIVEIRA DAMASCENO Participação: ADVOGADO Nome: ANDRELINO FLAVIO DA COSTA


BITENCOURT JUNIOR OAB: 11112/PA Participação: APELADO Nome: BANCO BRADESCO SA
Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE SÃO FRANCISCO DO PARÁ/PA

APELAÇÃO CÍVEL N° 0800573-46.2020.8.14.0096

APELANTE: BANCO BRADESCO S/A

APELADA: MARIA LUZIA OLIVEIRA DAMASCENO

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C


INDENIZAÇÃO E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA – DESCONTOS NO BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO - EMPRÉSTIMO CONSIGNADO – INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA –
COMPROVAÇÃO DE DESCONTOS - COBRANÇA INDEVIDA – REPETIÇÃO DE INDÉBITO - DANO
MORAL CARACTERIZADO – VALOR FIXADO EM ATENDIMENTO AOS PRINCÍPIOS DA
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – JUROS DE MORA –RELAÇÃO EXTRACONTRATUAL –
INCIDÊNCIA A PARTIR DO EVENTO DANOSO – SÚMULA N. 54 DO STJ - DECISÃO MANTIDA –
RECURSO DESPROVIDO MONOCRATICAMENTE. INTELIGÊNCIA DO ART. 932, IV, LETRA “A’, DO
CPC/2015 C/C O ART. 133, XI, “D”, DO RITJE/PA.

1. Em se tratando de relação de consumo, invertido o ônus da prova pelo magistrado de origem, a teor
do art. 6º, VIII, do CDC, caberia a ré/apelante se desincumbir de comprovar a devida contratação do
empréstimo consignado e a legalidade dos descontos no benefício previdenciário da autora/apelada;
todavia não logrou tal êxito, tratando-se, assim, de cobrança indevida.
2. O consumidor cobrado em quantia indevida também tem direito à restituição dobrada do que pagou,
acrescido de correção monetária e juros legais, conforme disposto no art. 42, parágrafo único, do
CDC, independentemente da comprovação de má-fé-, conforme precedente do Superior Tribunal de
Justiça.
3. O desconto indevido realizado em contracheque de aposentado, por empréstimo consignado não
contratado, atinge verba de natureza alimentar, comprometendo, portanto, o sustento do consumidor,
o que, por si só, ultrapassa o mero aborrecimento decorrente dos embates da vida cotidiana,
configurando os danos morais reclamados.
4. Não existindo um critério objetivo e matemático para o arbitramento de dano moral, cabe ao
magistrado a tarefa de decidir qual a justa e razoável recompensa pelo dano sofrido, estando o valor
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em acordo com os princípios da proporcionalidade e razoabilidade e
com a jurisprudência.
5. Os juros de mora, em relação ao dano moral decorrente de relação extracontratual incidem a partir
da data do evento danoso, nos termos da Súmula n. 54 do STJ.
6. Recurso conhecido e desprovido monocraticamente, nos termos do art. 932, IV, “a”, do CPC/2015 c/c
o art. 133, XI, “d”, do RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA
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O EXMO SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por BANCO BRADESCO S/A, em face da r. sentença
proferida pelo Juízo de Direito da Comarca de São Francisco do Pará que, nos autos da AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO E PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA, ajuizada por MARIA LUZIA OLIVEIRA DAMASCENO, julgou procedente a demanda.

Na origem, a apelada propôs a ação alegando que o Banco demandado, ora apelante, vem descontando
indevidamente, junto ao INSS, fonte pagadora de seus proventos de previdência, parcela consignada de
financiamento que não contratou.

Aduziu que não reconhece a relação contratual que sustenta a cobrança, que por sinal jamais recebeu
qualquer valor relacionado a essa transação bancária.

Dados do contrato:

Contrato Nº 0123318856296; Valor do Empréstimo: R$5.000,00; Número de Parcelas: 72; Início de


Descontos: 02/2017; Valor Da Parcela: R$153,49; Descontadas 15 parcelas, Total R$2.302,35.

Finalizou requerendo a concessão de tutela de urgência para cessar os descontos supostamente


indevidos, indenização pelos danos suportados e repetição de indébito em dobro; além de indenização
pelos danos morais sofridos no valor de R$10.000,00.

Após regular trâmite processual, sobreveio a r. sentença, de procedência dos pedidos formulados na
exordial, com resolução de mérito

No decisum combatido, consignou o Magistrado, que entende ser justa, razoável e proporcional a
indenização do autor na importância de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pelos danos morais sofridos,
abrangendo também o caráter punitivo a servir de instrumento pedagógico para o fornecedor de serviço
reavaliar sua postura.

Declarando a inexistência da relação obrigacional do contrato em questão, condenou também o Banco/réu


a pagar indenização de dano material correspondente à devolução em dobro dos valores consignados
junto aos proventos da autora, decorrentes da relação em questão, com lastro no art. 14 e 42, parágrafo
único do CDC, com os acréscimos legais a partir do evento.

Pontuou ainda, que em relação ao valor da indenização do dano material, depois de dobrado, incidirá a
atualização monetária pelo índice do INPC mais juros de mora de 1% ao mês, ambos com marco inicial da
data do evento (consignação), por ser tratar de obrigação extracontratual, conforme entendimento fixado
na Súmula 54 do STJ e nos termos dos artigos 405 e 406 do Código Civil c/c art. 161, § 1º do CTN.

Em seguida, deferiu a tutela antecipada requerida, aduzindo que a urgência do provimento decorre da
própria natureza alimentar do objeto da ação.

Determinou ainda, a suspensão das consignações do empréstimo em questão, se ainda estiverem


ocorrendo, até o trânsito em julgado da ação, e, assinalou o prazo de 15 dias para cumprimento pelo réu.

E por fim, condenou Banco/réu a pagar às custas do processo e honorários advocatícios que fixou em
15% sobre o proveito econômico do autor, cujo acréscimo justificou pelo deslocamento do advogado para
comarca diversa de seu domicílio laboral (CPC, art. 85, § 2º, II).

Inconformada, a Instituição Financeira APELOU (Id. Num. 5268081).

Asseverou que no caso dos autos, o apelado contratou com a apelante, e beneficiou-se desses valores,
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sendo a relação jurídica de todo regular e sem vícios. Desse modo, inexiste ilícito cometido pelo banco e
menos a existência de dano moral a ser indenizado.

Ponderou que, mesmo que houvesse cobrança indevida, inexiste no caso dos autos má fé que justifique a
devolução em dobro.

Pugnou, ainda, pela minoração do quantum da indenização por dano moral; pela incidência de juros de
mora apenas a partir do arbitramento da condenação; e pela minoração dos honorários advocatícios
sucumbenciais.

Certidão (Id. Num. 5268088), informa que a parte apelada não apresentou contrarrazões ao recurso.

Encaminhados os autos a esta Corte, coube-me a relatoria por distribuição.

Éo relatório.

Decido.

Conheço do recurso de apelação, eis que atendidos os requisitos de admissibilidade exigidos pela lei
processual civil.

Conforme relatado, na origem, por meio desta demanda, a autora MARIA LUZIA OLIVEIRA
DAMASCENO, ora apelada, pretende ver declarada a inexistência dos débitos, com a anulação das
cobranças referentes ao contrato de crédito de margem consignável, além de repetição do indébito, em
dobro, e indenização por dano moral, uma vez que nunca realizou empréstimos com o Banco/réu,
contudo, foi surpreendida com descontos em seu benefício do INSS.

Como tenho sistematicamente dito, a prática da “contratação”


de empréstimo consignado não autorizado pelo consumidor cada vez mais tem assoberbado o Poder
Judiciário e continua sendo reprovável, a despeito do infeliz aumento de casos como os tais, sobre os
quais não se pode fechar os olhos.

A sentença questionada neste apelo declarou inexigível o débito litigado, e condenou o requerido a restituir
a parte autora todos os valores indevidamente descontados, em dobro, e a pagar o valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), a título de danos morais.

Observo que emerge como fato incontroverso a existência de relação de consumo, impondo-se, pois, a
aplicação do Código de Defesa do Consumidor, em consonância com a súmula nº. 297 do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.

A parte autora alegou não reconhecer os descontos realizados em seu benefício previdenciário, sendo
este proveniente de contrato de empréstimo consignado (Contrato nº 0123318856296); não contratado.

Sob tal prisma, apura-se dos autos, que diante da situação posta, e das razões articuladas pelo Banco
réu/apelante, tenho que razão não lhe socorre, haja vista que na r. sentença o juiz relata que, em que pese
o réu tenha apresentado o contrato (Id. Num. 21271063), não há nos autos qualquer comprovação de que
o dinheiro tenha sido transferido à conta da autora, ou, de que o tenha recebido por qualquer outro meio.
De modo que, os fatos apurados apontam para ocorrência de fraude, com aproveitamento do dinheiro por
terceiro.

Desse modo, concluiu o Magistrado a quo, que não há nos autos a comprovação do crédito liberado a
confirmar a relação jurídica, ou, pelo menos, induzir a eventual enriquecimento sem causa.

Cabe frisar que, em se tratando de cliente do próprio banco, a ele caberia comprovar a disponibilização do
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dinheiro com a apresentação do comprovante do depósito, cujo documento está na sua livre esfera de
disponibilidade, e, desde o despacho inicial está ciente do seu ônus probatório, que para si foi revertido.

Não há justificativa para que não tenha apresentado tal documento. Repito: sua omissão induz à
possibilidade de existência de fraude na contratação.

Assim, fica evidente a responsabilidade do Banco/apelante pela má prestação de serviços.

Na espécie, entendo que houve falha no zelo quando o banco registrou a contratação do empréstimo para
desconto no benefício da apelada, que ficou à mercê de obrigações contratuais e vinculado ao desconto
de parcelas de empréstimo bancário não solicitados, ocasionando a angústia e profundo temor e
apreensão, trazendo aflição, inquietude e abalos à tranquilidade da requerente, o que caracteriza a
situação constrangedora a ensejar a configuração de danos morais.

Como é fácil verificar, a autora teve que se valer da presente ação para expungir as consequências
indesejáveis que decorreram da atitude desidiosa do réu, que culminou com os fatos descritos na inicial,
inclusive com descontos ilícitos, em decorrência de contrato cuja legitimidade não foi reconhecida pela
apelada nem demonstrada pelo Banco apelante.

Desnecessária a demonstração de qualquer outro efetivo prejudicial, pois inadmissível submeter o


consumidor a tal absoluta insegurança, ficando totalmente à mercê do requerido, ante a falha assim
evidenciada, sofrendo o requerente com os efeitos deletérios que advieram.

O Banco/apelante exerce atividade lucrativa e assume os riscos pelos danos provocados por essa
atividade, e qualquer pessoa que exerça uma atividade remuneratória deverá responder pelos eventos
danosos, que sua atividade possa gerar para as pessoas que confiam, e se veem prejudicados por erro de
conduta dos seus prepostos.

De tal sorte que caracterizada a atitude do Banco/requerido, que agindo de forma imprudente e negligente,
possibilitou os prejuízos experimentados e descritos na inicial, caracterizando a hipótese do dano moral,
que deve ser indenizado por aquele que deu causa.

Écediço que a fixação da indenização por dano moral deve se dar em termos aceitáveis, não se
justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento indevido da vítima, tampouco
diminuto ao ponto de incentivar o ofensor na prática do ilícito e furtar-se ao seu papel sancionador. Em
vista disso, o arbitramento deve operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao
potencial econômico das partes e às suas atividades.

Considerando os parâmetros citados, as circunstâncias do caso concreto, a indenização por dano moral
arbitrada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), entendo que se encontra dentro dos padrões de razoabilidade,
proporcionalidade e em consonância com a jurisprudência emanada desta Corte, o que repara os
transtornos sofridos e não causa o enriquecimento ilícito.

Neste sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA. CONTRATO DE


EMPRÉSTIMO BANCÁRIO FRAUDULENTO. PROBABILIDADE DO DIREITO. DETERMINAÇÃO PARA
QUE O BANCO SE ABSTENHA DE EFETUAR OS DESCONTOS MENSAIS NO BENEFÍCIO DE
APOSENTADORIA DO CONSUMIDOR. FIXAÇÃO DE ASTREINTES. NECESSIDADE. CARÁTER
COERCITIVO DA ORDEM JUDICIAL. VALOR ARBITRADO ATENDE A RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO, À UNANIMIDADE. 1. O propósito
recursal é avaliar se as astreintes fixadas na decisão que deferiu o pedido de antecipação dos efeitos da
tutela, durante a fase de conhecimento, apresentam manifesta desproporcionalidade, a exigir sua revisão.
2. O descumprimento de ordem judicial gera o dever de compensar eventual prejuízo. 3. Ademais, não
haverá que se falar em multa diária, caso a parte cumpra tempestivamente o comando judicial, ou seja, tal
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imposição visa cumprimento efetivo da obrigação de fazer, logo, não há que se falar em exclusão das
astreintes. 4. Tendo em vista que o valor do empréstimo questionado é de R$ 7.628,91, entende-se que a
multa R$ 500,00 (quinhentos reais) ao dia, até o limite de R$ 5.000,00 se mostra razoável, proporcional e
adequada ao fim a que se destina. 5. Prazo para cumprimento da obrigação de 05 dias nos termos do art.
218, §3º do CPC se mostra adequado para o Banco cumprir a determinação imposta. 6. Recurso
conhecido e desprovido, à unanimidade.” (Agravo de Instrumento nº 0809188-56.2019.8.14.0000, Rel.
RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado, Julgado em 23/03/2021,
Publicado em 30/03/2021)

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS.


EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. AÇÃO REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. SENTENÇA
DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. TESE RECURSAL DE INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR.
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO CREDITÍCIO. IMPROCEDÊNCIA. INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA. AUSENCIA DE PROVA DA EFETIVA CONTRATAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO DINHEIRO EM
BENEFÍCIO DA CONSUMIDORA. DESCONTOS ILEGAIS EM PROVENTOS. VERBA DE CARÁTER
ALIMENTAR. COBRANÇA INDEVIDA. RESTITUIÇÃO SIMPLES (DANO MATERIAL). DANOS MORAIS.
CONFIGURAÇÃO. DANO “IN RE IPSA”. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA "OPE LEGIS". QUANTUM
INDENIZATÓRIO. MINORAÇÃO. OBEDIÊNCIA AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO, APENAS PARA REDUZIR O QUANTUM INDENIZATÓRIO DOS DANOS
MORAIS DE R$ 20.000,00 PARA R$ 10.000,00.”

(Apelação Cível nº 0006066-33.2013.8.14.0015, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão


Julgador 1ª Turma de Direito Privado, Julgado em 29/03/2021, Publicado em 05/04/2021)

Outrossim, observo que a sentença recorrida condenou o réu a pagar indenização por dano moral, com
atualização monetária a partir da data da publicação da sentença mais juros legais desde a citação.

Contudo, em se cuidando de juros e correção monetária, em relação aos danos morais em face de ato
ilícito, não decorrente de contrato, diante da inexistência de sua devida comprovação, correta a incidência
da correção monetária desde o respectivo arbitramento, contudo, de ofício, os juros de mora devem ser
modificados para contagem a partir do evento danoso, nos termos da Súmula n. 54 do STJ.

Com relação à devolução do indébito em dobro, saliento que àquele que cobrou ou recebeu o que não
era devido, cabe fazer a restituição sob pena de enriquecimento sem causa, pouco relevando a prova do
erro no pagamento, em caso de contrato de abertura de crédito ou empréstimo. Por força do art. 42 do
CDC e seu parágrafo único, a devolução das parcelas pagas deve ser efetivada em dobro, cujo direito não
está condicionado à existência de má-fé. A constatação da conduta negligente, abusiva e injustificável do
banco é suficiente para sustentar a repetição na devolução dos valores. O fato de o
Banco/apelante retirar indevidamente valores do benefício previdenciário do autor, repercutiu em sua
esfera de direitos, tanto em seu orçamento quanto na sua dignidade, afrontando diretamente o Princípio da
Dignidade da Pessoa Humana, fundamento do Estado Democrático de Direito, previsto no art. 1º, inc. III,
da Constituição da República.

Ilustrativamente:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DO


INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INCONFORMISMO APENAS DA AUTORA. DANOS
MORAIS. MAJORAÇÃO. POSSIBILIDADE. ATENÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE, BEM COMO A PRECEDENTES DESTA CORTE ESTADUAL. REPETIÇÃO DO
INDÉBITO EM DOBRO. VIOLAÇÃO À BOA-FÉ OBJETIVA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO À
UNANIMIDADE.

1.Na tentativa de estabelecer um parâmetro para fixação do quantum indenizatório por danos morais, o
STJ, no julgamento do REsp 1152541, ensinou o método bifásico para definição do montante a ser pago.
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2. No caso concreto, embora a recorrente não tenha realizado o contrato de empréstimo consignado
objeto do litígio, sofreu descontos em sua remuneração desde junho/2014 até janeiro/2016. Ou seja, a
apelante, pessoa idosa, segurada do regime geral da previdência, teve redução do patrimônio durante
aproximadamente dois anos, em virtude de falta de zelo da instituição financeira que não se cercou dos
devidos cuidados para evitar a fraude, devendo o quantum indenizatório corresponder a uma quantia
razoável, proporcional à relevância do evento danoso e às condições econômicas das partes envolvidas.

3. O valor arbitrado pelo juízo singular está em dissonância com os parâmetros estabelecidos por esta
Corte de Justiça em precedentes que tratavam de situação análoga, impondo-se a majoração do quantum
indenizatório.

4. A restituição em dobro do indébito (parágrafo único do artigo 42 do CDC) independe da natureza do


elemento volitivo do fornecedor que cobrou valor indevido, revelando-se cabível quando a cobrança
indevida consubstanciar conduta contrária à boa-fé objetiva. Tese fixada pela Corte Especial do Superior
Tribunal de Justiça que se aplica ao caso concreto;

5. Recurso conhecido e provido para majorar o quantum da indenização por danos morais para R$
10.000,00 (dez mil reais), bem como determinar a devolução em dobro dos valores descontados
indevidamente do benefício previdenciário da autora. À unanimidade.”

(4954596, 4954596, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-04-13, Publicado em 2021-04-20)

“EMENTA: DIREITO PRIVADO. DIREITO CIVIL. RECURSO DE APELAÇÃO. EMPRÉSTIMO


CONSIGNADO. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM
INDENIZATÓRIO ADEQUADO. REPETIÇÃO EM DOBRO DO INDÉBITO. JURISPRUDÊNCIA DO C. STJ.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Em decorrência da inversão do ônus
da prova, caberia a instituição financeira comprovar que relação jurídica era formada por um contrato de
empréstimo bancário legítimo. Sentença mantida. Recurso conhecido e desprovido.”

(4941984, 4941984, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Privado, Julgado em 2021-04-12, Publicado em 2021-04-19)

“EMENTA:AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO.APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE


INDÉBITO. COBRANÇA INDEVIDA POR PARTE DA OPERADORA DE TELEFONIA. DEVER DE
RESTITUIR O VALOR COBRADO EM DOBRO. ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO DO CDC.DECISÃO
MONOCRÁTICA QUE DEU PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO. AGRAVO INTERNO
DESPROVIDO. 1. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à restituição dobrada do que
pagou, acrescido de correção monetária e juros legais, ressalvados os casos de engano justificável,
conforme disposto no art. 42, parágrafo único, do CDC. 2. Ausente qualquer inovação na situação fática-
jurídica constante da decisão combatida, avedação constante do artigo 1.021, §3º do CPC está sendo
mitigada pela jurisprudência que se consolida do Superior Tribunal de Justiça. Afinal, “A Corte Especial do
Superior Tribunal de Justiça, ao interpretar o art. 1.021, §3º do CPC/2015, assentou que o dispositivo não
impõe ao julgador a obrigação de reformular a decisão agravada para, em outros termos, reiterar seus
fundamentos, notadamente diante da falta de argumento novo deduzido pela parte recorrente” –
(Embargos de declaração no Agravo em Recurso Especial nº 980.631, Rel. Ministra Regina Helena Costa,
DJE de 22.5.2017).

3. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.”

(4907434, 4907434, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador 1ª Turma de
Direito Privado, Julgado em 2021-04-12, Publicado em 2021-04-13)

Nesse sentido, entendo adequada a sentença a quo ao decidir pela declaração de inexistência da relação
jurídica, devolução em dobro dos valores pagos, e condenação em dano moral, por estar em consonância
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com a doutrina e a jurisprudência dominante desta Corte.

Em relação ao pedido de minoração da verba honorária sucumbencial, sem razão a parte apelante.

Com efeito, a fixação da verba honorária deve ser condizente com a atuação do advogado e a natureza da
causa, remunerando de forma adequada o labor profissional, sem impor carga onerosa ao vencido, mas
também sem apequenar o trabalho desenvolvido pelo causídico.

Entendo que, considerando o grau de complexidade da causa e o tempo de tramitação da demanda,


andou bem a sentença quando fixou em 15% sobre o proveito econômico do autor, cujo acréscimo se
justifica pelo deslocamento do advogado para comarca diversa de seu domicílio laboral (CPC, art. 85,
estando dentro dos parâmetros adotados por esta Corte em casos semelhantes.

Por fim, registro que é assente neste Tribunal o entendimento de que os juros moratórios incidem desde a
data do evento danoso em casos de responsabilidade extracontratual, hipótese observada no caso em
tela, nos termos da Súmula 54STJ: "Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de
responsabilidade extracontratual".

Desse modo, não há como prosperar o pedido do apelante para que os juros de mora incidam apenas a
partir do arbitramento da condenação.

Ante o exposto, estando o presente recurso contrário à jurisprudência desta Corte, NEGO-LHE
PROVIMENTO, nos termos do art. 932, IV, ‘’a”, do CPC/2015 e art. 133, XII “d”, do RITJE/PA.

Belém (PA), 13 de gosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0805404-84.2019.8.14.0028 Participação: APELANTE Nome: BANCO SANTANDER


(BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DENNER DE BARROS E MASCARENHAS BARBOSA
OAB: 24532/PA Participação: APELADO Nome: GUIDO FRANCISCO SCHUH Participação: ADVOGADO
Nome: ANA MAILA VICENTE DE SOUZA SILVA OAB: 25476/PA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE MARABÁ/PA

APELAÇÃO CÍVEL N°0805404-84.2019.8.14.0028

APELANTE: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.

APELADO: GUIDO FRANCISCO SCHUH

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE DANOS MORAIS C/C TUTELA DE URGÊNCIA – CONTA
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CORRENTE INATIVA – COBRANÇA SEGURO DE VIDA – INSCRIÇÃO INDEVIDA CADASTRO DE


INADIMPLENTES - DANO MORAL CARACTERIZADO – VALOR FIXADO DENTRO DOS PRINCÍPIOS
DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA MANTIDA –
RECURSO DESPROVIDO MONOCRATICAMENTE. INTELIGÊNCIA DO ART. 932, DO CPC/2015 C/C O
ART. 133, XI, “D”, DO RITJE/PA.

1. Infringe os princípios da boa-fé, da lealdade, da transparência e do dever de informação previstos no


art. 6º, do CDC, a ausência de notificação do consumidor após seis meses sem movimentação da
conta corrente, alertando-o quanto à incidência de tarifas e demais encargos.
2. Desse modo, caracterizada a falha na prestação dos serviços, impõe-se a declaração de inexistência
da dívida, e a consequente exclusão do nome do autor do cadastro restritivos de crédito.
3. Danos morais caracterizados como in re ipsa, que arbitrados no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
estão em acordo com os princípios da proporcionalidade e razoabilidade e com a jurisprudência.
4. Recurso conhecido e desprovido monocraticamente, nos termos do art. 932, do CPC/2015 c/c o art.
133, XI, “d”, do RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por BANCO SANTANDER BRASIL S.A., em face da r.
sentença proferida pelo Juízo de Direito da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Marabá/PA., nos
autos da AÇÃO DE DANOS MORAIS C/C TUTELA DE URGÊNCIA ajuizada por GUIDO FRANCISCO
SCHUH.

Na origem o autor alegou que é cliente do banco Santander, contudo parou de utilizar os serviços,
retirando toda a quantia que havia depositado na respectiva conta, deixando-a sem movimentação.

Após vários meses sem movimentação, o autor acreditou que a referida conta já estaria desativada,
contudo ao realizar uma consulta verificou que esta estava em aberto e com um débito de R$ 2.500.00
(dois mil e quinhentos reais), referente a um seguro de vida mensal, que o autor não tinha interesse em
continuar com o pagamento.

Fora disponibilizado ainda limite de cheque especial com o intuito e pagar o referido seguro vida, o qual
nunca foi solicitado e nem autorizado pelo requerente.

Pugnou pela concessão de liminar para que o banco requerido retirasse imediatamente o nome do autor
do banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC; a declaração da inexistência do débito e a
condenação do Banco em indenização por danos morais; pelo que obteve êxito, encontrando-se o
dispositivo final da sentença assim disposto:

“ISTO POSTO, na forma do art. 487, I do diploma processual civil pátrio, RESOLVO O MÉRITO do
presente feito a fim de julgar PROCEDENTE O PEDIDO inicial para:

1- DECLARAR inexistente as operações invalidação do débito impago ao Autor relativo ao seguro em


questão, conforme ao extrato apresentado no id: (id: 1134238 e 11134260, devendo a RÉ PROCEDER AO
CANCELAMENTO DA (S) COBRANÇA;

2- ARBITRAR INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser
suportado pelo Réu, que deve ser ATUALIZADO E CORRIGIDO respectivamente da data do EVENTO
DANOSO, de acordo com o art. 398 do Código Civil e com a súmula 54 do Superior Tribunal de Justiça, à
taxa de 1% ao mês e do ARBITRAMENTO, pelo INPC, de acordo com a súmula 362 do mesmo tribunal
superior aqui referido.
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3. Vendo que já examinado mérito da questão de forma exauriente, bem como percebendo o perigo da
demora, consubstanciado pelo autor está sendo privado de sua renda, a qual se destina a prover sua
subsistência por conta operação reconhecidamente indevida, ANTECIPO OS EFEITOS DA TUTELA M
(SIC) FAVOR DO AUTOR, CONFORME REQUERIDO NA INICIAL, PARA DETERMINAR QUE O RÉU, A
PARTIR DE SUA CIÊNCIA DESTA SENTENÇA, ABSTENHA-LHE DE REALIZAR OS DESCONTOS
IMPUGNADOS NESTA VIA, SOB PENA DE INCORRER EM MULTA DIÁRIA QUE FIXO EM R$ 300,00
(trezentos reais) , limitada a 30 dias.

Condeno o Réu, como vencido que foi, de acordo com o art. 85 do Código de Processo Civil, não só ao
pagamento dos honorários sucumbenciais, que fixo em 15% do valor corrigido da causa, mas também ao
das custas processuais, a serem calculadas na forma da Lei.’’

Houve oposição de embargos de declaração, os quais foram parcialmente acolhidos para corrigir erro
material no que diz respeito à condenação do Réu ao pagamento dos honorários sucumbenciais, os quais
já fixados em 15%, devem ser calculados sobre o valor da condenação, além do pagamento das custas
processuais, a serem calculadas na forma da Lei; permanecendo nos demais termos a sentença na forma
como foi lançada.

Nas razões recursais de Id. Num. 55531959, o apelante defende a ausência de conduta ilícita praticada
pela instituição financeira, porquanto o autor possuía ciência do seguro e de seus débitos; salientando que
o serviço de cheque especial é uma expansão da conta, disponibilizada pelo Banco, por este motivo, a
seguradora não processa devoluções de eventuais cobranças de cheque especial ou juros e encargos
gerados.

Pugna, ainda, pela exclusão da condenação por dano moral ou, eventualmente, pela minoração do
quantum fixado.

Discorre, também, sobre a impossibilidade de se declarar a inexistência do débito, uma vez que a
cobrança contestada pela parte autora está prevista no contrato firmado entre as partes.

Pugna, ao final, pelo provimento do recurso.

Contrarrazões ofertadas no Id. Num. 5553162, onde o apelado sustenta a ilegalidade do ato praticado pelo
apelante, por prática de venda casada, uma vez que condicionou a abertura de conta do autor a aceitação
dos serviços, e depois disponibilizou o limite de cheque especial apenas com o intuito de pagar o seguro e
gerar uma dívida maior, sem comunicar a referida disponibilização de cheque especial, configurando
assim conduta ilícita a ensejar a devida indenização por danos morais. Refutou, ainda, as demais
alegações do apelante, em relação a alegada impossibilidade de inexistência de débito e a eventual
minoração da verba indenizatória do dano moral; pugnando assim pelo desprovimento do apelo.

Encaminhados os autos a esta Corte, coube-me a relatoria por distribuição.

É o relatório.

Decido.

Conheço do recurso de apelação, eis que atendidos os requisitos de admissibilidade exigidos pela lei
processual civil.

Como já relatado, trata-se de ação em que se discute a invalidação de débito originário de prêmio de
seguro, que o autor alega ser ilícito em face de ter interrompido a contratação, mediante a inativação da
conta bancária que mantinha junto ao banco apelante e cujo pagamento do seguro era vinculado por meio
de débito automático.

Como é cediço, incide no caso, o Código de Defesa do Consumidor, eis que há relação jurídica de
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consumo entre a parte autora e a parte ré, como já reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça ao editar
a Súmula 297.

Nesse contexto, nos termos dos arts. 12 e 14 do Código de Defesa do Consumidor a responsabilidade civil
do fornecedor é objetiva. Sendo assim, o fornecedor é obrigado a reparar os danos que causou ao
consumidor, ainda que não tenha tido a intenção de gerá-los (dolo) ou praticado uma falta de cuidado
genérica (culpa).

O art. 4º, III do Código de Defesa do Consumidor preceitua a boa-fé como princípio sobre o qual se funda
as relações de consumo e o artigo 6º, III do mesmo diploma legal impõe como direito básico do
consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, como decorrência do
dever de informação que é inerente à boa-fé.

No entanto, pela distribuição da carga probatória, o ônus da prova incumbe ao autor quanto ao fato
constitutivo do seu direito e ao réu a contraprova com a respectiva existência de fato modificativo,
impeditivo ou extintivo do referido direito, na forma do art. 373, CPC.

Tratando-se de relações consumeristas, o Código de Defesa do Consumidor prevê a inversão de tal


encargo seja mediante os aspectos da verossimilhança da alegação ou a hipossuficiência da parte
promovente (art. 6º, VIII, do CDC) - ope judicis; seja da atribuição ao fornecedor de produtos ou serviços a
excludente da responsabilidade objetiva no sentido de que o defeito inexiste ou comprovada a culpa
exclusiva do consumidor (ou de terceiro) – ope legis.

No caso, como registrado pelo Magistrado de origem, o autor demonstrou que a conta encontra-se inativa,
isto é, sem saldo expressivo ou com movimentação financeira, pelo período de 03/2016 a 10/2016 (Id.
Num. 1134238) e que, inobstante a isso, o apelante/requerido continuou mantendo ativa a contratação do
seguro que era pago por meio de débito automático em conta; demonstrando, ainda, que seu nome se
encontra inscrito no órgão de proteção ao crédito por decorrência de tal cobrança (id: 11134260).

De outra banda, oportunizado ao banco apelante provar que a sua conduta foi legitima, apenas se limitou
a apresentar cópia do instrumento contratual por meio do qual fora efetivada a contratação do seguro, sem
apresentar qualquer outro documento que se contraponha aos documentos apresentados pelo autor, no
sentido de que a operação de seguro restaria cancelada automaticamente com a inativação da conta
bancária por meio do qual o pagamento do prêmio se dava, na modalidade débito automático.

Desse modo, no caso em apreço, a parte autora se desincumbiu de provar, ainda que minimamente, a
existência do fato constitutivo sobre o qual fundamenta sua pretensão, consoante preceito insculpido no
artigo 373, inciso I, do CPC, verificando-se, ainda, dos termos da decisão fustigada, que o juiz de primeiro
grau apenas decidiu conforme o que lhe foi apresentado, tendo, inclusive, chegado à conclusão declinada,
que sem dúvida está dentro da diretriz traçada no artigo 371 do CPC.

Vejamos os fundamentos da sentença recorrida:

“O fato de o Réu ter sido displicente com seu direito a iniciativa probatória é algo que corrobora a formação
da convicção do Juízo no sentido de que, de fato, a imposição do débito e a negativação do nome do
consumidor nesse caso foram ilegítimas. Ora, era possível ao Réu apresentar extratos ou outros
documentos demonstrando que, mesmo após o encerramento de sua conta naquela agência, o
consumidor optara por manter o contrato de seguro e demonstrando qual a forma de pagamento do
prêmio este teria optado por fazer, entretanto, tais pontos sequer foram debatidos pelo Réu.

Logo, diante a precisão documental produzida pelo Autor, que demonstra efetivamente a inativação de sua
conta bancária e, por consequência, o cancelamento automático do contrato de seguro a ela vinculada, hei
por bem acolher o pedido inicial, para reconhecer a ilicitude da inscrição do nome do autor no órgão de
proteção ao crédito.
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Por todo o exposto, tenho que a prática da parte Ré está contaminada de abusividade, proceder com o
qual não anui esse Juízo, devendo ser desconstituídas quaisquer pretensas obrigações, como determina o
art. 51, §2º, in fine do Código de Defesa do Consumidor, devendo as partes retornarem ao status quo
ante, SEM QUALQUER VINCULAÇÃO decorrente do (s) contrato (s) tratado (s) na peça de ingresso, não
se justificando quaisquer cobranças e atos de ultimação dela a ele (s) atinente (s).

Então, à guisa dessa conduta abusiva então evidenciada e aplicando-se o Código de Defesa do
Consumidor, entendo que há responsabilidade objetiva da parte ré quanto aos danos e prejuízos
decorrentes da prestação de seu serviço, nos termos do art. 14 desse diploma legal.

Não há que de se falar, nesse contexto, em hipótese de excludente de responsabilidade exclusiva de


terceiros e/ou do consumidor, devendo o Fornecedor, que nada comprovou nesse sentido pretendido,
suportar as mazelas do seu empreendimento, como ensina a doutrina prevalecente nesse âmbito, qual
seja, a da assunção do risco do seu negócio.

Com isso, irrefutável a conclusão de que, presentes os requisitos da responsabilidade objetiva, quais
sejam, a conduta abusiva, o dano e a relação de causalidade, resta instaurado o dever de reparação.”

E continuou o seu raciocínio de forma clara e precisa fazendo a observação de que, inclusive, consultando
a jurisprudência pátria pode constatar caso idêntico, julgado pelo Egrégio Tribunal de Justiça de São
Paulo, onde reconhecida a abusividade da prática ora discutida pelo Banco Demandado, através de
julgado assim ementado:

“APELAÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C.C. RESCISÃO DE


CONTRATO, DEVOLUÇÃO EM DOBRO E REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. Conta-corrente inativa
que, em dado momento, foi movimentada para débito de seguro, em favor de empresa do grupo
Santander, gerando, ao longo do tempo, saldo negativo expressivo e acréscimo de juros e multa. Omissão
do banco em informar o antigo correntista. Supressio. Comportamentos que desbordam da observância do
princípio da boa-fé objetiva. Cancelamento da inscrição do débito no rol de devedores impontuais.
Restituição ao correntista do valor correspondente indevidamente debitado, mas de modo simples, não em
dobro. Danos morais configurados. Negativação do nome do cliente, que sequer foi informado em tempo
adequado e que não autorizara o débito de seguro que não contrato. Indenização ora arbitrada no
razoável e adequado valor de R$ 10.000,00. Ação julgada parcialmente procedente. Sentença reformada.
- RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.”

(TJSP; Apelação Cível 1000824-65.2019.8.26.0651; Relator (a): Edgard Rosa; Órgão Julgador: 22ª
Câmara de Direito Privado; Foro de Valparaíso - 1ª Vara; Data do Julgamento: 15/06/2020; Data de
Registro: 15/06/2020)

Além disso, resta evidenciada nos autos a atitude negligente e ilícita do Banco ao não comunicar o
apelado acerca da ausência de movimentação e possível cobrança de tarifas, bem como a efetiva
cobrança de tarifas após seis meses de inatividade da conta e inscrição indevida em cadastro de
inadimplentes, em completa afronta ao princípio da boa-fé, da lealdade, da transparência e do dever de
informação previstos no art. 6º, do CDC. De modo que, caracterizada a falha na prestação dos serviços,
impõe-se a declaração de inexistência da dívida, e a consequente exclusão do nome do autor do cadastro
restritivos de crédito.

Sobre o contexto dos autos, cito jurisprudência pátria:

“RECURSO INOMINADO. BANCÁRIO. COBRANÇA DE ENCARGOS EM CONTA INATIVA.


DESNECESSIDADE DE PEDIDO FORMAL DE ENCERRAMENTO. VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO
SEM CAUSA. PRECEDENTES DO STJ. INSCRIÇÃO INDEVIDA DO NOME DO AUTOR EM CADASTRO
DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL
CARACTERIZADO. INDENIZAÇÃO FIXADA EM R$ 9.980,00 QUE COMPORTA REDUÇÃO PARA R$
5.000,00. PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.”
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(TJ-PR - RI: 00040299320198160103 PR 0004029-93.2019.8.16.0103 (Acórdão), Relator: Fernanda


Karam de Chueiri Sanches, Data de Julgamento: 21/08/2020, 3ª Turma Recursal, Data de Publicação:
24/08/2020)

“Ação declaratória de inexistência de débito. Sentença de improcedência. Apelo do autor. Cobrança de


encargos em conta inativa. Encargos indevidos. Nos termos da resolução 2025 do Bacen a conta inativa
há mais de seis meses só se sujeita à cobrança de encargos mediante expressa previsão contratual.
Precedentes. Sentença modificada. Recurso provido.”

(TJ-SP - AC: 10218598520198260003 SP 1021859-85.2019.8.26.0003, Relator: Virgilio de Oliveira Junior,


Data de Julgamento: 19/06/2020, 21ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 19/06/2020)

“RESPONSABILIDADE CIVIL – Banco de dados - Conta corrente inativa – Cobrança de seguro e


encargos – Inadmissibilidade – Banco-réu não comprovou que contratação do seguro foi realizada pela
correntista ou por terceiros por ela autorizados – Também não comprovou a regularidade da cobrança dos
encargos de manutenção de conta - Aplicação do art. 6º, VIII, do CDC – Cobrança de encargos de conta
inativa - Prática abusiva frente ao CDC - Vantagem manifestamente excessiva da entidade financeira –
Inteligência do art. 39, IV, do CDC – Ainda que estivessem pactuados os encargos, a sua cobrança só
seria aceitável se o serviço fosse fornecido e utilizado – Verificando a inatividade, por um imperativo de
boa fé e consoante o dever de informar (art. 6º, III, do CDC), o Banco-réu deveria cuidar para que nenhum
lançamento fosse efetuado, além de comunicar ao cliente quanto às providências a serem tomadas para o
encerramento - Responsabilidade objetiva do Banco pelo fato do produto e do serviço (cf. arts. 12 a 14 do
CDC), bem como pelo vício do produto e do serviço (cf. arts. 18 a 20, 21, 23 e 24 do CDC)- Ato ilícito e
falha na prestação do serviço bancário – Responsabilidade configurada – Dano moral - Ocorrência – Dano
"in re ipsa" – Pretensão à redução do "quantum" indenizatório: R$ 10.000,00 – Inadmissibilidade -
Honorários recursais – Cabimento – Honorários advocatícios majorados de 10% para 15% sobre o valor
da condenação, em observância ao disposto no art. 85, § 11, do CPC?2015 - Recurso desprovido, com
observação.”

(TJ-SP - AC: 10328870320188260224 SP 1032887-03.2018.8.26.0224, Relator: Álvaro Torres Júnior, Data


de Julgamento: 15/06/2020, 20ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 15/06/2020)

“APELAÇÃO. CONTRATO BANCÁRIO. CONTA INATIVA. ACORDO. AUSÊNCIA DE ENVIO DE


BOLETOS, SEM SOLUÇÃO AO CONSUMIDOR. IMPUTAÇÃO POSTERIOR DE TRÊS CONTRATOS
DESCONHECIDOS PELA AUTORA. SENTENÇA QUE DESCONSTITUI A DÍVIDA E DESACOLHE O
PEDIDO DE DANOS MORAIS. RÉU QUE NÃO FAZ PROVA EFETIVA DA ORGEM DA DÍVIDA. PERDA
DO TEMPO ÚTIL DA CONSUMIDORA. NECESSIDADE DE JUDICIALIZAÇÃO. DANO MORAL
RECONHECIDO. A sentença julgou procedente o pedido para declarar a inexistência do débito objeto da
lide apontado nas missivas enviadas à autora e improcedente o pedido de indenização por danos morais.
Apelam as partes. Réu para afastar a condenação imposta e autora para que seja julgado procedente o
pedido de indenização por danos morais. Falha do serviço que restou comprovada. Diversos protocolos
colacionados e não impugnados pelo réu. Ausência de prova efetiva de que a cobrança das dívidas
apontadas à consumidora é lícita. Origem de dívida advinda de conta inativa não impugnada.
Jurisprudência consolidada quanto à impossibilidade de cobrança de encargos em conta inativa. Culpa
exclusiva de terceiro. Inovação de tese recursal que não pode ser enfrentada por ofensa aos princípios do
contraditório da ampla defesa e de devido processo legal. Dano moral que se acolhe, diante da cobrança
perpetrada, por dívida que não se comprovou lícita. Necessidade de judicialização da matéria para
desconstituir a dívida. Perda do tempo útil. Ausência de prova da negativação que não afasta o direito de
ser indenizada pela falha do serviço. Dano moral que deve ser fixado em R$ 5.000,00. Recurso do réu
desprovido. Recurso da autora provido.”

(TJ-RJ - APL: 00256808820198190204, Relator: Des(a). NATACHA NASCIMENTO GOMES TOSTES


GONÇALVES DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 29/04/2021, VIGÉSIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL, Data
de Publicação: 30/04/2021)

“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. DÍVIDA PROVENIENTE DE CONTA SEM


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MOVIMENTAÇÃO.DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO. EXCLUSÃO DO NOME DO


CADASTRO RESTRITIVO DE CRÉDITO. DANO MORAL. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA.
REFORMA. COBRANÇA DE TARIFA EM CONTA INATIVA. Infringência aos princípios da boa-fé, da
lealdade, da transparência e do dever de informação. Art. 6º, do CDC. Necessidade de notificação do
consumidor após 90 dias sem movimentação da conta corrente, alertando-o quanto à incidência de tarifas.
Orientação 184/2007 da FEBRABAN. Precedentes STJ e TJRJ. Falha na prestação dos serviços
caracterizada. Declaração de inexistência da dívida. Exclusão do nome da Autora do cadastro restritivos
de crédito. Danos morais caracterizados. Súmula 294 TJRJ. Valor de R$ 15.000,00 adequado as
circunstâncias do caso concreto aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. PROVIMENTO DO
RECURSO.”

(TJ-RJ - APL: 00060858120188190061, Relator: Des(a). DENISE NICOLL SIMÕES, Data de Julgamento:
05/05/2020, QUINTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 2020-05-07)

Outrossim, restando configurada a falha na prestação do serviço, por consequência, impõem-se o


reconhecimento do dano moral sofrido pelo autor, pois no caso é in re ipsa, não precisa de prova, pois é
presumido. Nesses casos, basta que o autor prove a prática do ato ilícito, que o dano está configurado,
não sendo necessário comprovar a violação dos direitos da personalidade, que seria uma lesão à sua
imagem, honra subjetiva ou privacidade.

E, em relação à fixação do quantum indenizatório, entendo que não merece ajuste a ser feito, pois a
condenação fixada no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), mostra-se dentro dos parâmetros de
razoabilidade e proporcionalidade adotados por este Tribunal de Justiça.

A propósito, cito precedente desta Corte:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AUTORA QUE
RECEBEU INFORMAÇÃO DO BANCO SANTANDER DE QUE POSSUÍA DÍVIDA DE R$ 8.000,00 (OITO
MIL REAIS), ORIUNDA DE UMA CONTA INATIVA EM NOME DA AUTORA. INCLUSÃO INDEVIDA NOS
CADASTROS RESTRITIVOS. SENTENÇA QUE JULGOU PROCEDENTE A AÇÃO, PARA CONFIRMAR
A TUTELA QUE DETERMINOU O CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO NEGATIVA, ALÉM DE DANOS
MORAIS, FIXADOS EM R$ 20.000,00 (VINTE MIL REAIS). APELAÇÃO DUPLA. PROVIMENTO
PARCIAL. I- APELAÇÃO BANCO SANTANDER: 1) ALEGAÇÃO DE LEGITIMIDADE DA COBRANÇA E
INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO. REJEITADA. Relação de consumo existente. Informado e comprovado
pelo autor a inclusão de seu nome nos cadastros restritivos, cabia à demandada comprovar a regularidade
da cobrança, ônus do qual não se desincumbiu. Rejeitada; 2) INEXISTÊNCIA DO DANO MORAL: Em
casos de inscrição indevida em cadastros de inadimplentes, o dano se constitui in re ipsa, independente
de demonstração. Rejeitado;3) REDUÇÃO DO VALOR DOS DANOS: Provido. Redução para o valor de
R$ 10.000,00 (dez mil reais), que se mostra mais adequado e proporcional ao dano experimentado pelo
autor. II- APELAÇÃO LUIZ GONZAGA FERRO E SILVA: Recurso prejudicado em razão de questionar
apenas o valor da indenização, que já foi analisado na apelação 1. III- CONCLUSÃO: Recurso do Banco
SANTANDER parcialmente provido, para reduzir o valor dos danos morais para R$ 10.000,00 (dez mil
reais), mantendo a sentença recorrida nos demais aspectos. Recurso do autor LUIZ GONZAGA FERRO E
SILVA prejudicado.”

(2018.04828506-36, 198.489, Rel. GLEIDE PEREIRA DE MOURA, Órgão Julgador 1ª TURMA DE


DIREITO PRIVADO, Julgado em 2018-11-20, Publicado em 2018-11-29)

“CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. NEGÓCIOS


BANCÁRIOS. CHEQUE DEVOLVIDO POR AUSÊNCIA DE FUNDOS. COBRANÇA REALIZADA TRÊS
ANOS APÓS O ENCERRAMENTO DA CONTA. BANCO NÃO COMPROVOU QUE O CHEQUE FOI
EMITIDO PELO APELADO ANTES DO ENCERRAMENTO DA CONTA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO. INSCRIÇÃO NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO INDEVIDA. DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Aplicável o Código de Defesa do Consumidor ao presente caso, por se
tratar de relação de consumo entre cliente e Banco. (Súmula 297/STJ) 2. Restou incontroverso que a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

comunicação de cobrança por parte do Banco pelos supostos cheques emitidos sem provisão de fundos
ocorreu apenas três anos após o encerramento da conta por parte do Apelado. 3. Nesse caso, tratando-
se de cheque emitido após o encerramento da conta corrente, caberia ao Apelante devolver o cheque pelo
motivo ?conta encerrada?, sem inscrição nos órgãos de proteção ao crédito. 4. Se os cheques tivessem
sido emitidos pelo próprio Apelado antes do encerramento da conta, caberia ao Apelante comprovar tal
circunstância, considerando a sua responsabilidade objetiva (art. 14, CDC), porém, não juntou aos autos
as cópias dos cheques emitidos. 5. Assim, houve falha na prestação de serviço por parte do Banco, que
culminou no apontamento indevido do Apelado no cadastro de inadimplentes. 6. A inscrição indevida do
nome do Apelado junto aos órgãos restritivos de crédito configura lesão à personalidade, por se tratar de
dano moral ?in re ipsa", que prescinde de qualquer demonstração específica. 7. Em relação ao quantum
fixado a título de indenização por danos morais, merece ser acolhida a alegação do Apelante de que
houve excesso na sentença ao fixar o valor de R$30.000,00 (trinta mil reais). 8. Sopesando-se as
circunstâncias e peculiaridades do caso concreto, mostra-se justa a condenação por danos morais no
valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), que devem ser corrigidos monetariamente a partir do arbitramento
(Súmula 362, STJ) e com juros de mora a partir da citação. (405 do Código Civil) 9. APELAÇÃO
CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.”

(2018.04078569-29, 196.550, Rel. JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO, Órgão Julgador 2ª TURMA DE
DIREITO PRIVADO, Julgado em 2018-09-18, Publicado em 2018-10-05)

Diante dos fundamentos expostos, tenho que as alegações do apelante não têm o condão de infirmar a
conclusão adotada na r. sentença, de que restou comprovada a prática de ilicitude por parte do requerido,
a teor do que dispõe o artigo186 do CC, cabendo responsabilizá-lo pelos danos pleiteados.

Logo, o decisum deve ser mantido por seus próprios fundamentos, os quais ficam adotados como razão
de decidir, haja vista que, o relator pode ratificar os fundamentos da decisão recorrida, quando
suficientemente motivada, houver de mantê-la.

Diga-se que o STJ entende válido este procedimento, ao reconhecer que: “Nos termos da jurisprudência
desta Corte, é admitido ao Tribunal de origem, no julgamento da apelação, utilizar, como razões de decidir,
os fundamentos delineados na sentença (fundamentação per relationem), medida que não implica em
negativa de prestação jurisdicional, não gerando nulidade do acórdão, seja por inexistência de omissão
seja por não caracterizar deficiência na fundamentação.”. (AgInt no REsp 1650460/RS, Rel. Ministro
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 31/08/2020, DJe 08/09/2020)

Por estas razões, adotando a fundamentação do decisum objurgado e integrando-o neste contexto como
razão de decidir, voto pelo conhecimento e desprovimento parcial do recurso de apelação.

Por derradeiro, advirta-se que eventual recurso interposto contra este julgado estará sujeito às normas do
NCPC, inclusive no que tange ao cabimento de multa (arts. 1.021, § 4º e 1.026, § 2º).

Belém, 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0800365-62.2020.8.14.0096 Participação: APELANTE Nome: BANCO BRADESCO


SA Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA Participação:
APELADO Nome: MARIA LUZIA OLIVEIRA DAMASCENO Participação: ADVOGADO Nome:
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ANDRELINO FLAVIO DA COSTA BITENCOURT JUNIOR OAB: 11112/PA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE SÃO FRANCISCO DO PARÁ/PA

APELAÇÃO CÍVEL N° 0800365-62.2020.8.14.0096

APELANTE: BANCO BRADESCO S/A

APELADA: MARIA LUZIA OLIVEIRA DAMASCENO

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C


INDENIZAÇÃO E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA – DESCONTOS NO BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO – CARTÃO DE CRÉDITO DE MARGEM CONSIGNÁVEL (RCM) – INVERSÃO DO
ÔNUS DA PROVA – COMPROVAÇÃO DE DESCONTOS - COBRANÇA INDEVIDA – REPETIÇÃO DE
INDÉBITO - DANO MORAL CARACTERIZADO – VALOR FIXADO EM ATENDIMENTO AOS PRINCÍPIOS
DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – JUROS DE MORA –– RELAÇÃO
EXTRACONTRATUAL – INCIDÊNCIA A PARTIR DO EVENTO DANOSO – SÚMULA N. 54 DO STJ -
DECISÃO MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO MONOCRATICAMENTE. INTELIGÊNCIA DO ART.
932, IV, “A”, DO CPC/2015 C/C O ART. 133, XI, “D”, DO RITJE/PA.

1. Em se tratando de relação de consumo, invertido o ônus da prova pelo magistrado de origem, a teor
do art. 6º, VIII, do CDC, caberia ao réu/apelante se desincumbir de comprovar a devida contratação
do Cartão RCM e a legalidade dos descontos no benefício previdenciário da autora/apelada; todavia
não logrou tal êxito, tratando-se, assim, de cobrança indevida.
2. O consumidor cobrado em quantia indevida também tem direito à restituição dobrada do que pagou,
acrescido de correção monetária e juros legais, conforme disposto no art. 42, parágrafo único, do
CDC, independentemente da comprovação de má-fé-, conforme precedente do Superior Tribunal de
Justiça.
3. O desconto indevido realizado em contracheque de aposentado, por empréstimo consignado não
contratado, atinge verba de natureza alimentar, comprometendo, portanto, o sustento do consumidor,
o que, por si só, ultrapassa o mero aborrecimento decorrente dos embates da vida cotidiana,
configurando os danos morais reclamados.
4. Não existindo um critério objetivo e matemático para o arbitramento de dano moral, cabe ao
magistrado a tarefa de decidir qual a justa e razoável recompensa pelo dano sofrido, estando o valor
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em acordo com os princípios da proporcionalidade e razoabilidade e
com a jurisprudência.
5. Os juros de mora, em relação ao dano moral decorrente de relação extracontratual, incidem a partir
da data do evento danoso, nos termos da Súmula n. 54 do STJ[IMDBRDS1] .
6. Recurso conhecido e desprovido monocraticamente, nos termos do art. 932, IV, “a” do CPC/2015 c/c
o art. 133, XI, “d”, do RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):


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Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por BANCO BRADESCO S/A, em face da r. sentença
proferida pelo Juízo de Direito da Comarca de São Francisco do Pará que, nos autos da AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO E PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA, ajuizada por MARIA LUZIA OLIVEIRA DAMASCENO, julgou procedente a demanda.

Na origem, a apelada propôs a ação alegando que o Banco demandado ora apelante, vem descontando
indevidamente, junto ao INSS, fonte pagadora de seus proventos de previdência (Benefício de pensão por
morte previdenciário NB 158.329.480-2), parcela consignada de financiamento que não contratou.

Aduziu que não reconhece a relação contratual que sustenta a cobrança, que por sinal jamais recebeu
qualquer valor relacionado a essa transação bancária.

Dados do contrato de Cartão RMC Nº 20189000697000064000; Valor do Empréstimo: R$1.144,80; Início


de Descontos: 12/04/2018; Valor da parcela: R$ 52,25; Descontadas 30 parcelas de R$52,25, no tal de
R$1.567,50.

Finalizou requerendo a concessão de tutela de urgência para cessar os descontos supostamente


indevidos, indenização pelos danos suportados e repetição de indébito em dobro; além de indenização
pelos danos morais sofridos no valor de R$10.000,00.

Após regular trâmite processual, sobreveio a r. sentença, de procedência dos pedidos formulados na
exordial, com resolução de mérito

No decisum combatido, consignou o Magistrado, que entende ser justa razoável e proporcional a
indenização do autor na importância de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pelos danos morais sofridos,
abrangendo também o caráter punitivo a servir de instrumento pedagógico para o fornecedor de serviço
reavaliar sua postura.

Declarando a inexistência da relação obrigacional do contrato em questão, condenou também Banco/réu a


pagar indenização de dano material correspondente à devolução em dobro dos valores consignados junto
aos proventos do autor, decorrentes da relação em questão, com lastro no art. 14 e 42, parágrafo único do
CDC, com os acréscimos legais a partir do evento.

Pontuou ainda, que em relação ao valor da indenização do dano material, depois de dobrado, incidirá a
atualização monetária pelo índice do INPC mais juros de mora de 1% ao mês, ambos com marco inicial da
data do evento (consignação), por ser tratar de obrigação extracontratual, conforme entendimento fixado
na Súmula 54 do STJ e nos termos dos artigos 405 e 406 do Código Civil c/c art. 161, § 1º do CTN.

Em seguida, deferiu a tutela antecipada requerida, aduzindo que a urgência do provimento decorre da
própria natureza alimentar do objeto da ação.

Determinou ainda, a suspensão das consignações do empréstimo em questão, se ainda estiverem


ocorrendo, até o trânsito em julgado da ação, e, assinalou o prazo de 15 dias para cumprimento pelo réu.

E por fim, condenou Banco/réu a pagar às custas do processo e honorários advocatícios que fixou em
15% sobre o proveito econômico do autor, cujo acréscimo se justifica pelo deslocamento do advogado
para comarca diversa de seu domicílio laboral (CPC, art. 85, § 2º, II).

Inconformada, a Instituição Financeira APELOU (Id. Num. 5271630).

Asseverou que no caso dos autos, a apelado contratou com a apelante, e beneficiou-se desses valores,
sendo a relação jurídica de todo regular e sem vícios. Desse modo, inexiste ilícito cometido pelo banco e
menos a existência de dano moral a ser indenizado.
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Ponderou que, mesmo que houvesse cobrança indevida, inexiste no caso dos autos má fé que justifique a
devolução em dobro.

Pugnou, ainda, pela minoração do quantum da indenização por dano moral; pela incidência de juros de
mora apenas a partir do arbitramento da condenação; e pela minoração dos honorários advocatícios
sucumbenciais.

Certidão (Id. Num. 5271638), informa que a parte apelada não apresentou contrarrazões ao recurso.

Encaminhados os autos a esta Corte, coube-me a relatoria por distribuição.

Éo relatório.

Decido.

Conheço do recurso de apelação, eis que atendidos os requisitos de admissibilidade exigidos pela lei
processual civil.

Conforme relatado, na origem, por meio desta demanda, a autora MARIA LUZIA OLIVEIRA
DAMASCENO, ora apelada, pretende ver declarada a inexistência dos débitos, com a anulação das
cobranças referentes ao contrato de cartão de crédito de margem consignável, além de repetição do
indébito, em dobro, e indenização por dano moral, uma vez que nunca realizou empréstimos com o
Banco/réu, contudo, foi surpreendida com descontos em seu benefício do INSS.

Como tenho sistematicamente dito, a prática da “contratação” de empréstimo consignado e cartão de


crédito de margem consignado não autorizado pelo consumidor cada vez mais tem assoberbado o Poder
Judiciário e continua sendo reprovável, a despeito do infeliz aumento de casos como os tais, sobre os
quais não se pode fechar os olhos.

A sentença questionada neste apelo declarou inexigível o débito litigado, e condenou o requerido a restituir
a parte autora todos os valores indevidamente descontados, em dobro, e a pagar o valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), a título de danos morais.

A parte autora alegou não reconhecer os descontos realizados em seu benefício previdenciário, sendo
estes provenientes de cartão de crédito de RCM 20189000697000064000; não contratado.

Sabe-se que a jurisprudência é uníssona acerca da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor


aos contratos celebrados perante as instituições financeiras, consoante dispõe a Súmula nº 297, do
Superior Tribunal de Justiça, vejamos:

‘’Súmula 297 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.’’

E, sendo a relação bancária uma relação de consumo, é possível a inversão do ônus da prova, o que foi
determinado pelo juízo a quo, com fulcro no art. 6°, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor (Id.
4525972).

Assinalo que a prova é produzida pela parte e direcionada para formar o convencimento do juiz, que tem
liberdade para decidir a causa, desde que fundamente sua decisão, em observância ao princípio do livre
convencimento motivado, disposto no artigo 371 do CPC/2015, não tendo a ré/apelante conseguido
desempenhar seu encargo probatório, ônus que lhe incumbia, nos termos do inciso II, do artigo 373 do
CPC/2015.

Sob tal prisma, apura-se dos autos que diante da situação posta, e das razões articuladas pelo Banco
réu/apelante, tenho que razão não lhe socorre, haja vista que em que pese os argumentos expendidos
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pelo apelante quanto a regular contratação e a correspondência entre os dados apresentados na inicial e a
documentação colacionada aos autos pelo banco, não há comprovação nos autos de que a
autora/apelada efetivamente recebeu o valor financiado; o efetivo recebimento do cartão de crédito emitido
pela instituição financeira; e a comprovação de que a requerente utilizou o aludido cartão de crédito para
compras ou saques em caixas eletrônicos, restando caracterizada a falha na prestação do serviço, sendo,
portanto, a cobrança indevida.

Assim, fica evidente a responsabilidade do Banco/apelante pela má prestação de serviços, mormente por
se tratar de relação jurídica de consumo em virtude de contrato com instituição financeira e esta, na
qualidade de prestadora de serviços de natureza bancária e financeira, responde objetivamente pelos
danos que causar ao consumidor em virtude da má prestação do serviço, com fulcro na teoria do risco da
atividade, nos termos do que dispõe o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor.

Nesse sentido, cumpre consignar que além da não comprovação pelo banco apelante quanto ao efetivo
recebimento por parte da autora do valor financiado e quanto à efetiva utilização e recebimento do cartão
de crédito contrato de cartão de crédito consignado, a referida modalidade possui peculiaridades próprias
e se operacionaliza de forma distinta do empréstimo consignado na modalidade simples, primordialmente
diante da extrema vantagem auferida pela instituição financeira no contrato, em evidente detrimento do
consumidor que, em tais contratos, é relegada a uma posição de desvantagem exagerada perante o
banco, pois em que que pese os descontos mensais das parcelas em seu benefício previdenciário, não há
amortização do valor principal do débito.

Inclusive consta dos autos, em informações trazidas pelo Banco apelante em suas razões recursais, que
na referida modalidade além dos descontos em contracheque deveria também efetuar os pagamentos
enviados por meio de fatura para que assim complementasse os valores pagos.

Constata-se, portanto, a prática abusiva por parte do banco apelante, neste sentido jurisprudência desta
Corte:

“DANOS MORAIS E MATERIAIS C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. RELAÇÃO DE CONSUMO.


INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. CARTÃO DE
CRÉDITO NÃO SOLICITADO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO PERTINENTE. DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. QUANTUM. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. OBSERVÂNCIA.
MINORAÇÃO. DESCABIMENTO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1) Instituição financeira
que realiza contratação de empréstimo, vinculado a cartão de crédito, com descontos na conta do
autor, configura prática indevida. O autor objetivava apenas a celebração de contrato de
empréstimo consignado em folha de pagamento. 2) Conduta do apelante que viola o princípio da
boa-fé objetiva, bem como o dever de informação e transparência. Competia ao banco recorrente
informar adequadamente ao autor acerca da natureza do serviço que ele estava contratando,
mormente ante a extrema vantagem auferida pela instituição financeira no contrato, em evidente
detrimento do consumidor. 3) Responsabilidade objetiva do fornecedor. Art. 14, caput, do CDC. Falha
na prestação do serviço. Anulação do contrato de cartão de crédito.4) Dano moral configurado, com valor
da indenização devidamente arbitrado pelo juízo sentenciante, em consonância com os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, promovendo de modo justo a compensação do ofendido e a punição
do ofensor.5) In casu, uma vez observadas as referidas balizas pelo juízo sentenciante, não se impõe a
alteração do quantum indenizatório pleiteado. 6) Recurso CONHECIDO e IMPROVIDO.” (4805514,
4805514, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-03-29).

Desse modo, diante da não comprovação por parte do banco apelante que a autora/apelada efetivamente
recebeu o valor financiado, bem como diante da inexistência de prova nos autos de que o cartão tenha
sido entregue efetivamente à parte demandante, porquanto sequer foi utilizado, impõe-se ao apelante
suportar as consequências de um julgamento desfavorável.

Nesse contexto, quando ocorre o pagamento indevido, dá-se o enriquecimento sem causa, pois quem
recebe pagamento a que não tinha direito está, evidentemente, a locupletar-se de forma injusta, porque
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

está a cobrar dívida de quem não lhe deve e aquele que recebeu quantia imerecida enriqueceu às custas
de outrem.

O Código Civil, desse modo, preleciona que “todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica
obrigado a restituir" (artigo 876). Ou seja, na eventualidade de ser efetuado um pagamento indevido, quem
tiver recebido fica obrigado a devolver a quantia, devidamente corrigida, sob pena de configurar
enriquecimento sem causa (artigos 884 e 885, do CC).

Porém, por se tratar de relação de consumo, deve ser observado o Código do Consumidor, em seu art. 42.
Parágrafo único, que prevê a possibilidade da incidência da sanção civil, nele definida como repetição de
indébito, em dobro, em havendo cobrança indevida por parte do fornecedor ao consumidor que compõe a
relação de consumo, não sendo necessária a análise quanto à má-fé por parte da empresa prestadora do
serviço.

Nessa linha de entendimento, cito recente julgado do STJ, senão vejamos:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE E ERRO MATERIAL. CARÁTER INTEGRATIVO. EFEITOS
INFRINGENTES. NÃO CABIMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO DE FINANCIAMENTO. DÉBITO.
QUITAÇÃO. RECONHECIMENTO JUDICIAL. COBRANÇA. ABUSIVIDADE. INDÉBITO. DEVOLUÇÃO EM
DOBRO. POSSIBILIDADE. 1. Admite-se que os embargos, ordinariamente integrativos, tenham efeitos
infringentes, desde que constatada a presença de um dos vícios do art. 1.022 do Código de Processo Civil
de 2015, cuja correção importe alterar a conclusão do julgado. 2. A jurisprudência firmada pela Corte
Especial do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a restituição em dobro do indébito
independe da natureza do elemento volitivo do fornecedor que cobrou valor indevido, sendo
cabível quando a cobrança indevida revelar conduta contrária à boa-fé objetiva. 3. Embargos de
declaração acolhidos, sem efeitos modificativos.” (EDcl no AgInt no AREsp 1565599/MA, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/02/2021, DJe 12/02/2021)
(Destaquei).

Dessa forma, correta a sentença que determinou a restituição em dobro do valor referente às cobranças
indevidamente realizadas em prejuízo da aposentadoria da apelada, corrigindo desde a data do evento
danoso, ante a falha na prestação do serviço por instituição financeira que tinha o dever de zelar e tomar
as providências necessárias à segurança tanto de seus sistemas quanto de seus procedimentos
bancários.

O dano moral é “a lesão de bem integrante da personalidade, tal como a honra, a liberdade, a saúde, a
integridade psicológica, causando dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação à vítima” (in Programa
de Responsabilidade Civil, 2ª Edição, Malheiros Editores, p. 78).

E, no caso em tela, entendo que restou configurado, porquanto nessas hipóteses seria considerado “in re
ipsa”, portanto, presumido, diante do próprio fato ofensivo, qual seja, a postura abusiva e desrespeitosa do
banco apelado em sua forma de contratação leonina imposta à autora, gerando descontos em conta e
perpetrando uma dívida desenfreada no nome da consumidora, lançada em cartão de crédito não
pretendido por esta, e reduzindo o seu patrimônio e a sua renda mensal, diga-se de passagem, já
escassa, configurando um verdadeiro atendado à dignidade do consumidor.

Registro que a indenização por dano moral deve observar o caráter punitivo-pedagógico do Direito. Isso
porque visa fortalecer pontos como a prudência, o respeito e o zelo, por parte do ofensor, uma vez que se
baseia nos princípios da dignidade humana e na garantia dos direitos fundamentais. Além disso, objetiva
combater impunidade, uma vez que expõe ao corpo social, todo o fato ocorrido e as medidas tomadas em
resposta às práticas abusivas.

Sobre o cabimento dos danos morais em casos similares, colaciono o seguinte julgado:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - PRELIMINAR DE FALTA DE INTERESSE DE AGIR - REJEITADA -


PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO CONFIGURAÇÃO - MÉRITO - CONTRATOS DE
EMPRÉSTIMO E CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADOS - AUSÊNCIA DE ESPECIFICAÇÃO QUANTO
AO CARTÃO DE CRÉDITO - VENDA CASADA CONFIGURADA -BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO -
RESERVA INDEVIDA DE MARGEM CONSIGNÁVEL - PERDA DO TEMPO ÚTIL - DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. - O interesse de agir pode ser compreendido sob dois enfoques: a
necessidade/utilidade do provimento jurisdicional pleiteado e a adequabilidade do procedimento escolhido
para atingir tal fim - Quando a prova oral requerida não se revela imprescindível ao desate da demanda, o
julgamento antecipado da lide sem a sua produção não importa em cerceamento de defesa - Configura
venda casada a contratação de empréstimo e cartão de crédito consignados na mesma proposta de
adesão, sem qualquer especificação sobre as condições do cartão de crédito consignado - A perda do
tempo útil do consumidor, nos âmbitos administrativo e judicial, bem como a reserva indevida de
margem consignável no benefício previdenciário da autora, acarretam sentimentos de impotência,
frustração, angústia, ansiedade e indignação que extrapolam o mero dissabor cotidiano.”(TJ-MG -
AC: 10000180752669001 MG, Relator: Aparecida Grossi, Data de Julgamento: 26/03/2019, Data de
Publicação: 02/04/2019).

Também cabe assinalar que a indenização deve observar aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade, para ser arbitrada com moderação, a fim de evitar o enriquecimento sem causa. O valor da
indenização pelos danos morais deve ser capaz de reparar a dor sofrida pelo ofendido, de compensá-lo
pelo sofrimento suportado em razão da conduta inadequada do agressor.

E, considerando-se as peculiaridades do caso concreto, as condições econômicas das partes, a


repercussão dos fatos, a natureza do direito subjetivo violado, bem como o caráter punitivo-pedagógico da
condenação, vislumbro que o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) arbitrado como indenização por dano
moral, atende aos requisitos da proporcionalidade e razoabilidade, consoante a jurisprudência das duas
Turmas de Direito Privado desta Corte de Justiça:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. VÍCIO DE CONSENTIMENTO
CONFIGURADO. DEVER DE INFORMAÇÃO. RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DEVIDA. QUANTUM REDUZIDO. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, À UNANIMIDADE. 1. Existe falha na prestação do serviço
quando não observado o dever de informação e de boa-fé objetiva levando o consumidor a erro. Hipótese
dos autos em que demonstrado o vício no consentimento do autor que firmou contrato de adesão à cartão
de crédito com reserva de margem consignável quando tinha a intenção de efetuar
empréstimo consignado com encargos muito inferiores e, ainda, que se trata de erro substancial e
escusável tendo em mente as características pessoais do autor e a inobservância pelo banco do dever de
informação e de observância ao princípio da boa-fé objetiva. Manutenção da sentença que adequou o
contrato às condições de um empréstimo consignado, segundo as taxas médias da época.2. A
cobrança indevida decorrente de falha na prestação do serviço acarreta dano moral indenizável.
Indenização por danos morais reduzida para o patamar de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em consonância
com o princípio da razoabilidade, de modo que a reparação não cause enriquecimento indevido de quem
recebe, nem impunidade e reincidência de quem paga. 3. Recurso conhecido e parcialmente provido, à
unanimidade.” (Processo 0009383-88.2018.8.14.0039, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão
Julgador 2ª Turma de Direito Privado, Julgado em 2020-05-13, Publicado em 2020-05-20)

Nesse sentido, entendo adequada a sentença a quo ao decidir pela declaração de inexistência da relação
jurídica, devolução em dobro dos valores pagos, e condenação em dano moral, por estar em consonância
com a doutrina e a jurisprudência dominante desta Corte.

Em relação ao pedido de minoração da verba honorária sucumbencial, sem razão a parte apelante.

Com efeito, a fixação da verba honorária deve ser condizente com a atuação do advogado e a natureza da
causa, remunerando de forma adequada o labor profissional, sem impor carga onerosa ao vencido, mas
também sem apequenar o trabalho desenvolvido pelo causídico.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Entendo que, considerando o grau de complexidade da causa e o tempo de tramitação da demanda,


andou bem a sentença quando fixou em 15% sobre o proveito econômico do autor, cujo acréscimo se
justifica pelo deslocamento do advogado para comarca diversa de seu domicílio laboral (CPC, art. 85,
estando dentro dos parâmetros adotados por esta Corte em casos semelhantes.

Por fim, registro que é assente neste Tribunal o entendimento de que os juros moratórios incidem desde a
data do evento danoso em casos de responsabilidade extracontratual, hipótese observada no caso em
tela, nos termos da Súmula 54STJ: "Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de
responsabilidade extracontratual".

Desse modo, não há como prosperar o pedido do apelante para que os juros de mora incidam apenas a
partir do arbitramento da condenação.

Ante o exposto, estando o presente recurso contrário à jurisprudência desta Corte, NEGO-LHE
PROVIMENTO, nos termos do art. 932, IV, ‘’a”, do CPC/2015 e art. 133, XI, “d”, do RITJE/PA.

Belém (PA), 13 de agosto de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0808456-07.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: JOAO


LAURENTINO VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ELLINA DE SOUSA MEDEIROS OAB: 25027/PA
Participação: AGRAVADO Nome: ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0808456-07.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: JOÃO LAURENTINO VIEIRA

AGRAVADO: ESTADO DO PARÁ

COMARCA DE ORIGEM: PARAUAPEBAS/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: PLANTÃO JUDICIÁRIO

Vistos, etc.

Tratam os presentes autos de Recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por JOÃO


LAURENTINO VIEIRA em face do ESTADO DO PARÁ, contra decisão interlocutória proferida pelo MM.
Juízo da Vara da Fazenda de Parauapebas/PA que, nos autos de AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL,
determinou a suspensão do feito.

Na decisão agravada, o juízo primevo determinou a suspensão da originária ação de execução fiscal pelo
período de 01 (um) ano, com fundamento no art. 40 da Lei de Execução Fiscal (Lei n. 6.830/1980).

Dessa decisão, interpôs a parte executada JOÃO LAURENTINO VIEIRA, Recurso de Agravo de
Instrumento (ID. 5966208).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Alega, em síntese, que os créditos tributários objetos de execução, já estariam fulminados pelo instituto da
prescrição, a teor do art. 156, inciso V c/c art. 174 “caput” do CTN; bem como ser incabível a realização de
novas penhoras na lide, visto que no curso da execução já teria ocorrido a penhora no valor integral,
atualizado, conforme informado pela própria fazenda pública.

Pleiteia, assim, que seja concedido efeito suspensivo ao recurso e, que, em decisão definitiva seja a
prescrição dos créditos, extinguindo-se o feito originário com a consequente restituição integral dos valores
penhorados.

Juntou documentos a fim de subsidiar seu pleito.

Os presentes autos foram apresentados no expediente do Plantão Judiciário.

É o sucinto relatório.

Decido.

Analisando detidamente os presentes autos, observa-se que o ora agravante, se insurge contra decisão do
MM. Juízo da Vara da Fazenda de Parauapebas/PA que determinou a suspensão da originária ação de
execução fiscal pelo período de 01 (um) ano, com fulcro no art. 40 da Lei de Execução Fiscal.

Nesse sentido, vejamos o disposto no art. 1º da Resolução n. 016/2016 deste Egrégio Tribunal de Justiça,
que regulamenta o serviço de plantão judiciário no âmbito do Poder Judiciário estadual:

Art. 1º O Plantão Judiciário, em 1º e 2º graus de jurisdição, destina-se exclusivamente ao exame das


seguintes matérias:

I- pedidos de habeas-corpus e mandados de segurança em que a autoridade coatora esteja submetida à


competência jurisdicional do magistrado plantonista;

II- comunicações de prisão em flagrante e apreciação de pedidos pertinentes à liberdade do investigado ou


do adolescente em conflito com a lei;

III- representação da autoridade policial ou requerimento, objetivando a decretação de prisão preventiva ou


prisão temporária, em caso de justificada urgência;

IV- pedidos de busca e apreensão de pessoas, bens ou valores, em caso de justificada urgência;

V- medidas urgentes de natureza cível ou criminal que não possam ser realizadas no horário normal de
expediente ou em situação cuja demora possa resultar risco de grave prejuízo ou de difícil reparação;

VI- medidas urgentes, de naturezas cíveis e criminais, da competência dos Juizados Especiais, limitadas
as hipóteses acima elencadas.

Com efeito, entendo que o presente caso não se consubstancia em medida urgente que não possa ser
realizada no horário normal de expediente, nos termos do supracitado art. 1º, inciso V, da Resolução
016/2016-GP deste Egrégio Tribunal de Justiça.

Precipuamente, porque, a parte agravante, em nenhum momento, fundamentou a impossibilidade de


requerer as medidas que considera urgentes em horário normal de expediente, bem como por não
vislumbrar que a presente situação possa resultar em risco de grave prejuízo ou de difícil reparação.

De igual forma, observo dos autos, que a decisão agravada foi proferida em 21/07/2021 (ID. 29068960),
sendo o agravante intimado acerca desta em 23/07/2021, desta forma, em sendo interposto o presente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

recurso somente em 13/08/2017, entendo que resta esvaziada a eventual urgência da apreciação da
matéria em sede de plantão judiciário.

Ante o exposto, não se tratando de hipótese de processo a ser examinado em sede de Plantão
Judiciário, remetam-se os autos ao Desembargador(a) Relator(a) sorteado para processar e julgar o feito
em sede de expediente normal, nos termos do art. 1º, §6º da Resolução n. 016/2016.

Publique-se, Intimem-se e Cumpra-se.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora Plantonista

Número do processo: 0801880-95.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: CAIO MARQUES


PEREIRA ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: RANDERSON CARLOS FERREIRA DE MORAES
OAB: 19269/PA Participação: AGRAVADO Nome: J. I. R. A. Participação: ADVOGADO Nome: JORGIANO
DIAS MOREIRA OAB: 20889/PA Participação: AGRAVADO Nome: LILIA GABRIELE DA SILVA RIBEIRO
Participação: ADVOGADO Nome: JORGIANO DIAS MOREIRA OAB: 20889/PA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE PARAUAPEBAS/PA

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 0801880-95.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: C. M. P. A.

AGRAVADO: J. I. R. A. representado neste ato por sua genitora L. G. D. S. R.

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS PROVISIONAIS COM PEDIDO DE


GUARDA COMPARTILHADA C/C PEDIDO DE LIMINAR. SENTENÇA QUE JULGOU PROCEDENTE O
PEDIDO EXORDIAL NA ORIGEM. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. PERDA SUPERVENIENTE
DO OBJETO. RECURSO PREJUDICADO. NÃO CONHECIMENTO.

I – Uma vez prolatada a sentença, o recurso manejado perde o seu objeto diante da carência
superveniente de interesse recursal (Precedentes do Colendo STJ e desta E. Corte de Justiça – TJPA).

II – Com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, monocraticamente deixo de conhecer do recurso por se
encontrar prejudicado, ante a perda superveniente do interesse de agir, tendo em vista a prolação de
sentença no processo principal, no juízo de origem.

III – RECURSO NÃO CONHECIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo, interposto por C. M. P. A.,
contra decisão interlocutória proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Parauapebas, nos autos da ação de alimentos provisionais com pedido de guarda compartilhada c/c
pedido liminar (processo nº 0800183-16.2021.8.14.0040) movida por J. I. R. A., representado neste ato por
sua genitora L. G. da S. R., que arbitrou alimentos provisórios no valor de 15% (quinze por cento) da
remuneração bruta do requerido (excluídos os descontos legais como Imposto de Renda e INSS).

Em suas razões (Id. 4663794), o agravante relatou que vinha cumprindo sua obrigação e depositando a
título de alimentos a quantia de R$ 200,00 (duzentos reais) para o seu filho, ora agravado.

Relatou que possui mais 3 (três) filhos, frutos de outra união, para os quais paga pensão alimentícia no
valor total de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais).

Narrou, ainda, que ajuda no pagamento da medicação de sua ex-companheira, mãe dos três primeiros
filhos, pois, atualmente, esta não possui renda, por não poder trabalhar em virtude de ter problemas na
coluna, conforme laudo médico juntado no Id. 4674199.

Informou que, atualmente, possui uma união estável (comprovada no Id. 4674192) e que vive com a atual
companheira em uma moradia alugada, tendo que arcar com aluguel e várias outras despesas, consoante
documentos acostados (Id. 4674172, Id. 4674178, Id. 4674180, Id. 4674181).

Aduziu que, retirando os descontos legais, receberá o salário em uma média de R$ 2.545,83 (dois mil,
quinhentos e quarenta e cinco reais e oitenta e três centavos), que seus gastos fixos (alimentos do
agravado, alimentos dos outros três filhos, internet, aluguel e empréstimo) totalizam o valor de R$ 1.831,64
(mil oitocentos e trinta e um reais e sessenta e quatro centavos), e a decisão agravada lhe impôs o
pagamento, em média, da quantia de R$ 381,87 (trezentos e oitenta e um reais e oitenta e sete centavos),
o que comprometeria os alimentos dos demais filhos, que já estariam passando por dificuldades
financeiras, tendo em vista o problema de saúde da genitora.

Asseverou que os alimentos devem ser fixados a partir da análise do binômio necessidade/possibilidade.

Argumentou que inexiste prova suficiente do aumento de despesas do menor.

Requereu a concessão de efeito suspensivo ao recurso, eis que estariam preenchidos os requisitos do art.
1.019, I, do CPC, pois teria comprovado, respectivamente, a situação de desequilíbrio da
possibilidade/necessidade quanto ao pagamento da verba alimentar, bem como que os alimentos foram
aumentados em mais de 90% (noventa por cento) do antigo valor, o que prejudicará o cumprimento da
medida pelo agravante, além de impactar no valor alimentício pago aos outros filhos.

Pugnou pelo deferimento da justiça gratuita, alegando não ter condições de arcar com as custas
processuais.

Ao final, requereu o pedido de efeito suspensivo, e, no mérito, o conhecimento e provimento do recurso.

Acostou documentos.

Regularmente distribuído, coube-me a relatoria do feito.

Em decisão interlocutória de Id. 4751376, deferi o efeito suspensivo pleiteado, a fim de reduzir o
percentual a ser pago a título de alimentos provisório para o patamar de 10% (dez por cento) do salário do
agravante, excluídos os descontos legais.

Sem contrarrazões, conforme certidão de Id. 4992978.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O Ministério Público apresentou parecer no Id. 5505098, opinando pela parcial reforma da decisão
interlocutória do Juízo de piso, para que sejam fixados os alimentos nos termos propostos por este Juízo
de 2º grau.

Relatado o essencial, passo a examinar e, ao final, decido.

Ab initio, antecipo que o recurso não merece conhecimento, em virtude da perda de objeto superveniente.

Em consulta aos autos principais (processo nº 0800183-16.2021.8.14.0040), verifiquei que fora proferida
sentença de mérito nos autos, tendo sido julgada procedente a demanda, confirmando a decisão liminar
ficando a pensão alimentícia mensal no valor correspondente a 10% da remuneração do agravante,
excetuados apenas os descontos legais, conforme Id. 25470700 do processo na origem.

Assim, com a prolação de sentença de mérito no processo principal, patente a perda de objeto do presente
recurso, porquanto absorvidos os seus efeitos pela cognição exauriente.

Nesse contexto, o art. 932, III, do Diploma Processual Civil aplicável a espécie assim dispõe:

“Art. 932. Incumbe ao relator:

[...]

III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os
fundamentos da decisão recorrida;

[...]”

E, sobre o tema em voga, Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery esclarecem:

"Recurso prejudicado é aquele que perdeu o seu objeto. Ocorrendo a perda do objeto, há falta
superveniente de interesse recursal, impondo-se o não conhecimento do recurso. Assim, ao relator cabe
julgar inadmissível o recurso por falta de interesse, ou seja, julgá-lo prejudicado" (Comentários ao Código
de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p. 1851).

A jurisprudência do STJ assim tem se manifestado sobre a matéria:

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. PEDIDO DE


TUTELA ANTECIPADA. DEFERIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SUPERVENIÊNCIA DE
SENTENÇA DE MÉRITO. PERDA DE OBJETO DO RECURSO ESPECIAL. 1. A jurisprudência deste
Superior Tribunal de Justiça possui o entendimento segundo o qual "fica prejudicado, por perda de objeto,
o exame de recurso especial interposto contra acórdão proferido em sede de agravo de instrumento que
decide questão preliminar ou de antecipação de tutela, na hipótese de já ter sido prolatada sentença"
(AgRg no AREsp n. 51.857/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, TERCEIRA TURMA, DJe
26/5/2015). Precedentes.

2. Agravo interno desprovido.”

(AgInt no REsp 1690253/AM, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA,
julgado em 26/06/2018, DJe 02/08/2018)

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. INTERPOSIÇÃO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL


NO FEITO PRINCIPAL. SUPERVENIÊNCIA DE DECISÃO NESTA CORTE TRANSITADA EM JULGADO.
PERDA DO OBJETO DO PRESENTE RECURSO. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.
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1. "A superveniência da sentença proferida no feito principal enseja a perda de objeto de recursos
anteriores que versem sobre questões resolvidas por decisão interlocutória combatida via agravo de
instrumento. Precedentes" (AgRg no REsp 1485765/SP, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira
Turma, DJe 29/10/2015).

2. Agravo interno não provido.”

(AgInt no REsp 1826871/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
31/08/2020, DJe 09/09/2020)

No mesmo sentido, cito julgado desta Corte:

“PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 1.021, § 2° DO CPC.


SUBMISSÃO AO ÓRGÃO COLEGIADO. SENTENÇA DE MÉRITO NA AÇÃO PRINCIPAL. PERDA
SUPERVENIENTE DO OBJETO. RECURSO PREJUDICADO. “

(4903637, 4903637, Rel. JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR, Órgão Julgador 1ª
Turma de Direito Privado, Julgado em 2021-04-05, Publicado em 2021-04-15)

Em face do ocorrido, afigura-se patente a possibilidade de se decretar de ofício a perda de objeto do


presente recurso, uma vez que prejudicado o seu exame.

Ante o exposto, deixo de conhecer do Agravo de Instrumento, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, por
se encontrar prejudicado, ante a perda superveniente do objeto.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0808484-72.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ALAN PINHO


BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: LIRIAM ROSE SACRAMENTA NUNES OAB: 13031/PA
Participação: AGRAVADO Nome: ANA CAROLINE PEREIRA DOS SANTOS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ATO ORDINATÓRIO

Processo nº: 0808484-72.2021.8.14.0000


AGRAVANTE: ALAN PINHO BARBOSA
AGRAVADO: ANA CAROLINE PEREIRA DOS SANTOS

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará intima a parte interessada para providenciar o recolhimento em dobro de custas referentes
ao processamento do recurso de Agravo de Instrumento, em atendimento à determinação contida na Lei
Ordinária Estadual nº 8.583/17.
14 de agosto de 2021
169
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0804653-28.2019.8.14.0051 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome: AILSON


LEMOS FERNANDES Participação: ADVOGADO Nome: FABIO CUSTODIO DE MORAES OAB:
18791/PA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO CUSTODIO DA SILVA OAB: 22305/PA
Participação: RECORRIDO Nome: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

PROCESSO Nº 08046532820198140051

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

CLASSE: REMESSA NECESSÁRIA

SENTENCIANTE: JUÍZO DA VARA 3º VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE SANTARÉM

SENTENCIADOS: AILSON LEMOS FERNANDES (ADVOGADO: FÁBIO CUSTÓDIO DE MORAES) E


INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (PROCURADORA FEDERAL: MARIA
ANTONIETA DA SILVA LIMA)

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

EMENTA: REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO DE AUXÍLIO-DOENÇA


E/OU CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA NA
DIREÇÃO DOS PRECEDENTES STJ E TJPA. LAUDO PERICIAL JUDICIAL NO SENTIDO DA
INCAPACIDADE PERMANENTE E MULTIPROFISSIONAL DO AUTOR. CONDIÇÕES SOCIO-
ECONÔMICAS FAVORÁVEIS AO DEFERIMENTO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. TERMO
INICIAL DO BENEFÍCIO NA DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO, EM SINTONIA COM A
JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO STJ. DEVIDA CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DAS CUSTAS
NOS TERMOS DA SÚMULA Nº 178 STJ E AO DISPOSTO NO ARTIGO 40, PARÁGRAFO ÚNICO, DA
LEI ESTADUAL Nº 8328/15. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA PELO INPC. RESP REPETITIVO Nº
1495146 (TEMA 906). ADEQUAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA AO CPC/2015. SENTENÇA ILÍQUIDA.
FIXAÇÃO EM LIQUIDAÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ART. 85, § 4º, II, DO CPC/2015. SENTENÇA
MODIFICADA EM PARTE EM REMESSA NECESSÁRIA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de REMESSA NECESSÁRIA da sentença proferida pelo Juízo da 3º Vara Cível e


Empresarial da Comarca de Santarém que, nos autos da ação de concessão de benefício de auxílio-
doença c/c invalidez movida por AILSON LEMOS FERNANDES em face do INSTITUTO NACIONAL DO
SEGURO SOCIAL – INSS, julgou procedente o pedido para condenar o réu ao pagamento do benefício de
aposentadoria por invalidez acidentário, nos termos do seguinte dispositivo:

"(...) Fixo a verba honorária em 10% sobre as parcelas vencidas até a data desta decisão, em
conformidade com a Súmula 111 do E. Superior Tribunal de Justiça.

A autarquia-ré deve arcar com as custas processuais de que NÃO ISENTA, a teor do disposto na Súmula
n.º 178 do STJ e art. 40, inciso I e parágrafo único, da Lei Estadual nº 8.328/2015.

Pelo Exposto, com fulcro no art. 487, I, do Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE o pedido
inicial e CONDENO o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a conceder/implantar o benefício de
aposentadoria por invalidez em favor do(a) autor(a) AILSON LEMOS FERNANDES, a partir da data do
requerimento administrativo, qual seja 12/04/2018 (ID 10403589 – Pág. 1 e 18463739 – Pág. 2),
compensando-se os eventuais valores pagos a título de auxílio-doença, auxílio acidente, aposentadoria
170
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

por idade e/ou mesmo título, com abono anual (art. 40 da Lei nº 8.213/91), juros, atualização monetária,
custas processuais e honorários advocatícios, na forma da fundamentação supra. Após o prazo dos
recursos voluntários, com ou sem eles, remetam-se os autos à Superior Instância para reexame
necessário."

Narra a inicial que o autor pleiteou junto à autarquia previdenciária concessão de auxílio-doença,
em 12/04/2018, sob o NB 622.717.455-0, o qual foi injustamente indeferido com a justificativa de “Não
constatação de Incapacidade Laborativa”, conforme Comunicação de Decisão, entretanto não possui
condições de trabalhar.

Informa que é portador de enfermidades, destacando a de CID – M-51 Transtorno de discos


lombares e outros discos intervertebrais, + M-54 dorsalgia, + M-43.1 espondilolistese, caracterizando
incapacidade laborativa definitiva, devido a lesão permanente que o impede de exercer o seu trabalho ou
qualquer atividade rural, não podendo se agachar, fazer movimentos giratórios, carregar peso, ficar
sentado por muito tempo, entre outros.

O juízo ao receber a inicial determinou a emenda para que fosse carreada cópia integral do
Processo Judicial intentado perante a justiça federal (ID nº 5217908), o que foi atendido no ID nº 5217909.

Em decisão de ID nº 5218021, o magistrado admitiu a utilização da Prova pericial produzida no


âmbito federal (Proc. nº 0002621-06.2018.814.01.3902), envolvendo as mesmas partes e fatos e indeferiu
a tutela antecipada.

O INSS apresentou manifestação no ID nº 5218024 e o autor requereu o aproveitamento do laudo


judicial como prova emprestada (ID nº 5218029).

Após as alegações finais de ambas as partes, sobreveio a sentença de procedência do pedido com
esteio no laudo pericial produzido perante a Justiça Federal.

Não foram apresentados recursos voluntários, conforme certidão de ID nº 5218048.

Remetidos os autos ao TJPA em remessa necessária, foram distribuídos à minha relatoria,


quando determinei o encaminhamento ao Ministério Público de 2º Grau (ID nº 5221163) que ofertou
parecer pela confirmação da sentença (ID nº 5259856).

Éo relatório. Decido.

Presente os pressupostos de admissibilidade, conheço da remessa necessária e verifico que


comporta julgamento monocrático, conforme estabelecem os artigos 932 do CPC/2015 c/c 133 do
Regimento Interno deste Tribunal, por se apresentar a decisão em reexame, no mérito, em sintonia com a
jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça e do TJPA.

Cinge-se a controvérsia em verificar se correto o entendimento do juízo quanto ao reconhecimento


do direito do autor ao recebimento do benefício de aposentadoria por invalidez.

Com efeito, a prova pericial produzida no âmbito da Justiça Federal se revela conclusivo, tendo o
Perito, em laudo corretamente elaborado e fundamentado, afirmado a condição do autor de portador de
moléstia incapacitante, consignando que o Periciando apresenta Lombociatalgia, com constatação no
exame físico de dores reflexas com sinal de radiculite e, também, epilepsia.

Ademais, a perícia assinalou que a moléstia incapacita a parte autora ao labor (item 7 - ID
5218018- Pág. 03), possui liame com a atividade laboral (item 6) e gera incapacidade
MULTIPROFISSIONAL e PERMANENTE (itens 7.”a” e 7.”c”).
171
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nesse diapasão, a análise cuidadosa do laudo e dos demais documentos constantes dos autos
conduz à conclusão de que laborou corretamente a sentença reexaminada, pois, como bem destacou o
parecer ministerial "Conforme se vislumbra na perícia através dos ID5217903 e ID5217904 Laudos
Médicos, juntados pelo autora que encontra-se de fato impossibilitada de exercer sua atividade laborativa
total e permanentemente, fazendo jus, portanto, inclusive ao benefício de aposentadoria por invalidez,
visto que está incapacitada para o trabalho, e ainda não retornou para exercer suas atividades laborativas
ou qualquer outra.”

Não merece retoques, portanto, a diretiva em reexame, tendo em mira que, além da conclusão do
expert, seguindo a orientação jurisprudencial dominante acerca da matéria, muito bem fundamentou o
magistrado que "No caso em tela, observa-se que a parte autora exerceu atividade de motorista por vários
anos (ID 10928078 - Pág. 2/3 e ID 18463739 – Pág. 1), conta com mais de 66 anos de idade (ID 10403233
- Pág. 1) e claramente possui pouca instrução (ensino fundamental incompleto – identificação – ID
10928087 - Pág. 3). Com isso, nas condições reveladas nos autos e ostentando sérias restrições laborais,
resta claro que não possui a menor perspectiva de aceitação no mercado de trabalho, devendo-se concluir
que efetivamente restam preenchidos os requisitos necessários à concessão do benefício de
aposentadoria por invalidez acidentária."

Ao meu ver, laborou bem o magistrado ao verificar que todos os elementos considerados
convergem para a comprovação da incapacidade do autor para o trabalho por possuir sérias limitações, se
apresentando a decisão em sintonia com a jurisprudência dominante no sentido de que a incapacidade
emana de todo um contexto fático e não apenas dos males revelados na pessoa numa projeção teórica de
trabalhar. Nessa direção já se manifestou inclusive o Superior Tribunal de Justiça:

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO


CPC. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL. CONSIDERAÇÃO DOS
ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS, PROFISSIONAIS E CULTURAIS. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. AGRAVO CONHECIDO PARA NEGAR SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.

1. O Tribunal de origem deixou claro que, na hipótese dos autos, o autor não possui condições de
competir no mercado de trabalho, tampouco desempenhar a profissão de empregada doméstica.

2. A concessão da aposentadoria por invalidez deve considerar, além dos elementos previstos no
art. 42 da Lei n. 8.21391, os aspectos socioeconômicos, profissionais e culturais do segurado,
ainda que o laudo pericial apenas tenha concluído pela sua incapacidade parcial para o trabalho.
Precedentes das Turmas da Primeira e Terceira Seção. Incidência da Súmula 83STJ

Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 312776 PR Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, julgado em: 04/06/2013, publicado no DJe 10/06/2013)

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PRESCRIÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.


SÚMULA 211/STJ. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL. LAVRADOR.
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, PROFISSIONAIS E CULTURAIS QUE JUSTIFICAM A CONCESSÃO
DO BENEFÍCIO.

1. Nos termos da jurisprudência do STJ, mesmo as matérias de ordem pública necessitam estar
devidamente prequestionadas para ensejar o conhecimento do recurso especial.

2. Para a concessão da aposentadoria por invalidez devem-se considerar, além dos elementos
previstos no art. 42 da Lei n. 8.213/91, os aspectos socioeconômicos, profissionais e culturais do
segurado, ainda que o laudo pericial só tenha concluído pela sua parcial incapacidade para o
trabalho. Precedentes.

3. Hipótese em que, embora as sequelas pelo acidente não incapacite totalmente o ora agravado
para todo e qualquer trabalho, as limitações impostas para exercer o trabalho como lavrador, assim
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

como a sua idade e o baixo grau de escolaridade, justificam a concessão de aposentadoria por
invalidez.

Agravo regimental improvido.

(AgRg no AREsp 190.625/MS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em
11/09/2012, DJe 18/09/2012)

Esse também tem sido o entendimento deste Tribunal:

APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUXÍLIO DOENÇA.


CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ENFERMIDADE COM INCAPACIDADE TOTAL,
SEM POSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO. CABIMENTO DO BENEFÍCIO. RECURSO, CONHECIDO,
PORÉM, IMPROVIDO. 1.De acordo com o art. 42, da Lei 8.213/91, é devida a aposentadoria por
invalidez ao segurado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe
garanta a subsistência. 2.Cabimento do benefício, no caso. 3.Recurso conhecido e improvido,
nos termos do voto da relatora.

(2522691, 2522691, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Público,
Julgado em 2019-11-25, Publicado em 2019-12-03)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CONVERSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA EM APOSENTADORIA


POR INVALIDEZ. REQUISITOS PREENCHIDOS. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA. DECISÃO UNÂNIME. 1. O art. 42, da Lei nº 8.213/91, dispõe que a aposentadoria por
invalidez é devida ao segurado que, tendo cumprido o período de carência, fica incapacitado total e
permanentemente para o seu trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade
que lhe garanta a sobrevivência. 2. Compulsando os autos, constata-se que o autor/apelado
preenche os requisitos legais necessários à concessão da aposentadoria por invalidez, conforme
laudo pericial e documentos acostados aos autos. 3. Dessa forma, confirma-se a sentença prolatada
pelo juízo de primeira instância que compôs com acerto a questão trazida ao crivo judicial, produzindo
escorreita aplicação da norma ao fato, reconhecendo a existência do direito postulado pelo requerente. 4.
Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. Decisão unânime. (2728862, 2728862, Rel.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Público, Julgado em 2020-
01-27, Publicado em 2020-02-12)

EMENTA. APELAÇÃO CÍVEL. REEXAME NECESSÁRIO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACIDENTE DE


TRABALHO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PERMANENTE. TRABALHADOR
COM BAIXA INSTRUÇÃO E INCAPACIDADE RECONHECIDA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 111/STJ. RECURSO NÃO PROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1.
Incontroversa a incapacidade laborativa do autor em virtude do exercício da atividade habitualmente que
exercia, a de motorista de caminhão. 2. Sentença que reconhece o direito de o demandante receber
aposentadoria por invalidez, a partir do requerimento administrativo. 3. Realização de perícia médica no
curso do processo, que comprova a incapacidade total e definitiva do segurado, mas consigna a
possibilidade de reabilitação profissional, observadas as limitações do demandante, a par de
consignar o perito que as sequelas apresentadas são incuráveis e permanentes. Por oportuno, a
prova pericial em matéria acidentária que assume especial relevo na resolução da lide, mas não
vincula o Juiz, por força do princípio do livre convencimento motivado. Sendo assim, deve-se
analisar o contexto fático, e as condições intelectuais e laborais do acidentado a fim de que seja
vislumbrado a possibilidade de inserção do mercado de trabalho. Com efeito, o acidentado, que
conta, atualmente, com mais de 45 anos de idade, possui baixa instrução escolar, está fora do
mercado de trabalho desde junho de 2013, possuindo limitações físicas, assim, torna-se
imprescindível a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez. 4. Nas ações
previdenciárias, os honorários advocatícios incidem sobre o valor da condenação, nesta compreendidas as
parcelas vencidas até a prolação da sentença que concedeu o benefício, nos termos da Súmula 111/STJ,
pelo que mantenho a verba honorária arbitrada na condenação no percentual de 15% (quinze por cento),
sobre as parcelas vencidas até a data da decisão, haja vista que, a verba honorária deve remunerar com
173
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

dignidade o labor do profissional do direito, do processo em cotejo com os parâmetros estabelecidos nos
§§ 3.º e 4.º do art. 20 do CPC, devendo a parte vencida arcar com o ônus da condenação. 5. Recurso
conhecido e Improvido, e em sede de Reexame Necessário mantida a sentença do juízo de piso.
(2018.01450433-83, 188.395, Rel. NADJA NARA COBRA MEDA, Órgão Julgador 2ª TURMA DE DIREITO
PÚBLICO, Julgado em 2018-04-12, Publicado em 2018-04-13)

Quanto ao termo inicial para implantação da aposentadoria por invalidez, a sentença também não
comporta reparos, no que tange a fixação na " data requerimento administrativo, qual seja o dia
12/04/2018 (ID 10403589 - Pág. 1 e 18463739 – Pàg. 2), uma vez que a perícia médica indica que a
incapacidade antecede à referida data (Item 10 - ID 10928087 - Pág. 4)". Está em consonância com a
orientação fixada na jurisprudência da Corte Superior de Justiça. Nesse sentido:

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. TERMO INICIAL. DIA SEGUINTE À


CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO ANTERIORMENTE CONCEDIDO OU DO PRÉVIO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO.
(...) II - De acordo com a jurisprudência do STJ, o termo
inicial da aposentadoria por invalidez corresponde ao dia seguinte à cessação do benefício
anteriormente concedido ou do prévio requerimento administrativo. Entende-se que o laudo pericial
não serve como parâmetro para fixar termo inicial de aquisição de direitos, mas apenas norteia o livre
convencimento do juiz quanto aos fatos alegados pelas partes. Precedentes: REsp n. 1.471.461/SP, Rel.
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, julgado em 3/4/2018, DJe 16/4/2018; AgInt no
AREsp n. 915.208/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 15/12/2016,
DJe 19/12/2016; e AgInt no AREsp n. 980.742/SP, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado
em 13/12/2016, DJe 3/2/2017.
III - Recurso especial provido para fixar a data do requerimento administrativo como termo inicial do
benefício" (STJ, REsp 1.681.142/SC, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, DJe de
21/11/2018).

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ. DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO (DIB). DATA DO PROTOCOLO ADMINISTRATIVO OU,
NA AUSÊNCIA, DATA DA CITAÇÃO DO INSS. ACÓRDÃO QUE FIXOU COMO DIB A DATA DA
PERÍCIA. VIOLAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA SÓLIDA E SUMULADA DO STJ. RECURSO PROVIDO.

1. O Tribunal de origem estabeleceu erroneamente como data do início do benefício da aposentadoria por
invalidez a data da perícia realizada, mesmo estando claro nos autos que "houve requerimento
administrativo, último formulado em 26/08/2008" (fl. 309, e-STJ).

2. A jurisprudência do STJ é sólida no sentido de que, havendo requerimento administrativo, como


no caso, este é o marco inicial do benefício previdenciário. Ainda que assim não fosse, deveria ser
tomada como início a data da citação do INSS.

3. A Corte de origem, portanto, falhou gravemente, na medida em que afastou a aplicação tanto da lei - art.
43, § 1º, "a", da Lei 8.213/1991 - quando da jurisprudência sólida do STJ, que tem orientação sumulada
aplicável ao caso - Súmula 576/STJ.

4. Recurso Especial provido para declarar como data de início do auxílio previdenciário em questão a data
do requerimento administrativo, com os consequentes pagamentos retroativos devidos. (REsp
1791587/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/02/2019, DJe
08/03/2019)

Quanto aos consectários legais fixados, verifico que a sentença merece reforma para adequação
ao entendimento dominante sobre a matéria, inclusive com Precedente Vinculante quanto ao índice de
correção monetária, não obstante o juízo tenha se fundamentado no julgado do Tema 810 pelo STF.

Destaco que por serem matéria de ordem pública podem ser analisados de ofício pelo julgador,
inexistindo reformatio in pejus, sobretudo no caso em que serão fixados com base em precedente
174
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

vinculante do C. STJ (Nessa direção: AgInt no AREsp 1154237/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/03/2018, DJe 19/03/2018).

Com efeito, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça examinou a matéria em recurso
especial repetitivo no julgamento do Tema 905 (Resp nº 1495146 - DJe de 02/03/2018), no qual
assentou que as condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária sujeitam-se à
incidência do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência
da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91, índice que deve ser fixado no caso em tela.

Por amor ao debate, ressalto, ainda, que não há o que se falar em ofensa ao Julgamento anterior
proferido pelo Supremo Tribunal Federal (RE 870.947SE – tema 810).

Tenho isso porque, restou registrado no referido julgamento do Resp Repetititvo nº 1495146 que a
adoção do INPC não configura afronta ao que foi decidido pelo STF, em sede de repercussão geral, pois
naquela ocasião, determinou-se a aplicação do IPCA-E para fins de correção monetária de benefício de
prestação continuada (BPC) de natureza assistencial, previsto na Lei 8.74293. Eis a ementa do referido
precedente:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO


ADMINISTRATIVO 02/STJ. DISCUSSÃO SOBRE A APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 (COM
REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.960/2009) ÀS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA.
CASO CONCRETO QUE É RELATIVO A INDÉBITO TRIBUTÁRIO. " TESES JURÍDICAS FIXADAS. (...)

3. Índices aplicáveis a depender da natureza da condenação. (...)

3.2 Condenações judiciais de natureza previdenciária.

As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária sujeitam-se à incidência


do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91.Quanto aos juros de mora, incidem segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei
n. 11.960/2009).(...)

6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ. (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018)

Quanto aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança (art.
1º-F da Lei 9.494/97) a partir da entrada em vigor da Lei n. 11.960/2009, índice que deve ser aplicado ao
caso, como corretamente decidiu o juízo em observância à Tese fixada no julgamento do Tema 810 pela
Suprema Corte.

Quanto aos termos iniciais, correto o decisum que, na direção do aludido julgamento do Tema 905
do STJ, determinou que a correção monetária deverá ter incidência desde a data em que os valores
deveriam ter sido pagos e os juros de mora a partir da citação, nos termos do Enunciado da Súmula nº
204 do STJ que estabelece: “Os juros de mora nas ações relativas a benefícios previdenciários incidem a
partir da citação válida.”

Por fim, cabe analisar o valor fixado em sentença de honorários advocatícios em 10% sobre as
parcelas vencidas, que se revelam em desconformidade com a previsão legal sobre o tema, eis que a
decisão foi proferida já sob a vigência do CPC/2015 e se trata de decisão ilíquida.

Cumpre observar que no caso, a definição do percentual relativo a honorários de sucumbência


deve ser fixada quando da liquidação da sentença, já considerada a sucumbência recursal, nos exatos
termos do artigo 85, §4º, inciso II, do novo Código de Processo Civil, observada a Súmula 111 do Superior
175
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Tribunal de Justiça, merecendo alteração a diretiva em remessa nesse aspecto.

Nessa direção, colaciono o seguinte julgado deste Tribunal:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DE


RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA E CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. AUTOR QUE EM DECORRÊNCIA DO EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE LABORAL ADQUIRIU PROBLEMAS DE SAÚDE GRAVES E PERMANENTES E
CONSEQUÊNCIA DEGENERATIVA NA COLUNA. LAUDO PERICIAL JUDICIAL NO SENTIDO DA
INCAPACIDADE TOTAL DO APELADO PARA A FUNÇÃO DESEMPENHADA. BENEFÍCIOS DEVIDOS.
COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS LEGAIS. DECISÃO EM SINTONIA COM A JURISPRUDÊNCIA
DOMINANTE DESTA CORTE E DO STJ. JUROS MORATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA.
ALTERAÇÃO. MATÉRIA AFETA À REPERCUSSÃO GERAL NO STF E AOS RECURSOS REPETITIVOS
NO STJ. ADEQUAÇÃO AO ÍNDICE APLICADO AOS JUROS DE MORA. CORREÇÃO MONETÁRIA
PELO INPC COM BASE NO RESP REPETITIVO Nº 1495146 (TEMA 906). HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. SENTENÇA ILÍQUIDA. FIXAÇÃO EM LIQUIDAÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ART. 85, §
4º, II, DO CPC/2015. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO PARCIALMENTE. SENTENÇA
MODIFICADA EM PARTE EM REMESSA NECESSÁRIA. DECISÃO UNÂNIME. (TJPA. 2760966,
2760966, Rel. ROBERTO GONCALVES DE MOURA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Público,
Julgado em 2020-02-10, Publicado em 2020-02-24)

Por fim, entendo correta a condenação ao pagamento de custas processuais, eis que, não
obstante o inciso I do Artigo 40 da Lei Estadual nº 8328/15 dispor sobre a isenção ao pagamento de
custas processuais pela União e suas Autarquias, o parágrafo único do referido artigo expressamente
estabelece que tal isenção não exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I, quando vencidas, como é
o caso dos autos, da obrigação de reembolso de custas, senão vejamos:

Art. 40. São isentos do pagamento das custas processuais:

I- a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas;

II- o Ministério Público;

III- a Defensoria Pública;

IV- o beneficiário da assistência judiciária gratuita;

V- os autores, na Ação Popular, na Ação Civil Pública e na ação coletiva de que trata o Código de Defesa
do Consumidor, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé;

VI- o réu pobre nos feitos criminais;

VII- o acidentado, nas ações de acidente do trabalho;

VIII- as vítimas nos processos de competência do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher;

Parágrafo único. As isenções previstas neste artigo não alcançam as entidades fiscalizadoras do
exercício profissional, exceto a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, nem eximem as pessoas
jurídicas referidas no inciso I, quando vencidas, da obrigação de reembolsar as taxas, custas e
despesas judiciais antecipadas pela parte vencedora. (Redação dada pela Lei n°. 8.583/2017).

Assim, além da expressa disposição legal, a sentença encontra-se em consonância com a


jurisprudência dominante da Corte Superior de Justiça sedimentada no Enunciado da Súmula 178STJ, in
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verbis: "O INSS não goza de isenção do pagamento de custas e emolumentos, nas ações acidentárias e
de benefícios, propostas na Justiça Estadual". Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC/1973. NÃO


OCORRÊNCIA. AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. PORTE E REMESSA. RECOLHIMENTO PRÉVIO.
DESNECESSIDADE. DESERÇÃO. INOCORRÊNCIA.

1. Inicialmente, constata-se que não se configura a ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil, uma
vez que o Tribunal de origem julgou integralmente a lide e solucionou a controvérsia, em
conformidade com o que lhe foi apresentado, manifestando-se de forma clara no sentido de que o
INSS não goza de isenção do pagamento de custas e emolumentos, nas ações acidentárias e de
benefícios, propostas na Justiça Estadual.

2. Ocorre que a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o REsp 1.101.727/PR, Rel. Min.
Hamilton Carvalhido, DJe 23/8/2010, sob o regime do art. 543-C do CPC/1973, assentou que a regra do
art. 27 do CPC é aplicável ao Instituto Nacional do Seguro Social, não lhe sendo exigível, dessa forma, o
depósito prévio do preparo para a interposição de recursos, podendo efetuá-lo ao final da demanda, caso
vencido. Por estar em dissonância do entendimento fixado pelo STJ, o acórdão recorrido merece ser
reformado.

3. Recurso Especial parcialmente provido. (REsp 1758092/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 11/09/2018, DJe 21/11/2018)

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO ACIDENTÁRIA. CUSTAS. INSS. SÚMULA 178/STJ.

1. "O INSS não goza de isenção do pagamento de custas e emolumentos, nas ações acidentárias e de
benefícios, propostas na Justiça Estadual" (Súmula 178/STJ).

2. Recurso Especial não provido. (REsp 1647679/GO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 14/03/2017, DJe 20/04/2017)

Frente tais razões e com fulcro no que dispõe o art. 932, incisos IV, a e b e VIII do CPC/2015 c/c
133, XI, a, b e d, do RITJPA, conheço da remessa necessária, para reformar em parte a sentença,
apenas para fixar a correção monetária pelo INPC conforme a tese fixada no julgamento do Tema
905/STJ e para determinar a fixação de honorários advocatícios na fase de liquidação do julgado,
consoante a fundamentação, mantida nos demais termos, eis que na direção do entendimento
jurisprudencial dominante sobre a matéria.

Após o decurso do prazo recursal sem qualquer manifestação, certifique-se o trânsito em julgado e
dê-se a baixa na distribuição.

Belém, 13 de agosto de 2021.

Des. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0800436-75.2020.8.14.0060 Participação: APELANTE Nome: NELMA CRISTINA


FILGUEIRA COELHO Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ RENATO JARDIM LOPES OAB: 5325/PA
Participação: APELADO Nome: MUNICIPIO DE TOME-ACU Participação: APELADO Nome: PREFEITO
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DE TOMÉ-AÇÚ Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO


DO PARÁ

PROCESSO Nº 0800436-75.2020.8.14.0060

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: APELAÇÃO CÍVEL

COMARCA: TOMÉ-AÇÚ (VARA ÚNICA)

APELANTE: NELMA CRISTINA FILGUEIRA COELHO (ADVOGADO LUIZ RENATO JARDIM LOPES –
OAB/PA N.º 5325)

APELADO: MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇÚ

PROCURADORA DE JUSTIÇA: MARIA DA CONCEIÇÃO DE MATTOS SOUSA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

APELAÇÃO CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR. NOMEAÇÃO EM


CONCURSO PÚBLICO. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. RECURSO PREJUDICADO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os presentes autos de apelação cível interposta por NELMA CRISTINA FILGUEIRA COELHO, em
face da sentença proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Tomé-Açú, nos autos do
Mandado de Segurança impetrado em desfavor de suposto ato ilegal praticado pela Prefeita Municipal de
Tomé-Açú.

Por meio da decisão recorrida, o Juízo sentenciante negou a ordem pretendida, por considerar inexistir
direito líquido e certo à impetrante.

Irresignada, a apelante interpôs o presente apelo, por meio do qual alega possuir direito líquido e certo à
nomeação ao Cargo de Apoio Operacional, em virtude de sua aprovação em concurso público, ao
argumento de que, não obstante tenha sido aprovada fora do número de vagas ofertadas, há 60
servidores contratados temporariamente ocupando o mesmo cargo.

Salienta que em 23/12/2020 foi convocada para assumir o cargo antedito.

Ante a esses, requer o conhecimento e provimento do apelo.

Remetidos a esta Superior Instância, vieram-me os autos distribuídos, ocasião em que recebi o recurso
em seu duplo efeito e determinei sua remessa ao parecer do custos legis.

Em seu pronunciamento, a Procuradora de Justiça Maria Da Conceição De Mattos Sousa manifesta-se


pela perda de objeto do presente recurso.

Éo suficiente relatório.

DECIDO.

Compulsando os autos, entendo que o apelo comporta julgamento monocrático, conforme estabelece o
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artigo 932, III, do Código de Processo Civil, uma vez que o objeto do presente recurso era a impetrante ser
nomeada e empossada no cargo público no qual galgou sua aprovação, tendo a referida afirmado que tal
fato já aconteceu por ato discricionário do impetrado, razão pela qual JULGO PREJUDICADA a presente
apelação, por perda do objeto.

Providencie-se a baixa no sistema e demais cautelas legais.

Publique-se. Intime-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0805979-11.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANPARÁ


Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANO DINIZ FERREIRA DE CARVALHO OAB: 9136/PA
Participação: AGRAVADO Nome: KLECIUS DA NOBREGA MARTINS Participação: ADVOGADO Nome:
KENNEDY DA NOBREGA MARTINS OAB: 23161/PA

Decisão Monocrática

Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por Banco do Estado do Pará – BANPARÁ contra a
decisão proferida nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA C/C DANO MORAL E REPETIÇÃO DE INDÉBITO
que o Agravado ajuizou em face do Agravante.

Essa decisão determinou que o banco a limitação dos empréstimos do agravado ao patamar de 30%,
incluindo empréstimo consignado e banparacard.

O Agravante afirma que os descontos realizados estão de acordo com a lei e com a jurisprudência.

Diante disso, interpôs o presente recurso, requerendo a antecipação dos efeitos da tutela recursal, para
que a decisão agravada seja suspensa e ao final, o provimento do recurso.

É o relatório. Decido Monocraticamente com base na interpretação conjunta do art. 932, VIII do
CPC c/c art. 133, XII, d do Regimento Interno deste E. TJPA.

Cediço que para que haja a antecipação dos efeitos da tutela em Agravo de Instrumento é necessário
demonstrar elementos que evidenciem o direito alegado, bem como comprovar a possibilidade de a
decisão agravada acarretar à parte grave dano ou de difícil reparação.

No presente caso, o Agravante se insurge contra a decisão que deferiu o pedido de tutela de urgência
formulado na AÇÃO DECLARATÓRIA C/C DANO MORAL E REPETIÇÃO DE INDÉBITO que o Agravado
ajuizou em face do Banpará, no sentido de que se abstenha de realizar descontos na conta corrente e no
contracheque acima do limite de 30% de sua remuneração.

Este E. TJPA, julgando casos semelhantes, firmou entendimento no sentido de que a limitação de 30% da
remuneração se aplica apenas aos empréstimos consignados, não se aplicando aos empréstimos cujo
adimplemento ocorre mediante descontos em conta corrente.
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Nesse sentido, destaco:

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO C/C DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA


DE URGÊNCIA. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS NA MODALIDADE DE CRÉDITO PESSOAL POSSUEM
NATUREZA JURÍDICA DIVERSA DOS EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS, PORTANTO, NO SE
SUBMETEM À LIMITAÇO LEGAL DE 30%. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO
UNÂNIME. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento da
Comarca de Belém. ACORDAM os Exmos. Desembargadores que integram a egrégia 2ª Turma de Direito
Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, negar provimento ao recurso
interposto, nos termos do voto da relatora. Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
aos cinco dias do mês de agosto de 2019. Este julgamento foi presidido pela Exma. Sra. Desembargadora
Luzia Nadja Guimarães Nascimento. (2250384, 2250384, Rel. NADJA NARA COBRA MEDA, Órgão
Julgador 2ª Turma de Direito Público, Julgado em 2019-09-16, Publicado em 2019-09-24).

AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSO N.º 0806382-48.2019.8.14.0000- PJE AGRAVANTE:


ROCKFELIX MIRANDA DA SILVA AGRAVADO: BANCO DO ESTADO DO PARÁ S.A PROCURADOR
DE JUSTIÇA: MARIO NONATO FALANGOLA RELATORA: DESª. NADJA NARA COBRA MEDA
AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA.
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS NA MODALIDADE DE CRÉDITO PESSOAL POSSUEM NATUREZA
JURÍDICA DIVERSA DOS EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS, PORTANTO, NO SE SUBMETEM À
LIMITAÇÃO LEGAL DE 30%. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e
discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento da Comarca de Altamira. ACORDAM os Exmos.
Desembargadores que integram a egrégia 2ª Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do
Pará, à unanimidade de votos, NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto, nos termos do voto da
relatora. Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, aos nove dias do mês de março de
2020. Este julgamento foi presidido pela Exma. Sra. Desembargadora Luzia Nadja Guimarães
Nascimento. (3364007, 3364007, Rel. JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO, Órgão Julgador 2ª Turma
de Direito Público, Julgado em 2020-03-09, Publicado em 2020-07-21).

APELAÇÃO EM AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO CUMULADA COM DEVOLUÇÃO DE VALORES


DESCONTADOS INDEVIDAMENTE E INDENIZAÇÃO POR DANOS: PRELIMINAR: DEFERIMENTO DOS
BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA, ACOLHIDA. PRELIMINAR: VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
INAFASTABILIDADE, REJEITADA. PRELIMINAR: AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO, REJEITADA.
MÉRITO: JULGAMENTO DO FEITO COM BASE NA TEORIA DA CAUSA MADURA. EMPRESTIMO
CONSIGNADO. LIMITAÇÃO LEGAL. OBSERVÂNCIA. CRÉDITO ROTATIVO QUE NÃO SE SUBMETE
AOS DITAMES DA Lei N.° 10.820/2003 - ALTERAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO DA SENTENÇA.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. (2017.01710376-86, 174.373, Rel. MARIA
DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em
2017-04-25, Publicado em 2017-05-08).

No presente caso, o desconto efetuado pelo Banco referente ao empréstimo consignado está de acordo
com o patamar de 30% (trinta por cento) da remuneração do Agravante, conforme se verifica através do
contracheque do agravado (id. 27404815 dos autos principais).

Os demais valores descontados da conta corrente do recorrido se referem a ao pagamento de débito


referente à contração voluntária de empréstimo na modalidade de crédito rotativo, pelo Agravado,
denominado BANPARACARD, que não se submete à limitação legal (id. 28640679 dos autos principais).

Diante disso, vislumbro, nesse momento, elementos que evidenciem o direito alegado. Percebo ainda o
risco de dano ao Banco, tendo em vista a dificuldade de ele recuperar futuramente os valores a que tem
direito.

Ante o exposto, conheço do recurso e dou-lhe provimento monocraticamente, com base no art. 932,
VIII do CPC c/c art. 133, XII, d do Regimento Interno deste E. TJPA, para cassar a decisão agravada.

Advirto ainda às partes, que caso haja interposição do recurso de Agravo Interno e, este venha a ser
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

declarado manifestamente improcedente, em votação unânime pelo Órgão Colegiado, haverá a incidência
da aplicação de multa, nos termos do §2º do art. 1021 do CPC.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0004258-51.2013.8.14.0028 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome: AYANE DE


JESUS RODRIGUES SALES Participação: ADVOGADO Nome: ODILON VIEIRA NETO OAB: 13878/PA
Participação: RECORRIDO Nome: Estado do Pará Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PROCESSO Nº 0004258-51.2013.8.14.0028

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

REMESSA NECESSÁRIA

COMARCA DE BELÉM (3ª VARA DA FAZENDA)

SENTENCIADOS: ESTADO DO PARÁ (PROCURADORIA DO ESTADO) E AYANE DE JESUS


RODRIGUES SALES (ADVOGADO ODILON VIEIRA NETO – OAB/PA N.º 13.878)

PROCURADOR DE JUSTIÇA: WALDIR MACIEIRA DA COSTA FILHO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

EMENTA: REMESSA NECESSÁRIA. MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR.


CONCURSO PÚBLICO. EXIGÊNCIA DE ALTURA MÍNIMA PARA A INSCRIÇÃO NO CONCURSO
PÚBLICO PARA INGRESSO NAS CARREIRAS MILITARES. DOCUMENTO JUNTADO PELO
IMPETRADO. COMPROVAÇÃO DE QUE A ALTURA DA CANDIDATA CORRESPONDE À EXIGÊNCIA
LEGAL. SENTENÇA MANTIDA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Cuida-se de REMESSA NECESSÁRIA da sentença proferida pelo Juízo de Direito da 3ª Vara da Fazenda
da Comarca de Belém, nos autos do Mandado de Segurança com pedido de liminar impetrado por
AYANE DE JESUS RODRIGUES SALES.

Consta dos autos que a impetrante ajuizou a mencionada ação alegando que foi ilegalmente
desclassificada do Concurso Público para admissão ao Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar
do Estado do Pará, PM/2012 (CFSD PM/2012), por supostamente possuir altura inferior a 1,60m, mínima
exigida pela lei de regência, bem como pela norma editalícia, para as candidatas do sexo feminino.

No ID Num. 5622057, o impetrado junta aos autos o exame médico realizado pela candidata na 2º etapa
do certame, no qual conta que a coacta possui exatamente a altura mínima exigida.

Remetidos a esta Superior Instância, os autos vieram-me distribuídos, ocasião em que determinei sua
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remessa ao parecer do custos legis.

Nessa condição, o Procurador de Justiça Waldir Macieira Da Costa Filho opina pela manutenção da
sentença.

Assim instruídos, retornaram conclusos.

É o relatório.

Presente os pressupostos de admissibilidade, conheço da remessa necessária e verifico que comporta


julgamento monocrático, conforme estabelece o artigo 133, XI, b, do Regimento Interno deste Tribunal,
acrescentando que a aplicação de tal dispositivo também é cabível no presente caso, nos termos do
Enunciado da Súmula nº 253 do STJ, que estabelece: “O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a decidir
o recurso, alcança o reexame necessário”.

Compulsando os autos, tenho como certo que a sentença reexaminada não merece retoques, pelos
motivos que passo a demonstrar.

O primeiro ponto que merece destaque é que, como consignado no relatório, a celeuma gira em torno de
aferir se a eliminação da candidata está ou não amparada pela legalidade, eis que a banca entendeu que
a candidata possui altura inferior a exigida legalmente, especificamente amparado na Lei n.º 6.626/04, e
no Edital do concurso.

Ocorre que o próprio impetrado trouxe aos autos o exame médico realizado na 2ª fase e, sem sombra de
dúvidas, demonstra que a coacta possui 1,60m de altura, ou seja, atende as exigências normativas para
participar do certame, sendo inconteste a ilegalidade de sua eliminação.

Diante da flagrante ilegalidade, não havia outro caminho senão o de desconstituir o ato administrativo de
eliminação da candidata, razão pela qual tenho como certo de que o julgador agiu de forma escorreita.

Ébem verdade que, em regra, o Poder Judiciário não deve interferir nos critérios adotados pela banca de
concurso, já que é matéria afeta ao mérito administrativo, entretanto, não é essa a hipótese dos autos, eis
que, conforme já dito, a questão diz respeito à legalidade do ato.

Esse tema, inclusive, já foi pacificado pelo Supremo Tribunal Federal, no bojo do RE 632.853, julgado sob
a sistemática da repercussão geral, no qual ficou consignada a seguinte tese: “Não compete ao Poder
Judiciário substituir a banca examinadora para reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de
correção utilizados, salvo ocorrência de ilegalidade ou de inconstitucionalidade.” (Tema 485)

Sobre o controle judicial do ato administrativo, é remansosa a Jurisprudência de nossa Máxima Corte,
valendo destacar os seguintes precedentes, os quais, mesmo que tratando de tema diverso a concurso
público, aplicam-se integralmente:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROLE


JUDICIAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. ILEGALIDADE. ABUSO DE PODER. POSSIBILIDADE.
REAPRECIAÇÃO DOS FATOS E DO MATERIAL PROBATÓRIO CONSTANTES DOS AUTOS. SÚMULA
279/STF. DESCABIMENTO. RECURSO MANIFESTAMENTE. IMPOSIÇÃO DE MULTA. 1. O Supremo
Tribunal Federal admite o controle, pelo Poder Judiciário, de ato administrativo quando eivado de
ilegalidade ou abusividade. Precedentes. 2. Para dissentir da conclusão adotada pelo Tribunal de origem,
seria imprescindível o reexame dos fatos e do material probatório constantes dos autos (Súmula 279/STF),
o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário. 3. Nos termos do art. 85, § 11, do
CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites
legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015. 4. Agravo interno a que se nega provimento.” (STF - RE
663078, Rel. Ministro Roberto Barroso, DJE 25/04/2017)
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..............................................................................................................

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Tribunal de Contas da União. Controle judicial da legalidade
dos atos. Possibilidade. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1. O controle, pelo Poder
Judiciário, de ato administrativo eivado de ilegalidade ou abusividade não viola o princípio da separação
dos poderes. 2. Não se presta o recurso extraordinário para o reexame de provas ou documentos
constantes dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.” (STF - RE
721980, Rel. Ministro Dias Tofolli, DJe 29/04/2016)

Desse modo, irrepreensíveis os fundamentos da sentença, amparada na jurisprudência pacífica do C.


STF, razão pela qual conheço da remessa necessária e, com fulcro no que dispõe o art. 133, XI, d, do
RITJPA, nego provimento à remessa necessária, para manter a sentença em todos os seus termos, nos
termos da fundamentação exposta.

Após o decurso do prazo recursal sem qualquer manifestação, certifique-se o trânsito em julgado e dê-se a
baixa no PJE com a consequente remessa dos autos ao juízo de origem.

Belém, 13 de agosto de 2021.

Des. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0802207-74.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: SERGILENE


ALVES DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO PALMEIRA ALMEIDA OAB: 39253/GO
Participação: AGRAVADO Nome: MUNICIPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

PROCESSO Nº 0802207-74.2020.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: SANTANA DO ARAGUAIA

AGRAVANTE: SERGILENE ALVES DE SOUZA

ADVOGADO FLÁVIO PALMEIRA ALMEIDA – OAB/PA N.º 20.865-A

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO MONOCRÁTICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COBRANÇA DE VALORES.


JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE PROVAS EM CONTRÁRIO.
SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.
DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA INEXISTÊNCIA OU DO
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DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO ATRELADA À FORMA


DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.

1. 1. Modifica-se a decisão agravada de revogação de benefício de justiça gratuita, tendo em vista


que uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem que houvesse
impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.
2. 2. Portanto, é condição sine quanon para revogação do aludido benefício, prova da modificação no
estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação da parte no processo.
3. 3. Recurso conhecido e provido.

Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO/ATIVO, interposto


por SERGILENE ALVES DE SOUZA, em face de decisão proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da
Comarca de Santana do Araguaia, proferida nos autos da Ação de Obrigação de Fazer cumulada com
Cobrança de Valores (n.º 0000345-82.2019.8.14.0050), ajuizada em desfavor do MUNICÍPIO DE
SANTANA DO ARAGUAIA.

Consta dos autos que o Juízo de Piso revogou o benefício da justiça gratuita, considerando que a autora
atuou em exercício abusivo ao direito de peticionar, ao argumento de que seu patrono ajuizou mais de 200
ações com a mesma causa de pedir quando poderia ter ajuizado uma única ação coletiva.

Irresignada, a recorrente alega, em suma, que o ordenamento jurídico, em especial o Código de Defesa
do Consumidor, admite a coexistência de ações individuais e coletivas sobre a mesma matéria.

Sustenta que a tese jurídica de dolo processual na qual se fundamentou o julgador, qual seja “sham
litigation”, corresponde a conduta por meio da qual a parte demandante objetiva valer-se da tutela
jurisdicional sem qualquer perspectiva de sucesso na ação, com nítido propósito de trazer qualquer tipo de
dano para a parte contrária, o que não se vislumbra no caso concreto, pois a recorrida não possui ação
dolosa com o intuito de prejudicar o recorrido, pelo contrário, o seu pedido encontra amparo na Lei de n.
11.738/2008.

Salienta que o Juízo prolator da decisão recorrida não pautou sua decisão na falta de pressupostos legais
para a concessão do benefício, estabelecidos no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil e que “na
suposta falta ainda dos elementos que evidenciassem a hipossuficiência da Agravante, deveria ainda o
magistrado a quo ter oportunizado aquela o direito de apresentá-los em prazo determinado, o que também
não aconteceu”.

Junta aos autos documentos comprobatórios de que aufere renda mensal de R$ 1.366,74, que a
impossibilita arcar com os custos do processo, sem que acarrete prejuízo a sua subsistência.

Por fim, requer a concessão da antecipação da tutela recursal, para que lhe seja restabelecido o benefício
da justiça gratuita e, ao final, seu provimento definitivo.

Em decisão interlocutória (ID. 2905111) deferi o pedido de efeito suspensivo.

O Município de Santana do Araguaia apresentou contrarrazões (ID 5131657) aduzindo, em suma, que os
documentos juntados pela parte agravante não comprovaram os requisitos básicos para a concessão do
benefício à justiça gratuita; que a parte agravante é servidora efetiva ocupante do cargo superior de
PROFESSOR-NIVEL MEDIO COM GRAD EM CURSO SUPERIOR, que percebe o vencimento líquido de
R$ 3.540,02 (três mil e quinhentos e quarenta reais e dois centavos).

Pontua que existe a possibilidade de parcelamento de custas processuais, nos termos do artigo 98, §6º,
do Código de Processo Civil, pelo que pugna pela não concessão do benefício.
184
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Assim, pugna pelo não provimento do recurso.

O Ministério Público deixou de emitir parecer, com fulcro no artigo 178 da Recomendação nº 34/2016 do
CNMP (Id. 5242339).

Éo relatório.

Decido.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a decidir.

Analisando as razões recursais, observa-se que há elementos de convicção suficientes a ensejar a


concessão de efeito suspensivo sobre a decisão de 1.º grau que revogou o benefício da justiça gratuita,
anteriormente deferida, pelo Juízo de piso, sob o fundamento de que, houve a prática de dolo processual
sham litigation, assentada recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça no RESP 1.817.845-MS,
visando coibir o exercício abusivo do direito de peticionar, com escopo de resguardar inteireza da
jurisdição estatal.

Em sentença proferida, o Juízo de 1.º grau extinguiu o processo sem julgamento de mérito, bem como,
indeferiu a gratuidade de justiça requerida pela parte autora.

Como é de sabença geral, a revogação da gratuidade, ou mesmo seu indeferimento, só cabe nas
situações elencadas no artigo 99 do CPC, o que não se verifica no caso ora examinado.

Neste sentido, incumbe à parte contrária o ônus da prova capaz de desconstituir o direito postulado
(Theotonio Negrão, 33ª edição, nota 1c ao art. 4º da Lei de Assistência Judiciária, p. 1151).

Não se perca de vista que, uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem
que houvesse impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.

Outrossim, não restou demonstrado nenhuma modificação da situação fática entre o deferimento da
gratuidade de justiça e a sua revogação.

Ademais, o Egrégio Superior Tribunal de Justiça entende que, a condenação da parte às penas da
litigância de má-fé, por si só, não tem o condão de autorizar a revogação do benefício da assistência
judiciária gratuita anteriormente concedido.

Com efeito, a jurisprudência daquela Corte Superior entende que é condição sine quanon para revogação
do aludido benefício, prova da modificação no estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada
à forma de atuação da parte no processo.

Àguisa de exemplo, trago à colação do seguinte precedente, reproduzindo os pontos de interesse:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.OMISSÃO, CONTRADIÇÃO,


OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL.AUSÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INADMISSIBILIDADE.SÚMULA 7/STJ. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. PARTE BENEFICIÁRIA
DAASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.DESCABIMENTO....7. A
revogação do benefício da assistência judiciária gratuita – importante instrumento de
democratização do acesso ao Poder Judiciário –pressupõe prova da inexistência ou do
desaparecimento do estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação
da parte no processo.8. Nos termos do art. 98, § 4º, do CPC/2015, a concessão da gratuidade de
justiça não isenta a parte beneficiária de, ao final do processo, pagar aspenalidades que lhe foram
impostas em decorrência da litigância de má-fé.”(REsp 1663193/SP, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRATURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 23/02/2018)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Na mesma direção, há decisão deste Tribunal a respeito dessa temática:

AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSO Nº: 0801845-72.2020.8.14.0000 EXPEDIENTE: 1° TURMA


DE DIREITO PUBLICO AGRAVANTE: CLAUDIO DE OLIVEIRA RODRIGUES AGRAVADO: MUNICIPIO
DE SANTANA DO ARAGUAIA RELATORA: DESEMBARGADORA ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
COBRANÇA DE VALORES. JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO
DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE
PROVAS EM CONTRÁRIO. SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA
INEXISTÊNCIA OU DO DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO
ATRELADA À FORMA DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. 1. Analisando os argumentos ventilados no recurso, constata-se que o cerne
da controvérsia meritória repousa acerca da reforma da decisão que revogou a gratuidade de justiça
anteriormente deferida, em razão do patrono da parte ter ajuizado mais de 200(duzentas) demandas com
a mesma causa de pedir; 2. A Justiça Gratuita possui presunção meramente relativa, a mesma pode ser
desconstituída de ofício pelo pelo magistrado, bem como por requerimento, se comprovado que o
beneficiário tem condições para arcar com as custas processuais, ou seja, é necessária prova escorreita
da capacidade econômico-financeira da parte beneficiada;

3. A revogação ou o indeferimento da gratuidade de justiça deve observar as hipóteses elencadas no art.


99 §2º do Código de Processo Civil, o que não se vislumbra no caso em apreço. Desta forma, caberia à
parte contrária o ônus da prova de desconstituir o direito postulado pela parte autora;

4. Analisando os autos, verifica-se que a justiça gratuita foi deferida em momento anterior, não
cabendo ao Juízo agir de ofício, sem qualquer impugnação e comprovação da parte adversa, para a
revogação de tal direito. Igualmente, nota-se que não há nos autos demonstração de que houve
modificação da situação fática entre o deferimento da gratuidade de justiça e a sua revogação;

5. A revogação do benefício pleiteado depende de prova da modificação do estado de


miserabilidade econômica, não estando vinculada a forma de atuação da parte demandante no
processo. Precedente STJ.

6. Recurso conhecido e provido, nos termos da fundamentação.

(4808693, 4808693, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-04-21)

Nessa perspectiva, vislumbro pertinente a insurgência do agravante.

Ante o exposto, com fulcro no art. 932, V, b, CPC e art. 133 XII, b, do Regimento Interno do TJE/PA, dou
provimento ao recurso, por se encontrar em acordo com jurisprudência dominante dos Tribunais
Superiores e deste Tribunal.

Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.

Publique-se. Intime-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 13 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RELATOR

Número do processo: 0801985-09.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BISMARK


GUILHERME RODRIGUES GAITAN Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO PALMEIRA ALMEIDA
OAB: 39253/GO Participação: AGRAVADO Nome: MUNICIPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

PROCESSO Nº 0801985-09.2020.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: SANTANA DO ARAGUAIA

AGRAVANTE: BISMARK GUILHERME RODRIGUES GAITAN (ADVOGADO FLÁVIO PALMEIRA


ALMEIDA – OAB/PA N.º 20.865-A)

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO MONOCRÁTICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COBRANÇA DE VALORES.


JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE PROVAS EM CONTRÁRIO.
SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.
DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA INEXISTÊNCIA OU DO
DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO ATRELADA À FORMA
DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.

1. 1. Modifica-se a decisão agravada de revogação de benefício de justiça gratuita, tendo em vista


que uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem que houvesse
impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.
2. 2. Portanto, é condição sine quanon para revogação do aludido benefício, prova da modificação no
estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação da parte no processo.
3. 3. Recurso conhecido e provido.

Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO/ATIVO, interposto


por BISMARK GUILHERME RODRIGUES GAITAN, em face de decisão proferida pelo Juízo de Direito da
Vara Única da Comarca de Santana do Araguaia, proferida nos autos da Ação de Obrigação de Fazer
cumulada com Cobrança de Valores (n.º 0001149-50.2019.8.14.0050), ajuizada em desfavor do
MUNICÍPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA.

Consta dos autos que o Juízo de Piso revogou o benefício da justiça gratuita, considerando que o autor
atuou em exercício abusivo ao direito de peticionar, ao argumento de que seu patrono ajuizou mais de 200
ações com a mesma causa de pedir quando poderia ter ajuizado uma única ação coletiva.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Irresignado, o recorrente alega, em suma, que o ordenamento jurídico, em especial o Código de Defesa
do Consumidor, admite a coexistência de ações individuais e coletivas sobre a mesma matéria.

Sustenta que a tese jurídica de dolo processual na qual se fundamentou o julgador, qual seja “sham
litigation”, corresponde a conduta por meio da qual a parte demandante objetiva valer-se da tutela
jurisdicional sem qualquer perspectiva de sucesso na ação, com nítido propósito de trazer qualquer tipo de
dano para a parte contrária, o que não se vislumbra no caso concreto, pois a recorrida não possui ação
dolosa com o intuito de prejudicar o recorrido, pelo contrário, o seu pedido encontra amparo na Lei de n.
11.738/2008.

Salienta que o Juízo prolator da decisão recorrida não pautou sua decisão na falta de pressupostos legais
para a concessão do benefício, estabelecidos no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil e que “na
suposta falta ainda dos elementos que evidenciassem a hipossuficiência da Agravante, deveria ainda o
magistrado a quo ter oportunizado aquela o direito de apresentá-los em prazo determinado, o que também
não aconteceu”.

Junta aos autos documentos comprobatórios de que aufere renda mensal de R$ 2.289,09, que o
impossibilita arcar com os custos do processo, sem que acarrete prejuízo a sua subsistência.

Por fim, requer a concessão da antecipação da tutela recursal, para que lhe seja restabelecido o benefício
da justiça gratuita e, ao final, seu provimento definitivo.

Em decisão interlocutória (ID. 2894728) deferi o pedido de efeito suspensivo.

O Município de Santana do Araguaia apresentou contrarrazões (ID 5131630) aduzindo, em suma, que os
documentos juntados pela parte agravante não comprovaram os requisitos básicos para a concessão do
benefício à justiça gratuita; que a parte agravante é servidora efetiva ocupante do cargo superior de
PROFESSOR-PI- ZR, que percebe o vencimento líquido de R$ 3.379,51 (três mil e trezentos e setenta e
nove reais e cinquenta e um centavos).

Pontua que existe a possibilidade de parcelamento de custas processuais, nos termos do artigo 98, §6º,
do Código de Processo Civil, pelo que pugna pela não concessão do benefício.

Assim, pugna pelo não provimento do recurso.

O Ministério Público deixou de emitir parecer, com fulcro no artigo 178 da Recomendação nº 34/2016 do
CNMP (Id. 5243323).

Éo relatório.

Decido.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a decidir.

Analisando as razões recursais, observa-se que há elementos de convicção suficientes a ensejar a


concessão de efeito suspensivo sobre a decisão de 1.º grau que revogou o benefício da justiça gratuita,
anteriormente deferida, pelo Juízo de piso, sob o fundamento de que, houve a prática de dolo processual
sham litigation, assentada recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça no RESP 1.817.845-MS,
visando coibir o exercício abusivo do direito de peticionar, com escopo de resguardar inteireza da
jurisdição estatal.

Em sentença proferida, o Juízo de 1.º grau extinguiu o processo sem julgamento de mérito, bem como,
indeferiu a gratuidade de justiça requerida pela parte autora.
188
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Como é de sabença geral, a revogação da gratuidade, ou mesmo seu indeferimento, só cabe nas
situações elencadas no artigo 99 do CPC, o que não se verifica no caso ora examinado.

Neste sentido, incumbe à parte contrária o ônus da prova capaz de desconstituir o direito postulado
(Theotonio Negrão, 33ª edição, nota 1c ao art. 4º da Lei de Assistência Judiciária, p. 1151).

Não se perca de vista que, uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem
que houvesse impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.

Outrossim, não restou demonstrado nenhuma modificação da situação fática entre o deferimento da
gratuidade de justiça e a sua revogação.

Ademais, o Egrégio Superior Tribunal de Justiça entende que, a condenação da parte às penas da
litigância de má-fé, por si só, não tem o condão de autorizar a revogação do benefício da assistência
judiciária gratuita anteriormente concedido.

Com efeito, a jurisprudência daquela Corte Superior entende que é condição sine quanon para revogação
do aludido benefício, prova da modificação no estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada
à forma de atuação da parte no processo.

Àguisa de exemplo, trago à colação do seguinte precedente, reproduzindo os pontos de interesse:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.OMISSÃO, CONTRADIÇÃO,


OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL.AUSÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INADMISSIBILIDADE.SÚMULA 7/STJ. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. PARTE BENEFICIÁRIA
DAASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.DESCABIMENTO....7. A
revogação do benefício da assistência judiciária gratuita – importante instrumento de
democratização do acesso ao Poder Judiciário –pressupõe prova da inexistência ou do
desaparecimento do estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação
da parte no processo.8. Nos termos do art. 98, § 4º, do CPC/2015, a concessão da gratuidade de
justiça não isenta a parte beneficiária de, ao final do processo, pagar aspenalidades que lhe foram
impostas em decorrência da litigância de má-fé.”(REsp 1663193/SP, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRATURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 23/02/2018)

Na mesma direção, há decisão deste Tribunal a respeito dessa temática:

AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSO Nº: 0801845-72.2020.8.14.0000 EXPEDIENTE: 1° TURMA


DE DIREITO PUBLICO AGRAVANTE: CLAUDIO DE OLIVEIRA RODRIGUES AGRAVADO: MUNICIPIO
DE SANTANA DO ARAGUAIA RELATORA: DESEMBARGADORA ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
COBRANÇA DE VALORES. JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO
DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE
PROVAS EM CONTRÁRIO. SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA
INEXISTÊNCIA OU DO DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO
ATRELADA À FORMA DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. 1. Analisando os argumentos ventilados no recurso, constata-se que o cerne
da controvérsia meritória repousa acerca da reforma da decisão que revogou a gratuidade de justiça
anteriormente deferida, em razão do patrono da parte ter ajuizado mais de 200(duzentas) demandas com
a mesma causa de pedir; 2. A Justiça Gratuita possui presunção meramente relativa, a mesma pode ser
desconstituída de ofício pelo pelo magistrado, bem como por requerimento, se comprovado que o
beneficiário tem condições para arcar com as custas processuais, ou seja, é necessária prova escorreita
da capacidade econômico-financeira da parte beneficiada;

3. A revogação ou o indeferimento da gratuidade de justiça deve observar as hipóteses elencadas no art.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

99 §2º do Código de Processo Civil, o que não se vislumbra no caso em apreço. Desta forma, caberia à
parte contrária o ônus da prova de desconstituir o direito postulado pela parte autora;

4. Analisando os autos, verifica-se que a justiça gratuita foi deferida em momento anterior, não
cabendo ao Juízo agir de ofício, sem qualquer impugnação e comprovação da parte adversa, para a
revogação de tal direito. Igualmente, nota-se que não há nos autos demonstração de que houve
modificação da situação fática entre o deferimento da gratuidade de justiça e a sua revogação;

5. A revogação do benefício pleiteado depende de prova da modificação do estado de


miserabilidade econômica, não estando vinculada a forma de atuação da parte demandante no
processo. Precedente STJ.

6. Recurso conhecido e provido, nos termos da fundamentação.

(4808693, 4808693, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-04-21)

Nessa perspectiva, vislumbro pertinente a insurgência do agravante.

Ante o exposto, com fulcro no art. 932, V, b, CPC e art. 133 XII, b, do Regimento Interno do TJE/PA, dou
provimento ao recurso, por se encontrar em acordo com jurisprudência dominante dos Tribunais
Superiores e deste Tribunal.

Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.

Publique-se. Intime-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 13 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0802172-17.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: RITA DIAS DE


OLIVEIRA SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO PALMEIRA ALMEIDA OAB: 39253/GO
Participação: AGRAVADO Nome: MUNICIPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

PROCESSO Nº 0802172-17.2020.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: SANTANA DO ARAGUAIA

AGRAVANTE: RITA DIAS DE OLIVEIRA SOUSA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ADVOGADO FLÁVIO PALMEIRA ALMEIDA – OAB/PA N.º 20.865-A

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO MONOCRÁTICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COBRANÇA DE VALORES.


JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE PROVAS EM CONTRÁRIO.
SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.
DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA INEXISTÊNCIA OU DO
DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO ATRELADA À FORMA
DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.

1. 1. Modifica-se a decisão agravada de revogação de benefício de justiça gratuita, tendo em vista


que uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem que houvesse
impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.
2. 2. Portanto, é condição sine quanon para revogação do aludido benefício, prova da modificação no
estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação da parte no processo.
3. 3. Recurso conhecido e provido.

Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO/ATIVO, interposto


por RITA DIAS DE OLIVEIRA SOUSA, em face de decisão proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única
da Comarca de Santana do Araguaia, proferida nos autos da Ação de Obrigação de Fazer cumulada com
Cobrança de Valores (n.º 0000783-11.2019.8.14.0050), ajuizada em desfavor do MUNICÍPIO DE
SANTANA DO ARAGUAIA.

Consta dos autos que o Juízo de Piso revogou o benefício da justiça gratuita, considerando que a autora
atuou em exercício abusivo ao direito de peticionar, ao argumento de que seu patrono ajuizou mais de 200
ações com a mesma causa de pedir quando poderia ter ajuizado uma única ação coletiva.

Irresignada, a recorrente alega, em suma, que o ordenamento jurídico, em especial o Código de Defesa do
Consumidor, admite a coexistência de ações individuais e coletivas sobre a mesma matéria.

Sustenta que a tese jurídica de dolo processual na qual se fundamentou o julgador, qual seja “sham
litigation”, corresponde a conduta por meio da qual a parte demandante objetiva valer-se da tutela
jurisdicional sem qualquer perspectiva de sucesso na ação, com nítido propósito de trazer qualquer tipo de
dano para a parte contrária, o que não se vislumbra no caso concreto, pois a recorrida não possui ação
dolosa com o intuito de prejudicar o recorrido, pelo contrário, o seu pedido encontra amparo na Lei de n.
11.738/2008.

Salienta que o Juízo prolator da decisão recorrida não pautou sua decisão na falta de pressupostos legais
para a concessão do benefício, estabelecidos no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil e que “na
suposta falta ainda dos elementos que evidenciassem a hipossuficiência da Agravante, deveria ainda o
magistrado a quo ter oportunizado aquela o direito de apresentá-los em prazo determinado, o que também
não aconteceu”.

Junta aos autos documentos comprobatórios de que aufere renda mensal de R$ 3.943,24, que a
impossibilita arcar com os custos do processo, sem que acarrete prejuízo a sua subsistência.

Por fim, requer a concessão da antecipação da tutela recursal, para que lhe seja restabelecido o benefício
191
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

da justiça gratuita e, ao final, seu provimento definitivo.

Em decisão interlocutória (ID. 2903189) deferi o pedido de efeito suspensivo.

O Município de Santana do Araguaia apresentou contrarrazões (ID 5129469) aduzindo, em suma, que os
documentos juntados pela parte agravante não comprovaram os requisitos básicos para a concessão do
benefício à justiça gratuita; que observando os contracheques juntados pela parte autora no processo
originário, verifica-se que sua renda líquida é superior a 3 salários-mínimos.

Pontua que existe a possibilidade de parcelamento de custas processuais, nos termos do artigo 98, §6º,
do Código de Processo Civil, pelo que pugna pela não concessão do benefício.

Assim, pugna pelo não provimento do recurso.

O Ministério Público deixou de emitir parecer, com fulcro no artigo 178 da Recomendação nº 34/2016 do
CNMP (Id. 5243327).

Éo relatório.

Decido.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a decidir.

Analisando as razões recursais, observa-se que há elementos de convicção suficientes a ensejar a


concessão de efeito suspensivo sobre a decisão de 1.º grau que revogou o benefício da justiça gratuita,
anteriormente deferida, pelo Juízo de piso, sob o fundamento de que, houve a prática de dolo processual
sham litigation, assentada recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça no RESP 1.817.845-MS,
visando coibir o exercício abusivo do direito de peticionar, com escopo de resguardar inteireza da
jurisdição estatal.

Em sentença proferida, o Juízo de 1.º grau extinguiu o processo sem julgamento de mérito, bem como,
indeferiu a gratuidade de justiça requerida pela parte autora.

Como é de sabença geral, a revogação da gratuidade, ou mesmo seu indeferimento, só cabe nas
situações elencadas no artigo 99 do CPC, o que não se verifica no caso ora examinado.

Neste sentido, incumbe à parte contrária o ônus da prova capaz de desconstituir o direito postulado
(Theotonio Negrão, 33ª edição, nota 1c ao art. 4º da Lei de Assistência Judiciária, p. 1151).

Não se perca de vista que, uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem
que houvesse impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.

Outrossim, não restou demonstrado nenhuma modificação da situação fática entre o deferimento da
gratuidade de justiça e a sua revogação.

Ademais, o Egrégio Superior Tribunal de Justiça entende que, a condenação da parte às penas da
litigância de má-fé, por si só, não tem o condão de autorizar a revogação do benefício da assistência
judiciária gratuita anteriormente concedido.

Com efeito, a jurisprudência daquela Corte Superior entende que é condição sine quanon para revogação
do aludido benefício, prova da modificação no estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada
à forma de atuação da parte no processo.

Àguisa de exemplo, trago à colação do seguinte precedente, reproduzindo os pontos de interesse:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.OMISSÃO, CONTRADIÇÃO,


OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL.AUSÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INADMISSIBILIDADE.SÚMULA 7/STJ. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. PARTE BENEFICIÁRIA
DAASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.DESCABIMENTO....7. A
revogação do benefício da assistência judiciária gratuita – importante instrumento de
democratização do acesso ao Poder Judiciário –pressupõe prova da inexistência ou do
desaparecimento do estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação
da parte no processo.8. Nos termos do art. 98, § 4º, do CPC/2015, a concessão da gratuidade de
justiça não isenta a parte beneficiária de, ao final do processo, pagar aspenalidades que lhe foram
impostas em decorrência da litigância de má-fé.”(REsp 1663193/SP, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRATURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 23/02/2018)

Na mesma direção, há decisão deste Tribunal a respeito dessa temática:

AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSO Nº: 0801845-72.2020.8.14.0000 EXPEDIENTE: 1° TURMA


DE DIREITO PUBLICO AGRAVANTE: CLAUDIO DE OLIVEIRA RODRIGUES AGRAVADO: MUNICIPIO
DE SANTANA DO ARAGUAIA RELATORA: DESEMBARGADORA ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
COBRANÇA DE VALORES. JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO
DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE
PROVAS EM CONTRÁRIO. SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA
INEXISTÊNCIA OU DO DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO
ATRELADA À FORMA DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. 1. Analisando os argumentos ventilados no recurso, constata-se que o cerne
da controvérsia meritória repousa acerca da reforma da decisão que revogou a gratuidade de justiça
anteriormente deferida, em razão do patrono da parte ter ajuizado mais de 200(duzentas) demandas com
a mesma causa de pedir; 2. A Justiça Gratuita possui presunção meramente relativa, a mesma pode ser
desconstituída de ofício pelo pelo magistrado, bem como por requerimento, se comprovado que o
beneficiário tem condições para arcar com as custas processuais, ou seja, é necessária prova escorreita
da capacidade econômico-financeira da parte beneficiada;

3. A revogação ou o indeferimento da gratuidade de justiça deve observar as hipóteses elencadas no art.


99 §2º do Código de Processo Civil, o que não se vislumbra no caso em apreço. Desta forma, caberia à
parte contrária o ônus da prova de desconstituir o direito postulado pela parte autora;

4. Analisando os autos, verifica-se que a justiça gratuita foi deferida em momento anterior, não
cabendo ao Juízo agir de ofício, sem qualquer impugnação e comprovação da parte adversa, para a
revogação de tal direito. Igualmente, nota-se que não há nos autos demonstração de que houve
modificação da situação fática entre o deferimento da gratuidade de justiça e a sua revogação;

5. A revogação do benefício pleiteado depende de prova da modificação do estado de


miserabilidade econômica, não estando vinculada a forma de atuação da parte demandante no
processo. Precedente STJ.

6. Recurso conhecido e provido, nos termos da fundamentação.

(4808693, 4808693, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-04-21)

Nessa perspectiva, vislumbro pertinente a insurgência do agravante.

Ante o exposto, com fulcro no art. 932, V, b, CPC e art. 133 XII, b, do Regimento Interno do TJE/PA, dou
provimento ao recurso, por se encontrar em acordo com jurisprudência dominante dos Tribunais
Superiores e deste Tribunal.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.

Publique-se. Intime-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 13 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0806993-35.2018.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: J SILVEIRA & CIA


LTDA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE VICTOR FAYAL ALMEIDA OAB: 20622/PA Participação:
AGRAVADO Nome: COORDENADOR DA COORDENAÇÃO EXECUTIVA REGIONAL DE
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DE BELÉM-PA (CERAT) Participação: AGRAVADO Nome: ESTADO DO
PARA

Decisão Monocrática

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por J Silveira & Cia LTDA em face de decisão interlocutória
proferida pelo juízo da 3ª Vara de Execução Fiscal de Belém nos autos do Mandado de Segurança
impetrado contra ato atribuído ao Coordenador da Coordenação Executiva Regional de Administração
Tributária de Belém (CERAT).

Após consulta aos autos de origem (processo n° 0838552-77.2018.8.14.0301), verifiquei que o juízo a quo
proferiu sentença denegando a segurança pleiteada (ID 29593056).

Assim, julgo prejudicado o presente Agravo de Instrumento, em virtude da perda superveniente de seu
objeto.

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0801473-89.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: AGRAVADO Nome: ITAITUBA INDUSTRIA DE CIMENTOS DO PARA S/A Participação:
ADVOGADO Nome: FRANCISCO EDSON LOPES DA ROCHA JUNIOR OAB: 6861/PA

PROCESSO Nº 0801473-89.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2ªTURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

COMARCA: BELÉM (3ªVARA D E EXECUÇÃO FISCAL)

AGRAVANTE: ESTADO DO PARÁ

PROCURADOR DO ESTADO: RODRIGO BAIA NOGUEIRA

AGRAVADO: ITAITUBA INDUSTRIA DE CIMENTOS DO PARA S/A

ADVOGADO: NÃO HÁ PROCURADOR HABILITADO NOS AUTOS

ENDEREÇO: AVE ANTONIO SIMOES, 589, GALPAO A, PRAINHA, SANTARÉM/PA, CEP: 68010-380.

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. SISTEMA INFOJUD.


ESGOTAMENTO DE DILIGÊNCIAS. ANTERIORES. QUEBRA DOS SIGILOS BANCÁRIO E FISCAL.
ART. 5º, X E XII, DA CF/88. POSSIBILIDADE, CONFORME LEI COMPLEMENTAR Nº 105/91, QUE
DISPÕE SOBRE O SIGILO DAS TRANSAÇÕES BANCÁRIAS. NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO
PODER JUDICIÁRIO. RESPEITO AO INTERESSE PÚBLICO E AO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE.
AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO.

1. No caso, esgotaram-se todas as tentativas de localização de patrimônio da agravada, sem que se


tenha obtido qualquer sucesso nas buscas realizadas, uma vez que foi efetuado bloqueio no SISBAJUD E
RENAJUD, restando infrutíferos.

2. Plausível o pleito de acesso do exequente às últimas declarações de bens e rendas entregues pelo
devedor à Receita Federal, via sistema INFOJUD, devendo as informações ficarem limitadas ao âmbito do
processo, inacessíveis a terceiros, preservado o sigilo que esses dados devem merecer, à luz da CF e do
CPC.

3. Recurso conhecido e provido.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os presentes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO,


interposto por ESTADO DO PARÁ, contra decisão interlocutória proferida pelo MM. Juízo da 3ª Vara de
Execução Fiscal de Belém, nos autos da Execução Fiscal (n.º 0830872-07.2019.8.14.0301) promovida em
desfavor de ITAITUBA INDUSTRIA DE CIMENTOS DO PARA S/A.

Consta dos autos que a execução fiscal foi ajuizada para a cobrança de créditos tributários devidamente
inscritos em Dívida Ativa que, no momento do ajuizamento, totalizavam R$ 2.515.709,55 (dois milhões
quinhentos e quinze mil e setecentos e nove reais e cinquenta e cinco centavos). Após regular citação e
inércia do devedor, o ente estadual requereu o bloqueio de ativos financeiros de sua titularidade, via
sistema SISBAJUD (doc. id 19095145), o que foi deferido (doc. id 19293929), mas não logrou êxito (doc. id
19550643), o que também ocorreu com a tentativa de indisponibilidade de veículos automotores pelo
sistema RENAJUD (doc. id 19550644). Passo seguinte, o Estado requereu consulta às últimas
declarações de bens e rendas entregues pela pessoa jurídica à Receita Federal, via sistema INFOJUD
(doc. id 19955284). O pedido, todavia, foi indeferido pelo magistrado.

O agravante requer a reforma da decisão interlocutória, determinando-se, imediatamente, acesso do


exequente às últimas declarações de bens e rendas entregues pelo devedor à Receita Federal, via
sistema INFOJUD.

Afirma que a presença do fumus boni iuris decorre da orientação do Superior Tribunal de Justiça ser
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

pacífica no sentido de ser desnecessário o esgotamento das diligências na busca de bens a serem
penhorados a fim de autorizar-se a penhora on line, e o periculum in mora encontra-se presente pelo
prejuízo que a espera pelo julgamento definitivo do agravo de instrumento representa para a cobrança dos
créditos tributários, que resta obstaculizada sem motivo legítimo, em detrimento, em última análise, da
recuperação de recursos destinados à concretização de finalidades constitucionais.

Diante dessas circunstâncias, pleiteia a concessão de efeito suspensivo ativo, determinando-se,


imediatamente, acesso do exequente às últimas declarações de bens e rendas entregues pelo devedor à
Receita Federal, via sistema INFOJUD e, ao final, para a reforma definitiva da decisão.

Deferi o pedido de efeito suspensivo.

Embora devidamente intimada, não foram oferecidas contrarrazões.

Éo relatório.

Decido.

Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.

Analisando as razões recursais, constato que a argumentação exposta pelo agravante foi suficiente para
desconstituir a decisão de 1.º grau, tendo em vista que o agravante pleiteia a expedição de ofícios para a
Receita Federal, visando obter informações patrimoniais sobre bens disponíveis da agravada, para a
satisfação total do crédito executado, tendo em vista que as diligências anteriores não lograram êxito.

Em observância ao que trata a matéria do presente recurso, refiro as condições ditas pela Lei
Complementar nº 105/01, que dispõe sobre sigilo das operações de instituições financeiras, nos termos de
seus artigos 1º, §3º, VI e art. 3º, caput, in verbis:

Art. 1º. As instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços
prestados.

(...)

§3º. Não constitui violação do dever de sigilo:

(...)

VI - a prestação de informações nos termos e condições estabelecidos nos artigos 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 9º
desta Lei Complementar.

(...)

Art. 3º. Serão prestadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pelas
instituições financeiras as informações ordenadas pelo Poder Judiciário, preservado o seu caráter sigiloso
mediante acesso restrito às partes, que delas não poderão servir-se para fins estranhos à lide.

Com efeito, a determinação para expedir ofício à Receita Federal não caracteriza quebra de sigilo
bancário ou fiscal, eis que as informações fornecidas ficam restritas ao âmbito do processo.

Além disso, ressalvo que o sigilo fiscal não deve servir para obstaculizar o conhecimento do exequente
sobre eventuais bens disponíveis no âmbito patrimonial dos devedores, impossibilitando que estes últimos
deixem de quitar com a obrigação anteriormente contraída e até o presente momento não paga.
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Ademais, em que pese seja ônus do agravante a busca por bens passíveis de penhora, restou
comprovado, no caso concreto, que se esgotaram todas as tentativas de localização de patrimônio da
agravada, sem que se tenha obtido qualquer sucesso nas buscas realizadas, uma vez que foi efetuado
bloqueio no SISBAJUD E RENAJUD no sentido de se bloquear ativos financeiros e veículos, para
cumprimento do mandado de penhora na sua integralidade, porém sem sucesso. Ora, o agravante
requereu em juízo as medidas possíveis com vistas a localização de bens para a garantia de seu crédito,
porém, não há como apontar determinado bem se a descoberta de sua propriedade depende de dados
contidos na Receita Federal.

Releva salientar que o processo deve desenvolver-se com o objetivo de satisfação da pretensão do
exequente, qual seja, a satisfação de seu crédito, com atenção aos princípios da celeridade e efetividade
da prestação jurisdicional e sem que isso possa lhe trazer prejuízos não justificáveis no caso concreto, não
sendo necessário esgotar as vias extrajudiciais de localização de bens do devedor para a utilização do
sistema de penhora eletrônica.

Nesse sentido, é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. SISTEMAS RENAJUD E INFOJUD.


ESGOTAMENTO DE DILIGÊNCIAS. DESNECESSIDADE. 1. Hipótese em que o Tribunal de origem
consignou: "o Decreto nº 8.789, de 2016 estabelece o compartilhamento de dados entre os órgãos e
entidades da administração pública federal. Daí que as informações que seriam obtidas pela consulta ao
Renajud são obteníveis pela própria exequente, caso em que desnecessária a intervenção do juízo. (...) o
acesso ao Infojud exige- se antes tenham sido empreendidas outras medidas na execução, como
expedição de mandado de penhora, consulta ao Bacenjud e Renajud (...) ao caso das autarquias
exequentes que se beneficiam do compartilhamento de dados estabelecido pelo Decreto nº 8.789, de
2016, deve ser exigido também que tenham previamente obtido as informações que lhe são
disponibilizadas pela Receita Federal do Brasil - como o DOI -, e trazer aos autos as informações
pertinentes" (fls. 130-131, e-STJ). 2. O STJ possui compreensão firmada de que é legal a realização de
pesquisas nos sistemas Bacenjud, Renajud e Infojud, porquanto são meios colocados à disposição da
parte exequente para agilizar a satisfação de seus créditos, dispensando-se o esgotamento das buscas
por outros bens do executado. 3. Recurso Especial provido. (REsp 1845322/RS, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/12/2019, DJe 25/05/2020)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE


INADIMPLENTES. SERASAJUD. ART. 782 DO CPC/2015. POSSIBILIDADE. FACULDADE DO JUIZ.
RECUSA POR AUSÊNCIA DE CONVÊNIO OU INDISPONIBILIDADE DO SISTEMA. IMPOSSIBILIDADE.
1. É possível a utilização do sistema Serasajud nos processos de Execução Fiscal. Não há qualquer óbice
ao seu emprego em relação a devedores inscritos em Dívida Ativa que, demandados em juízo, não
cumpram a obrigação em cobrança. (...) 4. O STJ possui compreensão firmada de que é legal a realização
de pesquisas nos sistemas Bacenjud, Renajud e Infojud, porquanto são meios colocados à disposição da
parte exequente para agilizar a satisfação de seus créditos, não sendo necessário o esgotamento das
buscas por outros bens do executado. Precedentes: REsp 1.778.360/RS, Rel. Min. Francisco Falcão,
Segunda Turma, DJe 14.2.2019; AgInt no AREsp 1.398.071/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
Segunda Turma, DJe 15.3.2019; AREsp 1.376.209/RJ, Rel. Min. Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe
13.12.2018; AgInt no AREsp 1.293.757/ES, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe
14.8.2018; AgInt no REsp 1.678.675/RS, Rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 13.3.2018. (...) 12.
Em síntese: a) é possível a utilização do sistema Serasajud nos processos de Execução Fiscal; b) é legal
a realização de pesquisas nos sistemas Bacenjud, Renajud e Infojud, porquanto são meios colocados à
disposição da parte executada para agilizar a satisfação de seus créditos, não sendo necessário o
esgotamento das buscas por outros bens do executado; c) sendo medida menos onerosa à parte
executada, a anotação do nome em cadastro de inadimplentes pode ser determinada antes de esgotada a
busca por bens penhoráveis; d) o uso da expressão verbal "pode", no art. 782, § 3º, do CPC/2015,
demonstra que cuidar-se de uma faculdade atribuída ao juiz, a ser por ele exercida ou não, a depender
das circunstâncias do caso concreto; e) o magistrado não pode recusar o pedido de inclusão do nome do
executado em cadastros de inadimplentes, tais como oSerasajud, argumentando apenas a ausência de
convênio ou a indisponibilidade do sistema. 13. No presente caso, a Corte de origem consignou: "a parte
agravante nada indica acerca da impossibilidade de providenciar ela própria a anotação do nome do
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executado em cadastros de inadimplentes" (fl. 32, e-STJ). 14. Observa-se, assim, que o acórdão recorrido
está em consonância com a compreensão do STJ sobre a matéria, no sentido de que o uso da expressão
verbal "pode", no art. 782, §3º, do CPC/2015, demonstra que se trata de uma faculdade atribuída ao juiz, a
ser por ele exercida ou não, a depender das circunstâncias do caso concreto. 15. Recurso Especial não
provido. (REsp 1827340/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
17/09/2019, DJe 11/10/2019)

PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. UTILIZAÇÃO DO SISTEMA INFOJUD.


ESGOTAMENTO DOS MEIOS DE LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR. DESNECESSIDADE.
EFETIVIDADE DA EXECUÇÃO. I - O Superior Tribunal de Justiça firmou jurisprudência de que o
entendimento adotado para o BACENJUD deve ser estendido para o sistema INFOJUD, como meio de
prestigiar a efetividade da execução, não sendo necessário o exaurimento de todas as vias extrajudiciais
de localização de bens do devedor para a utilização do sistema de penhora eletrônica. Precedentes: AgInt
no REsp n. 1.636.161/PE, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Primeira Turma, DJe 11/5/2017 e REsp n.
1.582.421/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 27/5/2016. II - Agravo em recurso
especial conhecido para dar provimento ao recurso especial. (AREsp 1376209/RJ, Rel. Ministro
FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/12/2018, DJe 13/12/2018)

No mesmo desiderato, já decidiu este Tribunal:

EMENTA. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. PRELIMINAR DE MÉRITO


SUSCITADA EM CONTRARRAZÕES RECURSAIS. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO
CONHECIDA POR NÃO INTEGRAR A DECISÃO AGRAVADA. MÉRITO. SOLICITAÇÃO DE
INFORMAÇÕES A RECEITA FEDERAL E AO DETRAN. QUEBRA DOS SIGILOS BANCÁRIO E FISCAL.
ART. 5º, X E XII, DA CF/88. POSSIBILIDADE, CONFORME LEI COMPLEMENTAR Nº 105/91, QUE
DISPÕE SOBRE O SIGILO DAS TRANSAÇÕES BANCÁRIAS. NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO
PODER JUDICIÁRIO. PRECEDENTES DE TRIBUNAIS PÁTRIOS. RESPEITO AO INTERESSE PÚBLICO
E AO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO. (2019.00716163-71,
201.112, Rel. JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR, Órgão Julgador 1ª TURMA DE
DIREITO PRIVADO, Julgado em 2019-02-25, Publicado em 2019-02-26)

Desse modo, plausível o pleito de acesso do exequente às últimas declarações de bens e rendas
entregues pelo devedor à Receita Federal, via sistema INFOJUD, devendo as informações ficarem
limitadas ao âmbito do processo, inacessíveis a terceiros, preservado o sigilo que esses dados devem
merecer, à luz da CF e do CPC.

Ante o exposto, com fundamento no art. 932, V, b, CPC e art. 133 XII, b, do Regimento Interno do TJE/PA,
conheço o recurso e dou provimento para reformar a decisão agravada, por estar a decisão agravada em
confronto com o Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se. Intime-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 13 de Agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0802068-25.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: WILMA LOPES DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO PALMEIRA ALMEIDA OAB: 39253/GO Participação:
AGRAVADO Nome: MUNICIPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

PROCESSO Nº 0802068-25.2020.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: SANTANA DO ARAGUAIA

AGRAVANTE: WILMA LOPES DA SILVA

ADVOGADO FLÁVIO PALMEIRA ALMEIDA – OAB/PA N.º 20.865-A

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO MONOCRÁTICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COBRANÇA DE VALORES.


JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE PROVAS EM CONTRÁRIO.
SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.
DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA INEXISTÊNCIA OU DO
DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO ATRELADA À FORMA
DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.

1. 1. Modifica-se a decisão agravada de revogação de benefício de justiça gratuita, tendo em vista


que uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem que houvesse
impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.
2. 2. Portanto, é condição sine quanon para revogação do aludido benefício, prova da modificação no
estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação da parte no processo.
3. 3. Recurso conhecido e provido.

Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO/ATIVO, interposto


por WILMA LOPES DA SILVA, em face de decisão proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da
Comarca de Santana do Araguaia, proferida nos autos da Ação de Obrigação de Fazer cumulada com
Cobrança de Valores (n.º 0003944-29.2019.8.14.0050), ajuizada em desfavor do MUNICÍPIO DE
SANTANA DO ARAGUAIA.

Consta dos autos que o Juízo de Piso revogou o benefício da justiça gratuita, considerando que a autora
atuou em exercício abusivo ao direito de peticionar, ao argumento de que seu patrono ajuizou mais de 200
ações com a mesma causa de pedir quando poderia ter ajuizado uma única ação coletiva.

Irresignada, a recorrente alega, em suma, que o ordenamento jurídico, em especial o Código de Defesa do
Consumidor, admite a coexistência de ações individuais e coletivas sobre a mesma matéria.

Sustenta que a tese jurídica de dolo processual na qual se fundamentou o julgador, qual seja “sham
litigation”, corresponde a conduta por meio da qual a parte demandante objetiva valer-se da tutela
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jurisdicional sem qualquer perspectiva de sucesso na ação, com nítido propósito de trazer qualquer tipo de
dano para a parte contrária, o que não se vislumbra no caso concreto, pois a recorrida não possui ação
dolosa com o intuito de prejudicar o recorrido, pelo contrário, o seu pedido encontra amparo na Lei de n.
11.738/2008.

Salienta que o Juízo prolator da decisão recorrida não pautou sua decisão na falta de pressupostos legais
para a concessão do benefício, estabelecidos no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil e que “na
suposta falta ainda dos elementos que evidenciassem a hipossuficiência da Agravante, deveria ainda o
magistrado a quo ter oportunizado aquela o direito de apresentá-los em prazo determinado, o que também
não aconteceu”.

Junta aos autos documentos comprobatórios de que aufere renda mensal de R$ 3.127,30, que a
impossibilita arcar com os custos do processo, sem que acarrete prejuízo a sua subsistência.

Por fim, requer a concessão da antecipação da tutela recursal, para que lhe seja restabelecido o benefício
da justiça gratuita e, ao final, seu provimento definitivo.

Em decisão interlocutória (ID. 2903186) deferi o pedido de efeito suspensivo.

O Município de Santana do Araguaia apresentou contrarrazões (ID 5129499) aduzindo, em suma, que o
benefício da justiça gratuita é direito que deve socorrer tão-somente aqueles que realmente necessitam,
isto é, aqueles que, de fato, não têm condições de arcar com as despesas processuais sem a necessária
mantença de sua família.

Pontua que existe a possibilidade de parcelamento de custas processuais, nos termos do artigo 98, §6º,
do Código de Processo Civil, pelo que pugna pela não concessão do benefício.

Assim, pugna pelo não provimento do recurso.

O Ministério Público se manifestou pelo conhecimento e provimento do presente recurso (5536844).

Éo relatório.

Decido.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a decidir.

Analisando as razões recursais, observa-se que há elementos de convicção suficientes a ensejar a


concessão de efeito suspensivo sobre a decisão de 1.º grau que revogou o benefício da justiça gratuita,
anteriormente deferida, pelo Juízo de piso, sob o fundamento de que, houve a prática de dolo processual
sham litigation, assentada recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça no RESP 1.817.845-MS,
visando coibir o exercício abusivo do direito de peticionar, com escopo de resguardar inteireza da
jurisdição estatal.

Em sentença proferida, o Juízo de 1.º grau extinguiu o processo sem julgamento de mérito, bem como,
indeferiu a gratuidade de justiça requerida pela parte autora.

Como é de sabença geral, a revogação da gratuidade, ou mesmo seu indeferimento, só cabe nas
situações elencadas no artigo 99 do CPC, o que não se verifica no caso ora examinado.

Neste sentido, incumbe à parte contrária o ônus da prova capaz de desconstituir o direito postulado
(Theotonio Negrão, 33ª edição, nota 1c ao art. 4º da Lei de Assistência Judiciária, p. 1151).

Não se perca de vista que, uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

que houvesse impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.

Outrossim, não restou demonstrado nenhuma modificação da situação fática entre o deferimento da
gratuidade de justiça e a sua revogação.

Ademais, o Egrégio Superior Tribunal de Justiça entende que, a condenação da parte às penas da
litigância de má-fé, por si só, não tem o condão de autorizar a revogação do benefício da assistência
judiciária gratuita anteriormente concedido.

Com efeito, a jurisprudência daquela Corte Superior entende que é condição sine quanon para revogação
do aludido benefício, prova da modificação no estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada
à forma de atuação da parte no processo.

Àguisa de exemplo, trago à colação do seguinte precedente, reproduzindo os pontos de interesse:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.OMISSÃO, CONTRADIÇÃO,


OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL.AUSÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INADMISSIBILIDADE.SÚMULA 7/STJ. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. PARTE BENEFICIÁRIA
DAASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.DESCABIMENTO....7. A
revogação do benefício da assistência judiciária gratuita – importante instrumento de
democratização do acesso ao Poder Judiciário –pressupõe prova da inexistência ou do
desaparecimento do estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação
da parte no processo.8. Nos termos do art. 98, § 4º, do CPC/2015, a concessão da gratuidade de
justiça não isenta a parte beneficiária de, ao final do processo, pagar aspenalidades que lhe foram
impostas em decorrência da litigância de má-fé.”(REsp 1663193/SP, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRATURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 23/02/2018)

Na mesma direção, há decisão deste Tribunal a respeito dessa temática:

AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSO Nº: 0801845-72.2020.8.14.0000 EXPEDIENTE: 1° TURMA


DE DIREITO PUBLICO AGRAVANTE: CLAUDIO DE OLIVEIRA RODRIGUES AGRAVADO: MUNICIPIO
DE SANTANA DO ARAGUAIA RELATORA: DESEMBARGADORA ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
COBRANÇA DE VALORES. JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO
DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE
PROVAS EM CONTRÁRIO. SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA
INEXISTÊNCIA OU DO DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO
ATRELADA À FORMA DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. 1. Analisando os argumentos ventilados no recurso, constata-se que o cerne
da controvérsia meritória repousa acerca da reforma da decisão que revogou a gratuidade de justiça
anteriormente deferida, em razão do patrono da parte ter ajuizado mais de 200(duzentas) demandas com
a mesma causa de pedir; 2. A Justiça Gratuita possui presunção meramente relativa, a mesma pode ser
desconstituída de ofício pelo pelo magistrado, bem como por requerimento, se comprovado que o
beneficiário tem condições para arcar com as custas processuais, ou seja, é necessária prova escorreita
da capacidade econômico-financeira da parte beneficiada;

3. A revogação ou o indeferimento da gratuidade de justiça deve observar as hipóteses elencadas no art.


99 §2º do Código de Processo Civil, o que não se vislumbra no caso em apreço. Desta forma, caberia à
parte contrária o ônus da prova de desconstituir o direito postulado pela parte autora;

4. Analisando os autos, verifica-se que a justiça gratuita foi deferida em momento anterior, não
cabendo ao Juízo agir de ofício, sem qualquer impugnação e comprovação da parte adversa, para a
revogação de tal direito. Igualmente, nota-se que não há nos autos demonstração de que houve
modificação da situação fática entre o deferimento da gratuidade de justiça e a sua revogação;
201
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

5. A revogação do benefício pleiteado depende de prova da modificação do estado de


miserabilidade econômica, não estando vinculada a forma de atuação da parte demandante no
processo. Precedente STJ.

6. Recurso conhecido e provido, nos termos da fundamentação.

(4808693, 4808693, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-04-21)

Nessa perspectiva, vislumbro pertinente a insurgência do agravante.

Ante o exposto, com fulcro no art. 932, V, b, CPC e art. 133 XII, b, do Regimento Interno do TJE/PA, dou
provimento ao recurso, por se encontrar em acordo com jurisprudência dominante dos Tribunais
Superiores e deste Tribunal.

Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.

Publique-se. Intime-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 13 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0802252-78.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: LETICIA DOS


ANJOS LUZ Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO PALMEIRA ALMEIDA OAB: 39253/GO
Participação: AGRAVADO Nome: MUNICIPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

PROCESSO Nº 0802252-78.2020.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: SANTANA DO ARAGUAIA

AGRAVANTE: LETICIA DOS ANJOS LUZ

ADVOGADO FLÁVIO PALMEIRA ALMEIDA – OAB/PA N.º 20.865-A

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE SANTANA DO ARAGUAIA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO


202
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECISÃO MONOCRÁTICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COBRANÇA DE VALORES.


JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE PROVAS EM CONTRÁRIO.
SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.
DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA INEXISTÊNCIA OU DO
DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO ATRELADA À FORMA
DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.

1. 1. Modifica-se a decisão agravada de revogação de benefício de justiça gratuita, tendo em vista


que uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem que houvesse
impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.
2. 2. Portanto, é condição sine quanon para revogação do aludido benefício, prova da modificação no
estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação da parte no processo.
3. 3. Recurso conhecido e provido.

Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO/ATIVO, interposto


por LETICIA DOS ANJOS LUZ, em face de decisão proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da
Comarca de Santana do Araguaia, proferida nos autos da Ação de Obrigação de Fazer cumulada com
Cobrança de Valores (n.º 0000358-81.2019.8.14.0050), ajuizada em desfavor do MUNICÍPIO DE
SANTANA DO ARAGUAIA.

Consta dos autos que o Juízo de Piso revogou o benefício da justiça gratuita, considerando que a autora
atuou em exercício abusivo ao direito de peticionar, ao argumento de que seu patrono ajuizou mais de 200
ações com a mesma causa de pedir quando poderia ter ajuizado uma única ação coletiva.

Irresignada, a recorrente alega, em suma, que o ordenamento jurídico, em especial o Código de Defesa
do Consumidor, admite a coexistência de ações individuais e coletivas sobre a mesma matéria.

Sustenta que a tese jurídica de dolo processual na qual se fundamentou o julgador, qual seja “sham
litigation”, corresponde a conduta por meio da qual a parte demandante objetiva valer-se da tutela
jurisdicional sem qualquer perspectiva de sucesso na ação, com nítido propósito de trazer qualquer tipo de
dano para a parte contrária, o que não se vislumbra no caso concreto, pois a recorrida não possui ação
dolosa com o intuito de prejudicar o recorrido, pelo contrário, o seu pedido encontra amparo na Lei de n.
11.738/2008.

Salienta que o Juízo prolator da decisão recorrida não pautou sua decisão na falta de pressupostos legais
para a concessão do benefício, estabelecidos no artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil e que “na
suposta falta ainda dos elementos que evidenciassem a hipossuficiência da Agravante, deveria ainda o
magistrado a quo ter oportunizado aquela o direito de apresentá-los em prazo determinado, o que também
não aconteceu”. Junta aos autos documentos comprobatórios de que aufere renda mensal de R$
1.972,27, que a impossibilita arcar com os custos do processo, sem que acarrete prejuízo a sua
subsistência.

Por fim, requer a concessão da antecipação da tutela recursal, para que lhe seja restabelecido o benefício
da justiça gratuita e, ao final, seu provimento definitivo.

Em decisão interlocutória (ID. 2907095) deferi o pedido de efeito suspensivo.

O Município de Santana do Araguaia apresentou contrarrazões (ID. 5131024) aduzindo, em suma, que os
documentos juntados pela parte agravante não comprovaram os requisitos básicos para a concessão do
benefício à justiça gratuita; que a parte agravante é servidora efetiva ocupante do cargo superior de
203
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROFESSOR-PI ZR, que percebe o vencimento líquido de R$ 3.143,16 (três mil e cento e quarenta e três
reais e dezesseis centavos).

Pontua que existe a possibilidade de parcelamento de custas processuais, nos termos do artigo 98, §6º,
do Código de Processo Civil, pelo que pugna pela não concessão do benefício.

Assim, pugna pelo não provimento do recurso.

O Ministério Público se manifestou pelo conhecimento e provimento do presente recurso (5331746).

Éo relatório.

Decido.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a decidir.

Analisando as razões recursais, observa-se que há elementos de convicção suficientes a ensejar a


concessão de efeito suspensivo sobre a decisão de 1.º grau que revogou o benefício da justiça gratuita,
anteriormente deferida, pelo Juízo de piso, sob o fundamento de que, houve a prática de dolo processual
sham litigation, assentada recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça no RESP 1.817.845-MS,
visando coibir o exercício abusivo do direito de peticionar, com escopo de resguardar inteireza da
jurisdição estatal.

Em sentença proferida, o Juízo de 1.º grau extinguiu o processo sem julgamento de mérito, bem como,
indeferiu a gratuidade de justiça requerida pela parte autora.

Como é de sabença geral, a revogação da gratuidade, ou mesmo seu indeferimento, só cabe nas
situações elencadas no artigo 99 do CPC, o que não se verifica no caso ora examinado.

Neste sentido, incumbe à parte contrária o ônus da prova capaz de desconstituir o direito postulado
(Theotonio Negrão, 33ª edição, nota 1c ao art. 4º da Lei de Assistência Judiciária, p. 1151).

Não se perca de vista que, uma vez deferida a gratuidade de justiça, não cabe ao Juízo agir de ofício, sem
que houvesse impugnação e comprovação da parte adversa, para revogação do benefício.

Outrossim, não restou demonstrado nenhuma modificação da situação fática entre o deferimento da
gratuidade de justiça e a sua revogação.

Ademais, o Egrégio Superior Tribunal de Justiça entende que, a condenação da parte às penas da
litigância de má-fé, por si só, não tem o condão de autorizar a revogação do benefício da assistência
judiciária gratuita anteriormente concedido.

Com efeito, a jurisprudência daquela Corte Superior entende que é condição sine quanon para revogação
do aludido benefício, prova da modificação no estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada
à forma de atuação da parte no processo.

Àguisa de exemplo, trago à colação do seguinte precedente, reproduzindo os pontos de interesse:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.OMISSÃO, CONTRADIÇÃO,


OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL.AUSÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INADMISSIBILIDADE.SÚMULA 7/STJ. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. PARTE BENEFICIÁRIA
DAASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.DESCABIMENTO....7. A
revogação do benefício da assistência judiciária gratuita – importante instrumento de
democratização do acesso ao Poder Judiciário –pressupõe prova da inexistência ou do
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desaparecimento do estado de miserabilidade econômica, não estando atrelada à forma de atuação


da parte no processo.8. Nos termos do art. 98, § 4º, do CPC/2015, a concessão da gratuidade de
justiça não isenta a parte beneficiária de, ao final do processo, pagar aspenalidades que lhe foram
impostas em decorrência da litigância de má-fé.”(REsp 1663193/SP, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRATURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 23/02/2018)

Na mesma direção, há decisão deste Tribunal a respeito dessa temática:

AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSO Nº: 0801845-72.2020.8.14.0000 EXPEDIENTE: 1° TURMA


DE DIREITO PUBLICO AGRAVANTE: CLAUDIO DE OLIVEIRA RODRIGUES AGRAVADO: MUNICIPIO
DE SANTANA DO ARAGUAIA RELATORA: DESEMBARGADORA ROSILEIDE MARIA DA COSTA
CUNHA EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
COBRANÇA DE VALORES. JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO PELO JUÍZO A QUO. DECLARAÇÃO
DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE
PROVAS EM CONTRÁRIO. SITUAÇÃO QUE AUTORIZA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO QUE PRESSUPÕE PROVA DA
INEXISTÊNCIA OU DO DESAPARECIMENTO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA, NÃO ESTANDO
ATRELADA À FORMA DE ATUAÇÃO DA PARTE NO PROCESSO. PRECEDENTES STJ. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. 1. Analisando os argumentos ventilados no recurso, constata-se que o cerne
da controvérsia meritória repousa acerca da reforma da decisão que revogou a gratuidade de justiça
anteriormente deferida, em razão do patrono da parte ter ajuizado mais de 200(duzentas) demandas com
a mesma causa de pedir; 2. A Justiça Gratuita possui presunção meramente relativa, a mesma pode ser
desconstituída de ofício pelo pelo magistrado, bem como por requerimento, se comprovado que o
beneficiário tem condições para arcar com as custas processuais, ou seja, é necessária prova escorreita
da capacidade econômico-financeira da parte beneficiada;

3. A revogação ou o indeferimento da gratuidade de justiça deve observar as hipóteses elencadas no art.


99 §2º do Código de Processo Civil, o que não se vislumbra no caso em apreço. Desta forma, caberia à
parte contrária o ônus da prova de desconstituir o direito postulado pela parte autora;

4. Analisando os autos, verifica-se que a justiça gratuita foi deferida em momento anterior, não
cabendo ao Juízo agir de ofício, sem qualquer impugnação e comprovação da parte adversa, para a
revogação de tal direito. Igualmente, nota-se que não há nos autos demonstração de que houve
modificação da situação fática entre o deferimento da gratuidade de justiça e a sua revogação;

5. A revogação do benefício pleiteado depende de prova da modificação do estado de


miserabilidade econômica, não estando vinculada a forma de atuação da parte demandante no
processo. Precedente STJ.

6. Recurso conhecido e provido, nos termos da fundamentação.

(4808693, 4808693, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Público, Julgado em 2021-03-22, Publicado em 2021-04-21)

Nessa perspectiva, vislumbro pertinente a insurgência do agravante.

Ante o exposto, com fulcro no art. 932, V, b, CPC e art. 133 XII, b, do Regimento Interno do TJE/PA, dou
provimento ao recurso, por se encontrar em acordo com jurisprudência dominante dos Tribunais
Superiores e deste Tribunal.

Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o seu trânsito em julgado, dando-se baixa na distribuição
deste TJE/PA e posterior arquivamento.

Publique-se. Intime-se.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 13 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0807657-61.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: COMERCIAL DE


GENEROS ALIMENTICIOS PRECO OTIMO LTDA Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL LIMA DE
SOUZA AGUILAR OAB: 14139/PA Participação: AGRAVANTE Nome: DANIELY DO SOCORRO SOARES
DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL LIMA DE SOUZA AGUILAR OAB: 14139/PA
Participação: AGRAVANTE Nome: ANTONIO CLAUDIO GOMES DA SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: DANIEL LIMA DE SOUZA AGUILAR OAB: 14139/PA Participação: AGRAVADO Nome: FAZENDA
PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ Participação: AGRAVADO Nome: ESTADO DO PARÁ

Decisão Monocrática

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Comercial Preço Ótimo LTDA, Daniely do Socorro
Soares da Silva e Antonio Claudio Gomes da Silva em face de decisão interlocutória proferida pelo juízo
da 1ª Vara Cível e Empresarial de Capanema nos autos dos Embargos à Execução Fiscal opostos em
desfavor do Estado do Pará.

Os agravantes se insurgem contra decisão que indeferiu seu pedido de gratuidade da justiça, alegando
que para conseguir tal benefício basta a mera afirmação, conforme o art. 4º da Lei nº 1.060/1950.

Aduzem estarem passando por problemas financeiros e que a empresa não estaria em pleno
funcionamento há tempos, motivo pelo qual não possuiriam mais acesso aos documentos necessários à
comprovação requerida pelo magistrado.

Ressaltam que a lei não exige a miséria absoluta ou, no caso de empresas, a sua falência total, e que o
pedido só pode ser indeferido se houver nos autos elementos que evidenciam falta dos pressupostos
legais, conforme o art. 99, § 2º, do Código de Processo Civil.

Com base nesses argumentos requerem a concessão de efeito suspensivo e, ao final, o total provimento
do Agravo de Instrumento.

É o relatório necessário.

Após a análise dos autos, verifico que o processo de origem consiste em Embargos à Execução, através
do qual a empresa Comercial Preço Ótimo LTDA, representada pelos sócios Daniely do Socorro Soares
da Silva e Antonio Claudio Gomes da Silva, impugna os cálculos apresentados pelo Estado do Pará em
sede de Execução Fiscal.

Ante o requerimento de gratuidade de justiça apresentado pelos agravantes na exordial (ID 5795771 -
Pág. 4), o juízo a quo determinou a comprovação do preenchimento dos requisitos legais para a
concessão do benefício, mediante a juntada de declarações de renda e relação de receitas e despesas
mensais (ID 5795771 - Pág. 27), em observância à regra do art. 99, § 2º, do Código de Processo Civil
(CPC).
206
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Não obstante, os agravantes apresentaram, tão somente, Declaração de Hipossuficiência (ID 5795771 -
Págs. 31 a 33), razão pela qual o pedido foi indeferido (ID 5795771 - Pág. 36).

Nesse tocante, importa destacar que, em se tratando de pedido de justiça gratuita formulado por pessoa
jurídica, não basta a simples afirmação de impossibilidade de arcar com as custas do processo, sendo
imprescindível o cumprimento do disposto pela Súmula nº 481 do Superior Tribunal de Justiça (STJ):

Súmula nº 481: Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que
demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.

Apesar de os agravantes sustentarem que a empresa estaria passando por problemas financeiros, não
juntaram qualquer prova que corroborasse suas afirmações, sendo certo que a sua situação cadastral
como "inapta" perante o cadastro da Receita Federal (ID 5795767 - Pág. 1) não é, por si só, circunstância
que denote a hipossuficiência da pessoa jurídica.

Assim, considerando a contrariedade do presente Agravo de Instrumento ao teor da Súmula nº 481 do


STJ, impõe-se a aplicação do art. 932, inciso IV, “a”, do CPC:

Art. 932. Incumbe ao relator:

(...)

IV - negar provimento a recurso que for contrário a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; (...)

Ante o exposto, de forma monocrática, com fulcro no art. 932, inciso IV, “a”, do CPC, CONHEÇO DO
RECURSO E NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo inalterada a decisão agravada.

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0808467-36.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: G. A. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: ELVIS RODOLFO DA SILVA CARVALHO OAB: 785/PA Participação:
AGRAVADO Nome: I. N. D. O. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0808467-36.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: G. A. D. C.

AGRAVADO: I. N. D. O.

COMARCA DE ORIGEM: NOVO REPARTIMENTO/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: PLANTÃO JUDICIÁRIO


207
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Vistos, etc.

Tratam os presentes autos de Recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por G. A. D. C. em


face do I. N. D. O. contra decisão interlocutória proferida pelo MM. Juízo da Vara Única de Novo
Repartimento/PA que, nos autos de AÇÃO CAUTELAR DE BUSCA E APREENSÃO DE MENOR,
indeferiu o pedido liminar de busca e apreensão formulado na exordial.

Na decisão agravada (ID. 5967609), o juízo primevo, na esteira da manifestação do Ministério Púbico,
revogou decisão anteriormente proferida, indeferindo o pedido liminar de busca e apreensão de menor
formulado pela materna, ora agravante, na exordial, para determinar que a infante A. A. D. O., permaneça
no núcleo familiar paterno até ulterior deliberação, estabelecendo, outrossim, o direito de visitação da
materna.

Dessa decisão, interpôs a parte autora G. A. D. C., Recurso de Agravo de Instrumento (ID. 5967608).

Alega que desde o nascimento da infante, até a homologação de sentença judicial reconhecendo o vínculo
de paternidade do agravado, a guarda daquela teria sido exercida unicamente pela agravante.

Argui que em 17/06/2021, ao exercer o direito de visitação, o paterno agravado teria se recusado a
devolver a menor à guarda da materna, sob a falsa acuação de esta, estaria permitindo que a infante
frequentasse locais inapropriados à sua idade.

Arrazoa que genitor, ora agravado, teria induzido o juízo primevo a erro, com falsas alegações, cujo
conteúdo já teria sido elido através das manifestações de órgãos oficiais como Conselho Tutelar, Instituto
Propaz e Centro de Perícia Renato Chaves.

Argumenta, ainda, que o fumus bonis iuris e o periculum in mora aptos a ensejar a concessão da liminar
de busca e apreensão estariam devidamente demonstrados nos autos, visto que considerando o melhor
interesse do menor a interrupção do convívio com a materna, além de traumática para a criança, traria
prejuízos à saúde e ao desenvolvimento da menor.

Pleiteia, assim, que seja concedido efeito suspensivo ao recurso para sustar a decisão agravada,
conferindo validade a decisão que havia deferido a liminar anteriormente e, em decisão definitiva confirmar
o decisum concedendo a liminar de busca e apreensão.

Juntou documentos a fim de subsidiar seu pleito.

Os presentes autos foram apresentados no expediente do Plantão Judiciário.

É o sucinto relatório.

Decido.

Analisando detidamente os presentes autos, observa-se que a ora agravante, se insurge contra decisão do
MM. Juízo da Vara Única de Novo Repartimento/PA, que, na esteira da manifestação do Parquet, indeferiu
o pedido liminar de busca e apreensão da menor A. A. D. O., formulado pela materna na exordial,
determinando que a infante permaneça no núcleo familiar paterno.

Nesse sentido, vejamos o disposto no art. 1º da Resolução n. 016/2016 deste Egrégio Tribunal de Justiça,
que regulamenta o serviço de plantão judiciário no âmbito do Poder Judiciário estadual:

Art. 1º O Plantão Judiciário, em 1º e 2º graus de jurisdição, destina-se exclusivamente ao exame


das seguintes matérias:
208
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

I- pedidos de habeas-corpus e mandados de segurança em que a autoridade coatora esteja submetida à


competência jurisdicional do magistrado plantonista;

II- comunicações de prisão em flagrante e apreciação de pedidos pertinentes à liberdade do investigado ou


do adolescente em conflito com a lei;

III- representação da autoridade policial ou requerimento, objetivando a decretação de prisão preventiva ou


prisão temporária, em caso de justificada urgência;

IV- pedidos de busca e apreensão de pessoas, bens ou valores, em caso de justificada urgência;

V- medidas urgentes de natureza cível ou criminal que não possam ser realizadas no horário
normal de expediente ou em situação cuja demora possa resultar risco de grave prejuízo ou de
difícil reparação;

VI- medidas urgentes, de naturezas cíveis e criminais, da competência dos Juizados Especiais, limitadas
as hipóteses acima elencadas.

Com efeito, entendo que o presente caso não se consubstancia em medida urgente que não possa ser
realizada no horário normal de expediente, nos termos do supracitado art. 1º, inciso V, da Resolução
016/2016-GP deste Egrégio Tribunal de Justiça.

Precipuamente, porque, a parte agravante, em nenhum momento, fundamentou a impossibilidade de


requerer as medidas que considera urgentes em horário normal de expediente, bem como por não
vislumbrar que a presente situação possa resultar em risco de grave prejuízo ou de difícil reparação, uma
vez que inexiste qualquer menção no sentido de que a concessão da guarda provisão ao paterno,
exponha a infante a algum risco ou perigo iminente.

De igual forma, observo dos autos, que a decisão agravada foi proferida em 30/07/2021 (ID. 5967609),
sendo a agravante intimada acerca desta em 03/08/2021, consoante informado pela própria recorrente,
desta forma, em sendo interposto o presente recurso somente em 13/08/2017, ou seja, passados 10 (dez)
dias, entendo que resta esvaziada a urgência da apreciação da matéria em sede de plantão judiciário.

Ante o exposto, não se tratando de hipótese de processo a ser examinado em sede de Plantão
Judiciário, remetam-se os autos ao Desembargador(a) Relator(a) sorteado para processar e julgar o feito
em sede de expediente normal, nos termos do art. 1º, §6º da Resolução n. 016/2016.

Publique-se, Intimem-se e Cumpra-se.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora Plantonista

Número do processo: 0032661-89.2010.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: INSTITUTO DE


GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: APELADO Nome: ANA CATARINA
FERREIRA CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: KARLA THAMIRIS NORONHA TOMAZ OAB:
18843/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA OAB: 13372/PA

Decisão Monocrática
209
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Trata-se de Apelação Cível interposta pelo Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará -
IGEPREV em face de sentença que deu procedência aos pedidos da autora/apelada para condenar o
apelante ao pagamento de adicional de interiorização.

O recorrente requer o provimento do recurso, para reformar a sentença no sentido de rejeitar totalmente
os pedidos da ação.

Foi determinado o sobrestamento da apelação em razão da instauração do Incidente de


Inconstitucionalidade no processo n° 0014123-97.2011.8.14.0051, em tramite nesta Corte, em que se
questiona o direito ao pagamento de adicional de interiorização.

É o relatório. Decido Monocraticamente com base no Art. 932, VIII do CPC c/c art. 133, XII, d do
Regimento Interno deste E. TJPA.

O pagamento do Adicional de Interiorização aos policiais militares estava previsto no art. 48, IV, da
Constituição do Estado do Pará e na Lei Estadual nº 5.652/1991.

Entretanto, esse dispositivo foi objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 6.321, tendo sido
julgada procedente pelo Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, não subsiste mais razão jurídica para que o presente feito tenha seu curso sobrestado,
razão pela qual deve prosseguir.

Nesse sentido, verifico, da análise dos autos, que a sentença é contrária ao entendimento consagrado
pelo Supremo Tribunal Federal na referida ADI nº 6.321. Veja-se a ementa do julgado:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. INC. IV DO ART. 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E


LEI ESTADUAL 5.652/1991. INSTITUIÇÃO DE ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO A SERVIDORES
MILITARES. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. COMPETÊNCIA DE GOVERNADOR PARA
INICIATIVA DE LEI SOBRE REGIME JURÍDICO E REMUNERAÇÃO DE MILITARES ESTADUAIS.
PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA
DECISÃO.

(STF - ADI: 6321 PA 0086601-22.2020.1.00.0000, Relator: CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento:


21/12/2020, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 08/02/2021).

Ante o exposto, conheço do recurso e dou-lhe provimento monocraticamente, com base no art. 932,
VIII do CPC c/c art. 133, XII, d do Regimento Interno deste E. TJPA, para reformar a sentença e julgar
improcedente o pedido de pagamento de adicional de interiorização.

Advirto ainda às partes, que caso haja interposição do recurso de Agravo Interno e, este venha a ser
declarado manifestamente improcedente, em votação unânime pelo Órgão Colegiado, haverá a incidência
da aplicação de multa, nos termos do §2º do art. 1021 do CPC.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator
210
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0803021-52.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ESTADO DO PARÁ


Participação: AGRAVADO Nome: SP COMERCIO DE MAQUINAS PARA TERRAPLENAGEM LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: ELIZABETH SANTO PEREIRA OAB: 26468/O/MT Participação:
ADVOGADO Nome: ULISSES GARCIA NETO OAB: 11512/O/MT Decisão Monocrática

Trata-se de recurso de agravo de instrumento interposto pelo Estado do Pará, contra decisão de primeiro
grau, prolatada pelo juízo da 3ª Vara de execução fiscal da Comarca de Belém, que deferiu medida liminar
em seu desfavor.

Entende o agravante que merece reforma a decisão impugnada, uma vez que a autuação não se refere a
cobrança de ICMS pelo simples deslocamento de mercadoria entre estabelecimentos do mesmo
contribuinte, mas ao ICMS antecipação especial devido pela ocorrência de fato gerador.

Diz que o ICMS cobrado pretende antecipar a operação subsequente à operação estadual que a nota
fiscal expõe, o qual é antecipado quando o contribuinte está na situação de ativo não regular.

Afirma que a mercadoria que originou a autuação condiz com perfeição com os produtos comercializados
pela empresa e, portanto, vai ser objeto de comercialização posterior.

Alega que apesar da agravada sustentar que a operação praticada não está sujeita a tributação, por se
tratar de mera transferência entre estabelecimentos do mesmo titular, o ICMS cobrado não guarda relação
com tal hipótese de não incidência.

Aduz que ao caso se aplica o artigo 127, II, do CTN, o qual assegura que os estabelecimentos são
autônomos entre si, incidindo, pois, o imposto na saída da mercadoria do estabelecimento remetente,
pouco importando o destinatário.

Diz que ao caso não se aplica a Súmula 166 do STJ e que o artigo 12 da LC 87/96 não faz distinção
quanto a natureza da operação autorizando o imposto em qualquer hipótese.

Em razão dos argumentos acima, requer efeito suspensivo ao recurso.

Éo relatório necessário.

Decido acerca do pedido de tutela recursal.


A pretensão do agravante não encontra guarida na jurisprudência dos nossos Tribunais.

Recentemente o STF julgou improcedente a ADC n.º 49 a qual questionava justamente o tema objeto do
presente recurso e declarou a inconstitucionalidade do artigo 12 da LC 87/96 utilizada como fundamento
neste agravo para afastar a decisão impugnada. Veja-se:

Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


CONSTITUCIONALIDADE. ICMS. DESLOCAMENTO FÍSICO DE BENS DE UM ESTABELECIMENTO
PARA OUTRO DE MESMA TITULARIDADE. INEXISTÊNCIA DE FATO GERADOR. PRECEDENTES DA
CORTE. NECESSIDADE DE OPERAÇÃO JURÍDICA COM TRAMITAÇÃO DE POSSE E PROPRIDADE
DE BENS. AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE. 1. Enquanto o diploma em análise dispõe que incide o
ICMS na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo
titular, o Judiciário possui entendimento no sentido de não incidência, situação esta que exemplifica, de
pronto, evidente insegurança jurídica na seara tributária. Estão cumpridas, portanto, as exigências
previstas pela Lei n. 9.868/1999 para processamento e julgamento da presente ADC. 2. O deslocamento
de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo titular não configura fato gerador da incidência de
ICMS, ainda que se trate de circulação interestadual. Precedentes. 3. A hipótese de incidência do tributo é
a operação jurídica praticada por comerciante que acarrete circulação de mercadoria e transmissão de sua
211
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

titularidade ao consumidor final. 4. Ação declaratória julgada improcedente, declarando a


inconstitucionalidade dos artigos 11, §3º, II, 12, I, no trecho “ainda que para outro estabelecimento do
mesmo titular”, e 13, §4º, da Lei Complementar Federal n. 87, de 13 de setembro de 1996. (STF, ADC
49/RN. Tribunal Pleno. Rel. Min. Edson Fachin. Publicação: 04.05.2021).

Desse modo, não vislumbro o fumus boni iuris necessário à concessão da liminar.

Ante o exposto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

Intime-se a agravada para, querendo, apresentar contrarrazões ao presente recurso.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0003178-72.2012.8.14.0065 Participação: APELANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: APELADO Nome: JOAO SANTOS SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS
SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA

Decisão Monocrática

Trata-se de Apelação Cível interposta pelo Estado do Pará em face de sentença que deu parcial
procedência aos pedidos do autor/apelado para condenar o ente público ao pagamento de adicional de
interiorização.

O apelante requer o provimento do recurso, para reformar a sentença no sentido de rejeitar totalmente os
pedidos da ação.

Foi determinado o sobrestamento da apelação em razão da instauração do Incidente de


Inconstitucionalidade no processo n° 0014123-97.2011.8.14.0051, em tramite nesta Corte, em que se
questiona o direito ao pagamento de adicional de interiorização.

É o relatório. Decido Monocraticamente com base no Art. 932, VIII do CPC c/c art. 133, XII, d do
Regimento Interno deste E. TJPA.

O pagamento do Adicional de Interiorização aos policiais militares estava previsto no art. 48, IV, da
Constituição do Estado do Pará e na Lei Estadual nº 5.652/1991.

Entretanto, esse dispositivo foi objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 6.321, tendo sido
julgada procedente pelo Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, não subsiste mais razão jurídica para que o presente feito tenha seu curso sobrestado,
razão pela qual deve prosseguir.

Nesse sentido, verifico, da análise dos autos, que a sentença é contrária ao entendimento consagrado
pelo Supremo Tribunal Federal na referida ADI nº 6.321. Veja-se a ementa do julgado:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. INC. IV DO ART. 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

LEI ESTADUAL 5.652/1991. INSTITUIÇÃO DE ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO A SERVIDORES


MILITARES. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. COMPETÊNCIA DE GOVERNADOR PARA
INICIATIVA DE LEI SOBRE REGIME JURÍDICO E REMUNERAÇÃO DE MILITARES ESTADUAIS.
PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA
DECISÃO.

(STF - ADI: 6321 PA 0086601-22.2020.1.00.0000, Relator: CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento:


21/12/2020, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 08/02/2021).

Ante o exposto, conheço do recurso e dou-lhe provimento monocraticamente, com base no art. 932,
VIII do CPC c/c art. 133, XII, d do Regimento Interno deste E. TJPA, para reformar a sentença e julgar
improcedente o pedido de pagamento de adicional de interiorização.

Inverto os ônus da sucumbência, de modo que condeno o apelado ao pagamento das custas do processo
e honorários de sucumbência no importe de 20% sobre o valor da causa.

No entanto, por ser o apelado beneficiário da justiça gratuita, suspendo a exigibilidade dessa condenação,
enquanto presente a sua condição de hipossuficiência observado o prazo prescricional de cinco anos, nos
termos do artigo 98, parágrafo 3º do Código de Processo Civil.

Advirto ainda às partes, que caso haja interposição do recurso de Agravo Interno e, este venha a ser
declarado manifestamente improcedente, em votação unânime pelo Órgão Colegiado, haverá a incidência
da aplicação de multa, nos termos do §2º do art. 1021 do CPC.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO

Desembargador Relator

Número do processo: 0802097-18.2021.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: MARIA DO


SOCORRO BRAGA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: MARIANA CORREA LOBO OAB:
25917/PA Participação: APELADO Nome: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS

PROCESSO Nº 0802097-18.2021.8.14.0040

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª Turma de Direito Público

RECURSO: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA (1728)

COMARCA: BELéM

APELANTE: MARIA DO SOCORRO BRAGA DOS SANTOS

Nome: MARIA DO SOCORRO BRAGA DOS SANTOS


Endereço: Rua Rio Ipiranga, 348, Casas Populares I, PARAUAPEBAS - PA - CEP: 68515-000

Advogado do(a) APELANTE: MARIANA CORREA LOBO - PA25917-A


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Advogado(s) do reclamante: MARIANA CORREA LOBO

APELADO: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS


REPRESENTANTE: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o apelo no duplo efeito com fundamento no artigo
1012 do CPC/15.

Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.

Em seguida, retornem-me conclusos.

Belém, 13 de agosto de 2021

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0801878-05.2021.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: MUNICÍPIO DE


PARAUAPEBAS Participação: APELADO Nome: ANTONIO MARCIO MENDES DA COSTA Participação:
ADVOGADO Nome: EVERTON HERMES CALDEIRA DIAS OAB: 183107/MG

PROCESSO Nº 0801878-05.2021.8.14.0040

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª Turma de Direito Público

RECURSO: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA (1728)

COMARCA: BELéM

APELANTE: MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS

Nome: MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS


Endereço: Morro dos Ventos, s/n, Quadra Especial, Bairro Beira Rio, PARAUAPEBAS - PA - CEP: 68515-
000

APELADO: ANTONIO MARCIO MENDES DA COSTA


REPRESENTANTE: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS

Advogado(s) do reclamado: EVERTON HERMES CALDEIRA DIAS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o apelo no duplo efeito com fundamento no artigo
1012 do CPC/15.

Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.

Em seguida, retornem-me conclusos.

Belém, 13 de agosto de 2021

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0806883-31.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: SAO PEDRO


COMERCIALIZACAO DE GRAOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL MACHADO SIMOES
PIRES OAB: 101262/RS Participação: AGRAVADO Nome: PRODUTECNICA NORDESTE COMERCIO
DE INSUMOS AGRICOLAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: MATHEUS CARRIEL HONORIO
OAB: 13431/MS Participação: ADVOGADO Nome: JOAO BATISTA FERRAIRO HONORIO OAB:
115461/SP Participação: AGRAVADO Nome: PRODUTECNICA NORTE COMERCIO DE DEFENSIVOS
AGRICOLAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: MATHEUS CARRIEL HONORIO OAB: 13431/MS
Participação: ADVOGADO Nome: JOAO BATISTA FERRAIRO HONORIO OAB: 115461/SP

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE DOM ELISEU/PA

AGRAVO DE INSTRUMENTO: Nº 0806883-31.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: SÃO PEDRO COMERCIALIZAÇÃO DE GRÃOS LTDA

AGRAVADAS: PRODUTECNICA NORDESTE COMÉRCIO DE INSUMOS AGRÍCOLAS LTDA e


PRODUTECNICA NORTE COMÉRCIO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS LTDA.

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

PJE 2021 - 3175

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES: (RELATOR):

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO (Id. Num. 5681743), interposto por SÃO PEDRO
215
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

COMERCIALIZAÇÃO DE GRÃOS LTDA, inconformada com a decisão interlocutória (Id. Num. 28454712),
proferida pelo Juiz Vara Única da Comarca de Dom Eliseu/PA., nos autos da Ação de Embargos de
Terceiros, processo originário n.º 0800115-59.2021.8.14.0107, que deferiu em favor das Empresas
Agravadas PRODUTECNICA NORDESTE COMÉRCIO DE INSUMOS AGRÍCOLAS LTDA e
PRODUTECNICA NORTE COMÉRCIO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS LTDA, Liminar de
REINTEGRAÇÃO DE POSSE, de 1.848 (mil, oitocentos e quarenta e oito) sacas de soja que se
encontram em poder da empresa embargada ora agravante.

Pontuou o magistrado, que diante da concessão da medida cautelar, decidiu ainda, que ficaria vedada a
comercialização da mercadoria por parte da embargante/agravada, sob pena de multa no importe de R$
100,00 (cem reais) por cada saca de soja alienada.

Insatisfeita com a decisão interlocutória (Id. Num. 5681743), de 1º Grau, a empresa SÃO PEDRO
COMERCIALIZAÇÃO DE GRÃOS LTDA, interpôs o presente recurso de agravo de instrumento com
pedido de efeito suspensivo.

Sustentou a agravante, que no caso, falta a comprovação de que a soja que lhe foi entregue, pertencia as
Empresas Agravadas.

Aduziu, que ao contrário do que acreditam as Agravadas, não é de sua propriedade toda a soja produzida
na área de 218 Há, da Fazenda Petrolina, e que em momento algum foi realizado, penhor pignoratício de
1º grau, de totalidade da produção advinda da referida área rural. Portanto, as 1.848 (mil, oitocentos e
quarenta e oito) sacas de soja, estão livres e desembaraçados de quaisquer ônus, podendo ser
negociadas como bem entender.

Afirmou ainda a agravante, que a soja produzida pelo Executado José Ivan é suficiente para adimplir as
suas obrigações assumidas, tanto com o Embargante (Agravada), como as obrigações com o Embargada
(Agravante), fato este declarado pelo próprio Executado/devedor de ambas as empresas litigantes.

Com esses argumentos, finalizou a agravante SÃO PEDRO COMERCIALIZAÇÃO DE GRÃOS LTDA,
ponderando que estando livre de qualquer ônus as 1.848 (mil, oitocentos e quarenta e oito) sacas de soja,
deve ser revogada a r. decisão a quo, para ordenar a devolução da soja objeto da contenda, para a
empresa agravante até que seja julgado em definitivo a demanda.

Estas são as razões do inconformismo vertido no presente recurso de agravo de instrumento.

Relatado, examino e, ao final, decido.

Conforme o artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, recebido o agravo de instrumento no
Tribunal, poderá o Relator “atribuir efeito suspensivo ao recurso, ou deferir, em antecipação de tutela, total
ou parcialmente, a pretensão”.

Até o momento, não constato o desacerto da decisão agravada.

No caso, não identifico por ora, a menor probabilidade de concessão de efeito excepcional postulado.

Pois bem! após analisar a querela vertente, entendo que o pedido formulado pelo agravante deve ser
indeferido, uma vez que, ao contrário do veiculado na minuta recursal, não constato, em um exame de
cognição perfunctória, ou seja, em um juízo de probabilidades, a evidência de equívoco na decisão
agravada, considerando que a parte recorrente não logrou demonstrar, a manifesta ilegalidade ou
teratologia da decisão impugnada, improcedendo por tanto, o inconformismo.

A propósito, na decisão combatida, verifico que o Togado Singular optou, pela prudência, moderação,
equilíbrio, e porque não dizer cautela. Tanto é assim, que ao deferir a Medida Liminar de
REINTEGRAÇÃO DE POSSE, de 1.848 (mil, oitocentos e quarenta e oito) sacas de soja que se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

encontram em poder da empresa embargada ora agravante às empresas embargantes ora agravadas,
determinou, ao me ver, a providência mais importante, proibiu a comercialização das sacas de soja por
parte da embargante/agravada, fixando pena de multa no importe de R$100,00 (cem reais) por cada
saca alienada em desrespeito à presente decisão. Tais medidas, resguardam o direito das partes em litígio
e evitam prejuízos futuros.

O poder geral de cautela, nada mais é que um instrumento para a garantia da efetividade processual, valor
este que foi constitucionalmente consagrado, e que é o fim maior do processo em si.

Énesse cenário que vêm à tona os deveres de prevenção e precaução, que, ao ingressarem no
ordenamento jurídico, ganham força de verdadeiros princípios que servem como mecanismos para
contrabalançar e afastar, na medida do possível e do desejável, os riscos inerentes a querela.

Noutro viés, penso que não se torna ocioso pontuar que, a concessão do efeito suspensivo ao recurso, é
preciso o preenchimento dos requisitos do art. 995, parágrafo único, do NCPC.

“Parágrafo único - A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.”

E assim sendo, com a proibição de comercializar as sacas por parte da embargante/agravante, ficou
afastado o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

Nesse contexto, frente ao deduzido, deixo para reavaliar o pedido recursal, para o momento do exame de
cognição exauriente, e pronunciamento definitivo pela 1ª Turma de Direito Privado -TJPA, ocasião em que
este relator, já irá dispor de maiores esclarecimentos sobre a questão, pois, certamente já estarão
acostadas aos autos as informações encaminhadas pelo juízo de origem, assim como a manifestação da
parte agravada, descrevendo os fatos com suficientes especificidades.

Diante disso, in casu, pelos fatos e fundamentos expostos, INDEFIRO o pleiteado recursal.

Comunique-se ao Juízo de origem, mediante cópia integral da presente decisum.

Intimem-se as empresas agravadas, desta decisão, para, querendo, responder aos termos do recurso,
facultando-lhes juntar a documentação que entender necessária ao seu julgamento (art. 1.019, II, do
CPC/2015).

ÀSecretaria para as devidas providências.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0009208-15.2018.8.14.0130 Participação: APELANTE Nome: MARIA MATEUS


LIMA Participação: ADVOGADO Nome: WAIRES TALMON COSTA JUNIOR OAB: 12234/MA
Participação: APELADO Nome: PREVIPLAN CLUBE Participação: ADVOGADO Nome: ANNA RADHA
MANEIRA DA ROCHA OAB: 44230/CE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE ULIANÓPOLIS/PA

APELAÇÃO CÍVEL N° 0009208-15.2018.8.14.0130

APELANTE: MARIA MATEUS LIMA

APELADO: PREVIPLAN CLUBE

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA CONTRATUAL DE


SERVIÇOS “PREVIPLAN CLUBE” C/C RESTITUIÇÃO MATERIAL E DANOS MORAIS – PEDIDO DE
MAJORAÇÃO DOS DANOS MORAIS – IMPOSSIBILIDADE SOB PENA DE CONFIGURAR
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – APLICAÇÃO DENTRO DOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE – REPETIÇÃO DO INDÉBITO EM DOBRO CABÍVEL. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS MANTIDOS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO MONOCRATICAMENTE.
INTELIGÊNCIA DO ART. 932, DO CPC/2015 C/C O ART. 133, XII, “D”, DO RITJE/PA.

1. Não existindo um critério objetivo e matemático para o arbitramento de dano moral, cabe ao
magistrado a tarefa de decidir qual a justa e razoável recompensa pelo dano sofrido, em acordo com
os princípios da proporcionalidade e razoabilidade e com a jurisprudência.
2. No caso, o valor indevidamente descontado não supera a quantia de R$200,00 (duzentos reais); a
autora demorou quase dois anos entre o primeiro desconto na conta e o ajuizamento da ação, o que
evidencia falta de zelo da autora em mitigar o seu prejuízo; e ainda, existem outras ações com as
com as mesmas caraterísticas e mesmas partes, inviabilizando ao Julgador ter uma visão do todo,
de modo que o valor de R$2.000,00 (dois mil reais) a título de dano moral não é irrisório.
3. A restituição em dobro do indébito (parágrafo único do artigo 42 do CDC) independe da natureza do
elemento volitivo do fornecedor que cobrou valor indevido, revelando-se cabível quando a cobrança
indevida consubstanciar conduta contrária à boa-fé objetiva. Tese fixada pela Corte Especial do
Superior Tribunal de Justiça que se aplica ao caso concreto.
4. A fixação da verba honorária deve ser condizente com a atuação do advogado e a natureza da
causa, remunerando de forma adequada o labor profissional, sem impor carga onerosa ao vencido,
mas também sem apequenar o trabalho desenvolvido pelo causídico. In casu, considerando o grau
de complexidade da causa e o tempo de tramitação da demanda, andou bem a sentença quando
fixou em 10% sobre o valor da condenação (CPC, art. 85, estando dentro dos parâmetros adotados
por esta Corte em casos semelhantes.
5. Recurso conhecido e parcialmente provido monocraticamente, nos termos do art. 932 do CPC/2015
c/c o art. 133, XII, “d”, do RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por MARIA MATEUS LIMA, em face da r. sentença
proferida pelo Juízo de Direito da Vara Cível da Comarca de Ulianópolis/PA., nos autos da Ação
Declaratória de Inexistência de Débito c/c com Reparação de Danos Materiais e Morais movida em
desfavor de PREVIPLAN CLUBE.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Constam dos autos que a apelante ingressou com a presente ação, devido não ter nenhum vínculo
contratual com o apelado capaz de permitir os descontos que o recorrido estava realizando no seu
benefício.

Após regular trâmite processual sobreveio a sentença que julgou parcialmente procedente o pedido
exordial para condenar o requerido a efetuar a compensação pecuniária a título de danos morais no
montante de R$2.000,00 (dois mil reais); restituição simples dos valores descontados indevidamente e
honorários sucumbenciais em 10% do valor da condenação.

Irresignada a autora manejou o presente recurso de apelação requerendo a majoração da condenação do


banco apelado para R$ 10.000,00 (dez mil reais), a título de danos morais; a condenação da parte
requerida a efetuar a restituição dos valores descontados indevidamente em dobro (art. 42 do CDC0;
valores que entende justo e sensato capaz de reparar os danos, bem como atingir o caráter pedagógico da
pena, conforme valores aplicados por este E. Tribunal de Justiça.

Pugna, ainda, pela majoração dos honorários advocatícios fixados em 10% para 20%, nos termos do art.
85, § 2º do CPC.

Contrarrazões ofertadas no Id. Num. 5594002, a parte apelada sustenta que não há qualquer
proporcionalidade ou razoabilidade no pleito da apelante, pois, os descontos que ocorreram em sua conta
forma mínimos, uma vez que somente foi debitado na conta da apelante a quantia de R$ 171,80 (cento e
setenta e um reais e oitenta centavos), no ano de 2017, cujo desconto foi realizado diante da Cessão de
direitos e obrigações estabelecida entre o Banco Pan e a Entidade Previplan Clube, tendo em vista que a
autora contratou um empréstimo bancário com a instituição financeira e não quitou. Com isto, o Banco Pan
cedeu a Previplan a obrigação da cobrança das parcelas inadimplentes, por possuir convênio com o
Banco Bradesco para poder realizar os débitos e repassá-los ao Banco Pan.

Aduz, ainda, que em nenhum momento, nos autos da ação a autora demonstrou o efetivo dano moral que
sofreu, não evidenciou o abalo que o desconto no valor de R$171,80 causou em sua moral.

Desse modo, entende que a sentença deve ser mantida em todos os seus termos.

Encaminhados os autos a esta Corte, coube-me a relatoria por distribuição.

É o breve relatório.

Decido.

Estando a autora dispensada do recolhimento das custas do preparo recursal, em razão de ser
beneficiária da justiça gratuita (Id. 5593991), e preenchidos os demais pressupostos de admissibilidade,
conheço do recurso e passo à sua análise.

Cinge-se a controvérsia recursal acerca do valor arbitrado a título de indenização por danos morais; o
pedido de restituição em dobro da quantia descontada; e o requerimento de majoração dos honorários
advocatícios sucumbenciais.

Pois bem!

Analisando os autos, verifico que merece ser acolhido parcialmente o recurso da apelante, tão somente no
que se refere ao pedido de restituição em dobro da parcela descontada indevidamente.

Primeiramente a apelante insurge-se em relação ao quantum fixado para a condenação à título de danos
materiais, por entender que este mostra-se irrisório, de modo que pugna pela majoração do valor de
R$2.000,00 (dois mil reais) para R$10.000,00 (dez mil reais).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Com efeito, a indenização por dano moral deve observar o caráter punitivo-pedagógico do Direito. Isso
porque visa fortalecer pontos como a prudência, o respeito e o zelo, por parte do ofensor, uma vez que se
baseia nos princípios da dignidade humana e na garantia dos direitos fundamentais. Além disso, objetiva
combater impunidade, uma vez que expõe ao corpo social, todo o fato ocorrido e as medidas tomadas em
resposta às práticas abusivas.

Também cabe assinalar que a indenização deve observar aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade, para ser arbitrada com moderação, a fim de evitar o enriquecimento sem causa. O valor da
indenização pelos danos morais deve ser capaz de reparar a dor sofrida pelo ofendido, de compensá-lo
pelo sofrimento suportado em razão da conduta inadequada do agressor.

E, considerando-se as peculiaridades do caso concreto, as condições econômicas das partes, a


repercussão dos fatos, a natureza do direito subjetivo violado, bem como o caráter punitivo-pedagógico da
condenação, vislumbro que o quantum fixado na sentença recorrida como indenização por dano moral,
atende os requisitos da proporcionalidade e razoabilidade, principalmente diante da ínfima quantia que foi
descontada indevidamente da conta previdenciária da apelante, de modo que a realidade fática dos autos
não permite a majoração dos danos morais, sob pena de configurar enriquecimento ilícito.

Vejamos os fundamentos da sentença recorrida:

“No tocante ao dano moral, tenho que resta configurado in re ipsa, e, portanto, dispensa comprovação
acerca da real experimentação do prejuízo não patrimonial por parte de quem o alega, bastando, para
tanto, que se demonstre a ocorrência do fato ilegal, o que, na situação em exame, ultrapassa o limite do
aborrecimento e dispensa a prova do sofrimento experimentado.

Isto porque, desconto indevidamente na conta corrente certamente fere direito da personalidade, já que se
trata de verba alimentar.

Neste sentido, com base nos vetores que devem nortear a fixação do quantum de indenização por danos
morais (extensão do dano, intensidade de culpa do agente, capacidade econômica das partes, cunho
punitivo e pedagógico, razoabilidade, vedação ao enriquecimento sem causa), reputo justa e adequada à
compensação da parte autora na quantia equivalente ao total R$ 2.000,00 (três – SIC- mil reais).

Entendi por bem em fixar esse valor em R$2.000,00 (dois mil reais). Cheguei a tal valor, primeiro porque
os débitos não superaram o valor de R$200,00 (duzentos reais). Segundo, porque demoraram quase dois
anos entre o primeiro desconto na conta e o ajuizamento da ação, o que

evidencia falta de zelo do autor em mitigar o seu prejuízo.

Além disso, ao consultar o sistema PJE, verifiquei que a Requerida tem diversas ações com as mesmas
caraterísticas. Essa quantidade de ações inviabiliza ao Julgador ter uma visão do todo, de modo que o
valor de R$2.000,00 (dois mil reais) não é irrisório.”

Como se pode observar, de fato, plenamente impossível, no caso concreto, a majoração do quantum
indenizatório, pois este deve ser fixado de acordo com os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade, guardando proporção com a ofensa praticada, sem representar qualquer enriquecimento
indevido, ainda mais tendo em conta a possibilidade de propositura de outras ações equivalentes.

Com relação à irresignação quanto ter sido estabelecido a forma simples para repetição do indébito,
merece acolhimento o inconformismo. Digo isso porque a devolução em dobro do valor cobrado
indevidamente do consumidor não depende da comprovação da má-fé do fornecedor de serviços, quando
a sua conduta for contrária à boa-fé objetiva, como ocorreu no caso em comento em que o banco não
garantiu a segurança que se espera das instituições financeiras.

Este foi o entendimento adotado recentemente pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

pacificou a discussão acerca da interpretação do parágrafo único do artigo 42 do CDC, em sede de


julgamento de recurso paradigma[1], no qual foi fixada a seguinte tese:

“A restituição em dobro do indébito (parágrafo único do artigo 42 do CDC) independe da natureza do


elemento volitivo do fornecedor que cobrou valor indevido, revelando-se cabível quando a cobrança
indevida consubstanciar conduta contrária à boa-fé objetiva.”

Ante essas considerações, entendo devida a repetição em dobro do indébito, devendo ser reformada a
sentença neste ponto.

Neste sentido, cito precedentes deste Tribunal:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS.


EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL COM PEDIDO DE ANTECIPAÇAO DA TUTELA.
SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. TESE RECURSAL DE INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR.
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO CREDITÍCIO. IMPROCEDÊNCIA. INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA. DESCONHECIMENTO DA CONTRATAÇÃO EFETUADO POR TERCEIRO EM NOME DO
AUTOR. FRAUDE NA CONTRATAÇÃO. DESCONTOS ILEGAIS EM PROVENTOS. VERBA DE
CARÁTER ALIMENTAR. COBRANÇA INDEVIDA. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. RESTITUIÇÃO EM
DOBRO. EX VI DA JURISPRUDÊNCIA ATUAL DO STJ SOBRE O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 42 DO
CDC. DEVER DE VERIFICAÇÃO DOS DADOS. DANOS MORAIS. CONFIGURAÇÃO. DANO “IN RE
IPSA”. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA "OPE LEGIS". FORTUITO INTERNO. TEORIA DO RISCO DO
EMPREENDIMENTO. QUANTUM FIXADO EM DESOBEDIÊNCIA AOS PRINCÍPIOS DA
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. REDUÇÃO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE.”

(4802513, 4802513, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Privado, Julgado em 2021-03-29, Publicado em 2021-03-29)

Em relação ao pedido de majoração da verba honorária sucumbencial, sem razão a parte apelante.

Com efeito, a fixação da verba honorária deve ser condizente com a atuação do advogado e a natureza da
causa, remunerando de forma adequada o labor profissional, sem impor carga onerosa ao vencido, mas
também sem apequenar o trabalho desenvolvido pelo causídico.

Entendo que, considerando o grau de complexidade da causa e o tempo de tramitação da demanda,


andou bem a sentença quando fixou em 10% sobre o valor da condenação (CPC, art. 85, estando dentro
dos parâmetros adotados por esta Corte em casos semelhantes.

Ante o exposto, conheço do recurso e DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO, com fulcro no art. 932, do CPC
c/c 133, XII, “d”, do Regimento Interno deste E. Tribunal de Justiça, para reformar a sentença, nos termos
da fundamentação.

Belém, 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

[1] EAREsp 676.608 (paradigma), EAREsp 664.888, EAREsp 600.663, EREsp 1.413.542, EAREsp
676.608, EAREsp 622.697
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0058434-68.2012.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: EQUATORIAL PARA


DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO THAUMATURGO
SORIANO DE MELLO FILHO OAB: 14665/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDREZA NAZARE
CORREA RIBEIRO OAB: 12436/PA Participação: APELADO Nome: MARIA ROGILDA MEIRELES DA
PONTE Participação: ADVOGADO Nome: ADILSON DOS SANTOS TENORIO OAB: 10880/PA

Considerando o deferimento de efeito suspensivo nos autos do Resp em IRDR n. 0801251-


63.2017.814.0000, admitido em 23/07/2021, bem assim conforme preceitua o art. 987, §1º, do Código de
Processo Civil, acautelem-se os autos em secretaria, a fim de aguardar o julgamento do referido processo.

Número do processo: 0806582-95.2020.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: AYMORE CREDITO,


FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO SCHULZE OAB:
23524/PA Participação: APELADO Nome: MARCELO NASCIMENTO DOS SANTOS

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE PARAUAPEBAS/PA

APELAÇÃO CÍVEL Nº. 0806582-95.2020.8.14.0040

APELANTE: AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.

APELADO: MARCELO NASCIMENTO DOS SANTOS

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. ART.


485, INCISO VI, DO CPC/2015. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. INAPLICÁVEL AO CASO. INÉRCIA
DA PARTE QUANTO AO PROSSEGUIMENTO DO FEITO CARACTERIZA ABANDONO DA CAUSA.
NECESSÁRIA A INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTOR. SÚMULA 240 DO STJ. DECISÃO RECORRIDA EM
CONFRONTO COM SÚMULA DE TRIBUNAL SUPERIOR. JULGAMENTO MONOCRÁTICO. ART. 932,
INCISO V, LETRA “A” DO NCPC C/C ART. 133, XII, “D”, DO RITJPA. APELAÇÃO CÍVEL PROVIDA.
SENTENÇA ANULADA.

1. O interesse processual está presente quando a parte necessita recorrer ao Poder Judiciário para obter o
resultado útil pretendido, o que configura o binômio necessidade/utilidade.

2. Inaplicável os incisos VI, do art. 485, do CPC/2015, ao fundamento de ausência de interesse recursal,
quando se tratar de não promoção de atos ou diligências que incumbirem ao autor, abandonando a causa
por mais de 30 (trinta) dias.

3. Incide ao caso o abandono da causa, previsto no art. 485, inciso III, do NCPC, na qual se exige,
conforme § 1º do citado artigo, prévia intimação pessoal da parte, para que o feito seja declarado extinto,
de acordo com a jurisprudência consolidada no Superior Tribunal de Justiça.

4. Com fundamento no 932, inciso V, letra “a”, do CPC/2015 c/c art. 133, XII, “d”, do RITJPA, dou
provimento ao recurso., por estar a decisão recorrida em manifesto confronto com jurisprudência pacífica
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

desta Corte e Súmula do STJ. Sentença desconstituída.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto por AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E


INVESTIMENTO S.A., em face da r. sentença proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de
Parauapebas/PA., nos autos da Ação de Busca e Apreensão ajuizada contra MARCELO NASCIMENTO
DOS SANTOS, que julgou extinto o processo sem resolução de mérito, com fulcro no art. 485, VI, ante
ausência de interessa no prosseguimento da demanda.

Na origem, a apelante ajuizou Ação de Busca e Apreensão com fulcro no Decreto-Lei 911/69, em
decorrência do inadimplemento do financiado, bem como demonstrou a sua constituição em mora.

Devidamente preenchidos os requisitos a medida liminar foi concedida (ID n. 20837017), contudo,
sobreveio certidão negativa de cumprimento do mandado de busca e apreensão.

Intimada para dar andamento ao feito, a parte autora requereu a inclusão de restrição via RENAJUD, no
entanto, a douta magistrada determinou que fosse promovido meios para efetivar a execução da medida
liminar no prazo de 5 dias sob pena de extinção.

Após o decurso do prazo, sobreveio sentença de extinção, com fulcro no art. 485, VI do Código de
Processo Civil.

Irresignada, a parte autora interpôs o presente recurso de apelação (Id. Num.5647717), alegando que, no
caso dos autos, o feito deveria ter sido extinto com fulcro no inciso III do art. 485 do CPC, e não na
hipótese do inciso VI do referido artigo, que se refere a extinção do feito quando ausentes os pressupostos
de legitimidade ou de interesse processual.

Nesse sentido, sustenta que o não recolhimento das custas referentes a diligência do oficial de justiça
deriva do abandono do processo, de modo que necessitaria que a parte recorrente fosse intimada
pessoalmente para em 05 (cinco) dias suprir a falta, e não sendo cumprido o comando judicial estará o
julgador autorizado a proceder a extinção do feito, nos termos do art. 485, III, § 1º, do CPC.

Ao final, pugnou pelo provimento do recurso.

Ascenderam os autos a esta instância e, após regular distribuição, coube-me a relatoria.

Recurso tempestivo e sem o oferecimento de contrarrazões, tendo em vista que ainda não houve a citação
do réu.

DECIDO.

Ab intitio, considero que o recurso pode ser julgado sem a intimação do apelado para oferecimento de
contrarrazões, sem ofensa ao princípio do contraditório, pois, na espécie, a referida intimação mostra-se
dispensável, uma vez que a decisão recorrida foi proferida antes da citação do réu, quando ainda não
estabelecida a relação processual. Nesse sentido, o STJ já assim decidiu:

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO.


INDEFERIMENTO DE FIXAÇÃO DE ALUGUEL PROVISÓRIO. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RÉU NÃO CITADO. VISTA AO AGRAVADO NÃO EFETUADA. PROVIMENTO.
OFENSA AO ART. 527 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. INOCORRÊNCIA.
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1. A jurisprudência desta Corte "considera dispensável a intimação do agravado para contra-razões em


agravo de instrumento quando o recurso foi interposto contra decisão que indeferiu tutela antecipada sem
a ouvida da parte contrária e antes da citação do demandado" (REsp 898.207/RS, Rel. Ministro TEORI
ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, DJ 29.3.2007).

2. Ademais, nos termos do inciso III do artigo 68 da Lei do Inquilinato, "sem prejuízo da contestação e até
a audiência, o réu poderá pedir seja revisto o aluguel provisório, fornecendo elementos para tanto".

3. Agravo interno a que se nega provimento.”

(AgInt no AREsp 725.287/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em
14/03/2017, DJe 20/03/2017)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO


CONTRA DECISÃO QUE INDEFERIU O BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.
AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DA PARTE AGRAVADA PARA RESPOSTA. PRESCINDIBILIDADE.
RELAÇÃO PROCESSUAL AINDA NÃO ESTABELECIDA. VIOLAÇÃO DO ART. 527, V, DO CPC
AFASTADA.

1. Se a relação processual ainda não restou estabelecida, não há necessidade de intimação da parte
adversa para oferecimento das contrarrazões nos autos do agravo de instrumento em que se examina
pedido de assistência judiciária gratuita.

2. Agravo regimental a que se nega provimento.”

(AgRg no AREsp 326.373/MG, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
08/05/2018, DJe 15/05/2018)

Portanto, conheço do recurso do recurso de apelação, uma vez que presentes que se fazem os requisitos
de admissibilidade.

In casu, vislumbro que o processo foi extinto sem resolução de mérito com fundamento nos art. 485, inciso
VI do CPC/2015, equivocadamente, quando deveria ser por abandono da causa, já que o autor deixou fluir
o prazo sem ter promovido atos e as diligências que lhe incumbia, conforme determinação do juízo.

Nesse caso, o § 1° do art. 485 do NCPC impõe a necessidade de intimação pessoal prévia, antes da
extinção do processo.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. NÃO RECOLHIMENTO DE


CUSTAS DE DILIGÊNCIAS DO OFICIAL DE JUSTIÇA. EXTINÇÃO DO PROCESSO POR AUSÊNCIA DE
INTERESSE PROCESSUAL. ERROR IN JUDICANDO. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL.
SENTENÇA ANULADA. RECURSO PROVIDO À UNANIMIDADE.

1. O não pagamento de custas referentes às diligências do Oficial de Justiça não configuram causa de
extinção do processo por ausência de interesse processual.

2. A não promoção dos atos e diligências determinadas pelo juízo configura causa de extinção sem
resolução do mérito por abandono, nos termos do art. 485, III, do CPC/15.

3. Ademais, contata-se que o recorrente apresentou manifestação pugnando pela realização de citação
por carta com aviso de recebimento ou, por hora certa, o que foi solenemente ignorado pelo magistrado de
piso que resolveu diretamente extinguir o feito.

4. A extinção pelos motivos do art. 485, III, do CPC/15, deve ser precedida de intimação pessoal do autor
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para suprir a falta em 5 (cinco) dias, conforme disposição expressa do parágrafo primeiro.

5. Apelação provida à unanimidade. “

(3770457, 3770457, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2020-08-25, Publicado em 2020-10-06)

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUCÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO


POR FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL COM BASE NO ART. 267, VI DO CPC/73. NÃO
CABIMENTO AO CASO. PATENTE O INTERESSE PROCESSUAL DO EXEQUENTE/APELANTE.
PRESENTES OS REQUISITOS DA NECESSIDADE E ADEQUAÇÃO. CABERIA, AO CASO, A
EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO SOB O FUNDAMENTO DOS INCISOS II OU III,
DO CPC73, OS QUAIS EXIGEM A PRÉVIA INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE, O QUE NÃO FOI
OBSERVADO PELO JUÍZO SINGULAR. SENTENÇA DEVE SER ANULADA. RECURSO
PROVIDO.”

(3552592, 3552592, Rel. GLEIDE PEREIRA DE MOURA, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2020-08-18, Publicado em 2020-08-26)

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. BUSCA E APREENSÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO


DE MÉRITO. ABANDONO DE PROCESSO. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTOR.
SENTENÇA ANULADA. RECURSO PROVIDO. 1. A efetiva intimação pessoal da parte autora, como exige
o § 1º do art. 485 do Código de Processo Civil, é imprescindível para a extinção do feito pelo fundamento
do abandono de causa, previsto no inc. III do art. 485 do diploma processual civil. 2. A jurisprudência pátria
é firme no sentido de que a extinção do processo por abandono pressupõe a existência de elemento
subjetivo, qual seja, a vontade do autor de deliberadamente abandonar a causa 3. À unanimidade, nos
termos do voto do relator, recurso de apelação conhecido e provido.”

(4737968, 4737968, Rel. LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Privado, Julgado em 2021-03-08, Publicado em 2021-03-19)

Logo, deverá ser realizada a intimação pessoal da requerente, ora apelante, para praticar ato necessário
ao andamento do feito, conforme dispõe o art. 485, § 1º, do NCPC.

Nesse sentido, compulsando os autos, vislumbro não ter ocorrido a intimação pessoal do demandante tal
como determina a legislação processual civil em vigor, encontrando-se, assim, nula a sentença proferida
pelo magistrado de origem que não atendeu à exigência do dispositivo acima mencionado.

Ante o exposto, a teor do art. 932 c/c o art. 133, XII, “d”, do RITJE/PA, monocraticamente, conheço do
recurso e lhe dou provimento, nos termos da fundamentação.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0803517-81.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: MARCELO


CAMPELO DE ARAUJO E SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR RENATO SILVA DE
SOUZA OAB: 15015/PA Participação: AGRAVADO Nome: JESSINEI GONÇALVES DE SOUZA
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SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE BELÉM/PA

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0803517-81.2021.8.14.0000


AGRAVANTE: MARCELO CAMPELO DE ARAÚJO E SOUSA

RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALVARÁ JUDICIAL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA


GRATUITA. INDEFERIMENTO. HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO COMPROVADA. DECISÃO MANTIDA.
RECURSO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.

1. A gratuidade de justiça, tutelada pela Constituição Federal e normatizada pelo atual Código de Processo
Civil, visa garantir que aqueles que não possuam condições de arcar com as custas e as despesas
processuais, sem prejuízo ao próprio sustento, não tenham obstado o acesso à Justiça.

2. O benefício, outrossim, deve ser concedido a todo aquele que comprovar tal necessidade, nos moldes
do art. 5º, LXXIV, da CF e do art. 99, § 2º, do CPC/2015.

3. Hipóteses dos autos em que os documentos acostados não são capazes de demonstrar a alegada
impossibilidade de pagamento das despesas processuais. Confirmação da decisão que indeferiu a AJG.

4. Recurso de Agravo de Instrumento conhecido, mas desprovido, monocraticamente, com fulcro no art.
932, IV c/c art. 133, XI, “d”, do RITJE/PA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de tutela provisória recursal, interposto por
MARCELO CAMPELO DE ARAÚJO E SOUSA, contra decisão interlocutória prolatada pelo Juiz de Direito
da 10ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém, nos autos da Ação de Alvará Judicial (Processo nº
0875677-11.2020.8.14.0301).

Na decisão combatida, razão do inconformismo, o Juízo Singular analisou apenas o pedido referente à
gratuidade de justiça, determinando o recolhimento das custas processuais em virtude de o autor, embora
regularmente intimado, deixou de juntar qualquer documento que amparasse a alegação de
hipossuficiência, acostando aos autos apenas as certidões de nascimento de seus três filhos para
demonstrar que não pode ter outros custos além do sustento da família.

Inconformado, o agravante manejou o presente recurso de agravo de instrumento (Id. 4972860).

Em suas razões, alegou que é ministro evangélico e que o salário recebido pela igreja se assemelha a
uma ajuda de custo, porquanto o ministério de pastor seria voluntário, consolidado em uma crença.

Ponderou o momento da pandemia ocasionada pelo covid-19, que teria despertado o alerta da precaução
financeira, principalmente para um pai de família que possui a incumbência de criar e alimentar três
rebentos, menores impúberes.

Discorreu acerca dos artigos 98, 99 e 105 do CPC, acerca da possibilidade da declaração de
hipossuficiência e que somente pode ser desconstituída de ofício pelo próprio magistrado caso houvesse
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

provas nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.

Requereu, subsidiariamente, para que seja autorizado o pagamento ao final ou o desconto percentual e o
parcelamento das custas judiciais, conforme requerido ao MM juízo singular.

Ao final, pugnou pela concessão da tutela provisória recursal e, no mérito, pelo provimento do recurso.

Regularmente distribuído, coube-me a relatoria.

Em decisão interlocutória de Id. 5096061, indeferi a antecipação de tutela recursal.

Sem contrarrazões.

Éo relatório, síntese do necessário.

DECIDO.

Conheço do recurso, eis que presentes os seus pressupostos de admissibilidade.

O agravo de instrumento atacou decisão judicial que indeferiu a gratuidade de justiça postulada na
origem. Portanto cabe, em sede de cognição exauriente, a análise única da presença ou não de indícios
de que poderá ou não o agravante fazer jus às benesses da gratuidade de justiça.

Com efeito, a gratuidade de justiça, tutelada pela Constituição Federal e agora normatizada pelo
CPC/2015, visa a garantir que aqueles que não possuam condições de arcar com as custas e despesas
processuais, sem prejuízo do próprio sustento, não tenham obstado o acesso à Justiça.

E a presunção de veracidade da declaração de hipossuficiência econômica, acabou outorgando ao


julgador a prerrogativa de exigir a comprovação dos pressupostos (§ 2º, art. 99 do CPC).

A respeito desse tema, o Superior Tribunal de Justiça, assim, manifestou-se:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.CONCESSÃO. CABIMENTO, NA FORMA
DOS ARTS. 98 E 99 DO CPC/2015.

1. Na forma do disposto no art. 99, §3º, do CPC/2015, presume-se verdadeira a alegação de insuficiência
deduzida exclusivamente por pessoa natural, sendo que, na forma do §2º do mesmo dispositivo, o
magistrado pode indeferir o pedido caso constate nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade.

2. Considerando que não cabe ao STJ a análise do conteúdo fático-probatório dos autos para determinar a
real condição econômica do particular e que o Estado de Alagoas não apresentou, oportunamente,
impugnação às alegações daquele, a concessão do benefício é medida que se impõe.

3. Agravo interno não provido.

(AgInt nos EDcl no AREsp 1637701/AL, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 07/12/2020, DJe 11/12/2020)

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSUAL CIVIL. WRIT.


SUCEDÂNEO RECURSAL. NÃO CABIMENTO. ATO JUDICIAL COATOR.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TERATOLOGIA E ABUSIVIDADE. AUSÊNCIA. NULIDADE PROCESSUAL. INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO.


VOTO DO RELATOR. DECISÃO UNÂNIME. JUNTADA FACULTATIVA. IDENTIDADE DE
FUNDAMENTAÇÕES. ATA DE JULGAMENTO. REGISTRO. SUFICIÊNCIA. GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
INDEFERIMENTO. HIPOSSUFICIÊNCIA. DEMONSTRAÇÃO. AUSÊNCIA. AFIRMAÇÃO DE POBREZA.
PRESUNÇÃO RELATIVA.

1. A via mandamental se mostra incabível quando o ato judicial questionado for passível de impugnação
por recurso adequado, sobretudo se a atribuição de efeito suspensivo for possível, visto que o writ não
pode ser utilizado como sucedâneo de recurso próprio (art. 5º, II, da Lei nº 12.016/2009 e Súmula nº
267/STF).

Inexistência de ato judicial abusivo ou teratológico.

2. Não há deficiência de fundamentação quando os demais julgadores de órgão colegiado apenas aderem
integralmente aos fundamentos do voto do relator, sem acrescentar nova motivação, não existindo,
portanto, prejuízo algum às partes na eventual falta de juntada desses votos escritos. No caso concreto,
houve o registro da posição de cada um na ata de julgamento, dotada de fé pública.

3. Não prospera o pedido de concessão de justiça gratuita se a parte postulante não demonstra
concretamente ser hipossuficiente, gozando a afirmação de pobreza de presunção relativa de veracidade.

4. Agravo interno não provido.”

(AgInt no RMS 64.028/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado
em 07/12/2020, DJe 17/12/2020)

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO


COMPROVADA. PRESUNÇÃO RELATIVA. CARÊNCIA DE DIREITO À GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.

1. De acordo com entendimento firmado nesta Corte, a declaração de pobreza, com o intuito de obter os
benefícios da assistência judiciária gratuita, goza de presunção relativa.

2. Tendo o Tribunal de origem entendido que os ora agravantes não teriam comprovado a sua
hipossuficiência, a revisão da convicção formada demandaria o reexame de fatos e provas, providência
vedada na via eleita, ante a incidência do enunciado n. 7 da Súmula do STJ.

3. Agravo interno desprovido.”

(AgInt no AREsp 1739388/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado
em 01/03/2021, DJe 12/03/2021)

No mesmo sentido a súmula 06 desta Corte, alterada em 27/07/2016, em conformidade com o disposto no
Código de Processo Civil vigente:

“A alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que a pessoa


natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e seguintes do Código
de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio magistrado caso haja prova
nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.”

Assim, os elementos constantes dos autos não são suficientes para demonstrar a fragilidade financeira
alegada pela agravante e a impossibilidade de financiar a lide sem prejuízo da sua subsistência.

Desde o primeiro exame, considerando os fatos articulados, pontuei o recorrente juntou aos autos
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originários apenas a certidão de óbito de sua mãe, o comprovante de rendimentos dela como beneficiária
de pensão, cartão da caixa econômica também de sua genitora, comprovante de residência, carteira de
identidade e as certidões de nascimento dos seus três filhos; e, em sede recursal, extratos bancários de
movimentação da conta, sem, contudo, conter qualquer informação acerca do saldo da conta. Também
não foi colacionado ao presente recurso nem aos autos originários qualquer documento que comprovasse
os rendimentos do agravante, o que fez carecer a probabilidade de seu direito.

Logo, a parte não logrou êxito em demonstrar que suas despesas mensais efetivamente comprometam a
integralidade de sua renda.

Desse modo, ainda que o agravante assevere ser potencialmente lesiva a decisão de primeiro grau,
tentando revertê-la, por meio de alegações insuficientes, incompletas e inábeis a que se propõe.

Cabe ressaltar que não bastam apenas argumentos desprovidos de qualquer indicação concreta, sendo
necessário que a declaração de pobreza seja corroborada com prova precisa nos autos, uma vez que o
direito vive de provas e a prestação jurisdicional nelas se acomoda.

Dito isso, não convém a reforma da decisão combatida, por entender que o Togado Singular consignou de
forma clara, precisa e suficiente as razões de seu convencimento, ou seja, que a exordial e os documentos
acostados aos autos não lograram êxito em comprovar a alegada hipossuficiência financeira.

Dada à importância da matéria em exame e a ideia ora sustentada, convém repetir com outros termos os
argumentos expendidos a respeito do tema: devemos atentar para o fato de que a assistência judiciária é
fornecida apenas aqueles cujos recursos financeiros não forem suficientes para propiciar um acesso
efetivo ao Poder Judiciário.

Ante o exposto, monocraticamente, conheço do recurso, mas lhe nego provimento, nos termos da
fundamentação, com fulcro no art. 932, IV c/c art. 133, XI, “d”, do RITJE/PA.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0000739-34.2014.8.14.0028 Participação: APELANTE Nome: HSBC BANK BRASIL


S.A. - BANCO MULTIPLO Participação: ADVOGADO Nome: MAURICIO COIMBRA GUILHERME
FERREIRA OAB: 16814/PA Participação: APELADO Nome: RANIERI DE CARVALHO SILVA

SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

COMARCA DE MARABÁ/PA

APELAÇÃO CÍVEL Nº. 0000739-34.2014.8.14.0028

APELANTE: HSBC BANK BRASIL S/A – BANCO MÚLTIPLO

APELADO: RANIERI DE CARVALHO SILVA


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RELATOR: DES. LEONARDO DE NORONHA TAVARES

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. AUSÊNCIA DE


CITAÇÃO. INÉRCIA DO CREDOR. AUSENTE PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÇÃO E DE
DESENVOLVIMENTO REGULAR DO PROCESSO. INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE.
DESNECESSIDADE. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO MONOCRATICAMENTE POR
ESTAR CONTRÁRIO À JURISPRUDÊNCIA DO STJ E DO TJPA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR LEONARDO DE NORONHA TAVARES (RELATOR):

Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por HSBC BANK BRASIL S/A – BANCO MÚLTIPLO,
em face da sentença proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de Marabá (ID n. 5424499) que,
nos autos da Ação de Execução, ajuizada em desfavor de RANIERI DE CARVALHO SILVA, julgou extinto
o processo sem resolução de mérito, com base no art. 485, IV, do CPC/2015.

Irresignado, o autor interpôs Recurso de Apelação (Id. 5424500 – fls. 64/71).

Alegou que não houve publicação intimando o patrono do apelante para dar prosseguimento ao feito,
apesar de devidamente constituído nos autos, o que implicaria em nulidade.

Aduziu que somente após o não cumprimento pelo causídico da diligência, caberia a intimação pessoal da
parte.

Sustentou que não seria suficiente a intimação da parte, sendo necessário que houvesse também a
intimação do advogado para que se manifestasse sob pena de extinção do feito.

Pugnou pelo provimento do recurso com a reforma da sentença combatida.

Sem contrarrazões, consoante certidão de Id 5424500 – fl. 84.

Regularmente distribuído, coube-me a relatoria do feito.

Relatado o essencial, passo a examinar e, ao final, decido.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Insurge-se o apelante contra a sentença prolatada pelo Juízo de 1º grau, que extinguiu a ação, sem
resolução de mérito, nos termos do art. 485, IV, do CPC/2015, por não ter a parte promovido os atos de
diligência necessários à constituição da relação processual.

Com efeito, o autor/apelante requereu a suspensão do feito pelo prazo de 60 (sessenta) dias, para que
pudesse diligenciar para indicação de novo endereço do réu para que fosse citado (Id. 5424498 – fl. 52), o
que fora deferido pelo juízo de origem (Id. 5424498 – fl. 53).

Considerando que não houve qualquer manifestação do autor no decorrer do prazo, conforme certidão de
Id. 5427798 – fl. 55, o juízo a quo ainda determinou que a parte autora de manifestasse no
prosseguimento do feito, sob pena de extinção (Id. 5424498 – fl. 56).

A intimação foi devidamente publicada no diário oficial (Id. 5424498 – fl. 57).

Novamente, o autor quedou-se inerte, não apresentando qualquer manifestação, consoante certidão de Id.
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5424498 – fl. 58.

Ésabido que a citação ou intimação válida do devedor, esta última na fase de cumprimento de sentença, é
um requisito de validade processual intrínseco, por meio da qual se completa a estrutura tríplice da relação
jurídica processual; portanto, constitui pressuposto de desenvolvimento válido e regular do processo e sua
ausência autoriza a extinção do feito sem resolução do mérito, sendo prescindível a intimação pessoal do
autor para suprir a falta, já que não se trata de hipótese descrita no § 1° do art. 485 do CPC/2015.

Nessa linha de entendimento, cito julgados do Tribunal da Cidadania, bem como dos Tribunais Pátrios,
senão vejamos:

“AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1869613 - SP (2021/0101722-7) DECISÃO Trata-se de agravo


(art. 1.042 NCPC), interposto por INSTITUTO METODISTA DE ENSINO SUPERIOR, contra decisão que
não admitiu recurso especial. O apelo nobre desafia acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo, assim ementado: EXTINÇÃO DO PROCESSO Execução de título extrajudicial Instrumento
particular de confissão de dívida assinada pelo devedor e duas testemunhas Determinação de retirada e
protocolo da carta precatória Inércia do exequente Extinção do processo por presunção de pagamento
(art. 924, II, do CPC) Descabimento Ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido
e regular do processo (art. 485, inc. IV, do CPC) Desnecessidade de intimação pessoal do exequente para
efetuar a providência, no prazo de 05 dias, sob pena de extinção Extinção mantida por outro fundamento -
Art. 485, IV, do CPC) Recurso improvido. Opostos os embargos de declaração, restaram rejeitados (fls.
253/259, e-STJ)

...

De feito, o desfecho que melhor se adequa à hipótese examinada é a extinção do processo sem
resolução de mérito por ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e
regular do processo (art. 485, inc. IV, do CPC), já que o apelante deixou de atender o comando
judicial de retirar e protocolar a carta precatória, ato indispensável a citação da apelada. O que se
vislumbra, na hipótese, é negligência na condução do processo e não desinteresse do credor por
suposto pagamento que, in casu, não pode ser presumido (inclusive, o apelante aduziu
expressamente que ainda tem interesse em perseguir o crédito que alega fazer jus). Por outro lado,
afigura-se desnecessária a intimação pessoal do recorrente para o cumprimento da r. decisão de
fls. 215 (retirada da carta precatória), eis que a extinção do feito não se deu por abandono (art. 485,
incs. II e III, do CPC) mas por ausência de pressuposto indispensável, qual seja, promover atos
visando a citação da executada e o desenvolvimento válido da relação jurídica processual.
Considerando a moldura fática delineada pelo Tribunal de origem, não houve violação ao princípio
da não surpresa, bem como, verifico que o acórdão recorrido se encontra em harmonia com a
jurisprudência pacífica deste Superior Tribunal de Justiça, como se depreende dos seguintes
precedentes: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO MONITÓRIA.
INÉRCIA DA PARTE PARA PROMOVER A CITAÇÃO. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO. DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL. ART. 485, IV, DO CPC/2015. AGRAVO
INTERNO NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência desta Corte possui entendimento no sentido de ser
desnecessária a intimação pessoal da parte autora para extinção do feito sem resolução do mérito,
com amparo no art. 485, IV, do CPC/2015. 2. A intimação pessoal da parte é exigida nos casos de
extinção do feito por abandono (art. 485, § 1º do CPC/2015). Hipótese diversa da dos autos, em que
a parte autora não procedeu as medidas necessárias para a citação, não obstante ter sido intimada
para tanto. 3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1480641/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, QUARTA TURMA, DJe 23/8/2019) AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. FALTA DE CITAÇÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
JULGAMENTO DE MÉRITO. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÇÃO E
DESENVOLVIMENTO REGULAR E VÁLIDO DA LIDE. INTIMAÇÃO PESSOAL. DESCABIMENTO.
AGRAVO DESPROVIDO. 1. A falta de citação do réu configura ausência de pressuposto de validade
da relação processual, ensejando sua extinção sem exame de mérito, prescindindo da intimação
prévia do autor. Precedentes. 2. Agravo interno ao qual se nega provimento. (AgInt no REsp
1737948/RO, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª
REGIÃO), QUARTA TURMA, DJe 26/9/2018) 3. Ademais , contrariar a conclusão da Corte de origem
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demandaria o reexame do caderno processual e acervo probatório, providência que esbarra no


óbice Sumular nº 7/STJ. 4. Ante o exposto, conheço do agravo para negar provimento ao recurso
especial. Publique-se. Intimem-se. Brasília, 29 de junho de 2021. MINISTRO MARCO BUZZI Relator.”
(STJ - AREsp: 1869613 SP 2021/0101722-7, Relator: Ministro MARCO BUZZI, Data de Publicação: DJ
01/07/2021)

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.


AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. AUSÊNCIA
DE PRESSUPOSTO PROCESSUAL (FALTA DE CITAÇÃO). INTIMAÇÃO DA PARTE.
DESNECESSIDADE.

1. A falta de citação do réu, embora transcorridos cinco anos do ajuizamento da demanda, configura
ausência de pressuposto de desenvolvimento válido e regular do processo, ensejando sua extinção sem
exame do mérito, hipótese que prescinde de prévia intimação pessoal do autor.

2. Agravo regimental desprovido.”

(AgRg no REsp 1.302.160/DF, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Terceira Turma, j. 4/2/2016,
DJe 18/2/2016)

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO MONITÓRIA. INÉRCIA DA PARTE


PARA PROMOVER A CITAÇÃO. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL. ART. 485, IV, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO NÃO
PROVIDO. 1. A jurisprudência desta Corte possui entendimento no sentido de ser desnecessária a
intimação pessoal da parte autora para extinção do feito sem resolução do mérito, com amparo no
art. 485, IV, do CPC/2015. 2. A intimação pessoal da parte é exigida nos casos de extinção do feito
por abandono (art. 485, § 1º do CPC/2015). Hipótese diversa da dos autos, em que a parte autora
não procedeu as medidas necessárias para a citação, não obstante ter sido intimada para tanto. 3.
Agravo interno não provido.” (STJ - AgInt no AREsp: 1480641 SP 2019/0094440-0, Relator: Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 20/08/2019, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe
23/08/2019).

“SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 1ª TURMA DE DIREITO


PRIVADO APELAÇÃO N.º 0801552-89.2017.8.14.0006 APELANTE: BANCO HONDA S/A
APELADO(A): MARGARETH DOS REIS LIMA RELATORA: DESEMBARGADORA MARIA DO CEO
MACIEL COUTINHO EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. NÃO
ATENDIMENTO À DETERMINAÇÃO JUDICIAL DE RECOLHIMENTO DAS CUSTAS PARA CITAÇÃO
VÁLIDA. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO
PROCESSO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 485, IV, DO CPC. PROCESSO JULGADO EXTINTO SEM
RESOLUÇÃO DE MÉRITO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. I. A inércia da parte autora
quanto à citação da parte adversa configura ausência de pressuposto de constituição e
desenvolvimento regular e válido do processo, já que não perfectibiliza a triangulação processual,
fato que dispensa a sua intimação para sanar o vício; II. Se, devidamente intimado, o autor não
cumpre, no prazo legal, a determinação de recolhimento das custas processuais para que a citação
pudesse ser realizada, não resta alternativa que não seja a extinção do feito sem resolução do mérito, ante
a ausência de pressuposto de constituição e desenvolvimento regular e válido do processo; III. Apelo
conhecido e desprovido.

(3181067, 3181067, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Privado, Julgado em 2020-06-01, Publicado em 2020-06-09)

“AÇÃO MONITÓRIA. REQUERENTE NÃO PROMOVEU A CITAÇÃO DO RÉU. AUSÊNCIA DE


PRESSUPOSTO PROCESSUAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA RELAÇÃO PROCESSUAL E
INTERESSE PROCESSUAL DA PARTE. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 485, INCISO VI, § 3º DO CPC.
DESNECESSÁRIA A INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE AUTORA. SENTENÇA DE EXTINÇÃO QUE SE
MANTÉM. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO, À UNANIMIDADE. 1. Constatando o transcurso de
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quase 10 anos após a propositura do feito, sem sequer haver a citação do Réu. O Juízo “a quo” prolatou
sentença extinguindo o feito sem resolução do mérito com base no artigo 485, VI do CPC, por entender
estar demonstrada a perda do interesse processual do Autor. 2. Exigência de prévia intimação pessoal
apenas nos casos do art. 485, II e III do CPC. Feito extinto com base no inciso VI do referido dispositivo,
portanto desnecessária tal formalidade. 3. Recurso conhecido e desprovido, à unanimidade.”

(4813704, 4813704, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-03-23, Publicado em 2021-03-30)

Ante o exposto, a teor do art. 932, IV, do CPC c/c art. 133, XI, “d”, do Regimento Interno deste Tribunal,
nego provimento ao recurso por estar em confronto com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

LEONARDO DE NORONHA TAVARES

RELATOR

Número do processo: 0808191-05.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: HAPVIDA


ASSISTENCIA MEDICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC COSTA LAZARO FILHO OAB:
18663/CE Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a)
civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: AGRAVADO
Nome: P. R. B. G.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0808191-05.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA

AGRAVADO: P. R. B. G.

COMARCA DE ORIGEM: BELÉM/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

Vistos, etc.

Tratam os presentes autos de Recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO


SUSPENSIVO, interposto por HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA, contra Decisão Interlocutória
proferida pelo MM. Juízo de Direito da 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA, que nos autos de
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER (Processo n. 0840161-90.2021.8.14.0301), ajuizada contra si por P.
R. B. G., deferiu o pedido de tutela de urgência pleiteado na exordial.

Na decisão agravada (ID. 5899499), deferiu o juízo primevo o pedido de tutela de urgência pleiteado, para
determinar que a operadora de plano de saúde, ora agravante, forneça ao infante autor/agravado, o
tratamento médico prescrito pelo profissional de saúde, por meio do “Método Therasuit”, sob pena de
multa diária de R$2.000,00 (dois mil reais) limitada a R$100.000,00 (cem mil reais), em caso de
descumprimento.
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Inconformada, a requerida, ora agravante HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA, interpôs Agravo de
Instrumento (ID. 5899496).

Alega, em síntese, que a terapia pleiteada pelo autor/agravado, qual seja, “Método Therasuit”, além de não
possuir comprovação cientifica de sua eficácia, não possuiria cobertura obrigatória, visto que o referido
tratamento não estaria previsto no rol da ANS; que em observância ao mais consentâneo entendimento do
Superior Tribunal de Justiça, o referido rol possuiria natureza taxativa; bem assim, que se eventualmente
seja mantida a determinação de fornecimento de tratamento, este deve ser concedido sob coparticipação.

Pleiteia, assim, pela concessão de efeito suspensivo, para sustar os efeitos da decisão agravada e, em
decisão definitiva seja dado provimento ao presente recurso para cassar a decisão interlocutória
testilhada.

Juntou documentos a fim de subsidiar seu pleito.

Após distribuição, coube-me a relatoria do feito.

É o sucinto relatório.

Decido.

Precipuamente, destaca-se, que o momento processual admite a análise não exauriente das questões
postas, sem maiores incursões sobre o mérito, de sorte que, cumpre analisar a existência dos requisitos
para a concessão do efeito ora pleiteado.

A legislação processual civil consagra a possibilidade de concessão antecipada, parcial ou integral de


provimento provisório a parte demandante antes do exaurimento cognitivo do feito que se consolidará com
a sua devida instrução processual, vide art. 300 do NCPC.

Noutra ponta, o Parágrafo único, do art. 995 do CPC/2015, estabelece que a eficácia das decisões poderá
ser suspensa por decisão do relator, se a imediata produção de seus efeitos apresentar risco de dano
grave, de difícil reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do presente recurso.

Nesta senda, o deferimento da tutela de urgência na hipótese de fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação exige a demonstração de dois requisitos indispensáveis, quais sejam, o próprio risco do
dano que pode ser enquadrado como periculum in mora, e a probabilidade do direito alegado, ou seja, o
fumus bonis iuris.

Com efeito, em exame perfunctório, verifica-se a pretensão da operadora do plano de saúde, ora
agravante, de obstar a cobertura do tratamento a parte agravada não se sustenta, visto que restringe
obrigações inerentes à natureza do contrato, além de frustrar a expectativa do contratante, que é a de ter
plena assistência à sua saúde quando dela precisar.

Noutra ponta, a ausência de previsão expressa do tratamento solicitado pelo agravado, qual seja, “Método
Therasuit”, no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não representa a exclusão tácita da
cobertura contratual, mormente, porque, o aludido rol não é taxativo, contendo apenas a referência para a
cobertura assistencial mínima obrigatória nos planos de saúde contratados no território nacional.

Outrossim, destaca-se que o aludido entendimento é majoritário na jurisprudência pátria, inclusive no


âmbito do Superior Tribunal de Justiça, não obstante exista posicionamento dissonante na referida Corte,
como no julgado destacado pela agravante, que, entretanto, não possui efeito vinculativo.

Destarte, resta ausente, em cognição sumária, elementos suficientes a desconstituição de plano da


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

decisão combatida e, por conseguinte, a presença nesse momento dos requisitos autorizadores do efeito
suspensivo pleiteado.

Assim, entendo ausentes os requisitos para a concessão do efeito pretendido, razão pela qual INDEFIRO-
O, nos termos do art. 1.019, inciso I do Código de Processo Civil de 2015, ressalvando a possibilidade de
revisão da decisão na ocorrência de fatos novos.

DETERMINO que se intime a parte agravada, na forma prescrita pelo inciso II do art. 1.019 do citado
Diploma Processual.

DETERMINO ainda que posteriormente, encaminhe-se os autos a Douta Procuradoria de Justiça para
manifestação.

Após, voltem-me os autos conclusos.

Ressalta-se que servirá a presente Decisão como Mandado, nos termos da Portaria n. 3731/2015-GP.

Publique-se e Intimem-se.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora-Relatora

Número do processo: 0804719-93.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: A. V. V.


Participação: ADVOGADO Nome: LEILA RODRIGUES FERRAO OAB: 017721/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE RAIMUNDO FARIAS CANTO OAB: 3451/PA Participação: ADVOGADO Nome:
CAMILA DE PAULA RANGEL CANTO OAB: 21377/PA Participação: AGRAVADO Nome: L. V. V.
Participação: ADVOGADO Nome: VIVIANNE SARAIVA SANTOS OAB: 17440/PA Participação:
AGRAVADO Nome: O. Q. C.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0804719-93.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: A. V. V.

APELADO: L. V. V. E OUTROS

COMARCA DE ORIGEM: BELÉM/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

Vistos, etc.

Trata-se de PEDIDO DE DEVOLUÇÃO DE PRAZO formulado por L. V. V. nos autos de AGRAVO DE


INSTRUMENTO interposto contra si por A. V. V.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em petição de ID. 5638787, a patrona da agravada, ora peticionante, alegada que embora tenha pleiteado
sua habilitação no processo dentro do prazo de apresentação de contrarrazões, não teria conseguindo
acessar os autos através do Sistema PJE, em razão do seu status sigiloso, o que, teria impossibilitado
apresentação de contrarrazões.

Pugna, assim, por sua efetiva habilitação nos autos e, consequente visualização integral do processo, bem
assim pela devolução integral do prazo para apresentar contrarrazões ao Agravo de Instrumento.

Juntou a agravada/peticionante, documentos para subsidiar suas alegações.

É o breve resumo.

Decido.

Analisados os autos, verifico que a parte agravante interpôs o recurso em epígrafe, objetivando a reforma
de decisão interlocutória proferida pelo juízo de origem em sede de Ação de Reconhecimento de
Parentalidade Socioafetiva.

Recebido o recurso e constatada a inexistência de pedido liminar, foi determinada a intimação das partes
agravadas para a apresentação de contrarrazões, através de despacho publicado em Diário de Justiça no
dia 21/06/2021.

Ocorre que, não obstante as alegações da patrona da parte agravada, consoante certificado pela
respectiva Secretaria (Certidão de ID. 5732590), a habilitação da causídica foi efetivada, em 12/07/2021,
logo após o seu pedido de ingresso na lide e, dentro, ainda, do prazo legal para a apresentação das
contrarrazões.

Igualmente, certificou a Secretaria que o acesso aos autos foi disponibilizado a todos os advogados
habilitados no processo.

Desse modo, certificado que a habilitação da causídica ocorreu dentro do prazo de apresentação de
contrarrazões, bem assim a possibilidade de acesso desta aos autos, revela-se incabível o pleito de
devolução de prazo para a apresentação de contrarrazões.

Assim, INDEFIRO o pedido de devolução de prazo formulado pela parte agravada, nos termos da
fundamentação supra.

Publique-se e Intimem-se.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora-Relatora

Número do processo: 0800462-59.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: G. D. O. F.


Participação: ADVOGADO Nome: STENIO RAYOL ELOY OAB: 13106/PA Participação: AGRAVADO
Nome: J. D. S. F. Participação: AGRAVADO Nome: G. D. O. F. Participação: ADVOGADO Nome:
MARCUS LIVIO QUINTAIROS GALVAO OAB: 312/PA Participação: ADVOGADO Nome: TAMARA
FAGURY VIDEIRA SECCO LOPES OAB: 17304/PA Participação: ADVOGADO Nome: FILIPE CHARONE
TAVARES LOPES OAB: 12480/PA Participação: AGRAVADO Nome: Y. C. D. S. F. Participação:
ADVOGADO Nome: MARCUS LIVIO QUINTAIROS GALVAO OAB: 312/PA Participação: ADVOGADO
236
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nome: TAMARA FAGURY VIDEIRA SECCO LOPES OAB: 17304/PA Participação: ADVOGADO Nome:
FILIPE CHARONE TAVARES LOPES OAB: 12480/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D.
P. Participação: PROCURADOR Nome: MARIA TERCIA AVILA BASTOS DOS SANTOS OAB: null

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

Faço público a quem interessar possa que, nos autos do processo de nº 0800462-59.2020.8.14.0000
foram opostos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, estando intimada, através deste ato, a parte interessada
para a apresentação de contrarrazões, em respeito ao disposto no §2º do artigo 1023 do novo Código de
Processo Civil.

Belém,(Pa), 14 de agosto de 2021

Número do processo: 0805260-29.2021.8.14.0000 Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO


PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: AGRAVADO Nome: JOELSON DE CASTRO FERREIRA
JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: RUAN BITENCOURT DE SOUSA SANTOS TEIXEIRA OAB:
31507/PA Participação: ADVOGADO Nome: NATAN SIQUEIRA RODRIGUES OAB: 30459/PA
Participação: AGRAVADO Nome: MARLENE LUIZA MARTH Participação: ADVOGADO Nome: RUAN
BITENCOURT DE SOUSA SANTOS TEIXEIRA OAB: 31507/PA Participação: ADVOGADO Nome: NATAN
SIQUEIRA RODRIGUES OAB: 30459/PA Participação: AGRAVADO Nome: RAIMUNDO TRINDADE DA
SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RUAN BITENCOURT DE SOUSA SANTOS TEIXEIRA OAB:
31507/PA Participação: ADVOGADO Nome: NATAN SIQUEIRA RODRIGUES OAB: 30459/PA
Participação: AGRAVADO Nome: SILVIA GERALDA DOS SANTOS E SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: RUAN BITENCOURT DE SOUSA SANTOS TEIXEIRA OAB: 31507/PA Participação: ADVOGADO
Nome: NATAN SIQUEIRA RODRIGUES OAB: 30459/PA Participação: AGRAVADO Nome: PABLO
RODRIGO GUIMARAES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RUAN BITENCOURT DE SOUSA
SANTOS TEIXEIRA OAB: 31507/PA Participação: ADVOGADO Nome: NATAN SIQUEIRA RODRIGUES
OAB: 30459/PA Participação: AGRAVADO Nome: MANOEL CLEMENTINO PEREIRA PEDROSO
Participação: ADVOGADO Nome: NATAN SIQUEIRA RODRIGUES OAB: 30459/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RUAN BITENCOURT DE SOUSA SANTOS TEIXEIRA OAB: 31507/PA

PODER JUDICÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

No uso de suas atribuições legais, a UPJ das Turmas de Direito Público e Privado intima o interessado a,
querendo, oferecer contrarrazões ao Agravo Interno interposto nos presentes autos no prazo de 15
(quinze) dias, a teor do que estabelece o § 2º do art. 1.021 do Código de Processo Civil de 2015.

Belém, 14 de agosto de 2021


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0806785-46.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA Participação: AGRAVADO Nome: CLAUDIO MAURICIO FLORES
MORALES Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DO SOCORRO ALMEIDA FLORES OAB: 5649/PA
Participação: ADVOGADO Nome: TAMARA ALMEIDA FLORES OAB: 29930/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

Faço público a quem interessar possa que, nos autos do processo de nº 0806785-46.2021.8.14.0000
foram opostos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, estando intimada, através deste ato, a parte interessada
para a apresentação de contrarrazões, em respeito ao disposto no §2º do artigo 1023 do novo Código de
Processo Civil.

Belém,(Pa), 14 de agosto de 2021

Número do processo: 0000024-35.1989.8.14.0006 Participação: APELANTE Nome: SOCIEDADE


ANONIMA BITAR IRMAOS Participação: ADVOGADO Nome: KAL EL VALOIS CAJANGO OAB: 28763/PA
Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO TEIXEIRA DALLAGNOL OAB: 11259/PA Participação:
APELADO Nome: FRANCISCA DAS CHAGAS CAVALCANTE VASCONCELOS Participação:
ADVOGADO Nome: ERIKA AUZIER DA SILVA OAB: 36/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARIANE
SOARES BORGES OAB: 017361/PA Participação: APELADO Nome: VICENTE DE PAULA MIRANDA
VASCONCELOS Participação: ADVOGADO Nome: ERIKA AUZIER DA SILVA OAB: 36/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ARIANE SOARES BORGES OAB: 017361/PA

PODER JUDICÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

No uso de suas atribuições legais, a UPJ das Turmas de Direito Público e Privado intima o interessado a,
querendo, oferecer contrarrazões ao Agravo em Recurso Especial, interposto nos presentes autos no
prazo de 15 (quinze) dias, a teor do que estabelece o § 3º do art. 1.042 do Código de Processo Civil de
2015.

Belém, 14 de agosto de 2021

Número do processo: 0806190-47.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ASSOCIACAO


ADVENTISTA NORTE BRASILEIRA DE PREVENCAO E ASSISTENCIA A SAUDE Participação:
ADVOGADO Nome: ELIAS MOIA WANZELER JUNIOR OAB: 26885/PA Participação: AGRAVADO Nome:
ANDRE FELIPE BARROS GOMES Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ROBERTO ALVES GOMES
OAB: 018836/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0806190-47.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: ASSOCIAÇÃO ADVENTISTA NORTE BRASILEIRA DE PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA


À SAUDE

AGRAVADO: ANDRÉ FELIPE BARROS GOMES

RELATOR: JUIZ CONVOCADO JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

Vistos etc.

Tratam os presentes autos de Agravo de Instrumento interposto por ASSOCIAÇÃO ADVENTISTA NORTE
BRASILEIRA DE PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAUDE inconformada com a decisão interlocutória
proferida pelo Juízo da 7ª Vara Cível de Belém que, nos autos do AÇÃO DE COBRANÇA e OBRIGAÇÃO
DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA C/C INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL n. 0830662-82.2021.8.14.0301, deferiu tutela de urgência para que a ré/agravante custeasse a
internação de ANDRÉ FELIPE BARROS GOMES em clínica para dependentes químicos pertencente à
sua rede conveniada ou, alternativamente, que arque com os custos de internação na Clínica Voo de
Liberdade (Num. 5585338).

Inconformada a ré recorre a esta instância pleiteando a concessão de efeito suspensivo para suspender os
efeitos da decisão agravada e, consequentemente, no mérito desobrigar a Agravante do custeio do
procedimento pretendido.

Éo relatório.

O recurso é cabível (art. 1015, inciso I do CPC), tempestivo e está acompanhado do respectivo preparo
(ID. Num. 5585342), pelo que, preenche os pressupostos de admissibilidade, conheço do presente Agravo
de Instrumento e passo a examinar o pedido de liminar.

Consabido que o relator, ao receber o agravo, poderá atribuir efeito suspensivo ou deferir, em antecipação
de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal (art. 1019, I do CPC), desde que o seu cumprimento
possa gerar risco de dano e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, ou seja, os
clássicos requisitos para concessão das liminares em geral (fumus boni iuris e periculum em mora). Os
requisitos não são alternativos, mas sim concorrentes, ou seja, faltando um deles, a providência liminar
não será concedida.

No caso em comento, não vislumbro a probabilidade de provimento recursal, por ser incontroverso nos
autos que a parte autora mantêm junto a requerida plano de saúde, o laudo médico no Id. Num. 5585356 -
Pág. 1 demonstra a patologia do agravado e a necessidade de sua internação.

Desta forma, comprovada a necessidade não cabe a operadora do pano de saúde limitar o tempo nem o
tipo de tratamento que será prescrito, incumbência essa que pertence ao médico que assiste o paciente.

Colaciono julgados sob o tema:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 1. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART.


1.022 DO CPC/2015. 2. POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS EM CLÍNICA
CREDENCIADA. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ.
3. AS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE PODEM, POR DISPOSIÇÃO CONTRATUAL,
RESTRINGIR AS ENFERMIDADES A SEREM COBERTAS, MAS NÃO PODEM LIMITAR OS
TRATAMENTOS A SEREM REALIZADOS, INCLUSIVE OS EXPERIMENTAIS. SÚMULA 83/STJ. 4.
239
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

HONORÁRIOS RECURSAIS. LIMITE MÁXIMO ATINGIDO. 5. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.

1. Não há ofensa ao art. 1.022 do CPC/2015, porquanto o Tribunal de origem decidiu a matéria de forma
fundamentada. O julgador não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos invocados pelas partes,
quando tiver encontrado motivação satisfatória para dirimir o litígio.

2. A alteração das conclusões adotadas pela Corte de origem (quanto à impossibilidade de utilização dos
serviços em clínica credenciada) demandaria, necessariamente, novo exame do acervo fático-probatório
constante dos autos, providência vedada em recurso especial, conforme o óbice previsto no enunciado
sumular n. 7 deste Tribunal Superior.

3. Nos termos da jurisprudência desta Corte, "os planos de saúde podem, por expressa disposição
contratual, restringir as enfermidades a serem cobertas, MAS NÃO PODEM LIMITAR OS
TRATAMENTOS A SEREM REALIZADOS, INCLUSIVE OS MEDICAMENTOS EXPERIMENTAIS" (AgInt
no AREsp 1.014.782/AC, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 17/8/2017,
DJe 28/8/2017).

4. Honorários sucumbenciais não majorados, pois fixados anteriormente no patamar máximo de 20% do
valor da condenação.

5. Agravo interno a que se nega provimento.

(AgInt no AREsp 1.429.796/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Terceira Turma, j. 2/9/2019,
DJe 10/9/2019 - sem destaques no original)

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUROS. PLANO DE SAÚDE. TUTELA ANTECIPADA.


TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO.DEPENDENTE QUÍMICO. ALEGAÇÃO AUSÊNCIA DE COBERTURA.
DESCABIMENTO. COBERTURA DEVIDA. 1) Trata-se de agravo de instrumento interposto em face da
decisão do magistrado de origem que que diante da não juntada do contrato de plano de saúde
estabelecido entre as partes indeferiu a liminar pleiteada consistente no pedido de custeio do tratamento
psiquiátrico ao qual está sendo submetido o autor junto a Clínica Viva Melhor, localizada no Município de
Pelotas\RS, em razão de ser dependente químico. 2)No caso em comento, embora não tenha sido
acostado aos autos a cópia do contrato estabelecido entre as partes, ônus que incumbia a
demandada, vislumbra-se que é incontroverso nos autos que a parte autora mantêm junto a
requerida plano de saúde com ampla previsão de cobertura, consoante cópia da carteira do plano
de saúde (evento 1 anexo 4). 3)Ademais, consoante laudo médico acostado ( LAUDO 7), o autor é
dependente químico e necessita de forma urgente ser mantido na clínica de reabilitação com
tratamento adequado junto aos profissionais habilitados. 4) Isto porque, os planos de saúde
apenas podem estabelecer para quais moléstias oferecerão cobertura, não cabendo a eles limitar o
tipo de tratamento que será prescrito, incumbência essa que pertence ao médico que assiste o
paciente. Assim, se o médico optou por indicar o tratamento suprarreferido consistente na
internação do autor, diante da dependência química e inércia do plano de saúde atender a
requisição de internação do mesmo, é essa espécie de procedimento que deverá ser coberta pela
ora agravante. 5) Relativamente ao documento anexado aos autos de que o plano de saúde em questão
estaria cancelado desde 09/02/2020 (evento 47 CARTA2), ou seja, antes mesmo do ingresso da presente
demandada, e coincidentemente quando do prazo final do período de carência do autor, tenho que tal
apenas indica uma suposta rescisão unilateral do contrato de plano de saúde, sem que tenha havido
análise de sua validade, pois conforme laudo médico acostado aos autos o autor é portador de patologia
psiquiátrica, sendo dependente de múltiplas drogas deste a data de 10/10/2019 (evento 1 LAUDO 7),
assim, o documento que noticia a rescisão contratual entre as partes, sem qualquer justificativa, tampouco
notificação do autor, em nada altera, nesse momento processual, a conclusão acima lançada, diante da
gravidade da situação do autor, eis que presentes os elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 6) Ademais, o art. 12, I, b da Lei nº 9.656/98,
também assegura que faz parte da cobertura mínima dos planos de Saúde, a "cobertura de
serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais”, solicitados
pelo médico assistente. Decisão de origem reformada. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO
240
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(Agravo de Instrumento, Nº 50110278420208217000, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,


Relator: Niwton Carpes da Silva, Julgado em: 22-04-2021)

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. SEGUROS. PLANO DE SAÚDE. TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO.


CONTRATO ANTERIOR À LEI Nº 9.656/98. APLICAÇÃO DA NOVEL LEGISLAÇÃO EM RAZÃO DAS
SUCESSIVAS RENOVAÇÕES DO CONTRATO. DEPENDÊNCIA QUÍMICA. DOENÇA PREVISTA NO
CID. ART. 10. OBRIGATORIEDADE DA COBERTURA PARA TRATAMENTO. SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA TAMBÉM CONFIGURADA OBRIGANDO, AINDA MAIS, A DEMANDADA A CUSTEAR A
INTERNAÇÃO SOLICITADA. INTELIGÊNCIA DO ART. 35-C DA LEI 9656/98. Apelo provido.(Apelação
Cível, Nº 70027370485, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio Corrêa Palmeiro
da Fontoura, Julgado em: 19-08-2010).

DISPOSITIVO

Isto posto, INDEFIRO o pedido de efeito suspensivo, nos termos da fundamentação.

Intime-se a parte agravada para responder ao recurso nos termos e prazo do art. 1019, II do CPC.

Após, vista ao MP.

Publique-se. Intimem-se. Comunique-se ao Juízo de origem.

ÀSecretaria para as devidas providências.

Belém, 21 de julho de 2021.

JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

Juiz Convocado

Número do processo: 0805330-46.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: KARLA CATARINA


DAS MERCES PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: KARLA CATARINA DAS MERCES PEREIRA
OAB: 16741/PA Participação: AGRAVADO Nome: DIANA BARREIRA VASCONCELOS Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE MARIA VIANNA OLIVEIRA OAB: 2979/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0805330-46.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: KARLA CATARINA DAS MERCES PEREIRA

AGRAVADA: DIANA BARREIRA VASCONCELOS

RELATOR: JUIZ CONVOCADO JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

Vistos etc.

Tratam os presentes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por KARLA CATARINA DAS
MERCES PEREIRA inconformada com a decisão interlocutória proferida pelo Juízo da 5ª Vara Cível e
Empresarial de Belém que, nos autos da AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO
241
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CUMULADA COM COBRANÇA DE ALUGUÉIS E DEMAIS ACESSÓRIOS DA LOCAÇÃO n.


00054554720068140301, em fase de cumprimento de sentença, movido por DIANA BARREIRA
VASCONCELOS em face de MARIA DAS GRAÇAS DANTAS RIBEIRO e KARLA CATARINA DAS
MERCÊS PEREIRA, deferiu a penhora sobre a renda da executada, ora agravante.

A decisão agravada foi lavrada nos seguintes termos:

“DECISÃO

No que se refere o pedido de suspensão de bloqueio de conta bancária em razão de


exequente perceber valores decorrentes de sua atividade laboral como motorista de aplicativo,
necessário algumas considerações.

É sabido que o art. 833, IV do CPC prevê a impenhorabilidade dos valores depositados em
conta corrente quando se tratarem de vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações,
proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de
trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal.

Portanto, como restou evidenciado nos autos que as contas as quais estão sendo realizados a
verificação de ativos financeiros através dos sistemas, é a mesma em que o suplicante recebe o
seus ganhos, este ficaria impedido de pagar suas contas e de ter acesso aos valores necessários a
sua subsistência.

Além disso, conforme dispõe o art.7º, X da Constituição Federal, o salário do trabalhador tem
caráter alimentar e é inviolável, uma vez que se destina ao seu próprio sustento e de sua família.

(...)

Deste modo, entendo ser manifestamente ilegal o possível bloqueio, tendo em vista que
recaem sobre verbas de natureza salarial, pois gera um ônus excessivo as partes.

Ante o exposto, determino a expedição de alvará em favor da executada KARLA CATARINA


DAS MERCES PEREIRA, dos valores bloqueados, conforme fls. 100, com as devidas correções e
atualizações, se for o caso.

Contudo, conforme posicionamento do STJ, é possível o bloqueio de valores referentes ao


salário, quando as circunstâncias do caso em concreto permitam concluir que ao bloqueio de parte
da remuneração não prejudique a subsistência digna do devedor e de sua família.

(...)

Com efeito, analisando os autos, e seguindo o posicionamento esposado na decisão do STJ


acima epigrafada, verifico a possibilidade de bloqueio, na proporção de 10%, para fins de
pagamento da dívida, vez que tal percentual, ante os documentos apresentados, demonstra que
não afetará sua subsistência.

OFICIE-SE a fonte pagadora do demandado (UBER e 99) para que proceda ao bloqueio do
percentual indicado, repassando tais valores à subconta judicial vinculada a este processo.

Ficam mantidos os bloqueios na conta da segunda executada.

Em atendimento ao princípio do contraditório, intime-se a parte exequente para se manifeste


sobre a petição de fls.161/168, no prazo de 05 (cinco) dias.
242
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Quanto ao pedido de fls. 188/209, recebo-o como simples petição vez que o momento de
ingresso de embargos à execução já se escoou, consoante certidão de fls. 104-V.

Cumpra-se.

Belém, 17 de maio de 2021.

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇ¿O

Juiz de Direito titular da 5ª vara cível da Capital”

Inconformada KARLA CATARINA DAS MERCES PEREIRA recorre a esta instância pleiteando a
concessão de efeito suspensivo, para suspender a eficácia da decisão agravada até o julgamento final do
recurso.

Éo relatório.

Defiro a gratuidade com base na Súmula n. 06 do TJPA.

O recurso é cabível (art. 1015, parágrafo único do CPC), tempestivo e o preparo está dispensado em face
a gratuidade, pelo que, preenche os pressupostos de admissibilidade, conheço do presente Agravo de
Instrumento e passo a examinar o pedido de liminar.

Consabido que o relator, ao receber o agravo, poderá atribuir efeito suspensivo ou deferir, em antecipação
de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal (art. 1019, I do CPC), desde que o seu cumprimento
possa gerar risco de dano e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, ou seja, os
clássicos requisitos para concessão das liminares em geral (fumus boni iuris e periculum em mora). Os
requisitos não são alternativos, mas sim concorrentes, ou seja, faltando um deles, a providência liminar
não será concedida.

O objeto do presente recurso versa sobre a penhora de vencimentos para satisfazer débito decorrente de
aluguéis.

Como sabemos, a regra é a impenhorabilidade dos vencimentos do devedor, uma vez que o artigo 833,
inciso IV, do CPC/2015 é expresso ao dispor que são impenhoráveis os vencimentos, os subsídios, os
soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os
montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento
do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional
liberal, ressalvado o § 2º .

As exceções previstas pelo legislador são:

§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela
contraída para sua aquisição.

§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de
prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50
(cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no
art. 529, § 3º .

§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, os implementos e as


máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando
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tais bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou
quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.

Não obstante, consoante decidido pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do EREsp nº
1.582.475, de Relatoria do Ministro Benedito Gonçalves, a regra geral da impenhorabilidade de
vencimentos pode ser mitigada a fim de garantir a efetividade da tutela jurisdicional, desde que observado
percentual capaz de assegurar a dignidade do devedor e de sua família.

Nesse sentido, cito a ementa do referido precedente:

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. IMPENHORABILIDADE DE VENCIMENTOS. CPC/73, ART. 649, IV. DÍVIDA
NÃO ALIMENTAR. CPC/73, ART. 649, PARÁGRAFO 2º. EXCEÇÃO IMPLÍCITA À REGRA DE
IMPENHORABILIDADE. PENHORABILIDADE DE PERCENTUAL DOS VENCIMENTOS. BOA-FÉ.
MÍNIMO EXISTENCIAL. DIGNIDADE DO DEVEDOR E DE SUA FAMÍLIA.

1. Hipótese em que se questiona se a regra geral de impenhorabilidade dos vencimentos do devedor está
sujeita apenas à exceção explícita prevista no parágrafo 2º do art. 649, IV, do CPC/73 ou se, para além
desta exceção explícita, é possível a formulação de exceção não prevista expressamente em lei.

2. Caso em que o executado aufere renda mensal no valor de R$ 33.153,04, havendo sido deferida a
penhora de 30% da quantia.

3. A interpretação dos preceitos legais deve ser feita a partir da Constituição da República, que veda a
supressão injustificada de qualquer direito fundamental. A impenhorabilidade de salários, vencimentos,
proventos etc. tem por fundamento a proteção à dignidade do devedor, com a manutenção do mínimo
existencial e de um padrão de vida digno em favor de si e de seus dependentes. Por outro lado, o credor
tem direito ao recebimento de tutela jurisdicional capaz de dar efetividade, na medida do possível e do
proporcional, a seus direitos materiais.

4. O processo civil em geral, nele incluída a execução civil, é orientado pela boa-fé que deve reger o
comportamento dos sujeitos processuais. Embora o executado tenha o direito de não sofrer atos
executivos que importem violação à sua dignidade e à de sua família, não lhe é dado abusar dessa diretriz
com o fim de impedir injustificadamente a efetivação do direito material do exequente.

5. Só se revela necessária, adequada, proporcional e justificada a impenhorabilidade daquela parte do


patrimônio do devedor que seja efetivamente necessária à manutenção de sua dignidade e da de seus
dependentes.

6. A regra geral da impenhorabilidade de salários, vencimentos, proventos etc. (art. 649, IV, do CPC/73;
art. 833, IV, do CPC/2015), pode ser excepcionada quando for preservado percentual de tais verbas capaz
de dar guarida à dignidade do devedor e de sua família.

7. Recurso não provido.

(EREsp 1582475/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, CORTE ESPECIAL, julgado em


03/10/2018, REPDJe 19/03/2019, DJe 16/10/2018)

A partir do referido precedente, traçou-se a diretriz de que a impenhorabilidade prevista no art. 833, IV, do
CPC pode ser excepcionada quando for demonstrado, de forma concreta, que a constrição dos
rendimentos não compromete a subsistência digna do devedor e de sua família.

A esse respeito, oportuna a menção ao seguinte julgamento do Superior Tribunal de Justiça:


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RECURSO ESPECIAL. ALEGADA OFENSA À SÚMULA VINCULANTE DO STF. NÃO CABIMENTO.


EMBARGOS À EXECUÇÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE
SUCUMBÊNCIA. PENHORA DA REMUNERAÇÃO DO DEVEDOR. EXCEÇÃO DO §2º DO ART. 833 DO
CPC/15. INAPLICABILIDADE. DIFERENÇA ENTRE PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA E VERBA DE
NATUREZA ALIMENTAR. INTERPRETAÇÃO DADA AO ART. 833, IV, DO CPC/15. POSSIBILIDADE DE
PENHORA DA REMUNERAÇÃO A DEPENDER DA HIPÓTESE CONCRETA. JULGAMENTO PELO
CPC/15.

1. Ação de embargos à execução, ajuizada em 10/04/2015, atualmente na fase de cumprimento de


sentença para o pagamento dos honorários advocatícios de sucumbência, de que foi extraído o presente
recurso especial, interposto em 23/01/2019 e atribuído ao gabinete em 09/04/2019.

2. O propósito recursal consiste em definir sobre a possibilidade de penhora da remuneração da recorrida


para o pagamento de honorários advocatícios de sucumbência devidos ao recorrente.

3. A interposição de recurso especial não é cabível com fundamento em violação de súmula vinculante do
STF, porque esse ato normativo não se enquadra no conceito de lei federal previsto no art. 105, III, \"a\" da
CF/88.

4. No julgamento do REsp 1.815.055/SP, (julgado em 03/08/2020, DJe 26/08/2020), a Corte Especial


decidiu que a exceção contida na primeira parte do art. 833, § 2º, do CPC/15 é exclusivamente em relação
às prestações alimentícias, independentemente de sua origem, isto é, oriundas de relações familiares,
responsabilidade civil, convenção ou legado, não se estendendo às verbas remuneratórias em geral,
dentre as quais se incluem os honorários advocatícios.

5. Registrou-se, naquela ocasião, todavia, que, na interpretação da própria regra geral (art. 649, IV, do
CPC/73, correspondente ao art. 833, IV, do CPC/15), a jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de
que a impenhorabilidade de salários pode ser excepcionada quando for preservado percentual capaz de
dar guarida à dignidade do devedor e de sua família (EREsp 1582475/MG, Corte Especial, julgado em
03/10/2018, REPDJe 19/03/2019, DJe de 16/10/2018).

6. Assim, embora não se possa admitir, em abstrato, a penhora de salário com base no § 2º do art. 833 do
CPC/15, é possível determinar a constrição, à luz da interpretação dada ao art. 833, IV, do CPC/15,
quando, concretamente, ficar demonstrado nos autos que tal medida não compromete a subsistência
digna do devedor e sua família.

7. Recurso especial conhecido em parte e, nessa extensão, desprovido.

(REsp 1806438/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 13/10/2020, DJe
19/10/2020) (grifei)

No caso em apreço, em juízo de cognição sumária, observo que a penhora não se presta a satisfazer
verba de caráter alimentar nem há provas de que o valor depositado na conta da recorrente exceda a 50
(cinquenta) salários-mínimos mensais, o que evidencia o risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação que milita em favor da agravante e sua família.

DISPOSITIVO

Isto posto, DEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO pleiteado, para suspender os efeitos da decisão recorrida,
nos termos da fundamentação.

Intime-se a parte agravada para responder ao recurso nos termos e prazo do art. 1019, II do CPC.

Publique-se. Intimem-se. Comunique-se ao Juízo de origem.


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ÀSecretaria para as devidas providências.

Belém, 21 de julho de 2021.

JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

Juiz Convocado

Número do processo: 0804312-87.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: AGRONIL


AGROPECUARIA NOVA INVERNADA S/A Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ FERNANDO
MANENTE LAZERIS OAB: 12800/PA Participação: AGRAVADO Nome: MARIA ROSALVA JORGE DE
ALENCAR

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0804312-87.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: AGRONIL AGROPECUÁRIA NOVA INVERNADA S/A

AGRAVADA: MARIA ROSALVA JORGE DE ALENCAR

RELATORA: DESª. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE SENTENÇA TRANSITADA


EM JULGADO. DECISÃO AGRAVADA QUE NÃO SE PRONUNCIOU SOBRE A MATÉRIA
RECORRIDA. ATO COMBATIDO SEM CONTEÚDO DECISÓRIO. RAZÕES RECURSAIS
DISSOCIADAS AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo, interposto por AGRONIL
AGROPECUÁRIA NOVA INVERNADA S/A em face da decisão prolatada pelo Juízo de Direito da Vara
Agrária de Altamira, nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE SENTENÇA TRANSITADA
EM JULGADO n. 0002399-06.2012.8.14.0005.

Narram os autos que MARIA ROSALVA JORGE DE ALENCAR E OUTROS, por meio da Defensoria
Pública do Estado, ingressou com a AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE SENTENÇA em desfavor
de AGRONIL AGROPECUÁRIA NOVA INVERNADA, tendo como objeto do pedido a declaração de
nulidade da sentença judicial, transitada em julgado, proferida nos autos do processo nº 0002640-
62.2006.8.14.0005 que determinou a reintegração de posse da ora requerida nos lotes 2, 4 e 6 da Gleba
Uruará.

Segundo a inicial, no processo cuja sentença se busca anular não houve citação válida dos requeridos e
ora autores, seja por mandado, hora certa ou edital, o que acabou por contaminar as demais fases
processuais, a medida que a ampla defesa e o contraditório ficaram comprometidos.

Afirma ainda a exordial que o juízo levou em consideração a certidão de fl. 291 (processo originário) que
atesta a não contestação da demanda, decretou a revelia e, na sequência, prolatou sentença de
procedência do pedido.
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Aduz também a peça de ingresso que não obstante o processo originário versar sobre demanda coletiva
pela posse da terra com a ocorrência de revelia, não fora nomeado defensor dativo aos requeridos (da
época) e ora autores.

A vestibular diz também que a referida sentença transitou em julgado em 17/03/2008, não sendo mais
possível, assim, a propositura de ação rescisória, sendo viável, contudo, o ajuizamento de ação de
nulidade ou querela nullitatis.

Para os requerentes, os mandados que foram cumpridos ao longo do processo originário identificaram
sujeitos distintos, de modo que “aquele que recebeu a citação não é o mesmo que participou da audiência
de justificação, nem o mesmo que recebeu o mandado de reintegração de posse”.

Ao final, os requerentes pleitearam a anulação de todos os atos do processo de reintegração de posse


desde a citação, alcançando, inclusive, a sentença.

Com a inicial vieram os documentos de fls. 18/135.

Por meio do despacho de fls. 136/137 foi determinada a emenda da inicial, o que foi atendido pelos
autores à fl. 139.

Regularmente citada à fl. 157, a demandada apresentou contestação ao pedido inicial às fls. 159/179,
oportunidade em que alegou preliminarmente: i) irregularidade de representação; ii) falta de interesse de
agir; iii) escoamento do prazo decadencial para a propositura da ação; iv) inadequação da via eleita. No
mérito sustentou a total improcedência dos pedidos constantes da exordial.

Com a contestação vieram os documentos de fls. 180/226.

Instado a se manifestar, o MP opinou pela improcedência do pedido, conforme parecer de fls.


229/232.

Às fls. 233 o Juízo a quo determinou a suspensão do cumprimento da sentença prolatada nos autos do
processo nº 0002640-62.2006.8.14.0005 até o julgamento da presente demanda.

Os autores, por meio da Defensoria Pública, se manifestaram sobre a contestação em petição de fls.
235/238.

A fl. 240 o MP ratificou o parecer de fls. 229/232.

Sobreveio a sentença lavrada nos seguintes termos:

(...)

Isso posto, com força nos argumentos acima indicados, JULGO PROCEDENTE o pedido constante da
inicial e, em consequência, DECLARO A NULIDADE do processo nº 0002640-62.2006.8.14.0005 a partir
da citação atingindo, inclusive, a sentença e a fase de cumprimento, e, assim, EXTINGO O PRESENTE
PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 269, inciso I, do CPC.

Traslade-se cópia desta sentença para o processo nº 0002640-62.2006.8.14.0005.

Dê-se ciência ao MP e DP. Intime-se os advogados.

PRI. Cumpra-se com todas as cautelas de estilo.


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Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Altamira-PA, 07/10/2014.

HORÁCIO DE MIRANDA LOBATO NETO

Juiz de Direito

A AGRONIL - AGROPECUARIA NOVA INVERNADA LTDA interpôs recurso de apelação, aduzindo que
a sentença merece ser desconstituída sob os seguintes fundamentos:

1. a impossibilidade de julgamento antecipado da lide, haja vista que a matéria ser de direito e de fato, pois
a autora não provou seu direito ou interesse de agir, sendo tecnicamente ilegítima, havendo ofensa do
contraditório a ampla defesa;

2. a irregularidade de representação, considerando que o documento onde a autora expõe que deseja ser
assistida pela Defensoria Pública, deveria ao menos conter sua qualificação, haja vista que se trata de
ação possessória, onde se exige a participação do cônjuge.

Diz também que a autora não foi qualificada e os demais autores foram identificados apena por “outros”,
não sendo nominados nem qualificados.

3. a falta de interesse de agir, em vista da ação originária não constar em nenhuma parte o nome de
autora, sendo pessoa estranha ao feito, não possuindo legitimidade ativa para pleitear na ação
declaratória.

4. a decadência do direito, pois a parte autora deveria ter ingressado com ação rescisória, com prazo
limitado a 2 anos, o que não ocorreu.

No mérito, sustenta que a Apelante não deixou de citar os posseiros, mas sim desconheciam os réus,
porque este estavam na clandestinidade de fugindo da justiça.

O apelo foi recebido em ambos os efeitos.

Em contrarrazões, os Apelados rebateram as teses recursais e requereram o desprovimento do recurso.

Instado a se manifestar o Ministério Público opinou pelo conhecimento e desprovimento do recurso.

Prolatei a monocrática ementada nos seguintes termos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA. QUERELA NULITAS. AÇÃO POSSESSÓRIA. INVASORES


QUE NÃO RELACIONADOS NA PETIÇÃO INICIAL DA AÇÃO POSSESSÓRIA. ALEGAÇÃO DE
INVALIDADE DA SENTENÇA POR NÃO TEREM SIDO CITADOS. JULGAMENTO ANTECIPADO DA
LIDE. CERCEAMENTO CONFIGURADO. PRODUÇÃO DE PROVAS ESSENCIAL PARA A
INVESTIGAÇÃO SE OS AUTORES/APELADOS INTEGRARAM OU NÃO A LIDE PRIMÁRIA PARA SE
EXAMINAR A LEGITIMIDADE E A ADEQUAÇÃO DESTA AÇÃO. MATÉRIA DE DIREITO E DE FATO,
SEM PROVAS SUFCUENTE PARA O JULGAMENTO DE MÉRITO. SENTENÇA DESCONSTITUÍDA.
APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.

Não houve recurso desta decisão, sendo o trânsito em julgado certificado em 15/10/2020.

Os autos retornaram à Vara Agrária de Altamira que prolatou a seguinte decisão:


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(...)

Deste modo, dando cumprimento à r. decisão do juízo ad quem, retomando a instrução processual,
considerando o princípio da cooperação entre as partes, determino:

1. Intimem-se as partes autora e requeridos para que especifiquem os pontos controvertidos e as


provas que pretendem produzir no prazo de 10 (dez) dias, sucessivamente, justificando a utilidade e a
pertinência, inclusive depositando eventual rol de testemunhas, sob pena de preclusão;

2. Após, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Translade-se cópia do presente para os autos do processo n.º 2640-62.2005.814.0005;

Altamira-PA, 10 de dezembro de 2020.

Antônio Fernando de Carvalho Vilar

Juiz de Direito

Após as partes peticionaram especificando as provas a produzir, sobreveio a decisão recorrida lavrada
nos seguintes termos:

Em despacho de fls. 370/371 as partes foram intimadas a indicar os pontos controvertidos e as provas
pretendidas.

A parte autora em petição de fls. 373/374 indicou pontos controvertidos e requereu produção de prova
testemunhal; de prova emprestada dos autos n.º 0003236-27.2013.8.14.0005 (em tramitação nesta Vara
Agrária), para que sejam juntados atas de audiência, inspeções, vistoria, perícia e relação de famílias
ocupantes do lote 05 da Gleba Uruará; de prova documental e de prova pericial nos lotes 05,04 e 06.

Em petitório de fls. 378 a 394 trazendo documentos novos de fls. 396 a 656, a demandada requereu
julgamento antecipado da lide por “objetivo ilícito” e falta de causa de pedir a ação proposta; indicou
pontos controvertidos e pugnou pela realização da produção de prova oral com depoimento pessoal das
partes e oitiva de testemunhas, pericial, documental e prova emprestada de outros processos conexos a
este. Apresentou e requereu a juntada dos documentos que verifico às fls. 396 a 656, inclusive antecipou
rol de testemunhas que deverá ser confirmado em momento oportuno.

Dito isto, seguindo as orientações e comandos do artigo 357, §3º, do CPC, passo a sanear o processo e o
faço nos seguintes termos:

I - Enfrento as preliminares a serem decididas:

I.1) Irregularidade de Representação

A requerida alega haver irregularidade de representação da autora por entender que a declaração de
pobreza trazida aos autos seria similar à procuração e que deste modo deveria cumprir requisitos básicos
a exemplo da qualificação da outorgante. Aduz ainda que em razão da natureza de ação real imobiliária
das ações possessórias seria necessária a participação do cônjuge, o que ausente nestes autos e por fim,
questiona a ausência de nominação e respectiva qualificação individual de todos os autores.

Rejeito a preliminar. Explico.

Nos termos do artigo 134 da Constituição da República de 1988, alterado pela Emenda Constitucional nº
80/2014, a Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, cabendo-lhe, dentre
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outras coisas, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e
coletivos de forma integral e gratuita aos necessitados. Na sequencia, a Lei Complementar Estadual nº
54/2006, alterada pela LC nº 135/2021, dispõe ser prerrogativa dos Defensores Públicos a atuação em
feitos administrativos ou judiciais independentemente de instrumento de mandato, ressalvados os casos
para os quais a lei exija poderes especiais indicados no art. 105 do Novo CPC, a exemplo de: transigir,
desistir, renunciar (art. 38 do CPC/1973).

Deste modo, diante da função constitucional desempenhada pela Defensoria Pública, nem o CPC/73 sob à
égide do qual foi intentada a ação, tampouco o CPC/2015, impõem a apresentação de qualquer
instrumento de mandato para sua atuação jurisdicional, razão pela qual, neste particular, deixo de acolher
a preliminar suscitada.

Na sequência, sustenta ainda a contestação que a ação possessória tem natureza de ação real imobiliária
e por isso o seu ajuizamento careceria da outorga uxória.

Segundo o art. 1.225 do Código Civil a posse não é direito real. A causa de pedir nestes autos funda-se
em ação possessória a qual tem natureza pessoal e, portanto, desnecessário o consentimento do cônjuge.

Quanto à necessidade de que todos os autores deveriam ter sido nominados e qualificados
individualmente, atento não proceder a alegação considerando que localizo tal providência adotada pela
Defensoria Pública, conforme relação constante às fls. 19/20. Com esses argumentos rejeito a presente
preliminar.

1.2) Falta de Interesse de Agir

Alega a requerida Agronil Agropecuária Nova Invernada que a autora da presente ação, à época do
ajuizamento e tramitação do processo originário, não esteve presente no local discutido, não
integrava/integrou a ocupação e, portanto, não teria legitimidade para figurar no pólo ativo desta demanda.
Recebo a presente preliminar como Ilegitimidade de Parte e não como Falta de Interesse de Agir.

Neste ponto, entendo pela impossibilidade de acolhimento da alegação e explico: a senhora Maria Rosalva
de Alencar possui pertinência subjetiva para figurar no polo ativo da demanda tendo em conta que ao
menos em tese é detentora de direito violado pela irregularidade quando da citação no processo originário
(a ação de Reintegração de Posse n.º 0002640-62.2005.814.0005 que teve como objeto o imóvel rural
composto pelos lotes 02, 04 e 06 da linha 02 Norte – Gleba Uruará – Uruará/PA); resta claro que além da
senhora Maria Rosalva há outras pessoas que figuram no polo ativo da demanda e também devidamente
representados pela Defensoria Pública e, a teor da fundamentação já exposta, regularmente identificados
no documento que acompanha a inicial às fls. 19/20. Constato assimque se tem uma coletividade de
pessoas que figuram como sujeitos ativos, sendo que as mesmas, conforme aduz a inicial, são detentoras
do direito subjetivo de obter a anulação da sentença prolatada nos autos ação de Reintegração de Posse
n.º 0002640-62.2005.814.0005 já referida.

Dito isto, rejeito a preliminar.

I.3) Decadência e Inadequação da via eleita

A decadência se revela como o perecimento do próprio direito potestativo, pelo seu não exercício no prazo
determinado, sendo matéria de mérito, motivo pelo qual analisarei em momento oportuno.

Quanto a alegação de inadequação da via eleita, é falta de condição da ação na espécie falta de interesse
de agir (modalidade inadequação) segundo o art. 485, VI do CPC/15 (art. 267, VI do CPC/1973), que ao
referir exclusivamente às hipóteses de legitimidade e interesse no plano de admissibilidade,
automaticamente remeteu a impossibilidade jurídica para o mérito, logo é questão que necessita de
instrução probatória para ser resolvida, de sorte que a solução desse ponto será por ocasião da sentença.
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De todo modo, esclareço que a rescindibilidade, que autoriza a ação Rescisória, nos termos do art. 966,
do NCPC (art. 485 CPC/73), não se confunde com a nulidade da sentença ora pleiteada. A rescisória, não
supõe decisão nula, mas, ao contrário, decisão válida que tenha produzido a coisa julgada e como dito, o
presente feito busca a tutela jurisdicional para dizer que a sentença nunca teve validade no mundo
jurídico, ou seja, na hipótese dos autos padeceria de vício de existência, a comportar assim, a qualquer
tempo, sua declaração de nulidade.

Dito isto, rejeito também essa preliminar.

II - Passo a delimitar as questões de fato e de direito sobre as quais recairá a atividade probatória:

II.1) Quanto as questões de fato: 1) saber se as partes requeridas nos autos da Ação 0002640-
62.2005.8.14.0005 são os ocupantes/possuidores dos lotes 02, 04, 06 da Gleba Uruará e se estes foram
citados pelo senhor oficial de justiça ou citados por edital; 2) se caso tenha ocorrido a citação por edital
dos requeridos, se constam nos autos documentos de defesa dos mesmos por meio de curadoria especial
ou outro meio; 3) se foi nomeado defensor dativo nos autos em favor dos demandados; 4) saber se os
requeridos e citados nesta ação ocupam o lote 05 da Gleba Uruará, a partir da prova que se tem
emprestada dos autos n.º 0003236-27.2013.8.14.0005, em tramitação perante esta Vara Agrária; 5) saber
se houve prejuízo a terceiros (como destruição de casas, plantações, partes nesta ação ou estranhos ao
processo, com o cumprimento da decisão judicial); 6) Se há ocorrência de crime ambiental com
desmatamento e queimadas e qual a data das ocorrências;

II.2) Quanto as questões de Direito: 1) se houve ou não citação válida e em tendo havido, se foi
respeitado o princípio do contraditório e da ampla defesa; 2) se houve decadência do direito de ação; 3)
se a via eleita é adequada.

Nos termos do art. 357, III do CPC, caberá a cada uma das partes a comprovação de suas arguições.

Defiro as provas requeridas pelas partes, exceto a prova pericial que deixo para decidir em
momento oportuno em razão das provas emprestadas (inclusive periciais), ora deferidas e que
virão aos autos. Quanto as provas testemunhais, limito ao número de três, verifico o rol
apresentado pela demandada (fl. 394/395).

Determino:

1. Designo audiência de instrução para o dia 15/06/2021 às 10h00min, a ser realizada no Fórum da
Comarca de Uruará/PA, oportunidade em que serão tomados os depoimentos das partes e oitiva de
testemunhas;

2. Concedo o prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão, para que as partes depositem seu rol de
testemunhas que limito ao número de 3(três), a teor do previsto no art. 357, § 7º;

3. As testemunhas a serem apresentadas pelas partes, limitadas ao número de 3(três) deverão


comparecer independente de intimação;

4. Intimem-se as partes;

5. Intimação pessoal do MP;

Altamira, 11 de março de 2021.

Antônio Fernando de Carvalho Vilar

Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Inconformada a AGRONIL AGROPECUARIA NOVA INVERNADA S/A recorre a esta instância pleiteando
a reforma da decisão, para anular a decisão que não determinou a perícia complementar e ignorou ou
indeferiu a oitiva dos peritos oficiais.

No Id. Num. 5297786, concedi o prazo de 5 dias, para que junte o Agravante juntasse a cópia integral dos
autos de origem e dos documentos referidos do Id. Num. 5153623, bem como se manifestar sobre a
ausência de negativa à realização de perícia complementar e a oitiva dos responsáveis pelos
documentos, o que levaria na hipótese de conhecimento de recurso em supressão de instância.

No ID. Num. 5376906 a AGRONIL AGROPECUARIA NOVA INVERNADA S/A apresentou a seguinte
manifestação:

(...)

A Agravante reafirma que a decisão prolatada pelo Juiz da Vara Agrária de Altamira, não deferiu
nem indeferiu, os pedidos de oitivas dos peritos responsáveis pelas perícias juntadas, bem como
não deferiu nem indeferiu pedido de perícia na área invadida da agravante, implicando assim em
cerceamento de defesa, além do que também cércea o direito de recorrer, caso a decisão seja mantida.

(...)

É o Relatório.

DECIDO.

Com efeito, de acordo com o artigo 932, inciso IV e V alíneas “a”, do NCPC, o relator do processo está
autorizado em demandas repetitivas apreciar o mérito recursal, em decisão monocrática, referida previsão
está disciplinada no art. 133, do Regimento Interno desta Corte, que visa dar cumprimento ao art. 926, §1º,
do NCPC. Vejamos:

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.

§1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão
enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.

Gize-se, ainda, que tais decisões têm por finalidade desafogar os Órgãos Colegiados, buscando dar mais
efetividade ao princípio da celeridade e economia processual, sem deixar de observar, por óbvio, as
garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Assim, plenamente cabível o julgamento do recurso por meio de decisão monocrática, porque há
autorização para tanto no sistema processual civil vigente.

De início, tenho que há questão prejudicial ao exame do agravo de instrumento.

Digo isso, porque o ato combatido não se pronunciou sobre a realização de perícia complementar e a
oitiva dos responsáveis pelos documentos, vejamos:

(...)

Nos termos do art. 357, III do CPC, caberá a cada uma das partes a comprovação de suas arguições.

Defiro as provas requeridas pelas partes, exceto a prova pericial que deixo para decidir em
momento oportuno em razão das provas emprestadas (inclusive periciais), ora deferidas e que
virão aos autos. Quanto as provas testemunhais, limito ao número de três, verifico o rol
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apresentado pela demandada (fl. 394/395).

Determino:

1. Designo audiência de instrução para o dia 15/06/2021 às 10h00min, a ser realizada no Fórum da
Comarca de Uruará/PA, oportunidade em que serão tomados os depoimentos das partes e oitiva de
testemunhas;

2. Concedo o prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão, para que as partes depositem seu rol de
testemunhas que limito ao número de 3(três), a teor do previsto no art. 357, § 7º;

3. As testemunhas a serem apresentadas pelas partes, limitadas ao número de 3(três) deverão


comparecer independente de intimação;

4. Intimem-se as partes;

5. Intimação pessoal do MP;

Altamira, 11 de março de 2021.

Antônio Fernando de Carvalho Vilar

Juiz de Direito

Portanto, o teor da decisão recorrida é diverso do que sustenta a parte agravante, porque sequer houve
pronunciamento sobre a questão debatida, o que caberia a utilização dos Embargos de Declaração,
recurso adequado para sanar omissões, contradições e obscuridades.

Do exposto, resta evidente que os fundamentos de fato e de direito declinados no recurso estão
dissociados da totalidade das razões de decidir proferidas pelo julgador singular, não atendendo,
assim, ao disposto no artigo 1.016, II e III, do Código de Processo Civil.

Nesse sentido, são precedentes desta Câmara:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. HONORÁRIOS DE PROFISSIONAIS LIBERAIS. AÇÃO DE COBRANÇA


OU ARBITRAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CASO CONCRETO. MATÉRIA DE FATO.
NÃO ENFRENTAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. RAZÕES DISSOCIADAS DO QUE FOI DECIDIDO.
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE NÃO OBSERVADO. Agravo de instrumento não conhecido. (Agravo de
Instrumento, Nº 70082443201, Décima Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Vicente
Barrôco de Vasconcellos, Julgado em: 16-08-2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO. AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO.


DECISÃO SEM CUNHO DECISÓRIO. AUSÊNCIA DE ATAQUE AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
RECORRIDA. A DECISÃO AGRAVADA DETERMINOU A REMESSA DOS AUTOS PARA QUE O JUÍZO
ONDE TRAMITA A AÇÃO DE USUCAPIÃO ANALISE EVENTUAL CONEXÃO OU CONTINÊNCIA. I.
Decisão sem cunho decisório. II. Razões recursais que não atacam a decisão agravada, as quais se
restringiram à alegação de cabimento do despejo – contrato sem garantia. Impossibilidade de
conhecimento de recurso cujas razões não guardam pertinência com a fundamentação da decisão
recorrida (artigo 1.016, II, do Código Processual Civil/2015). AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO
CONHECIDO.(Agravo de Instrumento, Nº 70080659600, Décima Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Ana Beatriz Iser, Julgado em: 10-04-2019)

DISPOSITIVO
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Ante o exposto, NÃO CONHEÇO DO RECURSO, nos termos do artigo 932, III, do Código de Processo
Civil.

Publique-se. Intimem-se. Comunique-se ao Juízo de origem.

Belém, 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0804282-86.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: L. C. D. S. C. S.


Participação: ADVOGADO Nome: YURI DE SOUZA DIAS OAB: 24853/PA Participação: AGRAVADO
Nome: I. M. F. D. S.

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

ORIGEM: JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BARCARENA

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0804282-86.2020.8.14.0000

AGRAVANTE: LUDIMILLA CRISALIDA DA SILVA CAVALERO SARRAF

AGRAVADO: ITALO MATHEUS FERREIRA DE SOUSA

RELATORA: DES. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS. DESISTÊNCIA RECURSAL. ANUÊNCIA DO


RECORRIDO DISPENSÁVEL. INTELIGÊNCIA DO ART. 998 DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTO RECURSAL. DESISTÊNCIA RECURSAL HOMOLOGADA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo, interposto por LUDIMILLA
CRISALIDA DA SILVA CAVALERO SARRAF, em face da decisão prolatada pelo douto Juízo de Direito
da 2ª Vara Cível e Empresarial de Barcarena, nos autos da Ação de Alimentos, ajuizada em face de
ITALO MATHEUS FERREIRA DE SOUSA.

Petição Num. 5526205 - Pág. 1 requerendo a desistência do recurso, com base nos arts. 988, caput e 999
do CPC.

É o relatório.

DECIDO.

Vindo aos autos petição assinada pelo representante da parte recorrente requerendo a desistência do
recurso (Num. 5526205), impõe-se o recebimento com desistência recursal e sua homologação, nos
termos do art. 998, NCPC, julgando-se prejudicada a análise do mérito recursal.
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O Novo Código de Processo Civil em seu artigo 998 preceitua:

Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes,
desistir do recurso.

No plano doutrinário, tem-se o magistério de José Carlos Barbosa Moreira, Humberto Theodoro Júnior,
Moacyr Amaral Santos e Flavio Cheim Jorge lecionando sobre a desistência recursal:

“A desistência pode ocorrer ‘a qualquer tempo’, ou seja, desde a interposição do recurso até o instante
imediatamente anterior ao julgamento. É indiferente, pois, que aquele já tenha sido ou não recebido, que
se encontre ainda pendente no juízo a quo ou que já tenha subido ao tribunal superior.”

“A desistência, que é exercitável a qualquer tempo, não depende de anuência do recorrido ou dos
litisconsortes (art. 501).”

“Interposto o recurso, poderá a desistência dar-se a qualquer tempo, no juízo a quo ou no juízo ad quem,
até o momento do início do ato de julgamento.”

Nesse sentido a jurisprudência pátria:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO. DESISTÊNCIA. HOMOLOGAÇÃO. Desistindo o agravante do recurso,


é de ser homologado o pedido. Inteligência do art. 501 do CPC. Homologaram a desistência do Agravo.
Unânime. (Agravo de Instrumento Nº 70025213455, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Jorge Alberto Schreiner Pestana, Julgado em 19/03/2009).

AGRAVO INTERNO. RESPONSABILIDADE CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. DESISTÊNCIA DO RECURSO.


Formulado pleito de desistência do recurso, o qual prescinde de concordância da parte adversa, é de ser
homologado, restando prejudicado o exame do agravo interno. Inteligência do art. 501 do CPC.
Precedentes jurisprudenciais. DESISTÊNCIA HOMOLOGADA. (Agravo Nº 70028469179, Décima Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Julgado em 19/03/2009).

Desse modo, encontrando-se plenamente formalizado, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso


de agravo de instrumento e julgo-o prejudicado, nos termos do art. 998 do NCPC.

Transitada em julgado, remetam-se os autos à origem para os fins de direito.

Publique-se.

Belém, 15 de julho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0800006-44.2019.8.14.0130 Participação: APELANTE Nome: SANTA PALMEIRA


DO NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: WAIRES TALMON COSTA JUNIOR OAB:
12234/MA Participação: APELADO Nome: BANCO VOTORANTIM S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI OAB: 21678/PE

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO


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ORIGEM: JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ULIANÓPOLIS

PROCESSO Nº 0800006-44.2019.8.14.0130

APELANTE: SANTA PALMEIRA DO NASCIMENTO

APELADO: BANCO VOTORANTIM S.A.

RELATORA: DES MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

APELAÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMO


CONSIGNADO C/C PEDIDO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. NÃO
DEMONSTRADA A EXISTÊNCIA DO DOLO OU DA CULÁ. ART. 80 CPC. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de APELAÇÃO, interposta por SANTA PALMEIRA DO NASCIMENTO, em face da sentença do


JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ULIANÓPOLIS, nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA DE CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO C/C PEDIDO DE DANOS
MORAIS E MATERIAIS, contra a sentença que julgou condenou a parte autora em litigância de má-fé,
ajuizada em face de BANCO VOTORANTIM S.A.

Vejamos o teor da sentença:

“(...) Antes de finalizar, está evidente que a Requerente deduziu pretensão para anular os contratos,
mesmo sabendo que havia firmado os ajustes. Por esse motivo, verifico que a conduta da Requerente está
enquadrada no artigo 80, inciso II do CPC2015, pois alega não ter firmado contrato cujo objetivo era alterar
a verdade dos fatos, já que está comprovado que realizou o acordo com o Banco Requerido.

Configurada a litigância de má-fé, não resta outra opção a não ser aplicação da penalidade de 10% (dez
por cento) sobre o valor correspondente as verbas pleiteadas indevidamente, qual seja, o valor de R$
28.240,00 (vinte e oito mil duzentos e quarenta reais). (...)”

Em suas razões recursais (Num. 5597560), a Apelante alega, em suma, que a sentença prolatada merece
ser reformada fundamentando que não há que se falar em má fé por se tratar de uma pessoa idosa e de
pouquíssimo conhecimento.

Requer que o recurso seja conhecido e provido, reformando a sentença para afastar a condenação em
litigância de má-fé.

Contrarrazões no evento de Num. 5597563 o conhecimento e improvimento do recurso para manter


inalterada a sentença prolatada pelo juízo a quo.

É o Relatório.

Decido.

Com efeito, de acordo com o artigo 932, inciso IV e V alíneas “a”, do NCPC, o relator do processo está
autorizado em demandas repetitivas apreciar o mérito recursal, em decisão monocrática, referida previsão
está disciplinada no art. 133, do Regimento Interno desta Corte, que visa dar cumprimento ao comento
legal imposto no art. 926, §1º, do NCPC. Vejamos:

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
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§1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão
enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.

Gize-se, ainda, que tais decisões têm por finalidade desafogar os Órgãos Colegiados, buscando dar mais
efetividade ao princípio da celeridade e economia processual, sem deixar de observar, por óbvio, as
garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Assim, plenamente cabível o julgamento do recurso por meio de decisão monocrática, porque há
autorização para tanto no sistema processual civil vigente.

Quanto a possibilidade de aplicação de multa por litigância de má-fé, o Código de Processo Civil
estabelece as hipóteses em que poderá ser considerada a litigância. Vejamos o dispositivo:

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;

II - alterar a verdade dos fatos;

III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;

IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;

V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;

VI - provocar incidente manifestamente infundado;

VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser
superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária
pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que
efetuou.

Conforme depreende-se do artigo, a penalidade deve ser aplicada apenas à parte que age de forma
maldosa, com dolo ou culpa, causando um dano processual a outra parte, independente de requerimento
da parte prejudicada.

No caso em apreço, o juízo a quo aplicou a referida multa por entender que a parte autora alterou a
verdade dos fatos.

Contudo, não vislumbro os indícios de que a autora tenha litigado de má-fé, principalmente por restar
demonstrado nos autos que a parte autora é analfabeta.

Colaciono os seguintes julgados:

EMENTA: APELAÇÃO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – REQUISITOS. EMENTA: APELAÇÃO – LITIGÂNCIA


DE MÁ-FÉ – REQUISITOS.

EMENTA: APELAÇÃO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – REQUISITOS. EMENTA: APELAÇÃO – LITIGÂNCIA


DE MÁ-FÉ – REQUISITOS. A penalidade por litigância de má-fé deve ser aplicada apenas à parte que, no
processo, age de forma maldosa, com dolo ou culpa, causando dano processual ao adversário. (TJ-MG –
AC: 10000210932125001 MG, Relatora: Maurílio Gabriel, Data de Julgamento: 02/07/2021, Câmaras
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Cíveis / 15º CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 12/07/2021).

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. NÃO CARACTERIZAÇÃO. NÃO SE VERIFICAM ELEMENTOS QUE


CARACTERIZEM A LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NOS TERMOS DO ARTIGO 80 DO CPC.

A má-fé não pode ser presumida. Mera utilização do direito de ação. Não demonstrada a existência de
dolo. Recurso provido para afastar a litigância de má-fé. (TJ-SP – RI: 10073830220208260005 SP
1007383-02.2020.8.26.0005, Relator: Paulo Roberto Fadigas Cesar, Data de Julgamento: 06/10/2020, 1ª
Turma Recursal Cível e Criminal, Data de Publicação: 06/10/2020).

Ante o exposto, CONHEÇO do Agravo de Instrumento e DOU PROVIMENTO, para reformar a sentença
prolatada pelo juízo a quo, afastando a aplicação da multa pro litigância de má-fé.

Sem custas e honorários.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 20 de julho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0806735-20.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ADMINISTRADORA


DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA
TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: AGRAVADO Nome: BRENO NEVES SOARES

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

ORIGEM: JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE MARITUBA

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0806735-20.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA

AGRAVADO: BRENO NEVES SOARES

RELATORA: DESª. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. NÃO CONHECIMENTO. DECISÃO


QUE DETERMINOU EMENDA DA INICIAL. NÃO CABIMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. CPC.

1. Com o advento do Código de Processo Civil restou elencado as hipóteses de cabimento do recurso de
agravo de Instrumento, não estando prevista a possibilidade de interposição de agravo de instrumento
contra decisão que determina a emenda da inicial.

2. In casu, nota-se que a decisão atacada determina a emenda da inicial para juntar a via original do
contrato bancário, portanto, face a ausência de previsão legal para interposição do presente agravo,
conforme acima explanado, este mostra-se manifestamente inadmissível.
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3. Agravo de Instrumento não conhecido.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo, interposto por


ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA, em face da decisão prolatada pelo
douto Juízo de Direito da 2ª Vara Cível e Empresarial de Marituba, nos autos da Ação de Busca e
Apreensão, ajuizada em face de BRENO NEVES SOARES.

A decisão agravada foi lavrada nos seguintes termos:

“1- Analisando os autos, verifico que a inicial deve ser emendada no seguinte aspecto:

a) Considerando que os contratos de financiamento com base na alienação fiduciária podem ser objeto de
transferência e assim gerar pluralidade de processos tratando da mesma dívida contra o mesmo credor,
determino ao autor DEPOSITAR A VIA ORIGINAL DO CONTRATO na Secretaria Judicial.

2 - Destarte, faculto ao autor emendar a para no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento da
petição inicial (art.321, parágrafo único do CPC/2015).”

O Agravante em suas razões recursais pugna a reforma da decisão agravada, uma vez que a petição
inicial está devidamente instruída, não necessitando de emenda, tendo em vista a desnecessidade de
juntada da via original do contrato bancário.

Pleiteia o conhecimento e provimento do recurso.

Juntou documentos.

É o relatório.

Decido.

Com efeito, cumpre ressaltar que o presente Agravo de Instrumento não merece ser conhecido.

Pois bem. Com o advento do Código de Processo Civil restou elencado as hipóteses de cabimento do
recurso de agravo de Instrumento, senão vejamos:

“Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

II - mérito do processo;

III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

VI - exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;


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VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;

XII - (VETADO);

XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase
de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de
inventário.”

Acerca do cabimento de agravo de instrumento no âmbito do Código de Processo Civil, Daniel Amorim
Assumpção Neves, na obra "Manuel de Direito Processual Civil", 8ª ed., Vol. Único, Salvador: Editora
JusPodivm, 2016, p. 1560 e 1559, anota:

“Há decisões interlocutórias de suma importância no procedimento que não serão recorríveis por agravo
de instrumento: decisão que determina emenda da petição inicial; decisão sobre a competência absoluta
ou relativa, decisões sobre prova, salvo na hipótese de exibição de coisa ou documento (...)”

“As decisões interlocutórias que não puderem ser impugnadas pelo recurso de agravo de instrumento não
se tornam irrecorríveis, o que representaria nítida ofensa ao devido processo legal. Essas decisões não
precluem imediatamente, devendo ser impugnadas em preliminar de apelação ou nas contrarrazões desse
recurso, nos termos do art. 1.009, § 1º, do Novo CPC.”

In casu, nota-se que a decisão atacada determina a emenda da inicial para juntar a via original do contrato
bancário, sendo um mero despacho, portanto, face a ausência de previsão legal para interposição do
presente agravo, conforme acima explanado, este mostra-se manifestamente inadmissível.

No mesmo sentido é o entendimento jurisprudencial:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE NULIDADE C/C RESCISÃO DE CONTRATO. EMENDA À


INICIAL. NÃO CABIMENTO. A decisão que determina emenda à inicial não está elencada nas hipóteses
do art. 1015 do CPC/15. Rol restritivo. Recurso inadmissível. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO
CONHECIDO em decisão monocrática. (Agravo de Instrumento Nº 70072825748, Décima Oitava Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Giuliano Viero Giuliato, Julgado em 10/03/2017)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.


DETERMINAÇÃO DE EMENDA DA INICIAL PARA COMPROVAR NOTIFICAÇÃO DOS AVALISTAS.
DECISÃO QUE NÃO INTEGRA O ROL TAXATIVO DO ARTIGO 1.015 DO NCPC. A decisão atacada
pelo presente agravo de instrumento, quanto a deteminação de emenda a inicial, não integra o rol taxativo
previsto no artigo 1.015 do NCPC, de sorte que o presente recurso não pode ser conhecido. Artigo 932, III
do novo CPC. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO. (Agravo de Instrumento Nº
70072643448, Décima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Angela Terezinha de
Oliveira Brito, Julgado em 08/03/2017)

Diante do exposto, NÃO CONHEÇO do Agravo de Instrumento, por manifesta inadmissibilidade, nos
termos da fundamentação.

ÀSecretaria para as providências.


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Belém (PA), 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0000583-81.2012.8.14.0136 Participação: APELANTE Nome: SERGIO EDUARDO


OLIVEIRA REIS Participação: ADVOGADO Nome: ROMULO OLIVEIRA DA SILVA OAB: 10801/PA
Participação: APELADO Nome: VALE S.A. Participação: APELADO Nome: VIA ENGENHARIA S. A.
Participação: ADVOGADO Nome: GLEISON JUNIOR VANINI registrado(a) civilmente como GLEISON
JUNIOR VANINI OAB: 18617/PA Participação: ADVOGADO Nome: RONEY FERREIRA DE OLIVEIRA
OAB: 12442/PA Participação: ADVOGADO Nome: RUBENS MOTTA DE AZEVEDO MORAES JUNIOR
registrado(a) civilmente como RUBENS MOTTA DE AZEVEDO MORAES JUNIOR OAB: 10213/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL N.º 0000583-81.2012.8.14.0136

APELANTE: SÉRGIO EDUARDO OLIVEIRA REIS

APELADAS: VALE S.A e VIA ENGENHARIA S. A.

DESEMBARGADORA RELATORA: MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. REPARAÇÃO DE


DANOS. PRESCRIÇÃO TRIENAL. INICIO DO PRAZO PRESCRICIONAL QUE OBSERVA O DISPOSTO
NO ART. 189, DO CC. AUSÊNCIA DE CAUSAS DE SUSPENSÃO OU INTERRUPÇÃO. PRESCRIÇÃO
PRONUNCIADA. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Cuidam os autos de APELAÇÃO CÍVEL proposto por SÉRGIO EDUARDO OLIVEIRA REIS que ataca a
sentença prolatada pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de Canãa dos Carajás, nos autos da AÇÃO
DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS proposta contra VIA ENGENHARIA S.A e
VALE S.A, que reconheceu a prescrição da pretensão.

Narra o autor na petição inicial (fls. 03/12), em síntese, que é proprietário de dois lotes de terrenos em
Canãa dos Carajás.

Afirma que as requeridas ao promoverem obras de pavimentação e construção de uma escola, entre os
meses de setembro e outubro de 2008, de forma indevida e sem autorização invadiram o lote do
requerente provocando danos.

Relata que ao tomar conhecimento que sua propriedade foi invadida, escavada e utilizada como canteiro
de obras, entrou em contato, via telefone e e-mail com os dirigentes da primeira requerida a fim de
resolver o imbróglio, no entanto, sem êxito.

Requer a reparação dos danos materiais e morais oriundos dos fatos relatados.

Com a inicial vieram documentos (fls. 14/32).


261
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Custas recolhidas as folhas 35/37.

Despacho de fls. 39 determina citação das partes requeridas.

Contestação apresentada pela segunda requerida às folhas 43/58/43, alegando em síntese a preliminar de
prescrição, preliminar de ausência de interesse de agir, preliminar de ilegitimidade ativa, no mérito alega
ausência de provas em relação aos danos materiais, dano material não comprovado, impugnou
documentos e, por fim, pugnou pela improcedência dos danos morais e da ação como um todo.

A primeira requerida não apresentou contestação.

Réplica a contestação às folhas 67/80, reiterando os termos da inicial e resistindo as preliminares


alegadas. Quanto a prescrição trouxe tese da actio nata, afirmando não ter ocorrido a perda da pretensão.

Realizada audiência em 07/07/2015 (fls. 90), onde foi tomado depoimento da parte autora.

Autor se manifestou as folhas 113/118 e a requerida as folhas 123/127.

Certidão de custas as folhas 122.

Sobreveio a decisão recorrida lavrada nos seguintes termos:

(...)

O feito está apto a julgamento, não havendo necessidade de produção de outras provas, motivo pelo qual
procedo ao julgamento.

A primeira requerida é revel.

Prima facie, constata-se que a questão se submete as regras de prescrição prevista na legislação
ordinária, qual seja, o Código Civil.

A pretensão do autor está prescrita.

Os fatos ocorreram entre setembro e outubro de 2008.

Incide no caso em tela o artigo 206, § 3º, do Código Civil que estabelece que prescreve em 3 (três)
anos a pretensão de reparação civil.

É patente que ocorreu a prescrição. Não há nos autos qualquer prova que demonstre o contrário.

Em que pese a tese do autor, de que tomou ciência dos fatos muito tempo depois, fazendo

incidir no caso a teoria da actio nata, por ele não foi provada. O autor não se desincumbiu de
demonstrar a data em que tomou ciência do ato ilícito.

Pelo contrário, tanto em sua inicial quanto em depoimento pessoal as folhas 90 afirma que
comprou o terreno em agosto de 2008 e dois meses depois a primeira requerida iniciou as

obras no local.

O requerente afirma que a requerida iniciou as obras sem, contudo, indicar qual a data que tomou ciência
dos atos praticados pela segunda requerida.
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O requerente poderia ter trazido os e-mail enviados à segunda requerida, apontando a data em que
supostamente tomou ciência dos danos causados em seus terrenos, mas assim não fez.

Não há nos autos nenhuma prova capaz de mostrar ao juízo a data em que o requerente tomou ciência do
ato ilícito, o que faria incidir a tese da actio nata.

Ao juízo é defeso criar suposições, como pretende o autor, ao concluir hipoteticamente que tomou ciência
da realização das obras e dos prejuízos em seus terrenos muito tempo depois.

O que está certo é que o início das obras se deram entre setembro e outubro de 2008, não havendo
nenhuma informação destoante.

Assim, não restam dúvidas de que incidiu no presente caso a prescrição, posto que a ação foi ajuizada
somente em 31/05/2012.

Mesmo que admitíssemos que o requerente tomou ciência das obras somente quando concluídas, ou seja,
em dezembro de 2008, conforme depoimento pessoal da requerida as

folhas 91, a pretensão está, da mesma forma, prescrita.

A prescrição é a perda do direito à pretensão, por essa razão o requerente está impedido de exigir a
reparação – artigo 189, CC/2002.

Pode até ajuizar ação, pois tem direito de ação, mas não tem direito a pretensão, pois extinto pela
prescrição.

Nesta senda, deve ser julgada improcedente a pretensão do requerente, por não vislumbrar, bem como
não ter sido comprovado nos autos, qualquer situação que indique o contrário.

III. DISPOSITIVO

Posto isso e por tudo mais que dos autos consta julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na peça de
início proposta Sergio Eduardo Oliveira e por consequência DECRETO a prescrição das pretensão objeto
da presente demanda.

Tendo em conta a sucumbência total da parte autora e o princípio da causalidade,

CONDENO ao pagamento de custas judiciais a serem calculadas pela UNAJ – artigo 82 do CPC/15 - e
honorários sucumbenciais, em 10% sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85 § 2º, do
CPC/15, considerando a natureza e a importância da causa, o trabalho e o tempo despendido, bem assim,
o grau de zelo do profissional.

POR CONSEQUENCIA JULGO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, nos termos
do artigo 487, inc. I, do CPC/15.

P.R.I.

Transitada em julgado, ao Cartório de Distribuição para as devidas anotações. Após,

arquivem-se.

Canaã dos Carajás, 03 de maio de 2017.


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LEANDRO VICENZO SILVA CONSENTINO

Juiz de Direito substituto

SÉRGIO EDUARDO OLIVEIRA REIS recorreu a esta instância no Id. Num. 996772 requerendo a reforma
do julgado, alegando que não pode ser reconhecida a prescrição, porque as obras se iniciaram em 2008 e
foram os serviços prorrogados, somente findando em 2010.

Requer, ao final, o provimento do recurso e a reforma integral da sentença.

Em contrarrazões a VIA ENGENHARIA S. A. defende que o Apelante traz inovação fática, por não ter
narrado nenhum dano, após outubro de 2008, nem ter vinculado os danos porque em momento algum
vinculou o final do prazo prescricional ao serviço de reforma da PA-160.

No final, rebateu o mérito recursal e requereu o desprovimento do recurso.

É O RELATÓRIO.

DECIDO.

Com efeito, de acordo com o artigo 932, inciso IV e V alíneas “a”, do NCPC, o relator do processo está
autorizado em demandas repetitivas apreciar o mérito recursal, em decisão monocrática, referida previsão
está disciplinada no art. 133, do Regimento Interno desta Corte, que visa dar cumprimento ao art. 926, §1º,
do NCPC. Vejamos:

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.

§1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão
enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.

Gize-se, ainda, que tais decisões têm por finalidade desafogar os Órgãos Colegiados, buscando dar mais
efetividade ao princípio da celeridade e economia processual, sem deixar de observar, por óbvio, as
garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Assim, plenamente cabível o julgamento do recurso por meio de decisão monocrática, porque há
autorização para tanto no sistema processual civil vigente.

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal conheço do recurso.

Como sabemos, a prescrição é a perda do direito de ação, por não ter sido exercido dentro do prazo tanto
previsto. Referido instituto é princípio de ordem pública que atualmente está intrínseco a todas as áreas do
direito pátrio e visa manter segurança entre os sujeitos das relações jurídicas.

A prescrição possibilita que o sujeito passivo de determinada lide não fique eternamente preso à inércia do
titular do direito.

O fato gerador da responsabilidade civil é o ato ilícito, na forma do disposto no art. 186, 189 e o 927, do
CC, vejamos:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

(...)
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ART. 189. VIOLADO O DIREITO, NASCE PARA O TITULAR A PRETENSÃO, A QUAL SE EXTINGUE,
PELA PRESCRIÇÃO, NOS PRAZOS A QUE ALUDEM OS ARTS. 205 E 206.

(...)

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

A narrativa dos autos é se referem a um serviço de obras de pavimentação e construção de uma


escola, sob a responsabilidade das Rés/Apeladas, ocorrido entre os meses de setembro e outubro
de 2008, que levaram a invasão do lote do requerente, de forma indevida e sem autorização,
provocando danos ao seu imóvel.

O prazo prescricional está disciplinado no art. 206, inciso III, do CC:

Art. 206. Prescreve:

(...)

§3 o Em três anos:

(...)

V - a pretensão de reparação civil;

Embora o Autor alegue que efetuou ligações e mandou e-mail cobrando o ressarcimento e ter ficado
aguardando o ressarcimento voluntário, não fez prova disso, e mesmo que provado não suspenderia ou
interromperia o prazo prescricional, porque se enquadra as hipóteses descritas no art. 197, 198, e 202, do
CC, vejamos:

Art. 197. Não corre a prescrição:

I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3 o ;

II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;

III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.


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(...)

Seção III

Das Causas que Interrompem a Prescrição

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no
prazo e na forma da lei processual;

II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;

III - por protesto cambial;

IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;

V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo
devedor.

Colaciono precedentes:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE VIZINHANÇA. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E


MORAIS. PRESCRIÇÃOTRIENAL. A pretensão da autora em se ver indenizada pela obra objeto da
demanda na construção vizinha possui natureza de reparação civil. Prescrição trienal, com início da
contagem em 2006, data em ficou ciente do ato ilícito. Inteligência do art. 206, §3º, inciso V, do Código
Civil. Ação ajuizada após o decurso do prazo prescricional. Mantida a sentença que declarou a prescrição.
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70069888469, Décima Oitava
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Giuliano Viero Giuliato, Julgado em 23/02/2017).

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITOS DE VIZINHANÇA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. REPARAÇÃO DE DANOS.


PRESCRIÇÃO O prazo prescricional à pretensão de reparação de danos materiais ou morais é o trienal
previsto no § 3º do art. 206 do Código Civil. - Circunstância dos autos em que se impõe manter a sentença
que extinguiu o feito. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70065702011, Décima Oitava
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Moreno Pomar, Julgado em 17/09/2015).

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITOS DE VIZINHANÇA. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E


MORAIS. PRESCRIÇÃOTRIENAL. REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS PRESCRITA. REPARAÇÃO
POR DANOS MORAIS NÃO PRESCRITA. Prescrição trienal: Para as ações que versem sobre pedido de
reparação civil de ordem material e moral, o prazo aplicável é o trienal. Art. 206, §3º, V, do CC/02. DERAM
PARCIAL PROVIMENTO AO APELO PARA AFASTAR, PARCIALMENTE, O DECRETO DE
PRESCRIÇÃO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70065270027, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Giovanni Conti, Julgado em 13/08/2015).

DIREITO DE VIZINHANÇA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. PRESCRIÇÃO. ART. 206, § 3º, V,
do CCB. No caso, decorreu mais de três anos do evento danoso, tendo a parte pleno conhecimento dos
danos produzidos na ocasião da realização de terraplenagem no imóvel vizinho. Art. 206, § 3º, V, do CCB.
Prescrição declarada. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70052579133, Vigésima Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Glênio José Wasserstein Hekman, Julgado em 28/05/2014).

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITOS DE VIZINHANÇA. AÇÃO INDENIZATÓRIA. PRESCRIÇÃO.


REPARAÇÃO CIVIL. TERMO INICIAL. A ação de indenização por danos morais e materiais prescreve em
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03 (três) anos, a teor do inciso V do § 3º do art. 206 do CC/02. Na hipótese dos autos, o prazo inicia-se a
partir da data de entrada em vigor do CC/02, motivo pelo qual deve ser mantida a sentença que
reconheceu a prescrição da pretensão de reparação civil. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS. Ao julgar o
recurso, o Tribunal deve majorar os honorários fixados anteriormente ao advogado do vencedor, devendo
considerar o trabalho adicional realizado em grau recursal (art. 85, § 11, do CPC). APELAÇÃO
DESPROVIDA.(Apelação Cível, Nº 70079210266, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Marco Antonio Angelo, Julgado em: 06-12-2018)

Neste raciocínio, proposta a demanda em 31.05.2012, MAIS DE 3 ANOS DO ATO VIOLADOR DO


SUPOSTO DIREITO RESTA A PRETENSÃO CONSUMADA PELA PRESCIÇÃO.

DISPOSITIVO

Do exposto, CONHEÇO E NEGO PROVIMENTO AO RECURSO, para manter incólume a sentença


recorrida.

INT.

Belém (PA), 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0001473-87.2011.8.14.0028 Participação: APELANTE Nome: TAMBASA TECIDOS


E ARMARINHOS MIGUEL BARTOLOMEU S/A Participação: ADVOGADO Nome: ANA CAROLINA
FONTES BREGUNCI OAB: 9914000A/MG Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ANTONIO
BREGUNCI OAB: 7035100A/MG Participação: APELADO Nome: ALVAZ-COMÉRCIO E
REPRESENTAÇÕES LTDA Participação: ADVOGADO Nome: RENAN CABRAL MOREIRA OAB:
19904/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCONES JOSE SANTOS DA SILVA OAB: 11763/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL N.º 0001473-62.2011.8.14.0028

APELANTE: TAMBASA TECIDOS E ARMARINHOS MIGUEL BARTOLOMEU S/A

APELADA: ALVAZ-COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA

DESEMBARGADORA RELATORA: MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA COMISSÕES C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS.
AGRAVO RETIDO CONHECIDO E PROVIDO. INAPLICABILIDADE DO CDC E DA INVERSÃO DO
ÔNUS DA PROVA. CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMPROVADO. PRAZO PRESCRIONAL
QUINQUENAL. PROPOSITURA DA DEMANDA ANTES DO ESGOTAMENTO DA PERDA DA
PRETENSÃO. PRESCRIÇÃO AFASTADA. AUSÊNCIA DE PROVAS QUE ILIDAM A ALEGAÇÃO DE
RESCISÃO IMOTIVADA. ÔNUS DA RÉ NÃO CUMPRIDO. AVISO PRÉVIO E INDENIZAÇÃO DEVIDA,
NA FORMA DO ART. 27, letra “j” E 34, DA LEI Nº 4.886/65. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO
CONHECIDA E DESPROVIDA.
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DECISÃO MONOCRÁTICA

Cuidam os autos de APELAÇÃO CÍVEL proposto por TAMBASA TECIDOS E ARMARINHOS MIGUEL
BARTOLOMEU S/A que ataca a sentença prolatada pelo Juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial de
Marabá, nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA COMISSÕES C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS
MORAIS proposta por ALVAZ-COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA.

Narra o autor que tinha relação de representação com a ré e que esta última rescindiu imotivadamente o
contrato de representação, deixando de pagar-lhe a indenização prevista legalmente, a diferença das
comissões decorrentes de vendas pagas a menor e a devolução de valores indevidamente debitados.

Citada, a ré apresentou contestação (Num. 1188845 - Pág. 1/18) arguindo preliminarmente a inépcia da
inicial, incidência da prescrição quinquenal e não aplicabilidade do CDC.

No mérito, alegou que a rescisão da representação partiu unilateralmente pela autora, além de mencionar
que não deixou de pagar as comissões ou qualquer valor devido a autora, de modo que, entendendo não
ter praticado ato ilícito, improcede a fixação de dano moral.

Replica (Num. 1188848 - Pág. 1/3).

Audiência preliminar (Num. 1188849 - Pág. 1/2), em que fixado os pontos controvertidos e deferida provas.

Audiência de Instrução (Num. 1188852 - Pág. 1/5), com a colheita dos depoimentos pessoais. Audiência
de continuação realizada no juízo deprecado, com a oitiva de testemunhas (Num. 1188853 - Pág. 24/26).

Alegações finais do autor (Num. 1188854 - Pág. 1/5) e da ré (Num. 1188855 - Pág. 1/5), ambas mantendo
a posição antagônica das partes.

Sobreveio a decisão recorrida lavrada nos seguintes termos:

(...)

Não há inépcia da inicial visto que a narrativa permite o exercício da defesa de forma plena. A existência
ou não de dívida não pode ser exigida como condição da ação, deve-se exigir apenas a legitimidade, que
é a pertinência subjetiva para a relação jurídica obrigacional. Assiste razão o réu, há de ser limitada a
pretensão do autor aos 05 anos anteriores ao ajuizamento, uma vez que, nos termos do art. 206, § 5º, II,
do CC, o prazo para os profissionais liberais cobrarem suas comissões (honorários) prescreve em 05
anos. Logo, limito a controvérsia aos 05 anos anteriores ao ajuizamento. Como consequência disso, há de
reconhecer-se a prescrição da cobrança das diferenças das comissões pagas a menor e a devolução dos
valores indevidamente debitados na conta corrente do autor, isso porque são pretensões inerentes a
relação de trato sucessivo que dizem respeito a período anterior aos 05 anos que precederam ao
ajuizamento. (02/2011).

No caso não se aplica a normas do CDC devido tratar-se de relação comercial, essa é a posição do STJ.
Contudo, a decisão que inversão do ônus da prova permanece eficaz, uma vez que se trata de decisão
interlocutória, cuja parte teve oportunidade de recorrer e não o fez, deixando operar a coisa julgada formal.
Além disso, o CDC não é a única norma que prevê a inversão do ônus da prova, nem a hipossuficiência do
consumidor é o único fundamento para inversão. O próprio CPC (art. 373, §1º) autoriza o juiz adequar a
distribuição do ônus da prova, quando houver detenção exclusiva de uma das partes e quando houver
extrema dificuldade de uma parte em face da maior facilidade da outra em produzir a prova. Assim,
verificando que há hipossuficiência técnica do autor, já após retirado seu acesso do sistema, houve
praticamente a anulação da chance de autor produzir a prova de seu direito, mantenho a inversão do ônus
deferida liminarmente.

No mérito, tendo a prescrição prejudicado a apreciação dos outros dois pedidos, resta apenas a este
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órgão apreciar o pedido de indenização e aviso prévio, decorrentes da rescisão imotivada. Esses pedidos
não se encontram abrangidos pela prescrição porque não são matérias de trato sucessivo e porque a
cobrança se deu antes de passados 05 anos da ciência inequívoca da rescisão imotivada.

Entendo procedentes esses dois pedidos. Considero que a rescisão foi unilateral e imotivada pela ré. Isso
concluo pelos seguintes fundamentos. Tendo sido invertido o ônus da prova, a ré deveria provar que não
rescindiu imotivadamente o contrato (fl. 37-39) e que pagou as obrigações legais decorrentes do contrato
de representação. A ré mostrou-se indiferente com a inversão do ônus da prova, visto que não apresentou
qualquer prova (documento ou testemunho) do qual se pudesse extrair a conclusão de não foi a
responsável pela rescisão contratual. Não foi apresentado notificação ou correspondência que comprove
que a ré buscou contato com o autor antes de retirar-lhe o acesso dos sistemas. Por decorrência da Boa-
fé objetiva, quando se pretende rescindir um contrato por justo motivo (qual seja: o abandono da outra
parte para com suas obrigações contratuais) se notifica (dever de informação) a outra parte da rescisão.
O ato de retirar o acesso do autor dos sistemas, meio pelo qual se realizava a representação, sem a
apresentação de justificativa, deve ser interpretado como rescisão imotivada, pois, por esse ato, a ré
esvaziou a possibilidade de manutenção da obrigação contratada pelo autor.

Isto posto, JULGO PACIALMENTE PROCEDENTE os pedidos iniciais para condenar o réu, nos termos do
art. 27, j, da Lei nº 4.886/65, ao pagamento de indenização na fração de 1/12 do valor do total da
retribuição auferida durante o tempo em que exerceu a representação, correspondente a R$ 9.228,60,
corrigido monetariamente pelo INPC desde 03/2006 (data do inadimplemento) e com juros de mora de 1%
ao mês, desde a citação.

Condeno ainda o réu ao pagamento de aviso –prévio, correspondente a 1/3 das comissões auferidas pelo
representante nos três últimos meses de vigência do contrato (art. 34, da Lei citada). Custas e horários,
fixados em 10 %, pelo réu. P. R. I. Servirá este de mandado/carta.

Marabá/PA, 28 de fevereiro de 2018.

MARIA ALDECY SOUZA PISSOLATI

Juíza Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial

TAMBASA TECIDOS E ARMARINHOS MIGUEL BARTOLOMEU S/A recorre a esta instância no Id. Num.
1188858, iniciando suas razões com o pleito de conhecimento do agravo retido apresentado contra a
decisão que reconheceu a relação de consumo (Num. 1188844).

Sustenta que a pretensão está prescrita pelo decurso de mais de 5 anos do rompimento da obrigação
havida entre as partes.

No mérito, alega que não houve rescisão por sua parte, mas sim abandono do serviço pela Apelada e que
não houve interrupção de acesso do Apelado ao sistema da Ré e que poderia ter contactado com a
empresa para sanar qualquer dificuldade de acesso.

Requer, ao final, o provimento do recurso e a reforma integral da sentença.

Em contrarrazões (Num. 1188859 - Pág. 1/3) a Apelada rebateu o mérito recursal e requereu o
desprovimento do recurso.

É O RELATÓRIO.

DECIDO.

Com efeito, de acordo com o artigo 932, inciso IV e V alíneas “a”, do NCPC, o relator do processo está
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autorizado em demandas repetitivas apreciar o mérito recursal, em decisão monocrática, referida previsão
está disciplinada no art. 133, do Regimento Interno desta Corte, que visa dar cumprimento ao art. 926, §1º,
do NCPC. Vejamos:

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.

§1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão
enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.

Gize-se, ainda, que tais decisões têm por finalidade desafogar os Órgãos Colegiados, buscando dar mais
efetividade ao princípio da celeridade e economia processual, sem deixar de observar, por óbvio, as
garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Assim, plenamente cabível o julgamento do recurso por meio de decisão monocrática, porque há
autorização para tanto no sistema processual civil vigente.

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal conheço do recurso.

DO AGRAVO RETIDO

A decisão impugnada foi prolatada em 03/08/2011, nos seguintes termos:

1. Indefiro o pedido de Assistência Judiciária por estar em desacordo com a legislação vigente da
gratuidade, 1.060/50 alterada pelas Leis nº.s 7.510/86 e 7.871/89.

Conforme disposição da referida Lei de Assistência Judiciária aos necessitados, a causa do mesmo
poderá ser patrocinada por advogado indicado pela Ordem dos Advogados das Subseções Municipais,
nas comarcas em que ausente a Defensoria Pública Estadual instituída e mantida pelo Poder Público, nos
termos do artigo 5º e seus parágrafos, o que não é o caso. Contudo, faculto o recolhimento ao final da

sentença.

2. Defiro o pedido de inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC.

3. Cite-se, ficando a parte ré advertida que não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos os
fatos alegados pela parte autora na inicial nos termos do art. 285 e 319 do Código de Processo Civil.

Prazo: 15 (quinze dias).

4. A parte citada deverá constituir, com a devida antecedência, advogado ou defensor público.

5. Fica a parte ré, cientificada que este Juízo e Secretária tem sua sede na: Terceira Vara Cível da
Comarca de Marabá (www.tj.pa.gov.br) Fórum Juiz João Elias

Monteiro Lopes, Rod. Transamazônica, s/n, Bairro Amapá, Cep. 68.502-290,

Marabá/PA. Horário de Funcionamento: 08h00 às 14h00.

6. Servirá a presente como mandado nos termos do Provimento nº 11/2009-CJRMB, Diário da Justiça
nº 4294 de 11/03/09.

Marabá-PA, 03/08/2011.
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Maria Aldecy de Souza Pissolati

Juíza de Direito titular da 3ª Vara Cível De Marabá – Feitos da Fazenda Pública

Na época o recuso de agravo retido era regulamentado nos seguintes termos:

Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida,
salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem
como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida,
quando será admitida a sua interposição por instrumento. (Redação dada pela Lei nº 11.187, de 2005)

Parágrafo único. O agravo retido independe de preparo. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de
30.11.1995)

Art. 523. Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele conheça,
preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de
30.11.1995)

§ 1 o Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na resposta da
apelação, sua apreciação pelo Tribunal. (Incluído pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995)

§ 2 o Interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de 10 (dez) dias, o juiz poderá reformar sua
decisão. (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)

§ 3 o Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo na


forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art.
457), nele expostas sucintamente as razões do agravante (Redação dada pela Lei nº 11.187, de 2005)

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade conheço do recurso e passo a sua apreciação.

A controvérsia é a aplicação da relação de consumo e se escorreita a decisão que inverteu o ônus da


prova.

A relação havida entre as partes não é regulada pela Lei n. 8078/90, mas sim a Lei nº 4.886/1965, que
regula as atividades dos representantes comerciais autônomos.

Neste raciocínio, inaplicável o disposto no art. 6º, inciso VIII, do CDC.

No Direito a prova é conceituada como um instrumento de demonstração dos fatos alegados no processo
(LOPES, 2007, p. 25), sendo conhecida também como prova judiciária.

No processo, ônus está atrelada à ideia de carga probante, ou seja, a parte a quem é atribuído por lei um
ônus tem interesse em dele ver cumprido, mas se não o fizer será consequentemente prejudicado, uma
vez que o juiz levará em conta todos os elementos dos autos ao julgar a demanda.

O CPC/73 era disciplinado da seguinte forma:

“Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.”


271
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A narrativa dos autos evidencia a relação comercial havida entre as partes e os valores recebidos pelo
Apelado entre os anos de 2000 e 2006, portanto, não há razão para a inversão do ônus probante.

Do exposto, CONHEÇO E DOU PROVIMENTO ao Agravo Retido para desconstituir a decisão que
reconheceu a relação de consumo e inverteu o ônus processual.

DA PRESCRIÇÃO

Como sabemos, a prescrição é a perda do direito de ação, por não ter sido exercido dentro do prazo tanto
previsto. Referido instituto é princípio de ordem pública que atualmente está intrínseco a todas as áreas do
direito pátrio e visa manter segurança entre os sujeitos das relações jurídicas.

A prescrição possibilita que o sujeito passivo de determinada lide não fique eternamente preso à inércia do
titular do direito.

O fato gerador da pretensão da Autora/Apelada é a rescisão imotivada do contrato de representação


comercial, na forma do disposto no art. 189, do CC, vejamos:

(...)

ART. 189. VIOLADO O DIREITO, NASCE PARA O TITULAR A PRETENSÃO, A QUAL SE EXTINGUE,
PELA PRESCRIÇÃO, NOS PRAZOS A QUE ALUDEM OS ARTS. 205 E 206.

(...)

A narrativa dos autos as partes mantinham uma relação de representação entre o período de
15/01/1999 e 15/03/2006.

O prazo prescricional está disciplinado no art. 44, parágrafo único, da Lei nº 4.886/65.:

Art. 44. No caso de falência do representado as importâncias por ele devidas ao representante comercial,
relacionadas com a representação, inclusive comissões vencidas e vincendas, indenização e aviso prévio,
serão considerados créditos da mesma natureza dos créditos trabalhistas. (Incluído pela Lei nº
8.420, de 8.5.1992)

Parágrafo único. Prescreve em cinco anos a ação do representante comercial para pleitear a
retribuição que lhe é devida e os demais direitos que lhe são garantidos por esta lei. (Incluído
pela Lei nº 8.420, de 8.5.1992)

Neste raciocínio, proposta a demanda em 23.02.2011, é de se reconhecer proposta dentro do prazo legal.

Desta forma, rejeito a prejudicial de mérito.

DO CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO

O representante comercial, como o próprio nome confirma, representa a empresa e intermedia a área de
vendas de produtos ou serviços. A profissão exige habilidade de comunicação e de persuasão para
cumprimento de metas, prospecção de novos clientes e manutenção dos já conquistados, além de
planejamento e organização no trato diário dos negócios com vistas a atingir os melhores resultados.

A representação comercial é regulada pela Lei nº 4.886/1965, cujo art. 1° define esta atividade:

“Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para
a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los aos
representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios.”

De acordo com Sílvio de Salvo Venosa:

“Pelo contrato de representação, uma empresa atribui a outrem poderes de representá-la sem
subordinação, operando por conta da representada. O representante é autônomo, vincula-se com a
empresa contratualmente, mas atua com seus próprios empregados, que não se vinculam à empresa
representada. A atividade do representante, como se percebe, é de intermediação, sem dependência
hierárquica, obedecendo, porém, as instruções do representado” (VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil –
Contratos em espécie. V. 3. 5ª ed. São Paulo: Atlas. 2005. pp.548)

Embora seja de intermediação a atividade do representante, o direito ao pagamento de comissão


depende do resultado útil, ou seja, surge com o efetivo pagamento dos pedidos ou propostas (art.
32 da Lei nº 4.886/1965).

A representação comercial é comumente formalizada através de um contrato escrito regulando a relação


jurídica (direitos e deveres do representante comercial e do representado), constando no art. 27 da Lei nº
4.886/1965 os requisitos obrigatórios.

A relação havida entre as partes está anexada no Id. Num. 1188841 - Pág. 11/13, confirmando as
afirmativas constante na exordial, especialmente, sobre a necessidade de aviso prévio antes da rescisão
do contrato, vejamos:

(...)

14) O presente contrato tem prazo indeterminado e poderá ser rescindido de imediato, caso não seja
cumprida qualquer de suas cláusulas, independente de qualquer aviso, notificação judicial ou extra judicial,
não ensejando indenização, excetuando-se as perdas e danos, se existentes, a favor da parte prejudicada.

§ PRIMEIRO - Poderá igualmente ser rescindido pela vontade de qualquer das partes, com prévia
comunicação de 30(trinta) dias, não ensejando, também, qualquer indenização, obedecido as diversas
cláusulas deste

instrumento.

§ SEGUNDO - Ficará rescindido o presente contrato, de pleno direito, não ensejando indenização por
parte da

CONTRATANTE, caso a REPRESENTANTE, sem qualquer comunicação prévia, por escrito, devidamente
comprovada por aviso

de recebimento da EBCT. AR, abandonar sua área de atuação de vendas, devidamente comprovada pela
ausência de remessa de pedidos, no prazo máximo de 40(quarenta) dias, apôs a data de faturamento do
último pedido anteriormente enviado.

(...)

DA RESCISÃO IMOTIVADA

A Lei nº 4.886/1965 define as hipóteses de rescisão do pacto, vejamos:

Art. 35. Constituem motivos justos para rescisão do contrato de representação comercial, pelo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

representado:

a) a desídia do representante no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato;

b) a prática de atos que importem em descrédito comercial do representado;

c) a falta de cumprimento de quaisquer obrigações inerentes ao contrato de representação comercial;

d) a condenação definitiva por crime considerado infamante;

e) fôrça maior.

Art. 36. Constituem motivos justos para rescisão do contrato de representação comercial, pelo
representante:

a) redução de esfera de atividade do representante em desacôrdo com as cláusulas do contrato;

b) a quebra, direta ou indireta, da exclusividade, se prevista no contrato;

c) a fixação abusiva de preços em relação à zona do representante, com o exclusivo escopo de


impossibilitar-lhe ação regular;

d) o não-pagamento de sua retribuição na época devida;

e) fôrça maior.

O autor alega que houve a rescisão imotivada, por parte da Ré Apelada, não podendo mais acessar ao
sistema, nem fazer novos pedidos.

Do contrário, a Ré/Apelante nega que houve a restrição ao sistema, sem fazer qualquer prova que
evidencie a sua alegação.

Éimpossível a parte autora fazer prova negativa do acesso ao sistema, então caberia a Ré demonstrar o
contrário, ônus que não foi cumprido, é de se reconhecer a rescisão imotivada sem que tenha havido o
aviso prévio.

DO AVISO PRÉVIO

A legislação que regulamenta o tema está regulada pelo art. 34, da Lei nº 4.886/1965:

Art. 34. A denúncia, por qualquer das partes, sem causa justificada, do contrato de representação,
ajustado por tempo indeterminado e que haja vigorado por mais de seis meses, obriga o denunciante,
salvo outra garantia prevista no contrato, à concessão de pré-aviso, com antecedência mínima de trinta
dias, ou ao pagamento de importância igual a um têrço (1/3) das comissões auferidas pelo representante,
nos três meses anteriores.

Desta forma, escorreita a decisão que reconheceu devido o pagamento de importância igual a um
terço (1/3) das comissões auferidas pelo representante, nos três meses anteriores a rescisão.

DA INDENIZAÇÃO DEVIDA AO REPRESENTANTE POR RESCISÃO IMOTIVADA DO CONTRATO E


BASE DE CÁLCULO

Em caso de rescisão imotivada do contrato de representação comercial o representante tem direito


274
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ao pagamento de indenização de um doze avos incidente sobre a integralidade das comissões


auferidas ao longo da contratualidade (art. 27 da Lei nº 4.886/1965, letra “j”).

Sobre o tema colaciono o seguinte precedente:

“APELAÇÃO CÍVEL. REPRESENTAÇÃO COMERCIAL. (...) Indenização prevista no artigo 27, alínea "j"
da Lei 4886/65. Deve abranger toda a contratualidade, inclusive o período em que vigorou o contrato
verbal. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂ-NIME.” (Apelação Cível Nº 70055315501, Décima
Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ergio Roque Menine, Julgado em 04/12/2014)

Deste modo, escorreita a sentença recorrida, devendo ser mantida por esta instância.

DISPOSITIVO

Do exposto, CONHEÇO E DOU PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO, apenas, para afastar a relação
de consumo e a inversão do ônus da prova (Num. 1188847), mantendo incólume a sentença recorrida.

INT.

Belém (PA), 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0001076-82.2011.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: INDUSTRIA DE


CONSERVAS PAMAR EIRELI - EPP Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS RENATO
NASCIMENTO DAS NEVES OAB: 17910/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLA DE ARAUJO
LIMA OAB: 15630/PA Participação: APELADO Nome: SUL AMERICA SEGUROS DE AUTOMOVEIS E
MASSIFICADOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB:
15674/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL n. 0001076-28.2011.8.14.0301

APELANTE: INDÚSTRIA DE CONSERVAS PAMAR EIRELI - EPP

APELADA: SUL AMÉRICA SEGUROS DE AUTOMOVEIS E MASSIFICADOS S.A.

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS
E MORAIS, EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. EXCESSO DE EXECUÇÃO APURADA
PELO CONTADOR. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposto por INDÚSTRIA DE CONSERVAS PAMAR EIRELI - EPP em
face da sentença de Num. 807620 prolatada pelo Juízo da 12ª Vara Cível e Empresarial de Belém, que
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nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Materiais e Morais, em fase de
cumprimento de sentença, ajuizada contra por SUL AMÉRICA SEGUROS DE AUTOMOVEIS E
MASSIFICADOS S.A., que julgou procedente a impugnação ao cumprimento de sentença e extinguiu a
execução.

A INDÚSTRIA DE CONSERVAS PAMAR EIRELI - EPP ingressou com a Ação de Obrigação de Fazer c/c
Indenização por Danos Materiais e Morais afirmando que firmou junto a seguradora ré contrato de seguro
de um automóvel modelo Honda Civic EX 1.6, e, que, em 09 de novembro de 1999 o referido veículo
sofrera perda total, oportunidade em que fora indenizada pela requerida no valor de R$ 23.170,00 (vinte e
três mil cento e setenta reais).

Acrescentou que a ré não deu baixa assim como não transferiu o veículo para o seu nome junto ao
DETRAN, asseverando que no ano de 2010 tomou conhecimento de um débito relativo a IPVA, no valor
de R$ 15.732,00 (quinze mil setecentos e trinta e dois reais), o que lhe impediu de se habilitar ao sistema
de emissão de notas fiscais junto a SEFA, lhe causando diversos transtornos, razão pela qual ingressou
com a presente demanda, pugnando pela respectiva condenação da empresa ré.

Às fls. 61 o magistrado de piso deferiu a tutela antecipada pretendida, determinando que a seguradora ré
processe a transferência do veículo sinistrado para o seu nome perante o DETRAN, sob pena de multa
diária, deferindo, ainda, o pedido de inversão do ônus de prova, nos termos do art. 6º, VIII do Código de
Defesa do Consumidor.

O feito seguiu tramitação regular até a prolação da sentença (fls. 157-161) que julgou procedente os
pedidos autorais, para condenar a requerida ao pagamento de indenização por danos materiais no
valor de R$15.735,98 (quinze mil setecentos e trinta e cinco reais e noventa e oito centavos) e
morais no importe de R$30.000,00 (trinta mil reais), devidamente atualizados com aplicação de
juros de 0,5 (meio por cento) ao mês, até janeiro de 2003, e 1% (um por cento) a partir de então, a
serem contados a partir do evento danoso, e correção monetária vigorante no período da
publicação da sentença, até o efetivo pagamento.

Consta ainda no decisum a condenação da ré ao pagamento de custas e honorários advocatícios


arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.

Inconformada, SUL AMERICA CIA NACIONAL DE SEGUROS S/A interpôs Recurso de Apelação às fls.
162-171.

Afirma em suas razões recursais que agiu em conformidade com o regramento Legal vigente,
asseverando que inexistia na época do sinistro portaria do CONTRAM para regulamentar a quem deveria
cumprir com as transferências do veículo segurado.

Sustenta que no corrente ano do sinistro, comercializou o veículo a terceiro, oportunidade em que teria
ficado acordado que o mesmo se obrigava a efetuar a transferência para o seu nome, ressaltando que não
teria agido de má fé ao negociar o bem, e, que, o mesmo teria sido roubado na Cidade de São Paulo em
31/12/2001, sendo inviável a realização da transferência do mesmo.

Ressalta ser impertinente a sua condenação em danos materiais, sob a alegação de que não procedeu
qualquer irregularidade junto ao apelado, pugnando, em caso de manutenção do decisum, pela redução
do quantum indenizatório, afirmando que o valor arbitrado pelo juízo de piso não se coaduna com as
peculiaridades do caso concreto, prequestionando, ainda, dispositivos legais.

O recurso foi recebido em ambos os efeitos (fl. 175).

Em contrarrazões, a empresa recorrida pugna pela manutenção da sentença ora vergastada (fls. 176-181).

Sobreveio o Acórdão lavrado nos seguintes termos:


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PROCESSUAL CIVIL – APELAÇÃO – AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANO MATERIAIS E MORAIS-


RESPONSABILIDADE CIVIL-SEGURADORA QUE NÃO PROVIDENCIOU A DEVIDA COMUNICAÇÃO
DO SINISTRO QUE ACOMETEU PERDA TOTAL A VEÍCULO JUNTO AO DETRAN- DANOS
CONFIGURADOS- MANTIDA A INDENIZÃO- RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. (Acórdão n.
155573)

Certificado o trânsito em julgado em 17 de fevereiro de 2016.

A INDÚSTRIA DE CONSERVAS PAMAR LTDA requereu o cumprimento de sentença apresentando a


planilha de cálculos no valor de R$ 448.837,22.

SUL AMÉRICA COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS, interpôs IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO


DE SENTENÇA, às fls. 164/184 apontando o excesso da execução do valor de R$70.230,85 (setenta mil e
duzentos e trinta reais e oitenta e cinco centavos).

Às fls.188/191, a Exequente- Impugnada reiterou seus cálculos, pugnando pela liberação da parte
incontroversa da execução.

Às fls.192 o juízo deferiu a liberação do valor incontroverso à parte Exequente e determinou a realização
de cálculo por parte do contador do juízo, a fim de dirimir a controvérsia, cujos cálculos foram
posteriormente juntados às fls. 198/203, tendo a parte Executada se manifestado às fls.205/206 e a parte
Exequente ás fls. 207/211.

Sobreveio a sentença recorrida lavrada nos seguintes termos:

(...)

Conforme pode se observar, os cálculos apontados pelo contador do juízo apontaram o excesso da
execução no montante de R$76.821,14 (setenta e seis mil e oitocentos e vinte e um reais e quatorze
centavos), cujos cálculos foram realizados na conformidade da sentença prolatada nos autos e
merecem ser acolhidos por este juízo.

Assim é que acolho a Impugnação interposta e condeno a Exequente- Impugnada ao pagamento de


honorários advocatícios sucumbenciais no valor equivalente a 10% do valor do débito.

Defiro a expedição do competente Alvará Judicial, autorizando a parte Exequente (ou advogado habilitado)
a proceder o levantamento da quantia exequenda apontada pelo contador, descontada do valor que já fora
recebido às fls. 197, devendo também ser retida a quantia relativa aos honorários sucumbenciais acima
arbitrados. Da mesma forma expeça-se também Alvará Judicial, autorizando a parte Executada a proceder
o levantamento da quantia excedente que se encontra depositada.

Após todas as diligências, inexistindo recursos, arquivem-se os autos.

Intime-se.

Belém, 20 de março de 2018.

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Inconformada a INDÚSTRIA DE CONSERVAS PAMAR EIRELI - EPP recorre a este instância pleiteando
a reforma do julgado, porque o valor de excesso de execução deveria estar limitado ao alegado na
Impugnação.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Diz que a diferença de 6 mil reais apuradas pelo Contador do Juízo não pode ser reconhecida em favor do
Executado, porque ter a matéria precluído no momento da apresentação de sua defesa.

Requereu o conhecimento de provimento do recurso para

A SUL AMÉRICA COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS apresentou contrarrazões no Id. Num. 807623
- Pág. 4/15 arguindo que a apelação não é o recurso adequado para atacar a decisão. No mérito,
combateu os fundamentos da defesa.

É o Relatório.

DECIDO.

Com efeito, de acordo com o artigo 932, inciso IV e V alíneas “a”, do NCPC, o relator do processo está
autorizado em demandas repetitivas apreciar o mérito recursal, em decisão monocrática, referida previsão
está disciplinada no art. 133, do Regimento Interno desta Corte, que visa dar cumprimento ao art. 926, §1º,
do NCPC. Vejamos:

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.

§1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão
enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.

Gize-se, ainda, que tais decisões têm por finalidade desafogar os Órgãos Colegiados, buscando dar mais
efetividade ao princípio da celeridade e economia processual, sem deixar de observar, por óbvio, as
garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Assim, plenamente cabível o julgamento do recurso por meio de decisão monocrática, porque há
autorização para tanto no sistema processual civil vigente.

DA PRELIMINAR DE INADEQUAÇÃO DO RECURSO

O art. 203, § 1º, do CPC, estabelece que a sentença é o ato do juiz que põe fim à fase cognitiva do
procedimento comum ou que extingue a execução cujo recurso cabível é o de apelação (art. 1.009, caput,
do CPC).

Além disso, sobre o tema da extinção da execução o CPC estabelece o seguinte:

“Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento


por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento
comum, bem como extingue a execução.

Art. 924. Extingue-se a execução quando:

I - a petição inicial for indeferida;

II - a obrigação for satisfeita;

III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;

IV - o exequente renunciar ao crédito;


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

V - ocorrer a prescrição intercorrente.

Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.”

No caso, a decisão do Juízo a quo foi proferida nos seguintes termos (ID Num. 807620 - Pág. 1):

(...)

Conforme pode se observar, os cálculos apontados pelo contador do juízo apontaram o excesso da
execução no montante de R$76.821,14 (setenta e seis mil e oitocentos e vinte e um reais e quatorze
centavos), cujos cálculos foram realizados na conformidade da sentença prolatada nos autos e
merecem ser acolhidos por este juízo.

Assim é que acolho a Impugnação interposta e condeno a Exequente- Impugnada ao pagamento de


honorários advocatícios sucumbenciais no valor equivalente a 10% do valor do débito.

Defiro a expedição do competente Alvará Judicial, autorizando a parte Exequente (ou advogado habilitado)
a proceder o levantamento da quantia exequenda apontada pelo contador, descontada do valor que já fora
recebido às fls. 197, devendo também ser retida a quantia relativa aos honorários sucumbenciais acima
arbitrados. Da mesma forma expeça-se também Alvará Judicial, autorizando a parte Executada a proceder
o levantamento da quantia excedente que se encontra depositada.

Após todas as diligências, inexistindo recursos, arquivem-se os autos.

Intime-se.

Belém, 20 de março de 2018.

ÁLVARO JOSÉ NORAT DE VASCONCELOS

Juiz de Direito Titular da 12ª Vara Cível da Capital

Nesse contexto, verifica-se que o ato combatido apreciou a Impugnação, fixou os honorários do
impugnante, determinou a expedição do alvará e consignou que não havendo recurso os autos deveriam
ser arquivados, onde se leva a compreender que o ato possui natureza de sentença, observando o
disposto no art. 924, inciso II, do NCPC.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, rejeito a prejudicial e CONHEÇO do presente recurso.

MÉRITO

Como sabemos o laudo da Contadoria Judicial se reveste de presunção de veracidade, em face da


condição do contador de auxiliar do juízo.

Com efeito, as questões trazidas pela INDÚSTRIA DE CONSERVAS PAMAR EIRELI – EPP possuem
natureza técnica, sendo necessário o auxílio de um profissional imparcial e habilitado para tanto. Ainda
que os cálculos da Contadoria Judicial não vinculem o juízo, a exemplo das perícias, é obvio que devem
servir como parâmetro.

Assim sendo, somente em casos de erros manifestos ou de impugnações precisas, deve o magistrado se
afastar da conclusão do contador.

Nesse sentido é consolidada a jurisprudência:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. HOMOLOGAÇÃO DOS CÁLCULOS.


CONTADORIA JUDICIAL. INSATISFAÇÃO COM OS CÁLCULOS APRESENTADOS. IMPUGNAÇÃO
GENÉRICA. AUSÊNCIA DE ERRONIA. DECISÃO MANTIDA.

1. Não há nos autos elementos de prova que permitam inferir a ocorrência de erro na decisão recorrida,
uma vez que os cálculos foram elaborados pela Contadoria Judicial, e se revestem de imparcialidade e
observância aos padrões técnicos, além de gozar de presunção de legitimidade e veracidade.

2. Não se admite a impugnação genérica a cálculos apresentados em juízo, devendo a parte inconformada
apontar, especificamente, os erros percebidos.

3. Estando o laudo pericial, elaborado por auxiliar técnico do Juízo e em consonância com os parâmetros
determinados em comandos judiciais, ausente prova cabal em sentido contrário, deve-se manter incólume
a decisão que homologou os cálculos apresentados pela Contadoria Judicial.

4. Recurso desprovido.

(Acórdão n.780590, 20140020020008AGI, Relator: MARIOZAM BELMIRO, 3ª Turma Cível, Data de


Julgamento: 09/04/2014, Publicado no DJE: 25/04/2014. Pág.: 158)

PROCESSUAL CIVIL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. ATUALIZAÇÃO DO DÉBITO. HOMOLOGAÇÃO


DE CÁLCULOS DA CONTADORIA JUDICIAL. ART. 333, I, CPC. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE
ERRO.

1. Afirmando o credor a existência de erros na elaboração dos cálculos pela Contadoria Judicial, cabe a
ele o ônus da prova em apontar o alegado erro, nos moldes do art. 333, I, do CPC.

2. Precedentes. Turmário e da Casa. 2.1. "01. Inexistindo qualquer elemento hábil a atestar erro ou
equívoco no laudo elaborado pela Contadoria Judicial, a rejeição do pedido é medida que se impõe. 02.
Recurso desprovido. Unânime." (Acórdão n.612658, 20120020127206AGI, Relator: Romeu Gonzaga
Neiva).

2.2 1. O limitado espectro cognitivo reservado ao agravo de instrumento não comporta dilação probatória.
2. Se a planilha de cálculos do Contador Judicial foi elaborada em fiel observância aos ditames insertos no
comando sentencial, de forma imparcial e adequada aos padrões técnicos, merece prevalecer sobre
contas produzidas unilateralmente pela parte. Tal presunção apenas pode ser refutada com a
demonstração inequívoca de eventual incorreção nos critérios adotados. 3. Agravo de instrumento
desprovido. Unânime." (Acórdão n .626138, 20120020151354AGI, Relator: Otavio Augusto, DJE:
25/10/2012. Pág.: 150).

3. Agravo improvido. (Acórdão n.654932, 20120020289722AGI, Relator: JOÃO EGMONT, 5ª Turma Cível,
Data de Julgamento: 20/02/2013, Publicado no DJE: 22/02/2013. Pág.: 155)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO – NOTA PROMISSÓRIA - HOMOLOGAÇÃO DE


CÁLCULOS DA CONTADORIA JUDICIAL - CABIMENTO - PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE E
LEGITIMIDADE - INEXISTÊNCIA DE ELEMENTOS APTOS A COMPROVAR A CAPITALIZAÇÃO
MENSAL DE JUROS - DECISÃO MANTIDA

1) - É cabível a homologação dos cálculos elaborados pela Contadoria Judicial, uma vez que tomaram por
base nota promissória, nada tendo trazido o agravante, principalmente no que tange à alegada
capitalização de juros, que seja apto a afastar o trabalho desenvolvido pela Contadoria, que goza da
presunção de legalidade e veracidade.

2) - Tem o magistrado que buscar dar a correta prestação jurisdicional, não podendo ficar inerte quando
percebe que isto não está de dando.
280
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3) - Somente é possível a aplicação da capitalização de juros quando há previsão expressa para sua
cobrança e desde que o contrato tenha sido assinado após a entrada em vigor da Medida Provisória
1.963-17/2000 (31 de março de 2000), reeditada sob o n° 2.170-36/2001 pela EC 32/2001.

4) - Agravo conhecido e não provido.

(Acórdão n.640021, 20120020255397AGI, Relator: LUCIANO MOREIRA VASCONCELLOS, 5ª Turma


Cível, Data de Julgamento: 05/12/2012, Publicado no DJE: 07/12/2012. Pág.: 412)

Dessa forma, devem prevalecer os cálculos da Contadoria Judicial.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, CONHEÇO E NEGO PROVIMENTO ao recurso para manter o decisum tal como lançado.

P. R. I. C.

Belém/PA, 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0014707-54.2015.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: FACULDADES


INTEGRADAS BRASIL AMAZONIA S/S LTDA Participação: ADVOGADO Nome: CORACY MARIA
MARTINS DE ALMEIDA LINS OAB: 656/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELA ARAUJO
COHEN OAB: 17360/PA Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO ARINOS DE ALMEIDA LINS FILHO
OAB: 6467/PA Participação: APELADO Nome: GUSTAVO JOSE RIBEIRO DA COSTA Participação:
ADVOGADO Nome: GUSTAVO JOSE RIBEIRO DA COSTA OAB: 21328/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO Nº 0014707-54.2015.8.14.0301

JUÍZO DE ORIGEM: 4ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

APELANTE: FACULDADES INTEGRADAS BRASIL AMAZONIA S/S LTDA

APELADO: GUSTAVO JOSE RIBEIRO DA COSTA

RELATOR: JUIZ CONVOCADO JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAS E MORAIS.


SENTENÇA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. NULIDADE. SENTENÇA CASSADA. RECURSO DO
RÉU CONHECIDO E PROVIDO.

- O art. 93, IX, da Constituição Federal, bem como os artigos 11 e 489 do CPC/15, dispõem que
todas as decisões deverão ser fundamentadas, ainda que de forma concisa.
281
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DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de RECURSO DE APELAÇÃO interposto por FACULDADES INTEGRADAS


BRASIL AMAZONIA S/S LTDA contra a sentença proferida pelo MM juízo 4ª VARA CÍVEL E
EMPRESARIAL DE BELÉM, que nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS ajuizado por GUSTAVO JOSE RIBEIRO DA COSTA julgou parcialmente procedente a
ação, condenando a instituição de ensino ao pagamento de indenização por danos morais no
valor R$4.685,00 (quatro mil, seiscentos e oitenta e cinco reais), por impedir o aluno de participar da
cerimônia de formatura.

Transcrevo o dispositivo da sentença id. 474507, p. 29/32.

JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido e, por consequência, extingo o processo com


resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, para CONDENAR o réu:

Ao pagamento de DANOS MORAIS no valor de R$4.685,00 (quatro mil, seiscentos e oitenta e cinco reais)

Os termos iniciais são os do sistema vigente, é dizer:

Danos materiais, responsabilidade contratual, correção monetária data do desembolso ou efetivo prejuízo
(Súmula 43/STJ), Juros de mora a partir da citação (art. 405, Código Civil).

Danos materiais, responsabilidade extracontratual, correção monetária data do desembolso ou efetivo


prejuízo (Súmula 43/STJ). Juros de mora a partir do evento danoso (Súmula 54/STJ).

Danos morais, correção monetária, data do arbitramento (Súmula 362/STJ). Juros de mora, a partir da
citação.

Em suas razões (Num. 474508) o réu, ora apelante, suscita preliminar de nulidade da
sentença, haja vista que em que pese constar no dispositivo da sentença a condenação do requerido ao
pagamento de danos morais, no importe de R$4.685,00 (quatro mil, seiscentos e oitenta e cinco reais) não
há qualquer parágrafo ou linha da sentença que fundamente a referida condenação, o que inviabiliza o
exercício da defesa.

No mérito, afirma culpa exclusiva do autor/apelante, pois sequer retornou para secretaria da
faculdade para receber os convites para participar da cerimônia de colação.

Requer o conhecimento e provimento do recurso.

Sem contrarrazões

É o relatório.

Decido.

Inicio a presente manifestação analisando a possibilidade do julgamento do recurso em


decisão monocrática.

Com efeito, de acordo com o artigo 932, inciso IV e V alíneas “a”, do CPC o relator do processo está
autorizado em demandas repetitivas apreciar o mérito recursal, em decisão monocrática, referida previsão
está disciplinada no art. 133, do Regimento Interno desta Corte, que visa dar cumprimento ao comando
legal imposto no art. 926, §1º, do CPC. Vejamos:

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
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§1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão
enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.

Gize-se, ainda, que tais decisões têm por finalidade desafogar os Órgãos Colegiados, buscando dar mais
efetividade ao princípio da celeridade e economia processual, sem deixar de observar, por óbvio, as
garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Assim, plenamente cabível o julgamento do recurso por meio de decisão monocrática, porque há
autorização para tanto no sistema processual civil vigente.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, CONHEÇO do recurso.

PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA - AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça é pacífica


no sentido de que, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal, toda decisão deve conter
fundamentação concreta sobre sua necessidade, além de indicar os motivos de fato e de direito que
fundaram a decisão, sob pena de nulidade absoluta.

Vejamos:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO


EM 18.3.2016. REVISÃO GERAL ANUAL. MORA LEGISLATIVA. INDENIZAÇÃO. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS INVOCADAS. SÚMULAS 282 E 356 DO
STF. DISCUSSÃO SOBRE LEGITIMIDADE DO INSS. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL.
INEXISTÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. (...) 3. Ao julgar o AI-QO-RG
791.292, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13.08.2010, o Plenário desta Corte assentou a
repercussão geral do tema 339 referente à negativa de prestação jurisdicional por ausência de
fundamentação e reafirmou a jurisprudência segundo a qual o art. 93, IX, da Constituição Federal
exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar,
contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos
os fundamentos da decisão. (...)(ARE 950950 AgR, Relator (a): Min. EDSON FACHIN, Primeira Turma,
julgado em 07/10/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-227 DIVULG 24-10-2016 PUBLIC 25-10-2016).

"O art. 93, IX, da CF exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem
determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam
corretos os fundamentos da decisão."(STF, AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em
23-6-2010, Plenário, DJE de 13-8-2010, com repercussão geral.)

RECURSO ESPECIAL. DIREITO PENAL. ARTIGO 16 DA LEI 7.492/86. NULIDADE DA SENTENÇA.


FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO. OCORRÊNCIA.1. A fundamentação das decisões do Poder
Judiciário, tal como resulta da letra do inciso IX do artigo 93 da Constituição da República,
constitui-se em condição absoluta de sua validade e, portanto, pressuposto da sua eficácia,
substanciando-se na definição suficiente dos fatos e do direito que a sustentam, de modo a
certificar a realização da hipótese de incidência da norma e os efeitos dela resultantes.2. Não há
como se admitir o atendimento da necessidade de motivação das decisões judiciais quando simplesmente
se afirma"Segundo apurado, ainda que constituída licitamente, mascarava objetivo de intermediar e aplicar
recursos dos sócios estrangeiros (captação)", sem nada definir da conduta típica.3. Declarada nula a
sentença condenatória, desconstitui-se a causa interruptiva correspondente (artigo 117, inciso IV, do
Código Penal), contando-se o prazo a partir da causa interruptiva anterior, recebimento da denúncia (artigo
117, inciso I, do Código Penal).4. Recurso conhecido, em parte, e parcialmente provido. (STJ. REsp
931.151/RJ, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, SEXTA TURMA)

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. NULIDADE DE


SENTENÇA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 489, § 1º, INCISO IV DO
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CPC. NULIDADE DA SENTENÇA RECONHECIDA. .RECURSO CONHECIDO E PROVIDO (TJPR - 1ª


Turma Recursal - 0024446-63.2015.8.16.0182 - Curitiba - Rel.: Juiz Nestario da Silva Queiroz - J.
07.08.2018)

(TJ-PR - RI: 00244466320158160182 PR 0024446-63.2015.8.16.0182 (Acórdão), Relator: Juiz Nestario


da Silva Queiroz, Data de Julgamento: 07/08/2018, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 08/08/2018)

No caso, o autor/apelado ajuizou ação de indenização em face da ré/apelante sob o


fundamento de que fora impedido de participar da cerimônia de colação de grau por estar em débito com a
faculdade, bem como, houve demora na entrega do seu certificado de conclusão, o que acabou atrasando
sua inscrição na OAB.

Após regular processo, sobreveio sentença que julgou parcialmente procedente a ação
indenizatória (id. 474507,p.29/32)

" No caso em comento, a conduta do réu destoa dos parâmetros mínimos de razoabilidade e ultrapassa os
limites do mero aborrecimento, gerando lesão a direito da personalidade.

Sendo assim, a indenização / reparação, de modo geral, além de compensar a parte pelos transtornos e
gravame suportados, leva em conta a repercussão do dano e as circunstâncias fáticas do caso. Nos casos
de dano moral, busca também sancionar o causador dos danos e reparar o sofrimento ou constrangimento
causado."

No caso em comento, da simples leitura da sentença verifica-se que ela está eivada de nulidade
absoluta, pois a fundamentação do juízo a quo não faz correlação com os fatos narrados nos autos, sendo
o valor da condenação fixado apenas no dispositivo (id. 47507,p.31) sem qualquer justificativa das razões
que levaram o julgador à fixação dos danos morais em R$ 4.865,00 (quatro mil, oitocentos e sessenta e
cinco reais), conforme preceitua o art. 489, inciso I e IV, do NCPC, vejamos:

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da
contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

(...)

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão
adotada pelo julgador;

A sentença desprovida de fundamentação, além de violar o disposto no art. 93, IX da Constituição


Federal impede que a parte de exerça plenamente o contraditório e a ampla defesa.

Por esta razão, toda decisão judicial deve ser fundamentada, sob pena de nulidade, nos termos
do art. 93, IX, da CR/88, in verbis:

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade
do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

Do mesmo modo, a sentença desprovida de fundamentação viola os artigos 11 e 489 do


CPC.

Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
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decisões, sob pena de nulidade.

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da
contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.

§1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão, que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a
causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no
caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão
adotada pelo julgador;

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos


determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

Isso posto, CONHEÇO DO RECURSO DE APELAÇÃO e acolho a preliminar de nulidade


de sentença, por ausência de fundamentação para anular a decisão do Juiz a quo e determinar o retorno
dos autos para que se proceda nova decisão.

ÀSecretaria para as devidas providências.

Belém/PA, 30 de junho 2021.

JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

juiz convocado

Número do processo: 0800012-51.2019.8.14.0130 Participação: APELANTE Nome: VALDECIR DA LUZ


CARDOZO Participação: ADVOGADO Nome: WAIRES TALMON COSTA JUNIOR OAB: 12234/MA
Participação: APELADO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON
WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO
DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CONSIDERANDO A CERTIDÃO ID Nº. 5771855, INTIMEM-SE PESSOALMENTE AS PARTES ORA


LITIGANTES PARA QUE, NO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS SE MANIFESTEM SOBRE A POSSIBILIDADE
DE ACORDO.

APÓS, COM OU SEM MANIFESTAÇÃO, DEVIDAMENTE CERTIFICADO, RETORNEM OS AUTOS


CONCLUSOS.

INTIMEM-SE.

Número do processo: 0800368-76.2019.8.14.0023 Participação: APELANTE Nome: CONCEICAO


FONSECA DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: DIORGEO DIOVANNY STIVAL MENDES DA
ROCHA LOPES DA SILVA OAB: 12614/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRENO FILIPPE DE
ALCANTARA GOMES OAB: 21820/PA Participação: ADVOGADO Nome: GLEIDSON DOS SANTOS
RODRIGUES OAB: 22635/PA Participação: APELADO Nome: MERCANTIL DO BRASIL FINANCEIRA SA
CREDITO FIN E INVEST

CONSIDERANDO A CERTIDÃO ID Nº. 5521009, INTIMEM-SE PESSOALMENTE AS PARTES ORA


LITIGANTES PARA QUE, NO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS SE MANIFESTEM SOBRE A POSSIBILIDADE
DE ACORDO.

APÓS, COM OU SEM MANIFESTAÇÃO, DEVIDAMENTE CERTIFICADO, RETORNEM OS AUTOS


CONCLUSOS.

INTIMEM-SE.

Número do processo: 0151189-72.2016.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: LEAL MOREIRA


ENGENHARIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB:
13179/PA Participação: APELANTE Nome: LEAL MOREIRA IMOBILIARIA LTDA. Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: APELANTE
Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: APELANTE Nome: ANDREA CAROLINA ALVES DELLY
Participação: ADVOGADO Nome: JONATAS CABRAL RIBEIRO OAB: 22114/PA Participação: APELANTE
Nome: LUIS ALBERTO BANDEIRA D ELLY Participação: ADVOGADO Nome: JONATAS CABRAL
RIBEIRO OAB: 22114/PA Participação: APELADO Nome: ANDREA CAROLINA ALVES DELLY
Participação: ADVOGADO Nome: JONATAS CABRAL RIBEIRO OAB: 22114/PA Participação: APELADO
Nome: LUIS ALBERTO BANDEIRA D ELLY Participação: ADVOGADO Nome: JONATAS CABRAL
RIBEIRO OAB: 22114/PA Participação: APELADO Nome: LEAL MOREIRA ENGENHARIA LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação:
APELADO Nome: LEAL MOREIRA IMOBILIARIA LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO
TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: APELADO Nome: IMPERIAL
INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL
OAB: 13179/PA

CONSIDERANDO A CERTIDÃO ID Nº. 5568060, INTIMEM-SE PESSOALMENTE AS PARTES ORA


LITIGANTES PARA QUE, NO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS SE MANIFESTEM SOBRE A POSSIBILIDADE
DE ACORDO.

APÓS, COM OU SEM MANIFESTAÇÃO, DEVIDAMENTE CERTIFICADO, RETORNEM OS AUTOS


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CONCLUSOS.

INTIMEM-SE.

Número do processo: 0000021-83.2016.8.14.0087 Participação: APELANTE Nome: BANCO ECONOMISA


Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI SIMAO TRIGINELLI OAB: 110499/MG Participação:
ADVOGADO Nome: ALDO COSTA MENDES OAB: 125594/MG Participação: APELADO Nome: BRAULIO
LOPES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: WALLISON DIEGO COSTA DA SILVA OAB:
18660/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: QUARESMA CONSTRUCOES E COMERCIO
EIRELI - EPP

CONSIDERANDO A CERTIDÃO ID Nº. 5610552, INTIMEM-SE PESSOALMENTE AS PARTES ORA


LITIGANTES PARA QUE, NO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS SE MANIFESTEM SOBRE A POSSIBILIDADE
DE ACORDO.

APÓS, COM OU SEM MANIFESTAÇÃO, DEVIDAMENTE CERTIFICADO, RETORNEM OS AUTOS


CONCLUSOS.

INTIMEM-SE.

Número do processo: 0007881-58.2014.8.14.0006 Participação: APELANTE Nome: ROMILDO CAETANO


BARBOSA Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO AUGUSTO DE CASTRO BARATA JUNIOR OAB:
12572/PA Participação: APELANTE Nome: DANIELLE SOBRAL COSTA CAETANO Participação:
ADVOGADO Nome: SERGIO AUGUSTO DE CASTRO BARATA JUNIOR OAB: 12572/PA Participação:
APELANTE Nome: ROSA MARIA SOBRAL Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO AUGUSTO DE
CASTRO BARATA JUNIOR OAB: 12572/PA Participação: APELADO Nome: PAPER CONSTRUCOES
LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RENATO BRANDAO SOUZA OAB: 17738/PA

CONSIDERANDO A CERTIDÃO ID Nº. 4995555, INTIMEM-SE PESSOALMENTE AS PARTES ORA


LITIGANTES PARA QUE, NO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS SE MANIFESTEM SOBRE A POSSIBILIDADE
DE ACORDO.

APÓS, COM OU SEM MANIFESTAÇÃO, DEVIDAMENTE CERTIFICADO, RETORNEM OS AUTOS


CONCLUSOS.

INTIMEM-SE.

Número do processo: 0805328-76.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: LAURO JOSE


PIRES CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA SANTOS DE SOUSA OAB: 28961/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GESSICA CHAVES DE LIMA OAB: 28633/PA Participação:
AGRAVADO Nome: MARIA JOANA FERREIRA VILHENA Participação: ADVOGADO Nome: AUGUSTO
REIS PINHEIRO JUNIOR OAB: 552/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO VITOR CARDOSO
TOURAO PANTOJA OAB: 19782/PA
287
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CONSIDERANDO A CERTIDÃO ID Nº. 5672440, INTIME-SE PESSOALMENTE A PARTE AGRAVADA


PARA QUE, NO PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS, APRESENTE CONTRARRAZÕES, NOS TERMOS DO
ART. 1019, INCISO II DO CPC.

APÓS, COM OU SEM MANIFESTAÇÃO, DEVIDAMENTE CERTIFICADO, RETORNEM OS AUTOS


CONCLUSOS.

Número do processo: 0009721-67.2018.8.14.0005 Participação: APELANTE Nome: BANCO BRADESCO


FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE GAZOLA VIEIRA MARQUES OAB:
76696/MG Participação: APELADO Nome: JOSE ALFREDO CARNEIRO Participação: ADVOGADO
Nome: LAURINDO GONCALVES NETO OAB: 37519/GO

CONSIDERANDO A CERTIDÃO ID Nº. 5649618, INTIMEM-SE PESSOALMENTE AS PARTES ORA


LITIGANTES PARA QUE, NO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS SE MANIFESTEM SOBRE A POSSIBILIDADE
DE ACORDO.

APÓS, COM OU SEM MANIFESTAÇÃO, DEVIDAMENTE CERTIFICADO, RETORNEM OS AUTOS


CONCLUSOS.

INTIMEM-SE.

Número do processo: 0012985-82.2015.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: MARCIA PEREIRA


MACIEL Participação: ADVOGADO Nome: WILSON JOSE DE SOUZA OAB: 11238/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ROMUALDO BACCARO JUNIOR OAB: 11734/PA Participação: APELANTE Nome:
AGRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS NUNES
CHAMA OAB: 16956/PA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA Participação:
APELANTE Nome: TEMPO INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO
FREIRE DA FONSECA OAB: 12724/PA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ
BRASIL OAB: 13179/PA Participação: APELANTE Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO FREIRE DA FONSECA OAB: 12724/PA Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: APELADO
Nome: AGRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS
NUNES CHAMA OAB: 16956/PA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA
Participação: APELADO Nome: TEMPO INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
GUSTAVO FREIRE DA FONSECA OAB: 12724/PA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: APELADO Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO FREIRE DA FONSECA OAB: 12724/PA Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: APELADO
Nome: MARCIA PEREIRA MACIEL Participação: ADVOGADO Nome: WILSON JOSE DE SOUZA OAB:
11238/PA Participação: ADVOGADO Nome: ROMUALDO BACCARO JUNIOR OAB: 11734/PA
Participação: INTERESSADO Nome: Cartório do 2º Ofício de Registro de Imóveis de Belém-PA

REDISTRIBUÍDOS OS AUTOS EM RAZÃO DE SUSPEIÇÃO DO ANTIGO RELATOR, E EM


OBSERVÂNCIA AO ART. 3º, §2º E §3º DO CPC, INTIMEM-SE PESSOALMENTE AS PARTES ORA
LITIGANTES PARA QUE, NO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS SE MANIFESTEM SOBRE A POSSIBILIDADE
DE ACORDO.

APÓS, COM OU SEM MANIFESTAÇÃO, DEVIDAMENTE CERTIFICADO, REMETAM OS AUTOS A


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DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA PARA MANIFESTAÇÃO.

INTIMEM-SE. CUMPRA-SE

Número do processo: 0015688-64.2016.8.14.0005 Participação: APELANTE Nome: BANCO PAN S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA Participação:
APELADO Nome: ANA KARLA MOREIRA DE BRITO Participação: ADVOGADO Nome: JOAO
FELICIANO CARAMURU DOS SANTOS JUNIOR OAB: 14737/PA

CONSIDERANDO A CERTIDÃO ID Nº. 5446717, INTIMEM-SE PESSOALMENTE AS PARTES ORA


LITIGANTES PARA QUE, NO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS SE MANIFESTEM SOBRE A POSSIBILIDADE
DE ACORDO.

APÓS, COM OU SEM MANIFESTAÇÃO, DEVIDAMENTE CERTIFICADO, RETORNEM OS AUTOS


CONCLUSOS.

INTIMEM-SE.

Número do processo: 0807899-20.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: HELDER RODRIGO


DA SILVA DUTRA Participação: ADVOGADO Nome: LAURA THAYNA MARINHO CAJADO OAB:
16944/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALVARO CAJADO DE AGUIAR OAB: 15994/PA
Participação: AGRAVADO Nome: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO Nº 0807899-20.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

COMARCA: SANTARÉM

AGRAVANTE: HELDER RODRIGO DA SILVA DUTRA

ADVOGADOS: ÁLVARO CAJADO DE AGUIAR - OAB/PA 15.994 E LAURA THAYNA MARINHO


CAJADO OAB/PA 16.944

AGRAVADO: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ UEPA – CAMPUS XII – SANTARÉM/PA

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO, interposto por


HELDER RODRIGO DA SILVA DUTRA, contra decisão interlocutória proferida pelo Juízo de Direito da 6ª
Vara Cível e Empresarial de Santarém, nos autos do AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA (Processo nº 0807330-60.2021.8.14.0051), ajuizada pelo
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agravante em face da UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ UEPA – CAMPUS XII – SANTARÉM/PA.

O agravante questiona a decisão de 1.º grau que indeferiu o pedido liminar para determinar que o
réu/agravado proceda a transferência do autor/agravante para o curso de medicina na cidade de
Santarém.

Alega, em suma, que preenche todos os requisitos legais necessários para o deferimento da tutela de
urgência, já que é servidor público militar, foi transferido por necessidade do serviço, estava cursando o
curso de medicina em Marabá e na cidade de Santarém somente existe o curso de medicina na UEPA.

Alude que merece reforma a decisão do Juízo a quo, haja vista que a transferência ex officio e o direito à
matrícula na localidade de destino, independentemente da existência de vaga, estão previstos no art. 1º da
L 9.536/1997, bem como na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que versa sobre as diretrizes e
bases da educação nacional.

Ressalta que os atos administrativos são presumidos verdadeiros e legais até que se prove o contrário;
que não há sequer fumaça de ilegalidade do ato do Chefe de Estado Maior da Polícia Militar; que cabe ao
destinatário do ato o encargo de provar que o agente administrativo agiu de forma ilegítima.

Assevera que a atribuição do efeito suspensivo e ou o deferimento da liminar se impõe pelo fato de que se
trata de direito do servidor removido a transferência ex officio do curso em que o autor está matriculado,
sendo que o indeferimento, sem sombra de dúvidas, gera grave prejuízo irreparável à parte.

Por tais motivos, requer a concessão do efeito suspensivo ao presente recurso a fim de que seja
sobrestada a decisão do juízo a quo, e, ao final, o provimento do agravo de instrumento com a reforma da
decisão guerreada, nos termos da fundamentação.

Éo breve relato.

DECIDO.

Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.

Para a análise do pedido de efeito suspensivo formulado pelo agravante, necessário se faz observar o que
preceituam os artigos 995, parágrafo único e 1.019, I, do NCPC.

Assim, conclui-se do texto legal a existência de dois requisitos, os quais devem estar presentes
concomitantemente, para a concessão do efeito suspensivo, quais sejam: probabilidade do direito, de
modo que deve o agravante demonstrar, através das alegações deduzidas em conjunto com os
documentos acostados, a possibilidade de que o direito pleiteado exista no caso concreto; e perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo, consubstanciado no reconhecimento de que a demora na
definição do direito poderá causar dano grave e de difícil reparação ao demandante com um suposto
direito violado ou ameaçado de lesão.

Ressalte-se, por oportuno, que o exame da matéria, para o fim da concessão do efeito suspensivo, pela
celeridade que lhe é peculiar, dispensa digressão acerca de toda a temática que envolve os fatos, a qual
merecerá o devido exame por ocasião do julgamento do mérito recursal.

Da análise prefacial dos autos, pelo menos em um súbito de vista, não constato que há plausibilidade na
argumentação exposta pelo agravante, de forma a caracterizar o fumus boni juris, bem como não emerge
a presença do risco de lesão grave e de difícil reparação (periculum in mora).

Vale nesse passo acrescentar que restou consignado na decisão agravada que “os fundamentos
empregados pela Universidade do Estado do Pará para indeferir o pedido de matrícula do autor merecem
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amparo, pois indica fortes indícios de desvio ao sistema para alcançar uma vaga no curso de medicina na
Universidade Pública (...) inclusive a instituição pública recomendou que fosse oficiado as autoridades
competentes para apuração da regularidade das transferências em questão”.

Nesse cenário, não constatando, de pronto, a presença dos requisitos necessários à concessão da medida
pleiteada, tenho como certo ser prudente o estabelecimento do contraditório para a eventual provimento
do pedido.

Ante o exposto, com fulcro nos artigos 995, § único e 1.019, I, ambos do NCPC, em atenção ao restrito
âmbito de cognição sumária, indefiro o pedido de efeito suspensivo ao recurso, até ulterior
deliberação deste Egrégio Tribunal de Justiça.

Esclareça-se que a presente decisão tem caráter precário, cujo deferimento do efeito suspensivo ao
recurso não configura antecipação do julgamento do mérito da ação, não constitui e nem consolida direito,
podendo, perfeitamente, ser alterado posteriormente por decisão colegiada ou mesmo monocrática do
relator.

Por fim, determino que:

Intime-se a parte agravada, para que, caso queira, apresente contrarrazões ao presente recurso, também
no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 1019, II, do NCPC.

Em seguida, ao Ministério Público para exame e parecer.

Por fim, retornem-me conclusos para ulteriores.

Publique-se. Intime-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO.

Belém, 13 de agosto de 2021.

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

Relator

Número do processo: 0802168-43.2021.8.14.0000 Participação: AUTORIDADE Nome: PROCURADORIA


GERAL DO ESTADO DO PARÁ Participação: AGRAVADO Nome: ZOENES NONATO RODRIGUES DOS
REIS Participação: ADVOGADO Nome: WALQUIRIA GOMES PAIVA OAB: 12483/PA

Decisão Monocrática

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo Estado do Pará em face de Decisão Interlocutória
proferida pelo juízo de primeiro grau, a qual determinou ao agravante que se abstivesse de aplicar alíquota
de 9,5% a título de contribuição previdenciária sobre a remuneração do agravado, sob pena de multa
diária de R$2000,00.

Tendo em vista que o presente recurso foi interposto contra decisão proferida pelo juízo da 1ª Vara do
Juizado Especial de Fazenda Pública de Belém, a competência para julgá-lo é da Turma Recursal.
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Desse modo, declaro-me incompetente para atuar neste feito e, por consequência, determino a remessa
dos autos à Turma Recursal.

Cumpra-se.

Belém,

JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO Desembargador relator

Número do processo: 0019566-84.2013.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: BANCO


VOLKSWAGEN S.A. Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA DE ANDRADE LIMA OAB: 29889/BA
Participação: APELADO Nome: HELOISA HELENA DE SOUZA QUEIROZ Participação: ADVOGADO
Nome: BRENDA FERNANDES BARRA OAB: 13443/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL N.º 0019566-84.2013.8.14.0301

EMBARGANTE: BANCO VOLKSWAGEN S.A.

EMBARGADA: DECISÃO MONOCRÁTICA DE ID 4163269

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. INCONFORMISMO. INEXISTÊNCIA DE


OMISSÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS CONHECIDOS
E IMPROVIDOS.

I – Os embargos de Declaração devem ser interpostos tão somente nas hipóteses expressamente
elencadas.

II – O recurso de embargos de declaração está condicionado à existência da contradição, omissão ou


obscuridade na decisão atacada, o que não restou configurado no presente caso.

III – Embargos de declaração conhecidos e improvidos.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interposto por BANCO VOLKSWAGEN S.A. em face da


decisão monocrática de ID 4163269 que deu parcial provimento ao apelo interposto.

A decisão recorrida foi ementada da seguinte forma:

“APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSO CIVIL. NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. AÇÃO REVISIONAL.


CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. TARIFA DE CADASTRO.
LEGALIDADE NA COBRANÇA. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA CUMULADA COM DEMAIS
ENCARGOS MORATÓRIOS. ABUSIVIDADE. RECURSO

PARCIALMENTE PROVIDO.

I - A comissão de permanência prevista contratualmente pode ser cobrada quando caracterizada a mora
do devedor, nos termos do paradigma que consolida a posição do Superior Tribunal de Justiça, Recurso
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Especial nº 1.058.114-RS.

II – É legítima a cobrança da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o serviço de "realização de pesquisa em


serviços de proteção ao crédito, base de dados e informações cadastrais, e tratamento de dados e
informações necessários ao início de relacionamento de operação de crédito.”

Em suas razões recursais, o embargante alega que a comissão de permanência é legal e merece ser
reformada a decisão recorrida, além do que sustenta a imprescindibilidade do prequestionamento das
questões suscitadas.

Ao final pugna pelo conhecido e acolhimento dos embargos de declaração.

Foram apresentadas contrarrazões aos Embargos de Declaração (ID 4550680).

É o relatório.

Decido.

De início, justifico o presente julgamento unipessoal, porquanto os embargos de declaração opostos contra
decisão monocrática devem ser julgados monocraticamente (CPC, art. 1.024, § 2º c/c RITJE/PA, art. 262,
p. único).

Nesse sentido, a lição do ex-Ministro de Sálvio de Figueiredo Teixeira, in verbis:

“A competência para julgamento dos embargos de declaração é sempre do órgão julgador que proferiu a
decisão embargada. Assim, quando apresentados contra acórdão, é do colegiado, e não do relator, a
competência para o seu julgamento. E é do relator, monocraticamente, aí sim, quando ofertados contra a
decisão singular.” (STJ, 4º Turma, REsp. nº. 401.749/SC, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJU
24/02/2003).

Presentes os pressupostos de admissibilidade conheço dos embargos declaratório e passo ao seu exame
de mérito.

Dispõe o art. 1.022, do CPC:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º .

Do exame da controvérsia, tenho que as razões apresentadas pela embargante não condizem com
quaisquer dos casos que cabem embargos de declaração, restando claro que a embargante pretende, tão
somente, rediscutir a matéria sub judice.
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Nota-se que inexiste qualquer omissão, obscuridade ou contradição na decisão embargada.

Analisando os termos dos embargos, se observa que a insurgência recursal se restringe a rediscutir a
questão da comissão de permanência reformada na decisão monocrática.

Entretanto, a decisão embargada enfrentou suficientemente a questão sobre a comissão de permanência,


vejamos os seguintes trechos:

“(...) Segundo os precedentes jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça, é possível a cobrança da


comissão de permanência, calculada pela taxa média de mercado apurada pelo Banco Central do Brasil,
de acordo com a espécie da operação, mas descabida a cumulação desta com outros encargos legais ou
contratuais, tais como a correção monetária, juros (remuneratórios ou moratórios) ou multa contratual.

Senão vejamos o julgamento do REsp 1058114 submetido à sistemática do art. 483- C do CPC/73:

(...)

Neste mesmo sentido, o C. Superior Tribunal de Justiça editou a súmula 472:

Súmula 472, STJ - A cobrança de comissão de permanência – cujo valor não pode ultrapassar a
soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato - exclui a exigibilidade dos
juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual.

Nessas condições, conclui-se pela possibilidade de a instituição financeira cobrar da contratante a


comissão de permanência, desde que contratualmente prevista e não cumulada com demais
encargos de mora.

No caso em análise se extrai do item 05 do referido contrato (Num. 1047151 - Pág. 15), que a
comissão de permanência está cumulada com as taxas de juros de mora e multa contratual.

Assim, a sentença merece reforma parcial vez que determinou a exclusão total do referido encargo.

De acordo com o entendimento do STJ, nestas hipóteses, a comissão de permanência deve ser
mantida e os demais encargos de mora excluídos, já que aquela engloba todos estes.”

Com estas razões não vislumbro omissão na decisão embargada. Observa-se que o que se pretende é a
reapreciação da questão, o que é incabível em sede de embargos declaratórios.

Na linha desse entendimento, cito, a seguir, o julgado do STJ, cuja ementa é a seguinte:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E COMPENSAÇÃO POR DANOS
MORAIS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. ILEGITIMIDADE PASSIVA.
REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE. 1. Ausentes os vícios do art. 535 do CPC,
impõe-se a rejeição dos embargos de declaração. 2. O reexame de fatos e provas em recurso especial é
inadmissível. 3. Agravo não provido. (STJ - AgRg nos EDcl no AREsp: 445122 DF 2013/0402039-1,
Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 08/04/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de
Publicação: DJe 14/04/2014)

Assim, a decisão ora embargada não padece de obscuridade, contradição ou omissão, devendo ser
negado provimento ao recurso.

DISPOSITIVO
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Diante do exposto, CONHEÇO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO e NEGO-LHES PROVIMENTO,


mantendo na íntegra a decisão recorrida.

ÀSecretaria para as providências.

Belém (PA), 13 de julho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0804690-14.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: CONSORCIO


NACIONAL VOLKSWAGEN - ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: CAMILA DE ANDRADE LIMA OAB: 29889/BA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO
FRANCISCO ALVES ROSA OAB: 17023/BA Participação: AGRAVADO Nome: FRANCISCO
RIVANILSON PINTO DUARTE Participação: ADVOGADO Nome: SUELEN PATRICIA BELO MONTEIRO
OAB: 27407/PA Participação: ADVOGADO Nome: NADIA SILVA BRANCHES OAB: 26251/PA
Participação: ADVOGADO Nome: KAREM JULIANE AVELINO REGO OAB: 25790/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0804690-14.2019.8.14.0000

EMBARGANTE: CONSORCIO NACIONAL VOLKSWAGEN - ADMINISTRADORA DE CONSORCIO


LTDA

EMBARGADO: DECISÃO MONOCRÁTICA DE ID 2490566.

RELATORA: DESª. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA PROFERIDA.


DEVOLUÇÃO DA MATÉRIA POR MEIO DE APELAÇÃO. PERDA DO OBJETO RECURSAL. RECURSO
PREJUDICADO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Cuidam os autos de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO opostos por


CONSORCIO NACIONAL VOLKSWAGEN - ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA em face da
decisão monocrática proferida por esta Relatora, a qual julgou provido o agravo de instrumento interposto,
senão vejamos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA C/C PEDIDO DE


CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS C/C TUTELA ANTECIPADA – CONSÓRCIO – ENCERRAMENTO
– DEVOLUÇÃO DE VALORES – AÇÃO QUE BUSCA A RESTITUIÇÃO INTEGRAL – VALORES
DEPOSITADOS ANTES MESMO DO AJUIZAMANETO DA DEMANDA – TUTELA ANTECIPADA
DEFERIDA – REQUISITOS CUMULATIVOS DA PROBABILIDADE DO DIREITO E DO RISCO DE DANO
GRAVE E DE DIFICIL REPARAÇÃO NÃO COMPROVADOS – LIMINAR CASSADA – AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.

O Agravante apresentou embargos de declaração (ID 2588627).


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É o relatório.

DECIDO.

Em consulta ao sistema processual PJE, constato que foi proferida sentença pelo juízo de primeiro grau
nos autos do processo de 1º grau nº 0809813-68.2018.8.14.0051, senão vejamos:

“(...) 3. DISPOSITIVO

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido pleiteado na inicial, na forma do art.
487, III, alínea a, do CPC, nos seguintes termos:

a) para determinar que o réu efetue o pagamento da complementação da restituição no valor de R$


2.699,82 (dois mil e seiscentos e noventa e nove reais e oitenta e dois centavos).

b) julgo improcedente o pedido de indenização por dano moral, pelos argumentos acima expendidos.

Custas pelas partes, devendo ser rateadas de forma proporcional.

Tendo em conta a sucumbência recíproca, bem como a vedação de compensação, condeno o réu em
honorários advocatícios, no percentual de 10% sobre integral da restituição.

Da mesma forma, condeno o autor em honorários advocatícios, no percentual de 10% sobre o valor do
dano moral pleiteado.

Havendo recurso voluntário, intime-se a parte apelada para oferecer contrarrazões no prazo legal de 15
dias, após encaminhe os autos ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Pará, uma vez que inexiste juízo de
admissibilidade pelo Juízo a quo (art. 1.010, § 3º, CPC).

Após o trânsito em julgado, expeça-se o competente Alvará Judicial referente aos valores
depositados em juízo, no valor de R$ 2.699,82, favor do autor.

Em seguida, arquivem-se os autos com as cautelas legais.

P.R.I.C.”

Acerca da perda do objeto, Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, na obra "Código de
Processo Civil Comentado", 8ª ed., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 1041, anotam:

"Recurso prejudicado. É aquele que perdeu seu objeto. Ocorrendo a perda do objeto, há falta
superveniente de interesse recursal, impondo-se o não conhecimento do recurso. Assim, ao relator
cabe julgar inadmissível o recurso por falta de interesse, ou seja, julgá-lo prejudicado."

A jurisprudência assim decidiu:

“AGRAVO. PERDA DO OBJETO. Face à perda do objeto do agravo de instrumento é imperativa a


sua rejeição por decisão liminar, conforme determina o art. 557 do CPC. Agravo rejeitado.”

(TJRS, 7ª Câm. Cível, AI 70005870639, rel. Desª. Maria Berenice Dias, j. 19.02.2003).

Sobre a superveniência de fato novo, assim leciona Costa Machado in Código de Processo Civil
Interpretado e Anotado, Barueri, SP: Manole, 2006, p. 844:
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“(...) Observe-se que a ratio da presente disposição está ligada à idéia de que nem sempre o
contexto fático da causa permanece como era quando da propositura da ação - o que,
evidentemente, seria o ideal -, de sorte que ao juiz cabe apropriar-se da realidade presente ao
tempo da sentença para decidir com justiça o litígio. A regra se aplica também ao acórdão.”

Corroborando com o tema, a jurisprudência assim se posiciona:

“AGRAVO INTERNO. PROLAÇÃO DE SENTENÇA. PERDA DE OBJETO.

1. Deve ser reconhecida a perda de objeto do agravo de instrumento em razão da prolação de sentença
nos autos do processo principal. Possibilidade de ser negado seguimento ao agravo com fundamento no
artigo 557 do CPC.

2. Agravo interno a que se nega provimento”

(TRF2 - AGRAVO DE INSTRUMENTO: AG 201002010061084 RJ 2010.02.01.006108-4; julgado em:


19/04/2011; Rel. Desa. Salete Maccaloz)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROLAÇÃO DE SENTENÇA. PERDA DO OBJETO. RECURSO


PREJUDICADO.

I Se antes do julgamento do Agravo de Instrumento é prolatada a sentença, ocorre à perda do seu objeto.

II Não conhecimento do Agravo, por restar prejudicado.”

(TJPA; Agravo de Instrumento nº. 2009.3.002703-9; julgado em 09/07/2009; Rel. Des. Leonardo de
Noronha Tavares) (grifo nosso)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA. PREJUDICADO.

I- Proferida a sentença final no processo, o Agravo perde o objeto.

II- Recurso prejudicado pela perda de objeto. Arquivamento. Unanimidade.”

(TJPA, 3ª Câmara Cível Isolada, AI 200830074594, rel. Desª. SONIA MARIA DE MACEDO PARENTE, j.
05/03/2009) (grifo nosso)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA. PREJUDICADO.

I- Proferida a sentença final no processo, o Agravo perde o objeto.

II- Recurso prejudicado pela perda de objeto. Arquivamento. Unanimidade.”

(TJPA, 3ª Câmara Cível Isolada, AI 200830074594, rel. Desª. SONIA MARIA DE MACEDO PARENTE, j.
05/03/2009).

Assim sendo, constata-se que não se faz necessária a análise do mérito dos embargos de declaração,
uma vez que já proferida sentença no processo de 1º grau, o que enseja a devolução total da matéria
tratada na demanda para este E. Tribunal através de recurso de apelação cível.

Por todos os fundamentos expostos, JULGO PREJUDICADO o presente Agravo de Instrumento, nos
termos da fundamentação.
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Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Operada a preclusão, arquive-se.

P.R.I.

Belém, 28 de junho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0001086-31.2011.8.14.0074 Participação: APELANTE Nome: BANCO DA


AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL] Participação: ADVOGADO Nome: CAIO ROGERIO DA COSTA
BRANDAO OAB: 13221/PA Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO DOS REIS BRANDAO OAB:
11471/PA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA REBELO BARRETO OAB: 23343/PA Participação:
APELADO Nome: MASSAO OZAKI Participação: ADVOGADO Nome: ALBA VALERIA PARREIRA DE
FREITAS OAB: 11579/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE FERNANDES JUNIOR OAB:
11581/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0001086-11.2011.8.14.0074

EMBARGANTE: MASSAO OZAKI

DECISÃO EMBARGADA: DECISÃO MONOCRÁTICA DE ID. 3126738

RELATORA: MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS.


OMISSÃO PRESENTE. CABIMENTO EM FACE DE DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR.

I - Os embargos de declaração depende da demonstração de contradição, omissão ou obscuridade.

II – No caso existe omissão em relação a incidência dos juros, correção monetária e honorários
advocatício sucumbenciais.

II - Recurso a que se DÁ PROVIMENTO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interposto por MASSAO OZAKI em face da decisão


monocrática de id. 3126738 que negou provimento ao recurso de apelação interposto pelo Banco da
Amazônia S/A – BASA.

Na origem o autor/embargante informou que era cliente do Banco da Amazônia S/A – BASA e que levou
um cheque emitido por terceiro para compensar no valor de R$53.330,00 (cinquenta e três mil e trezentos
e trinta reais), porém, foi informado próprio banco de que o malote que continha o cheque havia sido
extraviado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em razão do ocorrido, ajuizou a ação de indenização por danos materiais, sendo julgada procedente pelo
magistrado a quo.

Transcrevo a sentença (id. 1141120) proferida pelo juízo da 2ª Vara de Tailândia:

(...)

Dessa maneira, óbvio que qualquer medida por parte do autor, visando a recuperação de seu crédito junto
ao devedor restaria inócua, uma vez que este não dispunha mais de nenhum documento capaz de
constituir seu crédito, pois o documento emitido pelo banco não tem, como já dito alhures, qualquer força
probante da existência do crédito, sendo inservível como meio de prova. Por conseguinte, tendo o banco
demandado causado o prejuízo ao autor, caberá a este promover a sua indenização pelos danos materiais
sofridos, uma vez que o autor não possui mais qualquer documento hábil a cobrança do crédito
consubstanciado no cheque extraviado.

ISSO POSTO julgo PROCEDENTE o pedido deduzido por MASSAO OZAKI em face de BANCO DA
AMAZÔNIA S.A para o fim de CONDENAR o banco demandado a indenizar ao autor os danos materiais
sofridos, no valor de R$ 53.330,00 (cinquenta e três mil trezentos e trinta reais), corrigidos pelo
INPC, desde a data do evento danoso e acrescidos de juros de um por cento (1%) ao mês com
capitalização anual, a partir da citação. Condeno ainda o banco demandado ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios, os quais arbitro em 20% (vinte por cento) sobre o
valor da condenação.

Publique-se, registre-se e intime-se.

Tailândia-Pa, 02 de agosto de 2017.

Inconformado, o banco interpôs recurso de apelação ID. 11411123 alegando que o roubo do cheque foi
um caso fortuito, e que o gerente orientou ao autor/apelado que fosse sustado o cheque junto ao emitente
e assim pudesse reaver o valor por outros meios.

Sustenta que o autor/apelado preferiu ajuizar equivocadamente a ação em face do Banco, pelo que
requer seja reformada a sentença, julgando improcedente a pretensão indenizatória.

Transcrevo o dispositivo da decisão monocrática, ora embargada id. 312673, que julgou improcedente o
recurso de apelação:

Diante desse quadro, verifica-se que o réu não apresentou substrato probatório a corroborar suas
assertivas, não se desincumbindo de demonstrar que prestou serviço com a eficiência e segurança que se
poderia razoavelmente esperar, permitindo o extravio do cheque de titularidade do autor.

Éevidente, portanto, a falha na prestação de serviços pelo banco réu. Além disso, é importante lembrar
que o autor ficou privado do recebimento do crédito representado pelo referido cheque, que como cediço
são títulos de crédito, podendo ser exigidos por meio da propositura da ação de execução, a qual deve
necessariamente ser aparelhada com o original da cártula, tendo em vista a sua natureza cambial.

Sendo assim, a parte autora viu-se impossibilitada de proceder ao protesto dos títulos e ajuizar a
competente ação de execução dos valores neles estampados, restando, portanto, configurados os
danos materiais na espécie, os quais devem corresponder ao valor da cártula extraviada.

Ante o exposto CONHEÇO E NEGO PROVIMENTO AO APELO DO RÉU, nos termos da


fundamentação.

P.R.I.C.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 26 de maio de 2020.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Inconformado, o autor/apelado MASSAO OZAKI interpôs EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (id.


3210004) contra a decisão monocrática.

Em suas RAZÕES RECURSAIS o embargante alega contradição e omissão na decisão


embargada, pois embora se tenha tenha negado provimento ao recurso de apelação interposto pelo
banco, não houve pronunciamento a respeito da incidência dos juros e correção monetária sobre o valor
da condenação, bem como os honorários advocatícios sucumbenciais arbitrado pelos juiz de piso.

Requereu o conhecimento e provimento dos Embargos de Declaração.

Sem contrarrazões do embargado, conforme certidão de id. 3232512.

Éo relatório.

DECIDO.

Presentes os pressupostos de admissibilidade conheço dos embargos declaratório e passo ao seu exame
de mérito.

De início, justifico o presente julgamento unipessoal, porquanto os embargos de declaração


opostos contra decisão monocrática devem ser julgados monocraticamente (CPC, art. 1.024, § 2º c/c
RITJE/PA, art. 262, p. único).

Nesse sentido, a lição do ex-Ministro de Sálvio de Figueiredo Teixeira, in verbis:

“A competência para julgamento dos embargos de declaração é sempre do órgão julgador que proferiu a
decisão embargada. Assim, quando apresentados contra acórdão, é do colegiado, e não do relator, a
competência para o seu julgamento. E é do relator, monocraticamente, aí sim, quando ofertados contra a
decisão singular.” (STJ, 4º Turma, REsp. nº. 401.749/SC, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJU
24/02/2003)

Os embargos de declaração estão disciplinados a partir no art. 1.022 do CPC/15, o qual


leciona que caberão os aclaratórios para sanar omissão, contradição ou obscuridade. Para além disso,
o CPC de 2015, acompanhando a jurisprudência, passou a prever expressamente a possibilidade de
cabimento de embargos de declaração quando a decisão contiver erro material, o qual pode ser ventilado
independentemente dos declaratórios (CPC, art. 1.022, III).

Do exame da controvérsia, entendo que assiste razão ao embargante quanto a omissão existente na
decisão monocrática de id. 3126738.

No caso, a decisão monocrática foi omissa em relação a incidência dos juros e correção monetária sobre o
valor da condenação, e o percentual dos honorários advocatícios sucumbenciais.

Com efeito, tratando-se se relação de consumo, sobre o valor da condenação por danos materiais, que
corresponde ao valor nominal da cártula extraviada de R$ 53.330,00 (cinquenta e três mil trezentos e trinta
reais) deverá incidir correção monetária (INPC) a partir do efetivo prejuízo (súmula 43 do STJ) e juros de
mora de 1% a partir da citação nos termos da Súmula 426 do STJ, como bem delimitou o magistrado a
quo.
300
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Outrossim, em relação aos honorários advocatícios sucumbenciais, verifico que já fora fixado no limite
máximo estabelecido no artigo 85, § 2º do CPC, pelo que mantenho o percentual de 20% sobre o valor
da condenação.

Desse modo, a presente fundamentação passará a integralizar os termos da decisão monocrática


embargada (id. 3126738), a fim de suprir a omissão aventada pelo embargante, referente a juros mora,
correção monetária e honorários advocatícios sucumbenciais, mantendo, assim, integralmente a
sentença de piso (id. 1141120).

Ante o exposto, CONHEÇO E DOU PROVIMENTO AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, nos moldes do
art. 1.022 e o art. 1.024, §2º, do CPC, para suprir a omissão constante na decisão monocrática de id.
3126738, nos termos da fundamentação apresentada.

Belém, 21 de julho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora

Número do processo: 0039766-83.2011.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: UNIMED DE BELEM


COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: THIEGO FERREIRA DA
SILVA OAB: 16908/PA Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB:
11270/PA Participação: APELADO Nome: MARIA SELMA FERREIRA CASTELO BRANCO Participação:
ADVOGADO Nome: TATIANE RODRIGUES DE VASCONCELOS OAB: 16871/PA Participação:
ADVOGADO Nome: SILENE CASTELO BRANCO DA FONSECA OAB: 6819/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL N. 0039766-


83.2011.8.14.0301

EMBARGANTE: MARIA SELMA FERREIRA CASTELO BRANCO

EMBARGADA: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO

RELATORA: DESª. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. RAZÕES


DISSOCIADAS. NÃO CONHECIMENTO.

OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO SÃO RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA E


ESTRITA, POSSUINDO A FINALIDADE DE SUPRIR OMISSÃO, ESCLARECER OBSCURIDADES E/OU
ELIMINAR CONTRADIÇÕES, ASSIM COMO CORRIGIR ERRO MATERIAL OBSERVADAS NA
SENTENÇA OU ACÓRDÃO, CONFORME DISPOSTO NO ARTIGO 1.022 C/C ART. 489, §1º, AMBOS
DO CPC.

AS ALEGAÇÕES DEDUZIDAS NOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO GUARDAM RELAÇÃO


COM O JULGAMENTO DO AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL EM QUESTÃO. RAZÕES
DISSOCIADAS QUE ENSEJAM O NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO.
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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL


manejados por MARIA SELMA FERREIRA CASTELO BRANCO em face do acórdão desta Turma que, à
unanimidade, assim julgou o AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL interposto pela UNIMED DE
BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO desprovido, com ementa lavrada nos seguintes termos:

EMENTA: AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL. TRATAMENTO DE SAÚDE. ANTECIPAÇÃO DE


TUTELA PERDA DE OBJETO. NÃO CONFIGURAÇÃO. JULGAMENTO DO MÉRITO. DECISÃO
MANTIDA. AGRAVO DESPROVIDO.

1. Muito embora tenha o atual Código de Processo Civil inserido no ordenamento jurídico brasileiro nova
regra a respeito do agravo interno, prevendo, a partir de sua vigência, ser vedado ao relator limitar-se à
reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno (CPC, art.
1.021, § 3º), na situação em tela, não se pode exigir novos argumentos para enfrentar o recurso quanto
este apenas reproduz as alegações da petição que ensejou a decisão agravada.

2. Quanto a alegação de perda de objeto ante o cumprimento da antecipação da tutela satisfativa, que
determinou a realização da cirurgia pleiteada pela autora, reitero o posicionamento adotado no decisum
agravado de que a decisão liminar não esgota o objeto da causa, tendo em vista que o referido
provimento, ainda que satisfativo, tem caráter provisório e revogável, sendo imprescindível a sua
confirmação pela sentença final.

3 - Agravo Interno conhecido e desprovido.

Nas razões MARIA SELMA FERREIRA CASTELO BRANCO alega a existência de omissão no acórdão,
pois ausente manifestação acerca da majoração de honorários advocatícios.

Requer o acolhimento dos embargos.

Éo relatório. Decido.

Os embargos de declaração são recurso de fundamentação vinculada e estrita, possuindo a finalidade de


suprir omissão, esclarecer obscuridades e/ou eliminar contradições, assim como corrigir erro material
observadas na sentença ou acórdão, conforme disposto no artigo 1.022 c/c art. 489, §1º, ambos do CPC.

No caso dos autos, toda a matéria objeto da controvérsia foi suficientemente enfrentada pela Câmara, não
havendo omissão, contradição ou obscuridade, nem mesmo erro material.

Da leitura dos embargos declaratórios, depreende-se que as alegações não guardam relação com o
Agravo Interno submetido a Turma, o qual fora interposto pela UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE
TRABALHO.

Vale ressaltar que a questão da majoração dos honorários advocatícios foi apreciada na decisão
monocrática (ID. 2440749), nos termos que segue:

“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. DEMORA NA AUTORIZAÇÃO DE PROCEDIMENTO
MÉDICO. URGÊNCIA DEMONSTRADA. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA. AUTORIZAÇÃO E
REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO MÉDICO PELA APELANTE APÓS O DEFERIMENTO DA
LIMINAR. PERDA DO OBJETO AFASTADA. NECESSIDADE DE CONFIRMAÇÃO DA LIMINAR EM
SENTENÇA. PRESENÇA DOS REQUISITOS PARA A MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS EM SEDE
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RECURSAL, NOS TERMOS DO PEDIDO DA APELADA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

1 - Evidenciada a condição da ação referente ao interesse de agir em razão da necessidade e utilidade da


tutela jurisdicional pleiteada pela autora, diante da injustificada demora por parte da ré em autorizar o
procedimento médico de urgência, sendo necessária a intervenção do Poder Judiciário.

2 - A liminar concedida para determinar a autorização do procedimento médico precisa ser confirmada
pela sentença, portanto não há que se falar em perda do objeto da ação.

3 - No presente caso, estão presentes os requisitos para a majoração da verba honorária pleiteada
pela autora, quais sejam: a) decisão recorrida publicada a partir de 18/3/2016, quando entrou em
vigor o novo CPC; b) recurso não conhecido integralmente ou desprovido, monocraticamente ou
pelo órgão colegiado competente e c) condenação em honorários advocatícios desde a origem, no
feito em que interposto o recurso. Por conseguinte, majoro os honorários em mais R$ 500,00
(quinhentos reais), totalizando R$ 2.000,00 (dois mil reais).

4 – Recurso conhecido e desprovido.

(...)

No que tange à majoração dos honorários fixados em sentença é importante ressaltar que conforme o
previsto no art. 85, § 11 do CPC/2015 e o entendimento exarado pelo Superior Tribunal de Justiça, a
majoração da verba honorária é admitida quando do cumprimento dos seguintes requisitos,
simultaneamente: a) decisão recorrida publicada a partir de 18/3/2016, quando entrou em vigor o novo
CPC; b) recurso não conhecido integralmente ou desprovido, monocraticamente ou pelo órgão colegiado
competente e c) condenação em honorários advocatícios desde a origem, no feito em que interposto o
recurso.

Neste sentido é o julgado do STJ.

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS RECURSAIS.

MAJORAÇÃO. REQUISITOS. AUSÊNCIA. INTERESSE RECURSAL. INEXISTÊNCIA.

1. A majoração da verba honorária sucumbencial, prevista no art. 85, § 11, do CPC/2015, cujo desiderato
é desestimular a interposição de recursos infundados e protelatórios, pressupõe a existência dos seguintes
requisitos, cumulativamente: (i) decisão recorrida publicada a partir de 18/03/2016, data de entrada em
vigor do novo Código de Processo Civil; (ii) recurso não conhecido integralmente ou desprovido,
monocraticamente ou pelo órgão colegiado competente; e (iii) condenação em honorários advocatícios
desde a origem no feito em que interposto o recurso.

2. A decisão agravada, em sua parte dispositiva, registrou que somente haveria a majoração dos
honorários advocatícios caso estivessem presentes os referidos pressupostos e, em não se verificando
estes, por óbvio, a majoração da referida verba seria indevida.

3. Hipótese em que não há interesse em recorrer por parte da agravante.

4. Agravo interno não conhecido.

(AgInt nos EDcl no AREsp 1412022/DF, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 14/10/2019, DJe 17/10/2019). Grifei.

No presente caso, todos os requisitos para a majoração dos honorários estão presentes, portanto é
devido o pedido da apelada e, por consequência, majoro os honorários advocatícios devidos aos
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procuradores da autora em mais R$ 500,00 (quinhentos reais), totalizando R$ 2.000,00 (dois mil
reais), nos termos do §11 do art. 85 do CPC.

Ante o exposto, CONHEÇO do recurso e NEGO-LHE PROVIMENTO, nos termos da fundamentação,


mantendo a decisão de origem, inclusive quanto à condenação em custas e honorários, sendo que majoro
os honorários advocatícios em mais R$ 500,00 (quinhentos reais), totalizando R$ 2.000,00 (dois mil reais),
nos termos do §11 do art. 85 do CPC.

P. R. I. C.

Belém, 12 de novembro de 2019.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora”

De modo que as questões suscitadas nos embargos declaratórios não são objeto do recurso.

Portanto, resta caracterizada a dissociação entre as razões dos embargos declaratórios e o acórdão
embargado, impondo-se o não conhecimento do recurso.

ISSO POSTO, não conheço dos embargos de declaração.

ÀSecretaria para as devidas providências.

Belém, 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0004897-72.2014.8.14.0048 Participação: APELANTE Nome: FATIMA GLAFIRA


FERREIRA BRAUN Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ACREANO BRASIL JUNIOR OAB: 1800/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ACREANO BRASIL OAB: 1717/PA Participação: APELADO
Nome: ASSOCIACAO EDUCADORA SAO FRANCISCO DE ASSIS Participação: ADVOGADO Nome:
DOUGLAS GABRIEL DOMINGUES NETO OAB: 25401/PA Participação: INTERESSADO Nome: V S
CURI SERVICOS MEDICOS LTDA Participação: REPRESENTANTE Nome: VAGNER SANTOS CURI
Participação: REPRESENTANTE Nome: REGINA CONCEICAO LOBAO CURI

Vistos etc.

Manifestem-se as partes sobre a prejudicial de perda do objeto arguida no Id. 4604833 e sobre os
documentos juntado no Id. 4762031 e 5025262.

INT.

Belém, 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE


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Desembargadora Relatora

Número do processo: 0810646-85.2019.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: ISABEL MARIA


COSTA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO HENRIQUE CASALE OAB: 20673/PA
Participação: APELADO Nome: BANCO VOTORANTIM S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

ORIGEM: 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE PARAUAPEBAS

APELAÇO Nº 0810646-85.2019.8.14.0040

APELANTE: ISABEL MARIA COSTA SILVA

APELADO: BV FINANCEIRA SA

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

APELAÇÃO CÍVEL. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. NEGATIVA DE


CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE FRAUDE. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA QUE PROVA A
CONTRATAÇÃO. REGULARIDADE DA CONTRATAÇÃO. RECURSO DE APELAÇÃO NÃO PROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de Apelação interposto por ISABEL MARIA COSTA SILVA, contra sentença proferida
pelo juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Parauapebas, nos autos da ação declaratória de
inexistência de débito cumulada com indenizatória por danos materiais e morais ajuizada em face de BV
FINANCEIRA S/A.

Na origem, a apelada ajuizou ação declaratória de inexistência de débito cumulada com indenização por
danos materiais e morais, alegando que o banco réu/apelante teria efetuado descontos indevidos em seus
proventos de aposentadoria, sem que tivesse celebrado contrato de mútuo em qualquer modalidade com a
instituição financeira.

A sentença objurgada julgou IMPROCEDENTE a demanda, considerando que a instituição financeira


apelante (requerida na origem) desincumbiu-se do ônus de apresentar fato impeditivo do direito do
autor, pois juntou apresentou cópia do instrumento contratual e transferência do valor objeto do
mútuo para a conta da consumidora, nos seguintes termos:

“(...)

Por certo, o fato de ser a contratante pessoa analfabeta, não lhe retira a capacidade civil, devendo a
avença ser considerada válida, já que o contrato foi assinado a rogo, com a presença de testemunhas.

Pelo exposto e por tudo mais que dos autos constam, julgo IMPROCEDENTES os pedidos da inicial
referentes aos contratos nº 234479814 e 236892982 – atento ao que prescreve o art. 5º, inc. X, da CF,
arts. 166 e 944, do CC e o disposto no art. 487, I, do CPC/15, extinguindo o processo com resolução de
mérito, nos termos mencionados.
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Condeno, assim, a autora, no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de 10% (dez
por cento) sobre o valor atualizado da causa.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.

Cumpra-se.

Parauapebas, 02 de março de 2021.

(...)”.

Inconformado, o consumidor interpôs o presente recurso de apelação (Num. Num. 5182126 -) requerendo
os benefícios da justiça gratuita.

Afirma ser o documento apresentado pelo apelado forjado.

Defende nunca ter celebrado qualquer negócio jurídico com o apelado.

Afirma que o comprovante de transferência bancária para sua conta é um documento unilateralmente
produzido pela instituição financeira apelada, motivo pelo qual não deve ser admitido como prova.

Aduz que as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos causados.

Sustenta que a instituição financeira apelada incorreu em defeito na prestação do serviço, causando-lhe
danos materiais e morais.

Requereu o conhecimento e provimento do recurso, para condenar a instituição financeira.

Em sede de contrarrazões (Num. Num. 5182131), a instituição financeira apelada defende que se
desincumbiu do ônus lhe incumbia, no sentido de provar a contratação.

Aduz que apresentou prova da contratação, bem como da transferência do valor objeto do contrato de
mútuo a conta da apelante.

Requereu desprovimento do recurso.

Éo relatório.

DECIDO.

Considerando que a sentença foi proferida na vigência do CPC/2015, os requisitos de admissibilidade do


presente recurso devem ser analisados à luz daquele diploma processual.

Conheço do recurso, eis que preenchidos os pressupostos de admissibilidade recursal.

De acordo com o artigo 932, inciso IV e V alíneas “a”, do NCPC, o relator do processo está autorizado em
demandas repetitivas apreciar o mérito recursal, em decisão monocrática, referida previsão está
disciplinada no art. 133, do Regimento Interno desta Corte, que visa dar cumprimento ao dispositivo legal
imposto no art. 926, §1º, do NCPC. Vejamos:

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
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§1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão
enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.

Gize-se, ainda, que tais decisões têm por finalidade desafogar os Órgãos Colegiados, buscando dar mais
efetividade ao princípio da celeridade e economia processual, sem deixar de observar, por óbvio, as
garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Assim, plenamente cabível o julgamento do recurso por meio de decisão monocrática, porque há
autorização para tanto no sistema processual civil vigente.

No caso em apreço, o apelante (consumidor) ajuizou ação declaratória de inexistência de débito, ao


argumento de que fora surpreendido com descontos em seus proventos de aposentadoria referentes a
mútuo na modalidade consignado com a apelada.

Sustentou que nunca celebrou qualquer relação jurídica com a apelada, motivo pelo qual teria havido
fraude na contratação, apta a ensejar o dever de indenizar por falha na prestação do serviço.

Devidamente citada, a instituição financeira apelada apresentou contestação, na qual defende que houve
efetivamente a celebração do negócio jurídico.

Apresentou cópia do instrumento contratual, cópias de documentos pessoais da apelante e, ainda, cópia
de comprovante de transferência bancária do montante objeto do mútuo para a conta da apelante.

Desta forma, verifica-se que o autor deduziu sua pretensão na petição inicial, transferindo ao réu o ônus
de apresentar fato extintivo, modificativo ou impeditivo de seu direito.

Verifica-se que o apelado, ao apresentar cópia do instrumento contratual, cópias de documentos


pessoais da apelante e, ainda, cópia de comprovante de transferência bancária do montante objeto
do mútuo para a conta da apelante logrou desincumbir-se do ônus que lhe incumbia (Num. 5182112
- Pág. 1).

Sobre a distribuição do ônus da prova, José Frederico Marques leciona que:

"As normas produtoras de efeitos jurídicos constituem, em última análise, verdadeiras configurações
abstratas de fatos e acontecimentos, a cuja existência se prendem as consequências de ordem jurídica
que os preceitos legais preveem e disciplinam. Necessário é, por isso, que a pessoa que pretenda obter
esses efeitos jurídicos previstos nas normas e regras da lei, prove e demonstre a existência dos fatos de
onde tais efeitos se originam.

Corolário desse fenômeno é a regra de que 'cada parte suporta o ônus da prova sobre a existência de
todos os pressupostos (inclusive os negativos) das normas sem cuja aplicação não pode ter êxito sua
pretensão processual'.

Como os fatos indicados pelo autor são os elementos constitutivos do pedido que deduziu em juízo, cabe-
lhe o ônus de provar esses fatos para que sua pretensão seja acolhida e julgada procedente. Quanto ao
réu, os fatos que lhe incumbe provar são os que forem invocados como extintivos ou impeditivos do pedido
do autor" (Manual de Direito Processual Civil, II/194).

A jurisprudência também caminha no mesmo sentido:

EMENTA: DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO - ÔNUS DA PROVA - NOTIFICAÇÃO PRÉVIA


- CONTRATAÇÃO COMPROVADA - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. Cabe ao réu o ônus da prova quanto aos
fatos extintivos, modificativos e impeditivos do direito do autor, nos termos do art. 373, II, NCPC. A
comunicação prévia acerca da negativação do nome deve ser promovida pela instituição responsável pelo
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banco de dados e não pelo fornecedor de serviços ou produtos. Para que ocorra a condenação por
litigância de má-fé, é necessário que se faça prova da instauração de litígio infundado ou temerário, bem
como da ocorrência de dano processual em desfavor da parte contrária. (TJMG - Apelação Cível
1.0000.18.018227-1/001, Relator(a): Des.(a) Evangelina Castilho Duarte , 14ª CÂMARA CÍVEL,
julgamento em 24/05/2018, publicação da súmula em 25/05/2018)

Acerca do tema, tem-se a jurisprudência pátria:

CONTRATOS BANCÁRIOS. Ação declaratória de inexistência de débito cumulada com indenização por
danos morais. Empréstimo consignado em folha de pagamento da autora. Fraude não comprovada. Réu
que apresentou documentos essenciais à comprovação do empréstimo pela autora. Débito existente e
devidamente comprovado. Descontos no benefício previdenciário da autora de rigor. Exercício regular de
direito por parte do credor. Ação improcedente. Recurso provido. (TJSP; Apelação Cível 1000333-
15.2019.8.26.0439; Relator (a): Gilberto dos Santos; Órgão Julgador: 11ª Câmara de Direito Privado; Foro
de Pereira Barreto - 2ª Vara Judicial; Data do Julgamento: 07/11/2019; Data de Registro: 08/11/2019)

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CONTRATO C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS - Apelada que sustentou que estaria sofrendo descontos em seu benefício previdenciário
referente a contrato de empréstimo consignado não contratado - Descabimento - Demandado que trouxe
aos autos o contrato devidamente assinado pela autora - Laudo grafotécnico que atesta ser autêntica a
assinatura atribuída à autora no empréstimo - Dinheiro disponibilizado com emissão de TED - Negócio
jurídico válido e eficaz - Ausência de quaisquer indícios a indicar a existência de vício social ou de
consentimento no contrato firmado entre as partes que ensejasse o dever de indenizar - Autora que mentiu
sobre os fatos com a finalidade de obter vantagem ilicitamente - Litigância de má-fé configurada - Recurso
provido a fim de julgar improcedente o pedido e condenar a parte requerente no pagamento ao réu de
multa de 9% sobre o valor corrigido da causa, por litigância de má-fé (art. 81 do NCPC), bem como das
custas processuais e dos honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da causa (R$ 21.102,00,
fls. 20), cuja exigibilidade fica suspensa (arts. 85, §§ 2º e 11, e 98, § 3º, do NCPC). (TJSP; Apelação Cível
1004095-73.2017.8.26.0224; Relator (a): Mendes Pereira; Órgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Privado;
Foro de Guarulhos - 10ª Vara Cível; Data do Julgamento: 07/11/2019; Data de Registro: 07/11/2019)

Por fim, a consumidora apelante foi intimada para se manifestar sobre os documentos apresentados com a
contestação e não os impugnou.

Portanto, considerando que a instituição financeira apelada logrou desincumbir-se do ônus de provar a
contratação, impõe-se a manutenção da sentença que julgou improcedente a demanda.

Ante o exposto, CONHEÇO E NEGO PROVIMENTO A APELAÇÃO, nos termos da fundamentação.

Publique-se. Intime-se.

Belém, 12 de julho de 2021.

JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

Juiz Convocado

Número do processo: 0802268-46.2019.8.14.0039 Participação: APELANTE Nome: ELISANGELA


CLEIDES BEZERRA PAZ Participação: ADVOGADO Nome: RANIERY ANTONIO RODRIGUES DE
MIRANDA OAB: 4018/TO Participação: ADVOGADO Nome: MARCILIO NASCIMENTO COSTA OAB:
1110/TO Participação: APELADO Nome: BANCO PAN S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: PARA
MINISTERIO PUBLICO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

ORIGEM: 2ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE PARAGOMINAS

APELAÇO Nº 0802268-46.2019.8.14.0039

APELANTE: ELISANGELA CLEIDES BEZERRA PAZ

APELADO: BANCO PAN S.A.

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

APELAÇÃO CÍVEL. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. NEGATIVA DE


CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE FRAUDE. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA QUE PROVA A
CONTRATAÇÃO. REGULARIDADE DA CONTRATAÇÃO. RECURSO DE APELAÇÃO NÃO PROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de Apelação interposto por ELISANGELA CLEIDES BEZERRA PAZ, contra sentença
proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Paragominas, nos autos da ação
declaratória de inexistência de débito cumulada com indenizatória por danos materiais e morais ajuizada
em face de BANCO PAN S.A..

Na origem, a apelada ajuizou ação declaratória de inexistência de débito cumulada com indenização por
danos materiais e morais, alegando que o banco réu/apelante teria efetuado descontos indevidos em seus
proventos de aposentadoria, sem que tivesse celebrado contrato de mútuo em qualquer modalidade com a
instituição financeira.

A sentença objurgada julgou IMPROCEDENTE a demanda, considerando que a instituição financeira


apelante (requerida na origem) desincumbiu-se do ônus de apresentar fato impeditivo do direito do
autor, pois juntou apresentou cópia do instrumento contratual e transferência do valor objeto do
mútuo para a conta da consumidora, nos seguintes termos:

“(...)

Diante do exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido autoral, RESOLVENDO O MÉRITO, nos termos do
artigo 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno a parte autora em custas e despesas processuais,
bem como em honorários advocatícios que fixo em 10% sobre o valor da causa.

Suspensa a exigibilidade, nos termos do artigo 98, §3º do Código de Processo Civil, em razão da
gratuidade deferida.

Saliento que o cumprimento de sentença deverá ser peticionado de forma digital (cadastrado como
incidente processual apartado, instruindo-se com as principais peças do processo de conhecimento, tais
como petição inicial, contestação, petição da reconvenção, sentença, acórdãos, certidão de trânsito em
julgado, etc.).

Alerte-se às partes que embargos declaratórios não se prestam à revisão de fatos e provas, nem à
impugnação da justiça da decisão, cabendo sua interposição nos estreitos limites previstos nos artigos
1.022 do CPC. A interposição de embargos declaratórios meramente protelatórios ensejará a aplicação de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

multa, nos termos do artigo 1.026, § 2º, do CPC. E será considerado ato protelatório a interposição de
embargos prequestionadores, ante o caráter devolutivo do recurso de apelação.

Na hipótese de interposição de recurso de apelação, por não haver mais juízo de admissibilidade a ser
exercido pelo Juízo ‘’ a quo’’ (artigo 1010 do CPC), sem nova conclusão, intime-se a parte contrária, caso
possua advogado, para oferecer contrarrazões recursais, no prazo legal. Em seguida, encaminhem-se os
autos ao E. TJPA (art. 1.009, § 3º, do NCPC), com as homenagens de estilo.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos oportunamente.

Paragominas, 15 de dezembro de 2020.

(...)”.

Inconformado, o consumidor interpôs o presente recurso de apelação (Num. 5244335) defendendo a


nulidade da sentença objurgada, tendo em vista que requereu perícia, a qual foi indeferida pelo Juízo de
origem.

Afirma ser o documento apresentado pelo apelado forjado.

Defende nunca ter celebrado qualquer negócio jurídico com o apelado.

Afirma que o comprovante de transferência bancária para sua conta é um documento unilateralmente
produzido pela instituição financeira apelada, motivo pelo qual não deve ser admitido como prova.

Aduz que as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos causados.

Sustenta que a instituição financeira apelada incorreu em defeito na prestação do serviço, causando-lhe
danos materiais e morais.

Requereu o conhecimento e provimento do recurso, para condenar a instituição financeira.

Em sede de contrarrazões (Num. 5244339), a instituição financeira apelada defende que se desincumbiu
do ônus lhe incumbia, no sentido de provar a contratação.

Aduz que apresentou prova da contratação, bem como da transferência do valor objeto do contrato de
mútuo a conta da apelante.

Requereu desprovimento do recurso.

Éo relatório.

DECIDO.

Considerando que a sentença foi proferida na vigência do CPC/2015, os requisitos de admissibilidade do


presente recurso devem ser analisados à luz daquele diploma processual.

Conheço do recurso, eis que preenchidos os pressupostos de admissibilidade recursal.

De acordo com o artigo 932, inciso IV e V alíneas “a”, do NCPC, o relator do processo está autorizado em
demandas repetitivas apreciar o mérito recursal, em decisão monocrática, referida previsão está
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

disciplinada no art. 133, do Regimento Interno desta Corte, que visa dar cumprimento ao dispositivo legal
imposto no art. 926, §1º, do NCPC. Vejamos:

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.

§1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão
enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.

Gize-se, ainda, que tais decisões têm por finalidade desafogar os Órgãos Colegiados, buscando dar mais
efetividade ao princípio da celeridade e economia processual, sem deixar de observar, por óbvio, as
garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Assim, plenamente cabível o julgamento do recurso por meio de decisão monocrática, porque há
autorização para tanto no sistema processual civil vigente.

Inicialmente, quanto a alegação de nulidade por indeferimento da realização da prova pericial, não
prospera a alegação.

O Superior Tribunal de Justiça entende que não configura cerceamento de defesa o julgamento da causa,
com o julgamento antecipado da lide, quando o juiz entender substancialmente instruído o feito,
declarando a prescindibilidade de produção probatória, por se tratar de matéria eminentemente de direito
ou de fato já provado documentalmente.

Ademais, a livre apreciação da prova e o livre convencimento motivado do juiz são princípios basilares do
sistema processual civil brasileiro. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados:

"CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 1.


CONTRATO BANCÁRIO. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. PERÍCIA TÉCNICA. DESNECESSIDADE.
2. LIMITAÇÃO DO VALOR. 30% DO SALÁRIO E COMPENSAÇÃO DE VERBA HONORÁRIA. INOVAÇÃO
RECURSAL. INVIABILIDADE.PRECLUSÃO CONSUMATIVA. 3. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.

1. Não caracteriza cerceamento de defesa o julgamento da demanda sem a realização de prova pericial,
quando o seu destinatário entender que o feito está adequadamente instruído, com provas suficientes para
seu convencimento. 2. O intuito de debater novos temas por meio de agravo regimental, não trazidos
inicialmente no recurso especial, se reveste de indevida inovação recursal, não sendo viável, portanto, a
sua análise, porquanto imprescindível a prévia irresignação no momento oportuno e o efetivo debate sobre
os temas. 3. Agravo regimental a que se nega provimento." (AgRg no AREsp 566.307/RS, Rel. Ministro
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/09/2014, DJe 26/09/2014).

"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESCISÃO CONTRATUAL. SALDO DEVEDOR.


REALIZAÇÃO DE NOVA PERÍCIA. DESNECESSIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA. INEXISTÊNCIA.
PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO.REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ.

1. Cumpre ao magistrado, destinatário da prova, valorar sua necessidade, conforme o princípio do livre
convencimento motivado, previsto no art. 131 do CPC. Assim, não há cerceamento de defesa quando, em
decisão fundamentada, o juiz indefere produção de provas, seja ela testemunhal, pericial ou documental.
2. No caso, a alteração das conclusões adotadas pela Corte de origem, de que não houve cerceamento de
defesa com o indeferimento de nova prova pericial, tal como postulada a questão nas razões recursais,
demandaria, necessariamente, novo exame do acervo fático-probatório constante dos autos, providência
vedada em recurso especial, conforme o óbice previsto na Súmula 7/STJ. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento." (AgRg no AREsp 336.893/SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 17/09/2013, DJe 25/09/2013).

"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DECISÃO MANTIDA.OMISSÃO. NÃO


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OCORRÊNCIA. ACIDENTE. RESPONSABILIDADE. REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. ENUNCIADO 7


DA SÚMULA DO STJ. LIVRE CONVENCIMENTO. PERÍCIA. REQUERIMENTO GENÉRICO. AUSÊNCIA
DE IMPUGNAÇÃO. ENUNCIADO 283 DA SÚMULA DO STF. NÃO PROVIMENTO. 1. O acórdão recorrido
analisou todas as questões necessárias ao deslinde da controvérsia, não se configurando omissão alguma
ou negativa de prestação jurisdicional. 2. O Tribunal de origem, com base nos fatos e provas dos autos,
entendeu responsável o ora agravante pelo acidente ocorrido. O acolhimento das razões de recurso, na
forma pretendida, demandaria o reexame de matéria fática. Incidência do verbete 7 da Súmula desta
Corte.3. Como destinatário final da prova, cabe ao magistrado, respeitando os limites adotados pelo
Código de Processo Civil, a interpretação da produção probatória, necessária à formação do seu
convencimento.4. Agravo a que se nega provimento." (AgRg no AREsp 121.314/PI, Rel. Ministra MARIA
ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 07/05/2013, DJe 21/05/2013)

Em sentido semelhante, a doutrina se manifesta:

"Observo, de início, que não constitui cerceamento de defesa, violação ao devido processo legal, ou à
ampla defesa, o julgamento antecipado da lide. Não se pode olvidar que a prova está dirigida ao
magistrado e este é quem conduz o processo e respectiva instrução. Se do desenrolar desta já advier seu
convencimento, independentemente de dilação probatória, é lícito o julgamento antecipado, pois de nada
adiantaria a instrução processual para a modificação de seu posicionamento quanto ao mérito, já formado.
Neste sentido, preleciona MARCUS VINICIUS RIOS GONÇALVES (Novo Curso de Direito Processual
Civil, 4a ed. São Paulo: Saraiva, 2007, vol. 1, p. 416).

No caso em apreço, o apelante (consumidor) ajuizou ação declaratória de inexistência de débito, ao


argumento de que fora surpreendido com descontos em seus proventos de aposentadoria referentes a
mútuo na modalidade consignado com a apelada.

Sustentou que nunca celebrou qualquer relação jurídica com a apelada, motivo pelo qual teria havido
fraude na contratação, apta a ensejar o dever de indenizar por falha na prestação do serviço.

Devidamente citada, a instituição financeira apelada apresentou contestação, na qual defende que houve
efetivamente a celebração do negócio jurídico.

Apresentou cópia do instrumento contratual, cópias de documentos pessoais da apelante e, ainda, cópia
de comprovante de transferência bancária do montante objeto do mútuo para a conta da apelante.

Desta forma, verifica-se que o autor deduziu sua pretensão na petição inicial, transferindo ao réu o ônus
de apresentar fato extintivo, modificativo ou impeditivo de seu direito.

Verifica-se que o apelado, ao apresentar cópia do instrumento contratual, cópias de documentos


pessoais da apelante e, ainda, cópia de comprovante de transferência bancária do montante objeto
do mútuo para a conta da apelante logrou desincumbir-se do ônus que lhe incumbia (Num. 5244304
- Pág. 2).

Sobre a distribuição do ônus da prova, José Frederico Marques leciona que:

"As normas produtoras de efeitos jurídicos constituem, em última análise, verdadeiras configurações
abstratas de fatos e acontecimentos, a cuja existência se prendem as consequências de ordem jurídica
que os preceitos legais preveem e disciplinam. Necessário é, por isso, que a pessoa que pretenda obter
esses efeitos jurídicos previstos nas normas e regras da lei, prove e demonstre a existência dos fatos de
onde tais efeitos se originam.

Corolário desse fenômeno é a regra de que 'cada parte suporta o ônus da prova sobre a existência de
todos os pressupostos (inclusive os negativos) das normas sem cuja aplicação não pode ter êxito sua
pretensão processual'.
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Como os fatos indicados pelo autor são os elementos constitutivos do pedido que deduziu em juízo, cabe-
lhe o ônus de provar esses fatos para que sua pretensão seja acolhida e julgada procedente. Quanto ao
réu, os fatos que lhe incumbe provar são os que forem invocados como extintivos ou impeditivos do pedido
do autor" (Manual de Direito Processual Civil, II/194).

A jurisprudência também caminha no mesmo sentido:

EMENTA: DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO - ÔNUS DA PROVA - NOTIFICAÇÃO PRÉVIA


- CONTRATAÇÃO COMPROVADA - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. Cabe ao réu o ônus da prova quanto aos
fatos extintivos, modificativos e impeditivos do direito do autor, nos termos do art. 373, II, NCPC. A
comunicação prévia acerca da negativação do nome deve ser promovida pela instituição responsável pelo
banco de dados e não pelo fornecedor de serviços ou produtos. Para que ocorra a condenação por
litigância de má-fé, é necessário que se faça prova da instauração de litígio infundado ou temerário, bem
como da ocorrência de dano processual em desfavor da parte contrária. (TJMG - Apelação Cível
1.0000.18.018227-1/001, Relator(a): Des.(a) Evangelina Castilho Duarte , 14ª CÂMARA CÍVEL,
julgamento em 24/05/2018, publicação da súmula em 25/05/2018)

Acerca do tema, tem-se a jurisprudência pátria:

CONTRATOS BANCÁRIOS. Ação declaratória de inexistência de débito cumulada com indenização por
danos morais. Empréstimo consignado em folha de pagamento da autora. Fraude não comprovada. Réu
que apresentou documentos essenciais à comprovação do empréstimo pela autora. Débito existente e
devidamente comprovado. Descontos no benefício previdenciário da autora de rigor. Exercício regular de
direito por parte do credor. Ação improcedente. Recurso provido. (TJSP; Apelação Cível 1000333-
15.2019.8.26.0439; Relator (a): Gilberto dos Santos; Órgão Julgador: 11ª Câmara de Direito Privado; Foro
de Pereira Barreto - 2ª Vara Judicial; Data do Julgamento: 07/11/2019; Data de Registro: 08/11/2019)

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CONTRATO C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS - Apelada que sustentou que estaria sofrendo descontos em seu benefício previdenciário
referente a contrato de empréstimo consignado não contratado - Descabimento - Demandado que trouxe
aos autos o contrato devidamente assinado pela autora - Laudo grafotécnico que atesta ser autêntica a
assinatura atribuída à autora no empréstimo - Dinheiro disponibilizado com emissão de TED - Negócio
jurídico válido e eficaz - Ausência de quaisquer indícios a indicar a existência de vício social ou de
consentimento no contrato firmado entre as partes que ensejasse o dever de indenizar - Autora que mentiu
sobre os fatos com a finalidade de obter vantagem ilicitamente - Litigância de má-fé configurada - Recurso
provido a fim de julgar improcedente o pedido e condenar a parte requerente no pagamento ao réu de
multa de 9% sobre o valor corrigido da causa, por litigância de má-fé (art. 81 do NCPC), bem como das
custas processuais e dos honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da causa (R$ 21.102,00,
fls. 20), cuja exigibilidade fica suspensa (arts. 85, §§ 2º e 11, e 98, § 3º, do NCPC). (TJSP; Apelação Cível
1004095-73.2017.8.26.0224; Relator (a): Mendes Pereira; Órgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Privado;
Foro de Guarulhos - 10ª Vara Cível; Data do Julgamento: 07/11/2019; Data de Registro: 07/11/2019)

Por fim, a consumidora apelante foi intimada para se manifestar sobre os documentos apresentados com a
contestação e não os impugnou.

Portanto, considerando que a instituição financeira apelada logrou desincumbir-se do ônus de provar a
contratação, impõe-se a manutenção da sentença que julgou improcedente a demanda.

Ante o exposto, CONHEÇO E NEGO PROVIMENTO A APELAÇÃO, nos termos da fundamentação.

Publique-se. Intime-se.

Belém, 12 de julho de 2021.

JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juiz Convocado

Número do processo: 0812431-71.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: V. B. R.


Participação: ADVOGADO Nome: EUCLIDES DA CRUZ SIZO FILHO OAB: 18350/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ADRIANE KAROLINA CONCEICAO DOS SANTOS OAB: 27798/PA Participação:
AGRAVADO Nome: L. C. R. Participação: ADVOGADO Nome: MONICA LIMA DE NORONHA KUSER
LEHMKUHL OAB: 12078/PA Participação: REPRESENTANTE Nome: A. D. S. B. C.

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

ORIGEM: JUÍZO DE DIREITO DA 4ª VARA DE FAMÍLIA DE BELÉM

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0812431-71.2020.8.14.0000

AGRAVANTE: VICENTE BALBI REALE

AGRAVADO: L.C.R.

REPRESENTANTE: ANDREA DO SOCORRO BATISTA CAVALCANTE

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE ALIMENTOS – TRANSAÇÃO ENTRE AS PARTES. PERDA


SUPERVENIENTE DO INTERESSE PROCESSUAL. RECURSO PREJUDICADO. RECURSO NÃO
CONHECIDO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo, interposto por VICENTE
BALBI REALE em face da decisão prolatada pelo douto Juízo de Direito da Vara 4ª Vara de Família, nos
autos da Ação de Alimentos ajuizada em face de VICENTE BALBI REALE que deferiu o pedido de tutela
antecipada, vejamos:

“Em razão da prova de filiação carreada nos autos – Certidão de Nascimento (ID 19573678) - (art. 2º da
Lei 5.478/68) e a necessidade presumida do menor, defiro parcialmente os alimentos provisórios em
favor de LORENZO CAVALCANTE REALE, com fulcro no art. 4º da lei Nº 5.478/68, a serem pagos
pelo segundo requerido (avô paterno) do mesmo, Sr. VICENTE BALBI REALE, no percentual de
10% (de por cento) de seu benefício, excluídos os descontos obrigatórios, valor a ser descontado
diretamente pela fonte pagadora, Instituto de Gestão e Previdência do Estado do Pará e depositado
em conta bancária de titularidade da representante legal do alimentando, Sra. ANDREA DO
SOCORRO BATISTA CAVALCANTE, qual seja, Banco Santander, Conta Corrente: 01068604-4,
Agência: 3237. Oficie-se a fonte pagadora.”

O Agravado/Autor ajuizou a presente demanda em face de seu genitor e seu avô paterno, narrando que
sempre teve seu sustento garantido pelo seu pai, porém em virtude de quadro depressivo o mesmo deixou
de lado suas atividades laborais e desde março/2020 não contribui mais em nenhuma despesa do infante.

Requereu ao final a concessão de liminar para fixação de alimentos provisórios a serem arcados pelo seu
avô no patamar de 10% (dez por cento) dos rendimentos do mesmo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O Juízo de piso deferiu o pedido liminar.

Nas suas razões recursais, o Agravante/Avô defende a reforma de decisão combatida demonstrando seu
inconformismo tendo em vista que o pagamento de alimentos pelos avós somente é devido quando não
houver possibilidade do genitor em arcar com a obrigação alimentar, o que não restou comprovado nos
autos.

Sustenta que não há provas que sustentem a negativa por parte do genitor do menor para efetuar o
pagamento da pensão alimentícia e nem provas quanto a incapacidade que demonstrem a ausência de
renda.

Ao final, requer liminarmente o redirecionamento da obrigação alimentar ao genitor do menor ou,


alternativamente, que seja reduzido o valor dos alimentos.

Juntou documentos.

Deferi o pedido de efeito suspensivo ao recurso (ID 4204675 – pág. 01/05).

Foram apresentadas contrarrazões ao recurso (ID 4393118 – pág. 01/12)

O Ministério Público se manifestou pelo desprovimento do recurso (ID 4432487 – pág. 01/05).

Foi dado provimento ao Agravo de Instrumento (ID 4501126).

O Agravado interpôs Agravo Interno (ID 4719166).

Foram apresentadas contrarrazões ao Agravo Interno (ID 5212662).

É o Relatório.

DECIDO.

Em consulta ao sistema PJE de 1º grau verifico que as partes transigiram, juntando acordo realizado e
assinado por ambas as partes, assim, carece de interesse recursal, pelo que entendo prejudicado o
presente recurso.

O Novo Código Processual Civil preceitua:

“Art. 932. Incumbe ao relator:

(...)

III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado
especificamente os fundamentos da decisão recorrida.” (grifo nosso)

Sobre a superveniência de fato novo, assim leciona Costa Machado in Código de Processo Civil
Interpretado e Anotado, Barueri, SP: Manole, 2006, p. 844:

“(...) Observe-se que a ratio da presente disposição está ligada à idéia de que nem sempre o
contexto fático da causa permanece como era quando da propositura da ação - o que,
evidentemente, seria o ideal -, de sorte que ao juiz cabe apropriar-se da realidade presente ao
tempo da sentença para decidir com justiça o litígio. A regra se aplica também ao acórdão.”
315
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Conforme evento Num. 27641346 – autos de 1º grau, constato que as partes transigiram, atraindo-se a
aplicação do art. 200 e 840 a 842, do CC, vejamos:

NCPC

Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade
produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.

CC

Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.

Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação.

Art. 842. A transação far-se-á por escritura pública, nas obrigações em que a lei o exige, ou por
instrumento particular, nas em que ela o admite; se recair sobre direitos contestados em juízo, será
feita por escritura pública, ou por termo nos autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo
juiz.

Acerca da perda do objeto, Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, na obra "Código de
Processo Civil Comentado", 8ª ed., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 1041, anotam:

"Recurso prejudicado. É aquele que perdeu seu objeto. Ocorrendo a perda do objeto, há falta
superveniente de interesse recursal, impondo-se o não conhecimento do recurso. Assim, ao relator
cabe julgar inadmissível o recurso por falta de interesse, ou seja, julgá-lo prejudicado."

A jurisprudência assim decidiu:

“AGRAVO. PERDA DO OBJETO. Face à perda do objeto do agravo de instrumento é imperativa a


sua rejeição por decisão liminar, conforme determina o art. 557 do CPC. Agravo rejeitado.”

(TJRS, 7ª Câm. Cível, AI 70005870639, rel. Desª. Maria Berenice Dias, j. 19.02.2003).

Sobre a superveniência de fato novo, assim leciona Costa Machado in Código de Processo Civil
Interpretado e Anotado, Barueri, SP: Manole, 2006, p. 844:

“(...) Observe-se que a ratio da presente disposição está ligada à idéia de que nem sempre o
contexto fático da causa permanece como era quando da propositura da ação - o que,
evidentemente, seria o ideal -, de sorte que ao juiz cabe apropriar-se da realidade presente ao
tempo da sentença para decidir com justiça o litígio. A regra se aplica também ao acórdão.”

Corroborando com o tema, a jurisprudência assim se posiciona:

“AGRAVO INTERNO. PROLAÇÃO DE SENTENÇA. PERDA DE OBJETO.

1. Deve ser reconhecida a perda de objeto do agravo de instrumento em razão da prolação de sentença
nos autos do processo principal. Possibilidade de ser negado seguimento ao agravo com fundamento no
artigo 557 do CPC.

2. Agravo interno a que se nega provimento”

(TRF2 - AGRAVO DE INSTRUMENTO: AG 201002010061084 RJ 2010.02.01.006108-4; julgado em:


19/04/2011; Rel. Desa. Salete Maccaloz)
316
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROLAÇÃO DE SENTENÇA. PERDA DO OBJETO. RECURSO


PREJUDICADO.

I Se antes do julgamento do Agravo de Instrumento é prolatada a sentença, ocorre à perda do seu objeto.

II Não conhecimento do Agravo, por restar prejudicado.”

(TJPA; Agravo de Instrumento nº. 2009.3.002703-9; julgado em 09/07/2009; Rel. Des. Leonardo de
Noronha Tavares) (grifo nosso)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA. PREJUDICADO.

I- Proferida a sentença final no processo, o Agravo perde o objeto.

II- Recurso prejudicado pela perda de objeto. Arquivamento. Unanimidade.”

(TJPA, 3ª Câmara Cível Isolada, AI 200830074594, rel. Desª. SONIA MARIA DE MACEDO PARENTE, j.
05/03/2009) (grifo nosso)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA. PREJUDICADO.

I- Proferida a sentença final no processo, o Agravo perde o objeto.

II- Recurso prejudicado pela perda de objeto. Arquivamento. Unanimidade.”

(TJPA, 3ª Câmara Cível Isolada, AI 200830074594, rel. Desª. SONIA MARIA DE MACEDO PARENTE, j.
05/03/2009).

Assim sendo, constata-se que não se faz necessária a análise do mérito da decisão interlocutória ora
recorrida.

Por todos os fundamentos expostos, JULGO PREJUDICADO o presente agravo, nos termos do art. 932,
inciso III, do Novo CPC.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Operada a preclusão, arquive-se.

ÀSecretaria para as devidas providências.

Belém, 21 de junho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0637676-77.2016.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: CARMEN BURLE DA


MOTA Participação: ADVOGADO Nome: ANA PAULA ALMEIDA LIMA OAB: 13137/PA Participação:
APELADO Nome: MURILO BENTES PAES Participação: ADVOGADO Nome: ROMULO RAPOSO SILVA
OAB: 14423/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE BECKMANN DE CASTRO MENEZES OAB:
317
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

10367/PA

Vistos etc.

Rejeitada a exceção de suspeição n. 0801751-90.2021.8.14.0000, inclusive, com trânsito em julgado, dê-


se prosseguimento ao feito.

Colha-se o parecer do Ministério Púbico.

INT.

Belém, 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0006179-31.2015.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: DJANE DE OLIVEIRA


RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: NICHOLAS ALEXANDRE CAMPOLUNGO OAB: 6700/PA
Participação: APELADO Nome: DIRECIONAL CORRETORA DE IMOVEIS S.A. Participação: ADVOGADO
Nome: ANDERSON COSTA RODRIGUES OAB: 9880/PA Participação: APELADO Nome: DIRECIONAL
DIAMANTE EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ANDERSON
COSTA RODRIGUES OAB: 9880/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0006179-31.2015.8.14.0301

EMBARGANTE: DIRECIONAL DIAMANTES EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA e

DIRECIONAL CORRETORA DE IMOVEIS

EMBARGADO: DJANE DE OLIVEIRA RIBEIRO, T. R.

M. e S. R. M.

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - RESCISÃO CONTRATUAL - CONTRATO DE PROMESSA


DE COMPRA E VENDA - IMÓVEL - CULPA DO PROMITENTE COMPRADOR - JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA - OMISSÃO - DATA DE INCIDÊNCIA. EMBARGOS ACOLHIDOS.

Na rescisão contratual da promessa de compra e venda de imóvel, a correção monetária das


parcelas pagas, para efeitos de restituição, incide a partir de cada desembolso. Os juros de mora,
por sua vez, em se tratando de rescisão por culpa dos promitentes compradores, incidem a partir
da data do trânsito em julgado.

Os embargos de declaração destinam-se a pedir ao Juiz ou Tribunal prolator da decisão que afaste
obscuridade, omissão, elimine contradição ou erro material existente no julgado, conforme
previsão do artigo 1.022 do CPC/15.
318
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Sendo verificada omissão, serão acolhidos os embargos.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interpostos por DIRECIONAL DIAMANTE


EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA e DIRECIONAL CORRETORA DE IMOVEIS S.A. em face da
decisão monocrática de Num. 3855346 que deu parcial provimento ao recurso, para reformar a sentença
combatida e condenar as Rés à devolução da quantia paga pelo Promitente-Comprador, em uma única
vez, subtraído apenas a comissão de corretagem e as despesas administrativas limitadas a 25%.

Em suas razões alega o embargante que a decisão monocrática embargada é omissa em relação ao
índice de atualização monetária e os juros de mora sobre os valores a serem devolvidos, ou seja, se
haverá a incidência de juros de mora e atualização monetária e quais os parâmetros a serem utilizados.

Afirma que os juros de mora devem incidir a partir do trânsito em julgado da decisão que determina a
rescisão.

Assim sendo, requer o conhecimento dos embargos e o respectivo provimento para o fim de sanar a
omissão apontada.

Em sede de contrarrazões, o embargado afirma que a data da incidência de juros e correção monetária
deve contar da data do desembolso das quantias pagas.

Éo relatório.

DECIDO.

Presentes os pressupostos de admissibilidade conheço dos embargos declaratório e passo ao seu exame
de mérito.

Dispõe o art. 1.022, do NCPC:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.

Do exame da controvérsia, tenho que assiste razão ao recorrente quando afirmam que a monocrática foi
omissa ao juros de mora e correção monetária.

Os juros de mora em se tratando de rescisão por culpa do promitente comprador, incidem a partir da data
do trânsito em julgado, posto que inexiste mora anterior do promitente vendedor.
319
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Neste sentido é a jurisprudência da Colenda Corte de Justiça:

AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO. AÇÃO DE RESCISÃO DE


CONTRATO DE COMPRA E VENDA COM PERMUTA EM ÁREA CONSTRUÍDA. CULPA DA
RÉ/COMPRADORA RECONHECIDA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. DEVOLUÇÃO DOS VALORES
PAGOS, DESDE QUE COMPROVADOS EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. JUROS DE MORA DESDE
O TRÂNSITO EM JULGADO. SUCUMBÊNCIA EXCLUSIVA DA PARTE DEMANDADA. 1. A dúvida
instaurada nos autos, em razão das afirmações contraditórias das partes sobre a ocorrência ou não de
pagamento em pecúnia como contrapartida parcial à transferência da propriedade do terreno, reclama a
necessidade de liquidação da sentença para apuração da existência de valores efetivamente repassados à
autora/vendedora. 2. Tal controvérsia, contudo, não afasta a incidência da jurisprudência desta Corte
(devidamente citada na decisão monocrática), no sentido de que, "no provimento judicial que decreta a
rescisão ou a nulidade contratual está ínsito o direito de devolução das quantias eventualmente adiantadas
pelos contratantes, independentemente de requerimento expresso nesse sentido, sob pena de
enriquecimento sem causa" (REsp 1.611.415/PR, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma,
julgado em 21.02.2017, DJe 07.03.2017). 3. "Os juros moratórios, na hipótese de resolução do
compromisso de compra e venda de imóvel por iniciativa dos promitentes compradores, devem
incidir a partir da data do trânsito em julgado, posto que inexiste mora anterior do promitente
vendedor" (REsp 1.617.652/DF, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em
26.09.2017, DJe 29.09.2017). Exegese aplicável à espécie. 4. A autora/vendedora obteve a procedência
de suas pretensões de: (i) rescisão do contrato de compra e venda com permuta; (ii) reintegração de
posse do terreno negociado; e (iii) pagamento de multa contratual, a qual fora limitada a R$ 100.000,00
(cem mil reais). 5. Nesse contexto, o comando judicial no sentido de devolução das parcelas
eventualmente pagas pela ré/compradora constitui mero consectário da rescisão do contrato, não
repercutindo no dispositivo de procedência da demanda. 6. Desse modo, não há falar em inversão do ônus
sucumbencial, devendo ser mantido o que fora fixado no acórdão estadual que, ao julgar procedente a
pretensão autoral, condenou a ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios no
percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação. 7. Agravo interno parcialmente provido.
(STJ - AgInt nos EDcl no AREsp: 1133804 RN 2017/0168369-9, Relator: Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Data de Julgamento: 11/09/2018, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe
17/09/2018).

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE RESOLUÇÃO DE


PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL C/C PEDIDO DE REVISÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. CLÁUSULA
PENAL COMPENSATÓRIA. ARRAS. NATUREZA INDENIZATÓRIA. CUMULAÇÃO.
INADMISSIBILIDADE. PREVALÊNCIA DAS ARRAS. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. TRÂNSITO
EM JULGADO.

1. Ação ajuizada em 03/07/2014. Recurso especial interposto em 27/04/2016 e distribuído em 01/12/2016.

2. Inexistentes os vícios de omissão, contradição, obscuridade ou erro material no acórdão recorrido, não
se caracteriza a violação do art. 1.022 do CPC/2015.

3. A cláusula penal compensatória constitui pacto acessório, de natureza pessoal, por meio do qual os
contratantes, com o objetivo de estimular o integral cumprimento da avença, determinam previamente uma
penalidade a ser imposta àquele que der causa à inexecução, total ou parcial, do contrato. Funciona,
ainda, como fixação prévia de perdas e danos, que dispensa a comprovação de prejuízo pela parte
inocente pelo inadimplemento contratual.

4. De outro turno, as arras consistem na quantia ou bem móvel entregue por um dos contratantes ao outro,
por ocasião da celebração do contrato, como sinal de garantia do negócio. Apresentam natureza real e
têm por finalidades: a) firmar a presunção de acordo final, tornando obrigatório o ajuste (caráter
confirmatório); b) servir de princípio de pagamento (se forem do mesmo gênero da obrigação principal); c)
prefixar o montante das perdas e danos devidos pelo descumprimento do contrato ou pelo exercício do
direito de arrependimento, se expressamente estipulado pelas partes (caráter indenizatório).
320
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

5. Do regramento constante dos arts. 417 a 420 do CC/02, verifica-se que a função indenizatória das arras
se faz presente não apenas quando há o lícito arrependimento do negócio, mas principalmente quando
ocorre a inexecução do contrato. 6. De acordo com o art. 418 do CC/02, mesmo que as arras tenham sido
entregues com vistas a reforçar o vínculo contratual, tornando-o irretratável, elas atuarão como
indenização prefixada em favor da parte "inocente" pelo inadimplemento, a qual poderá reter a quantia ou
bem, se os tiver recebido, ou, se for quem os deu, poderá exigir a respectiva devolução, mais o
equivalente.

7. Evidenciada a natureza indenizatória das arras na hipótese de inexecução do contrato, revela-se


inadmissível a sua cumulação com a cláusula penal compensatória, sob pena de violação do princípio do
non bis in idem (proibição da dupla condenação a mesmo título).

8. Se previstas cumulativamente, deve prevalecer a pena de perda das arras, as quais, por força do
disposto no art. 419 do CC, valem como "taxa mínima" de indenização pela inexecução do contrato.

9. Os juros moratórios, na hipótese de resolução do compromisso de compra e venda de imóvel


por iniciativa dos promitentes compradores, devem incidir a partir da data do trânsito em julgado,
posto que inexiste mora anterior do promitente vendedor. Precedentes.

10. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, parcialmente provido.

(REsp 1617652/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/09/2017, DJe
29/09/2017)

Já em relação à correção monetária, cuja finalidade é recompor o valor da moeda, o C. Superior Tribunal
de Justiça já firmou entendimento de que "em caso de rescisão de contrato de compra e venda de imóvel,
a correção monetária das parcelas pagas, para efeitos de restituição, incide a partir de cada desembolso”.

Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE


RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM RESTITUIÇÃO DE VALORES. RESCISÃO. INICIATIVA
DO COMPRADOR. PERCENTUAL DE RETENÇÃO ENTRE 10% E 25% DAS PRESTAÇÕES PAGAS.
JUROS DE MORA. TRANSITO EM JULGADO. TEMA 1002/STJ. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO
INICIAL. DESEMBOLSO.

1. Ação de rescisão contratual cumulada com restituição de valores.

2. Nas hipóteses de rescisão de contrato de promessa de compra e venda de imóvel por iniciativa do
comprador, é admitida a flutuação do percentual da retenção pelo vendedor entre 10% e 25% do total da
quantia paga.

3. A jurisprudência do STJ é no sentido de que os juros de mora incidem a partir do trânsito em julgado da
decisão quando é pleiteada a resolução do contrato por iniciativa do promitente comprador de forma
diversa da cláusula penal. Tema 1.002/STJ.

4. Em caso de rescisão de contrato de compra e venda de imóvel, a correção monetária das parcelas
pagas, para efeito de restituição, incide a partir de cada desembolso.

5. Agravo interno não provido.

(AgInt no AREsp 1674588/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
24/08/2020, DJe 27/08/2020)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


RESCISÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA. INCORPORADORA E PROPRIETÁRIA DO
IMÓVEL. RESPONSABILIDADE. REEXAME DE CONTEÚDO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N.
7/STJ. ÓBICE PARA A DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. CORREÇÃO MONETÁRIA DAS
PARCELAS PAGAS. TERMO INICIAL. DESEMBOLSO. JUROS MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA. SÚMULA N. 283/STF. DECISÃO MANTIDA. 1. O recurso especial não
comporta o exame de questões que impliquem reexame de fatos e provas (Súmula n. 7/STJ). 2. Dissentir
das razões do acórdão recorrido no que se refere à responsabilidade da agravante demandaria
revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, providência vedada pela Súmula n. 7/STJ. 3. A
incidência desse enunciado também obsta o conhecimento do recurso especial pela alínea c do
permissivo constitucional, consoante a jurisprudência do STJ. 4. O entendimento desta Corte é no
sentido de que, em caso de rescisão de contrato de compra e venda de imóvel, a correção
monetária das parcelas pagas, para efeitos de restituição, incide a partir de cada desembolso.
Precedentes. 5. O recurso especial não trouxe impugnação específica em relação aos juros moratórios
capaz de combater o fundamento do acórdão, o que atrai o óbice na Súmula n. 283/STF. 6. Agravo
regimental improvido. (STJ - AgRg no REsp: 1222042 RJ 2010/0213402-0, Relator: Ministro ANTONIO
CARLOS FERREIRA, Data de Julgamento: 06/10/2015, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe
19/10/2015)

Pelo exposto, ACOLHO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO para fazer constar na decisão monocrática
embargada onde se lê:

"Do exposto, CONHEÇO e DOU PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO, para reformar a sentença
combatida e condenar as Rés à devolução da quantia paga pelo Promitente-Comprador, em uma única
vez, subtraído apenas a comissão de corretagem e as despesas administrativas limitadas a 25%.

Por consequência lógica, inverto o ônus sucumbencial, para condenar as Rés ao pagamento das custas e
honorários advocatícios em 10% do valor da condenação."

Deverá passar a constar:

"Do exposto, CONHEÇO e DOU PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO, para reformar a sentença
combatida e condenar as Rés à devolução da quantia paga pelo Promitente-Comprador, em uma única
vez, subtraído apenas a comissão de corretagem e as despesas administrativas limitadas a 25%,
corrigidos monetariamente desde o desembolso e juros de mora incidentes sobre os valores a serem
devolvidos à parte Autora passem a fluir a partir do trânsito em julgado da presente decisão.

Por consequência lógica, inverto o ônus sucumbencial, para condenar as Rés ao pagamento das custas e
honorários advocatícios em 10% do valor da condenação."

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Operada a preclusão, arquive-se.

Belém, 26 de julho de 2021.

DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Relatora

Número do processo: 0012761-98.2011.8.14.0006 Participação: APELANTE Nome: BANCO J. SAFRA


S.A Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO BRAZ DA SILVA OAB: 20638/PA Participação:
APELADO Nome: RAIMUNDA NOGUEIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: BRENDA
FERNANDES BARRA OAB: 13443/PA
322
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº. 0012761-98.2011.8.14.0006

EMBARGANTE: BANCO J. SAFRA S.A

EMBARGADA: RAIMUNDA NOGUEIRA DA SILVA

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE
E CONTRADIÇÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS
CONHECIDOS E IMPROVIDOS.

I – Os embargos de Declaração devem ser interpostos tão somente nas hipóteses expressamente
elencadas.

II – O recurso de embargos de declaração está condicionado à existência da contradição, omissão ou


obscuridade na decisão atacada, o que não restou configurado no presente caso.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO oposto por BANCO J SAFRA S/A contra decisão
monocrática de ID. NUM. 3129399, que DEU PARCIAL PROVIMENTO ao Recurso de Apelação a seguir
ementada:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO C/C CONSIGNAÇÃO


EM PAGAMENTO. LIMITAÇÃO DE JUROS REMUNERATÓRIOS E COMISSÃO DE PERMANÊNCIA
MANTIDOS NA SENTENÇA. RECURSO DO BANCO. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL.
MATÉRIA NÃO CONHECIDA. COBRANÇA DE TARIFA DE CADASTRO. LEGALIDADE. COBRANÇA
DE SERVIÇOS DE TERCEIROS. ILEGALIDADE. RECURSO PROVIDO EM PARTE”.

Em suas razões recursais (Num. 4930917), a sentença recorrida é extra petita ao determinar que o banco
demandado restitua os valores pagos a título de serviço de terceiro. Defende que o pedido da parte autora
não contempla tal parte da condenação imposta de ofício pelo julgador de primeira instância.

Afirma que a parte autora requer a revisão dos encargos administrativos e taxas/tarifas abusivas, de forma
expressa, as tarifas de cadastro e tarifas de emissão de carnê (TAC e TEC), sem requerer restituição dos
valores cobrados a título de serviço de terceiro.

Aduz que o julgador não pode conhecer, de ofício, a abusividade das clásulas.

Defende a legalidade da cobrança da capitalização diária de juros, a regularidade dos encargos


moratórios, bem como a legalidade da multa contratual.

Por fim, requer o conhecimento e provimento dos embargos.

Não houve manifestação da parte embargada (Num. 3660994 - Pág. 1).

DECIDO.

Conheço dos Embargos Declaratórios, eis que presentes os pressupostos de admissibilidade intrínsecos e
extrínsecos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nos termos do art. 1.022 do CPC, cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para (I)
esclarecer obscuridade ou eliminar contradição, (II) suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia
se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento, bem como para (III) corrigir erro material.

Nesse contexto, vale salientar, até pelo próprio dispositivo legal, que os declaratórios constituem recurso
de contornos rígidos (fundamentação vinculada), destinado somente a promover a integração do decisum
omisso, obscuro ou contraditório, não se prestando, jamais, para rediscutir o julgamento.

Analisando os argumentos dos embargantes, entendo que não merecem ser acolhidos, pois inexiste na
decisão monocrática atacada a omissão, obscuridade ou contradição, uma vez que todos os pontos
invocados na presente peça processual foram decididos de forma clara, logo a matéria se encontra
suficientemente analisada e julgada.

De igual modo, o embargante não aponta qual a omissão, contradição ou obscuridade a ser sanado na
decisão embargada, de forma que resta claro o nítido propósito de rediscussão da matéria.

Os embargantes demonstraram nitidamente o seu inconformismo quanto ao decidido na decisão


guerreada. De toda sorte, os aclaratórios não se prestam a rediscutir questão já decidida, visto que estão
condicionados à existência dos requisitos legais supracitados, que não restaram configurados na decisão
atacada.

Portanto, como se observa os embargos de declaração têm nítido caráter de rediscussão da matéria.

Afinal, a decisão embargada é clara ao manter na integralidade a sentença proferida pelo juiz a quo nos
autos da Ação declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenizatória.

Por fim, aduz o embargante que a sentença é extra petita, pois julgou fora os limites da lide ao condenar o
ora recorrente à restituição dos valores pagos a título de serviço de terceiro.

Denota-se que não se sustenta a alegação de sentença extra petita, pois analisando a sentença proferida
pelo juízo a quo não houve a condenação do réu à restituição de referida taxa.

Com essas considerações, entendo que não há o vício de contradição, omissão ou obscuridade apontado,
posto que o decisum embargado apreciou devidamente todos os pontos trazidos à análise.

Assim, ante os motivos expendidos alhures, CONHEÇO os recursos, todavia, NEGO-LHES


PROVIMENTO, mantendo integralmente a decisão monocrática embargada, pois não verificada quaisquer
das hipóteses do art. 1.022 do CPC.

Belém, 09 de agosto de 2021.

DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Relatora

Número do processo: 0004934-87.2018.8.14.0039 Participação: APELANTE Nome: J. O. G. Participação:


ADVOGADO Nome: ELDELY DA SILVA HUBNER OAB: 5201/PA Participação: APELADO Nome: E. R. D.
S. G. Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA SANTOS DE SOUSA OAB: 28961/PA Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: P. M. P.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Vistos etc.

Intime-se a parte contrária para se manifestar sobre a juntada de documentos novos, no prazo de 5 dias,
com base no art. 436, do CPC.

Após, colha-se o parecer do Ministério Público.

INT.

Belém, 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0032202-58.2008.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: COMPANHIA DE


NAVEGACAO DA AMAZONIA CNA Participação: ADVOGADO Nome: OPHIR FILGUEIRAS
CAVALCANTE JUNIOR OAB: 3259/PA Participação: ADVOGADO Nome: RODOLFO MEIRA ROESSING
OAB: 12719/PA Participação: ADVOGADO Nome: DIENE ARAUJO DE OLIVEIRA OAB: 50000A/PA
Participação: ADVOGADO Nome: PAULO SERGIO DE ARAUJO E SILVA FABIAO OAB: 010501/RJ
Participação: APELADO Nome: ESPÓLIO DE ODETTE CUNHA LOBATO BENCHIMOL Participação:
ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO DE PAIVA LEDO OAB: 932/PA Participação: ADVOGADO
Nome: BRUNO SOARES DA CUNHA LOPES OAB: 28132/PA Participação: APELADO Nome: ESPÓLIO
DE ELIAS ISAAC BENCHIMOL Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO DE PAIVA LEDO
OAB: 932/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO SOARES DA CUNHA LOPES OAB: 28132/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará intima a parte interessada para que, querendo, apresente contrarrazões aos Embargos de
Declaração opostos nos autos.

16 de agosto de 2021

Número do processo: 0812143-26.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: GLENDA


CAROLINY DOS SANTOS MARQUES Participação: ADVOGADO Nome: EDERSON ANTUNES GAIA
OAB: 22675/PA Participação: AGRAVADO Nome: BANCO VOLKSWAGEN S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA

SECRETARIA DA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0812143-26.2020.8.14.0000


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMBARGANTE: BANCO VOLKSWAGEN S.A.

EMBARGADO: ACÓRDÃO DE N. 5382700

RELATORA: DES. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCONFORMISMO. INEXISTÊNCIA


DE CONTRADIÇÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS
CONHECIDOS E IMPROVIDOS.

I – Os embargos de Declaração devem ser interpostos tão somente nas hipóteses expressamente
elencadas.

II – O recurso de embargos de declaração está condicionado à existência da contradição, omissão ou


obscuridade na decisão atacada, o que não restou configurado no presente caso.

III - Embargos de declaração conhecidos e improvidos.

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interposto por BANCO VOLKSWAGEN S.A. em face do


acórdão de Num. 5382700, que negou provimento ao recurso de agravo de instrumento, mantendo
inalterada a decisão proferida pelo juízo a quo.

A decisão embargada tem a seguinte ementa:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.


NECESSIDADE DE JUNTADA DA VIA ORIGINAL DO CONTRATO. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E DESPROVIDO.

Em suas razões recursais (Num. 5508860), alega o embargante que houve omissão na decisão recorrida,
fundamentando na desnecessidade da juntada da via original da cédula de crédito bancário nas ações de
busca e apreensão pois não está sendo cobrado o crédito nela contido, mas apenas comprovando a
origem do direito à apreensão do bem.

Requer, assim, que seja dado provimento ao recurso de Embargos de Declaração, a fim de sanar a
suposta omissão no Acórdão prolatado.

Não foi apresentada contrarrazões, conforme certificado no Num. 5725264.

É o relatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECIDO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço o presente recurso de Embargos de Declaração.

As questões apresentadas no recurso não condizem com quaisquer dos casos que cabem embargos de
declaração, restando claro que o embargante pretende, tão somente, rediscutir a matéria sub judice, já
que inexiste qualquer erro material, omissão, obscuridade ou contradição na decisão embargada.

Os argumentos recursais expostos pelo embargante foram devidamente enfrentados no acórdão, sendo,
os fundamentos da decisão, suficientes para embasar o entendimento da relatora.

Na linha desse entendimento, cito, a seguir, o julgado do STJ, em que figura como relator o Ministro José
de Castro Meira, cuja ementa é a seguinte:

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA. 1. A


contradição que autoriza o manejo dos embargos é somente a interna ao acórdão, verificada entre os
fundamentos que o alicerçam e a conclusão. A contradição entre o julgado e a irresignação da parte com o
resultado do julgamento, não satisfaz a exigência do art. 535 do CPC. 2. Embargos de declaração
rejeitados” (STJ – Edcl-REsp 888.495 – proc. 2006/02048541 – SP – Segunda Turma – Rel. Min. José de
Castro Meira – Julg. 20/09/2007 – DJU 04/10/2007 – pg. 219)

Mediante a análise das razões recursais, denota-se que o claro intuito de se rediscutir o mérito da causa.

Com efeito, restou claro na decisão em questão a análise das jurisprudências e argumentos do
Embargante, não havendo que se falar em omissão, contradição ou obscuridade, tendo sido analisada a
necessidade de apresentação da via original da cédula de crédito bancário. Vejamos um trecho da
decisão:

"(...) Neste sentido, tendo em vista a prevenção da eventual circulação ilegítima do título, bem como da
possibilidade em dobro da cobrança contra o devedor, entendeu a obrigatoriedade de apresentação do
original da cédula, ainda que para instruir a ação de busca e apreensão processada pelo Decreto-Lei nº
91169. (...)" (grifei)

Ademais, acrescento, o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça abrange as cédulas de crédito
emitidas eletronicamente, onde a juntada é desnecessária, contudo, no caso em análise, vislumbro que a
cédula é física, tendo sido assinada a mão pela Agravada.

Portanto, o decisum atacado não contém quaisquer dos vícios suscetíveis de serem aclarados via
embargos de declaração, já que efetuou o exame do fato e explicou os fundamentos jurídicos da decisão,
o que enseja a rejeição do recurso oposto, cuja finalidade nada mais é do que rediscutir a matéria.

No sentido do explanado acima, firme é a jurisprudência dos Tribunais Pátrios, “verbis”:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO NO JULGADO E PRETENSÃO


DE PREQUESTIONAMENTO. CLARA PRETENSÃO DE REDISCUSSÃO DO MÉRITO.
IMPOSSIBILIDADE. HIPÓTESES DE CABIMENTO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
TAXATIVAMENTE PREVISTAS NO ARTIGO 48 DA LEI Nº 9099/95. 1. Embargos não acolhidos face da
clara pretensão de rediscussão de mérito e prequestionamento de dispositivos legais não citados no
acórdão. 2. Não há necessidade do julgador manifestar-se sobre todos os pontos invocados pelas partes,
bastando apenas que a decisão esteja devidamente fundamentada. 3. No caso, houve o enfrentamento de
todas as questões de mérito relevantes para o julgamento, inclusive, apreciação expressa acerca do artigo
constitucional invocadonos embargos de declaração. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DESACOLHIDOS.
(Embargos de DeclaraçãoNº 71006189971, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator:
Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 29/07/2016)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMBARGOS DECLARATÓRIOS. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU


DÚVIDA. DESNECESSIDADE DE ANÁLISE PONTUAL. PREQUESTIONAMENTO. AUSENTES
HIPÓTESES DO ART. 48 DA LEI 9099/95. Os Embargos Declaratórios se prestam a integrar a decisão
quando houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. Não se afigura a presente via recursal meio
hábil para rediscussão de matéria já decidida na sentença e no acórdão, sendo incabível, outrossim, sua
interposição para o fim exclusivo de reapreciação de mérito. Prequestionamento que não impõe ao
Julgador os enfrentamentos pontuais e na integralidade fundamentos
expostos. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DESACOLHIDOS. (Embargos de Declaração Nº
71006189880, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em
29/07/2016)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - MERA FINALIDADE DE PREQUESTIONAMENTO EXPRESSO -


DESNECESSIDADE - REDISCUSSÃO DA MATÉRIA - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

I) Desnecessária a referência expressa a dispositivo legal invocado, bastando a menção à questão jurídica
necessária para a solução da lide.

II) Impossível acolher os Embargos de Declaração se inexistente omissão, contradição ou obscuridade,


principalmente se as partes utilizam incorretamente desta via para rediscutir novamente a matéria dos
autos.

(TJPR – 1189575501 – Relator: Rubens Oliveira Fontoura – 1ª Câmara Cível – Julgado: 24/06/2014,
Publicado: 09/07/2014)

Diante do exposto, conheço dos embargos de declaração opostos, mas NEGO-LHE PROVIMENTO,
inclusive, para fins de prequestionamento, mantendo na íntegra o acórdão recorrido.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Operada a preclusão, arquive-se.

Belém (PA), 03 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

DESEMBARGADORA RELATORA

Número do processo: 0801518-93.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ADMINISTRADORA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA


TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: AGRAVADO Nome: RAIANE DOS SANTOS BARROSO

SECRETARIA DA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0801518-93.2021.8.14.0000

EMBARGANTE: ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDA

EMBARGADO: ACÓRDÃO DE N. 5382699

RELATORA: DES. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCONFORMISMO. INEXISTÊNCIA


DE CONTRADIÇÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS
CONHECIDOS E IMPROVIDOS.

I – Os embargos de Declaração devem ser interpostos tão somente nas hipóteses expressamente
elencadas.

II – O recurso de embargos de declaração está condicionado à existência da contradição, omissão ou


obscuridade na decisão atacada, o que não restou configurado no presente caso.

III - Embargos de declaração conhecidos e improvidos.

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interposto por ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO


NACIONAL HONDA LTDA em face do acórdão de Num. 5382699, que negou provimento ao recurso de
agravo interno, mantendo inalterada a decisão proferida pela relatora.

A decisão embargada tem a seguinte ementa:

AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DE PRIMEIRO


GRAU QUE DETERMINOU EMENDA DA INICIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. NÃO
CABIMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRECEDENTES DO STJ. TEMA 988.
JURISPRUDÊNCIA DA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO DO TJPA. RECURSO DESPROVIDO.

Em suas razões recursais (Num. 5497587), alega o embargante que houve contradição na decisão
recorrida, argumentando que o objeto do recurso é a concessão da liminar de busca e apreensão, o que
não aconteceu até o presente momento no primeiro grau.

Requer, assim, que seja dado provimento ao recurso de Embargos de Declaração, a fim de sanar a
suposta contradição no Acórdão prolatado.

Não foi apresentada contrarrazões, conforme certificado no Num. 5567713.

Éo relatório.

DECIDO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço o presente recurso de Embargos de Declaração.

As questões apresentadas no recurso não condizem com quaisquer dos casos que cabem embargos de
declaração, restando claro que o embargante pretende, tão somente, rediscutir a matéria sub judice, já
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

que inexiste qualquer erro material, omissão, obscuridade ou contradição na decisão embargada.

Os argumentos recursais expostos pelo embargante foram devidamente enfrentados no acórdão, sendo,
os fundamentos da decisão, suficientes para embasar o entendimento da relatora.

Na linha desse entendimento, cito, a seguir, o julgado do STJ, em que figura como relator o Ministro José
de Castro Meira, cuja ementa é a seguinte:

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA. 1. A


contradição que autoriza o manejo dos embargos é somente a interna ao acórdão, verificada entre os
fundamentos que o alicerçam e a conclusão. A contradição entre o julgado e a irresignação da parte com o
resultado do julgamento, não satisfaz a exigência do art. 535 do CPC. 2. Embargos de declaração
rejeitados” (STJ – Edcl-REsp 888.495 – proc. 2006/02048541 – SP – Segunda Turma – Rel. Min. José de
Castro Meira – Julg. 20/09/2007 – DJU 04/10/2007 – pg. 219)

Mediante a análise das razões recursais, denota-se que o claro intuito de se rediscutir o mérito da causa.

Com efeito, restou claro na decisão em questão a análise das jurisprudências e argumentos do
Embargante, não havendo que se falar em omissão, contradição ou obscuridade, tendo sido amplamente
fundamentado o não conhecimento do recurso. Vejamos um trecho da decisão:

"(...) Em que pesem os argumentos expendidos no agravo, resta evidenciado das razões recursais que o
agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual deve ser
mantida, por seus próprios fundamentos.

Com efeito, por ocasião do julgamento do tema 988 (REsp 1.696.396 e REsp 1.704.520 - Recursos
Especiais submetidos a sistemática dos Recursos Repetitivos), a Corte Especial do C. STJ, em
05/12/2018, assentou a seguinte tese

(...)

Com efeito, a insurgência contra determinação do juízo de 1º grau de emenda da exordial para juntada da
via original do contrato, não se reveste de urgência, bem como pode ser apreciada sem prejuízo à parte
quando da interposição de eventual apelação.

A 1ª Turma deste Eg. TJPA fixou o entendimento de que o despacho que determina a emenda da petição
inicial não desafia a interposição de agravo de instrumento(...)"

Ademais, acrescento, o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça abrange as cédulas de crédito
emitidas eletronicamente, onde a juntada é desnecessária, contudo, no caso em análise, vislumbro que a
cédula é o que a jurisprudência entende como híbrida, tendo sido assinada pelo banco com certificado
digital, mas com a assinatura do devedor feita à mão.

Portanto, o decisum atacado não contém quaisquer dos vícios suscetíveis de serem aclarados via
embargos de declaração, já que efetuou o exame do fato e explicou os fundamentos jurídicos da decisão,
o que enseja a rejeição do recurso oposto, cuja finalidade nada mais é do que rediscutir a matéria.

No sentido do explanado acima, firme é a jurisprudência dos Tribunais Pátrios, “verbis”:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO NO JULGADO E PRETENSÃO


DE PREQUESTIONAMENTO. CLARA PRETENSÃO DE REDISCUSSÃO DO MÉRITO.
IMPOSSIBILIDADE. HIPÓTESES DE CABIMENTO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
TAXATIVAMENTE PREVISTAS NO ARTIGO 48 DA LEI Nº 9099/95. 1. Embargos não acolhidos face da
clara pretensão de rediscussão de mérito e prequestionamento de dispositivos legais não citados no
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

acórdão. 2. Não há necessidade do julgador manifestar-se sobre todos os pontos invocados pelas partes,
bastando apenas que a decisão esteja devidamente fundamentada. 3. No caso, houve o enfrentamento de
todas as questões de mérito relevantes para o julgamento, inclusive, apreciação expressa acerca do artigo
constitucional invocadonos embargos de declaração. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DESACOLHIDOS.
(Embargos de DeclaraçãoNº 71006189971, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator:
Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 29/07/2016)

EMBARGOS DECLARATÓRIOS. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU


DÚVIDA. DESNECESSIDADE DE ANÁLISE PONTUAL. PREQUESTIONAMENTO. AUSENTES
HIPÓTESES DO ART. 48 DA LEI 9099/95. Os Embargos Declaratórios se prestam a integrar a decisão
quando houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. Não se afigura a presente via recursal meio
hábil para rediscussão de matéria já decidida na sentença e no acórdão, sendo incabível, outrossim, sua
interposição para o fim exclusivo de reapreciação de mérito. Prequestionamento que não impõe ao
Julgador os enfrentamentos pontuais e na integralidade fundamentos
expostos. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DESACOLHIDOS. (Embargos de Declaração Nº
71006189880, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em
29/07/2016)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - MERA FINALIDADE DE PREQUESTIONAMENTO EXPRESSO -


DESNECESSIDADE - REDISCUSSÃO DA MATÉRIA - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

I) Desnecessária a referência expressa a dispositivo legal invocado, bastando a menção à questão jurídica
necessária para a solução da lide.

II) Impossível acolher os Embargos de Declaração se inexistente omissão, contradição ou obscuridade,


principalmente se as partes utilizam incorretamente desta via para rediscutir novamente a matéria dos
autos.

(TJPR – 1189575501 – Relator: Rubens Oliveira Fontoura – 1ª Câmara Cível – Julgado: 24/06/2014,
Publicado: 09/07/2014)

Diante do exposto, conheço dos embargos de declaração opostos, mas NEGO-LHE PROVIMENTO,
inclusive, para fins de prequestionamento, mantendo na íntegra o acórdão recorrido.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Operada a preclusão, arquive-se.

Belém (PA), 04 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

DESEMBARGADORA RELATORA

Número do processo: 0801981-35.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: A. C. M. D. O.


Participação: ADVOGADO Nome: HUGO LEONARDO PADUA MERCES OAB: 17835/PA Participação:
AGRAVADO Nome: J. C. F. C. C. Participação: ADVOGADO Nome: IONE ARRAIS DE CASTRO
OLIVEIRA OAB: 3609/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: A. B. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará intima a parte interessada para que, querendo, apresente contrarrazões ao Agravo Interno
interposto nos autos.

16 de agosto de 2021

Número do processo: 0809000-97.2018.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: SINDICATO DOS


PRODUTORES RURAIS DE ITUPIRANGA Participação: ADVOGADO Nome: ULISSES VIANA DA SILVA
DE MATOS MAIA OAB: 351/PA Participação: ADVOGADO Nome: JUSCELINO VERAS DA SILVA OAB:
21962/PA Participação: AGRAVADO Nome: PAULO SERGIO BARROS Participação: ADVOGADO Nome:
AGENOR PELAES DE OLIVEIRA OAB: 8648/PA

1º TURMA DE DIREITO PRIVADO.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0809000-97.2018.8.14.0000

EMBARGANTE: SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE ITUPIRANGA

EMBARGADO: PAULO SERGIO BARROS

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.


REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. MERO INCONFORMISMO COM O JULGADO.

Os embargos de declaração só se prestam a sanar obscuridade, omissão ou contradição


porventura existentes na decisão embargada, não servindo à rediscussão da matéria já julgada no
recurso.

In casu, o embargante utiliza dos embargos de declaração, com fins manifestamente de


rediscussão da matéria, a qual já foi amplamente analisada pelo v. Acórdão embargado.

Embargos de declaração rejeitados.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de Embargos de Declaração (Id n. 1514681) opostos por SINDICATO DOS
PRODUTORES RURAIS DE ITUPIRANGA, nos autos do agravo de instrumento n.º 0809000-
97.2018.8.14.0000, em face da decisão monocrática (Num. 1463639) que deu parcial provimento ao
recurso de Agravo de Instrumento interposto pela ora agravante com intuito de reformar a decisão a quo
que deferiu parcialmente o pedido liminar para determinar o bloqueio de ativos financeiros, via sistema
BACEN-JUD, procedendo a penhora de valores on line de R$ 158.936,48, correspondente ao valor inicial
da causa.
332
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em suas razões aduz o embargante que a decisão proferida em 12 de março de 2019, ora embargada,
contraria a decisão proferida em 07 de dezembro de 2018, que deferiu o pedido de efeito suspensivo.

Afirma que a ação originária discute possível responsabilidade civil do AGRAVANTE/EMBARGANTE e


que antecipar o resultado de mérito da ação é medida açodada.

Rebate dizendo que o único documento juntado com a petição inicial é um suposto “comprovante de
pagamento do estacionamento” e uma “pulseira” utilizada para controle de entrada em shows, sendo que
em tais documentos não há uma única menção ao AGRAVANTE/EMBARGANTE, além de um boletim de
ocorrência policial.

Defendo que as provas são frágeis e não tem suporte para manter hígida eventual decisão que determine
o bloqueio cautelar de ativos financeiros, então não há que se falar em preenchimento dos requisitos
autorizadores da concessão de tutela jurisdicional.

Pugna pela reforma da decisão embargada.

Não foi oferecida manifestação aos embargos (Num. 1619348 - Pág. 1).

Éo breve relatório.

Decido.

Conheço dos Embargos Declaratórios, eis que presentes os pressupostos de admissibilidade intrínsecos e
extrínsecos.

Nos termos do art. 1.022 do CPC, cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para (I)
esclarecer obscuridade ou eliminar contradição, (II) suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia
se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento, bem como para (III) corrigir erro material.

Nesse contexto, vale salientar, até pelo próprio dispositivo legal, que os declaratórios constituem recurso
de contornos rígidos (fundamentação vinculada), destinado somente a promover a integração do decisum
omisso, obscuro ou contraditório, não se prestando, jamais, para rediscutir o julgamento.

No caso concreto, como se vê do relatório, os embargos de declaração têm nítido caráter de rediscussão
da matéria, pois o embargante trouxe à baila questões já apreciadas e decididas, sendo certa a
inexistência de qualquer um dos vícios que autoriza a interposição dos aclaratórios.

A embargante demonstrou nitidamente o seu inconformismo quanto ao decidido no acórdão guerreado. De


toda sorte, os aclaratórios não se prestam a rediscutir questão já decidida, visto que estão condicionados à
existência dos requisitos legais supracitados, portanto, são recursos de integração e não de substituição.

Éo que se extrai da remansosa jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, conforme adiante se


exemplifica:

“Não pode ser conhecido o recurso que, sob o rótulo de embargos declaratórios, pretende substituir a
decisão recorrida por outra. Os embargos declaratórios são apelos de integração – não de substituição”
(STJ, 1ª Turma, Resp 15.774-0-SP- EDcl., rel.Min. Humberto Gomes de Barros, j.25.10.93, não
conheceram, unânime, V.u., DJU 22.11.93, p. 24.895).

Afinal, a decisão é clara, coerente e não deixou de se pronunciar sobre qualquer das questões suscitadas
pelas partes, inclusive sobre a questão contida nos presentes embargos declaratórios.

O embargante sequer mencionou qual vício contido na decisão embargada, isto é, não apontou a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

existência de omissão, contradição, obscuridade ou erro material, mas apenas teceu comentário acerca do
mérito do julgamento.

Assim, ante os motivos expendidos alhures, NÃO ACOLHO DO RECURSO DE EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO, nos termos da fundamentação.

Belém, 06 de agosto de 2021.

DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Relatora

Número do processo: 0801401-05.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: C. P. L. R.


Participação: ADVOGADO Nome: SILVANIR LEBREGO DA SILVA SANTOS OAB: 17502/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SILENE CASTELO BRANCO DA FONSECA OAB: 6819/PA
Participação: ADVOGADO Nome: TATIANE RODRIGUES DE VASCONCELOS OAB: 16871/PA
Participação: AGRAVADO Nome: M. L. M. T. R. Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL PETROLA
SABOYA OAB: 27333/PA Participação: ADVOGADO Nome: FRANCESCO FALESI DE CANTUARIA OAB:
23537/PA Participação: ADVOGADO Nome: TONY MORGADO REMIGIO OAB: 831/PA Participação:
AGRAVADO Nome: E. M. T. Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL PETROLA SABOYA OAB:
27333/PA Participação: ADVOGADO Nome: TONY MORGADO REMIGIO OAB: 831/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FRANCESCO FALESI DE CANTUARIA OAB: 23537/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0801401-05.2021.8.14.0000

EMBARGANTE: CLÁUDIO PATRICK LOPES RIBEIRO

EMBARGADO: DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DE ID. 4917223

RELATOR: MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXISTÊNCIA DE OMISSÃO.


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDO E PROVIDO.

I – Os embargos de declaração devem ser interpostos tão somente nas hipóteses expressamente
previstas na legislação processual.

II – Mediante a análise das razões recursais, tenho que assiste razão à embargante, ante a omissão
constante na decisão.

III – Embargos de declaração conhecido e provido.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interposto por CLÁUDIO PATRICK LOPES RIBEIRO em


face da decisão interlocutória de ID. 4917223

O embargante (id.4930181) alega que a decisão interlocutória embargada possui omissão, uma vez que
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não especificou a base de cálculo da remuneração fixada no percentual de 12,5 % (doze virgula e meio
por cento).

Requer que seja suprida a omissão.

Contrarrazões aos embargos às id. 4930181.

Éo relatório.

DECIDO.

Presentes os pressupostos de admissibilidade conheço dos embargos declaratório e passo ao seu exame
de mérito.

Dispõe o art. 1.022, do NCPC:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º .

Mediante a análise das razões recursais, tenho que assiste razão à Embargante, ante a constatação de
omissão na decisão interlocutória recorrida.

De fato, ao deferir o efeito suspensivo ativo reduzindo os alimentos provisórios para 12,5% dos
rendimentos do alimentante houve omissão quanto a sua base de cálculo.

Com efeito, os alimentos quando fixado sobre a remuneração do alimentante incidirá sobre os rendimentos
líquidos, considerados estes como sendo o bruto menos os descontos legais oficiais obrigatórios (INSS,
IR, FGTS), incluindo décimo terceiro salário, férias e terço constitucional de férias.

Aliás, a matéria já foi pacificada pelo E. Superior Tribunal de Justiça, que, em sede de recurso repetitivo,
definiu que “A pensão alimentícia incide sobre o décimo terceiro salário e o terço constitucional de férias,
também conhecidos, respectivamente, por gratificação natalina e gratificação de férias” (Tema 192, REsp
nº 1.106.654/RJ, 2ª Seção, Rel. Min. Paulo Furtado, j. 25/11/2009).

Desse modo, conheço dos embargos a fim de suprir a omissão apontada, devendo passar a constar no
dispositivo da decisão agravada:

Defiro o pedido de efeito suspensivo ativo para reduzir os alimentos provisório para 12,5% (doze e meio
por cento) sobre os rendimentos líquidos do agravante, considerados estes como sendo o bruto menos os
descontos legais oficiais obrigatórios (INSS, IR, FGTS), incluindo décimo terceiro salário, férias e terço
constitucional de férias, mais inclusão da alimentada no plano de saúde da Marina do Brasil, até o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

julgamento do mérito do presente recurso, nos termos da fundamentação.

Oficie-se ao Juízo de primeira instância e a fonte pagadora, comunicando-lhe do teor desta decisão.

Ante o exposto, CONHEÇO dos Embargos de Declaração e DOU-LHE PROVIMENTO para suprir a
omissão da decisão interlocutória ora embargada.

P. R. I. C.

Belém/PA, 10 de junho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

DESEMBARGADORA

Número do processo: 0804268-68.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: OSVALDO


MIRANDA DIAS Participação: ADVOGADO Nome: ALINE PAMPOLHA TAVARES OAB: 23058/PA
Participação: AGRAVADO Nome: BV FINANCEIRA SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Participação: ADVOGADO Nome: HUDSON JOSE RIBEIRO OAB: 150060/SP

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0804268-68.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: BV FINANCEIRA SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO

AGRAVADO: DECISÃO MONOCRÁTICA DE ID 5373281

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Vistos.

Trata-se de agravo interno em agravo de instrumento em face da decisão monocrática de ID 5373281.

Prima facie, constato que o agravante não se desincumbiu do ônus de apresentar o preparo do recurso,
eis que não apresentou o relatório de conta do processo por ocasião de sua interposição.

Com efeito, o preparo é o pagamento prévio das despesas relacionadas ao processamento do recurso,
perfazendo o somatório das custas processuais e do porte de remessa e de retorno dos autos, quando
houver, devendo o comprovante de pagamento dos respectivos valores acompanhar a petição do recurso,
sob pena de deserção, nos termos do art. 1.007, caput do NCPC.

Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação
pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.

Para o efetivo cumprimento do dispositivo legal anteriormente transcrito, o Tribunal de Justiça do Estado
do Pará, através da Unidade de Arrecadação Judiciária - UNAJ, disponibiliza um memorial descritivo
referente ao pagamento do recurso, destinando um campo específico para identificar o número do
processo e o nome do recurso.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Diante da situação exposta, vale destacar que o Provimento nº 005/2002 da Corregedoria Geral de
Justiça deste Egrégio Tribunal, em seus artigos 4º, inciso I, 5º e 6º dispõe:

Art. 4º - A Conta do Processo será feita na Unidade de arrecadação Judicial - UNAJ, após a distribuição no
setor competente e incluirá:

I - a Taxa Judiciária; II - as Custas Judiciais; e III - as Despesas Judiciais.

[...]

Art. 5º. A conta do processo elaborada pela Unidade de Arrecadação Judicial - UNAJ será demonstrada no
documento denominado Conta do Processo.

Parágrafo Único. No formulário Conta do Processo será registrado o número do Boleto Bancário: padrão
FEBRABAN a ser utilizado para pagamento.

Art. 6º - O formulário Conta do Processo será preenchido em 03 (três) vias, com a seguinte destinação:

I - 1ª via: usuário; II - 2ª via: processo; III - 3ª via: Coordenadoria do FRJ, quando preenchido
manualmente.

Parágrafo Único: Nas unidade judiciais informatizadas, a 3ª via do formulário citado no caput será
encaminhada diariamente à Coordenadoria da FRJ, através de arquivo magnético ou pela Internet.”.

Conforme previsto nas normas supracitadas, o relatório de conta do processo é o documento regular para
identificar os valores a serem pagos a título de taxa, custas e despesas judiciais, bem como para informar
número do processo e do boleto bancário que se vinculam ao cálculo realizado, motivo pelo qual é emitido
em 3 vias, sendo uma destinada, obrigatoriamente, aos autos.

Ausente a via destinada ao processo, configurada a deserção do recurso. Nesse sentido, há vários
julgados deste E. Tribunal de Justiça. Cito o seguinte precedente a título exemplificativo:

EMENTA: AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA. DECISÃO


AGRAVADA NÃO CONHECEU DO AGRAVO DE INSTRUMENTO POR DESERÇÃO. ARGUIÇÕES DE
COMPROVAÇÃO DO PREPARO E DESNECESSIDADE DO RELATÓRIO DE CONTA. AFASTADAS.
ADMISSIBILIDADE DO AGRAVO DE INSTRUMENTO COM BASE NO CPC/73. AGRAVO INTERPOSTO
SOMENTE COM UM COMPROVANTE DE TRANSAÇÃO BANCÁRIA E BOLETO BANCÁRIO. AUSÊNCIA
DO RELATÓRIO DE CONTA. NÃO COMPROVAÇÃO DO REGULAR RECOLHIMENTO DO PREPARO.
ARTIGOS 3º, 4º, 5º, 6º E 7º DO PROVIMENTO Nº 005/2002 DA CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA
(CGJ) DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL. PRECEDENTES DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
IMPOSSIBILIDADE DE COMPROVAÇÃO EM MOMENTO POSTERIOR AO DA INTERPOSIÇÃO DO
RECURSO. ARTIGO 511 DO CPC/73. AGRAVO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. UNANIMIDADE. 1. O
agravo de instrumento fora interposto no dia 16/12/2014. Admissibilidade aferida com base nas
disposições contidas no CPC/73. Observância ao Enunciado Administrativo nº.2 do Superior Tribunal de
Justiça. 2. Arguições de comprovação do preparo e desnecessidade do relatório de conta. O preparo é o
pagamento prévio das despesas relacionadas ao processamento do recurso, perfazendo o somatório das
custas processuais e do porte de remessa e de retorno dos autos, quando houver, devendo o
comprovante de pagamento dos respectivos valores acompanhar a petição do recurso, sob pena de
deserção, nos termos do art. 511, caput do CPC/73. 3. No momento da interposição do Agravo de
Instrumento, fora juntado apenas um comprovante de pagamento e boleto bancário (fls.30/31), sem ter
sido acostado aos autos o relatório de conta do processo. 4. O regular recolhimento do preparo somente
se prova mediante a integralidade da documentação (relatório de conta do processo, boleto bancário e
comprovante de pagamento), nos termos das disposições contidas nos artigos 3º, 4º, 5º, 6º e 7º do
Provimento nº 005/2002 da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) deste Egrégio Tribunal. Determinação
expressa quanto à emissão do relatório de conta em 3 vias, sendo uma delas destinada, obrigatoriamente,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

aos autos. Precedentes deste Egrégio Tribunal de Justiça. 5. Necessário registrar a impossibilidade de
juntada do relatório de conta em momento posterior, vez que a comprovação do recolhimento das custas
deve ser realizada simultaneamente à interposição do recurso, nos termos do art. 511, caput, CPC/73. 6.
Portanto, o comprovante de transação bancária e o boleto bancário (fls. 30/31), por si só, não demonstram
o regular preparo do agravo de instrumento, situação que impõem a manutenção da decisão agravada. 7.
Agravo Interno conhecido e não provido. 8. À unanimidade. (TJ/PA - Processo nº. 0004863-
47.2014.8.14.0000, Rel. Maria Elvina Gemaque Taveira, Órgão Julgador 1ª Turma De Direito Público,
Julgado em 2018-08-24)

Dessa forma, a teor do art. 511 do CPC/73, reeditado no art. 1.007 do CPC atual, é dever da parte
recorrente comprovar o preparo recursal, e tal comprovação se dá pela cumulação dos seguintes
documentos no processo: boleto bancário das custas, comprovante de pagamento deste e relatório de
conta do processo, conforme disciplina o art. 9º, §1º, da Lei Estadual nº. 8.328 - Regimento de Custas do
TJ/PA.

Portanto, uma vez constatado que não houve apresentação do relatório de conta do processo, o recurso
afeiçoa-se DESERTO, motivo pelo qual aplica-se o art. 1007, §2º do CPC/15, cuja redação é a seguinte:

Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação
pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.

(...)

§4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o
recolhimento em dobro, sob pena de deserção.

Ante o exposto, intime-se o agravante para colacionar o relatório de conta do processo, no prazo de 05
(cinco) dias, sob pena deserção.

Belém/PA, 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0803226-86.2018.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ADRINA LUCIA


SANTANA CAMPOS Participação: ADVOGADO Nome: ELZA MAROJA KALKMANN OAB: 22975/PA
Participação: AGRAVADO Nome: GLOBAL AGENCIA MARITIMA EIRELI - EPP Participação: AGRAVADO
Nome: NORTE TRADING OPERADORA PORTUARIA LTDA Participação: AGRAVADO Nome: MINERVA
Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO FIGUEIREDO DA SILVA COTTA OAB: 168001/RJ
Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA MENDES VIANNA CARDOSO OAB: 67677/RJ

Vistos etc.

Intime-se a parte contrária para apresentar contrarrazões ao recurso de Agravo Interno.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0805474-20.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: MINISTÉRIO


PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: AGRAVADO Nome: PONTE EMPREENDIMENTOS E
LOGISTICA EIRELI Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO ALEXANDRE PAUXIS GONCALVES
OAB: 21931/PA Participação: AGRAVADO Nome: ADMILSON DOS SANTOS SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: IVINY PEREIRA CANTO OAB: 2172300A/PA Participação: AGRAVADO Nome:
ORIAS GOMES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: MAURICIO DE OLIVEIRA RODRIGUES
OAB: 8736/PA Participação: AGRAVADO Nome: e outros

Vistos etc.

Intime-se a parte Agravada, para apresentar contraminuta ao Agravo de Instrumento, facultando-lhe juntar
cópias das peças que entender necessárias.

Após, colha-se o parecer do Ministério Público em 2º grau.

INT.

Belém, 13 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0036163-36.2010.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: JUAN OLI LABARI


Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ MORAES DA COSTA OAB: 15413/PA Participação:
APELADO Nome: ESPOLIO DE MANOEL APARICIO LACARRA Participação: ADVOGADO Nome:
WALDEMIR CARVALHO DOS REIS OAB: 16147/PA

Cumpra-se o despacho ID 5721318.

Ultrapassado o prazo ali requerido e devidamente deferido no despacho acima mencionado, voltem-me os
autos conclusos.

Número do processo: 0000911-68.1995.8.14.0051 Participação: APELANTE Nome: MARLY MARINHO


SEIXAS Participação: ADVOGADO Nome: ITALO MELO DE FARIAS OAB: 12668/PA Participação:
APELADO Nome: REGINA SOLENY JIMENEZ LOPES Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
CELSO AUGUSTO CRESPO RATTES Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: REGINA
SOLENY DA SILVA JIMENEZ

ACOLHO A PREVENÇÃO APONTADA PELO EXMO. DES. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA
JUNIOR (ID Nº. 5857975).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ÀSECRETARIA, PARA AS ALTERAÇÕES QUE SE FIZEREM NECESSÁRIAS.

APÓS, RETORNEM OS AUTOS CONCLUSOS.

Número do processo: 0805852-73.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ACO BELEM


COMERCIAL LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTO GOMES NOTARI OAB: 273385/SP
Participação: AGRAVADO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: AUTORIDADE Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

CERITIFQUE A SECRETARIA SE HOUVE A INTIMAÇÃO DA PARTE AGRAVANTE PARA OFERECER


CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ID Nº. 5595047).

EM CASO NEGATIVO, INTIME-SE A RECORRENTE PARA QUE SE MANIFESTE NOS TERMOS DO


ART. 1.023, §2º DO CPC.

Número do processo: 0801877-14.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ANA MARIA


FREITAS DE ANDRADE Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO ISAKSON NOGUEIRA OAB:
19411/PA Participação: AGRAVADO Nome: M. R. CONDURU VIEIRA E CIA LTDA - EPP Participação:
AGRAVADO Nome: MARIA RUTH CONDURU VIEIRA Participação: AGRAVADO Nome: ANA AMELIA
CONDURU VIEIRA Participação: AGRAVADO Nome: FELIPE FERREIRA RIBEIRO NETO EIRELI
Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO DE KOS MIRANDA SIQUEIRA OAB: 19044/PA

Vistos etc.

Intimem-se ANA AMELIA CONDURU VIEIRA, por meio de seus advogados habilitados nos autos de
origem (ID. 25900620 - SAULO HENRIQUE DE BARROS SOARES - OAB/PA 24.551), para apresentar
contraminuta ao presente recurso, facultando-lhe juntar cópias das peças que entender necessárias.

Deixa-se de intimadas M. R. CONDURU VIEIRA E CIA LTDA – EPP e MARIA RUTH CONDURU VIEIRA,
por serem revéis no juízo de origem.

Após, colha-se o parecer do Ministério Público.

INT.

Belém, 12 de agosto de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0840449-72.2020.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: BANCO ITAUCARD


S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO SANTANA BATISTA OAB: 30181/PA Participação:
340
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

APELADO Nome: SERGILSON NORONHA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: KLECYTON


NOBRE DIAS OAB: 8735/MA Participação: ADVOGADO Nome: MAXIMILIANO DE ARAUJO COSTA
OAB: 16804/PA

ÓRGÃO JULGADOR: 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AUTOS Nº: 0840449-72.2020.814.0301

CLASSE: RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL

APELANTE: BANCO ITAUCARD S/A

APELADO: SERGILSON NORONHA DA SILVA

RELATORA: DESA. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Vistos os autos.

BANCO ITAUCARD S/A interpôs o presente RECURSO DE APELAÇÃO, insurgindo-se contra a sentença
proferida nos autos da ação originária ajuizada em desfavor de SERGILSON NORONHA DA SILVA.

Vislumbrando a ausência de preparo, esta relatora oportunizou o seu recolhimento em dobro, sob pena de
deserção (Id. 5694851).

A UPJ certificou o descumprimento do despacho ao norte (Id. 5954563).

Brevemente Relatados.

Decido.

Considerando que a parte recorrente, conquanto oportunizado, deixou de efetuar o pagamento do preparo,
quedando-se silente, conforme certificou a Unidade de Processamento Judicial – UPJ, vislumbro deserta a
presente insurgência.

Àvista do exposto, NÃO CONHEÇO DO RECURSO, por manifesta inadmissibilidade, nos termos do art.
932, III do CPC/2015[1].

Intimem-se, podendo servir a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da Portaria nº
3.731/2015.

Transitada em julgado, devolvam-se imediatamente os autos ao juízo de origem com a respectiva baixa no
sistema.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

[1] Art. 932. Incumbe ao relator (...) III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.

Número do processo: 0805542-67.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: J G DE SA


SERRANO DE ANDRADE Participação: ADVOGADO Nome: GEORGENOR DE SOUSA FRANCO NETO
OAB: 269128/SP Participação: AGRAVADO Nome: BOULEVARD SHOPPING BELEM S.A Participação:
ADVOGADO Nome: TADEU ALVES SENA GOMES OAB: 15188/PA

Manifeste-se o agravante acerca das preliminares elencadas pela empresa recorrida em sede de
contrarrazões (ID 5642845), no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

Após, conclusos.

Número do processo: 0811458-91.2017.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: ANTONIO ALBERTO


DA SILVA SEGUIN DIAS Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA NYLANDER OHASHI OAB:
458/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAPHAEL CHARONE LOUREIRO OAB: 12341/PA
Participação: APELADO Nome: Estado do Pará Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0811458-91.2017.8.14.0301

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Número do processo: 0800911-85.2018.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO DO


BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a)
civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: ADVOGADO
Nome: RAFAEL SGANZERLA DURAND OAB: 16637/PA Participação: AGRAVADO Nome: MILTON
EMILIO TORRES MARQUES Participação: ADVOGADO Nome: JAQUELINE NORONHA DE MELLO
FILOMENO KITAMURA OAB: 10662/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0800911-85.2018.8.14.0000

COMARCA: BELÉM/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AGRAVANTE: BANCO DO BRASIL SA.

ADVOGADO: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES – OAB/PR N° 30.916

AGRAVADO: MILTON EMILIO TORRES MARQUES.

ADVOGADO: JAQUELINE NORONHA DE MELLO FILOMENO KITAMURA – OAB/PA 10662.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

DESPACHO

Consoante o disposto no §1º, do art. 9º, da Lei Estadual nº 8.328/2015, intime-se o Apelante para, no
prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção:

a) juntar aos autos o competente relatório de conta do processo, com a finalidade de regular
comprovação do pagamento do preparo recursal; OU

b) proceder ao recolhimento em dobro do preparo, nos termos do art. 1.007, §4º, do CPC/2015.

Após, conclusos.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador-Relator

Número do processo: 0846088-71.2020.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: E. M. Q. F.


Participação: APELADO Nome: K. H. W. S. Participação: ADVOGADO Nome: LUIZE ALESSANDRA
SILVA VALENTE OAB: 21884/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARMANDO SOUZA DE MORAES
CARDOSO NETO OAB: 20451/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALEX ANDREY LOURENCO
SOARES OAB: 6459/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL Nº.: 0846088-71.2020.8.14.0301

COMARCA: BELÉM / PA.

APELANTE(S): ELIZABETH MARIA QUEIROZ FONSECA

ADVOGADO(A)(S): CARLOS EDUARDO BARROS DA SILVA – DEFENSOR PÚBLICO

APELADO(A)(S): KARL HEINZ WILFRIED SCHULZ

ADVOGADO(A)(S): ALEX ANDREY LOURENÇO SOARES (OAB/PA nº. 6.459)

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DECISÃO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. JUÍZO DE


ADMISSIBILIDADE. NÃO CABIMENTO. VIA RECURSAL INADEQUADA. PREVISÃO LEGAL
EXPRESSA DE CABIMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. FUNGIBILIDADE. IMPOSSIBILIDADE.
ERRO GROSSEIRO DA INTERPOSIÇÃO RECURSAL. PRECEDENTES DO STJ. APELAÇÃO NÃO
CONHECIDA.

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por ELIZABETH MARIA QUEIROZ FONSECA, nos autos de
Ação de Destituição de Poder Familiar c/c Guarda Provisória proposta por KARL HEINZ WILFRIED
SCHULZ, ante o inconformismo com decisão interlocutória proferida pelo Juízo da 1ª Vara da Infância e
Juventude de Belém/PA, que, nos termos do art. 300, do CPC, deferiu o pedido para autorização da
expedição do PASSAPORTE para o adolescente N. G. Q. F. S. (Id. 5785318)

Nas razões do recurso (Id. 5785320), a Agravante alega, em suma, que a decisão viola o melhor
interesse da criança, na medida em que, em razão da viagem internacional, não poderá manter contatos
com o adolescente, tampouco poderá exercer seu direito de visita. Afirma ser cabível a guarda
compartilhada do adolescente, considerando ser a regra legal, reformando a sentença para julgar a ação
no sentido que seja eliminada a restrição do exercício ao direito de guarda compartilhada do adolescente e
proibida a autorização do direito de viagem.

Ao (id. 5926060), o Ministério Público de 2º grau, manifesta-se pelo NÃO CONHECIMENTO do recurso de
apelação interposto por Elizabeth Maria Queiroz Fonseca, bem como pelo retorno dos autos ao Juízo de
origem, para que seja adotado o seu regular processamento, nos termos da fundamentação ao norte

É o sucinto relatório. Decido monocraticamente.

Dos requisitos de admissibilidade condizentes com a via recursal eleita pela recorrente, entendo que a
apelação não preenche todos os pressupostos. Na realidade, vê-se que a apelação não constitui o recurso
taxativamente adequado a impugnar a decisão de tutela provisória de urgência.

Assim sendo, o recurso de apelação não satisfaz o requisito objetivo do cabimento recursal, porquanto
tratando-se de decisão interlocutória, é cabível a interposição de agravo de instrumento, conforme
previsão expressa do art. 1.015, I, do CPC:

“Art. 1015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;”

A recorrente utilizou via recursal claramente inadequada a impugnar o ato decisório específico, de modo
que não sequer cogitar de dúvida razoável quanto ao recurso adequado, logo, resta impossibilitada a
aplicação de fungibilidade recursal, visto se tratar de erro grosseiro quanto ao requisito de cabimento
recursal.

Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO


MANEJADO SOB A ÉGIDE DO NCPC. EXTINÇÃO DO PROCESSO EXECUTIVO. APELAÇÃO.
CABIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ERRO GROSSEIRO. INSTRUMENTALIDADE.
FUNGIBILIDADE. INVIABILIDADE. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE.
PREQUESTIONAMENTO. INOCORRÊNCIA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. IRRELEVÂNCIA.
DECISÃO MANTIDA. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

1. Aplica-se o NCPC a este recurso ante os termos do Enunciado Administrativo nº 3, aprovado pelo
Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016: Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos
a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade
recursal na forma do novo CPC. 2. É incabível agravo de instrumento contra sentença que encerra
integralmente a execução, ensejando tal decisum a interposição de apelação. Precedentes. 3. O
manejo do agravo de instrumento caracterizou erro grosseiro, sendo inaplicáveis a
instrumentalidade e a fungibilidade para viabilizar o conhecimento do recurso erroneamente
interposto. Precedentes. 4. A questão do suposto equívoco na denominação do recurso pela parte não
foi suscitada no recurso especial, inviabilizando que seja levantada em sede de agravo interno, por
configurar inovação recursal 5. A ausência de debate no acórdão recorrido quanto aos temas suscitados
no recurso especial evidencia a falta de prequestionamento, admitindo-se o prequestionamento ficto na
hipótese em que não sanada a omissão no julgamento de embargos de declaração e suscitada
genericamente a ofensa ao art. 1.022 do NCPC no recurso especial.

6. O requisito do prequestionamento é imprescindível, ainda que se trate de matéria de ordem pública. 7.


Não sendo a linha argumentativa apresentada capaz de evidenciar a inadequação dos fundamentos
invocados pela decisão agravada, o presente agravo não se revela apto a alterar o conteúdo do julgado
impugnado, devendo ele ser integralmente mantido em seus próprios termos. 8. Agravo interno não
provido.

(AgInt no AREsp 1781553/SC, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em
10/05/2021, DJe 13/05/2021)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ORDINÁRIO NOS EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO
ESPECIAL. ERRO GROSSEIRO. CABIMENTO DO RECURSO DE AGRAVO INTERNO. FUNGIBILIDADE
RECURSAL. INAPLICABILIDADE. PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. INOBSERVÂNCIA.

1. Ação de reintegração de posse. 2. A interposição equivocada de recurso quando há expressa


disposição legal do recurso cabível, afasta a dúvida objetiva e constitui manifesto erro grosseiro,
não sendo possível a aplicação do princípio da fungibilidade recursal. Precedentes. 3. Em
obediência ao princípio da dialeticidade, os recursos devem impugnar, de maneira específica e
pormenorizada, todos os fundamentos da decisão contra a qual se insurgem, sob pena de vê-los
mantidos. Precedentes. 4. Agravo interno não provido.

(AgInt no RO nos EDcl nos EDcl no AREsp 1678511/GO, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA
TURMA, julgado em 12/04/2021, DJe 15/04/2021)

ASSIM, com fundamento no artigo 932, incisos III, do CPC, NÃO CONHEÇO do presente recurso de
apelação, considerando sua manifesta inadmissibilidade decorrente do não preenchimento do cabimento
recursal.

Considerando que os autos eletrônicos se referem à ação originária e que ainda não foi prolatada
sentença terminativa ou definitiva, determino o retorno imediato da ação ao juízo para
prosseguimento da demanda.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, retornem os autos ao juízo a quo.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO


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Desembargador – Relator

Número do processo: 0806096-02.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO


VOLKSWAGEN S.A. Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO NEVES COSTA OAB: 153447/SP
Participação: AGRAVADO Nome: SIMAO LUIS NASCIMENTO SILVA AGRAVO DE INSTRUMENTO N°
0806096-02.2021.8.14.0000 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

AGRAVANTE: BANCO VOLKSWAGEN S/A

ADVOGADO: Dr. Flávio Neves Costa

AGRAVADO: SIMÃO LUIS NASCIMENTO SILVA

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

DECISÃO
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por BANCO VOLKSWAGEN S/A, contra decisão proferida
pelo juízo da 2ª Vara Cível e empresarial da Comarca de Ananindeua, nos autos da Busca e Apreensão
que move contra SIMÃO LUIS NASCIMENTO SILVA (Proc. n° 0802220-55.2020.8.14.0006), nos
seguintes termos:

“... Por tal razão, faculto à parte autora emendar a inicial no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art.
321 do CPC, a fim de depositar em Secretaria a via original do título de crédito que embasa a presente
ação (CPC, art. 425, §2º), sob pena de indeferimento da petição inicial, conforme art. 321, parágrafo único,
do mesmo diploma legal...” (ID nº 16472188 dos autos principais)

O Autor opôs Embargos de Declaração, que foram desprovidos em decisão do ID nº 22432678 do


processo principal.

Em seu recurso (ID nº 5564806), o Agravante afirma que foram cumpridos os requisitos para a concessão
da liminar e que não se faz necessária a juntada do contrato na sua via original, sendo suficiente a
apresentação de simples cópia legível do instrumento jurídico para o regular processamento do feito, além
de apontar a impossibilidade de tal providencia diante da pandemia,

Eis o resumo dos fatos, passo a analisar a admissibilidade do recurso.

De início, deixo assentado que a matéria comporta decisão monocrática na forma do art. 932, III do CPC,
posto que a Recorrente não satisfaz os pressupostos de cabimento do recurso, considerando que a
matéria recursal não se encontra prevista no rol do artigo 1.015 do CPC/2015.

Pois bem, o artigo 1.015, do CPC, enumera as hipóteses nas quais é cabível o agravo de instrumento. Eis
o teor da norma legal:

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

II - mérito do processo;
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III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

VI - exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;

VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;

XII - (VETADO);

XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase
de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de
inventário.

Da leitura do artigo, vê-se que não está presente o despacho que determina a emenda da petição inicial.

Na sistemática do novo Código de Processo Civil, buscou-se restringir a recorribilidade das decisões
interlocutórias proferidas na fase de conhecimento do procedimento comum, a fim de salvaguardar apenas
as "situações que, realmente, não podem aguardar rediscussão futura em eventual recurso de apelação"
(REsp 1704520/MT, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, CORTE ESPECIAL, julgado em 05/12/2018, DJe
19/12/2018 – TEMA 988).

Sob esta ótica, a determinação de emenda da petição inicial não é passível de reanálise por meio de
Agravo de Instrumento visto que, além de estar fora do rol do artigo 1.015 do CPC/2015, inexiste urgência
no julgamento da questão neste momento processual, cuja rediscussão, caso seja necessária, poderá ser
viabilizada futuramente pelo oportuno recurso de Apelação, se esse for o interesse do recorrente,
conforme previsão do artigo 1.009, §1º, do CPC.

Dessa forma, o presente Agravo de Instrumento é inadmissível, tendo em vista que a decisão atacada não
se encontra no rol do artigo 1.015, do CPC, tampouco se encontra abarcada pela tese do STJ explanada
no tema 988.

Ante o exposto, na forma do artigo 932, III, do CPC, NÃO CONHEÇO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Belém, 16 de agosto de 2021.

RICARDO FERREIRA NUNES

Desembargador Relator
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Número do processo: 0801178-52.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: J. S. L.


Participação: ADVOGADO Nome: GEYSA PATRICIA SANTOS GUIMARAES DE OLIVEIRA OAB:
27250/PA Participação: AGRAVADO Nome: I. V. S. M. Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE
ALMEIDA VIEIRA JUNIOR OAB: 197926/MG Participação: ADVOGADO Nome: CHEUMO EUGENIO
MENDES OAB: 26172/PA

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0801178-52.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: JULLYHERMES SANTOS LIRA

AGRAVADO: IASMIM VITORIA SILVA MACIEL

COMARCA DE ORIGEM: PARAUAPEBAS/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PEDIDO DE


ALIMENTOS E GUARDA – SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA RESOLUTIVA – ART. 932, III,
CPC/2015 – PERDA DE OBJETO – AGRAVO PREJUDICADO – RECURSO NÃO CONHECIDO –
DECISÃO MONOCRÁTICA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os presentes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO com Pedido de Efeito Ativo Suspensivo
interposto por JULLYHERMES SANTOS LIRA inconformado com a contra decisão proferida pelo Juízo da
2ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas/PA, que, nos autos da AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE UNIÃO
ESTÁVEL COM PEDIDO DE ALIMENTOS E GUARDA (Proc. n. 0807058-36.2020.8.0040), ajuizado
contra si por IASMIM VITORIA SILVA MACIEL, deferiu parcialmente o pedido de tutela provisória.

Na decisão agravada, deferiu o juízo primevo pedido de tutela de urgência formulado na exordial,
concedendo a guarda provisória da infante I. S. S., em favor da materna, fixando, ainda, alimentos
provisórios.

Dessa decisão, interpôs o requerido JULLYHERMES SANTOS LIRA Recurso de Agravo de Instrumento.

Alega o agravante, em suma, que a decisão recorrida prejudicaria o desenvolvimento da criança, pois,
seria o genitor o responsável desde sempre pelos cuidados e criação da infante; bem assim, que em
nenhum momento praticou atos compatíveis com a alienação parental, tendo sempre buscado o fortalecer
o convívio entre mãe e filha.

Após regular distribuição, coube-me a relatoria do feito.

Em decisão de ID. 4567432, foi indeferido o pedido de concessão de efeito suspensivo ao recurso.

É o breve relatório.

Decido.
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Com efeito, em consulta ao Sistema de Processos deste Egrégio Tribunal, verifico que o Agravo de
Instrumento em voga encontra-se prejudicado em razão da superveniência de Sentença resolutiva.

Nesse sentido, vejamos o posicionamento adotado pela jurisprudência pátria, in verbis:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. BENS IMÓVEIS. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. RECURSO


PREJUDICADO. Julga-se prejudicado o recurso ante a perda do objeto, porquanto a ora recorrente
obteve a pretensão posta em juízo com o proferimento da sentença pelo juízo a quo. AGRAVO DE
INSTRUMENTO JULGADO PREJUDICADO. DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº
70076858935, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Walda Maria Melo Pierro,
Julgado em 23/05/2018). (Grifei).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO PREJUDICADO. TENDO SIDO RECONSIDERADA A


DECISÃO AGRAVADA E NELA DECIDIDA A MATERIA DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
INTERPOSTO, ESTE SE TORNA PREJUDICADO PELA PERDA DO OBJETO. JULGADO
PREJUDICADO O RECURSO. (Agravo de Instrumento Nº 70058769738, Sexta Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Luís Augusto Coelho Braga, Julgado em 15/05/2014). (Grifei).

No mesmo sentido, posiciona-se este Egrégio Tribunal, senão vejamos:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA NA ORIGEM. PERDA DE


OBJETO. I Tendo sido proferido juízo de cognição exauriente na origem (sentença), o agravo de
instrumento correspondente deve ser dado como perdido o seu objeto. Recurso prejudicado.

(TJ-PA - AI: 00001886120128140016 BELÉM, Relator: LUZIA NADJA GUIMARAES NASCIMENTO, Data
de Julgamento: 10/07/2014, 5ª CAMARA CIVEL ISOLADA, Data de Publicação: 16/07/2014). (Grifei).

Por fim, insta esclarecer que, a teor do art. 932, III do Código de Processo Civil/2015, in verbis:

CPC/2015

Art. 932. Incumbe ao relator:

[...]

III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado
especificamente os fundamentos da decisão recorrida; (Grifei).

Destarte, dúvida não há acerca da ocorrência da perda de objeto do agravo de instrumento em exame,
restando-o prejudicando e impondo-se assim o seu não conhecimento.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, porquanto


prejudicado, face a perda de objeto decorrente da superveniência de sentença de mérito.

Procedam-se as baixas de estilo.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora – Relatora
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Número do processo: 0805858-80.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: JULIO PONTES


BARRIGA Participação: ADVOGADO Nome: VALTER FERNANDO SILVA DE ALMEIDA OAB: 21556/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELLE MARTINS SILVA MAUES OAB: 14537/PA Participação:
AGRAVADO Nome: CAIXA SEGURADORA SA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202): 0805858-80.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: JULIO PONTES BARRIGA
Nome: JULIO PONTES BARRIGA
Endereço: Conjunto Residencial Jardim Socilar, Apto. 1011, Avenida Governador Magalhães Barata 992,
São Brás, BELéM - PA - CEP: 66063-904
Advogado: GABRIELLE MARTINS SILVA MAUES OAB: PA14537-A Endereço: desconhecido Advogado:
VALTER FERNANDO SILVA DE ALMEIDA OAB: PA21556-A Endereço: Avenida Almirante Barroso, 1936,
- de 1483/1484 a 1959/1960, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-033
AGRAVADO: CAIXA SEGURADORA SA
Nome: CAIXA SEGURADORA SA
Endereço: SHN Quadra 1 Bloco E, Conj. A, Sala 2, Asa Norte, BRASíLIA - DF - CEP: 70701-050
DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por JULIO PONTES BARRIGA, contra decisão
proferida pelo Juízo da 15ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém/PA, nos autos da Ação de
Revisão Contratual c/c Tutela de Urgência(processo eletrônico nº 0831576-49.2021.814.0301) ajuizada
em face da CAIXA SEGURADORA S/A, ora agravada, que indeferiu o benefício da gratuidade de justiça e
determinou que a parte autora promovesse o pagamento das custas iniciais no prazo de 15 (quinze) dias
sob pena de cancelamento da distribuição, com fundamento no art. 290 do CPC.

Compulsando os autos, constato que foi oportunizado à parte agravante a possibilidade de comprovação
da sua hipossuficiência de forma a ser concedido o benefício da gratuidade da justiça, uma vez existir
indícios da sua capacidade financeira nos autos, ou, se assim quisesse, realizasse o pagamento das
custas (Num. 5704581 – Pág. 1/2).

Retornando os autos conclusos, verifico que a parte agravante peticionou aos autos informando que os
seus proventos de aposentadoria correspondem à montante considerável, no entanto, o reajuste abusivo
da parcela do seguro de vida, o qual é objeto da ação principal, teria impactado diretamente e
excessivamente a sua subsistência, pelo que, atualmente, as suas despesas, somadas ao valor do
seguro, ultrapassam o valor de sua aposentadoria.

Como forma de comprovar suas alegações juntou aos autos planilha e comprovantes de cartão de crédito,
a fim de demonstrar que os valores das faturas aumentaram após o reajuste do seguro, bem como,
declaração de hipossuficiência.

Pois bem.

Em que pese a parte agravante tais alegações, entende-se que não merece prosperar o alegado.

Para tanto, ressalta-se que os gastos mensais da parte agravante importam em mais de R$18.361,79
(dezoito mil, trezentos e sessenta e um reais e setenta e nove reais) o que, por si só, representa uma
situação financeira acima do que, subjetivamente, possa ser considerado como hipossuficiente.
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Ressalta-se que, ainda que se considere o reajuste ocorrido no seguro de vida do agravante como o
motivo pelo qual os seus gastos mensais tiveram aumento, constata-se que parte de suas despesas são
provenientes de gasto escolar com o neto, em que pese não comprovar ser o obrigado imediato para
tanto.

Além disso, verifica-se que consta em sua planilha de despesas mensais financiamento de casa própria,
apesar de nas suas próprias razões afirmar que vendeu a casa com a finalidade de arcar com as suas
despesas.

Por fim, consigna-se que gastos mensais em cartão de crédito no importe de mais de R$5.000,00 (cinco
mil reais), ainda que em sua maioria sejam com supermercado e farmácia, representa que a parte
agravante não arca apenas com suas próprias despesas básicas de subsistência, em que pese se tratar
de pessoa aposentada, divorciada e sem filhos menores.

Isso posto, verifico a ausência dos requisitos necessários à concessão do benefício da justiça gratuita,
motivo pelo qual a INDEFIRO, pelo que DETERMINO a intimação da parte agravante para proceder o
recolhimento das custas recursais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso
por deserção, na forma do art. 99, §7º e art. 101, §2 c/c art. 932, parágrafo único e art. 1017, §3º, todos do
CPC.

ÀSecretaria da UPJ para as providências.

Cumpra-se.

Belém-PA, data registrada no sistema.

José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior

Desembargador - Relator

Número do processo: 0804876-66.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: VIDA BABY


COMERCIO DE ROUPAS E ACESSORIOS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO
CESAR DELFINO DA SILVA OAB: 268049/SP Participação: AGRAVADO Nome: ADRIANA C. C.
NASCIMENTO DA SILVA - ME

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202): 0804876-66.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: VIDA BABY COMERCIO DE ROUPAS E ACESSORIOS LTDA - ME]
Nome: VIDA BABY COMERCIO DE ROUPAS E ACESSORIOS LTDA - ME
Endereço: Rua Gislei Antonio Merloti, 1245, Jardim São José, MIRASSOL - SP - CEP: 15130-242
Advogado: FERNANDO CESAR DELFINO DA SILVA OAB: SP268049 Endereço: desconhecido
AGRAVADO: ADRIANA C. C. NASCIMENTO DA SILVA - ME
Nome: ADRIANA C. C. NASCIMENTO DA SILVA - ME
Endereço: Avenida Barão de Capanema, 1016, Centro, CAPANEMA - PA - CEP: 68700-005
DESPACHO
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Trata-se de recurso de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO com pedido de efeito suspensivo


interposto por VIDA BABY COMÉRCIO DE ROUPAS E ACESSÓRIOS LTDA - ME, em face de decisão
proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de Capanema/PA, nos autos do INCIDENTE DE
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (processo físico n° 0002584-
44.2017.814.0013), promovido por ADRIANA C. C. NASCIMENTO DA SILVA ME, ora agravada, em face
da parte agravante e de ANJO D’AGUA CONFECÇÕES LTDA e ANJOS BABY CONFECCÇÕES LTDA,
que julgou, nos termos do art. 344 do CPC, procedente o incidente de desconsideração inversa da
personalidade jurídica, declarando as partes requeridas responsáveis pelo pagamento da condenação
imposta à executada GRACE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONFECCÇÕES EIRELI ME.

Analisando os autos, verifica-se que em suas razões recursais, a parte agravante sustenta, inicialmente, a
tempestividade da defesa apresentada em face do incidente de desconsideração da personalidade
jurídica, sustentando, em suma, que a sua defesa foi protocolada dentro do prazo constante no AR.

Todavia, da análise da decisão agravada, verifica-se que o juízo a quo considerou intempestiva a defesa,
considerando a data em que a o AR foi juntado aos autos pela secretaria, o qual constaria na certidão
acostada no processo em sua fl. 164 verso, no entanto, a cópia de tal folha não fora juntada nos autos do
presente recurso.

Ressalta-se que o processo principal é físico e embora o referido documento seja classificado como
facultativo na legislação processual, configura-se como essencial ao deslinde da demanda, nos termos do
art. 1.017, III do CPC, eis que sua ausência impossibilita a este julgador verificar com exatidão a
tempestividade ou não da defesa apresenta nos autos da ação principal, a qual é uma das matérias
sustentadas no recurso.

Dessa maneira, INTIME-SE a parte agravante para apresentar o referido documento em fotocópia
autenticada a ser extraída dos autos originários, no prazo de 5 (cinco) dias, nos termos do art. 932,
parágrafo único c/c art. 1.017, §3º, ambos do CPC, sob pena de não conhecimento do recurso.

Após, retornem conclusos.

Belém-PA, data registrada no sistema.

José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior

Desembargador – Relator

Número do processo: 0002763-84.2019.8.14.0052 Participação: APELANTE Nome: SEGURADORA


LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. Participação: ADVOGADO Nome: RODOLFO
MEIRA ROESSING OAB: 12719/PA Participação: APELADO Nome: RAIMUNDO NONATO ALMEIDA DA
CONCEICAO Participação: ADVOGADO Nome: RAUL CASTRO E SILVA OAB: 872/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JESSICA ELERES KASAHARA E SILVA OAB: 21424/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

Faço público a quem interessar possa que, nos autos do processo de nº 0002763-84.2019.8.14.0052
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foram opostos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, estando intimada, através deste ato, a parte interessada
para a apresentação de contrarrazões, em respeito ao disposto no §2º do artigo 1023 do novo Código de
Processo Civil. (ato ordinatório em conformidade com a Ata da 12ª Sessão Ordinária de 2016 da 5ª
Câmara Cível Isolada).

Belém,(Pa), 16 de agosto de 2021

Número do processo: 0803086-52.2018.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO BMG SA


Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG Participação:
AGRAVADO Nome: DOMINGOS FERREIRA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: PAMELA
SUELLEN ALVES DA SILVA OAB: 23974/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0803086-52.2018.8.14.0000

COMARCA: ANANINDEUA / PA

AGRAVANTE: BANCO BMG S/A.

ADVOGADO: FLÁVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA - OAB/MG 109.730.

AGRAVADO: DOMINGOS FERREIRA DOS SANTOS.

ADVOGADO: PAMELA SUELLEN ALVES DA SILVA - OAB/PA – 23.974.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por BANCO BMG S/A em face de DOMINGOS
FERREIRA DOS SANTOS, diante do inconformismo com a decisão interlocutória proferida pelo Juízo de
Primeiro Grau.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJe, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 22/03/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator

Número do processo: 0056206-52.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: GERALDO MARTINS


PACHECO Participação: ADVOGADO Nome: ROSANE BAGLIOLI DAMMSKI OAB: 7985/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MARIA CLAUDIA SILVA COSTA OAB: 13085/PA Participação: APELADO Nome:
INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA - IGEPREV Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

APELAÇÃO CÍVEL - PROCESSO N°. 0056206-52.2014.8.14.0301

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICA

RELATORA: DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES DO NASCIMENTO

APELANTE: GERALDO MARTINS PACHECO

ADVOGADO: ADRIANE FARIAS SIMÕES

APELADO: INSTITUTO DE GESTÃO E PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO PARÁ – IGEPREV

PROCURADORA AUTÁRQUICA: ADRIANA MOREIRA ROCHA BOHADANA

“APELAÇÃO CÍVEL. POLICIAL MILITAR TRANSFERIDO PARA A INATIVIDADE EM fevereiro/2011.


INCORPORAÇÃO DO ABONO AOS PROVENTOS. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES DO TJE/PA
E STJ. No caso concreto o policial militar não faz jus a incorporação do abono porque transferido
para a inatividade em 21 de fevereiro de 2011, quando já consolidada a jurisprudência do TJE/PA e
STJ sobre a natureza transitória do abono, consoante o previsto nos Decretos Estaduais n.º
2.209/97, 2.836/98 e 2837/98, e após a vigência da Emenda Constitucional 41/2003. Apelação
conhecida, mas improvida.”

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os presentes autos de Apelação Cível interposta por GERALDO MARTINS PACHECO
contra a sentença proferida nos autos da ação ordinária que ajuizou e, desfavor do INSTITUTO DE
GESTÃO E PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO PARÁ – IGEPREV, ora apelado, que julgou improcedente o
pedido de incorporação de abono aos proventos do apelante, quando passou para a inatividade.

Alega o agravante que a sentença merece reforma sob os seguintes fundamentos:

Aduz que foi transferido para a inatividade em com base no soldo de 2.ª Sargento da PM, mas
deixou de incorporar o abono que teve a finalidade de recompor a remuneração dos servidores militares, e
por isso, teria caráter de reajuste salarial consistente na revisão da remuneração dos militares de forma
geral e indiscriminada, sem distinção de patente ou graduação, e o Estado não teria estipulado prazo para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

sua vigência, tendo sido utilizada outra alcunha apenas para não permitir a incorporação.

Assevera que após o recebimento do benefício pelo período de mais 10 (dez) anos não caberia mais
sua exclusão da remuneração, sob pena da violação ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, pois
já teria se incorporado comi parte de sua remuneração com caráter permanente.

Defende que o abono é assim reajuste de salario e deveria ser incorporado na inatividade, inclusive
com base no princípio da isonomia, pois o beneficio teria sido incorporado por Defensores Públicos, na
forma do Decreto n.º 2.836/98. Transcreve vários julgados.

Requer assim o conhecimento e provimento da apelação, para reformar a sentença assegurando ao


apelante a incorporação do abono requerido na inicial.

Recebida como contrarrazões a petição constante do ID-743624 - Pág. 03/24, posto que julgada
improcedente a demanda, não há sucumbência do IGEPREV para a sua insurgência recursal.

É o relatório. DECIDO.

O apelo deve ser conhecido porque satisfeitos os pressupostos de admissibilidade recursal.

No mérito, a insurgência recursal do apelante não merece prosperar. Vejamos:

Na jurisprudência do TJE/PA prevaleceu o posicionamento sobre a natureza transitória do abono,


interpretando os Decretos Estaduais, que regulamentaram o abono cuja incorporação é requerida, e por
conseguinte, não se admite sua incorporação na inatividade, consoante pacifica jurisprudência deste
egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, in verbis:

”EMENTA: PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO EM AGRAVO


DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INCORPORAÇÃO DE ABONO SALARIAL. REANÁLISE/REDISCUSSÃO
DA MATÉRIA DECIDIDA NO ACÓRDÃO EMBARGADO. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE
CONTRADIÇÃO, OMISSÃO OU OBSCURIDADE. INCORPORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. VERBA DE
CARÁTER TRANSITÓRIO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. Os Embargos Declaratórios não
se prestam à reanálise e à rediscussão da causa, isto é, não têm caráter substitutivo da decisão
embargada, mas tão somente integrativo ou aclaratório do julgado. 2. A cópia do Diário da Justiça
demonstra a intimação da decisão agravada, logo, não há necessidade de certidão especial e expressa
para o agravo de instrumento. 3. A concessão do pagamento do abono salarial, vem entendendo o
Tribunal da Cidadania que não pode ser incorporado aos vencimentos básicos do agravado, dado o seu
caráter transitório e emergencial. 4. Sendo a lei expressa em referir a transitoriedade do abono, torna-se
por este motivo impossível de ser deferida a pretendida incorporação. 5. Recurso conhecido e
improvido.” (2015.03936946-88, 152.380, Rel. DIRACY NUNES ALVES, Órgão Julgador 5ª CAMARA
CIVEL ISOLADA, Julgado em 2015-10-08, Publicado em 2015-10-19)

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL. OMISSÃO E


CONTRADIÇÃO. ABONO SALARIAL. QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DEVIDAMENTE ANALISADA
PELO PLENO. GRATIFICAÇÃO DE CARÁTER TRANSITÓRIO. INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS.
DESCABIMENTO. EMBARGOS CONHECIDOS E IMPROVIDOS. I. Inexiste a alegada
contradição/omissão do acórdão guerreado quando a pretensão dos embargos é, na verdade, de mero
inconformismo com a tese fundamentadora da decisão colegiada. II. A decisão do Pleno do TJE/PA em
incidente de inconstitucionalidade (Processo nº. 201030042505, da Lavra da Desª. Eliana Rita Daher
Abufaiad) refere-se tão somente sobre a compatibilidade constitucional dos Decretos Estaduais nºs.
2.219/97 E 2.837/98, que instituem a gratificação denominada abono salarial; III. Conforme entendimento
pacificado neste Corte, o abono salarial tem caráter transitório, de tal modo que esta característica impede
seja o benefício incorporado aos proventos de aposentadoria; IV. Embargos conhecidos e improvidos.”

(2015.03705971-45, 151.723, Rel. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Órgão Julgador 5ª


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CAMARA CIVEL ISOLADA, Julgado em 2015-10-01, Publicado em 2015-10-02)

“AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL/REEXAME DE SENTENÇA - DECISÃO MONOCRÁTICA


PELO RELATOR - JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE. POSSIBILIDADE - CPC, ART. 557, § 1º-A -
MANDADO DE SEGURANÇA - ABONO SALARIAL. DECRETOS Nº 2.219/97 e 2.836/98. CARÁTER
TRANSITÓRIO. INCORPORAÇÃO IMPOSSIBILIDADE. JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. - POLICIAL MILITAR - AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO. I -
O abono foi instituído em caráter transitório e emergencial, com valores e sobre valores diferentes para
cada categoria distinta (patente/graduação) de policiais da ativa, com vista às peculiaridades do sistema
de segurança pública; por isso, não constitui vantagem genérica e, portanto, não é extensivo aos policiais
inativos, que não mais estão em situações iguais. II- Além disso, a extensão aos inativos de quaisquer
benefícios e vantagens pressupõem, tão-somente, a existência de lei prevendo-os em relação aos
servidores em atividade, ex vi do § 8º, do art. 40, da CF. Precedente do STF. O abono foi instituído por
Decreto Governamental afastando ainda mais a extensão aos inativos. III - Agravo interno conhecido e
desprovido à unanimidade.”

(2015.03083823-15, 149.962, Rel. LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Órgão Julgador 1ª CÂMARA


CÍVEL ISOLADA, Julgado em 2015-08-17, Publicado em 2015-08-24)

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. A IRRESIGNAÇÃO DOS AGRAVANTES É COM A


DECISÃO DESTA RELATORA QUE, COM FULCRO NO ART.557, § 1º - A, DO CPC, DEU PROVIMENTO
AO RECURSO DE APELAÇÃO DO IGEPREV PARA REFORMAR A SENTENÇA QUE INCLUIU NA
PENSÃO POR MORTE DOS IMPETRANTES A PARCELA REFERENTE AO ABONO SALARIAL, ANTE
SUA NÃO INCORPORAÇÃO. ESTA RELATORA BEM ESCLARECEU QUE APESAR DE JÁ HAVEREM
JULGADOS RECONHECENDO QUE O REFERIDO ABONO TRATAVA-SE DE REAJUSTE SALARIAL
SIMULADO, AS MAIS RECENTES DECISÕES DE NOSSA CORTE DE JUSTIÇA TEM SIDO NO
SENTIDO DE SER IMPOSSÍVEL A INCORPORAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO AOS VENCIMENTOS DOS
SERVIDORES, ANTE O SEU CARÁTER TRANSITÓRIO. MAIS RECENTEMENTE AS CÂMARAS CÍVEIS
REUNIDAS DESTE TRIBUNAL PACIFICARAM O ENTENDIMENTO DE QUE O ABONO SALARIAL
POSSUI, DE FATO, CARÁTER TRANSITÓRIO, NÃO PODENDO SER INCORPORADO, NOS TERMOS
DO VOTO DO DESEMBARGADOR RELATOR JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO NO MANDADO
DE SEGURANÇA, PROC. Nº 20143000754-7, JULGADO EM 26/08/2014. PRECEDENTES DO STJ.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.”

(2015.02222113-95, 147.625, Rel. GLEIDE PEREIRA DE MOURA, Órgão Julgador 1ª CÂMARA CÍVEL
ISOLADA, Julgado em 2015-06-22, Publicado em 2015-06-25)

Isto porque, à época o egrégio Colegiado das Câmaras Cíveis Reunidas definiu seu posicionamento sobre
a matéria no julgamento do mandado de segurança – processo n.º 2014.3.000754-7, julgado em
26.08.2014, Relator Desembargador José Maria Teixeira do Rosário, reconhecendo o caráter provisório do
abono, portanto, insuscetível de incorporação, consoante a seguinte ementa:

“EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. ABONO


SALARIAL. NATUREZA TRANSITÓRIA E EMERGENCIAL. IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA PARCIALMENTE ACOLHIDA. PRELIMINAR DE
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DE REJEITADA. SEGURANÇA DENEGADA À UNANIMIDADE.

1 - Por outro lado, vejo que a AMIRPA e a AMEBRASIL são partes legitimas no processo, isso porque
seus estatutos prevêem a defesa dos interesses dos militares da reserva.

2 - Já a ASPOMIRE não é parte legitima para ajuizar a presente demanda, visto que seu estatuto não
comporta a defesa dos interesses dos militares da ativa.

3- No que se relaciona à impossibilidade jurídica do pedido suscitada pelo recorrente, tal condição da ação
deve ser entendida, de acordo com a melhor doutrina, no sentido de ser enquadrado como juridicamente
possível o pedido quando o ordenamento não o proíbe expressamente.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

4- Trata-se de uma discussão que não é nova neste e. Tribunal, existindo uma série de precedentes no
sentido de considerar a natureza temporária e emergencial desse abono salarial, insuscetível, portanto, de
ser incorporado à remuneração dos servidores da polícia militar.

5 -Diante disso, resta patente que os impetrantes não possuem direito líquido e certo a incorporação das
parcelas do abono salarial as remunerações dos servidores militares da ativa.

6 -Segurança denegada à unanimidade.”

No referido julgamento foi ratificado o posicionamento do Pleno do TJE/PA, proferido no processo n.º
200830013229, Acórdão n.º 76.301, publicado em 18.03.2009, Relatora Sônia Maria Macedo Parente,
consignando que o abono estabelecido nos Decretos Estaduais n.º 2.219/97, 2.836/98 e 2837/98, não
podem ser incorporados quando da inatividade dos policiais militares, por se tratar de parcela de natureza
transitória e emergencial, que não integra a remuneração.

No mesmo sentido, o Superior Tribunal de Justiça se posicionou sobre a matéria nos Recursos Ordinários
em Mandado de Segurança n.º 29.461/PA, 26.422/PA, 26.664/PA, 11.928/PA e 22.384/PA. A título de
exemplo transcrevo o resumo do julgamento proferido no ROMS n.º 29.461/PA, in verbis:

“EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. POLICIAL


MILITAR DO ESTADO DO PARÁ. APOSENTADORIA. SUPRESSÃO DO ABONO REMUNERATÓRIO DA
COMPOSIÇÃO DE SEUS PROVENTOS. DESCABIMENTO DA INCORPORAÇÃO. CARÁTER
TRANSITÓRIO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO NÃO CONFIGURADO.

1 – De acordo com a jurisprudência consolidada no Superior Tribunal de Justiça, o abono salarial instituído
pelo Decreto Estadual n.º 2.219/1997, em razão do caráter transitório e emergencial, não pode ser
incorporado aos proventos de aposentadoria. Precedentes.

2 – Recurso Ordinário em Mandado de Segurança a que se nega seguimento.”

Ademais, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 1158/AM, em 20.08.2014, o Pleno do


Supremo Tribunal Federal, seguindo orientação de seus precedentes, consignou que a regra de extensão
a servidores inativos de benefícios concedidos a servidores em atividade não é de absoluta igualdade
remuneratória, pois não autoriza a concessão de vantagens pecuniárias compatíveis tão somente com o
regime jurídico dos servidores em atividade, in verbis:

“EMENTA Ação direta de inconstitucionalidade. Lei do Estado do Amazonas que estende aos servidores
inativos adicional de férias. Interpretação das normas constitucionais. Concessão de benefício sem a
correspondente causa geradora. Paridade remuneratória. Inexistência de vinculação absoluta.
Procedência da ação. 1. Férias, tal como comumente se entende, é período de repouso a que faz jus o
trabalhador quando completa certo período laboral, com a finalidade de promover-lhe o convalescimento
do cansaço físico e mental decorrente da atividade realizada. Não há margem interpretativa no texto
constitucional para que se conceba a extensão de benefício remuneratório desatrelado de qualquer
fundamento. O trabalhador aposentado, ou, no caso, o servidor público em inatividade, não pode gozar
férias, porquanto já deixou de exercer cargo ou função pública. Nesse passo, afigura-se inviável o
deferimento de benefício sem a correspondente causa geradora. 2. A cláusula de extensão aos servidores
inativos dos benefícios e vantagens que venham a ser concedidos aos servidores em atividade não
autoriza a concessão de vantagens pecuniárias compatíveis tão somente com o regime jurídico dos
servidores em atividade. Precedentes: ADI nº 3.783/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 6/6/11; ADI nº
575/PI, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 25/6/99; ADI nº 778, Rel. Min. Paulo Brossard, DJ de
19/12/94. Há direitos do servidor público que não se compatibilizam com o fato da inatividade, não se
convertendo o direito de paridade de vencimentos e proventos em sinônimo de absoluta igualdade
remuneratória. É exatamente esse o caso do adicional de férias. 3. Ação julgada procedente.”

(ADI 1158, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 20/08/2014, ACÓRDÃO
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ELETRÔNICO DJe-196 DIVULG 07-10-2014 PUBLIC 08-10-2014)

Assim, os policiais militares que passaram para reserva remunerada após a alteração da jurisprudência do
TJE/PA sobre a matéria não fazem jus a incorporação do benefício em seus proventos quando da
inatividade, face a natureza não incorporável do benefício.

Éjustamente a situação do agravante que passou para reserva remunerada somente em fevereiro de
2011.

Por tais razões, conheço da apelação, mas nego-lhe provimento, mantendo a decisão recorrida, que se
encontra de acordo com a jurisprudência existente sobre a matéria, consoante os fundamentos expostos.

Após o trânsito em julgado da presente decisão proceda-se a baixa do feito no Libra 2G e posterior
arquivamento.

Publique-se. Intime-se.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

DESA. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

RELATORA

Número do processo: 0004176-69.2007.8.14.0015 Participação: APELANTE Nome: IRISMAR ALVES DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CANDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO OAB:
3961/PA Participação: APELANTE Nome: NIVALDO UBERLANDIO ALMEIDA DOS SANTOS
Participação: ADVOGADO Nome: WALLACI PANTOJA DE OLIVEIRA OAB: 4410/PA Participação:
APELANTE Nome: SUCASA SUCOS DA AMAZONIA AGRO-INDUSTRIA & COMERCIO LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: SOLANGE MARIA ALVES MOTA SANTOS OAB: 12764/PA
Participação: APELADO Nome: IRISMAR ALVES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO
CANDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO OAB: 3961/PA Participação: APELADO Nome: NIVALDO
UBERLANDIO ALMEIDA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: WALLACI PANTOJA DE
OLIVEIRA OAB: 4410/PA Participação: APELADO Nome: SUCASA SUCOS DA AMAZONIA AGRO-
INDUSTRIA & COMERCIO LTDA Participação: ADVOGADO Nome: SOLANGE MARIA ALVES MOTA
SANTOS OAB: 12764/PA

PODER JUDICÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

No uso de suas atribuições legais, a UPJ das Turmas de Direito Público e Privado, e em cumprimento à
determinação contida no despacho, registrado sob o ID 4536574-Pag.2, intima as partes
(APELANTES/APELADOS), acerca da Decisão Monocrática, registrado sob o

ID 4536571-Pag.2-14, para as providências, que julgarem necessárias.

Belém, 16 de agosto de 2021


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0808498-56.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: DAYARA BLENDA


PINHEIRO DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JULIANA DO SOCORRO DE OLIVEIRA SA
OAB: 26477/PA Participação: AGRAVADO Nome: EREMITA NAZARE DA SILVA COSTA Participação:
ADVOGADO Nome: MAURO CESAR DA SILVA DE LIMA OAB: 11957/PA

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0808498-56.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: DAYARA BLENDA PINHEIRO DOS SANTOS

AGRAVADO: EREMITA NAZARE DA SILVA COSTA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

Vistos, etc.

Tratam os presentes autos de Recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por DAYARA


BLENDA PINHEIRO DOS SANTOS em face de EREMITA NAZARE DA SILVA COSTA, contra decisão
interlocutória proferida pelo MM. Juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial Distrital de Icoaraci, Comarca de
Belém/PA que, nos autos de AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, deferiu o pedido liminar de
reintegração de posse formulado pela autora, ora agravada.

Na decisão agravada, o juízo primevo deferiu pedido liminar de reintegração de posse em favor da autora,
ora agravada, no imóvel localizado no Residencial Quinta dos Paricás, lote 12, bloco 39, apto. 102, situado
na Estrada da Maracacuera, Bairro Maracacuera, Distrito de Icoaraci, nesta Capital, com fulcro no art. 554
do CPC.

Dessa decisão, interpôs a parte requerida DAYARA BLENDA PINHEIRO DOS SANTOS Recurso de
Agravo de Instrumento (ID. 5971211).

Alega, em síntese, que os requisitos para a concessão da medida reintegratória não teriam sido
devidamente preenchidos, bem assim que a parte autora/agravada não teria comprovado o efetivo
exercício da posse a justificar o deferimento da liminar; que a medida possuiria caráter irreversível,
destacando, ainda, a inadequação da ação possessória, na hipótese.

Sustenta que para a concessão do pedido liminar, o perigo de dano deve ser notório e iminente, o que não
teria sido comprovado no caso em comento, salientando que a autora da ação, ora agravada, nunca
esteve na posse do imóvel não comprovando urgência, o que reduziria a urgência aduzida pelo juízo, já
que a parte autora não requereu pedido de tutela de urgência, mas sim de evidencia, entretanto o juízo de
primeiro grau não fundamentou qual seria a tutela concedida.

Pleiteia, assim, que seja concedido efeito suspensivo ao recurso para sustar a decisão agravada e, em
decisão definitiva seja provido o recurso para reformá-la, indeferindo o pedido liminar de reintegração de
posse.

O presente feito fora apresentado no expediente do Plantão Judiciário, no entanto, em razão de não tratar-
se de hipótese de processo a ser examinado em sede de Plantão Judiciário, os autos foram
encaminhados a distribuição normal (ID 5971364).

É o sucinto relatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em análise preliminar, observa-se que a Lei Estadual nº. 9.212/2021, nos termos do art. 1º, inciso I, torna
suspenso, enquanto perdurar o estado de calamidade pública da pandemia do COVID 19, as execuções
de decisões liminares e de sentenças, em ações de natureza possessória, petitória e de despejo.

Nesse sentido, considerando que a decisão determina a desocupação do imóvel por parte da recorrente e,
que eventual demora na prestação jurisdicional poderá acarretar lesão grave ou de difícil reparação a
agravante e ao seu grupo familiar, que envolve pessoas idosas durante o período de pandemia no qual se
torna necessário o isolamento social, entendo restarem presentes os requisitos ensejadores para a
concessão do efeito suspensivo requerido.

Corroborando o entendimento acima esposado vejamos a Decisão exarada pelo Ministro Roberto Barroso
na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n.°828, exarada em 07/06/2021:

DECISÃO: Ementa: Direito Constitucional e Civil. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.


Tutela do direito à moradia e à saúde de pessoas vulneráveis no contexto da pandemia da COVID-19.
Medida cautelar parcialmente deferida. I. A hipótese 1. Ação que tem por objeto a tutela dos direitos à
moradia e à saúde de pessoas em situação de vulnerabilidade. Pedido cautelar de suspensão imediata de
todos os processos, procedimentos, medidas administrativas ou judiciais que resultem em despejos,
desocupações, remoções forçadas ou reintegrações de posse enquanto perdurarem os efeitos da crise
sanitária da COVID-19. II. Fundamentos de fato 2. O requerente destaca dados da Campanha Despejo
Zero, segundo a qual mais de 9.000 (nove mil) famílias foram despejadas durante a pandemia e em torno
de 64.000 (sessenta e quatro mil) se encontram ameaçadas de remoção. Noticia de casos de
desocupações coletivas realizadas sem suporte assistencial às populações, que já se encontravam em
situação de vulnerabilidade. III. Fundamentos jurídicos 3. No contexto da pandemia da COVID-19, o direito
social à moradia (art. 6º, CF) está diretamente relacionado à proteção da saúde (art. 196, CF), tendo em
vista que a habitação é essencial para o isolamento social, principal mecanismo de contenção do vírus. A
recomendação das autoridades sanitárias internacionais é de que as pessoas fiquem em casa. 4. Diante
dessa situação excepcional, os direitos de propriedade, possessórios e fundiários precisam ser
ponderados com a proteção da vida e da saúde das populações vulneráveis, dos agentes públicos
envolvidos nas remoções e também com os riscos de incremento da contaminação para a população em
geral. 5. É preciso distinguir três situações: (i) ocupações antigas, anteriores à pandemia; (ii) ocupações
recentes, posteriores à pandemia; e (iii) despejo liminar de famílias vulneráveis. Também merecem
solução específica: a) ocupações conduzidas por facções criminosas; e b) invasões de terras indígenas.
IV. Decisão quanto a ocupações anteriores à pandemia 6. Justifica-se a suspensão, por 6 (seis) meses, da
remoção de ocupações coletivas instaladas antes do início da pandemia. Trata-se da proteção de
comunidades estabelecidas há tempo razoável, em que diversas famílias fixaram suas casas, devendo-se
aguardar a normalização da crise sanitária para se cogitar do deslocamento dessas pessoas. V. Decisão
quanto a ocupações posteriores à pandemia 7. Os agentes estatais poderão agir para evitar a
consolidação de novas ocupações irregulares, desde que com a devida realocação em abrigos públicos ou
em locais com condições dignas. Tudo deve ser feito com o cuidado necessário para o apoio às pessoas
vulneráveis, inclusive provendo condições de manutenção do isolamento social. VI. Decisão quanto ao
despejo liminar por falta de pagamento 8. No que diz respeito às situações de despejo por falta de
pagamento de aluguel, a proibição genérica pode gerar efeitos sistêmicos difíceis de calcular em sede de
controle concentrado de constitucionalidade, particularmente em medida cautelar de urgência. Isso porque
a renda proveniente de locações, em muitos casos, também é vital para o sustento de locadores. Por essa
razão, nesse tópico, a intervenção judicial deve ser minimalista. 9. Assim sendo, na linha do que já fora
previsto na Lei nº 14.010/2020, que disciplinou o Regime Jurídico Emergencial e Transitório das Relações
Jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da pandemia do coronavírus, suspendo, pelo prazo de 6
(seis) meses, tão-somente a possibilidade de despejo liminar de pessoas vulneráveis, sem a audiência da
parte contrária. Não fica afastada, portanto, a possibilidade de despejo por falta de pagamento, com
observância do art. 62 e segs. da Lei nº 8.245/1991, que dispõe sobre a locação de imóveis urbanos. VII.
Conclusão 1. Ante o quadro, defiro parcialmente a medida cautelar para: i) com relação a ocupações
anteriores à pandemia: suspender pelo prazo de 6 (seis) meses, a contar da presente decisão, medidas
administrativas ou judiciais que resultem em despejos, desocupações, remoções forçadas ou
reintegrações de posse de natureza coletiva em imóveis que sirvam de moradia ou que representem área
produtiva pelo trabalho individual ou familiar de populações vulneráveis, nos casos de ocupações
anteriores a 20 de março de 2020, quando do início da vigência do estado de calamidade pública (Decreto
360
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Legislativo nº 6/2020); ii) com relação a ocupações posteriores à pandemia: com relação às ocupações
ocorridas após o marco temporal de 20 de março de 2020, referido acima, que sirvam de moradia para
populações vulneráveis, o Poder Público poderá atuar a fim de evitar a sua consolidação, desde que as
pessoas sejam levadas para abrigos públicos ou que de outra forma se assegure a elas moradia
adequada; e iii) com relação ao despejo liminar: suspender pelo prazo de 6 (seis) meses, a contar da
presente decisão, a possibilidade de concessão de despejo liminar sumário, sem a audiência da parte
contrária (art. 59, § 1º, da Lei nº 8.425/1991), nos casos de locações residenciais em que o locatário seja
pessoa vulnerável, mantida a possibilidade da ação de despejo por falta de pagamento, com observância
do rito normal e contraditório. 2. Ficam ressalvadas da abrangência da presente cautelar as seguintes
hipóteses: i) ocupações situadas em áreas de risco, suscetíveis à ocorrência de deslizamentos,
inundações ou processos correlatos, mesmo que sejam anteriores ao estado de calamidade pública, nas
quais a remoção poderá acontecer, respeitados os termos do art. 3º-B da Lei federal nº 12.340/2010; ii)
situações em que a desocupação se mostre absolutamente necessária para o combate ao crime
organizado – a exemplo de complexos habitacionais invadidos e dominados por facções criminosas – nas
quais deve ser assegurada a realocação de pessoas vulneráveis que não estejam envolvidas na prática
dos delitos; iii) a possibilidade de desintrusão de invasores em terras indígenas; e iv) posições jurídicas
que tenham por fundamento leis locais mais favoráveis à tutela do direito à moradia, desde que
compatíveis com a Constituição, e decisões judiciais anteriores que confiram maior grau de proteção a
grupos vulneráveis específicos, casos em que a medida mais protetiva prevalece sobre a presente
decisão.

(...)

(STF - ADPF: 828 DF 0052042-05.2021.1.00.0000, Relator: ROBERTO BARROSO, Data de Julgamento:


03/06/2021, Data de Publicação: 07/06/2021)

Desta feita, na linha da Decisão exarada na Medida Cautelar na Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental acima destacada, firmo o entendimento quanto à necessidade de sustação provisória dos
efeitos da Decisão Objurgada.

Ante o exposto, defiro efeito suspensivo em favor da agravante, sustando os efeitos da decisão
agravada, até o pronunciamento definitivo da 2ª Turma de Direito Privado.

Oficie-se ao Juízo de 1º grau a fim de que dê fiel cumprimento ao decisum ora proferido.

Intime-se a agravada, nos termos do art. 1019, inciso II do CPC, para que, querendo, responda no prazo
de 15 (quinze) dias, sendo-lhe facultado juntar cópias das peças que entenderem conveniente.

Transcorrido o prazo legal, com ou sem manifestação da agravada, devidamente certificado, remetam-se
os autos à Procuradoria de Justiça, para emissão de Parecer.

Após, retornem-se os autos conclusos.

Ressalta-se que servirá a presente Decisão como Mandado, nos termos da Portaria n. 3731/2015-GP.

Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.

Desa. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Relatora
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Número do processo: 0807646-32.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: EVANGELISTA


JOAQUIM DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: DIORGEO DIOVANNY STIVAL MENDES DA
ROCHA LOPES DA SILVA OAB: 12614/PA Participação: AGRAVADO Nome: BANCO PAN S.A.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0807646-32.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: EVANGELISTA JOAQUIM DE OLIVEIRA

AGRAVADO: BANCO PAN S.A.

COMARCA DE ORIGEM: IRITUIA/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE REVOGOU BENEFÍCIO DE GRATUIDADE DE


JUSTIÇA ANTERIORMENTE DEFERIDO – ELEMENTO NOS AUTOS QUE AUTORIZAM A
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO – ART. 932, INCISO VIII DO CPC C/C ART. 133, INCISO XII, ALÍNEA
“D” DO REGIMENTO INTERNO DO TJ/PA – PROVIMENTO MONOCRÁTICO – RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os presentes autos de Recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por EVANGELISTA


JOAQUIM DE OLIVEIRA em face de BANCO PAN S.A., inconformado com a Decisão Interlocutória
proferida pelo MM. Juízo de Direito da Vara Única de Irituia/PA que, em sede de AÇÃO DE REPETIÇÃO
DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS (Processo n. 0800595-
66.2019.8.14.0023) revogou a gratuidade de justiça anteriormente deferida e determinou o recolhimento
das custas processuais.

Na decisão agravada, o juízo primevo, após sentenciar o feito, revogou de ofício a gratuidade de justiça
que havia sido deferida no início da demanda, determinando o recolhimento das custas processuais pela
parte autora.

Dessa decisão, o autor EVANGELISTA JOAQUIM DE OLIVEIRA interpôs Recurso de Agravo de


Instrumento (ID. 5792738).

Alega, em síntese, que não reunir condições de arcar com o pagamento de custas e taxas judiciais sem
prejuízo de seu sustento e de sua família, pois seria pessoa idosa e humilde, sobrevivendo apenas da
aposentadoria recebida do INSS, no valor de um salário mínimo.

Pleiteia, assim, pelo provimento do recurso com a consequente concessão do benefício de gratuidade de
justiça.

Juntou documentos a fim de subsidiar seu pleito.

Desta feita, coube-me a relatoria do feito.

É o sucinto relatório.

Decido.
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Prima facie, destaco que por se tratar de matéria já sedimentada no âmbito da Jurisprudência deste
Egrégio Tribunal e do Superior Tribunal de Justiça, procedo ao julgamento monocrático em
conformidade com o art. 932, VIII, do CPC/2015 cumulado com o art. 133, XII, alíneas “a” e “d”, do
Regimento Interno desta Corte, que assim dispõem:

CPC/2015

Art. 932. Incumbe ao relator:

[...]

VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.

Regimento Interno TJE-PA

Art. 133. Compete ao relator:

[...]

XII - dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária:

a) à súmula do STF, STJ ou do próprio tribunal;

b) a Acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos;

c) a entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de


competência;

d) à jurisprudência dominante desta e. Corte;

Ressalta-se, por oportuno, que sobre o tema da gratuidade da justiça, o TJ/PA reeditou o Enunciado da
Súmula n. 06, nos seguintes termos:

Súmula 06 – TJ/PA: a alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa


de que a pessoa natural goza de direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e
seguintes do código de processo civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio magistrado
caso haja prova nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.

Acerca da matéria, a Carta Magna de 1988 em seu art. 5º, inciso LXXIV dispõe: “O estado prestará
assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.

Nessa esteira de raciocínio, a concessão da gratuidade de justiça pressupõe a não disposição de recursos
financeiros pela parte para arcar com as custas, despesas processuais e honorários advocatícios, sem
que importe em prejuízo para o seu próprio sustento e para o de sua família, cabendo ao magistrado
indeferir o pedido diante da existência de provas que demonstrem a ausência de hipossuficiência da parte
que requer o benefício.

No caso em tela, verifica-se que o benefício da gratuidade de justiça fora concedido ao autor, ora
agravante, no início da demanda, tendo sido revogado pelo juízo “ad quo”, após o próprio sentenciamento
do feito.

Com efeito, não obstante seja possível a revogação de ofício da gratuidade e justiça pelo julgador, visto
que este deve tutelar o interesse público, tal medida somente se justifica se comprovada a existência de
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novos elementos que demonstrem a modificação da situação financeira da parte, em relação ao momento
anterior em que havia sido concedido o benefício.

Nesse sentido, vejamos precedente jurisprudencial:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INVENTÁRIO. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.


GRATUIDADE DA JUSTIÇA REVOGADA DE OFÍCIO PELA MM. JUÍZA, SEM A PRÉVIA
INTIMAÇÃO/OITIVA DA PARTE INTERESSADA. NÃO OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS.
ERROR IN PROCEDENDO. 1. O Agravo de Instrumento consiste em recurso secundum eventum litis,
logo, deve o Tribunal limitar-se apenas ao exame do acerto, ou desacerto da decisão atacada, no aspecto
da legalidade, sob pena de supressão de instância. 2. A revogação, de ofício, do benefício da
gratuidade da justiça somente é possível se comprovada a existência de novos elementos que
demonstrem a modificação da situação financeira da parte, em relação ao momento anterior em
que havia sido concedida a gratuidade, bem como, a sua prévia manifestação (arts. 8º da Lei
1.060/50, não revogado pela Lei 13.105/2015, e 10 do NCPC). Precedentes desta corte e do STJ. 3.
Na hipótese, como não foi concedida oportunidade para a parte interessada manifestar-se antes da
revogação do citado benefício, imperativo é o provimento deste recurso, para desconstituir a decisão, ora
agravada, proferida em error in procedendo. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.
DECISÃO CASSADA.

(TJ-GO - AI: 04041810420198090000, Relator: FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, Data de


Julgamento: 07/10/2019, 5ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 07/10/2019). (Grifei).

Analisando detidamente os autos da originária ação indenizatória (Processo n. 0800595-


66.2019.8.14.0023), não se identifica a ocorrência de qualquer que denote a modificação das condições
econômicas do autor, ora agravante, aptas a justificar a alteração da decisão que anteriormente deferiu a
este o benefício da gratuidade de justiça.

Outrossim, do exame dos documentos colacionados nos autos, constata-se existirem elementos
suficientes que demonstram ter o autor/agravante, direito ao benefício da justiça gratuita, nos termos do
art. 98 do CPC, visto ser pessoa idosa, recebendo aposentadoria, conforme documento de ID. 5792739 –
p. 57.

A respeito do tema, colaciono Jurisprudência desta Egrégia Corte, vejamos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. AUTOR/AGRAVANTE


APOSENTADO PELO INSS. INDEFERIMENTO PELO JUÍZO A QUO DO PEDIDO DE JUSTIÇA
GRATUITA. EXAME DO CASO CONCRETO. ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA COMPROVADA.
RENDA MENSAL DE UM SALÁRIO MÍNIMO. IMPOSSIBILIDADE DE ARCAR COM O PAGAMENTO
DAS CUSTAS PROCESSUAIS E DE HONORÁRIOS PERICIAIS. APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 98 E 99,
§2° DO CPC. PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS PARA REFORMAR A DECISÃO. DECISÃO
REFORMADA. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO. À UNANIMIDADE. 1 - O
benefício da assistência judiciária gratuita tem por fim propiciar acesso à Justiça das pessoas que
verdadeiramente não dispõem de meios para arcar com as custas do processo e honorários
advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. 2 - O Estado somente prestará
assistência jurídica integral e gratuita às pessoas que comprovarem insuficiência de recursos. 3 -
No caso, o Agravante demonstrou a sua hipossuficiência econômica apta a embasar o deferimento
da justiça gratuita, relativo a impossibilidade do pagamento das custas do processo. 4 – Recurso
conhecido e provido para reformar a decisão, concedendo os benefícios da justiça gratuita. Precedentes
do STJ e desta Corte.

(TJ/PA - AI - 0808427-25.2019.8.14.0000, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão Julgador 1ª Turma de


Direito Público, Julgado em 08-03-2021, Publicado em 18-03-2021). (Grifei).

Desta feita, em razão das alegações expostas alhures, entendo que deve ser mantido o benefício da
gratuidade de justiça ao autor/agravante, eis que sua situação, efetivamente, autoriza o reconhecimento
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do benefício, sendo que a manutenção da decisão agravada, por certo, impediria o acesso ao Judiciário,
violando-se mandamento constitucional.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fulcro no art. 932, inciso VIII do CPC c/c art. 133, inciso XII, alínea “d” do Regimento
Interno do TJ/PA, CONHEÇO DO RECURSO e DOU-LHE PROVIMENTO, para reformar in totum a
decisão agravada, concedendo o benefício da justiça gratuita em favor do ora agravante, nos termos do
art. 98 do CPC c/c Lei nº. 1.060/1950.

Publique-se e Intimem-se.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora-Relatora

Número do processo: 0800423-96.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: SHEILA BRAGA


SALGADO Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINA FARIAS MONTENEGRO OAB: 6823/PA
Participação: AGRAVADO Nome: ISAURA CRISTINE MACEDO GOMES Participação: ADVOGADO
Nome: LARA CASTANHEIRA IGLEZIAS DIAS OAB: 12721/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

ORIGEM: JUÍZO DA 2ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0800423-96.2019.8.14.0000

AGRAVANTE: SHEILA BRAGA SALGADO

AGRAVADO: DECISÃO MONOCRÁTICA DE ID. 1543476

RELATOR: JUIZ CONVOCADO JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE


SOCIEDADE DE FATO POST MORTEM C/C PARTILHA DE BENS E ALIMENTOS. PROCESSUAL
CIVIL. SENTENÇA NO PRIMEIRO GRAU. PERDA DO OBJETO RECURSAL. RECURSO
PREJUDICADO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por SHEILA


BRAGA SALGADO, em face da decisão monocrática de id. 1543476 que nos autos da AÇÃO DE
RECONHECIMENTO DE SOCIEDADE DE FATO POST MORTEM C/C PARTILHA DE BENS E
ALIMENTOS ajuizada por ISAURA CRISTINE MACEDO GOMES, que não conheceu do recurso ante a
sua intempestividade.

A decisão embargada foi lavrada nos seguintes termos (id. 1543476):

(...)
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Prima facie, verifico que o presente recurso é manifestamente inadmissível, ante sua intempestividade, na
medida em que interposto após o escoamento do prazo legal de 15 (quinze) dias, estabelecido pelos
artigos 219 cc. 1003, § 5º do CPC/2015.

Com efeito, os agravantes tomaram ciência da decisão objurgada em 14.11.2018, data em que a decisão
combatida foi publicada no DJE, iniciando-se o prazo recursal no primeiro dia útil seguinte 19.11.2018 e
findando em 07.12.2018, sendo o recurso interposto somente em 25.01.2019.

Destarte, carecendo do requisito da tempestividade, impõe-se a negativa de seguimento ao agravo de


instrumento por manifesta inadmissibilidade.

(...)

Ante o exposto, nos termos do artigo 932, inciso III do Novo Código de Processo Civil, não conheço do
presente agravo de instrumento por manifesta inadmissibilidade (intempestividade), mantendo, na íntegra,
a decisão atacada.

Publique-se.

Belém, 30 de março de 2019.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

A Agravante interpôs embargos de declaração (id. 1571171) alegando omissão na decisão agravada eis
que não considerou a contagem do prazo em dias úteis e a suspensão durante o recesso.

Requer que seja conhecido o recurso a fim de sanar a omissão.

Éo Relatório.

Decido.

Primeiramente, cumpre ressaltar, com base em um consulta ao sistema processual PJe, deparei-me com
questão preliminar que impõe se reconheça prejudicado o presente recurso, pela perda de objeto, haja
vista que foi prolatada sentença no feito originário em que a recorrente não interpôs nenhum recurso para
atacar a referida sentença.

Senão vejamos o dispositivo da sentença transitada em julgado em 09/06/2021 e proferida nos autos do
processo nº 0011940-14.2013.8.14.0301-PJE 1º grau (ID.26271141) :

Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos iniciais e igualmente IMPROCEDENTE o pedido


reconvencional. Extingo o processo COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do Art. 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.

Condeno a autora nas custas processuais em relação ao pedido principal, ficando a condenação com a
exigibilidade suspensa em virtude da Justiça Gratuita que ora defiro, na forma do artigo 99, §3º do CPC.

Condeno a autora em honorários advocatícios de sucumbência, ficando a verba arbitrada em R$ 2.000,00


(dois mil reais), por equidade, dada a ausência do valor da causa e exclusão da causa de pedir
envolvendo partilha e alimentos, levando em consideração o local da prestação do serviço, o grau de zelo
profissional, a complexidade da demanda e atuação do causídico dos requeridos, na forma do artigo 85,
§8º do CPC. Fica a condenação com a exigibilidade suspensa em virtude da Justiça Gratuita deferida nos
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autos.

Condeno a reconvinte em honorários advocatícios de sucumbência, ficando a verba arbitrada em R$


1.000,00 (mil reais), por equidade, dada a ausência do valor da causa na reconvenção, levando em
consideração o local da prestação do serviço, o grau de zelo profissional, a complexidade da demanda e
atuação do (a) causídico (a) da requerente, na forma do artigo 85, §8º do CPC.

Intimem-se as partes por publicação via sistema.

Certificado o Trânsito em Julgado, ARQUIVE-SE.

P.R.I.C.

Belém, datado conforme assinatura.

JOSINEIDE GADELHA PAMPLONA MEDEIROS

Juíza de Direito respondendo pela 2ª Vara de Família da Capital

Acerca da perda do objeto, Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, na obra "Código de
Processo Civil Comentado", 8ª ed., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 1041, anotam:

"Recurso prejudicado. É aquele que perdeu seu objeto. Ocorrendo a perda do objeto, há falta
superveniente de interesse recursal, impondo-se o não conhecimento do recurso. Assim, ao relator
cabe julgar inadmissível o recurso por falta de interesse, ou seja, julgá-lo prejudicado."

A jurisprudência assim decidiu:

“AGRAVO. PERDA DO OBJETO. Face à perda do objeto do agravo de instrumento é imperativa a


sua rejeição por decisão liminar, conforme determina o art. 557 do CPC. Agravo rejeitado.”

(TJRS, 7ª Câm. Cível, AI 70005870639, rel. Desª. Maria Berenice Dias, j. 19.02.2003).

Sobre a superveniência de fato novo, assim leciona Costa Machado in Código de Processo Civil
Interpretado e Anotado, Barueri, SP: Manole, 2006, p. 844:

“(...) Observe-se que a ratio da presente disposição está ligada à idéia de que nem sempre o
contexto fático da causa permanece como era quando da propositura da ação - o que,
evidentemente, seria o ideal -, de sorte que ao juiz cabe apropriar-se da realidade presente ao
tempo da sentença para decidir com justiça o litígio. A regra se aplica também ao acórdão.”

Corroborando com o tema, a jurisprudência assim se posiciona:

“AGRAVO INTERNO. PROLAÇÃO DE SENTENÇA. PERDA DE OBJETO.

1. Deve ser reconhecida a perda de objeto do agravo de instrumento em razão da prolação de sentença
nos autos do processo principal. Possibilidade de ser negado seguimento ao agravo com fundamento no
artigo 557 do CPC.

2. Agravo interno a que se nega provimento”

(TRF2 - AGRAVO DE INSTRUMENTO: AG 201002010061084 RJ 2010.02.01.006108-4; julgado em:


19/04/2011; Rel. Desa. Salete Maccaloz)
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“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROLAÇÃO DE SENTENÇA. PERDA DO OBJETO. RECURSO


PREJUDICADO.

I Se antes do julgamento do Agravo de Instrumento é prolatada a sentença, ocorre à perda do seu objeto.

II Não conhecimento do Agravo, por restar prejudicado.”

(TJPA; Agravo de Instrumento nº. 2009.3.002703-9; julgado em 09/07/2009; Rel. Des. Leonardo de
Noronha Tavares) (grifo nosso)

Assim sendo, constata-se que não se faz necessária a análise dos embargos de declaração interposto.

Por todos os fundamentos expostos, JULGO PREJUDICADO o recurso, nos termos da fundamentação.

Publique-se.

ÀSecretaria para as devidas providências.

Belém (PA), 06 de julho de 2021.

JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

Juiz convocado

Número do processo: 0800211-33.2020.8.14.0035 Participação: APELANTE Nome: ARLETE MARIA DA


SILVA BENTES Participação: ADVOGADO Nome: CAMILO CASSIANO RANGEL CANTO OAB: 14011/PA
Participação: APELADO Nome: CONSORCIO NACIONAL VOLKSWAGEN - ADMINISTRADORA DE
CONSORCIO LTDA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA DE ANDRADE LIMA OAB: 29889/BA

SECRETARIA DA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0800211-33.2020.8.14.0035

EMBARGANTE: CONSORCIO NACIONAL VOLKSVAGEM LTDA

EMBARGADO: DECISÃO MONOCRÁTICA DE Num. 4519777 - Pág. 01-06

RELATORA: DESª. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. INCONFORMISMO. INEXISTÊNCIA DE


CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
EMBARGOS CONHECIDOS E IMPROVIDOS.

1. Nos termos do art. 1.022 do CPC, cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para
(I) esclarecer obscuridade ou eliminar contradição, (II) suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual
devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento, bem como para (III) corrigir erro material.

2. Analisando os argumentos do embargante, entendo que não merecem ser acolhidos, pois inexiste na
monocrática e no Acórdão combatido a omissão apontada, uma vez que todos os pontos invocados na
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presente peça processual foram decididos de forma clara, logo a matéria se encontra suficientemente
analisada e julgada

3. Embargos de declaração conhecidos e improvidos.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interpostos por CONSORCIO NACIONAL VOLKSWAGEM


LTDA em face da decisão monocrática de Num. 4519777 - Pág. 01-06.

Alega que esta colenda turma ao proferir a decisão meritória quedou-se em erro no tocante a manutenção
desta parte como réu na lide, tendo em vista que este embargante não possui ingerência e legitimidade
quanto a avença nos períodos relativos aos fatos narrados pelo embargado, pois seus direitos e
obrigações foram sub-rogados para a Itaú Seguros.

Requer que sejam acolhidos e providos os presentes embargos declaratórios, para que haja expressa
manifestação deste juízo sobre a matéria pré-questionada, bem como a retratação da decisão embargada.

Contrarrazões aos embargos de declaração Num. 4805446 - Pág. 01-02, arguindo que os embargos são
totalmente protelatórios.

Éo relatório.

DECIDO.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço o presente recurso de Embargos de Declaração.

Nos termos do art. 1.022 do CPC, cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para (I)
esclarecer obscuridade ou eliminar contradição, (II) suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia
se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento, bem como para (III) corrigir erro material.

Nesse contexto, vale salientar, até pelo próprio dispositivo legal, que os declaratórios constituem recurso
de contornos rígidos (fundamentação vinculada), destinado somente a promover a integração do decisum
omisso, obscuro ou contraditório, não se prestando, jamais, para rediscutir o julgamento.

Analisando os argumentos dos embargantes, entendo que não merecem ser acolhidos, pois inexiste na
monocrática combatido as omissões apontadas, uma vez que todos os pontos invocados na presente peça
processual foram decididos de forma clara, logo a matéria se encontra suficientemente analisada e
julgada.

A recorrente demonstrou nitidamente o seu inconformismo quanto ao decidido no Acórdão. De toda sorte,
os aclaratórios não se prestam a rediscutir questão já decidida, visto que estão condicionados à existência
dos requisitos legais supracitados, que não restaram configurados na decisão atacada.

No caso concreto, como se vê do relatório, os embargos de declaração têm nítido caráter de rediscussão
da matéria, pois o embargante trouxe à baila questões já apreciadas e decididas, sendo certa a
inexistência de qualquer um dos vícios que autoriza a interposição dos aclaratórios.

Diante disso, entendo que as matérias objeto de controvérsia foram suficientemente enfrentadas, não se
prestando a via dos declaratórios para rediscussão da causa, pois são eles recursos de integração e não
de substituição. É o que se extrai da remansosa jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, conforme
adiante se exemplifica:

“Não pode ser conhecido o recurso que, sob o rótulo de embargos declaratórios, pretende substituir a
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decisão recorrida por outra. Os embargos declaratórios são apelos de integração – não de substituição”
(STJ, 1ª Turma, Resp 15.774-0-SP- EDcl., rel.Min. Humberto Gomes de Barros, j.25.10.93, não
conheceram, unânime, V.u., DJU 22.11.93, p. 24.895).

Afinal, a decisão é clara, coerente e não deixou de se pronunciar sobre qualquer das questões suscitadas
pelas partes, inclusive sobre a questão contida nos presentes embargos declaratórios.

DISPOSITIVO

Diante do exposto, conheço dos embargos de declaração opostos, mas NEGO-LHES


PROVIMENTO, inclusive, para fins de prequestionamento, mantendo na íntegra a decisão monocrática
recorrida.

P. R. I. C.

ÀSecretaria para as providências.

Belém (PA), 30 de junho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0810683-04.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA Participação: AGRAVADO Nome: LUIZ HENRIQUE NETO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0810683-04.2020.8.14.0000

EMBARGANTE: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

EMBARGADA: DECISÃO MONOCRÁTICA DE ID 4120321

RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCONFORMISMO. INEXISTÊNCIA


DE OMISSÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS
CONHECIDOS E IMPROVIDOS.

I – Os embargos de Declaração devem ser interpostos tão somente nas hipóteses expressamente
elencadas.

II – O recurso de embargos de declaração está condicionado à existência da contradição, omissão ou


obscuridade na decisão atacada, o que não restou configurado no presente caso.

III – Embargos de declaração conhecidos e improvidos.


370
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interposto por UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE


TRABALHO MÉDICO em face da decisão monocrática de minha lavra (ID 4120321) que não conheceu o
presente Agravo de Instrumento.

A decisão recorrida foi ementada da seguinte forma:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE REAJUSTE DE PREÇO EM


RAZÃO DA FAIXA ETÁRIA. AUSÊNCIA DE DOCUMENTO OBRIGATÓRIO. DECISÃO AGRAVADA
EXTRAÍDA DA INTERNET. PRECEDENTE DO TJPA RECONHECENDO QUE NÃO SE PODE ACEITAR
CÓPIAS EXTRAÍDAS DA INTERNET SEM A DEVIDA CERTIFICAÇÃO DE SUA ORIGEM. RECURSO
NÃO CONHECIDO.

A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará alinha-se no sentido que não se pode aceitar
cópias extraídas da internet sem a devida certificação de sua origem.

Recurso não conhecido.

Em suas razões recursais, o embargante alega que a decisão embargada foi omissa, uma vez que todos
os documentos previstos no artigo 1.017 do CPC foram anexados, devendo ser conhecido o presente
agravo.

Foram apresentadas contrarrazões aos Embargos de Declaração (ID 4684411 – pág. 01/06).

É o relatório.

Decido.

De início, justifico o presente julgamento unipessoal, porquanto os embargos de declaração opostos contra
decisão monocrática devem ser julgados monocraticamente (CPC, art. 1.024, § 2º c/c RITJE/PA, art. 262,
p. único).

Nesse sentido, a lição do ex-Ministro de Sálvio de Figueiredo Teixeira, in verbis:

“A competência para julgamento dos embargos de declaração é sempre do órgão julgador que proferiu a
decisão embargada. Assim, quando apresentados contra acórdão, é do colegiado, e não do relator, a
competência para o seu julgamento. E é do relator, monocraticamente, aí sim, quando ofertados contra a
decisão singular.” (STJ, 4º Turma, REsp. nº. 401.749/SC, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJU
24/02/2003).

Presentes os pressupostos de admissibilidade conheço dos embargos declaratório e passo ao seu exame
de mérito.

Dispõe o art. 1.022, do NCPC:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.


371
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º .

Do exame da controvérsia, tenho que as razões apresentadas pela embargante não condizem com
quaisquer dos casos que cabem embargos de declaração, restando claro que a embargante pretende, tão
somente, rediscutir a matéria sub judice.

Nota-se que inexiste qualquer omissão, obscuridade ou contradição na decisão embargada.

Analisando os termos dos embargos, se observa que a insurgência recursal se restringe a suposta
omissão quanto a juntada dos documentos obrigatórios os quais devem instruir o agravo de instrumento,
uma vez que o Agravante juntou cópia extraída da decisão agravada.

Portanto, a decisão embargada enfrentou suficientemente a questão, a qual não se permite a juntada da
decisão agravada extraída da internet, vejamos os seguintes trechos:

“(...)

Registra-se que os documentos ID. 3896462 e ID. 4110888 tratam-se de cópias extraídas da internet, via
consulta processual, o que é inservível para fins do disposto no art. 1.017, I do NCPC.

Sobre o tema colaciono a jurisprudência deste E. Tribunal de Justiça:

AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO AUSÊNCIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA – CÓPIA


DA DECISÃO AGRAVADA SEM A ASSINATURA DIGITAL DO MAGISTRADO. É CEDIÇO QUE NÃO
SE PODE ACEITAR CÓPIAS EXTRAÍDAS DA INTERNET SEM A DEVIDA CERTIFICAÇÃO DE SUA
ORIGEM E, NO CASO, AINDA QUE SE TRATE DE PROCESSO DIGITAL, NÃO SE DESCARTA A
ASSINATURA ELETRÔNICA DO MAGISTRADO PROLATOR DA DECISÃO AGRAVADA
IMPRESCINDÍVEL A CONFERIR AUTENTICIDADE AO DOCUMENTO. PRECEDENTES DO STJ
AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO E AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO - UNÂNIME.
(201430040274, 131552, Rel. LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR, Órgão Julgador CÂMARA CÍVEL
ISOLADA, Julgado em 03/04/2014, Publicado em 04/04/2014 (grifei)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. AÇÃO DE


COBRANÇA DE DPVAT. RECURSO A QUE SE NEGOU PROVIMENTO POR FALTA DE DOCUMENTO
OBRIGATÓRIO. DECISÃO AGRAVADA EXTRAÍDA DA INTERNET. PRECEDENTE DO TJPA
RECONHECENDO QUE NÃO SE PODE ACEITAR CÓPIAS EXTRAÍDAS DA INTERNET SEM A
DEVIDA CERTIFICAÇÃO DE SUA ORIGEM. RECURSO CONHECIDO E NEGADO PROVIMENTO. 1.
Agravo de instrumento a que se negou provimento, por falta de documento obrigatório, com
fundamento no artigo 525, inciso I, do CPC. 2. A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do
Pará alinha-se no sentido que não se pode aceitar cópias extraídas da internet sem a devida
certificação de sua origem. 4. Agravo interno conhecido e improvido. (TJPA – Acórdão 168.430 –
Relatora: Maria Filomena de Almeida Buarque – 3ª Câmara Cível Isolada – Julgado: 24/11/2016 –
Publicado: 01/12/2016) (...)”

Com estas razões não vislumbro omissão na decisão embargada. Observa-se que o que se pretende é a
reapreciação da questão, o que é incabível em sede de embargos declaratórios.

Na linha desse entendimento, cito, a seguir, o julgado do STJ, cuja ementa é a seguinte:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E COMPENSAÇÃO POR DANOS
MORAIS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. ILEGITIMIDADE PASSIVA.
REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE. 1. Ausentes os vícios do art. 535 do CPC,
impõe-se a rejeição dos embargos de declaração. 2. O reexame de fatos e provas em recurso especial é
inadmissível. 3. Agravo não provido. (STJ - AgRg nos EDcl no AREsp: 445122 DF 2013/0402039-1,
Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 08/04/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de
Publicação: DJe 14/04/2014)

Assim, a decisão ora embargada não padece de obscuridade, contradição ou omissão, devendo ser
negado provimento ao recurso.

DISPOSITIVO

Diante do exposto, CONHEÇO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO e NEGO-LHES PROVIMENTO,


mantendo na íntegra a decisão recorrida.

ÀSecretaria para as providências.

Belém (PA), 28 de junho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0800685-80.2018.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: EQUATORIAL


PARA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO BRANDAO
COELHO OAB: 21935/PA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO BENTES PINHEIRO NETO OAB:
12816/PA Participação: AGRAVADO Nome: ANTONIO HERMES QUEIROZ DE BRITO Participação:
ADVOGADO Nome: RAFAEL FERREIRA DE VASCONCELOS OAB: 17075/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0800685-80.2018.8.14.0000

COMARCA: TAILÂNDIA / PA

AGRAVANTE: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.

ADVOGADO: PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO - OAB/PA 3.210.

AGRAVADO: ANTONIO HERMES QUEIROZ DE BRITO.

ADVOGADO: RAFAEL FERREIRA DE VASCONCELOS - OAB/PA 17.075.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMENTA: Agravo Interno em Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito
principal. Perda do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO
CPC/2015. Recurso não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE


ENERGIA S.A em face de ANTONIO HERMES QUEIROZ DE BRITO, diante do inconformismo com a
decisão interlocutória proferida pelo Juízo de Primeiro Grau.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema Libra, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 17/05/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator

Número do processo: 0808118-67.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: TOTAL


DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANO
PANTOJA DE SOUZA OAB: 29712/PA Participação: AGRAVADO Nome: BANCO DA AMAZONIA SA
[BASA DIRECAO GERAL]

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0808118-67.2020.8.14.0000.

COMARCA: ANANINDEUA/PA.

AGRAVANTE: TOTAL DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA.

ADVOGADO: HERMENEGILDO CRISPINO – OAB/PA N. 1.643

ADRIANO PANTOJA DE SOUZA – OAB/PA n. 29.712.

AGRAVADO: BANCO DA AMAZÔNIA S.A. (BASA DIREÇÃO GERAL)

ADVOGADO: PATRÍCIA DE NAZARETH DA COSTA E SILVA – OAB/PA n. 11.274.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

I. Após análise do sistema PJE deste Egrégio Tribunal de Justiça, constatou-se que o recorrente TOTAL
DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA, não realizou o pagamento do preparo recursal,
referente ao agravo interno, infringindo o disposto no §4º do art. 1.007 do CPC/2015, segundo o qual “no
ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará: [...] §4º O recorrente que não comprovar, no ato
da interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena deserção”.

ASSIM, na esteira do art. 1.007, §4º do CPC/2015, determino a intimação do recorrente, na pessoa de seu
advogado, para realizar o pagamento em dobro, no prazo de 05 (cinco) dias sob pena de deserção;

II. certifique a secretaria, o recolhimento das custas do referido agravo interno;

III. Caso o não cumprimento do item I, voltem conclusos;

IV. Tendo em vista a interposição agravo interno (ID 3459264), determino a intimação da parte
agravada, para apresentar contrarrazões ao agravo interno conforme (art. 1.021, §2º do CPC).

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0032658-37.2010.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: REGINA


CONCEICAO LOBAO CURI Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO ALBERTO FRAZAO DO COUTO
OAB: 001044/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO FERREIRA MONTENEGRO DUARTE OAB:
012538/PA Participação: APELADO Nome: VAGNER SANTOS CURI Participação: ADVOGADO Nome:
MARCIO AUGUSTO MOURA DE MORAES OAB: 13209/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL N. 0032658-13.2010.8.14.0301.

COMARCA: BELÉM/PA.

APELANTE: REGINA CONCEIÇÃO LOBÃO CURI.

ADVOGADO: RAIMUNDO NONATO DE OLIVEIRA NERY - OAB/PA 3.196.

SERGIO ALBERTO FRAZÃO DO COUTO – OAB/PA 1.044.

APELADO: VAGNER SANTOS CURI.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DESPACHO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Determino a intimação da apelante REGINA CONCEIÇÃO LOBÃO CURI, na pessoa de seus


procuradores, para se manifestar, no prazo de 05 (cinco) dias, sobre a certidão de (ID 5617163).

Cumprido o acima determinado, voltem-me conclusos.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador-Relator

Número do processo: 0802648-89.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: MARCUS VINICIUS


NERY DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE DE SOUZA PINTO FILHO OAB: 13974/PA
Participação: AGRAVADO Nome: BIOPALMA DA AMAZONIA S.A. REFLORESTAMENTO INDUSTRIA E
COMERCIO Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO OAB: 3210/PA 1ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0802648-89.2019.8.14.0000.

COMARCA: TOMÉ-AÇU / PA

AGRAVANTE: MARCUS VINICIUS NERY DA COSTA

ADVOGADO: JOSÉ DE SOUZA PINTO FILHO - OAB/PA nº 13.974.

AGRAVADO: BIOPALMA DA AMAZÔNIA S.A REFLORESTAMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO

ADVOGADO: PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO - OAB/PA nº 3.210.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Vistos etc.

Considerando o teor do Acórdão prolatado nos autos do processo nº 0810845-96.2020.8.14.0000, intime-


se as partes para que, no prazo comum de 5 (cinco) dias, manifestem-se a respeito do interesse no
prosseguimento do processo nº 0012230-97.2018.8.14.0060, bem como do presente recurso (nº
0802648-89.2019.8.14.0000).

Após, conclusos.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0804630-70.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO BMG SA


Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG Participação:
AGRAVADO Nome: JUVENIL PEREIRA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0804630-70.2021.8.14.0000.

COMARCA: BELÉM/PA.

AGRAVANTE: BANCO BMG S/A.

ADVOGADO: FLÁVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA - OAB/MG 109.730.

AGRAVADO: JUVENIL PEREIRA.

ADVOGADO: FABIO CARVALHO SILVA – OAB/PA 22.135.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA
Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO PREJUDICADO. AUSÊNCIA


DE INTERESSE RECURSAL. APLICAÇÃO DO ART. 932, III, C/C ART. 997, §2º, III, DO CPC.
RECURSO NÃO CONHECIDO.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por BANCO BMG S/A em face de JUVENIL
PEREIRA, diante de seu inconformismo com decisão interlocutória proferida pelo Juízo de Primeiro Grau.

É o sucinto relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, o presente recurso não comporta conhecimento, tendo em vista encontrar-se prejudicado,
diante da perda superveniente do interesse recursal, considerando o teor da petição de ID 5497626, em
que o agravante apresenta petição de acordo entre as partes neste recurso.

Ao ID 5440382/5440383, petição comprovando o pagamento do referido acordo.

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do interesse recursal,
quanto ao pedido de homologação, determino que seja realizado nos autos principais pelo juízo de
primeiro grau.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0002043-66.2019.8.14.0069 Participação: APELANTE Nome: INTELIG


TELECOMUNICACOES LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA
CASTRO OAB: 20283/RJ Participação: ADVOGADO Nome: CASSIO CHAVES CUNHA OAB: 12268/PA
Participação: APELADO Nome: JOAO BATISTA RODRIGUES DA COSTA Participação: ADVOGADO
Nome: MARCOS ANTONIO COUTINHO OAB: 40938/GO Participação: TERCEIRO INTERESSADO
Nome: MARIA AMELIA BARBOSA DA SILVA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO APELAÇÃO CÍVEL Nº
0002043-66.2019.8.14.0069. COMARCA: PACAJÁ/PA APELANTE: TIM CELULAR S/A. ADVOGADO:
CARLOS FERNANDO SIQUEIRA CASTRO - OAB/PA 15.408-A. APELADO: JOAO BATISTA
RODRIGUES DA COSTA. ADVOGADO: MARCOS ANTONIO COUTINHO - OAB/GO 40.938 RELATOR:
DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: PROCESSO CIVIL E DIREITO CIVIL. APELAÇÃO. TRANSAÇÃO. VALIDADE E EFICÁCIA.


HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO JUDICIAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO.

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por TIM CELULAR S/A, nos autos de Ação Declaratória de
Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais com Pedido de Tutela Provisória de
Urgência proposta contra JOAO BATISTA RODRIGUES DA COSTA, ante o inconformismo com
sentença proferida pelo Juiz de Direito da Vara Única de Pacajá/Pa (ID 2866429), que julgou procedente
os pedidos contidos na inicial.

O apelante apresentou razões do recurso (ID 2866430).

O apelado apresentou contrarrazões ao recurso (ID 2866431).

A parte apelante peticiona nos autos, juntando minuta de acordo extrajudicial de (ID 3947989).

A parte apelante peticiona nos autos, juntando o comprovante de depósito referente ao acordo entabulado
entre as partes (ID 4042990).

É o sucinto relatório. Decido monocraticamente.

A validade e eficácia endoprocessual da transação realizada depende unicamente da constatação dos


requisitos indispensáveis aos negócios jurídicos em geral, previstos no art. 104, do Código Civil, vale dizer,
agente capaz, objeto lícito, possível e determinável, e forma prescrita ou não defesa em lei. Sendo
plenamente lícito a transação acerca de objeto de litígio, conforme expressa o art. 840, do Código Civil.

A respeito da validade e eficácia da transação, transcrevo ementa de julgado que simboliza a pacífica
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, da lavra do Ministro Luis Felipe Salomão:

RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC/1973. UNIÃO ESTÁVEL. NÃO


CONFIGURAÇÃO. TRANSAÇÃO DE DIREITOS DISPONÍVEIS. DESNECESSIDADE DE
HOMOLOGAÇÃO PELO JUÍZO. PRODUÇÃO DE EFEITOS A PARTIR DE SUA CONCLUSÃO. ATO
JURÍDICO PERFEITO E ACABADO. ARREPENDIMENTO UNILATERAL. IMPOSSIBILIDADE.

1. Não há falar-se em ofensa ao art. 535 do CPC/1973, pois a matéria em exame foi devidamente
enfrentada pelo Tribunal de origem, que emitiu pronunciamento de forma fundamentada, ainda que em
sentido contrário à pretensão da parte recorrente. 2. As relações afetivas são inquestionavelmente
complexas e, da mesma forma, o respectivo enquadramento no ordenamento, principalmente, no que
respeita à definição dos efeitos jurídicos que delas irradiam. 3. A união estável, por se tratar de estado de
fato, demanda, para sua conformação e verificação, a reiteração do comportamento do casal, que revele,
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a um só tempo e de parte a parte, a comunhão integral e irrestrita de vidas e esforços, de modo público e
por lapso significativo. 4. Não é qualquer relação amorosa que caracteriza a união estável. Mesmo que
pública e duradoura e celebrada em contrato escrito, com relações sexuais, com prole, e, até mesmo, com
certo compartilhamento de teto, pode não estar presente o elemento subjetivo fundamental consistente no
desejo de constituir família. 5. Nesse passo, afastada a configuração da formação de união estável, no
caso concreto, reconhece-se como transação particular de direitos disponíveis o acordo firmado entre as
partes e apresentado a Juízo para homologação. 6. Transação é o negócio jurídico bilateral, em que
duas ou mais pessoas acordam em concessões recíprocas, com o propósito de pôr termo à
controvérsia sobre determinada relação jurídica, seu conteúdo, extensão, validade ou eficácia. 7.
Uma vez concluída a transação, impossível é a qualquer das partes o arrependimento unilateral,
mesmo que ainda não tenha sido homologado o acordo em Juízo. Ultimado o ajuste de vontade,
por instrumento particular ou público, inclusive por termo nos autos, as suas cláusulas ou
condições obrigam definitivamente os contraentes, de sorte que sua rescisão só se torna possível
'por dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa' (Código Civil de 2002,
art. 849; CC de 1916, art. 1.030). 8. Se, após a transação, uma parte se arrepender ou se julgar
lesada, nova lide pode surgir em torno da eficácia do negócio transacional, mas a lide primitiva já
estará extinta. Só em outro processo, portanto, será possível rescindir-se a transação por vício de
consentimento. 9. A jurisprudência desta Corte é pacífica e não vacila, no sentido de que a
transação, com observância das exigências legais, sem demonstração de algum vício, é ato
jurídico perfeito e acabado, não podendo o simples arrependimento unilateral de uma das partes
dar ensejo à anulação do pacto. 10. Recurso especial não provido.

(REsp 1558015/PR, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 12/09/2017, DJe
23/10/2017)

Portanto, na hipótese dos autos, verifico que, em relação ao termo de acordo extrajudicial de (ID 3947989
), as partes são capazes, o objeto da transação é inteiramente lícito, possível e determinado, e a forma
obedece aos ditames legais, inexistindo, a priori, vícios que maculem o negócio jurídico formalizado.

ASSIM, com fundamento no art. 932, inciso I, do CPC, HOMOLOGO os termos da transação de (ID
3947989), de modo a tornar concretos os efeitos práticos e legais do correspondente acordo.

Em atenção ao disposto no item 5 do termo de acordo extrajudicial, as eventuais custas processuais


deveram ser arcadas pela reclamada.

Em razão da homologação do acordo e da previsão do art. 922 do CPC, determino a remessa imediata
dos presentes autos ao primeiro grau.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0811531-88.2020.8.14.0000 Participação: REPRESENTANTE Nome: D. P. A.


Participação: ADVOGADO Nome: PAMELA ALENCAR DE MORAES OAB: 18139/PA Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO SOUSA DA SILVA OAB: 21742/PA Participação: AGRAVANTE Nome: E.
C. A. L. Participação: AGRAVANTE Nome: S. A. L. Participação: AGRAVADO Nome: R. M. L. 1ª TURMA
379
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0811531-88.2020.8.14.0000

COMARCA: PARAUAPEBAS

AGRAVANTE: E.C.A.L e S.A.L

REPRESENTANTE LEGAL: DIEILA PINTO AMORIM

AGRAVADO: RODRIGO MOREIRA LIMA

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA QUE JULGOU O FEITO


PRINCIPAL. PERDA DO OBJETO RECURSAL. RECURSO PREJUDICADO. PRECEDENTE DO STJ.
ART. 932, III, DO CPC/2015. RECURSO NÃO CONHECIDO.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto perante este Egrégio Tribunal de Justiça por
E.C.A.L e S.A.L representados por DIEILA PINTO AMORIM em face RODRIGO MOREIRA LIMA,
diante de seu inconformismo com decisão proferida.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJE, constatei sentença de ID 30874027 –
05/08/2021, que HOMOLOGOU ACORDO FIRMADO PELAS PARTES na ação originária (nº 0806506-
71.2020.8.14.0040). Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer que o presente recurso se encontra
prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatado no juízo a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, julgo prejudicado o presente recurso, ante a perda
superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator

Número do processo: 0002053-94.2013.8.14.0013 Participação: APELANTE Nome: MARIA JOANA DA


SILVA PONTES Participação: ADVOGADO Nome: ALVARO AUGUSTO DE PAULA VILHENA OAB:
4771/PA Participação: APELADO Nome: SUL AMERICA COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS
Participação: ADVOGADO Nome: WEBER DO AMARAL CHAVES OAB: 120446/RJ Participação:
380
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
APELAÇÃO CÍVEL (198):0002053-94.2013.8.14.0013
APELANTE: MARIA JOANA DA SILVA PONTES
Nome: MARIA JOANA DA SILVA PONTES
Endereço: desconhecido
Advogado: ALVARO AUGUSTO DE PAULA VILHENA OAB: PA4771-A Endereço: AVENIDA DOUTOR
FREITAS, MARCO, BELéM - PA - CEP: 66080-220
APELADO: SUL AMERICA COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS
Nome: SUL AMERICA COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS
Endereço: desconhecido
Advogado: WEBER DO AMARAL CHAVES OAB: RJ120446 Endereço: desconhecido
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Recurso de Apelação (Processo nº 0002053-94.2013.8.14.0013), interposto perante este


Egrégio Tribunal de Justiça por MARIA JOANA DA SILVA PONTES, nos presentes autos da Ação de
Execução, movida em desfavor de SUL AMÉRICA – COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS e outro, ora
apelados, em razão de sentença proferida pelo juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial de Capanema – PA,
que julgou procedentes os Embargos do Devedor, declarando nulo o título executivo que embasa a inicial
executiva, dando por consequência nula a Execução, nos termos do art. 168, parágrafo único e 965 do
Código Civil.

Em suas razões recursais, sob o Num. 4421342 – pág. 2/18, a Embargada/apelante suscita a legalidade
do contrato de seguro firmado entre as partes e que não há o reconhecimento de fraude nos autos que
viesse a inviabilizar o pagamento da indenização discutida. Requer o conhecimento e provimento do
recurso, para a reforma da sentença recorrida.

Em certidão sob o Num. 4421343 – pág. 4, o juízo de 1º grau deferiu a gratuidade de justiça requerida pela
apelante e determinou a intimação do apelado para a apresentação de contrarrazões recursais.

Em contrarrazões recursais sob o Num. 4421343 – pág. 11/18, a apelada suscita a intempestividade do
recurso de apelação, motivo pelo qual requer o seu não conhecimento.

Éo sucinto relatório.

Decido.

De início, vale salientar que a análise do juízo de admissibilidade recursal é matéria de ordem pública,
portanto, uma vez constatada a ausência de um dos seus requisitos, resta impossibilitado o conhecimento
do recurso.

O prazo para interposição do presente Recurso de Apelação estava previsto no art. 508 do CPC/73, que
assim rezava:

Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso
extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze)
dias.

A sentença recorrida foi publicada na edição nº 5.698/2015 do DJe, que circulou no dia 16/03/2015
381
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(segunda-feira). Diante disto, e considerando a regra contida no art. 508 do CPC/73, a contagem do prazo
iniciou no dia 17/03/2015 (terça-feira), findando em 31/03/2015 (terça-feira). Contudo, a apelante
protocolou seu recurso na data de 06/04/2015 (segunda-feira), fora do prazo legal, conforme protocolo sob
o Num. 4421342 – pág. 1, ou seja, intempestivamente.

Desse modo, NÃO CONHEÇO do presente recurso, ex vi do art. 932, III do CPC, em face de sua
interposição intempestiva.

Belém – PA, em data registrada no sistema.

José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior

Desembargador – Relator

Número do processo: 0000806-67.2012.8.14.0028 Participação: APELANTE Nome: JOHN HERBERT


VIEIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: LIVIA MARIA RIBEIRO DA SILVA OAB: 12082/PA
Participação: APELADO Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA OAB: 11307/PA 1ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO. APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000806-67.2012.8.14.0028. COMARCA:
MARABÁ / PA.

APELANTE: SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A.

ADVOGADO: ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA - OAB/PA nº 11.307.

APELADO: JOHN HERBERT VIEIRA DA SILVA.

ADVOGADO: LÍVIA MARIA RIBEIRO DA SILVA - OAB/PA nº 12.082.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA
Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT. PERÍCIA.


CONSTATAÇÃO DE INVALIDEZ PARCIAL INCOMPLETA. GRAU DE INVALIDEZ. CÁLCULO
ERRÔNEO PELO JUÍZO DE 1º GRAU. QUANTIA PAGA ADMINISTRATIVAMENTE CORRESPONDEU
AO VALOR CORRETO. AUSÊNCIA DE SALDO A PAGAR A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO. OBEDIÊNCIA
DA LEI Nº 6.194/74. SÚMULAS 474 E 544/STJ. REFORMA DA SENTENÇA. INVERSÃO DO ÔNUS DE
SUCUMBÊNCIA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta perante este Egrégio Tribunal de Justiça pela SEGURADORA
LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A, nos autos da ação de cobrança de seguro DPVAT
movida em seu desfavor por JOHN HERBERT VIEIRA DA SILVA, diante de seu inconformismo com a
sentença proferida - em 28/03/2014 - pelo juízo da 1ª Vara Cível de Marabá, que julgou procedente o
pedido do Autor, condenando o Réu ao pagamento de diferença a título de indenização do seguro DPVAT
no importe de R$-8.775,00 (oito mil, setecentos e setenta e cinco reais)

Razões às fls. ID 5856605 - Pág. 01/09, onde o Recorrente sustenta, em síntese, que o laudo pericial
juntado aos autos pelo próprio Autor não autoriza a pretensa complementação do valor da indenização
382
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

que foi paga administrativamente (R$-4.725,00), pois tal valor foi creditado ao Autor em consonância com
a tabela do Conselho Nacional de Seguros Privados, a qual já teve a validade sumulada pelo C. STJ. Isto
posto, requereu pela reforma da sentença e o consequente julgamento de improcedência dos pedidos do
Apelado.

Mesmo tendo sido devidamente intimado, o Apelado não apresentou contrarrazões.

É o sucinto relatório. Decido monocraticamente.

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.

Sem delongas, verifico que o juízo a quo calculou de forma errônea a indenização devida a título de
seguro DPVAT, não observando, precisamente, o que dispõe a Lei nº 6.194/74, senão vejamos.

In casu, resta incontroversa a constatação pelo laudo pericial juntado pelo Autor que este possui
debilidade permanente parcial em sua perna esquerda em grau de 50%. Isto posto, esta porcentagem
deve incidir sobre o valor correspondente a 70% de R$-13.500,00 (o que equivale a R$-9.450,00). Logo,
50% de R$-9.450,00 (nove mil, quatrocentos e cinquenta reais) equivale a R$-4.725,00 (quatro mil,
setecentos e vinte e cinco reais), sendo este o valor que seria devido ao Apelado a título de
indenização.

Contudo, resta incontroverso o fato de que o Apelado já recebeu administrativamente o valor de R$-
4.725,00 (quatro mil, setecentos e vinte e cinco reais), nos termos do documento de fls. ID 5856590 - Pág.
10. Deste modo, não resta qualquer saldo remanescente devido ao Autor. Nesse sentido, confira-se:

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT). ACIDENTE DE TRÂNSITO.


DEBILIDADE PERMANENTE PARCIAL INCOMPLETA, EM GRAU MODERADO, DA FUNÇÃO
LOCOMOTORA. INDENIZAÇÃO PROPORCIONAL À LESÃO SOFRIDA. CORREÇÃO MONETÁRIA.
EVENTO DANOSO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

1.Na ação de cobrança de indenização de seguro DPVAT o termo inicial da correção monetária é a data
do evento danoso, e não a data do ajuizamento da ação. Precedente: AgRg no AREsp 46.024/PR, Rel.
Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/02/2012, DJe 12/03/2012.

2. Conforme enunciado da súmula nº 474/STJ, "a indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez
parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez".

3.Da análise da Lei nº 6.194/74, vê-se que o critério de gradação para se chegar ao valor a ser indenizado
é bifásico. Assim, no primeiro momento apura-se se a perda anatômica ou funcional dos membros
afetados foi completa ou incompleta. Após, se for incompleta, analisa-se a repercussão da perda, que
pode ser intensa, média, leve ou residual. Se a perda anatômica ou funcional for completa, deve-se
enquadrar diretamente o caso na tabela da Lei nº 11.945/09, sendo desnecessário o avanço à segunda
fase.

4. Na hipótese, tendo a recorrida sofrido debilidade permanente da função locomotora, em grau


moderado, da perna esquerda, o percentual a ser aplicado é de 70% (setenta por cento) - Danos
Corporais Segmentares (Parciais): Perda anatômica e/ou funcional completa deum dos membros inferiores
-, do valor máximo da cobertura (R$ 13.500,00). Desse cálculo, obtém-se o valor de R$9.450,00 (nove mil
quatrocentos e cinquenta reais) - R$ 13.500,00 x 70% = 9.450,00.

5. Tem-se, ainda, por se tratar de invalidez permanente parcial incompleta, que se deve promover a
redução proporcional para o tipo de perda, no caso, moderada, que é de 50% (cinquenta por cento).
Dessa forma, o cálculo demonstra que o valor devido é de R$ 4.725,00 (quatro mil setecentos e vinte e
cinco reais) - R$ 9.450,00 x 50% = R$ 4.725,00.
383
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(TJDFT - 3ª Tturma Recursal - ACJ 20140310236374, Relator ROBSON BARBOSA DE AZEVEDO,


publicado no DJe em 25/05/2015)

Ademais, saliento que para que o autor fizesse jus ao recebimento da indenização integral máxima no
valor de R$-13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), deveria ele ter comprovado ao menos a perda total
do uso de uma das pernas, fato este que consoante a prova pericial juntada pelo próprio Apelado, não
ocorreu.

Sobre o assunto, importante se faz também colacionar o enunciado das seguintes súmulas do C. STJ:

Súmula 474: A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de
forma proporcional ao grau da invalidez.

Súmula 544: É válida a utilização de tabela do Conselho Nacional de Seguros Privados para estabelecer
a proporcionalidade da indenização do seguro DPVAT ao grau de invalidez também na hipótese de sinistro
anterior a 16/12/2008, data da entrada em vigor da Medida Provisória n. 451/2008.

ASSIM, ante todo o exposto, CONHEÇO e DOU PROVIMENTO ao apelo interposto, pelo que reformo
a sentença vergastada e julgo improcedente os pedidos contidos na exordial.

Por via de consequência, inverto, em desfavor do Autor, os ônus de sucumbência, devendo este
arcar com as custas e honorários advocatícios, este no importe de R$-2.000,00 (dois mil reais), nos
termos do art. 20, §4º, do CPC/1973, contudo, destaco que as obrigações decorrentes da
sucumbência ficarão suspensas nos termos dos artigos 12, da Lei nº 1.060/50 (vigente à época da
sentença) c/c art. 98, §3º, do CPC/2015, eis que o Autor litigou sob o pálio da justiça gratuita
(deferimento tácito, vide: AgRg nos EAREsp 440971 / RS, Ministro RAUL ARAÚJO, CE - CORTE
ESPECIAL, DJe 17/03/2016).

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0005314-71.2016.8.14.0010 Participação: APELANTE Nome: ZESIEL ALVES DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: THAISA CRISTINA CANTONI FRANCA OAB: 35670/PR
Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK OAB: 53400/PR
Participação: APELADO Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: LUANA SILVA SANTOS OAB: 16292/PA Participação: ADVOGADO
Nome: MARILIA DIAS ANDRADE OAB: 14351/PA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0005314-71.2016.8.14.0010.

COMARCA: BREVES / PA.

APELANTE: ZESIEL ALVES DA SILVA.

ADVOGADO: ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK - OAB/PR nº 53.400.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

APELADO: SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A.

ADVOGADO: LUANA SILVA SANTOS - OAB/PA nº 16.292.

ADVOGADO: MARILIA DIAS ANDRADE - OAB/PA nº 14.351.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. INTERPOSIÇÃO FORA DO PRAZO. RECURSO EXTEMPORÂNEO.


ART. 932, III, DO CPC/2015. RECURSO NÃO CONHECIDO.

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta perante este Egrégio Tribunal de Justiça por ZESIEL ALVES
DA SILVA., nos autos da Ação de Indenização do Seguro DPVAT movida em desfavor da
SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A, diante de seu inconformismo
com a sentença proferida pelo juízo da 2ª Vara Cumulativa de Breves, que julgou improcedente os pedidos
elencados na exordial, uma vez que a pretensão indenizatória é carente de amparo fático e probatório.

Razões às fls. ID 5666199 e ID 5666200.

Contrarrazões às fls. ID 5666201 e ID 5666202.

É o sucinto relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que o presente recurso é intempestivo.

A sentença foi proferida em 18/11/2019, tendo ela sido publicada no Diário de Justiça Eletrônico – DJE,
edição nº 6309/2017, em 17/12/2019 (fls. ID 5666198 - Pág. 3/4). Isto posto, temos que o termo inicial do
prazo recursal foi o dia 18/12/2019 (quarta-feira), enquanto que o seu termo final ocorreu em
06/02/2020 (quinta-feira).

Dessarte, nos termos do documento de fls. ID 5666199 - Pág. 1, verifica-se que o apelo somente foi
interposto em 21/02/2020, pelo que resta patente a conclusão de que o mesmo é extemporâneo.

ASSIM, ante o exposto, nos termos do art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de
apelação, ante a sua interposição extemporânea.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator

Número do processo: 0801464-08.2018.8.14.0009 Participação: APELANTE Nome: BOA VISTA


SERVICOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO DRUMOND GRUPPI OAB: 163781/SP
Participação: APELADO Nome: MARIA DOLORES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RODOLFO QUEIROZ LOPES DOS SANTOS OAB: 28478/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS
AQUILES CAROBOLANTE OAB: 28479/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

Faço público a quem interessar possa que, nos autos do processo de nº 0801464-08.2018.8.14.0009
foram opostos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, estando intimada, através deste ato, a parte interessada
para a apresentação de contrarrazões, em respeito ao disposto no §2º do artigo 1023 do novo Código de
Processo Civil. (ato ordinatório em conformidade com a Ata da 12ª Sessão Ordinária de 2016 da 5ª
Câmara Cível Isolada).

Belém,(Pa), 16 de agosto de 2021

Número do processo: 0808156-45.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO HONDA


S/A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO SANTANA BATISTA OAB: 30181/PA Participação:
AGRAVADO Nome: LANA ROSA FERRAZ DE ABREU

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0808156-45.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: BANCO HONDA S/A.
Nome: BANCO HONDA S/A.
Endereço: Rua Doutor José Áureo Bustamante, 377, Santo Amaro, SãO PAULO - SP - CEP: 04710-090
Advogado: MARCIO SANTANA BATISTA OAB: PA30181-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: LANA ROSA FERRAZ DE ABREU
Nome: LANA ROSA FERRAZ DE ABREU
Endereço: Rua da Castrol, 40, Centro, ANANINDEUA - PA - CEP: 67030-030
DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por BANCO HONDA S/A contra decisão proferida
pelo Juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial de Ananindeua/PA, nos autos da Ação de Busca e Apreensão
com Pedido Liminar (processo eletrônico nº 0809161-84.2021.8.14.0006), ajuizada pela parte agravante
em face de LANA ROSA FERRAZ DE ABREU, ora agravada.

Analisando os presentes autos, verifico que a parte agravante não instruiu devidamente seu recurso no ato
da distribuição, uma vez que ausentes o documento de comprovação do pagamento do preparo recursal
denominado: “relatório de conta do processo”.

Nesse sentido, destaca-se que a data de interposição do instrumento é 09/08/2021 e a parte agravante
somente juntou aos autos o “relatório de conta do processo” através de petição datada
de 10/08/2021 (Num. 5903672 – Pág. 1), fora do prazo recursal.

Sabido é que a parte recorrente deve comprovar o recolhimento do preparo recursal no ato da
interposição do recurso, conforme dispõe o art. 1.007, do CPC, sob pena de incorrer no disposto do §4º
do mesmo artigo, que determina o recolhimento do preparo recursal em dobro, sob pena de deserção.
386
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ademais, a regular comprovação do preparo recursal é composto pelo relatório de contas do processo, o
boleto bancário e seu comprovante de pagamento. Portanto, deveria ter o recorrente juntado o
documentos denominado: “relatório de conta do processoo”, o qual é de seu ônus, nos termos art. 9º, §
1º e art. 10, ambos da Lei Estadual nº 8.328 de 2015, que dispõe sobre o Regimento de Custas e outras
despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará. Todavia, a parte agravante
somente juntou o referido relatório no dia seguinte (IDs 5903671 e 5903672).

Diante do exposto, INTIME-SE a parte agravante para que, no prazo de 05 (cinco) dias efetue a
complementação do pagamento em dobro do preparo deste recurso, em observância ao art. 9º, § 1º e
art. 10, ambos da Lei Estadual nº 8.328 de 2015, c/c o art. 1.007, §4º e o art. 932, parágrafo único, ambos
do CPC, sob pena de deserção.

Após, retornem conclusos.

Belém-PA, data registrada no sistema.

José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior

Desembargador – Relator

Número do processo: 0006764-86.2017.8.14.0051 Participação: APELANTE Nome: LUCILENE


HENRIQUE LIBERAL Participação: ADVOGADO Nome: FRANCIVALDO CARDOSO RODRIGUES OAB:
14820/PA Participação: APELADO Nome: EQUATORIAL PARA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A
Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB:
12358/PA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO. APELAÇÃO CÍVEL – Nº. 0006764-86.2017.8.14.0051
COMARCA: SANTARÉM/PA.

APELANTE: LUCILENE HENRIQUE LIBERAL

APELADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DESPACHO

Intime-se a parte apelante, LUCILENE HENRIQUE LIBERAL, para manifestar-se sobre a petição de ID
4521274, que informa ter havido acordo entre as partes.

Após, voltem-me os autos conclusos.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator
387
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0808101-94.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO


DAYCOVAL S/A Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB:
23255/PE Participação: AGRAVADO Nome: ALCEU FERREIRA MOTA Participação: ADVOGADO Nome:
JOZENILDA NASCIMENTO SANTANA OAB: 18441/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0808101-94.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: BANCO DAYCOVAL S/A
Nome: BANCO DAYCOVAL S/A
Endereço: Avenida Governador José Malcher, 168, Ed. Empresarial Bolonha - Salas 502 / 503, Nazaré,
BELéM - PA - CEP: 66035-065
Advogado: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: PE23255-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: ALCEU FERREIRA MOTA
Nome: ALCEU FERREIRA MOTA
Endereço: desconhecido
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO com pedido de efeito suspensivo interposto por BANCO
DAYCOVAL S/A, em face de decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara e Empresarial da Comarca de
Marabá/PA, nos autos da Ação de Cancelamento de Contrato e Restituição de Valores c/c
Indenização por Danos Morais e Tutela Antecipada (processo eletrônico n° 0806209-
66.2021.814.0028), ajuizada por ALCEU FERREIRA MOTA, ora agravado, em face da parte
agravante, que com fundamento art. 300 do CPC, deferiu o pedido de tutela de urgência pleiteada na
inicial pela parte requerente, nos seguintes termos:

ISTO POSTO, por tudo que dos autos consta, defiro o pedido de tutela ANTECIPADA, determinando que
a parte ré promova a suspensão dos descontos no benefícios da autora, referente ao(s) contrato(s)
ativo(s) descritos na inicial, em 10 (dez) dias, sob pena de multa diária no valor de R$ 1.000,00 (hum mil
reais), até o limite de R$ 20.000,00, no caso de descumprimento.

Em suas razões recursais, alega o Banco agravante que a multa cominatória tem como objetivo coagir o
réu ao cumprimento da obrigação de fazer reconhecida em sentença ou tutela antecipada, no entanto, não
busca ressarcir o credor pelos danos sofridos.

Defende, nesse sentido, que a multa diária aplicada pelo juízo a quo, no valor de R$1.000,00 (um mil
reais) até o limite de R$20.000,00 (vinte mil reais), referente ao contrato desatende a qualquer critério de
razoabilidade e proporcionalidade, razão pela qual deve ser imediatamente rechaçado, por violar o
princípio da proporcionalidade e a previsão do art. 884 do Código Civil.

Sustenta, ainda, que a manutenção da decisão agravada no que tange à multa aplicada pelo
descumprimento da obrigação deferida tende a proporcionar enriquecimento sem causa da parte
agravada, sendo mais vantajoso à parte agravada cobrar o valor da pena pecuniária a ver cumprida a
obrigação imposta, considerando o quantum fixado.

Dessa maneira, aduz que no presente caso a multa diária fixada, além de ser indevida, se mostra
excessiva, uma vez que entende ser evidente a desproporcionalidade entre o seu valor e o montante do
suposto prejuízo que foi causado à parte autora, pleiteado na ação.

Ademais, argumenta que em razão do fato de a obrigação ter sido imposta de forma mensal, arbitrar a
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multa diária nesse caso ocasionará a desproporcionalidade da conduta da parte agravante e o suposto
prejuízo vivenciado pela parte agravada.

Requer, nesse sentido, o conhecimento do recurso e, preliminarmente, a concessão de efeito suspensivo


à eficácia da decisão agravada no que tange à imposição de multa diária e, no mérito, o total provimento
do agravo de instrumento no sentido de afastar a aplicação de multa ou, subsidiariamente, reduzir
seu quantum.

Éo breve relatório.

DECIDO.

Conheço do recurso, eis que preenchidos os requisitos de admissibilidade recursal.

Passo a análise dos pedidos, conforme os requisitos dispostos no art. 995, parágrafo único, do CPC.

Analisando a petição inicial dos autos principais (Num. 5882572 – Pág. 4/13), verifica-se que a parte
agravada alega que desconhece os descontos havidos em seu benefício previdenciário, decorrentes de
suposta contratação empréstimo consignado junto ao banco agravante, no valor de R$ 2.699,00 (dois mil,
seiscentos e sessenta e nove reais), em 84 descontos mensais de R$ 65,00 (sessenta e cinco reais),
iniciados em maio de 2021, referente ao contrato nº 50-9094877/21.

Evidencia-se, do espelho de Extrato de Empréstimos Consignados da parte agravada (Num. 5882572 -


pág.17), que a agravante realiza descontos mensais no valor de R$ 65,00 (sessenta e cinco reais) no
benefício parte recorrida.

Analisando os autos, verifica-se que o agravante requer a concessão de efeito suspensivo tão somente
para suspender a eficácia da decisão interlocutória que determinou que a agravante suspendesse os
descontos efetuados no benefício previdenciário da parte autora/agravada, no prazo de 10 (dez) dias, sob
pena de multa diária no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) até o limite de $ 20.000,00 (vinte mil reais) em
caso de descumprimento.

Pois bem.

Dispõe o art. 537 do CPC quanto a possibilidade de aplicar multa no caso de tutela provisória, in verbis:

Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de
conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente
e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.
Grifo nosso.

Dessa maneira, o objetivo das astreintes é de compelir a parte ao cumprimento da obrigação determinada.
Ressalta-se que a multa será aplicada independentemente de a parte requerida demonstrar resistência ao
cumprimento da tutela, todavia, somente irá incidir caso haja o efetivo descumprimento da ordem judicial,
observando-se um limite razoável de tempo para fixação.

Sabe-se que as astreintes devem ser fixadas levando-se em consideração os princípios da


proporcionalidade e da razoabilidade, devendo ainda ser suficiente e compatível com a obrigação. Ainda,
deve observar a expressão econômica da prestação que deve ser cumprida, com o fim de não importar em
enriquecimento ilícito, assim como deve durar enquanto se mostrar útil ao seu fim, devendo o seu
aplicador fazer a análise temporal de sua eficácia e sopesar, observando os referidos princípios, o seu
valor, posto que se fixada em valor irrisório, não surtirá o efeito desejado de coagir a parte ao cumprimento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

da obrigação.

Por último, importa destacar que, nos termos do parágrafo 4º do art. 537 do CPC, a multa é devida desde
o dia em que se configura o descumprimento da decisão, o que ocorre após o esgotamento do prazo de
cinco dias úteis para que o banco providencie junto ao INSS a suspensão dos descontos, e incide
enquanto não for cumprida a decisão que a tiver cominado até o limite temporal fixado na decisão
combatida. Assim, depende unicamente da pare agravante evitar a incidência das astreintes.

Isso posto, em sede de cognição sumária, consoante o previsto no art. 995, parágrafo único do CPC, não
vislumbro a presença dos requisitos ensejadores à concessão do efeito suspensivo pretendido, motivo
pelo qual o indefiro.

Intime-se a parte agravada, na forma disposta no inciso II do art. 1.019 do CPC, para que responda, no
prazo de 15 (quinze) dias, sendo-lhe facultado juntar a documentação que entender necessária ao
julgamento do recurso.

Servirá a cópia da presente decisão como mandado/ofício.

Belém, em data registrada no sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR

DESEMBARGADOR- RELATOR

Número do processo: 0807524-19.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: JOSIEL


NASCIMENTO DOS SANTOS FILHO Participação: ADVOGADO Nome: ANNA CORREA MEDRADO
OAB: 22516/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAPHAEL AUGUSTO CORREA OAB: 12815/PA
Participação: AGRAVADO Nome: SUELLEN GONCALVES RODRIGUES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0807524-19.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: JOSIEL NASCIMENTO DOS SANTOS FILHO
Nome: JOSIEL NASCIMENTO DOS SANTOS FILHO
Endereço: Passagem Boa Esperança, 149, Maguari, ANANINDEUA - PA - CEP: 67145-120
Advogado: RAPHAEL AUGUSTO CORREA OAB: PA12815-A Endereço: desconhecido Advogado: ANNA
CORREA MEDRADO OAB: PA22516-A Endereço: Rua Antônio Barreto, 130, sala 1103, Fátima, BELéM -
PA - CEP: 66060-021
AGRAVADO: SUELLEN GONCALVES RODRIGUES
Nome: SUELLEN GONCALVES RODRIGUES
Endereço: desconhecido
DECISÃO

Compulsando os autos, constato que foi oportunizado a parte agravante a possibilidade de comprovação
da sua hipossuficiência de forma a ser concedido o benefício da gratuidade da justiça, uma vez existir
indícios da sua capacidade financeira nos autos, ou, se assim quisesse, realizasse o pagamento das
custas, consoante despacho de Id (Num. 5811133 - Pág. 1/2).
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A parte agravante manifestou-se tempestivamente no ID Num. 5953687, juntando pró-labore (Num.


5953680 e Num. 5953681).

Pois bem.

Em análise dos documentos juntados aos autos deste recurso, verifico que a parte agravante se qualifica
como engenheiro civil, auferindo remuneração no valor de R$ 2.466,67 (dois mil, quatrocentos e sessenta
e seis reais e setenta e sete centavos) pela Prefeitura de Benevides-PA (Num. 5770933 a Num.5770936)
e pro-labore de R$ 2.467,00 (dois mil, quatrocentos e sete reais) pela empresa Construtora Maranhão
Eireli (Num. 5953680 e Num. 5953681), de sua propriedade.

Portanto, a documentação juntada demonstra que a parte agravante possui capacidade econômica para o
pagamento das custas processuais, afastando a presunção relativa da hipossuficiência, nos termos das
Súmula nº 6 do E. Tribunal de Justiça, não fazendo jus ao benefício da assistência judiciária gratuita
pleiteado.

Assim, INDEFIRO a gratuidade da justiça pleiteada, pelo que DETERMINO a intimação da parte
agravante para proceder o recolhimento das custas recursais, no prazo de 5 (cinco) dias, na forma
do art. 99, §7º e art. 101, §2º c/c art. 932, parágrafo único e art. 1.017, §3º, todos do CPC, sob pena
de não conhecimento do recurso por deserção.

ÀSecretaria da UPJ para as providências.

Cumpra-se.

Belém-PA, data registrada no sistema.

José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior

Desembargador - Relator

Número do processo: 0800214-18.2020.8.14.0025 Participação: APELANTE Nome: JOSE DO


NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: FABIO CARVALHO SILVA OAB: 22135/PA
Participação: APELADO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO
Nome: WILSON SALES BELCHIOR OAB: 20601/PA

R. h.

Considerando tratar a matéria versada nos presentes autos de direitos disponíveis, manifestem-se as
partes acerca da possibilidade de Conciliação no prazo sucessivo de 10 (dez) dias:

1. Apresentada proposta de acordo, intime-se a parte adversa para manifestar-se também no prazo de
10 (dez) dias.

2. Decorrido o prazo in albis, voltem-me os autos conclusos.

Publique-se. Intimem-se.
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Número do processo: 0804327-56.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ENGTOWER


ENGENHARIA LTDA. - ME Participação: ADVOGADO Nome: MANUEL ALBINO RIBEIRO DE AZEVEDO
JUNIOR OAB: 23221/PA Participação: AGRAVADO Nome: ROSINALDO DA SILVA BRAGA Participação:
ADVOGADO Nome: AUGUSTO JARCEDY DA SILVA MARTINS FILHO OAB: 234/PA Participação:
AGRAVADO Nome: SANDRA SUELY SARDO BRAGA Participação: ADVOGADO Nome: AUGUSTO
JARCEDY DA SILVA MARTINS FILHO OAB: 234/PA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0804327-56.2021.8.14.0000

EMBARGANTE: ENGTOWER ENGENHARIA LTDA - ME

EMBARGADO: ROSINALDO DA SILVA BRAGA

EMBARGADA: SANDRA SUELY SARDO BRAGA

COMARCA DE ORIGEM: BELÉM/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – DECISÃO QUE DEFERIU EM PARTE PEDIDO DE EFEITO


SUSPENSIVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO – OMISSÃO QUANTO A FUNDAMENTAÇÃO DO
DECISUM NÃO CONSTATADO – HIPÓTESES DO ART. 1.022 DO CPC/2015 NÃO DEMONSTRADAS –
DECISÃO MONOCRÁTICA – CONHECIDO E DESPROVIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os presentes autos de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO


opostos por ENGTOWER ENGENHARIA LTDA - ME em face de ROSINALDO DA SILVA BRAGA,
SANDRA SUELY SARDO BRAGA e da DECISÃO DE ID. 5175427, que deferiu em parte o pedido de
efeito suspensivo pleiteado pelo ora embargante em agravo de instrumento.

Dessa decisão, opôs o então agravante ENGTOWER ENGENHARIA LTDA - ME Embargos de Declaração
(ID. 5251566).

Alega, em suma, que decisão embargada teria sido omissa quanto a não celebração do contrato de
financiamento do imóvel objeto da lide; bem como quanto a validade da cláusula que estabelece o início
do prazo de entrega da unidade após a assinatura do contrato de financiamento.

Pugna, assim, pelo acolhimento dos aclaratórios para que reformada a decisão embargada, seja
concedido o efeito suspensivo ao recurso de agravo de instrumento.

O prazo para a apresentação de contrarrazões aos Embargos de Declaração decorreu in abis (ID.
5382316).
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É o breve relatório.

Decido.

Precipuamente, cumpre destacar que o art. 1.022 do Novo Código de Processo Civil, prescreve que os
Embargos de Declaração serão cabíveis nas hipóteses em que houver obscuridade ou contradição ou
ainda, quando o Magistrado se omitir com relação a algum dos apontamentos levantados pelas partes:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, §1º.

Neste contexto, urge trazer à colação o magistério de Luiz Orione Neto, in verbis:

“O recurso de embargos de declaração é um remédio jurídico que a lei coloca à disposição das partes, do
Ministério Público e de terceiro, a viabilizar, dentro da mesma relação jurídica processual, a impugnação
de qualquer decisão judicial que contenha o vício da obscuridade, contradição ou omissão, objetivando
novo pronunciamento perante o mesmo juízo prolator da decisão embargada, a fim de completá-las ou
esclarece-la”.

(ORIONE NETO, Luiz. Recursos Cíveis. 2ª ed., ver. Atual. e ampliada, Saraiva, São Paulo, 2006, p. 385).

Analisando os autos, verifica-se que a Decisão embargada expôs e fundamentou perficientemente os


motivos que ensejaram a concessão apenas em parte do efeito suspensivo pleiteado.

Nesse sentido, vejamos o capítulo referente a fundamentação do decisum:

“[...]

Precipuamente, destaca-se, que o momento processual admite a análise não exauriente das questões
postas, sem maiores incursões sobre o mérito, de sorte que, cumpre analisar a existência dos requisitos
para a concessão do efeito ora pleiteado.

A legislação processual civil consagra a possibilidade de concessão antecipada, parcial ou integral de


provimento provisório a parte demandante antes do exaurimento cognitivo do feito que se consolidará com
a sua devida instrução processual, vide art. 300 do NCPC.

Do citado dispositivo depreende-se que a concessão de tutela de urgência pressupõe a existência do


pedido da parte; a prova inequívoca dos fatos alegados; o fundado receio de dano irreparável ou de difícil
reparação ou de risco ao resultado útil ao processo; a fundamentação da decisão antecipatório e a
possibilidade de reversão do ato concessivo.
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Com efeito, tenho que no caso de descumprimento do prazo para a entrega do imóvel, incluído o período
de tolerância, o prejuízo do comprador é presumido, consistente na injusta privação do uso do bem, a
ensejar o pagamento de indenização à título de lucros cessantes, na forma de aluguel mensal, com base
no valor do contrato ou do locatício de imóvel assemelhado.

Noutra ponta, em exame perfunctório, verifica-se que os Tribunais pátrios têm considerado abusiva a
cláusula contratual que atrela o prazo da obra ao contrato de financiamento, visto que tal disposição
tornaria incerto o termo final para a entrega da unidade, permitindo à construtora postergar
indefinidamente a conclusão da obra, acarretando, assim, situação visivelmente mais favorável às
vendedoras e desvantajosa ao adquirente.

Desse modo, resta ausente, em cognição sumária, elementos suficientes a desconstituição de plano da
decisão combatida e, por conseguinte, a presença nesse momento dos requisitos autorizadores do efeito
suspensivo pleiteado, nesse ponto.

Por fim, no que concerne a multa cominatória, entendo que esta fora fixada em patamar razoável, observo,
porém, que o magistrado primevo deixou de impor a limitação as astreintes, o que acarretaria o
enriquecimento sem causa, razão pela qual impõe-se a concessão do efeito suspensivo ativo, nesse
ponto, apenas para limitar as astreintes, a priori, ao valor da causa.

Assim, entendo presente os requisitos para a concessão do efeito pretendido nesse ponto, razão pela qual
DEFIRO-O PARCIALMENTE, nos termos do art. 1.019, inciso I, do CPC, apenas para limitar as astreintes
ao valor da causa, ressalvando a possibilidade de revisão da decisão na ocorrência de fatos novos.

[...]”.

Conforme assentado na decisão embargada, em exame perfunctório, não se vislumbrou a presença da


probabilidade do direito alegado, requisito indispensável a concessão do efeito suspensivo.

Isso porque, conforme destacado no decisum embargado a jurisprudência pátria têm considerado abusiva
a cláusula contratual que atrela o prazo da obra ao contrato de financiamento, em razão dessa disposição
tornar incerto o termo final para a entrega da unidade, permitindo à construtora postergar indefinidamente
a conclusão da obra, acarretando, assim, situação visivelmente mais favorável às vendedoras e
desvantajosa ao adquirente.

Desse modo, verifica-se que a matéria em questão foi efetivamente apreciada na decisão embargada,
inexistindo omissão alegada pelo agravante/embargante, na hipótese.

Outrossim, cumpre esclarecer que a decisão embargada consistiu em exame não exauriente do recurso,
intrínseco ao momento processual, qual seja, apreciação da existência ou não dos requisitos ensejadores
da concessão do efeito suspensivo pleiteado.

Destarte, inexiste omissão ou qualquer das hipóteses insculpidas no art. 1.022 do Novo Diploma
Processual Civil no decisum embargado a ensejar o acolhimento do intentado recurso aclaratórios.

DISPOSITIVO

Assim, não restando evidenciada nenhuma das hipóteses prevista no art. 1.022 do CPC/2015, CONHEÇO
e NEGO PROVIMENTO ao presente Recurso de Embargos de Declaração.

Publique-se. Intime-se.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES


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Desembargadora – Relatora

Número do processo: 0811913-59.2019.8.14.0051 Participação: APELANTE Nome: M. V. S. S.


Participação: ADVOGADO Nome: ROSA VIRGINIA PEREIRA DA CUNHA BARROS OAB: 8946/PA
Participação: ADVOGADO Nome: BENONES AGOSTINHO DO AMARAL OAB: 9592/PA Participação:
ADVOGADO Nome: IDENILZA REGINA SIQUEIRA RUFINO OAB: 8177/PA Participação: APELANTE
Nome: L. A. S. S. Participação: ADVOGADO Nome: ROSA VIRGINIA PEREIRA DA CUNHA BARROS
OAB: 8946/PA Participação: ADVOGADO Nome: BENONES AGOSTINHO DO AMARAL OAB: 9592/PA
Participação: ADVOGADO Nome: IDENILZA REGINA SIQUEIRA RUFINO OAB: 8177/PA Participação:
APELADO Nome: TAM LINHAS AEREAS S/A.

APELAÇÃO CÍVEL N. 0811913-59.2019.8.14.0051

APELANTE: M. V. S. S.

APELANTE: L. A. S. S.

APELADO: TAM LINHAS AÉREAS S/A

COMARCA DE ORIGEM: SANTARÉM/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – PREPARO NÃO EFETUADO
– INTIMAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO PREPARO EM DOBRO – ART. 1.007, § 4º, DO CPC/2015 –
DETERMINAÇÃO NÃO ATENDIDA – DESERÇÃO – DECISÃO MONOCRÁTICA – RECURSO DE
APELAÇÃO CÍVEL NÃO CONHECIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os presentes autos de Recursos de APELAÇÃO CÍVEL interposto por M. V. S. S. e L. A. S. S. em


face de TAM LINHAS AÉREAS S/A inconformados com a Sentença prolatada pelo MM. Juízo da 6ª Vara
Cível e Empresarial de Santarém/PA que, nos autos de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
, indeferiu a petição inicial determinando o cancelamento da distribuição em razão do não recolhimento
das custas de ingresso pelos autores, ora apelantes.

Dessa decisão, interpuseram os autores M. V. S. S. e L. A. S. S., Recurso de Apelação (ID. 5135606).

Alega, em síntese, que a extinção do feito sem resolução de mérito em razão do não recolhimento das
custas, somente poderia ocorrer se as partes interessadas fossem intimadas pessoalmente e não suprisse
a falta no prazo de 05 (cinco) dias, nos termos do que dispõem o art. 485, §1, do CPC, pugnando, assim,
pela anulação da sentença.

Em contrarrazões (ID. 5135620), pugnou, a parte recorrida, pelo não conhecimento do recurso em razão
da ausência de comprovação do recolhimento do preparo pelos apelantes.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Após distribuição, coube-me a relatoria do feito.

Instada a se manifestar, a Douta Procuradoria de Justiça defendeu a necessidade de recolhimento do


preparo pelos apelantes, nos termos do art. 1.007, §4º, do CPC (ID. 5520657).

Em despacho de ID. 5597137, foi determinado a intimação dos recorrentes para que procedessem o
recolhimento em dobro do preparo, a teor do disposto no §4º do art. 1.007 do CPC, sob pena de deserção.

O prazo para o cumprimento da determinação, entretanto, decorreu in albis (ID. 5682912).

É o sucinto relatório.

Decido.

Precipuamente, para que o recurso seja conhecido, impõe-se o preenchimento dos seus requisitos
intrínsecos e extrínsecos, cujo a eventual ausência de qualquer um deles inviabiliza a análise do mérito
recursal.

Com efeito, sem adentrar no mérito do acerto ou desacerto da decisão, constata-se dos autos, que o
pedido de concessão do benefício da gratuidade de justiça formulado pelos autores, ora apelantes, foi
indeferido pelo juízo primevo, sem que os autores tenham interposto recurso do decisum.

Da mesma forma, verifica-se que ao ajuizarem o presente recurso de apelação, não pugnaram os
autores/apelantes pela concessão da gratuidade, não ocorrendo, portanto, a hipótese prevista no §7º do
art. 99 do CPC, razão pela qual, recaia aos recorrentes o múnus de demonstrar o recolhimento do preparo
recursal, nos termos do art. 1.007 do CPC, senão vejamos:

Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação
pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.

Outrossim, constatada a ausência de comprovação do requisito supracitado, foi determinado a intimação


dos recorrentes para que procedessem o recolhimento em dobro do preparo, a teor do disposto no §4º do
art. 1.007 do CPC, sob pena de deserção:

Art. 1.007. [...].

§ 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo,


inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o
recolhimento em dobro, sob pena de deserção.

Ocorre que, não obstante tenham sido regularmente citados, deixaram os apelantes, transcorrer in albis o
prazo para o recolhimento, impondo-se na hipótese o reconhecimento da deserção e não conhecimento do
recurso.

Corroborando o entendimento acima esposado vejamos precedente jurisprudencial:

APELAÇÃO CÍVEL. POSSE. PREPARO NÃO EFETUADO. NÃO ATENDIMENTO DO PRECONIZADO


PELO ART. 1.007, § 4º, DO CPC/15. INTIMAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO PREPARO EM DOBRO.
NÃO ATENDIMENTO. DESERÇÃO CARACTERIZADA. A ausência de preparo recursal, mesmo
depois de oportunizado o recolhimento em dobro pela parte apelante, nos termos do art. 1.007, § 4º,
do CPC/2015, acarreta o não conhecimento do recurso por deserto. NÃO CONHECIDO EM DECISÃO
MONOCRÁTICA.

(TJ-RS - AC: 70080624257 RS, Relator: Giovanni Conti, Data de Julgamento: 30/04/2019, Décima Sétima
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Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 06/05/2019). (Grifei).

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE – PEDIDO JULGADO PROCEDENTE –


RECURSO DE APELAÇÃO INTERPOSTO PELO RÉU SEM COMPROVAÇÃO DO PREPARO –
INTIMAÇÃO DO APELANTE PARA REALIZAR O PREPARO EM DOBRO (CPC, ART. 1007, § 4º) –
PREPARO NÃO REALIZADO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO DO APELO POR DESERÇÃO. 1. A falta
de recolhimento do preparo recursal após intimação da parte nos termos do art. 1.007, § 4º, do
CPC/2015 impõe negativa de seguimento ao recurso por deserção.

(TJ-MT - APL: 00017702420138110088 MT, Relator: JOÃO FERREIRA FILHO, Data de Julgamento:
08/05/2018, PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Data de Publicação: 17/05/2018). (Grifei).

Assim, impõe-se o não conhecimento do presente Recurso de Apelação, face o decurso do prazo para o
recolhimento do preparo, o qual se coaduna em requisito de admissibilidade recursal.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do Recurso de Apelação, face a ausência de requisito de


admissibilidade recursal, nos termos da fundamentação.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora-Relatora

Número do processo: 0004955-69.2014.8.14.0050 Participação: APELANTE Nome: PAULO FERNANDO


PINHEIRO GOMES Participação: ADVOGADO Nome: JOAO CARLOS SALLES DE CARVALHO OAB:
144364/MG Participação: APELADO Nome: WENDERSON FRANKLIN DOS SANTOS Participação:
ADVOGADO Nome: GUSTAVO IGNACIO FREIRE SIQUEIRA OAB: 00000A/TO

PROCESSO ELETRÔNICO Nº 0004955-69.2014.8.14.0050

PETICIONANTE: WENDERSON FRANKLIN DOS SANTOS

REPRESENTANTE: GUSTAVO IGNACIO FREIRE SIQUEIRA – OAB/TO 3.090

DESPACHO

Trata-se de petição (ID 5619786) apresentada após despacho (ID 5126659) que não admitiu petição
anteriormente interposta com o mesmo teor, posto que o processo ao qual se refere não mais tramitaria
nesta instância.

É o relatório. Decido.

Como dito, o processo não mais tramita nesta instância, encontrando-se atualmente no Superior
Tribunal de Justiça, tramitando em autos eletrônicos sob o nº 2021/0141431-7, recebido em
10/05/2021 e autuado em 25/05/2021.

Conforme foi informado anteriormente (despacho ID nº 5126659), os autos eletrônicos que aqui
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

permaneceram constituem mera cópia parcial do feito, já que deles não constam os atos praticados
naquela Corte Superior.

Portanto, a título de informação, esclareço que a competência desta instância se exauriu após o envio dos
autos ao STJ, via agravo (ID 4157852). Portanto, a petição ora protocolada de ID 5619786, indevidamente
dirigida à desembargadora Gleide Pereira de Moura do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, deve ser
excluída dos presentes autos, comunicando-se o advogado subscritor para que, caso entenda
conveniente, apresente-a diretamente no STJ (instância na qual o processo tramita).

Sendo assim, proceda a Secretaria a exclusão da petição registrada sob o ID 5619786 e cumpra o
despacho sob ID nº 5126659, intimando-se o seu subscritor, o qual querendo, poderá apresentar o
mesmo pleito ao Superior Tribunal de Justiça, onde o feito tramita atualmente.

Publique-se. Intimem-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

Desembargador RONALDO MARQUES VALLE

Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Número do processo: 0804952-04.2020.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: PEDRO CARVALHO


SOARES Participação: ADVOGADO Nome: MARIANA CORREA LOBO OAB: 25917/PA Participação:
APELADO Nome: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS

PROCESSO Nº 0804952-04.2020.8.14.0040

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª Turma de Direito Público

RECURSO: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA (1728)

APELANTE: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS

REPRESENTANTE: MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS

APELADO: PEDRO CARVALHO SOARES

Advogado(s) do reclamante: MARIANA CORREA LOBO

RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

DECISÃO

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o apelo no duplo efeito com fundamento no artigo
1012 do CPC/15.

Remetam-se os autos ao Ministério Público de Segundo Grau, para exame e parecer, na condição de
custos legis.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em seguida, retornem-me conclusos.

Belém, 16 de agosto de 2021

DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO

RELATOR

Número do processo: 0064373-58.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: EDILSON MARTINS DO NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome:
GUSTAVO PERES RIBEIRO OAB: 606/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO
DO ESTADO DO PARA

PROCESSO N.º 0064373-58.2014.8.14.0301.

2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

COMARCA DE BELÉM

APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA

APELANTE: ESTADO DO PARÁ.

PROCURADOR ESTADUAL: GUSTAVO LYNCH.

APELADO: EDILSON MARTINS DO NASCIMENTO.

ADVOGADO: GUSTAVO PERES RIBEIRO OAB/PA N. 16.606-B.

PROCURADOR DE JUSTIÇA: ESTEVAM ALVES SAMPAIO FILHO.

RELATORA: DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES.

DESPACHO

O Estado do Pará requereu em ID. 2287847 a extinção da presente demanda, sem resolução de mérito,
em razão de já haver sentença transitada em julgado sobre a matéria, em processo de nº 0001516-
78.2011.814.0107, de mesmas partes, pedidos e causa de pedir.

Aduz a ocorrência da coisa julgada, tendo o ora apelado ajuizado duas demandas idênticas, sendo que
uma já transitou em julgado.

Ressalto que, nosso ordenamento jurídico veda a chamada “decisão surpresa”, que se trata de decisão
onde não se tenha dado a oportunidade da parte contraria se manifestar, vejamos o exposto em nosso
Código de Processo Civil:

Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

I - À tutela provisória de urgência;

II - Às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;

III - à decisão prevista no art. 701.

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual
não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício. (grifamos).

Tendo o Estado do Pará alegado a coisa julgada somente após a apresentação das contrarrazões
recursais do apelado, concluo que este deve ser intimado sobre a petição.

Dessa forma, determino que:

I- Remetam-se os autos ao apelado, Sr. Edilson Martins do Nascimento, para que se manifeste
acerca da petição de ID. 2287847 - Pág. 1.

II- Para o cumprimento do feito acima, estipulo o prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis.

III- Após, retornem os autos conclusos para julgamento.

Int.

Desembargadora Diracy Nunes Alves

Relatora

Número do processo: 0803459-49.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO J. SAFRA


S.A Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO BRAZ DA SILVA OAB: 20638/PA Participação:
AGRAVADO Nome: FRANCISCA DA SILVA PESSOA NETA Participação: ADVOGADO Nome:
EDERSON ANTUNES GAIA OAB: 22675/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0803459-49.2019.8.14.0000

COMARCA: BELÉM / PA

AGRAVANTE: BANCO J. SAFRA S/A.

ADVOGADO: ANTONIO BRAZ DA SILVA - OAB/PA - 20.638-A.

AGRAVADO: FRANCISCA DA SILVA PESSOA NETA.

ADVOGADO: EDERSON ANTUNES GAIA - OAB/PA - 22.675.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.


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DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Agravo Interno em Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito
principal. Perda do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO
CPC/2015. Recurso não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por BANCO J. SAFRA S/A em face de


FRANCISCA DA SILVA PESSOA NETA, diante do inconformismo com a decisão interlocutória proferida
pelo Juízo de Primeiro Grau.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema Libra, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 04/08/2020. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0023958-72.2010.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: JACQUELINE COSTA


CAMPOS Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL LIMA DE SOUZA AGUILAR OAB: 14139/PA
Participação: APELADO Nome: ESTADO DO PARA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA DA CONCEICAO
GOMES DE SOUZA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0023958-72.2010.8.14.0301

APELANTE: JACQUELINE COSTA CAMPOS

APELADO: ESTADO DO PARA


REPRESENTANTE: ESTADO DO PARA
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RELATOR(A): Desembargadora LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSO CIVIL. SENTENÇA EXTRA PETITA. VÍCIO CONFIGURADO. ANÁLISE
DE PEDIDO DIVERSO DO CONTIDO NA EXORDIAL. TEORIA DA CAUSA MADURA. ART. 1.013, § 3º, II,
CPC/2015. APLICABILIDADE. MÉRITO. ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO (ATS). CONTAGEM DE
SERVIÇO PÚBLICO TEMPORÁRIO. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. RECURSO DE APELAÇÃO
CONHECIDO E PROVIDO.

1. Cinge-se a controvérsia recursal, em primeiro plano, saber se é possível a declaração de nulidade da


sentença proferida pelo juízo a quo, em razão da análise de pedido diverso do contido na exordial. Uma
vez declarada a nulidade, defende o apelante a aplicação da teoria da causa madura, visando à análise
meritória da demanda, qual seja, a possibilidade de averbação do tempo de serviço público prestado sob o
vínculo temporário para fins de cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (ATS).

2. De acordo com o teor do decisum vergastado, percebe-se que o juízo sentenciante examinou pedido
totalmente estranho (FGTS) àquele que de fato consta no conteúdo da petição inicial. Decisão extra petita
configurada.

3. Nos termos do art. 1.013, § 3º, II, do CPC/2015, cabe a este tribunal, ao declarar a nulidade da
sentença, julgar a lide, tendo em vista as condições favoráveis ao julgamento.

4. In casu, restou devidamente comprovado que a parte apelante trabalhou efetivamente na Secretaria do
Município de Saúde e Meio Ambiente – SESMA sob o regime temporário, antes de ser aprovada em
concurso público e nomeada como servidora efetiva.

5. Nesse caso, de acordo com as disposições do RJU, bem como entendimento pacífico desta Egrégia
Corte, deve ser averbado nos registros funcionais o período em que a servidora laborou na condição de
temporária (03 anos, 06 meses e 24 dias), inclusive para efeito do cálculo do adicional de tempo de
serviço, fazendo jus também ao pagamento de valores retroativos, limitados a 05 (cinco) anos do
ajuizamento desta ação ordinária.

6. Juros e correção monetária de acordo com o decidido nos Temas 810/STF e 905/STJ.

7. Inversão da sucumbência. Condenação do Estado do Pará em honorários advocatícios sucumbenciais


a serem fixados quando da liquidação do julgado, nos termos do art. 85, § 4º, inciso II, do CPC/2015.

8. Recurso de apelação conhecido e provido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e aprovados em Plenário Virtual os autos acima identificados, ACÓRDAM os


Excelentíssimos Desembargadores que integram a 2ª Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, por unanimidade, conhecer e dar provimento à apelação interposta, na conformidade do
Relatório e Voto, que passam a integrar o presente Acórdão.

Turma Julgadora composta pelos Desembargadores José Maria Teixeira do Rosário (Presidente), Luzia
Nadja Guimarães Nascimento (Relatora) e Diracy Nunes Alves.

Belém, 09 de agosto de 2021.


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DESA. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Recurso de Apelação interposto por Jacqueline Costa Campos contra sentença proferida
pelo Juízo de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública da Capital que, nos autos desta Ação Ordinária com
pedido de Tutela Antecipada, julgou improcedente a pretensão autoral, entendendo o juízo a quo pela
impossibilidade do encerramento do contrato temporário gerar direito à percepção às parcelas referentes
ao FGTS.

A parte autora opôs embargos de declaração (ID 731074), apontando no referido aclaratórios o erro
material do decisum, uma vez que o pedido contido na exordial consiste em matéria diversa da decida pelo
magistrado.

O juízo sentenciante conheceu e rejeitou os embargos (ID 731077).

Irresignada, a parte autora/apelante interpôs recurso de apelação (ID 731078) reiterando a nulidade da
sentença vergastada, uma vez que o seu conteúdo se ateve à concessão das parcelas relativas ao FGTS
e não ao que realmente fora pleiteado na exordial. Afirma a recorrente que a provocação do Poder
Judiciário consistiu unicamente no que diz respeito à possibilidade jurídica do reconhecimento pelo ente
estatal do tempo de serviço antes prestado sob o vínculo temporário, para fins previdenciários, bem ainda
no que tange à percepção do Adicional por Tempo de Serviço.

Assim, requer a declaração de nulidade da sentença e, por conseguinte, o imediato julgamento do mérito
da lide, com fulcro no art. 1.013, § 3º, inciso II, do CPC/2015. No mérito, discorre que o RJU do Estado do
Pará permite a reconhecimento do tempo de serviço prestado sob o regime temporário para fins
previdenciários e, principalmente, no que tange aos valores atinentes ao adicional por tempo de serviço.

O Estado do Pará apresentou contrarrazões (ID 731080).

Instada, a Procuradoria de Justiça manifestou-se pelo conhecimento e total provimento do recurso de


apelação interposto (ID 768416).

Éo relatório.

VOTO

A EXCELENTÍSSIMA SENHORA DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO –


RELATORA:

Preenchidos os pressupostos extrínsecos e intrínsecos, conheço do recurso.

Assiste razão à recorrente em relação à nulidade da sentença guerreada.

Fora pleiteado perante o magistrado a quo: i) anulação do ato de cancelamento do Adicional de Tempo de
Serviço, haja vista a presença dos requisitos para sua obtenção; ii) seja reconhecido de pleno direito a
percepção do adicional de tempo de serviço da servidora, uma vez que o caráter transitório do vínculo
antes estabelecido não constitui óbice à sua consideração para fins do ATS; iii) sejam pagos os adicionais
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retroativos a data de ingresso ao serviço público no Estado do Pará, de forma efetiva, pois já possuía
direito ao ATS.

Como é sabido, o atual Código Fux – arts. 141 e 492 – primou pela observância do princípio da
congruência, o qual norteia a efetividade da prestação jurisdicional, evitando que o julgador profira
sentença em desconformidade com o pedido deduzido na exordial.[1]

Nessa linha, certo é que a matéria a ser julgada pelo juízo a quo deve ser pautada pelos pedidos
realizados na petição inicial, de forma que não será permitido ao julgador proferir decisões extra petita,
ultra petita e/ou citra petita. Tais conceitos são assim resumidos pela doutrina[2]:

“(...) na decisão ultra petita o juiz exagera e, na extra petita, ele inventa, na decisão citra petita o
magistrado se esquece de analisar algo que tenha sido pretendido pela parte ou tenha sido trazido como
fundamento do seu pedido ou da sua defesa”.

In casu, resta patente que o juízo de piso, ao discorrer acerca do direito ou não à percepção das verbas
fundiárias – FGTS, não observou os limites objetivos estabelecidos pela parte autora e, agindo de tal
maneira, acabou por proferir decisão se atendo única e exclusivamente a bem jurídico diverso do pedido,
tornando-se, portanto, extra petita por decidir fora dos pedidos iniciais.

Destarte, comprovados os vícios pela análise de pedido diverso daquele expressamente formulado na
petição inicial, bem ainda a omissão quanto àqueles expressamente estipulados, entendo não haver outra
medida processual a não ser a decretação de nulidade da sentença.

Diante de tal contexto, estando o processo em condições para ser julgado quanto a este ponto e, com
fulcro no art. 1.013, inciso II, do CPC/2015[3], cabe a este Órgão Julgador proceder neste momento à
análise do pedido, sendo desnecessário o retorno dos autos ao juízo sentenciante.

Sobre o tema, o professor Fredie Didier Jr. ensina que “em qualquer caso, uma vez invalidada a decisão
ou capítulo, cabe ao tribunal decidir desde logo o mérito, se a causa estiver em condições de imediato
julgamento[4].”

Com efeito, da análise dos autos, constata-se que, dentre os documentos de ID 731058 – Págs. 03/15,
chama a atenção a certidão de tempo de serviço da autora/apelante, expedida pela Secretaria de
Administração do Município de Belém, bem como os contracheques referentes ao período laboral
desempenhado, os quais se complementam nas informações trazidas, tornando-se possível concluir pela
efetiva prestação de serviço sob o vínculo temporário para com aquela municipalidade, totalizando um
tempo líquido de 03 anos, 06 meses e 24 dias, tendo como referência o interregno dos anos de 2000,
2001, 2002, 2003 e 2004.

Outrossim, urge destacar que em 21/02/2005, a requerente passou a ocupar cargo público efetivo no
quadro de pessoal do ente estatal ora apelado, dada a sua nomeação para o cargo de monitor em virtude
de aprovação em concurso público – C-80 da SETEPS (ID 731058 – Pág. 5).

Seguindo a linha funcional, após o primeiro triênio no serviço público estadual, a parte apelante passou a
fazer jus ao adicional por tempo de serviço em 21/02/2008, sendo que o referido adicional lhe fora deferido
em 5% (cinco por cento), conforme se vê no ID 731058 – Pág. 5.

Por entender insuficiente o percentual concedido, pleiteou, ainda em sede administrativa, a averbação do
já mencionado tempo de serviço exercido sob o regime temporário perante o Município de Belém, com a
consequente repercussão pecuniária sobre os cálculos do ATS. Em um primeiro momento, obteve
êxito no requerimento administrativo e passou a auferir a partir de abril de 2008 as parcelas
correspondentes, totalizando 10% (dez por cento) de acréscimo patrimonial (ID 731058 – Pág. 21).

Ocorre que, em setembro do mesmo ano, a Administração Pública do Estado do Pará exerceu seu poder
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de autotutela e reviu o ato responsável pela soma remuneratória e, com base em parecer exarado pela
SEAD (ID 731059 – Pág. 01/05), decidiu não apenas pelo retorno à percepção do ATS no percentual de
5% (cinco por cento), mas também pela restituição da diferença, o que fora feito, haja vista o teor do
contracheque de ID 731062 – Pág. 4.

Feito o breve apanhado do cenário fático-jurídico contido no bojo processual, entendo que a tese
responsável pela revogação de parte do ATS, qual seja, inexistência de fundamento legal capaz de
ensejar o deferimento da averbação de tempo de serviço para fins de percepção do ATS em razão da
temporariedade do serviço, não merece subsistir.

O adicional por tempo de serviço do servidor público do Estado do Pará tem previsão legal no art. 131 do
Regime Jurídico Único Estadual (RJU), Lei nº 5.810/1994, que assim dispõe:

Art. 131 - O adicional por tempo de serviço será devido por triênios de efetivo exercício, até o máximo de
12 (doze).

§1°. - Os adicionais serão calculados sobre a remuneração do cargo, nas seguintes proporções:

I - aos três anos, 5%;

II - aos seis anos, 5% - 10%;

III - aos nove anos, 5% - 15%;

IV - aos doze anos, 5% - 20%;

V - aos quinze anos, 5% - 25%;

VI - aos dezoito anos, 5% - 30%;

VII - aos vinte e um anos, 5% - 35%;

VIII - aos vinte e quatro anos, 5% - 40%;

IX - aos vinte e sete anos, 5% - 45%;

X - aos trinta anos, 5% - 50%;

XI - aos trinta e três anos, 5% - 55%;

XII - após trinta e quatro anos, 5% - 60%.

Outrossim, conforme estipula o dispositivo acima transcrito, o servidor público fará jus ao percentual de 5%
(cinco por cento) sobre a remuneração a cada 03 (três) anos de serviço prestado.

Neste contexto, deve-se verificar se a atividade exercida pela apelante, durante todo o período anterior a
sua aprovação em concurso público e posterior efetivação como monitora, constitui serviço público.

Nesse sentido, importa a análise do que preceitua art. 70, §1º, da Lei nº 5.810/94, o qual estipula o
seguinte, in verbis:

Art. 70. Considera-se serviço público o exclusivamente prestado à União, Estado, Distrito Federal,
Municípios, Autarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
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§1º. Constitui-se tempo de serviço público, para todos os efeitos legais, salvo para estabilidade, o
anteriormente prestado pelo servidor, qualquer que tenha sido a forma de admissão ou de
pagamento. (grifei)

Como se vê, consubstanciado no dispositivo legal supramencionado, qualquer que tenha sido a forma de
admissão ou de pagamento, o tempo de serviço público exercido por um servidor perante o ente público,
deve ser considerado para todos os efeitos legais, salvo estabilidade. Ou seja, não há ressalva ou mesmo
disposição no sentido de que o cômputo do tempo de serviço somente abrangerá aquele prestado na
qualidade de servidor efetivo.

Por conseguinte, na medida em que a requerente/recorrente conseguiu comprovar que efetivamente


trabalhou anteriormente na Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente – SESMA, conforme
destacado alhures, ainda que por contrato temporário, é evidente que faz jus ao adicional por tempo de
serviço pelo período precedente a sua nomeação como servidora efetiva.

Nesse diapasão, trago à baila entendimento sedimentado neste egrégio Tribunal, conforme demonstram
os julgados abaixo transcritos:

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCESSÃO DE TRIÊNIO (ATS). CONTAGEM DO TEMPO DE


SERVIÇO PÚBLICO TEMPORÁRIO POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DESTE TJPA. 1- A impetração é
voltada contra o ato omissivo da autoridade impetrada consubstanciado na não concessão de triênio
(ATS), conforme o disposto no art. 70, §1.º, e art. 131, §2.º, da Lei nº 5.810/94; 2- O servidor público
aprovado em concurso público tem direito líquido e certo a contagem do tempo de serviço público
anteriormente prestado a título temporário, para efeito do computo do adicional de tempo de serviço (ATS),
na forma do art. 70, §1º da Lei nº 5.810/94. Precedentes do TJE/PA; 3- Segurança concedida.

(2017.04640894-30, 182.457, Rel. CELIA REGINA DE LIMA PINHEIRO, Órgão Julgador SEÇÃO DE
DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2017-10-24, Publicado em 2017-10-31) - Grifo nosso

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORA PÚBLICA. ADICIONAL POR TEMPO DE


SERVIÇO. PERÍODO LABORADO NO SERVIÇO PÚBLICO SOB O REGIME TEMPORÁRIO. CÔMPUTO
DO TEMPO. POSSIBILIDADE. ART. 70, §1º DA LEI Nº 5.810/94. DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
SEGURANÇA CONCEDIDA. I - O art. 70, §1º, da Lei nº 5.810/94, garante ao servidor que, independente
da forma de admissão ou pagamento, o tempo de serviço público exercido perante a Administração
Pública deve ser considerado para todos os efeitos legais, salvo estabilidade; II - O serviço prestado a
título temporário perante o ente estadual, constitui-se serviço público para fins de contagem de tempo,
garantindo-se ao servidor, por conseguinte, todas as vantagens decorrentes; III - In casu, restou
demonstrado que a impetrante efetivamente laborou na Secretaria de Educação do Estado do Pará sob o
regime temporário, antes de ser aprovada em um concurso público e nomeada como servidora efetiva,
fazendo jus a que o mencionado período seja computado para o recebimento do adicional por tempo de
serviço; IV - Segurança concedida. Decisão Unânime;

(TJPA, 2017.03891768-15, 180.383, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador
SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2017-09-12, Publicado em 2017-09-13) - Grifo nosso

?MANDADO DE SEGURANÇA. PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO E PREJUDICIAL DE


DECADENCIA. REJEITADAS. ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO (ATS). CONTAGEM DO TEMPO
DE SERVIÇO PÚBLICO TEMPORÁRIO POSSIBILIDADE. SEGURANÇA CONCEDIDA. 1 ? Narra a
inicial que a impetração é voltada contra o ato omissivo da autoridade impetrada consubstanciado no não
pagamento de Adicional de Tempo de Serviço (ATS) que teria direito com o computo do tempo de serviço
púbico prestado como professora temporária junto a própria rede pública de ensino do Estado do Pará, o
que evidencia, em tese, a existência de interesse de agir da impetrante voltado contra omissão da
autoridade impetrada consubstanciada no não pagamento do Adicional de Tempo de Serviço com o
computo do período de sérvio público temporário, que a priori deveria ser procedido de forma automática,
independente de solicitação, face a continuidade do vínculo, conforme o disposto no art. 70, §1.º, e art.
131, §2.º, da Lei n.º 5.810/94; 2 ? Decorre a impetração de conduta omissiva da autoridade impetrada,
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que se renova mês a mês a cada novo recebimento do contracheque, por se tratar de verdadeira
prestação de trato sucessivo, onde não houve a negativa do próprio direito, e por conseguinte, não se
cogita da existência de decadência da impetração. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça; 3 ? O
servidor público aprovado em concurso público tem direito líquido e certo a contagem do tempo de serviço
público anteriormente prestado a título temporário, para efeito do computo do Adiconal de Tempo de
Serviço (ATS), na forma do art. 70, §1º da Lei nº 5.810/94. Precedentes do TJE/PA; 4 ? Segurança
concedida à unanimidade.?

(TJPA, 2017.03370116-70, 179.018, Rel. LUZIA NADJA GUIMARAES NASCIMENTO, Órgão Julgador
SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2017-08-08, Publicado em 2017-08-10)

Assim sendo, restou comprovado nos autos o direito da autora/apelante ao recebimento do adicional de
tempo de serviço pelo período laborado na Administração Pública em período anterior à sua nomeação
como servidora efetiva do Estado do Pará.

Ante o exposto, estou por CONHECER e DAR PROVIMENTO ao recurso de apelação interposto pela
autora, acolhendo a preliminar de nulidade da sentença, ante o julgamento de pedido diverso do
contido na exordial. Ato contínuo, nos termos do art. 1.013, § 3º, II do CPC/2015, JULGO PROCEDENTE
os pedidos da peça inicial, devendo ser averbado nos registros funcionais o período em que a
servidora laborou na condição de temporária (03 (três) anos, 06 (seis) meses e 24 (vinte e quatro)
dias, inclusive para efeito do cálculo do adicional de tempo de serviço, fazendo jus também ao
pagamento de valores retroativos, limitados a 05 (cinco) anos do ajuizamento desta ação ordinária.

Juros e correção monetária de acordo com o decidido nos Temas 810/STF e 905/STJ.

Havendo inversão da sucumbência, condeno o Estado do Pará ao pagamento de honorários advocatícios


sucumbenciais, devendo o montante ser fixado quando da liquidação do julgado, com fulcro no art. 85, §
4º, inciso II, do CPC/2015.

Écomo voto.

Belém(PA), 09 de agosto de 2021.

Desa. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

Relatora

[1] REsp 1339242/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/09/2012, DJe
25/09/2012).

[2] DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual CIivl. v. 2,
5ª ed., Salvador: JusPodivm, 2010, pg. 319).

[3] A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

(...)

§3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o
mérito quando:

II – decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de
pedir.
407
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[4] Didier Jr., Fredie. Curso de direito processual civil: teoria da prova, direito probatório, ações probatórias,
decisão, precedente, coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela / Fredie Didier Jr., Paulo Sarno
Braga e Rafael Alexandria de Oliveira – 10. ed. – Salavador: Ed. Juspodivm, 2015. v.2 (grifo meu).

Belém, 10/08/2021

Número do processo: 0001868-08.2017.8.14.0501 Participação: APELANTE Nome: DANIEL DE ARAUJO


COSTA JORGE Participação: ADVOGADO Nome: PEROLA REGINA MARQUES DE SOUSA OAB:
23715/PA Participação: APELADO Nome: MONICA JAQUELINE CASTRO MADUREIRA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL N. 0001868-08.2017.8.14.0501.

COMARCA: VARA DISTRITAL DE MOSQUEIRO / PA.

APELANTE: DANIEL DE ARAUJO COSTA JORGE.

ADVOGADO: PÉROLA REGINA MARQUES DE SOUSA - OAB/PA 23.715.

APELADO: MONICA JAQUELINE CASTRO MADUREIRA.

DEFENSOR PÚBLICO: FRANCISCO JOSÉ PINHO VIEIRA – OAB/PA 16.285-B.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

I. À (ID. 2816716), com fundamento no art. 99, §2º, do CPC, determinei a intimação do apelante para, no
prazo de 05 (cinco) dias, trazer aos autos documentos aptos a comprovar sua alegação de
hipossuficiência financeira;

II. À (ID. 2873350), certidão da UPJ que decorreu o prazo legal e não houve manifestação do recorrente;

III. Assim, uma vez que o apelante, mesmo intimado, não trouxe aos autos documentos que façam prova
da hipossuficiência, o que induz à ausência dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade
requerida, INDEFIRO o pedido de gratuidade judicial e determino a intimação do mesmo para realizar o
pagamento das custas recursais em 05 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso por
deserção;

IV. Após, conclusos.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator
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Número do processo: 0805261-14.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO ITAU BMG


CONSIGNADO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MONTEIRO DE CARVALHO NETO
OAB: 60359/RJ Participação: AGRAVADO Nome: RAIMUNDA CASEMIRO DE LIMA Participação:
ADVOGADO Nome: ANDRELINO FLAVIO DA COSTA BITENCOURT JUNIOR OAB: 11112/PA

PODER JUDICÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

No uso de suas atribuições legais, a UPJ das Turmas de Direito Público e Privado intima o RAIMUNDA
CASEMIRO DE LIMA, querendo, oferecer contrarrazões ao Agravo Interno interposto nos presentes autos
no prazo de 15 (quinze) dias, a teor do que estabelece o § 2º do art. 1.021 do Código de Processo Civil de
2015.

Belém, 16 de agosto de 2021

Número do processo: 0804377-82.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: LUCIA DE NAZARE


PARAENSE DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RENAN AZEVEDO SANTOS OAB: 18988/PA
Participação: AGRAVADO Nome: RIZALDO LUIZ RODRIGUES DA SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: ALBERTO LOPES MAIA FILHO OAB: 7238/PA Participação: ADVOGADO Nome: INGRID THAINA
LISBOA DA COSTA OAB: 27381/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, intima o Recorrente, para no prazo de 5 (cinco) dias, recolher as custas em dobro, sob
pena de deserção, conforme determina o art. 1.007, § 4º do CPC, referente ao processamento do recurso
de Agravo Interno, em cumprimento a determinação contida no art. 33, § 10 da Lei Estadual nº
8.583/2017.

Número do processo: 0811045-06.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: EQUATORIAL


PARA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: BERNARDO MORELLI
BERNARDES OAB: 16865/PA Participação: AGRAVADO Nome: PAULO GUILHERME DANTAS RIBEIRO
Participação: ADVOGADO Nome: LIDIA TOMEKO OHASHI BENIGNO OAB: 20517/PA Participação:
ADVOGADO Nome: LUCAS DA SILVA CARVALHO OAB: 17372/PA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0811045-06.2020.8.14.0000


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COMARCA: BELÉM / PA.

EMBARGANTE(S): EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

ADVOGADO(A)(S): MICHEL FERRO (OAB/PA nº. 7.961)

BERNARDO MORELLI (OAB/PA nº. 16.865)

EMBARGADA: PAULO GUILHERME DANTAS RIBEIRO

ADVOGADO(A)(S): LUCAS DA SILVA CARVALHO (OAB/PA nº. 17.372)

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. NECESSIDADE DA PRODUÇÃO DE PROVA


PERICIAL. INADMISSIBILIDADE RECURSAL DO AGRAVO. MÉRITO. IMPOSSIBILIDADE DE
ANÁLISE. EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS.

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO, opostos EQUATORIAL


PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A em face de decisão monocrática (Id. 4197468) deste relator,
que não conheceu o agravo de instrumento interposto pela Embargante, em face do não cabimento
recursal.

Nos aclaratórios, a Embargante alega que a decisão monocrática apresenta omissão. Afirma que a
decisão não tratou da determinação pelo juízo a quo de produção de prova pericial não requerida por
nenhuma das partes, ressaltando que a prova pericial seria desnecessária. Ademais, defende que a
decisão sobre a produção de prova impacta diretamente sobre o mérito da demanda.

Embora intimado, o Embargado não apresentou manifestação aos embargos de declaração.

É o breve relatório. Decido monocraticamente, conforme autoriza o art. 1.024, §2º, do CPC.

Conheço dos embargos, pois preenchidos os requisitos de admissibilidade.

Os embargos de declaração, dada sua natureza objetiva e sua função integrativa, possuem a finalidade de
esclarecer os termos do decisum, devendo-se observar o disposto no art. 1.022 do CPC/2015, ou seja,
pressupõe a existência de obscuridade, contradição, omissão ou, ainda, a presença de erro material. De
se ver, portanto, que a lei processual somente admite os aclaratórios para esses fins.

No caso dos autos, a Embargante pretende seja analisado supostas omissões do julgado. Precisamente,
alega que deveria ter sido analisado a questão sobre a determinação do juízo de produção de prova
pericial, que, em tese, seria desnecessária para o julgamento da demanda e que não foi requerida pelas
partes.

Com efeito, a decisão monocrática deste relator resultou no não conhecimento do agravo de instrumento,
posto que esta via recursal seria incabível para impugnar decisão do juízo a quo que estabelece a
questões relevantes da controvérsia e determina a produção de provas periciais.

Constou da decisão monocrática:


410
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“[...]

O Agravante defende, com fulcro no art. 1.015, do CPC, que o agravo de instrumento constitui meio
recursal cabível, adequado e útil para impugnar precisamente a decisão porquanto não teria fixado os
pontos controvertidos que o agravante entende cabíveis.

Diferentemente do sistema recursal passado em que o agravo de instrumento poderia ser manejado contra
decisões interlocutórias capazes de causar lesão grave e de difícil reparação, bem como contra decisões
acerca da inadmissibilidade da apelação ou dos seus efeitos, o atual Código de Processo Civil acabou por
restringir este meio de impugnação recursal. A partir de então, o art. 1.015 do CPC estabeleceu um de rol
de hipóteses taxativas que regulam o estreito manejo deste recurso.

Prescreve o mencionado art. 1.015, verbis:

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

II - mérito do processo;

III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

VI - exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;

VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;

XII - (VETADO);

XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas
na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no
processo de inventário.

Com efeito, o dispositivo enumera de forma moderadamente taxativa o âmbito de interposição do agravo
de instrumento, denotando a obrigação de se analisar devidamente o juízo de admissibilidade deste meio
recursal.

Isto, porém, não impede que algumas das hipóteses descritas nos incisos do artigo sejam interpretadas
extensivamente, de modo a garantir eficazmente um meio de irresignação contra as decisões
interlocutórias cuja impugnação tenha caráter de urgência baseado na probabilidade de inutilidade futura
411
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do julgamento da questão em sede de apelação.

Nesse aspecto, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, por ocasião do julgamento do REsp nº.
1.696.396/MT e REsp nº. 1.704.520/MT, que resultou na edição do tema 988, elaborou a seguinte tese: “O
rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de
instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso
de apelação.”

Não obstante tal ampliação de interpretação do cabimento do agravo, não se afigura crível admitir sua
interposição face decisão estabelece as questões relevantes para o processo bem como determina a
produção de prova pericial. Com efeito, a decisão agravada não se amolda em nenhuma das hipóteses
previstas nos incisos que compõe o art. 1.015, do CPC.

Demais disso, não há urgência efetiva na apreciação imediata acerca da pontos relevantes na ótica do
Agravante e cabimento da prova pericial para determinação do mérito da demanda, sendo que atualmente
a fase probatória também se estende ao segundo grau, como prevê o art. 932, I, do CPC.

Dessa forma, creio que a Agravante busca impugnar conteúdo decisório sem correspondência legal com
os incisos do art. 1.015, do CPC, o que revela a impropriedade/inviabilidade do agravo.

[...]” Destaquei

Se depreende, portanto, que a decisão monocrática não conheceu o agravo de instrumento haja vista sua
inadmissibilidade decorrente do não cabimento. Por isso mesmo, o agravo de instrumento sequer
ultrapassou o juízo de admissibilidade recursal, de modo que seria inadequado enfrentar o mérito da
determinação de produção de prova pericial exarada pelo juízo de primeiro grau.

Destarte, não há omissão no julgado, porquanto o produção de prova pericial era questão de mérito do
agravo de instrumento, contudo, não havia como tratar de tal matéria já que o recurso de agravo de
instrumento não preencheu os requisitos de admissibilidade, notadamente o cabimento recursal.

Como se vê, não se cogita de qualquer omissão na decisão monocrática, restando tal provimento
inteiramente perfeito sob o ângulo da motivação das decisões judiciais. Logo, considero que os
declaratórios, na hipótese dos autos, possuem nítida função de rediscutir o mérito da decisão, posto que
inexistente qualquer dos vícios previstos no art. 1.022, do CPC.

ASSIM, considerando inexistir qualquer forma omissão na decisão guerreada, na forma do art. 1.022 do
CPC/2015, CONHEÇO e REJEITO os Embargos de Declaração, mantendo integralmente os termos da
decisão monocrática que não conheceu do agravo interposto

P.R.I.C. Oficie-se no que couber.

Belém/PA, 16 de AGOSTO de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0801057-24.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: CONSORCIO


CONSTRUTOR BELO MONTE Participação: ADVOGADO Nome: JULIA VEIGA CAMACHO OAB:
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448582/SP Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL AUGUSTO DE ANDRADE OAB: 373958/SP


Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO MARTINS DA CUNHA KONAI OAB: 195275/SP
Participação: AGRAVADO Nome: MINERACAO TABOCA S A

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0801057-24.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: CONSÓRCIO CONSTRUTOR BELO MONTE

AGRAVADA: MINERAÇÃO TABOCA S/A

COMARCA DE ORIGEM: ALTAMIRA/PA

RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

EXPEDIENTE: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO – ACORDO ENTABULADO ENTRE OS LITIGANTES – DESISTÊNCIA


DO RECURSO – PEDIDO REVERTIDO DE SEUS REQUISITOS LEGAIS – ART. 998 DO CPC/2015 –
RECURSO NÃO CONHECIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os presentes autos de Recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por CONSÓRCIO


CONSTRUTOR BELO MONTE, contra Decisão Interlocutória proferida pelo MM. Juízo da 2ª Vara Cível e
Empresarial de Altamira/PA que nos autos da AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
RESSARCIMENTO DE VALORES COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA (Processo n. 0803419-
18.2020.8.14.0005), ajuizada por si em face de MINERAÇÃO TABOCA S/A, indeferiu o pedido de tutela
de urgência pleiteada na inicial.

Na decisão agravada, indeferiu o juízo primevo o pedido de tutela de urgência relativo ao bloqueio de
circulação dos veículos e de determinação de efetivação de transferência da propriedade pela adquirente,
ora agravada, por entender restar desnaturado o periculum in mora na hipótese.

Dessa decisão, interpôs a parte autora CONSÓRCIO CONSTRUTOR BELO MONTE, Recurso de Agravo
de Instrumento (ID. 4508821).

Alega, em síntese, que a probabilidade do direito restaria configurada visto ser responsabilidade do
adquirente dos automóveis promover a transferência de titularidade do referido veículo comprado a seu
nome; bem como que o periculum in mora não teria sido desnaturado, uma vez que, a demanda originária
teria sido ajuizada imediatamente após a agravante tomar conhecimento da não realização da
transferência pela adquirente em agosto/2020.

Pugna, assim, pela concessão de efeito suspensivo ativo para que seja concedida liminar inaudita altera
pars determinando o bloqueio de circulação dos veículos, bem assim que a agravada seja compelida a
efetivar a transferência desses.

Juntou documentos a fim de subsidiar seu pleito.

Desta feita, coube-me a relatoria do feito.

Em decisão liminar, foi deferida parcialmente a tutela de urgência pleiteada pelo agravante.
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É o breve relatório.

Decido.

Prima facie, antes de adentrar no eventual exame das razões de mérito deduzidas pelo agravante no
presente recurso, impõe-se a aferição de seus requisitos de admissibilidade.

Com efeito, analisando os autos, verifica-se que após a decisão liminar que deferiu parcialmente a tutela
de urgência pleiteada, peticionou a parte agravante (ID. 5690935), informando a realização de acordo com
a parte agravada no feito de origem e, por conseguinte seu desinteresse no prosseguimento do recurso.

Com efeito, não obstante tenha a parte agravante, arguido a perda de objeto do presente agravo de
instrumento, entendo que, na hipótese, ocorreu de fato a desistência do recurso pelo agravante.

Outrossim, evidencia-se que a desistência, na hipótese, encontra-se revestida dos requisitos legais, sendo
dispensável a anuência da parte contrária na hipótese, nos termos do art. 998 do Código de Processo
Civil, in verbis:

CPC/2015

Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes,
desistir do recurso.

Corroborando o entendimento acima esposado vejamos o seguinte julgado:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACORDO. EXTINÇÃO DO FEITO. DESISTÊNCIA DO RECURSO. De


acordo com os artigos 998 e 999 do Código de Processo Civil, o recorrente poderá, a qualquer
tempo, sem a anuência do recorrido, desistir do recurso, independentemente da aceitação da outra
parte. Assim, e em que pese não tenha havido pedido expresso pelo agravante, tenho que a
homologação de acordo pelo juízo de primeiro grau, com a extinção do feito, equivale à
desistência, representando óbice ao processamento do agravo. HOMOLOGADA DESISTÊNCIA DO
RECURSO POR DECISÃO MONOCRÁTICA.

(TJ-RS - AI: 70082017161 RS, Relator: Giovanni Conti, Data de Julgamento: 30/09/2019, Décima Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação: 03/10/2019). (Grifei).

Assim, imperioso revela-se pelos fatos expostos alhures o não-conhecimento do recurso em exame,
porquanto, sua desistência pela parte agravante.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no art. 998 do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de Agravo de
Instrumento, face a DESISTÊNCIA da parte recorrente.

Procedam-se as baixas de estilo.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES

Desembargadora-Relatora
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Número do processo: 0805988-70.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: U. C. M.


Participação: ADVOGADO Nome: SHEILA COSTA SANTOS OAB: 26484/PA Participação: ADVOGADO
Nome: JOSELIA PORTEGLIO DE LIMA MENEZES OAB: 29494/PA Participação: AGRAVADO Nome: A.
A. P. Participação: ADVOGADO Nome: LIA FERNANDA GUIMARAES FARIAS OAB: 009428/PA

PROCESSO: 0805988-70.2021.8.14.0000 (PJE)

SEC. ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

AGRAVANTE: U. C. M.

AGRAVADO: A. A. P.

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

DECISÃO MONOCRÁTICA

Verifico desde logo, o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, estando a matéria tratada
inserida no rol do art. 1.015 do NCPC, razão pela qual passo a apreciar o recurso.

O presente agravo de instrumento se insurge contra a decisão do Juízo da Vara Única da Comarca de
Oriximiná, na Ação de Guarda Compartilhada c/c liminar (Proc. nº. 0011572-11.2019.814.0037), movida
por U. C. M. contra A. A. P.

Em resumo, o Requerente busca a concessão da guarda provisória da filha do casal (menor Cecília), para
fins de efetivar a matrícula da infante na escola, sob pena de atrasar seus estudos, concedendo a guarda
compartilhada, fixando-se a residência base com o Autor.

O Juízo “a quo”, analisando pedido de compensação de alimentos formulados no curso da demanda (ID nº
21336608), assim se posicionou:

“...R.h.

Trata-se de pedido da parte autora de compensação de alimentos, sob o fundamento de que fora firmado
acordo com a requerida para a guarda compartilhada, o que lhe eximiria de prestar os alimentos também
acordados nos autos em apenso, tombados sob o nº 0800094-36.2020.8.14.0037.

Alega o autor que a menor está convivendo com ambos os genitores 15 dias alternados, e cada genitor
tem arcado com as despesas referente ao reforço escolar.

Afirma que as despesas com a mantença da menor é responsabilidade não apenas do pai, mas também
da mãe, sendo razoável que as despesas, pelo menos nesse período atípico, e até que a vida escolar da
menor tenha rotina, os alimentos, obrigatoriedade do pai, sejam compensados para cada genitor arcar
com as despesas no seu período de convivência.

Analisando os fatos narrados nas petições ao ID 21336608 e 21718410, não vislumbro que assiste razão
ao autor.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Primeiramente, é possível notar que sequer houve inovação da situação fática da menor ou de seus
genitores, vez que quando o autor e a ré firmaram acordo da pensão alimentício, em novembro de 2020, já
haviam realizado o acordo em relação a guarda compartilhada, este feito em setembro de 2020.A despeito
disso, é de se salientar que a guarda compartilhada, por si só, não exonera o alimentante da obrigação de
prestar alimentos.

A fixação de alimentos não é incompatível com o estabelecimento da guarda compartilhada (Enunciado


607 do Conselho da Justiça Federal).

São duas situações distintas, de modo que a guarda compartilhada se refere às diretrizes de criação e
formação dos filhos, enquanto a pensão alimentícia decorre das necessidades dos filhos e da
possibilidade de suporte dos genitores.

Não demonstradas razões outras para exonerar o autor do pagamento dos alimentos acordados, indefiro
tal pedido...” (ID nº 26986334 dos autos principais)

O agravante alega, em suas razões (ID nº 5066305), afirma que sem a compensação de gastos, na forma
que vem acontecendo a visitação (15/15 dias), o valor dos alimentos excede as necessidades da criança,
e a possibilidade do Recorrente. Informa ainda que ingressou com Ação Revisional de Alimentos tendo em
vista o crescimento de sua família (esposa grávida – gestação gemelar), o que gera comprometimento de
sua renda, buscando a antecipação da tutela, para imediata compensação dos alimentos.

Passo a analisar o pedido.

Preleciona o artigo 1.019, inciso I do Código de Processo Civil que o relator poderá atribuir efeito
suspensivo ao recurso de agravo de instrumento, ou deferir, em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão.

O regime geral das tutelas de urgência está preconizado no artigo 300 do Código de Processo Civil que
unificou os pressupostos fundamentais para a sua concessão: “A tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo”.

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1o Para a concessão da tutela de
urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos
que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia. § 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Pois bem, para que isto ocorra, é necessário que, nos termos do parágrafo único do artigo 995 do Código
de Processo Civil, o agravante demonstre a probabilidade de provimento do recurso e que o efeito
imediato da decisão recorrida cause risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação.

Vejamos.

Quanto ao primeiro requisito, entendo que o mesmo não foi preenchido, na medida em que, neste
momento processual, não é possível afirmar a probabilidade do direito do Recorrente, tendo em vista não
ter sido apresentado nenhum documento da sua impossibilidade financeira nem no recurso, nem no
processo principal.

Importa ressaltar que os alimentos foram fixados em 01 salário mínimo (nos autos da ação de divórcio c/c
guarda nº 0800094-36.2020.814.0037), tendo acordo firmado entre as partes sido devidamente
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homologado por sentença em 09/11/2020.

O Recorrente não comprovou alteração na sua situação financeira, que inviabilizasse o cumprimento da
obrigação assumida.

Além do mais, como bem restou destacado na decisão agravada, a guarda compartilhada, por si só, não
exonera o alimentante da obrigação de prestar alimentos. (A fixação de alimentos não é incompatível com
o estabelecimento da guarda compartilhada - Enunciado 607 do Conselho da Justiça Federal).

São duas situações distintas, de modo que a guarda compartilhada se refere às diretrizes de criação e
formação dos filhos, enquanto a pensão alimentícia decorre das necessidades dos filhos e da
possibilidade de suporte dos genitores.

Válido ainda destacar que existe nos autos (ID nº 22202033) petição da Agravada informando que o
acordo que previa visitação de 15 dias com cada genitor valeria enquanto perdurassem as restrições
impostas pela pandemia COVID-19, ou seja, pelo período que a menor não estivesse frequentando a
escola presencialmente, todavia, as aulas retornaram, o que impõe a necessidade de designação de nova
audiência para buscar novo acordo. Desse modo, não há comprovação de que, nesse momento, a criança
ainda se encontra passando 15 dias com o pai, o que afeta diretamente as argumentações que servem de
sustentáculo para o pedido de compensação.

De outra banda, entendo não ter restado demonstrado o risco de dano de difícil ou impossível reparação,
em contrapartida a redução do valor dos alimentos provisórios à genitora da menor poderia causar riscos à
subsistência da criança.

Assim, pelo menos em sede de análise perfunctória, não verifico a probabilidade do direito exigida para a
concessão da tutela provisória.

Pelo acima exposto, e entendendo não estarem preenchidos os requisitos previstos no art. 995 do CPC,
decido negar a tutela antecipada pleiteada, comunicando-se o juízo prolator da decisão guerreada.

Intime-se a Agravada para, querendo, no prazo legal, responder aos termos do recurso, nos termos do
inciso II do art. 1.019 do CPC.

Após a apresentação das contrarrazões, ou decurso do prazo, encaminhem-se os autos ao Ministério


Público de 2º grau para exame e pronunciamento, na forma legal.

Servirá a cópia da presente decisão como mandado/ofício.

Após, conclusos para julgamento.

Belém, 13 de agosto de 2021.

DES. RICARDO FERREIRA NUNES

Relator

Número do processo: 0800303-56.2019.8.14.0096 Participação: APELANTE Nome: BANCO PAN S.A.


Participação: ADVOGADO Nome: JOAO VITOR CHAVES MARQUES DIAS OAB: 30348/CE Participação:
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APELADO Nome: IRANDIR SANTANA BRAGA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRELINO FLAVIO
DA COSTA BITENCOURT JUNIOR OAB: 11112/PA

SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 2ª TURMA DE

DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0800303-56.2019.814.0096 - PJE

APELANTE: BANCO PAN S/A

APELADO: IRANDIR SANTANA BRAGA

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

DECISÃO MONOCRÁTICA
Tratam os autos de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização e Pedido de Tutela de
Urgência, que teve seu trâmite perante Juízo de Direito da Vara Única de São Francisco do Pará S/A,
proposta por Irandir Santana Braga contra o Banco PAN S/A.

Após a interposição do recurso, as partes apresentaram petição contida no Id nº 5542064, onde


demonstram a celebração de acordo pondo fim à lide instaurada.

Diante do exposto, com fulcro no art. 932, inciso I, do CPC[1], HOMOLOGO O ACORDO celebrado para
que surta seus jurídicos e regulares efeitos, extinguindo o feito com apreciação do mérito, nos termos do
art. 487, inciso III, “b” do CPC[2], DEIXO DE CONHECER do recurso em razão de ficar prejudicado pela
composição.

Belém, 13.08.2021.

Ricardo Ferreira Nunes

Desembargador Relator

[1] Art. 932. Incumbe ao relator:

I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando
for o caso, homologar autocomposição das partes;

[2] Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

III - homologar:

b) a transação;
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Número do processo: 0854854-50.2019.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: J. V. N. D. M.


Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO HENRIQUE LEAL DOS SANTOS OAB: 19282/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RUY AMADO BARROS NETO OAB: 22215/PA Participação:
ADVOGADO Nome: LARISSA CARNEIRO RODRIGUES OAB: 24842/PA Participação: ADVOGADO
Nome: PAMELA FALCAO CONCEICAO OAB: 20237/PA Participação: APELADO Nome: F. A. A. D. M.
Participação: ADVOGADO Nome: ELLEYSON CORREA SANDRES OAB: 10859/PA

PROCESSO: 0854854-50.2019.8.14.0301 (PJE)

SEC. ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO EM APELAÇÃO

REQUERENTE: JOÃO VITOR NORMANDO DE MENEZES

ADVOGADO(A): Ruy Amado Barros Neto, OAB/PA nº 22.215

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

DECISÃO

Vistos etc.

Trata-se de Pedido de Efeito Suspensivo à apelação, formulado no bojo da peça recursal, interposta por
JOÃO VITOR NORMANDO DE MENEZES contra sentença proferida pela 6ª Vara de Família de Belém
que julgou procedente a ação de exoneração de alimentos contra si proposta por FABIO ANDRE ALVES
DE MENEZES, bem como concedeu tutela de urgência autorizando a interrupção do pagamentos dos
alimentos.

Alega o requerente, em síntese, que há evidente perigo de dano pois o juízo de origem concedeu tutela
antecipada em sentença no sentido de determinar que o órgão pagador sustasse imediatamente a pensão
alimentícia devida ao apelante, deixando-o totalmente desamparado financeiramente. Requereu a
atribuição de efeito suspensivo à apelação ante a probabilidade do provimento de seu recurso, além do
risco de dano grave ante a cessão do pagamento da prestação alimentícia, tornando-se incapaz de arcar
sozinho com o valor da mensalidade do curso superior.

Éo relatório. Decido.

O Código de Processo Civil dispõe em seu art.1.012, § 3º, que a parte poderá formular pedido de
atribuição de efeito suspensivo a apelação:

§3º: O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por
requerimento dirigido ao:

I- Tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator
designado para seu exame prevento para julgá-la.

II- relator, se já distribuída a apelação

Por sua vez, o parágrafo 4º do mesmo artigo leciona que “a eficácia da sentença poderá ser suspensa
pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.”

No caso, estamos diante de uma sentença, cujo recurso não está submetido ao efeito suspensivo ope
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legis, pois foi concedida tutela de urgência em sentença, atraindo a aplicação do previsto no art. 1.012,
§1º, V, do CPC, posto que os efeitos de decisum objurgado começaram a produzir efeitos imediatamente
após a sua publicação.

Dessa forma, para conceder o efeito suspensivo requerido, é essencial que se faça presente um dos
requisitos descritos no §4º, do artigo 1.012, do CPC. É importante ressaltar que, no caso de atribuição de
efeito suspensivo ao recurso de apelação que não o possua por força de lei, o legislador optou pela
presença de um dos requisitos alternativamente. Não é necessário que os requisitos estejam presentes
cumulativamente. Então, se houver a probabilidade do provimento do recurso ou, sendo relevante a
fundamentação, houver o risco de dano grave ou de difícil reparação, o relator está autorizado a conceder
o efeito suspensivo.

Na hipótese dos autos, não vislumbro probabilidade de provimento do recurso tendo em vista que o ora
peticionante atualmente se encontra com vinte e seis anos de idade e já concluiu o curso superior, vez que
em seu depoimento pessoal confirmou que a graduação encerraria em junho/2021, situação confirmada
pela declaração de matrícula da universidade que atesta seu vínculo com a instituição somente até o
primeiro semestre de 2021.

Pelas mesmas razões, entendo que o requerente não conseguiu demonstrar que a eficácia imediata da
sentença pode lhe causar um dano grave, dada a conclusão do ensino superior, inexistindo nos autos
qualquer indício de incapacidade para o trabalho por parte do requerente.

Ressalto que a presente decisão não antecipa nenhum juízo de valor sobre o mérito recursal, apenas se
limita aos requisitos do artigo 1.012, §4º, do CPC que regulamentam o efeito suspensivo na apelação.

Assim, entendo que os fundamentos esgrimidos pelo requerente não dotam de relevância suficiente para
caracterizar o risco de dano grave ou de difícil reparação, bem como a probabilidade do provimento do
recurso.

Ante o exposto, em virtude da presença dos requisitos previstos no art. 1.012, §4º do CPC, indefiro o
pedido de efeito suspensivo e recebo o recurso apenas no efeito devolutivo.

Após o trânsito em julgado, retornem os autos para julgamento do mérito da apelação.

Belém, 12 de agosto de 2021.

Des. RICARDO FERREIRA NUNES

Relator

Número do processo: 0804851-53.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: JOSE MARIO


ADACHESKI Participação: ADVOGADO Nome: ARCIONE LIMA MAGALHAES OAB: 6752/MA
Participação: AGRAVADO Nome: JUPARANA COMERCIAL AGRICOLA LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: MARCUS VINICIUS DE CARVALHO REZENDE REIS OAB: 130124/SP Participação:
INTERESSADO Nome: EDUARDO DA SILVA VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ROMILDO ASSIS
DE ALMEIDA JUNIOR OAB: 39/PA Participação: INTERESSADO Nome: LUZIA APARECIDA DOS
SANTOS VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ROMILDO ASSIS DE ALMEIDA JUNIOR OAB: 39/PA

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 0804851-53.2021.8.14.0000

2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.


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AGRAVANTE: JOSÉ MÁRIO ADACHESKI.

ADVOGADO: Arcione Lima Magalhães - OAB/MA 6.752.

AGRAVADO: JUPARANÃ COMERCIAL AGRÍCOLA LTDA.

ADVOGADA: Marcus Vinícius de Carvalho Reis - OAB/MG 1.623-A.

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES.

Analisando o recurso interposto, verifico desde logo, que estão presentes os pressupostos de
admissibilidade, razão pela qual passo a apreciá-lo.

O agravante se insurge contra a decisão do Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Ulianópolis
que, nos autos da ação de “execução de título extrajudicial” (Processo n.º 0003774-11.2019.8.14.0130),
indeferiu o pedido de nulidade absoluta, nos seguintes termos:

“Vistos e etc.

Inicialmente, ante o recolhimento das custas, cumpra-se na íntegra decisão id 26317405.

Defiro o pedido de habilitação referido ao id 26680087, devendo a secretaria incluir o patrono no


PJE..

Trata-se de manifestação (id. 26682446) de José Mário, executado, em que pugna pelo reconhecimento
da nulidade absoluta do processo pela falta de citação válida.

Após minuciosa análise dos autos verifico o vício processual da falta de citação, contudo esse obstáculo
processual não gera qualquer nulidade porquanto "o comparecimento espontâneo do réu ou do
executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de
contestação ou de embargos à execução", é o teor do disposto no § 1º, do art. 239 do CPC.

Outrossim, a medida foi deferida com base nos requisitos previstos no artigo 300 do CPC, com natureza
jurídica de medida cautelar, podendo ser deferida liminarmente, ou seja, sem manifestação do
Requerido/Executado, sendo submetido ao contraditório a posterior, razão pela qual não há que se falar
em nulidade absoluta.

Desta feita, intime-se o executado para apresentar os embargos à execução, caso queira, no prazo legal.

Após, certifiquem-se e retornem conclusos.

Cumpra-se.

17 de maio de 2021.”

O recorrente requer em sua petição que seja dado “integral provimento, para o fim de reformar a r. decisão
que ora se guerreia e, via de consequência, declarar e reconhecer a nulidade absoluta a partir da r.
decisão de id. 24626021 e de todos os atos processuais subsequentes”. Roga, a concessão de efeito
suspensivo e, em decisão final, o provimento do agravo de instrumento.

Alega que apesar de suprir a falta de citação


o comparecimento espontâneo, não implica, por óbvio, na validade dos atos
processuais praticados anteriormente e que causaram evidentes prejuízos ao
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Executado; afirma que “a jurisprudência tanto do Supremo Tribunal Federal como do Superior Tribunal de
Justiça é firme no sentido de que nos processos em que não houve a citação não se forma a relação
jurídica processual e, via de consequência, a própria sentença será tida como inexistente, sendo cabível,
inclusive, a querela nulitatis”;

Aduz que, em razão de “não ter sido citado para a entrega de coisa incerta, como deveria ter ocorrido ad
initio, o feito jamais poderia ter sido convertido em execução por quantia certa, por nítida ofensa ao
contraditório e ampla defesa”; e que “tratando-se de execução para entrega de coisa incerta, o Agravante
deveria ter sido citado para, querendo, individualizar e entregar o produto agrícola ou opor seus embargos
à execução, sob pena de nulidade processual insanável”; defende que “nem mesmo a petição formulada
pelo
Agravante pode ser considerada como comparecimento espontâneo apto a suprir a citação, já que a
procuração encartada aos autos (id. 26681088), não confere ao procurador que a presente subscreve,
poderes específicos para receber citação”.

Pois bem, em juízo sumário de cognição, verifico ausentes os requisitos do artigo 995, parágrafo único, do
CPC, aptos a concessão do efeito suspensivo pleiteado.

Dispõe o citado dispositivo legal que “a eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do
relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso”.

Registro que os requisitos do artigo 995, parágrafo único devem aparecer concomitantemente para
corroborar a concessão de efeito suspensivo ao recurso.

Nesse giro, não encontro plausibilidade nas razões recursais. O agravante argumenta em suas razões que
a ausência de citação lhe causou prejuízo, uma vez que não pode individualizar e entregar o objeto do
contrato e que o procedimento não poderia ser convertido de entrega de coisa incerta para pagamento de
quantia certa sem o ato citatório.

Entretanto, não há plausibilidade em suas alegações, na medida em que o objeto avençado dizia respeito
a safra agrícola 2018/2019 e, decorridos 2 anos do contrato, o executado, ora agravante, não apresenta
indícios de que vai cumprir a obrigação.

Em termos processuais, como bem afirmado pelo Juízo de origem, o arresto da produção foi determinado
na forma de tutela provisória de urgência, ato permitido sem a oitiva da parte contrária, conforme artigo 9º,
§ único, I, do CPC, portanto, não há que se falar em nulidade da decisão. De igual modo, a decisão
agravada garantiu ao recorrente o direito de apresentar embargos à execução, nos quais poderá alegar
toda matéria que entender pertinente para a sua defesa.

No que diz respeito a conversão da execução para pagar quantia certa, a medida é garantida pela
jurisprudência do STJ em casos semelhantes. Veja-se a seguinte ementa:

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. CONVERSÃO DE EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE


COISA INCERTA EM EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA NA HIPÓTESE DE ENTREGA DA COISA
PERSEGUIDA COM ATRASO QUE CAUSOU PREJUÍZOS AO CREDOR. POSSIBILIDADE DE
APURAÇÃO DOS DANOS NA PRÓPRIA EXECUÇÃO OU EM AÇÃO PRÓPRIA. INTELIGÊNCIA DO ART.
624 DO CPC/73 C/C O ART. 389 DO CÓDIGO CIVIL.

1. Extinção pelo acórdão recorrido de execução para entrega de coisa incerta, declarando quitada a
obrigação, após a entrega do produto, mesmo com atraso, entendendo que os eventuais prejuízos sofridos
pelo credor devem ser apurados em ação própria, não sendo possível prosseguir na via executória.

2. Possibilidade de conversão do procedimento de execução para entrega de coisa incerta para


execução por quantia certa na hipótese de ter sido entregue o produto perseguido com atraso,
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gerando danos ao credor da obrigação.

3. Inteligência dos artigos 624, segunda parte, do CPC/73 c/c 389 do Código Civil.

4. A certeza da obrigação deriva da própria lei processual ao garantir, em favor do credor do título
extrajudicial, os frutos e o ressarcimento dos prejuízos decorrentes da mora do devedor.

5. A liquidação pode ser por estimativa do credor ou por simples cálculo (art. 627, §§ 1º e 2º, do CPC/73
ou art. 809, §§ 1º e 2º, do CPC/15).

6. Reforma do acórdão recorrido para restabelecimento da decisão do juízo de primeiro grau, que havia
procedido à conversão da execução.

7. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.

(REsp 1507339/MT, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em
24/10/2017, DJe 30/10/2017)

Dessa forma, da análise perfunctória das alegações e demais documentos anexados ao agravo de
instrumento, verifico ausentes os requisitos do artigo 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

Ante o exposto, indefiro o efeito suspensivo pleiteado pelo agravante, sem prejuízo da análise exauriente
das demais razões recursais após a formação do contraditório.

Intime-se a agravada, nos termos do inciso II, do art. 1.019, do CPC, para responder ao presente recurso.

Após o cumprimento das diligências, retornem os autos conclusos.

Belém, 12 de agosto de 2021.

RICARDO FERREIRA NUNES

Desembargador Relator

Número do processo: 0805741-89.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO BMG SA


Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG Participação:
AGRAVADO Nome: ANTONIA OQUINA RIBEIRO REIS Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO
SINIMBU DE LIMA MONTEIRO OAB: 14745/PA

PROCESSO: 0805741-89.2021.8.14.0000 (PJE)

SEC. ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

AGRAVANTE: BANCO BMG S/A

AGRAVADO: ANTÔNIA OQUINA RIBEIRO REIS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RELATOR: DES. RICARDO FERREIRA NUNES

DECISÃO

Vistos, etc.

Analisando o recurso interposto, verifica-se o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade,


estando a matéria tratada inserida no rol do art. 1.015 do NCPC, razão pela qual passo a apreciá-lo.

Trata-se de Agravo de Instrumento contra decisão do Juízo da Vara Única de Capitão Poço, nos autos da
Ação de Declaração de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Materiais e Morais c/c
Requerimento de Tutela de Urgência (Proc. nº 0800064-70.2020.814.0014) proposta por Antônia Oquina
Ribeiro Reis contra Banco BMG S/A.

Em sua exordial, a Autora afirma que é aposentada e recebe benefício no valor de um salário mínimo,
todavia, notando o recebimento de valores cada vez menores, procurou uma das agência do INSS,
tomando conhecimento de empréstimo consignado realizado sem sua anuência (contrato sob o nº
14855577, no valor de R$1.101,00, sendo descontado mensalmente o percentual de 5% do seu benefício.

Por fim, requereu a concessão de tutela de urgência, determinando ao requerido a imediata suspensão
dos descontos indevidos. (ID nº 15223834 dos autos principais).

O Juízo Singular, deferiu a tutela antecipada pleiteada, nos seguintes termos:

“...Ante o exposto, e com base no art. 300 do Código de Processo Civil, DEFIRO o pedido de tutela de
urgência para determinar que o requerido, até ulterior deliberação:

a) proceda a SUSPENSÃO do contrato nº 14855577, bem como dos respectivos descontos que vêm
sendo efetuados na aposentadoria da parte autora e relativos ao referido contrato, sob pena de multa
diária de R$ 500,00 (quinhentos reais) até o limite de R$ R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para o caso de não
cumprimento do aqui ordenado.

Na situação em exame observo que a relação jurídica de direito material discutida nos autos configura
relação de consumo, estando, portanto, sujeita às prescrições normativas contidas na Lei nº 8.078/90,
motivo pelo qual inverto o ônus da prova por entender que restam preenchidos os requisitos do art. 6º, VIII,
do referido diploma legal.

Considerando o disposto no artigo 334 do CPC, e uma vez que a petição inicial preenche os requisitos
essenciais delineados nos artigos 319 e 320 do CPC, em não sendo o caso de improcedência liminar do
pedido (CPC, artigo 332), designo audiência de conciliação ou mediação para o dia 19/08/2020, às 09:00
horas, devendo a parte ré ser citada com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

Expeça-se mandado de citação, com as advertências constantes do artigo 334, parágrafos8º, 9º e 10º.

Tendo em vista o disposto no artigo 335 do Código de Processo Civil, conste também do mandado de
citação que o réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze)dias, cujo termo inicial
será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando
qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do
pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando
ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I (se ambas as partes manifestarem, expressamente,
desinteresse na composição consensual);

Advirto, com fulcro no artigo 334, § 8º, do Código de Processo Civil que o não comparecimento
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injustificado da parte autora ou da parte ré à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à


dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa, revertida em favor do Estado.

As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos (CPC, artigo334, § 9º).
A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e
transigir. (CPC, artigo 334, § 10º)...” (ID nº 21222330 dos autos principais)

A agravante alega, em suas razões (petição de nº. ID nº 5473473), que a Agravada aderiu ao contrato de
livre e espontânea vontade, tomando ciência de todas as cláusulas no momento da assinatura do pacto. O
cliente solicita o cartão, e autoriza o seu envio através do termo de adesão ou cédula de crédito bancário
em que solicita o empréstimo consignado, pode ocorrer liberação de crédito para o cartão, ou seja, saque
autorizado, mesmo que o cliente ainda não tenha recebido o cartão e o desbloqueado. Daí começam a
ocorrer descontos sobre sua Reserva de margem consignada dentro dos 5% da margem que foi reservada
e o envio de faturas para pagamento do saldo remanescente. Ao final, pugna o agravante pela concessão
de efeito suspensivo ao presente recurso. É o que passo a analisar.

Preleciona o artigo 1.019, inciso I do Código de Processo Civil que o relator poderá atribuir efeito
suspensivo ao recurso de agravo de instrumento, ou deferir, em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão.

Pois bem, para que isto ocorra, é necessário que, nos termos do parágrafo único do artigo 995 do Código
de Processo Civil, o agravante demonstre que o efeito imediato da decisão recorrida cause risco de dano
grave, de difícil ou impossível reparação e, demonstre a probabilidade de provimento do recurso.

Tratam-se de requisitos cumulativos, de forma que ausente ao menos um deles, o indeferimento da liminar
recursal é medida que se impõe.

Pois bem, compulsando os autos, não vislumbro a presença dos requisitos necessários à concessão do
efeito suspensivo.

O Banco BMG defende que a Agravada efetuou uma operação obtendo a cartão de crédito, no entanto
não acostou aos autos o contrato alegado, nem nenhum documento que gerasse entendimento da
existência da relação alegada entre as partes, logo, não resta patente o direito defendido.

In casu, o magistrado a quo, por cautela, entendeu por deferir a tutela antecipada, para fins de determinar
ao Banco requerido proceda a SUSPENSÃO do contrato nº 14855577, bem como dos respectivos
descontos que vêm sendo efetuados na aposentadoria da parte autora, sob pena de multa diária de R$
500,00 (quinhentos reais) até o limite de R$ R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para o caso de não
cumprimento.

Dito isto, não vislumbro no caso dos autos, pelo menos em sede de analise perfunctória, a existência de
elementos suficientes a demonstrar que o efeito imediato da decisão recorrida cause risco de dano grave,
de difícil ou impossível reparação, na medida em que acaso comprovado durante o transcorrer do
presente processo a regularidade da cobrança, poderá o banco agravante proceder todas as medidas
necessárias a efetivação de seu crédito, não havendo risco de irreversibilidade.

Assim, demandando a questão de maior dilação probatória, ao crivo do contraditório, de forma a


possibilitar a análise acerca da regularidade da cobrança, não merece reparos a decisão a quo, que
prudentemente determinou a suspensão dos descontos.

Em verdade, entendo que se encontra presente o periculum in mora inverso, na medida em que a
cobrança indevida pode causar danos irreversíveis ao autor.

Com relação às astreintes, sabe-se que as mesmas devem ser fixadas em valor relevante e sempre de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

forma razoável e proporcional, considerando o contexto fático do processo, de modo a compelir a parte
destinatária do comando judicial a cumprir o que lhe foi determinado.

No caso concreto, tem-se que foi determinado que o Banco Agravante proceda à suspensão dos
descontos nos proventos do demandante, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais)
limitada à quantia de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

Ora, os valores fixados pelo juízo de primeiro grau a título de astreintes não se mostram exorbitantes ou
em desconformidade com os parâmetros legais, ou seja, capazes de ensejar enriquecimento ilícito da
parte eventualmente beneficiada, considerando a capacidade financeira do Recorrente e, ainda, a
necessidade de se ver efetivada a decisão emanada pelo juízo de piso, bem como pelo fato de ter sido
imposta limitação pelo juízo singular.

Ante o exposto, e entendendo não estarem preenchidos os requisitos previstos no art. 995 do NCPC,
indefiro o pedido de efeito suspensivo, comunicando-se o juízo prolator da decisão guerreada.

Intime-se o Agravado para, querendo, no prazo legal, responder aos termos do recurso, nos termos do
inciso II do art. 1.019 do CPC.

Servirá a cópia da presente decisão como mandado/ofício, nos termos da portaria 3731/2015-GP.

Após, conclusos para julgamento.

Belém, 07 de agosto de 2021.

DES. RICARDO FERREIRA NUNES

Relator

Número do processo: 0805285-42.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: MUNICIPIO DE


SAO JOAO DE PIRABAS Participação: ADVOGADO Nome: ANA CELINA FONTELLES ALVES OAB:
16037/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRENDA DA SILVA ASSIS ARAUJO OAB: 15692/PA
Participação: AGRAVADO Nome: SINDICATO DOS ENFERMEIROS DO ESTADO DO PARA
Participação: PROCURADOR Nome: NAJARA VALENTE DOS SANTOS OAB: 24535/PA Participação:
PROCURADOR Nome: SUZIANE XAVIER AMERICO OAB: 17673/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0805285-42.2021.8.14.0000

Por meio deste, notifica-se a parte interessada acerca da interposição de recurso de Agravo Interno no
presente processo, para fins de apresentação de contrarrazões, em querendo, em respeito ao disposto no
§2º do artigo 1021 do novo Código de Processo Civil.

15 de agosto de 2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0007188-58.1997.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: MUNICIPIO DE


BELEM Participação: APELADO Nome: ROSA MARIA GAYOSO CARDOSO Participação: ADVOGADO
Nome: BERNARDINO LOBATO GRECO OAB: 8271/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: PROCURADOR Nome: RAIMUNDO DE MENDONCA
RIBEIRO ALVES OAB: null

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça,
intima a parte interessada de que foi interposto AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO, estando
facultada a apresentação de contrarrazões.

Belém, 15 de agosto de 2021.

Número do processo: 0003222-98.2014.8.14.0040 Participação: APELANTE Nome: AUGUSTO


ESPINDOLA DIAS DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA MARRA SALDANHA OAB:
15158/PA Participação: APELANTE Nome: TAM LINHAS AEREAS SA Participação: ADVOGADO Nome:
FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA Participação: APELADO Nome: TAM LINHAS AEREAS SA Participação:
ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA Participação: APELADO Nome: AUGUSTO
ESPINDOLA DIAS DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA MARRA SALDANHA OAB:
15158/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0003222-98.2014.8.14.0040

COMARCA: PARAUAPEBAS/PA

APELANTE/APELADO: AUGUSTO ESPINDOLA DIAS DA SILVA.

ADVOGADO: AMANDA MARRA SALDANHA – OAB/PA 15.158.

APELADO/APELANTE:TAM LINHAS AEREAS S/A.

ADVOGADO: FABIO RIVELLI – OAB/PA 21.074-A.

RELATOR: DES. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

DESPACHO

Em despacho de Id 1857131, intimei a parte apelante TAM LINHAS AÉREAS S/A, para que
trouxesse aos autos o competente relatório de conta do processo. Conforme petição de Id 2264199, fora
juntado aos autos relatório que não corresponde ao recurso de apelação, consoante o disposto no §1º, do
art. 9º, da Lei Estadual nº 8.328/2015. Intime-se a apelante para, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena
de deserção, proceder o recolhimento em dobro do preparo, nos termos do art. 1.007, §4º, do CPC/2015.
427
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Após, conclusos.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Número do processo: 0809866-08.2018.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: L. A. D. M. J.


Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação:
ADVOGADO Nome: CLOVIS CUNHA DA GAMA MALCHER FILHO OAB: 3312/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RENAN VIEIRA DA GAMA MALCHER OAB: 18941/PA Participação: ADVOGADO
Nome: THIAGO LIMA DE SOUZA OAB: 17623/PA Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO
AUGUSTO CHADY MEIRA OAB: 20201/PA Participação: AGRAVADO Nome: D. S. D. M. Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO TORRES POTIGUAR OAB: 1569/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ALEX LOBATO POTIGUAR OAB: 13570/PA Participação: AGRAVADO Nome: W. D. S. D. M.
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO TORRES POTIGUAR OAB: 1569/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ALEX LOBATO POTIGUAR OAB: 13570/PA Participação: AGRAVADO Nome: W. D.
A. S. D. M. Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO TORRES POTIGUAR OAB: 1569/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ALEX LOBATO POTIGUAR OAB: 13570/PA Participação: AGRAVADO
Nome: W. S. D. M. Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO TORRES POTIGUAR OAB:
1569/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALEX LOBATO POTIGUAR OAB: 13570/PA Participação:
AGRAVADO Nome: W. S. D. M. Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO TORRES
POTIGUAR OAB: 1569/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALEX LOBATO POTIGUAR OAB: 13570/PA
Participação: AGRAVADO Nome: M. D. S. P. L. Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO
TORRES POTIGUAR OAB: 1569/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALEX LOBATO POTIGUAR OAB:
13570/PA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0809866-08.2018.8.14.0000

AGRAVANTE: LEOPOLDINO ALVES DE MELO JUNIOR

AGRAVADOS: DIVINA SEVERINO DE MELO – WESLEY DUILIO SEVERINO DE MELO – WELSON DE


ALENCAR SEVERINO DE MELO – WELDER SEVERINO DE MELO – WEBER SEVERINO DE MELO –
MAX DOMINI SERVIÇOS PÓSTUMOS LTDA

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA QUE JULGOU O FEITO


PRINCIPAL. PERDA DO OBJETO RECURSAL. RECURSO PREJUDICADO. PRECEDENTE DO STJ.
ART. 932, III, DO CPC/2015. RECURSO NÃO CONHECIDO.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto perante este Egrégio Tribunal de Justiça por
LEOPOLDINO ALVES DE MELO JUNIOR em face de DIVINA SEVERINO DE MELO E OUTROS diante
de seu inconformismo com decisão proferida.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJE, constatei Decisão interlocutória de ID
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

30285441 – 27/07/2021 que HOMOLOGOU ACORDO FIRMADO PELAS PARTES na ação originária
(0848503-95.2018.8.14.0301). Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer que o presente recurso se
encontra prejudicado, ante o superveniente despacho que foi prolatado no juízo a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, julgo prejudicado o presente recurso, ante a perda
superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0804727-41.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: EDITORA E


DISTRIBUIDORA CULTURAL BRASIL LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: DANIELY
MOREIRA PIMENTEL OAB: 18764/PA Participação: AGRAVADO Nome: NAJJA MARIA DOS SANTOS
GUIMARÃES Participação: ADVOGADO Nome: ARTHUR SISO PINHEIRO OAB: 17657/PA Participação:
ADVOGADO Nome: LEONARDO MAIA NASCIMENTO OAB: 14871/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ALEX PINHEIRO CENTENO OAB: 42/PA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0804727-41.2019.8.14.0000.

COMARCA: BELÉM/PA.

AGRAVANTE: EDITORA E DISTRIBUIDORA CULTURAL BRASIL LTDA - EPP.

ADVOGADO: CLÁUDIO BRUNO CHAGAS DE ALMEIDA – OAB/PA N. 23.949.

AGRAVADO: NAJJA MARIA DOS SANTOS GUIMARÃES.

ADVOGADO: BIANCA RIBEIRO LOBATO – OAB/PA 24.701.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Agravo Interno em Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito
principal. Perda do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO
CPC/2015. Recurso não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por EDITORA E DISTRIBUIDORA CULTURAL


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

BRASIL LTDA - EPP em face de NAJJA MARIA DOS SANTOS GUIMARÃES, diante do inconformismo
com a decisão interlocutória proferida pelo Juízo de Primeiro Grau.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJE, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 15/07/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0801982-54.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: RICARDO


NASCIMENTO FERNANDES Participação: ADVOGADO Nome: DANILO CORREA BELEM OAB:
14469/PA Participação: AGRAVANTE Nome: RENATA NASCIMENTO FERNANDES Participação:
ADVOGADO Nome: DANILO CORREA BELEM OAB: 14469/PA Participação: AGRAVANTE Nome:
RAFAELA NASCIMENTO FERNANDES Participação: ADVOGADO Nome: DANILO CORREA BELEM
OAB: 14469/PA Participação: AGRAVADO Nome: ROBSON ALVES GONÇALVES

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Nº. 0801982-54.2020.8.14.0000

COMARCA: BELÉM/PA.

AGRAVANTE: RICARDO NASCIMENTO FERNANDES.

AGRAVANTE: RENATA NASCIMENTO FERNANDES

AGRAVANTE: RAFAELA NASCIMENTO FERNANDES

ADVOGADO: DANILO CORREA BELEM – OAB/PA N. 14.469

AGRAVADO: ROBSON ALVES GONÇALVES.

ADVOGADO: NÃO HABILITADO.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por RICARDO NASCIMENTO FERNANDES,


RAFAELA NASCIMENTO FERNANDES e RENATA NASCIMENTO FERNANDES em face de ROBSON
ALVES GONÇALVES, diante do inconformismo com decisão interlocutória proferida pelo Juízo da 4ª Vara
Cível e Empresarial da Capital.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJE, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 21/07/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0801961-44.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ANTONIO


FRANCISCO GUIMARAES Participação: ADVOGADO Nome: JESSE DE JESUS MOREIRA OAB:
21193/MA Participação: AGRAVADO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. 1ª TURMA
DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0801961-44.2021.8.14.0000

AGRAVANTE: ANTONIO FRANCISCO GUIMARÃES

AGRAVADO: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/A

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECISÃO MONOCRÁTICA
Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: PROCESSO CIVIL. PREPARO RECURSAL. PAGAMENTO DOBRADO. FALTA DE


APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIO DE CONTA DO PROCESSO. DOCUMENTO INDISPENSÁVEL.
DESERÇÃO. RECONHECIMENTO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO. NÃO CONHECIMENTO.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por ANTONIO FRANCISCO GUIMARÃES, nos


autos da ação proposta por BANCO BRADESCO S/A, diante do inconformismo com sentença proferida
pelo Juízo de primeiro grau

Por meio do despacho de Id. 5179171, determinei a intimação do Agravante para efetuar e comprovar o
recolhimento do preparo do presente recurso em dobro, conforme art. 1.007, §4º, do CPC.

Conforme certidão de id. 5252926 decorreu o prazo e não houve manifestação do recorrente.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Ao realizar o juízo de prelibação, verifico, de plano, a ausência de requisito objetivo de admissibilidade,


qual seja, o preparo recursal.

Ao tratar do tema, o artigo 1.007 do CPC, dispõe que: “No ato de interposição do recurso, o recorrente
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e
de retorno, sob pena de deserção.”

A rigor, na espécie dos autos, não consta da interposição da apelação regular demonstração de
recolhimento de custas de preparo, haja vista que o recorrente não apresentou o competente relatório de
conta das custas do preparo recursal, sendo tal documento indispensável para comprovação deste
requisito de admissibilidade.

Dessa forma, a teor do art. 1.007 do CPC, é dever da parte recorrente comprovar o preparo recursal, e
tal comprovação se dá pela cumulação dos seguintes documentos no processo: boleto bancário das
custas, comprovante de pagamento deste e relatório de conta do processo, conforme disciplina o art. 9º,
§1º, da Lei Estadual nº. 8.328 – Regimento de Custas do TJ/PA.

Nesse sentido, há vários julgados deste E. Tribunal de Justiça, vejamos:

EMENTA: AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA. DECISÃO


AGRAVADA NÃO CONHECEU DO AGRAVO DE INSTRUMENTO POR DESERÇÃO. ARGUIÇÕES DE
COMPROVAÇÃO DO PREPARO E DESNECESSIDADE DO RELATÓRIO DE CONTA. AFASTADAS.
ADMISSIBILIDADE DO AGRAVO DE INSTRUMENTO COM BASE NO CPC/73. AGRAVO INTERPOSTO
SOMENTE COM UM COMPROVANTE DE TRANSAÇÃO BANCÁRIA E BOLETO BANCÁRIO. AUSÊNCIA
DO RELATÓRIO DE CONTA. NÃO COMPROVAÇÃO DO REGULAR RECOLHIMENTO DO PREPARO.
ARTIGOS 3º, 4º, 5º, 6º E 7º DO PROVIMENTO Nº 005/2002 DA CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA
(CGJ) DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL. PRECEDENTES DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
IMPOSSIBILIDADE DE COMPROVAÇÃO EM MOMENTO POSTERIOR AO DA INTERPOSIÇÃO DO
RECURSO. ARTIGO 511 DO CPC/73. AGRAVO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. UNANIMIDADE. 1. O
agravo de instrumento fora interposto no dia 16/12/2014. Admissibilidade aferida com base nas
disposições contidas no CPC/73. Observância ao Enunciado Administrativo nº.2 do Superior Tribunal de
Justiça. 2. Arguições de comprovação do preparo e desnecessidade do relatório de conta. O preparo é o
pagamento prévio das despesas relacionadas ao processamento do recurso, perfazendo o somatório das
custas processuais e do porte de remessa e de retorno dos autos, quando houver, devendo o
comprovante de pagamento dos respectivos valores acompanhar a petição do recurso, sob pena de
deserção, nos termos do art. 511, caput do CPC/73. 3. No momento da interposição do Agravo de
Instrumento, fora juntado apenas um comprovante de pagamento e boleto bancário (fls.30/31), sem
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ter sido acostado aos autos o relatório de conta do processo. 4. O regular recolhimento do preparo
somente se prova mediante a integralidade da documentação (relatório de conta do processo,
boleto bancário e comprovante de pagamento), nos termos das disposições contidas nos artigos
3º, 4º, 5º, 6º e 7º do Provimento nº 005/2002 da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) deste Egrégio
Tribunal. Determinação expressa quanto à emissão do relatório de conta em 3 vias, sendo uma
delas destinada, obrigatoriamente, aos autos. Precedentes deste Egrégio Tribunal de Justiça. 5.
Necessário registrar a impossibilidade de juntada do relatório de conta em momento posterior, vez que a
comprovação do recolhimento das custas deve ser realizada simultaneamente à interposição do recurso,
nos termos do art. 511, caput, CPC/73. 6. Portanto, o comprovante de transação bancária e o boleto
bancário (fls. 30/31), por si só, não demonstram o regular preparo do agravo de instrumento, situação que
impõem a manutenção da decisão agravada. 7. Agravo Interno conhecido e não provido. 8. À
unanimidade. (TJ/PA – Processo nº. 0004863-47.2014.8.14.0000, Rel. Maria Elvina Gemaque Taveira,
Órgão Julgador 1ª Turma De Direito Público, Julgado em 2018-08-24)

AGRAVO REGIMENTAL CONVERTIDO EM INTERNO. COMPROVAÇÃO DO PREPARO.


NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO TANTO DO BOLETO BANCÁRIO QUITADO COMO TAMBÉM DO
RELATÓRIO DE CUSTAS. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. O Tribunal de Justiça do Estado
do Pará, através da UNAJ, disponibiliza um memorial descritivo acerca do pagamento do recurso, o qual
destina um campo específico para identificar o processo a que se refere o pagamento. 2. Entendo que a
ausência de indicação do número do processo de origem na guia de arrecadação inviabiliza a identificação
da regularidade do pagamento, situação esta que obsta a admissibilidade do recurso. Precedentes do STJ
3. No caso concreto, constato que os agravantes colacionam às fls. 36 dos autos boleto bancário e
comprovante de pagamento sem qualquer identificação do processo a que se refere, em inobservância,
inclusive, ao Provimento 005/2002 da Corregedoria Geral de Justiça do TJ/PA, que regulamenta a
cobrança de custas judiciais. 4. É imprescindível que se colacione aos autos, além do boleto bancário e o
seu comprovante de pagamento - o documento denominado Conta do Processo, que é o documento hábil
a identificar as custas a serem pagas, o número do processo e o número do boleto bancário gerado, sendo
essa a razão, inclusive, da UNAJ o emitir em três vias, sendo a 2ª via destinada ao processo (art. 6º, II do
Prov. 005/2002-CGJ). 5. Segundo o entendimento do Colendo Tribunal Superior, e consoante o art. 511 do
CPC, o comprovante do preparo deve ser feito no ato da interposição do recurso, isto é, deve o recorrente
trazer aos autos a conta do processo e o boleto respectivo pago, sob pena de preclusão consumativa. 6.
Recurso Conhecido E Improvido. (TJPA, 2015.04416356-77, 153.718, Rel. DIRACY NUNES ALVES,
Órgão Julgador 5ª CAMARA CIVEL ISOLADA, Julgado em 2015-11-12, Publicado em 2015-11-20) (grifo
nosso).

EMENTA: AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL C/C EXIBIÇÃO DE


DOCUMENTOS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO
AO AGRAVO DE INSTRUMENTO POR FALTA DE REGULAR PREPARO. BOLETO BANCÁRIO SEM O
NÚMERO DO PROCESSO, BEM COMO AUSÊNCIA DO RELATÓRIO DE CONTA. IMPOSSIBILIDADE
DE COMPROVAÇÃO DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS. IRREGULARIDADE FORMAL. DESERÇÃO
DECISÃO MANTIDA. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO À UNANIMIDADE.
(TJ/PA - Acórdão nº. 155.889, Rel. Maria Filomena De Almeida Buarque, Órgão Julgador 1ª Turma De
Direito Privado, julgado em 2016-02-15, publicado em 2016-02-17)

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL CONVERTIDO EM AGRAVO INTERNO. APELAÇÃO CÍVEL.


DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO ANTE A AUSÊNCIA DE PREPARO.
COMPROVANTE DO PREPARO RECURSAL DESACOMPANHADO DA CONTA DE PROCESSO.
IMPOSSIBILIDADE DE JUNTADA POSTERIOR. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. Deve o recorrente, no momento da interposição do recurso,
comprovar o preparo recursal, sob pena de deserção, consoante inteligência do art. 511 CPC/73 c/c
artigos 4º a 6º do Provimento nº 005/2002 da C.G.J./TJPA 2. O regular recolhimento do preparo
somente se prova mediante a integralidade da documentação, o que inclui o relatório da conta do
processo, emitido pela Unidade de Arrecadação Judicial - UNAJ, sem o qual não há como aferir se
os valores informados e pagos mantêm relação com a apelação interposta. 3. O relatório da conta
do processo é documento indispensável para demonstrar os valores das custas judiciais a serem
pagas, além de identificar o número do processo e o boleto bancário gerado. 4. Agravo interno
conhecido e improvido. 5. À unanimidade. (TJ/PA, Acórdão nº. 169.758, Rel. Maria De Nazaré Saavedra
433
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Guimaraes, Órgão Julgador 2ª Turma De Direito Privado, Julgado em 2016-12-19, Publicado em 2017-01-
10)

In casu, a despeito da determinação, a Agravante não se desincumbiu da atribuição de apresentar


oportunamente a cópia do relatório de conta do processo, de modo que resta prejudicada a
comprovação do preparo em dobro.

ASSIM, nos termos da fundamentação exposta, por força do art. 932, III, do CPC, NÃO CONHEÇO do
presente Agravo de instrumento diante de sua manifesta inadmissibilidade decorrente da deserção.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquive-se imediatamente o processo.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0801812-87.2017.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: RODOBENS


INCORPORADORA IMOBILIARIA 323 - SPE LTDA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO FREIRE
DA FONSECA OAB: 12724/PA Participação: AGRAVADO Nome: CARLOS EDUARDO RAMOS LEMOS
Participação: ADVOGADO Nome: EDIVALDO GRAIM DE MATOS OAB: 17301/PA Participação:
AGRAVADO Nome: JOSILENE PIRES MACIEL Participação: ADVOGADO Nome: EDIVALDO GRAIM DE
MATOS OAB: 17301/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Nº. 0801812-87.2017.8.14.0000

COMARCA: BELÉM/PA.

AGRAVANTE: RODOBENS INCORPORADORA IMOBILIARIA 323 - SPELTDA.

ADVOGADO: JOSÉ WALTER FERREIRA JUNIOR – OAB/SP nº 152.165

ADVOGADO: GUSTAVO FREIRE DA FONSECA – OAB/PA n.º 12.724

AGRAVADO: CARLOS EDUARDO RAMOS LEMOS.

GRAVADO: JOSILENE PIRES MACIEL

ADVOGADO: EDIVALDO GRAIM DE MATOS – OAB/PA nº 17.301.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por RODOBENS INCORPORADORA IMOBILIARIA


323 - SPELTDA em face de CARLOS EDUARDO RAMOS LEMOS e JOSILENE PIRES MACIEL, diante
do inconformismo com decisão interlocutória proferida pelo Juízo da 6ª Vara Cível e Empresarial de
Belém.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJE, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 11/08/2020. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0808097-57.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ROGERIO


VANDERLEI KUNTZ Participação: ADVOGADO Nome: PAULO AUGUSTO DE AZEVEDO MEIRA OAB:
5586/PE Participação: AGRAVADO Nome: SC2 SHOPPING PARA LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: ARLEN PINTO MOREIRA OAB: 9232/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0808097-57.2021.8.14.0000

COMARCA: ANANINDEUA / PA

AGRAVANTE(S): ROGÉRIO VANDERLEI KUNTZ

ADVOGADO(A)(S): PAULO MEIRA (OAB/PA nº. 5.586)

AGRAVADO(A)(S): SC2 – SHOPPING PARÁ LTDA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ADVOGADO(A)(S): ARLEN PINTO MOREIRA (OAB/PA nº. 9.232)

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo, interposto por ROGÉRIO
VANDERLEI KUNTZ, nos autos de Ação de Cobrança de Aluguéis e Despejo proposta por SC2 –
SHOPPING PARÁ LTDA, diante do inconformismo com decisão interlocutória proferida pelo Juízo de
Direito da 1ª Vara Cível e Empresarial de Ananindeua, deferiu medida liminar de despejo para
determinar a desocupação do imóvel em litígio no prazo de 15 (quinze) dias, dispensando a
prestação de caução no processo.

O Agravante objetiva a concessão de efeito suspensivo. Argumenta, em síntese, que, seria incabível a
concessão de liminar de despejo, considerando que inexistência de caução, conforme o art. 59, § 1º, da
Lei de Locações, sendo que tal exigência legal não poderia ser dispensada pelo juízo. Alega, outrossim,
que o contrato de locação possuía previsão de garantia, contudo, não houve a efetiva exigência da
prestação de caução, logo, inexistira real garantia no contrato de locação.

Sustenta, outrossim, que o valor do débito locatício é indevido, posto a presença de encargos abusivos
que descaracterizariam a mora do devedor, e que resultaria em onerosidade excessiva.

É o breve relatório.

O Código de Processo Civil autoriza, nos termos do art. 932, inciso II c/c art. 1.019, inciso I, o relator a
conceder tutela provisória em nível recursal ou ainda a atribuir efeito suspensivo para o fim de impedir a
eficácia da decisão de primeiro grau impugnada, como prescreve o art. 995, parágrafo único, do CPC.
Para tanto reclama-se a existência de uma situação demonstradora do fumus boni iuris e do periculum in
mora, requisitos capazes de serem vislumbrados, em regra, através de cognição não exauriente do
processo.

Na hipótese dos autos, o Agravante objetiva a atribuição de efeito suspensivo para obstar a decisão que
determinou a desocupação do imóvel.

No que toca à probabilidade do direito, entendo que, mesmo em juízo de cognição sumária, há
elementos hábeis a justificar a reforma da decisão agravada.

Com efeito, num cenário da pandemia de covid-19, que afetou consideravelmente as atividades
econômicas comerciais, se mostra inteiramente discutível a concessão de liminar de despejo baseada na
dispensa da caução prevista no art. 59, §1º, da Lei do Locações. De fato, ao que tudo indica, embora
houvesse previsão contratual, é incontroverso que a ausência de efetiva garantia do contrato de locação,
todavia, isso por si só não justifica a dispensa de caução hábil a legitimar a concessão de liminar de
despejo.

Isso porque, apesar do suposto valor do débito locatício ser superior ao somatório de três meses de
aluguel, a caução representa, na realidade, condição legal para concessão de liminar em despejo por falta
de pagamento de aluguel (AgRg no AREsp 647.746/ES, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,
TERCEIRA TURMA, julgado em 20/10/2015, DJe 27/10/2015).

Em caso semelhante, a jurisprudência dos Tribunais Pátrios assinala:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESPEJO. LIMINAR. CONTRATO GARANTIDO POR


CAUÇÃO. ART. 59, §1º, IX, DA LEI N. 8.245/1991. IMPOSSIBILIDADE. 1. O art. 59, §1º, IX, da Lei n.
8.245/1991, dispõe que nas ações de despejo que tiverem por fundamento exclusivo a falta de pagamento
de aluguel e acessórios da locação no vencimento, será concedida liminar para desocupação desde que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

prestada caução no valor equivalente a três meses de aluguel. 2. Exclui-se a possibilidade de deferimento
da medida liminar se o contrato estiver assegurado por uma das garantias previstas no art. 37 da
mencionada lei, dentre as quais está a caução. 3. O fato de o débito locatício ser superior ao valor da
caução, equivalente a três meses de aluguel, tornando-a insubsistente, não autoriza a concessão
da liminar de despejo pretendida. 4. Agravo de instrumento desprovido.

(TJ/DFT – Acórdão nº. 1223648, Processo nº. 07180795320198070000, Relator: HECTOR VALVERDE, 1ª
Turma Cível, data de julgamento: 11/12/2019, publicado no DJE: 21/1/2020. Pág.: Sem Página
Cadastrada.)

Em relação ao risco de dano grave de difícil ou impossível reparação, tem-se claramente presente. É
que o Agravante está na iminência de sofrer perda da posse direta do imóvel, o que representaria abalo
concreto às suas atividades comerciais e grave oneração de sua situação econômica, já que sua atividade
restaria impedida de regular continuidade sem estar na posse do estabelecimento comercial.

ASSIM, tendo em vista a probabilidade do direito alegado e do perigo de dano de difícil reparação, na
forma do art. 995, parágrafo único c/c art. 1.019, I, do CPC/2015, DEFIRO o pedido de efeito
suspensivo, determinando, por ora, a suspensão da execução da medida de desocupação, até
ulterior deliberação.

Oficie-se o juízo de primeiro grau comunicando-o do teor deste provimento (art. 1.019, I, do CPC/2015), a
fim de que dê efetivo cumprimento a medida determinada (CPC, art. 69, §2º, III).

Intimem-se a Agravada para apresentar contrarrazões ao agravo no prazo legal (art. 1.019, II, CPC).

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0809357-09.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: CLYCIA PATRICIA


SANTOS RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: MANOEL JOSE MONTEIRO SIQUEIRA OAB:
2203/PA Participação: AGRAVADO Nome: C A G NUNES - ME Participação: ADVOGADO Nome:
PATRICIA LIA ARAUJO DE MACEDO OAB: 24471/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE
AUGUSTO FREIRE FIGUEIREDO OAB: 6557/PA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0809357-09.2020.8.14.0000

COMARCA: BELÉM / PA

AGRAVANTE(S): CLYCIA PATRÍCIA SANTOS RIBEIRO

ADVOGADO(S): MANOEL JOSÉ MONTEIRO SIQUEIRA (OAB/PA 2.203)

AGRAVADO(S): C. A. G. NUNES - ME

ADVOGADO(S): GERSON NYLANDER BRITO FILHO (OAB/PA 26.903)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. PESSOA NATURAL. GRATUIDADE DE


JUSTIÇA. HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA DEMONSTRADA. PRESENÇA DE ELEMENTOS
PROBATÓRIOS DE CONDIÇÃO ECONÔMICA INSUFICIENTE PARA DESPESAS PROCESSUAIS.
SÚMULA 06 DO TJE/PA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com tutela recursal de urgência, interposto por CLYCIA
PATRÍCIA SANTOS RIBEIRO, nos autos da Ação de Indenização por Danos materiais e morais proposta
em desfavor de C. A. G. NUNES - ME, diante do inconformismo com a decisão proferida pelo Juízo de
Direito da 4ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém/PA, que indeferiu o pedido de gratuidade
de justiça à Autora, determinando o recolhimento de custas processuais.

Nas razões recursais, a Agravante objetiva a reforma a decisão agravada. Alega, em síntese, preencher
os requisitos para gratuidade de justiça, na forma do art. 98, do CPC, ressaltando que a declaração de
pobreza goza de presunção relativa de veracidade. Registram, além disso, que a natureza da ação e o
patrocínio de advogado particular não lhe impossibilita a assistência judiciária gratuita.

Recebidos os autos eletrônicos em 18/9/2020.

Em decisão interlocutória (Id. 3713556) deferi tutela recursal de urgência, concedendo os benefícios da
justiça gratuita à Agravante.

Embora intimada, a Agravada não apresentou contrarrazões (Id. 4598643).

É o relatório. Decido monocraticamente.

Preenchidos os requisitos de admissibilidade recursal, conheço do recurso.

Entendo que o presente caso é de conhecimento e julgamento imediato, em conformidade com o que
dispõe o art. 932, inc. V, “a”, do CPC e art. 133, XII, “d”, do regimento interno.

Em primeiro lugar, destaco que o art. 98, do Código de Processo Civil garante os benefícios da assistência
judiciária gratuita às pessoas físicas e jurídicas, prevendo: “A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.”

Igualmente, a disciplinar a forma de concessão dessa benesse, dispõe o art. 99, §§ 2º e 3º, do CPC:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

(...)

§2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à
parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa


natural.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

No âmbito deste E. Tribunal, tem-se o enunciado da Súmula nº. 06, que assevera:

“A alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que a


pessoa natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e
seguintes do Código de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio
magistrado caso haja prova nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.”

No caso em tela, a Agravante, enquanto pessoa natural, alegou e demonstrou concretamente sua
hipossuficiência econômica. Efetivamente, os Ids. 3672516, 3672518, 3672520 e 3672521 revelam que a
Agravante atualmente não aufere rendimentos elevados, não sendo possível cogitar caracterizada a
suficiência econômica para fins da atribuição das despesas processuais.

Portanto, verifico que as benesses da assistência judiciária gratuita são inteiramente cabíveis na espécie
dos autos, sob pena de afrontar a garantia constitucional de inafastabilidade de jurisdição, bem como o
próprio direito de ação.

ASSIM, nos termos da fundamentação e com base no art. 932, V, letra “a” do CPC e art. 133, XII, “d”, do
Regimento Interno, CONHEÇO e DOU PROVIMENTO ao presente recurso, para reformar a decisão
agravada e deferir ao Agravante os benefícios da assistência judiciária gratuita, confirmando a
decisão de tutela recursal de urgência, devendo a ação originária ter regular prosseguimento no
primeiro grau.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.

Belém/PA, 16 de AGOSTO de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0811894-75.2020.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: FRANCISCO DE


SOUSA NETO Participação: ADVOGADO Nome: TAIANI BARROS CROFF OAB: 30673/PA Participação:
AGRAVADO Nome: NERES MARIA ALVES DE SOUSA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
MARCUS FABRICIO GOMES BUAINAIN ROSSY OAB: 26986/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ALAN RAMON DA SILVA OAB: 26678/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Nº. 0811894-75.2020.8.14.0000

COMARCA: ANANINDEUA/PA.

AGRAVANTE: FRANCISCO DE SOUSA NETO.

ADVOGADO: TAIANI BARROS CROFF – OAB/PA N. 30.673

AGRAVADO: NERES MARIA ALVES DE SOUSA DA SILVA.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ADVOGADO: JOSÉ EDUARDO PEREIRA ROCHA – OAB/PA N. 18.045.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por FRANCISCO DE SOUSA NETO em face de


NERES MARIA ALVES DE SOUSA DA SILVA, diante do inconformismo com decisão interlocutória
proferida pelo Juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial de Ananindeua.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJE, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 27/07/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0810845-96.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BIOPALMA DA


AMAZONIA S.A. REFLORESTAMENTO INDUSTRIA E COMERCIO Participação: ADVOGADO Nome:
PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO OAB: 3210/PA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO BENTES
PINHEIRO NETO OAB: 12816/PA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO LIMA DE SOUZA OAB:
17623/PA Participação: AGRAVADO Nome: SAPUCAYA INDUSTRIA E COMERCIO DE MADEIRAS
LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: TAYANA KATRINE PEREIRA DA SILVA OAB: 803/PA

ACÓRDÃO – ID _________ - PJE – DJE Edição ________/2021: _____/AGOSTO/2021.

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.


AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0810845-96.2020.8.14.0000.
440
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

COMARCA: BELÉM/PA.

AGRAVANTE: BIOPALMA DA AMAZÔNIA S.A. REFLORESTAMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO.

ADVOGADO: PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO – OAB/PA nº 3.210.

AGRAVADO: SAPUCAYA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MADEIRAS LTDA - ME.

ADVOGADO: TATYANA KATRINE PEREIRA DA SILVA – OAB/PA nº 19.803.

ADVOGADO: CINTHIA REIS ALHO – OAB/PA nº 28.134.

ADVOGADO: MARCELLY CAROLINE DO NASCIMENTO DA SILVA – OAB/PA nº 29.332.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C


INDENIZATÓRIA – PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA E EVIDÊNCIA.

1 - PRELIMINARES.

1.1 - Alegação de prevenção e/ou conexão. Ação possessória que teria sido ajuizada no ano de 2018 na
comarca de Tomé-açu. Necessidade de remessa da ação declaratória de rescisão contratual para o juízo
de Tomé-açu. Descabimento. Contrato entabulado entre os litigantes que prevê, expressamente, a
designação do foro de Belém como o competente para resolver qualquer questão relativa ao contrato.

1.2 – Litispendência e juiz natural. Alegação de que o Agravado ajuizou, anteriormente, ação idêntica,
com mesmas partes, causa de pedir e pedido, na Comarca de Tomé-açu. Recorrente que requer, então, o
reconhecimento da incompetência do juízo da Comarca de Belém. Descabimento. Ausência de pedidos
idênticos. Inexistência de tríplice identidade da causa. Competência do juízo da Comarca de Belém-PA.
Cláusula expressa do contrato de promessa de compra e venda.

2 – MÉRITO.

- Tutela de urgência deferida pelo juiz de 1º grau. Resolução do contrato de promessa de compra e
venda firmado entre os litigantes. Obrigação de não fazer no tocante a oferta, venda e/ou ato negocial de
disposição dos imóveis objetos da ação. desocupação voluntária dos bens. Analisando minuciosamente
os documentos dos autos, chega-se a conclusão da probabilidade do direito invocado pelo
Agravado (autor) e da existência do periculum in mora. Alegação de irreversibilidade da medida.
Descabimento. Possibilidade do retorno ao statu quo ante. Acrescenta-se, ainda, que resta cabalmente
demonstrado nos autos que o Agravante afirma que não pagará o valor residual (correspondente a 70%
do valor do contrato de promessa de compra e venda) e seu intento incontroverso é o de findar /
rescindir o contrato.

- Insurgência contra o valor das astreinte (multa cominatória). descabimento. A astreinte há de ser
naturalmente elevada, considerando que foi dirigida a réu com grande capacidade econômica, pelo que
deve ela se tornar efetiva a coagir indiretamente a parte ao cumprimento da obrigação. Irresignação
contra o valor correspondente ao uso diário da área (em caso de resistência do Réu/Agravante em
desocupar voluntariamente a área). Cabimento. Redução. Correção do quantum tendo em vista os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

3 – CONCLUSÃO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

REVOGAÇÃO PROSPECTIVA DO EFEITO SUSPENSIVO CONCEDIDO AO RECURSO. ALTERAÇÃO


DA DECISÃO DE 1º GRAU SOMENTE NO TOCANTE AO VALOR DO USO DIÁRIO DO IMÓVEL EM
CASO DE RESISTÊNCIA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes as acima indicadas, acordam os
Desembargadores que integram a 1ª Turma de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
na conformidade de votos e por UNANIMIDADE em CONHECER do recurso de Agravo de Instrumento e
lhe DAR PARCIAL PROVIMENTO, para determinar tão somente e alterar a alínea “c” da decisão
vergastada, pelo que o valor de uso da área em caso de resistência será de R$ 5,00 (cinco reais) por
hectare, e por via de consequência, deve permanecer inalterados os demais dispositivos do decisium,
bem como revogo, com efeitos prospectivos, a minha decisão de fls. ID 4004565 - Pág. 01/03, e colacione-
se cópia da presente decisão nos autos do agravo de instrumento nº 0802648-89.2019.8.14.0000, e
comunicar, imediatamente, o juízo da 15ª Vara Cível de Belém-PA e o da Vara Única de Tomé-açu, a
respeito do presente Acórdão, em consonância com o voto do relator.

Turma Julgadora: Des. Constantino Augusto Guerreiro – Relator, Des. José Roberto Pinheiro Maia
Bezerra Júnior – Presidente, Des. Leonardo de Noronha Tavares e Desª Maria do Ceo Maciel Coutinho.

Plenário de Direito Privado, Tribunal de Justiça do Estado do Pará, 28ª Sessão Ordinária do Plenário de
Videoconferência, aos nove (9) dias do mês de agosto (8) do ano de dois mil e vinte e um (2021).

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0007050-29.2016.8.14.0074 Participação: APELANTE Nome: MARCOS DIVINO


FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: CLESIO DANTAS AZEVEDO OAB: 14542/PA Participação:
APELADO Nome: JOSE WILSON BEZERRA FARIAS Participação: ADVOGADO Nome: ALBA VALERIA
PARREIRA DE FREITAS OAB: 11579/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE FERNANDES JUNIOR
OAB: 11581/PA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO DE FREITAS FERNANDES OAB: 28541/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0007050-29.2016.8.14.0074

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Número do processo: 0802060-48.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: FABIO MARIANO


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DE ALMEIDA Participação: ADVOGADO Nome: HERMENEGILDO ANTONIO CRISPINO OAB: 1643/PA


Participação: AGRAVADO Nome: IVANILDE SANCHES BORGES Participação: ADVOGADO Nome:
AGNALDO BORGES RAMOS JUNIOR OAB: 11634/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO – Nº 0802060-48.2020.8.14.0000.

COMARCA: BELÉM/PA.

AGRAVANTE: FABIO MARIANO DE ALMEIDA.

ADVOGADO: HERMENEGILDO ANTONIO CRISPINO, OAB/PA 1643.

AGRAVADO: IVANILDE SANCHES BORGES.

ADVOGADO: AGNALDO BORGES RAMOS JUNIOR, OAB/PA 11634

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DESPACHO

Consoante o disposto no §1º, do art. 9º, da Lei Estadual nº 8.328/2015, intime-se o Agravante para, no
prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção:

a) juntar aos autos o competente relatório, boleto e comprovante de conta do processo, com a
finalidade de regular comprovação do pagamento do preparo recursal; OU

b) proceder ao recolhimento em dobro do preparo, nos termos do art. 1.007, §4º, do CPC/2015.

Após, conclusos.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador-Relator

Número do processo: 0805261-48.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: RAPHAEL


CAMBRAIA ALVES COSTA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIBALDO BONFIM GUIMARAES
FRANCO OAB: 13033/PA Participação: AGRAVANTE Nome: ANA PAULA TORRES GUIMARAES DE
FREITAS Participação: ADVOGADO Nome: LUCIBALDO BONFIM GUIMARAES FRANCO OAB:
13033/PA Participação: AGRAVADO Nome: EDER ABLAIR ZANDONA Participação: ADVOGADO Nome:
TALES PAGLIARONI DEL BIANCO OAB: 426330/SP

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 0805261-48.2020.8.14.0000

COMARCA: SANTANA DO ARAGUAIA / PA


443
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AGRAVANTE(S): RAPHAEL CAMBRAIA ALVES COSTA

ANA PAULA TORRES GUIMARÃES DE FREITAS

ADVOGADO(A)(S): LUCIBALDO BON0FIM GUIMARÃES FRANCO (OAB/PA nº. 13.033)

AGRAVADO(S): EDER ABLAIR ZANDONA

ADVOGADO(A)(S): TALES PAGLIARONI DEL BIANCO (OAB/SP nº. 426.330)

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

EMENTA: Agravo de Instrumento. Superveniência de sentença que julgou o feito principal. Perda
do objeto recursal. Recurso prejudicado. Precedente do STJ. Art. 932, III, DO CPC/2015. Recurso
não conhecido.

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por RAPHAEL CAMBRAIA ALVES COSTA e ANA
PAULA TORRES GUIMARÃES DE FREITAS em face de EDER ABLAIR ZANDONA, diante do
inconformismo com a decisão interlocutória proferida pelo Juízo de Primeiro Grau.

É o relatório. Decido monocraticamente.

Sem delongas, destaco que após consulta ao Sistema PJE, constatei que a ação que deu origem ao
presente já foi devidamente sentenciada em 17/05/2021. Desta forma, mostra-se imperioso reconhecer
que o presente recurso se encontra prejudicado, ante a superveniente sentença que foi prolatada no juízo
a quo.

O C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA possui o entendimento pacífico que “A superveniência de


sentença acarreta a inutilidade da discussão a respeito do cabimento ou não da medida liminar, ficando
prejudicado eventual recurso, inclusive o especial relativo à matéria” (REsp 734535/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJ 30/10/2006).

ASSIM, com fulcro no art. 932, III, do CPC/2015, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo de
instrumento, por estar o mesmo prejudicado ante a perda superveniente do objeto.

P.R.I. Oficie-se no que couber.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0058926-26.2013.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: CLAUDIO GUERRA


PARAENSE Participação: ADVOGADO Nome: MARIA ELISA BESSA DE CASTRO OAB: 5326/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Participação: APELADO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: APELADO Nome: SECRETARIA DE


ESTADO DE COMUNICACAO-SECOM Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: PROCURADOR Nome: SERGIO TIBURCIO DOS
SANTOS SILVA OAB: null

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0058926-26.2013.8.14.0301

APELANTE: CLAUDIO GUERRA PARAENSE

APELADO: SECRETARIA DE ESTADO DE COMUNICACAO-SECOM, ESTADO DO PARÁ


REPRESENTANTE: SECRETARIA DE ESTADO DE COMUNICACAO-SECOM

RELATOR(A): Desembargadora LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL. CONCURSO PÚBLICO. ACEITAÇÃO DAS CONDIÇÕES IMPOSTAS PELO EDITAL.
NECESSIDADE DE VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO. PRECEDENTES STJ. ATO
ADMINISTRATIVO EIVADO DE VÍCIO. AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO. NÃO CONFIGURADO. RECURSO
DE APELAÇÃO CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Cinge-se a controvérsia recursal em saber se o ato administrativo que, após a etapa dos exames
médicos, considerou o ora apelante inapto a prosseguir no Curso de Formação de Soldados (PMPA/2012)
merece ser anulado, uma vez que, segundo aduz o recorrente, o referido ato carece de motivação.

2. É cediço que a apresentação de exames médicos consiste em fase legítima do concurso, haja vista
expressa previsão legal e editalícia, de modo que a verificação das condições físicas e psíquicas do
candidato representam alta relevância para o desempenho regular das funções públicas, sobretudo em
relação ao cargo que figura como essencial para a segurança pública.

3. In casu, estando fundamentada nas disposições editalícias, a Administração Pública Estadual apenas
fez valer o item 7.3.6, r, do Edital, porquanto o teor do exame médico de ID 632710 – Págs. 08/10
constatou a presença de substância ilícita (Cocaína) na amostra oferecida pelo autor/apelante, resultando,
por conseguinte, na sua correta eliminação, impedindo-o de prosseguir nas demais fases do concurso.

4. Diante de tal cenário, o deferimento da pretensão recursal ocasionaria em patente violação ao princípio
da isonomia, tendo em vista que o edital é a lei do concurso e submete todos os candidatos aos seus
termos. Assim, ao inscrever-se, o recorrente tinha pleno conhecimento de que seriam realizados exames
de saúde, bem como quais seriam as exigências e os requisitos essenciais para obter a aprovação.

5. Não obstante reforce em suas razões recursais, constata-se que o apelante jamais ingressou com
recurso administrativo (ID 63210 – Pág. 10), em razão de sua eliminação. Logo, não há elementos no bojo
processual a partir dos quais se permita inferir que houve negativa estatal em fornecer os motivos pelos
quais se deu a eliminação no transcurso certame.

6. Outrossim, importa dizer que não se mostra razoável levar em consideração a contraprova colacionada
durante a instrução processual (ID 632714 – Pág. 06). Ora, o novo exame juntado pelo
requerente/apelante, o qual testou negativo para a presença da retrocitada substância ilícita, teve a
amostra coletada em 09/06/2014, representando lapso temporal superior a 2 (dois) anos de quando
deveria ter sido entregue para a regular averiguação das condições médicas, tal como se deu com os
demais candidatos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

7. Recurso de Apelação conhecido e improvido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e aprovados em Plenário Virtual os autos acima identificados, acordam os


Excelentíssimos Senhores Desembargadores que integram a 2ª Turma de Direito Público do Tribunal de
Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, em conhecer e negar provimento ao recurso, pelos
fatos e fundamentos constantes do voto.

Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores, José Maria Teixeira do Rosário


(Presidente), Luzia Nadja Guimarães Nascimento (Relatora) e Diracy Nunes Alves.

Belém, 09 de agosto de 2021.

DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Recurso de Apelação interposto em face de sentença proferida pelo Juízo da 4ª Vara da
Fazenda Pública de Belém que, nos autos Ação Ordinária com Pedido de Tutela Cautelar Antecipada,
julgou improcedente o pedido contido na exordial, extinguindo o processo com resolução de mérito, nos
termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015.

Em apertada síntese o apelante sustenta em suas razões recursais (ID 632718) que foi aprovado na
primeira etapa do curso de formação de soldados PMPA/2012 e, ao comparecer na segunda etapa, a qual
consistia na análise dos exames médicos apresentados, foi desclassificado do certame de maneira ilegal,
uma vez que o ato administrativo que ensejou sua exclusão não foi motivado, ferindo, assim, os princípios
da legalidade, motivação e publicidade.

O Estado do Pará apresentou contrarrazões (ID 632720).

Instada, a Procuradoria de Justiça se manifestou pelo conhecimento e desprovimento do apelo (ID


660639).

Éo relatório.

VOTO

A EXCELENTÍSSIMA SENHORA DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO –


RELATORA:

Cinge-se a controvérsia recursal em saber se o ato administrativo que, após a etapa dos exames médicos,
considerou o ora apelante inapto a prosseguir no Curso de Formação de Soldados (PMPA/2012) merece
ser anulado, uma vez que, segundo aduz o recorrente, o referido ato carece de motivação.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Assim, percebe-se que o deslinde da causa perpassa por uma análise acerca da presunção de legalidade
do ato administrativo. Ocorre que, de acordo com o substrato fático-probatório presente nos autos,
vislumbro que tal presunção não merece ser afastada.

Écediço que a apresentação de exames médicos consiste em fase legítima do concurso, haja vista
expressa previsão legal e editalícia, de modo que a verificação das condições físicas e psíquicas do
candidato representam alta relevância para o desempenho regular das funções públicas, sobretudo em
relação ao cargo que figura como essencial para a segurança pública.

A fim de elucidar a causa, destaco o item 7.3.6, r, do Edital regulador do concurso que assim prevê (ID
632701 – Pág. 10):

7.3.6 – As causas que implicam em inaptidão do candidato durante a Avaliação de Saúde são as
seguintes:

(...)

r) Apresentar exame toxicológico positivo para substâncias entorpecentes ilícitas. (grifei)

In casu, estando fundamentada nas disposições editalícias, a Administração Pública Estadual apenas fez
valer o supracitado item do Edital, porquanto o teor do exame médico de ID 632710 – Págs. 08/10
constatou a presença de substância ilícita (Cocaína) na amostra oferecida pelo autor/apelante, resultando,
por conseguinte, na sua correta eliminação, impedindo-o de prosseguir nas demais fases do concurso.

Diante de tal cenário, o deferimento da pretensão recursal ocasionaria em patente violação ao princípio da
isonomia, tendo em vista que o edital é a lei do concurso e submete todos os candidatos aos seus termos.
Assim, ao inscrever-se, o recorrente tinha pleno conhecimento de que seriam realizados exames de
saúde, bem como quais seriam as exigências e os requisitos essenciais para obter a aprovação.

Sobre o tema da vinculação ao instrumento convocatório, a jurisprudência superior é uníssona no seguinte


sentido:

DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE


SEGURANÇA. PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO. CRITÉRIOS E PARÂMETROS PREVIAMENTE
ESTIPULADOS NO EDITAL. CONTRAINDICAÇÃO DE CANDIDATO NA FASE DE INVESTIGAÇÃO
SOCIAL EM ESTRITA CONFORMIDADE COM A PREVISÃO EDITALÍCIA. INEXISTÊNCIA DE
ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.

1. O edital é a lei do concurso, razão pela qual suas regras obrigam tanto a Administração quanto
os candidatos, em atenção ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório. Precedentes.

2. Não prospera o argumento de indução a erro do candidato se os critérios e parâmetros para


comprovação de idoneidade e conduta ilibada (investigação social) foram clara e previamente estipulados.

3. A eliminação do candidato, executada em estrita conformidade com a prévia e expressa previsão


editalícia, não caracteriza ilegalidade nem abuso de poder.

4. Agravo interno não provido.

(AgInt no RMS 63.700/MG, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 31/05/2021,
DJe 04/06/2021) (grifei)

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.


CONCURSO PÚBLICO. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE TÍTULOS.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

JURISPRUDÊNCIA DO STJ. RAZÕES DO AGRAVO QUE NÃO IMPUGNAM, ESPECIFICAMENTE,


ALUDIDO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 182/STJ. CONTROVÉRSIA DIRIMIDA,
PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, COM BASE NO EDITAL E NO QUADRO FÁTICO DOS AUTOS.
INVIABILIDADE DE ANÁLISE, PELO STJ. AGRAVO INTERNO PARCIALMENTE CONHECIDO, E,
NESSA EXTENSÃO, IMPROVIDO.

I. Agravo interno aviado contra decisão que julgara Recurso Especial interposto contra acórdão publicado
na vigência do CPC/2015.

II. Trata-se, na origem, de Mandado de Segurança, impetrado contra suposto ato ilegal do Diretor
Presidente da Comissão de Concurso - Instituto AOCP e do Diretor Presidente da EBSERH - Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares, objetivando anular o resultado da Comissão Organizadora do
Concurso Público regido pelo Edital nº 02 - EBSERH - AREA MÉDICA, de 06/03/2015, relativamente à
classificação final da impetrante, para atribuir-lhe a pontuação dos títulos e dos comprovantes de
experiência profissional apresentados, com a inclusão de seu nome na 2ª colocação do rol dos aprovados.

III. Interposto Agravo interno com razões que não impugnam, especificamente, o fundamento da decisão
agravada, no tocante à jurisprudência desta Corte, quanto aos critérios de avaliação de títulos adotados
pela Comissão de Concursos, não prospera o inconformismo, quanto ao ponto, em face da Súmula 182
desta Corte.

IV. É assente nesta Corte que, o edital é a lei do concurso, cujas regras vinculam tanto a
Administração quanto os candidatos" (STJ, AgRg no RMS 43.065/PE, Rel. Ministro OG
FERNANDES, SEGUNDA TURMA, DJe de 05/12/2014). Precedentes do STJ: (RMS 54.936/RS, Rel.
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 31/10/2017; AgRg no REsp
1124254/PI, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, DJe de 29/04/2015; RMS
45.530/SC, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de 13/08/2014).

(...).

VI. Agravo interno parcialmente conhecido, e, nessa extensão, improvido.

(AgInt no REsp 1717224/RS, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em
26/10/2020, DJe 12/11/2020)

No mais, quanto à tese de ausência de motivação suscitada pelo recorrente, entendo que não há respaldo
fático-probatório para sua comprovação.

Não obstante reforce em suas razões recursais, constato que o apelante jamais ingressou com recurso
administrativo (ID 63210 – Pág. 10), em razão de sua eliminação. Logo, não há elementos no bojo
processual a partir dos quais se permita inferir que houve negativa estatal em fornecer os motivos pelos
quais se deu a eliminação no transcurso certame.

Na verdade, sobram evidências de que a Comissão Avaliadora se manteve clara e transparente em


relação à situação do recorrente. Para tanto, destaco documento de ID 632710 – Pág. 7, o qual ressalta
que o motivo da desclassificação foi unicamente o resultado positivo para o uso de cocaína.

Outrossim, importa dizer que não se mostra razoável levar em consideração a contraprova colacionada
durante a instrução processual (ID 632714 – Pág. 06). Ora, o novo exame juntado pelo
requerente/apelante, o qual testou negativo para a presença da retrocitada substância ilícita, teve a
amostra coletada em 09/06/2014, representando lapso temporal superior a 2 (dois) anos de quando
deveria ter sido entregue para a regular averiguação das condições médicas, tal como se deu com os
demais candidatos.

Registre-se, ainda, que em momento algum se impugnou a legitimidade e/ou a veracidade do exame
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

responsável pela desqualificação do postulante, de sorte que merecem ser destacadas as palavras do
Parquet como custos iuris, senão vejamos:

“Assim, é patente que a aptidão do candidato deve ser demonstrada no lapso temporal previsto no
concurso. Portanto, inócuo mais de dois anos depois, comprovar que não faz uso de nenhuma substância
entorpecente”.

Com base nos argumentos alhures discorridos, entendo que a irresignação do apelante carece de
elementos probatórios robustos o suficiente a afastar a presunção de legalidade e legitimidade do ato
administrativo.

Ante o exposto, estou pelo CONHECIMENTO e IMPROVIMENTO do recurso de apelação, mantendo in


totum a sentença vergastada.

Écomo voto.

Belém(PA), 09 de agosto de 2021.

Desa. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

Relatora

Belém, 10/08/2021

Número do processo: 0807549-32.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: ALANA PINHEIRO


ALVES Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO ALAN MONTEIRO BATISTA OAB: 8084/AM
Participação: AGRAVADO Nome: GOLDEN VIDA SERVICOS MEDICOS LTDA EIRELI

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0807549-32.2021.8.14.0000
IMPETRANTE: ALANA PINHEIRO ALVES
Nome: ALANA PINHEIRO ALVES
Endereço: Rua Alto bonito, 432, Mirituba, MIRITITUBA (ITAITUBA) - PA - CEP: 68191-400
Advogado: RICARDO ALAN MONTEIRO BATISTA OAB: AM8084 Endereço: desconhecido
AGRAVADO: GOLDEN VIDA SERVICOS MEDICOS LTDA EIRELI
Nome: GOLDEN VIDA SERVICOS MEDICOS LTDA EIRELI
Endereço: Travessa Professora Agripina de Matos, 788, SALA 8, Salé, SANTARéM - PA - CEP: 68040-
410
DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por ALANA PINHEIRO ALVES, contra decisão
proferida pelo Juízo da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Santarém/PA, nos autos da Ação
Monitória c/c Tutela de Urgência (processo eletrônico nº 0805340-34.2021.8.14.0051) ajuizada pela
agravante em face da GOLDEN VIDA SERVIÇOS MÉDICOS LTDA EIRELI, ora agravada, que indeferiu o
benefício da gratuidade de justiça.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Compulsando os autos, constato que foi oportunizado à parte agravante a possibilidade de comprovação
da sua hipossuficiência de forma a ser concedido o benefício da gratuidade da justiça, uma vez existir
indícios da sua capacidade financeira nos autos, ou, se assim quisesse, realizasse o pagamento das
custas (Num. 5803023 – Pág. 1/2).

Entretanto, os autos retornaram conclusos com certidão de Num. 59555674 -Pág.1 informando que a parte
agravante deixou transcorrer o prazo sem manifestação.

Isso posto, verifico a ausência dos requisitos necessários à concessão do benefício da justiça gratuita,
motivo pelo qual a INDEFIRO, pelo que DETERMINO a intimação da parte agravante para proceder o
recolhimento das custas recursais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso
por deserção, na forma do art. 99, §7º e art. 101, §2 c/c art. 932, parágrafo único e art. 1017, §3º, todos do
CPC.

ÀSecretaria da UPJ para as providências.

Cumpra-se.

Belém-PA, data registrada no sistema.

José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior

Desembargador - Relator

Número do processo: 0800949-29.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO


BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação:
AGRAVADO Nome: DAVINA DAS GRACAS TRINDADE Participação: ADVOGADO Nome: MATHEUS
HENRIQUE DA SILVA SA OAB: 15339/MA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0800949-29.2020.8.14.0000
AGRAVANTE: BANCO BRADESCO SA
Nome: BANCO BRADESCO SA
Endereço: Banco Bradesco S.A., S/N, Rua Benedito Américo de Oliveira, s/n, Vila Yara, OSASCO - SP -
CEP: 06029-900
Advogado: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: PA15201-A Endereço: desconhecido
AGRAVADO: DAVINA DAS GRACAS TRINDADE
Nome: DAVINA DAS GRACAS TRINDADE
Endereço: TRAVESSA ULISSES TAVARES, 350, AT, VISEU - PA - CEP: 68620-000
Advogado: MATHEUS HENRIQUE DA SILVA SA OAB: MA15339 Endereço: DUQUE DE CAXIAS, 156, A,
CENTRO, SANTA LUZIA DO PARUá - MA - CEP: 65272-000

DECISÃO MONOCRÁTICA
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Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por BANCO BRADESCO S/A (processo físico originário nº
0003544-70.2019.8.14.0064) nos autos da Ação Declaratória de Ilegalidade e Nulidade de Cobrança de
Seguro Não Contratado c/c Indenização por Danos Morais e Repetição de Indébito, proposta por DAVINA
DAS GRAÇAS TRINDADE, ora agravada, contra decisão interlocutória proferida pelo juízo da Vara Única
da Comarca de Viseu - PA, sob o Num. 2703646 – pág. 1/3, que determinou ao banco agravante a
suspensão das cobranças referentes ao contrato questionado na petição inicial, com multa diária no valor
de R$ 500,00 (quinhentos reais), limitados ao valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por dia de atraso,
sem prejuízo de aplicação de multa de até 20% (vinte por cento) do valor da causa a título de ato
atentatório à dignidade da justiça.

Em suas razões, sob Num. 2703644 – pág. 1/16, o banco agravante discorre sobre a ausência de
fundamentação legal na decisão agravada e a fixação da multa, que estaria em desacordo com os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade, ressaltando a necessidade de uma relação de
proporcionalidade entre o valor da multa e a obrigação principal que se pretende seja cumprida através de
sua aplicação. Requer a concessão do efeito suspensivo e, no mérito, o seu provimento, para a cassação
definitiva da decisão recorrida, com o afastamento da multa aplicada ou, caso mantida, que seja minorada.

Em decisão de minha lavra proferida no dia 24/03/2020, sob o Num. 2880345 – pág. 1/3, deferi
parcialmente o pedido do efeito suspensivo pretendido, nos termos do art. 995, parágrafo único do CPC,
tão somente para minorar a valor arbitrado referente a multa diária por descumprimento, a qual arbitrei em
R$ 150,00 (cento e cinquenta reais), até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

Não há contrarrazões recursais nos autos, conforme certidão expedida pela UPJ sob o Num. 3361393 –
pág. 1.

Éo relatório.

Decido.

O recurso comporta julgamento imediato, com fulcro na interpretação conjunta do art. 932, VIII do CPC c/c
art. 133, XII, “d” do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Justiça.

O processo originário do presente Agravo de Instrumento se trata de Ação Declaratória de Ilegalidade e


Nulidade de Cobrança de Seguro Não Contratado c/c Indenização por Danos Morais e Repetição de
Indébito, na qual o banco réu, ora agravante, se insurge contra a decisão proferida pelo juízo de 1º grau
sob o Num. Num. 2703646 – pág. 1/3, que determinou a suspensão das cobranças referentes ao contrato
questionado na petição inicial, com multa no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) diários, limitados ao
valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por dia de atraso, sem prejuízo de aplicação de multa de até 20%
(vinte por cento) do valor da causa a título de ato atentatório à dignidade da justiça.

O agravante inicia suas razões alegando a ausência de fundamentação da decisão agravada, afirmando
que “(...) A decisão, em vários momentos, não correlaciona os fatos à legislação aplicável ao caso.
Podem-se observar nos pequenos trechos alhures de caráter genérico. (...)”.

Ao analisar os documentos anexados aos autos, o juízo de 1º grau entendeu existente a probabilidade do
direito da agravada, bem como o perigo de dano a ser causado, que justificassem a necessidade de
suspensão dos descontos efetuados pelo banco agravante em sua conta corrente.

Deste modo, aplicou o art. 300 do CPC, para determinar a suspensão pretendida, frisando corretamente
que “(...) Desta feita, num juízo de cognição sumária (superficial, baseado num mero juízo de
probabilidade), verifico a existência da probabilidade do direto da autora. Isto porque os documentos
acostados aos autos comprovam, pelo menos de modo indiciário, que a parte autora teve descontos
efetuados mensalmente em sua conta bancária decorrentes de tarifa denominada “MORA CRED PESS
346066” que não se tem certeza nessa fase processual de que foram firmados com as partes requeridas
em obediência aos requisitos de existência, validade e eficácia do negócio jurídico (art. 104 do CC).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Presente, também, o elemento perigo de dano (fumus boni juris), na medida em que quanto mais se
postergar a presente decisão concessiva de tutela antecipada, maiores serão os prejuízos financeiros
causados à autora com a continuação dos descontos em sua conta bancária e por eventual inscrição em
SERASA ou SPC e por conta de um contrato de seguro que, em tese, está eivado de vícios do
consentimento, razão pela qual o deferimento da tutela é medida que se impõe. Por fim, presente o
requisito do artigo 300, §3º do NCPC, na medida em que se ao final está(sic) decisão for revogada, nada
impedirá que a instituição financeira execute os valores devidos e não pagos pela parte requerente. (...)”.

Portanto, a decisão interlocutória agravada possui a fundamentação necessária, tanto é que o agravante
se insurge pontualmente contra a concessão da tutela antecipada fundamentada no artigo 300 do CPC.

Posto isto, chego a irresignação do agravante quanto a multa fixada pelo juízo de 1º grau para o caso de
descumprimento da determinação judicial, consistente na alegação de desnecessidade de fixação desta
para o cumprimento da obrigação de fazer, pois alega que, “(...) Vale dizer que, a exigência da multa fica
adstrita aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, no sentido de que se deve adequá-la ou
torná-la compatível com a obrigação imposta. Tal adequação visa evitar o enriquecimento sem causa da
parte beneficiada com a sua imposição. Com efeito, a multa cominatória (astreinte), enquanto instituto de
direito processual, serve como meio de coerção patrimonial para que o obrigado faça ou deixe de fazer
algo, em virtude do comando judicial. Não tem caráter compensatório, indenizatório ou sancionatório,
limitando-se a influenciar o cumprimento da ordem judicial. Por isso, deve ser suficientemente adequada e
proporcional à sua finalidade intimidatória, de modo que não pode ser desproporcional ou desarrazoada a
ponto de proporcionar ao exequente um enriquecimento sem causa.”.

Pois bem. Sobre as astreintes, imperioso observar o comando do art. 537 do CPC. In verbis:

Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em
tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a
obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito. (grifei)

Analisando os autos, especificamente a cópia da petição inicial sob o Num. 2703647 – pág. 3 a Num.
2703648 – pág. 2, constato que o agravado informa o desconto denominado “MORA CRED PESS
3470066, não reconhecido, no valor de R$ 18,48 (dezoito reais e quarenta e oito centavos) em 05 (cinco)
vezes por mês, gerando um total de R$ 92,40 (noventa e dois reais e quarenta centavos).

Com efeito, embora a astreinte deva ser fixada em valor considerável a ponto de realmente coagir, se
deve ter em mente o bem jurídico tutelado com a imposição da coerção. Havendo disparidade exacerbada,
a natureza da ordem cominatória seria desvirtuada, ensejando o enriquecimento sem causa da parte
beneficiada com a ordem.

Neste aspecto, a fixação de multa no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) diários, limitados a R$
20.000,00 (vinte mil reais) se mostra desproporcional face a obrigação, mesmo se tratando o agravante de
instituição financeira de grande porte, motivo pelo qual se faz necessário o ajuste da astreinte, o qual
defino em R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) diários, limitados a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por ser
razoável e proporcional aos valores discutidos no processo originário, corroborando o raciocínio já
disposto por ocasião da apreciação do pedido de efeito suspensivo feito pelo banco agravante.

Corroborando o raciocínio, cito julgado do STJ, em Recurso Repetitivo (Tema nº 149):

PROCESSUAL CIVIL. ART. 461, § 4º, DO CPC. OBRIGAÇÃO DE FAZER. CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL. APRESENTAÇÃO DE EXTRATOS DE CONTAS VINCULADAS AO FGTS. COMINAÇÃO DE
MULTA DIÁRIA. ASTREINTES. POSSIBILIDADE. 1. Recurso repetitivo julgado pela Primeira Seção do
Superior Tribunal de Justiça, com fulcro no art. 543-C do CPC, firmou o entendimento de que "a
responsabilidade pela apresentação dos extratos analíticos é da Caixa Econômica Federal - enquanto
gestora do FGTS -, pois tem ela total acesso a todos os documentos relacionados ao Fundo e deve
fornecer as provas necessárias ao correto exame do pleiteado pelos fundistas" (REsp 1.108.034/RN, Rel.
Min. Humberto Martins, Primeira Seção, julgado em 28.10.2009, DJe 25.11.2009). 2. O presente recurso
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especial repetitivo trata da consequência lógica pelo não cumprimento da obrigação imposta à CEF, qual
seja, a possibilidade de aplicação de multa diária prevista no art. 461, § 4º, do CPC. 3. É cabível a fixação
de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer (astreintes), nos termos do art. 461, § 4º, do CPC, no
caso de atraso no fornecimento em juízo dos extratos de contas vinculadas ao FGTS. 4. A ratio essendi da
norma é desestimular a inércia injustificada do sujeito passivo em cumprir a determinação do juízo, mas
sem se converter em fonte de enriquecimento do autor/exequente. Por isso que a aplicação das astreintes
deve nortear-se pelos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. 5. Precedentes: REsp
998.481/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, DJe 11.12.2009. AgRg no REsp 1.096.184/RJ,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de 11.3.2009; REsp 1.030.522/ES, Rel. Ministra Eliana Calmon,
Segunda Turma, julgado em 19.2.2009, DJe 27.3.2009; REsp 836.349/MG, Rel. Min. José Delgado, DJ de
9.11.2006. Recurso especial improvido para reconhecer a incidência da multa. Acórdão sujeito ao regime
do art. 543-C do Código de Processo Civil e da Resolução 8/2008 do Superior Tribunal de Justiça. (REsp
1112862/GO, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/04/2011, DJe
04/05/2011) (grifei)

Nesse sentido, trago jurisprudência desta Egrégia Corte de Justiça, por suas 02 (duas) Turmas de Direito
Privado:

EMENTA: DIREITO CIVIL. RECURSOS DE APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO.


INSURGÊNCIA DA RÉ/APELANTE CONTRA A FIXAÇÃO DE ASTREINTES EM TUTELA ANTECIPADA.
NULIDADE DE INTIMAÇÃO. DESCARACTERIZADA. REDUÇÃO DE MULTA POR DESCUMPRIMENTO
APLICADA EM VALOR EXCESSIVO. POSSIBILIDADE. NECESSIDADE. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS
DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. RECURSOS DESPROVIDOS. 1. Sendo o devedor
pessoa jurídica, a jurisprudência é pacífica ao autorizar que a intimação pessoal por AR-MP seja
implementada no seu endereço comercial, em razão da aplicação da teoria da aparência, não sendo
necessária a aposição da assinatura de seu representante legal ou gerente; 2. A fixação de astreintes visa
compelir aquele que deve cumprir uma determinação judicial, devendo ser fixada em quantia razoável e
consentânea à finalidade do instituto, considerando a capacidade econômica e de resistência da ré; 3. O
Superior Tribunal de Justiça já pacificou o entendimento de que é lícito ao julgador, a qualquer tempo,
modificar o valor e a periodicidade da multa (art. 461, parágrafo 4º. c/c parágrafo 6º. do CPC), conforme se
mostre insuficiente ou excessiva; 4. Para configuração de dano moral por descumprimento de contrato, é
necessário demonstrar a ocorrência de lesão a direitos da personalidade, referente à honra, dignidade,
intimidade, imagem, nome da parte prejudicada; 5. Nos termos da fundamentação, recursos conhecidos e
DESPROVIDOS. (2018.03406151-71, 194.672, Rel. LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Órgão
Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2018-08-20, publicado em 2018-08-24) (grifei)

EMENTA: AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR


QUEBRA DE CLÁUSULA CONTRATUAL C/C DANOS MATERIAIS, MORAIS E OBRIGAÇÃO DE FAZER.
FIXAÇÃO DE MULTA DIÁRIA. INCIDÊNCIA EM CASO DE DESCUMPRIMENTO. REDUÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. Possibilidade de aplicação da multa cominatória, cujo
objetivo não é o de penalizar a parte, ou ainda de indenizar o autor, mas tão somente obrigar o réu a
cumprir a obrigação de fazer imposta na ordem judicial. 2. O valor da multa deve observar os princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade. Determinado prazo plausível para o cumprimento, e não observado
pelo réu, necessária é a imposição das astreintes. 3. O parâmetro a ser seguido pelo Magistrado no
arbitramento da penalidade é o da suficiência e compatibilidade da obrigação de fazer a ser cumprida pela
parte, de sorte que a multa pecuniária seja apta a tornar efetivo o seu intuito inibitório. 4. Recurso
conhecido e desprovido. (2019.01706717-04, 203.381, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão
Julgador 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2019-04-23, publicado em 2019-05-06)

Finalmente, o prazo de 05 (cinco) dias para a prática de ato processual a cargo da parte é satisfatório no
caso, posto que se trata de ato simples a ser executado pela gerência da unidade responsável.

Ante o exposto, com fulcro no art. 932, VIII do CPC c/c art. 133, XII, “d” do Regimento Interno do TJ – PA,
CONHEÇO e DOU PARCIAL PROVIMENTO ao presente Agravo de Instrumento, apenas para ajustar o
valor das astreintes em R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) diários, limitados a R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), na esteira da fundamentação legal e jurisprudencial acima exposta, por se tratar da melhor medida
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de Direito ao caso em comento.

Comunique-se ao Juízo a quo a presente decisão.

Após o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição deste relator e associe-se aos autos principais.

Belém – PA, em data registrada no sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR

Desembargador – Relator

Número do processo: 0003941-78.2011.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: LOJAS AMERICANAS


S/A Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO MAHFUZ VEZZI OAB: 21114/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ANA LUIZA AZEVEDO PIRES OAB: 26319/PA Participação: APELADO Nome:
RENATO SILVA MACHADO Participação: ADVOGADO Nome: BEATRIZ PEREIRA LEITAO OAB:
1230/PA

ACÓRDÃO – ID _________ - PJE – DJE Edição ________/2021: _____/AGOSTO/2021.

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0003941-78.2011.8.14.0301.

COMARCA: BELÉM / PA.

EMBARGANTE: LOJAS AMERICANAS S/A.

ADVOGADO: THIAGO MAHFUZ VEZZI – OAB/PA nº 21.114-A.

EMBARGADO: RENATO SILVA MACHADO.

ADVOGADO: BEATRIZ PEREIRA LEITÃO - OAB/PA nº. 11.230.

RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AUSÊNCIA DE ERRO MATERIAL.


CONTRADIÇÃO E OMISSÃO. TENTATIVA DE REDISCUSSÃO DO ACÓRDÃO EMBARGADO.
DESCABIMENTO NA VIA DOS ACLARATÓRIOS. OBSCURIDADE NO TOCANTE AO EXATO TERMO
INICIAL DA CORREÇÃO MONETÁRIA, O QUAL EM CASO DE NOVO ARBITRAMENTO DE DANOS
MORAIS PELO TRIBUNAL, CONTA-SE A PARTIR DESTE ÚLTIMO ARBITRAMENTO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS E PARCIALMENTE ACOLHIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes as acima indicadas, acordam os
Desembargadores que integram a 1ª Turma de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
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na conformidade de votos e por UNANIMIDADE em CONHECER do recurso de Embargos de Declaração


e ACOLHER PARCIALMENTE, para empregar efeito modificativo no Acórdão embargado tão somente
para determinar que o termo inicial da correção monetária dos danos morais deve contar a partir de seu
novo arbitramento (10/05/2021), em consonância com o voto do relator.

Turma Julgadora: Des. Constantino Augusto Guerreiro – Relator, Des. José Roberto Pinheiro Maia
Bezerra Júnior – Presidente, Des. Ricardo Ferreira Nunes e Des. Leonardo de Noronha Tavares.

Plenário de Direito Privado, Tribunal de Justiça do Estado do Pará, 26ª Sessão Ordinária do Plenário
Virtual, aos nove (9) dias do mês de agosto (8) do ano de dois mil e vinte e um (2021).

CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO

Desembargador – Relator

Número do processo: 0024158-35.2017.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: HAPVIDA


ASSISTENCIA MEDICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA
Participação: APELADO Nome: JOSE CARLITO FERREIRA LOBO Participação: ADVOGADO Nome:
CARLITO VIEIRA LOBO OAB: 23991/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALISSON CUNHA
GUIMARAES OAB: 22494/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

JUÍZO DE ORIGEM: 12ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº: 0024158-35.2017.8.14.0301

APELANTE: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA

Advogado(s) do reclamante: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES REGISTRADO(A)


CIVILMENTE COMO NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES

APELADO: JOSE CARLITO FERREIRA LOBO

Advogado(s) do reclamado: ALISSON CUNHA GUIMARAES, CARLITO VIEIRA LOBO

RELATORA: Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

1. Em juízo de admissibilidade recursal único (art. 1.010, § 3º do CPC), verifico, a priori, a presença dos
pressupostos recursais intrínsecos e extrínsecos no recurso manejado por HAPVIDA ASSISTENCIA
MEDICA LTDA (ID 5027039 e ID 5027040), razão pela qual recebo o recurso de apelação em seu
duplo efeito legal (art. 1.012 do CPC).
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2. Instada a se manifestar, a parte apelada apresentou contrarrazões em contraposição aos argumentos


da apelante (ID 5027042).

3. Transcorrido o prazo para eventual recurso, retornem-me conclusos para julgamento.

P.R.I.C.

Belém-PA, 16 de agosto de 2021.

Desembargadora MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO

Relatora

Número do processo: 0804100-66.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA Participação: AGRAVADO Nome: MARILZA BASTOS
RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS FONSECA CUNHA OAB: 29438/PA Participação:
PROCURADOR Nome: LUCAS FONSECA CUNHA OAB: 29438/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA ÚNICA DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

Faço público a quem interessar possa que, nos autos do processo de nº 0804100-66.2021.8.14.0000
foram opostos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, estando intimada, através deste ato, a parte interessada
para a apresentação de contrarrazões, em respeito ao disposto no §2º do artigo 1023 do novo Código de
Processo Civil. (ato ordinatório em conformidade com a Ata da 12ª Sessão Ordinária de 2016 da 5ª
Câmara Cível Isolada).

Belém,(Pa), 16 de agosto de 2021

Número do processo: 0807807-42.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: BANCO RCI


BRASIL S.A Participação: ADVOGADO Nome: FABIO FRASATO CAIRES OAB: 124809/SP Participação:
AGRAVADO Nome: MARIA DO CARMO ALCANTARA DIAS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202):0807807-42.2021.8.14.0000
AGRAVANTE: BANCO RCI BRASIL S.A
Nome: BANCO RCI BRASIL S.A
Endereço: Rua Pasteur, 463, - até 339/340, Batel, CURITIBA - PR - CEP: 80250-080
Advogado: FABIO FRASATO CAIRES OAB: SP124809 Endereço: desconhecido
AGRAVADO: MARIA DO CARMO ALCANTARA DIAS
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Nome: MARIA DO CARMO ALCANTARA DIAS


Endereço: Rua H, 80, (Jaderlândia Um), Atalaia, ANANINDEUA - PA - CEP: 67013-270
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO, interposto por


BANCO RCI BRASL S/A, contra decisão proferida pela 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Ananindeua-PA, nos autos da AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO COM PEDIDO LIMINAR (Processo
Eletrônico nº 0808931-42.2021.8.14.0006), ajuizada pela agravante em face de MARIA DO CARMO
ALCANTARA DIAS, ora gravada.

Inicialmente determinei que a parte recorrente efetuasse, no prazo de 05 (cinco) dias, o pagamento em
dobro do preparo deste recurso, dado que não havia juntado todos os documentos necessários a atender
integralmente às providências do art. 1.017, § 1° do CPC, na medida em que não trouxe aos autos o
“relatório de conta do processo”, nos termos do art. 9º, § 1º e art. 10, ambos da Lei Estadual nº 8.328 de
2015, sob pena de incidir a norma do parágrafo único do art. 932 do CPC (Num. 5827552 – Pág. 1/2).

O agravante peticionou (Num. 5928842 – Pág.1), alegando que o relatório de contas do processo não está
disponível para download, bem como realizou o recolhimento regular das custas recursais no ato da
interposição do agravo de instrumento. Nessa ocasião, procedeu a juntada do relatório de contas de
custas iniciais (Num. 5928843 – Pág. 1).

Éo breve relatório.

DECIDO.

O presente recurso comporta julgamento imediato, na forma do art. 932, III, do CPC, uma vez que
manifestamente inadmissível, não ultrapassando, assim, o âmbito da admissibilidade recursal.

Em razão da ausência do documento “Relatório de Contas do Processo” quando da distribuição do


presente recurso, não houve como se verificar se as custas constantes no boleto sob o Num. 5819989 –
Pág. 1 e no comprovante de pagamento de título Num. 5819988 – Pág. 1 estavam vinculadas ao processo
primário, quais custas eram, trazendo incerteza quanto a efetiva quitação do preparo, razão pela qual
determinei o recolhimento em dobro do preparo recursal, sob pena de deserção, nos termos do art. 1.007,
§ 4º do CPC.

“Art. 1007 (...)

§4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o
recolhimento em dobro, sob pena de deserção” (grifo nosso).

Apesar da manifestação do agravante, observo que este não procedeu ao pagamento em dobro do
preparo recursal, eis que entendeu que as custas recursais já haviam sido devidamente recolhidas, não se
desincumbindo, portanto, de sua obrigação.

Ressalta-se que, conforme disciplina o art. 9º, §1º e art. 10º da Lei Estadual nº 8.328/2015, se comprova o
pagamento de custas e despesas processuais mediante a juntada do boleto bancário concomitantemente
com o comprovante de pagamento do boleto e o relatório de conta do processo, in verbis:

Art. 9º. As custas processuais deverão ser discriminadas em relatório de intempconta do processo e
recolhidas mediante boleto bancário padrão FEBRABAN, que poderá ser quitado em qualquer banco ou
correspondente bancário, vedada qualquer outra forma de recolhimento.
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§1º. Comprova-se o pagamento de custas e despesas processuais mediante a juntada do boleto bancário
correspondente, concomitantemente com o relatório de conta do processo, considerando que no relatório
de conta do processo são registrados os números do documento e do boleto bancário a ser utilizado para
pagamento (grifo nosso).

Art. 10. Sem prejuízo da verificação e homologação definitiva do pagamento, a cargo do TJPA e que se
fará com base nas informações do arquivo eletrônico disponibilizado pelo Banco conveniado, o
interessado fará prova do recolhimento apresentando o relatório de conta do processo e o respectivo
boleto:

I – Autenticado mecanicamente; ou

II – Acompanhado do comprovante do pagamento emitido pelo guichê de caixa ou pelos canais eletrônicos
da instituição financeira (grifo nosso).

Desse modo, diante da ausência dos comprovantes das custas pagas em dobro, ocorreu o
descumprimento do disposto no art. 1.007, §4° do CPC, de modo que outra não seria a consequência
senão a imposição da pena de deserção.

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento por ser inadmissível, nos termos do art. 932,
III, do CPC, em razão de sua deserção, nos termos da fundamentação acima lançada.

Comunique-se ao Juízo a quo a presente decisão.

Após o trânsito em julgado, certifique-se e dê-se baixa na distribuição deste Relator.

Belém-PA, data registrada no sistema.

JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR

Desembargador – Relator

Número do processo: 0821734-84.2017.8.14.0301 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome: PAULINA


BARREIROS LOPES Participação: ADVOGADO Nome: NILZA MELO DE FREITAS OLIVEIRA OAB:
19678/PA Participação: RECORRIDO Nome: PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM Participação:
RECORRIDO Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

REEXAME NECESSÁRIO DE SENTENÇA EM MANDADO DE SEGURANÇA - PROCESSO N.º


0821734-84.2017.8.14.0301

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RELATORA: DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

SENTENCIADA/ AUTORA: PAULINHA BARREIROS LOPES

ADVOGADO: NILZA MELO DE FREITAS OLIVEIRA


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SENTENCIADO/REQUERIDO: MUNICÍPIO DE BELÉM

PROCURADOR: JOSÉ ALBERTO SOARES VASCONCELOS

PROCURADOR DE JUSTIÇA: WALDIR MACIEIRA DA COSTA FILHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de REEXAME DE NECESSÁRIO de sentença proferida nos autos do MANDADO DE


SEGURANÇA impetrado por PAULINHA BARREIROS LOPES contra ato omissivo do MUNICÍPIO DE
BELÉM consubstanciado na não apreciação do seu pedido de aposentadoria na qualidade de professora
com 26 (vinte seis) anos de efetivo exercício de serviço público e 60 (sessenta) anos de idade, sendo que,
a sentença recorrida concedeu a segurança apenas em parte, para reconhecer o direito da impetrante ao
afastamento das salas de aula, sem prejuízo da sua remuneração, mas denegando em relação ao pedido
de aposentadoria, que deve ser apreciado pela administração.

O Ministério Público Estadual, em parecer da lavra do Excelentíssimo Procurador de Justiça Waldir


Macieira, opinou pela manutenção da sentença reexaminada, conforme consta do ID-4218972 - Pág.
01/06.

É o relatório. DECIDO.

Analisando a matéria, entendo que a sentença reexaminada deve ser mantida. Vejamos:

No concernente ao pedido de aposentadoria que foi denegado pelo Juízo a quo, verifico que não foi
objeto de recurso da parte interessado, por conseguinte, não pode ser apreciado em sede de reexame de
sentença, que envolve somente as hipóteses de sentença desfavoráveis a Fazenda Pública estabelecidas
em lei.

Em relação ao pedido de afastamento do cargo, sem prejuízo da remuneração, entendo que o MM.
Juízo a quo apreciou corretamente a matéria, aplicando a legislação que regula a matéria com clareza e
precisão, reconhecendo o direito líquido e certo da impetrante a afastamento do cargo após 90 (noventa)
dias do protocolo do pedido de aposentadoria, na forma estabelecida no art. 169, da Lei Municipal n°
7.502/90, e art. 18, da Lei Orgânica do Município de Belém, além da ilegalidade da Instrução Normativa n°
002/2017-SEMAD, que deveria se manter dentro dos parâmetros fixados em lei, nos seguintes termos:

“Voltando à análise dos autos, a Impetrante busca resguardar direito líquido e certo ao afastamento das
funções do cargo público efetivo de PROFESSORA que exerce na Secretaria de Educação de Belém -
SEMEC desde 09/08/1991, com manutenção de sua remuneração, e à concessão de sua aposentadoria,
haja vista o lapso temporal maior que 90 (noventa) dias já decorridos após o protocolo do seu
requerimento administrativo de aposentadoria voluntária no referido órgão e cargo, bem como tendo em
conta que a autoridade Impetrada deixa de afastar das funções a Impetrante para fins de aposentadoria,
ao condicionar tal afastamento à subtração de determinadas parcelas dos vencimentos desta, antes
mesmo da conclusão de seu processo administrativo.

Com efeito, vale registrar que a possibilidade de conhecimento e processamento da presente causa, na
via mandamental, somente é possível ante a demonstração robusta da violação ao direito vindicado pela
Impetrante, consubstanciado em texto expresso de lei.

Nesse sentido, tem-se que, comprovada a protocolização do seu requerimento para aposentadoria no
cargo público municipal, a legislação de regência, qual seja, o art. 169, da Lei Municipal n° 7.502/90 c/c
art. 18, da Lei Orgânica do Município de Belém, resguarda o direito do servidor público municipal ao
afastamento do exercício das funções do referido cargo, sem prejuízo da remuneração percebida no mês
do afastamento, caso não lhe seja dado, anteriormente aquele prazo, conhecimento do indeferimento
deste pedido.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O art. 169, da Lei Municipal n° 7.502/90 dispõe:

‘Art. 169 - Ao funcionário fica assegurado o direito de não comparecer ao trabalho a partir do nonagésimo
primeiro dia subsequente ao do protocolo do requerimento da aposentadoria, sem prejuízo da percepção
de sua remuneração, caso não seja antes cientificado do indeferimento, na forma da lei.’

Por sua vez, o art. 18, XXVIII, da Lei Orgânica do Município de Belém estabelece que:

‘Art. 18. O Município assegura aos servidores públicos, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social, os seguintes direitos:

(...)

XXVIII - não comparecer ao trabalho a partir do nonagésimo-primeiro dia subsequente ao do protocolo do


requerimento de aposentadoria, sem prejuízo da percepção de sua remuneração, caso não sejam
cientificados do indeferimento, na forma da lei;

Entendo, portanto, que assiste o direito à Impetrante, para afastamento do exercício das funções do cargo
público efetivo de PROFESSORA, que exerce na Secretaria de Educação de Belém - SEMEC desde
09/08/1991, sem prejuízo de sua remuneração, eis que, diante dos documentos juntados aos autos
(notadamente, o Protocolo Geral/SEMEC/GDOC Proc. nº 16728/16 – ID 227241, p. 3), faz prova da
protocolização do requerimento administrativo de aposentadoria especial em cargo público municipal mais
de 90 (noventa) dias antes da impetração do presente writ.

Ademais, entendo que a Instrução Normativa n° 002/2017-SEMAD, no ponto em que determina a exclusão
de parcelas remuneratórias percebidas pelo servidor público municipal durante o exercício do cargo e que
opte pelo seu afastamento do serviço durante o período em que o seu pedido de aposentadoria esteja
sendo processado, é norma incompatível com ordenamento jurídico, eis que viola frontalmente os
dispositivos constantes da Lei Municipal n° 7.502/90, bem como da Lei Orgânica do Município de Belém.

Nesse sentido, em observância à hierarquia de normas conceituada no art. 2°, da Lei de Introdução as
Normas do Direito Brasileiro, e arts. 59 e ss., da CF/88, norma inferior não se presta à revogação ou
alteração, ainda que parcial, de dispositivos regulamentados em norma de caráter superior, isto é, o
normativo que não obedece às regras de produção legislativa previstas na nossa Carta Magna – tais quais
decretos, instruções normativas, provimentos etc. – não podem se sobrepor aos dispositivos constantes de
leis (sentido estrito), tornando impossível, in casu, a aplicação da Instrução Normativa n° 002/2017-
SEMAD.

Diante disso, incabível falar em impossibilidade do afastamento do trabalho a partir do nonagésimo-


primeiro dia, sob a alegação de que o servidor só poderá ser afastado do trabalho após a ciência do
deferimento da aposentadoria, quando voluntária, notadamente, pela incompatibilidade de tal obstrução
com o ordenamento jurídico vigente.

Logo, a concessão da segurança, nesse ponto específico, é medida que se impõe.”

Isto porque, restou demonstrado a existência de ato ilegal da administração pública consistente no
impedimento do afastamento da impetrante do cargo, no lapso temporal de 90 (noventa) dias após o
protocolo do pedido de aposentadoria, na forma estabelecida no art. 323 da Constituição do Estado do
Pará e do art. 18, XXVIII, da Lei Orgânica do Município de Belém, que são normas de hierarquia
superiores em relação a legislação municipal.

Neste sentido, há precedentes desta egrégia Corte Estadual de Justiça:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO LIMINAR. APOSENTADORIA


VOLUNTÁRIA. DEFERIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA, DETERMINANDO QUE O IPAMB AFASTE A
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

REQUERENTE DE SUAS FUNÇÕES, ENQUANTO AGUARDA A DECISÃO REFERENTE À SUA


APOSENTADORIA. DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO, À UNANIMIDADE.”
(TJ-PA - AI: 201330142584 PA, Relator: RICARDO FERREIRA NUNES, Data de Julgamento: 10/03/2014,
4ª CAMARA CIVEL ISOLADA, Data de Publicação: 13/03/2014)

“EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. LEI ORGÂNICA


MUNICIPAL. HIERARQUIA SOBRE AS DEMAIS LEIS MUNICIPAIS. AFASTAMENTO DE ATIVIDADE
SEM PREJUIZO DE REMUNERAÇÃO. ART. 18, INCISO XXVIII DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE
BELÉM. POSSIBILIDADE. DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. UNÂNIME.’
(2016.01253771-19, 157.729, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão Julgador 1ª TURMA DE DIREITO
PÚBLICO, Julgado em 2016-04-04, Publicado em 2016-04-06)

Ante o exposto, conheço do reexame necessário, mas nego-lhe provimento, para manter a
sentença reexaminada, nos termos da fundamentação.

Após o trânsito em julgado da presente decisão, proceda-se a baixa do processo e remessa ao


Juízo de origem.

Publique-se. Intime-se.

Belém/PA, 12 de agosto de 2021.

DESA. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

Relatora

Número do processo: 0024047-93.2015.8.14.0051 Participação: APELANTE Nome: INSTITUTO DE


GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: APELANTE Nome: JUIZO DE
DIREITO DA SEXTA VARA CIVEL DA COMARCA DE SANTAREM Participação: APELADO Nome:
MARCOS AUGUSTO SOUSA RABELO Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB:
15811/PA

APELAÇÃO CÍVEL - PROCESSO N.º 0024047-93.2015.8.14.0051

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RELATORA: DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

APELANTE: INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ - IGEPREV

PROCURADORA: MILENE CARDOSO FERREIRA

APELADO: MARCOS AUGUSTO SOUSA RABELO

ADVOGADO: DENNIS SILVA CAMPOS

“APELAÇÃO CÍVEL. ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. JULGAMENTO DA ADI N.º 6321/PA.


DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 48, INCISO IV, DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL E DA LEI ESTADUAL N.º 5.652/91. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. NÃO ABRANGÊNCIA
DO CASO EM ESPÉCIE. SENTENÇA REFORMADA. O Supremo Tribunal Federal declarou a
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inconstitucionalidade das normas que embasam o pedido formulado pelo autor/apelado (art. 48,
inciso IV, da CE, e Lei Estadual n.º 5.652/91), o que leva a improcedência do pedido de recebimento
do adicional de interiorização estabelecido nas normas declaradas inconstitucionais, posto que a
modulação da eficácia da decisão não abrange os casos ainda em discussão recursal, onde não há
efeitos a serem preservados, por decisão administrativa ou judicial, como no presente, em que a
sentença encontra-se pendente do reexame necessário para sua eficácia, na forma do art. 496 do
CPC. Apelação conhecida e provida, para reformar a sentença e julgar improcedente o pedido da
inicial e reverter a condenação e honorários advocatícios, que ficará suspensa na forma da lei, face
a gratuidade concedida ao apelado/autor.”

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta contra a sentença proferida nos autos da ação ordinária
de cobrança do adicional de interiorização ajuizada por JOELSON DA SILVA PATRÍCIO, ora apelado, em
desfavor do apelante, que julgou procedente o pedido da inicial e condenou o apelante a incorporar e
pagar ao autor o adicional de interiorização, nos seguintes termos:

“Diante do exposto, julgo procedente o pedido do autor, pelo que condeno o Instituto de Gestão
Previdenciária do Estado do Pará - IGEPREV a incorporar e pagar ao militar da reserva Marcos Augusto
Sousa Rabelo na proporção 10% (dez por cento) por ano de exercício, consecutivo ou não, no interior do
Estado, até o limite máximo de 100% (cem por cento), calculado sobre 50% do soldo do respectivo autor,
bem como CONDENO-O ao pagamento dos valores retroativos referentes ao referido adicional, contados
dos anos anteriores ao ajuizamento desta ação, observando, ainda, o limite temporal do ingresso do militar
na inatividade (13/08/2014), tudo nos termos da fundamentação...”

O apelante se insurgiu contra a sentença aduzindo, em síntese, dentre outras matérias:

“... A INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DO INCISO IV. DO ARTIGO 48. DA CONSTITUIÇÃO


ESTADUAL E DO ART. 2° LEI ESTADUAL N° 5.652/91 POR OFENSA AO ART. 61. 6 1°. INCISO II.
ALÍNEAS A. C e F DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

(...)

O Chefe do Poder Executivo não poderia ser compelido a regulamentar uma previsão que padece de
flagrante vício de iniciativa, na medida em que a Constituição Federal reservou a ele a iniciativa de leis
(em sentido amplo, incluindo a Constituição Estadual Originária e suas Emendas) que disponham sobre
aumento da remuneração dos servidores, sobre servidores públicos da União e seu regime jurídico, bem
como servidores militares...”

Requer assim seja conhecido e provido o apelo, para reformar a sentença recorrida, julgando-se
improcedente o pedido da inicial.

As contrarrazões foram apresentadas no ID- 4189352 - Pág. 01/07.

É o breve relatório. DECIDO.

Analisando a matéria, entendo que a sentença reexaminada deve ser reformada. Vejamos:

No julgamento proferido em plenário virtual, publicado no Diário Oficial em 21.12.2020, o Pleno do


Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do art. 48, inciso IV, da CE, e da Lei Estadual
n.º 5.652/91, por vício de iniciativa, posto que é da competência do Governador do Estado a iniciativa de
lei dispondo sobre regime jurídico único e remuneração de militares estaduais, nos seguintes termos:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. INC. IV DO ART. 48 DA CONSTITUIÇÃO DO


PARÁ E LEI ESTADUAL 5.652/1991. INSTITUIÇÃO DE ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO A
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SERVIDORES MILITARES. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. COMPETÊNCIA DE GOVERNADOR


PARA INICIATIVA DE LEI SOBRE REGIME JURÍDICO E REMUNERAÇÃO DE MILITARES ESTADUAIS.
PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA
DECISÃO.

(ADI 6321, Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 21/12/2020, PROCESSO
ELETRÔNICO, DJe-023, DIVULG 05-02-2021, PUBLIC 08-02-2021)

É verdade que em seu Voto, a Excelentíssima Ministra Carmem Lúcia consignou a modulação dos
efeitos da decisão concedendo eficácia ex nunc, para produzir efeitos somente a partir da data do
julgamento em relação aos que já estejam recebendo o adicional de interiorização, por decisão
administrativa ou judicial, nos seguintes termos:

“7. A despeito do vício de inconstitucionalidade, os princípios da segurança jurídica e da confiança


legítima recomendam se preserve, até a data deste julgamento, os efeitos havidos por força das
normas questionadas, vigentes desde 1991, portanto há quase trinta anos.

Como afirma o autor da presente ação, instalou-se quadro de insegurança jurídica pela quantidade de
ações no Poder Judiciário paraense nas quais inúmeros militares postularam o recebimento do benefício
legal, alguns tendo logrado êxito, com decisões transitadas em julgado em alguns casos, enquanto outros
tantos tiveram decisão diferente. Não há como ignorar que o ajuizamento dessas ações e o
recebimento de verbas alimentícias é fruto de legítimas expectativas geradas pelo dispositivo que
reconhecia o adicional e que não foi implementado.

Com fundamento no art. 27 da Lei n. 9.868/1999, proponho a modulação temporal da declaração de


inconstitucionalidade para que produza efeitos a contar da data deste julgamento, preservando-se
a coisa julgada nos casos em que tenha sobrevindo e antecedam o presente julgamento.

8. Pelo exposto, voto no sentido de:

a) julgar procedente a presente ação direta para declarar a inconstitucionalidade do inc. IV do art. 48 da
Constituição do Pará e da Lei n. 5.652/1991 do Pará e

b) conferir eficácia ex nunc à decisão para produzir efeitos a partir da data do julgamento aos que
já estejam recebendo por decisão administrativa ou judicial.”

Ocorre que, no caso em espécie não se cogita de recebimento do benefício por decisão
administrativa ou judicial e a situação in concreto não foi abrangida pela referida modulação, tendo em
vista que o processo ainda se encontra em grau recursal e a sentença que julgou procedente o pedido na
inicial somente agora está sendo objeto do reexame, para a finalidade de produzir efeitos, na forma
exigida no art. 496 do CPC, portanto, não há coisa julgada.

Assim, não há direito subjetivo do apelado a receber e incorporar o adicional de interiorização,


diante da inconstitucionalidade das normas dispostas do art. 48, inciso IV, e da Lei Estadual n.º 5.652/91,
na forma declarada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI n.º 6321/PA.

Importa salientar que as decisões judiciais proferias pelo Supremo Tribunal Federal, em controle
concentrado de inconstitucionalidade, tem eficácia contra todos e efeito vinculante, inclusive aos órgãos do
Poder Judiciário e da administração pública, conforme estabelecido no art. 102, §2.º, da CF, in verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

(...)
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§ 2º - As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.”

No mesmo sentido, o disposto no art. 28 da Lei n.º 9.868/99:

“Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal
fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do
acórdão.

Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a


interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução
de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e
à Administração Pública federal, estadual e municipal.”

Ante o exposto, conheço da apelação e do reexame necessário e dou-lhes provimento, para


reformar a sentença recorrida, julgando improcedentes o pedido da inicial, nos termos da fundamentação.

Reverto ainda a condenação em honorários de sucumbência que fica pelo apelado, mantendo o
percentual fixado, mas fica suspensa a cobrança, no prazo legal, face o apelado ser beneficiário da
gratuidade processual, na forma do art. 98, §3.º, do CPC.

Após o trânsito em julgado da presente decisão, proceda-se a baixa do processo e remessa ao


Juízo de origem.

Publique-se. Intime-se.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

DESA. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

Relatora

Número do processo: 0808162-52.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: IGEPREV


Participação: PROCURADOR Nome: VAGNER ANDREI TEIXEIRA LIMA OAB: 11273/PA Participação:
AGRAVADO Nome: MARIA HELENA AUTRAN MACHADO DE PADUA COSTA Participação:
ADVOGADO Nome: RENAN AZEVEDO SANTOS OAB: 18988/PA

2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO – AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0808162-52.2021.8.14.0000

RELATORA: DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

AGRAVANTE: IGEPREV

ADVOGADOS: VAGNER ANDREI TEIXEIRA LIMA

AGRAVADO: MARIA HELENA AUTRAN MACHADO DE PADUA COSTA

ADVOGADO: RENAN AZEVEDO SANTOS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto em mandado de segurança contra decisão que deferiu a
liminar requerida, havendo o juízo se pronunciado nos seguintes termos:

“De simples cognição, verifico que a Impetrante, até o mês de maio/2021, vinha percebendo o benefício
mencionado regularmente na qualidade de filha de ex-servidor público estadual, sob o regime das normas
previstas na Lei Estadual n° 414/1896 e, no Decreto Estadual n° 3.052/1960 – vigentes a época do
falecimento do instituidor do benefício.

Todavia, ao longo de mais de 10 (dez) anos houve a tramitação do processo administrativo denominado
“Pensão 1887”, em que se analisou a legalidade do benefício percebido pela Impetrante, após a
verificação, pela autarquia previdenciária estadual, de que a mesma vivia em união estável com o Sr.
Benedito Costa. De tal processo administrativo, sem que se tenha dado ciência, notificado ou
comunicado de qualquer forma a Impetrante, culminou, na data de 22/09/2020, a elaboração da
“Manifestação n° 095/2020-PROJUR/IGEPREV, subscrita pela 1ª Impetrada, e ratificada pela 2ª
Impetrada, conforme documento datado de 30/09/2020 (Id. n° 28377468).

Por conseguinte, em 18/05/2021, há registro de manifestação elaborada pela “Coordenadora de


concessão de benefícios – CCOB”, informando sobre o cancelamento da pensão e expressamente
consignando a ausência de notificação da beneficiária.

Neste panorama, incide a tese de repercussão geral fixada pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do RE n° 594.296/MG (Tema n° 138), vejamos:

Tese:

“Ao Estado é facultada a revogação de atos que repute ilegalmente praticados; porém, se de tais atos já
tiverem decorrido efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de regular processo
administrativo.”

Assim, a Administração Pública, uma vez praticado ato administrativo do qual crie, gere ou altere direitos
de modo a beneficiar os Administrados (servidores públicos, pessoas físicas ou jurídicas) não pode, sem
prévio e regular processo administrativo com participação da parte interessada/beneficiária,
proceder a revogação destes mesmos atos com efeitos imediatos, ainda que com fundamento em
vícios insanáveis de legalidade. Deve, para tanto, observar e respeitar os efeitos benéficos
produzidos em favor de terceiros, até finalização do procedimento que observe o princípio do
devido processo legal (art. 5°, LIV, da CF).

Neste sentido, tenho que, ao menos para a concessão da medida liminar, que o ato praticado pelas
Impetradas que determina o cancelamento do benefício de pensão por morte, sem prévia notificação da
Impetrante, vai de encontro as regras e interpretações constitucionais vigentes, com destaque
aquela prevista no art. 5°, LIV, da CF, fazendo emergir os seus requisitos autorizadores (art. 300, do
CPC).”

Irresignada autarquia previdenciária recorre reproduzindo argumentos genéricos acerca dos princípios da
legalidade e da separação dos poderes, da desproporcionalidade da multa e afirmando que não existem
elementos para a concessão da tutela liminar.

Pede a concessão de efeito suspensivo e o provimento final do recurso.

Éo essencial a relatar. Examino.

O recurso não será conhecido porque não houve enfrentamento analítico da decisão guerreada. Não
houve uma única linha escrita no recurso que se opusesse ao fundamento da decisão agravada, ofensa
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ao Tema 138 de Repercussão Geral.

Como é cediço, é ônus da parte recorrente, ao deduzir seu pedido de reforma do pronunciamento judicial
impugnado, especificar os motivos pelos quais a decisão vergastada seria desacertada. Noutras palavras:
nos recursos é preciso impugnar, com especificidade, os próprios fundamentos da decisão atacada.

O inciso III do artigo 1.016 do CPC deixa isso claro, ao dispor que o agravo necessariamente conterá “as
razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido”.

E tanto é assim que o artigo 932, inciso III, do Diploma Processual Civil, estabelece incumbir ao relator não
conhecer de recurso que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.

Não poderia ser de outro modo, já que, são as razões recursais que delimitam a matéria devolvida à
apreciação do órgão jurisdicional ad quem, consoante o brocardo tantum devolutum quantum appellatum.

A propósito, o sempre oportuno magistério de ARAKEN DE ASSIS, ao tratar das condições de


admissibilidade dos recursos, ponderando que o conteúdo das razões também suscita rigoroso controle.
Deve existir simetria entre aquilo decidido e o alegado no recurso, ou seja, motivação pertinente. Ademais,
as razões devem contrariar os fundamentos e argumentos do ato decisório, não simplesmente aludir sobre
doutrina processual.

Registre-se serem comuns os requisitos de admissibilidade dos recursos, entre os quais a fundamentação
das razões de discordância e pedido de reforma da decisão recorrida, a exigir-se, por evidente, a relação
de congruência ou simetria entre o arrazoado e o decidido, de sorte que têm plena aplicação o
reconhecimento da inépcia deste agravo de instrumento que se limita a afirmar o direito da parte por
interpretação personalíssima da jurisprudência orientadora do caso.

Éde conhecimento público a implantação de diversas ferramentas por este E. Tribunal de Justiça, no
sentido de se obter a célere solução dos conflitos. Sem olvidar-se da excelência na prestação jurisdicional,
deve o advogado, também, colaborar para a consecução deste fim.

O processo é uma sucessão de atos que devem ser ordenados por fases lógicas, a fim de que se obtenha
a prestação jurisdicional, com precisão e rapidez.

Velar pelo cumprimento das formas e prazos processuais é dever e poder do juiz do processo, que deve
ser observada de ofício, em exato cumprimento da norma vigente.

Deveria a autarquia agravante, ter enfrentado os fundamentos da decisão recorrida para demonstrar a
razão pela qual esses fundamentos não deveriam ser aplicados ao presente caso, fora isso, toda
argumentação restante é inservível para a pretensão de reforma da decisão bem lançada, não
ultrapassando a retórica processual.

Aliás, sequer negou a falta do devido processo administrativo assegurada a ampla defesa e o contraditório
a impetrante agravada, limitando-se a sustentar, de forma generalista, a suposta legalidade do ato.

Não havendo ataque direto aos fundamentos da decisão recorrida e, limitando-se o recurso a expor
argumentos imprestáveis para infirmar a decisão recorrida, é de rigor o NÃO CONHECIMENTO do recurso
por inépcia recursal, portanto, inadmissível, nos termos do art. 932, III do CPC/15.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO.

P.R.I.C.

Belém(PA), assinado na data e hora registradas no sistema.


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Desa. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

Relatora

Número do processo: 0034803-32.2011.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: ELANE DE AZEVEDO


NOBRE ABREU Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA CORREA TEIXEIRA OAB: 12291/PA
Participação: APELANTE Nome: ALINE DE AZEVEDO NOBRE Participação: ADVOGADO Nome:
CAMILA CORREA TEIXEIRA OAB: 12291/PA Participação: APELADO Nome: INSTITUTO DE
PREVIDENCIA E ASSISTENCIA DOS SERV DO ESTADO DO PARA IPASEP Participação: ADVOGADO
Nome: SIMONE FERREIRA LOBAO MOREIRA OAB: 11300/PA Participação: APELADO Nome: IASEP -
INSTITUTO DE ASSISTENCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DO PARA

APELAÇÃO CÍVEL – PROCESSO N.º 0034803-32.2011.8.14.0301

ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO

RELATORA: DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

APELANTES: ELANE DE AZEVEDO NOBRE ABREU E ALINE DE AZEVEDO NOBRE

ADVOGADO: CAMILA CORRÊA TEIXEIRA

APELADO: INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ – IGEPREV

PROCURADORA: SIMONE FERREIRA LOBÃO MOREIRA E MARIZA DE ROCHA LOBATO

PROCURADOR DE JUSTIÇA: ESTEVAM ALVES SAMPAIO FILHO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tratam os presentes de APELAÇÃO E REEXAME de sentença proferida nos autos da ação


ordinária ajuizada por ELANE DE AZEVEDO NOBRE ABREU E OUTROS em desfavor do INSTITUTO DE
GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ – IGEPREV, que julgou improcedente o pedido da
inicial para recebimento de pecúlio decorrente da morte da genitora das apelantes, face a ocorrência da
prescrição, tendo em vista que a inicial foi protocolada após 15 (quinze) anos da aposentadoria do
segurada e 07 (sete) anos após a sua morte, ensejando o transcurso do prazo de 05 (cinco) anos,
estabelecido no art. 1.º do Decreto n.º 20.910/1932.

As apelantes alegam que a sentença merece reforma sob o fundamento de que a ex-segurada se
aposentou por invalidez no ano de 1996 e veio a falecer em 06.11.2004, sendo que, as apelantes
ingressaram com o pedido do benefício em 17.11.2005, e até o ajuizamento da ação em 2011, não havia
sido apreciado seu pedido administrativo, razão pela qual, não teria ocorrido a prescrição.

Aduzem que preencheram todos os requisitos necessários para o recebimento do benefício, posto que a
invalides da segurada ocorreu na vigência da Lei n.º 5.511 e da Resolução n.º 002/97, por força da
invalidez para o trabalho.

Dizem ainda que após aposentada continuou a sofrer desconto em contracheque relativo ao pecúlio, o que
reforçaria sua condição de segurada e o direito a percepção do benefício, conforme consta do Decreto n.º
180/96.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Afirma que a Lei n.º 039/2002, que veio a reestruturar o regime previdenciário do Estado do Pará e
extinguiu o benefício, possa ter atingido o direito das apelantes, face a aposentadoria por invalidez já
declarada em 1996.

Requer assim que a sentença seja reformada, para se julgar procedente o pedido de recebimento do
pecúlio da inicial.

As contrarrazões foram apresentadas no ID- 4181702 - Pág. 01/15.

O Ministério Público no 2.º grau apresentou parecer aduzindo a inexistência de interesse social relevante
que justificasse sua intervenção, conforme consta do ID- 4181705 - Pág. 01/02.

É relatório. DECIDO.

Analisando os autos, verifico que a apelação foi interposta em 15.09.2015, ainda na vigência do
regime do Código de Processo Civil de 1973, portanto, sua admissibilidade deve ser regida pelo referido
diploma legal, face a vigência do Código de Processo Civil de 2015 somente em 16.03.2016.

Neste diapasão, constato que a insurgência recursal das apelantes é manifestamente


improcedente, na forma do art. 557 do CPC/73. Vejamos:

É incontroverso que a aposentadoria por invalidez da ex-segurada ocorreu no ano de 1996 e veio a
falecer em 06.11.2004, assim como as apelantes ingressaram com o pedido do benefício em 17.11.2005,
mas somente ajuizaram a ação judicial em 2011.

Neste sentido, a ordem cronológica da ocorrência dos fatos, leva a conclusão de que o prazo de 05
(cinco) anos, para o ajuizamento da ação com a finalidade de recebimento do pecúlio, por motivo da
aposentadoria por invalidez da ex-segurada, ocorrida no ano de 1996, já havia transcorrido quando houve
o protocolo da inicial no ano de 2011, na forma do art. 1.º do Decreto n.º 20.910/1932.

É verdade que a jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça consigna que o protocolo
do pedido administrativo suspende o prazo prescricional até que haja o pronunciamento da Administração.

No entanto, a tese não aproveita a situação do caso concreto, tendo em vista que na data do
requerimento administrativo, em 17.11.2005, já havia se consumado o prazo prescricional de 05 (cinco)
anos, contado a partir da aposentadoria por invalidez da ex-segurada, no ano de 1996.

Daí porque, não se cogita do recebimento de pecúlio por aposentadoria da ex-segurada, face a
existência de prescrição.

Por outro lado, em relação ao requerimento do pecúlio com fundamento no posterior evento morte
da ex-segurada, deve ser observado que à época do falecimento, em 06.11.2004, o benefício já havia sido
extinto, por força da revogação da Lei n.º 5.011/81 pela Lei Complementar n.º 039/2002.

Isto porque, em decorrência da aplicação do princípio tempus regit actum, a legislação que regula o
pagamento de benefício em matéria previdenciária é aquela vigente ao tempo em que se consolidam
todos requisitos necessários para o pagamento do benefício, e o evento morte ocorreu em 06.11.2004,
quando já não existia mais previsão legal do benefício na Lei Complementar n.º 039/2002, que passou a
regular a matéria, portanto, não poderia ser acolhido o pedido administrativo, por ausência de amparo
legal.

Ante o exposto, não merece reparos a sentença recorrido, que aplicou corretamente o direito ao
caso em espécie, razão pela qual, nego seguimento a apelação, por ser manifestamente improcedente, na
forma do art. 557 do CPC/73, nos termos da fundamentação.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Após o trânsito em julgado da presente decisão proceda-se a baixa do presente processo e


posterior remessa ao Juízo a quo para arquivamento.

Publique-se. Intime-se.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento

Relatora

Número do processo: 0803025-89.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: MARIO ROZALDO


DE ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ALEXANDRE PARADELA HERMES OAB:
14276/PA Participação: AGRAVADO Nome: IGEPREV - INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO
ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: PROCURADOR Nome: WALDIR MACIEIRA DA COSTA FILHO OAB: null

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO – AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0803025-89.2021.8.14.0000

DESPACHO

Considerando o requerimento do agravante no ID Num. 5897662 e com fulcro no art. 3º, §3º da Resolução
nº 021/2018-TJPA, defiro a retirada de pauta do presente feito do Plenário Virtual.

À Secretaria Judiciária para inclusão em pauta da sessão de julgamento por VIDEOCONFERÊNCIA


do Tribunal Pleno

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

Desa. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

Relatora

Número do processo: 0853456-05.2018.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: PREGOEIRO DA


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ Participação: APELANTE Nome:
KAPA CAPITAL LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE JALES RODRIGUES OAB:
23230/PA Participação: APELANTE Nome: ESTADO DO PARA Participação: APELADO Nome: GLOBAL
COMERCIO E SERVICOS EIRELI - EPP Participação: ADVOGADO Nome: FABIO JOSE NAHUM
RODRIGUES OAB: 19713/PA Participação: AUTORIDADE Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PODER JUDICIÁRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PROCESSO N. 0853456-05.2018.8.14.0301.

2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO.

APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA.

APELANTE: KAPA CAPITAL LTDA.

ADVOGADO: FELIPE JALES RODRIGUES – OAB/PA 23.230.

APELANTE: ESTADO DO PARÁ.

PROCURADORA DO ESTADO: APARECIDA NEVES PONTE SOUZA.

APELADO: GLOBAL COMERCIO E SERVIÇÕS EIRELLI - EPP.

ADVOGADO: FABIO JOSE NAHUM RODRIGUES – OAB/PA 19.713.

RELATORA: DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES.

DESPACHO

Compulsando os autos, verifico que não consta certificação acerca da apresentação, ou não, de
contrarrazões da empresa GLOBAL COMERCIO E SERVIÇÕS EIRELLI – EPP em face do recurso de
Apelação interposto por ESTADO DO PARÁ em id. 3263801.

Assim, converto o presente julgamento em diligência para determinar à Secretaria para certificar
acerca do fato, se ocorreu a intimação para oferecimento de contrarrazões ou não.

Caso não tenha ocorrido, que se realize o ato.

Caso tenha havido a intimação, certifique-se a não apresentação de contrarrazões no prazo legal.

Após, conclusos.

Belém, data de assinatura no sistema.

Desembargadora DIRACY NUNES ALVES

Relatora

Número do processo: 0810776-64.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA Participação: AGRAVADO Nome: LARISSA FLORENCIO DA
SILVA Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS FONSECA CUNHA OAB: 29438/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0810776-64.2020.8.14.0000

EMBARGANTE: UNIMED BELÉM – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

EMBARGADA: DECISÃO MONOCRÁTICA DE Num. 4151273 - Pág. 01/08

RELATORA: DESª. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCONFORMISMO. INEXISTÊNCIA


DE CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
EMBARGOS CONHECIDOS E IMPROVIDOS.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interpostos por UNIMED BELÉM – COOPERATIVA DE


TRABALHO MÉDICO, em face da decisão monocrática de Num. 4151273 - Pág. 01/08 que negou
provimento ao recurso de agravo de instrumento interposto pela ora embargante.

Alega a embargante que decisão recorrida se encontra eivada de erro material, o qual merece ser sanado,
uma vez que, diferentemente do que expõe o decisum, o Agravo de Instrumento interposto não versa
sobre obrigatoriedade de custeio de tratamento em São Paulo, e tampouco trata sobre a obrigatoriedade
de custeio de alimentação e hospedagem em favor do beneficiário em outro Estado.

Afirma que o recurso de Agravo de Instrumento interposto versa, em verdade, sobre a obrigatoriedade de
cobertura para procedimento médico que não se encontra listado no ROL da ANS, como é o caso do
procedimento rizotomia dorsal seletiva, procedimento este o qual é objeto da decisão interlocutória
agravada.

Acrescenta que a decisão monocrática embargada ainda é manifestamente omissa a todos os termos e
teses apresentadas no recurso interposto, pois sequer faz menção à obrigatoriedade ou não de cobertura
para procedimento não listado no ROL da ANS, objeto este do recurso, e não de obrigatoriedade de
cobertura de procedimento em São Paulo ou de Alimentação e Hospedagem, como assim defende a
decisão embargada.

Por derradeiro, sustenta que a discussão de obrigação de cobertura de tratamento em são Paulo, com
médico fora da rede credenciada, e a discussão sobre a obrigatoriedade de custeio, por parte da
Operadora Agravante, é tratada nos autos do Processo nº 0810732-45.2020.8.14.0000, o qual também é
objeto de análise desta Relatoria. Contudo, o objeto do Agravo de Instrumento dos presentes autos não
pode ser confundido com o do processo nº 0810732-45.2020.8.14.0000.

Sem contrarrazões, conforme certidão de Num. 4872136 - Pág. 01.

Éo relatório.

DECIDO.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço o presente recurso de Embargos de Declaração.

Nos termos do art. 1.022 do CPC, cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para (I)
esclarecer obscuridade ou eliminar contradição, (II) suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia
se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento, bem como para (III) corrigir erro material.

Nesse contexto, vale salientar, até pelo próprio dispositivo legal, que os declaratórios constituem recurso
de contornos rígidos (fundamentação vinculada), destinado somente a promover a integração do decisum
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

omisso, obscuro ou contraditório, não se prestando, jamais, para rediscutir o julgamento.

Analisando os argumentos dos embargantes, entendo que não merecem ser acolhidos, pois inexiste na
monocrática combatido as omissões apontadas, uma vez que todos os pontos invocados na presente peça
processual foram decididos de forma clara, logo a matéria se encontra suficientemente analisada e
julgada.

A recorrente demonstrou nitidamente o seu inconformismo quanto ao decidido no Acórdão. De toda sorte,
os aclaratórios não se prestam a rediscutir questão já decidida, visto que estão condicionados à existência
dos requisitos legais supracitados, que não restaram configurados na decisão atacada.

No caso concreto, como se vê do relatório, os embargos de declaração têm nítido caráter de rediscussão
da matéria, pois o embargante trouxe à baila questões já apreciadas e decididas, sendo certa a
inexistência de qualquer um dos vícios que autoriza a interposição dos aclaratórios.

Diante disso, entendo que as matérias objeto de controvérsia foram suficientemente enfrentadas, não se
prestando a via dos declaratórios para rediscussão da causa, pois são eles recursos de integração e não
de substituição. É o que se extrai da remansosa jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, conforme
adiante se exemplifica:

“Não pode ser conhecido o recurso que, sob o rótulo de embargos declaratórios, pretende substituir a
decisão recorrida por outra. Os embargos declaratórios são apelos de integração – não de substituição”
(STJ, 1ª Turma, Resp 15.774-0-SP- EDcl., rel.Min. Humberto Gomes de Barros, j.25.10.93, não
conheceram, unânime, V.u., DJU 22.11.93, p. 24.895).

Afinal, a decisão é clara, coerente e não deixou de se pronunciar sobre qualquer das questões suscitadas
pelas partes, inclusive sobre a questão contida nos presentes embargos declaratórios.

DISPOSITIVO

Diante do exposto, conheço dos embargos de declaração opostos, mas NEGO-LHES PROVIMENTO,
inclusive, para fins de prequestionamento, mantendo na íntegra a decisão monocrática recorrida.

P. R. I. C.

PRI. À Secretaria para as providências.

Belém (PA), 30 de junho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0806006-62.2019.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: UNIMED DE


BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação: ADVOGADO Nome: DIOGO DE
AZEVEDO TRINDADE OAB: 11270/PA Participação: AGRAVADO Nome: LUIZ AMARO TRINDADE
SANTA ROSA Participação: PROCURADOR Nome: JOSE DE SOUZA PINTO FILHO OAB: 13974/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE DE SOUZA PINTO FILHO OAB: 13974/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0811358-98.2019.8.14.0000

AGRAVANTE: SILVIA NATASHA AMERICO DAMASCENO CAROLINO

AGRAVADO: FRANCISCO ASSIS CAROLINO JUNIOR

RELATORA: DESª. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. PROCESSUAL CIVIL. SENTENÇA


NO PRIMEIRO GRAU. PERDA DO OBJETO RECURSAL. RECURSO PREJUDICADO. AGRAVO NÃO
CONHECIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE


TRABALHO MÉDICO, em face da decisão prolatada pelo douto Juízo de Direito da 1ª Vara Cível e
Empresarial de Belém nos autos da Ação de Obrigação de Fazer ajuizada por LUIZ AMARO TRINDADE
SANTA ROSA.

A decisão de primeiro grau agravada, foi lavrada nos seguintes termos:

“(...) Ante todo o exposto, havendo elementos que evidenciam a probabilidade do direito (fumus boni iuris)
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora), com base no art. 300 do
CPC, CONCEDO LIMINARMENTE A TUTELA DE URGÊNCIA para DETERMINAR que a Requerida
UNIMED BELÉM, no prazo de 02 (dois) dias, contados da efetiva intimação por oficial de justiça,
AUTORIZE A REALIZAÇÃO do tratamento terapêutico com MFOLFOX6 (FOLFOX), Oxaliplatina (Eloxatin
50 mg), Folinato de Cálcio (Tecnovorin 50 mg), Fluoracila (Fauldfluor 500 mg) em duas doses conforme
exposto no protocolo, mais medicamentos associados como Aprepitanto (Emend 150 mg), Cloridrato de
Palonosentrona (Onicit 0,5 mg) e Dexametasona (Decadron 4 mg) em doses administradas conforme a
necessidade do autor, assim que solicitado pelo médico; sob pena de imposição de multa diária de R$
2.000,00 (dois mil reais), a ser cumprido como medida de urgência, até o limite de R$100.000,00 (cem mil
reais) a ser revertido em favor do requerente. (...)”

A Agravante interpôs o presente Agravo de Instrumento narrando em suas razões recursais que não há
requisitos para concessão da tutela de urgência, uma vez que o tratamento requerido pelo Agravado
poderá causar riscos a vida do paciente, havendo, portanto, divergência técnica quanto a utilização deste
ao caso em tela.

Por fim, pugna pelo deferimento do efeito suspensivo ao recurso e no mérito pelo provimento.

Juntou documentos.

Indeferi o pedido de efeito suspensivo ao recurso (ID 1992411 – pág. 01/04).

Foram apresentadas contrarrazões (ID 2102427 – pág. 01/14).

É o Relatório.

Decido.

Primeiramente, cumpre ressaltar, com base em consulta ao sistema processual PJe, deparei-me com
questão preliminar que impõe se reconheça prejudicado o presente recurso, pela perda de objeto, haja
vista que foi prolatada sentença no feito originário em que os recorrentes não interpuseram nenhum
recurso para atacar a referida sentença.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Senão vejamos o dispositivo da sentença proferida nos autos do processo nº 0828339-75.2019.8.14.0301:

SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO

Trata-se de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO
DE LIMINAR “INAUDITA ALTERA PARS” , em que antes de prolatada a sentença, os advogados da parte
autora informaram o seu óbito e a impossibilidade de localizar os possíveis sucessores para dar
continuidade a demanda assim como, apresentar a cópia do atestado de óbito , requerendo com isso a
extinção da ação sem resolução do mérito.

Diante da ausência de manifestação sobre o prosseguimento do feito, entendo que houve a perda do
interesse processual por não mais existir a necessidade de intervenção jurisdicional na pretensão
inicialmente exposta, não se apresentando mais o binômio necessidade-utilidade nesta ação.

A inexistência de interesse processual despoja o demandante de uma das condições da ação, impondo-se
o indeferimento da peça inicial ou, quando superveniente, a extinção do feito sem resolução do mérito com
base no art. 485, VI, do CPC.

Dessa forma, ausente uma das condições da ação, qual seja, o interesse processual do demandante,
EXTINGO O FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, na forma do art. 485, VI, do Código de Processo
Civil.

Por fim, após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos, com as cautelas legais, dando-se
baixa no sistema e observando-se as demais cautelas legais.

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. INTIME-SE.

Belém-PA, 13 de agosto de 2020.

JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Acerca da perda do objeto, Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, na obra "Código de
Processo Civil Comentado", 8ª ed., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 1041, anotam:

"Recurso prejudicado. É aquele que perdeu seu objeto. Ocorrendo a perda do objeto, há falta
superveniente de interesse recursal, impondo-se o não conhecimento do recurso. Assim, ao relator
cabe julgar inadmissível o recurso por falta de interesse, ou seja, julgá-lo prejudicado."

A jurisprudência assim decidiu:

“AGRAVO. PERDA DO OBJETO. Face à perda do objeto do agravo de instrumento é imperativa a


sua rejeição por decisão liminar, conforme determina o art. 557 do CPC. Agravo rejeitado.”

(TJRS, 7ª Câm. Cível, AI 70005870639, rel. Desª. Maria Berenice Dias, j. 19.02.2003).

Sobre a superveniência de fato novo, assim leciona Costa Machado in Código de Processo Civil
Interpretado e Anotado, Barueri, SP: Manole, 2006, p. 844:

“(...) Observe-se que a ratio da presente disposição está ligada à idéia de que nem sempre o
contexto fático da causa permanece como era quando da propositura da ação - o que,
evidentemente, seria o ideal -, de sorte que ao juiz cabe apropriar-se da realidade presente ao
tempo da sentença para decidir com justiça o litígio. A regra se aplica também ao acórdão.”

Corroborando com o tema, a jurisprudência assim se posiciona:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

“AGRAVO INTERNO. PROLAÇÃO DE SENTENÇA. PERDA DE OBJETO.

1. Deve ser reconhecida a perda de objeto do agravo de instrumento em razão da prolação de sentença
nos autos do processo principal. Possibilidade de ser negado seguimento ao agravo com fundamento no
artigo 557 do CPC.

2. Agravo interno a que se nega provimento”

(TRF2 - AGRAVO DE INSTRUMENTO: AG 201002010061084 RJ 2010.02.01.006108-4; julgado em:


19/04/2011; Rel. Desa. Salete Maccaloz)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROLAÇÃO DE SENTENÇA. PERDA DO OBJETO. RECURSO


PREJUDICADO.

I Se antes do julgamento do Agravo de Instrumento é prolatada a sentença, ocorre à perda do seu objeto.

II Não conhecimento do Agravo, por restar prejudicado.”

(TJPA; Agravo de Instrumento nº. 2009.3.002703-9; julgado em 09/07/2009; Rel. Des. Leonardo de
Noronha Tavares) (grifo nosso)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA. PREJUDICADO.

I- Proferida a sentença final no processo, o Agravo perde o objeto.

II- Recurso prejudicado pela perda de objeto. Arquivamento. Unanimidade.”

(TJPA, 3ª Câmara Cível Isolada, AI 200830074594, rel. Desª. SONIA MARIA DE MACEDO PARENTE, j.
05/03/2009) (grifo nosso)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA. PREJUDICADO.

I- Proferida a sentença final no processo, o Agravo perde o objeto.

II- Recurso prejudicado pela perda de objeto. Arquivamento. Unanimidade.”

(TJPA, 3ª Câmara Cível Isolada, AI 200830074594, rel. Desª. SONIA MARIA DE MACEDO PARENTE, j.
05/03/2009).

Assim sendo, constata-se que não se faz necessária a análise do mérito do Agravo de Instrumento
interposto.

Por todos os fundamentos expostos, JULGO PREJUDICADO o presente Agravo de Instrumento, nos
termos da fundamentação.

Publique-se.

ÀSecretaria para as devidas providências.

Belém (PA), 24 de junho de 2021.

MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desembargadora Relatora

Número do processo: 0806120-30.2021.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: FATIMA HANNA


HABER Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA SERIQUE DA COSTA OAB: 9401/PA Participação:
AGRAVANTE Nome: CONSTRUTORA ALMIRANTE LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome:
MARILIA SERIQUE DA COSTA OAB: 9401/PA Participação: AGRAVADO Nome: JOSE COLARES
LOPES FILHO Participação: ADVOGADO Nome: YANA FIGUEIREDO RIBEIRO OAB: 19327/PA
Participação: AGRAVADO Nome: ELIETE DE SOUZA COLARES Participação: ADVOGADO Nome:
LYGIA AZEVEDO FERREIRA OAB: 10578/PA Participação: ADVOGADO Nome: ELIETE DE SOUZA
COLARES OAB: 3847/PA Participação: AGRAVADO Nome: MARIVALDA FERNANDES DE BRITO
Participação: ADVOGADO Nome: YANA FIGUEIREDO RIBEIRO OAB: 19327/PA Participação:
AGRAVADO Nome: ANTONIO LOBATO Participação: ADVOGADO Nome: YANA FIGUEIREDO RIBEIRO
OAB: 19327/PA Participação: AGRAVADO Nome: MARIA DO LIVRAMENTO DA SILVA LOBATO
Participação: ADVOGADO Nome: YANA FIGUEIREDO RIBEIRO OAB: 19327/PA Participação:
AGRAVADO Nome: MARIA HELENA DA ROCHA SORIANO Participação: ADVOGADO Nome: YANA
FIGUEIREDO RIBEIRO OAB: 19327/PA Participação: AGRAVADO Nome: RAIMUNDO NONATO DA
SILVA Participação: ADVOGADO Nome: YANA FIGUEIREDO RIBEIRO OAB: 19327/PA Participação:
AGRAVADO Nome: SEBASTIANA OLIVEIRA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: YANA
FIGUEIREDO RIBEIRO OAB: 19327/PA

1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0806120-30.2021.814.0000

ORIGEM: 12ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DA CAPITAL

AGRAVANTES: FÁTIMA HANNA HABER, ESPÓLIO DE GERALDO TUMA HABER e CONSTRUTORA


ALMIRANTE LTDA – ME

AGRAVADO: JOSÉ COLARES LOPES FILHO e OUTROS

RELATORA: MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE CITAÇÃO


VÁLIDA. NULIDADE ABSOLUTA. DISCUSSÃO EM AÇÃO PRÓPRIA. RECURSO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por FÁTIMA HANNA HABER, ESPÓLIO DE


GERALDO TUMA HABER e CONSTRUTORA ALMIRANTE LTDA – ME em face da decisão do Juízo de
Direito da 12ª Vara Cível Empresarial de Belém, que determinou atos expropriatórios nos autos da AÇÃO
DE COBRANÇA de Processo nº 0042310-43.2000.8.14.0301, em fase de cumprimento de sentença que
lhe movem os agravados.

Alegam os agravantes que a decisão recorrida deve ser suspensa, pois caso sejam mantidos os atos
expropriatórios na Ação de Cobrança, haverá desdobramentos irreversíveis, de cunho dilapidatário e de
dimensões incalculáveis de prejuízos aos recorrentes, visto que fora detectada verdadeira mácula crucial
no processo que acarreta a sua nulidade absoluta, em virtude da ausência de citação válida da agravante
FÁTIMA HANNA HABER, além de outras nulidades que teriam ocorrido durante a fase de conhecimento
da ação.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Aduzem mais que ajuizaram AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DA SENTENÇA (QUERELA


NULLITATIS) – Processo nº 0825933-52.2017.8.14.0301, que foi autuada em apenso à AÇÃO DE
COBRANÇA e deferida antecipação da tutela para suspensão do cumprimento da ação em execução.

Pleiteia também o deferimento da justiça gratuita, tendo em vista que a agravante FÁTIMA HANNA
HABER (representante dos outros agravados), não tem condições financeiras e enfrenta graves problemas
de saúde (neoplasia maligna), estando em tratamento quimioterápico e de cardiopatia grave.

Foram apresentadas contrarrazões ao agravo de instrumento, conforme documento de Num. 5863508 -


Pág. 01/16, oportunidade em que requereu a revogação dos benefícios da justiça gratuita que foi
concedido aos agravantes e, no mérito recursal, que seja o presente recurso de agravo de instrumento
conhecido, porém improvido.

Éo relatório.

Decido.

Como se sabe, para o deferimento da tutela de urgência antecipatória é necessário o preenchimento dos
dois requisitos dispostos no artigo 300 da codificação processual civil, sendo eles: a probabilidade do
direito invocado e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

Assim, reza verbum ad verbo o artigo 300 do CPC:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Nesse contexto, explica Humberto Theodoro Junior:

Os requisitos, portanto, para alcançar-se uma providência de urgência de natureza cautelar ou satisfativa
são, basicamente, dois:

(a) Um dano potencial, um risco que corre o processo de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte,
em razão do periculum in mora, risco esse que deve ser objetivamente apurável.

(b) A probabilidade do direito substancial invocado por quem pretenda segurança, ou seja, o fumus boni
iuris.

Para a tutela de urgência, não é preciso demonstrar-se cabalmente a existência do direito material em
risco, mesmo porque esse, frequentemente, é litigioso e só terá sua comprovação e declaração no final do
processo.

[…]

Para obtenção da tutela de urgência, a parte deverá demonstrar fundado temor de que, enquanto aguarda
a tutela definitiva, venham a faltar às circunstâncias de fato favoráveis à própria tutela. E isto pode ocorrer
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

quando haja o risco de perecimento, destruição, desvio, deterioração, ou de qualquer mutação das
pessoas, bens ou provas necessários para a perfeita eficaz atuação do provimento final do processo. O
perigo de dano refere-se, portanto, ao interesse processual em obter uma justa composição do litígio, seja
em favor de uma ou de outra parte, o que não poderá ser alcançado caso se concretize o dano temido.
(Theodoro Júnior, Humberto. Curso de Direito Processual Civil - Teoria geral do direito processual civil,
processo de conhecimento e procedimento comum - vol. I / Humberto Theodoro Júnior. 56. ed. rev., atual.
e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015).

Pondera, nessa trilha, Fredie Didier Jr:

"a sua concessão pressupõe, genericamente, a demonstração da probabilidade do direito


(tradicionalmente conhecida como fumus boni júris) e, junto a isso, a demonstração do perigo de dano ou
de ilícito, ou ainda do comprometimento da utilidade do resultado final que a demora do processo
representa (tradicionalmente conhecido como periculum in mora)."(DIDIER JUNIOR, Fredie; BRAGA,
Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de direito processual civil - v. 2: teoria da prova,
direito probatório, decisão, precedente, coisa julgada e tutela provisória. 10. ed. Salvador: JusPODIVM,
2015).

Analisando perfunctoriamente os autos, verifico que não restar dúvida que as nulidades alegadas não
podem ser proclamadas nestes autos, mas sim através de ação rescisória e/ou declaratória de nulidade,
sendo que os agravantes se valeram da última espécie (querela nullitatis) – Processo nº 0825933-
52.2017.8.14.0301 e até obtiveram liminar de antecipação de tutela para suspensão da Ação de Cobrança,
como vimos em linhas passadas.

Acontece que tal decisão antecipatória de tutela na Ação Declaratória de Nulidade, que suspendia os atos
na Ação de Cobrança, foi suspensa por força de decisão minha, Relatora nos autos do Agravo de
Instrumento nº 0808447.79.2020.8.14.0000, a quem tenho a honra de estar substituindo.

Com isso, a decisão agravada, ao determinar o prosseguimento do cumprimento da Ação de Cobrança,


nada mais fez do que cumprir a decisão acima citada, proferida em outro agravo de instrumento em
relação à Ação Declaratória de Nulidade.

Assim, apesar do agravo, em tese, ser cabível, pois manejado contra decisão interlocutória prolatada na
fase de cumprimento de sentença (art. 2015, parágrafo único do CPC), não vislumbro, pelo menos neste
momento processual, como forte a probabilidade de provimento do agravo.

Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso de agravo de instrumento, mantendo a decisão


agravada tal como lançada nos autos.

Belém, 09 de agosto de 2021.

JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR

Juiz Convocado

ATO ORDINATORIO

Sirvo-me do presente para intimar o(a) advogado(a), Dr. Jose Celio Santos Lima ¿ OAB/PA N 6258, para
que, na conformidade do art. 234, §2º do Código de Processo Civil, restitua, no prazo de 03 (três) dias, o
álbum processual do recurso em epígrafe.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

Secretaria Única de Direito Público e Privado.

ATO ORDINATORIO

Sirvo-me do presente para intimar o(a) advogado(a), Dr. Marcio Augusto Moura de Moraes ¿ OAB-PA N
13.209, para que, na conformidade do art. 234, §2º do Código de Processo Civil, restitua, no prazo de 03
(três) dias, o álbum processual do recurso em epígrafe.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

Secretaria Única de Direito Público e Privado.

ATA DA 29ª SESSÃO ORDINÁRIA DA 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO (EM VIDEOCONFERÊNCIA)

29ª Sessão Ordinária do ano de 2021, da Egrégia 2ª Turma de Direito Público, realizada no dia 16 de
agosto de 2021, às 09:00h, EM VIDEOCONFERÊNCIA, conforme Portaria Conjunta nº 1/2020 ¿ GP-VP-
CGJ, de 29/04/2020, Presentes os Exmos. Srs. Desembargadores Luzia Nadja Guimarães Nascimento,
Diracy Nunes Alves, e Luiz Gonzaga da Costa Neto. Presente o representante do Ministério Público, o
Procurador de Justiça, Dr. Mario Falangola. Sessão iniciada às 09:15.

PARTE ADMINISTRATIVA

Aprovada a ata da sessão anterior.

JULGAMENTOS

PROCESSOS ELETRÔNICOS - PJE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ordem: 001

Processo: 0808315-90.2018.8.14.0000

Classe Judicial: AGRAVO DE INSTRUMENTO

Assunto Principal: Cancelamento de Protesto

Sustentação Oral: Sim

Relator(a): Desembargadora LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO

POLO ATIVO

AGRAVANTE: FORT FRUIT LTDA

ADVOGADO: BARBARA ARRAIS DE CASTRO CARVALHO - (OAB PA15352-A)

ADVOGADO: ROSOMIRO CLODOALDO ARRAIS BATISTA TORRES DE CASTRO - (OAB PA977-A)

POLO PASSIVO

AGRAVADO: ESTADO DO PARÁ

PROCURADORIA: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ

OUTROS INTERESSADOS

AUTORIDADE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PROCURADOR: MARIA DA CONCEIÇÃO DE MATTOS SOUSA

TURMA JULGADORA: Deses. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Luiz Gonzaga da Costa Neto e Diracy
Nunes Alves.

DECISÃO: A relatora conheceu do recurso e deu provimento nos termos do voto, após o Exmo. Des. Luiz
Gonzaga da Costa Neto pediu vista dos autos.

Ordem: 002

Processo: 0808543-94.2020.8.14.0000

Classe Judicial: AGRAVO DE INSTRUMENTO

Assunto Principal: Efeito Suspensivo / Impugnação / Embargos à Execução

Sustentação Oral: Sim


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Relator(a): Desembargadora DIRACY NUNES ALVES

POLO ATIVO

AGRAVANTE: ELDORADO EXPORTAÇÃO E SERVIÇOS LTDA

ADVOGADO: HELENA LUCIA GARCIA KLAUTAU - (OAB PA13192-A)

POLO PASSIVO

AGRAVADO: ESTADO DO PARÁ

PROCURADORIA: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO PARÁ

OUTROS INTERESSADOS

AUTORIDADE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PROCURADOR: RAIMUNDO DE MENDONÇA RIBEIRO ALVES

TURMA JULGADORA: Deses. Luzia Nadja Guimarães Nascimento, Luiz Gonzaga da Costa Neto e Diracy
Nunes Alves.

DECISÃO: A Turma Julgadora, à unanimidade, conheceu do recurso e negou provimento nos termos do
voto.

E como, nada mais havendo, foi encerrada a Sessão às 11:00 horas, lavrando eu, DIOGO OLIVEIRA DE
BRITO, Secretário da 2ª Turma de Direito Público, a presente Ata, que subscrevi

ATA DA 29ª SESSÃO ORDINÁRIA DA 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO (EM VIDEOCONFERÊNCIA) -


REALIZADA EM 16/8/2021

Havendo quórum legal, cumprimentando a todos presentes, o Presidente da Turma, Desembargador


JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR, declarou às 9h12m, aberta a 29ª Sessão
Ordinária, realizada por Videoconferência da 1ª Turma de Direito Privado. Presentes os Exmos.
Desembargadores: JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR, LEONARDO NORONHA
TAVARES, Maria do céo maciel coutinho, MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE E O EXMO.
PROCURADOR DE JUSTIÇA RAIMUNDO DE MENDONÇA RIBEIRO ALVES. O Presidente colocou em
aprovação a ata da sessão anterior (28ª Sessão Ordinária por Videoconferência), que foi aprovada pela
Turma. O Presidente desejou a todos saúde, paz e uma semana abençoada. Nada foi mencionado na
parte administrativa, não havendo quem mais quisesse fazer uso da palavra, deu-se início ao julgamento
dos feitos pautados.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processos Julgados

PROCESSOS ELETRÔNICOS - PJE

Ordem 001

Processo: 0052064-39.2013.8.14.0301

Classe Judicial APELAÇÃO CÍVEL

Assunto Principal Obrigação de Fazer / Não Fazer

Relator(a) Desembargador LEONARDO DE NORONHA TAVARES

POLO ATIVO

APELANTE HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA

ADVOGADO NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES - (OAB PA15201-A)

ADVOGADO DENISON NASCIMENTO NOBRE - (OAB CE23425)

ADVOGADO RAIMUNDO IVAN BARROSO RODRIGUES JUNIOR - (OAB MA11579)

ADVOGADO IGOR MARCELO MARREIRO - (OAB CE22757-A)

ADVOGADO ISAAC COSTA LAZARO FILHO - (OAB CE18663-A)

POLO PASSIVO

APELADO MARIA DE LOURDES SOUSA DE ARAÚJO

ADVOGADO SéRGIO GOMES DA SILVA JÚNIOR - (OAB PA9823-A)

Decisão: A Turma Julgadora, à unanimidade de votos, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos
termos do voto do Eminente Relator.

Turma Julgadora: des. lEONARDO NORONHA TAVARES, desa. Maria do céo maciel coutinho e desa.
Maria filomena de almeida buarque.

Julgamento presidido pelo Exmo. Des. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR.

E como, nada mais houvesse, foi encerrada a Sessão às 9h18min, sendo julgados um total de 1 (um)
feito, lavrando eu, Idalúcia Alves Furtado, Secretária da 1ª Turma de Direito Privado, em exercício, a
presente Ata, que subscrevi.

Desembargador JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR,

Presidente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RESENHA DE JULGAMENTO DA 29ª SESSÃO ORDINÁRIA DE 2021 DA 1ª TURMA DE DIREITO


PÚBLICO - VIDEOCONFERÊNCIA

Aos dezesseis dias do mês de agosto de dois mil e vinte e um, Às 10h01min, havendo quórum legal,
cumprimentando a todos, o Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA, declarou aberta a 29ª
Sessão Ordinária por Vídeoconferência da 1ªTurma de Direito Público do TJEPa, e colocou para
aprovação da ata e resenha da sessão anterior, que no silêncio foi aprovada, em seguida facultou a
palavra, tomando a palavra a Desembargadora Ezilda Mutran, saudou a todos e invocando a proteção de
Deus, para que todos tenhamos uma semana abençoada, na condução dos trabalhos no decorrer da
semana, extensivo aos familiares. Retomando a palavra, o Desembargador Presidente saudou a
Procuradora de Justiça Dra Tereza Cristina de Lima, e em razão da Desembargadora Diracy Alves,
convocada para vir compor dois feitos nos quais há o impedindo de membro da Turma, está compondo os
feitos da Turma da qual é integrante, daremos início ao julgamento pelo feito 03 (três), da Relatoria da
Desembargadora Maria Elvina Gemaque.

PROCURADOR DE JUSTIÇA: TEREZA CRISTINA BARATA BATISTA DE LIMA

Processos Adiados

: 001

: 0808911-40.2019.8.14.0000

: AGRAVO DE INSTRUMENTO

: Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

: ESTADO DO PARA

: MINERACAO BURITIRAMA S.A

: PAULA CRISTINA NAKANO TAVARES VIANNA

: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

FEITO ADIADO

: 002

: 0803823-84.2020.8.14.0000

: AGRAVO DE INSTRUMENTO

: Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

: ESTADO DO PARA

: VALE S.A.

: SERGIO FIUZA DE MELLO MENDES FILHO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

FEITO ADIADO

: 003

: 0003789-97.2013.8.14.0062

: APELAÇÃO CÍVEL

: Desembargadora MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

: MUNICIPIO DE TUCUMA

: WILSON ALVES DE OLIVEIRA

: THAISE THAMMARA BORGES ROCHA

: Desembargadora MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA

FEITO ADIADO

Em razão de problemas técnicos na internet da Desembargadora Ezilda Mutran, que ficou sem acesso, o
que tornou inviável a continuidade do julgamento dos feitos, pela ausência de quórum legal, foi encerrada
a Sessão às10h21min, ficando todos os feitos adiados para a 30ª Sessão Ordinária por Videoconfência,
que se realizará em 23.08.2021, lavrando eu, Eliane Vitória Amador Quaresma, Secretária da 1ª Turma de
Direito Público, a presente Ata, que subscrevi.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Presidente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CEJUSC

PRIMEIRO CEJUSC BELÉM

SESSÃO DE MEDIAÇÃO PRESENCIAL 1º CEJUSC DA CAPITAL

LOCAL: 1º CEJUSC DA CAPITAL, AO LADO DO GABINETE DA 1ª VARA DE FAMÍLIA

DIA 30/08/2021

HORÁRIO 09:00

7°VARA

PROCESSO 0845216-90.2019.8.14.0301

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

REQUERENTE: N S D N P D S e N G D N

ADVOGADO: DEFENSORIA PUBLICA

REQUERIDO: B R P D S

ADVOGADO: SÉRGIO ROMERO CARNEIRO PINTO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SEÇÃO DE DIREITO PENAL

Número do processo: 0808407-63.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: DAYRON ALVES DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DENILZA DE SOUZA TEIXEIRA OAB: 8020/PA Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA/PA Participação: FISCAL DA LEI
Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

PROCESSO Nº.: 0808407-63.2021.8.14.0000

IMPETRANTE: DENILZA DE SOUZA TEIXEIRA (advogado)

IMPETRADO: JUÍZO DA VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA/PA

PACIENTE: DAYRON ALVES DA SILVA

RELATORA: DESA. VANIA FORTES BITAR

1- O deferimento de medida liminar, resultante do concreto exercício do poder geral de cautela


outorgado aos Juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos
pressupostos da plausividade jurídica (fumus boni juris), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável
ou de difícil reparação (periculum in mora), de outro. Sem que concorram esses dois requisitos, que são
necessários, essenciais e cumulativos, não se legitima a concessão da medida liminar. É por tal motivo
que não vejo como acolher a postulação cautelar ora em exame, por vislumbrar aparentemente
descaracterizada a plausibilidade jurídica da pretensão mandamental. Sendo assim, em juízo de estrita
delibação, e sem prejuízo de ulterior reexame da pretensão mandamental deduzida na presente sede
processual, indefiro o pedido de medida liminar.

2- Conforme dispõe a Portaria n.º 0368/2009-GP, solicitem-se, de ordem e através de e-mail, as


informações à autoridade inquinada coatora, acerca das razões suscitadas pela impetrante, cujas
informações devem ser prestadas nos termos do art. 2º, da Resolução n.º 04/2003-GP, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas.

3- Encaminhem-se os autos ao Ministério Público para os devidos fins.

4- Após, retornem os autos ao Relator originário.

Belém, 13 de agosto de 2021.

Desa. VANIA FORTES BITAR

Relatora

Número do processo: 0808353-97.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: SAMUEL DOS ANJOS


SOUSA registrado(a) civilmente como SAMUEL DOS ANJOS SOUSA Participação: ADVOGADO Nome:
OLIVEIRA ADVOCACIA registrado(a) civilmente como WANDERSON ALVES OLIVEIRA OAB: 45990/GO
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA Participação: FISCAL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) 0808353-97.2021.8.14.0000


Advogado: WANDERSON ALVES OLIVEIRA
Paciente: SAMUEL DOS ANJOS SOUSA
Autoridade Coatora: JUÍZO DE DIREITO DA VARA E EXECUÇÕES PENAIS EM MEIO FECHADO E
SEMIABERTO DA COMARCA DE TUCURUÍ

DECISÃO

Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor de SAMUEL DOS
ANJOS SOUSA, acusado da prática dos crimes previstos nos artigos 155, § 4º, inciso I e 180, § 1º, ambos
do CPB, paciente com sentença prolatada no dia 20/01/2013, quando foi condenado a cumprir pena de 05
(cinco) anos e 06 (seis) meses de reclusão em regime inicial fechado, apontando como autoridade coatora
o Juízo de Direito da Vara de Execuções Penais em Meio Fechado e Semiaberto da Comarca de Tucuruí.

O impetrante aduz que no dia 12/10/2013, o coacto passou a cumprir pena em regime semiaberto,
momento em que foi residir no Estado de Goiás, passando ao status de foragido. Em 27/06/2020, o
paciente foi capturado no Estado anteriormente citado. Do total da pena imposta, até a data da captura
restavam 04 (quatro) anos e 04 (quatro) meses a cumprir de sanção. A partir de 11/09/2014, o coacto
obteve o direito ao livramento condicional.

Alega ainda que o paciente se encontra constrangido ilegalmente no seu direito de ir e vir, visto que faz jus
ao regime semiaberto e está atualmente cumprindo pena no regime mais gravoso, ou seja, o regime
fechado.

Por esses motivos, requer a concessão liminar, com a expedição do alvará de soltura, para que o coacto
possa aguardar em liberdade, a fim de que nova guia de execução penal seja confeccionada para início de
cumprimento de pena em meio aberto, ou semiaberto, também que seja realizada liquidação de pena
levando em consideração a data da captura (27/06/2020), e que o coacto possa cumprir sua reprimenda
no Estado de Goiás onde tem seus laços familiares.

EXAMINO

Na análise dos autos não vislumbro, neste instante, a presença dos requisitos indispensáveis à concessão
da liminar requerida, visto que ausentes as condições para o referido deferimento, sobretudo, por
considerar que o deslinde da questão exige um exame mais acurado dos elementos de convicção, bem
como o pleito se confunde com o próprio mérito do Habeas Corpus, indefiro o pedido, nada impedindo que
esse entendimento seja revisto por ocasião do julgamento definitivo do presente writ.

Solicitem-se informações pormenorizadas à autoridade coatora. Em seguida, encaminhem-se os autos ao


Parquet para emissão de parecer. Por fim, conclusos.

Outrossim, verifica-se que a Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato figura como relatora
deste Habeas Corpus, visto que inicialmente foi impetrado à sua relatoria, todavia em função de seu
afastamento de suas atividades regulares, o feito veio à minha relatoria para apreciação de liminar, por
essa razão, nos termos do artigo 119, do Regimento Interno desta Corte, após a emissão do parecer
ministerial, remetam-se os autos à relatora preventa para julgar o presente writ.

Belém. (PA), 13 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

Número do processo: 0807979-81.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: DANIEL MACHADO


MARINS Participação: ADVOGADO Nome: DIEGO ALVINO DO AMARAL OAB: 30752/PA Participação:
PACIENTE Nome: RAFAEL MACHADO MARINS Participação: ADVOGADO Nome: DIEGO ALVINO DO
AMARAL OAB: 30752/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUÍZO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE RIO MARIA Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR

PROCESSO Nº. 0807979-81.2021.8.14.0000

IMPETRANTE: Adv. DIEGO ALVINO DO AMARAL

IMPETRADO: JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE RIO MARIA

PACIENTES: RAFAEL MACHADO MARINS E DANIEL MACHADO MARINS

RELATORA: Desa. Vania Fortes Bitar

Vistos, etc.,

1. Reitere-se o pedido de informações à autoridade inquinada coatora, a serem prestadas no prazo de 48


horas.

2. Após, ao Ministério Público para os devidos fins.

3. Por fim, retornem os autos conclusos ao Relator originário.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

DESA. VANIA FORTES BITAR

Relatora

Número do processo: 0807621-19.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: JOSE ABREU DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: YURI FERREIRA MACIEL OAB: 25777/PA Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DE TUCURUI PA Participação:
AUTORIDADE Nome: SEAP - Diretoria de Execução Criminal - Outros Participação: FISCAL DA LEI
Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Classe: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Número: 0807621-19.2021.8.14.0000

Paciente: JOSÉ ABREU DA SILVA

Impetrante: ADV. YURI FERREIRA MACIEL

Autoridade coatora: JUÍZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TUCURUÍ

Órgão julgador colegiado: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

Órgão julgador: DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de habeas corpus liberatório com pedido de liminar impetrado por advogado em favor de
JOSÉ ABREU DA SILVA, com fulcro no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal c/c os arts. 647 e
ss., do Código de Processo Penal, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da Vara
Criminal da Comarca de Tucuruí nos autos do processo judicial eletrônico nº 0801487-
84.2021.8.14.0061.

O impetrante aduz que o paciente fora preso em 27/04/2021, acusado da prática do crime de tráfico de
drogas.

Declina que o paciente ostenta condições pessoais favoráveis: primário, residência fixa no distrito da
culpa, aposentado por invalidez.

Suscita constrangimento ilegal, porque inexistem os requisitos da prisão preventiva e


fundamentação idônea no decreto cautelar.

Subsidiariamente, sustenta ser plenamente cabível a aplicação de medidas cautelares diversas da


prisão (CPP, art. 319), destacando que o paciente não se encontra em condições de saúde de
permanecer no cárcere consoante laudo médico juntado a estes autos, pois é aposentado por invalidez e
portador de doença grave, motivo pelo qual faz jus à substituição da prisão preventiva por domiciliar
(art. 117, II, da LEP).

Por tais razões, requer liminar para que seja expedido o competente alvará de soltura. No mérito, pugna
pela confirmação da liminar em definitivo.

Junta a estes autos eletrônicos documentos de fls. 13-27.

Reservei-me para apreciar o pedido de liminar após as informações da autoridade coatora e do Secretário
de Administração Penitenciária do Estado do Pará (fls. 28-30 ID nº 5790914), as quais foram prestadas às
fls. 40-44 (ID nº 5857022) e fl. 52 (ID nº 5905748), sendo solicitado pela SEAP mais prazo para
apresentação de resposta requerida, o que fora por mim deferido (fls. 53-54 ID nº 5912000), sendo
prestada, então, posteriormente, às fls. 60-62 (ID nº 5925010) e colacionados documentos de fls. 63-68.

Éo relatório.

DECIDO

Para a concessão da medida liminar, torna-se indispensável que o constrangimento ilegal esteja
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

indiscutivelmente delineado nos autos (fumus boni juris e periculum in mora). Constitui medida excepcional
por sua própria natureza, justificada apenas quando se vislumbrar a ilegalidade flagrante e demonstrada
primo ictu oculi, o que não se verifica, por ora, no caso sub judice, sobretudo ao se apreciar os termos das
informações prestadas pela autoridade coatora e pela SEAP.

Ademais, confundindo-se com o mérito, a pretensão liminar deve ser submetida à análise do órgão
colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações relatadas na exordial
após manifestação da Procuradoria de Justiça.

Ante o exposto, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido
de liminar.

Encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de parecer.

Em seguida, conclusos.

Belém (PA), 11 de agosto de 2021.

Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos

Relatora

Número do processo: 0806743-94.2021.8.14.0000 Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO


PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: SUSCITANTE Nome: 2ª VARA CRIMINAL DE BELÉM
DO PARÁ Participação: SUSCITADO Nome: 2ª VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER DA CAPITAL Participação: SUSCITADO Nome: ROBERTO RODRIGUES DA SILVA

PROCESSO Nº. 0806743-94.2021.8.14.0000

ORGÃO JULGADOR: SEÇÃO DE DIREITO PENAL.

AUTOS DE CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.

SUSCITANTE: JUÍZO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL.

SUSCITADO: JUÍZO DA 2ª VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA


CAPITAL.

PROCURADOR DE JUSTIÇA: DR. MARCOS ANTONIO FERREIRA DAS NEVES.

RELATORA: DESA. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA.

DECISÃO MONOCRÁTICA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Trata-se de conflito negativo de competência suscitado pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca da
Capital, em face do Juízo do 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital.

Consta dos autos que no dia 26.05.2021, policiais militares que realizavam ronda ostensiva pela rodovia
do Tapanã foram acionados por populares que informaram que o ora investigado havia subtraído o
aparelho celular de sua ex-esposa. Ato contínuo, os policiais se dirigiram ao local e ao avistar a viatura da
polícia militar o acusado danificou, propositalmente, o celular da vítima e resistiu a ordem de prisão.

Os autos foram originariamente distribuídos para 2ª Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher de Belém, quando o magistrado declarou sua incompetência para processar e julgar o
feito, pois entendeu que a violência não foi praticada em decorrência do gênero da vítima, mas sim, em
virtude de proveito patrimonial (fls. 294/295).

Por esse motivo, determinou a remessa do feito ao Juízo da Vara de Inquéritos Policiais de Belém.

Os autos foram regularmente distribuídos para a 2ª Vara Criminal de Belém, momento em que a
Magistrada recebeu os autos no estado em que se encontravam, havendo decisão, em sede de plantão
judicial do 2º Grau, do Exmo. Desembargador Leonam Gondim Cruz determinando a liberdade do
paciente, que foi cumprida com expedição do ALVARÁ DE SOLTURA e remessa dos autos de inquérito
policial ao Ministério Público.

Em manifestação de fls. 355/357 o RMP, manifestou-se pelo conflito negativo de competência, com base
no art. 114, I, do CPP.

O Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Belém em decisão de fls. 360/362, suscitou o presente conflito
de jurisdição em virtude de vislumbrar tratar-se de caso em que há a incidência da Lei 11.340/2006, pois o
acusado valeu-se da vulnerabilidade da vítima mulher e da relação anteriormente existente entre eles.

Distribuídos os autos à minha relatoria, determinei a remessa à Procuradoria Geral de Justiça.

Nesta instância, o Parquet manifestou-se pela procedência do presente conflito negativo de competência
para ser declarada a competência da 2ª Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher de Belém para processar e julgar o presente feito.

Éo relatório.

Decido.

Éo relatório.

DECIDO:

Conforme esposado ao norte, busca-se nestes autos decidir sobre a competência para processamento e
julgamento da ação penal, em que figura como acusado, o ex-companheiro da vítima, Sr. ROBERTO
RODRIGUES DA SILVA, no bojo do qual se apura a suposta prática dos delitos tipificados nos arts. 157,
“caput”, 163, “caput” e 139, “caput”, todos do CPB (roubo, dano e resistência), contra a vítima JOYCE
GOUVEIA MADUREIRA.
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De acordo com a narrativa do Douto Procurador de Justiça MARCOS ANTONIO FERREIRA DAS NEVES,
que peço vênia para transcrever, in litteris:

“(...) Cuida-se de representação criminal oferecida pela vítima JOYCE GOUVEIA MADUREIRA contra seu
ex esposo ROBERTO RODRIGUES DA SILVA, imputando-lhe a prática, em tese, do crime de roubo,
contra ela.

Consta que no dia 26/05/2021 policiais militares que realizavam ronda ostensiva pela rodovia do Tapanã
foram acionados por populares que informaram que o ora investigado havia subtraído o aparelho celular
de sua ex-esposa. Ato contínuo, os policiais se dirigiram ao local e ao avistar a viatura da polícia militar o
acusado danificou, propositalmente, o celular da vítima.

Segundo o policial que conduziu o flagranteado, este teria resistido à prisão, sendo necessário o uso da
força para prendê-lo. Ademais, teria confessado ter subtraído o celular da ofendida, dizendo já estarem
separados há mais de um ano.

Em sede policial, a vítima JOYCE GOUVEIA MADUREIRA informou já está separada de ROBERTO
RODRIGUES DA SILVA há mais de 1 (um) ano, aduzindo que este não aceitou a separação e que o
acusado já responde a um processo por violência doméstica. A ofendida narrou que, no dia dos fatos, o
agressor foi até a sua residência e, usando de violência, conseguiu subtrair o celular que estava dentro da
roupa dela e, após isso, travaram luta corporal e foi agredida pelo acusado. Aduziu, ainda, que após
visualizar a viatura da polícia, ROBERTO jogou, intencionalmente, o aparelho celular no chão.”

Insta registrar, que a tarefa de analisar e decidir sobre o material administrativo de procedimento criminal,
denominada opinio, é exclusivamente do Ministério Público com fulcro no artigo 129, Inciso I e parágrafo
2º, da Constituição Federal, dispositivo que assegura a ampla liberdade funcional acerca da natureza e,
por conseguinte, do destino da eventual demanda, ainda que, em momento subseqüente, o juízo deva
emitir provimento, embora sob determinados limites. Vejamos:

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

...

§2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão
residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.

Ocorre que, de acordo com a leitura dos autos, o i. Parquet em exercício perante aquele Juízo suscitado,
não chegou a manifestar-se sobre o conteúdo de sua opinio. Não restando formalizada a peça acusatória
e seu fundamento legal, constando apenas o entendimento da autoridade policial, quando do cometimento
do delito.

Saliente-se, que o sistema acusatório não possibilita que o juiz, sem que tenha sido provocado, se ponha,
numa espécie de atuação vicária, a definir juridicamente a conduta, eis que, a rigor, nem se sabe se o
Ministério Público oferecerá denúncia ou se requererá arquivamento das peças de informação, ou outra
providência que entender pertinente. E, sem processo, o juiz não pode editar uma decisão interlocutória
simples, declarando a incompetência do juízo.
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No presente caso, vê-se que o feito foi distribuído perante o Juízo da 2ª Vara Especializada de Violência
Doméstica e Familiar da Capital, que se julgou incompetente, razão pela qual os autos foram redistribuídos
para o Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital, que suscitou o conflito negativo, após oitiva
ministerial e assim atribuindo a competência à Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar.

Ao examinar os fatos narrados nos autos, constato, de plano, que o Juízo suscitado é competente para
processar e julgar o feito em análise, conforme passo a demonstrar.

Verifico que se está diante de um caso de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Conforme entendimento jurisprudencial e doutrinário, a intenção do legislador, ao editar a Lei Maria da


Penha, (Lei nº 11.340/2006), foi dar proteção à mulher que tenha sofrido agressão no âmbito familiar (das
relações domésticas), em decorrência do gênero, ou seja, em razão de sua fragilidade e hipossuficiência
em relação ao agressor/ sujeito ativo, detentor de maior força física.

Vejamos então o que diz o dispositivo legal no que nos interessa:

Art. 5º. Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação
ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano
moral ou patrimonial:

I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas,


com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida,
independentemente de coabitação.

Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.

Assim, na dicção do legislador, não basta para a configuração da violência doméstica ou familiar, uma
ação ou omissão contra a mulher. Exige-se também a circunstância especial de que tal ação ou omissão
tenha sido praticada em razão do gênero, ou seja, pelo fato de a vítima ser mulher. Isso porque a violência
contra a mulher, que se procura coibir de modo especial, é aquela manifestada em “relações de poder
historicamente desiguais entre mulheres e homens”, vislumbrada “quando um ato é dirigido contra uma
mulher porque é mulher, ou quando atos afetam as mulheres de forma desproporcional” (FLÁVIA
PIOVENSAN. Litigância Internacional e avanços locais: violência contra a mulher e a lei “Maria da Penha”.
In Direitos Humanos, Saraiva, 2009, p. 229). Trata-se de autêntica proteção em razão do gênero.

Logo, para configurar hipótese de crime, em razão do gênero da pessoa, o agressor tem que praticar a
conduta, tendo em mente a vontade de oprimir a ofendida em razão de pertencer ao sexo feminino,
considerando sua maior fragilidade física ou dependência em relação àquele.

Éo que se vislumbra no caso dos autos.

A ofendida JOYCE GOUVEIA MADUREIRA, às fls. 14, declarou em sede policial que estão separados há
mais de ano e que o acusado ROBERTO RODRIGUES DA SILVA não aceita a separação e que ele já
responde por violência doméstica, e que na data do fato ele foi até a sua residência e subtraiu seu celular
utilizando de violência, que conseguiu pegar de dentro da sua roupa e saiu correndo. Informou que a
polícia militar foi acionada pela sua família, que o prendeu em flagrante, momento em que diante dos
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policiais danificou o celular jogando-o no chão e resistindo à prisão.

Diante desse contexto, entendo que a situação em análise se enquadra na definição de violência
doméstica, considerando que, a vítima relatou que o acusado não aceita a separação e já responde por
outro processo de violência doméstica, não tendo demonstrado na narrativa que acusado estivesse com
interesse de obter vantagem patrimonial e sim que tenha praticado na interpretação da Lei Maria da
Penha, violência com base no gênero da vítima.

Nesse sentido, eis o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça:

"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. LESÃO CORPORAL. VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA. MOTIVAÇÃO DE GÊNERO. VULNERABILIDADE. LEI MARIA DA PENHA. SÚMULA 7/STJ.
DOSIMETRIA. PENA-BASE. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA. DISCRICIONARIEDADE VINCULADA.
PROPORCIONALIDADE. REFORMATIO IN PEJUS. NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. SÚMULA
83/STJ. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.

1. Esta Corte Superior possui entendimento de que 'A mulher possui na Lei Maria da Penha a proteção
acolhida pelo país em direito convencional de proteção ao gênero, que independe da demonstração de
concreta fragilidade, física, emocional ou financeira' (AgRg no RHC n. 74.107/SP, Sexta Turma, de minha
relatoria, DJe de 26/09/2016).

2. Tendo as instâncias de origem concluído, com base nos fatos e provas coligidos nos autos, que a
violência ocorreu na condição de mulher da vítima, enquadrando-se na proteção especial na Lei Maria da
Penha, não há como rever tal conclusão, nos termos do óbice da Súmula 7, bem como da Súmula 83,
ambas do STJ.

[...] 7. Agravo regimental improvido." (AgRg no AREsp 1.623.974/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO,
SEXTA TURMA, julgado em 04/08/2020, DJe 13/08/2020; sem grifos no original.)

"PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. LEI MARIA DA


PENHA. AMEAÇA PRATICADA PELO RECORRENTE CONTRA A EX-MULHER. COMPETÊNCIA DO
JUÍZO ESPECIALIZADO. VULNERABILIDADE ÍNSITA À CONDIÇÃO DA MULHER. NULIDADE. PERÍCIA
NO CELULAR DA VÍTIMA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 182/STJ. ATIPICIDADE DA CONDUTA E
INEXISTÊNCIA DE PROVA PARA A CONDENAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. AGRAVO
REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

1. A própria Lei n. 11.340/2006, ao criar mecanismos específicos para coibir e prevenir a violência
doméstica praticada contra a mulher, buscando a igualdade substantiva entre os gêneros, fundou-se
justamente na indiscutível desproporcionalidade física existente entre os gêneros, no histórico
discriminatório e na cultura vigente.

Ou seja, a fragilidade da mulher, sua hipossuficiência ou vulnerabilidade, na verdade, são os fundamentos


que levaram o legislador a conferir proteção especial à mulher e por isso têm-se como presumidos.
(Precedentes do STJ e do STF).

2. O acusado é ex-cônjuge da vítima tendo, conforme a denúncia, praticado ameaça através de


mensagens de celular, no sentido de que a faria sofrer 'dez vezes mais do que ela', referindo-se à Maria
da Penha ou a filha da vítima. Destarte, da forma como posta, verifica-se que restou amplamente
caracterizada a relação de afeto entre o agressor e a ofendida, tendo o acusado, homem, valido-se,
covardemente, de sua superioridade física e do vínculo familiar para intimidar a vítima mulher, causando-
lhe temor, situação relacionada à vulnerabilidade e à inferioridade física existente entre o agressor homem
e a vítima mulher. Dessa forma, comprovada a prática de violência doméstica e familiar no presente caso,
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uma vez que os fatos foram praticados, dentro do âmbito familiar.

[...] 4. Afastar a condenação do acusado pelo crime do art. 147 do CP, como requer a parte recorrente,
demandaria o revolvimento de matéria fático-probatória dos autos, o que é inviável em sede de recurso
especial, por força da incidência da Súmula n. 7/STJ.

5. Agravo regimental não provido." (AgRg no AREsp 1.439.546/RJ, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA
FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 25/06/2019, DJe 05/08/2019, grifei.)

A meu ver, o delito ocorreu em razão da vulnerabilidade de gênero da vítima, o que atrai a competência ao
juízo suscitado.

Ante o exposto, em consonância com o parecer da Procuradoria de Justiça, conheço do presente conflito
de competência e declaro competente para processar e julgar o presente feito Juízo de Direito da 2ª Vara
de Violência Doméstica e Familiar da Capital.

ÀSecretária para os procedimentos legais pertinentes.

Écomo decido.

Belém/PA, de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Número do processo: 0808403-26.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: GILVAN VIEIRA


LOBATO Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE AUGUSTO DE PINHO PIRES OAB: 12401/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: VARA DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO E
ORGANIZAÇOES CRIMINOSA DA COMARCA DE BELÉM Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA
MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)


Processo:0808403-26.2021.8.14.0000
PACIENTE: GILVAN VIEIRA LOBATO
AUTORIDADE COATORA: VARA DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO E ORGANIZAÇOES
CRIMINOSA DA COMARCA DE BELÉM
Desembargadora MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
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DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Para a concessão da medida liminar, torna-se indispensável que o constrangimento ilegal esteja
indiscutivelmente delineado nos autos (fumus boni juris e periculum in mora). Constitui medida excepcional
por sua própria natureza, justificada apenas quando se vislumbrar a ilegalidade flagrante e demonstrada
primo ictu oculi, o que não se verifica, por ora, no caso sub judice.

Ademais, confundindo-se com o mérito, a pretensão liminar deve ser submetida à análise do órgão
colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações relatadas na exordial
após as informações do juízo a quo e a manifestação da Procuradoria de Justiça.

Ante o exposto, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido
de liminar.

Solicitem-se informações à autoridade coatora acerca das razões suscitadas na impetração, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas, nos termos do artigo 3º, do Provimento Conjunto n° 008/2017 –
CJRMB/CJCI –.

Certifique a Secretaria o recebimento das informações pelo juízo a quo a fim de garantir maior celeridade
ao presente writ.

Sirva a presente decisão como ofício.

Após as informações prestadas, encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de


parecer.

Em seguida, conclusos ao desembargador originário Mairton Marques Carneiro (ex vi do despacho


de ordem inserto no ID nº 5954587), nos termos do §2º do artigo 112 do Regimento Interno deste
TJPA.

Belém (PA), 13 de agosto de 2021.

Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos

Relatora

Número do processo: 0805359-96.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: CRISTIANO VIANA


COSTA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUÍZO PLANTONISTA DA COMARCA DE
MARABÁ Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0805359-96.2021.8.14.0000

PACIENTE: CRISTIANO VIANA COSTA

AUTORIDADE COATORA: JUÍZO PLANTONISTA DA COMARCA DE MARABÁ

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA


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EMENTA

EMENTA

HABEAS CORPUS. ART. 121, CAPUT, DO CPB. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA À PRISÃO
PREVENTIVA. INEXISTÊNCIA DE PRESSUPOSTOS. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA.
DESCABIMENTO. MEDIDAS CAUTELARES. INAPLICAÇÃO. FALTA DE MOTIVAÇÃO.
DESNECESSIDADE. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. Estando suficientemente demonstrada a presença de uma das circunstâncias do art. 312 do CPPB, in
casu, a garantia da ordem pública, não se pode falar em constrangimento ilegal, sob o argumento de
ilegalidade na decretação da medida extrema.

2. O argumento de que houve afronta ao disposto ao art. 282, § 6º do CPPB, ante a inexistência de
fundamentação no tocante a não aplicação das medidas cautelares diversas da prisão, não mercê abrigo,
quando o Juízo a quo demonstrar de forma inequívoca, a presença de requisito do art. 312, do CPPB,
exatamente como se verifica o caso vertente.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores


componentes da E. Seção de Direito Penal, à unanimidade, pelo conhecimento do writ impetrado e, no
mérito, pela denegação da ordem nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sala das Sessões Virtuais do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, de 10 a 12 de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Exmo. Sr. Des. Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus Liberatório com pedido de liminar, impetrado em favor do paciente
CRISTIANO VIANA COSTA, contra ato do douto Juízo de Direito Plantonista da Comarca de Marabá/PA,
que decretou a prisão preventiva do coacto.

Consta da impetração, que no dia 12/06/2021 o paciente foi preso em flagrante delito acusado de ter,
supostamente, praticado um crime de homicídio.

Que no dia 13/06/2021, a autoridade judicial plantonista em sede de audiência de custódia, indeferiu o
pedido de liberdade provisória formulado pela defensoria pública, não homologou o flagrante, contudo,
decretou a prisão preventiva do paciente.

Alega o ilustre causídico, que não estão presentes os pressupostos e requisitos da prisão preventiva, não
havendo, consequentemente, justa causa para o encarceramento provisório do paciente, tampouco fora
analisado pelo Juiz a quo o motivo pelo qual não houve a opção pelas medidas cautelares diversas da
prisão.
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Sustenta ter havido um atentado à liberdade de locomoção do paciente, tendo em vista a constatação da
ausência de fundamentação da decisão que decretou a custódia cautelar do coacto, bem como no tocante
a não aplicação das medidas cautelares diversas da prisão, conforme exigência da nova redação do artigo
282, § 6º do CPPB, alterada pela lei 13.964/19.

Por fim, após transcrever entendimentos que julga pertinentes ao seu pleito, requer o nobre advogado
impetrante, liminarmente, a concessão da Ordem, a fim de que seja revogada a prisão preventiva do
paciente ou, subsidiariamente, a devida substituição desta cautelar por quaisquer das medidas previstas
no predito art. 319, do CPPB, expedindo-se o competente ALVARÁ DE SOLTURA e, no mérito, pela sua
ratificação.

Juntou documentos de fls. e fls.

À ID 5366134, o Exmo. Sr. Des. Plantonista Raimundo Holanda Reis reservou-se para apreciar o pedido
de urgência, após as informações da autoridade coatora.

À ID 5403408, a autoridade coatora prestou as informações de praxe, verbis:

“Cuida-se de Habeas Corpus impetrado em face de suposto constrangimento ilegal sofrido pelo
paciente, no qual alega ausência do chamado fumus comissi delicti, tendo em vista que não estão
presentes a prova da materialidade e os indícios de autoria, e também não está presente a
periculum libertatis, haja vista que a autoridade coautora não demonstrou, de forma concreta, qual
o risco que a liberdade do paciente acarretaria para o regular andamento do processo.

Compulsando os autos, verifico que no dia 12/06/2021, a autoridade policial por meio do Ofício nº.
1440/2021, comunicou ao JUÍZO DE PLANTÃO DA COMARCA DE MARABÁ, a prisão em flagrante
delito de CRISTIANO VIANA COSTA, atribuindo-lhe a prática do ilícito penal previsto no art.121, §
2º, inciso II do CP. (ID 27993345).

Consta no auto de prisão em flagrante, em síntese, que no dia 11/06/2021, por volta das 21h05, a
delegacia de homicídios foi acionada via NIOP sobre um suposto homicídio do nacional Arildo de
Almeida Oliveira. Ao chegar no local os policiais perceberam que havia sinais de estrangulamento
com sangramento no ouvido e hematomas pelo corpo.

Após receber a informação de que o acusado estava escondido em uma casa na folha 35, no bairro
Nova Marabá, saíram em diligência e efetuaram a prisão do suspeito CRISTIANO VIANA COSTA,
que ao ser conduzido para delegacia, prestou depoimento e confessou o homicídio de Arildo,
alegando que havia matado a vítima com uma corda, pois Arildo havia gastado o dinheiro que o
acusado teria lhe dado para comprar drogas.

No dia 13/06/2021, a Juíza plantonista em audiência de custódia, deixou de homologar o auto de


prisão em flagrante por ter verificado a existência de vícios materiais, em especial a ocorrência da
prisão fora das situações legais reconhecidas como flagranciais, mas, segundo pedido expresso
da representante do Ministério Público decretou a prisão preventiva de CRISTIANO VIANA COSTA,
tudo de forma devidamente fundamentada (ID 27995891).

(...).

Excelência, consta que o ora paciente teria confessado a suposta prática homicida ao afirmar ter
usado uma corda para esganar a vítima, em razão de uma suposta dívida de drogas, cuja
periculosidade concreta impede seja mantido em liberdade, como forma de garantia da ordem
pública, considerando a gravidade da conduta e a necessidade de proteção da sociedade.

Apenas neste momento, manifesto-me, respeitosamente, pela manutenção da prisão cautelar como
forma de afastar supostos usuários e/ou traficantes de drogas das ruas, evitando contaminar o
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meio social com atitudes que destoam da razoabilidade, provocam temor institucional e receio de
que uma mera dívida entre usuários e pequenos traficantes de substâncias ilegais se transformem
em mortes cruéis como uma esganadura por meio de uma corda”.

Assim, vieram os autos para análise da liminar requerida.

À ID 5418031, por não vislumbrar presentes os requisitos indispensáveis à concessão da liminar


requerida, a indeferi.

Nesta Instância Superior, a 5ª Procuradora de Justiça Criminal, Dra. Dulcelinda Lobato Pantoja,
pronunciou-se pelo conhecimento e denegação do mandamus.

É o relatório.

VOTO

- Da ausência de justa causa à prisão preventiva

Alega a defesa, que a ilegalidade à custódia cautelar do paciente encontra-se evidente, já que não estão
presentes os pressupostos e requisitos da prisão preventiva, não havendo, consequentemente, justa
causa para o encarceramento provisório do recorrente.

Com efeito, verifica-se que os argumentos esposados na impetração não merecem guarida, pois
consoante se vislumbra da decisão que relaxou o flagrante; porém, decretou a prisão preventiva do
paciente - ID 5365658, aliás, diga-se de passagem, na forma do art. 311, do CPPB, com a nova redação
dada pela Lei nº 13.964/2019, o paciente teve cerceada sua liberdade, com o seguinte teor, verbis:

“Por fim, a MM juíza deliberou nos seguintes termos: Avaliando os documentos que instruem o auto,
reconheço que não há situação de flagrância, razão pela qual relaxo a prisão em flagrante. Em relação ao
pedido de preventiva, em que pese a relevância dos argumentos do Defensor Público, em relação a falta
de alguns documentos, acato a manifestação do Ministério Público, no sentido de haver presentes os
requisitos da prisão preventiva, conforme fundamentação que segue: R.h., em plantão. A autoridade
policial da Delegacia de Polícia Civil, Dr. MARCIO BRASIL MAIO e mediante a remessa de cópias do
procedimento, comunicou a este Juízo a prisão em flagrante delito de CRISTIANO VIANA COSTA
atribuindo-lhe a prática do ilícito penal previsto no Art. 121 do CPB. Ouvido o autuado este confirmou a
autoria do crime, tendo sido tal informação corroborada com os depoimentos das testemunhas. Passo a
decidir acerca da prisão em flagrante. Princípio consignando que, de acordo com o disposto no art.302,
I, do CPP, não houve estado de flagrância a justificar a prisão do autuado, pois este foi localizado muito
tempo após o homicídio, por meio de denúncias. Dispõe o art. 302, do Código de Processo Penal que: Art.
302. Considera-se em flagrante delito quem: (...) IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas,
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. De outra banda, não há nada nos autos
que de fato comprove que a autoridade policial realizou diligências ininterruptas em busca do autuado,
tendo sido o caso, inclusive, reportado como suicídio incialmente. Por esse motivo, observo que as
formalidades próprias à prisão em flagrante não foram cumpridas, de acordo com o que determina o art.5º,
LXII, LXIII e LXIV, da CF., c/c art.306, do CPP. (STJ – HC 100.192/MA). Dessa forma, verifico a existência
de vícios materiais ou formais no auto, razão pela qual, DEIXO DE HOMOLOGAR o auto de prisão em
flagrante lavrado em desfavor de CRISTIANO VIANA COSTA. Analisadas as questões relativas ao
auto de prisão e flagrante, passo a decidir acerca do pedido de prisão do autuado formulado pelo
RMP, na forma do art.310 do CPP. Destarte, de acordo com a nova sistemática imprimida pela Lei
12.403/11, para conceder a liberdade ao autuado devem estar ausentes os requisitos que autorizam a
prisão preventiva, na forma do art.321. Aqui abro um parêntese para consignar que, no caso concreto,
reputo presentes os pressupostos da prisão preventiva com relação ao autuado CRISTIANO VIANA
COSTA, esses previstos na última parte do art.312 do CPP. Assim, estão presentes a prova [provisória] da
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existência do crime (materialidade) e os indícios de sua autoria. O autuado confessou a prática do crime,
bem como as testemunhas confirmaram ser ele o autor do crime. Muito embora não existam nesse
momento documentos de materialidade do crime, entendo que não houve ainda tempo hábil para a
confecção do laudo necroscópico, motivo pelo qual a prisão não pode ser afastada. Portanto, se faz
necessária a decretação da prisão preventiva como forma de se assegurar a garantia da ordem pública,
uma vez que o crime imputado ao indiciado é de natureza grave. Isso posto, estando presentes os
requisitos autorizadores da prisão preventiva, converto a prisão em flagrante do CRISTIANO VIANA
COSTA em prisão preventiva, nos termos requeridos pelo RMP. A presente decisão servirá como
mandado de prisão preventiva quanto ao autuado CRISTIANO VIANA COSTA”.

Como senão bastasse a satisfatória e escorreita fundamentação supra, arrimada em representação do


Parquet Estadual, especialmente para garantia da ordem pública, consoante pressupostos e requisitos
autorizadores descritos nos artigos 312 e 313, do CPPB, cumprindo ressaltar que a Magistrada de 1º
Grau em suas informações de praxe – ID 5403408, foi enfática em assegurar que a manutenção da prisão
preventiva do paciente ainda se impõe, quando assim se manifestou, verbis:

“Apenas neste momento, manifesto-me, respeitosamente, pela manutenção da prisão cautelar


como forma de afastar supostos usuários e/ou traficantes de drogas das ruas, evitando contaminar
o meio social com atitudes que destoam da razoabilidade, provocam temor institucional e receio de
que uma mera dívida entre usuários e pequenos traficantes de substâncias ilegais se transformem
em mortes cruéis como uma esganadura por meio de uma corda”

Assim sendo, tal decisão deve ser respeitada, não só porque registra, extreme de dúvidas, requisito
previstos no art. 312, do CPPB, assim como em razão de que deve-se levar em consideração a
proximidade do Juízo da causa, que está em melhores condições de avaliar a necessidade da medida
extrema, exatamente como ocorreu no caso sob exame, nada havendo a reparar.

- Da substituição da prisão preventiva por medidas cautelares

Por fim, pugna a defesa para que seja revogada a prisão preventiva do paciente CRISTIANO VIANA DA
COSTA, sob a alegação de que houve afronta ao que está disposto ao artigo 282, § 6º do CPPB, com a
redação da Lei nº 13.964/19, na medida em que inexistiu fundamentação no tocante a não aplicação das
medidas cautelares diversas da prisão, por parte Juízo a quo.

Destarte, o argumento supra não encontra amparo na jurisprudência pátria, haja vista não encontrar-se o
Magistrado do feito obrigado, de forma peremptória, a motivar o porquê da não aplicação de medidas
alternativas, desde que demonstre de forma inequívoca, a presença de requisito do art. 312, do CPPB,
exatamente como se verifica o caso vertente.

Nesse sentido:

HABEAS CORPUS SUBSTITUTO DE RECURSO PRÓPRIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. FURTO


QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA. EXTENSA FOLHA DE
ANTECEDENTES CRIMINAIS. NECESSIDADE DE EVITAR A REITERAÇÃO DELITIVA.
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. MEDIDAS CAUTELARES ALTERNATIVAS. INSUFICIÊNCIA. COVID-19.
INSERÇÃO EM GRUPO DE RISCO. NÃO COMPROVAÇÃO. ORDEM NÃO CONHECIDA.

1; 2; 3 e 4. (...).

5. Ademais, as circunstâncias que envolvem o fato demonstram que outras medidas previstas no
art. 319 do Código de Processo Penal são insuficientes para a consecução do efeito almejado. Ou
seja, tendo sido exposta de forma fundamentada e concreta a necessidade da prisão, revela-se
incabível sua substituição por outras medidas cautelares mais brandas.

6; 7 e 8. (...).
500
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

9. Ordem não conhecida. (HC 640.123/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA
TURMA, julgado em 08/06/2021, DJe 14/06/2021)

Assim, não vislumbro a possibilidade de aplicação de medida cautelar diversa da prisão, consoante art.
319, do CPPB, pois caso imposta, creio inadequada e insuficiente, vez que a consequência imediata seria
a soltura do paciente e, de acordo com a Decisão supratranscrita e, ainda, conforme as informações da
autoridade tida como coatora, a custódia cautelar do acusado se impõe, daí que a substituição da prisão
preventiva por medida cautelar diversa da prisão não merece abrigo, já que se encontra presente pelo
menos um dos requisitos exigidos no art. 312 do CPPB, in casu, a ordem pública, daí não há o que se falar
na substituição pretendida.

Ante o exposto e, na esteira do entendimento Ministerial, DENEGO a ordem impetrada.

É o voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. Vânia Lúcia Silveira

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0804451-39.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: HUGO RAMALHO


SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO FERREIRA CARVALHO OAB: 18332/PA Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de São Félix do Xingu-PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0804451-39.2021.8.14.0000

PACIENTE: HUGO RAMALHO SOUSA

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE SÃO FÉLIX DO


XINGU-PA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA

HABEAS CORPUS. ART. 33, § 1º, INC. II, DA LEI Nº 11.343/2006. DAS NULIDADES PROCESSUAIS:
CERCEAMENTO DE DEFESA PELA AUSÊNCIA DAS PEÇAS DO INQUÉRITO. MERA
IRREGULARIDADE. DEPOIMENTOS POLICIAIS. VIOLAÇÃO DO ART. 210, DO CPPB.
DESCABIMENTO. PRISÃO EM FLAGRANTE. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO AO DEFENSOR
PÚBLICA. ILEGALIDADE. TESE REJEITADA. RELATÓRIO DE EXTRAÇÃO DE DADOS DO
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APARELHO TELEFÔNICO DO PACIENTE. ILICITUDE. IMPROCEDÊNCIA. EXCESSO DE PRAZO NA


INSTRUÇÃO CRIMINAL. NÃO VERIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. MANUTENÇÃO. ILEGALIDADE.
FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. AUSÊNCIA DE REQUISITOS DO ART. 312 DO CPPB. ALEGAÇÃO
RECHAÇADA. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. Com efeito, o alegado cerceamento de defesa pela ausência das peças do Inquérito não merece abrigo,
pois como cediço não é a investigação policial peça indispensável à propositura da demanda penal, bem
como não revela, na espécie, qualquer prejuízo ao processo penal, vez que trata-se de procedimento
meramente informativo, não probatório, daí que a nulidade arguida no depoimento dos PMs Condutores,
de igual forma, não pode prosperar, já que cuida-se de elemento probatório, e que serão retomados na
fase judicial, sob o crivo da ampla defesa e do contraditório.

2. Pacificado está na doutrina e jurisprudência pátrias, que a ausência de comunicação ao Defensor


Público na ocasião da prisão em flagrante do paciente é argumento de mera irregularidade, incapaz de
refletir nulidade sobre esta modalidade de prisão.

3. In casu, observa-se que não há nos autos nada que ratifique a alegação de ilegalidade do Relatório de
Extração de Dados do aparelho celular MOTO G8 PLAY, nº (64) 8409-0959, antes da autorização judicial,
assim como a peça acusatória fora ofertada antes da conclusão do Inquérito Policial.

4. Por derradeiro, conclui-se que as nulidades alegadas restam superadas, haja vista a existência de novo
título a legitimar a custódia cautelar do paciente, ou seja, o decreto de prisão preventiva, bem como por já
ter a denúncia sido recebida.

5. A alegação acerca do excesso de prazo, de igual forma merece abrigo, já que o feito vem tramitando de
forma regular, talvez não com a celeridade desejada, mas observa-se que dentro das possibilidades do
Juízo a quo, pois consoante se verifica das informações prestadas por esta autoridade, o paciente foi
preso em flagrante delito no dia 31.01.2021 e por preencher os requisitos legais, foi homologada e
convertida em preventiva. Que houve audiência de custódia, na qual foi ratificada a decretação da prisão
preventiva, há nos autos pedidos de revogação da custódia cautelar, o que demanda tempo, estando
designada audiência para o dia 12 próximo vindouro.

6. Não há o que se falar em constrangimento ilegal, quando a manutenção da prisão preventiva se


encontrar arrimada em requisitos do art. 312 do CPPB.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores


componentes da Seção de Direito Penal, à unanimidade, em conhecer do writ e denegá-lo, nos termos do
voto da Desembargadora Relatora.

Sala das Sessões Virtuais do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, de 10 a 12 de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Exmo. Sr. Des. Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. Vânia Lúcia Silveira

Relatora

RELATÓRIO
502
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Trata-se de Habeas Corpus Liberatório com pedido de liminar impetrado em prol do paciente HUGO
RAMALHO DE SOUZA, contra ato do douto Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de São Félix do
Xingu/PA, nos autos do processo nº 0800127-41.2021.8.14.0053.

Consta da impetração, que o paciente foi preso em flagrante pela Polícia Militar em 30/01/2021, por
supostamente portar substância ilícita; porém, apenas em 01/02/2021 foi apresentado na Delegacia, e em
02/02/2021 o auto de prisão em flagrante foi comunicado ao Juiz.

Que após pedido da defesa, foi realizada audiência de custódia em 05/02/2021, durante a qual o
Juiz ratificou a manutenção da prisão preventiva, sem que houvesse requerimentos por parte do Ministério
Público.

Alega que a denúncia só foi apresentada em 03/03/2021, após o prazo legal, mediante insistência da
defesa, por meio da Petição 23051676, para que o Ministério Público praticasse tal ato; no entanto, a esse
tempo não havia sido apresentado o Inquérito Policial, razão pela qual o Magistrado ordenou envio de
ofício ao Delegado e postergou a apreciação da peça acusatória, consoante Decisão 24074401.

Que apenas em 11/04/2021 houve o recebimento da Denúncia, mesmo sem a apresentação do Inquérito
Policial pelo Delegado e, antes disso, em 17/03/2021, a Defesa apresentou Resposta Escrita à Acusação
(Petição 24505671), no bojo da qual apresentou todos os vícios processuais acima narrados, e requereu a
produção antecipada de provas, a qual fora indeferida pelo Magistrado do feito, sob o argumento de que a
audiência de instrução e julgamento se realizaria em breve, ou seja, no dia 04/05/2021.

No entanto, em tal data, não foi realizado nenhum ato para dar cumprimento à audiência, como intimação
das partes e testemunhas, solicitação de disponibilização do acusado, criação de link para audiência
virtual, entre outros, o que evidencia um grave desrespeito ao paciente, que se encontra preso, e possui
interesse na celeridade processual.

Assevera o digno impetrante, que o feito em apreço está eivado de nulidades insanáveis, que há evidente
excesso de prazo, pois o paciente está preso desde o dia 30/01/2021 sem direito à efetiva defesa, vez que
até a presente data, o Inquérito Policial sequer foi apresentado.

Que o descaso da autoridade policial, do Ministério Público e mesmo do Judiciário com o Réu é revoltante:
a audiência de custódia só ocorreu após pedido expresso da defesa, a Denúncia foi oferecida após o
prazo legal, o Inquérito Policial nunca foi apresentado, a audiência de instrução e julgamento foi
redesignada sem justo motivo; enquanto isso, está preso há 110 dias.

Destaca, ainda, a ausência dos requisitos a ensejar o decreto constritivo, eis que inexistem, nos autos,
quaisquer dos motivos autorizadores da custódia cautelar, até porque o paciente é pessoa simples,
nascido e criado na roça, trabalhador desde jovem, sempre ajudou a família exercendo serviços braçais,
possui uma companheira, a qual, inclusive, está grávida, e ele só soube após a prisão, reside e trabalha
em local fixo, não possui antecedentes criminais, não é violento e jamais se envolveu com o crime ou com
o tráfico.

Por fim, após transcrever entendimentos que julga pertinentes ao seu pleito requer o nobre advogado,
liminarmente, a concessão do writ para que seja revogada a prisão preventiva do paciente, com a
expedição do competente Alvará de Soltura.

Juntou documentos de fls. e fls.

À ID 5204044, por não vislumbrar presentes os requisitos indispensáveis à concessão da liminar, a


indeferi.

À ID 5221110, o Exmo. Sr. Cristiano Lopes Seglia, Juiz de Direito Substituto da Vara Única da Comarca
de São Félix do Xingu/PA, prestou as informações de praxe, verbis.
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“1. O processo envolvendo o paciente tramita nesta comarca sob o número 0800127-
41.2021.8.14.0053, originando-se de prisão em flagrante, por suposta prática do crime descrito no
artigo 33, caput, da Lei Federal n° 11.343/2006;

2. O paciente foi preso em 31.01.2021;

3. A prisão em flagrante, por preencher os requisitos legais, foi homologada por este juízo, houve a
conversão em preventiva; 4. Houve audiência de custódia, na qual foi ratificada a decretação da
prisão preventiva;

5. Foi protocolado um pedido de liberdade provisória (autos nº 0800202-80.2021.8.14.0053), o


Ministério Público se manifestou desfavorável ao pedido, o pedido foi indeferido por este juízo:

6. O Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor do paciente, imputando a estes a prática do


crime descrito no art. 33, caput, da Lei Federal nº 11.343/2006;

7. Em 07.03.2021 foi determinada a notificação do acusado para apresentar defesa prévia, foi
apresentada resposta à acusação e juntamente pedido de revogação da prisão, o órgão ministerial
se manifestou desfavorável ao pedido da defesa;

8. Em 09.04.2021; a denúncia foi recebida, este juízo indeferiu o pedido de revogação formulado da
defesa, por entender presentes os requisitos autorizadores do decreto prisional, no mesmo ato foi
designada audiência de instrução e julgamento para o dia 04.05.2021;

9. Foi realizado um novo pedido de revogação de prisão, houve a designação de uma nova data
para a audiência, qual seja dia 12.07.2021, e foi determinado remessa ao órgão ministerial para
manifestação sobre o pedido de revogação”

Nesta Instância Superior, o 11º Procurador de Justiça Criminal, em exercício, Dr. HEZEDEQUIAS
MESQUITA PIMENTEL, pronuncia-se pelo conhecimento e, no mérito, pela denegação do writ.

É relatório.

VOTO

Inicialmente, cumpre destacar que o paciente foi preso em flagrante delito no dia 30 de janeiro de 2021,
por volta das 21h30min, por policias que faziam patrulhamento de rotina na vicinal Sudoeste/Plano
Dourado, pela prática do crime tipificado nos art. 33, §§ 1º, inc. II, da Lei nº 11.343/06, em razão de estar
na posse de 2,5 Kg (dois quilos e meio) de maconha, prensados em 3 tabletes, supostamente cultivada
em terras da região e 1 aparelho celular.

- Das nulidades processuais

Aduz a defesa, que o feito em apreço está eivado de nulidades insanáveis, tais quais:
cerceamento de defesa pela ausência das peças do Inquérito; dos depoimentos dos PMs
condutores; ausência de comunicação ao Defensor Público na ocasião da prisão e da ilegalidade
do Relatório de Extração de Dados do aparelho telefônico do paciente.

Com efeito, o alegado cerceamento de defesa pela ausência das peças do Inquérito não merece abrigo,
pois como cediço não é a investigação policial peça indispensável à propositura da demanda penal, bem
como não revela, na espécie, qualquer prejuízo ao processo penal, vez que trata-se de procedimento
meramente informativo, não probatório, daí que a nulidade arguida no depoimento dos PMs Condutores,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

de igual forma, não pode prosperar, já que cuida-se de elemento probatório, e que serão retomados na
fase judicial, sob o crivo da ampla defesa e do contraditório.

Pacificado está na doutrina e jurisprudência pátrias, que a ausência de comunicação ao Defensor Público
na ocasião da prisão em flagrante do paciente, é argumento de mera irregularidade, incapaz de refletir
nulidade sobre a prisão em flagrante.

Assim, a falta de comunicação da prisão em flagrante à Defensoria Pública, no prazo de 24 horas, mesmo
que tenha ocorrido, é mera irregularidade e, como tal, não gera a nulidade almejada pela Impetrante.

O Código de Processo Penal ao tratar das nulidades estabelece em seu art. 563 que nenhum ato será
declarado nulo se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.

Aliás, como muito bem tratado por Eugênio Pacelli, toda matéria relativa às nulidades há de ser
interpretada à luz de um princípio que resume e reúne a totalidade das tarefas atribuídas aos atos e
formas processuais e\ou procedimentais. É o chamado princípio da instrumentalidade das formas,
tradução do antigo “pás de nullité sans grief, segundo o qual para o reconhecimento e declaração de
nulidade de ato processual haverá de ser aferida a sua capacidade para a produção de prejuízos aos
interesses das partes e\ou ao regular exercício da jurisdição (art. 563, CPP)". (OLIVEIRA, Eugênio Pacelli
de; Curso de Processo Penal; Ed. Del Rey, 3.ª ed. p.775).

No caso dos autos, apesar dos argumentos trazidos pela impetrante, não vejo qualquer nulidade, vez que
houve a determinação de ofício à Defensoria Pública sendo está devidamente cientificada da prisão do
paciente não havendo qualquer prejuízo caracterizado.

Ainda sobre as nulidades arguidas, observa-se que não há nos autos nada que ratifique a alegação de
ilegalidade do Relatório de Extração de Dados do aparelho celular MOTO G8 PLAY, nº (64) 8409-0959,
antes da autorização judicial, assim como a peça acusatória fora ofertada antes da conclusão do Inquérito
Policial.

Por derradeiro, conclui-se que as nulidades alegadas restam superadas, haja vista a existência de novo
título a legitimar a custódia cautelar do paciente, ou seja, o decreto de prisão preventiva, bem como por já
ter a denúncia sido recebida.

- Do excesso de prazo

De outra banda, a alegação do presente item, de igual forma não merece abrigo, já que o feito vem
tramitando de forma regular, talvez não com a celeridade desejada, mas observa-se que dentro das
possibilidades do Juízo a quo, pois consoante se verifica das informações prestadas por esta autoridade, o
paciente foi preso em flagrante delito no dia 31.01.2021 e por preencher os requisitos legais, foi
homologada e convertida em preventiva. Que houve audiência de custódia, na qual foi ratificada a
decretação da prisão preventiva.

Que neste interregno, foram protocolados vários pedidos de liberdade provisória em prol do paciente, bem
como houve a designação de uma nova data para a audiência, qual seja dia 12.07.2021, e foi determinado
remessa ao órgão ministerial para manifestação sobre o último pedido de revogação da custódia cautelar.

Enfatiza-se que o caso em apreço transcorre a bom tempo e modo, com a devida observância do devido
processo constitucional, comprovado pelo lapso temporal em que os atos processuais ocorreram.

Comentando a duração da prisão preventiva e princípio da razoabilidade, Guilherme de Souza Nucci, na


obra Código de Processo Penal Comentado, 13ª edição, revista, atualizada e ampliada, pág. 697,
assim no ensina: “inexiste um prazo determinado, como ocorre com a prisão temporária, para a duração
dessa modalidade de prisão cautelar. A regra é perdurar até quando seja necessária, durante o curso do
processo, (...). A prisão preventiva tem a finalidade de assegurar o bom andamento da instrução criminal,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

não podendo esta prolongar-se indefinidamente, por culpa do juiz ou por provocação do órgão acusatório.
Se assim acontecer, configura constrangimento ilegal. Por outro lado, dentro da razoabilidade, havendo
necessidade, não se deve estipular um prazo fixo para o término da instrução, como ocorria no passado,
mencionando-se como parâmetro o cômputo de 81 dias, que era a simples somatória dos prazos previstos
no Código de Processo Penal para que a colheita da prova se encerasse. Grifei

- Da necessidade de revogação da prisão preventiva

Por fim, assevera o paciente, que a manutenção da sua prisão preventiva está eivada de ilegalidade, ante
a fundamentação inidônea, já que não se encontram presentes os requisitos do art. 312, do CPPB.

Com efeito, consoante se verifica da decisão que homologou a prisão em flagrante e converteu em
preventiva, resta fundamentada de forma adequada e satisfatória, consoante se verifica à ID 5180205, por
vislumbrar o Magistrado a quo a presença de um dos requisitos do art. 312, do CPPB, qual seja, a garantia
da ordem pública.

Dessa forma, importa transcrever, na parte que interessa, a Decisão supracitada:

“Fica evidente que o modus operandi desta conduta demonstram que o réu, em liberdade oferece
riscos à coletividade, posto que, há efetiva demonstração da necessidade de evitar que volte a cometer o
tráfico na cidade, eis que é o delito mãe e instiga o surgimento de outros”.

Em realidade, o Magistrado do feito ao manter a prisão preventiva do paciente motivou seu entendimento
nos mesmos fundamentos da decisão proferida anteriormente, qual seja, a que homologou a Prisão em
Flagrante e decretou a custódia Preventiva do mesmo, a qual se encontra suficientemente fundamentada,
consoante ID 25293711, senão vejamos:

“Porém, neste caso concreto não houve qualquer modificação de fato ou de direito que possa
motivar a revogação da medida extrema já fundamentada. A necessidade da segregação cautelar
permanece hígida e urgente.

Assim é que, em seu art. 312, o CPP determina que “a prisão preventiva poderá ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente
de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado”.

No caso em tela, as provas acostadas são contundentes em apontar a conduta delitiva, há


presença de indícios de autoria e materialidade, caracterizando, portanto, o fumus comissi delict.

Quanto ao periculum libertatis, que se afigura através da garantia da ordem pública, conveniência
da instrução processual e para garantir a aplicação da lei penal, este pode ser indicado no presente
caso, já que o delito discutido nos autos é grave, além do fato de ter audiência de instrução e
julgamento a ser realizada, tendo testemunhas a serem ouvidas, nestes termos, a segregação
cautelar do acusado se faz necessária no presente momento.

Ademais, a pena do crime que está sendo investigado no presente procedimento possui pena
privativa de liberdade máxima em abstrato acima de 04 anos, sendo assim, estão presentes os
requisitos da conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova de existência do crime e indícios suficientes de autoria, conforme prevê o art.
312 do CPP.

Outrossim, os bons predicados da parte segregada também não se convertem em razão para a
desconstituição dos motivos que levaram à prisão, já que esta vincula-se ao perigo concreto da
conduta”.
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Como se vê, satisfatoriamente fundamentadas estão as decisões supra que, arrimadas em requisitos
previstos no art. 312 do CPPB, manteve a prisão preventiva do paciente.

Assim, não há o que se falar em inidoneidade e/ou falta dos requisitos a ensejar a custódia preventiva do
paciente, considerando, ainda, que tal decisão deve ser respeitada, levando-se em consideração a
proximidade do Juiz da causa, que está em melhores condições de avaliar a necessidade da medida
extrema.

Ante o exposto e, na esteira do parecer Ministerial DENEGO a ordem impetrada.

É o voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. Vânia Lúcia Silveira

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0804369-08.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: ALESSANDRO SILVA


SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO AURELIO LIMEIRA OAB: 76965/PR Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: vara criminal de redenção - pará Participação: FISCAL DA LEI Nome:
PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0804369-08.2021.8.14.0000

PACIENTE: ALESSANDRO SILVA SOUSA

AUTORIDADE COATORA: VARA CRIMINAL DE REDENÇÃO - PARÁ

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR. HOMICÍDIO QUALIFICADO (ART. 121, §2º,
INCISOS I, II, III, IV E V DO CP); TENTATIVA DE HOMICÍDIO (ART. 121 C/C 14, INCISO II DO CP);
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA (ART. 288 DO CP); MOTIM DE PRESOS (ART. 354 DO CP); VILIPÊNDIO
DE CADÁVER (ART. 211 DO CP); DANO QUALIFICADO (ART. 163, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO III);
E TORTURA (ART. 1º DA LEI DE TORTURA - LEI 9455/97). PRISÃO PREVENTIVA. INEXISTÊNCIA DE
PROVAS E AUTORIA DELITIVA. NÃO CONHECIMENTO. VIA ELEITA INADEQUADA.
REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA
PRISÃO CAUTELAR. INOCORRÊNCIA. MEDIDA QUE SE IMPÕE. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. INCABÍVEL. ORDEM CONHECIDA
EM PARTE, E NESTA EXTENSÃO DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.
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1. Não cabe em sede restrita de habeas corpus exame aprofundado de prova, logo, qualquer decisão
envolvendo matéria de prova resta prejudicada. Dessa forma, a aferição da efetiva participação do
paciente no delito narrado na inicial acusatória exige dilação probatória, inviável em sede de habeas
corpus, onde a prova é sempre pré-constituída. Qualquer juízo valorativo deve ser feito no momento
oportuno, ou seja, na instrução probatória no processo de conhecimento;

2. Com efeito, a alegada desnecessidade da custódia cautelar/ausência de requisitos à sua manutenção


não merecem prosperar, pois consoante se verifica da Decisão Interlocutória que acatou o pedido de
representação da prisão preventiva proposta pelo Delegado de Polícia Civil de Redenção/PA em desfavor
do paciente e decretou a custódia cautelar do mesmo, observa-se que as decisões ora atacadas se
encontram suficientemente fundamentadas, não só para garantia da ordem pública, mas, também, impõe-
se a assegurar a conveniência da instrução criminal, ambos requisitos autorizadores ao decreto
cautelar. Cumpre destacar, ainda, que duas novas e recentes Decisões Interlocutórias mantiveram a
prisão preventiva do paciente, por não vislumbrarem mudanças na situação fático-jurídica que autorize a
soltura do mesmo;

3. Resta incabível, na hipótese em apreço, a conversão da prisão em outras medidas cautelares, eis
que à luz dos elementos contidos nos autos, sua aplicação é inadequada ao presente caso;

4. Ordem de Habeas Corpus conhecida em parte, e nesta extensão denegada, nos termos do voto da
Desa. Relatora.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores


Desembargadores componentes da Seção de Direito Penal, por unanimidade de votos, em conhecer em
parte do writ e, nesta extensão denegar a ordem impetrada, nos termos do voto da Desembargadora
Relatora.

Sala das Sessões do Plenário Virtual do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com início em 10 de julho
à 12 de agosto de 2021

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

RELATORA

RELATÓRIO

Trata-se de habeas corpus liberatório com pedido de liminar impetrado em favor de ALESSANDRO SILVA
SOUSA, em face de ato do Juízo da Vara Criminal da Comarca de Redenção-Pa, nos autos do Processo
nº 0273034-58.2019.8.14.0045.

Refere inicialmente, a defesa, que há constrangimento ilegal na liberdade de locomoção do paciente, uma
vez que não se encontram presentes nenhum dos requisitos autorizadores da medida extrema, merecendo
o mesmo ser posto em liberdade.

Consta da impetração, em suma, que no dia 12.05.2019 houve um motim realizado no Centro de
Recuperação de Redenção, em que alguns detentos renderam agentes prisionais e, além de outros
delitos, assassinaram os presos MARCOS ANTONIO FILESKI, RAI DE SOUSA VIEGAS e CÍCERO
GOMES FEITOSA.
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Aduz que está ocorrendo um grande equívoco, pois foram instruídos os autos nº 0273034-
58.2019.8.14.0045, e em toda a investigação realizada não foi mencionado o nome do paciente
ALESSANDRO SILVA SOUSA, no entanto, ao ofertar a DENÚNCIA, sem qualquer lastro probatório o
ora paciente, foi denunciado como incurso nos delitos entre os quais se destacam: Homicídio Qualificado
(art. 121, §2º, incisos I, II, III, IV e V do CP); Tentativa de Homicídio (art. 121 c/c 14, inciso II do CP);
Associação Criminosa (Art. 288 do CP); Motim de Presos (art. 354 do CP); Vilipêndio de Cadáver (art. 211
do CP); Dano Qualificado (art. 163, parágrafo único, inciso III); e Tortura (Art. 1º da Lei de Tortura - Lei
9455/97).

Acrescenta ainda, que o paciente sofre constrangimento ilegal por estar preso injustamente desde
28.05.2019, sem que tenha sido revogada a sua prisão preventiva, mesmo após inúmeros pedidos à
autoridade coatora, que fundamentou a prisão com garantia na ordem pública e na gravidade do
delito imputado.

Alega, que no todo o decorrer das investigações, se falava bastante na pessoa de Alexandro de Sousa
Silva como um dos “cabeças” da rebelião que ocorreu no Centro de Recuperação de Redenção - CCR,
nome muito parecido com o do paciente ALESSANDRO SILVA SOUSA, esclarecendo, que no fatídico dia
o paciente se encontrava na cela 5-A, que foi a última cela a ser aberta, que quando da abertura, os
corpos das três vítimas (Cícero, Marcos e Raí) já estavam carbonizados pelo fogo.

Requer, ao final, que seja concedida a liminar de urgência, ante a fundamentação de “fumus boni iuris” e
“periculum in mora”, determinando a imediata liberação do paciente para que responda em liberdade,
devendo expedir o devido alvará de soltura acrescido das devidas medidas cautelares a serem
cumpridas pelo favorecido, conforme art. 319, do CPB, baseado na ausência de provas da
acusação do paciente.

O writ veio a mim distribuído, momento em que indeferi a liminar pleiteada e requisitei informações a
autoridade apontada como coatora.

Prestadas as informações, a autoridade coatora esclareceu:

“(...) Em resposta ao Pedido de Informações referente ao habeas corpus de nº. 0804369-


08.2021.8.14.0000 em que figura como impetrante EDUARDO AURELIO LIMEIRA e como paciente o
senhor ALESSANDRO SILVA SOUSA, referente aos autos da Ação Penal de nº: 0273034-
58.2019.8.14.0045, venho prestar as seguintes informações:

1 – A autoridade policial, na pessoa do delegado de polícia Sr. Marcus Vinicius Almeida Camargo, na data
de 21.05.2019, apresentou representação pela prisão preventiva do ora paciente ALESSANDRO SILVA
SOUSA, e dos nacionais GILDEVAN SOARES BARROS, ALEXANDRO DE SOUSA SILVA, IVAN JUNIOR
VIEIRA DA SILVA, JHEISON AZEVEDO JOCOSK, JOSIMAR DE JESUS SANTOS, JULIMAR DE JESUS
SANTOS, LEANDRO SANTOS SILVA, LUCAS MALTA PEREIRA, MAIKON REIS SOUZA, MARCOS DE
SOUSA ARAUJO, MATEUS DE SOUZA ARAUJO, QUESIO SOARES MARANHAO, RANIEL BEZZERRA
DA SILVA, RENNAN MORAIS DE OLIVEIRA, RUAN GILSON DA SILVA, VINICIUS DA CONCEIÇÃO,
WARLES CANDIDO DA SILVA e MAYKSON LEANDRO DOS SANTOS, todos detentos no Centro de
Recuperação desta cidade de Redenção/PA, nos autos n. 0197029- 92.2019.8.14.0045, alegando que no
dia 12.05.2019, por volta das 08h00min, em associação criminosa, iniciaram motim, com a participação de
diversos reclusos, fazendo reféns alguns agentes de segurança, reivindicando melhorias no interior da
unidade prisional, solicitando a presença das autoridades locais (Juiz e Representante do Ministério
Público) e repórteres. Após alguns instantes, a associação criminosa se dividiu em dois grupos, onde o
primeiro ficou à frente das negociações, e o segundo passou a promover desordem no interior do presidio,
quebrando celas, agredindo e matando outros detentos. Esclarece que o motim resultou na morte de 03
(três) reclusos (CÍCERO GOMES FEITOSA, MARCOS AURÉLIO FILESKI e RAI DE SOUSA VIEGAS),
lesões graves a outros 03 (três), e a um agente de segurança e danos ao patrimônio público. Explica que
os presos mortos e agredidos estavam em celas separadas das comuns, tendo os reclusos usado de força
física e pedaços de ferros para arrombar as celas em que estavam os nacionais RAI DE SOUSA e
MARCOS AURÉLIO, e na cela em que se encontrava o nacional CÍCERO GOMES, os próprios
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companheiros de cela, após serem ameaçados, o seguraram e o levaram até a grade, onde o grupo
efetuou diversas perfurações pelo seu corpo e, em seguida, o decapitaram, permanecendo o corpo no
interior da cela. O grupo matou e mutilou as vítimas, queimou os cadáveres, arremessou partes dos
corpos na recepção da unidade prisional e exibiram as cabeças dos mortos como troféus. Conclui que o
referido motim, nada mais era do que uma distração, vez que as reivindicações eram descabidas e a
verdadeira intenção do grupo era o assassinato do nacional MARCOS AURÉLIO FILESK, pois, após sua
morte, cessou-se a rebelião. Informa que o grupo participa da associação criminosa denominada “CV –
Comando Vermelho” e, havendo indícios da prática dos delitos tipificados no art. 288, art. 121, §2º, I, II, III
e IV, art. 121 c/c 14, II, art. 211, art. 354, art. 129, §1º, II, art. 163, parágrafo único, art. 147 e art. 330-331,
todos do Código Penal Brasileiro e art. 1º, II, da Lei nº. 9.455/1997, representou pela prisão preventiva.
Foram anexadas fotos e vídeos identificando os reclusos que participaram.

2 – Parecer Ministerial apresentado em 23.05.2019, naqueles autos (0197029-92.2019.8.14.0045),


pugnando pela prisão preventiva do paciente ALESSANDRO SILVA SOUSA e dos nacionais GILDEVAN
SOARES BARROS, ALEXANDRO DE SOUSA SILVA, IVAN JUNIOR VIEIRA DA SILVA, JHEISON
AZEVEDO JOCOSK, JOSIMAR DE JESUS SANTOS, JULIMAR DE JESUS SANTOS, LEANDRO
SANTOS SILVA, LUCAS MALTA PEREIRA, MAIKON REIS SOUZA, MARCOS DE SOUSA ARAUJO,
MATEUS DE SOUZA ARAUJO, QUESIO SOARES MARANHAO, RANIEL BEZZERRA DA SILVA,
RENNAN MORAIS DE OLIVEIRA, RUAN GILSON DA SILVA, VINICIUS DA CONCEIÇÃO, WARLES
CANDIDO DA SILVA e MAYKSON LEANDRO DOS SANTOS.

3 – Decretada a prisão preventiva dos representados em 27.05.2019. Determinado o levantamento do


sigilo e o apensamento aos autos do inquérito correspondente, em 10.06.2019, autos n. 0273034-
58.2019.8.14.0045.

4 – Apresentado pedido de revogação da prisão, em favor de JHEISON AZEVEDO JOCOSKI, em


11.06.2019, interposto pela Defensoria Pública.

5 – Informação de entrada na Central de Triagem da Cremação do detento WARLES CANDIDO DA


SILVA, em razão de transferência, datada de 05.07.2019.

6 – Comunicado de prisão em flagrante do nacional MATEUS DE SOUZA ARAUJO, dando entrada da


Central de Triagem da Cidade Nova - CTCN, Ananindeua/PA na data de 30.06.2019.

7 – Comunicado de prisão em flagrante do nacional JULIMAR DE JESUS SANTOS, dando entrada da


Central de Triagem da Cidade Nova - CTCN, Ananindeua/PA, em 30.06.2019.

8 – Pedido de transferência do acusado JHEISON AZEVEDO JOCOSKI, interposto pela Defensoria


Pública, na data de 11.09.2019, requerendo a transferência do referido detento do presídio da Capital do
Estado para o CRR.

9 – Pedido de transferência do acusado VINICIUS DA CONCEIÇÃO, interposto pela Defensoria Pública,


na data de 11.09.2019, requerendo a transferência do referido detento do presídio da Capital do Estado
para o CRR.

10 – Informação de entrada na Central de Triagem da Cremação do detento RENNAN MORAIS DE


OLIVEIRA, oriundo de transferência da Central de Triagem Masculina de Marabá, em razão de mandado
de prisão preventiva, datada de 16.09.2019.

11 – Aos 02.07.2019, às 13h58min, distribuídos os autos do Inquérito Policial neste juízo, processo nº.
0273034-58.2019.8.14.0045, dando-se vista ao Ministério Público em 03.07.2019.

12 – Protocolado, nos autos do inquérito policial, pedido de separação do acusado MAIKON REIS SOUZA
dos demais presos comuns, em local que assegure sua integridade física, vez que estaria em risco de
morte no Centro de Triagem da Marambaia – Belém/PA, datado de 12.07.2019.
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13 – Conclusão dos autos do inquérito policial em 25.07.2019. Vistas ao Ministério Público em 30.07.2019.

14 – Em 12.07.2019, foi oferecida denúncia (autos n. 0273034- 58.2019.8.14.0045) narrando que, no dia
12.05.2019, por volta das 08h00min, no Centro de Recuperação de Redenção, o paciente ALESSANDRO
SILVA SOUSA e os acusados GILDEVAN SOARES BARROS, ALEXANDRO DE SOUSA SILVA, IVAN
JUNIOR VIEIRA DA SILVA, JHEISON AZEVEDO JOCOSK, JOSIMAR DE JESUS SANTOS, JULIMAR DE
JESUS SANTOS, LEANDRO SANTOS SILVA, LUCAS MALTA PEREIRA, MAIKON REIS SOUZA,
MARCOS DE SOUSA ARAUJO, MATEUS DE SOUZA ARAUJO, QUESIO SOARES MARANHAO,
RANIEL BEZZERRA DA SILVA, RENNAN MORAIS DE OLIVEIRA, RUAN GILSON DA SILVA, VINICIUS
DA CONCEIÇÃO, WARLES CANDIDO DA SILVA e MAYKSON LEANDRO DOS SANTOS, previamente
associados e com identidade de propósitos, amotinaram-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da
prisão, fazendo reféns os agentes penitenciários da ala “B”, destruíram as celas das alas carcerárias e as
câmeras de videomonitoramento do CRR, causando danos ao patrimônio público, submeteram detentos e
agentes prisionais, sob seu poder, com emprego de violência e grave ameaça a intenso sofrimento físico
e/ou mental, ofenderam a integridade física dos detentos MARCOS ANTÔNIO ALVES DE SOUSA,
ADEILSON DOS SANTOS DE SOUSA e ANDERSON FERREIRA DOS SANTOS, e do agente prisional
UALACE PEREIRA MARTINS, resultando em perigo de morte, desferiram diversos golpes contra JOSÉ
SILVA LIMA, não vindo o óbito a se consumar por circunstancias alheias a suas vontades, desferiram,
ainda, vários golpes em desfavor de CÍCERO GOMES FEITOSA, MARCOS AURÉLIO FILESKI, vulgo
“BAINO” e RAI DE SOUSA VIEGAS, ocasionando seus óbitos. Após os assassinatos, vilipendiaram os
cadáveres das vítimas, mutilando e queimando seus corpos, expondo suas cabeças e vísceras como
troféus. Desobedeceram a ordens legais e desacataram funcionários públicos.

15 – Recebida a denúncia em 23.07.2019 e determinada a citação dos acusados.

16 – Em manifestação apresentada em 02.08.2019, o parquet, quanto ao pedido protocolado pela


Defensoria Pública, referente ao acusado MAIKON REIS SOUZA, de colocação do referido réu em local
que assegurasse sua integridade física, solicitou que fosse encaminhado ofício ao Diretor do Centro de
Triagem de Marambaia para que informasse acerca dos fatos narrados no petitório e, se houve
formalização de algum procedimento para apurar o relatado. Quanto ao pedido de revogação da prisão
preventiva de JHEISON AZEVEDO JOCOSKI, manifestou-se desfavorável.

17 – Na data de 05.08.2019 foi juntada aos autos manifestação do Ministério Público pugnando pela
juntada aos autos de certidões de antecedentes criminais dos acusados, certidões de óbito e laudos de
exame cadavéricos das vítimas (CÍCERO, MARCOS e RAI), laudo de exame de lesão corporal da vítima
JOSÉ SILVA LIMA, manifestando-se contrário ao pedido de revogação de prisão preventiva do acusado
JHEISON AZEVEDO JOCOSKI.

18 – Proferida decisão em 07.08.2019 indeferindo o pedido de revogação de prisão preventiva interposto


por JHEISON AZEVEDO JOCOSKI, determinando a expedição de ofício ao Diretor do Centro de Triagem
de Marambaia – Belém/PA, para prestar informações acerca do pedido do acusado MAIKON, de
colocação em cela afastada dos demais detentos, bem como, ofício a autoridade policial local para que
encaminhe os laudos solicitados pelo Ministério Público.

19 – Ofício requisitando informações acerca do denunciado MAIKON encaminhado na data de 13.08.2019.

20 – Ofício oriundo da Central de Triagem da Marambaia informando a adoção de providências referentes


ao acusado MAIKON REIS SOUZA, com a tomada de seu depoimento, onde informa ser membro da
facção criminosa denominada “PCC”, e sua separação dos demais presos, visando preservar sua
integridade física, datado de 14.08.2019.

21 – Em 20.08.2019, proferida decisão deste Juízo determinando a certificação acerca do transcurso dos
prazos para defesa dos acusados já citados e, em caso negativo, a remessa dos autos a Defensoria
Pública, a citação do acusado WARLES CÂNDIDO e vistas dos autos ao Ministério Público.

22 – Em 27.08.2019, o Ministério Público apresentou parecer favorável a transferência do acusado


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MAIKON REIS, a fim de resguardar sua integridade física, entretanto, não recomendou o retorno ao
CRRR, devendo ser encaminhado a outra unidade prisional.

23 – Informação de recebimento do acusado QUESIO SOARES MARANHÃO, no Centro de Triagem da


Cremação, em razão de transferência da Central de Triagem da Marambaia, datada de 29.08.2019.

24 – O ora paciente ALESSANDRO SILVA SOUSA foi citado em 08.08.2019, solicitando o patrocínio da
Defensoria Pública.

25 – Todos os 19 (dezenove) acusados foram devidamente citados, conforme certidão da Diretora de


Secretaria de 05/09/2019 (f. 111).

26 – Pedido de revogação de prisão preventiva, interposto pela defesa de RANIEL BEZERRA DA SILVA,
em 28.08.2019. Parecer desfavorável do Ministério Público apresentado em 03.09.2019.

27 – Em 02.09.2019, RANIEL BEZERRA DA SILVA, por sua defesa constituída apresentou pedido de
transferência de estabelecimento prisional, do CTC – Centro de Triagem da Cremação para o CRR –
Centro de Recuperação Regional de Redenção.

28 – Instado a se manifestar, na data de 09.09.2019, o parquet pugnou pelo indeferimento do pedido de


transferência de RANIEL BEZERRA.

29 – RANIEL BEZERRA DA SILVA, QUESIO SOARES MARANHÃO e RUAN GILSON DA SILVA,


apresentaram resposta à acusação, por defensor constituído, na data de 03.09.2019, alegando, em suma,
falta de justa causa para a ação penal, pugnando pela absolvição sumária, e a total improcedência da
peça acusatória. Não arrolaram testemunhas.

30 – Em 08.10.2019, proferida decisão na qual foram indeferidos os pedidos de revogação de prisão


preventiva e transferência de unidade prisional formulado pela defesa de RANIEL BEZERRA DA SILVA,
fundamentando na gravidade concreta do delito, havendo necessidade de garantia da ordem pública,
assim como, não assentou haver excesso de prazo para formação da culpa, diante da complexidade do
feito, com 19 réus, alguns deles custodiados em outras unidade prisionais por motivos de segurança e
diversas testemunhas. Determinada, novamente, a expedição de ofício a autoridade policial para que
apresentasse os laudos solicitados pelo Ministério Público e a remessa dos autos a Defensoria Pública
para apresentar defesa em favor dos acusados citados, que não constituíram advogado.

31 – Em 05.11.2019, a Defensoria Pública requereu a liberação de visitas em favor do acusado MAIKON,


pois, segundo informações de sua companheira, Sra. SABRINA SOUSA, a casa penal de Santa Izabel/PA,
não estava autorizando. Na mesma data, em novo protocolo, pleiteia a Defensoria Pública a transferência
do acusado MAIKON para o CRRR.

32 – Solicitadas informações de HC na data de 05.11.2019, em razão de Habeas Corpus impetrado em


favor do denunciado RANIEL BEZERRA. Informações prestadas em 06.11.2019.

33 – Defesa apresentada pelo acusado, ora paciente, ALESSANDRO SILVA SOUSA, em 20.11.2019,
pleiteando a rejeição da denúncia, por ausência de justa causa, materialidade e indícios de autoria. Arrolou
03 (três) testemunhas, sem indicar endereço. Pedido de revogação de prisão preventiva realizado por
ALESSANDRO SILVA SOUSA, na mesma data.

34 – A Defensoria Pública apresentou resposta à acusação com pedido de revogação de prisão em favor
do ora paciente GILDEVAN SOARES BARROS, e dos demais acusados ALESSANDRO SILVA SOUSA,
ALEXANDRO DE SOUSA SILVA, IVAN JUNIOR VIEIRA DA SILVA, JHEISON AZEVEDO JOCOSK,
JOSIMAR DE JESUS SANTOS, JULIMAR DE JESUS SANTOS, LEANDRO SANTOS SILVA, LUCAS
MALTA PEREIRA, MAIKON REIS SOUZA, MARCOS DE SOUSA ARAUJO, MATEUS DE SOUZA
ARAUJO, MAYKSON LEANDRO DOS SANTOS, RENNAN MORAIS DE OLIVEIRA, VINICIUS DA
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CONCEIÇÃO e WARLES CANDIDO DA SILVA.

35 – Solicitadas informações de HC em 22.11.2019, em razão de Habeas Corpus impetrado em favor de


QUESIO SOARES. Informações prestadas em 25.11.2019.

36 – Proferida decisão em 27.11.2019, designando audiência de instrução e julgamento para a data de 10


de março de 2020, às 11h00min, indeferindo os pedidos de revogação de prisão preventiva formulados em
favor do paciente ALESSANDRO SILVA SOUSA, e dos acusados, GILDEVAN SOARES BARROS,
ALEXANDRO DE SOUSA SILVA, IVAN JUNIOR VIEIRA DA SILVA, JHEISON AZEVEDO JOCOSK,
JOSIMAR DE JESUS SANTOS, JULIMAR DE JESUS SANTOS, LEANDRO SANTOS SILVA, LUCAS
MALTA PEREIRA, MAIKON REIS SOUZA, MARCOS DE SOUSA ARAUJO, MATEUS DE SOUZA
ARAUJO, MAYKSON LEANDRO DOS SANTOS, RENNAN MORAIS DE OLIVEIRA, VINICIUS DA
CONCEIÇÃO e WARLES CANDIDO DA SILVA, determinando a expedição de ofício a casa penal de
Santa Izabel para que esclareça os motivos pelos quais a companheira do acusado MAIKON não estaria
sendo autorizada a realizar as visitas, bem como, ofício ao diretor do CRRR para se manifestar acerca do
pedido de transferência do acusado MAIKON.

37 – Solicitadas informações de HC em 27.11.2019, em razão de Habeas Corpus impetrado em favor de


RUAN GILSON DA SILVA. Informações prestadas em 28.11.2019.

38 – Solicitadas informações de HC em 29.11.2019, em razão de Habeas Corpus impetrado em favor do


acusado, MAIKON REIS SOUZA. Informações prestadas em 02.12.2019.

39 – Em 03/12/2020, diante da necessidade de readequação da pauta de audiências, fora redesignada a


audiência de instrução e julgamento para o dia 13.04.2020, às 09h00min.

40 – O acusado JHEISON AZEVEDO constituiu advogado, apresentando procuração em 08.01.2020.

41 – Proferida decisão na data de 04.02.2020 reiterando a determinação de expedição de ofícios à


Autoridade Policial para apresentar os laudos solicitados pelo Ministério Público; assim como à casa penal
de Santa Izabel para que informasse acerca da conduta do acusado MAIKON naquela instituição, bem
como, ao diretor do CRR de Redenção para se manifestar acerca do pedido de transferência do acusado
MAIKON, sendo concedida, após, vistas as partes para se manifestarem, mantendo a audiência outrora
designada, determinando seu cumprimento conforme decisão de f. 194/196, visando a celeridade
processual.

42 – Ainda na data de 04.02.2020 aportou aos autos pedido de informações de HC interposto em favor do
acusado GILDEVAN SOARES BARROS. Na mesma data, foi proferida decisão por este Juízo reavaliando
e mantendo a prisão dos acusados, embasado no princípio da proporcionalidade, em razão da gravidade
concreta do fato criminoso e prestadas as informações requeridas.

43 – Na data de 05.02.2020 a Defensoria Pública apresentou pedido de relaxamento de prisão em favor


do acusado MATEUS DE SOUZA ARAÚJO. Na data de 02.03.2020, apresentou pedido de liberdade
provisória em favor do paciente ALESSANDRO SILVA SOUSA, e dos acuados GILDEVAN SOARES
BARROS, RANIEL BEZERRA DA SILVA, MAYKON REIS SOUZA, JHEISON AZEVEDO JOCOSK,
JOSIMAR DE JESUS SANTOS, LUCAS MALTA PEREIRA, RUAN GILSON DA SILVA, VINICIUS DA
CONCEIÇÃO, MATEUS DE SOUZA ARAUJO e RENNAN MORAIS DE OLIVEIRA.

44 – Na data de 03.03.2020, a defesa constituída dos acusados QUÉSIO SOARES MARANHÃO, RUAN
GILSON DA SILVA e RANIEL BEZERRA DA SILVA, apresentou pedido de transferência para a CPR.

45 – Proferida decisão na data de 10.03.2020 reavaliando e mantendo a prisão dos acusados.

46 – Na data de 24.04.2020 foi suspensa a audiência de instrução e julgamento em razão das Portarias
Conjuntas n. 01, 02, 04, 05 e 06/2020- GP/VP/CJRMB/CJCI que suspenderam o expediente, inclusive, a
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realização de audiências de réus presos.

47 – Apresentado pedido de prisão domiciliar em favor do acusado WARLES CANDIDO DA SILVA, na


data de 19.05.2020, por sua defesa constituída. O Ministério Público se manifestou, na data de
27.05.2020, requerendo a expedição de ofício ao PEM II, para que prestasse informações acerca do
quadro de saúde do acusado, o que foi deferido na data de 15.06.2020. Data também em que foi
determinada a expedição de ofício ao CRRR para que se manifestasse acerca do pedido de transferência
do acusado WARLES CANDIDO DA SILVA e designada audiência de instrução e julgamento, por
videoconferência, para o dia 15.07.2020.

48 – A defesa do acusado WARLES CANDIDO DA SILVA, na data de 22.06.2020, apresentou petição


informando que o acusado testou positivo para o COVID19.

49 – A Central de Triagem Metropolitana IV informou, na data de 29.06.2020, a impossibilidade de


realização da AIJ na data designada, em razão de agendamento anterior. Proferida deliberação
redesignando a audiência de instrução e julgamento para o dia 28.07.2020.

50 – Realizada audiência na data de 28.07.2020, oportunidade em que foi determinado o


desmembramento do feito em relação ao acusado WARLES CANDIDO DA SILVA, com fulcro no princípio
da celeridade, vez que tal acusado encontrava-se hospitalizado e não poderia participar do ato, rejeitada
preliminar de inépcia da denúncia arguida pela defesa do acusado LUCAS MALTA PEREIRA, foram
ouvidas as testemunhas de acusação presentes, requerendo o parquet requerido vista dos autos para se
manifestar acerca das testemunhas ausentes, a defesa do paciente ALESSANDRO SILVA SOUSA se
comprometeu em apresentar sua testemunhas independente de intimação bem como requereu a
transferência do paciente para a CPR, as defesas dos acusados JHEISON AZEVEDO JOCOSK, LUCAS
MALTA PEREIRA, QUESIO SOARES MARANHÃO, RANIEL BEZERRA DA SILVA e RUAN GILSON DA
SILVA também requereram a transferência dos acusados para a CPR, o Ministério Público se manifestou
contrário ao pedido, salvo em caso de manifestação da direção da casa penal informando que a
transferência não ocasionaria risco à ordem prisional. Determinada a expedição de ofício a CPR para que
informasse acerca da disponibilidade de vaga, bem como, acerca da possibilidade de transferência dos
acusados, designada audiência de continuação para o dia 02.07.2020.

51 – Proferida decisão na data de 30.07.2020 concedendo prisão domiciliar ao acusado WARLES


CANDIDO DA SILVA, mediante cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, dentre elas,
monitoramento eletrônico.

51 – Reavaliada a prisão dos acusados na data de 14.08.2020, oportunidade em que foi redesignada a
audiência de instrução e julgamento em razão do conflito de pauta informado pelo CTMM Marabá.

52 – O Ministério Público apresentou manifestação na data de 18.08.2020 desistindo da oitiva da


testemunha ADEILSON DOS SANTOS COSTA e insistindo na oitiva da testemunha ANDERSON
FERREIRA DOS SANTOS.

53 – A defesa dos acusados QUESIO SOARES MARANHÃO, RANIEL BEZERRA DA SILVA e RUAN
GILSON DA SILVA informou indisponibilidade de comparecimento a audiência designada para o dia
18.09.2020, em razão do patrono dos acusados está intimado para sessão plenária de júri popular na
Comarca de Altamira/PA, na mesma data, razão pela qual foi redesignada a audiência para a data de
05.11.2020.

51 – Apresentado pedido de revogação da custódia cautelar pela defesa do paciente ALESSANDRO


SILVA SOUSA, na data de 06.10.2020. O Ministério Público se manifestou pelo indeferimento do pedido,
na data de 14.10.2020. Proferida decisão na data de 27.10.2020 reavaliando e mantendo a prisão do
paciente.

52 – Realizada audiência de instrução e julgamento na data de 05.11.2020, oportunidade em que foram


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ouvidas as testemunhas presentes, tendo às partes desistido da oitiva das testemunhas ausentes,
resguardando, entretanto, o direito de ouvi-las em plenário, o que foi homologado, seguida do
interrogatório dos acusados, entretanto em razão do grande número de réus foi designada audiência de
continuação para o dia 06.11.2020. Na data aprazada foi realizado o interrogatório dos acusados,
reavaliada e mantida a prisão dos acusados e concedido prazo para as partes apresentarem alegações
finais.

53 – Na data de 27.05.2021 aportou aos autos o pedido de informações de HC em referência. Nesta data,
foi proferida decisão por este Juízo reavaliando e mantendo a prisão dos acusados, embasado no princípio
da proporcionalidade, em razão da gravidade concreta do fato criminoso, determinada a certificação
acerca do transcurso do prazo para apresentação de alegações finais pelo Ministério Público, conferindo
regular andamento ao feito. Portanto, o processo encontra-se com tramite regular, com pedidos de
revogação de prisão analisados, estando encerrada a instrução, encontrando-se pendente de
apresentação de alegações finais. Reitera, por oportuno, que se trata de processo penal com narrativa de
fatos graves concretamente demonstrados na denúncia e ressaltados nas decisões anteriores, complexo
diante da presença de 19 (dezenove) réus, além de diversas testemunhas, tendo havido interposição de
diversos habeas corpus, pedidos de revogação/relaxamento e transferências, estando o feito com
instrução encerrada, aguardando apresentação de alegações finais. Em atendimento à Resolução
n°04/2003-GP, não constam dos autos elementos suficientes acerca da conduta social e personalidade do
paciente. Segue em anexo Certidão de Antecedentes Criminais e cópias das peças necessárias para
instrução do Habeas Corpus. (...)”.

Nesta Superior Instância, a Douta Procuradora de Justiça Maria do Socorro Martins Carvalho Mendo,
opina pelo conhecimento e denegação do writ.

É O RELATÓRIO.

VOTO

Analisando os pressupostos de admissibilidade, conheço em parte do writ.

Cinge-se o presente remédio heroico ao argumento relativo ao constrangimento ilegal sob a alegação de
ausência de provas e qualquer indício de autoria delitiva: confusão nos nomes de Alessandro Silva Sousa,
ora paciente, e Alexandro de Sousa Silva, ora réu na Ação Penal, que o paciente estava em sua cela no
momento dos atos criminosos, e que, os verdadeiros autores confessaram a prática delitiva e afirmaram
que Alessandro não participou da rebelião.

Esclarece que ausente o periculum libertatis, uma vez que as alegações de gravidade do delito e suposta
credibilidade da justiça, foram genéricas.

Por fim, aduzem que ausentes os requisitos da prisão preventiva, insculpidos no art. 312, do CPP.

Quanto à alegação de alegação de ausência de provas e qualquer indício de autoria delitiva, esta
não merece prosperar.

O impetrante alega que não existem provas de que o paciente tenha praticado o delito justificando
que houve confusão nos nomes de Alessandro Silva Sousa, ora paciente, e Alexandro de Sousa
Silva, ora réu na Ação Penal, que o paciente estava em sua cela no momento dos atos criminosos,
e que, os verdadeiros autores confessaram a prática delitiva e afirmaram que Alessandro não
participou da rebelião. Acerca de tal questionamento, além de ser uma argumentação atinente ao mérito
da ação penal, não há qualquer prova nos autos do que foi afirmado na impetração, não devendo ser
apreciado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Como sabido, não cabe em sede restrita de habeas corpus exame aprofundado de prova, logo,
qualquer decisão envolvendo matéria de prova resta prejudicada. Dessa forma, a aferição da efetiva
participação do paciente no delito narrado na inicial acusatória exige dilação probatória, inviável em sede
de habeas corpus, onde a prova é sempre pré-constituída. Qualquer juízo valorativo deve ser feito no
momento oportuno, ou seja, na instrução probatória no processo de conhecimento.

Sendo assim, tal pleito não merece ser conhecido.

Passemos à análise da legalidade ou não da prisão preventiva, bem como pedido de aplicação de
medidas cautelares diversas.

Pugna a Defesa pela revogação da prisão preventiva do paciente, sob a alegativa de que ausente o
periculum libertatis, bem como pela ausência dos requisitos da medida extrema, insculpidos no art. 312, do
CPP.

Com efeito, consoante se verifica da Decisão Interlocutória, conforme pesquisa por mim realizada no
Sistema PJe 1º grau, a ID 27564725, que acatou o pedido de representação da prisão preventiva proposta
pelo Delegado de Polícia Civil de Redenção/PA em desfavor do paciente e demais acusados, e decretou a
custódia cautelar dos mesmos, a alegação do presente item não merece prosperar, já que a decisão ora
atacada se encontra suficientemente fundamentada, não só para garantia da ordem pública, mas,
também, impõe-se a assegurar a conveniência da instrução criminal, ambos requisitos autorizadores ao
decreto cautelar.

Assim sendo, vale a pena transcrever, na parte que interessa, a decisão supra, senão vejamos:

“DECISÃO INTERLOCUTÓRIA/VALE COMO MANDADO DE. PRISÃO PREVENTIVA

1. Vistos etc. Registre-se a autue-se. Em segredo de justiça.

2.Tratam os autos de representação pela PRISÀO PREVENTIVA, formulado pelo Delegado de


Polícia Civil em Redenção/PA, com a finalidade de assegurar a garantia da ordem pública,
conveniência da instrução criminal e ainda, a aplicação da lei penal.

3. Consta na representação, que o auto de inquérito trata da investigação inerente à nítida


formação de associação criminosa destinada a prática de crimes no interior do Centro de
Recuperação desta cidade de Redenção/PA, mediante o uso de instrumentos perfurantes de
fabricação caseira, e a participação de diversos reclusos daquela unidade.

4. No dia 12/05/2019, por volta das 08h00min, detentos ao serem liberados pelos agentes de
segurança para que pudessem ir ao solário receber suas respectivas visitas, antes da saída dos
servidores da ALA B, foram tomados como reféns por um grupo de detentos que mediante motim,
grave ameaça, tortura e morte de três reclusos, supostamente reivindicavam por melhorias no
interior da unidade prisional.

(...).

14. A prisão preventiva é medida de exceção que somente poderá ser decretada nas hipóteses
rigorosamente previstas no artigo 312. É preciso haver, sobretudo fundamento jurídico da prisão,
portanto, mostra-se insuficiente declarar que a prisão está amparada nos artigos 311. 312 e 313 do
CPP.

15. Compulsando os autos verifica-se presente o fumus comissi delicti, haja vista a certeza da
existência do crime, através dos documentos juntados nos autos, tais como. relatório de
identificação e investigação preliminar, cópia dos autos de IPL. termos de declaração.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

16. Os indícios de autoria também foram comprovados através dos testemunhos de colhidos nos
autos, auto de levantamento de local de crime, identificação das imagens e vídeos, bem ainda,
pelos demais documentos constantes perante a autoridade policial.

17. O periculum libertalis está configurado na necessidade da garantia da ordem pública, uma vez
que da análise dos autos esta se encontra comprometida, pois. conforme se depreende dos autos
através das provas coletadas, foram praticados diversos crimes, todos de natureza grave, tendo os
representados agido com alto grau de reprovabilidade. Com efeito, além dos quatro detentos
agredidos fisicamente, restou demonstrado por meio de vídeos e fotos juntados ao IPL a crueldade
empregada nos homicídios de três reclusos, que além do assassinato, mutilaram e queimaram
seus corpos, tendo suas cabeças arrancadas e expostas como troféus.

18. Ademais, conforme narrou a autoridade policial, entendo que a decretação da prisão cautelar
impõe-se também para assegurar a conveniência da instrução criminal, pois o presente caso
envolve o testemunho de várias vítimas, e esta custódia tem escopo de assegurar que os
representados não façam desaparecer as provas dos crimes contra si imputados, apagando
vestígios, subornando, aliciando ou ameaçando testemunhas.

19. Assim, entendo no presente caso, que necessária se faz a prisão preventiva dos representados,
vez que presentes os requisitos necessários, ainda mais porque, os crimes praticados são de
natureza grave.

20. ISTO POSTO, com baluarte nos argumentos ao norte apresentados, defiro o pedido requerido
pela Autoridade Policial, para DECRETAR A PRISÀO PREVENTIVA em desfavor dos representados,
abaixo qualificados, posto que presentes a prova da existência do crime bem como indícios de
autoria, sendo necessário ainda garantir a ordem pública e por conveniência da instrução criminal
conforme preceituado no artigo 311.312 do CPP”. Grifo nosso

Cumpre destacar, ainda, que pedidos de revogação de preventiva foram apreciados pelo Magistrado a
quo, que os indeferiu, por não vislumbrar mudança na situação fático-jurídica que autorize o atendimento
da pretensão, uma ocorrida em 27.10.2020 (ID 5164384) a qual foi juntada pelo próprio impetrante e a
mais recente, constatada após de consulta ao Sistema PJE – 1º grau, por mim realizada, ID 2696990,
datada de 05/06/2021, que reavaliou a custódia cautelar do paciente, mantendo-o encarcerado, quando
assim se manifestou:

“DA REAVALIAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA:

Prisão reavaliada a mais de 90 (noventa) dias, há necessidade de se proceder à reavaliação periódica da


prisão decretada neste Juízo.

O(s) acusado(s), foi(ram) preso(s) por força de mandado de prisão preventiva decretada por este Juízo em
10.06.2019, pela suposta prática dos delitos previstos nos arts. 121, § 2º, I, III e IV, 159, § 1º, 163, III, 288
e 354 do Código Penal e art. 1º, II da Lei nº 9.455/97.

No curso da instrução, a defesa do(s) acusado(s) apresentou múltiplos pedidos de revogação/relaxamento


da prisão que, após a oitiva do Ministério Público, foram devidamente apreciados e indeferidos.

Por ocasião da audiência de instrução e julgamento, na data de 06.11.2020, foi reavaliada a prisão dos
acusados, decidindo este Juízo pela manutenção da custódia cautelar e declarado o encerramento da
instrução criminal, determinando-se a expedição de ofícios acerca dos pedidos de transferência dos
acusados.

Como bem demonstrado nas decisões anteriores, o decreto prisional encontra-se devidamente
fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, aptos a
demonstrar a necessidade de segregação cautelar, principalmente para a garantia da ordem pública, ante
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a gravidade concreta da conduta, tratando-se de crime contra a vida, haja vista a forma pela qual o delito
foi em tese praticado, homicídio consumado, contra vítimas diversas, aliado aos crimes de associação
criminosa, motim de presos, homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, mediante recurso que
dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, dano qualificado ao patrimônio público, extorsão
mediante sequestro cometida por quadrilha, tortura, havendo relatos de que os acusados teriam se
amotinado no interior da casa penal e teriam feito reféns agentes os penitenciários e outros detentos,
teriam ainda, torturado e matado com requintes de crueldade 03 (três) outros reclusos e, após, teriam
vilipendiado seus cadáveres, esquartejando e queimando seus corpos, expondo suas cabeças e vísceras
como troféus, teriam, ainda, causado lesões graves a outros 03 (três) detentos e um agente de segurança
da unidade prisional, consta ainda que os acusados seriam integrantes de facção criminosa, denominada
de “COMANDO VERMELHO - CV”, supostamente teriam agido sob ordens externas, recebidas por
telefone, do comando da facção criminosa, ademais, o crime ocorreu dentro da casa penal em que se
encontravam reclusos, ou seja, mesmo presos se envolveram em novo fato criminoso, o que demonstra
que, caso soltos, poderão reiterar a conduta delitiva, fazendo novas vítimas, razão pela qual a segregação
cautelar afigura-se imprescindível, havendo necessidade, portanto, de se resguardar a ordem pública.

Nesse sentido, colhe-se da jurisprudência:

Processo RHC 73206 / ES RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS 2016/0181190-7 Relator(a)


Ministro FELIX FISCHER (1109) Órgão Julgador T5 - QUINTA TURMA Data do Julgamento
13/09/2016 Data da Publicação/Fonte DJe 26/09/2016 Ementa PROCESSUAL PENAL. RECURSO
ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS.
ALEGADA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO DECRETO PRISIONAL. SEGREGAÇÃO CAUTELAR
DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. ALEGAÇÃO DE EXCESSO
DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. COMPLEXIDADE DO PROCESSO. INAPLICABILIDADE DO
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA DO JUÍZO DE 1º GRAU. ACÓRDÃO EM CONSONÂNCIA COM
PRECEDENTES DESTA CORTE. RECURSO DESPROVIDO. I - A segregação cautelar deve ser
considerada exceção, já que tal medida constritiva só se justifica caso demonstrada sua real
indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal, ex vi
do artigo 312 do Código de Processo Penal. II - No caso, o indeferimento da liberdade provisória encontra-
se devidamente fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, que evidenciam que a liberdade
do ora recorrente acarretaria risco à ordem pública, notadamente se considerado que o recorrente, em
tese, integraria organização criminosa voltada à prática do tráfico de drogas sendo seu principal
fornecedor (precedentes). III - "A necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes
de organização criminosa, enquadra-se no conceito de garantia da ordem pública, constituindo
fundamentação cautelar idônea e suficiente para a prisão preventiva" (HC n. 95.024/SP, Primeira
Turma, Rel. Ministra Cármen Lúcia, DJe de 20/2/2009). IV - Os prazos processuais não tem as
características de fatalidade e improrrogabilidade, fazendo-se imprescindível raciocinar com juízo de
razoabilidade para definir o excesso de prazo, não se ponderando a mera soma aritmética dos prazos para
os atos processuais (precedentes). V - Na hipótese, verifica-se, que os trâmites processuais ocorrem
dentro da normalidade, especialmente se considerada a complexidade do feito, a pluralidade de réus e
defensores, bem como, a Jurisprudência/STJ - Acórdãos Página 1 de 3 necessidade expedição de carta
precatória, não se tendo qualquer notícia de fato que evidencie atraso injustificado ou desídia atribuível ao
Poder Judiciário, razão pela qual, por ora, não se reconhece o constrangimento ilegal suscitado. VI -
Ademais, esta Corte já afirmou que "em matéria de prisão cautelar, deve ser observado o princípio da
confiança no juiz do processo, uma vez que está presente no local onde o crime é cometido e conhece as
peculiaridades do caso concreto, sendo quem melhor pode avaliar a necessidade da decretação e
manutenção da segregação cautelar (HC n. 289.373/MG, Sexta Turma, Rel. Min. Marilza Maynard,
Desembargadora Convocada do TJ/SE, DJe de 5/6/2014). Recurso ordinário desprovido (Grifos nossos).

O feito encontra-se com regular andamento, com a instrução encerrada, pendente de apresentação das
alegações finais, e, por fim, prolação da sentença.

Assim, incide ao caso o enunciado sumular nº. 52 do Superior Tribunal de Justiça, segundo o qual
“encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento ilegal por excesso de
prazo”.
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Como já ressaltado, não há documentos que indiquem/comprovem que o(s) acusado(s) façam parte do
grupo de rico do COVID-19, não se encontrando, portanto, nas hipóteses previstas pela Recomendação
do Conselho Nacional de Justiça – CNJ.

Observo que da ocorrência dos fatos até a presente data não ocorreu nenhum fato novo ou circunstância
jurídica diversa que modificasse a situação do(s) acusado(s), razão pela qual, deve ser mantida a decisão
que decretou a prisão preventiva por seus próprios fundamentos.

Ante o exposto e por estarem presentes os pressupostos e hipóteses da prisão preventiva e com base no
PRINCÍPÍO DA PROPORCIONALIDADE (adequação e necessidade), MANTENHO A PRISÃO
PREVENTIVA dos acusados, qualificados na denúncia, recomendando-os ao cárcere em que se
encontram.”

Dessa forma, mais do que fundamentadas estão as decisões supra que, arrimadas em requisitos previstos
no art. 312 do CPPB, decretaram e mantiveram a prisão preventiva do paciente, para garantia da ordem
pública, uma vez que “haja vista a forma pela qual o delito foi em tese praticado, homicídio consumado,
contra vítimas diversas, aliado aos crimes de associação criminosa, motim de presos, homicídio
qualificado por motivo torpe, meio cruel, mediante recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da
vítima, dano qualificado ao patrimônio público, extorsão mediante sequestro cometida por quadrilha,
tortura, havendo relatos de que os acusados teriam se amotinado no interior da casa penal e teriam feito
reféns agentes os penitenciários e outros detentos, teriam ainda, torturado e matado com requintes de
crueldade 03 (três) outros reclusos e, após, teriam vilipendiado seus cadáveres, esquartejando e
queimando seus corpos, expondo suas cabeças e vísceras como troféus, teriam, ainda, causado lesões
graves a outros 03 (três) detentos e um agente de segurança da unidade prisional, consta ainda que os
acusados seriam integrantes de facção criminosa, denominada de “COMANDO VERMELHO - CV”,
supostamente teriam agido sob ordens externas, recebidas por telefone, do comando da facção criminosa,
ademais, o crime ocorreu dentro da casa penal em que se encontravam reclusos, ou seja, mesmo presos
se envolveram em novo fato criminoso, o que demonstra que, caso soltos, poderão reiterar a conduta
delitiva, fazendo novas vítimas, razão pela qual a segregação cautelar afigura-se imprescindível, havendo
necessidade, portanto, de se resguardar a ordem pública.”

Nesse sentido, a jurisprudência vem entendendo que não há o que se falar em constrangimento ilegal
quando presente, pelo menos um, dos requisitos autorizadores à prisão preventiva, verbis:

EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. DELITO TIPIFICADO NO


ART. 121, §2º, II DO CÓDIGO PENAL. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO NA DECISÃO QUE DECRETOU
A MEDIDA CAUTELAR. PRESENÇA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. RÉU FORAGIDO DURANTE LONGO
PERÍODO. NECESSIDADE DE ASSEGURAR A CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. OFENSA
AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA.
VIOLAÇÃO AO ARTIGO 316, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 13.964/19. DESCABIMENTO. ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA. UNANIMIDADE. 1. In casu, verifica-se a presença de fundamentação
suficiente, com arrimo na existência dos requisitos autorizadores da prisão preventiva, a saber, indícios
suficientes de autoria e materialidade, estando a segregação alicerçada na garantia da ordem pública e
eventual aplicação da lei penal, considerando-se, ainda, tratar-se de réu que esteve foragido do distrito da
culpa desde a data crime (18/01/2015) até o dia 10/04/2019, ou seja, por mais de 4 anos, ocasionando a
suspensão do processo e do curso do prazo prescricional; 2. Afasta-se a alegação do impetrante de que
houve ofensa ao princípio constitucional da presunção da inocência pois impõe-se ao caso a relativização
destes preceitos em favor da segurança social, ameaçada pela conduta atribuída ao paciente, além do que
a própria Constituição Federal autoriza a prisão provisória, em seu artigo 5º, inciso LXI, desde que se
enquadre nos casos previstos na lei.

3. Pronunciado o paciente e devidamente reanalisada a necessidade da manutenção da custódia cautelar


no dia 11.02.2021, portanto há menos de 90 (noventa) dias, inexiste ilegalidade a ser reparada pela via
mandamental.
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4. Ordem conhecida e denegada. Unanimidade. (4944169, 4944169, Rel. LEONAM GONDIM DA CRUZ
JUNIOR, Órgão Julgador Seção de Direito Penal, Julgado em 2021-04-13, Publicado em 2021-04-19)

Desse modo, incabível a assertiva de que a decretação da custódia preventiva não está lastreada em
fundamentos idôneos a sustentá-la, sendo latente sua necessidade, não só em face da prova de
existência do crime e de indícios suficientes de autoria, como também em razão da natureza e da
gravidade concreta do crime em epígrafe, os quais são indicadores da necessidade da segregação
cautelar, de sorte que a custódia preventiva visa também acautelar o meio social. Há, portanto, que se
preservar a ordem pública.

Assim, descabe acolher a argumentação constante da impetração, acerca da possibilidade de revogação


da prisão cautelar decretada em desfavor do denunciado, visto que a decisão combatida atende ao
comando contido no art. 93, IX, da Constituição Federal.

Ora, diante da motivação supra, não há o que se falar em inidoneidade e/ou falta dos requisitos a ensejar
a custódia preventiva do paciente, já que os mesmos restam sobejamente fundamentados nas decisões
ora guerreadas.

Por fim, quanto ao pedido de aplicação do art. 319, do CPP, resta incabível, na hipótese em apreço, a
conversão da prisão em outras medidas cautelares, eis que à luz dos elementos contidos nos autos,
sua aplicação é inadequada ao presente caso, conforme leciona Guilherme de Souza Nucci: “se tais
delitos atentarem diretamente contra a segurança pública (garantia da ordem pública), cabe a
prisão preventiva e não medidas cautelares alternativas.”(Prisão e Liberdade, São Paulo: RT, 2011.
28.p.).

Ante o exposto, conheço em parte da ordem impetrada, e nesta extensão DENEGO-A, nos termos da
fundamentação.

É O VOTO.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0806666-85.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: HANS HOUSEIN


SOARES DO CARMO Participação: ADVOGADO Nome: WEVERTON DOS SANTOS RODRIGUES OAB:
2152/RR Participação: IMPETRANTE Nome: ELIAS BEZERRA DA SILVA Participação: ADVOGADO
Nome: WEVERTON DOS SANTOS RODRIGUES OAB: 2152/RR Participação: AUTORIDADE COATORA
Nome: VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TUCURUÍ-PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA
MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806666-85.2021.8.14.0000


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PACIENTE: HANS HOUSEIN SOARES DO CARMO


IMPETRANTE: ELIAS BEZERRA DA SILVA

AUTORIDADE COATORA: VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TUCURUÍ-PA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA

HABEAS CORPUS. ART. 217-A, DO CPB. PRISÃO PREVENTIVA. MANUTENÇÃO.


FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. AUSÊNCIA DE REQUISITOS DO ART. 312, DA LEI ADJETIVA
PENAL. IMPROCEDÊNCIA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. SÚMULA Nº 08
DO TJPA. MEDIDAS CAUTELARES. APLICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA.
DECISÃO UNÂNIME.

1. Não há o que se falar em constrangimento ilegal, quando a manutenção da prisão preventiva se


encontrar arrimada em requisitos do art. 312 do CPPB, in casu, a garantia da ordem pública e por
conveniência da instrução criminal.

2. O fato de o paciente possuir condições subjetivas favoráveis, ainda que verdadeiras, por si só não é
capaz de garantir a sua soltura, quando existem nos autos outros elementos ensejadores da custódia
cautelar, consoante Súmula nº 08 deste Egrégio Tribunal.

3. Resta impossibilitada a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, consoante art. 319, do CPPB,
quando se encontrar no bojo do decreto constritivo qualquer um dos requisitos exigidos no art. 312 do
CPPB, exatamente como se vislumbra no caso vertente.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores


componentes da Egrégia Seção de Direito Penal, à unanimidade, em conhecer do writ e denegá-lo, nos
termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sala das Sessões Virtuais do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, de 10 a 12 de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Exmo. Sr. Des. Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. Vânia Lúcia Silveira

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus liberatório, com pedido de liminar, impetrado em favor do paciente HANS
HOUSEIN SOARES DO CARMO, contra ato do douto Juízo de Direito da Vara Criminal da Comarca de
Tucuruí/PA, nos autos do processo nº 0001101-92.2018.8.14.0061.
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Consta da impetração, que o paciente se encontra atualmente com prisão preventiva decretada, por
suposto envolvimento no delito capitulado no artigo 217-A do CPB, medida acauteladora determinada pelo
Juízo a quo, a qual foi cumprida na Cidade de Boa Vista – RR, em 14/04/2021, face a requerimento do
Ministério Público do Estado.

Que no dia 05/05/2021, a defesa protocolou pedido de LIBERDADE PROVISÓRIA, provando ser o
paciente possuidor de BONS ANTECEDENTES, ter RESIDÊNCIA FIXA e possuir OCUPAÇÃO LÍCITA
(empresário do Ramo de materiais de Construção Civil).

Aduz que os bons antecedentes, ocupação lícita e residência fixa, por si sós, não são motivos suficientes
para embasar uma liberdade provisória, entretanto, a falta de demonstração de elementos concretos
pessoais também não é motivo suficiente para sustentar uma custódia cautelar.

Alega o ilustre causídico, que o Magistrado de 1º Grau editou a sua decisão sem a demonstração da
existência de qualquer elemento concreto que pudesse denotar a presença das hipóteses autorizativas da
prisão preventiva, previstas no artigo 312, do CPPB, devendo, pois, esse e. sodalício, cassar e/ou revogar
a decisão que manteve o paciente preso sem justificativa idônea.

Ressalta que o r. decisum não fundamentou, de forma objetiva, quanto aos fatos determinantes da
necessidade da medida, configurando notório e indisfarçável constrangimento ilegal, sanável pelo presente
instituto do habeas corpus, alegando que na mesma trilha, não laborou em acerto o Juízo Singular ao
deixar de aplicar uma das medidas cautelares ou a fiança cumulativamente ou de forma autônoma.

Por fim, após transcrever entendimentos que julga pertinentes ao seu pleito requer o nobre advogado
impetrante, liminarmente, a concessão da ordem com a expedição do competente Alvará de Soltura.

Anexou documentos de fls. e fls.

O Exmo. Sr. Des. Mairton Marques Carneiro, a quem primeiro foram os autos distribuídos, à ID 5658712,
por não vislumbrar presentes os requisitos indispensáveis à concessão da liminar, a indeferiu.

À ID 5703999, a Autoridade Coatora após breve relato dos fatos, prestou as seguintes informações, verbis
:

- EXPOSIÇÃO DA CAUSA ENSEJADORA DA MEDIDA CONSTRITIVA:

O paciente foi preso na data de 14 de abril de 2021.

Conforme delineado na decisão ID nº 26345294, analisando-se a presente situação, vejo que, in concreto,
faz-se necessária a segregação do denunciado, isto porque, a acusação que recai sobre si é de um fato
violento e ousado. Tais elementos revelam um crime de alta gravidade em concreto, fazendo-se
necessário resguardar a ordem pública diante da maneira com que foi praticado o suposto crime. Assim, é
de se verificar que tais fatos exprimem alta periculosidade caso o réu permaneça em liberdade, o que
coloca em risco a ordem pública, havendo, assim fatos concretos a ensejarem a custódia cautelar.

Ademais, cumpre destacar que estão presentes no caso indícios suficientes de autoria diante de todos os
depoimentos colhidos e de materialidade.

Sendo assim, por essas razões é que foi decretada a prisão preventiva do paciente.

- INFORMAÇÕES ACERCA DOS ANTECEDENTES CRIMINAIS E PRIMARIEDADE DO PACIENTE E,


SE POSSÍVEL, SUA CONDUTA SOCIAL E PERSONALIDADE:

Quanto aos antecedentes criminais e analisando os sistemas informatizados de gestão processual do


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TJ/PA, informo que o paciente não responde pelo cometimento de outros crimes, certidão em anexo.

Quanto à conduta social, não é possível o aferimento neste momento processual, salvo as que são de
praxe da conduta criminosa praticada pelo paciente, que por si só são gravíssimas.

- INFORMAÇÕES CONCERNENTES AO LAPSO TEMPORAL DA MEDIDA CONSTRITIVA:

Mediante juízo de cautela, s.m.j., verifica-se que o processo segue sua marcha dentro de padrões
absolutamente razoáveis de duração, principalmente pelo fato de nos encontrarmos em pleno período
pandêmico.

- INDICAÇÃO DA FASE EM QUE SE ENCONTRA O PROCESSO:

O processo encontra-se em Secretaria aguardando a realização da audiência de instrução e julgamento


que ocorrerá no dia 05 de outubro de 2021, às 13h.

Nesta Instância Superior, 12ª Procuradora de Justiça Criminal, Dra. Maria Célia Filocreão Gonçalves,
pronuncia-se pelo conhecimento e denegação do writ, por não restar configurado qualquer
constrangimento ilegal na prisão preventiva do paciente.

É o relatório.

VOTO

- Da fundamentação inidônea à manutenção do decreto constritivo

Aduz a defesa que o paciente encontra-se sofrendo constrangimento ilegal no seu direito de ir e vir, ante a
falta de fundamentação idônea do decisum que manteve a sua custódia cautelar.

Com efeito, consoante se verifica da Decisão Interlocutória, aliás acostada aos autos na própria
impetração - ID 5650157, que manteve a custódia cautelar do paciente, a alegação do presente item não
merece abrigo, já que a decisão ora atacada se encontra suficientemente fundamentada, mais
especificamente para garantia da instrução criminal, requisito previsto no art. 312, do CPPB, autorizador
ao decreto constritivo.

Assim sendo, vale a pena transcrever, na parte que interessa, a decisão supra, senão vejamos:

“DO PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA

O advogado do acusado requereu a revogação da prisão preventiva.

O Ilustre Representante do Ministério Público opinou pela não concessão da medida requerida.

Ocorre que apesar da previsão de medidas cautelares pessoais diversas da prisão, tenho que, no caso
dos autos, resta evidenciada a efetiva necessidade de manutenção do suposto agente em cárcere. No
caso em apreço, as provas já acostadas aos autos, evidenciam o envolvimento do acusado no crime em
questão.

Ademais, compulsando os autos, mediante juízo de cautela, verifico que o processo segue sua marcha
dentro de padrões absolutamente razoáveis de duração e que, ainda, não apresenta qualquer vício ou
nulidade que pudesse vir a justificar um eventual reconhecimento de prejuízo processual por excesso de
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prazo.

Demonstrados os pressupostos que autorizam a prisão preventiva do denunciado e, por entender que
ainda se revela inadequada ou insuficiente a aplicação de qualquer medida diversa da prisão, inafastável a
mantença da custódia cautelar.

Sobre o alegado pela defesa, verifica-se que o réu ao praticar o ato delituoso se aproveitou da autoridade
que detinha sobre a vítima, na qualidade de enteado de sua avó, para cometer atos libidinosos contra
criança de apenas 11 (onze) anos de idade.

Além disso, a residência fixa, a primariedade e a ausência de antecedentes criminais não obstam a
manutenção da prisão cautelar. Ademais, a audiência a instrução e julgamento será em breve e a soltura
do réu poderá embaraçar a instrução processual.

Diante do exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, e mantenho a


decisão anterior, que decretou a prisão preventiva do acusado HANS HOUSEIN SOARES DO
CARMO, por seus próprios fundamentos”. GRIFO original

Como se vê, depreende-se que a decisão supra resta fundamentada de forma escorreita, arrimada em
requisito previsto no art. 312 do CPPB, mantendo a prisão preventiva do paciente para garantia da
instrução criminal.

Nessa senda, não há o que se falar em constrangimento ilegal quando presente qualquer um dos
requisitos autorizadores à prisão preventiva, tampouco em inidoneidade e/ou falta dos pressupostos a
ensejar a manutenção da custódia cautelar do paciente, como bem quer fazer entender a impetração, já
que o mesmo resta sobejamente fundamentado na decisão ora guerreada.

- Das condições pessoais

No caso sob exame, a alegação de que o paciente possui todos os requisitos para responder o feito em
liberdade, ainda que verdadeira, por si só, não é capaz de garantir a sua soltura, quando existem, nos
autos, outros elementos ensejadores da custódia cautelar, consoante Súmula nº 08 deste Egrégio
Tribunal.

- Da substituição da prisão preventiva por medidas cautelares

Por fim, aduz o digno advogado que o r. decisum não fundamentou, de forma objetiva, quanto aos fatos
determinantes da necessariedade da medida, configurando notório e indisfarçável constrangimento ilegal,
sanável pelo presente instituto do habeas corpus, alegando que na mesma trilha, não laborou em acerto o
Juízo Singular ao deixar de aplicar uma das medidas cautelares diversas da prisão.

Em análise dos autos observa-se, mais uma vez, a impossibilidade de ver atendida a pretensão do
recorrente no item em apreço, consoante art. 319, do CPPB, pois caso imposta, creio inadequada e
insuficiente, vez que a consequência imediata seria a soltura do paciente e, de acordo com as informações
do Magistrado do feito, à ID 5703999, o paciente foi denunciado pela prática do crime tipificado art. 217-A,
do CPB, pois visando satisfazer seus instintos sexuais, cometeu atos libidinosos com a vítima J. S. L., de
apenas 11 (onze) anos de idade, fato esse ocorrido no dia 17/12/2016.

Segunda, ainda, a autoridade coatora, o paciente foi preso na data de 14/04/2021 e ao analisar a presente
situação, concluiu, in concreto, necessária a segregação do denunciado, isto porque, a acusação que recai
sobre si é de um fato violento e ousado, já que tais elementos revelam um crime de alta gravidade,
fazendo-se necessário resguardar a ordem pública diante da maneira com que foi praticado o suposto
crime, e que tais fatos exprimem alta periculosidade caso o réu permaneça em liberdade, colocando em
risco a ordem pública, havendo, assim fatos concretos a ensejarem a custódia cautelar.
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Assim sendo, como cediço, não há que se falar em substituição de prisão preventiva por medidas diversas
da prisão, quando presentes requisitos exigidos no art. 312 do CPPB, in casu, a ordem pública e garantia
da instrução criminal.

Por derradeiro, deve-se considerar e respeitar a decisão do Magistrado do feito, o qual conhece e
encontra-se próxima dos fatos, estando, assim, em melhores condições de avaliar a necessidade da
medida extrema, até porque o processo encontra-se em Secretaria aguardando a realização da audiência
de instrução e julgamento que ocorrerá no dia 05/10/2021, às 13h.

Ante o exposto e, na esteira do parecer ministerial, denego a ordem impetrada.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0804832-47.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: DIEMISON ALVES


FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO CARVALHO DA SILVA JUNIOR OAB: 29409/PA
Participação: IMPETRADO Nome: VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TUCURUÍ-PA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0804832-47.2021.8.14.0000

PACIENTE: DIEMISON ALVES FERREIRA

IMPETRADO: VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TUCURUÍ-PA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA

HABEAS CORPUS. CRIME: ART. 33, DA LEI Nº 11.343/2006. PRISÃO PREVENTIVA.


FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. AUSÊNCIA DE REQUISITOS DO ART. 312, DO CPPB.
IMPROCEDÊNCIA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. SÚMULA Nº 08 DO
TJPA. MEDIDAS CAUTELARES. APLICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. LIBERDADE PROVISÓRIA.
DELITO AFIANÇÁVEL. DESCABIMENTO. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. Não há o que se falar em constrangimento ilegal, quando a manutenção da prisão preventiva se


encontrar arrimada em requisito do art. 312 do CPPB, in casu, a garantia da ordem.

2. O fato do paciente possuir condições subjetivas favoráveis, ainda que verdadeiras, por si só não é
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capaz de garantir a sua soltura, quando existem nos autos outros elementos ensejadores da custódia
cautelar, consoante Súmula nº 08 deste Egrégio Tribunal.

3. Resta impossibilitada a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, consoante art. 319, do CPPB,
quando se encontrar no bojo do decreto constritivo qualquer um dos requisitos exigidos no art. 312 do
CPPB, exatamente como se vislumbra no caso sob exame.

4. Por fim, descabe beneficiar o réu com a sua liberdade provisória mediante fiança, já que a nova redação
dada ao art. 313, do CPPB, pela Lei nº 12.403 /11 alterou o critério de cabimento da prisão preventiva
previsto no inc. I do citado dispositivo. Essa alteração legislativa remete ao campo da prisão preventiva e
da fiança, antiga discussão existente acerca da influência ou não do concurso de crimes (material ou
formal) e dos casos de crime continuado superior a 4 anos), o que é coerente com o disposto no artigo
324, inc. IV, CPPB (nova redação) que estabelece ser proibida a fiança quando presentes os motivos que
autorizam a decretação da prisão preventiva, segundo se verifica no caso vertente.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores


componentes da Egrégia Seção de Direito Penal, à unanimidade, em conhecer do writ e denegá-lo, nos
termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sala das Sessões Virtuais do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, de 10 a 12 de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Exmo. Sr. Des. Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. Vânia Lúcia Silveira

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus Liberatório, com pedido de liminar, impetrado em favor do paciente
DIEMISON ALVES FERREIRA, preso preventivamente por determinação do Juízo de Direito da Vara
Criminal da Comarca de Tucuruí/PA, nos autos do processo nº 0800899-77.2021.8.14.0061.

Consta da impetração, que o paciente teve a sua prisão preventiva realizada pela Autoridade Policial da
cidade de Tucuruí/PA, com base na Garantia da Ordem Pública, a Aplicação da Lei Penal, prevista no art.
312 do CPPB, pelo suposto cometimento dos delitos previstos nos artigos 129, § 9°, c/c art. 147, c/c art.
140, caput, todos do CPB, c/c art. 7°, inciso I, II e V, da Lei Nº 11.340/2006.

Que o paciente se encontra custodiado no Centro de Regional de Recuperação de Tucuruí/PA, desde o


dia 03/05/2021, após apresentar-se voluntariamente perante a Delegacia de Polícia Civil - DEAM/DEACA
– de Tucuruí/PA, com o intuito de prestar esclarecimentos sobre os fatos relacionados ao caso em apreço.

Aduz o ilustre causídico, que os requisitos da prisão preventiva não se encontram mais presentes, mesmo
assim o paciente permanece preso, inobstante seja réu primário, sem maus antecedentes, possuindo
residência fixa, ocupação laborativa lícita, e do fato de que a vítima já reside em outra cidade, a saber:
Parauapebas/PA, localizada a 419,0 km de distância desta municipalidade.

Que desde o fato, o paciente nunca mais procurou a vítima ou lhe importunou de qualquer forma, nem
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mesmo para pedir desculpas, o que demonstra de forma cabal que em liberdade, não trará qualquer
transtorno à integridade física e psíquica de sua ex-companheira.

Alega, como medida de justiça em favor do Paciente, com a finalidade de corrigir uma análise prematura e
errônea sobre o caso, é que se impõe a necessidade de liberdade do custodiado, considerando que há
nos autos indícios da possível ocorrência do delito de lesão de forma culposa, o que pode ser interpretado
com a junção da análise do depoimento da própria vítima e das testemunhas que conversaram com a
vítima após os fatos, e prestaram esclarecimento no Escritório Profissional dos advogados do custodiado.

Assevera, ainda, a aplicação desproporcional da medida extrema, tendo em vista que a conduta delitiva
imputada é passível de liberdade provisória, mediante pagamento de fiança, e que a vítima já se mudou da
Comarca, sendo que o paciente nunca mais a importunou ou sequer a procurou.

Por fim, após transcrever entendimentos que julga pertinentes ao seu pleito requer o nobre advogado
impetrante, liminarmente, a concessão da Ordem, a fim de revogar a prisão preventiva do paciente ou,
subsidiariamente, a imposição de medidas cautelares diversas da prisão, com a expedição do competente
Alvará de Soltura.

Anexou documentos de fls. e fls.

Na ID 5267484, por não vislumbrar presentes os requisitos indispensáveis à concessão da liminar, a


indeferiu.

Na ID 5285989, a Autoridade Coatora prestou as informações de praxe, verbis:

“O nacional foi preso em flagrante no dia 28 de fevereiro de 2021, pela suposta prática do crime
previsto nos artigos 147, caput c/c artigo 129, §9º do Código Penal Brasileiro c/c artigo 7º, incisos I,
II, IV e V da Lei Nacional nº 11.340/2006.

Há a informação nos autos de que no dia 06 de março de 2021 por volta das 13h30min, a vítima
Regina dos Santos Costa compareceu à Delegacia da Mulher para comunicar diversas agressões
que sofrera por parte do réu, ex-companheiro da vítima, com quem conviveu maritalmente por 06
(seis) anos, e que desta relação o casal concebeu dois filhos: STEPHANY LORANE COSTA
FERREIRA (05 anos) e ÍTALO DIEGO COSTA FERREIRA (03 anos).

No dia 28/02/2021, por volta das 20h, Diemison estava bebendo na presença de amigos,
oportunidade em que os filhos do casal estavam brincando próximo a eles, dado momento, a vítima
Regina fora buscar as crianças para perto de si, por achar que aquele não era um local apropriado
para crianças brincarem.

Neste momento, sem motivo aparente, o denunciado passou a ofendê-la, bem como humilhá-la
publicamente, proferindo as seguintes frases: “TU TÁ COMIGO PORQUE TU QUER, TU SABE QUE
EU NÃO GOSTO DE TI, VAGABUNDA, RAPARIGA, TU TA AQUI PORQUE TU NÃO TENS PRA ONDE
IR SUA MORTA DE FOME.”(SIC).

Ainda na peça de denúncia consta que, Regina apenas se retirou do local em decorrência da
situação vexatória em que fora exposta, e caminhou até à residência, juntamente com as crianças.
Já próximo à sua residência, a vítima avistou o denunciado correndo em sua direção, tendo Regina
neste momento acelerado os passos e colocado as crianças para dentro de casa.

No momento em que a vítima se preparava para fechar a porta, o denunciado desferiu um violento
chute contra a porta, objeto este que veio a ase chocar violentamente contra a vítima, lesionando-a
gravemente, ocasião e que a agredida ficou desfalecida no local.

No depoimento em sede policial a vítima relata, que quando acordou estava recebendo ajuda do Sr.
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Gilberto Vaz, patrão de Diemison e dono da propriedade em que residem na Ilha. Acrescenta, ainda,
que recorda ter visto muito sangue na parede e na geladeira da casa, em seguida, o Sr. Gilberto
acionou o SAMU, posto que a lesão provocada pelo denunciado era gravíssima, ocasionando muito
sangramento e aparente ruptura em sua testa. Em seguida, Diemison colocou Regina em uma
canoa com a finalidade de levá-la ao centro médico. Porém, momento em que avistou o carro do
SAMU às margens da ilha pensou se tratar de uma viatura policial, oportunidade em que muito
exaltado tomou o remo da embarcação em suas mãos com a intenção de agredir novamente a
vítima.

Embora desnorteada e fraca, a vítima conseguiu se afastar do agressor temendo por sua vida. Não
satisfeito, o denunciado pegou o celular das mãos da vítima e arremessou o aparelho no rio,
impossibilitando que a vítima clamasse por ajuda.

Percebendo que não se tratava de uma viatura policial, e sim de um carro de pronto atendimento
médico, o réu remou até as margens da ilha e deixou a vítima ali mesmo, evadindo-se do local em
seguida. Em decorrência das inúmeras agressões, Regina passou a noite toda sangrando, sendo
socorrida apenas no dia seguinte pelo Sr. Gilberto que a trouxe para a Unidade de Pronto
Atendimento na zona Urbana de Tucuruí.

A vítima foi submetida ao procedimento de sutura, recebendo em seu tratamento 06 (seis) pontos
na região da cabeça.

No evento nº 26515084, o advogado do réu requereu a concessão de liberdade provisória sem


fiança c/c medidas cautelares/protetivas do réu, aduzindo sinteticamente as mesmas razões do
presente remédio constitucional.

O Ministério Público ofereceu denúncia 12 de maio de 2021 (ID nº 26658021). Instado para se
manifestar sobre o pedido feito pelo advogado, o Representante do Ministério Público manifestou-
se pelo indeferimento (ID nº 27039807).

Na data de hoje, este Juízo recebeu a denúncia oferecida pelo Parquet Estadual, designou
audiência de instrução e julgamento para o dia 14 de outubro de 2021 e indeferiu o pedido realizado
pelo advogado, tendo em vista que esta não foi a primeira agressão relatada pela vítima, tendo
inclusive informado que sofreu agressões quando estava grávida. Além disso, após a primeira
lesão sofrida pela vítima o acusado ainda tentou agredi-la com um remo”.

Nesta Instância Superior, o 8º Procurador de Justiça Criminal, Dr. Ricardo Albuquerque da Silva,
pronuncia-se pelo conhecimento do habeas corpus, porque atendidos os requisitos para sua
admissibilidade; porém, no mérito, pela sua denegação, por inexistência de constrangimento ilegal na
manutenção da custódia preventiva do paciente.

É o relatório.

VOTO

- Da fundamentação inidônea à manutenção do decreto constritivo

Com efeito, consoante se verifica da Decisão Interlocutória que acolheu a Representação da Autoridade
Policial e decretou a prisão preventiva do paciente – ID 25541458 , bem como o recentíssimo decisum
que indeferiu o pedido de revogação da custódia cautelar do mesmo – ID 5261724, datado de 27/05/2021,
a alegação do presente item não merece abrigo, já que as decisões ora atacadas se encontram
suficientemente fundamentadas, mais especificamente para garantia da ordem pública, um dos requisitos
previstos no art. 312, do CPPB, autorizador ao decreto constritivo.
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Assim sendo, vale a pena transcrever, na parte que interessa, as decisões supra, senão vejamos:

1ª Decisão Interlocutória (ID 25541458 – DATA: 14/04/2021)

“Inicialmente, constato que os crimes supostamente praticados permitem a decretação da prisão


preventiva a partir de uma interpretação sistemática do artigo 20 da Lei nº 11.340/06 e artigo 312, do
Código de Processo Penal, ou seja, a garantia da ordem pública, diante a gravidade dos fatos em
concreto merecem indispensável respaldo e cumprimento por este juízo.

Neste aspecto, destaco que os elementos informativos, principalmente a palavra da vítima e as


imagens das lesões sofridas por esta são suficientes em não só demonstrar a materialidade e
indícios de autoria, bem como, a própria gravidade em concreto, motivo pelo qual, a ordem pública
e sobretudo a integridade física e psíquica da vítima merecem imediata garantia e proteção. Caso
contrário, de lesão o próximo passo será a informação de óbito da referida vítima.

(...).

Somado a isso, diante a gravidade supracitada, entendo que as medidas cautelares diversas da
prisão previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal são insuficientes para resguardar a
integridade física e psíquica da vítima.

Ao fim, destaco ainda um trecho do Parecer Ministerial, em que não só ressaltou a importância da
garantia da ordem pública, bem como, da própria aplicação da lei penal, senão vejamos:

“O crime noticiado é grave, e gerou comoção e indignação na perante os familiares da vítima, a


qual, por certo, se sentirá desprovida de garantias para sua tranquilidade com a liberdade dos
representados.

A forma de como se desenrolou as agressões, bem como pelo testemunho da vítima, evidenciam a
periculosidade do agente, que, em liberdade, poderá encontrar estímulo para dificultar a instrução
criminal.”

Ante o exposto, ACOLHO A REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL, acompanhada pelo


Parecer Ministerial e via de consequência DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA EM DESFAVOR DE
DIEMISON ALVES FERREIRA, com fundamento no artigo 20, da Lei nº 11.340/06 c/c artigo 312, do
Código de Processo Penal, a fim de que seja garantido a ordem pública, a aplicação da lei penal e
principalmente a integridade física e psíquica da vítima que no presente caso se encontra em
extrema vulnerabilidade”.

2ª Decisão Interlocutória (ID 5261724 – DATA:27/05/2021)

“Apesar das medidas cautelares trazidas pela Lei nº 12.403/2011, tenho que, no caso dos autos,
resta evidenciada a efetiva necessidade de manutenção do suposto agente em cárcere.

Desta análise perfunctória, vislumbro que o denunciado representa ameaça à ordem pública,
especialmente pelo alto grau de periculosidade que demonstrou, sendo certo que sua prática
delituosa desenvolveu-se mediante sérios requintes de crueldade.

(...).

No caso em apreço, o conjunto probatório já acostado aos autos, especialmente os depoimentos


das testemunhas colhidos em sede policial, aponta para o envolvimento do denunciado no crime
em questão. Verifico, portanto, as circunstâncias que justificam a manutenção da custódia
preventiva (prova da materialidade e indícios da autoria) e que caracterizam o requisito do fumus
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commissi delicti.

No tocante ao requisito do periculum libertatis, vislumbro que há fortes indícios de que, uma vez
em liberdade, novamente poderá vir a cometer crimes, circunstância que se denota pela incomum
gravidade da perpetração em si do ilícito que ora se apura, ou seja, a gravidade concreta da
conduta do agente, caracterizada pelo modus operandi de sua ação. Sendo assim, a custódia
cautelar, por ora, ainda se evidencia como a melhor medida para dissuadi-lo da reiteração
criminosa.

(...).

Demonstrados os pressupostos que autorizam a prisão preventiva do denunciado (arts. 312 e 313,
inciso I, do CPP) e, por entender que ainda se revela inadequada ou insuficiente a aplicação de
qualquer medida diversa da prisão, inafastável a mantença da custódia cautelar.

Ademais, o réu é preso condenado por outro delito.

Diante do exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA DE DIEMISON


ALVES FERREIRA, com fundamento nos arts. 312 (garantia da ordem pública) e 313, inciso I, do
CPP”.

Como se vê, mais do que fundamentadas estão as decisões supra que, arrimadas em requisitos previstos
no art. 312 do CPPB, mantiveram a prisão preventiva do paciente para garantia da ordem pública e Art.
313, inc. I, do CPPB.

Nesse sentido, não há o que se falar em constrangimento ilegal quando presentes requisitos autorizadores
à prisão preventiva, tampouco em inidoneidade e/ou falta dos pressupostos a ensejar a manutenção da
custódia cautelar do paciente, como bem quer fazer entender a impetração, já que os mesmos restam
sobejamente fundamentados nas decisões ora guerreadas.

- Das condições pessoais

No caso sob exame, a alegação de que o paciente possui todos os requisitos para responder o feito em
liberdade, ainda que verdadeira, por si só, não é capaz de garantir a sua soltura, quando existem, nos
autos, outros elementos ensejadores da custódia cautelar, consoante Súmula nº 08 deste Egrégio
Tribunal, exatamente como se verifica no caso sob exame.

- Da substituição da prisão preventiva por medidas cautelares

Aduz, ainda, que no caso dos autos é perfeitamente aplicável a utilização de medida alternativa menos
gravosa ao direito de liberdade do paciente, que seja igualmente capaz de alcançar os mesmos fins
colimados pela prisão cautelar, pois os mesmos requisitos que autorizam a decretação de uma prisão
preventiva podem justificar a imposição das medidas cautelares referidas no artigo 319 do CPPB.

Em análise dos autos observa-se, mais uma vez, a impossibilidade de ver atendida a pretensão do
recorrente no que tange a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, consoante art. 319, do CPPB,
pois caso imposta, creio inadequada e insuficiente, vez que a consequência imediata seria a soltura do
paciente e, de acordo com a recentíssima Decisão Interlocutória, datada de 27/05/2021, o denunciado
representa ameaça à ordem pública, especialmente pelo alto grau de periculosidade que demonstrou,
sendo certo que sua prática delituosa desenvolveu-se mediante sérios requintes de crueldade.

Ademais, como cediço, não há que se falar em substituição de prisão preventiva por medidas diversas da
prisão, quando presente requisito exigido no art. 312 do CPPB, in casu, a ordem pública.
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De outra banda, deve-se considerar e respeitar a decisão do Magistrado do feito, o qual conhece e
encontra-se próxima dos fatos, estando, assim, em melhores condições de avaliar a necessidade da
medida extrema.

- Da liberdade provisória mediante fiança

Por derradeiro, fulcrado no artigo 310, inc. I, do CPPB, requer a defesa que seja deferido o relaxamento da
prisão do paciente, ou, alternativamente, com base no mesmo artigo, mas ancorada no inc. III, que seja
deferida a Liberdade Provisória Sem Fiança ao requerente, diante da sua fragilidade econômica, por ser
réu primário e comprometer-se a comparecer a todos os atos processuais a que for intimado, bem como
cumprir todos as condições da fiança que ser-lhe-ão impostas.

Com efeito, a nova redação dada ao art. 313, do CPPB, pela Lei nº 12.403 /11 alterou o critério de
cabimento da prisão preventiva previsto no inc. I do citado dispositivo. Essa alteração legislativa remete ao
campo da prisão preventiva e da fiança, antiga discussão existente acerca da influência ou não do
concurso de crimes (material ou formal) e dos casos de crime continuado superior a 4 anos), o que é
coerente com o disposto no artigo 324, inc. IV, CPPB (nova redação) que estabelece ser proibida a fiança
quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva, como se verifica no caso
vertente.

Ante o exposto e, na esteira do entendimento Ministerial DENEGO a ordem impetrada.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. Vânia Lúcia Silveira

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0808487-27.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: EDUARDO ABREU


SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO ABREU SANTOS OAB: 27141/PA Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZO DA COMARCA DE CURIONÓPOLIS Participação: FISCAL DA
LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESA. MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
Classe: HABEAS CORPUS PARA TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL COM PEDIDO DE LIMINAR

Número: 0808487-27.2021.8.14.0000

Paciente: EDUARDO ABREU SANTOS

Impetrante: ADV. EDUARDO ABREU SANTOS

Autoridade coatora: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE CURIONÓPOLIS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Órgão julgador colegiado: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

Órgão julgador: DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de habeas corpus para trancamento de ação penal com pedido de liminar impetrado por
advogado em favor de EDUARDO ABREU SANTOS, com fulcro no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição
Federal c/c os arts. 647 e ss., do Código de Processo Penal, apontando como autoridade coatora o Juízo
de Direito da Vara Única da Comarca de Curionópolis nos autos do processo judicial eletrônico nº
0000381-89.2020.8.14.0018.

O impetrante afirma que o paciente fora denunciado pelo RMP em virtude de, nos dias 21 e 23 de
setembro de 2019, supostamente ter atribuído ao Sr. Rodolfo Ferreira Pereira a conduta tipificada no art.
312 do Código Penal (peculato).

Aduz que os vídeos e fotos utilizados para subsidiar a denúncia foram colacionados a estes autos e, em
momento algum, “afirmou que servidores do departamento de policia civil de praticaram o crime de
peculato. Assim, evidentemente atípica a conduta do paciente.”. Mesmo assim, a autoridade coatora
recebeu a denúncia e designou audiência de instrução e julgamento para o dia 02/02/2022.

Sustenta a ausência de justa causa à denúncia, que deve ser trancada por atipicidade da conduta,
vez que “a decisão recebeu a denúncia foi proferida de maneira equivocada, vez que não analisou
detalhadamente os fatos narrados na inicial e determinou o prosseguimento natural do feito, coagindo, de
forma ilegal, o paciente, que é advogado respeitado na comarca e que, em razão de fato absurdamente
atípico, deverá comparecer à AUDIÊNCIA DESIGNADA PARA O DIA 02 DE FEVEREIRO DE 2022, e
passar pelo constrangimento de sentar no banco dos réus.”.

Realça que “As afirmações tidas como caluniosas pelo denunciado, são extremamente generalizadas, sem
nenhuma especificidade e direcionamento a um fato determinado. Perceba-se que, em nenhum momento,
há indicação de data, vítima do suposto crime e fato específico. Ora, em nenhum momento o paciente
mencionou o nome do Sr. Rodolfo Ferreira Pereira. Da mesma forma não mencionou que o os policiais
civis lotados na Delegacia de Curionópolis-Pa praticaram o crime de peculato. Oras, para concluir sobre a
atipicidade da conduta a simples visualização do vídeo é suficiente.”.

Por tais razões, requer liminar para que seja trancada a ação penal em epígrafe. No mérito, pugna pela
confirmação da liminar em definitivo, destacando que deseja ser intimado da sessão de julgamento “para
que possa realizar sustentação oral e/ou assistir ao julgamento desta douta turma.”.

Junta a estes autos eletrônicos documentos de fls. 08-35

Éo relatório.

DECIDO

Reservo-me para apreciar o pedido de liminar após as informações a serem prestadas pela autoridade
coatora.

Nesse sentido, solicitem-se informações à autoridade coatora acerca das razões suscitadas na
impetração, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, nos termos do artigo 3º, do Provimento
Conjunto n° 008/2017 – CJRMB/CJCI.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Certifique a Secretaria o recebimento das informações pelo juízo a quo a fim de garantir maior celeridade
ao presente writ.

Sirva o presente como ofício.

Após, conclusos à apreciação da liminar.

Belém (PA), 16 de agosto de 2021.

Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos

Relatora

Número do processo: 0806389-69.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: JOSE VICTOR DA


SILVA LEITAO Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ HENRIQUE DE SOUZA SAMPAIO OAB:
26970/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: 1 VARA DE INQUERITOS E MEDIDAS
CAUTELARES DA COMARCA DE BELEM Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO
PUBLICO

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO.

PROCESSO Nº. 0806389-69.2021.8.14.0000

IMPETRANTE: LUIZ HENRIQUE DE SOUZA SAMPAIO, OAB-PA nº 26.970.

PACIENTE: JOSÉ VICTOR DA SILVA LEITÃO.

IMPETRADO: JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA DE INQUÉRITOS POLICIAIS E MEDIDAS CAUTELARES


DA COMARCA DE BELÉM-PA.

Processo originário nº 0808691-32.2021.814.0401.

RELATOR: Desembargador Dr. Altemar da Silva Paes, Juiz Convocado.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se da ordem de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pelo Sr. Advogado Luiz
Henrique de Souza Sampaio, OAB-PA nº 26.970, em favor de JOSÉ VICTOR DA SILVA LEITÃO,
apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas
Cautelares da Comarca de Belém-PA, por ter, presumidamente, praticado ato de estupro de vulnerável.
(CP, 217-A).

Narra o impetrante, nas razões da Ação Constitucional (ID nº 5619736), que o paciente sofre
constrangimento ilegal no seu direito de locomoção, tendo em vista que o decreto de prisão preventiva
carece da devida motivação, não ostentando quaisquer das hipóteses previstas no art. 312 do CPP.

Assevera que em apreciação ao pedido de revogação da prisão preventiva do requerente, em 07/07/2021


o Excelentíssimo Magistrado da 1ª Vara dos Inquéritos Policiais e de Medidas Cautelares de Belém,
indeferiu.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Relata, o impetrante, que as acusações foram motivadas pelo histórico de desentendimentos entre as
famílias do acusado e da vítima, pois eram inimigos públicos e, que embora não seja possível descartar
por completo a possibilidade de abuso sexual efetivamente, também não é possível afirmar com certeza
que o contrário é verdadeiro, ou ainda que, se verdadeiro, o autor de tais abusos seria o ora paciente.

Informa que o acusado, ora paciente, é primário, de bons antecedentes, com ocupação lícita e residência
fixa, tendo atribuídas a si apenas falsas alegações, conforme provará o decurso do processo, não
representando qualquer risco ao convívio social.

Junta documentos.

Os autos foram distribuídos a minha relatoria, oportunidade em que indeferi a liminar, requisitei
informações a autoridade tida coatora, determinei que os autos fossem encaminhados ao Ministério
Público de 2º grau para emissão de parecer.

Em cumprimento àquela determinação, o juízo impetrado prestou informações (ID. Nº 5667967).

A Procuradora de Justiça Maria Célia Filocreão Gonçalves, manifestando-se na condição de custos legis,
opina pelo conhecimento do writ, porém, no mérito, pela sua denegação (ID. Nº 5681409).

Passo a decidir monocraticamente, com fundamento no art. 133, IX, do Regimento Interno do Tribunal
de Justiça do Estado do Pará.

Em relação ao suposto constrangimento ilegal sofrido pelo paciente por ato ilegal da autoridade inquinada
coatora, constato que não foi juntado aos autos, o decreto preventivo deste, imprescindível para a análise
de tal constrangimento, tendo sido juntada, tão somente, a decisão de busca e apreensão em desfavor do
paciente.

Desse modo, diante da ausência de documento imprescindível para análise da alegação, não há como se
aferir a existência ou não de constrangimento ilegal.

Éimperioso, para exame do habeas corpus, que este venha acompanhado de elementos que evidenciem
o alegado constrangimento ilegal, porquanto a impetração deve fundamentar-se em inequívoca prova pré-
constituída.

Nesse sentido, o ensinamento doutrinário de Renato Brasileiro de Lima:

“Portanto, incumbe ao impetrante, sem prejuízo de eventual complementação ministrada pela


autoridade coatora ao prestar informações, subsidiar o juízo competente para apreciação do writ
com elementos documentais pré-constituídos que comprovem a existência do constrangimento
ilegal à liberdade de locomoção, o qual deve se apresentar de maneira incontestável, irrefutável,
indiscutível.” (Código de Processual Penal Comentado. 3a ed. Salvador: JusPodivm, 2018, p.1576).

Assim, se a impetração é carente de suporte probatório necessário para o conhecimento da matéria, torna-
se inviável analisar o constrangimento ilegal sustentado, impondo-se, portanto, o não conhecimento da
ordem.

Ante essas considerações, não conheço o habeas corpus.

ÀSecretaria, para providências de baixa e arquivamento dos autos.

Belém, 13 de agosto de 2021.

Des. ALTEMAR DA SILVA PAES


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juiz Convocado Relator

Número do processo: 0804580-44.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: GEOVANE DE


SOUSA GONCALVES COSTA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ANTONIO MATTOSINHO
GONCALVES DE OLIVEIRA OAB: 1224800A/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome:
Magistrado da Vara Única de Pacajá-PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO
PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0804580-44.2021.8.14.0000

PACIENTE: GEOVANE DE SOUSA GONCALVES COSTA

AUTORIDADE COATORA: MAGISTRADO DA VARA ÚNICA DE PACAJÁ-PA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS. ART. 217-A DO CPB. PLEITO DE ANULAÇÃO DE DECISÃO E DE


SUSPENSÃO DE AUDIÊNCIA. REEDIÇÃO DOS MESMOS FUNDAMENTOS DE DIREITO E/OU DE
FATO APRESENTADOS E JÁ ANALISADOS EM ANTERIOR POSTULAÇÃO SOB O Nº 0803799-
22.2021.8.14.0000, COM DENEGAÇÃO DA ORDEM EM 22/06/2021, PERANTE ESTA EGRÉGIA
CORTE. A reiteração de pleito com base em mesmo fundamento, já decidido em habeas corpus anterior,
impossibilita o reexame do mérito no âmbito da ação constitucional em mesma instância. NÃO
CONHECIMENTO.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores


integrantes da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, NÃO CONHECER
a ordem impetrada, nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sessão do Plenário Virtual do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, iniciada aos dez dias e finalizada aos
doze dias do mês de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA


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Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus Liberatório com pedido de liminar impetrado em favor de G.S.G.C., em face de
ato do Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Pacajá/PA, nos autos do processo de conhecimento
criminal n.º 0800353-95.2021.8.14.0069.

Consta da impetração que o paciente está preso preventivamente desde o dia 29.03.2021, por suposta
prática do delito previsto no art. 217-A do CPB.

Requer o impetrante a anulação da ação originária a partir da decisão que ratificou o recebimento da
denúncia, por falta de análise de forma concisa de todas as teses aduzidas pela defesa na resposta à
acusação.

Aduz que foram apresentadas em sede de resposta a acusação, três teses preliminares e que na
oportunidade, a autoridade coatora não se manifestou contra as teses meritórias, mas tão somente sobre
as matérias do art. 395, do CPP.

Em sede de liminar pleiteia a suspensão da designação de audiência de instrução e julgamento da ação


penal, até o julgamento de mérito do HC - 0803799-22.2021.8.14.0000 de minha relatoria, que dentre
outros pedidos requer o trancamento do processo por falta de justa causa.

Indeferi a liminar por não vislumbrar presentes os requisitos indipensáveis à concessão.

Solicitadas as informações a autoridade coatora esta informou (ID n. 5125691) que:

Trata-se de AÇÃO PENAL em trâmite regular nesta Comarca, na qual o Ministério Público Estadual
denunciou G.S.G.C., pelo crime previsto no art. 217-A, caput, c/c art. 226, II, do Código Penal,
supostamente cometido contra a criança G.D.S.S.

Segundo consta nos autos, Autoridade Policial representou pela prisão preventiva do acusado G.S.G.C.
pela suposta prática do crime previsto no art. 217-A, caput, do CP, ID. 24877343 - Pág. 1/9.

Na representação policial, a autoridade policial relatou que G.S.G.C. teria abusado sexualmente da menor
de idade G.D.S.S. Que no dia 18/03/2021 teria levado a vítima até a sua antiga residência, localizada no
Bairro do Tozetti, Rua Juscimeira, nesta cidade, ocasião em que tentou agarra-la à força. A criança teria
relatado o ocorrido no dia 21/03/2021. A mãe da vítima, acompanhada por suas filhas e por sua irmã,
questionou o acusado sobre a veracidade dos fatos, momento em que este confirmou a prática dos
abusos. Destaca-se que os indícios de materialidade e autoria do delito ficaram evidenciados através do
depoimento da vítima, realizado por meio de escuta especializada pelo Conselho Tutelar, bem como os
depoimentos das testemunhas.

Em 28/03/2021 este juízo deferiu o requerimento contido na representação policial e decretou a prisão
preventiva de G.S.G.C., Decisão ID. 24880668 - Pág. 1/4, para garantia da ordem pública em razão da
gravidade concreta do crime imputado ao acusado.

O mandado de prisão preventiva foi devidamente cumprido em 29/03/2021, ID. 24935586 - Pág. 1,
conforme informado pela Autoridade Policial.

O Ministério Público ofereceu denúncia em 05/04/2021, ID. 25133937 - Pág. 1/6.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A Defesa se manifestou nos autos quanto aos requerimentos do parquet, ID. 25147007 - Pág. 1/2.

A denúncia foi recebida em 12/04/2021, decisão ID. 25396704 - Pág. 1/2, e determinada a citação do
acusado, bem como deferidas os requerimentos do Ministério Público presentes no ID. 25135970.

O réu foi devidamente citado/intimado, ID. 25676577 - Pág. 2, e apresentou resposta à acusação, ID.
25806784 - Pág. 1/10.

Conforme Despacho de ID. 26113215 - Pág. 1, os autos foram remetidos para o Ministério Público para
manifestação.

Este juízo prestou informações ao HC n. 0803799- 22.2021.8.14.0000, ID. 26643329.

A defesa se manifestou nos autos, ID. 26632445, alegando, em síntese inépcia da inicial por ausência de
materialidade, ausência de laudo pericial e intempestividade.

Conforme ID. 6689346, o Ministério Público se manifestou quanto as alegações da defesa.

Em decisão de ID. 26915575, este juízo analisou as alegações da defesa e do Ministério Público. Quanto
à manifestação da defesa verificou-se que estas constituem matéria de mérito, portanto, necessitam de
maior dilação probatória. Diante disso, foi designada audiência de instrução e julgamento para o dia
28/06/2021, às 12h00, ocasião em que também será realizado o depoimento especial da vítima.

O acusado/paciente não possui antecedentes criminais, tampouco há informações sobre sua conduta
social e personalidade.

Nesta Superior Instância, o Procurador de Justiça Adélio Mendes dos Santos opina pelo não
conhecimento parcial, em razão da perda do objeto e na parte conhecida pela denegação do writ.

Éo relatório.

Em tempo, determino que o feito tramite em segredo de justiça, na forma que preceitua o art. 234-A, do
CPB, por tratar-se de crime contra a dignidade sexual.

VOTO

Da análise acurada dos presentes autos, bem como, com base nas informações do Juízo processante,
constata-se que as alegações esposadas pelo ilustre impetrante tratam de meras reiterações de pedidos já
analisados quando do julgamento dos autos de habeas corpus n.º 0803799-22.2021.8.14.0000 o qual teve
a ordem denegada à unanimidade de votos, conforme se vê da ementa do acórdão em questão.

EMENTA: HABEAS CORPUS. ART. 217-A DO CPB. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE
JUSTA CAUSA. IMPROCEDÊNCIA. CASSAÇÃO DAS DECISÕES QUE OPORTUNIZARAM
MANIFESTAÇÃO MINISTERIAL. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. BUSCA DA VERDADE REAL. EXCESSO
DE PRAZO. NÃO CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.
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1. O trancamento da ação penal pela via do Habeas Corpus é medida de exceção, sendo admissível
somente em casos em que afloram evidente a inocência do acusado, a atipicidade da conduta ou a
extinção da punibilidade, circunstâncias essas não verificadas no caso em comento.

2. Quanto ao pedido de cassação das decisões que permite a réplica do Parquet e defere os pleitos
acusatórios de expedição de ofício ao CPC Renato Chaves, entendo que não restou demonstrado prejuízo
à defesa do paciente, eis que foram devidamente argumentados os motivos que levaram a esta razão de
decidir especialmente após a determinação do STJ, para que a magistrada coatora combatesse os
argumentos da defesa escrita.

3. Quanto ao suposto excesso de prazo para conclusão do autos, não há que se dar provimento, eis que o
feito encontra-se dentro da razoável duração, com a prisão realizada em 29.03.2021 e aguardando
audiência de instrução e julgamento para o próximo dia 28.06.2021.

4. ORDEM DENEGADA à unanimidade, nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Ante isso, constata-se que o impetrante reitera, no presente writ, a reedição de fundamentos já analisados
no pedido antecedente.

Outrossim, é cediço que a impetração de outro habeas corpus para reexame de pedido, que se limita a
reproduzir, sem qualquer inovação de fato e/ou de direito, os mesmos fundamentos subjacentes a
postulações anteriores caracteriza indevida reiteração de pedido, estas já combatidas em outro mandamus
de minha relatoria, quando da denegação da Ordem por esta Colenda Seção, razão pela qual deixo de
conhecer deste segundo.

Desta forma, observada a natureza empregada ao presente remédio constitucional de reiteração de pleito
com base em mesmo fundamento, já decidido em habeas corpus anterior, impossibilita o reexame do
mérito no âmbito da ação constitucional em mesma instância, logo imperativo é o seu não conhecimento.

Por esses motivos, NÃO CONHEÇO do presente writ, tendo em vista a reiteração de pedido já apreciado
nos autos do HC nº 0803799-22.2021.8.14.0000, recentemente denegado à unanimidade por esta Seção
de Direito Penal desse E. Tribunal.

Éo voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora
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Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0808394-64.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: EDILZA


NASCIMENTO DA CONCEIÇÃO Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO VITOR CARDOSO
TOURAO PANTOJA OAB: 19782/PA Participação: ADVOGADO Nome: LEILA VANIA BASTOS RAIOL
OAB: 25402/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: 1ª Vara Criminal de Castanhal
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR

PROCESSO Nº. 0808394-64.2021.8.14.0000

IMPETRANTES: ANTONIO VITOR CARDOSO TOURÃO PANTOJA, OAB/PA Nº 19.782, E LEILA VÂNIA
BASTOS RAIOL, OAB/PA Nº 25.402

PACIENTE: EDILZA DO NASCIMENTO DA CONCEIÇÃO

IMPETRADO: JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CASTANHAL/PA

PROCESSO ORIGINÁRIO Nº 0803834-34.2021.8.14.0015

RELATOR: DES. ALTEMAR DA SILVA PAES (JUIZ CONVOCADO)

DECISÃO.

Trata-se da ordem de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrada pelos Srs. Advogados Antônio
Vitor Cardoso Tourão Pantoja e Leila Vânia Bastos Raiol, em favor de Edilza do Nascimento da
Conceição, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de
Castanhal/PA, pela suposta prática do crime previsto no artigo 33, da Lei nº 11.343/06.

Narram os impetrantes, nas razões da Ação Constitucional (Id. nº 5951038), que há necessidade de
conversão da prisão preventiva em domiciliar, pois possui dois filhos, um de 7 (sete) anos e outro de 12
(doze) anos. Que inexistem motivos mantenedores da prisão preventiva da paciente, já que a coacta é ré
primária, possui ocupação lícita bem como residência fixa, podendo aplicar medidas cautelares diversas
da prisão.

Por fim, requereu a concessão de medida liminar para que fosse revogada a prisão preventiva da paciente
ou, subsidiariamente, substituída a prisão cautelar pela domiciliar.

Juntou documentos.

É o relatório.

Passo à análise da medida liminar.

O impetrante requer nas razões da Ação Mandamental a concessão da Medida Liminar, com a finalidade
de revogar a prisão preventiva da paciente ou, subsidiariamente, substituir a prisão cautelar pela
domiciliar.

Configura-se na hipótese substituição da medida constritiva da coacta em prisão domiciliar, tendo em vista
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que a paciente é comprovadamente mãe de uma criança com 7 (sete) anos de idade (Id. nº 5951036),
incidindo o caso na hipótese prevista no art. 318, V, do Código de Processo Penal, que assim dispõe:

"Art. 318: Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:

(...)

V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

Há precedentes decididos pela 2ª Turma Supremo Tribunal Federal que, como se observa no julgamento
do Habeas Corpus Coletivo de nº 143641/SP, relator Ministro Ricardo Lewandowski, concedeu a ordem
do Habeas Corpus para determinar a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar. Existem
precedentes também na 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, concedendo a ordem, substituindo a
prisão preventiva por domiciliar, sob relatorias distintas (HC nº 378411/CE, HC nº 379601/SP e HC
362922/PR).

Ademais há, também, precedentes no Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, onde a matéria foi
decidida sob a relatoria do Exmo. Sr. Des. Milton Augusto de Brito Nobre (HC 0803023-
56.2020.8.14.0000), em liminar e, sob a relatoria da Exma. Sra. Des. Maria Edwiges de Miranda Lobato
(HC 0811400-16.2020.8.14.0000).

Com efeito, comprovada a maternidade de filho com 7 (sete) anos (Id. nº 5951036) e não havendo
nenhuma circunstância caracterizadora de excepcionalidade, faz a paciente jus à prisão domiciliar, nos
termos do art. 318, V, do CPP, razão pelo qual concedo a medida liminar para determinar que o juízo
converta a prisão preventiva da requerente por prisão domiciliar, sem prejuízo de serem fixadas
outras medidas diversas da prisão que o juízo a quo entenda como oportunas no curso do processo.

Conforme dispõe a Portaria n.º 0368/2009-GP, solicitem-se, de ordem e através de e-mail, as


informações à autoridade inquinada coatora, acerca das razões suscitadas pelo impetrante, cujas
informações devem ser prestadas nos termos do art. 2º, da Resolução n.º 04/2003-GP, no prazo de
48 (quarenta e oito) horas.

Prestadas as informações solicitadas, encaminhem-se os autos ao Ministério Público para os


devidos fins.

Serve cópia da presente decisão como ofício.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

Des. ALTEMAR DA SILVA PAES (Juiz Convocado)

Relator

Número do processo: 0805581-64.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: NAZARENO RAMOS


DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: VENINO TOURAO PANTOJA JUNIOR OAB: 11505/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZO DA 1 VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
CAMETA Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0805581-64.2021.8.14.0000

PACIENTE: NAZARENO RAMOS DOS SANTOS

AUTORIDADE COATORA: JUIZO DA 1 VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CAMETA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR. ARTIGO 157, § 2º, INCISO II, § 2º-A, INCISO
I E ARTIGO 159, PARÁGRAFO 1º C/C ARTIGO 69, TODOS DO CPB. PRISÃO PREVENTIVA.
EXCESSO DE PRAZO PARA ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO. INCABIMENTO. PREDICADOS
SUBJETIVOS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 08 DO TJPA.
AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO A DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO. PRAZO QUE NÃO É
ABSOLUTO. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA, NOS TERMOS DO VOTO DA DESA. RELATORA.

1. Para a caracterização do excesso de prazo, a demora deve estar vinculada à desídia do Poder Público,
o que não se verifica na espécie, uma vez que a ação penal, dentro das particularidades que apresenta,
encontra-se com o seu processamento dentro dos limites da razoabilidade. Observo ainda que a própria
defesa tem contribuído para um maior alongamento do trâmite processual, quando se pleiteou o
adiamento da audiência pelos patronos dos corréus;

2. De acordo com a Súmula n° 08, deste Egrégio Tribunal de Justiça, “As qualidades pessoais são
irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, mormente quando estiverem presentes
os requisitos da prisão preventiva.”;

3. É cediço que o lapso temporal, não é absoluto, ou seja, não resulta de simples operação matemática,
servindo apenas como parâmetro geral para os magistrados, devendo ser analisado sob o prisma do
princípio da razoabilidade e da proporcionalidade, sendo necessária, em certas circunstâncias, a sua
maior dilação em virtude das peculiaridades do caso concreto;

4. Ordem de Habeas Corpus conhecida e denegada, nos termos do voto da Desa. Relatora.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores


Desembargadores componentes da Seção de Direito Penal, por unanimidade de votos, em conhecer do
writ e, denegar a ordem impetrada, nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sala das Sessões do Plenário Virtual do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com início em 10 de
agosto à 12 de agosto de 2021

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

RELATORA

RELATÓRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Trata-se da ordem de habeas corpus liberatório, com pedido de liminar, impetrado em favor de
NAZARENO RAMOS DOS SANTOS, com prisão preventiva decretada no dia 26/12/2020, sendo cumprida
em 26/03/2021, pela prática dos crimes previstos no artigo 157, § 2º, inciso II, § 2º-A, inciso I e artigo 159,
parágrafo 1º c/c artigo 69, todos do CPB, apontado como autoridade coatora o Juízo de Direito da 1ª Vara
Criminal da Comarca de Cametá.

O impetrante afirma que a prisão do paciente foi em decorrência da suposta participação na extorsão
mediante sequestro da Gerente de uma instituição financeira e sua família no município de Cametá.

Relata também que o juízo inquinado coator designou audiência de instrução e julgamento para o dia
23/06/2021, com a finalidade de ser realizada a oitiva das testemunhas residuais e o interrogatório de
todos os acusados, entretanto, em decisão datada de 17/06/2021, o Magistrado a quo redesignou a
audiência para o dia 21/07/2021.

Aduz ainda que o coacto se encontra constrangido ilegalmente no seu direito de ir e vir por excesso de
prazo para o encerramento da instrução criminal.

Assevera que o paciente não possui antecedentes criminais, reside no distrito da culpa, tem
ocupação lícita e família constituída.

Por fim, afirma que o coacto está preso sendo violado o princípio da duração razoável do processo,
uma vez que até a nova data da audiência de instrução e julgamento, o mesmo estará há 04 (quatro)
meses enclausurado.

Por esse motivo, requereu a concessão liminar, com a imediata expedição de alvará de soltura para que
seja revogada a prisão preventiva. E no mérito, a concessão definitiva da ordem.

Em 24.06.2021, para melhor análise do direito invocado pelo paciente, achei por bem requisitar
informações do Magistrado a quo e após decidir sobre a medida liminar pleiteada.

Prestadas as informações, na data de 25.06.2021, a autoridade coatora esclareceu:

“(...) a) Síntese dos fatos nos quais se articula a acusação: Consta dos autos, em resumo, que no dia
05/06/2020, por volta das 03h, o paciente, juntamente com outros acusados, invadiram a residência da
vítima SANDRA MARIA DEMÉTRIO CARDOSO, gerente local do Banpará, e subtraíram seus pertences e
certa quantia em dinheiro, bem como sequestraram sua família, exigindo resgate de R$ 1.000.000,00 (um
milhão de reais).

O paciente teria sido o responsável por dar apoio logístico à empreitada criminosa, recebendo os demais
acusados na cidade, abrigando-os em um imóvel de sua propriedade e que ficava próximo da residência
das vítimas. Apontam as informações, ainda, que o paciente era um dos indivíduos que estavam no
cativeiro com as vítimas.

A prisão preventiva do paciente foi decretada em 16/12/2020, tendo sido efetivada somente em
26/03/2021.

b) Exposição da causa ensejadora da medida constritiva: Neste caso, o Juízo constatou que além dos
pressupostos legais, quais sejam, prova da materialidade e suficientes indícios de autoria,
consubstanciado nas investigações realizadas pela polícia especializada, depoimentos testemunhais e das
vítimas, também estão presentes os requisitos da necessidade de garantia da ordem pública e da
aplicação da lei penal, devido ao poder de articulação do grupo criminoso, bem como pelo risco de que em
liberdade possam se evadir desta comarca para local incerto. Ressalte-se que o modus operandi dos réus
causou grande repercussão na cidade de Cametá, por ter sido perpetrado com violência e grave ameaça
às vítimas, bem como pela restrição de liberdade com exigência de resgate, fato incomum neste
município.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

c) Informações acerca dos antecedentes criminais e primariedade do paciente, e, sendo possível, sua
conduta social e personalidade Segue em anexo certidão de antecedentes do Paciente.

d) Informações concernentes ao lapso temporal da medida constritiva: O paciente encontra-se preso


preventivamente desde 26/03/2021.

e) Indicação da fase em que se encontra o procedimento: Denúncia oferecida em 14/10/2020. Aditamento


da Denúncia em 26/04/2021, com a inclusão do paciente. Resposta à acusação do paciente apresentada
em 27/04/2021.

Em 27/04/2021 foi recebido o aditamento à Denúncia. A primeira audiência de instrução foi realizada em
27/04/2021, tendo sido marcada a continuação do ato para o dia 23/06/2021, tendo sido, porém,
remarcada para o dia 21/07/2021, pelos motivos expostos no despacho que segue anexo. (...)”.

O writ foi redistribuído, diante do afastamento desta Relatora, recaindo à relatoria do Excelentíssimo
Senhor Desembargador Rômulo Nunes, exclusivamente, para análise de sua liminar (art.112, § 3º, do
RITJE/PA), o qual indeferiu a medida liminar e requisitou informações da autoridade coatora.

Nesta Superior Instância, o Douto Procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da Silva, opina pelo
conhecimento e denegação do writ.

É O RELATÓRIO.

VOTO

Analisando os pressupostos de admissibilidade, conheço do writ.

Cinge-se o presente writ ao argumento relativo à coação ilegal em razão do excesso de prazo para
encerramento da instrução.

Assevera ainda que o paciente possui requisitos subjetivos favoráveis.

E, por fim, que há violação ao princípio da duração razoável do processo.

Inicialmente, cumpre esclarecer que a primeira audiência foi marcada para a data de 17.06.2021, que não
foi realizada pois o Magistrado que atua na Comarca encontrou-se afastado de suas atividades judicantes,
pois acometido pela doença do novo coronavírus Covid-19, impossibilitando sua presença no local de
trabalho, em razão do isolamento social e tratamento da doença, bem como a impossibilidade de atuação
nos feitos de sua competência, o que ensejou a remarcação da audiência para o dia 21.07.2021. Fato que,
inclusive, foi informado pelo próprio impetrante.

Ocorre que o impetrante inconformado, impetrou o presente Habeas Corpus por entender que haveria
excesso de prazo para encerramento da instrução, uma vez que o paciente já estaria preso há 03 (três)
meses e, na data que seria a audiência, este prazo já restaria ultrapassado.

Assim, vejo que o excesso de prazo apontado, não se sustenta no caso em apreço.

A um, porque a audiência marcada para o mês de julho só necessitou ser adiada em razão de doença do
Magistrado que foi acometido pelo Covid-19, tendo sido afastado de suas atividades, obedecendo o que
determina a Organização Mundial de Saúde – OMS, os órgãos Sanitários, e o art. 4º, da Portaria Conjunta
nº 1/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 13 de março de 2020, do Tribunal de Justiça, dada a urgência no
tratamento do doente e o alto risco de contaminação, que estabelece:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

“Art. 4º. Todos aqueles que se enquadrarem na definição de casos suspeitos do presente
normativo, ou que tenham recebido diagnóstico positivo para o COVID-19, recebendo o devido
atestado médico, deverão abster-se de comparecer aos respectivos locais de trabalho.”

Dessa maneira, para a caracterização do excesso de prazo, a demora deve estar vinculada à desídia do
Poder Público, o que não se verifica na espécie, uma vez que a ação penal, dentro das particularidades
que apresenta, encontra-se com o seu processamento dentro dos limites da razoabilidade.

A dois, porque a nova data estabelecida pelo Magistrado, 21.07.2021, não pode ser realizada, pois houve
pedido de adiamento da audiência, pelos patronos dos corréus, o que foi deferido pelo Magistrado a
quo, conforme me foi informado pelo Diretor de Secretaria Sr. Rodrigo Ribeiro Carneiro, via contato
telefônico para a Secretaria da 1ª Vara Criminal de Cametá.

Observo ainda que a própria defesa tem contribuído para um maior alongamento do trâmite processual,
quando se pleiteou o adiamento da audiência pelos patronos dos corréus, conforme preceitua a Súmula
64, do Superior Tribunal de Justiça.

Cumpre salientar que a audiência de instrução e julgamento foi remarcada para o dia 18 de agosto
de 2021, às 09h00, conforme consta no Sistema Libra.

Ademais, tendo em vista a situação excepcional e emergencial que atualmente assola o mundo,
decorrente da pandemia do coronavírus, justificada se faz, até o presente momento, eventual atraso no
julgamento do feito, eis que, se por um lado tal delonga não pode ser imputada à defesa como quer fazer
crer o impetrante, por outro lado também não pode ser atribuída ao Poder Judiciário.

Dessa maneira, incabível a alegação de mora injustificada e tampouco de ausência de prestação


jurisdicional, uma vez que o feito tramita normalmente, não havendo que se falar em excesso de prazo.

Quanto, a alegação de que o paciente possui predicados pessoais favoráveis, não representam óbice
para a manutenção da prisão preventiva, quando identificados os requisitos para a manutenção da
cautelar.

De acordo com a Súmula n° 08, deste Egrégio Tribunal de Justiça, “As qualidades pessoais são
irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, mormente quando estiverem presentes
os requisitos da prisão preventiva.”

Igualmente, resta incabível, a alegação de violação ao princípio da duração razoável do processo.

Écediço que o lapso temporal, não é absoluto, ou seja, não resulta de simples operação matemática,
servindo apenas como parâmetro geral para os magistrados, devendo ser analisado sob o prisma do
princípio da razoabilidade e da proporcionalidade, sendo necessária, em certas circunstâncias, a sua
maior dilação em virtude das peculiaridades do caso concreto.

Sobre o assunto, o Superior Tribunal de Justiça, orienta que “(...) O constrangimento ilegal por excesso
de prazo não resulta de um critério aritmético, mas de uma aferição realizada pelo julgador, à luz
dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, levando em conta as peculiaridades do
caso concreto.” (AgRg no RHC 147.034/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA
TURMA, julgado em 25/05/2021, DJe 01/06/2021).

E ainda, que “(...) Esta Corte Superior tem o entendimento de que, somente configura
constrangimento ilegal por excesso de prazo na formação da culpa, apto a ensejar o relaxamento
da prisão cautelar, a mora que decorra de ofensa ao princípio da razoabilidade, consubstanciada
em desídia do Poder Judiciário ou da acusação, jamais sendo aferível apenas a partir da mera
soma aritmética dos prazos processuais. (AgRg no HC 657.458/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN
PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 22/06/2021, DJe 24/06/2021).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Assim, não há que se falar em violação ao princípio da duração razoável do processo.

Ante o exposto, conheço da ordem impetrada, e DENEGO-A, nos termos da fundamentação.

É O VOTO.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0805368-58.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: MARCELO FERREIRA


DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: KELLEY CRISTINA PORTO BERTOSI OAB: 17400/CE
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: Vara de Entorpecente e Combate às Organizações
Criminosas de Belém/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0805368-58.2021.8.14.0000

PACIENTE: MARCELO FERREIRA DE OLIVEIRA

AUTORIDADE COATORA: VARA DE ENTORPECENTE E COMBATE ÀS ORGANIZAÇÕES


CRIMINOSAS DE BELÉM/PA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. ARTS. 33 E 35 DA LEI Nº


11.343/2006. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO. JUSTIFICADO. FEITO QUE ESTÁ
AGUARDANDO O CUMPRIMENTO DE MANDADOS E CARTAS PRECATÓRIAS. REGULAR
TRAMITAÇÃO DO FEITO. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE.
PECULIARIDADES DO CASO. COMPLEXIDADE DA CAUSA. PLURALIDADE DE RÉUS.
NECESSIDADE DE EXPEDIÇÃO DE CARTAS PRECATÓRIAS. PANDEMIA DO CORONAVÍRUS
(COVID-19) QUE ASSOLOU O BRASIL E O MUNDO NO ANO DE 2020 E 2021, COM A NECESSIDADE
DE SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES NAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS E JUDICIÁRIAS DO PODER
JUDICIÁRIO. AUSÊNCIA DE REAVALIAÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR DO PACIENTE NO PRAZO DE
90 (NOVENTA) DIAS, NOS TERMOS DO ART. 316, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPP. RECOMENDAÇÃO
Nº 62 DO CNJ. SITUAÇÃO QUE DEVE SER ANALISADA CASO A CASO. EXCESSO DE PRAZO NÃO
CONFIGURADO. MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. INSUFICIENTES. GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA DA CONDUTA. QUANTIDADE E NATUREZA DA
DROGA APREENDIDA. POSSIBILIDADE DE REITERAÇÃO DELITIVA. PERICULOSIDADE DOS
AGENTES QUE FAZEM PARTE DO COMANDO VERMELHO. ORDEM DENEGADA. DECISÃO
UNÂNIME.
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1. Quanto ao argumento de excesso de prazo, não há que se falar de inércia por parte do juízo coator,
tendo em vista que o processo vem tramitando regularmente, em ritmo compatível com as peculiaridades
do caso e sua complexidade, diante da existência de pluralidade de réus, com a necessidade de
expedição de vários mandados e cartas precatórias, estando o feito no aguardo do cumprimento dos
mandados e das cartas precatórias expedidas, não configurando, de forma alguma, o interregno
processual, até o momento, como coação ilegal. O excesso de prazo, como cediço, não resulta de simples
operação aritmética. Assim, urge que, no caso em apreço, se tenha uma ponderação, sob a ótica da
razoabilidade e da proporcionalidade, ressalvando que, de modo algum, a pequena mora processual foi
motivada por desídia ou descaso da autoridade judiciária. Segundo o juízo de razoabilidade, o lapso
temporal deve ser examinado caso a caso, podendo ser dilatado quando a demora é justificada, servindo
os prazos apenas como parâmetro geral, não, sendo, portanto, absoluto.

2. In casu, não se mostra patente a delonga processual, visto que o feito transcorre em prazo razoável
para atender as suas peculiaridades, diante da pandemia da COVID-19 vivenciada pelo Brasil e pelo
mundo, ante a suspensão das atividades em todas as unidades administrativas e judiciárias por conta da
pandemia do novo coronavírus declarada pela Organização Mundial de Saúde durante boa parte do ano
de 2020 e no decorrer do ano de 2021, bem como, conforme informações prestadas pela autoridade
coatora (ID 5438747), pela necessidade de expedição de cartas precatórias para a Comarca de
Benevides/PA, além da Vara possuir competência para processar e julgar os crimes praticados por
organizações criminosas em todo o Estado do Pará e, por distribuição, os crimes de entorpecentes
ocorridos na Capital/PA, tendo outros inúmeros processos com elevada complexidade e volume.

3. No que concerne à ausência de reavaliação da prisão cautelar no prazo de 90 (noventa) dias, não pode
ser interpretada como um salvo conduto para a liberação de presos provisórios ou definitivos, cuja
custódia ainda se faça necessária, devendo ser avaliado caso a caso, sob pena de gerar intranquilidade
social e uma maior vulneração da ordem pública. Além do que, não se trata de termo peremptório, isto é,
eventual atraso na execução deste ato não implica automático reconhecimento da ilegalidade da prisão,
tampouco a imediata colocação do custodiado cautelar em liberdade.

4. O periculum libertatis está plenamente configurado, tendo sido justificado na garantia da ordem pública
dada a gravidade concreta da conduta e a necessidade de coibir a reiteração delitiva, pois ficou
caracterizada a habitualidade da conduta criminosa pelas informações dos próprios denunciados, no
sentido de que respondem a processo criminal no estado do Ceará. O caso reclama uma resposta
imediata do Estado para que não se consolide no inconsciente coletivo a impressão de que o tráfico de
drogas é coisa de somenos importância. O crime em tela é de consequências incomensuráveis, de modo
que a liberdade do réu, por si só, representa perigo à ordem pública, visto que praticou conduta perigosa e
maléfica, causando ameaça à paz social, o que deixa a sociedade temerosa e apreensiva quanto ao
aumento do tráfico de entorpecentes na localidade, sendo insuficiente a aplicação de medidas cautelares
diversas da prisão.

5. Vale ressaltar que não merecem respaldo os argumentos trazidos pelo impetrante no que se refere à
pandemia do coronavírus – COVID-19, uma vez que, a defesa se utilizou de fundamentos genéricos,
deixando de demonstrar acerca da presença de qualquer excepcionalidade que venha a respaldar a
concessão de liberdade ou substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar em favor do ora
paciente em decorrência da pandemia da COVID-19.

6. Ordem denegada, à unanimidade.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores


integrantes da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade, em
denegar a ordem impetrada, nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sessão do Plenário Virtual do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, iniciada aos dez dias e finalizada aos
doze dias do mês de agosto de 2021.
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Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desembargadora VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

RELATÓRIO

A Advogada Kelley Cristina Porto Bertosi Mendes impetrou ordem de habeas corpus liberatório com
pedido de liminar em favor do paciente Marcelo Ferreira de Oliveira, em face de ato do douto Juízo da
Vara de Combate ao Crime Organizado da Comarca de Belém/PA, nos autos da Ação Penal nº 0800224-
06.2021.8.14.0097 (PJE 1º grau).

Consta da impetração (ID 5366303) que o paciente fora preso e autuado em flagrante delito por ter, em
tese, praticado os delitos previstos nos arts. 33 e 35 da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas), na data de
16/02/2021. No dia 17/02/2021, na audiência de custódia, realizada por videoconferência, o juízo
homologou o flagrante e o converteu em prisão preventiva. Em seguida, o paciente foi denunciado,
tendo sido recebida a denúncia no dia 13/05/2021. No dia 25/05/2021, o paciente foi citado para ofertar
sua resposta à acusação.

A impetrante sustenta que, nos autos, não há nenhuma decisão que revise os motivos ensejadores da
prisão preventiva. A segregação cautelar perdura por mais de 100 (cem) dias, sem que tenha sido
realizada a reanálise, de ofício, da necessidade de manutenção da custódia, em clara violação ao art.
316, parágrafo único, do CPP (Lei nº 13.964/2019 – Pacote Anticrime), bem como violação à
Recomendação nº 62 do Conselho Nacional de Justiça (art. 4º, inciso I, alínea “c”).

A autoridade coatora, além de violar a Lei Processual Penal, também ignora a Recomendação nº 62 do
CNJ, ao proferir decisão omissa e genérica que vem causando incontroverso constrangimento
ilegal ao paciente e ao não realizar a reanálise da ilegal segregação cautelar imposta ao mesmo.

Requer a concessão liminar do writ, para que seja imediatamente relaxada a prisão ilegal do paciente,
com a consequente expedição do alvará de soltura. No mérito, requer a concessão definitiva da ordem.
Caso haja entendimento diverso, que seja concedida a liberdade provisória do paciente, aplicando as
medidas cautelares diversas da prisão, conforme determina o art. 319 do CPP.

Em 17/06/2021, deneguei a liminar postulada (ID 5406479), solicitando as informações da autoridade


coatora, as quais foram prestadas às fls. ID 5438747, na data de 21/06/2021.

A autoridade coatora informa, após narrar os fatos descritos na denúncia, que a prisão em flagrante foi
homologada e convertida em prisão preventiva na data de 17/02/2021, em sede de audiência de
custódia, pelo Juízo da Vara do Plantão Judicial Unificado das Comarcas de Ananindeua, Benevides e
Marituba, encontrando-se o paciente nesta condição até a data das informações. Que se trata de
processo de extrema complexidade, sendo imperioso observar o princípio da razoabilidade.

Relata que, o Juízo da Vara Criminal de Benevides/PA, em 26/04/2021, declinou da competência


para esta Vara Especializada. Após, foi dado vistas ao Ministério Público para apresentar denúncia. Em
13/05/2021 foi recebida a denúncia.

Por fim, comunica que o processo se encontra na fase de notificação da denúncia, já tendo sido
expedido os mandados e as cartas precatórias para a citação dos denunciados, estando pendente os
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seus cumprimentos.

Nesta Superior Instância, o Procurador de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, na condição de
Custos Iuris, manifesta-se pelo conhecimento e pela denegação da ordem, sem prejuízo de que o juízo
coator seja instado a reanalisar a necessidade da segregação cautelar do paciente (parecer ID 5458286).

É o relatório.

VOTO

Da análise dos autos, observa-se que as pretensões da impetrante estão ancoradas em proposições
inconsistentes e por isso não devem prosperar.

A impetração, na espécie, cinge-se no excesso de prazo na formação da culpa, bem como na


ausência de reavaliação da prisão, no prazo de 90 (noventa) dias, conforme disposição do art. 316,
parágrafo único, do CPP.

Quanto ao argumento de excesso de prazo, não há que se falar de inércia por parte do juízo coator,
tendo em vista que o processo vem tramitando regularmente, em ritmo compatível com as
peculiaridades do caso e sua complexidade, diante da existência de pluralidade de réus, com a
necessidade de expedição de vários mandados e cartas precatórias.

Dessa forma, o alegado excesso de prazo não deve prevalecer para os fins a que se destina, uma vez
que, apesar de se reconhecer a existência de uma pequena delonga processual, o feito está sendo
impulsionado, talvez não com a celeridade desejada pela impetrante, mas dentro da disponibilidade do
juízo processante.

Como cediço, o excesso de prazo não resulta de simples operação aritmética. Assim, urge que, no
caso em apreço, se tenha uma ponderação, sob a ótica da razoabilidade e da proporcionalidade,
ressalvando que, de modo algum, a pequena mora processual foi motivada por desídia ou descaso da
autoridade judiciária. Segundo o juízo de razoabilidade, o lapso temporal deve ser examinado caso a
caso, podendo ser dilatado quando a demora é justificada, servindo os prazos apenas como parâmetro
geral, não, sendo, portanto, absoluto.

No caso concreto, não se mostra patente a delonga processual, visto que o feito transcorre em prazo
razoável para atender as suas peculiaridades, diante da pandemia da COVID-19 vivenciada pelo Brasil e
pelo mundo, ante a suspensão das atividades em todas as unidades administrativas e judiciárias por
conta da pandemia do novo coronavírus declarada pela Organização Mundial de Saúde durante boa
parte do ano de 2020 e no decorrer do ano de 2021, bem como, conforme informações prestadas pela
autoridade coatora (ID 5438747), pela necessidade de expedição de cartas precatórias para a
Comarca de Benevides/PA, além da Vara possuir competência para processar e julgar os crimes
praticados por organizações criminosas em todo o Estado do Pará e, por distribuição, os crimes de
entorpecentes ocorridos na Capital/PA, tendo outros inúmeros processos com elevada
complexidade e volume.

No que concerne à ausência de reavaliação da prisão cautelar no prazo de 90 (noventa) dias, não
pode ser interpretada como um salvo conduto para a liberação de presos provisórios ou
definitivos, cuja custódia ainda se faça necessária, devendo ser avaliado caso a caso, sob pena de
gerar intranquilidade social e uma maior vulneração da ordem pública. Além do que, não se trata de
termo peremptório, isto é, eventual atraso na execução deste ato não implica automático
reconhecimento da ilegalidade da prisão, tampouco a imediata colocação do custodiado cautelar
em liberdade (STJ, HC 584992-se, Relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, publicado em
29/06/2020).
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In casu, o trâmite processual se mostra regular e absolutamente compatível com os princípios da


razoabilidade e da proporcionalidade, estando o feito no aguardo do cumprimento dos mandados e
das cartas precatórias expedidas, não configurando, de forma alguma, o interregno processual, até o
momento, como coação ilegal. O tempo até então consumido não se mostra – pelo menos ainda –
excessivo, e, como tal, desarrazoado, pois o processo segue seu trâmite regular.

Neste sentido caminha o entendimento de nosso E. Tribunal:

EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO, COM PEDIDO LIMINAR. TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO AO


TRÁFICO DE DROGAS. REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA POR AUSÊNCIA DE SEUS
REQUISITOS OU SUBSTITUIÇÃO POR MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS. IMPROCEDÊNCIA.
EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA. NÃO OCORRÊNCIA. IRRELEVÂNCIA DOS
PREDICATIVOS PESSOAIS FAVORÁVEIS. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA. 1. Mostra-se
imprescindível a manutenção da prisão cautelar aplicada, sobretudo considerando, além da existência da
prova de materialidade e dos indícios de autoria delitiva, a especial necessidade de se resguardar a ordem
pública, pública, com vistas a evitar a reiteração delitiva, realçando a periculosidade real do paciente, que
estava foragido do sistema penal, além de ser apontado como integrante de facção criminosa. 2. Afigura-
se incabível o acolhimento da alegação de excesso de prazo para a formação da culpa, quando o
magistrado vem tomando as devidas providências para o regular andamento do feito - que aguarda
apenas o cumprimento de carta precatória expedida para realização do interrogatório do coacto.
2.1. A situação emergencial vivenciada com a pandemia do COVID-19, atinge toda a coletividade,
indiscriminadamente, não podendo, neste contexto, justificar a revogação do decreto constritivo
sob a alegação de excesso de prazo para encerramento da instrução processual. 3. Eventuais
condições pessoais de cunho subjetivo, por si sós, não têm o condão de conferir ao coacto o direito de
responder em liberdade (Súmula nº 08/TJPA). 4. Ordem conhecida, todavia, denegada. (3106868,
3106868, Rel. MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE, Órgão Julgador Seção de Direito Penal, Julgado
em 2020-05-19, Publicado em 2020-05-22).

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. ART. 121, § 2º, INCISOS I E IV DO CPB.
ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. INSTRUÇÃO PROCESSUAL EM CURSO,
AGUARDANDO A REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO MARCADA PARA
O DIA 09/05/2019. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. PEDIDO DE SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO
CAUTELAR POR MEDIDA DIVERSA. IMPOSSIBILIDADE ANTE A EXISTÊNCIA DOS REQUISITOS
PRECONIZADOS NOS ARTS. 312 E 313, DO CPP, NÃO SE MOSTRANDO AS MEDIDAS DIVERSAS,
PREVISTAS NO ART. 319 DO CPP, SUFICIENTES AO CASO. PRESENÇA DO FUMUS COMISSI
DELICTI E DO PERICULUM LIBERTATIS, JÁ TENDO O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, EM
ORIENTAÇÃO UNÍSSONA, DETERMINADO QUE, PERSISTINDO OS REQUISITOS AUTORIZADORES
DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR (ART. 312, CPP), É DESPICIENDO QUE O PACIENTE POSSUA
CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. ALEGAÇÃO DE BONS ANTECEDENTES E QUALIDADE
PESSOAIS. IRRELEVÂNCIA. APLICAÇÃO AO CASO DA SÚMULA 08 DESTA CORTE. PRINCÍPIO DA
RAZOABILIDADE E DA CONFIANÇA NO JUÍZO DA CAUSA POR SER O DETENTOR DAS PROVAS
DOS AUTOS. HABEAS CORPUS CONHECIDO. ORDEM DENEGADA. (1502175, 1502175, Rel. ROSI
MARIA GOMES DE FARIAS, Órgão Julgador Seção de Direito Penal, Julgado em 2019-03-18, Publicado
em 2019-03-20)

Sendo assim, não há que se falar em constrangimento ilegal pelo excesso de prazo.

In casu, observa-se que o paciente teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, na
audiência de custódia, no dia 17/02/2021, pela suposta prática dos crimes previstos nos arts. 33 e 35 da
Lei nº 11.343/2006. A autoridade coatora fundamentou o decreto prisional, nos seguintes termos:

“(…). A autoridade policial comunicou que autuou e prendeu em FLAGRANTE DELITO os


nacionais BRENO ABREU DE SOUSA, MARCOS PAULO PINHEIRO DE SOUZA e MARCELO
FERREIRA DE OLIVEIRA, já identificados, como incursos nas sanções punitivas dos artigos 33, caput, e
35 da Lei n. 11.343/2006, tendo em vista que estes, no dia 16 de fevereiro de 2021, por volta de
01h30min, foram surpreendidos de posse de 496,04Kg (quatrocentos e noventa e seis quilogramas e cinco
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

gramas) de cocaína, fracionados em 370 (trezentos e setenta) tabletes, sendo que mantinham, ainda, sob
a sua guarda, na mesma data, 184,25Kg (cento e oitenta e quatro quilogramas e vinte e cinco gramas), de
idêntico produto, distribuídos em 170 (cento e setenta) tabletes. O Ministério Público Estadual requereu
a conversão da prisão em flagrante dos investigados em preventiva, já que a gravidade concreta do
evento aqui noticiado, a quantidade da droga apreendida e a periculosidade dos investigados, os
quais lideram um grupo criminoso em outro ente federativo, mas se deslocaram para este Estado
para aqui assumirem o comando do tráfico de drogas, demonstram que a medida extrema é
necessária à garantia da ordem pública. A Defensoria Pública Estadual, que assiste os investigados no
procedimento, argumentou que a liberdade de seus assistidos não colocará em risco a ordem pública e a
instrução processual, já que os mesmos não possuem antecedentes criminais e, ainda, porque a prisão,
que deve ser uma medida de exceção, diante da crise pandêmica, somente deve ser decretada se
presentes estiverem os requisitos descritos no art. 312 da Lei de Regência, o que não é o caso dos autos.
A defensora dos indiciados também argumentou pela necessidade de substituição da prisão em flagrante
por outras medidas cautelares, já que os mesmos são os únicos responsáveis pelo sustento de seus filhos
e, ainda, em razão de militar em favor de todos o princípio constitucional da presunção de inocência. Não
se divisa nos autos, diante das providências assumidas, vícios formais ou materiais que possam
comprometer a regularidade do procedimento lavrado contra os indiciados. Sem embargo, os elementos
colacionados aos autos demonstram que a autoridade policial iniciou trabalho de investigação preliminar
para colher informações e localizar os indivíduos ‘ROBERTO’, ‘MAXIMILIANO’ e ‘BRENO’, os quais
estariam homiziados no Município de Benevides. A equipe policial, com vistas a atingir o objetivo
anteriormente mencionado, permaneceu em diligência de campo, no Município de Benevides, durante 03
(três) dias. Os agentes públicos, segundo os relatos contidos dos autos, no dia 15/02/2021, souberam, por
fonte não identificada, que os indivíduos procurados estariam no Município de Bujaru. De posse da
informação anteriormente mencionada, os policiais se deslocaram para o Município de Bujaru, avistaram
os indiciados no veículo FIAT, marca TORO, cor PRETA, não peliculado, mas resolveram montar
campana para monitorar os seus movimentos para identificar os demais membros do grupo. No curso da
campana realizada, os policiais viram os indiciados se deslocando no mesmo veículo já citado para o
Município de Benevides e resolveram realizar a abordagem aqui noticiada. Realizada a revista no veículo
FIAT, marca TORO, cor PRETA, não peliculado, onde os investigados viajaram, os policiais encontraram
370 (trezentos e setenta) tabletes de cocaína. Durante a abordagem, o terceiro indiciado afirmou morar na
estrada de Neópolis, no Município de Benevides, bem como admitiu possuir drogas num dos cômodos de
sua habitação. Em ato contínuo, os agentes públicos se deslocaram para o endereço antes mencionado e,
em lá chegando, ingressaram no imóvel com a autorização do terceiro investigado, conforme afirma a
testemunha RAMILLE CHAGAS JÚLIO. Realizada a revista no imóvel ocupado pelo primeiro e terceiro
investigados, os policiais ali encontraram 170 (cento e setenta) tabletes de cocaína. Os depoimentos das
testemunhas, o auto de apresentação e apreensão e, ainda, o laudo de constatação não apenas
comprovam a materialidade delitiva, como também criam a possibilidade de os indiciados serem os
autores do crime de tráfico de drogas que lhes é tributado. O evento aqui noticiado não é um fato
isolado na vida do primeiro e do terceiro indiciado, já que ambos, consoante declararam,
respondem a processo criminal no Estado do Ceará. O segundo investigado, apesar de não
apresentar registros de antecedentes criminais, segundo os elementos amealhados, vinha atuando
com notas de habitualidade na prática do delito que lhe é imputado. A gravidade concreta do
evento aqui noticiado, a vida pregressa do primeiro e do terceiro indiciada e as notas de
habitualidade da conduta rivalizada demonstram que as medidas descritas no art. 319 do Código
de Processo Penal são inadequadas ou insuficientes para a garantia dos bens juridicamente
tutelados. Desse modo, é evidente que a clausura pré-acautelatória dos indiciados, diante da
inadequação ou insuficiência das medidas descritas no art. 319 do Código de Processo Penal, deve ser
convertida em PRISÃO PREVENTIVA com vistas a garantir-se a ordem pública e por conveniência
da instrução criminal. Ante ao exposto, CONVERTO a PRISÃO EM FLAGRANTE dos
nacionais BRENO ABREU DE SOUSA, MARCOS PAULO PINHEIRO DE SOUZA e MARCELO
FERREIRA DE OLIVEIRA, já identificados, em PREVENTIVA, como indiciados no crime descrito no art.
33, caput, da Lei nº 11.343/2006, com fundamento na norma consubstanciada no art. 312 do Código de
Processo Penal. (...)”.

Em decisão datada de 26/04/2021, o juízo da Vara Criminal de Benevides/PA declinou a competência


para a Vara de Combate às Organizações Criminosas da Comarca de Belém/PA, tendo o juízo
determinado a divisão de tarefas entre os acusados envolvidos, relatando o seguinte quanto ao
paciente Marcelo Ferreira de Oliveira: “(...) responsável pela guarda e pelo transporte de drogas,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

sendo pessoa de confiança do denunciado MAX MILIANO desde a época em que atuavam no
tráfico no Rio de Janeiro/RJ, tendo, também, alugado uma casa em Belém que servia como
entreposto de drogas/dinheiro. Segundo a autoridade policial é membro do Comando Vermelho-
Oriundo de São Gonçalo-RJ”.

Nas informações prestadas pela autoridade coatora no dia 21/06/2021, o juízo relata que, “a Polícia Civil
do Ceará estava no encalço dos denunciados Max Miliano Machado da Silva e Roberto Rodrigo Di
Jackson Oliveira Freitas, que expandiram a atividade do Comando Vermelho do Rio de Janeiro para
aquele estado e alertou a Polícia Civil do Pará, que conseguiu desvendar vários locais de armazenamento
da droga no estado, tendo logrado êxito em prender em flagrante Breno Abreu de Sousa, Marcos Paulo
Pinheiro de Sousa e Marcelo Ferreira de Oliveira transportando e, depois, o local de depósito de drogas,
totalizando na apreensão mais de 01 (uma) tonelada da substância proscrita cocaína. Para o intento
da empreitada criminosa, o denunciado Marcos Paulo Pinheiro de Sousa alugou um sítio em
Benevides/PA, enquanto o denunciado Marcelo Ferreira de Oliveira, ora paciente, alugou uma
residência em Belém/PA. Todos esses imóveis passaram a ser usados para o recebimento e
armazenamento das drogas, até que pudessem ser distribuídas para os pontos de venda em
diversos municípios do nosso estado.

Dessa forma, entendo que a decreto prisional encontra-se devidamente fundamentado e a


constrição cautelar do paciente se faz necessária para resguardar a ordem pública e a instrução
criminal, diante da gravidade concreta da conduta praticada, a quantidade da droga apreendida e a
periculosidade dos investigados, os quais lideram um grupo criminoso em outro ente federativo
(Comando Vermelho), mas se deslocaram para este Estado para aqui assumirem o comando do
tráfico de drogas.

Ora, o periculum libertatis está plenamente configurado, tendo sido justificado na garantia da ordem
pública dada a gravidade concreta da conduta e a necessidade de coibir a reiteração delitiva, pois
ficou caracterizada a habitualidade da conduta criminosa pelas informações dos próprios denunciados,
no sentido de que respondem a processo criminal no estado do Ceará. O caso reclama uma resposta
imediata do Estado para que não se consolide no inconsciente coletivo a impressão de que o tráfico de
drogas é coisa de somenos importância.

O crime em tela é de consequências incomensuráveis, de modo que a liberdade do réu, por si só,
representa perigo à ordem pública, visto que praticou conduta perigosa e maléfica, causando ameaça
à paz social, o que deixa a sociedade temerosa e apreensiva quanto ao aumento do tráfico de
entorpecentes na localidade, sendo insuficiente a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão
.

Por fim, vale ressaltar que não merecem respaldo os argumentos trazidos pelo impetrante no que se refere
à pandemia do coronavírus – COVID-19, uma vez que, a defesa se utilizou de fundamentos genéricos,
deixando de demonstrar acerca da presença de qualquer excepcionalidade que venha a respaldar a
concessão de liberdade ou substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar em favor do ora
paciente em decorrência da pandemia da COVID-19.

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça já decidiu que a Recomendação nº 62 do CNJ não
tem caráter vinculante (Agravo no RHC 131.833/SP, Relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado
em 20/10/2020, DJe 29/10/2020). Sua finalidade é recomendar e indicar a adoção de providências por
parte do Poder Judiciário no combate à proliferação e contágio do vírus nos estabelecimentos prisionais,
não implicando em automática concessão de liberdade, de prisão domiciliar ou de benefícios
executórios, devendo ser analisada a situação dos reclusos no sistema carcerário caso a caso.

Ante o exposto, acompanhando parecer ministerial, denego a ordem impetrada.

É o voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.


552
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desembargadora VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0805443-97.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: JOAO LENOS DIAS


DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: RAMON DAVID FERREIRA E SILVA OAB: 32507/CE
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE ITUPIRANGA/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0805443-97.2021.8.14.0000

PACIENTE: JOAO LENOS DIAS DA SILVA

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE ITUPIRANGA/PA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA

HABEAS CORPUS. ART. 121, CAPUT, C/C ART. 14, INC. II, AMBOS DO CPB. AUSÊNCIA DE JUSTA
CAUSA À PRISÃO PREVENTIVA. INEXISTÊNCIA DE PRESSUPOSTOS. DECRETAÇÃO POR ESTAR
O PACIENTE EM LOCAL INCERTO E NÃO SABIDO. DILIGÊNCIAS NÃO REALIZADAS.
FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. DESCABIMENTO. CUSTÓDIA CAUTELAR. IMPOSIÇÃO DE OFÍCIO.
VIOLAÇÃO DA LEI Nº 13.964/2019. IMPROCEDÊNCIA. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. In casu, consoante se observa das informações prestadas pela autoridade coatora, que o paciente foi
devidamente citado por edital, não respondendo ao chamado da Justiça, circunstância que justifica a
decretação da sua prisão preventiva, na forma do diploma supramencionado, não havendo que se falar em
constrangimento ilegal. Ademais, presentes os requisitos da prisão preventiva, como se verifica no caso
sob exame, estando o decreto segregatório devidamente prescrito na legislação penal e com
fundamentação adequada, deve a ordem, por bem, ser denegada.

2. Por fim, ao asseverar que o Juízo a quo violou o disposto previsto na Lei nº 13.964/2019 ao decretar, de
ofício, a custódia cautelar do paciente, depreende-se que a defesa laborou em equívoco, pois ao tempo da
decretação da prisão preventiva do indiciado, não se encontrava em vigor o dispositivo cuja violação fora
alegada pela impetração, daí que não se pode falar em ilegalidade do ato proferido pela autoridade
coatora àquele tempo. Ademais, ressalte-se a defesa técnica do paciente requereu, em 31/05/2021, a
revogação da medida cautelar dele, com manifestação contrária do RMP de 1º Grau, o que foi
acompanhado pelo Juízo a quo, restando superada qualquer ilegalidade neste sentido.

ACÓRDÃO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores


componentes da E. Seção de Direito Penal, à unanimidade, pelo conhecimento do writ impetrado e, no
mérito, pela denegação da ordem nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sala das Sessões Virtuais do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, de 10 a 12 de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Exmo. Sr. Des. Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus Preventivo com pedido de liminar, impetrado em favor do paciente João
Lenos Dias da Silva, contra ato do douto Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Itupiranga/PA, no
que tange à Ação Penal de n.º 0000994-74.2009.8.14.0025, na qual o paciente fora denunciado pela
suposta prática do crime de tentativa de homicídio, ocorrido no ano de 2009.

Consta da impetração, que após a decisão de recebimento da denúncia, mesmo sem diligenciar para
encontrar o endereço atualizado do paciente, a autoridade coatora decretou a preventiva com fundamento
no art. 366 do CPPB.

Acrescenta que, no dia 31 de maio de 2021, o impetrante peticionou nos autos da origem, requerendo a
revogação da prisão preventiva e citação do acusado por meio de videoconferência, posto que atualmente
o paciente residente em Fortaleza/CE; porém, até o presente momento não houve qualquer decisão.

Enfatiza o ilustre causídico, que o fato do agente estar em local incerto e não sabido e, com isso, a sua
citação ter sido realizada por edital, não tem o condão de demonstrar que o agente se furta a comparecer
ao processo ou inquérito.

Defende que, quando há tentativa de citação e não é encontrando o réu, expede-se a citação por edital;
todavia, o não comparecimento não deve presumir a sua fuga.

Assevera, ainda, que a prisão preventiva é medida excepcional e deve ser decretada, apenas, quando
devidamente amparada pelos requisitos legais, em observância ao princípio constitucional da presunção
de inocência ou da não culpabilidade, sob pena de antecipar a reprimenda a ser cumprida quando da
condenação.

Conclui o impetrante que o decisum cautelar foi decretado de ofício pela autoridade coatora, violando o
dispositivo disposto na Lei nº 13.964/2019, já que não é mais possível a conversão da prisão em flagrante
em preventiva sem provocação por parte ou da autoridade policial, do querelante, do assistente, ou do
Ministério Público, mesmo nas situações em que não ocorre audiência de custódia

Por fim, após transcrever entendimentos que julga pertinentes ao seu pleito requer o nobre advogado
impetrante, liminarmente a concessão da ordem, a fim de que seja imposta prisão domiciliar ao paciente,
com monitoramento eletrônico.

Juntou documentos de fls. e fls.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

À ID 5421154, por não vislumbrar presentes os requisitos indispensáveis à concessão da liminar, a


indeferi.

À ID 5449638, a autoridade coatora após fazer um breve relato acerca da marcha processual, prestou as
seguintes informações, verbis:

“(...).

I – Em relação ao Procedimento em si, informo que:

Às fls. 02/05, foi oferecida denúncia pelo RMP, na data de 17/12/2009.

Recebida a denúncia em 14/06/2010, fls. 35.

O réu foi citado por edital, fls. 43.

Às fls. 45, fora decretada a prisão preventiva do réu, com expedição do competente mandado às fls. 47.

A defesa do acusado pleiteou a revogação da prisão preventiva bem como a citação por videoconferência
às fls. 54.

Às fls. 59, o Ministério Público manifestou-se pelo indeferimento do pedido de revogação da prisão
preventiva, mas favorável a citação por videoconferência.

Às fls. 60/61, este juízo decidiu pelo indeferimento do pedido de prisão preventiva, porém deferiu o pedido
da defesa pela citação do réu por videoconferência ou por whatsapp no número fornecido, conforme
requerido pelo acusado às fls. 54/55 dos autos.

II – Informações acerca dos antecedentes criminais e primariedade do paciente:

Não consta nos autos.

III – Informações concernentes ao lapso temporal da medida constritiva:

Prejudicada.

IV – Fase processual: aguardando a realização da citação do acusado”.

Nesta Instância Superior, 10º Procurador de Justiça Criminal, respondendo pela 11ª Procuradoria de
Justiça Criminal, Dr. HEZEDEQUIAS MESQUITA DA COSTA, MANIFESTA-SE preliminarmente pelo
CONHECIMENTO e, no mérito, pela DENEGAÇÃO DA ORDEM, por não restar configurado qualquer
constrangimento ilegal na prisão preventiva do Paciente.

É o relatório.

VOTO

- Da ausência de justa causa à prisão preventiva

In casu, aduz a impetração que o paciente está ameaçado de sofrer constrangimento ilegal em sua
liberdade de locomoção, ante a ilegalidade do decisum que decretou a custódia cautelar do mesmo, por
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ausência de justa causa à sua prisão preventiva, já que foi decretada por estar em local incerto e não
sabido, sem as devidas diligências para encontrar seu endereço.

Com efeito, verifica-se que o argumento supra não merece abrigo.

Prescreve o caput do artigo 366, do CPPB:

"Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o
processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das
provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto
no art. 312.(...)"

Destarte, consoante se observa das informações prestadas pela autoridade coatora, o paciente foi
devidamente citado por edital, não respondendo ao chamado da Justiça, circunstância que justifica a
decretação da sua prisão preventiva, na forma do diploma supramencionado, não havendo que se falar em
constrangimento ilegal.

Insta ressaltar que a decisão que decretou a prisão preventiva do paciente está suficientemente
fundamentada por estar o mesmo prejudicando a instrução criminal e frustrando os fins da lei penal, sendo
certo que o fato do acusado se encontrar foragido também já justificaria a decretação da medida de
exceção.

Assim sendo, presentes os requisitos da prisão preventiva, estando o decreto segregatório devidamente
prescrito na legislação penal e com fundamentação adequada, deve a ordem, por bem, ser denegada.

Ademais, ainda de acordo com as informações prestadas pela Magistrada do feito – ID 5449638, em
recentíssima decisão o paciente teve indeferido pedido de revogação de sua prisão preventiva, verbis:

“A defesa do acusado pleiteou a revogação da prisão preventiva, bem como citação por
videoconferência às fls. 54.

Às fls. 59, o Ministério Público manifestou-se pelo indeferimento do pedido de revogação da prisão
preventiva, mas favorável a citação por videoconferência.

Às fls. 60/61, este juízo decidiu pelo indeferimento do pedido de prisão preventiva, porém deferiu o
pedido da defesa pela citação do réu por videoconferência ou por whatsapp no número fornecido,
conforme requerido pelo acusado às fls. 54/55 dos autos”.

Eis a decisão ora atacada:

“Consta no pedido que o requerente e único provedor/responsável pela filha especial, de 10 anos
de idade, além de estar fornecendo contato telefônico para realização de citação por meio
videoconferência, em razão do réu residir em Fortaleza/CE.

Alega ainda, que o acusado não está mais ausente do distrito da culpa.

Desse modo, em síntese, alega a defesa que o requerente não demonstra periculosidade que
justifique sua prisão preventiva. No entanto, verifico que existem indícios que o acusado praticou o
delito de tentativa de homicídio. A infração penal cometida pelo réu e a motivação do crime, têm
um alto grau de reprovação pela sociedade. O requerente em liberdade poderá trazer prejuízo à

investigação e frustrar a aplicação da lei penal, além de colocar em risco a ordem pública,
considerando que o réu permanece foragido desde a data do fato, em 25/09/2009.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em que pese as judiciosas justificativas da defesa, verifico, analisando os autos, que os elementos
que autorizaram a decretação da prisão preventiva ainda subsistem, sendo certo dizer que as
alegações formuladas, não possuem o condão de demonstrar a inexistência dos pressupostos e
requisitos necessários para a aplicação da medida de urgência, não trazendo nenhum fato novo
que modifique o quadro fático em que se embasou a decisão que decretou a prisão preventiva.

Dos argumentos narrados, não vislumbro qualquer novidade no sentido de embasar a revogação
da prisão preventiva decretada.

Ao contrário, com o oferecimento da denúncia em desfavor do réu, ratificou-se a existência do


crime e indícios suficientes da autoria imputada.

Esse juízo por sua vez, recebeu a denúncia, determinando a citação do réu a qual não foi possível
devido este estar foragido do distrito da culpa.

Desta feita, entendo necessária a manutenção da custódia cautelar pelos fundamentos


anteriormente expostos, haja vista presentes os requisitos elencados no artigo 312 do Código de
Processo Penal.

Vejamos:

O fumus comissi delicti está caracterizado por meio das declarações das testemunhas ouvidas em
sede policial, além, do laudo de exame de corpo de delito acostado às fls. 26/27.

No que tange ao periculum libertatis também se encontra presente, consubstanciado na garantia


da ordem pública, para assegurar a instrução criminal e aplicação da lei penal, tendo em vista que
o réu permanece foragido até o presente momento, pois o mandado de prisão ainda não foi
cumprido porque o réu encontra-se em local desconhecido.

De início, acerca da GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, verifico que os depoimentos prestados no


âmbito policial revelam que o acusado é possivelmente dotado de elevado grau de periculosidade,
haja vista a gravidade em concreta do caso em tela, onde, o mesmo, cometeu o delito com extrema
violência contra pessoa.

Enfim, frise-se que o acusado em liberdade oferece risco à coletividade e à paz social, sendo, pois,
imperiosa uma atuação mais enérgica neste momento a fim de evitar um mal maior, eis que poderá
utilizar-se de meios para esquivar-se da punibilidade pelo crime cometido.

Destaco ainda que a prisão preventiva para a garantia da ordem pública não fere o princípio da não
culpabilidade, ou seja, não afirma que o requerente é culpado. Essa prisão tem como escopo
somente salvaguardar a sociedade de ações análogas.

No que concerne à ofensa a CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, consiste no fato de que,


uma vez em liberdade, o acusado, poder-se-ia criar obstáculos e embaraços a instrução
processual, haja visto ter demostrado ser pessoa perigosa.

Outrossim, condições favoráveis, tais como ocupação lícita e residência fixa, por si sós, não têm o
condão de garantir ao réu a revogação da prisão preventiva se há, nos autos, elementos hábeis a
recomendar a manutenção de sua custódia cautelar.

Ante o exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA formulado por


JOÃO LENOS DIAS DA SILVA, sem prejuízo de nova reavaliação periódica da custódia cautelar, ao
seu tempo e modo, nos termos da Resolução nº 66/2009 do CNJ”.
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Dessa forma, feitas essas considerações, deve-se valorizar a decisão singular por seus próprios
fundamentos, daí que a medida mais acertada deve ser a manutenção da custódia cautelar do paciente,
até porque tal medida de exceção poderá ser revista e revogada, aliás como bem destacou o Juízo a quo,
a qualquer tempo, quando desaparecerem os motivos que a ensejaram.

- Da violação ao disposto na Lei nº 13.964/2019

Por fim, assevera a impetração que o Juízo a quo violou o disposto na Lei nº 13.964/2019 ao decretar, de
ofício, a prisão preventiva do paciente, haja vista não ser mais possível a conversão da prisão em flagrante
em preventiva sem provocação por parte ou da autoridade policial, do querelante, do assistente, ou do
Ministério Público, mesmo nas situações em que não ocorre audiência de custódia.

Neste item, depreende-se que a defesa laborou em equívoco, pois como bem destacou o custos iures em
seu judicioso parecer, ao tempo da decretação da prisão preventiva do paciente, não se encontrava em
vigor o dispositivo cuja violação fora alegada pela impetração, daí que não se pode falar em ilegalidade do
ato proferido pela autoridade coatora àquele tempo.

De outra banda, ressalte-se a defesa técnica do paciente requereu a revogação da medida cautelar dele,
com manifestação contrária do RMP de 1º Grau, o que foi acompanhado pelo Juízo a quo, restando
superada qualquer ilegalidade neste sentido.

Ante o exposto e, na esteira do entendimento Ministerial, DENEGO a ordem impetrada.

É o voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. Vânia Lúcia Silveira

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0806208-68.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: ALEXANDRE


RIBEIRO ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARIA DE LIMA COSTA OAB: 3271/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: 1ª VARA CÍVEL E CRIMINAL DE CAMETÁ/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806208-68.2021.8.14.0000

PACIENTE: ALEXANDRE RIBEIRO ARAUJO

AUTORIDADE COATORA: 1ª VARA CÍVEL E CRIMINAL DE CAMETÁ/PA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMENTA

HABEAS CORPUS. ART. 33, CAPUT, DA LEI Nº 11.343/06 E ARTS. 180 E 307, AMBOS DO CPB.
EXCESSO DE PRAZO À FORMAÇÃO DA CULPA. IMPROCEDÊNCIA. DILAÇÃO DE PRAZO
JUSTIFICADO PELA COMPLEXIDADE DO FEITO. VÁRIOS RÉUS. RECOMENDAÇÃO Nº 62 DO CNJ.
APLICAÇÃO. COVID-19. PERIGO DE CONTÁGIO. DESCABIMENTO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
NÃO CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. No que tange ao aventado excesso de prazo, extrai-se não restar configurado, haja vista que a mora
processual existente não é injustificada, tendo a autoridade coatora, inclusive, designado audiência de
instrução e julgamento para o dia 20/10/2021 próximo vindouro e tomado as providências para a intimação
das testemunhas de acusação e de defesa, donde se vê que o Juízo a quo vem impulsionando o feito, que
conta com a pluralidade de réus, no total de 04 (quatro) acusados, o que torna a marcha processual
complexa.

2. De outra abanda, nunca é demais relembrar, que há de se considerar a excepcionalidade da situação


de Pandemia mundial ocasionada pelo novo Coronavírus, inclusive mencionada na própria impetração, a
qual vem exigindo uma flexibilização de prazos processuais, devendo-se, por conseguinte, levar em conta,
no presente momento, o princípio da razoabilidade.

3. Cumpre destacar, ainda, que de acordo com as informações prestadas pelo Juízo a quo, o feito vem
tramitando de forma regular, cuja denuncia fora recebida em 28/06/2021 e pautada audiência de instrução
e julgamento para 20/10/2021, às 09:00 horas.

4. Por fim, verifica-se que a situação do réu não se enquadra em quaisquer das hipóteses contidas na
Recomendação n.º 62 do CNJ, uma vez que não se trata de paciente idoso ou portador de qualquer
comorbidade que o classifique como integrante do grupo de risco, ou de que esteja em iminente perigo de
contágio pelo Covid-19. Cumpre registrar ainda que, não obstante a preocupação acerca da Pandemia
pelo contágio do “novo Coronavírus” (COVID-19), as autoridades penitenciárias do Estado estão cientes
da gravidade da situação e já vêm adotando medidas de prevenção e critérios técnicos das autoridades
sanitárias e de saúde nos presídios, onde todos os cuidados estão sendo tomados em relação aos
detentos, inclusive com programa de vacinação bastante avançado.

5. Ademais, ressalte-se que as Recomendações do CNJ não são de natureza cogente, mas de caráter
orientador e opinativo aos Tribunais e Magistrados, que deverão ser examinadas caso a caso, observadas
as peculiaridades e condições pessoais de cada detento.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores


componentes da Egrégia Seção de Direito Penal, à unanimidade, pela denegação do writ, nos termos do
voto da Desembargadora Relatora.

Sessão do Plenário Virtual do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, de 10 a 12 de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Exmo. Sr. Des. Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RELATÓRIO

Trata-se de habeas corpus liberatório com pedido de liminar, impetrado em favor do paciente
Alexandre Ribeiro Araújo, contra ato do douto Juízo de Direito da 1ª Vara Cível e Criminal da Comarca
de Cametá/PA, nos autos da Ação Penal nº 0800440-21.2021.8.14.0012.

Consta da impetração, que o Paciente fora denunciado pelo Ilustre representante do Ministério Público
pelo Crime previsto no Artigo 33, caput, da Lei 11.343/2006 pelo tráfico de drogas, receptação dolosa no
Artigo 180, caput e falsa identidade do Artigo 307, ambos do CPB, estando no cárcere desde o dia
04/03/2021, com base unicamente na versão de Policiais Militares, que prenderam o postulante, o qual
estava em visita na casa de sua tia, Izabel, na comunidade Joroca e, através de um amigo, foi até a casa
de Marcicleuma, onde foi acusado de estar praticando Tráfico de Drogas.

Frisar que o Paciente provará sua inocência, por ocasião da Audiência de Instrução e Julgamento, que a
bem da verdade, o mesmo, encontrava-se com Mandado de Recaptura, expedido pela Vara de Execuções
de Belém, conforme consta na própria Denúncia.

Aduz o ilustre causídico, que o Juízo “a quo” designou Audiência de Instrução e Julgamento para o dia
20/10/2021, às 09:00 horas, ou seja, o Paciente ficará preso há 200 (duzentos dias), caracterizando
excesso de prazo previsto na Lei Nº 9.303/96, que estabelece o prazo para conclusão da Instrução
Criminal de 81 (oitenta e um) dias, quando o réu estiver preso, ressaltando que não há alternativa senão
de corrigir tal situação processual, por via de habeas corpus, no sentido de evitar-se uma prisão por tempo
indeterminado.

Ressalta, ainda, que o Paciente faz jus à sua liberdade, ante a Recomendação nº 62, do CNJ, tendo em
vista a possibilidade de contágio pelo novo Coronavírus, assim como por previsão Constitucional, CPPB e
Pacto São José da Costa Rica.

Por fim, após transcrever entendimentos que julga pertinentes ao seu pleito reque o nobre advogado
impetrante, liminarmente, a concessão do writ com a expedição do competente Alvará de Soltura, para
que o paciente possa responder em liberdade a acusação que lhe é feita e, no mérito, que seja
definitivamente ratificada a ordem.

Juntou documentos de fls. e fls.

À ID 5605346, o Exmo. Sr. Des. Mairton Marques Carneiro, a quem coube o exame da liminar, ante o
afastamento desta Relatora por motivo de saúde, por não vislumbrar presentes os requisitos
indispensáveis à concessão, a indeferiu.

À ID 5644281, após fazer breve relato acerca dos fatos, a autoridade coatora prestou as informações de
praxe, verbis:

“a. Exposição da causa ensejadora da medida constritiva:

No caso em apreciação, verifico que além da existência dos pressupostos legais, quais sejam, prova da
materialidade e razoáveis indícios de autoria dos delitos atribuídos ao paciente, também vislumbro o
requisito da GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, pois conforme depreende-se dos autos e da certidão de
antecedentes criminais, ALEXANDRE RIBEIRO ARAÚJO já possui inclusive mandado de prisão/recaptura
decretado pelo juízo de execuções penais da RMB junto ao processo nº 0005197-37.2017.814. Além
disso, quando da ocasião de sua prisão se apresentou com nome e documento falsos, na tentativa de
ludibriar a atividade policial.

Portanto, fica evidente que eles não se empenham para sobreviver através de trabalho lícito,
representando risco para a sociedade.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

a.

Segue em anexo certidão de antecedentes do Paciente.

d) Informações concernentes ao lapso temporal da medida constritiva:

O paciente encontra-se preso preventivamente desde 05/03/2021.

Em 28/06/2021 foi recebida a denúncia e pautada audiência de instrução e julgamento do feito para
20/10/2021, às 09:00 horas. Na mesma decisão, foi indeferido o pedido de liberdade formulado em favor
do paciente ante a presença de elementos autorizadores da prisão preventiva”. Grifos originais

Nesta Instância Superior, o 8º Procurador de Justiça Criminal, Dr. Ricardo Albuquerque da Silva,
pronuncia-se pelo conhecimento do habeas corpus, porque atendidos os requisitos para sua
admissibilidade, porém, no mérito, pela sua denegação, por inexistência de constrangimento ilegal.

É o relatório.

VOTO

- Do excesso de prazo

Aduz a impetração, que o paciente sofre constrangimento ilegal no seu direito ambulatorial, por excesso
de prazo na instrução criminal.

Na hipótese dos autos, observa-se que o paciente se encontra preso cautelarmente desde o dia
05/03/2021, após representação de prisão preventiva formulada pelo Delegado de Polícia Civil de
Cametá/PA, sob a alegação de garantia da ordem pública, vez que, investiga-se a prática, em tese, dos
crimes descritos no art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06 e arts. 180 e 307, ambos do CPB.

Com efeito, a prisão cautelar do acusado está justificada na existência dos pressupostos legais, quais
sejam, prova da materialidade e razoáveis indícios de autoria dos delitos atribuídos a ele, também em
razão do requisito da garantia da ordem pública, pois conforme depreende-se dos autos e da certidão de
antecedentes criminais, ALEXANDRE RIBEIRO ARAÚJO já possui, inclusive, mandado de
prisão/recaptura decretado pelo juízo de execuções penais da RMB junto ao processo nº 0005197-
37.2017.814.

Ademais, quando da ocasião de sua prisão se apresentou com nome e documento falsos, na tentativa de
ludibriar a atividade policial ficando evidente que ele não se empenha para sobreviver através de trabalho
lícito, representando risco para a sociedade.

Cumpre destacar, que em decisão recente, datada de 28/06/2021, foi indeferido o pedido de liberdade
formulado em favor do paciente ante a presença de elementos autorizadores da prisão preventiva.

Assim, no que tange ao aventado excesso de prazo, extrai-se não restar configurado, haja vista que a
mora processual existente não é injustificada, tendo a autoridade coatora, inclusive, designado audiência
de instrução e julgamento para o dia 20/10/2021 próximo vindouro e tomado as providências para a
intimação das testemunhas de acusação e de defesa, donde se vê que o Juízo a quo vem impulsionando
o feito, que conta com a pluralidade de réus, no total de 04 (quatro) acusados, o que torna a marcha
processual complexa.

De outra abanda, nunca é demais relembrar, que há de se considerar a excepcionalidade da situação de


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Pandemia mundial ocasionada pelo novo Coronavírus, inclusive mencionada na própria impetração, a qual
vem exigindo uma flexibilização de prazos processuais, devendo-se, por conseguinte, levar em conta, no
presente momento, o princípio da razoabilidade.

Derradeiramente, cumpre destacar que de acordo com as informações prestadas pelo Juízo a quo, o feito
vem tramitando de forma regular, cuja denuncia fora recebida em 28/06/2021 e pautada audiência de
instrução e julgamento para 20/10/2021, às 09:00 horas.

- Da Recomendação nº 62, do CNJ

Por fim, verifica-se que a situação do réu não se enquadra em quaisquer das hipóteses contidas na
Recomendação n.º 62 do CNJ, uma vez que não se trata de paciente idoso ou portador de qualquer
comorbidade que o classifique como integrante do grupo de risco, ou de que esteja em iminente perigo de
contágio pelo Covid-19.

Cumpre registrar que, não obstante a preocupação acerca da Pandemia pelo contágio do “novo
Coronavírus” (COVID-19), as autoridades penitenciárias do Estado estão cientes da gravidade da situação
e já vêm adotando medidas de prevenção e critérios técnicos das autoridades sanitárias e de saúde nos
presídios, onde todos os cuidados estão sendo tomados em relação aos detentos, inclusive com programa
de vacinação bastante avançado.

Ressalte-se, ainda, que as Recomendações do CNJ não são de natureza cogente, mas de caráter
orientador e opinativo aos Tribunais e Magistrados, que deverão ser examinadas caso a caso, observadas
as peculiaridades e condições pessoais de cada preso.

Aliás, conforme menciona o eminente ministro do Superior Tribunal de Justiça, Rogério Schietti Cruz: “a
crise do novo coronavírus deve ser sempre levada em conta na análise de pleitos de libertação de presos,
mas, ineludivelmente, não é um passe livre para a liberação de todos, pois ainda persiste o direito da
coletividade em ver preservada a paz social, a qual não se desvincula da ideia de que o sistema de justiça
penal há de ser efetivo, de sorte a não desproteger a coletividade contra os ataques mais graves aos bens
juridicamente tutelados na norma penal.” (HC nº 567.408/RJ).

Ante o exposto e, na esteira do parecer Ministerial, DENEGO a ordem impetrada.

É o voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. Vânia Lúcia Silveira

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0806121-15.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: JEFERSON


FERREIRA CATARINO Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZ DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE CURIONÓPOLIS - PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806121-15.2021.8.14.0000

PACIENTE: JEFERSON FERREIRA CATARINO

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE CURIONÓPOLIS - PA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR. CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS. ART. 33
DA LEI 11.343/2006. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA
(ART. 312 DO CPP) E AUSÊNCIA DE JUSTIFICATIVA DOS MOTIVOS PELOS QUAIS NÃO SERIA
CABÍVEL OUTRA MEDIDA CAUTELAR ALTERNATIVA À PRISÃO. INCABIMENTO. PREDICADOS
SUBJETIVOS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 08 DO TJPA.
APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA, NOS TERMOS DO VOTO DA DESA. RELATORA.

1. No que tange à aventada ausência dos pressupostos ensejadores da medida extrema e à


ausência de justa causa para a manutenção da prisão preventiva, vislumbro que a constrição
cautelar do paciente se faz necessária para resguardar a ordem pública, levando em conta as
circunstâncias fáticas sopesadas no decreto prisional, acerca da elevada reprovabilidade do delito
e pelo modus operandi da ação criminosa, o que merece maior repressão estatal, considerando também
que embora o acusado não registre antecedentes, a conduta praticada pressupõe que ele, em liberdade,
poderá cometer novo ilícito;

2. Examinando a decisão combatida, em conjunto com as informações prestadas pela autoridade coatora
e os documentos acostados aos autos, entre eles, a decisão que homologou o flagrante, entendo que tais
argumentos não podem ser acolhidos, pois a primeira está minimamente fundamentada, não apenas
nos elementos legais insculpidos no art. 312, CPPB, como em fatos concretos, devendo-se manter
a prisão cautelar para a garantia da ordem pública;

3. Já no que diz respeito às qualidades pessoais do paciente elencadas no writ, verifica-se que elas não
são suficientes para a devolução da liberdade, ante ao disposto no Enunciado Sumular nº 08 do TJ/PA:
“As qualidades pessoais são irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, mormente
quando estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva”;

4. Por derradeiro, em que pese especificamente o pedido de substituição da medida constritiva de


liberdade por cautelar diversa, convém salientar mais uma vez que, se não bastasse a gravidade
concreta do delito, vislumbra-se a presença de requisito justificador da prisão preventiva, sendo
incabível conceder ao acusado tal benesse;

5. Ordem de Habeas Corpus conhecida e denegada, nos termos do voto da Desa. Relatora.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores


Desembargadores componentes da Seção de Direito Penal, por unanimidade de votos, em conhecer do
writ e, denegar a ordem impetrada, nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sala das Sessões do Plenário Virtual do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com início em 10 de
agosto à 12 de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.
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Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

RELATORA

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR impetrado
por BRUNO FARIAS LIMA – DEFENSOR PÚBLICO, em favor do paciente JEFERSON FERREIRA
CATARINO, contra ato do MM. JUIZ DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE CURIONÓPOLIS/PA, que
converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva durante a realização na audiência de custódia no dia
02.07.2021 às 10:00h.

O impetrante afirma que o paciente foi preso em flagrante delito no dia 30.06.2021 às 22h:14min (quarta-
feira), em razão de suposta prática do Crime de Tráfico de Drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006).

No dia 02.07.2021 às 10:00h, foi realizada audiência de custódia, momento em que o Magistrado a quo
converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, conforme ID. 5567468, o qual transcrevo abaixo:

“(...) O Delegado de Polícia Civil informa a este Juízo a prisão em flagrante de JEFERSON FERREIRA
CATARINO. A conduta narrada no auto de prisão em flagrante se amolda ao crime previsto no artigo 33 da
Lei nº 11.343/2006, tratando-se da espécie de flagrante prevista no artigo 302, I, do Código de Processo
Penal. Por outro lado, as garantias previstas na Carta Magna e na legislação infraconstitucional foram
observadas, pois: a. houve comunicação ao Órgão Judicial, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à
família do indiciado no prazo legal; b. consta a data, hora e o local da lavratura do auto; c. os figurantes
essenciais do flagrante foram consignados na peça (autoridade policial, escrivão, condutor, testemunhas e
conduzido); d. os direitos de assistência da família, do advogado, laudo de constatação provisória, respeito
à integridade física e moral e entrega da nota de culpa foram assegurados. A prisão foi efetuada
legalmente, inexistindo vícios formais ou materiais que venham a macular a peça, razão pela qual
HOMOLOGO a prisão em flagrante de JEFERSON FERREIRA CATARINO. O delegado de Polícia
representou pela prisão preventiva do investigado, com fundamento no artigo 312 do CPP (ID nº
28946421).Em que pesem as alegações do Ministério Público e da Defensoria Pública no tocante à não
conversão da prisão em flagrante em custódia preventiva, a natureza da droga apreendida e as
circunstâncias a seguir relatadas recomendam, ao menos neste momento, a prisão preventiva. Em um
primeiro momento, cumpre asseverar que são dois os requisitos necessários para a decretação de uma
medida cautelar de natureza pessoal – gênero do qual é espécie a prisão preventiva – quais sejam:
Arcabouço probatório mínimo da ocorrência do delito e de sua autoria, cuja constatação se dá pela
existência da prova da materialidade delitiva e de indícios mínimos de que o sujeito sobre o qual recairá a
medida cautelar seja o autor do delito (fumus comissi delicti);Periculum libertatis, constatado quando
houver necessidade, vislumbrada no caso concreto, de que o agente deve ter sua liberdade restrita, a fim
de garantir a ordem pública, a ordem econômica, a regular instrução processual e, por fim, a aplicação da
lei penal. Os requisitos acima indicados estão previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, sendo
que quando vislumbrada a ocorrência daqueles torna-se legítima a segregação preventiva. No tocante ao
fumus comissi delicti, a materialidade delitiva está devidamente comprovada no auto de prisão em
flagrante, como auto de apresentação e apreensão e laudo de constatação provisória.

Outrossim, há elementos que indicam o investigado como sendo o suposto autor do delito (indícios de
autoria) diante do depoimento das testemunhas policiais militares que efetuaram a prisão em Flagrante.
Quanto ao periculum libertatis, verifica-se, no caso, a necessidade de decretação da prisão preventiva das
pessoas indicadas para garantir a ordem pública pelas seguintes razões: I – A medida constritiva de
liberdade se impõe como forma de restaurar a paz social, que foi violada em razão da grave comoção
social gerada por esta espécie de ilícito. A comoção está materializada nos seguintes aspectos: Gravidade
do delito, que em uma análise concreta das possíveis circunstâncias, teria ocorrido, em tese, com a
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localização de uma considerável quantidade de substância semelhante ao entorpecente conhecido como


“crack”, na posse do flagranteado (06 unidades plásticas de aproximadamente12,2gr – 12 gramas e 2
décimos) e 5 (cinco) unidades de uma substância vegetal conhecida como “maconha”, pesando 3,5gr -
três gramas e cinco décimos, em tese, destinadas à venda, cabendo destacar que referida droga causa
imediata e significativa dependência, o que revela a gravidade em concreto do crime investigado,
justificando-se a necessidade de garantir a ordem pública. É papel do Poder Judiciário, ao menos neste
momento e sem outros elementos, acautelar o ânimo social e evitar que delitos envolvendo tráficos de
drogas continuem financiando outros crimes e destruindo crianças e adolescentes, o que se agrava em
tempos de desemprego provocado pela pandemia da Covid19. E na espécie, analisando-se em concreto a
ordem pública, as próprias circunstâncias em que ocorreu a prisão em flagrante (agressão e captura por
populares) recomendam que a ordem pública seja preservada. No que tange à alegada e eventual
incidência da figura privilegiada do tráfico e possível fixação de regime, observo que se trata de matéria de
mérito, a demandar dilação probatória, fugindo da análise dos requisitos da custódia preventiva, que são
de natureza essencialmente processual, ainda mais levando-se em consideração que a ação penal nem
sequer se iniciou. Outrossim, não existe a possibilidade de aplicação de medida cautelar típica ou atípica
diversa da prisão preventiva, pois se fosse imposta, seria inadequada e insuficiente, em virtude da
gravidade em concreto do delito imputado – possível tráfico de drogas envolvendo “crack”, substância
entorpecente que causa imediata dependência. Anoto, por fim, que a conversão deste flagrante em prisão
preventiva decorre do acolhimento da representação realizada pela autoridade policial (ID nº 28946421),
sem incidir, portanto, na vedação trazida pelo CPP, que após o Pacote Anticrime, impede a decretação da
prisão preventiva de ofício pelo Juiz (e por certo, também o impede em relação à conversão).Ante o
exposto, com fulcro nos artigos 310, II, 312, 313, I e 315 do CPP, CONVERTO a custódia flagrancial em
prisão preventiva de JEFERSON FERREIRA CATARINO, em face da necessidade de garantir a ordem
pública, além de não ser possível a incidência de medida cautelar diversa da prisão preventiva
(CPP,artigos 282 e 319). (...)”

Assevera o impetrante que na decisão impugnada não estão presentes os requisitos da prisão
preventiva (art. 312 do CPP), bem como a decisão não explicou os motivos determinantes de ter
deixado de aplicar medidas cautelares diversas da prisão preventiva.

Aduz que o paciente é primário, todavia deixou de juntar nos autos a certidão de antecedentes criminais
do mesmo.

Ao final pugnou pela concessão da medida liminar até a análise final do mérito deste habeas corpus,
considerando seu caráter urgente.

No mérito, que seja concedida a ordem ora impetrada, cassando-se a ordem de prisão e expedindo-se, em
consequência, o competente alvará de soltura, em razão da ausência dos fundamentos previstos no
artigo 312 do Código de Processo Penal, bem como pela ausência de justificativa dos motivos pelos
quais não seria cabível outra medida cautelar alternativa à prisão.

Subsidiariamente, requer a substituição da prisão por outra medida cautelar prevista na lei
processual, eis que a prisão é a última ratio e, na base, não há fundamento que justifique por que não
seria cabível medida cautelar alternativa à prisão, considerando a primariedade e a ausência de
registros criminais em nome do paciente.

O writ foi distribuído, no plantão judiciário, recaindo naquele momento à relatoria do Excelentíssimo
Senhor Desembargador Mairton Marques Carneiro, que indeferiu a medida liminar, requisitou informações
da autoridade coatora, e, em seguida determinou a redistribuição no expediente normal.

Prestadas as informações, na data de 03.06.2021, a autoridade coatora esclareceu:

“(...) Consta dos autos que o paciente foi flagranteado no dia 01 de julho de 2021, pela suposta prática dos
crimes de tráfico de drogas (artigo 33, “caput” da Lei 11.343/2006). Conforme o Auto de Prisão em
Flagrante, o paciente tinha consigo 06 (seis) unidades plásticas de aproximadamente 12,2gr – (doze
gramas e dois décimos) de substância entorpecente conhecida vulgarmente como “crack”, e ainda 5
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(cinco) unidades de uma substância vegetal conhecida como “maconha”, pesando 3,5gr – (três gramas e
cinco décimos), em tese, destinadas à venda.

Em audiência de custódia foi convertida a prisão em flagrante em preventiva, levanto em conta a


gravidade em concreto do delito. Atualmente os autos encontram-se em secretaria aguardando inquérito
policial. No tocante aos antecedentes, o paciente não responde criminalmente pela prática de outro delito,
no Estado do Pará, conforme certidão de antecedentes criminais que segue em anexo. Sua conduta social
e personalidade não puderam ser valoradas até o momento. (...)”.

Nesta Superior Instância, o Douto Procurador de Justiça Hezedequias Mesquita da Costa, opina pelo
conhecimento e denegação do writ, por não restar configurado qualquer constrangimento ilegal na prisão
preventiva do paciente.

É O RELATÓRIO.

VOTO

Analisando os pressupostos de admissibilidade, conheço do writ.

Cinge-se o presente writ ao argumento relativo à coação ilegal em razão da ausência dos requisitos da
prisão preventiva (art. 312 do CPP) e ausência de justificativa dos motivos pelos quais não seria
cabível outra medida cautelar alternativa à prisão.

Assevera ainda que o paciente possui predicados subjetivos favoráveis.

Por fim, requer a substituição da prisão por outra medida cautelar prevista na lei processual.

No que tange à aventada ausência dos pressupostos ensejadores da medida extrema, vislumbro que
a constrição cautelar do paciente se faz necessária para resguardar a ordem pública, levando em
conta as circunstâncias fáticas sopesadas no decreto prisional, acerca da elevada reprovabilidade
do delito e pelo modus operandi da ação criminosa, o que merece maior repressão estatal,
considerando também que embora o acusado não registre antecedentes, a conduta praticada pressupõe
que ele, em liberdade, poderá cometer novo ilícito.

Vejamos decisão que decretou a preventiva:

“(...) O delegado de Polícia representou pela prisão preventiva do investigado, com fundamento no
artigo 312 do CPP (ID nº 28946421).

Em que pesem as alegações do Ministério Público e da Defensoria Pública no tocante à não


conversão da prisão em flagrante em custódia preventiva, a natureza da droga apreendida e as
circunstâncias a seguir relatadas recomendam, ao menos neste momento, a prisão preventiva.

Em um primeiro momento, cumpre asseverar que são dois os requisitos necessários para a
decretação de uma medida cautelar de natureza pessoal – gênero do qual é espécie a prisão
preventiva – quais sejam:

Arcabouço probatório mínimo da ocorrência do delito e de sua autoria, cuja constatação se dá pela
existência da prova da materialidade delitiva e de indícios mínimos de que o sujeito sobre o qual
recairá a medida cautelar seja o autor do delito (fumus comissi delicti);

Periculum libertatis, constatado quando houver necessidade, vislumbrada no caso concreto, de


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que o agente deve ter sua liberdade restrita, a fim de garantir a ordem pública, a ordem econômica,
a regular instrução processual e, por fim, a aplicação da lei penal.

Os requisitos acima indicados estão previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, sendo
que quando vislumbrada a ocorrência daqueles torna-se legítima a segregação preventiva.

No tocante ao fumus comissi delicti, a materialidade delitiva está devidamente comprovada no auto
de prisão em flagrante, como auto de apresentação e apreensão e laudo de constatação provisória.

Outrossim, há elementos que indicam o investigado como sendo o suposto autor do delito
(indícios de autoria) diante do depoimento das testemunhas policiais militares que efetuaram a
prisão em Flagrante.

Quanto ao periculum libertatis, verifica-se, no caso, a necessidade de decretação da prisão


preventiva das pessoas indicadas para garantir a ordem pública pelas seguintes razões:

I – A medida constritiva de liberdade se impõe como forma de restaurar a paz social, que foi violada
em razão da grave comoção social gerada por esta espécie de ilícito. A comoção está materializada
nos seguintes aspectos:

Gravidade do delito, que em uma análise concreta das possíveis circunstâncias, teria ocorrido, em
tese, com a localização de uma considerável quantidade de substância semelhante ao
entorpecente conhecido como “crack”, na posse do flagranteado (06 unidades plásticas de
aproximadamente 12,2gr – 12 gramas e 2 décimos) e 5 (cinco) unidades de uma substância vegetal
conhecida como “maconha”, pesando 3,5gr - três gramas e cinco décimos, em tese, destinadas à
venda, cabendo destacar que referida droga causa imediata e significativa dependência, o que
revela a gravidade em concreto do crime investigado, justificando-se a necessidade de garantir a
ordem pública.

É papel do Poder Judiciário, ao menos neste momento e sem outros elementos, acautelar o ânimo
social e evitar que delitos envolvendo tráficos de drogas continuem financiando outros crimes e
destruindo crianças e adolescentes, o que se agrava em tempos de desemprego provocado pela
pandemia da Covid-19.

E na espécie, analisando-se em concreto a ordem pública, as próprias circunstâncias em que


ocorreu a prisão em flagrante (agressão e captura por populares) recomendam que a ordem
pública seja preservada.

No que tange à alegada e eventual incidência da figura privilegiada do tráfico e possível fixação de
regime, observo que se trata de matéria de mérito, a demandar dilação probatória, fugindo da
análise dos requisitos da custódia preventiva, que são de natureza essencialmente processual,
ainda mais levando-se em consideração que a ação penal nem sequer se iniciou.

Outrossim, não existe a possibilidade de aplicação de medida cautelar típica ou atípica diversa da
prisão preventiva, pois se fosse imposta, seria inadequada e insuficiente, em virtude da gravidade
em concreto do delito imputado – possível tráfico de drogas envolvendo “crack”, substância
entorpecente que causa imediata dependência.

Anoto, por fim, que a conversão deste flagrante em prisão preventiva decorre do acolhimento da
representação realizada pela autoridade policial (ID nº 28946421), sem incidir, portanto, na vedação
trazida pelo CPP, que após o Pacote Anticrime, impede a decretação da prisão preventiva de ofício
pelo Juiz (e por certo, também o impede em relação à conversão).

Ante o exposto, com fulcro nos artigos 310, II, 312, 313, I e 315 do CPP, CONVERTO a custódia
flagrancial em prisão preventiva de JEFERSON FERREIRA CATARINO, em face da necessidade de
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garantir a ordem pública, além de não ser possível a incidência de medida cautelar diversa da
prisão preventiva (CPP, artigos 282 e 319).”

Conforme se extrai dos autos, populares estariam agredindo o paciente, suspeito de vários furtos em
residência e estabelecimento comercial, momento em que policiais militares foram acionados e ao
revistarem o mesmo, encontraram 06 (seis) unidades plásticas, pesando aproximadamente 12.2g
(doze gramas e dos décimos) de substância entorpecente conhecida popularmente como “crack” e
05 (cinco) papelotes de droga conhecida como “maconha”, pesando 3,5g (três gramas e cinco
décimos), o que demonstra o perigo do estado de liberdade do coacto.

Observa-se que o magistrado singular examinou criteriosamente a dinâmica dos fatos e enquadrou-
a nos requisitos legais previstos no art. 312 do CPP, justificando satisfatoriamente a necessidade de
aplicação da medida extrema no caso sub examen.

De outra banda, ao contrário do que afirmou o impetrante no presente Habeas Corpus, há fatos
concretos, previstos no art. 312 do CPP a embasar a decretação da prisão preventiva do paciente,
já que a própria conduta criminosa por si só denota a periculosidade no modus operandi do agente. Nesse
sentido:

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. PRISÃO PREVENTIVA. ARTIGO 33 DA


LEI 11.343/06 (TRÁFICO DE ENTORPECENTES).

1. (...).

2. (...).

3. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO NA CUSTÓDIA PREVENTIVA. NÃO ACOLHIMENTO


. A segregação cautelar foi suficientemente motivada. juízo singular que asseverou em sede da decretação
da prisão preventiva que o paciente fora autuado em flagrante em 24/3/21, por haver violado a norma do
art. 33 da lei 11.343/2006. De acordo com o entendimento da decisão judicial de primeiro grau, com base
nos elementos de provas disponíveis, demonstrada documentalmente e pelas declarações acostadas
pelas testemunhas, que confirmaram prima facie da prática delituosa, restaram demonstrados indícios
mínimos de autoria e da materialidade delitiva, requisitos indispensáveis ao decreto da prisão preventiva,
conforme se percebe trecho da decisão combatida que converteu o flagrante em prisão preventiva e da
que indeferiu o pleito de revogação da custódia cautelar. Presente se encontra o fumus delicti comissi. o
periculum libertatis, emerge cristalino pela necessidade da garantia da ordem pública, expressão de
tranquilidade e paz no meio social, objetivando que os agentes não reiterem na ação criminosa,
inviabilizando desse feita à aplicação de medidas cautelares diversa da prisão.

4. (...).

5. (...).

6. (...).

7. (...). HABEAS CORPUS CONHECIDO PARCIALMENTE. ORDEM DENEGADA. (5001925, 5001925,


Rel. ROSI MARIA GOMES DE FARIAS, Órgão Julgador Seção de Direito Penal, Julgado em 2021-04-26,
Publicado em 2021-04-27).

EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. EXECESSO DE PRAZO. NÃO
CONFIGURADO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 312 DO CPP. NÃO CONFIGURADO.
INDÍCIOS DE AUTORIA. PROVA DA MATERIALIDADE. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. NÃO CABE
SUBSTITUIÇÃO DA PREVENTIVA POR MEDIDA CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO, SE
DEMONSTRADA A PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS AUTORIZADORES DO CÁRCERE CAUTELAR.
CONHECIMENTO E DENEGAÇÃO. (4995893, 4995893, Rel. MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO,
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Órgão Julgador Seção de Direito Penal, Julgado em 2021-04-20, Publicado em 2021-04-26).

Assim, a decisão hostilizada não acarretou constrangimento ilegal, não sendo a prisão carente de
requisitos ou fundamentação, muito pelo contrário, necessária sua manutenção para garantia da
ordem pública.

Desse modo, incabível a assertiva de que a decretação da custódia preventiva não está lastreada em
fundamentos idôneos a sustentá-la, sendo latente sua necessidade, não só em face da prova de
existência do crime e de indícios suficientes de autoria, como também em razão da natureza e da
gravidade concreta do crime em epígrafe, os quais são indicadores da necessidade da segregação
cautelar, de sorte que a custódia preventiva visa também acautelar o meio social.

A garantia da ordem pública visa assegurar a manutenção da paz e a tranquilidade social, impedindo
que o agente possa delinquir novamente, além de resguardar a própria credibilidade da Justiça,
reafirmando a validade e autoridade da ordem jurídica posta em perigo pela gravidade concreta do crime
, circunstâncias do fato, bem como a reprovação social do crime.

A autoridade coatora acertou em decidir pela manutenção da custódia preventiva do paciente, não
visualizando nenhuma ilegalidade na decisão, capaz de garantir os argumentos do impetrante, pois
fundamentada em elementos concretos dos autos, se mostrando temerária a concessão da liberdade de
Jeferson Ferreira Catarino.

Assim, descabe acolher a argumentação constante da impetração, acerca da possibilidade de revogação


da prisão cautelar decretada em desfavor do denunciado, visto que a decisão combatida atende ao
comando contido no art. 93, IX, da Constituição Federal.

Quanto a alegação da ausência de justificativa, pelo Magistrado a quo, dos motivos pelos quais não
seria cabível outra medida cautelar alternativa à prisão.

Examinando a decisão combatida, em conjunto com as informações prestadas pela autoridade coatora e
os documentos acostados aos autos, entre eles, a decisão que homologou o flagrante, entendo que tais
argumentos não podem ser acolhidos, pois a primeira está minimamente fundamentada, não apenas
nos elementos legais insculpidos no art. 312, CPPB, como em fatos concretos, devendo-se manter
a prisão cautelar para a garantia da ordem pública. Colaciono:

“(...) Ante o exposto, com fulcro nos artigos 310, II, 312, 313, I e 315 do CPP, CONVERTO a custódia
flagrancial em prisão preventiva de JEFERSON FERREIRA CATARINO, em face da necessidade de
garantir a ordem pública, além de não ser possível a incidência de medida cautelar diversa da
prisão preventiva (CPP, artigos 282 e 319). (...)”.

Além do que, restou claro que não é o caso de aplicação de medidas diversas da prisão, vez que
estas não são suficientes para acautelar a ordem pública.

A prisão preventiva foi decretada de modo escorreito, com fundamentos concretos diante dos fatos,
evidenciando a necessidade de garantia da ordem pública, não havendo razão para sua revogação,
pois presentes os requisitos da custódia preventiva, em estrita obediência com o que dispõe o art. 312
do CPP, o que impede a aplicação das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP.

Já no que diz respeito às qualidades pessoais do paciente elencadas no writ, verifica-se que elas não
são suficientes para a devolução da liberdade, ante ao disposto no Enunciado Sumular nº 08 do TJ/PA:
“As qualidades pessoais são irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, mormente
quando estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva”.

Por derradeiro, em que pese especificamente o pedido de substituição da medida constritiva de


liberdade por cautelar diversa, convém salientar mais uma vez que, se não bastasse a gravidade
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concreta do delito, vislumbra-se a presença de requisito justificador da prisão preventiva, sendo


incabível conceder ao acusado tal benesse.

Ante o exposto, conheço da ordem impetrada, e DENEGO-A, nos termos da fundamentação.

É O VOTO.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0808049-98.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: PABLO DI TARSO


MOURA PAIXAO Participação: ADVOGADO Nome: MIGUEL PANTOJA AIRES NETO OAB: 26894/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUÍZO DA 4ª VARA CRIMINAL DE BELÉM Participação:
FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Gabinete do Desembargador Rômulo Nunes

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) 0808049-98.2021.8.14.0000


Advogado: MIGUEL PANTOJA AIRES NETO
Paciente: PABLO DI TARSO MOURA PAIXÃO

D E S P A C H O

Cuida-se de Habeas Corpus Liberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor de PABLO DI TARSO
MOURA PAIXÃO, acusado da prática do crime previsto no artigo 157, do CPB, preso em flagrante delito
no dia 02/08/2021, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da Vara e Inquéritos Policiais da
Comarca de Belém.

Inicialmente o presente writ foi impetrado em Regime de Plantão Judiciário no dia 06/08/2021, ocasião que
a Magistrada Plantonista indeferiu o pedido de liminar, solicitou informações à autoridade inquinada
coatora e determinou que depois o feito fosse remetido ao Ministério Público para elaboração de parecer
(Id. Doc. nº 5868115 - páginas 1 a 3), entretanto tais trâmites não foram realizados.

Assim sendo, reitere-se o pedido de informações do referido writ, após, encaminhem-se os autos ao
Parquet para emissão de parecer. Por fim, retornem conclusos.

Outrossim, verifica-se que a Desembargadora Maria Edwiges de Miranda Lobato figura como relatora
deste Habeas Corpus, visto que inicialmente foi distribuído a sua relatoria, todavia em função do
afastamento de suas atividades regulares, o feito veio à minha relatoria, por essa razão, nos termos do
artigo 119, do Regimento Interno desta Corte, após a emissão do parecer ministerial, remetam-se os autos
à relatora preventa para julgar o presente writ.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém. (PA), 13 de agosto de 2021.

Desembargador RÔMULO NUNES

Relator

Número do processo: 0805633-60.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: CLEITON RIBEIRO


TENORIO registrado(a) civilmente como CLEITON RIBEIRO TENORIO Participação: ADVOGADO Nome:
WLANDRE GOMES LEAL OAB: 013836/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: 1ª VARA
CRIMINAL DE CAMETÁ Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0805633-60.2021.8.14.0000

PACIENTE: CLEITON RIBEIRO TENORIO

AUTORIDADE COATORA: 1ª VARA CRIMINAL DE CAMETÁ

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA

HABEAS CORPUS. ART. 121, § 2º, INCS. II E IV E ART. 121, INCS. II E IV, C/C ART. 14, II, TODOS DO
CPB. PRISÃO PREVENTIVA. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO. ILEGALIDADE. TESE EQUIVOCADA.
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. DESCABIMENTO. CONDIÇÕES PESSOAIS
FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. SÚMULA Nº 08 DO TJPA. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. Com efeito, observa-se que a defesa laborou em equívoco ao alegar que a custódia cautelar do
paciente foi decretada de ofício, ao arrepio da Lei nº 13.964/19, pois à ID 5651366, resta induvidoso o
requerimento formulado por parte do Parquet Estadual, à decretação da prisão preventiva do acusado.

2. In casu, extrai-se que a decisão que decretou a prisão preventiva do paciente apresenta fundamentação
idônea, mais precisamente para garantir a instrução criminal e a ordem pública, requisitos previstos no art.
312, do CPPB, daí que o referido decisum não está amparado em simples suposição de perigo, mas em
relatos reais de ocorrências de crimes, não configurando medida desarrazoada ou arbitrária, como afirma
a defesa.

3. Por fim, a alegação de há outro forte motivo para que seja concedida a revogação da custódia cautelar,
em razão do requerente ser primário, ter família constituída, morando no distrito da culpa, podendo
facilmente ser localizado e observado pelo juízo para garantia processual, por si só, não é capaz de fazer
valer seus fundamentos, quando existem, nos autos, outros elementos ensejadores da custódia cautelar,
consoante Súmula nº 08, deste Egrégio Tribunal.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores


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componentes da E. Seção de Direito Penal, à unanimidade, pelo conhecimento do writ impetrado e, no


mérito, pela denegação da ordem nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sala das Sessões Virtuais do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, de 10 a 12 de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Exmo. Sr. Des. Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus Preventivo com pedido de liminar, impetrado em favor do paciente
Cleiton Ribeiro Tenório, contra ato do douto Juízo de Direito da Vara Criminal da Comarca de
Cametá/PA, nos autos do processo n.º 0000994-74.2009.8.14.0025, acusado da prática dos crimes
tipificados nos artigos. 121, § 2º, incs. II e IV e 121, § 2º, incs. I e IV, c/c art. 14, inc. II, todos do Código
Penal brasileiro.

Aduz a impetração, que o paciente está em risco iminente de ser preso ilegalmente por ocasião de
decreto de prisão preventiva emanado, de ofício, e sem qualquer fundamentação jurídica pela autoridade
coatora, ferindo de morte os preceitos dos arts. 311 e 312, § 1º e § 2º, ambos do CPPB, com redação
dada pela Lei no 13.964, de 2019, já que não há requerimento do Ministério Público, do querelante ou do
assistente e, nem tampouco representação da autoridade policial.

Alega o paciente prestou depoimento em sede policial, onde alegou ter agido sob o manto da excludente
de ilicitude da legítima defesa, logo após ter sofrido diversas ameaças e agressões por parte das vítimas.

Afirma o ilustre causídico, que seu constituinte sempre contribuiu para as investigações, tanto que a
autoridade policial, na conclusão do relatório policial optou por não representar pela prisão preventiva do
paciente.

Assevera, ainda, que o paciente faz jus a sua liberdade, por ser réu primário, sem antecedentes criminais,
possuidor de residência fixa no distrito da culpa e ocupação laboral lícita, dentre outros requisitos objetivos
e subjetivos que ele apresenta e que a Lei assim exige.

Por fim, após transcrever entendimentos que julga pertinentes ao seu pleito requer o nobre advogado
impetrante, liminarmente, a concessão da ordem, a fim de que seja revogado o mandado de prisão
preventiva do paciente Cleiton Ribeiro Tenório, com a expedição do respectivo contramandado e, no
mérito, pugna pela confirmação da liminar.

Juntou documentos de fls. e fls.

À ID 5457219, por não vislumbrar presentes os requisitos indispensáveis à concessão da liminar, a


indeferi.

Nesta Instância Superior, à ID 5539035, 4º Procurador de Justiça Criminal, Dr. Francisco Barbosa de
Oliveira, manifesta-se pelo conhecimento e denegação do habeas corpus impetrado em favor de
Cleiton Ribeiro Tenório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

À ID 5602289, chamei o processo à ordem para que fossem prestadas as informações por parte do Juízo
a quo.

À ID 5651366, a autoridade coatora prestou as informações de praxe.

À ID 5686931, o custos iures ratifica a sua manifestação anteriormente exarada, à ID 5539035, na qual
pronuncia-se pelo conhecimento e, no mérito, pela denegação da ordem.

É o relatório.

VOTO

Na hipótese retratada, observa-se que o paciente se encontra foragido por ter sido decretada a sua prisão
preventiva, já que foi acusado da suposta prática dos crimes descritos nos art. 121, § 2º, incs. II e IV e art.
121, § 2º, incs. I e IV, c/c art. 14, II, todos do CPB.

- Da ilegalidade do decreto constritivo

Aduz a impetração, que o paciente está em risco iminente de ser preso ilegalmente por ocasião de decreto
de prisão preventiva emanado, de ofício, pela autoridade coatora, ferindo de morte os preceitos dos arts.
311 e 312, § 1º e § 2º, ambos do CPPB, com redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019, já que não há
requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente e, nem tampouco representação da
autoridade policial.

Neste item, observa-se que a defesa laborou em equívoco, ao alegar violação à Lei nº 13.964/19, pois à
ID 5651366, resta induvidoso o requerimento formulado por parte do Parquet Estadual, à decretação da
prisão preventiva, quando assim se manifestou, verbis:

“Por todo o exposto, o indiciado vem demonstrando total desrespeito com a ordem pública e leis vigentes,
verificando estar patente todos os requisitos necessários à configuração e necessidade da prisão
preventiva do réu, sob fulcro no art. 312 que enseja imediata prisão preventiva do acusado, sendo esta
medida justa, necessária e urgente, apropriada ao caso, visto que o réu demonstra ser um grande risco à
Ordem Pública, Conveniência da Instrução Criminal e Aplicação da Lei Penal.

Por tanto, Exa., é cediço que a Prisão Preventiva é uma medida de exceção, mas que no presente caso
plenamente se justifica, pelos motivos expostos acima, razão pela qual o Ministério Público requer a
decretação da prisão preventiva do acusado”. (Grifos originais e nossos)

Assim sendo, verifica-se que a ilegalidade apontada pelo nobre advogado não mercê abrigo, já que a
custódia cautelar do paciente foi decretada pelo Magistrado do feito, ante o requerimento formulado pelo
Órgão Ministerial.

- Da ausência de fundamentação da prisão preventiva

A decisão vergastada, proferida em audiência ocorrida na data de 29/01/2020, fora assim fundamentada:

“Cuida-se de ação penal pública promovida pelo nobre órgão Parquet em que foi denunciado CLEITON
RIBEIRO TENÓRIO, por ter supostamente violado o dispositivo consignado no art. 121, I e III do CP e art.
121, § 2o, incisos I e II c/c do art. 14, II, ambos do Código Penal, com pedido de decretação de sua
prisão preventiva (fls. 33/36). (grifei)

Considerando tratar-se de crime doloso apenado com reclusão, bem como fortes indícios de autoria e
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materialidade delitiva, resta satisfeito os pressupostos objetivos da prisão preventiva. Dito isso, observo
que as medidas cautelares diversas da prisão preventiva, acima referida, não são suficientes para garantir
o regular andamento do processo e a ordem pública, sendo imprescindível, neste momento, a decretação
da prisão preventiva do denunciado, pois há fortes indícios de que o acusado cometeu crime gravíssimo,
tido como hediondo com resultado bastante gravoso, qual seja, a morte da vítima Alex Sousa Pereira;
além do risco à ordem pública, uma vez que em liberdade apresenta risco ao conjunto probatório do caso,
bem como tende a reiterar em condutas criminosas, devendo, portanto, ser preservada a ordem pública
por meio da decretação da custódia cautelar.

Destaco que os motivos que levam este juízo a decretar a prisão processual não dizem respeito somente à
gravidade em tese do crime, mas sim a periculosidade evidenciada do indiciado, que são situações
totalmente distintas.

ANTE O EXPOSTO, COMO FORMA DE GARANTIR A INSTRUÇÃO CRIMINAL E GARANTIR A ORDEM


PÚBLICA, verificando presentes os motivos ensejadores, em harmonia com a manifestação do órgão
Ministério Público, DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA DE CLEITON RIBEIRO TENÓRIO, qualificado
nos autos. (...)”

Decerto, tendo em vista a imprescindibilidade de fundamentação das decisões judiciais, notadamente


daquelas que impliquem no cerceamento da liberdade individual, consoante o disposto nos arts. 5º, LIX, e
93, IX, da Carta Magna, não se admite qualquer cerceamento de tal direito ex lege, devendo o decreto
segregacionista explicitar, concretamente, os motivos que o justificam.

Com efeito, a constrição preventiva, por se tratar de medida cautelar acessória e excepcional, que tem por
escopo, precipuamente, a garantia do resultado útil da investigação, do posterior processo-crime ou,
ainda, a segurança da coletividade, já que o preceito constitucional da presunção de inocência exige a
efetiva demonstração dos pressupostos do periculum libertatis e do fumus comissi delicti

In casu, extrai-se que a decisão que decretou a prisão preventiva do paciente apresenta fundamentação
idônea, mais precisamente para garantir a instrução criminal e a ordem pública, requisitos previstos no art.
312, do CPPB, daí que o referido decisum não está amparado em simples suposição de perigo, mas em
relatos reais de ocorrências de crimes, não configurando medida desarrazoada ou arbitrária, como afirma
a defesa.

Ademais, feitas essas considerações, deve-se valorizar a decisão singular por seus próprios fundamentos,
haja vista que a medida mais acertada deve ser a manutenção da custódia cautelar do paciente, até
porque tal medida de exceção poderá ser revista e revogada, quando desaparecerem os motivos que a
ensejaram.

- Das condições pessoais

Por fim, a alegação de há outro forte motivo para que seja concedida a revogação da custódia cautelar,
em razão do requerente ser primário, ter família constituída, morando no distrito da culpa, podendo
facilmente ser localizado e observado, pelo juízo para garantia processual, por si só, não é capaz de fazer
valer seus fundamentos, quando existem, nos autos, outros elementos ensejadores da custódia cautelar,
consoante Súmula nº 08, deste Egrégio Tribunal.

SÚMULA Nº 08: “As qualidades pessoais são irrelevantes para a concessão da ordem de habeas
corpus, mormente quando estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva”.

Ante o exposto e, na esteira do entendimento Ministerial, DENEGO a ordem impetrada.

É o voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desa. Vânia Lúcia Silveira

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0805470-80.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: GEOVANE DE


SOUSA GONCALVES COSTA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ANTONIO MATTOSINHO
GONCALVES DE OLIVEIRA OAB: 1224800A/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUÍZO
DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE PACAJÁ Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA
MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0805470-80.2021.8.14.0000

PACIENTE: GEOVANE DE SOUSA GONCALVES COSTA

AUTORIDADE COATORA: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE PACAJÁ

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS. ART. 217-A DO CPB. PLEITO DE ANULAÇÃO DE DECISÃO E DE


SUSPENSÃO DE AUDIÊNCIA. REEDIÇÃO DOS MESMOS FUNDAMENTOS DE DIREITO E/OU DE
FATO APRESENTADOS E JÁ ANALISADOS EM ANTERIORES IMPETRAÇÕES SOB OS Nº 0803799-
22.2021.8.14.0000 E 0804850-68.2021.8.14.0000, COM DENEGAÇÃO DA ORDEM EM 22/06/2021,
PERANTE ESTA EGRÉGIA CORTE. A reiteração de pleito com base em mesmo fundamento, já decidido
em habeas corpus anterior, impossibilita o reexame do mérito no âmbito da ação constitucional em mesma
instância. NÃO CONHECIMENTO.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores


integrantes da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, NÃO CONHECER
a ordem impetrada, nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sessão do Plenário Virtual do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, iniciada aos dez dias e finalizada aos
doze dias do mês de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus Liberatório com pedido de liminar impetrado em favor de G. DE S. G. C., em
face de ato do Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Pacajá/Pa, nos autos do processo n.º
0800353-95.2021.8.14.0069.

Consta da impetração que o paciente está preso preventivamente por suposta prática do delito previsto no
Art. 217-A do CP, desde o dia 29.03.2021.

Alega, inicialmente, há urgência na pretensão cautelar, sob o argumento de que o paciente está sofrendo
coação em sua liberdade de locomoção, ante as dantescas condições do sistema prisional, pois as
cadeias do país têm condições medievais e não possibilitam a reinserção social; bem como em razão dos
riscos atinentes à contaminação do Covid-19; e ainda, pela iminente realização da audiência de instrução
e julgamento marcada para o dia 28.06.2021.

Assevera que, a decisão judicial que ratificou o recebimento da denúncia malfere a legislação pátria, a
doutrina e a jurisprudência, que indicam que nos crimes que deixam vestígios, a denúncia deve
obrigatoriamente ser acompanhada do laudo pericial, o que não ocorreu no caso em apreço.

Aduz que pode ocorrer o trancamento do processo, em razão da evidente ausência de justa causa para a
manutenção da ação penal e para a manutenção da prisão do paciente.

Alega que o paciente está preso por mais tempo do que determina a lei.

Conclui, desta forma, que deve haver o trancamento do processo, a cassação da r. decisão judicial e a
revogação da prisão preventiva.

Dessa maneira, pugnou a defesa, para “liminarmente trancar o processo em epígrafe porque a denúncia é
inepta e lhe falta justa causa para a sua existência, uma vez que a denúncia fora proposta sem a prova da
materialidade do crime, isto é, o laudo pericial obrigatório nos crimes de deixam vestígios (Exame
Sexológico da Vítima); liminarmente cassar a decisão judicial de doc. 05 (I25396704) no que tange: I) ao
deferimento os pleitos acusatórios de ID 25135970 (doc. 03) e, II) a determinação dos ofícios necessários
para cumprimento do item 4 da cota ministerial de ID 25135970 (doc. 03), qual seja: a expedição de ofício
ao CPC Renato Chaves para que junte aos autos o Laudo do Exame Sexológico da Vítima, e, por
decorrência, indefira tal pretensão acusatória e retire a determinação de expedição de ofício ao CPC
Renato Chaves para que junte aos autos o Laudo do Exame Sexológico da Vítima, sobretudo porque o
Art. 3º-A do CPP abriga a natureza acusatória do processo, vedada a substituição da atuação probatória
do órgão de acusação; liminarmente reconhecer e declarar que o recebimento da denúncia (doc. 05 - ID
25396704) e a ratificação do recebimento dela de doc. 14 (ID 27790517) transforma o MM. Juiz a quo em
autoridade coatora da liberdade do Paciente e, por decorrência, revogar-se a prisão preventiva do
Paciente.” No mérito, pela concessão definitiva da ordem.

Indeferi a liminar por não vislumbrar presentes os requisitos indipensáveis à concessão e verificar que se
tratava de reiteração de pedido já apreciado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Solicitadas as informações a autoridade coatora esta informou (ID n. 5125691) que:

Trata-se de AÇÃO PENAL em trâmite regular nesta Comarca, na qual o Ministério Público Estadual
denunciou G.S.G.C., pelo crime previsto no art. 217-A, caput, c/c art. 226, II, do Código Penal,
supostamente cometido contra a criança G.D.S.S.

Deixo de relatar pormenorizadamente os eventos do processo de origem, tendo em vista que já o fiz em
três informações de Habeas Corpus encaminhadas à Seção de Direito Penal (processos n. 0803799-
22.2021.8.14.0000, 0804580-44.2021.8.14.0000 e 0804850-68.2021.8.14.0000), e passo a tecer minhas
considerações quanto ao ponto central do pedido de Habeas Corpus em epígrafe, qual seja, que a
denúncia deve obrigatoriamente ser acompanhada do Laudo Sexológico Forense.

Conforme informações encaminhadas por este juízo no dia 09/06/2021, a Seção de Direito Penal –TJPA,
através do expediente Of. 229/2021-PSDP, ID. 27704555, remeteu ofício n. 055856/2021-CPPE do
Superior Tribunal de Justiça para adoção imediata de providências, quanto a decisão do Habeas Corpus
n° 670.058/PA, que concedeu parcialmente a ordem liminar para anular o processo, a partir da segunda
decisão de recebimento da denúncia, devendo este juízo proferir outra decisão apreciando os termos da
resposta escrita à acusação.

Este juízo, em atenção à determinação contida no HC 670058/PA, decisão ID. 27704556, da lavra do Min.
Rogério Schietti, do STJ, proferiu nova decisão, em substituição à decisão ID. 26915575, em que foi
analisada as “preliminares” suscitadas pela defesa.

Em nova decisão, ID. 27790517, foi analisada a alegação da defesa de inépcia da denúncia por falta de
justa causa, diante do que considera ausência de materialidade, vez que não foi juntado aos autos o laudo
pericial.

Neste ponto, Exma. Sra. Relatora, tal alegação não prospera, vez que a denúncia preenche todos os seus
requisitos, conforme já reconhecido por este Juízo. Com efeito, a denúncia traz a exposição do fato
criminoso e todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e o rol de
testemunhas, estando presentes a materialidade e indícios de autoria.

Com relação à ausência do laudo pericial, é prescindível que ele acompanhe a denúncia, mormente no
presente caso, em que a denúncia não narra estupro na forma de conjunção carnal.

Ressalta-se que os crimes contra a dignidade sexual podem ser comprovados de variadas maneiras,
sendo o laudo pericial apenas uma delas. Como tais crimes muitas vezes não deixam vestígios, exigir que
a denúncia viesse acompanhada do laudo sexológico para caracterizar a materialidade do crime seria
desarrazoado e inviabilizaria o oferecimento de denúncia nos casos em que não houvesse conjunção
carnal.

Por fim, informo que este juízo ratificou o recebimento da denúncia e que o processo se encontra em seu
fluxo regular, aguardando a Audiência de Instrução e Julgamento, com Depoimento especial da Vítima,
que será realizada no dia 28/06/2021 às 12h00.

Nesta Superior Instância, o Procurador de Justiça Adélio Mendes dos Santos opina pelo não
conhecimento do writ.

Éo relatório.

Em tempo, determino que o feito tramite em segredo de justiça, na forma que preceitua o art. 234-A, do
CPB, por tratar-se de crime contra a dignidade sexual.
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VOTO

Da análise acurada dos presentes autos, bem como, com base nas informações do Juízo processante,
constata-se que as alegações esposadas pelo ilustre impetrante tratam de meras reiterações de pedidos já
analisados quando do julgamento dos autos de habeas corpus n.º 0803799-22.2021.8.14.0000 e 0804850-
68.2021.8.14.0000 os quais tiveram a ordem denegada à unanimidade de votos, conforme se vê das
ementas dos acórdãos em questão.

EMENTA: HABEAS CORPUS. ART. 217-A DO CPB. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE
JUSTA CAUSA. IMPROCEDÊNCIA. CASSAÇÃO DAS DECISÕES QUE OPORTUNIZARAM
MANIFESTAÇÃO MINISTERIAL. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. BUSCA DA VERDADE REAL. EXCESSO
DE PRAZO. NÃO CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. O trancamento da ação penal pela via do Habeas Corpus é medida de exceção, sendo admissível
somente em casos em que afloram evidente a inocência do acusado, a atipicidade da conduta ou a
extinção da punibilidade, circunstâncias essas não verificadas no caso em comento.

2. Quanto ao pedido de cassação das decisões que permite a réplica do Parquet e defere os pleitos
acusatórios de expedição de ofício ao CPC Renato Chaves, entendo que não restou demonstrado prejuízo
à defesa do paciente, eis que foram devidamente argumentados os motivos que levaram a esta razão de
decidir especialmente após a determinação do STJ, para que a magistrada coatora combatesse os
argumentos da defesa escrita.

3. Quanto ao suposto excesso de prazo para conclusão do autos, não há que se dar provimento, eis que o
feito encontra-se dentro da razoável duração, com a prisão realizada em 29.03.2021 e aguardando
audiência de instrução e julgamento para o próximo dia 28.06.2021.

4. ORDEM DENEGADA à unanimidade, nos termos do voto da Desembargadora Relatora. (Processo n.


0803799-22.2021.8.14.0000)

EMENTA: HABEAS CORPUS. ART. 217-A DO CPB. NÃO REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA.
MERA IRREGULARIDADE. RECOMENDAÇÃO N.º 62/2020 DO CNJ. MEDIDA DE PARA COIBIR RISCO
EPIDEMIOLÓGICO. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO DECRETO DE
CUSTÓDIA PREVENTIVA. INEXISTÊNCIA DE MOTIVOS AUTORIZADORES. IMPROCEDÊNCIA.
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. MODUS OPERANDI DO CRIME. PERICULOSIDADE DO RÉU PARA
A INTEGRIDADE FÍSICA DA VÍTIMA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. ORDEM
DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

1. A não realização da Audiência de Custódia pautou-se em razoáveis fundamentos, e com estrita


observância ao art. 8º da Recomendação n.º 62/2020 do Conselho Nacional de Justiça. Lado outro,
eventual mácula já encontra-se superada em razão da existência de novo título judicial, consistente na
decretação da sua prisão preventiva, devidamente fundamentada, a tornar legal a sua custódia preventiva.

2. Incabível a assertiva de ausência de fundamentação do decreto de custódia preventiva do paciente,


quando vê-se que estão presentes nos autos não só a prova de existência do crime e indícios de autoria,
como também a necessidade de garantia da ordem pública – pois presentes a gravidade concreta do
delito e a real periculosidade do agente, revelada pelo modus operandi e pela natureza do crime em tela –
e a conveniência da instrução criminal, dada a necessidade de proteger a integridade física da vítima,
como se já não bastassem os danos de ordem psicológica causados à menor, considerando que ele é
cunhado da vítima.
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3. Pouco importa se o paciente é possuidor de condições subjetivas favoráveis, tais como ocupação lícita
e residência fixa, pois tais fatos não autorizam, por si sós, a almejada concessão da liberdade, por
existirem, nos autos, outros elementos aptos a ensejar a prisão preventiva.

4. ORDEM DENEGADA à unanimidade, nos termos do voto da Desembargadora Relatora. (Processo n.


0804850-68.2021.8.14.0000)

Ante isso, constata-se que o impetrante reitera, no presente writ, a reedição de fundamentos já analisados
nos pedidos antecedentes, causando sobrecarga do judiciário que já encontra-se tendo que analisar
diversas demandas.

O paciente não colacionou nenhum documento novo sobre o estado de saúde do paciente como
integrante de grupo de risco.

Outrossim, é cediço que a impetração de outro habeas corpus para reexame de pedido, que se limita a
reproduzir, sem qualquer inovação de fato e/ou de direito, os mesmos fundamentos subjacentes a
postulações anteriores caracteriza indevida reiteração de pedido, estas já combatidas em outro mandamus
de minha relatoria, quando da denegação da Ordem por esta Colenda Seção, razão pela qual deixo de
conhecer deste quarto pedido de habeas corpus.

Desta forma, observada a natureza empregada ao presente remédio constitucional de reiteração de pleito
com base em mesmo fundamento, já decidido em habeas corpus anterior, impossibilita o reexame do
mérito no âmbito da ação constitucional em mesma instância, logo imperativo é o seu não conhecimento.

Por esses motivos, NÃO CONHEÇO do presente writ, tendo em vista a reiteração de pedido já apreciado
nos autos do HC nº 0803799-22.2021.8.14.0000 e 0804850-68.2021.8.14.0000, recentementes
denegados à unanimidade por esta Seção de Direito Penal desse E. Tribunal.

Éo voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Belém, 13/08/2021
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Número do processo: 0807438-48.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: LAIRTON DE ALFAIA


BAUNILIA Participação: ADVOGADO Nome: RAPHAEL MARCOS DE MELO GUEDES OAB: 20116/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ananindeua/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0807438-48.2021.8.14.0000

PACIENTE: LAIRTON DE ALFAIA BAUNILIA

AUTORIDADE COATORA: JUÍZO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ANANINDEUA/PA

RELATOR(A): Desembargadora ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO: ART. 33, DA LEI 11.343/06 (TRÁFICO).

ILEGALIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE. IMPROCEDENTE. PACIENTE PRESO POR POLICIAIS


QUE ATUAVAM NO COMBATE AO TRÁFICO DE DROGAS NO BAIRRO DO QUARENTA HORAS,
TENDO ESTES ATUADO EM RAZÃO DE DENÚNCIA DE TRÁFICO NA REGIÃO, SENDO
ENCONTRADO EM PODER DO PACIENTE DIVERSIDADE DE DROGAS. PRISÃO REALIZADA EM
CONTEXTO DE FLAGRÂNCIA DELITIVA.

AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA, NOS TERMOS DO ART. 312, DO CPP. NÃO
ACOLHIMENTO. PRISÃO PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NO CASO CONCRETO,
RESTANDO PREENCHIDOS OS REQUISITOS NECESSÁRIOS À SUA MANUTENÇÃO.

INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVA ATRIBUÍDA AO PACIENTE QUE


FORA PRESO POR POLICIAIS QUE O SURPREENDERAM NA POSSE DE VÁRIOS INVÓLUCROS DE
DIVERSOS TIPOS DE ENTORPECENTE.

FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA E LEGAL DO JUÍZO APONTADO COMO COATOR A QUANDO DA


PROLAÇÃO DO DECRETO PREVENTIVO, FUNDAMENTANDO SUA DECISÃO NA GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. NÃO OCORRENDO, PORTANTO, VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DE INOCÊNCIA.

DAS CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. AS QUALIDADES PESSOAIS DOS


PACIENTES NÃO LHES GARANTEM, POR SI SÓ, O DIREITO DE AGUARDAR O JULGAMENTO EM
LIBERDADE QUANDO PRESENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA, CONFORME
ORIENTA A SÚMULA Nº 08 DESTA EGRÉGIA CORTE.

MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. NÃO ACOLHIMENTO. É SABIDO QUE O DECRETO


DE PRISÃO PREVENTIVA DEVE SER TIDO COMO ÚLTIMA RATIO, ENTRETANTO, DIANTE DOS
ELEMENTOS CONTIDOS NOS AUTOS, IMPÕE-SE A SUA MANUTENÇÃO, POIS A IMPOSIÇÃO DE
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS NÃO SÃO OBRIGATÓRIAS QUANDO ESTAS NÃO SE
REVELAREM APTAS A ATINGIR SUA FINALIDADE.

HABEAS CORPUS CONHECIDO, ORDEM DENEGADA.


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Vistos etc.

Acordam, os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da Seção de Direito Penal, por


unanimidade, pelo conhecimento e denegação da ordem, nos termos do voto da Relatora.

Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Pará, aos dez dias do mês de agosto do ano de dois mil e
vinte e um.

Julgamento presidido pelo Exmº Sr. Desº. Mairton Marques Carneiro.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desª ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus Liberatório com pedido de liminar, impetrado por Advogado legalmente
constituído, em favor de LAIRTON DE ALFAIA BAUNILIA, apontando como autoridade coatora o MM.
Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal de Ananindeua.

Alega o impetrante que o paciente fora preso em 03/07/21, pela prática, em tese, do crime previsto no art.
33 da Lei 11.343/06, mas, que inexistem motivos para o decreto preventivo ante a ausência dos seus
requisitos autorizadores, nos termos do art. 312 do CPP, carecendo, portanto, de fundamentação idônea,
bem como por ser o paciente detentor de condições pessoais favoráveis, sendo a manutenção da custódia
violação ao princípio da presunção de inocência.

Requereu a concessão liminar da ordem e sua posterior ratificação, para que se substitua a medida mais
gravosa por quaisquer das cautelares diversas previstas no art. 319 do CPP.

Os autos foram recebidos durante o plantão judicial, tendo a plantonista os encaminhado à redistribuição,
ID 5759254; recebido neste gabinete, esta relatora se reservou para apreciar o pedido liminar após fossem
prestadas informações pela autoridade coatora, ID 5798641.

Prestadas as informações, ID 5824171/175, foi denegada a medida liminar, ID 5825887, sendo o feito
enviado à Procuradoria de Justiça para manifestação, tendo esta exarado parecer, ID 5860020, pelo
conhecimento e denegação da ordem.

É o sucinto relatório.

VOTO

Atendidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do habeas corpus.

Conforme a impetração, o paciente foi preso em flagrante pela prática, em tese, do crime previsto no art.
33 da lei 11.343/06 – tráfico de entorpecentes, mas que há inconsistências quanto ao flagrante, inexistindo
devida fundamentação à decisão que decretou a custódia cautelar.
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Não advém razão ao impetrante.

Conforme as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, o paciente foi preso em
flagrante delito no dia 02.07.2021, por suposta infringência ao artigo 33 da Lei 11.343/06; que em
audiência de custódia, realizada no dia 03.07.2021, o juízo plantonista homologou a prisão em flagrante,
bem como decretou sua prisão preventiva, com fulcro o art. 312 c/c o art. 313, I, do CPP, para garantia da
ordem pública e que, concluído o inquérito policial, o Ministério Público, em 26.07.2021, ofereceu denúncia
em seu desfavor, estando no aguardo da apresentação da defesa preliminar do paciente.

De acordo com a decisão que decretou a prisão preventiva do paciente, este fora flagrado por policiais na
posse de 23 petecas, embaladas em saco transparente, da substância semelhante a maconha e 8 petecas
embaladas de substância semelhante ao óxi; que a abordagem do paciente e mais 2 elementos se deu
após denúncia de que este e mais três elementos estariam comercializando drogas no bairro do 40 horas,
tendo um dos suspeitos conseguido se evadir, restando caracterizada a situação de flagrante do art. 302,
I, do CPP; que foram cumpridas todas as formalidades legais, como oitiva do condutor, das testemunhas e
do flagranteado, tendo sido expedida nota de culpa e de ciência das garantias constitucionais, bem como
efetuadas as comunicações necessárias acerca da prisão, restando, por fim, homologado o auto de prisão
em flagrante e convertido em prisão preventiva ante a necessidade de se assegurar o resguardo da ordem
pública e acautelar o meio social.

Observa-se, portanto, que não há que se falar na ocorrência de qualquer ilegalidade, pois os policiais
atuaram legitimamente e em decorrência de operação que visava coibir o tráfico de drogas no bairro do 40
Horas, sendo o paciente preso em flagrante e na posse de variado tipo de entorpecentes.

Acerca da inexistência de qualquer ilegalidade, assim se manifestou a Procuradoria de Justiça, verbis:

“Como sabido, a prisão preventiva tem cabimento quando presentes provas da materialidade do crime e
indícios suficientes de autoria, e quando evidenciada, ainda, a necessidade da medida para garantia da
ordem pública, conveniência da instrução criminal ou aplicação da lei penal, conforme estabelece o
art. 312, do CPP. Essa autuação foi dentro das formalidade legais.

Desse modo, percebe-se que restam devidamente preenchidos os pressupostos autorizadores da custódia
cautelar, visto que estão suficientemente comprovadas a materialidade e os indícios de autoria do crime
de tráfico de drogas, bem como o delito imputado ao paciente possui pena privativa de liberdade, em
abstrato, superior a 04 (quatro) anos (art. 313, I, do CPP), sendo, portanto, imperiosa a sua segregação
cautelar, como vista a garantir a ordem pública.

Sendo assim, demonstrada a necessidade de o paciente permanecer cautelarmente preso para a


garantia da ordem pública, nos termos do estatuído no art. 312 do Código de Processo Penal, não há
que se falar em direito absoluto de aguardar o trâmite do processo em liberdade, mormente diante
da permanência dos motivos que ensejaram a decretação da prisão preventiva.”

Neste sentido é a jurisprudência, a saber:

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. NULIDADE DO FLAGRANTE. INVASÃO DOMICILIAR.


INOCORRÊNCIA. 1 - Se a apreensão policial foi realizada em contexto de flagrância delitiva, não há
que se falar em invasão de domicílio, já que a própria CF autoriza o adentramento domiciliar sem
mandado judicial nos casos de flagrante delito (artigo 5º, inciso XI). DECISÃO DESFUNDAMENTADA.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ARTIGO 312, DO CPP. 2 - Estando insuficiente o fundamento do
decreto de prisão preventiva, deixando de trazer elementos concretos idôneos, baseado apenas em
apontamentos vagos e genéricos, a concessão da ordem ao paciente, vinculada às medidas cautelares do
artigo 319, do CPP, é medida que se impõe. ORDEM CONHECIDA E CONCEDIDA COM CAUTELARES.
(TJ-GO - HC: 07399820520198090000, Relator: Des(a). Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Data de
Julgamento: 27/02/2020, 1ª Câmara Criminal, Data de Publicação: DJ de 27/02/2020)
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Tem-se, portanto, caracterizada a hipótese de flagrante, prevista no artigo 302, incisos I, do Código de
Processo Penal e, estando o auto flagrancial revestido das formalidades legais, descabe falar em vícios ou
irregularidades, especialmente quando a prisão ocorreu em situação em que se registram fortes indícios
da prática do crime de tráfico de drogas, coadunando com o artigo 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
Ademais, é cediço que eventual ilegalidade na prisão em flagrante do agente está superada pela
decretação de sua prisão preventiva, que é o novo título legitimador do enclausuramento cautelar, na trilha
da orientação do Superior Tribunal de Justiça:

“A pretensão de reconhecer a nulidade do flagrante resta superada quando superveniente novo título a
embasar a custódia cautelar, qual seja, o decreto preventivo” (STJ, 5ª Turma, HC nº 447.846/SP, Rel. Min.
Jorge Mussi, DJ. de 22/11/2018).

Quanto à alegada falta de fundamentação do decreto prisional pela ausência dos requisitos ensejadores à
decretação e manutenção da custódia, nos termos do art. 312 do CPP, tenho que tal não procede uma vez
que a decisão de segregação imposta se mostra devidamente fundamentada, como se denota da
documentação acostada aos autos e das informações prestadas pela autoridade apontada como coatora,
uma vez que presentes indícios suficientes de autoria e prova da materialidade do crime de tráfico ilícito de
entorpecente, tendo o ora paciente sido preso em flagrante na posse de diversos tipos de substância
entorpecente de uso e comércio proibidos no país.

Observa-se que a decisão que decretou a custódia está fundamentada, dentre outros, na garantia da
ordem pública, não se configurando o alegado constrangimento ilegal uma vez que presentes os requisitos
do art. 312 do CPP, o qual dispõe:

ART. 312. A PRISÃO PREVENTIVA PODERÁ SER DECRETADA COMO GARANTIA DA ORDEM
PÚBLICA, DA ORDEM ECONÔMICA, POR CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, OU PARA
ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA LEI PENAL, QUANDO HOUVER PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME
E INDÍCIO SUFICIENTE DE AUTORIA.

Assim, restando devidamente comprovada a materialidade e presentes indícios de autoria, bem como
demonstrada a necessidade de garantir a ordem pública, não há que se falar em falta dos requisitos ao
decreto prisional.

Quanto à necessidade de garantia da ordem pública, tem-se que esta se mostra devidamente configurada,
principalmente diante do fato de o paciente ter sido flagrado na posse de tipos diferentes de substância
entorpecente.

Acerca da matéria, assim o C. STJ tem decidido:

HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO ORIGINÁRIA. SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO ORDINÁRIO.


IMPOSSIBILIDADE. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM
PREVENTIVA. SUPERVENIÊNCIA DE CONDENAÇÃO.NEGATIVA DO APELO EM LIBERDADE.
MESMOS FUNDAMENTOS DO DECRETO PREVENTIVO. AUSÊNCIA DE PREJUDICIALIDADE.
CUSTÓDIA FUNDADA NO ART.312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. GARANTIA DA ORDEM
PÚBLICA.QUANTIDADE DA SUBSTÂNCIA TÓXICA APREENDIDA. GRAVIDADE
CONCRETA.HISTÓRICO CRIMINAL DO AGENTE. RISCO EFETIVO DE
REITERAÇÃO.PERICULOSIDADE SOCIAL. SEGREGAÇÃO JUSTIFICADA E NECESSÁRIA. ALEGADA
DESPROPORCIONALIDADE DA CONSTRIÇÃO. VIA INADEQUADA. CONDIÇÕES PESSOAIS
FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA E NÃO COMPROVAÇÃO. MEDIDAS CAUTELARES ALTERNATIVAS.
INSUFICIÊNCIA E INADEQUAÇÃO. COAÇÃO ILEGAL NÃO DEMONSTRADA. WRIT NÃO
CONHECIDO.1. O Supremo Tribunal Federal não mais admite o manejo do habeas corpus originário em
substituição ao recurso ordinário cabível, por malferimento ao sistema recursal, entendimento que foi
adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, ressalvados os casos de flagrante ilegalidade, quando a ordem
poderá ser concedida de ofício.2. O advento de sentença condenatória não enseja a prejudicialidade do
reclamo no ponto relacionado à fundamentação da prisão preventiva quando os motivos que levaram à
manutenção da custódia foram os mesmos apontados por ocasião da decisão primeva.3. Não há
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ilegalidade na manutenção da prisão preventiva quando demonstrada, com base em fatores


concretos, a sua imprescindibilidade para garantir a ordem pública, dada a gravidade da conduta
incriminada e o histórico criminal do agente.4. Na hipótese dos autos, constata-se que a quantidade do
material tóxico apreendido e o local de grande circulação escolhido para o comércio proscrito, o metrô,
revelam maior gravidade pela potencialiade lesiva aumentada e um envolvimento habitual do paciente com
a narcotraficância, o que justifica a manutenção de sua prisão preventiva.5. O fato de o agente possuir
anotações pela prática de atos infracionais e ação penal em curso por crime patrimonial é circunstância
que indica a periculosidade social e a inclinação à prática de crimes, o que justifica sua segregação
provisória.6. Condições pessoais favoráveis, sequer demonstradas no caso em exame, não têm o condão
de revogar a prisão cautelar, se há nos autos elementos suficientes a demonstrar a sua necessidade.7.
Concluindo-se pela imprescindibilidade da preventiva, está clara a insuficiência das medidas cautelares
diversas da prisão, cuja aplicação não se mostraria adequada para o restabelecimento da ordem pública.8.
Habeas corpus não conhecido.(HC 447.764/DF, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado
em 12/02/2019, DJe 20/02/2019). Negritei

Ademais, a prisão preventiva que tem como fundamento a tutela da ordem pública encontra amparo na
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a saber:

PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO E


FURTO SIMPLES. PRISÃO PREVENTIVA. ÓBICE DA SÚMULA 691/STF. 1. O Supremo Tribunal Federal
firmou orientação no sentido da inadmissibilidade de habeas corpus contra decisão denegatória de
provimento cautelar (Súmula 691/STF). Ademais, o superveniente julgamento do mérito dos habeas
corpus impetrados nas instâncias de origem acarreta o prejuízo da impetração. 2. A gravidade em
concreto do crime e a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi, constituem
fundamentação idônea para a decretação da custódia cautelar (vg. HC 134.394, Rel. Min. Gilmar
Mendes; HC 130.778-AgR, Rel. Min. Luiz Fux; HC 1347.635-AgR, Rel. Min. Teori Zavscki). 3. Agravo
regimental desprovido.” (HC 137.310-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de
10/03/2017)

"HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS, POSSE E GUARDA DE INSTRUMENTOS DESTINADOS À


PREPARAÇÃO DE ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO PARA O NARCOTRÁFICO. PRISÃO
PREVENTIVA. ART. 312 DO CPP. PERICULUM LIBERTATIS. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
SUBSTITUIÇÃO POR MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS. IMPOSSIBILIDADE. EXCESSO DE PRAZO
PARA O ENCERRAMENTO DO FEITO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ORDEM DENEGADA.
RECOMENDADA CELERIDADE NA TRAMITAÇÃO.1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é
firme em assinalar que a determinação de segregar cautelarmente o réu deve efetivar-se apenas se
indicada, em dados concretos dos autos, a necessidade da cautela (periculum libertatis), à luz do disposto
no art. 312 do CPP.2. O Juízo singular apontou a presença dos vetores contidos no art. 312 do
Código de Processo Penal, em especial a garantia da ordem pública, ante o risco de reiteração
delitiva do acusado (que responde a outros processos criminais pela suposta prática de furto,
homicídio e tráfico de drogas). Há, portanto, elementos hábeis a justificar a segregação cautelar.3.
Por idênticas razões, as medidas cautelares diversas da prisão não constituem instrumentos
eficazes para obstar a reiteração da conduta delitiva.[...]6. Ordem denegada, com recomendação ao
Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Maracanaú - CE de que imprima celeridade na tramitação da
Ação Penal n. 0001308-13.2016.8.06.0117" (HC n. 372.748/CE, Sexta Turma, Rel. Min. Rogerio Schietti
Cruz, DJe de 24/5/2017, grifei).

Configurados, portanto, os requisitos do art. 312 do CPP, não há que se falar em falta de fundamentação
da decisão, tendo o magistrado singular devidamente demonstrado os motivos pelos quais decretou a
segregação cautelar do paciente.

Entendo, igualmente, que as alegadas condições pessoais favoráveis do paciente não se mostram, per se
, suficientes à concessão da ordem, pois, como cediço, eventuais condições pessoais favoráveis não são
suficientes para afastar a prisão preventiva quando existem motivos que a autorizam, nos termos da
Súmula 08 desta Corte, principalmente quando, como no caso dos autos, a medida se mostra
devidamente fundamentada.
584
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Vejamos a jurisprudência desta Egrégia Corte de Justiça:

HABEAS CORPUS - CRIME DO ARTIGO 157, PARÁGRAFO 2º, I E II C/C ARTIGO 14, II E ARTIGO 288
PARÁGRAFO ÚNICO DO CPB - EXCESSO DE PRAZO - IMPOSSIBILIDADE ANTE À APRESENTAÇÃO
DA DENÚNCIA - DESNECESSIDADE DA CUSTÓDIA - AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA E DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DO DECRETO PRISIONAL - IMPROCEDÊNCIA - QUALIDADES
PESSOAIS FAVORÁVEIS - INSUFICIÊNCIA - INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 08 DO TJPA - INVIÁVEL A
SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO POR MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS - DESCABIMENTO EM RAZÃO
DA PRESENÇA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA - ORDEM DENEGADA - DECISÃO
UNÂNIME. (...) 3. As qualidades pessoais são irrelevantes para garantir ao paciente o direito de
aguardar o julgamento em liberdade. Súmula nº 08 do TJPA; 4. Mostra-se descabida a pretensão de
substituição da custódia preventiva por outras medidas cautelares, tendo em vista que a prisão se faz
imprescindível para a garantia da ordem pública; 5. Ordem denegada. Decisão unânime. (488165, Não
Informado, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador Seção de Direito Penal, Julgado em
13/03/2018, Publicado em 20/03/2018). Grifei.

Quanto às medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do art. 319 do CPP, tenho que o magistrado
não é obrigado a aplicá-las quando evidenciada a necessidade da custódia, caso dos autos, não se
mostrando a aplicação de tais medidas alternativas suficientes ao caso concreto uma vez que necessária
a custódia preventiva para garantia da ordem pública, restando, por conseguinte, imperiosa a manutenção
da prisão preventiva, tendo em vista que há risco de ineficácia das medidas alternativas em coibir o
comportamento que ensejou o cerceamento da liberdade do paciente.

Apesar do entendimento já sedimentado de que a liberdade é a regra, sendo certo que o decreto de prisão
preventiva é a exceção, tem-se que, diante dos elementos contidos nos autos, não se vislumbra outra
possibilidade senão a manutenção da custódia do paciente, não prosperando a tese de imposição de
outras medidas cautelares, pois verifica-se que as medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código
de Processo Penal são insuficientes para assegurar a ordem pública.

Sobre o tema:

HABEAS CORPUS. (...). PRESENÇA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA. OFENSA À


ORDEM PÚBLICA CONFIGURADA. (...). MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. LEI Nº
12.403/11. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO AO PACIENTE. É sabido que o decreto de prisão
preventiva deve ser tido como a última ratio, como bem refere o §6º do artigo 282 do CPP, entretanto,
diante dos elementos contidos nos autos, impõe-se a sua manutenção. A prisão preventiva não depende
de prévia imposição de medidas cautelares diversas, quando estas não se revelarem aptas a atingir sua
finalidade. Na espécie, não se vislumbra outra possibilidade, senão a manutenção da segregação. (...). (
Habeas Corpus Nº 70071028161, Oitava Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Isabel
de Borba Lucas, Publicação: 28/09/2016). GRIFEI.

Portanto, estando a prisão processual devidamente fundamentada na garantia da ordem pública, não há
que se falar em ilegalidade capaz de justificar a sua revogação, em violação ao princípio de inocência e
tampouco em aplicação de medida cautelar alternativa tendo em vista que preenchidos os requisitos
constitucionais e infra legais autorizadores da medida mais gravosa, quais sejam, a excepcionalidade de
sua utilização ante a necessidade de garantia da ordem pública, em estrita obediência com o que dispõe o
artigo 312, do CPP, o que impede a aplicação das medidas cautelares do artigo 319 do CPP.

Diante do exposto, e por não observar na hipótese a existência de qualquer ilegalidade a ser sanada na
via estreita do writ, denego a ordem de habeas corpus impetrada.

É como voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desª ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

Relatora

Belém, 16/08/2021

Número do processo: 0807876-74.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: BENEDITA CRISTINA


DOS PRAZERES MIRANDA Participação: ADVOGADO Nome: ELIANE BELEM PINHEIRO OAB: 6382/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LUANE DE MELO RODRIGUES OAB: 21873/PA Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: VARA CRIMINAL DE ABAETETUBA/PA Participação: FISCAL DA LEI
Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

Classe: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Número: 0807876-74.2021.8.14.0000

Paciente: BENEDITA CRISTINA DOS PRAZERES MIRANDA

Impetrante: ADV. ELIANE BELEM PINHEIRO e LUANE DE MELO RODRIGUES

Autoridade coatora: JUÍZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ABAETETUBA

Órgão julgador colegiado: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

Órgão julgador: DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de habeas corpus liberatório com pedido de liminar impetrado por advogadas em favor de
BENEDITA CRISTINA DOS PRAZERES MIRANDA, com fulcro no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição
Federal c/c os arts. 647 e ss., do Código de Processo Penal, apontando como autoridade coatora o Juízo
de Direito da Vara Criminal da Comarca de Abaetetuba nos autos do processo nº 0005376-
86.2020.8.14.0070.

As impetrantes afirmam que a paciente fora presa, acusada da prática do crime inserto no art. 33 da Lei nº
11.343/2006 c/c art. 333, do CP.

Declinam que a paciente ostenta condições pessoais favoráveis: trabalho lícito, primária, residência fixa
no distrito culpa, sem antecedentes criminais.

Suscitam constrangimento ilegal, porque inexistem os requisitos da prisão preventiva e


fundamentação idônea no decreto cautelar.

Subsidiariamente, sustentam ser plenamente cabível a aplicação de medidas cautelares diversas da


prisão (CPP, art. 319).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Aduzem que a paciente é mãe de cinco filhos menores: um de 14, uma de 9 anos, um de 8 anos e uma de
2 anos de idade, razão pela qual faz jus à substituição da prisão preventiva pela domiciliar, na forma
do art. 318, V, do CPP e HC coletivo nº 143.641/SP do STF.

Por tais razões, requerem liminar para que seja expedido o competente alvará de soltura. No mérito,
pugnam pela confirmação da liminar em definitivo.

Juntam a estes autos eletrônicos documentos de fls. 18-30.

Distribuídos os autos à desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias, esta reservou-se para apreciar o
pedido de liminar após as informações da autoridade tida como coatora (fls. 31-32 ID nº 5848553), as
quais foram prestadas às fls. 40-41 (ID nº 5871496).

Em face de a relatora estar em gozo de férias regulamentares, os autos foram redistribuídos à minha
relatoria.

Éo relatório.

DECIDO

Inicialmente, assento minha prevenção para apreciar o presente writ, pois fui relatora de anterior HC, de nº
0810630-23.2020.8.14.0000, referente ao mesmo processo de 1º grau, impetrado em prol de corré, tudo
no termos dos art. 116 e 119, ambos do RITJPA.

Nesse sentido, sabe-se que para a concessão da medida liminar, torna-se indispensável que o
constrangimento ilegal esteja indiscutivelmente delineado nos autos (fumus boni juris e periculum in mora
). Constitui medida excepcional por sua própria natureza, justificada apenas quando se vislumbrar a
ilegalidade flagrante e demonstrada primo ictu oculi, o que não se verifica no caso sub judice.

De mais a mais, confundindo-se com o mérito, a pretensão liminar deve ser submetida à análise do órgão
colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações relatadas na exordial
após manifestação da Procuradoria de Justiça.

Ante o exposto, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido
de liminar.

Encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de parecer.

Em seguida, conclusos.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos

Relatora

Número do processo: 0807624-71.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: jose augusto


conceição silva Participação: ADVOGADO Nome: CESALTINO DE SOUZA AGUIAR JUNIOR OAB:
26192/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE
BUJARU Participação: AUTORIDADE Nome: SEAP - Diretoria de Execução Criminal - Outros
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO
587
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

Classe: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Número: 0807624-71.2021.8.14.0000

Paciente: JOSÉ AUGUSTO CONCEIÇÃO SILVA

Impetrante: ADV. CESALTINO DE SOUZA AGUIAR JUNIOR

Autoridade coatora: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE BUJARU

Órgão julgador colegiado: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

Órgão julgador: DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de habeas corpus liberatório com pedido de liminar impetrado por advogado em favor de
JOSÉ AUGUSTO CONCEIÇÃO SILVA, com fulcro no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal c/c os
arts. 647 e ss., do Código de Processo Penal, apontando como autoridade coatora o Juízo de Direito da
Vara Única da Comarca de Bujaru nos autos do processo judicial eletrônico nº 0001722-
58.2020.8.14.0081.

O impetrante aduz que o paciente fora preso em 14/04/2021, acusado da prática do crime de tentativa de
homicídio qualificado.

Suscita constrangimento ilegal, porque inexistem os requisitos da prisão preventiva e


fundamentação idônea no decreto cautelar, ponderando que “o paciente encontra-se em tratamento de
saúde, conforme laudos e documentos em anexos, fazendo o uso de bolsa de colostomia, necessitando
de tratamento asséptico para limpeza da mesma com soros e outros correndo risco de infecção sendo
mantido a sua custódia.”.

Subsidiariamente, sustenta ser plenamente cabível a aplicação de medidas cautelares diversas da


prisão (CPP, art. 319).

Declina que o paciente ostenta condições pessoais favoráveis: primário, residência fixa, profissão
definida e bons antecedentes.

Por tais razões, requer liminar para que seja expedido o competente alvará de soltura. No mérito, pugna
pela confirmação da liminar em definitivo.

Junta a estes autos eletrônicos documentos de fls. 17-83.

Reservei-me para apreciar o pedido de liminar após as informações da autoridade coatora e do Secretário
de Administração Penitenciária do Estado do Pará (fls. 84-86 ID nº 5792548), as quais foram prestadas às
fls. 94-96 (ID nº 5838851) e fls. 108-111 (ID nº 5921191).

Éo relatório.

DECIDO
588
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Para a concessão da medida liminar, torna-se indispensável que o constrangimento ilegal esteja
indiscutivelmente delineado nos autos (fumus boni juris e periculum in mora). Constitui medida excepcional
por sua própria natureza, justificada apenas quando se vislumbrar a ilegalidade flagrante e demonstrada
primo ictu oculi, o que não se verifica, por ora, no caso sub judice, sobretudo ao se apreciar os termos das
informações prestadas pela autoridade coatora e pela SEAP.

Ademais, confundindo-se com o mérito, a pretensão liminar deve ser submetida à análise do órgão
colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações relatadas na exordial
após manifestação da Procuradoria de Justiça.

Ante o exposto, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido
de liminar.

Encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de parecer.

Em seguida, conclusos.

Belém (PA), 11 de agosto de 2021.

Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos

Relatora

Número do processo: 0808217-03.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: JOAO FILHO CRUZ


ALVES Participação: ADVOGADO Nome: JEDYANE COSTA DE SOUZA OAB: 13657/PA Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE PEIXE BOI Participação:
FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PROCESSO N° 0808217-03.2021.8.14.0000

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

ÓRGÃO JULGADOR: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

COMARCA DE ORIGEM: PEIXE BOI/PA

PACIENTE: JOÃO FILHO CRUZ ALVES

IMPETRANTE: ADVA. JEDYANE COSTA DE SOUZA

IMPETRADO: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA

RELATORA: DESA. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus Liberatório, com pedido de liminar, impetrado em favor do paciente
JOAO FILHO CRUZ ALVES, contra ato do douto Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Peixe
Boi/PA, nos autos do processo nº 0002761-55.2016.8.14.0041.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Consta da impetração, que o no dia 16/03/2020 a autoridade coatora determinou a expedição do


mandado de prisão em desfavor do paciente, sob o argumento do trânsito em julgado do acórdão
prolatado por este Egrégio Tribunal, tendo a referida ordem sido cumprida pelo Delegado de Polícia Civil
de Peixe Boi no dia 03/08/2021.

Alega que dos termos do acórdão julgado pela 1ª Turma de Direito Penal, o Apelo interposto pelo paciente
foi parcialmente provido, sendo a pena condenatória reduzida para 05 (cinco) anos de reclusão a ser
cumprida em regime inicial semiaberto e 500 (quinhentos) dias multa.

Aduz a ilustre causídica, que a prisão do paciente estar eivada de vícios, dada a ausência de intimação do
advogado outrora habilitado, não se consumando o trânsito em julgado do v. acórdão, já que a defesa do
coacto vinha sendo patrocinada por advogado particular, Dr. José Flavio Ferreira de Albuquerque,
regulamente inscrito na OAB/PA 15.028, praticando diversos atos no curso da instrução processual.

Chama atenção para o erro constante na certidão acostada à fl. 127, visto que o v. acórdão não foi
publicado no diário de justiça, bem como os autos foram tramitados equivocadamente a Defensoria
Pública do Estado que, em manifestação, noticiou a existência de advogado particular habilitado no
processo, inexistindo renúncia do mandado outorgado, pugnando pela intimação deste, se abstendo de
apresentar recurso contra a decisão colegiada.

Assevera que, inobstante as ponderações ventiladas pelo Nobre Defensor, foi confeccionada a certidão de
trânsito em julgado em total prejuízo do paciente, não sendo lhe assegurado o direito de recorrer de
decisão prejudicial, sendo surpreendido com a expedição de decreto prisional e preso no dia 03/08/2021.

Assegura ainda a impetrante, que a decisão proferida pelo juiz de piso, está causando constrangimento
ilegal ao o paciente, pela ausência de trânsito em julgado do acórdão que deu parcial provimento ao apelo
por ele interposto, bem como pela ausência dos pressupostos autorizadores da prisão preventiva.

Por fim, após transcrever entendimentos que julga pertInentes ao seu pleito requer a nobre advogada
impetrante:

a) Concessão da MEDIDA LIMINAR diante da inexistência do trânsito em julgado do v. acórdão que


proveu parcialmente o Apelo interposto pelo paciente, estando a decisão repristinada eivada de vícios,
somado a ausência dos pressupostos previstos no artigo 312 do CPP, devendo o decreto prisional
revogado, expedindo-se o respectivo ALVARÁ DE SOLTURA em favor de JOAO FILHO CRUZ ALVES;

b) Que se dê prosseguimento ao feito para, ao final, conceder, de forma definitiva, a ordem do presente
writ, determinando assim a revogação da prisão preventiva decretada em desfavor do paciente
considerando a inexistência dos pressupostos previstos no artigo 312 do CPP e as medidas de prevenção
adotadas em combate ao coronavírus;

c) Em sendo diverso o entendimento dos Insignes Desembargadores, considerando os princípios da


razoabilidade e da proporcionalidade, requer a substituição da medida guerreada por qualquer outra
medida elencada no artigo 319 do CPP.

É o relato sucinto.

DECIDO

Em análise dos autos, não vislumbro, por ora, presentes os requisitos indispensáveis à concessão da
liminar requerida, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora, razão pela qual, a indefiro.

De mais a mais, as motivações que dão suporte à pretensão liminar confundem-se com o mérito do writ,
devendo o caso concreto ser analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu julgamento
definitivo pelo colegiado.
590
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Assim sendo, solicite-se as informações detalhadas à autoridade apontada como coatora, com o envio de
documentos que entender necessários para efeito de melhores esclarecimentos acerca deste habeas
corpus, nos termos da Resolução nº 004/2003 – GP.

Após, ao parecer do Órgão Ministerial, com os nossos cumprimentos.

Em seguida, retornem os autos conclusos à Relatora Preventa, Exma. Sra. Desa. Maria Edwiges de
Miranda Lobato, consoante ID 5927766, para análise do mérito do mandamus, vez que não há mais
medida de urgência a ser apreciada, nos termos do art. 112, § 2º, do RITJE/PA, devendo os autos
aguardarem o retorno da eminente Magistrada, caso ainda esteja afastada.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Número do processo: 0808306-26.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: DEFENSORIA


PUBLICA DO ESTADO DO PARÁ Participação: PACIENTE Nome: MARLESON LOPES DE LOPES
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZO DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL DE BELÉM
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

PROCESSO Nº: 0808306-26.2021.8.14.0000

ÓRGÃO JULGADOR: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

RECURSO: HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR

COMARCA: CAPITAL/PA

IMPETRANTE: DEFENSORA PÚBLICA ÚRSULA DINI MASCARENHAS

IMPETRADO: MM. JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA REGIÃO


METROPOLITANA DE BELÉM/PA

PACIENTE: MARLESON LOPES DE LOPES

RELATORA: DESEMBARGADORA VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Vistos, etc.,

Trata-se de Habeas Corpus com pedido de liminar impetrado em favor de MARLESON LOPES DE
LOPES, em face de ato do Juízo de Direito da Vara de Execuções Penais da Região Metropolitana de
Belém/PA, nos autos do processo de execução penal n.º 0019616-57.2020.8.14.0401.

Consta da impetração que o paciente, atualmente, cumpre pena em regime fechado, tendo, todavia,
cumprido o requisito objetivo para a progressão ao regime semiaberto em 01.08.2021. O pleito de
progressão, que se encontra em trâmite desde 02.05.2021, já possui certidão carcerária juntada em
06.05.2021, bem como, parecer favorável do RMP emitido em 21.05.2021. Todavia, o Juízo coator,em
31.05.201, determinou a realização de exame criminológico, com prazo de 30 dias.
591
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Alega, a impetrante, o constrangimento ilegal na liberdade de locomoção do paciente, ante o


excesso de prazo para a análise do pedido de progressão para o regime semiaberto, eis que o
referido exame criminológico não foi enviado pela SEAP até o presente momento, e sem qualquer
justificativa, atrasando ainda mais o direito à progressão já adquirido pelo apenado, que já cumpriu os
requisitos objetivos, além de apresentar boa conduta carcerária.

Ressalta que a ilegalidade de manter o apenado em regime mais gravoso, mormente em se considerando
a superlotação dos presídios, o atual quadro de pandemia, a suspensão da saída temporária do dia dos
pais e das visitas dos órgãos de fiscalização.

Pugna pela concessão liminar da presente ordem, a fim de que o paciente aguarde em regime
semiaberto o julgamento, pelo Juízo a quo, do pedido de progressão. Não sendo este o entendimento
desta Egrégia Corte, que seja determinado à autoridade coatora que julgue o pedido de progressão
de regime, no estado em que se encontram os autos de execução.

É o sucinto relatório.

Decido.

A priori, anoto que a concessão da tutela emergencial em sede de habeas corpus caracteriza providência
excepcional adotada para corrigir flagrante violação ao direito de liberdade, de maneira que somente se
justifica o deferimento da medida em caso de efetiva teratologia jurídica.

Verifica-se, da documentação juntada pela impetrante, que o pleito de progressão de regime em


favor do paciente foi sobrestado pelo Juízo a quo, para ser analisado após a juntada do exame
criminológico, o que impede, ao menos por ora, o exame de seus argumentos, sob pena de supressão de
instância.

De outra banda, em sendo o fulcro do presente writ o excesso de prazo para a análise do pedido de
progressão para o regime semiaberto, uma vez que o referido exame não teria sido enviado pela
SEAP até a ocasião desta impetração, tenho que é impossível averiguá-lo neste momento, visto que
sua análise demanda maiores esclarecimentos a serem prestados pela autoridade coatora.

Ante o exposto, não vislumbro presentes os requisitos indispensáveis à concessão da liminar


requerida, quais sejam, o periculum in mora e o fumus boni iuris, razão pela qual a indefiro.

Solicitem-se informações detalhadas à autoridade apontada como coatora, com o envio de


documentos que entender necessários para efeito de melhores esclarecimentos neste habeas corpus, nos
termos da Resolução n.º 004/2003 – GP e do Provimento Conjunto n.º 008/2017 – CJRMB/CJCI.

Após, ao parecer do Órgão Ministerial, com os nossos cumprimentos.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Número do processo: 0808434-46.2021.8.14.0000 Participação: IMPETRANTE Nome: LUIZ ROBERTO


DUARTE DE MELO Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ ROBERTO DUARTE DE MELO OAB:
592
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

5789/PA Participação: PACIENTE Nome: DIEGO DIAS DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome:
LUIZ ROBERTO DUARTE DE MELO OAB: 5789/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZ
DA 4ª VARA DO TRIBUNAL DO JURI Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

Habeas Corpus nº. 0808434-46.2021.8.14.0000

ATO ORDINATÓRIO

De ordem, considerando que o presente feito se encontra no rol de competência pertencente à Seção de
Direito Penal, conforme disposto do art. 30 do Regimento Interno deste Tribunal, bem como, tendo em
vista a urgência que o rito de Habeas Corpus requer, devolva-se os autos à Secretaria para providenciar a
redistribuição do presente feito, considerando que a Exma. Desembargadora encontra-se de férias
regulamentares a partir de 03 de agosto de 2021, de acordo com o SIGA DOC PA-OFI-2020/04114, nos
termos do preconizado no art. 112 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

Marina do Valle Farias


Assessora de Desembargador

Número do processo: 0808431-91.2021.8.14.0000 Participação: REQUERENTE Nome: DANIEL SOUZA


ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO COLARES BARATA OAB: 16932/PA
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Diante do afastamento do Exmo. Desembargador Mairton Marques Carneiro das suas atividades
judicantes, em razão de gozo de férias, durante o período de 02 de agosto de 2021 a 31 de agosto de
2021, conforme o SIGA-DOC-PA-OFI-2020/06089, de ordem (art. 93, inciso XIV, CF/88), devolvo os autos
à Secretaria Judiciária para que providencie a distribuição do feito perante à Seção de Direito Penal, por
se tratar de Revisão Criminal.

ÀSecretaria para as formalidades de estilo.

Belém/PA, data da assinatura digital.

___________________________

RUBEM MARTINS PAIXÃO

Coordenador de Gabinete

Mat. 698

Número do processo: 0804016-65.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: ALEX COELHO


RAMOS Participação: ADVOGADO Nome: KELVYN CARLOS DA SILVA MENDES OAB: 26494/PA
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE
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IGARAPÉ-MIRI Participação: AUTORIDADE Nome: SEAP - Diretoria de Execução Criminal - Outros


Participação: AUTORIDADE Nome: CENTRAL DE TRIAGEM METROPOLITANA DE ABAETETUBA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0804016-65.2021.8.14.0000

PACIENTE: ALEX COELHO RAMOS

AUTORIDADE COATORA: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE IGARAPÉ-MIRI


AUTORIDADE: SEAP - DIRETORIA DE EXECUÇÃO CRIMINAL - OUTROS, CENTRAL DE TRIAGEM
METROPOLITANA DE ABAETETUBA

RELATOR(A): Desembargadora VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA

EMENTA

HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. INDEFERIMENTO DO PLEITO DE PRISÃO DOMICILIAR.


PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA RENAL QUE APRESENTA ENFERMIDADE SENDO
D EVID AM EN TE TRA TA DO NO E S TA B E L E CI ME NT O P RI S I O NA L . NÃ O E V I DE N C I A D O
CONSTRANGIMENTO ILEGAL ORDEM CONHECIDA E DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

Não havendo nos autos comprovação de que o paciente esteja extremamente debilitado e de que o
estabelecimento prisional não possui condições de oferecer o tratamento adequado não há que se falar
em substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, nos termos do art. 318, inciso II, do Código de
Processo Penal, pois é necessária a comprovação inequívoca sobre o comprometimento de saúde, em
virtude da inexistência de assistência necessária no interior do estabelecimento prisional. Precedentes
(STJ. RHC n. 58.378/MG), (STJ, 5a. T. AgRg no HC nº 430.756/SC).

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores


integrantes da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em DENEGAR a
ordem impetrada, nos termos do voto da Desembargadora Relatora.

Sessão do Plenário Virtual do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, iniciada aos dez dias e finalizada aos
doze dias do mês de agosto de 2021.

Julgamento presidido pelo Excelentíssimo Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora
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RELATÓRIO

Trata-se de habeas corpus para concessão de prisão domiciliar, com pedido de liminar, impetrado em
favor de ALEX COELHO RAMOS, em face de ato do Juízo da Vara Penal da Comarca de Igarapé-Miri nos
autos do Proc. n.º 0800387-51.2020.8.14.0022.

Aduz a impetrante, resumidamente, que o paciente foi preso em flagrante delito no dia 28 de setembro de
2020, por ter supostamente praticado os crimes previstos nos artigos 297 e 304, do CP e art. 14, da Lei nº
10.826/03.

Afirma que a instrução encontra-se encerrada no entanto que o paciente encontra-se em estado de saúde
debilitado, pelo diagnóstico de cálculos renais no rim esquerdo (hidronefrose), CID.: N20 e N13.

Requer o impetrante, a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, com aplicação de medidas
cautelares diversas da prisão.

Junta Relatório de Saúde n. 16/2021 datado de 25.02.2021 (ID n. 5085865).

Subsidiariamente, pleiteia pela revogação da prisão preventiva, mediante o pagamento de fiança, sem
prejuízo da aplicação de outras medidas cautelares.

Se superado este segundo pleito, que seja relaxada a prisão preventiva do paciente ante o excesso de
prazo de acordo com a recomendação deste E. Tribunal de Justiça.

Colaciona ainda, decisão datada de 29.04.2021 quando foi encerrada a instrução processual e concedido
prazo sucessivo de 05 (cinco) dias para as alegações finais da defesa, por escrito. Nesta mesma decisão
foi indeferido o pedido de liberdade do paciente e do outro acusado, que responde a mesma ação penal.

Da leitura acurada da decisão acostada verifiquei que não havia menção ao Relatório de Saúde n.
16/2021.

Reservei-me para apreciar a liminar após as informações circunstanciadas pela autoridade apontada como
coatora, de forma detalhada, e pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária-SEAP e Casa
Penal onde o paciente encontra-se custodiado.

Prestadas as devidas informações pela autoridade coatora, na data de 17.05.2021 (ID n. 5171878), esta
respondeu que:

“(...) informações acerca de autos de representação pela prisão preventiva que tramita nesta comarca, em
que figura como representado ALEX COELHO RAMOS, registrado sob o n° 0800594-50.2020.8.14.0022,
passo a relatar-lhe o que segue.

O paciente ALEX COELHO RAMOS, como incurso às penas do art. 297, art. 304, ambos do CP e art. 14
da Lei 10.826/03 (falsidade ideológica e porte ilegal de arma de fogo).

A presente medida originou-se de um flagrante, em 29.09.2020, no qual em uma barreira policial na


rodov.PA 151, KM-132, no veículo em que estavam 03 pessoas, dentre eles o paciente, foi encontrado
uma arma de gogo tipo pistola PT 838 calibre 380 e dois carregadores municiados, com 20 projeteis não
deflagrado calibre 380. Em seguida, verificou-se o uso de documento falso (cédula de identidade) e que o
paciente, junto com o outro acusado, eram foragidos do Sistema Penitenciário.

Em 30 de dezembro de 2020, em razão dos fatos, bem como ante a presença dos requisitos autorizadores
da prisão preventiva, foi homologada a prisão em flagrante e convertida em prisão preventiva em desfavor
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do representado Alex Coelho Ramos, nos termos do art. 312 e 313, inciso I, do CPP .

A partir disso, foi lavrado o Inquérito Policial no 00124/2020.100205-4 para a investigação do caso
narrado.

A Denúncia foi oferecida em 24.11.2020 (id 21430504) e recebida em 14.12.2020 (id 22027879).

Já foi oferecida resposta à acusação, em 02.11.2020 (id 2166758).

Em 04.05.2021 houve audiência de instrução, no qual foram ouvidas as testemunhas, feito o interrogatório
dos denunciados e foi indeferido o pedido de revogação da prisão do paciente (id 26287497).

Em 1.05.2021, o paciente apresentou os memoriais finais (id 26805941) e, portanto, os autos caminham
de forma bem célere, indo para a fase da sentença. (...)

A SEAP em informações prestadas na data de 19.05.2021 (ID n. 5191424), a Ilma. Diretora da Execução
Penal da SEAP assim informou:

“(...) Precipuamente, Excelência, cumpre salientar que a pessoa privada de liberdade em questão detém
status de preso condenado, em razão de sentença condenatória prolatada na ação penal de no 0082167-
02.2015.8.14.0061.

Por esta razão, iniciou a reprimenda corporal em 02/10/2015, no CRRT- CENTRO DE RECUPERAÇÃO
REGIONAL DE TUCURUI.

No que concerne ao atual estado de saúde do paciente, esta Secretaria vem a esclarecer que foram
requeridas à Diretoria de Assistência Biopsicossocial-DAB-SEAP-PA. Nesse sentido, o Diretor de
Assistência Biopsicossocial da DAB-SEAP/PA se pronunciou, em sede de Despacho a esta Diretoria
(DEC/SEAP/PA), encaminhando relatório sobre a as condições de saúde (em anexo), e informando que de
acordo com o laudo médico o PLL apresenta abscesso de bolsa escrotal, de conteúdo purulento em
fevereiro. Fora feita saída ao hospital de Santa Izabel para drenagem do mesmo. Feito medicação
antibiótica e dado sequência na unidade penal com antibióticos e curativos. Fora feito exame de
ultrassonografia de bolsa escrotal, em que se visualiza imagem nodular em epidídimo direito e esquerdo.
Fora referenciado ao especialista urologista para avaliação a ser seguida (Em aguardo). No momento,
encontra-se com dor na hemi bolsa escrotal esquerda. Em uso de anti inflamatório e analgésicos. (VIDE
LAUDO ANEXO).

Com essa vertente, sobreleva-se que intramuros a SEAP dispõe de assistência em saúde no nível de
atenção básica, conforme preconiza a LEP e as Diretrizes de Saúde do SUS e quando há
encaminhamentos para avaliação especializada ou para a rede de serviços de saúde de alta ou média
complexidade pelo médico da SEAP, as demandas são devidamente atendidas através do Núcleo Interno
de Regulação da SEAP em parceria com a SESPA ou pela rede de serviços privados de saúde. Nos casos
de urgências as PPLS são devidamente encaminhadas para as unidades de atendimento em saúde mais
próxima, bem como esta Secretaria dispõe de viatura e escolta para o atendimento extramuros, se
necessário.

Por outro lado, cumpre elucidar, Excelência, quanto às diretrizes de garantia de salvaguardar a saúde da
pessoa privada de liberdade, expressa no artigo 196 da Constituição Federal e no art. 41, VII da Lei de
Execução Penal, esta Administração Penitenciária no tocante à pandemia causada pelo novo Coronavírus,
conforme alegado pelo Nobre Impetrante, temos a informar que estar atendendo todos os procedimentos
da Recomendação no 62 do CNJ, bem como o Protocolo de Atendimento e enfrentamento ao COVID-19,
editado pela SEAP.
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Por fim, importante ressaltar que todas as medidas de prevenção e combate que estão sendo adotadas,
para resguardar a saúde dos custodiados, seus familiares e servidores públicos diante do cenário de
pandemia, são eficazes, além do Plano de Contingência ser cumprido dentro das orientações e normas da
Organização Mundial de Saúde (OMS), e em ênfase as medidas de assistência cabíveis ao paciente ALEX
COELHO RAMOS já estão sendo realizadas, assim observando o instituto supremo da dignidade da
pessoa humana. (grifei) (...)

Foi anexado despacho do Diretor de Assistência Biopsicossocial - DAB, datado de 14.05.2021 (ID n.
5191424), que transcrvo a parte que importa:

(...) No caso da PPL em tela, conforme laudo assinado pelo médico desta SEAP Orlando Athayde
CRM/PA 4706, o qual relata que a PPL apresenta abscesso de bolsa escrotal, de conteúdo purolento em
fevereiro. Fora feita saída ao hospital de Santa Izabel para drenagem do mesmo. Feito medicação
antibiótica e dado sequência na unidade penal com antibióticos e curativos. Fora feito exame de
ultrassonografia de bolsa escrotal, em que se visualiza imagem nodular em epidídimo direito e esquerdo.

Fora referenciado ao especialista urologista para avaliação a ser seguida (Em aguardo). No momento,
encontra-se com dor na hemi bolsa escrotal esquerda. Em uso de anti inflamatório e analgésicos. (...) -
grifei

Retornaram os autos conclusos para apreciação da medida liminar pleiteada, entanto, reputei necessárias
informações complementares para a análise da liminar (ID n. 5207169).

Em 09.06.2021 a SEAP prestou novas informações (ID n. 5339753), em 28 (vinte e oito) laudas com
cópias de laudos, exames e declarações médicas do estado de saúde do paciente embasada em Relatório
de Saúde n. 32/2021 (ID n. 5191424) que afirma que aquela “unidade penitenciária afirma que possui
estrutura para ofertar assistência em saúde básica com atendimentos em nível ambulatorial, para controle
da dor e acompanhamento dos sintomas apresentados. Recomenda-se que o tratamento do paciente deve
incluir atendimento com médico especialista da área de urologia ou nefrologia, para adequado seguimento
do caso”.

O Juízo Coator prestou novas informações (ID n. 5234215) aduzindo:

Quanto a informação solicitada para maiores esclarecimentos, corroboro à Vossa Excelência que houve o
pedido de Substituição de Prisão Preventiva por Prisão Domiciliar, em 01.03.2021, sob a alegação do
paciente estar acometido por cálculos renais de rim esquerdo (id 23819714).

Informo ainda que tal pleito foi analisado por este Juízo, em audiência de Instrução e Julgamento, no dia
29.04.2021, mas foi negado, sob o fundamento de estarem presentes os requisitos da materialidade do
delito e indícios de autoria, conquanto o teor da documentação que instruiu os autos, testemunhas e arma
de fogo apreendida (uma arma de gogo tipo pistola PT 838 calibre 380 e dois carregadores municiados,
com 20 projeteis não deflagrado calibre 380). Ademais, foi negado também sob a justificativa de se
assegurar a aplicação da lei penal, considerando os vários processos tramitando em diversas comarcas
conforme a certidão de antecedentes criminais; por utilizar documento falso (cédula de identidade) e que o
paciente, junto com o outro acusado, serem foragidos do Sistema Penitenciário.

Informo também que, na referida audiência, uma das testemunhas

afirmou em seu depoimento que no dia da prisão do acusado ocorreu um homicídio na cidade Mocajuba,
podendo estar relacionado com o paciente, o que justificaria o quantitativo de armamento. Fato que ainda
está sendo apurado mas, que foi mais um fator na negativa do pedido.
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Quanto aos esclarecimentos prestados pela SEAP e pelo Diretor de Assistência Biopsicossocial, nas
informações prestadas (ID n. 5339753) pela SEAP, depreende-se que não se trata de um caso doença
grave, conforme mencionei na decisão que indeferiu o pedido de liminar, que torno a transcrever:

(...) No caso da PPL em tela, conforme relatório de saúde assinado pelo enfermeiro desta SEAP, Claudio
P. Dias, COREN-PA 128.131, o qual relata que a PPL no dia 15/01/2021 realizou consulta particular com
médico urologista na CEMA. No dia 31/05/2021 foi solicitada à regulação/SEAP consulta na mesma
especialidade, já que no município de Abaetetuba não está oferecendo tal especialidade pelo Sistema
Único de Saúde- SUS. Informa ainda, que no momento o interno encontra-se estável, foi atendido pela
equipe de saúde da casa penal no dia 31/05/2021, referindo cólica renal bilateral (dores em cólica na
altura dos rins), sendo medicado com dipirona para dor. No dia 16/12/2020 o referido interno realizou
exame particular de ultrassonografia abdominal total na CEMA, Abaetetuba-PA, atestando pequenos
cálculo renais bilaterais e hidronefrose de rim esquerdo. No dia 17/12/2020 o interno realizou consulta
médica na unidade penal, onde foi realizado encaminhamento para urologista, em função dos cálculos
renais e do quadro de hidronefrose.

O setor de Regulação desta Diretoria de Assistência Biopsicossocial informa que já recebeu a solicitação e
já encaminhou à Secretaria de Saúde Pública- SESPA e aguarda retorno.

Neste sentido, a DAB-SEAP, encaminhou documento que comprova no Banco de Regulação do SUS que
há consulta agendada para especialidade urologista no HOSPITAL REGIONAL PUBLICO DR ABELARDO
SANTOS dia 16/06/2021 às 14h. (...) - (grifei)

Indeferi a liminar pleiteada por não verificar presentes os requisitos do fumus boni iuris e o periculum in
mora.

A Procuradoria de Justiça - Dra. Maria do Socorro Martins Carvalho Mendo emitiu parecer pela denegação
da ordem.

Éo relatório.

VOTO

Conheço do writ, ante a presença de seus pressupostos de admissibilidade.

No presente writ alega o impetrante que o paciente necessita de tratamento de saúde em casa pelo
diagnóstico de cálculos renais no rim esquerdo (hidronefrose), CID.: N20 e N13.

Suplica pelo direito do paciente receber tratamento adequado e humanitário.

Ocorre, que conforme o longo relatório produzido, que demonstra em especial que houve uma busca de
informações suficiente para abalisar a decisão, ora tomada, entendo que a ordem de habeas corpus não
merece ser concedida, pelos motivos que passo a expor.

As informações datada de 13.05.2021, da autoridade coatora demonstra claramente que houve a


formulação do pedido no Juízo a quo, no entanto, este limitou-se a informar os motivos da prisão
preventiva do paciente principalmente na necessidade de assegurar a aplicação da lei penal,
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especialmente pelo fato de ser o paciente foragido do Sistema Penitenciário.

Esclareceu ainda, aquele magistrado, que “uma das testemunhas afirmou em seu depoimento que no dia
da prisão do acusado ocorreu um homicídio na cidade Mocajuba, podendo estar relacionado com o
paciente, o que justificaria o quantitativo de armamento. Fato que ainda está sendo apurado mas, que foi
mais um fator na negativa do pedido”.

Pois bem. Verifica-se que os pressupostos autorizadores da constrição, bem como a ponderação em
relação à necessidade e adequação da medida extrema, foram analisados quando da decretação da
prisão preventiva do paciente, não se podendo falar em ausência de fundamentação na decisão proferida
pela ilustre magistrada de primeiro grau.

Ainda mais, quando analisada a certidão de antecedentes criminais do paciente (ID n. 5234216) e este
possui uma condenação pelos crimes previstos ART. 157, § 2o, INC. I, II E V DO CPB; ART. 288 CAPUT
DO CPB E ART. 244-B DO ECA., e ainda responde por outra ação penal pela prática do ART. 157,
CAPUT C/C 14, II DO CPB.

Todas essas circunstâncias estão somadas ao fato de que as demais informações demonstram que está
sendo oferecida assistência ao paciente nas medidas de controle de dor e acompanhamento dos sintomas
apresentados, e que possui consulta com especialista agendada para o dia 16.06.2021, conforme
documento acostado aos autos, tendo sido o paciente medicado para dor de acordo com ao Relatório de
Saúde n. 39/2021, que relata que o atual estado de saúde do paciente “encontra-se estável. Foi atendido
pela equipe de saúde desta unidade no dia 31/05/2021, referindo cólica renal, bilateral (dores em cólica na
altura dos rins), tendo sido medicado com dipirona para dor, em nível ambulatoria”.

Reforço que o paciente não apresentou de plano, um quadro grave nem ausência de assistência que
justifique a concessão da prisão domiciliar no presente momento.

Em que pese o paciente necessitar de atendimento médico especializado, não vislumbro motivos que
justifiquem que não possa esperar no presídio o tratamento que ante as informações está sendo prestado,
pois não é o caso de doença grave que necessite de atendimento domiciliar, sendo que já foram tomadas
todas as providências necessárias para tanto.

No presente caso as pedras nos rins não podem, com a devida vênia, serem consideradas doença grave,
que deixe o paciente extremamente debilitado a ponto de fazer incidir o disposto no artigo 318, inciso II, do
CPP, especialmente porque, conforme se denota da farta documentação apresentada, o tratamento dos
cálculos não está sendo negado ao paciente, que encontra apoio médico suficiente no local onde está
preso preventivamente.

Importante mencionar que a cirurgia para retirada das pedras não é altamente invasiva e é feita mediante
cirurgia percutânea ou endoscópica, de modo que, mesmo após o procedimento, é possível que o
paciente se recupere no próprio estabelecimento prisional que, frise-se, conta com a estrutura para tanto.
No mais, as dores relatadas pelo impetrante também podem ser, e estão, sendo tratadas pela via
ambulatorial, disponível no local onde o paciente encontra-se custodiado, ao passo que, ao menos por ora,
não cabe a substituição pleiteada.

Volto a reforçar que o paciente já estava foragido do sistema penitenciário. Assim, os argumentos trazidos
pela defesa não são capazes de desconstituir o decreto objurgado, que se encontra fundamentado em
elementos objetivos pertinentes ao caso concreto.

Em outras palavras, a adoção de providências mais brandas não se revelam adequadas a resguardar o
aventado risco à ordem pública, porquanto não desconstituem o contexto fático que serviu de base ao
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juízo de cautela e tampouco são necessárias para preservar a saúde do paciente, que está sendo
devidamente cuidado e assistido no estabelecimento prisional.

Colaciono ainda recente decisão o Órgão Superior de Justiça sobre o mesmo tema, vejamos:

"o deferimento da substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, nos termos do art. 318, inciso II,
do Código de Processo Penal, depende da comprovação inequívoca de que o réu esteja extremamente
debilitado, por motivo de grave doença aliada à impossibilidade de receber tratamento no estabelecimento
prisional em que se encontra”. (RHC n. 58.378/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, Quinta Turma, DJe
25/8/2015)

“AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO DOMICILIAR. TRATAMENTO DE SAÚDE.


REQUISITOS, INEXISTÊNCIA. ALTERAÇÃO DO JULGADO. EXAME APROFUNDADO DE FATOS E
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE NOVOS FUNDAMENTOS CAPAZES DE MODIFICAR O
ACÓRDÃO IMPUGNADO. AGRAVO IMPROVIDO. (…) 3. A prisão domiciliar humanitária, concedida aos
apenados acometidos de moléstias graves, por ser medida excepcional, exige não só a comprovação da
debilidade do condenado, mas também a constatação de que o tratamento adequado ao restabelecimento
de sua saúde encontra-se comprometido, em virtude da inexistência de assistência necessária no interior
do estabelecimento prisional. 4. Tendo a Corte originária concluído, por meio de nova perícia, que os
problemas de saúde da apenada, embora graves, poderiam ser tratados no interior do estabelecimento
prisional, descabe a este Sodalício, por meio do julgamento de habeas corpus, alterar tais fundamentos,
pois tal providência demandaria o exame aprofundado do contexto fático-probatório, incabível de realizar-
se por meio do rito célere e sumário do mandamus. Precedentes. 5. Agravo improvido. (STJ, 5a . T. AgRg
no HC nº 430.756/SC. Rel. Min. Jorge Mmussi. J. em 05/06/2018, DJe 15/06/2018)

AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO DE DROGAS.


PRISÃO PREVENTIVA. QUANTIDADE DE DROGA. ESPECIAL GRAVIDADE DA CONDUTA. GARANTIA
DA ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. REQUERIMENTO DE PRISÃO DOMICILIAR.
SITUAÇÃO DE PANDEMIA.

ART. 318, INCISO II, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA


EXTREMA DEBILIDADE POR MOTIVO DE DOENÇA GRAVE E DA INCOMPATIBILIDADE ENTRE O
TRATAMENTO MÉDICO E O ENCARCERAMENTO. ILEGALIDADE NÃO EVIDENCIADA. CONTEXTO
DE RISCO AFASTADO. AGRAVO DESPROVIDO.

1. Omissis.

2. A instância ordinária afirmou a inexistência de excepcionalidade a demonstrar a possibilidade de


concessão de prisão domiciliar ao ora Agravante, ante a ausência de comprovação de que ele esteja
extremamente debilitado e de que o estabelecimento prisional não possui condições de oferecer o
tratamento adequado, de modo que o indeferimento da prisão domiciliar está amparado na jurisprudência
desta Corte Superior, segundo a qual, à luz do disposto no art. 318, inciso II, do Código de Processo
Penal, o Acusado deve comprovar o grave estado de saúde e a incompatibilidade entre o tratamento de
saúde e o encarceramento.

3. A ausência de comprovação do grave estado de saúde e da incompatibilidade entre o tratamento de


saúde e o encarceramento, associada à informação de que o estabelecimento prisional adotou medidas
para evitar a contaminação dos presos, são fundamentos suficientes para afastar a tese de
incompatibilidade da prisão em estabelecimento prisional com a situação de pandemia.

4. Omissis.
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5. Agravo regimental desprovido.

(AgRg no HC 658.099/GO, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em 27/04/2021, DJe
05/05/2021)

Desta feita, não há que se falar em concessão da ordem, pois restou comprovado nos autos que não há
imprescindibilidade de cuidados domiciliares, ou qualquer situação excepcional - requisitos não
demonstrados, uma vez que o mesmo está recebendo o atendimento no tocante a sua saúde por parte da
SEAP ,consoante documento incluso, inclusive com consulta marcada com especialista para o dia
16/06/2021 ( ID 5339753 ).

Quanto ao alegado excesso de prazo, entendo que resta superado pois a instrução já se encontra
encerrada, no entanto, recomendo para que o juízo coator envide esforços para que tão logo seja
sentenciado o feito.

Ante o exposto, pelas razões declinadas no presente voto e em consonância com o parecer da
Procuradoria de Justiça, conheço e denego a ordem impetrada. Recomende-se ao Juízo a quo,
providências para a sentença do feito.

Éo voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desembargadora VÂNIA LÚCIA SILVEIRA

Relatora

Belém, 13/08/2021

Número do processo: 0806669-40.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: ADRIANO SARDINHA


Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: 3ª VARA CRIMINAL DE BELEM Participação: FISCAL DA
LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806669-40.2021.8.14.0000

PACIENTE: ADRIANO SARDINHA

AUTORIDADE COATORA: 3ª VARA CRIMINAL DE BELEM

RELATOR(A): Desembargadora ROSI MARIA GOMES DE FARIAS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. PRISÃO PREVENTIVA.


ARTIGO 157, §2º, II C/C 2-A, DO CÓDIGO PENAL (ROUBO QUALIFICADO).

DA AUSÊNCIA DE PROVAS. NÃO CONHECIMENTO. O HABEAS CORPUS, VIA CÉLERE E DE


COGNIÇÃO SUMÁRIA, NÃO COMPORTA DILAÇÃO PROBATÓRIA E, DOS AUTOS, NÃO SE OBSERVA
FLAGRANTE ILEGALIDADE À CONCESSÃO EX OFFICIO DA ORDEM.

AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO E JUSTA CAUSA NO DECRETO DE CUSTÓDIA PREVENTIVA DO


PACIENTE. INOCORRÊNCIA. A DECISÃO QUE DETERMINOU A SEGREGAÇÃO CAUTELAR
APRESENTA FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA, LASTREADA NAS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO
CONCRETO E COM FUNDAMENTO NA NECESSIDADE DE RESGUARDAR A ORDEM PÚBLICA, ALÉM
DO FUNDADO RECEIO DE REITERAÇÃO CRIMINOSA. NO CASO EM EXAME, A PRISÃO EM
FLAGRANTE FOI CONVERTIDA EM PREVENTIVA, SENDO RATIFICADA NA AUDIÊNCIA DE
CUSTÓDIA TENDO EM VISTA A PERMANÊNCIA DOS MOTIVOS QUE LEVARAM O MAGISTRADO AO
DECRETO. GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO. PACIENTE QUE, EM TESE, AUXILIOU TERCEIRO -
QUE ESTAVA ARMADO - NA PRÁTICA DO CRIME DE ROUBO, LHE DANDO COBERTURA NA FUGA.
INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA E PROVA DA MATERIALIDADE NA DECISÃO QUE
FUNDAMENTOU A PRISÃO PREVENTIVA.

CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. SUPOSTAS CONDIÇÕES PESSOAIS NÃO


IMPEDEM A DECRETAÇÃO E MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR QUANDO PRESENTES OS
REQUISITOS AUTORIZADORES DA MEDIDA. OBSERVÂNCIA AO ENUNCIADO DA SÚMULA Nº 08
DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL.

APLICAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO PREVISTAS NO ART. 319 DO


CPP. IMPOSSIBILIDADE. CUSTÓDIA CAUTELAR MANTIDA EM DECISÃO DEVIDAMENTE
FUNDAMENTADA. NECESSIDADE DE RESGUARDO DA ORDEM PÚBLICA CONFIGURADA.

HABEAS CORPUS PARCIALMENTE CONHECIDO. ORDEM DENEGADA.

Vistos etc.

Acordam, os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da Seção de Direito Penal, por


unanimidade, pelo parcial conhecimento e denegação da ordem, nos termos do voto da Relatora.

Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Pará, aos dez dias do mês de agosto do ano de dois mil e
vinte e um.

Julgamento presidido pelo Exmº Sr. Desº. Mairton Marques Carneiro.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desª ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Habeas Corpus Liberatório com pedido de liminar, impetrado em favor ADRIANO SARDINHA
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, apontando como autoridade coatora o MM. Juízo de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém.

Alega o impetrante que o paciente está sofrendo coação ilegal em sua liberdade de locomoção em razão
do decreto e manutenção de sua prisão preventiva; que o paciente foi preso em 04/06/21, pela prática, em
tese, do crime de roubo qualificado, artigo 157, § 2º, inciso II e § 2º-A inciso I, do Código Penal, sendo
denunciado em 21/06/21, sendo esta recebida em 23/06.

Aduz o impetrante que em 13/07/21 foi mantida a custódia, apesar do parecer ministerial favorável à
revogação da medida, restando configurado o constrangimento ilegal ante a ausência dos requisitos
autorizadores da custódia, nos termos do art. 312 do CPP, bem como por violação ao princípio do estado
de inocência.

Afirma que a defesa apresentou provas da não participação do paciente no crime pelo qual fora preso e
que possui residência fixa e trabalho lícito, sendo tal alegação corroborada pelo depoimento do corréu que
asseverou que o paciente somente lhe deu carona no dia dos fatos e que o magistrado singular, ao
denegar o pedido de revogação da custódia do paciente, não analisou o caso concreto, sequer se
manifestando acerca da possibilidade de aplicação de medida cautelar alternativa, nos termos do art. 319
do CPP.

Alegando inexistir fundamento na decisão proferida pelo Juízo singular, uma vez que ausentes os
requisitos do art. 312 do CPP, afirmando ainda ser o paciente detentor de condições pessoais favoráveis,
com emprego lícito e residência fixa, além de não haver provas de sua participação no suposto delito,
requereu a concessão liminar da ordem, com sua posterior ratificação para que seja este posto em
liberdade.

Recebidos os autos em distribuição este foi redistribuído em razão do afastamento desta relatora para o
gozo de férias, sendo recebido no gabinete do Des. Leonam Gondim que denegou o pedido liminar e
requisitou informações à autoridade apontada como coatora, sendo estas prestadas em ID 5698862/63/64
e 5699715/16.

Em parecer, ID 5823440, a Procuradoria de Justiça manifestou-se pelo conhecimento e denegação da


ordem.

É o relatório.

VOTO

O foco da impetração reside na alegação de que resta configurado o constrangimento ilegal à liberdade do
paciente por ausência de justa causa e fundamentação no decreto preventivo, afirmando ainda existirem
provas suficientes de sua não participação no delito.

Adianto, desde logo, que conheço em parte do recurso e, na parte conhecida, denego a ordem
impetrada, uma vez que não vislumbro qualquer coação ilegal a ser reparada.

Ressalto, inicialmente, que é pacífico o entendimento doutrinário e jurisprudencial que o habeas corpus,
via de cognição sumária, não comporta dilação probatória, só cabendo a análise de tal alegação quando o
suposto constrangimento se mostrar cabal, o que não é o caso dos autos.

Tem-se da documentação acostada aos autos, relato da vítima - em depoimento prestado à autoridade
policial, afirmando a efetiva participação do paciente no roubo do qual fora vítima, senão, vejamos:

“Consta do auto de flagrante que na manhã do dia 04.06.2021 a vítima estava na casa de sua irmã
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vendendo cosméticos e por volta das 10:30 horas quando foi surpreendida pelo indiciado Max, na sala da
residência, que portava uma rama de fogo, tipo revólver, anunciando assalto e exigindo que a vítima
entregasse seu tablet, da marca Samsung, pegou um celular vermelho da marca Samsung que estava em
cima da mesa, que pertence ao Sr. Jorge Paixão Barbosa, cunhado da vítima e antes de empreender
fuga, seu comparsa Adriano Sardinha pegou a bicicleta cinza da vítima e colocou dentro de uma
Kombi de cor branca e assim empreenderam fuga. Após terem sido perseguidos pela Polícia os
indiciados foram presos e com eles foram apreendidas a res furtitva, bem como a arma de fogo.”
(Grifei).

Como bem se observa do relato da vítima constante dos autos, o ora paciente efetivamente participou do
crime de roubo, sendo o responsável pela subtração da bicicleta da vítima que, como consta dos autos, foi
apreendida na Kombi de sua propriedade e à qual conduzia, não prevalecendo sua versão de que
somente dera uma carona ao corréu e de que só posteriormente tomou conhecimento de que este havia
praticado o assalto e, ainda que assim fosse, ao tomar conhecimento do crime manteve a condução do
corréu, o levando como seu “passageiro”, apesar de já ter tomado conhecimento de que este praticou o
roubo e de que estaria transportando o autor e fruto do crime, o que efetivamente não se justifica.

Assim, não sendo inconteste a alegação de ausência de provas, ante a presença de fortes indícios da
participação do paciente na empreitada delitiva, não conheço deste ponto do pedido.

No que concerne à alegação de ausência de fundamentação e justa causa ao decreto e manutenção da


custódia cautelar do paciente, verifico que o magistrado monocrático decidiu fundamentando
concretamente a necessidade da segregação cautelar nos requisitos previstos no artigo 312 do Código
de Processo Penal, sendo esclarecedor transcrever trechos da manifestação da autoridade dita coatora:

“Narra a exordial acusatória que na manhã do dia 04 de junho de 2021, o paciente juntamente com o
nacional Max William do Carmo das Dores, no interior de uma residência, localizada na Avenida Norte,
esquina com a Rua Nove, bairro Maracangalha surpreenderam as vítimas Gerson Sousa dos Santos e
Jorge Paixão Barbosa e, mediante

grave ameaça, com emprego de arma de fogo, anunciaram o assalto e subtraíram um tablete da marca
Samsung de cor branca e um aparelho de telefone celular, marca Samsung de cor vermelha e uma
bicicleta de cor cinza.”

Vejamos agora excerto da decisão que decretou a custódia do paciente, verbis:

“Dispõe a Constituição Federal, que “ninguém será levado a prisão ou nela mantido quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança” (art. 5º, LXVI). Somente havendo motivos imperiosos para a
segregação cautelar, deve o juízo restringir a liberdade do acusado, o

que se verifica neste caso, em que, analisando os autos, verifico estarem presentes os motivos para a
manutenção da custódia cautelar, posto que, em liberdade, poderá vir a prejudicar o andamento da
instrução criminal, ou se furtar à aplicação da lei penal, devendo-se ainda garantir a ordem pública.

Em que pese o pedido estar fundado na inexistência de pressupostos legais para a manutenção da
custódia cautelar, e conste parecer favorável do Parquet, entendo que os requisitos do art. 312 do CPP
ainda se encontram presentes, principalmente pelo fato de o réu possuir antecedentes criminais,
possuindo inclusive condenação, demonstrando, portanto, ser contumaz em práticas delitivas.

Assim, deve ser mantido fora do convívio social, posto que visando acautelar o meio social e ainda
garantir a credibilidade da justiça, que restou afetada por mais uma ocorrência criminosa, neste
município.

(...)
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A garantia da ordem pública restou comprometida. Conforme a doutrina de Fernando da Costa Tourinho
Filho, “entende-se por ordem pública a situação e o estado de legalidade normal em que as autoridades
exercem suas precípuas atribuições e os cidadãos as respeitam e acatam, sem constrangimento ou
protesto (...). Ordem pública é a paz, a tranquilidade no meio social” (in Código de Processo Penal
Comentado. Vol. 1. 6 Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2001, p. 312).

(...)

Ademais, é dever desta magistrada garantir a adequada instrução criminal, especialmente no crime
objeto do presente processo em que se deu no interior da residência da vítima com violência e
grave ameaça, com uso de arma de fogo e em concurso de agentes.

Ressalte-se que não se pode mais fechar os olhos para o crescente aumento de violência nesta cidade,
protegendo-se, com a medida cautelar de prisão, a comunidade local, visto que o acusado levou para as
ruas conduta perigosa, maléfica e desproporcional, causando ameaça a paz social, geradora de nefasta
consequência, o que deixa a sociedade temerosa e apreensiva quanto a quantidade de crimes.

Destaco que o papel do Estado-Juiz não é só de gerenciar a prova, mas também de resguardar os direitos
não só dos réus, mas também da sociedade, garantindo no mínimo, a paz social, o que entendo que se
atender aos pedidos realizados pelo Parquet e Defesa não estaria

resguardando tais direitos.

Ante o exposto e mais do que dos autos consta INDEFIRO o pedido de Revogação da Prisão
Preventiva formulado pelo nacional ADRIANO SARDINHA, posto çestarem presentes os motivos
ensejadores previstos no Art. 312, do Código de Processo Penal.”

Observa-se, portanto, que o Juízo utilizou de efetiva fundamentação para decretar e manter a prisão
preventiva do ora paciente, mostrando a decisão fundamentação suficiente a legitimar a constrição de sua
liberdade, atendendo, com isso, a exigência constitucional da efetiva fundamentação das decisões
judiciais. Ademais, da decisão proferida se denota a necessidade e a adequação da medida restritiva
atacada nesta ação mandamental uma vez que as circunstâncias do caso concreto demonstram a
presença dos indícios de autoria e da materialidade delitiva, bem como a necessidade de garantir a ordem
pública, apresentando a decisão lastro concreto e válido a legitimar a constrição da liberdade, atendendo,
com isso, a exigência constitucional da efetiva fundamentação das decisões judiciais.

Em outras palavras, a prisão provisória fora decretada e mantida por estarem presentes os requisitos da
tutela cautelar. Assim, existindo na decisão suficiente motivação acerca dos requisitos do artigo 312 do
Código de Processo Penal não há que se falar em falta de justa causa e fundamentação para a
segregação provisória, conforme se extrai da jurisprudência a saber:

HABEAS CORPUS ROUBO AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA INÉPCIA NÃO VERIFICADOS IDÔNEA E
CONCRETA DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA EXCESSO DE PRAZO NÃO CONFIGURADO
DENEGAÇÃO DA ORDEM. 1. Difícil acatar a tese de ausência de justa causa e trancamento da ação
penal. Os indícios de autoria revelam-se suficientes, corroborados por vários depoimentos, declarações e
outros meios de prova, assim como prova da materialidade do delito. Há embasamento para a denúncia
do Parquet e extraio que, para desconstituir o que se viu na narrativa do Ministério Público, seria
imprescindível instrução probatória incompatível com a via do Habeas Corpus. Ademais, os próprios
questionamentos elaborados pela defesa, a respeito da ausência de autoria, dizem respeito a matéria
meritória apurável em instrução criminal. (...) 2. Diante das informações prestadas pela Autoridade
impetrada, observa-se que a marcha processual se desenvolve dentro de tempo razoável, e seguindo
regular procedimento, de maneira que não se evidencia qualquer constrangimento ilegal a justificar a
revogação da prisão preventiva. Para mais, vale notar que a audiência de instrução e julgamento está
próxima de ocorrer e que, sem embargo da afirmação defensiva, o juízo a quo examinou recentemente o
pedido de liberdade provisória do paciente, entendendo pelo indeferimento. 3. Ordem denegada. (TJ-ES -
HC: 00335381220198080000, Relator: ADALTO DIAS TRISTÃO, Data de Julgamento: 22/01/2020,
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SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 24/01/2020).

HABEAS CORPUS. PACIENTE PRONUNCIADA. RECURSO EM LIBERDADE. DESCABIMENTO.


FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E DA APLICAÇÃO DA LEI
PENAL. MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. DESCABIMENTO. PANDEMIA COVID-19.
EXCEPCIONALIDADE. GRUPO DE RISCO. VULNERABILIDADE NÃO DEMONSTRADA. ORDEM
DENEGADA. 1. Subsistindo as razões que ensejaram a manutenção da prisão preventiva, inexiste
constrangimento ilegal na sentença de pronúncia que lhe nega o direito de recorrer em liberdade, vez que
ainda presentes os requisitos listados pelo artigo 312 do Código de Processo Penal. 2. (...). 5. Ordem
denegada. (TJMG - Habeas Corpus Criminal 1.0000.20.464762-2/000, Relator(a): Des.(a) Marcílio
Eustáquio Santos, 7ª CÂMARA CRIMINAL, julgamento em 29/07/2020, publicação da súmula em
29/07/2020).

Outrossim, são suficientes para a configuração do periculum in libertatis, a gravidade do delito e modus
operandi, tendo o magistrado singular ressaltado a violência com que fora praticado o crime, tendo o
paciente, supostamente, invadido a casa da vítima em companhia de um terceiro elemento, o que
efetivamente demonstra uma maior gravidade da conduta, sendo as informações da autoridade apontada
como coatora esclarecedoras acerca da necessidade da manutenção da segregação cautelar do paciente.

Portanto, ao contrário do que tenta fazer crer o impetrante, a decisão hostilizada não acarretou
constrangimento ilegal, pois presentes os requisitos legais do art. 312 do CPP, sendo necessária a
manutenção da custódia para garantia da ordem pública, conveniência da instrução penal e para
assegurar a aplicação da lei penal.

Quantos às supostas condições pessoais favoráveis do paciente, reitero aqui o entendimento de que tais
não são suficientes à revogação da prisão se o juízo de 1º grau fundamentou a necessidade de
manutenção da medida restritiva de liberdade, nos termos da Súmula 08 desta Egrégia Corte de Justiça e
da jurisprudência pátria. Vejamos:

“AS QUALIDADES PESSOAIS SÃO IRRELEVANTES PARA A CONCESSÃO DA ORDEM DE HABEAS


CORPUS, MORMENTE QUANDO ESTIVEREM PRESENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO
PREVENTIVA.”

HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA. GRANDE


QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. MEDIDAS CAUTELARES
DIVERSAS DA PRISÃO, AUSÊNCIA DE REAVALIAÇÃO DA CUSTÓDIA E IMPRESCINDIBILIDADE DO
PACIENTE PARA OS CUIDADOS COM SEU GENITOR. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ORDEM DE
HABEAS CORPUS PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO, DENEGADA. (...) 2. A
existência de condições pessoais favoráveis, tais como primariedade, bons antecedentes, ocupação lícita
e residência fixa, não é apta a desconstituir a prisão processual, caso estejam presentes os requisitos de
ordem objetiva e subjetiva que autorizem a imposição da medida extrema, como verificado na hipótese.
(...) 4. Ordem de habeas corpus parcialmente conhecida e, nessa extensão, denegada. (HC 613.952/SP,
Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em 01/12/2020, DJe 16/12/2020).

HABEAS CORPUS. ART. 33, DA LEI Nº 11.343/2006. CONDIÇÃO DE USUÁRIO E NÃO TRAFICANTE.
DESCLASSIFICAÇÃO DO ART. 33 PARA ART. 28, AMBOS DA LEI Nº 11.343/2006. COGNIÇÃO
INVIÁVEL. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA.
IMPOSSIBILIDADE NA ESTREITA VIA DO WRIT. PRECEDENTES DO STJ. 1 - Aferir se a droga
apreendida se destinava ao consumo próprio, como alegam os impetrantes ou à mercancia ilícita, é
questão que exige revolvimento fático-probatório, incompatível com a via estreita do habeas corpus.
NULIDADE DO FLAGRANTE DELITO POR VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO. PROVA ILÍCITA. INEXISTÊNCIA.
ESTADO DE FLAGRÂNCIA. CONVERSÃO DO FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA. NOVO TÍTULO.
(...)CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. SÚMULA Nº 08, DESTA CORTE. PRISÃO
PROCESSUAL DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. 4 - As condições pessoais favoráveis que alega
possuir o paciente não são, em si mesmas, suficientes para concessão da liberdade provisória, sobretudo
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quando a prisão processual se encontra justificada nos pressupostos do art. 312, do CPP como se nota da
decisão de homologação do flagrante e sua conversão em prisão preventiva acostada às fls. 103-107 (ID
nº 2475967) para garantia da ordem pública, diante da gravidade concreta do delito e as circunstâncias
efetivas do flagrante, predominando na pequena cidade interiorana de Baião-PA o pequeno tráfico.
ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA EM CONSONÂNCIA COM O PARECER
MINISTERIAL. UNANIMIDADE.” (TJE/PA. 2599585, 2599585, Rel. MARIA DE NAZARE SILVA
GOUVEIA DOS SANTOS, Órgão Julgador Seção de Direito Penal, Julgado em 17/12/2019, Publicado
em 20/12/2019).

Quanto às medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do art. 319 do CPP, tenho que o magistrado
não é obrigado a aplicá-las quando evidenciada a necessidade da custódia, caso dos autos, não se
mostrando a aplicação de tais medidas alternativas suficientes ao caso concreto uma vez que necessária
a custódia preventiva para garantia da ordem pública, restando, por conseguinte, imperiosa a manutenção
da prisão preventiva, tendo em vista que há risco de ineficácia das medidas alternativas em coibir o
comportamento que ensejou o cerceamento da liberdade do paciente.

Apesar do entendimento já sedimentado de que a liberdade é a regra, sendo certo que o decreto de prisão
preventiva é a exceção, tem-se que, diante dos elementos contidos nos autos, não se vislumbra outra
possibilidade senão a manutenção da custódia do paciente, não prosperando a tese de imposição de
outras medidas cautelares, pois verifica-se que as medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código
de Processo Penal são insuficientes para assegurar a ordem pública.

Sobre o tema:

HABEAS CORPUS. (...). PRESENÇA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA. OFENSA À


ORDEM PÚBLICA CONFIGURADA. (...). MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. LEI Nº
12.403/11. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO AO PACIENTE. É sabido que o decreto de prisão
preventiva deve ser tido como a última ratio, como bem refere o §6º do artigo 282 do CPP, entretanto,
diante dos elementos contidos nos autos, impõe-se a sua manutenção. A prisão preventiva não depende
de prévia imposição de medidas cautelares diversas, quando estas não se revelarem aptas a atingir sua
finalidade. Na espécie, não se vislumbra outra possibilidade, senão a manutenção da segregação. (...). (
Habeas Corpus Nº 70071028161, Oitava Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Isabel
de Borba Lucas, Publicação: 28/09/2016). GRIFEI.

Portanto, estando a prisão processual devidamente fundamentada na garantia da ordem pública, não há
que se falar em ilegalidade capaz de justificar a sua revogação, em violação ao princípio de inocência e
tampouco em aplicação de medida cautelar alternativa tendo em vista que preenchidos os requisitos
constitucionais e infra legais autorizadores da medida mais gravosa, quais sejam, a excepcionalidade de
sua utilização ante a necessidade de garantia da ordem pública, em estrita obediência com o que dispõe o
artigo 312, do CPP, o que impede a aplicação das medidas cautelares do artigo 319 do CPP.

Sobre a validade, por restar plenamente fundamentada a manutenção da prisão do paciente, se


manifestou a Procuradoria de Justiça em seu parecer, verbis:

“Por derradeiro, urge destacar que o decisum impetrado encontra-se devidamente fundamentado, nos
termos do art. 93, Inciso IX da Constituição Federal, vez que, o Magistrado singular examinou
criteriosamente a dinâmica dos fatos e enquadrou-a nos requisitos legais previstos no art. 312 do Código
de Processo Penal, justificando satisfatoriamente a necessidade de aplicação da medida extrema no
caso sub examen.

Desta feita, não vislumbramos a possibilidade de concessão do Remédio Heróico por qualquer
dos fundamentos manejados, razão pela qual, ao contrário do que tenta fazer crer os impetrantes, a
decisão hostilizada não acarretou constrangimento ilegal, nem é carente de fundamentação, sendo
necessária sua manutenção para garantia da ordem pública, visando a manutenção da paz e da
tranquilidade social, impedindo que o paciente venha a delinquir novamente, reafirmando a validade e
autoridade da ordem jurídica posta em perigo pela gravidade do delito, bem como, pela reprovação da
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sociedade local com o cometimento do crime.”

Ante o exposto, e por tudo que dos autos consta, voto pelo conhecimento e denegação da ordem.

É como voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desª ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

Relatora

Belém, 16/08/2021

Número do processo: 0806789-83.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: WESLEY MONTEIRO


DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO VAGNER RODRIGUES MONTEIRO OAB:
21422/PA Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: Vara criminal da comarca de bragança
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) - 0806789-83.2021.8.14.0000

PACIENTE: WESLEY MONTEIRO DA SILVA

AUTORIDADE COATORA: VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BRAGANÇA

RELATOR(A): Desembargadora ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

EMENTA

EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. ROUBO QUALIFICADO. ART.
157, § 2º, II E 2º - A, DO CPB.

EXCESSO DE PRAZO NA MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA- INOCORRÊNCIA. PACIENTE PRESO NO


ÚLTIMO DIA 12 DE DEZEMBRO. PLURALIDADE DE AGENTES, O QUE DEMANDA A PRÁTICA DE
DIVERSOS ATOS PROCESSUAIS, JÁ ESTANDO A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO DESIGNADA PARA O
PRÓXIMO DIA 14 DE OUTUBRO. TRAMITAÇÃO PROCESSUAL RAZOÁVEL E JUSTIFICADA PELO
JUÍZO A QUO. AUSÊNCIA DE DESÍDIA POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO. APLICAÇÃO AO CASO
DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE.

FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO QUE DECRETOU A SEGREGAÇÃO CAUTELAR.


INOCORRÊNCIA. DECRETO QUE SE MOSTRA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO NOS REQUISITOS
ELENCADOS NO ART. 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, SENDO A MANUTENÇÃO DA
CUSTÓDIA JUSTIFICADA NA NECESSIDADE DE GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA ANTE A
PRESENÇA DO FUMUS COMISSI DELICTI E DO PERICULUM LIBERTATIS. MANUTENÇÃO DA
SEGREGAÇÃO CAUTELAR COM O FITO DE PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA.
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SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR POR MEDIDA DIVERSA, NOS TERMOS DO ART. 318, VI,
DO CPP. IMPOSSIBILIDADE. PRESENÇA DOS REQUISITOS PRECONIZADOS NOS ARTS. 312 E
313, DO CPP, RESTANDO CONFIGURADO O FUMUS COMISSI DELICTI E O PERICULUM
LIBERTATIS, NÃO SE MOSTRANDO AS MEDIDAS DIVERSAS, PREVISTAS NO ART. 319 DO CPP,
SUFICIENTES AO CASO.

CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, EM


ORIENTAÇÃO UNÍSSONA, JÁ SE MANIFESTOU NO SENTIDO DE QUE PERSISTINDO OS
REQUISITOS AUTORIZADORES DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR (ART. 312, CPP), É DESPICIENDO O
RECORRENTE POSSUIR CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. SÚMULA 08 DESTA CORTE.
ADEMAIS, O PACIENTE RESPONDE A OUTROS FEITOS NA COMARCA.

PEDIDO DE EXTENSÃO DA LIBERDADE CONCEDIDA A CORRÉU PELO JUÍZO SINGULAR. NÃO


CONHECIMENTO. EM TENDO SIDO A LIBERDADE CONCEDIDA PELO MAGISTRADO A QUO, CABE
A ESTE DECIDIR SOBRE AS CIRCUNSTÂNCIAS E CONDIÇÕES À EXTENSÃO DO BENEFÍCIO AOS
DEMAIS CORRÉUS.

ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA PARTE, DENEGADA.

Vistos etc.

Acordam, os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da Seção de Direito Penal, por


unanimidade, pelo parcial conhecimento e DENEGAÇÃO DA ORDEM, nos termos do voto da Relatora.

Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Pará, aos dez dias do mês de agosto do ano de dois mil e
vinte e um.

Julgamento presidido pelo Exmº Sr. Desº. Mairton Marques Carneiro.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

DESª. ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

Relatora.

RELATÓRIO

Trata-se da ordem de Habeas Corpus Liberatório com pedido de liminar impetrada em favor de WESLEY
MONTEIRO DA SILVA, apontando como autoridade coatora o MM. Juízo de Direito da Comarca de
Bragança.

Alegou o impetrante, em síntese, que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal em sua liberdade
de locomoção em razão do excesso de prazo na manutenção de sua custódia.

Aduziu o impetrante que, conforme a denúncia, o paciente, em companhia de Fábio de Sousa Montelo,
teria praticado, em tese, a conduta prevista no art. 157, § 2º, II e § 2º - A e art. 71, § 1º, do CP, uma vez
que, com o uso de violência e grave ameaça, teria subtraído o bens das vítimas Cláudia Cristina Pinheiro
de Sousa e Maria Liliane Quadros de Lima.

Afirmou que, conforme o que consta dos autos, no dia 30/07/20, por volta das 12:44 hs, o paciente e seu
parceiro circulavam pela via pública em uma motocicleta, oportunidade em que, fazendo uso de arma de
fogo, se aproximaram da vítima Cláudia Cristina e a abordaram anunciando o assalto, subtraindo desta
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

joias e sua bolsa contendo dois aparelhos celular e dinheiro, evadindo-se em seguida; que no mesmo dia,
já por volta das 18:30, o paciente e seu parceiro, fazendo uso do mesmo modus operandi, renderam a
vítima Maria Liliane, subtraindo desta a bolsa que continha diversos documentos, dinheiro, cartões e um
telefone celular.

Sustenta que a prisão do paciente não pode subsistir, uma vez que o corréu foi preso em 31/07/20 e após
ser ouvido pela autoridade policial foi liberado, estando o paciente preso até a presente data, apesar de ter
sido preso em 13/12/20, apesar de não haver motivos a justificar a manutenção de sua custódia, restando
claro o alegado constrangimento ilegal ante o excesso de prazo a que não deu causa, bem como por
ausência de fundamentação da decisão que decretou a custódia.

Requereu a concessão a concessão liminar da ordem e, ao final, sua confirmação, ainda que com a
determinação de medidas cautelares diversas, nos termos do art. 319 do CPP.

Juntou documentos.

Os autos foram recebidos no gabinete da Desª. Nazaré Gouveia, sendo redistribuído em razão do
afastamento desta de suas atividades, sendo então recebido no gabinete do Des. Leonam Gondim que,
observando minha prevenção, determinou seu envio a meu gabinete, ID 5693417, tendo esta relatora
acolhido a prevenção suscitada e se reservado para apreciar o pedido liminar após fossem prestadas
informações pela autoridade inquinada coatora, ID 5714734.

Prestadas as informações, ID 5733331/332/333/334, foi denegada a liminar e determinada a remessa do


feito ao Ministério Público Estadual para emissão de parecer na qualidade de custus legis, tendo a
Procuradoria de Justiça, através de parecer, se manifestado pela denegação da ordem.

Éo relatório.

VOTO

A ação mandamental preenche os pressupostos e condições de admissibilidade, razão pela qual a


conheço e adianto, prima facie, que denego a ordem impetrada.

Écerto que por força da reforma introduzida pela Lei nº 11.719/2008, a prisão preventiva somente pode ser
decretada quando preenchidos os requisitos da tutela cautelar (fumus comissi delicti e periculum libertatis)
, previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, in verbis:

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica,
por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova
da existência do crime e indício suficiente de autoria.

Em face das normas jurídicas insculpidas no artigo 5º, incisos LIV e LVII, da Constituição da República de
1988, prevalece como regra em nosso sistema jurídico a liberdade, a qual somente será excepcionada
quando presentes os requisitos elencados no precitado artigo 312 do Código de Processo Penal.

Na esteira do artigo 311 do Código de Processo Penal, contudo, a prisão preventiva poderá ser decretada
em qualquer fase processual, nada obstando que tal ocorra em momento anterior ao trânsito em julgado
de uma decisão penal condenatória, apesar de ser uma medida segregativa da liberdade do indivíduo,
podendo ser determinada durante o curso do processo penal ou até mesmo antes, com natureza - como o
próprio nome diz - acauteladora do normal desenvolvimento do processo e da eficiente aplicação da Lei
penal.
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Feitas estas breves considerações, e adentrando ao mérito do mandamus, tenho como inocorrente o
alegado constrangimento ilegal por excesso de prazo na manutenção da custódia do paciente e ao
fim da instrução processual, pois, como se depreende dos documentos juntados aos autos, assim como
das informações prestadas pelo magistrado singular, o feito se encontra em marcha, estando somente no
aguardo da audiência de instrução já designada para 14 de outubro próximo, não havendo, portanto, que
se falar em excesso de prazo ao fim da instrução processual e na manutenção da custódia do paciente,
pois, ao contrário do alegado, há intensa movimentação processual, não estando os autos parados, mas
tão somente no aguardo da realização da audiência, já designada, sendo remansosa a jurisprudência no
sentido de que eventual demora no deslinde da ação se justifica quando não incide o Judiciário em
desídia, como no caso em análise, onde não se observa a ocorrência do aventado excesso de prazo e/ou
atraso no deslinde do feito.

Écerto que é direito da defesa pleitear em favor de seu constituinte, mas é certo também que os atos
processuais demandam tempo, e o simples aguardo de finalização de atos não são argumentos
suficientes a justificar a alegação de retardo da instrução, principalmente quando o feito apresenta
pluralidade de réus, caso dos autos, em que são dois os denunciados, apresentando igualmente
pluralidade de defensores, demandando uma diversidade de atos processuais à instrução do feito.

Ressalto, uma vez mais, o entendimento de que para o encerramento da instrução criminal, conforme já
pacificado no Superior Tribunal de Justiça, eventual ilegalidade da prisão cautelar por excesso de prazo
para sua conclusão deve ser analisada à luz do princípio da razoabilidade, sendo permitido ao Juízo, em
hipóteses excepcionais, a extrapolação dos prazos previstos na lei processual penal, porque o excesso de
prazo não resulta de simples operação aritmética, sendo justificável e não se constituindo em
constrangimento ilegal eventual atraso, e em consonância com o exposto, colaciono jurisprudência desta
Egrégia Corte ratificando o entendimento de que a demora justificada do processo não enseja coação,
vejamos:

EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. HOMICÍDIO – ARTIGO 121, § 2º, II; 121 § 2º, II C/C ART.
14, II. TODOS DO CÓDIGO PENAL.

ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA E FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DO DECRETO


CAUTELAR BEM COMO DA DECISÃO QUE DENEGOU SUA REVOGAÇÃO - INOCORRÊNCIA.
DECRETO CAUTELAR DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO NOS REQUISITOS ELENCADOS NO ART.
312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, NÃO SE CONFIGURANDO AFRONTA À NORMA DO ART.
93, IX, DA CF.

EXCESSO DE PRAZO: NÃO CONFIGURADO. TRAMITAÇÃO PROCESSUAL RAZOÁVEL E


JUSTIFICADA PELO JUÍZO A QUO. COMPLEXIDADE DA CAUSA. MÚLTIPLO NÚMERO DE
AGENTES ENVOLVIDOS NA AÇÃO DELITIVA. AUSÊNCIA DE DESÍDIA POR PARTE DO PODER
JUDICIÁRIO. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. CASO DE MANUTENÇÃO DA SEGREGAÇÃO
CAUTELAR, JÁ TENDO O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, EM ORIENTAÇÃO UNÍSSONA, SE
MANIFESTADO NO SENTIDO DE QUE PERSISTINDO OS REQUISITOS AUTORIZADORES DA
SEGREGAÇÃO CAUTELAR (ART. 312, CPP), É DESPICIENDO O RECORRENTE POSSUIR
CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS, NOS MOLDES DA SÚMULA 08 DESTA CORTE.

PEDIDO DE SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR POR MEDIDA DIVERSA. IMPOSSIBILIDADE.


EXISTÊNCIA DOS REQUISITOS PRECONIZADOS NOS ARTS. 312 E 313, DO CPP. PRESENÇA DO
FUMUS COMISSI DELICTI E O PERICULUM LIBERTATIS, NÃO SE MOSTRANDO AS MEDIDAS
DIVERSAS, PREVISTAS NO ART. 319 DO CPP, SUFICIENTES AO CASO.

NÃO CONCESSÃO DE QUAISQUER DAS MEDIDAS QUE NÃO CONFIGURA VIOLAÇÃO AO ARTIGO
318 DO CPP.

NECESSIDADE DE SE ASSEGURAR A ORDEM PÚBLICA E A INSTRUÇÃO PROCESSUAL. ORDEM


DENEGADA. (PROCESSO Nº 08061-43.2018.8.14.0000, RELATORA: Juíza Convocada ROSI GOMES
DE FARIAS, Data do julgamento: 24 de setembro de 2018)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Assim, embora a nova ordem constitucional apresente a liberdade como regra, somente excepcionando
aludido entendimento em casos estritamente forçosos, imperioso ressaltar que a segregação cautelar não
conflita com a presunção de inocência quando devidamente fundamentada pelo julgador a sua
necessidade, como é o caso dos autos, pois resta claro que a ordem pública deve ser assegurada com a
manutenção do encarceramento provisório do ora paciente, e a prisão fundada na garantia da ordem
pública tem o objetivo de evitar que os criminosos presos sejam postos em liberdade logo após a prática
do delito, sem qualquer reprimenda, gerando a sensação de impunidade e estimulando a voltarem a
delinquir.

Ademais, o conteúdo normativo do art. 321 do Código de Processo Penal, revela que somente é
possível conceder liberdade provisória quando ausentes os requisitos do art. 312 do mesmo diploma legal.
Em outras palavras, em interpretação a contrario sensu, presentes os motivos autorizadores da prisão
cautelar, deve ser indeferido o pedido de liberdade provisória.

Quanto à alegação de falta de fundamentação do decreto cautelar, tenho que tal também não prospera
pois a decisão proferida se mostra devidamente fundamentada no caso concreto e revela a necessidade
de sua manutenção diante da gravida do delito, em tese, praticado, tendo o magistrado singular, com base
em tudo que foi juntado aos autos – demonstrando indícios de autoria e prova da materialidade, convertido
a prisão em flagrante em preventiva, como se observa do excerto a seguir colacionado, verbis:

“Desta análise perfunctória, vislumbro que o autuado representa ameaça à ordem pública, especialmente
pelo alto grau de periculosidade que demonstrou, sendo certo que a pratica delituosa narrada com fortes
evidencias se desenvolveu através de sérios requintes de crueldade.

Cediço na jurisprudência e doutrina pátrias que a prisão preventiva, uma das modalidades de custódia
provisória, possui natureza cautelar, devendo estar presentes, para sua decretação, os requisitos do
fumus commissi delicti e do periculum libertatis.

Assim é que, em seu art. 312, o CPP determina que a prisão preventiva poderá ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente da
autoria.

No caso em apreço, as provas já acostadas aos autos, especialmente o depoimento das vítimas e das
testemunha colhidos em sede policial, apontam para o envolvimento dos representados, tendo estes
confessado a prática criminosa.

Verifico, portanto, as circunstâncias que justificam a decretação da custódia preventiva (prova da


materialidade e indícios da autoria) e que caracterizam o requisito do fumus comissi delicti.

No tocante ao requisito do periculum libertatis, verifico que o denunciado pode vir a cometer crime diante
dos fatos narrados na manifestação da autoridade policial. Sendo assim, frise-se, o cárcere preventivo se
justifica para assegurar a garantia da ordem pública.

É bem dizer, a conduta dos representados demonstra, no caso concreto, o perigo gerado pelo estado de
liberdade, indispensável ao decreto prisional. Demonstrados os pressupostos que autorizam a prisão
preventiva dos indiciados e, por entender que ainda se revela inadequada ou insuficiente a aplicação de
qualquer medida diversa da prisão, inafastável a decretação da custódia cautelar.

Diante do exposto, DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA DE FÁBIO DE SOUSA MONTELO e WESLEY


MONTEIRO DA SILVA, com fundamento no artigo 312, do CPP, especialmente para a garantia da ordem
pública.”

Da análise do decisum que decretou a prisão preventiva, ao norte colacionado, nota-se que o decreto
constritivo resta devidamente motivado, pois evidenciado o fumus comissi delicti, consubstanciado na
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prova da materialidade e na existência de indícios de autoria, bem como o periculum libertatis, fundado
este no risco de que o agente, em liberdade, possa abalar a ordem pública, dada a gravidade concreta do
delito que lhe é imputado, evidenciada a partir do seu modus operandi, sendo suficiente para denotar a
periculosidade social do agente e a necessidade de sua custódia, também para evitar reiteração delitiva.

E, neste sentido, já se manifestou o STJ, a saber:

HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO. TRÁFICO DE


ENTORPECENTES. FAVORECIMENTO REAL. NEGATIVA DE AUTORIA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
DESPROPORCIONALIDADE ENTRE A SEGREGAÇÃO PREVENTIVA E PENA PROVÁVEL.
INVIABILIDADE DE EXAME NA VIA ELEITA. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
PERICULOSIDADE DO AGENTE. NATUREZA E QUANTIDADE DAS DROGAS APREENDIDAS.
CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO. NECESSIDADE DE GARANTIR A ORDEM PÚBLICA. FALTA DE
CONTEMPORANEIDADE DO DECRETO PRISIONAL. INOCORRÊNCIA. PRISÃO DOMICILIAR. NÃO
CABIMENTO. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. MEDIDAS CAUTELARES
ALTERNATIVAS. INSUFICIÊNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. HABEAS
CORPUS NÃO CONHECIDO. 1. Diante da hipótese de habeas corpus substitutivo de recurso próprio, a
impetração não deve ser conhecida, segundo orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal -
STF e do próprio Superior Tribunal de Justiça - STJ. Contudo, considerando as alegações expostas na
inicial, razoável a análise do feito para verificar a existência de eventual constrangimento ilegal. 2. A
alegação concernente à negativa de autoria não foi objeto de exame no acórdão impugnado, o que obsta o
seu exame por este Tribunal Superior, sob pena de supressão de instância. Precedentes. 3. Não há falar
em desproporcionalidade entre o decreto prisional preventivo e eventual condenação, tendo em
vista ser inadmissível, em recurso em habeas corpus, a antecipação da quantidade de pena que
eventualmente poderá ser imposta, menos ainda se iniciará o cumprimento da reprimenda em
regime diverso do fechado. 4. Em vista da natureza excepcional da prisão preventiva, somente se
verifica a possibilidade da sua imposição quando evidenciado, de forma fundamentada e com base
em dados concretos, o preenchimento dos pressupostos e requisitos previstos no art. 312 do
Código de Processo Penal - CPP. Deve, ainda, ser mantida a prisão antecipada apenas quando não
for possível a aplicação de medida cautelar diversa, nos termos previstos no art. 319 do CPP. 5. A
prisão preventiva foi adequadamente motivada, tendo sido demonstrada pelas instâncias
ordinárias, com base em elementos extraídos dos autos, a gravidade concreta da conduta e a
periculosidade do paciente, evidenciadas pela natureza e quantidade de porções das drogas
apreendidas - 1g de cocaína e 223g de maconha - mais 7 aparelhos telefônicos, 7 carregadores de celular,
5 "chips" para aparelhos de telefone celular, 5 fones de ouvido e diversas anotações contendo nomes
femininos e números de telefones, tudo encontrado na mochila do paciente, que é agente penitenciário,
circunstâncias que demonstram risco ao meio social, recomendando-se a sua custódia cautelar
especialmente para garantia da ordem pública. 6. Não há se falar em extemporaneidade entre o delito e o
decreto prisional preventivo, uma vez que os indícios de autoria em relação ao paciente foram detectados
após investigação. Não houve flagrante, o paciente sofreu um acidente e estava internado quando foram
encontrados em seu armário do trabalho os entorpecentes e celulares. A prisão preventiva foi decretada
por ocasião do recebimento da denúncia, no curso do processo penal, consoante o disposto no
art. 311 do Código de Processo Penal, após investigação policial que ouviu alguns custodiados do
estabelecimento prisional no qual trabalhava o paciente, tendo sido este apontado pelos depoentes como
fornecedor de entorpecentes e aparelhos de celular. 7. É entendimento do Superior Tribunal de Justiça
que as condições favoráveis do paciente, por si sós, não impedem a manutenção da prisão
cautelar quando devidamente fundamentada. 8. Inaplicável medida cautelar alternativa quando as
circunstâncias evidenciam que as providências menos gravosas seriam insuficientes para a
manutenção da ordem pública. 9. Interpretando o art. 318, VI, do CPP, inserido ao diploma legal
com o advento da Lei 13.257/20016, esta Corte Superior firmou entendimento segundo o qual a
prisão domiciliar no caso do homem com filho de até 12 anos incompletos, não possui caráter
absoluto ou automático, podendo o Magistrado conceder ou não o benefício, após a análise, no
caso concreto, da sua adequação. No caso dos autos, conforme já explicitado, a prisão preventiva
foi decretada de forma adequada e baseada em fatos concretos aptos a justificar a medida mais
gravosa, para resguardar a ordem pública, não tendo, ainda, ficado demonstrado que o paciente
seria o único responsável pelos cuidados das crianças, não havendo falar em prisão domiciliar no
caso. 10. Habeas corpus não conhecido. (STJ - HC: 485740 SP 2018/0342129-7, Relator: Ministro JOEL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ILAN PACIORNIK, Data de Julgamento:

Em outras palavras, a prisão provisória fora decretada por estarem presentes os requisitos da tutela
cautelar. Assim, existindo na decisão suficiente motivação acerca dos requisitos do artigo 312 do Código
de Processo Penal não há que se falar em falta de justa causa e fundamentação para a segregação
provisória, conforme se extrai da jurisprudência.

Quanto ao pedido para que seja substituída a medida mais gravosa por qualquer uma daquelas previstas
no art. 319 do CPP, tendo por escopo também as condições pessoais favoráveis do paciente, impende
ressaltar que as hipóteses de aplicação de tais medidas não são sempre obrigatórias, sendo consagrado
em âmbito doutrinário e jurisprudencial o entendimento de que se faz necessária a aferição pelo juiz, no
caso em concreto, acerca da adequação e suficiência de tais medidas.

Assim, entendo não ser cabível ao caso a aplicação de quaisquer das medidas cautelares alternativas à
prisão, pois estas são inaplicáveis quando as circunstâncias evidenciam que as providências menos
gravosas são insuficientes para assegurar a manutenção da ordem pública, como no presente caso, pois,
no Direito brasileiro a concessão de medida cautelar diversa da prisão deve ser consentânea ao princípio
da proporcionalidade, observando-se a presença do fumus commissi delicti (indícios de autoria e prova da
materialidade do crime) e do periculum in mora, consubstanciado nos critérios de necessidade e de
adequação da medida, não sendo o magistrado obrigado a concedê-las, consoante estabelece o artigo
282 do Código de Processo Penal:

Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título devero ser aplicadas observando-se a: (Redaço
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - necessidade para aplicaço da lei penal, para a investigaço ou a instruço criminal e, nos casos
expressamente previstos, para evitar a prática de infraçes penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

II - adequaço da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condiçes pessoais do indiciado ou


acusado. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

No campo doutrinário, Eugênio Pacelli, em seu Curso de Processo Penal (2014: p. 503) esclarece sobre
os critérios que devem ser observados pelo magistrado para imposição de uma das medidas cautelares
previstas no sistema processual penal brasileiro:

“... tanto para as medidas cautelares diversas da prisão (arts. 319 e 320, CPP), quanto para a decretação
da prisão preventiva (art. 312, CPP), estão presentes as mesmas exigências, quanto ao juízo de
necessidade da restrição ao direito (garantir a aplicação da lei penal e a eficácia da investigação e da
instrução criminal).

E não só isso: a referência feita à adequação da providência (art. 282, II, CPP) tendo em vista a gravidade
e demais circunstâncias do fato, bem como as condições pessoais do indiciado (na investigação), ou, do
acusado (no processo), vem a ser, na realidade, a verdadeira pedra de toque do novo sistema de
cautelares. [...]

Necessidade e adequação, portanto, são os referenciais fundamentais na aplicação das medidas


cautelares pessoais no processo penal ...”.

Acerca da matéria Aury Lopes Jr., em sua obra Direito Processual Penal (2014: p. 861) salienta que:

“... não se trata de utilizar tais medidas quando não estiverem presentes os fundamentos da prisão
preventiva. Nada disso. São medidas cautelares e, portanto, exigem a presença do fumus commissi delicti
e do periculum libertatis ...”.

Tenho que a imposição de medidas cautelares alternativas à prisão não se mostram suficientes e de
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adequadas ao caso em apreço e o magistrado não é obrigado a determiná-las quando entender não caber
ao caso concreto, e da pormenorizada análise do conjunto probatório, verifica-se a insuficiência da
substituição da prisão preventiva, visto que mantidos os requisitos ensejadores da sua decretação,
conforme idoneamente disposto pelo Juízo singular.

Neste sentido é a jurisprudência, a saber:

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO.


INADEQUAÇÃO. TENTATIVA DE HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA NA
DECISÃO DE PRONÚNCIA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE.
MODUS OPERANDI E REITERAÇÃO DELITIVA. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
NÃO CARACTERIZADO. WRIT NÃO CONHECIDO. (...). 2. Segundo reiterada jurisprudência desta Corte,
a periculosidade do agente, evidenciada no modus operandi do delito e na comprovada reiteração delitiva,
é fundamento idôneo para justificar o encarceramento cautelar, tendo como fim o resguardo da ordem
pública. Precedentes. 3. Hipótese em que o juiz sentenciante, atento ao disposto no art. 413, § 3º, do
Código de Processo Penal, decretou a custódia provisória do paciente, em decisão suficientemente
motivada, pois, além de ostentar condenação definitiva em outro processo pelo delito de tráfico de drogas,
ele é acusado de, em concurso de agentes, ter tentado matar a vítima por desconfiar que ela estaria
delatando as atividades criminosas dos réus às autoridades policiais. 4. "Demonstrada a necessidade
concreta da custódia provisória, a bem do resguardo da ordem pública, as medidas cautelares
alternativas à prisão, introduzidas pela Lei n. 12.403/2011, não se mostram suficientes e adequadas
à prevenção e à repressão do crime" (HC 261.128/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
QUINTA TURMA, julgado em 23/4/2013, DJe 29/4/2013). 5. Habeas corpus não conhecido. (STJ - HC:
418996 SP 2017/0255527-5, Relator: Ministro RIBEIRO DANTAS, Data de Julgamento: 06/02/2018, T5 -
QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 16/02/2018) (GRIFEI).

Ementa: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES.


REVOGAÇÃO DA CUSTÓDIA. IMPOSSIBILIDADE. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. PERICULOSIDADE
DO AGENTE. ELEVADA QUANTIDADE DAS DROGAS APREENDIDAS. CIRCUNSTÂNCIAS DO
DELITO. ENVOLVIMENTO DE MENOR. NECESSIDADE DE GARANTIR A ORDEM PÚBLICA.
CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. MEDIDAS CAUTELARES ALTERNATIVAS.
INSUFICIÊNCIA. DESPROPORCIONALIDADE ENTRE A SEGREGAÇÃO PREVENTIVA E PENA
PROVÁVEL. INVIABILIDADE DE EXAME NA VIA ELEITA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
EVIDENCIADO. RECURSO DESPROVIDO. 1. (...). Inaplicável medida cautelar alternativa quando as
circunstâncias evidenciam que as providências menos gravosas seriam insuficientes para a
manutenção da ordem pública. 5. Não há falar em desproporcionalidade entre o decreto prisional
preventivo e eventual condenação, tendo em vista ser inadmissível, em recurso ordinário em habeas
corpus, a antecipação da quantidade de pena que eventualmente poderá ser imposta, menos ainda se
iniciará o cumprimento da reprimenda em regime diverso do fechado. Recurso desprovido. (STJ - RHC
84615 / PA 2017/0116981-9 Data do Julgamento:19/10/2017 Data da Publicação:06/11/2017 Órgao
Julgador: T5 - QUINTA TURMA Relator: Ministro JOEL ILAN PACIORNIK (1183)).

No que tange ao pedido de extensão da liberdade concedida ao corréu tenho por não conhece-lo e reitero
o entendimento já pacificado por esta Corte de que não cabe ao Tribunal a análise do pedido de extensão
quando o benefício foi concedido pelo magistrado singular, devendo este analisar tal possibilidade.

Diante do exposto, e em consonância com o parecer ministerial, não se observa na hipótese a existência
de qualquer ilegalidade a ser sanada na via estreita do writ, razão pela qual denego a ordem de habeas
corpus impetrada.

É como voto.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

Desª. ROSI MARIA GOMES DE FARIAS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Relatora

Belém, 16/08/2021

Número do processo: 0807895-80.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: NELSON COELHO DE


SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: CANDIDO LIMA JUNIOR OAB: 25926/PA Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: Juízo da Comarca de Novo Repartimento/PA Participação: FISCAL DA
LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

Classe: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO/EXCESSO DE PRAZO COM PEDIDO DE LIMINAR

Número: 0807895-80.2021.8.14.0000

Paciente: NELSON COELHO DE SOUZA

Impetrante: ADV. CANDIDO LIMA JUNIOR

Autoridade coatora: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE NOVO REPARTIMENTO

Órgão julgador colegiado: SEÇÃO DE DIREITO PENAL

Órgão julgador: DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Trata-se de habeas corpus liberatório/excesso de prazo com pedido de liminar impetrado por
advogado em favor de NELSON COELHO DE SOUZA, com fulcro no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição
Federal c/c os arts. 647 e ss., do Código de Processo Penal, apontando como autoridade coatora o Juízo
de Direito da Vara Única da Comarca de Novo Repartimento nos autos do processo judicial
eletrônico nº 0801305-09.2021.8.14.0123.

O impetrante afirma que o paciente fora preso em flagrante delito em 12/07/2021, em Novo Repartimento,
pela polícia militar, em uma residência, após suposta “denúncia anônima” e representação da autoridade
policial, em que o paciente estaria fazendo reparos no carro do Sr. Reinaldo Gusmão no motor do veículo
Ecosport, que estava estacionado em frente à residência, momento em que “foram localizadas grandes
quantidades de substâncias entorpecentes, balanças de precisão, aparelhos celulares e uma motocicleta.
Também foram encontrados outros objetos como motosserra, furadeira, lixadeira e uma caixa de som
amplificada.”.

Aduz que “o Sr. Reinaldo Gusmão confirmou que tudo que foi encontrado na residência lhe pertencia, e
que o Paciente não tinha qualquer ligação consigo, senão tinha se deslocado até o local unicamente para
realização de serviços de conserto de veículo, já que trabalha como mecânico.”.

Informa que havia um mandado de prisão equivocado contra o paciente oriundo da comarca de Anapú,
que fora confeccionado erroneamente e, por isso, logo corrigido esse erro administrativo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Sustenta que o paciente “não tem qualquer participação nos fatos apurados por este Inquérito Policial e,
embora estivesse cumprindo pena no regime aberto em virtude de condenação anterior, estava tentado
ressocializar-se e retomar a normalidade do convívio social, após cumprir justa pena que lhe foi imposta.”.

Destaca que o paciente ostenta condições pessoais favoráveis: residência fixa em Breu Branco/PA,
trabalho lícito, primário, bons antecedentes, filhos menores de idade que dependem financeiramente de
seu labor.

Suscita constrangimento ilegal, [1] por excesso de prazo ao oferecimento da denúncia e à


apreciação do pedido de liberdade provisória ajuizado desde 13/07/2021 (negativa de prestação
jurisdicional) e [2] por inexistirem os requisitos da prisão preventiva e fundamentação idônea no
decreto cautelar.

Subsidiariamente, argumenta ser plenamente cabível a aplicação de medidas cautelares diversas da


prisão (CPP, art. 319).

Por tais razões, requer liminar para que seja expedido o competente alvará de soltura. No mérito, pugna
pela confirmação da liminar em definitivo, destacando que deseja realizar sustentação oral quando da
sessão de julgamento definitivo de mérito.

Junta a estes autos eletrônicos documentos de fls. 30-149.

Reservei-me para apreciar o pedido de liminar após as informações da autoridade coatora (fls. 150-152 ID
nº 5835293), as quais foram prestadas à fl. 159 (ID nº 5916033), colacionando documentos de fls. 160-
170.

Reiterei o pedido de informações, eis que a autoridade coatora não havia respondido ao
questionamento se havia pedido de revogação de prisão preventiva pendente de apreciação (fls. 171-172
ID nº 5918113). O juízo a quo prestou as informações (fls. 180-181 ID nº 5964713) e juntou documentos
de fls. 182-198.

Éo relatório.

DECIDO

Para a concessão da medida liminar, torna-se indispensável que o constrangimento ilegal esteja
indiscutivelmente delineado nos autos (fumus boni juris e periculum in mora). Constitui medida excepcional
por sua própria natureza, justificada apenas quando se vislumbrar a ilegalidade flagrante e demonstrada
primo ictu oculi, o que não se verifica, por ora, no caso sub judice, sobretudo ao se apreciar os termos das
informações prestadas pelo juízo coator e a decisão atacada.

Ademais, confundindo-se com o mérito, a pretensão liminar deve ser submetida à análise do órgão
colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações relatadas na exordial
após manifestação da Procuradoria de Justiça.

Ante o exposto, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido
de liminar.

Encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de parecer.

Em seguida, conclusos.

Belém (PA), 16 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos

Relatora

Número do processo: 0803717-88.2021.8.14.0000 Participação: PACIENTE Nome: PAULO MAX LOPES


DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO BRASIL CAMPOS OAB: 22245/PA Participação:
AUTORIDADE COATORA Nome: VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA DE BELÉM/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: PARA MINISTERIO PUBLICO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


GABINETE DA DESEMBARGADORA MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)


Processo:0803717-88.2021.8.14.0000
PACIENTE: PAULO MAX LOPES DE SOUZA
AUTORIDADE COATORA: VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA DE BELÉM/PA
Desembargadora MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Para a concessão da medida liminar, torna-se indispensável que o constrangimento ilegal esteja
indiscutivelmente delineado nos autos (fumus boni juris e periculum in mora). Constitui medida excepcional
por sua própria natureza, justificada apenas quando se vislumbrar a ilegalidade flagrante e demonstrada
primo ictu oculi, o que não se verifica, por ora, no caso sub judice.

Ademais, a tese veiculada, no presente remédio constitucional, insurge-se em face de decisão proferida
pela autoridade impetrada na fase de execução. A esse respeito, destaco a impossibilidade de utilização
de habeas corpus como sucedâneo ao recurso cabível contra decisões atribuídas ao juízo da execução
penal. Afinal, a dicção objetiva do art. 197, da LEP autoriza expressamente a interposição de agravo em
execução, em face de qualquer decisão proferida nessa fase processual. De mais a mais, o estreito limite
de cognoscibilidade não se revela a seara adequada à discussão de matéria afeta à execução das penas.

Nesse sentido, o “Supremo Tribunal Federal, por sua Primeira Turma, e a Terceira Seção deste Superior
Tribunal de Justiça, diante da utilização crescente e sucessiva do habeas corpus, passaram a restringir a
sua admissibilidade quando o ato ilegal for passível de impugnação pela via recursal própria, sem olvidar a
possibilidade de concessão da ordem, de ofício, nos casos de flagrante ilegalidade. Esse entendimento
objetivou preservar a utilidade e a eficácia do mandamus, que é o instrumento constitucional mais
importante de proteção à liberdade individual do cidadão ameaçada por ato ilegal ou abuso de poder,
garantindo a celeridade que o seu julgamento requer.” (HC 519.383/SP, Rel. Ministro REYNALDO
SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 17/09/2019, DJe 25/09/2019).

Some-se a esses argumentos que o pleito liminar, confundindo-se com o mérito, deve ser submetido à
análise do órgão colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações
relatadas na exordial após as informações do juízo a quo e a manifestação da Procuradoria de Justiça.

Ante o exposto, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido
de liminar.

Solicitem-se informações à autoridade coatora acerca das razões suscitadas na impetração, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas, nos termos do artigo 3º, do Provimento Conjunto n° 008/2017 –
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CJRMB/CJCI –.

Certifique a Secretaria o recebimento das informações pelo juízo a quo a fim de garantir maior celeridade
ao presente writ.

Sirva a presente decisão como ofício.

Após as informações prestadas, encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de


parecer.

Em seguida, conclusos à desembargadora originária Rosi Maria Gomes de Farias (ex vi da certidão
de ID nº 5966196), nos termos do §2º do artigo 112 do Regimento Interno deste TJPA.

Belém (PA), 16 de agosto de 2021.

Desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos

Relatora

28 ª SESSÃO ORDINÁRIA DA SEÇÃO DE DIREITO PENAL, REALIZADA EM 2 DE AGOSTO DE 2021,


SOB A PRESIDÊNCIA DO EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR MILTON AUGUSTO DE BRITO
NOBRE. Aos dois dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade de Belém, capital
do Estado do Pará, às 9h, o Excelentíssimo Senhor Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre,
Presidente da Seção de Direito Penal, em exercício, declarou aberta a 28ª Sessão Ordinária da Seção de
Direito Penal, realizada por videoconferência, com a presença dos(as) Excelentíssimos(as)
Desembargadores(as) Rômulo José Ferreira Nunes, Vania Fortes Bitar, Raimundo Holanda Reis, Vânia
Lúcia Carvalho da Silveira, Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos, Maria Edwiges de Miranda Lobato,
Rosi Maria Gomes de Farias, do Excelentíssimo Juiz Convocado Altemar da Silva Paes, do(a)
Excelentíssimo(a) Representante do Ministério Público, Dr(a). Luiz Cesar Tavares Bibas e da Secretária
da Seção de Direito Penal, Dra. Maria de Nazaré Carvalho Franco. Ausências justificadas : Exmos.
Deses. Leonam Gondim da Cruz Júnior e Mairton Marques Carneiro. Após lida e aprovada a Ata da
Sessão anterior, o Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente, em exercício, deu início aos
trabalhos na seguinte ordem:

Ordem: 001

Processo: 0804437-55.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora VANIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA

PACIENTE: ANTÔNIO CARLOS ALVES DOS SANTOS

ADVOGADO: DANIEL DE CARVALHO MACHADO - (OAB PA19396-A)

ADVOGADO: THIAGO DE CARVALHO MACHADO - (OAB PA012756-A)

ADVOGADO: VITOR DE ASSIS VOSS - (OAB PA26038-A)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE CURIONÓPOLIS

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). HAMILTON NOGUEIRA SALAME

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal conheceu em parte o pedido e, na parte
conhecida, denegou a ordem.

Ordem: 002

Processo: 0805747-96.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO

PACIENTE: ALBERT NUNES AZEVEDO

ADVOGADO: AMÉRICO LINS DA SILVA LEAL - (OAB PA1590-A)

ADVOGADO: MARCO JOSÉ LOBATO SOUZA - (OAB PA31244)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA CRIMINAL DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). GERALDO DE MENDONÇA ROCHA

Sustentação oral : Dr(a). Igor Nogueira Batista (peticionou nos autos desistindo da sustentação oral)

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal não conheceu da impetração.

Ordem: 003

Processo: 0805851-88.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO

PACIENTE: KEVERSON MICHEL CORREIA VALENTE

ADVOGADO: ELISÂNGELA MARIA DE SOUZA PINTO - (OAB PA25726-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE MONTE ALEGRE

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). DULCELINDA LOBATO PANTOJA

#Julgamento presidido pelo Exmo. Des. Rômulo José Ferreira Nunes


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Sustentação oral : Dr(a). Elisângela Maria de Souza Pinto

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal não conheceu da impetração.

Ordem: 004

Processo: 0805707-17.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA MUDANÇA DE REGIME PRISIONAL COM PEDIDO DE
LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO

PACIENTE: DIEGO DO CARMO

ADVOGADO: JOÃO BOSCO PEREIRA DE ARAÚJO JÚNIOR - (OAB PA17838-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE SANTA MARIA DO PARÁ

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). SÉRGIO TIBÚRCIO DOS SANTOS SILVA

Sustentação oral : Dr(a). João Bosco Pereira de Araújo Júnior

Decisão : Por maioria de votos, vencido o Exmo. Des. Raimundo Holanda Reis, que votou pela concessão,
a Egrégia Seção de Direito Penal denegou a ordem.

Ordem: 005

Processo: 0806197-39.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO

PACIENTE: JOSÉ ALVES DA SILVA

ADVOGADO: BRUNO NAZARENO BARBOSA SOBRINHO - (OAB PA25945-A)

ADVOGADO: RENATA CONCEIÇÃO CARDOSO DE OLIVEIRA FEITOSA - (OAB PA28664)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE MOJU

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). DULCELINDA LOBATO PANTOJA

Sustentação oral : Dr(a). Renata Conceição Cardoso de Oliveira Feitosa

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal denegou a ordem.


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Ordem: 006

Processo: 0806686-76.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL

Relator(a): Desembargadora MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO

PACIENTE: JOSÉ ALVES DA SILVA

ADVOGADO: CÉLIO BATISTA DE PAULA - (OAB SP220358)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE MOJU

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). DULCELINDA LOBATO PANTOJA

Sustentação oral : Dr(a). Célio Batista de Paula

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal denegou a ordem.

Ordem: 007

Processo: 0805974-86.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO

PACIENTE: LUIZ HENRIQUE PEREIRA

ADVOGADO: FÁBIO CUSTÓDIO DE MORAES - (OAB PA18791-A)

ADVOGADO: FERNANDO CUSTÓDIO DA SILVA - (OAB PA22305-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE SANTARÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CÂNDIDA DE JESUS RIBEIRO DO NASCIMENTO

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal não conheceu da impetração.

Ordem: 008

Processo: 0802410-02.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA ANULAÇÃO DA QUEBRA DE SIGILO FISCAL E BANCÁRIO E
DA BUSCA E APREENSÃO POR RECONHECIMENTO DE PROVA ILÍCITA

Relator(a): Desembargadora ROSI MARIA GOMES DE FARIAS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PACIENTE: MANOEL NAZARETH SANT'ANNA RIBEIRO JÚNIOR

ADVOGADO: ANA BEATRIZ LACORTE ARAÚJO DA MOTA - (OAB PA26752)

ADVOGADO: RAFAEL OLIVEIRA ARAÚJO - (OAB PA19573)

ADVOGADO: ANETE DENISE PEREIRA MARTINS - (OAB PA10691)

ADVOGADO: ROBERTO LAURIA - (OAB PA7388-A)

ADVOGADO: AMANDA BORSOI CANTUÁRIA SANTOS - (OAB PA28262)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE INQUÉRITOS POLICIAIS E MEDIDAS


CAUTELARES DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). SÉRGIO TIBÚRCIO DOS SANTOS SILVA

Suspeição : Exma. Desa. Vânia Lúcia Carvalho da Silveira.

Sustentação oral : Dr(a). Anete Pereira Martins

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal denegou a ordem.

Ordem: 009

Processo: 0801452-16.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: REVISÃO CRIMINAL

Comarca de Origem: BELÉM (2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher)

Relator(a): Desembargadora ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

Revisor(a): Desembargador MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

REQUERENTE: A. N. N. F.

ADVOGADO: CÉSAR RAMOS DA COSTA - (OAB PA11021)

REQUERIDA: JUSTIÇA PÚBLICA

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA: Dr. GILBERTO VALENTE MARTINS

ADIADO ¿ a pedido do Patrono do requerente.

Ordem: 010

Processo: 0804456-61.2021.8.14.0000 (PJE)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargador MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

PACIENTE: JEOVANEIA RODRIGUES MIRANDA

ADVOGADO: SÂMIO GUSTAVO SARRAFF ALMEIDA - (OAB PA24782-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE IGARAPÉ-MIRI

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). MARIA DO SOCORRO MARTINS CARVALHO MENDO

#Julgamento presidido pelo Exmo. Des. Rômulo José Ferreira Nunes

Sustentação oral : Dr(a). Sâmio Gustavo Sarraff Almeida ¿ indagado, desistiu da sustentação oral nos
termos do § 3º do art. 140 RI/TJE.

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal concedeu a ordem, ratificando a liminar
anteriormente deferida.

Ordem: 011

Processo: 0806256-27.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA CONCESSÃO DE PRISÃO DOMICILIAR PARA TRATAMENTO
MÉDICO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

PACIENTE: JOSÉ GOMES DA CRUZ

ADVOGADO: DANIEL DE CARVALHO MACHADO - (OAB PA19396-A)

ADVOGADO: THIAGO DE CARVALHO MACHADO - (OAB PA012756-A)

ADVOGADO: KARINA LIMA PINHEIRO - (OAB PA24058-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE CURIONÓPOLIS

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CÂNDIDA DE JESUS RIBEIRO DO NASCIMENTO

ADIADO ¿ a pedido do impetrante

Ordem: 012

Processo: 0805803-32.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Relator(a): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

PACIENTE: ARIVALDO ABREU DE SOUZA

PACIENTE: JEFERSON DIAS PEREIRA

ADVOGADO: ROGERIO MUNIZ DE ABREU - (OAB AP3041)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA DISTRITAL DE MONTE DOURADO

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). HEZEDEQUIAS MESQUITA DA COSTA

ADIADO ¿ em razão do adiantado da hora.

Ordem: 013

Processo: 0805300-11.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA CONCESSÃO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL COM


PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

PACIENTE: RENATO SANTOS DA SILVA

ADVOGADO: NEY GONÇALVES DE MENDONÇA JÚNIOR - (OAB PA7829-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA REGIÃO


METROPOLITANA DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). MARIA DO SOCORRO MARTINS CARVALHO MENDO

Sustentação oral : Dr(a). Ney Gonçalves de Mendonça Júnior

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal denegou a ordem.

Ordem: 014

Processo: 0806635-65.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

PACIENTE: ADRIANA GOMES MATOS

ADVOGADO: WALDER EVERTON COSTA DA SILVA - (OAB PA21627-A)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE CONCÓRDIA DO PARÁ

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CLÁUDIO BEZERRA DE MELO

ADIADO ¿ em razão do adiantado da hora.

Ordem: 015

Processo: 0806474-55.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO

PACIENTE: MARÇAL MONTEIRO DE AZEVEDO

ADVOGADO: MANFREDO CARLOS LAMBERG NETO - (OAB PA26245)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). CLÁUDIO BEZERRA DE MELO

#Julgamento presidido pelo Exmo. Des. Rômulo José Ferreira Nunes

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal denegou a ordem.

Ordem: 016

Processo: 0803767-17.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS DECLARATÓRIO DE ILICITUDE DE PROVAS COM PEDIDO DE


LIMINAR

Relator(a): Desembargadora MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO

PACIENTE: ARLENE DE SOUSA SANTOS

PACIENTE: FRANCISCO DAS CHAGAS MACENA FILHO

DEFENSORIA: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ (DEF. PÚB. GRAZIELA PARO CAPONI)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DE BRAGANÇA

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). RICARDO ALBUQUERQUE DA SILVA

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal não conheceu da impetração.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ordem: 017

Processo: 0805315-77.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Desembargadora ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

PACIENTE: REGINALDO BARROS DA SILVA

ADVOGADO: MICHELE ANDREA TAVARES BELÉM - (OAB PA15873-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DE BELÉM

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). FRANCISCO BARBOSA DE OLIVEIRA

ADIADO ¿ em razão do adiantado da hora.

Ordem: 018

Processo: 0804392-51.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA SUSPENSÃO DE MEDIDAS CAUTELARES COM PEDIDO DE
LIMINAR

Relator(a): Juiz Convocado ALTEMAR DA SILVA PAES

PACIENTE: PRISCILA MACHADO BORGES

ADVOGADO: CÉSAR RAMOS DA COSTA - (OAB PA11021)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE CASTANHAL

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). GERALDO DE MENDONÇA ROCHA

Sustentação oral : Dr(a). Cesar Ramos da Costa

Decisão : Por maioria de votos, vencidos os Exmos. Deses. Milton Augusto de Brito Nobre, Vania Fortes
Bitar e Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos, que votaram pela concessão, a Egrégia Seção de
Direito Penal denegou a ordem.

Ordem: 019

Processo: 0804003-66.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Juiz Convocado ALTEMAR DA SILVA PAES


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PACIENTE: KEILA DA CUNHA SANTOS

ADVOGADO: VENINO TOURÃO PANTOJA JÚNIOR - (OAB PA11505-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE CAMETÁ

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). RICARDO ALBUQUERQUE DA SILVA

ADIADO ¿ em razão do adiantado da hora.

Ordem: 020

Processo: 0804308-50.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Juiz Convocado ALTEMAR DA SILVA PAES

PACIENTE: KEILA DA CUNHA SANTOS

ADVOGADO: FÁBIO TEIXEIRA DE OLIVEIRA - (OAB PA27263-A)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE CAMETÁ

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). RICARDO ALBUQUERQUE DA SILVA

ADIADO ¿ em razão do adiantado da hora.

Ordem: 021

Processo: 0804350-02.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR

Relator(a): Juiz Convocado ALTEMAR DA SILVA PAES

PACIENTE: JOSÉ JÚNIOR BARBOSA FONSECA

DEFENSORIA: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ (DEF. PÚB. KELVIN BRENO ROWE
RODRIGUES)

AUTORIDADE COATORA: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE BREVES

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA: Dr(a). MARIA DO SOCORRO MARTINS CARVALHO MENDO

ADIADO ¿ em razão do adiantado da hora.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ordem: 022

Processo: 0804209-80.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: REVISÃO CRIMINAL

Comarca de origem: BELÉM (2ª Vara Criminal)

Relator(a): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

Revisor(a): Desembargadora VANIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA

REQUERENTE: WARLLENN TADEU BRANDAO BRAGANCA

ADVOGADO: RINALDO RIBEIRO MORAES - (OAB PA26330-A)

REQUERIDA: JUSTIÇA PÚBLICA

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA: Dr. CÉSAR BECHARA NADER MATTAR JÚNIOR

Sustentação oral : Dr(a). Rinaldo Ribeiro Moraes

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal não conheceu a revisão criminal.

Ordem: 023

Processo: 0804500-80.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: REVISÃO CRIMINAL

Comarca de origem: SÃO JOÃO DO ARAGUAIA

Relator(a): Desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

Revisor(a): Desembargadora VANIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA

REQUERENTE: FABRÍCIO CAVALCANTE DE MIRANDA

ADVOGADO: RINALDO RIBEIRO MORAES - (OAB PA26330-A)

REQUERIDA: JUSTIÇA PÚBLICA

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA: Dr. CÉSAR BECHARA NADER MATTAR JÚNIOR

Sustentação oral : Dr(a). Rinaldo Ribeiro Moraes

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal não conheceu a revisão criminal.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ordem: 024

Processo: 0803744-71.2021.8.14.0000 (PJE)

Classe Judicial: REVISÃO CRIMINAL

Comarca de origem: ANANINDEUA (1ª Vara Criminal)

Relator(a): Desembargadora ROSI MARIA GOMES DE FARIAS

Revisor(a): Desembargador MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

REQUERENTE: WAGNER SILVA FIGUEIREDO

ADVOGADO: NEY GONÇALVES DE MENDONÇA JÚNIOR - (OAB PA7829-A)

REQUERIDA: JUSTIÇA PÚBLICA

FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO - PARÁ

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA: Dr. CÉSAR BECHARA NADER MATTAR JÚNIOR

Sustentação oral : Dr(a). Ney Gonçalves de Mendonça Júnior

Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal julgou parcialmente procedente o pedido
revisional, tão somente para redimensionar a pena imposta ao requerente ao patamar de 06 (seis) anos e
08 (oito) meses de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime semiaberto, acrescidos de 666
(seiscentos e sessenta e seis) dias-multa, calculados à fração de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo
vigente à época dos fatos, mantidas inalteradas as demais cominações da sentença condenatória ora
hostilizada.

Após o Exmo. Des. Milton Augusto de Brito Nobre , Presidente da Sessão de Direito Penal, em exercício,
apresentou os agradecimentos a todos que participaram da sessão e como nada mais houvesse,
encerrou a Sessão às 15h30. Eu, Maria de Nazaré C. Franco, Secretária da Seção de Direito Penal, lavrei
a presente ATA que vai devidamente assinada.

Des. Milton Augusto de Brito Nobre

Presidente da Seção de Direito Penal, em exercício.


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TURMAS DE DIREITO PENAL

2ª TURMA DE DIREITO PENAL

Número do processo: 0022242-83.2019.8.14.0401 Participação: APELANTE Nome: BENEDITO


MALHEIRO GOMES Participação: ADVOGADO Nome: HARRISON SAVIO SARRAFF ALMEIDA OAB:
29944/PA Participação: APELADO Nome: JUSTIÇA PUBLICA Participação: FISCAL DA LEI Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: GERALDO DE
MENDONCA ROCHA OAB: null

ACÓRDÃO Nº:

AUTOS DE APELAÇÃO CRIMINAL

PROCESSO Nº 0022242-83.2019.8.14.0401

ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PENAL

RECURSO: APELAÇÃO PENAL

COMARCA: BELÉM/PA (8ª VARA CRIMINAL)

APELANTE: BENEDITO MALHEIROS GOMES (ADVOGADO HARRISON SÁVIO SARRAFF OAB/PA Nº


29.944 E AMÉRICO LEAL OAB/PA Nº 1.590)

APELADA: JUSTIÇA PÚBLICA

PROCURADOR DE JUSTIÇA: GERALDO DE MENDONÇA ROCHA

REVISOR: DES. RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES

RELATOR: DES. MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE DROGAS E POSSE DE ARMA DE FOGO OU


MUNIÇÃO DE USO PERMITIDO E DE USO RESTRITO EM CONCURSO MATERIAL (ART. 33 DA LEI Nº
11.343/2006 E ART. 12 E ART. 16 DA LEI Nº 10.826/03 C/C ART. 69 DO CÓDIGO PENAL).
PRELIMINAR. DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. REJEIÇÃO. MÉRITO: DESCLASSIFICAÇÃO
DO CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS PARA O DELITO DESCRITO NO ARTIGO 28 DA LWI Nº
11.343/2006. IMPROCEDÊNCIA. ABSOLVIÇÃO POR ATIPICIDADE DA CONDUTA DOS CRIMES DO
ARTIGO 12 E 16 DA LEI Nº 10.826/2003. NÃO PROVIMENTO. DOSIMETRIA. REDUÇÃO DA PENA-
BASE. IMPOSSIBILIDADE. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS
DE DIREITO. DESCABIMENTO. READEQUAÇÃO DO REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA.
PROVIMENTO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

1. Não há que se falar em concessão do direito do réu de recorrer em liberdade, em sede preliminar, se a
sentença condenatória, no que toca à negativa do direito dele de recorrer em liberdade, foi devidamente
fundamentada em circunstâncias concretas do caso, não havendo qualquer nulidade a ser reconhecida,
que justificasse preliminarmente a soltura. Vestibular rejeitada.

2. Havendo provas robustas da materialidade e da autoria do delito de tráfico ilícito de entorpecentes, não
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há que se falar em sua desclassificação para o tipo penal descrito no artigo 28 da Lei de nº 11.343/2003.

3. Embora não se desconheça que as cortes Superiores têm aplicado o princípio da insignificância quando
a simples posse ou porte de munição estiver desprovida da arma de fogo, no caso, além do recorrente ter
sido preso em flagrante na posse de munições de uso permitido e uso restrito em grande quantidade (19
cartuchos de .40 e 05 cartuchos de .12), o crime foi praticado no contexto de tráfico de drogas,
circunstâncias que afasta o reduzido grau de reprovabilidade da conduta e impede o reconhecimento do
princípio da insignificância.

4. Não há que se falar em redução da pena, uma vez que o magistrado de primeiro grau no momento da
dosimetria arbitrou as penas no patamar mínimo.

5. É incabível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do artigo
44, inciso I, do Código Penal.

6. Deve ser readequado o regime inicial de cumprimento para o semiaberto, considerando que a pena
definitiva aplicada é superior a 04 anos e não excede a 08 anos, de acordo com artigo 33, §2º, alínea “b”,
do Código Penal.

7. Recurso conhecido e parcialmente provido.

RELATÓRIO

Benedito Malheiros Gomes, por intermédio dos advogados Harrison Savio Sarraff e Américo Leal,
interpôs apelação contra a sentença proferida pelo Juízo de Direito da 8ª Vara Criminal da Comarca de
Belém/PA, que o condenou às penas de 08 anos de reclusão, em regime inicial fechado, além do
pagamento de 510 dias-multa, pela prática dos crimes tipificados nos artigos 33 da Lei nº 11.343/2006 e
12 e 16 da Lei nº 10.826/2003, c/c artigo 69 do Código Penal.

A defesa, pugna, em preliminar, que seja reconhecido o direito de recorrer em liberdade.

No mérito, - após sustentar que “não há qualquer possibilidade de que o juiz de primeiro grau venha a
condenar, quando o Ministério Público REQUER A DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO ORA IMPUTADO
AO ACUSADO”, o que ao seu modo de ver, viola o sistema acusatório -, a defesa pugna pela
desclassificação do delito tipificado no artigo 33 da Lei de Drogas para o crime previsto no artigo 28 da Lei
nº 11.343/2006, argumentando que o recorrente é mero usuário de entorpecentes, além da ínfima
quantidade, qualidade e circunstâncias em que as drogas foram encontradas em seu poder, não havendo
provas suficientes acerca da suposta traficância, razão pela qual deve ser respeitado o postulado da
presunção de inocência.

Postula, ainda, a absolvição do delitos tipificados nos artigos 12 e 16 da Lei nº 10.826/2003, com base no
princípio da insignificância, diante da mínima ofensividade da conduta perpetrada pelo recorrente.

Pede, alternativamente, a redução da pena-base para o patamar mínimo, sustentando que as


circunstâncias judicias do artigo 59 do Código Penal são todas favoráveis ao apelante e,
consequentemente, que o regime de pena seja readequado para o aberto, bem como que a pena privativa
de liberdade seja substituída por duas restritivas de direito, nos termos do artigo 44, inciso I do Código
Penal.

Em contrarrazões, o Ministério Público, pleiteou o conhecimento e parcial provimento do recurso quanto a


desclassificação do delito de tráfico para o crime de porte de droga para uso pessoal, com o consequente
redimensionamento da pena e readequação do regime inicial da pena, mantendo-se os demais termos da
sentença.

Manifestando-se na condição de custos legis, o Procurador de Justiça Geraldo de Mendonça Rocha, opina
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pelo conhecimento e parcial provimento do apelo, apenas para desclassificar o crime de tráfico de
entorpecentes para o delito de uso pessoal de drogas com o redimensionamento da reprimenda, devendo
os demais termos da sentença permanecerem inalterados.

É o relatório.

Sob revisão do Exmo. Sr. Des. Rômulo José Ferreira Nunes.

VOTO

O recurso foi interposto em consonância com os pressupostos e condições para admissibilidade, conheço.

Como deixei consignado no relatório, o apelante pugna, preliminarmente, pelo direito de recorrer em
liberdade, entretanto, anoto, que não assiste razão à defesa, tendo em vista que ao lado da negativa ter
sido adequadamente fundamentada com base em circunstâncias concretas do caso, não há qualquer
nulidade a ser reconhecida por este Tribunal, de modo, que importe na expedição de ordem de habeas
corpus, de ofício, em favor do recorrente.

Por sinal, assim vem entendendo esta e. Corte de Justiça, conforme se observa com o seguinte julgado:

“APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE DROGAS. PRELIMINAR. RECORRER EM LIBERDADE.


AUSÊNCIA DE FLAGRANTE ILEGALIDADE. PRELIMINAR REJEITADA. DOSIMETRIA DA PENA.
REDUÇÃO DA PENA-BASE. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1.
Não há que se falar em concessão do direito da ré de recorrer em liberdade, em sede preliminar, se
a sentença condenatória, no que toca à negativa do direito dela de recorrer em liberdade, foi
devidamente fundamentada em circunstâncias concretas do caso, não havendo qualquer nulidade
a ser reconhecida, que justificasse preliminarmente a soltura. Vestibular rejeitada. 2. A valoração
desfavorável da circunstância especial do art. 42 da Lei de Drogas, com fundamento no alto grau de
nocividade do entorpecente traficado pelo réu (oxi), bem como as circunstâncias do crime, são motivações
idôneas para exasperar a pena-base do delito de tráfico. 3. Recurso conhecido não provido. Decisão
unânime.” (2019.05229598-93, 210.907, Rel. Milton Augusto de Brito Nobre, Órgão Julgador 2ª turma de
direito penal, Julgado em 2019-12-17, Publicado em 2019-12-19).

No caso, ao negar ao apelante o direito de recorrer em liberdade, a magistrada sentenciante destacou


que:

“Em face de persistirem os motivos que levaram a decretação de sua custódia cautelar preventiva, face a
permanência dos pressupostos previstos no art. 312 do CPP, fazendo ênfase a garantia da ordem pública
e aplicação da lei, nego ao réu o direito d apelar em liberdade.”

Dessa forma, não vislumbro ictu oculi, hipótese de concessão de ofício do writ, por essa razão rejeito o
pedido preliminar e passo ao exame do mérito do recurso.

No mérito, averbo que, de modo diverso do sustentado pela defesa, o fato de o Ministério Público
manifestar-se pela desclassificação do delito em alegações finais não vincula o Julgador, que tem
liberdade de decidir de acordo com o seu convencimento motivado, a teor do disposto no artigo 385 do
Código de Processo Penal:

“Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público
tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada."

O referido dispositivo ao possibilitar que ao magistrado profira sentença condenatória reconhecendo a


consumação do delito mesmo que o Ministério Público tenha pedido a sua desclassificação, não viola o
sistema acusatório, ao contrário, evidencia que a função de julgar compete ao Poder Judiciário, o qual a
exerce com independência e imparcialidade, não se vinculando, por isso, ao pedido das partes.
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Sobre o tema o Supremo Tribunal Federal, no voto proferido pelo Ministro Luís Roberto Barroso, assentou:

“AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA. CRIME DO DECRETO-LEI Nº 201/67. EMPREGO IRREGULAR DE


VERBAS PÚBLICAS. AUSÊNCIA DE PROVAS DA OCORRÊNCIA DO FATO. ABSOLVIÇÃO
REQUERIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. 1. As provas produzidas sob o contraditório demonstram que
servidor publico ocupante de cargo em comissão, nomeado pelo réu, dividiu seu salário com terceiro, que
não integrava a Administração Pública Municipal. 2. Contudo, a própria Procuradoria-Geral da República
sustenta que a prova produzida não foi suficiente para demonstrar que a ordem de divisão dos valores
tenha partido efetivamente do réu e, por essa razão, requer a sua absolvição. 3. Nesse tipo de delito
costuma haver um pacto de silêncio entre os envolvidos, todos beneficiados pela ilicitude. Por essa razão,
no mais das vezes, o crime será provado por meios indiretos. 4. O art. 385 do Código de Processo
Penal permite ao juiz proferir sentença condenatória, embora o Ministério Público tenha requerido
a absolvição. Tal norma, ainda que considerada constitucional, impõe ao julgador que decidir pela
condenação um ônus de fundamentação elevado, para justificar a excepcionalidade de decidir
contra o titular da ação penal. No caso concreto, contudo, as parcas provas colhidas pela Procuradoria-
Geral da República são insuficientes para justificar a aplicação da norma excepcional. 5. Absolvição por
não haver prova da existência do fato (CPP, art. 386, II).(AP 976, Relator(a): ROBERTO BARROSO,
Primeira Turma, julgado em 18/02/2020, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-087 DIVULG 07-04-2020
PUBLIC 13-04-2020)”.

Por oportuno, transcrevo a ratio decidendi do referido julgado, no ponto de interesse:

“O art. 385, do Código de Processo Penal, estabelece que ‘nos crimes de ação pública, o juiz poderá
proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como
reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.’. A regra prestigia o livre convencimento
motivado do Magistrado e a indisponibilidade da ação penal (prevista no art. 42, do Código de Processo
Penal), e foi recepcionada pela Constituição Federal consoante entendimento remansoso deste
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Conforme assentado pelo Min. LUIZ FUX, em julgamento de sua relatoria (STF, Ação Penal 1.006/AC,
Primeira Turma, j. 12/06/2018, DJe de 09/08/2018): ‘A indisponibilidade da ação penal pública não proíbe
que o Ministério Público possa opinar pela absolvição do réu, mas exclui a vinculação do juízo à
manifestação do Parquet, tendo em vista a vedação inscrita nos artigos 42 e 576 do Código de
Processo Penal, que impedem o Ministério Público de desistir da ação penal ou do recurso que
haja interposto.’.

No mesmo sentido, cumpre reportar a seguinte ementa, tirada do ARE 1.073.080 AgR/MT, Rel. Min.
ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, j. 01/12/2017, DJe de 14/12/2017:

DIREITO PENAL. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.


MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO VINCULA O MAGISTRADO. CONTROVÉRSIA
DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO
FÁTICOPROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. 1. “A manifestação do Ministério Público,
nos autos da ação penal, seja como parte, seja como custos legis, não é vinculante para o
magistrado”. Nessa linha, vejam-se o ARE 700.012, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia, e o HC 69.957, Rel.
Min. Néri da Silveira. 2. A parte recorrente se limita a postular a análise da legislação infraconstitucional
pertinente e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos, o que não é
possível nesta fase processual. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. 3.
Esta Corte tem entendimento no sentido de que as decisões judiciais não precisam ser necessariamente
analíticas, bastando que contenham fundamentos suficientes para justificar suas conclusões. Na hipótese,
a decisão está devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte
agravante. 4. Agravo interno a que se nega provimento. Em semelhante sentido, vários outros julgados
desta SUPREMA CORTE: ARE 1.099.474/SC, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, decisão monocrática de
20/02/2018, DJe de 01/03/2018; HC 125.645 AgR/DF, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, j. 17/03/2017,
DJe de 17/04/2017; ARE 924.290 ED/BA, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, j. 23/02/2016,
DJe de 10/03/2016; ARE 700.012 ED/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, j. 25/09/2012, DJe
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de 09-10-2012.

Afasto, portanto, a preliminar de vinculação do julgamento ao pedido de absolvição formulado nas


alegações finais do Ministério Público”. (STF. AP 976, Relator: Ministro Luís Roberto Barroso, Primeira
Turma, julgado em 18/02/2020, acórdão eletrônico dje-087, divulg 07-04-2020, public 13-04-2020). (grifei)

Em relação à matéria, conforme tive oportunidade de pontuar em outro julgado: (TJPA. Seção de Direito
Penal. Embargos de Declaração em Ação Penal originária nº 0001404-61.2019.8.14.0000, Relator
Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre):

“(...) no sistema acusatório, autor e réu encontram- se em pé de igualdade, pois sua essência está no
contraditório pleno. A forma acusatória tem como características a separação entre as atividades de
acusar e julgar, decorrendo desta, a responsabilidade das partes pela iniciativa probatória, devendo o juiz,
quanto a isto, permanecer inerte, tratando as partes de forma igualitária, assegurando desta forma, as
mesmas oportunidades. Na verdade, o essencial no sistema acusatório de processo penal é a separação
das funções acusar/defender e julgar[1], ou seja, exatamente o que o embargante pretende macular –
com mero exercício de retórica, destituída de qualquer fundamento sério – vinculando o dever/poder do
Juiz ao sabor da vontade do Ministério Público. Embora o Ministério Público seja titular da ação penal
pública, tal fato não significa que o juiz esteja obrigado a acolher eventual pedido de absolvição formulado
pelo referido órgão. Se assim o fosse, estaríamos, aí sim, maltratando todo o sistema acusatório, que tem,
como já dito, seus pilares na clara distinção da atuação das partes no processo (estas sempre com
igualdade de armas) em relação ao dever/poder do Julgador. O Poder Judiciário, no estado
democrático de direito constitucional brasileiro é independente, sobretudo, em suas decisões, que deverão
observar o princípio do livre convencimento motivado, vinculado estritamente aos fatos provados nos autos
do processo, examinados com fundamento nas leis e na Constituição. (...)“

Desse modo, não há que se falar em violação ao sistema acusatório, devendo a decisão seja ela
condenatória, desclassificatória ou absolutória demonstrar a convicção motivada do magistrado sob o
mérito da demanda, não se vinculando nenhum pedido do Ministério Público.

De outra banda, da análise minuciosa dos autos eletrônicos, anoto, de pronto, não assistir razão ao
recorrente, no que concerne ao seu pedido de desclassificação para o tipo do art. 28 da Lei de Drogas.

Extrai-se da inicial acusatória, em apertada síntese, que:

“que no dia 25/09/2019, policiais militares realizaram a prisão em flagrante do denunciado BENEDITO
MALHEIRO GOMES, o qual estava mantendo em deposito 01 (um) embrulho confeccionado em pedaço
de saco plástico na cor esbranquiçada, amarrado em uma dias extremidades por pedaço de plástico na
cor esbranquiçada, disposto em formato de ‘peteca’ e contendo em seu interior substância petrificada de
coloração esbranquiçada que após pesagem obteve-se um peso total de 3,3g (três gramas e três
decigramas), POSITIVO para substância química ‘Benzoilmetilecgonina’, conhecido vulgarmente
por ‘COCAÍNA’; 02 (dois) pequenos embrulhos, de formatos variados, envoltos por pedaço de
papel alumínio e contendo em seus interiores erva prensada de coloração castanho – esverdeada
composta por talos, folhas, sumidades floridas e sementes do tipo aquênio, todos secos, que após
pesagem obteve-se um peso total de 42,7g. POSITIVO para o grupo dos Cannabinóides, entre os
quais inclui-se a substância Delta9-THC (Delta 9 Tetrahidrocanabiol), princípio ativo do vegetal
Cannabis saiva L., popurlamente conhecida como ‘MACONHA’; 01(uma) balança de precisão de cor
branca, modelo SF-400; 19 (dezenove) munições calibre .40 e 05 (cinco) cartuchos .12. (...)”.

A materialidade e a autoria do fato criminoso são incontroversas, estando sobejamente demonstradas no


documentos colacionados aos autos, em especial no Termo de Exibição e Apreensão de objeto (ID. Nº
4.603.052); Laudo Toxicológico provisório (fls. 23); Laudo Toxicológico definitivo (ID nº 4.603.050) – o qual
atestou a preensão de “01 (um) embrulho confeccionado em pedaço de saco plástico na cor
esbranquiçada, amarrado em uma das extremidades por pedaço de plástico na cor esbranquiçada,
disposto em formato de ‘peteca’ e contendo em seu interior substância petrificada de coloração
esbranquiçada que após pesagem obteve-se um peso total de 3,3 gramas”, com resultado positivo para a
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substância vulgarmente conhecida como “cocaína”; “02 (dois) pequenos embrulhos, de formatos variados,
envoltos por pedaços de papel alumínio e contendo em seus interiores erva prensada de coloração
castanho-esverdeada composta por talos, folhas, sumidades floridas e sementes do tipo aquênio, todos
secos, que após pesagem obteve-se um peso total de 0,9 gramas”; “01 (um) embrulho, disposto em
formato quadriédrico, envolto por pedaço de papel filme transparente e contendo em seu interior erva
prensada de coloração castanho-esverdeada composta por talos, folhas, sumidades floridas e sementes
do tipo aquênio, todos secos, que após pesagem obteve-se um peso total de 42,7 gramas.” (...) “obtendo-
se resultado POSITIVO para o grupo Cannabinóides, entre os quais inclui-se a substância THC (Delta-9-
Tetrahidrocanabinol), princípio ativo do vegetal Cannabis sativa L. vulgarmente conhecido como
MACONHA”; além das provas orais colhidas durante a persecução criminal.

Com efeito, os policiais militares Carlos Alberto Barros de Almeida Júnior, Jhonata Fernandes das
Chagas Costa e William Blenner Oliveira dos Reis, que procederam a apreensão da droga e a prisão
em flagrante do apelante, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, confirmaram a versão acusatória.

Elucidando o dito acima, reproduzo trecho do depoimento prestado pela testemunha Carlos Alberto
Barros de Almeida Júnior, perante a autoridade judicial:

“que estavam em patrulhamento, quando foram acionados por populares, por meio de telefone, em
denúncia anônima, os quais informaram um endereço, no qual haveria um nacional, envolvido com
narcotráfico e com o Comando Vermelho, consumindo e traficando entorpecentes. Disse que foram ao
local averiguar e ali foi encontrada uma pequena quantidade de entorpecentes e munições .40 e calibre
.12. Relatou ter sido ele quem encontrou a munição e os entorpecentes foram encontrados pelo outro
policial. Afirmou que não foi encontrada arma de fogo, apenas as munições. Declarou que não conhecia o
denunciado de outras ocorrências. Afirmou que na denúncia informaram que o acusado também alugaria
armas para a prática de crimes. Disse que na ocasião o denunciado teria dito que a arma estava na casa
de um amigo, sem descrever quem era esse amigo. Relatou que o acusado teria confessado que praticava
tráfico de drogas e que a arma de fogo estaria na residência de um amigo. Afirmou que, quando chegaram
a residência, o denunciado estava lá, acompanhado de sua esposa, ocasião em que relataram ao acusado
que haviam recebido uma denúncia de que ali haveria armas de fogo e prática de tráfico de drogas e
receberam permissão do acusado para fazer a revista. Disseque as munições estavam em uma mochila,
que estava na parte de cima da casa, em um quarto.”.

No mesmo sentido, o policial Jhonata Fernandes das Chagas Costa, que participou da prisão em
flagrante do recorrente, perante autoridade judicial relatou:

“que receberam denúncia anônima, com o endereço do réu e a informação de que esse transportava
drogas para a Cidade de Limoeiro do Ajuru, tendo dito que, ao chegarem à residência do denunciado,
encontraram somente a munição e uma quantidade pequena de drogas. Disse que não havia prendido
anteriormente o acusado, que não o conhecia nem nunca havia ouvido falar dele. Relatou que chegaram à
residência do denunciado, que lá se encontrava, relataram a denúncia e receberam autorização do
denunciado para fazer a revista na residência. Afirmou que recorda de a casa possuir dois andares e que
foi ele quem encontrou os entorpecentes, que estavam na cozinha, no andar de baixo. Declarou que a
denúncia anônima foi feita por populares, na rua. Relatou que não foi confirmado que a droga seria
enviada para a cidade de Limoeiro.

Corroborando as versões acima, o policial militar Willian Blenner Oliveira dos Reis, sob o crivo do
contraditório e da ampla defesa, afirmou:

“que não conhecia o acusado antes da ocorrência. Afirmou que receberam denúncia anônima, por meio de
telefone, com a informação de um endereço, em uma vila, no qual teria uma pessoa, com envolvimento
com o Comando vermelho, que estaria dentro da residência com armas, drogas e munições. Disse que
foram à residência e lá encontraram o denunciado, que lhes autorizou a fazerem revista no local. Relatou
que na denúncia foi dito o apelido LIMOEIRO e que, quando chegaram ao local, o acusado não estava no
interior da residência, mas nas dependências da vila. Declarou que, na parte superior da residência, foi
encontrada uma quantidade de entorpecentes, similar à maconha, e mais munições de calibre .12 e .40”.
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Ressalta-se, aqui, que, os depoimentos de agentes de segurança pública, como é sabido, constituem
prova idônea, tendo o mesmo valor que qualquer outro testemunho, e, portanto, devendo ser levados em
consideração, com a observância do princípio da ampla defesa e do contraditório, como ocorreu na
hipótese em foco.

Reforçando a versão acusatória, consigno que o próprio recorrente, em seu interrogatório realizado em
sede judicial (ID nº 4.603.098), conquanto tenha negado ser traficante de drogas, esclarecendo se tratar
apenas de usuário, admitiu que era o proprietário da substância ilícita apreendida vulgarmente conhecida
como maconha.

Outrossim, abro um parêntese para salientar que, a despeito da quantidade apreendida em poder do
apelante não ser expressiva, isso não significa dizer, por si só, que seja apenas usuário, sendo
sintomático, em verdade, da realidade do tráfico de entorpecentes em nosso Estado.

Com efeito, conforme me manifestei em outro julgado (TJPA. Seção de Direito Penal. Habeas Corpus nº
0802542-30.2019.8.14.0000, Relator Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre, Julgado em
06/05/2019), os traficantes não costumam portar ou ter consigo grandes quantidades de droga, por duas
razões: a uma, porque o ‘mercado’ não tem demanda que comporte senão pequenas porções para
negociação; e a duas porque caso flagrados não sofrem grande perda com significativo valor que não
possa ser honrado com o provedor. Por outro lado, ter consigo droga ilícita em pequena quantidade (...)”

No mesmo caminhar, bem destacou o magistrado sentenciante: “embora a quantidade de drogas


apreendidas não se apresente de grande vulto, tal fato não afasta a ação ilícita de Tráfico de Drogas,
constante do artigo 33 da lei nº 11.343/2006, se presentes quaisquer dos núcleos do tipo na norma
expressa, neste caso ter em depósito”.

Como se vê, com as provas produzidas durante a persecução penal, a conduta do recorrente se enquadra
perfeitamente no núcleo “trazer consigo”, previsto no artigo 33 da Lei nº. 11.343/2006, sendo indiferente o
fato de não ter sido flagrado em pleno ato de comercialização da droga, porquanto, como é sabido,
tratando-se de crime de múltipla ação, a prática de qualquer dos núcleos verbais descritos no preceito
primário do tipo é suficiente para configurar o ilícito.

Em outras palavras, as circunstâncias em que ocorreu o flagrante demonstram que a droga não se
destinava ao consumo pessoal, encontrando-se a versão do acusado isolada nos autos, máxime quando
considerado: a diversidade a e a forma de acondicionamento das drogas apreendidas, bem como a
balança de precisão -apetrechos que apontam a traficância - fragilizando-se o pleito desclassificatório.

Acrescento, por oportuno, não haver qualquer óbice para configuração do mencionado delito, o fato do
acusado também ser usuário de drogas. Muito pelo contrário, é de conhecimento geral que os usuários,
frequentemente, também passam a comercializar drogas, justamente para obter dinheiro e garantir o vício
e o próprio sustento.

Destarte, havendo robustos demonstrativos acerca da finalidade mercantil das sustâncias entorpecentes
apreendidas com o réu, mostra-se irretocável o edito condenatório.

Quanto ao pleito de absolvição dos delitos previstos no artigo 12 e 16 da Lei nº 10.826/003, por
atipicidade material da conduta, anoto que a pretensão recursal não merece prosperar.

Cumpre salientar, que o crime de posse irregular de arma ou de munições de uso permitido (artigo 12) e o
crime de posse ou porte de arma de fogo ou munição de uso restrito (artigo 16) são de mera conduta e de
perigo abstrato, independendo para sua configuração da ocorrência de qualquer prejuízo efetivo para a
sociedade, mostrando-se suficiente para a caracterização das condutas o simples fato de o agente possuir
e possuir/portar arma ou munição de uso permitido e de uso restrito, respectivamente.

Vale registrar, ainda, que a posse ou porte ilegal de arma ou de munição, por sua alta potencialidade
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

lesiva, oferece risco à paz social e tranquilidade pública, bens jurídicos a serem protegidos pela legislação
específica, sendo prescindível que a conduta efetivamente exponha outra pessoa a risco.

No entanto, em recentes julgados proferidos no âmbito do Supremo Tribunal Federal, tal entendimento tem
sido relativizado em algumas hipóteses para reconhecer a atipicidade material da conduta. Isto ocorre em
situações específicas em que a simples posse/porte de munição, em pequenas quantidades, desprovidos
de arma de fogo, não enseja condenação, considerada sua reduzida periculosidade social.

Todavia, esse não é o caso dos autos.

Com efeito, ao lado de o recorrente ter sido preso em flagrante na posse de munições de uso permitido em
desacordo legal e de uso restrito em grande quantidade (19 cartuchos de calibre .38 e 05 cartuchos de
calibre .12), o crime foi praticado no contexto de crime de tráfico de droga, circunstância que, nos termos
da Jurisprudência das Cortes Superiores, afasta o reduzido grau de reprovabilidade da conduta e impede
a incidência do princípio da insignificância.

Nesse sentido, cito excertos de julgados do Superior Tribunal de Justiça:

“[...] 2. In casu, contudo, conquanto o agravante possuísse apenas duas munições de calibre .38,
desacompanhadas de qualquer arma de fogo, o contexto em que se deu a apreensão dos artefatos não
autoriza o reconhecimento da ausência de ofensividade, porquanto ‘na ocasião da apreensão o
revisionando também praticava o tráfico de drogas, tanto que também foi condenado pelo crime [...]’ (e-
STJ fls. 93/94), tendo sido apreendidos aproximadamente 200g (duzentos gramas) de cocaína, montante
esse que não pode ser considerado inexpressivo para o fim colimado. [...]” (AgRg no REsp 1841973/AP,
Rel. Ministro Antônio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, julgado em 22/09/2020, DJe 28/09/2020).

........................................................................................................

“[...] 2. Como já sedimentado nesta Corte, o contexto em que forem encontradas as munições (3 munições
de calibre 38), de flagrante de tráfico de elevada quantidade de drogas (765g de cocaína, 1000g de
maconha e 211g de maconha), evidencia a efetiva lesividade ao bem jurídico tutelado pelo tipo penal em
apreço - a incolumidade pública, de modo a impossibilitar o reconhecimento do princípio da insignificância
do crime previsto no art. 12 da Lei n. 10.826/2003. Precedentes. [...]” (AgRg no HC 582.549/RJ, Rel.
Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, julgado em 18/08/2020, DJe 26/08/2020).

Desse modo, inviável o reconhecimento do pleito absolutório por atipicidade da conduta, devendo ser
mantida a condenação do réu nas sanções dos artigos 12 e 16 da Lei nº. 10.628/2003.

Por outro lado, no tocante aos pedidos afetos à edificação da pena procedida, para um melhor exame da
questão, entendo oportuno transcrever trecho da sentença recorrida, no ponto de interesse:

“Passo a aplicação da pena base e a definitiva, de conformidade com os artigos 59 e 68, do Código Penal
Brasileiro.

EM RELAÇÃO AO DELITO PREVISTO NO ARTIGO 33, DA LEI 11.343/2006:Em relação à culpabilidade


do réu, entendo ser de gravidade, pois possuía, ao tempo dos fatos, a potencial consciência da ilicitude de
seu ato, o que lhe exigia conduta diversa da que tivera. O acusado apresenta outros antecedentes
criminais, conforme certidão de fl. 129. Mas sem condenação, conservando sua primariedade. Todavia, de
acordo com o entendimento sedimentado na Súmula nº 444 do STJ, é vedada a utilização de inquéritos
policiais e ações penais em curso para agravar a pena base. Não há elementos para valorar sua
personalidade, mas seus antecedentes revelam má conduta social e periculosidade, sendo, pois,
circunstâncias desfavoráveis. Os motivos do delito, busca de lucro fácil, através de atividade ilícita, tráfico
de substância entorpecente, conduta desfavorável ao réu. As circunstâncias e as consequências do crime
são comuns ao delito em tela, sendo, pois, circunstâncias neutras. Por fim, o comportamento da vítima (o
Estado, a sociedade), evidentemente, em nada contribuiu para a conduta do réu, sendo circunstância
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judicial neutra. Assim, tendo em vista as circunstâncias judiciais supramencionadas, fixo a pena-base do
réu em 05 (cinco) anos de reclusão e 500 (quinhentos) dias-multa, sendo o dia multa à razão de1/30
do salário mínimo nacional, considerando a pena privativa de liberdade aplicada, as circunstâncias
judiciais do artigo 59 do Código Penal, a gravidade do delito e a situação econômica do denunciado (artigo
49, §1º, do Código Penal).O réu não apresenta contra si agravantes ou atenuantes, fazendo ênfase
que quanto a este delito não é réu confesso. No caso, não incide a causa de diminuição da pena prevista
no art. 33, § 4º, da Lei nº10.343/06, tendo em vista apresentar registro de outros feitos em sua Certidão de
Antecedentes, levando ao entendimento de que possui conduta social prejudicial ao meio social em que
convive que faz do crime meio de subsistência.Com isso, inexistindo causa de aumento e de
diminuição de pena, FIXO DEFINITIVAMENTE A PENA DO ACUSADO EM 05 (CINCO) ANOS DE
RECLUSÃOE 500 (QUINHENTOS) DIAS MULTA, sendo o dia multa à razão de 1/30 do salário mínimo
nacional, considerando a pena privativa de liberdade aplicada, as circunstâncias judiciais do artigo 59 do
Código Penal, a gravidade do delito e a situação econômica do denunciado (artigo 49, § 1º, do Código
Penal).

EM FACE A VIOLAÇÃO AS NORMAS DOS ARTIGO 12 E 16 DA LEI 10.826/2003.

Em face da aplicação do princípio da especialidade, vez que praticados os delitos de posse


irregular de munição de uso permitido e posse ilegal de munição de uso restrito no mesmo
contexto, torna-se impositiva a condenação por crime único, ficando o menos grave absorvido.
Assim, aplico a pena relativa ao delito de Posse Ilegal de Munição de Uso Restrito, face o
reconhecimento de crime único e aplicação do princípio da Especialidade. A culpabilidade do réu em
nada acrescenta à pena, porque não há elementos que possam aumentar a reprovabilidade da ação além
daqueles inerentes ao tipo em comento. O acusado apresenta outros registros criminais (certidão de fl.
129), entretanto não apresenta condenação, conservando, pois, sua primariedade. Todavia, de acordo
com o entendimento sedimentado na Súmula nº 444 do STJ, é vedada a utilização de inquéritos policiais e
ações penais em curso para agravar a pena base. Não há elementos para valorar a conduta social e a
personalidade do denunciado, sendo, pois, circunstância neutra. Não há elementos para se aferir os
motivos do delito de porte ilegal de arma de uso restrito, razão pela qual são consideradas circunstâncias
neutras. As circunstâncias e as consequências do crime não foram graves, sendo inerentes ao delito em
tela. Por fim, o comportamento da vítima (o Estado; a sociedade), evidentemente, em nada contribuiu para
a conduta do réu, sendo circunstância judicial neutra. Assim, considerando as circunstâncias judiciais
do réu, fixo a pena base do réu em 03 (três)anos de reclusão e 10 (dez) dias multa. O réu não
apresenta contra si circunstâncias agravantes e nem atenuantes, vez que negou o delito, arguindo em
defesa que a munição foi implantada em sua residência. Por outro lado, mesmo que houvesse atenuante
não poderia incidir, em observância ao que preceitua a súmula 231 do STJ, que dispõe que circunstância
atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. Ausentes causas de aumento
e de diminuição da pena, FIXO A PENA DEFINITIVA DOACUSADO PELA PRÁTICA DO CRIME
TIPIFICADO NO ART. 16, CAPUT, DA LEI Nº 10.826/2003 EM 03 (TRÊS) ANOS DE RECLUSÃO E 10
(DEZ) DIAS MULTA, à razão de 1/30 do salário mínimo nacional o dia-multa, considerando a pena
privativa de liberdade aplicada, as circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, a gravidade do
delito e a situação econômica do denunciado (artigo 49, §1º, do Código Penal).Em face do Concurso
material de delitos, previsto no artigo 69, do CP, aplico cumulativamente as penas privativas de
liberdade impostas ao réu, devendo ele cumprir, DEFINITIVAMENTE, OITO (08) ANOS DE
RECLUSÃO E 510 (QUINHENTOS E DEZ)DIAS MULTA, sendo o dia multa à razão de 1/30 do salário
mínimo nacional, considerando a pena privativa de liberdade aplicada, as circunstâncias judiciais do artigo
59 do Código Penal, a gravidade do delito e a situação econômica do denunciado (artigo 49, § 1º, do
Código Penal) Regime inicial: Fixo o regime inicial FECHADO para a pena privativa de liberdade, nos
termos do que determina o artigo 33, § 2º, alínea a, do CPB. ” (Grifei).

Inicialmente, é preciso dizer que, diversamente do sustentado nas razões recursais, o magistrado a quo
após valoração favorável de todas as circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal fixou, em
relação ao delito de tráfico de drogas, a pena-base no mínimo legal, ou seja, em 05 anos de reclusão e
500 dias-multa, ou seja, em patamar mínimo.

Nas etapas subsequentes, diante da ausência de agravantes e atenuantes, bem como das causas de
aumento e de diminuição, aplicou a pena definitiva em 05 anos de reclusão e 500 dias-multa.
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Em relação aos delitos dos artigos 12 e 16 da Lei nº 10.826/2003, acertadamente, o magistrado de


primeiro grau, aplicou o princípio da especialidade, uma “vez que praticados os delitos de posse irregular
de munição de uso permitido e posse ilegal de munição de uso restrito no mesmo contexto”, sendo o crime
mais brando absorvido pelo mais grave.

Na sequência, diante dos vetores do artigo 59 do CP serem integralmente favoráveis ao recorrente, fixou a
pena-base no mínimo, ou seja, 03 anos de reclusão e 10 dias-multa.

Nas demais fases, considerando a inexistência de agravantes e atenuantes, bem como das causas de
aumento e de diminuição, tornou o quantum definitivo da reprimenda em 03 anos de reclusão e 10 dias-
multa.

Prosseguindo, havendo concurso material, tipificado no artigo 69 do Código Penal, realizou a soma das
reprimendas dos delitos, perfazendo a pena definitiva em 08 anos de reclusão e 510 dias-multa.

Como se vê, a edificação da dosimetria da pena expedida pelo Juízo a quo não merece reparos, pois
observou os princípios da proporcionalidade e individualização da pena.

De igual modo, não há que se falar em substituição da sanção privativa de liberdade por penas restritivas
de direitos ou suspensão condicional da pena, diante das ausências dos requisitos legais dos artigos 44 e
77, ambos do Código Penal.

Contudo, nos termos do artigo 33, §2º, alínea ‘b’ do Código Penal, readéquo o regime inicial de pena para
o semiaberto, uma vez que a pena definitiva foi aplicada em quantum superior a 04 anos e não excedeu a
08 anos.

Diante todo o exposto, conheço do recurso e dou-lhe parcial provimento, tão somente para
readequar o regime de cumprimento de pena apara o semiaberto, nos termos do artigo 33, §2º,
alínea ‘b”, do Código Penal, mantendo os demais termos da sentença inalterados.

Écomo voto.

Belém (PA), 03 de agosto de 2021.

Des. MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

Relator

[1] Por todos, veja-se: Ferrajoli, Luigi. Derecho y Razón – Teoria del garantismo penal. Madrid: Trotta,
1998, p. 567.

Número do processo: 0001623-67.2018.8.14.0046 Participação: APELANTE Nome: EDIMILSON DO


NASCIMENTO SILVA Participação: APELANTE Nome: EDIMILSON DO NASCIMENTO SILVA
Participação: APELADO Nome: JUSTIÇA PÚBLICA

APELAÇÃO PENAL

ÓRGÃO JULGADOR: Secretaria Única de Direito Penal


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PROCESSO Nº: 0001623-67.2018.8.14.0046

COMARCA DE ORIGEM: 1ª Vara Criminal de Rondon do Pará

APELANTE: Edimilson do Nascimento Silva (Def.: Luis Marcelo Macedo de Souza)

APELADA: A Justiça Pública

RELATORA: Desa. Vania Fortes Bitar

Vistos, etc.,

Compulsando atentamente os autos verifiquei a ausência de peças imprescindíveis ao julgamento do


presente feito, as quais, segundo consulta ao Sistema Libra constavam cadastradas nos autos físicos
anteriormente à migração para o processo eletrônico, ex-vi. DOC-LIBRA 2019.04700018-70 e tramitação
externa realizada em 27/01/2020. Assim, verificada a certidão constante ao ID/PJ-e n.º 4230518, chamo o
feito à ordem para determinar à Secretaria Única de Direito Penal:

1. Que certifique acerca da ausência de migração das aludidas peças, bem como que diligencie junto à
Central de Digitalização e Virtualização de autos do 2º Grau a fim de sanear o presente feito, fazendo
constar nestes autos eletrônicos todas as peças antes presentes no processo físico, procedendo-se em
seguida com a devida conferência;

2. Após, retornem-me conclusos.

Belém/PA, 17 de Junho de 2021.

Desa. VANIA FORTES BITAR

Relatora
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3ª TURMA DE DIREITO PENAL

Número do processo: 0001301-89.2017.8.14.0011 Participação: APELANTE Nome: GENIVAL MAUES


MARTINS Participação: ADVOGADO Nome: OSVALDO BRITO DE MEDEIROS NETO OAB: 25332/PA
Participação: APELADO Nome: JUSTIÇA PUBLICA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

DESPACHO

Vistos os autos e observado recebimento com interposição recursal nos termos do §4º do Art. 600
do CPP, determino:

1 – Intimação do Apelante à apresentação de razões recursais no prazo estabelecido em Lei, via


representante Legal;

2- Com as razões apresentadas, encaminhem-se às contrarrazões e ao retorno, proceda-se ao envio do


custos legis para emissão de parecer, e após, retornem-me conclusos.

IMPORTO DESTACAR:

1.1 Observando-se cumprida intimação item 1 de forma escorreita, e ainda assim não apresentadas as
razões, certifique-se a ocorrência, e consoante o princípio da ampla defesa, baixem-se os autos em
diligência à intimação pessoal do Apelante para, caso queira, constituir novo patrono no prazo de 10 (dez)
dias e, apresentar as respectivas razões recursais, ou expressamente declarar, quando da intimação, do
desejo em ser assistido por Defensor Público, restando ciente, que fruído prazo estabelecido sem
manifestação, os autos serão enviados à Defensoria vinculada para tal finalidade.

Diante de tal circunstância, deve o MM. Juízo a Quo, com as razões encartadas, enviar às contrarrazões e
retornar os autos para cumprimento do item 2, determinação sequente;

1.2 Frustrada a intimação pessoal, determino ao juízo de origem, esgotadas as solicitações aos órgãos
pertinentes, que o ato seja realizado por meio de edital, no prazo legal e transcorrido in albis o prazo
estipulado, sem quaisquer protocolos apresentados, certifique-se de imediato e remetam-se os autos à
Defensoria Pública vinculada a vara originária para que sejam apresentadas as razões e finalmente
cumpridas as determinações contidas no item 2.

3- Cumpra-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

Desembargador RAIMUNDO HOLANDA REIS

Relator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PENAL - UPJ

RESENHA: 17/08/2021 A 17/08/2021 - SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PENAL - VARA: 2ª TURMA DE


DIREITO PENAL

PROCESSO: 00112758120168140401 PROCESSO ANTIGO: ---


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE A??o:
Apelação Criminal em: 17/08/2021---APELANTE:G. S. L. M. Representante(s): OAB 8984 - JANDER
HELSON DE CASTRO VALE (ADVOGADO) APELADO:JUSTIÇA PÚBLICA PROCURADOR(A) DE
JUSTICA:CLAUDIO BEZERRA DE MELO. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO PARÁ PROCESSO Nº 0011275-81.2016.8.14.0401 ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO
PENAL AUTOS DE AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AGRAVO REGIMENTAL COMARCA: BELÉM/PA
(1ª VARA DE CRIMES CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE) AGRAVANTE: GILSON DO
SOCORRO LIMA DE MESQUITA (JANDER HELSON DE CASTRO VALE - OAB/PA Nº 8.984)
AGRAVADA: A JUSTIÇA PÚBLICA RELATOR: DES. MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE EMENTA:
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AGRAVO REGIMENTAL. PLEITO DE DEVOLUÇÃO DE PRAZO.
RECURSO MANIFESTAMENTE INCABÍVEL. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL NO ORDENAMENTO
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO INDEFERIDO LIMINARMENTE. 1. Impõe-se o indeferimento, de plano,
do presente agravo de instrumento quando constatado seu não cabimento para impugnar a decisão
recorrida, tratando-se, em verdade, de mera reiteração ao pleito de devolução de prazo recursal
anteriormente analisado por esta e. Turma em sede de Agravo Regimental. 2. Agravo indeferido
liminarmente. DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de agravo de instrumento em agravo regimental
interposto pelo advogado Jander Helson de Castro Vale, em favor de Gilson do Socorro Lima de Mesquita,
condenado pelo Juízo de Direito da 1ª Vara de Crimes Contra a Criança e Adolescente da Comarca de
Belém à pena de 13 anos, 02 meses e 12 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática
descrita no art. 217-A c/c art. 71, ambos do Código Penal. A decisão de primeiro grau foi confirmada, à
unanimidade de votos, em julgamento da apelação criminal de mesmo número (da qual fui relator), pela 2ª
Turma de Direito Penal. Expirado o prazo recursal para recorrer do Acórdão nº 212.880, o réu protocolizou
petição (fl. 190) postulando a devolução do prazo, justificando que os então causídicos não recorreram
porque uma estaria em gozo de licença maternidade e o outro teria contraído covid-19, habilitando,
consequentemente, novo patrono, pleito indeferido por meio da decisão monocrática de fls. 193/194.
Inconformado, interpôs agravo regimental contra o decisum de minha relatoria (fls. 193/194), que negou
pedido de devolução do prazo recursal, argumentando, em síntese que: a exclusão do colegiado importa
em cerceamento de defesa; que os então advogados do agravante estavam impedidos de comparecer em
defesa de seus clientes, o julgamento (virtual) deveria ter sido suspenso, como prova de paridade de
armas estabelecidas entre as partes processuais, uma vez a total falta de análise documental, e a
existência de defesa técnica; bem como que o julgamento virtual, neste caso específico cerceou os direitos
do acusado, e portanto se tornou ilegal, devendo ser anulado, permitindo assim o contraditório. Afronta por
si só diretamente o artigo 93, inciso IX da Constituição Federal, que determina que os julgamentos sejam
públicos, não lhe tendo sido oportunizada a realização de sustentação oral. Na sequência, o Agravo
Regimental foi desprovido (Acórdão nº 215.214), à unanimidade de votos, em julgamento realizado pela e.
2ª Turma de Direito Penal, na 26ª Sessão Ordinária do Plenário Virtual, ocorrida no período de 14h do dia
13/10/2020 às 14h de 20/10/2020, tendo o voto de minha lavra a seguinte ementa, in verbis: AGRAVO
REGIMENTAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. INCORRÊNCIA. PEDIDO DE
DEVOLUÇÃO DE PRAZO. IMPROCEDÊNCIA. AGRAVO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. Não existe
ofensa ao princípio da colegialidade nas hipóteses em que a decisão monocrática foi proferida com
fundamento no inciso X, do art. 133, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, que
autoriza o relator a mandar arquivar pedido clara e indubitavelmente incabível. 2. Não há que se falar em
devolução de prazo recursal se os trâmites de publicação do julgamento se deram de forma idônea e a
defesa não fez prova da justa causa que alega. 3. Agravo conhecido e desprovido. Irresginado, insiste o
ora Agravante interpondo o presente Agravo de Instrumento em Agravo Regimental contra o v. Acórdão nº
215.214, pleiteando (...) o seu provimento para que a eg. 2ª Turma de Direito Penal possa apreciar o tema
de fundo e conceder a DEVOLUÇÃO DE PRAZO RECURSAL da decisão de APELAÇÃO, com contagem
de prazo após liberação de autos digitalizados para análise pela defesa, garantindo-se a ampla defesa, e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

assim fazer JUSTIÇA É o relatório. Passo a decidir monocraticamente, com fundamento no art. 133, X, do
RITJE/PA. Assento, de plano, que o agravo de instrumento é incabível na espécie. É cediço que o agravo
de instrumento é recurso próprio do processo civil, sendo admissível, excepcionalmente, no âmbito do
processo penal, nas hipóteses de insurgência quanto à inadmissão de recurso especial e extraordinário
em matéria penal, perante o Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal - com a vigência do
novo Código de Processo Civil passou a chamar-se apenas de agravo em recurso especial e agravo em
recurso extraordinário (art.994, VIII) -, respectivamente, conforme art. 1.0421 do CPC c/c art. 3º2 do
Código de Processo Penal, que, à evidência, não é a hipótese dos autos. Com efeito, vige no sistema
recursal brasileiro um princípio básico, qual seja, o da taxatividade, que diz respeito ao fato de que, todo e
qualquer recurso para ser conhecido deve ter previsão legal com seu devido cabimento. Partindo dessa
premissa, salutar transcrever os ensinamentos da Ada Pelegrine Grinover3, a possibilidade de revisão das
decisões judiciárias há de ser prevista em lei. Ou seja, os recursos dependem de previsão legal, de modo
que o seu rol e as hipóteses de cabimento configuram um elenco taxativo. Isso porque, na tentativa de
equilibrar as garantias do valor certeza, não se pode admitir que a via recursal permaneça infinitamente
aberta, o que sacrificaria o princípio da segurança jurídica. Assim, compulsando o nosso Código de
Processo Penal, vê-se ser incabível o agravo de instrumento para reformar Acórdão prolatado em sede de
Agravo Regimental, que negou provimento ao pleito defensivo de devolução de prazo recursal, portanto,
ausente seu requisito de admissibilidade, qual seja, a previsão legal, o que impossibilita o seu
conhecimento. Ademais, importante destacar a impossibilidade quanto ao reconhecimento do princípio da
fungibilidade, expresso no art. 579 do Código de Processo Penal, sobretudo porque é inaplicável entre
recursos de sistemáticas processuais distintas, bem como em situações que inexiste qualquer controvérsia
tanto na doutrina quanto na jurisprudência, como é o caso dos autos. Reforçando todo o exposto, cumpre
ressaltar o seguinte excerto extraído de julgado do c. Superior Tribunal de Justiça, que encontra similitude
com a mesma ratio decidendi adotada nos autos: Pela ausência de previsão constitucional ou legal, é
manifestamente incabível a interposição de agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça
visando a reforma de decisão de Relator que indefere a liminar em habeas corpus impetrado perante
Tribunal Regional Federal contra ato de Juiz de primeiro grau. (STJ. AgRg no Ag 1434109/PB, Rel.
Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado em 25/06/2019, DJe 02/08/2019). No mesmo sentido, a
propósito, é o entendimento desta e. Corte, verbis: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO PENAL.
IMPOSSIBILIDADE. REITERAÇÃO DE PEDIDO. PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE
PREVISÃO LEGAL NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO
CONHECIDO. DECISÃO UNÂNIME (TJPA. 2019.05233998-85, 211.022, Rel. Rosi Maria Gomes de
Farias, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Penal, Julgado em 17/12/2019, Publicado em 19/12/2019 -
grifei). Por todo o exposto e com fulcro no art. 133, inciso X, do RITJE/PA, indefiro liminarmente o presente
agravo de instrumento, por ser o mesmo incabível na espécie. À Secretaria, para a imediata certificação
do trânsito em julgado e, consequente arquivamento e baixa dos autos. Belém, 12 de agosto de 2021.
Des. MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE Relator 1 Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do
presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso
especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou
em julgamento de recursos repetitivos. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) IÂ - indeferir pedido
formulado com base no art. 1.035, § 6º, ou no art. 1.036, § 2º, de inadmissão de recurso especial ou
extraordinário intempestivo; I - ( Revogado ); (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) II - inadmitir,
com base no art. 1.040, inciso I, recurso especial ou extraordinário sob o fundamento de que o acórdão
recorrido coincide com a orientação do tribunal superior; II - ( Revogado ); (Redação dada pela Lei nº
13.256, de 2016) III - inadmitir recurso extraordinário, com base no art. 1.035, § 8º, ou no art. 1.039,
parágrafo único, sob o fundamento de que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inexistência de
repercussão geral da questão constitucional discutida. IIIÂ - ( Revogado ). (Redação dada pela Lei nº
13.256, de 2016) 2 Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica,
bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. 3 GRINOVER, Ada Pellegrini. Recursos no
processo penal: teoria geral dos recursos, recursos em espécie, ações de impugnação, reclamação aos
tribunais. 5ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. p. 35.

ANÚNCIO DE JULGAMENTO DA 12ª SESSÃO ORDINÁRIA POR VIDEOCONFERÊNCIA DA


3ª TURMA DE DIREITO PENAL
644
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A Coordenadoria do Núcleo de Cumprimento e Sessão de Julgamento da Unidade de Processamento


Judicial das Turmas de Direito Penal, faz saber, a quem interessar possa, que foi designado o DIA 19 DE
AGOSTO DE 2021, ÀS 09:30 HORAS, para realização da 12ª SESSÃO ORDINÁRIA DE JULGAMENTO
DA 3ª TURMA DE DIREITO PENAL DO ANO CORRENTE, POR MEIO DE VIDEOCONFERÊNCIA (nos
moldes da Portaria Conjunta Nº 01/2020- GP-VP-CGJ, editada em face do contexto da pandemia de Covid
19, publicada no DJe em 30/04/2020), para julgamento dos feitos pautados nos SISTEMA LIBRA 2G.
Ressalta-se que o interessado em sustentar oralmente deverá acessar o endereço eletrônico <
https://consultas.tjpa.jus.br/push/login> até 24 (vinte e quatro) horas antes do início da sessão para
efetuar a sua inscrição.
Eventuais dúvidas poderão ser sanadas no sítio eletrônico deste Egrégio Tribunal: <
http://www.tjpa.jus.br/PortalExterno/institucional/Secretaria-de-Informatica/611283-sustentacao-
oral-advogados.xhtml>.

1 - APELAÇÃO CRIMINAL - COMARCA DE BELÉM (0007816-71.2016.8.14.0401) - SEM REVISÃO -


FEITO ADIADO NA 11ª SESSÃO ORDINÁRIA DE 2021 REALIZADA POR VIDEOCONFERÊNCIA
APELANTE: JOAO WERLON DINIZ ELMESCANY
REPRESENTANTES: OAB 19718 - AMANDA GABRIELLY MORAIS SA (ADVOGADA), OAB 20474 -
MARCELO LIENDRO DA SILVA AMARAL (ADVOGADO), OAB 8482 - CARLOS ALEXANDRE TEIXEIRA
REIS VASQUEZ (ADVOGADO)
APELADA: JUSTIÇA PÚBLICA
PROCURADOR DE JUSTIÇA: CLAUDIO BEZERRA DE MELO
ASSISTENTE DE ACUSACAO: W. C. S. P.
REPRESENTANTE: LUIZ ANTONIO NASCIMENTO RAMOS (DEFENSOR PÚBLICO)
RELATORA: DESA. MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS

2 - APELAÇÃO CRIMINAL - COMARCA DE BELÉM (0002255-03.2015.8.14.0401)


APELANTE: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA
REPRESENTANTE: ISAIAS MEDEIROS DE OLIVEIRA (PROMOTOR DE JUSTIÇA)
APELANTE/ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO: J. A. L. Q.
REPRESENTANTE: OAB 15605 - MARCOS VINICIUS NASCIMENTO DE ALMEIDA (ADVOGADO)
APELADA: HELENA DO SOCORRO NOGUEIRA VERISSIMO DANTAS
REPRESENTANTE: OAB 14928 - LORENA DE OLIVEIRA FERREIRA (ADVOGADA)
PROCURADORA DE JUSTIÇA: UBIRAGILDA SILVA PIMENTEL
REVISOR: DES. RAIMUNDO HOLANDA REIS
RELATOR: DES. LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR

3 - APELAÇÃO CRIMINAL - COMARCA DE BELÉM (0000434-27.2016.8.14.0401)


APELANTE: MAURICIO SANTOS DE SOUZA
REPRESENTANTES: OAB 14600 - NEYLER MARTINS DE MENDONCA (ADVOGADO), OAB 16968 -
ANTONIO FERNANDO CARVALHO DOS SANTOS NETO (ADVOGADO), OAB 7829 - NEY GONCALVES
DE MENDONCA JUNIOR (ADVOGADO)
APELADA: JUSTIÇA PÚBLICA
PROCURADORA DE JUSTIÇA: ANA TEREZA DO SOCORRO DA SILVA ABUCATER
REVISOR: DES. RAIMUNDO HOLANDA REIS
RELATOR: DES. LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR

BELÉM (PA), 16 DE AGOSTO DE 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

COORDENADORIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS

SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO

Número do processo: 0800280-79.2016.8.14.0302 Participação: REQUERENTE Nome: MURYLLO ALVES


DE QUEIROZ Participação: ADVOGADO Nome: IZABELLE FERNANDES DA COSTA MACIEL OAB:
21124/PA Participação: REQUERIDO Nome: TRANSURB LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
ALEXANDRE PEREIRA BONNA OAB: 18939/PA Participação: REQUERIDO Nome: NOBRE
SEGURADORA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA EMILIA GONCALVES DE RUEDA OAB:
23748/PE

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

PROCESSO Nº: 0800280-79.2016.8.14.0302

DESPACHO

Tendo em vista os pagamentos realizados por ambas as Reclamadas, determino a intimação do


Reclamante para manifestação sobre os valores depositados, prazo de 05 (cinco) dias. Transcorrido o
prazo, voltem conclusos para apreciação dos Embargos de Declaração.
Cumpra-se.
Belém, 13 de Agosto de 2021.

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL


Juiz de Direito

Número do processo: 0800280-79.2016.8.14.0302 Participação: REQUERENTE Nome: MURYLLO ALVES


DE QUEIROZ Participação: ADVOGADO Nome: IZABELLE FERNANDES DA COSTA MACIEL OAB:
21124/PA Participação: REQUERIDO Nome: TRANSURB LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
ALEXANDRE PEREIRA BONNA OAB: 18939/PA Participação: REQUERIDO Nome: NOBRE
SEGURADORA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA EMILIA GONCALVES DE RUEDA OAB:
23748/PE

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DE BELÉM

PROCESSO Nº: 0800280-79.2016.8.14.0302

DESPACHO

Tendo em vista os pagamentos realizados por ambas as Reclamadas, determino a intimação do


Reclamante para manifestação sobre os valores depositados, prazo de 05 (cinco) dias. Transcorrido o
prazo, voltem conclusos para apreciação dos Embargos de Declaração.
Cumpra-se.
Belém, 13 de Agosto de 2021.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MAX NEY DO ROSÁRIO CABRAL


Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA CAPITAL

RESENHA: 09/08/2021 A 13/08/2021 - SECRETARIA UNICA DAS VARAS DOS JUIZADOS CRIMINAIS
DE BELEM - VARA: JUIZADO CRIMINAL MEIO AMBIENTE DE BELEM

PROCESSO: 00001435820208140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 10/08/2021 DENUNCIADO:HAMILTON BARROSO DA
COSTA FILHO VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0000143-58.2020.8.14.0701 AÃÃO PENAL AMBIENTAL
Denunciado: HAMILTON BARROSO DA COSTA FILHO Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei
9.605/98. SENTENÃA            Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da
Lei nº 9.099/95.            Passo a decidir:            O Ministério Público
formalizou denúncia (fls. 18/20) contra HAMILTON BARROSO DA COSTA FILHO, qualificado nos autos,
pela prática do crime previsto no art. 54, § 1º da Lei 9.605/98.            Inicialmente,
verifica-se que foram cumpridas as formalidades legais na tramitação deste processo, devendo ser
registrado que a fl. 18 o Ministério Público destacou a impossibilidade de oferecimento de transação
penal ao autor do fato em face do mesmo não preencher os requisitos legais previstos no art. 76 § 2º
da Lei 9.099/95.            Citação realizada à fl. 29.            à fl. 36, foi
decretada a revelia do autor do fato. Em seguida, foi efetuado o recebimento da denúncia (fls. 47/50). O
Ministério Público formalizou desistência da testemunha arrolada (fl. 47). A defesa não apresentou
testemunhas.            Constam os memoriais finais do Ministério Público e da Defesa.
           Quanto a eventual sustentação de prescrição a mesma não se configura no
caso em questão, tendo em vista que o crime imputado ao acusado possui pena máxima em abstrato de
01 (um) ano e, conforme disposto no art. 109, inciso V do CPB, seu prazo prescricional é de 04 (quatro)
anos. Desta forma, tendo o crime imputado ocorrido em 04/11/2019, mas tendo havido o recebimento da
denúncia em 23/02/2021 (fls. 47/50), não há que se falar em configuração da prescrição da
pretensão punitiva, não sendo o caso de redução desse prazo.            Dos
elementos carreados aos autos se constata a existência de prova da autoria e da materialidade do crime
imputado ao denunciado, senão vejamos:            Estabelece o art. 54, § 1º da Lei
9.605/98: Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em nÃveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
significativa da flora. [...] § 1º. Se o crime é culposo. Detenção de seis meses a um ano e multa
           A conduta criminosa descrita nessa norma tem como objeto jurÃdico a proteção
do meio ambiente e da saúde humana, não sendo exigido para a sua configuração qualquer
qualidade especial do agente (sujeito ativo), sendo o sujeito passivo a coletividade, não se exigindo,
entretanto, a comprovação de dano efetivo, mas apenas a demonstração do dano potencial (perigo
de dano). Nesse sentido: Para a caracterização do delito previsto no art. 54 da Lei 9.605/98, a
poluição gerada deve ter o condão de, ao menos, poder causar danos à saúde humana. (STJ, HC
54.536/MS, 5ª T., rel. Min. Félix Ficher, j. 6.6.2006, DJ de 01.08.2006) O crime do art. 54 da Lei
9.605/98 não exige a demonstração de dano efetivo à saúde humana, necessário, porém, que os
nÃveis de poluição sejam capazes de causar dano potencial ao bem jurÃdico. (TJMG, ApCrim
1.0056.07.148440-8/001, 2ª CCrim, rel. Des. Herculano Rodrigues, j. 17.01.2008)
           Com efeito, diretrizes para a constatação do crime em análise em sua
modalidade culposa são estabelecidas pela Resolução 001/90 CONAMA, de 08/03/90 e a N.B.R.
10.151 (ABNT), que considera ¿prejudiciais à saúde, à segurança e ao sossego público, sons que
atinjam no ambiente exterior do recinto em que tem origem, mais de 55 decibéis durante o dia e 50
decibéis durante a noite¿.            Destarte, a Resolução n. 001/90, do CONAMA -
Conselho Nacional do Meio Ambiente traz o substrato necessário à perfeita interpretação da norma
inscrita no referido artigo 54, § 1º da Lei Ambiental, ao dispor: O Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 10, da Lei 7.804, de 18 de julho de 1989 e
Considerando que os problemas dos nÃveis excessivos de ruÃdo estão incluÃdos entre os sujeitos ao
Controle da Poluição de Meio Ambiente; Considerando que a deterioração da qualidade de vida,
causada pela poluição, está sendo continuamente agravada nos grandes centros urbanos;
Considerando que os critérios e padrões deverão ser abrangentes e de forma a permitir fácil
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

aplicação em todo o território nacional, resolve: I - A emissão de ruÃdos, em decorrência de


quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais e recreativas, inclusive as de propaganda polÃtica,
obedecerá, no interesse da saúde, do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes
estabelecidos nesta Resolução. II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do
item anterior aos ruÃdos com nÃveis superiores aos considerados aceitáveis pela norma NBR 10.151 -
Avaliação do RuÃdo em Ãreas Habitadas visando o conforto da comunidade, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.            Vale ressaltar, que a Lei Municipal nº
7.990/00 não pode ser aplicada para definição do delito de poluição sonora previsto no artigo 54,
§ 1º da Lei 9.605/98, pois o MunicÃpio, ao ampliar os Ãndices de decibéis previstos na Resolução
001/90 CONAMA, de 08/03/90 e na N.B.R 10.151 (ABNT), extrapolou sua competência legislativa, já
que, em matéria ambiental, a competência para legislar do municÃpio é suplementar à s
legislações Federal e Estadual, devendo sempre observar as normas gerais editadas pela União e
pelo Estado.            Assim, o MunicÃpio somente tem competência para legislar sobre
matéria ambiental quando se trata de interesse local e dentro dos parâmetros legais estabelecidos pela
Constituição Federal. Evidente que, a poluição sonora, tratando-se de matéria penal, é de
competência legislativa exclusiva da União, cabendo ao MunicÃpio apenas exercer o poder de polÃcia
de fiscalização e regulação das atividades potencialmente poluidoras e, quando for o caso, da
aplicação de multas administrativas.            Por oportuno, o seguinte julgado:
Ementa:Â APELAÃÃO CÃVEL. DIREITO DE VIZINHANÃA. POLUIÃÃO SONORA. LEI MUNICIPAL.
LIMITES. RESOLUÃÃO DO CONAMA. PROVA. REDUÃÃO DE RUÃDO. AR-CONDICIONADO. DECISÃO
INTERLOCUTÃRIA. MULTA DIÃRIA ASTREINTES. TÃTULO JUDICIAL. LUCROS CESSANTES
INDEVIDOS. 1. A norma municipal fixa limites máximos que, na realidade, são superiores aos limites
máximos fixados na resolução pelo órgão ambiental federal competente (Resolução nº 01/90
do Conama e NBR 10.152), devendo a última se sobrepor à norma local. 2. [...] Unânime. (Apelação
CÃvel Nº 70016488884, Décima Oitava Câmara CÃvel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mario
Rocha Lopes Filho, Julgado em 16/11/2006)            Ademais, o artigo 8º da Lei Municipal
7.990/00, que determina Ãndices sonoros superiores aos determinados pela legislação federal, está
sendo objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade face à Constituição do Estado do Pará
(Processo nº 0001539-30.2010.8.14.0000), ajuizada pelo Ministério Público, e em trâmite perante o
Egrégio Tribunal de Justiça do Pará.            A defesa, às fls. 39/43, sustentou a
atipicidade da conduta, sob a alegação de que a poluição sonora não se presta à conformação
tÃpica do art. 54 § 1º da Lei 9.605/98, por não alcançar, em seu entender o bem jurÃdico nela
tutelado, sobretudo em face do veto ao art. 59 da Lei 9.605/98, que tratava de tal crime, e, assim, somente
poderia restar a desclassificação para a conduta tipificada no art. 42, III da Lei das Contravenções
Penais.            Quanto a referida alegação, deve ser observado que, não obstante o
veto presidencial ao artigo 59 da Lei 9.605/1998, é possÃvel a aplicação dos artigos 54 para as
situações mais graves que afetem o equilÃbrio ambiental, a saúde humana em decorrência da
poluição sonora, ficando a contravenção penal de perturbação do trabalho ou do sossego alheios
(artigo 42 do Decreto Lei nº 3.688/1941), para os casos mais simples, privilegiando o princÃpio da
proporcionalidade, sendo que este posicionamento está baseado na interpretação sistemática, visto
que a Lei que instituiu a PolÃtica Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981) considera poluição ou
degradação da qualidade ambiental qualquer conduta que ¿prejudique a saúde, a segurança e o
bem estar da população¿ ou ¿que criem condições adversas às atividades sociais e
econômicas¿.            Nesse sentido o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento do
Habeas Corpus nº 159.329 - MA (2010/0005251-4) que, por unanimidade, firmou posicionamento de que
a poluição sonora não foi excluÃda expressamente da definição da conduta tÃpica do art. 54 da
Lei 9.605/1998: EMENTA: HABEAS CORPUS . ART. 54, 2º, INCISO IV, DA LEI N. 9.605/98. POLUIÃAO
SONORA. AUSÃNCIA DE JUSTA CAUSA NAO-EVIDENCIADA DE PLANO. ANÃLISE SOBRE A
MATERIALIDADE DO DELITO QUE NAO PODE SER FEITA NA VIA ELEITA. CONDUTA TÃPICA
SUFICIENTEMENTE DEMONSTRADA PELA DENÃNCIA. ORDEM DENEGADA. 1.     [...] 2. O
Impetrante alega falta de justa causa para a ação penal porque a poluição sonora não foi
abrangida pela Lei n.º 9.605/98, que trata dos crimes contra o meio ambiente. Entretanto, os fatos
imputados ao Paciente, em tese, encontram adequação tÃpica, tendo em vista que o réu é acusado
causar poluição em nÃveis tais que poderiam resultar em danos à saúde humana, nos exatos termos
do dispositivo legal apontado na denúncia. 3. Uma vez que a poluição sonora não é
expressamente excluÃda do tipo legal, acolher a tese de atipicidade da conduta, nesses moldes,
ultrapassa os próprios limites do habeas corpus , pois depende, inexoravelmente, de amplo procedimento
probatório e reflexivo, mormente porque a denúncia, fundamentada em laudo pericial, deixa claro que a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

emissão de sons e ruÃdos acima do nÃvel permitido trouxe risco de lesões auditivas à várias
pessoas. 4. Ordem denegada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Seguindo o mesmo posicionamento: STJ -
RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS RHC 30641 MA 2011/0111325-3 (STJ) Ementa:
RECURSO ORDINÃRIO EM HABEAS CORPUS. ART. 54 DA LEI Nº 9.605 /98. POLUIÃÃO SONORA.
TRANCAMENTO DA AÃÃO PENAL. FATO ATÃPICO. INÃPCIA DA DENÃNCIA. NÃO OCORRÃNCIA.
FALTA DE JUSTA CAUSA. CONTEXTO PROBATÃRIO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A aptidão de dano
ambiental com riscos à saúde humana pela emissão de ruÃdo de alta intensidade encontra-se
formalmente bem descrita, permitindo aos acusados o exercÃcio da defesa, não se tendo daà inépcia
na inicial acusatória. 2. [...]3. Negado provimento ao recurso ordinário em habeas corpus.
           No mesmo sentido o entendimento do STF sobre a tipicidade da conduta em
questão: STF - RECURSO ORDINÃRIO EM HABEAS CORPUS RHC 117465 DF (STF) Data de
publicação: 17/02/2014 Ementa: Ementa: RECURSO ORDINÃRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL.
PROCESSUAL PENAL. CRIME AMBIENTAL. POLUIÃÃO SONORA. AUSÃNCIA DE PROVA PERICIAL.
ALEGAÃÃO DE NULIDADE DA SENTENÃA CONDENATÃRIA. INSUBSISTÃNCIA. NÃO PROVIMENTO
DO RECURSO. I Nulidade da sentença condenatória em virtude da não realização da prova
pericial visando à comprovação da prática de crime ambiental (poluição sonora). II Alegação
insubsistente, pois, conforme assentou o acórdão impugnado, a materialidade do delito foi comprovada
pela prova testemunhal. III [...] (HC 108.463/MG, Rel. Min. Teori Zavascki). IV Recurso ordinário não
provido.            O TJ/PA também possui o mesmo entendimento, bem como o TJ/SP:
TJ-PA - Recurso em Sentido Estrito: RSE 00006402020098140701 BELÃM Processo RSE
00006402020098140701 BELÃM Orgão Julgador 1ª CÃMARA CRIMINAL ISOLADA Publicação
12/09/2014 Julgamento 9 de Setembro de 2014 Relator VERA ARAUJO DE SOUZA Ementa RECURSO
EM SENTIDO ESTRITO. CRIME DE POLUIÃÃO SONORA NA MODALIDADE CULPOSA (ARTIGO 54, §
1º, DA LEI Nº 9.605/1998). REJEIÃÃO DA DENÃNCIA. AUSÃNCIA DE CONDIÃÃES DA AÃÃO PENAL
(ARTIGO 395, INCISO II, DO CÃDIGO DE PROCESSO PENAL). SUPOSTA ATIPICIDADE DOS FATOS
DESCRITOS NA DENÃNCIA. FUNDAMENTAÃÃO JUDICIAL NO SENTIDO DE QUE O ARTIGO 54 DA
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS NÃO ABARCARIA A CONDUTA DE OCASIONAR POLUIÃÃO SONORA.
TESE REJEITADA. ARTIGO 54 DA LEI Nº 9.605/1998 NÃO EXCLUI A POLUIÃÃO SONORA DO ROL
DE CONDUTAS CAPAZES DE CAUSAR POLUIÃÃO AMBIENTAL NOCIVA Ã SAÃDE HUMANA OU DE
PROVOCAR A MORTANDADE DE ANIMAIS OU A DESTRUIÃÃO SIGNIFICATIVA DA FLORA.
JURISPRUDÃNCIA DO STJ. EXISTÃNCIA DE LAUDO DE VISTORIA DE CONSTATAÃÃO ATESTANDO
QUE NO INTERIOR DO IMÃVEL DO RECORRIDO FORA DETECTADA A INTENSIDADE SONORA DE
78,3 DECIBÃIS. PRESSÃO SONORA SUPERIOR AOS LIMITES DE 55 DECIBÃIS DURANTE O DIA E 50
DECIBÃIS DURANTE A NOITE PREVISTOS NA RESOLUÃÃO Nº 1º/1990 DO CONSELHO
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE E NA NORMA DA ABNT (NBR 10.151). FATO APARENTEMENTE
CRIMINOSO TIPIFICADO NO ARTIGO 54 DA LEI Nº 9.605/1998. INTENSIDADE SONORA QUE
ATINGIU NÃVEIS CAPAZES DE OCASIONAR POLUIÃÃO AMBIENTAL NOCIVA Ã SAÃDE HUMANA OU
DE PROVOCAR A MORTANDADE DE ANIMAIS OU A DESTRUIÃÃO SIGNIFICATIVA DA FLORA. [...] Ã
SUFICIENTE QUE OS FATOS DESCRITOS NA PEÃA EXORDIAL CONSTITUAM CRIME EM TESE E
QUE HAJA INDÃCIOS MÃNIMOS DE AUTORIA E MATERIALIDADE. CASSAÃÃO DA DECISÃO DE
REJEIÃÃO DA DENÃNCIA. RECEBIMENTO DA EXORDIAL ACUSATÃRIA PELO TRIBUNAL.
PROSSEGUIMENTO REGULAR DA MARCHA PROCESSUAL. DOUTRINA. SÃMULA Nº 709 DA
JURISPRUDÃNCIA DOMINANTE DO STF. RECURSO CONHECIDO. PROVIMENTO DA PRETENSÃO
RECURSAL. UNANIMIDADE. TJ-SP - Apelação : APL 00018242420128260438 SP 0001824-
24.2012.8.26.0438 Processo APL 00018242420128260438 SP 0001824-24.2012.8.26.0438 Orgão
Julgador 9ª Câmara de Direito Criminal Publicação 14/11/2015 Julgamento 5 de Novembro de 2015
Relator Sérgio Coelho Ementa Apelação. Preliminar afastada. Artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais.
Recurso defensivo postulando a absolvição das pessoas fÃsicas e jurÃdica por falta de provas ou a
desclassificação para a contravenção penal prevista no artigo 42 do Decreto-Lei nº 3.688/41.
Impossibilidade. Conjunto probatório robusto, suficiente para embasar a condenação, nos moldes em
que proferida. Poluição sonora em nÃvel prejudicial à saúde. Crime ambiental configurado. Penas,
regime inicial aberto e substituição da sanção privativa de liberdade por restritiva de direito bem
fixados. Recurso não provido.            Feitas essas considerações, observa-se que a
conduta delituosa imputada ao denunciado atingiu nÃvel de emissão sonora de 77.7 decibéis pela
parte da noite (00h20min), no estabelecimento comercial denominado ¿BAR CANTINHO DA
SAUDADE¿, de propriedade/responsabilidade do acusado, localizado na rua São Domingos, nº 506,
entre 02 de junho e São Pedro, bairro Montese, nesta cidade de Belém, conforme a Vistoria de
Constatação nº 0291/2019 (fls. 12/13), assinada pelo Policial da Delegacia do Meio Ambiente -
650
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DEMA, Sr. SEBASTIÃO FREIRE DOS SANTOS FILHO, portanto, bem acima dos 50 dB previstos na
N.B.R 10.151 (ABNT) para o perÃodo NOTURNO, definido no item 6.2.2 da mesma.
           Inquestionável que o nÃvel de ruÃdo em questão, constatado pela mencionada
vistoria, é potencialmente prejudicial à saúde, à segurança e ao sossego público, pois todas as
pessoas expostas ao ruÃdo excessivo emitido pelo equipamento sonoro usado pelo acusado, estavam
correndo perigo real de sofrerem sérios prejuÃzos fÃsicos e emocionais já descritos nos compêndios
médicos, como surdez, cefaléias, irritação constante e outros sintomas caracterÃsticos do stress.
Essas consequências maléficas das emissões sonoras em excesso nos integrantes da comunidade
onde está localizada a fonte poluente são muitas vezes irreversÃveis, afetando sua vida familiar e
social, daà o caráter difuso do bem tutelado.            Resta, portanto, comprovada a
materialidade do crime através da mencionada vistoria, efetuada por Policial da Delegacia do Meio
Ambiente, que concluiu o seguinte: CONCLUSÃO: Ante o exposto, o PERITO concluà que o veÃculo em
questão, encontrava-se com INTENSIDADE SONORA de 77.7 dB(A) (decibéis), conforme citado no
item 03 (DA CONSTATAÃÃO), estando EM DESACORDO, com a legislação vigente.
           No referido laudo foi, inclusive, destacado que a medição da intensidade sonora
foi efetuada acerca de 05 (cinco) metros de distância da fonte sonora poluidora, estando de acordo,
portanto, com os requisitos estabelecidos pela Resolução 001/90 CONAMA, de 08/03/90 e na NBR
10.151 (ABNT).            Note-se que as constatações e a conclusão da referida
vistoria não foram impugnadas pela defesa que se limitou a argumentar a atipicidade da conduta, acima
afastada, sustentar a nulidade da perÃcia sob alegação de que não foi efetuada por perito, e sustentar
a ausência de prova, conforme abaixo analisado.            Quanto a eventual alegação
de ser insignificante o Ãndice sonoro constatado, faz-se necessária a análise do princÃpio da
insignificância em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mÃnima do
Estado em matéria penal, examinada na perspectiva de seu caráter material, sendo que tal princÃpio
seria causa da exclusão da tipicidade material do fato.            Abstraindo-se o importante
detalhe de que inúmeros doutrinadores rejeitam de forma veemente a possibilidade da aplicação do
princÃpio da insignificância em matéria ambiental, em razão da relevância do meio ambiente como
bem jurÃdico fundamental, que ostenta titularidade difusa e que se reconhece como patrimônio de toda a
humanidade a ser preservado para as presentes e futuras gerações, como atestam inúmeras
decisões jurisprudenciais1, este JuÃzo tem admitido sua aplicação cautelosa, sempre que
evidenciada de forma objetiva, a insignificância material da conduta imputada ao agente, bem como o
desvalor do resultado, pressupostos não observados, porém, no presente caso, como se irá em
seguida demonstrar.            Em primeira ordem, há que se considerar que a tutela penal
do meio ambiente tem caráter eminentemente preventivo e sua aplicação visa exatamente evitar a
continuidade ou nova ocorrência da atividade delitiva, tanto que na grande maioria dos crimes ambientais
não são aplicáveis penas privativas de liberdade, apenas medidas de recomposição do dano de
natureza cÃvel, visando a adequação fÃsica dos estabelecimentos ou atividades à s normas
ambientais, bem como medidas alternativas a tÃtulo de transação penal, o que se mostra em
consonância com o princÃpio da proporcionalidade.            Ademais, para aplicação
do princÃpio da insignificância, doutrina e jurisprudência consideram necessária na aferição do
relevo material da tipicidade penal a presença dos seguintes vetores: a) a mÃnima ofensividade da
conduta do agente; b) a nenhuma periculosidade social da ação; c) o reduzidÃssimo grau de
reprovabilidade do comportamento; d) a inexpressividade da lesão jurÃdica provocada. Já para a
aplicação do princÃpio da adequação social busca-se aferir a aceitação social da conduta, que
deve ser considerada comum, normal, tolerável, isto é, não contestada ou discutida na polÃcia ou em
juÃzo, cujo resultado também não provoque lesão jurÃdica relevante.
           Analisemos então a conduta imputada ao acusado de produzir poluição sonora
às 00h20min, com intensidade de 77.7 decibéis, portanto bem acima dos 50 dB estabelecidos pela
Resolução 001/90 CONAMA e a N.B.R 10.151 (ABNT), conforme a mencionada vistoria, com alguns
questionamentos: 1)Â Â Â Â Â A referida conduta pode ser considerada como de ofensividade mÃnima ao
bem jurÃdico tutelado pela norma, no caso, a manutenção da sadia qualidade de vida das pessoas que
residem na vizinhança da fonte poluidora? No entendimento deste juÃzo a resposta a essa questão
necessariamente será negativa, em razão do elevado Ãndice de emissão sonora constatado e
imputado ao acusado, provocando incômodo e desassossego à vizinhança. 2)     A conduta
acima descrita pode ser caracterizada como não portadora de periculosidade social? A resposta a essa
questão evidentemente será, da mesma forma, negativa, uma vez que o Ãndice de emissão sonora
acima do recomendado pelo CONAMA é potencialmente prejudicial à saúde, à segurança e ao
sossego público, pois todas as pessoas expostas ao ruÃdo excessivo emitido pelo equipamento sonoro
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

em questão, enseja sérios prejuÃzos fÃsicos e emocionais, como acima já destacado.Â
3)     Pode a conduta em análise ser considerada como de reduzido grau de reprovabilidade?
Entendemos também quanto a essa questão, que a única resposta possÃvel deverá
necessariamente ser negativa, pois se assim fosse não se constataria em toda a comarca de Belém,
um tão grande número de reclamações, protestos e denúncias contra a prática de poluição
sonora; 4)     E quanto ao resultado, podem ser consideradas inexpressivas as consequências da
conduta atribuÃda ao acusado? A resposta a essa última questão inevitavelmente também deverá
ser negativa, considerando-se que, sendo a poluição sonora delito classificado como de simples perigo,
suficiente será para sua configuração a perturbação manifestada às autoridades públicas para
interromper a continuidade delitiva, demonstrando a expressividade do incômodo que está sofrendo e a
potencialidade da conduta para produzir o resultado danoso, caracterizado pelos distúrbios à saúde
humana, já mencionados.                          Assim, conclui-se que
não é o caso de aplicação do princÃpio da insignificância à conduta objeto da denúncia
formalizada pelo Ministério Público.            No que se refere a sustentação da
defesa, em alegações finais, de nulidade do laudo de medição realizado por policial da Delegacia do
Meio Ambiente - DEMA, sob o fundamento de violação ao art. 159 do Código de Processo Penal e ao
art. 3º da Lei nº 6.282/2000, necessárias as seguintes considerações:
           Inicialmente deve ser observado que o policial da DEMA que subscreve a vistoria
de constatação de fls. 12/13, Sr. SEBASTIÃO FREIRE DOS SANTOS FILHO, foi investido no cargo de
Perito Policial, através do Decreto, expedido pelo Governo do Estado do Pará, e do Prontuário nº
5.234, juntados aos autos, conforme esclarecido no OfÃcio nº 171/2018 - DCMF/DRH/PC da Divisão de
Cadastro e Movimentação Funcional da PolÃcia Civil do Estado do Pará.            Em
que pese atualmente não mais existir o cargo de Perito Policial, não se pode esquecer que os referidos
policiais continuam sendo funcionários públicos que possuem conhecimento técnico suficiente para
aferição de poluição sonora com lisura e idoneidade, inclusive porque realizam vistorias ambientais
desde a década de 1980, sendo que ao longo desses anos tais vistorias têm servido de amparo para
inúmeras ações criminais no Estado do Pará.            Com efeito, não se pode
esquecer, ainda, que o Centro de PerÃcias CientÃficas Renato Chaves se encontra notoriamente
congestionado, o que, a princÃpio, dificulta ou até mesmo inviabiliza o pronto atendimento de perÃcias
necessárias para aferição de poluição sonora noticiadas pela população diretamente para o
¿Disque-Silêncio¿ em funcionamento na DEMA, daà porque as rápidas atuações de tais policiais
com conhecimento técnico, pois antes ocupantes de cargos de peritos policias, têm sido fundamentais
para a constatação de poluição sonora neste Estado.            Nesse particular cabe
registrar que a poluição sonora constitui crime que não deixa vestÃgios, daà a necessidade de haver
o exame direto assim que noticiado, sendo este o motivo principal pelo qual o STJ e o STF têm
considerando que a realização de perÃcia criminal não se mostra imprescindÃvel como prova desse
crime, podendo ser suprida por outros elementos idôneos aptos a comprovar a materialidade delitiva.
           Nesse sentido, os seguintes julgados do STF: RECURSO ORDINÃRIO EM
HABEAS CORPUS 117.465 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) :Â AILSON MARTINS DOS SANTOS PROC.(A/S)(ES) :Â DEFENSOR PÃBLICO-GERAL
FEDERAL RECDO.(A/S) :Â MINISTÃRIO PÃBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :Â PROCURADOR-
GERAL DA REPÃBLICA EMENTA: RECURSO ORDINÃRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL.
PROCESSUAL PENAL. CRIME AMBIENTAL. POLUIÃÃO SONORA. AUSÃNCIA DE PROVA PERICIAL.
ALEGAÃÃO DE NULIDADE DA SENTENÃA CONDENATÃRIA. INSUBSISTÃNCIA. NÃO PROVIMENTO
DO RECURSO. I - Nulidade da sentença condenatória em virtude da não realização da prova
pericial visando à comprovação da prática de crime ambiental (poluição sonora). II - Alegação
insubsistente, pois, conforme assentou o acórdão impugnado, a materialidade do delito foi comprovada
pela prova testemunhal. III - Esse entendimento vai ao encontro de jurisprudência consolidada desta
Corte no sentido de que ¿embora a produção da prova técnica seja necessária para esclarecer
situações de dúvida objetiva acerca da existência da infração penal, o seu afastamento é
sistemático e teleologicamente autorizado pela legislação processual penal nos casos em há nos
autos outros elementos idôneos aptos a comprovar a materialidade do delito¿ (HC 108.463/MG, Rel.
Min. Teori Zavascki). IV - Recurso ordinário não provido. HABEAS CORPUS 108.463 (307) ORIGEM :
HC - 112895 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÃA PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR :MIN. TEORI
ZAVASCKI PACTE.(S) : MARIA MADALENA DE CARVALHO IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÃBLICA DA
UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÃBLICO-GERAL FEDERAL COATOR (A/S)(ES) : SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÃA Decisão : A Turma, por unanimidade, conheceu em parte e nessa parte
denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma , 27.08.2013. EMENTA: PENAL E
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PROCESSUAL PENAL. CRIME DE USO DE DOMUMENTO FALSO. CRIME IMPOSSÃVEL. MATÃRIA


NÃO APRECIADA NO ACÃRDÃO IMPUGNADO. SUPRESSÃO DE INSTÃNCIA. PRECEDENTES.
NULIDADE. NÃO REALIZAÃÃO DE PERÃCIA TÃCNICA PARA ATESTAR A MATERIALIDADE DO
CRIME PREVISTO NO ART.304Â DOÂ CÃDIGO PENAL. DESNECESSIDADE. EXISTÃNCIA DE
OUTROS MEIOS DE PROVAS. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA. 1. O acórdão impugnado não
apreciou os fundamentos relativos à configuração ou não de crime impossÃvel (art. 17 do CP).
Desse modo, qualquer juÃzo desta Corte sobre a matéria implicaria indevida supressão de instância e
contrariedade à repartição constitucional de competências. 2. Embora a produção da prova
técnica seja necessária para esclarecer situações de dúvida objetiva acerca da existência da
infração penal, o seu afastamento é sistemático e teleologicamente autorizado pela legislação
processual penal nos casos em que há nos autos outros elementos idôneos aptos a comprovar a
materialidade do delito. Precedentes. 3. Ordem parcialmente conhecida, mas denegada. HC: 85955 RJ
Relator: Min. ELLEN GRACIE Data de Julgamento: 05/08/2008 Segunda Turma Ementa: DIREITO
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. NULIDADE DA SENTENÃA. PROVA PERICIAL. PERÃCIA
INDIRETA. CRIMES CONTRA OS COSTUMES. DENEGAÃÃO. 1. [...] 2. [...] 3. O exame de corpo de
delito indireto, fundado em prova testemunhal idônea e/ou em outros meios de prova consistentes (CPP,
art. 167) revela-se legÃtimo, desde que, por não mais subsistirem vestÃgios sensÃveis do fato delituoso,
não se viabilize a realização do exame direto. 4. A despeito da perÃcia inicial haver sido realizada
apenas por um profissional nomeado ad hoc pela autoridade policial, atentou-se para a realização da
perÃcia com base no art. 167, do Código de Processo Penal, ou seja, a realização do exame de corpo
de delito indireto. 5. O juiz de direito não está adstrito às conclusões do laudo pericial, especialmente
em se referindo a juÃzo de constatação de fatos. 6. [...] 7. Habeas corpus denegado.
           Por oportuno, ainda, o seguinte posicionamento do STJ: AgRg no HABEAS
CORPUS Nº 173.189 - MS (2010/0090564-6) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS
CORPUS. 1. JULGAMENTO POR DECISÃO MONOCRÃTICA DE RELATOR. OFENSA AO PRINCÃPIO
DA COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÃNCIA. ART. 557 DO CÃDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÃÃO
ANALÃGICA. 2. EXAME DE CORPO DE DELITO. IMPOSSIBILIDADE. POLUIÃÃO SONORA - CRIME
QUE NÃO DEIXA VESTÃGIOS. MATERIALIDADE QUE PODE SER COMPROVADA POR OUTROS
MEIOS DE PROVA. 3. RECURSO IMPROVIDO. 1. [...] 2. Na espécie, considerando a impossibilidade de
realização de exame de corpo de delito e que a prova testemunhal supre sua falta em casos como tais
(art. 167 do Código de Processo Penal), a materialidade do crime ficou comprovada pelo testemunho de
engenheiro ambiental devidamente inscrito no CREA/MS, servidor da SEMUR - Secretaria Municipal de
Controle Ambiental e UrbanÃstico de Campo Grande/MS -, que, "munido de um decibelÃmetro,
instrumento esse utilizado para constatar os Ãndices de intensidade sonora, realizou a medição no
momento em que o som do carro estava ultrapassando os limites previstos pela legislação". 3. Agravo
regimental a que se nega provimento. [...] Somente é imprescindÃvel a realização de perÃcia nas
hipóteses em que o crime deixar vestÃgios, o que não se verifica no caso dos autos, pois, consoante
acertadamente afirmou o Tribunal de origem, "a poluição sonora é uma espécie de poluição
ambiental que possui o caráter peculiar de nocividade orgânica, que não produz fumaça, não torna
o solo estéril, mas perturba a mente, abala o equilÃbrio, deteriorando o meio ambiente social,
prejudicando a saúde e o bem-estar" (fl. 32). Partindo-se dessa premissa, a materialidade do delito em
questão pode ser atestada - e foi - pela prova testemunhal (art. 167 do Código de Processo Penal). Na
ocasião, o engenheiro ambiental devidamente inscrito no CREA/MS, servidor da SEMUR - Secretaria
Municipal de Controle Ambiental e UrbanÃstico de Campo Grande/MS -, "munido de um decibelÃmetro,
instrumento esse utilizado para constatar os Ãndices de intensidade sonora, realizou a medição no
momento em que o som do carro estava ultrapassando os limites previstos pela legislação."
           Finalmente, o TJ/SP tem admitido medições realizadas por Policiais Militares
como prova de poluição sonora: TJ-SP - APL: 0019640-62.2011.8.26.0047 Relator: Torres de Carvalho
Data de Julgamento: 23/01/2014 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente Data de Publicação:
23/01/2014 Ementa: POLUIÃÃO SONORA. Assis. Academia de ginástica. Norma NBR 10.151 da ABNT.
Resolução CONAMA nº 1/90. LF nº 6.938/81. LF nº 9.605/98. Emissão de ruÃdo em nÃveis
sonoros acima do permitido. Redução do volume aos nÃveis previstos na legislação de regência. 1.
Poluição sonora. A poluição sonora se configura pelo simples descumprimento da legislação,
ainda que não haja perturbação do sossego público nem danos fÃsicos ou psÃquicos à queles
expostos ao ruÃdo. Medições realizadas pela PolÃcia Militar demonstram o descumprimento da
regulamentação. Poluição sonora configurada. [...]            Seguindo tais
posicionamentos do STF, STJ e TJ/SP entendo que as vistorias de constatações de poluição sonora
realizadas por Policiais Civis da Delegacia do Meio Ambiente, com conhecimento técnico suficiente, eis
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

que, como visto, atuaram por longos anos no cargo de Peritos Policiais, constituem documentos públicos
idôneos e aptos a comprovar materialidade delitiva do crime em questão, suprindo, assim, a
realização de perÃcia técnica em face das particularidades já esclarecidas nesta decisão,
sobretudo que se trata de prova não repetÃvel.            Ademais, deve ser notado que as
informações inseridas no referido documento público não foram elididas, e nem mesmo impugnadas,
pela defesa.            No que se refere a eventuais alegações da defesa de ausência do
crivo do contraditório na fase inquisitorial, o que comprometeria a validade da referida prova documental,
deve ser observado que seria inviável a realização de perÃcia posterior para a constatação do
crime de poluição sonora que, como visto, não se trata de crime que deixa vestÃgios. Ademais, a
presença do acusado no momento da realização da vistoria ou o acesso do mesmo à medição da
intensidade sonora em análise, realizada pelo aparelho decibelÃmetro, não constituem requisitos para a
validade da vistoria, inclusive tendo em vista que tal procedimento, seguindo, orientação das normas da
N.B.R. 10.151 (ABNT), é realizado a uma certa distância da fonte poluidora.
           Ademais, o alerta prévio ao agente poluidor poderia tornar inviável a
realização da própria vistoria, pois o volume do som poderia ser rapidamente diminuÃdo ou até
mesmo desligado.            Quanto à autoria delitiva, na referida vistoria foi constatado que
o aparelho sonoro que originou a poluição ambiental é de responsabilidade do Sr. HAMILTON
BARROSO DA COSTA FILHO, ora acusado, fato não impugnado.            Logo, sendo o
responsável pela mencionada aparelhagem de som produtora da poluição sonora imputada, como
constatado na referida vistoria e não impugnado pela defesa nesse particular, restou evidente que o
réu tinha o poder de decisão sobre a intensidade do ruÃdo emitido pelo equipamento sonoro que ali se
encontrava por ocasião da vistoria, sendo autor da infração penal em questão.
           Ademais, tratando-se de crime culposo, com a sua conduta não observou o dever
de cuidado objetivo ao manter o aparelho com intensidade sonora capaz de causar dano potencial Ã
saúde humana.            Assim, a tÃtulo de argumentação, ainda que a utilização
direta do som não tenha sido realizada pelo acusado, tal fato não isentaria sua responsabilidade
criminal ambiental em face da Teoria do DomÃnio do Fato que, segundo o STF, assim pode ser traduzida:
¿Ensina, ainda, CÃZAR ROBERTO BITENCOURT: `5.3. Teoria do domÃnio do fato [...] Autor, segundo
esta teoria, é quem tem o poder de decisão sobre a realização do fato. à não só o que executa a
ação tÃpica como também aquele que se utiliza de outrem, como instrumento, para a execução da
infração penal (autoria mediata). [...] `A teoria do domÃnio do fato tem as seguintes consequências:
1ª) a realização pessoal e plenamente responsável de todos os elementos do tipo fundamentam
sempre a autoria; 2ª) é autor quem executa o fato utilizando outrem como instrumento (autoria
mediata); 3ª) é autor o coautor que realiza uma parte necessária do plano global (¿domÃnio
funcional do fato¿), embora não seja um ato tÃpico, desde que integre a resolução delitiva
comum¿.¿ (BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Tribunal Pleno, APn 470/MG, Julgado em 17 de
d e z e m b r o d e 2 0 1 2 , p . 4 7 0 3 , d i s p o n à v e l e m
«http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?idDocumento=3678648»)
           Acresça-se que estabelece o art. 3º, inciso IV da Lei nº 6.938/81, o seguinte:
Art. 3°. Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: (...) IV - poluidor, a pessoa fÃsica ou jurÃdica, de
direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental.            No caso dos autos, como visto, na sistemática do
princÃpio do ônus da prova, nada foi comprovado contra a legalidade e regularidade do documento
público em questão que pudesse comprometer sua validade como meio de prova do crime imputado ao
acusado. Ademais, a referida vistoria de constatação constitui ato administrativo dotado de
presunção de legalidade e veracidade, somente elidida por prova em contrário, que, no caso, não foi
apresentada.            Assim, ainda que não tenha sido efetuada a oitiva do policial
responsável pela referida vistoria, cabe lembrar que tal laudo, como visto, constitui documento público
válido, e não tendo sido apresentada pela defesa impugnação fundamentada em elementos
consistentes, precisos e seguros, era direito do Ministério Público formalizar a desistência quanto ao
referido depoimento.            Cabe ressaltar que não houve nenhuma comprovação
acerca de nulidade da vistoria durante a fase de instrução do presente processo, tendo a defesa se
limitado a sustentar a atipicidade da conduta em suas alegações preliminares (fls. 39/43), devendo ser
lembrado que em Processo Penal as nulidades devem ser arguidas nos prazos estabelecidos o artigo 571
do CPP, visando, inclusive, possibilitar manifestação contraria do Ministério Público. Art. 571. As
nulidades deverão ser arguidas: (..) II - as da instrução criminal dos processos de competência do
juiz singular e dos processos especiais, salvo os dos CapÃtulos V e Vll do TÃtulo II do Livro II, nos prazos
a que se refere o art. 500; III - as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se
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verificadas depois desse prazo, logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes;
           Ademais, deve ser observado que consta no laudo de fls. 12/13 que o aludido
aparelho decibelÃmetro marca INSTRUTHERM DEC 5030 RP 036942 série 120605643, possuÃa, a
época dos fatos, certificado de calibração cujo número era 93264/2018.            Pelo
exposto, e atentando a tudo o mais que dos autos consta, julgo procedente a denúncia, e, em
consequência, condeno o nacional HAMILTON BARROSO DA COSTA FILHO, qualificado nos autos,
pela prática do crime tipificado no art. 54, § 1° da Lei 9.605/98.            A pena prevista
para o mencionado crime de poluição sonora é de detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e
multa. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â APLICAÃÃO DA PENA: Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Passo a dosar a pena para o
acusado, atendendo inicialmente às diretrizes do art. 59 do Código Penal Brasileiro e art. 6º da Lei
9.605/98: a)Â Â Â Â Â culpabilidade - evidenciada em face do elevado grau de reprovabilidade da conduta
do acusado. b)     Antecedente - o acusado possui antecedente criminal, conforme certidão de fls.
87/88, com relatório analÃtico de fls. 89/90, sendo que foi condenado há 07 (sete) meses de
detenção, no Processo nº 0001000-22.2011.8.14.0701, perante este Juizado Especial Criminal do
Meio Ambiente, por crime praticado em 05/09/2011 (antes da ocorrência do crime em questão), tendo a
sentença transitado em julgado para a defesa em 17/08/2017, conforme cópias juntadas aos autos à s
fls. 91/97. c)     personalidade e conduta social - não há nos autos dados concretos suficientes
para aferi-las, e, dessa forma, as tenho como favoráveis ao réu. d)     motivo do crime - não
evidenciado. e)     circunstâncias do crime - são desfavoráveis ao denunciado, em face de ter
sido constatado que a intensidade sonora oriunda do equipamento de responsabilidade do acusado
ultrapassa, em muito, o limite estabelecido pela legislação vigente, conforme anteriormente destacado.
f)     comportamento da vÃtima - sendo a vÃtima a coletividade, não houve contribuição da
mesma para a prática do delito em questão. g)     consequências do crime - apesar de
relevantes, não foram graves.            Diante das diretrizes acima especificadas e
considerando, ainda, os requisitos do art. 6º da Lei 9.605/98, fixo-lhe a pena base em 06 (seis) meses de
detenção. Não havendo configuração de atenuantes e diante da ocorrência de duas agravantes
previstas no art. 15, inciso II, alÃneas ´f)´ e ´i)´ (infração cometida em área urbana e em perÃodo
noturno), do mesmo diploma legal, aumento a referida pena para 08 (oito) meses de detenção, que
torno definitiva em face da inexistência de outras causas de aumento ou de diminuição de pena
aplicáveis, devendo o regime inicial de cumprimento da pena ser o regime aberto (art. 33, § 2º, alÃnea
¿c¿ do CPB).            IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÃÃO DA PENA PRIVATIVA
DE LIBERDADE E DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA:            In casu, o réu
não faz jus a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, nem a suspensão
condicional da pena, em face do disposto no art. 44, inciso III do Código Penal e art. 77, inciso II do
mesmo diploma legal, considerando que tal medida não se mostra socialmente recomendável, inclusive
em face de antecedente criminal do acusado, das circunstancias do crime acima especificadas, bem como
considerando que o condenado já foi, anteriormente, apenado em virtude do mesmo crime (reincidente),
nos autos do processo nº 0001000-22.2011.8.14.0701.            2) PENA DE MULTA
(prevista cumulativamente para o crime imputado):            No que se refere à pena de
multa, considerando o disposto no art. 18 da Lei 9.605/98, art. 59 e seguintes do Código Penal com as
diretrizes e circunstâncias judiciais acima analisadas, e observando-se o art. 49 c/c art. 60, ambos do
referido Código CP, sobretudo a situação econômica do condenado, e o atual valor do salário
mÃnimo, fixo a pena base em 30 (trinta) dias-multa.            Não havendo
configuração de atenuantes e diante da ocorrência de duas agravantes previstas no art. 15, inciso II,
alÃneas ´f)´ e ´i)´, do mesmo diploma legal, aumento a referida pena para 50 (cinquenta) dias-multa
(art. 49, caput, CP), que torno definitiva em face da inexistência de outras causas de aumento ou de
diminuição de pena aplicáveis, fixando o valor do dia multa em 1/30 do salário mÃnimo vigente ao
tempo do fato (art. 49, § 1º, CP), devidamente corrigido, quando da execução, conforme estabelece
o art. 49, § 2º do CP, devendo ser observado o seguinte: Distinção entre pena de multa e pena de
prestação pecuniária: A prestação pecuniária, que é uma das penas restritivas de direito que
substituem a pena privativa de liberdade, objeto dos arts. 45 e 45 do CP, não se confunde com a pena de
multa de que trata este art. 49. A prestação pecuniária destina-se à vÃtima, a seus dependentes ou a
entidades públicas ou privadas com fim social, tendo caráter primordialmente indenizatório; já a pena
de multa destina-se sempre ao Estado, possuindo natureza punitiva. A prestação pecuniária, se
descumprida injustificadamente, poderá ser convertida em pena privativa (art. 44, § 4º, do CP); por sua
vez, a pena de multa, se não paga, jamais poderá ser convertida em pena privativa de liberdade, em
face da redação do art. 51 do CP.2            DO CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA
DE LIBERDADE:            Tendo em vista que, conforme OfÃcio n° 1040/2014-
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GAB/SUSIPE (cópia em anexo), atualmente, não há nesta Comarca estabelecimento adequado (Casa
de Albergado) para o cumprimento da pena privativa de liberdade, necessário que a mesma seja
cumprida por meio de monitoramento eletrônico especificado no citado OfÃcio e regulamentado através
do Decreto nº 7.627 de 24.11.2011 (DOU 25.11.2011), através do Núcleo de Monitoramento
Eletrônico da SUSIPE.            Cabe destacar que a deliberação acima efetuada não
constitui usurpação da competência do JuÃzo de Execução, conforme já se pronunciou o STF:
STF - 1ª Turma Habeas Corpus 113.334 Rio Grande do Sul Relatora: Min. Rosa Weber Redator do
Acordão: Min. Dias Toffoli Pacte.(s): Rodinei de Souza impte.(s): defensoria pública da união
Proc.(a/s)(es): Defensor Público-geral Federal Coator(a/s)(es): Superior Tribunal de Justiça EMENTA
Habeas corpus. Preventivo. Penal. Ausência de estabelecimento prisional condizente com o regime
aberto fixado na sentença (CP, art. 33, § 1o, c). Recolhimento excepcional em prisão domiciliar.
Possibilidade. Artigo 117 da Lei de Execução Penal cujo rol não é taxativo. Precedente.
Determinação do Tribunal de Justiça estadual condicionada à inexistência de casas prisionais que
atendam aos requisitos da Lei de Execução Penal em seus arts. 93 a 95. Ausência de usurpação
da competência do juÃzo da execução. Ordem concedida.            Deve ser notado,
ainda, que a deliberação acima efetuada acerca da necessidade de monitoramento eletrônico se
encontra em consonância com a Portaria nº 042/2013-GJ de 19.12.2013, expedida pela 1ª Vara de
Execução Penal, que autoriza o recolhimento domiciliar de apenados, mediante o referido
monitoramento.            Após o trânsito em julgado desta decisão:
a)     Façam-se as comunicações devidas; b)     Cumpram-se as orientações da
douta Corregedoria da Região Metropolitana de Belém, especificadas no OfÃcio Circular nº 054/2013
de 08.04.2013 e Provimento nº 006/2014-CJRMB de 20/05/2014 (DJ de 04.06.2014), cópias em anexo,
no sentido de ser expedido mandado de prisão para que o condenado se apresente no setor competente
da SUSIPE (Núcleo de Monitoramento Eletrônico), para somente então serem encaminhadas as
peças necessárias à execução da pena em questão ao JuÃzo da Vara competente para
fiscalização da mesma. c)     Oficie-se à Justiça Eleitoral em atenção ao art. 15, III, da CF.
           P.R.I., devendo, inclusive, ser efetuada a intimação pessoal do condenado
acerca desta sentença, considerando o seguinte: ¿HABEAS CORPUS¿ - REU REVEL QUE NÃO FOI
INTIMADO DE SENTENÃA CONDENATÃRIA - NULIDADE DA CERTIDAO DE TRÃNSITO EM JULGADO
- ORDEM CONCEDIDA. Ã INDISPENSÃVEL A INTIMAÃÃO DO RÃU, MESMO QUANDO UMA REVELIA
TENHA SIDO DECRETADA.3 `HABEAS CORPUS¿. DEFENSOR DATIVO. INTIMAÃÃO DA SENTENÃA
CONDENATÃRIA AO REVEL. I - Defensor Dativo - No desempenho do `munus¿ Público, cumpre ao
Defensor Dativo exercitar todos os meios de defesa, inclusive a apelação da sentença condenatória.
Se em vez de apelar, secunda o recurso do Ministério Público, descumprido está o `munus¿. II - Da
sentença condenatória deve o revel ser intimado por edital (CPP, artigo 392, VI). III - Processo que se
anula, para, mantida a sentença, seja o réu regularmente intimado, nomeando-se novo.4
           Cumpra-se.            Após o cumprimento das formalidades legais,
arquive-se.            Belém (PA), 10 de agosto de 2021. ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente da Capital 1
Sendo o meio ambiente um bem jurÃdico reconhecido como verdadeiro direito humano fundamental (art.
225 da CF/88), em que lhe reconhece a natureza de patrimônio de toda humanidade, assegurando-se a
esta e à s futuras gerações sua existência e exploração racional, impossÃvel acolher a tese que
eventual lesão seja insignificante aos olhos do direito penal.¿ (TJMG, ApCrim 486.599-8, 5ª CCrim,
Rel. Des. Antõnio Armando dos Anjos, j. 17.05.2005) Diante dos bens jurÃdicos de tamanha
importância (como a vida e o próprio bem ambiente), não se pode cogitar no retromencionado
princÃpio, seja de forma abstrata, ou, menos ainda, de forma concreta. (TJSP, Ap. 815899.3/0-0000-000,
11ª C do 6] GSCrim, rel. Des. Massmi Uyeda, j. em 19.04.2006, RT 851/522) 2 DELMANTO, Celso.
Código penal comentado: acompanhado de comentários, jurisprudências, súmulas em matéria penal
e legislação complementar. 8. ed., rev., atual. e ampl. - São Paulo:Saraiva, 2010 , pg.260. 3 TRF - 3.
HC 24.588 SP. Rel. Juiz Silveira Bueno. Julgamento: 11/05/1993. Publicação: DOE data: 08/09/1993 p.
183. 4 STF. HC 64.590 SC. Rel. Ministro Carlos Madeira. Julgamento: 17/03/1987. 2ª Turma.
Publicação: DJ 17/03/1987.

PROCESSO: 00011228820188140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Ação Penal - Procedimento Sumário em: 10/08/2021 DENUNCIADO:BRENO PINHO COSTA VITIMA:A. C.
. Autos nº.: 0001122-88.2018.8.14.0701 Autor do Fato: BRENO PINHO COSTA VÃtima: A
656
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO
           Considerando o teor da certidão de fl. 108, designo audiência de suspensão
condicional do processo, nos termos do art. 78 e seguintes da Lei nº 9.099/95, para o dia 03 de fevereiro
de 2022 às 10:20 horas.            Cite-se o autor do fato, entregando-se, inclusive, cópia
da referida denúncia, cientificando-o de que deverá arrolar sua(s) testemunha(s), independentemente de
intimação, e que deverá comparecer acompanhado de advogado, advertindo-o, ainda, de que, na falta
deste, ser-lhe-á nomeado Defensor Público (art. 68 da Lei nº 9.099/95).
           Cientifique-se o Ministério Público.            A secretaria deverá
providenciar cópia da denúncia a fim de instruir o mandado de citação.
           Cumpra-se com a necessária brevidade, tendo em vista tratar-se de processo
inserido na Meta 2/2021 do CNJ.            Belém (PA), 10 de agosto de 2021. ELLEN
CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00011447820208140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:VINICIUS WILLIAN FERREIRA FARIAS
VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0001144-78.2020.8.14.0701 Autor do Fato: VINICIUS WILLIAN FERREIRA
FARIAS VÃtima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98.
DESPACHO            Cumpra-se, conforme requer o Ministério Público à fl. 41.
           Expeça a competente Carta Precatória, visando a intimação do autor do fato,
observando-se o endereço fornecido às fls. 34 e 41,com as advertências do art. 68 da Lei nº
9.099/95, para que compareça em audiência a ser designada pelo JuÃzo Deprecado, ocasião em que
deverá ser apresentada ao aludido autor as propostas de recomposição do dano ambiental e de
transação penal, nos termos formalizados pelo Ãrgão Ministerial à s fls. 27/29.
           Belém (PA), 10 de agosto de 2021. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO
JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00013214220208140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:JOSE PANTOJA SARMENTO VITIMA:O. E. .
Autos nº 0001321-42.2020.8.14.0701 Autor do fato: JOSà PANTOJA SARMENTO VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 46, parágrafo único da Lei nº 9.605/98. TERMO DE
AUDIÃNCIA PRELIMINAR      Aos 10 dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um, à s
10:20 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO
MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, ausente justificadamente a Representante do Ministério
Público.      No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o
seguinte: Ausente o autor do fato, não tendo sido intimado pessoalmente, conforme AR de fl. 40.
     OCORRÃNCIAS: Aberta a audiência a MMa. JuÃza, em cumprimento ao art. 18 da Portaria
Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, justificou a realização da presente
audiência de forma presencial tendo em vista a impossibilidade de recursos tecnológicos apresentada
pelas partes, bem como visando evitar o congestionamento da pauta de audiências deste Juizado.
     DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: A MMª JuÃza deliberou o seguinte:      Considerando
que o autor do fato não foi intimado pessoalmente, conforme AR de fl. 40, designo audiência preliminar
para o dia 09 de fevereiro de 2022 às 10:00 horas, visando eventual recomposição do dano e
transação penal.      Intime-se o autor do fato, através de Oficial de Justiça, com as
advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munido dos documentos necessários Ã
referida transação.      Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o
presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi
______________________________. JUÃZA:

PROCESSO: 00021228920198140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:RAIMUNDO ALVES MUNIZ VITIMA:S. N. S. H.
. Autos nº.: 0002122-89.2019.8.14.0701 Autor do Fato: RAIMUNDO ALVES MUNIZ VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 32, § 2º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO
           Considerando a manifestação do Ministério Público de fl. 85, designo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

audiência de suspensão condicional do processo, nos termos do art. 78 e seguintes da Lei nº
9.099/95, para o dia 08 de fevereiro de 2022 Ã s 10:40 horas. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cite-se o autor do
fato, entregando-se, inclusive, cópia da referida denúncia, cientificando-o de que deverá arrolar sua(s)
testemunha(s), independentemente de intimação, e que deverá comparecer acompanhado de
advogado, advertindo-o, ainda, de que, na falta deste, ser-lhe-á nomeado Defensor Público (art. 68 da
Lei nº 9.099/95).            Cientifique-se o Ministério Público.            A
secretaria deverá providenciar cópia da denúncia a fim de instruir o mandado de citação.
           Belém (PA), 10 de agosto de 2021. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO
JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00022842120188140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 DENUNCIADO:JHON KAUAN DOS SANTOS VITIMA:O. E. .
Autos nº 0002284-21.2018.8.14.0701 Autor do fato: JHON KAUAN DOS SANTOS VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 65 da Lei 9.605/98. TERMO DE AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO
E JULGAMENTO      Aos 04 dias do mês de março do ano de dois mil e vinte e um, às 10:30
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO
AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO,
Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA,
Representante do Ministério Público.      No horário designado para audiência, foi feito o
pregão de praxe e constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato, desacompanhado de advogado.
     Presente as testemunhas PAULO RAIMUNDO NONATO DA SILVA (PM/PA nº 37187) e
WANDREW FREIRE GUIMARÃES (PM/PA nº 39614), arroladas na denúncia.      Ausente a
testemunhas REEUDES LAMARCIO DO VALE TEIXEIRA, conforme ofÃcio de fl. apesar de intimadas,
através de ofÃcio de fl. 144.      OCORRÃNCIA: Aberta a audiência a MMa. JuÃza, em
cumprimento ao art. 18 da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020,
justificou a realização da presente audiência de forma presencial tendo em vista a impossibilidade de
recursos tecnológicos apresentada pelas partes, bem como visando evitar o congestionamento da pauta
de audiências deste Juizado.      Em seguida, verificou-se que o autor do fato não faz jus a
transação penal nem a Suspensão Condicional do Processo, conforme especificado pelo Ministério
Público à fl. 78.      Nesta ocasião o autor do fato informou que não possui condições de
arcar com as custas de um advogado particular, requerendo, assim, a assistência da Defensoria Pública.
     Diante da ausência da testemunha REEUDES LAMARCIO DO VALE TEIXEIRA arrolada na
denúncia, o Ministério Público se manifestou nos seguintes termos: ¿Em atenção ao princÃpio da
celeridade processual previsto na Lei nº 9099/95, e da duração razoável do processo nos termos do
art. LXXVIII da Constituição Federal, me manifesto pela desistência da testemunha REEUDES
LAMARCIO DO VALE TEIXEIRA¿.      Em seguida a MMa. JuÃza proferiu a seguinte decisão:
DECISÃO: Â Â Â Â Â 1 - Considerando o requerimento acima formalizado pelo autor do fato, bem como
considerando que a Defensoria Pública efetuado a defesa prévia do mencionado autor (fls. 131/132),
contudo tendo em vista que este Juizado não possui Defensor Público vinculado, e que em tal
situação era dever do Estado fornecer Defensor Público, tratando-se de processo inserido na Meta
2/2017 do CNJ, visando evitar novas remarcações de audiência, diante do teor do art. 81 da Lei
9.099/95, todavia, tendo em vista o teor dos OfÃcios nº 427/2016-GAB-DPG de 05/09/2016, recebido
neste Juizado em 09/09/2016, OfÃcio nº 1053/2017-GAB-DPG de 22/11/2017, recebido em 29/11/2017,
ambos da lavra da Dra. JENIFFER DE BARROS RODRIGUES ARAÃJO, Defensora Pública Geral do
Estado do Pará, e, ainda, OfÃcio nº 91/2018-DM/DP de 20/12/2018, da lavra da Dra. CÃLIA SYMONNE
FILOGREÃO GONÃALVES, Defensoria Pública Diretora Metropolitana, informando acerca da
impossibilidade de atuação de Defensor Público neste Juizado Ambiental, bem como em atenção
ao Memorando nº 361/2016 de 23/11/2016 da Coordenadoria dos Juizados Especiais do TJE/PA,
recomendando a designação de advogado Ad Hoc em face do mencionado ofÃcio, considerando,
finalmente, a necessidade de evitar a remarcação de audiências desta Vara e o congestionamento de
pauta, NOMEIO ADVOGADA AD HOC a Dra. JOANA D¿ARC DA COSTA MIRANDA, OAB/PA nº
19816, para acompanhar e/ou defender o referido autor do fato SOMENTE nesta audiência.
     Como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento deveria ser realizada a custas do
Estado e que não se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a seu serviço, mas que
também não se pode onerar demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por Defensor
Público, até porque não se trata de audiência de grande complexidade, mas apenas de audiência
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

preliminar, ARBITRO honorários em favor da advogada ad hoc no valor equivalente a 1/3 do salário
mÃnimo vigente a época do efetivo pagamento pelo Estado, através dos meios
administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-GP-TJE/PA e
Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014.      2 - Considerando a defesa prévia constante
nos autos (fls. 131/132), passo a análise acerca do recebimento da denúncia formalizada pelo
Ministério Público (fls. 78/80):      Não vislumbrando este JuÃzo, elementos suficientes para o
arquivamento dos autos ou para a absolvição sumária, recebo a denúncia formalizada pelo
Ministério Público (fls. 78/80) contra JHON KAUAN DOS SANTOS, qualificado nos autos, em face da
conduta que lhe foi imputada, prevista no art. 65 da Lei nº 9.605/98, por preencher os pressupostos de
admissibilidade esculpidos na legislação processual (art. 41 do CPP).      3 - Homologo a
desistência acima formalizada pelo Ministério Público quanto a testemunha arrolada na denúncia
REEUDES LAMARCIO DO VALE TEIXEIRA.      Em prosseguimento a instrução deste
processo, , a MMa. JuÃza passou a ouvir as testemunhas arroladas na denúncia:      1) PAULO
RAIMUNDO NONATO DA SILVA, brasileiro, paraense, solteiro, Policial Militar, PM/PA nº 37187, nascido
em 12/12/1981, filho de Raimundo Barbosa da Silva e Maria Suely Silva da Silva, residente na Passagem
João de Deus, nº 478, bairro Guamá, Belém/PA, sabendo ler e escrever, ensino médio completo.
Testemunha compromissada e advertida na forma da lei, prometendo falar a verdade do que souber e lhe
for perguntado. Afirmou não ser amigo, inimigo, parente do acusado.      Dada a palavra Ã
Representante do Ministério Público, esta perguntou. O depoente respondeu QUE no dia dos fatos
estava de serviço como policial militar, sendo que juntamente como outros policiais foram acionados para
atender uma ocorrência de pichação informada por populares; que ao chegarem ao local o acusado,
neste ato reconhecido JHON KAUAN DOS SANTOS, ainda se encontrava no local; que não assistiu o
depoimento do acusado na delegacia; que não se recorda se o acusado estava portando algum objeto da
prática do crime em questão.      Dada a palavra à Advogada AD HOC nomeada para o Autor
do fato, esta perguntou e o depoente respondeu QUE ratifica que não assistiu a ação delituosa; que
foram chamados por populares quando passavam em uma viatura em ronda na Praça do Operário; que
ratifica que o acusado foi detido por populares, todavia não se recorda a identificação de algum deles;
que chegou a ver a pichação em questão, todavia não se recorda qual o monumento pichado; que
foram acionados quando estavam próximo da Cipriano Santos e lhe foi indicado o local da pichação
mais ao centro da praça; que o monumento que não se recorda qual o nome, mas sabe informar que foi
um monumento da referida praça.      NÃO HAVENDO NENHUMA PERGUNTA A SER
COMPLEMENTADO PELA MMA. JUÃZA FOI ENCERRADO O DEPOIMENTO. Â Â Â Â Â 2) WANDREW
FREIRE GUIMARÃES, brasileiro, paraense, união estável, Policial Militar, PM/PA nº 39614, nascido
em 24/06/1988, filho de Sanção Coimbra Guimarães e Ione Mendonça Freire, residente na avenida
Havana, qd. 14, Lote 27, bairro Vila Rica, Parauapebas/PA, sabendo ler e escrever, ensino superior
completo, é eleitor. Testemunha compromissada e advertida na forma da lei, prometendo falar a verdade
do que souber e lhe for perguntado. Afirmou não ser amigo, inimigo, parente do acusado.
     Dada a palavra à Representante do Ministério Público, esta perguntou. O depoente
respondeu QUE no dia dos fatos em questão estava em ronda em uma viatura policial, juntamente com
dois outros policiais militares, sendo que foram acionados por populares que informaram que estava tendo
uma pichação em um monumento da Praça do Operário; que os dois policiais militares de nomes
Cabo Paulo Silva e Soldado Lamarcio foram ate o local indicado por populares, todavia o depoente
permaneceu na viatura policial; que os populares não se identificaram; que não se recorda se foi
apreendido algum objeto com o acusado.      Dada a palavra à Advogada AD HOC nomeada para
o Autor do fato, esta perguntou e o depoente respondeu QUE não se recorda se seus colegas militares
chegaram a comentar sobre o qual o desenho da pichação realizada pelo acusado.      A MMa.
JuÃza, em complementação, perguntou ao depoente, tendo o mesmo respondido QUE reconhece
neste ato que a pessoa conduzida para a delegacia no dia em questão indicado pelos populares como
sendo o autor da pichação foi o acusado aqui reconhecido como sendo JHON KAUAN DOS SANTOS.
     NÃO HAVENDO NENHUMA PERGUNTA A SER COMPLEMENTADO PELA MMA. JUÃZA FOI
ENCERRADO O DEPOIMENTO.      Diante das ocorrências acima consignadas, bem como
considerando que a defesa não arrolou testemunhas tempestivamente, PASSOU-SE A INTERROGAR O
ACUSADO: Após a leitura da denúncia o acusado, e esclarecidas as garantias constitucionais (inciso
LXVIII, Art.5º da CF/88), tendo sido assegurado o direito de entrevista do acusado com seu defensor,
passou a MMa. JuÃza a interrogar o acusado, que declarou chamar-se: Â Â Â Â Â JHON KAUAN DOS
SANTOS, brasileiro, maranhense, nascido em 15/02/1994, filho de Vandirene Santos dos Santos, sabendo
ler e escrever, não alfabetizado.      As perguntas da MMa. JuÃza, este respondeu, QUE não
são verdadeiros os fatos narrados na denúncia; que no dia dos fatos em questão havia um homem
659
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

fazendo grafites com desenhos do Ver-o-peso no BRT bem na frente da praça do Operário, sendo que
pediu ao referido homem, que não sabe identificar, uma lata de tinta para pintar sua bicicleta; que após
receber a referida lata de tinta se sentou na praça, próximo a um dos monumentos, ocasião em que foi
abordado por três policiais à paisana, que lhe acusaram de ter realizado a pichação; que já conhecia
dois dos referidos policiais de nome Paulo e Lamarcio, sendo que os mesmos eram conhecidos por
abordarem moradores de rua; que na época se encontrava com uma tornozeleira eletrônica; que em
seguida foi encaminhado para uma viatura e conduzido para a delegacia; que não realizou nenhuma
pichação e os referidos policiais não viram a prática de nenhum crime ambiental praticado pelo
depoente naquela ocasião; que na ocasião em que foi detido havia uma moradora de rua cheirando
cola próximo ao local em que se encontrava; que a lata de tinta que se encontrava em seu poder foi
apreendida e levada para a delegacia; que acrescenta em sua defesa que os policiais Paulo e Lamarcio
são conhecidos por prenderem pessoas inocentes e, em seu caso, não estava fazendo nada ilÃcito
quando foi abordado, daà ter sido liberado logo depois de suas declarações na delegacia; que na
época em que foi conduzido para a delegacia tinha residência fixa no Bairro do Guajará, Rua CajuÃ,
Travessa Alameda dos Anjos, nº 09; que após receber a referida lata de tinta do mencionado grafiteiro,
se sentou próximo aos monumentos da praça do operário para aguardar sua esposa, sendo que os
referidos monumentos já estavam pichados.      Dada a palavra à Representante do Ministério
Público, esta perguntou. O depoente respondeu QUE nega ter praticado a pichação em questão,
ressaltando que todos os seus crimes que cometeu foram reconhecidos, mas este tipo de crime nunca
praticou; que ratifica que recebeu a lata de tinta de um grafiteiro e que pretendia pintar sua bicicleta; que
nega as declarações que prestou na delegacia de polÃcia, pois estava com medo de ser detido pelos
mencionados policiais.      Dada a palavra à Advogada AD HOC nomeada para o Autor do fato,
este perguntou e o depoente respondeu QUE já foi agredido duas vezes pelo policial Lamarcio e detido
pelo policial Paulo, pois sempre fica na referida praça do Operário; que não chegou a realizar exame
de corpo de delito; que no dia dos fatos levou um tapa no rosto de um dos policiais de nome Lamarcio ao
ser conduzido para a delegacia; que já usou drogas, sendo a última vez foi em 2018 antes dos fatos em
questão.      NÃO HAVENDO NENHUMA PERGUNTA A SER COMPLEMENTADO PELA MMA.
JUÃZA FOI ENCERRADO O INTERROGATÃRIO DO ACUSADO. Â Â Â Â Â Na fase do art. 402 do CPP,
as partes não requereram diligências.      A Representante do Ministério Público requereu
vista dos autos para apresentação de memoriais finais.      DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: A
MMª JuÃza deliberou o seguinte:      1 - Diante das ocorrências acima consignadas,
encaminhem-se os autos ao Ministério Público para oferecimento de memoriais no prazo de 05 (cinco)
dias, conforme requerido.      2 - Em seguida, encaminhem-se os autos à Defensoria Pública para
eventual requerimento de diligências finais e/ou oferecimento de memoriais, no prazo de 05 (cinco) dias.
     3 - Após, junte-se certidão de antecedentes criminais atualizada do autor do fato e retornem-
se os autos conclusos. Â Â Â Â Â Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o
presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi
______________________________. JUÃZA: PROMOTORA DE JUSTIÃA: AUTOR DO FATO:
ADVOGADA: TESTEMUNHA: TESTEMUNHA:

PROCESSO: 00022842120188140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 DENUNCIADO:JHON KAUAN DOS SANTOS VITIMA:O. E. .
Autos nº 0002284-21.2018.8.14.0701 Autor do fato: JHON KAUAN DOS SANTOS VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 65 da Lei 9.605/98. TERMO DE AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO
E JULGAMENTO      Aos 04 dias do mês de março do ano de dois mil e vinte e um, às 10:30
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO
AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO,
Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA,
Representante do Ministério Público.      No horário designado para audiência, foi feito o
pregão de praxe e constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato, desacompanhado de advogado.
     Presente as testemunhas PAULO RAIMUNDO NONATO DA SILVA (PM/PA nº 37187) e
WANDREW FREIRE GUIMARÃES (PM/PA nº 39614), arroladas na denúncia.      Ausente a
testemunhas REEUDES LAMARCIO DO VALE TEIXEIRA, conforme ofÃcio de fl. apesar de intimadas,
através de ofÃcio de fl. 144.      OCORRÃNCIA: Aberta a audiência a MMa. JuÃza, em
cumprimento ao art. 18 da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020,
justificou a realização da presente audiência de forma presencial tendo em vista a impossibilidade de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

recursos tecnológicos apresentada pelas partes, bem como visando evitar o congestionamento da pauta
de audiências deste Juizado.      Em seguida, verificou-se que o autor do fato não faz jus a
transação penal nem a Suspensão Condicional do Processo, conforme especificado pelo Ministério
Público à fl. 78.      Nesta ocasião o autor do fato informou que não possui condições de
arcar com as custas de um advogado particular, requerendo, assim, a assistência da Defensoria Pública.
     Diante da ausência da testemunha REEUDES LAMARCIO DO VALE TEIXEIRA arrolada na
denúncia, o Ministério Público se manifestou nos seguintes termos: ¿Em atenção ao princÃpio da
celeridade processual previsto na Lei nº 9099/95, e da duração razoável do processo nos termos do
art. LXXVIII da Constituição Federal, me manifesto pela desistência da testemunha REEUDES
LAMARCIO DO VALE TEIXEIRA¿.      Em seguida a MMa. JuÃza proferiu a seguinte decisão:
DECISÃO: Â Â Â Â Â 1 - Considerando o requerimento acima formalizado pelo autor do fato, bem como
considerando que a Defensoria Pública efetuado a defesa prévia do mencionado autor (fls. 131/132),
contudo tendo em vista que este Juizado não possui Defensor Público vinculado, e que em tal
situação era dever do Estado fornecer Defensor Público, tratando-se de processo inserido na Meta
2/2017 do CNJ, visando evitar novas remarcações de audiência, diante do teor do art. 81 da Lei
9.099/95, todavia, tendo em vista o teor dos OfÃcios nº 427/2016-GAB-DPG de 05/09/2016, recebido
neste Juizado em 09/09/2016, OfÃcio nº 1053/2017-GAB-DPG de 22/11/2017, recebido em 29/11/2017,
ambos da lavra da Dra. JENIFFER DE BARROS RODRIGUES ARAÃJO, Defensora Pública Geral do
Estado do Pará, e, ainda, OfÃcio nº 91/2018-DM/DP de 20/12/2018, da lavra da Dra. CÃLIA SYMONNE
FILOGREÃO GONÃALVES, Defensoria Pública Diretora Metropolitana, informando acerca da
impossibilidade de atuação de Defensor Público neste Juizado Ambiental, bem como em atenção
ao Memorando nº 361/2016 de 23/11/2016 da Coordenadoria dos Juizados Especiais do TJE/PA,
recomendando a designação de advogado Ad Hoc em face do mencionado ofÃcio, considerando,
finalmente, a necessidade de evitar a remarcação de audiências desta Vara e o congestionamento de
pauta, NOMEIO ADVOGADA AD HOC a Dra. JOANA D¿ARC DA COSTA MIRANDA, OAB/PA nº
19816, para acompanhar e/ou defender o referido autor do fato SOMENTE nesta audiência.
     Como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento deveria ser realizada a custas do
Estado e que não se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a seu serviço, mas que
também não se pode onerar demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por Defensor
Público, até porque não se trata de audiência de grande complexidade, mas apenas de audiência
preliminar, ARBITRO honorários em favor da advogada ad hoc no valor equivalente a 1/3 do salário
mÃnimo vigente a época do efetivo pagamento pelo Estado, através dos meios
administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-GP-TJE/PA e
Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014.      2 - Considerando a defesa prévia constante
nos autos (fls. 131/132), passo a análise acerca do recebimento da denúncia formalizada pelo
Ministério Público (fls. 78/80):      Não vislumbrando este JuÃzo, elementos suficientes para o
arquivamento dos autos ou para a absolvição sumária, recebo a denúncia formalizada pelo
Ministério Público (fls. 78/80) contra JHON KAUAN DOS SANTOS, qualificado nos autos, em face da
conduta que lhe foi imputada, prevista no art. 65 da Lei nº 9.605/98, por preencher os pressupostos de
admissibilidade esculpidos na legislação processual (art. 41 do CPP).      3 - Homologo a
desistência acima formalizada pelo Ministério Público quanto a testemunha arrolada na denúncia
REEUDES LAMARCIO DO VALE TEIXEIRA.      Em prosseguimento a instrução deste
processo, , a MMa. JuÃza passou a ouvir as testemunhas arroladas na denúncia:      1) PAULO
RAIMUNDO NONATO DA SILVA, brasileiro, paraense, solteiro, Policial Militar, PM/PA nº 37187, nascido
em 12/12/1981, filho de Raimundo Barbosa da Silva e Maria Suely Silva da Silva, residente na Passagem
João de Deus, nº 478, bairro Guamá, Belém/PA, sabendo ler e escrever, ensino médio completo.
Testemunha compromissada e advertida na forma da lei, prometendo falar a verdade do que souber e lhe
for perguntado. Afirmou não ser amigo, inimigo, parente do acusado.      Dada a palavra Ã
Representante do Ministério Público, esta perguntou. O depoente respondeu QUE no dia dos fatos
estava de serviço como policial militar, sendo que juntamente como outros policiais foram acionados para
atender uma ocorrência de pichação informada por populares; que ao chegarem ao local o acusado,
neste ato reconhecido JHON KAUAN DOS SANTOS, ainda se encontrava no local; que não assistiu o
depoimento do acusado na delegacia; que não se recorda se o acusado estava portando algum objeto da
prática do crime em questão.      Dada a palavra à Advogada AD HOC nomeada para o Autor
do fato, esta perguntou e o depoente respondeu QUE ratifica que não assistiu a ação delituosa; que
foram chamados por populares quando passavam em uma viatura em ronda na Praça do Operário; que
ratifica que o acusado foi detido por populares, todavia não se recorda a identificação de algum deles;
que chegou a ver a pichação em questão, todavia não se recorda qual o monumento pichado; que
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foram acionados quando estavam próximo da Cipriano Santos e lhe foi indicado o local da pichação
mais ao centro da praça; que o monumento que não se recorda qual o nome, mas sabe informar que foi
um monumento da referida praça.      NÃO HAVENDO NENHUMA PERGUNTA A SER
COMPLEMENTADO PELA MMA. JUÃZA FOI ENCERRADO O DEPOIMENTO. Â Â Â Â Â 2) WANDREW
FREIRE GUIMARÃES, brasileiro, paraense, união estável, Policial Militar, PM/PA nº 39614, nascido
em 24/06/1988, filho de Sanção Coimbra Guimarães e Ione Mendonça Freire, residente na avenida
Havana, qd. 14, Lote 27, bairro Vila Rica, Parauapebas/PA, sabendo ler e escrever, ensino superior
completo, é eleitor. Testemunha compromissada e advertida na forma da lei, prometendo falar a verdade
do que souber e lhe for perguntado. Afirmou não ser amigo, inimigo, parente do acusado.
     Dada a palavra à Representante do Ministério Público, esta perguntou. O depoente
respondeu QUE no dia dos fatos em questão estava em ronda em uma viatura policial, juntamente com
dois outros policiais militares, sendo que foram acionados por populares que informaram que estava tendo
uma pichação em um monumento da Praça do Operário; que os dois policiais militares de nomes
Cabo Paulo Silva e Soldado Lamarcio foram ate o local indicado por populares, todavia o depoente
permaneceu na viatura policial; que os populares não se identificaram; que não se recorda se foi
apreendido algum objeto com o acusado.      Dada a palavra à Advogada AD HOC nomeada para
o Autor do fato, esta perguntou e o depoente respondeu QUE não se recorda se seus colegas militares
chegaram a comentar sobre o qual o desenho da pichação realizada pelo acusado.      A MMa.
JuÃza, em complementação, perguntou ao depoente, tendo o mesmo respondido QUE reconhece
neste ato que a pessoa conduzida para a delegacia no dia em questão indicado pelos populares como
sendo o autor da pichação foi o acusado aqui reconhecido como sendo JHON KAUAN DOS SANTOS.
     NÃO HAVENDO NENHUMA PERGUNTA A SER COMPLEMENTADO PELA MMA. JUÃZA FOI
ENCERRADO O DEPOIMENTO.      Diante das ocorrências acima consignadas, bem como
considerando que a defesa não arrolou testemunhas tempestivamente, PASSOU-SE A INTERROGAR O
ACUSADO: Após a leitura da denúncia o acusado, e esclarecidas as garantias constitucionais (inciso
LXVIII, Art.5º da CF/88), tendo sido assegurado o direito de entrevista do acusado com seu defensor,
passou a MMa. JuÃza a interrogar o acusado, que declarou chamar-se: Â Â Â Â Â JHON KAUAN DOS
SANTOS, brasileiro, maranhense, nascido em 15/02/1994, filho de Vandirene Santos dos Santos, sabendo
ler e escrever, não alfabetizado.      As perguntas da MMa. JuÃza, este respondeu, QUE não
são verdadeiros os fatos narrados na denúncia; que no dia dos fatos em questão havia um homem
fazendo grafites com desenhos do Ver-o-peso no BRT bem na frente da praça do Operário, sendo que
pediu ao referido homem, que não sabe identificar, uma lata de tinta para pintar sua bicicleta; que após
receber a referida lata de tinta se sentou na praça, próximo a um dos monumentos, ocasião em que foi
abordado por três policiais à paisana, que lhe acusaram de ter realizado a pichação; que já conhecia
dois dos referidos policiais de nome Paulo e Lamarcio, sendo que os mesmos eram conhecidos por
abordarem moradores de rua; que na época se encontrava com uma tornozeleira eletrônica; que em
seguida foi encaminhado para uma viatura e conduzido para a delegacia; que não realizou nenhuma
pichação e os referidos policiais não viram a prática de nenhum crime ambiental praticado pelo
depoente naquela ocasião; que na ocasião em que foi detido havia uma moradora de rua cheirando
cola próximo ao local em que se encontrava; que a lata de tinta que se encontrava em seu poder foi
apreendida e levada para a delegacia; que acrescenta em sua defesa que os policiais Paulo e Lamarcio
são conhecidos por prenderem pessoas inocentes e, em seu caso, não estava fazendo nada ilÃcito
quando foi abordado, daà ter sido liberado logo depois de suas declarações na delegacia; que na
época em que foi conduzido para a delegacia tinha residência fixa no Bairro do Guajará, Rua CajuÃ,
Travessa Alameda dos Anjos, nº 09; que após receber a referida lata de tinta do mencionado grafiteiro,
se sentou próximo aos monumentos da praça do operário para aguardar sua esposa, sendo que os
referidos monumentos já estavam pichados.      Dada a palavra à Representante do Ministério
Público, esta perguntou. O depoente respondeu QUE nega ter praticado a pichação em questão,
ressaltando que todos os seus crimes que cometeu foram reconhecidos, mas este tipo de crime nunca
praticou; que ratifica que recebeu a lata de tinta de um grafiteiro e que pretendia pintar sua bicicleta; que
nega as declarações que prestou na delegacia de polÃcia, pois estava com medo de ser detido pelos
mencionados policiais.      Dada a palavra à Advogada AD HOC nomeada para o Autor do fato,
este perguntou e o depoente respondeu QUE já foi agredido duas vezes pelo policial Lamarcio e detido
pelo policial Paulo, pois sempre fica na referida praça do Operário; que não chegou a realizar exame
de corpo de delito; que no dia dos fatos levou um tapa no rosto de um dos policiais de nome Lamarcio ao
ser conduzido para a delegacia; que já usou drogas, sendo a última vez foi em 2018 antes dos fatos em
questão.      NÃO HAVENDO NENHUMA PERGUNTA A SER COMPLEMENTADO PELA MMA.
JUÃZA FOI ENCERRADO O INTERROGATÃRIO DO ACUSADO. Â Â Â Â Â Na fase do art. 402 do CPP,
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as partes não requereram diligências.      A Representante do Ministério Público requereu


vista dos autos para apresentação de memoriais finais.      DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: A
MMª JuÃza deliberou o seguinte:      1 - Diante das ocorrências acima consignadas,
encaminhem-se os autos ao Ministério Público para oferecimento de memoriais no prazo de 05 (cinco)
dias, conforme requerido.      2 - Em seguida, encaminhem-se os autos à Defensoria Pública para
eventual requerimento de diligências finais e/ou oferecimento de memoriais, no prazo de 05 (cinco) dias.
     3 - Após, junte-se certidão de antecedentes criminais atualizada do autor do fato e retornem-
se os autos conclusos. Â Â Â Â Â Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o
presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi
______________________________. JUÃZA: PROMOTORA DE JUSTIÃA: AUTOR DO FATO:
ADVOGADA: TESTEMUNHA: TESTEMUNHA:

PROCESSO: 00025212120198140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:PRISCILA NAZARE LUZ COSTA VITIMA:A. C.
. Autos nº 0002521-21.2019.8.14.0701 Autora do fato: PRISCILA NAZARà LUZ COSTA VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, §1º da Lei nº 9.605/98. TERMO DE AUDIÃNCIA
PRELIMINAR      Aos 10 dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um, às 10:00 horas,
nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO
AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO,
Magistrada titular da referida Vara, ausente justificadamente a Representante do Ministério Público.
     No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte:
Ausente a autora do fato, não tendo sido intimada pessoalmente, conforme AR de fl. 41.
     OCORRÃNCIAS: Aberta a audiência a MMa. JuÃza, em cumprimento ao art. 18 da Portaria
Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, justificou a realização da presente
audiência de forma presencial tendo em vista a impossibilidade de recursos tecnológicos apresentada
pelas partes, bem como visando evitar o congestionamento da pauta de audiências deste Juizado.
     DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: A MMª JuÃza deliberou o seguinte:      Considerando
que a autora do fato não foi intimada pessoalmente, conforme AR de fl. 41, designo audiência preliminar
para o dia 08 de fevereiro de 2022 às 11:00 horas, visando eventual recomposição do dano e
transação penal.      Intime-se a autora do fato, através de Oficial de Justiça, com as
advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munida dos documentos necessários Ã
referida transação.      Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o
presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi
______________________________. JUÃZA:

PROCESSO: 00026621120178140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:AUGUSTINHO BATISTA COSTA VITIMA:A. C.
. Autos nº.: 0002662-11.2017.8.14.0701 Autor do fato: AUGUSTINHO BATISTA COSTA VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO
           Considerando o tempo decorrido da data da transação penal formalizada nestes
autos, bem como considerando os princÃpios que regem este Juizado, especialmente o da celeridade e,
ainda, o princÃpio da razoável duração do processo, havendo a impossibilidade destes autos
permanecerem na Secretaria por tempo indefinido aguardando o cumprimento da referida transação,
determino o seguinte:            Conforme requer o Ministério Público à fl. 65, proceda-se
a intimação pessoal do autor do fato através de Oficial de Justiça, para que comprove o
cumprimento da transação penal de fls. 42/44 neste Juizado no prazo de 10 (dez) dias ou para que
justifique o motivo do descumprimento da mesma, sob pena de prosseguimento do procedimento penal
em questão.            Decorrido o referido prazo, com ou sem o cumprimento da referida
providência pelo autor do fato, encaminhem-se os autos à manifestação do Ministério Público.
           Cumpra-se com a necessária brevidade, tendo em vista tratar-se de processo
inserido na Meta 2/2021 do CNJ.            Belém (PA), 10 de agosto de 2021. ELLEN
CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00033610220178140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:AUGUSTINHO BATISTA COSTA VITIMA:A. C.


. Autos nº.: 0003361-02.2017.8.14.0701 Autor do fato: AUGUSTINHO BATISTA COSTA VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO
           Cumpra-se o determinado nos autos do processo nº 0002662-11.2017.8.14.0701.
           Cumpra-se com a necessária brevidade, tendo em vista tratar-se de processo
inserido na Meta 2/2021 do CNJ.            Belém (PA), 10 de agosto de 2021. ELLEN
CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00051098720208140952 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:EDNALDO ALVES FIGUEIREDO
Representante(s): OAB 19712 - THIAGO BAZILIO ROSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) AUTOR DO
FATO:ISAC FLORENCIO DE SOUZA VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0005109-87.2020.8.14.0952 Autores do
fato: EDNALDO ALVES FIGUEIREDO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â ISAC FLORENCIO DE SOUZA
VÃtima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO
           Considerando a manifestação do Ministério Público de fl. 45, remeta-se
cópia dos presentes autos à autoridade policial competente, via Corregedoria de PolÃcia, a fim de que
realize as diligências requeridas pelo Ministério Público (fl. 45), no prazo de 30 (trinta) dias.
           Após, retornem-se os autos à manifestação do Parquet.
           Belém (PA), 10 de agosto de 2021. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO
JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00145526620208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:VALERIA DYENE PENA CASTRO
Representante(s): OAB 19197 - AFONSO HENRIQUE REBELO FURTADO (ADVOGADO) OAB 29231 -
LEANDRO DE AZEVEDO VASQUES (ADVOGADO) VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0014552-
66.2020.8.14.0401 Autora do fato: VALÃRIA DYENE PENA CASTRO VÃtima: A COLETIVIDADE
Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO            1 - Junte-
se certidão de antecedentes criminais da autora do fato.            2 - Após, encaminhem-
se os autos à manifestação do Ministério Público.            Belém (PA), 10 de
agosto de 2021. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO JuÃza de Direito do Juizado Especial
Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00181624220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Inquérito Policial em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:JANIO MATOS MARINHO Representante(s): OAB
9108 - PAULA ADRIANA RUBINHO DE SOUZA (ADVOGADO) VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0018162-
42.2020.8.14.0401 Autor do Fato: JANIO MATOS MARINHO VÃtima: A COLETIVIDADE Capitulação
Penal: art. 32 da Lei nº 9.605/98. DESPACHO            Considerando a manifestação
do Ministério Público de fls. 46/48, designo audiência preliminar para o dia 08 de fevereiro de 2022 à s
10:20 horas, visando eventual recomposição do dano e transação penal.
           Intime-se o autor do fato, com as advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a
comparecer munido dos documentos necessários à referida transação.
           Belém (PA), 10 de agosto de 2021. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO
JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00181667920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:JUVENAL HENRIQUE OLIVEIRA
SACRAMENTO VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0018166-79.2020.8.14.0401 Autor do Fato: JUVENAL
HENRIQUE OLIVEIRA SACRAMENTO VÃtima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º
da Lei nº 9.605/98. DESPACHO            Considerando a manifestação do Ministério
Público de fls. 19/21, designo audiência preliminar para o dia 08 de fevereiro de 2022 às 10:00 horas,
visando eventual recomposição do dano e transação penal.            Intime-se o autor
do fato, com as advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munido dos documentos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

necessários à referida transação.            Belém (PA), 10 de agosto de 2021.


ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio
Ambiente

PROCESSO: 00216336620208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Procedimento Investigatório Criminal (PIC-MP) em: 10/08/2021 REQUERENTE:IBAMA INST BRAS DO
MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NAT REN REQUERIDO:IPEZAI COMÉRCIO DE MADEIRAS
LTDA. Autos nº.: 0021633-66.2020.8.14.0401 Autora do Fato: IPEZAI COMÃRCIO DE MADEIRAS LTDA
VÃtima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 46, parágrafo único da Lei nº 9.605/98.
SENTENÃA            Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº
9.099/95. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de pedido de EXTINÃÃO DE PUNIBILIDADE feito pela ilustre
Representante do Ministério Público, sob a alegação de decurso do prazo de prescrição (fl. 44).
           Compulsando os autos, verifico que razão assiste a Representante do
Ministério Público, uma vez que se trata de NotÃcia de Fato que atribui à Pessoa JurÃdica autora do
fato a prática do crime previsto no artigo 46, parágrafo único da Lei nº 9.605/98.
           Conforme o artigo 109, do CPB, a prescrição antes de transitada em julgado a
sentença final, ocorre em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ou sendo superior, não
excede dois anos (inciso V).            No caso em questão, o fato ocorreu no dia 04 de
julho de 2017, já tendo transcorrido o perÃodo prescricional. Assim, determino o arquivamento dos
presentes autos, por conta da extinção da punibilidade pela prescrição (artigo 107, inciso IV, do CP).
           P.R.I. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e
comunicações, arquivem-se. Sem custas.            Belém (PA), 10 de agosto de 2021.
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio
Ambiente

PROCESSO: 00000858920198140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:SAULO DA SILVA GONCALVES VITIMA:A. C.
. Autos nº 0000085-89.2019.8.14.0701 Autor do fato: SAULO DA SILVA GONÃALVES VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, §1º e art. 60, ambos da Lei nº 9.605/98. TERMO DE
AUDIÃNCIA PRELIMINAR      Aos 11 dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um, à s
11:00 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO
MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E
CUNHA, Representante do Ministério Público.      No horário designado para audiência, foi
feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte: Ausente o autor do fato, não constando comprovante
de sua intimação.      OCORRÃNCIAS: Aberta a audiência a MMa. JuÃza, em cumprimento ao
art. 18 da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, justificou a
realização da presente audiência de forma presencial tendo em vista a impossibilidade de recursos
tecnológicos apresentada pelas partes, bem como visando evitar o congestionamento da pauta de
audiências deste Juizado.      DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: A MMª JuÃza deliberou o
seguinte:      Considerando que não consta nos autos comprovante de intimação do autor do
fato, designo audiência preliminar para o dia 09 de fevereiro de 2022 às 11:00 horas, visando eventual
recomposição do dano e transação penal.      Intime-se o autor do fato, através de Oficial
de Justiça, com as advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munido dos documentos
necessários à referida transação.      Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi
encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi
______________________________. JUÃZA: PROMOTORA DE JUSTIÃA:

PROCESSO: 00006225120208140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:JOAQUIM RAMOS DA SILVA VITIMA:A. C. .
Autos nº 0000622-51.2020.8.14.0701 Autor do fato: JOAQUIM RAMOS DA SILVA VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, §1º e art. 60, ambos da Lei nº 9.605/98. TERMO DE
AUDIÃNCIA PRELIMINAR      Aos 11 dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um, à s
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

10:20 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO
MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E
CUNHA, Representante do Ministério Público.      No horário designado para audiência, foi
feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte: Ausente o autor do fato, não constando comprovante
de sua intimação.      OCORRÃNCIAS: Aberta a audiência a MMa. JuÃza, em cumprimento ao
art. 18 da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, justificou a
realização da presente audiência de forma presencial tendo em vista a impossibilidade de recursos
tecnológicos apresentada pelas partes, bem como visando evitar o congestionamento da pauta de
audiências deste Juizado.      DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: A MMª JuÃza deliberou o
seguinte:      Considerando que não consta nos autos comprovante de intimação do autor do
fato, designo audiência preliminar para o dia 09 de fevereiro de 2022 às 10:40 horas, visando eventual
recomposição do dano e transação penal.      Intime-se o autor do fato, através de Oficial
de Justiça, com as advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munido dos documentos
necessários à referida transação.      Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi
encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi
______________________________. JUÃZA: PROMOTORA DE JUSTIÃA:

PROCESSO: 00008814620208140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:JARDEL DOS SANTOS DA SILVA AUTOR DO
FATO:MELQUISEDEQUE MIRANDA DO NASCIMENTO VITIMA:M. A. . Autos nº 0000881-
46.2020.8.14.0701 Autores do fato: JARDEL DOS SANTOS DA SILVA (RG nº 3707254 SSP/PA)
               MELQUISEDEQUE MIRANDA DO NASCIMENTO VÃtima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 46, parágrafo único da Lei nº 9.605/98. TERMO DE
AUDIÃNCIA PRELIMINAR      Aos 11 dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um, à s
10:40 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO
MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E
CUNHA, Representante do Ministério Público.      No horário designado para audiência, foi
feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato JARDEL DOS SANTOS DA
SILVA, desacompanhado de advogado. Â Â Â Â Â Ausente o autor do fato MELQUISEDEQUE MIRANDA
DO NASCIMENTO, não tendo sido intimado pessoalmente, conforme AR de fl. 38.
     OCORRÃNCIAS: Aberta a audiência a MMa. JuÃza, em cumprimento ao art. 18 da Portaria
Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020, justificou a realização da presente
audiência de forma presencial tendo em vista a impossibilidade de recursos tecnológicos apresentada
pelas partes, bem como visando evitar o congestionamento da pauta de audiências deste Juizado.
     Nesta ocasião o autor do fato JARDEL DOS SANTOS DA SILVA informou que não possui
condições de arcar com as custas de um advogado particular, requerendo, assim, a assistência da
Defensoria Pública.      Em seguida o autor do fato JARDEL DOS SANTOS DA SILVA informou
que tem interesse nas propostas de recomposição do dano ambiental e de transação penal
formalizadas pelo Ministério Público à s fls. 27/29.      DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: A MMª
JuÃza deliberou o seguinte: Â Â Â Â Â Considerando que o autor do fato JARDEL DOS SANTOS DA
SILVA está desacompanhado de advogado, bem como tendo em vista que este Juizado não possui
Defensor Público vinculado, visando evitar prejuÃzo ao referido autor, designo audiência preliminar para
o dia 09 de fevereiro de 2022 Ã s 10:20 horas. Â Â Â Â Â Fica o autor do fato JARDEL DOS SANTOS DA
SILVA intimado que deverá comparecer na referida audiência trazendo consigo RG, CPF e duas cópias
do comprovante de residência, para que seja preenchida a respectiva guia, conforme Provimento nº
001/2011-CJRMB.      Proceda a Secretaria a intimação do autor do fato MELQUISEDEQUE
MIRANDA DO NASCIMENTO, através de Oficial de Justiça, com as advertências do art. 68 da Lei nº
9.099/95, a comparecer munido dos documentos necessários à referida transação.
     Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu,
Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________.
JUÃZA: PROMOTORA DE JUSTIÃA: AUTORA DO FATO:

PROCESSO: 00015832620198140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
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Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 DENUNCIADO:CARLOS ALBERTO MARQUES


DOS SANTOS VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0001583-26.2019.8.14.0701 AÃÃO PENAL AMBIENTAL
Denunciado: CARLOS ALBERTO MARQUES DOS SANTOS Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei
9.605/98. SENTENÃA            Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da
Lei nº 9.099/95.            Passo a decidir:            O Ministério Público
formalizou denúncia (fls. 46/48) contra CARLOS ALBERTO MARQUES DOS SANTOS, qualificado nos
autos, pela prática do crime previsto no art. 54, § 1º da Lei 9.605/98.
           Inicialmente, verifica-se que foram cumpridas as formalidades legais na
tramitação deste processo, devendo ser registrado que a fl. 46 o Ministério Público destacou a
impossibilidade de oferecimento de transação penal ao autor do fato em face do mesmo não
preencher os requisitos legais previstos no art. 76 § 2º da Lei 9.099/95.
           Citação realizada à fl. 60.            à fl. 64, foi decretada a
revelia do autor do fato. Em seguida, foi efetuado o recebimento da denúncia (fls. 77/80). O Ministério
Público formalizou desistência da testemunha arrolada (fl. 77). A defesa não apresentou testemunhas.
           Constam os memoriais finais do Ministério Público e da Defesa.
           Quanto a eventual sustentação de prescrição a mesma não se configura no
caso em questão, tendo em vista que o crime imputado ao acusado possui pena máxima em abstrato de
01 (um) ano e, conforme disposto no art. 109, inciso V do CPB, seu prazo prescricional é de 04 (quatro)
anos. Desta forma, tendo o crime imputado ocorrido em 03/06/2019, mas tendo havido o recebimento da
denúncia em 23/02/2021 (fls. 77/80), não há que se falar em configuração da prescrição da
pretensão punitiva, não sendo o caso de redução desse prazo.            Dos
elementos carreados aos autos se constata a existência de prova da autoria e da materialidade do crime
imputado ao denunciado, senão vejamos:            Estabelece o art. 54, § 1º da Lei
9.605/98: Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em nÃveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
significativa da flora. [...] § 1º. Se o crime é culposo. Detenção de seis meses a um ano e multa
           A conduta criminosa descrita nessa norma tem como objeto jurÃdico a proteção
do meio ambiente e da saúde humana, não sendo exigido para a sua configuração qualquer
qualidade especial do agente (sujeito ativo), sendo o sujeito passivo a coletividade, não se exigindo,
entretanto, a comprovação de dano efetivo, mas apenas a demonstração do dano potencial (perigo
de dano). Nesse sentido: Para a caracterização do delito previsto no art. 54 da Lei 9.605/98, a
poluição gerada deve ter o condão de, ao menos, poder causar danos à saúde humana. (STJ, HC
54.536/MS, 5ª T., rel. Min. Félix Ficher, j. 6.6.2006, DJ de 01.08.2006) O crime do art. 54 da Lei
9.605/98 não exige a demonstração de dano efetivo à saúde humana, necessário, porém, que os
nÃveis de poluição sejam capazes de causar dano potencial ao bem jurÃdico. (TJMG, ApCrim
1.0056.07.148440-8/001, 2ª CCrim, rel. Des. Herculano Rodrigues, j. 17.01.2008)
           Com efeito, diretrizes para a constatação do crime em análise em sua
modalidade culposa são estabelecidas pela Resolução 001/90 CONAMA, de 08/03/90 e a N.B.R.
10.151 (ABNT), que considera ¿prejudiciais à saúde, à segurança e ao sossego público, sons que
atinjam no ambiente exterior do recinto em que tem origem, mais de 55 decibéis durante o dia e 50
decibéis durante a noite¿.            Destarte, a Resolução n. 001/90, do CONAMA -
Conselho Nacional do Meio Ambiente traz o substrato necessário à perfeita interpretação da norma
inscrita no referido artigo 54, § 1º da Lei Ambiental, ao dispor: O Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 10, da Lei 7.804, de 18 de julho de 1989 e
Considerando que os problemas dos nÃveis excessivos de ruÃdo estão incluÃdos entre os sujeitos ao
Controle da Poluição de Meio Ambiente; Considerando que a deterioração da qualidade de vida,
causada pela poluição, está sendo continuamente agravada nos grandes centros urbanos;
Considerando que os critérios e padrões deverão ser abrangentes e de forma a permitir fácil
aplicação em todo o território nacional, resolve: I - A emissão de ruÃdos, em decorrência de
quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais e recreativas, inclusive as de propaganda polÃtica,
obedecerá, no interesse da saúde, do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes
estabelecidos nesta Resolução. II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do
item anterior aos ruÃdos com nÃveis superiores aos considerados aceitáveis pela norma NBR 10.151 -
Avaliação do RuÃdo em Ãreas Habitadas visando o conforto da comunidade, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.            Vale ressaltar, que a Lei Municipal nº
7.990/00 não pode ser aplicada para definição do delito de poluição sonora previsto no artigo 54,
§ 1º da Lei 9.605/98, pois o MunicÃpio, ao ampliar os Ãndices de decibéis previstos na Resolução
001/90 CONAMA, de 08/03/90 e na N.B.R 10.151 (ABNT), extrapolou sua competência legislativa, já
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que, em matéria ambiental, a competência para legislar do municÃpio é suplementar à s


legislações Federal e Estadual, devendo sempre observar as normas gerais editadas pela União e
pelo Estado.            Assim, o MunicÃpio somente tem competência para legislar sobre
matéria ambiental quando se trata de interesse local e dentro dos parâmetros legais estabelecidos pela
Constituição Federal. Evidente que, a poluição sonora, tratando-se de matéria penal, é de
competência legislativa exclusiva da União, cabendo ao MunicÃpio apenas exercer o poder de polÃcia
de fiscalização e regulação das atividades potencialmente poluidoras e, quando for o caso, da
aplicação de multas administrativas.            Por oportuno, o seguinte julgado:
Ementa:Â APELAÃÃO CÃVEL. DIREITO DE VIZINHANÃA. POLUIÃÃO SONORA. LEI MUNICIPAL.
LIMITES. RESOLUÃÃO DO CONAMA. PROVA. REDUÃÃO DE RUÃDO. AR-CONDICIONADO. DECISÃO
INTERLOCUTÃRIA. MULTA DIÃRIA ASTREINTES. TÃTULO JUDICIAL. LUCROS CESSANTES
INDEVIDOS. 1. A norma municipal fixa limites máximos que, na realidade, são superiores aos limites
máximos fixados na resolução pelo órgão ambiental federal competente (Resolução nº 01/90
do Conama e NBR 10.152), devendo a última se sobrepor à norma local. 2. [...] Unânime. (Apelação
CÃvel Nº 70016488884, Décima Oitava Câmara CÃvel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mario
Rocha Lopes Filho, Julgado em 16/11/2006)            Ademais, o artigo 8º da Lei Municipal
7.990/00, que determina Ãndices sonoros superiores aos determinados pela legislação federal, está
sendo objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade face à Constituição do Estado do Pará
(Processo nº 0001539-30.2010.8.14.0000), ajuizada pelo Ministério Público, e em trâmite perante o
Egrégio Tribunal de Justiça do Pará.            A defesa, às fls. 67/69, sustentou a
atipicidade da conduta, sob a alegação de que a poluição sonora não se presta à conformação
tÃpica do art. 54 § 1º da Lei 9.605/98, por não alcançar, em seu entender o bem jurÃdico nela
tutelado, sobretudo em face do veto ao art. 59 da Lei 9.605/98, que tratava de tal crime, e, assim, somente
poderia restar a desclassificação para a conduta tipificada no art. 42, III da Lei das Contravenções
Penais.            Quanto a referida alegação, deve ser observado que, não obstante o
veto presidencial ao artigo 59 da Lei 9.605/1998, é possÃvel a aplicação dos artigos 54 para as
situações mais graves que afetem o equilÃbrio ambiental, a saúde humana em decorrência da
poluição sonora, ficando a contravenção penal de perturbação do trabalho ou do sossego alheios
(artigo 42 do Decreto Lei nº 3.688/1941), para os casos mais simples, privilegiando o princÃpio da
proporcionalidade, sendo que este posicionamento está baseado na interpretação sistemática, visto
que a Lei que instituiu a PolÃtica Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981) considera poluição ou
degradação da qualidade ambiental qualquer conduta que ¿prejudique a saúde, a segurança e o
bem estar da população¿ ou ¿que criem condições adversas às atividades sociais e
econômicas¿.            Nesse sentido o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento do
Habeas Corpus nº 159.329 - MA (2010/0005251-4) que, por unanimidade, firmou posicionamento de que
a poluição sonora não foi excluÃda expressamente da definição da conduta tÃpica do art. 54 da
Lei 9.605/1998: EMENTA: HABEAS CORPUS . ART. 54, 2º, INCISO IV, DA LEI N. 9.605/98. POLUIÃAO
SONORA. AUSÃNCIA DE JUSTA CAUSA NAO-EVIDENCIADA DE PLANO. ANÃLISE SOBRE A
MATERIALIDADE DO DELITO QUE NAO PODE SER FEITA NA VIA ELEITA. CONDUTA TÃPICA
SUFICIENTEMENTE DEMONSTRADA PELA DENÃNCIA. ORDEM DENEGADA. 1.     [...] 2. O
Impetrante alega falta de justa causa para a ação penal porque a poluição sonora não foi
abrangida pela Lei n.º 9.605/98, que trata dos crimes contra o meio ambiente. Entretanto, os fatos
imputados ao Paciente, em tese, encontram adequação tÃpica, tendo em vista que o réu é acusado
causar poluição em nÃveis tais que poderiam resultar em danos à saúde humana, nos exatos termos
do dispositivo legal apontado na denúncia. 3. Uma vez que a poluição sonora não é
expressamente excluÃda do tipo legal, acolher a tese de atipicidade da conduta, nesses moldes,
ultrapassa os próprios limites do habeas corpus , pois depende, inexoravelmente, de amplo procedimento
probatório e reflexivo, mormente porque a denúncia, fundamentada em laudo pericial, deixa claro que a
emissão de sons e ruÃdos acima do nÃvel permitido trouxe risco de lesões auditivas à várias
pessoas. 4. Ordem denegada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Seguindo o mesmo posicionamento: STJ -
RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS RHC 30641 MA 2011/0111325-3 (STJ) Ementa:
RECURSO ORDINÃRIO EM HABEAS CORPUS. ART. 54 DA LEI Nº 9.605 /98. POLUIÃÃO SONORA.
TRANCAMENTO DA AÃÃO PENAL. FATO ATÃPICO. INÃPCIA DA DENÃNCIA. NÃO OCORRÃNCIA.
FALTA DE JUSTA CAUSA. CONTEXTO PROBATÃRIO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A aptidão de dano
ambiental com riscos à saúde humana pela emissão de ruÃdo de alta intensidade encontra-se
formalmente bem descrita, permitindo aos acusados o exercÃcio da defesa, não se tendo daà inépcia
na inicial acusatória. 2. [...]3. Negado provimento ao recurso ordinário em habeas corpus.
           No mesmo sentido o entendimento do STF sobre a tipicidade da conduta em
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questão: STF - RECURSO ORDINÃRIO EM HABEAS CORPUS RHC 117465 DF (STF) Data de
publicação: 17/02/2014 Ementa: Ementa: RECURSO ORDINÃRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL.
PROCESSUAL PENAL. CRIME AMBIENTAL. POLUIÃÃO SONORA. AUSÃNCIA DE PROVA PERICIAL.
ALEGAÃÃO DE NULIDADE DA SENTENÃA CONDENATÃRIA. INSUBSISTÃNCIA. NÃO PROVIMENTO
DO RECURSO. I Nulidade da sentença condenatória em virtude da não realização da prova
pericial visando à comprovação da prática de crime ambiental (poluição sonora). II Alegação
insubsistente, pois, conforme assentou o acórdão impugnado, a materialidade do delito foi comprovada
pela prova testemunhal. III [...] (HC 108.463/MG, Rel. Min. Teori Zavascki). IV Recurso ordinário não
provido.            O TJ/PA também possui o mesmo entendimento, bem como o TJ/SP:
TJ-PA - Recurso em Sentido Estrito: RSE 00006402020098140701 BELÃM Processo RSE
00006402020098140701 BELÃM Orgão Julgador 1ª CÃMARA CRIMINAL ISOLADA Publicação
12/09/2014 Julgamento 9 de Setembro de 2014 Relator VERA ARAUJO DE SOUZA Ementa RECURSO
EM SENTIDO ESTRITO. CRIME DE POLUIÃÃO SONORA NA MODALIDADE CULPOSA (ARTIGO 54, §
1º, DA LEI Nº 9.605/1998). REJEIÃÃO DA DENÃNCIA. AUSÃNCIA DE CONDIÃÃES DA AÃÃO PENAL
(ARTIGO 395, INCISO II, DO CÃDIGO DE PROCESSO PENAL). SUPOSTA ATIPICIDADE DOS FATOS
DESCRITOS NA DENÃNCIA. FUNDAMENTAÃÃO JUDICIAL NO SENTIDO DE QUE O ARTIGO 54 DA
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS NÃO ABARCARIA A CONDUTA DE OCASIONAR POLUIÃÃO SONORA.
TESE REJEITADA. ARTIGO 54 DA LEI Nº 9.605/1998 NÃO EXCLUI A POLUIÃÃO SONORA DO ROL
DE CONDUTAS CAPAZES DE CAUSAR POLUIÃÃO AMBIENTAL NOCIVA Ã SAÃDE HUMANA OU DE
PROVOCAR A MORTANDADE DE ANIMAIS OU A DESTRUIÃÃO SIGNIFICATIVA DA FLORA.
JURISPRUDÃNCIA DO STJ. EXISTÃNCIA DE LAUDO DE VISTORIA DE CONSTATAÃÃO ATESTANDO
QUE NO INTERIOR DO IMÃVEL DO RECORRIDO FORA DETECTADA A INTENSIDADE SONORA DE
78,3 DECIBÃIS. PRESSÃO SONORA SUPERIOR AOS LIMITES DE 55 DECIBÃIS DURANTE O DIA E 50
DECIBÃIS DURANTE A NOITE PREVISTOS NA RESOLUÃÃO Nº 1º/1990 DO CONSELHO
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE E NA NORMA DA ABNT (NBR 10.151). FATO APARENTEMENTE
CRIMINOSO TIPIFICADO NO ARTIGO 54 DA LEI Nº 9.605/1998. INTENSIDADE SONORA QUE
ATINGIU NÃVEIS CAPAZES DE OCASIONAR POLUIÃÃO AMBIENTAL NOCIVA Ã SAÃDE HUMANA OU
DE PROVOCAR A MORTANDADE DE ANIMAIS OU A DESTRUIÃÃO SIGNIFICATIVA DA FLORA. [...] Ã
SUFICIENTE QUE OS FATOS DESCRITOS NA PEÃA EXORDIAL CONSTITUAM CRIME EM TESE E
QUE HAJA INDÃCIOS MÃNIMOS DE AUTORIA E MATERIALIDADE. CASSAÃÃO DA DECISÃO DE
REJEIÃÃO DA DENÃNCIA. RECEBIMENTO DA EXORDIAL ACUSATÃRIA PELO TRIBUNAL.
PROSSEGUIMENTO REGULAR DA MARCHA PROCESSUAL. DOUTRINA. SÃMULA Nº 709 DA
JURISPRUDÃNCIA DOMINANTE DO STF. RECURSO CONHECIDO. PROVIMENTO DA PRETENSÃO
RECURSAL. UNANIMIDADE. TJ-SP - Apelação : APL 00018242420128260438 SP 0001824-
24.2012.8.26.0438 Processo APL 00018242420128260438 SP 0001824-24.2012.8.26.0438 Orgão
Julgador 9ª Câmara de Direito Criminal Publicação 14/11/2015 Julgamento 5 de Novembro de 2015
Relator Sérgio Coelho Ementa Apelação. Preliminar afastada. Artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais.
Recurso defensivo postulando a absolvição das pessoas fÃsicas e jurÃdica por falta de provas ou a
desclassificação para a contravenção penal prevista no artigo 42 do Decreto-Lei nº 3.688/41.
Impossibilidade. Conjunto probatório robusto, suficiente para embasar a condenação, nos moldes em
que proferida. Poluição sonora em nÃvel prejudicial à saúde. Crime ambiental configurado. Penas,
regime inicial aberto e substituição da sanção privativa de liberdade por restritiva de direito bem
fixados. Recurso não provido.            Feitas essas considerações, observa-se que a
conduta delituosa imputada ao denunciado atingiu nÃvel de emissão sonora de 81.3 decibéis pela
parte da tarde (13h38min), no estabelecimento denominado ¿IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE
MISSÃES¿, local onde o acusado exerce a função de pastor, localizado na Passagem São João,
nº 46, bairro Telegrafo, nesta cidade de Belém, conforme a Vistoria de Constatação nº 0157/2019
(fl. 09), assinada pelo Policial da Delegacia do Meio Ambiente - DEMA, Sr. JOÃO BOSCO DA COSTA
PEREIRA, portanto, bem acima dos 55 dB previstos na N.B.R 10.151 (ABNT) para o perÃodo DIURNO,
definido no item 6.2.2 da mesma.            Inquestionável que o nÃvel de ruÃdo em
questão, constatado pela mencionada vistoria, é potencialmente prejudicial à saúde, à segurança e
ao sossego público, pois todas as pessoas expostas ao ruÃdo excessivo emitido pelo equipamento
sonoro usado pelo acusado, estavam correndo perigo real de sofrerem sérios prejuÃzos fÃsicos e
emocionais já descritos nos compêndios médicos, como surdez, cefaléias, irritação constante e
outros sintomas caracterÃsticos do stress. Essas consequências maléficas das emissões sonoras em
excesso nos integrantes da comunidade onde está localizada a fonte poluente são muitas vezes
irreversÃveis, afetando sua vida familiar e social, daà o caráter difuso do bem tutelado.
           Resta, portanto, comprovada a materialidade do crime através da mencionada
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vistoria, efetuada por Policial da Delegacia do Meio Ambiente, que concluiu o seguinte: CONCLUSÃO:
Ante o exposto, o PERITO conclui que o som amplificado em questão encontrava-se com INTENSIDADE
SONORA em seu funcionamento com Ãndice de 81.3 dB(A) (decibéis), oriundos do equipamento sonoro
citado no item 03 (DA CONSTATAÃÃO), estando desta forma EM DESACORDO, com a legislação
vigente.            No referido laudo foi, inclusive, destacado que a medição da
intensidade sonora foi efetuada a mais de 07 (sete) metros de distância da fonte sonora poluidora,
estando de acordo, portanto, com os requisitos estabelecidos pela Resolução 001/90 CONAMA, de
08/03/90 e na NBR 10.151 (ABNT).            Note-se que as constatações e a
conclusão da referida vistoria não foram impugnadas pela defesa que se limitou a argumentar a
atipicidade da conduta, acima afastada, sustentar a nulidade da perÃcia sob alegação de que não foi
efetuada por perito, e sustentar a ausência de prova, conforme abaixo analisado.
           Quanto a eventual alegação de ser insignificante o Ãndice sonoro constatado,
faz-se necessária a análise do princÃpio da insignificância em conexão com os postulados da
fragmentariedade e da intervenção mÃnima do Estado em matéria penal, examinada na perspectiva
de seu caráter material, sendo que tal princÃpio seria causa da exclusão da tipicidade material do fato.
           Abstraindo-se o importante detalhe de que inúmeros doutrinadores rejeitam de
forma veemente a possibilidade da aplicação do princÃpio da insignificância em matéria ambiental,
em razão da relevância do meio ambiente como bem jurÃdico fundamental, que ostenta titularidade
difusa e que se reconhece como patrimônio de toda a humanidade a ser preservado para as presentes e
futuras gerações, como atestam inúmeras decisões jurisprudenciais1, este JuÃzo tem admitido sua
aplicação cautelosa, sempre que evidenciada de forma objetiva, a insignificância material da conduta
imputada ao agente, bem como o desvalor do resultado, pressupostos não observados, porém, no
presente caso, como se irá em seguida demonstrar.            Em primeira ordem, há que
se considerar que a tutela penal do meio ambiente tem caráter eminentemente preventivo e sua
aplicação visa exatamente evitar a continuidade ou nova ocorrência da atividade delitiva, tanto que na
grande maioria dos crimes ambientais não são aplicáveis penas privativas de liberdade, apenas
medidas de recomposição do dano de natureza cÃvel, visando a adequação fÃsica dos
estabelecimentos ou atividades à s normas ambientais, bem como medidas alternativas a tÃtulo de
transação penal, o que se mostra em consonância com o princÃpio da proporcionalidade.
           Ademais, para aplicação do princÃpio da insignificância, doutrina e
jurisprudência consideram necessária na aferição do relevo material da tipicidade penal a presença
dos seguintes vetores: a) a mÃnima ofensividade da conduta do agente; b) a nenhuma periculosidade
social da ação; c) o reduzidÃssimo grau de reprovabilidade do comportamento; d) a inexpressividade
da lesão jurÃdica provocada. Já para a aplicação do princÃpio da adequação social busca-se
aferir a aceitação social da conduta, que deve ser considerada comum, normal, tolerável, isto é,
não contestada ou discutida na polÃcia ou em juÃzo, cujo resultado também não provoque lesão
jurÃdica relevante.            Analisemos então a conduta imputada ao acusado de produzir
poluição sonora às 13h38min, com intensidade de 81.3 decibéis, portanto bem acima dos 55 dB
estabelecidos pela Resolução 001/90 CONAMA e a N.B.R 10.151 (ABNT), conforme a mencionada
vistoria, com alguns questionamentos: 1)Â Â Â Â Â A referida conduta pode ser considerada como de
ofensividade mÃnima ao bem jurÃdico tutelado pela norma, no caso, a manutenção da sadia qualidade
de vida das pessoas que residem na vizinhança da fonte poluidora? No entendimento deste juÃzo a
resposta a essa questão necessariamente será negativa, em razão do elevado Ãndice de emissão
sonora constatado e imputado ao acusado, provocando incômodo e desassossego à vizinhança.
2)     A conduta acima descrita pode ser caracterizada como não portadora de periculosidade
social? A resposta a essa questão evidentemente será, da mesma forma, negativa, uma vez que o
Ãndice de emissão sonora acima do recomendado pelo CONAMA é potencialmente prejudicial Ã
saúde, à segurança e ao sossego público, pois todas as pessoas expostas ao ruÃdo excessivo
emitido pelo equipamento sonoro em questão, enseja sérios prejuÃzos fÃsicos e emocionais, como
acima já destacado. 3)     Pode a conduta em análise ser considerada como de reduzido grau
de reprovabilidade? Entendemos também quanto a essa questão, que a única resposta possÃvel
deverá necessariamente ser negativa, pois se assim fosse não se constataria em toda a comarca de
Belém, um tão grande número de reclamações, protestos e denúncias contra a prática de
poluição sonora; 4)     E quanto ao resultado, podem ser consideradas inexpressivas as
consequências da conduta atribuÃda ao acusado? A resposta a essa última questão inevitavelmente
também deverá ser negativa, considerando-se que, sendo a poluição sonora delito classificado como
de simples perigo, suficiente será para sua configuração a perturbação manifestada à s
autoridades públicas para interromper a continuidade delitiva, demonstrando a expressividade do
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incômodo que está sofrendo e a potencialidade da conduta para produzir o resultado danoso,
caracterizado pelos distúrbios à saúde humana, já mencionados.              Â
           Assim, conclui-se que não é o caso de aplicação do princÃpio da
insignificância à conduta objeto da denúncia formalizada pelo Ministério Público.
           No que se refere a sustentação da defesa, em alegações finais, de nulidade
do laudo de medição realizado por policial da Delegacia do Meio Ambiente - DEMA, sob o fundamento
de violação ao art. 159 do Código de Processo Penal e ao art. 3º da Lei nº 6.282/2000,
necessárias as seguintes considerações:            Inicialmente deve ser observado que
o policial da DEMA que subscreve a vistoria de constatação de fl. 08, Sr. JOÃO BOSCO DA COSTA
PEREIRA, foi investido no cargo de Perito Policial, através do Decreto juntado aos autos expedido pelo
Governo do Estado do Pará, conforme esclarecido no OfÃcio nº 171/2018 - DCMF/DRH/PC da Divisão
de Cadastro e Movimentação Funcional da PolÃcia Civil do Estado do Pará.
           Em que pese atualmente não mais existir o cargo de Perito Policial, não se pode
esquecer que os referidos policiais continuam sendo funcionários públicos que possuem conhecimento
técnico suficiente para aferição de poluição sonora com lisura e idoneidade, inclusive porque
realizam vistorias ambientais desde a década de 1980, sendo que ao longo desses anos tais vistorias
têm servido de amparo para inúmeras ações criminais no Estado do Pará.
           Com efeito, não se pode esquecer, ainda, que o Centro de PerÃcias CientÃficas
Renato Chaves se encontra notoriamente congestionado, o que, a princÃpio, dificulta ou até mesmo
inviabiliza o pronto atendimento de perÃcias necessárias para aferição de poluição sonora
noticiadas pela população diretamente para o ¿Disque-Silêncio¿ em funcionamento na DEMA, daÃ
porque as rápidas atuações de tais policiais com conhecimento técnico, pois antes ocupantes de
cargos de peritos policias, têm sido fundamentais para a constatação de poluição sonora neste
Estado.            Nesse particular cabe registrar que a poluição sonora constitui crime
que não deixa vestÃgios, daà a necessidade de haver o exame direto assim que noticiado, sendo este o
motivo principal pelo qual o STJ e o STF têm considerando que a realização de perÃcia criminal não
se mostra imprescindÃvel como prova desse crime, podendo ser suprida por outros elementos idôneos
aptos a comprovar a materialidade delitiva. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse sentido, os seguintes julgados
do STF: RECURSO ORDINÃRIO EM HABEAS CORPUS 117.465 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN.
RICARDO LEWANDOWSKI RECTE.(S) :Â AILSON MARTINS DOS SANTOS PROC.(A/S)(ES)
:Â DEFENSOR PÃBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :Â MINISTÃRIO PÃBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) :Â PROCURADOR-GERAL DA REPÃBLICA EMENTA: RECURSO ORDINÃRIO EM
HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME AMBIENTAL. POLUIÃÃO SONORA.
AUSÃNCIA DE PROVA PERICIAL. ALEGAÃÃO DE NULIDADE DA SENTENÃA CONDENATÃRIA.
INSUBSISTÃNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. I - Nulidade da sentença condenatória em
virtude da não realização da prova pericial visando à comprovação da prática de crime ambiental
(poluição sonora). II - Alegação insubsistente, pois, conforme assentou o acórdão impugnado, a
materialidade do delito foi comprovada pela prova testemunhal. III - Esse entendimento vai ao encontro de
jurisprudência consolidada desta Corte no sentido de que ¿embora a produção da prova técnica
seja necessária para esclarecer situações de dúvida objetiva acerca da existência da infração
penal, o seu afastamento é sistemático e teleologicamente autorizado pela legislação processual
penal nos casos em há nos autos outros elementos idôneos aptos a comprovar a materialidade do
delito¿ (HC 108.463/MG, Rel. Min. Teori Zavascki). IV - Recurso ordinário não provido. HABEAS
CORPUS 108.463 (307) ORIGEM : HC - 112895 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÃA PROCED. :
MINAS GERAIS RELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKI PACTE.(S) : MARIA MADALENA DE CARVALHO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÃBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÃBLICO-GERAL
FEDERAL COATOR (A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÃA Decisão : A Turma, por
unanimidade, conheceu em parte e nessa parte denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª
Turma , 27.08.2013. EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE USO DE DOMUMENTO
FALSO. CRIME IMPOSSÃVEL. MATÃRIA NÃO APRECIADA NO ACÃRDÃO IMPUGNADO. SUPRESSÃO
DE INSTÃNCIA. PRECEDENTES. NULIDADE. NÃO REALIZAÃÃO DE PERÃCIA TÃCNICA PARA
ATESTAR A MATERIALIDADE DO CRIME PREVISTO NO ART.304Â DOÂ CÃDIGO PENAL.
DESNECESSIDADE. EXISTÃNCIA DE OUTROS MEIOS DE PROVAS. PRECEDENTES. ORDEM
DENEGADA. 1. O acórdão impugnado não apreciou os fundamentos relativos à configuração ou
não de crime impossÃvel (art. 17 do CP). Desse modo, qualquer juÃzo desta Corte sobre a
matéria implicaria indevida supressão de instância e contrariedade à repartição constitucional de
competências. 2. Embora a produção da prova técnica seja necessária para esclarecer
situações de dúvida objetiva acerca da existência da infração penal, o seu afastamento é
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sistemático e teleologicamente autorizado pela legislação processual penal nos casos em que há nos
autos outros elementos idôneos aptos a comprovar a materialidade do delito. Precedentes. 3. Ordem
parcialmente conhecida, mas denegada. HC: 85955 RJ Relator: Min. ELLEN GRACIE Data de
Julgamento: 05/08/2008 Segunda Turma Ementa: DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
NULIDADE DA SENTENÃA. PROVA PERICIAL. PERÃCIA INDIRETA. CRIMES CONTRA OS
COSTUMES. DENEGAÃÃO. 1. [...] 2. [...] 3. O exame de corpo de delito indireto, fundado em prova
testemunhal idônea e/ou em outros meios de prova consistentes (CPP, art. 167) revela-se legÃtimo,
desde que, por não mais subsistirem vestÃgios sensÃveis do fato delituoso, não se viabilize a
realização do exame direto. 4. A despeito da perÃcia inicial haver sido realizada apenas por um
profissional nomeado ad hoc pela autoridade policial, atentou-se para a realização da perÃcia com
base no art. 167, do Código de Processo Penal, ou seja, a realização do exame de corpo de delito
indireto. 5. O juiz de direito não está adstrito às conclusões do laudo pericial, especialmente em se
referindo a juÃzo de constatação de fatos. 6. [...] 7. Habeas corpus denegado.
           Por oportuno, ainda, o seguinte posicionamento do STJ: AgRg no HABEAS
CORPUS Nº 173.189 - MS (2010/0090564-6) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS
CORPUS. 1. JULGAMENTO POR DECISÃO MONOCRÃTICA DE RELATOR. OFENSA AO PRINCÃPIO
DA COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÃNCIA. ART. 557 DO CÃDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÃÃO
ANALÃGICA. 2. EXAME DE CORPO DE DELITO. IMPOSSIBILIDADE. POLUIÃÃO SONORA - CRIME
QUE NÃO DEIXA VESTÃGIOS. MATERIALIDADE QUE PODE SER COMPROVADA POR OUTROS
MEIOS DE PROVA. 3. RECURSO IMPROVIDO. 1. [...] 2. Na espécie, considerando a impossibilidade de
realização de exame de corpo de delito e que a prova testemunhal supre sua falta em casos como tais
(art. 167 do Código de Processo Penal), a materialidade do crime ficou comprovada pelo testemunho de
engenheiro ambiental devidamente inscrito no CREA/MS, servidor da SEMUR - Secretaria Municipal de
Controle Ambiental e UrbanÃstico de Campo Grande/MS -, que, "munido de um decibelÃmetro,
instrumento esse utilizado para constatar os Ãndices de intensidade sonora, realizou a medição no
momento em que o som do carro estava ultrapassando os limites previstos pela legislação". 3. Agravo
regimental a que se nega provimento. [...] Somente é imprescindÃvel a realização de perÃcia nas
hipóteses em que o crime deixar vestÃgios, o que não se verifica no caso dos autos, pois, consoante
acertadamente afirmou o Tribunal de origem, "a poluição sonora é uma espécie de poluição
ambiental que possui o caráter peculiar de nocividade orgânica, que não produz fumaça, não torna
o solo estéril, mas perturba a mente, abala o equilÃbrio, deteriorando o meio ambiente social,
prejudicando a saúde e o bem-estar" (fl. 32). Partindo-se dessa premissa, a materialidade do delito em
questão pode ser atestada - e foi - pela prova testemunhal (art. 167 do Código de Processo Penal). Na
ocasião, o engenheiro ambiental devidamente inscrito no CREA/MS, servidor da SEMUR - Secretaria
Municipal de Controle Ambiental e UrbanÃstico de Campo Grande/MS -, "munido de um decibelÃmetro,
instrumento esse utilizado para constatar os Ãndices de intensidade sonora, realizou a medição no
momento em que o som do carro estava ultrapassando os limites previstos pela legislação."
           Finalmente, o TJ/SP tem admitido medições realizadas por Policiais Militares
como prova de poluição sonora: TJ-SP - APL: 0019640-62.2011.8.26.0047 Relator: Torres de Carvalho
Data de Julgamento: 23/01/2014 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente Data de Publicação:
23/01/2014 Ementa: POLUIÃÃO SONORA. Assis. Academia de ginástica. Norma NBR 10.151 da ABNT.
Resolução CONAMA nº 1/90. LF nº 6.938/81. LF nº 9.605/98. Emissão de ruÃdo em nÃveis
sonoros acima do permitido. Redução do volume aos nÃveis previstos na legislação de regência. 1.
Poluição sonora. A poluição sonora se configura pelo simples descumprimento da legislação,
ainda que não haja perturbação do sossego público nem danos fÃsicos ou psÃquicos à queles
expostos ao ruÃdo. Medições realizadas pela PolÃcia Militar demonstram o descumprimento da
regulamentação. Poluição sonora configurada. [...]            Seguindo tais
posicionamentos do STF, STJ e TJ/SP entendo que as vistorias de constatações de poluição sonora
realizadas por Policiais Civis da Delegacia do Meio Ambiente, com conhecimento técnico suficiente, eis
que, como visto, atuaram por longos anos no cargo de Peritos Policiais, constituem documentos públicos
idôneos e aptos a comprovar materialidade delitiva do crime em questão, suprindo, assim, a
realização de perÃcia técnica em face das particularidades já esclarecidas nesta decisão,
sobretudo que se trata de prova não repetÃvel.            Ademais, deve ser notado que as
informações inseridas no referido documento público não foram elididas, e nem mesmo impugnadas,
pela defesa.            No que se refere a eventuais alegações da defesa de ausência do
crivo do contraditório na fase inquisitorial, o que comprometeria a validade da referida prova documental,
deve ser observado que seria inviável a realização de perÃcia posterior para a constatação do
crime de poluição sonora que, como visto, não se trata de crime que deixa vestÃgios. Ademais, a
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presença do acusado no momento da realização da vistoria ou o acesso do mesmo à medição da


intensidade sonora em análise, realizada pelo aparelho decibelÃmetro, não constituem requisitos para a
validade da vistoria, inclusive tendo em vista que tal procedimento, seguindo, orientação das normas da
N.B.R. 10.151 (ABNT), é realizado a uma certa distância da fonte poluidora.
           Ademais, o alerta prévio ao agente poluidor poderia tornar inviável a
realização da própria vistoria, pois o volume do som poderia ser rapidamente diminuÃdo ou até
mesmo desligado.            Quanto à autoria delitiva, na referida vistoria foi constatado que
o Sr. CARLOS ALBERTO MARQUES DOS SANTOS, ora acusado, era o responsável pelo
estabelecimento em questão, exercendo a função de pastor na mencionada igreja, fato não
impugnado.            Logo, sendo o responsável pela mencionada aparelhagem de som
produtora da poluição sonora imputada, como constatado na referida vistoria e não impugnado pela
defesa nesse particular, restou evidente que o réu tinha o poder de decisão sobre a intensidade do
ruÃdo emitido pelo equipamento sonoro que ali se encontrava por ocasião da vistoria, sendo autor da
infração penal em questão.            Ademais, tratando-se de crime culposo, com a sua
conduta não observou o dever de cuidado objetivo ao manter o aparelho com intensidade sonora capaz
de causar dano potencial à saúde humana.            Assim, a tÃtulo de argumentação,
ainda que a utilização direta do som não tenha sido realizada pelo acusado, tal fato não isentaria
sua responsabilidade criminal ambiental em face da Teoria do DomÃnio do Fato que, segundo o STF,
assim pode ser traduzida: ¿Ensina, ainda, CÃZAR ROBERTO BITENCOURT: `5.3. Teoria do domÃnio
do fato [...] Autor, segundo esta teoria, é quem tem o poder de decisão sobre a realização do fato. Ã
não só o que executa a ação tÃpica como também aquele que se utiliza de outrem, como
instrumento, para a execução da infração penal (autoria mediata). [...] `A teoria do domÃnio do fato
tem as seguintes consequências: 1ª) a realização pessoal e plenamente responsável de todos os
elementos do tipo fundamentam sempre a autoria; 2ª) é autor quem executa o fato utilizando outrem
como instrumento (autoria mediata); 3ª) é autor o coautor que realiza uma parte necessária do plano
global (¿domÃnio funcional do fato¿), embora não seja um ato tÃpico, desde que integre a
resolução delitiva comum¿.¿ (BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Tribunal Pleno, APn 470/MG,
Julgado em 17 de dezembro de 2012, p. 4703, disponÃvel em
«http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?idDocumento=3678648»)
           Acresça-se que estabelece o art. 3º, inciso IV da Lei nº 6.938/81, o seguinte:
Art. 3°. Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: (...) IV - poluidor, a pessoa fÃsica ou jurÃdica, de
direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental.            No caso dos autos, como visto, na sistemática do
princÃpio do ônus da prova, nada foi comprovado contra a legalidade e regularidade do documento
público em questão que pudesse comprometer sua validade como meio de prova do crime imputado ao
acusado. Ademais, a referida vistoria de constatação constitui ato administrativo dotado de
presunção de legalidade e veracidade, somente elidida por prova em contrário, que, no caso, não foi
apresentada.            Assim, ainda que não tenha sido efetuada a oitiva do policial
responsável pela referida vistoria, cabe lembrar que tal laudo, como visto, constitui documento público
válido, e não tendo sido apresentada pela defesa impugnação fundamentada em elementos
consistentes, precisos e seguros, era direito do Ministério Público formalizar a desistência quanto ao
referido depoimento.            Cabe ressaltar que não houve nenhuma comprovação
acerca de nulidade da vistoria durante a fase de instrução do presente processo, tendo a defesa se
limitado a sustentar a atipicidade da conduta em suas alegações preliminares (fls. 67/71), devendo ser
lembrado que em Processo Penal as nulidades devem ser arguidas nos prazos estabelecidos o artigo 571
do CPP, visando, inclusive, possibilitar manifestação contraria do Ministério Público. Art. 571. As
nulidades deverão ser arguidas: (..) II - as da instrução criminal dos processos de competência do
juiz singular e dos processos especiais, salvo os dos CapÃtulos V e Vll do TÃtulo II do Livro II, nos prazos
a que se refere o art. 500; III - as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se
verificadas depois desse prazo, logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes;
           Ademais, deve ser observado que consta no laudo de fl. 08 que o aludido aparelho
decibelÃmetro marca INSTRUTHERM DEC 460, possuÃa, a época dos fatos, certificado de
calibração cujo número era 5190A09.            Pelo exposto, e atentando a tudo o mais
que dos autos consta, julgo procedente a denúncia, e, em consequência, condeno o nacional CARLOS
ALBERTO MARQUES DOS SANTOS, qualificado nos autos, pela prática do crime tipificado no art. 54,
§ 1° da Lei 9.605/98.            A pena prevista para o mencionado crime de poluição
sonora é de detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.            APLICAÃÃO
DA PENA:            Passo a dosar a pena para o acusado, atendendo inicialmente à s
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diretrizes do art. 59 do Código Penal Brasileiro e art. 6º da Lei 9.605/98: a)     culpabilidade -
evidenciada em face do elevado grau de reprovabilidade da conduta do acusado.
b)     Antecedente - o acusado possui antecedente criminal, conforme certidão de fls. 117/118,
com relatório analÃtico de fls. 119/122, sendo que foi condenado há 06 (seis) anos e 08 (oito) meses de
reclusão, no Processo nº 0005400-62.2003.8.14.0401 (2003.2.016206-5), perante o JuÃzo da 13ª
Vara Criminal de Belém, por crime praticado em 24/05/2003 (antes da ocorrência do crime em
questão), tendo a sentença transitado em julgado para a defesa em 12/02/2004, conforme cópias
juntadas aos autos às fls. 42/45, devendo ser observado que no processo de execução da
mencionada pena foi determinada a expedição de mandado de recaptura no ano de 2010, sendo que
atualmente a aludida execução encontra-se suspensa, como se depreende dos documentos de fls.
123/126. c)     personalidade e conduta social - não há nos autos dados concretos suficientes
para aferi-las, e, dessa forma, as tenho como favoráveis ao réu. d)     motivo do crime - não
evidenciado. e)     circunstâncias do crime - são desfavoráveis ao denunciado, em face de ter
sido constatado que a intensidade sonora oriunda do equipamento de responsabilidade do acusado
ultrapassa, em muito, o limite estabelecido pela legislação vigente, conforme anteriormente destacado.
f)     comportamento da vÃtima - sendo a vÃtima a coletividade, não houve contribuição da
mesma para a prática do delito em questão. g)     consequências do crime - apesar de
relevantes, não foram graves.            Diante das diretrizes acima especificadas e
considerando, ainda, os requisitos do art. 6º da Lei 9.605/98, fixo-lhe a pena base em 06 (seis) meses de
detenção. Não havendo configuração de atenuantes e diante da ocorrência de uma agravante
prevista no art. 15, inciso II, alÃnea ´f)´ (infração cometida em área urbana), do mesmo diploma
legal, aumento a referida pena para 07 (sete) meses de detenção, que torno definitiva em face da
inexistência de outras causas de aumento ou de diminuição de pena aplicáveis, devendo o regime
inicial de cumprimento da pena ser o regime aberto (art. 33, § 2º, alÃnea ¿c¿ do CPB).
           IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÃÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE E
DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA:            In casu, o réu não faz jus a
substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, nem a suspensão condicional da
pena, em face do disposto no art. 44, inciso III do Código Penal e art. 77, inciso II do mesmo diploma
legal, considerando que tal medida não se mostra socialmente recomendável, inclusive em face de
antecedente criminal do acusado, das circunstancias do crime acima especificadas, bem como
considerando que o condenado já foi, anteriormente, apenado, nos autos do processo nº 0005400-
62.2003.8.14.0401 (2003.2.016206-5), devendo ser observado que no processo de execução foi
determinada a expedição de mandado de recaptura no ano de 2010, sendo que atualmente a aludida
execução encontra-se suspensa, como se depreende dos documentos de fls. 123/126.
           2) PENA DE MULTA (prevista cumulativamente para o crime imputado):
           No que se refere à pena de multa, considerando o disposto no art. 18 da Lei
9.605/98, art. 59 e seguintes do Código Penal com as diretrizes e circunstâncias judiciais acima
analisadas, e observando-se o art. 49 c/c art. 60, ambos do referido Código CP, sobretudo a situação
econômica do condenado, e o atual valor do salário mÃnimo, fixo a pena base em 30 (trinta) dias-multa.
           Não havendo configuração de atenuantes e diante da ocorrência de uma
agravante prevista no art. 15, inciso II, alÃnea ´f)´, do mesmo diploma legal, aumento a referida pena
para 40 (quarenta) dias-multa (art. 49, caput, CP), que torno definitiva em face da inexistência de outras
causas de aumento ou de diminuição de pena aplicáveis, fixando o valor do dia multa em 1/30 do
salário mÃnimo vigente ao tempo do fato (art. 49, § 1º, CP), devidamente corrigido, quando da
execução, conforme estabelece o art. 49, § 2º do CP, devendo ser observado o seguinte:
Distinção entre pena de multa e pena de prestação pecuniária: A prestação pecuniária, que é
uma das penas restritivas de direito que substituem a pena privativa de liberdade, objeto dos arts. 45 e 45
do CP, não se confunde com a pena de multa de que trata este art. 49. A prestação pecuniária
destina-se à vÃtima, a seus dependentes ou a entidades públicas ou privadas com fim social, tendo
caráter primordialmente indenizatório; já a pena de multa destina-se sempre ao Estado, possuindo
natureza punitiva. A prestação pecuniária, se descumprida injustificadamente, poderá ser convertida
em pena privativa (art. 44, § 4º, do CP); por sua vez, a pena de multa, se não paga, jamais poderá
ser convertida em pena privativa de liberdade, em face da redação do art. 51 do CP.2
           DO CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
           Tendo em vista que, conforme OfÃcio n° 1040/2014-GAB/SUSIPE (cópia em
anexo), atualmente, não há nesta Comarca estabelecimento adequado (Casa de Albergado) para o
cumprimento da pena privativa de liberdade, necessário que a mesma seja cumprida por meio de
monitoramento eletrônico especificado no citado OfÃcio e regulamentado através do Decreto nº 7.627
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de 24.11.2011 (DOU 25.11.2011), através do Núcleo de Monitoramento Eletrônico da SUSIPE.


           Cabe destacar que a deliberação acima efetuada não constitui usurpação
da competência do JuÃzo de Execução, conforme já se pronunciou o STF: STF - 1ª Turma Habeas
Corpus 113.334 Rio Grande do Sul Relatora: Min. Rosa Weber Redator do Acordão: Min. Dias Toffoli
Pacte.(s): Rodinei de Souza impte.(s): defensoria pública da união Proc.(a/s)(es): Defensor Público-
geral Federal Coator(a/s)(es): Superior Tribunal de Justiça EMENTA Habeas corpus. Preventivo. Penal.
Ausência de estabelecimento prisional condizente com o regime aberto fixado na sentença (CP, art. 33,
§ 1o, c). Recolhimento excepcional em prisão domiciliar. Possibilidade. Artigo 117 da Lei de
Execução Penal cujo rol não é taxativo. Precedente. Determinação do Tribunal de Justiça
estadual condicionada à inexistência de casas prisionais que atendam aos requisitos da Lei de
Execução Penal em seus arts. 93 a 95. Ausência de usurpação da competência do juÃzo da
execução. Ordem concedida.            Deve ser notado, ainda, que a deliberação
acima efetuada acerca da necessidade de monitoramento eletrônico se encontra em consonância com a
Portaria nº 042/2013-GJ de 19.12.2013, expedida pela 1ª Vara de Execução Penal, que autoriza o
recolhimento domiciliar de apenados, mediante o referido monitoramento.            Após o
trânsito em julgado desta decisão: a)     Façam-se as comunicações devidas;
b)     Cumpram-se as orientações da douta Corregedoria da Região Metropolitana de Belém,
especificadas no OfÃcio Circular nº 054/2013 de 08.04.2013 e Provimento nº 006/2014-CJRMB de
20/05/2014 (DJ de 04.06.2014), cópias em anexo, no sentido de ser expedido mandado de prisão para
que o condenado se apresente no setor competente da SUSIPE (Núcleo de Monitoramento Eletrônico),
para somente então serem encaminhadas as peças necessárias à execução da pena em
questão ao JuÃzo da Vara competente para fiscalização da mesma. c)     Oficie-se à Justiça
Eleitoral em atenção ao art. 15, III, da CF. d)     Oficie-se a Vara de Execução da Região
Metropolitana de Belém informando acerca da presente sentença, inclusive considerando que consta
determinação de expedição de mandado de recaptura em desfavor do condenado nos autos do
processo nº 0005476-91.2004.8.14.0401.            P.R.I., devendo, inclusive, ser efetuada
a intimação pessoal do condenado acerca desta sentença, considerando o seguinte: ¿HABEAS
CORPUS¿ - REU REVEL QUE NÃO FOI INTIMADO DE SENTENÃA CONDENATÃRIA - NULIDADE DA
CERTIDAO DE TRÃNSITO EM JULGADO - ORDEM CONCEDIDA. Ã INDISPENSÃVEL A INTIMAÃÃO
DO RÃU, MESMO QUANDO UMA REVELIA TENHA SIDO DECRETADA.3 `HABEAS CORPUS¿.
DEFENSOR DATIVO. INTIMAÃÃO DA SENTENÃA CONDENATÃRIA AO REVEL. I - Defensor Dativo - No
desempenho do `munus¿ Público, cumpre ao Defensor Dativo exercitar todos os meios de defesa,
inclusive a apelação da sentença condenatória. Se em vez de apelar, secunda o recurso do
Ministério Público, descumprido está o `munus¿. II - Da sentença condenatória deve o revel ser
intimado por edital (CPP, artigo 392, VI). III - Processo que se anula, para, mantida a sentença, seja o
réu regularmente intimado, nomeando-se novo.4            Considerando a presente
sentença condenatória, bem como considerando a existência de bem apreendido vinculado ao
presente processo, diante do disposto no art. 91, inciso II do Código Penal e no art. 25, § 5º da Lei nº
9.605/98, DECRETO O PERDIMENTO do bem descrito à fl. 34, e determino o seguinte:
           Assim, considerando o tempo decorrido deste a apreensão do aludido bem,
determino a doação do bem em questão, que deverá ser efetuada a uma das instituições
elencadas no art. 10 do Provimento Conjunto nº 002/2021-CJRMB/CJCI.            A
mencionada providência deverá ser efetuada pela Unidade de Processamento Judicial dos Juizados
Criminais - UPJ JECrim somente após a ciência do Ministério Público e o fim do prazo para
apresentação de eventual recurso, observando-se as disposições do Provimento Conjunto nº
002/2021-CJRMB/CJCI.            Deverá a Unidade de Processamento Judicial - UPJ
JECrim adotar todas as providências necessárias visando o efetivo cumprimento da doação do bem
em questão, inclusive, comunicando à Direção do Fórum Criminal da Capital e ao Setor de Bens
Apreendidos deste Tribunal.            Após, efetuem-se as devidas anotações, com as
cautelas devidas, expedindo-se certidão sobre o cumprimento desta decisão, procedendo-se, ainda, os
registros necessários, inclusive no Sistema LIBRA e no Sistema de Bens Apreendidos do CNJ.
           Dê-se ciência ao Ministério Público.            Cumpra-se.
           Após o cumprimento das formalidades legais, arquive-se.
           Belém (PA), 11 de agosto de 2021. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO
JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente da Capital 1 Sendo o meio ambiente um
bem jurÃdico reconhecido como verdadeiro direito humano fundamental (art. 225 da CF/88), em que lhe
reconhece a natureza de patrimônio de toda humanidade, assegurando-se a esta e às futuras
gerações sua existência e exploração racional, impossÃvel acolher a tese que eventual lesão seja
675
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

insignificante aos olhos do direito penal.¿ (TJMG, ApCrim 486.599-8, 5ª CCrim, Rel. Des. Antõnio
Armando dos Anjos, j. 17.05.2005) Diante dos bens jurÃdicos de tamanha importância (como a vida e o
próprio bem ambiente), não se pode cogitar no retromencionado princÃpio, seja de forma abstrata, ou,
menos ainda, de forma concreta. (TJSP, Ap. 815899.3/0-0000-000, 11ª C do 6] GSCrim, rel. Des.
Massmi Uyeda, j. em 19.04.2006, RT 851/522) 2 DELMANTO, Celso. Código penal comentado:
acompanhado de comentários, jurisprudências, súmulas em matéria penal e legislação
complementar. 8. ed., rev., atual. e ampl. - São Paulo:Saraiva, 2010 , pg.260. 3 TRF - 3. HC 24.588 SP.
Rel. Juiz Silveira Bueno. Julgamento: 11/05/1993. Publicação: DOE data: 08/09/1993 p. 183. 4 STF. HC
64.590 SC. Rel. Ministro Carlos Madeira. Julgamento: 17/03/1987. 2ª Turma. Publicação: DJ
17/03/1987.

PROCESSO: 00022452420188140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:FABIOLA MORAES LOPES VITIMA:A. C. .
Autos nº 0002245-24.2018.8.14.0701 Autora do fato: FABIOLA MORAES LOPES (RG nº 4766070 3ª
Via PC/PA) VÃtima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, §1º e art. 60, ambos da Lei nº
9.605/98. TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR      Aos 11 dias do mês de agosto do ano de
dois mil e vinte e um, às 10:00 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN
CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA
FERREIRA DA SILVA E CUNHA, Representante do Ministério Público.      No horário
designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte: Presente a autora do
fato, desacompanhada de advogado.      OCORRÃNCIAS: Aberta a audiência a MMa. JuÃza, em
cumprimento ao art. 18 da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21 de junho de 2020,
justificou a realização da presente audiência de forma presencial tendo em vista a impossibilidade de
recursos tecnológicos apresentada pelas partes, bem como visando evitar o congestionamento da pauta
de audiências deste Juizado.      Nesta ocasião a autora do fato informou que não possui
condições de arcar com as custas de um advogado particular, requerendo, assim, a assistência da
Defensoria Pública.      Em seguida a autora do fato informou que tem interesse nas propostas de
recomposição do dano ambiental e de transação penal formalizadas pelo Ministério Público à s
fls. 62/66.      DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: A MMª JuÃza deliberou o seguinte:
     Considerando que a autora do fato está desacompanhada de advogado, bem como tendo em
vista que este Juizado não possui Defensor Público vinculado, visando evitar prejuÃzo à referida
autora, designo audiência preliminar para o dia 25 de agosto de 2021 às 10:00 horas.      Fica a
autora do fato intimada que deverá comparecer na referida audiência trazendo consigo RG, CPF e duas
cópias do comprovante de residência, para que seja preenchida a respectiva guia, conforme Provimento
nº 001/2011-CJRMB.      Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o
presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi
______________________________. JUÃZA: PROMOTORA DE JUSTIÃA: AUTORA DO FATO:

PROCESSO: 00181607220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Termo Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:JOSE ROBERTO CRAVEIRO PASTANA
VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0018160-72.2020.8.14.0401 Autor do fato: JOSà ROBERTO CRAVEIRO
PASTANA VÃtima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98.
DESPACHO            1 - Junte-se certidão de antecedentes criminais do autor do fato.
           2 - Após, encaminhem-se os autos à manifestação do Ministério Público.
           Belém (PA), 11 de agosto de 2021. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO
JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00007241520168140701 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:LUCIVALDO SANTOS
NEVES VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0000724-15.2016.8.14.0701 Autora do fato: LUCIVALDO SANTOS
NEVES VÃtima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98.
DESPACHO            1 - Considerando o teor da manifestação do Ministério Público
de fl. 78, bem como tendo em vista a certidão de fl. 57, oficie-se à Vara de Execução de Penas e
676
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Medidas Alternativas de Belém - VEPMA, solicitando, prazo de 15 (quinze) dias, informações acerca
do processo de execução nº 0029795-21.2018.8.14.0401.            2 - Após, retornem-
se os autos à manifestação do Parquet.            Belém (PA), 12 de agosto de 2021.
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO JuÃza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio
Ambiente

PROCESSO: 00095075220188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO A??o:
Crimes Ambientais em: 12/08/2021 DENUNCIADO:JOAO TEIXEIRA DA SILVA VITIMA:A. C. O. E. . Autos
nº.: 0009507-52.2018.8.14.0401 Autor do fato: JOÃO TEIXEIRA DA SILVA VÃtima: A COLETIVIDADE
Capitulação Penal: art. 60 da Lei nº 9.605/98. DESPACHO            Considerando a
manifestação do Ministério Público de fl. 38, remeta-se cópia dos presentes autos à autoridade
policial competente, via Corregedoria de PolÃcia, a fim de que realize as diligências requeridas pelo
Ministério Público (fl. 38), no prazo de 30 (trinta) dias.            Após, retornem-se os
autos à manifestação do Parquet.            Cumpra-se com a necessária brevidade,
tendo em vista tratar-se de processo inserido na Meta 2/2021 do CNJ.            Belém
(PA), 12 de agosto de 2021. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO JuÃza de Direito do Juizado
Especial Criminal do Meio Ambiente

PROCESSO: 00170443120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:ROMULO DOS SANTOS
VALENTE VITIMA:A. C. . PROCESSO: 00170443120208140401 Autor(a): ROMULO DOS SANTOS
VALENTE VÃtima: A COLETIVIDADE Capitulação: Artigo 54 § 1º da lei 9605/98. TERMO DE
AUDIÃNCIA                   Aos doze (12) dia(s) do mês de agosto do ano de dois
mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª
Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamandaré nº 873, esquina com a
travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada
a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado, certificou-se
estar presente o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO e o Defensor Público,
Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, ausente as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aberta a
audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em virtude da ausência das partes.
                  Dada a palavra ao MP. O MP requer que seja julgada a
incompetência deste juÃzo em processar o feito em virtude de se tratar de crime ambiental, conforma
atestado no laudo de fls. 08/09, dos autos. Ante o exposto requer, após a declaração de
incompetência do juÃzo, a remessa dos autos à Vara do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente.
                  Passo a decidir: Vistos etc... Versam os presentes autos de TCO no
qual figuram como parte ROMULO DOS SANTOS VALENTE (autor do fato) e A COLETIVIDADE (vÃtima),
onde o fato tido como delituoso se encontra capitulado no artigo 54, § 1º, da lei nº 9.605/98. Os autos
seguiram o seu trâmite normal. O Ministério Público apresentou arguição de exceção de
incompetência do juÃzo em razão da matéria, posto que, no seu entendimento, por tratar os presentes
autos de um crime ambiental, o processamento e julgamento do mesmo caberia à vara especializada,
qual seja a Vara do juizado Especial Criminal do Meio Ambiente. à o necessário a relatar. Decido.
Verifica-se que assiste razão ao Ministério Público em arguir a incompetência deste Juizado Especial
Criminal para o processamento do feito. Isso porque, conforme se infere dos autos, tratando-se da prática
de um crime ambiental, é certo que o processamento e julgamento do mesmo compete à vara
especializada, a qual, por sua vez, detém competência absoluta para os feitos afetos a sua matéria.
Outrossim, também se infere dos autos que o crime aqui tratado possui pena abstrata de detenção de
06 (seis) meses a 01 (um) ano, caracterizado, portanto, como sendo de menor potencial ofensivo.
Considerando então a existência, nesta comarca, da Vara do Juizado Especial Criminal do Meio
Ambiente, devem os presentes autos serem enviados à esta especializada para seu escorreito
processamento e julgamento. A nossa jurisprudência pátria respalda o entendimento ora esposado,
conforme se infere da decisão abaixo transcrita, da lavra do Superior Tribunal de Justiça: PENAL.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONFLITO DE COMPETÃNCIA. CRIME DE
RESISTÃNCIA (ART. 329, CAPUT, DO CÃDIGO PENAL). INFRAÃÃO DE MENOR POTENCIAL
OFENSIVO. COMPETÃNCIA RATIONE MATERIAE. VARA ESPECIALIZADA. COMPETÃNCIA DO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. PRECEDENTES. DECISÃO MONOCRÃTICA MANTIDA. - "Em que


pese a existência de Vara Especializada para o processamento e julgamento dos delitos de
entorpecentes, estabelecida pelo Código de Organização Judiciária do Estado de Alagoas, em se
tratando crime de menor potencial ofensivo, compete ao Juizado Especial Criminal o julgamento do
presente feito. Precedente do STJ." (CC n. 87.560/AL, Terceira Seção, Rel. Min. Napoleão Nunes
Maia Filho, DJe de 05/02/2009). Agravo regimental desprovido. (STJ - AgRg no REsp: 1768455 SC
2018/0248895-1, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data de Julgamento: 27/11/2018, T5 - QUINTA
TURMA, Data de Publicação: DJe 05/12/2018) Pelo exposto, esse juÃzo acolhe a manifestação do
Ministério Público, e, por conseguinte, declino da competência para processar e julgar o presente feito,
pelo que determino a remessa dos autos ao d. juÃzo da Vara do Juizado Especial Criminal do Meio
Ambiente, para o devido processamento e julgamento, com fundamento no artigo 109 do Código de
Processo Penal do Brasil. Encaminhem-se os autos a distribuição do Fórum Criminal, para as
providências devidas. Proceda-se as baixas devidas. Cientes os presentes.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado:
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
___________________________________________
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 11ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0832009-53.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: IZIDIO


CARVALHO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: KEYLA DE SOUSA BOAS OAB: 23150/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RANIER WILLIAM OVERAL OAB: 13942/PA Participação: ADVOGADO
Nome: NANCY EVELYN OVERAL OAB: 23483/PA Participação: REQUERENTE Nome: JOAO
CARVALHO DA SILVA NETO Participação: ADVOGADO Nome: NANCY EVELYN OVERAL OAB:
23483/PA Participação: ADVOGADO Nome: KEYLA DE SOUSA BOAS OAB: 23150/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RANIER WILLIAM OVERAL OAB: 13942/PA Participação: RECLAMADO Nome:
ABINAEL ALMEIDA DA SILVA

Processo: 0832009-53.2021.8.14.0301

1º Requerente: IZIDIO CARVALHO DA SILVA

2º Requerente: JOAO CARVALHO DA SILVA NETO

Requerido: ABINAEL ALMEIDA DA SILVA

Endereço: Rua Bom Jesus, nº 200, CEP 68.445-000, Itupanema, Barcarena-Pará.

DECISÃO-MANDADO

Cuida-se de ação cível com pedido de tutela provisória de urgência, visando busca e apreensão de veículo
negociado entre as partes.

Aduzem os autores que venderam o veículo objeto da ação, mediante o pagamento de uma entrada,
ficando acordado que o restante seria pago em parcelas.

Ocorre que, segundo informam os autores, o réu deixou de pagar várias parcelas que perfazem um valor
total de R$ 13.000,00 (treze mil reais).

Éo breve relatório.

Decido.

Não estão presentes os requisitos para a concessão da tutela requerida.

A tutela pleiteada é matéria atinente ao mérito da demanda e somente pode ser mais bem analisada após
instrução com contraditório.

Além do mais, a medida esbarra no claro risco de irreversibilidade, uma vez que os próprios autores
afirmam que o réu pagou parte do valor que afirmam ser devido e não foi prestada caução que lhe possa
garantir a devolução do que foi pago.

Ante o exposto, DEIXO DE CONCEDER A TUTELA PROVISÓRIA de urgência requerida.

Cancele a secretaria a audiência designada automaticamente pelo sistema, uma vez que não há tempo
hábil para que essa data seja aproveitada.

DESIGNE a secretaria nova data para a realização de audiência de tentativa de conciliação, com o
conciliador, seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, a
qual será presidida pelo magistrado nas dependências deste Juizado, facultada às partes a participação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

presencial ou por meio de videoconferência, nos termos da Portaria Conjunta nº 15/2020, editada pelo
Tribunal de Justiça do Estado.

A parte que optar por ser ouvida por meio de videoconferência deverá informar nos autos os dados
necessários à obtenção do link de acesso à audiência com antecedência mínima de 48h, bem como
instalar o aplicativo MICROSOFT TEAMS em computador/notebook ou em aparelho celular, o qual deverá
contar com as funcionalidades de vídeo e áudio aptas para uso.

Proceda a secretaria com os atos de comunicação (citação e/ou intimação) conforme o caso.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito respondendo pela

11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0834072-85.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANTONIO CABRAL


ABREU Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL OLIVEIRA MORAES DE SOUZA OAB: 25026/PA
Participação: ADVOGADO Nome: TIAGO MEGALE DE LIMA OAB: 20084/PA Participação: ADVOGADO
Nome: LUIZ FERNANDO GUARACIO DA LUZ OAB: 3163/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO
BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: WILSON BELCHIOR OAB: 20601/PA

Processo nº 0834072-85.2020.8.14.0301

DESPACHO

Intime-se a parte requerida para efetuar o pagamento voluntário do valor atualizado da condenação, no
prazo de 15 (quinze) dias.

Transcorrido o prazo mencionado acima sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias
para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos,
sua impugnação.

Efetuado pagamento total, expeça-se o que for necessário para o levantamento do valor depositado,
seguido de arquivamento dos autos; no caso de pagamento parcial, fica autorizada, desde já, a expedição
de alvará (s) para levantamento da parte incontroversa.

Não ocorrendo o pagamento voluntário e transcorrido o prazo para impugnação, proceda a secretaria com
a atualização do débito, fazendo incidir a multa prevista no art. 523, §1º, primeira parte; em seguida,
voltem os autos conclusos.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito, respondendo pela 11ª Vara do Juizado

Especial Cível de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0852810-58.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ROSELENA


MEIGUINS DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: STEPHANIE CAROLINE DA SILVA COELHO
OAB: 24304/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAELA CARVALHO DOS SANTOS LEITE OAB:
016194/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA ELIANE CUNHA DIAS OAB: 24352/PA
Participação: RECLAMANTE Nome: LUCIVAL AVELINO DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome:
STEPHANIE CAROLINE DA SILVA COELHO OAB: 24304/PA Participação: ADVOGADO Nome:
RAFAELA CARVALHO DOS SANTOS LEITE OAB: 016194/PA Participação: ADVOGADO Nome:
MARCIA ELIANE CUNHA DIAS OAB: 24352/PA Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ
DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ
MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA

Processo nº: 0852810-58.2019.8.14.0301

1ª Requerente: ROSELENA MEIGUINS DE OLIVEIRA

2º Requerente: LUCIVAL AVELINO DE OLIVEIRA

Requerida: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

SENTENÇA

Cuida-se de ação cível visando: 1) a declaração de inexistência de débito referente às faturas geradas de
novembro de 2018 em diante, inclusive as vincendas, referentes à conta-contrato nº 1192663; 2) Bloqueio
imediato e suspensão de cobrança das faturas de novembro/2011 até as que se vencerem no curso do
processo, para que o nome do Requerente, Sr. Lucival Alvelino de Oliveira, não seja incluído no cadastro
de inadimplentes, bem como para que não seja interrompido o fornecimento de energia elétrica da UC,
assim como a suspensão das cobranças e que seja considerada a média dos últimos meses anteriores ao
período contestado; 3) além de indenização por danos morais na importância de R$ 15.000,00 (quinze mil
reais).

Aduzem os requerentes, que a conta-contrato objeto da presente ação serve a imóvel no qual funciona o
estúdio de dança “Arte em movimentos”, administrado pela primeira requerente. Além disso, afirmam que,
desde 2011, estariam sendo vítimas de cobranças abusivas por parte da concessionária ré, já tendo
realizado diversas reclamações por meio dos canais de atendimento da reclamada sem, contudo, lograr
êxito na solução do mencionado problema.

Acrescentam que, a partir de 2017 até fevereiro de 2019, o problema relatado teria alcançado o ápice,
uma vez que as faturas teriam chegado a triplicar de valor, em que pese as medidas tomadas pelos
requerentes, a fim de diminuir o consumo, como instalação de lâmpadas de LED, utilização de telhas
transparentes, instalação de ventiladores, pintura do imóvel em cores claras, entre outras medidas do
gênero.

Além disso, informam que referida escola de dança teria parado de funcionar no período compreendido
entre 18/03/2020 e 31/08/2020, em virtude da pandemia, motivo pelo qual entende que as cobranças
levadas a efeito nesse período foram exorbitantes.

Afirma, ainda, que, tendo este juízo determinado a troca do medidor que serve ao imóvel dos autores, e
após a troca já ter sido efetuada, flagrou funcionários da concessionária novamente no poste em que tal
medidor fica instalado, o que entende tratar-se de conduta suspeita, a qual colocaria em xeque todas as
medições subsequentes.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em contestação, a requerida afirmou, em linhas gerais, que as faturas foram geradas a partir de leituras
confirmadas e que o histórico de leituras é progressivo e sem erros, não tendo sido identificada nenhuma
irregularidade capaz de justificar a revisão das cobranças.

Esclareceu, ademais, que, em 25/07/2016, houve fiscalização na conta-contrato dos autores, oportunidade
em que teria sido constatado que havia “derivação antes da medição saindo do borne de linha do medidor
sem registrar corretamente o consumo de energia elétrica.

Pondera, ainda, que, em 24/05/2017, o medidor que servia aquela conta foi enviado ao INMETRO PARÁ,
tendo esse órgão concluído que o equipamento estava funcionando corretamente e obedecendo aos
padrões normativos. Pleiteia, portanto, a improcedência de todos os pedidos formulados.

Por fim, formulou pedido contraposto no valor de R$ 14.518,60 (quatorze mil quinhentos e dezoito reais e
sessenta centavos) correspondente à dívida atualizada da conta-contrato sob análise.

Éo relatório.

Decido.

A autora contesta, de maneira genérica, todas as contas geradas a partir de novembro de 2018,
asseverando que os consumos ali registrados estariam fora de sua média habitual.

Ocorre que, da análise de seu histórico, no período compreendido entre 12/2016 e 01/2020, conclui-se que
sua média de consumo, até mesmo nos meses anteriores a novembro de 2018, sempre girou em torno de
500kWh e 1000 kWh.

Além disso, a requerida junta laudo do INMETRO Pará (ID 14986634) referente a ensaios realizados em
laboratório, em 03/06/2019, dando conta de que o medidor que servia à conta-contrato dos autores estaria
em perfeito funcionamento, dentro dos padrões e especificações normativos.

Não obstante isso, este juízo determinou nova troca de medidor e, ainda assim, a média de consumo
permaneceu inalterada, mantendo-se na mesma faixa de variação, qual seja, entre 500 kWh e 1000 kWh
aproximadamente.

Não há, pois, como este juízo referendar a tese autoral de que, desde 2018, estaria recebendo cobranças
exorbitantes, uma vez que resta provado nos autos, tanto que não houve aumento do consumo registrado,
o qual se manteve com média semelhante desde 2016 até aqui, assim como que o medidor que servia à
conta-contrato dos autores estava funcionando perfeitamente, conforme o laudo do INMETRO acima
aludido, tanto que, após nova troca, nada se alterou.

De outra banda, não se pode presumir, como querem os autores, que a concessionária ré tenha ordenado
seus funcionários a manipular o medidor da requerente a fim de que este alterasse o consumo registrado
para maior.

Não há verossimilhança em tal alegação, até porque a requerida não precisa de autorização seja do
consumidor, seja do juízo para fazer procedimentos na rede de energia elétrica ou averiguações em
qualquer equipamento, tratando-se de exercício regular de um direito seu. Nem se poderia exigir da
concessionária prova de fato negativo. Afasto, pois, a hipótese levantada pelos autores.

Quanto ao consumo registrado no período entre 18/03/2020 e 31/08/2020, em que os autores sustentam
que as cobranças teriam sido exorbitantes, ante ao fato de a escola de dança não haver funcionado em
função da pandemia de Covid-19, é possível verificar que houve, sim, alteração para menor do consumo
registrado.
682
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Isso porque a conta do mês de março, em que a escola ainda funcionou, registrou consumo de 603 kWh.
A conta do mês de abril, por outro lado, já com a escola sem funcionamento, registrou consumo bem
menor (162 kWh), assim como a subsequente, referente a maio (148,88 kWh).

Entretanto, apenas no que diz respeito às faturas referentes a junho (307,51 kWh), julho (337,41 kWh) e
agosto (435,03 kWh) assiste razão aos autores, já que não estando em funcionamento a escola em virtude
da pandemia, o consumo registrado deveria ter seguido a sorte daquele registrado nos meses de abril e
maio, ou seja, numa média de 150 kWh.

Dito isso, impõe-se a correção apenas das faturas referentes a junho, julho e agosto, nas quais deve a
requerida cobrar o valor do consumo médio apurado nas faturas de abril e maio de 2020, excluído o valor
referente a parcelamento, sendo improcedente o pedido para refaturamento das demais contas
questionadas.

Em abril de 2020, o valor da fatura menos o parcelamento (R$ 449,57 – R$ 254,25) corresponde à
importância de R$ 195,32. Já em maio, esse valor corresponde a R$ 178,42 (R$ 432,67 - R$ 254,25).
Somando-se esses valores e dividindo pela quantidade de meses, obtém-se a média de R$ 186,87, que
somada ao valor do parcelamento, perfaz a importância de R$ 441,12 (quatrocentos e quarenta e um
reais e doze centavos) que é quanto deve a requerida cobrar pelo consumo dos meses de junho,
julho e agosto de 2020.

Quanto aos danos morais pleiteados, entendo que estes não ocorreram. Dado que somente três dentre as
faturas questionadas mereceram reparo por meio desta decisão, e que o valor cobrado não destoa muito
daquele que esta decisão fixou como devido, acredito que tal erro não ultrapassa o que se convencionou
chamar de mero dissabor, não tendo logrado os autores demonstrar fato que importasse em efetivo abalo
moral.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos dos autores para FIXAR a dívida
destes para com a requerida, relativa aos meses de junho/2020, julho/2020 e agosto/2020, em R$ 441,12
(quatrocentos e quarenta e um reais e doze centavos), por cada mês, perfazendo um total de R$ 1.323,36
(mil trezentos e vinte e três reais e trinta e seis centavos), devendo a requerida reemitir as faturas
referente a esses meses. JULGO PROCEDENTE o pedido contraposto formulado pela ré, para considerar
legítima a cobrança referente às faturas de referências 11/2018, 12/2018, 01/2019, 02/2019, 03/2019,
04/2019, 05/2019, 06/2019, 07/2019, 11/2019, 12/2019 e 01/2020, perfazendo um total de R$ 14.518,60
(quatorze mil quinhentos e dezoito reais e sessenta centavos).

Isentos de custas e honorários.

P. R. I.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito respondendo pela

11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0832878-16.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: LUIS OTAVIO DE


ANDRADE TORRES Participação: ADVOGADO Nome: MARIO NAZARENO NUNES NASCIMENTO OAB:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

2143/AP Participação: REQUERIDO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

Processo nº 0832878-16.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Dispensado o relatório, nos termos do artigo 38, caput da Lei nº 9.099/95.

Instada, a parte autora, a emendar a inicial, esta não atendeu à determinação.

Ante o exposto, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL E DECLARO EXTINTO O PROCESSO, SEM


RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do art. 321, parágrafo único, combinado com art. 485, I, do
Código de Processo Civil.

Isento de custas e honorários.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Transitada em julgado esta decisão, arquivem-se os autos.

Belém/PA, 12 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Respondendo pela 11ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0847832-04.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FERNANDA SILVA DIAS


Participação: ADVOGADO Nome: DANIELLA MARTINS NOGUEIRA OAB: 017858/PA Participação:
ADVOGADO Nome: VANESSA GERALDINNE DA ROCHA RAIOL registrado(a) civilmente como
VANESSA GERALDINNE DA ROCHA RAIOL OAB: 11898/PA Participação: ADVOGADO Nome:
WELLINGTON SILVA DOS SANTOS registrado(a) civilmente como WELLINGTON SILVA DOS SANTOS
OAB: 24541/PA Participação: REQUERIDO Nome: GEAP SAÚDE

Processo nº: 0847832-04.2020.8.14.0301

DECISÃO

Trata-se de pedido de reconsideração da decisão que negou a tutela provisória de urgência requerida na
inicial, visando o fornecimento de material hospitalar para tratamento médico domiciliar do autor JOSÉ
DOMINGUES DIAS.

A tutela havia sido negada uma vez que a autora não havia juntado aos autos laudo de profissional de
saúde que atestasse que os materiais e remédios fornecidos pela requerida não estariam adequados ao
tratamento de que necessita o paciente.

Desta feita, os autores apresentaram uma lista de “materiais para a quinzena”, assinado por enfermeira e
datado de 04/03/2021.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Éo relatório.

Decido.

Muito embora os autores tenham juntado aos autos uma lista de materiais assinada por enfermeira, não há
nada que vincule este documento à pessoa do paciente e autor da ação, o Sr. José Domingues Dias.

Além disso, continua não havendo nos autos laudo de profissional de saúde que ateste que a requerida
não está fornecendo todos os materiais necessários ao seu adequado tratamento em home care.

Ante o exposto, mantenho em todos os termos a decisão que negou o pedido de tutela provisória de
urgência (ID 21975888).

Aguarde-se a realização da audiência já designada nestes autos.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito respondendo pela

11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0845428-43.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ZENAIDE DE SOUZA


Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO OAB: 30261/PA Participação:
ADVOGADO Nome: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA Participação: AUTOR Nome: L.
V. R. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO OAB: 30261/PA
Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: CLAUDIO JERRA SILVA DE SOUZA OAB: null
Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA Participação: REU
Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A

ATO ORDINATÓRIO

Processo nº 0845428-43.2021.8.14.0301

Em face das atribuições que me são conferidas pelo provimento nº 006/2006-CJRMB,


considerando que não houve expedição de citação nestes autos, redesigno para o dia 04/10/2021, às
09:45 horas, a realização de audiência de tentativa de conciliação seguida, em caso de insucesso e na
mesma data, de audiência de instrução e julgamento, a qual será presidida pelo magistrado nas
dependências deste Juizado, facultada às partes a participação presencial ou por meio de
videoconferência, através da plataforma Microsoft Teams.

A parte que optar por ser ouvida por meio de videoconferência deverá informar nos autos os dados
necessários à obtenção do link de acesso à audiência com antecedência mínima de 48h.

Cite-se e intime-se as partes.

Belém, 16 de agosto de 2021.


685
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

JOÃO PEREIRA PAIXÃO

Diretor de Secretaria da 11VJECBelém

Número do processo: 0839411-88.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DE NAZARE DIAS


Participação: ADVOGADO Nome: JORGE ANDRE DIAS AFLALO PEREIRA OAB: 14848/PA Participação:
REU Nome: Operadora CLARO

Processo: 0839411-88.2021.8.14.0301

Requerente: MARIA DE NAZARE DIAS

Requerida: CLARO S/A

Endereço: Rua Henri Dunant, nº 780, Torres A e B, Bairro Santo Amaro, CEP 04709-110, em São
Paulo/SP.

DECISÃO-MANDADO

Trata-se de pedido de tutela provisória de urgência, visando que a requerida suspenda imediatamente
supostas cobranças por meio de ligações para o número da autora (91) 98165-1515, bem como para que
seja apresentado em juízo suposto contrato fraudulento que estaria vinculando tais cobranças ao número
de celular da autora.

Aduz a requerente que, provavelmente, desde 24/06/2021, passou a receber ligações da empresa
requerida, procurando por “Gilberto” e que, muito embora já tenha explicado que esse número não
pertence a nenhum Gilberto, sendo da autora há mais de dezessete anos, tais ligações persistem.

Esclarece que as ligações são inúmeras, chegando a cerca de dez por dia, ocorrendo inclusive em
horários inoportunos e, ainda, aos finais de semana, motivo pelo qual requereu a presente tutela.

Éo relatório.

Decido.

Quanto ao pedido para que a requerida apresente nestes autos, o contrato que supostamente vincularia a
dívida de Gilberto ao telefone da requerida, entendo que carece de interesse a autora, já que não há
qualquer indício de vinculação de seu CPF em tal suposto negócio fraudulento. Deixo, pois de apreciar tal
pedido.

Do mesmo modo, não teria interesse a autora em fazer cessar as cobranças, já que as dívidas não seriam
suas, e sim, de um tal “Gilberto”. Deixo, assim, de apreciar tal pedido da maneira como formulado.

Dito isso, este juízo entenderá o pedido de cessação de cobranças, como sendo um pedido para que a
requerida pare de efetuar ligações para o número de telefone da autora, em função de suposta dívida
contraída por terceiros.

Ainda assim, entendo que não estão presentes os requisitos para sua concessão.
686
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Não há como, por ora, este juízo concluir que as ligações recebidas pela autora sejam oriundas do setor
de cobranças da ré, ou de alguma empresa de cobrança preposta da requerida, assim como não há como
reconhecer de antemão que tais ligações cuidam do assunto que a autora afirmou se tratar na inicial.
Afastada, pois, a probabilidade do direito.

Além disso, não vislumbro perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. O recebimento de
ligações indesejadas, embora inconveniente, é fato corriqueiro na vida hodierna e não tem a capacidade
de causar prejuízo ou dano irreparável à parte, a qual poderá aguardar sentença de mérito sem maiores
transtornos, recusando ou ignorando as chamadas de números desconhecidos.

Ante o exposto, DEIXO DE CONCEDER a tutela provisória de urgência requerida.

Mantenho o dia 31/08/2021, às 9h45min, para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o
conciliador, seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento,
presidida pelo magistrado.

Cite-se e intimem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito respondendo pela

11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0833347-62.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARCUS VINICIUS


GOMES HOLANDA Participação: ADVOGADO Nome: MENILLY LOSS GUERRA OAB: 14831/PA
Participação: ADVOGADO Nome: PAULO HENRIQUE DA SILVA BRITO OAB: 25519/PA Participação:
ADVOGADO Nome: PAULO SERGIO WEYL ALBUQUERQUE COSTA OAB: 6146/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JADER KAHWAGE DAVID OAB: 6503PA/PA Participação: ADVOGADO Nome:
RODRIGO ALBUQUERQUE BOTELHO DA COSTA OAB: 19463/PA Participação: RECLAMADO Nome:
MR 2 SPE EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A. Participação: RECLAMADO Nome: ALPHAVILLE
BELEM EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA.

SENTENÇA

Relatório dispensado, com base no permissivo legal do art. 38 da Lei n.º 9.099/1995.

Diante do requerimento da parte autora, homologo a desistência da ação e DECLARO EXTINTO O


PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 485, VIII, do CPC.

Eventual tutela provisória de urgência deferida fica revogada.

Isento de custas e honorários.

Arquivem-se os autos.

Belém/PA, 20 de fevereiro de 2020.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Titular da 12ª Vara do Juizado Especial Cível

Respondendo pela 11ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0834137-46.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BRIAN GUIDI


MALACARNE Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANE DA SILVA FRETES OAB: 23222/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELA FIGUEIRA DE MELLO OAB: 243/PA Participação: AUTOR
Nome: EMANUELLA CHAVES LEMOS DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANE DA
SILVA FRETES OAB: 23222/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELA FIGUEIRA DE MELLO
OAB: 243/PA Participação: REU Nome: B2W VIAGENS E TURISMO LTDA Participação: REU Nome:
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.

ATO ORDINATÓRIO

Proc. 0834137-46.2021.8.14.0301

Em face das atribuições que me são conferidas pelo provimento nº 006/2006-CJRMB,


considerando que não houve expedição de citação nestes autos, redesigno a audiência UNA de
conciliação, instrução e julgamento, nestes autos, para o dia 29/09/2021, às 10:45 horas, a qual será
presidida pelo magistrado nas dependências deste Juizado, facultada às partes a participação presencial
ou por meio de videoconferência, através da plataforma Microsoft Teams.

A parte que optar por ser ouvida por meio de videoconferência deverá informar nos autos os dados
necessários à obtenção do link de acesso à audiência com antecedência mínima de 48h.

Cite-se e intime-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

JOÃO PEREIRA PAIXÃO

Diretor de Secretaria da 11VJECBelém

Número do processo: 0836566-20.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome:


ALESSANDRA DA MOTA PINHEIRO LIMA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO JOSE COELHO
PINTO OAB: 003771/PA Participação: REPRESENTANTE Nome: EDUARDO ALBERTO DA SILVA LIMA
Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO JOSE COELHO PINTO OAB: 003771/PA Participação:
AUTORIDADE Nome: CVC BRASIL OPERADORA E AGENCIA DE VIAGENS S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: DENNER DE BARROS E MASCARENHAS BARBOSA OAB: 24532/PA Participação:
AUTORIDADE Nome: TRANSPORTES AEREOS PORTUGUESES SA Participação: ADVOGADO Nome:
GILBERTO RAIMUNDO BADARO DE ALMEIDA SOUZA OAB: 22772/BA Participação: ADVOGADO
Nome: RENATA MALCON MARQUES OAB: 24805/BA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo nº: Processo n.º 0836566-20.2020.8.14.0301

SENTENÇA EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Cuida-se de embargos de declaração interpostos pela ré CVC BRASIL OPERADORA E AGÊNCIA DE


VIAGENS S.A contra a sentença exarada nestes autos em virtude de suposta omissão.

Aduz a embargante, que o prazo para devolução de valores a ser aplicado contra si deveria ser o disposto
na Lei 14.046/2020, a qual determinaria a devolução somente em 31/12/2022, e não em 17/05/2021,
conforme determinado em sentença.

Éo breve relatório.

Não assiste razão à parte embargante.

Entendo que a sentença está clara e devidamente fundamentada.

A matéria foi enfrentada, conforme se conclui do seguinte trecho extraído da sentença:

“Entendo que, no presente caso, a autora adquiriu um pacote que inclui dois serviços os quais seriam
utilizados em conjunto e, portanto, devem seguir a mesma sorte em caso de cancelamento.

Não faz sentido que o consumidor obtenha o reembolso das passagens aéreas que comprou e, em
contrapartida, se veja obrigado a aceitar crédito junto à agência de turismo, para usufruir em eventual
viagem que, muito provavelmente, sequer planeja fazer, dado o estado atual da pandemia no mundo.

Desta feita, faz-se necessário, no caso que se analisa, tratar ambos os réus à luz da Lei nº 14.034/2020.”

A julgar pelas razões aduzidas no recurso, o que se percebe é que o embargante, discordando da solução
dada pelo juízo, pretende que a matéria seja reexaminada, o que não é permitido em sede de embargos
de declaração. Deve, portanto, buscar a via adequada para satisfação de sua pretensão.

Ante o exposto, CONHEÇO dos embargos, porém os REJEITO, para manter integralmente a decisão
prolatada nos autos.

P.R.I.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito respondendo pela

11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0859916-71.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


TOTAL LIFE CLUB HOME Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL MONTEIRO
OAB: 16941/PA Participação: EXECUTADO Nome: GILBERTO DOS SANTOS NUNES
689
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo: 0859916-71.2019.8.14.0301

SENTENÇA

Relatório dispensado, com base no permissivo legal do art. 38 da Lei n.º 9.099/1995.

Diante do requerimento da parte exequente, homologo a desistência da ação e DECLARO EXTINTO O


PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do artigo 485, VIII, do CPC.

Eventual tutela provisória de urgência deferida fica revogada.

Isento de custas e honorários.

Arquivem-se os autos.

Belém/PA, 13 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito respondendo pela

11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0832930-46.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


EDIFICIO MAESTRO GUIAES DE BARROS Participação: ADVOGADO Nome: JORGE BATISTA JUNIOR
OAB: 10685/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS CONTREIRAS SILVA OAB: 25710/PA
Participação: EXECUTADO Nome: MARIA ROSAURA SILVA DE CASTILHO

SENTENÇA

Tendo em vista que a parte exequente noticiou a quitação, pelo réu, da dívida exequenda, dou por
satisfeita a obrigação e JULGO EXTINTA A EXECUÇÃO, com fundamento no art. 924, II do CPC.

Arquivem-se os autos.

Belém/PA, 12 de agosto de 2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito respondendo pela

11ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0801201-41.2016.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MARIA ESTELA


CASTRO DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: VALDEMAR DA SILVA NETO OAB: 23008/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Participação: RECLAMADO Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO RIO ELBA Participação: RECLAMADO


Nome: MARKO ENGENHARIA E COMERCIO IMOBILIARIO LTDA

Processo nº 0801201-41.2016.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Em face das atribuições que me são conferidas pelo provimento nº 006/2006-CJRMB, e em cumprimento
ao despacho constante do ID 31494629, redesigno para o dia 13/10/2021, às 09:30 horas, a realização de
audiência de tentativa de conciliação seguida, em caso de insucesso e, na mesma data, de audiência de
instrução e julgamento, a qual será presidida pelo magistrado nas dependências deste Juizado, facultada
às partes a participação presencial ou por meio de videoconferência, através da plataforma Microsoft
Teams.

A parte que optar por ser ouvida por meio de videoconferência deverá informar nos autos os dados
necessários à obtenção do link de acesso à audiência com antecedência mínima de 48h.

Cite-se e intime-se as partes.

Belém, 16 de agosto de 2021.

JOÃO PEREIRA PAIXÃO

Diretor de Secretaria da 11ª Vara do Juizado

Especial Cível de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0865081-36.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOSE ANTONIO


DA COSTA FURTADO Participação: RECLAMADO Nome: BELEMZÃO ANANINDE

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Av. Perimetral, S/Nº - Campus Profissional da UFPA

PROCESSO Nº: 0865081-36.2018.8.14.0301

SENTENÇA

Dispensado o relatório na forma da lei.

Verifico que a parte exequente, intimada a informar novo endereço da parte executada, a fim de
possibilitar a citação, não cumpriu a referida determinação, conforme certidão de ID 30642506.

Diante do exposto, uma vez que é ônus do autor indicar o endereço do réu para viabilizar a citação válida,
a presente situação é caracterizadora de ausência de pressuposto de constituição de desenvolvimento
válido e regular do processo, JULGO EXTINTO O PRESENTE PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO, com base no art. 485, IV do Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Após o trânsito em julgado, ARQUIVEM-SE.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0843696-61.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: FERNANDO DA SILVA


FIGUEIREDO Participação: ADVOGADO Nome: LUISE NUNES DE MELO OAB: 7066PA/PA Participação:
REQUERIDO Nome: BANCO CETELEM S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DO PERPETUO
SOCORRO MAIA GOMES OAB: 24039/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

PROCESSO Nº: 0843696-61.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Relatório dispensado, nos termos do art. 38, caput da Lei nº 9.099/95.

Da incompetência em razão da complexidade da causa

Afasto, de plano, a preliminar de incompetência desse Juizado em razão de não reputar complexa a
demanda prescindindo da produção de qualquer prova pericial, sendo que estão presentes elementos
materiais suficientes para a total elucidação da questão fática, independentemente da prova técnica
requerida, motivo pelo qual, fixada está a competência desse Juizado.

Da impugnação ao pedido de justiça gratuita

Indefiro também o pedido de impugnação ao pedido de justiça gratuita, pois, conforme art. 54 da lei nº
9.099/95, o acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de
custas, taxas ou despesas.

Da prejudicial ao mérito da decadência

No presente caso, a demanda veicula pretensão condenatória, a qual é regulada pela prescrição, e não
pela decadência. A prescrição neste caso corre pelas regras do Código de Defesa do Consumidor, a qual
prevê o prazo de 05 anos, conforme art. 27 do CDC. Deste modo, não há que se falar em decadência,
pelo que rejeito esta prejudicial.

Mérito

Convém frisar, nesse momento, da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela,
uma vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e
3º da Lei n. 8.078/90, respectivamente, além de a relação jurídica ser por ela encampada, de acordo com
a Súmula 297 do STJ.

Sob a perspectiva do CDC e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo
probante, técnico, jurídico e informacional, MANTENHO A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA operada na
decisão de ID 21105019, com fulcro no art. 6º, inciso VIII, do Diploma Legal retro citado, eis que a parte
Ré possui melhores condições de provar que o (s) empréstimo (s) em questão e seu (s) respectivo (s)
desconto (s) seria (m) legítimo (s), haja vista que, em tese, é ela quem detém todo o controle sobre os
mecanismos de aferição dos termos do contrato e quem possui a diretiva da sua execução.

Em sendo assim, reputo que a narrativa da Autora faz sentido. Não desconheço das alegações e dos
anexos da contestação que, no entanto, não se consistem em provas sólidas, uma vez que, não obstante
a juntada do contrato de ID 24410198, da análise do TED constante 24410197 - Pág. 4, constato que os
dados bancários ali indicados como sendo do autor são diferentes dos dados bancários vinculados ao
benefício do mesmo, onde ocorrem os descontos, o que retira a idoneidade da conduta da reclamada e
induz este juiz a concluir que autor foi vítima de fraude.

Além disso, o contrato e a ficha cadastral anexado com a defesa não estão devidamente assinados, a não
ser na sua última página onde não consta um único elemento identificador do objeto pretensamente
avençado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em todo esse contexto, ainda não posso deixar de notar a falta de semelhança entre as assinaturas dos
documentos juntados com a contestação e do que consta na procuração, por exemplo, o que,
empiricamente e à mingua de outras provas de vinculação válida, me faz crer que, no mínimo, que o autor
foi vítima do sistema operado pela reclamada, quer pela ação de fraudadores ou mesmo uma manobra
ilegítima de seus prepostos, pelos quais ela igualmente responde, na forma do que prescreve o art. 34 do
Código de Defesa do Consumidor.

Assim, como decorrência do ajuste que reputei defeituoso na origem, ilegal é o suposto empréstimo no
valor de R$ 9.765,79, para pagamentos em 72 parcelas de mesmo valor, qual seja, R$ 280,00 referente ao
contrato nº 51-827662770/17. Até porque, como dito alhures, não entendo comprovado que o crédito
supostamente liberado ao Autor - via TED – tenha efetivamente sido por ele recebido tendo em vista que o
que consta dos autos evidencia uma conta bancária de destino estranha do consumidor aqui identificado.

Com todas essas nuances, não é demais rememorar, nesse contexto, que a vulnerabilidade da
consumidora na relação jurídica litigiosa é notória! E, in casu, a Ré não se desonerou de sua incumbência
probatória promovendo a juntada de documentos mínimos para a elucidação dos fatos, inclusive, as que
esclarecessem todas as cláusulas do contrato de empréstimo.

Asseguro, por fim, da análise dos autos, que o autor possa ter sido vítima da operação de empréstimo
fraudulento, a qual não cuidou a requerida de protegê-la, enquanto sua consumidora. O referido episódio
de fraude nas operações bancárias se insere no âmbito do fortuito interno que não exclui o dever de
indenizar do fornecedor do serviço, na forma da interpretação da jurisprudência dominante acerca do art.
14, § 3º, II do CDC, conforme, aliás, é a segura doutrina quando traça a responsabilidade objetiva em
decorrência do risco do empreendimento, como a que aqui se vê.

Nesse cenário, transcrevo, por apropriada a Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça:

“As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a
fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias”.

Tenho, por todo o exposto, que a prática da parte Ré está contaminada de abusividade, proceder com o
qual não anui esse Juízo, devendo ser desconstituídas quaisquer pretensas obrigações, como determina o
art. 51, §2º, in fine do CDC, devendo as partes retornarem ao status quo ante, SEM QUALQUER
VINCULAÇÃO decorrente do (s) contrato (s) tratado (s) na peça de ingresso.

Àguisa dessa conduta então evidenciada e aplicando-se o CDC, entendo que há responsabilidade objetiva
do réu quanto aos danos e prejuízos decorrentes da prestação de seu serviço, nos termos do art. 14 desse
diploma legal. Não há que de se falar, nesse contexto, em hipótese de excludente de responsabilidade por
culpa exclusiva de terceiros e/ou do consumidor, devendo o Fornecedor suportar as mazelas do seu
empreendimento, como ensina a doutrina prevalecente nesse âmbito, qual seja, a da assunção do risco do
seu negócio. Sendo assim, nos termos do art. 6º, VI, do CDC, entendo presente os pilares da
responsabilidade civil e, portanto, existente o dever de indenizar, quanto danos materiais e morais.

Assim, quanto aos prejuízos materiais, reputo que a parte autora deve ser ressarcida do que foi
efetivamente descontado em seu beneficio, havendo que serem essas somas restituídas em dobro, face à
ausência de engano justificável, na forma do art. 42, parágrafo único do CDC. Não há que falar em
compensação tendo em vista que o réu não demonstrou que tenha realizado o depósito de valores
supostamente disponibilizados na conta bancária do Autor.

Quanto ao pedido de danos morais, entendo que desconto mensal oriundo de empréstimo não contratado
realizado diretamente em benefício previdenciário de natureza eminentemente existencial para garantir a
sobrevivência digna de seu fruidor, gera direito à indenização por dano moral “in re ipsa”.

Na fixação do quantum debeatur a jurisprudência pátria indica alguns critérios para a fixação do valor dos
danos morais. No mister, entende que a reparação tem dupla finalidade: punir o ofensor pelo ato ilícito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

cometido - função punitiva, de acordo com a teoria do Punitive Damages citada no Superior Tribunal de
Justiça no Resp 1.1191.142, publicado em 10/06/2018 e compensar a vítima pelo sofrimento moral
experimentado - função ressarcitória. Na primeira das funções, tem-se em evidência a pessoa da vítima e
a gravidade objetiva do dano de que ela padeceu; já na segunda, visa-se ao desestímulo da prática de
novo ato que cause as mesmas consequências, de tal modo que a indenização represente uma
advertência, um alerta que de o referido comportamento não é aceitável. Da congruência entre as duas
funções se extrai o valor da reparação.

Atentando-se às peculiaridades do caso concreto, especialmente quanto à conduta da parte ofensora que
implementou empréstimo (s) no nome da autora por um grande período de tempo, a repercussão dos fatos
na vida pessoal e social dessa e a natureza do direito fundamental violado, entendo por razoável o importe
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a título de indenização por danos morais. Valor que é compatível com os
vários meses de aborrecimentos, sem significar enriquecimento sem causa e com algum cunho
pedagógico.

ISTO POSTO, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO, de acordo com o art. 487, I do
Código de Processo Civil para:

1. Declarar a inexistência do débito relativo ao contrato 51-827662770/17, bem como para determinar que
o requerido proceda ao CANCELAMENTO DEFINITIVO do referido contrato, no valor de R$ 9.765,79,
para pagamentos em 72 parcelas de R$ 280,00, bem como TODAS COBRANÇAS A ELE (S)
REFERENTE (S), se ainda existirem;

2. Condenar a parte requerida à DEVOLUÇÃO EM DOBRO DOS VALORES INDEVIDA e


COMPROVADAMENTE DESCONTADOS em razão desses pactos acima referidos, corrigidos pelo INPC,
da data de cada desconto e atualizados a razão de 1% ao mês também da data do efetivo desconto,
conforme Súmula 43 do STJ e estabelecidos de acordo com a fundamentação;

3. Condenar a parte requerida ao PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO que ARBITRO, a título de danos


morais, no valor de R$ 5.000,00, JÁ ATUALIZADOS E CORRIGIDOS, utilizando-se, respectivamente, da
data do EVENTO DANOSO, consoante o art. 398 do CC e a Súmula 54 do Superior Tribunal de Justiça, a
taxa de 1% ao mês e do ARBITRAMENTO, o INPC, de acordo com a Súmula 362 do mesmo STJ aqui já
citado, tudo em se considerando a lesão sofrida, a capacidade econômica da parte ré e a as condições
pessoais da parte autora a fim de se encontrar um valor proporcional.

4. Como forma de autorização para o cumprimento provisório da obrigação reconhecida na presente


sentença, reconsidero a decisão proferida em Id-21105019 e concedo, nesta fase processual, a tutela
provisória pleiteada pela autora, a fim de determinar ao reclamado BANCO CETELEM S.A que PROCEDA
A SUSPENSÃO da cobrança e dos descontos da parcela de R$ 280,00 (duzentos e oitenta reais) do
empréstimo consignado nº 51-827662770/17, caso ainda esteja sendo descontado, devendo o réu se
abster de efetuar qualquer desconto em decorrência do referido instrumento, bem como de inserir o nome
da parte autora nos cadastros restritivos de crédito. Caso já tenha inserido, que proceda a retirada, no
prazo de 48 horas, sob pena de multa diária no valor de R$ 200,00 a fluir até R$ 10.000,00, a ser revertido
em favor da parte autora.

Por conseguinte, JULGO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO na forma do art.487,
I, do CPC.

Caso interposto recurso inominado, intime-se para contrarrazões, no prazo legal remetendo-se, após, à E.
Turma Recursal.

Sem custas ou verba honorária (art. 55 LJE).

Com o trânsito em julgado, aguarde-se manifestação da parte credora para requerer o cumprimento da
sentença.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0880182-45.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: SALES &


RIBEIRO ADVOGADOS Participação: ADVOGADO Nome: PAOLA KASSIA FERREIRA SALES OAB:
16982/PA Participação: RECLAMADO Nome: RIHL E KIEFER ADVOCACIA - ME

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

SENTENÇA

Como sabido, a pessoa jurídica, no âmbito dos Juizados, somente é admitida a propor ação como via de
exceção, impondo-se a aplicação de interpretação restritiva ao artigo74 da LC123/06, concluindo-se, pois,
que somente a microempresa e a empresa de pequeno porte optante pelo simples nacional ou que
apresente demonstrativo da receita bruta anual dentro dos parâmetros estabelecidos na referida
lei, poderão propor ação nos Juizados.

Nessa perspectiva:

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. AÇÃO DE COBRANÇA. PESSOA JURÍDICA. POLO ATIVO.


OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL. NÃO COMPROVAÇÃO. ILEGITIMIDADE ATIVA.
INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. VEDAÇÃO EXPRESSA. EXTINÇÃO DO
PROCESSO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA, PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO
IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71006339360, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: José Ricardo de Bem Sanhudo, Julgado em 25/10/2016).

No caso dos autos, verifico que se trata de ação proposta por sociedade de advogados, registrada como
sociedade simples. Vale ressaltar que a LC 123/2006, em seu artigo 3º, prevê que as sociedades simples,
para os fins da mencionada lei, são consideradas microempresas ou empresas de pequeno porte, desde
que cumpram os requisitos previstos em seu seus incisos. Vejamos:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$


360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a
R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00
(quatro milhões e oitocentos mil reais). (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de
2016) Produção de efeito

Ou seja, cabe à parte exequente comprovar sua qualificação tributária atualizada, nos termos citado
artigo, o que não ocorreu, no caso em exame, uma vez que os documentos juntados aos autos não
comprovam tal condição.

Nesse sentido, em consulta realizada ao site da Receita Federal do Brasil constatou-se que a sociedade
simples SALES E RIBEIRO ADVOGADOS, (CNPJ nº. 21.924.259/0001-07) não é optante do simples
nacional, conforme se pode observar no documento que segue anexo a essa sentença.

Deste modo, tendo em vista que a autora não comprovou a sua qualificação tributária, na forma prevista
na LC123/06, não pode ser admitida a propor ação sob o rito da Lei nº 9.099/95, restando excluída a
competência deste Juizado Especial, conforme art. 8º, II da lei de regência, impondo-se a extinção do feito
sem julgamento do mérito, nos termos do art. 51, inciso II, da lei em comento.

Diante do exposto, chamo o feito à ordem, a fim de EXTINGUIR O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO, nos termos do art. 51, II, da Lei 9.099/95, por ser inadmissível o seu prosseguimento pelo rito do
Juizado Especial,

P.R.I. e, após o trânsito em julgado, arquive-se com as cautelas legais.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0833921-22.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: Valmir Aparecido


Zanutti Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO ZANUTTI GOMES OAB: 253018/SP Participação:
REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA
COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

PROCESSO Nº: 0833921-22.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Trata-se de ação proposta por VALMIR APARECIDO ZANUTTI em face de BANCO BRADESCO S.A.,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

visando a indenização por danos materiais e morais, supostamente decorrentes da utilização dos serviços
das requeridas.

Alega, em síntese, ter sido vítima de golpe via aplicativo Whatsapp, com a realização de transferências
bancárias para conta de terceiro, convencido de que o fazia em favor de uma amiga.

Em razão do ocorrido, pleiteia indenização pelos danos morais que entende haver sofrido, além da
restituição do valor transferido no importe de R$ 3.000,00.

Em contestação, BANCO BRADESCO S.A, em breve síntese, alega não haver qualquer responsabilidade
de sua parte em relação ao ocorrido e que o autor deu causa ao infortúnio, afastando o nexo causal.
Pugnou pela improcedência da ação.

Éo relatório.

Decido.

No mérito, a relação estabelecida entre as partes é de consumo, sendo aplicáveis as regras e princípios
contidos no Código de Defesa do Consumidor. Nesse diapasão, cumpre esclarecer que, via de regra, as
instituições financeiras possuem responsabilidade civil objetiva e, conforme orienta a Súmula 479/STJ, são
responsáveis por reparar os “danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por
terceiros no âmbito de operações bancárias”

A aplicabilidade do enunciado sumulado, no entanto, depende da verificação do chamado “fortuito interno”,


ou seja, aquele caso que apesar de imprevisível e inevitável decorre da própria atividade desenvolvida
para obtenção de lucro ou que cabia à instituição financeira evitar.

No caso, a narrativa dos fatos permite inferir que a parte autora foi vítima de um golpe via aplicativo de
mensagens WhatsApp no qual um terceiro, passando-se por conhecido/colega/amigo, induziu-a a realizar
transferências bancárias.

Tem-se, portanto, que o ilícito não se deu a partir de um serviço oferecido pelos fornecedores diretamente
ao consumidor, mas sim por intermédio de um terceiro fraudador que cometeu o delito; trata-se, à
evidência, de caso fortuito externo, ocorrido fora do âmbito da atividade bancária propriamente dita e
estranho à organização da empresa, cujo dano ocorreu com contribuição significativa da própria vítima.

Em que pese a alegação autoral, nota-se que o valor foi depositado em conta corrente de terceiro
desconhecido, por vontade própria e sem qualquer coação ou ameaça.

Écerto que não se pode imputar ao consumidor um dever de diligência extraordinário na apreciação da
veracidade das informações, porém, deve ser levada em consideração a diligência do homem médio. No
caso, a negligência do consumidor ao efetuar o depósito, sem confirmar antes a veracidade das
informações, configura culpa exclusiva da vítima (art. 14, § 3º, do Código de Defesa do Consumidor).

Poderia a parte autora ter adotado alguns critérios como medida de cautela, tais como :a) depositar o
dinheiro a seu conhecido/colega/amigo ou entregar o valor pessoalmente a ele, ao invés de depositar
valores na conta de desconhecido; b) entrar em contato como conhecido/colega/amigo que pediu dinheiro
emprestado por outros meios, a fim de confirmar veracidade e identidade de quem mandou a mensagem;
e c) pesquisar na internet se há golpes recorrentes nos moldes do pedido realizado por WhatsApp.

Importante destacar que tal fortuito externo afasta a responsabilidade civil dos fornecedores e atrai para o
consumidor o dever de cautela e diligência mínima quanto à operação que efetua, não havendo que falar
em falha na prestação de serviços e dever de reparação dos prejuízos sofridos. Nesse sentido, o iterativo
entendimento jurisprudencial:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RECURSO INOMINADO. BANCÁRIO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEITADA. GOLPE


DO WHATSAPP. TRANSFERÊNCIA DE VALORES PARA CONTA DE TERCEIRO DESCONHECIDO.
INEXISTÊNCIA DE VÍCIO DE CONSENTIMENTO. CULPA EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR
EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. AUSÊNCIA NO DEVER DE
INDENIZAR E RESTITUIR. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (TJ-PR-
RI:00272895920198160182 PR 0027289-9.2019.8.16.0182 (Acórdão), Relator: Juíza Fernanda Bernert
Michelin, Data de Julgamento: 23/10/2020, 2ª Turma Recursal, Data de Publicação: 25/10/2020).

RECURSO INOMINADO. FRAUDE EM MEIO ELETRÔNICO. AUTORES DEPOSITAM DINHEIRO A


TERCEIRO A PEDIDO DE AMIGO. GOLPE PERPETRADO POR TERCEIRO QUE USOU O NÚMERO
DETELEFONE DE AMIGO DOS AUTORES PARA SOLICITAR EMPRÉSTIMO.INEXISTÊNCIA DE NEXO
CAUSAL ENTRE FRAUDE E CONDUTA DASEMPRESAS RÉS. DANOS MORAIS NÃO
CONFIGURADOS. CULPAEXCLUSIVA DA VÍTIMA. RECURSO DESPROVIDO. (TJPR - 2ª Turma
Recursal - 0000480-35.2019.8.16.0084 - Goioerê - Rel.: Juiz Alvaro Rodrigues Junior - J. 10.03.2020).

RECURSO INOMINADO. TELEFONIA. INDENIZAÇÃO POR DANOSMORAIS E MATERIAIS. FRAUDE.


GOLPE ATRAVÉS DO APLICATIVO WHATSAPP. CLONAGEM DE CHIP DO CELULAR DO
CONSUMIDOR/TERCEIRO. ENVIO DE MENSAGENS PELO FALSÁRIO A AMIGOS E PARENTES DO
PROPRIETÁRIO DA LINHA. AUTOR FOILEVADO A DEPOSITAR QUANTIA EM DINHEIRO NA CONTA
CORRENTEDO GOLPISTA. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL. SENTENÇA REFORMADA.RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. [...] (TJPR - 2ª Turma Recursal - 0045913-59.2019.8.16.0182 - Curitiba - Rel.:
Juiz Irineu Stein Júnior - J. 19.06.2020).

Dessa forma, não vislumbrada qualquer falha na prestação de serviços do banco reclamado a ensejar os
deveres de indenizar ou restituir, a improcedência dos pedidos iniciais é medida que se impõe.

Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO DO AUTOR, extinguindo o processo com resolução
de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.

Caso interposto recurso inominado, intime-se para contrarrazões, no prazo legal remetendo-se, após, à E.
Turma Recursal.

Sem custas ou verba honorária (art. 55 LJE).

Com o trânsito em julgado, aguarde-se manifestação da parte credora para requerer o cumprimento da
sentença.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0812912-67.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO MIRAI OFFICES Participação: ADVOGADO Nome: DENIS MACHADO MELO OAB: 10307/PA
Participação: REU Nome: NELSON KAZUHIRO FUKAMIZU SAITO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
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COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

SENTENÇA

Dispenso o relatório e decido (art. 38 da Lei 9099/95).

Trata-se de Ação de Execução de Título Extrajudicial promovida pelo exequente CONDOMINIO DO


EDIFICIO MIRAI OFFICES, que ostenta a qualidade de condomínio comercial.

Ocorre que apenas os condomínios residenciais possuem legitimidade ativa para propor ação de
cobrança/execução de taxas condominiais, nos termos do disposto no artigo 275, II, “b”, do Código de
Processo Civil/1973, c/c artigos 3º, II, e 8º, §1º, ambos da Lei 9099/95 e ENUNCIADO nº 9, do FONAJE

ENUNCIADO 9 – O condomínio residencial poderá propor ação no Juizado Especial, nas hipóteses do art.
275, inciso II, item b, do Código de Processo Civil.

Portanto, carece o condomínio comercial de legitimidade para integrar o polo ativo de demanda, em sede
de Juizado Especial, o que torna imperiosa a extinção do processo.

Nesse sentido:

RECURSO INOMINADO. CONDOMINIO COMERCIAL NO PÓLO ATIVO DA RELAÇÃO PROCESSUAL.


ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. ENUNCIADO 09 DO FONAJE. RECURSO NÃO CONHECIDO.
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM APRECIAÇÃO DO MÉRITO (TJBA, RECURSO INOMINADO Nº
0191137-73.2011.8.05.0001, 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS, JUIZA RELATORA:
CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ, DATA DE JULGAMENTO: 20.11.2014)

AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMÍNIAIS. PROPOSTA POR CONDOMÍNIO COMERCIAL.


IMPOSSIBILIDADE. ILEGITIMIDADE ATIVA. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZADO ESPECIAL.
CAPACIDADE ATIVA PARA PROPOR AÇÃO DE COBRANÇA TÃO SOMENTE EM FACE DE
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL. APLICAÇÃO DO ENUNCIADO 09 DO FONAJE. EXTINÇÃO DO
PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, DE OFÍCIO. RECURSO PREJUDICADO (TJPR - 1ª
Turma Recursal - 0005427-08.2017.8.16.0148 - Rolândia - Rel.: Juiz Nestario da Silva Queiroz - J.
12.06.2019) (TJ-PR - RI: 00054270820178160148 PR 0005427-08.2017.8.16.0148 (Acórdão), Relator:
Juiz Nestario da Silva Queiroz, Data de Julgamento: 12/06/2019, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação:
12/06/2019)

Isto posto, chamo o feito à ordem e julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do
artigo 485, VI, do Código de Processo Civil e art. 51, inciso IV, da Lei 9099/95.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9099/95.

Intime-se.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.


700
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0837207-42.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: SOARES COSTA


ADVOCACIA Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA
Participação: EXECUTADO Nome: CAVALCANTI & NOBREGA LTDA - EPP

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

SENTENÇA

Como sabido, a pessoa jurídica, no âmbito dos Juizados, somente é admitida a propor ação como via de
exceção, impondo-se a aplicação de interpretação restritiva ao artigo74 da LC123/06, concluindo-se, pois,
que somente a microempresa e a empresa de pequeno porte optante pelo simples nacional ou que
apresente demonstrativo da receita bruta anual dentro dos parâmetros estabelecidos na referida
lei, poderão propor ação nos Juizados.

Nessa perspectiva:

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. AÇÃO DE COBRANÇA. PESSOA JURÍDICA. POLO ATIVO.


OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL. NÃO COMPROVAÇÃO. ILEGITIMIDADE ATIVA.
INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. VEDAÇÃO EXPRESSA. EXTINÇÃO DO
PROCESSO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA, PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO
IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71006339360, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: José Ricardo de Bem Sanhudo, Julgado em 25/10/2016).

No caso dos autos, verifico que se trata de ação proposta por sociedade de advogados, registrada como
sociedade simples. Vale ressaltar que a LC 123/2006, em seu artigo 3º, prevê que as sociedades simples,
para os fins da mencionada lei, são consideradas microempresas ou empresas de pequeno porte, desde
que cumpram os requisitos previstos em seu seus incisos. Vejamos:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$


360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a
701
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00


(quatro milhões e oitocentos mil reais). (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de
2016) Produção de efeito

Ou seja, cabe à parte exequente comprovar sua qualificação tributária atualizada, nos termos citado
artigo, o que não ocorreu, no caso em exame, uma vez que os documentos juntados aos autos não
comprovam tal condição.

Nesse sentido, em consulta realizada ao site da Receita Federal do Brasil constatou-se que a sociedade
simples SOARES COSTA ADVOCACIA (CNPJ nº. 16.726.950/0001-38) não é optante do simples
nacional, conforme se pode observar no documento que segue anexo a esta sentença.

Deste modo, tendo em vista que a autora não comprovou a sua qualificação tributária, na forma prevista
na LC123/06, não pode ser admitida a propor ação sob o rito da Lei nº 9.099/95, restando excluída a
competência deste Juizado Especial, conforme art. 8º, II da lei de regência, impondo-se a extinção do feito
sem julgamento do mérito, nos termos do art. 51, inciso II, da lei em comento.

Diante do exposto, chamo o feito à ordem, a fim de EXTINGUIR O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO, nos termos do art. 51, II, da Lei 9.099/95, por ser inadmissível o seu prosseguimento pelo rito do
Juizado Especial

P.R.I. e, após o trânsito em julgado, arquive-se com as cautelas legais.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0860449-30.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO INFINITY CORPORATE CENTER Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE SA
BITTENCOURT MOREIRA OAB: 19704/PA Participação: EXECUTADO Nome: MARKO ENGENHARIA E
COMERCIO IMOBILIARIO LTDA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

SENTENÇA

Dispenso o relatório e decido (art. 38 da Lei 9099/95).

Trata-se de Ação de Execução de Título Extrajudicial promovida pelo exequente INFINITY CORPORATE
CENTER EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO SPE LTDA, que ostenta a qualidade de condomínio
comercial.
702
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ocorre que apenas os condomínios residenciais possuem legitimidade ativa para propor ação de
cobrança/execução de taxas condominiais, nos termos do disposto no artigo 275, II, “b”, do Código de
Processo Civil/1973, c/c artigos 3º, II, e 8º, §1º, ambos da Lei 9099/95 e ENUNCIADO nº 9, do FONAJE

ENUNCIADO 9 – O condomínio residencial poderá propor ação no Juizado Especial, nas hipóteses do art.
275, inciso II, item b, do Código de Processo Civil.

Portanto, carece o condomínio comercial de legitimidade para integrar o polo ativo de demanda, em sede
de Juizado Especial, o que torna imperiosa a extinção do processo.

Nesse sentido:

RECURSO INOMINADO. CONDOMINIO COMERCIAL NO PÓLO ATIVO DA RELAÇÃO PROCESSUAL.


ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. ENUNCIADO 09 DO FONAJE. RECURSO NÃO CONHECIDO.
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM APRECIAÇÃO DO MÉRITO (TJBA, RECURSO INOMINADO Nº
0191137-73.2011.8.05.0001, 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS, JUIZA RELATORA:
CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ, DATA DE JULGAMENTO: 20.11.2014)

AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMÍNIAIS. PROPOSTA POR CONDOMÍNIO COMERCIAL.


IMPOSSIBILIDADE. ILEGITIMIDADE ATIVA. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZADO ESPECIAL.
CAPACIDADE ATIVA PARA PROPOR AÇÃO DE COBRANÇA TÃO SOMENTE EM FACE DE
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL. APLICAÇÃO DO ENUNCIADO 09 DO FONAJE. EXTINÇÃO DO
PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, DE OFÍCIO. RECURSO PREJUDICADO (TJPR - 1ª
Turma Recursal - 0005427-08.2017.8.16.0148 - Rolândia - Rel.: Juiz Nestario da Silva Queiroz - J.
12.06.2019) (TJ-PR - RI: 00054270820178160148 PR 0005427-08.2017.8.16.0148 (Acórdão), Relator:
Juiz Nestario da Silva Queiroz, Data de Julgamento: 12/06/2019, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação:
12/06/2019)

Isto posto, chamo o feito à ordem e julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do
artigo 485, VI, do Código de Processo Civil e art. 51, inciso IV, da Lei 9099/95.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9099/95.

Intime-se.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0823913-49.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ESCOLA MEU


PEDACINHO DO CEU LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: VITOR CAVALCANTI DE MELO
OAB: 7375/PA Participação: EXECUTADO Nome: WANESSA ALINE MARQUES MONTEIRO VILHENA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM
703
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM- PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

SENTENÇA

Vistos etc.

Verifico que a parte autora apresentou desistência da ação, nos termos do art. 485, § 5º do CPC.

Decido.

Dispõem os arts. 200, parágrafo único, e 485, VIII, do Código de Processo Civil, in verbis:

“Art. 200. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem
imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeito após homologação judicial.”

“Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

(...)

VIII- quando homologar a desistência da ação;

(...)”

Assim sendo, HOMOLOGO a desistência da ação para os fins do art. 200, parágrafo único, do Código de
Processo Civil.

Ante o exposto, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de Processo Civil, julgo extinto o processo
sem resolução de mérito.

Isento de custas e honorários.

P. R. I.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0863726-88.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: LOURIENE


PANTOJA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO BORGES DOS SANTOS
QUARESMA NETO OAB: 14062/PA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO OLÉ CONSIGNADO
Participação: ADVOGADO Nome: FLAIDA BEATRIZ NUNES DE CARVALHO OAB: 96.864/MG

Ratifico a sentença de extinção proferida em audiência, nada tendo a acrescentar.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO- Juíza de Direito da 12ª Vara do Juizado Especial Cível
704
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0858222-33.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO MAIAUATA II Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ROBERTO SILVEIRA DA SILVA
OAB: 17351/PA Participação: ADVOGADO Nome: MONIQUE LIMA GUEDES OAB: 25179/PA
Participação: EXECUTADO Nome: ANTONIO MARIA MOREIRA RODRIGUES DE SOUZA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM- PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

SENTENÇA

Vistos etc.

Verifico que a parte autora apresentou desistência da ação, nos termos do art. 485, § 5º do CPC.

Decido.

Dispõem os arts. 200, parágrafo único, e 485, VIII, do Código de Processo Civil, in verbis:

“Art. 200. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem
imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeito após homologação judicial.”

“Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

(...)

VIII- quando homologar a desistência da ação;

(...)”

Assim sendo, HOMOLOGO a desistência da ação para os fins do art. 200, parágrafo único, do Código de
Processo Civil.

Ante o exposto, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de Processo Civil, julgo extinto o processo
sem resolução de mérito.

Isento de custas e honorários.

P. R. I.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO


705
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juíza de Direito

Número do processo: 0829698-89.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JESSICA


THAMIRIS RESENDE DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL TERENCIO MARTINS
SANTANA OAB: 28882/PA Participação: REQUERIDO Nome: FUNDO DE INVESTIMENTOS EM
DIREITOS CREDITORIOS MULTISEGMENTOS NPL IPANEMA III - NAO PADRONIZADO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

PROCESSO Nº: 0829698-89.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da Lei n. 9.099/95.

Compulsando os autos, verifico que a parte autora foi intimada para que emendasse a inicial, no prazo de
15 (quinze) dias, no entanto, decorrido o prazo, quedou-se inerte.

O Código de Processo Civil/2015 é utilizado subsidiariamente à Lei nº. 9.099/1995, na jurisdição dos
Juizados Especiais. Nesse contexto, preceitua o art. 321, parágrafo único, do CPC, que o juiz indeferirá a
petição inicial que não estiver acompanhada dos documentos essenciais para a propositura da ação, caso
o autor não cumpra as diligências necessárias para a emenda da referida peça.

Ante o exposto, com fulcro nos art. 321, parágrafo único do Código de Processo Civil, INDEFIRO A
PETIÇÃO INICIAL e declaro EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Sem custas (art. 54 e 55, da Lei Federal nº. 9.099/1995).

P. R. I. Cumpra-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO


706
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juíza de Direito

Número do processo: 0838038-56.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: GUNDISALVO


PIRATOBA MORALES Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL FEITOSA BARBOSA OAB: 448247/SP
Participação: ADVOGADO Nome: LUIS CELSO ACACIO BARBOSA OAB: 6.232/PA Participação: REU
Nome: CONDOMINIO DO EDF. CAIXA ECONOMICA Participação: ADVOGADO Nome: MATEUS
ALBUQUERQUE SILVA OAB: 28093/PA Participação: REU Nome: EXITO ELEVADORES - SERVICOS
LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: MATEUS ALBUQUERQUE SILVA OAB: 28093/PA

Ratifico a sentença de extinção proferida em audiência, nada tendo a acrescentar.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO- Juíza de Direito da 12ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0843540-10.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANA PANTOJA


DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: SEVERINO ANTONIO ALVES OAB: 11857/PA
Participação: RECLAMADO Nome: BANCO ITAÚ CONSIGNADO S/A

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

PROCESSO Nº: 0843540-10.2019.8.14.0301

SENTENÇA

Dispensado o relatório, na forma do art. 38 da Lei 9.099/95.

DECIDO.

Quanto à preliminar de complexidade de causa, afasto-a de plano, a preliminar de incompetência desse


Juizado em razão de não reputar complexa a demanda prescindindo da produção de qualquer prova
pericial, sendo que estão presentes elementos materiais suficientes para a total elucidação da questão
fática, independentemente da prova técnica requerida, motivo pelo qual, fixada está a competência desse
Juizado.

Quanto à preliminar de inépcia de inicial é cediço que, no âmbito dos Juizados Especiais, aplicam-se os
princípios da simplicidade, da informalidade e da economia processual, dentre outros.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Referidas diretrizes conduzem-nos, por óbvio, à prescindibilidade de rigor técnico quanto à postulação
informal em juízo, Entendimento diverso violaria, principalmente, o acesso à justiça, razão pela qual rejeito
tal preliminar.

Quanto a preliminar de falta de interesse de agir, também não há de prosperar. Isto porque não se faz
necessário que o autor tente solucionar extrajudicialmente o imbróglio antes de propor ação judicial, sob
pena de violar o princípio da inafastabilidade da jurisdição, previsto no art. 5º, XXXV, da CF/88.

Quanto a impugnação ao valor da causa, rejeito-a, uma vez que, conforme art. 292, V do CPC, o valor
da causa será, na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido, o que foi
observado pela autora.

Mérito

Passando-se para a análise meritória, vê-se que a questão posta em juízo se cinge a averiguar se a parte
autora firmou o contrato de empréstimo com a requerida, que gerou os descontos em seu benefício.

A argumentação do banco requerido, em síntese, é de que a reclamante contratou com a ré.

Analisando os autos, depreende-se que o banco requerido juntou o contrato impugnado pela demandante
(ID 20893069). No mencionado contrato consta impressão digital atribuída à parte autora, que é
analfabeta, tendo seu filho, João Pantoja Costa, assinado à rogo (ID 20893069).

Ainda, conforme resposta do Banco Bradesco, em virtude de ofício enviado por este Juízo, verifico que o
reclamado depositou a quantia contratada, na conta da autora, conforme extrato juntado em ID 22752263.
Consta, assim, que a liberação se deu via TED, tendo como favorecida a reclamante.

Desta forma, constato que o valor foi disponibilizado para a parte demandante, vez que o nome e o CPF
da parte autora conferem com os descritos na inicial. Caso o CPF da parte autora não estivesse correto,
não seria possível a realização da operação bancária. Assim, a parte demandada comprovou que a
quantia foi revertida em favor da parte autora. Demonstrou-se, assim, o fato desconstitutivo do direito do
autor.

A parte reclamante, caso quisesse infirmar a prova documental acostada aos autos pelo reclamado,
deveria demonstrar que a quantia não foi revertida em seu favor, mas não o fez, quedando-se inerte.

Ademais, o art. 14, §3º, do CDC, dispõe que a responsabilidade objetiva dos fornecedores de serviço
somente será elidida se provar algumas das excludentes previstas nos seus incisos. No caso dos autos, o
banco reclamado comprovou que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste.

Neste sentido, as alegações do requerente se apresentam inverossímeis, ante a prova colacionada pelo
requerido.

Por todo o exposto, verifica-se que a parte autora contratou o empréstimo junto ao requerido e teve o
dinheiro revertido em seu favor.

Em face disto, não há que se falar em ato ilegal do Banco demandado. Deste modo, fica rejeitado o pedido
de inexistência do débito e prejudicada a análise dos pedidos de restituição do indébito e dano moral.

Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO AUTORAL, extinguindo o processo com resolução
de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.

Por consequência, REVOGO a tutela concedida em ID 12666030.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Caso interposto recurso inominado, intime-se para contrarrazões, no prazo legal remetendo-se, após, à E.
Turma Recursal.

Sem custas ou verba honorária (art. 55 LJE).

Com o trânsito em julgado, aguarde-se manifestação da parte credora para requerer o cumprimento da
sentença.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0831454-07.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: HELIANA DOS


SANTOS CALANDRINI Participação: ADVOGADO Nome: CINTIA DANIELLE ALVES RIBEIRINHO MELO
OAB: 23169/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE BELÉM

12ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM - PJE

AV. PERIMETRAL UFPA, s/n, GUAMÁ – BELÉM

PROCESSO Nº: 0831454-07.2019.8.14.0301

SENTENÇA

De acordo com o que se depreende dos autos, o devedor satisfez a obrigação de pagar que ensejou a
presente execução ao efetuar o depósito do valor devido.

A exequente deu por quitada a dívida, reconhecendo, tacitamente, ter sido satisfeita sua pretensão
executória, requerendo o levantamento do valor depositado.

Assim, determino a expedição de alvará judicial em nome da parte requerente, para levantamento do valor
depositado, conforme requerido em ID 30605152.

Ante o exposto, declaro extinta a presente ação de execução, com fundamento no art. 924, II, do Código
de Processo Civil c/c art. 52, caput, da Lei nº 9.099/95.

Após a confirmação do pagamento, arquivem-se os autos.

Sem custas processuais, consoante previsão do art. 54 da Lei 9.099/95.


709
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0830148-32.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANA LAILA DOS


SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: MIKLAEL DANELICHEN DE OLIVEIRA RODRIGUES OAB:
17889/O/MT Participação: REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO S.A

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


PODER JUDICIARIO
COMARCA DE BELéM
12ª Vara do Juizado Especial Cível - PJE
Avenida Perimetral, s/n, Campus Profissional da UFPA, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-750

Telefone: 3110-7438 / E-mail: 12jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo: 0830148-32.2021.8.14.0301

Nome: ANA LAILA DOS SANTOS


Endereço: Passagem Nazareno, 17, Jurunas, BELéM - PA - CEP: 66030-820

Nome: BANCO BRADESCO S.A


Endereço: Núcleo Cidade de Deus, sn, Vila Yara, SãO PAULO - SP - CEP: 01031-001

DECISÃO- MANDADO

Trata-se de ação cível com pedido de tutela de urgência, visando ordem judicial para que a reclamada
retire o nome da parte autora dos cadastros restritivos de crédito de SPC/SERASA, em relação a débito
que alega desconhecer a origem e legitimidade.

Éo relatório. Decido.

Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma vez
que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da Lei
n. 8.078/90.

Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.

No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, como doravante delineio.
710
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A situação noticiada na exordial, bem como os documentos que a instruem não são suficientes para
convencer este juízo da probabilidade do direito material, considerando, principalmente, que a reclamante
não informa quando tomou conhecimento dessa negativação e somente fez reclamação em 06/2021, após
ajuizamento desta demanda.

De outra via, conforme documento acostado à inicial, o apontamento ocorreu em 26/08/2019, portanto, há
quase 2 (dois) anos, o que retira o caráter de urgência da medida pleiteada.

Diante do exposto, INDEFIRO o pedido de Tutela Antecipada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.

Quanto à inversão do ônus da prova, o Código de Defesa do Consumidor, dispõe no art. 6º,VIII, que:

"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

VIII - a facilitação da defesa dos seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiência".

No caso em exame, a relação jurídica entre as partes tem contornos de relação de consumo, eis que
presentes os requisitos objetivos e subjetivos de tal relação, o que atrai para a hipótese, a incidência do
Código de Defesa do Consumidor - CDC.

Sob essa perspectiva e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo probante,
técnico, jurídico e informacional, inverto o ônus da prova, com fulcro no art. 6º, Inciso VIII, do Diploma
Legal retro citado.

Frise-se, entretanto, que a inversão aqui deferida não desonera a parte a quem aproveita de comprovar os
fatos constitutivos do seu direito e para os quais não seja hipossuficiente (art. 373, I, do CPC/15).

Segundo a diretriz do STJ acerca da temática e com a qual expressamente ora anui este Juízo, reputo ser
a medida em questão, regra de instrução, oportunidade em que as partes já ficam devidamente
cientificadas de tal redistribuição desse ônus.

Designe-se data para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,


seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento,
presidida pelo magistrado.

Cite-se e intimem-se, com as cautelas legais.

A presente decisão servirá de mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº


03/2009 da CJRMB – TJE/PA.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza Titular da 12ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0841845-50.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ROBERTA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SOUZA DE MATTOS Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL JOSE DANTAS DA COSTA OAB:
24400/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO BMG SA Participação: ADVOGADO Nome:
FERNANDA RAFAELLA OLIVEIRA DE CARVALHO OAB: 32766/PE

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


PODER JUDICIARIO
COMARCA DE BELéM
12ª Vara do Juizado Especial Cível - PJE
Avenida Perimetral, s/n, Campus Profissional da UFPA, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-750

Telefone: 3110-7438 / E-mail: 12jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo: 0841845-50.2021.8.14.0301

Nome: ROBERTA SOUZA DE MATTOS


Endereço: Rua Boaventura da Silva, 304, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-050

Nome: BANCO BMG SA


Endereço: Avenida Álvares Cabral, 1707, Lourdes, BELO HORIZONTE - MG - CEP: 30170-001

AUDIÊNCIA: TIPO: Una


SALA: 12º VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
DATA E HORA: 26/05/2022 10:00

DECISÃO- MANDADO

Trata-se de AÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, proposta por ROBERTA SOUZA DE
MATTOS, em face de BANCO BMG SA., todos qualificados.

Requer a autora, em sede liminar, a retirada de negativação do seu nome dos cadastros de proteção ao
crédito, em virtude de débito que alega ser indevido, ao argumento de que foi contraído mediante fraude
de terceiro.

Éo relatório. Decido.

Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma
vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da
Lei n. 8.078/90.

Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.

No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, como doravante delineio.

A situação noticiada na exordial, bem como os documentos que a instruem não são suficientes para
convencer este juízo da probabilidade do direito da requerente, considerando, principalmente, que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

os documentos juntados com a inicial, em ID-30038383, não comprovam a alegada negativação, visto que
se tratam de telas de consulta nas quais não constam os dados e informações da pessoa negativada.

Assim, em sede de cognição sumária, numa análise prima facie, não me convenci da presença dos
pressupostos necessários à concessão da tutela, notadamente, com relação à probabilidade do direito,
o qual deve ser comprovado, como dito alhures, no decorrer da instrução processual.

Diante do exposto, INDEFIRO o pedido de Tutela Antecipada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.

Quanto à inversão do ônus da prova, o Código de Defesa do Consumidor, dispõe no art. 6º,VIII,que:

"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

VIII - a facilitação da defesa dos seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiência".

No caso em exame, a relação jurídica entre as partes tem contornos de relação de consumo, eis que
presentes os requisitos objetivos e subjetivos de tal relação, o que atrai para a hipótese, a incidência do
Código de Defesa do Consumidor - CDC.

Sob essa perspectiva e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo probante,
técnico, jurídico e informacional, inverto o ônus da prova, com fulcro no art. 6º, Inciso VIII, do Diploma
Legal retro citado.

Frise-se, entretanto, que a inversão aqui deferida não desonera a parte a quem aproveita de comprovar os
fatos constitutivos do seu direito e para os quais não seja hipossuficiente (art. 373, I, do CPC/15).

Segundo a diretriz do STJ acerca da temática e com a qual expressamente ora anui este Juízo, reputo ser
a medida em questão, regra de instrução, oportunidade em que as partes já ficam devidamente
cientificadas de tal redistribuição desse ônus.

Mantenho a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,
seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, presidida pelo
magistrado.

Cite-se e intimem-se, com as cautelas legais.

A presente decisão servirá de mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº


03/2009 da CJRMB – TJE/PA.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza Titular da 12ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0844117-51.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ALINE DO VALE


RODRIGUES Participação: RECLAMADO Nome: BLUE GROUP PARTICIPACOES E COMERCIO
ELETRONICO LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ERNANI SHINJIRO NAGATANI OAB: 334923/SP
713
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ratifico integralmente a sentença homologatória de acordo proferida em audiência, nada tendo a


acrescentar.

Belém-Pa, 13/08/2021.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO- Juíza de direito da 12ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0839683-82.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: IVANILDO


FERREIRA DOS SANTOS Participação: REQUERIDO Nome: YO ACESSORIOS E COMERCIO DE
PECAS PARA VEICULOS EIRELI

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


PODER JUDICIARIO
COMARCA DE BELéM
12ª Vara do Juizado Especial Cível - PJE
Avenida Perimetral, s/n, Campus Profissional da UFPA, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-750

Telefone: 3110-7438 / E-mail: 12jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo: 0839683-82.2021.8.14.0301

Nome: IVANILDO FERREIRA DOS SANTOS


Endereço: Alameda F, 233, LT ARAGUAIA - EM FRENTE AO FINAL DA LINHA DO TAPAN, Tapanã
(Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66825-534

Nome: YO ACESSORIOS E COMERCIO DE PECAS PARA VEICULOS EIRELI


Endereço: ANTONIO BARRETO, 751, LOJA ENTR DUQUE E CASTELO, UMARIZAL, BELéM - PA - CEP:
66055-050

DECISÃO- MANDADO

Trata-se de ação cível com pedido de tutela antecipada, com vistas a compelir a ré a emitir nota fiscal de
produto comprado pelo autor e que apresentou defeito.

Alega o requerente, que comprou a peça SD1200- 4CANAIS, pelo valor de R$ 800,00, sendo que não lhe
foi fornecida nota fiscal ou comprovante de pagamento do produto.

Aduz que a peça apresentou problemas e que solicitou a troca ou a restituição do valor pago, mas não
logrou êxito.

É o relato do necessário. Decido.

Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma vez
que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da Lei
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

n. 8.078/90.

Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.

No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, como doravante delineio.

A situação noticiada na exordial, bem como os documentos que a instruem não são suficientes para
convencer este juízo da probabilidade do direito do requerente, considerando, principalmente, que não há
qualquer documento que indique a compra alegada pelo autor.

Assim, em sede de cognição sumária, numa análise prima facie, não me convenci da presença dos
pressupostos necessários à concessão da tutela, notadamente, com relação à probabilidade do direito, o
qual deve ser comprovado, como dito alhures, no decorrer da instrução processual.

Diante do exposto, INDEFIRO o pedido de tutela antecipada, uma vez ausentes os pressupostos previstos
no art. 300, do CPC.

Quanto à inversão do ônus da prova, o Código de Defesa do Consumidor, dispõe no art. 6º,VIII, que:

"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

VIII - a facilitação da defesa dos seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiência".

No caso em exame, a relação jurídica entre as partes tem contornos de relação de consumo, eis que
presentes os requisitos objetivos e subjetivos de tal relação, o que atrai para a hipótese, a incidência do
Código de Defesa do Consumidor - CDC.

Sob essa perspectiva e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo probante,
técnico, jurídico e informacional, inverto o ônus da prova, com fulcro no art. 6º, Inciso VIII, do Diploma
Legal retro citado.

Frise-se, entretanto, que a inversão aqui deferida não desonera a parte a quem aproveita de comprovar
os fatos constitutivos do seu direito e para os quais não seja hipossuficiente (art. 373, I, do CPC/15).

Segundo a diretriz do STJ acerca da temática e com a qual expressamente ora anui este Juízo, reputo ser
a medida em questão, regra de instrução, oportunidade em que as partes já ficam devidamente
cientificadas de tal redistribuição desse ônus.

Para o prosseguimento do feito, determino:

1. Mantenha-se a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o


conciliador, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento,
presidida pelo magistrado.

1. Citem-se/Intime-se a parte requerida, nos termos dos arts. 18 e 19 da Lei n. 9.099/95, sob pena de
revelia. Ficando ciente de que poderá, querendo, formular todas as provas e apresentar contestação,
na audiência de instrução e julgamento supra designada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

1. Intime-se a parte autora que deverá comparecer pessoalmente à audiência, com antecedência
mínima de 10 (dez) minutos, portando documento de identidade e com traje adequado, bem como de
que deverá apresentar, naquele ato, as testemunhas e documentos que entender necessários,
ficando ciente ainda de que a sua ausência, implicará em extinção do processo sem julgamento do
mérito, com a condenação em custas processuais (art. 51, I, § 2º da Lei n. 9.099/95).

Cumpra-se.

A presente decisão servirá de mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº


03/2009 da CJRMB – TJE/PA.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza Titular da 12ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0809675-25.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RUI GUILHERME


COSTA FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIETE DOS SANTOS TAVARES OAB:
27449/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


PODER JUDICIARIO
COMARCA DE BELéM
12ª Vara do Juizado Especial Cível - PJE
Avenida Perimetral, s/n, Campus Profissional da UFPA, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-750

Telefone: 3110-7438 / E-mail: 12jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo: 0809675-25.2021.8.14.0301

Nome: RUI GUILHERME COSTA FERREIRA


Endereço: Passagem Stélio Maroja, 380, RODOVIA ARTHUR BERNARDES, Pratinha (Icoaraci), BELéM -
PA - CEP: 66816-070

Nome: BANCO DO BRASIL SA


Endereço: Rua Anhangüera, 2055, DELPA DO PARNAIBA, Piauí, PARNAíBA - PI - CEP: 64210-195

AUDIÊNCIA: TIPO: Una


SALA: 12º VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
DATA E HORA: 10/02/2022 11:30

DECISÃO- MANDADO

Trata-se de AÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, proposta por RUI GUILHERME COSTA FERREIRA,
em face de BANCO DO BRASIL S.A, todos qualificados nos autos.

Requer o autor, em sede liminar, a retirada da negativação do seu nome dos cadastros de proteção ao
crédito, em virtude de débito que alega ser indevido.

Éo relatório. Decido.

Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma
vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da
Lei n. 8.078/90.

Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.

No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, como doravante delineio.

A situação noticiada na exordial, bem como os documentos que a instruem não são suficientes para
convencer este juízo da probabilidade do direito do reclamante, considerando, principalmente, que
os documentos juntados com a inicial e na emenda de ID-26689495, não comprovam a alegada
negativação.

Assim, em sede de cognição sumária, numa análise prima facie, não me convenci da presença dos
pressupostos necessários à concessão da tutela, notadamente, com relação à probabilidade do direito,
o qual deve ser comprovado, como dito alhures, no decorrer da instrução processual.

Diante do exposto, INDEFIRO o pedido de Tutela Antecipada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.

Quanto à inversão do ônus da prova, o Código de Defesa do Consumidor, dispõe no art. 6º,VIII, que:

"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

VIII - a facilitação da defesa dos seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiência".

No caso em exame, a relação jurídica entre as partes tem contornos de relação de consumo, eis que
presentes os requisitos objetivos e subjetivos de tal relação, o que atrai para a hipótese, a incidência do
Código de Defesa do Consumidor - CDC.

Sob essa perspectiva e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo probante,
técnico, jurídico e informacional, inverto o ônus da prova, com fulcro no art. 6º, Inciso VIII, do Diploma
Legal retro citado.

Frise-se, entretanto, que a inversão aqui deferida não desonera a parte a quem aproveita de comprovar os
fatos constitutivos do seu direito e para os quais não seja hipossuficiente (art. 373, I, do CPC/15).

Segundo a diretriz do STJ acerca da temática e com a qual expressamente ora anui este Juízo, reputo ser
a medida em questão, regra de instrução, oportunidade em que as partes já ficam devidamente
cientificadas de tal redistribuição desse ônus.

Mantenho a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, presidida pelo
magistrado.

Cite-se e intimem-se, com as cautelas legais.

A presente decisão servirá de mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº


03/2009 da CJRMB – TJE/PA.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza Titular da 12ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0830536-32.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ALEXANDRE PAREDES


DE ARAGAO Participação: ADVOGADO Nome: SAULO ESTEVES SOARES OAB: 19258/PA
Participação: REU Nome: SKY BRASIL SERVICOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: DENNER DE
BARROS E MASCARENHAS BARBOSA OAB: 24532/PA

PROCESSO Nº: 0830536-32.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9099/95.

Homologo o acordo celebrado entre as partes para que produza seus jurídicos e legais efeitos.

Sem custas processuais, consoante previsão do art. 54 da Lei 9.099/95.

Julgo, por consequência, o processo extinto com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, III, “b” do
Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO

Juíza de Direito

Número do processo: 0834594-78.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: BARBARA


CALANDRINI AZEVEDO PONCE DE LEAO Participação: ADVOGADO Nome: BARBARA CALANDRINI
AZEVEDO PONCE DE LEAO OAB: 018323/PA Participação: RECLAMADO Nome: Operadora CLARO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Avenida Perimetral, s/n, Campus Profissional da UFPA, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-750

Telefone: 3110-7438 / E-mail: 12jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo: 0834594-78.2021.8.14.0301

Nome: BARBARA CALANDRINI AZEVEDO PONCE DE LEAO


Endereço: Avenida Almirante Barroso, 8844, Souza, BELéM - PA - CEP: 66613-710

Nome: Operadora CLARO


Endereço: Rua Henri Dunant, 780, torre a e torre b, Santo Amaro, SãO PAULO - SP - CEP: 04709-110

AUDIÊNCIA: TIPO: Una


SALA: 12º VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
DATA E HORA: 12/05/2022 09:30

DECISÃO- MANDADO

Trata-se de AÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, proposta por BARBARA CALANDRINI AZEVEDO
PONCE DE LEÃO, em face de Operadora CLARO, todos qualificados.

Requer liminar visando a retirada de negativação do nome da parte autora nos cadastros de proteção ao
crédito, em virtude de débito que alega a parte autora ser indevido.

Éo relatório. Decido.

Convém frisar, de início, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, uma
vez que as partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor, previstos nos arts. 2º e 3º da
Lei n. 8.078/90.

Sobre a tutela em questão, passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na
identificação concreta nesses autos de seus pressupostos, na conformidade com o art. 300 do CPC.

No caso em exame, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida
pretendida como liminar, como doravante delineio.

A situação noticiada na exordial, bem como os documentos que a instruem não são suficientes para
convencer este juízo da probabilidade do direito da parte Autora, considerando, principalmente, que os
documentos juntados na inicial e na emenda de ID-29836539 não comprovam a alegada negativação,
visto que se tratam de telas de consulta de site, nas quais não constam os dados e informações da pessoa
negativada.

Assim, em sede de cognição sumária, numa análise prima facie, não me convenci da presença dos
pressupostos necessários à concessão da tutela, notadamente, com relação à probabilidade do direito,
o qual deve ser comprovado, como dito alhures, no decorrer da instrução processual.

Diante do exposto, INDEFIRO o pedido de Tutela Antecipada, uma vez ausentes os pressupostos
previstos no art. 300, do CPC.
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Quanto à inversão do ônus da prova, o Código de Defesa do Consumidor, dispõe no art. 6º, VIII, que:

"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

VIII - a facilitação da defesa dos seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiência".

No caso em exame, a relação jurídica entre as partes tem contornos de relação de consumo, eis que
presentes os requisitos objetivos e subjetivos de tal relação, o que atrai para a hipótese, a incidência do
Código de Defesa do Consumidor - CDC.

Sob essa perspectiva e reputando por evidente a hipossuficiência da parte Autora no campo probante,
técnico, jurídico e informacional, inverto o ônus da prova, com fulcro no art. 6º, Inciso VIII, do Diploma
Legal retro citado.

Frise-se, entretanto, que a inversão aqui deferida não desonera a parte a quem aproveita de comprovar os
fatos constitutivos do seu direito e para os quais não seja hipossuficiente (art. 373, I, do CPC/15).

Segundo a diretriz do STJ acerca da temática e com a qual expressamente ora anui este Juízo, reputo ser
a medida em questão, regra de instrução, oportunidade em que as partes já ficam devidamente
cientificadas de tal redistribuição desse ônus.

Mantenho a data designada para realização de audiência de tentativa de conciliação, com o conciliador,
seguida, em caso de insucesso e na mesma data, de audiência de instrução e julgamento, presidida pelo
magistrado.

Cite-se e intimem-se, com as cautelas legais.

A presente decisão servirá de mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº


03/2009 da CJRMB – TJE/PA.

ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO


Juíza Titular da 12ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.
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SECRETARIA DA 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0805968-83.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: HELLIM


MESSYAS GONCALVES NOGUEIRA Participação: ADVOGADO Nome: SOLIMAR MACHADO CORREA
OAB: 014428/PA Participação: REQUERIDO Nome: MOVIDA LOCACAO DE VEICULOS S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO RAFAEL GAZZINEO OAB: 23495/CE

Proc. n. 0805968-83.2020.814.0301

Reclamante: HELLIM MESSYAS GONÇALVES NOGUEIRA

Reclamado: MOVIDA LOCAÇÃO DE VEÍCULOS S/A

SENTENÇA

Cuida-se de ação na qual o autor informa que é locatário de um veículo da demandada a fim de utilizá-lo
como motorista de aplicativo. Alega que sofreu descontos no cartão do responsável financeiro em razão
de multas de trânsito imputadas ao veículo no período da locação.

Analisados, observo que assiste razão ao autor no que se refere à falta de oportunidade por parte da ré
para que o requerente recorresse das multas de trânsito, uma vez que os documentos só foram
encaminhados ao reclamante após sua solicitação. Contudo, o órgão de trânsito envia ao proprietário do
veículo, no caso, a requerida, as notificações com o prazo para recurso, não havendo como o locatário ter
ciência. Por isso, o autor só descobriu a situação após ter parcelas descontadas no cartão de crédito.

Não se pode, aqui, adentrar da seara administrativa do órgão fiscalizador de trânsito para determinar se as
infrações ocorreram ou não e se as multas são ou não devidas. A relação tratada nos presentes autos é
exclusivamente entre o autor e a requerida.

Com efeito, entendo que novamente tem razão o reclamante ao questionar a cobrança antecipada para
pagamento de multa que ainda não foi aplicada e sequer há certeza de que será um dia. Note-se que a
cláusula reclamada pelo autor é contraditória ao descrever que descabe discussão sobre a procedência ou
não da infração junto à requerida, sendo facultado ao locatário discutir diretamente junto ao órgão de
trânsito e podendo solicitar a restituição dos valores junto à fazenda pública. De fato, a discussão não
deve ser realizada junto à ré, todavia, o pagamento antecipado não é razoável, e a previsão de solicitar a
restituição à fazenda pública é incoerente, uma vez que a cobrança foi realizada pela ré antes mesmo da
aplicação da multa e não há provas de que tenha utilizado os valores para pagar as multas em questão.

Assim, houve falha da requerida ao antecipar os valores correspondentes às infrações sem dar ciência ao
autor da existência das notificações, sem fornecer-lhe os documentos necessários ao contraditório e sem
comprovar que efetuou o pagamento das multas.

Por isso, é devida a devolução dos valores descontados, eis que o contrário resultaria em desequilíbrio
injusto do contrato, locupletando-se a ré de valores sem a devida contraprestação, haja vista que, até a
presente data, sequer pagou as referidas multas ao órgão de trânsito. A quantia despendida foi de
R$2.526,02, sendo o valor de R$1.126,88 em 21.10.2019, R$281,72 em 20.11.2019 e R$1.117,42 em
18.12.2019. É cabida a restituição em dobro, na forma do art. 42, parágrafo único do CDC, uma vez que
se trata de cobrança e pagamento indevidos, não se observando justificativa para o engano.

Por fim, quanto aos danos morais, entendo que a conduta da requerida extrapolou o mero aborrecimento,
uma vez que retirou quantia considerável do orçamento do autor, de forma inesperada e recusou-se em
resolver a situação em tempo hábil, causando transtornos e preocupações legítimas.

Para a fixação do valor da indenização havemos de atentar para os critérios da razoabilidade-


721
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

proporcionalidade, da capacidade econômica das partes, dos vieses punitivo e pedagógico e da vedação
ao enriquecimento sem causa, bem como a natureza da lesão sofrida. Desta forma, entendo que a quantia
de R$10.000,00 (dez mil reais) é adequada ao caso em questão.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO para condenar a requerida a pagar
ao autor o valor de R$5.052,04, referente às cobranças indevidas, já se considerando a forma dobrada,
quantia a ser corrigida monetariamente desde o desembolso e com juros de 1% ao mês, a partir da
citação, bem como a pagar o valor de R$10.000,00 a título de indenização por danos morais, a ser
corrigido monetariamente pelo INPC e acrescido de juros de 1% ao mês, tudo a partir desta decisão.

Sem custas e honorários na forma do art. 55, da Lei nº. 9.099/95.

Após a intimação para cumprimento voluntário, a ré terá o prazo de quinze dias para cumprir a obrigação
de pagar, sob pena do acréscimo determinado no art. 523, § 1º do CPC, no que for compatível com o
microssistema dos juizados especiais, isto é, a multa de 10%.

Belém, 13 de agosto de 2021.

ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES

Juíza de Direito

Número do processo: 0860842-52.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOSE LUIS DOS


SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO FLAVIO LOPES SILVA OAB: 005041/PA
Participação: RECLAMADO Nome: GILMAR FREIRE DE CARVALHO

Proc. N.0860842-52.2019.814.0301

SENTENÇA

Dispensado o relatório.

Cuida-se de ação de cobrança na qual o autor afirma que emprestou o valor de R$4.000,00 ao reclamado,
em confiança, uma vez que eram amigos à época.

Ocorre que o demandado, apesar de inciar o pagamento, não o concluiu, restando o valor de R$3.419,61,
o qual está atualizado até novembro de 2019.

Foi decretada a revelia do réu, haja vista que, citado, não compareceu à audiência designada, o que
importa em presunção de veracidade dos fatos, conforme convencimento do juiz e, nesse caso em
concreto, entendo que se refere a existência do negócio entre as partes e ao não pagamento integral,
conforme mensagens apresentadas, e testemunha ouvida em audiência, os quais não foram impugnadas
pelo demandado. Desta forma, cabível a devolução do valor restante, conforme requerido.

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a demanda para condenar o reclamado a pagar ao autor o valor
de R$3.419,61 (três mil quatrocentos e dezenove reais e sessenta e um reais), que deverá ser corrigido
pelo INPC desde novembro de 2019 e acrescido de juros de 1% ao mês a partir da citação.

Sem custas nem honorários.


722
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Após a intimação para cumprimento voluntário, o réu terá o prazo de quinze dias para cumprir esta
decisão, sob pena do acréscimo determinado no art. 523, § 1º do CPC, no que for compatível com o
microssistema dos juizados especiais, isto é, a multa de 10%.

Belém, 16 de agosto de 2021.

ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES

Juíza de Direito

Número do processo: 0828172-24.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CILENE DO SOCORRO


FERREIRA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO LUIZ SEIXAS SOTERIO DE OLIVEIRA
OAB: 38557/GO Participação: REU Nome: ITAPEVA VII MULTICARTEIRA FUNDO DE INVESTIMENTO
EM DIREITOS CREDITORIOS NAO-PADRONIZADOS Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO
MAHFUZ VEZZI OAB: 21114/PA

Proc. n. 0828172-24.2020.814.0301

Reclamante: CILENE DO SOCORRO FERREIRA DA SILVA

Reclamada: ITAPEVA XII MULTICARTEIRA FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS


NÃO PADRONIZADOS

SENTENÇA

Dispensado o relatório.

Trata-se de ação de declaração de inexistência de débito e indenização por danos morais em que a
reclamante afirma que teve seu nome inscrito em cadastros de inadimplentes pela reclamada, mas que
desconhece qualquer dívida contraída com a ré.

No mérito, verifico que a reclamada comprovou que a dívida foi adquirida por cessão de crédito, todavia, o
reclamante refere ausência de comprovação da cessão, bem como de que tenha sido notificada. No que
se refere a existência da dívida, verifico que restou devidamente demonstrada de que se trata de débito
oriundo de cartão de crédito Marisa, conforme documentação apresentada. Quanto à cessão específica do
crédito, também está comprovado, de acordo com documento do ID 27558041, estando listado o nome da
reclamante.

Todavia, no tocante notificação, observo que a ré não demonstrou, conforme prevê o art. 290 do Código
Civil, uma vez que as correspondências não tem comprovação de recebimento. Deste modo, no ato da
inscrição em cadastros de inadimplentes, a cessão não possuía eficácia em relação ao devedor. Por isso,
entendo que houve erro formal da reclamada ao proceder a inscrição negativa, sem a prévia ciência da
dívida ao reclamante. Neste sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. CESSÃO DE CRÉDITO.
NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR. EFICÁCIA. Nos termos do art. 290, do CC, para que a cessão de crédito
tenha eficácia perante o devedor, imprescindível a expressa notificação deste. No caso, a cessionária não
comprovou a notificação da cessão, portanto, não tem validade e eficácia em relação ao devedor.
Inexigibilidade do débito em relação à cessionária enquanto não for procedida a notificação da cessão de
crédito ao devedor. (TJ-RS - AC: 70050592518 RS, Relator: Ana Beatriz Iser, Data de Julgamento:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

03/10/2012, Décima Quinta Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 10/10/2012)

Ressalto que a ausência de notificação não invalida a cessão de crédito, todavia, esta não produziu efeitos
enquanto o devedor não foi notificado. Não produzindo efeitos, carece de exigibilidade e, portanto, não
poderia ter ocorrido a inscrição em cadastro negativo. Tal exigência tem o fim de evitar a cobrança
indevida, uma vez que a cessionária só possui a informação da cedente acerca da legitimidade da dívida.
Contudo, não sabe se o devedor contesta a retidão da cobrança em juízo ou fora dele, o que somente
poderia vir à lume se tomasse ciência da cessão do crédito.

Assim, levando em consideração ainda se tratar de direito de consumidor e, consequentemente, do direito


à informação, de acordo com art.6º, III do CDC, entendo que a reclamada incorreu em falha em sua
conduta, cabendo a reparação pelos danos causados.

No que se refere à declaração de inexistência de débito e o cancelamento da inscrição, observo que a


cessão e a dívida foram devidamente comprovadas, conforme documentos apresentados. A inscrição foi
indevida, uma vez que a ausência de notificação não oportunizou o pagamento ao devedor ou a discussão
acerca da legitimidade da dívida, como inexigência, erro ou pagamento já efetuado. Assim, impossível
neste momento declarar indevida a dívida, pelo que este pedido deve ser indeferido.

No que se refere aos danos morais, ressalto que a autora possuía outras inscrições no momento em que a
da reclamada foi realizada. Deste modo, há que se aplicar a súmula 385 do STJ, deferindo apenas o
pedido de exclusão do apontamento, por erro formal, contudo, sem a ocorrência de abalo de crédito que
implique em indenização extrapatrimonial.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO apenas para declarar a


inexigibilidade do débito discutido nestes autos, enquanto não procedida a notificação, determinando a
exclusão do apontamento negativo.

Indefiro o pedido de indenização por danos morais, na forma da fundamentação.

Sem custas e honorários na forma do art. 55, da Lei nº. 9.099/95.

Após a intimação para cumprimento voluntário, a ré terá o prazo de quinze dias para cumprir a obrigação
de pagar, sob pena do acréscimo determinado no art. 523, § 1º do CPC, no que for compatível com o
microssistema dos juizados especiais, isto é, a multa de 10%.

Belém, 13 de agosto de 2021.

ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES

Juíza de Direito Titular da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0857041-31.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: DICILENE


TAPAJOS FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DE LOURDES SOUSA COSTA OAB:
22901/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIO EDUARDO CASTELO BRANCO XAVIER NETO
OAB: 27452/PA Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA
S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB:
12358/PA

Proc. n.: 0857041-31.2019.814.0301


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Reclamante: DILCILENE TAPAJÓS FERREIRA

Reclamada: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

SENTENÇA

Dispensado o relatório conforme art. 38 da Lei 9.099/95.

Verifico que se trata de alegação de consumo fora da média, em que o reclamante afirma que recebeu
faturas fora de seu consumo normal requerendo a inexistência dos débitos referentes a agosto, setembro
e novembro de 2019 e março de 2020.

Analisados, observo que se trata de relação de consumo, cabível a inversão do ônus da prova. Deste
modo, caberia à ré demonstrar a legitimidade das cobranças. Afirma a demandada que a fatura do mês de
agosto de 2019, no valor de R$1.212,35 se deve ao acúmulo de consumo de meses anteriores e que, em
razão das regras dispostas na Resolução 414/2010 da Aneel, ficaram limitadas a apenas três meses, os
de abril, maio e junho de 2019. Contudo, não apresentou os parâmetros utilizados para o cálculo, na
medida em que não há registro de consumo na maior parte do tempo. Conforme se verifica em algumas
faturas juntadas pela autora, do ano de 2018, o consumo não está sendo registrado mês a mês, pelo que
a requerida tem feito a cobrança de acúmulos diversas vezes. Ademais, se o acúmulo é parcelado, não
pode ser cobrado de uma única vez na fatura 08/2019 e depois apresentado em parcelas nas faturas
seguintes, pois haveria pagamento dúplice. As outras faturas, segundo a requerida, se referem ao
consumo real da autora, com leituras confirmadas. Mas não apresentou nenhuma comprovação de tais
leituras, sequer o histórico de consumo. Ressalte-se, novamente, que os outros meses apresentam
consumo zero, não podendo a ré afirmar que as cobranças estão condizentes com o consumo real,
podendo se tratar novamente de acúmulos de consumo, sem o devido cálculo.

Desta forma, devem ser consideradas indevidas as faturas contestadas, sendo substituídas por outras,
cobrando apenas o custo de disponibilidade e as demais taxas e impostos, uma vez que a ré deixou de
apresentar as provas que estavam ao seu alcance, bem como os parâmetros utilizados em seu cálculo.

No que se refere ao medidor, defiro o pedido da autora de substituição, haja vista que a ausência de
aferição de consumo demonstra que apresenta vício, sendo sua permanência motivo para continuidade do
problema observado nas faturas mensais da autora.

Por fim, quanto ao dano moral, não observo à espécie, uma vez que não houve inscrição indevida,
suspensão do serviço, etc. A cobrança não é de todo indevida, haja vista que, de fato, houve consumo não
medido. Contudo, é declarada a inexistência do débito pela falta de observação das regras de cálculo e de
demonstração nos presentes autos. Desta forma, entendo que a situação narrada não é suficiente a
causar violação aos atributos de personalidade, sendo indevida a indenização.

Ante exposto, JULGO PARCIALMENTE procedente o pedido para confirmar a tutela de urgência e: 1)
determinar a reforma das faturas da conta contrato n. 1954741 dos meses de referência 08/2019, 09/2019,
11/2019 e 03/2020 para a cobrança apenas do custo de disponibilidade, além das demais taxas e
impostos; 2) determinar a troca do medidor da referida conta, na forma da fundamentação.

Indefiro o pedido de indenização por danos morais, conforme fundamentado.

Sem custas nem honorários.

Belém, 16 de Agosto de 2021.

ANA PATRÍCIA NUNES ALVES FERNANDES


725
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0800030-34.2016.8.14.0306 Participação: REQUERENTE Nome: JOAO ROBERTO


PEREIRA VELOZO DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ANDRE SILVA NASSAR OAB:
18299-B/PA Participação: REQUERIDO Nome: TELEMAR NORTE LESTE S/A Participação: ADVOGADO
Nome: ELADIO MIRANDA LIMA OAB: 86235/RJ

CERTIDÃO: Certifico para os devidos fins que a impugnação ao cumprimento de sentença de ID


31635766 é tempestiva, conforme leitura da intimação eletrônica em 28/07/2021.

ATO ORDINATÓRIO: Passo a intimar a parte contrária para, querendo, apresentar manifestação, no
prazo legal

Belém, 15/08/2021, Danielle Pinho - Analista do 2VJEC

Número do processo: 0839144-87.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO PLAZA TOULOUSE Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE SA BITTENCOURT
MOREIRA OAB: 19704/PA Participação: EXECUTADO Nome: ALTAIZA CONDE BRILHANTE

ATO ORINATÓRIO: Passo a intimar o exequente para conhecimento dos extratos das subcontas
vinculadas ao processo, ressaltando que não constam valores a serem recebidos. Prazo de 10 dias para
manifestação. Belém, 15/08/2021, Danielle Pinho - 2ªVJEC.

Número do processo: 0830786-36.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: NELMA MARIA


DA SILVA MAIA DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: ANGELA MARIA DA SILVA OAB: 23233/PA
Participação: REQUERIDO Nome: OI MOVEL S.A. Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA
COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

Vistos, etc

Homologo por sentença o acordo celebrado entre as partes para que tenha força de título executivo
judicial, nos termos do art. 57 da lei 9099/95.

Havendo deposito Judicial, autorizo, desde já, a expedição do Alvará, com as cautelas de estilo.

Sem notícia de descumprimento, no prazo avençado, arquivem-se os autos.

Belém, 12/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA


Juiz de Direito
RG
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0800430-48.2016.8.14.0306 Participação: EXEQUENTE Nome: MARCO POLO


AGENCIA DE VIAGENS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: TOBIAS CARVALHO BRANCO
ALMEIDA OAB: 14319/PA Participação: EXECUTADO Nome: FRANCISCO JOSE DA SILVEIRA CHAGAS
Participação: ADVOGADO Nome: JANAINA KAISSY ALVES DA SILVA OAB: 14869/PA

Processo: 0800430-48.2016.8.14.0306

Exequente/embargada: MARCO POLO AGENCIA DE VIAGENS LTDA - ME

Executado/embargante: FRANCISCO JOSE DA SILVEIRA CHAGAS

Trata-se de embargos à execução.

Insurge, o embargante, contra decisão que determinou o desconto mensal de R$ 1.025,99 em seus
subsídios, sob fundamento de impenhorabilidade desses subsídios.

A embargada, por sua vez, se manifestou pela manutenção da penhora para satisfação do débito, e que
os descontos de nenhuma forma afetam a subsistência do embargante.

Éo breve relatório, conforme possibilita o artigo 38 da Lei n. 9099/95.

Passo a decidir.

De acordo com os contracheques juntados aos autos no ID 29084807, o embargante recebe


mensalmente, como subsídio, a importância bruta de R$13.762,00. Abatendo-se desse valor os descontos
relativos a imposto de renda (R$2.633,04) e financiamento previdenciários (R$ 1.025,99), verificamos que
o reclamante tem a receber, mensalmente, a importância de R$ 10.102,97.

Os demais descontos que se observam nos contracheques dizem respeito a obrigações voluntariamente
assumidas pelo embargante, como empréstimos firmados junto a instituições bancárias, e que não devem
ser impedimento para que o embargante cumpra sua obrigações com terceiros (como o exequente da
presente ação), até porque o embargante recebeu a totalidade do valor dos empréstimos, que passam a
integrar seu patrimônio, e, de acordo com o art. Art. 789 do CPC, o devedor responde com todos os seus
bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações.

Assim, considerando que salários (e equivalentes) acima de R$ 10.000,00 são a exceção e nosso país,
onde a grande maioria das pessoas trabalha cerca de oito horas por dia – ou até mais – para receber
muito menos do que isso, não nos parece razoável a alegação do embargante de que a penhora poderia
afetar a sua subsistência.

Não custa lembrar que o débito decorre de uma viagem de lazer realizada pelo embargante, que pagou
pacote turístico com os cheques sem fundos que fazem parte da presente ação. Ora, se podia realizar
viagens de turismo e lazer com seus subsídios, também pode o embargante saldar a dívida decorrente
dessa viagem com esses mesmos subsídios.

Importa destacar que os descontos de R$ 1.029,22 equivalem a cerca de 10% do subsídio líquido de R$
10.102,97 que o embargante tem direito a receber.

Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. DECISÃO QUE


728
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

INDEFERIU O BLOQUEIO DE PERCENTUAL DO SALÁRIO DO EXECUTADO. IMPENHORABILIDADE


RELATIVA. PRINCÍPIOS DA EFETIVIDADE E RAZOABILIDADE. PENHORA QUE NÃO AFETA, EM
PRINCÍPIO, A DIGNIDADE DO DEVEDOR. DECISÃO REFORMADA PARA ADMITIR A PENHORA
PARCELA DO SALÁRIO PARA O PAGAMENTO DA DÍVIDA. DECISÃO REFORMADA. A regra geral da
impenhorabilidade dos valores depositados na conta bancária em que o executado recebe a sua
remuneração, situação abarcada pelo art. 649, IV, do CPC/73, pode ser excepcionada quando o montante
do bloqueio se revele razoável em relação à remuneração por ele percebida, não afrontando a dignidade
ou a subsistência do devedor e de sua família.” (STJ, AgInt no REsp 1518169/DF, Rel. Ministro PAULO
DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, DJe 22/06/2017) RECURSO PROVIDO EM PARTE.
(TJPR - 15ª C.Cível - 0010955-40.2021.8.16.0000 - Apucarana - Rel.: DESEMBARGADOR HAYTON LEE
SWAIN FILHO - J. 17.05.2021)

(TJ-PR - AI: 00109554020218160000 Apucarana 0010955-40.2021.8.16.0000 (Acórdão), Relator: Hayton


Lee Swain Filho, Data de Julgamento: 17/05/2021, 15ª Câmara Cível, Data de Publicação: 17/05/2021)”

----

“VOTO Nº 30674 AGRAVO DE INSTRUMENTO. Execução de título extrajudicial (mútuo entre particulares
assinado por duas testemunhas). Pretensão de penhora parcial de salário. Inadmissibilidade, como regra,
da penhora de verbas alimentares (art. 833, inc. IV, do NCPC). Possibilidade de flexibilização da regra
geral da impenhorabilidade, além das exceções legais (art. 833, § 2º, do NCPC), desde que viável a
constrição, respeitada a dignidade do devedor e sua família, conforme precedente da Corte Especial do C.
STJ (Embargos de Divergência em REsp nº 1.582.475-MG, DJe 16/10/2018, Rel. Min. Benedito
Gonçalves). Possibilidade de penhora do percentual de até de 30% da remuneração/aposentadoria, que
não é baliza fixa. Relativização da impenhorabilidade. Análise pragmática e pontual. Dívida oriunda de
empréstimo para abertura de restaurante. Agravado que se retirou do negócio, deixou de pagar as
parcelas mensais do empréstimo e atualmente é chefe de cozinha contratado em empresa hoteleira,
auferindo renda média líquida de R$ 10.000,00 mensais. Penhora sobre 10% da remuneração líquida que
não irá violar a sua dignidade ou de sua família. Manutenção do padrão médio de vida. Decisão agravada
reformada para deferir a penhora. Recurso provido.

(TJ-SP - AI: 22025257320198260000 SP 2202525-73.2019.8.26.0000, Relator: Tasso Duarte de Melo,


Data de Julgamento: 10/02/2020, 12ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 10/02/2020)”

-----

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. PENHORA DE


PERCENTUAL DE SALÁRIO. MITIGAÇÃO DA REGRA DO ARTIGO 833, IV, DO CPC. POSSIBILIDADE.
PRESERVAÇÃO DA SUBSISTÊNCIA DO DEVEDOR E DE SUA FAMÍLIA. VERIFICAÇÃO. DECISÃO
AGRAVADA MANTIDA. 1. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, “A regra geral
da impenhorabilidade de salários, vencimentos, proventos etc. (art. 649, IV, do CPC/73; art. 833, IV, do
CPC/2015), pode ser excepcionada quando for preservado percentual de tais verbas capaz de dar guarida
à dignidade do devedor e de sua família” (EREsp 1582475/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,
CORTE ESPECIAL, julgado em 03/10/2018, DJe 16/10/2018). 2. Deve ser mantida a mitigação da regra
do artigo 833, IV, do Código de Processo Civil, quando verificado, no caso concreto, que a penhora de
parcela do salário do devedor não compromete a sua subsistência e de sua família. 3. Agravo de
instrumento conhecido e não provido. (TJPR - 15ª C.Cível - 0019984-17.2021.8.16.0000 - Ponta Grossa -
Rel.: DESEMBARGADOR LUIZ CARLOS GABARDO - J. 05.07.2021)

(TJ-PR - AI: 00199841720218160000 Ponta Grossa 0019984-17.2021.8.16.0000 (Acórdão), Relator: Luiz


Carlos Gabardo, Data de Julgamento: 05/07/2021, 15ª Câmara Cível, Data de Publicação: 05/07/2021)”

Importa ainda ressaltar que os descontos de R$ 1.029,22 já vêm sendo realizados há 7 meses, e constam
inclusive do contracheque do embargante, o que faz presumir já eram de conhecimento do embargante.
Porém, durante todo esse período ele não ofereceu oposição à medida. Portanto, é de se presumir que os
valores não afetaram de sobremaneira sua subsistência, até porque dizem respeito a apenas 10% (dez
729
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

por cento) dos valores que tem a receber por mês.

Além disso, o embargante não trouxe nenhuma prova documental a atestar que a penhorabilidade do
subsídio tenha afetado o seu mínimo existencial.

Ante o exposto, recebo os embargos porque tempestivos, mas julgo-os improcedentes, determinando a
manutenção dos descontos até a satisfação da dívida.

Intime-se.

Após o trânsito em julgado, expeça-se alvará em favor da exequente para levantamento da quantia
disponível em subconta judicial.

Fica ainda autorizado o levantamento das parcelas vincendas que sejam depositadas, que nos exatos
termos do ID 24387801 - Pág. 18.

Belém, 12 de agosto de 2021.

Eduardo Antônio Martins Teixeira

Juiz de Direito

respondendo pela 2a Vara de Juizado Especial Cível

ms

Número do processo: 0832936-87.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO PORTOBELLO Participação: ADVOGADO Nome: FABIO BRITO GUIMARAES OAB: 15232/PA
Participação: EXECUTADO Nome: DANIELA CORDOVIL CORREA DOS SANTOS Participação:
ADVOGADO Nome: FELIPE FADUL LIMA OAB: 017682/PA

Vistos etc.

Analisando tudo que nos autos consta, observa-se que a parte executada ofereceu embargos a
execução que, por certo, merecem ser extintos, de ofício, porque não garantido o juízo pela penhora,
requisito de procedibilidade expressamente previsto no art. 53, § 1º, da Lei nº 9.099/95 c/c Enunciado 117
do FONAJE: “é obrigatória a segurança do Juízo pela penhora para apresentação de embargos à
execução de título judicial ou extrajudicial perante o Juizado Especial. Sobre o tema:

RECURSO INOMINADO. EMBARGOS À EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. AUSÊNCIA DE


GARANTIA DO JUÍZO PELA PENHORA. ART. 53, § 1º DA LEI Nº 9.099/95. ENUNCIADO 117 DO
FONAJE. EXTINÇÃO DOS EMBARGOS, DE OFÍCIO, PORQUE NÃO PREENCHIDO PRESSUPOSTO
DE PROCEDIBILIDADE. ANÁLISE DO RECURSO PREJUDICADO.(Recurso Cível, Nº 71008574485,
Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Behrensdorf Gomes da Silva,
Julgado em: 29-05-2019)

RECURSO INOMINADO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE


LOCAÇÃO. AUSÊNCIA DE SEGURANÇA DO JUÍZO. PENHORA NÃO REALIZADA. ARTIGO 53, §1º, DA
LEI Nº 9.099/95. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA MATÉRIA SUSCITADA. MANTIDA EXTINÇÃO DA
AÇÃO EXECUTIVA POR AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA.
730
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71007452105, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 22/02/2018)

Assim, deixo de conhecer os embargos à execução apresentados pelo executado.

Intime-se a parte exequente para que atualize o débito objeto do presente processo e após retornem
conclusos para bloqueio.

Não há que se falar em suspensão da presente execução, haja vista que os débitos objeto da presente
ação foram originados dentro do período em que a parte executada se configura como proprietária do
imóvel. Além do mais, somente em ABRIL/2021 a CEF passou a realizar as etapas de retomada do bem
(Num. 27465814), estando, dessa feita, até a referida data com a parte executada.

Belém, 12 de Agosto de 2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG

Número do processo: 0807261-54.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DEBORA LAURIANE


NOGUEIRA BRASIL Participação: ADVOGADO Nome: JOAO VICTOR DIAS GERALDO OAB: 19677/PA
Participação: REU Nome: DLW DISTRIBUIDORA DE COSMETICOS DO PARA LTDA - EPP Participação:
REU Nome: SELMA ARAUJO VINHAS 61910040282 Participação: REU Nome: S. R DOS SANTOS
EQUIPAMENTOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: WESLEY MACEDO DE SOUSA registrado(a)
civilmente como WESLEY MACEDO DE SOUSA OAB: 34290/PR

R. Hoje,

Considerando a informação quanto o cumprimento da obrigação, arquivem-se os autos.

Intimem-se as partes.

Belém, 12/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

RG

Número do processo: 0806789-92.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: FRANCISCO


LOPES DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: ELEONAN MONTEIRO DE ALBUQUERQUE SILVA
OAB: 21335/PA Participação: REQUERIDO Nome: ITAU UNIBANCO VEICULOS ADMINISTRADORA DE
731
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CONSORCIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO ROBERTO ROMAO OAB: 209551/SP

R.Hoje,

Considerando o que consta na certidão de evento 29457536 - Certidão, informando que já houve
pagamento ao exequente quanto a obrigação, bem como foi localizado valor em subconta judicial
originada pelo Banco reclamado, autorizo a expedição do alvará competente, com as cautelas de estilo.

Nada mais havendo, arquivem-se os autos.

Belém, 11/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

R.G.

Número do processo: 0862104-03.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


RES.MORADA DO SOL-PRIVEE SOL POENTE Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA MARCELA
MARTINS PEREIRA OAB: 27212/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANA CAROLINA RIBEIRO DA
FONSECA OAB: 27305/PA Participação: EXECUTADO Nome: JOSE CAETANO CORREA JUNIOR

PROCESSO Nº 0862104-03.2020.8.14.0301

EXEQUENTE: CONDOMINIO DO RES.MORADA DO SOL-PRIVEE SOL POENTE

EXECUTADO: JOSE CAETANO CORREA JUNIOR

SENTENÇA

Dispenso o relatório.

Decido.

Verifica-se que o processo se encontra paralisado por mais de 30 (trinta) dias, sem que a parte Exequente
promovesse as diligências necessárias a seu cargo.

Dispõe o art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento do
mérito, quando o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional, equivalendo ao desaparecimento superveniente
do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação. Nesse sentido:

PROCESSO CIVIL – AUSÊNCIA DE ANDAMENTO PROCESSUAL POR INÉRCIA DA PARTE AUTORA –


1. O abandono da causa por mais de 30 (trinta) dias, sem que o autor tenha promovido os atos e
diligências que lhe competia, é causa de extinção do processo sem Resolução de mérito (artigo 267, inciso
III, do CPC). 2. Apelação da parte autora desprovida. (TRF 3ª R. – AC 2001.03.99.047356-0 – (736217) –
10ª T. – Rel. Des. Fed. Galvo Miranda – DJU 11.10.2006 – p. 691).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ANTE O EXPOSTO, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485,
III do CPC.

Isento a parte das custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade
do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Após o trânsito em julgado, arquivem-se, dando baixa na distribuição.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 12 de agosto de 2021.

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA


Juiz de Direito
RG

Número do processo: 0810888-66.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: GLAUTER GELABERT


MAFRA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO CAXIAS DA SILVA PANTOJA OAB:
31263/PA Participação: REU Nome: 123 VIAGENS E TURISMO LTDA. Participação: ADVOGADO Nome:
RODRIGO SOARES DO NASCIMENTO OAB: 129459/MG

Autos nº 0810888-66.2021.8.14.0301

GLAUTER GELABERT MAFRA (RECLAMANTE)

123 VIAGENS E TURISMO LTDA (RECLAMADA)

SENTENÇA

RELATÓRIO

Relatório dispensado, nos termos do artigo 38 do Lei nº 9099/95.

É o relatório. Decido.

FUNDAMENTAÇÃO

Patente a legitimidade passiva da reclamada, haja vista que o reclamante efetuou o pagamento
da passagem aérea diretamente a reclamada. Além disso, a solicitação de ressarcimento foi intermediada
pela reclamada. Assim, tendo a reclamada atuado diretamente na cadeia de fornecimento do serviço, deve
ser afastada a ilegitimidade e a necessidade de formação de litisconsórcio passivo necessário com a
empresa aérea, a qual, se for do interesse da reclamada, poderá ser demandada posteriormente e
regressivamente.

Rechaçada a preliminar, bem como presentes os pressupostos processuais e as condições da


ação, passemos à análise do mérito.

Do mérito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Após a análise do conjunto probatório e diante das normas do CDC (Código de Defesa do Consumidor)
adianto que a reclamação é parcialmente procedente como fundamentação a seguir.

Trata-se de relação de natureza consumerista, regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Artigo 14 do
CDC), bem como pela Lei n° 14.046/2020 (Dispõe sobre medidas emergenciais para atenuar os efeitos da
crise decorrente da pandemia da covid-19 nos setores de turismo e de cultura).

Análise da prova carreada aos autos

No caso concreto, é inconteste que o voo contratado não foi utilizado pelo reclamante em decorrência da
pandemia COVID-19, conforme prova documental carreadas aos autos.

A prova documental atesta que a reclamante requereu a devolução perante a reclamada, sendo que foi
negado o ressarcimento do valor pago. Além disso, ficou comprovado que a reclamada não ofereceu a
remarcação do serviço e nem a disponibilização do crédito para uso posterior, conforme se verifica da
contestação apresentada de forma vaga e genérica.

Audiência de instrução realizada sem conciliação entre as partes.

Contudo, descabida a alegação de dano moral com base na falta de devolução do valor pago, ainda mais
que foi impedida de viajar em decorrência da pandemia COVID-19, sendo que o reclamante não
comprovou situação excepcional ensejadora de abalo moral.

Concluída a análise das provas passemos à análise dos


pedidos.

Pedido de devolução integral do valor pago (dano material)

O pedido deve ser analisado com fundamento na Lei n° 14.046/2020 (Dispõe sobre medidas emergenciais
para atenuar os efeitos da crise decorrente da pandemia da covid-19 nos setores de turismo e de cultura).

Conforme análise probatória, o serviço de transporte não foi usufruído por caso fortuito/força maior
(pandemia Covid-19), sendo que a parte reclamada não ofereceu a remarcação do serviço e nem a
disponibilização do crédito para uso posterior pela reclamante.

Assim sendo, é cabível o ressarcimento integral diante do descumprimento do artigo 2º, incisos I e II da lei
supracitada pela parte reclamada.

Nesse sentido, vale citar o seguinte acórdão recente da Terceira Turma Recursal do TJDFT:

“ EMENTA: CIVIL, CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. HOSPEDAGEM – DESISTÊNCIA DE


RESERVA – PANDEMIA. INTERMEDIADORA E HOTEL – SOLIDARIEDADE. DISPONIBILIZAÇÃO DE
CRÉDITO DEVIDA. RECURSO CONHECIDO. PRELIMINARES REJEITADAS. NO MÉRITO, PROVIDO.

1. Não padece de falta de dialeticidade o recurso que manifesta inconformidade com a decisão proferida
na sentença e aponta necessidade de valoração distinta do conteúdo (argumentativo) existente nos autos
como fundamento da reforma da sentença. PRELIMINAR DE AUSÊNCIA DE DIALETICIDADE
REJEITADA.

2. A relação jurídica entre as partes é de consumo, regida pelo Código de Defesa do Consumidor, eis que
a requerida, como agência de viagem, enquadra-se no art. 3º do referido diploma legal, enquanto o autor,
evidente consumidor, é o tomador da prestação como usuário final, nos termos do art. 2º do aludido texto.

3. A responsabilidade da requerida e do fornecedor do serviço de hospedagem é solidária, uma vez que


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

aquela também compõe a cadeia de consumo, pois viabiliza, por intermédio de sua plataforma digital, a
celebração do negócio, motivo pelo qual pode ser responsabilizada pelo desfazimento dele. PRELIMINAR
DE ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEITADA.

4. O art. 2º, caput e inciso II, da Lei nº 14.046/2020, dispõe que, “na hipótese de adiamento ou de
cancelamento de serviços, de reservas e de eventos, incluídos shows e espetáculos, em razão do estado
de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da
emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19, o
prestador de serviços ou a sociedade empresária não serão obrigados a reembolsar os valores pagos pelo
consumidor, desde que assegurem [...] a disponibilização de crédito para uso ou abatimento na compra de
outros serviços, reservas e eventos disponíveis nas respectivas empresas”.

5. Na origem, o autor realizou três reservas de hotel na Argentina por meio do site Decolar para viagem
em abril de 2020. Diante da pandemia, achou por bem cancelar as reservas e ajuizou esta ação diante da
perda integral do valor pago. A sentença julgou parcialmente procedentes os pedidos e condenou a
requerida a devolver o valor de R$ 7.638,21 e ainda a ressarcir a quantia de R$ 1.469,08, correspondente
à dobra do indevidamente cobrado.

6. Em razão do estado de calamidade pública por conta da pandemia da Covid-19, o prestador de serviço
ou a sociedade empresária restituirá o valor recebido somente se não for possível a remarcação ou a
disponibilização de crédito (art. 2º, § 6º, Lei nº 14.046/2020).

7. No caso sub judice, em decorrência das três reservas de hotel, o valor despendido pelo autor foi de R$
8.040,23 (ID 21438179 a 21438184). A própria requerida pugna pela disponibilização do crédito, sendo
este um dos pedidos subsidiários do autor. Logo, a melhor solução que se afigura é determinar tal
providência.

8. Portanto, a reforma da sentença é medida que se impõe.

9. RECURSO CONHECIDO. PRELIMINARES REJEITADAS. NO MÉRITO, PROVIDO

Para reformar a sentença e julgar improcedente o pedido principal e procedente o pedido subsidiário, na
forma do art. 2º, inciso II, da Lei nº 14.046/2020, e disponibilizar, a favor do autor, o crédito no valor de R$
8.040,23 (oito mil, quarenta reais e vinte e três centavos), no prazo de 30 (trinta dias) a contar do trânsito
em julgado da sentença. Descumprida a ordem, converta-se em perdas e danos a obrigação de fazer, pelo
mesmo valor do crédito a ser disponibilizado.

10. Sem custas adicionais e honorários advocatícios ante a ausência de recorrente vencido.

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Juízes da Terceira Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, ASIEL HENRIQUE DE SOUSA - Relator,
FERNANDO ANTONIO TAVERNARD LIMA - 1º Vogal e CARLOS ALBERTO MARTINS FILHO - 2º Vogal,
sob a Presidência do Senhor Juiz CARLOS ALBERTO MARTINS FILHO, em proferir a seguinte decisão:
CONHECIDO. PRELIMINARES REJEITADAS. PROVIDO.

UNÂNIME., de acordo com a ata do julgamento e notas taquigráficas. Brasília (DF), 24 de Fevereiro de
2021 Juiz ASIEL HENRIQUE DE SOUSA Relator

(Órgão Terceira Turma Recursal DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO DISTRITO FEDERAL Processo N.
RECURSO INOMINADO CÍVEL 0724325-80.2020.8.07.0016 RECORRENTE(S) DECOLAR. COM LTDA.
RECORRIDO(S) MAURO VINICIUS MACHADO CHICARINO Relator Juiz ASIEL HENRIQUE DE SOUSA
Acórdão Nº 1319960)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desta feita, o pedido de ressarcimento integral é procedente.

Pedido de dano moral.

O entendimento predominante é de que, em casos de discussão de cláusula contratual ou até o seu


descumprimento, o dano moral não é presumido pelo simples desconforto, devendo ficar comprovado pela
parte reclamante a ocorrência de situação excepcional justificadora da presença de abalo psíquico
indenizável.

No caso em análise, conforme análise das provas acima, temos que a parte reclamante não
comprovou a situação excepcional ensejadora de abalo moral indenizável, sendo que operado apenas um
aborrecimento/desconforto não suscetível de indenização.

Além disso, no caso em comento, temos a ocorrência de caso fortuito/força maior, o que afasta a
responsabilidade da reclamada por dano moral já que não verificada a ocorrência de má-fé, conforme,
inclusive, está disposto na Lei n° 14.046/2020: “Art. 5º Eventuais cancelamentos ou adiamentos dos
contratos de natureza consumerista regidos por esta Lei caracterizam hipótese de caso fortuito ou de força
maior, e não são cabíveis reparação por danos morais, aplicação de multas ou imposição das penalidades
previstas no art. 56 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 , ressalvadas as situações previstas no §
7º do art. 2º e no § 1º do art. 4º desta Lei, desde que caracterizada má-fé do prestador de serviço ou da
sociedade empresária.

Assim sendo, o pedido deve ser indeferido.

DISPOSITIVO

POSTO ISSO, com fulcro nos artigos 487, inciso I, do Código de Processo Civil Pátrio:

a) JULGO IMPROCEDENTE o pedido de dano moral, conforme fundamentação acima.

b) JULGO PROCEDENTE o pedido de dano material para CONDENAR a parte reclamada 123
VIAGENS E TURISMO LTDA a restituir o valor de R$ 1.243,64 (um mil duzentos e quarenta e três reais e
sessenta e quatro centavos), devendo ser acrescida a correção monetária pelo INPC do IBGE desde a
data do pagamento do serviço, mais os juros de mora, a partir da citação, de 1% (um por cento) ao mês.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Sem custas, forte nos artigos 54 e 55 da Lei nº 9099/95.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Transitado em julgado, arquivem-se.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito respondendo

Número do processo: 0801380-96.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ESCOLA MEU


PEDACINHO DO CEU LTDA - ME Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: SONIA REGINA
TAVARES TOME OAB: null Participação: ADVOGADO Nome: ALLAN OLIVEIRA BEZERRA OAB:
012592/PA Participação: EXECUTADO Nome: LUIS MONTEIRO VALENTE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 30780427, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis. Belém, 16/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC

Número do processo: 0856616-67.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL JARDIM JACANA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE NAZARENO NOGUEIRA LIMA
OAB: 2594/PA Participação: EXECUTADO Nome: LAZARO TAVARES DE MAGALHAES

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 30857889, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de citação/intimação por falta de localização da(o)
promovida(o), passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou
requerer o que entender de direito, no prazo de 15 dias úteis. Belém, 16/08/2021, Danielle Pinho - Analista
do 2VJEC

Número do processo: 0845800-89.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: GESIVALDO ALONSO


DA CONCEICAO Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO MOTTA MATTOS OAB: 022124/PA
Participação: REU Nome: BANCO FICSA S/A.

Processo: 0845800-89.2021.8.14.0301

Reclamante: GESIVALDO ALONSO DA CONCEICAO

Reclamado: BANCO FICSA S/A.

Sentença

Trata-se de ação proposta pelo rito especial da lei 9099/95.

Informa a parte autora, em síntese, ter se surpreendido com um depósito realizado em sua conta, que
posteriormente tomou conhecimento ser de um suposto empréstimo realizado junto ao banco reclamado.
Afirma que nunca contratou o referido empréstimo. Narra que, ao procurar o banco, recebeu cópia do
contrato, e que a assinatura do contrato não é sua. Pediu, em antecipação de tutela, a suspensão dos
descontos do suposto empréstimo em seus benefícios.amento de improcedência.

Éo breve relatório.

Conforme dispõe o artigo 3º, caput, da Lei Federal nº 9.099/95, o Juizado Especial Cível tem competência
para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade.

No caso em comento, a elucidação dos fatos exige exame acerca da assinatura do contrato que teria dado
origem ao empréstimo, de forma que seja esclarecido se a assinatura aposta no contrato é – ou não – do
reclamante.

Caso houvesse evidente disparidade entre a assinatura do consumidor e assinatura observada em


contrato de prestação de serviço, constatável através de olho nu por pessoa leiga, é reconhecida a
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competência dos juizados especiais para apreciar e julgar a demanda sobre ele existente.

Por outro lado, existindo dúvida, e havendo necessidade de exame pericial para esclarecer-se se a
assinatura é legítima, falece a competência dos juizados especiais ante a complexidade da causa, que se
torna complexa do ponto de vista de produção probatória.

No caso em comento, a elucidação do caso depende de perícia complexa (exame pericial), uma vez que
não é possível, ao leigo, afirmar que as assinaturas apresentadas no contrato juntado com a inicial sejam
falsas.

A necessidade desse tipo de perícia torna a matéria complexa, sob o aspecto do procedimento a ser
adotado, de modo que escapa à competência dos Juizados Especiais Cíveis.

Nesse sentido:

PROCESSO CIVIL. CONHECIMENTO DE TRANSPORTE. FRAUDE. INCERTEZA QUANTO À


AUTENTICIDADE DA ASSINATURA. COMPLEXIDADE. 1. A SEMELHANÇA ENTRE A ASSINATURA DO
AUTOR (EMPRESÁRIO INDIVIDUAL) E A ASSINATURA APOSTA NO CONHECIMENTO DE
TRANSPORTE RECLAMA ANÁLISES TÉCNICAS INCOMPATÍVEIS COM O RITO DA LEI DOS
JUIZADOS ESPECIAIS. 2. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

(TJ-DF - ACJ: 20120710147893 DF 0014789-94.2012.8.07.0007, Relator: EDI MARIA COUTINHO BIZZI,


Data de Julgamento: 18/02/2014, 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 10/03/2014 . Pág.: 229)

Desta forma, fica afetada a competência desta justiça especializada e, nos termos do artigo 51, inciso II,
da Lei Federal nº 9.099/95, impõe-se a extinção do processo.

Ante o exposto, reconheço a incompetência deste juizado para apreciação da presente ação diante da
complexidade da matéria, e declaro a extinção do processo sem julgamento do mérito nos termos do
art. 51, II, da lei 9099/95.

Intime-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.

Belém, 11 de agosto de 2021

Eduardo Antônio Martins Teixeira

Juiz de Direito

ms

Número do processo: 0880304-58.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


EDIFICIO GUANABARA Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE SA BITTENCOURT MOREIRA
OAB: 19704/PA Participação: EXECUTADO Nome: JOSE LUIS DA SILVEIRA

PROCESSO Nº 0880304-58.2020.8.14.0301

EXEQUENTE: CONDOMINIO EDIFICIO GUANABARA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EXECUTADO: JOSE LUIS DA SILVEIRA

SENTENÇA

Dispenso o relatório.

Decido.

Verifica-se que o processo, encontra-se paralisado por mais de 30 (trinta) dias, sem que a parte
Exequente promovesse as diligências necessárias a seu cargo.

Dispõe o art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento do
mérito, quando o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional, equivalendo ao desaparecimento superveniente
do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação. Nesse sentido:

PROCESSO CIVIL – AUSÊNCIA DE ANDAMENTO PROCESSUAL POR INÉRCIA DA PARTE AUTORA –


1. O abandono da causa por mais de 30 (trinta) dias, sem que o autor tenha promovido os atos e
diligências que lhe competia, é causa de extinção do processo sem Resolução de mérito (artigo 267, inciso
III, do CPC). 2. Apelação da parte autora desprovida. (TRF 3ª R. – AC 2001.03.99.047356-0 – (736217) –
10ª T. – Rel. Des. Fed. Galvo Miranda – DJU 11.10.2006 – p. 691).

ANTE O EXPOSTO, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485,
III do CPC.

Isento a parte das custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade
do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Após o trânsito em julgado, arquivem-se, dando baixa na distribuição.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 12 de agosto de 2021.

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA


Juiz de Direito
RG

Número do processo: 0850744-71.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


TORRES EKOARA Participação: ADVOGADO Nome: MONIQUE LIMA GUEDES OAB: 25179/PA
Participação: EXECUTADO Nome: LUIS CLAUDIO DE OLIVEIRA MELO

PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

2ª vara do Juizado Especial Cível


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ATO ORDINATÓRIO

Em atenção ao ID: 31561843 - Certidão, através deste ato, intimo as partes e advogados constituídos, da
designação de AUDIÊNCIA CONCILIAÇÃO EM EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL PARA O DIA
11 DE NOVEMBRO DE 2021, ÀS 10HS30MIN.

Número do processo: 0822216-32.2017.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: D A C


EQUIPAMENTOS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO ANDRADE ALEX OAB:
23136/PA Participação: EXECUTADO Nome: RODRIGO DA SILVA SANTOS Participação: EXECUTADO
Nome: PLENO EMPREENDIMENTOS E INSTALACOES LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

Secretaria da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

PROCESSO: 0822216-32.2017.8.14.0301

EXEQUENTE: D A C EQUIPAMENTOS LTDA - ME

EXECUTADO: RODRIGO DA SILVA SANTOS, PLENO EMPREENDIMENTOS E INSTALACOES LTDA -


ME

ATO ORDINATÓRIO

Considerando o teor da aviso de recebimento ID 31792344 - Identificação de AR / 31792345 -


Identificação de AR (RODRIGO DA S SANTOS 0822216322017)dando conta da não localização do(a)
reclamado(a) com a devolução da citação sem a entrega, passo a intimar o(a) reclamante para se
manifestar, indicando o atual endereço do(a) reclamado(a), ou requerer o que entender de direito, no
prazo de 15 dias.

Belém, 16 de agosto de 2021

ISABEL CRISTINA RODRIGUES DA SILVA - Analista Judiciário

Número do processo: 0818916-91.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


VILLE SOLARE Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL PIEDADE DE LIMA registrado(a) civilmente
como RAFAEL PIEDADE DE LIMA OAB: 20443/PA Participação: ADVOGADO Nome: SIGLIA BETANIA
DE OLIVEIRA OAB: 17470/PA Participação: EXECUTADO Nome: THAMIRIS DIAS ARRAES
740
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO Nº 0818916-91.2019.8.14.0301

EXEQUENTE: CONDOMINIO VILLE SOLARE

EXECUTADO: THAMIRIS DIAS ARRAES

SENTENÇA

Dispenso o relatório.

Decido.

Verifica-se que o processo, encontra-se paralisado por mais de 30 (trinta) dias, sem que a parte
Exequente promovesse as diligências necessárias a seu cargo.

Dispõe o art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento do
mérito, quando o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional, equivalendo ao desaparecimento superveniente
do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação. Nesse sentido:

PROCESSO CIVIL – AUSÊNCIA DE ANDAMENTO PROCESSUAL POR INÉRCIA DA PARTE AUTORA –


1. O abandono da causa por mais de 30 (trinta) dias, sem que o autor tenha promovido os atos e
diligências que lhe competia, é causa de extinção do processo sem Resolução de mérito (artigo 267, inciso
III, do CPC). 2. Apelação da parte autora desprovida. (TRF 3ª R. – AC 2001.03.99.047356-0 – (736217) –
10ª T. – Rel. Des. Fed. Galvo Miranda – DJU 11.10.2006 – p. 691).

ANTE O EXPOSTO, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485,
III do CPC.

Isento a parte das custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade
do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Após o trânsito em julgado, arquivem-se, dando baixa na distribuição.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 12 de agosto de 2021.

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA


Juiz de Direito
RG

Número do processo: 0828947-39.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


RESIDENCIAL NATALIA LINS Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: EXECUTADO Nome: PAULO CESAR LIMA DE PAIVA
Participação: ADVOGADO Nome: PORFIRIA LUCIA CARNEIRO DE LIMA OAB: 6777/PA
741
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Vistos, etc...

Homologo por sentença o acordo celebrado entre as partes para que tenha força de título executivo
judicial, nos termos do art. 57 da lei 9099/95.

Autorizo a emissão do alvará, conforme requisitado pelo exequente.

Sem notícia de descumprimento, no prazo avençado, arquivem-se os autos.

Belém, 16/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

R.G.

Número do processo: 0835536-47.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROSIANE FERREIRA


GONCALVES Participação: ADVOGADO Nome: ALYNE MARCELY FERNANDES DE SOUZA OAB:
4491/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELLE MARTINS SILVA MAUES OAB: 14537/PA
Participação: REQUERIDO Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: REQUERIDO Nome:
CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ
BRASIL OAB: 13179/PA

Processo nº: 0835536-47.2020.8.14.0301

Vistos os autos.

Trata-se de embargo de declaração.

Dispensado o relatório, decido.

Os embargos de declaração têm cabimento quando na decisão há omissão, contradição ou quando ela
puder gerar dúvidas.

No caso em comento, não vislumbro quaisquer dessas hipótese. No que concerne aos valores a título de
IPTU, a decisão foi proferida de acordo com o pedido inicial e conforme os valores veiculados nos autos.
Caso haja alguma discordância com o julgamento, poderá a parte manejar o recurso adequado para a
rediscussão do mérito, sendo que esse recurso não é o de embargos de declaração.

Destaco que a expedição de qualquer alvará para levantamento de valores determinados em sentença
depende de pedido que poderá ser realizado após o trânsito em julgado da sentença.

No mesmo sentido, não há qualquer omissão em relação às astreíntes, uma vez foi dedicado tópico a elas
específico na sentença (tópico 3.2.), sendo que a decisão é clara ao esclarecer que o valor da eventual
multa deverá ser apurado na fase de cumprimento de sentença.

Considerando que ao magistrado é vedada a alteração da decisão após a prolatação, e que o recurso
apresentado pretende a rediscussão das questões já examinadas com profundidade na sentença, o
742
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

julgamento de improcedência dos embargos é medida que se impõe.

Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO.
REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Os embargos de declaração apenas são cabíveis, nos termos do art.
1.022 do CPC, quando no acórdão recorrido estiver presente omissão, contradição, obscuridade ou erro
material. II - A parte embargante busca tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de
declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível
atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.
III - Embargos de declaração rejeitados.

(STF - MS: 36448 MS 0021745-83.2019.1.00.0000, Relator: RICARDO LEWANDOWSKI, Data de


Julgamento: 10/10/2020, Segunda Turma, Data de Publicação: 22/10/2020)”

Isto posto, e tendo em vista que o embargo de declaração não é recurso apropriado para rediscussão de
mérito da decisão, recebo os embargos, porque tempestivos, mas julgo-os improcedentes.

Intime-se.

Belém, 12 de agosto de 2021

Eduardo Antônio Martins Teixeira


Juiz de Direito
respondendo pela 2a Vara de Juizado Especial Cível

Número do processo: 0830109-06.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CENTRO DE


ESTUDOS BRITANICOS S/S LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: CARLA DO SOCORRO
RODRIGUES ALVES OAB: 14073/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO FREIRE
FIGUEIREDO OAB: 6557/PA Participação: ADVOGADO Nome: LENISE AYRES PEREIRA OAB:
12364/PA Participação: EXECUTADO Nome: EDILSON VIEIRA RAMOS

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da Certidão do Sr. Oficial de Justiça sob o ID 30689867, sem
que tenha sido possível a entrega do mandado de intimação por falta de localização da(o) promovida(o),
passo a intimar o autor/exequente para se manifestar, indicando o atual endereço ou requerer o que
entender de direito, no prazo de 15 dias úteis. Belém, 16/08/2021, Danielle Pinho - Analista do 2VJEC

Número do processo: 0854945-43.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ADRILENE


BARROSO DA PAIXAO Participação: RECLAMADO Nome: BELEM RIO TRANSPORTES LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: ELISANGELA MOREIRA PINTO OAB: 19260/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA registrado(a) civilmente como
ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA OAB: 11307/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO
MENEZES COELHO DE SOUZA OAB: 8770/PA

PODER JUDICIÁRIO
743
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

2ª Vara de Juizado Especial Cível - CESUPA

Processo: 0854945-43.2019.8.14.0301

Promovente: ADRILENE BARROSO DA PAIXÃO

Promovido: BELEM RIO TRANSPORTES LTDA

Sentença

Relatório:

Trata-se de ação proposta pelo rito especial da lei 9099/95.

Alega o reclamante, em síntese, que é cadeirante, e que em um dia, no mês de 12/2018, por volta das
10:30h, embarcou em um ônibus da empresa reclamada, de número BD – 54603, com o objetivo de
chegar a uma agência bancária no bairro da Pedreira. Afirma que, ao embarcar, o elevador da cadeira de
rodas funcionou normalmente. Afirma ainda que, no momento do desembarque, o motorista acionou o
elevador, que subiu corretamente. Contudo, após a reclamante se posicionar em sua cadeira de rodas, o
elevador não teria descido mais. Sustenta que, então, o motorista do ônibus sugeriu de irem até o final da
linha para que um mecânico consertasse o elevador, sendo que a linha terminava em bairro distante do
destino da reclamante. Alega que todo o procedimento durou cerca de 2 horas e 30 minutos. Alega ainda
que, em razão do ocorrido, não conseguiu chegar à agência bancária. Narrou também que dos três cintos
de segurança que deveriam ser obrigatórios no ônibus, apenas um estava presente, em e mesmo assim
não possuía atracação, o que obrigou a reclamante a amarrar o cinto.

A reclamada, por seu turno, contestou a ação alegando que não recebeu nenhuma comunicação acerca
das ocorrências descritas na inicial. Argumenta que não foram apresentadas provas das supostas
ocorrências. Aduz que as imagens juntadas aos autos seriam de 2 veículos diferentes, de números de
ordem BD-54603 e BD-54612. Aduz ainda que o vídeo juntado aos autos seria inconclusivo, além de ser
do veículo BD-54612, que, segundo a inicial, não tem relação com o caso. Afirma ainda que, de acordo
com os horários narrados na inicial, não haveria impedimentos para a reclamante ter chegado à agência
bancária. Pediu, ao final, o julgamento de improcedência da ação.

Passo ao mérito.

Prevê a lei 9099/95, em seu artigo 32, que Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não
especificados em lei, são hábeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes. E ainda, o art.
373, I, do CPC prevê que o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito.

Ocorre que, no presente caso, os elementos probatórios carreados aos autos não dão sustentação às
alegações da parte autora.

Importa destacar que a inversão do ônus da prova só é aplicável quando o consumidor não tem meios
acessíveis para produção de sua prova. Mas entendo que esse não é o caso na presente ação.
744
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Vejamos:

No que concerne ao funcionamento do elevador, foram juntadas algumas fotografias aos autos. Contudo,
as fotografias não esclarecem se o aparelho estava – ou não – funcionando. Considerando que a
reclamante estava de posse de seu aparelho celular, entendo que não haveria maiores dificuldades de se
demonstrar a falha do aparelho, por exemplo, através de filmagens.

Aliás, houve juntada aos autos de uma filmagem realizada com aparelho celular. Ocorre que o ônibus
filmado tem numeração BD-54612, e não é aquele que a reclamante afirma ter utilizado, de numeração
BD-54603. Ademais, a filmagem também não informa sobre o funcionamento do elevador. Por fim, a
própria reclamante informou, em audiência, que a filmagem não é do dia dos fatos narrados na inicial,
informando na ocasião que pretendia demonstrar que o problema era recorrente.

Cumpre destacar, ainda, que o relato inicial narra que os fatos teriam ocorrido em um dia do mês de
12/2018. A ação, todavia, só foi proposta em 21/10/2019, o que torna aplicável, na hipótese, a inversão do
ônus da prova, já que não haveria como a empresa demonstrar as condições que o veículo possuía quase
um ano antes da propositura.

Assim, diante do que foi trazido aos autos e do que dispõe a legislação acerca da distribuição do ônus da
prova, o julgamento de improcedência da ação é medida que se impõe.

Dispositivo:

Ante o exposto, e de acordo com tudo mais que consta dos autos, julgo improcedente o pedido inicial.

Julgo também improcedente os pedidos formulados em contestação

Isento de custas ou honorários, na forma do art. 55 da Lei 9.099/95.

Após o trânsito em julgado, arquive-se

Belém 11 de agosto de 2021

Eduardo Antônio Martins Teixeira

Juiz de Direito, respondendo pela 2a Vara de Juizado Especial Cível

ms

Número do processo: 0802608-48.2017.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: EUNICE MAFRA


RAMOS Participação: ADVOGADO Nome: MARLOS SAVIO BELEM PEREIRA OAB: 20407/PA
Participação: EXECUTADO Nome: NELSON TAURO KATAOKA OYAMA Participação: ADVOGADO
Nome: RAISSA PONTES GUIMARAES OAB: 26576/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRENDA
LUANA VIANA RIBEIRO OAB: 20739/PA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE JALES RODRIGUES
OAB: 23230/PA Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO COSTA LOBATO OAB: 20167/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO NASSER SEFER OAB: 14800/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ROBERTO KATAOKA OYAMA Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA PONTES
GUIMARAES OAB: 26576/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRENDA LUANA VIANA RIBEIRO OAB:
20739/PA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE JALES RODRIGUES OAB: 23230/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RODRIGO COSTA LOBATO OAB: 20167/PA Participação: ADVOGADO Nome:
745
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RICARDO NASSER SEFER OAB: 14800/PA Participação: EXECUTADO Nome: NELSON KATAOKA
OYAMA FILHO Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA PONTES GUIMARAES OAB: 26576/PA
Participação: ADVOGADO Nome: BRENDA LUANA VIANA RIBEIRO OAB: 20739/PA Participação:
ADVOGADO Nome: FELIPE JALES RODRIGUES OAB: 23230/PA Participação: ADVOGADO Nome:
RODRIGO COSTA LOBATO OAB: 20167/PA Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO NASSER
SEFER OAB: 14800/PA Participação: EXECUTADO Nome: ROBERTO KATAOKA OYAMA FILHO
Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA PONTES GUIMARAES OAB: 26576/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRENDA LUANA VIANA RIBEIRO OAB: 20739/PA Participação: ADVOGADO Nome:
FELIPE JALES RODRIGUES OAB: 23230/PA Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO COSTA
LOBATO OAB: 20167/PA Participação: ADVOGADO Nome: RICARDO NASSER SEFER OAB: 14800/PA
Participação: EXECUTADO Nome: META EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Participação:
EXECUTADO Nome: CKOM ENGENHARIA LTDA

PROCESSO Nº 0802608-48.2017.8.14.0301

EXEQUENTE: EUNICE MAFRA RAMOS

EXECUTADO: NELSON TAURO KATAOKA OYAMA, ROBERTO KATAOKA OYAMA, NELSON


KATAOKA OYAMA FILHO, ROBERTO KATAOKA OYAMA FILHO

SENTENÇA

Dispenso o relatório.

Decido.

Verifica-se que o processo, encontra-se paralisado por mais de 30 (trinta) dias, sem que a parte
Exequente promovesse as diligências necessárias a seu cargo.

Dispõe o art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento do
mérito, quando o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional, equivalendo ao desaparecimento superveniente
do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação. Nesse sentido:

PROCESSO CIVIL – AUSÊNCIA DE ANDAMENTO PROCESSUAL POR INÉRCIA DA PARTE AUTORA –


1. O abandono da causa por mais de 30 (trinta) dias, sem que o autor tenha promovido os atos e
diligências que lhe competia, é causa de extinção do processo sem Resolução de mérito (artigo 267, inciso
III, do CPC). 2. Apelação da parte autora desprovida. (TRF 3ª R. – AC 2001.03.99.047356-0 – (736217) –
10ª T. – Rel. Des. Fed. Galvo Miranda – DJU 11.10.2006 – p. 691).

ANTE O EXPOSTO, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485,
III do CPC.

Isento a parte das custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade
do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Após o trânsito em julgado, arquivem-se, dando baixa na distribuição.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 12 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA


Juiz de Direito
RG

Número do processo: 0045418-27.2015.8.14.0306 Participação: EXEQUENTE Nome: SANDRA REGINA


DA PAIXAO SANTIAGO Participação: ADVOGADO Nome: SUSAN NATALYA DA PAIXAO SANTIAGO
OAB: 5755/PA Participação: EXECUTADO Nome: ED CARLA DE MONICA PIEDADE LIMA Participação:
ADVOGADO Nome: GRACIETE QUEIROZ MONTEIRO OAB: 690/PA

PROCESSO Nº 0045418-27.2015.8.14.0306

EXEQUENTE: SANDRA REGINA DA PAIXAO SANTIAGO

EXECUTADO: ED CARLA DE MONICA PIEDADE LIMA

SENTENÇA

Dispenso o relatório.

Decido.

Verifica-se que o processo se encontra paralisado por mais de 30 (trinta) dias, sem que a parte Exequente
promovesse as diligências necessárias a seu cargo.

Dispõe o art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento do
mérito, quando o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional, equivalendo ao desaparecimento superveniente
do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação. Nesse sentido:

PROCESSO CIVIL – AUSÊNCIA DE ANDAMENTO PROCESSUAL POR INÉRCIA DA PARTE AUTORA –


1. O abandono da causa por mais de 30 (trinta) dias, sem que o autor tenha promovido os atos e
diligências que lhe competia, é causa de extinção do processo sem Resolução de mérito (artigo 267, inciso
III, do CPC). 2. Apelação da parte autora desprovida. (TRF 3ª R. – AC 2001.03.99.047356-0 – (736217) –
10ª T. – Rel. Des. Fed. Galvo Miranda – DJU 11.10.2006 – p. 691).

ANTE O EXPOSTO, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485,
III do CPC.

Isento a parte das custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade
do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Após o trânsito em julgado, arquivem-se, dando baixa na distribuição.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 11 de agosto de 2021.


747
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

R.G.

Número do processo: 0800663-45.2016.8.14.0306 Participação: REQUERENTE Nome: RUTH LEAL DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ELENICE DOS PRAZERES SILVA OAB: 016753/PA
Participação: REQUERIDO Nome: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO
Nome: HENRIQUE JOSE PARADA SIMAO OAB: 221386/SP Participação: ADVOGADO Nome: ELISIA
HELENA DE MELO MARTINI OAB: 1853/RN

R. Hoje,

Considerando o pagamento do valor integral da obrigação, intime-se a parte exequente para requerer o
que lhe couber.

Autorizo, desde já, a expedição do Alvará competente.

Nada mais havendo, arquivem-se os autos.

Belém, 11/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

R.G.

Número do processo: 0811160-94.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: C. C. JOAO


ALFREDO PARTICIPACAO LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDSON BATISTA GARCIA JUNIOR
OAB: 27597/PA Participação: EXECUTADO Nome: JESSICA JOANNA DA SERRA FREITAS

PROCESSO Nº 0811160-94.2020.8.14.0301

EXEQUENTE: C. C. JOAO ALFREDO PARTICIPACAO LTDA

EXECUTADO: JESSICA JOANNA DA SERRA FREITAS

SENTENÇA

Dispenso o relatório.

Decido.

Verifica-se que o processo, encontra-se paralisado por mais de 30 (trinta) dias, sem que a parte
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Exequente promovesse as diligências necessárias a seu cargo.

Dispõe o art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento do
mérito, quando o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional, equivalendo ao desaparecimento superveniente
do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação. Nesse sentido:

PROCESSO CIVIL – AUSÊNCIA DE ANDAMENTO PROCESSUAL POR INÉRCIA DA PARTE AUTORA –


1. O abandono da causa por mais de 30 (trinta) dias, sem que o autor tenha promovido os atos e
diligências que lhe competia, é causa de extinção do processo sem Resolução de mérito (artigo 267, inciso
III, do CPC). 2. Apelação da parte autora desprovida. (TRF 3ª R. – AC 2001.03.99.047356-0 – (736217) –
10ª T. – Rel. Des. Fed. Galvo Miranda – DJU 11.10.2006 – p. 691).

ANTE O EXPOSTO, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485,
III do CPC.

Isento a parte das custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade
do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Após o trânsito em julgado, arquivem-se, dando baixa na distribuição.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 11 de agosto de 2021.

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

R.G.

Número do processo: 0800809-86.2016.8.14.0306 Participação: REQUERENTE Nome: CARLOS ANDRE


ERRUAS NEVES DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: RANIER WILLIAM OVERAL OAB:
13942/PA Participação: ADVOGADO Nome: NANCY EVELYN OVERAL OAB: 23483/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ANA LAURA BENTES NEVES DE SOUSA OAB: 018062/PA Participação:
REQUERIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ARNALDO
JANSSEN NOGUEIRA OAB: 21078/PA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE
BARCELOS OAB: 21148/PA

R; Hoje,

Considerando o cumprimento da obrigação, arquivem-se os autos.

Belém, 11/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito
749
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

R.G.

Número do processo: 0837179-74.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: DANIELANI SILVA


DE ARAUJO Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA
S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB:
12358/PA

0837179-74.2019.8.14.0301

Vistos.

Trata-se de embargos de declaração formulado contra sentença de homologação de acordo firmado em


audiência.

Decido:

Compulsando a sentença homologatória, verifico que não cabe razão à embargante, já que a decisão
simplesmente homologou o acordo firmado livremente entre as partes.

A petição da embargante não aponta qualquer falha na decisão proferida pelo juízo. Na verdade, o que
pretende a embargante é a alteração das condições do acordo, inclusive com alteração de parcelas que
integram o acordo, o que de forma alguma pode ser feito através de embargos de declaração.

Ressalto que o acordo foi revisado e assinado pela embargante e pela sua contraparte em audiência, onde
as condições da avença foram discutidas e transcritas em termo, que foi devidamente revisado e assinado
por todos os interessados. Se a embargante pretendia acrescentar ou excluir qualquer valor do acordo,
deveria tê-lo feito naquela ocasião. Com efeito, não poderia o juízo agora interferir no acordo e alterar os
direitos de quaisquer dos acordantes.

Esclareço, todavia, que em que pese o acordo ser válido e exigível, nada impede que as partes venham
futuramente a firmar novo acordo em substituição àquele que consta dos autos.

Ante o exposto, tendo em vista que a decisão embargada não apresenta qualquer omissão ou
obscuridade, recebo os embargos, mas julgo-os improcedentes, mantendo a decisão embargada em
todos os seus termos.

Intime-se

Belém, 12 de agosto de 2021

Eduardo Antônio Martins Teixeira


Juiz de Direito
respondendo pela 2a Vara de Juizado Especial Cível

ms
750
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0838645-40.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: SANDRO VALENTE


RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS SANTOS LIMA OAB: 26495/PA Participação:
EXECUTADO Nome: CAPITAL ROSSI EMPREENDIMENTOS S/A Participação: ADVOGADO Nome:
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA Participação: EXECUTADO Nome: SARRE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS
FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

Secretaria da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

PROCESSO: 0838645-40.2018.8.14.0301

EXEQUENTE: SANDRO VALENTE RIBEIRO

EXECUTADO: CAPITAL ROSSI EMPREENDIMENTOS S/A, SARRE EMPREENDIMENTOS


IMOBILIARIOS LTDA

ATO ORDINATÓRIO

Considerando o teor da aviso de recebimento ID31787697 - Identificação de AR / 31787698 -


Identificação de AR (SARRE EMPREENDIMENTOS 0838645402018) dando conta da não localização
do(a) reclamado(a) com a devolução da citação sem a entrega, passo a intimar o(a) reclamante para se
manifestar, indicando o atual endereço do(a) reclamado(a), ou requerer o que entender de direito, no
prazo de 15 dias.

Belém, 16 de agosto de 2021

ISABEL CRISTINA RODRIGUES DA SILVA - Analista Judiciário

Número do processo: 0801730-26.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANTONIO


MARCOS VIANA DE JESUS Participação: ADVOGADO Nome: JHAYANNE RODRIGUES BARROS OAB:
015136/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO JORGE DE OLIVEIRA SILVA OAB: 16662/PA
Participação: REQUERENTE Nome: SHEYLA ALVES OBADIA Participação: ADVOGADO Nome:
JHAYANNE RODRIGUES BARROS OAB: 015136/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO JORGE
DE OLIVEIRA SILVA OAB: 16662/PA Participação: REQUERIDO Nome: CLAUDIO OBADIA DE
CARVALHO Participação: TESTEMUNHA Nome: JOAO CARLOS GONCALVES BARBOSA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

Secretaria da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

PROCESSO: 0801730-26.2017.8.14.0301
751
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

REQUERENTE: ANTONIO MARCOS VIANA DE JESUS, SHEYLA ALVES OBADIA

REQUERIDO: CLAUDIO OBADIA DE CARVALHO

ATO ORDINATÓRIO

· Considerando o teor da aviso de recebimento ID 31784116 - Identificação de AR (SECRETÁRIA DE


ESTADO DE SAÚDE PÚBLICO 08017302620170140301) dando conta da não localização do(a)
reclamado(a) com a devolução da citação sem a entrega, passo a intimar o(a) reclamante para se
manifestar, indicando o atual endereço do(a) reclamado(a), ou requerer o que entender de direito, no
prazo de 15 dias.

Belém, 16 de agosto de 2021

ISABEL CRISTINA RODRIGUES DA SILVA - Analista Judiciário

Número do processo: 0826627-84.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JACKELLYNE


REIS DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO PAULO RASSY SOUZA OAB:
23192PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: SAULO DOMINGOS DE MELO PINHEIRO OAB:
21610/PA Participação: REQUERIDO Nome: ORISMAR DE SOUSA GONZAGA

PROCESSO Nº 0826627-84.2018.8.14.0301

REQUERENTE: JACKELLYNE REIS DA SILVA

REQUERIDO: ORISMAR DE SOUSA GONZAGA

SENTENÇA

Dispenso o relatório.

Decido.

Verifica-se que o processo, encontra-se paralisado por mais de 30 (trinta) dias, sem que a parte
Exequente promovesse as diligências necessárias a seu cargo.

Dispõe o art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento do
mérito, quando o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional, equivalendo ao desaparecimento superveniente
do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação. Nesse sentido:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO CIVIL – AUSÊNCIA DE ANDAMENTO PROCESSUAL POR INÉRCIA DA PARTE AUTORA –


1. O abandono da causa por mais de 30 (trinta) dias, sem que o autor tenha promovido os atos e
diligências que lhe competia, é causa de extinção do processo sem Resolução de mérito (artigo 267, inciso
III, do CPC). 2. Apelação da parte autora desprovida. (TRF 3ª R. – AC 2001.03.99.047356-0 – (736217) –
10ª T. – Rel. Des. Fed. Galvo Miranda – DJU 11.10.2006 – p. 691).

ANTE O EXPOSTO, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485,
III do CPC.

Isento a parte das custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade
do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Após o trânsito em julgado, arquivem-se, dando baixa na distribuição.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 12/08/2021

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA


Juiz de Direito
RG

Número do processo: 0846522-26.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: THIAGO BORGES LEAL


MENDES Participação: ADVOGADO Nome: PAULO BORGES LEAL MENDES OAB: 23129/PA
Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO BORGES LEAL MENDES OAB: 31518/PA Participação: REU
Nome: ITAU UNIBANCO S.A.

Processo nº 0846522-26.2021.8.14.0301

Reclamante: Thiago Borges Leal Mendes

Reclamado: Itaú Unibanco S.A

Sentença

Alega o autor, em síntese, teve seu nome pelo SPC Serasa no dia 01/04/2021, por supostas dívidas junto
ao Banco Itaú, ora réu, sendo uma delas no valor de R$ 105.813,88. Pediu, na presente ação, a
declaração de inexistência dos débitos.

Éo breve relatório.

Decido.

Conforme dispõe o artigo 3º do referido diploma legal, o Juizado Especial Cível tem competência para
conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, e, conforme seu inciso I, -
as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário-mínimo vigente.

De acordo com o art. 292 do Código de Processo Civil/2015, “O valor da causa constará da petição inicial
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ou da reconvenção e será: [...] II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a
modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte
controvertida;”

Verifico que a presente ação tem como questionamento cobranças nos valores de R$ 14.090,14, R$
105.813, 88 e R$ 8.794,38.

Estamos diante de situação na qual o valor da causa não pode ser definido aleatoriamente, mas deve ser
especificamente o valor da dívida que se pretende desconstituir, conforme o já citado art. 292, II, do CPC.
Isto porque eventual decisão sobre a validade da dívida acabará por afetar a pretensão econômica da
outra contratante no valor total da suposta dívida.

Acerca desse tema, temos do enunciado 39 do FONAJE, “Em observância ao art. 2º da Lei 9.099/1995, o
valor da causa corresponderá à pretensão econômica objeto do pedido.”

No caso em comento, os valores discutidos superam em muito o teto dos juizados especiais.

Ante o exposto, e tendo em vista os impedimentos para o prosseguimento da ação neste juizado especial,
declaro a extinção da presente ação sem apreciação do mérito, na forma dos art. 51, inciso II, da
Lei Federal nº 9.099/95.

Intime-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.

Belém, 16/08/2020

Eduado Antônio Martins Texeira

Juiz de Direito

ac/ms

Número do processo: 0812004-10.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL VILLAGGIO DEL VENTO Participação: ADVOGADO Nome: JOSE NAZARENO
NOGUEIRA LIMA OAB: 2594/PA Participação: EXECUTADO Nome: REGINA MARIA LIMA MENDES DA
SILVA

ATO ORDINATÓRIO: Considerando o teor da certidão exarada pelo(a) oficial(a) de justiça no


ID 30729409, CERTIFICO que decorreu o prazo sem manifestação do executado. Diante disso e,
considerando o teor do item II do despacho do ID 30146366, manifeste-se o exequente, para indicar bens
que sirvam à penhora (CPC, art. 829, § 2º), no prazo de 15 (quinze) dias. Belém, 16/08/2021, Danielle
Pinho – 2ªVJEC.

Número do processo: 0832746-56.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: OLIMPIA


MARGARIDA PAIVA LOPES DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: LUCYANA PEREIRA DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

LIMA OAB: 9432/PA Participação: ADVOGADO Nome: PATRICIA LIA ARAUJO DE MACEDO OAB:
24471/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO FREIRE FIGUEIREDO OAB: 6557/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SABRINA SOUZA DO NASCIMENTO MAIA OAB: 25707/PA
Participação: EXECUTADO Nome: RUBENS CHARLES CORREA DE OLIVEIRA Participação:
EXECUTADO Nome: GEISA MONIQUE DUARTE DE SOUZA Participação: EXECUTADO Nome: ELIAS
GOMES DE SOUZA Participação: EXECUTADO Nome: MARIA DO SOCORRO DUARTE DE SOUZA

ATO ORDINATÓRIO: Passo a intimar a exequente para que se manifeste, no prazo de 10 dias, sobre o
teor da certidão de ID 30736011, a qual informa o falecimento do executado ELIAS GOMES DE SOUZA.
Belém, 16/08/2021, Danielle Pinho - 2ªVJEC.

Número do processo: 0844078-88.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ADELMAN


BARROS CARDOSO JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: HELIO DE BARROS FAVACHO ALVES
OAB: 5612/PA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DE MELO ALVES OAB: 19561/PA
Participação: EXECUTADO Nome: ROBERTO THIAGO CARVALHO SARAME

PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

2ª vara do Juizado Especial Cível

ATO ORDINATÓRIO

Em atenção ao ID: 30402670, através deste ato, intimo as partes e advogados constituídos, da designação
de AUDIÊNCIA CONCILIAÇÃO EM EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL PARA O DIA 10 DE
NOVEMBRO DE 2021, ÀS 10HS30MIN.

Número do processo: 0826746-40.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO BANNA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO VICTOR RIBEIRO DA CRUZ OAB:
19857/PA Participação: EXECUTADO Nome: AUREA CELESTE SERRUYA HAGE

PROCESSO Nº 0826746-40.2021.8.14.0301

EXEQUENTE: CONDOMINIO DO EDIFICIO BANNA

EXECUTADO: AUREA CELESTE SERRUYA HAGE

SENTENÇA

Dispenso o relatório.

Decido.

Verifica-se que o processo se encontra paralisado por mais de 30 (trinta) dias, sem que a parte Exequente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

promovesse as diligências necessárias a seu cargo.

Dispõe o art. 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento do
mérito, quando o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional, equivalendo ao desaparecimento superveniente
do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação. Nesse sentido:

PROCESSO CIVIL – AUSÊNCIA DE ANDAMENTO PROCESSUAL POR INÉRCIA DA PARTE AUTORA –


1. O abandono da causa por mais de 30 (trinta) dias, sem que o autor tenha promovido os atos e
diligências que lhe competia, é causa de extinção do processo sem Resolução de mérito (artigo 267, inciso
III, do CPC). 2. Apelação da parte autora desprovida. (TRF 3ª R. – AC 2001.03.99.047356-0 – (736217) –
10ª T. – Rel. Des. Fed. Galvo Miranda – DJU 11.10.2006 – p. 691).

ANTE O EXPOSTO, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485,
III do CPC.

Isento a parte das custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade
do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Após o trânsito em julgado, arquivem-se, dando baixa na distribuição.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 11 de agosto de 2021.

EDUARDO ANTONIO MARTINS TEIXEIRA

Juiz de Direito

R.G.

Número do processo: 0832746-56.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: OLIMPIA


MARGARIDA PAIVA LOPES DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: LUCYANA PEREIRA DE
LIMA OAB: 9432/PA Participação: ADVOGADO Nome: PATRICIA LIA ARAUJO DE MACEDO OAB:
24471/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO FREIRE FIGUEIREDO OAB: 6557/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SABRINA SOUZA DO NASCIMENTO MAIA OAB: 25707/PA
Participação: EXECUTADO Nome: RUBENS CHARLES CORREA DE OLIVEIRA Participação:
EXECUTADO Nome: GEISA MONIQUE DUARTE DE SOUZA Participação: EXECUTADO Nome: ELIAS
GOMES DE SOUZA Participação: EXECUTADO Nome: MARIA DO SOCORRO DUARTE DE SOUZA

ATO ORDINATÓRIO: Passo a intimar a exequente para que se manifeste, no prazo de 10 dias, sobre o
teor da certidão de ID 30736011, a qual informa o falecimento do executado ELIAS GOMES DE SOUZA.
Belém, 16/08/2021, Danielle Pinho - 2ªVJEC.

Número do processo: 0821091-87.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOAO MIGUEL


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MIRANDA DA SILVA registrado(a) civilmente como JOAO MIGUEL MIRANDA DA SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: ADONAI EBER RODRIGUES LEITAO OAB: 11509/PA Participação:
REPRESENTANTE Nome: CHRISTIANE GUERRA SOARES Participação: ADVOGADO Nome: ADONAI
EBER RODRIGUES LEITAO OAB: 11509/PA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO VOTORANTIM
Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA
Participação: RECLAMADO Nome: BV FINANCEIRA SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Participação: RECLAMADO Nome: BNP PARIBAS CARDIF Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO
ARY FRANCO CESAR OAB: 123514/SP

Processo: 0821091-87.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: ESPÓLIO do de cujus JOÃO MIGUEL MIRANDA DA SILVA

RECLAMADO 1: BANCO VOTORANTIM (BANCO BV)

RECLAMADO 2: BV FINANCEIRA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO

RECLAMADO 3: SEGURADORA BNP PARIBAS CARDIF

SENTENÇA

Trata-se de ação movida pelo rito especial da Lei n. 9099/95.

Alega, o espólio reclamante, que o Sr. João Miguel da Silva havia contratado o financiamento de um
veículo junto à BV Financeira (hoje, Banco Votorantim), cujos pagamentos seriam feitos em 48 parcelas de
R$ 1.089,01, com início em 01/09/2018 e último pagamento em 01/09/2022 de. Alega ainda que o Sr. João
contratou seguro com a reclamada BNP Paribas Cardif, segundo o qual a seguradora arcaria com as
parcelas ainda não vencidas do financiamento em caso de falecimento do contratante. Narra, o espólio,
que o Sr. João faleceu em 21/01/2021 e que a sua representante entrou em contato com as reclamadas
pedindo a quitação das parcelas vincendas do financiamento. Ocorre que o pedido foi negado, sob o
fundamento de que o seguro apenas teria validade durante os 24 primeiros meses do contrato
financiamento, e não durante os seus 48 meses. Por esses motivos, moveu a presente ação pedindo que
a seguradora arque com os custos das parcelas do financiamento junto à primeira reclamada, vencidas
após o falecimento do Sr. João.

O Banco Votorantim, representando as reclamadas 1 e 2, contestou a ação informando que realmente


firmou contrato de financiamento com o Sr. João, mas que o contrato de seguro foi firmado entre o Sr.
João e terceiros. Argumenta que, não obstante, o contrato de seguro previa cobertura somente sobre as
24 primeiras parcelas do financiamento.

A reclamada BNP Paribas Cardif contestou a ação alegando que o contrato de seguro previa cobertura
somente sobre as 24 primeiras parcelas do financiamento. Pediu, ao final, o julgamento de improcedência
da ação.

Éo breve Relatório, conforme possibilita o artigo 38 da Lei n. 9099/95.

Das preliminares:

Determino a retificação do polo passivo do Banco Votorantim, conforme pedido formulado em preliminar
de contestação (ID 926458541 - Pág. 2).

Determino ainda a retificação do polo passivo de Cardif do Brasil Vida e Previdência S/A, conforme pedido
formulado em contestação (ID 27640656 - Pág. 1).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Rejeito a alegação de ilegitimidade passiva do Banco Votorantim, uma vez que tanto o contrato de
financiamento quanto o contrato de seguro foram firmados em um ato contínuo, no estabelecimento do
banco reclamado, e, pelo que consta dos autos, com os mesmos funcionários. Assim, tendo em vista que
o banco participou de todas as fases da contratação, ele também é parte legítima para ter sua conduta
examinada na presente ação na exata medida de suas eventuais responsabilidades.

Rejeito a preliminar de falta de interesse de agir formulado pela seguradora, uma vez que o interesse em
agir está configurado na pretensão resistida da seguradora em realizar o pagamento que o reclamante
entende ser devido.

Passo ao mérito.

A relação jurídica entre as partes é de consumo, porquanto presentes os requisitos objetivos e subjetivos
de tal relação, nos termos dos artigos 2º e 3º da Lei n. 8078/90.

No mérito, examinando os elementos probatórios trazidos aos autos, entendo que não cabe razão ao
reclamante.

De acordo com o Certificado de Seguro firmado pelo Sr. João com a 3a reclamada, juntado pela própria
reclamante no ID 24746676 - Pág. 1, podemos observar que o prazo de vigência do seguro era de
03/09/2018 até 03/09/2020. Ou seja, vigência por 24 meses contados do início do prazo do financiamento.

Observo ainda que as reclamadas juntaram aos autos a Proposta de Adesão ao seguro (ID 26458544 -
Pág. 1), documento esse que contem a assinatura do reclamante e, logo acima dela, a seguinte
informação em destaque: “Vigência do Seguro: A vigência do seguro será de até 24 meses,
independentemente do prazo do financiamento ser superior”

Assim sendo, verifico que o contrato de seguro, de fato, previa cobertura apenas durante os primeiros 24
meses de sua vigência, e que essa informação foi prestada de forma clara ao contratante no momento da
assinatura do contrato, tendo ele aderido voluntariamente aos termos desse contrato. Assim, tenho que a
seguradora cumprido o dever previsto no art. 6º, III, do CDC, no sentido de prestar informação adequada e
clara sobre produtos e serviços, com especificação correta de características e preço.

Com efeito, não há responsabilidade da seguradora reclamada em arcar com as parcelas remanescentes
do contrato de seguro, uma vez que o sinistro ocorreu após o prazo de validade do seguro.

Ressalto que a limitação do seguro em parte do período do financiamento não configura abuso quando
essa informação é prestada de foram clara e adequada ao consumidor.

Nesse sentido:

“Apelação. Contrato bancário. Preliminar de cerceamento de defesa rejeitada. Seguro prestamista.


Contrato de financiamento de veículo para pagamento em 60 parcelas. Falecimento da segurada. Recusa
da seguradora de quitação do contrato de financiamento. Certificado com indicação de vigência do seguro
por 24 meses. Contratação do seguro de proteção financeira por prazo inferior ao do financiamento que,
por si só, não caracteriza abuso. Morte da segurada ocorrida após o término da vigência do contrato de
seguro. Negativa de cobertura regular. Vigência do contrato de financiamento que não se confunde com a
do contrato de seguro. Dever de quitação do débito inexistente no momento de falecimento do segurado.
Sentença de procedência alterada. Recurso provido.

(TJ-SP - AC: 10175006120208260196 SP 1017500-61.2020.8.26.0196, Relator: Pedro Kodama, Data de


Julgamento: 15/06/2021, 37ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 16/06/2021)”

Dispositivo:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Isso posto, julgo improcedentes os pedidos iniciais.

Torno sem efeito a decisão de antecipação de tutela.

Em consequência, julgo extinto o processo com resolução do mérito, com fulcro no artigo 487, I, do Código
de Processo Civil de 2015.

Sem custas e honorários por incabíveis nesta fase processual.

Belém, 13 de agosto de 2021

Eduardo Antônio Martins Teixeira

Juiz de Direito

respondendo pela 2a Vara de Juizado Especial Cível

Número do processo: 0845656-18.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: GLAUCE


MACHADO DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: NIELLY GLENDA BRAGA FAILACHE OAB:
26756/PA Participação: REQUERIDO Nome: CVC BRASIL OPERADORA E AGENCIA DE VIAGENS S.A.
Participação: REQUERIDO Nome: SD AGENCIA DE VIAGENS LTDA - ME

Processo: 0845656-18.2021.8.14.0301

Vistos etc.

Homologo o pedido de desistência formulado pela parte autora, e decreto a extinção do processo sem
julgamento do mérito, nos termos do art. 485, VIII, do CPC.

Arquivem-se os autos independentemente de intimação (art. 51, § 1º, lei 9099/95)

Belém, 12 de agosto de 2021

Eduardo Antônio Martins Teixeira


Juiz de Direito
respondendo pela 2a Vara de Juizado Especial Cível
759
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0831571-27.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: M DE A


FERREIRA ESCOLA DE EDUCACAO INFANTIL E ENSINO FANDAMENTAL CAREQUINHA - ME
Participação: ADVOGADO Nome: JOLINDA PRATA VASCONCELOS OAB: 8760/PA Participação:
RECLAMADO Nome: BRUNA LUCIANA VIANA FERREIRA

CERTIDÃO

Certifico que, em atendimento à decisão de ID 29869224, procedi à designação da audiência UNA de


conciliação e instrução, nos presentes autos, para o dia 14/12/2021, às 10:00 h.

O referido é verdade e dou fé.

Belém (PA), 16 de agosto de 2021.

Mayara Costa Ayres


Auxiliar Judiciário

Número do processo: 0844590-03.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: KARLA CRISTINA


MOTA DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CARLOS DO NASCIMENTO OAB:
8346/PA Participação: REQUERIDO Nome: WALBER WOLGRAND MENEZES MARQUES

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Avenida Vinte e Cinco de Setembro, 1366, antiga 25 de Setembro, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-
005

Tel.: (91) 3211-0400 - 3jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo Nº: 0844590-03.2021.8.14.0301

Reclamante: Nome: KARLA CRISTINA MOTA DE SOUZA


Endereço: Travessa Alferes Costa, 1889, Marco, BELéM - PA - CEP: 66087-660

Reclamado: Nome: WALBER WOLGRAND MENEZES MARQUES


Endereço: Travessa Mauriti, 1373, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-650

DECISÃO/MANDADO

Trata-se de ação de obrigação de fazer e não fazer c/c indenização por danos morais, interposta por
KARLA CRISTINA MOTA DE SOUZA em face de WALBER WOLGRAND MENEZES MARQUES, em
que a parte autora requer a concessão de tutela provisória para determinar que o requerido exclua de seu
760
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

blog, whatsapp e de toda e qualquer mídia social, os vídeos e mensagens relacionados ao seu nome e
imagem, bem como, se abstenha de divulgar ou propalar vídeos, mensagens de voz, áudios ou qualquer
forma de expressão que a desabone, difame, injurie, calunia.

Alega a parte autora, em síntese, que foi eleita para o cargo de Vice-Presidente da Associação de Cabos e
Soldados da PMBM/PA, sendo que, no dia 19.04.2017, em face da renúncia do então Presidente eleito,
passou a exercer o cargo de Presidente.

Esclarece que a eleição está agendada para o dia 13.08.2021, sendo concorrente em uma das chapas.
Afirma que o requerido está servindo de instrumento pela chapa adversária para propagar “Fake News”,
com o intuito de prejudicar a chapa da requerente no pleito eleitoral que se aproxima.

Aduz que vem sendo vítima de sucessivos e indevidos ataques dos oposicionistas, agravados à medida
que se aproxima a eleição da entidade. Esclarece que o réu possui um blog intitulado “walber wolgrand”,
cujos vídeos são publicados no canal do Youtube e demais mídias sociais e vem constantemente atentado
à sua honra, probidade, reputação e imagem enquanto Presidente da entidade associativa.

Aduz que, com o nítido propósito de fazer ligação política, sem nenhuma sustentação fática, o requerido
vem noticiando em seu blog e canal do Youtube que a requerente, está se aliando ao Partido dos
Trabalhadores (PT) e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Compulsando os autos, verifico que a autora trouxe diversos áudios, além de vídeos.

No que se refere aos áudios, ao menos nesse momento processual, verifico tratar-se de áudios de
diversas pessoas diferentes, veiculados, possivelmente, em grupo no aplicativo whatsapp, o que auxiliam
a contextualizam dos fatos narrados pela autora, porém não direcionam a verossimilhança das alegações
em relação ao réu.

No que se refere aos vídeos, observo trata-se de conteúdos veiculados pelo autor na internet e
direcionados aos policiais militares e demais interessados, abordando assuntos relativos aos policiais. No
vídeo 2, de fato, o réu menciona que a chapa intitulada “combate” está vinculada ao PSOL. Em outro
momento, fala que a Associação dos Cabos está unha e carne com o PT.

No presente caso, constata-se o contraponto entre o direito de informação de fatos e acontecimentos, os


quais devem ser objetivamente apurados sob os critérios da imparcialidade e veracidade, a liberdade de
expressão e o direito de inviolabilidade da intimidade e da vida privada, da honra e da imagem, todos
constitucionalmente assegurados.

Sabe-se que não há hierarquia entre os direitos fundamentais, contudo, há preferência na proteção da
liberdade de expressão, o qual, em seu sentido amplo, engloba liberdade de imprensa e liberdade de
informação, conforme se verifica em diversos julgados do Supremo Tribunal Federal.

Não obstante, tal direito não é absoluto, de modo que a própria Constituição já previu suas limitações. Por
esta razão, o seu afastamento, no caso a censura, somente, ocorrerá em última ratio e de forma
excepcional.

Destaco que tal entendimento já fora exposto, quando do julgamento da ADPF 130, com repercussão
geral, o que demonstra que nossa Suprema Corte possui entendimento sólido a respeito do direito à
liberdade de expressão, concluindo que a retirada total de uma publicação não pode ocorrer, salvo por
decisão judicial, em especial, quando configurado crime e se tratar de matéria inverídica. Posto que as
críticas, ainda que contundentes, podem ser publicadas, mas são passíveis de direito de resposta e de
indenização por dano moral.

Nos limites desta análise sumária dos fatos e provas trazidos ao Juízo com a inicial, não extraio que, no
tocante ao nome da autora, haja de modo específico, excesso no exercício do direito de informar ou
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

inveracidade comprovada.

Ressalto que tal análise deve acontecer casuisticamente, observando-se o caso concreto, e não de
maneira genérica, o que poderia culminar em arbítrio na poda da liberdade de imprensa, o que deve ser
combatido com tanto rigor quanto o exercício irregular do direito de informação, que tem o condão de
afetar a dignidade da pessoa humana.

Por estas razões, entendo que não restou evidenciada a probabilidade do direito do autor, motivo pelo qual
hei por bem INDEFERIR o pleito liminar, sendo prudente aguardar a instrução processual.

Intimem-se ambas as partes desta decisão.

Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO

Juíza de Direito da 3ª Vara do JECível de Belém

Número do processo: 0800453-76.2020.8.14.0201 Participação: AUTOR Nome: CHARLIE AOOD DOS


SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: AVERALDO PEREIRA LIMA FILHO OAB: 15751/PA
Participação: REU Nome: JOSE AUGUSTO POMPEU DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
SAMILLE DA SILVA DE ANDRADE OAB: 20058/PA Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE POMPEU
GUIMARAES OAB: 405875/SP

Processo nº.: 0800453-76.2020.8.14.0201.

DECISÃO

Trata-se de processo concluso para sentença, no entanto, verifico a necessidade de conhecer dados não
apresentados pelas partes, informações imprescindíveis para a prestação da tutela jurisdicional definitiva.

Narra o requerente, em síntese, que celebrou contrato de compra e venda de imóvel com a parte
requerida, realizando o pagamento dos valores e cumprindo com todas as suas obrigações contratuais, no
entanto, o réu, até o momento não entregou os documentos relacionados ao imóvel, o que inviabiliza a
regularização do mesmo.

Analisando os autos, observo que o autor se refere genericamente aos documentos, sem realizar qualquer
especificação de quais documentos estão pendentes e devem ser providenciados pela parte reclamada, o
que interfere diretamente na apreciação da obrigação de fazer pleiteada nos autos.

Assim, converto o feito em diligência e determino a intimação do autor para que, no prazo de 15 dias,
esclareça, especificamente, quais os documentos pendentes relacionados ao imóvel e que devem
ser providenciados pela parte requerida.

Após, determino a intimação da parte requerida para que se manifeste, no mesmo prazo acima
determinado, sobre as alegações eventualmente realizadas pelo autor.

Após, certifique e envie os autos conclusos para sentença, com prioridade.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Cumpra-se. Intimem-se.

Belém, 21 de julho de 2021.

CARMEN OLIVEIRA DE CASTRO CARVALHO

Juíza de Direito

Número do processo: 0868975-83.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: THELMA MARIA


REIS SILVA Participação: ADVOGADO Nome: LENICE PINHEIRO MENDES OAB: 8715PA/PA
Participação: REQUERIDO Nome: SERGIO FERREIRA RODRIGUES Participação: REQUERIDO Nome:
IRACEMA FERREIRA RODRIGUES

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Avenida Vinte e Cinco de Setembro, 1366, antiga 25 de Setembro, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-
005

Tel.: (91) 3211-0400 - 3jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo Nº: 0868975-83.2019.8.14.0301

Reclamante: Nome: THELMA MARIA REIS SILVA


Endereço: Travessa Rui Barbosa -, 770, apt 901, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-260

Reclamado: Nome: SERGIO FERREIRA RODRIGUES


Endereço: Passagem Maria Gorete, 1825, Casa 37, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-340
Nome: IRACEMA FERREIRA RODRIGUES
Endereço: Travessa Angustura, 1739, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-180

DESPACHO/MANDADO

Manifestem-se os requerido, no prazo de 10 (dez) dias, sobre o pedido ID 28061941 e documentos ID


28061946, ID 28061952 e ID28105960.

Sirva-se o presente como mandado, caso necessário.

Belém, 28 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0836920-79.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: GEANE CRISTINA


DA SILVA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FABIO LUIZ SEIXAS SOTERIO DE OLIVEIRA OAB:
38557/GO Participação: RECLAMADO Nome: TELEFONICA BRASIL S/A Participação: ADVOGADO
Nome: WILKER BAUHER VIEIRA LOPES OAB: 29320/GO

PROCESSO 0836920-79.2019.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base no disposto no art. 1º, §2º, I, do Provimento n.º 006/2006 - CJRMB, procedo à intimação da
parte autora, para que se manifeste, no prazo de 05 (cinco) dias, acerca da certidão expedida pelo oficial
de justiça – ID19072152 .

Belém, 10 de novembro de 2020

MAYER LEVY OBADIA


Analista Judiciário da 3ª VJEC

Número do processo: 0833331-50.2017.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CENTRO


EDUCACIONAL MUNDO DO APRENDIZ S/S LTDA. - ME Participação: ADVOGADO Nome: ELINE
WULFERTT DE QUEIROZ OAB: 22894/PA Participação: EXECUTADO Nome: FERNANDO STELLIO DO
NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR PROCESSO n° 0833331-50.2017.8.14.0301

Defiro o pedido de parcelamento, suspendendo os atos executivos, e determino a expedição de alvará em


nome do autor ou de seu patrono (caso haja pedido e este tenha poderes para receber e dar quitação),
nos termos do §3º do art. 916 do CPC.

Registro que o requerido deverá efetuar o pagamento do restante em até 06 (seis) prestações mensais,
com as atualizações legais, sob pena de incidência das penalidades do §5º do art. 916 do CPC.

Belém, 22 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0846305-80.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DA CONCEICAO


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO GABRIEL QUADROS TEIXEIRA OAB: 28704/PA
Participação: REU Nome: BANCO ITAUCARD S/A

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Avenida Vinte e Cinco de Setembro, 1366, antiga 25 de Setembro, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-
005

Tel.: (91) 3211-0400 - 3jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo Nº: 0846305-80.2021.8.14.0301

Reclamante: Nome: MARIA DA CONCEICAO SILVA


Endereço: Travessa Angustura, 4109, Apt 12, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66087-710

Reclamado: Nome: BANCO ITAUCARD S/A


Endereço: Alameda Pedro Calil, 43, 43, Vila das Acácias, POá - SP - CEP: 08557-900

DESPACHO/MANDADO

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito c/c repetição de indébito e indenização por danos
morais, movida por MARIA DA CONCEICAO SILVA em face de BANCO ITAUCARD S/A em que a parte
autora requer a concessão de tutela provisória para determinar que a parte a Ré suspenda as cobranças
do empréstimo impugnado nos autos.

Em que pesem os argumentos da autora, em atenção ao extrato apresentado, observo que a operação
impugnada pela autora está com a situação “excluído”, o que leva ao entendimento de que os descontos
não estão sendo realizados, o que afasta a necessidade da decisão judicial de urgência.

Assim, não verifico, neste momento processual, a verossimilhança necessária para concessão da tutela
pretendida, à medida que existe dúvida a respeito da manutenção da cobrança.

Determino a intimação da parte autora para que, no prazo de 15 dias, apresente documento legível e atual
que comprove o desconto do valor impugnado, R$285,80, nos últimos três meses.

Cite-se a promovida dos termos da ação, intimando-se as partes, no mesmo ato, acerca da
presente decisão que serve como mandado, nos termos do disposto no art. 1º do Provimento
nº.11/2009 da CJRMB – TJ/PA, bem como da audiência de conciliação, instrução e julgamento
designada para o dia 31.01.2022 às 09:00 horas.

Intimem-se as partes.

Após, conclusos para pedido de urgência.

Belém, 13 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO

Juíza de Direito da 3ª Vara do JECível de Belém

Número do processo: 0003928-71.2014.8.14.0302 Participação: EXEQUENTE Nome: LILIAM CRISTINA


BARROS COHEN Participação: ADVOGADO Nome: BENEDITA DA SILVA BARROS OAB: 7319/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ALYNE MARCELY FERNANDES DE SOUZA OAB: 4491/PA
Participação: EXECUTADO Nome: PORTO PARA AGENCIA DE VIAGENS E TURISMO LTDA - ME
Participação: EXECUTADO Nome: FERNANDO MARCIO DINIZ SILVA Participação: EXECUTADO Nome:
PORTO PARA AGENCIA DE VIAGENS E TURISMO LTDA - ME Participação: EXECUTADO Nome:
ROMULO TADEU RAIOL NUNES DA SILVA

PROCESSO n° 0003928-71.2014.8.14.0302

Analisando os autos, verifico que o mandado expedido objetiva a penhora de bens, não sendo possível
realizar a penhora de bens no local de trabalho do devedor, uma vez que os bens lá disponíveis não lhe
pertencem, motivo pelo qual indefiro o pedido ID 29753974.

Manifeste-se a requerente, no prazo de 05 (cinco) dias, acerca de bens passíveis de penhora do requerido
ou apresente o endereço de residência desse para realização de penhora.

Belém, 22 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito

Número do processo: 0831571-27.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: M DE A


FERREIRA ESCOLA DE EDUCACAO INFANTIL E ENSINO FANDAMENTAL CAREQUINHA - ME
Participação: ADVOGADO Nome: JOLINDA PRATA VASCONCELOS OAB: 8760/PA Participação:
RECLAMADO Nome: BRUNA LUCIANA VIANA FERREIRA

PROCESSO n° 0831571-27.2021.8.14.0301

Defiro o pedido ID 29533407.

ÀSecretaria para retificar a classe para ação de conhecimento, designando audiência e procedendo com
as diligências necessárias.

Belém, 22 de julho de 2021

CARMEN OLIVEIRA DE CASTRO CARVALHO

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0836781-93.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAIKA TESSY SOUSA


CAVALCANTE DOURADO Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO GARCIA OLIVEIRA MEIRA
OAB: 30076/PA Participação: RECLAMANTE Nome: MICHEL SILVA DOURADO Participação:
ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO GARCIA OLIVEIRA MEIRA OAB: 30076/PA Participação: REU
Nome: FILADELFIA INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: REU Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

Processo n° 0836781-93.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da Lei n° 9.099/95.

Ratifico o cancelamento da audiência e procedo ao julgamento antecipado da lide, em razão dos pedidos
ID 25587679 e ID 25618094.

Os requerentes alegam que adquiriram a unidade habitacional 604-A, Torre Oeste, no Condomínio Torres
Devant e, no ato da compra, foi fixado o preço do imóvel em R$368.022,95, sendo, assim, ajustada a
forma de pagamento: sinal de R$50.000,00, por transferência bancária; R$40.842,52, via utilização de
FGTS; o restante seria objeto de financiamento pelo Banco do Brasil.

Relatam que, na ocasião, também, foi firmado que o imóvel seria entregue, no máximo, em
março/2019, contudo a entrega das chaves ocorreu, somente, em novembro/2019.

Afirmam que, em se tratando de um negócio de complexidade, esperavam que a vendedora apresentasse


os documentos necessários ao financiamento e saque do FGTS, tendo em vista a experiência da
empresa, que trabalha com isso diariamente. Entretanto, não foi isso o que aconteceu, pois, demonstrando
amadorismo e/ou falta de interesse, o processo de financiamento não teve andamento pelas requeridas
entre dezembro/2018 e janeiro/2019, sendo encaminhados os primeiros documentos à instituição
financeira apenas em fevereiro/2019; não obstante tenham realizado sua parte do trato, aprovando
cadastro para financiamento com o Banco do Brasil.

Alegam que o envio de documentos se deu após grande chateação e cobrança por providências do
requerente, que, em fevereiro/2019, teve de reclamar e pedir a intervenção de outra pessoa da requerida
para que encaminhasse corretamente os documentos necessários para o financiamento.

Aduzem que o processo demorou, sendo fechado o dossiê com todos os documentos preliminares para a
formação do contrato de financiamento, somente, ao final de abril/2019. Ato contínuo, iniciou-se impasse
quanto à valores devidos pelo atraso do financiamento do imóvel, a título de juros e correção monetária e,
após discussões de valores, o contrato foi assinado em junho/2019.

Relatam que, a partir de então, passou-se a novos impasses da construtora, para que o imóvel fosse
liberado para registro em cartório, como a necessidade de liberação do imóvel por interveniente quitante
das requeridas. Essa foi a razão para que a posse do imóvel, apenas, tenha sido concluída em
novembro/2019, após novas reclamações do requerente.

Afirmam que outro fato importante é que a compra do imóvel se deu sem a intervenção de qualquer
corretor ou empresa de corretagem, isso porque já tinha conhecimento acerca do empreendimento, de
forma que as requeridas foram contactadas apenas para a formalização do negócio e encaminhamento de
dados bancários, para pagamento do valor referente a entrada. Todavia, foi imposto o pagamento de taxas
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

não especificadas, como forma de serviço de intermediação, direcionada à conta da imobiliária e à conta
de funcionário dessa – Sr. Romulo Figueiredo Donza - valores esses que não foram considerados como
parte do pagamento do imóvel, causando consideráveis danos.

Alegam que não deram ensejo ao atraso na entrega do imóvel, que foi ocasionado pelas requeridas, além
de ter sido cobrada uma taxa indevida de intermediação não especificada e não existente.

Aduzem que sofreram danos morais pela demora na entrega do apartamento, além de danos materiais
pela necessidade pagamento do IPTU de ano-base 2019; cotas condominiais do imóvel, referentes a
períodos anteriores à posse do imóvel; lucros cessantes devido ao atraso na entrega das chaves; bem
como danos materiais pelos valores pagos a título de indevida cobrança de taxa de intermediação.

Requereram indenização por danos materiais: 1) com base na inversão da multa contratual outrora
imposta ao consumidor pelo atraso na entrega das chaves, no valor de R$36.802,29, ou, subsidiariamente,
no valor de R$7.020,74, conforme melhor se compreender acerca da base de cálculo; 2) R$1.500,00,
referente a cotas condominiais; 3) R$ 2.407,63 referente ao IPTU de período que não ocupava o imóvel; 4)
lucros cessantes pelo atraso na entrega das chaves em R$ 14.720,91; 5) R$ 12.805,05 a cobrança
indevida a título de serviços de intermediação ou subsidiariamente, a consideração de que o importe de
R$ 1.829,14 direcionado à funcionário da requerida se tratava de SATI; bem como indenização por danos
morais, no valor de R$ 10.000,00.

Em contestação, os requeridos alegam a ilegitimidade da Construtora Leal Moreira Ltda. para figurar no
polo passivo, uma vez que não integrou a relação contratual em litígio, pois o Compromisso de Compra e
Venda foi assinado pelos requerentes e a Filadélfia Incorporadora Ltda., que é pessoa jurídica distinta da
Construtora Leal Moreira Ltda.

Afirmam que a requerida Filadélfia Incorporadora Ltda. é a única responsável pelo empreendimento e a
Construtora não participou da relação contratual que alienou o imóvel e, muito menos, realizou a
incorporação do empreendimento.

Aduzem que a referida construtora possui somente participação no capital da incorporadora e, como sócia,
não poderia ser afetada pelos efeitos das obrigações contraídas pela sociedade, se não comprovados os
requisitos necessários para a desconsideração da personalidade jurídica.

Alegam serem incongruentes as informações da petição inicial, eis que os requerentes solicitaram a
documentação para realizar o financiamento em 23.01.2019 (ID 18071974) e o seu setor de
relacionamento enviou toda a documentação necessária em 21.02.2019 (ID 18071974); antes do prazo
final para a entrega do empreendimento, nos termos da cláusula 10.1.1 (ID 18045884).

Afirmam que, em 21.12.2018, os autores efetuaram a assinatura do Contrato de Compromisso de Venda e


Compra (ID 18045883); não merecendo prosperar a alegação que de que as empresas necessitaram do
período de dezembro/2018 a janeiro2019 para entregar a documentação, demonstrando má fé processual
dos requerentes, pois não seria possível entregar a documentação em dezembro/2018, uma vez que
contrato foi assinado, quando faltavam nove dias para que o mês fosse finalizado.

Aduzem que o financiamento bancário não foi obstado, em razão de desídia das empresas, pois
promoveram a entrega da documentação em 21.02.2019 (ID 18071974), ou seja, antes do prazo
contratual para entrega da unidade autônoma. Contudo, é facilmente verificado nos e-mails juntados no ID
18071967, que os requerentes tiveram contratempos com a instituição financeira e, por isso, solicitaram
nova declaração, a qual já havia sido enviada anteriormente.

Alegam que os requerentes receberam toda a documentação para finalizar o financiamento em 21.02.2019
(ID 18071974) e, somente, contactaram as requeridas, novamente, em 31.05.2019 (ID 1807196), quando
informaram os referidos contratempos com a instituição financeira; sendo fácil entender que os problemas,
no procedimento administrativo do financiamento bancário, ocorreram entre os requerentes e instituição
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

financeira, sem que tenham cometido qualquer ato que gerasse o atraso.

Relatam que os requerentes entraram em contato com as empresas em 01.07.2019 (ID 18071978) e
afirmaram que o contrato de financiamento ficou pronto em 28.06.2019, motivo pelo qual somente
iniciaram trâmites administrativos junto ao cartório em agosto/2019.

Aduzem a inexistência de ato ilícito, pois não violaram qualquer cláusula contratual que envolva a entrega
da unidade autônoma, conforme acima relatado; não existindo, assim, o inadimplemento contratual que
enseje a condenação das requeridas ao pagamento da multa moratória estipulada em cláusula penal e,
somado isto, também, inexiste fato gerador que justifique a condenação a título de lucros cessantes.

Afirmam que os requerentes pleiteiam a condenação das requeridas ao pagamento da multa contratual
prevista aos promitentes compradores, ou seja, estes requerem a inversão da cláusula penal 11.1. (ID
n°18045884, pg. 22), bem como requerem o pagamento de lucros cessantes. Entretanto, não merecer
prosperar o referido pleito, dado que tal pedido não está em conformidade com a mais nova jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça, a qual estabeleceu que é proibido cumular lucros cessantes com cláusula
penal moratória (Tema 970, STJ); bem como firmou que havendo cláusula penal, apenas, em desfavor aos
compradores, caso haja inadimplemento da vendedora, deverá esta ser utilizada com o parâmetro
indenizatório.

Alegam a inaplicabilidade do Tema 971, STJ, em razão do instrumento pactuado entre as partes prever
que a incorporadora deverá pagar multa moratória, caso ultrapasse prazo de tolerância.

Aduzem que a Cláusula 11.1.1, “a” do Contrato de Promessa de Compra e Venda prevê o pagamento de
multa moratória, que deve ser utilizada como mecanismo indenizatório, em razão da inadimplência do
referido ajuste, prestigiando o princípio da mínima intervenção contratual.

Requereram que o montante de R$595,13, que foi calculado nos termos da multa moratória da Cláusula
11.1.1, “a” seja abatido do saldo devedor dos requerentes, nos termos da Cláusula 11.1.2.

Afirmam a impossibilidade de restituição dos valores pagos a título de comissão de corretagem, em face
da legalidade da cobrança, ressaltando haver previsão dessa obrigação de pagar no Código Civil e a
jurisprudência do STJ ter estipulado que o repasse da taxa de corretagem ao promitente comprador é
devido.

Alegam que os requerentes assinaram a carta proposta, a qual prevê o pagamento da referida taxa de
corretagem, de forma que possuíam ciência da cobrança, bem como se vincularam ao seu pagamento
quando assinaram o documento.

Ressaltam que o referido documento demonstra a base definitiva do futuro ajuste, por isso, servindo como
elemento para formação do contrato, e os requerentes ratificaram a carta proposta, quando assinaram o
Contrato de Promessa de Compra e Venda; não havendo que se falar em cobrança indevida.

Em relação ao pedido de restituição dos valores pagos a título de taxa condominial e IPTU, aduzem que,
somente, houve atraso na entrega da unidade autônoma, em razão dos problemas administrativos que
ocorreram entre os requerentes e a instituição financeira e, por isso, não cabe a restituição de qualquer
valor a título de taxa condominial e IPTU. A obrigação de adimplir as taxas condominiais e o referido
imposto detém natureza propter rem, ou seja, ela acompanha o imóvel, desde a sua efetiva entrega, a qual
foi formalizada com o termo de entrega das chaves em 20.11.2019

Argumentam que os débitos anteriores à entrega do termo de chaves são transferidos ao adquirente, visto
que incumbe a esse o ônus de averiguar as reais condições do imóvel, antes de sua aquisição, a fim de se
resguardar de transtornos futuros, exigindo a quitação de débitos pelo promitente vendedor, antes de
concluído o negócio jurídico. Portanto, surge a necessidade do comprador do imóvel, por se tratar de
obrigações propter rem e a luz do princípio da ambulatoriedade, transferir todas as obrigações que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

versarem sobre o bem ainda, que sejam essas obrigações onerosas.

Afirmam que os requerentes são os responsáveis pelo pagamento das taxas condominiais e do referido
imposto, sendo, totalmente, descabida a referida cobrança, visto que as chaves do imóvel foram entregues
em 20.11.2019 (ID 18044918).

Alegam a inexistência de dano moral, uma vez que sequer cometeram qualquer ato ilícito e não consta,
nos autos, nenhuma comprovação de que os requerentes tiveram dano ocasionado à honra, à imagem e à
moral. Pelo contrário, vislumbra-se, nitidamente, que há uma quebra de expectativa dos consumidores, os
quais passaram por problemas administrativos com a instituição financeira para conseguir o financiamento
bancário.

Éo relatório das alegações das partes.

Inicialmente, os requeridos alegam que a Construtora Leal Moreira Ltda. é parte ilegítima, contudo tal
argumento não merece prosperar, eis que nos termos da legislação consumerista e de acordo com a
teoria da aparência, aos olhos do consumidor existe apenas uma empresa denominada Leal Moreira,
conforme se verifica na Carta Proposta para aquisição de imóvel.

Nesses casos é imprescindível que a teoria da aparência seja aplicada, mantendo-se, com isso, uma
situação que, embora não seja a real, assim se apresenta em relação a uma das partes.

De fato, quando o consumidor contratou junto à empresa requerida, o fez com a convicção que estava
tratando com a Construtora Leal Moreira Ltda., ressaltando que todas as tratativas no trâmite do
financiamento foram realizadas com essa.

Caso o entendimento fosse diverso, o autor poderia ser alvo de manobras abusivas por parte das pessoas
jurídicas envolvidas, em total afronta ao art. 6° do Código de Defesa do Consumidor.

Assim, rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva arguida e passo a analisar o mérito.

Analisando os fatos trazidos, levando em consideração a verossimilhança das alegações e a


hipossuficiência da parte autora, entendo ser necessária a inversão do ônus da prova, em relação às
provas que os autores não têm possibilidade de produzir. Em outras palavras, entendo que a inversão do
ônus da prova deverá ser aplicada tão somente quanto às provas que dependem de produção exclusiva
do fornecedor.

A lide versa sobre relação de consumo disciplinada pelo Código de Defesa do Consumidor, tendo os
requeridos por fornecedores e os autores por consumidores. Nesta esteira, a responsabilidade do
fornecedor, por danos e prejuízos causados ao consumidor, é objetiva, conforme disposto no CDC.

No caso vertente, é fato incontroverso que os autores firmaram contrato com os requeridos para aquisição
do imóvel, em 21.12.2018, sendo a entrega prevista para março/2019, já incluído o prazo de tolerância.

Do mesmo modo, restou incontroverso que a entrega do imóvel foi efetivada no mês de novembro/2019.

Cumpre ressaltar que o atraso da entrega não se refere ao retardamento de finalização da obra, mas,
conforme argumentaram os autores, o atraso da entrega do imóvel foi decorrente da demora nos trâmites
do financiamento e registro.

Os autores alegam que o atraso na entrega decorreu da inércia dos requeridos em providenciar os
documentos necessários para o financiamento, sendo, ainda, cobrados indevidamente de comissão de
corretagem, bem como taxas condominiais e IPTU.
770
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Por sua vez, os requeridos alegam que o atraso se deu por contratempos com a instituição que financiaria
o imóvel, sendo devidos os valores cobrados a título de corretagem, IPTU e condomínio.

Após a instrução processual, este Juízo restou convencido que o atraso da entrega do imóvel não
decorreu de forma decisiva por ato comissivo ou omissivo das requeridas, eis que houve diversos fatores
para tanto, inclusive fatores comuns em compra e venda de imóvel, além de circunstâncias decorrente da
instituição financeira, que financiou o imóvel. Contudo, restou claro que as empresas rés contribuíram
parcialmente para o atraso, mais especificamente, no mês de janeiro/2019, eis que não há nos autos
nenhuma indicação de que as empresas disponibilizaram os documentos para tramitação do
financiamento; sendo possível vislumbrar uma certa negligência dessas em relação ao negócio.

No que concerne à alegação de que houve atraso, em razão de novos impasses da construtora para que o
imóvel fosse liberado para registro em cartório, como a necessidade de liberação do imóvel por
interveniente quitante das requeridas, entendo que os requerentes tinham ciência da necessidade de
liberação, pois havia previsão no contrato para tanto, sendo certo que os trâmites, em registro de imóveis,
requerem um certo lapso temporal.

Assim, por tudo o que nos autos consta, entendo que houve falha dos requeridos, devendo haver
reparação pelos danos causados, na proporção de sua má qualidade.

No que concerne ao pedido de lucros cessantes e multa contratual invertida, verifico que não podem ser
cumulativos, conforme Tema 970 do STJ. Também, não merecem prosperar os pedidos, em razão da
existência da Cláusula 11.1.1 do contrato e com fundamento no Tema 971 do STJ.

Contudo, observo que a Claúsula 11.1.1 não apresenta equivalência com o valor locativo do
imóvel, considerando o disposto no Tema 970 1 , pois o percentual de 0,2% ainda que aplicado no
montante total do imóvel equivale a R$ 736,04, em valor significativamente inferior ao valor locativo médio
de R$ 2.599,002.

Assim, verifico ser abusivo o percentual determinado na referida cláusula em detrimento ao consumidor,
motivo pelo qual a multa a ser paga deverá ser equivalente ao valor locativo de um mês, no montante de
R$ 2.599,00, em consonância ao Tema 970.

Em relação às despesas condominiais, verifico ser pacífico na Jurisprudência, que essas são devidas a
partir da entrega das chaves, que ocorreram no mês de novembro/2019, sendo devidos aos autores o
valor de R$ 944,80, referente aos meses de setembro e outubro/2019, mais fundo de reserva e taxa extra
AGE 18/06.

Em relação ao IPTU, vislumbro ser devido proporcionalmente pelas partes, devendo o valor total de R$
2.280,66 ser dividido em 12 meses, sendo devido pelos requeridos 10 meses (janeiro a outubro), o que
equivale a R$ 1.900,55.

No que concerne a taxa de intermediação ou corretagem, verifico que esse é devida, eis que restou claro,
desde dezembro/2018, quando as partes assinaram a Carta proposta, acerca da existência de
intermediação, inclusive os autores realizaram depósitos distintos ao da incorporadora, sendo pacífico tal
entendimento conforme RESP 1.599511/SP, que decidiu, em suma, pela validade da cláusula contratual,
que transfere ao promitente-comprador a obrigação de pagar a comissão de corretagem, nos contratos de
promessa de compra e venda de unidade autônoma, em regime de incorporação imobiliária, desde que
previamente informado o preço total da aquisição da unidade autônoma, com o destaque do valor da
comissão de corretagem; o que ocorreu no caso.

No que concerne aos danos morais, na aplicação da responsabilidade objetiva, como in casu, para que
haja o dever de indenizar é irrelevante a conduta do agente (culpa ou dolo), bastando à existência do dano
e o nexo de causalidade entre o fato e o dano.
771
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O ato lesivo, praticado pelo réu, impõe ao mesmo o dever de reparar o dano. Logo, configurada a
responsabilidade civil, visto que devidamente demonstrado o nexo causal entre a conduta praticada e o
fato lesivo, impõe-se ao réu o dever de indenizar.

Entendo que os aborrecimentos e decepções sofridos pelos autores, decorrente da compra o imóvel, com
atraso na entrega por negligência em parte das empresas rés e o inadimplemento de taxas condominiais e
IPTU, ultrapassaram o mero dissabor, resultando em perturbação de espírito com intensidade suficiente a
configurar dano moral.

Tais fatos indubitavelmente afetaram a tranquilidade cotidiana dos autores, de forma a ultrapassar o limite
do tolerável, ensejando compensação.

A lei civil estabelece que a indenização por danos morais é compensatória e deve ser arbitrada pelo
magistrado, atendendo-se aos fins sociais a que a lei se destina, mediante a análise equitativa das
circunstâncias do caso concreto.

Desse modo, versando a causa sobre relação de consumo, os princípios que informam o sistema especial
de proteção e defesa do consumidor devem ser considerados, a fim de que o valor da indenização por
danos morais tenha caráter tríplice, ou seja, punitivo, em relação ao agente que viola a norma jurídica;
compensatório, em relação à vítima, que tem direito ao recebimento de quantia que lhe compense a
angústia e humilhação pelo abalo sofrido; e educativo, no sentido de incentivar o condenado a evitar a
prática de condutas análogas, que venham prejudicar outros consumidores.

Ao realizar a presente tarefa arbitral, levo em consideração o fator pedagógico e inibidor de conduta similar
por parte da reclamada, pois esta deve respeitar as normas previstas no Código de Proteção e Defesa do
Consumidor, organizando-se adequadamente e primando pela qualidade dos produtos e serviços.

Busco posicionar o quantum indenizatório num patamar equânime que não empobreça demasiadamente a
reclamada inviabilizando sua atividade, mas que desestimule condutas análogas, sem constituir
enriquecimento absurdo para o autor.

Desse modo, concluo que o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para ambos os autores, sendo R$
4.000,00 (quatro mil reais) para cada um dos autores, atende aos parâmetros legais para fixação do
quantum indenizatório no presente caso concreto.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO, extinguindo o processo com


resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC, para condenar solidariamente os requeridos
FILADELFIA INCORPORADORA LTDA e CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA. ao pagamento de
R$ 5.444,35 (cinco mil, quatrocentos e quarenta e quatro reais e trinta e cinco
centavos) aos autores RAIKA TESSY SOUSA CAVALCANTE DOURADO e MICHEL SILVA DOURADO,
por danos materiais, corrigido monetariamente pelo INPC/IBGE, a partir de novembro/2019, acrescido de
juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação; bem como condenar os requeridos ao pagamento
de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para compensar danos morais, corrigido monetariamente pelo INPC/IBGE,
a partir da presente data, acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Certificado o trânsito em julgado, intime-se a parte sucumbente para cumprimento voluntário da sentença,
no prazo de 15 dias, sob pena de incidência da multa de 10% do §1º do art. 523 do CPC, devendo a guia
para pagamento voluntário ter como vencimento o prazo de 15 dias, contado da intimação consumada
para cumprimento da sentença. Os valores deverão ser pagos através de depósito judicial junto ao
BANPARÁ.

Belém, 29 de julho de 2021


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito

1 Tema 970: “A cláusula penal moratória tem a finalidade de indenizar pelo adimplemento tardio da
obrigação, e, em regra, estabelecida em valor equivalente ao locativo, afasta-se sua cumulação com
lucros cessantes.” (grifo nosso).

2https://pa.olx.com.br/regiao-de-belem/imoveis/-aluguel-no-torres-devant-68m-905296616

https://pa.olx.com.br/regiao-de-belem/imoveis/excelente-oportunidade-de-aluguel-no-torres-devant-2-4-
905278533

https://pa.olx.com.br/regiao-de-belem/imoveis/alugaa-se-maravilhoso-apto-2-4-torres-devant-pedreira-
903426139 (Dados acessados em 22.07.2021)

Número do processo: 0836781-93.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAIKA TESSY SOUSA


CAVALCANTE DOURADO Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO GARCIA OLIVEIRA MEIRA
OAB: 30076/PA Participação: RECLAMANTE Nome: MICHEL SILVA DOURADO Participação:
ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO GARCIA OLIVEIRA MEIRA OAB: 30076/PA Participação: REU
Nome: FILADELFIA INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: REU Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

Processo n° 0836781-93.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da Lei n° 9.099/95.

Ratifico o cancelamento da audiência e procedo ao julgamento antecipado da lide, em razão dos pedidos
ID 25587679 e ID 25618094.

Os requerentes alegam que adquiriram a unidade habitacional 604-A, Torre Oeste, no Condomínio Torres
Devant e, no ato da compra, foi fixado o preço do imóvel em R$368.022,95, sendo, assim, ajustada a
forma de pagamento: sinal de R$50.000,00, por transferência bancária; R$40.842,52, via utilização de
FGTS; o restante seria objeto de financiamento pelo Banco do Brasil.

Relatam que, na ocasião, também, foi firmado que o imóvel seria entregue, no máximo, em
março/2019, contudo a entrega das chaves ocorreu, somente, em novembro/2019.

Afirmam que, em se tratando de um negócio de complexidade, esperavam que a vendedora apresentasse


os documentos necessários ao financiamento e saque do FGTS, tendo em vista a experiência da
empresa, que trabalha com isso diariamente. Entretanto, não foi isso o que aconteceu, pois, demonstrando
amadorismo e/ou falta de interesse, o processo de financiamento não teve andamento pelas requeridas
entre dezembro/2018 e janeiro/2019, sendo encaminhados os primeiros documentos à instituição
financeira apenas em fevereiro/2019; não obstante tenham realizado sua parte do trato, aprovando
cadastro para financiamento com o Banco do Brasil.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Alegam que o envio de documentos se deu após grande chateação e cobrança por providências do
requerente, que, em fevereiro/2019, teve de reclamar e pedir a intervenção de outra pessoa da requerida
para que encaminhasse corretamente os documentos necessários para o financiamento.

Aduzem que o processo demorou, sendo fechado o dossiê com todos os documentos preliminares para a
formação do contrato de financiamento, somente, ao final de abril/2019. Ato contínuo, iniciou-se impasse
quanto à valores devidos pelo atraso do financiamento do imóvel, a título de juros e correção monetária e,
após discussões de valores, o contrato foi assinado em junho/2019.

Relatam que, a partir de então, passou-se a novos impasses da construtora, para que o imóvel fosse
liberado para registro em cartório, como a necessidade de liberação do imóvel por interveniente quitante
das requeridas. Essa foi a razão para que a posse do imóvel, apenas, tenha sido concluída em
novembro/2019, após novas reclamações do requerente.

Afirmam que outro fato importante é que a compra do imóvel se deu sem a intervenção de qualquer
corretor ou empresa de corretagem, isso porque já tinha conhecimento acerca do empreendimento, de
forma que as requeridas foram contactadas apenas para a formalização do negócio e encaminhamento de
dados bancários, para pagamento do valor referente a entrada. Todavia, foi imposto o pagamento de taxas
não especificadas, como forma de serviço de intermediação, direcionada à conta da imobiliária e à conta
de funcionário dessa – Sr. Romulo Figueiredo Donza - valores esses que não foram considerados como
parte do pagamento do imóvel, causando consideráveis danos.

Alegam que não deram ensejo ao atraso na entrega do imóvel, que foi ocasionado pelas requeridas, além
de ter sido cobrada uma taxa indevida de intermediação não especificada e não existente.

Aduzem que sofreram danos morais pela demora na entrega do apartamento, além de danos materiais
pela necessidade pagamento do IPTU de ano-base 2019; cotas condominiais do imóvel, referentes a
períodos anteriores à posse do imóvel; lucros cessantes devido ao atraso na entrega das chaves; bem
como danos materiais pelos valores pagos a título de indevida cobrança de taxa de intermediação.

Requereram indenização por danos materiais: 1) com base na inversão da multa contratual outrora
imposta ao consumidor pelo atraso na entrega das chaves, no valor de R$36.802,29, ou, subsidiariamente,
no valor de R$7.020,74, conforme melhor se compreender acerca da base de cálculo; 2) R$1.500,00,
referente a cotas condominiais; 3) R$ 2.407,63 referente ao IPTU de período que não ocupava o imóvel; 4)
lucros cessantes pelo atraso na entrega das chaves em R$ 14.720,91; 5) R$ 12.805,05 a cobrança
indevida a título de serviços de intermediação ou subsidiariamente, a consideração de que o importe de
R$ 1.829,14 direcionado à funcionário da requerida se tratava de SATI; bem como indenização por danos
morais, no valor de R$ 10.000,00.

Em contestação, os requeridos alegam a ilegitimidade da Construtora Leal Moreira Ltda. para figurar no
polo passivo, uma vez que não integrou a relação contratual em litígio, pois o Compromisso de Compra e
Venda foi assinado pelos requerentes e a Filadélfia Incorporadora Ltda., que é pessoa jurídica distinta da
Construtora Leal Moreira Ltda.

Afirmam que a requerida Filadélfia Incorporadora Ltda. é a única responsável pelo empreendimento e a
Construtora não participou da relação contratual que alienou o imóvel e, muito menos, realizou a
incorporação do empreendimento.

Aduzem que a referida construtora possui somente participação no capital da incorporadora e, como sócia,
não poderia ser afetada pelos efeitos das obrigações contraídas pela sociedade, se não comprovados os
requisitos necessários para a desconsideração da personalidade jurídica.

Alegam serem incongruentes as informações da petição inicial, eis que os requerentes solicitaram a
documentação para realizar o financiamento em 23.01.2019 (ID 18071974) e o seu setor de
relacionamento enviou toda a documentação necessária em 21.02.2019 (ID 18071974); antes do prazo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

final para a entrega do empreendimento, nos termos da cláusula 10.1.1 (ID 18045884).

Afirmam que, em 21.12.2018, os autores efetuaram a assinatura do Contrato de Compromisso de Venda e


Compra (ID 18045883); não merecendo prosperar a alegação que de que as empresas necessitaram do
período de dezembro/2018 a janeiro2019 para entregar a documentação, demonstrando má fé processual
dos requerentes, pois não seria possível entregar a documentação em dezembro/2018, uma vez que
contrato foi assinado, quando faltavam nove dias para que o mês fosse finalizado.

Aduzem que o financiamento bancário não foi obstado, em razão de desídia das empresas, pois
promoveram a entrega da documentação em 21.02.2019 (ID 18071974), ou seja, antes do prazo
contratual para entrega da unidade autônoma. Contudo, é facilmente verificado nos e-mails juntados no ID
18071967, que os requerentes tiveram contratempos com a instituição financeira e, por isso, solicitaram
nova declaração, a qual já havia sido enviada anteriormente.

Alegam que os requerentes receberam toda a documentação para finalizar o financiamento em 21.02.2019
(ID 18071974) e, somente, contactaram as requeridas, novamente, em 31.05.2019 (ID 1807196), quando
informaram os referidos contratempos com a instituição financeira; sendo fácil entender que os problemas,
no procedimento administrativo do financiamento bancário, ocorreram entre os requerentes e instituição
financeira, sem que tenham cometido qualquer ato que gerasse o atraso.

Relatam que os requerentes entraram em contato com as empresas em 01.07.2019 (ID 18071978) e
afirmaram que o contrato de financiamento ficou pronto em 28.06.2019, motivo pelo qual somente
iniciaram trâmites administrativos junto ao cartório em agosto/2019.

Aduzem a inexistência de ato ilícito, pois não violaram qualquer cláusula contratual que envolva a entrega
da unidade autônoma, conforme acima relatado; não existindo, assim, o inadimplemento contratual que
enseje a condenação das requeridas ao pagamento da multa moratória estipulada em cláusula penal e,
somado isto, também, inexiste fato gerador que justifique a condenação a título de lucros cessantes.

Afirmam que os requerentes pleiteiam a condenação das requeridas ao pagamento da multa contratual
prevista aos promitentes compradores, ou seja, estes requerem a inversão da cláusula penal 11.1. (ID
n°18045884, pg. 22), bem como requerem o pagamento de lucros cessantes. Entretanto, não merecer
prosperar o referido pleito, dado que tal pedido não está em conformidade com a mais nova jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça, a qual estabeleceu que é proibido cumular lucros cessantes com cláusula
penal moratória (Tema 970, STJ); bem como firmou que havendo cláusula penal, apenas, em desfavor aos
compradores, caso haja inadimplemento da vendedora, deverá esta ser utilizada com o parâmetro
indenizatório.

Alegam a inaplicabilidade do Tema 971, STJ, em razão do instrumento pactuado entre as partes prever
que a incorporadora deverá pagar multa moratória, caso ultrapasse prazo de tolerância.

Aduzem que a Cláusula 11.1.1, “a” do Contrato de Promessa de Compra e Venda prevê o pagamento de
multa moratória, que deve ser utilizada como mecanismo indenizatório, em razão da inadimplência do
referido ajuste, prestigiando o princípio da mínima intervenção contratual.

Requereram que o montante de R$595,13, que foi calculado nos termos da multa moratória da Cláusula
11.1.1, “a” seja abatido do saldo devedor dos requerentes, nos termos da Cláusula 11.1.2.

Afirmam a impossibilidade de restituição dos valores pagos a título de comissão de corretagem, em face
da legalidade da cobrança, ressaltando haver previsão dessa obrigação de pagar no Código Civil e a
jurisprudência do STJ ter estipulado que o repasse da taxa de corretagem ao promitente comprador é
devido.

Alegam que os requerentes assinaram a carta proposta, a qual prevê o pagamento da referida taxa de
corretagem, de forma que possuíam ciência da cobrança, bem como se vincularam ao seu pagamento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

quando assinaram o documento.

Ressaltam que o referido documento demonstra a base definitiva do futuro ajuste, por isso, servindo como
elemento para formação do contrato, e os requerentes ratificaram a carta proposta, quando assinaram o
Contrato de Promessa de Compra e Venda; não havendo que se falar em cobrança indevida.

Em relação ao pedido de restituição dos valores pagos a título de taxa condominial e IPTU, aduzem que,
somente, houve atraso na entrega da unidade autônoma, em razão dos problemas administrativos que
ocorreram entre os requerentes e a instituição financeira e, por isso, não cabe a restituição de qualquer
valor a título de taxa condominial e IPTU. A obrigação de adimplir as taxas condominiais e o referido
imposto detém natureza propter rem, ou seja, ela acompanha o imóvel, desde a sua efetiva entrega, a qual
foi formalizada com o termo de entrega das chaves em 20.11.2019

Argumentam que os débitos anteriores à entrega do termo de chaves são transferidos ao adquirente, visto
que incumbe a esse o ônus de averiguar as reais condições do imóvel, antes de sua aquisição, a fim de se
resguardar de transtornos futuros, exigindo a quitação de débitos pelo promitente vendedor, antes de
concluído o negócio jurídico. Portanto, surge a necessidade do comprador do imóvel, por se tratar de
obrigações propter rem e a luz do princípio da ambulatoriedade, transferir todas as obrigações que
versarem sobre o bem ainda, que sejam essas obrigações onerosas.

Afirmam que os requerentes são os responsáveis pelo pagamento das taxas condominiais e do referido
imposto, sendo, totalmente, descabida a referida cobrança, visto que as chaves do imóvel foram entregues
em 20.11.2019 (ID 18044918).

Alegam a inexistência de dano moral, uma vez que sequer cometeram qualquer ato ilícito e não consta,
nos autos, nenhuma comprovação de que os requerentes tiveram dano ocasionado à honra, à imagem e à
moral. Pelo contrário, vislumbra-se, nitidamente, que há uma quebra de expectativa dos consumidores, os
quais passaram por problemas administrativos com a instituição financeira para conseguir o financiamento
bancário.

Éo relatório das alegações das partes.

Inicialmente, os requeridos alegam que a Construtora Leal Moreira Ltda. é parte ilegítima, contudo tal
argumento não merece prosperar, eis que nos termos da legislação consumerista e de acordo com a
teoria da aparência, aos olhos do consumidor existe apenas uma empresa denominada Leal Moreira,
conforme se verifica na Carta Proposta para aquisição de imóvel.

Nesses casos é imprescindível que a teoria da aparência seja aplicada, mantendo-se, com isso, uma
situação que, embora não seja a real, assim se apresenta em relação a uma das partes.

De fato, quando o consumidor contratou junto à empresa requerida, o fez com a convicção que estava
tratando com a Construtora Leal Moreira Ltda., ressaltando que todas as tratativas no trâmite do
financiamento foram realizadas com essa.

Caso o entendimento fosse diverso, o autor poderia ser alvo de manobras abusivas por parte das pessoas
jurídicas envolvidas, em total afronta ao art. 6° do Código de Defesa do Consumidor.

Assim, rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva arguida e passo a analisar o mérito.

Analisando os fatos trazidos, levando em consideração a verossimilhança das alegações e a


hipossuficiência da parte autora, entendo ser necessária a inversão do ônus da prova, em relação às
provas que os autores não têm possibilidade de produzir. Em outras palavras, entendo que a inversão do
ônus da prova deverá ser aplicada tão somente quanto às provas que dependem de produção exclusiva
do fornecedor.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A lide versa sobre relação de consumo disciplinada pelo Código de Defesa do Consumidor, tendo os
requeridos por fornecedores e os autores por consumidores. Nesta esteira, a responsabilidade do
fornecedor, por danos e prejuízos causados ao consumidor, é objetiva, conforme disposto no CDC.

No caso vertente, é fato incontroverso que os autores firmaram contrato com os requeridos para aquisição
do imóvel, em 21.12.2018, sendo a entrega prevista para março/2019, já incluído o prazo de tolerância.

Do mesmo modo, restou incontroverso que a entrega do imóvel foi efetivada no mês de novembro/2019.

Cumpre ressaltar que o atraso da entrega não se refere ao retardamento de finalização da obra, mas,
conforme argumentaram os autores, o atraso da entrega do imóvel foi decorrente da demora nos trâmites
do financiamento e registro.

Os autores alegam que o atraso na entrega decorreu da inércia dos requeridos em providenciar os
documentos necessários para o financiamento, sendo, ainda, cobrados indevidamente de comissão de
corretagem, bem como taxas condominiais e IPTU.

Por sua vez, os requeridos alegam que o atraso se deu por contratempos com a instituição que financiaria
o imóvel, sendo devidos os valores cobrados a título de corretagem, IPTU e condomínio.

Após a instrução processual, este Juízo restou convencido que o atraso da entrega do imóvel não
decorreu de forma decisiva por ato comissivo ou omissivo das requeridas, eis que houve diversos fatores
para tanto, inclusive fatores comuns em compra e venda de imóvel, além de circunstâncias decorrente da
instituição financeira, que financiou o imóvel. Contudo, restou claro que as empresas rés contribuíram
parcialmente para o atraso, mais especificamente, no mês de janeiro/2019, eis que não há nos autos
nenhuma indicação de que as empresas disponibilizaram os documentos para tramitação do
financiamento; sendo possível vislumbrar uma certa negligência dessas em relação ao negócio.

No que concerne à alegação de que houve atraso, em razão de novos impasses da construtora para que o
imóvel fosse liberado para registro em cartório, como a necessidade de liberação do imóvel por
interveniente quitante das requeridas, entendo que os requerentes tinham ciência da necessidade de
liberação, pois havia previsão no contrato para tanto, sendo certo que os trâmites, em registro de imóveis,
requerem um certo lapso temporal.

Assim, por tudo o que nos autos consta, entendo que houve falha dos requeridos, devendo haver
reparação pelos danos causados, na proporção de sua má qualidade.

No que concerne ao pedido de lucros cessantes e multa contratual invertida, verifico que não podem ser
cumulativos, conforme Tema 970 do STJ. Também, não merecem prosperar os pedidos, em razão da
existência da Cláusula 11.1.1 do contrato e com fundamento no Tema 971 do STJ.

Contudo, observo que a Claúsula 11.1.1 não apresenta equivalência com o valor locativo do
imóvel, considerando o disposto no Tema 970 1 , pois o percentual de 0,2% ainda que aplicado no
montante total do imóvel equivale a R$ 736,04, em valor significativamente inferior ao valor locativo médio
de R$ 2.599,002.

Assim, verifico ser abusivo o percentual determinado na referida cláusula em detrimento ao consumidor,
motivo pelo qual a multa a ser paga deverá ser equivalente ao valor locativo de um mês, no montante de
R$ 2.599,00, em consonância ao Tema 970.

Em relação às despesas condominiais, verifico ser pacífico na Jurisprudência, que essas são devidas a
partir da entrega das chaves, que ocorreram no mês de novembro/2019, sendo devidos aos autores o
valor de R$ 944,80, referente aos meses de setembro e outubro/2019, mais fundo de reserva e taxa extra
AGE 18/06.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em relação ao IPTU, vislumbro ser devido proporcionalmente pelas partes, devendo o valor total de R$
2.280,66 ser dividido em 12 meses, sendo devido pelos requeridos 10 meses (janeiro a outubro), o que
equivale a R$ 1.900,55.

No que concerne a taxa de intermediação ou corretagem, verifico que esse é devida, eis que restou claro,
desde dezembro/2018, quando as partes assinaram a Carta proposta, acerca da existência de
intermediação, inclusive os autores realizaram depósitos distintos ao da incorporadora, sendo pacífico tal
entendimento conforme RESP 1.599511/SP, que decidiu, em suma, pela validade da cláusula contratual,
que transfere ao promitente-comprador a obrigação de pagar a comissão de corretagem, nos contratos de
promessa de compra e venda de unidade autônoma, em regime de incorporação imobiliária, desde que
previamente informado o preço total da aquisição da unidade autônoma, com o destaque do valor da
comissão de corretagem; o que ocorreu no caso.

No que concerne aos danos morais, na aplicação da responsabilidade objetiva, como in casu, para que
haja o dever de indenizar é irrelevante a conduta do agente (culpa ou dolo), bastando à existência do dano
e o nexo de causalidade entre o fato e o dano.

O ato lesivo, praticado pelo réu, impõe ao mesmo o dever de reparar o dano. Logo, configurada a
responsabilidade civil, visto que devidamente demonstrado o nexo causal entre a conduta praticada e o
fato lesivo, impõe-se ao réu o dever de indenizar.

Entendo que os aborrecimentos e decepções sofridos pelos autores, decorrente da compra o imóvel, com
atraso na entrega por negligência em parte das empresas rés e o inadimplemento de taxas condominiais e
IPTU, ultrapassaram o mero dissabor, resultando em perturbação de espírito com intensidade suficiente a
configurar dano moral.

Tais fatos indubitavelmente afetaram a tranquilidade cotidiana dos autores, de forma a ultrapassar o limite
do tolerável, ensejando compensação.

A lei civil estabelece que a indenização por danos morais é compensatória e deve ser arbitrada pelo
magistrado, atendendo-se aos fins sociais a que a lei se destina, mediante a análise equitativa das
circunstâncias do caso concreto.

Desse modo, versando a causa sobre relação de consumo, os princípios que informam o sistema especial
de proteção e defesa do consumidor devem ser considerados, a fim de que o valor da indenização por
danos morais tenha caráter tríplice, ou seja, punitivo, em relação ao agente que viola a norma jurídica;
compensatório, em relação à vítima, que tem direito ao recebimento de quantia que lhe compense a
angústia e humilhação pelo abalo sofrido; e educativo, no sentido de incentivar o condenado a evitar a
prática de condutas análogas, que venham prejudicar outros consumidores.

Ao realizar a presente tarefa arbitral, levo em consideração o fator pedagógico e inibidor de conduta similar
por parte da reclamada, pois esta deve respeitar as normas previstas no Código de Proteção e Defesa do
Consumidor, organizando-se adequadamente e primando pela qualidade dos produtos e serviços.

Busco posicionar o quantum indenizatório num patamar equânime que não empobreça demasiadamente a
reclamada inviabilizando sua atividade, mas que desestimule condutas análogas, sem constituir
enriquecimento absurdo para o autor.

Desse modo, concluo que o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para ambos os autores, sendo R$
4.000,00 (quatro mil reais) para cada um dos autores, atende aos parâmetros legais para fixação do
quantum indenizatório no presente caso concreto.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO, extinguindo o processo com


resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC, para condenar solidariamente os requeridos
FILADELFIA INCORPORADORA LTDA e CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA. ao pagamento de
778
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

R$ 5.444,35 (cinco mil, quatrocentos e quarenta e quatro reais e trinta e cinco


centavos) aos autores RAIKA TESSY SOUSA CAVALCANTE DOURADO e MICHEL SILVA DOURADO,
por danos materiais, corrigido monetariamente pelo INPC/IBGE, a partir de novembro/2019, acrescido de
juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação; bem como condenar os requeridos ao pagamento
de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para compensar danos morais, corrigido monetariamente pelo INPC/IBGE,
a partir da presente data, acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Certificado o trânsito em julgado, intime-se a parte sucumbente para cumprimento voluntário da sentença,
no prazo de 15 dias, sob pena de incidência da multa de 10% do §1º do art. 523 do CPC, devendo a guia
para pagamento voluntário ter como vencimento o prazo de 15 dias, contado da intimação consumada
para cumprimento da sentença. Os valores deverão ser pagos através de depósito judicial junto ao
BANPARÁ.

Belém, 29 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito

1 Tema 970: “A cláusula penal moratória tem a finalidade de indenizar pelo adimplemento tardio da
obrigação, e, em regra, estabelecida em valor equivalente ao locativo, afasta-se sua cumulação com
lucros cessantes.” (grifo nosso).

2https://pa.olx.com.br/regiao-de-belem/imoveis/-aluguel-no-torres-devant-68m-905296616

https://pa.olx.com.br/regiao-de-belem/imoveis/excelente-oportunidade-de-aluguel-no-torres-devant-2-4-
905278533

https://pa.olx.com.br/regiao-de-belem/imoveis/alugaa-se-maravilhoso-apto-2-4-torres-devant-pedreira-
903426139 (Dados acessados em 22.07.2021)

Número do processo: 0836781-93.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAIKA TESSY SOUSA


CAVALCANTE DOURADO Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO GARCIA OLIVEIRA MEIRA
OAB: 30076/PA Participação: RECLAMANTE Nome: MICHEL SILVA DOURADO Participação:
ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO GARCIA OLIVEIRA MEIRA OAB: 30076/PA Participação: REU
Nome: FILADELFIA INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: REU Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

Processo n° 0836781-93.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da Lei n° 9.099/95.


779
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ratifico o cancelamento da audiência e procedo ao julgamento antecipado da lide, em razão dos pedidos
ID 25587679 e ID 25618094.

Os requerentes alegam que adquiriram a unidade habitacional 604-A, Torre Oeste, no Condomínio Torres
Devant e, no ato da compra, foi fixado o preço do imóvel em R$368.022,95, sendo, assim, ajustada a
forma de pagamento: sinal de R$50.000,00, por transferência bancária; R$40.842,52, via utilização de
FGTS; o restante seria objeto de financiamento pelo Banco do Brasil.

Relatam que, na ocasião, também, foi firmado que o imóvel seria entregue, no máximo, em
março/2019, contudo a entrega das chaves ocorreu, somente, em novembro/2019.

Afirmam que, em se tratando de um negócio de complexidade, esperavam que a vendedora apresentasse


os documentos necessários ao financiamento e saque do FGTS, tendo em vista a experiência da
empresa, que trabalha com isso diariamente. Entretanto, não foi isso o que aconteceu, pois, demonstrando
amadorismo e/ou falta de interesse, o processo de financiamento não teve andamento pelas requeridas
entre dezembro/2018 e janeiro/2019, sendo encaminhados os primeiros documentos à instituição
financeira apenas em fevereiro/2019; não obstante tenham realizado sua parte do trato, aprovando
cadastro para financiamento com o Banco do Brasil.

Alegam que o envio de documentos se deu após grande chateação e cobrança por providências do
requerente, que, em fevereiro/2019, teve de reclamar e pedir a intervenção de outra pessoa da requerida
para que encaminhasse corretamente os documentos necessários para o financiamento.

Aduzem que o processo demorou, sendo fechado o dossiê com todos os documentos preliminares para a
formação do contrato de financiamento, somente, ao final de abril/2019. Ato contínuo, iniciou-se impasse
quanto à valores devidos pelo atraso do financiamento do imóvel, a título de juros e correção monetária e,
após discussões de valores, o contrato foi assinado em junho/2019.

Relatam que, a partir de então, passou-se a novos impasses da construtora, para que o imóvel fosse
liberado para registro em cartório, como a necessidade de liberação do imóvel por interveniente quitante
das requeridas. Essa foi a razão para que a posse do imóvel, apenas, tenha sido concluída em
novembro/2019, após novas reclamações do requerente.

Afirmam que outro fato importante é que a compra do imóvel se deu sem a intervenção de qualquer
corretor ou empresa de corretagem, isso porque já tinha conhecimento acerca do empreendimento, de
forma que as requeridas foram contactadas apenas para a formalização do negócio e encaminhamento de
dados bancários, para pagamento do valor referente a entrada. Todavia, foi imposto o pagamento de taxas
não especificadas, como forma de serviço de intermediação, direcionada à conta da imobiliária e à conta
de funcionário dessa – Sr. Romulo Figueiredo Donza - valores esses que não foram considerados como
parte do pagamento do imóvel, causando consideráveis danos.

Alegam que não deram ensejo ao atraso na entrega do imóvel, que foi ocasionado pelas requeridas, além
de ter sido cobrada uma taxa indevida de intermediação não especificada e não existente.

Aduzem que sofreram danos morais pela demora na entrega do apartamento, além de danos materiais
pela necessidade pagamento do IPTU de ano-base 2019; cotas condominiais do imóvel, referentes a
períodos anteriores à posse do imóvel; lucros cessantes devido ao atraso na entrega das chaves; bem
como danos materiais pelos valores pagos a título de indevida cobrança de taxa de intermediação.

Requereram indenização por danos materiais: 1) com base na inversão da multa contratual outrora
imposta ao consumidor pelo atraso na entrega das chaves, no valor de R$36.802,29, ou, subsidiariamente,
no valor de R$7.020,74, conforme melhor se compreender acerca da base de cálculo; 2) R$1.500,00,
referente a cotas condominiais; 3) R$ 2.407,63 referente ao IPTU de período que não ocupava o imóvel; 4)
lucros cessantes pelo atraso na entrega das chaves em R$ 14.720,91; 5) R$ 12.805,05 a cobrança
indevida a título de serviços de intermediação ou subsidiariamente, a consideração de que o importe de
780
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

R$ 1.829,14 direcionado à funcionário da requerida se tratava de SATI; bem como indenização por danos
morais, no valor de R$ 10.000,00.

Em contestação, os requeridos alegam a ilegitimidade da Construtora Leal Moreira Ltda. para figurar no
polo passivo, uma vez que não integrou a relação contratual em litígio, pois o Compromisso de Compra e
Venda foi assinado pelos requerentes e a Filadélfia Incorporadora Ltda., que é pessoa jurídica distinta da
Construtora Leal Moreira Ltda.

Afirmam que a requerida Filadélfia Incorporadora Ltda. é a única responsável pelo empreendimento e a
Construtora não participou da relação contratual que alienou o imóvel e, muito menos, realizou a
incorporação do empreendimento.

Aduzem que a referida construtora possui somente participação no capital da incorporadora e, como sócia,
não poderia ser afetada pelos efeitos das obrigações contraídas pela sociedade, se não comprovados os
requisitos necessários para a desconsideração da personalidade jurídica.

Alegam serem incongruentes as informações da petição inicial, eis que os requerentes solicitaram a
documentação para realizar o financiamento em 23.01.2019 (ID 18071974) e o seu setor de
relacionamento enviou toda a documentação necessária em 21.02.2019 (ID 18071974); antes do prazo
final para a entrega do empreendimento, nos termos da cláusula 10.1.1 (ID 18045884).

Afirmam que, em 21.12.2018, os autores efetuaram a assinatura do Contrato de Compromisso de Venda e


Compra (ID 18045883); não merecendo prosperar a alegação que de que as empresas necessitaram do
período de dezembro/2018 a janeiro2019 para entregar a documentação, demonstrando má fé processual
dos requerentes, pois não seria possível entregar a documentação em dezembro/2018, uma vez que
contrato foi assinado, quando faltavam nove dias para que o mês fosse finalizado.

Aduzem que o financiamento bancário não foi obstado, em razão de desídia das empresas, pois
promoveram a entrega da documentação em 21.02.2019 (ID 18071974), ou seja, antes do prazo
contratual para entrega da unidade autônoma. Contudo, é facilmente verificado nos e-mails juntados no ID
18071967, que os requerentes tiveram contratempos com a instituição financeira e, por isso, solicitaram
nova declaração, a qual já havia sido enviada anteriormente.

Alegam que os requerentes receberam toda a documentação para finalizar o financiamento em 21.02.2019
(ID 18071974) e, somente, contactaram as requeridas, novamente, em 31.05.2019 (ID 1807196), quando
informaram os referidos contratempos com a instituição financeira; sendo fácil entender que os problemas,
no procedimento administrativo do financiamento bancário, ocorreram entre os requerentes e instituição
financeira, sem que tenham cometido qualquer ato que gerasse o atraso.

Relatam que os requerentes entraram em contato com as empresas em 01.07.2019 (ID 18071978) e
afirmaram que o contrato de financiamento ficou pronto em 28.06.2019, motivo pelo qual somente
iniciaram trâmites administrativos junto ao cartório em agosto/2019.

Aduzem a inexistência de ato ilícito, pois não violaram qualquer cláusula contratual que envolva a entrega
da unidade autônoma, conforme acima relatado; não existindo, assim, o inadimplemento contratual que
enseje a condenação das requeridas ao pagamento da multa moratória estipulada em cláusula penal e,
somado isto, também, inexiste fato gerador que justifique a condenação a título de lucros cessantes.

Afirmam que os requerentes pleiteiam a condenação das requeridas ao pagamento da multa contratual
prevista aos promitentes compradores, ou seja, estes requerem a inversão da cláusula penal 11.1. (ID
n°18045884, pg. 22), bem como requerem o pagamento de lucros cessantes. Entretanto, não merecer
prosperar o referido pleito, dado que tal pedido não está em conformidade com a mais nova jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça, a qual estabeleceu que é proibido cumular lucros cessantes com cláusula
penal moratória (Tema 970, STJ); bem como firmou que havendo cláusula penal, apenas, em desfavor aos
compradores, caso haja inadimplemento da vendedora, deverá esta ser utilizada com o parâmetro
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

indenizatório.

Alegam a inaplicabilidade do Tema 971, STJ, em razão do instrumento pactuado entre as partes prever
que a incorporadora deverá pagar multa moratória, caso ultrapasse prazo de tolerância.

Aduzem que a Cláusula 11.1.1, “a” do Contrato de Promessa de Compra e Venda prevê o pagamento de
multa moratória, que deve ser utilizada como mecanismo indenizatório, em razão da inadimplência do
referido ajuste, prestigiando o princípio da mínima intervenção contratual.

Requereram que o montante de R$595,13, que foi calculado nos termos da multa moratória da Cláusula
11.1.1, “a” seja abatido do saldo devedor dos requerentes, nos termos da Cláusula 11.1.2.

Afirmam a impossibilidade de restituição dos valores pagos a título de comissão de corretagem, em face
da legalidade da cobrança, ressaltando haver previsão dessa obrigação de pagar no Código Civil e a
jurisprudência do STJ ter estipulado que o repasse da taxa de corretagem ao promitente comprador é
devido.

Alegam que os requerentes assinaram a carta proposta, a qual prevê o pagamento da referida taxa de
corretagem, de forma que possuíam ciência da cobrança, bem como se vincularam ao seu pagamento
quando assinaram o documento.

Ressaltam que o referido documento demonstra a base definitiva do futuro ajuste, por isso, servindo como
elemento para formação do contrato, e os requerentes ratificaram a carta proposta, quando assinaram o
Contrato de Promessa de Compra e Venda; não havendo que se falar em cobrança indevida.

Em relação ao pedido de restituição dos valores pagos a título de taxa condominial e IPTU, aduzem que,
somente, houve atraso na entrega da unidade autônoma, em razão dos problemas administrativos que
ocorreram entre os requerentes e a instituição financeira e, por isso, não cabe a restituição de qualquer
valor a título de taxa condominial e IPTU. A obrigação de adimplir as taxas condominiais e o referido
imposto detém natureza propter rem, ou seja, ela acompanha o imóvel, desde a sua efetiva entrega, a qual
foi formalizada com o termo de entrega das chaves em 20.11.2019

Argumentam que os débitos anteriores à entrega do termo de chaves são transferidos ao adquirente, visto
que incumbe a esse o ônus de averiguar as reais condições do imóvel, antes de sua aquisição, a fim de se
resguardar de transtornos futuros, exigindo a quitação de débitos pelo promitente vendedor, antes de
concluído o negócio jurídico. Portanto, surge a necessidade do comprador do imóvel, por se tratar de
obrigações propter rem e a luz do princípio da ambulatoriedade, transferir todas as obrigações que
versarem sobre o bem ainda, que sejam essas obrigações onerosas.

Afirmam que os requerentes são os responsáveis pelo pagamento das taxas condominiais e do referido
imposto, sendo, totalmente, descabida a referida cobrança, visto que as chaves do imóvel foram entregues
em 20.11.2019 (ID 18044918).

Alegam a inexistência de dano moral, uma vez que sequer cometeram qualquer ato ilícito e não consta,
nos autos, nenhuma comprovação de que os requerentes tiveram dano ocasionado à honra, à imagem e à
moral. Pelo contrário, vislumbra-se, nitidamente, que há uma quebra de expectativa dos consumidores, os
quais passaram por problemas administrativos com a instituição financeira para conseguir o financiamento
bancário.

Éo relatório das alegações das partes.

Inicialmente, os requeridos alegam que a Construtora Leal Moreira Ltda. é parte ilegítima, contudo tal
argumento não merece prosperar, eis que nos termos da legislação consumerista e de acordo com a
teoria da aparência, aos olhos do consumidor existe apenas uma empresa denominada Leal Moreira,
conforme se verifica na Carta Proposta para aquisição de imóvel.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nesses casos é imprescindível que a teoria da aparência seja aplicada, mantendo-se, com isso, uma
situação que, embora não seja a real, assim se apresenta em relação a uma das partes.

De fato, quando o consumidor contratou junto à empresa requerida, o fez com a convicção que estava
tratando com a Construtora Leal Moreira Ltda., ressaltando que todas as tratativas no trâmite do
financiamento foram realizadas com essa.

Caso o entendimento fosse diverso, o autor poderia ser alvo de manobras abusivas por parte das pessoas
jurídicas envolvidas, em total afronta ao art. 6° do Código de Defesa do Consumidor.

Assim, rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva arguida e passo a analisar o mérito.

Analisando os fatos trazidos, levando em consideração a verossimilhança das alegações e a


hipossuficiência da parte autora, entendo ser necessária a inversão do ônus da prova, em relação às
provas que os autores não têm possibilidade de produzir. Em outras palavras, entendo que a inversão do
ônus da prova deverá ser aplicada tão somente quanto às provas que dependem de produção exclusiva
do fornecedor.

A lide versa sobre relação de consumo disciplinada pelo Código de Defesa do Consumidor, tendo os
requeridos por fornecedores e os autores por consumidores. Nesta esteira, a responsabilidade do
fornecedor, por danos e prejuízos causados ao consumidor, é objetiva, conforme disposto no CDC.

No caso vertente, é fato incontroverso que os autores firmaram contrato com os requeridos para aquisição
do imóvel, em 21.12.2018, sendo a entrega prevista para março/2019, já incluído o prazo de tolerância.

Do mesmo modo, restou incontroverso que a entrega do imóvel foi efetivada no mês de novembro/2019.

Cumpre ressaltar que o atraso da entrega não se refere ao retardamento de finalização da obra, mas,
conforme argumentaram os autores, o atraso da entrega do imóvel foi decorrente da demora nos trâmites
do financiamento e registro.

Os autores alegam que o atraso na entrega decorreu da inércia dos requeridos em providenciar os
documentos necessários para o financiamento, sendo, ainda, cobrados indevidamente de comissão de
corretagem, bem como taxas condominiais e IPTU.

Por sua vez, os requeridos alegam que o atraso se deu por contratempos com a instituição que financiaria
o imóvel, sendo devidos os valores cobrados a título de corretagem, IPTU e condomínio.

Após a instrução processual, este Juízo restou convencido que o atraso da entrega do imóvel não
decorreu de forma decisiva por ato comissivo ou omissivo das requeridas, eis que houve diversos fatores
para tanto, inclusive fatores comuns em compra e venda de imóvel, além de circunstâncias decorrente da
instituição financeira, que financiou o imóvel. Contudo, restou claro que as empresas rés contribuíram
parcialmente para o atraso, mais especificamente, no mês de janeiro/2019, eis que não há nos autos
nenhuma indicação de que as empresas disponibilizaram os documentos para tramitação do
financiamento; sendo possível vislumbrar uma certa negligência dessas em relação ao negócio.

No que concerne à alegação de que houve atraso, em razão de novos impasses da construtora para que o
imóvel fosse liberado para registro em cartório, como a necessidade de liberação do imóvel por
interveniente quitante das requeridas, entendo que os requerentes tinham ciência da necessidade de
liberação, pois havia previsão no contrato para tanto, sendo certo que os trâmites, em registro de imóveis,
requerem um certo lapso temporal.

Assim, por tudo o que nos autos consta, entendo que houve falha dos requeridos, devendo haver
reparação pelos danos causados, na proporção de sua má qualidade.
783
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

No que concerne ao pedido de lucros cessantes e multa contratual invertida, verifico que não podem ser
cumulativos, conforme Tema 970 do STJ. Também, não merecem prosperar os pedidos, em razão da
existência da Cláusula 11.1.1 do contrato e com fundamento no Tema 971 do STJ.

Contudo, observo que a Claúsula 11.1.1 não apresenta equivalência com o valor locativo do
imóvel, considerando o disposto no Tema 970 1 , pois o percentual de 0,2% ainda que aplicado no
montante total do imóvel equivale a R$ 736,04, em valor significativamente inferior ao valor locativo médio
de R$ 2.599,002.

Assim, verifico ser abusivo o percentual determinado na referida cláusula em detrimento ao consumidor,
motivo pelo qual a multa a ser paga deverá ser equivalente ao valor locativo de um mês, no montante de
R$ 2.599,00, em consonância ao Tema 970.

Em relação às despesas condominiais, verifico ser pacífico na Jurisprudência, que essas são devidas a
partir da entrega das chaves, que ocorreram no mês de novembro/2019, sendo devidos aos autores o
valor de R$ 944,80, referente aos meses de setembro e outubro/2019, mais fundo de reserva e taxa extra
AGE 18/06.

Em relação ao IPTU, vislumbro ser devido proporcionalmente pelas partes, devendo o valor total de R$
2.280,66 ser dividido em 12 meses, sendo devido pelos requeridos 10 meses (janeiro a outubro), o que
equivale a R$ 1.900,55.

No que concerne a taxa de intermediação ou corretagem, verifico que esse é devida, eis que restou claro,
desde dezembro/2018, quando as partes assinaram a Carta proposta, acerca da existência de
intermediação, inclusive os autores realizaram depósitos distintos ao da incorporadora, sendo pacífico tal
entendimento conforme RESP 1.599511/SP, que decidiu, em suma, pela validade da cláusula contratual,
que transfere ao promitente-comprador a obrigação de pagar a comissão de corretagem, nos contratos de
promessa de compra e venda de unidade autônoma, em regime de incorporação imobiliária, desde que
previamente informado o preço total da aquisição da unidade autônoma, com o destaque do valor da
comissão de corretagem; o que ocorreu no caso.

No que concerne aos danos morais, na aplicação da responsabilidade objetiva, como in casu, para que
haja o dever de indenizar é irrelevante a conduta do agente (culpa ou dolo), bastando à existência do dano
e o nexo de causalidade entre o fato e o dano.

O ato lesivo, praticado pelo réu, impõe ao mesmo o dever de reparar o dano. Logo, configurada a
responsabilidade civil, visto que devidamente demonstrado o nexo causal entre a conduta praticada e o
fato lesivo, impõe-se ao réu o dever de indenizar.

Entendo que os aborrecimentos e decepções sofridos pelos autores, decorrente da compra o imóvel, com
atraso na entrega por negligência em parte das empresas rés e o inadimplemento de taxas condominiais e
IPTU, ultrapassaram o mero dissabor, resultando em perturbação de espírito com intensidade suficiente a
configurar dano moral.

Tais fatos indubitavelmente afetaram a tranquilidade cotidiana dos autores, de forma a ultrapassar o limite
do tolerável, ensejando compensação.

A lei civil estabelece que a indenização por danos morais é compensatória e deve ser arbitrada pelo
magistrado, atendendo-se aos fins sociais a que a lei se destina, mediante a análise equitativa das
circunstâncias do caso concreto.

Desse modo, versando a causa sobre relação de consumo, os princípios que informam o sistema especial
de proteção e defesa do consumidor devem ser considerados, a fim de que o valor da indenização por
danos morais tenha caráter tríplice, ou seja, punitivo, em relação ao agente que viola a norma jurídica;
compensatório, em relação à vítima, que tem direito ao recebimento de quantia que lhe compense a
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angústia e humilhação pelo abalo sofrido; e educativo, no sentido de incentivar o condenado a evitar a
prática de condutas análogas, que venham prejudicar outros consumidores.

Ao realizar a presente tarefa arbitral, levo em consideração o fator pedagógico e inibidor de conduta similar
por parte da reclamada, pois esta deve respeitar as normas previstas no Código de Proteção e Defesa do
Consumidor, organizando-se adequadamente e primando pela qualidade dos produtos e serviços.

Busco posicionar o quantum indenizatório num patamar equânime que não empobreça demasiadamente a
reclamada inviabilizando sua atividade, mas que desestimule condutas análogas, sem constituir
enriquecimento absurdo para o autor.

Desse modo, concluo que o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para ambos os autores, sendo R$
4.000,00 (quatro mil reais) para cada um dos autores, atende aos parâmetros legais para fixação do
quantum indenizatório no presente caso concreto.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO, extinguindo o processo com


resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC, para condenar solidariamente os requeridos
FILADELFIA INCORPORADORA LTDA e CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA. ao pagamento de
R$ 5.444,35 (cinco mil, quatrocentos e quarenta e quatro reais e trinta e cinco
centavos) aos autores RAIKA TESSY SOUSA CAVALCANTE DOURADO e MICHEL SILVA DOURADO,
por danos materiais, corrigido monetariamente pelo INPC/IBGE, a partir de novembro/2019, acrescido de
juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação; bem como condenar os requeridos ao pagamento
de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para compensar danos morais, corrigido monetariamente pelo INPC/IBGE,
a partir da presente data, acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Certificado o trânsito em julgado, intime-se a parte sucumbente para cumprimento voluntário da sentença,
no prazo de 15 dias, sob pena de incidência da multa de 10% do §1º do art. 523 do CPC, devendo a guia
para pagamento voluntário ter como vencimento o prazo de 15 dias, contado da intimação consumada
para cumprimento da sentença. Os valores deverão ser pagos através de depósito judicial junto ao
BANPARÁ.

Belém, 29 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito

1 Tema 970: “A cláusula penal moratória tem a finalidade de indenizar pelo adimplemento tardio da
obrigação, e, em regra, estabelecida em valor equivalente ao locativo, afasta-se sua cumulação com
lucros cessantes.” (grifo nosso).

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905278533

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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0836781-93.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAIKA TESSY SOUSA


CAVALCANTE DOURADO Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO GARCIA OLIVEIRA MEIRA
OAB: 30076/PA Participação: RECLAMANTE Nome: MICHEL SILVA DOURADO Participação:
ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO GARCIA OLIVEIRA MEIRA OAB: 30076/PA Participação: REU
Nome: FILADELFIA INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: REU Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

Processo n° 0836781-93.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da Lei n° 9.099/95.

Ratifico o cancelamento da audiência e procedo ao julgamento antecipado da lide, em razão dos pedidos
ID 25587679 e ID 25618094.

Os requerentes alegam que adquiriram a unidade habitacional 604-A, Torre Oeste, no Condomínio Torres
Devant e, no ato da compra, foi fixado o preço do imóvel em R$368.022,95, sendo, assim, ajustada a
forma de pagamento: sinal de R$50.000,00, por transferência bancária; R$40.842,52, via utilização de
FGTS; o restante seria objeto de financiamento pelo Banco do Brasil.

Relatam que, na ocasião, também, foi firmado que o imóvel seria entregue, no máximo, em
março/2019, contudo a entrega das chaves ocorreu, somente, em novembro/2019.

Afirmam que, em se tratando de um negócio de complexidade, esperavam que a vendedora apresentasse


os documentos necessários ao financiamento e saque do FGTS, tendo em vista a experiência da
empresa, que trabalha com isso diariamente. Entretanto, não foi isso o que aconteceu, pois, demonstrando
amadorismo e/ou falta de interesse, o processo de financiamento não teve andamento pelas requeridas
entre dezembro/2018 e janeiro/2019, sendo encaminhados os primeiros documentos à instituição
financeira apenas em fevereiro/2019; não obstante tenham realizado sua parte do trato, aprovando
cadastro para financiamento com o Banco do Brasil.

Alegam que o envio de documentos se deu após grande chateação e cobrança por providências do
requerente, que, em fevereiro/2019, teve de reclamar e pedir a intervenção de outra pessoa da requerida
para que encaminhasse corretamente os documentos necessários para o financiamento.

Aduzem que o processo demorou, sendo fechado o dossiê com todos os documentos preliminares para a
formação do contrato de financiamento, somente, ao final de abril/2019. Ato contínuo, iniciou-se impasse
quanto à valores devidos pelo atraso do financiamento do imóvel, a título de juros e correção monetária e,
após discussões de valores, o contrato foi assinado em junho/2019.

Relatam que, a partir de então, passou-se a novos impasses da construtora, para que o imóvel fosse
liberado para registro em cartório, como a necessidade de liberação do imóvel por interveniente quitante
das requeridas. Essa foi a razão para que a posse do imóvel, apenas, tenha sido concluída em
novembro/2019, após novas reclamações do requerente.

Afirmam que outro fato importante é que a compra do imóvel se deu sem a intervenção de qualquer
corretor ou empresa de corretagem, isso porque já tinha conhecimento acerca do empreendimento, de
forma que as requeridas foram contactadas apenas para a formalização do negócio e encaminhamento de
dados bancários, para pagamento do valor referente a entrada. Todavia, foi imposto o pagamento de taxas
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não especificadas, como forma de serviço de intermediação, direcionada à conta da imobiliária e à conta
de funcionário dessa – Sr. Romulo Figueiredo Donza - valores esses que não foram considerados como
parte do pagamento do imóvel, causando consideráveis danos.

Alegam que não deram ensejo ao atraso na entrega do imóvel, que foi ocasionado pelas requeridas, além
de ter sido cobrada uma taxa indevida de intermediação não especificada e não existente.

Aduzem que sofreram danos morais pela demora na entrega do apartamento, além de danos materiais
pela necessidade pagamento do IPTU de ano-base 2019; cotas condominiais do imóvel, referentes a
períodos anteriores à posse do imóvel; lucros cessantes devido ao atraso na entrega das chaves; bem
como danos materiais pelos valores pagos a título de indevida cobrança de taxa de intermediação.

Requereram indenização por danos materiais: 1) com base na inversão da multa contratual outrora
imposta ao consumidor pelo atraso na entrega das chaves, no valor de R$36.802,29, ou, subsidiariamente,
no valor de R$7.020,74, conforme melhor se compreender acerca da base de cálculo; 2) R$1.500,00,
referente a cotas condominiais; 3) R$ 2.407,63 referente ao IPTU de período que não ocupava o imóvel; 4)
lucros cessantes pelo atraso na entrega das chaves em R$ 14.720,91; 5) R$ 12.805,05 a cobrança
indevida a título de serviços de intermediação ou subsidiariamente, a consideração de que o importe de
R$ 1.829,14 direcionado à funcionário da requerida se tratava de SATI; bem como indenização por danos
morais, no valor de R$ 10.000,00.

Em contestação, os requeridos alegam a ilegitimidade da Construtora Leal Moreira Ltda. para figurar no
polo passivo, uma vez que não integrou a relação contratual em litígio, pois o Compromisso de Compra e
Venda foi assinado pelos requerentes e a Filadélfia Incorporadora Ltda., que é pessoa jurídica distinta da
Construtora Leal Moreira Ltda.

Afirmam que a requerida Filadélfia Incorporadora Ltda. é a única responsável pelo empreendimento e a
Construtora não participou da relação contratual que alienou o imóvel e, muito menos, realizou a
incorporação do empreendimento.

Aduzem que a referida construtora possui somente participação no capital da incorporadora e, como sócia,
não poderia ser afetada pelos efeitos das obrigações contraídas pela sociedade, se não comprovados os
requisitos necessários para a desconsideração da personalidade jurídica.

Alegam serem incongruentes as informações da petição inicial, eis que os requerentes solicitaram a
documentação para realizar o financiamento em 23.01.2019 (ID 18071974) e o seu setor de
relacionamento enviou toda a documentação necessária em 21.02.2019 (ID 18071974); antes do prazo
final para a entrega do empreendimento, nos termos da cláusula 10.1.1 (ID 18045884).

Afirmam que, em 21.12.2018, os autores efetuaram a assinatura do Contrato de Compromisso de Venda e


Compra (ID 18045883); não merecendo prosperar a alegação que de que as empresas necessitaram do
período de dezembro/2018 a janeiro2019 para entregar a documentação, demonstrando má fé processual
dos requerentes, pois não seria possível entregar a documentação em dezembro/2018, uma vez que
contrato foi assinado, quando faltavam nove dias para que o mês fosse finalizado.

Aduzem que o financiamento bancário não foi obstado, em razão de desídia das empresas, pois
promoveram a entrega da documentação em 21.02.2019 (ID 18071974), ou seja, antes do prazo
contratual para entrega da unidade autônoma. Contudo, é facilmente verificado nos e-mails juntados no ID
18071967, que os requerentes tiveram contratempos com a instituição financeira e, por isso, solicitaram
nova declaração, a qual já havia sido enviada anteriormente.

Alegam que os requerentes receberam toda a documentação para finalizar o financiamento em 21.02.2019
(ID 18071974) e, somente, contactaram as requeridas, novamente, em 31.05.2019 (ID 1807196), quando
informaram os referidos contratempos com a instituição financeira; sendo fácil entender que os problemas,
no procedimento administrativo do financiamento bancário, ocorreram entre os requerentes e instituição
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financeira, sem que tenham cometido qualquer ato que gerasse o atraso.

Relatam que os requerentes entraram em contato com as empresas em 01.07.2019 (ID 18071978) e
afirmaram que o contrato de financiamento ficou pronto em 28.06.2019, motivo pelo qual somente
iniciaram trâmites administrativos junto ao cartório em agosto/2019.

Aduzem a inexistência de ato ilícito, pois não violaram qualquer cláusula contratual que envolva a entrega
da unidade autônoma, conforme acima relatado; não existindo, assim, o inadimplemento contratual que
enseje a condenação das requeridas ao pagamento da multa moratória estipulada em cláusula penal e,
somado isto, também, inexiste fato gerador que justifique a condenação a título de lucros cessantes.

Afirmam que os requerentes pleiteiam a condenação das requeridas ao pagamento da multa contratual
prevista aos promitentes compradores, ou seja, estes requerem a inversão da cláusula penal 11.1. (ID
n°18045884, pg. 22), bem como requerem o pagamento de lucros cessantes. Entretanto, não merecer
prosperar o referido pleito, dado que tal pedido não está em conformidade com a mais nova jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça, a qual estabeleceu que é proibido cumular lucros cessantes com cláusula
penal moratória (Tema 970, STJ); bem como firmou que havendo cláusula penal, apenas, em desfavor aos
compradores, caso haja inadimplemento da vendedora, deverá esta ser utilizada com o parâmetro
indenizatório.

Alegam a inaplicabilidade do Tema 971, STJ, em razão do instrumento pactuado entre as partes prever
que a incorporadora deverá pagar multa moratória, caso ultrapasse prazo de tolerância.

Aduzem que a Cláusula 11.1.1, “a” do Contrato de Promessa de Compra e Venda prevê o pagamento de
multa moratória, que deve ser utilizada como mecanismo indenizatório, em razão da inadimplência do
referido ajuste, prestigiando o princípio da mínima intervenção contratual.

Requereram que o montante de R$595,13, que foi calculado nos termos da multa moratória da Cláusula
11.1.1, “a” seja abatido do saldo devedor dos requerentes, nos termos da Cláusula 11.1.2.

Afirmam a impossibilidade de restituição dos valores pagos a título de comissão de corretagem, em face
da legalidade da cobrança, ressaltando haver previsão dessa obrigação de pagar no Código Civil e a
jurisprudência do STJ ter estipulado que o repasse da taxa de corretagem ao promitente comprador é
devido.

Alegam que os requerentes assinaram a carta proposta, a qual prevê o pagamento da referida taxa de
corretagem, de forma que possuíam ciência da cobrança, bem como se vincularam ao seu pagamento
quando assinaram o documento.

Ressaltam que o referido documento demonstra a base definitiva do futuro ajuste, por isso, servindo como
elemento para formação do contrato, e os requerentes ratificaram a carta proposta, quando assinaram o
Contrato de Promessa de Compra e Venda; não havendo que se falar em cobrança indevida.

Em relação ao pedido de restituição dos valores pagos a título de taxa condominial e IPTU, aduzem que,
somente, houve atraso na entrega da unidade autônoma, em razão dos problemas administrativos que
ocorreram entre os requerentes e a instituição financeira e, por isso, não cabe a restituição de qualquer
valor a título de taxa condominial e IPTU. A obrigação de adimplir as taxas condominiais e o referido
imposto detém natureza propter rem, ou seja, ela acompanha o imóvel, desde a sua efetiva entrega, a qual
foi formalizada com o termo de entrega das chaves em 20.11.2019

Argumentam que os débitos anteriores à entrega do termo de chaves são transferidos ao adquirente, visto
que incumbe a esse o ônus de averiguar as reais condições do imóvel, antes de sua aquisição, a fim de se
resguardar de transtornos futuros, exigindo a quitação de débitos pelo promitente vendedor, antes de
concluído o negócio jurídico. Portanto, surge a necessidade do comprador do imóvel, por se tratar de
obrigações propter rem e a luz do princípio da ambulatoriedade, transferir todas as obrigações que
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versarem sobre o bem ainda, que sejam essas obrigações onerosas.

Afirmam que os requerentes são os responsáveis pelo pagamento das taxas condominiais e do referido
imposto, sendo, totalmente, descabida a referida cobrança, visto que as chaves do imóvel foram entregues
em 20.11.2019 (ID 18044918).

Alegam a inexistência de dano moral, uma vez que sequer cometeram qualquer ato ilícito e não consta,
nos autos, nenhuma comprovação de que os requerentes tiveram dano ocasionado à honra, à imagem e à
moral. Pelo contrário, vislumbra-se, nitidamente, que há uma quebra de expectativa dos consumidores, os
quais passaram por problemas administrativos com a instituição financeira para conseguir o financiamento
bancário.

Éo relatório das alegações das partes.

Inicialmente, os requeridos alegam que a Construtora Leal Moreira Ltda. é parte ilegítima, contudo tal
argumento não merece prosperar, eis que nos termos da legislação consumerista e de acordo com a
teoria da aparência, aos olhos do consumidor existe apenas uma empresa denominada Leal Moreira,
conforme se verifica na Carta Proposta para aquisição de imóvel.

Nesses casos é imprescindível que a teoria da aparência seja aplicada, mantendo-se, com isso, uma
situação que, embora não seja a real, assim se apresenta em relação a uma das partes.

De fato, quando o consumidor contratou junto à empresa requerida, o fez com a convicção que estava
tratando com a Construtora Leal Moreira Ltda., ressaltando que todas as tratativas no trâmite do
financiamento foram realizadas com essa.

Caso o entendimento fosse diverso, o autor poderia ser alvo de manobras abusivas por parte das pessoas
jurídicas envolvidas, em total afronta ao art. 6° do Código de Defesa do Consumidor.

Assim, rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva arguida e passo a analisar o mérito.

Analisando os fatos trazidos, levando em consideração a verossimilhança das alegações e a


hipossuficiência da parte autora, entendo ser necessária a inversão do ônus da prova, em relação às
provas que os autores não têm possibilidade de produzir. Em outras palavras, entendo que a inversão do
ônus da prova deverá ser aplicada tão somente quanto às provas que dependem de produção exclusiva
do fornecedor.

A lide versa sobre relação de consumo disciplinada pelo Código de Defesa do Consumidor, tendo os
requeridos por fornecedores e os autores por consumidores. Nesta esteira, a responsabilidade do
fornecedor, por danos e prejuízos causados ao consumidor, é objetiva, conforme disposto no CDC.

No caso vertente, é fato incontroverso que os autores firmaram contrato com os requeridos para aquisição
do imóvel, em 21.12.2018, sendo a entrega prevista para março/2019, já incluído o prazo de tolerância.

Do mesmo modo, restou incontroverso que a entrega do imóvel foi efetivada no mês de novembro/2019.

Cumpre ressaltar que o atraso da entrega não se refere ao retardamento de finalização da obra, mas,
conforme argumentaram os autores, o atraso da entrega do imóvel foi decorrente da demora nos trâmites
do financiamento e registro.

Os autores alegam que o atraso na entrega decorreu da inércia dos requeridos em providenciar os
documentos necessários para o financiamento, sendo, ainda, cobrados indevidamente de comissão de
corretagem, bem como taxas condominiais e IPTU.
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Por sua vez, os requeridos alegam que o atraso se deu por contratempos com a instituição que financiaria
o imóvel, sendo devidos os valores cobrados a título de corretagem, IPTU e condomínio.

Após a instrução processual, este Juízo restou convencido que o atraso da entrega do imóvel não
decorreu de forma decisiva por ato comissivo ou omissivo das requeridas, eis que houve diversos fatores
para tanto, inclusive fatores comuns em compra e venda de imóvel, além de circunstâncias decorrente da
instituição financeira, que financiou o imóvel. Contudo, restou claro que as empresas rés contribuíram
parcialmente para o atraso, mais especificamente, no mês de janeiro/2019, eis que não há nos autos
nenhuma indicação de que as empresas disponibilizaram os documentos para tramitação do
financiamento; sendo possível vislumbrar uma certa negligência dessas em relação ao negócio.

No que concerne à alegação de que houve atraso, em razão de novos impasses da construtora para que o
imóvel fosse liberado para registro em cartório, como a necessidade de liberação do imóvel por
interveniente quitante das requeridas, entendo que os requerentes tinham ciência da necessidade de
liberação, pois havia previsão no contrato para tanto, sendo certo que os trâmites, em registro de imóveis,
requerem um certo lapso temporal.

Assim, por tudo o que nos autos consta, entendo que houve falha dos requeridos, devendo haver
reparação pelos danos causados, na proporção de sua má qualidade.

No que concerne ao pedido de lucros cessantes e multa contratual invertida, verifico que não podem ser
cumulativos, conforme Tema 970 do STJ. Também, não merecem prosperar os pedidos, em razão da
existência da Cláusula 11.1.1 do contrato e com fundamento no Tema 971 do STJ.

Contudo, observo que a Claúsula 11.1.1 não apresenta equivalência com o valor locativo do
imóvel, considerando o disposto no Tema 970 1 , pois o percentual de 0,2% ainda que aplicado no
montante total do imóvel equivale a R$ 736,04, em valor significativamente inferior ao valor locativo médio
de R$ 2.599,002.

Assim, verifico ser abusivo o percentual determinado na referida cláusula em detrimento ao consumidor,
motivo pelo qual a multa a ser paga deverá ser equivalente ao valor locativo de um mês, no montante de
R$ 2.599,00, em consonância ao Tema 970.

Em relação às despesas condominiais, verifico ser pacífico na Jurisprudência, que essas são devidas a
partir da entrega das chaves, que ocorreram no mês de novembro/2019, sendo devidos aos autores o
valor de R$ 944,80, referente aos meses de setembro e outubro/2019, mais fundo de reserva e taxa extra
AGE 18/06.

Em relação ao IPTU, vislumbro ser devido proporcionalmente pelas partes, devendo o valor total de R$
2.280,66 ser dividido em 12 meses, sendo devido pelos requeridos 10 meses (janeiro a outubro), o que
equivale a R$ 1.900,55.

No que concerne a taxa de intermediação ou corretagem, verifico que esse é devida, eis que restou claro,
desde dezembro/2018, quando as partes assinaram a Carta proposta, acerca da existência de
intermediação, inclusive os autores realizaram depósitos distintos ao da incorporadora, sendo pacífico tal
entendimento conforme RESP 1.599511/SP, que decidiu, em suma, pela validade da cláusula contratual,
que transfere ao promitente-comprador a obrigação de pagar a comissão de corretagem, nos contratos de
promessa de compra e venda de unidade autônoma, em regime de incorporação imobiliária, desde que
previamente informado o preço total da aquisição da unidade autônoma, com o destaque do valor da
comissão de corretagem; o que ocorreu no caso.

No que concerne aos danos morais, na aplicação da responsabilidade objetiva, como in casu, para que
haja o dever de indenizar é irrelevante a conduta do agente (culpa ou dolo), bastando à existência do dano
e o nexo de causalidade entre o fato e o dano.
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O ato lesivo, praticado pelo réu, impõe ao mesmo o dever de reparar o dano. Logo, configurada a
responsabilidade civil, visto que devidamente demonstrado o nexo causal entre a conduta praticada e o
fato lesivo, impõe-se ao réu o dever de indenizar.

Entendo que os aborrecimentos e decepções sofridos pelos autores, decorrente da compra o imóvel, com
atraso na entrega por negligência em parte das empresas rés e o inadimplemento de taxas condominiais e
IPTU, ultrapassaram o mero dissabor, resultando em perturbação de espírito com intensidade suficiente a
configurar dano moral.

Tais fatos indubitavelmente afetaram a tranquilidade cotidiana dos autores, de forma a ultrapassar o limite
do tolerável, ensejando compensação.

A lei civil estabelece que a indenização por danos morais é compensatória e deve ser arbitrada pelo
magistrado, atendendo-se aos fins sociais a que a lei se destina, mediante a análise equitativa das
circunstâncias do caso concreto.

Desse modo, versando a causa sobre relação de consumo, os princípios que informam o sistema especial
de proteção e defesa do consumidor devem ser considerados, a fim de que o valor da indenização por
danos morais tenha caráter tríplice, ou seja, punitivo, em relação ao agente que viola a norma jurídica;
compensatório, em relação à vítima, que tem direito ao recebimento de quantia que lhe compense a
angústia e humilhação pelo abalo sofrido; e educativo, no sentido de incentivar o condenado a evitar a
prática de condutas análogas, que venham prejudicar outros consumidores.

Ao realizar a presente tarefa arbitral, levo em consideração o fator pedagógico e inibidor de conduta similar
por parte da reclamada, pois esta deve respeitar as normas previstas no Código de Proteção e Defesa do
Consumidor, organizando-se adequadamente e primando pela qualidade dos produtos e serviços.

Busco posicionar o quantum indenizatório num patamar equânime que não empobreça demasiadamente a
reclamada inviabilizando sua atividade, mas que desestimule condutas análogas, sem constituir
enriquecimento absurdo para o autor.

Desse modo, concluo que o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para ambos os autores, sendo R$
4.000,00 (quatro mil reais) para cada um dos autores, atende aos parâmetros legais para fixação do
quantum indenizatório no presente caso concreto.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO, extinguindo o processo com


resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC, para condenar solidariamente os requeridos
FILADELFIA INCORPORADORA LTDA e CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA. ao pagamento de
R$ 5.444,35 (cinco mil, quatrocentos e quarenta e quatro reais e trinta e cinco
centavos) aos autores RAIKA TESSY SOUSA CAVALCANTE DOURADO e MICHEL SILVA DOURADO,
por danos materiais, corrigido monetariamente pelo INPC/IBGE, a partir de novembro/2019, acrescido de
juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação; bem como condenar os requeridos ao pagamento
de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para compensar danos morais, corrigido monetariamente pelo INPC/IBGE,
a partir da presente data, acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Certificado o trânsito em julgado, intime-se a parte sucumbente para cumprimento voluntário da sentença,
no prazo de 15 dias, sob pena de incidência da multa de 10% do §1º do art. 523 do CPC, devendo a guia
para pagamento voluntário ter como vencimento o prazo de 15 dias, contado da intimação consumada
para cumprimento da sentença. Os valores deverão ser pagos através de depósito judicial junto ao
BANPARÁ.

Belém, 29 de julho de 2021


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito

1 Tema 970: “A cláusula penal moratória tem a finalidade de indenizar pelo adimplemento tardio da
obrigação, e, em regra, estabelecida em valor equivalente ao locativo, afasta-se sua cumulação com
lucros cessantes.” (grifo nosso).

2https://pa.olx.com.br/regiao-de-belem/imoveis/-aluguel-no-torres-devant-68m-905296616

https://pa.olx.com.br/regiao-de-belem/imoveis/excelente-oportunidade-de-aluguel-no-torres-devant-2-4-
905278533

https://pa.olx.com.br/regiao-de-belem/imoveis/alugaa-se-maravilhoso-apto-2-4-torres-devant-pedreira-
903426139 (Dados acessados em 22.07.2021)

Número do processo: 0829643-75.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CENTRO EDUCACIONAL


PARAISO DO ESTUDANTE LIMITADA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ELINE WULFERTT DE
QUEIROZ OAB: 22894/PA Participação: REU Nome: ELIELMA MONTEIRO LAZARO

Processo nº. : 0829643-75.2020.8.14.0301.

DECISÃO

Diante da inércia da parte exequente, ratifico os termos da sentença constante no id. 26018865.

Arquive-se.

Belém, 14 de julho de 2021.

Carmem Oliveira de Castro Carvalho

Juíza de direito

Número do processo: 0810127-35.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO HANNOVER Participação: ADVOGADO Nome: ALBYNO FRANCISCO ARRAIS CRUZ OAB:
12600/PA Participação: EXECUTADO Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome:
GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


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3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Avenida Vinte e Cinco de Setembro, 1366, antiga 25 de Setembro, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-
005

Tel.: (91) 3211-0400 - 3jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo Nº: 0810127-35.2021.8.14.0301

Reclamante: Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO HANNOVER


Endereço: Rua João Balbi, 983, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66060-425

Reclamado: Nome: BANCO BRADESCO S.A


Endereço: Avenida Presidente Vargas, 988, Campina, BELéM - PA - CEP: 66017-000

DECISÃO/MANDADO

Considerando a petição de ID 28522329 e 29098830, recebo os embargos à execução, determinando a


intimação da parte recorrida (autora) para responder no prazo de 15 dias, conforme artigo 920, I do
NCPC.

Findo o prazo, com ou sem resposta, certifique-se e conclusos para análise.

Belém, 22 de julho de 2021

ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO

Juíza de Direito da 3ª Vara do JECível de Belém

Número do processo: 0810322-59.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MANUEL


ALEJANDRO PIRATOBA VERA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR SILVA DE MIRANDA OAB:
019980/PA Participação: REQUERENTE Nome: GLEYCIANE DO SOCORRO BRITO DE SOUSA
Participação: ADVOGADO Nome: IGOR SILVA DE MIRANDA OAB: 019980/PA Participação:
REQUERIDO Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Participação:
ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA

PROCESSO n° 0810322-59.2017.8.14.0301

Intimem-se as partes do retorno dos autos da Turma Recursal.

Após, arquivem-se os autos.

Belém, 26 de julho de 2021

CARMEN OLIVEIRA DE CASTRO CARVALHO

Juíza de Direito
793
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0821133-10.2019.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: RENATO GOMES


DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: MAISA PINHEIRO CORREA VON GRAPP OAB:
11606/PA Participação: EMBARGADO Nome: PAULO JORDAO MENDES RODRIGUES Participação:
ADVOGADO Nome: LUDMILLA VIANA SOARES OAB: 17303/PA

PROCESSO n° 0818643-44.2021.8.14.0301

Certifique-se acerca da sentença da presente ação nos autos de Execução.

Considerando a certidão ID 29574548, manifeste-se o embargante, no prazo de 05 (cinco) dias,


requerendo o que entender.

Não havendo manifestação, arquivem-se os autos.

Belém, 28 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito

Número do processo: 0821133-10.2019.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: RENATO GOMES


DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: MAISA PINHEIRO CORREA VON GRAPP OAB:
11606/PA Participação: EMBARGADO Nome: PAULO JORDAO MENDES RODRIGUES Participação:
ADVOGADO Nome: LUDMILLA VIANA SOARES OAB: 17303/PA

PROCESSO n° 0818643-44.2021.8.14.0301

Certifique-se acerca da sentença da presente ação nos autos de Execução.

Considerando a certidão ID 29574548, manifeste-se o embargante, no prazo de 05 (cinco) dias,


requerendo o que entender.

Não havendo manifestação, arquivem-se os autos.

Belém, 28 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito

Número do processo: 0004945-79.2013.8.14.0302 Participação: REQUERENTE Nome: ANGELICA


IRENE ASSUNCAO TAVARES Participação: ADVOGADO Nome: ALBA CRISTINA BRAGA CARDOSO
794
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

NORAT PEREIRA OAB: 13724/PA Participação: REQUERENTE Nome: ANTONIO PEREIRA DA SILVA
Participação: ADVOGADO Nome: ALBA CRISTINA BRAGA CARDOSO NORAT PEREIRA OAB:
13724/PA Participação: REQUERIDO Nome: UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB: 5627/PA

Processo n° 0004945-79.2013.814.0302

Intimem-se as partes do retorno dos autos da Turma Recursal.

Intime-se a parte sucumbente para cumprimento voluntário do acórdão, no prazo de 15 dias, sob pena de
incidência da multa de 10% do §1º do art. 523 do CPC.

Belém, 28 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito

Número do processo: 0846459-35.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ADRIA SUELEN


COHEN DE AGUIAR Participação: ADVOGADO Nome: JOSE LEITE CAVALCANTE OAB: 7126/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANA MAYRA MENDES LEITE CAVALCANTE OAB: 15281-B/PA
Participação: REQUERIDO Nome: TAP AIR PORTUGAL Participação: ADVOGADO Nome: GILBERTO
RAIMUNDO BADARO DE ALMEIDA SOUZA OAB: 22772/BA

PROCESSO n° 0846459-35.2020.8.14.0301.

ÀSecretaria para realizar o cálculo do débito, devendo verificar as alegações da autora e requerido.

Após, retornem os autos conclusos.

Belém, 28 de julho de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito
795
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0854884-85.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: A. S. B. D. S.


Participação: RECLAMADO Nome: C. D. R. M. Participação: ADVOGADO Nome: BEATRIZ PORTAL
FURTADO OAB: 29813/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0854884-85.2019.8.14.0301

RECLAMANTE: ANTONIO SERGIO BARATA DA SILVA

RECLAMADO: CHRISTINE DO ROSARIO MOREIRA

SENTENÇA

Dispenso o relatório (art. 38 da Lei 9099/95).

Trata-se de ação de indenização por danos morais proposta em face da reclamada em razão de
publicações ofensivas à honra do reclamante veiculadas no Facebook.

A reclamada não apresentou contestação nos autos, motivo pelo qual decreto sua revelia, consoante art.
20 da Lei 9.099/95.

A revelia induz a uma presunção de veracidade quanto à matéria de fato e indica que a parte ré aceita,
tacitamente, o ônus processual da falta de defesa.

Decido.

Analisando detidamente as provas e alegações constantes dos autos, entendo que assiste razão à parte
autora.

Quanto à configuração da responsabilidade civil pela prática de ato ilícito, faz-se as seguintes observações
que levaram a este juízo considerar que estão presentes os pressupostos do art. 186 do Código Civil.

A publicação postada pela reclamada em sua página do Facebook juntada no Id 13389608 afirma que
uma criança foi estuprada e morta pelo autor.

Não obstante ter sido o autor condenado em anos anteriores por estupro, não se verifica a relação deste
tipo penal com o crime citado na página do Facebook, que seria um outro processo em que o autor
responde por homicídio e ocultação de cadáver de uma criança.

Assim, observo que a reclamada compartilhou em sua página do Facebook informação falsa a respeito do
autor, qual seja de que este teria estuprado e assassinado a citada criança.
796
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ambas as acusações configuram a prática de ato ilícito por parte da ré. A primeira porque não tem relação
com o caso acima relatado, a qual, com foi dito, o autor não responde por este tipo penal. E a segunda,
porque a ré divulga acusação de que o autor é um assassino, sendo que não há trânsito em julgado da
sentença que o condenou, razão pela qual o autor não pode ser considerado culpado (art. 5º, LVII, CF).

Deste modo, entendo que restou comprovado o dano moral alegado pelo autor, consoante relatado e
provado com a juntada de documentos.

Assim, considero que restou evidenciado que o autor foi submetido a uma situação extremamente
vexatória, oriunda da prática de ato ilícito por parte da requerida, que compartilhou em sua página
acusações incoerentes com a realidade dos acontecimentos relativos aos processos que o autor responde
na justiça.

Vale também ressaltar que a reclamada não apenas compartilhou a publicação, mas acrescentou o
seguinte texto:

“Eis a nossa justiça. Adivinhem? Ele foi meu colega de classe quando cursei Direito, na Estácio. Isso
mesmo: ELE CURSA DIREITO, e, diga-se de passagem, se dedica muito ao curso! Agora entendo o
porquê! Fiquei indignada quando soube (já quando não estava mais na faculdade), mas, por receio, não
divulguei. Agora que a notícia se espalhou, criei coragem e estou aqui alertando a todos que se
interessarem.”

Em casos como o presente, a reclamada não teve o cuidado de verificar a veracidade das acusações que
estava repassando, o que por certo ocasionou ao autor todos danos relatados na inicial. Assim, a
reclamada, ao enfatizar a postagem mencionada, compartilhando-a na rede social, adentrou no campo do
ilícito, o que autoriza o pleito de indenização por dano moral.

Neste sentido, segue jurisprudência dos Tribunais de Justiça:

APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.


PUBLICAÇÃO EM INTERNET, COM COMPARTILHAMENTO DE VÍDEO. POSTAGEM COM CUNHO
DEPRECIATIVO. ILÍCITO CARACTERIZADO. DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM MANTIDO. Na
hipótese, o réu compartilhou vídeo gravado por terceiro, no qual o autor é apontado como agressor. Da
prova coligida resta evidenciado que a ré não tomou as precauções ao compartilhar o vídeo e expor o
nome do autor ao público, atribuindo-lhe conduta de agressor e sendo a causadora dos comentários
negativos e repercussão que se seguiu.Sentença de procedência mantida. Quantum indenizatório
inalterado. APELO DESPROVIDO. (TJ-RS - AC: 70082746652 RS, Relator: Thais Coutinho de Oliveira,
Data de Julgamento: 05/03/2020, Décima Câmara Cível, Data de Publicação: 04/09/2020)

RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C OBRIGAÇÃO DE NÃO


FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – POSTAGEM E COMENTÁRIOS REDE SOCIAL
‘FACEBOOK’ - LIMITES DA INFORMAÇÃO EXTRAPOLADOS - VIOLAÇÃO À HONRA E IMAGEM -
OCORRÊNCIA - DANO MORAL CONFIGURADO - VALOR DA REPARAÇÃO - RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE – MANUTENÇÃO – SENTENÇA MANTIDA – RECURSOS DESPROVIDOS. São
elementos essenciais da responsabilidade civil: a prática de uma conduta antijurídica, comissiva ou
omissiva; a existência de um dano; e, o nexo de causalidade entre um e outro (Artigos 186 e 927 do
Código Civil). Assim como as liberdades de imprensa e de expressão, o direito à privacidade, à honra e à
imagem consubstanciam garantias constitucionalmente asseguradas, de forma que a responsabilidade
cível passível de reparação por danos morais, em casos de panfletagem de material de conteúdo político,
ocorre quando a notícia veiculada extrapola os limites da informação, intencionando injuriar, difamar ou
caluniar aqueles aos quais se refere. Dispõe a Súmula 221 “são civilmente responsáveis pelo
ressarcimento de danos, decorrente de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o
proprietário do veículo de divulgação”; “a livre manifestação e o direito de crítica não podem sobrepor ao
da personalidade (. .).” Extrai-se do conjunto probatório que os apelantes atingiram a honra e a moral dos
autores/apelados, ao vincularem fotografia do autores à publicação, com a intenção de denegrir a imagem
perante a sociedade local. O valor da indenização por danos morais deve ser ponderado, fixado em
797
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

conformidade com os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. (Ap 27314/2018, DES.


SEBASTIÃO BARBOSA FARIAS, PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 23/10/2018,
Publicado no DJE 30/10/2018) (TJ-MT - APL: 00007748720158110045273142018 MT, Relator: DES.
SEBASTIÃO BARBOSA FARIAS, Data de Julgamento: 23/10/2018, PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO
PRIVADO, Data de Publicação: 30/10/2018)

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PUBLICAÇÕES OFENSIVAS


EM REDE SOCIAL. LIMITE DA CRÍTICA EXTRAPOLADO. ACUSAÇÕES E OFENSAS REITERADAS.
ABALO A ATRIBUTO DA PERSONALIDADE. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM
INDENIZATÓRIO ADEQUADAMENTE FIXADO. PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE. SENTENÇA MANTIDA
POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO. (TJ-RS - Recurso Cível:
71009046863 RS, Relator: Luís Francisco Franco, Data de Julgamento: 21/11/2019, Terceira Turma
Recursal Cível, Data de Publicação: 22/11/2019)

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. OFENSAS DIRECIONADAS


AO AUTOR EM REDE SOCIAL “FACEBOOK”. PALAVREADO DE BAIXO CALÃO E IMPUTAÇÃO DE
CRIMES. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. CONDENAÇÃO DA RÉ AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO
(R$ 2.000,00). INSURGÊNCIA RECURSAL DA RECLAMADA. PLEITO DE AFASTAMENTO DA
CONDENAÇÃO. DESCABIMENTO. POSTAGEM (MOV. 1.4) QUE CONFIGURA ABUSO À LIBERDADE
DE OPINIÃO E EXPRESSÃO. TERMOS TORPES, PALAVREADO DE BAIXO CALÃO E COM
IMPUTAÇÃO DE CRIMES AO RECLAMANTE. OFENSA MORAL VERIFICADA. REDUÇÃO DO VALOR
INDENIZATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. VALOR FIXADO QUE OBSERVA AS PECULIARIDADES DO
CASO CONCRETO. POSTAGEM QUE ALCANÇOU UMA GAMA DE PESSOAS. TERCEIROS QUE
FORAM MARCADOS NA POSTAGEM, AMPLIANDO A DIVULGAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA POR
SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. APLICABILIDADE DO ART. 46 DA LEI 9.099/95. Recurso conhecido
e desprovido. A condenação imposta à ré não merece modificação. Analisando o conjunto probatório, em
especial a ata notarial e mov. 1.4, vê-se que a ré efetuou postagem na rede social “Facebook” na qual
demonstra seu desprazer pela figura do autor. Porém, ao expor sua opinião pública, extrapolou,
manifestamente, o seu direito à liberdade de expressão, já que taxou o autor com termos torpes/de baixo
calão (“filho da puta”) e, ainda, impôs-lhe o cometimento de crimes, nomeando como “pedófilo” e “racista”.
Evidente que tal atitude caracteriza ofensa ao autor, posto que não se espera que terceiro venha em uma
rede social e exponha a imagem, reputação e o bom nome ao ridículo, sem qualquer razão jurídica
(sentença declaratória ou penal com trânsito em julgado) para tanto. Assim, manifesto o pesar
extrapatrimonial sofrido pelo demandante, motivo que legitima a procedência do pedido indenizatório
pretendido nestes autos dado o, flagrante deve de indenizar. No tocante à redução do indenizatório, resta
consolidado, tanto naquantum doutrina, como na jurisprudência pátria o entendimento de que a fixação do
valor da indenização por dano moral deve ser feita com razoabilidade, levando-se em conta determinados
critérios, como a situação econômica do autor, o porte econômico do réu, o grau de culpa e o valor do
negócio, visando sempre à atenuação da ofensa, a atribuição do efeito sancionatório e a estimulação de
maior zelo na condução das relações. No caso sub judice fora fixada a importância de R$ 2.000,00 (dois
mil reais). Sopesadas as peculiaridades da espécie em litígio, a capacidade econômica das partes, aliadas
àquelas próprias que envolveram o evento danoso, bem como o fato da ré ter marcado algumas pessoas
(dando, ainda, maior alcance da postagem para terceiros), tem-se que o quantum arbitrado deve ser
mantido, não sendo excessivo para o caso em testilha. Assim, nada indica a necessidade alteração do ato
sentenciante, devendo permanecer inalterado com permissivo no art. 46 da LJE. (TJPR - 1ª Turma
Recursal - 0067754-66.2018.8.16.0014 - Londrina - Rel.: Juíza Melissa de Azevedo Olivas - J. 12.11.2019)
(TJ-PR - RI: 00677546620188160014 PR 0067754-66.2018.8.16.0014 (Acórdão), Relator: Juíza Melissa
de Azevedo Olivas, Data de Julgamento: 12/11/2019, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 13/11/2019)

A responsabilidade civil se ampara no artigo 927 do Código Civil. Em regra, este diploma legal adotou a
teoria da responsabilidade subjetiva, pela qual há necessidade de comprovação de que o agente agiu com
dolo ou culpa. Logo, são requisitos imprescindíveis à responsabilização civil a comprovação da prática de
um ato ilícito culposo, que ocasione dano a outrem e que exista uma relação de causalidade entre o ato e
o dano.

Deste modo, entendo que restou demonstrado o nexo de causalidade entre o ato ilícito praticado pela
reclamada, que expôs o reclamante à uma situação vexatória, e causou danos à honra subjetiva deste.
798
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Havendo um dano, devidamente comprovado, surge para o seu causador a obrigação de repará-lo, nos
termos do disposto no artigo 927, do Código Civil.

O artigo 5º da Carta Magna em seu inciso X, dispõe:

X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação

Desta forma a honra e a imagem são garantias constitucionais de natureza extrapatrimonial. Logo, são
intransmissíveis, indisponíveis e irrenunciáveis.

Em virtude da dificuldade da demonstração do abalo íntimo sofrido pela vítima, temos que a concepção
atual da doutrina se orienta no sentido de que a responsabilização do agente se opera por força do
simples fato da violação (“danum in re ipsa”), não havendo que se cogitar de prova específica de dano
moral, se presentes os pressupostos legais para que haja a responsabilidade, quais sejam, o nexo de
causalidade e a culpa.

Não restam dúvidas a respeito de que o reclamado tenha sido o causador dos danos por que passou o
autor e que aquele laborou em uma conduta ilícita, conforme acima já explicado.

A indenização deve ser encarada tanto da ótica da finalidade punitiva, quanto da finalidade educativo-
pedagógica, no sentido de coibir a reiteração de condutas semelhantes.

Em contrapartida, considero que a indenização não deve ser fonte de enriquecimento indevido para quem
sofreu o dano, mas também deve ter caráter educativo, a fim de evitar a reiteração de condutas ilícitas.

Assim, o pedido de indenização feito pelo autor deve ser adequado a estes parâmetros.

Adotando-se como baliza julgamentos anteriores proferidos neste Juízo em casos análogos, bem como
considerando o fato de que não foi a requerida quem criou a publicação, mas apenas compartilhou-a com
o acréscimo do texto já mencionado, entendo que a condenação em patamar equivalente a R$4.000,00
(quatro mil reais) guarda razoabilidade e atende aos parâmetros de proporcionalidade.

Com relação à obrigação de fazer para a retirada das postagens ofensivas, pelos fundamentos já
mencionados, entendo que o pedido merece acolhimento.

-Dispositivo.

Diante do exposto, julgo procedente a ação nos seguintes termos:

1. Condeno a reclamada a pagar ao autor a quantia de R$4.000,00 (quatro mil reais), a título de
indenização por danos morais, devendo tal valor ser atualizado monetariamente pelo INPC e juros
de mora fixados em 1% (um por cento) ao mês, ambos devidos a partir da data da sentença.

2. Condeno a reclamada a retirar a postagem ofensiva objeto da presente demanda da sua página
do Facebook.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

Transitada em julgado e nada sendo requerido no prazo de trinta dias, arquivem-se os autos.
799
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 11 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0832374-44.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LINDA CAROLINA FIMA


DE MIRANDA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL CAVALCANTI PEREIRA DOS SANTOS OAB:
200960/RJ Participação: REU Nome: EMIRATES

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0832374-44.2020.8.14.0301

AUTOR: LINDA CAROLINA FIMA DE MIRANDA

REU: EMIRATES

SENTENÇA

Dispenso o relatório e decido, com espeque no art. 38 da Lei 9099/95.

Trata-se de pedido de indenização por danos morais e materiais decorrentes de transtornos oriundos de
cancelamento de voo internacional.

Relata a autora que adquiriu passagem aérea através da ré EMIRATES, registrada sob o código de
reserva FZ2Y5N. A autora sairia de BANGKOK no dia 27/03/2020 às 03:30hrs, fazendo escala em DUBAI,
com destino final em SÃO PAULO.

Relata que no dia 23/03/2020 a ré cancelou sua passagem, bem como não lhe prestou qualquer
assistência, além de recusar a proceder a sua realocação nos voos que estavam sendo realizados.

Por este motivo, a autora informa que teve que adquirir por conta própria passagens em outra companhia
aérea. Requer a título de indenização por danos materiais:

1. O valor da passagem de retorno originalmente comprada através da EMIRATES, que não foi
utilizada pela requerente, no valor de THB 26.725,00, equivalente a R$ 4.901,30;

2. Passagem comprada pela THAIVIETJETAIR, saindo de CHIANG MAI com destino a BANGKOK, no
valor de THB 1014,00, equivalente a R$ 185,82.
800
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

3. Passagem comprada pela AEROFLOT RUSSIAN saindo no dia 27/03/2020 de BANGKOK com
destino final em LONDRES no valor de USD 695.49, equivalente a R$ 4.094,21.

4. Passagem comprada pela LATAM saindo no dia 29/03/2020 de LONDRES com destino final em
SÃO PAULO no valor de R$ 2.706,33.

5. Passagem comprada pela LATAM saindo no dia 01/04/2020 de SÃO PAULO com destino final em
BELÉM no valor de R$ 265,10.

Além disso, requer a condenação da ré ao pagamento da indenização material por preterição no


embarque, prevista no Art. 24 da Resolução 400 da ANAC, no valor TOTAL de R$ 3.930,35, ou em valor a
ser atualizado na data do julgamento.

Por fim, requer a condenação da requerida em indenização por danos morais, devido a todos os
transtornos que relata ter sofrido e que estão descritos na inicial.

A reclamada, em contestação, argumenta que foi opção da autora adquirir passagens aéreas em outras
empresas, uma vez que sua realocação seria realizada, razão pela qual não deve ser condenada ao
reembolso dessas passagens. Alega que o voo da autora foi cancelado em razão do fechamento da
fronteira em Dubai, em razão da pandemia da COVID-19, razão pela qual não deve ser responsabilizada
pelos danos decorrentes deste evento. Além disso, alega que não restou comprovada a preterição de
embarque, além de outros argumentos que serão detalhados quando da análise do mérito.

Decido.

-Do dano moral.

Em primeiro lugar, em se tratando a presente ação de danos morais e materiais advindos de voo
internacional, necessário se fazer as seguintes observações.

O Decreto n° 5.910 de 27 de setembro de 2006, promulgou a Convenção de Montreal para aplicação em


nosso país, bem como, o Supremo Tribunal Federal julgou o Tema 210, de repercussão geral, qual seja,
limitação de indenizações por danos decorrentes de extravio de bagagem, no julgamento do RE 636331 e
do ARE 766618, em maio de 2017, que acabou por fixar a seguinte tese:

“Nos termos do artigo 178 da Constituição da República, as normas e os tratados internacionais


limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as
Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor”

A referida tese foi fixada a partir de dois casos concretos em que nenhum dos processos teve como objeto
a eventual limitação da indenização por dano moral com base em convenções internacionais.

Assim, não se pode utilizar indiscriminadamente a tese fixada no Tema 210, pois não se pode também
olvidar da proteção constitucional que o cidadão possui em hipóteses de dano moral, e seu art. 5º, incs. V
e X, sob pena de prejudicar, sobremaneira, os consumidores que sofrem abalos morais na esfera
extrapatrimonial e que, portanto, merecem ser recompensados.

Anoto que este juízo já chegou a adotar o entendimento de que a aplicação da Convenção de Montreal
afastava completamente a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, contudo, tratando-se de tema
controverso e com o surgimento de novos julgados, inclusive do próprio STF, faz-se necessário repensar e
readequar o entendimento.

Em recente decisão monocrática, datada de 28/05/2019, a Ministra Carmem Lucia afirmou a possibilidade
de arbitramento de indenização por dano moral em caso de transporte internacional, bem como, a
801
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

possibilidade de aplicação do Código de Defesa do Consumidor. Ressaltou, citando uma decisão do


também Ministro Gilmar Mendes, que a inaplicação do CDC se dá apenas nas questões envolvendo dano
material e que a condenação por danos morais não causa divergência com o recurso paradigma.

Colaciono a decisão em comento:

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSUMIDOR. EXTRAVIO DE BAGAGEM. DANOS


MORAIS. CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE VARSÓVIA E DE MONTREAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO N. 636.331-RG. TEMA 210. INAPLICABILIDADE. CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Relatório 1.
Recurso extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República
contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: “APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZATÓRIA.
AGRAVO RETIDO. DESPROVIMENTO. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA. POSSIBILIDADE. TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL. EXTRAVIO TEMPORÁRIO DE
BAGAGEM. INCIDÊNCIA DO CDC. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL
CONFIGURADO E MODERADAMENTE ARBITRADO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.

1. Agravo retido desprovido, diante da presença dos requisitos legais para a decretação da inversão do
ônus da prova, bem como pela rejeição da prejudicial de decadência. 2. A inversão do ônus da prova é
norma de natureza processual que, em vista do princípio da vulnerabilidade do consumidor, almeja
equilibrar a posição das partes no processo, atendendo aos critérios estipulados no inciso VIII do art. 6° do
CDC, reconhecida a hipossuficiência técnica do autor e a verossimilhança de suas alegações à luz das
regras de experiência comum, valendo-se, para tanto, de qualquer meio de início de prova. 3. Rejeita-se a
prejudicial de mérito de decadência, pois a demanda objetiva o ressarcimento de alegados danos morais
decorrentes de fato do consumo, submetendo-se ao prazo prescricional quinquenal do artigo 27 do CDC,
prazo este não transcorrido. 4. Repercussão geral sobre o tema reconhecida pelo Supremo Tribunal
Federal no processo AI 762.184 substituído pelo RE nº 636331 que se encontra ainda em tramitação,
aguardando a conclusão do julgamento, sem influência, portanto, no caso concreto. 5. Conforme
entendimento pacificado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, não são aplicáveis as regras
internacionais relativas ao transporte aéreo de passageiros após o advento do Código de Defesa
do Consumidor, não mais prevalecendo, para fins indenizatórios, a tarifação estabelecida tanto nos
Protocolos Adicionais de Montreal à Convenção de Varsóvia, quanto no Código Brasileiro de
Aeronáutica. 6. Relação de consumo que enseja a aplicação da responsabilidade civil objetiva da
companhia aérea, porquanto fornecedora de serviço, independentemente da comprovação de dolo
ou culpa, com fundamento no art. 14 do CDC, não sendo a alegação de fato de terceiro vinculado
ao serviço, porque equiparado a fortuito interno, suficiente para excluir a responsabilidade,
aplicando-se a Súmula 94 do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 7. Uma vez comprovada a falha
na prestação do serviço de transporte aéreo internacional, decorrente do extravio temporário de bagagem,
ocasionando a entrega da mala ao passageiro três dias após o desembarque, impõe-se o dever de
indenizar os danos causados. 8. A empresa de transporte aéreo responde pelo evidente transtorno,
desgaste e aflição gerada no passageiro pelo extravio temporário de sua bagagem, o que em muito
ultrapassa o mero descumprimento contratual, especialmente pela falta dos pertences pessoais e
medicamentos, além de obrigar o passageiro a realizar despesas não planejadas para suprir as
necessidades imediatas. 9. Matéria pacificada pelo Tribunal de Justiça do Rio Janeiro por meio da súmula
45. 10. Valor do dano moral compatível com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, tendo
em vista as circunstâncias fáticas, a afastar a redução pretendida pela companhia aérea. 11.
Desprovimento do recurso” (fl. 196, vol. 1).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados. 2. A recorrente alega contrariados o § 2º do art. 5º e


o art. 178 da Constituição da República ao argumento de que, “em razão da Convenção de Montreal ser
norma recente, especial e que trata exclusivamente transporte aéreo internacional, bem como das
relações entre as empresas aéreas e seus passageiros, não se pode admitir seu afastamento para
aplicação de norma anterior e de caráter geral, como é o caso da legislação consumerista” (fl. 28, vol. 2).
Sustenta que “o próprio Código de Defesa do Consumidor, no seu artigo 7°, dispõe que os direitos nele
previstos não poderão excluir outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil
seja signatário” (fl. 30, vol. 2). Alega que “o próprio STF reconheceu a existência de repercussão geral da
questão constitucional com fundamento na Convenção de Varsóvia, no que se refere à limitação da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

fixação dos valores das indenizações por danos morais e materiais, decorrentes de extravio de bagagem”
(fl. 18, vol. 2). Requer “o provimento do recurso para que a condenação, caso entendida como cabível,
seja limitada aos parâmetros previstos na Convenção de Montreal, especificamente quanto ao disposto no
art. 22 do referido acordo” (fl. 31, vol. 2). 3. Quanto ao eventual juízo de retratação com o julgamento do
Recurso Extraordinário n. 636.331-RG, Relator o Ministro Gilmar Mendes, o Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro assim decidiu: “JUÍZO DE RETRATAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. TRANSPORTE AÉREO
INTERNACIONAL. EXTRAVIO TEMPORÁRIO DE BAGAGEM. DISCUSSÃO SOBRE A APLICAÇÃO DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DAS CONVENÇÕES DE VARSÓVIA E DE MONTREAL. RE
636331/RJ. REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 210. INAPLICAÇÃO DO CDC APENAS NAS QUESTÕES
ENVOLVENDO DANO MATERIAL. CONDENAÇÃO APENAS POR DANO MORAL. AUSÊNCIA DE
DIVERGÊNCIA COM O RECURSO PARADIGMA. ILÍCITO CONTRATUAL. DANO MORAL
CONFIGURADO E RAZOAVELMENTE ARBITRADO. RETRATAÇÃO PARCIAL PARA INTEGRAR O
ACÓRDÃO. 1. Retomo dos autos a esta Câmara Cível, a fim de que a questão seja reexaminada, com
fundamento no art. 1.040, II, do CPC, ao argumento de que o tema versa sobre matéria com repercussão
geral, sob o tema 210. 2. Hipótese em que a sentença condenou a companhia área ré no pagamento de
dano moral arbitrado em R$ 10.000,00, em virtude do extravio das bagagens do autor e sua esposa
durante voo internacional, o que foi mantido por esta Câmara. 3. O Agravo de Instrumento nº 762184/RJ,
por decisão proferida em 16/03/2011, foi substituído para julgamento de tema de repercussão geral pelo
RE nº 636331/RJ, sob o tema 210, a seguir transcrito: ‘Limitação de indenizações por danos decorrentes
de extravio de bagagem com fundamento na Convenção de Varsóvia’. 4. A existência de decisão de
mérito julgada sob a sistemática da repercussão geral autoriza o julgamento imediato de causas que
versarem sobre o mesmo tema, independente do trânsito em julgado do paradigma, conforme precedentes
destacados no RE 1112500 AgR/ES, da relataria do Ministro Roberto Barroso. 5. O julgamento do Recurso
Extraordinário 11°. 636.331/RJ foi no sentido de prevalência da Convenção de Varsóvia, complementada
pela Convenção de Montreal, sobre o Código de Defesa do Consumidor, nos casos de transporte aéreo de
passageiros, especialmente quanto ao atraso de voos e extravio de bagagens internacionais. De igual
modo, no ARE 766618-SP, julgado em 25/05/2017 e publicado no DJe em 13/11/2017, que discutia o
prazo prescricional envolvendo o transporte aéreo internacional, orientou-se no sentido da prevalência dos
tratados sobre a legislação doméstica, seja ela anterior ou posterior àqueles, aplicando essa conclusão
também quando o conflito envolver o Código de Defesa do Consumidor. Nos referidos julgados foi fixada a
seguinte tese jurídica: ‘Nos termos do art. 1 78 da Constituição da República, as normas e os tratados
internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente
as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor’.
6. Em resumo, o acórdão sob repercussão geral frisou que as disposições previstas nos aludidos acordos
internacionais incidem exclusivamente nos contratos de transporte aéreo,internacional de pessoas,
bagagens ou carga. Assim, não alcançam o transporte nacional de pessoas, que está excluído da
abrangência do art. 22 da Convenção de Varsóvia. Por fim, esclareceu que a limitação indenizatória
abrange apenas a reparação por danos materiais e não os morais. No ARE 766.618/SP, o Colegiado
pontuou que, por força do a1t. 178 da CF, em caso de conflito, as normas das convenções que regem o
transporte aéreo internacional prevalecem sobre o CDC. 7. Assim, embora a questão abordada nestes
autos tenha sido incluída na categoria de recurso sob repercussão geral, verifica-se que a controvérsia
abordada no RE 636331/RJ não abrangeu o tema analisado nos presentes autos, que trata
exclusivamente do dano moral por extravio de bagagem em voo internacional, enquanto o paradigma
restringiu-se ao dano material, este sim, submetido à limitação tarifária prevista no art. 22 da Convenção
de Montreal. 8. Tendo em vista que a presente demanda envolve apenas o pedido de dano moral,
constata-se que o acórdão recorrido não diverge da orientação filmada no RE 636.331/RJ sob
repercussão geral. 9. Nos termos estabelecidos no acórdão sob repercussão geral (RE 1112500 Agr/ES),
incide a prescrição bienal da pretensão indenizatória prevista na Convenção de Varsóvia, em detrimento
da previsão mais favorável do Código de Defesa do Consumidor. Logo, mesmo que se aplicasse o prazo
bienal, verifica-se que a prescrição ainda não havia operado seus efeitos, posto que o evento danoso, que
se conta a partir do pouso da aeronave, ocorreu em 25/06/2007, e a presente demanda foi proposta em
27/02/2008. 10. Companhia ré que não comprovou nenhuma causa excludente da responsabilidade e nem
a adoção de todas as medidas mitigadoras ao seu alcance, limitando-se a alegar que não mediu esforços
na localização das malas do autor e a ausência de culpa pelo extravio, mas sim, das autoridades
aeroportuárias, nada comprovando neste sentido. 11. Dano moral configurado e fixado em atenção à
razoabilidade e proporcionalidade, notadamente pelo fato de que o autor e sua esposa ficaram sem os
seus pertences pessoais por três dias, não merecendo a redução ou limitação postulada pela companhia
ré. 12. Retratação parcial apenas para integrar o acórdão, sem efeitos modificativos, por ausência de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

divergência com o julgado paradigma sob repercussão geral” (fls. 71-74, vol. 2). Examinados os elementos
havidos no processo, DECIDO. 4. Razão jurídica não assiste à recorrente. 5. No julgamento do Recurso
Extraordinário n. 636.331-RG, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Tema 210, o Plenário deste Supremo
Tribunal assentou: “Recurso extraordinário com repercussão geral. 2. Extravio de bagagem. Dano
material. Limitação. Antinomia. Convenção de Varsóvia. Código de Defesa do Consumidor. 3. Julgamento
de mérito. É aplicável o limite indenizatório estabelecido na Convenção de Varsóvia e demais acordos
internacionais subscritos pelo Brasil, em relação às condenações por dano material decorrente de extravio
de bagagem, em voos internacionais. 5. Repercussão geral. Tema 210. Fixação da tese: "Nos termos do
art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia
e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor". 6. Caso concreto. Acórdão
que aplicou o Código de Defesa do Consumidor. Indenização superior ao limite previsto no art. 22 da
Convenção de Varsóvia, com as modificações efetuadas pelos acordos internacionais posteriores. Decisão
recorrida reformada, para reduzir o valor da condenação por danos materiais, limitando-o ao patamar
estabelecido na legislação internacional. 7. Recurso a que se dá provimento” (DJe 13.11.2017).
Entretanto, a espécie vertente não tem relação de identidade com o Recurso Extraordinário n.
636.331-RG, Tema 210 da repercussão geral, porque trata de reparação somente por danos morais.
Na fundamentação do acórdão do caso paradigma, o Supremo Tribunal Federal assentou que a
limitação imposta pelos acordos internacionais não alcança a reparação por dano moral,
aplicando-se apenas às indenizações por danos materiais. Confira-se: “A disposição deixa claro o
âmbito de aplicação da Convenção, que não alcança os contratos de transporte nacional de pessoas e
estão, por conseguinte, excluídos da incidência da norma do art. 22. O segundo aspecto a destacar é que
a limitação imposta pelos acordos internacionais alcança tão somente a indenização por dano material, e
não a reparação por dano moral. A exclusão justifica-se, porque a disposição do art. 22 não faz
qualquer referência à reparação por dano moral, e também porque a imposição de limites
quantitativos preestabelecidos não parece condizente com a própria natureza do bem jurídico
tutelado, nos casos de reparação por dano moral. Corrobora a interpretação da inaplicabilidade do
limite do quantum indenizatório às hipóteses de dano moral a previsão do art. 22, que permite o
passageiro realizar ‘declaração especial’ do valor da bagagem, como forma de eludir a aplicação do
limite legal. Afinal, se pode o passageiro afastar o valor limite presumido pela Convenção mediante
informação do valor real dos pertences que compõem a bagagem, então não há dúvidas de que o limite
imposto pela Convenção diz respeito unicamente à importância desses mesmos pertences e não a
qualquer outro interesse ou bem, mormente os de natureza intangível. Assim, meu voto é no sentido de
declarar a aplicabilidade do limite indenizatório estabelecido na Convenção de Varsóvia e demais acordos
internacionais subscritos pelo Brasil, em relação às condenações por dano material decorrente de extravio
de bagagem, em voos internacionais” (DJe 13.11.2017). O Tribunal de origem condenou a recorrente à
indenização por danos morais com fundamento no Código de Defesa do Consumidor, estando o
acórdão recorrido em harmonia com a orientação do Supremo Tribunal Federal. 6. Pelo exposto,
nego provimento ao recurso extraordinário (al. b do inc. IV do art. 932 do Código de Processo Civil e § 1º
do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e condeno a parte sucumbente, nesta
instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 10%, percentual que se soma
ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, com
a ressalva de eventual concessão do benefício da justiça gratuita. Publique-se. Brasília, 28 de maio de
2019. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

(RE 1203826, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em 28/05/2019, publicado em PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-115 DIVULG 30/05/2019 PUBLIC 31/05/2019)

Nesse diapasão, considerando que o Tema 210 julgado pelo STF se refere à não aplicação do CDC
apenas nas questões envolvendo dano material e que a condenação por danos morais não causa
divergência com o recurso paradigma, passo a aplicar o Código de Defesa do Consumidor no caso
concreto, em decorrência do que dispõe a Constituição Federal em seu art. 5º, V e X:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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(...)

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem;

(...)

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

(...)

Assim, evidenciada a existência de relação de consumo entre as partes, presentes os requisitos da


hipossuficiência para produzir a prova, e verossimilhança das alegações dos autores, o julgamento do
pedido de indenização por danos morais irá se operar mediante regra de inversão do ônus da prova.

No caso em comento, entendo que não assiste razão à parte autora quanto ao pedido de condenação da
requerida em danos morais.

A autora adquiriu o voo de Bangkok para São Paulo com conexão em Dubai no dia 20/03/2020, para viajar
no dia 27/03/2020.

A requerida alega que “o governo dos Emirados Árabes suspendeu temporariamente a concessão de visto
para entrada, bem como promoveu o fechamento das fronteiras, inclusive, para estrangeiros portadores de
visto válido, não restando a Emirates, portanto, alternativa senão a suspensão de todos os voos”.

Assim, observa-se que, por um infortúnio do acaso, a autora estava adquirindo suas passagens aéreas no
mesmo momento em que vários países estavam fechando suas fronteiras para evitar a disseminação do
COVID-19, de forma que as companhias aéreas se encontravam em uma situação extremamente delicada
para adimplir seus contratos com os consumidores no mundo inteiro, e não apenas com a autora.

Écerto que o transporte aéreo nacional e internacional foi diretamente impactado, desde o início de 2020,
pelas inúmeras medidas restritivas que afetaram, em escala global, a malha aérea (fato notório). Medidas
Provisórias e Leis, como por exemplo, a de nº 14.034/2020 e nº 14.046/2020 distribuíram, inclusive,
temporária e equitativamente, as consequências jurídicas decorrentes do citado fato notório, o qual estaria
inserido na hipótese de inevitabilidade inerente à força maior a tornar impossível o cumprimento das
obrigações contratuais originárias (CC, art. 393 e parágrafo único e art. 478).

Essa distribuição se fez impositiva para não serem rompidos o equilíbrio das relações negociais, o
comportamento esperado dos contratantes (lealdade), os costumes e as normas comerciais, sobretudo em
razão do imprevisível impacto negativo no setor do turismo e do transporte aeroviário.

Com isso, aludidas normas temporárias buscaram otimizar (ou distribuir) os efeitos jurídicos derivados da
inadimplência dos contratos de execução diferida no curso de uma situação extraordinária (pandemia do
COVID-19).

Nesse excepcional contexto fático-jurídico é que deve ser analisado o pedido da parte consumidora:
reparação por danos morais.

A despeito das incontestes aflições experimentadas em decorrência do cancelamento do voo, não verifico
justa causa para a condenação da ré em danos extrapatrimoniais.

Com efeito, tanto a esfera jurídica da requerente (e de milhares de consumidores) quanto à de todas as
empresas do setor aéreo foram sensivelmente afetadas, e sem que se possa estabelecer uma absoluta
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primazia dos direitos do consumidor sem a concomitante observância da referida causa externa e
impeditiva (força maior) ao completo adimplemento contratual.

Diante do exposto, não se mostra razoável a condenação da ré em danos morais.

- Do Dano Material

Com relação ao pedido de indenização por danos materiais, passo a analisar cada pedido da autora.

1. O valor da passagem de retorno originalmente comprada através da EMIRATES, que não foi
utilizada pela requerente, no valor de THB 26.725,00, equivalente a R$ 4.901,30;

Quanto ao pedido de restituição dos valores pagos pela passagem, é claro que tais valores devem ser
restituídos à autora, visto que o voo em questão fora cancelado pela ré e a autora não usufruiu do serviço,
bem como não foi comprovado o ressarcimento.

2. Passagem comprada pela THAIVIETJETAIR, saindo de CHIANG MAI com destino a BANGKOK, no
valor de THB 1014,00, equivalente a R$ 185,82.

Quanto a este pedido, entendo que não merece acolhimento, pois a requerida se comprometeu em
transportar a autora de Bangkok à São Paulo, na data de 27/03/2020, sendo que, por óbvio, a autora
deveria viajar à Bangkok para embarcar no voo adquirido, esteja ela onde estivesse. Assim, a requerida
não possui nenhuma responsabilidade no transporte da autora da cidade de CHIANG MAI com destino a
BANGKOK, uma vez que esta teria que viajar à Bangkok de qualquer forma, mesmo que não houvesse
existido nenhum problema de cancelamento do voo.

3. Passagem comprada pela AEROFLOT RUSSIAN saindo no dia 27/03/2020 de BANGKOK com
destino final em LONDRES no valor de USD 695.49, equivalente a R$ 4.094,21.

4. Passagem comprada pela LATAM saindo no dia 29/03/2020 de LONDRES com destino final em
SÃO PAULO no valor de R$ 2.706,33.

Com relação aos pedidos acima, de itens 3 e 4, pela análise das documentações juntadas nos autos,
entendo que não restou configurado que a requerida se recusou em realocar a autora em outro voo.

Tal alegação consiste em grave acusação contra a empresa ré e por isso não pode este juízo concluir que
a requerida não ofereceu nenhuma possibilidade de realocação da autora tão somente com base em suas
declarações.

Tal fato precisaria estar fartamente comprovado nos autos, como por exemplo depoimento de
testemunhas, gravação, e-mail, mensagem etc.

Isto porque conforme provas que a própria autora juntou nos autos, a requerida estava procedendo a
realocação de passageiros.

No entanto, o que se observa no presente caso é que a autora comprou passagens em outra companhia
aérea para viajar no mesmo dia da viagem inicial que estava planejada, ou seja, no dia 27/03/2020.

Assim, entendo que a autora não oportunizou à requerida a realoca-la em outro voo, visto que se adiantou
em comprar as passagens antes mesmo de chegada a data da viagem.

Entendo que, no presente caso, a ré teria até o dia 27/03/2020 para dar uma posição à autora quanto à
sua realocação em outro voo, visto a situação de incerteza vivenciada durante aqueles dias em razão da
pandemia. No entanto, neste dia a autora já estava embarcando em outro voo adquirido por conta própria
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em momento anterior. Assim, pela análise das provas e datas dos fatos, entendo que não restou
evidenciada a omissão da ré em resolver o problema do cancelamento do voo, sobretudo porque não fora
esta quem deu causa ao cancelamento, e sim a urgência da autora em retornar ao Brasil, o que ensejou
em sua precipitação em comprar novas passagens sem aguardar uma solução da ré em um prazo
razoável.

Por este motivo, entendo que a ré não deve ser responsabilizada pelo pagamento das passagens aqui
discutidas, uma vez que não restou comprovado que a ré não resolveu a situação de realocação da autora
em tempo hábil e razoável.

5. Passagem comprada pela LATAM saindo no dia 01/04/2020 de SÃO PAULO com destino final em
BELÉM no valor de R$ 265,10.

Quanto a este pedido, levando em consideração a fundamentação exposta acima, na qual se reconheceu
que a autora não oportunizou à requerida a sua realocação em outro voo dentro do prazo previsto para o
voo original, não se pode chegar a conclusão de que por culpa da requerida a autora teve que adquirir
novo voo de São Paulo para Belém, pois não se sabe se o voo eventualmente ofertado pela ré para a
realocação da autora oportunizaria à esta a manter seu voo nacional original.

Ademais, a autora não traz aos autos nenhum histórico quanto ao voo original supostamente cancelado.
Não informa quanto pagou, qual o seu prejuízo pelo cancelamento, etc, de forma que, ainda que a ré fosse
responsabilizada por este dano, não restou provado o prejuízo da autora, vez que esta por certo teria que
retornar à Belém por ser a cidade onde reside.

Assim, a simples juntada da passagem de São Paulo para Belém no valor de R$265,10 não prova que a
autora teve qualquer prejuízo material quanto a perda do voo original. Precisaria haver um contexto com
provas do alegado prejuízo.

Por fim, com relação do pedido de condenação da ré ao pagamento da indenização material por preterição
no embarque, prevista no Art. 24 da Resolução 400 da ANAC, no valor TOTAL de R$ 3.930,35, ou em
valor a ser atualizado na data do julgamento, as provas juntadas pela reclamante não comprovam que
houve a preterição alegada.

Primeiro porque a autora sequer oportunizou à ré a realoca-la em outro voo, de forma que se torna
impossível saber se o voo que a ré escolheria para a autora seria em data posterior aos escolhidos para
as pessoas contidas nas declarações juntadas com a inicial.

Para estar configurada a preterição do embarque, a autora deveria ter provado que a ré lhe realocou em
voo com data posterior aos voos escolhidos para pessoas que possuíam originalmente voos posteriores
ao da autora e que foram realocadas para data mais próxima do que o voo escolhido para esta.

No presente caso, sequer houve realocação, uma vez que a autora se adiantou em comprar passagens
em outra companhia aérea.

Visto isso, não há sequer como se aferir se houve preterição do embarque, em razão de não haver
parâmetros de comparação.

- Dispositivo

Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente demanda, nos seguintes termos:

1. Condeno a reclamada ao ressarcimento à autora da quantia de R$-4.901,30 (quatro mil


novecentos e um reais e trinta centavos), a título de indenização por danos materiais pelo voo
não utilizado, a qual deve ser atualizado monetariamente pelo INPC a partir da data do efetivo
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prejuízo (20/03/2020), e acrescido de juros de mora, fixados em 1% (um por cento) ao mês a
partir da citação;
2. Julgo improcedente o pedido de danos morais e os demais pedidos de danos materiais, bem
como o pedido de pagamento da indenização material por preterição no embarque, prevista
no Art. 24 da Resolução 400 da ANAC.

Assim, resta extinto o presente processo, com resolução do mérito, com fulcro no art. 487, inciso I, do
CPC.

Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos do art. 54, “caput” e 55 da Lei
9.099/95.

Transitada em julgado, nada sendo requerido no prazo de 30 dias, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 9 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0868920-35.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JOEL SOARES


NEGRAO Participação: ADVOGADO Nome: THAISA CAMILA LOPES BARBOSA SHIMIZU OAB:
21183/PA Participação: ADVOGADO Nome: JULIETH PINHEIRO NEGRAO OAB: 21034/PA Participação:
ADVOGADO Nome: EWERTON PEREIRA SANTOS OAB: 20745/PA Participação: REQUERIDO Nome:
FLEXTRONICS INTERNATIONAL TECNOLOGIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ELLEN
CRISTINA GONCALVES PIRES registrado(a) civilmente como ELLEN CRISTINA GONCALVES PIRES
OAB: 24359-A/PA Participação: REQUERIDO Nome: MOTOROLA MOBILITY COMERCIO DE
PRODUTOS ELETRONICOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO DE CARVALHO
SOARES DA COSTA OAB: 182165/SP Participação: REQUERIDO Nome: C&A MODAS LTDA.
Participação: ADVOGADO Nome: CASSIO CHAVES CUNHA OAB: 12268/PA Participação: ADVOGADO
Nome: CARLOS FERNANDO DE SIQUEIRA CASTRO OAB: 106094/RJ Participação: ADVOGADO Nome:
CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO OAB: 20283/RJ Participação: ADVOGADO Nome:
GUSTAVO GONCALVES GOMES OAB: 20666/PA Processo nº 0868920-35.2019.8.14.0301
REQUERENTE: JOEL SOARES NEGRAO

REQUERIDO: C&A MODAS LTDA.

SENTENÇA

Vistos, etc.

Cuida-se de Cumprimento de Sentença formulado pela parte exequente em face da executada, sendo que
a parte exequente concordou com o valor depositado a título de complemento da condenação, e requereu
expedição de alvará.

Dispõem os artigos 924, inciso II, e 925, ambos do Código de Processo Civil:

Art. 924. Extingue-se a execução quando:


808
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(...)

II - a obrigação for satisfeita;

(...).

Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.

Diante do pagamento do débito executado, mostra-se satisfeita pela parte executada a obrigação, não
mais subsistindo razão para o prosseguimento do cumprimento de sentença, impondo-se, desta forma, a
extinção do processo, nos termos dos dispositivos ao norte citados.

Isto posto, julgo extinto o cumprimento de sentença nos termos do art. 924, II, do Código de Processo
Civil, uma vez que, conforme consta dos autos, a obrigação foi satisfeita.

Expeça-se alvará para levantamento de valores em favor do exequente, intimando-o para recebimento.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0836391-89.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: FLAVIA REGIANE


CONCEICAO FURTADO Participação: ADVOGADO Nome: EDGAR ROGERIO GRIPP DA SILVEIRA
OAB: 21129/O/MT Participação: REQUERIDO Nome: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS
CREDITORIOS NAO-PADRONIZADOS NPL I Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANO DA SILVA
BURATTO OAB: 179235/SP Processo nº 0836391-89.2021.8.14.0301 REQUERENTE: FLAVIA REGIANE
CONCEICAO FURTADO

REQUERIDO: FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAO-PADRONIZADOS NPL I

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispensado o relatório (art. 38 da Lei 9.099/95).

Intimada para comparecer à audiência designada, deixou a parte Reclamante de fazê-lo.

Apresentou petição quinze minutos após o horário designado para a audiência requerendo a redesignação
do ato por estar com suspeita de Covid-19. No entanto, além de ter peticionado após a realização do ato
processual, a autora não juntou qualquer comprovação nesse sentido.
809
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Consoante o art. 51, I, da lei nº 9.099/95 extingue-se o processo quando o autor deixar de comparecer a
qualquer das audiências designadas.

Complementando dispõe ainda o artigo 362, II, do CPC, que a audiência poderá ser adiada, desde que
reste provado o impedimento da parte em comparecer ao ato até o momento da sua abertura.

Assim, outro caminho não resta senão a extinção do processo sem resolução do mérito diante do não
comparecimento da parte Autora a audiência.

Isto posto, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 51, inciso I, da Lei
dos Juizados Especiais.

Revogam-se todos os termos da tutela provisória de urgência eventualmente concedida no curso da


demanda.

Condeno a parte Autora ao pagamento das custas, consoante § 2º, do art. 51, da lei supracitada.

A parte Requerente somente poderá intentar a ação novamente, após comprovação do pagamento das
custas.

Emita-se boleto de custas processuais e intime-se o Autor para o pagamento, no prazo de 15 dias. Caso
não haja o pagamento, determino que se oficie à Secretaria de Planejamento, Coordenação e Finanças –
Coordenadoria Geral de Arrecadação do TJE/PA, para inscrição em dívida ativa.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 2 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0800228-81.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: REGIANE


TEIXEIRA PANTOJA Participação: ADVOGADO Nome: ODICELIA SANTOS DOS SANTOS OAB:
22017/PA Participação: REQUERIDO Nome: AMAZON NAVEGACAO, TURISMO E TRANSPORTE DE
PASSAGEIROS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: MAISA PINHEIRO CORREA VON GRAPP
OAB: 11606/PA Processo nº 0800228-81.2019.8.14.0301 REQUERENTE: REGIANE TEIXEIRA
PANTOJA

REQUERIDO: AMAZON NAVEGACAO, TURISMO E TRANSPORTE DE PASSAGEIROS LTDA - ME

SENTENÇA

Vistos, etc.

Cuida-se de Cumprimento de Sentença formulado pela parte exequente em face da executada, sendo que
a parte executada comprovou o pagamento de todas as parcelas do acordo feito com a exequente,
conforme certidão dos autos.
810
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Dispõem os artigos 924, inciso II, e 925, ambos do Código de Processo Civil:

Art. 924. Extingue-se a execução quando:

(...)

II - a obrigação for satisfeita;

(...).

Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.

Diante do pagamento do débito executado, mostra-se satisfeita pela parte executada a obrigação, não
mais subsistindo razão para o prosseguimento do cumprimento de sentença, impondo-se, desta forma, a
extinção do processo, nos termos dos dispositivos ao norte citados.

Isto posto, julgo extinto o cumprimento de sentença nos termos do art. 924, II, do Código de Processo
Civil, uma vez que, conforme consta dos autos, a obrigação foi satisfeita.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0800147-64.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: NAZARE


LINCOLN NAVARRO FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MURILO TADEU FERNANDES DE
MORAES OAB: 018435/PA Participação: REQUERIDO Nome: BRADESCO VIDA E PREVIDENCIA S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0800147-64.2021.8.14.0301

REQUERENTE: NAZARE LINCOLN NAVARRO FERREIRA

REQUERIDO: BRADESCO VIDA E PREVIDENCIA S.A.


811
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SENTENÇA

Dispenso o relatório, com espeque no art. 38 da Lei 9099/95 e decido.

Trata-se de ação de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada.

A reclamante alega que teve relacionamento amoroso público e notório com Sr. João Soares da Silva
Neto, embora este casado, doravante de cujus (falecido em 03/05/2020 – certidão de óbito acostada).
Desta união tiveram filhos em comum: Maria das Graças Ferreira Soares e João Douglas Ferreira Soares.

Relata que em vida, o de cujus sempre informou à Promovente da existência de um seguro em seu nome
que estaria contratado junto à parte Promovida.

Após o falecimento do amásio, a Promovente alega que constatou a existência da apólice Top
Convencional n. 33.025, sob processo n. 110520209809, no valor original de R$ 4.744,00 (quatro mil,
setecentos e quarenta e quatro reais), em seu favor de forma individual e desmembrada/autônoma de
qualquer outra apólice ou plano junto à Promovida.

Contudo, sustenta que para sua surpresa e indignação, tal valor não pôde ser disponibilizado, pois devido
norma interna da seguradora promovida, o processo já teria sido iniciado em maio de 2020, por uma das
herdeiras do de cujus, sra. CASSIA CILENE DA SILVA SOARES LELIS, procedimento se encontrando
suspenso por falta de andamento e interesse desta e, por haver outros produtos / planos contratados pelo
de cujus (em nome de herdeiros e terceiros), sendo assim, somente a herdeira que iniciou o processo
poderia finalizar o mesmo, quando na ocasião a Promovida disponibilizaria em contas individuais
informadas o que caberia a cada por direito, seguindo o avençado em apólices.

Informa que o seguro vinculado à Promovente encontra-se em análise desde maio de 2020, o que não se
considera mais razoável. Por este motivo, ingressou com a presente ação visando a condenação da
reclamada em realizar o pagamento da indenização securitária.

A reclamada, em contestação, apresenta preliminar de falta de interesse processual e, no mérito, requer a


improcedência do pedido, pois a reclamante não era beneficiária do seguro.

-Da preliminar.

Não acolho esta preliminar, visto que apesar da indenização securitária já ter sido paga, o pagamento não
se deu em favor da autora, razão pela qual há a necessidade de se adentrar no mérito da demanda a fim
de analisar se a autora comprovou o seu direito de receber os valores pleiteados.

-Do mérito.

Analisando os documentos juntados aos autos e as alegações das partes, observo que a autora não
trouxe as necessárias provas dos fatos alegados para uma eventual procedência do seu pedido.

A reclamante alega na inicial que é a beneficiária da apólice de nº 33025 realizada pelo falecido.

No entanto, a reclamada comprovou fartamente nos autos através dos documentos juntados nos Ids
22910830, 22910830 e 23002441 que os beneficiários do seguro realizado por meio da referida apólice
33025 eram a esposa e os filhos originários deste casamento, quais sejam:

· MARIA HELENA DA SILVA SOARES (esposa)


812
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

· CASSIA CILENE DA SILVA SOARES (filha)

· JOÃO SOARES DA SILVA NETO (filho)

A reclamante, por sua vez, não junta nenhum documento nos autos capaz de contrariar as provas juntadas
pela ré.

O único documento juntado pela reclamante no processo é o seu requerimento administrativo perante a ré,
o qual foi impresso em 05/01/2021 e que, ao contrário do que alega a autora, possui o status de
“cancelado”, possivelmente porque o seguro já havia sido pago no mês anterior aos beneficiários acima
mencionados, conforme comprovado no Id 22910830, no qual se verifica que o pagamento se deu em
14/12/2020.

Quanto ao requerimento da autora feito em audiência de conciliação, no qual requer que a demandada
apresente qualquer outra apólice ou documento equiparado que esteja vinculado ao seu CPF, indefiro-o,
uma vez que tal requerimento pode ser feito na seara administrativa, além de que este pedido ensejaria
uma ação autônoma de exibição de documento.

Em suma, entendo que a parte autora não produziu provas do direito que pretende ver reconhecido, uma
vez que não restaram configurados os pressupostos da responsabilidade civil (CDC, art. 14),
especialmente o dano e o nexo de causalidade.

Logo, em razão da ausência de provas do direito alegado, a ação deve ser julgada improcedente.

-Do dispositivo.

· Ante o exposto, julgo totalmente improcedente a presente ação, por ausência de provas
constitutivas do direito pleiteado.

Resta extinto o processo com apreciação do mérito (CPC, art. 487, I).

Sem custas e honorários.

Transitada em julgado, nada sendo requerido no prazo de 30 dias, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0835717-48.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LENA CLAUDIA MAIA


ALENCAR Participação: ADVOGADO Nome: ALLANA AMELIA ALENCAR LEAO BENEVIDES OAB:
228958/RJ Participação: REU Nome: TIM S/A TIM Participação: ADVOGADO Nome: CHRISTIANNE
GOMES DA ROCHA OAB: 20335/PE

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
813
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0835717-48.2020.8.14.0301

AUTOR: LENA CLAUDIA MAIA ALENCAR

REU: TIM S/A TIM

SENTENÇA

Dispenso o relatório, com espeque no art. 38 da Lei 9099/95.

Trata-se de ação de indenização por danos morais e repetição do indébito ajuizada por LENA CLAUDIA
MAIA ALENCAR em face de TIM S/A.

- Decido.

A responsabilidade civil implica no dever de reparação de dano causado a outrem, em virtude da prática
de ato comissivo ou omissivo. Para sua configuração, mister se faz demonstrar os seus elementos, quais
sejam: conduta, dano, nexo de causalidade e culpa, dispensada esta última quando se trata de relação de
consumo.

Pela regra da inversão do ônus da prova (artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor), incumbe à
parte requerida o encargo de demonstrar a ausência dos elementos configuradores do dever de reparar os
danos. Ao passo que incumbe a requerente demonstrar os fatos constitutivos de seu direito, nos termos do
art. 373, I do CPC.

A autora alega na presente ação que possui contrato firmado com a requerida para quatro números de
telefone móvel. Não obstante, pelas alegações e provas carreadas, observo que sua reclamação se refere
à linha (91) 98223-3647.

Alega a autora que recebeu sua de abril de 2020 já vencida, e que, portanto, a conta que era para ser
paga em 07/04/2020 foi paga apenas em 16/04/2020.

Sustenta que não obstante tenha efetuado o pagamento, em 01/06/2020 teve o serviço suspenso para a
referida linha.

Alega que entrou em contato com a requerida para saber o que havia ocorrido, uma vez que todas as
faturas estavam pagas, tendo a requerida alegado inadimplência com relação à fatura paga em abril.

Desse modo, a autora teria tido que realizar novamente o pagamento para ter o serviço restabelecido,
razão pela qual requer a repetição do indébito e danos morais.

A reclamada alega que o serviço para a referida linha foi interrompido após 56 dias de atraso no
pagamento da fatura de abril, que teria vencido no dia 07/04/2020, contrariando a afirmação da requerida
de que esta havia sido quitada em 16/04/2020.

Assim, requer a improcedência dos pedidos.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Analisando as alegações e provas carreadas nos autos pelas partes, observo que não assiste razão à
parte autora.

Em primeiro lugar, a autora não junta cópia da fatura de abril, vencida em 07/04/2020, com o relativo
código de barras (Id 18087700), de forma que é impossível saber se o código de barra indicado no
comprovante de pagamento indicado no e-mail de Id 17864411-Pág 24, é correspondente a este mês.

Ademais, da análise dos dois códigos de barras juntados, quais sejam o acima mencionado e o juntado no
Id 17864411-Pág 26, este último referente à alegação de pagamento em duplicidade ocorrida em
18/06/2020, observa que estes são completamente diferentes.

A requerida, por sua vez, desincumbiu-se do ônus de provar que a autora encontrava-se inadimplente, vez
que anexou à contestação o mencionado código de barras referente à fatura vencida em 07/04/2020, o
qual corresponde exatamente ao comprovante de pagamento efetuado pela autora em 18/06/2020, e não
ao de 16/04/2020.

Assim, não restou provado nos autos que a autora efetuou o pagamento da fatura vencida em 07/04/2020
na data que alega, ou seja, em 16/04/2020.

Restou, sim, provado, pela análise dos códigos de barra juntados, que a fatura vencida em 07/04/2020 foi
paga pela autora apenas em 18/06/2020, razão pela qual o ato da requerida em suspender o serviço em
01/06/2020 não se revestiu de nenhuma ilicitude.

Assim, em razão da inversão do ônus da prova inerente às relações de consumo, considero que a
requerida se desincumbiu do ônus probatório de que não praticou qualquer ato ilícito no presente caso,
haja vista que o seu procedimento de efetuar o bloqueio da linha esteve amparado pela situação de
inadimplência verificada.

Portanto, não logrou a parte reclamante demonstrar que houve pagamento em duplicidade da fatura de
abril de 2020 ou que a reclamada praticou qualquer ato ilícito, falha no serviço ou inadimplemento
contratual, razão pela qual os pedidos da autora não merecem prosperar.

-Do dispositivo.

Ante o exposto, julgo totalmente improcedente os pedidos da reclamante, por ausência de provas
constitutivas do direito pleiteado.

Resta extinto o processo com apreciação do mérito (CPC, art. 487, I).

Transitada em julgado, nada sendo requerido no prazo de 30 dias, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 4 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0832974-31.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: V G M


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ALBUQUERQUE EIRELI - ME Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO FERREIRA DOS SANTOS


OAB: 28465/PA Participação: EXECUTADO Nome: NORTE BEM SERVICOS DE CAPOTARIA LTDA
Processo nº 0832974-31.2021.8.14.0301 EXEQUENTE: V G M ALBUQUERQUE EIRELI - ME

EXECUTADO: NORTE BEM SERVICOS DE CAPOTARIA LTDA

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispenso o relatório e decido, com espeque no art. 38 da Lei 9.099/95.

Intimada para emendar a inicial juntando os documentos no prazo de quinze dias, a parte reclamante
manteve-se inerte, conforme certidão constante dos autos.

O artigo 801 do CPC preceitua que se o exequente não cumprir a determinação, o juiz deverá indeferir a
inicial.

Deste modo, extingo o processo de execução, nos termos do art. 801 do Código de Processo Civil.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

Transitada em julgado, arquive-se.

PRIC.

Belém, 02 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0847399-97.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: PAULA RENATA


CAMPELLO MALTA Participação: ADVOGADO Nome: CAREN BENTES BOUEZ PINHEIRO OAB:
19544/PA Participação: RECLAMADO Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A Participação: ADVOGADO
Nome: GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO OAB: 28020-A/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


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Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0847399-97.2020.8.14.0301

RECLAMANTE: PAULA RENATA CAMPELLO MALTA

RECLAMADO: GOL LINHAS AÉREAS S/A


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SENTENÇA

Vistos, etc.

Vistos, etc.

Dispenso o relatório e decido (art. 38 da Lei 9099/95).

Trata-se de pedido de indenização por morais decorrentes de transtornos oriundos de remarcação de voo
sem prévia comunicação.

Relata a autora que adquiriu bilhete aéreo para viajar no trecho Belém-Santarém, para o dia 13/11/2019
com partida prevista para as 21:35 e chegada prevista para as 22:55 do mesmo dia.

Informa também, que no dia da viagem (13/11/2019) realizou o check-in regularmente, com despacho de
bagagem e aguardou o voo na área de embarque. No entanto, no horário destinado para ingressar na
aeronave, relata que foi informada que o voo atrasaria, e após várias mudanças no horário de saída do
voo foi informado aos passageiros que o voo não mais decolaria, pelo fato da tripulação ter extrapolado o
número de horas de voo permitida.

Aduz que, após horas de discussões, a requerida remanejou a autora para um voo com horário de
embarque previsto para às 03:38h, totalizando uma espera de cerca de 07 horas, destacando que em
nenhum momento foi oferecido qualquer auxílio referente aos gastos que a autora teve.

Diante do exposto, alegando ter sofrido transtornos, requer a condenação da Ré ao pagamento de


indenização por danos morais.

Em sede de contestação, a reclamada alegou, em suma, que o voo precisou ser alterado, por motivos que
fogem ao seu controle, que ofereceu toda assistência cabível, nos termos da ANAC, sendo a autora
reacomodada para voo posterior.

Levanta ainda a ausência de responsabilidade devido à ausência de comprovação do nexo de causalidade


nos autos sobre os danos alegados, além da ocorrência de caso fortuito (evento inevitável). Por fim,
requereu a improcedência dos pedidos, tendo em vista a ausência do suposto dano causado.

Decido.

A relação jurídica estabelecida entre as partes é qualificada como relação de consumo, em que presentes
as figuras do consumidor e do fornecedor de serviço.

A inversão do ônus da prova é instrumento que atende a direitos básicos do consumidor, consagrados no
artigo 6º, VI, VII e VIII (diante da verossimilhança das alegações), motivo pelo qual a regra é adotada, no
julgamento da lide.

Analisando o caso em tela, constata-se que houve evidente falha no serviço prestado pela requerida, não
apenas no que em razão da ausência de comunicação prévia quanto ao cancelamento do voo, como
também em virtude do não recebimento da assistência devida.

Conforme se depreende dos autos, não foi enviado nenhum e-mail, nem foi feita qualquer ligação
telefônica ou comunicado antes do momento do embarque, com o intuito de alertar o consumidor com
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

antecedência a respeito da suposta necessidade de cancelamento do voo, de modo que este só tomou
conhecimento do fato horas depois do horário previsto para o embarque.

Ademais, a autora informa não ter recebido a assistência devida por parte da ré, eis que não foi oferecido
qualquer auxílio, para alimentação, acomodação etc. A tese da ré, sustentada na contestação, foi de que o
voo precisou ser alterado devido a motivos que fogem de seu controle, em razão de suposta necessidade
de reestruturação da malha aérea. No que se refere ao fornecimento de assistência, limitou-se a alegar
que teria prestado toda assistência cabível, nos termos do que determina a ANAC.

Todavia, tais argumentos não convencem, eis que a ré não apresentou qualquer documentação capaz de
comprovar quaisquer de suas alegações. Embora tenha alegado que o atraso no voo se deu em virtude de
alterações na malha aérea, fato este que foge de sua competência, não apresentou nenhuma prova a
respeito (seja do próprio sistema da ré, seja alguma declaração da INFRAERO, ou alguma comunicação
feita à administração do aeroporto ou mesmo à ANAC no dia do fato, etc.), não havendo prova alguma a
respeito do alegado. O mesmo raciocínio se aplica às alegações de necessidade de cancelamento do voo,
e da prestação de assistência ao consumidor em razão do cancelamento.

A simples alegação desacompanhada de qualquer prova capaz de validá-la não serve para comprovar que
os fatos ocorreram tal como narrados, nem para eximir a ré da responsabilidade pelo cancelamento/atraso
nos voos, não merecendo acolhimento a tese de defesa. Por tal razão, considero que houve falha na
prestação do serviço, que ensejou o atraso do autor na chegada aos seus destinos além de ter lhe causa
transtornos que superam o mero aborrecimento, conforme narrado na inicial.

O caso é julgado, portanto, à luz da responsabilidade objetiva do fornecedor do produto/serviço, como se


pode observar pelo disposto no artigo 14, § 1º, I e II, CDC.

Descabe a este juízo averiguar se houve dolo na conduta da requerida, bastando o reconhecimento de
que houve um dano, sofrido pela parte autora, que merece ser indenizado. Neste sentido, o dispositivo
contido no artigo 6º, do CDC, segundo o qual, um dos direitos básicos do consumidor é a “a efetiva
prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos”.

Em outras palavras, estamos diante de culpa objetiva decorrente da prestação de serviço impróprio ao
consumo, face o descompasso entre a oferta e o serviço prestado (não transportou o consumidor no
tempo e forma a que se obrigou, de modo a permitir-lhe ter condições de fazer as conexões de voo, nem
prestou assistência a devida assistência à autora).

Ora, é sabido que aquele que lucra com determinada atividade econômica deve suportar com os riscos
oriundos desta atividade, isto é, deve ressarcir as pessoas que vierem a sofrer qualquer dano, pelo serviço
lucrativo desempenhado pela própria empresa (teoria do risco empresarial).

No que diz respeito ao mérito, o dano moral se caracterizou diante de todos os transtornos
vivenciados pela autora e descritos na inicial, e tendo em vista o atraso em sua viagem, motivado
pelo cancelamento sem notificação prévia, e o fato de ter ficado aguardando informações por
várias horas, sem receber qualquer auxílio da ré para alimentação ou acomodação, situação está
que ultrapassa o mero dissabor e que está devidamente comprovada através dos documentos
juntados com a exordial.

Uma operadora de companhia aérea do porte da requerida, uma das maiores do Brasil, que opera
centenas de voos diariamente, deve zelar não só pela quantidade, mas também pela qualidade dos voos,
de modo a assegurar a prestação de serviço eficiente, adequado e seguro, que atenda às legítimas
expectativas do consumidor, que confiou nos seus serviços e optou por contratá-la.

Em casos como o presente o dano moral não pode ser presumido, sendo necessário que o usuário do
serviço demonstre o dano sofrido, de modo que situação deve ser analisada considerando as
peculiaridades do caso concreto. A respeito, leia-se:
818
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DIREITO DO CONSUMIDOR E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COMPENSAÇÃO DE DANOS


MORAIS. CANCELAMENTO DE VOO DOMÉSTICO. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. 1. Ação de
compensação de danos morais, tendo em vista falha na prestação de serviços aéreos, decorrentes de
cancelamento de voo doméstico. 2. Ação ajuizada em 03.12.2015. Recurso especial concluso ao gabinete
em 17.07.2018. Julgamento: CPC/2015. 3. O propósito recursal é definir se a companhia aérea recorrida
deve ser condenada a compensar os danos morais supostamente sofridos pelo recorrente, em razão de
cancelamento de voo doméstico. 4. Na específica hipótese de atraso ou cancelamento de voo
operado por companhia aérea, não se vislumbra que o dano moral possa ser presumido em
decorrência da mera demora e eventual desconforto, aflição e transtornos suportados pelo
passageiro. Isso porque vários outros fatores devem ser considerados a fim de que se possa
investigar acerca da real ocorrência do dano moral, exigindo-se, por conseguinte, a prova, por
parte do passageiro, da lesão extrapatrimonial sofrida. 5. Sem dúvida, as circunstâncias que
envolvem o caso concreto servirão de baliza para a possível comprovação e a consequente
constatação da ocorrência do dano moral. A exemplo, pode-se citar particularidades a serem
observadas: i) a averiguação acerca do tempo que se levou para a solução do problema, isto é, a real
duração do atraso; ii) se a companhia aérea ofertou alternativas para melhor atender aos passageiros; iii)
se foram prestadas a tempo e modo informações claras e precisas por parte da companhia aérea a fim de
amenizar os desconfortos inerentes à ocasião; iv) se foi oferecido suporte material (alimentação,
hospedagem, etc.) quando o atraso for considerável; v) se o passageiro, devido ao atraso da aeronave,
acabou por perder compromisso inadiável no destino, dentre outros. 6. Na hipótese, não foi invocado
nenhum fato extraordinário que tenha ofendido o âmago da personalidade do recorrente. Via de
consequência, não há como se falar em abalo moral indenizável. 7. Recurso especial conhecido e não
provido, com majoração de honorários. (Recurso Especial nº 1.796.716/MG (2018/0166098-4), 3ª Turma
do STJ, Rel. Nancy Andrighi. j. 27.08.2019, DJe 29.08.2019). Grifou-se.

Deste modo, considero que assiste direito à reclamante, no tocante ao pleito de condenação ao
pagamento de indenização por danos morais, o que vem a se justificar, tanto da ótica da finalidade
punitiva, quanto da finalidade educativo-pedagógica, no sentido de coibir a reiteração de condutas
semelhantes, e adotando-se como parâmetro julgamentos anteriores proferidos neste Juízo em casos
análogos, bem como considerando as peculiaridades da situação, entendo que a condenação em patamar
equivalente a R$-5.000,00 (cinco mil reais), satisfaz o pleito sem descuidar dos critérios da razoabilidade e
proporcionalidade.

Ante o exposto, julgo PROCEDENTE a presente demanda, condenando a reclamada ao pagamento


da quantia de R$-5.000,00 (cinco mil reais), a título de indenização por danos morais, devendo tal
valor ser atualizado monetariamente pelo INPC, e acrescido de juros de mora, fixados em 1% (um
por cento) ao mês, sendo o primeiro fator calculado a partir da data da sentença e o segundo a
partir do evento danoso (13/11/2019).

Assim, resta extinto o presente processo, com resolução do mérito, com fulcro no art. 487, inciso I, do
CPC.

Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos do art. 54, “caput” e 55 da Lei
9.099/95.

Transitada em julgado, nada sendo requerido no prazo de 30 dias, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito
819
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0864328-45.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: SAMBY ALVES


MARQUES Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO HENRIQUE BARROS MARQUES DA SILVA
OAB: 30121/PA Participação: REQUERIDO Nome: CLARATUR AGENCIA DE TURISMO EIRELI - EPP
Participação: ADVOGADO Nome: MANUELA PINTO DE OLIVEIRA OAB: 13428/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Rua Roberto Camelier, n. 570 – Jurunas

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO Nº: 0864328-45.2019.8.14.0301 (PJe)


REQUERENTE: SAMBY ALVES MARQUES

REQUERIDO: CLARATUR AGENCIA DE TURISMO EIRELI - EPP

Eu, Elvira Bezerra, Analista Judiciário da 4ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital, no uso de minhas
atribuições legais, com fundamento no artigo 93, XIV, da Constituição Federal e no artigo 162, §4º, do
Código de Processo Civil, considerando que o presente caso se amolda ás hipóteses de atos de
administração e/ou de mero expediente, sem caráter decisório, que admitem delegação pelo magistrado,
nos termos do disposto no artigo 1º, §2º, inciso XV, do Provimento nº 06/2006, da Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém, procedo a intimação da parte exeqüente, para que manifeste seu interesse
no prosseguimento da execução, mediante indicação de bens à penhora ou indicação do endereço
do executado correto e com referências, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção
(conforme art. 53, § 4º, da Lei 9099/95).

Belém, 16 de agosto de 2021.

ELVIRA RODRIGUES BEZERRA

Analista Judiciário

Número do processo: 0853557-71.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LILIANA RAMOS


CAVALCANTE Participação: ADVOGADO Nome: ANA MAYRA MENDES LEITE CAVALCANTE OAB:
15281-B/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE LEITE CAVALCANTE OAB: 7126/PA Participação:
REU Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A Participação: REU Nome: DECOLAR. COM LTDA. Participação:
ADVOGADO Nome: DANIEL BATTIPAGLIA SGAI OAB: 214918/SP

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


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Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

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820
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo nº 0853557-71.2020.8.14.0301

AUTOR: LILIANA RAMOS CAVALCANTE

REU: GOL LINHAS AÉREAS S/A, DECOLAR. COM LTDA.

DESPACHO/MANDADO

Vistos, etc.

Considerando que foi apresentada preliminar na contestação, converto o julgamento em diligência a fim de
que a parte reclamante se manifeste sobre esta, bem como sobre eventual documento de prova juntado
pelas requeridas, no prazo de 5 (cinco) dias.

Uma vez decorrido o prazo, com ou sem manifestação da parte, venham-me os autos conclusos para
julgamento.

Serve o presente despacho como mandado, nos termos do disposto no artigo 1º do Provimento nº 03/2009
da CJRMB – TJE/PA.

Intime-se. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

Belém, 13 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0803240-11.2016.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: LE VET


DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS VETERINARIOS LTDA - EPP Participação: EXECUTADO Nome:
ANTONIO CARLOS DE SOUZA RODRIGUES JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: MARCO
ANTONIO GOMES DE CARVALHO OAB: 7932/PA

Processo nº 0803240-11.2016.8.14.0301

EXEQUENTE: LE VET DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS VETERINARIOS LTDA - EPP

EXECUTADO: ANTONIO CARLOS DE SOUZA RODRIGUES JUNIOR

SENTENÇA
821
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Vistos, etc.

Dispenso o relatório e decido, com espeque no art. 38 da Lei 9.099/95.

O processo se encontra sem manifestação da parte credora desde 2018, pelo prosseguimento da
demanda.

Incumbia ao credor manifestar-se em cumprimento ao despacho exarado nos autos, o que ele não fez.

Na tentativa de intimá-lo, no endereço cadastrado no processo, o AR retornou sem leitura com a anotação
“Mudou-se”.

Édever das partes manter os dados atualizados, para que se permita a comunicação a respeito dos atos
do processo.

Assim, reputo como válida a intimação encaminhada ao endereço cadastrado (Lei 9.099/95, art. 19, §2º).

O processo está paralisado por inércia do credor.

O artigo 485, inciso III do CPC preceitua que, se o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias,
por não promover os atos e diligências que lhe competir, o processo deverá ser extinto, sem julgamento do
mérito.

Outrossim, posiciona-se a jurisprudência no sentido de aplicar as regras do artigo 267, incisos II e III, do
CPC (atual art. 485, II e III, do CPC/2015), também ao processo de execução (RT 811/274, RP 3/335, em.
82, 6/313, em. 94).

Não há como conceber que um processo, em trâmite pelo Juizado Especial, em que se prima pelo
princípio da celeridade, permaneça sem movimentação por lapso tão grande de tempo em razão do
desinteresse do autor da causa.

Deste modo, julgo extinta a presente execução sem resolução do mérito, nos termos do art. 485,
inciso III, c/c 771, parágrafo único, ambos do CPC/2015.

Desconstituam-se as penhoras dos veículos realizadas através do sistema RENAJUD.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

Transitado em julgado, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 3 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito
822
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0823554-36.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MARIA DAS


GRACAS BONFIM GONCALEZ Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA CARNEIRO FONSECA OAB:
18224/PA Participação: RECLAMANTE Nome: REINALDO GONCALEZ Participação: ADVOGADO Nome:
AMANDA CARNEIRO FONSECA OAB: 18224/PA Participação: RECLAMADO Nome: LUSANIRA MAIA
Participação: ADVOGADO Nome: JOAO ASSUNCAO DOS SANTOS OAB: 4614/PA

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Processo nº 0823554-36.2020.8.14.0301

RECLAMANTE: MARIA DAS GRACAS BONFIM GONCALEZ, REINALDO GONCALEZ

RECLAMADO: LUSANIRA MAIA

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispenso o relatório, conforme art. 38 da Lei 9.099/95.

Trata-se de pedido de indenização por danos morais.

Relatam os autores que adquiriram pacote turístico junto à requerida para viagem entre os dias 08/07/2019
e 26/07/2019.

Sustentam os autores que os hotéis oferecidos não foram os acordados no ato da contratação e que um
dos roteiros não foi cumprido, qual seja o passeio pela cidade de Salta – Argentina, sendo que este
passeio foi o determinante para os autores adquirirem o pacote de viagem.

Além disso, após o retorno da viagem, a reclamada teria enviado mensagem ofensiva à autora.

Por estas razões, os autores requerem indenização por danos morais.

A reclamada apresentou contestação alegando preliminar de inépcia da inicial e, no mérito, a


improcedência do pedido, vez que não houve o descumprimento de qualquer cláusula acordada com os
reclamantes.

Quanto à mensagem enviada para a reclamante, a reclamada alega que esta não foi para ofendê-la ou
magoá-la, mas sim, para alertá-la do seu mau humor durante a viagem. Alega que o diálogo ficou somente
entre as duas, sem qualquer divulgação para terceiros, razão pela qual não restou configurada ofensa à
honra e intimidade da autora.

-Da inépcia da inicial.

Não acolho esta preliminar, pois se a reclamante não juntou provas dos danos morais sofridos, isto não
ensejaria a extinção sem mérito por inépcia, mas sim improcedência da ação por ausência de provas dos
danos alegados. Assim, há a necessidade de se enfrentar o mérito.
823
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Decido.

A fixação de indenização por danos morais tem o condão de reparar a dor, o sofrimento, o
constrangimento ou exposição indevida sofrida pela vítima em razão da situação a qual esta foi exposta,
além de servir para desestimular o ofensor a praticar novamente a conduta que deu origem ao dano.

Quanto à ocorrência do referido dano, este depende da prova do nexo de causalidade entre o fato gerador
do dano e suas consequências nocivas à moral do ofendido.

Nesse sentido, o artigo 373, I e II do Código de Processo Civil, preceitua que compete ao autor a prova
dos fatos constitutivos do seu direito, ao passo, que ao réu cabe a prova dos fatos extintivos, modificativos
ou impeditivos do direito do autor.

Conforme o entendimento do professor Alexandre Câmara:

“denomina-se prova a todo elemento que contribui para a formação da convicção do juiz a
respeito da existência de determinado fato. Quer isto significar que tudo aquilo que for levado aos
autos com o fim de convencer o magistrado de que determinado fato ocorreu será chamado de
prova”.

No caso em tela, observo que os autores não se desincumbiram eficazmente do ônus de comprovar a
extensão dos danos que relatam ter sofrido, motivo pelo qual entendo que não restou comprovada a
configuração de dano moral indenizável.

Observa-se que no presente caso a viagem não foi organizada por uma empresa de turismo, mas sim por
um clube informal de mães do bairro da Marambaia.

Os reclamantes não juntaram contrato assinado com a reclamada, razão pela qual entendo que esta era
apenas uma das organizadoras do passeio.

Pela fata de juntada do contrato, este juízo não pode aferir a responsabilidade da requerida, tanto porque
não ficou comprovado que esta era a contratada, quanto porque não existem cláusulas contratuais quanto
ao roteiro que seria realizado.

Por ser um grupo informal de mães que organizou a viagem, o roteiro poderia certamente sofrer
alterações, conforme o acordado entre os integrante do grupo, razão pela qual a tela juntada pelos
requerentes no Id 20123547 não pode ser tida como um compromisso formal da requerida com os
requerentes, mesmo porque sequer existe a data em que foi publicada a referida postagem.

Acresça-se a isso o fato de que no documento juntado pelos próprios autores no Id 20123548, verifica-se
que o passeio para SALTA era opcional.

Quanto aos hotéis que não foram oferecidos conforme o acordado, não houve nenhuma produção de
prova neste sentido.

Por fim, quanto a mensagem enviada pela reclamada à reclamante, observo pelos depoimentos colhidos
em audiência e pelos relatos da contestação, que ambas as partes não tiveram uma boa relação durante a
viagem, o que culminou com um ressentimento por parte das duas.

Entendo que a mensagem em si não traz nenhuma ofensa grave à autora, mas sim um desabafo que a
reclamada se sentiu impelida em fazer em decorrência dos acontecimentos ocorridos durante a viagem.

Ademais, não houve publicação da mensagem à terceiros, de modo que o desentendimento ocorreu
apenas entre as partes e, no entendimento deste órgão julgador, sem nenhum excesso capaz de ensejar a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

reparação de dano.

Assim, não comprovado o dano moral sofrido, não resta configurado o dever de indenizar.

-Dispositivo.

Por todo o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido dos autores, em razão da falta de provas do
dano sofrido.

Resta extinto o processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I do CPC.

Sem condenação em custas e honorários advocatícios (arts. 54 e 55, ambos da Lei 9.099/95).

Após o trânsito em julgado e nada sendo requerido no prazo de 30 (trinta) dias, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0824114-75.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ROMILDO


PEREIRA MAUES Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO LINDOLFO COELHO DOS SANTOS
OAB: 8419/PA Participação: EXECUTADO Nome: CLEYFISON CESAR DORNELAS DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Rua Roberto Camelier, n. 570 – Jurunas

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO Nº: 0824114-75.2020.8.14.0301 (PJe)


EXEQUENTE: ROMILDO PEREIRA MAUES

EXECUTADO: CLEYFISON CESAR DORNELAS DA SILVA

Eu, Danilo Barros Pereira de Farias, Diretor de Secretaria da 4ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital,
no uso de minhas atribuições legais, com fundamento no artigo 93, XIV, da Constituição Federal e no
artigo 162, §4º, do Código de Processo Civil, considerando que o presente caso se amolda ás hipóteses
de atos de administração e/ou de mero expediente, sem caráter decisório, que admitem delegação pelo
magistrado, nos termos do disposto no artigo 1º, §2º, inciso XV, do Provimento nº 06/2006, da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém, procedo a intimação da parte exeqüente, para que
manifeste seu interesse no prosseguimento da execução, mediante indicação de bens à penhora ,
no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção (conforme art. 53, § 4º, da Lei 9099/95).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 16 de agosto de 2021.

DANILO BARROS PEREIRA DE FARIAS

Diretor de Secretaria

Número do processo: 0875029-31.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PAULO ALEXANDRE


PARADELA HERMES Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ALEXANDRE PARADELA HERMES
OAB: 14276PA/PA Participação: REU Nome: HOTEL URBANO VIAGENS E TURISMO S. A. Participação:
ADVOGADO Nome: OTAVIO SIMOES BRISSANT OAB: 6066/RJ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0875029-31.2020.8.14.0301

AUTOR: PAULO ALEXANDRE PARADELA HERMES

REU: HOTEL URBANO VIAGENS E TURISMO S. A.

SENTENÇA

Dispenso o relatório, com espeque no art. 38 da Lei 9.099/95.

Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c com danos morais e pedido de tutela antecipada promovida
pelo reclamante em face da reclamada.

Decido.

-Da preliminar de perda de objeto.

Não acolho a preliminar, vez que as alegações da requerida para a perda do objeto da ação (devolução
dos pagamentos efetuados) não possuem relação aos pedidos do autor, o qual requereu a reativação do
pacote e danos morais.

-Do mérito.

Aduz o promovente que adquiriu dois pacotes de turismo com a requerida para viagem ao Japão, o qual
seria parcelado de 12 vezes de R$399,83 no boleto.

Alega que quando adentrou, em novembro de 2020, no sistema da requerida para acessar os boletos de
pagamento, a viagem estava com o status de “devolvido”, ficando, assim, impedido de gerar os boletos e
pagar o pacote de viagem.
826
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O autor teria entrado em contato com a requerida para questionar sobre a situação, tendo a ré alegado o
inadimplemento de três parcelas, o que gerou o cancelamento do contrato com a devolução de valores.

No entanto, alega o autor que o pagamento das parcelas deveria ser concluído com no mínimo 60 dias de
antecedência da viagem, cláusula esta que lhe autorizaria a prosseguir com os pagamentos.

A ré informou em contestação que o autor atrasou no pagamento de três boletos, o que gerou o
cancelamento do negócio jurídico firmado entre as partes.

Não foi concedida a tutela em favor do reclamante.

A reclamada, intimada para a audiência de conciliação, não compareceu, motivo pelo qual decreto sua
revelia, consoante art. 20 da Lei 9.099/95.

Não obstante, há que se ressaltar que a revelia induz a apenas uma presunção de veracidade quanto à
matéria de fato, o que não representa necessariamente a procedência do pedido, o qual deve ser
analisado e valorado à luz das regras jurídicas aplicáveis ao caso e de acordo com as provas produzidas
no processo pelo julgador, à luz do princípio do livre convencimento motivado. Por este motivo, não assiste
razão ao autor quando este peticiona requerendo que a contestação e documentos juntados pela ré sejam
retirados dos autos.

Em suma, há a necessidade de avaliar se a parte autora produziu minimamente provas do direito que
pretende ver reconhecido, bem como precisar quais as consequências jurídicas atribuídas aos fatos
narrados, a respeito dos quais se presume terem ocorrido e, após, determinar se o direito ampara ou não
o pedido da parte autora.

No caso em comento, entendo que o pedido do autor não merece acolhimento, pelas seguintes razões.

O fato de que o pagamento integral da viagem deve ser concluído 60 dias antes da viagem não autoriza o
autor a ficar inadimplente com os boletos emitidos.

Isto porque tal regra não tem nenhuma relação com o adimplemento do pacote.

Esta cláusula, por óbvio, refere-se a questões administrativas relacionadas à programação da viagem, a
qual inclui reserva de hotel, voos de ida e volta, etc. Em outras palavras, o autor não poderia querer
efetuar o último pagamento da parcela em um dia e viajar no dia seguinte, uma vez que a reclamada
necessitária de um prazo para organizar a viagem, o qual, no presente caso, é de 60 dias.

O autor realizou a compra do pacote turístico de forma parcelada no boleto, de modo que obviamente teria
que arcar com o pagamento mensal das parcelas, como qualquer outra espécie de parcelamento
existente.

Assim, o argumento do autor de que este teria a liberdade de quitar o pagamento das parcelas em até 60
dias antes da viagem, escolhendo ao seu critério as datas em que deveria efetuar o pagamento de cada
uma, não encontra nenhum respaldo contratual.

Se o autor optou pelo pagamento parcelado em boleto, caberia a ele consultar a data de vencimento dos
boletos emitidos para seguir efetuando os seus pagamentos no prazo.

Desse modo, caso o modo de pagamento das parcelas se desse da maneira diferente da usual
(mensalmente), o autor teria que comprovar que contratou nesses termos, indicando a cláusula que
permitia a quitação dos boletos conforme a discricionaridade do consumidor, o que não ocorreu no
presente caso, visto que a cláusula alegada pelo reclamante não tem nenhuma relação com a quitação
das parcelas do contrato, mas sim com o prazo requerido pela reclamada para a organizar a viagem.
827
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O autor alega que a reclamada não enviou o regulamento para o seu e-mail, mas junta com a inicial telas
que comprovam o seu acesso ao regulamento da ré (Id 21668725 – pág. 08), no qual se observa no “2º
passo” que após o pagamento do primeiro boleto, todos os outros estariam disponíveis na conta de acesso
do autor.

Além disso, observa-se que o autor juntou a referida tela de forma incompleta, pois no Id 22253115 - Pág.
2, juntado pela ré, observa-se que em continuação da mencionada tela consta aviso expresso que diz
“Não deixe de pagar os seus boletos até a data do vencimento, pois não é possível o pagamento de boleto
vencido, podendo resultar no cancelamento de sua compra”.

Assim, tendo o autor ficado inadimplente com os boletos de julho, agosto e setembro de 2020, o contrato
foi cancelado, de forma que não observo nenhuma conduta ilícita por parte da requerida que pudesse
ensejar na procedência do pedido do autor.

Em suma, considero que não restaram configurados os pressupostos da responsabilidade civil (CDC, art.
14), em especial o nexo de causalidade entre o suposto dano e qualquer conduta imputável à ré.

- DISPOSITIVO

Ante o exposto, julgo totalmente improcedentes os pedidos do autor, por ausência de provas
constitutivas do direito pleiteado.

Extingo o processo com apreciação do mérito (CPC, art. 487, I).

Sem custas e honorários.

Após trânsito em julgado, arquive-se.

Belém, 2 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0876194-16.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: KLENDA OLIVEIRA REIS


Participação: ADVOGADO Nome: KLENDA OLIVEIRA REIS OAB: 15207-B/PA Participação: REU Nome:
Lojas Americanas S/A Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO MAHFUZ VEZZI OAB: 21114/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0876194-16.2020.8.14.0301

AUTOR: KLENDA OLIVEIRA REIS


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

REU: LOJAS AMERICANAS S/A

SENTENÇA

Dispenso o relatório e decido (art. 38 da Lei 9099/95).

A pretensão da reclamante tem como causa de pedir a restituição de valores de produtos que foram
adquiridos e devolvidos à reclamada em dezembro de 2013, vez que nunca teria havido o seu
ressarcimento, além de danos morais.

A reclamada apresentou contestação, com preliminar de prescrição e falta de interesse de agir e, no


mérito, requereu a improcedência da ação, vez que ausente a prática de ato ilícito.

- Da retificação do polo passivo.

Acolho o pedido de retificação do polo passivo, para fazer constar a B2W COMPANHIA DIGITAL, inscrita
no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº 00.776.574/0006-60, com sede na Rua Sacadura
Cabral, 102, Saúde, CEP: 20.081-902, Rio de Janeiro/RJ.

- Das preliminares.

Quanto à falta de interesse de agir, não acolho esta preliminar, pois restou comprovado que a autora
tentou resolver a questão pela via administrativa, conforme e-mails juntados nos autos.

Quanto à prescrição, o prazo prescricional aplicável à espécie corresponde ao regulado pelo artigo 27 do
CDC, sendo estipulado em cinco anos.

A autora reconhece a prescrição, mas alega que deve ser aplicado a renúncia da prescrição, nos termos
do art. 191 do CPC, visto que a ré, após a consumação da prescrição, expressamente se manifestou
através de e-mail demonstrando seu interesse em realizar acordo com a autora.

Entendo que assiste razão à reclamante, no entanto, apenas quanto ao pedido de nº 02-554200080.

Isto porque restou comprovado que reclamada enviou e-mail à autora requerendo seus dados bancários
para efetuar o reembolso, além de ter enviado e-mail informando que estava aguardando a confirmação do
banco quanto ao reembolso no valor de R$1.285,91 (Id 21816875).

Não obstante, estes e-mails referem-se apenas ao pedido nº 02-554200080, razão pela qual reconheço a
renuncia da prescrição apenas com relação a esta quantia.

Com relação ao pedido nº 02-557314536 não houve a apresentação de provas da renúncia ao prazo
prescricional, razão pela qual a prescrição restou configurada.

-Do mérito.

- Da responsabilidade civil. Do dano moral.

A relação jurídica estabelecida entre as partes é qualificada como relação de consumo, em que presentes
as figuras do consumidor e do fornecedor. A inversão do ônus da prova é instrumento que atende a
direitos básicos do consumidor, consagrados no artigo 6º, VI, VII e VIII (diante da verossimilhança das
alegações), motivo pelo qual a regra é adotada, no julgamento da lide.
829
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Os documentos juntados pela parte autora são suficientes para convencer este Juízo acerca dos fatos
alegados, não se observando no processo nada que leve à convicção contrária, haja vista que a requerida
não provou nos autos que restituiu à autora os valores relativos ao pedido nº 02-554200080.

A autora juntou prova de que adquiriu produto perante a ré em dezembro de 2013 (nota fiscal anexa à
inicial) e que a ré nunca restituiu os valores pagos em razão da devolução do produto.

Nos e-mails juntados pela autora com a inicial, observa-se que a ré se comprometeu em devolver os
valores, o que afastou a incidência da prescrição sobre o pedido nº 02-554200080.

Pelo exposto, diante da comprovação na falha na prestação do serviço, a requerida tem o dever de
indenizar, tratando-se de responsabilidade objetiva, nos termos do art. 14 do Código de Defesa do
Consumidor, dispensando-se a prova da culpa do fornecedor, para sua responsabilização.

Ficou comprovado nos autos que o reclamante pagou à reclamada o valor de R$1.285,91 pela compra de
um HOME THEATER BLU-RAY 3D SONY BDV-E 2100 850W, pagamento este que ocorreu em
10/12/2013, sendo que, após a devolução do produto, os valores correspondentes nunca foram
ressarcidos. A autora comprova suas alegações através de e-mails trocados com o réu, o qual sempre
prometia a restituição do valor, mas nunca o fez.

Desse modo, já faz mais de sete anos que a autora está aguardando pela restituição dos valores pagos e,
tendo restado provado a renúncia da prescrição quanto ao pedido 02-554200080, a ré deve proceder ao
reembolso dos valores correspondentes.

A prática comercial adotada pela requerida, que impõe ao consumidor espera tão longa pela solução de
defeitos como o relatado e o colocam em clara situação de desvantagem, infringe deveres anexos ao
contrato, o que representa violação à boa-fé objetiva.

A Boa-Fé Objetiva, que rege os contratos em geral, impõe a obediência recíproca aos deveres de
proteção, informação, cooperação, lealdade e segurança, com vistas à obtenção do melhor proveito
almejado pelas partes ao contratar. Deve nortear os contratantes, não só no momento da contratação,
mas em todas as fases do negócio: pré-contratual, execução e pós-contrato (CC, art. 422).

Nelson Nery Júnior, in “Código Civil Anotado” tece o seguinte comentário, na página 339, em relação ao
art. 422 do Código Civil:

“Boa-fé objetiva. Responsabilidade pré e pós contratual. As partes devem guardar a boa-fé, tanto na fase
pré-contratual, das tratativas preliminares, como durante a execução do contrato e, ainda, depois de
executado o contrato (pós-eficácia das obrigações). Isso decorre da cláusula geral da boa-fé objetiva,
adotada expressamente pelo CC 422. O BGB §242, que inspirou a norma brasileira sob comentário,
mantém sua redação original, de 1896, que não menciona nem a fase pré-contratual nem a pós contratual,
e nem por isso a doutrina e a jurisprudência deixaram de incluir aquelas duas circunstâncias no âmbito da
aplicação (Bohemer, Grundlagem, v. II, t.II, §25, pp.77/79 e §26, p.99; Günther H. Roth, MünchKommBGB,
V. II, pp.88/289).

A Constituição Federal prevê, no seu artigo 170, que a ordem econômica tem, como um dos seus
princípios, a proteção do consumidor. O exercício de toda e qualquer atividade econômica é subordinado
ao respeito do consumidor.

A responsabilidade civil tem lugar quando configurados os seus requisitos, a saber: ato, dano, nexo de
causalidade e culpa (CC, arts. 186 e 927).

Para o Direito do Consumidor, dispensa-se a prova da culpa do fornecedor, para sua responsabilização.

Trata-se da adoção da teoria da responsabilidade objetiva, constante do artigo 14, do Código de Defesa
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

do Consumidor.

Deste modo, descabe a este juízo averiguar se houve dolo na conduta do requerido, bastando o
reconhecimento de que houve um dano, sofrido pelo autor, que merece ser indenizado. Neste sentido, o
dispositivo contido no artigo 6º, do CDC, segundo o qual, um dos direitos básicos do consumidor é a “a
efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos”.

Em que pese haver entendimento jurisprudencial no sentido de que o simples descumprimento do contrato
não rende ensejo a indenização por danos morais, entendo que a parte autora, de fato, sofreu abalo, que
exige a correspondente proteção jurisdicional. A autora aguarda receber o reembolso do valor de
R$1.285,91 pagos há mais de sete anos em favor da ré, por produto que fora devolvido.

Logo, a situação extrapola o mero aborrecimento e dá ensejo à indenização.

O direito ao pagamento de indenização por danos morais se justifica, tanto da ótica da finalidade punitiva,
quanto da finalidade educativo-pedagógica, no sentido de coibir a reiteração de condutas semelhantes.

Nesse passo, considero que a indenização não deve ser fonte de enriquecimento indevido para quem
sofreu o dano, mas também deve ter caráter educativo, a fim de evitar a reiteração de condutas ilícitas

Adotando-se como parâmetro julgamentos anteriores proferidos neste Juízo em casos análogos, bem
como levando em consideração as peculiaridades do caso concreto, entendo que a condenação no valor
de R$-3.000,00 (três mil reais) satisfaz a estes critérios, sem descuidar da proporcionalidade e da
razoabilidade.

- Do ressarcimento dos valores pagos.

Conforme já mencionado, tendo em vista que a requerida não comprovou o reembolso do valor de
R$1.285,91 referente ao pedido nº 02-554200080, o qual não foi atingido pela prescrição em razão da
renúncia verificada, entendo que a autora faz jus a esta restituição.

-Do dispositivo.

Diante do exposto, julgo parcialmente procedente o pedido da parte autora, nos seguintes termos:

• Condenar a ré a ressarcir à autora o valor de R$1.285,91 (um mil duzentos e oitenta e cinco
reais e noventa e um centavos), a título de dano material, acrescido de correção monetária pelo
INPC desde o desembolso (10/12/2013) e de juros de mora de 1% ao mês, desde a citação.

• Condenar a ré ao pagamento da quantia de R$-3.000,00 (três mil reais) por danos morais,
devendo tal valor ser atualizado monetariamente pelo INPC e juros de mora fixados em 1% (um por
cento) ao mês, ambos devidos a partir da sentença.

• Quanto ao pedido de nº 02-557314536, acolho a preliminar de prescrição e extingo o


processo, com resolução do mérito, com fulcro no art. 487, inciso II, do CPC.

Resta extinto o processo com resolução do mérito, com fulcro no art. 487, I, do CPC.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

Transitada em julgado e nada sendo requerido no prazo de trinta dias, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 6 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0876490-38.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PABLO A DOS SANTOS


EIRELI - ME Participação: ADVOGADO Nome: LUIS CELSO ACACIO BARBOSA OAB: 6.232/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SHEILA DE NAZARE SANTOS BARATA OAB: 28219/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOAO LUIZ VIDAL BARATA FILHO OAB: 27571/PA Participação: RECLAMADO
Nome: PJ ENGENHARIA - EIRELI Participação: ADVOGADO Nome: SONIA HAGE AMARO
PINGARILHO OAB: 001601/PA Participação: RECLAMADO Nome: PAULO PONTE SOUZA BORGES
LEAL JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: SONIA HAGE AMARO PINGARILHO OAB: 001601/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0876490-38.2020.8.14.0301

AUTOR: PABLO A DOS SANTOS EIRELI - ME

RECLAMADO: PJ ENGENHARIA - EIRELI, PAULO PONTE SOUZA BORGES LEAL JUNIOR

SENTENÇA

Dispenso o relatório e decido (art. 38 da Lei 9099/95).

Trata-se de ação de cobrança em razão de venda de materiais de construção ao requerido, o qual não
teria honrado com o pagamento dos bens adquiridos.

O reclamado, em contestação, apresentou preliminar de coisa julgada relativa ao processo nº 0853829-


02.814.0301, que tramitou pela 6ª Vara do Juizado Especial Cível, e, no mérito, requereu a improcedência
da ação com os seguintes argumentos:

“Impugna-se os documentos de ID’s n° 21865830, 21865831, 21865832, 21865834, 21865835,


denominados Notas Fiscais, eis que tais documentos foram anexados juntamente a contestação do
processo que fora anteriormente resolvido. Os documentos demonstram a realização de um negócio
jurídico entre as partes, as mesmas partes e pedidos que figuraram no processo de n° 0853829-
02.2019.8.14.0301, que tramitou na 6ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Impugna-se os documentos de ID n° 21865836, denominados Conversas de WhatsApp, tendo em vista


que se trata de simples reprodução, sem possibilidade de aferição da veracidade e da autenticidade das
informações, visto que o objeto da lide fora resolvido em processo anterior, por acordo feito entre as partes
e não deveria ser discutido novamente desde que a sentença homologatória previu tal ato, documento em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

anexo, tal ato de reiterar a cobrança de valor que já fora objeto de outra ação, caracteriza cobrança em
duplicidade.”

Decido.

-Da preliminar de coisa julgada.

Em análise do processo n° 0853829-02.2019.8.14.0301, que tramitou na 6ª Vara do Juizado Especial


Cível de Belém, o qual o requerido aponta como causa ensejadora da coisa julgada da presente demanda,
observo que o objeto daquela ação não tem nenhuma correspondência como o objeto desta lide.

Primeiro que naquela ação as partes encontravam-se em polos invertidos, ou seja, o réu desta ação foi o
autor naquela, e o autor o réu.

Na referida ação, o autor (réu nesta) requereu a declaração de inexistência de um débito no valor de R$
2.140,00 (Dois mil, cento e quarenta reais), alegando que nunca havia feito negócio com o réu (autor nesta
ação).

Após a contestação juntada naquele processo, na qual o réu juntou diversas provas do negócio realizado
entre as partes, os litigantes firmaram acordo nos seguintes termos:

1. Considerando que já houve a retirada do nome do autor dos órgãos de proteção ao credito, no tempo
devido, o demandado compromete-se a partir de agora a não realizar nova inscrição em nome do autor
correspondente ao valor R$2.140,00, que é objeto da presente ação;

2. O descumprimento do presente acordo acarretará em multa de 20% sobre o total do valor acordado;

3. As partes celebram acordo no sentido de extinguir o feito por já ter sido resolvida a questão, objeto da
lide;

4. O presente acordo dá quitação a todos os pedidos requeridos da inicial, e ainda as partes nada mais
têm a reclamar, em juízo ou fora dele, acerca da presente lide.

Da leitura dos termos do acordo, observa-se que a única obrigação assumida pelo autor da presente
demanda foi a de não negativar o nome do réu pela dívida indicada naquela inicial, o que, por óbvio, não
importa em admitir que a dívida não existia.

Assim, considerando que objeto daquela demanda não possui nenhuma relação com o objeto desta,
inclusive porque as partes estão em polos invertidos, afasto a preliminar suscitada.

-Do mérito.

Os documentos juntados aos autos são suficientes para convencer este Juízo dos fatos alegados pelo
autor, não se observando no processo nada que leve à convicção contrária, até porque caberia à parte
reclamada contestar as notas fiscais juntadas com a inicial, o que não ocorreu.

O réu apenas se limita a impugnar os documentos juntados pelo autor, por terem sido juntados no
processo nº 0853829-02.2019.8.14.0301, o qual já vimos que não tem nenhuma relação de coisa julgada
com a presente demanda.

Em suma, o autor juntou diversas provas da relação jurídica estabelecida entre este e o réu, sendo que o
réu não apresentou nenhuma impugnação sobre os valores cobrados, nenhum comprovante de
pagamento ou outra prova que desconstituísse as provas juntadas pelo autor.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

As conversas do WhatsApp são apenas mais uma evidência que as partes possuíam relação comercial
em curso, onde restou comprovado fartamente que o réu a todo momento se esquivou da sua obrigação
de pagar pelos produtos adquiridos. Assim, estas provas encontram-se em harmonia com as demais
provas relativas às notas fiscais e contrato firmado pelo réu com o Tribunal Regional Eleitoral do Pará para
serviços de reforma.

Assim, na ausência de prova no sentido da inexigibilidade de pagamento ou de prova de quitação da


dívida, a parte reclamada deve ser condenada a pagar ao reclamante os valores cobrados, conforme
planilha apresentada no Id 21866940 e não impugnada pelo réu.

- DISPOSITIVO

Diante do exposto, julgo PROCEDENTE a presente demanda para condenar o reclamado a pagar ao
reclamante o valor de R$34.734,08 (trinta e quatro mil setecentos e trinta e quatro reais e oito
centavos), a ser atualizada monetariamente pelo INPC e juros de mora fixados em 1% (um por
cento) ao mês, ambos devidos a partir de 25/11/2020, uma vez que os valores foram corrigidos até
esta data (Id 21866940).

Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos do art. 54, “caput” e 55 da Lei
9099/95. P.R.I.

Transitada em julgado, nada sendo requerido no prazo de 30 dias, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 11 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0803043-80.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: WALDIR DUARTE


TEIXEIRA Participação: ADVOGADO Nome: WILSON DOS SANTOS FERREIRA NETO OAB: 28185/PA
Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE
BARCELOS OAB: 21148/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0803043-80.2021.8.14.0301

AUTOR: WALDIR DUARTE TEIXEIRA

REU: BANCO DO BRASIL SA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SENTENÇA

Dispenso o relatório e decido, com espeque no art. 38 da Lei 9099/95.

Trata-se de pedido de declaração de inexistência de débito c/c indenização por danos morais e materiais e
pedido de tutela antecipada em razão de fraude que vitimou o autor.

O autor alega que no dia 31 de agosto de 2020 recebeu uma ligação de uma pessoa que se dizia ser
funcionário do Banco Réu, o qual tratava sobre tentativas de compras suspeitas no cartão Ourocard
Platinum Estilo VISA de propriedade do autor.

Sustenta que após a informação da tentativa de fraude, o suposto funcionário teria mencionado ao autor
alguns de seus dados pessoais, tais como: RG, CPF e o número do seu cartão do banco, fato que fez com
que a ligação não levantasse nenhum tipo de suspeita.

Por esta razão, o autor teria sido induzido a fornecer sua senha ao golpista, bem como o próprio plástico
do cartão, o qual fora resgatado na residência do reclamante pelo fraudador.

Em consequência destes fatos, dois saques indevidos no valor de R$1.000,00 cada teriam sido feitos da
conta do autor, bem como duas compras em seu cartão de crédito, nos valores de 7.710,72 (Sete mil
setecentos e dez reais e setenta e dois centavos) e R$ 4.427,69 (Quatro mil quatrocentos e vinte e sete
reais e sessenta e nove centavos).

Assim, o autor requer a restituição destes valores, além da declaração da inexistência de débito e danos
morais.

Como as compras no cartão foram feitas de forma parcelada, o autor requereu tutela para que houvesse a
suspensão das cobranças.

Àrequerida fora dada a oportunidade de se manifestar sobre o pedido de tutela, tendo transcorrido o prazo
in albis.

Ato contínuo, a tutela fora concedida para determinar à requerida que suspendesse a cobrança das
parcelas referentes às duas compras realizadas.

Houve informação de descumprimento da medida nos autos, o que levou a este juízo a majorar a
imposição da multa em duas oportunidades.

Em contestação, a ré apresenta preliminares e, no mérito, alega que a guarda do cartão e de sua senha
são responsabilidade do cliente/autor, tendo este os fornecido voluntariamente à terceira pessoa, o que
configura culpa exclusiva da vítima e a ausência do dever de indenizar.

Das preliminares.

-Da impugnação à concessão de gratuidade à parte autora.

Com relação à preliminar arguida pela ré, entendo que a mesma não deva ser acolhida, por não se tratar
de matéria prejudicial de mérito a justificar sua análise em sede preliminar, de modo que se torna
dispensável a análise do pedido de gratuidade neste momento processual.

Assim, eventual pedido de gratuidade de acesso à justiça será analisado no momento oportuno, apenas se
houver necessidade. Desta feita, rejeito a preliminar.

-Da Falta de Interesse e da ausência de documento indispensável à propositura da ação.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Não acolho tais preliminares, vez que foram apresentadas de maneira genérica e sem nenhuma relação
com a presente demanda, haja vista que o autor buscou resolver o problema de maneira administrativa,
bem como juntou aos autos documentos suficientes para o julgamento da lide.

Do mérito.

Evidenciada a existência de relação de consumo entre as partes, presentes os requisitos da


hipossuficiência para produzir a prova, e verossimilhança das alegações do autor, o julgamento se opera
mediante regra de inversão do ônus da prova.

Analisando as provas e alegações das partes nos presentes autos, bem como a jurisprudência aplicada ao
caso, entendo que assiste razão parcial a ambas as partes.

O caso em comento exige deste juízo a análise das peculiaridades envolvidas nos acontecimentos
relatados, vez que não se pode atribuir um padrão de sentença para os famosos casos comumente
denominados “golpe do motoboy”. Assim, as jurisprudências trazidas aos autos referem-se a casos que
ocorreram em circunstâncias diferentes, razão pela qual este juízo irá apurar a responsabilidade de cada
uma das partes de acordo com os fatos relatados e as provas juntadas.

Desse modo, analisando todo o conjunto probatório dos autos, bem como as declarações das partes,
entendo que houve culpa concorrente de ambas as partes.

-Do ressarcimento dos valores relativos aos saques realizados na conta do autor.

Quanto a este tópico, entendo que a parte ré não deve ser responsabilizada.

O autor não produziu prova de que o golpista de fato possuía o número de seu cartão do banco, o que
estava obrigado a fazer em razão do previsto no art. 373, I do CPC o qual dispõe que “o ônus da prova
incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito.

O autor poderia ter solicitado a gravação da ligação telefônica à empresa de telefonia, mas não o fez.

A ré, por sua vez, não teria como trazer nenhuma prova aos autos nesse sentido, vez que não fora ela que
telefonou ao autor.

Assim, a inversão do ônus da prova não se aplica neste caso, vez que apenas o autor poderia produzi-la.

Por esta razão, considerando que o autor forneceu sua senha pessoal ao golpista, bem como o seu cartão
do banco, entendo que o réu jamais poderia identificar que não era o autor sacando os valores de sua
conta corrente. Até porque a requerida em nenhuma hipótese pode impedir que o consumidor saque
valores de sua conta corrente em caixa eletrônico, ou exigir que este espere o contato do banco para se
certificar que é de fato o cliente que está sacando os valores. Tal providencia resultaria em um verdadeiro
caos nas filas deste tipo de autoatendimento.

Em razão disso, não vejo nenhuma culpa da requerida quanto à liberação destes valores, uma vez que
não ficou comprovado que o golpista possuía o número do cartão do autor quando do telefonema
fraudulento, bem como pelo fato do autor ter entregue voluntariamente a senha e o plástico para que o
saque ocorresse, o que configura culpa exclusiva da vítima, nos termos do art. 14, § 3º, II do CDC.

-Do ressarcimento dos valores das compras realizadas no cartão do autor.

Quanto a este pedido, chego à conclusão de que houve culpa concorrente das partes, haja vista que,
conforme as provas produzidas nos autos, sobretudo o histórico de compra do autor, verifico que a
requerida falhou no sistema de segurança que fornece aos seus clientes, ao passo que o autor falhou em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

fornecer seu cartão e senha pessoal para pessoa estranha.

As compras realizadas pelo golpista, além de estarem em total desacordo com o perfil de compras do
autor, foram feitas na cidade de São Paulo (Id 22379212), sendo que o autor e os acontecimentos
relatados ocorreram em Belém.

Assim, ainda que o autor tenha caído em um golpe, fornecendo o seu cartão e senha a pessoa criminosa,
o banco autorizou duas compras de alto valor em cidade diversa da do reclamante, o que evidencia total
quebra do perfil de consumo do autor e configura falha na segurança da requerida.

Assim, observo que ambas as partes deram ensejo ao prejuízo vivenciado pela parte autora, razão pela
qual devem ser responsabilizadas igualmente pelos fatos ocorridos.

Nesse sentido, segue jurisprudência:

APELAÇÃO – GOLPE DO MOTOBOY – SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. 1. DANOS MATERIAIS –


Argumentos que, em parte, convencem – Golpe do Motoboy - Culpa concorrente da consumidora e da
instituição financeira – Requerida que sai condenada ao ressarcimento de metade do prejuízo material
sofrido pela parte autora. 2. DANOS MORAIS – Dever de indenizar não caracterizado – Conduta da autora
que foi causa eficiente dos danos – Precedente desta C. Câmara. RECURSO PROVIDO EM PARTE, por
maioria.

(TJ-SP - AC: 10432191620188260002 SP 1043219-16.2018.8.26.0002, Relator: Sergio Gomes, Data de


Julgamento: 28/05/2019, 37ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 05/06/2019)

Por esta razão, entendo devida a condenação da ré ao montante referente a metade do prejuízo material
relacionado às compras efetuadas no cartão, ou seja, R$6.069,20 (seis mil e sessenta e nove reais e vinte
centavos).

-Do dano moral.

Quanto ao pedido de condenação da requerida em danos morais, entendo que não merece prosperar tal
requerimento.

O autor não demonstrou nos autos, conforme já mencionado, que o golpista possuía suas informações
pessoais e bancárias, sobretudo o número do cartão que ensejou os saques e as compras indevidas.

Assim, considerando este fato e o relato do autor no sentido de ter fornecido a terceiro o seu cartão e
senha pessoal, entendo que fora este quem deu causa a todos os transtornos vivenciados, por falta de
zelo em se certificar de que estava, de fato, tratando com funcionário do banco e através dos canais de
atendimento da parte requerida.

Por esta razão, entendo ser improcedente o pedido de indenização por danos morais.

-Da multa pelo descumprimento da tutela.

Considerando que este juízo entendeu que se trata de culpa concorrente das partes quanto às compras
realizadas no cartão, ficando cada parte responsável pela metade do prejuízo material sofrido pelo autor,
entendo que o mesmo raciocínio deve ser utilizado para o cálculo do descumprimento da tutela em relação
a suspensão da cobrança das referidas compras.

Assim, este juízo providenciará o cálculo da multa pelo descumprimento e o valor obtido será reduzido
pela metade, consoante a corresponsabilidade já fundamentada ao norte.
837
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

No Id 23042434 fora concedida tutela ao autor nos seguintes termos:

Suspenda as cobranças das parcelas questionadas pelo autor na inicial, relativas às compras
realizadas em seu cartão de crédito de nº 4984–XXXXXXXX- 7650, na data de 31/08/2020, nos
valores de 7.710,72 (Sete mil setecentos e dez reais e setenta e dois centavos) e R$ 4.427,69
(Quatro mil quatrocentos e vinte e sete reais e sessenta e nove centavos) até ulterior deliberação
deste juízo. Em caso de descumprimento à presente determinação, a requerida ficará sujeita à
multa de R$500,00 (quinhentos reais), por cada nova cobrança promovida. A incidência da multa
fica limitada, a princípio, ao montante de R$-5.000,00 (cinco mil reais).

A requerida fora citada e intimada da referida decisão no dia 18/02/2021, conforme certificado no Id
24156196. Não obstante, emitiu a fatura com vencimento para o dia 03/03/2021 com as
mencionadas cobranças, conforme comprovado no Id 23977745 - Pág. 1, razão pela qual incidiu na
multa de R$500,00 (quinhentos reais) prevista na decisão.

Em face da informação de descumprimento da tutela, este juízo proferiu a decisão de Id 24167646,


majorando a tutela nos seguintes termos:

Pelo exposto, consigno o descumprimento da obrigação constante do item “a” da decisão de Id.
23042404 e promovo a majoração da multa estipulada para R$-1.000,00 (um mil reais) para cada ato
praticado em desacordo com o determinado e devidamente comprovado nos autos.

Desta decisão a requerida tomou ciência em 17/03/2021, conforme a aba “expedientes”. Não obstante,
emitiu a fatura com vencimento para o dia 03/04/2021 com a mencionada cobrança, conforme
comprovado no Id 24988118 - Pág. 1, razão pela qual incidiu na multa de R$1.000,00 (um mil reais)
prevista na decisão.

Em razão de nova informação quanto ao descumprimento da tutela concedida, este juízo promoveu uma
segunda majoração da multa, conforme Id 25132039, nos seguintes termos:

Consigno o descumprimento da obrigação constante do item “a” da decisão de Id. 23042404 e da


decisão de Id. 21167646 e promovo a majoração da multa estipulada para R$-1.500,00 (um mil e
quinhentos reais) para cada ato praticado em desacordo com o determinado e devidamente
comprovado nos autos.

[...]

A incidência da multa fica limitada, a princípio, ao montante de R$-6.000,00 (seis mil reais).

Desta decisão a requerida tomou ciência em 06/04/2021, conforme a aba “expedientes”. Não se tem
notícia nos autos de descumprimento posterior a este evento.

Assim, restou comprovado nos autos que a requerida descumpriu a primeira e a segunda decisão de
tutela, conforme ao norte mencionado, referente às faturas com vencimento em março e abril de 2021
enviadas ao autor, razão pela qual incidiu no total de R$1.500,00 (um mil e quinhentos reais) a título de
multa, o qual deve ser reduzido à metade em razão da culpa concorrente entre as partes.

Assim, a requerida deverá pagar ao autor, a título de multa, a quantia correspondente à R$750,00
(setecentos e cinquenta reais).

Ressalto que nada impede ao autor, em sede de cumprimento de sentença, comprovar o descumprimento
da tutela concedida com relação a cobranças efetuadas posteriormente à terceira decisão de tutela, que
majorou a multa para R$1.500,00, deixando claro que este valor deverá ser executado pela metade, em
razão da corresponsabilidade já fundamentada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Cabe também salientar que quaisquer valores eventualmente estornados pela requerida em favor do autor
devem ser informados nos autos para abatimento no valor da condenação.

No mais, entendo que o caso em comento não se adequa ao pedido de declaração de inexistência de
débito, pois as compras foram realizadas, mas apenas à indenização parcial por danos materiais,
conforme exposto ao norte.

- Dispositivo:

Diante do exposto, julgo a presente demanda nos seguintes termos:

1) Condeno a Reclamada ao pagamento da quantia de R$ 6.069,20 (seis mil e sessenta e nove


reais e vinte centavos), referente à metade do valor das compras, a título de danos materiais, valor
este que deve ser atualizado monetariamente pelo INPC desde a data do efetivo prejuízo (data dos
pagamentos), além de juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da data da citação;

2) Condeno a requerida ao pagamento da quantia de R$750,00 (setecentos e cinquenta reais) a


título de multa por descumprimento de tutela, devendo este valor ser atualizado monetariamente
pelo INPC a partir da data do arbitramento;

3) Julgo improcedente o pedido de danos morais e de declaração de inexistência de débito, assim


como o pedido de restituição dos valores que foram sacados da conta do autor;

4) Ratifico as decisões de tutela concedidas nos autos nos Ids 23042434, 24167646 e 25132039.

Resta extinto o processo com resolução do mérito, conforme art. 487, I do CPC/2015.

Sem condenação em custas ou honorários advocatícios.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Após trânsito em julgado e nada sendo requerido no prazo de 30 (trinta) dias, arquive-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0836669-27.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ROMULO


BOSCOLI CARDOSO RODRIGUES Participação: ADVOGADO Nome: SOLIMAR MACHADO CORREA
OAB: 014428/PA Participação: REQUERIDO Nome: UBER DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA.
Participação: ADVOGADO Nome: CELSO DE FARIA MONTEIRO OAB: 24358/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101
839
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0836669-27.2020.8.14.0301

REQUERENTE: ROMULO BOSCOLI CARDOSO RODRIGUES

REQUERIDO: UBER DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA.

SENTENÇA

Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos materiais e morais, ajuizada por
ROMULO BOSCOLI CARDOSO RODRIGUES, em face de UBER DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA.

Dispenso o relatório e decido (lei 9099/95, art. 38).

Das preliminares.

-Da falta de interesse de agir.

Não acolho esta preliminar, pois inexiste obrigatoriedade de esgotamento da instância administrativa para
que a parte possa acessar o Poder Judiciário

-Da ilegitimidade passiva.

Restou evidente nos autos que o autor possui vinculo jurídico com a requerida, razão pela qual qualquer
responsabilidade imputada a esta deverá ser analisada em sede de mérito. Deste modo, afasto esta
preliminar.

Do mérito.

No mérito, cumpre destacar que é clara a aplicabilidade das regras do Código Civil ao presente caso, pois
se trata de relação estabelecida entre particulares, a qual não se afigura como relação de consumo, visto
que é o próprio autor quem presta serviços aos passageiros e apenas paga uma taxa à requerida para
poder se beneficiar do uso e facilidades do aplicativo.

Assim, a questão em análise se refere a contrato firmado entre particular e empresa multinacional, através
do qual o particular presta serviços de transporte a outros particulares, utilizando uma plataforma criada
pela reclamada, como forma de intermediação dos serviços de transporte.

Cumpre destacar que o Código Civil, no art. 421 e seguintes, garantiu a autonomia privada, concedendo
às partes o direito de contratar com liberdade, impondo como limites a ordem pública e a função social do
contrato. Todos tem autonomia para declarar sua vontade de agir, autonomia de vontade essa decorrente
do Princípio da dignidade humana (art. 1°, III, da Constituição Federal). A autonomia privada, como fonte
normativa, está ligada à ideia de poder, isto é, da possibilidade de realizar, principalmente, negócios
jurídicos bilaterais.

Deste modo, o novo sistema jurídico de direito privado impõe às partes que resguardem, tanto na
conclusão quanto na execução do contrato, os princípios da probidade e da boa-fé.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Com efeito, nas disposições finais do Código Civil igualmente consta que nenhuma convenção prevalecerá
se contrariar preceitos de ordem pública, tais como aqueles estabelecidos pelo Códex para o resguardo da
função social da propriedade e da função social dos contratos. Ao intérprete cabe a exegese do negócio
jurídico em consonância com a principiologia do sistema legal.

Analisando as alegações das partes e a legislação pertinente ao caso, entendo não assistir razão ao
reclamante.

A ré disponibiliza diretrizes em seus Termos de Uso da Plataforma onde estabelece critérios a serem
cumpridos pelos usuários que aderem ao sistema, sejam eles motoristas ou passageiros.

Dentre os requisitos exigidos pela empresa, observa-se que esta exige uma nota mínima de avaliação ao
motorista de acordo com a cidade onde este atua.

No caso dos autos, restou comprovado que o autor não atingiu esta nota mínima.

Além disso, a ré juntou diversas reclamações de usuários passageiros realizadas em face do autor.

A relação entre as partes está adstrita ao direito privado e, em se tratando de relação contratual firmada
entre particulares, não cabe a este juízo impor à ré a aceitar o cadastro do autor no caso deste não estar
observando os termos de uso do aplicativo.

Assim, quanto aos termos e condições do aplicativo tenho a pontuar que, tratando-se de relação entre
particulares, a liberdade é princípio norteador dos contratos, não sendo razoável obrigar a empresa a
manter parceiro que não tem interesse, ainda mais, quando observamos infringência aos termos e política
da empresa.

Desse modo, em que pesem as alegações autor, tendo em vista que a atividade desenvolvida tem caráter
econômico, possibilitando a obtenção de renda, entendo que a requerida demonstrou os motivos que
levaram ao desligamento do reclamante de seu quadro de motoristas e, não vislumbro, no caso os autos,
abusividade e desproporcionalidade capazes de revisar a conduta da ré.

A qualidade do serviço prestado pelo autor aos passageiros do aplicativo está intimamente relacionada
com a qualidade do serviço que a requerida objetiva prestar aos usuários, além de sua imagem como
facilitadora do serviço de transporte, de forma que o Judiciário não pode intervir em casos como o
presente, onde ficou comprovado que o autor não se adequou ao padrão de qualidade esperado pela ré.

Assim, não cabe ao Judiciário intervir nesta relação, pois impor à ré que aceite motoristas que não
observam os termos de uso do aplicativo seria o mesmo que arruinar a sua imagem perante todos os
usuários do sistema, o que geraria um caos na prestação do serviço da reclamada e poderia inclusive, a
médio ou longo prazo, importar no fim do uso do aplicativo, o qual é deveras benéfico para a sociedade.

O autor alega que a requerida não usa critérios seguros para aceitar o cadastro de passageiros, mas ao
mesmo tempo pede na ação que a ré lhe aceite como motorista, mesmo tendo este violado os termos de
uso do aplicativo, o que se evidencia como um contrassenso.

Ademais, se o Judiciário passar a intervir nas relações privadas estabelecidas entre os usuários e a ré, de
forma a impor que a ré aceite usuários que não seguem seus termos de uso, isto sim geraria uma
demanda enorme de processos da justiça, pois os prejudicados por eventual serviço deficiente alegariam
que a ré não cumpriu com sua obrigação em prestar um serviço seguro, como o próprio autor alega na
presente ação.

Deste modo, este juízo concorda com o posicionamento da ré em exigir que os usuários do aplicativo se
adequem rigorosamente aos seus termos de uso.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Por este motivo, o pedido do autor de reintegração ao aplicativo não merece prosperar, assim como
qualquer pedido de danos morais em face a sua desativação.

Quanto aos danos morais e materiais decorrentes ao assalto sofrido pelo autor quando da prestação do
serviço, entendo que do mesmo modo o pedido deve ser julgado improcedente, pois segurança pública é
dever do Estado. Além disso, trata-se de risco decorrente do contrato de transporte privado.

Sobre este tema, segue a jurisprudência que se coaduna com o entendimento deste juízo sobre o questão
discutida nos autos:

RECURSO INOMINADO. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS. MOTORISTA DE APLICATIVO. UBER. ASSALTO AO RECEBER UM CHAMADO
PARA REALIZAR CORRIDA. SEGURANÇA PÚBLICA QUE É DEVER DO ESTADO. RISCO
DECORRENTE DO CONTRATO DE TRANSPORTE PRIVADO, PARTICULAR. SENTENÇA MANTIDA
PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1. Narra o autor que é motorista cadastrado na plataforma da Uber.
Afirma que, no dia 04/06/2020, às 22h30min, recebeu uma solicitação de viagem no bairro Bom Jesus em
Porto Alegre/RS. Alega que a viagem foi solicitada por uma usuária, porém realizada, por seu sobrinho e
dois amigos. Aduz que, durante o trajeto, uma destas pessoas anunciou o assalto. Afirma que os
assaltantes efetuaram 04 disparos em sua direção e o deixaram na Estrada Antônio Borges, levando o
veículo embora. Refere que comunicou o incidente à Uber, a fim de obter a cobertura securitária pelas
despesas e danos sofridos, contudo o sinistro supostamente teria sido encerrado unilateralmente pela
seguradora sem nenhum tipo de análise. Postula pela condenação da Uber ao pagamento de indenização
por danos materiais, no valor total de R$ 3.695,87 (três mil e seiscentos e noventa e cinco reais e oitenta e
sete centavos), sendo R$ 195,87 por despesas médicas; R$ 2.000,00 pela invalidez temporária; R$
1.500,00 pelo celular e quantia pecuniária que lhe foram subtraídos durante o assalto e danos morais no
valor de R$ 10.000,00. 2. Sentença que julgou improcedente a ação. 3. Com efeito, o posicionamento
predominante atual no Judiciário brasileiro é de que existe apenas uma relação de parceria entre condutor
e empresa de tecnologia, na medida em que o UBER disponibiliza somente plataforma de serviços virtuais
para usuários interessados em dispor de serviço de transporte particular. 4. Assim, não há qualquer
interferência pelo UBER na relação entre motorista e passageiro, sendo que ambos podem recusar ou
cancelar a corrida antes mesmo do início da prestação do serviço. 5. Assim, não há como
responsabilizar a empresa ré pelo assalto sofrido no exercício da atividade de motorista particular,
sopesando os riscos são inerentes à atividade desenvolvida pelo recorrente e o vínculo de relação
estaria atrelado apenas ao uso da plataforma digital. 6. Ademais, a segurança pública é dever do
Estado, não podendo ser imputada à iniciativa privada. 7. Desta forma, não havendo
responsabilidade da plataforma UBER em relação ao caso em comento, não há que se falar em
reparação por danos materiais e morais decorrentes da violência urbana, pela qual estão sujeitos
todos os cidadãos, ante o descumprimento do dever do Estado de fornecer a segurança pública. 8.
Sentença mantida por seus próprios fundamentos, nos termos do art. 46, da Lei nº 9.099/95. Precedentes:
Recurso Cível, Nº 71008513822, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber
Augusto Tonial, Julgado em: 16-05-2019; Recurso Cível Nº 71007205461, Primeira Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: José Ricardo de Bem Sanhudo, Julgado em 27/03/2018.RECURSO
IMPROVIDO.

(TJ-RS - Recurso Cível: 71009895590 RS, Relator: Fabio Vieira Heerdt, Data de Julgamento: 25/03/2021,
Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: 30/03/2021)

ISTO POSTO, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS do autor, extinguindo o feito com resolução de
mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.

Sem condenação em custas e honorários, conforme artigos 54 e 55 da Lei n. 9.099/95.

Após o trânsito em julgado e nada sendo requerido no prazo de 30 (trinta) dias, arquive-se.

P.R.I.C.
842
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 12 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0826526-13.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL ADELIA HACHEM Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: NAIR PINHEIRO
DE OLIVEIRA OAB: null Participação: ADVOGADO Nome: DALMERIO MENDES DIAS OAB: 13130/PA
Participação: ADVOGADO Nome: NILDON DELEON GARCIA DA SILVA OAB: 17017/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ALFREDO DE OLIVEIRA PAIVA

Processo nº 0826526-13.2019.8.14.0301

EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL ADELIA HACHEM


REPRESENTANTE DA PARTE: NAIR PINHEIRO DE OLIVEIRA

EXECUTADO: ALFREDO DE OLIVEIRA PAIVA

SENTENÇA

Vistos, etc.

Relatório dispensado nos termos do art. 38 da LJE.

Cuida-se de ação de execução de título extrajudicial formulado pela parte exequente em face da parte
executada, sendo que não foram localizados bens capazes de satisfazer o crédito exequendo.

Intimada para indicar bens a penhora, a parte exequente manteve-se inerte, conforme certidão dos autos.

Há norma no microssistema dos juizados especiais que trata especificamente sobre a circunstância da não
localização do devedor e de bens penhoráveis, qual seja, o artigo 53, § 4º, da lei 9.099/95 o qual preceitua
que:

"Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente


extinto, devolvendo-se os documentos ao autor".

Destaco ainda que no âmbito dos juizados especiais, é desnecessária a prévia intimação pessoal das
partes antes da extinção do feito (artigo 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95).

Na hipótese dos autos, não foram localizados bens penhoráveis, incidindo, pois, no caso, a referida norma,
impondo-se, por consequência, a extinção do feito.

Desta forma, julgo extinta a presente execução sem resolução do mérito, com fulcro no artigo 53, §4º,
da Lei 9.099/95.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Transitado em julgado, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 2 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0806728-37.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CLEIDE ONEIDE


SANTOS DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: HILDEBERG RUBENSON DE LIMA BARBOSA
JUNIOR OAB: 018974/PA Participação: REQUERIDO Nome: TELEMAR NORTE LESTE S/A Participação:
ADVOGADO Nome: VERA LUCIA LIMA LARANJEIRA OAB: 17196/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ELADIO MIRANDA LIMA OAB: 86235/RJ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0806728-37.2017.8.14.0301

REQUERENTE: CLEIDE ONEIDE SANTOS DE SOUZA

REQUERIDO: TELEMAR NORTE LESTE S/A

SENTENÇA

Vistos, etc.

Relatório dispensado, consoante art. 38 da LJE.

Cuida-se de impugnação ao cumprimento de sentença apresentado pela executada onde a mesma alega
que há excesso de execução, haja vista que os cálculos da exequente não consideraram a determinação
do juízo de recuperação judicial quanto à atualização dos créditos concursais.

- Efeito suspensivo

A concessão de tal efeito é medida excepcional, apenas se demonstrados os requisitos do artigo art. 525,
§ 6º: desde que “relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente
suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação”.

No presente caso, o argumento trazido pela executada é relevante, visto que o reconhecimento do crédito
concursal implicaria na incompetência deste juízo para o prosseguimento da execução, assim como este
fato poderia causar ao executado dano de difícil reparação, vez que estaria em dissonância com o plano
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

de recuperação da executada em andamento no juízo recuperacional.

Desse modo, concedo o efeito suspensivo à impugnação apresentada.

-Quanto à alegação do erro de atualização por tratar-se de crédito concursal.

A executada argumenta que na presente demanda o fato gerador constituinte do crédito da autora data de
AGOSTO DE 2013, quando esta teve o seu nome negativado, motivo pelo qual entende que o crédito
advindo da presente ação seria concursal, pois constituído antes do deferimento da Recuperação Judicial
que se deu em 20/06/2016.

Assiste razão à executada.

De fato, de acordo com as orientações do juízo da recuperação judicial contidas no Ofício Circular nº
91/2018-GP, o fato gerador constituído antes de 20.06.2016 estaria sujeito à Recuperação Judicial.

Sobre o que seria entendido como fato gerador, a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
sob o rito dos recursos especiais repetitivos (Tema 1.051), estabeleceu a tese de que, “para o fim de
submissão aos efeitos da recuperação judicial, considera-se que a existência do crédito é
determinada pela data em que ocorreu o seu fato gerador”.

A controvérsia dos recursos julgados como repetitivos dizia respeito à interpretação do artigo 49 da Lei
11.101/2005: se a existência do crédito deveria ser determinada pela data de seu fato gerador ou pelo
trânsito em julgado da sentença que o reconheceu.

De acordo com o relator dos recursos, ministro Villas Bôas Cueva, no caso de créditos ilíquidos – como
aqueles decorrentes de responsabilidade civil, das relações de trabalho e da prestação de serviços –, o
ministro apontou duas interpretações possíveis quanto ao momento de existência do crédito: de um lado, a
constituição ocorreria com o provimento judicial que o declarasse; de outro, a constituição se daria no
momento do fato gerador, o qual não depende de decisão judicial declaratória.

Em seu voto, o ministro Cueva defendeu que a existência do crédito está diretamente ligada à relação
jurídica que se estabelece entre o devedor e o credor, pois é com base nela que, ocorrido o fato gerador,
surge o direito de exigir o crédito.

Ressaltou o ministro que “esse entendimento é o que melhor garante o tratamento paritário entre os
credores, pois, se a existência do crédito dependesse de declaração judicial, algumas vítimas do mesmo
evento danoso poderiam, a depender do trâmite processual, estar submetidas aos efeitos da recuperação
judicial, enquanto outras não".

Assim, considerando que a relação jurídica estabelecida entre as partes, bem como o defeito na prestação
do serviço ocorreram em data anterior ao deferimento da Recuperação Judicial que se deu em
20/06/2016, outro caminho não há a trilhar senão o da extinção do feito para que a parte possa habilitar
seu crédito no juízo universal da recuperação judicial.

Por fim, destaco que no âmbito dos Juizados Especiais, é desnecessária a prévia intimação pessoal das
partes antes da extinção do feito (artigo 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95).

Isto posto, julgo extinto o cumprimento de sentença com fundamento no Enunciado nº 51 do FONAJE.

Assim, fica autorizada expedição de certidão de crédito em favor da parte Exequente, acaso requerida,
para fins de habilitação junto ao juízo competente. Havendo requerimento, à Secretaria Judicial para
realização dos cálculos para apuração do crédito em favor da parte credora, cujo montante deverá ser
atualizado até 20.06.2016 e sem a incidência da multa prevista no art. 523 do CPC, visto que a executada
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

estava impossibilidade de efetuar o pagamento voluntário do débito.

Havendo valores bloqueados ou depositados nos autos, fica autorizada sua devolução à executada
mediante expedição de alvará a ser agendado na secretaria deste juízo.

Transitada em julgado e nada sendo requerido no prazo de quinze dias, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 3 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0836005-93.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARCIA REGINA


FRANCO LOBATO Participação: ADVOGADO Nome: EDI ENDERSON ARAUJO DEMETRIO OAB:
3755/AP Participação: RECLAMADO Nome: BANPARA Participação: ADVOGADO Nome: EDVALDO
CARIBE COSTA FILHO OAB: 10744/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA ROSA DO SOCORRO
LOURINHO DE SOUZA OAB: 9127/PA Participação: REU Nome: BANPARA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0836005-93.2020.8.14.0301

AUTOR: MARCIA REGINA FRANCO LOBATO

RECLAMADO: BANPARA

SENTENÇA

Dispenso o relatório e decido (lei 9099/95, art. 38).

- Da relação de consumo

A relação jurídica estabelecida entre as partes é qualificada como relação de consumo, em que
presentes as figuras do consumidor e do fornecedor de serviço.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A inversão do ônus da prova é instrumento que atende a direitos básicos do consumidor,


consagrados no artigo 6º, VI, VII e VIII (diante da verossimilhança das alegações e da
hipossuficiência do reclamante, aferida no caso em exame), motivo pelo qual a regra é adotada, no
julgamento da lide.

- Da liberdade negocial

A princípio, é preciso destacar que as partes contrataram livremente serviços bancários. À reclamante,
que recebeu valores da instituição ré, incumbe o pagamento da quantia, acrescida de encargos,
eventualmente incidentes.

A instituição bancária, ao captar recursos no mercado financeiro arca com os custos e com os riscos
inerentes à operação, sendo lícito e razoável ao banco se ressarcir das despesas e cobrar certa margem
de lucro.

Destaco que a reclamante, consumidora, tem liberdade para contratar empréstimos com quaisquer das
instituições financeiras que operam no mercado, podendo buscar as opções que melhor atendam aos seus
interesses, com as tarifas e condições mais atraentes.

O que a parte consumidora fez foi, tão somente, aderir a serviços bancários que lhe eram oferecidos,
numa perspectiva de liberdade contratual e, de todo modo, a autora teve para si disponibilizada certa
quantia, da qual pôde usufruir, sendo justo que se lhe exija a contrapartida, que é o pagamento do débito
contraído.

A princípio, numa perspectiva liberal, não haveria motivos para a intromissão do Poder Judiciário, para
regulação de contratos, livremente pactuados, dado o respeito ao ato jurídico perfeito. Nessa medida,
seria acolhida a tese da reclamada sobre a necessidade de preservar o negócio jurídico firmado,
em apreço à teoria da “pacta sunt servanda”, sem maiores questionamentos.

Contudo, o Código de Defesa do Consumidor reconhece que a relação entre cliente e instituição
financeira é, naturalmente desigual, diante do poder econômico de que desfrutam os bancos e da
ausência de margem de negociação, na celebração de contratos de adesão, os quais são
estipulados unilateralmente, pelo credor.

Reconhecendo esta desigualdade, o CDC introduz inúmeros dispositivos, com vistas a amparar a parte
vulnerável da relação (o consumidor), dentre as quais a de interpretação mais favorável das cláusulas ao
aderente, a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, a repressão às cláusulas abusivas, a
exigência de respeito ao direito de informação, a perspectiva de tutela da segurança e da qualidade dos
produtos e serviços prestados no mercado de consumo, a inversão do ônus da prova, o reconhecimento
de forma objetiva de situações como a onerosidade excessiva e a lesão, dentre tantos outros aspectos.

Feitas estas considerações, passa-se à avaliação dos fatos que constituem a causa de pedir da
demanda em apreço, para posterior julgamento.

- Do dever de boa-fé numa perspectiva objetiva. Do superendividamento.

O Código de Defesa do Consumidor (artigos 4°, III, e 51, IV) adotou expressamente a clausula geral de
boa-fé, que deve reputar-se inserida e existente em todas as relações jurídicas de consumo, ainda que
não inscrita expressamente no instrumento contratual.

O postulado da boa-fé objetiva representa vetor interpretativo da legitimidade da conduta das partes, que
devem se pautar com lealdade, respeito, ética, cooperação e confiança, e serve de limite ao exercício de
direitos subjetivos, em prol da função social dos contratos (conforme ditam os artigos 113, 421 e 422 do
Código Civil).
847
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A boa fé objetiva, segundo uma das autoras do projeto do Código de Defesa do Consumidor, pode ser
entendida como:

Boa-fé objetiva, significa, portanto, uma atuação ?refletida?, uma atuação refletindo, pensando no outro,
no parceiro contratual, respeitando-o, respeitando seus interesses legítimos, suas expectativas razoáveis,
seus direitos, agindo com lealdade, sem abuso, sem obstrução, sem causar lesão ou desvantagem
excessiva, cooperando para atingir o bom fim das obrigações: o cumprimento do objetivo contratual e a
realização dos interesses das partes (MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no código de defesa do
consumidor: o novo regime das relações contratuais. 5. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2006. p. 216).

A instituição bancária, nesta perspectiva de exame da conduta sob o pálio da boa-fé objetiva,
poderia ter adotado uma postura de negociação com o cliente na qual se possibilitasse o
alongamento do prazo para amortização (aumento do número de parcelas), de forma a permitir que
a autora pagasse prestação menor e, com isto, conseguisse ter mais dinheiro disponível
mensalmente para a sua subsistência.

No entanto, observo nos autos que a proposta ofertada pelo banco (16 parcelas de R$624,00)
comprometeria quase a metade do salário da autora. Além disso, o banco réu perseguiu seu
crédito diretamente da conta corrente da devedora, com desconto integral do seu salário,
deixando-a sem recursos para subsistir nos meses em que houve o desconto. A situação da
reclamante apenas encontrou alívio após decisão interlocutória que suspendeu a ocorrência dos
descontos e determinou ao banco que restituísse os valores descontados.

A parte devedora, ora reclamante, não nega que deve (nem se discute a existência do contrato no
processo); não nega seu interesse em pagar (tanto que sequer é objeto da demanda discussão a
respeito dos juros embutidos nos empréstimos); apenas pede que este juízo declare a ilegalidade
de retenção integral do seu salário.

É mister que o banco aja, em apreço à boa-fé objetiva, em cooperação com seu cliente, de modo a
que se encontre uma solução para o problema que não o leve à ruína.

- Do julgamento segundo a função social dos contratos.

O banco réu junta no Id 19705266 documento assinado pela autora que autoriza o débito em conta
corrente dos valores referentes ao contrato em questão. Não obstante, aceitar que o banco persiga o seu
crédito descontando a integralidade do salário da autora por meses a fio, quiçá anos, até que o débito seja
quitado, não se coaduna com o princípio da dignidade da pessoa humana e a função social dos contratos,
pois a autora iria trabalhar durante todo este período sem receber absolutamente nada!

Assim, conquanto haja o direito do banco ao crédito, em decorrência de contrato livremente pactuado,
estipula-se um determinado patamar de desconto, a fim de preservar parcela da remuneração do
inadimplente, indispensável para o seu sustento, como uma forma de assegurar o atendimento à função
social do contrato (CC, art. 421).

O contrato não deve servir ao interesse único de uma das partes, mas deve possibilitar uma
convivência harmônica dos interesses, inspirada pela cláusula geral de boa-fé objetiva (CC, art.
422), que determina aos contratantes que atuem com lealdade, respeito e com cooperação mútua.

A intervenção estatal sobre os contratos privados, ainda que realizada de forma excepcional, visa a
dar concretude à sua função social, uma vez que interessa não só aos transatores, mas à toda a
coletividade que os negócios jurídicos sejam pactuados e cumpridos segundo os valores
consagrados na Constituição Federal, a exemplo da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1°, III) e
da solidariedade (CF, art. 3°, I).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Neste passo, entende o Superior Tribunal de Justiça que a subtração dos vencimentos do devedor,
operada diretamente sobre os rendimentos salariais depositados em conta bancária, deve ser feita
de maneira razoável, de modo a não retirar dele as condições mínimas de subsistência (princípio
da preservação do mínimo existencial), consoante se observa dos julgados abaixo colacionados:

AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. AÇÃO


ORDINÁRIA. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. LIMITAÇÃO EM 30% DOS VENCIMENTOS.
CARÁTER ALIMENTAR. LEI MUNICIPAL.

IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL.

1. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que os descontos em folha de pagamento


decorrentes de empréstimo consignado devem obedecer ao limite de 30% da remuneração, tendo em
vista o caráter alimentar dos vencimentos.

2. Impossível a análise de lei municipal em sede de recurso especial.

3. Agravo regimental não provido.

(AgRg no Ag 1409733/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado
em 18/12/2012, DJe 27/02/2013).

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EMPRÉSTIMO BANCÁRIO. DESCONTO EM


FOLHA DE PAGAMENTO. LIMITAÇÃO DA MARGEM DE CONSIGNAÇÃO A 30% DA REMUNERAÇÃO
DO DEVEDOR. SUPERINDIVIDAMENTO. PRESERVAÇÃO DO MÍNIMO EXISTENCIAL.
FUNDAMENTOS INSUFICIENTES PARA REFORMAR A DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO.

(AgRg no REsp 1167186/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA,
julgado em 18/12/2012, DJe 04/02/2013).

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DESCONTO EM FOLHA DE


PAGAMENTO. LIMITE DE 30% DOS VENCIMENTOS. PRECEDENTES. ALEGADA MÁ-FÉ DO
RECORRIDO. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ.

1. A jurisprudência deste egrégio Tribunal consolidou-se no sentido de considerar que os descontos na


folha de pagamento devem ser limitados a 30% (trinta por cento) da remuneração, em função do princípio
da razoabilidade e do caráter alimentar dos vencimentos.

2. O v. acórdão recorrido, à luz dos princípios da livre apreciação da prova e do livre convencimento
motivado, bem como mediante análise soberana do contexto fático-probatório dos autos, entendeu que, na
verdade, foi a instituição financeira que agiu de forma desidiosa. Rever tal posicionamento implicaria
necessariamente o revolvimento das provas carreadas aos autos, providência, no entanto, vedada pela
Súmula 7 desta eg. Corte.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

(AgRg no AREsp 133.283/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 11/09/2012,
DJe 04/10/2012)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE MÚTUO BANCÁRIO.

DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. LIMITE DE 30% DOS VENCIMENTOS.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

1. A jurisprudência deste egrégio Tribunal consolidou-se no sentido de considerar que os descontos na


folha de pagamento devem ser limitados a 30% (trinta por cento) da remuneração, em função do princípio
da razoabilidade e do caráter alimentar dos vencimentos.

2. Agravo regimental a que se nega provimento.

(AgRg no REsp 921.651/PE, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 07/08/2012, DJe
04/09/2012)

AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE


CLÁUSULA CONTRATUAL - DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO - LIMITAÇÃO EM 30% DOS
VENCIMENTOS - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO APELO.

INSURGÊNCIA DO DEMANDADO.

1. O Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência no sentido de que o desconto decorrente de


empréstimo bancário deve observar o princípio da razoabilidade, limitando-se ao patamar de 30% do valor
da folha de pagamento, considerando que valores acima imporiam limitações à manutenção do tomador
do empréstimo.

2. Agravo regimental não provido com aplicação de multa.

(AgRg no AREsp 105.172/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 05/06/2012,
DJe 14/06/2012)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. LIMITE


DE 30% DOS VENCIMENTOS.

1. No caso, a decisão ora agravada decidiu em harmonia com o entendimento desta Corte no sentido de
que os descontos facultativos em folha de pagamento devem observar o limite de 30% dos vencimentos.

2. Agravo regimental a que se nega provimento.

(AgRg no REsp 1175413/RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 15/05/2012,
DJe 13/06/2012)

PROCESSUAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO.


LIMITAÇÃO. 30% DOS VENCIMENTOS.

1. Diferentemente do que alega a União, não se discute, no caso, cancelamento de amortização de


empréstimo, mas redução do percentual descontado com o objetivo de adequar-se aos limites legalmente
estabelecidos.

2. Nada obstante a concordância do mutuário na celebração do contrato de empréstimo com a instituição


financeira, cabe ao órgão responsável pelo pagamento dos proventos fiscalizar os descontos em folha,
como a cobrança de parcela de empréstimo bancário contraído, a fim de limitar a quantia descontada ao
percentual de 30% da remuneração ou proventos. Precedentes.

3. O acórdão recorrido limitou o valor das consignações em 40%.

Entretanto, esta Corte tem reduzido esse percentual para 30% dos vencimentos do servidor, em razão da
natureza alimentar do salário e do princípio da razoabilidade. Todavia, para não incidir na reformatio in
pejus, mantém-se o aresto impugnado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

4. Agravo regimental não provido.

(AgRg no Ag 1425860/DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/03/2012,
DJe 12/03/2012).

Ressalto por fim que o magistrado deve buscar em seus julgamentos atender aos fins sociais a que se
dirige a lei e as exigências do bem comum, consoante artigo 5° da LINDB.

A redução do percentual do desconto, outrossim, permitirá à parte devedora continuar a efetuar os


pagamentos, sem prejuízo do seu sustento, mantendo-se a relação negocial, em prol do princípio da
preservação do contrato, adotando-se a teoria da base objetiva do negócio jurídico (onerosidade
excessiva, à luz do CDC).

Logo, entendo adequada a conjugação dos elementos da liberdade contratual com o dever de
atendimento à função social dos contratos (em decorrência da boa-fé objetiva), de modo a buscar
solução inspirada na equidade com a consequente redução dos descontos mensais ao percentual
de trinta por cento dos vencimentos, evitando-se assim a manutenção de situação de ruína
financeira, em que se encontra a reclamante, em apreço ao princípio da dignidade da pessoa
humana, que se representa um dos fundamentos da República (artigo 1°, III, da Constituição
Federal).

- Indenização por danos morais

Com relação ao pedido de indenização por danos morais, para o Direito do Consumidor, dispensa-
se a prova da culpa do fornecedor, para sua responsabilização. Trata-se da adoção da teoria da
responsabilidade objetiva, constante do artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor.

Houve falha por parte da instituição bancária, por permanecer efetuando descontos acima da
margem consignável da reclamante, apropriando-se unilateralmente de valores em conta corrente,
prática comercial reputada como abusiva, em razão do evidente descompasso que provoca na
relação contratual e pelo comportamento que viola a boa-fé objetiva e atenta contra seus deveres
anexos, de proteção, de cooperação e de confiança.

Em decorrência da falha, a parte reclamante teve toda a sua remuneração dos meses de março,
maio, junho e julho de 2020 absorvidas pelo banco, que em nada cooperou para renegociar o
débito de acordo com as condições financeiras da reclamante. A autora inclusive provou nos autos
que tentou negociar o débito de diversas formas.

A apropriação de dinheiro por parte do banco, acima do limite da margem consignável, representa
situação que extrapola o mero aborrecimento e enseja condenação ao pagamento de uma
compensação pecuniária, em decorrência dos danos morais:

AGRAVO REGIMENTAL. DESCONTOS EM CONTA CORRENTE. LIMITAÇÃO A 30% DOS


VENCIMENTOS DA AUTORA. RETENÇÃO INTEGRAL DO SALÁRIO. DANO MORAL. SÚMULA
326/STJ. 1.- A jurisprudência desta Corte orienta que, "ainda que expressamente ajustada, a
retenção integral do salário de correntista com o propósito de honrar débito deste com a
instituição bancária enseja a reparação moral" (AgRg no AREsp 159.654/RJ, Rel. Min. SIDNEI
BENETI, DJe 1.6.2012). 2.- "Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante
inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca" (Súmula 326/STJ). 3.- Agravo
Regimental improvido.

(STJ - AgRg nos EDcl no AREsp: 215768 RJ 2012/0167622-1, Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data
de Julgamento: 09/10/2012, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 29/10/2012)

Recurso Inominado. Juizado Especial Cível. Desconto Integral de Salário. Repetição do Indébito.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Dano moral. Caracterizado. Quantum indenizatório. Razoabilidade e proporcionalidade. 1 – O


desconto de valores referente ao salário integral do consumidor por parte da instituição financeira
é considerada prática abusiva, devendo tais descontos serem limitados ao limite de 30% sobre o
salário do consumidor. 2 – O valor da indenização deve ser suficiente para atender os requisitos de
proporcionalidade e razoabilidade.

(TJ-RO - RI: 70537813020178220001 RO 7053781-30.2017.822.0001, Data de Julgamento: 04/04/2019)

Demonstrado o dever de indenizar, há que se arbitrar o valor da indenização (Código Civil, artigos 927 e
944).

A indenização deve ser encarada tanto da ótica da finalidade punitiva, quanto da finalidade educativo-
pedagógica, no sentido de coibir a reiteração de condutas semelhantes.

Em contrapartida, considero que a indenização não deve ser fonte de enriquecimento indevido para quem
sofreu o dano, mas também deve ter caráter educativo, a fim de evitar a reiteração de condutas ilícitas.

Vejamos, a respeito, o entendimento jurisprudencial:

(...). De acordo com o entendimento jurisprudencial predominante, o dano moral se configura


simplesmente pela inscrição indevida do nome do cliente em cadastro de devedores inadimplentes,
independentemente de qualquer outro reflexo, ou de lhe ter sido negada a concessão de crédito ou
a conclusão de negócios. No caso de dano moral, o valor da indenização é meramente estimativo, e, na
ausência de um padrão ou de uma contraprestação que traduza em valor pecuniário a magnitude da
mágoa, o que prevalece é o critério de se atribuir ao juiz o arbitramento da indenização. A indenização
por danos morais deve alcançar valor tal que sirva de exemplo e punição para o réu, sem se tornar
fonte de enriquecimento para o autor, servindo-lhe apenas como compensação pela dor sofrida.
Apelação nº 0376211-4, 5ª Câmara Cível do TAMG, Rel. Mariné da Cunha. j. 07.11.2002, unânime. Grifo
nosso.

“A indenização por dano moral deve ter conteúdo didático, de modo a coibir a reincidência do causador do
dano, sem, contudo, proporcionar enriquecimento sem causa à vítima” (REsp 968019/ PI.
RESP2006/0235663-0; Min. Rel. Humberto Gomes de Barros; julgado em 16/08/2007; DJ 17/09/2007 p.
280).
A indenização por dano moral deve ser arbitrada moderadamente, a fim de evitar a perspectiva de
enriquecimento indevido da parte indenizada. (TJMT- Número 25905, Ano 2007, Magistrado
Desembargador Márcio Vidal).

(...) 2. A inscrição indevida do nome em cadastro de inadimplentes, gerado por uma dívida inexistente,
causa evidente dano moral, porquanto viola atributo da personalidade do consumidor, pois, além do
desrespeito ao seu nome, retringe-lhe ilicitamente o crédito, atingindo sua dignidade. Dispensa-se a prova
do prejuízo que, no caso, se presume.
3. O arbitramento do quantum indenizatório deve ser moderado e equitativo, evitando-se que se converta o
dano em instrumento de enriquecimento indevido.
4. Observados os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, sentença que fixa o valor de
R$6.000,00 (seis mil reais) a título de reparação por dano moral e, ainda, que considera a gravidade do
dano, os incômodos e os constrangimentos experimentados pelo autor, deve ser confirmada, mormente
porquanto teve financiamento habitacional negado (...). (Acórdão n. 589420, 20100710250780ACJ, Relator
JOSÉ GUILHERME DE SOUZA, 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, julgado
em 15/05/2012, DJ 29/05/2012 p. 222).

O pedido de indenização feito pela parte autora deve ser adequado a estes parâmetros.

Vale destacar que o problema não perdurou por muito tempo (sobreveio tutela antecipada que protegeu os
rendimentos da reclamante), além do banco réu ter restituído os valores descontados. Tais fatores
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ensejam a redução do montante da compensação pecuniária.

Adotando-se como parâmetro julgamentos anteriores proferidos neste Juízo em casos análogos,
bem como o porte econômico da ré e a gravidade dos fatos (com o sopesamento feito acima),
entendo que a condenação no montante de R$4.000,00 (quatro mil reais) guarda razoabilidade e
atende aos parâmetros de proporcionalidade, sem implicar em enriquecimento sem causa.

-Da alegação do descumprimento da tutela.

Quanto ao item “a” da decisão que concedeu tutela, não restou comprovado o descumprimento por parte
da ré, vez que a requerida foi intimada no dia 14/07/2020 e o último desconto no salário da autora ocorreu
em 07/07/2020, conforme extrato juntado aos autos no Id 19705263.

Já com relação ao item “b” da decisão, entendo que restou configurado o descumprimento. Explico.

No dia 17/09/2020 houve o seguinte despacho nos autos:

“Tendo em vista a manifestação do Banco Réu, intime-se a parte autora para indicação de conta a
fim de viabilizar o cumprimento do item "b" da decisão que concedeu a tutela provisória nos autos.

Após, intime-se o banco réu para ciência e cumprimento da obrigação determinada no Id. 18195751
no mesmo prazo ali estabelecido, sob pena de incidir na multa prevista.”

A autora foi intimada do despacho e informou a conta no dia 24/09/2020.

Após isso, conforme ficou estipulado no despacho, fora expedida intimação para a requerida no dia
25/09/2020, para cumprir a obrigação determinada no Id. 18195751 (tutela antecipada), a qual foi lida,
segundo a aba expedientes, no dia 28/09/2020.

A tutela determinava:

b) “Efetue o desbloqueio/estorno do saldo de salário retido/descontado da conta corrente da


autora, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de multa diária de R$1.000,00 (um mil reais). A
incidência da multa fica limitada, a princípio, ao montante de R$-10.000,00 (dez mil reais), sem
prejuízo de posterior alteração em seu valor/periodicidade, caso ela venha a se mostrar insuficiente
ou excessiva.

O próprio sistema acusou o decurso do prazo de cinco dias para a requerida, fato este que ocorreu em
05/10/2020.

Além disso, houve certidão da secretaria sobre o decurso do prazo, conforme Id 20271520.

A alegação da reclamada de que não recebeu a informação da conta da autora não merece prosperar.
Ora, se a reclamada recebeu a intimação do despacho ao norte indicado, na qual havia uma determinação
de intimação para a autora indicar a sua conta e para o réu cumprir a decisão após a informação ser
prestada, é conclusão lógica que, se a intimação fora expedida para o réu, era porque a autora já havia
informado nos autos a sua conta, caso contrário não teria sido expedida a referida intimação.

Ademais, tendo restado provado que o réu recebeu a intimação mencionada, caberia a ele consultar o
processo a fim de verificar a informação da conta, e não esperar que este juízo lhe informasse todos os
dados bancários informados através de novo despacho.

Assim, tendo em vista que o decurso do prazo para o réu ocorreu em 05/10/2020 e que este comprovou a
restituição dos valores apenas em 21/10/2020, este incidiu no teto da multa estipulada, qual seja R$-
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10.000,00 (dez mil reais), a qual reduzo para o valor de R$4.000,00 (quatro mil reais), por entender que a
requerida demonstrou cooperação com este juízo quando explicou os motivos pelo qual não poderia
efetuar o depósito na conta da autora e requereu que outra conta fosse informada, bem como não se opôs
quanto ao fato da conta informada para depósito ser de titularidade de pessoa diversa. Além disso, o
descumprimento não perdurou por muitos dias. Tais fatos demonstraram boa-fé por parte do réu.

- Dispositivo:

Deste modo, julgo procedentes os pedidos, nos termos abaixo:

a) Ratificar os termos da decisão proferida no Id 18195751 e, com isso, declarar a ilegalidade de


retenção integral do salário da Reclamante. Com isso, fica autorizado o banco requerido a proceder
a descontos mensais na conta da autora no percentual máximo de 30% (trinta por cento) dos seus
vencimentos líquidos.

b) Condenar o banco reclamado ao pagamento de indenização por danos morais em favor da


autora, na quantia de R$4.000,00 (quatro mil reais), com correção monetária pelo INPC e juros de
mora de 1% ao mês, ambos calculados desde a sentença.

c) Condenar o banco reclamado ao pagamento de multa por descumprimento de tutela, na quantia


de R$4.000,00 (quatro mil reais), sobre a qual deve incidir correção monetária pelo INPC desde a
data da sentença.

Resta extinto o processo com resolução do mérito, com fulcro no art. 487, I, do CPC.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

Transitada em julgado e nada sendo requerido no prazo de trinta dias, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 10 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0826366-51.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


COSTA DOURADA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO HENRIQUE GARCIA TAVARES OAB:
022224/PA Participação: EXECUTADO Nome: WALTER COELHO SANTANA Processo nº 0826366-
51.2020.8.14.0301 EXEQUENTE: CONDOMINIO COSTA DOURADA

EXECUTADO: WALTER COELHO SANTANA

SENTENÇA

Vistos, etc.

Cuida-se de Ação de Execução formulada pela parte exequente em face do executado, sendo que não
houve apresentação de embargos à execução por parte do executado quanto ao bloqueio integral do
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débito exequendo, conforme certificado nos autos.

Dispõem os artigos 924, inciso II, e 925, ambos do Código de Processo Civil:

Art. 924. Extingue-se a execução quando:

(...)

II - a obrigação for satisfeita;

(...).

Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.

Diante do pagamento do débito executado, mostra-se satisfeita pela parte executada a obrigação, não
mais subsistindo razão para o prosseguimento da presente ação, impondo-se, desta forma, a extinção do
processo, nos termos dos dispositivos ao norte citados.

Isto posto, julgo extinta a presente execução nos termos do art. 924, II, do Código de Processo Civil,
uma vez que, conforme consta dos autos, a obrigação foi satisfeita.

Uma vez preclusas as vias impugnativas, expeça-se alvará para levantamento de valores em favor do
exequente, intimando-o para recebimento.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 5 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito

Número do processo: 0813868-88.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: NILO DA SILVA


MENDES Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA NASCIMENTO DE CASTRO OAB: 29809/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SYLMARA SYMME LIMA DE ALMEIDA LEITE SILVA OAB: 11110/PA
Participação: ADVOGADO Nome: EGIDIO MACHADO SALES FILHO OAB: 1416/PA Participação:
REQUERIDO Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC
COSTA LAZARO FILHO OAB: 18663/CE Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES OAB: 15201/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Rua Roberto Camelier, 570 – Jurunas. Telefone: (91) 3272-1101

Email: 4jecivelbelem@tjpa.jus.br
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Processo nº 0813868-88.2018.8.14.0301

REQUERENTE: NILO DA SILVA MENDES

REQUERIDO: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA

SENTENÇA

Vistos, etc.

Relatório dispensado nos termos do art.38 da LJE.

Cuida-se de embargos à execução apresentados pela executada e fundamentados em suposto excesso


de execução em razão de erro no cálculo pelo exequente. Requer, ao final, que uma vez reconhecido o
excesso da execução, seja a exequente condenada ao pagamento dos honorários sucumbenciais
fundamentados no art. 85, §1º do CPC.

A embargada manifestou-se posteriormente concordando com os cálculos apresentados pela executada,


reconhecendo como correto o valor apontado pela parte contrária, pugnando pelo não acolhimento dos
embargos apenas no que se refere ao pedido de condenação da parte embargada ao pagamento de
honorários sucumbenciais, conforme determina o art. 55 da Lei 9099/95.

DECIDO.

Alega a embargante excesso de execução, pois os cálculos apresentados pela embargada não guardam
compatibilidade com os termos da sentença, especificamente no que se refere à inclusão do montante de
R$-5.453,66 sobre o valor exequendo, referentes à supostas custas judiciais.

A exequente, após certidão da secretaria deste juízo a respeito dos cálculos apresentados, se manifestou
concordando com as alegações da embargante, e informando que, de fato, houve erro quando da
execução dos cálculos, razão pela qual não se opõe à homologação dos cálculos apresentados pela
executada.

Analisando os autos, verifico que assiste razão à embargante, pois não há nos autos qualquer condenação
da parte ao pagamento de custas judiciais, razão pela qual a inclusão de tal parcela gerou um excesso de
execução.

Não obstante o reconhecimento do excesso de execução, entendo que o pedido para condenação da
exequente/embargada ao pagamento de honorários sucumbenciais não merece acolhida, eis que,
conforme inteligência do artigo 55 da Lei 9099/95, a sentença de primeiro grau não condenará o vencido
em custas e honorários de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé.

A regra em comento limita a possibilidade de condenação da parte apenas aos casos em que restar
demonstrada a ocorrência de litigância de má-fé, o que não ocorreu no caso presente, bem como não
restringe a vedação apenas ao processo de conhecimento, sendo certo que onde o legislador não
restringiu, não cabe ao intérprete fazê-lo.

Assim, deixo de acolher este pedido em particular.


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- Dispositivo

Ante o exposto, ACOLHO parcialmente os embargos à execução apresentados pela executada, por
entender que ficou demonstrado o excesso de execução nos cálculos apresentados pelo
exequente, fixando o valor da execução em R$-28.080,52 (vinte e oito mil e oitenta reais e cinquenta
e dois centavos).

Uma vez incontroverso o valor, fica desde já autorizado o levantamento da quantia pela parte
exequente, mediante expedição de alvará (para saque ou transferência) a ser agendado na
secretaria deste juizado.

Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos do art. 54, “caput” e 55 da Lei
9099/95.

Transitada em julgado, certifique-se e retornem os autos conclusos para extinção da execução pelo
pagamento.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021.

LUANA DE NAZARETH A. H. SANTALICES

Juíza de Direito
857
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0874447-02.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: RONDSON


MANUEL PINHEIRO DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: SAMUEL ALMEIDA BITTENCOURT
OAB: 28310/CE Participação: RECLAMANTE Nome: JORGE LUIZ REGO Participação: ADVOGADO
Nome: SAMUEL ALMEIDA BITTENCOURT OAB: 28310/CE Participação: RECLAMADO Nome: GOL
LINHAS AÉREAS S/A Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO OAB:
28020-A/PA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

SENTENÇA

Processo nº 0874447-02.2018.8.14.0301

Reclamante: RONDSON MANUEL PINHEIRO DE SOUSA, JORGE LUIZ REGO

Reclamada: GOL LINHAS AÉREAS S/A

Trata-se de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS movida por RONDSON MANUEL
PINHEIRO DE SOUSA, JORGE LUIZ REGO em face de GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S/A,
afirmando, em síntese, que se inscreveram no concurso para provimento do cargo de Auditor da
Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina, cuja prova da primeira fase estava marcada para o
dia 18 de novembro de 2018, razão pela qual adquiriram passagens aéreas na Empresa Reclamada para
o trecho doméstico, Belém - Florianópolis, com conexão em São Paulo, para o dia 16/11/18, às 15h30,
com previsão de chegada à Florianópolis às 22h05 do mesmo dia.

Aduziu que em razão do atraso no voo inicial, perderam a conexão em São Paulo e apesar das diversas
tentativas não conseguiram ser alocados em outros voos das companhias aéreas concorrente devido
estarem todos lotado devido a da realização do concurso.

Informaram que permaneceram no aeroporto de São Paulo, sem suporte da Reclamada, até o embarque
no voo seguinte, que decolou às 06h da manhã, chegando ao destino às 07h do dia 17 de novembro de
2018, ou seja, mais de 9 horas, sem qualquer tipo de assistência com a agravante do autor JORGE LUIZ
REGO ter sérios problemas na coluna, o que o impossibilita de ficar muito tempo sentado, além da
situação ter prejudicado a revisão de véspera dos Autores. Ao final, requereram a condenação da
Reclamada ao pagamento de indenização por danos indenização por danos morais no valor de R$
15.000,00 (quinze mil reais) para cada Autor.

Foi concedida às partes oportunidade de julgamento antecipado, sem a realização de audiência, em razão
da pandemia de COVID19.

A Reclamada apresentou contestação alegando que o voo inicial decolou com ínfimo atraso, devido ao
tráfego aéreo e manutenção da aeronave, o que impactou em sua chegada ao aeroporto de conexão,
porém promoveu a assistência aos passageiros, não havendo danos a serem reparados.
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Em manifestação à contestação os Autores pugnaram pela total procedência do pedido feito na inicial,
com o julgamento antecipado da lide, vez que todas as provas já se encontram documentalmente
produzidas. É o relatório. Decido.

Inicialmente, ressalto que após o exposto nos autos durante as providências preliminares, constata-se que
a lide comporta julgamento antecipado, sem necessidade de audiência, principalmente devido a
suspensão dos atos presenciais, como audiências no Poder Judiciário, durante o período de lockdown
devido a pandemia de COVID-19, o que postergou consideravelmente a já extensa pauta de audiências
deste Juizado.

Ademais, observa-se a ausência da necessidade de produção de outras provas, além daquelas já


apresentadas na fase postulatória, por se tratar de matéria que demanda prova documental e os fatos
estão bem esclarecidos, não tendo as partes declarado que têm outras provas a produzirem, razão pela
qual não há que se falar em cerceamento de defesa. Passo ao julgamento antecipado da lide.

Verifica-se que a presente ação versa sobre responsabilidade civil das companhias aéreas pelos danos
morais eventualmente causados por cancelamento/atraso de voo. Assim, não há como afastar a aplicação
do Código de Defesa do Consumidor, visto que a parte Reclamante é pessoa física que adquiriu e utilizou
o serviço de transporte de passageiros prestado pela Reclamada como destinatário final, afigurando-se
consumidora, nos termos do art. 2º do CDC; ao passo que a Reclamada é pessoa jurídica que desenvolve
a atividade de prestação de serviços de transporte de passageiros, afigurando-se fornecedora, nos termos
do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor.

Restou incontroverso que houve alteração unilateral do voo de conexão contratado pelos Autores, em
razão da chega tardia do voo de origem, assim, desnecessária a inversão do ônus da prova, nos termos
do art. 6º, VIII, do Diploma Consumerista. Ocorre que a existência de danos aos passageiros,
principalmente pelo atraso de voos é um risco do negócio desenvolvido pela parte Reclamada, devendo
por essa razão responder pelos danos comprovadamente causados aos consumidores, quando não
houver motivo de força maior, o que é o caso dos autos. Nesse diapasão, configurada a má-prestação do
serviço contratado, incide sobre o caso o art. 730 do CC/2002, in verbis:

Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens,
salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade.

Assim, nos termos do artigo acima, a Reclamada, na qualidade de transportadora aérea, deve responder
pela falha na prestação do serviço que gerar, eventualmente, causados ao passageiro, visto que tal
situação nada mais é do que o descumprimento da legislação que rege a matéria. Pois, a readequação da
malha aérea deve ser informada aos passageiros com 72h de antecedência do voo, conforme prevê o art.
12, da Resolução nº 400 da ANAC, o que não foi observado pela Reclamada.

A responsabilidade, no caso, independe de culpa, seja porque a obrigação do transportador é de resultado


(art. 927, § único, CC/2002), seja porque o CDC adota, como regra, a responsabilidade objetiva do
fornecedor de serviço, inclusive no que tange aos vícios de qualidade do serviço prestado.

Nesse diapasão, não tendo a Reclamada feito prova de que o atraso tenha se dado por fortuito externo à
sua atividade, culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros, deve responder pelas perdas e danos
experimentados pela parte Reclamante.

Destaque-se que restam configurados os danos morais, visto que um atraso de conexão de 09 (nove)
horas, é capaz de lesar direitos de personalidade, principalmente, quando a assistência material
necessária é negada aos passageiros, pois impõe enorme sensação de desprestígio, verdadeira lesão à
sua honra subjetiva. Além de ter prejudicador os compromissos profissionais da Autora.

Ademais, não há como se exigir prova do dano moral sofrido pelos Reclamantes, uma vez que, por se
tratar de violação a direito de personalidade, de natureza imaterial, não existe no plano material; bastando
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a comprovação da ocorrência do fato gerador de tal lesão, o que restou evidenciado no caso em tela.

Quanto valor da indenização, entendo que deve ser buscada uma justa medida, que compreenda uma
compensação à vítima pelos danos sofridos, sem transformar a indenização em fonte de enriquecimento
indevido, mas atendendo ao seu caráter pedagógico-educativo, de modo a desestimular a reiteração de
condutas dessa natureza, levando-se em conta, ainda, a capacidade econômica das partes, de modo a
evitar, que a compensação seja irrisória para a vítima, e impedir que o autor do ato ilícito seja reduzido à
insolvência. Levando em conta tais parâmetros, principalmente o fato dos Autores estarem em trânsito
para a realização de prova de concurso público e a situação de estresse extremo ter afetado o psicológico
de ambos além do fato de um dos Autores ter problemas de coluna e ter passado a noite no aeroporto, de
forma desconfortável pela falta oferecimento de hotel pela Reclamada, entendo que a condenação no
valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) para cada Autor satisfaz a estes critérios, sem descuidar da
proporcionalidade e da razoabilidade com relação ao dano sofrido. Neste sentido decisão:

TJPR - RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. COMPANHIA


AÉREA. ATRASO DE VOO EM RAZÃO DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS. PERDA DA CONEXÃO.
FORTUITO EXTERNO QUE NÃO AFASTA A RESPONSABILIDADE DA RÉ. AUTORA QUE FOI
REALOCADA EM OUTRO VOO SOMENTE NO DIA SEGUINTE. ATRASO DE APROXIMADAMENTE 09
(NOVE) HORAS ATÉ O DESTINO FINAL. AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA MATERIAL ADEQUADA.
FALHA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS EVIDENCIADA. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM
FIXADO EM R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS) QUE COMPORTA REDUÇÃO PARA R$ 4.000,00
(QUATRO MIL REAIS). OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. PARÂMETROS DESTA TURMA RECURSAL. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA. Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0000474-
94.2020.8.16.0083 - Francisco Beltrão - Rel.: JUIZ DE DIREITO DA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS
ESPECIAIS NESTARIO DA SILVA QUEIROZ - J. 12.07.2021)

Posto isto, julgo parcialmente procedentes os pedidos, para condenar a Reclamada a pagar a quantia de
R$ 4.000,00 (quatro mil reais), a título de indenização por danos morais para cada Autor, corrigidos pelo
INPC/IBGE a partir desta data e acrescido de juros de mora de 1% (um por cento ao mês) a contar da
citação, nos termos da fundamentação.

Certificado o trânsito em julgado, aguarde-se o prazo de quinze dias para cumprimento voluntário da
sentença, findo o qual o valor da condenação deverá ser atualizado com a incidência de pena de multa de
10% (dez por cento), nos termos do art. 523, § 1º, do Código de Processo Civil, caso não haja pagamento.

Em caso de pagamento e se não houver divergência entres as partes quanto ao valor pago, providencie-
se a expedição de alvará em favor da parte autora e/ou se decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem
pedido de execução, os autos deverão ser arquivados, dando-se baixa nos registros. Sem custas e
honorários no primeiro grau de jurisdição, conforme art. 54 e 55, da Lei 9.099/95. Sem custas e honorários
no primeiro grau de jurisdição, nos termos do art. 54 e 55, da Lei 9.099/95.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 13 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC de Belém.

Número do processo: 0846461-68.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ALBERTO WILSON


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FREITAS DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: NAYARA RUBIA PAMPLONA BARROS COSTA
OAB: 26148/PA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO WILSON PEREIRA DE SOUSA OAB:
26207/PA Participação: REU Nome: Tam Linhas aereas

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0846461-68.2021.8.14.0301

AUTOR: ALBERTO WILSON FREITAS DE SOUSA

REU: TAM LINHAS AEREAS

Nome: Tam Linhas aereas


Endereço: Avenida Pará s/n, sn, aeroportp val de cans. terreo. portao A, Val-de-Cães, BELéM - PA -
CEP: 66115-970

DECISÃO/MANDADO

Verifica-se que o presente processo foi protocolado antes do Processo nº 08464893620218140301, que
tramita na 12ª VJEC, devendo ser dado prosseguimento neste Juizado.

No sentido de dar maior celeridade aos processos, especialmente, por terem sido suspensas as
audiências presenciais, em face da pandemia da COVID19 e verificando-se que se trata de matéria de
direito e de fato que demanda prova documental para a análise do direito buscado e, ainda, no sentido de
viabilizar o julgamento da lide sem necessidade de realização de audiência, determino que a Reclamada
seja cita e intimada para contestar, no prazo de 15 (quinze dias) e, caso tenha proposta de acordo, que a
formule, por escrito, no mesmo prazo, a qual será submetida a parte Autora, sem que isso signifique
hipótese de prejulgamento da lide.

Posto isto, determino que a parte Reclamada, se tiver proposta de acordo que a formule, no prazo de 15
(quinze dias), contados da intimação deste e, que no mesmo prazo, apresente também sua defesa,
informando se ainda tem outras provas a produzir.

Em quaisquer dos casos, a parte Autora deverá se manifestar, no prazo de 15 (quinze dias), sobre a
proposta de acordo, caso seja feita, e/ou sobre a contestação declarando, expressamente, se ainda tem
outras provas a produzir, e se estas precisam da realização da audiência, especificando-as, para análise
da necessidade ou não da realização da audiência remota ou presencial.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se, expedindo-se o que for necessário à efetivação desta decisão, servindo
também de mandado, nos termos do art. 1º do Provimento nº 03/2009-CJRMB.

Belém, PA, 13 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO
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Juíza de Direito Titular da 5ª VJEC de Belém.

Número do processo: 0843060-03.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANGELA


CRISTINA PUTY PANTOJA Participação: ADVOGADO Nome: BIANCA PUTY PANTOJA OAB: 23219/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CEZAR VILLAR MAGALHAES PANTOJA OAB: 26058/PA Participação:
RECLAMADO Nome: BOOKING.COM BRASIL SERVICOS DE RESERVA DE HOTEIS LTDA.
Participação: ADVOGADO Nome: RAMON HENRIQUE DA ROSA GIL OAB: 303249/SP

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

SENTENÇA

Processo nº 0843060-03.2017.8.14.0301

Reclamante: ÂNGELA CRISTINA PUTY PANTOJA


Reclamado: BOOKING.COM BRASIL SERVICOS DE RESERVA DE HOTEIS LTDA.

Trata-se de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS C/C PEDIDO DE TUTELA
DE URGÊNCIA ajuizada por ANGELA CRISTINA PUTY PANTOJA contra BOOKING.COM BRASIL
SERVICOS DE RESERVA DE HOTEIS LTDA. e HEIDELBERG EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS,
alegando, em síntese, que no dia 09 de abril de 2017, realizou locação por temporada de um apartamento
localizado na cidade do Rio de Janeiro, através do site booking.com, sendo a reserva confirmada pela
empresa imobiliária intermediária Heidelberg Empreendimentos Imobiliários, sob o nº 1931679740 código
pin 8217 (booking.com), para o período de 30 de dezembro de 2017 a 10 de janeiro de 2018,
correspondente à 11 diárias, para 5 (cinco) adultos, no valor total de R$ 3.918,00 (três mil novecentos e
dezoito reais), sendo realizado o pagamento de 50% (cinquenta) por cento, na quantia de R$ 1.959,00 (mil
novecentos e cinquenta e nove reais) através de cartão de crédito.

Aduz que após 08 meses da concretização do negócio, mais precisamente no dia 09/12/2017 recebeu um
e-mail da Reclamada Booking informando que sua reserva havia sido cancelada. Que tentou resolver a
situação, mas não obteve êxito, o que deixou toda a família frustrada com a sensação de total desrespeito,
pois quando contrataram o serviço estava em baixa temporada e após o cancelamento os preços
quadruplicaram para acomodações do mesmo nível.

Pugnou ao final pela suspensão do site de venda eletrônica de hospedagem via internet.
www.booking.com/HoteisBOOKING.COM BRASIL SERVICOS DE RESERVA DE HOTEIS LTDA e da
HEIDELBERG EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, até que estas realizem o pagamento da estadia ou
providenciem a estadia no mesmo padrão contratado pela Autora, sob pena de multa diária de R$
1.959,00 (mil novecentos e cinquenta e nove reais); o bloqueio nas contas correntes das Reclamadas, no
valor de uma locação de apartamento similar com base no período de alta temporada ao contratado no
valor R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) para garantir à Reclamante a locação de um apartamento na
Cidade do Rio de Janeiro no período de 30/12/2017 a 10/01/2018, devendo o valor ser disponibilizado
para a Reclamante.
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Ao final, requereu a condenação das Reclamadas ao pagamento de indenização por danos materiais no
valor de R$ 3.918,00 (três mil novecentos e dezoito reais) e indenização por danos morais no valor de R$
17.400,00(dezessete mil e quatrocentos reais).

O pedido de tutela antecipada foi indeferido por falta de preenchimento dos requisitos legais, conforme Id
nº 4283112.

Na contestação, a reclamada BOOKING alegou a preliminar de ilegitimidade passiva para figurar no polo
passivo da lide, haja vista que é apenas uma intermediadora que realizada a publicidade dos serviços de
hotelaria por meio da internet, não exercendo qualquer ato de gerência sobre alterações e/ou
cancelamentos, pugnando pela extinção do feito sem resolução do mérito. No mérito pugnou pela total
improcedência dos pedidos da parte Autora por não ter cometido nenhum ato ilícito, conforme Id nº
9065670.

A parte Autora peticionou desistindo da ação em relação à reclamada HEIDELBERG


EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA – ME, visto que esta não foi localizada nos endereços
fornecidos nos autos, não sabendo precisar o novo endereço para citação, conforme Id nº 18738727.

O pedido de desistência foi homologado, conforme Id nº 18807243.

Foi concedida às partes oportunidade de julgamento antecipado, sem a realização de audiência, em razão
da pandemia de COVID19.

Em manifestação à contestação a Autora pugnou pela rejeição da preliminar de ilegitimidade passiva e


procedência dos pedidos feitos na inicial. É o relatório. Decido.

Ressalto que após o exposto nos autos durante as providências preliminares, constata-se que a lide
comporta julgamento antecipado, sem necessidade de audiência, principalmente devido a suspensão dos
atos presenciais, como audiências no Poder Judiciário, durante o período de lockdown devido a pandemia
de COVID-19, o que postergou consideravelmente a já extensa pauta de audiências deste Juizado.

Ademais, observa-se a ausência da necessidade de produção de outras provas, além daquelas já


apresentadas na fase postulatória, por se tratar de matéria que demanda prova documental e os fatos
estão bem esclarecidos, não tendo as partes declarado que têm outras provas a produzirem, razão pela
qual não há que se falar em cerceamento de defesa. Passo ao julgamento antecipado da lide.

Inicialmente, entendo que deve ser rejeitada a preliminar de ilegitimidade passiva da Reclamada, tendo em
vista que ao colocar à venda serviço de hotelaria de terceiro este torna-se solidariamente responsável,
juntamente com o hotel, pela reparação de eventuais danos decorrentes da falha na prestação de
serviços.

Ressalta-se que participa da cadeia de consumo quem aufere vantagem econômica ou de qualquer outra
natureza, por intermediar transações entre o consumidor e terceiros. Nesse diapasão, responde
solidariamente aos prejuízos causados ao comprador nos termos do parágrafo único do art. 7º e § 1º do
art. 25, Código de Defesa do Consumidor.

Assim, a responsabilidade civil da empresa que realiza a intermediação é objetiva, haja vista que além de
participar da cadeia de fornecimento dos serviços, aufere lucros com a sua atividade de intermediação,
conforme disposto no art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, respondendo, assim, pelos danos.

Éoportuno esclarecer que a Autora contratou o serviço de hospedagem através do site da Reclamada em
10 de abril de 2017, para o período de 30 de dezembro de 2017 a 10 de janeiro de 2018, pelo valor total
de R$ 3.918,00 (três mil novecentos e dezoito reais), pagamento entrada de 50% do total, que
corresponde a R$ 1.959,00 (mil novecentos e cinquenta e nove reais).
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Verifica-se ainda que havia política de cancelamento gratuito até 17 de novembro de 2017 e ultrapassada
a referida data, em caso de cancelamento, seria cobrada a quantia de R$ 1.959,00 (mil novecentos e
cinquenta e nove reais), porém a Reclamada promoveu o cancelamento unilateral da reserva da Autora
em 09 de dezembro de 2017, ou seja, 21 (vinte um) dias antes do início da hospedagem da Autora,
conforme Ids nº 3218807 e 3218821.

Ultrapassado o necessário esclarecimento, verifico que embora a Reclamada alegue que o cancelamento
da reserva da Autora tenha se dado em razão do distrato do proprietário para com a Reclamada, não há
nenhuma comprovação nesse sentido. E, ainda que houvesse, existindo responsabilidade solidária pelos
danos gerados ao Consumidor com o cancelamento das reservas, é inegável que a conduta gerou danos
na esfera moral e material da Autora, especialmente por ter ocorrido dias antes da data contratada e,
ainda, levando em consideração o período das festas de fim de ano, o que sabidamente trata-se de alta
temporada, principalmente, no Rio de Janeiro, um dos destinos mais procurados do mundo na referida
data.

Nesse diapasão, importante frisar que em que pesem os elementos trazidos aos autos, a parte Autora tem
a seu favor o benefício da inversão do ônus da prova, conforme previsto no art. 6º, inciso VIII, do CDC,
tendo em vista que cabia à Reclamada provar que não houve falhas na prestação dos seus serviços, ônus
ao qual não se desincumbiu, pois faltaram com seu dever de informação clara ao Consumidor, que
contratou o serviço e fora privado de sua utilização.

Desta forma, entendo a situação gerou danos materiais à parte Autora com o cancelamento unilateral da
reserva pela Reclamada e a cobrança de 50% do valor da reserva, cujo pagamento restou comprovado
pela Autora, conforme fatura de seu cartão de crédito no Id nº 3218773, não havendo comprovação de
restituição à Autora, devendo ser integralmente restituído, corrigido monetariamente pelo INPC a contar da
data do pagamento (10/04/2017) e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação.
Quanto à restituição corresponde à multa pelo cancelamento entendo que a Autora não comprou sua
cobrança, tampouco seu pagamento.

Quanto ao pedido de indenização por danos morais, entendo que estes restaram comprovados, visto que
o Reclamante se desincumbiu de comprovar os transtornos sofridos com o cancelamento de última hora
das reservas de hotel, em período de alta temporada, devendo ser indenizada pelos danos morais
experimentados, pois houve falha administrativa e operacional da Reclamada. Amparada nesses critérios
e nos parâmetros que atendam os princípios da moderação e razoabilidade, adotados em situações
semelhantes, fixo o valor da indenização em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por entender que se adequa a
situação experimentada pelo Reclamante. Confira-se decisão.

TJPR - RECURSO INOMINADO. RESPONSABILIDADE CIVIL. RESERVA DE HOSPEDAGEM


INTERMEDIADA PELA BOOKING.COM. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. RECURSO DA RECLAMADA.
PRELIMINARMENTE. ILEGITIMIDADE PASSIVA. REJEIÇÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.
EMPRESA QUE INTEGRA A CADEIA DE CONSUMO. MÉRITO. INCIDÊNCIA DA LEGISLAÇÃO
CONSUMERISTA. RELAÇÃO JURÍDICA FIRMADA ENTRE RECORRIDOS E RECORRENTE. RESERVA
DE HOSPEDAGEM QUE OCORREU EM HOSPEDAGEM, CUJO PROPRIETÁRIO HAVIA SOLICITADO
A EXCLUSÃO DO ANÚNCIO. FALHA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. ATO QUE IMPLICOU EM
ABALO MORAL DIANTE DA FRUSTRAÇÃO DA EXPECTATIVA DA VIAGEM EM FAMÍLIA. FATO DE
TERCEIRO. INOCORRÊNCIA. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$ 2.400 PARA CADA
RECLAMANTE. VALOR QUE ATENDE À PROPORCIONALIDADE E À RAZOABILIDADE. SENTENÇA
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJPR -
5ª Turma Recursal dos Juizados Especiais - 0002920-20.2020.8.16.0035 - São José dos Pinhais - Rel.:
JUÍZA DE DIREITO DA TURMA RECURSAL DOS JUÍZAADOS ESPECIAIS MARIA ROSELI
GUIESSMANN - J. 19.04.2021) (TJ-PR - RI: 00029202020208160035 São José dos Pinhais 0002920-
20.2020.8.16.0035 (Acórdão), Relator: Maria Roseli Guiessmann, Data de Julgamento: 19/04/2021, 5ª
Turma Recursal dos Juizados Especiais, Data de Publicação: 19/04/2021)

Posto isto, julgo parcialmente procedente o pedido da parte Autora para condenar a Reclamada ao
reembolso do valor de R$ 1.959,00 (mil novecentos e cinquenta e nove reais), a ser corrigido
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monetariamente pelo INPC a contar de 10/04/2017 e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês a contar
da citação. Condeno ainda ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais), a ser corrigido monetariamente a partir desta data e juros de mora de 1% ao mês a contar da
citação, nos termos da fundamentação.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Certificado o trânsito em julgado, aguarde-se o pedido de execução, intimando-se a Reclamada para


cumprir a sentença, no prazo de quinze dias, findo o qual o valor da condenação deverá ser atualizado
com a incidência de pena de multa de 10% (dez por cento), nos termos do art. 523, § 1º, do Código de
Processo Civil, caso não haja pagamento.

Em caso de pagamento e se não houver divergência entres as partes quanto ao valor pago, providencie-
se a expedição de alvará em favor da parte autora e/ou se decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem
pedido de execução, os autos deverão ser arquivados, dando-se baixa nos registros. Sem custas e
honorários no primeiro grau de jurisdição, conforme arts. 54 e 55, da Lei nº 9.099/95.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, PA, 13 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC de Belém.

Número do processo: 0839498-78.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ERNESTINA DOS


REIS SILVA BRASIL Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO ROBERTO NUNES DE SOUZA OAB:
006944/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome:
KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

Processo nº 0839498-78.2020.8.14.0301

REQUERENTE: ERNESTINA DOS REIS SILVA BRASIL

REQUERIDO: BANCO BRADESCO SA

SENTENÇA
Verifica-se que a parte autora faleceu e que seus herdeiros não se habilitaram nos autos, tendo sido
intimado o Advogado, todavia, não foram tomadas providências, conforme certidão.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Posto isto, extingo o processo sem julgamento do mérito e determino o arquivamento dos autos,
arquivando-se os autos, na forma da lei, com a baixa definitiva nos registros.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 13 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0835392-73.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ROSARIA DA


SILVA XAVIER Participação: ADVOGADO Nome: LILIANA BARBOSA SEABRA OAB: 23793/PA
Participação: REQUERIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO
TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ARNALDO JANSSEN
NOGUEIRA OAB: 21078/PA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0835392-73.2020.8.14.0301

AUTORA: Nome: ROSARIA DA SILVA XAVIER

INTIMADO: Nome: BANCO DO BRASIL SA

CERTIDÃO/ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.

CERTIFICO para os devidos fins de direito que a Reclamante foi intimada da sentença em 05/07/2021, e
apresentou Recurso Inominado TEMPESTIVAMENTE em 09/07/2021, pois o respectivo prazo finalizaria
em 19/07/2021. Certifico que o Recurso se encontra desacompanhado de preparo e custas, em face do
pedido de Justiça Gratuita. Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no
Provimento nº 08/2014-CJRMB, procedi à intimação da Parte Recorrida para, caso queira, apresentar
contrarrazões no prazo legal. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 13 de agosto de 2021.
866
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0835392-73.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ROSARIA DA


SILVA XAVIER Participação: ADVOGADO Nome: LILIANA BARBOSA SEABRA OAB: 23793/PA
Participação: REQUERIDO Nome: BANCO DO BRASIL SA Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO
TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ARNALDO JANSSEN
NOGUEIRA OAB: 21078/PA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0835392-73.2020.8.14.0301

INTIMADO: Nome: ROSARIA DA SILVA XAVIER

RÉ: BANCO DO BRASIL SA

CERTIDÃO/ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.

CERTIFICO para os devidos fins de direito que a Reclamada foi intimada da sentença em 24/06/2021, e
apresentou Recurso Inominado TEMPESTIVAMENTE em 08/07/2021, pois o respectivo prazo finalizaria
em 08/07/2021. Certifico que o Recurso encontra-se devidamente acompanhado de preparo e custas.
Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-CJRMB,
procedi à intimação da Parte Recorrida para, caso queira, apresentar contrarrazões no prazo legal. O
referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 13 de agosto de 2021.

Número do processo: 0878493-34.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: DANDARA


SIMONE MAIA DE ALMEIDA Participação: ADVOGADO Nome: HELIO FAVACHO ALVES NETO OAB:
19541/PA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DE MELO ALVES OAB: 19561/PA Participação:
RECLAMADO Nome: COMERCIO E TRANSPORTES BOA ESPERANCA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: FLAVIA CARMO VIANA OAB: 26740/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175
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Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA

Processo nº 0878493-34.2018.8.14.0301

Reclamante: DANDARA SIMONE MAIA DE ALMEIDA

Reclamada: COMÉRCIO E TRANSPORTES BOA ESPERANÇA LTDA

Trata-se de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, ajuizada pela Reclamante,
em face de COMÉRCIO E TRANSPORTES BOA ESPERANÇA LTDA, alegando e requerendo o
seguinte:

“ ... II – DOS FATOS:

No dia 04/12/2018, a requerente adquiriu da ré uma passagem da linha


intermunicipal CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA – BELÉM, com origem em JACUNDÁ e destino BELÉM, com
saída às 21h do referido dia, no valor de R$ 80,00, tudo conforme bilhete nº 232804 em anexo.

Na madrugada do dia 05/12/2018, por volta das 03:45h, quando a relatora


desceu em seu destino, percebeu que havia deixado seu celular de marca IPHONE 8 PLUS 64G
MQ8N2BZ/A APPLE, IMEI 359401083494838, SERIAL C39VJ96PJCM4 no acento em que estava, qual
seja poltrona nº 15 (vide bilhete).

Ao perceber a ausência do celular, minutos depois, retornou ao ônibus,


ocasião na qual fez a busca do aparelho e não localizou.

De dentro do ônibus, ligou para o celular e este só chamava (estava em


modo “silencioso”).

Foi então que o motorista disse o seguinte para a requerente: “que ela
poderia puxar as câmeras, pois ele precisava seguir viagem”.

Pois bem, ao descer do ônibus, a promovente fez mais algumas tentativas de


chamadas para o celular, quando percebeu que o aparelho teria sido desligado, uma vez que só caiu na
caixa postal. O que leva a crer que o aparelho foi furtado dentro do veículo.

Nos dias que sucederam a situação acima, a reclamante entrou em contato


com a empresa, na tentativa de solicitar as câmeras e desvendar o ilícito, ocasião na qual foi informada
que nada poderiam fazer.

Foi então, que no dia 13/12/2017 a autora teve de comparecer a Seccional


da Sacramenta e registrar o Boletim de Ocorrência nº. 00005/2017.106894-4, em anexo.

O BO foi distribuído para a Delegacia da CIDADE NOVA (3ª Seccional – 2ª


RIS – 18ª AISP), ocasião na qual, no dia 19/12/2017, foi expedido Ofício
(OF.1403/2017GAB/DIR/SUCN) destinado à promovida, solicitando “imagens das câmeras instaladas do
interior do ônibus (...)”. O referido ofício foi recebido pela empresa no dia 22/12/2017, conforme se
verifica do carimbo da empresa no documento em anexo.

Ocorre que a empresa ignorou o ofício e não respondeu a autoridade policial.


Foi então que, no ano de 2018, a promovente teve de solicitar novas providências, desta feita através da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Delegacia do Guamá.

A empresa requerida respondeu o segundo ofício apenas no dia


10/07/2018 informando que:

“ (...) as imagens solicitadas inexistem.

Ocorre que as imagens captadas dentro dos ônibus da empresa são inseridas no servidor, onde são
realizadas análises por amostragem. Após o período de 30 dias, as imagens são descartadas para que
haja uma ‘limpeza’ no servidor, e assim possa receber novas imagens”.

(grifamos)

O inteiro teor da resposta supra, segue em anexo.

Portanto, diante a negligência da empresa requerida, não restou outra


alternativa a reclamante senão buscar o judiciário a fim de buscar seus direitos.

IV - DOS PEDIDOS:

Diante do exposto, REQUER:

I – Seja a requerida citada, para, querendo, apresentar defesa no prazo legal,


sob pena de revelia e confissão quanto a matéria de fato;

II – A inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inc. VIII do CDC;

III – NO MÉRITO, SEJA A AÇÃO JULGADA TOTALMENTE


PROCEDENTE, CONDENADANDO A REQUERIDA A PAGAR INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS NO IMPORTE DE R$ 4.867,07 E DANOS MORAIS NA BASE DE R$ 15.000,00;

Declaramos a autenticidade de todas as cópias juntadas na exordial, nos


termos do art. 425, VI do CPC.

Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente,


documental e depoimento pessoal, sob pena de confissão.

Dá-se, a causa o valor de R$ 19.867,07 (Dezenove mil, oitocentos e


sessenta e sete reais e sete centavos).

Nestes termos,

Pede deferimento.

Belém, 20 de Dezembro de 2018. ...”

Em sua defesa a Reclamada alegou, em síntese, que não tem responsabilidade pela guarda de objetos
pessoais do passageiro, requerendo o seguinte:

“ ... 5. CONCLUSÃO

1) Diante do exposto, requer que seja julgada improcedente a ação, tendo em vista a ausência de
comprovação da existência dos danos morais e materiais. Considerando-se, concretamente, todas as
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

hipóteses dos itens específicos desta Contestação, e que inexistem fatos ou provas que justifiquem a
pretensão colocada na inicial.

2) Que a incidência dos juros e correção monetária, acaso haja alguma condenação, se deem a partir
da data da fixação da condenação.

3) Que seja acolhida a arguição de litigância de má-fé, sendo a Autora condenada ao pagamento nos
termos do art. 18 do CPC a multa de 1% sobre o valor da causa; devendo o processo ser extinto sem
julgamento do mérito, pois pleiteia direito que não lhe assiste.

Caso o entendimento de Vossa excelência remeta à instrução, fica desde já o protesto da Ré por todas as
provas em direito admitidas, depoimentos testemunhais, das partes sob pena de confissão, juntada de
documentos, bem assim por outras provas que se faça necessário produzirem durante a instrução.

Do exposto, é a presente para requerer se digne Vossa Excelência de receber a presente peça de
resistência, dando-lhe o cabível provimento, por ser ato de inteira Justiça.

Por derradeiro, requer, ainda, a Contestante seja observado o nome da patrona, DRA. FLÁVIA CARMO
VIANA, com Escritório Profissional citado à Av. João Paulo II, 1047, Marco, CEP: 66095- 490, Belém/PA,
para efeito de intimações futuras, sob pena de nulidade das mesmas. Nesses Termos, Pede Deferimento.
Belém/PA, 16 de setembro de 2020.

Éo relatório. Decido.

Versam os autos sobre relação de consumo, restando caracterizada a condição de consumidora final da
parte Autora e de prestadora de serviços da Reclamada, nos termos dos art. 2º, 3º e 22 do Código de
Defesa do Consumidor. Deixo de inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do Código de
Defesa do Consumidor, uma vez que o fato que o Autor alega ter lhe gerado danos é incontroverso entre
as partes, não havendo necessidade de inversão do ônus.

Inicialmente, ressalto que após o exposto nos autos durante as providências preliminares, constata-se que
a lide comporta julgamento antecipado, sem necessidade de audiência, principalmente, por se tratar de
prova documental e da aplicação do art. 355, I do CPC/15, não dependendo de outras provas que não
sejam aquelas já inseridas aos autos pelas partes litigantes, motivo pelo qual, passo ao julgamento
antecipado da lide.

No mérito, após a análise dos fatos e da contestação da Reclamada, deve ser reconhecia a ausência de
sua responsabilidade pelo desaparecimento do celular da Reclamante, por se encaixar na situação que
não revela falha na prestação do serviço. Trata-se de objeto de guarda pessoal, portanto, se houve falha
no dever de cuidado, esta foi da própria consumidora, sendo inviável se imputar à Reclamada o ônus de
fornecer segurança absoluta aos pertences pessoais de todos os passageiros, principalmente, se o celular
foi deixado pela passageira ao descer do ônibus, podendo qualquer pessoa ter se apropriado do referido
objeto. Essa circunstância se adequa a hipótese de excludente de responsabilidade prevista no art. 14, §
3º, II, do Código de Defesa do Consumidor, revelando-se culpa exclusiva daquele, devendo ser julgados
improcedentes os pedidos constantes da inicial, ainda que as câmeras não tenham sido fornecidas, uma
vez, o fornecimento das imagens, por si só, não seria capaz de imputar responsabilidade à Reclamada,
em indenizar os alegados danos, por não se tratar de fato do serviço.

Assim, considero que a parte Reclamada se desincumbiu do ônus que lhe competia no feito, pois a
documentação apresentada com a inicial e a própria afirmação da Autora, importaria em ausência de
conduta ilícita da Reclamada, por não ter assumido a empresa transportadora o dever de guarda sobre o
bem, objeto da reclamação, restando comprovado o fato impeditivo e extintivo do direito da Autora,
conforme decisões, confiram-se:

STJ-329078) AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CIVIL. TRANSPORTE COLETIVO. ASSALTO. CASO FORTUITO. EXCLUDENTE DE


RESPONSABILIDADE. PRECEDENTES. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. IMPROVIMENTO. 1. O
entendimento desta Corte é firme no sentido de que, em caso de transporte coletivo de passageiros, "o
transportador só responde pelos danos resultantes de fatos conexos com o serviço que presta" (REsp
468.900/RJ, Rel. Min. ARI PARGENDLER, DJ 31.03.2003) e que havendo "assalto com arma de fogo no
interior do ônibus, presente o fortuito, os precedentes da Corte afastam a responsabilidade do
transportador" (REsp 286.110/RJ, Rel. Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, DJ 01.10.2001). 2.
O Agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão alvitrada, a qual se mantém
por seus próprios fundamentos. 3. Agravo Regimental improvido. (AgRg no Agravo em Recurso Especial
nº 116672/RJ (2012/0007744-1), 3ª Turma do STJ, Rel. Sidnei Beneti. j. 27.03.2012, unânime, DJe
17.04.2012).

TJPA-0090675) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS.


FURTO DE OBJETO PESSOAL DE CLIENTE DENTRO DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL. ARGUIU
A APELANTE PRELIMINAR DE LEGITIMIDADE PASSIVA DE UM DOS LITISCONSORTES,
CONDOMÍNIO SHOPPING CENTER IGUATEMI. PRELIMINAR NÃO ACATADA. PLEITEOU PELA
APLICAÇÃO DO EFEITO MATERIAL DA REVELIA PARA CONDENAR A SEGUNDA LITISCONSORTE
AO PAGAMENTO INDENIZATÓRIO. PLEITO NÃO ACATADO. DEVER DE INDENIZAR DO
ESTABELECIMENTO COMERCIAL. NÃO CONFIGURADO. O DEVER DE GUARDA DE PERTENCES
PESSOAIS É DO PRÓPRIO CONSUMIDOR. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. DEVIDOS. RECURSO
DESPROVIDO. I - Inconformado com a sentença, que julgou pelo desprovimento da ação de reparação de
danos morais e materiais, cuja causa de pedir estava embasada na ocorrência de furto de objeto pessoal
do interior de loja de shopping, o apelante aduziu em suas razões recursais que: 1) deveria ser
configurada a legitimidade passiva do Condomínio Shopping Center Iguatemi; 2) caberia aplicabilidade dos
efeitos da revelia em relação à ré, Loja Bettini, a fim de que esta arque com a indenização pleiteada; 3)
caberia a responsabilidade pelos danos materiais e morais4) deveria ser excluída da condenação em
custas e honorários advocatícios. II - PRELIMINAR DA LEGITIMIDADE: Verifica-se, ao caso, a
ilegitimidade passiva do Condomínio Shopping Center Iguatemi, uma vez que este grupo não administra o
shopping localizado na Av. Padre Eutíquio, na cidade de Belém, que atualmente se chama "Pátio Belém" e
só utilizava, antigamente, o nome "Iguatemi" em decorrência de licença para uso da marca. REJEITO A
PRELIMINARIII - Não assiste razão à apelante quanto a alegação de que a revelia da segunda ré, Loja
Bettini, já ensejaria, por si só, a procedência da ação e a condenação desta à reparação indenizatória
almejada, pois a presunção de veracidade dos fatos decorrente da revelia é relativa, cabendo ao julgador
analisar o caso concreto e os elementos probatórios contidos nos autos para formar o seu convencimento,
podendo dar procedência ou não ao pedido autoral. IV - Se tratando de furto de cliente dentro do
estabelecimento comercial, inexiste o dever de indenizar por parte do estabelecimento comercial, tendo
em vista que o dever de guarda do objeto furtado era do próprio dono, no caso, a apelante. V - Tendo em
vista que a sentença foi de improcedência, cabe, então, à parte autora/apelante o ônus pelos honorários
sucumbenciais, a teor do art. 20, caput, do CPC, o qual deve ser mantido no mesmo patamar fixado pela
sentença, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), com fulcro no art. 20, § 4º do CPC. VI - Recurso conhecido e
desprovido (Apelação nº 00024833620068140040 (187200), 1ª Turma de Direito Privado do TJPA, Rel.
Gleide Pereira de Moura. j. 13.03.2018, DJe 21.03.2018).

JECCSP-0460037) RESPONSABILIDADE CIVIL - TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS -


FURTO DE CELULAR NO INTERIOR DE ÔNIBUS - EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE -
CONDENAÇÃO AFASTADA - Erige-se como fato de terceiro, de modo a afastar a responsabilidade do
transportador, a prática de furto de celular de passageiro no interior de ônibus - Evento que se apresenta
como fortuito externo, intransponível e inevitável, impedindo a responsabilização da transportadora -
Ausência de comprovação acerca da ocorrência de falha por parte da Recorrida no cumprimento das suas
obrigações inerentes ao contrato de transporte - Culpa exclusiva de terceiro reconhecida - Exegese do
artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor e 393 do Código Civil - Sentença mantida - Recurso
improvido.(Recurso Inominado Cível nº 1009586-71.2019.8.26.0004, 2ª Turma Recursal Cível dos
Juizados Especiais/SP, Rel. Julio César Silva de Mendonça Franco. j. 06.12.2019, Publ. 05.02.2020).

TJAL-0121848) APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS. ALEGAÇÃO DE FURTO EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL. CARTEIRA.
CARTÃO DE CRÉDITO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. OBJETO DE GUARDA PESSOAL.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AUSÊNCIA DE CONTRATO DE DEPÓSITO. DEVER DE INDENIZAR. INEXISTENTE. EXCLUDENTE DE


RESPONSABILIDADE. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.(Apelação nº
0716009-06.2016.8.02.0001, 3ª Câmara Cível do TJAL, Rel. Domingos de Araújo Lima Neto. j.
20.02.2020, Publ. 21.02.2020).

JECCSC-0047331) RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E


MORAIS. FURTO DE CELULAR EM APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA (SHOW) PROMOVIDA PELAS
EMPRESAS RÉS. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA, PARA CONDENAR OS RÉUS AO
PAGAMENTO DE DANOS MATERIAIS. 1 - IRRESIGNAÇÃO DA PRODUTORA ARTÍSTICA RÉ.
PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA, POR ESTA NÃO TER ENFRENTADO TODOS
ARGUMENTOS DEDUZIDOS PELA RECORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. TESES DEFENSIVAS
ANALISADAS DE MANEIRA SUCINTA. SUFICIÊNCIA. NULIDADE INEXISTENTE. "O julgador não está
obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado motivo
suficiente para proferir a decisão. A prescrição trazida pelo art. 489 do CPC/2015 veio confirmar a
jurisprudência já sedimentada pelo colendo Superior Tribunal de Justiça, sendo dever do julgador apenas
enfrentar as questões capazes de infirmar a conclusão adotada na decisão recorrida" (STJ, EDcl no MS nº
21315, Minª Diva Malerbi - Desembargadora convocada TRF 3ª Região, Primeira Seção, j. 08.06.2016).
MÉRITO. ALEGAÇÃO DE CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA E FORTUITO EXTERNO COMO CAUSAS
EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE. AUTORA QUE É ALVO DE FURTO DE SEU APARELHO
CELULAR EM SHOW MUSICAL, CUJO OBJETO ENCONTRAVA-SE NO INTERIOR DE SUA BOLSA.
FORTUITO EXTERNO EVIDENTE. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS RÉS, UMA
VEZ QUE O BEM NÃO ESTAVA SOB SUA GUARDA. AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. A
propósito, destaca-se julgado do egrégio Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: "RECURSO
INOMINADO. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. VILLA MIX EM 25.05.2016.
FURTO DE APARELHO CELULAR DURANTE SHOW. INEXISTENTE RESPONSABILIDADE DOS
ORGANIZADORES DO EVENTO. RESPONSABILIDADE DA PRÓPRIA VÍTIMA/CONSUMIDOR QUANTO
À GUARDA E VIGILÂNCIA DE PERTENCES PESSOAIS NA RESPECTIVA POSSE. IMPROCEDÊNCIA
MANTIDA. (...) Isso porque, era de responsabilidade da vítima manter o zelo, cuidado e vigilância sobre os
objetos pessoais que estavam sob sua guarda. Nesse contexto, a própria autora admitiu em seu
depoimento pessoal (fl. 563) que sequer percebeu o momento do furto. (...)" (Recurso Cível nº
71006443485, Primeira Turma Recursal Cível do RS, Relatora Juíza Fabiana Zilles, j. 29.11.2016).
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 2 - INSURGÊNCIA DA PARTE AUTORA, A FIM DE VER O
RECONHECIMENTO DO DANO MORAL INDENIZÁVEL. RECLAMO PREJUDICADO, UMA VEZ QUE,
COMO CONSTOU ACIMA, AFASTOU-SE A RESPONSABILIDADE DAS PARTES RÉS PELO EVENTO
DESCRITO NA INICIAL. (Recurso Inominado nº 0305548-34.2017.8.24.0020, 4ª Turma de Recursos -
Criciúma/SC, Rel. Miriam Regina Garcia Cavalcanti. j. 18.09.2018).

Desta forma, resta evidenciada a ausência de responsabilidade da Reclamada, ensejando a


improcedência dos pedidos da Reclamante.

Posto isto, julgo totalmente improcedentes os pedidos da Autora, conforme fundamentação.

Julgo improcedente o pedido de aplicação de litigância de má-fé à Autora, por não vislumbrar a hipótese
legal, tratando-se apenas de exercício de direito de ação.

Extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil.

Certificado o trânsito em julgado, os autos deverão ser arquivados, dando-se baixa nos registros. Sem
custas e honorários no primeiro grau de jurisdição, conforme art. 54 e 55, da Lei 9.099/95.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, PA, 13 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO
872
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC de Belém.

Número do processo: 0861035-04.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: PEDRO BORGES


JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: MAYCO MICHEL DA SILVA COELHO OAB: 22414/PA
Participação: RECLAMADO Nome: AYMORE CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: JOAO THOMAZ PRAZERES GONDIM OAB: 62192/RJ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA

Processo nº 08610350420188140301

Reclamante: PEDRO BORGES JUNIOR

Reclamada: AYMORÉ CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A

Trata-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANO


MORAL E PEDIDO DE LIMINAR, na qual a parte Reclamante requer que lhe seja concedida tutela para
que seu nome seja excluído dos cadastros de inadimplentes, em razão da cobrança de R$ 15.343,44
(quinze mil trezentos e quarenta e três reais e quarenta e quatro centavos), a qual desconhece a origem,
requerendo que seja deferido o pedido para que a Reclamada retire seu nome da SERASA, sob pena de
multa diária a ser arbitrada. Ao final, requereu que julgada procedente a presente ação para condenação
ao pagamento de R$ 30.686,88 (trinta mil seiscentos e oitenta e seis reais e oitenta e oito centavos), em
decorrência de dano moral e declarada a inexistência de débito. A tutela antecipada foi indeferida.

A parte Reclamada apresentou contestação aduzindo, em resumo, que não tem responsabilidade pelo
ocorrido, requerendo o seguinte:

“ ... A – Preliminarmente

1 - DA INADMISSIBILIDADE DO PROCEDIMENTO: NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DE TERCEIRO.

O art. 10 da Lei 9.099/90, veda “qualquer forma de intervenção de terceiro” em processos regidos sob o
procedimento dos Juizados Especiais Cíveis. Ocorre que, neste caso, a denunciação da lide é
fundamental para correta e justa elucidação da controvérsia. É essencial denunciar a lide a empresa
beneficiária, AD ALMEIDA EQUIPAMENTOS LTDA ME, CNPJ: 15.549.204/0001-53, para que ingresse no
feito e preste os esclarecimentos devidos quanto ao recebimento do valor.

...

IV - CONCLUSÃO

Diante do acima exposto, requer a V.Exa. que seja acolhida a preliminar arguida, devendo o processo ser
extinto, sem resolução do mérito, nos termos dos artigos citados e, não sendo este o entendimento deste
D. Juízo, sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pelo autor. Protesta pela produção de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

todos os meios de prova admitidas em direito. ...”

Sobre a contestação o Autor manifestou-se refutando as alegações, aduzindo que jamais foi fiador ou
beneficiário de quaisquer financiamentos ou empréstimos realizados, em seu nome, junto à Reclamada,
reiterando seus pedidos iniciais. Ouvida a Reclamada, informou que: os documentos apresentados pela
parte autora em nada tocam a defesa apresentada pelo banco réu sob o id nº 16888114, reiterando os
termos da mesma e seus documentos, requerendo assim o prosseguimento do feito.

Éo relatório. Decido.

Verifica-se que se trata de matéria de direito e de fato, mas que exige apenas prova documental para sua
análise e julgamento, a qual já se encontra no processo, motivo pelo qual, passo ao julgamento antecipado
da lide com fundamento no art. 355 do Código de Processo Civil.

Quanto a preliminar de necessidade de intervenção de terceiro, arguida pela parte Reclamada, a rejeito
por não se adequar ao procedimento dos Juizados Especiais e, ainda, por não ter sido inserido aos autos
o suposto contrato ou outro documento que vincule o Reclamante a empresa: AD ALMEIDA
EQUIPAMENTOS LTDA ME, CNPJ: 15.549.204/0001-53, a qual teria contraído a suposta dívida, em seu
nome, pelo que rejeito a preliminar.

No que se refere a alegação de falta de boa-fé do Autor por não ter feito reclamação administrativa, tal
argumento deve ser rechaçado, tendo em vista que houve solicitação administrativa e nada foi resolvido,
continuando as cobranças indevidas, vislumbra-se má-fé, mas na conduta ilícita grave da Reclamada, que
além de negativar indevidamente seu nome, por contrato decorrente de fraude, não tomou providências
para minimizar os prejuízos, devendo ser responsabilizada, inclusive, por não ter cessado as cobranças,
apesar das solicitações administrativas relatadas pelo Autor.

Os fatos relatados pelo Autor estão documentalmente comprovados nos autos. Trata-se de relação de
consumo em que não foram observadas regras mínimas de segurança na operação, por decorrer de
fraude de terceiro ou outro tipo de falha cometida pela parte Reclamada, conforme, Súmula do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça.

SÚMULA Nº 479 – STJ.

As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a
fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.

Nesse sentido decisões de nossos Tribunais.

TJMS-0169963) APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO


JURÍDICA C.C. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - CONTA BANCÁRIA ABERTA POR TERCEIRO
COM DOCUMENTOS FALSOS DO AUTOR - FRAUDE - CONFISSÃO DO BANCO - INSCRIÇÃO
INDEVIDA EM ORGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - DANO MORAL PRESUMIDO - QUANTUM
INDENIZATÓRIO MANTIDO - RECURSO NÃO PROVIDO. Comprovada a abertura de conta bancária com
documentos adulterados, há de ser declarada a inexigibilidade de qualquer dever jurídico em relação à
pessoa prejudicada com a fraude, sendo certo que pelos danos a esta causados em decorrência da
fraude, a instituição financeira é objetivamente responsável. Os danos morais devem ser fixados em
quantia razoável para que não seja fonte de enriquecimento sem causa, sob pena de se banalizar o
instituto.(Apelação Cível nº 0800024-70.2016.8.12.0051, 2ª Câmara Cível do TJMS, Rel. Julizar Barbosa
Trindade. j. 20.02.2020).

TJDFT-0529718) CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CUMULADA COM DANO MORAL. CARTÃO DE CRÉDITO. FRAUDE. RISCO DA ATIVIDADE. DANO
MORAL CONFIGURADO. QUANTUM FIXADO. PROPORCIONALIDADE. 1. Há obrigação de reparar
independentemente de culpa quando o dano decorrer de risco assumido pela própria natureza da
atividade exercida, com fulcro no art. 14 do Código de Defesa do Consumidor. 2. Na hipótese, diante da
negativa do cliente em assumir as compras realizadas por meio do cartão de crédito de sua titularidade,
competia à administradora do cartão de crédito demonstrar a lisura das operações impugnadas, ônus do
qual não se desincumbiu (art. 373, II, do CPC e art. 6º, VIII, do CDC). 3. A inscrição negativa do nome do
autor, com base em débito relativo a compras realizadas mediante fraude, enseja sua responsabilização
civil. A propósito, o dano moral é in re psa, ou seja, presumido, uma vez que não depende de
comprovação do abalo psicológico sofrido pela vítima. 4. Na reparação de dano moral, a fixação da
indenização deve observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, o grau de culpa e a
extensão do dano, a expressividade da relação jurídica originária, a finalidade compensatória, além de o
valor não poder ensejar enriquecimento sem causa, nem ser ínfimo a ponto de não coibir a reiteração da
conduta; Na hipótese, a quantia fixada é razoável e não enseja enriquecimento sem causa, ante a notória
capacidade financeira do apelante, representa importância pedagogicamente suficiente para coibir a
prática de conduta semelhante. 5. Recurso conhecido e desprovido. Unânime. (Processo nº
07078951820188070018 (1204721), 7ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Romeu Gonzaga Neiva. j. 02.10.2019,
DJe 07.10.2019)

Cumpre destacar que a conduta da parte Reclamada foi lesiva a dignidade da parte Autora, causando-lhe
danos morais que decorrem da responsabilidade civil e do risco de sua atividade, restando presentes os
requisitos para sua condenação, cuja responsabilidade tratam os art. 5º, inciso X, da Constituição Federal;
art. 186 c/c art. 927, do Código Civil, em face da demora em resolver, administrativamente, o problema,
perdurando as cobranças indevidas, o que sem dúvidas causa desgastes emocionais, e perda de tempo
útil aos consumidores.

O valor da indenização deve corresponder à reparação pecuniária pelos danos morais impingidos ao
ofendido de maneira que iniba o infrator de incorrer futuramente em conduta semelhante. Assim, devem
ser desconsiderados os argumentos da Reclamada de inexistência de danos morais, devendo ser
arbitrada indenização de acordo com os parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade.

No mesmo diapasão, a condenação ao pagamento de indenização por danos morais não é dotada apenas
de caráter compensatório, mas também pedagógico, a fim de evitar que situações semelhantes se tornem
corriqueiras diante da negligência praticada pelos agentes financeiros na prestação de seus serviços,
todavia, não podem ensejar enriquecimento ilícito da vítima, devendo ser adequado e razoável ao caso
concreto.

Posto isto, julgo parcialmente procedentes os pedidos do Autor para declarar a inexistência de débito
oriundo da operação fraudulenta, objeto desta lide, e concedo a liminar pleiteada para determinar à
Reclamada que proceda à baixa da restrição, em nome do Autor pelo débito ora declarado inexistente, no
prazo de 5 (cinco) dias úteis, sob pena de multa de diária de R$ 300,00 (trezentos reais) ao dia, em caso
de descumprimento até o limite de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Condeno a Reclamada ao pagamento de R$ 7.000,00 (sete mil reais), a ser atualizado monetariamente
pelo INPC, a contar desta data (Súmula 362 do STJ), acrescidos de juros simples de 1% (um por cento) ao
mês, a contar do evento danoso (03/08/2017 - data da negativação indevida), até o efetivo pagamento, a
título de indenização por danos morais, nos termos da fundamentação.

Extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil.

Certificado o trânsito em julgado e sendo mantida a sentença condenatória, intimem-se os Reclamados e


aguarde-se o prazo de quinze dias para cumprimento voluntário, findo o qual, o valor da condenação
deverá ser atualizado com a incidência de pena de multa de 10% (dez por cento), nos termos do art. 523,
§ 1º, do Código de Processo Civil.

Em caso de pagamento e se não houver divergência entres as partes quanto ao valor, providencie-se a
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expedição de alvará e/ou transferência, em favor da parte autora e/ou se decorrido o prazo de 30 (trinta)
dias, sem pedido de cumprimento da sentença, os autos deverão ser arquivados, dando-se baixa nos
registros. Sem custas e honorários no primeiro grau de jurisdição, conforme art. 54 e 55, da Lei nº
9.099/95.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC de Belém.

Número do processo: 0855362-93.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: REGINA CLAUDIA


DE SOUSA NAGAISHI Participação: ADVOGADO Nome: CARLA CRISTINA DOS SANTOS FREIRE
SOUZA OAB: 20438/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE NARITO NAGAISHI JUNIOR OAB:
20928/PA Participação: RECLAMADO Nome: JESSICA LEMOS FERREIRA Participação: ADVOGADO
Nome: HELIO DE BARROS FAVACHO ALVES OAB: 5612/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

E-mail: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Whatsapp: 98116-3930

0855362-93.2019.8.14.0301

INTIMADO: Nome: REGINA CLAUDIA DE SOUSA NAGAISHI

INTIMADO: Nome: JESSICA LEMOS FERREIRA

CERTIDÃO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.

Certifico que a audiência de Instrução e Julgamento foi (re)designada para o dia 06/10/2021 08:30 horas
e ocorrerá em sala virtual pelo aplicativo TEAMS, através do link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_NmM4OGVkN2YtZGY3Yy00ZWI5LTg1MjUtMTk4ZjU0MjI0NjIx%40thread.v2/0?contex
t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
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Belém, PA, 16 de agosto de 2021.


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Número do processo: 0010467-83.2015.8.14.0701 Participação: EXEQUENTE Nome: IVALDO CASTELO


BRANCO SOARES JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO LEITE DA SILVA NETO
OAB: 19189/PA Participação: EXECUTADO Nome: VANIA MARIA DO SOCORRO ALVAREZ
Participação: EXECUTADO Nome: MARIA CILMA ALVAREZ Participação: EXECUTADO Nome: MARIA
ILMA ALVAREZ Participação: EXECUTADO Nome: CELESTE MARIA ALVAREZ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Av. José Bonifácio, nº 1177, São Brás

entre Av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus

Fones: 3229-0869/3229-5175

Processo nº 0010467-83.2015.8.14.0701

EXEQUENTE: IVALDO CASTELO BRANCO SOARES JUNIOR

EXECUTADO: VANIA MARIA DO SOCORRO ALVAREZ, MARIA CILMA ALVAREZ, MARIA ILMA
ALVAREZ, CELESTE MARIA ALVAREZ

SENTENÇA

Tratam os autos de execução de título extrajudicial, o qual tramita perante esta Vara desde o ano de
2015.

A parte Exequente instada a se manifestar sobre o endereço atual das Executadas não citadas e, sobre a
petição protocolada pela Executada citada, porém quedou-se inerte, conforme certidão nos autos.

A Lei nº. 9.099/1995, estabelece em seu artigo 53, §4º, que não encontrado o devedor ou inexistindo
bens penhoráveis, o processo será imediatamente extinto.

Assim, considerando que desde o ano de 2015, as executadas VANIA MARIA DO SOCORRO
ALVAREZ, MARIA ILMA ALVAREZ e CELESTE MARIA ALVAREZ não foram encontradas para citação,
a extinção da presente ação é medida que se impõe.

Quanto à executada citada, MARIA CILMA ALVAREZ, verifica-se que esta protocolou petição
informando o pagamento dos honorários advocatícios cobrados na execução e ao final realizou proposta
de acordo, sendo a parte Exequente intimada para se manifestar, em 23/03/2021, porém, também quedou-
se inerte, conforme certidão da Secretaria nos autos.

Dispõe o artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento
do mérito, quando a parte autora abandonar a causa por mais de trinta dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
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presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional. Outrossim, equivale tal fato ao desaparecimento
superveniente do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.

Posto isto, julgo extinto o processo sem resolução do mérito, nos termos do artigo 53, § 4º, c/c artigos 2º,
e 51, §1º, da Lei nº. 9.099/1995 e no artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil..

Sem custas e honorários advocatícios (artigo 55, parágrafo único, da Lei nº. 9.099/1995)

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0800112-44.2016.8.14.0701 Participação: EXEQUENTE Nome: CLEILDE


FONSECA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA PRISCILA ANDRADE AIRES OAB:
22859/PA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA FREIRE CASTRO OAB: 22800/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA
Processo nº 0800112-44.2016.8.14.0701

EXEQUENTE: CLEILDE FONSECA COSTA

EXECUTADO: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME

A parte Exequente, instada a se manifestar, por duas vezes seguidas nos autos, não tomou providência
neste sentido, encontrando-se o processo paralisado há mais de 30 dias, conforme certidões nos autos.

Dispõe o artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento
do mérito, quando a parte autora abandonar a causa por mais de trinta dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional. Outrossim, equivale tal fato ao desaparecimento
superveniente do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.

Pelo exposto, verificando-se que a penhora realizada nos autos foi desconstituída, julgo extinto o processo
sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência (artigos 54 e 55, da Lei nº.
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9.099/1995).

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0000186-04.2015.8.14.0302 Participação: EXEQUENTE Nome: KATINA ARAUJO


MACEDO ANTUNES Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO DE ANDRADE RODRIGUES
JUNIOR OAB: 17625/PA Participação: EXEQUENTE Nome: PORTAL REPRESENTACOES
COMERCIAIS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO DE ANDRADE RODRIGUES
JUNIOR OAB: 17625/PA Participação: EXECUTADO Nome: EDUARDO DIONISIO PAMPLONA DA SILVA
JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: JOAO ALMEIDA DA SILVA JUNIOR OAB: 8535/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Av. José Bonifácio, nº 1177, São Brás

entre Av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus

Fones: 3229-0869/3229-5175

Processo nº 0000186-04.2015.8.14.0302

EXEQUENTE: KATINA ARAUJO MACEDO ANTUNES, PORTAL REPRESENTACOES COMERCIAIS


LTDA

EXECUTADO: EDUARDO DIONISIO PAMPLONA DA SILVA JUNIOR

Nome: EDUARDO DIONISIO PAMPLONA DA SILVA JUNIOR


Endereço: 14 DE MARCO, APT 701, UMARIZAL, BELéM - PA - CEP: 66055-490
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DECISÃO/MANDADO

Diante do pedido de designação de audiência, inclua-se na pauta da semana da conciliação prevista


para o período de 08 a 12 de novembro de 2021.

Caso o Executado tenha proposta objetiva de acordo para quitação da dívida poderá ser apresentada, por
escrito, antes da data da audiência que for designada, para que a parte Exequente possa ser ouvida sobre
aceitação de eventual proposta de acordo.

Intime-se. Cumpra-se expedindo-se o que for necessário.

Belém, PA, 14 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª VJEC de Belém.

Número do processo: 0807498-88.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RAIMUNDO


AIRES CAVALCANTE Participação: ADVOGADO Nome: WANDERSON SIQUEIRA RIBEIRO OAB:
22231/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome:
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0807498-88.2021.8.14.0301

INTIMADO: Nome: RAIMUNDO AIRES CAVALCANTE


Endereço: Tv. Djalma Dutra, Passagem Nena Barreto, 28, KIT NET 205, Telégrafo Sem Fio, BELéM -
PA - CEP: 66113-280

REQUERIDO: BANCO BRADESCO SA

ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-CJRMB e em
atenção à determinação judicial: "...Em quaisquer dos casos, a parte Autora deverá se manifestar, no
prazo de 15 (quinze) dias, sobre a proposta de acordo, caso seja feita, e/ou sobre a defesa, declarando,
expressamente, se ainda tem outras provas a produzir, e se estas precisam da realização da audiência,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

especificando-as, no sentido de possibilitar eventual julgamento antecipado da lide, sem que haja
necessidade da realização da audiência remota ou presencial....", procedo à intimação da Parte Autora
para manifestar-se, em 15 (quinze) dias acerca da contestação/proposta de acordo. Belém, PA, 13
de agosto de 2021. LUANA HITOMI FEIO OKADA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial Cível.

Número do processo: 0827762-97.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BRUNO LINS


ALENCAR E SILVA Participação: ADVOGADO Nome: GEMERSON ALENCAR DE SOUSA OAB:
18355/PA Participação: EXECUTADO Nome: DEBORAH HERMINA RODRIGUES OLIVEIRA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

SENTENÇA

SENTENÇA

Processo nº 0827762-97.2019.8.14.0301

REQUERENTE: BRUNO LINS ALENCAR E SILVA

EXECUTADO: DEBORAH HERMINA RODRIGUES OLIVEIRA

Trata-se de impugnação à penhora realizada por este Juízo após pedido de cumprimento de sentença, na
qual a parte Executada requer o desbloqueio do valor R$ 1.775,06 (mil setecentos e setenta e cinco reais
e seis centavos), alegando ser a única quantia que possui para custear as despesas alimentares de sua
família. No mesmo ato, propôs acordo para pagamento ao Exequente de forma parcelada.

Foi determinada a intimação prévia da parte Exequente sobre a petição da Executada, para que
comprovasse o alegado por meio de extratos bancários e contracheque. A parte Executada protocolou
extratos bancários e contracheques, conforme Id nº 315066629.

Em manifestação o Exequente não aceitou a proposta de acordo da Executada e pugnou pela


transferência da quantia bloqueado para a conta bancária do Banco Itaú, agência nº 8523, Conta
Poupança nº 10200-5, sob sua titularidade BRUNO LINS ALENCAR E SILVA - CPF: 810.485.802-53,
PIX 810.485.802-20, tendo em vista que a quantia servirá para custear seu tratamento de saúde bucal
pelo qual já pagou a quantia de R$ 1.000,00 (mil reais) para iniciar o tratamento. Enfatiza que se trata
de pessoa com deficiência (PcD) e esse tipo de procedimento odontológico em pessoas especiais
são mais caros, pois o dentista deve ter habilidade técnica para lidar com um possível espasmo ou até
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convulsão do paciente durante o procedimento do canal. É o relatório.

Diante na análise dos documentos apresentados pela parte Executada, verifica-se que esta não recebe
seu salário na conta digital bloqueada, NUBANK, na qual, mensalmente, recebe, inclusive, valores
superiores aos que constam em seu contracheque, o que demonstra o recebimento da quantia líquida de
R$ 1.552,43 (mil quinhentos e cinquenta e dois reais e quarenta e três centavos), valor este que não se
aproxima do valor depositado pela Executada na referida conta.

Nesse diapasão, resta claro que as quantias recebidas na conta corrente bloqueada proveem de outra
fonte de renda da Executada, a qual não foi demonstrada nos autos, constatando-se, ainda, que apenas
no dia 06 de agosto de 2021, recebeu na referida conta, de pessoa física, via Pix, a quantia de R$
3.566,25 (três mil quinhentos e sessenta e seis reais e vinte e cinco centavos), ou seja, mais do que o
dobro da fonte de renda declarada nos autos.

Assim, levando-se em consideração todas as nuances do Processo e o fato do Exequente ser pessoa
diagnosticada com epilepsia e paralisia cerebral, sendo vítima do uso de seu cartão de crédito, pela parte
Executada, que se utilizou do crédito para a compra de um televisor, mas não o pagou ao exequente,
motivo pelos quais mantenho a quantia bloqueada, devendo ser julgada improcedente a presente
impugnação.

Oportunamente, esclareço que o valor encontrado nas contas bancárias da Executada foi no total de R$
1.775,06 (mil setecentos e setenta e cinco reais e seis centavos), porém, sendo R$ 10,06 (dez reais e
seis), na conta do Banco do Brasil, R$ 20,72 (vinte reais e setenta e dois centavos) no Banco Bradesco e,
o restante na conta do NUBANK. Assim, levando-se em consideração os valores irrisórios encontrados
nas duas contas, realizo o desbloqueio daqueles, mantendo bloqueado apenas a quantia de R$ 1.744,28
(mil setecentos e quarenta e quatro reais e vinte e oito centavos), conforme tela dos sistema, anexa.

Posto isto, julgo improcedente a impugnação da parte Executada, nos termos da fundamentação e, após o
trânsito em julgado, expeça-se alvará judicial de transferência, em favor da parte Exequente, conta
bancária do Banco Itaú, agência nº 8523, Conta Poupança nº 10200-5, sob sua titularidade BRUNO
LINS ALENCAR E SILVA - CPF: 810.485.802-53, PIX 810.485.802-20, para recebimento do valor que se
encontrar na subconta vinculada aos presentes autos.

Deve ser procedida nova tentativa de bloqueio online nas contas bancárias da parte Executada, via
SISBAJUD, para quitação do saldo remanescente que corresponde a R$ 242,68 (duzentos e quarenta e
dois reais e sessenta e oito centavos), conforme protocolo nº 20210004031560.

Aguarde-se o prazo de 72 horas, após retornem os autos conclusos.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 13 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª VJEC de Belém.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0800112-44.2016.8.14.0701 Participação: EXEQUENTE Nome: CLEILDE


FONSECA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA PRISCILA ANDRADE AIRES OAB:
22859/PA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA FREIRE CASTRO OAB: 22800/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA
Processo nº 0800112-44.2016.8.14.0701

EXEQUENTE: CLEILDE FONSECA COSTA

EXECUTADO: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME

A parte Exequente, instada a se manifestar, por duas vezes seguidas nos autos, não tomou providência
neste sentido, encontrando-se o processo paralisado há mais de 30 dias, conforme certidões nos autos.

Dispõe o artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento
do mérito, quando a parte autora abandonar a causa por mais de trinta dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional. Outrossim, equivale tal fato ao desaparecimento
superveniente do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.

Pelo exposto, verificando-se que a penhora realizada nos autos foi desconstituída, julgo extinto o processo
sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência (artigos 54 e 55, da Lei nº.
9.099/1995).

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0800112-44.2016.8.14.0701 Participação: EXEQUENTE Nome: CLEILDE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

FONSECA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA PRISCILA ANDRADE AIRES OAB:
22859/PA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA FREIRE CASTRO OAB: 22800/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA
Processo nº 0800112-44.2016.8.14.0701

EXEQUENTE: CLEILDE FONSECA COSTA

EXECUTADO: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME

A parte Exequente, instada a se manifestar, por duas vezes seguidas nos autos, não tomou providência
neste sentido, encontrando-se o processo paralisado há mais de 30 dias, conforme certidões nos autos.

Dispõe o artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento
do mérito, quando a parte autora abandonar a causa por mais de trinta dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional. Outrossim, equivale tal fato ao desaparecimento
superveniente do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.

Pelo exposto, verificando-se que a penhora realizada nos autos foi desconstituída, julgo extinto o processo
sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência (artigos 54 e 55, da Lei nº.
9.099/1995).

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0800112-44.2016.8.14.0701 Participação: EXEQUENTE Nome: CLEILDE


FONSECA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA PRISCILA ANDRADE AIRES OAB:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

22859/PA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA FREIRE CASTRO OAB: 22800/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA
Processo nº 0800112-44.2016.8.14.0701

EXEQUENTE: CLEILDE FONSECA COSTA

EXECUTADO: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME

A parte Exequente, instada a se manifestar, por duas vezes seguidas nos autos, não tomou providência
neste sentido, encontrando-se o processo paralisado há mais de 30 dias, conforme certidões nos autos.

Dispõe o artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento
do mérito, quando a parte autora abandonar a causa por mais de trinta dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional. Outrossim, equivale tal fato ao desaparecimento
superveniente do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.

Pelo exposto, verificando-se que a penhora realizada nos autos foi desconstituída, julgo extinto o processo
sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência (artigos 54 e 55, da Lei nº.
9.099/1995).

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0839089-73.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ESAU DA CUNHA


ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA PRISCILA ANDRADE AIRES OAB: 22859/PA
Participação: RECLAMADO Nome: GETULIO DE SOUSA FAYAL Participação: ADVOGADO Nome: JOSE
GOMES VIDAL JUNIOR OAB: 14051/PA
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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA

Processos n°: 0839089-73.2018.8.14.0301

Reclamante: ESAÚ DA CUNHA ARAUJO

Reclamado: GETULIO DE SOUSA FAYAL

ESAÚ DA CUNHA ARAUJO, qualificado nos autos, por sua Advogada, ajuizou a presente AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, em desfavor de GETULIO DE SOUSA FAYAL, também
qualificado, alegando, em síntese, e requerendo o seguinte:

“ ... 2. DOS FATOS

ESAÚ, ora Autor é guarda reformado da guarda municipal de Belém, atualmente exerce a função de
diretor geral no SINGMEP – SINDINCATO DOS GUARDAS MUNICIPAIS DO ESTADO DO PARÁ (DOC
03).

FAYAL, ora Réu é guarda municipal de Belém em atividade, no dia 25 de março de 2018 em grupos de
uma rede social (whastsapp) denominado “CORNO CLUB” e “GBEL NEWS”, publicou dois áudios com as
seguintes mensagens:

Áudio 01 (AUDIOS 01) “Obrigado pela minha aceitação, mas eu quero ser administrador também nesse
caralho, caralho, caralho, caralho.

E outra coisa aí - filho da puta que estão fabricando aí, tentando ser parlamentar. Bando de cadáver,
cadáver, cadáver, cadáver, não vai se garantir.

A, porque é do Singmep e Singbem e o caralho e tal. Singmep eu criei, bando de fudido e tal que está lá.
Eu sou o melhor da região o Fayal, bando de fudido do Singmep e tal.

Não se filie no Singmep, não se filie e tal” (grifos nossos).

Áudio 02 (AUDIO 02)-“Eu ratifico de novo e tal, não se filie no Singmep, bando de filho da puta que está lá
gerenciando, leso de mais, bando de retardado que está lá, quer ser parlamentar que está visitando
municípios de moto, vai te fuder, roubou uma categoria para comprar moto e comprar carro e tal, roubou
uma categoria e tal, claro que ele nunca vai chegar na situação de parlamentar, nunca vai chegar; não
consegui ajeitar uma categoria, vai ajeitar o que? O estado? Sai daí! Sai daí retardado! Sai daí! Vai morrer
do coração, porra! Vai morrer do coração, é a melhor coisa que tu faz.

Primeira turma, primeira turma de cu é rola porra! Guarda Municipal faz parte de um processo evolutivo,
revolucionário e empreendedor, diferente do segmento de categoria e de luta de classe, isso é Guarda
Municipal! O resto: é merda, Merda! Primeira turma, com todo respeito aos demais da primeira turma, mas
esses que estão aí se referendando já morreram já, são bando de pau no cu! Com todo respeito a primeira
turma que tem pessoas boas ali, mas o resto que está ali, que tentou é merda de pau no cu e tal, pau no
cu rima até o camarada lá, pau no cu rima com: pii” (grifos nossos).

Após a publicação no grupo “CORNO CLUB”, cuja quantidade de pessoas não sabemos precisar, os dois
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áudios também foram disponibilizados em outro grupo, denominado “GBEL NEWS”, cuja quantidade de
pessoas integrantes sabemos podemos verificar em anexo (DOC. 02).

Um dos integrantes do grupo GBEL NEWS que também é um dos diretores do SINGMEP, Sr. CARLOS
DMITRI, foi informado sobre os áudios que circulavam nesses grupos na rede social (whatsapp) e
repassou a informação ao Autor sobre o ocorrido. Por motivos não esclarecidos e com a explícita intenção
de ofender o Sr. Esáu e os demais membros do SINGMEP, o Réu através de um pronunciamento feito em
grupos disponíveis na rede social (whatsapp), proferiu ofensas desonrosas, humilhantes e de “baixo
calão”, constrangendo não só o Autor, como outros membros do sindicado dos guardas municipais do
Estado do Pará.

Ressaltamos que o Requerente é membro da primeira turma de guardas municipais de Belém, atualmente
encontra-se reformado, dedicando-se a atividade sindical, e como membro do SINGMEP realiza um
trabalho em que precisa viajar e se encontrar com outros membros nos interiores do Estados, ajudando e
apoiando os membros do SINGMEP e demais guardas municipais.

De todos os membros da diretoria do sindicato, o sr. Esaú é o único que possui e é proprietário de uma
moto (citada o áudio 02) e por este motivo podemos concluir que o áudio foi direcionado não só para a
diretoria do sindicado, mas especificamente para sua pessoa do Autor, uma vez que se torna clara a
intenção e direcionamento das palavras proferidas por Fayal, quando menciona “roubou uma categoria
para comprar moto e comprar carro e tal, roubou uma categoria e tal...”.

Cabe ressaltar que o Autor não fazia (e nem faz) parte nenhum dos grupos em que os áudios foram
proferidos, tomando conhecimento através de terceiros da publicação em “CORNO CLUB” e no do grupo
“GBEL NEWS”.

O constrangimento proporcionado pelo sr. Fayal nos áudios é imensurável, uma vez que o Requerente é
guarda municipal reformado, hoje atua ativamente no sindicado lutando por melhorias para a classe, atua
viajando por diversos interiores do Estado, possui uma reputação ilibada perante toda a classe da guarda
municipal e demais classes da segurança pública. O Autor é pessoa de notória conduta e preza pelo
respeito quem que pauta suas ações, e um pronunciamento injurioso e calunioso como o proferido pelo
Réu, o deixou indignado, fazendo-o se sentir humilhado não só com as palavras proferidas diretamente à
sua pessoa, bem como as acusações absurdas em que afirma “roubou uma categoria para comprar moto”
e outras palavras deturpando a conduta e caráter de seus familiares (observamos que sua mãe foi
levianamente e diversas vezes ofendida) quando Fayal pronuncia “filho de uma puta”, retiradamente.

A conduta do Requerido foi propositalmente e friamente executada nos grupos mencionados (CORNO
CLUB e GBEL NEWS), ocasionando a propagação das ofensas por outras pessoas, que presenciaram
“online” as imputações caluniosas e injuriosas. É imperioso registrar que a repercussão desses áudios
causou enorme abalo emocional ao Autor, de forma que foi exposto ao constrangimento por ato ilícito do
agente, perante conhecidos e amigos, o que também ocasionou a indignação por parte de muitos
membros presentes naqueles grupos.

Por tamanho dano à sua honra, o Requerente vem à Vossa Excelência buscar a justiça, pois não pode
viver com essas acusações infundadas e inverídicas assombrando a sua honra, bem como não pode
suportar adjetivações maliciosas aos seus familiares, que sabem suas origens, sua luta e a luta dos que
lhe são caros.

...

6. DO PEDIDO

POSTO ISTO, como últimos requerimentos desta ação, o Autor pede e requer que Vossa Excelência se
digne a determinar as seguintes providências:
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a) DETERMINAR A CITAÇÃO do Réu, no endereço à Travessa Curuzú, 1755 - Marco, Belém - PA, 66093-
540, local em que poderá ser encontrado com maior facilidade uma vez que exerce sua jornada
profissional, por carta, com AR, instando-o, para, querendo, apresentar defesa no prazo legal, sob pena de
revelia e confissão (CPC, art. 344);

b) Que seja CONCEDIDO OS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA. Nos termos do art. 5º, incisos
XXXIV e LXXIV, da Constituição Federal, combinado com as Leis nº 7.510/86 e nº 1.060/50, requer a
gratuidade da justiça, em caso de interposição de recurso, visto não poder arcar com as despesas judiciais
e/ ou honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento;

c) Seja JULGADO PROCEDENTE o pedido de CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS, em face do dano


ocasionado pelo ato ilícito proferido em grupos disponíveis em redes sociais (whatsapp) com fulcro nos
artigos 5º, inciso V, da Constituição Federal, combinado com os artigos 186, 927 e seguintes do Código
Civil;

d) Seja CONDENADO O RÉU A PAGAR AO AUTOR O VALOR DE R$ 9.540,00 (nove mil quinhentos e
quarenta reais) a título de indenização por danos morais, face aos transtornos experimentados, não
somente em caráter punitivo, bem como, em caráter preventivo-pedagógico. Que o valor acima pleiteado
seja corrigido monetariamente, conforme abaixo evidenciado:

Súmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo
prejuízo.

Súmula 54 do STJ – Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade
extracontratual.

e) Seja o Requerido condenado ao pagamento de honorários de 20% (vinte por cento) em caso de
interposição de recurso, sobre o valor da condenação, além do pagamento de custas e despesas, tudo
também devidamente corrigido.

f) Nos termos do art. 319, VII, do CPC, o autor, considerando que o presente feito trata de matéria que
admite acordo, nos termos do art. 334 do CPC, registra que não tem interesse na designação de audiência
de conciliação;

g) Dá-se ao pleito o valor de R$ 9.540,00 (nove mil quinhentos e quarenta reais);

Termos em que

Pede e espera deferimento

Belém, 01 de junho de 2018. ...”

O Reclamado, em sua defesa, contestou os pedidos, aduzindo em resumo o seguinte:

“... 3. DA VERDADE DOS FATOS – DA IMPROCEDÊNCIA DOS DANOS MORAIS

Primeiramente, se faz necessário destacar que não há citação do nome do autor em nenhum dos áudios
apresentados na presente ação, não passando de presunção e suposição, e falsa alegação de ser único
que possui moto no sindicato.

Destaque-se ainda que o autor alega não fazer parte dos grupos referidos na inicial, assim, como seria o
objetivo do requerido lhe ofende-lo se o mesmo não estaria presente nos grupos?

Assim, o autor não apresentou nenhuma prova de que se tratava de sua pessoa a ofendida nas
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

mensagens.

No que tange a demonstração de dano moral subjetivo, que competia ao autor, também não faz prova de
que as mensagens repercutiram em sua vida pessoal ou profissional, não passando de declaração
formulada de forma genérica, visto que não há violação comprovada de atributos de personalidade do
autor.

Desta forma, é cristalino que o entendimento jurisprudencial e doutrinário para o arbitramento


do quantum indenizatório impõe uma reflexão prévia sobre o que entendemos por dano, cujo elemento
central é a existência de um prejuízo, da perda ou desfalque de algo que ao sujeito é passível de ser
integrado, quer em termos de patrimônio, quer por inerente ao seu corpo, não sendo suficiente a mera
alegação de dano, desacompanhada das provas.

Diante do exposto, requer seja julgado improcedente o pleito.

4. DO PEDIDO:

Diante do exposto, requer o réu:

1. A improcedência da ação, pois a pretensão jurídica não deve ser utilizada de forma a possibilitar o
locupletamento sem causa, ainda mais quando não existem elementos suficientes que comprovem
existência dos fatos narrados ou a ocorrência dos danos alegados que justifiquem a vultuosa indenização
pleiteada.

Pede deferimento

Belém, 10 de setembro de 2020. ...”

Em sua réplica à contestação o Autor refutou os argumentos do reclamado, confira-se:

“ .... Em sentido contrário, ratificamos conforme mencionado na exordial que a parte ré ao proferir
mensagens cujas pessoas são determináveis e pelas características mencionadas nos áudios podem se
chegar a conclusão que o réu estava citando diretamente o Sr. Esaú Araújo.

No mesmo sentido o réu informa na contestação que há carência de provas, mesmo quando estas estão
arroladas no processo Excelência, basta verificação dos áudios correspondentes aos pronunciamentos do
sr. Réu.

Para completar ele afirma pela improcedência de danos morais, refutando o abalo emocional sofrido pelo
meu cliente após sua exposição desnecessária em um grupo de whatsapp o qual feriu a honra do autor.

Abaixo seguimos com as ratificações e argumentos feitos na exordial, que ainda se fazem pertinentes e
coadunam com as provas juntadas nos autos e as futuras provas testemunhais a serem produzidas em
audiência a ser determinada.

Desde já informando que o autor não tem interesse em acordo, uma vez que a parte ré sequer apresentou
uma proposta aproveitando sua oportunidade para tanto.

...

3. DA SUSPENSÃO DO PROCESSO JUDICIAL Cabe esclarecer Exa. que este processo cível está
buscando a reparação via danos morais para fatos que podem ser considerados crimes na seara criminal.
Como o réu se abstem de propor um acordo quando poderia fazê-lo então a parte autora requer a
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suspensão deste feito, até que o processo de nº 0013082- 68.2018.8.14.0401, que está em trâmite na 1ª
VARA CRIMINAL DE BELEM desde 2018 para apuração de conduta criminosa, citamos os crimes contra
a honra. Informamos Exa. que os autos estão aguardando prova pericial da voz nos áudios arrolados
nestes autos como prova em comprovação com a voz do réu captada em seu depoimento, até o momento
o Instituto Renato Chaves não procedeu ao envio do laudo e estamos aguardando. Nesse sentido também
requeremos o uso de prova emprestada quando assim for disponibilizada para usarmos neste processo.
Como podemos notar, então é imprescindível a espera pelo feito criminal para que este feito cível possa
ter andamento, sabemos que uma vez tipificada a conduta se exaure o procedimento de conhecimento.

...

4.3 DAS PROVAS

Para a comprovação da materialidade do fato criminoso buscamos por utilizar provas com consistência
jurídica, como a ata notarial (DOC. 02), bem como das mídias anexas, cujas ofensas podem ser ouvidas
em “alto e bom som”, e mais, o Réu ainda se identifica ao final, não restando dúvidas quanto a autoria da
conduta.

4.4. DAS RESSALVAS

O Código de Processo Civil prevê em seu Art. 334 sobre a possibilidade e interesse em de audiência de
conciliação. Em respeito a este MM. Juízo, o Autor vem de pronto informar que tem interesse na
autocomposição (art. 344, §5º) sendo desnecessária a marcação de audiência conciliatória, pedimos a V.
Exa. o processamento e julgamento da presente ação.

4.5 DO PEDIDO POSTO ISTO,

como últimos requerimentos desta ação, o Autor pede e requer que Vossa Excelência se digne a
determinar as seguintes providências:

a) SUSPENSÃO PROCESSUAL DO FEITO com base no art. 315 do Código de Processo Civil, haja vista
que existe um processo criminal em trâmite apurando a conduta relacionada ao fato neste feito.

b) REQUER O INDEFERIMENTO DA CONTESTAÇÃO, uma vez que é genérica, não importando em


documento substancial com argumentação jurídica palpável quanto aos fatos apresentados pelo autor;

c) REQUER NOVA INTIMAÇÃO do Réu, no endereço à Travessa Curuzú, 1755 - Marco, Belém - PA,
66093-540, local em que poderá ser encontrado com maior facilidade uma vez que exerce sua jornada
profissional, por carta, com AR, instando-o, para, querendo, apresentar defesa no prazo legal, sob pena de
revelia e confissão (CPC, art. 344);

d) Que seja CONCEDIDO OS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA. Nos termos do art. 5º, incisos
XXXIV e LXXIV, da Constituição Federal, combinado com as Leis nº 7.510/86 e nº 1.060/50, requer a
gratuidade da justiça, em caso de interposição de recurso, visto não poder arcar com as despesas judiciais
e/ ou honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento;

e) REQUER A PROCEDENCIA DO PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS, em face do dano


ocasionado pelo ato ilícito proferido em grupos disponíveis em redes sociais (whatsapp) com fulcro nos
artigos 5º, inciso V, da Constituição Federal, combinado com os artigos 186, 927 e seguintes do Código
Civil;

f) QUE Seja CONDENADO O RÉU A PAGAR AO AUTOR O VALOR DE R$ 9.540,00 (nove mil quinhentos
e quarenta reais) a título de indenização por danos morais, face aos transtornos experimentados, não
somente em caráter punitivo, bem como, em caráter preventivo-pedagógico.
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g) QUE O VALOR ACIMA PLEITEADO SEJA CORRIGIDO MONETARIAMENTE, conforme abaixo


evidenciado: Súmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do
efetivo prejuízo. Súmula 54 do STJ – Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de
responsabilidade extracontratual.

e) SEJA O REQUERIDO CONDENADO AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS DE 20% (vinte por cento)


em caso de interposição de recurso, sobre o valor da condenação, além do pagamento de custas e
despesas, tudo também devidamente corrigido.

f) Nos termos do art. 319, VII, do CPC, o autor, considerando que o presente feito trata de matéria que
admite acordo, nos termos do art. 334 do CPC, registra que não tem interesse na designação de audiência
de conciliação;

Éo relatório. Decido.

Extrai-se da consulta ao Sistema Processual, que o Processo Criminal nº 0013082-68.2018.8.14.0401,


que tramita pela 1ª Vara Criminal de Belém, trata de queixa-crime ajuizada por ESAU DA CUNHA ARAJO
contra GETLIO DE SOUZA FAYAL, pela prática, em tese, de crimes tipificados nos arts. 138 e 140,
cumulado com o art. 141, inciso III todos do CPB, cujo processo aguarda designação de audiência.

Analisando-se a presente demanda, verifica-se que se trata de matéria de direito e de fato e que as provas
documentais e de mídia já se encontram no processo, não sendo necessária a suspensão do feito,
conforme requerido pelo Autor, uma vez que, o julgamento do processo cível independe do julgamento do
criminal, para sua análise e julgamento, assim, considero que as provas necessárias em que se baseiam
os pedidos iniciais já se encontram no processo, motivo pelo qual, com fundamento no art. 355, I do
Código de Processo Civil, passo ao julgamento antecipado da lide, considerando que na audiência de
conciliação as partes mantiveram suas posições antagônicas e não foram arroladas testemunhas pelas
partes.

Sabemos que nem mesmo a absolvição em processo criminal, por si só, seria suficiente para interferir na
esfera cível, podendo haver condenação ao pagamento de indenização por danos morais mesmo não
havendo condenação criminal. Assim, a questão a ser analisada, neste processo, deve levar em conta a
existência ou não de comprovação de conduta ilícita do Reclamado, em relação ao Reclamante, capaz de
ensejar reparação por danos morais.

O Autor refere que é guarda reformado da Guarda Municipal de Belém, e que exercia a função de diretor
geral no SINGMEP – SINDINCATO DOS GUARDAS MUNICIPAIS DO ESTADO DO PARÁ e que o
Reclamado, FAYAL, também Guarda Municipal de Belém, em atividade no dia 25 de março de 2018, em
grupos de uma rede social (whastsapp) denominado “CORNO CLUB” e “GBEL NEWS”, publicou dois
áudios com mensagens ofensivas. Extrai-se dos referidos áudios que se trata de palavras de baixíssimo
calão, todavia, dirigidas à pessoas indeterminadas, em grupo de wathsApp do qual o Reclamante não
participava, nem seu nome foi mencionado, o que por si só, ao meu ver não se revela suficiente para
causar danos morais.

No presente caso, o Reclamante sequer comprova que fazia parte do grupo de wathsApp em que foram
proferidas as palavras, tratando-se de disputa eleitoral entre chapas de Sindicato. Ressalte-se que para se
configurar o dano moral, se exige fato determinado direcionado também a pessoa determinada. Desta
forma, opiniões ou conceitos genéricos, ainda que ofensivos, expressos pelo Reclamado em áudio, sem
mencionar, especificamente, os nomes das pessoas a quem se dirigia não caracterizam ato ilícito passível
de gerar danos morais, ainda que o Reclamante tenha se sentido ofendido. Nesse sentido decisão:

JECCPA-0002482) RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.


OFENSAS NO LOCAL DE TRABALHO. CONSTRANGIMENTO. NÃO CONFIGURADOS. DIFERENÇA
ENTRE DENÚNCIAS E OFENSAS À HONRA DA PESSOA. SINDICATO AGE EM DEFESA DOS
INTERESSES DE SEUS FILIADOS. EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO. DANOS MORAIS NÃO
CONFIGURADOS. RECURSO CONHECIDO E TOTALMENTE PROVIDO. (Recurso Inominado nº
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

0000305-57.2012.8.14.9003, Turma Recursal Permanente dos Juizados Especiais/PA, Rel. Marcia Cristina
Leão Murrieta. j. 25.06.2014, Publ. 01.09.2014).

TJPR-1128963) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS. ALEGAÇÃO DE ABALO MORAL DECORRENTE DE OFENSAS PUBLICADAS NO
PERFIL DO FACEBOOK AUTOR NO. CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CONFIGURADO.
JULGAMENTO ANTECIPADO. DISPENSA DA OITIVA DE TESTEMUNHA ARROLADA PELO AUTOR.
JUIZ É O DESTINATÁRIO DAS PROVAS. ART. 370, CPC. INEXISTÊNCIA DE PREJUÍZO AO DIREITO
DE DEFESA DO AUTOR. CONJUNTO PROBATÓRIO SUFICIENTE AO DESLINDE DO FEITO.
REDUNDÂNCIA CLARAMENTE EVIDENCIADA. PRELIMINAR REJEITADA. RESPONSABILIDADE
SUBJETIVA. AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. CAUSA DE PEDIR. ATO ILÍCITO NÃO
CONFIGURADO. INEXISTÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR NAS POSTAGENS. OFENSAS E
CRÍTICAS GENÉRICAS, SEM INDIVIDUALIZAÇÃO, QUE NÃO FORAM PROFERIDAS COM O INTUITO
DE DENEGRIR A IMAGEM DO REQUERENTE E NÃO TEM APTIDÃO DE FERIR SUA HONRA. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS MANTIDOS. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS RECURSAIS. ART. 85, § 11 DO
CPC. RECURSO CONHECIDO E NEGADO PROVIMENTO. (Processo nº 0008148-93.2017.8.16.0030,
10ª Câmara Cível do TJPR, Rel. Carlos Henrique Licheski Klein. j. 29.11.2018, DJ 04.12.2018).

TJPR-1260071) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. COBRANÇA DE


PENSÃO ALIMENTÍCIA APÓS A EXONERAÇÃO DA OBRIGAÇÃO. SUPOSTAS OFENSAS
PROFERIDAS POR MEIO DE CONVERSA PARTICULAR. AUSÊNCIA DE PUBLICIDADE. ALEGAÇÕES
GENÉRICAS DE DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE PROVAS. INDENIZAÇÃO INDEVIDA. SENTENÇA
REFORMADA. PEDIDOS JULGADOS IMPROCEDENTES. RECURSO-1 PROVIDO. RECURSO-2
DESPROVIDO.(Processo nº 0001145-57.2017.8.16.0040, 9ª Câmara Cível do TJPR, Rel. Vilma Régia
Ramos de Rezende. j. 09.12.2019, DJ 10.12.2019).

JECCAM-0053629) RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS.


ALEGAÇÃO DE SUPOSTAS OFENSAS ORIGINADAS ATRAVÉS DE QUEIXA CRIME. NÃO RESTA
DEMONSTRADO ABALO EMOCIONAL. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. SENTENÇA
INTEGRALMENTE MANTIDA. ART. 46 DA LEI 9.099/95. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.(Recurso Inominado Cível nº 0600415-71.2018.8.04.0015, 3ª Turma Recursal dos Juizados
Especiais/AM, Rel. Luiza Cristina Nascimento da Costa Marques. j. 30.01.2020).

Assim, deve ser dada relevância às provas contidas nos autos, pelas quais se vislumbra que em nenhum
momento foi citado o nome do Reclamante, bastando ser ouvida a gravação veiculada por áudios do
aplicativo WhatsApp, as quais foram transcritas em ata notarial, todavia, ao mesmo tempo em que foram
proferidas ofensas, os nomes das pessoas a quem se dirigia não foram mencionados e, também porque
foram ressalvadas outras pessoas, também indeterminadas, que faziam parte da primeira chapa
Concorrente. Assim, não basta a presunção de que as palavras impróprias tenham sido dirigidas ao
Reclamante.

Posto isto, e levando em conta as peculiaridades do caso concreto e as provas constantes dos autos, julgo
improcedente a ação ajuizada pela Reclamante, e extingo o processo com resolução de mérito, nos
termos do art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, nos termos da fundamentação.

Certificado o trânsito em julgado e sendo mantida a sentença, os autos deverão ser arquivados, dando-se
baixa nos registros. Sem custas e honorários no primeiro grau de jurisdição, conforme art. 54 e 55, da Lei
nº 9.099/95.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, PA, 14 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC de Belém.

Número do processo: 0805893-78.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ERICO FABRICIO


LINS OLIVEIRA Participação: RECLAMADO Nome: LOCALIZA RENT A CAR SA Participação:
ADVOGADO Nome: FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

E-mail: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Whatsapp: 98116-3930

Processo nº 0805893-78.2019.8.14.0301

INTIMADO: Nome: ERICO FABRICIO LINS OLIVEIRA

INTIMADO: Nome: LOCALIZA RENT A CAR SA

ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-CJRMB, e em
obediência ao despacho judicial, procedo à intimação das partes do processo 0805893-78.2019.8.14.0301
acerca do link da audiência UNA designada para o dia 06/10/2021 09:00 horas:
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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Ressalte-se que esta audiência será VIRTUAL (aplicativo TEAMS), podendo ser acessada por qualquer
computador, notebook, tablet ou celular, para tanto deve a parte fornecer o e-mail para envio do
link da audiência, e caso a parte não tenha advogado e/ou aparelho eletrônico (descritos acima)
poderá se dirigir a esta Vara para participar virtualmente através do computador disponibilizado,
chegando com 20 minutos de antecedência. Belém, PA, 16 de agosto de 2021. LUANA HITOMI FEIO
OKADA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial Cível.

Número do processo: 0846519-08.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LIDIA CRISTINA GOMES


LIMA MOTA Participação: ADVOGADO Nome: WILSON JOSE DE SOUZA registrado(a) civilmente como
WILSON JOSE DE SOUZA OAB: 11238/PA Participação: AUTOR Nome: FABIO DA SILVA MOTA
Participação: ADVOGADO Nome: WILSON JOSE DE SOUZA registrado(a) civilmente como WILSON
JOSE DE SOUZA OAB: 11238/PA Participação: REU Nome: GOLDEN MOUNTAIN
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0846519-08.2020.8.14.0301

INTIMADO: Nome: LIDIA CRISTINA GOMES LIMA MOTA


Endereço: Quadra J, 175, (Res Paulo Fonteles), Mangueirão, BELéM - PA - CEP: 66640-845
Nome: FABIO DA SILVA MOTA
Endereço: Quadra J, 175, (Res Paulo Fonteles), Mangueirão, BELéM - PA - CEP: 66640-845

REU: GOLDEN MOUNTAIN EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA

ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-CJRMB e em
atenção à determinação judicial: "...Em quaisquer dos casos, a parte Autora deverá se manifestar, no
prazo de 15 (quinze) dias, sobre a proposta de acordo, caso seja feita, e/ou sobre a defesa, declarando,
expressamente, se ainda tem outras provas a produzir, e se estas precisam da realização da audiência,
especificando-as, no sentido de possibilitar eventual julgamento antecipado da lide, sem que haja
necessidade da realização da audiência remota ou presencial....", procedo à intimação da Parte Autora
para manifestar-se, em 15 (quinze) dias acerca da contestação/proposta de acordo. Belém, PA, 16
de agosto de 2021. PAULA DE JESUS ARAUJO LIMA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial
Cível.

Número do processo: 0800112-44.2016.8.14.0701 Participação: EXEQUENTE Nome: CLEILDE


FONSECA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA PRISCILA ANDRADE AIRES OAB:
22859/PA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA FREIRE CASTRO OAB: 22800/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/3229-5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA
Processo nº 0800112-44.2016.8.14.0701

EXEQUENTE: CLEILDE FONSECA COSTA

EXECUTADO: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A parte Exequente, instada a se manifestar, por duas vezes seguidas nos autos, não tomou providência
neste sentido, encontrando-se o processo paralisado há mais de 30 dias, conforme certidões nos autos.

Dispõe o artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento
do mérito, quando a parte autora abandonar a causa por mais de trinta dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional. Outrossim, equivale tal fato ao desaparecimento
superveniente do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.

Pelo exposto, verificando-se que a penhora realizada nos autos foi desconstituída, julgo extinto o processo
sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência (artigos 54 e 55, da Lei nº.
9.099/1995).

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0865360-85.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: NALLINNE


SARAIVA DE SOUZA Participação: RECLAMADO Nome: SEGUROS SURA S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI OAB: 21678/PE

PROCESSO Nº 0865360-85.2019.8.14.0301

RECLAMANTE: NALLINNE SARAIVA DE SOUZA

RECLAMADO: SEGUROS SURA S.A.

SENTENÇA

Homologo, por sentença, o acordo firmado entre as partes para que produza seus jurídicos e legais efeitos
e julgo extinto o processo nos termos do art. 487, inciso III, b, do Código de Processo Civil. Em
consequência, determino arquivamento dos autos, todavia, sem prejuízo de eventual necessidade de
desarquivamento do processo, em caso de não ser cumprido o acordo, observadas as formalidades legais.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC da Capital.

Número do processo: 0862074-02.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: FERNANDO


ANTONIO MORAES COSTA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO BMG S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: RODRIGO SCOPEL OAB: 40004/RS

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/ 5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0862074-02.2019.8.14.0301

RECLAMANTE: FERNANDO ANTONIO MORAES COSTA

RECLAMADO: BANCO BMG S.A.

DESPACHO

Verificando-se que a parte Autora Reclamada. desassistida de advogado, ajuizou a presente ação e, em
manifestação à contestação requereu a realização de audiência para maiores esclarecimentos sobre
os fatos. Ressalto que a audiência será realizada, preferencialmente, de forma virtual, conforme
novas diretrizes fornecidas pelo TJPA, diante crescimento de novos casos de contaminação por
COVID19. Assim, as partes devem ser intimadas para que indiquem, no prazo de 15 (quinze) dias,
os seus e-mails ou/e de seus patronos ou, no mesmo prazo, justifiquem ao Juízo a impossibilidade
de participarem do ato de audiência virtual, requerendo o que entenderem de direito.

Destaca-se que somente em situações excepcionais se realizarão audiências na forma presencial.

A indicação de e-mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de terceiro de sua
confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.

Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Não havendo indicação do e-mail no prazo, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.

Intime-se. Cumpra-se expedindo-se o que for necessário.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0824443-53.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


TOTAL LIFE CLUB HOME Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL MONTEIRO
OAB: 16941/PA Participação: REQUERIDO Nome: VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A.
Participação: REQUERIDO Nome: PROJETO IMOBILIARIO SPE 46 LTDA.

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0824443-53.2021.8.14.0301

INTIMADO: Nome: CONDOMINIO TOTAL LIFE CLUB HOME


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 3975, Tenoné, BELéM - PA - CEP: 66820-000

REQUERIDO: VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A., PROJETO IMOBILIARIO SPE 46


LTDA.

ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-CJRMB e em
atenção à determinação judicial: "...Em quaisquer dos casos, a parte Autora deverá se manifestar, no
prazo de 15 (quinze) dias, sobre a proposta de acordo, caso seja feita, e/ou sobre a defesa, declarando,
expressamente, se ainda tem outras provas a produzir, e se estas precisam da realização da audiência,
especificando-as, no sentido de possibilitar eventual julgamento antecipado da lide, sem que haja
necessidade da realização da audiência remota ou presencial....", procedo à intimação da Parte Autora
para manifestar-se, em 15 (quinze) dias acerca da contestação/proposta de acordo. Belém, PA, 16
de agosto de 2021. PAULA DE JESUS ARAUJO LIMA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial
Cível.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0813413-60.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MARCUS


FABRICIO GOMES BUAINAIN ROSSY Participação: ADVOGADO Nome: ALAN RAMON DA SILVA OAB:
26678/PA Participação: ADVOGADO Nome: ESTEVAO BARROS DE OLIVEIRA OAB: 26654/PA
Participação: RECLAMADO Nome: SALINÓPOLIS HOTEL Participação: RECLAMADO Nome: RDC
FÉRIAS_(BELÉM) Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO MENDES DA SILVA COUTO OAB:
105690/SP Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA FERREIRA COUTO OAB: 374322/SP Participação:
RECLAMADO Nome: RDC FÉRIAS (SEDE) Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO MENDES DA
SILVA COUTO OAB: 105690/SP Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA FERREIRA COUTO OAB:
374322/SP

Processo nº 0813413-60.2017.8.14.0301

RECLAMANTE: MARCUS FABRICIO GOMES BUAINAIN ROSSY

RECLAMADO: SALINÓPOLIS HOTEL, RDC FÉRIAS_(BELÉM), RDC FÉRIAS (SEDE)

Nome: SALINÓPOLIS HOTEL


Endereço: AV. BEIRA MAR, 26, MAÇARICO, SALINóPOLIS - PA - CEP: 68721-000
Nome: RDC FÉRIAS_(BELÉM)
Endereço: Rodovia BR-316, KM 06, SALA 109, Águas Lindas, ANANINDEUA - PA - CEP: 67020-000
Nome: RDC FÉRIAS (SEDE)
Endereço: Edifício Barão de Itatiaya, 2001, Avenida Paulista, 12 ANDAR, Bela Vista, SãO PAULO - SP -
CEP: 01311-931

DESPACHO

Deve o Reclamante ser intimado para, no prazo de 15 dias, contados da intimação deste,
manifestar-se sobre as contestações informando se ainda se tem interesse na produção de outras provas.

Em caso negativo, ou não havendo manifestação, no prazo estabelecido, certifique-


se e venham-me conclusos para sentença.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 14 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC da Capital.

Número do processo: 0813413-60.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MARCUS


FABRICIO GOMES BUAINAIN ROSSY Participação: ADVOGADO Nome: ALAN RAMON DA SILVA OAB:
26678/PA Participação: ADVOGADO Nome: ESTEVAO BARROS DE OLIVEIRA OAB: 26654/PA
Participação: RECLAMADO Nome: SALINÓPOLIS HOTEL Participação: RECLAMADO Nome: RDC
FÉRIAS_(BELÉM) Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO MENDES DA SILVA COUTO OAB:
898
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

105690/SP Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA FERREIRA COUTO OAB: 374322/SP Participação:
RECLAMADO Nome: RDC FÉRIAS (SEDE) Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO MENDES DA
SILVA COUTO OAB: 105690/SP Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA FERREIRA COUTO OAB:
374322/SP

Processo nº 0813413-60.2017.8.14.0301

RECLAMANTE: MARCUS FABRICIO GOMES BUAINAIN ROSSY

RECLAMADO: SALINÓPOLIS HOTEL, RDC FÉRIAS_(BELÉM), RDC FÉRIAS (SEDE)

Nome: SALINÓPOLIS HOTEL


Endereço: AV. BEIRA MAR, 26, MAÇARICO, SALINóPOLIS - PA - CEP: 68721-000
Nome: RDC FÉRIAS_(BELÉM)
Endereço: Rodovia BR-316, KM 06, SALA 109, Águas Lindas, ANANINDEUA - PA - CEP: 67020-000
Nome: RDC FÉRIAS (SEDE)
Endereço: Edifício Barão de Itatiaya, 2001, Avenida Paulista, 12 ANDAR, Bela Vista, SãO PAULO - SP -
CEP: 01311-931

DESPACHO

Deve o Reclamante ser intimado para, no prazo de 15 dias, contados da intimação deste,
manifestar-se sobre as contestações informando se ainda se tem interesse na produção de outras provas.

Em caso negativo, ou não havendo manifestação, no prazo estabelecido, certifique-


se e venham-me conclusos para sentença.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 14 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do JEC da Capital.

Número do processo: 0811164-97.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CLOVIS MENDES


MEDEIROS Participação: ADVOGADO Nome: WANDERSON SIQUEIRA RIBEIRO OAB: 22231/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CARLOS S DA SILVA Participação: REQUERIDO Nome: EUDES S DA
SILVA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA


899
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0811164-97.2021.8.14.0301

REQUERENTE: CLOVIS MENDES MEDEIROS

REQUERIDO: CARLOS S DA SILVA, EUDES S DA SILVA

CERTIDÃO

De ordem da Mma. Juíza de Direito Titular desta Vara, considerando a impossibilidade de realização de
audiências remotas e presenciais no momento, devido ao déficit no quadro de servidores, acentuado após
a Pandemia da Covid-19, CERTIFICO que a Audiência de Conciliação designada para o dia 19/08/2021 foi
cancelada. Informo-vos que, caso não haja saneamento para o julgamento antecipado, será redesignada
audiência de Instrução e Julgamento. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

Número do processo: 0853341-47.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANTONIO PAULO


DOS SANTOS Participação: RECLAMADO Nome: BANCO PAN S/A. Participação: ADVOGADO Nome:
ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO OAB: 23255/PE

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

Processo nº 0853341-47.2019.8.14.0301

RECLAMANTE: ANTONIO PAULO DOS SANTOS

RECLAMADO: BANCO PAN S/A.

SENTENÇA
Verifica-se que a parte Autora faleceu, conforme certidão do Oficial de Justiça, e que não houve
habilitação de eventuais herdeiros, no prazo legal. confira-se:

Certifico que, em cumprimento ao mandado anexo, dirigi-me ao endereço indicado, e lá, DEIXEI DE
INTIMAR o Reclamante ANTONIO PAULO DOS SANTOS, em virtude da referida pessoa ter falecido em
26/09/2020, conforme informação prestada pelo Sr. FRANCISCO CHAGAS DOS SANTOS, irmão do
intimando, que não dispunha da certidão de óbito do de cujus no momento da diligência, justificando que o
documento estaria em poder de outros familiares e nada mais sabendo informar. Em razão do exposto,
devolvo o mandado aos autos para os devidos fins de direito. Dou fé. Belém, 21 de junho de 2021.

LEANDRO FARIAS DE LIMA

Oficial de Justiça Avaliador


900
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Matrícula nº 89800

Posto isto, extingo o processo sem julgamento do mérito e determino o arquivamento dos autos, na forma
da lei, com a baixa definitiva nos registros.

Cancele-se a audiência.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 15 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0802752-22.2017.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CASA PORTO


COM LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: MANUEL ALBINO RIBEIRO DE AZEVEDO JUNIOR
OAB: 23221/PA Participação: EXECUTADO Nome: JOSE FERNANDO FARIA DE MESQUITA
Participação: EXECUTADO Nome: JACIARA MOTH MONTEIRO MESQUITA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Av. José Bonifácio, nº 1177, São Brás

entre Av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus

Fones: 3229-0869/3229-5175

Processo nº 0802752-22.2017.8.14.0301

EXEQUENTE: CASA PORTO COM LTDA - ME

EXECUTADO: JOSE FERNANDO FARIA DE MESQUITA, JACIARA MOTH MONTEIRO MESQUITA

SENTENÇA

Tratam os autos de execução de título extrajudicial, autuado em 14/02/2017, e desde abril do ano da
autuação, os Executadas têm as diversa tentativas de citação frustradas.

A Lei nº. 9.099/1995, estabelece em seu artigo 53, §4º, que não encontrado o devedor ou inexistindo
bens penhoráveis, o processo será imediatamente extinto.
901
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Assim, considerando que não foram encontrados os devedores, apesar das diversas tentativas
realizadas desde o ano de 2017, no feito, a extinção da presente ação é medida que se impõe.

Posto isto, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 53, § 4º, c/c artigos 2º,
e 51, §1º, da Lei nº. 9.099/1995.

Sem custas e honorários advocatícios (artigo 55, parágrafo único, da Lei nº. 9.099/1995)

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0875622-60.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANTONIO ADRIANO


DOS SANTOS SILVA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR LOBATO DA SILVA registrado(a)
civilmente como VICTOR LOBATO DA SILVA OAB: 25223/PA Participação: ADVOGADO Nome: NILSON
OLIVEIRA SANTA BRIGIDA OAB: 22924/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL ANTONIO
SIMOES GUALBERTO OAB: 21296/PA Participação: REU Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC COSTA LAZARO FILHO OAB: 18663/CE

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0875622-60.2020.8.14.0301

INTIMADO: Nome: ANTONIO ADRIANO DOS SANTOS SILVA

INTIMADO: Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA

CERTIDÃO/ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.
902
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Considerando a suspensão do curso dos prazos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, estabelecido pelo
art. 220 do CPC (Resolução nº. 33/2016 e n°. 01/2017 do TJPA; A suspensão dos prazos judicias nos
feriados e pontos facultativos estabelecidos pela Portaria n° 3047/2020-GP -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=949018; A Portaria n° 3003/2021-GP
de suspensão dos prazos processuais, administrativos e jurisdicionais a partir do dia 04 de março,
devido ao agravamento da Pandemia da Covid-19, seguido da Portaria nº 1118/2021-GP, referente à
suspensão no período de lockdown, o qual finalizou em 29/03/2021, e ao §1º, art. 1ª da Portaria Conjunta
nº 1/2021-GP/VP/CGJ, que permitiu a retomada da contagem dos prazos a partir de 30/03/2021 -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=967120,

CERTIFICO para os devidos fins de direito que a Reclamada foi intimada da sentença (id 29656162) em
21/07/2021, e apresentou Recurso Inominado TEMPESTIVAMENTE em 26/07/2021, pois o respectivo
prazo finalizaria em 04/08/2021. Certifico que o Recurso encontra-se devidamente acompanhado de
preparo e custas. Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº
08/2014-CJRMB, procedi à intimação da Parte Recorrida para, caso queira, apresentar contrarrazões no
prazo legal. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

Número do processo: 0824411-48.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


TOTAL LIFE CLUB HOME Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL MONTEIRO
OAB: 16941/PA Participação: REQUERIDO Nome: VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A.
Participação: REQUERIDO Nome: PROJETO IMOBILIARIO SPE 46 LTDA.

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0824411-48.2021.8.14.0301

INTIMADO: Nome: CONDOMINIO TOTAL LIFE CLUB HOME


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 3975, Tenoné, BELéM - PA - CEP: 66820-000

REQUERIDO: VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A., PROJETO IMOBILIARIO SPE 46


LTDA.

ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-CJRMB e em
atenção à determinação judicial: "...Em quaisquer dos casos, a parte Autora deverá se manifestar, no
prazo de 15 (quinze) dias, sobre a proposta de acordo, caso seja feita, e/ou sobre a defesa, declarando,
expressamente, se ainda tem outras provas a produzir, e se estas precisam da realização da audiência,
especificando-as, no sentido de possibilitar eventual julgamento antecipado da lide, sem que haja
903
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

necessidade da realização da audiência remota ou presencial....", procedo à intimação da Parte Autora


para manifestar-se, em 15 (quinze) dias acerca da contestação/proposta de acordo. Belém, PA, 16
de agosto de 2021. PAULA DE JESUS ARAUJO LIMA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial
Cível.

Número do processo: 0841708-68.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO VITTA


OFFICE Participação: ADVOGADO Nome: DENIS MACHADO MELO OAB: 10307/PA Participação: REU
Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA Participação: REU Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA
LTDA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

DECISÃO-MANDADO

Processo nº 0841708-68.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Despesas Condominiais]
Nome: CONDOMINIO VITTA OFFICE
Endereço: Avenida Vinte e Cinco de Setembro, 700, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-605

Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA


Endereço: Rua João Balbi, 167, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-280
Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA
Endereço: Rua João Balbi, 167, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-280

Vistos.

Considerando tratar-se de reajuizamento da ação nº 0827195-95.2021.8.14.0301, extinta sem


resolução do mérito, DECLARO, com fundamento no art. 286, II, do CPC, a INCOMPETÊNCIA deste Juízo
subscritor e DETERMINO a REDISTRIBUÇÃO, por dependência, ao Juízo da 5ª Vara do Juizado Especial
Cível da Capital, por onde tramitou o citado feito.

Cumpra-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0831721-47.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: SUZANA MARIA


DIOGO DE CAMPOS Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS MARTINS SALES OAB: 15580/PA
Participação: RECLAMADO Nome: DJEAN RODRIGO MIRANDA FIGUEIRA

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL


904
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

Processo nº 0831721-47.2017.8.14.0301

RECLAMANTE: SUZANA MARIA DIOGO DE CAMPOS

RECLAMADO: DJEAN RODRIGO MIRANDA FIGUEIRA

SENTENÇA
A parte Autora, instada a se manifestar nos autos sobre o endereço para citação do Reclamado, não
tomou providência neste sentido, encontrando-se o processo, distribuído no ano de 2017, desde então
sem localização da parte Reclamada, além de se encontrar paralisado há mais de 30 dias, conforme
certidão.

Dispõe o artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento
do mérito, quando a parte autora abandonar a causa por mais de trinta dias.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional. Outrossim, equivale tal fato ao desaparecimento
superveniente do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.

Pelo exposto, julgo extinto o processo sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, inciso III,
do Código de Processo Civil.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência (artigos 54 e 55, da Lei nº.
9.099/1995).

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0875622-60.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANTONIO ADRIANO


DOS SANTOS SILVA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR LOBATO DA SILVA registrado(a)
civilmente como VICTOR LOBATO DA SILVA OAB: 25223/PA Participação: ADVOGADO Nome: NILSON
OLIVEIRA SANTA BRIGIDA OAB: 22924/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL ANTONIO
SIMOES GUALBERTO OAB: 21296/PA Participação: REU Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC COSTA LAZARO FILHO OAB: 18663/CE

PODER JUDICIARIO
905
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0875622-60.2020.8.14.0301

INTIMADO: Nome: ANTONIO ADRIANO DOS SANTOS SILVA

INTIMADO: Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA

CERTIDÃO/ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.

Considerando a suspensão do curso dos prazos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, estabelecido pelo
art. 220 do CPC (Resolução nº. 33/2016 e n°. 01/2017 do TJPA; A suspensão dos prazos judicias nos
feriados e pontos facultativos estabelecidos pela Portaria n° 3047/2020-GP -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=949018; A Portaria n° 3003/2021-GP
de suspensão dos prazos processuais, administrativos e jurisdicionais a partir do dia 04 de março,
devido ao agravamento da Pandemia da Covid-19, seguido da Portaria nº 1118/2021-GP, referente à
suspensão no período de lockdown, o qual finalizou em 29/03/2021, e ao §1º, art. 1ª da Portaria Conjunta
nº 1/2021-GP/VP/CGJ, que permitiu a retomada da contagem dos prazos a partir de 30/03/2021 -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=967120,

CERTIFICO para os devidos fins de direito que a Reclamante foi intimada da sentença em 16/07/2021, e
apresentou Recurso Inominado INTEMPESTIVAMENTE em 02/08/2021, pois o respectivo prazo
finalizaria em 30/07/2021. Certifico que o Recurso se encontra desacompanhado de preparo e custas, em
face do pedido de Justiça Gratuita. Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no
Provimento nº 08/2014-CJRMB, procedi à intimação da Parte Recorrida para, caso queira, apresentar
contrarrazões no prazo legal.O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

Número do processo: 0822248-95.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ADALBERTO ARAUJO


DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: THIEGO JOSE BARBOSA MALHEIROS OAB: 24895/PA
Participação: REQUERIDO Nome: COOPERATIVA MISTA JOCKEY CLUB DE SAO PAULO

PROCESSO Nº 0822248-95.2021.8.14.0301

AUTOR: ADALBERTO ARAUJO DA SILVA


906
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

REQUERIDO: COOPERATIVA MISTA JOCKEY CLUB DE SAO PAULO

SENTENÇA

Homologo por sentença o pedido desistência para que produza seus efeitos legais e, em consequência,
julgo extinto o processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de
Processo Civil.

Sem custas na forma da lei.

Intimem-se e após, arquivem-se os autos dando-se baixa nos registros.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0846263-65.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: SIDNEI


MARCELO FREITAS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: RENATA MILENE SILVA PANTOJA
OAB: 7330/PA Participação: RECLAMADO Nome: SUPER MERCADO CIDADE LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 011270/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM
Av. José Bonifácio, 1177 – São Braz. Telefone: (91) 3229-0869/ 5175

Email: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Processo nº 0846263-65.2020.8.14.0301

RECLAMANTE: SIDNEI MARCELO FREITAS SANTOS

RECLAMADO: SUPER MERCADO CIDADE LTDA

DESPACHO

Verificando-se que a parte Autora requereu a realização de audiência por ter outras provas a produzir,
no caso, a oitiva de testemunhas. Esclareço que a audiência será realizada, preferencialmente, de
forma virtual, conforme novas diretrizes fornecidas pelo TJPA, diante crescimento de novos casos
de contaminação por COVID19. Assim, as partes devem ser intimadas para que indiquem, no prazo
de 15 (quinze) dias, os seus e-mails ou/e de seus patronos ou, no mesmo prazo, justifiquem ao
Juízo a impossibilidade de participarem do ato de audiência virtual, requerendo o que entenderem
de direito.
907
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Destaca-se que somente em situações excepcionais se realizarão audiências na forma presencial.

A indicação de e-mail da parte ou advogado se faz necessária para confirmar nos autos, que foi
oportunizada a participação na audiência. Entretanto, pode se indicar e-mail pessoal, de terceiro de sua
confiança, do advogado ou ainda corporativo do Escritório de Advocacia, não há necessidade de ser
exclusivo do advogado que participará do ato, uma vez que o link de acesso à audiência será
disponibilizado no PJe.

Indicados os e-mails, determino ao servidor responsável que designe a data da audiência no TEAMS,
encaminhe o link de acesso, e intime as partes no PJe constando na intimação o link da audiência,
tomando as demais providências necessárias.

Não havendo indicação do e-mail no prazo, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Havendo dúvidas sobre a realização dos atos, as partes e seus advogados podem esclarecê-las por meio
dos telefones (91) 3229-0869; 3229-5175 e pelo e-mail 5jecivelbelem@tjpa.jus.br.

Intime-se. Cumpra-se expedindo-se o que for necessário.

Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

TANIA BATISTELLO

Juíza de Direito Titular da 5ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0862074-02.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: FERNANDO


ANTONIO MORAES COSTA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO BMG S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: RODRIGO SCOPEL OAB: 40004/RS

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

E-mail: 5jecivelbelem@tjpa.jus.br

Whatsapp: 98116-3930

0862074-02.2019.8.14.0301

INTIMADO: Nome: FERNANDO ANTONIO MORAES COSTA


Endereço: Conjunto Xavante III, 107, bloco A4, Mangueirão, BELéM - PA - CEP: 66640-009

INTIMADO: Nome: BANCO BMG S.A.

CERTIDÃO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
908
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

etc.

Certifico que a audiência de Instrução e Julgamento foi (re)designada para o dia 07/10/2021 10:00 horas
e ocorrerá em sala virtual pelo aplicativo TEAMS, através do link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_MjAyZDEyM2QtY2EzYy00MzA2LTliMjAtMjhjNGEwYzQyOTFm%40thread.v2/0?conte
x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
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Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

Número do processo: 0875622-60.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANTONIO ADRIANO


DOS SANTOS SILVA Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR LOBATO DA SILVA registrado(a)
civilmente como VICTOR LOBATO DA SILVA OAB: 25223/PA Participação: ADVOGADO Nome: NILSON
OLIVEIRA SANTA BRIGIDA OAB: 22924/PA Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL ANTONIO
SIMOES GUALBERTO OAB: 21296/PA Participação: REU Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC COSTA LAZARO FILHO OAB: 18663/CE

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0875622-60.2020.8.14.0301

INTIMADO: Nome: ANTONIO ADRIANO DOS SANTOS SILVA

INTIMADO: Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA

CERTIDÃO/ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Eu, Luana Okada, Diretora de Secretaria da 5ª Vara do Juizado Especial Cível, por determinação legal,
etc.

Considerando a suspensão do curso dos prazos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, estabelecido pelo
art. 220 do CPC (Resolução nº. 33/2016 e n°. 01/2017 do TJPA; A suspensão dos prazos judicias nos
feriados e pontos facultativos estabelecidos pela Portaria n° 3047/2020-GP -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=949018; A Portaria n° 3003/2021-GP
de suspensão dos prazos processuais, administrativos e jurisdicionais a partir do dia 04 de março,
devido ao agravamento da Pandemia da Covid-19, seguido da Portaria nº 1118/2021-GP, referente à
909
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

suspensão no período de lockdown, o qual finalizou em 29/03/2021, e ao §1º, art. 1ª da Portaria Conjunta
nº 1/2021-GP/VP/CGJ, que permitiu a retomada da contagem dos prazos a partir de 30/03/2021 -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=967120,

CERTIFICO para os devidos fins de direito que a Reclamante foi intimada da sentença em 16/07/2021, e
apresentou Recurso Inominado INTEMPESTIVAMENTE em 02/08/2021, pois o respectivo prazo
finalizaria em 30/07/2021. Certifico que o Recurso se encontra desacompanhado de preparo e custas, em
face do pedido de Justiça Gratuita. Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no
Provimento nº 08/2014-CJRMB, procedi à intimação da Parte Recorrida para, caso queira, apresentar
contrarrazões no prazo legal.O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 16 de agosto de 2021.

Número do processo: 0800138-73.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: RAIMUNDA DO


SOCORRO RAIOL BARROS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE HYRAM SOARES NETO OAB:
26631/PA Participação: RECLAMADO Nome: BEATRIZ FERREIRA E FERREIRA Participação:
RECLAMADO Nome: JANAINA MARIA ALHO ARAUJO Participação: RECLAMADO Nome: GRIMARIO
GOMES FERREIRA JUNIOR

PODER JUDICIARIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0800138-73.2019.8.14.0301

INTIMADOS: RECLAMADOS: BEATRIZ FERREIRA E FERREIRA, JANAINA MARIA ALHO ARAUJO,


GRIMARIO GOMES FERREIRA JUNIOR

ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-CJRMB e em
atenção à citação/intimação infrutífera do(a) Reclamado(a)/Executado(a), conforme Ar retro inserido(a),
intime-se a Parte Autora/Exequente para manifestar-se no prazo de cinco dias, fornecendo novo endereço
ou requerendo o que entender de direito. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 16 de agosto de 2021.
PAULA DE JESUS ARAUJO LIMA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial Cível.

Número do processo: 0001537-18.2011.8.14.0701 Participação: EXEQUENTE Nome: FRANCISCO DE


ASSIS BEZERRA FARIAS Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINNE MAYUMI ETO FARIAS OAB:
24962/PA Participação: EXECUTADO Nome: MANGUEIRAO MATERIAIS DE CONSTRUCAO
Participação: EXECUTADO Nome: PEDRO PAULO MARTINS MONTEIRO

PODER JUDICIARIO
910
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Av. José Bonifácio, 1177, São Brás, Belém, PA

Telefone: 3229-0869/3229-5175

0001537-18.2011.8.14.0701

INTIMADO: Nome: FRANCISCO DE ASSIS BEZERRA FARIAS


Endereço: desconhecido

RECLAMADO: EXECUTADO: MANGUEIRAO MATERIAIS DE CONSTRUCAO, PEDRO PAULO


MARTINS MONTEIRO

ATO ORDINATÓRIO/MANDADO

Com base no art. 1º, §2º, I do Provimento 006/2006 da CJRMB e no Provimento nº 08/2014-CJRMB e em
atenção às citação/intimação infrutífera do(a) Executado(a), conforme Ar retro inserido(a), intime-se a
Parte Exequente para manifestar-se no prazo de cinco dias, fornecendo novo endereço ou requerendo o
que entender de direito. O referido é verdade e dou fé. Belém, PA, 11 de agosto de 2021. PAULA DE
JESUS ARAUJO LIMA, Servidor Judiciário 5ª Vara do Juizado Especial Cível.
911
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0848050-66.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: HERNEUSO


DOMINGOS DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ARTUR DA SILVA RIBEIRO OAB: 26150/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RAISSA DA SILVA MELLO OAB: 27453/PA Participação: ADVOGADO
Nome: RUI GUILHERME CARVALHO DE AQUINO OAB: 003321/PA Participação: ADVOGADO Nome:
NARA PEDROSA AQUINO OAB: 23203/PA Participação: REQUERIDO Nome: MARCELE BARROS
COSTA

SENTENÇA

Considerando que o executado apesar de intimado, não apresentou Embargos à Execução (certidão
31562132), determino a expedição de alvará judicial, em favor do exequente ou de seu patrono, desde que
devidamente habilitado aos autos com poderes específicos para receber e dar quitação, referente ao valor
bloqueado.

Intime-se o exequente para que forneça os dados bancários para expedição do alvará.

Considerando que a obrigação foi satisfeita, conforme o art. 924, inc. II, CPC, julgo extinta a presente
execução.

Sem custas. Arquive-se.

P.R.I

Belém, data registrada no sistema

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara do JEC Belém

JT

Número do processo: 0868622-09.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


PARQUE JARDINS Participação: ADVOGADO Nome: DAYANI CAROLINE ROCHA DE MORAES OAB:
23417/PA Participação: EXECUTADO Nome: JOAO DIEGO PEREIRA DA SILVA

DESPACHO

Diante da informação da exequente de que o executado descumpriu o acordo para cumprimento


voluntário, deve a presente ação de execução retomar o seu prosseguimento.

Intime-se a exequente para que informe o atual valor do débito do executado, juntando planilha atualizada
do débito na qual conste as parcelas do acordo inadimplidas.

Cumpra-se.

Belém, data registrada no sistema


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Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara do JEC Belém

JT

Número do processo: 0843076-83.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: JANDIRA VEIGA


MARGALHO Participação: ADVOGADO Nome: THAINA VEIGA MARGALHO OAB: 26706/PA
Participação: EXECUTADO Nome: PRISCILA NAZARE DE ARAUJO CHAVES Participação: ADVOGADO
Nome: KAMILLA QUADROS CARVALHO OAB: 20240/PA

DESPACHO

Diante da manifestação conjunta constante no id30658181 protocolada pela patrona da exequente e


assinada pela patrona da executada, determino a liberação do valor de R$111,63 (cento e onze reais e
sessenta e três centavos) em favor da exequente ou de sua patrona, desde que devidamente habilitado
aos autos com poderes específicos para receber e dar quitação.

Diante da manutenção dos termos do acordo já homologado, arquivem-se os autos.

Belém, data registrada no sistema

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara do JEC Belém

JT

Número do processo: 0862356-40.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANDRE LEAO


PEREIRA NETO Participação: ADVOGADO Nome: ANA CRISTINA LOUCHARD PIRES OAB: 7316PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LEAO PEREIRA NETO OAB: 22405/PA Participação:
RECLAMANTE Nome: ANA CRISTINA LOUCHARD PIRES Participação: ADVOGADO Nome: ANA
CRISTINA LOUCHARD PIRES OAB: 7316PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LEAO
PEREIRA NETO OAB: 22405/PA Participação: RECLAMADO Nome: WENDERSON PEREIRA DOS
SANTOS SILVA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

CERTIDÃO

Certifico que, em atendimento às Portarias Conjuntas nº 7/2020 e 12/2020 - GPVPCJRMBCJCI, de


28/04/2020 e 22/05/2020, as audiências deste Juizado serão realizadas por videoconferência através da
plataforma de comunicação Microsoft Teams.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo nº 0862356-40.2019.8.14.0301

RECLAMANTE: ANDRE LEAO PEREIRA NETO e outros

RECLAMADO: WENDERSON PEREIRA DOS SANTOS SILVA

A audiência designada neste processo ocorrerá na data e hora informadas abaixo.

24/11/2021 12:00

A audiência poderá ser acessada por meio do link abaixo:

h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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As partes e advogados deverão instalar o aplicativo no computador (preferencialmente) ou no celular,


acessando a reunião no dia e hora já designados.

Recomenda-se que as partes juntem aos autos, antes da audiência, foto da OAB e do RG.

Qualquer impossibilidade de acessar ou participar deverá ser justificada nos autos ou comunicada através
do telefone ou Whatsapp da vara, no número (91) 98405-1510.

O referido é verdade. Dou fé.

EDIEL OLIVEIRA CAMARA

Analista Judiciário - 6ª Vara do Juizado Especial de Belém-PA

Número do processo: 0829612-21.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANDREIA SANTOS DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ANA PATRICIA COMESANHA PEREIRA OAB: 14545/PA
Participação: REU Nome: 3 PIRAMIDES ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA - EPP

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

CERTIDÃO

Certifico, que a citação restou infrutífera em virtude do retorno do AR com a informação “mudou-se.
Assim, procedo a intimação da parte autora para que no prazo de 15 dias, informe o atual endereço do
réu, sob pena do arquivamento dos autos. Dou fé.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 16 de agosto de 2021

Secretaria da 6ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0877807-71.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


PIAZZA TOSCANA Participação: ADVOGADO Nome: ALBYNO FRANCISCO ARRAIS CRUZ OAB:
12600/PA Participação: EXECUTADO Nome: ERIQUE BARBOSA DE JESUS Participação: ADVOGADO
Nome: GIOVANA CARLA ALMEIDA NICOLETTI OAB: 10284/PA

SENTENÇA

Dispenso o relatório nos moldes do artigo 38 da Lei nº. 9.099/1995.

Homologo por sentença, para que produza seus jurídicos e legais efeitos, o acordo constante no
id27031957, extinguindo o processo, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, III, “b” do CPC.

Diante da homologação do acordo, determino a expedição de alvará em favor da exequente para


levantamento do valor de R$11.000,00 (onze mil reais), já constando nos termos do acordo os dados
bancários. Expeça-se alvará judicial em favor do executado para levantamento do valor de R$1.107,22 (mil
cento e sete reais e vinte e dois centavos), conforme dados bancários fornecidos no termo de acordo.

Considerando que a presente sentença não é passível de recurso, conforme dicção do artigo 41 da Lei nº.
9.099/1995, determino o imediato arquivamento do feito, após intimação das partes, restando ressalvado o
direito ao desarquivamento sem recolhimento das custas processuais, desde que o motivo do
desarquivamento seja a informação de descumprimento do acordo.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição.

P. R. I e cumpra-se. ARQUIVE-SE.

Sem Custas.

Belém, data registrada no sistema

Patrícia de Oliveira Sá Moreira

Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara do JEC Belém

JT

Número do processo: 0830462-75.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RONECLAYTON DE


SOUZA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: VANESSA GERALDINNE DA ROCHA RAIOL
registrado(a) civilmente como VANESSA GERALDINNE DA ROCHA RAIOL OAB: 11898/PA Participação:
ADVOGADO Nome: WELLINGTON SILVA DOS SANTOS registrado(a) civilmente como WELLINGTON
SILVA DOS SANTOS OAB: 24541/PA Participação: REU Nome: THAIS PIEDADE MARTINS registrado(a)
civilmente como THAIS PIEDADE MARTINS Participação: REU Nome: THAIS PIEDADE MARTINS
01285023200
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

CERTIDÃO

Certifico, que a citação restou infrutífera em virtude do retorno do AR com a informação “mudou-se.
Assim, procedo a intimação da parte autora para que no prazo de 15 dias, informe o atual endereço do
réu, sob pena do arquivamento dos autos. Dou fé.

Belém, 16 de agosto de 2021

Secretaria da 6ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0838700-83.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: QUEILA DA SILVA


CROTTI Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO AUGUSTO LIMA BRITO OAB: 21268/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RAYSSA MARIA LIMA BRITO OAB: 31063/PA Participação: REU
Nome: AG PROMOTORA DE NEGOCIOS LTDA - ME Participação: REU Nome: BANCO OLÉ
CONSIGNADO Participação: ADVOGADO Nome: FLAIDA BEATRIZ NUNES DE CARVALHO OAB:
96.864/MG

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

CERTIDÃO

Certifico, que a citação restou infrutífera em virtude do retorno do AR com a informação “mudou-se.
Assim, procedo a intimação da parte autora para que no prazo de 15 dias, informe o atual endereço do
réu, sob pena do arquivamento dos autos. Dou fé.

Belém, 16 de agosto de 2021

Secretaria da 6ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0828997-65.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JHONNY


JACINTO AMARAL Participação: ADVOGADO Nome: MAURICIO ARAUJO DA SILVA NETO OAB:
6992/TO Participação: REQUERIDO Nome: RONALD MARCIO DOS SANTOS CAMELO Participação:
REQUERIDO Nome: CLAUDIA ANGELA PEIXOTO TAVARES SALES Participação: REQUERIDO Nome:
BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB:
15674/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

6ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

CERTIDÃO

Certifico, que a citação restou infrutífera em virtude do retorno do AR com a informação “desconhecido.
Assim, procedo a intimação da parte autora para que no prazo de 15 dias, informe o atual endereço do
réu. Dou fé.

Belém, 16 de agosto de 2021

Secretaria da 6ª Vara do Juizado Especial Cível


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0877028-19.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO PORTO DE SINES Participação: ADVOGADO Nome: LUCIAN VASCONCELOS RODRIGUES
OAB: 021955/PA Participação: ADVOGADO Nome: INGRID SYADE OAB: 23450/PA Participação:
EXECUTADO Nome: LIDIANE LIMA FROTA

PROCESSO: 0877028-19.2020.8.14.0301
EXEQUENTE: CONDOMINIO DO EDIFICIO PORTO DE SINES

EXECUTADO: LIDIANE LIMA FROTA

SENTENÇA

A parte autora foi intimada para prestar informações imprescindíveis ao prosseguimento do feito, contudo,
até a presente data não promoveu os atos e as diligências que lhe incumbiam, demonstrando desinteresse
no prosseguimento do processo.

Pelo exposto, julgo extinto o processo sem resolução do mérito, de acordo com o art. 485, III do CPC c/c
art. 51, §1º, da Lei 9.099/95.

Sem custas e sem honorários (art. 54, da Lei 9.099/95).

P.R.I e, com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

GISELE MENDES CAMARÇO LEITE

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0841902-73.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ELIAS DE SOUZA


XAVIER Participação: ADVOGADO Nome: NATALY DE SOUSA PIRES OAB: 25871/PA Participação:
REQUERIDO Nome: EDIVALDO LEAL ROCHA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO
DOS SANTOS COSTA JUNIOR OAB: 20.653/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

PROCESSO: 0841902-73.2018.8.14.0301
REQUERENTE: ELIAS DE SOUZA XAVIER

REQUERIDO: EDIVALDO LEAL ROCHA

CERTIDÃO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CERTIFICO, em virtude das atribuições que me são conferidas por lei, que o executado compareceu nesta
secretaria, o qual tomou ciência inequívoca acerca do bloqueio no valor de $911,00 reais.

O executado afirma que trabalha na estrada e que tem dificuldades de comparecer nesta secretaria, bem
como não possui condições financeiras para o pagamento total, de uma única vez, da dívida. Por este
motivo e de boa fé, solicita o parcelamento do valor restante em 4 vezes de R$1.095,14, de um total de
R$4.380,55 (R$5.291,55 - R$911,00) a vencer no dia 12 dos meses de setembro, outubro, novembro e
dezembro.

O pagamento será mediante boleto bancário vinculado à conta desta vara.

De ordem deste juízo, a parte exequente será intimada a se manifestar, no prazo de 10 dias, acerca desta
certidão, .

O referido é verdade e dou fé.

Belém-PA, 16 de agosto de 2021.

SECRETARIA
7ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0823511-65.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SAMANTA MARTINS


ADADE Participação: ADVOGADO Nome: IAN GUEDES PINHEIRO OAB: 28663/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ISABELA DE SOUZA PIMENTEL OAB: 24904/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ANDRE LUIZ SERRAO PINHEIRO OAB: 11960/PA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO VILHENA
CAMPBELL GOMES OAB: 12508/PA Participação: REU Nome: 123 VIAGENS E TURISMO LTDA.
Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO SOARES DO NASCIMENTO OAB: 129459/MG Participação:
REU Nome: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA
GOULART PENTEADO OAB: 167884/SP

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0823511-65.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [DIREITO DO CONSUMIDOR, Indenização por Dano Moral, Indenização por Dano
Material, Transporte Aéreo]
Reclamante: Nome: SAMANTA MARTINS ADADE
Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 5000, Cond. Greenville 1, Qd 7 Lote 5, Parque Verde, BELéM -
PA - CEP: 66635-110

Reclamado: Nome: 123 VIAGENS E TURISMO LTDA.


Endereço: Rua dos Aimorés, 1017, Boa Viagem, BELO HORIZONTE - MG - CEP: 30140-071
Nome: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.
Endereço: Avenida Doutor Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, 939, Andar 8 Ed. Jatoba, Tamboré,
BARUERI - SP - CEP: 06460-040

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Dispenso o relatório (art. 38, da LJE).

DECIDO.

As partes informaram em audiência não terem outras provas a produzir, pelo que, vieram-me os autos
conclusos.

Por se tratar de matéria de direito e ante a prescindibilidade de dilação probatória, procedo ao julgamento
na forma do art, 355, I, do CPC.

DA SUSPENSÃO DO PROCESSO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A Ré - 02, em contestação, requereu a suspensão do processo por motivo de força maior


(pandemia COVID-19), entretanto, não há como prosperar a pretensão por ausência de respaldo jurídico,
haja vista que todas as empresas e comerciantes do país encontram-se na mesma situação, sendo, no
mínimo, temerária qualquer decisão nesse sentido.

Ademais, não há como se ignorar o fato de que as atividades comerciais estão gradualmente
retornando à sua normalidade. Assim, se de um lado a Ré 02, na qualidade de companhia aérea, sofre
com a crise econômica, entendo que os seus clientes, na qualidade de consumidores, vivenciam
igualmente o mesmo quadro, uma vez que também foram atingidos pelos reflexos da desestabilização da
economia, de modo que deve ser preservado o patamar de igualdade constitucional.

Por estas razões, não há que se falar em suspensão do processo.

Quanto ao mais, por se confundir com o mérito, deixo para analisar como tal.

PASSO AO MÉRITO.

A relação jurídica entre as partes tem natureza consumerista, o que atrai para a hipótese a incidência das
normas protetivas do CDC.

Assim, presentes os requisitos (hipossuficiência e verossimilhança) inverto o ônus da prova (art. 6º, VIII,
do CDC).

Cediço que a inversão aqui deferida não desonera a parte a quem aproveita de comprovar minimamente
os fatos constitutivos do seu direito (art. 373, I, do CPC).

Registre-se ainda que a responsabilidade entre as Rés é objetiva, conjunta e solidária, na medida
em que integram a mesma cadeia de fornecimento, consoante interpretação sistemática dos art.s 3º, 7º,
parágrafo único, 14, 18 e 25, § 1º, do CDC. Veja-se que dessa parceria decorre lucro para ambas, pois
sinalizam aos consumidores maior facilitação, comodidade e segurança na aquisição de pacotes de
viagem e consequentemente atraem maior clientela.

Logo, a responsabilidade das Rés somente poderá ser elidida se forem exitosas em demonstrar a
existência de alguma das excludentes previstas no § 3º, do art. 14, do CDC. É o que se passa a analisar.

Extrai-se dos autos que a Autora adquiriu junto à Ré 01 passagens aéreas com itinerário BELÉM -
SANTARÉM (08.10.20) e BELÉM - SANTARÉM (12.10.20), pelo valor total de R$-1.528,31.

Informa a Autora que, em razão de ter sido acometida pelo vírus da COVID-19 (Id 25438935), não
embarcou e, posteriormente, informou o ocorrido à Ré 01, pleiteando o reembolso, o que lhe foi negado
por ter se caracterizado o NO-SHOW.

Requer a condenação das Rés ao ressarcimento integral do valor pago pelas passagens aéreas, bem
como ao pagamento de indenização a título de danos morais.

Pois bem. Dito isso, tem-se que a hipótese é de improcedência.

O exame atestando contaminação da Autora pelo vírus da COVID-19 foi liberado em 16.09.20 (Id
25438935).

A viagem estava marcada para 08.10.20.

A Autora notificou a Ré 01 em 23.10.20 (Id 25438936).


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desse breve histórico e do abaixo consignado sobressai a ausência de abusividade na conduta das Rés.

Note-se que própria Autora informou à Ré 01 que não teve “nem cabeça” e nem se lembrou de fazer o
cancelamento ou a alteração das passagens (Id 25438936), o que contraria a própria alegação contida na
inicial de que “apenas após dias e o período de isolamento, é que a mesmo pôde utilizar o computador, e
enviar o e-mail com o pedido de ressarcimento” (Id 25438919 – Pág. 02).

Cediço que não se esperava que a Autora embarcasse a qualquer custo, até porque é possível, inclusive,
o cancelamento imotivado. Todavia, era seu dever ter notificado as Rés, com antecedência, acerca do
cancelamento da viagem solicitando, então, o reembolso.

Se não o fez, foi por desídia sua, pois teve tempo suficiente para tanto, de modo que não se mostra
minimamente razoável qualquer justificativa em sentido contrário, notadamente pelo fato de ter deixado
claro que em virtude da contaminação não chegou a ser hospitalizada, o que, talvez, poderia tê-la
impossibilitado momentaneamente de contatar as Rés.

Veja-se ainda que em decorrência do não comparecimento e da não notificação prévia, as Rés não
puderam comercializar novamente as passagens, de modo que caso fosse deferido o pleito de reembolso
integral, estar-se-ia, na prática, transferindo às Rés o ônus integral de circunstância que poderia ter sido
evitada pela Autora, se tivesse, como dito, realizado previamente a notificação de cancelamento.

Nesse sentido, a jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE


TRANSPORTE AÉREO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA EMPRESA PELO FATO DO SERVIÇO.
NO SHOW. CULPA EXCLUSIVA DO USUÁRIO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. APELO DA
AUTORA. Cuida-se de apelação cível interposta pela autora contra a sentença de improcedência em ação
de indenização em face de companhia aérea. Apelação da autora. Sem prova do requerido pela autora à
companhia aérea não se pode concluir que a consumidora solicitou o cancelamento da passagem
originária ou que, simplesmente, optou pela remarcação. O que se deu, de fato, foi o não comparecimento
para embarque nas datas reagendadas. O no show, em regra, prejudica a renegociação do assento
reservado ao cliente que não compareceu, justificando a retenção do valor pago. Destarte, houve culpa
exclusiva do consumidor apta a afastara reponsabilidade do fornecedor nos moldes do artigo 14, ª§ 2º, II,
do Código de Defesa do Consumidor. Manutenção da sentença que julgou improcedente o pedido da
autora, que deve suportar o risco de não ter feito prova do alegado. CONHECIMENTO e
DESPROVIMENTO do recurso.

(TJ-RJ – APL: 04690632020158190001, Relator: Des(a). CEZAR AUGUSTO RODRIGUES COSTA, Data
de Julgamento: 03/09/2019, OITAVA CÂMARA CÍVEL)

Desse modo, e nos termos do art. 14, § 3º, II, do CDC, importa reconhecer a culpa exclusiva da Autora
pelos fatos narrados na inicial, o que elide a responsabilidade das Rés e impõe a improcedência dos
pedidos formulados.

DISPOSITIVO

ISSO POSTO, com fundamento no art. 487, I, do CPC JULGO IMPROCEDENTES os pedidos formulados
na inicial.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55, da LJE).

Em havendo interposição de Recurso Inominado que, desde já, recebo apenas no seu efeito devolutivo
(art. 43, da LJE), abra-se prazo para a parte contrária, querendo, oferecer Contrarrazões e, após,
remetam-se os autos à Turma Recursal que tocar por distribuição, a quem caberá fazer o Juízo de
admissibilidade, inclusive a análise de eventual pedido de gratuidade judiciária.
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Ocorrendo o trânsito em julgado, certifique-se.

Nada mais havendo, arquivem-se.

P.R.I.C.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0863651-15.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: LORENA CAMILA


SOUZA DE CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ALEXANDRE PARADELA HERMES
OAB: 14276PA/PA Participação: RECLAMADO Nome: CVC BRASIL OPERADORA E AGENCIA DE
VIAGENS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DENNER DE BARROS E MASCARENHAS BARBOSA
OAB: 24532/PA Participação: RECLAMADO Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A Participação:
ADVOGADO Nome: GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO OAB: 28020-A/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0863651-15.2019.8.14.0301
Autos de AÇÃO [DIREITO DO CONSUMIDOR, Responsabilidade do Fornecedor, Protesto Indevido de
Título, Atraso de vôo]
Reclamante: Nome: LORENA CAMILA SOUZA DE CARVALHO
Endereço: Avenida Serzedelo Corrêa, 105, apartamento 801, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-400

Reclamado: Nome: CVC BRASIL OPERADORA E AGENCIA DE VIAGENS S.A.


Endereço: Rua das Figueiras, 501, Jardim, SANTO ANDRé - SP - CEP: 09080-370
Nome: GOL LINHAS AÉREAS S/A
Endereço: Praça Senador Salgado Filho, 0, área pública entre os eixos 46-48/O-P, Sala de Ger, Centro,
RIO DE JANEIRO - RJ - CEP: 20021-340

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Vistos.

Dispenso o relatório na forma do art. 38, da Lei nº 9.099/95.

DECIDO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Não tendo as partes requerido a produção de outras provas, vieram-me os autos conclusos para
sentença.

Sem preliminares, PASSO AO MÉRITO.

Na situação em exame, infere-se que a relação jurídica estabelecida entre as partes, e que gerou a
lide posta em juízo, tem natureza consumerista, uma vez que presentes os requisitos objetivos (produto e
serviço - §§ 1º e 2º, do art. 3º, da Lei nº 8.078/90) e subjetivos (consumidor e fornecedor – arts. 2º e 3º, da
Lei nº8.078/90) de tal relação. Assim, sujeita-se às prescrições normativas contidas na referida lei e atrai a
incidência das demais normas protetivas do estatuto consumerista.

Nesse viés, como regra de julgamento, e presentes os requisitos autorizadores (verossimilhança e


hipossuficiência), fica invertido o ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC.

Importa consignar, entretanto, que tal deferimento não desonera a parte a quem aproveita de produzir as
provas que consubstanciem o direito que alega e para as quais não seja, por qualquer razão,
hipossuficiente para produzir (art. 373, I, do CPC).

Registre-se ainda que a responsabilidade entre as Rés é objetiva, conjunta e solidária, na medida
em que integram a mesma cadeia de fornecimento, consoante interpretação sistemática dos art.s 3º, 7º,
parágrafo único, 14, 18 e 25, § 1º, do CDC. Veja-se que dessa parceria decorre lucro para ambas, pois
sinalizam aos consumidores maior facilitação, comodidade e segurança na aquisição de pacotes de
viagem e consequentemente atraem maior clientela.

Logo, a responsabilidade das Rés somente poderá ser elidida se forem exitosas em demonstrar a
existência de alguma das excludentes previstas no § 3º, do art. 14, do CDC. É o que se passa a analisar.

Extrai-se dos autos que a Autora adquiriu, por meio da Ré 01, passagens aéreas com itinerário BELÉM –
RIO DE JANEIRO (01.03.19 – saída às 12h e 40min e chegada às 16h e 10min) e RIO DE JANEIRO -
BELÉM (12.03.19), a ser executado pela Ré 02.

O voo de ida, que seria direto, foi cancelado pela Ré 02 e a Autora foi realocada em novo voo para o
mesmo dia, porém, com o seguinte itinerário BELÉM - SÃO PAULO – RIO DE JANEIRO e com saída às
12h e 30min e chegada às 19h e 05 min.

Em virtude do ocorrido, requer indenização por danos morais.

Pois bem. A hipótese é de improcedência.

Sobre o assunto, veja-se o disposto no art. 21, da Resolução nº. 400/16, da ANAC:

Art. 21. O transportador deverá oferecer as alternativas de reacomodação, reembolso e execução do


serviço por outra modalidade de transporte, devendo a escolha ser do passageiro, nos seguintes casos:

I - atraso de voo por mais de quatro horas em relação ao horário originalmente contratado;

II - cancelamento de voo ou interrupção do serviço;

III - preterição de passageiro; e

IV - perda de voo subsequente pelo passageiro, nos voos com conexão, inclusive nos casos de troca de
aeroportos, quando a causa da perda for do transportador.

Parágrafo único. As alternativas previstas no caput deste artigo deverão ser imediatamente oferecidas aos
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passageiros quando o transportador dispuser antecipadamente da informação de que o voo atrasará mais
de 4 (quatro) horas em relação ao horário originalmente contratado.

A Ré 02, nos termos do regramento normativo acima transcrito, reacomodou a Autora em outro voo
ocorrido no mesmo dia e horário do inicialmente programado.

O simples fato de ter sido acrescida conexão em SÃO PAULO e de a Autora ter chegado ao seu destino
(RIO DE JANEIRO), às 19h e 05min e não às 16h e 10min, não é capaz de, por si só, ensejar reparação
por dano moral.

Isso porque não foi a Autora exitosa em demonstrar que este atraso representou afronta direta a direito da
personalidade, o que ocorreria se tivesse perdido algum procedimento médico, faltado a compromisso
profissional, perdido reserva, ou situação semelhante que pudesse ensejar dano moral (art. 373, I, do
CPC).

Nesse sentido a jurisprudência:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ATRASO DE VOO. DUAS HORAS. ÍNFIMO. DANO MORAL E
MATERIAL. NÃO CONFIGURADO. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. 1. O atraso de voo
por apenas duas horas é ínfimo ao ponto de gerar danos morais. 2. As consequências graves capazes de
gerar o dano material e moral devem ser devidamente comprovadas nos autos. 3. Apelação provida.

(TJ-AM 06158166020158040001 AM 0615816-60.2015.8.04.0001, Relator: Maria das Graças Pessoa


Figueiredo, Data de Julgamento: 02/04/2017, Primeira Câmara Cível)

Pelo exposto, no que pese os fatos apresentados nos autos causarem aborrecimentos à parte autora,
entendo que a situação narrada não foi capaz de gerar abalos psíquicos ou angústia insuportável, de
modo que a improcedência dos pedidos formulados na inicial é medida que se impõe.

DISPOSITIVO

ISSO POSTO, com fundamento no artigo 487, I, do CPC JULGO IMPROCEDENTES os pedidos
formulados.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55, da LJE).

Em havendo interposição de Recurso Inominado que, desde já, recebo apenas no seu efeito devolutivo
(art. 43, da LJE), abra-se prazo para a parte contrária, querendo, oferecer Contrarrazões e, após,
remetam-se os autos à Turma Recursal que tocar por distribuição, a quem caberá fazer o Juízo de
admissibilidade, inclusive a análise de eventual pedido de gratuidade judiciária.

Ocorrendo o trânsito em julgado, certifique-se.

Nada mais havendo, arquivem-se.

P.R.I.C.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0812647-65.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: DANIELLE


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BELTRAO ROSAS ROCHA Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO HELDER FERREIRA DE


SOUSA OAB: 8677PA/PA Participação: REQUERIDO Nome: STUDIO 07 PLANEJADOS E COLCHÕES

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

DESPACHO-MANDADO

Processo nº 0812647-65.2021.8.14.0301
Autos de [Abatimento proporcional do preço]
Nome: DANIELLE BELTRAO ROSAS ROCHA
Endereço: Travessa Angustura, 1961, APTO 405, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-180

Nome: STUDIO 07 PLANEJADOS E COLCHÕES


Endereço: Rodovia BR-316 Km 3, LOJA 03/01 03/2, AO LADO DO POSTO YAMAGA, Coqueiro,
ANANINDEUA - PA - CEP: 67113-901

Vistos.

Requereu a parte Autora o início da fase de Cumprimento de Sentença (Id 30333870).

Entretanto, o referido petitório está em desarmonia com o julgado, na medida em que nenhum
momento foi declarada a rescisão contratual, mas, sim, o cumprimento daquilo que foi avençados pelas
próprias partes, de modo que a única obrigação de pagar existente refere-se à indenização por danos
morais, não havendo, portanto, que se falar em devolução de valores pagos.

Assim, INTIME-SE a parte Autora para, no prazo de 05 (cinco) dias úteis,:

1 - adequar a sua pretensão aos termos da sentença; e

2 - instruir o feito com o cálculo do valor devido a título de danos morais.

Após, voltem-me os autos conclusos.

Decorrido o prazo sem manifestação, arquivem-se os autos.

Cumpra-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0861357-87.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOSE ROBERTO


AVELAR SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ELEN CORDEIRO DA ROCHA OAB: 22358/PA
Participação: RECLAMADO Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ Participação:
ADVOGADO Nome: LUIZ RONALDO ALVES CUNHA registrado(a) civilmente como LUIZ RONALDO
ALVES CUNHA OAB: 12202/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARNALDO HENRIQUE ANDRADE DA
SILVA registrado(a) civilmente como ARNALDO HENRIQUE ANDRADE DA SILVA OAB: 10176/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Processo nº 0861357-87.2019.8.14.0301
Reclamante: JOSE ROBERTO AVELAR SILVA
Reclamada: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ

LINK PARA SALA DE AUDIÊNCIA: https://teams.microsoft.com/l/meetup-


join/19%3ac8bc762cc16a42aa824a71766920b3bb%40thread.skype/1629114280686?context=%7b%2
2Tid%22%3a%225f6fd11e-cdf5-45a5-9338-b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22a2417119-
a2e3-46fa-ace2-d8deffd18e9f%22%7d

Em cumprimento ao Provimento 006/2006-CJRMB-TJPA, e tendo em vista os


termos das Portarias Conjuntas nº 007/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA e 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-
TJPA, está agendada AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (virtual)
para o dia 20/09/2021 10:00 horas, a ser realizada pela Plataforma de Comunicação Microsoft Teams
. Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de
som e imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem
a audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphome) ou tablet, por meio do
link acima. As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por
videoconferência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do
processo sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art.
20, combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta
012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos. Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito,
devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as
provas admitidas em direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três.
Adverte-se, ainda, que as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto.
A parte pode entrar em contato diretamente com esta Secretaria pelo WhatsApp (91) 98439-4616,
para solicitar o link da sala de audiência, COM ANTECEDÊNCIA DE CINCO (05) DIAS. É verdade e
dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0845685-68.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ELOISA QUEIROZ


ARAUJO Participação: ADVOGADO Nome: ELOISA QUEIROZ ARAUJO OAB: 20364/PA Participação:
REU Nome: ITAU UNIBANCO S.A.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0845685-68.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Abatimento proporcional do preço, Bancários]
Nome: ELOISA QUEIROZ ARAUJO
Endereço: Avenida Senador Lemos, 435, Sala 1804, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66050-000

Nome: ITAU UNIBANCO S.A.


Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 580, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-000

DECISÃO-MANDADO
927
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Trata-se de ação de Indenização por Danos Morais com pedido de tutela de urgência movida por ELOISA
QUEIROZ ARAUJO em desfavor da ITAU UNIBANCO S.A, em que a reclamante alega que ao tentar
realizar saque no Caixa 24h, para sua surpresa, apareceu a mensagem: “cartão não permite executar este
tipo de operação, a operação não foi realizada”. Afirma que ligou para a central de cartões para saber o
ocorrido, sendo informada pelos atendentes que não havia qualquer problema com o cartão ou com a sua
conta. Que também tentou realizar a operação sem cartão, porém, não conseguiu. Requer a concessão de
tutela de urgência para que seja determinado ao banco demandado faça o imediato desbloqueio do cartão
de débito da autora, sob pena de multa diária.

Decido.

Para a concessão da tutela de urgência, faz-se necessária a conjugação de dois requisitos: a


probabilidade do direito pleiteado, mediante a comprovação documental das alegações autorais, e que
esteja caracterizado o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, conforme dispõe o art. 300,
caput, da Lei nº 13.105/2015 (CPC).

No caso em análise, não obstante os argumentos delineados pela reclamante, não vislumbro demonstrada
a probabilidade do direito alegada, porquanto, apenas pelo teor da mensagem que a reclamante afirma ter
aparecido na tela do caixa eletrônico, não é possível afirmar, neste momento processual, que o cartão
esteja bloqueado, sendo, portanto, necessário aguardar o exercício do contraditório e da ampla defesa
para melhor elucidação dos fatos.

Desta feita, ressalto que uma vez não demonstrado o requisito da probabilidade do direito alegada,
despicienda se mostra a perquirição do perigo de dano, face a necessidade da presença cumulativa dos
requisitos previstos no artigo 300 do CPC para o deferimento do pedido de antecipação da tutela, pelo
que, deixo de examiná-lo.

Ante o exposto, indefiro a tutela de urgência pleiteada.

Outrossim, em vista da natureza consumerista da relação e da vulnerabilidade da reclamante, com


fundamento no art. 6º, VIII, do CDC, inverto o ônus da prova em seu favor, o que não a desonera de
provar os fatos constitutivos do seu direito caso não seja hipossuficiente para tanto (art. 373, I, do CPC).

Quanto à pretensão da gratuidade judiciária, defiro-a (arts. 54 e 55, da LJE).

Cite-se e intimem-se e aguarde-se a audiência UNA já designada. Cumpra-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do


Provimento nº 003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0856946-35.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ISABELE SOUZA


BAIA Participação: ADVOGADO Nome: JULIANA DO SOCORRO DE OLIVEIRA SA OAB: 26477/PA
Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA MARIA RIBEIRO SOARES OAB: 27025/PA Participação:
RECLAMADO Nome: ITAU UNIBANCO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ALMIR DA ROCHA
MENDES JUNIOR OAB: 19411A/MA

INTIMAÇÃO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Pelo presente, fica Vossa Senhoria INTIMADA, nos autos do processo nº 0856946-
35.2018.8.14.0301, que ISABELE SOUZA BAIA move contra ITAU UNIBANCO S.A., para querendo, se
manifestar, acerca da manifestação do Reclamado na petição vinculada ao ID 29114231, no prazo de 05
(cinco) dias.

Belém, 16 de agosto de 2021

Número do processo: 0812781-92.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: LORRAN VALLE


BORNMANN Participação: RECLAMADO Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ
Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ RONALDO ALVES CUNHA registrado(a) civilmente como LUIZ
RONALDO ALVES CUNHA OAB: 12202/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARNALDO HENRIQUE
ANDRADE DA SILVA registrado(a) civilmente como ARNALDO HENRIQUE ANDRADE DA SILVA OAB:
10176/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0812781-92.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [DIREITO DO CONSUMIDOR]
Reclamante: Nome: LORRAN VALLE BORNMANN
Endereço: Avenida Marquês de Herval, 822, Casa 15, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66085-313

Reclamado: Nome: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ


Endereço: AVENIDA GOVERNADOR MAGALHAES BARATA, 1201, SAO BRAS, BELéM - PA - CEP:
66055-260

SENTENÇA

Relatório dispensado, nos termos do artigo 38 da Lei nº 9.099/95.

DECIDO.

DA REVELIA: A reclamada peticiona (ID 26749091), pugnando pelo chamamento do feito à ordem,
sob a alegação de que não fora regularmente citada.

Entretanto, em que pesem os argumentos da reclamada, noto que esta possui procuradoria
cadastrada no sistema TJPA, de maneira que sua citação se deu por meio eletrônico em 05/04/2021,
conforme se vê no ID 4000743, constante da aba de expedientes.

Sobre o assunto, dispõe o Ofício Circular nº 196/2020-GP, de 18/12/20, deste Tribunal de Justiça,
que “a partir do dia 07 de janeiro de 2020, nos feitos que tramitam no sistema de Processo Judicial
Eletrônico (PJE), todas as citações e intimações de empresas públicas e privadas, ressalvadas as
microempresas e empresas de pequeno porte, deverão ser realizadas exclusivamente pela via
eletrônica indicada no Cadastro de Pessoas Jurídicas do Tribunal de Justiça do Estado do Pará
(TJPA), salvo expressa determinação judicial para utilização de outro modo de citação ou
intimação, nos termos do art. 246, §1º, do Código de Processo Civil (CPC)”.

Assim, sendo a reclamada sociedade de economia mista, portanto, entidade dotada de


personalidade jurídica de direito privado, e tendo procuradoria cadastrada no sistema eletrônico
deste Tribunal, não há nulidade no ato citatório a ser reconhecida.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Portanto, considerando que a reclamada foi regularmente citada/intimada, porém não compareceu
à audiência UNA designada nos autos, pelo que, nos termos do art. 20, da LJE, aplico-lhe a pena de
revelia.

Entretanto, enfatizo que a revelia não induz à procedência automática do pedido, porquanto não se pode
tornar verossímil o absurdo. Desta forma, se a postulação do reclamante não vier acompanhada do
mínimo de prova que a lastreie, não se poderá dispensá-lo de provar o que alega pelo simples fato da
revelia. E analisando detidamente os argumentos e documentos constantes dos autos, verifico que a
pretensão autoral é improcedente, não obstante o caso dos autos tratar-se de relação de natureza
consumerista, portanto, regida pelo Código de Defesa do Consumidor.

Isto porque, na inicial, o reclamante afirma que em dezembro de 2019 a reclamada instalou novos
hidrômetros na vila onde mora, e em consequência, no mês de janeiro/2020 sua conta de água subiu de
R$30,00 (trinta reais) para R$300,00 (trezentos reais); e no mês seguinte, subiu para R$700,00
(setecentos reais). Alega que solicitou da reclamada uma equipe para averiguar o ocorrido, porém não
apareceram. Aduz que posteriormente, uma equipe da reclamada compareceu em sua residência,
quebraram ao lado do hidrômetro retirando-o do chão e informaram que existia um vazamento interno
causando o aumento do consumo. Ressalta que após quatro meses de viagem, retornou para sua
residência e contratou um encanador, que constatou que a equipe da reclamada não havia passado cola
entre as juntas do cano, originando o vazamento que aumentou o valor das suas faturas de água. E por
discordar dos valores cobrados deixou de efetuar o pagamento das faturas dos meses de março/2020 a
janeiro/2021.

Pois bem. Não desconheço a existência de faturas de consumo de água matrícula nº 5506361, em valores
elevados, tais como dos meses de janeiro/2020 (R$704,62 – ID 23622058); fevereiro/2020 (R$381,78 – ID
23622055); março/2020 (R$364,95 – ID 23622074); abril/2020 (R$581,93 – ID 23622074). Todavia, não
obstante após a troca de hidrômetro em dezembro/2019, ter ocorrido o aumento do valor das faturas,
verifica-se que tanto as faturas dos meses de janeiro e fevereiro/2020, quanto as cartas enviadas pela
reclamada estão no nome de pessoa diversa do reclamante, qual seja, MA NAZARÉ BRITO (ID 23622078
e 23622080), inexistindo nos autos qualquer esclarecimento por parte do reclamante sobre essa troca de
titularidade, sendo certo que somente a partir do mês de março/2020, cuja fatura o reclamante afirma ter
deixado de pagar por não concordar com o valor cobrado, passou a constar como cliente o reclamado, a
exemplo das faturas vinculadas aos IDs 23622074 e 23622074.

Outrossim, observo que no informativo emitido em 03/02/2021 pela reclamada, vinculado ao ID 23622065,
é possível extrair que em razão da pandemia da COVID-19, a reclamada suspendeu os cortes de água por
inadimplência, constando nesse documento exatamente as faturas que o reclamante afirma ter deixado de
pagar por não concordar com os valores nelas lançados. Todavia, em que pese a incomformidade do
reclamante, noto que além das faturas com valores supostamente indevidos, constam também faturas no
valor de R$29,40 (vinte e nove reais e quarenta centavos), que entendo estarem dentro da média de
consumo da unidade consumidora em questão, comparando-se com as faturas do ano de 2019,
vinculadas aos IDs 23622051; 23622052; 23622053; 23622054, sendo, portanto, injustificada
inadimplência do reclamante.

Neste sentido colaciono o seguinte julgado:

RECURSO INOMINADO. DIREITO DO CONSUMIDOR. SERVIÇO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA.


ALEGAÇÃO DA PARTE AUTORA DE FATURAS DE CONSUMO QUE DESTOAM DE SUA MÉDIA
HISTÓRICA. AUSENCIA DE COMPROVAÇÃO. NATURAL VARIAÇÃO DE CONSUMO EVIDENCIADO
PELO HISTÓRICO APRESENTADO. FALTA DE EVIDÊNCIAS DE ERRO DE MEDIÇÃO. FATURAS
POSTERIORES ÀS RECLAMADAS COM CONSUMO REDUZIDO. AUTOR NÃO SE DESINCUMBE DE
PROVAR SEU DIREITO, A TEOR DO ART. 373, I, DO CPC/15. DANOS MATERIAIS OU MORAIS NÃO
EVIDENCIADOS. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO. (TJBA - Recurso Inominado nº 0001248-59.2021.8.05.0063, Relator(a): ELIENE SIMONE
SILVA OLIVEIRA, publicado em 20/06/2021)
930
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ademais, observo que o reclamante apenas afirma de forma genérica, que passou quatro meses viajando
e que após seu retorno, contratou um encanador para verificar a situação do suposto vazamento de água,
porém, não traz qualquer comprovação sobre a suposta viagem ou a alegada contratação de profissional
que supostamente constatou falha na prestação dos serviços dos prepostos da reclamada, por este motivo
e demais fundamentos acima, tenho que o reclamante não se desincumbiu de seu ônus de provar
minimamente fato constitutivo do direito alegado, nos termos do art. 373, I do CPC. Entender de forma
diversa, importaria em aquiescer com o enriquecimento ilícito do reclamante, porquanto lhe estaria sendo
entregue um bem jurídico (cancelamento de cobranças e refaturamento de faturas em aberto), sem a
comprovação mínima da existência de falha na prestação do serviço da reclamada, situação com a qual
não pode anuir o Poder Judiciário.

Em decorrência, inexistindo falha na prestação do serviço da reclamada a ensejar a indenização por danos
morais pretendida pelo reclamante, a improcedência dos pedidos é medida que se impõe.

Ante o exposto, com fulcro nos artigos 487, inciso I, do Código de Processo Civil Pátrio JULGO
IMPROCEDENTES os pedidos constantes da inicial, nos termos da fundamentação, e extingo o feito com
resolução do mérito.

Sem custas e honorários, forte no artigo 54 e 55 da Lei nº 9099/95.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do Provimento nº
003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0840128-03.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA PATRICIA


CORREA FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MILENE CORREA FERREIRA OAB: 7423/PA
Participação: REU Nome: OI S.A. - EM RECUPERACAO JUDICIAL

ATO ORDINATÓRIO

Processo nº 0840128-03.2021.8.14.0301
Reclamante: MARIA PATRICIA CORREA FERREIRA
Reclamada: OI S.A. - EM RECUPERACAO JUDICIAL

LINK PARA SALA DE AUDIÊNCIA: https://teams.microsoft.com/l/meetup-


join/19%3ac8bc762cc16a42aa824a71766920b3bb%40thread.skype/1629114438984?context=%7b%2
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a2e3-46fa-ace2-d8deffd18e9f%22%7d

Em cumprimento ao Provimento 006/2006-CJRMB-TJPA, e tendo em vista os


termos das Portarias Conjuntas nº 007/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA e 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-
TJPA, está agendada AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (virtual)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

para o dia 20/09/2021 10:30 horas, a ser realizada pela Plataforma de Comunicação Microsoft Teams
. Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de
som e imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem
a audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphome) ou tablet, por meio do
link acima. As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por
videoconferência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do
processo sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art.
20, combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta
012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos. Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito,
devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as
provas admitidas em direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três.
Adverte-se, ainda, que as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto.
A parte pode entrar em contato diretamente com esta Secretaria pelo WhatsApp (91) 98439-4616,
para solicitar o link da sala de audiência, COM ANTECEDÊNCIA DE CINCO (05) DIAS. É verdade e
dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0861944-12.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


TORRE PARNASO Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO DE SA BITTENCOURT MOREIRA OAB:
19704/PA Participação: EXECUTADO Nome: BENEDITA DE JESUS CUSTODIO FERREIRA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0861944-12.2019.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Liquidação / Cumprimento / Execução]
Reclamante: Nome: CONDOMINIO TORRE PARNASO
Endereço: Avenida Generalíssimo Deodoro, 2037, CONDOMINIO DO EDIFICIO TORRE PARNASO,
Cremação, BELéM - PA - CEP: 66040-255

Reclamado: Nome: BENEDITA DE JESUS CUSTODIO FERREIRA


Endereço: Avenida Generalíssimo Deodoro, 2037, apartamento 608 - CONDOMÍNIO TORRE PARNASO,
Cremação, BELéM - PA - CEP: 66040-255

Vistos.

Dispenso o relatório, na forma do art. 38, da Lei nº 9.099/95.

Homologo o pedido de desistência para que produza todos os seus efeitos legais, em consonância com o
disposto no Enunciado nº 90, do FONAJE.

ISSO POSTO, nos termos do art. 485, VIII, do CPC, JULGO EXTINTO O FEITO SEM O JULGAMENTO
DO MÉRITO.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55, da Lei nº 9.099/95).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Após, arquive-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0813128-28.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M. C. B. BRITO EIRELI -


ME Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA GUAPINDAIA BRAGA DA SILVEIRA OAB: 14813/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ERICK BRAGA BRITO OAB: 017450/PA Participação: AUTOR Nome:
MARIA CLEYDE BRAGA BRITO Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA GUAPINDAIA BRAGA DA
SILVEIRA OAB: 14813/PA Participação: ADVOGADO Nome: ERICK BRAGA BRITO OAB: 017450/PA
Participação: REU Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA
COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0813128-28.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Contratos Bancários, Bancários]
Reclamante: Nome: M. C. B. BRITO EIRELI - ME
Endereço: Travessa Padre Eutíquio, 1078, 3 Piso - Loja 401, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66023-
710
Nome: MARIA CLEYDE BRAGA BRITO
Endereço: Avenida Cabanos, 2264, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66033-000

Reclamado: Nome: BANCO BRADESCO S.A


Endereço: Travessa Padre Eutíquio, 1078, Loja 132, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66023-710

Vistos.

Relatório dispensado (art. 38, da Lei nº 9.099/95).

DECIDO.

As hipóteses de cabimento do recurso oposto, que devem ser identificadas dentro da decisão/sentença
embargada, encontram-se elencadas no art. 48, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 1.022, do Código de Processo
Civil.

Partindo dessa premissa, sem razão as Embargantes.

A decisão embargada não padece de qualquer vício que possibilite a sua modificação pela via
eleita. Ao contrário, é clara ao expor fundamentadamente o livre convencimento motivado do Juízo.

Registre-se que ao Juízo não incumbe o dever de analisar pormenorizadamente a integralidade dos
argumentos levantados pelas partes quando já tenha encontrado motivo suficiente para fundamentar o seu
entendimento, o que se verifica na hipótese dos autos pelos fundamentos expostos no julgado.

Por esta razão, evidente o inconformismo das Embargantes com o teor decisório, haja vista que as
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

supostas omissões e contradições levantadas não se sustentam, quer seja por já terem sido apreciadas na
sentença embargada, quer seja por serem atinentes ao mérito do julgado, a cuja reanálise não se presta a
via eleita.

ISSO POSTO, pelos fundamentos acima, CONHEÇO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO e, no


mérito, NEGO-LHES PROVIMENTO, mantendo inalterada a sentença embargada.

Ocorrendo o trânsito em julgado, arquive-se.

Em havendo interposição de Recurso Inominado, que desde já recebo apenas no efeito devolutivo (art. 43,
da LJE), abra-se prazo para a parte contrária, querendo, oferecer Contrarrazões e, após, remetam-se os
autos à Turma Recursal que tocar por distribuição.

Intimem-se.

Cumpra-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0845334-95.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANA MARIA FERREIRA


DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE ARAUJO FERREIRA OAB: 17847/PA Participação:
REU Nome: ANA CAROLINA FIGUEIREDO SILVA Participação: REU Nome: ISABELLA FIGUEIREDO
LUCAS

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0845334-95.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Locação de Imóvel, Cobrança de Aluguéis - Sem despejo, Indenização por Dano Moral]
Nome: ANA MARIA FERREIRA DA SILVA
Endereço: Rua Domingos Marreiros, 907, - de 1285/1286 a 1466/1467, Umarizal, BELéM - PA - CEP:
66060-160

Nome: ANA CAROLINA FIGUEIREDO SILVA


Endereço: Rua Boaventura da Silva, 1300, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-090
Nome: ISABELLA FIGUEIREDO LUCAS
Endereço: Rua Boaventura da Silva, 1300, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66055-090

DECISÃO-MANDADO

Trata-se de ação ordinária de cobrança de aluguel e acessórios da locação c/c danos morais com pedido
de tutela de urgência movida por ANA MARIA FERREIRA DA SILVA em desfavor da ANA CAROLINA
FIGUEIREDO SILVA e ISABELLA FIGUEIREDO LUCAS, em que a reclamante alega que durante o
período de permanência do imóvel, era obrigação das inquilinas efetuarem o pagamento do IPTU,
conforme previsão na cláusula 11ª do contrato (ID 31039706, p. 4). Requer a concessão de tutela de
urgência para que seja determinado que as reclamadas paguem as 05 (cinco) parcelas do IPTU, com
vencimento em 10/03/2021, 10/04/2021, 10/05/2021, 10/06/2021 e 10/07/2021, sob pena de multa diária a
ser fixada pelo juízo.

Decido.
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Para a concessão da tutela de urgência, faz-se necessária a conjugação de dois requisitos: a


probabilidade do direito pleiteado, mediante a comprovação documental das alegações autorais, e que
esteja caracterizado o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, conforme dispõe o art. 300,
caput, da Lei nº 13.105/2015 (CPC).

No caso em análise, não obstante os argumentos delineados pela reclamante, não ficou demonstrada a
presença concomitante dos requisitos supramencionados, portanto, tornando-se necessário aguardar o
exercício do contraditório e da ampla defesa para melhor elucidação dos fatos.

Em relação ao pedido para o pagamento do valor de R$8.327,41 (oito mil, trezentos e vinte e sete reais e
quarenta e um centavos), destaque-se que a tutela de urgência não deve ser concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão (art. 300, §3º, do CPC), o que é o caso. Ademais, não
vislumbro demonstrado perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Logo, o indeferimento da
tutela de urgência é medida que se impõe.

Ante o exposto, indefiro a tutela de urgência pleiteada.

Cite-se, intimem-se e aguarde-se a audiência UNA já designada. Cumpra-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do Provimento nº
003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0839945-32.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LORENA MENEZES


NEVES registrado(a) civilmente como LORENA MENEZES NEVES Participação: ADVOGADO Nome:
RENATO DA SILVA NEVES OAB: 12819/PA Participação: REU Nome: TELEFONICA BRASIL S/A

ATO ORDINATÓRIO

Processo nº 0839945-32.2021.8.14.0301
Reclamante: LORENA MENEZES NEVES
Reclamada: TELEFONICA BRASIL S/A

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a2e3-46fa-ace2-d8deffd18e9f%22%7d

Em cumprimento ao Provimento 006/2006-CJRMB-TJPA, e tendo em vista os


termos das Portarias Conjuntas nº 007/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA e 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-
TJPA, está agendada AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (virtual)
para o dia 20/09/2021 09:30 horas, a ser realizada pela Plataforma de Comunicação Microsoft Teams
. Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de
som e imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem
a audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphome) ou tablet, por meio do
link acima. As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por
videoconferência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do
processo sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art.
20, combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta
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012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição


protocolada nos autos. Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito,
devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as
provas admitidas em direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três.
Adverte-se, ainda, que as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto.
A parte pode entrar em contato diretamente com esta Secretaria pelo WhatsApp (91) 98439-4616,
para solicitar o link da sala de audiência, COM ANTECEDÊNCIA DE CINCO (05) DIAS. É verdade e
dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0845115-82.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSE EMILIO


MEDEIROS DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS CARNEIRO MAIA OAB: 26904/PA
Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0845115-82.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Inclusão Indevida em Cadastro de Inadimplentes]
Nome: JOSE EMILIO MEDEIROS DOS SANTOS
Endereço: Passagem do Horto, 62, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66035-260

Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, s/n, km 8,5, Coqueiro, BELéM - PA - CEP: 66823-010

DECISÃO-MANDADO

Ausentes os requisitos legais, indefiro o pedido de tutela de urgência, sob o juízo de cognição sumária.

Isto porque, o reclamante pugna pela concessão de tutela de urgência para que seu nome seja retirado do
cadastro de inadimplentes, cuja negativação supostamente fora levada a efeito pela empresa reclamada.
Todavia, não consta dos autos sequer um comprovante da referida negativação, impedindo a aferição
sobre a existência da alegada negativação, portanto, ao exame preliminar, torna-se temerária a concessão
da tutela de urgência sem a necessária instrução do feito e o estabelecimento do contraditório.

Desta feita, ressalto que uma vez não demonstrado o requisito da probabilidade do direito, despicienda se
mostra a perquirição do risco de dano alegado, face a necessidade da presença cumulativa dos requisitos
previstos no artigo 300 do CPC para o deferimento do pedido de antecipação da tutela, pelo que, deixo de
examiná-lo.

Diante disso, INDEFIRO o pedido de concessão de tutela de urgência.

Outrossim, em vista da natureza consumerista da relação e da vulnerabilidade do reclamante, com


fundamento no art. 6º, VIII, do CDC, inverto o ônus da prova em seu favor, o que não o desonera de
provar os fatos constitutivos do seu direito caso não seja hipossuficiente para tanto (art. 373, I, do CPC).

Quanto à pretensão da gratuidade judiciária, defiro-a (arts. 54 e 55, da LJE).


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Cite-se, intimem-se e aguarde-se a audiência UNA já designada. Cumpra-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do


Provimento nº 003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0840130-70.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: VANIA CORREIA


PINHEIRO Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA APARECIDA DA SILVA CRUZ OAB:
19066/O/MT Participação: REU Nome: TELEFONICA BRASIL S/A

ATO ORDINATÓRIO

Processo nº 0840130-70.2021.8.14.0301
Reclamante: VANIA CORREIA PINHEIRO
Reclamada: TELEFONICA BRASIL S/A

LINK PARA SALA DE AUDIÊNCIA: https://teams.microsoft.com/l/meetup-


join/19%3ac8bc762cc16a42aa824a71766920b3bb%40thread.skype/1629115063876?context=%7b%2
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Em cumprimento ao Provimento 006/2006-CJRMB-TJPA, e tendo em vista os


termos das Portarias Conjuntas nº 007/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA e 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-
TJPA, está agendada AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (virtual)
para o dia 20/09/2021 11:00 horas, a ser realizada pela Plataforma de Comunicação Microsoft Teams
. Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de
som e imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem
a audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphome) ou tablet, por meio do
link acima. As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por
videoconferência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do
processo sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art.
20, combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta
012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos. Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito,
devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as
provas admitidas em direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três.
Adverte-se, ainda, que as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto.
A parte pode entrar em contato diretamente com esta Secretaria pelo WhatsApp (91) 98439-4616,
para solicitar o link da sala de audiência, COM ANTECEDÊNCIA DE CINCO (05) DIAS. É verdade e
dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.
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Número do processo: 0835494-61.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


RESIDENCIAL NATALIA LINS Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: EXECUTADO Nome: HUMBERTO ALVES DE SOUSA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66020-000

CERTIDÃO

Processo nº: 0835494-61.2021.8.14.0301

CERTIFICO para os devidos fins de direito, que o A.R. referente ao id 30175036, foi devolvido com a
informação "Desconhecido", segue anexo comprovante. É verdade e dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0809775-14.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RONNYSON DOS


SANTOS ALCANTARA Participação: ADVOGADO Nome: WILLIAM JEAMES PANTOJA DA SILVA OAB:
28780/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDREZA FERREIRA RODRIGUES OAB: 22551/PA
Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação:
ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

DESPACHO-MANDADO

Processo nº 0809775-14.2020.8.14.0301
Autos de [Indenização por Dano Moral, Indenização por Dano Moral]
Nome: RONNYSON DOS SANTOS ALCANTARA
Endereço: Passagem Rui Barbosa, 30, Guamá, BELéM - PA - CEP: 66075-737

Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, S/N - KM 8,5, - do km 8,002 ao km 10,200 - lado par, Coqueiro,
BELéM - PA - CEP: 66823-010

Vistos.

Considerando a Certidão de Trânsito em Julgado (Id 29519675), inauguro a fase de Cumprimento de


Sentença.
938
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ALTERE-SE a classe processual.

INTIME-SE a parte Executada, para que, no prazo de 15 (quinze) dias, efetue o pagamento da
quantia de R$-5.535,34 (cinco mil, quinhentos e trinta e cinco reais e trinta e quatro centavos) conforme
cálculo do Id 30551851, SOB PENA de INCIDÊNCIA DE MULTA DE 10% SOBRE O VALOR DA DÍVIDA e
de IMEDIATO BLOQUEIO PELO SISTEMA SISBAJUD.

FICA ADVERTIDA E CIENTE A PARTE EXECUTADA de que, transcorrido o prazo acima assinalado,
terá o prazo de 15 (quinze) dias, independentemente de nova intimação ou de formalização da penhora
(art. 525, do CPC), para oferecer IMPUGNAÇÃO, limitando-se a defesa ao disposto no § 1º, do art. 525,
do CPC/15.

Efetuado o pagamento, expeça-se alvará e voltem-me os autos conclusos para extinção.

Cumpra-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do


Provimento nº 003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0841631-59.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: HENRIQUE LUIZ


SARUBBY NASSAR Participação: ADVOGADO Nome: CLEITON RODRIGO NICOLETTI OAB: 17248/PA
Participação: REU Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO CASTEL BLANC

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0841631-59.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Direito de Imagem, Liminar]
Nome: HENRIQUE LUIZ SARUBBY NASSAR
Endereço: Travessa Francisco Caldeira Castelo Branco, 213, Apto 301, Fátima, BELéM - PA - CEP:
66060-220

Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO CASTEL BLANC


Endereço: Travessa Francisco Caldeira Castelo Branco, 213, Fátima, BELéM - PA - CEP: 66060-220

DECISÃO-MANDADO

Vieram-me os autos conclusos para análise de pedido de reconsideração da decisão que indeferiu a tutela
de evidência pleiteada (ID 29996382).

Contudo, além de a situação posta não se enquadrar em uma das hipóteses constantes no parágrafo
único do artigo 311 do CPC, ressalto que em que pesem os argumentos do reclamante e a juntada da
convecção condominial, não há como reconsiderar a tutela mencionada, porquanto tenho que a simples
juntada desta não tem o condão de afastar o fato de o reclamante não ter comparecido à Assembleia
Ordinária que tratou da eleição para síndico, ou ainda o fato de o reclamante ter se lançado unitariamente
como candidato, sem chapa, sem vice-síndico ou membros de conselho fiscal, conforme se vê do
documento vinculado ao ID 29975548, o que ensejou a eleição da Comissão Administrativa que está
gerindo o condomínio em questão, impondo-se, portanto, o indeferimento do pedido de reconsideração.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Assim, pelos fundamentos acima, mantenho a decisão vinculada ao ID 29996382.

Intimem-se. Cite-se e aguarde-se a audiência UNA já designada.

Cumpra-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do


Provimento nº 003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0821558-66.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANDRE MIRANDA


DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: ALLAN KARDEC FERREIRA DA SILVA OAB: 28368/PA
Participação: RECLAMADO Nome: FORMOSA SUPERMERCADOS E MAGAZINE LTDA. Participação:
ADVOGADO Nome: HELIO DE XEREZ E OLIVEIRA GOES JUNIOR OAB: 20208/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66020-000

CERTIDÃO

Processo nº: 0821558-66.2021.8.14.0301

CERTIFICO para os devidos fins de direito, que o RECURSO INOMINADO interposto pela parte autora (ID
29173952), foi apresentado no prazo legal, contudo, não apresentou pedido de Justiça Gratuita e nem
juntou juntou comprovante de pagamento de custas. Fica o Reclamado intimado a apresentar suas
Contrarrazões no prazo legal, a partir da leitura da presente Certidão. O referido é verdade e dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0812675-33.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DIVANILSON UEOKA


DOS ANJOS Participação: ADVOGADO Nome: SARAH CATRINE DE SOUZA XAVIER OAB: 29372/PA
Participação: ADVOGADO Nome: RYAN MATHEUS COSTA DA SILVA OAB: 28467/PA Participação:
REU Nome: AMANDA SUELY LIMA DA COSTA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA
940
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo nº 0812675-33.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Indenização por Dano Moral, Indenização por Dano Material]
Reclamante: Nome: DIVANILSON UEOKA DOS ANJOS
Endereço: Alameda União, 130, Agulha (Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66811-750

Reclamado: Nome: AMANDA SUELY LIMA DA COSTA


Endereço: Passagem São José, 41, CASA A, Sacramenta, BELéM - PA - CEP: 66120-270

Dispenso o relatório, nos termos do artigo 38 da Lei 9099/95.

Alegou a parte Autora, em apertada síntese, que a parte requerida não lhe pagou o valor de R$ 16.000,00
(dezesseis mil reais) referente a um empréstimo. Requer a condenação da parte autora em danos
materiais e danos morais.

DECIDO.

A Parte reclamada, mesmo citada, não compareceu na audiência de conciliação, motivo pelo qual decreto
sua revelia, nos termos do artigo 20 da Lei 9099/95, e reputo verdadeiros os fatos articulados na inicial.

A alegação de falta de pagamento da dívida constitui motivo bastante para justificar a cobrança, nos
moldes do artigo 315 e do artigo 389, ambos do Código Civil.

A recusa do devedor em pagar a dívida objeto da presente ação, corresponde a ilícito contratual, que
autoriza a concessão de provimento judicial de efeito condenatório, tanto porque, o devedor tem o dever
de pagar a obrigação pecuniária por si assumida.

Relativamente ao pedido do dano moral, devo rejeitar, tendo em vista que a parte autora não demonstrou,
minimamente, fato que acarretasse dano moral indenizável. A mera inadimplência contratual não é motivo
razoável para ocorrência de dano moral.

Sendo assim e em face do exposto, DEFIRO, PARCIALMENTE, O PEDIDO DA PARTE AUTORA,


DIVANILSON UEOKA DOS ANJOS para condenar a parte requerida AMANDA SUELY LIMA DA COSTA
ao pagamento do valor de R$ 16.000,00 (Dezesseis mil reais), a ser corrigido monetariamente pelo INPC e
juros de mora de 1% a.m., ambos a partir da citação e julgo o processo extinto, com resolução do mérito,
com base no art. 487, inc. I, do CPC.

Sem custas e honorários ( art. 55, parte inicial , da Lei nº 9.099/95 ).

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do Provimento nº
003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0864139-33.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: REGIANE SANTOS DE


JESUS Participação: ADVOGADO Nome: ANDREZZA CRUZ BRITO OAB: 25984/PA Participação:
AUTOR Nome: JAILSON SOUZA DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ANDREZZA CRUZ BRITO
OAB: 25984/PA Participação: REU Nome: BRASIL COOPERATIVA DE APOIO AOS CONSUMIDORES
DE VEICULOS Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO BARBALHO CONDE OAB: 12455/PA
941
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0864139-33.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Seguro, Seguro]
Reclamante: Nome: REGIANE SANTOS DE JESUS
Endereço: Rua Maria de Nazaré, 51, Tapanã (Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66825-650
Nome: JAILSON SOUZA DA SILVA
Endereço: Rua Maria de Nazaré, 51, Tapanã (Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66825-650

Reclamado: Nome: BRASIL COOPERATIVA DE APOIO AOS CONSUMIDORES DE VEICULOS


Endereço: Rua Antônio Barreto, 1817, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66060-020

SENTENÇA

Relatório dispensado, nos termos do artigo 38 da Lei nº 9.099/95.

DECIDO.

Preliminar de ilegitimidade ativa: A reclamada aduz que a primeira reclamante é parte alheia à
discursão em comento, uma vez que o litigio é quanto ao contrato firmado entre o segundo reclamante e a
reclamada, inexistindo qualquer direito violado da primeira reclamante.

Com efeito, a legitimidade ativa só pode ser analisada frente ao caso concreto, pois ela representa a
adequação entre o autor e o direito substancial por ele afirmado, ou seja, sua aferição exige
necessariamente o exame sobre a situação material alegada como existente pelo autor.

No caso, observo que trata-se de ação de indenização decorrente de seguro de veículo, cuja
titularidade/propriedade pertence à primeira reclamante, portanto pendendo sobre ela a responsabilidade
pelo referido veículo, e tendo sido o contrato de seguro firmado pelo segundo reclamante, na qualidade de
principal condutor. Logo, não há que se falar em ausência de interesse da primeira reclamante na causa.

Pelos fundamentos acima, rejeito a preliminar de ilegitimidade ativa.

E inexistindo outras preliminares a serem discutidas, passo à análise de mérito.

Inicialmente, ressalto que não obstante a reclamada afirmar que possui natureza jurídica de cooperativa,
incontroverso que esta presta serviço de proteção veicular e, sendo prestação de serviço, sujeita-se ao
Código de Defesa do Consumidor. Contudo, enfatizo que apesar de o feito se submeter às regras do
Código de Defesa do Consumidor, tal fato não elide o ônus dos reclamantes de produzir prova mínima dos
fatos constitutivos do direito pleiteado, nos termos do art. 373, I do CPC.

A inversão do ônus da prova, prevista no art. 6º, VIII do CDC visa a facilitar a defesa do consumidor, ou
seja, pressupõe que haja alguma hipossuficiência dele (técnica, jurídica ou econômica) e haja
verossimilhança de suas alegações. E no caso, analisando atentamente os autos, verifico que a pretensão
autoral é procedente em parte.

Da narrativa constante da peça inaugural verifica-se que em 05/02/2019 o segundo reclamante firmou com
a reclamada Contrato de Proteção Veicular, conforme documento vinculado ao ID 20949329, tornando-se
cooperado e, consequentemente, beneficiário/segurado do serviço de proteção e segurança contra
acidentes, roubos e furtos, sendo objeto desse contrato uma motocicleta YAMAHA/YBR150 FACTOR ED,
PLACA QEP-0142/PA, COR VERMELHA, ANO FAB/MOD 2016/2016, CHASSI 9C6RG3120G0007856,
RENAVAM 1084963270, de propriedade da primeira reclamante e utilizado pelo segundo reclamante
como seu principal meio de deslocamento.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ocorre que, no dia 12/11/2019, o segundo reclamante foi vítima de sinistro, pois após ser estacionada em
frente ao edifício MANDARIM localizado na Tv. Almirante Wandenkolk, 159, nesta cidade, a referida
motocicleta foi furtada, tendo sido lavrado Boletim de Ocorrência na mesma data (ID 20949330, p. 2).
Após aviso de sinistro, em 27/11/2019 o cooperado foi comunicado da negativa de acionamento por estar
inadimplente com relação à mensalidade com vencimento em 11/11/2019.

Observa-se que o boleto pago pelo segundo reclamante em 12/11/2019, tinha como vencimento a data de
11/11/2019 (ID 20949330, p. 3), e não 10/11/2019 como afirmado pela reclamada. Ademais, verifica-se a
afirmação de que o boleto referente ao mês de novembro/2019 não estava disponível no aplicativo (ID
20949331, p. 1-3), tendo o segundo reclamante entrado em contato com a reclamada no dia 11/11/2019 e
esta lhe enviou no mesmo dia o código numérico do boleto, porém o código recebido não foi identificado
pela máquina de caixa eletrônico da Caixa Econômica Federal, não tendo a reclamada se desincumbido
de seu ônus de provar que não teve responsabilidade pela demora ou não emissão em tempo do boleto
em questão para pagamento pelo segundo reclamante.

Outrossim, apesar de não desconhecer o teor do item “1” do capítulo “DO VENCIMENTO DO BOLETO”,
do Programa de Proteção Veicular firmado entre as partes (ID 20949329, p. 3), mencionado pela
reclamada no documento vinculado ao ID 20949332, destaco que o entendimento jurisprudencial pátrio é
no sentido de que, em casos como o dos autos, deve ser aplicado, por analogia, o Enunciado de Súmula
nº 616 do STJ, o qual preceitua que: “A indenização securitária é devida quando ausente a comunicação
prévia do segurado acerca do atraso no pagamento do prêmio, por constituir requisito essencial para a
suspensão ou resolução do contrato de seguro”, ressaltando-se, ainda, a abusividade das cláusulas que
imponham a resolução/suspensão automática do contrato pelo não pagamento.

Neste sentido colaciono o seguinte julgado:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ÔNUS DA PROVA.


FORNECEDOR. REVELIA. AUSÊNCIA DE CONTRATO. RELAÇÃO CONTRATUAL DEMONSTRADA.
CONTRATO DE PROTEÇÃO VEICULAR. SEMELHANÇA AO CONTRATO DE SEGURO. PROVA DA
OCORRÊNCIA DE SINISTRO. INDENIZAÇÃO DEVIDA.

1. O contrato de proteção veicular, enquanto carente de regulamentação específica, deve ser analisado
com base no regramento próprio do contrato de seguro, dada a equivalência do objeto contratado.
Precedentes.

2. A associação de proteção veicular, na linha do tratamento conferido pelo c. STJ às cooperativas de


crédito e de planos de saúde, na medida em que atua como fornecedoras de serviço destinado ao
consumidor, enquadram-se no conceito de fornecedor, previsto no CDC. Precedentes.

3. "A indenização securitária é devida quando ausente a comunicação prévia do segurado acerca do
atraso no pagamento do prêmio, por constituir requisito essencial para a suspensão ou resolução do
contrato de seguro." (Enunciado 616 do STJ).

4. Na hipótese em que o consumidor comprova a existência da relação contratual, cumpre ao fornecedor


arguir o inadimplemento, a justificar a resolução do contrato.

5. Comprovado o sinistro, resta devida a indenização securitária.

6. Na hipótese em que o consumidor comprova que o veículo assegurado que esteve impedido de circular
era utilizado como instrumento de trabalho antes da ocorrência do sinistro, deverá o fornecedor arcar com
a indenização a título de lucros cessantes.

7. A omissão da seguradora que, injustificadamente, deixa de arcar com a reparação do veículo utilizado
como instrumento de trabalho ultrapassa o mero inadimplemento contratual e provoca dano moral
indenizável.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

8. Recurso conhecido e parcialmente provido. (Acórdão nº 1184342, RI nº 00152710320168070007,


Relator: GETÚLIO DE MORAES OLIVEIRA, 7ª Turma Cível, data de julgamento: 3/7/2019, publicado no
DJE: 16/7/2019)

No caso, com base no julgado acima, corroborado com os documentos constantes dos autos, depreende-
se que tendo em vista que em 12/11/2019 ocorreu o pagamento do boleto com vencimento em
11/11/2019, sequer haveria tempo hábil para a comunicação prévia acerca do atraso no pagamento, o que
entendo tornar indevida a recusa da reclamada em indenizar o cooperado. Tanto é assim, que somente
em 27/11/2019 a reclamada comunicou ao segundo reclamante sobre a negativa de indenização e sob o
fundamento equivocado de que o boleto com vencimento em 11/11/2019 não foi pago (ID 20949332),
quando, em verdade, ocorreu o pagamento do boleto com vencimento em 11/11/2019 com atraso de
apenas um dia.

Ora, vigem nas relações de consumo os princípios da boa-fé objetiva, da cooperação, da lealdade, da
informação e da transparência, os quais restaram violados no presente caso, sendo, portanto, incabível o
argumento da reclamada de que o não pagamento ou pagamento em atraso da mensalidade com
vencimento 11/11/2019, gera a exclusão automática do associado e a perda da cobertura securitária,
sendo certo que a reclamada recebeu normalmente o pagamento da mensalidade de 11/11/2019, com o
atraso constatado em razão de culpa em sua conduta.

Desta feita, tem-se que a reclamada não logrou êxito em provar fato impeditivo, extintivo ou modificativo
do direito dos reclamantes, nos termos do art. 373, II do CPC, de modo que estes fazem jus ao pagamento
da indenização securitária da motocicleta sinistrada YAMAHA/YBR150 FACTOR ED, PLACA QEP-
0142/PA, COR VERMELHA, ANO FAB/MOD 2016/2016, consoante tabela FIPE e conforme cláusulas
contratuais relacionadas ao “REEMBOLSO E/OU REPARAÇÃO VEICULAR” (ID 20949329, p. 4).

De outra senda, quanto ao dano moral, cumpre destacar que com assento constitucional no art. 5º, V e X,
este pode ser compreendido como aquele que ofende direito da personalidade do indivíduo, a bem
imaterial, tal como honra, integridade da esfera íntima, causando sofrimento físico e psíquico.

No caso em tela, os reclamantes se limitou a alegar a ocorrência de dano moral, sem produzir prova da
ofensa à honra, imagem, dignidade da pessoa humana por eles suportada e, neste particular, não há que
se falar em inversão do ônus da prova.

Somente deve ser reputado como dano moral a dor, vexame, sofrimento ou humilhação que, fora dos
padrões de normalidade, cause interferência intensa no comportamento psicológico do indivíduo,
causando-lhe angústia, aflição e desequilíbrio em seu bem-estar, o que não restou demonstrado nestes
autos.

Ante o exposto, a teor do disposto no art. 487, I do CPC, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o
pedido inicial, apenas para condenar a reclamada ao pagamento de indenização securitária aos
reclamantes referente à motocicleta sinistrada YAMAHA/YBR150 FACTOR ED, PLACA QEP-0142/PA,
COR VERMELHA, ANO FAB/MOD 2016/2016, cujo valor deve ser obtido com base na tabela FIPE e
conforme cláusulas contratuais relacionadas ao “REEMBOLSO E/OU REPARAÇÃO VEICULAR” (ID
20949329, p. 4), nos termos da fundamentação e JULGO EXTINTA a ação com resolução do mérito.

Sem custas e honorários, forte nos artigos 54 e 55 da Lei nº 9.099/95.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do Provimento nº
003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0842215-63.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: PAULO


RODRIGO DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIENE SOARES DE OLIVEIRA OAB:
18740/PA Participação: REQUERIDO Nome: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: LUCIANA GOULART PENTEADO OAB: 167884/SP Participação: REQUERIDO
Nome: 123 VIAGENS E TURISMO LTDA.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0842215-63.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [DIREITO DO CONSUMIDOR, Indenização por Dano Moral, Indenização por Dano
Material]
Reclamante: Nome: PAULO RODRIGO DE SOUZA
Endereço: PASSAGEM LAURO MARTINS, 674, FRENTE, MARCO, BELéM - PA - CEP: 66095-300

Reclamado: Nome: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.


Endereço: Avenida Doutor Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, 939, Ed. JATOBA 9, Cond. Castelo
Branco Office Park, Tamboré, BARUERI - SP - CEP: 06460-040
Nome: 123 VIAGENS E TURISMO LTDA.
Endereço: Rua Alvarenga Peixoto, 974, 8 andar, Lourdes/SANTO AGOSTINHO, BELO HORIZONTE - MG
- CEP: 30180-120

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Dispenso o relatório (art. 38, da LJE).

DECIDO.

ÀRé 02 – 123 VIAGENS E TURISMO LTDA foi aplicada a pena de revelia, pois, embora intimada, não
compareceu à audiência una (Id 23728351).

Em virtude da ausência da Ré 02 à audiência una, o ato não chegou a ser realizado (Id 20417142), de
modo que foi aberta oportunidade para o Autor se manifestar, por petiição nos autos, acerca da
contestação oferecida pela Ré 01 – AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A., o que o fez por meio do
petitório Id 26543702, requerendo, por fim, o julgamento antecipado da lide.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Assim, vieram-me os autos conclusos.

Por se tratar de matéria de direito e ante a prescindibilidade de dilação probatória, procedo ao julgamento
na forma do art, 355, I, do CPC.

DA SUSPENSÃO DO PROCESSO

A Ré 01, em contestação, requereu a suspensão do processo por motivo de força maior (pandemia
COVID-19), entretanto, não há como prosperar a pretensão por ausência de respaldo jurídico, haja vista
que todas as empresas e comerciantes do país encontram-se na mesma situação, sendo, no mínimo,
temerária qualquer decisão nesse sentido.

Ademais, não há como se ignorar o fato de que as atividades comercias estão gradualmente
retornando à sua normalidade. Assim, se de um lado a Ré 01, na qualidade de companhia aérea, sofre
com a crise econômica, entendo que os seus clientes, na qualidade de consumidores, vivenciam
igualmente o mesmo quadro, uma vez que também foram atingidos pelos reflexos da desestabilização da
economia, de modo que deve ser preservado o patamar de igualdade constitucional.

Assim, não há que se falar em suspensão do processo.

DA ILEGITIMIDADE PASSIVA – AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS LTDA

A legitimidade da Ré 01 é evidente. Isso porque há responsabilidade objetiva, conjunta e solidária


entre esta e a Ré 02 – 123 VIAGENS E TURISMO, na medida em que integram a mesma cadeia de
fornecimento, consoante interpretação sistemática dos art.s 3º, 7º, parágrafo único, 14, 18 e 25, § 1º, do
CDC. Veja-se que dessa parceria decorre lucro para ambas, pois sinalizam aos consumidores maior
facilitação, comodidade e segurança na aquisição de pacotes de viagem e consequentemente atraem
maior clientela.

Rejeito a preliminar.

PASSO AO MÉRITO.

A relação jurídica entre as partes tem natureza consumerista, o que atrai para a hipótese a incidência das
normas protetivas do CDC.

Assim, como regra de julgamento e presentes os requisitos (hipossuficiência e verossimilhança) inverto o


ônus da prova (art. 6º, VIII, do CDC).

Cediço que a inversão aqui deferida não desonera a parte a quem aproveita de comprovar minimamente
os fatos constitutivos do seu direito (art. 373, I, do CPC).

Partindo dessas premissas, tem-se que a hipótese é de parcial procedência.

O Autor adquiriu junto à Ré e pelo valor de R$-1.624,92, 03 passagens aéreas, todas com itinerário
BELÉM – GUARULHOS (05.08.20) e GUARULHOS – BELÉM (15.08.20).

Ocorre que solicitou, por e-mail, em 10.06.20, junto à Ré 02, o cancelamento das passagens, quando,
então, lhe foi solicitado que aguardasse retorno por e-mail. Sem retorno, em 08.07.20, em 14.07.20 e em
20.07.20 reiterou o pedido junto à Ré 02 (Id 18932077).

Finalmente, em 29.07.20, obteve retorno e teve como resposta que a multa do cancelamento, por ser
calculada sobre o número de passageiros e o número de trechos, superaria o valor total das passagens,
de modo que não haveria reembolso (Id 18932079).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Pelo teor da resposta não seria irrazoável crer que as passagens estavam canceladas, no entanto, não foi
o que ocorreu, de modo que, conforme sustenta a Ré 01, restou caracterizado o NO-SHOW.

Pois bem. Veja-se que todo o imbróglio, e por conseguinte a falha na prestação do serviço (art. 14, do
CDC), se originou com a demora na resposta ao Autor do seu pedido de cancelamento. Foram quase 02
meses, entre a solicitação e a manifestação da Ré 02.

Não obstante, ainda que assim não fosse, é manifestamente abusiva a imposição de multa superior ao
preço da própria passagem ao ponto de se alegar não haver o que ser reembolsado.

Nesse sentido, dispõe a Resolução nº 400/16, da ANAC:

Art. 9º As multas contratuais não poderão ultrapassar o valor dos serviços de transporte aéreo.

Parágrafo único. As tarifas aeroportuárias pagas pelo passageiro e os valores devidos a entes
governamentais não poderão integrar a base de cálculo de eventuais multas.

Impõe-se, portanto, o reconhecimento da violação da boa-fé contratual, sendo nula de pleno direito a
cláusula que nesse sentido discorra, pois coloca o consumidor em desvantagem excessiva ao ponto de
praticamente obrigar-lhe, em qualquer circunstância, a não rescindir o contrato.

Nesse sentido, o CDC:

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de
produtos e serviços que:

[...]

IV – estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em


desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;

[...]

§1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:

[...]

II – restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes á natureza do contrato, de tal modo a ameaçar
seu objeto ou equilíbrio contratual;

III – se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e o conteúdo do


contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.

Na mesma linha, o CC:

Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido
cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a
natureza e a finalidade do negócio.

Não se nega com isso a possibilidade de a companhia aérea reter parte do valor despendido pelo
consumidor quando o cancelamento das reservas se dá por critério exclusivo deste, ainda que por justo
motivo. Para tanto, adota-se o percentual de 5% previsto pelo art. 740, do CC. Senão vejamos:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Art. 740. O passageiro tem direito a rescindir o contrato de transporte antes de iniciada a viagem, sendo-
lhe devida a restituição do valor da passagem, desde que feita a comunicação ao transportador em tempo
de ser renegociada.

§1 o Ao passageiro é facultado desistir do transporte, mesmo depois de iniciada a viagem, sendo-lhe


devida a restituição do valor correspondente ao trecho não utilizado, desde que provado que outra pessoa
haja sido transportada em seu lugar.

§2 o Não terá direito ao reembolso do valor da passagem o usuário que deixar de embarcar, salvo se
provado que outra pessoa foi transportada em seu lugar, caso em que lhe será restituído o valor do bilhete
não utilizado.

§3 o Nas hipóteses previstas neste artigo, o transportador terá direito de reter até cinco por cento da
importância a ser restituída ao passageiro, a título de multa compensatória.

A jurisprudência:

JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. EMPRESA AÉREA. RELAÇÃO DE CONSUMO. CANCELAMENTO.


RESTITUIÇÃO DE VALORES A MENOR. RETENÇÃO INDEVIDA. RESTITUIÇÃO DE 20% DO VALOR
PAGO. VALOR PROPORCIONAL E RAZOÁVEL. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Recurso próprio, regular e tempestivo. 2. Recurso interposto pela
parte autora onde requer a reforma da sentença para majorar a condenação da ré quanto aos danos
morais. 3. A relação jurídica estabelecida entre as partes é de natureza consumerista, devendo a
controvérsia ser solucionada sob o prisma do sistema jurídico autônomo instituído pelo Código de Defesa
do Consumidor (Lei n.8.078/1990). 4. A retenção de mais de 50% (cinquenta por cento) do valor do
bilhete aéreo internacional, mesmo quando adquirido pela tarifa promocional (Tarifa BASIC), não guarda
amparo na legislação de regência e configura manifesta prática abusiva da empresa aérea, posto que
cancelado pelo consumidor com 6 (seis) dias de antecedência. 5. Assim, afasta-se a aplicação das
retenções de valores e taxas fixadas no contrato (a empresa aplicou a taxa de USD 175,00 por trecho), por
expressa violação à lei aplicável a espécie (art. 51, IV do CDC e art. 740, § 2º do CCB). Porém, deve-se
considerar que o cancelamento das passagens aéreas foi realizado a critério exclusivo do consumidor,
sem nenhuma motivação justa comprovada nos autos, com prazo exíguo de 6 (seis) dias para que a
empresa pudesse renegociar os assentos para outros passageiros eventualmente interessados, mormente
por se tratar de vôo internacional. Por isso, não se mostra razoável que a companhia aérea tenha que
arcar com o valor próximo à tarifa integral, com o ônus decorrente da desistência efetivada por vontade
exclusiva do consumidor, afigurando-se justa a adequação da incidência de multa ao patamar de 20%
(vinte por cento) sobre os valores desembolsados, levando-se em consideração as peculiaridades do
caso, e o disposto no art. 413 do CCB c/c artigo 6º da Lei 9.099/95. Cita-se como precedente o Acórdão
944748, da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais e Criminais do DF. 6. Recurso CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO apenas para ajustar o valor da retenção efetivada pela empresa a título de
multa compensatória pela desistência, fixando-a para 20% (vinte por cento) do valor da tarifa paga pelo
consumidor; devendo ser reembolsado ao passageiro a quantia de R$ 2.961,38 (dois mil novecentos e
sessenta e um reais e trinta e oito centavos), a ser corrigida pelo INPC e acrescida de juros de mora no
patamar de 1% a.m. (um por cento ao mês), desde a data do cancelamento do bilhete, descontado o valor
já reembolsado pela empresa aérea. 7. Sem condenação em custas e honorários advocatícios, à
míngua da existência de recorrente vencido. 8. A súmula de julgamento servirá de acórdão (art.46, Lei
9099/95). (Acórdão 1209655, 07015269220198070011, Relator: FABRÍCIO FONTOURA BEZERRA,
Primeira Turma Recursal, data de julgamento: 17/10/2019, publicado no DJE: 13/11/2019. Pág.: Sem
Página Cadastrada.)

A despeito de não terem as Rés renegociado as passagens (NO-SHOW), não o fizeram por culpa
exclusivamente sua, na medida em que negligenciaram a resposta ao Autor tão logo solicitou, este, o
cancelamento das reservas. Assim, não apenas há valor a ser restituído como também a redução da multa
para 5% do valor total pago é medida que se impõe.

DOS DANOS MORAIS


948
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Por fim, quanto ao dano moral, a situação narrada não possui a extensão noticiada.

Cediço que nem toda situação desagradável e incômoda, aborrecimento ou desgaste é justificativa para
reparação por danos morais. A indenização extrapatrimonial surge em decorrência de uma conduta ilícita
ou injusta, que venha a causar forte sentimento negativo em qualquer pessoa comum, como vexame,
constrangimento, humilhação, situações não evidenciadas no caso dos autos.

O ocorrido, embora desagradável, não é capaz de sugerir reparação por danos morais.

Nesse contexto, não caracterizada circunstância que eventualmente tenha atingido a dignidade do Autor,
não há que se falar em dano moral.

DISPOSITIVO

ISSO POSTO, com fundamento no art. 487, I, do CPC:

1 – JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para condenar solidariamente


as Rés a restituírem, de maneira simples, ao Autor a quantia equivalente a 95% (noventa e cinco por
cento) do valor total das passagens aéreas, perfazendo a monta de R$-1.543,67 (hum mil, quinhentos e
quarenta e três reais e sessenta e sete centavos), corrigida monetariamente pelo INPC desde 05.08.20
(data do voo objeto do pedido de cancelamento) e acrescida de juros de mora de 1% (um por cento) ao
mês, desde a citação; e

2 – JULGO IMPROCEDENTE o pedido de indenização por danos morais.

Sem custas e honorários neste grau de jurisdição (arts. 54 e 55, da LJE).

Ocorrendo o trânsito em julgado, certifique-se.

Caso haja pagamento e tenha havido pedido de levantamento pela parte credora sem oferecimento de
impugnação e sem que tenha se iniciado nova fase processual, expeça-se alvará, certifique-se nos autos
e, nada mais havendo, arquive-se.

Em havendo interposição de Recurso Inominado que, desde já recebo apenas no seu efeito devolutivo
(art. 43, da LJE), abra-se prazo para a parte contrária, querendo, oferecer Contrarrazões e, após,
remetam-se os autos à Turma Recursal que tocar por distribuição, a quem caberá fazer o Juízo de
admissibilidade, inclusive a análise de eventual pedido de gratuidade judiciária.

Publique-se. Intimem-se.

Nada mais havendo, arquivem-se.

Cumpra-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0807650-73.2020.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: JOSE MARIO DE


MENDONCA DIAS Participação: ADVOGADO Nome: RENATA MARQUES AMARAL OAB: 26784/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SOANNY DOS SANTOS ROCHA OAB: 021635/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JESSICA PINHEIRO ALVES OAB: 21483/PA Participação: RECORRIDO Nome: Tam
Linhas aereas Participação: ADVOGADO Nome: FABIO RIVELLI OAB: 297608/PA
949
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Processo nº: 0807650-73.2020.8.14.0301

Eu, Diretor de Secretaria da 8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, por determinação legal, etc.,
abaixo assinado.

CERTIFICO para os devidos fins de direito que os presentes autos retornaram da Turma Recursal. É
verdade e dou fé.

Em cumprimento ao disposto no art. 1º, §2º, inciso XXII, do Provimento 006/2006 da CRMB, ficam
intimadas as partes sobre o retorno dos autos do E. Turma Recursal, a fim de que, querendo, procedam
aos requerimentos que entenderem pertinentes, no prazo de 15 (quinze) dias.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0845195-46.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: GILVANA


FERREIRA BARROS Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO BARBOSA PINHEIRO OAB:
007851/PA Participação: REQUERIDO Nome: LUIZ RICARDO DANTAS DE SOUSA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0845195-46.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Benfeitorias]
Nome: GILVANA FERREIRA BARROS
Endereço: Av. Júlio Cesar, 213, Açailândia, SALINóPOLIS - PA - CEP: 68721-000

Nome: LUIZ RICARDO DANTAS DE SOUSA


Endereço: Avenida Governador José Malcher, 2063, FUNERÁRIA METROPOLITANA, São Brás, BELéM -
PA - CEP: 66060-232

DECISÃO-MANDADO

Ausentes os requisitos legais, indefiro o pleito, sob o juízo de cognição sumária.

Isto porque, não obstante a reclamante afirmar que acreditava que o reclamado seria advogado quando se
ofereceu para tratar da pensão por morte em favor da reclamante e do inventário do companheiro da
reclamante, dos documentos constantes dos autos não identifico sequer indícios de tal condição do
reclamado, pois tanto do contrato de prestação de serviços (ID 30940558), quanto da procuração
outorgada pela reclamante (ID 30941941), na qualificação do reclamado este consta como autônomo.
Ademais, apenas pelos documentos juntados não é possível atestar que a reclamante esteja sendo
cobrada pela suposta prestação de serviços no valor de R$57.000,00 (cinquenta e sete mil reais), sendo,
portanto, temerária a concessão da tutela de urgência sem a necessária instrução do feito e o
estabelecimento do contraditório, uma vez ausentes a probabilidade do direito alegada e o risco de dano.

Assim, INDEFIRO o pedido de concessão de tutela de urgência.


950
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Quanto à pretensão da gratuidade judiciária, defiro-a (arts. 54 e 55, da LJE).

Cite-se o reclamado no endereço profissional indicado na exordial. Todavia, infrutífera a diligência,


independente de nova conclusão, proceda-se a tentativa de citação no endereço residencial do
reclamado constante no contrato de prestação de serviços que a reclamante afirma ter sido
celebrado em 2021 (ID 30940558), bem como na procuração vinculada ao ID 30941941, qual seja, Tv.
Timbó nº 2417, apt 403, Bairro do Marco, CEP: 66.095-531.

Intimem-se e aguarde-se a realização da audiência UNA já designada.

Cumpra-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do


Provimento nº 003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0875627-53.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO GAVEA Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA CARNEIRO RODRIGUES OAB: 24842/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GUSTAVO COELHO CAVALEIRO DE MACEDO PEREIRA OAB:
14816/PA Participação: EXECUTADO Nome: JOSE JOACYR MENDES LOPES Participação:
ADVOGADO Nome: ION ELOI DE ARAUJO VIDIGAL OAB: 3275/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0875627-53.2018.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Despesas Condominiais]
Reclamante: Nome: CONDOMINIO DO EDIFICIO GAVEA
Endereço: Loteamento Balneário Atalaia, S/N, Quadra 21, Lotes 11 e 12, Salinópolis, SALINóPOLIS - PA -
CEP: 68721-000

Reclamado: Nome: JOSE JOACYR MENDES LOPES


Endereço: Avenida Alcindo Cacela, 1177, ap. 404, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66060-000

Vistos.

Relatório dispensado (art. 38, da LJE).

Decido.

Dirimidas as questões processuais e de direito, determinou-se ao S.r Diretor de Secretaria que


indicasse, por meio da feitura de cálculos, quanto do montante depositado a título de garantia do Juízo
deveria ser levantado pela parte Exequente e quanto deveria ser restituído à parte Executada (Id
25403707), o que foi atendido por meio da Certidão Id 31746656.
951
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Assim, nos termos do certificado e nada mais havendo, a declaração de satisfação da obrigação é
medida que se impõe.

ISSO POSTO, com fundamento nos arts. 924, II e 925, do CPC, DECLARO SATISFEITA A
OBRIGAÇÃO e JULGO EXTINTA A EXECUÇÃO.

Sem custas e honorários (art. 54 e 55, da LJE).

Transitada em julgado a presente, expeçam-se alvarás de levantamento na conformidade dos


cálculos elaborados pelo S.r Diretor de Secretaria (Id 31746656).

Intimem-se.

Cumpra-se.

Após, dê-se baixa e arquivem-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0845407-67.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MAGNO


TRINDADE REIS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARIA MARQUES MAUES FILHO OAB:
14007/PA Participação: REQUERIDO Nome: VARANDAS DO MARCO ENGENHARIA SPE LTDA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

Processo nº 0845407-67.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Arrendamento Mercantil]
Nome: MAGNO TRINDADE REIS
Endereço: Travessa Doutor Enéas Pinheiro, 2739, apto 502 torre 1, Marco, BELéM - PA - CEP: 66095-015

Nome: VARANDAS DO MARCO ENGENHARIA SPE LTDA


Endereço: Travessa Mauriti, 2362, Construtora, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-180

DECISÃO-MANDADO

Ausentes os requisitos legais, indefiro o pedido de tutela de urgência, sob o juízo de cognição sumária.

Isto porque, não vislumbro, ao exame preliminar, demonstrada a probabilidade do direito alegada, pois
apenas pela afirmação do reclamante e documentos juntados, não é possível afirmar que é indevida a
cobrança levada a efeito pela reclamada, já que tal cobrança se refere ao exercício do direito de regresso
em face do reclamante relacionado à taxa de evolução de obra paga pela reclamada dos meses de abril a
setembro/2017 (ID 31130369, p. 1), quando ainda estava em construção a unidade imóvel adquirida pelo
reclamante, o qual afirma ter recebido o imóvel objeto do contrato firmado com a reclamada em
novembro/2017, sendo, portanto, temerária a concessão da tutela de urgência sem a necessária instrução
do feito e o estabelecimento do contraditório.

Ademais, observo que a notificação enviada ao reclamante e referente ao débito questionado é datada de
06/09/2018, porém somente em 2021 o reclamante ajuiza a presente ação insurgindo-se quanto à
cobrança e o respectivo protesto, o que entendo afastar o requisito do perigo de dano alegado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Diante disso, INDEFIRO o pedido de concessão de tutela de urgência.

Outrossim, em vista da natureza consumerista da relação e da vulnerabilidade do reclamante, com


fundamento no art. 6º, VIII, do CDC, inverto o ônus da prova em seu favor, o que não o desonera de
provar os fatos constitutivos do seu direito caso não seja hipossuficiente para tanto (art. 373, I, do CPC).

Cite-se, intimem-se e aguarde-se a audiência UNA já designada. Cumpra-se.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do


Provimento nº 003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0834287-27.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ELCE FRANCA


CARDOSO FEITOSA Participação: ADVOGADO Nome: DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM OAB:
003555/PA Participação: AUTOR Nome: SAMUEL JUNIOR DA SILVA FEITOSA Participação:
ADVOGADO Nome: DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM OAB: 003555/PA Participação: REU Nome:
ELIZEU GOMES CALDAS Participação: REU Nome: OCIMAR NUNES NASCIMENTO

Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66020-000

Processo nº 0834287-27.2021.8.14.0301

INTIMAÇÃO

Pelo presente, fica V. Senhoria INTIMADA, nos autos em epígrafe, a partir do momento da leitura
desta intimação, para se manifestar, no prazo de 05 (quinze) dias, acerca da devolução sem
cumprimento da Citação/Intimação expedida, cuja Aviso de Recebimento segue em id 31833399

Belém(Pa.), 16 de agosto de 2021.

(Assinado Digitalmente)

Número do processo: 0834287-27.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ELCE FRANCA


CARDOSO FEITOSA Participação: ADVOGADO Nome: DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM OAB:
003555/PA Participação: AUTOR Nome: SAMUEL JUNIOR DA SILVA FEITOSA Participação:
ADVOGADO Nome: DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM OAB: 003555/PA Participação: REU Nome:
ELIZEU GOMES CALDAS Participação: REU Nome: OCIMAR NUNES NASCIMENTO

Avenida Almirante Tamandaré, 873, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66020-000


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo nº 0834287-27.2021.8.14.0301

INTIMAÇÃO

Pelo presente, fica V. Senhoria INTIMADA, nos autos em epígrafe, a partir do momento da leitura
desta intimação, para se manifestar, no prazo de 05 (quinze) dias, acerca da devolução sem
cumprimento da Citação/Intimação expedida, cuja Aviso de Recebimento segue em id 31833399.

Belém(Pa.), 16 de agosto de 2021.

(Assinado Digitalmente)

Número do processo: 0828427-45.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ISMENIA DAMASCENO


DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: ULLY ARAUJO PINHEIRO OAB: 29345/PA Participação:
ADVOGADO Nome: DIEGO MARCOLINO PONTES SOARES OAB: 28299/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ROMULO PALHA ROSSAS NOVAES OAB: 19690/PA Participação: ADVOGADO Nome: SARAH
MAIA COSTA OAB: 31639/PA Participação: REU Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação:
ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0828427-45.2021.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Indenização por Dano Moral, Indenização por Dano Moral, Bancários]
Reclamante: Nome: ISMENIA DAMASCENO DE OLIVEIRA
Endereço: Passagem Leão, 22, São Clemente, BELéM - PA - CEP: 66643-015

Reclamado: Nome: BANCO BRADESCO S.A


Endereço: Banco Bradesco S.A., Rua Benedito Américo de Oliveira, s/n, Vila Yara, OSASCO - SP - CEP:
06029-900

Vistos etc,

Dispenso o relatório, nos termos do artigo 38 da Lei 9099/95.

ISMENIA DAMASCENO DE OLIVEIRA moveu a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE


DÉBITO C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, REPETIÇÃO DE INDÉBITO E
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA em face do BANCO BRADESCO S.A, ambos qualificados nos autos.

Aduz a parte autora que é aposentada junto ao INSS e constatou que fizeram um empréstimo em nome no
valor de R$ 17.092,09 (dezessete mil, noventa e dois reais e nove centavos), em 84 parcelas de R$
365,00.

Sustenta, também, que não contraiu o empréstimo em questão. Pleiteou, ao final, a declaração da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

inexistência do negócio jurídico, repetição em dobro do indébito, danos morais e antecipação de tutela.

É o breve relatório.

DECIDO.

Inicialmente afasto da preliminar de falta de interesse processual. Nos termos do artigo 5º, XXXVI, a lei
não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, motivo pelo qual a ausência de
pretensão resistida não é justa causa para a parte carecer do direito de ação.

Pois bem. A presente demanda submete-se à Lei nº 8.078/90, porque a matéria a ser discutida nos autos
versa sobre relação de consumo (artigos 2º e 3º do CDC), imperando, inclusive, a inversão do ônus da
prova em favor da requerente (art. 6º do CDC), por haver verossimilhança em suas alegações. Ao
magistrado cabe julgar com base no princípio da equidade e nas regras de experiência comum, as quais
dizem respeito àqueles fatos observados ordinariamente no cotidiano.

O ponto controvertido da demanda consiste em saber se a parte requerente contraiu o empréstimo em


questão ou autorizou terceiros a contrai-lo em seu nome.

O banco requerido não produziu provas de seus argumentos contrários ao pedido inicial. Não há qualquer
prova trazida pelo Requerido sobre a existência do contrato de empréstimo e eventual disponibilização de
crédito em favor da Parte Requerente.

Na verdade, restou demonstrado que a parte autora não contratou o empréstimo indicado na inicial, o que
justifica prosperar o seu pedido.

A parte autora afirmou categoricamente na sua inicial que não contraiu o empréstimo em questão,
tampouco autorizou que terceiros o fizessem em seu nome. Fato que já está demonstrado nos autos.

Desse modo, vejo ter ocorrido falha no serviço do Requerido, nos termos do artigo 14 do CDC, tendo em
vista que efetuou desconto na conta bancária da Requerente, mesmo sem a existência de um contrato
válido de empréstimo, o que, evidentemente, gera o dever de indenizar.

A parte requerente pleiteou ainda indenização por danos morais, face ao ato danoso praticado pelo
Requerido, o que encontra esteio no art. 6º, VI, do Código de Defesa do Consumidor, quando assim
determina:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

[...]

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

Épacífico em nossos Tribunais que o desconto indevido em benefício previdenciário em decorrência de


contrato de empréstimo inexistente gera dano moral. Na verdade, o senso comum nos indica que tal fato
gera dano moral.

Sobre a quantificação do dano moral, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que o magistrado


deve levar em conta os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, como se vê do julgado abaixo
transcrito:

JECCSE-000508) CONSUMIDOR. CONTRATO FIRMADO POR FALSÁRIO. RECURSO DO AUTOR.


PEDIDO DE EXONERAÇÃO DO PAGAMENTO DA DÍVIDA E RETIRADA DO NOME DO SPC.
AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. DECISÃO FAVORÁVEL AO AUTOR PROFERIDA PELO JUÍZO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A QUO. Não conhecimento parcial do recurso relativo a esses questionamentos. Dano moral. Cautela
parcial do banco para abertura de conta bancária. Ausência de maiores cuidados do banco ao conferir os
documentos apresentados e confrontar as informações neles constantes. Distorção entre os
empregadores do falsário. Excludente de ilicitude não configurada. Reforma da sentença. Dano moral
objetivo configurado. Dano in re ipsa. Dever de indenizar. Fixação do quantum. Principio da razoabilidade
e proporcionalidade. Juros e correção monetária. Recurso conhecido em parte para no que tange ao pleito
de arbitramento do valor da indenização lhe dar parcial provimento. Recurso do banco. Manutenção nome
do autor do cadastro de inadimplentes e da dívida junto à instituição bancária. Indeferimento. Recurso
conhecido e improvido. Custas e honorários advocatícios. (Processo nº 201000901837, Turma Recursal
dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais/SE, Rel. Rosa Maria Mattos A. de S. Brito. unânime, DJ
16.11.2010).

Sopesados os fatos e os direitos que amparam a pretensão autoral, estou convencido de que a
Requerente sofreu danos morais, que devem ser reparados, fixando-se a cifra no valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), a título de indenização.

Dessa forma, entendo ser esse valor razoável para proporcionar compensação aos dissabores e
transtornos sofridos, vez que essa cifra não proporcionará enriquecimento sem causa e não colocará a
parte ofensora em situação de miséria, bem como pela sensação de insegurança e o desgaste emocional
que o fato naturalmente provoca.

A parte requerente pleiteou o indébito do valor descontado de forma indevida, o que tem esteio no art. 42,
parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, in verbis:

Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese
de engano justificável.

O entendimento jurisprudencial é no sentido de que o empréstimo fraudulento gera indébito, como se vê


do julgado abaixo:

TJMA-042449) APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO.


FRAUDE NA CONTRATAÇÃO. CONFERÊNCIA DOS DADOS. AUSÊNCIA DE CAUTELA PELO BANCO
APELAN TE. C ULP A E V IDE NCIA DA . DA NO S MO RA I S CA RA CT E RI Z A DO S . Q U A N T U M
INDENIZATÓRIO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. MINORAÇÃO. REPETIÇÃO DO
INDÉBITO. CABIMENTO. MINORAÇÃO. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. I. Verificada conduta
negligente do Banco Apelante ao conceder empréstimo a terceiro com os documentos da Apelada,
consubstancia nexo causal com os danos decorrentes, e o posterior dever de indenizar. II. Para a
caracterização do dano moral dispensa-se a prova de sua configuração, ou seja, da demonstração de seu
prejuízo em concreto, na medida em que decorre in re ipsa nos casos de descontos indevidos em
benefício previdenciário fruto de fraude em empréstimo consignado. III. O valor da compensação do dano
moral deve se ater aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, devendo ser minorado. IV. In
casu, é cabível a repetição do indébito, uma vez que resta claro nos autos que houve descontos indevidos
no benefício previdenciário do Autor. Além disso, é necessária a reforma da r. sentença, uma vez que o
Magistrado de base equivocou-se quanto ao número de parcelas indevidamente descontadas. IV. Apelo
parcialmente provido. (Apelação Cível nº 3.347/2010 (114213/2012), 1ª Câmara Cível do TJMA, Rel. Maria
das Graças de Castro Duarte Mendes. j. 26.04.2012, DJe 07.05.2012). Original não negritado.

Neste sentido, prospera o pedido de devolução em dobro do valor cobrado indevidamente.

DISPOSITIVO
956
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ante o exposto, ACOLHO o pedido da Requerente, na forma do art. 487, I, primeira parte, do Código de
Processo Civil e EXTINGO o processo com resolução de mérito, na forma da fundamentação já exposta.

DECLARO nulo o contrato de empréstimo indicado na inicial e a exigibilidade da obrigação contratual, nos
termos da fundamentação já exposta.

CONDENO o banco requerido a restituir, em dobro, o valor que descontou indevidamente do benefício da
parte autora, totalizando o valor de R$ 7.300,00 (sete mil e trezentos reais), devendo este montante ser
corrigido pelo INPC, e acrescido de juros de mora de 1% a.m., a partir da citação.

CONDENO, ainda, o requerido a indenizar a parte autora, na importância de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
a título de danos morais, a ser corrigida monetariamente pelo INPC, a partir da data do arbitramento
(Súmula 362 do STJ) e acrescidos de juros legais na proporção de 1% (um por cento) ao mês, a partir da
citação.

Isento de custas e honorários, pois incabíveis no Sistema do Juizado Especial, nos termos do art. 55, da
Lei No. 9.099/1995. Defiro a gratuidade somente a parte autora.

Serve a presente decisão como mandado/comunicação/ofício.

P.R.I.

Servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como mandado, na forma do Provimento nº
003/2009/CJRMB, de 22 de janeiro de 2009.

Belém, data e assinatura infra por certificado digital.

Número do processo: 0861347-43.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: JOAO DA SILVA


LOPES Participação: ADVOGADO Nome: RAPHAEL LIMA PINHEIRO OAB: 12744/PA Participação:
RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação:
ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA

ATO ORDINATÓRIO

Processo nº 0861347-43.2019.8.14.0301
Reclamante: JOAO DA SILVA LOPES
Reclamada: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

LINK PARA SALA DE AUDIÊNCIA: https://teams.microsoft.com/l/meetup-


join/19%3ac8bc762cc16a42aa824a71766920b3bb%40thread.skype/1629115301351?context=%7b%2
2Tid%22%3a%225f6fd11e-cdf5-45a5-9338-b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22a2417119-
a2e3-46fa-ace2-d8deffd18e9f%22%7d

Em cumprimento ao Provimento 006/2006-CJRMB-TJPA, e tendo em vista os


termos das Portarias Conjuntas nº 007/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-TJPA e 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI-
TJPA, está agendada AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (virtual)
para o dia 20/09/2021 11:30 horas, a ser realizada pela Plataforma de Comunicação Microsoft Teams
. Desta forma, o ato será realizado mediante utilização de recurso tecnológico de transmissão de
som e imagem, por videoconferência e em tempo real, devendo as partes e os advogados acessarem
a audiência no dia e horário designados, por computador, celular (smartphome) ou tablet, por meio do
link acima. As partes estão advertidas de que o não comparecimento injustificado à audiência por
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

videoconferência, no dia e horário designados, gerará, no caso do(a) reclamante, a extinção do


processo sem resolução do mérito, e, na hipótese do(a) reclamado(a), a revelia, nos termos do art.
20, combinado com o art. 23 e o art. 51, inciso I, da Lei nº 9.099, de 1995 c/c art. 29 da Portaria Conjunta
012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos. Caso não haja acordo, será imediatamente realizada a Instrução do feito,
devendo a parte Reclamada ter apresentado, até este momento, defesa escrita ou oral e produzido as
provas admitidas em direito que entender necessárias, inclusive por testemunhas, no máximo de três.
Adverte-se, ainda, que as partes devem estar munidas de documento original de identificação, com foto.
A parte pode entrar em contato diretamente com esta Secretaria pelo WhatsApp (91) 98439-4616,
para solicitar o link da sala de audiência, COM ANTECEDÊNCIA DE CINCO (05) DIAS. É verdade e
dou fé.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.

Número do processo: 0842015-56.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


TOTAL LIFE CLUB HOME Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL MONTEIRO
OAB: 16941/PA Participação: REQUERIDO Nome: VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: FREDERICO AUGUSTO CURY OAB: 186015/SP Participação:
REQUERIDO Nome: PROJETO IMOBILIARIO SPE 46 LTDA. Participação: ADVOGADO Nome:
FREDERICO AUGUSTO CURY OAB: 186015/SP

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


8ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BELÉM

SENTENÇA

Processo nº 0842015-56.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Despesas Condominiais]
Reclamante: Nome: CONDOMINIO TOTAL LIFE CLUB HOME
Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 3975, Tenoné, BELéM - PA - CEP: 66820-000

Reclamado: Nome: VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A.


Endereço: Rua dos Mundurucus, 3100, sala 2002 C, Cremação, BELéM - PA - CEP: 66040-033
Nome: PROJETO IMOBILIARIO SPE 46 LTDA.
Endereço: Rua dos Mundurucus, 3100, sala 2002 C, Cremação, BELéM - PA - CEP: 66040-033

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Vistos.
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Dispenso o relatório na forma do art. 38, da Lei nº 9.099/95.

Decido.

DA SUSPENSÃO DO FEITO

A Ré 02 – INPAR PROJETO 46 SPE LTDA requereu a suspensão processual em observância à ordem de


liquidação do patrimônio de afetação.

Não obstante, desacolho a pretensão, tendo em vista que o presente feito ainda se encontra na fase de
conhecimento, de modo que sequer existe título executivo constituído nos autos.

DA LEGITIMIDADE PASSIVA

Considerando que a entrega das chaves à primeira compradora do imóvel gerador dos débitos objeto
desta ação se deu em 23.06.16, conforme Termo de Vistoria, Entrega de Chaves e Manual do Proprietário
(Id 18894518), há legitimidade das Rés para figurarem no polo passivo, considerando que os valores que
se cobram são anteriores à tal data.

PASSO AO MÉRITO.

A hipótese é de parcial procedência com base nos fundamentos que seguem.

Em razão do inadimplemento das quotas condominiais (dívida propter rem) dos meses de
dezembro/15 e de janeiro/16 a junho/16, referentes ao Apartamento 601, do Bloco B2, do Condomínio
Autor, na suposta quantia total de R$-4.859,73 (oito mil, oitocentos e cinquenta e nove reais e setenta e
três centavos - Id 23815809), ajuizou-se a presente demanda, cujo fundamento encontra-se no art. 1.348,
VII, do CC/02.

DA PREVISÃO EM ATA

Conforme ata de Assembleia Geral Extraordinária - AGE, ocorrida em 06.11.15 (Id 18894514),
houve a minoração da taxa condominial, passando para o importe de R$-299,77.

Tendo em vista que aos autos não foram juntadas quaisquer atas do ano de 2016 e não havendo
impugnação específica quanto a isto, há de se atribuir para o período equivalente, que coincide com o
período de cobrança desta ação, o mesmo valor da taxa condominial aprovada na AGE acima referida.

QUANTO AOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Compulsando o histórico de dívidas, verifica-se que foi acrescida cobrança de honorários


advocatícios de 20% (vinte por cento) sobre o valor do débito (Id 23815809).

Não obstante o art. 27, da Convenção Condominial (Id 18894497 – Pág. 05) preveja a incidência de
honorários advocatícios, a cobrança desta verba vai de encontro ao entendimento firmado por este Juízo
que, de ofício, a tem afastado.

Isso porque, se opta o Condomínio Autor pelo procedimento dos Juizados Especiais, com todas as
facilidades a ele inerentes, notadamente a isenção de custas e a celeridade do rito, deve, de igual sorte,
adequar-se às restrições impostas pela Lei.

Desse modo, se os arts. 54 e 55, da LJE impossibilitam a condenação em custas e honorários


neste grau de jurisdição, por decorrência lógica, resta impossibilitada a cobrança da referida verba pela via
eleita no presente feito, o que impõe o seu afastamento.
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QUANTO AO ÍNDICE DE CORREÇÃO

O art. 27, da Convenção Condominial (Id 18894497 – Pág. 05) dispõe que o valor devido será
“atualizado monetariamente na mesma proporção da variação do índice que melhor refletir a inflação do
período, verificada entre a data do vencimento e aquela em que se der o efetivo pagamento”.

Assim, e considerando que o Condomínio Autor deixou de indicar qual índice satisfazia tal requisito
(Id 18894517 e Id 23815809), deverá ser utilizado o INPC, eis que além de se tratar de índice oficial é o
que melhor expressa a desvalorização da moeda.

QUANTO AOS VALORES DEVIDOS

Feitas as considerações acima, a condenação das Rés ao pagamento é medida que se impõe.

Apenas para facilitar a liquidação, adotar-se-á o valor singelo (principal) de cada parcela, ou seja,
aquele da data do seu vencimento (Id – 23815809).

Portanto, diante dos liames acima delineados, tem-se que a quantia principal e singela devida pelas Rés é
de R$-2.098,39 (dois mil e noventa e oito reais e trinta e nove centavos).

Sobre essa quantia deverá incidir correção monetária pelo INPC, bem como juros de mora de 1% ao mês
e multa de 2%. Tudo a contar do vencimento de cada uma das quotas condominiais a serem consideradas
isoladamente (art. 27, da Convenção Condominial – Id 18894497 – Pág. 05).

DISPOSITIVO

ISSO POSTO, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido inicial para condenar as Rés a pagarem ao Condomínio Autor
a quantia principal de R$-2.098,39 (dois mil e noventa e oito reais e trinta e nove centavos), corrigida
monetariamente pelo INPC, acrescida de juros de mora de 1% ao mês, bem como de multa de 2%. Tudo a
contar do vencimento de cada uma das quotas condominiais ordinárias consideradas isoladamente (art.
27, da Convenção Condominial – Id 18894497 – Pág. 05).

Sem custas e honorários nesta instância, conforme artigos 54 e 55 da Lei 9.099/95.

Na hipótese de pagamento, inexistindo impugnação e caso não se tenha iniciado nova fase processual,
expeça-se alvará em benefício da parte credora e arquivem-se.

Em havendo interposição de Recurso Inominado, que desde já recebo apenas no efeito devolutivo (art. 43,
da LJE), abra-se prazo para a parte contrária, querendo, oferecer Contrarrazões e, após, remetam-se os
autos à Turma Recursal que tocar por distribuição.

Ocorrendo o trânsito em julgado e nada mais havendo, arquivem-se.

P.R.I.C.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0805546-11.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: LUIZ PAULO


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SOARES DA SILVA Participação: REQUERIDO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE


ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA QUEIROZ DE OLIVEIRA CEI OAB:
23766/PA Participação: ADVOGADO Nome: JANARY DO CARMO VALENTE OAB: 20291/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CARLA DO SOCORRO RODRIGUES ALVES OAB: 14073/PA

DECISÃO-MANDADO

Processo nº 0805546-11.2020.8.14.0301
Autos de AÇÃO [Indenização por Dano Moral, Fornecimento de Energia Elétrica, Obrigação de Fazer /
Não Fazer]
Nome: LUIZ PAULO SOARES DA SILVA
Endereço: SAO PEDRO, 27, BENGUI, BELéM - PA - CEP: 66630-130

Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, km 8,5, Coqueiro, BELéM - PA - CEP: 66823-010

Vistos.

Sobreveio sentença de improcedência quanto aos pedidos formulados na inicial e de procedência


quanto ao pedido contraposto.

Requereu a parte Ré ¿ EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA a inauguração da fase de


Cumprimento de Sentença.

Ocorre que da articulação entre o disposto no Enunciado nº. 31, do FONAJE e o disposto no art. 8º,
§ 1º, II, da LJE c/c o Enunciado nº. 135, do FONAJE, falece competência a este Juízo para promover a
execução do julgado.

Isso porque, havendo a inversão dos polos, passaria a parte Ré a figurar no polo ativo desta
demanda, o que, na prática, implicaria em violação aos requisitos normativos-legais acima identificados
que, de maneira taxativa, indicam quais são as pessoas jurídicas que podem demandar perante os
Juizados Especiais e, dentre elas, não estão incluídas as de categoria igual a da parte Ré.

Não obstante, havendo título executivo judicial constituído, nada impede que a pretensão seja
proposta por meio de nova ação perante o Juízo competente.

Assim, por nada mais haver, dê-se baixa e arquivem-se.

Intime-se.

Cumpra-se.

Belém, data e assinatura por certificado digital.

Número do processo: 0816298-13.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JANOS GARRIDO


DOS SANTOS COSTA Participação: ADVOGADO Nome: HADNA FERREIRA FARIAS DA SILVA OAB:
24523/PA Participação: ADVOGADO Nome: TAMY DA COSTA FELIX OAB: 22641/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JANEHELLY NAZARE DA SILVA NASCIMENTO OAB: 17463/PA Participação:
REQUERIDO Nome: TELEMAR NORTE LESTE S/A Participação: ADVOGADO Nome: ELADIO
MIRANDA LIMA - OAB 86235-A/RJ
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ATO ORDINATÓRIO

Processo nº: 0816298-13.2018.8.14.0301

Eu, Diretor de Secretaria da 8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, por determinação legal, etc.,
abaixo assinado

CERTIFICO para os devidos fins de direito que em cumprimento a Decisão vinculada ao ID 24274237,
elaborei o Cálculo Judicial juntado no ID 31520484 dos Autos. CERTIFICO, ainda, que faço a juntada do
Extrato da subconta vinculada ao processo para conferência dos valores encontrados na mesma. É
verdade e dou fé.

Considerando o inciso VI do §2° do art. 1° do Provimento nº 006/2006, CJRMB e CJCI, ficam V. Senhora
INTIMADAS, a partir da leitura do presente Ato Ordinatório, a se manifestarem, no prazo de cinco (05)
dias, acerca dos Cálculos apresentados, tudo em conformidade com a referida Decisão.

(Datado e Assinado Digitalmente)


Diretor de Secretaria da
8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.
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SECRETARIA DA 9ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0818788-42.2017.8.14.0301 Participação: RECORRENTE Nome: JURACI DE


MELO MORAES Participação: ADVOGADO Nome: MARCUS ANTONIO DE SOUZA FERNANDES FILHO
OAB: 27185/PA Participação: RECORRIDO Nome: MARCIO ROBERTO MONTEIRO DA CRUZ

Processo 0818788-42.2017.8.14.0301

RECORRENTE: JURACI DE MELO MORAES

RECORRIDO: MARCIO ROBERTO MONTEIRO DA CRUZ

DESPACHO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 1º, §2º, XXII do Provimento nº. 006/2006, da CJRMB, e do art.203, § 4º, do CPC,
intime-se as partes sobre o retorno dos autos das Turmas Recursais, a fim de que requeiram, no prazo de
15 dias, o que entenderem pertinente, inclusive o cumprimento de sentença, sob pena de
arquivamento.
Belém, 16 de agosto de 2021.

Marly Ferreira de Araújo

Auxiliar Judiciário – 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0860971-23.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA SALETE DE


SOUZA FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA CLEUZA DE JESUS OAB: 20413/MT
Participação: REU Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA
COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

Processo 0860971-23.2020.8.14.0301

AUTOR: MARIA SALETE DE SOUZA FERREIRA

REU: BANCO BRADESCO S.A

DESPACHO ORDINATÓRIO

Considerando que todas as determinações judiciais foram cumpridas pela Serventia, assim como pelas
partes, com base no art. 1º, caput e § 1º da Ordem de Serviço nº 01/2020-9VJEC-GAB (Publicada no DJE
de 19/02/2020), arquivem-se os autos.

Intimem-se as partes, advertindo-as que os autos poderão ser desarquivados, sem recolhimento de
custas, no prazo de 06 meses, contados da intimação deste ato, ou do próprio ato, sendo inviável a
intimação por qualquer meio (art. 1º, § 2º da Ordem de Serviço nº 01/2020-9VJEC-GAB).

Belém, 16 de agosto de 2021.


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LUCIANA SANTOS E SILVA GONÇALVES


Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0845636-27.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ENELY DAS NEVES


RAMOS Participação: ADVOGADO Nome: HASSEN SALES RAMOS FILHO OAB: 22311/PA Participação:
REU Nome: MAXMIX COMERCIAL LTDA Participação: REU Nome: ELECTROLUX DO BRASIL S/A

PROCESSO nº 0845636-27.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: ENELY DAS NEVES RAMOS

RECLAMADO(A): MAXMIX COMERCIAL LTDA

RECLAMADO(A): ELECTROLUX DO BRASIL S/A

DECISÃO

Trata-se de ação de rito sumaríssimo na qual a parte reclamante narra ter adquirido, em 04/07/2020,
estabelecimento da reclamada MAXMIX COMERCIAL LTDA, um produto liquidificador E6TB1
ELECTROLUX 127V VE fabricado pela reclamada ELECTROLUX DO BRASIL S/A, efetuando o
pagamento do preço cobrado, no valor de R$ 249,99 (duzentos e quarenta e nove reais e noventa e nove
centavos).

Afirma que o produto apresentou vícios – fazer ruído e apresentar vazamentos – razão pela qual o levou à
assistência técnica no dia 15/06/2021, contudo, até a data da propositura da demanda (09/08/2021), as
reclamadas não teriam sanado os problemas, tão pouco devolvido o valor pago pelo aparelho.

Requer tutela provisória de urgência para que as partes reclamadas promovam a substituição do produto
por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso ou lhe restituam a quantia paga,
monetariamente atualizada.

É o relatório. Decido.

Os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência são descritos no artigo 300 do Código de
Processo Civil de 2015, que exige a conjugação da probabilidade do direito com a possibilidade de dano
ou risco ao resultado útil do processo; mantendo-se, para as tutelas de urgência de natureza antecipada, o
requisito negativo de que não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015).

Neste tocante, destaque-se que a doutrina pátria é pacífica no sentido de que a vedação à concessão da
tutela provisória de urgência de natureza antecipada por conta de perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto, quando configurar verdadeira
violação à garantia constitucional do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CF/88).

Neste sentido, o Enunciado nº 25 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados –


ENFAM: “A vedação da concessão de tutela de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300,
§3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto com base na garantia do acesso à Justiça (art. 5º,
XXXV, da CFRB.”

No presente caso, observo que a petição inicial PREENCHE os requisitos autorizadores da


concessão da tutela de urgência pretendida.
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Presente a probabilidade do direito da parte reclamante, uma vez que, por meio do documento de ID nº
31204192, demonstrou ter levado o produto fabricado pela reclamada ELETROLUX e comercializado pela
reclamada MAXMIX à assistência técnica no dia 15/06/2021, de modo que, ao menos nos limites da
cognição sumária admitida neste momento, faz jus à escolha de uma das opções elencadas no § 1º do art.
18 do CDC (substituição do produto, devolução do valor pago, ou abatimento proporcional do preço), pois,
ao menos em tese, o vício do produto não foi sanado no prazo legal de 30 (trinta) dias.

Tendo em vista que todos os integrantes da cadeia de fornecimento (desde o fabricante, até o
comerciante) respondem solidariamente pelos vícios de qualidade apresentados pelos produtos, a parte
reclamante pode demandar tais direitos de ambas as reclamadas.

Considerando que compete ao consumidor escolher dentre as hipóteses previstas no § 1º do

art. 18 do CDC e que a parte reclamante, pelo que consta da exordial, se satisfará tanto com

a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso

, quanto com a restituição da quantia paga, monetariamente atualizada, possível deferir

o pedido de maneira alternativa para que as reclamadas escolham de que maneira cumprirão a obrigação.

Também verifico a presença da possibilidade de dano à parte reclamante, uma vez que, caso não seja
deferida a medida, permanecerá privada do uso do produto necessário a preparação de refeições para sua
pessoa e sua família.

Ressalte-se que a concessão da tutela de urgência não resulta em medida irreversível, pois, caso as
reclamadas se sagrem vencedoras na demanda, nada obstará que cobrem da parte reclamante os valores
restituídos ou indenização pelo fornecimento do produto substituto, inclusive por meio de pedido
contraposto deduzido nestes autos.

Diante da presença dos requisitos necessários, DEFIRO o pedido de tutela provisória de urgência
DETERMINANDO que as partes reclamadas, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada da presente decisão, à sua escolha:

a) DEPOSITEM em juízo os R$ 249,99 (duzentos e quarenta e nove reais e noventa e nove centavos)
pagos pelo produto objeto da demanda, monetariamente atualizado; OU

b) promovam a substituição do liquidificador E6TB1 ELECTROLUX 127V VE por outro da mesma espécie,
em perfeitas condições de usos.

O descumprimento da presente decisão acarretará aplicação de multa única às reclamadas, no valor de


R$ 1.000,00 (um mil reais), a ser revertida em prol da parte reclamante, sem prejuízo de sua majoração,
penhora via SISBAJUD ou busca e apreensão, medidas a serem requeridas pela parte reclamante em
cumprimento provisório de decisão a ser manejado em autos apartados.

Intime-se as partes desta decisão.

Ciente a parte reclamante da audiência designada automaticamente pelo PJE.

Citem-se e intimem-se as partes reclamadas, com as advertências de praxe, para comparecerem à


audiência já designada.

A Audiência Una será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de Comunicação Microsoft
Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de videoconferência, constante do
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website do TJE/PA- http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890.

Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.

Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.

Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).

Solicitamos às partes que juntem antecipadamente no PJE os seguintes documentos: contestação,


manifestação à contestação, procuração, substabelecimento, demais documentos comprobatórios (em
PDF, vídeo, áudio, fotografias, etc.) e manifestação aos documentos.

Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº 9.099/95).

Ressalte-se ainda que, nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/95).

A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/95 implica em renúncia ao crédito excedente
ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos), conforme
previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.

Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, resta deferida a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

Intime-se a parte reclamada para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promovam seu cadastro no Sistema PJE para recebimento de citações e intimações
por meio eletrônico, nos termos do § 1º do art. 246 do CPC/2015.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O descumprimento da determinação supra será punido, na forma do art. 77, §§ 1º e 2º, do CPC/2015,
como ato atentatório à dignidade da Justiça com aplicação de multa, que fixo em 5% (cinco por cento) do
valor da causa, a ser revertida em favor da Fazenda Pública Estadual, sem prejuízo de adoção de
medidas civis, processuais e penais cabíveis.

Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.

Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.

Após apresentada contestação, havendo preliminares, pedido contraposto e documentos porventura


trazidos na lide pela parte reclamada, será concedido consecutivamente à parte autora prazo de 05 (cinco)
dias úteis, para fins de manifestação, e em seguida serão os autos remetidos conclusos para julgamento,
conforme ordem cronológica de conclusão dos processos.

Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.

De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.

Autorizo a expedição das cartas precatórias que se façam necessárias.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 11 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0828923-74.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: IZABEL CRISTINA


ATAIDE DA SILVA DE MOURA Participação: RECLAMADO Nome: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ISAAC COSTA LAZARO FILHO OAB: 18663/CE Participação:
ADVOGADO Nome: IGOR MACEDO FACO OAB: 16470/CE

PROCESSO nº 0828923-74.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: IZABEL CRISTINA ATAIDE DA SILVA DE MOURA

RECLAMADO(A): HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECISÃO

Tendo em vista os problemas apontados na certidão de ID nº 31382504 e considerando que o juiz pode
determinar providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, intime-se
a parte reclamante para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada da
presente decisão, deposite, em Juízo, os valores apontados nos boletos trazidos aos autos com a petição
de ID nº 30899064.

Comprovado o depósito ou constatado por meio de consulta ao extrato da conta vinculada, intime-se a
parte reclamada para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada:

a) requeira a expedição de alvará judicial para transferência dos valores eventualmente depositados em
Juízo pela parte reclamante para conta bancária a ser indicada na peça;

b) cumpra a decisão de ID nº 28156361, restabelecendo o plano de saúde contratado pela parte


reclamante, respeitadas as mesmas condições de cobertura assistencial, sob pena de aplicação da multa
já fixada.

Não comprovado o depósito judicial, certifique-se nos autos e aguarde-se a audiência já designada.

Intime-se e cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0833047-03.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LEOGENIO GONCALVES


GOMES Participação: ADVOGADO Nome: LEOGENIO GONCALVES GOMES OAB: 2872/PA
Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação:
ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA

PROCESSO nº 0833047-03.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: LEOGENIO GONCALVES GOMES

RECLAMADA: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.

DECISÃO

Em petição de ID nº 30863213, a parte reclamante informa o descumprimento da tutela provisória de


urgência deferida nos autos e arrola testemunha.

Mesmo com o advento do CPC/2015, eventual execução provisória de decisão deve ser feita em autos
apartados, seja para evitar o tumulto processual, com a prática concomitante de atos de conhecimento e
execução, seja por questões de ordem prática, uma vez que, em caso de eventual recurso interposto em
face de sentença proferida na fase de conhecimento ou de cumprimento provisório de sentença, os autos
principais serão remetidos à Turma Recursal, o que inviabilizaria o prosseguimento da outra fase.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Havendo notícia de descumprimento da tutela provisória de urgência concedida nos autos, ao menos em
uma primeira análise, faz jus a parte reclamante à multa por descumprimento, o que deve ser confirmado
por ocasião da sentença de mérito, em caso de procedência do pedido.

Caso queira ver a parte reclamada compelida ao depósito judicial da multa já fixada ou compelida ao
cumprimento da obrigação sob pena de multa majorada ou com periodicidade diária, a parte reclamante
deverá mover cumprimento provisório da decisão em autos apartados.

Quanto à testemunha arrolada, não tendo havido requerimento de intimação, nos termos do art. 34, § 1º,
da Lei nº 9.099/95, a parte reclamante poderá providenciar o seu comparecimento à audiência.

Aguarde-se a audiência já designada.

Intime-se e cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0831179-92.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: VALDINEY


LOPES BRITO Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA
S.A - EQUATORIAL Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

Processo: 0831179-92.2018.8.14.0301 - PJE (Processo Judicial Eletrônico)

Promovente: Nome: VALDINEY LOPES BRITO


Endereço: WE 02 CONJUNTO SATELITE, 145, FUNDOS, COQUEIRO, BELéM - PA - CEP: 66670-380

Promovido(a): Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL


Endereço: AV AUGUSTO MONTENEGRO, KM 08, 08, Parque Verde, BELéM - PA - CEP: 66823-010

SENTENÇA

Vistos etc.

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da Lei n° 9.099/95.

VALDINEY LOPES BRITO, titular da CONTA CONTRATO nº , move ação em face de EQUATORIAL
PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., na qual requer:

a) condenação da reclamada a pagar a quantia de R$767,96, a título de repetição de indébito, em razão


do pagamento da fatura de CNR, expedida indevidamente pela ré.

b) condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais, no importe de R$18.132,04


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

c) inversão do ônus da provavelmente

A empresa requerida, por sua vez, sustenta a existência de irregularidade na medição do consumo,
licitude da cobrança e ausência de dano moral.

DO MÉRITO

Da inversão do ônus da prova

Versam os autos sobre evidente relação de consumo, uma vez que a parte reclamante é pessoa física que
utiliza o serviço prestado pela parte reclamada como destinatária final, caracterizando-se como
consumidora, nos termos do art. 2º do CDC, enquanto a reclamada, concessionária de serviço público, é
pessoa jurídica que desenvolve atividade de prestação de serviço público de fornecimento de energia
elétrica, afigurando-se fornecedora no âmbito do mercado consumerista, nos termos dos arts. 3º e 22, do
CDC.

De outro lado, a parte reclamante, além de consumidora, é hipossuficiente no que tange à produção
probatória – uma vez que dela não se espera a detenção do conhecimento técnico e dos meios de prova
necessários à resolução da lide no que tange à inocorrência de irregularidade de consumo e da correção
do procedimento de recuperação da energia eventualmente consumida fora da medição –, razão pela qual
é imperioso inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.

Aponte-se que os requisitos para inversão do ônus da prova previstos no dispositivo supra –
verossimilhança das alegações formuladas e hipossuficiência do consumidor – são alternativos, bastando
a presença de um deles para deferimento da medida.

Além do mais, de acordo com a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, é a parte reclamada
quem detém as melhores condições de provar as irregularidades de consumo que afirma ter encontrado
em vistorias realizada na unidade e que realizou corretamente o procedimento de recuperação do
consumo fora da medição, uma vez que os documentos referentes a estes fatos estão em seu poder.

DO DÉBITO DE CNR

O E. TJPA, em julgamento de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas – IRDR (Processo nº.


0801251-63.2017.8.14.0000), visando determinar as balizas de inspeção para apuração de consumo
de energia não faturado e, consequentemente, a validade das cobranças de débito realizadas a
partir dessas inspeções, fixou as seguintes teses:

a) A formalização do Termo de Ocorrência de Inspeção (TOI) será realizada na presença do consumidor


contratante ou de seu representante legal, bem como de qualquer pessoa ocupante do imóvel no
momento da fiscalização, desde que plenamente capaz e devidamente identificada;

b) Para fins de comprovação de consumo não registrado (CNR) de energia elétrica e para validade da
cobrança daí decorrente a concessionária de energia está obrigada a realizar prévio procedimento
administrativo, conforme os arts. 115, 129, 130 e 133, da Resolução nº. 414/2010, da ANEEL,
assegurando ao consumidor usuário o efetivo contraditório e a ampla defesa;

c) Nas demandas relativas ao consumo não registrado (CNR) de energia elétrica, a prova da efetivação e
regularidade do procedimento administrativo disciplinado na Resolução nº. 414/2010, incumbirá à
concessionária de energia elétrica.

Sendo assim, cabe à parte reclamada a prova:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

a) da ocorrência de consumo não registrado (CNR) de energia elétrica;

b) da regularidade do procedimento administrativo para apuração dos valores devidos, com observância
dos arts. 115, 129, 130 e 133, da Resolução nº. 414/2010, da ANEEL, e de que foi assegurado ao
consumidor o efetivo contraditório e a ampla defesa.

A inobservância de qualquer destas exigências, implica na invalidade da cobrança.

Note-se que nos termos do art. 985, I e II, do CPC/2015, uma vez julgado o IRDR, tais teses devem ser
aplicadas a todos os processos individuais e coletivos, pendentes e futuros, que versem sobre idêntica
questão, em face de sua eficácia vinculante, sem necessidade de trânsito em julgado do acórdão, como se
depreende do caput do citado dispositivo, mesmo porque na hipótese de não serem confirmadas pelos
Tribunais Superiores, os julgados que as tenham adotado serão suscetíveis de ajuste pelos modos
previstos no art. 1.040 do CPC/2015.

Dito isso e passando à análise do caso concreto, à luz das teses firmadas no precedente, observo que a
ré logrou êxito em provar o consumo não registrado (CNR) de energia elétrica.

Tal conclusão pode ser alcançada não só pelo TOI, como também pelo registro fotográfico da inspeção e
histórico da unidade que aponta ter havido majoração no consumo após a troca do medidor de energia
adotada pela ré quando da fiscalização da unidade em setembro de 2017, bem ainda, pelo laudo emitido
pelo IMETROPARÁ, cujas conclusões não deixam dúvida acerca do defeito apresentado pelo
equipamento e sua influência para menor na medição Id. 10414771 - Pág. 2.

Outrossim, também constato que a empresa seguiu o procedimento correto tanto na formalização do TOI,
assim como, dando ciência ao consumidor da inspeção e da irregularidade e facultando-lhe exercer o
direito de defesa, como bem demonstram não só as provas carreadas pela defesa, como os documentos
juntados pelo próprio reclamante. Houve ainda demonstração clara do critério utilizado para apurar o valor
devido, que se encontra devidamente previsto na Resolução 414 ANEEL que rege o setor.

Assim, a única conclusão possível é que a cobrança levada a efeito pela requerida atendeu às balizas
fixadas pelo TJPA quando do julgamento do IRDR suso aludido e que não há prova capaz de desconstituí-
la, mesmo porque o reclamante sequer conseguiu comprovar, ainda que minimamente, a tese de que seu
consumo aumentou após a troca do medidor em virtude da utilização de uma máquina de estamparia em
sua residência, o que poderia ser facilmente comprovado mediante juntada da nota fiscal do equipamento.

Diante disso, sendo lícita a cobrança, não que se falar em ressarcimento de valores, tampouco
indenização por dano moral.

Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos iniciais.

Resta extinto o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição no Sistema dos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.

Com o trânsito em julgado, nada mais havendo, arquivem-se os autos.

Belém/PA, 05 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9a Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0830780-63.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: EBERTON


FERREIRA DE BRITO Participação: ADVOGADO Nome: PABLO MORYSON MASTOP DO REGO OAB:
27349/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE JILVAN RODRIGUES FAUSTINO OAB: 018450/PA
Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A -
EQUATORIAL Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

Processo: 0830780-63.2018.8.14.0301 - PJE (Processo Judicial Eletrônico)

Promovente: Nome: EBERTON FERREIRA DE BRITO


Endereço: Passagem Jarina, 37, CASA D, Marco, BELéM - PA - CEP: 66070-270

Promovido(a): Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, - do km 8,002 ao km 10,200 - lado par, Coqueiro, BELéM - PA -
CEP: 66823-010

SENTENÇA

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da lei nº 9.099/95, decido.

Em suma, o reclamante, titular da Conta Contrato nº 1312200, afirma que a energia elétrica de sua
residência foi cortada e seu nome foi incluído em cadastro de inadimplentes por conta de um débito no
valor de R$3.907,46, vinculado a um termo de confissão de dívida e parcelamento, os quais a empresa
reclamada se comprometeu a cancelar, consoante acordo celebrado nos autos do Processo nº 0000262-
28.2015.8.14.0302, homologado por sentença prolatada pelo Juízo da 3ª Vara do Juizado Especial Cível.

Diante disso, requer a declaração de inexistência da dívida e indenização por danos morais equivalente a
quarenta salários mínimos.

Pede ainda a confirmação da medida de urgência por meio da qual foi determinada o restabelecimento do
serviço e a exclusão do apontamento negativo, além de inversão do ônus da prova e justiça gratuita.

A reclamada argui coisa julgada, alegando que na presente ação o autor deduz pretensão que já foi objeto
de acordo homologado por sentença judicial transitada em julgado.

No mais, refere que as telas de seu sistema comprovam a inexistência do corte de energia alegado, assim
como da anotação negativa em cadastro de inadimplentes. Por fim, refere que não está configurada
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

hipótese de dano moral.

Da alegação de coisa julgada

Assiste razão à requerida quando alega que o débito em discussão já foi objeto de outra ação judicial.

Constata-se pelas provas produzidas que as partes celebraram acordo nos autos do Processo acima
mencionado, homologado por sentença judicial transitada em julgado, convencionando que a ré cancelaria
tanto o débito de CNR citada na presente ação, quando o termo de confissão e parcelamento de dívida a
ele relacionado e que havia sido firmado pelo autor.

Por outro lado, dispõe o § 4º do art. 337 do CPC/2015 que há coisa julgada quando se repete ação que já
foi decidida por decisão transitada em julgado, o que inclui a sentença homologatória de acordo, visto que
resolve o mérito da demanda, nos termos do art. 487, III, b, do mesmo diploma legal.

Sendo assim, merece ser acolhido o pedido da defesa para se extinguir o feito sem resolução, nos termos
do inciso V do art. 487 do CPC/2015, ante a existência de coisa julgada, contudo, somente em relação ao
pedido declaratório manejado pelo autor.

Isso porque, o corte de energia e a anotação negativa alegados nesta ação são fatos novos, posteriores
ao acordo supracitado e, obviamente, não fizeram parte daquela avença, tampouco podem ser
interpretados como mero descumprimento desta.

Desta feita, subsiste a obrigatoriedade de se analisar as alegações iniciais, com vista a decidir se restou
ou não configurado o dano moral apto a ensejar a indenização pretendida.

Da inversão do ônus da prova

Versam os autos sobre evidente relação de consumo, uma vez que a parte reclamante é pessoa física que
utiliza o serviço prestado pela parte reclamada como destinatária final, caracterizando-se como
consumidora, nos termos do art. 2º do CDC, enquanto a reclamada, concessionária de serviço público, é
pessoa jurídica que desenvolve atividade de prestação de serviço público de fornecimento de energia
elétrica, afigurando-se fornecedora no âmbito do mercado consumerista, nos termos dos arts. 3º e 22, do
CDC.

De outro lado, a parte reclamante, além de consumidora, é hipossuficiente no que tange à produção
probatória – uma vez que dela não se espera a detenção dos meios de prova necessários à comprovação
da irregularidade do corte de energia e da inscrição em cadastro negativo –, razão pela qual é imperioso
inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.

Anote-se que os requisitos para inversão do ônus da prova previstos no dispositivo supra –
verossimilhança das alegações formuladas e hipossuficiência do consumidor – são alternativos, bastando
a presença de um deles para deferimento da medida.

Além do mais, de acordo com a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, é a parte reclamada
quem detém as melhores condições de provar que a anotação negativa levada a cabo em face do
reclamante foi lícita e que o corte de energia se deu de forma regular.

Do mérito

Analisando os autos se constata que, enquanto o reclamante conseguiu demonstrar mediante prova
documental os fatos constitutivos de seu direito, a reclamada não foi capaz de trazer aos autos elementos
minimamente aptos a desconstitui-los, deixando, assim de se desincumbir do ônus que lhe impõem o art.
6º, VIII, do CDC e art. 373, II, do CPC.
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O reclamante acostou comprovante da anotação negativa de seu nome promovida pela concessionária
requerida.

Ademais, forneceu número de protocolo do atendimento telefônico por meio do qual a ré teria confirmado
que o corte de energia efetivado em 27/03/2018 teria sido motivado por um débito no valor de R$3.907,46,
objeto de confissão de dívida e parcelamento, firmado em 15/01/2015, cujas prestações estariam
supostamente em atraso.

Logrou êxito em demonstrar ainda que, por meio de acordo homologado judicialmente, a reclamada
assumiu a obrigação de cancelar o citado débito assim como o termo de confissão.

Finalmente, comprovou ao juízo que a inscrição negativa tinha como base as prestações do referido de
termo de parcelamento.

A reclamada, por sua vez, negou tanto a suspensão do fornecimento de energia quanto a negativação do
nome do reclamante.

Contudo, no que diz respeito à anotação, limitou-se a juntar “telas” de seu sistema interno, as quais
obviamente não têm o condão de desconstituir o extrato da SERASA que comprova o fato.

No que concerne ao corte de energia, a ré também juntou telas de seu sistema interno que não se prestam
a provar nada de concreto.

Nesse sentido, convém lembrar que este juízo, ao apreciar o pedido de tutela de urgência, determinou que
a requerida disponibilizasse aos autos cópia da gravação relacionada ao protocolo de atendimento
fornecido pelo consumidor e que segundo a inicial seria apto a demonstrar que o corte de energia havia
sido motivado por débito que já deveria ter sido cancelado pela empresa.

No entanto, a ordem foi ignorada, o que leva a crer que a afirmação contida na inicial é verdadeira, do
contrário, a empresa não teria se furtado a produzir a prova em comento e desconstituir as alegações do
autor.

A propósito, vale dizer que mesmo que o parcelamento citado pelo reclamante fosse exigível, uma vez que
teve origem em fatura de CNR, vencida há anos, não estaria apto autorizar o corte de energia, nos termos
da tese fixada pelo C. STJ, em sede de recurso repetitivo (REsp 1412433/RS, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Primeira Seção, julgado em 25/04/2018, DJe 28/09/2018).

Senão vejamos:

“Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no aparelho medidor
atribuída ao consumidor, desde que apurado em observância aos princípios do contraditório e da ampla
defesa, é possível o corte administrativo do fornecimento do serviço de energia elétrica, mediante prévio
aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do consumo recuperado correspondente ao período de 90
(noventa) dias anterior à constatação da fraude, contanto que executado o corte em até 90 (noventa)
dias após o vencimento do débito, sem prejuízo do direito de a concessionária utilizar os meios judiciais
ordinários de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de retroação.”

Nesse passo, a única conclusão possível é que houve falha na prestação do serviço por parte da
requerida e que mesmo havendo inscrição preexistente em nome do reclamante, consoante se observa do
extrato da SERASA, que em tese afastaria seu direito à indenização por dano extrapatrimonial (Súmula
385 STJ), deve ser reconhecida a responsabilidade civil da concessionária e acolhida a pretensão do
autor, já que o Tribunal da Cidadania há muito decidiu que a suspensão indevida do fornecimento de
energia elétrica constitui dano moral in re ipsa.

No tocante ao montante indenizatório, entendo que o magistrado deve buscar uma justa medida, que
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compreenda uma compensação à vítima pelos danos sofridos, sem transformar a indenização em fonte de
enriquecimento indevido, mas atendendo ao seu caráter pedagógico-educativo, de modo a desestimular a
reiteração de condutas ilícitas.

Também deve ser levada em conta a capacidade econômica de ambas as partes, de modo a evitar, de um
lado, que a compensação seja irrisória para a vítima, mas, por outro lado, impedir que haja enriquecimento
sem causa.

Desta feita, levando em conta tais parâmetros e ainda o fato de a entendo que a condenação no importe
de R$7.000,00 (sete mil reais), revela-se proporcional e razoável ao caso.

Finalmente, no que toca à tutela de urgência, cabe confirmar a decisão para proibir, em definitivo, o corte
de energia e negativação baseados no débito citado na inicial.

Cumpre ainda reconhecer o descumprimento do item “c” da referida decisão e aplicar à reclamada a multa
prevista pelo juízo, de R$500,00.

Ante o exposto, acolho a alegação de coisa julgada no que concerne ao pedido de declaração de
inexistência de débito e JULGO PROCEDENTES os demais pedidos para:

a) condenar a reclamada a pagar ao reclamante a quantia de R$7.000,00 (sete mil reais), a título de
indenização por danos morais, devendo tal montante ser atualizado monetariamente pelo INPC/IBGE, a
partir desta data, e acrescido de juros de mora fixados em 1% a.m. (um por cento ao mês), a contar da
citação.

b) confirmar a tutela de urgência para tornar definitiva a ordem que proibiu o corte de energia da conta
contrato nº 1312200 e a negativação do nome do reclamante com base no débito de CNR mencionado na
exordial.

c) condenar a reclamada a pagar multa de R$500,00 por descumprimento da tutela de urgência, que
deverá ser revertida em favor da parte contrária.

Resta extinto o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, I).

Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos do art. 54, “caput” e 55 da Lei
9099/95.

Havendo cumprimento espontâneo da sentença pela reclamada, expeça-se alvará judicial em nome da
parte reclamante ou de seu/sua advogado(a) (caso haja pedido e este tenha poderes expressos para
receber e dar quitação) para levantamento do valor decorrente da condenação, cujo recebimento deverá
ser comprovado nos autos.

Após o trânsito em julgado, ocorrendo o cumprimento espontâneo e nada mais havendo, arquivem-se os
autos.

Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 05 de agosto de 2021

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9a Vara do Juizado Especial Cível


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0857563-24.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BENEDITO VAZ


BARROS Participação: ADVOGADO Nome: PAULO VITOR NEGRAO REIS OAB: 18417/PA Participação:
REU Nome: NORTE SAUDE S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DAYANE IDERIHA DE AGUIAR OAB:
331301/SP

Processo 0857563-24.2020.8.14.0301

AUTOR: BENEDITO VAZ BARROS

REU: NORTE SAUDE S.A.

CERTIFICO, em decorrência dos poderes a mim conferidos por lei que, a petição de ID1, abaixo
colacionada, foi incorretamente juntada a este processo, pelo advogado do autor PAULO VITOR
NEGRÃO REIS - OAB PA18417 - CPF: 903.007.692-53, quando na realidade deveria ter sido juntada à
VARA DO JUIZADO ESPECIAL DE SALINÓPOLIS – ESTADO DO PARÁ, para onde está endereçada. É
o que me cabia certificar. O referido é verdade e dou fé.

ID1 31317741 - Petição (Petição aceitação de Audiência por meio eletrônico)


Juntado por PAULO VITOR NEGRAO REIS - POLO ATIVO - ADVOGADO em 10/08/2021 21:27:29

Belém, 16 de agosto de 2021 .

Marly Ferreira de Araújo

Auxiliar Judiciário - 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0857563-24.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BENEDITO VAZ


BARROS Participação: ADVOGADO Nome: PAULO VITOR NEGRAO REIS OAB: 18417/PA Participação:
REU Nome: NORTE SAUDE S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DAYANE IDERIHA DE AGUIAR OAB:
331301/SP

PROCESSO nº 0857563-24.2020.8.14.0301

RECLAMANTE: BENEDITO VAZ BARROS

RECLAMADO(A): NORTE SAUDE S.A.

DECISÃO

A parte reclamante deixou de comparecer à audiência designada para o dia 07/06/2021 às 11:00 horas.

Em petição de ID nº 27686194, protocolada no dia 07/06/2021 às 09:36 horas, a parte reclamante


requereu a redesignação da audiência, uma vez que, por motivo de saúde, estava impossibilitada de
comparecer ao ato, conforme atestado médico de ID nº 27686196.

Não foi possível apreciar tal pedido antes da audiência.

Dispõe o art. 362, II, do CPC/2015 que a audiência poderá ser adiada se a pessoa que dela deva
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participar não puder comparecer, por motivo justificado, sendo que o § 1º do aludido dispositivo é claro no
sentido de que o impedimento deve ser comprovado até a abertura da audiência, e, não o sendo, o juiz
procederá a instrução.

No caso em tela, a parte reclamante comprovou, tempestivamente, o motivo justificável para a


impossibilidade de comparecer à audiência designada nos autos, razão acolho a justificativa apresentada
e deixo de extinguir o processo nos termos do art. 51, I, da Lei nº 9.099/95.

Designe-se nova data para realização de Audiência Una (Conciliação, Instrução e Julgamento) entre
os litigantes, que deverão ser intimados para comparecer ao ato, com as advertências legais.

A Audiência Una a ser designada será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de
Comunicação Microsoft Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de
videoconferência, constante do website do TJE/PA -
http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890.

Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.

Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.

Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).

Solicitamos às partes que juntem antecipadamente no PJE os seguintes documentos: contestação,


manifestação à contestação, procuração, substabelecimento, demais documentos comprobatórios (em
PDF, vídeo, áudio, fotografias, etc.) e manifestação aos documentos.

Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.
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Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.

Após apresentada contestação, havendo preliminares, pedido contraposto e documentos porventura


trazidos na lide pela parte reclamada, será concedido consecutivamente à parte autora prazo de 05 (cinco)
dias úteis, para fins de manifestação, e em seguida serão os autos remetidos conclusos para julgamento,
conforme ordem cronológica de conclusão dos processos.

Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.

De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.

Intimem-se e cumpra-se.

Belém, 05 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

Número do processo: 0864089-41.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


TORRES EKOARA Participação: ADVOGADO Nome: MONIQUE LIMA GUEDES OAB: 25179/PA
Participação: EXECUTADO Nome: DISNEI RITA GONCALVES DE LEAO

PROCESSO nº 0864089-41.2019.8.14.0301

EXEQUENTE: CONDOMINIO TORRES EKOARA

EXECUTADO(A): DISNEI RITA GONCALVES DE LEAO

DECISÃO

Conforme certidão de ID nº 25641649, a parte executada não foi encontrada no endereço constante dos
autos.

A parte exequente requereu a expedição de oficio ao TRE/PA para que informem o endereço da parte
devedora constante de seus cadastros.

Indefiro o pedido, uma vez que a obtenção do endereço da parte executada é ônus que incumbe à parte
exequente e a expedição de ofício aos órgãos públicos para obter tal informação somente pode ser
deferida se comprovado o esgotamento dos meios de que dispõe o interessado, o que não ocorreu no
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caso em tela.

Neste sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - DECISÃO QUE INDEFERIU PEDIDO DE


PESQUISA DE ENDEREÇO POR MEIO DO SISTEMA INFOJUD E DE OFÍCIO AO TRE/MG -
ESGOTAMENTO DAS DILIGÊNCIAS - NÃO COMPROVAÇÃO. - A expedição de ofício à repartição
pública, bem como utilização de sistema conveniado ao Poder Judiciário, para o fornecimento de
quaisquer informações relativas ao devedor é medida excepcional, que somente se justifica quando
demonstrado que o credor esgotou todos os meios à sua disposição para encontrar o devedor ou bens
passíveis de penhora. (TJ-MG - AI: 10056160160976001 Barbacena, Relator: Alexandre Santiago, Data de
Julgamento: 24/10/2019, Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 07/11/2019)

Intime-se a parte exequente para que, no prazo de 30 (trinta) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, informe o endereço da parte executada, sob pena de extinção do feito, nos termos do
art. 53, § 4º, da Lei nº 9.099/95.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 05 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0846297-06.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DA CONCEICAO


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO GABRIEL QUADROS TEIXEIRA OAB: 28704/PA
Participação: REU Nome: BANCO ITAUCARD S/A

PROCESSO nº 0846297-06.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: MARIA DA CONCEICAO SILVA

RECLAMADO(A): BANCO ITAUCARD S/A

DECISÃO

Trata-se de ação de rito sumaríssimo na qual a parte reclamante alega ter sido surpreendida com a
cobrança levada a efeito pela parte reclamada, via consignação em seu benefício previdenciário, de
mensalidade de contrato de empréstimo nº 0059305433120210524 a ser pago em 84 (oitenta e quatro)
parcelas mensais de R$ 19,85 (dezenove reais e oitenta e cinco centavos), totalizando um débito no
valor de R$ 1.667,40 (um mil seiscentos e sessenta e sete reais e quarenta centavos), ao qual não
teria aderido.

Vieram os autos conclusos para apreciação do pedido de tutela provisória de urgência no sentido de que
seja expedido ofício ao INSS, fonte pagadora do benefício da parte reclamante, determinando a
suspensão dos descontos das parcelas do empréstimo consignado.

É o relatório. Decido.
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Os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência são descritos no artigo 300 do Código de
Processo Civil de 2015, que exige a conjugação da probabilidade do direito com a possibilidade de dano
ou risco ao resultado útil do processo; mantendo-se, para as tutelas de urgência de natureza antecipada, o
requisito negativo de que não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015).

Neste tocante, destaque-se que a doutrina pátria é pacífica no sentido de que a vedação à concessão da
tutela provisória de urgência de natureza antecipada por conta de perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto, quando configurar verdadeira
violação à garantia constitucional do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CF/88).

Neste sentido, o Enunciado nº 25 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados –


ENFAM: “A vedação da concessão de tutela de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300,
§3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto com base na garantia do acesso à Justiça (art. 5º,
XXXV, da CFRB.”

No presente caso, observo que a petição inicial PREENCHE os requisitos autorizadores da


concessão da tutela de urgência pretendida.

Isto porque a parte reclamante alega não ter aderido ao contrato de mútuo feneratício impugnado, não
havendo como impor-lhe a prova de fato negativo: a não contratação.

Em adição, o princípio da boa-fé do consumidor, aliado ao fato de que se tornou comum no mercado de
consumo atual, caracterizado pelo modo de produção e prestação de serviços de massa, cuja própria
natureza acaba por ocasionar elevação do risco de fraudes, que pessoas sejam cobradas por contratos
aos quais não aderiram, militam em favor da plausibilidade das alegações da parte reclamante.

De outro lado, a parte reclamada possui as melhores condições de provar a adesão da parte reclamante
ao contrato de empréstimo impugnado, uma vez que detêm os documentos ou gravações referentes à sua
celebração, pelo que defiro a inversão do ônus da prova prevista no art. 6º inciso VIII do CDC (Lei
8.078/90).

Desta forma, vislumbro a probabilidade do direito da parte reclamante de ver suspensa a cobrança de
suas mensalidades do contrato de empréstimo impugnado, o que inclui o desconto das parcelas
contratuais de seus proventos de aposentadoria e a possibilidade de inclusão de seu nome nos cadastros
de inadimplentes com base em tais contraprestações contratuais, até porque, caso a parte reclamada não
comprove a adesão da parte autora ao negócio jurídico em tela, este Juízo deverá reconhecer a sua
invalidade, nos termos do art. 104, I, do CC/2002, e declarar a inexistência dos débitos dele decorrentes.

Também verifico a presença da possibilidade de dano à parte reclamante, sob três aspectos:

Primeiro, o comprometimento indevido de parcela dos proventos de aposentadoria da parte reclamante


pode dificultar o custeio de suas necessidades mais básicas, colocando em risco não apenas a sua
dignidade, como também sua integridade física e direito à vida, em face da dificuldade em custear plano
de saúde, medicamentos, alimentação adequada, etc.

Segundo, as inscrições em cadastros de inadimplentes, quando ilegais ou indevidas, acarretam danos


de difícil reparação, pois impedem o acesso à rede creditícia perante as sociedades empresárias que
atuam no mercado, as quais recorrem à consulta aos órgãos de proteção antes de autorizarem as
negociações com os clientes.

Terceiro, as cobranças, quando indevidas, retiram injustamente a paz de espírito do consumidor,


prejudicando a sua vida civil e profissional com toda sorte de constrangimentos (ligações, mensagens via
sms, correspondências físicas e eletrônicas, etc).
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Ressalte-se que a tutela de urgência concedida não se mostra irreversível, pois, caso a parte reclamada
logre êxito em demonstrar ser lícita a contratação, nada obstará que torne a cobrar os débitos e inscrever
o nome da parte autora em cadastros de devedores, sem prejuízo do manejo de pedido contraposto para
cobrar, nestes autos, eventual crédito que lhe seja reconhecido.

Entretanto, a medida será deferida de modo diverso da requerida, para que a parte reclamada seja
compelida a suspender as cobranças, sob pena de multa.

Diante da presença dos requisitos necessários, DEFIRO o pedido de tutela de provisória de urgência,
determinando que a parte reclamada, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão e até o final julgamento do mérito:

a) se abstenha de efetuar todo e qualquer tipo de cobrança referente às mensalidades do contrato de


empréstimo impugnado de nº 0059305433120210524;

b) providencie a suspensão dos descontos referentes às parcelas do contrato impugnado nos proventos
de aposentadoria da parte reclamante e/ou sua conta bancária;

c) se abstenha de incluir o nome da parte reclamante nos cadastros de inadimplentes com lastro nos
débitos referentes ao contrato de empréstimo impugnado.

O descumprimento da presente decisão implicará aplicação de multa, a ser revertida em prol da parte
autora, no valor de:

a) R$ 50,00 (cinquenta reais) por cada cobrança ou desconto levado a efeito em descumprimento à
presente decisão até o limite de R$ 2.000,00 (dois mil reais), sem prejuízo da devolução dos valores
descontados;

b) R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em caso de inscrição ou não exclusão do nome da parte autora dos
cadastros de inadimplentes.

Intimem-se ambas as partes desta decisão.

Ciente a parte reclamante da audiência designada automaticamente pelo sistema PJE.

Cite-se e intime-se a parte reclamada para comparecer à audiência já designada, com as advertências de
praxe.

A Audiência Una será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de Comunicação Microsoft
Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de videoconferência, constante do
website do TJE/PA- http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890.

Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.

Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.

Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
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individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).

Solicitamos às partes que juntem antecipadamente no PJE os seguintes documentos: contestação,


manifestação à contestação, procuração, substabelecimento, demais documentos comprobatórios (em
PDF, vídeo, áudio, fotografias, etc.) e manifestação aos documentos.

Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº 9.099/95).

Ressalte-se ainda que, nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/95).

A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/95 implica em renúncia ao crédito excedente
ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos), conforme
previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.

Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, resta deferida a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

Intime-se a parte reclamada para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promovam seu cadastro no Sistema PJE para recebimento de citações e intimações
por meio eletrônico, nos termos do § 1º do art. 246 do CPC/2015.

O descumprimento da determinação supra será punido, na forma do art. 77, §§ 1º e 2º, do CPC/2015,
como ato atentatório à dignidade da Justiça com aplicação de multa, que fixo em 5% (cinco por cento) do
valor da causa, a ser revertida em favor da Fazenda Pública Estadual, sem prejuízo de adoção de
medidas civis, processuais e penais cabíveis.

Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.

Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.

Após apresentada contestação, havendo preliminares, pedido contraposto e documentos porventura


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

trazidos na lide pela parte reclamada, será concedido consecutivamente à parte autora prazo de 05 (cinco)
dias úteis, para fins de manifestação, e em seguida serão os autos remetidos conclusos para julgamento,
conforme ordem cronológica de conclusão dos processos.

Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.

De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.

Autorizo a expedição das cartas precatórias que se façam necessárias.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0843966-51.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ALFREDO TEIXEIRA


RAMOS FILHO Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL FEIO DA VEIGA OAB: 014446/PA
Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

PROCESSO NÚMERO: 0843966-51.2021.8.14.0301

DESPACHO

Considerando a audiência designada automaticamente nos autos, deverá a parte reclamada ser
citada e intimada para comparecer ao ato, com as advertências legais.

A Audiência Una designada será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de Comunicação
Microsoft Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de videoconferência, constante
do website do TJE/PA - http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890

Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.

Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).

Solicitamos às partes que juntem antecipadamente no PJE os seguintes documentos: contestação,


manifestação à contestação, procuração, substabelecimento, demais documentos comprobatórios (em
PDF, vídeo, áudio, fotografias, etc.) e manifestação aos documentos.

Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº 9.099/95).

Ressalte-se ainda que, nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/95).

A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/95 implica em renúncia ao crédito excedente
ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos), conforme
previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.

Intime-se a parte reclamada para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promovam seu cadastro no Sistema PJE para recebimento de citações e intimações
por meio eletrônico, nos termos do § 1º do art. 246 do CPC/2015.

O descumprimento da determinação supra será punido, na forma do art. 77, §§ 1º e 2º, do CPC/2015,
como ato atentatório à dignidade da Justiça com aplicação de multa, que fixo em 5% (cinco por cento) do
valor da causa, a ser revertida em favor da Fazenda Pública Estadual, sem prejuízo de adoção de
medidas civis, processuais e penais cabíveis.

Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.

Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.

Após apresentada contestação, havendo preliminares, pedido contraposto e documentos porventura


trazidos na lide pela parte reclamada, será concedido consecutivamente à parte autora prazo de 05 (cinco)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

dias úteis, para fins de manifestação, e em seguida serão os autos remetidos conclusos para julgamento,
conforme ordem cronológica de conclusão dos processos.

Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.

De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 30 de julho de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0813179-10.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: KENIA SOARES DA


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA Participação:
EXECUTADO Nome: TARCISIO DA COSTA COSTA

PROCESSO nº 0813179-10.2019.8.14.0301

EXEQUENTE: KENIA SOARES DA COSTA

EXECUTADO(A): TARCISIO DA COSTA COSTA

DECISÃO

Indefiro o pedido de suspensão da execução por 180 (cento e oitenta) dias por ausência de previsão legal.

Concedo à parte exequente outros 30 (trinta) dias para que informe se a parte executada continua
residindo no endereço constante dos autos ou forneça o seu atual endereço, sob pena de extinção do
feito.

Após, com ou sem manifestação, retornem os autos conclusos para decisão.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 05 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0849953-39.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: JOSE MARIA


BARROS DE VILHENA JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: EDSON MARCELO DA SILVA TITAN
OAB: 28860/PA Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA DUARTE DE SOUZA OAB: 18463-B/PA
Participação: EXEQUENTE Nome: VANESSA DE MELLO MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome:
MARCIO MIRANDA registrado(a) civilmente como MARCIO ANDRE AFFONSO MIRANDA OAB:
12209/PA Participação: ADVOGADO Nome: EDSON MARCELO DA SILVA TITAN OAB: 28860/PA
Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO AUGUSTO OLIVEIRA DE MESQUITA OAB: 14106/PA
Participação: ADVOGADO Nome: WALTER COSTA JUNIOR OAB: 16275/PA Participação: ADVOGADO
Nome: CARLOS CEZAR FARIA DE MESQUITA FILHO OAB: 012571/PA Participação: ADVOGADO
Nome: LARISSA DUARTE DE SOUZA OAB: 18463-B/PA Participação: EXECUTADO Nome: SIDNEY DA
SILVA SENA Participação: EXECUTADO Nome: GILCILENE SOARES SENA

PROCESSO NÚMERO: 0849953-39.2019.8.14.0301

DESPACHO

Em petição vinculada no Id nº. 29427771, as partes exequentes da ação informaram que entabularam
acordo com os executados, conforme minuta anexada no Id nº. 29429264, nos seguintes termos:

•Débito total no valor de R$13.000,00 (treze mil reais), sendo deduzido o importe de R$10.00,00 (dez mil
reais), objeto de penhora via SISBAJUD realizada pelo Juízo, bem como saldo da dívida no montante de
R$3.000,00, (três mil reais), em 03 (três) parcelas fixas de R$1.000,00 (um mil reais), que vencerão em
05.09.2021, 05.10.2021 e 05.11.2021, a serem liquidadas por meio de boletos bancários a serem
expedidos em nome dos executados para fins de satisfação da obrigação.

No entanto, compulsando os autos, a assessoria deste Juízo verificou que a penhora via SISBAJUD logrou
êxito no importe total de R$12.048,63, sendo o valor de R$1.592,49 transferido da conta do executado
Sidney e R$10.456,14 da conta da executada Gilcilene, conforme protocolo de bloqueio de valores
anexado no Id nº. 29195045, de modo que o numerário que se pretende liberação em favor dos
exequentes é inferior ao valor total bloqueado (R$10.000,00), inexistindo no feito qualquer informação
sobre a devolução do saldo excedente objeto da penhora via SISBAJUD.

Assim, considerando o exposto, reservo-me em homologar o acordo retro mencionado, após intimação
das partes a fim de que esclareçam, no prazo máximo de 05 dias úteis, o destino do valor excedente
(R$2.048,63) objeto da penhora realizada por este Juízo via SISBAJUD.

Após, com ou sem manifestação, retornem os autos conclusos.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 11 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0820332-26.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EVERALDO LOBO DA


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SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARQUES PESSOA OAB: 007128/PA Participação:
ADVOGADO Nome: NALYVIA DAS GRACAS PINHO GUIMARAES COSTA OAB: 26293/PA Participação:
REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome:
FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 12358/PA

PROCESSO nº 0820332-26.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: EVERALDO LOBO DA SILVA

RECLAMADO(A): EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.

DECISÃO

O E. TJPA, admitiu a instauração de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (Processo nº.


0801251-63.2017.8.14.0000), visando determinar as balizas de inspeção para apuração de consumo
de energia não faturado e, consequentemente, a validade das cobranças de débito realizadas a
partir dessas inspeções.

No julgamento do REsp nº 1869867, a Segunda Turma do C. STJ firmou entendimento no sentido de que
as teses firmadas em Incidentes de Resolução de Demandas Repetitivas somente podem ser aplicadas
após eventual análise dos recursos especial e extraordinário interpostos pelos tribunais superiores,
embora não seja necessário aguardar o trânsito em julgado destes recursos.

Portanto, em que pese o IRDR nº. 0801251-63.2017.8.14.0000 já tenha sido julgado, as teses nele
firmadas ainda não podem ser aplicadas ao presente feito, uma vez que o recurso especial nele interposto
ainda não foi apreciado pelo C.STJ.

Considerando que a resolução do mérito na presente demanda depende do julgamento do incidente


citado, uma vez que este irá estabelecer as balizas de inspeção para apuração de consumo de
energia não faturado e a própria validade da cobrança, determino a suspensão do feito, nos termos do
art. 313, V, a, do CPC/2015, e a remessa dos autos à Secretaria, onde deverão ficar acautelados até o
julgamento dos recursos especial interposto no IRDR nº 0801251-63.2017.8.14.0000.

Havendo julgamento do recurso, retornem os autos conclusos para sentença.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 05 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Cível da Comarca de Belém

Número do processo: 0841403-21.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSE MARIA DO VALE


QUARESMA Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO CORREA PEREIRA OAB: 23383/PA
Participação: REU Nome: TELEMAR NORTE LESTE S/A Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME
DA COSTA FERREIRA PIGNANELI OAB: 28178/PA

Processo: 0841403-21.2020.8.14.0301 - PJE (Processo Judicial Eletrônico)

Promovente: Nome: JOSE MARIA DO VALE QUARESMA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Endereço: Avenida Vinte e Cinco de Setembro, 1965, ap 201, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-005

Promovido(a): Nome: TELEMAR NORTE LESTE S/A


Endereço: Travessa Doutor Moraes, 121, térreo, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-080

JUÍZA: MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

SENTENÇA

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da lei nº 9.099/95, decido.

Em resumo, o reclamante alega que desde o ano de 2018 a reclamada passou a lançar nas faturas de sua
linha móvel cobrança no valor de R$37,82, sob a rubrica “Linha adicional”, sem que, todavia, tenha havido
contratação do referido serviço. Destaca ainda que paga R$65,68 pela linha principal e R$24,10 por uma
linha dependente, utilizada por sua esposa, o que reforçaria a ilicitude da cobrança discutida.

Também sustenta que, por engano, ao tentar realizar o pagamento da fatura referente ao mês 05/2020, no
valor de R$198,40, acabou utilizando o código de barras da conta de abril/2020 (R$194,59), e efetuando
um pagamento em duplicidade, uma vez que esta fatura já havia sido quitada.

Não obstante, teria informado o fato à ré, via e-mail, solicitando a emissão de boleto para complementar a
diferença que faltava para quitar o valor da conta de maio/2020, todavia, a empresa além de ignorar suas
solicitações, bloqueou sua linha e a linha dependente de sua esposa.

Diante disso, pede que seja declarada indevida a cobrança impugnada e que lhe sejam devolvidos em
dobro os valores pagos a título de “Linha Adicional” desde 2018 ate a propositura da ação, que
correspondem a R$2.269,20. Pugna ainda pela condenação da ré ao pagamento de indenização por
danos morais, equivalente a 37 salários mínimos. Ao final, requer justiça gratuita e inversão do ônus da
prova.

DA JUSTIÇA GRATUITA

Goza de presunção relativa de veracidade a alegação do autor de que é hipossuficiente e por isso não
possui condições de arcar com eventuais despesas do processo. Sendo assim, incumbia à requerida, que
impugnou o pedido, desconstituí-la, mediante apresentação de indícios ou provas em sentido contrário.

Assim, como isso não ocorreu, rejeito a impugnação e defiro o benefício pleiteado.

DO MÉRITO

A presente demanda comporta a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC, uma vez
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

que a ré reúne melhores condições de comprovar ao juízo a regularidade da cobrança impugnada e do


bloqueio do serviço alegado pelo autor.

Dito isso, observo que a requerida logrou êxito em demonstrar e esclarecer ao juízo a origem do valor
lançado nas faturas do reclamante sob a rubrica “Linha Adicional”. E o fez juntando aos autos o
detalhamento das contas, onde é possível constatar claramente que, tal como alega a defesa, o
reclamante possui um plano que lhe dá direito a 3.000 minutos em ligações por mês, porém, compartilha
tal franquia com a linha dependente utilizada por sua esposa e em razão disso paga o valor denominado
“linha adicional”.

A propósito, como bem já destacou este juízo, ao revogar a tutela de urgência outrora concedida em favor
do requerente, o detalhamento das faturas permite identificar que o reclamante paga os seguintes valores:

a) R$61,25 (sessenta e um reais e vinte e cinco centavos) pela assinatura com franquia de 3.000 minutos
para qualquer operadora do Brasil;

b) R$33,37 (trinta e três reais e trinta e sete centavos) referentes à assinatura de dependente pós-pago
(linha 91 98126-0488);

c) R$4,45 (quatro reais e quarenta e cinco centavos) referentes à assinatura intragrupo (linha 9198126-
0488);

d) R$65,68 (sessenta e cinco reais e sessenta e oito centavos) referentes à assinatura OI Internet para
Celular 1 GB;

e) R$24,10 (vinte quatro reais e dez centavos) referente a OI Internet para celular 1 GB.

Ademais, em que pese não ter havido juntada do contrato firmado entre as partes, como alega o autor, é
possível perceber, pelo consta nas faturas detalhadas, que a linha dependente de nº (91)98129-0488
efetivamente se beneficia da franquia de minutos em ligações contratada para a linha principal de nº
(91)98899-1547.

Isso porque as ligações realizadas a partir dela, inclusive para celulares de outras operadoras, não são
tarifadas, consoante se pode observar no id. 19773596 - Pág. 5, o que comprova a tese da defesa de que
o autor e sua esposa compartilham os 3.000 minutos e justifica a cobrança por “Linha adicional, a fim de
que se evite o enriquecimento ilícito, do contrário, a esposa do autor estaria se utilizando de um serviço
(telefonia móvel) sem que houvesse qualquer forma de contraprestação.

Somado a isso, verifico que o valor de R$24,10 a que se refere o reclamante diz respeito apenas ao
serviço de internet disponibilizado à linha dependente, conforme está claramente discriminado nas faturas,
e não pelo uso da linha em si, como pretendeu fazer parecer a inicial.

Nesse passo, conclui-se pela licitude da cobrança, o que impede a um só tempo que se acolha tanto o
pedido de declaração de inexistência de débito como de repetição de indébito.

Do mesmo modo, também resta afastada a pretensão indenizatória, uma vez que alegação de dano moral,
como bem se extai da exordial, tem como causa de pedir única e exclusiva a suposta cobrança indevida
da “Linha adicional”, que já se sabe ser improcedente.

Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos iniciais..

Resta extinto o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, I).

Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos do art. 54, “caput” e 55 da Lei
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9099/95.

Após o trânsito em julgado, nada mais havendo, arquivem-se os autos.

Publique-se. Intime-se, servindo a cópia da presente como mandado, se necessário. Cumpra-se.

Belém/PA, 06 de agosto de 2020.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito titular da 9ª Vara do Juizado Especial

Número do processo: 0846327-41.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROBERTO MENDES


FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELA BESSA FERREIRA OAB: 24838/PA
Participação: REU Nome: MARCELO EDUARDO DE SIQUEIRA DIAS MATTOS Participação: REU Nome:
THELMA EUGENIA MARQUES CORDERO

PROCESSO NÚMERO: 0846327-41.2021.8.14.0301

DESPACHO

Considerando a audiência UNA designada automaticamente nos autos, deverão os reclamados


serem citados e intimados com as advertências legais.

A ausência de um dos requeridos importará na presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte
reclamante na inicial - revelia - conforme artigo 20 da Lei nº. 9.099/1995.

Intimada a parte reclamante da audiência designada nos autos, através de seu advogado habilitado no
momento da distribuição da ação, ciente de que o não comparecimento ao ato designado acarretará a
extinção do feito, nos termos do artigo 51, inciso I, da Lei dos Juizados Especiais, com a condenação ao
pagamento de custas processuais (artigo 51, § 2º, da Lei nº. 9099/1995).

Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº. 9.099/1995).

Ressalte-se ainda, que nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/1995).

A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/1995 implica em renúncia ao crédito
excedente ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos),
conforme previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.
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Citem-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0831357-41.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: MARELI MACIEL


JARDIM Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A -
EQUATORIAL Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANO PALERMO COELHO OAB: 12077/PA

Processo: 0831357-41.2018.8.14.0301 - PJE (Processo Judicial Eletrônico)

Promovente: Nome: MARELI MACIEL JARDIM


Endereço: Rua Um, 64, (Cj Providência), Maracangalha, BELéM - PA - CEP: 66110-000

Promovido(a): Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL


Endereço: AV AUGUSTO MONTENEGRO, KM 08, 08, Parque Verde, BELéM - PA - CEP: 66823-010

JUÍZA: MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

SENTENÇA

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da Lei n° 9.099/95.

MARELI MACIEL JARDIM, titular da CONTA CONTRATO nº 3001343601, move ação em face
de EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., na qual requer:

a)o cancelamento de fatura de consumo não registrado, referente ao mês de agosto de 2016, no valor de
R$11.248,23.

b) a inversão do ônus da prova

A empresa requerida, por sua vez, sustenta a existência de irregularidade na medição do consumo,
licitude da cobrança e ausência de dano moral e formula pedido contraposto.

DO MÉRITO

Da inversão do ônus da prova

Versam os autos sobre evidente relação de consumo, uma vez que a parte reclamante é pessoa física que
utiliza o serviço prestado pela parte reclamada como destinatária final, caracterizando-se como
consumidora, nos termos do art. 2º do CDC, enquanto a reclamada, concessionária de serviço público, é
pessoa jurídica que desenvolve atividade de prestação de serviço público de fornecimento de energia
elétrica, afigurando-se fornecedora no âmbito do mercado consumerista, nos termos dos arts. 3º e 22, do
CDC.
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De outro lado, a parte reclamante, além de consumidora, é hipossuficiente no que tange à produção
probatória – uma vez que dela não se espera a detenção do conhecimento técnico e dos meios de prova
necessários à resolução da lide no que tange à inocorrência de irregularidade de consumo e da correção
do procedimento de recuperação da energia eventualmente consumida fora da medição –, razão pela qual
é imperioso inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.

Aponte-se que os requisitos para inversão do ônus da prova previstos no dispositivo supra –
verossimilhança das alegações formuladas e hipossuficiência do consumidor – são alternativos, bastando
a presença de um deles para deferimento da medida.

Além do mais, de acordo com a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, é a parte reclamada
quem detém as melhores condições de provar as irregularidades de consumo que afirma ter encontrado
em vistoria realizada na unidade e que realizou corretamente o procedimento de recuperação do consumo
fora da medição, uma vez que os documentos referentes a estes fatos estão em seu poder.

Do débito de CNR

O E. TJPA, em julgamento de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas – IRDR (Processo nº.


0801251-63.2017.8.14.0000), visando determinar as balizas de inspeção para apuração de consumo
de energia não faturado e, consequentemente, a validade das cobranças de débito realizadas a
partir dessas inspeções, fixou as seguintes teses:

a) A formalização do Termo de Ocorrência de Inspeção (TOI) será realizada na presença do consumidor


contratante ou de seu representante legal, bem como de qualquer pessoa ocupante do imóvel no
momento da fiscalização, desde que plenamente capaz e devidamente identificada;

b) Para fins de comprovação de consumo não registrado (CNR) de energia elétrica e para validade da
cobrança daí decorrente a concessionária de energia está obrigada a realizar prévio procedimento
administrativo, conforme os arts. 115, 129, 130 e 133, da Resolução nº. 414/2010, da ANEEL,
assegurando ao consumidor usuário o efetivo contraditório e a ampla defesa;

c) Nas demandas relativas ao consumo não registrado (CNR) de energia elétrica, a prova da efetivação e
regularidade do procedimento administrativo disciplinado na Resolução nº. 414/2010, incumbirá à
concessionária de energia elétrica.

Sendo assim, cabe à parte reclamada a prova:

a) da ocorrência de consumo não registrado (CNR) de energia elétrica;

b) da regularidade do procedimento administrativo para apuração dos valores devidos, com observância
dos arts. 115, 129, 130 e 133, da Resolução nº. 414/2010, da ANEEL, e de que foi assegurado ao
consumidor o efetivo contraditório e a ampla defesa.

Note-se que nos termos do art. 985, I e II, do CPC/2015, uma vez julgado o IRDR, tais teses devem ser
aplicadas a todos os processos individuais e coletivos, pendentes e futuros, que versem sobre idêntica
questão, em face de sua eficácia vinculante, sem necessidade de trânsito em julgado do acórdão, como se
depreende do caput do citado dispositivo, mesmo porque na hipótese de não serem confirmadas pelos
Tribunais Superiores, os julgados que as tenham adotado serão suscetíveis de ajuste pelos modos
previstos no art. 1.040 do CPC/2015.

Dito isso e passando à análise do caso concreto, observo que a ré logrou êxito em provar o consumo não
registrado (CNR) de energia elétrica, na medida em que demonstrou que a unidade possuía ligação
clandestina e sequer contava com relógio medidor antes da fiscalização ocorrida em 16/08/2016,
consoante termo de regularização devidamente assinado pela reclamante.
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Também comprovou que deu ciência à consumidora da inspeção e da irregularidade, como bem
demonstram o TOI e demais provas acostadas.

Assim, não se pode cogitar pura e simplesmente do cancelamento do débito, tampouco crer na alegação
da reclamante de que desconhece a origem da cobrança.

Por outro lado, considerando que, mesmo tendo ocorrido a revisão do valor do débito na via administrativa
de R$11.248,23 para R$7.873,72, conforme informa a defesa, não está claro nem mesmo na planilha de
revisão que acompanha a contestação, qual o critério utilizado para apurar tal montante, compreendo que
o pedido inicial deve ser acolhido em parte para determinar que a ré refature a conta de energia.

Note-se que tal decisão se justifica do ponto da equidade,, eis que visa evitar de um lado que haja
abusividade na cobrança por parte da ré e de outro que o enriquecimento ilícito da autora, que, afinal,
estava se utilizando do serviço prestado pela concessionária sem a devida contraprestação.

Para tanto, hei por bem afastar, neste caso particular, os critérios indicados no art. 130, da Resolução 414
ANEEL, e determinar que a ré utilize como parâmetro de cálculo a média do que foi gasto entre os meses
03/2017 e 02/2018 (140 Kwh), pois além de se tratar de um período de 12 meses, que, portanto, melhor
reflete o perfil de consumo da unidade, não há alegação de qualquer das partes de que nele tenha havido
irregularidade na medição, ao contrário do que ocorre nos meses antecedentes, em que ora a reclamante
afirma incorreção do que fora apurado, ora a reclamante afirma que constatou uma segunda
irregularidade.

Do pedido contraposto

Constatou-se no capítulo antecedente que a reclamada deixou de esclarecer qual o critério utilizado para
calcular e recalcular o valor da fatura aqui discutida, tanto que o juízo concluiu pela necessidade de
revisão da conta de energia e determinou o critério a ser utilizado.

Sendo assim, compreendo que a reclamada não faz jus a obter a condenação da reclamante ao
pagamento da aludida conta de energia antes que ocorra a revisão aqui determinada, mesmo porque ante
expressa disposição do art. 38, parágrafo único da Lei 9.099/95, não se admite sentença condenatória por
quantia ilíquida em sede de juizado especial.

Logo, o pedido contraposto deve ser rejeitado.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido inicial para impor à reclamada a
obrigação de recalcular a fatura de consumo não registrado relativa à Conta Contrato nº 3001343601,
emitida em nome da reclamante MARELI MACIEL JARDIM, referente ao mês 08/2016, adotando como
critério de revisão do valor o consumo médio de 140kmh por mês.

Julgo ainda IMPROCEDENTE o pedido contraposto.

Resta extinto o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição no Sistema dos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).

Com o trânsito em julgado, nada mais havendo, arquivem-se os autos.

Publique-se. Intime-se, Intime-se, servindo a cópia da presente como mandado, se necessário. Cumpra-
se.

Belém/PA, 05 de agosto de 2021.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito

Número do processo: 0805534-94.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ALEXANDRE


SOARES QUEIROZ Participação: ADVOGADO Nome: LIDIANE DIAS DA CUNHA OAB: 014494/PA
Participação: RECLAMADO Nome: JAIRO ALMEIDA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
WELLINGTON HANZEER DE AZEVEDO BRAZAO OAB: 27786/PA

Processo: 0805534-94.2020.8.14.0301 - PJE (Processo Judicial Eletrônico)

Promovente: Nome: ALEXANDRE SOARES QUEIROZ


Endereço: Travessa Timbó, 1568, Residencial Itatins, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66083-047

Promovido(a): Nome: JAIRO ALMEIDA SILVA


Endereço: Passagem Dias Júnior, 72, (entre Marques e Visconde), PEDREIRA, BELéM - PA - CEP:
66085-120

SENTENÇA

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da lei nº 9.099/95, decido.

ALEXANDRE SOARES QUEIROZ move ação em face de JAIRO ALMEIDA DA SILVA alegando que em
fevereiro de 2019 dirigiu-se até a loja Gramauto, de propriedade do réu, onde lhe entregou as chaves de
sua Van Renault Master Bus16, DCI, Placa MWE5329, que ficara estacionada no pátio do
estabelecimento, para que fosse vendida, pelo valor R$25.000,00, acordando que tão logo isso ocorresse
o valor lhe seria repassado.

Refere, porém, que entre abril e maio seguintes retornou à loja, pois não havia recebido qualquer notícia
de venda, e nessa ocasião constatou que o veículo já não se encontrava no pátio. Ao indagar o requerido,
este lhe revelou que havia vendido o automóvel, afirmou que não dispunha mais do valor e lhe ofereceu
como pagamento um Chevrolet Classic, que pertencia a Francisco Ferreira de Brito.

Sem alternativa, diz que aceitou a oferta, mas dois dias depois devolveu o carro pois já havia gasto mil
reais com reparos e este não tinha condições de trafegar em razão de inúmeras avarias, além disso,
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estava alienado e não estava em nome do réu nem de sua empresa e sim de Francisco Ferreira de Brito.

Refere ainda que o réu, utilizando-se de ardil, fez com que assinasse uma declaração de que estava
entregando o Classic em consignação na loja citada, por R$15.000,00 e que tão logo fosse revendido o
valor lhe seria repassado.

Diante dos fatos, reiterando que nada recebeu pela VAN alega que se faz necessário que o reclamado lhe
devolva o veículo ou pague a importância de R$25.000,00, a fim evitar seu enriquecimento ilícito.

Deseja ainda ser ressarcido em R$1.000,00, importância gasta com o conserto do veículo Chevrolet
Classic.

Por fim, pede a condenação do réu ao pagamento de indenização por dano moral no importe de
R$10.000,00.

O reclamado, por sua vez, preliminarmente suscita a inépcia da inicial. Quanto aos fatos, afirma que na
verdade em outubro de 2018 o reclamante procurou sua loja com o intuito de trocar sua Van por um Corsa
Classic, ano 2010, placa JVY 0326, negócio esse que foi celebrado verbalmente. No entanto, em
13/05/20019 o reclamante teria retornado à loja com o intuito de “novar o negócio”, isto é, de revogar o
contrato anterior e deixar o Classic para revenda a fim de que o valor lhe fosse repassado, consoante
declaração juntada com a inicial.

Posteriormente, retornou pela segunda vez, então para devolver o automóvel, que já estava em sua posse
havia 06 meses. Assim, percebendo que não seria possível fazê-lo deixou o carro no pátio da loja e pediu
que avisassem o reclamado para que entrasse em contato depois e assim foi feito.

Na conversa, porém, o autor manifestou a vontade de que o bem fosse vendido pelo mesmo valor que
havia sido comprado, o que foi recusado, pois a loja havia tido gastos com o licenciamento da VAN, objeto
da permuta.

Frustrada a renegociação, o réu alega que se dirigiu até o prédio onde residia o reclamante, estacionou o
Classic na frente do edifício e tentou entregar a chave ao porteiro, que se recusou a recebê-la, jogando-a
no meio da rua.

No mais, afirma que diante da novação contratual deve ser reconhecido que se extinguiram as obrigações
do primeiro contrato, o que conduz à perda do objeto da presente ação. Rebate ainda a tese de
enriquecimento afirmando que o que gastou para licenciar a VAN supera a despesa com o reparo do
Classic. Diz ainda que não há prova de seu locupletamento e que os fatos narrados não passaram de
mero aborrecimento

DA PRELIMINAR

O réu alega que a inicial é inepta, pois não se fez acompanhar de provas capazes de demonstrar a
veracidade de seu conteúdo. Diz ainda que ao deixar de sustentar adequadamente suas alegações o autor
tornou inviável o contraditório e a ampla defesa. Assim, requer a extinção do feito sem resolução de
mérito.

Ocorre, porém, que a peça de ingresso contém os requisitos mínimos descritos no art. 19 e ss do CPC.

A falta de prova do que se alega não tem o condão de acarretar a extinção do processo sem análise de
mérito, como é sabido.

No que se refere a suposto prejuízo ao exercício do direito de defesa, a afirmação não é verdadeira,
porquanto o réu compreendeu perfeitamente os fatos alegados na exordial, tanto que os rebateu no
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mérito.

Assim, rejeito a preliminar.

MÉRITO

O autor afirma que entregou sua Van ao réu para que este a revendesse por R$25.000,00 e lhe
repassasse o valor tão logo isso ocorresse, pois tinha urgência.

Diz que o carro sumiu do pátio da loja, que o réu admitiu que havia vendido o bem mas alegou que já não
dispunha da quantia.

Por fim, afirma que, sem alternativas, aceitou como pagamento um Chevorlet Classic, mas o devolveu
porque o carro tinha muitos problemas, estava alienado e pertencia a um terceiro. Por fim, disse que
ardilosamente o réu solicitou que assinasse um documento como se o Classic fosse seu e estivesse
apenas entregando para que fosse revendido por R$15.000,00.

Por outro lado, ao apresentar sua defesa o réu tenta convencer o juízo de que ele e o autor realizaram a
troca que envolveu de um lado a Van Renault Master Bus16, DCI, ano 2006 e do outro um Chevrolet
Classic, ano 2010. E que posteriormente esse negócio teria sido “extinto” por uma “novação”, e o autor
teria deixado o Classic em sua loja para que fosse revendido por R$15.000,00.

Com efeito, analisando as duas versões é possível concluir pela ausência de verossimilhança no que
afirma o reclamado. Senão vejamos.

Ao consultar a tabela FIPE constata-se que em outubro de 2018, mês em que teria havido a suposta troca
dos veículos, a VAN de propriedade do reclamante valia em média R$ 45.965,00 enquanto o Chevrolet
Classic tinha um preço médio apenas de R$17.702,00.

Havia, portanto, uma diferença de cerca de vinte e oito mil reais entre o valor de revenda dos dois
automóveis.

Ainda que se leve em conta os R$25.000,00 pelos quais o reclamante desejava vender a Van, persistiria
uma diferença em relação ao Classic de mais de sete mil reais.

Contudo, com base nas regras de experiência e senso comum, é sabido que quando alguém deseja
vender um bem e tem urgência nisso até o anuncia por um valor abaixo de mercado. Mas, quando se trata
de uma troca, envolvendo bens de valores tão distintos, em geral o proprietário do objeto mais
valioso exige o valor da diferença para fechar o negócio.

Cabe ainda acrescentar que se a troca de fato tivesse ocorrido e se o reclamante tivesse levado seis
meses para retornar com intenção de novar o negócio, provavelmente, nesse intervalo de tempo, o
reclamado, ou mesmo um terceiro adquirente, como novo proprietário da Van, já teria providenciado a
transferência junto ao DETRAN. Mas em consulta ao site do órgão, se verifica que o veículo permanece
registrado em nome do autor até a presente data.

Diante disso, não é crível a versão apresentada pela defesa.

No que se refere à “novação”, não há nenhuma lógica no argumento da defesa.

Isso porque a novação é a extinção de uma obrigação pela formação de outra, destinada a substituí-la.
Segundo Orlando gomes para que reste configurada devem concorrer três elementos:

a) A existência jurídica de uma obrigação - "obligatio novanda".


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b) Constituição de nova obrigação - "aliquid novi".

c) O ânimo de novar - "animus novandi".

Contudo, no presente caso, se o que de fato foi simplesmente a troca de um veículo pelo outro, como
alega o réu, tal negócio se extinguiu com a tradição de tal sorte que não restou obrigação alguma a ser
substituída por outra.

Assim, não há que se cogitar desse instituto no caso em voga.

A propósito, no que se refere à declaração juntada com a inicial faz sentido que o reclamante tenha
aceitado receber o Classic como pagamento, já que naquele contexto o réu alegava que já não dispunha
do produto da venda da Van, e que arrependido disso tenha sido compelido a assiná-la, pois, do contrário,
não conseguiria reaver quantia qualquer e seria obrigado a permanecer com esse bem.

Por outro lado, a par dessas discussões, no curso do processo ficou demonstrado que o reclamado de fato
está na posse do utilitário, tanto que o deixou em determinado local e se propôs a restitui-lo ao reclamante,
em sede de acordo, que restou frustrado.

Além disso, não há prova de que tenha pago qualquer quantia pela Van.

Por fim, conclui-se, pela versão que apresentou em sua defesa, que também ficou na posse do Classic,
afinal, não conseguiu devolvê-lo quando esteve na residência do reclamante.

Logo, merece amparo a tese inicial de que haveria enriquecimento ilícito do réu.

Sendo assim, por força do disposto nos art. 884 do Códio Civil, merece ser acolhido o pedido inicial para
que restitua o bem ao reclamante – que aliás, permanece registrado no seu nome junto ao DENTRAN –
ou, na impossibilidade, pague a importância de R$25.000,00, valor estipulado para venda.

Vale destacar que em relação à quantia paga pelo licenciamento da Van, além de não ter havido pedido
contraposto para que seja deduzida do valor a ser ressarcido, não vislumbro razão para que isso ocorra,
haja vista o longo tempo em que o reclamado encontra-se na posse do veículo, que em geral é utilizado
para auferir renda, e pelo qual não comprova ter pago alguma quantia ao legítimo proprietário.

No que se refere ao ressarcimento das despesas com reparos no Classic, o documento juntado sob o id.
14996048 - Pág. 7 não é idôneo para comprová-las, pelo que se impõe o rejeição do pedido.

Já quanto ao pedido de indenização, compreendo que o reclamante suportou quebra de uma legítima
expectativa, além de constrangimento e frustração ao se ver sem seu automóvel e sem o produto da
venda, sentimento esses agravados pelo fato de ter sido obrigado a ingressar em juízo para reaver o
veículo. Assim, resta configurado o dano moral na hipótese.

Nesse passo, o requerido deve ser condenado a indenizá-lo em R$5.000,00, valor que considero razoável
em compatível com as circunstâncias do caso concreto.

Finalmente, quanto à alegada tentativa do reclamante de retirar a Van do local onde se encontra
depositada, embora possa em tese configurar exercício arbitrário das próprias razões, a juízo da
autoridade judicial competente, não se se presta a configurar litigância de má-fé, a uma porque só exerce
arbitrariamente as próprias razões quem, afinal, as tem, a duas porque o fato não configura nenhuma das
hipóteses mencionadas no art. 80 do CPC, pelo que afasto o pedido de condenação por litigância de má-fé
formulado pela defesa.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos para:


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a) condenar o reclamado JAIRO ALMEIDA SILVA a restituir ao reclamante ALEXANDRE SOARES


QUEIROZ a posse do veículo RENAULT/MASTER BUS16 DCI, placa mwe5329, ano/modelo 2006, com
todos os equipamentos e acessórios inerentes ao bem.

b) na impossibilidade de fazê-lo, pagar ao reclamante a importância de R$25.000,00, corrigida pelo INPC a


contar de maio de 2019, e acrescida de juros de 1% desde a citação.

c) pagar ao reclamante, a título de indenização por dano moral, a quantia de R$5.000,00 (cinco mil
reais), devendo tal montante ser atualizado monetariamente pelo INPC/IBGE e acrescido de juros de mora
fixados em 1% (um por cento) ao mês, ambos devidos a partir desta sentença.

Resta extinto o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, I).

Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos do art. 54, “caput” e 55 da Lei
9.099/95.

Havendo cumprimento espontâneo, expeça-se alvará judicial em nome da parte reclamante ou de seu/sua
advogado(a) (caso haja pedido e este tenha poderes expressos para receber e dar quitação) para
levantamento dos valores depositados em juízo, devendo o seu recebimento ser comprovado nos autos.

Comprovado o cumprimento espontâneo e o levantamento dos valores depositados em juízo, nada mais
havendo, arquivem-se os autos.

P.R.I.C.

Belém/PA, 05 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9a Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0849813-39.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ARICLES MATOS


BATISTA FILHO Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO THAUMATURGO SORIANO DE MELLO
FILHO OAB: 14665/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUCAS SORIANO DE MELLO BARROSO OAB:
24827/PA Participação: REQUERIDO Nome: Tam Linhas aereas Participação: ADVOGADO Nome: FABIO
RIVELLI OAB: 297608/PA

Nesta oportunidade, junto aos autos do processo o alvará de transferência assinado eletronicamente,
referente ao saldo residual que constava na subconta.
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Número do processo: 0847978-16.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: RESIDENCIAL


MORADA DO SOL PRIVEE SOL DE VERAO Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO KAIO RIBEIRO
ARAGAO OAB: 22443/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO CARNEIRO ALVES
registrado(a) civilmente como JOSE CLAUDIO CARNEIRO ALVES OAB: 005819/PA Participação:
ADVOGADO Nome: ALLANA PATRICIA DE AZEVEDO PEREIRA OAB: 26303/PA Participação:
EXECUTADO Nome: PEDRO HAMILTON DE OLIVEIRA NERY Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO
HAMILTON DE OLIVEIRA NERY OAB: 4553/PA

PROCESSO NÚMERO: 0847978-16.2018.8.14.0301

DESPACHO

Inicialmente, analisando os termos do acordo a qual se pretende homologação, verifico que a parte
executada está representada por Álvaro Celso de Oliveira Nery, conforme minuta anexada no Id nº.
24843520, da qual não consta sequer procuração para tal finalidade.

Afora isso, cediço é o entendimento de que no âmbito dos Juizados Especiais é inadmissível a figura da
representação, situação esta que, por se tratar de questão de ordem pública, pode ser reconhecida de
ofício pelo magistrado da causa e ensejar a extinção do processo.

Por fim, verifica-se ainda do feito que o executado é advogado, tanto que manejou nos presentes autos
exceção de pré-executividade, inexistindo, portanto, qualquer óbice para fins de ratificação dos termos da
avença a qual se pretende homologação.

Deste modo, no intuito de ratificar os termos do acordo supracitado, determino a intimação do executado,
para que no prazo máximo de 05 dias úteis, se manifeste nos autos acerca da referida transação, sob
pena de não homologação, consoante razões retro esposadas.

Após, com ou sem manifestação, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Belém, 10 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0846297-06.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DA CONCEICAO


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO GABRIEL QUADROS TEIXEIRA OAB: 28704/PA
Participação: REU Nome: BANCO ITAUCARD S/A

PROCESSO nº 0846297-06.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: MARIA DA CONCEICAO SILVA

RECLAMADO(A): BANCO ITAUCARD S/A

DECISÃO
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Trata-se de ação de rito sumaríssimo na qual a parte reclamante alega ter sido surpreendida com a
cobrança levada a efeito pela parte reclamada, via consignação em seu benefício previdenciário, de
mensalidade de contrato de empréstimo nº 0059305433120210524 a ser pago em 84 (oitenta e quatro)
parcelas mensais de R$ 19,85 (dezenove reais e oitenta e cinco centavos), totalizando um débito no
valor de R$ 1.667,40 (um mil seiscentos e sessenta e sete reais e quarenta centavos), ao qual não
teria aderido.

Vieram os autos conclusos para apreciação do pedido de tutela provisória de urgência no sentido de que
seja expedido ofício ao INSS, fonte pagadora do benefício da parte reclamante, determinando a
suspensão dos descontos das parcelas do empréstimo consignado.

É o relatório. Decido.

Os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência são descritos no artigo 300 do Código de
Processo Civil de 2015, que exige a conjugação da probabilidade do direito com a possibilidade de dano
ou risco ao resultado útil do processo; mantendo-se, para as tutelas de urgência de natureza antecipada, o
requisito negativo de que não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015).

Neste tocante, destaque-se que a doutrina pátria é pacífica no sentido de que a vedação à concessão da
tutela provisória de urgência de natureza antecipada por conta de perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão (art. 300, §3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto, quando configurar verdadeira
violação à garantia constitucional do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CF/88).

Neste sentido, o Enunciado nº 25 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados –


ENFAM: “A vedação da concessão de tutela de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300,
§3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto com base na garantia do acesso à Justiça (art. 5º,
XXXV, da CFRB.”

No presente caso, observo que a petição inicial PREENCHE os requisitos autorizadores da


concessão da tutela de urgência pretendida.

Isto porque a parte reclamante alega não ter aderido ao contrato de mútuo feneratício impugnado, não
havendo como impor-lhe a prova de fato negativo: a não contratação.

Em adição, o princípio da boa-fé do consumidor, aliado ao fato de que se tornou comum no mercado de
consumo atual, caracterizado pelo modo de produção e prestação de serviços de massa, cuja própria
natureza acaba por ocasionar elevação do risco de fraudes, que pessoas sejam cobradas por contratos
aos quais não aderiram, militam em favor da plausibilidade das alegações da parte reclamante.

De outro lado, a parte reclamada possui as melhores condições de provar a adesão da parte reclamante
ao contrato de empréstimo impugnado, uma vez que detêm os documentos ou gravações referentes à sua
celebração, pelo que defiro a inversão do ônus da prova prevista no art. 6º inciso VIII do CDC (Lei
8.078/90).

Desta forma, vislumbro a probabilidade do direito da parte reclamante de ver suspensa a cobrança de
suas mensalidades do contrato de empréstimo impugnado, o que inclui o desconto das parcelas
contratuais de seus proventos de aposentadoria e a possibilidade de inclusão de seu nome nos cadastros
de inadimplentes com base em tais contraprestações contratuais, até porque, caso a parte reclamada não
comprove a adesão da parte autora ao negócio jurídico em tela, este Juízo deverá reconhecer a sua
invalidade, nos termos do art. 104, I, do CC/2002, e declarar a inexistência dos débitos dele decorrentes.

Também verifico a presença da possibilidade de dano à parte reclamante, sob três aspectos:

Primeiro, o comprometimento indevido de parcela dos proventos de aposentadoria da parte reclamante


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pode dificultar o custeio de suas necessidades mais básicas, colocando em risco não apenas a sua
dignidade, como também sua integridade física e direito à vida, em face da dificuldade em custear plano
de saúde, medicamentos, alimentação adequada, etc.

Segundo, as inscrições em cadastros de inadimplentes, quando ilegais ou indevidas, acarretam danos


de difícil reparação, pois impedem o acesso à rede creditícia perante as sociedades empresárias que
atuam no mercado, as quais recorrem à consulta aos órgãos de proteção antes de autorizarem as
negociações com os clientes.

Terceiro, as cobranças, quando indevidas, retiram injustamente a paz de espírito do consumidor,


prejudicando a sua vida civil e profissional com toda sorte de constrangimentos (ligações, mensagens via
sms, correspondências físicas e eletrônicas, etc).

Ressalte-se que a tutela de urgência concedida não se mostra irreversível, pois, caso a parte reclamada
logre êxito em demonstrar ser lícita a contratação, nada obstará que torne a cobrar os débitos e inscrever
o nome da parte autora em cadastros de devedores, sem prejuízo do manejo de pedido contraposto para
cobrar, nestes autos, eventual crédito que lhe seja reconhecido.

Entretanto, a medida será deferida de modo diverso da requerida, para que a parte reclamada seja
compelida a suspender as cobranças, sob pena de multa.

Diante da presença dos requisitos necessários, DEFIRO o pedido de tutela de provisória de urgência,
determinando que a parte reclamada, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão e até o final julgamento do mérito:

a) se abstenha de efetuar todo e qualquer tipo de cobrança referente às mensalidades do contrato de


empréstimo impugnado de nº 0059305433120210524;

b) providencie a suspensão dos descontos referentes às parcelas do contrato impugnado nos proventos
de aposentadoria da parte reclamante e/ou sua conta bancária;

c) se abstenha de incluir o nome da parte reclamante nos cadastros de inadimplentes com lastro nos
débitos referentes ao contrato de empréstimo impugnado.

O descumprimento da presente decisão implicará aplicação de multa, a ser revertida em prol da parte
autora, no valor de:

a) R$ 50,00 (cinquenta reais) por cada cobrança ou desconto levado a efeito em descumprimento à
presente decisão até o limite de R$ 2.000,00 (dois mil reais), sem prejuízo da devolução dos valores
descontados;

b) R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em caso de inscrição ou não exclusão do nome da parte autora dos
cadastros de inadimplentes.

Intimem-se ambas as partes desta decisão.

Ciente a parte reclamante da audiência designada automaticamente pelo sistema PJE.

Cite-se e intime-se a parte reclamada para comparecer à audiência já designada, com as advertências de
praxe.

A Audiência Una será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de Comunicação Microsoft
Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de videoconferência, constante do
website do TJE/PA- http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890.
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Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.

Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.

Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).

Solicitamos às partes que juntem antecipadamente no PJE os seguintes documentos: contestação,


manifestação à contestação, procuração, substabelecimento, demais documentos comprobatórios (em
PDF, vídeo, áudio, fotografias, etc.) e manifestação aos documentos.

Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº 9.099/95).

Ressalte-se ainda que, nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/95).

A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/95 implica em renúncia ao crédito excedente
ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos), conforme
previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.

Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, resta deferida a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

Intime-se a parte reclamada para que, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada
da presente decisão, promovam seu cadastro no Sistema PJE para recebimento de citações e intimações
por meio eletrônico, nos termos do § 1º do art. 246 do CPC/2015.

O descumprimento da determinação supra será punido, na forma do art. 77, §§ 1º e 2º, do CPC/2015,
como ato atentatório à dignidade da Justiça com aplicação de multa, que fixo em 5% (cinco por cento) do
1002
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

valor da causa, a ser revertida em favor da Fazenda Pública Estadual, sem prejuízo de adoção de
medidas civis, processuais e penais cabíveis.

Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.

Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.

Após apresentada contestação, havendo preliminares, pedido contraposto e documentos porventura


trazidos na lide pela parte reclamada, será concedido consecutivamente à parte autora prazo de 05 (cinco)
dias úteis, para fins de manifestação, e em seguida serão os autos remetidos conclusos para julgamento,
conforme ordem cronológica de conclusão dos processos.

Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.

De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.

Autorizo a expedição das cartas precatórias que se façam necessárias.

Cite-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0810044-19.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ANTONIA


FERNANDES CRUZ Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE
ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

PROCESSO nº 0810044-19.2021.8.14.0301

RECLAMANTE: ANTONIA FERNANDES CRUZ

RECLAMADO(A): EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.


1003
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECISÃO

Sendo o contrato entabulado entre as partes de trato sucessivo, defiro a inclusão, no pedido, das faturas
de consumo dos meses 07/2021 (ID nº 30341923) e 08/2021 (ID nº 31479129), na forma do art. 323 do
CPC/2015, uma vez que questionadas com base na mesma causa de pedir.

Passo à análise do pedido de tutela provisória de urgência.

A parte reclamante alega que as faturas impugnadas estariam cobrando valor muito elevado e que não
teria condições financeiras de pagá-las, requerendo tutela provisória de urgência para que o fornecimento
de energia à sua residência não seja cortado pelo não pagamento.

Ocorre que, compulsando o histórico de consumo da fatura constante do ID nº 23162994, nos limites da
cognição sumária admitida neste momento, as faturas de consumo regular mensal impugnadas cobram
quantidade de kWh mensais (563 kWh e 596 kWh) compatíveis com o consumo registrado nos três ciclos
de faturamento anteriores à primeira fatura impugnada nos autos – cuja menor quantidade de kWh
cobrada foi de 741 kWh.

Desta forma, não vislumbro a probabilidade do direito da parte reclamante, uma vez que a ausência de
recursos do consumidor não é fundamento legítimo para suspender a cobrança de faturas de consumo
regular mensal, em tese, corretas.

Diante da ausência dos requisitos necessários, INDEFIRO o pedido de tutela urgência.

Tendo em vista as informações constantes do requerimento de ID nº 31479129, reitere-se, com urgência,


ofício à Defensoria Pública do Estado solicitando designação de Defensor Público para assistir a parte
reclamante.

Aguarde-se a audiência já designada.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0836513-05.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: DANIEL


ERICEIRA FADUL ATHAYDE Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARIA MARQUES MAUES FILHO
OAB: 14007/PA Participação: REQUERIDO Nome: CHRISTINE PAZ SOUZA

PROCESSO NÚMERO: 0836513-05.2021.8.14.0301

DESPACHO

Muito embora a parte reclamante, assistida pelo advogado, tenha sido intimada a emendar a inicial,
conforme determinação contida no despacho de Id nº 29062227, deixou de fazê-lo, consoante a certidão
de Id nº 31357357.
1004
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Todavia, em homenagem ao princípio da economia processual, de modo a evitar um possível


reajuizamento, determino que seja renovada a intimação da parte reclamante para que, no prazo máximo
e improrrogável de 15 (quinze) dias, apresente no feito o documento solicitado pelo Juízo, sob pena de
extinção da ação.

Após, com ou sem manifestação, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0815515-55.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ISIS DIANE


FERREIRA MORAES Participação: RECLAMADO Nome: DISMOBRAS IMPORTACAO, EXPORTACAO E
DISTRIBUICAO DE MOVEIS E ELETRODOMESTICOS S/A Participação: ADVOGADO Nome: NELSON
WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA

Processo 0815515-55.2017.8.14.0301

RECLAMANTE: ISIS DIANE FERREIRA MORAES

RECLAMADO: DISMOBRAS IMPORTACAO, EXPORTACAO E DISTRIBUICAO DE MOVEIS E


ELETRODOMESTICOS S/A

DESPACHO ORDINATÓRIO

Considerando que o presente processo foi extinto com julgamento do mérito e que não houve interposição
de Recurso Inominado, tampouco pedido de cumprimento de sentença, e que foram cumpridas todas as
determinações do Juízo, inclusive certificado o trânsito em julgado, com base no art. 1º, caput e § 1º da
Ordem de Serviço nº 02/2020-9VJEC-GAB (Publicada no DJE de 17 e 18/12/2020), os autos serão
arquivados.

Intimem-se as partes, advertindo-as que os autos poderão ser desarquivados, sem recolhimento de
custas, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, contados da intimação deste ato, ou do próprio ato, sendo
inviável a intimação por qualquer meio (art. 1º, § 2º da Ordem de Serviço nº 02/2020-9VJEC-GAB).

Belém, 16 de agosto de 2021.

Luciana Santos e Silva Gonçalves


Analista Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível

Número do processo: 0812718-67.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: THEILA MARTINS SENA


Participação: ADVOGADO Nome: IGOR PASTANA MOTA OAB: 17390/PA Participação: REU Nome:
1005
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Lojas Americanas S/A Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO NEUMANN MOREIRAS PESSOA
OAB: 110501/RS

PROCESSO NÚMERO:0812718-67.2021.8.14.0301

DESPACHO

Considerando a audiência designada automaticamente nos autos, fica dispensada a citação da parte
reclamada, considerando seu comparecimento espontâneo nos autos, nos termos do art. 18, §3º da Lei nº.
9.099/1995. Destarte, deverá a parte reclamada ser intimada para comparecer ao ato, com as
advertências legais.

A Audiência Una designada será realizada na modalidade virtual, através da Plataforma de Comunicação
Microsoft Teams, devendo as partes observar o guia prático da plataforma de videoconferência, constante
do website do TJE/PA - http://www.tjpa.jus.br/CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=902890

Manifestem-se nos autos as partes, no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação
consumada, informando os e-mails para envio do link de acesso à sala de audiência virtual.

Devem as partes e os advogados acessar a audiência no dia e horário designados, por computador,
celular (smartphone) ou tablet, sem necessidade de instalação do referido aplicativo (utilizando o
navegador Google Chrome), por meio do link que será enviado antecipadamente ou no momento da
realização do ato, para os e-mails informados pelos litigantes, ocasião em que estes poderão produzir as
provas admitidas em direito e que entenderem necessárias, inclusive testemunhais, e a parte reclamada
deverá apresentar defesa escrita ou oral, sob pena de revelia.

Partes e advogados podem estar presentes na data e hora agendadas no mesmo ponto de acesso
(computador, celular, tablet), ou, caso algum dos participantes prefira e possa participar da audiência
individualmente de outro ponto de acesso, deve informar antecipadamente no prazo acima informado, o e-
mail para envio de convite. Todos os participantes devem estar munidos de documento oficial de
identificação, com foto, para apresentação na audiência, sendo vedada em sede de Juizado Especial
representação de pessoa física (Enunciado 10 do FONAJE).

Solicitamos às partes que juntem antecipadamente no PJE os seguintes documentos: contestação,


manifestação à contestação, procuração, substabelecimento, demais documentos comprobatórios (em
PDF, vídeo, áudio, fotografias, etc.) e manifestação aos documentos.

Havendo necessidade de esclarecimentos, seguem os contatos desta Vara. Telefone: (91) 3211-0412 /
WhatsApp: (91) 98463-7746 / E-mail: 9jecivelbelem@tjpa.jus.br

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamante ensejará a
aplicação da extinção da presente ação sem resolução do mérito, consoante art. 51, I, da Lei nº 9099/95
c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, bem como poderá ensejar a condenação
ao pagamento de custas, devendo eventual impossibilidade de acesso ser comunicada por petição
protocolada nos autos.

O não comparecimento injustificado em audiência por videoconferência pela parte reclamada ensejará a
aplicação da revelia, consoante arts. 20 e 23 da Lei 9.099/95 c/c art. 29 da Portaria Conjunta 012/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, devendo eventual
impossibilidade de acesso ser comunicada por petição protocolada nos autos.

Com efeito, imperioso destacar que as partes deverão comunicar a este Juízo a mudança de endereço,
ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações enviadas ao
endereço anterior, constante dos autos (artigo 19, § 2º, da Lei nº 9.099/95).
1006
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ressalte-se ainda que, nas causas em que for atribuído valor econômico superior a vinte salários mínimos,
a assistência da parte por advogado será obrigatória (artigo 9º da Lei nº. 9.099/95).

A opção da parte autora pelo procedimento da Lei nº. 9.099/95 implica em renúncia ao crédito excedente
ao limite previsto no inciso primeiro do artigo 3º da citada lei (quarenta salários mínimos), conforme
previsão do parágrafo terceiro, do mencionado artigo.

Em se tratando de causa que versa a respeito de relação de consumo, resta deferida a inversão do ônus
da prova, nos termos do disposto no artigo 6°, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

Caso as partes não tenham interesse em produzir provas em audiência, deverão informar nos
autos, dentro do referido prazo de 05 (cinco) dias úteis contados da intimação consumada, sendo
que o silêncio implicará em preclusão no que concerne à produção de provas, o que autoriza o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.

Neste caso, a Audiência Una será de pronto cancelada e a parte reclamada será imediatamente intimada
a apresentar defesa nos autos no prazo improrrogável de 15 dias úteis.

Após apresentada contestação, havendo preliminares, pedido contraposto e documentos porventura


trazidos na lide pela parte reclamada, será concedido consecutivamente à parte autora prazo de 05 (cinco)
dias úteis, para fins de manifestação, e em seguida serão os autos remetidos conclusos para julgamento,
conforme ordem cronológica de conclusão dos processos.

Manifestando-se qualquer das partes pela necessidade de produção de provas em audiência, ficará
mantida por ora a data de Audiência Una a ser designada, devendo o manifestante, dentro do referido
prazo de 05 (cinco) dias úteis, fundamentar seu pedido, caso não pormenorizado, indicando inclusive as
provas que pretende produzir, ficando desde já os litigantes advertidos que o mero depoimento pessoal
não se presta a tal finalidade, pois apenas serve como via de reprodução dos fatos já deduzidos na inicial
e contestação, devendo após os autos ser remetidos conclusos para decisão.

De igual forma, esclareço às partes que, havendo manifestação para manutenção da audiência visando
exclusivamente o interesse na composição consensual, tal pedido resta indeferido de plano, pois tal fato
não impede que as partes, por seus patronos, cheguem a uma composição extrajudicial da lide, trazendo
eventual acordo para homologação deste Juízo.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 04 de julho de 2021.

MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETA

Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível


1007
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA 10ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Número do processo: 0857625-35.2018.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: DIANA MARIA


BEGOT FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: GLENDA CAROLINE FERREIRA JARDIM OAB:
665/PA Participação: RECLAMADO Nome: BANCO PAN S/A. Participação: ADVOGADO Nome: JOAO
VITOR CHAVES MARQUES DIAS OAB: 30348/CE

Processo nº: 0857625-35.2018.8.14.0301

DESPACHO

Tendo em vista a decisão (ID31267218) que homologou o acordo firmado entre as partes, bem como a
certidão de trânsito em julgado (ID31267222) e o comprovante de quitação do mencionado acordo
(ID31267221), determino o arquivamento dos autos.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021.

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

Número do processo: 0843555-47.2017.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ROSIVALDO DA


SILVA SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: FABIO LUIZ SEIXAS SOTERIO DE OLIVEIRA OAB:
38557/GO Participação: RECLAMADO Nome: BANCO BRADESCO CARTOES S.A. Participação:
ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB: 15674/PA

Processo nº: 0843555-47.2017.8.14.0301

DESPACHO

Tendo em vista o acórdão (ID31248105) que manteve a sentença (ID12714609) em sua integralidade,
bem como a certidão de trânsito em julgado (ID31248108), determino o arquivamento dos autos.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 12 de agosto de 2021.


1008
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

Número do processo: 0865923-45.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RAFAEL D GOMES - ME


Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE JALES RODRIGUES OAB: 23230/PA Participação: REU Nome:
BANCO SAFRA S A

Processo nº: 0865923-45.2020.8.14.0301

DESPACHO

Para exame do pedido de tutela de urgência, nessa sede de cognição sumária, entendo conveniente a
justificação prévia, nos termos do art. 84, §3º, da Lei Federal nº. 8.078/1990, na forma de abertura de
oportunidade para a parte Ré argumentar nos autos.

Determino, pois, a citação do Réu, intimando-o, no mesmo ato, para que apresente, querendo, suas
considerações acerca do pedido de tutela provisória de urgência, no prazo de 10 (dez) dias.

Intimem-se também as partes da audiência UNA de conciliação, instrução e julgamento que designo
para o dia 10/03/2022 às 10h00min.

Faculto as partes participarem da supracitada audiência por meio da plataforma indicada pelo TJE/PA
(MICROSOFT TEAMS), devendo as mesmas informarem nos autos o número de whatsapp e,
obrigatoriamente, os e-mails para recebimento do respectivo convite para participarem da audiência pelo
modo remoto, em até cinco dias antes da data acima referida, ou, então, acionar no dia e horário acima
designados o seguinte link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_M2UwYzQwZGUtOTQzNy00ZjkxLWEwZTgtMDY4ZTg3ODdmZWFm%40thread.v2/0?
c o n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22c52b6ecf-4b2a-42f8-ab99-01bf56f6ae6f%22%7d, devendo,
em todo caso, observarem o determinado na Portaria Conjunta nº 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI de 22 de
maio de 2020, a qual regulamenta as audiências por videoconferência no âmbito da jurisdição dos juizados
especiais cíveis vinculados ao TJPA.

A parte que não informar os seus dados acima mencionados para participar virtualmente do ato, não entrar
diretamente na sala virtual pelo link acima informado ou não comparecer no fórum para participar
presencialmente, sofrerá as penalidades processuais legais, caso não apresente a tempo justificativa
escusável.

Determino que as partes também sejam notificadas do seguinte: 1) e caso queiram produzir provas orais,
como testemunha ou informante, deverão orientar estas a acessar a sala virtual com e-mail em seu próprio
nome e em dispositivo de acesso à internet (celular, computador, tablet, notebook, etc) privativo do seu
uso para o ato, ou seja, não pode ser com o mesmo e-mail e nem com o mesmo dispositivo das partes
envolvidas no litígio e nem dos respectivos advogados destas; 2) deverão juntar no dia da audiência, na
aba “chat” da respectiva sala virtual, arquivo contendo cópias legíveis dos documentos de identificação de
quem for participar da audiência por videoconferência, a fim de agilizar o processo de identificação por
parte de quem estiver secretariando o ato.
1009
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Intime-se o autor para, no prazo de 10 (dez) dias, juntar aos autos documento atual devidamente emitido
pelo SERASA para fins de comprovar a permanência de seu nome nos Órgãos de Proteção de Crédito,
vez que o documento do ID20969558 é 2017, sob pena de indeferimento do pedido de tutela de urgência.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

Número do processo: 0866483-21.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: CARLA MARIA DE


SOUSA VIANNA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO THAUMATURGO SORIANO DE MELLO
FILHO OAB: 14665/PA Participação: RECLAMADO Nome: FORMOSA SUPERMERCADOS E MAGAZINE
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: HELIO DE XEREZ E OLIVEIRA GOES JUNIOR OAB: 20208/PA

Processo nº: 0866483-21.2019.8.14.0301

DESPACHO

Considerando o trânsito em julgado da sentença, aguarde-se por 30 (trinta) dias o pedido de cumprimento
da sentença.

Decorrido o prazo, sem manifestação, certifique-se e arquivem-se os autos.

Caso haja pedido de início da fase de cumprimento, retornem os autos conclusos.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORREA RIBEIRO

Juíza de Direito respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

Número do processo: 0852841-78.2019.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: SERGIO


RICARDO RAMOS FIGUEIREDO Participação: ADVOGADO Nome: SERGIO RICARDO RAMOS
FIGUEIREDO OAB: 20050-B/PA Participação: RECLAMADO Nome: NEI ALMEIDA RAMOS Participação:
RECLAMADO Nome: NILTON ALMEIDA RAMOS
1010
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo nº: 0852841-78.2019.8.14.0301

TERMO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Processo nº. 0852841-78.2019.8.14.0301

PARTE RECLAMANTE: SERGIO RICARDO RAMOS FIGUEIREDO -CPF: 374.411.242-04

ADVOGADO (A) DA RECLAMANTE: SERGIO RICARDO RAMOS FIGUEIREDO – oab/pa: 20.050 B.

PARTE RECLAMADA 01: NEI ALMEIDA RAMOS - CPF: 668.413.562-68

PARTE RECLAMADA 02: NILTON ALMEIDA RAMOS – CPF (não informado).

Aos 12 dias do mês agosto de 2021, nesta cidade de Belém, Estado do Pará, na Sala de Audiência da
10º vara do Juizado Especial Cível de Belém para a realização da presente audiência Una de
Conciliação/Instrução, agendada para as 11h00min, nos autos da ação e entre as partes
supramencionadas, de acordo com as formalidades legais, foi aberta a AUDIÊNCIA UNA na presença, por
meio de videoconferência, da MMa. Juíza ANDREA CRISTINE CORREA RIBEIRO, e presencialmente,
do acadêmico de Direito e estagiário do juízo Miguel Penalber de Abreu.

Iniciada a AUDIÊNCIA UNA presencial, às 11h00min, nenhuma das partes e nem os seus respectivos
advogados compareceram à audiência.

Compulsando os autos, verifica-se no ID 23009335 que a parte reclamante requereu desistência da


presente ação, em função de não saber informar o novo endereço dos reclamados para serem citados.

Em seguida, o juízo exarou a SENTENÇA abaixo:


VISTOS, ETC. 1) Relatório dispensado nos termos do artigo 38, caput da Lei nº 9.099/1995; 2)
Dispositivo: A parte reclamante requereu desistência da ação (ID 23009335); A desistência está prevista
no, art. 485, VIII, do Novo CPC (Lei Federal nº 13.105/2015), e é causa de extinção do processo sem
resolução do mérito, sendo que para produzir efeitos depende de homologação. Há de ser ressaltado
ainda que, na jurisdição dos Juizados Especiais, o pedido de desistência pela parte demandante não
necessita de anuência da parte contrária, conforme estabelece o Enunciado nº 90 do Fórum Nacional de
Juizados Especiais (FONAJE), salvo quando houver indícios de litigância de má-fé ou lide temerária,
hipótese que não verifico nos autos, razão pela qual não vislumbro impedimento legal para o deferimento
do pedido. 3) Ante exposto, com fulcro no art. 200, parágrafo único, do Novo CPC, homologo o
pedido de desistência para que produza seus efeitos jurídicos e extingo o processo sem resolução
do mérito. Sem custas, nos termos dos artigos 54 e 55, caput (primeira parte), da Lei 9099/1995.
Cumpra-se. Publicado em audiência, ficando desde logo cientes todos os presentes.

E para constar foi lavrado o presente termo assinado digitalmente pelo Juízo e incluído no PJE, sem
impressão e assinaturas físicas, servindo o mesmo como declaração de comparecimento perante este
juízo dos que abaixo seguem identificados para todos os fins de direito, em especial para comprovação de
justificativa de atraso ou falta ao trabalho, Tudo registrado conforme mídia a ser juntada aos autos
posteriormente. Eu, Mário Bronze, o digitei. Termo encerrado às 11:17 horas

ANDRÉA CRISTINE CORREA RIBEIRO

Juíza de Direito respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0853592-65.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO TAPAJOS Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARIA ASSIS DOS SANTOS OAB:
10640/PA Participação: EXECUTADO Nome: MARCOS BASTOS Participação: EXECUTADO Nome:
OCUPANTE DO IMOVEL

Processo nº: 0853592-65.2019.8.14.0301

SENTENÇA

Relatório dispensado com fulcro no art. 38, da Lei Federal nº. 9.099/1995.

Analisando os autos, verifico que o condomínio exequente peticionou (ID26114433) informando o acordo
firmado entre as partes e que já teria sido adimplido o débito exequendo, por isso requer a extinção do
feito.

O Código de Processo Civil é utilizado subsidiariamente à Lei Federal nº. 9.099/1995 na jurisdição dos
Juizados Especiais e estabelece em seu art. 924, inciso II, que o magistrado extinguirá a execução quando
a obrigação for satisfeita.

Ante o exposto, DECLARO EXTINTA A EXECUÇÃO, na forma dos artigos 924, inciso II e 925 do Código
de Processo Civil.

Sem custas ou honorários advocatícios de sucumbência (arts. 54, caput, e 55, parágrafo único, da Lei
Federal nº. 9.099/1995.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

Número do processo: 0843849-60.2021.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: ELISABETH


SANTOS BRAZAO Participação: ADVOGADO Nome: MANOEL ROLANDO SANTOS BRAZAO OAB:
18510/PA Participação: RECLAMADO Nome: Operadora CLARO Participação: ADVOGADO Nome:
RAFAEL GONCALVES ROCHA OAB: 16538/PA

Processo nº: 0843849-60.2021.8.14.0301

DECISÃO

Vieram os autos conclusos para análise do pedido de tutela provisória de urgência formulado na inicial,
consistente em ordem judicial determinando a demandada que estabeleça imediatamente o serviço
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

contratado, fornecendo a velocidade de 240 MEGA e normalizando os demais serviços por completo.

A parte ré, devidamente intimada, apresentou manifestação quanto ao pedido de tutela de urgência no
ID31614108, requerendo, em síntese, o indeferimento.

Passo a analisar o cabimento da medida de urgência, com base na identificação concreta nesses autos de
seus pressupostos, em conformidade com o art. 300 do Código de Processo Civil, que apenas autoriza ao
Juízo a concessão de tutela de urgência em caso de verificação da probabilidade do Direito e do perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Nos limites desta análise sumária, verifico que as provas documentais apresentadas com a inicial aliadas
ao princípio da boa-fé objetiva do consumidor, apontam no sentido de serem verossímeis, pelo que defiro
a inversão do ônus da prova prevista no art. 6º inciso VIII do CDC (Lei 8.078/90).

Porém, tal verossimilhança não se apresenta extreme de dúvidas, eis que as provas apresentadas não
demonstram, de forma inequívoca, acerca da velocidade da conexão de internet disponibilizada a autora, o
que implica dizer que, mesmo com a inversão do ônus da prova, pode acontecer de a parte demandada
provar o contrário, circunstância que recomenda apuração na fase processual pertinente.

Porém, resta demonstrada a probabilidade do direito da autora, que juntou aos autos faturas de consumo
que demonstram o plano de internet contratado de 240MB (Ids 30699669, 30699671 e 30699673), print
demonstrando a velocidade da conexão, especialmente a do ID30428531 e conversa via whatsapp com a
promovida na qual se observa que o técnico da mesma realizou teste na velocidade de internet da
reclamante (ID30699676).

Poderia a parte ré, nesse sentido, juntar documentos para comprovar, hipoteticamente, que após as visitas
técnicas houve a normalização da conexão de internet da promovente. Porém, a operadora de telefonia ré
apresentou manifestação que não se ateve a nenhum dos pormenores discutidos nesta demanda, não
juntando nenhum documento comprobatório e nem apresentando argumentos que debatessem de forma
específica os fatos trazidos à análise no presente feito.

Há, portanto, necessidade de esclarecer a observância dos limites mínimos de velocidade contratada pela
autora, que de acordo com as metas estabelecidas pela ANATEL nos regulamentos de Gestão da
Qualidade dos serviços de Comunicação Multimídia (banda larga fixa) e Móvel Pessoal (banda larga
móvel), as prestadoras deverão garantir mensalmente, em média, 80% da velocidade contratada pelos
usuários e a velocidade instantânea (que se refere à velocidade aferida pontualmente em uma medição)
deve ser de, no mínimo, 40% da contratada, contudo caso a prestadora entregue ao usuário apenas 40%
da velocidade contratada por diversos dias, deverá, no restante do mês, entregar uma velocidade alta ao
consumidor, a fim de atingir a meta mensal de 80%.

Entretanto, não é razoável que a autora suporte a manutenção da velocidade contratada abaixo dos limites
mínimos estabelecidos pela ANATEL durante o decorrer do processo, até porque o serviço de internet é
utilizado para a atividade laboral de seu escritório de advocacia. Desse modo, a promovida deve respeitar
os supracitados limites de velocidade de internet contratada pela promovente, pois resta latente o perigo
de dano e/ou prejuízo à parte autora.

Ante o exposto DEFIRO PARCIALMENTE O PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA e determino que a


reclamada disponibilize mensalmente, em média, 80% da velocidade contratada pela autora e a
velocidade instantânea deve ser de, no mínimo, 40% da contratada, porém caso a promovida entregue a
reclamante apenas 40% da velocidade contratada por diversos dias, deverá, no restante do mês, entregar
uma velocidade alta a consumidora, a fim de atingir a meta mensal de 80%.

Em caso de descumprimento, estipulo multa diária de R$100,00 (cem reais), a incidir em período inicial de
30 (trinta) dias, sem prejuízo de majoração da multa em caso de descumprimento desta decisão, ou o
aumento de sua periodicidade, caso se faça necessário.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Faculto as partes participarem da audiência de conciliação designada para o dia 23/11/2021 às


10h59min por meio da plataforma indicada pelo TJE/PA (MICROSOFT TEAMS), devendo as mesmas
informarem nos autos o número de whatsapp e, obrigatoriamente, os e-mails para recebimento do
respectivo convite para participarem da audiência pelo modo remoto, em até cinco dias antes da data
acima referida, ou, então, acionar no dia e horário acima designados o seguinte link:
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3a1a33340e0ef845af8a8f3e1cf7211ffa%40thread.tacv2/1628706748391?context=%7b%22Tid%2
2%3a%225f6fd11e-cdf5-45a5-9338-b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22eef88913-8407-4020-
b462-e26ce7e92f06%22%7d, devendo, em todo caso, observarem o determinado na Portaria Conjunta nº
12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI de 22 de maio de 2020, a qual regulamenta as audiências por
videoconferência no âmbito da jurisdição dos juizados especiais cíveis vinculados ao TJPA.

A parte que não informar os seus dados acima mencionados para participar virtualmente do ato, não entrar
diretamente na sala virtual pelo link acima informado ou não comparecer no fórum para participar
presencialmente, sofrerá as penalidades processuais legais, caso não apresente a tempo justificativa
escusável.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 do GP/VP, servindo a presente decisão
como mandado. Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

Número do processo: 0006556-33.2014.8.14.0302 Participação: REQUERENTE Nome: HERINTON


DIEGO ROCHA FILGUEIRAS Participação: ADVOGADO Nome: ADRIANE DE SOUZA DA ROCHA OAB:
25472/PA Participação: REQUERIDO Nome: CONSÓRCIO NACIONAL VOLKSWAGEN LTDA
Participação: ADVOGADO Nome: JOAO FRANCISCO ALVES ROSA OAB: 17023/BA Participação:
ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO GOULART LANES OAB: 977/BA

Processo nº: 0006556-33.2014.8.14.0302

SENTENÇA

Relatório dispensado com fulcro no art. 38, da Lei Federal nº. 9.099/1995.

Analisando os autos, verifico que o exequente aceitou o valor que fora depositado pela executada para fins
de extinguir a obrigação (ID29699767), requerendo a expedição de alvará de transferência para a conta
bancária de sua patrona informada na petição do ID30306355.

O Código de Processo Civil é utilizado subsidiariamente à Lei Federal nº. 9.099/1995 na jurisdição dos
Juizados Especiais e estabelece em seu art. 924, inciso II, que o magistrado extinguirá a execução quando
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a obrigação for satisfeita.

Ante o exposto, com fulcro nos arts. 924, inciso II, e 925, caput, do Código de Processo Civil, EXTINGO O
PROCESSO EM SUA FASE EXECUTIVA COM JULGAMENTO DO MÉRITO.

Expeça-se alvará judicial para liberação do valor depositado na conta judicial em nome da advogada do
credor, conforme requerido no ID30306355, vez que possui poderes expressos na procuração do
ID9296988 para receber e dar quitação.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 – GP/VP. Cumpra-se.

Belém, 10 de agosto de 2021.

ANDRÉA CRISTINE CORRÊA RIBEIRO

Juíza de Direito Respondendo pela 10ª Vara do JECível de Belém

(Portaria nº 2619/2021-GP)

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UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 1 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

RESENHA: 09/08/2021 A 13/08/2021 - SECRETARIA UNICA DAS VARAS DOS JUIZADOS CRIMINAIS
DE BELEM - VARA: 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

PROCESSO: 00009492320208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ALEX DOUGLAS OLIVEIRA RIBEIRO VITIMA:C. B. T.
P. E. S. A. L. VITIMA:O. E. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE
BELEM PROC. Nº. 0000949-23.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: ALEX DOUGLAS OLIVEIRA
RIBEIRO VÃTIMA: CS BRASIL TRANSPORTES DE PASSAGEIROS E SERV AMBIENTAIS LTDA
VÃTIMA: O ESTADO ART. 163 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos
09/08/2021, às 11:15 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado
Especial Criminal, onde presente se achava o EXMO Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de
Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério
Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No
horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe, presente apenas a advogada do autor
ALEX DOUGLAS OLIVEIRA RIBEIRO, A Dra. FRANCINETE DO SOCORRO SANTOS DE BASTOS
OAB/PA 009605.      Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em face da
ausência de representante da vÃtima.      Dada a palavra à advogada do autor, a mesma
requereu prazo para juntada de habilitação e requereu a retirada do nome de seu cliente dos
apontamentos criminais, haja vista, afirmar que quem cometeu tal delito não fora o seu cliente mas sim, o
seu irmão conforme documentos já juntados anteriormente aos autos. Em seguida, a representante do
Ministério Público se manifestou: ¿MM. JuÃza, trata-se de crime capitulado no art. 163, CPB, crime de
ação penal privada, solicito que a secretaria verifique se houve ou não a apresentação de queixa-
crime no prazo decadencial, em seguida requer vista dos autos. Pede deferimento¿. Em seguida, a
JuÃza deliberou: ¿Defiro o pedido da advogada do autor para a juntada da habilitação no prazo de 5
dias. Decorrido o prazo, determino que a UPJ certifique se houve ou não o oferecimento da queixa-crime,
no prazo decadencial. Após, dê-se vista dos autos ao MP. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi
encerrado o presente termo. Eu, ____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi.
J U Ã Z A : M I N I S T Ã R I O P Ã B L I C O :
______________________________________________________________________ ADVOGADA DO
AUTOR:Â FRANCINETE DO SOCORRO SANTOS DE BASTOS OAB/PA 009605

PROCESSO: 00045572920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Inquérito
Policial em: 09/08/2021 INDICIADO:DELSIO PEREIRA GAIA VITIMA:D. B. S. G. . PODER JUDICIÃRIO
1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0004557-29.2020.8.14.0401
AUTOR DO FATO: DELSIO PEREIRA GAIA VÃTIMA: DHARLA BEATRIZ SILVA GAIA ART. 136 DO CPB
TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 09/08/2021, Ã s 11:16 horas, nesta cidade de
Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a
EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por
meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o
pregão de praxe, presente o autor DELSIO PEREIRA GAIA e presente a representante da vÃtima, a Sra.
VALÃRIA DO SOCORRO VASCONCELOS SILVA, que é mãe da vÃtima DHARLA BEATRIZ SILVA
GAIA.      Aberta a audiência, presente o autor DELSIO PEREIRA GAIA e presente a
representante legal da vÃtima, a Sra. VALÃRIA DO SOCORRO VASCONCELOS SILVA, que é mãe da
vÃtima DHARLA BEATRIZ SILVA GAIA. Fora dada as palavras as partes. Â Â Â Â Â Em seguida, a
representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, diante das declarações dadas pela
representante legal da vÃtima e das declarações feitas pelo autor do fato, o MP entende que o delito
em questão não restou devidamente configurado. Assim sendo, nos termos do art. 28 do CPP, o MP
requer o arquivamento do feito, por falta de justa causa para o prosseguimento do feito, ante a atipicidade
da conduta. Pede deferimento¿.      Em seguida, A MM. JuÃza sentenciou: ¿Conforme se
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constata dos autos, a conduta do autor não se coaduna com o tipo penal descrito no art. 136, CPB,
portanto, assiste razão ao MP em requerer o arquivamento do feito, diante da falta de justa causa ante a
atipicidade da conduta. Isto posto, acolho o parecer ministerial, para determinar o arquivamento do
presente procedimento, por falta de justa causa para a ação penal face a atipicidade da conduta.
Sentença publicada em audiência, saindo intimados os presentes. Registre-se, fazendo as
anotações e comunicações de praxe¿. Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência.
Eu, _________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:
______________________________________________________________________ AUTOR DO
F A T O : D E L S I O P E R E I R A G A I A
______________________________________________________________________
REPRESENTANTE DA VÃTIMA- VALÃRIA DO SOCORRO VASCONCELOS SILVA

PROCESSO: 00100992820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ANDERSON MONTEIRO DA SILVA VITIMA:D. A. A. .
PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0010099-
28.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: ANDERSON MONTEIRO DA SILVA VÃTIMA: DANILO ALVINO
ARAGAO ART. 129 E 147 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 09/08/2021, Ã s
10 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal,
onde presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª
Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA
PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, ausente o autor, o qual não fora intimado, pelo motivo de fls.
25/26 e ausente a vÃtima, a qual não fora intimada, pelos motivos de fls. 27/28.      Aberta a
audiência, prejudicada a tentativa de acordo, em face da ausência das partes. Dada a palavra Ã
representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, visa o presente procedimento a apuração dos
crimes capitulados no art. 129 e 147 do CPB, tratam-se de crimes de ação penal pública condicionada
à representação. No caso dos autos, as partes não compareceram à presente audiência, o MP
requer que os autos sejam acautelados em secretaria pelo prazo de 72 horas, aguardando-se possÃvel
justificativa da ausência da vÃtima. Caso a vÃtima não se manifeste no prazo referido, o MP, nos
termos do Enunciado 117 do FONAJE c/c art. 107, IV do CPB, 38 e 61 do CPP, requer, desde já, que o
JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato. Pede deferimento¿.      Em seguida, a
JuÃza deliberou: ¿Defiro o pedido do Ministério Público. Acautelem-se os autos na UPJ pelo prazo de
72 horas, aguardando-se a manifestação da vÃtima. Decorrido o prazo, certifique-se e façam os autos
conclusos. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ____________, Rita
Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00102664520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:BRUNO EVANOVICK XAVIER SANTOS VITIMA:T. C.
R. S. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº.
0010266-45.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: BRUNO EVANOVICK XAVIER SANTOS ADVOGADO:
MANFREDO CARLOS LAMBERG NETO OAB/PA 26245 VÃTIMA: TAINARA CRISTINA RODRIGUES
DOS SANTOS ADVOGADO: SERGIO YAGO DOS REIS MORAES OAB/PA 28852 ART. 135 DO CPB
TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 09/08/2021, Ã s 11:30 horas, nesta cidade de
Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a
EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por
meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o
pregão de praxe, PRESENTE o autor do fato BRUNO EVANOVICK XAVIER SANTOS, acompanhado do
seu advogado MANFREDO CARLOS LAMBERG NETO OAB/PA 26245 e PRESENTE a vÃtima TAINARA
CRISTINA RODRIGUES DOS SANTOS, acomapnhada de seu advogado, SERGIO YAGO DOS REIS
MORAES OAB/PA 28852.      Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de acordo entre as
partes devido as mesmas não entrarem em consenso.       Em seguida, a representante do
Ministério Público se manifestou: ¿MM JuÃza, o Ministério Público requer vista dos autos para
analisar aparente complexidade dos fatos. Pede Deferimento¿.       Em seguida a JuÃza
deliberou: ¿Acolho o pedido do Ministério Público, dê-se vista dos autos ao Ministério Público para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

os devidos fins de direito, após, façam os autos conclusos. Cumpra-se¿ Eu, __________, Rita Bahia,
Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:
______________________________________________________________________ AUTOR DO
F A T O : B R U N O E V A N O V I C K X A V I E R S A N T O S
______________________________________________________________________ ADVOGADO:
M A N F R E D O C A R L O S L A M B E R G N E T O O A B / P A 2 6 2 4 5
______________________________________________________________________ VÃTIMA:
T A I N A R A C R I S T I N A R O D R I G U E S D O S S A N T O S
_____________________________________________________________________ ADVOGADO:
SERGIO YAGO DOS REIS MORAES OAB/PA 28852

PROCESSO: 00102725220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:JAIME LUIZ DA SILVA LUZ VITIMA:D. S. L. M. .
PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0010272-
52.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: JAIME LUIZ DA SILVA LUZ VÃTIMA: DOMINGOS SERGIO LOBO
MARQUES ART. 140 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 09/08/2021, Ã s
09:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal,
onde presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª
Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA
PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, AUSENTE o autor JAIME LUIZ DA SILVA LUZ, mesmo
regularmente intimado conforme conteúdo de fl. 18 e AUSENTE a vÃtima DOMINGOS SÃRGIO LOBO
MARQUES, a qual não fora intimada pelo motivo informado no AR de fl. 19      Aberta a
audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em face da ausência das partes. Em seguida, a
representante do Ministério Público se manifestou: ¿MM. JuÃza, trata-se de crime capitulado no art.
140, CPB, crime de ação penal privada, solicito que a secretaria verifique se houve ou não
apresentação de queixa-crime, em caso negativo, em face da decadência do direito de queixa, peço
desde já seja declarada a extinção da punibilidade do autor, com fundamento no art. 103 e 107, IV,
ambos do CPB e ART. 38 e 61, ambos do CPP. Pede deferimento¿. Em seguida, a JuÃza deliberou:
¿Face o pedido do Ministério Público, determino que a UPJ certifique se houve oferecimento da
queixa-crime, no prazo decadencial. Após, façam os autos conclusos. Cumpra-se¿. Nada mais
havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ___________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e
subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00108406820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:MARCOS VINICIUS DOS SANTOS CUNHA
VITIMA:F. P. V. N. VITIMA:N. G. R. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL
DE BELEM PROC. Nº. 0010840-68.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: MARCOS VINICIUS DOS
SANTOS CUNHA VÃTIMA: FRANCISCO DO PRADO VIEIRA NETO VÃTIMA: NAZARENO GOMES DOS
REIS ART. 163 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 09/08/2021, Ã s 12 horas,
nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente
se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado
Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO,
ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi
feito o pregão de praxe, presente apenas a vÃtima NAZARENO GOMES DOS REIS.      Aberta a
audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em face da ausência do autor e da vÃtima
FRANCISCO DO PRADO VIEIRA NETO.      Em seguida, a representante do Ministério Público
se manifestou: ¿MM. JuÃza, trata-se de crime capitulado no art. 163, CPB, crime de ação penal
privada, solicito que a secretaria certifique sobre o retorno do AR do autor e se houve ou não a
apresentação de queixa-crime no prazo decadencial. Pede deferimento¿.      Em seguida, a
JuÃza deliberou: ¿Face o pedido do Ministério Público, aguarde em secretaria o prazo de 30 dias para
verificar o retorno do AR do autor, após esse prazo, certifique a secretaria sobre o retorno do AR do autor
e se houve ou não o oferecimento da queixa-crime, no prazo decadencial. Após, façam os autos
conclusos. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ___________, Rita
Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:
1018
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

______________________________________________________________________ VÃTIMA:
NAZARENO GOMES DOS REIS

PROCESSO: 00108440820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ANTONIO EVALDO BENTES PEREIRA AUTOR DO
FATO:FRANCILENE DA SILVA ARAUJO VITIMA:R. C. S. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0010844-08.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: ANTONIO
EVALDO BENTES PEREIRA AUTOR DO FATO: FRANCILENE DA SILVA ARAUJO VÃTIMA: RAIMUNDA
CLARA SANTOS ART. 140 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 09/08/2021,
às 11 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal,
onde presente se achava o EXMO Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª
Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA
PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, presentes as partes.                   Aberta
a audiência, presentes as partes, prejudicada a tentativa de conciliação devido as partes não terem
entrado em consenso. Dada a palavra à vÃtima, a mesma relatou ter ocorrido crime de ameaça.
                  Em seguida, a representante do Ministério Público se manifestou:
¿MM JuÃza, o Ministério Público requer vista dos autos para analisar possÃvel crime de ameaça.
Pede Deferimento¿.                   Em seguida a JuÃza deliberou: ¿Dê-se
vista dos autos ao Ministério Público para manifestação, após, façam os autos conclusos.
Cumpra-se¿ Eu, __________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO
PÃBLICO: ______________________________________________________________________
AUTOR DO FATO: ANTONIO EVALDO BENTES PEREIRA
______________________________________________________________________ AUTORA DO
F A T O : F R A N C I L E N E D A S I L V A A R A U J O
______________________________________________________________________ VÃTIMA:
RAIMUNDA CLARA SANTOS

PROCESSO: 00120116020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ANA CELIA DA SILVA VITIMA:M. A. S. . PODER
JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0012011-
60.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: ANA CELIA DA SILVA VÃTIMA: MERINALVA ALVES SILVA ART.
129 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 09/08/2021, Ã s 10:30 horas, nesta
cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se
achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado
Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO,
ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi
feito o pregão de praxe, AUSENTES as partes, apesar de regularmente intimadas conforme fls. 20/21.
     Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação, em face da ausência das
partes, apesar de regularmente intimadas. Dada a palavra à (o) representante do Ministério Público:
¿MM. JuÃza, visa o presente procedimento a apuração do crime capitulado no art. 129 do CPB, trata-
se de crime de ação penal pública condicionada à representação. No caso dos autos, as partes
não compareceram à presente audiência, o MP requer que os autos sejam acautelados em secretaria
pelo prazo de 72 horas, aguardando-se possÃvel justificativa da ausência da vÃtima. Caso a vÃtima
não se manifeste no prazo referido, o MP, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE c/c art. 107, IV do
CPB, 38 e 61 do CPP, requer, desde já, que o JuÃzo declare extinta a punibilidade da autora do fato.
Pede deferimento¿.      Em seguida, a JuÃza deliberou: ¿Defiro o pedido do Ministério
Público. Acautelem-se os autos na UPJ pelo prazo de 72 horas, aguardando-se a manifestação da
vÃtima. Decorrido o prazo, certifique-se e façam os autos conclusos. Cumpra-se¿. Nada mais havendo,
foi encerrado o presente termo. Eu, ____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi.
JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00141533720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:LUCIVALDO DA SILVA AMARAL VITIMA:J. R. G. O.
1019
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

VITIMA:M. S. V. O. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM


PROC. Nº. 0014153-37.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: LUCIVALDO DA SILVA AMARAL VÃTIMA:
JOAO ROBERTO GOMES DE OLIVEIRA VÃTIMA: MARIA DO SOCORRO VALE DE OLIVEIRA ART. 96,
§ 1º, DA LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO) TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR
     Aos 09/08/2021, às 10:15 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara
do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA,
JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do
Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft
Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe, ausente o autor, apesar de
regularmente intimado conforme fl. 22 e presentes as vÃtimas JOAO ROBERTO GOMES DE OLIVEIRA e
MARIA DO SOCORRO VALE DE OLIVEIRA.      Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de
acordo, em face da ausência do autor, apesar de regularmente intimado conforme fl. 22. Dada a palavra
à representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, visa o presente procedimento a apuração do
crime capitulado no art. 96, § 1º, DA LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO), o Ministério Publico
requer que as vÃtimas apresentem nome e endereço das testemunhas e demais provas existentes, no
prazo de 15 dias. Após, vista dos autos ao MP. Pede Deferimento.¿ DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA:
¿Defiro o pedido do Ministério Público. Determino o prazo de quinze dias para as vÃtimas
apresentarem nome e endereço das testemunhas e demais provas que pretenda produzir. Decorrido o
prazo, certifique-se e dê-se vista dos autos ao Ministério Público para manifestação. Cumpra-se¿.
Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, _____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária,
d i g i t e i e s u b s c r e v i . J U Ã Z A : M I N I S T Ã R I O P Ã B L I C O :
______________________________________________________________________ VÃTIMA: JOAO
R O B E R T O G O M E S D E O L I V E I R A
______________________________________________________________________ VÃTIMA: MARIA
DO SOCORRO VALE DE OLIVEIRA PROCESSO: 00258421520198140401

PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA


SILVEIRA LIMA A??o: Termo Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:RENATO MONTEIRO
COSTA VITIMA:I. S. P. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM
PROC. Nº. 0025842-15.2019.8.14.0401 AUTOR DO FATO: RENATO MONTEIRO COSTA VÃTIMA:
IVANILDE DA SILVA PEREIRA ART. 140 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos
09/08/2021, às 10:45 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado
Especial Criminal, onde presente se achava o EXMO Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de
Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério
Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No
horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe, PRESENTE o autor do fato e AUSENTE
a vÃtima, apesar de intimada conforme conteúdo de fl. 31.      Aberta a audiência, prejudicada a
tentativa de conciliação em face da ausência da vÃtima, a qual fora devidamente intimada conforme
conteúdo de fl. 31.      Em seguida, a representante do Ministério Público se manifestou:
¿MM. JuÃza, trata-se de crime capitulado no art. 140, CPB, crime de ação penal privada, solicito que
a secretaria verifique se houve ou não a apresentação de queixa-crime no prazo decadencial, em
caso negativo, em face da decadência do direito de queixa, peço desde já seja declarada a extinção
da punibilidade do autor do fato, com fundamento no art. 103 e 107, IV, ambos do CPB e ART. 38 e 61,
ambos do CPP. Pede deferimento¿.      Em seguida, a JuÃza deliberou: ¿Face o pedido do
Ministério Público, determino que a UPJ certifique se houve ou não o oferecimento da queixa-crime,
no prazo decadencial. Após, façam os autos conclusos. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi
encerrado o presente termo. Eu, ________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA:
M I N I S T Ã R I O P Ã B L I C O :
______________________________________________________________________ AUTOR DO
FATO: RENATO MONTEIRO COSTA

PROCESSO: 00009682920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:MARIA DOS ANJOS PEREIRA DOS SANTOS
VITIMA:A. C. S. A. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM
PROC. Nº. 0000968-29.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: MARIA DOS ANJOS PEREIRA DOS
SANTOS VÃTIMA: AMANDA CAROLINA SILVA DE AVIZ ART. 129 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA
1020
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PRELIMINAR      Aos 10/08/2021, às 11:15 horas, nesta cidade de Belém, na sala de


audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava o EXMO Sra. GILDES
MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a
representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo
conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe,
AUSENTES as partes.      Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em face
da ausência das partes.      Dada a palavra à (o) representante do Ministério Público: ¿MM.
JuÃza, visa o presente procedimento a apuração do crime capitulado no art. 129 do CPB, trata-se de
crime de ação penal pública condicionada à representação. No caso dos autos, as partes não
compareceram à presente audiência, o MP requer que os autos sejam acautelados em secretaria pelo
prazo de 72 horas, aguardando-se possÃvel justificativa da ausência da vÃtima, a qual fora devidamente
intimada conforme fls. 27/28. Caso a vÃtima não se manifeste no prazo referido, o MP, nos termos do
Enunciado 117 do FONAJE c/c art. 107, IV do CPB, 38 e 61 do CPP, requer, desde já, que o JuÃzo
declare extinta a punibilidade da autora do fato. Pede deferimento¿.      Em seguida, a JuÃza
deliberou: ¿Defiro o pedido do Ministério Público. Acautelem-se os autos na UPJ pelo prazo de 72
horas, aguardando-se a manifestação da vÃtima. Decorrido o prazo, certifique-se e façam os autos
conclusos. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ____________, Rita
Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00107177020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR/VITIMA:CINTYA SOUSA CORREA AUTOR/VITIMA:KARINA
SOUSA CORREA. PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM
PROC. Nº. 0010717-70.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO/VÃTIMA: CINTYA SOUSA CORREA
ADVOGADA: WILZA MENDES DA SILVA OAB/PA 17492 AUTOR(A) DO FATO/VÃTIMA: KARINA
SOUSA CORREA ART. 21 DA LCP TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 10/08/2021,
às 11:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial
Criminal, onde presente se achava o EXMO Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular
da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra.
ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado
para a audiência, foi feito o pregão de praxe, PRESENTE a vÃtima/autora CINTYA SOUSA CORREA,
acompanhada de sua advogada WILZA MENDES DA SILVA OAB/PA 17492. Â Â Â Â Â Aberta a
audiência, prejudicada a tentativa de conciliação, em face da ausência da AUTORA/VÃTIMA
KARINA SOUSA CORREA. Dada a palavra à vÃtima/autora CINTYA SOUSA CORREA, esta informou
que tem interesse no prosseguimento do feito, representando contra a autora/ vÃtima KARINA SOUSA
CORREA.      Dada a palavra à (o) representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, visa o
presente procedimento a apuração do crime capitulado no art. 21 da LCP, trata-se de crime de ação
penal pública condicionada à representação. No caso dos autos, a autora/vÃtima KARINA SOUSA
CORREA não compareceu à presente audiência e a autora/vÃtima CINTYA SOUSA CORREA
manifestou desejo no prosseguimento do feito, representando contra a outra parte. Isto posto, o MP requer
que os autos sejam acautelados em secretaria pelo prazo de 72 horas, aguardando-se possÃvel
justificativa da ausência da vÃtima/autora KARINA SOUSA CORREA. Caso a vÃtima/autora KARINA
SOUSA CORREA não se manifeste no prazo referido, o MP, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE
c/c art. 107, IV do CPB, 38 e 61 do CPP, requer, desde já, que o JuÃzo declare extinta a punibilidade da
autora do fato CINTYA SOUSA CORREA. Requer, ainda que seja oficiado ao IML para apresentar os
laudos de lesão corporal das vÃtimas/autoras CINTYA SOUSA CORREA e KARINA SOUSA CORREA.
Por fim, na mesma oportunidade, o Ministério Publico requer que a vÃtima/autora CINTYA SOUSA
CORREA apresente nome e endereço das testemunhas e demais provas existentes, no prazo de 15
dias. Após, vista dos autos ao MP . Pede deferimento¿.      Em seguida, a JuÃza deliberou:
¿Defiro o pedido do Ministério Público. Determino o prazo de quinze dias para as vÃtimas
apresentarem nome e endereço das testemunhas e demais provas que pretenda produzir.. Acautelem-se
os autos na UPJ pelo prazo de 72 horas, aguardando-se a manifestação da vÃtima/autora KARINA
SOUSA CORREA. Oficie-se ao IML solicitando a remessa do Laudo de lesão corporal das vÃtimas, no
prazo de 30 dias. Decorrido o prazo, certifique-se e dê-se vista dos autos ao MP para os devidos fins de
direito. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ____________, Rita
Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:
______________________________________________________________________ AUTOR(A) DO
1021
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

F A T O / V Ã T I M A : C I N T Y A S O U S A C O R R E A
____________________________________________________________ ADVOGADA: WILZA MENDES
DA SILVA OAB/PA 17492

PROCESSO: 00107237720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:CLEBERSON YURI PINHEIRO FERREIRA AUTOR
DO FATO:GABRIEL SANTOS DOS SANTOS VITIMA:O. E. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0010723-77.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO
FATO: CLEBERSON YURI PINHEIRO FERREIRA AUTOR(A) DO FATO: GABRIEL SANTOS DOS
SANTOS VÃTIMA: O ESTADO ART. 150, § 1º, DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR
     Aos 10/08/2021, às 12 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do
Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza
de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério
Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No
horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe, AUSENTES os autores do fato.
     Aberta a audiência, ausentes os autores do fato. Em seguida, a representante do Ministério
Público se manifestou: ¿MM JuÃza, o Ministério Público requer vista dos autos para melhor análise.
Pede Deferimento¿.      Em seguida a JuÃza deliberou: ¿Dê-se vista dos autos ao Ministério
Público para manifestação, após, façam os autos conclusos. Cumpra-se¿ Nada mais havendo, foi
encerrado o presente termo. Eu, ____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi.
JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00109974120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR/VITIMA:RAIMUNDO NASCIMENTO LIMA
AUTOR/VITIMA:SANDRA DA SILVA SOARES VITIMA:A. C. S. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0010997-41.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO
FATO/VÃTIMA: RAIMUNDO NASCIMENTO LIMA AUTOR(A) DO FATO/VÃTIMA: SANDRA DA SILVA
SOARES VÃTIMA: AGUINALDO DA CRUZ SILVA ART. 42, III, DA LCP TERMO DE AUDIÃNCIA
PRELIMINAR      Aos 10/08/2021, às 10:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de
audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava o EXMO Sra. GILDES
MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a
representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo
conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe,
ausentes as partes.      Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em face da
ausência das partes, os quais não foram intimados, conforme conteúdo de fls. 24/29.      Dada a
palavra à (o) representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, visa o presente procedimento a
apuração do crime capitulado no art. 42, III, DA LCP, trata-se de crime de ação penal pública
incondicionada. No caso dos autos, as partes não compareceram à presente audiência, o MP requer
que os autos sejam acautelados em secretaria pelo prazo de 72 horas, aguardando-se possÃvel
justificativa da ausência das vÃtimas, em seguida solicito vista dos autos para manifestação. Pede
deferimento¿.       Em seguida, a JuÃza deliberou: ¿Defiro o pedido do Ministério Público.
Acautelem-se os autos na UPJ pelo prazo 72 horas, aguardando-se a manifestação das vÃtimas.
Decorrido o prazo, certifique-se e dê-se vista dos autos ao Ministério Público para os devidos fins de
direito. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ____________, Rita
Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00112659520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:ALEX DE SOUSA CORREA VITIMA:G. S. C. .
PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0011265-
95.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: ALEX DE SOUSA CORREA VÃTIMA: GILBERTO DE SOUZA
CORREA RT. 147 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 10/08/2021, Ã s 10
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde
presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES
1022
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, AUSENTE o autor, apesar de regularmente intimado, conforme fl.
28 e PRESENTE a vÃtima.      Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de acordo, em face da
ausência do autor, embora devidamente intimado conforme fl. 28. Dada a palavra à vÃtima, esta
informou que tem interesse no prosseguimento do feito, representando contra o autor do fato.
     Dada a palavra à (o) representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, o Ministério
Publico requer que a vÃtima apresente nome e endereço das testemunhas e demais provas existentes,
no prazo de 15 dias. Após, vista dos autos ao MP. Pede Deferimento.¿ DELIBERAÃÃO EM
AUDIÃNCIA: ¿Defiro o pedido do Ministério Público. Determino o prazo de quinze dias para a vÃtima
apresentar nome e endereço das testemunhas e demais provas que pretenda produzir. Decorrido o
prazo, certifique-se e dê-se vista dos autos ao Ministério Público para manifestação. Cumpra-se¿.
Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, _____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária,
d i g i t e i e s u b s c r e v i . J U Ã Z A : M I N I S T Ã R I O P Ã B L I C O :
______________________________________________________________________ VÃTIMA:
GILBERTO DE SOUZA CORREA

PROCESSO: 00113767920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:JOSIANA ARAUJO DOS SANTOS VITIMA:T. C. S. L.
. PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0011376-
79.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: JOSIANA ARAUJO DOS SANTOS VÃTIMA: THAIS CRISTINA
SANTOS LIMA ART. 139 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 10/08/2021, Ã s
09:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal,
onde presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª
Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA
PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, AUSENTES as partes, as quais não foram intimadas, conforme
conteúdo de fls. 19/22.      Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em face
da ausência das partes, as quais não foram intimadas, conforme conteúdo de fls. 19/22.      Em
seguida, a representante do Ministério Público se manifestou: ¿MM. JuÃza, trata-se de crime
capitulado no art. 139, CPB, crime de ação penal privada, solicito que a secretaria verifique se houve
ou não a apresentação de queixa-crime no prazo decadencial, em caso negativo, em face da
decadência do direito de queixa, peço desde já seja declarada a extinção da punibilidade da autora
do fato, com fundamento no art. 103 e 107, IV, ambos do CPB e ART. 38 e 61, ambos do CPP. Pede
deferimento¿.      Em seguida, a JuÃza deliberou: ¿Face o pedido do Ministério Público,
determino que a UPJ certifique se houve ou não o oferecimento da queixa-crime, no prazo decadencial.
Após, façam os autos conclusos. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo.
Eu, _____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00113810420208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:FRANCIVALDO DE OLIVEIRA CARDOSO VITIMA:O.
E. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº.
0011381-04.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: FRANCIVALDO DE OLIVEIRA CARDOSO VÃTIMA: O
ESTADO ART. 46 DA LCP TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 10/08/2021, Ã s 11
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde
presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES
PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams).      No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, AUSENTE o autor do fato FRANCIVALDO DE OLIVEIRA
CARDOSO.      Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de acordo em face da ausência do
autor do fato.      Em seguida, a representante do Ministério Público se manifestou: ¿MM.
JuÃza, o MP entende que o delito em questão não restou devidamente configurado. Assim sendo, nos
termos do art. 28 do CPP, o MP requer o arquivamento do feito, por falta de justa causa para o
prosseguimento do feito, ante a atipicidade da conduta. Pede deferimento¿.      Em seguida, A
MM. JuÃza sentenciou: ¿Conforme se constata dos autos, a conduta do autor não se coaduna com o
tipo penal descrito no art. 46, LCP, portanto, assiste razão ao MP em requerer o arquivamento do feito,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

diante da falta de justa causa ante a atipicidade da conduta. Isto posto, acolho o parecer ministerial, para
determinar o arquivamento do presente procedimento, por falta de justa causa para a ação penal face a
atipicidade da conduta. Sentença publicada em audiência, saindo intimados os presentes. Registre-se,
fazendo as anotações e comunicações de praxe¿. Nada mais havendo, foi encerrada a presente
audiência. Eu, _________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO
PÃBLICO:

PROCESSO: 00170027920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:PATRICIA PEREIRA DE SOUZA VITIMA:D. P. S. .
PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0017002-
79.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: PATRICIA PEREIRA DE SOUZA VÃTIMA: DERCILIO PEREIRA
DE SOUSA ART. 96,§ 1º, DO ESTATUTO DO IDOSO TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR
     Aos 10/08/2021, às 10:15 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara
do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA,
JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do
Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft
Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe, ausentes as partes, embora
devidamente intimadas conforme fls. 18/19.      Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de
conciliação em face da ausência das partes, embora devidamente intimadas conforme fls. 18/19.
     Dada a palavra à (o) representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, visa o presente
procedimento a apuração do crime capitulado no art. 96,§ 1º, DO ESTATUTO DO IDOSO, trata-se
de crime de ação penal pública incondicionada. No caso dos autos, as partes não compareceram Ã
presente audiência, o MP requer que os autos sejam acautelados em secretaria pelo prazo de 72 horas,
aguardando-se possÃvel justificativa da ausência da vÃtima, em seguida solicito vista dos autos para
manifestação. Pede deferimento¿.      Em seguida, a JuÃza deliberou: ¿Defiro o pedido do
Ministério Público. Acautelem-se os autos na UPJ pelo prazo 72 horas, aguardando-se a
manifestação da vÃtima. Decorrido o prazo, certifique-se e dê-se vista dos autos ao Ministério
Público para os devidos fins de direito. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente
termo. Eu, ____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO
PÃBLICO:

PROCESSO: 00205649620208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:LUIZ CARLOS BORGES DOS SANTOS VITIMA:P. T.
R. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº.
0020564-96.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: LUIZ CARLOS BORGES DOS SANTOS VÃTIMA:
PAULO TEIXEIRA DA ROCHA ADVOGADA: MICHELLY CRISTINA SARDO NASCIMENTO OAB/PA
20.085. ART. 140 E 147 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 10/08/2021, Ã s
11:45 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal,
onde presente se achava o EXMO Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª
Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA
PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, presente a vÃtima PAULO TEIXEIRA DA ROCHA, acompanhada
de sua advogada MICHELLY CRISTINA SARDO NASCIMENTO OAB/PA 20.085. Ausente o autor do fato,
apesar de regularmente intimado conforme fls. 27/28      Aberta a audiência, prejudicada a
tentativa de conciliação em face da ausência do autor do fato. Dada a palavra à vÃtima, a mesma
informou que tem interesse no prosseguimento, representando contra o autor do fato neste ato. A vÃtima e
sua advogada informaram que as testemunhas as quais desejam indicar são as mesmas contantes de
fls. 24 e 25 dos autos, quais sejam, SERGIO DA SILVA e a senhora CARMEM VILHENA, ambas com
endereços mencionados às folhas 24/25. A advogada pediu prazo para apresentar eventuais provas
existentes.      Dada a palavra à representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, o
Ministério Publico requer vista dos autos para se manifestar em relação à queixa-crime de fls. 22/25.
Requer, ainda, seja dado prazo à vÃtima para apresentar provas que pretenda produzir Pede
Deferimento.¿ DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: ¿Defiro os pedidos do Ministério Público e da
defesa da vÃtima. Determino o prazo de quinze dias para a vÃtima apresentar demais provas que
pretenda produzir. Decorrido o prazo, certifique-se e dê-se vista dos autos ao Ministério Público para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

manifestação. Cumpra-se¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu,
_____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi.       JUÃZA: MINISTÃRIO
PÃBLICO: ____________________________________________________________ VÃTIMA: PAULO
T E I X E I R A D A R O C H A
______________________________________________________________________ ADVOGADA:
MICHELLY CRISTINA SARDO NASCIMENTO OAB/PA 20.085.

PROCESSO: 00217271420208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Inquérito
Policial em: 10/08/2021 INDICIADO:JOSE CORREA RODRIGUES INDICIADO:JOELSON ARAUJO
RODRIGUES INDICIADO:JONAS ARAUJO RODRIGUES INDICIADO:EDSON ARAUJO RODRIGUES
INDICIADO:OSMAR RODRIGUES JUNIOR VITIMA:M. C. P. VITIMA:M. L. C. C. VITIMA:F. A. N. O. .
Gabinete da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo nº 0021727-14.2020.8.14.0401
Despacho:      Designo realização de audiência preliminar para o dia 17/08/2022 às 11 horas e
45 minutos, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.      Intime-se o
autor(es) do fato e a(s) vÃtima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que deverá
comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95, caso tenha
condições de contratá-lo. Expeça-se certidão de antecedentes criminais do autor(es) do fato.
     Conste do documento dirigido à vÃtima que, em caso de ação penal privada, deve observar
o prazo decadencial de seis meses a contar do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, para o
oferecimento de queixa-crime.      Intime-se. Cumpra-se. Belém, 10 de agosto de 2021. Â
GILDES MARIA SILVEIRA LIMA  JuÃza de Direito Titular da 1ª Vara do JECrim da Capital

PROCESSO: 00274418620198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:HELIA REGINA RODRIGUES DA SILVA VITIMA:L. M.
O. VITIMA:W. P. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM
PROC. Nº. 0027441-86.2019.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: HELIA REGINA RODRIGUES DA SILVA
VÃTIMA: LUCIANA MACIEL DE OLIVEIRA VÃTIMA: WELLINGTON PEREIRA ART. 140 E 147, AMBOS,
DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 10/08/2021, Ã s 10:45 horas, nesta cidade
de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a
EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por
meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o
pregão de praxe, presente apenas a vÃtima WELLINGTON PEREIRA.      Aberta a audiência,
prejudicada a tentativa de conciliação em face da ausência da autora HELIA REGINA RODRIGUES
DA SILVA e da vÃtima LUCIANA MACIEL DE OLIVEIRA.      Dada a palavra à vÃtima a mesma
informou que não adentrou com a queixa, informou ainda que a outra vÃtima é sua esposa e não
estava em condições de vir a presente audiência por motivo de depressão. Informou, ainda, que tem
interesse no prosseguimento do feito, representando contra o autor do fato. Dada a palavra Ã
representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, visa o presente procedimento a apuração dos
crimes capitulados no art. 147 e 140, ambos do CPB, crime de ação penal pública condicionada Ã
representação e crime de ação penal privada, respectivamente. EM relação ao crime do art. 140,
CPB, o Ministério Publico requer que a secretaria certifique se houve ou não a apresentação de
queixa-crime no prazo decadencial. Em relação ao crime do art. 147, CPB requer, que as vÃtimas
apresentem nome e endereço das testemunhas e demais provas existentes, no prazo de 15 dias. Após,
vista dos autos ao MP. Pede Deferimento.¿ DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: ¿Face o pedido do
Ministério Público, certifique a secretaria sobre se houve ou não o oferecimento da queixa-crime, no
prazo decadencial. Determino, ainda, o prazo de quinze dias para as vÃtimas apresentarem nome e
endereço das testemunhas e demais provas que pretendam produzir. Decorrido o prazo, certifique-se e
dê-se vista dos autos ao Ministério Público para manifestação. Cumpra-se¿. Nada mais havendo,
foi encerrado o presente termo. Eu, _____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi.
J U Ã Z A : M I N I S T Ã R I O P Ã B L I C O :
______________________________________________________________________ VÃTIMA:
WELLINGTON PEREIRA
1025
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00031863020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:MARIA ANNEZIA SANTOS DO NASCIMENTO
VITIMA:E. S. B. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM
PROC. Nº. 0003186-30.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: MARIA ANNEZIA SANTOS DO
NASCIMENTO ADVOGADO: JOSÃ MARIA COSTA PENA OAB/PA 9556 VÃTIMA: ENDRIL SILVA DE
BARROS ART. 147 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 11/08/2021, Ã s 11:15
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde
presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES
PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, presente a vÃtima ENDRIL SILVA DE BARROS e presente a
autora MARIA ANNEZIA SANTOS DO NASCIMENTO, acompanhada de seu advogado JOSÃ MARIA
COSTA PENA OAB/PA 9556.      Aberta a audiência, as partes resolveram entrar em acordo de
convivência pacÃfica em que a vÃtima renuncia ao direito de representação em relação aos fatos
noticiados neste TCO. As partes assumiram o compromisso de respeito recÃproco, sem agressões
fÃsicas ou morais, com tratamento urbano e cordial, buscando sempre a solução pacÃfica das
divergências que entre elas se apresentarem. Em face desse compromisso, a vÃtima, de acordo com o
que lhe faculta a lei, manifestou o desejo de não prosseguir com o presente feito, pelo que se retratou da
representação oferecida.      Em seguida o representante do Ministério Público se
manifestou: ¿MM. JuÃza, o presente procedimento visa a apuração do crime capitulado no art. 147 do
CPB, crime de ação penal pública condicionada à representação. No caso dos autos, autora e
vÃtima entraram em acordo, assumindo o compromisso de respeito recÃproco, sem agressões fÃsicas
ou morais, com tratamento urbano e cordial, buscando sempre a solução pacÃfica das divergências
que entre elas se apresentarem. Isto posto, o Ministério Público requer a homologação do presente
acordo feito entre as partes, requerendo que o JuÃzo declare extinta a punibilidade da autora do fato pela
decadência do direito de representação nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
     Diante disso, a MM. JuÃza assim sentenciou: ¿Trata-se de termo circunstanciado de
ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 147, do CPB, crime de ação penal pública
condicionada à representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer
representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor
do crime. No caso dos autos, a vÃtima expressamente se retratou da representação e firmou acordo de
convivência pacÃfica e respeito mútuo com a autora do fato. Diante disso, homologo o acordo feito entre
as partes. Isto posto, face o Enunciado 113 do FONAJE permitir à vÃtima renunciar ao direito de
representação até a prolação da sentença, outra alternativa não há que não seja o
reconhecimento da decadência do direito de representação por parte da vÃtima, pelo que declaro
extinta a punibilidade da autora do fato MARIA ANNEZIA SANTOS DO NASCIMENTO, tudo com
fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e Arquive-
se¿ Cientes os presentes. Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu, __________,
Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:
______________________________________________________________________ AUTOR DO
F A T O : M A R I A A N N E Z I A S A N T O S D O N A S C I M E N T O
___________________________________________________________ ADVOGADO: JOSÃ MARIA
C O S T A P E N A O A B / P A 9 5 5 6
______________________________________________________________________ VÃTIMA: ENDRIL
SILVA DE BARROS

PROCESSO: 00108891220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR/VITIMA:AMANDA KARLA SOUSA BARRADAS
AUTOR/VITIMA:GYZELLE MARQUES AUTOR/VITIMA:LUDMILE SOUSA BARRADAS AUTOR DO
FATO:EMERSON DA SILVA LIMA. PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL
DE BELEM PROC. Nº. 0010889-12.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO/VÃTIMA: AMANDA KARLA
SOUSA BARRADAS AUTOR DO FATO/VÃTIMA: GYZELLE MARQUES ADVOGADO: ANTONIO PAULO
DA COSTA VALE OAB/PA 12612 AUTOR DO FATO/VÃTIMA: LUDMILE SOUSA BARRADAS AUTOR DO
FATO: EMERSON DA SILVA LIMA ADVOGADO: ANTONIO PAULO DA COSTA VALE OAB/PA 12612
ART. 129, CAPUT, DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 11/08/2021, Ã s 12
1026
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde
presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES
PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, PRESENTES as partes, sendo que a autora/vÃtima GYZELLE
MARQUES e o autor EMERSON DA SILVA LIMA, vieram acompanhado do advogado ANTONIO PAULO
DA COSTA VALE OAB/PA 12612.      Aberta a audiência, as partes resolveram entrar em acordo
de convivência pacÃfica em que as vÃtimas renunciam ao direito de representação em relação aos
fatos noticiados neste TCO. As partes assumiram o compromisso de respeito recÃproco, sem agressões
fÃsicas ou morais, com tratamento urbano e cordial, buscando sempre a solução pacÃfica das
divergências que entre elas se apresentarem. Em face desse compromisso, as vÃtimas, de acordo com o
que lhe faculta a lei, manifestaram o desejo de não prosseguir com o presente feito, pelo que se
retrataram da representação oferecida.      Em seguida o representante do Ministério Público
se manifestou: ¿MM. JuÃza, o presente procedimento visa a apuração do crime capitulado no art. 129
do CPB, crime de ação penal pública condicionada à representação. No caso dos autos, as partes
entraram em acordo, assumindo o compromisso de respeito recÃproco, sem agressões fÃsicas ou
morais, com tratamento urbano e cordial, buscando sempre a solução pacÃfica das divergências que
entre elas se apresentarem. Isto posto, o Ministério Público requer a homologação do presente
acordo feito entre as partes, requerendo que o JuÃzo declare extinta a punibilidade dos autores do fato
pela decadência do direito de representação nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do
CPP¿.      Diante disso, a MM. JuÃza assim sentenciou: ¿Trata-se de termo circunstanciado de
ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 129, do CPB, crime de ação penal pública
condicionada à representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer
representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor
do crime. No caso dos autos, as vÃtimas expressamente se retrataram da representação, de forma que
as partes firmaram acordo de convivência pacÃfica e respeito mútuo entre si. Diante disso, homologo o
acordo feito entre as partes. Isto posto, face o Enunciado 113 do FONAJE permitir à vÃtima renunciar ao
direito de representação até a prolação da sentença, outra alternativa não há que não seja o
reconhecimento da decadência do direito de representação por parte das vÃtimas, pelo que declaro
extinta a punibilidade dos autores do fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107,
IV do CPB. Publique-se. Registre-se e Arquive-se¿ Cientes os presentes. Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi.
J U Ã Z A : M I N I S T Ã R I O P Ã B L I C O :
______________________________________________________________________ AUTOR DO
F A T O / V Ã T I M A : A M A N D A K A R L A S O U S A B A R R A D A S
______________________________________________________________________ AUTOR DO
F A T O / V Ã T I M A : G Y Z E L L E M A R Q U E S
_____________________________________________________________________ AUTOR DO
F A T O / V Ã T I M A : L U D M I L E S O U S A B A R R A D A S
_____________________________________________________________________ AUTOR DO FATO:
E M E R S O N D A S I L V A L I M A
______________________________________________________________________ ADVOGADO:
ANTONIO PAULO DA COSTA VALE OAB/PA 12612

PROCESSO: 00109792020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:LILIANE DOS SANTOS GOMES VITIMA:M. A. C. C. .
PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0010979-
20.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: LILIANE DOS SANTOS GOMES VÃTIMA: MARIA AMELIA DA
COSTA CARVALHO ART. 129 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos
11/08/2021, às 10 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado
Especial Criminal, onde presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de
Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério
Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No
horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe, presente a autora do fato e AUSENTE a
vÃtima.       Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de acordo, em face da ausência da
vÃtima.       Dada a palavra à autora do fato, a mesma disse que o endereço da vÃtima é
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

próximo à sua residência, de forma que o endereço da vÃtima é: ¿Pass. Val de Caes, 05 (na parte
asfaltada), Acesso pela Rua principal do Conj Panorama XXI. Entre a Rua Santa Maria e
Tiradentes. Próximo ao Bar do Gordo. Bairro Cabanagem¿.       Dada a palavra ao
representante do Ministério Público: ¿MM. JuÃza, o MP manifesta-se pela redesignação da
audiência preliminar, e pede que a vÃtima seja intimada por meio de Oficial de Justiça no endereço
informado pela autora, qual seja, `Pass. Val de Caes, 05 (na parte asfaltada), acesso pela Rua principal do
Conj Panorama XXI. Entre a Rua Santa Maria e Tiradentes. Próximo ao Bar do Gordo. Bairro
Cabanagem¿. Pede deferimento¿. Em seguida, a MM. JuÃza deliberou em audiência: ¿Renovem-se
as diligências para o próximo DIA 23 DE AGOSTO DE 2022, ÃS 09:30 HORAS¿, intimando-se a
vÃtima por meio de Oficial de Justiça conforme solicitado pelo Ministério Público. Cientes os
presentes. Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu, _______________, Rita Bahia,
Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:
______________________________________________________________________ AUTOR(A) DO
FATO: LILIANE DOS SANTOS GOMES

PROCESSO: 00111316820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:MARCELA DO SOCORRO DIAS NUNES OLIVEIRA
VITIMA:M. R. T. G. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM
PROC. Nº. 0011131-68.2020.8.14.0401 AUTOR DO FATO: MARCELA DO SOCORRO DIAS NUNES
OLIVEIRA VÃTIMA: MAURA REGIA TERTO GUIMARAES ART. 129 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA
PRELIMINAR      Aos 11/08/2021, às 11 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências
da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA
SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a
representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo
conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe,
AUSENTES as partes, apesar de regularmente intimadas conforme conteúdo de fls. 19/20.
     Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em face da ausência das partes,
apesar de estarem regularmente intimadas. Em seguida, a representante do Ministério Público se
manifestou: ¿MM. JuÃza, visa o presente procedimento a apuração do crime capitulado no art. 129 do
CPB, trata-se de crime de ação penal pública condicionada à representação. No caso dos autos,
as partes não compareceram à presente audiência, o MP requer que os autos sejam acautelados em
secretaria pelo prazo de 72 horas, aguardando-se possÃvel justificativa da ausência da vÃtima. Caso a
vÃtima não se manifeste no prazo referido, o MP, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE c/c art. 107,
IV do CPB, 38 e 61 do CPP, requer, desde já, que o JuÃzo declare extinta a punibilidade da autora do
fato. Pede deferimento¿.      Em seguida, a JuÃza deliberou: ¿Defiro o pedido do Ministério
Público. Acautelem-se os autos na UPJ pelo prazo de 72 horas, aguardando-se possÃvel
manifestação da vÃtima. Decorrido o prazo, certifique-se e façam os autos conclusos. Cumpra-se¿.
Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária,
digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00111446720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:ANDREZA SOARES DA CRUZ VITIMA:Z. O. .
PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0011144-
67.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: ANDREZA SOARES DA CRUZ VÃTIMA: ZELILDE OLIVEIRA
ART. 129, CAPUT, DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 11/08/2021, Ã s 09:30
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde
presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES
PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, AUSENTES as partes.      Aberta a audiência,
prejudicada a conciliação em face da ausência das partes. Em seguida, a representante do
Ministério Público se manifestou: ¿MM. JuÃza, o Ministério Público requer que os autos aguardem
em secretaria o retorno do AR da vÃtima. Após, requer vista dos autos para manifestação. Pede
Deferimento¿. DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: ¿Defiro o pedido do Ministério Público. Acautelem-
se os autos na UPJ pelo prazo de 30 dias, aguardando-se o retorno do AR da vÃtima. Após, dê-se vista
1028
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

dos autos ao Ministério Público para manifestação. Nada mais havendo, foi encerrado o presente
termo. Eu, _____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO
PÃBLICO:

PROCESSO: 00113135420208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR/VITIMA:ANA LUCIA GOMES TRINDADE
AUTOR/VITIMA:MARIA DE NAZARE SANTOS FEIO. PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0011313-54.2020.8.14.0401 AUTORA/VÃTIMA: ANA
LUCIA GOMES TRINDADE AUTORA/VÃTIMA: MARIA DE NAZARE SANTOS FEIO ART. 140 DO CPB
TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 11/08/2021, Ã s 11:30 horas, nesta cidade de
Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a
EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por
meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o
pregão de praxe, AUSENTES as partes.      Aberta a audiência, prejudicada a conciliação em
face da ausência das partes.       Em seguida, a representante do Ministério Público se
manifestou: ¿MM. JuÃza, trata-se de crime capitulado no art. 140, CPB, crime de ação penal privada,
solicito que a secretaria certifique se houve ou não a apresentação de queixa-crime no prazo
decadencial, em caso negativo, em face da decadência do direito de queixa, peço desde já seja
declarada a extinção da punibilidade das autoras do fato, com fundamento no art. 103 e 107, IV, ambos
do CPB e ART. 38 e 61, ambos do CPP. Pede deferimento¿.      Em seguida, a JuÃza deliberou:
¿Face o pedido do Ministério Público, determino que a UPJ certifique se houve ou não o
oferecimento da queixa-crime, no prazo decadencial. Após, façam os autos conclusos. Cumpra-se¿.
Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei
e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00113672020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:ANTONIO FERREIRA DA COSTA FILHO VITIMA:A.
M. M. VITIMA:S. M. M. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM
PROC. Nº. 0011367-20.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: ANTONIO FERREIRA DA COSTA FILHO
VÃTIMA: ARLETE MONTEIRO MOREIRA VÃTIMA: SILVANE MONTEIRO MOREIRA ART. 147 DO CPB
TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 11/08/2021, Ã s 10:30 horas, nesta cidade de
Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a
EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por
meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o
pregão de praxe, AUSENTES as partes.      Aberta a audiência, prejudicada a conciliação em
face da ausência das partes.      Em seguida, a representante do Ministério Público se
manifestou: ¿MM. JuÃza, o Ministério Público requer que os autos aguardem em secretaria o retorno
dos ARs das partes. Após, requer vista dos autos para manifestação. Pede Deferimento¿.
DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: ¿Defiro o pedido do Ministério Público. Acautelem-se os autos na
UPJ pelo prazo de 30 dias, aguardando-se o retorno dos ARs das partes. Após, dê-se vista dos autos ao
Ministério Público para manifestação. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu,
____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00174846120198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Ação Penal
- Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 QUERELANTE:VALMIR BILA BARBOSA Representante(s):
OAB 21032 - THIAGO JOSE SOUZA DOS SANTOS (ADVOGADO) QUERELADO:EM APURACAO.
PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0017484-
61.2019.8.14.0401 QUERELANTE: VALMIR BILA BARBOSA QUERELADO: FERNANDA ARINA
CONDURU DE SOUZA ART. 140 E ART. 141, III, DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR
     Aos 11/08/2021, às 10:45 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara
do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA,
JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do
1029
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft
Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o pregão de praxe, presente a querelada e
AUSENTE o querelante, o qual não fora intimado pelos motivos de fls. 32/34.   Aberta a audiência,
prejudicada a tentativa de conciliação em face da ausência do querelante. Em seguida, a
representante do Ministério Público se manifestou: ¿MM. JuÃza, o MP manifesta-se pela
redesignação da audiência preliminar, com a intimação do querelante por meio de Oficial de
Justiça, e que seja feita PESSOALMENTE. Pede deferimento¿.       Em seguida, a MM. JuÃza
deliberou em audiência: ¿Renovem-se as diligências para o próximo DIA 22 DE AGOSTO DE 2022,
ÃS 11 HORAS e, que a intimação do querelante seja feita, PESSOALMENTE, por meio de Oficial de
Justiça, conforme solicitado pelo Ministério Público¿. Cientes os presentes. Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, _______________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e
s u b s c r e v i . J U Ã Z A : M I N I S T Ã R I O P Ã B L I C O :
__________________________________________________________________ QUERELADA:
FERNANDA ARINA CONDURU DE SOUZA

PROCESSO: 00176488920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:ADILAN JASSON DIAS DE ARAUJO VITIMA:A. C. B.
. PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0017648-
89.2020.8.14.0401 AUTOR(A) DO FATO: ADILAN JASSON DIAS DE ARAUJO VÃTIMA: ADENIR DA
COSTA BAIA ART. 21, LCP. TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Â Â Â Â Aos 11/08/2021, Ã s 10:15
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde
presente se achava a EXMA Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES
PINTO, ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a
audiência, foi feito o pregão de praxe, AUSENTES as partes.       Aberta a audiência,
prejudicada a tentativa de acordo, em face da ausência das partes, ressaltando que a vÃtima fora
regularmente intimada conforme AR de fl. 21.       Dada a palavra à (o) representante do
Ministério Público: ¿MM. JuÃza, visa o presente procedimento a apuração do crime capitulado no
art. 21, LCP, trata-se de crime de ação penal pública condicionada à representação. No caso dos
autos, as partes não compareceram à presente audiência, o MP requer que os autos sejam
acautelados em secretaria pelo prazo de 72 horas, aguardando-se possÃvel justificativa da ausência da
vÃtima. Caso a vÃtima não se manifeste no prazo referido, o MP, nos termos do Enunciado 117 do
FONAJE c/c art. 107, IV do CPB, 38 e 61 do CPP, requer, desde já, que o JuÃzo declare extinta a
punibilidade do autor do fato. Pede deferimento¿.       Em seguida, a JuÃza deliberou: ¿Defiro
o pedido do Ministério Público. Acautelem-se os autos na UPJ pelo prazo de 72 horas, aguardando-se
a manifestação da vÃtima. Decorrido o prazo, certifique-se e façam os autos conclusos. Cumpra-
se¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ____________, Rita Bahia, Auxiliar
Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:

PROCESSO: 00040835820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Termo
Circunstanciado em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:JOSELIA LOBATO DE SOUZA VITIMA:A. A. B. .
Gabinete da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo nº 0004083-58.2020.8.14.0401
Despacho:      Designo realização de audiência preliminar para o dia 16/08/2022 às 11 horas e
45 minutos, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.      Intime-se o
autor(es) do fato e a(s) vÃtima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que deverá
comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95, caso tenha
condições de contratá-lo. Expeça-se certidão de antecedentes criminais do autor(es) do fato.
     Conste do documento dirigido à vÃtima que, em caso de ação penal privada, deve observar
o prazo decadencial de seis meses a contar do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, para o
oferecimento de queixa-crime.      Considerando a manifestação do MP de fl. 46, sejam as
partes intimadas por meio de Oficial de Justiça, nos termos do art. 67 da Lei 9099/95, em face das
informações constantes dos avisos de recebimento de fls. 40 e 42.      Intime-se. Cumpra-se.
Belém, 12 de agosto de 2021.  GILDES MARIA SILVEIRA LIMA  JuÃza de Direito Titular da 1ª Vara
do JECrim da Capital
1030
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00229532520188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o: Ação Penal
- Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 DENUNCIADO:HERLEM GEMAQUE BANDEIRA VITIMA:R.
C. S. TESTEMUNHA:VIVIANNY CRISTINA PALHETA DE ALMEIDA TESTEMUNHA:CINTIA DE CASSIA
SILVA ANDRADE TESTEMUNHA:ROOSEVELT DA SILVA LOPES. PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0022953-25.2018.8.14.0401 DENUNCIADO(A):
HERLEM GEMAQUE BANDEIRA VÃTIMA: REGIANE CARVALHO DOS SANTOS ART. 129 DO CPB
TERMO DE AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO E JULGAMENTO Â Â Â Â Â Aos 12/08/2021, Ã s 11h, nesta
cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde se achavam
presentes a Exma. Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado
Especial Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO,
ambas por meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi
feito o pregão de praxe, PRESENTES as partes.      Aberta a audiência, presentes as partes.
Autora e vÃtima resolveram entrar em acordo de convivência pacÃfica em que a vÃtima renuncia ao
direito de representação em relação aos fatos noticiados neste TCO, de forma que, as partes
assumem o compromisso de respeito recÃproco, sem agressões fÃsicas ou morais, com tratamento
urbano e cordial, buscando sempre a solução pacÃfica das divergências que entre elas se
apresentarem. Em face desse compromisso, as partes, de acordo com o que lhes faculta a lei,
manifestaram o desejo de não prosseguir com o presente feito, pelo que a vÃtima se retratou da
representação oferecida.      Em seguida o representante do Ministério Público se
manifestou: ¿MM. JuÃza, o presente procedimento visa a apuração do crime capitulado no art. 129 do
CPB, crime de ação penal pública condicionada à representação. No caso dos autos, as partes
firmaram acordo de convivência pacÃfica e respeito mútuo. Isto posto, O Ministério Público requer a
homologação do presente acordo feito entre as partes, requerendo que o JuÃzo declare extinta a
punibilidade da autora do fato pela decadência do direito de representação nos termos dos arts. 107,
IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.      Diante disso, a MM. JuÃza assim sentenciou: ¿Trata-se de
termo circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 129, do CPB, crime de
ação penal pública condicionada à representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima
deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber
quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vÃtima expressamente se retratou da representação e
firmou com a autora acordo de convivência pacÃfica e respeito mútuo. Diante disso, homologo o acordo
feito entre as partes e, face o Enunciado 113 do FONAJE permitir à vÃtima renunciar ao direito de
representação até a prolação da sentença, outra alternativa não há que não seja o
reconhecimento da decadência do direito de representação por parte da vÃtima, pelo que declaro
extinta a punibilidade da denunciada HERLEM GEMAQUE BANDEIRA, tudo com fundamento no art. 38
do CPP, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e Arquive-se¿ Cientes os
presentes. Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu, __________, Rita Bahia, Auxiliar
Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO PÃBLICO:
______________________________________________________________________ DENUNCIADO(A):
H E R L E M G E M A Q U E B A N D E I R A
______________________________________________________________________ VÃTIMA:
REGIANE CARVALHO DOS SANTOS

PROCESSO: 00249565020188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA A??o:
PROCESSO CRIMINAL em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:BRENO DOS SANTOS MENDES
Representante(s): OAB 29319 - MARCONI GOMES SOUZA (ADVOGADO) DENUNCIADO:SANDERSON
ROBERTO FELIX PINON VITIMA:O. E. . PODER JUDICIÃRIO 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0024956-50.2018.8.14.0401 DENUNCIADO: SANDERSON
ROBERTO FELIX PINON ADVOGADO(A): MELLINA ATAIDE MERGULHÃO OAB/PA 31008 ADVOGADO
(A): ANA CLARA CONTENTE PAES OAB/PA 31121 VÃTIMA: O ESTADO ART. 233 DO CPB TERMO DE
AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO E JULGAMENTO Â Â Â Â Â Aos 12/08/2021, Ã s 10h, nesta cidade de
Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presentes se achavam a
Exma. Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA, JuÃza de Direito titular da 1ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém e a representante do Ministério Público, Sra. ROSANA PAES PINTO, ambas por
meio de vÃdeo conferência (Microsoft Teams). No horário aprazado para a audiência, foi feito o
1031
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

pregão de praxe, PRESENTE o denunciado SANDERSON ROBERTO FELIX PINON, acompanhado de


suas advogadas MELLINA ATAIDE MERGULHÃO OAB/PA 31008 e ANA CLARA CONTENTE PAES
OAB/PA 31121.      Aberta a audiência, o Ministério Público propôs a transação penal nos
seguintes termos: ¿prestação de serviços a comunidade, durante dois meses, com carga horária
de 07 (sete) horas semanais¿. O denunciado e suas advogadas aceitaram a proposta de transação
penal. Â Â Â Â Â Em seguida, a MM. JuÃza proferiu SENTENÃA nos seguintes termos: `Defiro e
homologo, por sentença, o requerimento retro, feito pelo Ministério Público e aceito pelo autor do fato
e por suas advogadas. Fica o denunciado advertido de que em caso de descumprimento o procedimento
penal prosseguirá, nos termos da Súmula Vinculante do STF nº 35. Esta sanção não importará
reincidência e nem constará de certidão de antecedentes criminais, devendo ser registrada apenas
para impedir que ao(s) autor(es) do fato venha a ser novamente concedido o mesmo benefÃcio no prazo
de 05 (cinco) anos, tudo de conformidade com o art. 76 e parágrafos da Lei 9099/95. Sem custas. Dou a
presente por publicada em audiência. Partes intimadas¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente
termo. Eu, _____________, Rita Bahia, Auxiliar Judiciária, digitei e subscrevi. JUÃZA: MINISTÃRIO
PÃBLICO: ______________________________________________________________________
D E N U N C I A D O : S A N D E R S O N R O B E R T O F E L I X P I N O N
___________________________________________________________________ ADVOGADO(A):
M E L L I N A A T A I D E M E R G U L H Ã O O A B / P A 3 1 0 0 8
____________________________________________________________ ADVOGADO (A): ANA CLARA
CONTENTE PAES OAB/PA 31121
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 2 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

RESENHA: 09/08/2021 A 13/08/2021 - SECRETARIA UNICA DAS VARAS DOS JUIZADOS CRIMINAIS
DE BELEM - VARA: 2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM

PROCESSO: 00098082820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Inquérito Policial em: 09/08/2021 INDICIADO:DEISE CRISTINA SILVA DA SILVA VITIMA:D.
J. S. R. VITIMA:D. Y. S. R. VITIMA:D. I. S. R. . ÃVistos etc... Versam os presentes autos de TCO em que
figura como autora do fato a nacional DEISE CRISTINA SILVA DA SILVA, onde o fato tido como criminoso
se encontra capitulado no artigo 136 do Código Penal Brasileiro. Ãs folhas 52/53 dos autos, o Ministério
Público apresentou arguição de exceção de incompetência do juÃzo em razão da matéria, por
entender que na hipótese dos autos, restou configurada a prática de três crimes de maus tratos,
praticados em concurso material, incindindo ainda a majorante prevista no § 3º do artigo 136 do CPB,
resultando daà então que a somatória das penas dos referidos delitos excede em sua pena máxima o
tempo de 02 (dois) anos, afastando, por conseguinte, a competência deste Juizado Especial para o
processamento e julgamento do feito. à o necessário a relatar. Decido. Verifica-se que assiste razão ao
Ministério Público em arguir a incompetência deste Juizado Especial Criminal para o processamento
do feito. Isso porque, no presente caso, levando em consideração a idade das vÃtimas, bem como os
os laudos periciais de fls. 50/51 dos autos, tem-se que a autora do fato, mediante mais de uma ação,
praticou três delitos de maus tratos, incidindo então a regra esculpida no artigo 69 do Código Penal do
Brasil. Tratando-se então de crimes praticados em concurso material, sabe-se que a competência é
definida com base no somatório das penas máximas previstas para cada um. Tem-se então que, no
presente caso, considerando os delitos citados, a somatória das penas previstas para os crimes em
comento ultrapassa 2 (dois) anos, circunstância que afasta a competência do Juizado Especial Criminal,
nos termos do artigo 61 da Lei 9.099. A nossa jurisprudência nacional também ratifica o presente
entendimento, senão vejamos: CONFLITO DE COMPETÃNCIA Maus- tratos, por duas vezes Crime
praticado contra crianças menores de 14 (quatorze) anos Causa especial de aumento de pena Concurso
material de delitos Soma das penas máximas cominadas que ultrapassa o patamar de 2 (dois) anos
Procedência do conflito, para fixar a competência da 1ª Vara Criminal da Comarca de Ponta Grossa.
(TJPR - 1ª C.Criminal em Composição Integral - CC - 816101-5 - Ponta Grossa - Rel.:
Desembargador Campos Marques - Unânime - J. 06.10.2011) (TJ-PR - CJ: 8161015 PR 816101-5
(Acórdão), Relator: Desembargador Campos Marques, Data de Julgamento: 06/10/2011, 1ª Câmara
Criminal em Composição Integral, Data de Publicação: DJ: 737 19/10/2011) CONFLITO DE
JURISDIÃÃO. COMPETÃNCIA DO JUÃZO COMUM PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO.
CONCURSO DE CRIMES. SOMATÃRIO DAS PENAS MÃXIMAS. Em que pese os delitos pelos quais os
réus foram denunciados sejam de menor potencial ofensivo, as penas máximas cominadas a eles,
somadas, ultrapassam o limite de 02 (dois) anos, conforme dispõe o art. 61, da Lei nº 9.099/1995, com
redação dada pela Lei nº 11.313/2006 (\Consideram-se infrações penais de menor potencial
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa\), afastando a competência do
Juizado Especial para processar e julgar a presente ação criminal.CONFLITO PROCEDENTE. (TJ-RS -
CJ: 70073940330 RS, Relator: Rogerio Gesta Leal, Data de Julgamento: 22/06/2017, Quarta Câmara
Criminal, Data de Publicação: 10/07/2017) Sendo assim, outra alternativa não há que não seja a
remessa dos presentes autos para uma das varas criminais existentes nesta comarca da Capital. Pelo
exposto, esse juÃzo acolhe a manifestação do Ministério Público de fls. 52/53 dos autos, e, por
conseguinte, declino da competência para processar e julgar o presente feito, pelo que determino a
remessa dos autos à uma das Varas de Crimes Contra Criança e Adolescente da Comarca da Capital, a
qual couber por distribuição, para o devido processamento e julgamento, com fundamento no artigo 109
do Código de Processo Penal do Brasil. Atendidas as exigências de lei, remeta-se ao juÃzo criminal
para distribuição. Proceda-se as baixas devidas. Intime-se. Cumpra-se. Belém/PA, 09 de agosto de
2021. PRÃCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Juizado
Especial Criminal
1033
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00168364720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ARISSOM FRANCISCO DIAS DA
SILVA VITIMA:F. A. B. P. . PROCESSO: 0016836-47.2020.8.14.0401 Autor(a): ARISSOM FRANCISCO
DIAS DA SILVA VÃtima: FABRÃCIO ALBERTO BARBOSA PIRES Capitulação: Arts. 140 e 147 do
CPB TERMO DE AUDIÃNCIA                   Ao(s) nove (09) dia(s) do mês de
agosto do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
audiências da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré,
n. 873, esquina com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION
BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo
assinado, foi declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no
horário aprazado, certificou-se estar presente a vÃtima o Sr. FabrÃcio Alberto Barbosa Pires (rg
4722416), o(a) representante do Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO PINHO, bem como o
Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARÃES LIMA.                   Aberta a
audiência, os termos do artigo 18, Parágrafo único da Portaria Conjunta nº 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no Diário da Justiça do dia 02.07.2020, justifica a
realização da presente audiência em virtude das últimas orientações dadas pelos órgãos de
saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros órgãos face ao Ãndice decrescente de contágio
da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº 1516/2021-GP, DE 23 DE ABRIL DE 2021,
publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021, que restabeleceu a realização de
audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades dos processos que envolvem os
Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas audiências pré-processuais, a busca
pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº 9.099/95, o que torna indispensável a
presença das mesmas, como também, e tão importante quanto, a situação econômica da quase
totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos equipamentos tecnológicos necessários para
participarem das audiências de forma remota e até mesmo da própria internet imprescindÃvel para a
transmissão dos dados; como também, a urgência em se solucionar as lides, posto que os prazos
prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato que colocaria em cheque a própria
prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução dos conflitos. Por tudo isso,
fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências presenciais para a solução
dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais Criminais.
                  Aberta a audiência o MM. Juiz não foi possÃvel realizar a
conciliação em face da ausência do autor do fato.                   A vÃtima
expressou desejo de prosseguir no feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Dada a palavra ao
Ministério Público: ¿MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de queixa-crime a
ser oferecida pela parte ofendida, face se enquadrar no art. 140 do CPB. Assim e considerando que os
fatos ocorreram no dia 01.09.2020, conforme TCO de fls. 06, verifica-se que o prazo decadencial encontra-
se ultrapassado, uma vez que até a presente data não consta dos autos, queixa-crime da vÃtima
contra o autor do fato. Assim sendo, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a
punibilidade do autor do fato pela decadência do direito de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e
38 e 61 do CPP¿. Em relação ao delito do art. 147 o MP requer que a vÃtima apresente rol de
testemunhas para analisar a possibilidade de oferecimento de denúncia.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 140 do CPB, crime de
ação penal privada. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer queixa-crime no prazo
máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos,
considerando que, segundo TCO de fls. 06, os fatos ocorreram no dia 01.09.2020, e que até a presente
data, a vÃtima não ofereceu queixa-crime contra o autor do fato, verifica-se que o prazo do art. 38 do
CPP, encontra-se ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja o reconhecimento da
decadência do direito de queixa por parte da vÃtima, pelo que declaro extinta a punibilidade do autor do
fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se
e arquive-se¿.                   Deliberação em audiência: Acautele-se os
autos na UPJ pelo prazo de dez (10) dias, afim de que a vÃtima apresente o nome e o endereço das
testemunhas que presenciaram a ameaça descrita no TCO, ficando ciente de que os autos serão
arquivados caso não seja apresentado o referido rol. Cientes os presentes.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
1034
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___________________________________________ Defensor Público


____________________________________ VÃTIMA ______________________________________

PROCESSO: 00168945020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:HILDENOR HELTER DE
AGUIAR FRANCO Representante(s): OAB 6370-A - HILDENIR HELKER DE AGUIAR FRANCO
(ADVOGADO) AUTOR DO FATO:SILVIA MARGARETH SANTOS TRINDADE Representante(s): OAB
6370-A - HILDENIR HELKER DE AGUIAR FRANCO (ADVOGADO) VITIMA:M. L. P. . PROCESSO:
0016894-50.2020.8.14.0401 Autor(a): HILDENOR HELTER DE AGUIAR FRANCO; SILVIA MARGARETH
SANTOS TRINDADE VÃtima: MARIA DE LOURDES PINHEIRO Capitulação: Art. 65 da LCP TERMO
DE AUDIÃNCIA                   Ao(s) nove (09) dia(s) do mês de agosto do ano de
dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da
2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré, n. 873, esquina
com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION BARRETO DA
ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi
declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário
aprazado, certificou-se estar presente as partes, a Sra. Maria de Lourdes Pinheiro (rg 8859819), o Sr.
Hildenor Helter de Aguiar Franco (rg 2520647) e a Sra. Silvia Margareth Santos Trindade (rg 2517335),
acompanhados de seu advogado Hildenir Helker de Aguiar Franco (OAB 6370-A) o(a) representante do
Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO
GUIMARÃES LIMA.                   Aberta a audiência, os termos do artigo 18,
Parágrafo único da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no
Diário da Justiça do dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das
últimas orientações dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros
órgãos face ao Ãndice decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº
1516/2021-GP, DE 23 DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021,
que restabeleceu a realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades
dos processos que envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas
audiências pré-processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº
9.099/95, o que torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante
quanto, a situação econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos
equipamentos tecnológicos necessários para participarem das audiências de forma remota e até
mesmo da própria internet imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência
em se solucionar as lides, posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato
que colocaria em cheque a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução
dos conflitos. Por tudo isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências
presenciais para a solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais
Criminais.                   Aberta a audiência, o MM Juiz tentou a conciliação
entre as partes, porém a mesma restou infrutÃfera. Os autores não têm interesse pela transação
penal, posto que não residem mais no imóvel há mais de três meses, bem como informam que não
ocorreram os fatos descritos no TCO, em virtude do móveis que guarnecem o imóvel serem todos
embutidos, não havendo possibilidade de deslocamento dos mesmos.Â
                  Após, foi dada a palavra ao representante do Ministério Público
o qual requereu que a vÃtima fosse intimada a apresentar rol de testemunhas. Acato o requerido pelo MP.
                  A vÃtima informa que a única prova que possui é uma mÃdia
contendo gravações acerca dos fatos.                   O advogado dos autores
do fato requer um prazo para apresentar manifestação acerca das provas que visam auxiliar o MP
nessa fase do procedimento. O MP nada tem a opor. Este JuÃzo defere.
                  Deliberação em audiência: `Aguarde-se em cartório o prazo de
cinco dias para os autores do fato apresentem a manifestação requerida. Decorrido o prazo, dê-se
vistas ao MP.                         Nada mais havendo, foi encerrada a
presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
___________________________________ AUTOR _____________________
AUTORAÂ ________________________ VÃTIMA __________________________
1035
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00169152620208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:JESSICA TAMIRES
GONCALVES LINO VITIMA:J. V. M. . PROCESSO: 0016915-26.2020.8.14.0401 Autor(a): JESSICA
TAMIRES GONÃALVES LINO VÃtima: JUCELIS DO VALE MENDES Capitulação: Art. 140 do CPB
TERMO DE AUDIÃNCIA                   Ao(s) nove (09) dia(s) do mês de agosto
do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
audiências da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré,
n. 873, esquina com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION
BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo
assinado, foi declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no
horário aprazado, certificou-se estarem presentes as partes, Jessica Tamires Gonçalves Lino (rg
6034493) e Jucelis do Vale Mendes (rg 4844760), o(a) representante do Ministério Público, Dr(a). LUIZ
CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARÃES LIMA.
                  Aberta a audiência, os termos do artigo 18, Parágrafo único da
Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no Diário da Justiça do
dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das últimas orientações
dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros órgãos face ao Ãndice
decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº 1516/2021-GP, DE 23
DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021, que restabeleceu a
realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades dos processos que
envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas audiências pré-
processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº 9.099/95, o que
torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante quanto, a situação
econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos equipamentos tecnológicos
necessários para participarem das audiências de forma remota e até mesmo da própria internet
imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência em se solucionar as lides,
posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato que colocaria em cheque
a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução dos conflitos. Por tudo
isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências presenciais para a
solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais Criminais.
                  Aberta a audiência, o MM. Juiz de Direito tentou a conciliação
entre as partes, e essa foi frutÃfera. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em seguida, foi dada a palavra
à s partes, estas resolveram assumir perante as autoridades o compromisso de respeito recÃproco, sem
agressões fÃsicas ou morais, com tratamento urbano e cordial, buscando sempre a solução pacÃfica
das divergências que entre elas se apresentarem. Em face desse compromisso, a vÃtima, de acordo com
o que lhe faculta a lei, manifestou o desejo de não prosseguir com o presente feito, pelo que renunciou
expressamente ao direito de oferecer queixa-crime contra o autor do fato.
                  Dada a palavra à (o) representante do Ministério Público: ¿MM.
Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de queixa-crime a ser oferecida pela parte
ofendida, face se enquadrar no art.140 do CPB. No caso dos autos, a vÃtima expressamente renunciou ao
direito de oferecer queixa-crime. Assim e considerando que os fatos ocorreram no dia 16.06.2020,
conforme TCO de fls. 04, verifica-se que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado. Diante disso, este
Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade da autora do fato pela decadência
do direito de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 140, do CPB, crime de
ação penal privada. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer queixa-crime no prazo
máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos,
a vÃtima expressamente renunciou ao direito de oferecer queixa-crime. Diante disso e considerando que,
segundo TCO de fls. 04, os fatos ocorreram no dia 16.06.2020, verifica-se que o prazo do art. 38 do CPP,
encontra-se ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja o reconhecimento da
decadência do direito de queixa por parte da vÃtima, pelo que declaro extinta a punibilidade da autora do
fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se
e arquive-se¿.                   O MP e as partes aqui presente(s) renuncia(m) ao
prazo recursal, nada tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
1036
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):


___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
________________________________________ AUTORA ______________________________
VÃTIMAÂ ____________________________

PROCESSO: 00183832520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:MARIA DE NAZARE LINHARES
DOS SANTOS VITIMA:J. B. T. . PROCESSO: 0018383-25.2020.8.14.0401 Autor(a): MARIA DE NAZARE
LINHARES DOS SANTOS VÃtima: JASSYANE BARROS TEIXEIRA Capitulação: Arts. 147 e 140 DO
CPB TERMO DE AUDIÃNCIA                   Ao(s) nove (09) dia(s) do mês de
agosto do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
audiências da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré,
n. 873, esquina com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION
BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo
assinado, foi declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no
horário aprazado, certificou-se estar presente, o(a) representante do Ministério Público, Dr(a). LUIZ
CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARÃES LIMA. Ausentes as partes.
                  Aberta a audiência, os termos do artigo 18, Parágrafo único da
Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no Diário da Justiça do
dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das últimas orientações
dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros órgãos face ao Ãndice
decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº 1516/2021-GP, DE 23
DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021, que restabeleceu a
realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades dos processos que
envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas audiências pré-
processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº 9.099/95, o que
torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante quanto, a situação
econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos equipamentos tecnológicos
necessários para participarem das audiências de forma remota e até mesmo da própria internet
imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência em se solucionar as lides,
posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato que colocaria em cheque
a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução dos conflitos. Por tudo
isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências presenciais para a
solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais Criminais.
                  Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em
virtude da ausência das partes.                   Dada a palavra à (o) representante
do Ministério Público: ¿MM. Juiz, visa o presente procedimento a apuração dos crimes capitulados
no art. 147 e 140 do CPB, sendo que o primeiro é crime de ação penal pública condicionada Ã
representação, enquanto que o segundo é de ação penal privada. No caso dos autos, a vÃtima a
vÃtima não foi localizada no endereço indicado no TCO, o que nos termos do Enunciado 117 do
FONAJE implica em renúncia tácita à representação, retirando do MP condição de
procedibilidade. Diante disso, considerando que não há nos presentes autos queixa-crime da ofendida
contra a ofensora e ainda que os fatos ocorreram no dia 18.09.2020, conforme TCO de fls. 3, verifica-se
que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado. Diante disso, este Ãrgão Ministerial requer que o
JuÃzo declare extinta a punibilidade da autora do fato pela decadência do direito de representação e
do de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática dos crimes previstos nos arts. 147 e 140, do CPB,
crimes de ação penal pública condicionada à representação e de ação penal privada,
respectivamente. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer representação e a queixa-
crime no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No
caso dos autos, a vÃtima não foi encontrada no endereço indicado no TCO, acarretando, nos termos do
Enunciado 117 do FONAJE, a renúncia tácita a representação. Diante disso e considerando que,
segundo TCO de fls.3, os fatos ocorreram no dia 18.09.2020, pelo que se verifica que o prazo do art. 38 do
CPP se encontra ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja o reconhecimento da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

decadência do direito de representação e do de queixa por parte da vÃtima, pelo que declaro extinta a
punibilidade da autora do fato, tudo com fundamento nos Enunciados 117 do FONAJE, no art. 38 do CPP,
e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.
                  As partes aqui presente(s) renuncia(m) ao prazo recursal, nada
tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada
mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e
subscrevi. Magistrado(a): ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
________________________________________

PROCESSO: 00183876220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:JANILSON LISBOA ABREU
FILHO VITIMA:J. S. C. . PROCESSO: 0018387-62.2020.8.14.0401 Autor(a): JANILSON LISBOA ABREU
FILHO VÃtima: JHOELLE DE SOUSA CORREA Capitulação: Art. 129 DO CPB TERMO DE
AUDIÃNCIA                   Ao(s) nove (09) dia(s) do mês de agosto do ano de
dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da
2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré, n. 873, esquina
com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION BARRETO DA
ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi
declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário
aprazado, certificou-se estar presente o(a) representante do Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO
PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARÃES LIMA. Ausentes as partes.
                  Aberta a audiência, os termos do artigo 18, Parágrafo único da
Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no Diário da Justiça do
dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das últimas orientações
dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros órgãos face ao Ãndice
decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº 1516/2021-GP, DE 23
DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021, que restabeleceu a
realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades dos processos que
envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas audiências pré-
processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº 9.099/95, o que
torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante quanto, a situação
econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos equipamentos tecnológicos
necessários para participarem das audiências de forma remota e até mesmo da própria internet
imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência em se solucionar as lides,
posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato que colocaria em cheque
a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução dos conflitos. Por tudo
isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências presenciais para a
solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais Criminais.
                  Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em
face da ausência das partes                   Dada a palavra ao representado do
Ministério Público: ¿MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de
representação pela parte ofendida. No caso em questão a vÃtima não foi localizada para ser
intimada, conforme AR de fls. 22, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta a renúncia
tácita à representação por ausência de interesse no prosseguimento do presente feito, retirando do
MP, condição de procedibilidade. Diante disso e considerando que os fatos ocorreram no dia
21.09.2020, conforme TCO de fls. 03, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a
punibilidade do autor do fato, com base no Enunciado 117 do FONAJE e nos termos dos arts. 107, IV do
CPB e 38 e 61 do CPP¿.                   Diante disso, o MM. Juiz assim
sentenciou: ¿Trata-se de termo circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no
art. 129 do CPB, crime de ação penal pública condicionada à representação. O art. 38 do CPP
dispõe que a vÃtima deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia
em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vÃtima não foi localizada para ser
intimada, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta renúncia tácita a representação,
retirando também do MP, a condição de procedibilidade. Diante disso, considerando que, segundo
TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 21.09.2020, verifica-se que o prazo decadencial encontra-se
1038
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ultrapassado. Isto posto, face o Enunciado 117 do FONAJE, não resta outra alternativa a não ser
reconhecer a decadência do direito de representação por parte da vÃtima, para declarar extinta a
punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95, Enunciado 117 do
FONAJE, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.
                  As partes aqui presente(s) renuncia(m) ao prazo recursal, nada
tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada
mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e
subscrevi. Magistrado(a): ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
____________________________________

PROCESSO: 00184083820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:JOSE MARIA DE OLIVEIRA
SOARES VITIMA:S. B. G. . PROCESSO: 0018408-38.2020.8.14.0401 Autor(a): JOSE MARIA DE
OLIVEIRA SOARES VÃtima: SILVIA BULHÃES GONÃALVES Capitulação: Art. 345 do CPB TERMO
DE AUDIÃNCIA                   Ao(s) nove (09) dia(s) do mês de agosto do ano de
dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da
2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré, n. 873, esquina
com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION BARRETO DA
ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi
declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário
aprazado, certificou-se estar presente O Sr. José Maria de Oliveira Soares (rg 6214596), o(a)
representante do Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr.
FABIO GUIMARÃES LIMA                   Aberta a audiência, os termos do artigo
18, Parágrafo único da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada
no Diário da Justiça do dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das
últimas orientações dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros
órgãos face ao Ãndice decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº
1516/2021-GP, DE 23 DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021,
que restabeleceu a realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades
dos processos que envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas
audiências pré-processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº
9.099/95, o que torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante
quanto, a situação econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos
equipamentos tecnológicos necessários para participarem das audiências de forma remota e até
mesmo da própria internet imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência
em se solucionar as lides, posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato
que colocaria em cheque a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução
dos conflitos. Por tudo isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências
presenciais para a solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais
Criminais.                   Aberta a audiência, o MM. Juiz não pôde realizar a
conciliação em razão da ausência da vÃtima.                   Dada a palavra
ao Ministério Público: ¿MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de queixa-crime
a ser oferecida pela parte ofendida, face se enquadrar no art. 345 do CPB. Assim e considerando que os
fatos ocorreram no dia 02.10.2020, conforme TCO de fls. 03, verifica-se que o prazo decadencial encontra-
se ultrapassado, uma vez que até a presente data não consta dos autos, queixa-crime da vÃtima
contra o autor do fato. Assim sendo, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a
punibilidade do autor do fato pela decadência do direito de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e
38 e 61 do CPP¿.                   Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou:
¿Trata-se de termo circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 345 do
CPB, crime de ação penal privada. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer queixa-
crime no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No
caso dos autos, considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 02.10.2020, e que
até a presente data, a vÃtima não ofereceu queixa-crime contra o autor do fato, verifica-se que o prazo
do art. 38 do CPP, encontra-se ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja o
reconhecimento da decadência do direito de queixa por parte da vÃtima, pelo que declaro extinta a
1039
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do CPB.
Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.                   O MP e as partes aqui
presente(s) renuncia(m) ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
______________________________________ AUTOR __________________________

PROCESSO: 00184092320208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:RAQUEL MENDES
FERNANDES VITIMA:E. L. G. . PROCESSO: 0018409-23.2020.8.14.0401 Autor(a): RAQUEL MENDES
FERNANDES VÃtima: EMMANUEL LOBATO GODINHO (MENOR) Capitulação: Art. 140 do CPB
TERMO DE AUDIÃNCIA                   Ao(s) nove (09) dia(s) do mês de agosto
do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
audiências da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré,
n. 873, esquina com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION
BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo
assinado, foi declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no
horário aprazado, certificou-se estarem presentes as partes, Raquel Mendes Fernandes (rg 4059828),
acompanhada de seu advogado o Dr. Samio Gustavo Sarraf Almeida, e o representante da vÃtima o Sr.
Kleyton Pinto Godinho (rg 2994906), o(a) representante do Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO
PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARÃES LIMA.
                  Aberta a audiência, os termos do artigo 18, Parágrafo único da
Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no Diário da Justiça do
dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das últimas orientações
dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros órgãos face ao Ãndice
decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº 1516/2021-GP, DE 23
DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021, que restabeleceu a
realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades dos processos que
envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas audiências pré-
processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº 9.099/95, o que
torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante quanto, a situação
econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos equipamentos tecnológicos
necessários para participarem das audiências de forma remota e até mesmo da própria internet
imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência em se solucionar as lides,
posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato que colocaria em cheque
a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução dos conflitos. Por tudo
isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências presenciais para a
solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais Criminais.
                  Aberta a audiência, o MM. Juiz tentou a conciliação, mas esta
restou infrutÃfera, posto que o representante da vÃtima deseja prosseguir com o feito.
                  A autora do fato e seu advogado requerem a extinção da
punibilidade pela ocorrência da decadência.                   Dada a palavra ao
Ministério Público: ¿MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de queixa-crime a
ser oferecida pela parte ofendida, face se enquadrar no art.140 do CPB. Assim e considerando que os
fatos ocorreram no dia 04.10.2020, conforme TCO de fls. 03, verifica-se que o prazo decadencial encontra-
se ultrapassado, uma vez que até a presente data não consta dos autos, queixa-crime da vÃtima
contra a autora do fato. Assim sendo, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a
punibilidade da autora do fato pela decadência do direito de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB
e 38 e 61 do CPP¿.                   Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou:
¿Trata-se de termo circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 140 do
CPB, crime de ação penal privada. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer queixa-
crime no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No
caso dos autos, considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 04.10.2020, e que
até a presente data, a vÃtima não ofereceu queixa-crime contra a autora do fato, verifica-se que o
1040
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

prazo do art. 38 do CPP, encontra-se ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja o
reconhecimento da decadência do direito de queixa por parte da vÃtima, pelo que declaro extinta a
punibilidade da autora do fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do
CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.                   O MP e as partes
aqui presente(s) renuncia(m) ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos
autos.                   Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público ________________________
AUTORAÂ _______________________ ADVOGADO _____________________ REP. DA VÃTIMA
________________________

PROCESSO: 00215781820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ISAAC ALVES LEAO VITIMA:W.
L. C. . R. H. Vistos, etc... Versam os presentes autos de TCO em que figura como autor do fato o nacional
ISSAC ALVES LEÃO, qualificado nos autos pela suposta infração ao disposto no artigo 140 do Código
Penal Brasileiro. Ressalta-se de imediato que em relação ao pedido formulado pelo Ministério
Público, em manifestação de as fls. 20/21, no sentido de que este juÃzo decline da competência para
processar e julgar o presente feito relativamente ao crime previsto no artigo 24-A da lei nº 11.340/2006,
deixo de proferir decisão a tal respeito, posto que, na verdade, os documentos de fls. 05 e 08 dos autos,
ao que se vê, foram juntados neste TCO apenas com o intuito de ilustrar a suposta prática, por parte do
autor do fato, do crime capitulado no artigo 140 do CPB, ressaltando-se, por oportuno, que em
conformidade com o mencionado documento de fl. 05, já existe processo judicial em tramitação,
referente as medidas protetivas deferidas à vÃtima, passando então este juÃzo a proferir decisão
somente em relação ao crime capitulado no artigo 140 do CPB. à o necessário a relatar, nos termos
do § 3º do artigo 81 da lei nº 9.099/95, pelo que passo a decidir. Abstrai-se dos autos, mais
precisamente do documento de fl. 06, que o suposto fato delituoso ocorrera em data de 25/11/2020, e
desde essa data já se tinha conhecimento da autoria do fato imputado ao referido nacional, sendo que,
até a presente data, a vÃtima não apresentou a necessária queixa para desencadear a ação penal
contra o autor do fato. O Ministério Público, às folhas 20/21 dos autos, opinou pela extinção da
punibilidade do autor do fato, com base nos artigos 107, IV, do CPB. No presente caso então, sendo o
fato delituoso aquele capitulado no artigo 140 do Código Penal Brasileiro, necessário se faz, para o
processamento e julgamento do mesmo, que a vÃtima formalize a necessária queixa contra o autor do
fato, a teor do disposto no artigo 145 do Código Penal Brasileiro, sendo que, até a presente data, a
vÃtima não apresentou esta necessária queixa para desencadear a ação penal contra o autor do
fato. Resulta então que no presente caso não se mostra mais possÃvel ao Estado-Juiz processar e
julgar o autor do fato pela infração tipificada nos autos em face da ocorrência da decadência, pois já
transcorreu mais de 06 (seis) meses sem que a vÃtima oferecesse a necessária queixa-crime. Assim
sendo, com fundamento nos artigos 103, caput, c/c o artigo 107, IV, ambos do Código Penal Brasileiro, e
artigo 61 do Código de Processo Penal, declaro de ofÃcio a ocorrência da DECADÃNCIA, pelo que
declaro extinta a punibilidade do autor do fato, o nacional ISSAC ALVES LEÃO. Transitada em julgado,
arquivem-se os autos, com as cautelas de lei. P. R. I. Cumpra-se. Belém/PA, 09 de agosto de 2021.
PRÃCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Juizado
Especial Criminal

PROCESSO: 00168616020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:REINALDO DE SOUZA
MORAES VITIMA:M. A. M. C. . PROCESSO: 0016861-60.2020.8.14.0401 Autor(a): REINALDO DE
SOUZA MORAES VÃtima: MARIA ANGELICA MENDES CARDOSO Capitulação: Arts. 139, 140 e 147
do CPB TERMO DE AUDIÃNCIA                   Ao(s) dez (10) dia(s) do mês de
agosto do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
audiências da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré,
n. 873, esquina com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION
BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo
assinado, foi declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no
1041
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

horário aprazado, certificou-se estar presente o(a) representante do Ministério Público, Dr(a). LUIZ
CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARÃES LIMA. Ausentes as partes.
                  Aberta a audiência, os termos do artigo 18, Parágrafo único da
Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no Diário da Justiça do
dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das últimas orientações
dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros órgãos face ao Ãndice
decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº 1516/2021-GP, DE 23
DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021, que restabeleceu a
realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades dos processos que
envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas audiências pré-
processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº 9.099/95, o que
torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante quanto, a situação
econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos equipamentos tecnológicos
necessários para participarem das audiências de forma remota e até mesmo da própria internet
imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência em se solucionar as lides,
posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato que colocaria em cheque
a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução dos conflitos. Por tudo
isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências presenciais para a
solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais Criminais.
                  Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em
virtude da ausência das partes.                   Dada a palavra à (o) representante
do Ministério Público: ¿MM. Juiz, visa o presente procedimento a apuração dos crimes capitulados
no art. 147, 139 e 140 do CPB, sendo que o primeiro é crime de ação penal pública condicionada Ã
representação, enquanto que os demais são de ação penal privada. No caso dos autos, a vÃtima a
vÃtima não foi localizada no endereço indicado no TCO, o que nos termos do Enunciado 117 do
FONAJE implica em renúncia tácita à representação, retirando do MP condição de
procedibilidade. Diante disso, considerando que não há nos presentes autos queixa-crime da ofendida
contra a ofensora e ainda que os fatos ocorreram no dia 13.08.2020, conforme TCO de fls. 4, verifica-se
que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado. Diante disso, este Ãrgão Ministerial requer que o
JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato pela decadência do direito de representação e do
de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática dos crimes previstos nos arts. 147, 139 e 140, do
CPB, crimes de ação penal pública condicionada à representação e de ação penal privada,
respectivamente. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer representação e a queixa-
crime no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No
caso dos autos, a vÃtima não foi encontrada no endereço indicado no TCO, acarretando, nos termos do
Enunciado 117 do FONAJE, a renúncia tácita a representação. Diante disso e considerando que,
segundo TCO de fls.4, os fatos ocorreram no dia 13.08.2020, pelo que se verifica que o prazo do art. 38 do
CPP se encontra ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja o reconhecimento da
decadência do direito de representação e do de queixa por parte da vÃtima, pelo que declaro extinta a
punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento nos Enunciados 117 do FONAJE, no art. 38 do CPP, e
ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.
                  As partes aqui presente(s) renuncia(m) ao prazo recursal, nada
tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada
mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e
subscrevi. Magistrado(a): ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
____________________________________

PROCESSO: 00174618120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:OMAR PEREIRA DE MORAES
VITIMA:R. F. S. . PROCESSO: 0017461-81.2020.8.14.0401 Autor(a): OMAR PEREIRA DE MORAES
VÃtima: RONALDO DE FRANÃA SANTIAGO Capitulação: Art. 21 da LCP TERMO DE AUDIÃNCIA
                  Ao(s) dez (10) dia(s) do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e
um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª Vara do
1042
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré, n. 873, esquina com a
Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA
KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada
instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado,
certificou-se estar presente, o(a) representante do Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO PINHO,
bem como o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARÃES LIMA. Ausentes as partes.
                  Aberta a audiência, os termos do artigo 18, Parágrafo único da
Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no Diário da Justiça do
dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das últimas orientações
dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros órgãos face ao Ãndice
decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº 1516/2021-GP, DE 23
DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021, que restabeleceu a
realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades dos processos que
envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas audiências pré-
processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº 9.099/95, o que
torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante quanto, a situação
econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos equipamentos tecnológicos
necessários para participarem das audiências de forma remota e até mesmo da própria internet
imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência em se solucionar as lides,
posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato que colocaria em cheque
a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução dos conflitos. Por tudo
isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências presenciais para a
solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais Criminais.
                  Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em
face da ausência das partes.                   Dada a palavra ao representado do
Ministério Público: ¿MM. Juiz, o delito que se apura nesse procedimento depende de
representação pela parte ofendida, nos termos do Enunciado 76 do FONAJE. No caso em questão a
vÃtima não compareceu à audiência, apesar de regularmente intimada conforme AR de fls.24, o que,
nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta a renúncia tácita à representação por ausência
de interesse no prosseguimento do presente feito, retirando do MP, condição de procedibilidade. Diante
disso e considerando que os fatos ocorreram no dia 20.09.2020, conforme TCO de fls. 04, este Ãrgão
Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato, com base no Enunciado 117
do FONAJE e nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do delito previsto no art. 21 da LCP, delito de ação
penal pública condicionada à representação, nos termos do Enunciado 76 do FONAJE. O art. 38 do
CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses contados
do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vÃtima deixou de comparecer
à audiência, apesar de regularmente intimada, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE,
acarreta renúncia tácita a representação, retirando também do MP, a condição de
procedibilidade. Diante disso, considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia
20.09.2020, verifica-se que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado. Isto posto, face o Enunciado
117 do FONAJE, não resta outra alternativa a não ser reconhecer a decadência do direito de
representação por parte da vÃtima, para declarar extinta a punibilidade do autor do fato, tudo com
fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95, Enunciados 76 e 117 do FONAJE, e ainda com o art. 107,
IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.                   As partes aqui
presentes renunciam ao prazo recursal, nada tendo opor ao imediato arquivamento dos autos.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público ________________________

PROCESSO: 00175977820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:KLEIBESON GAMA DE
OLIVEIRA Representante(s): OAB 25928 - ELUANE COSTA CARVALHO (ADVOGADO) VITIMA:A. P. F.
B. A. Representante(s): OAB 20874 - KAREN CRISTINY MENDES DO NASCIMENTO (ADVOGADO) .
1043
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 0017597-78.2020.8.14.0401 Autor(a): KLEIBISON GAMA DE OLIVEIRA VÃtima: ANA


PAULA FRANCO BRANDÃO ARAUJO Capitulação: Art. 42, III da LCP TERMO DE AUDIÃNCIA
                  Ao(s) dez (10) dia(s) do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e
um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré, n. 873, esquina com a
Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA
KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada
instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado,
certificou-se estar presente, a Sra. Ana Paula Franco Brandão Araujo (rg 39952), acompanhada de sua
advogada Dra. Ana Caroline Nonato dos Santos (OAB 31308), e o Sr. Kleibison Gama de Oliveira (rg
4111297), acompanhado de sua advogada a Dra. Eluane Costa Carvalho (OAB 25928), o(a) representante
do Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO
GUIMARÃES LIMA.                   Aberta a audiência, os termos do artigo 18,
Parágrafo único da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no
Diário da Justiça do dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das
últimas orientações dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros
órgãos face ao Ãndice decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº
1516/2021-GP, DE 23 DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021,
que restabeleceu a realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades
dos processos que envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas
audiências pré-processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº
9.099/95, o que torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante
quanto, a situação econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos
equipamentos tecnológicos necessários para participarem das audiências de forma remota e até
mesmo da própria internet imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência
em se solucionar as lides, posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato
que colocaria em cheque a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução
dos conflitos. Por tudo isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências
presenciais para a solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais
Criminais.                   Aberta a audiência, tentada a composição civil dos
danos, a mesma restou infrutÃfera. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante disso, a vÃtima ratifica o
seu interesse no prosseguimento contra o autor do fato. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O autor do
fato informa que não tem interesse pela proposta de transação penal, desejando o prosseguimento do
feito.                   Dada a palavra à representante do MP assim se manifestou:
`MM. Juiz, o MP requer que a vÃtima presente seja intimada a apresentar rol de testemunhas, a fim de dar
prosseguimento ao feito¿.                   Deliberação em audiência:
`Aguarde-se em cartório o prazo de dez dias para que a vÃtima presente ofereça rol de testemunhas,
qualificando-as, informando, inclusive, a sua data de nascimento, ficando ciente de que não apresentado
o rol poderá ocasionar o arquivamento dos autos pela falta de justa causa para propositura da ação
penal. Decorrido o prazo e certificado nos autos o ocorrido, abra-se vista ao MP¿.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
________________________________________ AUTOR _____________________________
ADVOGADA ________________________ VÃTIMA __________________________ ADVOGADA
_______________________________

PROCESSO: 00176020320208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:JOSE VAGNER GOMES
MARTINS VITIMA:D. N. A. M. . PROCESSO: 0017602-03.2020.8.14.0401 Autor(a): JOSE VAGNER
GOMES MARTINS VÃtima: DERICK NESSIN ALHADEF MORAES Capitulação: Arts. 147 e 147 DO
CPB TERMO DE AUDIÃNCIA                   Ao(s) dez (10) dia(s) do mês de
agosto do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
audiências da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré,
n. 873, esquina com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo
assinado, foi declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no
horário aprazado, certificou-se estar presente o Sr. Jose Vagner Gomes Martins (rg 5805890), o(a)
representante do Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr.
FABIO GUIMARÃES LIMA.                   Aberta a audiência, os termos do artigo
18, Parágrafo único da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada
no Diário da Justiça do dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das
últimas orientações dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros
órgãos face ao Ãndice decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº
1516/2021-GP, DE 23 DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021,
que restabeleceu a realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades
dos processos que envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas
audiências pré-processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº
9.099/95, o que torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante
quanto, a situação econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos
equipamentos tecnológicos necessários para participarem das audiências de forma remota e até
mesmo da própria internet imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência
em se solucionar as lides, posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato
que colocaria em cheque a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução
dos conflitos. Por tudo isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências
presenciais para a solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais
Criminais.                   Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de
conciliação em virtude da ausência da vÃtima.                   Dada a palavra
à (o) representante do Ministério Público: ¿MM. Juiz, visa o presente procedimento a apuração dos
crimes capitulados no art. 147 e 140 do CPB, sendo que o primeiro é crime de ação penal pública
condicionada à representação, enquanto que o segundo é de ação penal privada. No caso dos
autos, a vÃtima a vÃtima não compareceu apesar de regularmente intimada, conforme AR de fls.20, o
que nos termos do Enunciado 117 do FONAJE implica em renúncia tácita à representação, retirando
do MP condição de procedibilidade. Diante disso, considerando que não há nos presentes autos
queixa-crime da ofendida contra o ofensor e ainda que os fatos ocorreram no dia 15.08.2020, conforme
TCO de fls. 4, verifica-se que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado. Diante disso, este Ãrgão
Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato pela decadência do direito
de representação e do de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática dos crimes previstos nos arts. 147 e 140, do CPB,
crimes de ação penal pública condicionada à representação e de ação penal privada,
respectivamente. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer representação e a queixa-
crime no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No
caso dos autos, a vÃtima não compareceu à audiência apesar de regularmente intimada, conforme AR
de fls.20, acarretando, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, a renúncia tácita a representação.
Diante disso e considerando que, segundo TCO de fls.4, os fatos ocorreram no dia 15.08.2020, pelo que
se verifica que o prazo do art. 38 do CPP se encontra ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há
que não seja o reconhecimento da decadência do direito de representação e do de queixa por parte
da vÃtima, pelo que declaro extinta a punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento nos Enunciados
117 do FONAJE, no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e
arquive-se¿.                   As partes aqui presente(s) renuncia(m) ao prazo
recursal, nada tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
____________________________________ Autor ____________________________________

PROCESSO: 00178169120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:WAGNER ALEXANDRE
FERREIRA DE SOUZA Representante(s): OAB 28352 - DIEGO FAGNER DA COSTA CHAVES
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(ADVOGADO) VITIMA:M. M. S. VITIMA:O. E. . PROCESSO: 0017816-91.2020.8.14.0401 Autor(a):


WAGNER ALEXANDRE FERREIRA DE SOUZA VÃtima: MARCIO MEDEIROS DE SOUSA E O ESTADO
Capitulação: Art. 147 E 330 DO CPB. TERMO DE AUDIÃNCIA
                  Ao(s) dez (10) dia(s) do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e
um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré, n. 873, esquina com a
Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA
KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada
instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado,
certificou-se estar presente o Sr. Marcio Medeiros de Sousa (rg 2979684), o PM Claudio da Vera Cruz
Bezerra (rg 24626), e o autor Wagner Alexandre Ferreira de Souza (rg 3771016), acompanhado por seu
advogado Dr. Diego Fagner da Costa Chaves (OAB 28352), o(a) representante do Ministério Público,
Dr(a). LUIZ CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARÃES LIMA.
                  Aberta a audiência, os termos do artigo 18, Parágrafo único da
Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no Diário da Justiça do
dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das últimas orientações
dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros órgãos face ao Ãndice
decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº 1516/2021-GP, DE 23
DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021, que restabeleceu a
realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades dos processos que
envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas audiências pré-
processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº 9.099/95, o que
torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante quanto, a situação
econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos equipamentos tecnológicos
necessários para participarem das audiências de forma remota e até mesmo da própria internet
imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência em se solucionar as lides,
posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato que colocaria em cheque
a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução dos conflitos. Por tudo
isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências presenciais para a
solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais Criminais.
                  Aberta a audiência, e tratando-se de ação penal pública
incondicionada e condicionada à representação, o MM. Juiz de Direito esclareceu às partes o
disposto nos artigos 72 e 74 da Lei 9099/95, oportunizando a composição, sem reconhecimento da
culpabilidade, informando que havendo conciliação entre os envolvidos, o processo não terá
prosseguimento, uma vez que a reparação de danos atende o objetivo da pacificação social visado
pela lei que rege o Juizado especial, faltando assim justa causa para dar seguimento à persecução
penal.                   Em seguida, foi dada a palavra às partes, que resolveram
assumir perante as autoridades o compromisso de respeito recÃproco, sem agressões fÃsicas ou
morais, com tratamento urbano e cordial, buscando sempre a solução pacÃfica das divergências que
entre elas se apresentarem. Em face desse compromisso e tratando-se de ação penal pública
condicionada à representação, a vÃtima, de acordo com o que lhe faculta a lei, manifestou o desejo de
não prosseguir com o presente feito, pelo que deixa de ratificar a representação contra o autor do
fato.                   Em face da conciliação ora celebrada, o autor do fato
Wagner Alexandre Ferreira de Sousa e seu advogado, informam que irão desistir de uma ação cÃvel
que tramita perante a vara de juizado especial cÃvel de acidentes de trânsito, Processo n° 0839939-
25.2021.8.14.0301, pelo que assume o compromisso de requerer perante o juÃzo do trânsito o
arquivamento da referida reclamação cÃvel, sem ônus para a parte reclamada.
                  Dada a palavra ao representante do Ministério Público, assim se
manifestou: "MM. Juiz: Noticia o presente termo circunstanciado eventual infringência ao disposto no art.
147 do CPB. Nestes casos, a lei exige representação criminal, como condição de procedibilidade.
Diante do desinteresse manifestado pela vÃtima, outro caminho não resta ao Ministério Público
senão requerer a extinção da punibilidade do autor do fato, com base no Enunciado 113 do FONAJE
c/c o art. 107 do CPB. Em relação ao delito do art. 330 do CPB, requer o arquivamento dos autos, por
ausência de justa causa, com base no Enunciado 99 do FONAJE¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 147 do CPB, crime de
ação penal pública condicionada à representação. No caso dos autos, a vÃtima expressamente
declarou seu desinteresse pelo andamento deste procedimento, pelo que deixou de ratificar a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

representação feita perante a autoridade policial, retirando do MP, condição de procedibilidade. Isto
posto, face o Enunciado 113 do FONAJE, permitir à vÃtima renunciar ao direito de representação até
a prolação da sentença, acolhendo o parecer ministerial, julgo extinto o presente procedimento em
face da ocorrência da decadência, com base no art. 107, IV do CPB. Em relação ao delito do art. 330
do CPB, acato o parecer ministerial e determino o arquivamento do presente procedimento, por falta de
justa causa para o seu prosseguimento, ressalvada a possibilidade de desarquivamento, nos termos do
artigo 18, do Código de Processo Penal Brasileiro, e da Súmula 524 do Supremo Tribunal Federal,
desde que dentro do prazo decadencial. Sentença publicada em audiência, saindo intimados os
presentes. Registre-se, fazendo-se as anotações e comunicações de praxe. Publique-se. Registre-
se e arquive-se¿.                   O MP e as partes aqui presente(s) renuncia(m)
ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos. Este JuÃzo homologa a
renúncia e determina que seja feita a certidão de trânsito em julgado e que se procedam as baixas
devidas. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais havendo, foi encerrada a presente
audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
___________________________________ AUTOR __________________________ ADVOGADO
________________________ VÃTIMAÂ _____________________________ PM
___________________________________

PROCESSO: 00178376720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR/VITIMA:HELDER FERNANDO SILVA RUAS
AUTOR/VITIMA:JOAO TIAGO DAS NEVES SOUZA. PROCESSO: 0017837-67.2020.8.14.0401 Autor(a):
HELDER FERNANDO SILVA RUAS; JOÃO TIAGO DAS NEVES SOUZA VÃtima: HELDER FERNANDO
SILVA RUAS; JOÃO TIAGO DAS NEVES SOUZA Capitulação: Art. 21 da LCP TERMO DE
AUDIÃNCIA                   Ao(s) dez (10) dia(s) do mês de agosto do ano de dois
mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª
Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré, n. 873, esquina
com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION BARRETO DA
ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi
declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário
aprazado, certificou-se estar presente o Sr. Helder Fernando Silva Ruas (rg 5960093) o(a) representante
do Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO
GUIMARÃES LIMA.                   Aberta a audiência, os termos do artigo 18,
Parágrafo único da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no
Diário da Justiça do dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das
últimas orientações dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros
órgãos face ao Ãndice decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº
1516/2021-GP, DE 23 DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021,
que restabeleceu a realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades
dos processos que envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas
audiências pré-processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº
9.099/95, o que torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante
quanto, a situação econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos
equipamentos tecnológicos necessários para participarem das audiências de forma remota e até
mesmo da própria internet imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência
em se solucionar as lides, posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato
que colocaria em cheque a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução
dos conflitos. Por tudo isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências
presenciais para a solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais
Criminais.                   Aberta a audiência, tentada a composição civil dos
danos, a mesma restou infrutÃfera, face à ausência do autor do fato/vÃtima, João Tiago das Neves
Souza, apesar de pessoalmente regularmente intimado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante
disso, a vÃtima ratifica o seu interesse no prosseguimento contra o autor do fato, João Tiago das Neves
Souza, pelos respectivos fatos, conforme narrado no TCO. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Dada a
palavra à representante do MP, que assim se manifestou: `MM. Juiz, em face da ausência do autor do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

fato/vÃtima, João Tiago das Neves Souza, intimado regularmente, o MP requer que a vÃtima presente
seja intimada a apresentar rol de testemunhas, a fim de dar prosseguimento ao feito¿.
                  Deliberação em audiência: `Aguarde-se na UPJ o prazo de dez
dias para que a vÃtima presente ofereça rol de testemunhas, qualificando-as, informando, inclusive, a
sua data de nascimento, ficando ciente de que não apresentado o rol poderá ocasionar o arquivamento
dos autos pela falta de justa causa para propositura da ação penal. Decorrido o prazo e certificado nos
autos o ocorrido, abra-se vista ao MP¿.                   Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.
Magistrado(a): ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
AUTOR/VÃTIMAÂ ________________________________

PROCESSO: 00185330620208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:MONICA BARBOSA ABREU
AUTOR DO FATO:REGIANE MARIA DE SOUZA ARAUJO Representante(s): OAB 7806 - LUCIANO
AZEVEDO COSTA (ADVOGADO) VITIMA:A. M. . PROCESSO: 0018533-06.2020.8.14.0401 Autor(a):
MONICA BARBOSA ABREU; REGINADO MARIA DE SOUZA ARAUJO VÃtima: MONICA BARBOSA
ABREU; REGINADO MARIA DE SOUZA ARAUJO Capitulação: Art. 140, CAPUT e 147, CAPUT do
CPB TERMO DE AUDIÃNCIA                   Ao(s) dez (10) dia(s) do mês de
agosto do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
audiências da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, situado na Av. Almirante Tamandaré,
n. 873, esquina com a Travessa São Pedro, Bairro da Campina, presente o MM. Juiz, Dr. PROCION
BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, Juiz titular da desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo
assinado, foi declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no
horário aprazado, certificou-se estar presente a Sra. Regiane Maria de Souza Araujo (rg 3250349),
acompanhada por seu advogado o Dr. Luciano Azevedo Costa (OAB 7806), o(a) representante do
Ministério Público, Dr(a). LUIZ CLAUDIO PINHO, bem como o Defensor Público, Dr. FABIO
GUIMARÃES LIMA                   Aberta a audiência, os termos do artigo 18,
Parágrafo único da Portaria Conjunta nº 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 21.06.2020, Publicada no
Diário da Justiça do dia 02.07.2020, justifica a realização da presente audiência em virtude das
últimas orientações dadas pelos órgãos de saúde locais, os quais vem reabrindo escolas e outros
órgãos face ao Ãndice decrescente de contágio da COVID-19; Bem como o art. 2º, II, da Portaria Nº
1516/2021-GP, DE 23 DE ABRIL DE 2021, publicada no Diário da Justiça do dia 26 de abril de 2021,
que restabeleceu a realização de audiências presenciais; E além disso, em face das peculiaridades
dos processos que envolvem os Juizados Especiais Criminais, que na grande maioria, têm-se nas
audiências pré-processuais, a busca pela conciliação entra as partes, princÃpio basilar da Lei nº
9.099/95, o que torna indispensável a presença das mesmas, como também, e tão importante
quanto, a situação econômica da quase totalidade destas, que pode acarretar a ausência dos
equipamentos tecnológicos necessários para participarem das audiências de forma remota e até
mesmo da própria internet imprescindÃvel para a transmissão dos dados; como também, a urgência
em se solucionar as lides, posto que os prazos prescricionais e decadenciais são por demais curtos, fato
que colocaria em cheque a própria prestação jurisdicional do estado, diante da demora na solução
dos conflitos. Por tudo isso, fundamenta-se a urgência e necessidade de realização de audiências
presenciais para a solução dos conflitos de interesse de competência dos Juizados Especiais
Criminais.                   Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de
composição civil dos danos, nos termos do art. 72 e 74 da Lei 9.099/95, em face da ausência de uma
das partes, a qual foi regularmente intimada conforme AR de fls. 23.
                  A vÃtima Regiane Maria de Souza Araujo informa que nada tem a
opor quanto ao arquivamento dos autos, caso a parte contrária também não se oponha.
                   Dada a palavra ao representado do Ministério Público: ¿MM.
Juiz, o crime descrito no art. 147 do CPB depende de representação pela parte ofendida. No caso em
questão, uma das vÃtimas não compareceu, apesar de regularmente intimada, o que, nos termos do
Enunciado 117 do FONAJE, acarreta a renúncia tácita à representação por ausência de interesse
no prosseguimento do presente feito, retirando do MP, condição de procedibilidade. Em relação a
vÃtima presente, diante da declaração de que não tem interesse em prosseguir com o feito, razão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

pela qual inclusive se retrata da representação feita perante a autoridade policial, deixa também de
haver ao MP condição de procedibilidade. Diante disso e considerando que os fatos ocorreram no dia
27.09.2020, conforme TCO de fls. 03, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a
punibilidade das autoras do fato, com base no Enunciado 113 do FONAJE e nos termos dos arts. 107, IV
do CPB e 38 e 61 do CPP¿. Em relação ao delito do art. 140 do CPB requer também a extinção
da punibilidade posto que não fora oferecido a devida queixa-crime para iniciar a ação penal privada.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 147 do CPB, crime de
ação penal pública condicionada à representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima
deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber
quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vÃtima presente expressamente declarou seu
desinteresse no prosseguimento do presente feito, retratando-se da representação ofertada
anteriormente, retirando do MP, condição de procedibilidade. Em relação à vÃtima ausente,
verifica-se a incidência do Enunciado 117 do FONAJE, o qual leciona que há renúncia tácita a
representação, o que retira do MP, a condição de procedibilidade para o prosseguimento do feito.
Diante disso, considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 27.09.2020, verifica-se
que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado. Acato a manifestação ministerial também em
relação ao delito do art. 140 do CPB, posto que não consta nos autos a peça inicial da ação
penal privada necessária para desencadear a devida ação, como também o fato do prazo já ser
superior a seis meses, conforme estabelecido no art. 38 do CPP. Isto posto, face o Enunciado 113 do
FONAJE permitir que a vÃtima renuncie ao direito de oferecer representação até a prolação da
sentença e do que dispõe o Enunciado 117 do FONAJE, não resta outra alternativa a não ser
reconhecer a decadência do direito de representação e de queixa por parte das vÃtimas, para declarar
extinta a punibilidade das autoras do fato, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95,
Enunciado 113 e 117 do FONAJE, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-
se¿.                   O MP e as partes aqui presente(s) renuncia(m) ao prazo
recursal, nada tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos. Este JuÃzo homologa a
renúncia e determina que seja feita a certidão de trânsito em julgado e que se procedam as baixas
devidas.                   Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência.
Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado(a):
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público
______________________________________ VÃtima __________________ Advogado
_________________________

PROCESSO: 00002395719988140401 PROCESSO ANTIGO: 199820002543


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:FABRICIO ARAUJO BATISTA VITIMA:G. M.
G. COATOR:TCO. 006/98 - DP/TERRA FIRME. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00002859719978140401 PROCESSO ANTIGO: 199720003927


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 REU:PAULO ROGERIO DA COSTA PIRES
VITIMA:M. V. S. M. COATOR:IPN. 001/96 - SU/MARAMBAIA ADVOGADO:DR.JAIME CARNEIRO
COSTA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como
ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.
1049
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00003210619928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220003306


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 COATOR:DIVISAO DE VIGILANCIA GERAL
VITIMA:E. S. S. C. INDICIADO:LUIZ CARLOS SANTOS DA COSTA VITIMA:E. S. S. C. . ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00003888819988140401 PROCESSO ANTIGO: 199820004238


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:MARCIO SARAIVA KALIFFE VITIMA:A. S. V.
O. COATOR:TCO. N§ 029/98 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00009512319958140401 PROCESSO ANTIGO: 199520014668


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:L. M. S. INDICIADO:MARIA EUGENIA
BARBOSA BORGES COATOR:IPN. 031/95 - SU/CREMACAO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00009776920088140401 PROCESSO ANTIGO: 200820035069


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:O. E. AUTOR:WILILAYO ALEIXO PEREIRA.
ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO
junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00013173619958140401 PROCESSO ANTIGO: 199520020606


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:D. M. F. S. INDICIADO:BENEDITO CARLOS
MONTEIRO MAGALHAES INDICIADO:SADOVAL TADEU DE MOURAES INDICIADO:DOMINGOS
FERREIRA VIANA DOS SANTOS COATOR:IPN. 012/95 - UP/MARAMBAIA. ATO ORDINATÃRIO
Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do
sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral
do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para
proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas
baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de
Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.
1050
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00024496519988140401 PROCESSO ANTIGO: 199820027642


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:JOAO MODESTO VITIMA:J. S. R. B.
COATOR:TCO. 257/98 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00046932920048140401 PROCESSO ANTIGO: 200420112621


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:JOSE TAVARES DE OLIVEIRA VITIMA:M. N.
M. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como
ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00064896219998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920081805


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:J. P. O. C. AUTOR:RUBENILSON ARAUJO
DA SILVA COATOR:TCO. 264/99 - SU/MARAMBAIA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00078678820058140401 PROCESSO ANTIGO: 200520189413


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:M. S. A. AUTOR:MARIVALDO MARTINS
DOS SANTOS. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado,
consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no
Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00101423319998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920074260


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 INDICIADO:UBIRATAN LESSA NOVELINO FILHO
VITIMA:J. F. A. COATOR:IPN. 050/99 - SU/S.BRAZ. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00107794420088140401 PROCESSO ANTIGO: 200820387246


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
1051
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:A. J. P. C. INDICIADO:JULIO BRAGA


CONCEICAO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta
como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00109265620028140401 PROCESSO ANTIGO: 200220134287


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:FABIO DA SILVA CARDOSO VITIMA:V. S. C.
COATOR:TCO.2002019454 - SU/PEDREIRA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00112656020098140401 PROCESSO ANTIGO: 200920409304


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:O. E. AUTOR:LUCIANO ALVES MAFRA. ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00113638920068140401 PROCESSO ANTIGO: 200620279031


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:A. C. V. AUTOR:DANIEL SILVA DO
NASCIMENTO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado,
consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no
Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00137406419988140401 PROCESSO ANTIGO: 199820166948


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:MARCO ANTONIO MONTAO NASCIMENTO
VITIMA:I. H. A. N. COATOR:TCO. 1662/98 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00139641920038140401 PROCESSO ANTIGO: 200320381607


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:EDSON DE SOUZA VITIMA:C. S. . ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
1052
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00162411720008140401 PROCESSO ANTIGO: 200020183628


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:JOSE MARIA CARDOSO DE SOUZA
VITIMA:S. C. P. S. COATOR:TCO. N§ 334/2000 - SU/PEDREIRA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que
o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00162924020048140401 PROCESSO ANTIGO: 200420415306


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:FRANKLIM ALEXSANDRO ROOSEVELT
CHAGAS DA CONCEICAO VITIMA:B. C. G. O. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00074571920198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Inquérito Policial em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:SILVIO CARLOS BAHIA SANTOS
Representante(s): OAB 23504 - KARINE CAVALCANTI SANTOS (ADVOGADO) OAB 15984 - ENDEL
ELSON CORREA COELHO (ADVOGADO) VITIMA:H. Z. B. Representante(s): OAB 17330 - ANTONIO
REIS GRAIM NETO (ADVOGADO) . ÃSENTENÃA Vistos etc... O Ministério Público do Estado do Pará
ofereceu denúncia em desfavor de SÃLVIO CARLOS BAHIA SANTOS, qualificado nos autos, imputando-
lhe a prática das condutas delituosas previstas nos artigos 139 e 140, c/c 141, II e III, do Código Penal
do Brasil. Afirma a inicial acusatória ¿que no dia 11/01/2019, enviou áudio de sua autoria a um grupo
de WhatsApp com mensagens ofensivas à honra da vÃtima, as quais guardam inquestionável relação
com o exercÃcio, por esta, do cargo de chefe do executivo estadual. Em data de 15 de setembro de 2020
realizou-se a audiência preliminar, na qual a tentativa de conciliação restou frustrada em face da
ausência de interesse da vÃtima, a qual optou pelo prosseguimento do feito em seus ulteriores de direito,
após o que, fora dado vista dos autos à d. representante do Ministério Público com fito a se avaliar a
presença das condições da ação e pressupostos processuais, conforme Termo de Audiência de
fl. 68 dos autos. Em data de 15 de junho do corrente ano (15/06/2021) realizou-se a audiência de
instrução e julgamento, oportunidade na qual foi recebida a denúncia apresentada pelo Ministério
Público, e, restando prejudicado o oferecimento de proposta de transação penal e de suspensão
condicional do processo em face de antecedentes criminais do acusado, passou-se então à oitiva da
vÃtima e ao interrogatório do denunciado, na forma gravada, conforme Termo de Audiência de fl. 88 dos
autos, cuja mÃdia de gravação encontra-se acostada as fl. 89. Ãs folhas 90/92 dos autos, o Ministério
Público apresentou suas razões finais, no bojo da qual pugnou pela condenação do acusado nas
penas dos artigos 139 e 140, caput, c/c art. 141, II e III, todos do CPB. Ãs folhas 94/102 dos autos, a
vÃtima, por seu patrono judicial, assistente de acusação, apresentou suas razões finais, no bojo da
qual também pugnou pela condenação do acusado nas penas dos artigos 139 e 140, caput, c/c art.
141, II e III, todos do CPB. Ãs folhas 104/121 dos autos, consta alegação final da defesa, onde requer
o reconhecimento da retratação realizada por ocasião da realização da audiência de instrução
e julgamento, protestando ainda, ao final, pela absolvição do acusado. à o necessário a relatar nos
termos do artigo 81, § 3º, da lei 9.099/95. DA ALEGAÃÃO PRELIMINAR SUSCITADA PELO
ACUSADO EM SEDE DE ALEGAÃÃES FINAIS Conforme se infere dos autos, o acusado, por ocasião da
1053
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

apresentação de suas alegações finais, suscitou preliminar de extinção da punibilidade pela


decadência, assim o fazendo com fulcro no artigo 8 do CPP, e artigo 107, IV, do CP, aduzindo, neste
particular, que a vÃtima não teria apresentado a competente queixa-crime dentro do prazo decadencial
de seis meses, a contar da ciência da autoria delitiva do caso tratado nos autos. Referida alegação
preliminar não merece guarida. Isso porque, no presente caso, tratando-se de crime contra a honra de
servidor público em razão do exercÃcio de suas funções, a legitimidade para a ação penal vem a
ser concorrente entre o ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada Ã
representação do ofendido, em conformidade com os ditames da Súmula 714, do STF, estando
ambas (oferecimento da queixa e representação), certamente condicionadas ao oferecimento dentro do
prazo decadencial de seis meses. No presente caso então, tem-se que o fato delituoso aqui tratado fora
praticado na data de 11/01/2019, tendo a vÃtima, nesta mesma data, tomado conhecimento da prática do
mesmo, bem como de sua autoria delitiva, ofertando então a competente representação em data de
29/01/2019, conforme se constata as fl. 11 dos autos, restando então, portanto, perfeitamente tempestiva
a apresentação da necessária representação para desencadear ação penal através do
ministério Público. Pelo exposto, rejeito a preliminar de extinção de punibilidade pela decadência,
suscitada pelo acusado. DA DECISÃO DE MÃRITO Tratando-se os presentes autos da apuração de
dois crimes distintos, passa-se então a decidir-se isoladamente acerca de cada um dos crimes apurados.
DO CRIME DE DIFAMAÃÃO ¿ ART. 139 DO CPB Conforme ao norte já relatado, o acusado, no dia
11/01/2019, enviou áudio de sua autoria a um grupo de WhatsApp com mensagens ofensivas à honra da
vÃtima, as quais guardam inquestionável relação com o exercÃcio, por esta, do cargo de chefe do
executivo estadual, restando então configurada, em tese, a prática do delito de difamação, previsto
no artigo 139 do Código Penal do Brasil. Outrossim, em conformidade com o disposto no artigo 143 do
CPB, em se tratando da prática do crime de difamação, o autor do fato pode se retratar do mesmo,
podendo fazê-lo a qualquer momento, antes da sentença. No presente caso então, tem-se que o
acusado, ainda mesmo na esfera policial, demonstrou interesse em se retratar relativamente a prática do
crime em comento, conforme se constata as fls. 23/24 dos autos, voltando a manifestar a intenção de
retratar-se, já na esfera judicial, conforme se infere das fls. 45 deste caderno processual. Por fim,
constata-se que por ocasião da realização da audiência de instrução e julgamento, o acusado,
por ocasião do seu interrogatório, retratou-se formalmente das ofensas dirigidas à vÃtima, conforme se
infere do conteúdo da mÃdia, constante as fls. 89 dos autos, a qual reflete o conteúdo e o ocorrido no
ato processual em comento. Constata-se então que o acusado retratou-se formalmente do suposto fato
delituoso narrado na exordial acusatória, capitulado no artigo 139 do CPB, ensejador também da
presente ação penal. Conforme então já dito ao norte, em relação ao fato delituoso capitulado no
artigo 139 do Código Penal do Brasil, torna-se possÃvel a retratação do agente, desde que esta
retratação ocorra antes da sentença, a teor do disposto no artigo 143 desse mesmo diploma legal.
Outrossim, há que se dizer, por oportuno, que a retratação do agente é um ato jurÃdico unilateral,
não dependendo de aceitação do suposto ofendido. Por sua vez, o oferecimento da retratação
gera a consequente extinção da punibilidade do agente, a teor do disposto no artigo 107, VI, do
Código Penal do Brasil. A nossa jurisprudência pátria também respalda o entendimento ora
esposado, conforme se infere dos julgados abaixo transcritos: JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. PENAL
E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE DIFAMAÃÃO. RETRATAÃÃO TEMPESTIVA DO QUERELADO
QUE INDEPENDE DA ANUÃNCIA DO QUERELANTE. EXTINÃÃO DA PUNIBILIDADE. ARTS. 143 E 107,
VI, DO CP. CRIME DE AMEAÃA QUE SE PROCESSA MEDIANTE REPRESENTAÃÃO. ILEGITIMIDADE
ATIVA DO QUERELANTE PARA INICIAR A  PERSECUÃÃO PENAL. ARTS. 100, § 1º E 147,
PARÃGRAFO ÃNICO, DO CÃDIGO PENAL, C/C, 395, II, DO CPP. RECURSO CONHECIDO
DESPROVIDO. 1. Por alegada violação aos artigos 139, caput, 140, § 3º e 147 do CP, foi proposta
queixa crime, rejeitada, por ilegitimidade, no que tange ao crime de injúria racial por JuÃzo de Vara
Criminal que, ato contÃnuo, declinou da competência para o Juizado Criminal. Em audiência de
conciliação foi ofertada retratação, não aceita pela vÃtima. Sobreveio a sentença que, acolhendo
parecer ministerial e diante da dicção do art. 143 do CP, extinguiu a punibilidade no que concerne a
difamação, e, no que tange ao crime de ameaça, rejeitou a queixa, nos termos do art. 395, II, do CPP,
por ilegitimidade ativa. 2. No que se refere ao crime de difamação, nos termos do art. 143 do CP, o
querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de
pena, e prescinde, portanto, da aceitação da parte contrária. 3. No que se refere ao crime de ameaça
é evidente a ilegitimidade ativa do querelante para iniciar a ação penal mediante queixa. A
representação é ato informal e o Ministério Público, já ciente dos fatos, poderá ofertar denúncia.
Força é convir, contudo, no acerto da sentença proferida, que, de resto, acolheu o próprio parecer
ministerial na origem, em atenção à expressa disposição dos arts. 100, § 1º e 147, parágrafo
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único, do Código Penal, c/c, 395, II, do CPP. 4. Recurso conhecido e desprovido. Sentença mantida
por seus próprios fundamentos. A súmula de julgamento servirá de acórdão, conforme regra do art.
82, § 5º, da Lei n. 9.099/95. (TJDF ¿ AP 20140110620402 ¿ Rel. Sandra Reves Vasques Tonussi
¿ 1.ª TR, J. em 02.06.2015). APELAÃÃO CRIMINAL. ARTIGO 138, DO CÃDIGO PENAL. CALÃNIA.
EXTINÃÃO DA PUNIBILIDADE DO QUERELADO EM RAZÃO DA RETRATAÃÃO EM AUDIÃNCIA
PRELIMINAR. POSSIBILIDADE. INTELIGÃNCIA DO ART. 143 DO CÃDIGO PENAL. ATO UNILATERAL
QUE INDEPENDE DA ACEITAÃÃO DO OFENDIDO PARA OPERAR SEUS EFEITOS JURÃDICOS.
SENTENÃA MANTIDA POR SEUS PRÃPRIOS FUNDAMENTOS. ARTIGO 82, § 5º DA LEI 9.099/95.
Recurso conhecido e desprovido. (TJPR - 4ª Turma Recursal - 0020340-94.2017.8.16.0018 - Maringá -
Rel.: Juiz Marcelo de Resende Castanho - J. 05.12.2018) (TJ-PR - APL: 00203409420178160018 PR
0020340-94.2017.8.16.0018 (Acórdão), Relator: Juiz Marcelo de Resende Castanho, Data de
Julgamento: 05/12/2018, 4ª Turma Recursal, Data de Publicação: 06/12/2018) Em sendo assim,
diante da retratação formal apresentado pelo acusado, observa-se que no presente caso não é mais
possÃvel ao Estado-Juiz processar e julgar o mesmo pela infração tipificada no artigo 139 do CPB,
sendo imperiosa a declaração de extinção da punibilidade do acusado, o nacional SÃLVIO CARLOS
BAHIA SANTOS. DO CRIME DE INJÃRIA ¿ ART. 140 DO CPB O doutrinador Fernando Capez, em
sua obra ¿Curso de Direito Penal, parte especial, volume 2, ed. Saraiva, 2010¿, discorrendo sobre o
crime de injúria, leciona: ¿1.OBJETO JURÃDICO Ao contrário dos delitos de calúnia e difamação,
que tutelam a honra objetiva, o bem protegido por essa norma penal é a honra subjetiva, que é
constituÃda pelo sentimento próprio de cada pessoa acerca de seus atributos morais (chamados de
honra-dignidade), intelectuais e fÃsicos (chamados de honra-decoro). ¿... 2.ELEMENTOS DO TIPO 2.1.
Ação nuclear Consubstancia-se no verbo injuriar, que é, conforme a definição de Nélson
Hungria, ¿a manifestação, por qualquer meio, de um conceito ou pensamento que importe ultraje,
menoscabo ou vilipêndio contra alguém¿. ¿ A injúria, ao contrário da difamação, não se
consubstancia na imputação de fato concreto, determinado, mas, sim, na atribuição de qualidades
negativas ou defeitos. Consiste ela em uma opinião pessoal do agente sobre o sujeito passivo,
desacompanhada de qualquer dado concreto. ¿. 4. Consumação Trata-se de delito formal. O crime se
consuma quando o sujeito passivo toma ciência da imputação ofensiva, independentemente de o
ofendido sentir-se ou não atingido em sua honra subjetiva, sendo suficiente, tão só, que o ato seja
revestido de idoneidade ofensiva.¿ Também lecionando a respeito, os doutrinadores Celso Delmanto,
Roberto Delmanto, Roberto Delmanto Junior e Fabio M. de Almeida Delmanto, ensinam que injúria é
¿a ofensa ao decoro ou dignidade de alguém¿ (Código Penal Comentado, Saraiva, 8ª edição,
2010, p. 512).  Há que se dizer então, por oportuno, que o tipo penal previsto no artigo 140 do
Código Penal tem como objetividade jurÃdica a honra subjetiva, ou seja, o sentimento que a pessoa tem
a respeito de sua própria dignidade, que é atingida pela ofensa que lhe foi imputada. Trata-se,
portanto, de crime de natureza formal, como regra transeunte, que se consuma no momento em que a
vÃtima toma conhecimento da ofensa que lhe foi dirigida, com a conseqüente afetação de sua honra
subjetiva. Destarte, não há, como regra, resultado concreto, ou seja, resultado material efetivo.  No
presente caso então, através da análise detida dos autos, verifica-se a ocorrência do fato
caracterizador do crime de injúria, praticado pelo acusado.   AS PROVAS No que diz respeito a
materialidade e a autoria do crime em comento, as mesmas restaram provadas através, sobretudo, do
depoimento do próprio acusado, que por ocasião da audiência de instrução e julgamento, confirmou
solenemente que ofendeu a honra da vÃtima nos exatos termos contidos na peça acusatória, afirmando
que ¿foi falado justamente o que está nos autos do processo, ¿, exatamente como está aÿ,
conforme se infere da gravação do termo de audiência, constante na mÃdia de fls. 89 dos autos.
Refuta-se a tese defensiva de exceção da verdade suscitada pelo acusado no bojo de suas
alegações finais, posto que, em se tratando da prática do crime de injúria, referido instituto não vem
a ser admissÃvel. Isso porque, ao contrário da imputação de fatos precisos e determinados, como
ocorre nos crimes de calúnia e difamação, a conduta tÃpica do crime de injúria vem a ser a ofensa Ã
honra subjetiva do sujeito passivo, atingindo os atributos morais, fÃsicos, intelectuais e/ou sociais do
mesmo, assim ocorrendo mediante a atribuição, à vÃtima, de expressões genéricas desonrosas ou
de qualidades negativas que a atinjam em seus sentimentos, a respeito de seus atributos, resultando daÃ
então que, justamente em face da ausência de imputação à vÃtima de fatos precisos e
determinados, a injúria não admite exceção da verdade, uma vez que atinge qualidades do sujeito
passivo que não poderiam ser questionadas pelo agente. A nossa jurisprudência respalda o
entendimento ora esposado, conforme se infere dos julgados abaixo transcritos: EXCEÃÃO DA
VERDADE. Queixa-crime atribuindo a prática dos delitos de calúnia e injúria. Cabimento do incidente
somente quanto ao crime do art. 138 do CP. Não comprovação dos fatos imputados ao excepto.
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REJEIÃÃO - à cediço na doutrina e na jurisprudência que o crime de injúria, tipificado pelo artigo 140
do Código Penal, não admite a exceção da verdade - No crime de calúnia, admite-se a prova da
verdade a respeito dos fatos imputados (artigo 138, parágrafo 3º, do Código Penal). O incidente, desse
modo, qualifica-se como meio de defesa, e confere a querelada/excipiente o direito de provar a veracidade
da imputação feita contra o querelante/excepto. No entanto, não se comprovando que as
imputações de crimes são verdadeiras, deve ser rejeitada de plano a exceção da verdade. (TJPB -
ACÃRDÃO/DECISÃO do Processo Nº 00284934520168152002, Tribunal Pleno, Relator DES. ARNÃBIO
ALVES TEODÃSIO , j. em 05-12-2018) (TJ-PB 00284934520168152002 PB, Relator: DES. ARNÃBIO
ALVES TEODÃSIO, Data de Julgamento: 05/12/2018, Tribunal Pleno) PENAL. PROCESSO PENAL.
CRIME CONTRA A HONRA. INJÃRIA. PUBLICAÃÃO DE EXPRESSÃES INJURIOSAS NA IMPRENSA
LOCAL CRIME DE IMPRENSA. ARTS. 22 E 23, DA LEI Nº 5.250/1967. EXCEÃÃO DA VERDADE.
INCABIMENTO NO CRIME DE INJÃRIA. APELAÃÃO IMPROVIDA. 1.O crime de injúria atinge a honra
subjetiva do sujeito passivo, em seus atributos morais (dignidade ou decoro) ou fÃsicos, intelectuais e/ou
sociais, mediante a atribuição à vÃtima de expressões genéricas desonrosas ou de qualidades
negativas, ao invés de fatos precisos e determinados, como ocorre nos crimes de calúnia e
difamação 2.A injúria não admite exceção da verdade, em face da ausência de imputação Ã
vÃtima de fatos precisos e determinados, passÃveis de comprovação. Precedentes do Col STJ e dos
TRF's. 3. Apelação improvida. (TRF-5 - ACR: 4792 CE 0009517-90.2006.4.05.8100, Relator:
Desembargador Federal Geraldo Apoliano, Data de Julgamento: 08/05/2008, Terceira Turma, Data de
Publicação: Fonte: Diário da Justiça - Data: 31/07/2008 - Página: 396 - Nº: 146 - Ano: 2008) No
caso dos autos então, o acusado, ao divulgar no status do aplicativo do WhatsApp, a mensagem
declinada na peça acusatória, e, ao mesmo tempo, possibilitando que mais de 50 pessoas (contato)
visualizassem referida ofensa contra a honra da vÃtima, cometeu o fato tÃpico descrito no artigo 140 do
Código Penal do Brasil. Isso porque, através da atitude em comento, o acusado emitiu, nitidamente, sua
opinião pessoal sobre o caráter da vÃtima, ofendendo-a em sua honra subjetiva, atingindo-a
intimamente no tocante aos seus atributos intelectuais e morais. Refuta-se ainda, por oportuno, a tese
suscitada pela defesa do acusado no sentido de que as ofensas praticadas pelo mesmo, contra a vÃtima,
estariam respaldas pela sua condição de radialista, e que tais manifestações não ultrapassam as
prerrogativas do acusado em razão de sua liberdade de imprensa, de expressão, e de informação.
No presente caso, o que se constata claramente é que o acusado ultrapassou, de forma deliberada, os
limites razoáveis de sua liberdade de expressão, limitando-se na verdade a ofender a honra, a
dignidade, e o decoro da vÃtima. Registre-se por oportuno que o acusado, na condição então de
radialista, deveria ater-se a divulgação de eventuais fatos concretos, se fosse o caso, que viessem a
surgir em relação a pessoa da vÃtima, na condição de governador do Estado, resumindo-se a
narrar os acontecimentos no exercÃcio do direito de informar, abstendo-se, no entanto, de emitir juÃzo de
valor de forma ofensiva à honra da vÃtima, uma vez que, assim agindo, certamente que a sua conduta
extrapolou os limites constitucionais por ele defendidos, de livre expressão de imprensa. Há que se
dizer, por oportuno, que em nome da liberdade de imprensa, não pode o profissional do ramo cultivar a
idéia de que possui total liberdade para expor a vida das pessoas de forma a atribuir-lhe qualidades
negativas, denegrindo a imagem da mesma publicamente. Em situações como a do presente caso, a
nossa jurisprudência pátria nos mostra que, a par do direito de liberdade de imprensa, resta configurado
o crime contra a honra, conforme se infere dos julgados abaixo transcritos:Â EMENTA: APELAÃÃO
PENAL. QUEIXA-CRIME. ARTS. 139 E 140 DO CP. DIFAMAÃÃO E INJÃRIA. SENTENÃA
CONDENATÃRIA. PREJUDICIAL. PRESCRIÃÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. ART. 110 C/C ART. 109,
IV, DO CP. INOCORRÃNCIA. MÃRITO. INEXISTÃNCIA DE CRIME. LIBERDADE DE IMPRENSA.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO. IMPROVIMENTO. 1. As causas interruptivas ocorridas nos autos
impediram o decurso dos prazos alegados nas razões recursais, pelo que os crimes praticados pelo
Querelado/Apelante não foram alcançados pela prescrição. 2. A liberdade de imprensa e o direito Ã
informação não concede o direito ao jornalista de exorbitar em sua função e ofender a honra do
cidadão, o que restou claramente caracterizado no presente caso, onde o Querelado/Apelante não se
restringiu a informar o fato, mas atacou deliberadamente a Querelada, com palavras ofensivas e abusivas,
em programa transmitido a nÃvel estadual. 3. Recurso conhecido e improvido. Decisão unânime. (TJ-
PA - APR: 00215551920138140401 BELÃM, Relator: RAIMUNDO HOLANDA REIS, Data de Julgamento:
18/10/2018, 3ª TURMA DE DIREITO PENAL, Data de Publicação: 19/10/2018) APELAÃÃO
CRIMINAL. AÃÃO PENAL PRIVADA. QUEIXA CRIME. CONDENAÃÃO PELOS CRIMES DE CALÃNIA E
DIFAMAÃÃO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÃNCIA DE ELEMENTOS CARACTERIZADORES DO ANIMUS
CALUNIANDI E DIFFAMANDI. INFORMAÃÃO PARA A POPULAÃÃO. LIBERDADE DE IMPRENSA E DE
EXPRESSÃO. CRIME DE INJÃRIA. CARACTERIZAÃÃO. DOLO ESPECÃFICO CARACTERIZADO.
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ANIMUS INJURIANDI. EXCESSO NA PUBLICAÃÃO. CONDENAÃÃO QUE SE IMPÃE. RECURSO


PROVIDO EM PARTE. - A apelada apenas noticiou fatos que lhe foram repassados por terceiro,
caracterizando-se tão somente o livre exercÃcio da informação jornalÃstica. - A matéria jornalÃstica
busca informar a população sobre os acontecimentos se valendo para tanto da liberdade de imprensa
constitucionalmente garantida. - Havendo a comprovação do dolo especÃfico consistente na
intenção de ofender a dignidade ou o decoro do ofendido, impõe-se a condenação da réu pelo
crime de injúria. - A acusada, na condição de jornalista, extrapolou os limites da sua profissão,
agindo em excesso, incorrendo assim em ofensa à honra subjetiva do ofendido. - Recurso provido em
parte. (TJ-MG - APR: 10026150017932001 MG, Relator: Doorgal Andrada, Data de Julgamento:
26/04/2017, Câmaras Criminais / 4ª CÃMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 04/05/2017) No
presente caso então, volta-se a dizer, o relato da vÃtima, acompanhado da confissão do acusado,
demonstram satisfatoriamente a autoria e a materialidade exigidas para a formação de um juÃzo
condenatório contra este último. Abstrai-se então, deste caderno processual, que a conduta do
acusado descreve perfeitamente um fato tipificado como crime; uma conduta antijurÃdica; e culpabilidade
plena, encontrando-se então presentes os motivos que autorizam a condenação do mesmo na pena
descrita no artigo 140 do CPB, diante da vontade livre e consciente de ofender a honra subjetiva da
vÃtima. DECISÃO ISTO POSTO, pelos fundamentos acima, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE a
pretensão punitiva estatal para, com fundamento nos artigos 107, VI e 143, ambos do Código Penal do
Brasil, diante da ocorrência da RETRATAÃÃO DO AGENTE, declarar extinta a punibilidade do acusado,
o nacional SÃLVIO CARLOS BAHIA SANTOS, em relação ao delito do artigo 139 do CPB; e para
CONDENAR o acusado SÃLVIO CARLOS BAHIA SANTOS, qualificado nos autos, como incurso na
sanção punitiva do artigo 140 do Código Penal do Brasil. DOSIMETRIA DA PENA Acusado: SÃLVIO
CARLOS BAHIA SANTOS Considerando a disposição do artigo 68, do Código Penal do Brasil, e
atento ao critério do artigo 59, do mesmo diploma legal, verificando: que o acusado SÃLVIO CARLOS
BAHIA SANTOS, qualificado nos autos, agiu com dolo intenso; que os antecedentes criminais do acusado
são razoáveis; que a sua conduta social deixou muito a desejar; que possui personalidade bem
formada; que o motivo que a levou a delinqüir não justifica a prática do fato; que as circunstâncias
em que agiu não o favorecem; que as consequências do crime não foram graves; que o
comportamento da vÃtima não contribuiu para a ação do acusado, estabeleço como necessário e
suficiente para a reprovação e prevenção do crime a pena base de 02 (dois) meses de detenção.
Incide no presente caso a circunstância atenuante prevista no artigo 65, III, ¿d¿, do Código Penal do
Brasil, pelo que diminuo a pena ora aplicada em 01 (um) mês, ficando fixada em 01 (um) mês de
detenção. Incide também, no presente caso, a existência da causa de aumento prevista no artigo
141, II e III, do CPB, pelo que aumento a pena em 10 (dez) dias, ficando definitivamente fixada em 40
(quarenta) dias de detenção. O regime inicial para cumprimento da pena será o aberto, nos termos do
artigo 33, § 2º, c, do CPB. O local de cumprimento será a casa do Albergado, sendo que, em face da
inexistência desse tipo de casa penal no Estado do Pará, o cumprimento da pena se dará no âmbito
do domicÃlio do apenado. Isso porque, ainda que existam condições especÃficas para o recolhimento
domiciliar, previstas no artigo 117 da Lei de Execução Penal, a jurisprudência tem autorizado este tipo
de recolhimento na ausência de Casas do Albergado, sendo este, inclusive, o entendimento pacificado
pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se infere do julgado abaixo transcrito: HABEAS CORPUS.
EXECUÃÃO PENAL. REGIME PRISIONAL ABERTO. INEXISTÃNCIA, NA COMARCA, DE CASA DE
ALBERGADO. CUMPRIMENTO DA PENA NO PRESÃDIO LOCAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 1.
Inexistindo Casa de Albergado na comarca, o cumprimento da pena em estabelecimento destinado a
condenados submetidos a regime mais rigoroso configura manifesto constrangimento ilegal, ainda que
algumas modificações tenham sido implementadas no presÃdio local. 2. Ordem concedida, para que o
paciente cumpra sua pena em prisão domiciliar, até que surja vaga em estabelecimento próprio (STJ -
HC: 40727 RS 2004/0184389-0, Relator: Ministro HÃLIO QUAGLIA BARBOSA, Data de Julgamento:
24/05/2005, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJ 27.06.2005 p. 455) RECURSO ESPECIAL.
EXECUÃÃO PENAL. REGIME SEMIABERTO. INEXISTÃNCIA DE ESTABELECIMENTO ADEQUADO.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. RECONHECIMENTO. CUMPRIMENTO NO REGIME ABERTO
DOMICILIAR. POSSIBILIDADE. VIOLAÃÃO DO ARTIGO 66, VI, DA LEP. AUSÃNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÃMULA211/STJ. 1. Ã assente nesta Corte o entendimento de que a falta de
vagas em estabelecimento adequado para o cumprimento da pena em regime semiaberto não justifica a
permanência do condenado em condições prisionais mais severas. Em casos tais, possÃvel é a
concessão, em caráter excepcional, do regime aberto ou da prisão domiciliar, no caso de inexistir no
local casa de albergado, enquanto se espera vaga em estabelecimento prisional adequado. 2. A despeito
da oposição de embargos de declaração, a matéria relativa à suposta violação do artigo 66,
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VI, da LEP, por invasão da competência do JuÃzo da Execução pela Corte de origem, não foi
objeto de apreciação pela Corte de origem, quer explicitamente, quer implicitamente, ensejando a
incidência do Enunciado 211 da Súmula desta Corte3. Agravo regimental improvido. (STJ - AgRg no
REsp: 1283578 RS 2011/0234225-5, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de
Julgamento: 20/11/2012, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/11/2012) Considerando os
antecedentes criminais apontados na certidão de fl. 86 dos autos, deixo de reconhecer ao apenado os
benefÃcios previstos nos artigos 44 e 77, do Código Penal do Brasil. DO PEDIDO DE INDENIZAÃÃO
POR DANO MORAL FORMULADO PELA VÃTIMA Em sede de alegações finais, a vÃtima formulou
pedido de fixação, a seu favor, de quantum mÃnimo a tÃtulo de indenização por dano moral, a ser
paga pelo acusado, assim o fazendo com fulcro no artigo 387, IV, do Código de Processo penal. De fato,
o artigo 387, IV, do Código de Processo Penal do Brasil, com a redação que lhe foi dada pela lei nº
11.719, de 2008, estabelece que o juiz, ao proferir sentença condenatória fixará valor mÃnimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuÃzos sofridos pelo ofendido.
Enfrenta-se no artigo de lei acima citado a questão da reparação civil a que a vÃtima tem direito no
caso de condenação criminal. à sabido que todo ato contrário ao direito que viole um direito subjetivo
e que cause prejuÃzo a alguém, é um ato ilÃcito, e como tal há necessidade de indenizar o agente
que sofreu o gravame. Para a configuração do ato ilÃcito é necessário que haja culpa; o dano e o
nexo de causalidade entre a ação ou omissão culposa e o prejuÃzo. Caio M.S. Pereira, citado pelo
doutrinador Paulo Afonso, extraiu os seguintes elementos da teoria da responsabilidade civil subjetiva: a
culpa do agente, um dano e o nexo de causalidade entre o dano e a culpa. No caso dos autos, e atento ao
disposto no artigo 386, IV, do CPP, entendo que se constatou a ocorrência de um dano imputado ao
acusado, como também ficou comprovado o nexo causal entre a conduta e o resultado danoso da
vÃtima. Porém, adepto do entendimento de que o artigo de lei citado refere-se tão somente aos danos
materiais e não morais, verifica-se que não há provas nos autos acerca dos prejuÃzos suportados pela
vÃtima. Note-se que o legislador usou a expressão ¿prejuÃzo sofrido pelo ofendido¿, o que
pressupõe a existência de um dano patrimonial. Decota-se a fixação de indenização a tÃtulo de
danos morais (387, IV, CPP), tanto por ausência de previsão legal, pois a lei se refere a prejuÃzos, ou
seja, danos materiais, tanto pela falta de instrução especÃfica a este respeito. A falta de provas dos
prejuÃzos suportados pela vÃtima dificultam sobremaneira a fixação de um valor mÃnimo a ser
revertido em favor da vÃtima a tÃtulo de indenização por danos materiais. A nossa jurisprudência
pátria respalda o entendimento ora esposado, conforme se infere do julgado abaixo transcrito: E M E N T
A - APELAÃÃO CRIMINAL ¿ FIXAÃÃO DE VALOR MÃNIMO INDENIZATÃRIO (ART. 387, INCISO IV,
DO CÃDIGO DE PROCESSO PENAL)- AUSÃNCIA DE PROVA DO PREJUÃZO DAS VÃTIMAS, BEM
COMO DE DISCUSSÃO DURANTE O TRÃMITE PROCESSUAL - RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO. I - Para a fixação do valor mÃnimo indenizatório é necessário pedido expresso, com a
indicação do quantum e prova que demonstre, efetivamente, ser aquele o valor correspondente ao
prejuÃzo arcado pelas vÃtimas, permitindo ao réu que exerça seu direito de defesa. Ademais, exige-se
não apenas que o pedido de indenização seja reiterado durante o trâmite processual, mas que tenha
sido debatido com ampla produção probatória. II - Recurso a que, contra o parecer, nega-se
provimento. (TJ-MS - APL: 00035631720138120008 MS 0003563-17.2013.8.12.0008, Relator: Des.
Emerson Cafure, Data de Julgamento: 27/02/2019, 1ª Câmara Criminal, Data de Publicação:
01/03/2019) Por outro lado, ainda que se admita a possibilidade de fixação de indenização por dano
moral no âmbito do processo criminal, a ser amparada nos ditames do artigo 387, IV, do CPP,
certamente que, à luz dos princÃpios da ampla defesa e do contraditório, torna-se indispensável que,
na peça acusatória ensejadora da ação penal, se faça constar pedido expresso neste sentido,
oportunizando assim às partes o direito de produzir eventuais provas que possam interferir na
convicção do julgador no momento da fixação. Outrossim, no presente caso não consta na inicial
acusatória (denúncia de fls. 04/05), pedido expresso de indenização com fulcro no artigo 387, IV, do
Código Penal do Brasil, o que também leva a não fixação de valor mÃnimo indenizatório por este
juÃzo, sob pena se estar incorrendo em violação ao princÃpio constitucional da ampla defesa e do
contraditório, encontrando também, referido entendimento, respaldo na nossa jurisprudência pátria,
conforme se infere do julgado abaixo transcrito: EMENTA PENAL. PROCESSO PENAL. APELAÃÃO
CRIMINAL. ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA E CONCURSO DE PESSOAS EM
CONCURSO FORMAL (ART. 157, § 2º, INCISOS I E II, C/C ART. 70 DO CÃDIGO PENAL).
REDIMENSIONAMENTO DA PENA-BASE. VIABILIDADE. CIRCUNSTÃNCIAS JUDICIAIS DA
CULPABILIDADE E DAS CONSEQUÃNCIAS DO CRIME QUE SE MOSTRAM NORMAIS AO TIPO
PENAL E NÃO JUSTIFICAM A ELEVAÃÃO DA PENA NA PRIMEIRA FASE DA DOSIMETRIA. FIXAÃÃO
DE OFÃCIO DE INDENIZAÃÃO DE REPARAÃÃO DE DANOS Ã VÃTIMA (ART. 387, INCISO IV, DO
1058
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CÃDIGO DE PROCESSO PENAL). VERBA NÃO REQUERIDA. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE


PEDIDO EXPRESSO E FORMAL EM CONFORMIDADE COM OS POSTULADOS DA AMPLA DEFESA E
DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. EXCLUSÃO QUE SE IMPÃE. APELAÃÃO CRIMINAL CONHECIDA E
PROVIDA EM PARTE. 1) Para a fixação da pena base, devem ser sopesadas circunstâncias judiciais
elencadas no art. 59 do Código Penal, a saber, culpabilidade, antecedentes, conduta social,
personalidade do agente, motivos e circunstâncias do crime e comportamento da vÃtima. 2)
Considerando que as circunstâncias judiciais da culpabilidade e das consequências do crime, valoradas
negativamente pelo juÃzo de base, se mostram normais ao tipo penal em questão, forçoso reconhecer
que não há razão válida para o recrudescimento da pena-base com base nas circunstâncias
referidas, devendo a pena imposta ao apelante ser redimensionada. 3) Inexistindo nos autos
postulação expressa e especÃfica a respeito da indenização de que trata o art. 387, inciso IV, do
Código de Processo Penal, inviável se afigura o seu arbitramento de ofÃcio pelo juÃzo sentenciante, sob
pena de violação dos princÃpios constitucionais da ampla defesa e do devido processo legal, pelo que
a exclusão dessa indenização da condenação é medida que se impõe. 4) Recurso de
apelação conhecido e provido em parte. (TJ-MA - APR: 00005468620178100040 MA 0458992017,
Relator: TYRONE JOS¿ SILVA, Data de Julgamento: 06/05/2019, TERCEIRA CÃMARA CRIMINAL, Data
de Publicação: 22/05/2019) Portanto, em não havendo pedido de indenização na peça
acusatória, não se pode então aceitar referido pedido de condenação formulado pela vÃtima
apenas pro ocasião da apresentação de suas alegações finais, sob pena de violação aos
princÃpios da ampla defesa e do contraditório. Esse é inclusive, também, o entendimento do
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÃA, conforme se infere dos julgados abaixo transcritos: "EMBARGOS
DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO. OCORRÃNCIA. ATRIBUIÃÃO DE EFEITOS
INFRINGENTES. NECESSIDADE. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. EMPREGO DE ARMA DE FOGO.
MAJORANTE DO ART. 157, § 2º, I, DO CP. CARACTERIZAÃÃO. EFETIVA APREENSÃO E PERÃCIA.
DESNECESSIDADE. UTILIZAÃÃO DA ARMA COMPROVADA POR OUTROS MEIOS (TESTEMUNHAS
E VÃTIMA). ART. 157, § 2º, V, DO CP. COMPROVADA RESTRIÃÃO DA LIBERDADE DA VÃTIMA
POR APROXIMADAMENTE 15 (QUINZE) MINUTOS. MAJORANTE CONFIGURADA. ART. 16,
PARÃGRAFO ÃNICO, IV, DA LEI N. 10.826/2003. POSSE DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÃÃO
RASPADA. ABOLITIO CRIMINIS. NÃO INCIDÃNCIA, NA ESPÃCIE. MAUS ANTECEDENTES E
REINCIDÃNCIA. CONDENAÃÃES DISTINTAS. UTILIZAÃÃO EM FASES DIFERENTES DA FIXAÃÃO DA
PENA. POSSIBILIDADE. 387, IV, DO CPP. FIXAÃÃO DE VALOR MÃNIMO DE INDENIZAÃÃO Ã
VÃTIMA. PEDIDO EXPRESSO. NECESSIDADE. ACÃRDÃO ESTADUAL, QUANTO A ESSE ÃLTIMO
PONTO, EM CONSONÃNCIA COM A JURISPRUDÃNCIA DO STJ. EMBARGOS ACOLHIDOS, COM
EFEITOS INFRINGENTES, PARA DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL DO
MINISTÃRIO PÃBLICO ESTADUAL. (...) 5. Para que seja fixado na sentença o valor mÃnimo para
reparação dos danos causados à vÃtima, com base no art. 387, inciso IV, do Código Penal, deve
haver pedido formal nesse sentido pelo ofendido, além de ser oportunizada a defesa pelo réu, sob
pena de violação aos princÃpios da ampla defesa e do contraditório. (grifo nosso) 6. Embargos
declaratórios acolhidos, com efeitos infringentes, para dar parcial provimento ao recurso especial do
parquet."(STJ - 5ª Turma, EDcl no REsp 1286810/RS, Rel. Min. Campos Marques, j. 23.04.2013, deram
parcial provimento, unânime, DJe 26.04.2013) TRIBUNAL DO JÃRI. HOMICÃDIO QUALIFICADO.
LEGÃTIMA DEFESA. INADMISSIBILIDADE. DECISÃO CONTRÃRIA Ã PROVA DOS AUTOS.
INOCORRÃNCIA. AFASTAMENTO DAS QUALIFICADORAS. IMPOSSIBILIDADE. FIXAÃÃO DE
INDENIZAÃÃO Ã VÃTIMA. ART. 387, IV, DO CPP. PEDIDO EXPRESSO. NECESSIDADE. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. 1 (...) 4. Para que seja fixado na sentença o valor mÃnimo para
reparação dos danos causados à vÃtima, com base no art. 387, inciso IV, do Código Processo Penal,
deve haver pedido formal nesse sentido pelo ofendido, além de ser oportunizada a defesa pelo réu,
sob pena de violação aos princÃpios da ampla defesa e do contraditório. 5. Diante da ausência de
pedido formal, incabÃvel a fixação de valor a tÃtulo de reparação à vÃtima, sob pena de ofensa Ã
garantia da ampla defesa. 6. Recurso parcialmente provido." (TJRR, Turma Criminal, ApCr nº
001010016084-4, Rel. Des. Lupercino Nogueira, j. 05.11.2013, unânime) Ante o exposto, face a
impossibilidade de se aferir os prejuÃzos sofridos pela vÃtima no caso dos autos, bem como face a
inexistência de provas que o quantifiquem, aliado ainda a inexistência de pedido indenizatório na peça
inicial acusatória, deixo de fixar valor mÃnimo para reparação dos danos, nos termos do artigo 387, IV,
do Código de Processo Penal do Brasil. Expeçam-se os expedientes de praxe. Sem custas. Transitada
em julgado a sentença, inscreva-se o nome do apenado no rol dos culpados. Façam-se as
comunicações necessárias, inclusive a do artigo 15, III, da Constituição Federal. Após o trânsito
em julgado da presente decisão, arquivem-se os autos com as cautelas de lei. P.R.I. Cumpra-se.
1059
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém-PA, 12 de agosto de 2021. PRÃCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO Juiz de Direito
Titular da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal Comarca de Belém

PROCESSO: 00160847520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:CASSIO DE MELO AZEVEDO
VITIMA:L. G. M. S. . VISTOS ETC... Trata-se de termo circunstanciado de ocorrência que atribui ao autor
do fato, o nacional CASSIO DE MELO AZEVEDO, a suposta prática do crime previsto no artigo 147 do
Código Penal do Brasil. No presente caso, a ação penal relativa ao crime em comento é de natureza
pública, sendo, portanto, o Ministério Público, o seu titular, a quem compete promover a persecutio
criminis in judicio. Por ocasião da realização da audiência preliminar fora dado à vÃtima o prazo de
10 (dez) dias para que a mesma apresentasse provas e rol de testemunhas, sob pena ocasionar o
arquivamento do feito em caso de não apresentação de prova testemunhal, conforme se infere do
Termo de Audiência de fl. 22 dos autos, não tendo a mesma dado cumprimento a referida
determinação, conforme certificado as fl. 23. Em manifestação de fl. 24 dos autos, o Ministério
público requereu o arquivamento do presente TCO, e para não cometer tautologia, torno parte
integrante desta breve decisão a manifestação do representante do parquet. Dessarte, uma vez
entendendo, o titular da ação penal, ser caso de arquivamento dos autos, não pode o Magistrado
imiscuir-se em seu juÃzo valorativo, sob pena de infringir o sistema acusatório constitucionalmente
configurado, de modo que imperioso é o acatamento do pleito. Pelo exposto, acolho a manifestação
do Ministério Público relativamente a este TCO e lhe determino o arquivamento, ressalvada a
possibilidade de desarquivamento, nos termos do artigo 18 do Código de Processo Penal Brasileiro, e da
Súmula 524 do Supremo Tribunal Federal. Feitas as necessárias anotações e comunicações,
arquive-se os autos, com as cautelas legais. Intime-se. Cumpra-se. Belém/PA, 12 de agosto de 2021.
PRÃCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Juizado
Especial Criminal

PROCESSO: 00188033020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Inquérito Policial em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:EM APURACAO VITIMA:A. A. P. O. .
VISTOS ETC... Trata-se de termo circunstanciado de ocorrência, cuja autoria do fato encontra-se em
apuração, no bojo do qual se apura a suposta prática do crime previsto no artigo 147 do Código
Penal do Brasil. No presente caso, a ação penal relativa ao crime em comento é de natureza
pública, sendo, portanto, o Ministério Público, o seu titular, a quem compete promover a persecutio
criminis in judicio. Por ocasião da realização da audiência preliminar, o representante legal da vÃtima
declarou que ¿não tem interesse no prosseguimento do presente feito¿, conforme Termo de
Audiência de fl. 28 dos autos. Em manifestação de fl. 30 dos autos, o Ministério público requereu o
arquivamento do presente TCO, e para não cometer tautologia, torno parte integrante desta breve
decisão a manifestação do representante do parquet. Dessarte, uma vez entendendo, o titular da
ação penal, ser caso de arquivamento dos autos, não pode o Magistrado imiscuir-se em seu juÃzo
valorativo, sob pena de infringir o sistema acusatório constitucionalmente configurado, de modo que
imperioso é o acatamento do pleito. Pelo exposto, acolho a manifestação do Ministério Público
relativamente a este TCO e lhe determino o arquivamento, ressalvada a possibilidade de
desarquivamento, nos termos do artigo 18 do Código de Processo Penal Brasileiro, e da Súmula 524 do
Supremo Tribunal Federal. Feitas as necessárias anotações e comunicações, arquive-se os autos,
com as cautelas legais. Intime-se. Cumpra-se. Belém/PA, 12 de agosto de 2021. PRÃCION BARRETO
DA ROCHA KLAUTAU FILHO Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal

PROCESSO: 00192849020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:ELTON MOREIRA SOARES
VITIMA:W. A. F. VITIMA:M. I. P. M. . R.H. Aguarde-se a realização da audiência preliminar designada
as fl. 27 dos autos (17/08/2021). Int. Cumpra-se. Belém/PA, 12 de agosto de 2021. PRÃCION BARRETO
DA ROCHA KLAUTAU FILHO Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal

PROCESSO: 00263176820198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


1060
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU


FILHO A??o: Inquérito Policial em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:EM APURACAO VITIMA:M. T. O. F. . R.
H.. Considerando as informações prestadas no ofÃcio de fl. 92, bem como em face do conteúdo dos
documentos de fls. 93/112, certifique-se o trânsito em julgado da sentença de fls 91, e, após, arquive-
se os autos, feitas as necessárias anotações e comunicações. Int. Cumpra-se. Belém/PA, 12 de
agosto de 2021. PRÃCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do
Juizado Especial Criminal

PROCESSO: 00003773320218140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:MAGNO ALBERTO FAVACHO
DE SA VITIMA:L. S. D. C. . çãPROCESSO: 00003773320218140401 Autor(a): MAGNO ALBERTO
FAVACHO DE SA VÃtima: LEDA DO SOCORRO DE DEUS CECIM Capitulação: Artigo 345 do CPB.
TERMO DE AUDIÃNCIA                   Aos doze (12) dia(s) do mês de agosto do
ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
audiências da 2ª Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamandaré nº 873,
esquina com a travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA
KLAUTAU FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi
declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário
aprazado, certificou-se estarem presentes o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO
PINHO, o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, o autor do fato, Sr. Magno Alberto Favacho
de Sá, RG 3813397, acompanhado pela advogada, Dra. Edilene Sandra de Souza Luz Silva, OAB-PA
7568, e a vÃtima, Sra. Leda do Socorro de Deus Cecim., RG 3974730.
                  Aberta a audiência, o MM. Juiz esclareceu as partes, o disposto no
art. 72 e 74 da Lei 9.099/95, que trata da composição civil. Contudo, a mesma restou infrutÃfera, uma
vez que as partes preferiram o prosseguimento do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Dada a
palavra ao Ministério Público: ¿MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de
queixa-crime a ser oferecida pela parte ofendida, face se enquadrar no caput do art. 345 do CPB. Assim e
considerando que os fatos ocorreram no dia 10.12.2012, conforme TCO de fls. 04, verifica-se que o prazo
decadencial encontra-se ultrapassado, uma vez que até a presente data não consta dos autos, queixa-
crime da vÃtima contra o autor do fato. Assim sendo, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare
extinta a punibilidade do autor do fato pela decadência do direito de queixa nos termos dos arts. 107, IV
do CPB e 38 e 61 do CPP¿.                   Diante disso, o MM. Juiz assim
sentenciou: ¿Trata-se de termo circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no
art. 345, caput, do CPB, crime de ação penal privada. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá
oferecer queixa-crime no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o
autor do crime. No caso dos autos, considerando que, segundo TCO de fls. 04, os fatos ocorreram no dia
10.12.2012, e que até a presente data, a vÃtima não ofereceu queixa-crime contra o autor do fato,
verifica-se que o prazo do art. 38 do CPP, encontra-se ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há
que não seja o reconhecimento da decadência do direito de queixa por parte da vÃtima, pelo que
declaro extinta a punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art.
107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.                   Nada
mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e
subscrevi. Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
___________________________________________ Magno Alberto Favacho de Sá:
____________________________________________ Advogada:
________________________________________________________ Leda do Socorro de Deus Cecim:
_________________________________________

PROCESSO: 00004059820218140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:PAULO ROBERTO LOPES DOS
SANTOS VITIMA:A. D. P. D. . çãPROCESSO: 00004059820218140401 Autor(a): PAULO ROBERTO
LOPES DOS SANTOS VÃtima: ANTONIO DICKIS DA PIEDADE CUTRA Capitulação: Artigo 147 do
CPB. TERMO DE AUDIÃNCIA                   Aos doze (12) dia(s) do mês de
agosto do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

audiências da 2ª Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamandaré nº 873,
esquina com a travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA
KLAUTAU FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi
declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário
aprazado, certificou-se estarem presentes o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO
PINHO, o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, ausente as partes.
                  Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em
virtude da ausência das partes.                   Dada a palavra ao representado do
Ministério Público: ¿MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de
representação pela parte ofendida. No caso em questão, a vÃtima não compareceu apesar de
regularmente intimada para a presente audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE,
acarreta a renúncia tácita à representação por ausência de interesse no prosseguimento do
presente feito, retirando do MP, condição de procedibilidade. Diante disso e considerando que os fatos
ocorreram no dia 04.01.2021, conforme TCO de fls. 03, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo
declare extinta a punibilidade do autor do fato, com base no Enunciado 117 do FONAJE e nos termos dos
arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.                   Diante disso, o MM. Juiz
assim sentenciou: ¿Trata-se de termo circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime
previsto no art. 147 do CPB, crime de ação penal pública condicionada à representação. O art. 38
do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses
contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos, , a vÃtima não
compareceu apesar de regularmente intimada para a presente audiência, o que, nos termos do
Enunciado 117 do FONAJE, acarreta renúncia tácita a representação, retirando também do MP, a
condição de procedibilidade. Diante disso, considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos
ocorreram no dia 04.01.2021, verifica-se que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado. Isto posto,
face o Enunciado 117 do FONAJE, não resta outra alternativa a não ser reconhecer a decadência do
direito de representação por parte da vÃtima, para declarar extinta a punibilidade do autor do fato, tudo
com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95, Enunciado 117 do FONAJE, e ainda com o art. 107, IV
do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.                   As partes
renunciam ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado:
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
___________________________________________

PROCESSO: 00006570420218140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:TANIA MARIA RAMOS DE
OLIVEIRA VITIMA:F. S. B. . çãPROCESSO: 00006570420218140401 Autor(a): TANIA MARIA RAMOS
DE OLIVEIRA VÃtima: FABIANA DA SILVA BARBOSA Capitulação: Artigo 138 do CPB. TERMO DE
AUDIÃNCIA                   Aos doze (12) dia(s) do mês de agosto do ano de dois
mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª
Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamandaré nº 873, esquina com a
travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada
a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado, certificou-se
estarem presentes o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO, o Defensor
Público, Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, a autora do fato, Sra. Tania Maria Ramos de Oliveira, RG
373652, acompanhada pela advogada, Dra. Flavia do Corro Souza da Silva, OAB-PA 7027, e a vÃtima,
Fabiana da Silva Barbosa, RG 7920826.                   Aberta a audiência, o MM.
Juiz de Direito esclareceu às partes o disposto nos artigos 72 e 74 da Lei 9099/95, oportunizando a
composição, sem reconhecimento da culpabilidade, informando que havendo conciliação entre os
envolvidos, o processo não terá prosseguimento, uma vez que a reparação de danos atende o
objetivo da pacificação social visado pela lei que rege o Juizado especial, faltando assim justa causa
para dar seguimento à persecução penal.                   Em seguida, foi dada
a palavra às partes, estas resolveram assumir perante as autoridades o compromisso de respeito
recÃproco, sem agressões fÃsicas ou morais, com tratamento urbano e cordial, buscando sempre a
1062
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

solução pacÃfica das divergências que entre elas se apresentarem. Em face desse compromisso, a
vÃtima, de acordo com o que lhe faculta a lei, manifestou o desejo de não prosseguir com o presente
feito, pelo que renunciou expressamente ao direito de oferecer queixa-crime contra o autor do fato.
                  Dada a palavra à (o) representante do Ministério Público: ¿MM.
Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de queixa-crime a ser oferecida pela parte
ofendida, face se enquadrar no art. 138 do CPB. No caso dos autos, a vÃtima expressamente renunciou
ao direito de oferecer queixa-crime. Assim e considerando que os fatos ocorreram no dia 17.12.2020,
conforme TCO de fls. 03, verifica-se que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado. Diante disso, este
Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato pela decadência do
direito de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 138 do CPB, crime de
ação penal privada. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer representação no
prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos
autos, No caso dos autos, a vÃtima expressamente renunciou ao direito de oferecer queixa-crime. Diante
disso e considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 17.12.2020, verifica-se que
o prazo do art. 38 do CPP, encontra-se ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja
o reconhecimento da decadência do direito de queixa por parte da vÃtima, pelo que declaro extinta a
punibilidade da autora do fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do
CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.                   As partes renunciam
ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto ao imediato arquivamento dos autos.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado:
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
___________________________________________ Tania Maria Ramos de Oliveira:
________________________________________ Advogada:
___________________________________________ Fabiana da Silva Barbosa:
___________________________________________

PROCESSO: 00167290320208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:IDAMIS DE SOUZA FAUSTO
VITIMA:F. C. A. Q. . çãPROCESSO: 00167290320208140401 Autor(a): IDAMIS DE SOUZA FAUSTO
VÃtima: FERNANDA CRISTINA ALFAIA DE QUEIROZ Capitulação: Artigo 129 do CPB. TERMO DE
AUDIÃNCIA                   Aos doze (12) dia(s) do mês de agosto do ano de dois
mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª
Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamandaré nº 873, esquina com a
travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada
a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado, certificou-se
estarem presentes o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO, o Defensor
Público, Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, a autora do fato, Sra. Idamis de Souza Fausto, RG 1808993.
                  Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em
virtude da ausência da vÃtima, apesar de regularmente intimada.
                  Dada a palavra ao representante do Ministério Público: ¿MM.
Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de representação pela parte ofendida. No
caso em questão, a vÃtima não compareceu apesar de regularmente intimada para a presente
audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta a renúncia tácita Ã
representação por ausência de interesse no prosseguimento do presente feito, retirando do MP,
condição de procedibilidade. Diante disso e considerando que os fatos ocorreram no dia 22.08.2020,
conforme TCO de fls. 05, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do
autor do fato, com base no Enunciado 117 do FONAJE e nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61
do CPP¿. Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo circunstanciado de
ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 129 do CPB, crime de ação penal pública
condicionada à representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer
representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

do crime. No caso dos autos, a vÃtima não compareceu apesar de regularmente intimada para a
presente audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta renúncia tácita a
representação, retirando também do MP, a condição de procedibilidade. Diante disso,
considerando que, segundo TCO de fls. 05, os fatos ocorreram no dia 22.08.2020, verifica-se que o prazo
decadencial encontra-se ultrapassado. Isto posto, face o Enunciado 117 do FONAJE, não resta outra
alternativa a não ser reconhecer a decadência do direito de representação por parte da vÃtima, para
declarar extinta a punibilidade da autora do fato, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95,
Enunciado 117 do FONAJE, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.
                  As partes renunciam ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto
ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.
Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
______________________________________________ Idamis de Souza Fausto:
____________________________________________

PROCESSO: 00168754420208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:VALDINEI DA COSTA CORREA
VITIMA:L. C. M. C. . çãPROCESSO: 00168754420208140401 Autor(a): VALDINEI DA COSTA
CORREA VÃtima: LUIS CARLOS MORAIS DA CRUZ Capitulação: Artigo 147 do CPB. TERMO DE
AUDIÃNCIA                   Aos onze (11) dia(s) do mês de agosto do ano de dois
mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª
Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamadaré nº 873, esquina com a
travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada
a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado, certificou-se
estar presente o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO e o Defensor Público,
Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, ausente as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aberta a
audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em virtude da ausência das partes.
                  Dada a palavra ao representado do Ministério Público: ¿MM.
Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de representação pela parte ofendida. No
caso em questão, a vÃtima não foi localizada para ser intimada para a presente audiência, o que, nos
termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta a renúncia tácita à representação por ausência de
interesse no prosseguimento do presente feito, retirando do MP, condição de procedibilidade. Diante
disso e considerando que os fatos ocorreram no dia 09.09.2020, conforme TCO de fls. 05, este Ãrgão
Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato, com base no Enunciado 113
do FONAJE e nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 147 do CPB, crime de
ação penal pública condicionada à representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima
deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber
quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vÃtima não foi localizada para ser intimada para a
presente audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta renúncia tácita a
representação, retirando também do MP, a condição de procedibilidade. Diante disso,
considerando que, segundo TCO de fls. 05, os fatos ocorreram no dia 09.09.2020, verifica-se que o prazo
decadencial encontra-se ultrapassado. Isto posto, face o Enunciado 117 do FONAJE, não resta outra
alternativa a não ser reconhecer a decadência do direito de representação por parte da vÃtima, para
declarar extinta a punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95,
Enunciado 117 do FONAJE, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.
                  As partes renunciam ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto
ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.
Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Publico:
______________________________________________
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00170469820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:DINA DA COSTA CARDOSO
AUTOR DO FATO:INGLID KAROLINE CARDOSO OLIVEIRA AUTOR DO FATO:MARCIA PEREIRA DE
FREITAS VITIMA:G. C. S. F. . çãPROCESSO: 00170469820208140401 Autor(a): DINA DA COSTA
CARDOSO / INGLID KAROLAINE CARDOSO OLIVEIRA / MARCIA PEREIRA DE FREITAS VÃtima:
GISELE CRISTINA DOS SANTOS FONSECA Capitulação: Artigo 129 do CPB. TERMO DE
AUDIÃNCIA                   Aos doze (12) dia(s) do mês de agosto do ano de dois
mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª
Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamandaré nº 873, esquina com a
travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada
a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado, certificou-se
estar presente o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO e o Defensor Público,
Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, ausente as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aberta a
audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em virtude da ausência das partes.
                  Dada a palavra ao representado do Ministério Público: ¿MM.
Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de representação pela parte ofendida. No
caso em questão, a vÃtima não compareceu apesar de regularmente intimada para a presente
audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta a renúncia tácita Ã
representação por ausência de interesse no prosseguimento do presente feito, retirando do MP,
condição de procedibilidade. Diante disso e considerando que os fatos ocorreram no dia 13.09.2020,
conforme TCO de fls. 03, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do
autor do fato, com base no Enunciado 117 do FONAJE e nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61
do CPP¿.                   Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se
de termo circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 129 do CPB, crime
de ação penal pública condicionada à representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima
deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber
quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vÃtima não compareceu apesar de regularmente
intimada para a presente audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta renúncia
tácita a representação, retirando também do MP, a condição de procedibilidade. Diante disso,
considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 13.09.2020, verifica-se que o prazo
decadencial encontra-se ultrapassado. Isto posto, face o Enunciado 117 do FONAJE, não resta outra
alternativa a não ser reconhecer a decadência do direito de representação por parte da vÃtima, para
declarar extinta a punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95,
Enunciado 117 do FONAJE, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.
                  As partes renunciam ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto
ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.
Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
__________________________________________________

PROCESSO: 00181243020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:FRANCISCO PINHO
CARVALHO NETO VITIMA:A. E. D. F. . çãPROCESSO: 00181243020208140401 Autor(a):
FRANCISCO PINHO CARVALHO NETO VÃtima: ANTONIO EDSON DAS DORES FREITAS
Capitulação: Artigo 147 do CPB. TERMO DE AUDIÃNCIA                   Aos
onze (11) dia(s) do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém,
Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av.
Almirante Tamadaré nº 873, esquina com a travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr.
PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente
judicial abaixo assinado, foi declarada instalada a audiência.                   Feito
o pregão no horário aprazado, certificou-se estar presente o representante do Ministério público, Dr.
LUIZ CLAUDIO PINHO e o Defensor Público, Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, ausente as partes.
                  Aberta a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em
1065
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

virtude da ausência das partes.                   Dada a palavra ao representado do


Ministério Público: ¿MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de
representação pela parte ofendida. No caso em questão, a vÃtima não foi localizada para ser
intimada para a presente audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta a
renúncia tácita à representação por ausência de interesse no prosseguimento do presente feito,
retirando do MP, condição de procedibilidade. Diante disso e considerando que os fatos ocorreram no
dia 22.09.2020, conforme TCO de fls. 03, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a
punibilidade do autor do fato, com base no Enunciado 113 do FONAJE e nos termos dos arts. 107, IV do
CPB e 38 e 61 do CPP¿.                   Diante disso, o MM. Juiz assim
sentenciou: ¿Trata-se de termo circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no
art. 147 do CPB, crime de ação penal pública condicionada à representação. O art. 38 do CPP
dispõe que a vÃtima deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia
em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vÃtima não foi localizada para ser
intimada para a presente audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta renúncia
tácita a representação, retirando também do MP, a condição de procedibilidade. Diante disso,
considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 22.09.2020, verifica-se que o prazo
decadencial encontra-se ultrapassado. Isto posto, face o Enunciado 117 do FONAJE, não resta outra
alternativa a não ser reconhecer a decadência do direito de representação por parte da vÃtima, para
declarar extinta a punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95,
Enunciado 117 do FONAJE, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.
                  As partes renunciam ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto
ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.
Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
___________________________________________

PROCESSO: 00181251520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:KELTON REIS DOS SANTOS
VITIMA:S. J. O. M. . çãPROCESSO: 00181251520208140401 Autor(a): KELTON REIS DOS SANTOS
VÃtima: SERGIO JOSE OLIVEIRA MONTEIRO Capitulação: Artigo 140 do CPB. TERMO DE
AUDIÃNCIA                   Aos onze (11) dia(s) do mês de agosto do ano de dois
mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª
Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamadaré nº 873, esquina com a
travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada
a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado, certificou-se
estarem presentes o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO, o Defensor
Público, Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, o autor do fato, Sr. Kelton Reis dos Santos, RG 5830326, e a
vÃtima, Sergio José Oliveira Monteiro, RG 483383.                   Aberta a
audiência, o MM. Juiz não obteve a conciliação entre as partes, pois as mesmas mantiveram suas
posições antagônicas.                   Dada a palavra ao Ministério Público:
¿MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de queixa-crime a ser oferecida pela
parte ofendida, face se enquadrar no art. 140 do CPB. Assim e considerando que os fatos ocorreram no
dia 02.09.2020, conforme TCO de fls. 03, verifica-se que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado,
uma vez que até a presente data não consta dos autos, queixa-crime da vÃtima contra o autor do fato.
Assim sendo, este Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato
pela decadência do direito de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 140 do CPB, crime de
ação penal privada. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer queixa-crime no prazo
máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos,
considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 02.09.2020, e que até a presente
data, a vÃtima não ofereceu queixa-crime contra o autor do fato, verifica-se que o prazo do art. 38 do
CPP, encontra-se ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja o reconhecimento da
decadência do direito de queixa por parte da vÃtima, pelo que declaro extinta a punibilidade do autor do
1066
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se
e arquive-se¿.                   As partes renunciam ao prazo recursal, nada tendo
opor ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.
Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
___________________________________________ Kelton Reis dos Santos:
___________________________________________ Sergio José Oliveira Monteiro:
___________________________________________

PROCESSO: 00181312220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:ELIANE PATRICIA DA SILVA
COSTA VITIMA:D. K. S. C. . çãPROCESSO: 00181312220208140401 Autor(a): ELIANE PATRICIA DA
SILVA COSTA VÃtima: DAFINA KAROLAINH SOUZA DA CRUZ Capitulação: Artigo 129 do CPB.
TERMO DE AUDIÃNCIA                   Aos onze (11) dia(s) do mês de agosto do
ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das
audiências da 2ª Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamadaré nº 873,
esquina com a travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA
KLAUTAU FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi
declarada instalada a audiência.                   Feito o pregão no horário
aprazado, certificou-se estar presente a vitima do fato, Dafina Karolaihn Souza da Cruz, RG 8247627
SSP/PA, o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO e o Defensor Público, Dr.
FABIO GUIMARAES LIMA, ausente o autora do fato. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aberta a
audiência, o MM juiz não pode realizar a tentativa de conciliação entre as partes em virtude da
ausência da autora do fato.                   Diante disso, a vÃtima ratifica o seu
interesse no prosseguimento contra a autora do fato, pelos respectivos fatos, conforme narrado no TCO.
                  Dada a palavra ao representante do MP, que assim se manifestou:
`MM. Juiz, em face da ausência da autora do fato, o MP requer que a vÃtima presente seja intimada a
apresentar rol de testemunhas, a fim de dar prosseguimento ao feito¿.
                  Deliberação em audiência: `Aguarde-se em cartório o prazo de
dez dias para que a vÃtima presente ofereça rol de testemunhas, ficando ciente de que não
apresentado o rol poderá ocasionar o arquivamento dos autos pela falta de justa causa para propositura
da ação penal. Decorrido o prazo e certificado nos autos o ocorrido, abra-se vista ao MP¿.
                  Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu,
__________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado:
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
___________________________________________ Dafina Karolaihn Souza da Cruz:
___________________________________________

PROCESSO: 00182083120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:JHENIFER DA COSTA LEAL
VITIMA:M. S. C. . çãPROCESSO: 00182083120208140401 Autor(a): JHENIFER DA COSTA LEAL
VÃtima: MARICLEIDE DOS SANTOS COSTA Capitulação: Artigo 147 do CPB. TERMO DE
AUDIÃNCIA                   Aos onze (11) dia(s) do mês de agosto do ano de dois
mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª
Vara do Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamadaré nº 873, esquina com a
travessa São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada
a audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado, certificou-se
estarem presentes o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO, o Defensor
Público, Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, ausente as partes.                   Aberta
a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em virtude da ausência das partes.
                  Dada a palavra ao representado do Ministério Público: ¿MM.
Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de representação pela parte ofendida. No
1067
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

caso em questão, a vÃtima não foi localizada para ser intimada para a presente audiência, o que, nos
termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta a renúncia tácita à representação por ausência de
interesse no prosseguimento do presente feito, retirando do MP, condição de procedibilidade. Diante
disso e considerando que os fatos ocorreram no dia 18.09.2020, conforme TCO de fls. 04, este Ãrgão
Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato, com base no Enunciado 117
do FONAJE e nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 147 do CPB, crime de
ação penal pública condicionada à representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima
deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber
quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vÃtima não foi localizada para ser intimada para a
presente audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta renúncia tácita a
representação, retirando também do MP, a condição de procedibilidade. Diante disso,
considerando que, segundo TCO de fls. 04, os fatos ocorreram no dia 18.09.2020, verifica-se que o prazo
decadencial encontra-se ultrapassado. Isto posto, face o Enunciado 117 do FONAJE, não resta outra
alternativa a não ser reconhecer a decadência do direito de representação por parte da vÃtima, para
declarar extinta a punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95,
Enunciado 117 do FONAJE, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.
                  As partes renunciam ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto
ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.
Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
________________________________________________

PROCESSO: 00182187520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:SANDRO MORAES COELHO
VITIMA:S. M. L. S. . çãPROCESSO: 00182187520208140401 Autor(a): SANDRO MORAES COELHO
VÃtima: SONIA MARIA LOPES SILVA Capitulação: Artigo 140 do CPB. TERMO DE AUDIÃNCIA
                  Aos onze (11) dia(s) do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e
um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª Vara do
Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamadaré nº 873, esquina com a travessa
São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, MM.
Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada a
audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado, certificou-se
estar presente o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO e o Defensor Público,
Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, ausente as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Aberta a
audiência, o MM. Juiz ficou impossibilitado de tentar a conciliação face a ausência das partes.
                  Dada a palavra ao Ministério Público: ¿MM. Juiz, o crime que
se apura nesse procedimento depende de queixa-crime a ser oferecida pela parte ofendida, face se
enquadrar no art. 140 do CPB. Assim e considerando que os fatos ocorreram no dia 23.09.2020, conforme
TCO de fls. 03, verifica-se que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado, uma vez que até a
presente data não consta dos autos, queixa-crime da vÃtima contra o autor do fato. Assim sendo, este
Ãrgão Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato pela decadência do
direito de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 140 do CPB, crime de
ação penal privada. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima deverá oferecer queixa-crime no prazo
máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos,
considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 23.09.2020, e que até a presente
data, a vÃtima não ofereceu queixa-crime contra o autor do fato, verifica-se que o prazo do art. 38 do
CPP, encontra-se ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja o reconhecimento da
decadência do direito de queixa por parte da vÃtima, pelo que declaro extinta a punibilidade do autor do
fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se
e arquive-se¿.                   As partes renunciam ao prazo recursal, nada tendo
opor ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais havendo, foi
1068
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.


Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
__________________________________________________

PROCESSO: 00182273720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU
FILHO A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:JOSIANE LOBATO VITIMA:I. S.
C. . çãPROCESSO: 00182273720208140401 Autor(a): JOSIANE LOBATO VÃtima: ISAMEL SOUZA
DA COSTA Capitulação: Artigo 129 do CPB. TERMO DE AUDIÃNCIA
                  Aos onze (11) dia(s) do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e
um, nesta cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª Vara do
Juizado do Especial Criminal, situado na Av. Almirante Tamadaré nº 873, esquina com a travessa
São Pedro, bairro da Campina, presente o Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, MM.
Juiz de Direito desta Vara, comigo escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada a
audiência.                   Feito o pregão no horário aprazado, certificou-se
estarem presentes o representante do Ministério público, Dr. LUIZ CLAUDIO PINHO, o Defensor
Público, Dr. FABIO GUIMARAES LIMA, ausente as partes.                   Aberta
a audiência, prejudicada a tentativa de conciliação em virtude da ausência das partes.
                  Dada a palavra ao representado do Ministério Público: ¿MM.
Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de representação pela parte ofendida. No
caso em questão, a vÃtima não foi localizada para ser intimada para a presente audiência, o que, nos
termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta a renúncia tácita à representação por ausência de
interesse no prosseguimento do presente feito, retirando do MP, condição de procedibilidade. Diante
disso e considerando que os fatos ocorreram no dia 28.09.2020, conforme TCO de fls. 03, este Ãrgão
Ministerial requer que o JuÃzo declare extinta a punibilidade do autor do fato, com base no Enunciado 117
do FONAJE e nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
                  Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática do crime previsto no art. 129 do CPB, crime de
ação penal pública condicionada à representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vÃtima
deverá oferecer representação no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber
quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vÃtima não foi localizada para ser intimada para a
presente audiência, o que, nos termos do Enunciado 117 do FONAJE, acarreta renúncia tácita a
representação, retirando também do MP, a condição de procedibilidade. Diante disso,
considerando que, segundo TCO de fls. 03, os fatos ocorreram no dia 28.09.2020, verifica-se que o prazo
decadencial encontra-se ultrapassado. Isto posto, face o Enunciado 117 do FONAJE, não resta outra
alternativa a não ser reconhecer a decadência do direito de representação por parte da vÃtima, para
declarar extinta a punibilidade do autor do fato, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95,
Enunciado 117 do FONAJE, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿.
                  As partes renunciam ao prazo recursal, nada tendo a opor quanto
ao imediato arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.
Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensor Público:
___________________________________________

PROCESSO: 00184352120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Termo Circunstanciado em: AUTOR DO
FATO: A. L. R. VITIMA: J. A. A. S. PROCESSO: 00184352120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Termo Circunstanciado em: AUTOR DO
FATO: A. L. R. VITIMA: J. A. A. S.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 3 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

RESENHA: 09/08/2021 A 13/08/2021 - SECRETARIA UNICA DAS VARAS DOS JUIZADOS CRIMINAIS
DE BELEM - VARA: 3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM

PROCESSO: 00140047520198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ROSIANE DOS SANTOS BRITO VITIMA:O. E. . Autos
nº: 0014004-75.2019.8.14.0401        Autora do fato: ROSIANE DOS SANTOS BRITO
       VÃtima: O ESTADO Capitulação Penal: artigo. 349-A do CPB.
                                DESPACHO
         Considerando a certidão de fl.25, encaminhem-se os autos à manifestação do
Ministério Público para os devidos fins.          Cumpra-se.          Belém
(PA), 09 de agosto de 2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â ERIC AGUIAR PEIXOTO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juiz de
Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00153225920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR/VITIMA:ANA FLAVIA AMADOR NASCIMENTO AUTOR DO
FATO:CLEICE AMADOR NASCIMENTO AUTOR DO FATO:JADER DA SILVA LOPES
AUTOR/VITIMA:MARIA ESMERALDA NOGUEIRA DA SILVA. Processo: 0015322-59.2020.814.0401
Autores do Fato: ANA FLAVIA AMADOR NASCIMENTO Â CLEICE AMADOR NASCIMENTO Â JADER
SILVA LOPES Â MARIA ESMERALDA NOGUEIRA DA SILVA VÃtimas: ANA FLAVIA AMADOR
NASCIMENTO  MARIA ESMERALDA NOGUEIRA DA SILVA Capitulação Penal: art. 147 do CPB.
                               SENTENÃA          1 -
Quanto a autora do fato/vÃtima MARIA ESMERALDA NOGUEIRA DA SILVA:
         Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95.
         Passo a decidir.  Dispõe o artigo 103 do Código Penal: Salvo disposição
expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce
dentro do prazo de 6(seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no
caso do § 3º do artigo 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da
denúncia.          à o caso dos presentes autos em que a vÃtima decaiu do direto de
representação, já que não o exerceu dentro do referido prazo contado do dia em que tomou ciência
da autoria do crime, fato esse que ocorreu em 16/02/2020.          Com efeito, a vÃtima só
representou após decorridos mais de seis meses da data em que veio a saber quem são os autores da
infração penal, conforme se vê no teor de fl.23, tendo inclusive, a referida vÃtima se negado a assinar
o próprio depoimento prestado à autoridade policial, conforme certificado pela escrivã de polÃcia à s
fls.08 e 09, restando, portanto, configurada a decadência.          Assim sendo, deve ser
declarada extinta a punibilidade dos autores do fato, por força do art. 107, IV, do CP, e, como se trata de
matéria de ordem pública, deve o magistrado agir até mesmo de ofÃcio, nos precisos termos do art.
61 do CPP. Isto posto, considerando que se operou a decadência do direito de representação, (arts.
38 do CPP e 103 do CP), com fulcro no art. 107, IV, do CP e art. 61 do CPP, DECLARO EXTINTA A
PUNIBILIDADE dos autores do fato ANA FLAVIA AMADOR NASCIMENTO, CLEICE AMADOR
NASCIMENTO e JADER SILVA LOPES, já qualificados nos autos, no que diz respeito ao delito tipificado
no art. 147 do CPB.          P.R.I. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias
anotações e comunicações, arquivem-se. Sem custas.          Cumpra-se.
         2 - Quanto a autora do fato/vÃtima ANA FLAVIA AMADOR NASCIMENTO:
         Considerando a representação exercida pela vÃtima ANA FLAVIA AMADOR
NASCIMENTO Ã fl.11, manifestando assim sua vontade em processar criminalmente a autora do fato
MARIA ESMERALDA NOGUEIRA DA SILVA.          Designo a presente audiência
preliminar, visando acordo e/ou uma eventual proposta de transação penal, para o dia 17 de fevereiro
de 2022 às 10 horas e 40 minutos.          Efetuem-se as intimaç¿es necessárias com as
advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95.          A autora do fato MARIA ESMERALDA
NOGUEIRA DA SILVA deverá ser intimada a comparecer munida dos documentos necessários a uma
1070
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

eventual proposta de transação penal, RG, CPF e comprovante de residência atualizado.


         Cumpra-se.          Cumpra-se.          Belém (PA), 09 de
agosto de 2021.          ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª
Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00302487920198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ROSIANE BARROS DOS SANTOS VITIMA:R. F. S. .
Autos nº: 0030248-79.2019.8.14.0401        Autora do fato: ROSIANE BARROS DOS SANTOS
       VÃtima: REINALDO FERREIRA DOS SANTOS Capitulação Penal: artigo. 129 do CPB.
                                DESPACHO
         Considerando a certidão de fl.27, encaminhem-se os autos à manifestação do
Ministério Público para os devidos fins.          Cumpra-se.          Belém
(PA), 09 de agosto de 2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â ERIC AGUIAR PEIXOTO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juiz de
Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00002976920218140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR/VITIMA:MARIA DO SOCORRO ALBUQUERQUE TAVARES
AUTOR/VITIMA:MARILEA MEIRELES DA SILVA. Autos nº: 0000297-69.2021.8.14.0401 Autoras do fato:
MARIA DO SOCORRO ALBUQUERQUE TAVARES Â MARILEA MEIRELES DA SILVA VÃtimas: AS
MESMAS Capitulação Penal: art.65 da LCP, e artigo 140 CPB. DESPACHO
         Determino que seja certificado se a vÃtima MARIA DO SOCORRO ALBUQUERQUE
TAVARES, ofertou representação no prazo legal, quanto ao delito de ameaça imputado por ela Ã
autora do fato no boletim de ocorrência de fl.05.          Certifique-se ainda se a vÃtima
MARILEA MEIRELES DA SILVA ofertou queixa-crime contra a autora do fato MARIA DO SOCORRO
ALBUQUERQUE TAVARES no prazo legal.          Após, considerando que o boletim de
ocorrência de fl.05 não descreve a contravenção penal de perturbação da tranquilidade com
todas as circunstâncias constantes do tipo penal, encaminhem-se os autos ao Ministério Público para
os devidos fins.          Cumpra-se.          Belém (PA), 12:07. ERIC AGUIAR
PEIXOTO Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00078937520198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:JOSE MARIO FRANCO MORAES VITIMA:G. L. D. R.
. Autos nº: 0007922-62.2018.8.14.0401 Autor(a) do fato: JOSà MÃRIO FRANCO MORAES VÃtima:
GERSON LUIZ DIAS DA ROCHA Capitulação Penal: art. 129 do CPB DESPACHO
         Designo audiência preliminar, visando acordo/conciliação ou uma eventual
proposta de transação penal, para o dia 20 de setembro de 2021, às 10 horas e 40 minutos.
         Efetuem-se as intimações necessárias, com as advertências do art. 68 da Lei
nº 9.099/95.          Intime-se o(a) autor(a) do fato a comparecer munido(a) dos documentos
necessários a uma eventual proposta de transação penal.          Intime-se a vÃtima a
apresentar em audiência nome, endereço e telefone de testemunhas do fato, em caso de existência
destas.          Cumpra-se.          Belém (PA), 12:32. ERIC AGUIAR PEIXOTO
Juiz de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital

PROCESSO: 00207537420208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:BRAULIO DE ABREU FERNANDES AUTOR DO
FATO:CHRISVALDO PEREIRA DA SILVA AUTOR DO FATO:LILIAN DIAS NEVES ALENCAR VITIMA:A.
A. S. G. . Autos nº: 0020753-74.2020.8.14.0401        Autores do Fato: BRAULIO DE ABREU
FERNANDES Â Â Â Â Â Â Â Â CHRISVALDO PEREIRA DA SILVA Â Â Â Â Â Â Â Â LILIAN DIAS
NEVES ALENCAR Â Â Â Â Â Â Â VÃtima: ANTONIO ADOLFO DA SILVA GIBSON
       Capitulação Penal: artigo. 140 do CPB.
                               DESPACHO          Verifico
que consta dos autos depoimento prestado pela vÃtima à autoridade policial(fl.05), que, descreve fato
1071
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

injurioso que poderia caracterizar o delito tipificado no artigo 140, §3º do CP, o qual possui pena de
reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.          Diante disso, encaminhem-se os autos Ã
manifestação do Ministério Público para os devidos fins.          Cumpra-se.
         Belém (PA), 10 de agosto de 2021.          ERIC AGUIAR PEIXOTO
         Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00208232820198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 10/08/2021 AUTOR DO FATO:TASSIA ISABELLE DOS SANTOS FARIAS VITIMA:T.
P. R. L. . Autos nº: 0020823-28.2019.8.14.0401 Autora do fato: TASSIA ISABELLE DOS SANTOS
FARIAS        VÃtima: TALITA PALOMA RIBEIRO LOPES Capitulação Penal: artigo. 129 do
CPB. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DESPACHO
         Conforme requerido pelo Ministério Público à fl.29, determino que seja reiterado os
termos do ofÃcio de fl. 26 para que o CPC - Renato Chaves, encaminhe a este Juizado, no prazo de 15
(quinze) dias o Laudo Pericial de exame complementar realizado na vÃtima TALITA PALOMA RIBEIRO
LOPES.          Cumpra-se.          Belém (PA), 10 de agosto de 2021.
         ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado
Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00217583420208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Ação Penal -
Procedimento Sumaríssimo em: 10/08/2021 QUERELANTE:ROMARIO PINHEIRO DE SOUSA
QUERELADO:FRANCISCO BERNARDO AZEVEDO CALDAS. Autos nº.: 0021758-34.2020.8.14.0401
Querelante: ROMARIO PINHEIRO DE SOUSA Querelado: FRANCISCO BERNARDO AZEVEDO CALDAS
Capitulação Penal: art.140 do CPB. DESPACHO          Determino que os presentes autos
sejam apensados aos autos de TCO nº 0014541-37.2020.8.14.0401. Após, encaminhem-se os autos Ã
manifestação do Ministério Público para análise conjunta.          Cumpra-se.
         Belém (PA), 10 de agosto de 2021.          ERIC AGUIAR PEIXOTO
         Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00230234220188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Procedimento
Especial da Lei Antitóxicos em: 10/08/2021 VITIMA:O. E. INDICIADO:JEFFERSON LUAN NASCIMENTO
DOS SANTOS Representante(s): OAB 4875 - ROSSIVAL CARDOSO CALIL (ADVOGADO) . Autos nº.:
0023023-42.2018.8.14.0401 Autor do Fato: JEFFERSON LUAN NASCIMENTO DOS SANTOS VÃtima: O
ESTADO Capitulação Penal: art. 33 da lei nº 11.343/06. DECIS¿O          Trata-se de
requerimento do Ministério Público de remessa dos presentes autos ao JuÃzo da 3ª Vara Criminal da
Comarca de Belém.                 Passo a decidir:          Considerando
a decisão de conflito negativo de atribuição constante à fls.158/161 dos presentes autos, bem como,
conforme requerido pelo Parquet à fl.165, determino a imediata remessa dos autos ao JuÃzo da 3ª Vara
Criminal da Comarca de Belém.          Comunique-se à Corregedoria da Região
Metropolitana de Belém e à Coordenadoria dos Juizados Especiais.
                Dê-se ciência ao Ministério Público.
                Cumpra-se.                 Belém, 10 de agosto de
2021.          ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito Titular da 3ª Vara
do Juizado Especial Criminal da Capital. PROCESSO: 00000117520008140401

PROCESSO ANTIGO: 200020253632 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA


DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021
AUTOR:JOSE PAULO RAMOS VITIMA:J. R. V. S. COATOR:TCO.2002021102 - SU/TELEGRAFO. ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.
1072
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00000127020008140401 PROCESSO ANTIGO: 200020253641


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:GABRIELA MORAES PROGENIO VITIMA:L.
M. A. COATOR:TCO.20020211 - SU/TELEGRAFO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00000448319998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920000562


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:ROOSEVELT DORNELES MIRANDA
CARDOSO VITIMA:I. A. S. COATOR:TCO. 1677/98 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00000495819998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920000615


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:M. R. L. AUTOR:NILZA MARIA PEREIRA DE
QUEIROZ COATOR:TCO. 057/98 - DP/MARCO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00001456319998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920001605


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:T. A. S. AUTOR:GEOVANE NAZERENO
FERNANDES SILVA COATOR:TCO. 001/99 - DP/PEDREIRA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00001998419998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920002131


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:O. E. VITIMA:F. J. G. VITIMA:N. C. S. C.
INDICIADO:LUIZ ANTONIO COSTA BROWN COATOR:IPN. 125/98 - SU/MARAMBAIA. ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.
1073
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00002171020098140401 PROCESSO ANTIGO: 200920007744


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:O. E. INDICIADO:JOSE ADERSON DE
OLIVEIRA GONCALVES. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já
arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base
no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00002197319948140401 PROCESSO ANTIGO: 199420003555


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:E. S. M. INDICIADO:ANDERSON LUCIANO
DE OLIVEIRA SOUZA COATOR:IPN. 234/93 - SU/CREMACAO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que
o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00002359019948140401 PROCESSO ANTIGO: 199420003886


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:M. INDICIADO:LEORNARDO KINDERE V.
DE CARVALHO INDICIADO:CRISTIANO BELEM FAVACHO COATOR:IPN. 166/93 - 1A. SECCIONAL
URBANA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta
como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00002749719998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920002962


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:AGOSTINHO DOS SANTOS PINTO
VITIMA:R. F. M. P. COATOR:TCO. 025/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00002901719998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920003247


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:EMERSON VANDER RIBEIRO DOS
SANTOS VITIMA:I. V. B. COATOR:TCO. 002/99 - DP/BENGUI. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00003058619928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220003066


1074
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação


Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 COATOR:UNIDADE POLICIAL DO JURUNAS
VITIMA:A. P. M. REU:JOSE MARIA DE SOUZA MATOS VITIMA:A. P. M. . ATO ORDINATÃRIO
Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do
sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral
do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para
proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas
baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de
Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00003201119928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220003280


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 INDICIADO:CLAUDIO DA SILVA COSTA VITIMA:A.
M. S. S. COATOR:UNIDADE POLICIALM DO MARCO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00003225119998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920003676


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:E. F. S. AUTOR:ORLANDO PEREIRA DA
SILVA FILHO COATOR:TCO. 014/99 - SU/MARAMBAIA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00003272619998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920003756


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:H. M. S. AUTOR:MARCELO ANDRE DA
SILVA FERREIRA COATOR:TCO. 030/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00003757719998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920004433


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:CRISTIANO TAVARES ALVES VITIMA:J. N.
B. COATOR:TCO. 006/99 - DP/PEDREIRA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00004404319998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920005138


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR:NIXON DA SILVA FERNANDES


AUTOR:NELSON RAIMUNDO DA COSTA LIMA AUTOR:ZILDOMAR DA SILVA CAMPELO VITIMA:M. S.
L. COATOR:TCO. 297/98 - SU/COMERCIO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00004568120008140401 PROCESSO ANTIGO: 200020004204


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:O. E. INDICIADO:MIGUEL ANGEL PEREZ
SANCHEZ COATOR:OF. 071/2000 - SU/SACRAMENTA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00004722719928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220005288


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 INDICIADO:CARLOA AUGUSTO MAIA LOBATO
VITIMA:M. I. B. L. COATOR:DIVISAO DE CRIMES C/ INTE/ DA MULHER. ATO ORDINATÃRIO
Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do
sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral
do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para
proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas
baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de
Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00006495719948140401 PROCESSO ANTIGO: 199420011420


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 INDICIADO:PEDRO OTAVIO COSTA VITIMA:A. S. N.
COATOR:IPN. 203/93 - DCC/PESSOA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00032074020198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 DENUNCIADO:FRANCISCO PINHEIRO DA SILVA Representante(s):
OAB 19563 - RONNAN RERYON LIMA NASCIMENTO (ADVOGADO) OAB 23023 - JAIRO VITOR
FARIAS DO COUTO ROCHA (ADVOGADO) VITIMA:D. Q. F. TESTEMUNHA:DULCILEIA BEZERRA DO
NASCIMENTO TESTEMUNHA:JOSE LINO DE SOUSA MOTA JUNIOR TESTEMUNHA:JORLAN
PEREIRA. Autos nº 0003207-40.2019.8.14.0401 Denunciado: FRANCISCO PINHEIRO DA SILVA
VÃtima: DARCIO QUARESMA FILHO Capitulação penal: art. 129 do CPB DESPACHO
                Considerando a apresentação de requerimento para intimação da
testemunha de defesa à fl. 60, cumpra-se o determinado no despacho de fl. 55, devendo a Unidade de
Processamento Judicial dos Juizados Especiais Criminais - UPJ JECRIM efetuar as providências do art.
67 da Lei n° 9.099/1995. Após, permaneçam os autos na UPJ até a realização da Audiência de
Instrução e Julgamento.          Cumpra-se.          Belém (PA), 11:14. ERIC
1076
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AGUIAR PEIXOTO Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00038526120198140952 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 VITIMA:A. M. M. Representante(s): OAB 29050 - SOFIA COSTA
ALMEIDA (ADVOGADO) OAB 29256 - ANA KARINA PEREIRA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) AUTOR DO
FATO:ADRIANA GAMA DA FONSECA Representante(s): OAB 18841 - PETERSON MELO DA CRUZ
(ADVOGADO) OAB 22835 - LUCIANA HISTERLINOI MARTINS DIAS (ADVOGADO) AUTORIDADE
POLICIAL:DELEGACIA DE POLICIA DA GUANABARA. Autos nº.: 0003852-61.2019.814.0952 Autora do
Fato: ADRIANA GAMA DA FONSECA VÃtima: ALEF MAIA DE MELO Capitulação Penal: art. 65 da
LCP. SENTENÃA          Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº
9.099/95.          Considerando a manifestação do Ministério Público à fl.27, o qual
reitera os termos da manifestação Ministerial de fl.23v, diante da celebração de acordo formalizado
entre as partes (fls. 20/21), nos termos do parágrafo único do art. 74 da referida Lei 9.099/95, homologo,
por sentença, a composição em questão para que produza seus jurÃdicos e legais efeitos.
         Assim sendo, determino o arquivamento do presente feito em face dos fundamentos
acima especificados. Acolho as razões sustentadas pelo Ãrgão Ministerial neste ato e determino o
ARQUIVAMENTO dos presentes autos, ressalvada a possibilidade de desarquivamento, conforme
dispõe o art. 18 do CPP.          Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias
anotações, arquivem-se. Sem custas.          Cumpra-se.          Belém (PA),
11 de agosto de 2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â ERIC AGUIAR PEIXOTO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juiz de Direito da
3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00121467220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:DIEGO SILVA DA SILVA AUTOR DO FATO:JEAN
LOPES E SILVA AUTOR/VITIMA:PAULO ANTONIO MONTEIRO DA PAIXAO
AUTOR/VITIMA:GILSANDRO LOBO CARDOSO VITIMA:P. S. S. L. VITIMA:A. L. L. . Autos nº: 0012146-
72.2020.8.14.0401 Â Â Â Â Â Â Â Autores do fato: DIEGO SILVA DA SILVA Â Â Â Â Â Â Â Â JEAN
LOPES E SILVA Â Â Â Â Â Â Â Â PAULO ANTONIO MONTEIRO DA PAIXÃO Â Â Â Â Â Â Â Â
GILSANDRO LOBO CARDOSO Â Â Â Â Â Â Â VÃtimas: EMPRESA POP SOM LTDA ME
        EMPRESA ÃGUAS LINDA         PAULO ANTONIO MONTEIRO DA PAIXÃO
        GILSANDRO LOBO CARDOSO Capitulação Penal: artigo. 147 e 163 do CPB, e art.
303 do CTB. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DESPACHO
         Encaminhem-se os autos à manifestação do Ministério Público para os devidos
fins.          Cumpra-se.          Belém (PA), 11 de agosto de 2021.
         ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado
Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00002015420218140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Ação Penal -
Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 QUERELANTE:VICENTE JOSE MALHEIROS DA FONSECA
FILHO Representante(s): OAB 7211 - ANTONIO GERALDO SALVIANO DE SENA (ADVOGADO)
QUERELANTE:AIDA RODRIGUES DA SILVA Representante(s): OAB 7211 - ANTONIO GERALDO
SALVIANO DE SENA (ADVOGADO) QUERELADO:ADJANIR EVELIN PINHO PALHETA. Autos nº.:
0000201-54.2021.8.14.0401 Querelantes: VICENTE JOSE MALHEIROS DA FONSECA FILHO Â AIDA
RODRIGUES DA SILVA Querelada: ADJANIR EVELIN PINHO PALHETA Capitulação Penal: art.139,
140 e 147 do CPB. DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Determino que os presentes autos sejam apensados
aos autos de TCO nº 0020758-96.2020.8.14.0401. Após, encaminhem-se os autos à manifestação
do Ministério Público para análise conjunta.          Cumpra-se.          Belém
(PA), 12 de agosto de 2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â ERIC AGUIAR PEIXOTO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juiz de
Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00006634219928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220007786


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 COATOR:UNIDADE POLICIAL DO MARCO VITIMA:J.
1077
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A. M. S. VITIMA:A. C. F. S. INDICIADO:BAMA JORGE CARDOSO BORRALHO VITIMA:R. S. A. C. . ATO


ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00006639219998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920007716


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:FRANCISCO DE ASSIS MAGALHAES
DALMACIO VITIMA:M. R. D. COATOR:TCO. 007/99 - SU/SAO BRAZ. ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00006679320008140401 PROCESSO ANTIGO: 200020006668


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:O. E. INDICIADO:IRACEMA CARDOSO
RODRIGUES COATOR:IPM. N§ 104/99 - JUSTICA MILITAR. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00006772219998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920007878


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:M. E. S. S. AUTOR:CARMEM SILVA
SANTOS COATOR:TCO. 008/99 - SU/SAO BRAZ. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00006904619948140401 PROCESSO ANTIGO: 199420012045


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:M. J. T. INDICIADO:BENEDITO JOSE DE
AZEVEDO COATOR:IPN. 186/93 - 1A. SEC.PEDREIRA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00007328519928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220008972


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 COATOR:DIV. DE VIGILANCIA GERAL VITIMA:P. S.
C. F. G. INDICIADO:SALOMAO MIGUEL ABDON VITIMA:P. S. C. F. G. . ATO ORDINATÃRIO
1078
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do
sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral
do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para
proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas
baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de
Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00007344420098140401 PROCESSO ANTIGO: 200920026116


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:JOSE AFONSO SILVA SANTOS VITIMA:L.
C. S. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como
ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00007628219998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920008715


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 COATOR:TCO. 056/98 - DP/BENGUI
AUTOR:ANDREZA ARAUJO DO ROSARIO AUTOR:ADRIANA DO SOCORRO ARAUJO DO ROSARIO
VITIMA:O. G. S. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado,
consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no
Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00008257920008140401 PROCESSO ANTIGO: 200020008380


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:JORGE FERREIRA DA SILVA VITIMA:M. C.
C. COATOR:TCO. N§ 2180/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00008551819958140401 PROCESSO ANTIGO: 199520013114


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 INDICIADO:MARIO BORGES DE PAULA VITIMA:E.
A. L. COATOR:IPN. 149/94 - D.I.F.VEICULOS. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00009330319998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920010622


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:MARCIO LUIZ DA SILVA FERREIRA
VITIMA:J. L. C. P. COATOR:TCO. 030/99 - DP/JURUNAS. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
1079
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00009786919998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920011185


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:ISRAEL DE AQUINO FARIAS VITIMA:S. M.
F. COATOR:TCO. 0114/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00009891419998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920011283


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:RICARDO JOSE RAMOS PAMPOLHA
VITIMA:S. M. R. M. COATOR:TCO. 105/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00010073419958140401 PROCESSO ANTIGO: 199520015505


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 ADVOGADO:JOSELIZA CORTES
QUERELANTE:LIRIA FERNANDA BARBOSA DE SOUZA QUERELADO:AFONSO DE AZEVEDO
MIRANDA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta
como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00010476219928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220012869


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 COATOR:DIVISAO DE CRIMES CONTRA A PESSOA
INDICIADO:PAULO MOURA MONTEIRO VITIMA:B. B. M. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00011256019928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220013671


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 COATOR:DIVISAO DE CRIMES CONTRA A PESSOA
INDICIADO:JOSE MARIA MORAES RODRIGUES VITIMA:P. M. A. . ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
1080
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00012278519998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920013156


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:M. M. S. AUTOR:JOELSON CARLOS
TRINDADE DA SILVA COATOR:TCO. 119/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00012362720038140401 PROCESSO ANTIGO: 200320040279


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:MANOEL DO COUTO CARVALHO JUNIOR
VITIMA:L. C. P. S. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado,
consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no
Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00012565019958140401 PROCESSO ANTIGO: 199520016442


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:J. G. A. INDICIADO:SIDNEY DOS SANTOS
ABREU COATOR:IPN. 011/95 - UP/GUAMA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém. PROCESSO: 00012603019958140401

PROCESSO ANTIGO: 199520019510 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA


DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:J.
N. J. INDICIADO:JOSE ALVES DOS SANTOS INDICIADO:ROBERTO DA SILVA PEDROSA
COATOR:IPN. 037/95 - SU/S.BRAZ. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00013253019928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220015848


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 QUERELANTE:MARIA DE NAZARE SIQUEIRA
SANTIAGO ADVOGADO:LICIO PALMEIRA DE OLIVEIRA QUERELADO:MARIA AUGUSTA CASIMIRO
DAMASCENO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado,
consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no
Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
1081
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00013400519998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920014502


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:O. M. S. AUTOR:CLODOALDO DE OLIVEIRA
NETO COATOR:TCO. N§ 005/99 - DP/MARCO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00013695419998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920014842


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:ROSENILDE ALMEIDA MONTE VITIMA:M. F.
C. COATOR:TCO. 048/99 - SU/MARAMBAIA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00013871119928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220016481


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 INDICIADO:SIMONY BRITO MARINHO
COATOR:UNIDADE POLICIAL DO GUAMA VITIMA:J. T. V. O. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00013904619998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920015136


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:S. G. F. AUTOR:IZOMAS PANTOJA DA
SILVA COATOR:TCO. 143/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00014217719948140401 PROCESSO ANTIGO: 199420024621


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:E. S. N. INDICIADO:CARLOS ALBERTO
OLIVEIRA DE ARAUJO COATOR:IPN. 031/94 - 1A. SEC.PEDREIRA. ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
1082
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00014274220038140401 PROCESSO ANTIGO: 200320046615


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:O. E. AUTOR:AILTON CELSON SANTANA
MELO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como
ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00014446719998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920015823


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:M. S. C. C. AUTOR:BARTOLOMEU
PINHEIRO DE CASTRO COATOR:TCO. 151/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00014503719998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920015903


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:O. E. E. A. C. AUTOR:BENJAMIM FERREIRA
DIAS AUTOR:MARCOS RODRIGUES SERRAO COATOR:TCO. 004/99 - DEMA/DIOE. ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00015004420028140401 PROCESSO ANTIGO: 200220016628


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 QUERELANTE:FERNANDO JOAO PEREIRA DOS
SANTOS ADVOGADO:HOMERO JUEGER MAFRA QUERELADO:JOSE TADEU FERRERIA DA CRUZ.
ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO
junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00015245519998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920016975


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:C. D. B. L. AUTOR:JORGE EUZEBIO MATOS
COATOR:TCO. 016/99 * DP/BENGUI. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
1083
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Criminais de Belém.

PROCESSO: 00015542320008140401 PROCESSO ANTIGO: 200020012213


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 IMPETRANTE:SIRAIRA SOUZA SILAU
COATOR:SU/CREMACAO IMPETRADO:ALEX AMARAL MOREIRA. ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00018583419998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920020728


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:R. A. S. AUTOR:AVENINO ALVES DOS
SANTOS COATOR:TCO. 220/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00019155319958140401 PROCESSO ANTIGO: 199520029456


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 ADVOGADO:ALBERTO ANTONIO CAMPOS
QUERELANTE:ANTONIO CARLOS FONTELLES DE LIMA QUERELADO:JOSE DO EGYPTO VIEIRA
SOARES FILHO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado,
consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no
Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00019338920018140401 PROCESSO ANTIGO: 200120021319


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:E. A. C. INDICIADO:IVAIR FERNANDES
PIMENTEL COATOR:IPN. 2001002567 - DP/BENGUI. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00019904519948140401 PROCESSO ANTIGO: 199420034361


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 ADVOGADO:ROSALIA OLIVEIRA
QUERELANTE:FATIMA ROSARIO MARTINS QUERELADO:EDMILSON ABREU SIMAS. ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
1084
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00020060220058140401 PROCESSO ANTIGO: 200520049211


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:W. B. M. AUTOR:MOACIR QUEIROZ DE
OLIVEIRA JUNIOR. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado,
consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no
Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00020463020028140401 PROCESSO ANTIGO: 200220022648


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:M. AUTOR:PATRICIA DOS SANTOS
BARROS AUTOR:MARIA VILMA FERREIRA BARBOSA COATOR:TCO.2002002302 - SU/CABANAGEM.
ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO
junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00020663219938140401 PROCESSO ANTIGO: 199320017112


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 QUERELADO:CLEDISTON FLORENZANO DE
SOUZA QUERELANTE:RAIMUNDO MENDES ADVOGADO:RAIMUNDO PINHEIRO JUNIOR. ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00021277620058140401 PROCESSO ANTIGO: 200520052496


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:LAMARTINE LUCAS DA SILVA VITIMA:D. F.
R. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como
ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00021492619948140401 PROCESSO ANTIGO: 199420037064


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 INDICIADO:MARIA RAIMUNDO RIBEIRO
MONTEIRO VITIMA:F. S. COATOR:IPN. 008/94 - UP/GUAMA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.
1085
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00022235219998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920025465


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:J. C. P. M. AUTOR:CLEONICE DA SILVA
AUTOR:RAIMUNDO SOUZA COATOR:TCO. 016/99 - DP/CABANAGEM. ATO ORDINATÃRIO
Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do
sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral
do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para
proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas
baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de
Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00022531219958140401 PROCESSO ANTIGO: 199520034744


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 INDICIADO:PAULO SILVA LIMA VITIMA:G. S. L.
COATOR:I.P.N. 026/95 - U.P. MARAMBAIA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00022758319998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920025983


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:FRANCISCO PEREIRA DE OLIVEIRA
VITIMA:R. C. J. COATOR:TCO. 030/99 - SU/SAO BRAZ. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00023557119998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920026884


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:RAIMUNDO VALDIMAR DE CASTRO
MOURA VITIMA:N. I. S. A. COATOR:TCO. 052/99 - SU/COMERCIO. ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00024227419928140401 PROCESSO ANTIGO: 199220026916


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 INDICIADO:DENILSON FERREIRA DA SILVA
COATOR:PRIMEIRA SECCIONAL URBANA VITIMA:M. A. L. C. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que
o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00025135719998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920028695


1086
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação


Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:M. B. F. AUTOR:RUBERVALDO FERREIRA
DA CONCEICAO COATOR:TCO. 015/99 - DP/JURUNAS. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00025342019938140401 PROCESSO ANTIGO: 199320024060


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:O. C. S. INDICIADO:ANTONIO NAZARE
PANTOJA DE SOUZA COATOR:I.P.N. 030/93 - DCCIM. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00025417720028140401 PROCESSO ANTIGO: 200220028964


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:A. S. R. AUTOR:MANOEL RAIMUNDO
PINHEIRO DE SOUZA COATOR:TCO.2002003412 - DCCIM/MULHER. ATO ORDINATÃRIO
Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do
sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral
do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para
proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas
baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de
Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00026530719938140401 PROCESSO ANTIGO: 199320025845


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 INDICIADO:MARIA AUXILIADORA DE SOUZA
VITIMA:D. G. S. B. COATOR:I.P.N. - U.P. GUAMA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00027358219938140401 PROCESSO ANTIGO: 199320026906


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 INDICIADO:SAMUEL MUNIZ DA CUNHA VITIMA:A.
C. M. C. COATOR:I.P.N. 035/93 - DCCIM. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00027915420058140401 PROCESSO ANTIGO: 200520071149


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
1087
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:I. M. S. AUTOR:MAX DIAS FERREIRA. ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00028235119948140401 PROCESSO ANTIGO: 199420048463


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:S. M. N. INDICIADO:JOAO ESTEVES
MATINHO COATOR:IPN. 067/94 - UP/MARAMBAIA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00028241219978140401 PROCESSO ANTIGO: 199720038542


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:M. C. S. S. VITIMA:M. S. S. AUTOR:JOSE
ERENILSON DA SILVA SANTOS AUTOR:MARIANO DOS SANTOS SOUZA VITIMA:J. E. S. S.
COATOR:TCO. 165/97-DP/TERRA FIRME. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00028388119998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920032699


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:C. L. B. V. AUTOR:FRANCISCA MARIA
NAZARE FREITAS SILVA COATOR:TCO. 021/99 - CABANAGEM. ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00028606819998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920033036


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:R. A. S. AUTOR:AVENINO ALVES DA SILVA
COATOR:TCO. 365/99 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00028821319978140401 PROCESSO ANTIGO: 199720039505


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:SERGIO MURILO SOUZA DE MELO
1088
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

VITIMA:E. R. F. COATOR:TCO. 117/97 - DCCIM. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente


processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém. PROCESSO: 00029415119998140401

PROCESSO ANTIGO: 199920034124 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA


DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021
AUTOR:GRACILENE BATISTA DA SILVA VITIMA:N. M. B. M. COATOR:TCO. 051/99 -
SU/SACRAMENTA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado,
consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no
Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00029440719938140401 PROCESSO ANTIGO: 199320029743


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:W. A. L. INDICIADO:EM DILIGENCIAS
VITIMA:V. A. A. VITIMA:V. A. L. M. VITIMA:G. P. M. J. COATOR:I.P.No. 110/92 - U.P/TERRA FIRME.
ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO
junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00030280419998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920035150


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:TEREZINHA DE JESUS CORREA DA SILVA
VITIMA:J. L. S. COATOR:TCO. 015/99 - DP/TERRA FIRME. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o
presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão
Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no
Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00101045020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Inquérito Policial
em: 12/08/2021 INDICIADO:PRISCILA DOS PASSOS MAUES VITIMA:C. V. M. A. . Autos nº: 0010104-
50.2020.8.14.0401 Â Â Â Â Â Â Â Autora do fato: PRISCILA DOS PASSOS MAUES
       VÃtima: C.V.M.A. Capitulação Penal: artigo. 129, §9º do CPB.
                                DESPACHO
         Considerando que a lesão em questão teria sido praticada pela genitora da vÃtima.
Encaminhem-se os autos à manifestação do Ministério Público para os devidos fins.
         Cumpra-se.          Belém (PA), 12 de agosto de 2021.
         ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado
Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00113103620198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Inquérito Policial
em: 12/08/2021 INDICIADO:RENAN CARLOS BRITO DE MELO INDICIADO:VALTER OLIVEIRA ABTBOL
1089
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

JUNIOR INDICIADO:MIGUEL JUNIOR DE SOUZA ALMEIDA INDICIADO:JOAO PAULO DOS SANTOS


LISBOA INDICIADO:ANTONIO ERALDO SOUZA DA SILVA VITIMA:D. C. F. . Autos nº: 0011310-
36.2019.8.14.0401 Â Â Â Â Â Â Â Autores do Fato: RENAN CARLOS DE BRITO DE MELO
        VALTER OLIVEIRA ABTIBOL JÃNIOR         MIGUEL JÃNIOR DE SOUZA
ALMEIDA Â Â Â Â Â Â Â Â JOÃO PAULO DOS SANTOS LISBOA Â Â Â Â Â Â Â Â ANTONIO ERALDO
SOUZA DA SILVA        VÃtima: DIEGO CAMPOS FERREIRA        Capitulação
P e n a l : a r t i g o . 3  º ,  ¿ i  ¿ d a l e i n  º 4 . 8 9 8 / 1 9 6 5 .
                               DESPACHO
         Determino que seja certificado nos presentes autos acerca de eventual
representação por parte da vÃtima no prazo legal.          Após, voltem os autos
conclusos.          Cumpra-se.          Belém (PA), 12 de agosto de 2021.
         ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado
Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00121293620208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:KAMILA FONSECA KLAUTAU VITIMA:A. D. C. M.
VITIMA:C. V. A. C. . Autos nº 0012129-36.2020.8.14.0401 Autor(a) do fato: KAMILA FONSECA
KLAUTAU (RG n° 2715500 SSP/PA) VÃtimas: ALLAN DIEGO CAMARA MIRANDA (RG nº ); C. V. A.
C. (RG n° 8130521 PC/PA), representada por ELIZANGELA COSTA AIRES (RG n° 4394569 PC/PA)
Capitulação Penal: Art. 303 da Lei n° 9.503/1997. TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR
     Aos 12 dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um, às 09 horas e 40 minutos,
nesta cidade de Belém, na 3ª Vara do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELÃM, onde presente se
achava, por meio de videoconferência, através do sistema Teams, o Dr. ERIC AGUIAR PEIXOTO,
Magistrado titular da referida Vara, presentes na sala de audiência da 3ª Vara do JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL DE BELÃM o Dr. LUIZ CLÃUDIO PINHO, Representante do Ministério Público, presente o
Dr. FÃBIO LIMA GUIMARÃES, Defensor Público. No horário designado para audiência, foi feito o
pregão de praxe e constatou-se o seguinte:      Ausente a vÃtima ALLAN DIEGO CAMARA
MIRANDA, injustificadamente, tendo sido intimado pessoalmente conforme certidão do senhor Oficial de
Justiça à fl. 35.      Presente a representante legal da vÃtima, ELIZANGELA COSTA AIRES,
desacompanhada de advogado, sendo-lhe nomeado o Defensor acima consignado. Â Â Â Â Â Presente a
autora do fato KAMILA FONSECA KLAUTAU, acompanhada de sua advogada, Dra. RAIMUNDA DE
NAZARà GAMA GARCEZ (OAB/PA n° 7781). Tendo, nesta ocasião, a mencionada advogada
requerido juntada de procuração em audiência, o que foi deferido por este juÃzo.
     OCORRÃNCIA: Efetuada a tentativa de composição civil nos termos do art. 75 da Lei nº
9.099/95, esta obteve êxito, nos seguintes termos: a autora do fato comprometeu-se a efetuar o
pagamento do valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) em uma única parcela a ser paga no dia 27
de agosto de 2021, em favor da vÃtima C.V.A.C., devendo o referido pagamento ser efetuado mediante
transferência bancária (PIX), na conta indicada nesta ocasião pela representante legal da
vÃtima: Titular da conta Elizangela Costa Aires, Banco Nubank, agência 0001, conta 22130047-8, CPF
002.709.062-07. A referida representante legal da vÃtima aceita o acordo juntamente com o Defensor
Público, de livre e espontânea vontade sem qualquer coação.      A representante legal da
vÃtima, neste ato, renuncia a presente representação referente ao delito tipificado no art. 303 da Lei
n° 9.503/1997, bem como renunciando ao direito de qualquer indenização no JuÃzo CÃvel relativa
aos fatos em questão.      O Ministério Público manifestou-se pela homologação do
mencionado acordo e consequente extinção da punibilidade da autora do fato no que diz respeito Ã
vÃtima C.V.A.C.      Quanto à vÃtima ALLAN DIEGO CAMARA MIRANDA, o Promotor de Justiça
manifestou-se pelo arquivamento dos autos considerando a falta de interesse da vÃtima no
prosseguimento do feito em decorrência da sua ausência injustificada à presente audiência,
configurando falta de justa causa para a ação penal.      DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: O MM
Juiz deliberou o seguinte: 1-     Quanto à vÃtima C.V.A.C.:        SENTENÃA. Dispenso o
relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95. Diante da celebração de acordo, ou seja,
Reparação Civil do Dano, nos termos do parágrafo único do art. 74 da referida Lei, homologo por
sentença, a composição em questão para que produza seus jurÃdicos e legais efeitos com eficácia
de tÃtulo executivo judicial (art. 515, II do NCPC), podendo ser executada no JuÃzo CÃvel, competente, se
necessário. Declaro extinta a punibilidade da autora do fato, no que se refere ao delito tipificado no artigo
303 do CTB, relativamente ao presente procedimento. 2-     Quanto à vÃtima ALLAN DIEGO
1090
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CAMARA MIRANDA: Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95.
     Defiro o pedido feito pelo Promotor de Justiça acerca da falta de interesse da vÃtima ALLAN
DIEGO CAMARA MIRANDA, considerando ter sido intimado pessoalmente e ter se feito ausente Ã
mencionada audiência.      Pelo exposto, não havendo justa causa para o exercÃcio da ação
penal, acolho as razões sustentadas pelo Ãrgão Ministerial nesta audiência e determino o
ARQUIVAMENTO dos presentes autos, ressalvada a possibilidade de desarquivamento, conforme
dispõe o art. 18 do CPP.      P.R.I.      Após o trânsito em julgado e feitas as
necessárias anotações e comunicações, arquivem-se. Sem custas.      Intimados os
presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Larissa Lobato Jacob
(cargo/função Auxiliar Judiciário) digitei e subscrevi. Obs.: o presente termo será disponibilizado no
sÃtio da rede mundial de computadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no endereço:
http://www.tjpa.jus.br/PortalExterno/ JUIZ: (assinado digitalmente) PROMOTOR DE JUSTIÃA: DEFENSOR
PÃBLICO: ADVOGADA: AUTORA DO FATO: REPRESENTANTE LEGAL DA VÃTIMA:

PROCESSO: 00190813120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:MADSON LUIZ DE ARAUJO MORAES VITIMA:M. S.
M. C. . Autos nº: 0019081-31.2020.8.14.0401        Autor do Fato: MADSON LUIZ DE ARAUJO
MORAES        VÃtima: MARIA SONIA MAFRA CARDOSO        Capitulação Penal:
artigo. 139 do CPB. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DESPACHO
         Verifico que consta dos autos depoimento prestado pela vÃtima à autoridade
policial(fl.04), que, descreve fato injurioso que poderia caracterizar o delito tipificado no artigo 140, §3º
do CP, o qual possui pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.          Diante
disso, encaminhem-se os autos à manifestação do Ministério Público para os devidos fins.
         Cumpra-se.          Belém (PA), 12 de agosto de 2021.
         ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado
Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00191055920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:EDILAYNNE NAYARA TEIXEIRA COSTA FREITAS
VITIMA:I. S. N. . Autos nº: 0019105-59.2020.8.14.0401        Autora do Fato: EDILAYNNE
NAYARA TEIXEIRA COSTA FREITAS Â Â Â Â Â Â Â VÃtima: IVANILDA DA SILVA NONATO
       Capitulação Penal: artigo. 140 do CPB.
                               DESPACHO          Verifico
que consta dos autos depoimento prestado pela vÃtima à autoridade policial(fl.04), que, descreve fato
injurioso que poderia caracterizar o delito tipificado no artigo 140, §3º do CP, o qual possui pena de
reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.          Diante disso, encaminhem-se os autos Ã
manifestação do Ministério Público para os devidos fins.          Cumpra-se.
         Belém (PA), 12 de agosto de 2021.          ERIC AGUIAR PEIXOTO
         Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00192479720198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:ROBERTA MIRANDA LOBATO VITIMA:O. E. . Autos
nº: 0019247-97.2019.8.14.0401        Autora do Fato: ROBERTA MIRANDA LOBATO
       VÃtima: O ESTADO        Capitulação Penal: artigo. 28 da Lei nº 11.343/06.
                                SENTENÃA
         Analisando-se os autos observo que o delito em questão se consumou em 28 de
junho de 2019, como se vê à fl. 02, já tendo transcorrido mais de 02 (dois) anos da referida data.
         Trata-se de suposto crime tipificado no artigo 28 da Lei nº 11.343/06, prescrevendo
em 02(dois) anos, conforme previsto no art. 30 da Lei nº 11.343/06.          Assim sendo,
ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado, nos termos do artigo 107, inciso IV, do referido
diploma legal.  Ademais, não vislumbro qualquer das causas interruptivas ou suspensivas da
prescrição delineadas no artigo 117 da mencionada codificação, tendo decorrido o referido prazo de
mais de 2 (dois) anos da consumação do crime, o que enseja o arquivamento do presente
procedimento pela falta de interesse de agir do Estado. Â Â Pelo exposto, julgo extinta a punibilidade da
1091
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

autora do fato ROBERTA MIRANDA LOBATO pela prescrição, com fundamento no artigo 107, inciso IV
do Código Penal Brasileiro.                 Dê-se ciência ao Ministério Público.
         Após as necessárias anotações e comunicações, arquivem-se.
                  Intimem-se. Cumpra-se.          Belém (PA), 12 de
agosto de 2021.          ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª
Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00004036520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:JEFFERSON TAVARES BARBOSA VITIMA:A. C. G.
A. VITIMA:E. S. S. . Autos nº: 0000403-65.2020.8.14.0401        Autor do Fato: JEFFERSON
TAVARES BARBOSA Â Â Â Â Â Â Â VÃtimas: ANA CRISTINA GOMES DE ARAUJO
        EXPEDITO SOARES SILVA        Capitulação Penal: artigo. 65 da LCP.
                                SENTENÃA
         Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95.
         Trata-se de pedido do Ministério Público de arquivamento do presente feito em face
dos fundamentos especificados às fls. 31/32.                 Passo a decidir:
         Acolho as razões sustentadas pelo Ãrgão Ministerial à s fls. 31/32, e determino o
ARQUIVAMENTO dos presentes autos, ressalvada a possibilidade de desarquivamento, conforme
dispõe o art. 18 do CPP.          P.R.I. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias
anotações e comunicações, arquivem-se. Sem custas.                 Intimem-
se. Cumpra-se.          Belém (PA), 13 de agosto de 2021.          ERIC AGUIAR
PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00022821020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Inquérito Policial
em: 13/08/2021 INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:M. A. V. S. R. . Autos nº: 0002282-
10.2020.8.14.0401 Â Â Â Â Â Â Â Indiciado: EM APURAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â VÃtima: MARCUS ALLAN
VON SCHUSTERSCHITZ DOS REIS  Capitulação Penal: art. 129, §6º do CPB.
                                DESPACHO
         Considerando retorno dos autos da delegacia, encaminhem-se o presente feito Ã
manifestação do Ministério Público para os devidos fins.          Cumpra-se.
         Belém (PA), 13 de agosto de 2021.          ERIC AGUIAR PEIXOTO
         Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00051298220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:MAIKE NAVEGANTES BRASIL VITIMA:O. E. . Autos
nº: 0005129-82.2020.8.14.0401        Autor do Fato: MAIKE NAVEGANTES BRASIL
       VÃtima: O ESTADO  Capitulação Penal: art. 307 do CPB e art. 25 da LCP.
                                DESPACHO
         Encaminhem-se os autos à manifestação do Ministério Público para os devidos
fins.          Cumpra-se.          Belém (PA), 13 de agosto de 2021.
         ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado
Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00053194520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:LEAN OLIVEIRA DA COSTA VITIMA:A. M. N. . Autos
nº.: 0005319-45.2020.8.14.0401 Autor do Fato: LEAN OLIVEIRA DA COSTA VÃtima: A.D.M.N.
Capitulação Penal: art. 147 do CPB. DESPACHO          Designo audiência preliminar,
visando acordo/conciliação ou uma eventual proposta de transação penal, para o dia 08 de
novembro de 2021, às 10 horas e 40 minutos.          Efetuem-se as intimações
necessárias, com as advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95.          Intime-se o autor
do fato a comparecer munido dos documentos necessários a uma eventual proposta de transação
penal.          Intime-se o(a) representante legal da vÃtima para apresentar em audiência
1092
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

nome, endereço e telefone de testemunhas do fato, em caso de existência delas.


         Cumpra-se.          Belém (PA), 11:32. ERIC AGUIAR PEIXOTO Juiz de
Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00168745920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR/VITIMA:RICARDO GOMES NEVES
AUTOR/VITIMA:ROSIVALDO DA LUZ SOUSA AUTOR/VITIMA:VITOR LUCAS CARVALHO DA LUZ.
Autos nº: 0016874-59.2020.8.14.0401        Autores do fato: RICARDO GOMES NEVES
        ROSIVALDO DA LUZ SOUSA         VITOR LUCAS CARVALHO DA LUZ
       VÃtimas: OS MESMOS Capitulação Penal: artigo. 163, III do CPB e artigo 21 da LCP.
                                DESPACHO
         Considerando que o dano em questão teria sido praticado em patrimônio pertencente
a concessionária de serviço público. Encaminhem-se os autos à manifestação do Ministério
Público para os devidos fins.          Cumpra-se.          Belém (PA), 13 de
agosto de 2021.          ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª
Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00179318320188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Inquérito Policial
em: 13/08/2021 INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:M. S. . Autos nº: 0017931-83.2018.14.8.0401
       Indiciado: EM APURAÃÃO        VÃtima: MAIRA SALES  Capitulação Penal:
art. 248 CPB. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DESPACHO
         Encaminhem-se os autos à manifestação do Ministério Público para os devidos
fins.          Cumpra-se.          Belém (PA), 13 de agosto de 2021.
         ERIC AGUIAR PEIXOTO          Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado
Especial Criminal da Capital.

PROCESSO: 00303916820198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ERIC AGUIAR PEIXOTO A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:JOSIANI PROGENIO PENA VITIMA:V. S. M. . Autos
nº: 0030391-68.2019.8.14.0401        Autora do Fato: JOSIANI PROGENIO PENA
       VÃtima: VALDENI SOUZA MATOS        Capitulação Penal: artigo. 21 da LCP.
                                SENTENÃA
         Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95.
         Trata-se de pedido do Ministério Público de arquivamento do presente feito em face
dos fundamentos especificados à fl. 31.                 Passo a decidir:
         Do exame dos autos, observa-se a falta de justa causa para o exercÃcio da ação
penal, não havendo elementos suficientes que possam dar subsÃdios fornecendo um lastro probatório
mÃnimo para uma eventual ação penal, apesar de ter sido intimada para apresentar rol de testemunhas
do fato delituoso, a vÃtima se manteve inerte, demonstrando assim, desinteresse no prosseguimento do
feito.          Pelo exposto, não havendo justa causa para o exercÃcio da ação penal,
acolho as razões sustentadas pelo Ãrgão Ministerial à fl.31 e determino o ARQUIVAMENTO dos
presentes autos, ressalvada a possibilidade de desarquivamento, conforme dispõe o art. 18 do CPP.
         P.R.I. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e
comunicações, arquivem-se. Sem custas.                 Intimem-se. Cumpra-se.
         Belém (PA), 13 de agosto de 2021.          ERIC AGUIAR PEIXOTO
         Juiz de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital.
1093
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA CAPITAL - 4 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

RESENHA: 09/08/2021 A 13/08/2021 - SECRETARIA UNICA DAS VARAS DOS JUIZADOS CRIMINAIS
DE BELEM - VARA: 4ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELEM

PROCESSO: 00002128320218140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ANGELA CRISTINA BARBOSA NUNES VITIMA:E. F.
C. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo n. 00002128320218140401
Partes: ANGELA CRISTINA BARBOSA NUNES e ERNANDES FERREIRA CHAVES      Decisão:
     Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.
     O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis
meses, a contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38
do CPP.       Manuseado os autos, verifica-se a decorrência do prazo para o oferecimento de
queixa-crime por mais de 06 meses contados do conhecimento da autoria do fato (findo em 08/06/2021),
conforme certidão à fl. 14, incidindo no instituto da DECADÃNCIA do direito de queixa do ofendido,
provocando assim a extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV,
do CPB.      Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá
declarar de ofÃcio a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida, por ser matéria de ordem
pública.      Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com
o art. 107, IV, do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE DE ANGELA CRISTINA BARBOSA
NUNES a quem foi atribuÃda a prática do art. 138, caput, do CPB, pela ocorrência da decadência do
direito de queixa.      Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e
comunicações necessárias. Sem custas. P.R.I.C.       Belém, 09 de agosto de 2021. Â
SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim desta Capital.

PROCESSO: 00002428720188140801 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 QUERELADO:PAULO ROBERTO RIBEIRO REIS Representante(s): OAB
10781 - MARCO ANTONIO PINA DE ARAUJO (ADVOGADO) QUERELANTE:MARIA REGINA RIBEIRO
REIS Representante(s): OAB 12009 - FABIO PEREIRA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) . Gabinete da 4ª
Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo n. 00002428720188140801      Decisão:
     Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º da Lei nº 9.099/95.
     Instado a se manifestar, o Ministério Público manifestou-se à fl. 94 pela extinção da
punibilidade do querelado, arguindo a ocorrência de perempção.      A querelante foi intimada
pessoalmente para pagar as custas finais do processo (fl. 86), não tendo o feito, conforme demonstrado
na certidão à fl. 90. Manuseando os autos, verifica-se a inércia da querelante por mais de trinta dias,
conforme redação do art. 60, I, do CPP: ¿Nos casos em que somente se procede mediante queixa,
considerar-se-á perempta a ação penal quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o
andamento do processo durante 30 dias seguidos¿.      Pelo exposto, JULGO EXTINTA A
PUNIBILIDADE do crime em relação a PAULO ROBERTO RIBEIRO REIS, acusado de ter incorrido no
tipo do art. 138 do CPB, pela ocorrência da perempção do direito à ação penal do querelante e
consequentemente o ARQUIVAMENTO dos presentes autos, nos termos do art. 107, IV, do CPB, c/c art.
60, I, do CPP.      Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e
comunicações necessárias.      P.R.I.C.      Belém, 09 de agosto de 2021.  SILVANA
MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

PROCESSO: 00003565720218140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:MARIA JUCILEIDE DOS SANTOS REIS VITIMA:D. C.
S. L. P. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo n.
00003565720218140401 Partes: MARIA JUCICLEIDE DOS SANTOS REIS e DEBORA CRISTINA
SOUSA LUZ PANTOJA      Decisão:      Relatório dispensado com base no permissivo
1094
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.      O direito de oferecer queixa (ação penal
privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a contar da data do conhecimento da autoria da
infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.       Manuseado os autos, verifica-se a
decorrência do prazo para o oferecimento de queixa-crime por mais de 06 meses contados do
conhecimento da autoria do fato (findo em 06/06/2021), conforme certidão à fl. 14, incidindo no instituto
da DECADÃNCIA do direito de queixa do ofendido, provocando assim a extinção da punibilidade do
agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB. Â Â Â Â Â Ademais, nos termos do art. 61
do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de ofÃcio a extinção da punibilidade, se
esta for reconhecida, por ser matéria de ordem pública.      Pelo exposto, com fulcro no art. 38
do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do Código Penal, JULGO EXTINTA A
PUNIBILIDADE DE MARIA JUCICLEIDE DOS SANTOS REIS a quem foram atribuÃdas as práticas do
art. 139 e 140, do CPB, pela ocorrência da decadência do direito de queixa.      Após o trânsito
em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações necessárias. Sem custas.
P.R.I.C.       Belém, 09 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de
Direito, titular da 4ª Vara do JECrim desta Capital.

PROCESSO: 00003680820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 09/08/2021 QUERELANTE:MARCIA LEITE SOARES DA SILVA
Representante(s): OAB 24957 - DELEY BARBOSA EVANGELISTA (ADVOGADO) OAB 28721 - ROSINA
SARRAF DE OLIVEIRA (ADVOGADO) QUERELADO:SILVIA ESTER BARBOSA DE SOUZA. Gabinete da
4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo n. 00003680820208140401
     Decisão:      Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º da
Lei nº 9.099/95.      Instado a se manifestar, o Ministério Público manifestou-se à fl. 24 pela
extinção da punibilidade do querelado, arguindo a ocorrência de perempção.
      Manuseando os autos, verifica-se que a querelante foi intimada para pagar as custas iniciais
do processo, no entanto, não foi localizada (fl. 21), sequer se manifestou nos autos para continuidade do
feito. Observa-se a inércia da querelante por mais de trinta dias, restando configurado o instituto da
perempção, conforme redação do art. 60, I, do CPP: ¿Nos casos em que somente se procede
mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal quando, iniciada esta, o querelante deixar de
promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos¿.      Pelo exposto, JULGO
EXTINTA A PUNIBILIDADE do crime em relação a SILVIA ESTER BARBOSA DE SOUZA, acusada de
ter incorrido no tipo do art. 139 e 140 do CPB, pela ocorrência da perempção do direito à ação
penal da querelante e consequentemente o ARQUIVAMENTO dos presentes autos, nos termos do art.
107, IV, do CPB, c/c art. 60, I, do CPP.      Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com
as anotações e comunicações necessárias.      P.R.I.C.      Belém, 09 de agosto de
2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

PROCESSO: 00003790320218140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:MARCOS DA SILVA LOPES VITIMA:E. H. G. S. .
Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo n. 0000379-03.2021.8.14.0401
Sentença:      Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº
9.099/95.      O direito de oferecer representação (ação penal pública condicionada) deverá
ser exercido no prazo de seis meses, a contar da data do conhecimento da autoria da infração penal,
consoante preceitua o art. 38 do CPP. Â Â Â Â Â Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer
fase do processo, o juiz deverá declarar de ofÃcio a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.
     Compulsando os autos, verifica-se que não houve a devida representação/ratificação
dentro do prazo decadencial pela vÃtima, conforme certidão nos autos, bem como não compareceu
neste juÃzo para qualquer justificativa. Portanto, configura-se a incidência do instituto da DECADÃNCIA,
do direito de representar, provocando a extinção da punibilidade do(a)(s) autor(a)(es) do fato, nos
termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB. Instado a se manifestar, o Ministério Público
requereu a extinção de punibilidade pela decadência.      Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do
Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do Código Penal, julgo extinta a punibilidade
do crime em relação ao(s) autor(es) do fato MARCOS DA SILVA LOPES, em decorrência dos fatos
constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de representar.
     Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações
1095
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

necessárias. Sem custas. P.R.I.C. Belém, 09 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E
SILVA  JuÃza de Direito, Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00005032020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Inquérito
Policial em: 09/08/2021 INDICIADO:EM APURACAO Representante(s): OAB 21508 - DANILO ELTON
LIMA MAIA (ADVOGADO) VITIMA:T. H. M. M. . Processo nº: 0000503-20.2020.8.14.0401 AUTOR: EM
APURAÃÃO VÃTIMA: TAYLER HENRIQUE MACIEL MORAES (menor representado por LEANDRO
MORAES DA LUZ, CPF: 742.244.252-20) Art. 129 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Aos
09/08/2021, às 09:50 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 4ª Vara do Juizado
Especial Criminal, onde presente se achava a Dra. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de
Direito, o Ministério Público na pessoa da Dra. Bethânia Maria da Costa Corrêa, ambas através de
vÃdeoconferência (Microsoft Teams), comigo Auxiliar Judiciária, aà no horário aprazado para a
audiência, presentes o representante do menor e o representante do Hospital Riomar, Dr. Danilo Elton
Lima Maia, OAB/PA: 21508. Aberta a audiência, foi dada a palavra ao Ministério Público, que se
manifestou nos seguintes termos: ¿MM. JuÃza, tendo em vista que o fato ocorreu em 21/01/2019 e a
vÃtima não manifestou seu interesse de representar contra o autor, constata-se que ocorreu a
decadência em 21/07/2019. Posto isso, o MP requer seja declarada e extinção de punibilidade do
crime, pela decadência, nos termos do art. 107. IV, do CP c/c art. 38 do CPP, e determinado o
consequente ter arquivamento dos autos, na forma da Lei. Pede deferimento¿. A seguir a MM. JuÃza
proferiu decisão nos seguintes termos: ¿Vistos, etc. Adoto como relatório que dos autos consta, com
base no permissivo legal do art. 81, § 3º, da Lei 9.099/95. Considerando que o fato ocorreu no dia
21/01/2019 e a vÃtima não manifestou interesse em representar contra o autor, dentro do prazo
decadencial, declaro a extinção de punibilidade do delito pela decadência, ocorrida em 21/07/2019,
nos termos do art. 107. IV, do CP c/c art. 38 do CPP. Sem custas. Dou a presente por publicada em
audiência. Partes intimadas. Ciente o MP. Registre-se. Procedam-se às anotações e
comunicações necessárias. Transitada em julgado, arquivem-se os autos¿. Nada mais havendo, foi
encerrado o presente termo. Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza:
Ministério Público: Represente do Hospital Riomar (Danilo): Representante do menor (Leandro):

PROCESSO: 00010583720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Inquérito
Policial em: 09/08/2021 INDICIADO:ANDREZA CRISTINA DOS SANTOS MOREIRA VITIMA:M. B. M. C. .
Processo nº: 0001058-37.2020.8.14.0401 AUTOR: ANDREZA CRISTINA DOS SANTOS MOREIRA
VÃTIMA: MARCELLY BIANCA MOREIRA CARVALHAES (menor representado por DEIVID AUGUSTO
NEVES CARVALHAES) Art. 136 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Aos 09/08/2021, Ã s
10:10 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal,
onde presente se achava a Dra. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de Direito, o Ministério
Público na pessoa da Dra. Bethânia Maria da Costa Corrêa, ambas através de vÃdeoconferência
(Microsoft Teams), comigo Auxiliar Judiciária, aà no horário aprazado para a audiência, ausentes as
partes. Aberta a audiência, foi dada a palavra ao Ministério Público, que se manifestou nos seguintes
termos: "MM. JuÃza, o MP requer vistas dos autos. Pede deferimento¿. A seguir, a MM. JuÃza deliberou
nos seguintes termos: ¿Dê-se vistas dos autos ao MP¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente
termo. Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza: Ministério Público:

PROCESSO: 00016196120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o:
Procedimento Investigatório Criminal (PIC-MP) em: 09/08/2021 REQUERENTE:SECRETARIA DA
TERCEIRA VARA CRIMINAL REQUERIDO:GERENTE DO BANCO DO BRADESCO. Gabinete da 4ª
Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo nº 00016196120208140401
     Despacho:      Defiro o desentranhamento das fls. 02 e 03 destes autos, requerido pelo
Ministério Público. Proceda a Secretaria com as cautelas de praxe.      Após, que seja reiterado
à Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de Belém o cumprimento das diligências já
solicitadas, com o devido encaminhamento das cópias corretas.            Cumpra-se.
     Belém, 09 de agosto de 2021. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de Direito Titular da
4ª Vara do JECrim da Capital
1096
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00029706920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ARTEMIS DA SILVA ROCHA VITIMA:R. G. C. M. .
Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo nº 00029706920208140401
Partes: ARTEMIS DA SILVA ROCHA e RENATA GISELLE DA COSTA MATOS Capitulação penal: art.
147 do CPB       Trata-se de Termo Circunstanciado instaurado para apurar possÃvel ocorrência
de conduta delituosa.       O Ministério Público manifestou-se requerendo o arquivamento do
feito, em razão do desinteresse da vÃtima e, portanto, falta de justa causa para ação penal, com
fundamento no Enunciado 99 do FONAJE e dos arts. 41 e 395, III do CPP. Â Â Â Â Â Â Manuseando os
autos, verifica-se o não comparecimento da vÃtima a audiência preliminar (fl. 26), não apresentando
justificativa para sua ausência, comportamento que revela o seu desinteresse no prosseguimento do
feito, deixando de existir justa causa para ação penal, nos termos do Enunciado 99, do FONAJE, que
dispõe: ¿Nas infrações penais em que haja vÃtima determinada, em caso de desinteresse desta ou
de composição civil, deixa de existir justa causa para ação penal (nova redação - XXIII Encontro -
Boa Vista/RR)¿.       Desse modo, consistindo a justa causa em condição essencial para o
exercÃcio do direito de ação na esfera criminal, acolho as razões oferecidas pela representante do
Ministério Público, por entender igualmente que não há justa causa para o exercÃcio de ação
penal, razão pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do Enunciado 99 do
FONAJE e dos arts. 41 e 395, III do CPP.       Realizem-se as necessárias anotações e
comunicações. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos.
            P.R.I.C.      Belém, 09 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA
E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

PROCESSO: 00031759820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 09/08/2021 QUERELANTE:ANA LARIZA DE FARIAS PRAZERES
Representante(s): OAB 28841 - LORENA DE CASSIA CAVALCANTE DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
QUERELADO:MARIA ROSINEIDE CAVALCANTE BARROS. Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém Processo n. 00031759820208140401 Decisão:      Relatório dispensado
com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.      Instado a se manifestar, o
Ministério Público à fl. 29 pugnou pela extinção da punibilidade do crime em relação a
querelada, uma vez que esta faleceu, conforme demonstra a certidão de óbito.      Pelo exposto,
e havendo provas incontestes nos autos, julgo EXTINTA A PUNIBILIDADE do crime em relação a
MARIA ROSINEIDE CAVALCANTE BARROS, acusada de ter incorrido no tipo do art. 139 e 140 do CPB,
em decorrência de sua morte (morte do agente), bem como o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos
termos dos art. 107, I, do CPB c/c art. 62 CPP.      Após o trânsito em julgado, arquivem-se os
autos com as anotações e comunicações necessárias. P.R.I.C. Belém, 09 de agosto de 2021.
 SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

PROCESSO: 00101070520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 09/08/2021 INVESTIGADO:SEM INDICIAMENTO VITIMA:A. P. C.
M. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo n. 00101070520208140401
Partes: ÃLIDA MARIA DE ARAÃJO CAMPOS e ANA PAULA CALDAS MACHADO      Decisão:
     Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.
     O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis
meses, a contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38
do CPP.       Manuseado os autos, verifica-se a decorrência do prazo para o oferecimento de
queixa-crime por mais de 06 meses contados do conhecimento da autoria do fato (findo em 31/12/2019),
incidindo no instituto da DECADÃNCIA do direito de queixa do ofendido, provocando assim a extinção
da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB. Instado a se manifestar,
o Ministério Público entendeu pela decadência do direito de oferecer queixa, conforme fl. 49.
     Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar
de ofÃcio a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida, por ser matéria de ordem pública.Â
     Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107,
IV, do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE DE ÃLIDA MARIA DE ARAÃJO CAMPOS a
quem foram atribuÃdas as práticas do art. 346, do CPB, pela ocorrência da decadência do direito de
1097
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

queixa.      Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e


comunicações necessárias. Sem custas. P.R.I.C.       Belém, 09 de agosto de 2021. Â
SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim desta Capital.

PROCESSO: 00115066920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) Cri em: 09/08/2021 REQUERENTE:ANA MARIA AZEVEDO
DA SILVA REQUERIDO:CLAUDIO AZEVEDO DA SILVA. Processo nº: 0011506-69.2020.8.14.0401
REQUERIDO: CLAUDIO AZEVEDO DA SILVA, CPF: 236.408.472-53 REQUERENTE: ANA MARIA
AZEVEDO DA SILVA Art. 147 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Aos 09/08/2021, Ã s
11:00 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal,
onde presente se achava a Dra. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de Direito, o Ministério
Público na pessoa da Dra. Bethânia Maria da Costa Corrêa, ambas através de vÃdeoconferência
(Microsoft Teams), comigo Auxiliar Judiciária, aà no horário aprazado para a audiência, presente
apenas o requerido. Aberta a audiência, foi dada a palavra ao Ministério Público, que se manifestou
nos seguintes termos: ¿MM. JuÃza, tendo em vista que o fato ocorreu em 20/07/2020 e a vÃtima não
manifestou seu interesse de representar contra o autor, constata-se que ocorreu a decadência em
20/01/2021. Posto isso, o MP entende que a decadência do direito de representação incorre na falta
de procedibilidade da ação penal, nos termos do art. 24, do, CPP. Pelo exposto, o MP requer o
arquivamento por falta de justa causa da ação penal. Pede deferimento¿. A seguir, a MM. JuÃza
proferiu decisão nos seguintes termos: ¿Vistos, etc. Adoto como relatório que dos autos consta, com
base no permissivo legal do art. 81, § 3º, da Lei 9.099/95. Considerando que o fato ocorreu no dia
20/01/2020 e a vÃtima não manifestou interesse em representar contra o autor, dentro do prazo
decadencial, declaro a extinção da punibilidade, pela decadência, do delito do art. 147 do CPB
atribuÃdo a CLAUDIO AZEVEDO DA SILVA, CPF: 236.408.472-53, ocorrida em 20/01/2021. Sem custas.
Dou a presente por publicada em audiência. Partes intimadas. Ciente o MP. Registre-se. Procedam-se
às anotações e comunicações necessárias. Transitada em julgado, arquivem-se os autos. Nada
mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e
subscrevi. JuÃza: Ministério Público: Requerido (Claudio):

PROCESSO: 00142313120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:CARLOS EDUARDO POMBO DOS SANTOS
VITIMA:F. M. N. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo n° 0014231-
31.2020.8.14.0401. Despacho:      Considerando o teor da decisão à fl. 26 e a respectiva
certidão de trânsito em julgado à fl. 27 da queixa-crime apensa de n° 0014102-26.2020.8.14.0401,
arquivem-se estes autos de TCO, com as devidas cautelas. Belém, 09 de agosto de 2021.  SILVANA
MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito, Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00168832120208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:EDINA CORREA MARQUES VITIMA:E. B. S. .
Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital Processo nº 0016883-21.2020.8.14.0401
Despacho: Considerando o termo de renúncia à fl. 56, dê-se vista dos autos ao Ministério Público
para manifestação. Belém, 9 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de
Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00180740420208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:PATRICK SOARES QUEMEL Representante(s): OAB
31137 - MARCOS JHONATA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) VITIMA:G. A. M. . Processo nº:
0018074-04.2020.8.14.0401 AUTOR: PATRICK SOARES QUEMEL, CPF: 008.704.942-28 Advogado do
autor: Marcos Jhonata Barbosa Oliveira, OAB/PA: 31137 VÃTIMA: GABRIEL AGUIAR MARTINS Art. 129
DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Aos 09/08/2021, Ã s 10:50 horas, nesta cidade de
Belém, na sala de audiências da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a
Dra. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de Direito, o Ministério Público na pessoa da Dra.
1098
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Bethânia Maria da Costa Corrêa, ambas através de vÃdeoconferência (Microsoft Teams), comigo
Auxiliar Judiciária, aà no horário aprazado para a audiência, presente apenas o autor, acompanhado de
advogado. Aberta a audiência, foi dada a palavra ao Ministério Público, que se manifestou nos
seguintes termos: "MM. JuÃza, o MP requer que se aguarde, pelo prazo de 72 horas, a justificativa de
ausência da vÃtima e após seja dada vistas dos autos. Pede deferimento¿. A seguir, a MM. JuÃza
deliberou nos seguintes termos: ¿Acolho o requerimento do MP e determino que se aguarde em
Secretaria, pelo prazo de 72 horas, a justificativa de ausência da vÃtima. Após a juntada da justificativa,
ou decorrido o prazo, seja dada vistas dos autos ao MP¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente
termo. Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza: Ministério Público:
Autor (Patrick): Advogado do autor (Marcos):

PROCESSO: 00218005420188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o:
Procedimento Investigatório Criminal (PIC-MP) em: 09/08/2021 REQUERENTE:SUZI HELOYZE
PINHEIRO DA COSTA REQUERIDO:EM APURACAO. Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém Processo nº 0021800-54.2018.8.14.0401      Despacho:
     Considerando o teor da requisição do Ministério Público à fl. 79, remeta-se cópia dos
autos à Delegacia de PolÃcia, para que seja instaurado o Inquérito Policial, a fim de que se apurem os
fatos narrados pela requerente, investigando a possÃvel autoria e materialidade delitiva, promovendo a
oitiva de testemunhas, depoimento de partes e demais provas que se fizerem necessárias, na forma do
art. 5º, II, do CPP.      Cumpra-se.      Belém, 09 de agosto de 2021. SILVANA MARIA
DE LIMA E SILVA JuÃza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00231374420198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:ANDRE PORTILHO BENTES VITIMA:E. M. S. C.
Representante(s): OAB 26954 - NAYARA HENRIQUES COSTA DE ALMEIDA (ADVOGADO) . Gabinete
da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo nº 0023137-44.2019.8.14.0401
     Despacho:      Considerando a manifestação do Ministério Público à fl. 31, o
gabinete da 4ª Vara do JECrim realizou a intimação da vÃtima por via telefônica (contato fornecido
pela parte via delegacia) a qual está ciente de que deve comparecer ao juizado para manifestar por
escrito quais as expressões de baixo-calão e impropérios foram proferidos pelo autor do fato, bem
como apresentar o endereço completo e telefone das testemunhas arroladas à fl. 22.      Pelo
exposto, determino o acautelamento dos autos em secretaria, aguardando-se a devida manifestação no
prazo máximo de 05 dias.      Decorrido o prazo, certifique-se o ocorrido e dê-se vista ao
Ministério Público para manifestação.       Cumpra-se.      Belém, 09 de agosto
de 2021. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00252206720188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Inquérito
Policial em: 09/08/2021 INDICIADO:CARLOS ALEXANDRE SOUZA ALVES Representante(s): OAB 3985
- CARLOS ANTONIO DA SILVA FIGUEIREDO (ADVOGADO) VITIMA:A. C. P. A. . Processo nº:
0025220-67.2018.8.14.0401 AUTOR: CARLOS ALEXANDRE SOUZA ALVES, CPF: 490.140.482-20
Advogado do autor: Carlos Antônio da Silva Figueiredo, OAB/PA: 3985 VÃTIMA: ANA CLARA PINHEIRO
ALVES (menor representado por IVONE DA COSTA PINHEIRO) Art. 136 DO CPB TERMO DE
AUDIÃNCIA PRELIMINAR  Aos 09/08/2021, à s 09:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de
audiências da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a Dra. SILVANA MARIA
DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de Direito, o Ministério Público na pessoa da Dra. Bethânia Maria da
Costa Corrêa, ambas através de vÃdeoconferência (Microsoft Teams), comigo Auxiliar Judiciária, aÃ
no horário aprazado para a audiência, presente apenas o autor, acompanhado de advogado. Aberta a
audiência, o autor informou que não tem mais contato com a vÃtima. Em seguida, foi dada a palavra ao
Ministério Público, que se manifestou nos seguintes termos: "MM. JuÃza, o MP requer vista dos autos.
Pede deferimento¿. A seguir, a MM. JuÃza deliberou nos seguintes termos: ¿Dê-se vista dos autos Ã
representante do Ministério Público¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu,
________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza: Ministério Público: Autor (Carlos
Alexandre): Advogado do autor (Carlos Antônio):
1099
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00268598620198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:HAMILTON HENRIQUE CARVALHO DE OLIVEIRA
VITIMA:M. C. S. M. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital Processo nº
0026859-86.2019.8.14.0401 Decisão:      Relatório dispensado com base no permissivo legal do
art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.      O direito de oferecer queixa (ação penal privada)
deverá ser exercido no prazo de seis meses, a contar da data do conhecimento da autoria da infração
penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP. Â Â Â Â Â Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em
qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de ofÃcio a extinção da punibilidade, se esta for
reconhecida.      Verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do
ofendido, provocando a extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107,
IV, do CPB. Ademais, o Ministério Público requereu pela decadência do direito de oferecer queixa.
     Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107,
IV, do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de HAMILTON HENRIQUE CARVALHO DE
OLIVEIRA, em decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência
do direito de queixa.      Com relação ao delito do art. 147 do CPB e considerando a
manifestação do Ministério Público à fl. 31, intime-se a vÃtima para que compareça à secretaria
deste Juizado, e apresente nome, endereço e telefone de testemunhas, que tenham presenciado o fato
delituoso, no prazo de 05 (cinco) dias.      Decorrido o prazo estipulado, certifique-se e dê-se
novamente vista dos autos ao ministério Público para manifestação.      Cumpra-se.
     Belém, 09 de agosto de 2021. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de Direito, titular da
4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00283157120198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:RONERES FLORENCIA DOS SANTOS VITIMA:D. C.
G. B. . Processo nº: 0028315-71.2019.8.14.0401 AUTOR: RONERES FLORENCIA DOS SANTOS
VÃTIMA: DILCE CLEA GONÃALVES BRAGA Art. 129 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR
 Aos 09/08/2021, às 10:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 4ª Vara do
Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a Dra. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA, MM.
JuÃza de Direito, o Ministério Público na pessoa da Dra. Bethânia Maria da Costa Corrêa, ambas
através de vÃdeoconferência (Microsoft Teams), comigo Auxiliar Judiciária, aà no horário aprazado
para a audiência, ausentes as partes. Aberta a audiência, foi dada a palavra ao Ministério Público,
que se manifestou nos seguintes termos: ¿MM. JuÃza, o MP requer que se aguarde a juntada da
Certidão do Oficial de Justiça, para verificar se a representante da vÃtima foi ou não intimada. Após,
requer vistas dos autos. Pede deferimento¿. A seguir, a MM. JuÃza deliberou nos seguintes termos:
¿Aguarde-se a juntada da Certidão do Oficial de Justiça, a fim de se verificar a intimação da
representante da vÃtima. Após, dê-se vistas dos autos ao Ministério Público¿. Nada mais havendo,
foi encerrado o presente termo. Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza:
Ministério Público:

PROCESSO: 00302366520198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 09/08/2021 AUTOR DO FATO:LUCIANO DA PAIXAO PANTOJA AUTOR DO
FATO:SIDNEY PAIXAO PANTOJA VITIMA:A. S. H. C. L. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém. Processo nº 00302366520198140401 Despacho:      Intime-se a vÃtima
ALEX SANDRE HEITOR CORREA LOBATO para comparecer a secretaria deste Juizado, a fim de ser
encaminhado ao IML para realização de perÃcia médica complementar de corpo de delito.
     Informe-se ao IML que o laudo complementar deve ser enviado no prazo máximo de trinta dias
após a realização da referida perÃcia.      Após, vista ao Ministério Público.
     Cumpra-se. Belém, 09 de agosto de 2021. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de
Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

PROCESSO: 00111033720198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 10/08/2021 DENUNCIADO:RENNAN COUTO DOS SANTOS
MONTEIRO VITIMA:O. E. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo nº
1100
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

0011103-37.2019.8.14.0401      Despacho:      Considerando o requerimento à fl. 64, defiro


o pedido formulado e determino a procedência da realização de audiência de instrução e
julgamento, designada para o dia 02/09/2021 às 09:30hs, por meio virtual com relação ao depoente
Washington Santos de Oliveira, conforme e-mail disponibilizado à fl. 64.      Ratifica-se que o
Tribunal de Justiça do Estado do Pará utiliza a plataforma Microsoft Teams para as audiências por
videoconferência, sendo necessária aos interessados para ingresso ao ato.      O link para
acesso à sala virtual será disponibilizado no endereço eletrônico informado 1 (um) dia anterior à data
supracitada.      Ademais, acautelem-se os autos em secretaria até a data da audiência.
     Belém, 10 de agosto de 2021. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de Direito titular da
4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00275036320188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 10/08/2021 QUERELANTE:JOSE CARLOS DA SILVA LOPES
Representante(s): OAB 13640 - YGOR THIAGO FAILACHE LEITE (ADVOGADO) OAB 2489 -
ELIZABETH LOPES FIGUEIREDO (ADVOGADO) OAB 29262 - FELIPE BEZERRA DA SILVA
(ADVOGADO) QUERELADO:CATARINA GOMES DOS SANTOS Representante(s): OAB 10446 -
FERNANDO CALHEIROS RODRIGUES DOMINGUES (ADVOGADO) TESTEMUNHA:PAULO ROSSY
LOURINHO ARAUJO. Processo nº 0027503-63.2018.8.14.0401 (QUEIXA) / 0018035-75.2018.8.14.0401
(TCO) QUERELADO(S): CATARINA GOMES DOS SANTOS QUERELANTE(S): JOSÃ CARLOS DA
SILVA LOPES, CPF: 099.237.212-72 Advogados do querelante: Elizabeth Lopes Figueiredo, OAB/PA:
2489; Felipe Bezerra da Silva, OAB/PA: 29262 Testemunha: Paulo Rossy Lourinho Araújo, RG: 6328533
Artigo: 139 c/c ART. 141, III DO CPB TERMO DA AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO E JULGAMENTO
     Aos 10/08/2021, às 09:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 4ª Vara
do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a Dra. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA, MM.
JuÃza de Direito, o Ministério Público na pessoa da Dra. Bethânia Maria da Costa Corrêa, ambas
através de vÃdeoconferência (Microsoft Teams), comigo Auxiliar Judiciário, aà no horário aprazado
para a audiência, presentes apenas o querelante, acompanhado de advogados, bem com a testemunha
arrolada na queixa. Aberta a audiência, a vÃtima manifestou interesse no prosseguimento do feito. Em
seguida, foi dada a palavra ao Ministério Público, que se manifestou nos seguintes termos: ¿MM.
JuÃza, considerando que não há nos autos e no sistema LIBRA a devolução do mandado de
citação da querelada, a fim de verificar se ela foi ou não citada para o ato, o MP opina pela
redesignação da presente audiência, com a citação presencial da querelada, se ainda não foi
cumprida a citação; se a querelada já estiver citada, seja intimada para a referida audiência. à a
manifestação¿. A seguir, a MM. JuÃza deliberou nos seguintes termos: ¿Acolho o parecer do MP,
redesigno a presente audiência de instrução e julgamento para o dia 25/11/2021 às 10:00 horas. Cite-
se a querelada presencialmente, na forma da lei, se ela ainda não tiver sido citada, caso contrário,
intime-se a mesma para a audiência ora designada. Cientes e intimados os presentes neste ato¿.
Publicada em audiência. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ________, Aline Reis,
Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza: Ministério Público: Querelante (José): Advogada do
querelante (Elizabeth): Advogado do querelante (Felipe): Testemunha (Paulo):

PROCESSO: 00001394820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:MILTON SANTOS RODRIGUES VITIMA:R. R. O. .
Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo nº 0000139-
48.2020.8.14.0401 Decisão:      Trata-se de Termo Circunstanciado instaurado para apurar
possÃvel ocorrência de conduta delituosa do art. 147 do CPB.       O Ministério Público
manifestou-se requerendo o arquivamento do feito, em razão do desinteresse da vÃtima e, portanto, falta
de justa causa para ação penal, com fundamento no Enunciado 99 do FONAJE.      Verifica-se
que a vÃtima, embora intimada, não compareceu a este juizado para audiência preliminar ou
demonstrou justificativa de ausência, conforme certidão à fl. 29, comportamento que revela o seu
desinteresse no prosseguimento do feito, deixando de existir justa causa para ação penal, nos termos
do Enunciado 99, do FONAJE, que dispõe: ¿Nas infrações penais em que haja vÃtima determinada,
em caso de desinteresse desta ou de composição civil, deixa de existir justa causa para ação penal
(nova redação - XXIII Encontro - Boa Vista/RR)¿.        Desse modo, consistindo a justa
causa em condição essencial para o exercÃcio do direito de ação na esfera criminal, acolho as
1101
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender igualmente que não há
justa causa para o exercÃcio de ação penal, razão pela qual determino o ARQUIVAMENTO do
presente feito, nos termos do Enunciado 99 do FONAJE e do art. 395, III do CPP. Â Â Â Â Â Â Realizem-
se as necessárias anotações e comunicações. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os
autos. P.R.I.C.      Belém, 11 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza
de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00003862920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:NATASHA DA SILVA FORTUNATO VITIMA:S. F. A.
N. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo nº 0000386-
29.2020.8.14.0401 Sentença:      Adoto como relatório o que consta nos autos com base no
dispositivo legal do art. 81, § 3º, da Lei 9.099/95.      Trata-se de Termo Circunstanciado
instaurado para apurar possÃvel ocorrência de conduta delituosa do arts. 140 e 147 do CPB.
      Quanto ao crime do art. 147 do CPB, o Ministério Público manifestou-se requerendo o
arquivamento do feito, em razão do desinteresse da vÃtima e, portanto, falta de justa causa para ação
penal, com fundamento no Enunciado 99 do FONAJE. No que se refere ao crime do art. 140 do CPB, por
sua vez, o Ãrgão Ministerial requereu a declaração da extinção da punibilidade do agente,
conforme fl. 30.      Verifica-se que a vÃtima, embora intimada, não compareceu a este juizado
para audiência preliminar ou demonstrou justificativa de ausência, conforme certidão à fl. 29,
comportamento que revela o seu desinteresse no prosseguimento do feito, deixando de existir justa causa
para ação penal, nos termos do Enunciado 99, do FONAJE, que dispõe: ¿Nas infrações penais
em que haja vÃtima determinada, em caso de desinteresse desta ou de composição civil, deixa de
existir justa causa para ação penal (nova redação - XXIII Encontro - Boa Vista/RR)¿. Â
     Ademais, a vÃtima não ofereceu queixa crime dentro do prazo decadencial, consoante
certidão à fl. 23, uma vez que este expirou em 07/06/2020, provocando a extinção da punibilidade do
agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB. Â Â Â Â Â Â Desse modo, quanto ao crime
do art. 147 do CPB, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por
entender igualmente que não há justa causa para o exercÃcio de ação penal e determino o
ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do Enunciado 99 do FONAJE e do art. 18 do CPP.
Quanto ao crime do art. 140, do CPB, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de NATASHA DA SILVA
FORTUNATO, nos termos do art. 107, IV, do CPB, em virtude da ocorrência da decadência ao direito de
queixa.       Realizem-se as necessárias anotações e comunicações. Observadas as
formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C.      Belém, 11 de agosto de 2021.  SILVANA
MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00006054220208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:MARIO ANTONIO DE BARROS VITIMA:F. H. S. S. .
Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo nº 0000605-
42.2020.8.14.0401 Decisão:      Trata-se de Termo Circunstanciado instaurado para apurar
possÃvel ocorrência de conduta delituosa do art. 147 do CPB.       O Ministério Público
manifestou-se requerendo o arquivamento do feito, em razão do desinteresse da vÃtima e, portanto, falta
de justa causa para ação penal, com fundamento no Enunciado 99 do FONAJE.      Verifica-se
que a vÃtima, embora intimada, não compareceu a este juizado para audiência preliminar ou
demonstrou justificativa de ausência, conforme certidão à fl. 28, comportamento que revela o seu
desinteresse no prosseguimento do feito, deixando de existir justa causa para ação penal, nos termos
do Enunciado 99, do FONAJE, que dispõe: ¿Nas infrações penais em que haja vÃtima determinada,
em caso de desinteresse desta ou de composição civil, deixa de existir justa causa para ação penal
(nova redação - XXIII Encontro - Boa Vista/RR)¿.        Desse modo, consistindo a justa
causa em condição essencial para o exercÃcio do direito de ação na esfera criminal, acolho as
razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender igualmente que não há
justa causa para o exercÃcio de ação penal, razão pela qual determino o ARQUIVAMENTO do
presente feito, nos termos do Enunciado 99 do FONAJE e do art. 395, III do CPP. Â Â Â Â Â Â Realizem-
se as necessárias anotações e comunicações. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os
autos. P.R.I.C.      Belém, 11 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza
de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.
1102
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00011605920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:LINDY MAYARA FARIAS DOS SANTOS AUTOR DO
FATO:LUCILENE FARIAS ALVES VITIMA:M. P. S. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal
de Belém. Processo nº 0001160-59.2020.8.14.0401 Decisão:      Trata-se de Termo
Circunstanciado instaurado para apurar possÃvel ocorrência de conduta delituosa do art. 129 do CPB.
      O Ministério Público manifestou-se requerendo o arquivamento do feito, em razão do
desinteresse da vÃtima e, portanto, falta de justa causa para ação penal, com fundamento no
Enunciado 99 do FONAJE.      Verifica-se que a vÃtima, embora intimada, não compareceu a este
juizado para audiência preliminar ou demonstrou justificativa de ausência, conforme certidão à fl. 40,
comportamento que revela o seu desinteresse no prosseguimento do feito, deixando de existir justa causa
para ação penal, nos termos do Enunciado 99, do FONAJE, que dispõe: ¿Nas infrações penais
em que haja vÃtima determinada, em caso de desinteresse desta ou de composição civil, deixa de
existir justa causa para ação penal (nova redação - XXIII Encontro - Boa Vista/RR)¿. Â
      Desse modo, consistindo a justa causa em condição essencial para o exercÃcio do direito
de ação na esfera criminal, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público,
por entender igualmente que não há justa causa para o exercÃcio de ação penal, razão pela qual
determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do Enunciado 99 do FONAJE e do art. 395,
III do CPP.       Realizem-se as necessárias anotações e comunicações. Observadas as
formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C.      Belém, 11 de agosto de 2021.  SILVANA
MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00011761320208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:FABIO JOSE DE OLIVEIRA MOURA VITIMA:G. S. E.
. Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo nº 0001176-
13.2020.8.14.0401 Decisão:      Trata-se de Termo Circunstanciado instaurado para apurar
possÃvel ocorrência de conduta delituosa do art. 21 da LCP.       O Ministério Público
manifestou-se requerendo o arquivamento do feito, em razão do desinteresse da vÃtima e, portanto, falta
de justa causa para ação penal, com fundamento no Enunciado 99 do FONAJE.      Verifica-se
que a vÃtima, embora intimada, não compareceu a este juizado para audiência preliminar ou
demonstrou justificativa de ausência, conforme certidão à fl. 28, comportamento que revela o seu
desinteresse no prosseguimento do feito, deixando de existir justa causa para ação penal, nos termos
do Enunciado 99, do FONAJE, que dispõe: ¿Nas infrações penais em que haja vÃtima determinada,
em caso de desinteresse desta ou de composição civil, deixa de existir justa causa para ação penal
(nova redação - XXIII Encontro - Boa Vista/RR)¿.        Desse modo, consistindo a justa
causa em condição essencial para o exercÃcio do direito de ação na esfera criminal, acolho as
razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender igualmente que não há
justa causa para o exercÃcio de ação penal, razão pela qual determino o ARQUIVAMENTO do
presente feito, nos termos do Enunciado 99 do FONAJE e do art. 395, III do CPP. Â Â Â Â Â Â Realizem-
se as necessárias anotações e comunicações. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os
autos. P.R.I.C.      Belém, 11 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza
de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00012359820208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:LUIZ PEDRO COSTA PINHEIRO Representante(s):
OAB 7960 - HILDEMAN ANTONIO ROMERO COLMENARES JR. (ADVOGADO) AUTOR DO
FATO:ROSELY BARREIROS VIANA Representante(s): OAB 30846 - ITALO PIRES FREITAS
(ADVOGADO) VITIMA:S. A. C. . Processo nº: 0001235-98.2020.8.14.0401 AUTOR: LUIZ PEDRO
COSTA PINHEIRO, CPF: 949.678.572-72; ROSELY BARREIROS VIANA, CPF: 177.124.162-49
Advogado de Luiz Pedro: Hildeman Antônio Romero Colmenares Junior, OAB/PA: 7960 Advogado de
Rosely Viana: Italo Pires Freitas, OAB/PA: 30846 VÃTIMA: SALOMAO ALMEIDA CARNEIRO, menor
representado por DIANA ALMEIDA CUNHA CARNEIRO, CPF: 867.576.952-00 Art. 146 DO CPB TERMO
DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR  Aos 11/08/2021, à s 09:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de
audiências da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a Dra. SILVANA MARIA
1103
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de Direito, o Ministério Público na pessoa da Dra. Bethânia Maria da
Costa Corrêa, ambas através de vÃdeoconferência (Microsoft Teams), comigo Auxiliar Judiciária, aÃ
no horário aprazado para a audiência, presentes as partes. Autores acompanhados de advogado.
Aberta a audiência, a representante da vÃtima declarou que não há testemunha ou outro meio de
prova da infração penal para indicar. Em seguida, foi dada a palavra ao Ministério Público, que se
manifestou nos seguintes termos: ¿MM. JuÃza, diante da declaração da vÃtima de que não possui
testemunhas a indicar que comprove a existência do crime do art. 146 do CPB, a existência da
infração e sua autoria não restam comprovadas. Portanto, não havendo prova da existência do
crime e sua autoria, o MP não tem como cumprir o disposto no art. 41 do CPP, e, diante da ausência de
justa causa da ação penal, requer o arquivamento na forma da Lei, na analogia do art. 395, III do CPP.
Pede deferimento¿. A seguir, a MM. JuÃza passou a proferir a decisão: ¿Considerando a falta de
justa causa para a ação penal, acolho o requerimento do Ministério Público, que adoto para
fundamentar a presente decisão, relativamente a este Termo Circunstanciado de Ocorrência e lhe
determino o ARQUIVAMENTO, com fundamento nos art. 18 do CPP. Sem custas. Procedam-se à s
anotações e comunicações necessárias. P.R.I.C. e, após, arquivem-se os autos¿. Nada mais
havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi.
JuÃza: Ministério Público: Autor (Luiz Pedro): Advogado de Luiz Pedro (Hildeman): Autor (Rosely):
Advogado de Rosely (Italo): Representante do menor (Diana):

PROCESSO: 00012446020208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:INES FERREIRA DE ALMEIDA AUTOR DO
FATO:JOSE GOMES DE ALMEIDA VITIMA:A. T. R. M. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial
Criminal de Belém Processo n. 0001244-60.2020.8.14.0401       Decisão:      Tratam os
autos de TCO instaurado para apurar a suposta prática do crime previsto no art. 42, II da LCP.
      O órgão ministerial manifestou-se pelo arquivamento dos autos, alegando não haver
indÃcios suficientes para comprovação da materialidade delitiva e autoria quanto ao crime investigado,
não havendo provas testemunhais que pudessem comprovar o delito. Portanto, falta de justa causa para
ação penal, com fundamento no art. 41 do CPP (fl. 45).       Verifica-se que, de fato, não há
provas suficientes para comprovar qualquer incidência do crime, pois, pois a mÃdia apresentada não
identifica que a senhora Inês Ferreira de Almeida e o senhor José Gomes de Almeida tenham sido os
causadores de tais acusações, não sendo circunstância cabal na comprovação da materialidade
e autoria, o que incide diretamente na ausência de provas quanto a materialidade do suposto crime. Â
      Consistindo a falta de justa causa, condição essencial para o exercÃcio do direito de
ação na esfera criminal, e considerando que a vÃtima não mais retornou a este Juizado para
apresentar mais provas, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, e
determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, e dos arts. 41 e 395, III, do CPP. Â Â Â Â Â Â Realizem-
se as necessárias anotações e comunicações. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os
autos. Sem custas. P.R.I.C.      Belém, 11 de agosto de 2021. SILVANA MARIA DE LIMA E
SILVA JuÃza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00015511420208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:CLAUDIO SAMUEL DE MORAES
SILVA Representante(s): OAB 6155 - FRANCINEY GOES CARDOSO (ADVOGADO) VITIMA:M. A. L.
Representante(s): OAB 21032 - THIAGO JOSE SOUZA DOS SANTOS (ADVOGADO) . Gabinete da 4ª
Vara do Juizado Especial Criminal da Capital Processo nº 0001551-14.2020.8.14.0401
     Despacho:      Considerando o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público,
designo audiência de instrução e julgamento para o dia 28/04/2022 às 10 horas e 00 minutos.
     Cite-se o denunciado consignando-se no mandado que deve comparecer devidamente
acompanhado por seus advogados, e que, na falta destes, haverá nomeação de Defensor Público, e
que devem trazer suas testemunhas, ou apresentar requerimento para intimação destas, nos termos do
art. 78, § 1º, da Lei nº 9.099/95.      Intime(m)-se a(s) vÃtima(s) e a(s) testemunha(s)
arrolada(s) na peça exordial. Int. Cumpra-se. Belém, 11 de agosto de 2021. SILVANA MARIA DE LIMA
E SILVA JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

PROCESSO: 00018083920208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


1104
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo


Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:NEIDE ANA ANDRE FREITAS VITIMA:O. E. .
Processo nº: 0001808-39.2020.8.14.0401 AUTOR: NEIDE ANA ANDRE FREITAS VÃTIMA: O ESTADO
Art. 331 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Aos 11/08/2021, Ã s 11:00 horas, nesta cidade
de Belém, na sala de audiências da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a
Dra. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de Direito, o Ministério Público na pessoa da Dra.
Bethânia Maria da Costa Corrêa, ambas através de vÃdeoconferência (Microsoft Teams), comigo
Auxiliar Judiciária, aà no horário aprazado para a audiência, ausente o autor. Aberta a audiência, foi
dada a palavra ao Ministério Público, que se manifestou nos seguintes termos: "MM JuÃza,
considerando que não há testemunhas nos autos, apenas a guarnição, bem como nenhum outro
meio de prova admitido em direito, o MP não dispõe do suporte probatório imprescindÃvel para o
prosseguimento do feito, conforme exigência do art. 41 do CPP. Diante da ausência de suporte
probatório, o MP requer o arquivamento dos autos por falta de justa causa para a ação penal, na
analogia do art. 395, III do CPP. Pede deferimento¿. A seguir, a MM. JuÃza passou a proferir a
decisão: ¿Vistos, etc. Adoto como relatório que dos autos consta, com base no permissivo legal do art.
81, § 3º, da Lei 9.099/95. Considerando a falta de justa causa para a ação penal, acolho o
requerimento do Ministério Público, que adoto para fundamentar a presente decisão, relativamente a
este Termo Circunstanciado de Ocorrência e lhe determino o ARQUIVAMENTO, com fundamento no art.
18 do CPP. Sem custas. Procedam-se às anotações e comunicações necessárias. E, após,
arquivem-se os autos. Publicada em audiência¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo.
Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza: Ministério Público:

PROCESSO: 00114633520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:GILSON RODRIGUES DA PAZ VITIMA:O. E. .
Processo nº: 0011463-35.2020.8.14.0401 AUTOR: GILSON RODRIGUES DA PAZ VÃTIMA: O ESTADO
Art. 331 DO CPB TERMO DE AUDIÃNCIA PRELIMINAR Â Aos 11/08/2021, Ã s 10:30 horas, nesta cidade
de Belém, na sala de audiências da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a
Dra. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de Direito, o Ministério Público na pessoa da Dra.
Bethânia Maria da Costa Corrêa, ambas através de vÃdeoconferência (Microsoft Teams), comigo
Auxiliar Judiciária, aà no horário aprazado para a audiência, ausente o autor. Aberta a audiência, foi
dada a palavra ao Ministério Público, que se manifestou nos seguintes termos: "MM JuÃza, tendo em
vista que não há testemunhas nos autos, bem como nenhum outro meio de prova admitido em direito, o
MP não dispõe do suporte probatório imprescindÃvel para o prosseguimento do feito, conforme
exigência do art. 41 do CPP. Diante da ausência de suporte probatório, o MP requer o arquivamento
dos autos por falta de justa causa para a ação penal, na analogia do art. 395, III do CPP. Pede
deferimento¿. A seguir, a MM. JuÃza passou a proferir a decisão: ¿Vistos, etc. Adoto como relatório
que dos autos consta, com base no permissivo legal do art. 81, § 3º, da Lei 9.099/95. Considerando a
falta de justa causa para a ação penal, acolho o requerimento do Ministério Público, que adoto para
fundamentar a presente decisão, relativamente a este Termo Circunstanciado de Ocorrência e lhe
determino o ARQUIVAMENTO, com fundamento no art. 18 do CPP. Sem custas. Procedam-se à s
anotações e comunicações necessárias. E, após, arquivem-se os autos. Publicada em
audiência¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo. Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar
Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza: Ministério Público:

PROCESSO: 00180991720208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:EDY DE JESUS TRINDADE
VITIMA:M. J. S. B. G. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital Processo nº
0018099-17.2020.8.14.0401      Despacho:      Considerando o oferecimento da denúncia
pelo Ministério Público, designo audiência de instrução e julgamento para o dia 02/06/2022 às 10
horas e 00 minutos. Â Â Â Â Â Cite-se o denunciado consignando-se no mandado que deve comparecer
devidamente acompanhado por seus advogados, e que, na falta destes, haverá nomeação de
Defensor Público, e que devem trazer suas testemunhas, ou apresentar requerimento para intimação
destas, nos termos do art. 78, § 1º, da Lei nº 9.099/95.      Intime(m)-se a(s) vÃtima(s) e a(s)
testemunha(s) arrolada(s) na peça exordial. Int. Cumpra-se. Belém, 11 de agosto de 2021. SILVANA
MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital
1105
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00209879020198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:JOANA VERA PEDREIRA DA SILVA
Representante(s): OAB 29296 - AGNOSVALDO DE SOUZA CASTRO (ADVOGADO) VITIMA:A. O. S.
Representante(s): OAB 20677 - JOSE DA COSTA TOURINHO NETO (ADVOGADO) . Gabinete da 4ª
Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo nº 0020987-90.2019.8.14.0401 Decisão:
     Trata-se de Termo Circunstanciado instaurado para apurar possÃvel ocorrência de conduta
delituosa do art. 147 CPB e art. 65 da LCP.       O Ministério Público manifestou-se requerendo
o arquivamento do feito, em razão do desinteresse da vÃtima e, portanto, falta de justa causa para
ação penal, com fundamento no Enunciado 99 do FONAJE.      Verifica-se que a vÃtima não
compareceu a este juizado para apresentar quais ameaças foram proferidas pelo suposto autor do fato e
a data que o fato ocorreu, comportamento que revela o seu desinteresse no prosseguimento do feito,
deixando de existir justa causa para ação penal, nos termos do Enunciado 99, do FONAJE, que
dispõe: ¿Nas infrações penais em que haja vÃtima determinada, em caso de desinteresse desta ou
de composição civil, deixa de existir justa causa para ação penal (nova redação - XXIII Encontro -
Boa Vista/RR)¿.        Desse modo, consistindo a justa causa em condição essencial para o
exercÃcio do direito de ação na esfera criminal, acolho as razões oferecidas pela representante do
Ministério Público, por entender igualmente que não há justa causa para o exercÃcio de ação
penal, razão pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do Enunciado 99 do
FONAJE e do art. 395, III do CPP.       Realizem-se as necessárias anotações e
comunicações. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C.      Belém,
11 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do
JECrim de Belém.

PROCESSO: 00218455820188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 11/08/2021 VITIMA:J. C. R. M. AUTOR:JOSE MARIA MARTINS
MARTHA NETO Representante(s): OAB 26671 - MATHEUS CALANDRINI SILVA GRAIM (ADVOGADO) .
Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém Processo nº 0021845-58.2018.8.14.0401
     Decisão:      Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da
Lei nº 9.099/95.      Trata-se de Termo Circunstanciado de Ocorrência instaurado para apurar a
suposta prática da conduta delituosa prevista no art. 303, do CTB, em que figura como autor do fato
JOSE MARIA MARTINS MARTHA NETO e como vÃtima JULIO CEZAR DA ROCHA MEDEIROS.
     Instado a se manifestar, o Ministério Público manifestou-se à fl. 144/145 pelo arquivamento
do feito, em virtude do acordo de composição civil realizado no Juizado Especial de Acidentes de
Trânsito, gerando falta de condição de procedibilidade da ação penal.      Desse modo,
consoante dispõe o art. 61, do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a
punibilidade, deverá declará-lo de ofÃcio. Além disso, conforme a orientação do Enunciado nº 113
- FONAJE: ¿Até a prolação da sentença é possÃvel declarar a extinção da punibilidade do
autor do fato pela renúncia expressa da vÃtima ao direito de representação ou pela conciliação¿.
     Manuseando os autos, verifica-se a realização da conciliação por meio do acordo
pecuniário, conforme termo à fl. 141, razão pela qual constata-se a carência de condição de
procedibilidade para o prosseguimento do feito, nos termos do art. 24 e 395, II, do CPP. Â Â Â Â Â Pelo
exposto, homologo a renúncia da vÃtima, a fim de que produzam seus efeitos jurÃdicos e legais, e julgo
extinta a punibilidade em relação ao autor do fato JOSE MARIA MARTINS MARTHA NETO, ao qual foi
imputado o crime do artigo 303, do CTB, nos termos do art. 107, V, do CPB, c/c art. 74, § único da Lei
9099/95 e Enunciado nº 113 do FONAJE, pela renúncia expressa ao direito de representação da
vÃtima.       Realizem-se as anotações e comunicações necessárias. Observadas as
formalidades legais, arquivem-se os autos. Sem custas.      P.R.I.C.      Belém, 11 de
agosto de 2021.   SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do
JECrim de Belém.

PROCESSO: 00267203720198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:JULIO REIS QUEIROZ VITIMA:A. H. M. . Gabinete da
4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo nº 0026720-37.2019.8.14.0401 Sentença:
1106
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

     Adoto como relatório o que consta nos autos com base no dispositivo legal do art. 81, § 3º,
da Lei 9.099/95. Â Â Â Â Â Trata-se de Termo Circunstanciado instaurado para apurar possÃvel
ocorrência de conduta delituosa do art. 21 da LCP, art. 140 e art. 150 do CPB.       Quanto ao
crime do art. 150 do CPB e contravenção penal art. 21 da LCP, o Ministério Público manifestou-se
requerendo o arquivamento do feito, em razão do desinteresse da vÃtima e, portanto, falta de justa causa
para ação penal, com fundamento no Enunciado 99 do FONAJE. No que se refere ao crime do art.140
do CPB, por sua vez, o Ãrgão Ministerial requereu a declaração da extinção da punibilidade do
agente, conforme fl. 28.      Verifica-se que a vÃtima, embora intimada, não compareceu a este
juizado para audiência preliminar ou demonstrou justificativa de ausência, conforme certidão à fl. 27,
comportamento que revela o seu desinteresse no prosseguimento do feito, deixando de existir justa causa
para ação penal, nos termos do Enunciado 99, do FONAJE, que dispõe: ¿Nas infrações penais
em que haja vÃtima determinada, em caso de desinteresse desta ou de composição civil, deixa de
existir justa causa para ação penal (nova redação - XXIII Encontro - Boa Vista/RR)¿. Â
     Ademais, a vÃtima não ofereceu queixa crime dentro do prazo decadencial, consoante
certidão à fl. 20, uma vez que este expirou em 26/04/2020, provocando a extinção da punibilidade do
agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB. Â Â Â Â Â Â Desse modo, quanto ao crime
do art. 150 do CPB e art. 21 da LCP, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério
Público, por entender igualmente que não há justa causa para o exercÃcio de ação penal e
determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do Enunciado 99 do FONAJE e do art. 18 do
CPP. Quanto ao crime do art. 140, do CPB, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de JULIO REIS
QUEIROZ, nos termos do art. 107, IV, do CPB, em virtude da ocorrência da decadência ao direito de
queixa.       Realizem-se as necessárias anotações e comunicações. Observadas as
formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C.      Belém, 11 de agosto de 2021.  SILVANA
MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00293324520198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:OTONIEL FIALHO CAMPOS FILHO VITIMA:M. C. C.
J. . Processo nº: 0029332-45.2019.8.14.0401 AUTOR: OTONIEL FIALHO CAMPOS FILHO VÃTIMA:
MOURAO CARRERA CARDOSO JUNIOR, CPF: 636.602.882-68 Art. 129 DO CPB TERMO DE
AUDIÃNCIA PRELIMINAR  Aos 11/08/2021, à s 10:10 horas, nesta cidade de Belém, na sala de
audiências da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde presente se achava a Dra. SILVANA MARIA
DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de Direito, o Ministério Público na pessoa da Dra. Bethânia Maria da
Costa Corrêa, ambas através de vÃdeoconferência (Microsoft Teams), comigo Auxiliar Judiciária, aÃ
no horário aprazado para a audiência, presente somente a vÃtima. Aberta a audiência, restou
impossibilitada a tentativa de conciliação/composição entre as partes, face a ausência do autor do
fato. Na oportunidade, a vÃtima manifestou interesse no prosseguimento do feito. Em seguida, foi dada a
palavra ao Ministério Público, que se manifestou nos seguintes termos: "MM. JuÃza, o MP requer vistas
dos autos. Pede deferimento¿. A seguir, a MM. JuÃza deliberou nos seguintes termos: ¿Dê-se vistas
dos autos à representante do Ministério Público¿. Nada mais havendo, foi encerrado o presente
termo. Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza: Ministério Público:
VÃtima (Mourão):

PROCESSO: 00302609320198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 11/08/2021 AUTOR DO FATO:ELY MAICON MICHILES TAVEIRA Representante(s):
OAB 28289 - JOSINEI SILVA DA SILVA (ADVOGADO) VITIMA:A. M. B. S. VITIMA:M. N. A. . Gabinete da
4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo nº 0030260-93.2020.8.14.0401 Decisão:
     Trata-se de Termo Circunstanciado instaurado para apurar possÃvel ocorrência de conduta
delituosa do art. 129 do CPB.       O Ministério Público manifestou-se requerendo o
arquivamento do feito, em razão do desinteresse da vÃtima e, portanto, falta de justa causa para ação
penal, com fundamento no Enunciado 99 do FONAJE. Â Â Â Â Â Verifica-se que as vÃtimas, embora
intimadas, não compareceram a este juizado para audiência preliminar ou demonstraram justificativa de
ausência, conforme certidão à fl. 41, comportamento que revela o desinteresse no prosseguimento do
feito, deixando de existir justa causa para ação penal, nos termos do Enunciado 99, do FONAJE, que
dispõe: ¿Nas infrações penais em que haja vÃtima determinada, em caso de desinteresse desta ou
de composição civil, deixa de existir justa causa para ação penal (nova redação - XXIII Encontro -
1107
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Boa Vista/RR)¿.        Desse modo, consistindo a justa causa em condição essencial para o
exercÃcio do direito de ação na esfera criminal, acolho as razões oferecidas pela representante do
Ministério Público, por entender igualmente que não há justa causa para o exercÃcio de ação
penal, razão pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do Enunciado 99 do
FONAJE e do art. 395, III do CPP.       Realizem-se as necessárias anotações e
comunicações. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C.      Belém,
11 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do
JECrim de Belém.

PROCESSO: 00001622020018140401 PROCESSO ANTIGO: 200120001788


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:ALVARO DA SILVA BRAGA JUNIOR
VITIMA:E. S. E. S. COATOR:TCO. N§ 767/2000 - SU/COMERCIO. ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00001949620208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 12/08/2021 AUTOR DO FATO:JOAO AUGUSTO DE JESUS CORREA JUNIOR
VITIMA:M. N. C. O. . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital Processo nº
0000194-96.2020.8.14.0401 Despacho: Considerando o termo de renúncia à fl. 33, dê-se vista dos
autos ao Ministério Público para manifestação. Belém, 12 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA
DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00002882719998140401 PROCESSO ANTIGO: 199920003210


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 ADVOGADO:HUGO CESAR DE MIRANDA CINTRA
REU:JEFFERSON PEREIRA DE LIBORIO Representante(s): HUGO CESAR DE MIRANDA CINTRA
(ADVOGADO) PORFIRIA LUCIA CARNEIRO DE LIMA OAB/PA 6777 (ADVOGADO) VITIMA:M. C. S. P.
COATOR:IPN. 108/98 - DP/PEDREIRA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00005466619938140401 PROCESSO ANTIGO: 199320004064


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:R. L. S. INDICIADO:ANTONIO ESAU DE
OLIVEIRA NILANDER COATOR:I.P/N. 141/92 - U. P DA MARAMBAIA. ATO ORDINATÃRIO
Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do
sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral
do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para
proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas
baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de
Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00005700420058140401 PROCESSO ANTIGO: 200520013779


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:FABIO GENILSON FERNANDES DOS
REMEDIOS VITIMA:R. L. A. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já
1108
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base
no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia
10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00005705920038140401 PROCESSO ANTIGO: 200320018622


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:J. C. O. AUTOR:ELBER LIMA DA
CONCEICAO AUTOR:JOAO CARLOS GUEDES LINS AUTOR:RONALDO RAMOS AUTOR:MANOEL
LUIZ DE SANTA MARIA PINHEIRO AUTOR:LUCIANA DE SANTA MARIA PINHEIRO. ATO
ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto
ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00006034620018140401 PROCESSO ANTIGO: 200120006532


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:G. A. S. AUTOR:ELIZALDO DOS SANTOS
COATOR:TCO. N§ 115/2001 - DCCI/MULHER. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00007546720018140401 PROCESSO ANTIGO: 200120008085


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:RENATO ALMEIDA SARAIVA VITIMA:E. D.
R. COATOR:TCO. N§ 20010001024 - DATA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00008768120038140401 PROCESSO ANTIGO: 200320028655


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:N. S. C. AUTOR:JEAN CLAYTON CUNHA
PAIXAO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta
como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00009483320048140401 PROCESSO ANTIGO: 200420024363


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:FERNANDA DUARTE DA SILVA VITIMA:V.
B. R. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como
ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
1109
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00009638119968140401 PROCESSO ANTIGO: 199520069734


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:R. T. A. INDICIADO:GILSON COSTA DOS
SANTOS COATOR:IPN. 312/95 - SU/CREMACAO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00010047820018140401 PROCESSO ANTIGO: 200120010901


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:A. C. AUTOR:EDIMILSON DA SILVA
CARNEIRO COATOR:TCO. N§ 162/2000 - DEMA. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente
processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária
do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da
Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO
DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta
Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados
Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00010235920008140401 PROCESSO ANTIGO: 199920226319


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:O. E. AUTOR:JOSE LUIS PEREIRA
COATOR:TCO. N§ 066/99 - DOA/DIOE. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo,
embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA,
com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do
dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS
PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de
Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais
Criminais de Belém.

PROCESSO: 00010494720018140401 PROCESSO ANTIGO: 200120011357


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:ORLANDO TAVARES DAMASCENO
VITIMA:A. S. L. COATOR:TCO. N§ 2001001189 - DP/TELEGRAFO. ATO ORDINATÃRIO Considerando
que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de
Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE,
publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para proceder o
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas baixas nos
Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento
Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00011278720038140401 PROCESSO ANTIGO: 200320036856


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:ELI BRITO DO NASCIMENTO VITIMA:E. C.
S. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como
ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
1110
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00011735120038140401 PROCESSO ANTIGO: 200320038315


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:EDNEI LOUREIRO CAVALCANTE VITIMA:J.
N. C. C. . ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta
como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00011908919958140401 PROCESSO ANTIGO: 199520018628


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:S. B. L. INDICIADO:RAIMUNDO NONATO DE
ALCANTARA PEREIRA JR. COATOR:IPN. 167/94 - SU/SACRAMENTA. ATO ORDINATÃRIO
Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO junto ao IEJUD do
sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral
do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato ordinatório para
proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se procedam as devidas
baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral UPJ-Unidade de
Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00012041420048140401 PROCESSO ANTIGO: 200420031920


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:O. E. AUTOR:ALBEDIAS FERNANDES
RIBEIRO. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta
como ATIVO junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento
nº006/2006 da Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o
presente ato ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS,
para que se procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial.
Secretaria Geral UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00012288820048140401 PROCESSO ANTIGO: 200420032655


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:A. K. O. AUTOR:LUIS CARLOS MARTINS.
ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO
junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00012391220038140401 PROCESSO ANTIGO: 200320040526


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 AUTOR:ELSO DE SOUSA MORAES VITIMA:B. N. P.
. ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO
junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00013694120038140401 PROCESSO ANTIGO: 200320044776


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANA DANIELA RIBEIRO TEIXEIRA A??o: Ação
1111
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 VITIMA:L. S. G. AUTOR:CID DE SOUSA MARTINS.


ATO ORDINATÃRIO Considerando que o presente processo, embora já arquivado, consta como ATIVO
junto ao IEJUD do sistema de Gestão Judiciária do TJE-PA, com base no Provimento nº006/2006 da
Corregedoria Geral do TJE, publicado no Diário da Justiça do dia 10/10/2006, lavro o presente ato
ordinatório para proceder o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO DOS PRESENTES AUTOS, para que se
procedam as devidas baixas nos Ãndices desta Unidade de Processamento Judicial. Secretaria Geral
UPJ-Unidade de Processamento Judicial Juizados Especiais Criminais de Belém.

PROCESSO: 00075550420198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Inquérito
Policial em: 12/08/2021 INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:F. L. S. M. . Gabinete da 4ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém. Processo nº 0007555-04.2019.8.14.0401 Despacho:
     Considerando que os presentes autos vieram redistribuÃdos, dê-se vista ao Ministério
Público para manifestação. Belém, 12 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA
 JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém PROCESSO: 00076130720198140401

PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE


LIMA E SILVA A??o: Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021
QUERELANTE:ALESSANDRA DIAS BORSERO Representante(s): OAB 21520 - BRUNO COSTA
MENDONÇA (ADVOGADO) OAB 1993 - NELSON MONTALVAO DAS NEVES (ADVOGADO) OAB 26942
- NELSON PEDRO BATISTA DAS NEVES (ADVOGADO) QUERELADO:OLDEMAR PEREIRA ALVES.
Processo nº 0007613-07.2019.8.14.0401 (QUEIXA) / 0028891-98.2018.8.14.0401 (TCO)
QUERELADO(S): OLDEMAR PEREIRA ALVES QUERELANTE(S): ALESSANDRA DIAS BORSERO,
CPF: 488.869.472-91 Advogado da querelante: Bruno Costa Mendonça, OAB/PA: 21520 Artigo: 139 DO
CPB TERMO DA AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO E JULGAMENTO Â Â Â Â Â Aos 12/08/2021, Ã s 09:30
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal, onde
presente se achava a Dra. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA, MM. JuÃza de Direito, o Ministério
Público na pessoa da Dra. Bethânia Maria da Costa Corrêa, ambas através de vÃdeoconferência
(Microsoft Teams), comigo Auxiliar Judiciário, aà no horário aprazado para a audiência, presentes a
querelante, acompanhada de advogado, e a testemunha arrolada na queixa. Aberta a audiência, restou
impossibilitada a tentativa de conciliação/composição entre as partes. Na oportunidade, a vÃtima
manifestou interesse no prosseguimento do feito. O advogado da querelante requereu a juntada da cópia
da petição do querelado, que informa seu endereço e novo número de telefone, bem como que seja
remarcada a audiência e que a intimação do querelado seja feita por Hora Certa. Em seguida, foi dada
a palavra ao Ministério Público, que se manifestou nos seguintes termos: ¿MM. JuÃza, o MP opina
favorável ao requerimento do advogado da parte querelante. Desta feita, opina pela remarcação da
presente audiência de instrução e reitera o entendimento de que deve ser aplicada a citação por
hora certa, prevista no art. 362 do CPP c/c Enunciado nº 110 do FONAJE, e que seja designado um
Oficial de Justiça que não esteja em regime diferenciado de trabalho, para que a intimação seja
presencial. à a manifestação¿. A seguir, a MM. JuÃza se manifestou nos seguintes termos: ¿Acolho
o requerimento do advogado da querelante e determino a juntada do documento apresentado.
Considerando que o querelado não foi citado e intimado para o ato, redesigno a presente audiência
para o dia 07/10/2021 às 10:00 horas, determinando a intimação deste por HORA CERTA, nos termos
do art. 362 do CPP, cumulado com o enunciado nº 110 do FONAJE, observando, para o ato, que seja
designado um Oficial de Justiça que não esteja em regime diferenciado de trabalho, para que a
intimação seja presencial. Cientes e intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo, foi
encerrado o presente termo. Eu, ________, Aline Reis, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi. JuÃza:
Ministério Público: Querelante (Alessandra): Advogado da querelante (Bruno): Testemunha (Ronlon):

PROCESSO: 00204251820188140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Termo
Circunstanciado em: 12/08/2021 DENUNCIADO:MARIA SULAMITA DA SILVA GOMES VITIMA:M. X. C. .
Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo n° 0020425-
18.2018.8.14.0401. Despacho:      Considerando o teor da decisão às fls. 62/63 e a petição
juntada às fls.65/66, após o trânsito em julgado, arquivem-se estes autos de TCO, com as devidas
cautelas. Belém, 12 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA  JuÃza de Direito,
Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.
1112
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO: 00213573520208140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 QUERELANTE:TIAGO SILVA BRITO
Representante(s): OAB 26573 - LUCAS AUGUSTO SOUSA FARIAS (ADVOGADO)
QUERELADO:MONICA BARBOSA ABREU. Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de
Belém Processo n. 0021357-35.2020.8.14.0401      Decisão em Embargos de Declaração:
      Trata-se de queixa-crime oferecida por Tiago Silva Brito em desfavor de Monica Barbosa
Abreu, em que imputa a esta a prática das condutas delituosas previstas no art. 139 (difamação) e art.
140 (injúria), do CPB.      A queixa-crime foi rejeitada em decisão à fl. 20, com fundamento no
art. 107, IV, pela ocorrência da decadência do direito de queixa, uma vez que o querelante apresentou a
peça acusatória dia 11/12/2020, e o prazo legal, a princÃpio, teria expirado em 10/06/2021, já que o
fato ocorreu em 11/12/2020, conforme narra a exordial (fl. 03).       O querelante opôs
embargos de declaração (fls. 21/23) alegando que a decisão que rejeitou a presente queixa-crime foi
contraditória, pois, segundo o embargante, tomou como base a data do dia 11/06/2020 como
conhecimento da autoria do fato, quando na verdade foi no dia 12/06/2020, defendendo assim o
ajuizamento da petição tempestiva.       Instado a se manifestar, o Ministério Público deu
razão ao querelante, pois embora as circunstâncias tenham iniciado em 11/06/2020, somente dia
12/06/2020 é que se concretizou os fatos alegados, entendendo pelo provimento dos Embargos e
prosseguimento do feito, conforme fl. 26.       à o breve relatório. Passo a decidir.       O
Código de Processo Penal prevê o prazo decadencial de 06 (seis) meses, cuja natureza é
peremptória e, como regra geral, não está sujeito a interrupção ou suspensão, para exercer o
direito de oferecer queixa (ação penal privada), contados a partir da data em que o legitimado venha a
conhecer a autoria do fato (art. 38 do CPP). Trata-se de considerável perÃodo para a pessoa que se
considera vÃtima de crime contra a honra protocolar a competente queixa-crime. Â Â Â Â Â Â A esse
respeito, segue decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal: PENAL E PROCESSUAL PENAL.
AÃÃO PENAL PRIVADA. CRIME DE DANO (CP, ARTIGO 163). QUEIXA-CRIME OFERECIDA UM DIA
APÃS O VENCIMENTO DO PRAZO DECADENCIAL. CONFIGURAÃÃO DA FIGURA DA DECADÃNCIA,
CUJO PRAZO Ã PEREMPTÃRIO. EXTINÃÃO DA PUNIBILIDADE CORRETAMENTE DECRETADA PELO
JUÃZO DE 1º GRAU. SENTENÃA CONFIRMADA. 1. O prazo decadencial, após o qual a queixa-crime
não será recebida, é de seis (6) meses, contados da data em que o ofendido veio a conhecer a autoria
do fato delituoso. 2. Queixa-crime oferecida um (1) dia após o vencimento do prazo decadencial não
tem como ser acolhida, pois o prazo é peremptório, não admitindo interrupção, suspensão ou
prorrogação. 3. A sentença que deu pela extinção da punibilidade e, conseqüentemente, da
ação penal, decidiu corretamente, em face da adequada análise dos pressupostos cronológicos da
ação penal. (TJ/DF - 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais CÃveis e Criminais do Distrito
Federal - APJ - Apelação Criminal no Juizado Especial - n. processo 2004 05 1 008041-6 - Relator:
JOSà GUILHERME DE SOUZA - DJ 12.05.2006)       Dada a fundamentação legal e
jurisprudencial, observa-se o conflito gerado quanto a data referente ao conhecimento da autoria do fato,
termo essencial para análise decisiva do prosseguimento do feito.       Após detida análise dos
autos e esclarecimentos a respeito do termo inicial, embora haja uma narrativa e menção à data do dia
11 de junho, compreende-se de fato o dia 12/06/2020 como ponto de partida para contagem do prazo
decadencial, condizendo com o Boletim de Ocorrência à fl. 04 dos autos de TCO apensados de n°
0015036-81.2020.8.14.0401, além de ser o dia de encontro pessoal entre as partes em que os delitos
narrados ocorreram, conforme alegação do querelante.       Diante do exposto, CONHEÃO OS
EMBARGOS, e, no mérito, DOU PROVIMENTO DE EFEITO MODIFICANTE à DECISÃO
EMBARGADA, tornando-a sem efeito e, neste mesmo ato, designo audiência de instrução e
julgamento para o dia 02/08/2022 Ã s 09:30h. Â Â Â Â Â Cite-se o(a) querelado(a), consignando-se no
mandado que deve comparecer devidamente acompanhado por seus advogados, e que, na falta destes,
haverá nomeação de Defensor Público, e que devem trazer suas testemunhas, ou apresentar
requerimento para intimação destas, nos termos do art. 78, § 1º, da Lei nº 9.099/95.
     Intimem-se a(s) vÃtima(s) e a(s) testemunha(s) arrolada(s) na peça exordial.
     P.R.I.C.       Belém, 12 de agosto 2021. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza
de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00259010320198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Inquérito
1113
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Policial em: 12/08/2021 VITIMA:A. B. F. INDICIADO:BRUNO RAFAEL BATISTA DA SILVA. Gabinete da


4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém. Processo nº 0025901-03.2019.8.14.0401 Despacho:
     Considerando que os presentes autos vieram redistribuÃdos, dê-se vista ao Ministério
Público para manifestação. Belém, 12 de agosto de 2021.  SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA
 JuÃza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

PROCESSO: 00286448320198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 12/08/2021 DENUNCIADO:ROBERTO PEREIRA SOARES
VITIMA:O. E. TESTEMUNHA:RICHARDSON SOUZA DE ALMEIDA. Gabinete da 4ª Vara do Juizado
Especial Criminal de Belém Processo nº 0028644-83.2019.8.14.0401      Despacho:
     Considerando o requerimento à fl. 64, defiro o pedido formulado e determino a procedência da
realização de audiência de instrução e julgamento, designada para o dia 17/08/2021 às 09:30hs,
por meio virtual com relação ao denunciado, conforme e-mail disponibilizado à fl. 38.
     Ratifica-se que o Tribunal de Justiça do Estado do Pará utiliza a plataforma Microsoft Teams
para as audiências por videoconferência, sendo necessária aos interessados para ingresso ao ato.
     O link para acesso à sala virtual será disponibilizado no endereço eletrônico informado 1
(um) dia anterior à data supracitada.      Com relação a apresentação de peça de resposta
à acusação às fls. 34/48, o procedimento de juizado especial criminal previsto na lei 9.099/95 prevê
a referida defesa de forma oral e em fase de instrução e julgamento e após retorno à fase preliminar,
conforme art. 79 da referida lei, motivo pelo qual será reservado o direito de ser apreciada em tempo
hábil.      Tratando-se do rol de testemunhas arrolado à fl. 39, estas devem ser apresentadas a
audiência independente de intimação, em virtude de não haver tempo cabÃvel ao envio Ã
distribuição para designação de oficial de justiça, considerando o intervalo mÃnimo de 30 dias para
tanto, em razão da do acúmulo de serviço.      Ademais, acautelem-se os autos em secretaria
até a data da audiência de instrução e julgamento já designada em despacho à fl. 31, seguindo a
ordem legal do procedimento deste juÃzo.      Belém, 12 de agosto de 2021. SILVANA MARIA DE
LIMA E SILVA JuÃza de Direito titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00200342920198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA A??o: Ação
Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 13/08/2021 QUERELANTE:ILKA MARIA DE ALMEIDA ROMAO
Representante(s): OAB 28466 - RODRIGO SENA DA SILVA (ADVOGADO) QUERELADO:CLAUDIO
MARCOS DE ALMEIDA ROMAO Representante(s): OAB 3555 - DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM
(ADVOGADO) OAB 8726 - PAULO SERGIO DE LIMA PINHEIRO (ADVOGADO) OAB 15873 - MICHELE
ANDREA TAVARES BELEM (ADVOGADO) . Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da
Capital Processo nº 0020034-29.2019.8.14.0401 Despacho: Considerando a certidão retro, intime-se a
querelante, por meio de seu patrono, para que cumpra o despacho à fl. 68, a saber, o recolhimento as
custas processuais pendentes, no prazo de 10 (dez) dias. Decorrido o prazo acima mencionado, retornem-
se os autos conclusos. Belém, 13 de agosto de 2021. SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA JuÃza de
Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

PROCESSO: 00070138320198140401 PROCESSO ANTIGO: ----


MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Pedido de Busca e Apreensão Criminal
em: REQUERIDO: M. C. S. REQUERENTE: D. V. L. P. A. VITIMA: F. L. S. M.

Número do processo: 0809747-03.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL DE


SÃO BRAS Participação: AUTOR DO FATO Nome: ZAKEU PEREIRA DA SILVA Participação: FISCAL DA
LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: VICTORIA
MARIA BRITO CASANOVA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0809747-03.2021.8.14.0401
1114
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Capitulação Penal: artigo 180 § 3º do CPB.

SENTENÇA:

Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95.

Trata-se de pedido do Ministério Público de arquivamento do presente feito em face dos


fundamentos especificados ao id. 28904526.

Do exame dos autos, observa-se que o objeto em questão foi devolvido para a vítima consoante se vê no
auto de entrega ao id. 28844923, pág. 06.

Dessa forma, inexistindo prejuízo, resulta evidente a atipicidade material sob a ótica do princípio
da insignificância e do princípio da intervenção mínima do Direito Penal.

Assim sendo, diante da falta de justa causa para a ação penal, acolho as razões sustentadas pelo Órgão
Ministerial e determino o ARQUIVAMENTO dos presentes autos, ressalvada a possibilidade de
desarquivamento, conforme dispõe o art. 18 do CPP.

P.R.I. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e comunicações, arquivem-se. Sem
custas.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0801050-90.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: CARLOS DINIZ MORAES DOS
SANTOS Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: VÍTIMA Nome: JOEL CARVALHO DE ARAÚJO

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0801050-90.2021.8.14.0401

Capitulação penal: arts. 129, 147 do CPB

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer representação (ação penal pública condicionada) deverá ser exercido no prazo de
seis meses, a contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

do CPP.

Manuseando os autos, verifica-se a incidência do instituto da decadência, do direito de representar, uma


vez que a representação/ratificação não se procedeu dentro do prazo decadencial, visto que este expirou
em 05/06/2021. Vale ressaltar que a vítima tinha ciência de que deveria comparecer em 10 dias à
secretaria deste juizado para dar andamento ao feito, conforme pág. 11 do TCO de id. 23314588.
Ademais, o Ministério Público se manifestou pela decadência do direito de representar (id. 28358070).

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, julgo extinta a punibilidade de CARLOS DINIZ MORAES DOS SANTOS, em decorrência
dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de representação.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações necessárias. P.R.I.C.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0810707-56.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: ELISANGELA PINTO DA SILVA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: MARIA CELIA POLICARPO SOEIRO

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0810707-56.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando o que dispõe no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI e


fundamentos do art. 2º, §1° da portaria n. 1003/2021-GP, o gabinete da 4ª Vara do JECrim realizou a
intimação da vítima por via telefônica (contato fornecido pela parte via delegacia), a qual informou que
deseja prosseguir com o feito e tomou ciência quanto ao oferecimento da queixa-crime, por se tratar de
ação penal privada.

Pelo exposto, determino o acautelamento dos autos em secretaria, aguardando-se o oferecimento da


queixa-crime dentro do prazo decadencial, sob o fundamento do art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, a qual dispõe que a realização de audiências deve se restringir às matérias
urgentes.

Decorrido o prazo, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 03 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0809056-86.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA CABANAGEM - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: MICHAEL ANTONIO
ROCHA DA SILVA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: VÍTIMA Nome: MARCONI EVANGELISTA CHAGAS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0809056-86.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.

Designo para o próximo DIA 28 DE MARÇO DE 2022, ÀS 09:30 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0800411-72.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA CREMAÇÃO - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: GUSTAVO GABRIEL
SANTOS DOS SANTOS Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: DIEGO PALHETA BATISTA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0800411-72.2021.8.14.0401

Capitulação penal: art. 129 do CPB (desclassificado para o art. 21 da LCP)

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer representação (ação penal pública condicionada) deverá ser exercido no prazo de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

seis meses, a contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38
do CPP.

Manuseando os autos, verifica-se a incidência do instituto da decadência, do direito de representar, uma


vez que não houve a devida representação/ratificação dentro do prazo decadencial, visto que este expirou
em 12/06/2021. Ademais, o Ministério Público se manifestou pela decadência do direito de representar (id.
27516308).

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, julgo extinta a punibilidade de GUSTAVO GABRIEL SANTOS DOS SANTOS, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
representação.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações necessárias. P.R.I.C.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0806981-74.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: TAPANÃ -


DELEGACIA DE POLICIA CIVIL Participação: AUTOR DO FATO Nome: PATRICIA CHAGAS PEREIRA
MOREIRA Participação: AUTOR DO FATO Nome: GILVANA CRISTINA SANTOS DA SILVA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome:
PATRICIA CHAGAS PEREIRA MOREIRA Participação: VÍTIMA Nome: GILVANA CRISTINA SANTOS DA
SILVA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0806981-74.2021.8.14.0401

Capitulação penal: arts. 139 e 147 do CPB

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) ou representação (ação penal pública condicionada)
deverá ser exercido no prazo de seis meses, a contar da data do conhecimento da autoria da infração
penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ao compulsar os autos, verifica-se no presente caso a incidência do instituto da DECADÊNCIA do direito


de representar e de oferecer queixa-crime, uma vez que não houve a devida representação/ratificação
dentro do prazo decadencial pela vítima, nem o oferecimento da peça acusatória. Desse modo, resta
extinta a punibilidade da agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB. Ademais, o
Ministério Público se manifestou pela decadência do direito de representar (id. 27726239).

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, julgo extinta a punibilidade de PATRICIA CHAGAS PEREIRA MOREIRA e GILVANA
1118
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CRISTINA SANTOS DA SILVA, em decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência
da decadência.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações necessárias. P.R.I.C.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0805277-26.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL


URBANA DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: DIEGO DIAS RODRIGUES
Participação: AUTOR DO FATO Nome: MAURILIO RODRIGUES FONTES Participação: AUTOR DO
FATO Nome: RUAN MARGALHO NOGUEIRA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0805277-26.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando o que dispõe no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI e


fundamentos do art. 2º, §1° da portaria n. 1003/2021-GP, o gabinete da 4ª Vara do JECrim realizou a
tentativa de intimação das vítimas por via telefônica (contato fornecido pela parte via delegacia), para que
comparecessem a este Juizado, a fim de informar se deseja prosseguir com o feito, bem como dar ciência
quanto ao oferecimento da queixa-crime, se fosse o caso.

Todavia, restou infrutífera a comunicação por mais de cinco vezes, motivo pelo qual determino o
acautelamento dos autos em secretaria, aguardando-se a devida manifestação das vítimas dentro do
prazo decadencial, com fundamento no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, a
qual determina que a realização de audiências deve se restringir às matérias urgentes.

Decorrido o prazo, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0809902-06.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: CAMILA MACIEL DA SILVA
1119
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

COSTA Participação: AUTOR DO FATO Nome: RAIMUNDO NONATO SANTOS COSTA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome:
VALDILENE MATOS MENDONCA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0809902-06.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.

Designo para o próximo DIA 23 DE MARÇO DE 2022, ÀS 10:10 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0810151-54.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL


URBANA DA SACRAMENTA Participação: AUTOR DO FATO Nome: JESIEL NEVES DA SILVA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: O ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital

Processo nº 0810151-54.2021.8.14.0401

Sentença:

Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato JESIEL NEVES DA SILVA. O
Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é materialmente
atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.

O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve constituir em
ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a referida
violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime previsto
no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é punida, razão
pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.
1120
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A esse respeito, segue decisão do TJ/RS:

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. ART. 28 DA LEI Nº.


11.343/2006. ATIPICIDADE. DA CONDUTA. RESQUÍCIO. DECISÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
MANTIDA. Não se verifica lesão ao bem jurídico na conduta de quem porta drogas para consumo
pessoal, pois esta não importa em lesionar, concretamente, direitos de terceiros e, tampouco, a
saúde pública, daí resultando a atipicidade conduta. Inexistência de dissenso acerca da atipicidade da
conduta quanto se trata de maconha e a quantidade é inferior a 0,5g. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso
Crime Nº 71007599368, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra,
Julgado em 25/06/2018. Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018)

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.

Após, proceda-se baixa na distribuição. Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.


Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C. Sem custas.

Belém, 03 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0800301-73.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA CABANAGEM - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: REGIANE ALVES
DINIZ Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO BENTES MARTINS OAB: 17250/PA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome:
JOYCE DE KASSIA REIS ALVES Participação: VÍTIMA Nome: MARIA DE NAZARE SANTOS FARIAS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0800301-73.2021.8.14.0401

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 29326483), que informa o não oferecimento da queixa-
crime, verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a
extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV,
do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de REGIANE ALVES DINIZ, em decorrência dos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de queixa.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0801779-19.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA DO MARCO Participação: AUTOR DO FATO Nome: HIANCA GABRIELE MARTINS MONTE
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: EDILSON SOZAR MACHADO

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0801779-19.2021.8.14.0401

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 29326449), que informa o não oferecimento da queixa-
crime, verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a
extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV,
do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de HIANCA GABRIELE MARTINS MONTE, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
queixa.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0800327-71.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA CABANAGEM - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: SANDRA NOBRE DE
SOUZA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Participação: VÍTIMA Nome: MARIA CELIA RODRIGUES LOBATO

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0800327-71.2021.8.14.0401

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 29326455), que informa o não oferecimento da queixa-
crime, verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a
extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV,
do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de SANDRA NOBRE DE SOUZA, em decorrência
dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de queixa.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0800177-90.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: Seccional Urbana


da Cremação Participação: AUTOR DO FATO Nome: PEDRINA NAZARÉ ALVES PEREIRA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome:
LENA CLAUDIA ALVES PEREIRA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0800177-90.2021.8.14.0401

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 28607588), que informa o não oferecimento da queixa-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

crime, verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a


extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV,
do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de PEDRINA NAZARÉ ALVES PEREIRA, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
queixa.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0805894-83.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL DE


SÃO BRAS Participação: AUTOR DO FATO Nome: SIMEAO JOSE DA SILVA GONCALVES Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital

Processo nº 0805894-83.2021.8.140401

Sentença:

Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato SIMEÃO JOSE DA SILVA
GONÇALVES. O Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado
é materialmente atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.

O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve
constituir em ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a
referida violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime
previsto no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é
punida, razão pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.

A esse respeito, segue decisão do TJ/RS:

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. ART. 28 DA LEI Nº.


11.343/2006. ATIPICIDADE. DA CONDUTA. RESQUÍCIO. DECISÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
MANTIDA. Não se verifica lesão ao bem jurídico na conduta de quem porta drogas para consumo
pessoal, pois esta não importa em lesionar, concretamente, direitos de terceiros e, tampouco, a
saúde pública, daí resultando a atipicidade conduta. Inexistência de dissenso acerca da atipicidade da
conduta quanto se trata de maconha e a quantidade é inferior a 0,5g. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso
Crime Nº 71007599368, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra,
Julgado em 25/06/2018. Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018)

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Após, proceda-se baixa na distribuição. Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.


Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C. Sem custas.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0805015-76.2021.8.14.0401 Participação: AUTOR Nome: EDUARDO ALT


CAVALCANTE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO ALT CAVALCANTE LIMA OAB:
10162/PA Participação: REU Nome: IVNA LOBATO PIMENTA Participação: REU Nome: ANA CAROLINA
ARAUJO ALT Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0805015-76.2021.8.14.0401

Sentença:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º da Lei nº 9.099/95.

O Querelante manifestou-se ao id. 29097237, informando a desistência da presente queixa-crime.

Nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de ofício a extinção
da punibilidade, se esta for reconhecida.

Manuseando os autos, verifica-se que se trata de hipótese de renúncia expressa ao direito de queixa,
consistindo em ato unilateral, uma vez que ainda não houve o recebimento desta, nos termos do art. 50 do
CPP. Ademais, o art. 107, V do CPB dispõe que a renúncia ao direito de queixa é causa de extinção de
punibilidade.

Pelo exposto, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE do crime em relação às quereladas IVNA LOBATO
PIMENTA e ANA CAROLINA ARAÚJO ALT, pelo suposto crime do art. 139 do CPB, nos termos do art.
107, V, do CPB, em virtude da renúncia ao direito de queixa.

Cancelo audiência preliminar designada para o dia 09/12/2021 às 09:30HS.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações necessárias.

P.R.I.C.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0810253-76.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: POLICIA CIVIL DO


ESTADO DO PARÁ Participação: AUTOR DO FATO Nome: ANDERSON DA SILVA DIAS Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital

Processo nº 0810253-76.2021.8.14.0401

Sentença:

Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato ANDERSON DA SILVA DIAS. O
Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é materialmente
atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.

O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve constituir em
ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a referida
violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime previsto
no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é punida, razão
pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.

A esse respeito, segue decisão do TJ/RS:

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. ART. 28 DA LEI Nº.


11.343/2006. ATIPICIDADE. DA CONDUTA. RESQUÍCIO. DECISÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
MANTIDA. Não se verifica lesão ao bem jurídico na conduta de quem porta drogas para consumo
pessoal, pois esta não importa em lesionar, concretamente, direitos de terceiros e, tampouco, a
saúde pública, daí resultando a atipicidade conduta. Inexistência de dissenso acerca da atipicidade da
conduta quanto se trata de maconha e a quantidade é inferior a 0,5g. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso
Crime Nº 71007599368, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra,
Julgado em 25/06/2018. Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018)

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.

Após, proceda-se baixa na distribuição. Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.


Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C. Sem custas.

Belém, 03 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0805690-39.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL DA


SACRAMENTA Participação: AUTOR DO FATO Nome: VLADIMIR OLIVEIRA CARDOSO Participação:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital

Processo nº 0805690-39.2021.8.14.0401

Decisão:

Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato VLADIMIR OLIVEIRA
CARDOSO. O Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é
materialmente atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.

O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve constituir em
ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a referida
violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime previsto
no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é punida, razão
pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.

A esse respeito, segue decisão do TJ/RS:

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. ART. 28 DA LEI Nº.


11.343/2006. ATIPICIDADE. DA CONDUTA. RESQUÍCIO. DECISÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
MANTIDA. Não se verifica lesão ao bem jurídico na conduta de quem porta drogas para consumo
pessoal, pois esta não importa em lesionar, concretamente, direitos de terceiros e, tampouco, a
saúde pública, daí resultando a atipicidade conduta. Inexistência de dissenso acerca da atipicidade da
conduta quanto se trata de maconha e a quantidade é inferior a 0,5g. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso
Crime Nº 71007599368, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra,
Julgado em 25/06/2018. Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018)

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.

Após, proceda-se baixa na distribuição. Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.


Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C. Sem custas.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0806059-33.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL DE


SÃO BRAS Participação: INVESTIGADO Nome: FABIO MIRANDA PANTOJA Participação: FISCAL DA
LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0806059-33.2021.8.14.0401
1127
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Capitulação Penal: artigo 180 § 3º do CPB.

SENTENÇA:

Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95.

Trata-se de pedido do Ministério Público de arquivamento do presente feito em face dos


fundamentos especificados ao id. 27575808.

Do exame dos autos, observa-se que o objeto em questão foi devolvido para a vítima consoante se vê no
termo de entrega e responsabilidade ao id. 26123379, pág. 23.

Dessa forma, inexistindo prejuízo, resulta evidente a atipicidade material sob a ótica do princípio
da insignificância e do princípio da intervenção mínima do Direito Penal.

Assim sendo, diante da falta de justa causa para a ação penal, acolho as razões sustentadas pelo Órgão
Ministerial e determino o ARQUIVAMENTO dos presentes autos, ressalvada a possibilidade de
desarquivamento, conforme dispõe o art. 18 do CPP.

P.R.I. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e comunicações, arquivem-se. Sem
custas.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0800717-41.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


COMBATE AOS CRIMES DISCRIMINATORIOS E HOMOFOBICOS - BELÉM Participação: AUTOR DO
FATO Nome: RITA DE SENA QUEIROZ Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: ROMULO BARROSO PONTES

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0800717-41.2021.8.14.0401

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
1128
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 29548054), que informa o não oferecimento da queixa-
crime, verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a
extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV,
do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de RITA DE SENA QUEIROZ, em decorrência dos
fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de queixa.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0810725-77.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DIVISÃO DE


CRIMES FUNCIONAIS Participação: AUTOR DO FATO Nome: AMARILDO DE JESUS ALVES RAIOL
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: ELZA SUELY FERREIRA CALANDRINE

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0810725-77.2021.8.14.0401

Sentença:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a contar da
data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Manuseado os autos, verifica-se a decorrência do prazo para o oferecimento de queixa-crime por mais de
06 meses contados do conhecimento da autoria do fato (11/01/2020, conforme TCO de id. 29830135, pág.
03), findo em 10/07/2020, incidindo, portanto, no instituto da DECADÊNCIA do direito de queixa do
ofendido, provocando assim a extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art.
107, IV, do CPB.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de ofício a
extinção da punibilidade, se esta for reconhecida, por ser matéria de ordem pública.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE DE AMARILDO DE JESUS ALVES RAIOL a quem foi
atribuído a prática do art. 139, caput, do CPB, pela ocorrência da decadência do direito de queixa.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações necessárias. Sem
custas. P.R.I.C.

Belém, 11 de agosto de 2021.


1129
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0801129-69.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DO COMERCIO - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: BRENDA RENATA
ROLIM Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: CAMILA LUCIANA TRINDADE DOS SANTOS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0801129-69.2021.8.14.0401

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 29326465), que informa o não oferecimento da queixa-
crime, verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a
extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV,
do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de BRENDA RENATA ROLIM, em decorrência dos
fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de queixa.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0806126-95.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL DE


SÃO BRAS Participação: AUTOR DO FATO Nome: ROBSON BRITO DE ALMEIDA Participação: AUTOR
DO FATO Nome: RAFAEL DA SILVEIRA PANTOJA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital

Processo nº 0806126-95.2021.8.14.0401
1130
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Decisão:

Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato ROBSON BRITO DE ALMEIDA.
O Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é
materialmente atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.

O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve
constituir em ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a
referida violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime
previsto no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é
punida, razão pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.

A esse respeito, segue decisão do TJ/RS:

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. ART. 28 DA LEI Nº.


11.343/2006. ATIPICIDADE. DA CONDUTA. RESQUÍCIO. DECISÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
MANTIDA. Não se verifica lesão ao bem jurídico na conduta de quem porta drogas para consumo
pessoal, pois esta não importa em lesionar, concretamente, direitos de terceiros e, tampouco, a
saúde pública, daí resultando a atipicidade conduta. Inexistência de dissenso acerca da atipicidade da
conduta quanto se trata de maconha e a quantidade é inferior a 0,5g. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso
Crime Nº 71007599368, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra,
Julgado em 25/06/2018. Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018)

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.

Após, proceda-se baixa na distribuição. Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.


Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C. Sem custas.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0804797-48.2021.8.14.0401 Participação: AUTOR Nome: FERNANDO AUGUSTO


PAULINO Participação: ADVOGADO Nome: ANDY WILLIANS PLOSZAI TERRA OAB: 31011/PA
Participação: REU Nome: GLADSON SILVA SIQUEIRA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0804797-48.2021.8.14.0401

Sentença:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º da Lei nº 9.099/95.
1131
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O Querelante manifestou-se ao id. 29749187, informando a desistência da presente queixa-crime.

Nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de ofício a extinção
da punibilidade, se esta for reconhecida.

Manuseando os autos, verifica-se que se trata de hipótese de renúncia expressa ao direito de queixa,
consistindo em ato unilateral, uma vez que ainda não houve o recebimento desta, nos termos do art. 50 do
CPP. Ademais, o art. 107, V do CPB dispõe que a renúncia ao direito de queixa é causa de extinção de
punibilidade.

Pelo exposto, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE do crime em relação ao querelado GLADSON SILVA
SIQUEIRA, pelos supostos crimes dos arts. 139 e 140 do CPB, nos termos do art. 107, V, do CPB, em
virtude da renúncia ao direito de queixa.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações necessárias.

P.R.I.C.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0800802-27.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: Seccional Urbana


da Cremação Participação: AUTOR DO FATO Nome: DEBORA MAUÉS SILVA DE SOUZA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome:
ABRAO QUEIROZ CAMPOS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0800802-27.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando a certidão de id. 29550296, dê-se vista dos autos ao Ministério Público para manifestação.

Belém, 2 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0810071-90.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DEMAPA -


DELEGACIA ESPECIALIZADA DE MEIO AMBIENTE E PROTEÇÃO ANIMAL Participação: AUTOR DO
FATO Nome: JOSE OTAVIO DOS SANTOS COSTA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
1132
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0810071-90.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.

Designo para o próximo DIA 28 DE MARÇO DE 2022, ÀS 10:10 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0800518-19.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DE SÃO BRAS - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: SAVIO IURY OEIRAS
SILVA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: SIDNEY WASHINGTON FERREIRA PAIXAO

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0800518-19.2021.8.14.0401

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 29328062), que informa o não oferecimento da queixa-
crime, verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a
extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV,
do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de SAVIO IURY OEIRAS SILVA, em decorrência
dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de queixa.
1133
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0801298-56.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLICIA DO JURUNAS Participação: AUTOR DO FATO Nome: ALINE GONÇALVES DA CUNHA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: TAIZA FAVACHES DOS SANTOS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0801298-56.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando a certidão de id. 29550319, dê-se vista dos autos ao Ministério Público para manifestação.

Belém, 2 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0810930-09.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA CABANAGEM - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: MINELVINA PEREIRA
SOBRINHO Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: VÍTIMA Nome: ANA VITORIA ARAUJO SOUSA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0810930-09.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando o que dispõe no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI e


fundamentos do art. 2º, §1° da portaria n. 1003/2021-GP, o gabinete da 4ª Vara do JECrim realizou a
intimação da vítima por via telefônica (contato fornecido pela parte via delegacia), a qual informou que
deseja prosseguir com o feito e que compareceria ao juizado para se manifestar por escrito, bem como
tomou ciência quanto ao oferecimento da queixa-crime, no que se tratar de ação penal privada.

Pelo exposto, determino o acautelamento dos autos em secretaria, aguardando-se o oferecimento da


queixa-crime ou representação dentro do prazo decadencial, sob o fundamento do art. 19 da Portaria
Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, a qual dispõe que a realização de audiências deve se restringir
às matérias urgentes.
1134
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Decorrido o prazo, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 2 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0800797-05.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: ESTELA ALMEIDA ANDRADE
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: CLEICY PINHEIRO PANTOJA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0800797-05.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando a certidão de id. 30093610, dê-se vista dos autos ao Ministério Público para manifestação.

Belém, 2 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0807487-50.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


PROTEÇÃO AO IDOSO - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: JEFFERSON PINTO GOMES
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: NEUZA ARAUJO DE MOURA

termo de audiência

Número do processo: 0804641-60.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA SACRAMENTA - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: KATIA SILENE
VINAGRE FERREIRA Participação: AUTOR DO FATO Nome: MANOEL RODRIGUES Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: OS
MESMOS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém


1135
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo nº 0804641-60.2021.8.14.0401

Decisão

Relatório dispensado, nos termos do art. 81, § 3º, da Lei 9.099/1995.

Trata-se de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) instaurado para apurar a possível ocorrência, em
16-3-2021, da conduta delituosa prevista no art. 129, §5°, II do Código Penal (CP), em que figuram
reciprocamente como autores do fato e vítimas MANOEL RODRIGUES e KATIA SILENE VINAGRE
FERREIRA.

Em razão da inexistência de exame pericial em relação ao caso em apreço, no sistema perici.net, o


Ministério Público entende que a conduta amolda-se à contravenção de vias de fato e, diante do
desinteresse da vítima Katia Silene Vinagre Ferreira, requereu o arquivamento do feito em decorrência da
falta de justa causa para ação penal, com fundamento no Enunciado 99 do FONAJE. Por outro lado, em
relação à parte Manoel Rodrigues, o Órgão Ministerial requereu o acautelamento dos autos até o fim do
prazo decadencial (ID 27714775).

Manuseando os autos, verifica-se o termo de renúncia ID 26605493, no qual a vítima KATIA SILENE
VINAGRE FERREIRA informou que não possui mais interesse na continuidade do feito, comportamento
que provoca o perecimento da justa causa para ação penal, nos termos do Enunciado 99, do FONAJE,
que dispõe: “Nas infrações penais em que haja vítima determinada, em caso de desinteresse desta ou de
composição civil, deixa de existir justa causa para ação penal (nova redação – XXIII Encontro – Boa
Vista/RR)”.

Por outro lado, com relação a parte MANOEL RODRIGUES, acautelem-se os autos em secretaria
aguardando o decurso do prazo decadencial para o oferecimento da representação. Após o prazo,
havendo ou não manifestação, dê-se vista dos autos ao Ministério Público.

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que não há justa causa para o exercício de ação penal quanto ao delito supostamente
cometido em desfavor da vítima KATIA SILENE VINAGRE FERREIRA e determino o ARQUIVAMENTO
do presente feito, nos termos do Enunciado 99 do FONAJE e do art. 41 e 395, III, do CPP.

Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.

Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos.

P.R.I.C.

Belém, 30 de julho de 2021.

GILDES MARIA SILVEIRA LIMA

Juíza de Direito Titular da 1ª Vara do JECrim da Capital,

respondendo pela 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0800553-76.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: POLICIA CIVIL DO


ESTADO DO PARÁ Participação: AUTOR DO FATO Nome: DEBORA FLAVIA CORREA LOPES
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:


VÍTIMA Nome: EDUARDO FELIPE LIMA LUCENA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0800553-76.2021.8.14.0401

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer queixa (ação penal privada) deverá ser exercido no prazo de seis meses, a
contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38 do CPP.

Ademais, nos termos do art. 61 do CPP, em qualquer fase do processo, o juiz deverá declarar de
ofício a extinção da punibilidade, se esta for reconhecida.

Considerando a certidão da secretaria (id. 29328076), que informa o não oferecimento da queixa-
crime, verifica-se a incidência do instituto da decadência do direito de queixa do ofendido, provocando a
extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 38, do CPP c/c art. 107, IV, do CPB.

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV,
do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de DEBORA FLAVIA CORREA LOPES, em
decorrência dos fatos constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de
queixa.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0809744-48.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA PEDREIRA - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: EWERTON DA SILVA
CUNHA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: VÍTIMA Nome: MARIA JOSE QUADROS AGUIAR

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0809744-48.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando o que dispõe no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI e


fundamentos do art. 2º, §1° da portaria n. 1003/2021-GP, o gabinete da 4ª Vara do JECrim realizou a
intimação da vítima por via telefônica (contato fornecido pela parte via delegacia), a qual informou que
deseja prosseguir com o feito e tomou ciência quanto ao oferecimento da queixa-crime, por se tratar de
ação penal privada.

Pelo exposto, determino o acautelamento dos autos em secretaria, aguardando-se o oferecimento da


1137
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

queixa-crime dentro do prazo decadencial, sob o fundamento do art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, a qual dispõe que a realização de audiências deve se restringir às matérias
urgentes.

Decorrido o prazo, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0809686-45.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLICIA DO JURUNAS Participação: AUTOR DO FATO Nome: REGINA CELIA CARVALHO COSTA
Participação: AUTOR DO FATO Nome: TATIANE CARVALHO COSTA Participação: FISCAL DA LEI
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: OS MESMOS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0809686-45.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.

Designo para o próximo DIA 21 DE MARÇO DE 2022, ÀS 09:50 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0809761-84.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA SACRAMENTA - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: ALINE SILVA DE
SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: AFONSO GATO FREIRE OAB: 26420 Participação: AUTOR
DO FATO Nome: RONALD EMERSON MENDES ALVES Participação: FISCAL DA LEI Nome:
1138
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: ALINE SILVA DE SOUZA
Participação: VÍTIMA Nome: RONALD EMERSON MENDES ALVES

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0809761-84.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando o que dispõe no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI e


fundamentos do art. 2º, §1° da portaria n. 1003/2021-GP, o gabinete da 4ª Vara do JECrim realizou a
intimação da vítima ALINE SILVA DE SOUZA por via telefônica (contato fornecido pela parte via
delegacia), a qual informou que deseja prosseguir com o feito e que compareceria ao juizado para se
manifestar por escrito, bem como tomou ciência quanto ao oferecimento da queixa-crime, no que se tratar
de ação penal privada. Com relação a vítima RONALD EMERSON MENDES ALVES foi frustrada a sua
intimação, pois em todas as tentativas realizadas de ligação, a parte não atendeu ao telefone que forneceu
nos autos de TCO; vale ressaltar que tinha ciência de que deveria comparecer ao juizado, conforme pág.
12 de id. 28862689.

Pelo exposto, determino o acautelamento dos autos em secretaria, aguardando-se o oferecimento da


queixa-crime ou representação dentro do prazo decadencial, sob o fundamento do art. 19 da Portaria
Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, a qual dispõe que a realização de audiências deve se restringir
às matérias urgentes.

Decorrido o prazo, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 2 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0800965-07.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DO JURUNAS Participação: AUTOR DO FATO Nome: ERIC RODRIGUES GOMES
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: LUIS SALES DOS SANTOS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo n. 0800965-07.2021.8.14.0401

Capitulação penal: art. 129 do CPB (desclassificado para o art. 21 da LCP)

Decisão:

Relatório dispensado com base no permissivo legal do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.

O direito de oferecer representação (ação penal pública condicionada) deverá ser exercido no prazo de
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seis meses, a contar da data do conhecimento da autoria da infração penal, consoante preceitua o art. 38
do CPP.

Manuseando os autos, verifica-se a incidência do instituto da decadência, do direito de representar, uma


vez que não houve a devida representação/ratificação dentro do prazo decadencial, visto que este expirou
em 11/06/2021. Ademais, o Ministério Público se manifestou pela decadência do direito de representar (id.
27515641).

Pelo exposto, com fulcro no art. 38 do Código de Processo Penal, combinado com o art. 107, IV, do
Código Penal, julgo extinta a punibilidade de ERIC RODRIGUES GOMES, em decorrência dos fatos
constantes nos presentes autos, pela ocorrência da decadência do direito de representação.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as anotações e comunicações necessárias. P.R.I.C.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, Titular da 4ª Vara do JECrim de Belém

Número do processo: 0806458-62.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


PROTEÇÃO AO IDOSO - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: MARA CRISTINA DA SILVA
LAMEIRA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: VÍTIMA Nome: NOEMIA MIRANDA DE LIMA

termo de audiência

Número do processo: 0802611-52.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL


URBANA DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: JOAO FELIPE DIAS VIEGAS
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: GUILHERME ITALO PEREIRA SOARES

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0802611-52.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando o que dispõe no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI e


fundamentos do art. 2º, §1° da portaria n. 1003/2021-GP, o gabinete da 4ª Vara do JECrim realizou a
tentativa de intimação das vítimas por via telefônica (contato fornecido pela parte via delegacia), para que
comparecesse a este Juizado, a fim de informar se deseja prosseguir com o feito, bem como dar ciência
quanto ao oferecimento da queixa-crime, se fosse o caso.

Todavia, restou infrutífera a comunicação por mais de cinco vezes, bem como foi realizada a tentativa por
oficial de justiça, o qual não obteve êxito, conforme certidão nos autos de id. 27554543. Pelos motivos
expostos, determino o acautelamento dos autos em secretaria, aguardando-se a devida manifestação da
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vítima dentro do prazo decadencial, com fundamento no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, a qual determina que a realização de audiências deve se restringir às matérias
urgentes.

Decorrido o prazo, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 03 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0807487-50.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


PROTEÇÃO AO IDOSO - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: JEFFERSON PINTO GOMES
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: NEUZA ARAUJO DE MOURA

termo de audiência

Número do processo: 0807857-29.2021.8.14.0401 Participação: REQUERENTE Nome: EDNALDO


FRANCISCO OLIVEIRA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: UIRA SILVA registrado(a)
civilmente como UIRA SILVA OAB: 21923/PA Participação: REQUERIDO Nome: CAMILLA DE PAULA
NASCIMENTO CORTEZ Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0807857-29.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.

Designo para o próximo DIA 21 DE MARÇO DE 2022, ÀS 10:50 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.


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SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0809639-71.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: WASHINGTON NAZARENO
BARBOSA LOPES Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: INTERESSADO Nome: EDILENE DE JESUS RIBEIRO DA SILVA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0809639-71.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.

Designo para o próximo DIA 21 DE MARÇO DE 2022, ÀS 10:30 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0810319-56.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: POLICIA CIVIL DO


ESTADO DO PARÁ Participação: AUTOR DO FATO Nome: ALEXSANDRO SOUZA DE CARVALHO
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital

Processo nº 0810319-56.2021.8.14.0401

Sentença:

Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato ALEXSANDRO SOUZA DE
CARVALHO. O Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

materialmente atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.

O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve constituir em
ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a referida
violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime previsto
no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é punida, razão
pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.

A esse respeito, segue decisão do TJ/RS:

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. ART. 28 DA LEI Nº.


11.343/2006. ATIPICIDADE. DA CONDUTA. RESQUÍCIO. DECISÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
MANTIDA. Não se verifica lesão ao bem jurídico na conduta de quem porta drogas para consumo
pessoal, pois esta não importa em lesionar, concretamente, direitos de terceiros e, tampouco, a
saúde pública, daí resultando a atipicidade conduta. Inexistência de dissenso acerca da atipicidade da
conduta quanto se trata de maconha e a quantidade é inferior a 0,5g. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso
Crime Nº 71007599368, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra,
Julgado em 25/06/2018. Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018)

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.

Após, proceda-se baixa na distribuição. Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.


Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C. Sem custas.

Belém, 03 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0810027-71.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL


URBANA DA MARAMBAIA Participação: AUTOR DO FATO Nome: CELY DE OLIVEIRA BORGES
Participação: AUTOR DO FATO Nome: MARCOS FELIPE NASCIMENTO Participação: AUTOR DO FATO
Nome: ELISIANE ALMEIDA PEIXOTO Participação: AUTOR DO FATO Nome: JESSICA RIBEIRO DA
SILVA Participação: AUTOR DO FATO Nome: 2358023 Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: BETANIA DOS PRAZERES DAVID
Participação: VÍTIMA Nome: LIDIA CRISTIANE VIANA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0810027-71.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando o que dispõe no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI e


fundamentos do art. 2º, §1° da portaria n. 1003/2021-GP, o gabinete da 4ª Vara do JECrim realizou a
intimação das vítimas por via telefônica (contato fornecido pela parte via delegacia), a qual informaram que
desejam prosseguir com o feito e tomaram ciência quanto ao oferecimento da queixa-crime por se tratar
de ação penal privada.
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Pelo exposto, determino o acautelamento dos autos em secretaria, aguardando-se o oferecimento da


queixa-crime dentro do prazo decadencial, sob o fundamento do art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, a qual dispõe que a realização de audiências deve se restringir às matérias
urgentes.

Decorrido o prazo, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0809946-25.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL


URBANA DA SACRAMENTA Participação: AUTOR DO FATO Nome: PAULO GARCIA DA CRUZ
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: O ESTADO

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal da Capital

Processo nº 0809946-25.2021.8.14.0401

Sentença:

Os presentes autos de TCO foram distribuídos para este Juizado Especial Criminal com o objetivo
de apurar a suposta ocorrência da conduta delituosa prevista no art. 28, da Lei 11.343/2006, qual seja,
porte de droga para consumo pessoal, em que figura como autor do fato PAULO GARCIA DA CRUZ. O
Ministério Público requereu o arquivamento do feito, por entender que o fato investigado é materialmente
atípico e que, em razão disso, não há justa causa para ação penal.

O princípio da lesividade dispõe que a conduta descrita como típica pela norma penal deve constituir em
ofensa ao bem jurídico alheio protegido pelo ordenamento jurídico. Portanto, não havendo a referida
violação, afasta-se a tipicidade material e, consequentemente, não há crime. Com efeito, no crime previsto
no art. 28, da Lei 11.343/2006, há ínfimo potencial ofensivo, uma vez que a autolesão não é punida, razão
pela qual o Estado não pode exercer o jus puniendi nesses casos.

A esse respeito, segue decisão do TJ/RS:

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. ART. 28 DA LEI Nº.


11.343/2006. ATIPICIDADE. DA CONDUTA. RESQUÍCIO. DECISÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
MANTIDA. Não se verifica lesão ao bem jurídico na conduta de quem porta drogas para consumo
pessoal, pois esta não importa em lesionar, concretamente, direitos de terceiros e, tampouco, a
saúde pública, daí resultando a atipicidade conduta. Inexistência de dissenso acerca da atipicidade da
conduta quanto se trata de maconha e a quantidade é inferior a 0,5g. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso
Crime Nº 71007599368, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra,
Julgado em 25/06/2018. Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018)

Desse modo, acolho as razões oferecidas pela representante do Ministério Público, por entender
igualmente que a conduta investigada não é materialmente típica para o exercício de ação penal, razão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

pela qual determino o ARQUIVAMENTO do presente feito, nos termos do art. 18 e 395, III, do CPP.

Após, proceda-se baixa na distribuição. Realizem-se as necessárias anotações e comunicações.


Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. P.R.I.C. Sem custas.

Belém, 03 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0809937-63.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL


URBANA DA SACRAMENTA Participação: AUTOR DO FATO Nome: IVANILDO CORREA MORAS
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: BENEDITO MALAQUIAS MIRANDA COSTA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0809937-63.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.

Designo para o próximo DIA 23 DE MARÇO DE 2022, ÀS 10:30 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0810076-15.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DEMAPA -


DELEGACIA ESPECIALIZADA DE MEIO AMBIENTE E PROTEÇÃO ANIMAL Participação: AUTOR DO
FATO Nome: FELIPE CARDOSO CHAVES Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO
DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: HAROLDO CARNEIRO DOS SANTOS Participação:
VÍTIMA Nome: MARIA BERNADETE DE FARIAS SANTOS Participação: VÍTIMA Nome: ROBERTA DE
FARIAS SANTOS Participação: VÍTIMA Nome: THEMIS KOHLER DA CUNHA KURIBAYASHI
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Participação: VÍTIMA Nome: LUIS CARLOS DA COSTA MOTTA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0810076-15.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.

Designo para o próximo DIA 28 DE MARÇO DE 2022, ÀS 10:30 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0810069-23.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: UIPP DA TERRA


FIRME Participação: AUTOR DO FATO Nome: ELIANI CRISTINA SOARES DIAS Participação: FISCAL
DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: VÍTIMA Nome: ANA PAULA
BAIA COSTA

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0810069-23.2021.8.14.0401

Despacho:

Considerando o que dispõe no art. 19 da Portaria Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI e


fundamentos do art. 2º, §1° da portaria n. 1003/2021-GP, o gabinete da 4ª Vara do JECrim realizou a
intimação da vítima por via telefônica (contato fornecido pela parte via delegacia), a qual informou que
deseja prosseguir com o feito e que compareceria ao juizado para se manifestar por escrito, bem como
tomou ciência quanto ao oferecimento da queixa-crime, no que se tratar de ação penal privada.

Pelo exposto, determino o acautelamento dos autos em secretaria, aguardando-se o oferecimento da


queixa-crime ou representação dentro do prazo decadencial, sob o fundamento do art. 19 da Portaria
Conjunta n. 15/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, a qual dispõe que a realização de audiências deve se restringir
às matérias urgentes.

Decorrido o prazo, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de direito, titular da 4ª Vara do JECrim de Belém.

Número do processo: 0810108-20.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: SECCIONAL


URBANA DA SACRAMENTA Participação: AUTOR DO FATO Nome: ALDA KATIA CHERMONT DE
JESUS Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
VÍTIMA Nome: CARLOS ALBERTO PEREIRA DE JESUS

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0810108-20.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.

Designo para o próximo DIA 28 DE MARÇO DE 2022, ÀS 09:50 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital

Número do processo: 0809847-55.2021.8.14.0401 Participação: AUTORIDADE Nome: DELEGACIA DE


POLÍCIA CIVIL DA PEDREIRA - BELÉM Participação: AUTOR DO FATO Nome: ROSIANE DA CRUZ
MORAES Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Gabinete da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém

Processo nº 0809847-55.2021.8.14.0401

Despacho:

R.H.
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Designo para o próximo DIA 23 DE MARÇO DE 2022, ÀS 09:50 HORAS, a realização da audiência
preliminar, cientificando-se para o ato o representante do Ministério Público.

Intimem-se o autor(es) do fato e a(s) vítima(s), se for o caso, devendo ser informado ao autor do fato que
deverá comparecer à referida audiência munido de seu comprovante de residência e de documento de
identificação com foto, bem como de advogado, nos termos do art. 68, da Lei 9099/95.

Int. Cumpra-se.

Belém, 02 de agosto de 2021.

SILVANA MARIA DE LIMA E SILVA

Juíza de Direito Titular da 4ª Vara do JECrim da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ICOARACI

Número do processo: 0802602-16.2018.8.14.0201 Participação: REQUERENTE Nome: ARGEMIRO


ANDRE DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE MARINHO GEMAQUE JUNIOR OAB:
8955/PA Participação: ADVOGADO Nome: SANDRA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB:
22048/PA Participação: ADVOGADO Nome: SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO OAB:
5627/PA Participação: REQUERIDO Nome: TIM CELULAR S.A Participação: ADVOGADO Nome:
CHRISTIANNE GOMES DA ROCHA OAB: 20335/PE

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

Rua Manoel Barata, 864, bairro Cruzeiro, Icoaraci-Belém/PA. CEP 66.810-000. Email:
jecivelicoaraci@tjpa.jus.br. Telefone (91) 3227.8650

PROCESSO Nº 0802602-16.2018.8.14.0201

CLASSE PROCESSUAL: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)

RECLAMANTE: ARGEMIRO ANDRE DE SOUZA

Endereço: Nome: ARGEMIRO ANDRE DE SOUZA


Endereço: Travessa dos Berredos, 341, - até 1047/1048, Ponta Grossa (Icoaraci), BELéM - PA - CEP:
66812-440

RECLAMADO: TIM CELULAR S.A

Endereço: Nome: TIM CELULAR S.A


Endereço: Avenida Governador José Malcher, 2803 A, - de 2491/2492 ao fim, São Brás, BELéM - PA -
CEP: 66090-100

SENTENÇA

Relatório dispensado nos termos do art. 38, caput, da Lei nº 9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais–LJE).

Decido.

Inicialmente, com base nas informações constantes dos autos vê-se que a parte reclamada cumpriu
voluntariamente a obrigação de fazer imposta por sentença e requereu o arquivamento dos autos (ID-
25767765). A parte autora intimada do trânsito em julgado do acórdão, manteve-se inerte.

Dispõem os artigos 924, inciso II, e 925, ambos do Código de Processo Civil:

Art. 924. Extingue-se a execução quando:

(...)

II - a obrigação for satisfeita;


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(...).

Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.

Diante do cumprimento voluntário da sentença, mostra-se satisfeita pela parte reclamada a obrigação, não
mais subsistindo razão para o prosseguimento da ação, impondo-se, desta forma, a extinção do processo,
nos termos dos dispositivos ao norte citados.

Isto posto, julgo extinto o cumprimento de sentença nos termos do art. 924, II, do Código de Processo
Civil, uma vez que, conforme consta dos autos, a obrigação foi satisfeita.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

P. R. I.

Com o trânsito em julgado, ARQUIVEM-SE os autos com as cautelas de praxe.

Interposto recurso inominado e diante da dispensa do juízo de admissibilidade nesta fase, intime-se a
parte recorrida sem necessidade de prévia conclusão ao Gabinete, para apresentação de contrarrazões no
prazo de 10 (dez) dias úteis e, em seguida, remetam-se os autos à Turma Recursal (arts. 41 da Lei nº
9.099/1995, 1.010, § 3º do CPC e Enunciado nº 474 do Fórum Permanente dos Processualistas Civis).

Servirá a presente, por cópia digitada, como mandado, notificação, ofício e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).

Icoaraci-Belém/PA, 15 de julho de 2021.

EMERSON BENJAMIM PEREIRA DE CARVALHO

Juiz de Direito

Número do processo: 0859015-06.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL JARDIM BELA VIDA II Participação: ADVOGADO Nome: RAFAELA AGUIAR PARAENSE
OAB: 29889/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALLANA PATRICIA DE AZEVEDO PEREIRA OAB:
26303/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CLAUDIO CARNEIRO ALVES registrado(a) civilmente
como JOSE CLAUDIO CARNEIRO ALVES OAB: 005819/PA Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO
KAIO RIBEIRO ARAGAO OAB: 22443/PA Participação: EXECUTADO Nome: VANDERSEN DA SILVA
MACHADO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

Endereço: Rua Manoel Barata nº 864. Cruzeiro - Icoaraci. Belém/PA

PROCESSO Nº 0859015-06.2019.8.14.0301

CLASSE PROCESSUAL: EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL (159)


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EXEQUENTE: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM BELA VIDA II

Endereço: Nome: CONDOMINIO RESIDENCIAL JARDIM BELA VIDA II


Endereço: Rodovia do Tapanã, 4440, Cond Jardim Bela Vida II, Tapanã (Icoaraci), BELéM - PA - CEP:
66825-522

EXECUTADO: VANDERSEN DA SILVA MACHADO

Endereço: Nome: VANDERSEN DA SILVA MACHADO


Endereço: Rodovia do Tapanã, 4400, BLOCO 29, APTO 102, Tapanã (Icoaraci), BELéM - PA - CEP:
66825-522

SENTENÇA

Dispenso o relatório com fulcro no art. 38 da Lei 9099/95.

Decido.

Os Juizados Especiais firmam sua competência com base nas diretrizes estabelecidas no artigo 4º, da lei
9.099/95, que, em seu inciso I, adota, como regra, o critério do domicílio do reclamado para a atribuição
da competência.

A seguir, nos incisos II e III, o citado artigo traz exceções àquela regra, no que se inclui o enunciado que
indica o foro do domicílio do autor, ou o do ato/fato, nas ações de indenização, fazendo-se
esclarecimento de que “em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I
deste artigo” (parágrafo único).

Conforme a Resolução nº 17/2011 - GP/TJE, que dispõe sobre a Jurisdição e Renomeação das Varas de
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, este Juizado Especial Cível de Icoaraci tem jurisdição sobre os
bairros Parque Guajará, Tenoné, Campina de Icoaraci, Águas Negras, Ponta Grossa, Agulha, Paracuri,
Cruzeiro, Maracacuera, Brasília, São João do Outeiro, Água Boa, Itaiteua e as ilhas localizadas em
Icoaraci.

No presente caso, as partes possuem domicílio em jurisdição diversa da competência deste Juizado.
Deste modo, resta imperioso o reconhecimento da incompetência territoral do juízo para o processamento
e julgamento da ação.

Em face de todo o exposto, extingo o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 51, inciso III,
da Lei dos Juizados Especiais e Enunciado 89 do FONAJE, em razão da incompetência territorial
observada.

Sem condenação em custas ou honorários, consoante arts. 54 e 55, da lei 9.099/95.

Transitada em julgado, certifique-se e arquive-se.

Interposto recurso inominado e diante da dispensa do juízo de admissibilidade nesta fase, intime-se a
parte recorrida sem necessidade de prévia conclusão ao Gabinete, para apresentação de contrarrazões no
prazo de 10 (dez) dias úteis e, em seguida, remetam-se os autos à Turma Recursal (arts. 41 da Lei nº
9.099/1995, 1.010, § 3º do CPC e Enunciado nº 474 do Fórum Permanente dos Processualistas Civis).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Servirá a presente, por cópia digitada, como mandado, notificação, ofício e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Icoaraci-Belém/PA, 8 de julho de 2021.

EMERSON BENJAMIM PEREIRA DE CARVALHO

Juiz de Direito

Número do processo: 0803225-46.2019.8.14.0201 Participação: RECLAMANTE Nome: EZEQUIEL SILVA


DA PAIXÃO Participação: ADVOGADO Nome: JOAO VICTOR DA SILVA SABEL OAB: 28103/PA
Participação: RECLAMADO Nome: MARIO HUMBERTO RODRIGUES DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

Endereço: Rua Manoel Barata nº 864. Cruzeiro - Icoaraci. Belém/PA

PROCESSO Nº 0803225-46.2019.8.14.0201

CLASSE PROCESSUAL: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)

RECLAMANTE: EZEQUIEL SILVA DA PAIXÃO

Endereço: Nome: EZEQUIEL SILVA DA PAIXÃO


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 11200, APTO 302, Tenoné, BELéM - PA - CEP: 66820-000

RECLAMADO: MARIO HUMBERTO RODRIGUES DA SILVA

Endereço: Nome: MARIO HUMBERTO RODRIGUES DA SILVA


Endereço: Rua Otacílio Barreto do Nascimento, 297, Apto. 02, Jardim Tibagi, APUCARANA - PR - CEP:
86813-020

SENTENÇA

RELATÓRIO dispensado conforme o art. 38, caput a Lei nº9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis
e Criminais – LJE).

Decido.

O processo encontra-se paralisado por tempo desproporcional, sem providências da parte autora.

Levando-se em consideração a obrigação da parte autora de garantir o andamento do processo,


tem-se que instada a se manifestar nos autos para indicar o novo endereço do requerido, não se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

desincumbiu da diligência que lhe foi imposta, uma vez que, manifestou-se fora do prazo e ainda informou
o mesmo endereço constante na carta precatória que foi devolvida sem sucesso, conforme certidão de ID
28264699.

O não comparecimento aos autos para manifestação necessária à continuidade da ação denota
circunstância caracterizadora de abandono processual.

Nestes termos, há circunstância caracterizadora de extinção do processo, conforme jurisprudência:

[...] EXECUÇÃO – EXTINÇÃO PELO ABANDONO DA CAUSA PELO EXEQUENTE – APELAÇÃO –


Extinção do processo, sem resolução de mérito, com fundamento no art. 485, III, do CPC, em razão do
abandono da causa [...] Sentença mantida. Recurso não provido [...] (TJSP – SP 0002918-
86.2009.8.26.0575 (TJ-SP) – Data da publicação: 07/03/2018.

Nada obsta, porém, que o autor ingresse com nova ação, caso deseje.

Ademais, vale destacar que o § 1º, art. 51 da Lei 9099/95, dispõe não ser necessária a prévia
intimação da parte em qualquer hipótese de extinção do processo no âmbito dos juizados especiais.

Por todo o exposto, extingo o processo sem resolução do mérito com fundamento no art. 485, III do
CPC.

Em decorrência, cumpram-se as seguintes determinações:

1. publique-se, registre-se e intimem-se;

2. havendo trânsito em julgado, arquivar;

3. servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, notificação, ofício e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).

Belém/PA, 09 de julho de 2021.

EMERSON BENJAMIM PEREIRA DE CARVALHO

Juiz de Direito

Número do processo: 0879455-86.2020.8.14.0301 Participação: RECLAMANTE Nome: CONDOMINIO


TOTAL LIFE CLUB HOME Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL MONTEIRO
OAB: 16941/PA Participação: RECLAMADO Nome: VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A.
Participação: RECLAMADO Nome: PROJETO IMOBILIARIO SPE 46 LTDA.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

Endereço: Rua Manoel Barata nº 864. Cruzeiro - Icoaraci. Belém/PA

PROCESSO Nº 0879455-86.2020.8.14.0301

CLASSE PROCESSUAL: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)

RECLAMANTE: CONDOMINIO TOTAL LIFE CLUB HOME

RECLAMADO: VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A., PROJETO IMOBILIARIO SPE 46


LTDA.

SENTENÇA

Relatório dispensado nos termos do art. 38, caput da Lei nº 9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis
e Criminais–LJE).

Decido.

Com base nas informações constantes dos autos vê-se que a parte autora foi intimada a apresentar
manifestação nos autos e manteve-se inerte, já tendo expirado o prazo que lhe foi concedido.

O prazo em questão é peremptório, razão pela qual deve ser observado. Uma vez ultrapassado,
indiscutível a inércia da parte, o que configura abandono de causa e autoriza a extinção do processo ex
officio, sem resolução do mérito. Precedentes do STJ (AgRg no REsp 1457991/RN, Rel. Ministra Assusete
Magalhães, Segunda Turma, j. 21.08.2014; AgRg no REsp 1433885/RN, Rel. Ministro Mauro Campbell
Marques, Segunda Turma, j. 10.06.2014; AgRg no REsp 1478145/RN, Rel. Min Herman Benjamin, j. em
18.11.2014).

Desnecessária a prévia intimação das partes (LJE, art. 51, § 1º).

Em consequência, extingo o processo sem resolução do mérito com fundamento nos arts. 51, caput
da Lei nº 9.099/1995 e 485, III, § 1º do Código de Processo Civil.

Sem custas ou honorários advocatícios, consoante os arts. 54 e 55 ambos da Lei dos Juizados Especiais.

Havendo trânsito em julgado, certifique-se e arquive-se.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Servirá a presente, por cópia digitada, como mandado, notificação, ofício e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).

Icoaraci-Belém/PA, 8 de julho de 2021.

EMERSON BENJAMIM PEREIRA DE CARVALHO

Juiz de Direito

Número do processo: 0801338-56.2021.8.14.0201 Participação: RECLAMANTE Nome: PAULA EDITH


SOARES PINHEIRO Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA MARIA RIBEIRO SOARES OAB:
27025/PA Participação: RECLAMADO Nome: 61.186.680/0001-74

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

Endereço: Rua Manoel Barata nº 864. Cruzeiro - Icoaraci. Belém/PA

PROCESSO Nº 0801338-56.2021.8.14.0201

CLASSE PROCESSUAL: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)

RECLAMANTE: PAULA EDITH SOARES PINHEIRO

RECLAMADO: 61.186.680/0001-74

SENTENÇA

Relatório dispensado nos termos do art. 38, caput a Lei nº 9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis
e Criminais–LJE).

Decido.

Em análise aos autos constata-se que a autora não postulou administrativamente a exclusão da operação
de crédito apontada como irregular/inexistente, conforme permite o procedimento administrativo
disciplinado na Instrução Normativa INSS/PRES nº 28, de 16 de maio de 2008 (DOU de 19/05/2008),
consoante se desume pela ausência de juntada do contrato impugnado e requerimento de tutela
antecipada para suspensão dos descontos apontados.

Neste contexto, necessário arrolar julgado do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a falta de interesse
de agir na presente ação, escrito nestes termos:

“A instituição de condições para o regular exercício do direito de ação é compatível com o art. 5º, XXXV,
da Constituição. Para se caracterizar a presença de interesse em agir, é preciso haver necessidade de ir a
juízo. A concessão de benefícios previdenciários depende de requerimento do interessado, não se
caracterizando ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação e indeferimento pelo INSS, ou se
excedido o prazo legal para sua análise. É bem de ver, no entanto, que a exigência de prévio requerimento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

não se confunde com o exaurimento das vias administrativas” (STF RE nº 631240, Rel. Min. Roberto
Barroso, Pleno, j. 03/09/2014, acórdão eletrônico, Repercussão Geral).

Colhe-se ainda do voto referido acima as seguintes lições para a compreensão do tema:

“o interesse em agir, ou interesse processual, é uma condição da ação com previsão legal expressa (CPC,
arts. 3º; 4º; 267, VI; 295, III), que possui três aspectos: utilidade, adequação e necessidade [...] A utilidade
significa que o processo deve trazer proveito para o autor, isto é, deve representar um incremento em sua
esfera jurídica. Assim, por exemplo, diz-se que não tem interesse em recorrer a parte que obteve
provimento totalmente favorável. Em tal hipótese, eventual recurso não será conhecido, ou seja, não terá o
mérito apreciado. A adequação, por sua vez, traduz a correspondência entre o meio processual escolhido
pelo demandante e a tutela jurisdicional pretendida. Caso não observada a idoneidade do meio para atingir
o fim, não pode haver pronunciamento judicial de mérito, uma vez que o requerente carece de interesse na
utilização daquela via processual para os objetivos almejados. Por exemplo: caso o autor pretenda
demonstrar sua incapacidade para o trabalho por prova pericial, não poderá lançar mão de mandado de
segurança, ação que inadmite dilação probatória. A necessidade, por fim, consiste na demonstração de
que a atuação do Estado-Juiz é imprescindível para a satisfação da pretensão do autor. Nessa linha, uma
pessoa que necessite de um medicamento não tem interesse em propor ação caso ele seja distribuído
gratuitamente [...] Como se percebe, o interesse em agir é uma condição da ação essencialmente ligada
aos princípios da economicidade e da eficiência. Partindo-se da premissa de que os recursos públicos são
escassos, o que se traduz em limitações na estrutura e na força de trabalho do Poder Judiciário, é preciso
racionalizar a demanda, de modo a não permitir o prosseguimento de processos que, de plano, revelem-se
inúteis, inadequados ou desnecessários. Do contrário, o acúmulo de ações inviáveis poderia comprometer
o bom funcionamento do sistema judiciário, inviabilizando a tutela efetiva das pretensões idôneas” (STF
RE nº 631240, Rel. Min. Roberto Barroso, Pleno, j. 03/09/2014, acórdão eletrônico, Repercussão Geral).

Portanto, de acordo com o STF, as condições da ação não violam o princípio da inafastabilidade da
jurisdição, mas, ao contrário, garantem a observância do princípio da eficiência na atuação do Poder
Judiciário (CF/1988, art. 37, caput).

Com efeito, aplicando-se a aludida decisão do STF nestes autos, conclui-se que a parte autora não possui
interesse de agir, na modalidade da necessidade, posto que a atuação do Poder Judiciário não se mostra
imprescindível para a satisfação de sua pretensão, já que esta pode ser obtida na via administrativa,
através da Instrução Normativa INSS/PRES nº 28/2008, que disciplina no Capítulo XI, as reclamações do
beneficiário.

O art. 46 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 28/2008 dispõe que, a qualquer momento, se o


beneficiário se sentir prejudicado por operações irregulares ou inexistentes ou identificar descumprimento
do contrato por parte da instituição financeira ou, ainda, de normas estabelecidas naquela Instrução,
poderá registrar sua reclamação junto à Ouvidoria-Geral da Previdência Social (OGPS), a qual seguirá o
procedimento administrativo para análise de impugnações a operações de crédito consignado no âmbito
do INSS.

O procedimento vigente está regulado nos arts. 45 usque 51 da Instrução Normativa INSS/PRES nº
28/2008 e o beneficiário pode apresentar a reclamação diretamente no sítio eletrônico
(www.previdencia.gov.br) ou na Central de Atendimento da Previdência Social (número 135) (art. 46).
Recebida a reclamação, a OGPS classifica as reclamações por instituição financeira e envia, por meio
eletrônico, os respectivos registros à Dataprev, que, além de suspender imediatamente os descontos,
solicita às instituições financeiras que entreguem, no prazo de até dez dias úteis, os documentos
necessários, dentre os quais o contrato impugnado, para avaliação da reclamação (art. 47).

Caso não apresentado cópia do contrato ou constatada a sua inexistência ou irregularidade, a Dataprev
efetuará a exclusão da operação de crédito de forma automatizada, devendo a instituição financeira
proceder à devolução do valor consignado/retido indevidamente, no prazo máximo de dois dias úteis da
constatação da irregularidade, corrigido com base na variação da SELIC, desde a data de vencimento da
parcela referente ao desconto indevido em folha, até o dia útil anterior ao da efetiva devolução, enviando
1156
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

comprovante à Dataprev (art. 47).

Julgada improcedente a reclamação, as informações e os documentos apresentados pelas instituições


financeiras, bem como outras informações relevantes, serão incluídos no sistema da OGPS, que
comunicará ao beneficiário. Não concordando com o resultado da resposta, o beneficiário poderá
contestar junto às instituições de proteção e defesa do consumidor e, evidentemente, perante o Poder
Judiciário (art. 47).

Ou seja, existe procedimento administrativo específico para aferição da existência/regularidade da


operação de crédito firmada em contrato relacionado a benefício previdenciário, impondo à instituição
financeira a obrigação, sob pena de cancelamento dos descontos, da apresentação dos contratos de
crédito consignado, os quais, caso improcedente a reclamação, ficarão à disposição do beneficiário.
Outrossim, a suspensão dos descontos é realizada na via administrativa e imediatamente após a
reclamação do beneficiário (arts. 45/51).

O procedimento se mostra célere e eficaz, garantindo ao beneficiário a suspensão imediata dos


descontos, automaticamente após a reclamação, bem como o cancelamento administrativo dos descontos,
caso o contrato não seja apresentado ou apresentado, seja constatada a sua irregularidade, devendo a
instituição financeira efetuar o depósito dos valores ilicitamente descontados no prazo de dois dias úteis,
devidamente atualizados pela SELIC.

No mais, obtendo vitória administrativa, pode o reclamante com base na decisão administrativa, vindicar
em juízo a incidência do parágrafo único do art. 42 da Lei nº 8.078/1990 (Código de Defesa do
Consumidor–CDC), observando que, consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
“somente é devida a condenação em restituição em dobro quando comprovada nos autos a má-fé do
credor ao cobrar valores indevidos do consumidor” (STJ, AgInt no AREsp 895620/SE), além da reparação
por eventual dano moral, ciente de que a demora em impugnar os descontos ilicitamente realizados pela
instituição financeira pode caracterizar violação ao dever lateral de minorar o próprio prejuízo (duty to
mitigate the loss), extraído do princípio da boa-fé objetiva, cuja ocorrência pode levar à redução ou até
exclusão do dano moral ou do crédito dele decorrente (CC, art. 422; Enunciado 169 da III Jornada de
Direito Civil do CJF, STJ, REsp 758518/PR).

Sendo assim, havendo previsão legal de procedimento administrativo idôneo a satisfazer a pretensão de
declaração de inexistência de relação jurídica, inclusive com previsão expressa de suspensão liminar dos
descontos pela mera reclamação do beneficiário, a ação ora proposta não se mostra necessária,
falecendo à autora interesse de agir para o ajuizamento da presente ação, devendo primeiramente
recorrer a via administrativa e, caso insatisfeita com a decisão, pleitear sua revisão ou complementação
judicial, munida de todos os documentos indispensáveis ao julgamento da pretensão.

Àvista de todo o exposto e com fulcro nos arts. 51, caput da Lei nº 9.099/1995 e 330, III do CPC, indefiro a
petição inicial e extingo o processo sem resolução do mérito, haja vista a inexistência de interesse
processual, na modalidade necessidade.

Sem incidência de custas, despesas processuais e honorários advocatícios (arts. 54 e 55 da LJE).

Em decorrência, cumpram-se as seguintes determinações:

1. registre-se e intimem-se;

2. havendo trânsito em julgado, arquivar;

3. interposto recurso inominado e diante da dispensa do juízo de admissibilidade nesta fase, intime-se a
parte recorrida, sem necessidade de prévia conclusão ao Gabinete, para apresentação de contrarrazões
no prazo de 10 (dez) dias úteis e, em seguida, remetam-se os autos à Turma Recursal (arts. 41 da Lei nº
9.099/1995, 1.010, § 3º do CPC e Enunciado nº 474 do Fórum Permanente dos Processualistas Civis);
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

4. servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, ofício, notificação e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).

Belém/PA, 08 de julho de 2021.

EMERSON BENJAMIM PEREIRA DE CARVALHO

Juiz de Direito

Número do processo: 0800478-26.2019.8.14.0201 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO FIT


ICOARACI Participação: ADVOGADO Nome: VERONICA DA SILVA CASEIRO OAB: 7037PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ MORAES DA COSTA OAB: 015413/PA Participação:
ADVOGADO Nome: THAMIRIS DE PINHO MORAES MAGALHAES OAB: 1638PA/PA Participação:
EXECUTADO Nome: EDSON VASCONCELOS DE SOUZA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

Endereço: Rua Manoel Barata nº 864. Cruzeiro - Icoaraci. Belém/PA

PROCESSO Nº 0800478-26.2019.8.14.0201

CLASSE PROCESSUAL: EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL (159)

EXEQUENTE: CONDOMINIO FIT ICOARACI

EXECUTADO: EDSON VASCONCELOS DE SOUZA

SENTENÇA

Relatório dispensado nos termos do art. 38, caput da Lei nº 9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis
e Criminais–LJE).

Decido.

Com base nas informações constantes dos autos vê-se que a parte autora foi intimada a apresentar
manifestação nos autos e manteve-se inerte, já tendo expirado o prazo que lhe foi concedido.

O prazo em questão é peremptório, razão pela qual deve ser observado. Uma vez ultrapassado,
indiscutível a inércia da parte, o que configura abandono de causa e autoriza a extinção do processo ex
officio, sem resolução do mérito. Precedentes do STJ (AgRg no REsp 1457991/RN, Rel. Ministra Assusete
Magalhães, Segunda Turma, j. 21.08.2014; AgRg no REsp 1433885/RN, Rel. Ministro Mauro Campbell
Marques, Segunda Turma, j. 10.06.2014; AgRg no REsp 1478145/RN, Rel. Min Herman Benjamin, j. em
18.11.2014).

Desnecessária a prévia intimação das partes (LJE, art. 51, § 1º).


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em consequência, extingo o processo sem resolução do mérito com fundamento nos arts. 51, caput
da Lei nº 9.099/1995 e 485, III, § 1º do Código de Processo Civil.

Sem custas ou honorários advocatícios, consoante os arts. 54 e 55 ambos da Lei dos Juizados Especiais.

Havendo trânsito em julgado, certifique-se e arquive-se.

Servirá a presente, por cópia digitada, como mandado, notificação, ofício e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).

Icoaraci-Belém/PA, 12 de julho de 2021.

EMERSON BENJAMIM PEREIRA DE CARVALHO

Juiz de Direito

Número do processo: 0801879-26.2020.8.14.0201 Participação: RECLAMANTE Nome: JOAO EDILSON


BRITO DO ROSARIO Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE
ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

Endereço: Rua Manoel Barata nº 864. Cruzeiro - Icoaraci. Belém/PA

PROCESSO Nº 0801879-26.2020.8.14.0201

CLASSE PROCESSUAL: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)

RECLAMANTE: JOAO EDILSON BRITO DO ROSARIO

Endereço: Nome: JOAO EDILSON BRITO DO ROSARIO


Endereço: Passagem Pinheiro, 91, Eestrada do Outeiro, Campina de Icoaraci (Icoaraci), BELéM - PA -
CEP: 66813-095

RECLAMADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

Endereço: Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, s/n, km 8/5, Coqueiro, BELéM - PA - CEP: 66823-010

SENTENÇA

Dispensado o relatório nos termos do art. 38, caput da Lei nº 9.099/1995.

Decido.
1159
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Intimada para comparecer à audiência designada, deixou a parte reclamante de fazê-lo e não
apresentou justificativa para a ausência.

Consoante o art. 51, I da Lei nº 9.099/1995, extingue-se o processo quando o autor deixar de comparecer
a qualquer das audiências do processo.

Complementando, dispõe o art. 362, II combinado com seu § 1º do CPC, que a audiência poderá ser
adiada, desde que reste provado o impedimento da parte em comparecer ao ato até o momento da sua
abertura. Nesse sentido, operou a extinção do direito da parte autora de comprovar justa causa que a
impedisse de comparecer à audiência designada no sistema PJe.

Posto isso, extingo o processo sem resolução do mérito nos termos do art. 51, I da Lei dos Juizados
Especiais.

Havendo trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Servirá a presente, por cópia digitada, como mandado, notificação, ofício e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).

Icoaraci-Belém/PA, 23 de julho de 2021.

EMERSON BENJAMIM PEREIRA DE CARVALHO

Juiz de Direito

Número do processo: 0008946-62.2015.8.14.0941 Participação: EXEQUENTE Nome: MAXIANO DE


OLIVEIRA LANDIM Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA ISADORA RIBEIRO GOMES OAB:
016919/PA Participação: EXECUTADO Nome: DISTRIBUIDORA BIG BENN S.A.

DESPACHO

Intime-se o exequente para, no prazo de 15 dias, adequar o pedido de cumprimento de sentença aos
termos do art.524 do CPC, juntando aos autos o demonstrativo discriminado e atualizado do crédito.

Apresentado o cálculo, determino que a secretaria da vara expeça guia para pagamento e intime a parte
executada para pagamento no prazo de 15 dias.

Havendo pagamento voluntário, autorizo desde já sua liberação ao exequente ou advogado com poderes
expressos, mediante expedição de alvará.

Não havendo pagamento voluntário em 15 (quinze) dias, prossiga-se na execução do feito, remetendo
conclusos para providências junto ao SISBACEN.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Exaurido o prazo sem que haja manifestação do exequente, retornem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Icoaraci/PA, 14 de janeiro de 2021.

Número do processo: 0802656-45.2019.8.14.0201 Participação: RECLAMANTE Nome: MARLENE


FERREIRA PEIXOTO Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS RENATO NASCIMENTO DAS NEVES
OAB: 017910/PA Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE
ENERGIA S.A Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS
NEVES OAB: 12358/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

PROCESSO Nº 0802656-45.2019.8.14.0201

CLASSE PROCESSUAL: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)

RECLAMANTE: MARLENE FERREIRA PEIXOTO

RECLAMADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

SENTENÇA

Vistos etc.

Dispensado o relatório (art. 38 da Lei 9.099/95).

Intimada para comparecer à audiência designada, deixou a parte Reclamante de fazê-lo, nem
apresentou justificativa para a ausência.

Deveria a parte reclamante justificar a sua ausência no momento processual adequado, que é até o
momento da abertura da audiência (conforme artigo 453, §1°, do CPC), todavia, não fez.

Ademais, entendo que a simples alegação de problemas de saúde, sem a devida prova, não comprova a
impossibilidade da parte reclamante em comparecer à audiência, nem revela justo motivo (força maior)
para a não apresentação da justificativa em tempo hábil, razão pela qual rejeito a justificativa de ausência
apresentada.

Consoante o art. 51, I, da lei nº 9.099/95 extingue-se o processo quando o autor deixar de comparecer a
qualquer das audiências do processo.

Complementando dispõe ainda o art. 362, II, combinado com seu §1º, do CPC, que a audiência poderá ser
adiada, desde que reste provado o impedimento da parte em comparecer ao ato até o momento da sua
abertura.

Em que pese a justificativa apresentada em audiência pelo advogado da reclamante, entendo que se
operou a extinção do direito da parte autora em praticar o ato processual pretendido a partir do momento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

em que deixou de comparecer à audiência sem comprovar até a sua abertura a ocorrência de justa causa
que a impedisse de comparecer ao ato, a teor do preceituado no art. 362, II, §1º, do NCPC, sendo,
portanto, descabido o pedido de redesignação de audiência, uma vez operada a preclusão consumativa.

Assim, outro caminho não resta senão a extinção do processo sem resolução do mérito diante do não
comparecimento da parte Autora a audiência.

Isto posto, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 51, inciso I, da Lei
dos Juizados Especiais.

Custas pela parte reclamante, conforme art. 51, da lei supracitada.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Icoaraci-Belém/PA, 19 de maio de 2021.

EDNA MARIA DE MOURA PALHA

Juíza de Direito

Número do processo: 0002410-40.2012.8.14.0941 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


DO RESIDENCIAL JARDIM MARICA Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINE PINHEIRO DIAS
OAB: 23487/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA GOES VIANA OAB: 20192/PA Participação:
ADVOGADO Nome: TIAGO FERREIRA DA CUNHA OAB: 15009/PA Participação: REQUERIDO Nome:
RUBENS BARRAL DE CASTILHO Participação: ADVOGADO Nome: HERBERT JUNIOR E SILVA OAB:
20583/PA Participação: ADVOGADO Nome: RUBYA FERNANDA DE CASTILHO PINHO OAB: 22503/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

Endereço: Rua Manoel Barata nº 864. Cruzeiro - Icoaraci. Belém/PA

PROCESSO Nº 0002410-40.2012.8.14.0941

CLASSE PROCESSUAL: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

REQUERENTE: CONDOMINIO DO RESIDENCIAL JARDIM MARICA

Endereço: Nome: CONDOMINIO DO RESIDENCIAL JARDIM MARICA


Endereço: AUGUSTO MONTENEGRO, TENONE, BELéM - PA - CEP: 66820-000

REQUERIDO: RUBENS BARRAL DE CASTILHO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Endereço: Nome: RUBENS BARRAL DE CASTILHO


Endereço: AUGUSTO MONTENEGRO, APT. 101 BLOCO 1, TENONE, BELéM - PA - CEP: 66820-000

DESPACHO

1. Intime-se os patronos da parte reclamante para, nos termos do artigo 112 do CPC, juntar aos autos,
no prazo de 05 dias, comprovante de comunicação da renúncia ao mandante (Id- Num 2161938), a fim de
que este nomeie sucessor.

2. Intime-se, pessoalmente, a parte reclamante para que no prazo de 15 dias, apresente manifestação
ao pedido de reserva de honorários contratuais, (§4º, do art.22, da Lei nº8.906/94), bem como para
requerendo, constituir novos procuradores e apresentar no prazo legal contrarrazões à Impugnação à
Execução de ID- Num 21940710- Pág.1 a 6.

3. Após o prazo, retornem os autos conclusos para julgamento.

4. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, ofício, notificação e carta precatória para as
comunicações necessárias (Provimento nº 003/2009-CJRMB-TJPA).

Intime-se. Cumpra-se.

Icoaraci-Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

EMERSON BENJAMIM PEREIRA DE CARVALHO

Juiz de Direito

Número do processo: 0000610-40.2013.8.14.0941 Participação: EXEQUENTE Nome: CENTRO


COMUNITARIO MONSENHOR JOSE MARIA DE AZEVEDO Participação: ADVOGADO Nome: IGOR
XAVIER DO NASCIMENTO OAB: 15947/PA Participação: EXECUTADO Nome: SUELI SILVA
CAVALCANTE

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

PROCESSO Nº 0000610-40.2013.8.14.0941

CLASSE PROCESSUAL: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: CENTRO COMUNITARIO MONSENHOR JOSE MARIA DE AZEVEDO

EXECUTADO: SUELI SILVA CAVALCANTE

SENTENÇA

Vistos etc.

Dispenso o relatório, conforme art. 38 da Lei 9099/95.


1163
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Cuida-se de Cumprimento de Sentença movida por CENTRO COMUNITARIO MONSENHOR JOSE


MARIA DE AZEVEDO em face de SUELI SILVA CAVALCANTE, sendo que o feito se encontra paralisado
em secretaria há sem qualquer manifestação da parte exequente.

No caso dos autos, a parte exequente foi intimada para apresentar manifestação nos autos, entretanto,
manteve-se inerte já tendo decorrido o prazo que lhe fora concedido.

O prazo em questão é peremptório, razão pela qual deve ser observado. Uma vez ultrapassado,
indiscutível a inércia da parte, o que configura abandono de causa e autoriza a extinção do processo ex
officio, sem julgamento de mérito. Precedentes do STJ (AgRg no REsp 1457991/RN, Rel. Ministra
Assusete Magalhães, Segunda Turma, j. 21.08.2014; AgRg no REsp 1433885/RN, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Segunda Turma, j. 10.06.2014; AgRg no REsp 1478145/RN, Rel. Min Herman
Benjamin, j. em 18.11.2014).

Em consequência, julgo extinto o processo sem resolução do mérito com fundamento no art. 485,
inciso III, § 1º, do Código de Processo Civil.

Sem custas ou honorários advocatícios, consoante os arts. 54 e 55 ambos da Lei dos Juizados Especiais.

Certificado o trânsito em julgado, arquive-se, observadas as formalidades legais.

PRIC.

Icoaraci-Belém/PA, 17 de maio de 2021.

EDNA MARIA DE MOURA PALHA

Juíza de Direito

Número do processo: 0803247-75.2017.8.14.0201 Participação: RECLAMANTE Nome: PAULO MAX LIMA


NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA ALICE RAMOS MARQUES OAB:
19345/PA Participação: ADVOGADO Nome: JAMILE SOUZA MAUES OAB: 24354/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE RICARDO DE ABREU SARQUIS OAB: 6173/PA Participação: ADVOGADO
Nome: FABIO BASTOS MAGNO registrado(a) civilmente como FABIO BASTOS MAGNO OAB: 21190/PA
Participação: ADVOGADO Nome: ELENICE DOS PRAZERES SILVA OAB: 016753/PA Participação:
RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL
Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ MONTALVÃO DAS NEVES OAB:
12358/PA

PODER JUDICIÁRIO
VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ICOARACI
Rua Manoel Barata, n° 864, Cruzeiro, Distrito de Icoaraci, Belém-PA
Fone: (91) 3227-8650

Processo nº 0803247-75.2017.8.14.0201 (PJe).


RECLAMANTE: PAULO MAX LIMA NASCIMENTO.
RECLAMADO: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Com base no inc. XXII, do § 2º, do art. 1º, do Provimento nº 006/2006-CJRMB, neste Ato, ficam as partes
intimadas, através de advogado habilitado no sistema, do retorno dos autos da Turma Recursal para que,
no prazo de 15 (quinze) dias, procedam aos requerimentos pertinentes.

BELéM, 16 de agosto de 2021.

LUIS CARLOS DE SOUZA PEREIRA.


Servidor
Vara do Juizado Especial Cível de Icoaraci

Número do processo: 0801538-05.2017.8.14.0201 Participação: RECLAMANTE Nome: MONICA DE


SOUZA CORREA Participação: ADVOGADO Nome: FLORA ROCHA GALINDO BITTENCOURT OAB:
23096-B/PA Participação: ADVOGADO Nome: CARLA DE ARAUJO LIMA OAB: 15630/PA Participação:
RECLAMADO Nome: SUPERMERCADO HIPER MERCANTIL Participação: ADVOGADO Nome:
EDILENE SANDRA DE SOUSA LUZ SILVA OAB: 7568/PA

PODER JUDICIÁRIO
VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ICOARACI
Rua Manoel Barata, n° 864, Cruzeiro, Distrito de Icoaraci, Belém-PA
Fone: (91) 3227-8650

Processo nº 0801538-05.2017.8.14.0201 (PJe).


RECLAMANTE: MONICA DE SOUZA CORREA
RECLAMADO: SUPERMERCADO HIPER MERCANTIL

ATO ORDINATÓRIO

Com base no inc. XXII, do § 2º, do art. 1º, do Provimento nº 006/2006-CJRMB, neste Ato, ficam as partes
intimadas, através de advogado habilitado no sistema, do retorno dos autos da Turma Recursal para que,
no prazo de 15 (quinze) dias, procedam aos requerimentos pertinentes.

BELéM, 16 de agosto de 2021.

LUIS CARLOS DE SOUZA PEREIRA.


Servidor
Vara do Juizado Especial Cível de Icoaraci

Número do processo: 0000608-70.2013.8.14.0941 Participação: EXEQUENTE Nome: CENTRO


COMUNITARIO MONSENHOR JOSE MARIA DE AZEVEDO Participação: ADVOGADO Nome: IGOR
XAVIER DO NASCIMENTO OAB: 15947/PA Participação: EXECUTADO Nome: RAQUEL FERREIRA DA
CONCEICAO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


1165
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITAL DE ICOARACI - COMARCA DE BELÉM

PROCESSO Nº 0000608-70.2013.8.14.0941

CLASSE PROCESSUAL: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)

EXEQUENTE: CENTRO COMUNITARIO MONSENHOR JOSE MARIA DE AZEVEDO

EXECUTADO: RAQUEL FERREIRA DA CONCEICAO

SENTENÇA

Vistos, etc.

Dispenso o relatório e decido, com espeque no art. 38 da Lei 9.099/95.

Intimada para cumprir diligência determinada por este juízo a parte exequente manteve-se inerte,
conforme certidão constante dos autos, já tendo expirado o prazo que lhe fora concedido.

O prazo em questão é peremptório e conforme estabelece o art. 223 do CPC, decorrido o prazo, extingue-
se o direito de praticar o ato processual pretendido, independentemente de declaração judicial.

Compulsando os autos observo que já foram realizadas inúmeras diligências por este juízo na tentativa de
localização de bens e/ou valores para satisfação do crédito exequendo, motivo pelo qual diante da
ausência de indicação de bem à penhora pelo exequente, bem como diante da inexistência de quaisquer
outros bens capazes de garantir a execução, não há como a presente demanda prosseguir.

Há norma no microssistema dos juizados especiais que trata especificamente sobre a circunstância da não
localização do devedor e de bens penhoráveis, qual seja, o artigo 53, § 4º, da lei 9.099/95 o qual preceitua
que:

"Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente


extinto, devolvendo-se os documentos ao autor".

Em que pese tal dispositivo legal se referir ao procedimento da execução de título extrajudicial,
consoante Enunciado nº 75 do FONAJE “a hipótese do § 4º, do 53, da lei 9.099/1995, também se aplica
às execuções de título judicial, entregando-se ao exequente, no caso, certidão do seu crédito,
como título para futura execução, sem prejuízo da manutenção do nome do executado no Cartório
Distribuidor.”

Destaco ainda que no âmbito dos juizados especiais, é desnecessária a prévia intimação pessoal das
partes antes da extinção do feito (artigo 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95).

Na hipótese dos autos, não foram localizados bens capazes de satisfazer o crédito exequendo , incidindo,
pois, no caso, a referida norma, impondo-se, por consequência, a extinção do feito.

Desta forma, julgo extinto o cumprimento de sentença com fulcro no artigo 53, §4º, da Lei 9.099/95.

Fica autorizada desde já a expedição de certidão de crédito em favor do exequente, acaso requerida.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Icoaraci-Belém/PA, 12 de maio de 2021.

EDNA MARIA DE MOURA PALHA

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE ICOARACI

Número do processo: 0801586-22.2021.8.14.0201 Participação: AUTOR Nome: JOELY BRUNA


FERREIRA BATISTA Participação: AUTOR DO FATO Nome: LUANI DA SILVA MELO Participação:
ADVOGADO Nome: PATRICK RAFAEL DE MIRANDA TEIXEIRA OAB: 30420/PA Participação: AUTOR
DO FATO Nome: LAURIENE BRITO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: PATRICK RAFAEL DE
MIRANDA TEIXEIRA OAB: 30420/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE ICOARACI

Rua Manoel Barata, nº. 864, Icoaraci, Belém-PA

Fone:(91)3247-1388/99119-9031(WhatsApp) – CEP:66.810-100

E-mail: jecrimicoaraci@tjpa.jus.br

PROCESSO: 0801586-22.2021.8.14.0201

AUTOR DO FATO: LUANI DA SILVA MELO, LAURIENE BRITO DA SILVA

VÍTIMA: JOELY BRUNA FERREIRA BATISTA

ATO ORDINATÓRIO

De ordem da MMª Juíza de Direito, Titular da Vara do Juizado Especial Criminal de Icoaraci, e
considerando a Portaria Conjunta nº 12/2020-GP/VP/CJRMP/CJCI, de 22 de maio de 2020 que permite e
regulamenta os procedimentos a serem adotados para realização, por meio de videoconferência, de
audiências de conciliação nos Juizados Especiais do Tribunal de Justiça do Estado do Pará; bem como a
necessidade de resguardar a saúde de magistrados, servidores, colaboradores e integrantes do sistema
de justiça, além das próprias partes do processo, de modo a garantir a continuidade dos feitos que
tramitam neste Juizado; o previsto no Art. 2º, §1º e §3º, ambos da referida Portaria que indicam a
plataforma digital TEAMS para realização de audiências de conciliação, plataforma oficial criada pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Pará, Designo Audiência Preliminar (artigo 72 e seguintes da Lei n.º
9.099/95), visando acordo/conciliação entre as partes e/ou eventual transação penal para o dia
31/08/2021 às 09h30min.

Esclareço que a referida audiência será, PREFERENCIALMENTE, na modalidade NÃO PRESENCIAL,


desta forma, as partes deverão, no ato de intimação para a audiência, ser intimadas para que indiquem e-
mail pessoal e de seu advogado, em prazo máximo de 48 horas anteriores a audiência designada, caso
não possua condições para indicar advogado, será designado Defensor Público, conforme prevê o art. 68
da Lei nº 9099/95.

As informações poderão ser prestadas através dos telefones (91) 3247-1388/3227-


8650/99119-9031 ou do e-mail: jecrimicoaraci@tjpa.jus.br

Havendo impossibilidade de participar do referido ato de forma virtual, deverá, no mesmo prazo,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

informar ao Juízo, momento em que será analisada a possibilidade de realização de audiência na forma
semi-presencial ou presencial. A ausência de manifestação de qualquer das partes (autor do
fato/vítima), poderá ensejar a designação automática da audiência para data posterior.

Ressalta-se que as audiências realizadas por meio de videoconferência são oficiais e possuem os
mesmos efeitos daquelas realizadas de forma presencial e a participação na audiência é simples e
acessível a todos, exigindo-se apenas um computador ou um celular com câmera e com conexão à
internet e a Equipe deste Juizado está à disposição para prestar todo auxílio às partes e advogados
quanto a este acesso.

Icoaraci, 6 de julho de 2021

ANANDA CRISTINA ATAIDE DA SILVA FERREIRA

Diretor(a) de Secretaria

JECrimIcoaraci

Provimento nº 08/2014-CJRMB, que altera dispositivos do Provimento nº 006/2006, dispondo sobre a


padronização dos atos de administração e de mero expediente sem caráter decisório delegados pelo juízo
a serem praticados por qualquer servidor.
1169
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA VARA DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

Número do processo: 0806377-71.2020.8.14.0006 Participação: AUTOR Nome: FERREIRA &


BOMBARDA LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO FRANCISCO FERREIRA OAB:
58131/PR Participação: REU Nome: ANDREIA CRISTINA CARNEIRO FERREIRA

ATO ORDINATÓRIO

0806377-71.2020.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte AUTORA: FERREIRA &
BOMBARDA LTDA - ME, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO redesignada
para o dia 01/12/2021 10:40, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Advertências:

- O não comparecimento da parte Reclamante à Audiência acima designada acarretará a extinção


do processo sem julgamento do mérito e serão devidas custas processuais, nos termos do
disposto no art. 51, I, da Lei 9.099/1995. Ciente ainda as partes de que na Audiência de Instrução e
Julgamento deverão apresentar todas as provas de que dispuserem, inclusive testemunhas até o
máximo de três. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem
comparecer acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95).

Ananindeua-PA, 16 de agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Número do processo: 0810611-62.2021.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL JARDIM INDEPENDENCIA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR TADEU DE CASTRO
NASCIMENTO OAB: 13768/PA Participação: ADVOGADO Nome: PATRICIA MORAES COSTA DIAS
OAB: 013546/PA Participação: EXECUTADO Nome: MARCIA ANDREA MOTA BARRA

Vistos e etc.

1. Em consonância com o art.784, inciso X do NCPC, que dispõe que é título executivo
extrajudicial “o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício,
previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente
comprovadas”. Têm-se como cediço que o título executivo judicial em questão é formado pelo crédito
condominial, cópia da convenção, atas que aprovaram as despesas e a ata de eleição de síndico e
procuração atualizadas, os quais, conjuntamente, têm o condão de comprovar a legitimidade, capacidade,
liquidez e certeza do título, os quais, ainda, devem restar acompanhados do demonstrativo de débito
atualizado até a data da propositura da ação.

2. Isto posto, assino o prazo de 15 (quinze) dias para que a parte autora emende e complemente
a petição inicial para o exato fim de juntar aos autos, sob pena de indeferimento e extinção do processo
sem exame do mérito (CPC, artigo 485, inciso I), documentos que comprovem as taxas de R$ 224,00; R$
495,78, constantes no demonstrativo de débitos.
1170
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

3. Escoado o prazo sem o cumprimento do acima determinado, certifique-se e retornem


conclusos para deslinde.

4. Intime-se.

5. P.R.I.C

6. Ananindeua (PA), assinado digitalmente na data abaixo indicada.

ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA

Juíza de Direito Titular da 1ª VJEC de Ananindeua

Número do processo: 0807092-79.2021.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: RAFAELA


PINHEIRO DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: DANILO CORREA BELEM OAB: 14469/PA
Participação: RECLAMADO Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

DECISÃO.

Vistos etc.

Trata-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS E TUTELA DE URGÊNCIA ajuizada em face de EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE
ENERGIA, requerendo em antecipação de tutela que a Requerida proceda a imediata retirada do nome da
reclamante dos órgãos de proteção ao crédito (SPC e SERASA) e de qualquer outro onde esteja
negativada, até decisão final.

Os artigos 294 e seguintes do novo ordenamento processual jurídico (Lei nº 13.105, de 16/03/2015)
criaram um procedimento padrão simples e organizado, a fim de assegurar a efetiva prestação
jurisdicional, que ora demanda uma tutela de evidência, ora demanda uma tutela de urgência, tal como
pleiteada nos presentes autos.

Note-se que, para a concessão da tutela provisória de urgência, subdividida em antecipada ou cautelar,
faz-se necessário comprovar a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo. Isto é, devem restar claros indícios que conduzam à possibilidade de conceder o direito
pleiteado, bem como a urgência em si mesma do direito.

Vejamos o que dispõem o art. 300 do NCPC, que a regulamenta: ‘A tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo’.

Isto posto, há de esclarecer que as tutelas provisórias, como o próprio nome indica, exigem a prolação de
decisão judicial baseada em grau mínimo de convencimento do magistrado, baseado em um juízo de
probabilidade, tendo em vista que o esgotamento da cognição advirá nas etapas processuais seguintes,
garantindo maior segurança ao pronunciamento final, o qual poderá vir a confirmar ou revogar a decisão
anteriormente concedida.

Dessa forma, nos limites desta análise sumária, entendo que os efeitos da tutela jurisdicional não devem
ser antecipados, tendo em vista que a autora requer a medida antecipada visando compelir a demandada
a retirar seu nome de cadastros de inadimplentes por suposto débito indevido, oriundo de faturas de
consumo de energia elétrica atinentes a unidade consumidora que alega não ser de sua titularidade,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

todavia, conforme se extrai da exordial, a referida UC encontra-se instalada na sede da empresa que tem
como sócio o irmão da autora, não sendo possível neste momento inferir que as alegações no sentido de
que jamais autorizou ou permitiu que a empresa se utilizasse de seus dados para fins de registro de
instalação de energia elétrica sejam irrefutáveis, razão pela qual não há como aferir de plano que exista
alguma ilegalidade que necessite ser compelida como medida de urgência.

Cumpre destacar que a requerente deixa de juntar aos autos comprovante da alegada negativação em
que seja possível identificar que o débito em questão foi atribuído ao seu CPF, bem como deixa de juntar
as faturas contestadas.

Frise-se que a probabilidade do direito e o perigo de dano são evidências que devem preexistir ao
pedido de tutela antecipada, justificando a sua urgência, os quais não restam demonstrados nestes autos.

Portanto, é imperioso que se oportunize a instalação do contraditório e a dilação probatória, porquanto,


neste momento processual, não se tem a prova inequívoca das alegações iniciais capaz de autorizar a
concessão do provimento antecipado.

Isto posto, INDEFIRO O PEDIDO, nos termos dos fundamentos acima, pois não encontram-se
preenchidos os pressupostos de admissibilidade para a concessão da tutela antecipada (art. 300 do
NCPC), sem prejuízo de posterior reanálise.

Defiro os benefícios da justiça gratuita.

PRIC

Ananindeua, Pará.

Assinado digitalmente na data abaixo registrada.

Rosa Maria Moreira da Fonseca

Juíza de Direito

Número do processo: 0810524-09.2021.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


JARDIM ANANIN Participação: ADVOGADO Nome: SIGLIA BETANIA DE OLIVEIRA OAB: 17470/PA
Participação: EXECUTADO Nome: THAIS MORAES BARRA REIS

Vistos e etc.

1. Em consonância com o art.784, inciso X do NCPC, que dispõe que é título executivo
extrajudicial “o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício,
previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente
comprovadas”. Têm-se como cediço que o título executivo judicial em questão é formado pelo crédito
condominial, cópia da convenção, atas que aprovaram as despesas e a ata de eleição de síndico e
procuração atualizadas, os quais, conjuntamente, têm o condão de comprovar a legitimidade, capacidade,
liquidez e certeza do título, os quais, ainda, devem restar acompanhados do demonstrativo de débito
atualizado até a data da propositura da ação.

2. Isto posto, assino o prazo de 15 (quinze) dias para que a parte autora emende e complemente
a petição inicial para o exato fim de juntar aos autos, sob pena de indeferimento e extinção do processo
sem exame do mérito (CPC, artigo 485, inciso I), documentos que comprovem as taxas de R$1.038,57;
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R$655,08, constantes no demonstrativo de débitos.

3. Escoado o prazo sem o cumprimento do acima determinado, certifique-se e retornem


conclusos para deslinde.

4. Intime-se.

5. P.R.I.C

6. Ananindeua (PA), assinado digitalmente na data abaixo indicada.

Número do processo: 0805024-93.2020.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: SUMMER VILLE


RESIDENCE Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO HENRIQUE GARCIA TAVARES OAB: 022224/PA
Participação: EXECUTADO Nome: SIDNEY CRISOSTOMO MONTEIRO Participação: ADVOGADO
Nome: ROBERTO RIBEIRO MORAIS OAB: 20719/PA

ATO ORDINATÓRIO

0805024-93.2020.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento nos incisos II e VI do art. 152 do Código de Processo Civil e no Provimento nº 006/2006-
CJRMB, bem como, zelando pelos princípios da celeridade e informalidade que regem o processo nos
Juizados Especiais (art. 2º da Lei 9.099/95), INTIMO a parte EXEQUENTE: SUMMER VILLE
RESIDENCE, através de seus patronos, para no prazo de 05 (cinco) dias, se manifestar acerca da
petição ID 31587006, oposta pela parte Executada.

Ananindeua-PA, 16 de agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ªVJECível de Ananindeua

Número do processo: 0803881-69.2020.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MORADAS CLUB RIOS DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL
MONTEIRO OAB: 16941/PA Participação: EXECUTADO Nome: MAURO SANTOS DE AZEVEDO

DECISÃO.

Tendo em conta a Certidão de ID 21201253, assino o prazo de 5 (cinco) dias para que o exequente se
manifeste acerca das informações registradas.

Ananindeua-Pa.

Assinado digitalmente na data abaixo registrada.

ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA


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Juíza de Direito Titular da 1ª VJEC de Ananindeua

Número do processo: 0809425-04.2021.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: RAIMUNDA


FERNANDES MENDES Participação: ADVOGADO Nome: VINICIUS SALES CASTRO OAB: 27988/PA
Participação: REQUERIDO Nome: BANCO ITAUCARD S/A Participação: REQUERIDO Nome:
MASTERCARD BRASIL SOLUCOES DE PAGAMENTO LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: DECIO
FLAVIO GONCALVES TORRES FREIRE OAB: 2255/RJ Participação: ADVOGADO Nome: TARCISO
SANTIAGO JUNIOR OAB: 101313/MG

DECISÃO

Trata-se de informação de descumprimento da tutela deferida nestes autos.

Isto posto, intime-se as demandadas para que, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestem-se acerca do teor
da petição ID 30868898, demonstrando o cumprimento da medida deferida nestes autos, sob pena de
majoração da multa aplicada pelo descumprimento.

Intime-se.

Ananindeua – Pa.

ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA

Juíza de Direito Titular da 1ª VJEC.

Número do processo: 0809619-04.2021.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


MULTI MAGUARI Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO EMMANOEL RAIOL MONTEIRO OAB:
16941/PA Participação: EXECUTADO Nome: SUSANE MARIA OLIVEIRA FREITAS

DECISÃO.

Tendo em conta a Certidão do Sr. Oficial de Justiça (ID 30904010), assino o prazo de 5 (cinco) dias para
que, sob pena de indeferimento e extinção do processo sem exame do mérito (CPC, artigo 485, inciso I), o
exequente se manifeste apresentando aos autos o novo endereço da executada.

Escoado o prazo sem o cumprimento do acima determinado, certifique-se e retornem conclusos para
deslinde.

Intime-se.

Ananindeua (PA),

Assinado digitalmente na data abaixo indicada.

ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA


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Juíza de Direito Titular da 1ª VJEC de Ananindeua

Número do processo: 0802905-28.2021.8.14.0006 Participação: AUTOR Nome: ACENILTON CAMPOS


VILAS BOAS FILHO Participação: ADVOGADO Nome: ARCELINO DA SILVA VILAS BOAS FILHO OAB:
18362/PA Participação: REU Nome: INDUSTRIA E COMERCIO DE COSMETICOS NATURA LTDA
Participação: REU Nome: LEAL COBRANCAS DE TITULOS LTDA. Participação: REU Nome: FUNDO DE
INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAO PADRONIZADOS NPL II

ATO ORDINATÓRIO

0802905-28.2021.8.14.0006 (PJe).

Com fundamento no § 4º do art. 152, VI, do Código de Processo Civil, no Provimento nº 006/2006-
CJRMB e pelos princípios da celeridade e informalidade, INTIMO a parte AUTORA: ACENILTON
CAMPOS VILAS BOAS FILHO, através de seus patronos, da Audiência de CONCILIAÇÃO
redesignada para o dia 03/03/2022 11:30, nesta 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua,
bem como fica INTIMADO(A) da DECISÃO ID 28725722, que deferiu o pedido de TUTELA
ANTECIPADA.

Advertências:

- O não comparecimento da parte Reclamante à Audiência acima designada acarretará a extinção


do processo sem julgamento do mérito e serão devidas custas processuais, nos termos do
disposto no art. 51, I, da Lei 9.099/1995. Ciente ainda as partes de que na Audiência de Instrução e
Julgamento deverão apresentar todas as provas de que dispuserem, inclusive testemunhas até o
máximo de três. Sendo o valor da causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem
comparecer acompanhadas de advogado (art. 9º, Lei 9.099/95).

Ananindeua-PA, 16 de agosto de 2021.

ALAN BRABO DE OLIVEIRA

Diretor de Secretaria da 1ª Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua.

Número do processo: 0813422-97.2018.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: ROSEVALDO


DOS SANTOS GOMES Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DE SOUZA PAMPLONA OAB:
13926/PA Participação: RECLAMANTE Nome: KAREN CRISTINA FERREIRA GOMES Participação:
ADVOGADO Nome: THIAGO DE SOUZA PAMPLONA OAB: 13926/PA Participação: RECLAMADO
Nome: RODOBENS INCORPORADORA IMOBILIARIA 323 - SPE LTDA

PROCESSO: 0813422-97.2018.8.14.0006

RECLAMANTES: ROSEVALDO DOS SANTOS GOMES e KAREN CRISTINA FERREIRA GOMES.

RECLAMADO: RODOBENS INCORPORADORA IMOBILIARIA 323 – SPE LTDA.

SENTENÇA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Vistos etc.,

Dispensado o relatório nos termos do art.38 da Lei 9.099/1995.

Da revelia.

Em sede de audiências judiciais a demandada, regularmente citada e intimada, não compareceu ou


justificou sua ausência.

Assim, a ausência da demandada à audiência designada, implica na decretação de sua revelia e confissão
quanto à matéria de fato, consoante estabelece o art. 20, caput, da Lei 9.099/95, in verbis: ‘Art. 20. Não
comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-
se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do
juiz’.

Pelo que passo a análise do direito conforme tópicos infra:

Da validade da cláusula de tolerância de 180 dias.

A cláusula que prevê prazo de 180 (cento e oitenta) dias de atraso para a entrega da mora, sem incidência
de penalidades ao vendedor, é plausível, em se tratando de obra multi-habitacional, dada a complexidade
da obra e a possibilidade de inúmeros transtornos imprevistos, inclusive quanto ao atraso na entrega do
"habite-se", em face das inúmeras exigências dos entes fiscalizadores.

Assim, a reclamada possui razão quanto a este ponto de sua contestação, não merecendo prosperar o
pleito do autor quanto a nulidade da cláusula contratual, incidindo sobre a data prevista para entrega do
imóvel (28/02/2016 – quadro VII) o prazo de tolerância de 180 dias para a efetiva entrega, pois a
jurisprudência dominante, incluindo o STJ entende pela legalidade da referida cláusula, anulável apenas
quando a previsão contratual ultrapassa a tolerância estipulada de 180 dias.

Nesse sentido:

Compromisso de compra e venda – Ação de Indenização – Legitimidade passiva da Ré para responder


pelos valores pagos a título de juros de obra e comissão de corretagem/assessoria imobiliária - Atraso na
entrega da obra - Inobservância da previsão contratual para entrega do bem – Declaração de abusividade
da estipulação que autoriza a entrega do imóvel 21 meses após a assinatura do contrato de financiamento
– Desvantagem exagerada ao consumidor – Prevalecimento da estipulação que indica data certa para
entrega do bem – Legalidade da cláusula de tolerância de 180 dias – Reparação pela privação da fruição
do bem – Lucros cessantes - Possibilidade – - Patamar proporcional e em conformidade com o
entendimento deste Tribunal – CORRETA DEVOLUÇÃO DOS JUROS DE OBRA, VEZ QUE SE TRATA
NA VERDADE DE JUROS DEVIDOS AO BANCO PELA CONSTRUTORA – Comissão de corretagem e
taxa de assessoria – Ressarcimento a compromissária-compradora – Cabimento – À falta de contratação
pelo consumidor ou clareza da parte do fornecedor, a remuneração de intermediadora cabe ao promitente
vendedor responsável pela contratação do serviço - Dano Moral inexistente – Mero dissabor –
Possibilidade de cumulação de multa moratória com lucros cessantes – Correção do saldo devedor
apenas mantém seu valor - Sucumbência mantida – Recursos parcialmente providos. (Relator(a): Luiz
Antonio Costa; Comarca: Campinas; Órgão julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento:
18/12/2015; Data de registro: 14/01/2016) – g.n.

Portanto, legítima a estipulação contratual, não padecendo de qualquer nulidade ou abusividade, devendo
ser computado ao final do prazo estipulado de entrega em 31/07/2015, o prazo de tolerância de 180 dias.

Do lucro cessante.

O descumprimento contratual se resolve por perdas e danos, aí compreendidos o dano emergente e os


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lucros cessantes. O primeiro atine ao que se efetivamente perdeu. O segundo atine ao que razoavelmente
se deixou de lucrar.

No que diz respeito aos lucros cessantes afirma o autor ter sofrido um dano material correspondente ao
que deixou de lucrar enquanto perdurou a demora na entrega do imóvel.

Écediço que a mora se evidencia a partir do escoamento do prazo de tolerância, previsto contratualmente,
e tem seu termo na data em que a construtora ofereceu o bem, efetivamente construído e liberado (habite-
se), ainda que o comprador não o tenha recebido nesta data (entrega de chaves).

Assim, o Superior Tribunal de Justiça já pacificou entendimento que o atraso na entrega da obra, por
motivo injustificado, gera aos adquirentes o direito de receberem indenização por danos materiais,
equivalente ao valor de aluguel que seria auferido, devendo ser calculado da data marcada pela
entrega, ou, havendo cláusula de tolerância, da finalização do prazo de tolerância até a conclusão
definitiva da obra.

Portanto, verifico que o prazo previsto para a entrega somado ao prazo de tolerância permitia a entrega do
imóvel até 31/07/2015, tendo ocorrido a efetiva entrega em 24/02/2016, conforme termo de entrega de
chaves, após as devidas compensações pecuniárias pelo financiamento bancário, uma vez não
comprovada a disponibilização em data anterior pela reclamada revel, quando para tanto bastava a
apresentação do habite-se.

Com a inversão do ônus da prova, caberia a empresa demandada comprovar que houve a entrega do
imóvel no prazo estipulado ou após o prazo de tolerância, desde que comprovado justo motivo (ocorrência
de caso fortuito ou força maior), inexistindo nos autos qualquer fato impeditivo ou modificativo do direito
alegado, ante a revelia da demandada. Pelo que, entendo que ouve um atraso injustificado de 06 meses e
24 dias na entrega do imóvel.

O art. 475 do Código Civil prevê que: “A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do
contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por
perdas e danos.”

Já o art.402 do Código Civil estipula que: “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e
danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de
lucrar.”

Pois bem. Incontroverso o inadimplemento contratual da empresa demandada, cabe a esta o dever de
indenizar o adquirente, com fundamento nos arts. 475 e 402 do Código Civil.

Seguindo esse entendimento, colaciono abaixo o aresto jurisprudencial nesse sentido:

RESPONSABILIDADE CIVIL. CONSTRUTOR. ATRASO NA ENTREGA DAS OBRAS. MULTA


CONTRATUAL NÃO PEDIDA NA PETIÇÃO INICIAL. SENTENÇA ULTRA PETITA. DESNECESSIDADE
DE REENVIO AUTOS AO JUÍZO A QUO. POSSIBILIDADE DO JUÍZO AD QUEM DESCONSIDERAR O
TRECHO ULTRA PETITA. CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR NÃO CONFIGURADOS. DANOS
MATERIAIS A TÍTULO DE LUCROS CESSANTES CONCEDIDOS. DANOS MORAIS CONFIGURADOS.
RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 1 - Se a sentença foi dividida em vários capítulos,
sendo ultra petita em somente um deles, não há necessidade de se invalidar toda a decisão, determinando
que se profira novo julgamento no juízo a quo, bastando o juízo ad quem excluir o que exceder. 2 - Não
configurada a ocorrência de caso fortuito ou força maior. 3 - Havendo atraso na entrega da obra, deve a
vítima ser indenizada pelos danos materiais sofridos, a título de lucros cessantes relativos ao período em
que, por culpa do réu, esteve impossibilitada de alugar o imóvel e auferir renda. 4 - Presentes os
pressupostos da responsabilidade civil, a doutrina e a jurisprudência estão apoiadas na assertiva de que o
prejuízo imaterial é uma decorrência natural (lógica) da própria violação do direito da personalidade ou da
prática do ato ilícito, possuindo a vítima direito à indenização por danos morais. 5 - Recursos conhecidos.
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Recurso do 2º recorrente/réu parcialmente provido e recurso da 1ª recorrente/ autora provido. (TJ-DF; Rec
2011.04.1.003240-9; Ac. 540.047; Terceira Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal;
Rel. Juiz Hector Valverde Santana; DJDFTE 10/10/2011; Pág. 269)

Como visto na jurisprudência acerca do tema, basta a prova da ocorrência do atraso. Havendo atraso na
entrega da obra, deve a vítima ser indenizada pelos danos materiais sofridos, a título de lucros cessantes
relativos ao período em que, por culpa do réu, esteve impossibilitada de auferir do imóvel.

O valor pelo aluguel que deixou de auferir depende da análise do valor de mercado para aluguel do
imóvel, pelo que entendo que o valor de R$-600,00 mensais, está compatível com o apartamento descrito
no compromisso de compra e venda, próximo a média de 0,5% sobre o valor do imóvel, que serve de base
para aluguéis residenciais.

Pelo que há um atraso de seis meses e vinte e quatro dias, que incorrem no lucro cessante a ser pago ao
autor de R$4.080,00.

Da repetição do indébito tocante a cobrança de taxa de evolução de obra.

Sobre o tema já se firmou o entendimento de que, inexistindo atraso na entrega do imóvel, isto é,
enquanto perdurar a construção do empreendimento no período contratado, a taxa de evolução de obra é
devida, sendo lícita a cobrança pela construtora ao adquirente. No entanto, havendo atraso na entrega do
imóvel, valores devidos em razão da evolução da obra não devem ser suportados pelo comprador, sendo
ilícito o repasse desse encargo ao consumidor, de forma prévia ou quando do pagamento do
financiamento bancário junto à Caixa Econômica Federal.

Nessa seara, analisando o conjunto probatório produzido nos autos, o autor demonstra os boletos gerados
e os comprovantes de pagamento correlatos a aludida cobrança pagas diretamente a caixa econômica
federal, em momento em que deveriam ter sido assumidas pelas construtoras.

Contabilizado o prazo de tolerância de 180 dias, teriam as reclamadas até 31/07/2015 para entregar o
imóvel, sendo cobradas taxas de evolução de obra de agosto/2015 a abril/2016, data do início do período
de amortização, conforme restou demonstrado pelos documentos carreados aos autos, incorrendo o
consumidor no pagamento indevido de R$4.466,02.

Assim, ao imóvel em questão, que faz parte de empreendimento financiado pela CEF, conforme cláusula
contratual prevista ao caso de atraso na entrega do imóvel por prazo superior a 6 (seis) meses (cláusula
dos 180 dias), contados do prazo de construção contratado (consta no quadro “CONDIÇÕES DO
FINANCIAMENTO”), a responsabilidade pelo pagamento dos encargos passa a ser da construtora,
que ficará responsável até a efetiva entrega do imóvel.

Não sendo o que ocorreu no caso em análise, uma vez comprovado que os encargos a tal título foram
sustentados pelo consumidor em período em que houve atraso na entrega e legalização do imóvel.

Agindo a reclamada de forma ilegal ao cobrar dos consumidores juros de obra após o prazo para a
entrega do imóvel, já incluído o período de tolerância. Afinal, o comprador não dá causa ao atraso na obra,
e quanto maior o atraso da obra, mais tempo o consumidor pagará juros sem saldar seu débito.

Assim, tendo ocorrido o pagamento de juros de obra durante o período de atraso na entrega das chaves,
estes valores devem ser devolvidos aos compradores de forma dobrada, em consonância com o que
dispõe o art. 42 do CDC.

Pelo que, comprovado o efetivo desembolso pelos extratos emitidos pela CEF da importância de
R$4.466,02, devem as reclamadas aos autores a quantia em dobro, nos termos do art. 42 do CDC,
importando em R$8.932,04.
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Do dano moral.

Em hipóteses envolvendo direito do consumidor, para a configuração de prejuízos extrapatrimoniais, há


que se verificar se o bem ou serviço defeituoso ou inadequadamente fornecido tem a aptidão de causar
sofrimento, dor, perturbações psíquicas, constrangimentos, angústia ou desconforto espiritual.

Em razão do que sobre o simples descumprimento contratual, o STJ mantém posicionamento pacífico
segundo o qual simples dissabores ou aborrecimentos são incapazes de causar danos morais, como é
possível perceber no julgamento do REsp 202.564/RJ (Quarta Turma julgado em 02/08/2001, DJ
01/10/2001, p. 220) e do REsp 1.426.710 (julgado em 25/10/2016, DJe 08/11/2016).

Nessa senda, pontualmente para a configuração do dano moral no caso de atraso na entrega de imóvel, o
STJ tem entendido que, muito embora o simples descumprimento contratual não provoque danos morais
indenizáveis, circunstâncias específicas da controvérsia podem configurar a lesão extrapatrimonial.
Vejamos:

CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E


MATERIAIS. ATRASO NA ENTREGA DE UNIDADE IMOBILIÁRIA. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO E
OBSCURIDADE. AUSENTES. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE. LUCROS
CESSANTES. PRESUNÇÃO. CABIMENTO. DANOS MORAIS. SIMPLES ATRASO. AUSÊNCIA. - Ação
ajuizada em 12/04/2013. Recurso especial interposto em 20/03/2015 e distribuído a este gabinete em
25/08/2016.

- Cinge-se a controvérsia a definir se o atraso da recorrida em entregar unidade imobiliária gerou danos
materiais e morais aos recorrentes. (...)

- Dano moral: agressão à dignidade da pessoa humana. Necessidade de reavaliação da


sensibilidade ético-social comum na configuração do dano moral. Inadimplemento contratual não
causa, por si, danos morais. Precedentes. (...)

- Além dos danos emergentes, a não entrega de unidade imobiliária na data estipulada não causa,
por si só, danos morais ao promitente-comprador.

- Recurso especial parcialmente conhecido, e nessa parte, provido. (REsp 1637627/RJ, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/12/2016, DJe 14/12/2016. Grifou-se).

Pelo que, não é devido o pagamento de dano moral em face de descumprimento contratual, que se
resolve em danos emergentes e lucros cessantes, salvo caso de flagrante ofensa à dignidade da pessoa.
(Processo nº 2012.01.1.012389-4 (637171), 1ª Turma Cível do TJDFT, Rel. César Laboissiere Loyola.
unânime, DJe 03.12.2012).

Na hipótese dos autos, a fundamentação do dano extrapatrimonial está justificada somente na frustração
da expectativa da recorrida em residir em imóvel próprio, sem traçar qualquer nota adicional ao mero
atraso que pudesse, para além dos danos materiais, causar grave sofrimento ou angústia a ponto de
configurar verdadeiro dano moral.

Em razão do exposto, pela ausência de circunstâncias específicas que sejam capazes de provocar graves
lesões à personalidade dos recorridos, resta afastada a configuração do dano moral na hipótese dos
autos, considerando que o dano moral exsurge de agressão à personalidade do ofendido, conforme
julgamento do REsp 1.426.710 (STJ, Terceira Turma, julgado em 25/10/2016, DJe 08/11/2016).

Em razão da ausência de seus pressupostos de configuração, deixo de condenar as reclamadas à


indenização por danos morais.

Da reversão de cláusula penal em favor do consumidor. Multa por descumprimento do contrato.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Consoante orientação jurisprudencial já pacificada pelo Superior Tribunal de Justiça, a Segunda Seção do
STJ, sob relatoria do Relator Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, julgado em 22.05.2019, fixou em recurso
repetitivo as seguintes teses:

Tema 970: “A cláusula penal moratória tem a finalidade de indenizar pelo adimplemento tardio da
obrigação, e, em regra, estabelecida em valor equivalente ao locativo, afasta-se sua cumulação com
lucros cessantes.”

Tema 971: “No contrato de adesão firmado entre o comprador e a construtora/incorporadora, havendo
previsão de cláusula penal apenas para o inadimplemento do adquirente, deverá ela ser considerada para
a fixação da indenização pelo inadimplemento do vendedor. As obrigações heterogêneas (obrigações de
fazer e de dar) serão convertidas em dinheiro, por arbitramento judicial.”

Sobre o tema 970, o relator dos recursos especiais repetitivos, Ministro Luis Felipe Salomão, explicou que
a cláusula penal moratória tem natureza eminentemente indenizatória, quando fixada de maneira
adequada. Segundo ele, havendo cláusula penal para prefixar a indenização, não cabe a cumulação
posterior com lucros cessantes, (REsp 1.186.789).

Sobre o tema 971, ao analisar a possibilidade de inversão da cláusula penal estipulada exclusivamente
para o adquirente em desfavor da construtora, nos casos de atraso na entrega de imóvel, o Ministro Luis
Felipe Salomão ressaltou que a tendência mundial é a de se exigir reciprocidade entre as penalidades
impostas ao consumidor e ao fornecedor de determinado produto. “Seja por princípios gerais do direito, ou
pela principiologia adotada no Código de Defesa do Consumidor, seja, ainda, por comezinho imperativo de
equidade, mostra-se abusiva a prática de se estipular penalidade exclusivamente ao consumidor, para a
hipótese de mora ou inadimplemento contratual absoluto, ficando isento de tal reprimenda o fornecedor em
situações de análogo descumprimento da avença”, observou.

No entanto, para o relator, a simples inversão da penalidade contratual poderia dar origem a
enriquecimento sem causa do adquirente do imóvel. “A inversão, para determinar a incidência do mesmo
percentual sobre o preço total do imóvel, incidindo a cada mês de atraso, parece não constituir – em
verdade – simples ‘inversão da multa moratória’, podendo isso sim representar valor divorciado da
realidade de mercado, a ensejar enriquecimento sem causa”, disse.

Salomão ressalvou ainda que a multa compensatória referente à obrigação de pagar (de dar) não poderá,
por questão de simetria, incidir sobre todo o preço do imóvel que deveria ter sido entregue (obrigação de
fazer). E como a cláusula penal compensatória visa indenizar, não é possível a cumulação com lucros
cessantes.

Portanto, não há que se falar em cumulação da indenização prevista na cláusula penal (multa por
descumprimento do contrato) com a indenização por lucros cessantes devida pelo valor que seria auferido
com o aluguel do imóvel, já acolhida por este juízo ao reclamante.

Assim tendo ocorrido, a questão trazida a juízo enquadra-se nas razões de decidir expostas no julgamento
do Recurso Repetitivo (REsp 1.498.484 - DF) anteriormente mencionado, devendo-se aplicar a tese
firmada pelo STJ, consoante previsão do art. 1040, III, do Código de Processo Civil.

Pelo que a pretensão da parte autora tocante a cumulação de tal pedido está fulminada, impondo-se a
improcedência de tal pleito.

Dispositivo

Isto posto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos contidos na inicial, extinguindo o processo
com análise do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC, para o fim de CONDENAR a demandada a
indenizar os autores no valor de R$4.080,00, referente aos meses de aluguel que poderia ter auferido
(lucros cessantes), devendo ser tal valor corrigido monetariamente pelo INPC, com juros de mora de 1%
1180
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(um por cento) a partir da citação, bem como a devolver o indébito atinente a taxa de evolução de obra, na
forma do art. 42 do CDC, importando em R$8.932,04 (2x R$4.466,02), devendo ser tal valor corrigido
monetariamente pelo INPC, com juros de mora de 1% (um por cento) a partir da citação.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais, nos termos dos artigos 54 e 55, da Lei n.º 9099/95.

P.R.I.C.

Transitada em julgado, certifique-se e arquive-se.

Assinado digitalmente na data abaixo registrada.

Rosa Maria Moreira da Fonseca

Juíza de Direito

Número do processo: 0813422-97.2018.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: ROSEVALDO


DOS SANTOS GOMES Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DE SOUZA PAMPLONA OAB:
13926/PA Participação: RECLAMANTE Nome: KAREN CRISTINA FERREIRA GOMES Participação:
ADVOGADO Nome: THIAGO DE SOUZA PAMPLONA OAB: 13926/PA Participação: RECLAMADO
Nome: RODOBENS INCORPORADORA IMOBILIARIA 323 - SPE LTDA

PROCESSO: 0813422-97.2018.8.14.0006

RECLAMANTES: ROSEVALDO DOS SANTOS GOMES e KAREN CRISTINA FERREIRA GOMES.

RECLAMADO: RODOBENS INCORPORADORA IMOBILIARIA 323 – SPE LTDA.

SENTENÇA

Vistos etc.,

Dispensado o relatório nos termos do art.38 da Lei 9.099/1995.

Da revelia.

Em sede de audiências judiciais a demandada, regularmente citada e intimada, não compareceu ou


justificou sua ausência.

Assim, a ausência da demandada à audiência designada, implica na decretação de sua revelia e confissão
quanto à matéria de fato, consoante estabelece o art. 20, caput, da Lei 9.099/95, in verbis: ‘Art. 20. Não
comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-
se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do
juiz’.

Pelo que passo a análise do direito conforme tópicos infra:

Da validade da cláusula de tolerância de 180 dias.


1181
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A cláusula que prevê prazo de 180 (cento e oitenta) dias de atraso para a entrega da mora, sem incidência
de penalidades ao vendedor, é plausível, em se tratando de obra multi-habitacional, dada a complexidade
da obra e a possibilidade de inúmeros transtornos imprevistos, inclusive quanto ao atraso na entrega do
"habite-se", em face das inúmeras exigências dos entes fiscalizadores.

Assim, a reclamada possui razão quanto a este ponto de sua contestação, não merecendo prosperar o
pleito do autor quanto a nulidade da cláusula contratual, incidindo sobre a data prevista para entrega do
imóvel (28/02/2016 – quadro VII) o prazo de tolerância de 180 dias para a efetiva entrega, pois a
jurisprudência dominante, incluindo o STJ entende pela legalidade da referida cláusula, anulável apenas
quando a previsão contratual ultrapassa a tolerância estipulada de 180 dias.

Nesse sentido:

Compromisso de compra e venda – Ação de Indenização – Legitimidade passiva da Ré para responder


pelos valores pagos a título de juros de obra e comissão de corretagem/assessoria imobiliária - Atraso na
entrega da obra - Inobservância da previsão contratual para entrega do bem – Declaração de abusividade
da estipulação que autoriza a entrega do imóvel 21 meses após a assinatura do contrato de financiamento
– Desvantagem exagerada ao consumidor – Prevalecimento da estipulação que indica data certa para
entrega do bem – Legalidade da cláusula de tolerância de 180 dias – Reparação pela privação da fruição
do bem – Lucros cessantes - Possibilidade – - Patamar proporcional e em conformidade com o
entendimento deste Tribunal – CORRETA DEVOLUÇÃO DOS JUROS DE OBRA, VEZ QUE SE TRATA
NA VERDADE DE JUROS DEVIDOS AO BANCO PELA CONSTRUTORA – Comissão de corretagem e
taxa de assessoria – Ressarcimento a compromissária-compradora – Cabimento – À falta de contratação
pelo consumidor ou clareza da parte do fornecedor, a remuneração de intermediadora cabe ao promitente
vendedor responsável pela contratação do serviço - Dano Moral inexistente – Mero dissabor –
Possibilidade de cumulação de multa moratória com lucros cessantes – Correção do saldo devedor
apenas mantém seu valor - Sucumbência mantida – Recursos parcialmente providos. (Relator(a): Luiz
Antonio Costa; Comarca: Campinas; Órgão julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento:
18/12/2015; Data de registro: 14/01/2016) – g.n.

Portanto, legítima a estipulação contratual, não padecendo de qualquer nulidade ou abusividade, devendo
ser computado ao final do prazo estipulado de entrega em 31/07/2015, o prazo de tolerância de 180 dias.

Do lucro cessante.

O descumprimento contratual se resolve por perdas e danos, aí compreendidos o dano emergente e os


lucros cessantes. O primeiro atine ao que se efetivamente perdeu. O segundo atine ao que razoavelmente
se deixou de lucrar.

No que diz respeito aos lucros cessantes afirma o autor ter sofrido um dano material correspondente ao
que deixou de lucrar enquanto perdurou a demora na entrega do imóvel.

Écediço que a mora se evidencia a partir do escoamento do prazo de tolerância, previsto contratualmente,
e tem seu termo na data em que a construtora ofereceu o bem, efetivamente construído e liberado (habite-
se), ainda que o comprador não o tenha recebido nesta data (entrega de chaves).

Assim, o Superior Tribunal de Justiça já pacificou entendimento que o atraso na entrega da obra, por
motivo injustificado, gera aos adquirentes o direito de receberem indenização por danos materiais,
equivalente ao valor de aluguel que seria auferido, devendo ser calculado da data marcada pela
entrega, ou, havendo cláusula de tolerância, da finalização do prazo de tolerância até a conclusão
definitiva da obra.

Portanto, verifico que o prazo previsto para a entrega somado ao prazo de tolerância permitia a entrega do
imóvel até 31/07/2015, tendo ocorrido a efetiva entrega em 24/02/2016, conforme termo de entrega de
chaves, após as devidas compensações pecuniárias pelo financiamento bancário, uma vez não
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comprovada a disponibilização em data anterior pela reclamada revel, quando para tanto bastava a
apresentação do habite-se.

Com a inversão do ônus da prova, caberia a empresa demandada comprovar que houve a entrega do
imóvel no prazo estipulado ou após o prazo de tolerância, desde que comprovado justo motivo (ocorrência
de caso fortuito ou força maior), inexistindo nos autos qualquer fato impeditivo ou modificativo do direito
alegado, ante a revelia da demandada. Pelo que, entendo que ouve um atraso injustificado de 06 meses e
24 dias na entrega do imóvel.

O art. 475 do Código Civil prevê que: “A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do
contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por
perdas e danos.”

Já o art.402 do Código Civil estipula que: “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e
danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de
lucrar.”

Pois bem. Incontroverso o inadimplemento contratual da empresa demandada, cabe a esta o dever de
indenizar o adquirente, com fundamento nos arts. 475 e 402 do Código Civil.

Seguindo esse entendimento, colaciono abaixo o aresto jurisprudencial nesse sentido:

RESPONSABILIDADE CIVIL. CONSTRUTOR. ATRASO NA ENTREGA DAS OBRAS. MULTA


CONTRATUAL NÃO PEDIDA NA PETIÇÃO INICIAL. SENTENÇA ULTRA PETITA. DESNECESSIDADE
DE REENVIO AUTOS AO JUÍZO A QUO. POSSIBILIDADE DO JUÍZO AD QUEM DESCONSIDERAR O
TRECHO ULTRA PETITA. CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR NÃO CONFIGURADOS. DANOS
MATERIAIS A TÍTULO DE LUCROS CESSANTES CONCEDIDOS. DANOS MORAIS CONFIGURADOS.
RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 1 - Se a sentença foi dividida em vários capítulos,
sendo ultra petita em somente um deles, não há necessidade de se invalidar toda a decisão, determinando
que se profira novo julgamento no juízo a quo, bastando o juízo ad quem excluir o que exceder. 2 - Não
configurada a ocorrência de caso fortuito ou força maior. 3 - Havendo atraso na entrega da obra, deve a
vítima ser indenizada pelos danos materiais sofridos, a título de lucros cessantes relativos ao período em
que, por culpa do réu, esteve impossibilitada de alugar o imóvel e auferir renda. 4 - Presentes os
pressupostos da responsabilidade civil, a doutrina e a jurisprudência estão apoiadas na assertiva de que o
prejuízo imaterial é uma decorrência natural (lógica) da própria violação do direito da personalidade ou da
prática do ato ilícito, possuindo a vítima direito à indenização por danos morais. 5 - Recursos conhecidos.
Recurso do 2º recorrente/réu parcialmente provido e recurso da 1ª recorrente/ autora provido. (TJ-DF; Rec
2011.04.1.003240-9; Ac. 540.047; Terceira Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal;
Rel. Juiz Hector Valverde Santana; DJDFTE 10/10/2011; Pág. 269)

Como visto na jurisprudência acerca do tema, basta a prova da ocorrência do atraso. Havendo atraso na
entrega da obra, deve a vítima ser indenizada pelos danos materiais sofridos, a título de lucros cessantes
relativos ao período em que, por culpa do réu, esteve impossibilitada de auferir do imóvel.

O valor pelo aluguel que deixou de auferir depende da análise do valor de mercado para aluguel do
imóvel, pelo que entendo que o valor de R$-600,00 mensais, está compatível com o apartamento descrito
no compromisso de compra e venda, próximo a média de 0,5% sobre o valor do imóvel, que serve de base
para aluguéis residenciais.

Pelo que há um atraso de seis meses e vinte e quatro dias, que incorrem no lucro cessante a ser pago ao
autor de R$4.080,00.

Da repetição do indébito tocante a cobrança de taxa de evolução de obra.

Sobre o tema já se firmou o entendimento de que, inexistindo atraso na entrega do imóvel, isto é,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

enquanto perdurar a construção do empreendimento no período contratado, a taxa de evolução de obra é


devida, sendo lícita a cobrança pela construtora ao adquirente. No entanto, havendo atraso na entrega do
imóvel, valores devidos em razão da evolução da obra não devem ser suportados pelo comprador, sendo
ilícito o repasse desse encargo ao consumidor, de forma prévia ou quando do pagamento do
financiamento bancário junto à Caixa Econômica Federal.

Nessa seara, analisando o conjunto probatório produzido nos autos, o autor demonstra os boletos gerados
e os comprovantes de pagamento correlatos a aludida cobrança pagas diretamente a caixa econômica
federal, em momento em que deveriam ter sido assumidas pelas construtoras.

Contabilizado o prazo de tolerância de 180 dias, teriam as reclamadas até 31/07/2015 para entregar o
imóvel, sendo cobradas taxas de evolução de obra de agosto/2015 a abril/2016, data do início do período
de amortização, conforme restou demonstrado pelos documentos carreados aos autos, incorrendo o
consumidor no pagamento indevido de R$4.466,02.

Assim, ao imóvel em questão, que faz parte de empreendimento financiado pela CEF, conforme cláusula
contratual prevista ao caso de atraso na entrega do imóvel por prazo superior a 6 (seis) meses (cláusula
dos 180 dias), contados do prazo de construção contratado (consta no quadro “CONDIÇÕES DO
FINANCIAMENTO”), a responsabilidade pelo pagamento dos encargos passa a ser da construtora,
que ficará responsável até a efetiva entrega do imóvel.

Não sendo o que ocorreu no caso em análise, uma vez comprovado que os encargos a tal título foram
sustentados pelo consumidor em período em que houve atraso na entrega e legalização do imóvel.

Agindo a reclamada de forma ilegal ao cobrar dos consumidores juros de obra após o prazo para a
entrega do imóvel, já incluído o período de tolerância. Afinal, o comprador não dá causa ao atraso na obra,
e quanto maior o atraso da obra, mais tempo o consumidor pagará juros sem saldar seu débito.

Assim, tendo ocorrido o pagamento de juros de obra durante o período de atraso na entrega das chaves,
estes valores devem ser devolvidos aos compradores de forma dobrada, em consonância com o que
dispõe o art. 42 do CDC.

Pelo que, comprovado o efetivo desembolso pelos extratos emitidos pela CEF da importância de
R$4.466,02, devem as reclamadas aos autores a quantia em dobro, nos termos do art. 42 do CDC,
importando em R$8.932,04.

Do dano moral.

Em hipóteses envolvendo direito do consumidor, para a configuração de prejuízos extrapatrimoniais, há


que se verificar se o bem ou serviço defeituoso ou inadequadamente fornecido tem a aptidão de causar
sofrimento, dor, perturbações psíquicas, constrangimentos, angústia ou desconforto espiritual.

Em razão do que sobre o simples descumprimento contratual, o STJ mantém posicionamento pacífico
segundo o qual simples dissabores ou aborrecimentos são incapazes de causar danos morais, como é
possível perceber no julgamento do REsp 202.564/RJ (Quarta Turma julgado em 02/08/2001, DJ
01/10/2001, p. 220) e do REsp 1.426.710 (julgado em 25/10/2016, DJe 08/11/2016).

Nessa senda, pontualmente para a configuração do dano moral no caso de atraso na entrega de imóvel, o
STJ tem entendido que, muito embora o simples descumprimento contratual não provoque danos morais
indenizáveis, circunstâncias específicas da controvérsia podem configurar a lesão extrapatrimonial.
Vejamos:

CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E


MATERIAIS. ATRASO NA ENTREGA DE UNIDADE IMOBILIÁRIA. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO E
OBSCURIDADE. AUSENTES. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE. LUCROS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CESSANTES. PRESUNÇÃO. CABIMENTO. DANOS MORAIS. SIMPLES ATRASO. AUSÊNCIA. - Ação


ajuizada em 12/04/2013. Recurso especial interposto em 20/03/2015 e distribuído a este gabinete em
25/08/2016.

- Cinge-se a controvérsia a definir se o atraso da recorrida em entregar unidade imobiliária gerou danos
materiais e morais aos recorrentes. (...)

- Dano moral: agressão à dignidade da pessoa humana. Necessidade de reavaliação da


sensibilidade ético-social comum na configuração do dano moral. Inadimplemento contratual não
causa, por si, danos morais. Precedentes. (...)

- Além dos danos emergentes, a não entrega de unidade imobiliária na data estipulada não causa,
por si só, danos morais ao promitente-comprador.

- Recurso especial parcialmente conhecido, e nessa parte, provido. (REsp 1637627/RJ, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/12/2016, DJe 14/12/2016. Grifou-se).

Pelo que, não é devido o pagamento de dano moral em face de descumprimento contratual, que se
resolve em danos emergentes e lucros cessantes, salvo caso de flagrante ofensa à dignidade da pessoa.
(Processo nº 2012.01.1.012389-4 (637171), 1ª Turma Cível do TJDFT, Rel. César Laboissiere Loyola.
unânime, DJe 03.12.2012).

Na hipótese dos autos, a fundamentação do dano extrapatrimonial está justificada somente na frustração
da expectativa da recorrida em residir em imóvel próprio, sem traçar qualquer nota adicional ao mero
atraso que pudesse, para além dos danos materiais, causar grave sofrimento ou angústia a ponto de
configurar verdadeiro dano moral.

Em razão do exposto, pela ausência de circunstâncias específicas que sejam capazes de provocar graves
lesões à personalidade dos recorridos, resta afastada a configuração do dano moral na hipótese dos
autos, considerando que o dano moral exsurge de agressão à personalidade do ofendido, conforme
julgamento do REsp 1.426.710 (STJ, Terceira Turma, julgado em 25/10/2016, DJe 08/11/2016).

Em razão da ausência de seus pressupostos de configuração, deixo de condenar as reclamadas à


indenização por danos morais.

Da reversão de cláusula penal em favor do consumidor. Multa por descumprimento do contrato.

Consoante orientação jurisprudencial já pacificada pelo Superior Tribunal de Justiça, a Segunda Seção do
STJ, sob relatoria do Relator Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, julgado em 22.05.2019, fixou em recurso
repetitivo as seguintes teses:

Tema 970: “A cláusula penal moratória tem a finalidade de indenizar pelo adimplemento tardio da
obrigação, e, em regra, estabelecida em valor equivalente ao locativo, afasta-se sua cumulação com
lucros cessantes.”

Tema 971: “No contrato de adesão firmado entre o comprador e a construtora/incorporadora, havendo
previsão de cláusula penal apenas para o inadimplemento do adquirente, deverá ela ser considerada para
a fixação da indenização pelo inadimplemento do vendedor. As obrigações heterogêneas (obrigações de
fazer e de dar) serão convertidas em dinheiro, por arbitramento judicial.”

Sobre o tema 970, o relator dos recursos especiais repetitivos, Ministro Luis Felipe Salomão, explicou que
a cláusula penal moratória tem natureza eminentemente indenizatória, quando fixada de maneira
adequada. Segundo ele, havendo cláusula penal para prefixar a indenização, não cabe a cumulação
posterior com lucros cessantes, (REsp 1.186.789).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Sobre o tema 971, ao analisar a possibilidade de inversão da cláusula penal estipulada exclusivamente
para o adquirente em desfavor da construtora, nos casos de atraso na entrega de imóvel, o Ministro Luis
Felipe Salomão ressaltou que a tendência mundial é a de se exigir reciprocidade entre as penalidades
impostas ao consumidor e ao fornecedor de determinado produto. “Seja por princípios gerais do direito, ou
pela principiologia adotada no Código de Defesa do Consumidor, seja, ainda, por comezinho imperativo de
equidade, mostra-se abusiva a prática de se estipular penalidade exclusivamente ao consumidor, para a
hipótese de mora ou inadimplemento contratual absoluto, ficando isento de tal reprimenda o fornecedor em
situações de análogo descumprimento da avença”, observou.

No entanto, para o relator, a simples inversão da penalidade contratual poderia dar origem a
enriquecimento sem causa do adquirente do imóvel. “A inversão, para determinar a incidência do mesmo
percentual sobre o preço total do imóvel, incidindo a cada mês de atraso, parece não constituir – em
verdade – simples ‘inversão da multa moratória’, podendo isso sim representar valor divorciado da
realidade de mercado, a ensejar enriquecimento sem causa”, disse.

Salomão ressalvou ainda que a multa compensatória referente à obrigação de pagar (de dar) não poderá,
por questão de simetria, incidir sobre todo o preço do imóvel que deveria ter sido entregue (obrigação de
fazer). E como a cláusula penal compensatória visa indenizar, não é possível a cumulação com lucros
cessantes.

Portanto, não há que se falar em cumulação da indenização prevista na cláusula penal (multa por
descumprimento do contrato) com a indenização por lucros cessantes devida pelo valor que seria auferido
com o aluguel do imóvel, já acolhida por este juízo ao reclamante.

Assim tendo ocorrido, a questão trazida a juízo enquadra-se nas razões de decidir expostas no julgamento
do Recurso Repetitivo (REsp 1.498.484 - DF) anteriormente mencionado, devendo-se aplicar a tese
firmada pelo STJ, consoante previsão do art. 1040, III, do Código de Processo Civil.

Pelo que a pretensão da parte autora tocante a cumulação de tal pedido está fulminada, impondo-se a
improcedência de tal pleito.

Dispositivo

Isto posto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos contidos na inicial, extinguindo o processo
com análise do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC, para o fim de CONDENAR a demandada a
indenizar os autores no valor de R$4.080,00, referente aos meses de aluguel que poderia ter auferido
(lucros cessantes), devendo ser tal valor corrigido monetariamente pelo INPC, com juros de mora de 1%
(um por cento) a partir da citação, bem como a devolver o indébito atinente a taxa de evolução de obra, na
forma do art. 42 do CDC, importando em R$8.932,04 (2x R$4.466,02), devendo ser tal valor corrigido
monetariamente pelo INPC, com juros de mora de 1% (um por cento) a partir da citação.

Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade


do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais, nos termos dos artigos 54 e 55, da Lei n.º 9099/95.

P.R.I.C.

Transitada em julgado, certifique-se e arquive-se.

Assinado digitalmente na data abaixo registrada.

Rosa Maria Moreira da Fonseca

Juíza de Direito
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SECRETARIA DA VARA DO 3º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

Número do processo: 0805875-40.2017.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: LUIZ FELIP


MORHY VIEIRA 01784063258 Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CRISTIANO CORREA DE
OLIVEIRA OAB: 019523/PA Participação: ADVOGADO Nome: SHARLLES SHANCHES RIBEIRO
FERREIRA OAB: 10870/PA Participação: RECLAMADO Nome: OFFICER S. A. DISTRIBUIDORA DE
PRODUTOS DE TECNOLOGIA EM RECUPERACAO JUDICIAL Participação: ADVOGADO Nome:
MARIANA JURADO GARCIA GOMES DE ALMEIDA OAB: 302668/SP Participação: RECLAMADO Nome:
BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB:
15674/PA Participação: ADVOGADO Nome: RUBENS GASPAR SERRA OAB: 43367/SC Participação:
RECLAMADO Nome: BANCO SAFRA S A Participação: ADVOGADO Nome: EDSON ANTONIO SOUSA
PINTO OAB: 4643/RO Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA
PIGNANELI OAB: 28178/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA

Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br

Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Cancelamento de Protesto e Indenização por Danos
Morais - Cumprimento de Sentença (Processo nº 0805875-40.2017.8.14.0006)

Requerente: Luiz Felip Morhy Vieira

Adv.: Dr. Sharlles Sanches Ribeiro Ferreira - OAB/PA n. 10.870

Requeridos: Officer S/A Distribuidora de Produtos de Tecnologia - Em Recuperação Judicial

Adv.: Dr. Emmanoel Alexandre Oliveira - OAB/SP nº 242.313

Adv.: Cássio Ranzini Olmos - OAB/SP nº 224.137

Requerido: Banco Bradesco S/A

Adv.: Dra. Karina de Almeida Batistuci - OAB/PA nº 15.674-A,

Requerido: Banco Safra S/A

Adv.: Dr. Guilherme da Costa Ferreira Pignaneli - OAB/RO nº 5.546

Vistos, etc.,

A presente ação foi julgada procedente, sendo os requeridos condenados a pagar solidariamente ao seu
adversário, a título de indenização por danos morais, a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

O requerente e o Banco Safra S/A, depois da prolação da sentença de mérito, entabularam acordo para
solucionar a controvérsia aqui tratada, tendo a instituição financeira acionada realizado o pagamento do
valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) ao seu adversário, conforme comprovante inserido nos autos.

Em seguida, iniciou-se a fase de cumprimento de sentença em relação aos corréus pelo saldo
remanescente, isto é, pela quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), que deve ser evidentemente
1188
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

atualizada nos moldes estabelecidos na sentença exequenda.

O Banco Bradesco S/A, uma vez intimado, depositou a quantia de R$ 4.376,59 (quatro mil, trezentos e
setenta e seis reais e cinquenta e nove centavos), no dia 22/04/2021, na subconta nº 1770015233.

A postulante, ciente da providência acima mencionada, requereu o levantamento do valor depositado e o


prosseguimento do incidente de cumprimento de sentença pelo saldo remanescente, que seria de R$
5.173,03 (cinco mil, cento e setenta e três reais e três centavos), até o mês de maio de 2021.

A possibilidade de realização de transação e de homologação de acordo após a prolação da sentença de


mérito pode ser extraída do art. 90, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil.

Diante da dicção do art. 90, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil, é evidente que o fato do processo
já ter recebido sentença de mérito não impede a homologação do acordo celebrado posteriormente entre
alguns dos litigantes.

No caso vertente a solução consensual da lide, por meio de autocomposição do requerente e do Banco
Safra S/A, deve ser prestigiada, uma vez que as partes são capazes e as cláusulas contidas no
instrumento de acordo não contrariam nenhum dispositivo legal.

O importe depositado pelo Banco Bradesco S/A na subconta nº 1770015233, no dia 22/04/2021, é
insuficiente para a satisfação do débito reclamado devendo, assim, o presente incidente prosseguir pelo
saldo remanescente.

A pretensão de levantamento do importe custodiado na subconta nº 1770015233, por sua vez, deve ser
acolhida, já que o depósito realizado pelo Banco Bradesco S/A foi efetuado com o propósito de pagamento
do débito reclamado.

O patrono do postulante requereu que o valor depositado na subconta nº 1770015233 seja transferido, por
meio eletrônico, para a conta poupança nº 40315-3, da agência nº 1749, da Caixa Econômica Federal, de
sua titularidade.

O postulante, por meio da procuração cadastrada sob o ID nº 1975296, conferiu ao seu advogado os
poderes específicos de receber e dar quitação.

Os poderes de receber e dar quitação, consoante a jurisprudência dos Tribunais Pátrios, permite que o
alvará judicial para saque do crédito pertencente ao mandante seja expedido em nome de seu advogado.

Ante ao exposto, HOMOLOGO, por sentença, para fins de produção de seus jurídicos e legais efeitos, o
acordo celebrado entre LUIZ FELIP MORHY VIEIRA e BANCO SAFRA S/A, já qualificados, ajuste esse
que se encontra materializado no documento cadastrado sob o ID nº 11039025, e, em consequência, julgo
o presente incidente de cumprimento de sentença extinto em relação a instituição financeira acordante,
com fundamento no art. 487, III, ‘b’, do Código de Processo Civil.

Deixo de condenar os acordantes no pagamento de custas processuais e de honorários advocatícios, já


que essas despesas são incabíveis nos julgamentos de primeiro grau realizados no âmbito dos Juizados
Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55, caput, e parágrafo único).

Diante da impossibilidade de arquivamento imediato dos autos, já que o presente incidente deve
prosseguir em relação aos acionados OFFICER S/A DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS DE TECNOLOGIA
- EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL e BANCO BRADESCO S/A, determino que a autuação do feito seja
atualizada, excluindo-se o BANCO SAFRA S/A do polo passivo da causa.

O prosseguimento do presente incidente, no entanto, depende da atualização do valor ainda devido.


1189
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Desse modo, determino que o requerente apresente demonstrativo atualizado do valor ainda devido, no
prazo de 10 (dez) dias.

Apresentada a planilha de cálculo, intime-se o segundo requerido para realizar a complementação do valor
já depositado, no prazo de 15 (quinze) dias.

Se o segundo requerido, apesar de devidamente intimado, permanecer inerte ou realizar apenas o


pagamento parcial do saldo remanescente da dívida vindicada, realizar-se-á inicialmente a penhora online
através do SISBAJUD.

Não havendo valores disponíveis para bloqueio, realizar-se-á a inserção de restrição sobre veículo de
propriedade do segundo requerido por meio do Sistema RENAJUD.

Se a indisponibilidade determinada ultrapassar o valor atualizado do débito, realizar-se-á,


independentemente de nova decisão, o desbloqueio do importe excedente ou o cancelamento da ordem
respectiva (CPC, art. 854, parágrafo 1º).

Em sendo exitosa a diligência supracitada, intime-se o segundo requerido para comprovar a


impenhorabilidade dos valores bloqueados ou a existência de excesso na indisponibilidade realizada, no
prazo de 05 (cinco) dias, tudo em conformidade com o art. 854, parágrafos 2º e 3º, do Código de Processo
Civil.

Se o segundo requerido permanecer inerte ou em sendo rejeitada a impugnação apresentada, o bloqueio


realizado converter-se-á em penhora, independentemente da lavratura de termo, devendo, assim, o
importe indisponível ser transferido para subconta vinculada ao presente processo (Lei de Regência, art.
854, parágrafo 5º).

Alcançando-se êxito na pesquisa realizada através do Sistema RENAJUD, expeça-se mandado de


penhora e avaliação do veículo submetido à restrição.

Em sendo as diligências supracitadas infrutíferas ou insuficientes à garantia da execução, o Oficial de


Justiça deve proceder a penhora e a avaliação de tantos bens quantos necessários à satisfação da dívida,
sendo que nesse caso a constrição deve recair preferencialmente sobre os bens indicados pelo credor.

Realizada a penhora, intime-se o segundo acionado para apresentar embargos do devedor, no prazo de
15 (quinze) dias, advertindo-a que essa manifestação depende da prévia segurança do Juízo, tudo em
conformidade com o art. 52, IX, da Lei n. 9.099/95, combinado com os Enunciados 117 e 142 do FONAJE.

Apresentados embargos do devedor, dê-se vista dos autos ao embargado para que este se manifeste
acerca das alegações de seu adversário, no prazo de 15 (quinze) dias.

Não havendo apresentação de embargos do devedor ou se estes forem rejeitados, determinar-se-á a


adjudicação ou a expropriação dos bens penhorados ou a expedição de ordem de levantamento se a
penhora tiver recaído sobre dinheiro.

Int.

Ananindeua, 13/08/2021.

IACY SALGADO VIEIRA DOS SANTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua


1190
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0805875-40.2017.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: LUIZ FELIP


MORHY VIEIRA 01784063258 Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CRISTIANO CORREA DE
OLIVEIRA OAB: 019523/PA Participação: ADVOGADO Nome: SHARLLES SHANCHES RIBEIRO
FERREIRA OAB: 10870/PA Participação: RECLAMADO Nome: OFFICER S. A. DISTRIBUIDORA DE
PRODUTOS DE TECNOLOGIA EM RECUPERACAO JUDICIAL Participação: ADVOGADO Nome:
MARIANA JURADO GARCIA GOMES DE ALMEIDA OAB: 302668/SP Participação: RECLAMADO Nome:
BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB:
15674/PA Participação: ADVOGADO Nome: RUBENS GASPAR SERRA OAB: 43367/SC Participação:
RECLAMADO Nome: BANCO SAFRA S A Participação: ADVOGADO Nome: EDSON ANTONIO SOUSA
PINTO OAB: 4643/RO Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA
PIGNANELI OAB: 28178/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA

Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br

Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Cancelamento de Protesto e Indenização por Danos
Morais - Cumprimento de Sentença (Processo nº 0805875-40.2017.8.14.0006)

Requerente: Luiz Felip Morhy Vieira

Adv.: Dr. Sharlles Sanches Ribeiro Ferreira - OAB/PA n. 10.870

Requeridos: Officer S/A Distribuidora de Produtos de Tecnologia - Em Recuperação Judicial

Adv.: Dr. Emmanoel Alexandre Oliveira - OAB/SP nº 242.313

Adv.: Cássio Ranzini Olmos - OAB/SP nº 224.137

Requerido: Banco Bradesco S/A

Adv.: Dra. Karina de Almeida Batistuci - OAB/PA nº 15.674-A,

Requerido: Banco Safra S/A

Adv.: Dr. Guilherme da Costa Ferreira Pignaneli - OAB/RO nº 5.546

Vistos, etc.,

A presente ação foi julgada procedente, sendo os requeridos condenados a pagar solidariamente ao seu
adversário, a título de indenização por danos morais, a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

O requerente e o Banco Safra S/A, depois da prolação da sentença de mérito, entabularam acordo para
solucionar a controvérsia aqui tratada, tendo a instituição financeira acionada realizado o pagamento do
valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) ao seu adversário, conforme comprovante inserido nos autos.

Em seguida, iniciou-se a fase de cumprimento de sentença em relação aos corréus pelo saldo
remanescente, isto é, pela quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), que deve ser evidentemente
atualizada nos moldes estabelecidos na sentença exequenda.
1191
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O Banco Bradesco S/A, uma vez intimado, depositou a quantia de R$ 4.376,59 (quatro mil, trezentos e
setenta e seis reais e cinquenta e nove centavos), no dia 22/04/2021, na subconta nº 1770015233.

A postulante, ciente da providência acima mencionada, requereu o levantamento do valor depositado e o


prosseguimento do incidente de cumprimento de sentença pelo saldo remanescente, que seria de R$
5.173,03 (cinco mil, cento e setenta e três reais e três centavos), até o mês de maio de 2021.

A possibilidade de realização de transação e de homologação de acordo após a prolação da sentença de


mérito pode ser extraída do art. 90, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil.

Diante da dicção do art. 90, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil, é evidente que o fato do processo
já ter recebido sentença de mérito não impede a homologação do acordo celebrado posteriormente entre
alguns dos litigantes.

No caso vertente a solução consensual da lide, por meio de autocomposição do requerente e do Banco
Safra S/A, deve ser prestigiada, uma vez que as partes são capazes e as cláusulas contidas no
instrumento de acordo não contrariam nenhum dispositivo legal.

O importe depositado pelo Banco Bradesco S/A na subconta nº 1770015233, no dia 22/04/2021, é
insuficiente para a satisfação do débito reclamado devendo, assim, o presente incidente prosseguir pelo
saldo remanescente.

A pretensão de levantamento do importe custodiado na subconta nº 1770015233, por sua vez, deve ser
acolhida, já que o depósito realizado pelo Banco Bradesco S/A foi efetuado com o propósito de pagamento
do débito reclamado.

O patrono do postulante requereu que o valor depositado na subconta nº 1770015233 seja transferido, por
meio eletrônico, para a conta poupança nº 40315-3, da agência nº 1749, da Caixa Econômica Federal, de
sua titularidade.

O postulante, por meio da procuração cadastrada sob o ID nº 1975296, conferiu ao seu advogado os
poderes específicos de receber e dar quitação.

Os poderes de receber e dar quitação, consoante a jurisprudência dos Tribunais Pátrios, permite que o
alvará judicial para saque do crédito pertencente ao mandante seja expedido em nome de seu advogado.

Ante ao exposto, HOMOLOGO, por sentença, para fins de produção de seus jurídicos e legais efeitos, o
acordo celebrado entre LUIZ FELIP MORHY VIEIRA e BANCO SAFRA S/A, já qualificados, ajuste esse
que se encontra materializado no documento cadastrado sob o ID nº 11039025, e, em consequência, julgo
o presente incidente de cumprimento de sentença extinto em relação a instituição financeira acordante,
com fundamento no art. 487, III, ‘b’, do Código de Processo Civil.

Deixo de condenar os acordantes no pagamento de custas processuais e de honorários advocatícios, já


que essas despesas são incabíveis nos julgamentos de primeiro grau realizados no âmbito dos Juizados
Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55, caput, e parágrafo único).

Diante da impossibilidade de arquivamento imediato dos autos, já que o presente incidente deve
prosseguir em relação aos acionados OFFICER S/A DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS DE TECNOLOGIA
- EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL e BANCO BRADESCO S/A, determino que a autuação do feito seja
atualizada, excluindo-se o BANCO SAFRA S/A do polo passivo da causa.

O prosseguimento do presente incidente, no entanto, depende da atualização do valor ainda devido.

Desse modo, determino que o requerente apresente demonstrativo atualizado do valor ainda devido, no
1192
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

prazo de 10 (dez) dias.

Apresentada a planilha de cálculo, intime-se o segundo requerido para realizar a complementação do valor
já depositado, no prazo de 15 (quinze) dias.

Se o segundo requerido, apesar de devidamente intimado, permanecer inerte ou realizar apenas o


pagamento parcial do saldo remanescente da dívida vindicada, realizar-se-á inicialmente a penhora online
através do SISBAJUD.

Não havendo valores disponíveis para bloqueio, realizar-se-á a inserção de restrição sobre veículo de
propriedade do segundo requerido por meio do Sistema RENAJUD.

Se a indisponibilidade determinada ultrapassar o valor atualizado do débito, realizar-se-á,


independentemente de nova decisão, o desbloqueio do importe excedente ou o cancelamento da ordem
respectiva (CPC, art. 854, parágrafo 1º).

Em sendo exitosa a diligência supracitada, intime-se o segundo requerido para comprovar a


impenhorabilidade dos valores bloqueados ou a existência de excesso na indisponibilidade realizada, no
prazo de 05 (cinco) dias, tudo em conformidade com o art. 854, parágrafos 2º e 3º, do Código de Processo
Civil.

Se o segundo requerido permanecer inerte ou em sendo rejeitada a impugnação apresentada, o bloqueio


realizado converter-se-á em penhora, independentemente da lavratura de termo, devendo, assim, o
importe indisponível ser transferido para subconta vinculada ao presente processo (Lei de Regência, art.
854, parágrafo 5º).

Alcançando-se êxito na pesquisa realizada através do Sistema RENAJUD, expeça-se mandado de


penhora e avaliação do veículo submetido à restrição.

Em sendo as diligências supracitadas infrutíferas ou insuficientes à garantia da execução, o Oficial de


Justiça deve proceder a penhora e a avaliação de tantos bens quantos necessários à satisfação da dívida,
sendo que nesse caso a constrição deve recair preferencialmente sobre os bens indicados pelo credor.

Realizada a penhora, intime-se o segundo acionado para apresentar embargos do devedor, no prazo de
15 (quinze) dias, advertindo-a que essa manifestação depende da prévia segurança do Juízo, tudo em
conformidade com o art. 52, IX, da Lei n. 9.099/95, combinado com os Enunciados 117 e 142 do FONAJE.

Apresentados embargos do devedor, dê-se vista dos autos ao embargado para que este se manifeste
acerca das alegações de seu adversário, no prazo de 15 (quinze) dias.

Não havendo apresentação de embargos do devedor ou se estes forem rejeitados, determinar-se-á a


adjudicação ou a expropriação dos bens penhorados ou a expedição de ordem de levantamento se a
penhora tiver recaído sobre dinheiro.

Int.

Ananindeua, 13/08/2021.

IACY SALGADO VIEIRA DOS SANTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua


1193
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0805875-40.2017.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: LUIZ FELIP


MORHY VIEIRA 01784063258 Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CRISTIANO CORREA DE
OLIVEIRA OAB: 019523/PA Participação: ADVOGADO Nome: SHARLLES SHANCHES RIBEIRO
FERREIRA OAB: 10870/PA Participação: RECLAMADO Nome: OFFICER S. A. DISTRIBUIDORA DE
PRODUTOS DE TECNOLOGIA EM RECUPERACAO JUDICIAL Participação: ADVOGADO Nome:
MARIANA JURADO GARCIA GOMES DE ALMEIDA OAB: 302668/SP Participação: RECLAMADO Nome:
BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB:
15674/PA Participação: ADVOGADO Nome: RUBENS GASPAR SERRA OAB: 43367/SC Participação:
RECLAMADO Nome: BANCO SAFRA S A Participação: ADVOGADO Nome: EDSON ANTONIO SOUSA
PINTO OAB: 4643/RO Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA
PIGNANELI OAB: 28178/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA

Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br

Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Cancelamento de Protesto e Indenização por Danos
Morais - Cumprimento de Sentença (Processo nº 0805875-40.2017.8.14.0006)

Requerente: Luiz Felip Morhy Vieira

Adv.: Dr. Sharlles Sanches Ribeiro Ferreira - OAB/PA n. 10.870

Requeridos: Officer S/A Distribuidora de Produtos de Tecnologia - Em Recuperação Judicial

Adv.: Dr. Emmanoel Alexandre Oliveira - OAB/SP nº 242.313

Adv.: Cássio Ranzini Olmos - OAB/SP nº 224.137

Requerido: Banco Bradesco S/A

Adv.: Dra. Karina de Almeida Batistuci - OAB/PA nº 15.674-A,

Requerido: Banco Safra S/A

Adv.: Dr. Guilherme da Costa Ferreira Pignaneli - OAB/RO nº 5.546

Vistos, etc.,

A presente ação foi julgada procedente, sendo os requeridos condenados a pagar solidariamente ao seu
adversário, a título de indenização por danos morais, a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

O requerente e o Banco Safra S/A, depois da prolação da sentença de mérito, entabularam acordo para
solucionar a controvérsia aqui tratada, tendo a instituição financeira acionada realizado o pagamento do
valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) ao seu adversário, conforme comprovante inserido nos autos.

Em seguida, iniciou-se a fase de cumprimento de sentença em relação aos corréus pelo saldo
remanescente, isto é, pela quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), que deve ser evidentemente
atualizada nos moldes estabelecidos na sentença exequenda.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O Banco Bradesco S/A, uma vez intimado, depositou a quantia de R$ 4.376,59 (quatro mil, trezentos e
setenta e seis reais e cinquenta e nove centavos), no dia 22/04/2021, na subconta nº 1770015233.

A postulante, ciente da providência acima mencionada, requereu o levantamento do valor depositado e o


prosseguimento do incidente de cumprimento de sentença pelo saldo remanescente, que seria de R$
5.173,03 (cinco mil, cento e setenta e três reais e três centavos), até o mês de maio de 2021.

A possibilidade de realização de transação e de homologação de acordo após a prolação da sentença de


mérito pode ser extraída do art. 90, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil.

Diante da dicção do art. 90, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil, é evidente que o fato do processo
já ter recebido sentença de mérito não impede a homologação do acordo celebrado posteriormente entre
alguns dos litigantes.

No caso vertente a solução consensual da lide, por meio de autocomposição do requerente e do Banco
Safra S/A, deve ser prestigiada, uma vez que as partes são capazes e as cláusulas contidas no
instrumento de acordo não contrariam nenhum dispositivo legal.

O importe depositado pelo Banco Bradesco S/A na subconta nº 1770015233, no dia 22/04/2021, é
insuficiente para a satisfação do débito reclamado devendo, assim, o presente incidente prosseguir pelo
saldo remanescente.

A pretensão de levantamento do importe custodiado na subconta nº 1770015233, por sua vez, deve ser
acolhida, já que o depósito realizado pelo Banco Bradesco S/A foi efetuado com o propósito de pagamento
do débito reclamado.

O patrono do postulante requereu que o valor depositado na subconta nº 1770015233 seja transferido, por
meio eletrônico, para a conta poupança nº 40315-3, da agência nº 1749, da Caixa Econômica Federal, de
sua titularidade.

O postulante, por meio da procuração cadastrada sob o ID nº 1975296, conferiu ao seu advogado os
poderes específicos de receber e dar quitação.

Os poderes de receber e dar quitação, consoante a jurisprudência dos Tribunais Pátrios, permite que o
alvará judicial para saque do crédito pertencente ao mandante seja expedido em nome de seu advogado.

Ante ao exposto, HOMOLOGO, por sentença, para fins de produção de seus jurídicos e legais efeitos, o
acordo celebrado entre LUIZ FELIP MORHY VIEIRA e BANCO SAFRA S/A, já qualificados, ajuste esse
que se encontra materializado no documento cadastrado sob o ID nº 11039025, e, em consequência, julgo
o presente incidente de cumprimento de sentença extinto em relação a instituição financeira acordante,
com fundamento no art. 487, III, ‘b’, do Código de Processo Civil.

Deixo de condenar os acordantes no pagamento de custas processuais e de honorários advocatícios, já


que essas despesas são incabíveis nos julgamentos de primeiro grau realizados no âmbito dos Juizados
Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55, caput, e parágrafo único).

Diante da impossibilidade de arquivamento imediato dos autos, já que o presente incidente deve
prosseguir em relação aos acionados OFFICER S/A DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS DE TECNOLOGIA
- EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL e BANCO BRADESCO S/A, determino que a autuação do feito seja
atualizada, excluindo-se o BANCO SAFRA S/A do polo passivo da causa.

O prosseguimento do presente incidente, no entanto, depende da atualização do valor ainda devido.

Desse modo, determino que o requerente apresente demonstrativo atualizado do valor ainda devido, no
1195
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

prazo de 10 (dez) dias.

Apresentada a planilha de cálculo, intime-se o segundo requerido para realizar a complementação do valor
já depositado, no prazo de 15 (quinze) dias.

Se o segundo requerido, apesar de devidamente intimado, permanecer inerte ou realizar apenas o


pagamento parcial do saldo remanescente da dívida vindicada, realizar-se-á inicialmente a penhora online
através do SISBAJUD.

Não havendo valores disponíveis para bloqueio, realizar-se-á a inserção de restrição sobre veículo de
propriedade do segundo requerido por meio do Sistema RENAJUD.

Se a indisponibilidade determinada ultrapassar o valor atualizado do débito, realizar-se-á,


independentemente de nova decisão, o desbloqueio do importe excedente ou o cancelamento da ordem
respectiva (CPC, art. 854, parágrafo 1º).

Em sendo exitosa a diligência supracitada, intime-se o segundo requerido para comprovar a


impenhorabilidade dos valores bloqueados ou a existência de excesso na indisponibilidade realizada, no
prazo de 05 (cinco) dias, tudo em conformidade com o art. 854, parágrafos 2º e 3º, do Código de Processo
Civil.

Se o segundo requerido permanecer inerte ou em sendo rejeitada a impugnação apresentada, o bloqueio


realizado converter-se-á em penhora, independentemente da lavratura de termo, devendo, assim, o
importe indisponível ser transferido para subconta vinculada ao presente processo (Lei de Regência, art.
854, parágrafo 5º).

Alcançando-se êxito na pesquisa realizada através do Sistema RENAJUD, expeça-se mandado de


penhora e avaliação do veículo submetido à restrição.

Em sendo as diligências supracitadas infrutíferas ou insuficientes à garantia da execução, o Oficial de


Justiça deve proceder a penhora e a avaliação de tantos bens quantos necessários à satisfação da dívida,
sendo que nesse caso a constrição deve recair preferencialmente sobre os bens indicados pelo credor.

Realizada a penhora, intime-se o segundo acionado para apresentar embargos do devedor, no prazo de
15 (quinze) dias, advertindo-a que essa manifestação depende da prévia segurança do Juízo, tudo em
conformidade com o art. 52, IX, da Lei n. 9.099/95, combinado com os Enunciados 117 e 142 do FONAJE.

Apresentados embargos do devedor, dê-se vista dos autos ao embargado para que este se manifeste
acerca das alegações de seu adversário, no prazo de 15 (quinze) dias.

Não havendo apresentação de embargos do devedor ou se estes forem rejeitados, determinar-se-á a


adjudicação ou a expropriação dos bens penhorados ou a expedição de ordem de levantamento se a
penhora tiver recaído sobre dinheiro.

Int.

Ananindeua, 13/08/2021.

IACY SALGADO VIEIRA DOS SANTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua


1196
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0805875-40.2017.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: LUIZ FELIP


MORHY VIEIRA 01784063258 Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CRISTIANO CORREA DE
OLIVEIRA OAB: 019523/PA Participação: ADVOGADO Nome: SHARLLES SHANCHES RIBEIRO
FERREIRA OAB: 10870/PA Participação: RECLAMADO Nome: OFFICER S. A. DISTRIBUIDORA DE
PRODUTOS DE TECNOLOGIA EM RECUPERACAO JUDICIAL Participação: ADVOGADO Nome:
MARIANA JURADO GARCIA GOMES DE ALMEIDA OAB: 302668/SP Participação: RECLAMADO Nome:
BANCO BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI OAB:
15674/PA Participação: ADVOGADO Nome: RUBENS GASPAR SERRA OAB: 43367/SC Participação:
RECLAMADO Nome: BANCO SAFRA S A Participação: ADVOGADO Nome: EDSON ANTONIO SOUSA
PINTO OAB: 4643/RO Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA
PIGNANELI OAB: 28178/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANANINDEUA

Rua Suely Cruz e Silva, 1989, esquina da Av. Cláudio Sanders (antiga estrada do Maguari)
CEP: 67.143.010/Telefone/Fax: (091) 3250.1082 - E-mail: 3vjecivelananindeua@tjpa.jus.br

Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Cancelamento de Protesto e Indenização por Danos
Morais - Cumprimento de Sentença (Processo nº 0805875-40.2017.8.14.0006)

Requerente: Luiz Felip Morhy Vieira

Adv.: Dr. Sharlles Sanches Ribeiro Ferreira - OAB/PA n. 10.870

Requeridos: Officer S/A Distribuidora de Produtos de Tecnologia - Em Recuperação Judicial

Adv.: Dr. Emmanoel Alexandre Oliveira - OAB/SP nº 242.313

Adv.: Cássio Ranzini Olmos - OAB/SP nº 224.137

Requerido: Banco Bradesco S/A

Adv.: Dra. Karina de Almeida Batistuci - OAB/PA nº 15.674-A,

Requerido: Banco Safra S/A

Adv.: Dr. Guilherme da Costa Ferreira Pignaneli - OAB/RO nº 5.546

Vistos, etc.,

A presente ação foi julgada procedente, sendo os requeridos condenados a pagar solidariamente ao seu
adversário, a título de indenização por danos morais, a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

O requerente e o Banco Safra S/A, depois da prolação da sentença de mérito, entabularam acordo para
solucionar a controvérsia aqui tratada, tendo a instituição financeira acionada realizado o pagamento do
valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) ao seu adversário, conforme comprovante inserido nos autos.

Em seguida, iniciou-se a fase de cumprimento de sentença em relação aos corréus pelo saldo
remanescente, isto é, pela quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), que deve ser evidentemente
atualizada nos moldes estabelecidos na sentença exequenda.
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O Banco Bradesco S/A, uma vez intimado, depositou a quantia de R$ 4.376,59 (quatro mil, trezentos e
setenta e seis reais e cinquenta e nove centavos), no dia 22/04/2021, na subconta nº 1770015233.

A postulante, ciente da providência acima mencionada, requereu o levantamento do valor depositado e o


prosseguimento do incidente de cumprimento de sentença pelo saldo remanescente, que seria de R$
5.173,03 (cinco mil, cento e setenta e três reais e três centavos), até o mês de maio de 2021.

A possibilidade de realização de transação e de homologação de acordo após a prolação da sentença de


mérito pode ser extraída do art. 90, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil.

Diante da dicção do art. 90, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil, é evidente que o fato do processo
já ter recebido sentença de mérito não impede a homologação do acordo celebrado posteriormente entre
alguns dos litigantes.

No caso vertente a solução consensual da lide, por meio de autocomposição do requerente e do Banco
Safra S/A, deve ser prestigiada, uma vez que as partes são capazes e as cláusulas contidas no
instrumento de acordo não contrariam nenhum dispositivo legal.

O importe depositado pelo Banco Bradesco S/A na subconta nº 1770015233, no dia 22/04/2021, é
insuficiente para a satisfação do débito reclamado devendo, assim, o presente incidente prosseguir pelo
saldo remanescente.

A pretensão de levantamento do importe custodiado na subconta nº 1770015233, por sua vez, deve ser
acolhida, já que o depósito realizado pelo Banco Bradesco S/A foi efetuado com o propósito de pagamento
do débito reclamado.

O patrono do postulante requereu que o valor depositado na subconta nº 1770015233 seja transferido, por
meio eletrônico, para a conta poupança nº 40315-3, da agência nº 1749, da Caixa Econômica Federal, de
sua titularidade.

O postulante, por meio da procuração cadastrada sob o ID nº 1975296, conferiu ao seu advogado os
poderes específicos de receber e dar quitação.

Os poderes de receber e dar quitação, consoante a jurisprudência dos Tribunais Pátrios, permite que o
alvará judicial para saque do crédito pertencente ao mandante seja expedido em nome de seu advogado.

Ante ao exposto, HOMOLOGO, por sentença, para fins de produção de seus jurídicos e legais efeitos, o
acordo celebrado entre LUIZ FELIP MORHY VIEIRA e BANCO SAFRA S/A, já qualificados, ajuste esse
que se encontra materializado no documento cadastrado sob o ID nº 11039025, e, em consequência, julgo
o presente incidente de cumprimento de sentença extinto em relação a instituição financeira acordante,
com fundamento no art. 487, III, ‘b’, do Código de Processo Civil.

Deixo de condenar os acordantes no pagamento de custas processuais e de honorários advocatícios, já


que essas despesas são incabíveis nos julgamentos de primeiro grau realizados no âmbito dos Juizados
Especiais Cíveis (Lei nº 9.099/95, art. 55, caput, e parágrafo único).

Diante da impossibilidade de arquivamento imediato dos autos, já que o presente incidente deve
prosseguir em relação aos acionados OFFICER S/A DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS DE TECNOLOGIA
- EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL e BANCO BRADESCO S/A, determino que a autuação do feito seja
atualizada, excluindo-se o BANCO SAFRA S/A do polo passivo da causa.

O prosseguimento do presente incidente, no entanto, depende da atualização do valor ainda devido.

Desse modo, determino que o requerente apresente demonstrativo atualizado do valor ainda devido, no
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prazo de 10 (dez) dias.

Apresentada a planilha de cálculo, intime-se o segundo requerido para realizar a complementação do valor
já depositado, no prazo de 15 (quinze) dias.

Se o segundo requerido, apesar de devidamente intimado, permanecer inerte ou realizar apenas o


pagamento parcial do saldo remanescente da dívida vindicada, realizar-se-á inicialmente a penhora online
através do SISBAJUD.

Não havendo valores disponíveis para bloqueio, realizar-se-á a inserção de restrição sobre veículo de
propriedade do segundo requerido por meio do Sistema RENAJUD.

Se a indisponibilidade determinada ultrapassar o valor atualizado do débito, realizar-se-á,


independentemente de nova decisão, o desbloqueio do importe excedente ou o cancelamento da ordem
respectiva (CPC, art. 854, parágrafo 1º).

Em sendo exitosa a diligência supracitada, intime-se o segundo requerido para comprovar a


impenhorabilidade dos valores bloqueados ou a existência de excesso na indisponibilidade realizada, no
prazo de 05 (cinco) dias, tudo em conformidade com o art. 854, parágrafos 2º e 3º, do Código de Processo
Civil.

Se o segundo requerido permanecer inerte ou em sendo rejeitada a impugnação apresentada, o bloqueio


realizado converter-se-á em penhora, independentemente da lavratura de termo, devendo, assim, o
importe indisponível ser transferido para subconta vinculada ao presente processo (Lei de Regência, art.
854, parágrafo 5º).

Alcançando-se êxito na pesquisa realizada através do Sistema RENAJUD, expeça-se mandado de


penhora e avaliação do veículo submetido à restrição.

Em sendo as diligências supracitadas infrutíferas ou insuficientes à garantia da execução, o Oficial de


Justiça deve proceder a penhora e a avaliação de tantos bens quantos necessários à satisfação da dívida,
sendo que nesse caso a constrição deve recair preferencialmente sobre os bens indicados pelo credor.

Realizada a penhora, intime-se o segundo acionado para apresentar embargos do devedor, no prazo de
15 (quinze) dias, advertindo-a que essa manifestação depende da prévia segurança do Juízo, tudo em
conformidade com o art. 52, IX, da Lei n. 9.099/95, combinado com os Enunciados 117 e 142 do FONAJE.

Apresentados embargos do devedor, dê-se vista dos autos ao embargado para que este se manifeste
acerca das alegações de seu adversário, no prazo de 15 (quinze) dias.

Não havendo apresentação de embargos do devedor ou se estes forem rejeitados, determinar-se-á a


adjudicação ou a expropriação dos bens penhorados ou a expedição de ordem de levantamento se a
penhora tiver recaído sobre dinheiro.

Int.

Ananindeua, 13/08/2021.

IACY SALGADO VIEIRA DOS SANTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua


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SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE ANANINDEUA

RESENHA: 12/08/2021 A 15/08/2021 - SECRETARIA DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE


ANANINDEUA - VARA: VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE ANANINDEUA PROCESSO:
00008828820198140952 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ALINE CORREA SOARES A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:ANDREO
SILVA DIAS Representante(s): OAB 14266 - VERENNA MONTEIRO MAGALHAES (ADVOGADO)
VITIMA:R. L. S. C. . PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA
DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0000882-
88.2019.814.0952 Â Â DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
1) Ante o teor da certidão de fl. 25 e da sentença de fl. 26, dê vista dos autos ao Ministério Público
para manifestação.               2) Caso o Ministério Público se manifeste pelo
arquivamento, arquive definitivamente os autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ananindeua(PA), 30 de
junho de 2021. ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00008878120178140952
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA
SOARES A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:RUBENILDO SILVA DA
COSTA VITIMA:A. C. O. E. . PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ
COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0000887-
81.2017.814.0952 Autor(a) do Fato: RUBENILDO SILVA DA COSTA Art. 28 da Lei nº 11.343/2006Â
SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos etc. Â Â Â Â Â Â
        Adoto como relatório o que consta dos autos com base no permissivo legal do art. 81,
§ 3º, da Lei 9.099/95.               Trata-se de procedimento policial lavrado para
apurar a suposta prática do delito previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/2006.             Â
 Na ocasião das audiência realizada em 06/09/2017, o Ministério Público formulou proposta de
transação penal, a qual foi aceita pelo(a) suposto(a) infrator(a), na modalidade de prestação de
serviços à comunidade, pelo perÃ-odo de 04 (quatro) meses, com carga horária de 04 (quatro) horas por
semana, bem como a participação em curso ou programa educativo com vista à prevenção ao uso
de drogas (fl. 23).               Em decisão datada de 07/11/2018, conforme se infere do
documento enviado por malote digital, foi determinado pela VEPMA o encaminhamento de certidão
circunstanciada informando sobre o descumprimento da medida alternativa (fl. 28-v). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
    O Ministério Público, em seu parecer, manifestou-se pela extinção da punibilidade do
agente em razão da prescrição (fl. 31).               A prática de conduta legalmente
tipificada como delituosa torna concreto o direito do Estado de punir o infrator, viabilizando, desta feita, a
aplicação das sanções penais. Entretanto, em nome do Estado Democrático de Direito, a lei fixa
prazos dentro dos quais é possÃ-vel o exercÃ-cio desse direito de punir, de maneira que, caso
ultrapassados, dá-se a prescrição, ou seja, a extinção da punibilidade do fato pelo decurso do
tempo.               Ao versar sobre o assunto, a Lei nº 11.343/06, em seu art. 30,
estabelece que prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas cominadas ao
delito capitulado no art. 28 do referido diploma legal, observado, no tocante à interrupção do prazo, o
disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.               Tratando-se o caso em
apreço da suposta prática, no dia 22/12/2016, do crime previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/06, conclui-
se que, na presente data, o jus puniendi estatal se encontra prescrito, visto já ter decorrido mais de dois
anos da data do fato sem a ocorrência de quaisquer das causas de interrupção do curso do lapso
prescricional previstas no art. 117 do referido diploma legal. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Fulminado, pois,
pelo decurso do tempo, o poder do Estado de punir o suposto infrator, reconheço a prescrição da
pretensão punitiva do Estado e declaro extinta a punibilidade de RUBENILDO SILVA DA COSTA, com
fundamento nos arts. 61 e 107, IV, do Código de Processo Penal e do Código Penal Brasileiros,
respectivamente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique. Registre. Intime. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Após o trânsito em julgado, certifique e arquive os autos.               Ananindeua(PA),
30 de junho de 2021. ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO:
00014129220198140952 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ALINE CORREA SOARES A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 VITIMA:R. G. F. AUTOR DO
FATO:GRISMOES NOGUEIRA DA SILVA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO
DO PARà COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº
0001412-92.2019.814.0952 DESPACHO               1) Ante o teor da certidão de fl. 28
e da sentença de fl. 29, dê vista dos autos ao Ministério Público para manifestação.      Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

        2) Caso o Ministério Público se manifeste pelo arquivamento, arquive definitivamente


os autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ananindeua-PA, 30 de junho de 2021. ALINE CORRÃA SOARES
JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00027619620208140952 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTORIDADE POLICIAL:CORREGEDORIA GERAL DA DIVISAO DE
CRIMES FUNCIONAIS AUTOR DO FATO:FABIO LISBOA DA SILVA VITIMA:A. M. B. F.
Representante(s): OAB 26279 - RONIE ALEX GARCIA BATISTA (ADVOGADO) VITIMA:R. G. B.
Representante(s): OAB 23281 - DENIEL RUIZ DE MORAES (ADVOGADO) PROMOTOR:MINISTERIO
PUBLICO DE DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO
PARà COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº
0002761-96.2020.814.0952 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1) Designo o dia 07/12/2021, Ã s
09h30, para realização de audiência preliminar.               2) Intime as partes para
que compareçam ao ato processual designado.               3) Faça constar do
mandado que o(a) autor(a) do fato deverá vir acompanhado(a) de advogado, na ausência do qual lhe
será nomeado Defensor Público.               4) Dê ciência ao Ministério Público e
à Defensoria Pública.  5) Expeça o necessário.               Ananindeua(PA), 12 de
agosto de 2021. Â ALINE CORRÃA SOARES Â JUÃZA DE DIREITO PROCESSO:
00032114420178140952 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ALINE CORREA SOARES A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:LEANDRO
MORAES DE MIRANDA VITIMA:A. C. . PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO
PARà COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº
0003211-44.2017.814.0952 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Arquive os autos. Â Â Â Â Â Â Â Â
      Ananindeua-PA, 30 de junho de 2021. ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO
PROCESSO: 00032876320208140952 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:WLADIMIR BOTELHO DE FIGUEIREDO VITIMA:N. B.
P. N. VITIMA:A. S. S. P. PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO ESTADO DO PARA. PODER
JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0003287-63.2020.814.0952 DESPACHO      Â
        1) Designo o dia 07/04/2022, às 09h40min, para realização de audiência preliminar.
              2) Intime as partes para que compareçam ao ato processual designado. Â
             3) Faça constar do mandado que o(a) autor(a) do fato deverá vir
acompanhado(a) de advogado, na ausência do qual lhe será nomeado Defensor Público.      Â
        4) Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública.           Â
   5) Expeça o necessário.               Ananindeua-PA, 12 de agosto de 2021.
ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00035358820198140200 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o:
Inquérito Policial em: 13/08/2021 ENCARREGADO:FRANCISCO WILLIAM SILVA CUNHA VITIMA:F. E. F.
A. AUTOR DO FATO:RAFAEL AUGUSTO MONTEIRO DE LIMA PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE
DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ
COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0003535-
88.2019.814.0200 DESPACHO Â Considerando o teor do depoimento de fl. 10 e tendo em vista a data dos
fatos narrados no procedimento policial, deixo de acolher a manifestação ministerial de fl. 39-v e
determino a remessa dos autos ao Ministério Público para manifestação.             Â
 Ananindeua(PA), 12 de agosto de 2021.  ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO
PROCESSO: 00039446920168140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 ACUSADO:FELIPE CERQUEIRA BORGES VITIMA:J. P. C. V. O.
ACUSADO:GISELE VALENCA ALVES DE ARAUJO. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO
ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.:
Processo nº 0003944-69.2016.814.0006 DESPACHO               Arquive os autos. Â
             Ananindeua-PA, 30 de junho de 2021. ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE
DIREITO PROCESSO: 00044874720168140952 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:JOAO BATISTA DE SOUZA VITIMA:A. C. . PODER
JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0004487-47.2016.814.0952 DESPACHO      Â
        Arquive os autos.               Ananindeua-PA, 30 de junho de 2021.
1202
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00046810820208140952 PROCESSO


ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o:
Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 13/08/2021 DENUNCIADO:LEONARDO LEITE FERREIRA
VITIMA:C. J. B. G. VITIMA:L. L. C. VITIMA:M. P. M. D. PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO
ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA
DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0004681-
08.2020.814.0952 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1) Cite o(a) denunciado(a) Leonardo Leite
Ferreira para que compareça à audiência de instrução e julgamento a ser realizada no dia
26/04/2022, às 09h20min, fazendo constar do mandado que deverá vir acompanhado(a) de advogado,
na ausência do qual lhe será nomeado Defensor Público.               2)
Considerando a possibilidade de suspensão condicional do processo, deixo de determinar, por ora, a
intimação das testemunhas, que será ordenada posteriormente, se for o caso.           Â
   3) Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública.               4)
Expeça o necessário.               Ananindeua-PA, 12 de agosto de 2021. ALINE
CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00048222720208140952 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:CARLOS AUGUSTO DOS SANTOS BOTELHO
VITIMA:S. A. S. PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0004822-27.2020.814.0952 DESPACHO           Â
   1) Designo o dia 19/04/2022, à s 10h, para realização de audiência preliminar.        Â
      2) Intime o autor do fato para que compareça ao ato processual designado.        Â
      3) Faça constar do mandado que o(a) autor(a) do fato deverá vir acompanhado(a) de
advogado, na ausência do qual lhe será nomeado Defensor Público.               4)
Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública.               5) Expeça o
necessário.               Ananindeua-PA, 12 de agosto de 2021.  ALINE CORRÃA
SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00052613820208140952 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 VITIMA:B. K. M. M. C. Representante(s): OAB 17318 - ELVA MARIA
SALES COELHO (ADVOGADO) AUTOR DO FATO:LARYSSA LUNA REGO PROMOTOR:MINISTERIO
PUBLICO DE DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO
PARà COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº
0005261-38.2020.814.0952 Autoras do Fato/VÃ-timas: BRUNA KAROLINE MESQUITA MELO COELHO e
LARYSSA LUNA REGO Arts. 140 e 147, ambos do CPB SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos
etc.               Adoto como relatório o que dos autos consta com base no permissivo
legal do art. 81, § 3º, da Lei 9.099/95.               Em 13/10/2020 lavrou-se Termo
Circunstanciado de Ocorrência em virtude da suposta prática dos crimes tipificados nos arts. 140 e 147,
ambos do CPB, no dia 11/09/2020, pelas autoras do fato/vÃ-timas acima identificadas. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
    O art. 103 do CPB estabelece que, ¿salvo disposição expressa em contrário, o ofendido
decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses,
contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste
Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia¿.             Â
 Por sua vez, o art. 61 do CPPB prevê que ¿em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer
extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofÃ-cio¿.               Na situação em
exame verifico que as vÃ-timas permaneceram inertes, deixando de exercer regularmente seu direito de
queixa (certidão de fl. 55).               O Ministério Público pugnou pela extinção
da punibilidade das agentes em virtude da decadência do direito de queixa de que dispunham as
ofendidas e pelo prosseguimento do feito relativamente ao crime previsto no art. 147 do CPB (fl. 55-v). Â Â
            Uma vez, pois, escoado o prazo de seis meses para o exercÃ-cio do direito de
queixa pelas partes lesadas contra as autoras do fato (art. 38 CPP), operou-se a decadência de tal
direito, que constitui uma das causas de extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, IV, do
Código Penal.               Ante o exposto, julgo EXTINTA A PUNIBILIDADE de BRUNA
KAROLINE MESQUITA MELO COELHO e LARYSSA LUNA REGO relativamente aos fatos narrados no
presente TCO que configuram a prática do delito previsto no art. 140 do CPB, com fundamento nos arts.
103 e 107, IV, do Código Penal e nos arts. 38 e 61 do Código de Processo Penal.           Â
   Publique. Registre. Intime.               Após o trânsito em julgado, certifique. Â
             Em relação ao crime tipificado no art. 147 do CPB, designo o dia
25/04/2022, à s 09h40min, para realização de audiência preliminar.              Â
1203
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Intime as partes para que compareçam ao ato processual designado.              Â


Faça constar do mandado que os(as) autores(as) do fato deverão vir acompanhados(as) de advogado,
na ausência do qual lhes será nomeado Defensor Público.               Dê ciência
ao Ministério Público e à Defensoria Pública.               Expeça o necessário. Â
             Ananindeua(PA), 12 de agosto de 2021. ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE
DIREITO PROCESSO: 00052781120198140952 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:RODRIGO ALAN BRAGA JORGE VITIMA:G. O. F.
PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL Ref.: Processo nº 0005278-11.2019.814.0952 Autor(a) do Fato: RODRIGO ALAN BRAGA
JORGE VÃ-tima: GILSON OLIVEIRA DA FONSECA Arts. 147 e 163, ambos do CPB Â SENTENÃA Â Â Â
                              Vistos etc.              Â
Adoto como relatório o que dos autos consta com base no permissivo legal do art. 81, § 3º, da Lei
9.099/95.               Em 09/07/2019 lavrou-se Termo Circunstanciado de Ocorrência
em virtude da suposta prática dos crimes tipificados nos arts. 147 e 163, ambos CPB, no dia 18/06/2019,
pelo(a) autor(a) do fato contra a vÃ-tima acima identificados. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O art. 103 do
CPB estabelece que, ¿salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa
ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio
a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se
esgota o prazo para oferecimento da denúncia¿.               Por sua vez, o art. 61 do
CPPB prevê que ¿em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá
declará-lo de ofÃ-cio¿.               Na situação em exame verifico que a vÃ-tima
permaneceu inerte, deixando de exercer regularmente seu direito de queixa (certidão de fl. 38).    Â
          O Ministério Público, em seu parecer, pugnou pela extinção da punibilidade
do(a) agente em virtude da decadência do direito de queixa de que dispunha o(a) ofendido(a) (fl. 16-v). Â
             Uma vez, pois, escoado o prazo de seis meses para o exercÃ-cio do direito de
representação pela parte lesada contra o(a) autor(a) do fato (art. 38 CPP), operou-se a decadência de
tal direito, que constitui uma das causas de extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, IV, do
Código Penal.               Ante o exposto, julgo EXTINTA A PUNIBILIDADE de
RODRIGO ALAN BRAGA JORGE relativamente aos fatos narrados no presente TCO que configuram a
suposta prática do crime tipificado no art. 163 do CPB, com fundamento nos arts. 103 e 107, IV, do
Código Penal e nos arts. 38 e 61 do Código de Processo Penal.               Publique.
Registre. Intime.               Após o trânsito em julgado, certifique.         Â
     Relativamente ao crime tipificado no art. 147 do CPB, tendo em vista que consta dos autos
representação da vÃ-tima (fl. 15), designo o dia 19/04/2022, à s 09h20, para realização de
audiência preliminar.               Intime as partes para que compareçam ao ato
processual designado.               Faça constar do mandado que o(a) autor(a) do fato
deverá vir acompanhado(a) de advogado, na ausência do qual lhe será nomeado Defensor Público. Â
             Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública.        Â
      Expeça o necessário.               Ananindeua(PA), 12 de agosto de
2021. ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00053012020208140952
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA
SOARES A??o: Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 13/08/2021 QUERELANTE:LUCIO FABIO
LAMEIRA CIDRONIO Representante(s): OAB 17269 - IGOR GONCALVES BARROS (ADVOGADO)
QUERELADO:DANIEL ERICEIRA FADUL ATHAIDE PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO
ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA
DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0005301-
20.2020.814.0952 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1) Designo o dia 07/04/2022, Ã s 10h, para
realização de audiência preliminar.               2) Intime as partes para que
compareçam ao ato processual designado.               3) Faça constar do mandado
que o(a) querelado(a) deverá vir acompanhado(a) de advogado, na ausência do qual lhe será nomeado
Defensor Público.               4) Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria
Pública.  5) Expeça o necessário               Ananindeua(PA), 12 de agosto de
2021. Â ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00060859420208140952
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA
SOARES A??o: Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:ANA MARCIA FERREIRA
TEIXEIRA AUTOR DO FATO:JORGE LUIZ SOUZA MORAIS VITIMA:A. F. C. N. Representante(s): OAB
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

13998 - ARLINDO DE JESUS SILVA COSTA (ADVOGADO) PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO


ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA
DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0006085-
94.2020.814.0952 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1) Defiro o pedido de gratuidade. Â Â Â Â Â
         2) Designo o dia 25/04/2022, às 10h20min, para realização de audiência
preliminar.               3) Intime as partes para que compareçam ao ato processual
designado.               4) Faça constar do mandado que os(as) autores(as) do fato
deverão vir acompanhados(as) de advogado, na ausência do qual lhes será nomeado Defensor
Público.               5) Intime o advogado da querelante por meio do DJE.      Â
        6) Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública.           Â
   7) Expeça o necessário.               Ananindeua-PA, 12 de agosto de 2021.
ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00078754120208140006 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o:
Inquérito Policial em: 13/08/2021 AUTORIDADE POLICIAL:SECCIONAL DE ANANINDEUA VITIMA:I. L.
M. INDICIADO:LUANA SILVA DOS SANTOS PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO ESTADO DO
PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE
ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0007875-41.2020.814.0006
DESPACHO               1) Designo o dia 28/04/2022, às 09h40min, para realização
de audiência preliminar.               2) Intime as partes para que compareçam ao ato
processual designado.               3) Faça constar do mandado que o(a) autor(a) do
fato deverá vir acompanhado(a) de advogado, na ausência do qual lhe será nomeado Defensor
Público.               4) Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
              5) Expeça o necessário.               Ananindeua-PA,
12 de agosto de 2021. ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO:
00079715620208140006 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ALINE CORREA SOARES A??o: Inquérito Policial em: 13/08/2021 VITIMA:A. C. O. E. AUTORIDADE
POLICIAL:DELEGACIA DE POLICIA DA GUANABARA INDICIADO:JOAO KEMERSON DA SILVA
SANTOS PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0007971-56.2020.814.0006 DESPACHO           Â
   1) Designo o dia 25/04/2022, à s 10h40min, para realização de audiência preliminar.     Â
         2) Intime o autor do fato para que compareça ao ato processual designado.     Â
         3) Faça constar do mandado que o(a) autor(a) do fato deverá vir acompanhado(a) de
advogado, na ausência do qual lhe será nomeado Defensor Público.               4)Â
Dê ciência ao Ministério Público, inclusive para que se manifeste acerca do valor apreendido (fls.
26/28)               5) Dê ciência à Defensoria Pública.              Â
6) Expeça o necessário.               Ananindeua-PA, 12 de agosto de 2021. ALINE
CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00083247620178140952 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:PATRICIA CARVALHO DA SILVA Representante(s):
OAB 8796 - EDNILSON GONCALVES DA SILVA (ADVOGADO) VITIMA:E. S. P. . PODER JUDICIÃRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0008324-76.2017.814.0952 DESPACHO           Â
   Arquive os autos.               Ananindeua-PA, 30 de junho de 2021. ALINE
CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00094153620198140952 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:LUCIANA PAULA MACEIO DE OLIVEIRA VITIMA:M.
E. O. B. Representante(s): OAB 20833 - MARCUS VINICIUS DA COSTA MARTINS (ADVOGADO)
PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL Ref.: Processo nº 0009415-36.2019.814.0952 DESPACHO               1)
Designo o dia 03/05/2022, à s 10h00min, para realização de audiência preliminar.         Â
     2) Intime as partes para que compareçam ao ato processual designado.          Â
    3) Faça constar do mandado que o(a) autor(a) do fato deverá vir acompanhado(a) de
advogado, na ausência do qual lhe será nomeado Defensor Público.               4)
Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública.  5) Expeça o necessário       Â
       Ananindeua(PA), 12 de agosto de 2021.  ALINE CORRÃA SOARES  JUÃZA DE
DIREITO PROCESSO: 00099465920188140952 PROCESSO ANTIGO: ----
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Ação Penal -


Procedimento Sumaríssimo em: 13/08/2021 DENUNCIADO:EDUARDA CRISTINA SANTANA DA COSTA
VITIMA:M. H. P. M. PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA. Scanned Document
PROCESSO: 00101385520198140952 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Termo
Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:ELIANETE DE SOUZA LOPES VITIMA:M. I. O. C.
PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL Ref.: Processo nº 0010138-55.2019.814.0952 DESPACHO               1)
Designo o dia 25/04/2022, à s 10h00min, para realização de audiência preliminar.         Â
     2) Intime as partes para que compareçam ao ato processual designado.          Â
    3) Faça constar do mandado que o(a) autor(a) do fato deverá vir acompanhado(a) de
advogado, na ausência do qual lhe será nomeado Defensor Público.               4)Â
Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública.               5) Expeça
o necessário.               Ananindeua-PA, 12 de agosto de 2021. ALINE CORRÃA
SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00129006920198140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Ação Penal -
Procedimento Sumaríssimo em: 13/08/2021 VITIMA:S. G. G. DENUNCIADO:LEANDRO RAMOS
ALMEIDA PROMOTOR:MINISTERIO PUBLICO DE DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0012900-69.2019.814.0006 DESPACHO           Â
   1) Designo o dia 13/10/2021, à s 10h30min, para realização de audiência preliminar.     Â
         2) Intime as partes para que compareçam ao ato processual designado.      Â
        3) Faça constar do mandado que o(a) autor(a) do fato deverá vir acompanhado(a) de
advogado, na ausência do qual lhe será nomeado Defensor Público.               4)Â
Dê ciência ao Ministério Público e à Defensoria Pública.               5) Expeça
o necessário.               Ananindeua-PA, 12 de agosto de 2021. ALINE CORRÃA
SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00168921420148140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o: Ação Penal -
Procedimento Sumaríssimo em: 13/08/2021 ACUSADO:ROGERIO SOUZA DE SOUZA Representante(s):
OAB 19210 - CASSIO CLAYSON LAMEIRA DA SILVA (ADVOGADO) VITIMA:B. F. C. . PODER
JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0016892-14.2014.814.0006 DESPACHO      Â
        Arquive os autos.               Ananindeua-PA, 30 de junho de 2021.
ALINE CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00874739220158140952 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALINE CORREA SOARES A??o:
Termo Circunstanciado em: 13/08/2021 AUTOR DO FATO:JOBSON WALDEN PINHEIRO DOS SANTOS
AUTOR DO FATO:VICTOR ERICK TRINDADE RODRIGUES VITIMA:A. C. O. E. . PODER JUDICIÃRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ COMARCA DE ANANINDEUA VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL Ref.: Processo nº 0087473-92.2015.814.0952 DESPACHO           Â
   Arquive os autos.               Ananindeua-PA, 30 de junho de 2021. ALINE
CORRÃA SOARES JUÃZA DE DIREITO PROCESSO: 00104545920208140006 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Inquérito Policial em: INDICIADO: J. S.
F. VITIMA: T. S. R. PROMOTOR: M. P. E. P.
1206
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA VARA DO 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

Número do processo: 0810844-59.2021.8.14.0006 Participação: AUTOR Nome: ENILVA MARIA DA SILVA


Participação: ADVOGADO Nome: BÁRBARA MOREIRA DIAS BRABO registrado(a) civilmente como
BARBARA MOREIRA DIAS BRABO OAB: 24941/PA Participação: AUTOR Nome: ARLINDO MAXIMO DA
SILVA Participação: ADVOGADO Nome: BÁRBARA MOREIRA DIAS BRABO registrado(a) civilmente
como BARBARA MOREIRA DIAS BRABO OAB: 24941/PA Participação: REU Nome: BANCO DO BRASIL
- PRESIDENTE VARGAS BELÉM (PA)

Processo nº 0810844-59.2021.8.14.0006

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos.

1. Verifico que não consta dos autos o comprovante da restrição apontada pela parte Autora, apenas carta
de comunicação solicitando abertura de cadastro, e sendo este a única fonte capaz de caracterizar a
causa de pedir invocada, qual seja, a retirada da restrição do nome da parte Autora no serviço de proteção
ao crédito. Verifico, ainda, que não apresenta-se comprovante de residência no dome dos Autores, e
sendo este, documento necessário para verificação da competência territorial, considerado ser esta
absoluta em sede de juizados especiais (Enunciado 89 - Fonaje).

2. DESTA FEITA, tratando-se de documentos essenciais à ação, determino que os Autores emende a
inicial e JUNTE aos autos extrato atualizado, obtido diretamente no órgão de proteção ao crédito
MANTENEDOR DO APONTAMENTO (SPC, SERASA, CADIN), bem como COMPROVANTE DE
RESIDÊNCIA atualizado (água, luz, telefone) ou DECLARAÇÃO do terceiro titular a respeito, no prazo de
15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento da inicial, extinção e arquivamento.

2. Após o prazo e diligência acima determinados, com ou sem juntada, certifique-se e retornem conclusos
para seguimento.

3. Diligencie-se COM PRIORIDADE. Tutela de urgência.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito

Número do processo: 0814618-05.2018.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: DISTRIBUIDORA


BATISTA DE ALIMENTOS LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO DE FARIAS
FIGUEIRA OAB: 16489/PA Participação: RECLAMADO Nome: ORLANDO MATEUS ATHAYDE BRITO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

2ª VARA DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA


1207
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TERMO DE AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

PJE 0814618-05.2018.8.14.0006

RECLAMANTE: DISTRIBUIDORA BATISTA DE ALIMENTOS LTDA - EPP

RECLAMADO (A): ORLANDO MATEUS ATHAYDE BRITO

Aos doze dias do mês de agosto do ano de 2021, às 10h10min, nesta cidade de Ananindeua, Estado do
Pará, na sala de audiências de audiências de instrução e julgamento da 2ª Vara de Juizado Especial Cível
de Ananindeua, perante a MMª Juiz de Direito, Drª. ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA, titular da 1ª
Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua, respondendo pela 2ª Vara de Juizado Especial Cível de
Ananindeua, feito o pregão de praxe, constatou-se AUSENTE a Reclamante DISTRIBUIDORA BATISTA
DE ALIMENTOS LTDA - EPP, bem como AUSENTE a parte Reclamada, senhor ORLANDO MATEUS
ATHAYDE BRITO. ABERTA A AUDIÊNCIA: Constam dos autos que a parte Autora foi devidamente
intimada por meio de advogado habilitado aos autos para que comparecesse a este ato, conforme
expedição de intimação de id 28872907 e expediente de id 4770433, porém constatou-se a sua ausência,
não havendo qualquer justificativa nos autos. Passando a MMª Juíza a prolatar a seguinte SENTENÇA
em audiência: Vistos etc. Sem relatório (art. 38, Lei 9.099/95). Vistos etc. Dispensado relatório nos termos
do art. 38 da Lei 9.099/95. Conforme se observa nos autos, a parte Autora foi devidamente intimada se
fazer presente a este ato, conforme expedição de intimação de id 28872907 e expediente de id 4770433,
mas constatou-se a sua ausência, sem qualquer manifestação nos autos. A ausência da parte Reclamante
a qualquer das audiências do processo, observe-se, é causa de extinção do processo sem resolução do
mérito, sendo necessária a sua condenação ao pagamento das custas processuais (art. 51, I, da LJECC).
PELO EXPOSTO, JULGO EXTINTO o processo sem resolução de mérito, com fulcro no art. 51, I, da Lei
9.099/95 c/c com art. 485, do CPC. Sem prejuízo, CONDENO a parte Reclamante ao pagamento das
custas processuais, ressalvada a apreciação de requerimento de isenção em face de comprovada a
ausência por força maior (art. 51, § 2º, da LJECC; Enunciado 28, FONAJE) ou concessão de gratuidade
judiciária. Proceda-se à abertura de conta, intimando-se para recolhimento no prazo de 15 (quinze) dias.
Não ocorrendo o atendimento por parte do Reclamante, se for o caso, inscreva-se na Dívida Ativa
Estadual, conforme arts. 46 a 48, e §§, Lei Estadual nº 8.328/2015. Ao fim, arquivem-se, com as cautelas
legais. Nada mais havendo, o (a) MMª Senhor (a) Juiz (a) mandou encerrar o presente termo às
10h20min. Para constar, lavrei o presente. Eu __________, Sidnei S. Oliveira Barros, Analista
Judiciário, digitei e subscrevi.

ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA

Juíza de Direito

Número do processo: 0813645-16.2019.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: BUILDING


CONSTRUTORES Participação: ADVOGADO Nome: MILENA DOS REMEDIOS SOUZA OAB: 022120/PA
Participação: REQUERIDO Nome: DIEGO LUIZ DOS REIS NUNES Participação: REQUERIDO Nome:
MEIRRHITE JESUS DE PAULA - ME

Processo nº 0813645-16.2019.8.14.0006

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos.

1. Considerando que, nos termos do artigo 8º, inciso II, da Lei n 9.099/95, apenas as pessoas
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte


podem figurar no polo ativo perante os Juizados Especiais, DETERMINO que a parte Exequente emende
a inicial, nos termos do artigo 321 do vigente CPC, no prazo de 15 (quinze) dias, juntando CNPJ e
documento que comprove a sua qualificação tributária atualizada, consoante Enunciado 135, do FONAJE,
sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito.

2. Decorrido o prazo, certifique-se sobre o atendimento e faça-se conclusos.

3. Int. Dil.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito

Número do processo: 0800715-40.2016.8.14.0953 Participação: RECLAMANTE Nome: LUIS PAULO


FARIAS FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA RENATA CONCEICAO ROCHA
GARCIA OAB: 29960/PA Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANE DO SOCORRO CUNHA DE
OLIVEIRA OAB: 013558/PA Participação: RECLAMADO Nome: Operadora CLARO Participação:
ADVOGADO Nome: FELIPE GAZOLA VIEIRA MARQUES OAB: 76696/MG

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
2ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

ATO ORDINATÓRIO

Em vista do disposto no art. 42, § 2º da Lei 9.099/95 e da prévia autorização do(a) MMª. Juíz(a) desta 2ª
Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Ananindeua, INTIMO a parte recorrida, LUIS PAULO
FARIAS FERREIRA, por seu advogado legalmente constituído, para, querendo e no prazo de 10 (dez)
dias, oferecer contrarrazões ao recurso inominado apresentado nos presentes autos pela OPERADORA
CLARO.

Ananindeua/PA, 16 de agosto de 2021.

JOÃO MAGALHÃES COSTA

Analista Judiciário

Número do processo: 0811011-76.2021.8.14.0006 Participação: AUTOR Nome: CATARINA NORONHA


PIMENTEL Participação: ADVOGADO Nome: WELLINGTON FARIAS MACHADO OAB: 6945/PA
Participação: AUTOR Nome: ANTONIO MACIEL MONTEIRO DA COSTA Participação: ADVOGADO
Nome: WELLINGTON FARIAS MACHADO OAB: 6945/PA Participação: AUTOR Nome: EDILENE CRUZ
DE MELO Participação: ADVOGADO Nome: WELLINGTON FARIAS MACHADO OAB: 6945/PA
Participação: AUTOR Nome: JOCIVALDO BORGES MENEZES Participação: ADVOGADO Nome:
WELLINGTON FARIAS MACHADO OAB: 6945/PA Participação: AUTOR Nome: MARIA DA GUIA
1209
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SANTOS DA LUZ Participação: ADVOGADO Nome: WELLINGTON FARIAS MACHADO OAB: 6945/PA
Participação: AUTOR Nome: HELSON VIEIRA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome:
WELLINGTON FARIAS MACHADO OAB: 6945/PA Participação: AUTOR Nome: JOAO LUIZ DA SILVA
CRUZ Participação: ADVOGADO Nome: WELLINGTON FARIAS MACHADO OAB: 6945/PA Participação:
AUTOR Nome: KATIA CILENE MOREIRA DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: WELLINGTON
FARIAS MACHADO OAB: 6945/PA Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE
ENERGIA S.A

Processo nº 0811011-76.2021.8.14.0006

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos.

1. Não vislumbrando haver prevenção, prossiga o feito em razão da competência desta Vara para seu
julgamento.

2. Cit. Int. e Dil.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito

Número do processo: 0801935-62.2020.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: LOJA DAS


MANGUEIRAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ELTONIO ARAUJO GONCALVES OAB:
15540/PA Participação: RECLAMADO Nome: JHENIFER DUARTE SOUZA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

2ª VARA DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

TERMO DE AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

PJE 0801935-62.2020.8.14.0006

RECLAMANTE: LOJA DAS MANGUEIRAS LTDA

RECLAMADO (A): JHENIFER DUARTE SOUZA

Aos onze dias do mês de agosto do ano de 2021, às 11h30min, nesta cidade de Ananindeua, Estado do
Pará, na sala de audiências de audiências de instrução e julgamento da 2ª Vara de Juizado Especial Cível
de Ananindeua, perante a MMª Juiz de Direito, Drª. ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA, titular da 1ª
Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua, respondendo pela 2ª Vara de Juizado Especial Cível de
Ananindeua, feito o pregão de praxe, constatou-se AUSENTE a Reclamante LOJA DAS MANGUEIRAS
LTDA, bem como AUSENTE a parte Reclamada, senhora JHENIFER DUARTE SOUZA. ABERTA A
1210
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AUDIÊNCIA: Constam dos autos que foi expedida intimação por meio de advogado habilitado aos autos
para que a empresa Reclamante comparecesse a este ato (id 28870013), com comprovação de
expediente de id 4769629, porém constatou-se a sua ausência, não havendo qualquer justificativa nos
autos. Passando a MMª Juíza a prolatar a seguinte SENTENÇA em audiência: Vistos etc. Sem
relatório (art. 38, Lei 9.099/95). Vistos etc. Dispensado relatório nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95.
Conforme se observa nos autos, a parte Autora foi devidamente intimada se fazer presente a este ato,
conforme intimação de id 28870013 e comprovação de expediente do PJE de id 4769629, mas constatou-
se a sua ausência, sem qualquer manifestação nos autos. A ausência da parte Reclamante a qualquer das
audiências do processo, observe-se, é causa de extinção do processo sem resolução do mérito, sendo
necessária a sua condenação ao pagamento das custas processuais (art. 51, I, da LJECC). PELO
EXPOSTO, JULGO EXTINTO o processo sem resolução de mérito, com fulcro no art. 51, I, da Lei
9.099/95 c/c com art. 485, do CPC. Sem prejuízo, CONDENO a parte Reclamante ao pagamento das
custas processuais, ressalvada a apreciação de requerimento de isenção em face de comprovada a
ausência por força maior (art. 51, § 2º, da LJECC; Enunciado 28, FONAJE) ou concessão de gratuidade
judiciária. Proceda-se à abertura de conta, intimando-se para recolhimento no prazo de 15 (quinze) dias.
Não ocorrendo o atendimento por parte do Reclamante, se for o caso, inscreva-se na Dívida Ativa
Estadual, conforme arts. 46 a 48, e §§, Lei Estadual nº 8.328/2015. Ao fim, arquivem-se, com as cautelas
legais. Nada mais havendo, o (a) MMª Senhor (a) Juiz (a) mandou encerrar o presente termo às
12h45min. Para constar, lavrei o presente. Eu __________, Sidnei S. Oliveira Barros, Analista
Judiciário, digitei e subscrevi.

ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA

Juíza de Direito

Número do processo: 0800405-57.2019.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: SIMPLICIO DE


SOUSA AMORIM Participação: ADVOGADO Nome: SOCRATES ALEIXO SILVA OAB: 20930/PA
Participação: REQUERIDO Nome: EDUARDO CORREA DA COSTA

Processo nº 0800405-57.2019.8.14.0006.

DESPACHO

Vistos.

1. Retifique-se o polo ativo para dele constar o nome do CONDOMÍNIO ARPOADOR como Autor da ação,
conforme consta da petição inicial, excluindo-se o nome do síndico, Simplício de Sousa Amorim.

2. Inclua-se em pauta de audiência.

3. Cite(m)-se e Intime(m)-se.

4. Dil. o necessário.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito
1211
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0801219-74.2016.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: RIBEIRO E DUTRA


SERVICOS DE CONSTRUCOES LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE RENATO
NASCIMENTO BECKMAN OAB: 016690/PA Participação: EXECUTADO Nome: GRAND PARK -
PARQUE DOS PASSAROS EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Participação: ADVOGADO
Nome: FERNANDO ANTONIO DA SILVA FERREIRA OAB: 5148/MA Participação: EXECUTADO Nome:
GAFISA S/A. Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO ANTONIO DA SILVA FERREIRA OAB:
5148/MA

Processo nº 0801219-74.2016.814.0006

DESPACHO

Vistos.

1. Preliminarmente, no que tange ao item 1, do Id 13817450, extrai-se , da simples sequência dos autos,
que o trânsito em julgado da sentença ocorreu em 02/10/2017, sendo arquivados os autos em 26/01/2018
(Id 3666614), não constando, até, então, petição de cumprimento, mas apenas pedido de expedição de
certidão de trânsito em julgado (Id 3058441). O pedido de execução do julgado deu-se bem além dos 30
(trinta) dias consignados em sentença, ocorrendo em 02/02/2018 (Id 3749218).

Não vislumbro assim, qualquer equívoco, e, em consequência, quaisquer providências correicionais a


tomar em face do arquivamento levado a efeito.

2. Requerido o cumprimento da sentença, (Id 13817450) pelo valor principal, sem os acréscimos
assegurados em sentença, proceda-se ao cálculo atualizado por servidor judicial, conforme art. 52,II,
LJECC. Para celeridade, FACULTO ao Exequente, a juntada de cálculo através de seu patrono, no prazo
de 15 (quinze) dias.

2.1. Atualizado e corrigido o montante executado, INTIME-SE o Devedor - pessoalmente, se não tiver
procurador constituído - para o pagamento dos valores informados, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena
de multa de 10% sobre o total e prosseguimento, com penhora e alienação judicial de bens, tudo na forma
do art. 52, LJE, c/c 523-ss, CPC.

2.1.1. Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, conforme o requerido em petição de


cumprimento da sentença, conclusos para atos de constrição judicial, ou, se medidas online não forem
requestadas, ou se ausente CPF/CNPJ do Executado a impedi-las, expeça-se, de logo, mandado de
penhora e avaliação, seguindo-se nos atos de expropriação.

2.2. Intime-se, outrossim, que poderá opor embargos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da intimação
da penhora ou da realização do depósito espontâneo, conforme art. 52, X, da LJE, ciente de que a
garantia do juízo é indispensável (Enunciados 142, 156 e 117, Fonaje).

2.3. Expeça-se guia para pagamento/depósito, caso requerido pelo Executado, autorizada, de logo, a
expedição de alvará em favor do Exequente, retornando os autos conclusos para seguimento ou extinção.

3. Int. Dil., providenciando-se e expedindo-se o necessário.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0802717-40.2018.8.14.0006 Participação: EXEQUENTE Nome: FRANCISCO


ANTONIO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO OAB:
007261/PA Participação: EXECUTADO Nome: SABEMI SEGURADORA SA Participação: ADVOGADO
Nome: JULIANO MARTINS MANSUR OAB: 113786/RJ

Processo nº 0802717-40.2018.8.14.0006

DESPACHO

Vistos.

1. Proceda-se ao cálculo por servidor deste Juízo.

2. Após, retornem os autos conclusos.

3. Dil.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito

Número do processo: 0810853-21.2021.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: SAMUEL LIMA


MEIRELES Participação: ADVOGADO Nome: HENRIQUE BATISTA SILVA OAB: 28897/PA Participação:
REQUERIDO Nome: BRADESCO SEGUROS S/A

Processo nº 0810853-21.2021.8.14.0006

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos.

1. DEFIRO a gratuidade judiciária, na forma e sob as penas do art. 98-ss, do CPC. DECIDO

2. A parte Demandante requer a concessão de tutela de urgência para que o Requerido proceda “a
PRORROGAÇÃO DE CARRO RESERVA, até a efetiva entrega do veículo que encontra-se na oficina,
sendo arbitrada multa diária em caso do não cumprimento da decisão”

Pretensão antecipatória que não se acolhe.

De acordo com o artigo 300 do CPC, depreende-se como requisito da tutela em antecipação de urgência,
a probabilidade do direito e o risco da demora ou ao resultado útil do processo. Configura, também,
requisito para a concessão, a reversibilidade da medida.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Há de esclarecer que as tutelas provisórias, como o próprio nome indica, exigem a prolatação de decisão
judicial baseada em grau mínimo de convencimento do magistrado, pelo que verifico, ao menos neste
momento processual, não restar configurada, a vista que, consta da apólice objeto dos autos, a previsão
de 07 dias para veículo reserva (Id 31430406 - Pág. 6), não podendo ser exigido mais do que aquilo
previsto no contrato.

Nesse sentido, entende a jurisprudência:

Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS


Gabinete da Desembargadora Maria de Lourdes Abreu Número do processo: 0700426-72.2018.8.07.0000
Classe judicial: AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) AGRAVANTE: LUCIANO PEREIRA DA SILVA
AGRAVADO: BRASILVEICULOS COMPANHIA DE SEGUROS E M E N T A AGRAVO DE
INSTRUMENTO. OBRIGAÇÃO DE FAZER. SEGURADORA. FORNECIMENTO. CARRO RESERVA.
PERÍODO. LIMITE CONTRATUAL ANTECIPAÇÃO TUTELA. INDEFERIDA. 1. Conforme preceitua o
artigo 300 do Código de Processo Civil/2015, o magistrado pode deferir a tutela de urgência desde que
evidenciada a probabilidade do direito e o perigo de dano ou resultado útil do processo. 2. O limite da
responsabilidade da seguradora está no contrato, com pleno conhecimento das partes, e não pode ser
exigido mais do que foi previsto nesse documento. 3. Havendo previsão contratual e constando
expressamente da apólice de seguro que o fornecimento de carro reserva dar-se-á pelo período de 15
(quinze) dias, não há que se falar em concessão de antecipação de tutela, para que o veículo seja
fornecido pelo prazo de duração da demanda judicial. 4. Agravo de instrumento conhecido e desprovido.

(TJ-DF 07004267220188070000 DF 0700426-72.2018.8.07.0000, Relator: MARIA DE LOURDES ABREU,


Data de Julgamento: 10/05/2018, 3ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 18/05/2018).

Além disso, o Art. 33, §1º da circular SUSEP nº 256 de 16/06/2004 estabelece o prazo de 30 dias para a
liquidação do sinistro, contados a partir da entrega de todos os documentos necessários, e, tendo em vista
a data do acidente, 03/08/2021 - Id 31430404, o prazo para o concerto do veículo encontra-se em prazo
razoável.

Em que pese a presença do requisito do perigo de dano, alegado pela parte Autora, por si só não é ele
suficiente para conferir a antecipação tal como pretendido.

Isto posto, INDEFIRO a pretensão antecipatória, o que faço com fundamento no art. 300, do CPC.

3. Por se tratar de relação de consumo e em vista da presença dos requisitos exigidos pelo art. 6º, VIII, do
CDC, determino a inversão do ônus da prova.

4. Em pauta de audiência.

5. Cite-se e intimem-se.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0000688-57.2015.8.14.0943 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO


VIVER CASTANHEIRA Participação: ADVOGADO Nome: FRANCIMARA DE AQUINO SILVA OAB:
11745/PA Participação: EXECUTADO Nome: EDSON DA SILVA BRITO Participação: EXECUTADO
Nome: FERNANDA COELHO LAUNE BRITO

Processo nº 0000688-57.2015.8.14.0943

DESPACHO

Vistos.

1. EXPEÇA-SE mandado de execução, procedendo-se à penhora e a avaliação de tantos bens quanto


necessários à quitação da dívida, perfazendo-o, preferencialmente, sobre os bens eventualmente
indicados pelo Exequente, lavrando-se o respectivo auto e de tudo intimando, na mesma oportunidade, os
Executados.

2. Se necessário, expeça-se carta precatória.

3. Dil.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito

Número do processo: 0871731-31.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: PAULO JORGE


ABDON DE MOURA Participação: ADVOGADO Nome: DAVID DIAS MEDEIROS JUNIOR OAB: 30073/PA
Participação: REQUERIDO Nome: MARTINS DA SILVA CONSULTORIA EM GESTAO EMPRESARIAL
EIRELI

Processo nº 0871731-31.2020.8.14.0301

DESPACHO

Vistos.

1. Recebo os autos em razão da competência deste Juízo.

2. Inclua-se em pauta de audiências.

3. Cit. Int. Dil.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.


1215
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito

Número do processo: 0801934-77.2020.8.14.0006 Participação: RECLAMANTE Nome: LOJA DAS


MANGUEIRAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ELTONIO ARAUJO GONCALVES OAB:
15540/PA Participação: RECLAMADO Nome: LEONARDO CUNHA PACHECO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

2ª VARA DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ANANINDEUA

TERMO DE AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

PJE 0801934-77.2020.8.14.0006

RECLAMANTE: LOJA DAS MANGUEIRAS LTDA

RECLAMADO (A): LEONARDO CUNHA PACHECO

Aos dez dias do mês de agosto do ano de 2021, às 10h10min, nesta cidade de Ananindeua, Estado do
Pará, na sala de audiências de audiências de instrução e julgamento da 2ª Vara de Juizado Especial Cível
de Ananindeua, perante a MMª Juiz de Direito, Drª. ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA, titular da 1ª
Vara de Juizado Especial Cível de Ananindeua, respondendo pela 2ª Vara de Juizado Especial Cível de
Ananindeua, feito o pregão de praxe, constatou-se AUSENTE a Reclamante LOJA DAS MANGUEIRAS
LTDA, bem como AUSENTE a parte Reclamada, senhor LEONARDO CUNHA PACHECO. ABERTA A
AUDIÊNCIA: Constam dos autos que a parte Autora foi devidamente intimada para que comparecesse a
este ato, conforme termo de audiência juntado no id 26675151, porém constatou-se a sua ausência, não
havendo qualquer justificativa nos autos. Passando a MMª Juíza a prolatar a seguinte SENTENÇA em
audiência: Vistos etc. Sem relatório (art. 38, Lei 9.099/95). Vistos etc. Dispensado relatório nos termos do
art. 38 da Lei 9.099/95. Conforme se observa nos autos, a parte Autora foi devidamente intimada se fazer
presente a este ato, conforme termo de audiência juntado no id 26675151, mas constatou-se a sua
ausência, sem qualquer manifestação nos autos. A ausência da parte Reclamante a qualquer das
audiências do processo, observe-se, é causa de extinção do processo sem resolução do mérito, sendo
necessária a sua condenação ao pagamento das custas processuais (art. 51, I, da LJECC). PELO
EXPOSTO, JULGO EXTINTO o processo sem resolução de mérito, com fulcro no art. 51, I, da Lei
9.099/95 c/c com art. 485, do CPC. Sem prejuízo, CONDENO a parte Reclamante ao pagamento das
custas processuais, ressalvada a apreciação de requerimento de isenção em face de comprovada a
ausência por força maior (art. 51, § 2º, da LJECC; Enunciado 28, FONAJE) ou concessão de gratuidade
judiciária. Proceda-se à abertura de conta, intimando-se para recolhimento no prazo de 15 (quinze) dias.
Não ocorrendo o atendimento por parte do Reclamante, se for o caso, inscreva-se na Dívida Ativa
Estadual, conforme arts. 46 a 48, e §§, Lei Estadual nº 8.328/2015. Ao fim, arquivem-se, com as cautelas
legais. Nada mais havendo, o (a) MMª Senhor (a) Juiz (a) mandou encerrar o presente termo às
10h20min. Para constar, lavrei o presente. Eu __________, Sidnei S. Oliveira Barros, Analista
Judiciário, digitei e subscrevi.

ROSA MARIA MOREIRA DA FONSECA

Juíza de Direito
1216
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0879179-55.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANTONIO IRLAN DOS


SANTOS DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL OLIVEIRA DE MACEDO RODRIGUES
OAB: 015913/PA Participação: REU Nome: AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A.

Processo nº 0879179-55.2020.8.14.0301

DESPACHO

Vistos.

1. Recebo os autos em razão da competência deste Juízo.

2. Inclua-se em pauta de audiências.

3. Cit. Int. Dil.

Ananindeua, assinado digitalmente na data abaixo indicada.

VIVIANE MONTEIRO FERNANDES AUGUSTO DA LUZ

Juíza de Direito
1217
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE MARITUBA

Número do processo: 0802387-45.2021.8.14.0133 Participação: AUTOR Nome: KELLI SIMONE DINIZ DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA APARECIDA DA SILVA CRUZ OAB: 19066/O/MT
Participação: REU Nome: TELEFONICA BRASIL S/A

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE MARITUBA
Rua Cláudio Barbosa da Silva, N°. 536, Centro, Marituba-PA
Fone: (91) 3299-8800

MANDADO DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DE AUDIÊNCIA

Processo nº 0802387-45.2021.8.14.0133 (PJe).

Destinatário: TELEFONICA BRASIL S/A


Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, 1376, 1376, Cidade Monções, SãO PAULO - SP - CEP: 04571-
936

De ordem, a Dr(a). GERALDO CUNHA DA LUZ, Juiz(a) de Direito, respondendo pelo Vara do Juizado
Especial Cível e Criminal de Marituba, Comarca de Marituba, na forma da Lei, etc...

Na forma do art. 246, V do NCPC, e de ordem do magistrado, por meio desta correspondência eletrônica
fica(m) o(a)(s) reclamado(a)(s) CITADO(a)(s) da presente ação e também INTIMADO(a) a
comparecer(em) a este Juízo, situado à Rua Cláudio Barbosa da Silva, Nº. 536, Centro, Marituba-PA,
CEP: 67.200-000, para participar de Audiência Una, visando a Conciliação, Instrução e Julgamento da lide,
na data e hora designadas.

ADVERTÊNCIAS: Por esta citação fica(m) o(a)(s) reclamado(a)(s) advertido(a)(s): O não comparecimento
às audiências importará em revelia, reputando-se verdadeiras as alegações iniciais do autor e proferindo-
se o julgamento de plano. Comparecendo a(s) parte(s) reclamada(s), e não obtida a conciliação, poderá a
ação ser julgada antecipadamente, se for o caso, ou se proceder à audiência de instrução e julgamento.
Em se tratando de pessoa jurídica, o preposto deverá apresentar os Atos Constitutivos, Carta de
Preposição, no caso de Condomínio, a Ata de Assembleia Geral de Eleição do Síndico e Contestação, sob
pena de revelia. ATENÇÃO: A parte deverá comparecer pessoalmente, não sendo admitido, neste Juízo, o
instituto da representação. Que deverá(ão) comunicar qualquer mudança de endereço ocorrida no curso
do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado na ausência
da comunicação; Que a assistência de um advogado só é obrigatória se o valor da causa for superior a 20
(vinte) salários mínimos; Da possibilidade de inversão do ônus da prova. As testemunhas até um limite de
três, comparecerá(ão) à audiência levadas pela parte que as indicar, independente de intimação.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.i.tj.pa.gov.br:8080/pje/login.seam.

Processo: 0802387-45.2021.8.14.0133
AUTOR: KELLI SIMONE DINIZ DA SILVA

REU: TELEFONICA BRASIL S/A

Valor da Causa: 12.382,64

AUDIÊNCIA UNA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO: 16/09/2021 11:00


1218
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021
LOCAL: Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Marituba

ENDEREÇO: Rua Cláudio Barbosa da Silva, 536, Centro, MARITUBA - PA - CEP: 67200-000

MARITUBA, 16 de agosto de 2021.

ALEX EDILSON WULFERT DA CUNHA


Servidor(a)
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)
DE ORDEM DO(A) MMº(ª). JUIZ(A) DE DIREITO
GERALDO CUNHA DA LUZ

Número do processo: 0802387-45.2021.8.14.0133 Participação: AUTOR Nome: KELLI SIMONE DINIZ DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDA APARECIDA DA SILVA CRUZ OAB: 19066/O/MT
Participação: REU Nome: TELEFONICA BRASIL S/A

Processo nº 0802387-45.2021.8.14.0133

Destinatário: KELLI SIMONE DINIZ DA SILVA


TV. JERUSALEM, 25, ALMIR GABRIEL, MARITUBA - PA - CEP: 67200-000

INTIMAÇÃO

De ordem do(a) Dr(a). GERALDO CUNHA DA LUZ, Juiz(a) de Direito, respondendo pelo Vara do Juizado
Especial Cível e Criminal de Marituba, Comarca de Marituba, na forma da Lei, etc...

Venho por meio do presente intimar Vossa Senhoria a comparecer à Audiência Una, visando a
conciliação, instrução e julgamento da lide, designada para o dia 16/09/2021 11:00, neste Juizado, situado
à Rua Cláudio Barbosa da Silva, nº 536, Centro, Marituba-PA, nos termos dos arts. 5º, II e 7º da Lei
12.153/2009 c/c artigo 19 da Resolução 185/2013 do CNJ e artigo 5º da Lei 11.419/2006.

Marituba-PA, 16 de agosto de 2021.

ALEX EDILSON WULFERT DA CUNHA,

Analista Judiciário.

Número do processo: 0801054-29.2019.8.14.0133 Participação: RECLAMANTE Nome: ALFREDO


MORAES DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: ANA CAROLINA FIGUEIREDO VIDAL OAB:
14937/PA Participação: RECLAMADO Nome: MARIVALDO MARLISON FLEXA FURTADO

PROCESSO 0801054-29.2019.8.14.0133

DESPACHO

R.H.
1219
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Diga o exequente, no prazo de 10 dias, sobre a diligência devolvida sem cumprimento, cf. doc. Id
31366199 - CARTA (DEV.DA CP 0800584 17.2021.8.14.0201) acostado aos autos, sob pena de extinção
do feito.

Cumpra-se. Intime-se.

Marituba, 16 de agosto de 2021.

AGENOR CÁSSIO NASCIMENTO CORREIA DE ANDRADE

JUIZ DE DIREITO

Número do processo: 0802357-10.2021.8.14.0133 Participação: RECLAMANTE Nome: MARIA DO


SOCORRO DA COSTA VILHENA Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO REIS FURTADO OAB:
26198/PA Participação: RECLAMADO Nome: MUNICÍPIO DE MARITUBA

Processo nº 0802357-10.2021.8.14.0133

SENTENÇA

Vistos etc.

Relatório dispensado nos termos do art. 39 da Lei 9.099/95.

Compulsando os autos verifico que o requerido é o município de Marituba, o que é incabível à luz do art.
8º caput da Lei 9.099/95, e o que também, expressamente, afasta a competência deste juízo o
processamento da lide, na forma do art. 3º, § 2º do mesmo diploma legal.

Posto isto, EXTINGO O FEITO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO nos termos do art. 51, II e IV da Lei
9.099/95.

Canceladas as disposições anteriores.

Transitando em julgado, certifique-se e arquive-se.

Em caso de recurso, certifique-se a tempestividade e preparo e remeta-se à Turma Recursal.

P.R.I.C.

Marituba, 16 de agosto de 2021.

AGENOR CÁSSIO NASCIMENTO CORREIA DE ANDRADE

JUIZ DE DIREITO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL DE CASTANHAL

Número do processo: 0804562-46.2019.8.14.0015 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


RESIDENCIAL DRA MARIA LAISE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: RUBEM DE SOUZA
MEIRELES NETO OAB: 22252/PA Participação: EXECUTADO Nome: VALMIRA DO SOCORRO
FERREIRA DA COSTA

DESPACHO

A parte exequente solicitou consulta a sistema da receita para busca de informações patrimoniais do
executado.

Efetuada a consulta ao sistema INFOJUD, foi disponibilizada a declaração de imposto de renda pessoa
física ano base 2019, na qual não consta bens declarados. Deixei de juntar a referida declaração em razão
da proteção ao sigilo de dados.

Intime-se o exequente para se manifestar, no prazo de 05(cinco) dias, sob pena de extinção.

Castanhal, 10 de agosto de 2021.

GIORDANNO LOUREIRO CAVALCANTI GRILO

Juiz de Direito Respondendo

Número do processo: 0801823-66.2020.8.14.0015 Participação: AUTOR Nome: CAIO DE CASTRO


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: EDISON ANDRE GOMES RODRIGUES OAB: 016619/PA
Participação: REU Nome: IGOR DA SILVA

SENTENÇA

Dispenso o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9099/95.

Decido.

Àparte autora foi procedida intimação para apresentar novo endereço do requerido, contudo não o fez.

Diante da inércia do Autor em informar dados essenciais ao prosseguimento do feito, extingo o processo
, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, III do Código de Processo Civil.

Deixo de condenar em custas e honorários, face ao exposto no artigo 55, da Lei n° 9.099/95.

Após o trânsito em julgado, ARQUIVE-SE, com as cautelas de praxe.

Castanhal, 16 de agosto de 2021.

GIORDANNO LOUREIRO CAVALCANTI GRILO

Juiz de Direito respondendo


1222
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0803953-92.2021.8.14.0015 Participação: AUTOR Nome: RAIMUNDO ALVES DA


SILVA Participação: ADVOGADO Nome: WARLLEY ALEXANDRO LIMA COSTA OAB: 29715/PA
Participação: ADVOGADO Nome: HANA RASEC BARBOSA E SILVA OAB: 23634/PA Participação:
REPRESENTANTE Nome: ANTONIA BENEDITA DA SILVA E SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
WARLLEY ALEXANDRO LIMA COSTA OAB: 29715/PA Participação: ADVOGADO Nome: HANA RASEC
BARBOSA E SILVA OAB: 23634/PA Participação: REQUERIDO Nome: BANPARA

SENTENÇA

Dispenso o relatório, nos termos do artigo 38, da Lei n°9099/95.

DECIDO

A curadora do autor ingressou com a presente ação em face de BANPARA

Entretanto, o autor possui problemas de saúde e é incapaz de exercer os atos da vida civil, não podendo
figurar no polo ativo perante este Juizado Especial, conforme Art. 8º, caput, da Lei 9.099/95.

A legitimidade ad causam é uma condição processual para o prosseguimento da ação, sendo a sua falta
causa para extinção processual.

Pelo exposto, não há como o feito prosseguir da forma posta.

Extingo o feito sem resolução de mérito, em face da ilegitimidade da parte para figurar no polo ativo, nos
termos do artigo 485, VI do CPC.

Sem custas e sem honorários advocatícios.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Castanhal, 16 de agosto de 2021.

GIORDANNO LOUREIRO CAVALCANTI GRILO

Juiz de Direito respondendo

Número do processo: 0803800-59.2021.8.14.0015 Participação: REQUERENTE Nome: ANA KAROLYNE


DA COSTA TEIXEIRA Participação: ADVOGADO Nome: KAYLA DAIANE SOUZA PINTO OAB: 27256/PA

SENTENÇA

Dispenso o relatório, nos termos do artigo 38, da Lei n°9099/95.

DECIDO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Preliminarmente, vejo que a parte autora em petição inicial postula direito de natureza sucessória.

Assim, concluo que não há como tal demanda prosseguir perante este juizado, devendo o mesmo ser
ajuizado perante o juízo competente.

Face ao exposto, extingo o processo, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 51, II, da Lei 9099/95.

Sem custas e sem honorários, conforme artigo 55, da Lei 9099/95.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Castanhal, 16 de agosto 2021.

GIORDANNO LOUREIRO CAVALCANTI GRILO

Juiz de Direito respondendo


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA CAPITAL - SECRETARIA GERAL

Secretaria Geral das Turmas Recursais-Intimações:

1. Intima o (a) Sr (a) Advogado (a) NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES, OAB-SP 128.341, a
fim de lhe ser devolvida petição, enviada pelos correios em 19/01/2021, referente ao processo nº 0002415-
72.2008.814.0304, processo com migração em 06/08/2019 do sistema LIBRA para o eletrônico PJE,
impossível a juntada de petição física e seu regular processamento, dada a inviabilidade de sistemas;
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

COORDENAÇÃO GERAL DA UPJ DAS TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA CAPITAL -


UPJ TURMAS RECURSAIS

Número do processo: 0873280-47.2018.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: O. L. F. Participação:


ADVOGADO Nome: JOSE MARIA DIAS DE MENESES JUNIOR OAB: 25153/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BARBARA JULIET SILVA DA SILVA OAB: 28249/CE Participação: APELADO Nome:
P. D. I. D. G. P. D. E. D. P. Participação: APELADO Nome: I. -. I. D. G. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0873280-47.2018.8.14.0301

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das turmas de
Direito Público e Privado intima APELANTE: OSMARINA LEITE FERREIRA de que foi interposto Recurso
de Agravo Interno, nos autos do presente processo, para apresentação de contrarrazões, em respeito ao
disposto no §2º do artigo 1021 do novo Código de Processo Civil.

Belém, 14 de agosto de 2021.

Número do processo: 0027681-94.2013.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: MUNICIPIO DE


BELEM Participação: ADVOGADO Nome: CARLA TRAVASSOS REBELO HESSE OAB: 21390/PA
Participação: APELADO Nome: MARIO CUSTODIO DA MOTA Participação: ADVOGADO Nome: ANA
RADIG DENNE LOBAO MORAIS OAB: 22662/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ DOS SANTOS
MORAIS OAB: 96/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: PROCURADOR Nome: MANOEL SANTINO NASCIMENTO JUNIOR OAB: null

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça,
intima a parte MARIO CUSTODIO DA MOTA de que foi interposto Recurso Especial, estando facultada a
apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.030 do CPC/2015.

Belém, 14 de agosto de 2021.

Número do processo: 0861659-19.2019.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: FATIMA NAZARE DA


SILVA OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome: LUANA SILVA SANTOS OAB: 16292/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA DIAS ANDRADE OAB: 14351/PA Participação: APELADO
Nome: MUNICIPIO DE BELEM Participação: APELADO Nome: SECRETÁRIO DE SAÚDE DO
MUNICÍPIO DE BELÉM Participação: APELADO Nome: SECRETARIO DE ADMINISTRAÇÃO
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCURADOR Nome: MARIA TERCIA AVILA BASTOS DOS SANTOS OAB: null

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

ATO ORDINATÓRIO

A Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado do Tribunal de Justiça,
intima a parte interessada de que foi interposto Recurso Extraordinário, estando facultada a apresentação
de contrarrazões, nos termos do artigo 1.030 do CPC/2015.

Belém, 14 de agosto de 2021.

Número do processo: 0800552-67.2020.8.14.0000 Participação: AGRAVANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: AGRAVADO Nome: ALEXANDRE CASTRO BOIA DE ALBUQUERQUE Participação:
ADVOGADO Nome: TONY MORGADO REMIGIO OAB: 831/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIO NONATO
FALANGOLA OAB: null

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO.


ALEGAÇÃO DE OMISSÃO NO ARESTO VERGASTADO. NÃO APRECIAÇÃO DE TESE SUSTENTADA
NO RECURSO INTERPOSTO. DESNECESSIDADE DE HAVER MANIFESTAÇÃO SOBRE TODAS AS
TESES QUESTIONADAS. TÉCNICA DA FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO
489, § 1º, IV, DO CPC. INSURGÊNCIA QUE TRADUZ PRETENSÃO DE REDISCUSSÃO MERITÓRIA.
INACOLHIMENTO. MANIFESTAÇÃO A RESPEITO DOS DISPOSITIVOS INDICADOS COMO
VIOLADOS. DESNECESSIDADE. PREQUESTIONAMENTO FICTO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.

Acórdão

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da Primeira Turma de Direito


Público do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, por unanimidade de votos, conhecer o recurso
de embargos de declaração e lhe negar provimento, tudo nos termos do voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de 02 (dois) aos 09 (nove) dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (Membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator
1227
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0811606-05.2017.8.14.0301 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome: VERA


RUTH DE CARVALHO FIDALGO Participação: ADVOGADO Nome: CLEITON RODRIGO NICOLETTI
OAB: 17248/PA Participação: RECORRIDO Nome: Presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do
Estado do Pará Participação: RECORRIDO Nome: IGEPREV Participação: TERCEIRO INTERESSADO
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: PROCURADOR Nome: NELSON
PEREIRA MEDRADO OAB: null

EMENTA: REMESSA NECESSÁRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO ADMINISTRATIVO


PREVIDENCIÁRIO. INFRINGÊNCIA À RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PEDIDO. DIREITO LÍQUIDO E
CERTO CONFIGURADO. CONCESSÃO DA ORDEM PARA COMPELIR A AUTORIDADE IMPETRADA A
APRECIAR O PLEITO DA ADMINISTRADA, AINDA QUE EM SENTIDO NEGATIVO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA CONFIRMADA. DECISÃO UNÂNIME.

Acórdão

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público


deste Egrégio Tribunal de Justiça, por unanimidade de votos, conhecer a remessa necessária e confirmar
os termos da sentença, tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário da 1ª Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período de 2 (dois)
aos 9 (nove) dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (Membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0800753-31.2018.8.14.0032 Participação: JUIZO RECORRENTE Nome: JONAS


ALVES DE FREITAS Participação: ADVOGADO Nome: OTACILIO DE JESUS CANUTO OAB: 12633/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JORGE THOMAZ LAZAMETH DINIZ OAB: 13143/PA Participação:
RECORRIDO Nome: MUNICIPIO DE MONTE ALEGRE/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIZA
MACHADO DA SILVA LIMA OAB: null

EMENTA: REMESSA NECESSÁRIA EM AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. CONCURSO


PÚBLICO. APROVAÇÃO DE CANDIDATO NA 2ª (SEGUNDA) COLOCAÇÃO NA CONDIÇÃO DE
PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PcD). OBSERVÂNCIA AO PISO DE 5% (CINCO POR
CENTO) PARA A INVESTIDURA DE CONCORRENTE NESSA CIRCUNSTÂNCIA. INTELIGÊNCIA DOS
ARTIGOS 37, VIII, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA C/C 37, §§ 1º E 2º DO DECRETO FEDERAL Nº
3.298/99. NECESSIDADE DE NOMEAÇÃO DO CONCORRENTE CLASSIFICADO NA 21ª (VIGÉSIMA
PRIMEIRA) CONVOCAÇÃO. EXONERAÇÃO E DESISTÊNCIA DE CANDIDATOS APROVADOS EM
MELHOR POSIÇÃO NO CURSO DA VALIDADE DO CERTAME NAS VAGAS PREVISTAS NO EDITAL E
QUE ALCANÇAM A COLOCAÇÃO DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA. DIREITO SUBJETIVO À
NOMEAÇÃO. EM REMESSA NECESSÁRIA, SENTENÇA CONFIRMADA. DECISÃO UNÂNIME.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Acórdão

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da Primeira Turma de Direito


Público, por unanimidade de votos, conhecer a remessa necessária e confirmar os termos da sentença,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará no período
de 2 (dois) aos 9 (nove) dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (Membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0001746-86.2012.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: INSTITUTO DE


GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: APELADO Nome: JOSE LUIZ GOMES
DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DIEGO OLIVEIRA TELLES DA SILVA OAB: 21541/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MARIA CLAUDIA SILVA COSTA OAB: 13085/PA Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Luiz Gonzaga da Costa Neto (Convocado).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0023027-98.2012.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: EDVAN GONCALVES DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome:
FABIO ROGERIO MOURA OAB: 14220/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA DA CONCEICAO DE MATTOS
SOUSA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc, contudo, sendo que, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida,
diante do recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos.
Dessa forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao
autor, ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente
a ADI 6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0017871-32.2012.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: ELILDE RODRIGUES DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO Nome:
GUSTAVO PERES RIBEIRO OAB: 606/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: TEREZA CRISTINA BARATA BATISTA DE
LIMA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
1231
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU


E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc, contudo, sendo que, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida,
diante do recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos.
Dessa forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao
autor, ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente
a ADI 6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (Membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator
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Número do processo: 0017526-66.2012.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: JOSE WILSON CLEMENTE DE SOUSA Participação: ADVOGADO
Nome: GUSTAVO PERES RIBEIRO OAB: 606/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: NELSON PEREIRA MEDRADO
OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).
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Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0017362-04.2012.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: ADONIS DE OLIVEIRA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
GUSTAVO PERES RIBEIRO OAB: 606/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIZA MACHADO DA SILVA LIMA OAB:
null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc, contudo, sendo que, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida,
diante do recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos.
Dessa forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao
autor, ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente
a ADI 6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (Membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0044400-59.2010.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: FERNANDA DE NAZARE LOPES ANDRADE Participação: ADVOGADO
Nome: ROSANE BAGLIOLI DAMMSKI OAB: 7985/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO
EDUARDO CARDOSO DA COSTA OAB: 9083/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: TEREZA CRISTINA BARATA
BATISTA DE LIMA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo nos termos do voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Luiz Gonzaga da Costa Neto (Convocado).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0017959-07.2011.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: ALEX CRISTIAN OEIRAS BARATA Participação: ADVOGADO Nome:
MARIA CLAUDIA SILVA COSTA OAB: 13085/PA Participação: ADVOGADO Nome: VIVIAN RIBEIRO
SANTOS OAB: 23042/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO
PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA DA CONCEICAO GOMES DE SOUZA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
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judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Luiz Gonzaga da Costa Neto (Convocado).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0021035-34.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: INSTITUTO DE


GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: APELADO Nome: MANOEL
MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: MARIA CLAUDIA SILVA COSTA OAB: 13085/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação:
PROCURADOR Nome: MARIO NONATO FALANGOLA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
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NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA


NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc, contudo, sendo que, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida,
diante do recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos.
Dessa forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao
autor, ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente
a ADI 6.321/PA.

3. Apelações cível conhecida e provida. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do
provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Luiz Gonzaga da Costa Neto (Convocado).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0067936-41.2015.8.14.0005 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: LUIS FELIPE BATISTA PAULO Participação: ADVOGADO Nome:
DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: JORGE DE MENDONCA ROCHA OAB: null
1238
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA RECEBIDO DE OFÍCIO.


AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO
ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO
PARCIALMENTE PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA
DO INCISO IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE
INSTITUIU E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA
DECISÃO. DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO
E INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator
1239
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0006186-72.2014.8.14.0005 Participação: APELANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: APELADO Nome: VERIDIANO COSTA PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome:
FABRICIO BACELAR MARINHO OAB: 7617/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: RAIMUNDO DE MENDONCA
RIBEIRO ALVES OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA CONHECIDA DE OFÍCIO.


AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO
ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO
PARCIALMENTE PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA
DO INCISO IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE
INSTITUIU E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA
DECISÃO. DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO
E INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc, contudo, sendo que, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida,
diante do recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos.
Dessa forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao
autor, ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente
a ADI 6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.
1240
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0008918-60.2013.8.14.0005 Participação: APELANTE Nome: ESTADO DO PARÁ


Participação: APELADO Nome: HERIVANIA GONCALVES PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome:
DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIO NONATO FALANGOLA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc, contudo, sendo que, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida,
diante do recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos.
Dessa forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao
autor, ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente
a ADI 6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.
1241
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0038891-89.2015.8.14.0005 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: MARCOS ANTONIO DA SILVA OLIVEIRA Participação: ADVOGADO
Nome: DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA DA CONCEICAO DE
MATTOS SOUSA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA RECEBIDO DE OFÍCIO.


AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO
ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO
PARCIALMENTE PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA
DO INCISO IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE
INSTITUIU E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA
DECISÃO. DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO
E INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.
1242
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo nos termos do voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0005794-97.2013.8.14.0028 Participação: APELANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: APELADO Nome: ODIRLEI ARAUJO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: DENNIS
SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA CONHECIDA DE OFÍCIO.


AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO
ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO
PARCIALMENTE PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA
DO INCISO IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE
INSTITUIU E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA
DECISÃO. DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO
E INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
1243
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0832260-76.2018.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: REINALDO JOSE


REIS DE MIRANDA Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DANTAS VAZ FERREIRA OAB: 21150/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO KISIOLAR VAZ FERREIRA OAB: 22221/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MARCIO VAZ FERREIRA OAB: 21193/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALINE
CRIZEL VAZ FERREIRA OAB: 22220/PA Participação: APELADO Nome: SUPERINTENDÊNCIA
EXECUTIVA DE MOBILIDADE DE BELEM - SEMOB Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: PROCURADOR Nome: TEREZA CRISTINA
BARATA BATISTA DE LIMA OAB: null

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO SOBRE


REMUNERAÇÃO EM REGIME JURÍDICO ESTATUTÁRIO. ALEGAÇÃO DE OMISSÕES NO JULGADO
IMPUGNADO. VÍCIO NÃO VERIFICADO. REDISCUSSÃO DE PONTO DEVIDAMENTE ANALISADO.
MEDIDA INCABÍVEL EM SEDE DE ACLARATÓRIOS. EMBARGOS REJEITADOS. DECISÃO UNÂNIME.

1. Tendo sido a decisão embargada proferida de forma fundamentada, não se observa qualquer dos vícios
1244
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

do art. 1.022 do CPC/15 a ensejar a oposição dos embargos de declaração.

2. Os aclaratórios visam ao saneamento de omissão, contradição, obscuridade ou erro material não


podendo ser utilizado ao reexame de matéria já apreciada no julgado diante do inconformismo com a
decisão proferida.

3. No que tange à postulação do embargante quanto ao prequestionamento, resta registrar que o novo
Diploma processual inovou ao consagrar o denominado prequestionamento ficto ao considerar
prequestionado os elementos apontados pela parte embargante, ainda que inadmitidos ou rejeitados.
Inteligência do artigo 1.025 do CPC/2015.

4.Embargos de declaração desprovidos. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público


do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de embargos de
declaração e lhe negar provimento, tudo nos termos do voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0030166-33.2014.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: HAROLDO DA SILVA


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: JONAS HENRIQUE BAIMA PINHEIRO OAB: 20936/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO AUGUSTO MOURA DE MORAES OAB: 13209/PA
Participação: APELADO Nome: Estado do Pará Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: LEILA MARIA MARQUES DE
MORAES OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DO ADICIONAL DE


INTERIORIZAÇÃO. PAGAMENTO DA MENCIONADA VANTAGEM AOS POLICIAIS MILITARES
SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO IMPROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO IV DO ARTIGO 48 DA
CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU E REGULAMENTOU
REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA INDIGITADA DECISÃO. DESCABIMENTO, DIANTE DO
MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM
QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE.
1245
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MANUTENÇÃO DOS TERMOS DA SENTENÇA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO


UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. Apelação Cível conhecida e desprovida. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe negar provimento, tudo nos termos do voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Luiz Gonzaga da Costa Neto (Convocado).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0004672-49.2013.8.14.0028 Participação: APELANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: APELADO Nome: JAIRO BATISTA DO NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome:
DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: TEREZA CRISTINA BARATA BATISTA DE
LIMA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
1246
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO


UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0009718-87.2011.8.14.0028 Participação: APELANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: APELADO Nome: RENATO RODRIGUES DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome:
DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA DO PERPETUO SOCORRO VELASCO
DOS SANTOS OAB: null
1247
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto o Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator
1248
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0004431-07.2015.8.14.0028 Participação: APELANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: APELADO Nome: JOSE DE FABIO ALVES MOREIRA Participação: ADVOGADO Nome:
DENNIS SILVA CAMPOS OAB: 15811/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIZA MACHADO DA SILVA LIMA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO ADICIONAL DE
INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO PARCIALMENTE
PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA DO INCISO
IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE INSTITUIU
E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA DECISÃO.
DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO E
INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
1249
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0057489-18.2011.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: ESTADO DO PARA


Participação: APELADO Nome: EMERSON FLAVIO DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome:
THAYANE TEREZA GUEDES TUMA OAB: 556/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAIO TULIO
DANTAS DO CARMO OAB: 24575/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: HAMILTON NOGUEIRA SALAME OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA RECEBIDO DE OFÍCIO.


AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO
ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO
PARCIALMENTE PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA
DO INCISO IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE
INSTITUIU E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA
DECISÃO. DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO
E INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.
1250
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0014032-96.2012.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: Estado do Pará


Participação: APELADO Nome: ROBSON RODRIGUES DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome:
VIVIAN RIBEIRO SANTOS OAB: 23042/PA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA DA CONCEICAO GOMES DE
SOUZA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA CONHECIDA DE OFÍCIO.


AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO
ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO
PARCIALMENTE PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA
DO INCISO IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE
INSTITUIU E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA
DECISÃO. DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO
E INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

1. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

2. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc. Contudo, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida, diante do
recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos. Dessa
forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao autor,
ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente a ADI
6.321/PA.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

3. Recurso conhecido e provido. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do


provimento recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação cível e
lhe dar provimento e, em remessa necessária, modificar a sentença nos termos do provimento recursal,
tudo de acordo com o voto do Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora: Desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Luiz Gonzaga da Costa Neto (Convocado).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator

Número do processo: 0040009-27.2011.8.14.0301 Participação: APELANTE Nome: INSTITUTO DE


GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: APELANTE Nome: PARA
MINISTERIO PUBLICO Participação: APELADO Nome: JAIME ALVES BEZERRA Participação:
ADVOGADO Nome: JOSE DE OLIVEIRA LUZ NETO OAB: 14426/PA Participação: APELADO Nome:
INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA Participação: AUTORIDADE Nome:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: PROCURADOR Nome: MARIA DA
CONCEICAO DE MATTOS SOUSA OAB: null

EMENTA: PROCESSO CIVIL. APELAÇÕES CÍVEIS E REMESSA NECESSÁRIA CONHECIDA DE


OFÍCIO. AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PREJUDICIAL DE MÉRITO.
PRESCRIÇÃO DO FUNDO DO DIREITO. REJEITADA. MÉRITO. PAGAMENTO E INCORPORAÇÃO DO
ADICIONAL DE INTERIORIZAÇÃO. POLICIAIS MILITARES SEDIADOS NO INTERIOR. JULGAMENTO
PARCIALMENTE PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – STF ATRAVÉS DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 6.321/PA
DO INCISO IV DO ARTIGO 48 DA CONSTITUIÇÃO DO PARÁ E DA LEI ESTADUAL Nº 5.652/1991 QUE
INSTITUIU E REGULAMENTOU REFERIDO BENEFÍCIO. EFEITO “EX NUNC” DA MENCIONADA
DECISÃO. DESCABIMENTO, DIANTE DO MENCIONADO JULGADO, DO DIREITO AO RECEBIMENTO
E INCORPORAÇÃO DO BENEFÍCIO EM QUESTÃO. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS FORMULADOS
NA AÇÃO INTENTADA QUE SE IMPÕE. RECURSOS CONHECIDOS, SENDO O DO MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ DESPROVIDO E O DO IGEPREV PROVIDO. EM REMESSA
NECESSÁRIA, SENTENÇA ALTERADA NOS TERMOS DO PROVIMENTO RECURSAL. DECISÃO
UNÂNIME.

PRELIMINAR.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

1. Preliminar de prescrição do fundo de direito. Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a
Fazenda Pública figure como devedora, enquanto não tiver sido negado o próprio direito vindicado, como
no caso em apreço, não há que se falar em prescrição.

MÉRITO.

2. O Supremo Tribunal Federal proferiu o julgamento, em 21/12/2020, da Ação Direta de


Inconstitucionalidade nº 6.321 do Estado do Pará, por meio do qual declarou a inconstitucionalidade do
inc. IV do art. 48 da Constituição do Pará e da Lei Estadual nº 5.652/1991 do Pará que instituiu e
regulamentou, respectivamente, o adicional de interiorização aos policiais militares deste Estado, além de
conferir eficácia ex nunc à decisão, de modo a produzir efeitos a partir da data do julgamento
relativamente àqueles que já estivessem recebendo o benefício mediante decisão administrativa ou
judicial, tendo a ADI transitado em julgado em 20/02/2021.

3. As decisões judiciais com trânsito em julgado e que já tiveram esgotado o prazo decadencial para a
propositura da ação rescisória estão imunes à decisão que declarou a inconstitucionalidade da norma,
com efeitos ex nunc, contudo, sendo que, no caso dos autos, a sentença não chegou a ser cumprida,
diante do recurso de apelação interposto pelo Estado do Pará, bem como pelo sobrestamento dos autos.
Dessa forma, em nenhum momento restou pago o adicional de interiorização, de maneira que se aplica ao
autor, ora apelado, a modulação dos efeitos que conferiu eficácia ex nunc à decisão que julgou procedente
a ADI 6.321/PA.

4. Apelações Cíveis conhecidas, sendo improvida a intentada pelo Ministério Público do Estado do Pará e
provida a do IGEPREV. Em remessa necessária, modificada a sentença nos termos do provimento
recursal. À unanimidade.

ACÓRDÃO

Vistos, etc.

Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público do


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos, conhecer as apelações cíveis interpostas,
negar provimento a do Ministério Público do Estado do Pará e dar provimento a do Igeprev e, em remessa
necessária, modificar a sentença, nos termos do provimento recursal, tudo de acordo com o voto do
Desembargador Relator.

Plenário Virtual da Primeira Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período
de dois a nove de agosto do ano de dois mil e vinte e um.

Turma Julgadora desembargadores Ezilda Pastana Mutran (Presidente), Roberto Gonçalves de Moura
(Relator) e Maria Elvina Gemaque Taveira (membro).

Belém/PA, 9 de agosto de 2021.

Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA

Relator
1253
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0811571-86.2019.8.14.0006 Participação: APELANTE Nome: MARIA CELIA


FARIAS DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: TASSIO ROBERTO MOREIRA RIBEIRO OAB:
28243/PA Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO BACELAR MARINHO OAB: 7617/PA Participação:
APELANTE Nome: NESTOR COELHO DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: TASSIO ROBERTO
MOREIRA RIBEIRO OAB: 28243/PA Participação: ADVOGADO Nome: FABRICIO BACELAR MARINHO
OAB: 7617/PA Participação: APELANTE Nome: MARIVALDA FARIAS DE SOUZA Participação:
ADVOGADO Nome: TASSIO ROBERTO MOREIRA RIBEIRO OAB: 28243/PA Participação: ADVOGADO
Nome: FABRICIO BACELAR MARINHO OAB: 7617/PA Participação: APELADO Nome: ESTADO DO
PARA Participação: APELADO Nome: SUSIPE Participação: AUTORIDADE Nome: PARA MINISTERIO
PUBLICO Participação: PROCURADOR Nome: RAIMUNDO DE MENDONCA RIBEIRO ALVES OAB: null

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
UNIDADE DE PROCESSAMENTO JUDICIAL DAS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

0811571-86.2019.8.14.0006

No uso de suas atribuições legais, o Coordenador (a) do Núcleo de Movimentação da UPJ das Turmas de
Direito Público e Privado intima a parte interessada de que foi opostos Recurso de Embargos de
Declaração, estando facultada a apresentação de contrarrazões, nos termos do artigo 1.023, §2º, do
CPC/2015.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Número do processo: 0800215-15.2015.8.14.0304 Participação: RECORRENTE Nome: KETYLLEN DA


COSTA SILVA Participação: RECORRIDO Nome: J. R. A. MARTINS EIRELI Participação: ADVOGADO
Nome: EMERSON ALMEIDA LIMA JUNIOR OAB: 18608/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
TURMA RECURSAL DO ESTADO DO PARÁ
Av. Conselheiro Furtado, N°. 2949, São Brás, Belém-PA.
CEP: 66.063-060. Fone: (91) 3259-6777.

INTIMAÇÃO

Através desta correspondência, fica INTIMADO para ciência do Acórdão/Decisão, conforme §1º, art.
5º da Lei 11.419/06

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita através do sistema PJe, cujo endereço na web é
http://pje.tjpa.jus.br/pje-2g/login.seam.

Belém/PA, 16 de agosto de 2021.

_______________________________________
GERSON FIGUEIREDO MARTINS JUNIOR
Secretário das Turmas Recursais
(documento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021
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DIVISÃO DE REGISTRO DE ACÓRDÃOS E JURISPRUDÊNCIA

ACÓRDÃO: 218714 COMARCA: ANANINDEUA DATA DE JULGAMENTO: -- PROCESSO:


0 0 0 0 3 0 5 9 6 2 0 0 6 8 1 4 0 0 0 6 P R O C E S S O A N T I G O : n u l l
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RONALDO MARQUES VALLE CÂMARA: 2ª
TURMA DE DIREITO PENAL Ação: Apelação Criminal em: APELANTE:I. S. L. Representante(s):
ROMINA ARIANE RODRIGUES AZEVEDO (DEFENSOR) APELADO:JUSTIÇA PÚBLICA
PROCURADOR(A) DE JUSTICA:MARCOS ANTONIO FERREIRA DAS NEVES EMENTA: . RECURSO
DE APELAÇÃO PENAL. ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. VÍTIMAS MENORES
DISTINTAS. APLICAÇÃO DA NORMA ANTERIOR A REDAÇÃO DADA PELA LEI N. 12.015/2009.
VIABILIDADE. LEI MAIS BENÉFICA. PLEITO ABSOLUTÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E
AUTORIA DEVIDAMENTE COMPROVADAS. PALAVRA DAS VÍTIMAS. ESPECIAL VALOR
PROBATÓRIO. ATOS LIBIDINOSOS DIVERSOS DA CONJUNÇÃO CARNAL. AUSÊNCIA DE
VESTÍGIOS NO LAUDO PERICIAL. IRRELEVÂNCIA. PRECEDENTES. CONDENAÇÃO BASEADA NOS
ELEMENTOS DE PROVA COLHIDOS NOS AUTOS E NA PALAVRA DAS VÍTIMAS. DOSIMETRIA.
CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL EQUIVOCADAMENTE NEGATIVADA. OCORRÊNCIA. REFORMA DE
OFÍCIO. NECESSIDADE. PENA BASE. MODIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. Da preliminar suscitada pelo Ministério Público de segundo grau:
Uma vez que o réu foi condenado pela prática do crime previsto no artigo 213, do CP contra uma vítima, e
no crime descrito no artigo 214, do CP, contra vítima distinta, tenho que o magistrado agiu corretamente
em não retroagir a lei 12.015/2009, já que, no caso concreto seria prejudicial ao réu. PRELIMINAR
REJEITADA. 2. Mérito: Nos crimes contra a dignidade sexual a palavra da vítima se torna preponderante,
se coerente e em consonância com as demais provas coligidas nos autos, como é o caso da hipótese
vertente, em que as ofendidas, que eram menores de quatorze anos a época do fato, expuseram os fatos
com riqueza de detalhes, tudo em conformidade com os demais elementos probantes. 3. O fato de o laudo
pericial concluir pela ausência de vestígios de prática sexual, não afasta, por si só, a materialidade do
delito de atentado violento ao pudor, até porque a consumação do referido crime ocorre com a prática de
atos libidinosos diversos da conjunção carnal. Precedentes. 4. Resta imperioso neutralizar, de ofício, a
circunstância judicial referente o ¿comportamento da vítima¿, já que tal vetor não pode ser utilizado em
demérito do réu (HC 621.348/AL, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em 13/04/2021,
DJe 29/04/2021). 5. Em que pese o magistrado ter incorrido em erro material na fixação da pena base de
ambos os delitos, resta insusceptível de modificação já que o recurso foi exclusivo da defesa, e o
agravamento da situação exposta ao réu, encontra vedação no princípio da non reformation in pejus
(Habeas Corpus nº. 21.864 ¿ Relator Ministro Paulo Gallotti). 6. RECURSO CONHECIDO, PRELIMINAR
SUSCITADA PELO CUSTOS LEGIS REJEITADA E NO MÉRITO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.

ACÓRDÃO: 218715 COMARCA: CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA DATA DE JULGAMENTO: -- PROCESSO:


0 0 0 0 0 2 1 0 2 2 0 1 6 8 1 4 0 0 1 7 P R O C E S S O A N T I G O : n u l l
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RONALDO MARQUES VALLE CÂMARA: 2ª
TURMA DE DIREITO PENAL Ação: Apelação Criminal em: APELANTE:WESLEY RODRIGUES
FERREIRA Representante(s): LIANE BENCHIMOL DE MATOS ALBANO (DEFENSOR)
APELADO:JUSTIÇA PÚBLICA PROCURADOR(A) DE JUSTICA:MARCOS ANTONIO FERREIRA DAS
NEVES EMENTA: . EMENTA APELAÇÃO PENAL. CRIME DE LATROCÍNIO. E CORRUPÇÃO DE
MENORES. CRIME DE CORRUPÇÃO DE MENORES. ANÁLISE DA PRESCRIÇÃO RETROATIVA DE
OFÍCIO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. RÉU MENOR DE 21 ANOS NA DATA DO EVENTO
DELITUOSO. REDUÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL.CRIME DE LATROCÍNIO. PEDIDO DE
DESCLASSIFICAÇÃO PARA HOMICÍDIO SIMPLES SEGUIDO DE FURTO. IMPOSSIBILIDADE.
DOSIMETRIA. ANÁLISE ERRÔNEA DAS CIRCUSNTÂNCIAS JUDICIAIS. VERIFICADA. CORREÇÃO.
NECESSIDADE. PENA BASE. MANTIDA INALTERADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. CRIME DE CORRUPÇÃO DE MENORES: A prescrição da pena de
01 (um) ano e 03 (três) meses de reclusão se verifica, nos termos do artigo 109, V, do Código Penal
Brasileiro, em 04 (quatro) anos. 2. Conforme dispõe o artigo 115 do Código Penal, o referido lapso
prescricional será reduzido na metade quando o réu for menor de 21 anos, como no caso. 3. Em se
tratando de prescrição retroativa, tem-se que esta é calculada pela sua pena in concreto e, restando
evidenciada nos autos a fluência do prazo prescricional ocorrido entre a prolação da sentença e o presente
julgamento, mister se faz reconhecer a extinção da punibilidade do réu, nos termos do art. 107, IV, c/c art.
1256
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

110, §1º, art. 109, V, e art. 115, todos do Código Penal Brasileiro. 4. CRIME DE LATROCÍNIO: Subsume-
se o fato ao crime de latrocínio se da violência empregada, para o fim de se subtrair bens da vítima,
resulta a morte desta ainda dentro do contexto dos acontecimentos. 5. Estando caracterizado que o
objetivo do agente era a subtração de coisa alheia móvel, mediante violência ou grave ameaça, exercida
com arma branca, que vem a ser alvejada e falece em decorrência das perfurações, há crime de latrocínio,
não havendo como desclassificar para homicídio seguido de furto. 6. Mesmo após o ajuste das
circunstâncias judiciais, lhe restam fixados de forma desfavoráveis três vetores, o que é suficiente para
afastar a pena base de seu mínimo legal (Sumula n° 23 deste Sodalício), sendo, o quantum de pena
calculado pelo juízo, razoável, necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime, bem como
em consonância com as circunstâncias judiciais e do delito e com os ditames legais. 7. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO PARA RECONHECER, DE OFÍCIO, A PRESCRIÇÃO DO
CRIME DE CORRUPÇÃO DE MENORES, E REANALISAR AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS, SEM
IMPACTAR NA PENA APLICADA, PARA O CRIME DE LATROCÍNIO. DECISÃO UNÂNIME.

ACÓRDÃO: 218716 COMARCA: CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA DATA DE JULGAMENTO: -- PROCESSO:


0 1 5 1 5 8 5 6 2 2 0 1 5 8 1 4 0 0 1 7 P R O C E S S O A N T I G O : n u l l
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS
SANTOS CÂMARA: 3ª TURMA DE DIREITO PENAL Ação: Apelação Criminal em:
APELANTE:JOHANNY DE CASTRO SILVA Representante(s): OAB 4507-A - PEDRO CRUZ NETO
(DEFENSOR DATIVO) APELANTE:EDILEUZA RODRIGUES DA SILVA Representante(s): OAB 20966 -
ROGERIO MACIEL MERCEDES (DEFENSOR DATIVO) APELADO:JUSTIÇA PÚBLICA
PROCURADOR(A) DE JUSTICA:CLAUDIO BEZERRA DE MELO EMENTA: . EMENTA: APELAÇÃO
CRIMINAL ¿ TRÁFICO DE DROGAS ¿ ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIENCIA PROBATORIA ¿
SUBSIDIARIAMENTE REQUEREM A REDUÇÃO DA PENA-BASE PARA O MÍNIMO LEGAL, A
REDUÇÃO DA PENA DE MULTA, APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO § 4º DO ARTIGO 33 DA
LEI Nº 11.343/2006, ALTERAÇÃO DO REGIME PRISIONAL, SUBSTITUIÇÃO PARA PENA RESTRITIVA
DE DIREITO, DETRAÇÃO DA PENA E BENEFÍCO DA JUSTIÇA GRATUITA ¿ PROVIMENTO PARCIAL.
1. A materialidade do delito restou demonstrada pelo Auto de apreensão da droga e pelo Laudo
Toxicológico Definitivo, bem como a autoria, pelos depoimentos colhidos, mostram-se harmônicos com os
demais elementos de provas. 2. A pena-base aplicada para ambos os recorrentes em 07 (sete) anos e 06
(seis) meses de reclusão e 750 (setecentos e cinquenta) dias-multa, foi fundamentada pelo juízo singular
nas circunstancias do crime, bem como, face a natureza da droga apreendida, nos termos do artigo 42 da
Lei de Drogas, crack, de grande potencial lesivo. No tocante ao quantum fixado, considerando o
entendimento da Procuradoria de Justiça em seu parecer para diminuição da pena-base, entendo do
mesmo modo que esta deve ser redimensionada. Nesse sentido, atendendo o princípio da
proporcionalidade, reduzo a pena-base aplicada de ambos os recorrentes para 06 (seis) anos de reclusão
e 600 (seiscentos) dias-multa. Assim, a pena da recorrente EDILEUZA RODRIGUES DA SILVA restou
definitiva em 06 (seis) anos de reclusão e 600 (seiscentos) dias-multa, em razão da ausência de outras
causas que a modifiquem. Mantido o regime semiaberto, nos termos do § 2º, letra ¿b¿ do CPB. Quanto ao
recorrente JOHANNY DE CASTRO SILVA, verifica-se que sobre a pena-base foi agravado na sentença,
na segunda-fase, em 01 (um) anos e 06 (seis) meses e 150 (cento e cinquenta) dias-multa pela
reincidência, e recalculada sobre o novo quantum da pena-base, resta quanto a este definitiva a pena em
07 (sete) anos e 06 (seis) meses de reclusão e 750 (setecentos e cinquenta) dias-multa, mantido o regime
fechado, face a sua reincidência. 3 ¿ Pena de multa foi redimensionando juntamente com a pena privativa
de liberdade, nos termos do item anterior. 4 - Concernente a aplicação da causa de diminuição prevista no
§ 4º do artigo 33 da Lei nº 11.343/2006, ambos não satisfazem os requisitos legais exigidos, vez que para
a sua aplicação exige-se que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique à atividade
criminosa e nem integre organização criminosa. No caso dos autos os apelantes registram antecedentes
criminais por crime da mesma espécie, demonstrando que se dedicam a atividade criminosa e embora a
recorrente, diferente do recorrente, que é reincidente, não registre reincidência e sim outros registros
criminais, no entanto o simples registro justifica a negação da referida causa de diminuição, conforme
precedente colacionado. 5 - O regime prisional aplicado, da apelante no semiaberto e do recorrente no
fechado, encontra-se adequada as disposições constantes no voto. 6. Não cabe a substituição para penas
restritivas de direito, por não satisfazerem os requisitos do artigo 44 do CPB. 7. Foi devidamente procedida
a detração da pena de ambos pelo juízo singular, devendo a atualização do período cumprido ser
procedido junto ao juízo da execução penal. 8 - Quanto ao benefício da justiça gratuita requerida, insta
salientar que no processo penal, ainda que o réu seja pobre no sentido da lei, não faz jus a isenção das
custas processuais, mas tão somente a suspensão da sua exigibilidade pelo período de 05 (cinco) anos, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

contar da sentença final, quando então, em não havendo condições financeiras do apelante quitar o
débito, restará prescrita a obrigação. Cabendo também serem analisadas perante o juízo da execução
penal, face a eventual alteração da situação econômica do sentenciado, conforme precedente desta
Turma. 9. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. UNANIMIDADE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS

A Ilustríssima Senhora MARIA DE LOURDES CARNEIRO LOBATO, Secretária de Gestão de Pessoas


deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no uso de suas atribuições delegadas pela Portaria
nº 5903/2019-GP. RESOLVE:

PORTARIA Nº PA-PGP-2021/01171. Belém, 13 de agosto de 2021.

Considerando os artigos do Capítulo VI da Lei 6.969/07 que tratam do desenvolvimento na carreira dos
Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando a Resolução 003/2010-GP, que dispõe acerca da instituição da sistemática de Avaliação


Periódica de Desempenho dos servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando as homologações da Avaliação de Desempenho, conforme Processo nº PA-REQ-


2021/07753-A.

Conceder progressão horizontal para a referência 07 da classe B, na data de 01 de junho de 2021, com
efeitos financeiros no mês da publicação, ao servidor SERGIO AUGUSTO SANTOS DA SILVA, matrícula
46248, ocupante do cargo de Analista Judiciário.

PORTARIA Nº PA-PGP-2021/01172. Belém, 13 de agosto de 2021.

Considerando os artigos do Capítulo VI da Lei 6.969/07 que tratam do desenvolvimento na carreira dos
Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando a Resolução 003/2010-GP, que dispõe acerca da instituição da sistemática de Avaliação


Periódica de Desempenho dos servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando as homologações da Avaliação de Desempenho, conforme Processo nº PA-MEM-


2021/26476-A.

Conceder progressão horizontal para a referência 04 da classe A, na data de 25 de março de 2021, com
efeitos financeiros no mês da publicação, ao servidor JOSE SALAZAR DA CUNHA ARAUJO JUNIOR,
matrícula 106275, ocupante do cargo de Auxiliar Judiciário.

PORTARIA Nº PA-PGP-2021/01173. Belém, 13 de agosto de 2021.

Considerando os artigos do Capítulo VI da Lei 6.969/07 que tratam do desenvolvimento na carreira dos
Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando a Resolução 003/2010-GP, que dispõe acerca da instituição da sistemática de Avaliação


Periódica de Desempenho dos servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando as homologações da Avaliação de Desempenho, conforme Processo nº PA-MEM-


2021/27320-A.

Conceder progressão horizontal para a referência 03 da classe A, na data de 06 de julho de 2021, com
efeitos financeiros no mês da publicação, ao servidor JAILSON BARBOSA DE MOURA LEAL, matrícula
144444, ocupante do cargo de Analista Judiciário - Área Judiciária.

PORTARIA Nº PA-PGP-2021/01174. Belém, 13 de agosto de 2021.


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Considerando os artigos do Capítulo VI da Lei 6.969/07 que tratam do desenvolvimento na carreira dos
Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando a Resolução 003/2010-GP, que dispõe acerca da instituição da sistemática de Avaliação


Periódica de Desempenho dos servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando as homologações da Avaliação de Desempenho, conforme Processo nº PA-MEM-


2021/27586-A.

Conceder progressão horizontal para a referência 05 da classe A, na data de 21 de julho de 2021, com
efeitos financeiros no mês da publicação, à servidora LUANA HITOMI FEIO OKADA, matrícula 93041,
ocupante do cargo de Auxiliar Judiciário.

PORTARIA Nº PA-PGP-2021/01175. Belém, 13 de agosto de 2021.

Considerando os artigos do Capítulo VI da Lei 6.969/07 que tratam do desenvolvimento na carreira dos
Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando a Resolução 003/2010-GP, que dispõe acerca da instituição da sistemática de Avaliação


Periódica de Desempenho dos servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando as homologações da Avaliação de Desempenho, conforme Processo nº PA-MEM-


2021/27635-A.

Conceder progressão horizontal para a referência 07 da classe B, na data de 22 de agosto de 2021, ao


servidor ANTONIO PAULO COSTA DE CASTRO, matrícula 57185, ocupante do cargo de Analista
Judiciário.

PORTARIA Nº PA-PGP-2021/01176. Belém, 13 de agosto de 2021.

Considerando os artigos do Capítulo VI da Lei 6.969/07 que tratam do desenvolvimento na carreira dos
Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando a Resolução 003/2010-GP, que dispõe acerca da instituição da sistemática de Avaliação


Periódica de Desempenho dos servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado do Pará;

Considerando as homologações da Avaliação de Desempenho, conforme Processo nº PA-MEM-


2021/17619-A.

Conceder progressão horizontal para a referência 05 da classe A, na data de 11 de julho de 2021, com
efeitos financeiros no mês da publicação, ao servidor RAFAEL BENEVIDES DE SOUZA, matrícula 92339,
ocupante do cargo de Oficial de Justiça Avaliador.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

FÓRUM CÍVEL

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 2 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0858950-74.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO VOLKSWAGEN


S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DANTE MARIANO GREGNANIN SOBRINHO OAB: 54459/BA
Participação: REU Nome: CELSO VILARD DOS SANTOS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

0858950-74.2020.8.14.0301

Com base na Ordem de Serviço nº 002/2021, fica a parte autora INTIMADA a comprovar o pagamento das
custas necessárias à 01 expedição de mandado pela secretaria e à 01 diligência do oficial de justiça de
busca e apreensão, com fins de expedição de novo mandado.

Belém, 13 de agosto de 2021

BARBARA ALMEIDA DE OLIVEIRA SIMOES

Analista Judiciário

Número do processo: 0870313-58.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A. C. F. E. I. S.


Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA
Participação: REU Nome: E. N. D. S.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

0870313-58.2020.8.14.0301

Com base na Ordem de Serviço nº 002/2021, fica a parte autora INTIMADA a comprovar o pagamento das
custas necessárias à 01 expedição de mandado pela secretaria e à 01 diligência do oficial de justiça de
busca e apreensão, com fins de expedição de novo mandado.

Belém, 13 de agosto de 2021

BARBARA ALMEIDA DE OLIVEIRA SIMOES

Analista Judiciário
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0867523-72.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: NATALIA


INAGAKI DE ALBUQUERQUE Participação: ADVOGADO Nome: CANDIDO HENRIQUE NEVES SILVA
OAB: 16004/PA Participação: REQUERIDO Nome: BINKO UTHIYAMA INAGTAKI Participação: FISCAL
DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Processo nº.0867523-72.2018.8.14.0301.

- DESPACHO -

Chamo o feito à ordem para retificar o nome do Curatelado descrito na Sentença - ID 27275572.

Onde se lê: "Ante o exposto, julgo procedente o pedido e decreto a interdição definitiva de BINKO
UTHIYAMA INAGTAKI, declarando-o(a) relativamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida
civil." (...).

Leia-se: "Ante o exposto, julgo procedente o pedido e decreto a interdição definitiva de BINKO UTHIYAMA
INAGAKI, declarando-o(a) relativamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil." (...)

No mais, permanece a Sentença tal como está lançada.

Belém, 13 de agosto de 2021.

VALDEÍSE MARIA REIS BASTOS


Juíza de Direito Respondendo pela 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém

Número do processo: 0846741-73.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: EDILENE


CRISTINA NAMIAS ALVES Participação: ADVOGADO Nome: ROGERIO LIMA COLARES OAB:
21575/PA Participação: REQUERIDO Nome: MANOEL LOPES JUNIOR Participação: FISCAL DA LEI
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

ATO ORDINATÓRIO

Em cumprimento ao disposto no artigo 1º, § 2º, inciso I, do Provimento nº 006/2006-CJRMB, de


05/10/2006, alterado pelo Provimento nº 008/2014-CJRMB, de 05/12/2014, fica intimada o patrono da
parte AUTORA, para, que no prazo de 05(cinco) dias, se manifeste sobre a certidão do Sr. Oficial de
Justiça ID 31680075. Belém-PA, 16/08/2021. Eu, __________, Hiêda Chagas- Analista Judiciário da 1ª
UPJ das Varas Cíveis e Empresarial da Capital, digitei e subscrevo-o.

Número do processo: 0844232-38.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: SANDRA


HELENA LOPES BAHIA LOPES Participação: ADVOGADO Nome: ZARAH EMANUELLE MARTINHO
TRINDADE OAB: 18107/PA Participação: ADVOGADO Nome: VIRGILIO ALBERTO AZEVEDO MOURA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

OAB: 017308/PA Participação: REQUERIDO Nome: LUIZ OTAVIO LOPES BAHIA Participação: FISCAL
DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Processo nº:0844232-38.2021.8.14.0301.

- DESPACHO -

Vista ao Ministério Público.

Belém, 3 de agosto de 2021.

Dra. VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Respondendo pela 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 3 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0865333-05.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: SANDRA MARA


FERNANDES GOMES Participação: ADVOGADO Nome: JORGE RIBEIRO DIAS DOS SANTOS OAB:
24399/PA Participação: ADVOGADO Nome: WADY CHARONE NETO OAB: 28194/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0865333-05.2019.8.14.0301

[Tutela e Curatela, Inventário e Partilha]

ALVARÁ JUDICIAL (1295)

SANDRA MARA FERNANDES GOMES

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos.

1. Encaminhem-se os autos ao Ministério Público, com fulcro no art. 178, II do CPC.

2. Após, conclusos.

Int. Dil. Cumpra-se.

Belém/PA,.

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém

HM

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0870598-51.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A. L. S. L. Participação:


ADVOGADO Nome: THYAGO ZAHARIAS REBOUCAS SILVA OAB: 017692/PA Participação:
REPRESENTANTE Nome: ANA CAROLINA DE ABREU SILVA LUCENA Participação: ADVOGADO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nome: THYAGO ZAHARIAS REBOUCAS SILVA OAB: 017692/PA Participação: INVENTARIADO Nome:
ELZA CLAUDINA LUCENA FERREIRA Participação: REU Nome: ANTONIO JOSE FERNANDES
FERREIRA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0870598-51.2020.8.14.0301

[Inventário e Partilha]

INVENTÁRIO (39)

A. L. S. L. e outros

Nome: ELZA CLAUDINA LUCENA FERREIRA


Endereço: Travessa Quatorze de Abril, 1592, São Brás, BELéM - PA - CEP: 66063-005
Nome: ANTONIO JOSE FERNANDES FERREIRA
Endereço: Travessa Quatorze de Abril, 1592, São Brás, BELéM - PA - CEP: 66063-005

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

DECISÃO

VISTOS.

Trata-se de AÇÃO DE INVENTÁRIO encaminhada a este Juízo em razão da existência de menor no polo
passivo da lide, que se encontra representado por um de seus genitores.

O Juízo de Sucessões declinou a competência ao Juízo de órfãos, interditos e ausentes sob o


argumento de que “há na demanda interesse de órfão menor”, desconsiderando que este se encontra
representado por seu(sua) genitor(a), o que, por óbvio, demonstra que não há orfandade, uma vez que,
para tanto, faz-se necessário a perda de ambos os genitores.

Trata-se, pois, de demanda eminentemente patrimonial, direito individual e disponível, o que por si só já
atrai a competência das Varas Cíveis, responsável pela apreciação de feitos de SUCESSÃO.

Exalce-se que, a menoridade de forma genérica não é condição suficiente a atrair a competência deste
Juízo, nos termos do art. 105 da Lei 5.008/91 c/c a Resolução nª 023/2007.

A situação da orfandade mereceu especial cuidado pelo Poder Judiciário através de criação de varas
privativas para o processamento de causas em que o menor se encontra em situação de vulnerabilidade
extrema ante a perda de ambos os genitores a quem competia o dever de guarda, cuidado e sustento.

Veja-se que, juntamente com o órfão menor, o E. TJPA também dedicou a este Juízo a competência
privativa para interditos e ausentes, situações também relacionadas a curial vulnerabilidade que motiva
especial tratamento.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Indubitável concluir, portanto, que, mesmo com a morte de um dos genitores, o menor não se torna órfão e
tampouco se encontra na situação de vulnerabilidade a qual quis dar guarida o E. TJPA com a criação da
competência privativa para órfãos, uma vez que aquele está plenamente assistido e representado pelo(a)
genitor(a) sobrevivente que se mantém no exercício da guarda e dos cuidados do menor.

Isto posto, não é cabível argumentar que toda ação em que se discute direitos sucessórios em razão de
falecimento, a competência do Juízo de Sucessão que, frise-se, tem natureza absoluta, seja suplantada
tão somente pela existência de um menor, ainda que este esteja devidamente representado pelo(a)
genitor(a) e, nesta condição, não possa ser considerado órfão. Tal medida importaria, sem dúvida, no
esvaziamento da competência do Juízo de Sucessões em prejuízo dos jurisdicionados e do Princípio do
Juiz Natural.

Diante deste cenário, considerando que a 3ª Vara Cível e Empresarial da Capital praticamente se tornou
um Juízo de Sucessões para toda causa em que há um herdeiro/sucessor menor, encontram-se
pendentes de apreciação pelo nosso Tribunal os Conflitos Negativos de Competência suscitados por este
Juízo, nos seguintes processos:

1. 0813589-05.2018.8.14.0301

2. 0839042-02.2018.8.14.0301

3. 0856595-91.2020.8.14.0301

4. 0832493-39.2019.8.14.0301

5. 0837031-29.2020.8.14.0301

6. 0870389-82.2020.8.14.0301

7. 0836021-47.2020.8.14.0301

8. 0857203-89.2020.8.14.0301

9. 0819281-82.2018.8.14.0301

10. 0857214-89.2018.8.14.0301

Muito embora a presente ação também comporte a suscitação do referido conflito, entendo que a medida
que melhor atende aos interesses dos jurisdicionados é a SUSPENSÃO do feito até que o E. TJPA firme
entendimento acerca do conflito negativo de competência entre o Juízo de Sucessão e o Juízo de órfão,
ausentes e interditos.

Desta forma, uma vez decidida a questão, o entendimento será aplicado ao presente caso sem que seja
necessário que este perfaça todo o trâmite no Tribunal para julgamento do conflito de competência,
prestigiando-se, assim, o princípio da celeridade processual.

Por todo o exposto, DETERMINO A SUSPENSÃO do feito, com fulcro no art. 313, V do CPC, pelo prazo
de 90 (noventa) dias ou até que o Tribunal julgue os conflitos de competência já suscitadas por este Juízo,
sem prejuízo de que eventual situação urgente seja prontamente apreciada para evitar a perda de direitos,
o que deverá ser justificado pelo suplicante.

Intimem-se as partes acerca desta decisão e, caso haja impugnação a presente, retornem os autos
conclusos para que seja suscitado o conflito negativo de competência.
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Proceda a UPJ ao necessário junto ao Sistema para que o feito seja classificado/cadastrado como
suspenso para todos os fins.

Int., dil. e cumpra-se.

Belém/PA,

VALDEÍSE MARIA REIS BASTOS

Juíza Titular da 3ª VCE da Capital

RP

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0840881-62.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DARIA MARIA RUIZ DE


MORAES Participação: ADVOGADO Nome: JULYANA BROCHADO CRISOSTOMO OAB: 25066/PA
Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A - EQUATORIAL
Participação: ADVOGADO Nome: JIMMY SOUZA DO CARMO OAB: 18329/PA

DECISÃO

VISTOS.

Trata-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTENCIA DE DÉBITO C/C ANTECIPAÇÃO DE TUTELA


DE URGENCIA E PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por MARIA ROSELI DE
OLIVEIRA RUIZ, representado por seu curador CENTRAIS ELETRICAS DO PARÁ - CELPA.

O feito foi inicialmente distribuído ao Juízo da 6ª Vara Cível e Empresarial da Capital, o qual, através da
decisão Id. Num. 5439453, declinou da competência para apreciar o feito ante a existência de “
INTERESSE DE INCAPAZ”. Eis a decisão:

“(...)Compulsando os autos, verifico que qualquer decisão proferida no presente feito terá inquestionável
efeito no patrimônio da parte representada, com possibilidade de reflexos inclusive em sua subsistência. O
Código Judiciário do Pará, em seu art. 105, V, versa a respeito da competência do Juízo de Órfãos,
Interditos e Ausentes, a qual inclui a prática de todos os atos acauteladores de tais pessoas, bem como
dos seus bens e direitos. Desse modo, declaro-me incompetente para processar e julgar a lide.
Encaminhem-se os autos a uma das Varas Cíveis e Empresariais da Capital com competência privativa
para julgamento das ações que envolvam órfãos, interditos e ausentes, que tocar por distribuição.(...)”

Autos conclusos. PASSO A DECIDIR.

Analisando os presentes autos, verifica-se que o cerne da questão é a declaração de inexistência/


anulação de suposta cobrança abusiva efetuada pela concessionária de energia elétrica em desfavor de
consumidor, lide de caráter meramente cível e patrimonial e, por conseguinte, NÃO INCLUÍDO NA
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DESTA VARA DE ÓRFÃOS, AUSENTES E INTERDITOS.

Exalce-se que, conforme PRECEDENTES do E. TJPA, o Juízo de Órfãos, Interditos e Ausentes está
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vinculado às ações de estado da pessoa, logo, nas ações de natureza cível, a existência de interesse de
pessoa interditada não é condição suficiente a atrair a competência deste Juízo.

Neste sentido, em recente decisão Monocrática do Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO,


Relator no CONFLITO DE COMPETÊNCIA nº 0811807-22.2020.8.14.0000 referente o processo nº :
0858550-60.2020.8.14.0301, restou estabelecida a competência do Juízo primevo que declinou a
competência em ação de natureza cível, vejamos a EMENTA:

“CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. AUTOR INCAPAZ.


AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE INTERDITOS PARA O JULGAMENTO DA PRESENTE
DEMANDA, MAS TÃO SOMENTE PARA O ESTADO DA PESSOA. PRECEDENTE DO TJPA.
COMPETÊNCIA DA 15ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM. APLICAÇÃO ART.
133, INCISO XXXIV, ALÍNEA ‘c’, DO RITJPA.”

A INTEGRA DO ACÓRDÃO FAZ PARTE INTEGRANTE DESTA DECISÃO.

ANTE O EXPOSTO, pelos fundamentos ao norte alinhavados, balizada pelos precedentes firmados pelo
E. TJPA, DEVOLVO OS AUTOS AO JUÍZO ORIGINÁRIO (6ª Vara Cível e Empresarial da Capital), por ser
a competente para apreciar o feito.

Int., dil. e cumpra-se.

Belém/PA,

VALDEÍSE MARIA REIS BASTOS

Juíza Titular da 3ª VCE da Capital

Número do processo: 0825505-65.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: AYMORE CREDITO,


FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO
CRESPO BARBOSA OAB: 22991/PA Participação: REU Nome: CRISTIAN BARROSO PENA
Participação: ADVOGADO Nome: ALINE PAMPOLHA TAVARES OAB: 23058/PA Participação:
ADVOGADO Nome: CAMILA SILVA LAVOR OAB: 27828/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0825505-65.2020.8.14.0301

[Alienação Fiduciária]

BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (81)

AYMORE CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.


1268
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nome: CRISTIAN BARROSO PENA


Endereço: Passagem Frederico Hosana, 76b, Agulha (Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66811-210

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

VISTOS.

1. Considerando que o recurso de Agravo de Instrumento nº 0806609-04.2020.8.14.0000 (Id nº 18124123)


foi conhecido e provido, conforme documento que segue anexo a esta decisão, nos termos da decisão
prolatada, fica sem efeito a decisão interlocutória de Id N. 16313898.

2. Desta feita, ante a inafastabilidade de apresentação do contrato original como documento indispensável
ao ajuizamento da Ação de Busca e Apreensão, mesmo em processos eletrônicos, a fim de dar ao feito o
correto prosseguimento, INTIME-SE o autor para que, no prazo impreterível de 15 (quinze) dias, sob pena
de indeferimento da exordial e extinção do feito sem resolução do mérito, com fulcro no art. 321 c/c 485, IV
do CPC, apresente o contrato original para depósito junto à 1ª UPJ das Varas Cíveis da Capital, onde
deverá permanecer acautelado até resolução da lide, devendo a Serventia digitaliza-lo e juntá-lo aos autos
virtuais, certificando-se.

3. Vencido o prazo assinalado, com ou sem manifestação, o que deve ser certificado, retornem os autos
conclusos para apreciação.

Int., dil. e cumpra-se.

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém

HM

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0870762-16.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONTROLE INDUSTRIA


E COMERCIO DE MATERIAIS ELETRICOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: LEANDRO
ANDRADE ALEX OAB: 23136/PA Participação: REU Nome: NBS NORTE BRASIL SISTEMAS LTDA -
EPP Participação: REU Nome: RODILSON JOSE SOUZA SOARES Participação: REU Nome: SILVIO DA
SILVA FERREIRA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
1269
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0870762-16.2020.8.14.0301

[Correção Monetária]

MONITÓRIA (40)

CONTROLE INDUSTRIA E COMERCIO DE MATERIAIS ELETRICOS LTDA

Nome: NBS NORTE BRASIL SISTEMAS LTDA - EPP


Endereço: Quadra Vinte e Nove, 17, (Panorama XXI), Mangueirão, BELéM - PA - CEP: 66640-225
Nome: RODILSON JOSE SOUZA SOARES
Endereço: Quadra Vinte e Nove, 17, (Panorama XXI), Mangueirão, BELéM - PA - CEP: 66640-225
Nome: SILVIO DA SILVA FERREIRA
Endereço: Quadra Vinte e Nove, 17, (Panorama XXI), Mangueirão, BELéM - PA - CEP: 66640-225

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos.

Em que pese seja dispensável a instalação do incidente de desconsideração da personalidade jurídica


quando esta for requerida na petição inicial, conforme preleciona o art. 134, §2º do CPC, como no caso
presente, observo que o autor não se desincumbiu do ônus de demonstrar através de documento
verossímil que os réus são legalmente sócios da empresa devedora.

Ademais, não restou suficientemente demonstrado o preenchimento dos requisitos previsto no art. 50 do
Código Civil, de forma que o processamento de tal pretensão, por ora, resta prejudicado.

Isto posto, INTIME-SE a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias, emende a petição inicial de
forma a retificar o polo passivo da demanda, sob pena de indeferimento da exordial pelo reconhecimento
da ilegitimidade passiva, nos termos do art. 320 e 321 c/c art. 485 do CPC.

Int. Dil. Cumpra-se.

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém

HM

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.
1270
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0831363-43.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JULIO DIEGO DA SILVA


SALES Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTA KAROLINNY RODRIGUES ALVARES OAB:
26744/PA Participação: AUTOR Nome: KATIA DA COSTA SALES Participação: ADVOGADO Nome:
ROBERTA KAROLINNY RODRIGUES ALVARES OAB: 26744/PA Participação: REU Nome: QUARTZO
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Participação: REU Nome: SAFIRA ENGENHARIA LTDA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0831363-43.2021.8.14.0301

[Interpretação / Revisão de Contrato, Indenização por Dano Material, Financiamento de Produto, Dever de
Informação, Práticas Abusivas]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

JULIO DIEGO DA SILVA SALES e outros

Nome: QUARTZO EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA


Endereço: Travessa Lomas Valentinas, 1690, Altos, Sala C, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-671
Nome: SAFIRA ENGENHARIA LTDA
Endereço: Travessa Lomas Valentinas, 1690, Altos, Sala C, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-671

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

VISTOS.

Trata-se de embargos de declaração opostos pelos Embargantes, segundo sua tese visando sanar
omissão na fundamentação de decisão relativa ao indeferimento da gratuidade de justiça às partes
autoras.

Sustentam as partes embargantes que não foram enfrentados todos os argumentos e provas
apresentados em sede de petitória inicial.

Éa síntese do necessário. DECIDO.

Incialmente cumpre ressaltar que, o art. 1.022 do CPC, aponta que são cabíveis embargos de declaração
contra qualquer decisão judicial para esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; suprimir omissão de
ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; ou para corrigir erro
material.

Após reanalisar a decisão, ora atacada, verifica-se que não tem razão os Embargantes, uma vez que, na
mesma fora fundamentada o motivo do indeferimento da gratuidade de justiça, não tendo sido
demonstrado, pois, a ocorrência de omissão, devendo os embargos ser desacolhidos.

Apenas para fins de maiores esclarecimentos, verifica-se que os embargantes são servidores públicos e
que, conforme contracheques acostados aos autos (ID. 27717065 e 27717066), os mesmos percebem o
montante de R$ 11.388,96 e R$ 4.966,14. Desta forma, ambos percebem no total a quantia de R$
1271
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

16.355,10.

Não obstante o explanado acima, constata-se igualmente que o valor do imóvel objeto da relação
contratual perfaz a quantia de R$ 220.149,95 (ID. 27715832)

Muito embora os embargantes tenham acostado planilha de despesas aos autos, é importante ressaltar
que essas não comprovam por si só gastos extraordinários que os impossibilitem de arcar com as
despesas judicias da lide. Ressalte-se ainda que a este juízo ainda concedeu o parcelamento das
despesas e custas judiciais aos autores.

Ademais, as partes não colacionaram aos autos, juntamente com os embargos declaratórios, a última
declaração de bens e rendimentos entregue à Receita Federal, bem como o extrato atualizado de conta-
corrente e de aplicações financeiras, inclusive de poupança, ou qualquer documento capaz de comprovar
a hipossuficiência declarada e alterar o entendimento deste juízo.

Desta forma, destaque-se que apenas o inconformismo da parte com o posicionamento adotado, não é
suficiente para o acolhimento dos embargos de declaração, se não estão presentes os requisitos legais.
Assim, conforme esclarecido, o posicionamento adotado não pode ser alterado, via embargos de
declaração, devendo ser pleiteado em via recursal própria.

Isto posto, CONHEÇO dos embargos de declaração, contudo, NEGO-LHES PROVIMENTO, mantendo a
decisão nos termos em que foi proferida.

Cumpram-se os comandos contidos na decisão proferida sob o ID. 28760253.

P. R. I. C.

Belém/PA, .

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial da Capital

SS

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0838270-68.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JULIE OLIVEIRA


THIERS CARNEIRO Participação: ADVOGADO Nome: TAYSSA BERNARDO ALVES OAB: 20514/PA
Participação: REQUERIDO Nome: DIRETOR GERAL DO SISTEMA DE ENSINO EQUIPE Participação:
REQUERIDO Nome: FRANCISLEY DE JESUS RODRIGUES DA SILVA Participação: REQUERIDO
Nome: SISTEMA DE ENSINO EQUIPE LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: MARCELA
MACEDO DE QUEIROZ OAB: 13281/PA Participação: INTERESSADO Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ MPPA
1272
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0838270-68.2020.8.14.0301

[Capacidade, Obrigação de Fazer / Não Fazer]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

JULIE OLIVEIRA THIERS CARNEIRO

Nome: DIRETOR GERAL DO SISTEMA DE ENSINO EQUIPE


Endereço: Avenida Gentil Bittencourt, 706, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66035-340
Nome: FRANCISLEY DE JESUS RODRIGUES DA SILVA
Endereço: Avenida Gentil Bittencourt, 706, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66035-340
Nome: SISTEMA DE ENSINO EQUIPE LTDA - EPP
Endereço: Avenida Gentil Bittencourt, 706, Batista Campos, BELéM - PA - CEP: 66035-340

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

VISTOS.

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA ajuizada por J.O.T.C., representada por seus genitores
LILIANNE OLIVEIRA THIERS CARNEIRO e ANATOLIO THIERS CARNEIRO NETO.

O feito foi inicialmente distribuído ao Juízo da 15ª Vara Cível e Empresarial da Capital, o qual, através da
decisão Id. Num. 22647126, declinou da competência para apreciar o feito ante a existência de “
INTERESSE DE INCAPAZ”. Eis a decisão:

“Considerando que na presente demanda há interesse de incapaz, JULGO-ME INCOMPETENTE para


processar e julgar o feito.

Assim, determino a redistribuição dos autos a uma das Vara Cíveis competentes para julgamento da
causa, nos termos previstos na Resolução nº 023/2007-GP (DJ 3899 de 14/06/2007). “

Autos conclusos. PASSO A DECIDIR.

Observo, de plano, que a autora está representada por seus dois genitores, de forma que não é órfã, o
que, por si só, afasta a competência deste juízo especializado.

Exalce-se que, diversamente do que afirmou o juízo declinante, a INCAPACIDADE CIVIL de forma
genérica não é condição suficiente a atrair a competência deste Juízo, nos termos do art. 105 da Lei
5.008/91 c/c a Resolução nª 023/2007.

Não fosse isso suficiente, analisando os presentes autos, verifica-se que o cerne da questão é a emissão
de certificado para conclusão de ensino médio, lide de caráter meramente cível e, por conseguinte, NÃO
INCLUÍDO NA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DESTA VARA DE ÓRFÃOS, AUSENTES E INTERDITOS.
1273
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Saliente-se que, conforme PRECEDENTES do E. TJPA, o Juízo de Órfãos, Interditos e Ausentes está
vinculado às ações de estado da pessoa, logo, nas ações de natureza cível, a existência de interesse de
pessoa interditada não é condição suficiente a atrair a competência deste Juízo.

Neste sentido, em recente decisão Monocrática do Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO,


Relator no CONFLITO DE COMPETÊNCIA nº 0811807-22.2020.8.14.0000 referente o processo nº :
0858550-60.2020.8.14.0301, restou estabelecida a competência do Juízo primevo que declinou a
competência em ação de natureza cível, vejamos a EMENTA:

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. AUTOR INCAPAZ.


AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE INTERDITOS PARA O JULGAMENTO DA PRESENTE
DEMANDA, MAS TÃO SOMENTE PARA O ESTADO DA PESSOA. PRECEDENTE DO TJPA.
COMPETÊNCIA DA 15ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM. APLICAÇÃO ART.
133, INCISO XXXIV, ALÍNEA ‘c’, DO RITJPA.

A INTEGRA DO ACÓRDÃO FAZ PARTE INTEGRANTE DESTA DECISÃO.

ANTE O EXPOSTO, pelos fundamentos ao norte alinhavados, balizada pelos precedentes firmados pelo
E. TJPA, DEVOLVO OS AUTOS AO JUÍZO ORIGINÁRIO (15ª Vara Cível e Empresarial da Capital), por
ser a competente para apreciar o feito.

Int., dil. e cumpra-se.

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém

HM

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0844180-42.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL RIO VOLGA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL AUGUSTO LAGOS KOURY OAB:
21352/PA Participação: REQUERIDO Nome: HELENA JACYRA BRAGA Participação: REQUERIDO
Nome: JORGE WALTER DE PAULA BARROS Participação: REQUERIDO Nome: MARCIA CRISTINA
BRAGA SANTOS

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM


1274
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0844180-42.2021.8.14.0301

[Direito de Vizinhança]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

CONDOMINIO RESIDENCIAL RIO VOLGA

Nome: HELENA JACYRA BRAGA


Endereço: Estrada do Tapanã, 1817, Res. Rio Volga, Bloco 9B, 104, SETOR 2, Tapanã (Icoaraci), BELéM
- PA - CEP: 66825-010
Nome: JORGE WALTER DE PAULA BARROS
Endereço: Estrada do Tapanã, 1817, Res. Rio Volga, Bloco 9B, 104, SETOR 2, Tapanã (Icoaraci), BELéM
- PA - CEP: 66825-010
Nome: MARCIA CRISTINA BRAGA SANTOS
Endereço: Estrada do Tapanã, 1817, Res. Rio Volga, Bloco 9B, 104, SETOR 2, Tapanã (Icoaraci), BELéM
- PA - CEP: 66825-010

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

DECISÃO

VISTOS.

Da leitura da inicial constata-se que a própria parte autora quanto os réus possuem domicílio/residência
em ICOARACI/PA., conforme o próprio comprovante extraído do sitio eletrônico da Receita Federal,
anexado através do id. Num. 30557930.

O E. TJPA reconheceu em diversas decisões que a competência das Varas Distritais é ampla em relação
aos jurisdicionados que residem no respectivo Distrito. Vejamos:

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. 2ª VARA DISTRITAL CÍVEL DE ICOARACI E 4ª


VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS PESSOAIS POR
ACIDENTE DE TRABALHO. CRITÉRIO DE COMPETÊNCIA TERRITORIAL. FEITO DISTRIBUÍDO
ORIGINARIAMENTE À VARA DO DISTRITO DE ICOARACI, A QUAL A DESPEITO DE NÃO POSSUIR
VARA ESPECIALIZADA, DETÉM COMPETÊNCIA GERAL PARA FEITOS CÍVEIS E COMÉRCIO.
RESOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIA SOB O PRISMA DO ACESSO À JUSTIÇA (CR/88, ART. 5º, INC.
XXXV). PROXIMIDADE DO DOMICÍLIO DAS PARTES. VARA DE ACIDENTE DO TRABALHO QUE SÓ
ATRAIRÁ COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR OS FEITOS DE SUA JURISDIÇÃO
TERRITORIAL. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA N.º 206 DO STJ. MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA QUE
CRIARIA ÓBICES AO PRINCÍPIO DO AMPLO ACESSO À JUSTIÇA. PRIVILEGIAMENTO DA
FACILITAÇÃO DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL. PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL. CONFLITO
CONHECIDO E JULGADO IMPROCEDENTE, DECLARANDO COMPETENTE PARA APRECIAR A
MATÉRIA O JUÍZO DA 2ª VARA DISTRITAL CÍVEL DE ICOARACI. Unânime. (TJE/PA ¿ Tribunal Pleno.
Relatora Desa. MARIA RITA LIMA XAVIER - Conflito de Competência nº 20113001749-0 Acórdão nº
96.373. Julgado em 06/04/2011. Dje de 13/04/2011)

Não há dúvidas, portanto, que todos os interessados residem naquela localidade, a saber: Rodovia do
Tapanã, Km 03, 1817 – Tapanã – DISTRITO DE ICOARACI/PA.

Assim, não há qualquer justificativa jurídica para que o feito tramite neste Juízo, tendo em vista que,
1275
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

claramente, irá macular o Princípio do Juiz Natural, previsto no art. 5º da Constituição Federal, a saber:
"XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção"; "LIII – ninguém será processado nem sentenciado
senão pela autoridade competente".

Por certo, sendo vedado que as partes tenham seus pleitos apreciados por Juízo que não tenha
competência para fazê-lo; da mesma forma, não podem estas fixarem Juízo que se encontro em
logradouro estranho ao seu domicílio ou ao cumprimento da obrigação que pleiteiam, por seu bel prazer;
ainda que através da eleição de cláusula de foro ou mesmo através da simples distribuição equivocada do
processo.

Isto é, não podem dispor livremente quanto ao Juízo que pretendem ter seus pedidos apreciados,
especialmente quando, na localidade em que residem (ou no local onde deva ser cumprida a obrigação)
exista Vara competente para fazê-lo.

Desta forma, DECLARO A INCOMPETÊNCIA deste Juízo para processar e julgar o feito e determino que
os presentes autos sejam encaminhados a uma das Varas Distrital de Icoaraci para regular
processamento, dando-se baixa na distribuição.

INT. DIL. E CUMPRA-SE COM URGÊNCIA.

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza Titular da 3ª VCE da Capital

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0854010-66.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ASSOCIACAO


CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR FONSECA DE
MORAES OAB: 26113/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINE FIGUEIREDO LIMA OAB:
24933/PA Participação: ADVOGADO Nome: LAYS SOARES DOS SANTOS RODRIGUES OAB: 20288/PA
Participação: ADVOGADO Nome: SARAH CAROLINA RODRIGUES DE MESQUITA OAB: 28640/PA
Participação: EXECUTADO Nome: AJAX REIS SILVA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0854010-66.2020.8.14.0301

[Prestação de Serviços, Estabelecimentos de Ensino]


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL (159)

ASSOCIACAO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA

Nome: AJAX REIS SILVA


Endereço: Avenida Doutor Freitas, 2371, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66087-810

DESPACHO-MANDADO

VISTOS.

Custas Iniciais Recolhidas.

CITE-SE o(s) executado(s) para, no prazo de 3 (três) dias, contado da citação, efetuar(em) o pagamento
da dívida (CPC, artigo 829).

Nos termos do artigo 827 do Código de Processo Civil, fixo os honorários advocatícios a serem pagos
pelo(s) executado(s) em 10% (dez por cento) sobre o valor da execução.

Expeça-se mandado de citação, penhora e avaliação de bens, constando expressamente do mandado que
no caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida para metade, ou
seja, para 5% (cinco por cento) do valor do débito (CPC, artigo 827, § 1º). Conste, também, que o
executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de
embargos no prazo de 15 (quinze) dias.

Do mandado também deverá constar que, se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á
tantos bens quantos bastem para garantir a execução e que, nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do
arresto, procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação,
realizará a citação com hora certa (CPC, artigos 252/254), certificando pormenorizadamente o ocorrido
(CPC, artigo 830 e § 1º).

Decorrido o prazo de 3 (três) dias sem pagamento, deverá o senhor oficial de justiça proceder de imediato
à penhora de bens, tantos quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e
honorários advocatícios, e a sua avaliação, lavrando o respectivo auto, intimando-se, na mesma
oportunidade, o(s) executado(s) (CPC, artigo 841, § 3º) e seu cônjuge, caso a penhora recaia sobre bem
imóvel ou direito real sobre imóvel (CPC, artigo 842).

Não sendo encontrados bens passiveis de penhora, intime-se o exequente para que se manifeste acerca
da certidão em 15 (quinze) dias, requerendo, na oportunidade, o que entender de direito. Após, conclusos.

INT., DIL. E CUMPRA-SE

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém

SS

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.
1277
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0831117-81.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOSE MARCOS


RODRIGUES GARCIA Participação: ADVOGADO Nome: LYLIAN LEAL GARCIA OAB: 21044/PA
Participação: ADVOGADO Nome: YAGO FELIPE SERRA DE OLIVEIRA OAB: 26975/PA Participação:
REU Nome: MAYRA RODRIGUES GARCIA Participação: ADVOGADO Nome: DIEGO MAUES DA
COSTA DO VALE OAB: 23344/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0831117-81.2020.8.14.0301

[Cobrança de Aluguéis - Sem despejo]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

JOSE MARCOS RODRIGUES GARCIA

Nome: MAYRA RODRIGUES GARCIA


Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 1698, ED. JULIANA. BLOCO B. APTO 205, Cremação, BELéM -
PA - CEP: 66040-100

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos.

Tendo em vista que a decisão de Id nº 20137084 reconheceu que o presente feito deve acompanhar a
ação de inventário de nº 0233265-56.2016.8.14.0301, a qual não mais tramita na 3ª Vara Cível e
Empresarial da Capital, a fim de dar efetividade e cumprimento àquela decisão, DECLARO A
INCOMPETÊNCIA DESTE JUÍZO PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO e determino à remessa dos
autos ao Juízo da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital.

Int. Cumpra-se, dando-se a respectiva baixa no sistema.

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém

HM
1278
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0820293-29.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA DINAIR


GUEDES DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIENE SOARES DE OLIVEIRA OAB:
18740/PA Participação: REQUERENTE Nome: TENISSON GUEDES DA COSTA Participação:
ADVOGADO Nome: ADRIENE SOARES DE OLIVEIRA OAB: 18740/PA Participação: REQUERENTE
Nome: TED WILSON GUEDES DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIENE SOARES DE
OLIVEIRA OAB: 18740/PA Participação: REQUERENTE Nome: TELES JOSE GUEDES DA COSTA
Participação: ADVOGADO Nome: ADRIENE SOARES DE OLIVEIRA OAB: 18740/PA Participação:
REQUERENTE Nome: ANGELICA GUEDES DA COSTA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIENE
SOARES DE OLIVEIRA OAB: 18740/PA Participação: REQUERIDO Nome: JOSE MESSIAS ARAUJO DA
COSTA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0820293-29.2021.8.14.0301

[Inventário e Partilha, Contratos Bancários]

ALVARÁ JUDICIAL - LEI 6858/80 (74)

MARIA DINAIR GUEDES DA COSTA e outros (4)

Nome: JOSE MESSIAS ARAUJO DA COSTA


Endereço: Rua Raul Soares, 94, Marambaia, BELéM - PA - CEP: 66623-230

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

DECISÃO

VISTOS.

CUMPRA-SE a decisão proferida pelo Juízo Originário, efetuando a redistribuição dos autos a um dos
Juízos competentes, qual seja, A UMA DAS VARA DE SUCESSÃO, considerando tratar-se de feito que
pretende a expedição de alvará para levantamento de valores de pessoa falecida.

Int. Cumpra-se, dando-se a respectiva baixa no sistema.

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS


1279
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juíza Titular da 3ª VCE da Capital

RP

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0876611-66.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M.C DE SOUZA EIRELI -


EPP Participação: ADVOGADO Nome: IGOR GONCALVES BARROS OAB: 17269PA/PA Participação:
ADVOGADO Nome: THIAGO GONCALVES BARROS OAB: 15061/PA Participação: REU Nome: BANCO
SAFRA S A

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0876611-66.2020.8.14.0301

[Contratos Bancários]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

M.C DE SOUZA EIRELI - EPP

Nome: BANCO SAFRA S A


Endereço: Avenida Nazaré, 811, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-145

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

VISTOS, ETC.

Prescreve o §1º do art. 98 do CPC, que a assistência judiciária abrange a isenção de taxa judiciária,
emolumentos, custas judiciais, honorários de advogados, de peritos, dentre outros, estando também
previsto no §3º do art. 99 do CPC que se presume verdadeira a alegação de insuficiência deduzida
exclusivamente por pessoa natural.

Importante, porém, mencionar que o art. 5º, LXXIV da Constituição Federal passou a exigir a comprovação
de insuficiência de recursos para que o Estado possa prestar assistência judiciária integral e gratuita.

Ademais, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, alterou o teor da Súmula n° 06, no sentido de
que: “A alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que a pessoa
natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e seguintes do Código
de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio magistrado caso haja prova
nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.” (27ª Sessão Ordinária, aprovado em
1280
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

27/7/2016, (DJ 28/7/2016, p. 12)

No que diz respeito às pessoas jurídicas, o Enunciado de Súmula nº 481 do STJ vincula o deferimento do
benefício a demonstração da impossibilidade desta em arcar com os encargos processuais, o que não se
vislumbra no caso em exame.

Analisando cuidadosamente os documentos apresentados no Id N. 22642704, especialmente o de Id N.


22642714, é possível concluir que, além da conta bancária existente junto ao Banco SAFRA, a empresa
detém também conta bancária junto ao Banco do Brasil (M.C. DE SOUZA EIRELI EPP), de onde envia
mensalmente recursos para a conta do banco SAFRA, conforme se verifica, por exemplo, nos
lançamentos dos dias 27/11 (R$-4.800,00), 27/10 (R$-1.550,00), 26/10 (R$-1.550,00) e 29/09 (R$-
1.000,00).

Portanto, tendo a requerente se furtado a apresentar o extrato da conta existente no Banco do Brasil e,
ainda, omitido a sua existência, o que não condiz com o princípio da boa-fé processual que vincula todos
os atores processuais, entendo que não resta suficientemente demonstrada a hipossuficiência financeira
alegada, especialmente considerando a possibilidade de parcelamento das custas processuais.

Ademais, os altos valores pactuados entre os litigantes e a contratação de advogado particular a despeito
da instalação da Defensoria Pública instalada nesta urbe são aspectos que não se coadunam a condição
de pobreza a qual quis dar guarida o instituto da assistência judiciária.

Nesse sentido, seguindo as pressuposições normativas e hermenêuticas acima declinadas, observa-se, no


presente caso concreto, que a parte Autora não demonstrou de forma incontroversa sua condição de
miserabilidade, razão pela qual INDEFIRO o pedido de justiça gratuita.

Assim, INTIME-SE a parte Autora, por meio de seu Procurador, para, no prazo de 15 (quinze) dias
recolher as custas processuais inerentes ao feito, ficando desde logo, autorizado o seu parcelamento em
até 04 (quatro) parcelas mensais e sucessivas, em valores não inferiores a R$- 100,00 (cem reais) para
cada parcela, na forma da PORTARIA CONJUNTA N° 3/2017- GPA/P/CJRMB/CJCI, desse Tribunal, sob
pena de cancelamento da distribuição, na forma do art. 290 do CPC.

Após, decorrido o prazo e estando o feito devidamente certificado, retornem conclusos para apreciação.

Int., dil. e cumpra-se.

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém

HM

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.
1281
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0873040-87.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: BANCO


BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: MAURO PAULO GALERA MARI OAB: 20455-A/PA
Participação: EXECUTADO Nome: MARIA MARINA FIGUEIREDO SILVA BARBALHO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0873040-87.2020.8.14.0301

[Cédula de Crédito Bancário]

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL (159)

BANCO BRADESCO S.A

Nome: MARIA MARINA FIGUEIREDO SILVA BARBALHO


Endereço: Bloco Quarenta e Um, 362, (Cj Iapi), São Brás, BELéM - PA - CEP: 66090-550

DESPACHO

1. Ante a inafastável necessidade de apresentação da notificação judicial para fins de constituição em


mora do devedor e da via original do contrato como documentos essenciais à propositura de Ação de
Execução de Título Executivo Extrajudicial mesmo em sede de processos do PJe, porquanto a cédula de
crédito bancário pode ser transferida mediante endosso em preto, nos termos do disposto no artigo 12,
parágrafo 1º, da Lei 10.931/04, e com o intuito de evitar que o mesmo título endossável seja alvo de mais
de uma execução, por meio de juntada de simples fotocópia. com fulcro no art. 320 e 321 do CPC,
INTIME-SE o autor para que, no prazo impreterível de 15 (quinze) dias, sob pena indeferimento da
exordial e de extinção do feito sem resolução do mérito e cancelamento da distribuição (CPC, art. 485, I),
junte aos autos virtuais o que segue:

a) digitalização da via original do contrato e não apenas de cópia;

b) certidão de depósito da via original do contrato junto a Secretaria do Juízo.

2. Decorrido o prazo, certifique o que ocorrer e, após, conclusos.

Dil., Int., Cumpra-se.

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém

SS
1282
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0841065-81.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO PORTO DO SOL Participação: ADVOGADO Nome: AVERALDO PEREIRA LIMA FILHO OAB:
15751/PA Participação: REU Nome: CONSTRUTORA BOULEVARD SERVICOS DE CONSTRUCAO
EIRELI - EPP

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Fórum Cível de Belém, Praça Felipe Patroni s/nº, 2ºandar, Cidade Velha, Belém/PA, CEP: 66.015-260,
Fone: (91)3205-2150

Processo n. 0841065-81.2019.8.14.0301

[Prestação de Serviços, Indenização por Dano Moral, Indenização por Dano Material, Obrigação de Fazer /
Não Fazer]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

CONDOMINIO DO EDIFICIO PORTO DO SOL

Nome: CONSTRUTORA BOULEVARD SERVICOS DE CONSTRUCAO EIRELI - EPP


Endereço: Rua Municipalidade, 1030, Ed. Mirai Office, sala 2106, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66050-350

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

VISTOS.

Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer com pedido de tutela provisória de urgência movida por
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL PORTO DO SOL em desfavor de TCS DA SILVA SERVIÇOS DE
CONSTRUÇÃO EIRELI – EPP (CONSTRUTORA BOULEVARD), todos devidamente qualificados nos
autos.

Narrou-se na exordial, em suma, que, em maio de 2016, o Condomínio autor contratou a empresa ré para
a realização de serviços de engenharia para revitalização de fachada, pacto este reajustado por
sucessivos aditamentos para inclusão de outros serviços, os quais não teriam sido integralmente
cumpridos por falta oponível a ré, requerendo, em sede de tutela de urgência, a finalização dos serviços
no prazo de 30 (trinta) dias.

Instado a se manifestar sobre o interesse na tutela antecipada nos moldes requeridos ante o decurso do
tempo, o autor emendou a exordial no sentido de retificar a tutela de urgência concernente ao depósito em
juízo dos valores despendidos para finalização da obra por outro fornecedor.

É o relatório. DECIDO.
1283
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O art. 300 do CPC prevê que o juiz poderá conceder tutela de urgência quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco do resultado útil do processo.

Uma vez que a medida acaba por suprimir, de início, o contraditório, deve restar devidamente claro ao
magistrado o preenchimento das exigências legais, o que demanda parcimônia e equilíbrio na análise do
feito, sob pena de banalização da medida.

No tocante ao requisito da probabilidade do direito deve ser entendido como a existência de prova
inequívoca, capaz de convencer o juízo da verossimilhança da alegação contida no pedido, ou seja,
suficiente para fazer o magistrado chegar à conclusão de que a versão do autor é uma verdade provável
sobre os fatos, bem como de que há chance de êxito ao final da demanda.

Como cediço, a prova inequívoca não é aquela que conduz a uma verdade plena, absoluta, real, que, bem
se sabe, é um ideal inatingível, tampouco aquela melhor verdade possível (mais próxima à realidade), que
só se obtém por meio de uma cognição exauriente. Por prova inequívoca deve-se entender aquela
consistente, capaz de induzir o julgador a um juízo de probabilidade, o que não se verifica no caso ora
analisado.

Denota-se do exame do documento de Id Nº 11889954 que, à época do ajuizamento da ação, o autor já


detinha em mãos o orçamento/proposta de outra empresa para finalização dos serviços supostamente
deixados inacabados ré, no valor de R$ 36.090,00. No entanto, a despeito disto, optou por requerer em
sede de tutela de urgência apenas a finalização da obra pela própria empresa ré.

Em que pese seja possível a emenda à exordial para retificar o pedido liminar, uma vez que o feito não foi
triangularizado, não se pode olvidar que há uma exorbitante diferença nos valores propostos pela empresa
Mar&Mar, em janeiro de 2019 (Id Nº 11889954 – R$-36.090,00), quando seria contratada para finalizar os
serviços restantes, e aquele ofertado em junho de 2020 (Id nº 18089817 – R$-88.850,00), não sendo
possível, em juízo de cognição sumária, aferir se houve a contratação de outros serviços pelo Condomínio
além daqueles que seriam de responsabilidade da empresa ré, o que obsta a verificação da probabilidade
do direito.

Não fosse isso suficiente, até mesmo o primeiro orçamento, mais barato (R$-36.090,00) inclui serviços
que, a priori, não estariam inclusos nos contratos firmados com a empresa ré, tais como reparo na rede de
proteção, serviço de parapeito, pintura, infiltração e etc (Id nº 11889954).

Na mesma senda, a concessão da tutela de urgência se funda na comprovada impossibilidade de o


requerente aguardar o fim do processo para obter o direito tutelado, evitando prejuízo a este ou impedindo
que o resultado final se torne inútil em razão do decurso do tempo, o que não se verifica no caso sob
exame, onde o perigo de dano antes existente (risco aos condôminos pelo deslocamento de pastilhas)
restou superado pela contratação e outra empresa para realização da obra, de forma que a pretensão se
limita a seara patrimonial, não justificando a tutela antecipatória.

ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhavados e, por tudo mais que dos autos
consta, considerando a ausência de prova documento hábil a indicar a probabilidade do direito, com fulcro
no art. 300 do CPC, INDEFIRO o pedido de tutela, considerando que não preenchidos os requisitos legais,
os quais devem ser demonstrados cumulativamente.

Ante as especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito,


deixo para apreciar a conveniência da audiência de conciliação após a manifestação expressa dos réus
neste sentido (CPC, art. 139, VI e Enunciado n. 35 da ENFAM).

Desta forma, a fim de dar prosseguimento ao feito, determino:

1. CITEM-SE os requeridos para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis, advertindo-os que a
ausência de contestação implicará revelia e pesunção de veracidade da matéria fática apresentada na
1284
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

petição inicial, nos termos do art. 344 c/c 345 do CPC.

2. Apresentada tempestivamente a contestação, o que deve ser certificado, INTIME-SE o autor para,
querendo, apresentar réplica no prazo de 15 (quinze) dias, sob as penas legais e, após, conclusos.

3. Correndo in albis qualquer dos prazos assinalados acima, certifique-se e retornem os autos conclusos.

Cite-se. Intime-se. Dil. Cumpra-se.

Belém/PA,

VALDEISE MARIA REIS BASTOS

Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém

HM

SERVE O PRESENTE DESPACHO, COMO MANDADO/ CARTA CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO, podendo a


sua autenticidade ser comprovada no site www.tj.pa.gov.br em consulta de 1º grau Comarca de
Belém.

Número do processo: 0800017-41.2019.8.14.9000 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA DE


NAZARE DOS ANJOS SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO MONTEIRO NETO OAB:
24607/PA Participação: REQUERENTE Nome: ALESSANDRO DOS ANJOS SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: ANTONIO MONTEIRO NETO OAB: 24607/PA Participação: REQUERIDO Nome:
BANPARA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
Secretaria da 1ª UPJ das Varas Cíveis e Empresariais de Belém
Praça Felipe Patroni, s/n - 1º andar, Cidade Velha, CEP: 66.015-260, Belém-PA
E-mail: 1upjcivelbelem@tjpa.jus.br

Processo n.º 0800017-41.2019.8.14.9000

ATO ORDINATÓRIO

Ficam as partes intimadas para apresentarem interesse no prosseguimento do feito, no prazo de 15


(quinze) dias.

Belém (PA), 16 de agosto de 2021.

NATHALIE MAGALHAES MENESES

Servidor(a) da 1ª UPJ das Varas Cíveis e Empresariais de Belém


1285
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0806598-08.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: DAVID


ALEXANDRINO SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: EMILIA MERENTINA DE SOUZA OAB:
5016/PA Participação: REQUERIDO Nome: CARLOS MAGNO CARDOSO DE SOUZA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
1ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo n.º 0806598-08.2021.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Com base na Ordem de Serviço nº 001/2021, fica a parte Requerente INTIMADA, por meio de seu(s)
patrono(s), a efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito (Art. 290 CPC/2015). Após, juntar o comprovante de pagamento, o
boleto bancário correspondente e o relatório de conta do processo, nos termos do art. 9º, § 1º da Lei
8328/2015.

Belém, 16 de agosto de 2021.

NATHALIE MAGALHAES MENESES


Analista/Auxiliar Judiciário da 1ª UPJ Cível e Empresarial de Belém
1286
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 4 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

RESENHA: 13/08/2021 A 13/08/2021 - SECRETARIA 1ª UPJ VARAS


CIVEL,EMPRES,ORFÃO,INTERDITO, AUSENTE,RESIDUO,ACID DO TRABALHO,REG PUBLICO -
VARA: 4ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM PROCESSO: 00006370320138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Prestação de Contas Infância e Juventude em: 13/08/2021 AUTOR:MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA PROMOTOR:SAVIO RUI BRABO DE ARAUJO REU:ACAO JOVEM
PARA. Ante o teor da certidão de fl. 24, intime-se (pessoalmente e não via mandado) Defensor Público
desta Comarca, a quem nomeio desde já para exercer a função de curador, para apresentar resposta
no prazo legal (art. 72, II, CPC/2015).             BELÃM/PA, 10/08/2021.   ROBERTO
ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém   303
PROCESSO: 00013383420098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910031000
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 13/08/2021 REU:NIVIA PAULA RAMOS DOS REIS
REU:BRASIL BELEM R.M, LTDA EPP AUTOR:BANCO SAFRA LEASING DE ARRENDAMENTO
MERCANTIL SA Representante(s): OAB 1076 - CARLOS ALBERTO GUEDES FERRO E SILVA
(ADVOGADO) OAB 7961 - MICHEL FERRO E SILVA (ADVOGADO) OAB 8525 - IVANILDO RODRIGUES
DA GAMA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 16689 - IARA DE SOUSA GOMES (ADVOGADO) OAB 15201-A -
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) . Chamo o feito à ordem para tornar sem efeito
a sentença de extinção sem resolução do mérito e determinar o seguimento do feito, intimando-
se a parte autora para requerer o que entender de direito.            Caso contrário, ficando
o processo parado por mais de 30 dias, intime-se a parte autora, pessoalmente, para manifestar-se, no
prazo de 05 dias, quanto ao interesse no prosseguimento do feito, sob pena de extinção do processo
(art. 485, III do CPC).             BELÃM/PA, 10/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz
de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00035072120138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Prestação de Contas Infância e Juventude em: 13/08/2021 AUTOR:MINISTERIO
PUBLICO ESTADUAL REU:INSTITUTO AGUA VIVA PROMOTOR:SAVIO RUI BRABO DE ARAUJO. Ante
o teor da certidão de fl. 23, intime-se (pessoalmente e não via mandado) Defensor Público desta
Comarca, a quem nomeio desde já para exercer a função de curador, para apresentar resposta no
prazo legal (art. 72, II, CPC/2015).             BELÃM/PA, 10/08/2021.   ROBERTO
ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém   303
PROCESSO: 00049180220138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Ação de
Exigir Contas em: 13/08/2021 AUTOR:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA
PROMOTOR:SAVIO RUI BRABO DE ARAUJO REU:ASSOCIACAO CULTURAL E AMBIENTAL MESTRE
BENE. Ante o teor da certidão de fl. 23, intime-se (pessoalmente e não via mandado) Defensor Público
desta Comarca, a quem nomeio desde já para exercer a função de curador, para apresentar resposta
no prazo legal (art. 72, II, CPC/2015).             BELÃM/PA, 10/08/2021.   ROBERTO
ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém   303
PROCESSO: 00083470620098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910185766
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 13/08/2021 AUTOR:BANCO FINASA SA Representante(s):
OAB 13846-A - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES (ADVOGADO) OAB 58647 - GILBERTO BORGES
DA SILVA (ADVOGADO) REU:ANA CLAUDIA LOBATO DE CASTRO. A parte autora peticionou pela
realização, por este JuÃ-zo, de consulta do endereço da parte ré (fls. 87 e 102).          Â
    No que concerne a esse tipo de providência, salvo casos excepcionais, nos quais deve restar
devidamente comprovada a resistência imotivada, é ônus da parte diligenciar a respeito de interesse
próprio.               Nesse sentido já se pronunciou o Egrégio Superior Tribunal de
Justiça: EXECUÃÃO EM AÃÃO RESCISÃRIA Nº 4.877 - SP (2014/0129165-6) RELATOR: MINISTRO
PRESIDENTE DA SEGUNDA SEÃÃO EXEQUENTE: CENTRO ESPÃRITA BENEFICENTE UNIÃO DO
VEGETAL ADVOGADOS: JOYCE MACHADO E MELO E OUTRO (S) CLAUDINEI JOSÃ FIORI E OUTRO
(S) EXECUTADO: CENTRO ESPIRITUAL BENEFICENTE UNIÃO DO VEGETAL LUZ PAZ E AMOR
ADVOGADO: ADRIANA MARTA HOFFMANN SIMON E OUTRO (S) DECISÃO 1. Na petição juntada Ã
s fls. 1853/1854, o exequente noticia que foi realizado o bloqueio, via Sistema BacenJud, de R$ 260,00
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(duzentos e sessenta reais), sendo que o valor total devido é de R$ 2.848,57 (dois mil, oitocentos e
quarenta e oito reais e cinquenta e sete centavos). Assim, requer: a) a expedição de alvará para o
levantamento dos R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) bloqueados via BacenJud; b) a expedição de
ofÃ-cios ao Infojud (receita Federal) e Renajud (Departamento Nacional de Trânsito), "a fim de obter
informações a respeito dos bens passÃ-veis de penhora" ou, c) "subsidiariamente, caso não sejam
localizados quaisquer bens através das referidas consultas, a exequente requer seja deferida a penhora
do Registro de Marca n. 818874929, obtido perante o Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI
pela executada" e à o relatório. DECIDO. 2. Ao que se depreende dos autos, em razão da penhora on-
line na conta da parte executada de apenas R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais), o exequente requereu
a realização de pesquisa pelo sistema Renajud, Infojud, além da expedição de alvará para
levantamento dos R$ 260,00 e, subsidiariamente, da penhora de marca da executada. 2.1. Com efeito,
verifica-se que o exequente, antes mesmo de tomar as medidas administrativas cabÃ-veis com vistas Ã
localização de bens (móveis e/ou imóveis) em nome do devedor, preferiu solicitar a intervenção do
Poder Judiciário para a obtenção de diligências que pode e deve realizar. A jurisprudência desta
Corte de Justiça é clara no sentido de que cabe ao exequente esgotar comprovadamente todos os
meios a seu cargo para a localização de bens do devedor. Nesse sentido: "AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUÃÃO. EXPEDIÃÃO DE OFÃCIO Ã
RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. O acórdão recorrido está em
consonância com a jurisprudência deste C. Superior Tribunal de Justiça, firmada no sentido de que 'a
expedição de ofÃ-cio à Receita Federal, para fornecimento de informações, é providência
admitida excepcionalmente, justificando-se tão somente quando demonstrado ter o credor esgotado
todos os meios à sua disposição para encontrar bens passÃ-veis de penhora, o que não ocorre no
caso dos autos' (AgRg no REsp nº 595.612/DF, Relator o Ministro HÃLIO QUAGLIA BARBOSA, 4ª
Turma, DJ 11/02/2008). 2. Em relação ao pedido de informações para fins de localização do
endereço do executado 'o raciocÃ-nio a ser utilizado nesta hipótese deverá ser o mesmo dos casos em
que se pretende localizar bens do devedor, pois tem o contribuinte ou o titular de conta bancária direito Ã
privacidade relativa aos seus dados pessoais, além do que não cabe ao Judiciário substituir a parte
autora nas diligências que lhe são cabÃ-veis para demandar em juÃ-zo.' (REsp nº 306.570/SP, Relatora
a Ministra ELIANA CALMON, DJU de 18/02/2002). 3. Agravo regimental a que se nega provimento."
(AgRg no Ag 1.386.116/MS, Rel. Ministro RAUL ARAÃJO, QUARTA TURMA, julgado em 26.4.2011, DJe
10.5.2011.) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL.
DILIGÃNCIA PARA LOCALIZAÃÃO DO DEVEDOR. EXPEDIÃÃO DE OFÃCIOS A REPARTIÃÃES E
ÃRGÃOS PÃBLICOS. INDEFERIMENTO PELO TRIBUNAL ESTADUAL. ORIENTAÃÃO HARMÃNICA
COM O ENTENDIMENTO DO STJ. I. O ônus da localização do devedor e de seus bens cabe à parte
interessada e não ao juÃ-zo, que não é seu coadjuvante ou auxiliar nessa busca. II. Precedentes do
STJ. III. Agravo improvido. (AgRg no Ag 498.264/SP, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JÃNIOR, QUARTA
TURMA, DJ 22.9.03); Processual civil. Recurso especial. Ação de execução. Informações sobre
o devedor. Expedição de ofÃ-cios a órgãos da administração pública. Impossibilidade. - Não se
mostra cabÃ-vel pedido de expedição de ofÃ-cios a órgãos da administração pública com o
objetivo de serem fornecidas informações sobre o devedor, formulado no exclusivo interesse do credor,
pois recai nele o ônus de diligenciar no sentido de obter tais dados. Precedentes. (REsp 328.862/RS,
Relª. p/ Ac. Min. NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJ 2.12.02). Todavia, este não é o caso
dos autos. Isto porque o exequente não conseguiu comprovar ter efetuado qualquer diligência na busca
de informações sobre a existência de bens (móveis e/ou imóveis) em nome do devedor. Aqui,
importante consignar que os convênios realizados entre os órgãos do Poder Judiciário e a Receita
Federal (Infojud), o Departamento Nacional de Trânsito (Renajud), dentre outros, tem por escopo
municiar o Judiciário com informações relevantes, muitas vezes imprescindÃ-veis à prestação
jurisdicional, e não transferir a ele o ônus de localizar bens de executado, assumindo ônus do
exeqüente. 3. Outrossim, em relação ao pedido subsidiário de penhora do Registro de Marca n.
818874929, antes de sua apreciação, o exequente deverá buscar e indicar bens móveis e/ou
imóveis nos órgãos competentes, em nome do executado, a fim de se evitar eventual infringência ao
princÃ-pio da menor onerosidade previsto no art. 620 do CPC, já que o valor a ser executado é bem
razoável e que o valor da marca pode ser extremamente elevado. Aqui, importante frisar que nossa lei
processual, no art. 791, inciso III, prevê a possibilidade de suspensão da execução quando o
devedor não possuir bens penhoráveis, até que o executado passe a ter bens passÃ-veis de penhora.
4. Ante o exposto, como o credor não demonstrou ter esgotado todos os meios à sua disposição para
encontrar bens móveis e/ou imóveis passÃ-veis de penhora, indefiro os pedidos de expedição de
ofÃ-cios ao Infojud e Renajud. 5. No mais, apreciarei os demais pedidos após a indicação de bens
1288
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

móveis e/ou imóveis em nome do executado, pelo que concedo prazo de 30 dias ao exequente.
Publique-se. Intime-se. BrasÃ-lia (DF), 10 de novembro de 2014. Ministro Luis Felipe Salomão Ministro
(STJ - ExeAR: 4877 SP 2014/0129165-6, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de
Publicação: DJ 19/11/2014) (grifos nossos). Na mesma linha: A.I. 7.097.285-5 TJ/SP, 16ª Câmara
de Direito Privado Rel. Candido Alem: REQUISIÃÃO DE INFORMAÃÃES - Expedição de ofÃ-cios -
Delegacia da Receita Federal e BACEN - Inadmissibilidade - Necessidade de relevante motivo de ordem
pública - Sigilo bancário e de dados assegurado pela Constituição - Entendimento que se coaduna
com a Lei Complementar nº 105, de 10.01.2001 - Inexistência de prova de esgotamento dos meios de
localização de bens dos devedores - Providência de interesse individual do agravante - Recurso
improvido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto: Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1) Indefiro o pedido de
consulta do endereço.               2) Intime-se a parte requerente para indicar o
endereço correto, completo e atualizado do requerido, no prazo de 15 dias.              Â
3) Decorrido o prazo:               3.1) Informado novo endereço e recolhidas as custas,
se for o caso, renovem-se as diligências de citação e/ou intimação.              Â
3.2) Caso contrário, ficando o processo parado por mais 30 dias, intime-se a parte autora
PESSOALMENTE, para em 5 dias, informar se possui interesse no prosseguimento no feito, requerendo o
que entende cabÃ-vel a regular tramitação do processo, SOB PENA DE SUA EXTINÃÃO SEM
JULGAMENTO DE MÃRITO, nos termos do art. 274, parágrafo único, c/c o art. 485, III e §1º, todos
do Novo Código de Processo Civil, e, por conseguinte, arquivamento dos autos.            Â
  4) Caso seja necessário, servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de intimação, nos
termos do Provimento nº 003/2009 - CJRMB.               5) Cumpra-se. Belém/PA,
10/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 00127571520128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Produção
Antecipada da Prova em: 13/08/2021 AUTOR:JOÃO ROBERTO BARROS DA SILVA Representante(s):
OAB 1076 - CARLOS ALBERTO GUEDES FERRO E SILVA (ADVOGADO) OAB 1490 - YOLENE DE
AZEVEDO BARROS (ADVOGADO) OAB 2691 - MICHELLE SILVA FERRO E SILVA (ADVOGADO)
REU:HOME PLAN MANUTENÇÃO PREDIAL LTDA REU:PRISCILLA GODINHO HEITMANN REU:JOSE
AUGUSTO FREIRE FIGUEIREDO Representante(s): OAB 9432 - LUCYANA PEREIRA DE LIMA
(ADVOGADO) REU:JOSÉ MANUEL SANTOS FIGUEIREDO REU:HOME PLAN MANUTENÇAO
PREDIAL LTDA REU:LUCAS GODINHO HEITMANN. Intime-se a parte requerente, pessoalmente, para,
no prazo de 05 dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que
entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).       Â
  Após o prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os autos conclusos.          Â
 SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º.            Belém/PA, 10/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00131232020138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Imissão na Posse em: 13/08/2021 REQUERENTE:IVONE FURTADO RENDEIRO
REQUERENTE:FRANCISCO JOSÉ FURTADO RENDEIRO REQUERENTE:ANA CRISTINA FURTADO
RENDEIRO REQUERENTE:JORGE VENANCIO FERNANDES RENDEIRO REQUERIDO:ATUAL
OCUPANTE. Considerando o decurso do prazo desde a última petição, intime-se a parte requerente,
pessoalmente, para, no prazo de 05 dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito,
requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º,
CPC/2015).            Após o prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os autos
conclusos.            SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A)
DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009,
devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º.           Â
Belém/PA, 10/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00136833720148140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e
Apreensão em: 13/08/2021 REQUERENTE:BANCO ITAU SA Representante(s): OAB 6686 - CARLA
SIQUEIRA BARBOSA (ADVOGADO) REQUERIDO:REGIANE MOTA PEREIRA Representante(s): OAB
15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) INTERESSADO:IRESOLVE COMPANHA
SECURITIZADORA DE CREDITOS FINANCEIROS SA Representante(s): OAB 12450 - ANTONIO BRAZ
DA SILVA (ADVOGADO) . 1.     Para fins de apreciação dos pedidos de fls. 88/89, intime-se a
cessionária, IRESOLVE COMPANHIA SECURITIZADORA DE CRÃDITOS FINANCEIROS S/A, para, em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

15 (quinze) dias, juntar aos autos termo de cessão em que conste expressamente a cessão de crédito
discutida nos presentes autos, devendo o respectivo cedente ser o autor da demanda. 2.     Caso a
determinação supra não seja cumprida, intime-se a parte requerente, BANCO ITAà S.A.,
pessoalmente, para, em 05 (cinco) dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito,
requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º,
CPC/2015). BELÃM/PA, 10/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00150366519978140301 PROCESSO ANTIGO:
199710286679 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Procedimento Comum Cível em: 13/08/2021 AUTOR:MARIA EMIDIA REBELO DE OLIVEIRA
Representante(s): OAB 2641 - MARIA EMIDIA REBELO DE OLIVEIRA (ADVOGADO) REU:SIMONE
MOUTA DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 921 - ADEMAR KATO (ADVOGADO) REU:CECILIA
MOUTA RODRIGUES Representante(s): OAB 921 - ADEMAR KATO (ADVOGADO) REU:MARIA DO
SOCORRO MOUTA SILVA Representante(s): OAB 921 - ADEMAR KATO (ADVOGADO) . Processo nº:
0015036-65.1997.8.14.0301 Requerente: MARIA EMÃDIA REBELO DE OLIVEIRA Requeridas: SIMONE
MOUTA DE OLIVEIRA e MARIA DO SOCORRO MOUTA SILVA SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â
RELATÃRIO          O processo seguiu seu trâmite normal até que, por negligência das
partes, estagnou.          Há mais de 1 (um) ano que não se tem notÃ-cia nos autos de
requerimento da parte interessada visando o seu prosseguimento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â FUNDAMENTAÃÃO
         Como se observa dos autos, é patente a negligência das partes e, por conseguinte,
o desinteresse no feito.          Diante disso, em que pese os termos da lei, não vejo
necessária, in casu, a intimação das partes para dar continuidade ao processo, fato que se constituiria
em perda de tempo, aliás, em face da intenção implÃ-cita no sentido da extinção do feito.     Â
    Exigir, num caso como este, a intimação da parte para que promova o andamento de feito, de
seu privativo interesse, seria fazer uma interpretação da lei desprovida de teleologia e finalidade.   Â
      Sabido é que a lei oferta multifárias intelecções possÃ-veis, inexistindo uma única justa,
correta ou verdadeira. Dentre elas deve o juiz acolher a mais tolerável, aceitável, lógica.       Â
  A interpretação teleológica é, neste caso, a única tolerável, aceitável, lógica, é a de que a
lei, ao dizer que seja o autor intimado pessoalmente para suprir a falta, em 5 (cinco) dias. (CPC, art. 485,
§ 1º), ¿quando o autor abandonar a causa por mais de 30 dias (trinta) dias.¿, quer dizer exatamente
isso: que seja o autor intimado, quando abandonar a causa por mais de dias (30), por exemplo, por 35
(trinta e cinco) ou 40 (quarenta) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Se quisesse a lei que o autor fosse intimado
quando abandona a causa por meses, diria: que seja intimado quando abandona por mais de um mês;
por mais de 2 (dois) meses, ou, até, por mais de 60 (sessenta) dias (que é, em meses, mais de um,
isto é, um mês ou mais).          Ao dizer a lei ¿mais de 30¿, implicitamente põe o limite
de 60 (sessenta). Do contrário, se quisesse significar meses, diria meses. Se quisesse falar em até 3
(três) meses, poderia dizer mais de 60 (sessenta) dias.          A lei não quer a intimação
do autor, cuja displicência é tal que abandona a causa por meses ou anos, como é o caso de autos. Â
        O deslinde da causa é exclusivo interesse dos envolvidos e, se por alguma razão,
esses não colaboram para impulsionar o feito, refoge a este JuÃ-zo prosseguir até a decisão
meritória.          No caso, frise-se que não há questão pendente a ser decidida pelo
JuÃ-zo. A situação depende do querer da parte. Conclui-se assim que o maior interessado deixou
processo paralisado por mais de um ano sem que procurasse o JuÃ-zo ou promovesse os atos e
diligências necessárias ao andamento do feito.          Muito embora a lei processual preveja
a necessidade de intimar a parte a dar andamento ao feito antes da extinção, diante do perfil atual do
Processo Civil isso não é mais obrigatório e sim facultativo.          Atualmente, ao Juiz é
atribuÃ-da a tarefa de impulsionar o processo e não assumi-lo, imiscuindo-se cada vez menos, de modo a
não influenciar na direção do processo. Não cabe ao magistrado perquirir em nome delas o direito
almejado ou procurar de ofÃ-cio as razões que as levaram a abandonar a causa.          Ante
a negligência da parte, não há outro caminho senão a extinção do feito.         Â
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto, de ofÃ-cio, com lastro no art. 485, inciso II, do CPC/2015 julgo
extinto o processo, sem resolução do mérito.          Custas na forma da lei.      Â
   Decorrido o prazo legal e certificado o trânsito em julgado, arquivar autos, observadas as
formalidades legais.          P.R.I.C. Belém/PA, 06/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz
de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00183188320138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Ação de Exigir Contas em: 13/08/2021 AUTOR:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO
DO PARA PROMOTOR:SAVIO RUI BRABO DE ARAUJO REU:ASSOCIACAO ESPIRITA LUZ DA
CARIDADE. DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se a parte autora para manifestar-se acerca da
1290
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

petição de fls. 30, no prazo de 15 (quinze) dias, requerendo o que entender de direito. Após,
conclusos. Belém/PA, 10/08/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00205477420178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 13/08/2021 REQUERENTE:AYMORE CREDITO FINACIAMENTO
E INVESTIMENTO SA Representante(s): OAB 20107-A - GIULIO ALVARENGA REALE (ADVOGADO)
REQUERIDO:ROMULO VILHENA MEDEIROS. PROCESSO Nº: 0020547-74.2017.8.14.0301
REQUERENTE: AYMORÃ CRÃDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A REQUERIDO: RÃMULO
VILHENA MEDEIROS SENTENÃA HOMOLOGATÃRIA I.     AYMORà CRÃDITO,
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. e RÃMULO VILHENA MEDEIROS, devidamente
representados, requerem HOMOLOGAÃÃO DE ACORDO, conforme petição de fls. 109/110. II.   Â
 FUNDAMENTAÃÃO        Diz o caput do artigo 200 do Novo Código de Processo Civil: ¿Art.
200 - Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais¿.       Â
Dispõe o art. 840 do Código Civil/2002 que: ¿Art. 840. ¿à lÃ-cito aos interessados prevenirem ou
terminarem o litÃ-gio mediante concessões mútuas. ¿        O artigo 487 do Novo Código de
Processo Civil determina: ¿Art. 487 - Haverá resolução de mérito quando o juiz: III - homologar: b)
a transação; ¿        Cuida-se de pedido de homologação de acordo formulado por
pessoas capazes e devidamente representadas, sendo o objeto lÃ-cito. Os documentos necessários foram
juntados. As formalidades legais na lavratura da avença e no aspecto processual foram observadas. Os
interesses existentes nos autos foram preservados. Â Â Â Â Â Â Â Logo, considerando que o acordo se
encontra em consonância com as exigências legais, deve ser homologado, impondo-se a extinção
do processo, com resolução de mérito, a teor do que dispõe o Código Processual Civil. III.
DISPOSITIVO        ISTO POSTO homologo, por sentença, o acordo celebrado pelos
interessados, materializado na manifestação de vontades constantes na petição de fls. 109/110,
para que produza seus jurÃ-dicos e legais efeitos, com fundamento nos artigos 200 do NCPC c/c o art. 840
do CC.        Em consequência, tendo a transação efeito de sentença entre os
interessados, extingo o processo, com resolução de mérito, a teor do disposto no artigo 487, inciso III,
alÃ-nea b, do NCPC. INTIMEM-SE. Â Â Â Â Â Â Â As partes ficam dispensadas do pagamento das custas
processuais remanescentes, se houver, diante do disposto no art. 90, § 3º do NCPC.       Â
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.        P. R. I. Cumpra-se. Belém/PA,
05/08/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de
Belém 303 PROCESSO: 00322839420148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 13/08/2021 AUTOR:AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO SA Representante(s): OAB 14305 - CARLOS GONDIM NEVES BRAGA (ADVOGADO)
OAB 21277 - CAMILLA MOURA ULIANA (ADVOGADO) REU:ROMANA CORREA NATIVIDADE.
PROCESSO Nº: 0032283-94.2014.8.14.0301 REQUERENTE: AYMORà CRÃDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO S/A REQUERIDO: ROMANA CORREA NATIVIDADE SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 RELATÃRIO            O requerente ingressou com a presente ação em face do
requerido.            A parte autora manifestou-se em petição de fl. 94, requerendo a
desistência da ação.            FUNDAMENTAÃÃO            Uma vez
requerida a desistência é caso de encerramento do processo.            O inciso VIII, do
art. 485, do Código de Processo Civil/2015 prevê a possibilidade de extinção do processo sem
resolução de mérito no caso da desistência do autor, porém, a condiciona ao consentimento do
réu caso já tenha sido oferecida contestação.            Considerando que no presente
feito a parte requerida não apresentou contestação, não existe óbice à homologação da
desistência.             DISPOSITIVO            Diante do exposto,
HOMOLOGO a desistência para os fins do art. 200, parágrafo único, do CPC/2015 e, em
consequência, JULGO EXTINTO o processo sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485,
inciso VIII, do Código de Processo Civil/2015.            Custas pelo requerente nos termos
do art. 90, caput, do CPC/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n.
8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não
efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para
inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de outros encargos legais.
           Não havendo apresentação de defesa pelo requerido, deixo de fixar
honorários advocatÃ-cios.            Certificado o trânsito em julgado, havendo custas
pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte,
1291
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

inscreva-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os


juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo
patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de
desentranhamento.            Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes
autos e dar baixa na distribuição.            P.R.I.C.            Belém/PA,
04/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 00348373620138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 13/08/2021 REQUERENTE:AYMORE CREDITO
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SA Representante(s): OAB 128341 - NELSON WILIANS
FRANTONI RODRIGUES (ADVOGADO) REQUERIDO:ALBANIZA SILVA DA SILVA Representante(s):
OAB 13443 - BRENDA FERNANDES BARRA (ADVOGADO) . Ante a petição de fl. 91: 1)    Â
Intime-se a parte requerente para indicar o endereço completo e atualizado da requerida, visto que o
logradouro indicado à fl. 91/verso é o mesmo da diligência de citação, que restou infrutÃ-fera (fl. 31);
              2) Decorrido o prazo:               2.1) Informado novo
endereço, voltem os autos conclusos para apreciação dos pedidos de fls. 91/94.          Â
    2.2) Caso contrário, ficando o processo parado por mais 30 dias, intime-se a parte autora
PESSOALMENTE, para em 5 dias, informar se possui interesse no prosseguimento no feito, requerendo o
que entende cabÃ-vel a regular tramitação do processo.               3) Caso seja
necessário, servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de intimação, nos termos do
Provimento nº 003/2009 - CJRMB.  4) Cumpra-se. Belém/PA, 10/08/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00450864620138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Cumprimento de sentença em: 13/08/2021
REQUERENTE:MINISTEERIO PUBLICO ESTADUAL REQUERIDO:OBRAS DAS FILHAS DO AMOR DE
JESUS CRISTO Representante(s): OAB 5909 - ARMANDO FERREIRA RODRIGUES FILHO
(ADVOGADO) OAB 11626 - CARLOS UBIRACY PEREIRA CORREA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 11950
- CARLOS AUGUSTO PINHEIRO LOBATO DOS SANTOS (ADVOGADO) PROMOTOR:JOAO
GUALBERTO DOS SANTOS SILVA. 1.     Analisando os autos verifico a existência de erro
material na sentença proferida, no que diz respeito à determinação de recolhimento de custas
judiciais com a extinção do processo, uma vez que o pedido de gratuidade da justiça, formulado pela
parte requerida, não fora analisado.            Como é cediço, "O erro material é
aquele perceptÃ-vel 'primu ictu oculi' e sem maior exame, a traduzir desacordo entre a vontade do juiz e a
expressa na sentença" (RSTJ 102/278). De acordo com o art. 494 do CPC/2015 ¿Publicada a
sentença, o juiz só poderá alterá-la: I - para corrigir-lhe, de ofÃ-cio ou a requerimento da parte,
inexatidões materiais ou erros de cálculo.            Nas duas hipóteses do inciso I, o juiz
pode atuar de ofÃ-cio ou provocado pelas partes, a qualquer momento, até mesmo depois do trânsito
em julgado da decisão (informativo 547/STJ: 2ª Turma, RMS 43.956/MG, Rel. Min Og Fernandes, j.
09.09.2014: STJ, 1.ª Turma, REsp 439.863/RO, Rel. Min Humberto Gomes de Barros, Rel. p/ acórdão
Min. José Delgado, j. 09.12.2003, DJ 15.03.2004, p. 155).            No mesmo sentido:
Evidência de erro material, suscetÃ-vel de ser sanado de ofÃ-cio - Prevalência da real intenção do
julgador, com vista à definição precisa da questão (A.I. 990.10.159023-9 TJ/SP Rel. Vicentini Barroso
j.12.05.2010).            Pelo exposto, declaro o erro material existente na sentença em
comento e o corrijo de ofÃ-cio para que, onde consta: Condeno o requerido ao pagamento das custas
processuais. Passe a constar: Defiro os benefÃ-cios da gratuidade da justiça. Custas pelo requerido,
suspendendo-se, contudo, a exigibilidade face a assistência judiciária gratuita deferida, enquanto
perdurar a condição de hipossuficiência. Mantidos inalterados os demais termos da sentença. 2. Â
   Verifico assistir razão ao patrono subscritor da petição de fls. 472/473, pois que se encontra
devidamente habilitado para representar a ré OBRAS DA FILHA DO AMOR DE JESUS CRISTO,
conforme procuração de fl. 32. Verificando que a sentença de fls. 467-467/v foi publicada no DJE de
20/01/2016 sem que constasse o nome dos patronos da requerida, conforme certidão de fl. 479,
forçoso é convir pela republicação da sentença, em homenagem aos princÃ-pios da publicidade e
da ampla defesa. Intime-se.          BELÃM/PA, 10/08/2021.             Â
ROBERTO ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém Â
 303 PROCESSO: 00450899820138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Prestação
de Contas Infância e Juventude em: 13/08/2021 REQUERENTE:MINISTEERIO PUBLICO ESTADUAL
REQUERIDO:PARAENSE ESPORTE CLUBE ASSOCIACAO COMUNITARIA PROMOTOR:JOAO
1292
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

GUALBERTO DOS SANTOS SILVA. Ante o teor da certidão de fl. 15, intime-se (pessoalmente e não
via mandado) Defensor Público desta Comarca, a quem nomeio desde já para exercer a função de
curador, para apresentar resposta no prazo legal (art. 72, II, CPC/2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
BELÃM/PA, 10/08/2021.   ROBERTO ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel
e Empresarial de Belém   303 PROCESSO: 00451038220138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Prestação
de Contas Infância e Juventude em: 13/08/2021 REQUERENTE:MINISTEERIO PUBLICO ESTADUAL
REQUERIDO:FUNDACAO ANTONIO COSTA PROMOTOR:JOAO GUALBERTO DOS SANTOS SILVA.
Ante o teor da certidão de fl. 17, intime-se (pessoalmente e não via mandado) Defensor Público desta
Comarca, a quem nomeio desde já para exercer a função de curador, para apresentar resposta no
prazo legal (art. 72, II, CPC/2015).             BELÃM/PA, 10/08/2021.   ROBERTO
ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém   303
PROCESSO: 00461104620128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 13/08/2021 AUTOR:LEILA DA SILVA MONTEIRO Representante(s):
OAB 10225 - SUZANE RAMOS RABELO (ADVOGADO) REU:BANCO FIAT Representante(s): OAB 6686
- CARLA SIQUEIRA BARBOSA (ADVOGADO) . Proc. nº 0046110-46.2012.8.14.0301 Requerente: LEILA
DA SILVA MONTEIRO Requerido: BANCO FIAT S/A (atualmente BANCO ITAÚ VEÍCULOS S/A)
SENTENÇA RELATÓRIO Trata-se de Ação Revisional proposta por LEILA DA SILVA MONTEIRO, em
desfavor de BANCO FIAT S/A (BANCO ITAÚ S/A), todos qualificados na exordial. Apesar de haver sido
deferida parcialmente a tutela de urgência (fls. 48), esta foi revogada na decisão de fls. 57. Por sua vez, o
requerido peticionou às fls. 101 alegando sua ilegitimidade passiva em virtude de inexistir qualquer
contrato de financiamento firmado entre as partes, uma vez que agente financiador fora outro banco, qual
seja, BANCO SANTANDER S/A - AYMORÉ FINANCIAMENTOS, razão pela qual postulou por sua
exclusão do feito. Vieram-me, então, os autos conclusos. FUNDAMENTAÇÃO O art. 485, inciso VI do
CPC/15 assim preceitua: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VI - verificar ausência de
legitimidade ou de interesse processual; Com efeito, ao analisar-se os documentos juntados aos autos
pelo autor, verifica-se que todos fazem menção à instituição AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO S/A, conforme se observa dos docs. de fls. 28, 34 e 37 a 47. Dito de outra forma,
constatou-se que o banco requerido nesta demanda, BANCO FIAT S/A (atualmente BANCO ITAÚ
VEÍCULOS S/A), de fato, nada tem a ver com o objeto da lide (revisão de contrato de financiamento).
Considerando que o juiz deve conhecer de ofício da matéria constante do inciso VI do art. 485, CPC, em
qualquer tempo e grau de jurisdição e enquanto não ocorrer o trânsito em julgado, resta induvidosamente
configurada uma das hipóteses de extinção da ação. Nesse sentido, registro que o interesse de agir, como
se sabe, decorre da necessidade da tutela privativa do Estado, invocada pelo meio adequado, que, do
ponto de vista processual, determinará o resultado útil pretendido. A ausência de legitimidade da parte ré
despoja o demandante de uma das condições da ação, impondo-se o indeferimento, incontinenti, da peça
inicial ou, quando superveniente, a extinção do feito sem resolução do mérito com base no artigo 485,
inciso VI, do Código de Processo Civil. DISPOSITIVO Diante do exposto, não mais presente uma das
condições da ação, qual seja, o interesse de agir do demandante, EXTINGO O FEITO SEM RESOLUÇÃO
DO MÉRITO, nos moldes do artigo 485, inciso VI, CPC/15, condenando o requerente ao pagamento das
custas, suspendendo-se, contudo, a exigibilidade face à assistência judiciária gratuita deferida às fls. 48,
enquanto perdurar sua condição de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.
Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável
de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo
crédito, além de encaminhado para inscrição em Dívida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência
de outros encargos legais. Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou,
exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos
termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.
Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento,
sob pena de inscrição na dívida ativa. Inerte, inscreva-se. Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os
presentes autos e dar baixa na distribuição. P. R. I. C. Belém-PA, 29 de janeiro de 2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara Cível e Empresarial da Capital 107 PROCESSO:
00544472420128140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 13/08/2021
AUTOR:BANCO FINASA BMC S/A Representante(s): OAB 13846-A - CRISTIANE BELINATI GARCIA
LOPES (ADVOGADO) OAB 18694-A - VERIDIANA PRUDENCIO RAFAEL (ADVOGADO) REU:VANIA
MAIA SANTOS Representante(s): OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 18004 -
1293
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) . PROCESSO: 0054447-24.2012.814.0301


EMBARGANTE: VÃNIA MAIA SANTOS EMBARGADO: BANCO FINASA BMC S/A SENTENÃA Â Â Â Â Â
         VÃNIA MAIA SANTOS, requerida na AÃÃO DE BUSCA E APREENSÃO EM
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA movida por BANCO FINASA BMC S/A, intentou EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO visando sanar supostos vÃ-cios existentes na sentença de fl. 100, ao argumento de que a
sentença contém disposições que padeceriam de omissão.               Em
resumo, alega que, de acordo com o PrincÃ-pio da Causalidade, há dever de a parte que causa o dano ou
que desencadeia o esforço materializado no processo, injustamente, pagar pelos prejuÃ-zos causados,
dentre eles, o pagamento de honorários advocatÃ-cios.               Devidamente
intimado, o embargado apresentou contrarrazões (fls. 106/109).               Eis o
relatório. Fundamento e Decido.               Quanto aos embargos de declaração, o
CPC, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão
judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou
questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material.
              Nesse contexto, insta esclarecer que os embargos de declaração
constituem recurso de fundamentação vinculada, o que significa que somente podem ser manejados
ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em lei - omissão, obscuridade, contradição
do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de
forma excepcional, limitada a situações teratológicas, os embargos de declaração com efeitos
infringentes, nos quais a fundamentação não estará vinculada às hipótese legais da omissão,
obscuridade e contradição. Destinam-se, portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais
latu sensu, quando nestas se verificar algum dos mencionados vÃ-cios. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã o
que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os casos previstos para manifestação dos embargos
declaratórios são especÃ-ficos, de modo que somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade,
contradição ou omissão em questão (ponto controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal
pronunciar-se necessariamente. Os embargos de declaração são espécie de recurso de
fundamentação vinculada.¿               Todavia, não se vislumbram no presente
caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos aclaratórios. O mero inconformismo da parte
com decisão que lhe é desfavorável não constitui fundamento idôneo para modificar o decisum pela
via dos embargos de declaração, porquanto essa via recursal não pode ser utilizada para
rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para tanto, manejar recurso próprio.      Â
        A sentença proferida foi precisa quanto aos seus fundamentos, não havendo que se
falar em omissão em sua parte dispositiva.               Vejamos a jurisprudência atual
que é clara e alinhada ao posicionamento do juÃ-zo: PROCESSO CIVIL. EXTINÃÃO SEM
JULGAMENTO DO MÃRITO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS.
DESCABIMENTO. - Não cabe a fixação de honorários advocatÃ-cios de sucumbência em razão da
extinção do feito sem resolução do mérito por força de acordo extrajudicial pactuado entre os
litigantes, tendo em vista as concessões mútuas feitas para a solução do litÃ-gio, não havendo falar,
portanto, em vencedor e vencido. (TRF-4 - AC: 50055453020184047002 PR 5005545-30.2018.4.04.7002,
Relator: RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, Data de Julgamento: 21/10/2020, QUARTA TURMA).
ADMINISTRATIVO. EXTINÃÃO DA AÃÃO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. HONORÃRIOS
ADVOCATÃCIOS. SUCUMBÃNCIA. NÃO CABIMENTO. Não cabe a condenação da parte autora ao
pagamento de honorários advocatÃ-cios por força de acordo extrajudicial pactuado entre os litigantes.
(TRF-4 - AC: 50026986920164047214 SC 5002698-69.2016.4.04.7214, Relator: LUÃS ALBERTO
D'AZEVEDO AURVALLE, Data de Julgamento: 21/03/2019, QUARTA TURMA). CIVIL. PROCESSUAL.
ADMINISTRATIVO. REINTEGRAÃÃO DE POSSE. EXTINÃÃO DA AÃÃO SEM RESOLUÃÃO DO
MÃRITO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. SUCUMBÃNCIA. NÃO
CABIMENTO. Não cabe a condenação da parte autora ao pagamento de honorários advocatÃ-cios
em razão da extinção do feito sem resolução do mérito por força de acordo extrajudicial
pactuado entre os litigantes. (TRF-4 - AC: 50112539620164047110 RS 5011253-96.2016.4.04.7110,
Relator: ROGERIO FAVRETO, Data de Julgamento: 04/09/2018, TERCEIRA TURMA). APELAÃÃO
CÃVEL. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS A EXECUÃÃO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. HONORÃRIOS
ADVOCATÃCIOS. ESTIPULADOS NA AVENÃA FIRMADA ENTRE AS PARTES. VERBA PAGA
CONFORME SERVIÃOS ADVOCATÃCIOS PRESTADOS. RECURSO DESPROVIDO. 1. No próprio
instrumento do acordo, os recursos previstos na avença para pagamento de honorários advocatÃ-cios
não compreenderiam os honorários contratuais ajustados, porquanto foi devidamente expresso no
acordo, levando-se em conta a prestação de serviços advocatÃ-cios. 2. No acordo firmado entre as
partes, há de se estabelecer exatamente os recursos para pagamento, inclusive os relativos aos
1294
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

honorários advocatÃ-cios, pois o litÃ-gio não perdurou, não havendo que ser estabelecido quando já
integra a cláusula expressa no acordo. 3. O Superior Tribunal de Justiça traz entendimento que
?havendo composição entre as partes quanto à dÃ-vida principal, dispondo expressamente sobre os
honorários advocatÃ-cios (...) não há falar em sucumbência quando não existe vencedor nem
vencido, cabendo às partes dispor sobre o ônus do pagamento da verba.? REsp. 1414394/DF, T3 -
TERCEIRA TURMA - Ministro RICARDO VILLAS BÃAS CUEVAS, Data de Julgamento: 22/09/2015, Dje.:
30/09/2015. Recurso desprovido.(TJ-DF 07025854820198070001 DF 0702585-48.2019.8.07.0001,
Relator: ROMEU GONZAGA NEIVA, Data de Julgamento: 11/09/2019, 7ª Turma CÃ-vel, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 23/09/2019 . Pág.: Sem Página Cadastrada.).           Â
   Frisa-se, por oportuno, que o mérito da ação não fora apreciado, não sendo sequer
possÃ-vel aferir quem deu causa ao processo e muito menos, quem fora o vencido, pois não é possÃ-vel
afirmar, por exemplo, se o acordo somente se concretizou em razão da judicialização da lide.    Â
          Apesar do que diz o mestre Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do
homem e sempre o será, a possibilidade de falha não pode ser, a priori, descartada¿ resta evidente
que não se cuida de falha.               Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior
Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL.
ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA
MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE
ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU
OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios
não merecem prosperar, pois o acórdão embargado não padece de vÃ-cios de omissão,
contradição ou obscuridade, na medida que apreciou a demanda de forma clara e precisa, estando
bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam. 2. Não se prestam os embargos de
declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do decisum, porquanto constitui
instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento obscuridade, contradição ou omissão
sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou, ainda, de corrigir evidente erro material,
consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL,
Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe
03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA.
PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO
PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA. AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU
OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO
PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos
de declaração com nÃ-tido caráter infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para
excluir a multa do art. 557, § 2º, do CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Note-se, portanto, que ao apreciar os presentes Embargos de Declaração, o julgador encontra-se
adstrito às hipóteses taxativas previstas em lei.               Sendo assim, não
havendo omissão, obscuridade ou contradição a serem afastados, impõe-se a rejeição dos
embargos de declaração.               Isto posto, REJEITO os Embargos de
Declaração interpostos, MANTENDO em todos os seus termos a sentença de fls. 100, com fulcro no
art. 1022 e ss do CPC.               P.R.I.C.               Belém/PA,
10/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 00550977120128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 13/08/2021 AUTOR:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA
REU:HOSPITAL NOSSA SENHORA DE GUADALUPE Representante(s): OAB 14717 - ANA PAULA
BARBOSA DE CARVALHO (ADVOGADO) OAB 14066 - ERICA SIMONE DA COSTA RODRIGUES
(ADVOGADO) PROMOTOR:SAVIO RUI BRABO DE ARAUJO. Processo nº: 0055097-71.2012.814.0301
Autor: Ministério Público do Estado do Pará Réu: Hospital Nossa Senhora de Guadalupe
SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de
Ação de Prestação de Contas ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Pará, por meio da
Promotoria de Justiça Tutela das Fundações, Entidades de Interesse Social, Falência,
Recuperação Judicial e Extrajudicial em face do Hospital Nossa Senhora de Guadalupe.       Â
         Aduz a requerente que notificou administrativamente o(a) requerido(a) a apresentar a
prestação de contas do exercÃ-cio de 2009, e, até o ajuizamento da ação, o(a) requerido(a)
permaneceu inerte. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pugna que o(a) requerido(a) seja compelido a
prestar as contas acima referidas e condenada ao ônus da sucumbência.              Â
1295
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

  Citada, a parte requerida apresentou as contas à s fls. 18 a 37.                Â


Após, os autos foram então remetidos ao Ministério Público, que, após análise pelo apoio contábil
daquele órgão ministerial, postulou às fls. 41/44 a extinção da presente ação com o julgamento
do mérito para declarar boas as contas apresentadas pela requerida.                Â
FUNDAMENTAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â As contas apresentadas pela parte requerida foram
consideradas boas pelo Ministério Público, autor da ação, com base no Parecer nº 16/2016-
MP/ACPJ do serviço contábil do Parquet (fls. 42/44), que sugeriu a aprovação das contas.     Â
           Inexiste, portanto, óbice à aprovação das contas.              Â
  DISPOSITIVO                 ANTE O EXPOSTO, nos termos do art. 550, §2º,
do CPC/2015, julgo boas as contas prestadas pelo requerido, relativas ao exercÃ-cio financeiro do ano de
2009, extinguindo o feito com resolução de mérito.                 Condeno o
requerido ao pagamento das custas processuais, suspendendo-se, contudo, a exigibilidade face a
assistência judiciária gratuita que ora defiro, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.   Â
             Publique-se, registre-se e intimem-se, devendo a intimação da parte autora
ser feita pessoalmente ao representante do Ministério Público.                 Após
certificado o trânsito em julgado, dê-se baixa nos autos e arquivem-se. Belém/PA, 10/08/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00579614820138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 13/08/2021 REQUERENTE:TARCISO MARQUES ALVARES
Representante(s): OAB 15243 - AMIRALDO SOARES FILHO (ADVOGADO) OAB 18747 - VINICIUS
NEIMAR MELO MENDES (ADVOGADO) OAB 21353 - GABRIEL ARAUJO ANDRADE (ADVOGADO)
REQUERIDO:SEP - SOCIEDADE DE ENGENHARIA E PROJETOS LTDA. Defiro o pedido de
renovação da citação da requerida, na pessoa de seu representante legal, Sr. Clementino José
dos Santos Filho, a ser cumprida no endereço indicado à fl. 68, nos termos da decisão de fl. 52.   Â
        Após, havendo contestação, se a parte requerida alegar qualquer das matérias
enumeradas nos arts. 337 e 350 do CPC, intime-se a parte requerente para, no prazo de quinze dias
úteis, manifestar-se em réplica (art. 350 e 351 do CPC).            Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.            Intimar. Belém/PA, 06/08/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00579915420118140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 13/08/2021 REU:HOME PLAN
MANUTENÇAO PREDIAL LTDA AUTOR:JOAO ROBERTO BARROS DA SILVA Representante(s): OAB
1076 - CARLOS ALBERTO GUEDES FERRO E SILVA (ADVOGADO) OAB 1490 - YOLENE DE
AZEVEDO BARROS (ADVOGADO) REU:PRISCILLA GODINHO HEITMANN REU:JOSE MANUEL
SANTOS FIGUEIREDO REU:JOSE AUGUSTO FREIRE FIGUEIREDO Representante(s): OAB 9432 -
LUCYANA PEREIRA DE LIMA (ADVOGADO) . Intime-se a parte requerente, pessoalmente, para, no
prazo de 05 dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que
entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).       Â
  Após o prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os autos conclusos.          Â
 SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º.            Belém/PA, 10/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00585697520158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 13/08/2021 AUTOR:EDVALDO WELLINGTON DA
CUNHA MONTEIRO Representante(s): OAB 17288 - ADRIANO GUALTIERO TONETTI (ADVOGADO)
OAB 25751 - RAFAEL AIRES DA SILVA COSTA (ADVOGADO) REU:UNIMED BELEM COOPERATIVA
DE TRABALHO MEDICO Representante(s): OAB 11270 - DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE
(ADVOGADO) . Considerando a certidão de fl. 167, de que não houve resposta ao Ato Ordinatório de
fl. 166, intime-se a parte autora, pessoalmente, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se quanto ao
interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do
processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).            Após o prazo, certificar acerca da
manifestação e fazer os autos conclusos.      SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A)
DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009,
devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º.               Â
           Belém/PA, 11/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00607488420128140301 PROCESSO ANTIGO: ---
1296
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e


Apreensão em Alienação Fiduciária em: 13/08/2021 AUTOR:BANCO BRADESCO SA Representante(s):
OAB 25197-A - LUCIA CRISTINA PINHO ROSAS (ADVOGADO) OAB 25196-A - EDSON ROSAS
JUNIOR (ADVOGADO) REU:MADEIRAS D UPARA - INDUSTRIA E COMERCIO LTDA - ME. Vistos, etc.
           Compulsando os autos, verifica-se que a petição de fls. 45/46 informa
endereço atualizado da requerida, ainda não citada. Dessa forma, renove-se a diligência citatória/de
busca e apreensão no endereço constante na referida petição e nos termos do despacho de fls.
27/28, após comprovado o pagamento das custas da diligência.             BELÃM/PA,
06/08/2021.   ROBERTO ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém   303 PROCESSO: 00608524220138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 13/08/2021 AUTOR:BANCO DO BRASIL SOCIEDADE ANONIMA
Representante(s): OAB 14797 - SERGIO LUIZ DE ANDRADE (ADVOGADO) OAB 18696-A - LOUISE
RAINER PEREIRA GIONEDIS (ADVOGADO) OAB 24318-A - ELOI CONTINI (ADVOGADO) OAB 8202-A
- NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) REU:JOAO CARLOS MALINSKI
REU:SEMASA INDUSTRIA E COMERCIO EXPORTACAO LTDA REU:VANIA LUCIA BABINSKI
MALINSKI INTERESSADO:ATIVOS S A SECURITIZADORA DE CREDITO FINANCEIRO
Representante(s): OAB 24318-A - ELOI CONTINI (ADVOGADO) . 1.     Para fins de apreciação
dos pedidos de fl. 61, intime-se a cessionária, ATIVOS S.A. SECURITIZADORA DE CRÃDITOS
FINANCEIROS, para, em 15 (quinze) dias, juntar aos autos termo de cessão em que conste
expressamente a cessão de crédito discutida nos presentes autos, devendo o respectivo cedente ser o
autor da demanda. 2.     Caso a determinação supra não seja cumprida, intime-se a parte
requerente, BANCO DO BRASIL S.A., pessoalmente, para, em 05 (cinco) dias, manifestar-se quanto ao
interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do
processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015). BELÃM/PA, 06/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 07126724620168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 13/08/2021
REQUERENTE:PORTOBENS ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA Representante(s): OAB
20364 - ELOISA QUEIROZ ARAUJO (ADVOGADO) OAB 217967 - GILSON SANTONI FILHO
(ADVOGADO) REQUERIDO:FUNDACOES MINOWA LTDA. Vistos etc. Dispõe o art. 4º do Decreto-Lei
nº 911/69, já com a alteração da Lei nº 13.043/2014: Art. 4o Se o bem alienado fiduciariamente
não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica facultado ao credor requerer, nos
mesmos autos, a conversão do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na forma prevista
no CapÃ-tulo II do Livro II da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.
(Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014). Considerando o pedido de fls. 81/83, bem como o teor
da certidão de fl. 61, CONVERTO a AÃÃO DE BUSCA E APREENSÃO em EXECUÃÃO, nos termos do
artigo 4º do Decreto-Lei nº 911/69, razão pela qual determino: 1. Cite-se o executado para, no prazo
de 3 (três) dias, contado da citação, efetuar o pagamento da dÃ-vida (CPC, artigo 829). 2. Nos termos
do artigo 827 do Código de Processo Civil, fixo os honorários advocatÃ-cios a serem pagos pelo (s)
executado (s) em 10% (dez por cento) sobre o valor da execução. 3. Expeça-se mandado de
citação, penhora e avaliação de bens, constando expressamente do mandado que no caso de
integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida para metade, ou seja,
para 5% (cinco por cento) do valor do débito (CPC, artigo 827, § 1º). 3.1. Conste, também, que o
executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por
meio de embargos no prazo de 15 (quinze) dias. 3.2. Do mandado também deverá constar que se o
oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a
execução e que nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, procurará o executado 2
(duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa
(CPC, artigos 252/254), certificando pormenorizadamente o ocorrido (CPC, artigo 830 e § 1º). 4.
Decorrido o prazo de 3 (três) dias sem pagamento, deverá o senhor oficial de justiça proceder de
imediato à penhora de bens, tantos quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros,
custas e honorários advocatÃ-cios, e a sua avaliação, lavrando o respectivo auto, intimando-se, na
mesma oportunidade, o (s) executado (s) (CPC, artigo 841, § 3º) e seu cônjuge, caso a penhora recaia
sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel (CPC, artigo 842). 5. Servirá o presente, por cópia
digitada, como mandado de citação, penhora ou arresto. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Int. (Provimentos nº. 003 e 011/2009-CJRMB).               Belém/PA, 06/08/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 5 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0839883-89.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ROSA MARIA


NASCIMENTO DE ANDRADE Participação: ADVOGADO Nome: ARIANE ANDRADE DA SILVA OAB:
10809/AM Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL

DESPACHO

Defiro a justiça gratuita.

Encaminhem os autos ao Representante do Ministério Público.

Após, conclusos.

Belém, 13 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0832346-42.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANDREA


RODRIGUES RODRIGUES CASALI Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA RODRIGUES CASALI
OAB: 224288/RJ Participação: REQUERIDO Nome: CARTORIO DO 3 OFICIO DE REGISTRO DE
PESSOAS NATURAIS DE BELEM Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL

DESPACHO

Encaminhem os autos ao Representante do Ministério Público.

Após, conclusos.

Belém, 10 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juiz de Direito

Para ter acesso aos documentos do processo, basta acessar o link abaixo e informar a chave de acesso.

Link: http://pje-consultas.tjpa.jus.br/pje-1g-consultas/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?

CHAVES DE ACESSO:

#{processoTrfHome.tabelaHashDocumentos}

Número do processo: 0838562-19.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: IRISVALDO


LAURINDO DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: IDJACY LAURINDO DE SOUZA OAB:
26315/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL

DESPACHO

Defiro a justiça gratuita.

Encaminhem os autos ao Representante do Ministério Público.

Após, conclusos.

Belém, 13 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0857772-90.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JORGE LUIS PINHEIRO


REGO Participação: ADVOGADO Nome: YAGO MANITO MARTINS OAB: 31015/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNO NAZARENO BARBOSA SOBRINHO OAB: 25945/PA Participação: AUTOR
Nome: MARIA DO SOCORRO REGO FERREIRA Participação: ADVOGADO Nome: YAGO MANITO
MARTINS OAB: 31015/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NAZARENO BARBOSA
SOBRINHO OAB: 25945/PA Participação: AUTOR Nome: TELMA NAZARE REGO FERREIRA
Participação: ADVOGADO Nome: YAGO MANITO MARTINS OAB: 31015/PA Participação: ADVOGADO
Nome: BRUNO NAZARENO BARBOSA SOBRINHO OAB: 25945/PA Participação: AUTOR Nome:
TEREZINHA DE JESUS REGO COELHO Participação: ADVOGADO Nome: YAGO MANITO MARTINS
OAB: 31015/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NAZARENO BARBOSA SOBRINHO OAB:
25945/PA Participação: AUTOR Nome: DOMINGOS JOSE DO REGO FILHO Participação: ADVOGADO
Nome: YAGO MANITO MARTINS OAB: 31015/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NAZARENO
1300
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

BARBOSA SOBRINHO OAB: 25945/PA Participação: REU Nome: RUTHLENY DE ALBUQUERQUE


NERY

Processo: 0857772-90.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Trata-se de AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUERES E


PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA proposta por JORGE LUIS PINHEIRO REGO e outros em desfavor
de RUTHLENY DE ALBUQUERQUE NERY, devidamente qualificadas

O despacho ID 20734260 determinou à embargante a comprovação de sua hipossuficiência a fim de que o


pedido justiça gratuita formulado na inicial fosse apreciado ou recolhesse as custas iniciais. No entanto,
devidamente intimada, a parte autora quedou-se inerte, consoante certidão ID 24894375.

É o relatório. Passo a decidir.

A ausência de recolhimento das custas judiciais, após a determinação deste Juízo, configura ausência de
pressuposto ao desenvolvimento do feito, não podendo prosseguir o processo sem o pagamento das
despesas exigidas por lei.

Verifico, portanto, que a inércia da parte Autora enseja a extinção da presente ação, sem julgamento de
mérito, nos termos do art. 485, IV do CPC.

Diante do exposto, JULGO EXTINTA a presente ação SEM JULGAMENTO DE MÉRITO, com
fundamento no art. 485, inciso IV, do Código de Processo Civil, determinando o cancelamento da
distribuição da presente Ação, com fulcro no artigo 290 do mesmo Diploma Legal.

Custas, se houver, pelo autor devendo ser intimado para pagamento no prazo de 15 dias, sob pena de
inscrição em dívida ativa.

Caso não efetue o pagamento, expeça-se certidão para a inscrição em dívida ativa.

Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se, com as cautelas legais.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 28 de julho de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Capital

Número do processo: 0840944-87.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: BANCO DA


AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL] Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTO BRUNO ALVES
PEDROSA OAB: 8200/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA CAROLINE BARBOSA PEDROSA
OAB: 018292/PA Participação: EXECUTADO Nome: MULT BUSINESS LTDA - ME Participação:
EXECUTADO Nome: DEOCLECIANO DAVID CRUZ Participação: EXECUTADO Nome: DENILSON
SILVA TEIXEIRA
1301
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SENTENÇA

Vistos etc.

Trata-se de AÇÃO DE EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL proposta por BANCO DA AMAZONIA
S/A, devidamente qualificado, em face de MULT BUSINESS LTDA – ME, DEOCLECIANO DAVID CRUZ,
DENILSON SILVA TEIXEIRA, todos qualificados.

Com trâmite processual o requerente, adveio aos autos informando que compôs acordo com o requerido,
porém solicitava o prosseguimento do feito em face do não pagamento da verba referente aos honorários
advocatícios (id 17885242 e 19259539).

Intimados para a apresentação da minuta de acordo (id 23191209), os causídicos requerentes


apresentaram o termo aditivo no qual a requerida reconhece a dívida e estabelece termo e forma de
pagamento (id 25257908).

É a síntese do necessário.

Decido.

Ante ao acordo firmado entre as referidas partes, a homologação do ato é medida imperiosa, para que
surta os seus efeitos legais.

Ademais, a conciliação entre as partes, conforme se verifica no documento juntado e devidamente


assinado, enseja a extinção do processo com resolução do mérito, com fundamento no inciso III, alínea
“b”, do art. 487 do Código de Processo Civil.

A questão remanescente refere-se aos honorários advocatícios que, segundo os causídicos do exequente,
seriam devidos ante a determinação do despacho inicial (id 7423169).

Com efeito, é assente no E.STJ que honorários fixados no despacho inicial da execução (art. 827, caput,
do CPC[1]) possuem caráter provisório, podendo ser majorados, reduzidos ou até excluídos, só sendo
possível, assim, aferir a correta sucumbência ao final do processo.

Nesse sentido:

"AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS FIXADOS POR


DESPACHO INICIAL EM EXECUÇÃO. FEITO EXTINTO POR INICIATIVA DAS PARTES. TRANSAÇÃO.
INEXISTÊNCIA DE SUCUMBÊNCIA. Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, os
honorários fixados no despacho inicial da execução possuem caráter provisório, podendo ser
majorados, reduzidos ou até mesmo excluídos, só se conhecendo da sucumbência ao final do
processo quando o magistrado considerará todo o trabalho dos advogados. 2. Desse modo,
havendo composição entre as partes no tocante ao débito objeto da execução, dispondo inclusive acerca
dos honorários advocatícios, não mais subsistem os honorários fixados no despacho que recebe a
execução, não havendo que se falar em sucumbência, especialmente porque não houve vencedor nem
vencido. 3. Agravo interno a que se nega provimento." (AgInt no REsp 1.487.433SP, Rel. Ministro RAUL
ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 28032019, DJe 11042019 - grifou-se)

"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS


DE SUCUMBÊNCIA FIXADOS NOS EMBARGOS DO DEVEDOR. CUMULAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA DA LIDE. SÚMULA 7 DO STJ. INCIDÊNCIA. Os honorários fixados
no despacho inicial da execução podem ter caráter provisório e ser substituídos na oportunidade
de arbitramento de honorários nos embargos à execução, em que o magistrado considerará todo o
trabalho dos advogados até aquele momento. 2. A reforma do valor dos honorários demanda o
reexame do conjunto fático e probatório dos autos, vedado pelo enunciado 7 da Súmula do STJ.3. Agravo
1302
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

regimental a que se nega provimento." (AgRg no AREsp 616.452RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 1º032016, DJe de 04032016 - grifou-se)

"RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS. FIXAÇÃO PROVISÓRIA. ACORDO HOMOLOGADO. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS PROVISÓRIOS. DESCABIMENTO. OMISSÃO INEXISTENTE. REEXAME DE PROVAS.
SÚMULA Nº 7STJ. DISSÍDIO NÃO CONFIGURADO. FALTA DE SIMILITUDE. PREQUESTIONAMENTO.
AUSÊNCIA. SÚMULA Nº 282STF.1. Cinge-se a controvérsia a saber se os advogados da exequente
mantêm o direito à percepção dos honorários fixados no despacho que recebe a execução, a qual foi
posteriormente extinta em virtude de homologação de acordo entre as partes, em que se estabeleceu que
cada parte arcaria com os honorários de seus respectivos patronos. 2. Os honorários fixados no início
da execução são provisórios, pois só se conhecerá a sucumbência final quando do julgamento dos
embargos. Precedentes do STJ.3. Havendo composição entre as partes quanto à dívida principal,
dispondo expressamente sobre os honorários advocatícios, não subsistem os honorários fixados no
despacho que recebe a execução. Não há falar em sucumbência quando não existe vencedor nem
vencido, cabendo às partes dispor sobre o ônus do pagamento da verba. 4. Ressalva-se o direito dos
advogados que se reputarem prejudicados o ajuizamento de ação autônoma para pleitear a percepção da
verba honorária, bem como o respectivo valor, tudo conforme a extensão de sua atuação no processo. 5.
Rever as conclusões do Tribunal de origem - para entender que os recorrentes atuaram em defesa dos
direitos da exequente em diversos feitos - demandaria o reexame de todo o acervo documental carreado
aos autos de processo distinto, o que é inviável em sede de recurso especial, no termos da Súmula nº
7STJ.6. Recurso especial conhecido em parte e não provido." (REsp 1.414.394DF, Rel. Ministro RICARDO
VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 22092015, DJe 30092015 - grifou-se)

Assim, ao receber a execução, o juiz arbitra honorários apenas provisoriamente, para a hipótese de
pagamento, pelo executado, no prazo fixado no art. 829 do CPC2015. A continuidade da ação, por
qualquer motivo, implica a possibilidade de revisão da verba, que poderá ser majorada, reduzida, invertida
ou até mesmo suprimida.

Afasta-se, portanto, eventual alegação de que a fixação provisória de honorários no despacho inicial do
feito executivo pode constituir título hábil a aparelhar sua execução nos próprios autos.

Da mesma forma, havendo composição amigável, como na hipótese dos autos, não subsistem os
honorários fixados no despacho que recebe a execução, tampouco se pode falar em sucumbência, visto
que não há vencedor ou vencido. Com efeito, a transação é negócio jurídico bilateral, realizado entre as
partes, caracterizado por concessões mútuas a fim de pôr fim ao litígio.

No caso em exame, o acordo celebrado, e neste ato homologado, não dispôs acerca honorários
advocatícios, não podendo o juízo, ante a provisoriedade dos honorários estipulados no despacho inicial,
estabelecer a referida verba por ocasião da sentença homologatória, caberia as partes estabelecer como
seria o pagamento dos honorários, caso houve interesse nesse sentido.

ISTO POSTO, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea “b”, do CPC, HOMOLOGO por sentença o
acordo firmado entre as partes DETERMINANDO A EXTINÇÃO do processo.

Custas, se houver, ficam dispensadas, consoante regra do art.90, §3º do CPC.

Transitado em julgado, arquive-se os autos com as cautelas legais.

P.R.I.C.

Belém, 12 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO


1303
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juiz de Direito

[1] Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a
serem pagos pelo executado.

Número do processo: 0840944-87.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: BANCO DA


AMAZONIA SA [BASA DIRECAO GERAL] Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTO BRUNO ALVES
PEDROSA OAB: 8200/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA CAROLINE BARBOSA PEDROSA
OAB: 018292/PA Participação: EXECUTADO Nome: MULT BUSINESS LTDA - ME Participação:
EXECUTADO Nome: DEOCLECIANO DAVID CRUZ Participação: EXECUTADO Nome: DENILSON
SILVA TEIXEIRA

SENTENÇA

Vistos etc.

Trata-se de AÇÃO DE EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL proposta por BANCO DA AMAZONIA
S/A, devidamente qualificado, em face de MULT BUSINESS LTDA – ME, DEOCLECIANO DAVID CRUZ,
DENILSON SILVA TEIXEIRA, todos qualificados.

Com trâmite processual o requerente, adveio aos autos informando que compôs acordo com o requerido,
porém solicitava o prosseguimento do feito em face do não pagamento da verba referente aos honorários
advocatícios (id 17885242 e 19259539).

Intimados para a apresentação da minuta de acordo (id 23191209), os causídicos requerentes


apresentaram o termo aditivo no qual a requerida reconhece a dívida e estabelece termo e forma de
pagamento (id 25257908).

É a síntese do necessário.

Decido.

Ante ao acordo firmado entre as referidas partes, a homologação do ato é medida imperiosa, para que
surta os seus efeitos legais.

Ademais, a conciliação entre as partes, conforme se verifica no documento juntado e devidamente


assinado, enseja a extinção do processo com resolução do mérito, com fundamento no inciso III, alínea
“b”, do art. 487 do Código de Processo Civil.

A questão remanescente refere-se aos honorários advocatícios que, segundo os causídicos do exequente,
seriam devidos ante a determinação do despacho inicial (id 7423169).

Com efeito, é assente no E.STJ que honorários fixados no despacho inicial da execução (art. 827, caput,
do CPC[1]) possuem caráter provisório, podendo ser majorados, reduzidos ou até excluídos, só sendo
possível, assim, aferir a correta sucumbência ao final do processo.

Nesse sentido:

"AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS FIXADOS POR


1304
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DESPACHO INICIAL EM EXECUÇÃO. FEITO EXTINTO POR INICIATIVA DAS PARTES. TRANSAÇÃO.
INEXISTÊNCIA DE SUCUMBÊNCIA. Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, os
honorários fixados no despacho inicial da execução possuem caráter provisório, podendo ser
majorados, reduzidos ou até mesmo excluídos, só se conhecendo da sucumbência ao final do
processo quando o magistrado considerará todo o trabalho dos advogados. 2. Desse modo,
havendo composição entre as partes no tocante ao débito objeto da execução, dispondo inclusive acerca
dos honorários advocatícios, não mais subsistem os honorários fixados no despacho que recebe a
execução, não havendo que se falar em sucumbência, especialmente porque não houve vencedor nem
vencido. 3. Agravo interno a que se nega provimento." (AgInt no REsp 1.487.433SP, Rel. Ministro RAUL
ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 28032019, DJe 11042019 - grifou-se)

"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS


DE SUCUMBÊNCIA FIXADOS NOS EMBARGOS DO DEVEDOR. CUMULAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA DA LIDE. SÚMULA 7 DO STJ. INCIDÊNCIA. Os honorários fixados
no despacho inicial da execução podem ter caráter provisório e ser substituídos na oportunidade
de arbitramento de honorários nos embargos à execução, em que o magistrado considerará todo o
trabalho dos advogados até aquele momento. 2. A reforma do valor dos honorários demanda o
reexame do conjunto fático e probatório dos autos, vedado pelo enunciado 7 da Súmula do STJ.3. Agravo
regimental a que se nega provimento." (AgRg no AREsp 616.452RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 1º032016, DJe de 04032016 - grifou-se)

"RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS. FIXAÇÃO PROVISÓRIA. ACORDO HOMOLOGADO. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS PROVISÓRIOS. DESCABIMENTO. OMISSÃO INEXISTENTE. REEXAME DE PROVAS.
SÚMULA Nº 7STJ. DISSÍDIO NÃO CONFIGURADO. FALTA DE SIMILITUDE. PREQUESTIONAMENTO.
AUSÊNCIA. SÚMULA Nº 282STF.1. Cinge-se a controvérsia a saber se os advogados da exequente
mantêm o direito à percepção dos honorários fixados no despacho que recebe a execução, a qual foi
posteriormente extinta em virtude de homologação de acordo entre as partes, em que se estabeleceu que
cada parte arcaria com os honorários de seus respectivos patronos. 2. Os honorários fixados no início
da execução são provisórios, pois só se conhecerá a sucumbência final quando do julgamento dos
embargos. Precedentes do STJ.3. Havendo composição entre as partes quanto à dívida principal,
dispondo expressamente sobre os honorários advocatícios, não subsistem os honorários fixados no
despacho que recebe a execução. Não há falar em sucumbência quando não existe vencedor nem
vencido, cabendo às partes dispor sobre o ônus do pagamento da verba. 4. Ressalva-se o direito dos
advogados que se reputarem prejudicados o ajuizamento de ação autônoma para pleitear a percepção da
verba honorária, bem como o respectivo valor, tudo conforme a extensão de sua atuação no processo. 5.
Rever as conclusões do Tribunal de origem - para entender que os recorrentes atuaram em defesa dos
direitos da exequente em diversos feitos - demandaria o reexame de todo o acervo documental carreado
aos autos de processo distinto, o que é inviável em sede de recurso especial, no termos da Súmula nº
7STJ.6. Recurso especial conhecido em parte e não provido." (REsp 1.414.394DF, Rel. Ministro RICARDO
VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 22092015, DJe 30092015 - grifou-se)

Assim, ao receber a execução, o juiz arbitra honorários apenas provisoriamente, para a hipótese de
pagamento, pelo executado, no prazo fixado no art. 829 do CPC2015. A continuidade da ação, por
qualquer motivo, implica a possibilidade de revisão da verba, que poderá ser majorada, reduzida, invertida
ou até mesmo suprimida.

Afasta-se, portanto, eventual alegação de que a fixação provisória de honorários no despacho inicial do
feito executivo pode constituir título hábil a aparelhar sua execução nos próprios autos.

Da mesma forma, havendo composição amigável, como na hipótese dos autos, não subsistem os
honorários fixados no despacho que recebe a execução, tampouco se pode falar em sucumbência, visto
que não há vencedor ou vencido. Com efeito, a transação é negócio jurídico bilateral, realizado entre as
partes, caracterizado por concessões mútuas a fim de pôr fim ao litígio.

No caso em exame, o acordo celebrado, e neste ato homologado, não dispôs acerca honorários
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

advocatícios, não podendo o juízo, ante a provisoriedade dos honorários estipulados no despacho inicial,
estabelecer a referida verba por ocasião da sentença homologatória, caberia as partes estabelecer como
seria o pagamento dos honorários, caso houve interesse nesse sentido.

ISTO POSTO, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea “b”, do CPC, HOMOLOGO por sentença o
acordo firmado entre as partes DETERMINANDO A EXTINÇÃO do processo.

Custas, se houver, ficam dispensadas, consoante regra do art.90, §3º do CPC.

Transitado em julgado, arquive-se os autos com as cautelas legais.

P.R.I.C.

Belém, 12 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

[1] Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a
serem pagos pelo executado.

Número do processo: 0833028-94.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ADMINISTRADORA DE


CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA
TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: REU Nome: PAULO SANTIAGO MOREIRA

Processo: 0833028-94.2021.8.14.0301

DESPACHO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Intime-se a parte autora para emende a exordial, promovendo a juntada da planilha de débitos atualizada,
em 10 (dez) dias, sob pena de incidência do parágrafo único do art. 321 do Código de Processo Civil.

Cumprida a diligência acima, e caso seja necessário, a secretaria para que proceda com a correção do
valor da causa no sistema, conforme planilha apresentada, devendo os autos serem encaminhados a
UNAJ para novo cálculo de custas iniciais.

Em seguida, recolha a parte autora, no prazo de 05 (cinco) dias, as custas judiciais iniciais
complementares, sob pena de extinção do feito, se houver.

Após, conclusos.

Belém, 12 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRONIO D’ ANUNCIACÃO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juiz de Direito

Número do processo: 0833204-73.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO HONDA


S/A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO SANTANA BATISTA OAB: 30181/PA Participação:
REQUERIDO Nome: JOELSON RODRIGUES DE RODRIGUES

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Processo: 0833204-73.2021.8.14.0301

Requerente: BANCO HONDA S/A.

Requerido: JOELSON RODRIGUES DE RODRIGUES – endereço: Rua Osvaldo de Caldas Brito, Sn, Apto
305 Nova Orla, Jurunas, Belém, PA, CEP: 66025-190,

DECISÃO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Cuida-se de PEDIDO LIMINAR em Ação de Busca e Apreensão proposta por BANCO HONDA S/A., em
desfavor JOELSON RODRIGUES DE RODRIGUES, todos qualificados, com fundamento no Decreto-Lei
nº 911/69.

No caso dos autos, observo a comprovação das razões relatadas pelo Requerente em sua Exordial,
merecendo acolhida o pedido urgente.

Com a petição inicial vieram o demonstrativo do débito (ID 2824087) e o instrumento de notificação para
efeitos de constituição em mora do devedor, conforme ID 28240872.

A notificação fora dirigida ao endereço da parte Requerida por carta registrada com aviso de recebimento,
não sendo exigível que a assinatura constante no aviso seja do próprio devedor, conforme dispõe do art.
2º, § 2º, do Decreto-Lei nº 911/69. Vejamos:

Art. 2º. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação
fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de
leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição
expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver, com a devida
prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...)

§2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por
carta registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso
seja a do próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(...).

grifo nosso

Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, comprovada a mora do devedor, como na hipótese
vertente (a Súmula nº 72 do STJ prescreve "A comprovação da mora é imprescindível à busca e
apreensão do bem alienado fiduciariamente"), o caso é de se DEFERIR a medida liminar requerida na
inicial referente ao veículo alienado fiduciariamente Marca: HONDA Modelo: CG 160 TITAN Ano/Modelo:
2019/2020 Cor: VERMELHA Chassi N°: 9C2KC2210LR006095 Placa: QVD7168 Renavam: 01208408825.

Portanto, determino a imediata expedição de mandado de busca e apreensão do veículo, depositando-o


em mãos do representante indicado pela parte Autora, mediante termo de compromisso.

Deverá o bem alienado ficar na posse provisória do credor fiduciário, sendo vedada a sua saída dos limites
da região metropolitana deste Estado, pelo prazo de 05 (cinco) dias, até o escoamento do prazo para
pagamento pelo devedor dos valores apresentados pelo credor.

Cite-se a parte requerida para a purgação da mora no prazo de 05 (cinco) dias, quanto às parcelas
vencidas e vincendas, atualizadas em conformidade com os encargos moratórios contratuais, segundo os
valores apresentados pelo credor fiduciário, conforme pacificado pelo STJ, em sede de recurso repetitivo
(julgado 14/05/2014) no REsp 1418593/MS, ou apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias da
execução da liminar, tudo nos moldes dos §§ 2º e 3º do art. 3º do DL 911/69, dada pela Lei 10.931/04,
constando do mandado as advertências previstas nos arts. 336/337 do NCPC.

Conste no mandado que na hipótese de purgação da mora no prazo supracitado, o bem apreendido lhe
será restituído livre de ônus. Advirta-o ainda que não o fazendo neste prazo, ficará automaticamente
consolidada a propriedade e a posse plena do bem no patrimônio do credor, conforme a nova redação
dada pela Lei 10.931/04.

Autorizo, desde já, a citação do réu nos moldes do art. 212, §§ 1º e 2º, do Novo Código de Processo Civil.

A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO DE BUSCA, APREENSÃO E CITAÇÃO, a ser


cumprido por oficiais de justiça que, na oportunidade deverão mencionar o estado de uso e conservação
do bem em referência e sua quilometragem, ficando desde já autorizado, se necessário, o reforço policial.

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CIÊNCIA AO AUTOR. CUMPRA-SE.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

CUMPRA-SE.

Belém, 13 de agosto de 2021.

CELIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0841208-02.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO


BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO BRAZ DA SILVA
OAB: 20638/PA Participação: REQUERIDO Nome: WALDER BARROSO DOS SANTOS

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Processo: 0841208-02.2021.8.14.0301

Requerente: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.

Requerido: WALDER BARROSO DOS SANTOS– endereço: Psg Santa Helena, 269, 000, Pedreira, Belem
- PA, CEP: 66087-140.

DECISÃO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Cuida-se de PEDIDO LIMINAR em Ação de Busca e Apreensão proposta por BANCO BRADESCO
FINANCIAMENTOS S.A., em desfavor WALDER BARROSO DOS SANTOS, todos qualificados, com
fundamento no Decreto-Lei nº 911/69.

No caso dos autos, observo a comprovação das razões relatadas pelo Requerente em sua Exordial,
merecendo acolhida o pedido urgente.

Com a petição inicial vieram o demonstrativo do débito (ID 29890125) e o instrumento de notificação para
efeitos de constituição em mora do devedor, conforme ID 29890125.

A notificação fora dirigida ao endereço da parte Requerida por carta registrada com aviso de recebimento,
não sendo exigível que a assinatura constante no aviso seja do próprio devedor, conforme dispõe do art.
2º, § 2º, do Decreto-Lei nº 911/69. Vejamos:

Art. 2º. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação
fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de
leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição
expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver, com a devida
prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...)

§2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por
carta registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso
seja a do próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...).

grifo nosso

Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, comprovada a mora do devedor, como na hipótese
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

vertente (a Súmula nº 72 do STJ prescreve "A comprovação da mora é imprescindível à busca e


apreensão do bem alienado fiduciariamente"), o caso é de se DEFERIR a medida liminar requerida na
inicial referente ao veículo alienado fiduciariamente Marca: JEEP MODELO: RENEGADE FLEX ANO:
2016 COR: PRATA PLACA: QEU4541 CHASSI: 98861112XHK102160.

Portanto, determino a imediata expedição de mandado de busca e apreensão do veículo, depositando-o


em mãos do representante indicado pela parte Autora, mediante termo de compromisso.

Deverá o bem alienado ficar na posse provisória do credor fiduciário, sendo vedada a sua saída dos limites
da região metropolitana deste Estado, pelo prazo de 05 (cinco) dias, até o escoamento do prazo para
pagamento pelo devedor dos valores apresentados pelo credor.

Cite-se a parte requerida para a purgação da mora no prazo de 05 (cinco) dias, quanto às parcelas
vencidas e vincendas, atualizadas em conformidade com os encargos moratórios contratuais, segundo os
valores apresentados pelo credor fiduciário, conforme pacificado pelo STJ, em sede de recurso repetitivo
(julgado 14/05/2014) no REsp 1418593/MS, ou apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias da
execução da liminar, tudo nos moldes dos §§ 2º e 3º do art. 3º do DL 911/69, dada pela Lei 10.931/04,
constando do mandado as advertências previstas nos arts. 336/337 do NCPC.

Conste no mandado que na hipótese de purgação da mora no prazo supracitado, o bem apreendido lhe
será restituído livre de ônus. Advirta-o ainda que não o fazendo neste prazo, ficará automaticamente
consolidada a propriedade e a posse plena do bem no patrimônio do credor, conforme a nova redação
dada pela Lei 10.931/04.

Autorizo, desde já, a citação do réu nos moldes do art. 212, §§ 1º e 2º, do Novo Código de Processo Civil.

A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO DE BUSCA, APREENSÃO E CITAÇÃO, a ser


cumprido por oficiais de justiça que, na oportunidade deverão mencionar o estado de uso e conservação
do bem em referência e sua quilometragem, ficando desde já autorizado, se necessário, o reforço policial.

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CIÊNCIA AO AUTOR. CUMPRA-SE.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

CUMPRA-SE.

Belém, 16 de agosto de 2021.

CELIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0810671-23.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANTONIA MARIA MELO


PUREZA Participação: ADVOGADO Nome: ALCINDO VOGADO NETO OAB: 6266/PA Participação: REU
Nome: BANPARA Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA DAVID THOME registrado(a) civilmente
como LETICIA DAVID THOME OAB: 010270/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROCESSO Nº 0810671-23.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos.

Trata-se de AÇÃO DE REVISÃO DE DÉBITOS C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E EXIBIÇÃO DE


DOCUMENTOS proposta por ANTONIA MARIA MELO PUREZA BRAGANÇA, devidamente qualificada,
em face de BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A (BANPARÁ), também qualificado.

Com o trâmite processual, as partes vieram aos autos informando que compuseram acordo, solicitando,
pois, a extinção do feito (ID 26297684).

É a síntese do necessário.

Decido.

Ante ao acordo firmado entre as referidas partes, a homologação do ato é medida imperiosa, para que
surta os seus efeitos legais.

Ademais, a conciliação entre as partes, conforme se verifica no documento juntado e devidamente


assinado, enseja a extinção do processo com resolução do mérito, com fundamento no inciso III, alínea
“b”, do art. 487 do Código de Processo Civil.

ISTO POSTO, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea “b”, do CPC, HOMOLOGO por sentença o
acordo firmado entre as partes DETERMINANDO A EXTINÇÃO do processo.

Custas, se houver, ficam dispensadas, consoante regra do art.90, §3º do CPC.

P.R.I.C.

Belém, 27 de julho de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0810671-23.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANTONIA MARIA MELO


PUREZA Participação: ADVOGADO Nome: ALCINDO VOGADO NETO OAB: 6266/PA Participação: REU
Nome: BANPARA Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA DAVID THOME registrado(a) civilmente
como LETICIA DAVID THOME OAB: 010270/PA

PROCESSO Nº 0810671-23.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos.

Trata-se de AÇÃO DE REVISÃO DE DÉBITOS C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E EXIBIÇÃO DE


1311
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DOCUMENTOS proposta por ANTONIA MARIA MELO PUREZA BRAGANÇA, devidamente qualificada,
em face de BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A (BANPARÁ), também qualificado.

Com o trâmite processual, as partes vieram aos autos informando que compuseram acordo, solicitando,
pois, a extinção do feito (ID 26297684).

É a síntese do necessário.

Decido.

Ante ao acordo firmado entre as referidas partes, a homologação do ato é medida imperiosa, para que
surta os seus efeitos legais.

Ademais, a conciliação entre as partes, conforme se verifica no documento juntado e devidamente


assinado, enseja a extinção do processo com resolução do mérito, com fundamento no inciso III, alínea
“b”, do art. 487 do Código de Processo Civil.

ISTO POSTO, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea “b”, do CPC, HOMOLOGO por sentença o
acordo firmado entre as partes DETERMINANDO A EXTINÇÃO do processo.

Custas, se houver, ficam dispensadas, consoante regra do art.90, §3º do CPC.

P.R.I.C.

Belém, 27 de julho de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0826317-78.2018.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: LUIZ CARLOS


LIMA BORGES Participação: ADVOGADO Nome: ITA CAVALEIRO DE MACEDO MENDONCA OAB:
10159PA/PA Participação: EMBARGADO Nome: JEOSINEI DA SILVA SANTOS Participação:
EMBARGADO Nome: ANGELA VIANA DA GAMA Participação: EMBARGADO Nome: MANOEL BARATA
FAVACHO Participação: ADVOGADO Nome: MIGUEL BRASIL CUNHA OAB: 001132/PA

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 2º e consoante autorização prevista no art. 1º, §2º, I do Provimento nº 006/06 da
Corregedoria da Região Metropolitana de Belém, com nova redação dada pelo Provimento nº 008/2014-
CJRMB, intimo a parte autora através de seu advogado, para apresentar manifestação acerca da
contestação e da certidão do Oficial de Justiça, no prazo de 15 (quinze) dias.

Belém, 16 de agosto de 2021.

Alessandra Lima do Mar Moura


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Auxiliar Judiciário

Número do processo: 0833073-98.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO HONDA


S/A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO SANTANA BATISTA OAB: 30181/PA Participação:
REQUERIDO Nome: ANTONIO COELHO DE MIRANDA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Processo: 0833073-98.2021.8.14.0301

Requerente: BANCO HONDA S/A.

Requerido: ANTONIO COELHO DE MIRANDA – endereço: na Av Bernardo Sayao, 1803, Cs 2, Jurunas,


Belem, PA, CEP: 66030-120

DECISÃO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Cuida-se de PEDIDO LIMINAR em Ação de Busca e Apreensão proposta por BANCO HONDA S/A., em
desfavor ANTONIO COELHO DE MIRANDA, todos qualificados, com fundamento no Decreto-Lei nº
911/69.

No caso dos autos, observo a comprovação das razões relatadas pelo Requerente em sua Exordial,
merecendo acolhida o pedido urgente.

Com a petição inicial vieram o demonstrativo do débito (ID 28195412) e o instrumento de notificação para
efeitos de constituição em mora do devedor, conforme ID 28195415.

A notificação fora dirigida ao endereço da parte Requerida por carta registrada com aviso de recebimento,
não sendo exigível que a assinatura constante no aviso seja do próprio devedor, conforme dispõe do art.
2º, § 2º, do Decreto-Lei nº 911/69. Vejamos:

Art. 2º. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação
fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de
leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição
expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver, com a devida
prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...)

§2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por
carta registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso
1313
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

seja a do próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...).

grifo nosso

Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, comprovada a mora do devedor, como na hipótese
vertente (a Súmula nº 72 do STJ prescreve "A comprovação da mora é imprescindível à busca e
apreensão do bem alienado fiduciariamente"), o caso é de se DEFERIR a medida liminar requerida na
inicial referente ao veículo alienado fiduciariamente Marca: HONDA Modelo: CG 160 TITAN Ano/Modelo:
2019/2019 Cor: PRATA Chassi N°: 9C2KC2210KR044387 Placa: QVA9665 Renavam: 01197250694.

Portanto, determino a imediata expedição de mandado de busca e apreensão do veículo, depositando-o


em mãos do representante indicado pela parte Autora, mediante termo de compromisso.

Deverá o bem alienado ficar na posse provisória do credor fiduciário, sendo vedada a sua saída dos limites
da região metropolitana deste Estado, pelo prazo de 05 (cinco) dias, até o escoamento do prazo para
pagamento pelo devedor dos valores apresentados pelo credor.

Cite-se a parte requerida para a purgação da mora no prazo de 05 (cinco) dias, quanto às parcelas
vencidas e vincendas, atualizadas em conformidade com os encargos moratórios contratuais, segundo os
valores apresentados pelo credor fiduciário, conforme pacificado pelo STJ, em sede de recurso repetitivo
(julgado 14/05/2014) no REsp 1418593/MS, ou apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias da
execução da liminar, tudo nos moldes dos §§ 2º e 3º do art. 3º do DL 911/69, dada pela Lei 10.931/04,
constando do mandado as advertências previstas nos arts. 336/337 do NCPC.

Conste no mandado que na hipótese de purgação da mora no prazo supracitado, o bem apreendido lhe
será restituído livre de ônus. Advirta-o ainda que não o fazendo neste prazo, ficará automaticamente
consolidada a propriedade e a posse plena do bem no patrimônio do credor, conforme a nova redação
dada pela Lei 10.931/04.

Autorizo, desde já, a citação do réu nos moldes do art. 212, §§ 1º e 2º, do Novo Código de Processo Civil.

A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO DE BUSCA, APREENSÃO E CITAÇÃO, a ser


cumprido por oficiais de justiça que, na oportunidade deverão mencionar o estado de uso e conservação
do bem em referência e sua quilometragem, ficando desde já autorizado, se necessário, o reforço policial.

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CIÊNCIA AO AUTOR. CUMPRA-SE.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

CUMPRA-SE.

Belém, 12 de agosto de 2021.

CELIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Para ter acesso aos documentos do processo, basta acessar o link abaixo e informar a

chave de acesso.

L i n k : h t t p : / / p j e - c o n s u l t a s . t j p a . j u s . b r / p j e - 1 g -
consultas/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?CHAVES DE
ACESSO:#{processoTrfHome.tabelaHashDocumentos}

Número do processo: 0845436-88.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JORGE CARDOSO DE


SA RIBEIRO Participação: REU Nome: EBAZAR.COM.BR. LTDA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ
GUSTAVO DE OLIVEIRA RAMOS OAB: 128998/SP

Vistos etc.

JORGE CARDOSO DE SÁ RIBEIRO, já qualificado nos autos, devidamente assistido por NÚCLEO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ, ajuizou a presente
ação de OBRIGAÇÃO DE FAZER c/c INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS e DANOS MORAIS c/c
PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA, em face desfavor de EBAZAR LTDA, mantenedor do marketplace
“Mercado Livre”, já identificado.

Aduz que projetou um artefato industrial para encurtar rede de dormir que batizou de “encurtador de rede
ANJO”, o qual teve a patente registrada como MU 9103178-8 com validade 26/09/2025 e que diante da
popularidade que o produto amealhou, logo surgiram outros vendedores utilizando do serviço de
marketplace da Requerida anunciando e vendendo cópias “piratas”.

Informa que a Requerida, mesmo após ter sido mais de duas vezes notificada extrajudicialmente acerca
da infração de patente, continuou a permitindo que terceiros anunciem produtos que infringem a patente.

Afirma que como não conseguiu resolver a situação amigavelmente após notificação extrajudicial, recorre
ao Poder Judiciário para fazer cessar a fabricação ou venda dos produtos que infringem a patente MU
9103178-8, tal como para se ver ressarcido pelo prejuízo causado por estes produtos ilegais.

Ao final, requereu a concessão de tutela de urgência, para obrigando o requerido a retirar do seu sítio da
internet/Marketplace todos os produtos caracterizados como cópias não autorizadas do produto
patenteado encurtador de rede ANJO. No mérito, que seja tornado definitivo os efeitos da tutela e a que a
Requerida seja condenada ao pagamento de danos material no montante de R$ 33.000,00 e danos morais
no montante de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).

Juntou documentos.

Tutela de urgência indeferida no id. 14075493, sendo designada audiência de conciliação, a qual restou
infrutífera, conforme id. 16123861.

A requerida apresentou contestação no id. 17146695, onde aduz a não incidência do CDC e que embora o
autor alegue que notificou o MERCADO LIVRE acerca dos anúncios, não traz aos autos qualquer prova.
Afirma que não pode ser responsabilizado pelo controle prévio e monitoramento permanente do conteúdo
dos anúncios disponibilizados em sua plataforma já que referido controle foge por completo à sua esfera
de obrigações, estabelecidas por lei, não constituindo atividade intrínseca aos serviços prestados. Informa
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

que é necessária a verdadeira identificação e individualização dos conteúdos, como determina o Marco
Civil da Internet. Ao final, requereu a improcedência dos pleitos formulados. E não sendo esse o
entendimento, que subsidiariamente, seja rejeitado a ordem de monitoramento e fiscalização e especificar
a ordem de remoção de conteúdo, por afronta ao ordenamento jurídico que rege a matéria e em caso de
condenação por supostos danos, observe-se os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

Juntou documentos.

Replica id. 17598241.

Determino a intimação das partes para que, no prazo comum de 05 (cinco) dias, indicassem as provas que
pretendiam produzir, o autor e requerido concordaram com o julgamento antecipado da lide, conforme ids.
17993417 e 18181716.

Vieram os autos conclusos.

Éo relatório. DECIDO.

Écediço que a proteção de marcas e patentes garante a exclusividade de exploração pelo inventor,
conforme disciplina a Lei 9.279/96, de modo a impedir a reprodução e comercialização por terceiros, sem
a devida autorização, por caracterizar contrafação de marca e/ou patente.

A requerida, por seu turno, é “provedor de aplicações de internet”, conceito definido no art. 5º, inc. VII, da
Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) atuando como plataforma digital de comércio de produtos,
razão pela qual não comercializa diretamente o produto, mas promove a intermediação entre o
vendedor e o comprador, de maneira que os anúncios são elaborados pelos próprios usuários da
plataforma.

Ademais é notório o grande volume de clientes (vendedores anunciantes e compradores) que utilizam a
plataforma, a inviabilizar o controle de cada um dos anúncios efetivados, não se podendo, portanto, atribuir
a requerida corresponsabilidade por eventual ilícito praticado por esses terceiros, inclusive a contrafação
de patentes. Nesse sentido:

“(...) o Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência pacífica no sentido de que não se pode exigir do
provedor de internet a fiscalização antecipada de cada novo conteúdo postado, não apenas pela
impossibilidade técnica e prática de assim proceder, mas sobretudo pelo risco de tolhimento da liberdade
de criação, expressão e informação. Não se pode, sob o pretexto de dificultar a propagação de conteúdo
ilícito ou ofensivo, reprimir o direito da coletividade à informação. (REsp web 1396417/MG, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 07/11/2013, DJe 25/11/2013).”

Importa ainda reconhecer que além da provedora de conteúdo na internet não possuir a obrigação de
monitorar previamente todo o conteúdo inserido pelos seus usuários na plataforma, também não lhe cabe
o encargo de aferir se o anúncio fere ou não o direito autoral/patente, mormente considerando que sua
responsabilidade somente ocorrerá nos casos de descumprimento de determinações judiciais especificas
de retirada dos anúncios, conforme dispõe o art. 19, caput, da Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet):

“Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de
aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo
gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos
limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado
como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.” (sublinhado nosso)

Contudo, no caso sub judice, o autor indicou na exordial os URL’s onde se verificar a identidade entre os
elementos integrantes da patente registrada e aqueles constantes dos produtos colocados à venda (sob
intermediação da ré), em razão dos idênticos desenhos industriais, o que confere ao titular da patente o
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direito de impedir a venda ou que terceiro contribua para esta prática, conforme previsto no art. 42 da Lei
9.279/96. Transcrevo, in verbis:

"Art. 42. A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu consentimento, de
produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar com estes propósitos: I - produto objeto de patente; II -
processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado.

§ 1º Ao titular da patente é assegurado ainda o direito de impedir que terceiros contribuam para que outros
pratiquem os atos referidos neste artigo."

Assim, diante da indicação do endereço eletrônico (URL), entendo cumprido o disposto no art. 19, §1º, da
Lei nº 12.965/14, o que torna imperativo a retirada do acesso público aos anúncios que oferecem produtos
idênticos ao patenteado, sem prejuízo a outros anúncios existentes na mesma página eletrônica, já que a
ré dispõe de possibilidade técnicas para a exclusão. Nesse sentido:

Apelação. Práticas abusivas. Internet. Ação de obrigação de fazer c.c. indenizatória. Parcial procedência
com determinação de remoção de URL's. Inconformismo da ré. Descabimento. Autora que traz lista com
URL's específicas, dentre as quais, todavia, existem endereços eletrônicos de pastas e arquivos com
dezenas de materiais e não apenas aquele considerado indevido. Impossibilidade técnica de exclusão não
demonstrada. Determinação de exclusão mantida, uma vez que, ainda que atinja material não
correspondente à autora, a pasta encontra-se contaminada, não se mostrando justa a perpetuação da
contrafação. Provedora, ademais, que tem condições de promover a exclusão apenas dos arquivos
relacionados à agravada, já que devidamente indicados os conteúdos que supostamente violam sua
propriedade intelectual e industrial. Ordem mantida. Precedentes. Sentença mantida. Honorários
sucumbenciais recursais fixados. Recurso improvido. (TJ-SP - AC: 10182896120178260068 SP 1018289-
61.2017.8.26.0068, Relator: Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho, Data de Julgamento: 26/06/2021, 8ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 26/06/2021)

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos apenas para determinar ao réu a
remoção dos anúncios postados em sua plataforma referente aos endereços eletrônicos
https://lista.mercadolivre.com.br/encurtador-de-rede e https://lista.mercadolivre.com.br/redutor-de-punho
que tratam de cópias não autorizadas do produto patenteado encurtador de rede ANJO, no prazo de 05
(cinco) dias, a contar do trânsito em julgado da sentença, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil
reais) até o limite de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), pela desídia ou descumprimento da obrigação.

Considerando que o autor decaiu de pedido mínimo, condeno ao pagamento, no percentual de 70%
(setenta por cento), das custas e honorários que fixo em R$ 2.000,00 (dois mil reais), enquanto caberá ao
requerido, no percentual de 30%, sobre as referidas verbas acessórias. Contudo, suspendo a exigibilidade
das referidas verbas em relação ao autor, por ser beneficiário da Justiça Gratuita, nos termos da Lei
1060/50.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Após, o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.

Belém, 23 de julho de 2021.

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara cível e Empresarial da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0831855-69.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ANA CAROLINI E


OLIVEIRA ANDRADE Participação: ADVOGADO Nome: MARIO DAVID PRADO SA OAB: 6286/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Processo: 0831855-69.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Trata-se de AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL intentada por ANA CAROLINI E OLIVEIRA
ANDRADE, regularmente qualificado.

Em despacho ID 23073424, esse juízo determinou à parte autora que cumprisse as diligências requeridas
pelo Ministério Público em ID 18502317, sob pena de extinção do feito. O requerente, no entanto,
devidamente intimado através de seus advogados, quedou-se inerte, conforme certidão ID 24903008.

Éo que havia a relatar. Decido.

A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais, acarretando a paralisação do processo, faz
presumir a desistência da pretensão à tutela jurisdicional, equivalendo ao desaparecimento superveniente
do interesse de agir, condição para o regular exercício do direito de ação.

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

(...)

VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;

(...)

§3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau
de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.

ANTE O EXPOSTO, julgo extinto o processo sem resolução de mérito, com fundamento no art. 485,
inciso VI e §3º, do Código de Processo Civil.

Sem custas por ser a autora beneficiária da justiça gratuita.

Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se, com as cautelas legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém-PA, 26 de julho de 2021

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0843228-63.2021.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: PETROLEO


BRASILEIRO S A PETROBRAS Participação: ADVOGADO Nome: VALKIRIA MAIA ALVES ALMEIDA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

OAB: 3178/RO Participação: EMBARGADO Nome: EMPRESA DE PRATICAGEM DO RIO PARA E


PORTOS DA REGIAO S/S LTDA

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 2º e consoante autorização prevista no art. 1º, §2º, XI, do Provimento 006/2006-CGJ e
Ordem de Serviço 001/2021, intimo o autor, por meio de seu advogado, para pagar as

custas iniciais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de cancelamento da distribuição.

Belém, 16 de agosto de 2021

Alessandra Lima do Mar Moura

Auxiliar Judiciário

Número do processo: 0844084-27.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO ITAUCARD S/A


Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CARLOS SKRZYSZOWSKI JUNIOR OAB: 45445/PR
Participação: REU Nome: RONISIO ALBERTO LIMA LOPES

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 2º e consoante autorização prevista no art. 1º, §2º, XI, do Provimento 006/2006-CGJ e
Ordem de Serviço 001/2021, intimo o autor, por meio de seu advogado, para pagar as custas iniciais, no
prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de cancelamento da distribuição.

Belém, 16 de agosto de 2021

Alessandra Lima do Mar Moura

Auxiliar Judiciário
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0809117-53.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: A.R.A.F -


SERVICOS DE ASSESSORIA E CONSULTORIA - EIRELI Participação: ADVOGADO Nome: AMANDA
BRENA SOUZA DA COSTA OAB: 26633/PA Participação: EXECUTADO Nome: PAMPA EXPORTACOES
LTDA Participação: ADVOGADO Nome: SOFIA FOGAROLLI VIEIRA OAB: 22650/PA

Processo: 0809117-53.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos, etc.

Trata-se de AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL CONTRA DEVEDOR SOLVENTE,


proposto por A.R.A.F - SERVICOS DE ASSESSORIA E CONSULTORIA - EIRELI, em desfavor de
PAMPA EXPORTACOES LTDA, todos qualificados.

As partes vieram aos autos, ID 28656945, requerer a homologação de acordo firmado.

É a síntese do necessário.

Decido.

Ante ao acordo firmado entre as referidas partes, a homologação do ato é medida imperiosa, para que
surta os seus efeitos legais.

Ademais, a conciliação entre as partes, conforme se verifica no documento juntado e devidamente


assinado, enseja a extinção do processo com resolução do mérito, com fundamento no inciso III, alínea
“b”, do art. 487 do Código de Processo Civil.

ISTO POSTO, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea “b”, do CPC, HOMOLOGO por sentença o
acordo firmado entre as partes DETERMINANDO A EXTINÇÃO do processo COM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO.

Sem custas, nos termos do art. 90 do CPC.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos, com as cautelas legais.

P.R.I.C.

Belém, 10 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0851103-21.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: AYMORE CREDITO,


FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO
CRESPO BARBOSA OAB: 22991/PA Participação: REU Nome: JOSIANE BEZERRA DUARTE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Sentença:

Vistos etc.

AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A, instituição financeira, já qualificada,


propôs a presente AÇÃO DE BUSCA E APREENSO, em face de JOSIANE BEZERRA DUARTE, também
qualificado, com fundamento no Decreto-lei 911/69.

Alega, em síntese, que celebraram Contrato de Abertura de Crédito com Alienação Fiduciária em Garantia
/ cédula de crédito bancário sob nº 381122794 e que o requerido deixou de cumprir as obrigações
pactuadas em contrato desde 08/06/2020, razão pela qual foi constituído em mora.

Requereu a concessão de liminar de busca e apreensão e, no mérito, a procedência da ação com a


consolidação da posse e propriedade do bem identificado no contrato e na exordial.

Juntou documentos.

Deferida a liminar, o veículo foi apreendido, conforme certidão ID 23622119

Regularmente citada, a parte requerida deixou transcorrer in albis o prazo para apresentar contestação,
conforme se extrai da certidão ID 27853280.

Vieram-me os autos conclusos para os fins de direito.

É o Relatório. DECIDO.

A teor do disposto no art. 355, II do Código de Processo Civil, passo a proferir sentença nesta fase, diante
da revelia da requerida.

No caso em tela, trata-se de busca e apreensão em razão da inadimplência de contrato bancário garantido
por alienação fiduciária.

A alienação fiduciária é modalidade de garantia prevista no ordenamento jurídico brasileiro, não somente
no Decreto-lei acima referido, consoante se denota do artigo 1.361 do Código Civil. Desse modo, nenhuma
ilegalidade há em se transferir a propriedade resolúvel do bem ao credor, como forma de garantia de
pagamento.

O pedido procede, uma vez que a revelia faz presumir como verdadeiros e aceitos os argumentos
constantes da peça vestibular e estes, por sua vez, acarretam as consequências jurídicas apontadas no
art. 344 do CPC.

Sobre a hipótese, vejamos o escólio do professor Humberto Theodoro Júnior:

Da falta de contestação, presume-se ordinariamente a veracidade dos fatos afirmados pelo autor (art.
319), desde que válida a citação. Logo, não há necessidade de fase probatória e o juiz, pela simples
ausência de resposta do réu, fica autorizado a proferir o julgamento antecipado da lide (art. 330, nº II). Dá-
se um salto da fase postulatória diretamente à fase decisória. (Curso de Direito Processual Civil, Forense,
Rio, 18ª edição, 1996, fls. 398/399)

Nesse sentido, é a orientação do Superior Tribunal de Justiça: São verdadeiros os fatos arguidos na inicial
em função do efeito da revelia. (3ª Turma, Resp 5.130-SP, Rel. Min. Dias Trindade, j. 08/04/91 - DJU
06/05/91, p. 5.663).

Além da presunção que decorre da revelia, o Requerente comprova, documentalmente, as alegações


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

expendidas na inicial, resultando incontroversa a existência da alienação fiduciária apontada por meio do
contrato que acompanha a inicial, nos termos do § 1º, do artigo 66 da lei 4.728/65, com redação que lhe
deu o artigo 1º do Decreto-lei 911/69, bem como o inadimplemento e a mora do Requerido, a teor da
notificação consumada (ID 19802712), implicando em conferir ao proprietário fiduciário o direito de busca e
apreensão do bem, para os fins legais.

Ademais, a falta de contestação demonstra ser a pretensão do autor legítima. De outro lado, a par da
revelia, o Réu não efetuou o pagamento da integralidade da dívida pendente, segundo os valores
apresentados pelo credor fiduciário na inicial, como lhe faculta o § 3º, do artigo 3º, do Decreto-lei 911/69,
tendo apenas apresentado manifestação pelo parcelamento da dívida, o que não foi aceito pelo
Demandante.

Face ao exposto, com base nas disposições ínsitas no artigo 3º, do Decreto-lei 911/69, JULGO
PROCEDENTE o pedido do autor e, via de consequência, consolido em suas mãos a propriedade e a
posse plena e exclusiva do bem descrito na inicial, na forma do art. 487, I, do CPC, tornando definitiva a
apreensão liminar do bem, para todos os legais e jurídicos efeitos.

Condeno a parte Requerida no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que fixo na
forma do §§ 3º e 4º do art. 85 do CPC em R$ 800,00 (oitocentos reais), considerando o zelo, o tipo de
demanda e a simplificação advinda do julgamento antecipado, ficando a exigibilidade das despesas
suspensa, nos termos do art. 98, §3º do CPC.

Nos termos do art. 2º do DL 911/69 com as novas alterações dadas pela Lei 10.931/04, o autor poderá
vender o veículo, ficando obrigado a entregar ao réu o saldo porventura apurado, depois de haver seu
crédito mais despesas de cobrança.

Oficie-se ao DETRAN/CIRETRAN autorizando a expedição de novo certificado de registro, livre do ônus


da presente alienação e em favor do autor ou de terceiro por ele indicado.

P.R.I.

Belém, 21 de julho de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0808276-58.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO ITAUCARD S/A


Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES OAB: 19937/PR Participação:
REU Nome: LUAN COSTA DE FARIAS

Processo: 0808276-58.2021.8.14.0301

SENTENÇA

Trata-se de BUSCA E APREENSÃO proposta por BANCO ITAUCARD S/A, regularmente qualificada

A parte requerente, na figura de seu representante, requereu desistência do feito, conforme petição
atravessada ID 27409859.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Dispõe o art. 485, VIII, do Código de Processo Civil, que o processo será extinto sem julgamento do
mérito, quando o autor desistir da ação. Já o art. 200, parágrafo único, alerta que tal desistência somente
produzirá efeito após homologação judicial.

ANTE O EXPOSTO, e nos termos do art. 200, parágrafo único, do Código de Processo Civil,
HOMOLOGO A DESISTÊNCIA DA AÇÃO, julgando, em consequência, extinto o processo sem resolução
de mérito, com fundamento no art. 485, VIII, do Código Processual.

Custas pelo desistente (art 90 do CPC). Encaminhem-se os autos à UNAJ para o cálculo das custas e, em
seguida, se as houver, intime-se o autor para pagamento, sob pena de inscrição em dívida ativa.

Após o trânsito em julgado arquivam-se os autos, com as cautelas legais.

Belém, 26 de julho de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0844023-69.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO BRADESCO S.A


Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO MIRO DA SILVA FILHO OAB: 108504/MG
Participação: REU Nome: ARTEMUS ANASTACIO DA SILVA

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 2º e consoante autorização prevista no art. 1º, §2º, XI, do Provimento 006/2006-CGJ e
Ordem de Serviço 001/2021, intimo o autor, por meio de seu advogado, para pagar as custas iniciais, no
prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de cancelamento da distribuição.

Belém, 16 de agosto de 2021

Alessandra Lima do Mar Moura

Auxiliar Judiciário

Número do processo: 0835304-98.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MINISTÉRIO


PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ MPPA Participação: AUTORIDADE Nome: VITOR GABRIEL OLIVEIRA
DA SILVA Participação: AUTORIDADE Nome: JOSE ROGERIO MIRANDA DA SILVA JUNIOR
Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo: 0835304-98.2021.8.14.0301

Sentença

Ratifico a sentença proferida em audiência, conforme ID 30242445.

Belém/PA, 27 de julho de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível e Empresarial

Número do processo: 0833306-95.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EMBRACON


ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA
TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: REU Nome: GERALDO JAMIL CALDAS FERREIRA
ANTONIO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Processo: 0833306-95.2021.8.14.0301

Requerente: EMBRACON ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA

Requerido: GERALDO JAMIL CALDAS FERREIRA ANTONIO – endereço: R LAURO SODRE, 75 A,


00000 – TERRA FIRME, BELEM, PA, CEP: 66077-291.

DECISÃO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Cuida-se de PEDIDO LIMINAR em Ação de Busca e Apreensão proposta por EMBRACON


ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA, em desfavor GERALDO JAMIL CALDAS FERREIRA
ANTONIO, todos qualificados, com fundamento no Decreto-Lei nº 911/69.

No caso dos autos, observo a comprovação das razões relatadas pelo Requerente em sua Exordial,
merecendo acolhida o pedido urgente.

Com a petição inicial vieram o demonstrativo do débito (ID 28260363) e o instrumento de notificação para
efeitos de constituição em mora do devedor, conforme ID 28260380.

A notificação fora dirigida ao endereço da parte Requerida por carta registrada com aviso de recebimento,
não sendo exigível que a assinatura constante no aviso seja do próprio devedor, conforme dispõe do art.
2º, § 2º, do Decreto-Lei nº 911/69. Vejamos:
1324
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Art. 2º. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação
fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de
leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição
expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver, com a devida
prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...)

§2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por
carta registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso
seja a do próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...).

grifo nosso

Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, comprovada a mora do devedor, como na hipótese
vertente (a Súmula nº 72 do STJ prescreve "A comprovação da mora é imprescindível à busca e
apreensão do bem alienado fiduciariamente"), o caso é de se DEFERIR a medida liminar requerida na
inicial referente ao veículo alienado fiduciariamente Marca: VW TIPO - Carro MODELO: GOL 1.0 PLUS
CHASSI: 9BWCA05X31P071434 COR: AMARELO ANO: 2001 PLACA: JUB8943 RENAVAN:
00754275825.

Portanto, determino a imediata expedição de mandado de busca e apreensão do veículo, depositando-o


em mãos do representante indicado pela parte Autora, mediante termo de compromisso.

Deverá o bem alienado ficar na posse provisória do credor fiduciário, sendo vedada a sua saída dos limites
da região metropolitana deste Estado, pelo prazo de 05 (cinco) dias, até o escoamento do prazo para
pagamento pelo devedor dos valores apresentados pelo credor.

Após, cumprida a liminar, cite-se a parte requerida para a purgação da mora no prazo de 05 (cinco) dias,
quanto às parcelas vencidas e vincendas, atualizadas em conformidade com os encargos moratórios
contratuais, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário, conforme pacificado pelo STJ, em
sede de recurso repetitivo (julgado 14/05/2014) no REsp 1418593/MS, ou apresentar defesa no prazo de
15 (quinze) dias da execução da liminar, tudo nos moldes dos §§ 2º e 3º do art. 3º do DL 911/69, dada
pela Lei 10.931/04, constando do mandado as advertências previstas nos arts. 336/337 do NCPC.

Conste no mandado que na hipótese de purgação da mora no prazo supracitado, o bem apreendido lhe
será restituído livre de ônus. Advirta-o ainda que não o fazendo neste prazo, ficará automaticamente
consolidada a propriedade e a posse plena do bem no patrimônio do credor, conforme a nova redação
dada pela Lei 10.931/04.

Autorizo, desde já, a citação do réu nos moldes do art. 212, §§ 1º e 2º, do Novo Código de Processo Civil.

A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO DE BUSCA, APREENSÃO E CITAÇÃO, a ser


cumprido por oficiais de justiça que, na oportunidade deverão mencionar o estado de uso e conservação
do bem em referência e sua quilometragem, ficando desde já autorizado, se necessário, o reforço policial.

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CIÊNCIA AO AUTOR. CUMPRA-SE.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

CUMPRA-SE.
1325
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 13 de agosto de 2021.

CELIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0843621-85.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BRADESCO


ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: AMANDIO FERREIRA
TERESO JUNIOR OAB: 16837/PA Participação: REU Nome: STAR PARK SERVICE LTDA - ME

Processo: 0843621-85.2021.8.14.0301

DESPACHO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Para o ajuizamento da ação de busca e apreensão amparada no Decreto-Lei nº 911/69, o credor


comprovar que constituiu o devedor em mora, mediante notificação do devedor ou protesto do título. In
verbis, a Súmula 72 do STJ: “A comprovação da mora é imprescindível à busca e apreensão do bem
alienado fiduciariamente”.

No presente caso, a parte requerente demonstrou apenas o envio da notificação extrajudicial ao endereço
da parte requerida, de forma que a parte demandada não fora constituído em mora, uma vez que não fora
devidamente notificada sobre seu inadimplemento.

Assim, determino a parte autora que emende a exordial, promovendo a juntada da notificação extrajudicial,
a teor do disposto no art. 2º, §2º, do Decreto-Lei nº 911/69, bem como providencie a juntada da planilha de
débitos atualizada, em 10 (dez) dias, sob pena de incidência do parágrafo único do art. 321 do Código de
Processo Civil.

Escoado o prazo, retornem conclusos aos autos.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 10 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito

Número do processo: 0832113-45.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO HYUNDAI


CAPITAL BRASIL S.A Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANO GONCALVES OLIVIERI OAB:
11703/ES Participação: REQUERIDO Nome: JOSIBELLE BEZERRA DA SILVA 76019853268
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Processo: 0832113-45.2021.8.14.0301

Requerente: BANCO HYUNDAI CAPITAL BRASIL S.A

Requerido: JOSIBELLE BEZERRA DA SILVA – endereço: R TREZE DE DEZEMBRO 34, bairro


MANGUEIRAO, no município de BELEM - PA, CEP 66640460.

DECISÃO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Cuida-se de PEDIDO LIMINAR em Ação de Busca e Apreensão proposta por BANCO HYUNDAI CAPITAL
BRASIL S.A, em desfavor de JOSIBELLE BEZERRA DA SILVA, todos qualificados, com fundamento no
Decreto-Lei nº 911/69.

No caso dos autos, observo a comprovação das razões relatadas pelo Requerente em sua Exordial,
merecendo acolhida o pedido urgente.

Com a petição inicial vieram o demonstrativo do débito (ID 27934814) e o instrumento de notificação para
efeitos de constituição em mora do devedor, conforme ID 27934812.

A notificação fora dirigida ao endereço da parte Requerida por carta registrada com aviso de recebimento,
não sendo exigível que a assinatura constante no aviso seja do próprio devedor, conforme dispõe do art.
2º, § 2º, do Decreto-Lei nº 911/69. Vejamos:

Art. 2º. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação
fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de
leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição
expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver, com a devida
prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...)

§2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por
carta registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso
seja a do próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...).

grifo nosso

Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, comprovada a mora do devedor, como na hipótese
vertente (a Súmula nº 72 do STJ prescreve "A comprovação da mora é imprescindível à busca e
apreensão do bem alienado fiduciariamente"), o caso é de se DEFERIR a medida liminar requerida na
inicial referente ao veículo alienado fiduciariamente CHASSI: 9BHBG51CAKP057565, RENAVAM:
000000000000, PLACAS: NF, MARCA/MODELO: HYUNDAI/HB20 UNIQUE 1.0 FLEX,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ANO/FABRICAÇÃO:

2019, RESTRIÇÃO: RESTRIÇÃO-1: ALIENAÇÃO FIDUCIARIA, TIPO DE VEÍCULO: AUTOMÓVEL, COR:


BRANCA, COMBUSTÍVEL: Gasolina, ANO/MODELO: 2019.

Portanto, determino a imediata expedição de mandado de busca e apreensão do veículo, depositando-o


em mãos do representante indicado pela parte Autora, mediante termo de compromisso.

Deverá o bem alienado ficar na posse provisória do credor fiduciário, sendo vedada a sua saída dos limites
da região metropolitana deste Estado, pelo prazo de 05 (cinco) dias, até o escoamento do prazo para
pagamento pelo devedor dos valores apresentados pelo credor.

Cite-se a parte requerida para a purgação da mora no prazo de 05 (cinco) dias, quanto às parcelas
vencidas e vincendas, atualizadas em conformidade com os encargos moratórios contratuais, segundo os
valores apresentados pelo credor fiduciário, conforme pacificado pelo STJ, em sede de recurso repetitivo
(julgado 14/05/2014) no REsp 1418593/MS, ou apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias da
execução da liminar, tudo nos moldes dos §§ 2º e 3º do art. 3º do DL 911/69, dada pela Lei 10.931/04,
constando do mandado as advertências previstas nos arts. 336/337 do NCPC.

Conste no mandado que na hipótese de purgação da mora no prazo supracitado, o bem apreendido lhe
será restituído livre de ônus. Advirta-o ainda que não o fazendo neste prazo, ficará automaticamente
consolidada a propriedade e a posse plena do bem no patrimônio do credor, conforme a nova redação
dada pela Lei 10.931/04.

Autorizo, desde já, a citação do réu nos moldes do art. 212, §§ 1º e 2º, do Novo Código de Processo Civil.

A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO DE BUSCA, APREENSÃO E CITAÇÃO, a ser


cumprido por oficiais de justiça que, na oportunidade deverão mencionar o estado de uso e conservação
do bem em referência e sua quilometragem, ficando desde já autorizado, se necessário, o reforço policial.

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CIÊNCIA AO AUTOR. CUMPRA-SE.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

CUMPRA-SE.

Belém, 11 de agosto de 2021.

CELIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0835084-03.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO ITAUCARD S/A


Participação: ADVOGADO Nome: JOSE CARLOS SKRZYSZOWSKI JUNIOR OAB: 45445/PR
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Participação: REU Nome: WANDESON MATOS DE CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: ALINE
PAMPOLHA TAVARES OAB: 23058/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Processo: 0835084-03.2021.8.14.0301

Requerente: BANCO ITAUCARD S/A

Requerido: WANDESON MATOS DE CARVALHO – endereço: VILA VILETA,00497 PEDREIRA BELEM


PA CEP:66085700

DECISÃO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Cuida-se de PEDIDO LIMINAR em Ação de Busca e Apreensão proposta por BANCO ITAUCARD S/A, em
desfavor WANDESON MATOS DE CARVALHO, todos qualificados, com fundamento no Decreto-Lei nº
911/69.

No caso dos autos, observo a comprovação das razões relatadas pelo Requerente em sua Exordial,
merecendo acolhida o pedido urgente.

Com a petição inicial vieram o demonstrativo do débito (ID 28752078) e o instrumento de notificação para
efeitos de constituição em mora do devedor, conforme ID 28752077.

A notificação fora dirigida ao endereço da parte Requerida por carta registrada com aviso de recebimento,
não sendo exigível que a assinatura constante no aviso seja do próprio devedor, conforme dispõe do art.
2º, § 2º, do Decreto-Lei nº 911/69. Vejamos:

Art. 2º. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação
fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de
leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição
expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver, com a devida
prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...)

§2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por
carta registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso
seja a do próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...).

grifo nosso

Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, comprovada a mora do devedor, como na hipótese
vertente (a Súmula nº 72 do STJ prescreve "A comprovação da mora é imprescindível à busca e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

apreensão do bem alienado fiduciariamente"), o caso é de se DEFERIR a medida liminar requerida na


inicial referente ao veículo alienado fiduciariamente Marca: VOLKSWAGE Modelo: VOYAGE
(COMPOSITIO Ano Fabricação: 2019 Cor: CINZA - Chassi: 9BWDG45U1LT007323 Placa: QQO9524
RENAVAM: 01188948617.

Portanto, determino a imediata expedição de mandado de busca e apreensão do veículo, depositando-o


em mãos do representante indicado pela parte Autora, mediante termo de compromisso.

Deverá o bem alienado ficar na posse provisória do credor fiduciário, sendo vedada a sua saída dos limites
da região metropolitana deste Estado, pelo prazo de 05 (cinco) dias, até o escoamento do prazo para
pagamento pelo devedor dos valores apresentados pelo credor.

Cite-se a parte requerida para a purgação da mora no prazo de 05 (cinco) dias, quanto às parcelas
vencidas e vincendas, atualizadas em conformidade com os encargos moratórios contratuais, segundo os
valores apresentados pelo credor fiduciário, conforme pacificado pelo STJ, em sede de recurso repetitivo
(julgado 14/05/2014) no REsp 1418593/MS, ou apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias da
execução da liminar, tudo nos moldes dos §§ 2º e 3º do art. 3º do DL 911/69, dada pela Lei 10.931/04,
constando do mandado as advertências previstas nos arts. 336/337 do NCPC.

Conste no mandado que na hipótese de purgação da mora no prazo supracitado, o bem apreendido lhe
será restituído livre de ônus. Advirta-o ainda que não o fazendo neste prazo, ficará automaticamente
consolidada a propriedade e a posse plena do bem no patrimônio do credor, conforme a nova redação
dada pela Lei 10.931/04.

Autorizo, desde já, a citação do réu nos moldes do art. 212, §§ 1º e 2º, do Novo Código de Processo Civil.

A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO DE BUSCA, APREENSÃO E CITAÇÃO, a ser


cumprido por oficiais de justiça que, na oportunidade deverão mencionar o estado de uso e conservação
do bem em referência e sua quilometragem, ficando desde já autorizado, se necessário, o reforço policial.

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CIÊNCIA AO AUTOR. CUMPRA-SE.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

CUMPRA-SE.

Belém, 13 de agosto de 2021.

CELIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0861202-21.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JONAS ARAUJO DOS


SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO OAB: 007261/PA
Participação: REU Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: LUANA SILVA SANTOS OAB: 16292/PA Participação: ADVOGADO
Nome: MARILIA DIAS ANDRADE registrado(a) civilmente como MARILIA DIAS ANDRADE OAB:
14351/PA Participação: INTERESSADO Nome: FILOMENA BRANDAO BARROSO REBELLO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do(a) MM(a). Juiz de Direito Titular, respeitando-se os artigos 229 e 1.010, §§ 1º e 3º, do
Novo CPC (Lei federal nº 13.105/2015), fica intimado(a) o(a) Requerido(a), parte Apelada, para que, em
15 (quinze) dias úteis, querendo, ofereça Contrarrazões à apelação, interposta pelo(a) Autor(a) JONAS
ARAÚJO DOS SANTOS, na data de 12/08/2021 (ID 31479295). Belém-PA, 16/08/2021. Eu, __________,
Everton Meireles Costa, analista judiciário, mat. 6773-3, lotado(a) na 1ª UPJ das Varas Cíveis e
Empresariais da Comarca da Capital, digitei e subscrevo-o.

Número do processo: 0844119-84.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO BRADESCO S.A


Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ALBERTO MIRO DA SILVA OAB: 25225/MG Participação:
REU Nome: AMANDA N SILVA - ME

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 2º e consoante autorização prevista no art. 1º, §2º, XI, do Provimento 006/2006-CGJ e
Ordem de Serviço 001/2021, intimo o autor, por meio de seu advogado, para pagar as custas iniciais, no
prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de cancelamento da distribuição.

Belém, 16 de agosto de 2021

Alessandra Lima do Mar Moura

Auxiliar Judiciário

Número do processo: 0837307-26.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO


BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO BRAZ DA SILVA
OAB: 20638/PA Participação: REQUERIDO Nome: BEATRIZ SILVA CASTRO BESSA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Processo: 0837307-26.2021.8.14.0301

Requerente: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Requerido: BEATRIZ SILVA CASTRO BESSA – endereço: Travessa Humaita, 153,

Casa Alto B, Pedreira, Belem - PA, CEP: 66083-340.

DECISÃO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Cuida-se de PEDIDO LIMINAR em Ação de Busca e Apreensão proposta por BANCO BRADESCO
FINANCIAMENTOS S.A., em desfavor BEATRIZ SILVA CASTRO BESSA, todos qualificados, com
fundamento no Decreto-Lei nº 911/69.

No caso dos autos, observo a comprovação das razões relatadas pelo Requerente em sua Exordial,
merecendo acolhida o pedido urgente.

Com a petição inicial vieram o demonstrativo do débito (ID 28995403) e o instrumento de notificação para
efeitos de constituição em mora do devedor, conforme ID 28995403.

A notificação fora dirigida ao endereço da parte Requerida por carta registrada com aviso de recebimento,
não sendo exigível que a assinatura constante no aviso seja do próprio devedor, conforme dispõe do art.
2º, § 2º, do Decreto-Lei nº 911/69. Vejamos:

Art. 2º. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação
fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de
leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição
expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver, com a devida
prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...)

§2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por
carta registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso
seja a do próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...).

grifo nosso

Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, comprovada a mora do devedor, como na hipótese
vertente (a Súmula nº 72 do STJ prescreve "A comprovação da mora é imprescindível à busca e
apreensão do bem alienado fiduciariamente"), o caso é de se DEFERIR a medida liminar requerida na
inicial referente ao veículo alienado fiduciariamente Marca: FORD MODELO: NEW ECOSPORT FLEX
ANO: 2013 COR: PRATA PLACA: OTE2606 CHASSI: 9BFZB55P5E8817161.

Portanto, determino a imediata expedição de mandado de busca e apreensão do veículo, depositando-o


em mãos do representante indicado pela parte Autora, mediante termo de compromisso.

Deverá o bem alienado ficar na posse provisória do credor fiduciário, sendo vedada a sua saída dos limites
da região metropolitana deste Estado, pelo prazo de 05 (cinco) dias, até o escoamento do prazo para
pagamento pelo devedor dos valores apresentados pelo credor.

Após, cumprida a liminar, cite-se a parte requerida para a purgação da mora no prazo de 05 (cinco) dias,
1332
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

quanto às parcelas vencidas e vincendas, atualizadas em conformidade com os encargos moratórios


contratuais, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário, conforme pacificado pelo STJ, em
sede de recurso repetitivo (julgado 14/05/2014) no REsp 1418593/MS, ou apresentar defesa no prazo de
15 (quinze) dias da execução da liminar, tudo nos moldes dos §§ 2º e 3º do art. 3º do DL 911/69, dada
pela Lei 10.931/04, constando do mandado as advertências previstas nos arts. 336/337 do NCPC.

Conste no mandado que na hipótese de purgação da mora no prazo supracitado, o bem apreendido lhe
será restituído livre de ônus. Advirta-o ainda que não o fazendo neste prazo, ficará automaticamente
consolidada a propriedade e a posse plena do bem no patrimônio do credor, conforme a nova redação
dada pela Lei 10.931/04.

Autorizo, desde já, a citação do réu nos moldes do art. 212, §§ 1º e 2º, do Novo Código de Processo Civil.

A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO DE BUSCA, APREENSÃO E CITAÇÃO, a ser


cumprido por oficiais de justiça que, na oportunidade deverão mencionar o estado de uso e conservação
do bem em referência e sua quilometragem, ficando desde já autorizado, se necessário, o reforço policial.

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CIÊNCIA AO AUTOR. CUMPRA-SE.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

CUMPRA-SE.

Belém, 16 de agosto de 2021.

CELIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0878007-49.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DILTON ROGERIO


AZEVEDO LIMA Participação: ADVOGADO Nome: VINICIUS AUGUSTO SANTOS NOGUEIRA OAB:
26893/PA Participação: REU Nome: MEIO A MEIO PARAENSE LTDA - ME Participação: ADVOGADO
Nome: FRANCIMARA DE AQUINO SILVA OAB: 11745/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOCILEIA
RAMOS DE OLIVEIRA OAB: 26503/PA Participação: ADVOGADO Nome: THAIS ROSE COSTA DA
PENHA OAB: 26508/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

JUIZO DA 5ª VARA CIVEL, COMÉRCIO E REGISTRO PÚBLICO

TERMO DE AUDIÊNCIA- PROC. Nº 0878007-49.2018.8.14.0301

Aos 11.08.2021, nesta cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, às 10:00 horas, na sala de audiências
do Juízo de Direito da 5ª Vara Cível, onde estavam presentes o Dr. CÉLIO PETRÔNIO D´ANUNCIAÇÃO,
Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível da Capital, para Audiência de Instrução.
1333
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Feito o pregão, presente a parte autora DILTON ROGERIO AZEVEDO LIMA – RG 3895811 – PC/PA,
acompanhado do advogado Dr. Vinicius Augusto Santos Nogueira – OAB/PA 26893.

Presente o requerido MEIO A MEIO PARAENSE, neste ato representada pela Sra. Simoni Pinto Moura –
RG 2598847 -= SSP/PA, acompanhada da advogada Dra. Jocileia Ramos de Oliveira e- OAB/PA 26503 e
Dra. Francimara de Aquino Silva – OAB/PA 11745.

Aberta audiência: sem proposta de acordo.

Passou-se ao depoimento das testemunhas arroladas pelo requerido.

JOÃO BOSCO CARVALHO FERREIRA – RG 1351236 – SSP/PA. Aos costumes, disse nada.

Testemunha compromissada na forma da lei. As perguntas do MM. Juiz, respondeu: que presenciou os
fatos; Que trabalhou na época no supermercado requerido; que era o gerente de loja; que o autor entrou
na loja acompanhado de outro rapaz, sendo que o rapaz que acompanhava o autor fora impedido por
estar sem camisa, por normas da loja; que o autor adentrou a loja para comprar bebida; que a bebida que
seria comprada pelo autor fica no expositor dentro do mercado, sendo que o cliente identifica a bebida, vai
ao caixa paga e depois com o tíquete pega a bebida (whisky); que devido o amigo do autor ter ficado do
lado de fora, começou uma animosidade entre este e o segurança da loja que havia impedido a entrada;
que iniciaram discursão verbal, xingamentos com palavras de baixo calão; que quando a bebida desceu, a
animosidade ficou ainda maior, havendo tentativa de agressão ao próprio segurança; que o autor investiu
contra o segurança, tendo o segurança pedido para o mesmo recuar e mesmo com esse pedido, o autor
foi para cima do segurança; que para se defender o segurança puxou a arma e fez o disparo; que o
primeiro tiro disparo foi na perna, mas não sabe se houve outros disparos, devido ao tumulto generalizado;
que ouviu apenas um tiro; que foi providenciado o socorro, sendo ligado para o número 192 para que
houvesse o atendimento; que também houve tentativa de invasão do supermercado por pessoas que
moravam na proximidade, acreditando que pudesse ser pessoas ligadas ao autor; que a ambulância 192
socorreu o autor; que não tem conhecimento se foi prestado qualquer tipo de assistência posterior ao autor
pelo supermercado; que como gerente não foi procurado por ninguém para tal fim.

Dada a palavra a advogadas do requerido, nada perguntaram.

As perguntas do advogado do autor, respondeu: Que não sabe se o autor estava portanto arma branca
ou de fogo; que afirma que o autor estava sob efeito de álcool, pois já chegou um pouco alterado devido a
amigo ser barrado; que o amigo do autor também ficou alterado mas do lado de fora; Que tentou mediar a
referida situação pois estava na frente da loja; que a loja tinha aviso que impedia a entrada de pessoas
sem camisa e animais; que no estabelecimento havia pelo menos dois seguranças; que o outro segurança
estava em outro local, circulando, por isso não foi chamado para ajudar o segurança que estava em
contato com o autor; que geralmente há contato por radio entre os seguranças, mas os fatos aconteceram
de forma muito rápida; que nunca houve nenhum outro episódio parecido ao dos autos, referente a
entrada de pessoas sem camisa; que o segurança tem preparação, mas os seguranças eram orientados
para agir de acordo com a norma da empresa; que não havia treinamento/curso ou aperfeiçoamento
oferecido pelo supermercado aos seguranças; que a reação do segurança decorreu de uma ação do autor,
já que houve pedido ao autor para cessar sua conduta; que o segurança inicialmente se afastou do autor,
não estando com a arma na mão, recuando, e quando o autor se aproximou, este puxou rápido e efetuou
o disparo; que viu o momento em que o segurança empunhou a arma; que não mediou a situação,
acompanhou a entrada, depois houve a alteração quando a bebida demorou para descer, sendo que o
segurança recuou, ou seja, não foi para cima do autor, não estando com a ama em punho, o que ocorreu
apenas quando o autor foi para a direção deste, por isso não interviu; que o colaborador não interviu, pois
ninguém esperava o fato e cada tem o seu trabalho, sendo que na recepção trabalha sempre mulheres e
que não tinha como chamar os colaboradores pois não sabia o desfecho da situação.

Neste ato o requerido desiste da otiva da testemunha remanescente. O pedido foi deferido.

DELIBERAÇÃO: dou por encerrada a instrução processual.


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Prazo sucessivo de 15 (quinze) dias para memoriais finais, sendo primeiro a parte autora e após a
requerida, contados a partir da publicação deste ato processual.

Após, retornem conclusos para sentença.

Cientes os presentes.

Nada mais havendo, encerra-se o presente termo.

JUIZ DE DIREITO:

REQUERENTE:

ADVOGADO:

REQUERIDO:

ADVOGADA:

ADVOGADA:

TESTEMUNHA (João):

Número do processo: 0836697-63.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO PREMIUM Participação: ADVOGADO Nome: THAINA VEIGA MARGALHO OAB: 26706/PA
Participação: EXECUTADO Nome: PREMIUM PARTICIPACOES LTDA

Processo: 0836697-63.2018.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos etc.

Trata-se de AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TAXAS CONDOMINIAIS. proposta por CONDOMINIO DO


EDIFICIO PREMIUM, em desfavor do PREMIUM PARTICIPAÇÕES LTDA, todos qualificados.

No ID 28936525, as partes informaram a realização de acordo, requerendo a homologação.

É a síntese do necessário. Decido.

Ante ao acordo firmado entre as referidas partes, a homologação do ato é medida imperiosa, para que
surta os seus efeitos legais.

Ademais, a conciliação entre as partes, conforme se verifica no documento juntado e devidamente


assinado, enseja a extinção do processo com resolução do mérito, com fundamento no inciso III, alínea
“b”, do art. 487 do Código de Processo Civil.

ISTO POSTO, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea “b”, do CPC, HOMOLOGO por sentença o
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acordo firmado entre as partes DETERMINANDO A EXTINÇÃO do processo COM RESOLUÇÃO DE


MÉRITO.

Sem custas nos termos do art. 90 do CPC.

Após o trânsito em julgado da presente, e não havendo outras diligências a serem cumpridas, arquive-se
os autos com as cautelas de praxe.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2020.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível

Número do processo: 0836697-63.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: CONDOMINIO DO


EDIFICIO PREMIUM Participação: ADVOGADO Nome: THAINA VEIGA MARGALHO OAB: 26706/PA
Participação: EXECUTADO Nome: PREMIUM PARTICIPACOES LTDA

Processo: 0836697-63.2018.8.14.0301

SENTENÇA

Vistos etc.

Trata-se de AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TAXAS CONDOMINIAIS. proposta por CONDOMINIO DO


EDIFICIO PREMIUM, em desfavor do PREMIUM PARTICIPAÇÕES LTDA, todos qualificados.

No ID 28936525, as partes informaram a realização de acordo, requerendo a homologação.

É a síntese do necessário. Decido.

Ante ao acordo firmado entre as referidas partes, a homologação do ato é medida imperiosa, para que
surta os seus efeitos legais.

Ademais, a conciliação entre as partes, conforme se verifica no documento juntado e devidamente


assinado, enseja a extinção do processo com resolução do mérito, com fundamento no inciso III, alínea
“b”, do art. 487 do Código de Processo Civil.

ISTO POSTO, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea “b”, do CPC, HOMOLOGO por sentença o
acordo firmado entre as partes DETERMINANDO A EXTINÇÃO do processo COM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO.

Sem custas nos termos do art. 90 do CPC.

Após o trânsito em julgado da presente, e não havendo outras diligências a serem cumpridas, arquive-se
os autos com as cautelas de praxe.
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Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2020.

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito da 5ª Vara Cível

Número do processo: 0833198-66.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO HONDA


S/A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCIO SANTANA BATISTA OAB: 30181/PA Participação:
REQUERIDO Nome: ANDRE LOBO DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

5ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Processo: 0833198-66.2021.8.14.0301

Requerente: BANCO HONDA S/A.

Requerido: ANDRE LOBO DA SILVAm – endereço: Ps São Francisco, 156, Vila Lobo Casa F, Aguas
Negras (Icoaraci), Belem, PA, CEP: 66822-170,

DECISÃO

Tendo em vista que o processo não se enquadra nos termos do art. 189 do CPC, DETERMINO a
retirada do segredo de justiça, caso o processo tenha sido cadastrado como sigiloso.

Cuida-se de PEDIDO LIMINAR em Ação de Busca e Apreensão proposta por BANCO HONDA S/A., em
desfavor ANDRE LOBO DA SILVA, todos qualificados, com fundamento no Decreto-Lei nº 911/69.

No caso dos autos, observo a comprovação das razões relatadas pelo Requerente em sua Exordial,
merecendo acolhida o pedido urgente.

Com a petição inicial vieram o demonstrativo do débito (ID 28239930) e o instrumento de notificação para
efeitos de constituição em mora do devedor, conforme ID 28239931.

A notificação fora dirigida ao endereço da parte Requerida por carta registrada com aviso de recebimento,
não sendo exigível que a assinatura constante no aviso seja do próprio devedor, conforme dispõe do art.
2º, § 2º, do Decreto-Lei nº 911/69. Vejamos:

Art. 2º. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação
fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de
leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição
expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver, com a devida
prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).
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(...)

§2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por
carta registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso
seja a do próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).

(...).

grifo nosso

Nos termos do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, comprovada a mora do devedor, como na hipótese
vertente (a Súmula nº 72 do STJ prescreve "A comprovação da mora é imprescindível à busca e
apreensão do bem alienado fiduciariamente"), o caso é de se DEFERIR a medida liminar requerida na
inicial referente ao veículo alienado fiduciariamente Marca: HONDA Modelo: CG 160 TITAN Ano/Modelo:
2021/2021 Cor: VERMELHA Chassi N°: 9C2KC2210MR030010 Placa: QVL8F12 Renavam: 01256150255.

Portanto, determino a imediata expedição de mandado de busca e apreensão do veículo, depositando-o


em mãos do representante indicado pela parte Autora, mediante termo de compromisso.

Deverá o bem alienado ficar na posse provisória do credor fiduciário, sendo vedada a sua saída dos limites
da região metropolitana deste Estado, pelo prazo de 05 (cinco) dias, até o escoamento do prazo para
pagamento pelo devedor dos valores apresentados pelo credor.

Cite-se a parte requerida para a purgação da mora no prazo de 05 (cinco) dias, quanto às parcelas
vencidas e vincendas, atualizadas em conformidade com os encargos moratórios contratuais, segundo os
valores apresentados pelo credor fiduciário, conforme pacificado pelo STJ, em sede de recurso repetitivo
(julgado 14/05/2014) no REsp 1418593/MS, ou apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias da
execução da liminar, tudo nos moldes dos §§ 2º e 3º do art. 3º do DL 911/69, dada pela Lei 10.931/04,
constando do mandado as advertências previstas nos arts. 336/337 do NCPC.

Conste no mandado que na hipótese de purgação da mora no prazo supracitado, o bem apreendido lhe
será restituído livre de ônus. Advirta-o ainda que não o fazendo neste prazo, ficará automaticamente
consolidada a propriedade e a posse plena do bem no patrimônio do credor, conforme a nova redação
dada pela Lei 10.931/04.

Autorizo, desde já, a citação do réu nos moldes do art. 212, §§ 1º e 2º, do Novo Código de Processo Civil.

A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO MANDADO DE BUSCA, APREENSÃO E CITAÇÃO, a ser


cumprido por oficiais de justiça que, na oportunidade deverão mencionar o estado de uso e conservação
do bem em referência e sua quilometragem, ficando desde já autorizado, se necessário, o reforço policial.

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CIÊNCIA AO AUTOR. CUMPRA-SE.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício.

CUMPRA-SE.

Belém, 12 de agosto de 2021.

CELIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Para ter acesso aos documentos do processo, basta acessar o link abaixo e informar a

chave de acesso.

L i n k : h t t p : / / p j e - c o n s u l t a s . t j p a . j u s . b r / p j e - 1 g -
consultas/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?CHAVES DE
ACESSO:#{processoTrfHome.tabelaHashDocumentos}

Número do processo: 0861202-21.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JONAS ARAUJO DOS


SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO OAB: 007261/PA
Participação: REU Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: LUANA SILVA SANTOS OAB: 16292/PA Participação: ADVOGADO
Nome: MARILIA DIAS ANDRADE registrado(a) civilmente como MARILIA DIAS ANDRADE OAB:
14351/PA Participação: INTERESSADO Nome: FILOMENA BRANDAO BARROSO REBELLO

SENTENÇA

Vistos etc.

JONAS ARAUJO DOS SANTOS, já qualificada nos autos, por meio de procurador devidamente habilitado,
ajuizou a presente AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO – DPVAT E INDENIZAÇÃO DO
DANO MORAL, em face de SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A,
visando a cobrança de INDENIZAÇÃO DO SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS (DPVAT), em
decorrência de acidente de trânsito causado por veículo automotivo em 14.04.2017.

Ao final, requereu a procedência dos pedidos com a condenação da requerida ao pagamento do Seguro
Obrigatório (DPVAT) para a cobertura de incapacidade, no valor de R$13.500,00 (treze mil e quinhentos
reais), bem como danos morais no quantum de R$100.000,00 (cem mil reais), em virtude da recusa
injustificada do pagamento da indenização do seguro DPVAT para a cobertura do sinistro de incapacidade.

Juntou documentos de fls. 15/27.

Regularmente citada, a requerida apresentou contestação id. 11363641.

Réplica conforme id. 11370196.

No id. 16329752, foi determinado que as partes indicassem as provas que pretendiam produzir, tendo
ambas as partes se manifestado, sem oposição ao julgamento do feito.

No id. 18328365, foi determinada a realização de perícia, bem como que as partes indicassem assistentes
técnicos e apresentasse quesitos.

Apresentado quesitos pelas partes e recolhido os honorários do perito, laudo pericial juntado id. 20932307.
1339
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Intimadas as partes a se manifestarem do laudo, não houve oposição ao trabalho pericial.

Vieram os autos conclusos.

Éo relatório. Decido.

Cabível o julgamento antecipado da lide, não só pela inexistência de provas a produzir pelo autor, mas
porque todas as provas necessárias ao deslinde da questão já se encontram nos autos, diante da juntada
do laudo pericial anexado.

No que se refere a impugnação ao boletim de ocorrência por ausência de assinatura do delegado de


polícia, não merece guarida, isso porque o boletim de ocorrência não é imprescindível à propositura da
demanda visando o recebimento de seguro obrigatório, podendo o acidente ser comprovado por outros
meios de prova. Ademais, o escrivão ou investigador de polícia podem assinar o boletim de ocorrência
sem qualquer prejuízo, já que são agentes públicos que executam as práticas relacionadas às atividades
inerentes à segurança pública. A ausência de assinatura do titular daquela unidade de polícia em nada
macula o documento.

DO MÉRITO

O boletim de ocorrência e o laudo médico conclusivo oficial e os documentos anexados aos autos são
suficientes para comprovar o nexo de causalidade entre o acidente e a lesão.

O cerne meritório remanescente diz respeito ao valor a ser pago diante de possível percentual de invalidez
apurado pelo grau da lesão sofrida, em decorrência de acidente de trânsito.

O caso ora em análise, considerando que o acidente ocorreu em 14.04.2017, aplicável a Lei 6.194/1974
com as alterações advindas das Leis 11.482/2007 e 11.945/09 em razão do princípio do "tempus regit
actum".

Acerca da fixação da indenização relativa ao Seguro Obrigatório DPVAT, é imprescindível a análise da Lei
6.194/74, que dispõe sobre o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores
de Via Terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não, que prevê:

Art. 3º. Os danos pessoais cobertos pelo seguro estabelecido no art. 2o desta Lei compreendem as
indenizações por morte, por invalidez permanente, total ou parcial, e por despesas de assistência médica
e suplementares, nos valores e conforme as regras que se seguem, por pessoa vitimada.

Ademais, nos casos envolvendo o seguro DPVAT, o Superior Tribunal de Justiça tem o entendimento
sumulado, por meio do Enunciado nº 474, de que a indenização sob análise deve ser paga de acordo com
o grau da debilidade sofrida. Vejamos:

Súmula 474/STJ: A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga
de forma proporcional ao grau da invalidez

Dessa feita, no caso em análise, o valor a título de indenização do seguro DPVAT deve ser pago de
acordo com o grau da debilidade sofrida e em atenção à Tabela prevista no anexo da Lei nº 11.945/2009.

No caso sob exame, verifico que, da lesão sofrida pela parte autora, conforme destaca o laudo de perícia
médica, resultou INVALIDEZ PERMANENTE PARCIAL INCOMPLETA em 25% DO OMBRO ESQUERDO
E 10% DO OMBRO DIREITO.

Por essa razão, observando-se a Tabela Anexa à Lei nº 11.945/09, referente à parte descrita como danos
corporais segmentares parciais, aplicar-se-á como base de cálculo o percentual 25% sobre o valor global
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

de indenizações (R$ 13.500,00), o que corresponde a R$ 3375,00 (três mil trezentos e setenta e cinco
reais), a qual deverá incidir o grau de debilidade de 25% na forma descrita no laudo (ombro esquerdo) e
10% (ombro direito), chegando-se ao quantum, respectivo de R$ 843,75 e 337,50, o que totalizaria o valor
de R$ 1.181,25 (mil, cento e oitenta e um reais e vinte e cinco centavos).

Por fim, no que se refere ao pedido de danos morais, por negativa de pagamento, não merece prosperar.
O seguro DPVAT possui caráter meramente assistencial, o que afasta a previsão de cobertura de
eventuais danos morais que a vítima ou seus sucessores podem ter sofrido em razão de acidente
automobilístico ou da negativa do benefício, já que ausente previsão legal nesse sentido, na lei que prevê
o referido benefício.

AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DPVAT. DANOS MORAIS. COBERTURA. AUSÊNCIA. O seguro


DPVAT possui caráter meramente assistencial, o que afasta a previsão de cobertura de eventuais danos
morais que a vítima ou seus sucessores podem ter sofrido em razão de acidente automobilístico. (TJ-MG -
AC: 10525110037229001 Pouso Alegre, Relator: Cláudia Maia, Data de Julgamento: 16/08/2012, Câmaras
Cíveis Isoladas / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 22/08/2012)

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - ACIDENTE DE TRÂNSITO - VÍTIMA FATAL - SEGURO


DPVAT - DANOS MORAIS - AUSÊNCIA DE COBERTURA SECURITÁRIA. I- O Seguro Obrigatório do
DPVAT, criado e regido por Lei, constitui um seguro eminentemente social, e funciona como um fundo
garantidor das indenizações por morte e danos causados por acidente automobilístico, em todo o país,
possuindo natureza distinta das indenizações oferecidas pelos seguros privados. II- Inexistindo na Lei
regente do DPVAT previsão de cobertura por danos morais sofridos pela morte de acidentado, descabida
é a pretensão autoral. (TJ-MG - AC: 10106110031569001 Cambuí, Relator: João Cancio, Data de
Julgamento: 09/10/2012, Câmaras Cíveis Isoladas / 18ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
15/10/2012)

ANTE O EXPOSTO, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, e, em consequência, condeno a


requerida no pagamento de R$ 1.181,25 (mil, cento e oitenta e um reais e vinte e cinco centavos)
corrigidos monetariamente desde o evento danoso (14.04.2017) acrescidos de juros de mora em 1%
desde a citação e por conseguinte extingo o feito com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do
CPC.

Diante da sucumbência recíproca, condeno, de forma pro rata, as partes ao pagamento das custas e
honorários que fixo em 10% do valor da condenação, nos termos do art. 85 do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Belém, 29 de julho de 2021.

CELIO PETRONIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª vara Cível da Capital

Número do processo: 0832731-87.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO SANTANDER


(BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO NEVES COSTA OAB: 153447/SP Participação:
REU Nome: IMPORTADORA GISLENE LTDA - ME Participação: REU Nome: ANANIAS REBOUCAS
JUNIOR

PODER JUDICIÁRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL

Processo: 0832731-87.2021.8.14.0301

Exequente: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.

Executado: IMPORTADORA GISLENE LTDA – endereço: TRV Frutuoso, nº 191, Centro, CEP: 66.019-
000, na comarca de Belém/PA.

Executado: ANANIAS REBOUÇAS JR – endereço: Rua Boa Ventura, nº562 APT 2201, Nazaré, CEP:
66.055-090, na comarca de Belém/PA.

DECISÃO

Tratando-se de execução de título extrajudicial, cite-se os executados, para no prazo de 03 (três) dias,
contados da citação, efetuar o pagamento da dívida (CPC, artigo 829), conforme planilha juntada.

Nos termos do artigo 827 do Código de Processo Civil, fixo os honorários advocatícios a serem pagos pela
parte executada em 10% (dez por cento) sobre o valor da execução.

Expeça-se mandado de citação, penhora e avaliação de bens, constando expressamente do mandado que
no caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida para metade, ou
seja, para 5% (cinco por cento) do valor do débito (CPC, artigo 827, § 1º).

Conste, também, que os executados, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderão opor-
se à execução por meio de embargos no prazo de 15 (quinze) dias.

Do mandado também deverá constar que se o oficial de justiça não encontrar os executados, arrestar-lhe-
á tantos bens quantos bastem para garantir a execução e que nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do
arresto, procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação,
realizará a citação com hora certa (CPC, artigos 252/254), certificando pormenorizadamente o ocorrido
(CPC, artigo 830 e § 1º).

Decorrido o prazo de 03 (três) dias sem pagamento, deverá o senhor oficial de justiça proceder de
imediato à penhora de bens, tantos quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros,
custas e honorários advocatícios, e a sua avaliação, lavrando o respectivo auto, intimando-se, na mesma
oportunidade, a executada (CPC, artigo 841, § 3º) e seu cônjuge, caso a penhora recaia sobre bem imóvel
ou direito real sobre imóvel (CPC, artigo 842).

SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO E OFÍCIO.

Intime-se. Cumpra-se.

Expeça-se o necessário.

Belém, 10 de agosto de 2021.

CÉLIO PETRÔNIO D’ ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0815685-90.2018.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: ANGELA MARIA


GUSMAO PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MARIANA CUESTA ROCHA OAB: 23653/PA
Participação: EMBARGADO Nome: JULYO CESAR LINO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
SEBASTIAO HALIM SOARES HABR OAB: 3343/PA

PROCESSO: 0815685-90.2018.8.14.0301

SENTENÇA

Cuidam-se de EMBARGOS À EXECUÇAO opostos por ÂNGELA MARIA GUSMÃO PEREIRA,


regularmente qualificada, em desfavor de JULYO CESAR LINO DA SILVA, também qualificada, com
fundamento no art.914 e ss. do Código de Processo Civil.

Sustenta a Embargante, em suma excesso de execução por entender que o credor incluiu em sua planilha
de débito valores já quitados, conforme documentos acostados com a inicial. Segundo documentos
acostados com a inicial, a embargante, antiga fiadora do contrato de locação que aparelha a demanda
executiva (Processo 0815685-90.2018.8.14.0301), assegura que os alugueis referentes ao meses de
dezembro de 2016, janeiro de 2017 e fevereiro de 2017 foram regularmente pagos. Quanto aos valores
cobrados a título de reparos realizados no imóvel, a requerente afirma que, na qualidade de fiadora, não
pode ser responsabilizada por tais quantias. Por fim, confessa que o montante devido título de IPTU, de
fato, não foi quitado, mas que não tem condições financeiras de arcar com tal dívida.

Requereu os benefícios da justiça gratuita, a condenação do embargante em litigância de má-fé pela


cobrança dos alugueis já pagos, bem como a procedência dos presentes embargos. Juntou documentos.

Justiça gratuita deferida em ID 20878800.

O Embargado, pessoalmente instado a se manifestar (ID 22023991), deixou transcorrer in albis o prazo
que lhe foi concedido conforme certidão ID 24523633.

Éo relatório.

Tudo bem visto e analisado, verifico que a causa está madura para julgamento, na forma do artigo 355,
inciso I, do Código de Processo Civil, porquanto a questão de mérito versada nos autos é de fato e de
direito e não há necessidade da produção de outras provas, passo a DECIDIR.

DO MÉRITO

Aduz o embargante que a presente execução não pode prosperar pois apresenta excesso de execução,
na medida em que a embargada cobra do embargante valores que já foram quitados. Para comprovar
suas alegações, apresenta recibos dos alugueis pagos relativos ao período de dezembro de 2016 a
fevereiro de 2017 (ID 3805289)

Necessário destacar inicialmente que o art. 917 §4º1 do CPC dispõe que quando o excesso de execução
for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende
correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos.

No caso dos autos, é possível analisar das razões do embargante, pois, como afirmado, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

embargante/fiadora apresentou memória de cálculo discrepante da apresentada pela embargada,


assegurando o pagamento de parte dos valores cobrados na execução em apenso, quais sejam, as
quantias relativas aos alugueis em atraso.

Segundo a inicial da execução em apenso (Processo 0815685-90.2018.8.14.0301), as partes mantiveram


contrato de locação de imóvel não residencial pelo período de dezembro de 2013 a fevereiro de 2017,
praticando aluguel mensal no final da relação contratual no valor de R$ 1600,00. No entanto, a demanda
executiva reclama o atraso no pagamento dos 3 últimos alugueis antes da entrega do bem, ocorrida em
fevereiro de 2017, além do IPTU relativo a todo período da locação e quantias devidas em razão de
reparos realizados no imóvel.

A embargante, por sua vez, afirma que os alugueis reclamados foram regularmente pagos. De fato, os
recibos juntados com a inicial (ID 3805289) são os mesmos documentos acostados com a inicial da
execução (Processo 0815685-90.2018.8.14.0301 – ID 2254497) e comprovam que os alugueis referentes
aos meses de dezembro de 2016 (ID 3805289, pag 02), janeiro de 2017 (ID 3805289, pag 03) e fevereiro
de 2017 (ID 3805289, pag 04) foram inteiramente quitados.

Por outro lado, não merecem acolhida os demais argumentos da embargante. Conforme cláusula décima
terceira do contrato de locação (ID 3805313), a embargante, na qualidade de fiadora, responde pelo fiel
cumprimento do contrato em obrigação solidária com locatário e com renúncia ao benefício de ordem (art
827 do CC) conforme previsto na referida disposição contratual. Assim, todas as despesas com o reparo
do bem comprovadas na demanda executiva (Processo 0815685-90.2018.8.14.0301 – ID 2254403) e não
especificamente impugnadas nos presentes embargos podem ser cobradas da embargante/fiadora.

E, por fim, com mais razão ainda, são devidos valores relativos ao IPTU cobrados pelo
embargado/exequente e confessados pela embargante/fiadora na presente demanda. No entanto, não é
possível deferir o parcelamento pretendido pela embargante (10 parcelas), uma vez que, além não ter
amparo legal, o embargante/exequente sobre ele não se manifestou.

Desse modo, tendo em vista que os presentes embargos não questionam multas, nem os demais índices
de atualização incidentes sobre o débito, creio que há sim excesso de execução apenas em relação a
cobrança relativa aos alugueis alegados em atraso devendo ser abatido do saldo devedor o montante total
de R$ 5.353,40, relativo ao somatório dos alugueis dos meses de dezembro de 2016 (R$ 1963,52), janeiro
de 2017 (R$ 1788,88) e fevereiro de 2017 (R$ 1600,00), conforme planilha acostada com a inicial da
demanda executiva( Processo 0815685-90.2018.8.14.0301 – ID 2254476). Ficam mantidas as quantias
relativas ao IPTU (R$ 2705,40) e aos reparos realizados no imóvel (R$ 1022,03 + R$ 1130,00 = R$
2152,03), devidamente corrigidos monetariamente e acrescidos das multas e juros previstos
contratualmente, bem como honorários advocatícios da demanda executiva.

Por fim, rejeito o pedido da embargante para condenação do embargado em litigância de má-fé, pois não
vislumbro na conduta da parte exequente quaisquer das hipóteses tipificadas no artigo 80 e seguintes do
CPC. Ainda que tenha cobrado alugueis em excesso, não percebo conduta dolosa da parte em realizar tal
dedução facilmente desconstituída com a presente demanda.

Ante o exposto, nos termos do art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil e pelos fundamentos
explicitados, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os presentes Embargos à Execução, com o
fim de reconhecer o excesso da execução com relação à cobrança dos alugueis em atraso no valor
total de R$ 5.353,40, mantidos os valores relativos ao IPTU (R$ 2705,40) e aos reparos realizados no
imóvel (R$ 2152,03), com os devidos acréscimos legais e contratuais conforme fundamentação.

Tendo em vista que a sucumbência mínima (art 86, parágrafo único do CPC), condeno a embargante ao
pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo , nos termos do
artigo 85, § 2º do CPC, em 10% sobre o valor atualizado desta causa. Suspendo, contudo, a exigibilidade,
por ser beneficiário da justiça gratuita.

Translade-se uma cópia dessa sentença para os autos da execução em apenso (Processo 0815685-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

90.2018.8.14.0301).

Após o trânsito em julgado e nada sendo requerido no prazo de 30 (trinta) dias, arquivem-se os autos com
as cautelas de estilo.

P.R.I.C.

Belém, 20 de julho de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito Titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

1Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:

III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções

§ 4º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução: I


- serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o seu
único fundamento;

Número do processo: 0815685-90.2018.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: ANGELA MARIA


GUSMAO PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: MARIANA CUESTA ROCHA OAB: 23653/PA
Participação: EMBARGADO Nome: JULYO CESAR LINO DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome:
SEBASTIAO HALIM SOARES HABR OAB: 3343/PA

PROCESSO: 0815685-90.2018.8.14.0301

SENTENÇA

Cuidam-se de EMBARGOS À EXECUÇAO opostos por ÂNGELA MARIA GUSMÃO PEREIRA,


regularmente qualificada, em desfavor de JULYO CESAR LINO DA SILVA, também qualificada, com
fundamento no art.914 e ss. do Código de Processo Civil.

Sustenta a Embargante, em suma excesso de execução por entender que o credor incluiu em sua planilha
de débito valores já quitados, conforme documentos acostados com a inicial. Segundo documentos
acostados com a inicial, a embargante, antiga fiadora do contrato de locação que aparelha a demanda
executiva (Processo 0815685-90.2018.8.14.0301), assegura que os alugueis referentes ao meses de
dezembro de 2016, janeiro de 2017 e fevereiro de 2017 foram regularmente pagos. Quanto aos valores
cobrados a título de reparos realizados no imóvel, a requerente afirma que, na qualidade de fiadora, não
pode ser responsabilizada por tais quantias. Por fim, confessa que o montante devido título de IPTU, de
fato, não foi quitado, mas que não tem condições financeiras de arcar com tal dívida.

Requereu os benefícios da justiça gratuita, a condenação do embargante em litigância de má-fé pela


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

cobrança dos alugueis já pagos, bem como a procedência dos presentes embargos. Juntou documentos.

Justiça gratuita deferida em ID 20878800.

O Embargado, pessoalmente instado a se manifestar (ID 22023991), deixou transcorrer in albis o prazo
que lhe foi concedido conforme certidão ID 24523633.

Éo relatório.

Tudo bem visto e analisado, verifico que a causa está madura para julgamento, na forma do artigo 355,
inciso I, do Código de Processo Civil, porquanto a questão de mérito versada nos autos é de fato e de
direito e não há necessidade da produção de outras provas, passo a DECIDIR.

DO MÉRITO

Aduz o embargante que a presente execução não pode prosperar pois apresenta excesso de execução,
na medida em que a embargada cobra do embargante valores que já foram quitados. Para comprovar
suas alegações, apresenta recibos dos alugueis pagos relativos ao período de dezembro de 2016 a
fevereiro de 2017 (ID 3805289)

Necessário destacar inicialmente que o art. 917 §4º1 do CPC dispõe que quando o excesso de execução
for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende
correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos.

No caso dos autos, é possível analisar das razões do embargante, pois, como afirmado, a
embargante/fiadora apresentou memória de cálculo discrepante da apresentada pela embargada,
assegurando o pagamento de parte dos valores cobrados na execução em apenso, quais sejam, as
quantias relativas aos alugueis em atraso.

Segundo a inicial da execução em apenso (Processo 0815685-90.2018.8.14.0301), as partes mantiveram


contrato de locação de imóvel não residencial pelo período de dezembro de 2013 a fevereiro de 2017,
praticando aluguel mensal no final da relação contratual no valor de R$ 1600,00. No entanto, a demanda
executiva reclama o atraso no pagamento dos 3 últimos alugueis antes da entrega do bem, ocorrida em
fevereiro de 2017, além do IPTU relativo a todo período da locação e quantias devidas em razão de
reparos realizados no imóvel.

A embargante, por sua vez, afirma que os alugueis reclamados foram regularmente pagos. De fato, os
recibos juntados com a inicial (ID 3805289) são os mesmos documentos acostados com a inicial da
execução (Processo 0815685-90.2018.8.14.0301 – ID 2254497) e comprovam que os alugueis referentes
aos meses de dezembro de 2016 (ID 3805289, pag 02), janeiro de 2017 (ID 3805289, pag 03) e fevereiro
de 2017 (ID 3805289, pag 04) foram inteiramente quitados.

Por outro lado, não merecem acolhida os demais argumentos da embargante. Conforme cláusula décima
terceira do contrato de locação (ID 3805313), a embargante, na qualidade de fiadora, responde pelo fiel
cumprimento do contrato em obrigação solidária com locatário e com renúncia ao benefício de ordem (art
827 do CC) conforme previsto na referida disposição contratual. Assim, todas as despesas com o reparo
do bem comprovadas na demanda executiva (Processo 0815685-90.2018.8.14.0301 – ID 2254403) e não
especificamente impugnadas nos presentes embargos podem ser cobradas da embargante/fiadora.

E, por fim, com mais razão ainda, são devidos valores relativos ao IPTU cobrados pelo
embargado/exequente e confessados pela embargante/fiadora na presente demanda. No entanto, não é
possível deferir o parcelamento pretendido pela embargante (10 parcelas), uma vez que, além não ter
amparo legal, o embargante/exequente sobre ele não se manifestou.

Desse modo, tendo em vista que os presentes embargos não questionam multas, nem os demais índices
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de atualização incidentes sobre o débito, creio que há sim excesso de execução apenas em relação a
cobrança relativa aos alugueis alegados em atraso devendo ser abatido do saldo devedor o montante total
de R$ 5.353,40, relativo ao somatório dos alugueis dos meses de dezembro de 2016 (R$ 1963,52), janeiro
de 2017 (R$ 1788,88) e fevereiro de 2017 (R$ 1600,00), conforme planilha acostada com a inicial da
demanda executiva( Processo 0815685-90.2018.8.14.0301 – ID 2254476). Ficam mantidas as quantias
relativas ao IPTU (R$ 2705,40) e aos reparos realizados no imóvel (R$ 1022,03 + R$ 1130,00 = R$
2152,03), devidamente corrigidos monetariamente e acrescidos das multas e juros previstos
contratualmente, bem como honorários advocatícios da demanda executiva.

Por fim, rejeito o pedido da embargante para condenação do embargado em litigância de má-fé, pois não
vislumbro na conduta da parte exequente quaisquer das hipóteses tipificadas no artigo 80 e seguintes do
CPC. Ainda que tenha cobrado alugueis em excesso, não percebo conduta dolosa da parte em realizar tal
dedução facilmente desconstituída com a presente demanda.

Ante o exposto, nos termos do art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil e pelos fundamentos
explicitados, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os presentes Embargos à Execução, com o
fim de reconhecer o excesso da execução com relação à cobrança dos alugueis em atraso no valor
total de R$ 5.353,40, mantidos os valores relativos ao IPTU (R$ 2705,40) e aos reparos realizados no
imóvel (R$ 2152,03), com os devidos acréscimos legais e contratuais conforme fundamentação.

Tendo em vista que a sucumbência mínima (art 86, parágrafo único do CPC), condeno a embargante ao
pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo , nos termos do
artigo 85, § 2º do CPC, em 10% sobre o valor atualizado desta causa. Suspendo, contudo, a exigibilidade,
por ser beneficiário da justiça gratuita.

Translade-se uma cópia dessa sentença para os autos da execução em apenso (Processo 0815685-
90.2018.8.14.0301).

Após o trânsito em julgado e nada sendo requerido no prazo de 30 (trinta) dias, arquivem-se os autos com
as cautelas de estilo.

P.R.I.C.

Belém, 20 de julho de 2021

CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO

Juiz de Direito Titular da 5ª Vara Cível e Empresarial da Capital

1Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:

III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções

§ 4º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução: I


- serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o seu
único fundamento;
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SECRETARIA DA 6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Número do processo: 0832374-10.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: WENEFREDO SOARES


FILHO Participação: ADVOGADO Nome: JEAN DOS PASSOS LIMA OAB: 19214/PA Participação: REU
Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: GUILHERME DA COSTA FERREIRA
PIGNANELI OAB: 28178/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

6ª Vara Cível e Empresarial de Belém

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

ATO ORDINATÓRIO

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

0832374-10.2021.8.14.0301

AUTOR: WENEFREDO SOARES FILHO

REU: BANCO BRADESCO S.A

Fica intimada a parte autora para se manifestar sobre a contestação, no prazo legal (Provimento 006/2006
- CRMB, §2, inciso II).

BELéM, 16 de agosto de 2021

FABRICIO NASCIMENTO SAMPAIO

Número do processo: 0823628-56.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: RITA DE CASSIA


BALTAZAR BRAGA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL MOTA DE CARVALHO OAB: 23473/PA
Participação: REQUERIDO Nome: BANCO VOLKSWAGEN S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
CAMILA DE ANDRADE LIMA OAB: 29889/BA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

6ª Vara Cível e Empresarial de Belém

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

ATO ORDINATÓRIO

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

0823628-56.2021.8.14.0301

AUTOR: RITA DE CASSIA BALTAZAR BRAGA

REQUERIDO: BANCO VOLKSWAGEN S.A.

Fica intimada a parte autora para se manifestar sobre a contestação, no prazo legal (Provimento 006/2006
- CRMB, §2, inciso II).

BELéM, 16 de agosto de 2021

FABRICIO NASCIMENTO SAMPAIO

Número do processo: 0824798-68.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: THYSSENKRUPP


ELEVADORES SA Participação: ADVOGADO Nome: GIANPAOLO ZAMBIAZI BERTOL ROCHA OAB:
368438/SP Participação: REQUERIDO Nome: BOLONHA INCORPORADORA LTDA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0824798-68.2018.8.14.0301

Requerente: Thyssenkrupp Elevadores SA.

Requerido: Bolonha Incorporadora LTDA (CNPJ nº 11.429.988/0002-06).

Despacho

Trata-se de Ação Monitória.

A parte autora requereu pesquisa de endereço para a citação da Requerida.

Éo que se tem a relatar. Passa-se a decisão:

1- Considerando o documento de ID 19832136 - Pág. 1, portanto, a impossibilidade de citação da


requerida, procedo a consulta ao sistema INFOJUD com o objetivo de localizar endereço atualizado da
Ré Bolonha Incorporadora LTDA (CNPJ nº 11.429.988/0002-06).

2- Considerando o novo endereço, expeça-se Mandado de Pagamento, nos termos da decisão ID


14583204 - Pág. 2:

“(...) Com fulcro no art. 700, inciso I, do CPC, ante a evidência do direito da parte Requerente, EXPEÇA-
SE MANDADO DE PAGAMENTO, citando-se a parte Requerida para cumprir a referida obrigação,
efetuando o pagamento no importe de R$ 7.174,40 (sete mil, cento e setenta e quatro reais e
quarenta centavos), acrescida dos honorários advocatícios no montante de 5% (cinco por cento) do valor
atribuído à causa, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme dispõe o art. 701 do Código de Processo Civil.
Caso o réu cumpra com a obrigação no prazo estabelecido acima, ficará isento do pagamento de custas
processuais (Art. 700, §1º do CPC). Deve constar no mandado de pagamento a advertência de que a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

parte Ré dispõe do prazo acima assinalado para opor Embargos Monitórios, nos moldes dos arts. 701 e
702, do CPC e, caso a parte não os oponha, nem tampouco proceda ao pagamento no prazo legal,
constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade.
Intime-se. Cumpra-se”

3- Na hipótese de serem infrutíferas as novas tentativas de citação, intime-se a parte autora para requerer
o que entender de direito, no prazo de 15 (quinze) dias.

4- Recolha, a parte autora, as custas processuais referentes à prática dos atos determinados, bem como
as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias, sendo o pagamento condição de cumprimento
das diligências.

Intime-se. Cumpra-se.

Serve a Presente como carta, mandado ou ofício.

Belém, data registrada no sistema.

Augusto Cesar da Luz Cavalcante

Juiz de Direito, Titular da 6ª vara Cível da Capital.

Número do processo: 0833235-93.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: G. K. O. D. S.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: MARIANE SAMILI SERRAO DE OLIVEIRA OAB: null
Participação: ADVOGADO Nome: JULIETH PINHEIRO NEGRAO OAB: 21034/PA Participação:
ADVOGADO Nome: THAISA CAMILA LOPES BARBOSA SHIMIZU OAB: 21183/PA Participação:
ADVOGADO Nome: EWERTON PEREIRA SANTOS OAB: 20745/PA Participação: REU Nome: VIACAO
FORTE TRANSPORTE RODOVIARIO LTDA Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS AUGUSTO
TEIXEIRA DE BRITO NOBRE OAB: 009316/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

6ª Vara Cível e Empresarial de Belém

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

ATO ORDINATÓRIO

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

0833235-93.2021.8.14.0301

AUTOR: G. K. O. D. S.
REPRESENTANTE DA PARTE: MARIANE SAMILI SERRAO DE OLIVEIRA

REU: VIACAO FORTE TRANSPORTE RODOVIARIO LTDA


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Fica intimada a parte autora para se manifestar sobre a contestação, no prazo legal (Provimento 006/2006
- CRMB, §2, inciso II).

BELéM, 16 de agosto de 2021

FABRICIO NASCIMENTO SAMPAIO

Número do processo: 0872068-88.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JAIRSON ROSA VAZ


Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANE DO SOCORRO CUNHA DE OLIVEIRA OAB: 013558/PA
Participação: AUTOR Nome: ADRIANA CHAVES VALENTE VAZ Participação: ADVOGADO Nome:
CRISTIANE DO SOCORRO CUNHA DE OLIVEIRA OAB: 013558/PA Participação: REU Nome: ORION
INCORPORADORA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: MAISA PINHEIRO CORREA VON GRAPP
OAB: 11606/PA Participação: REU Nome: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 08720688820188140301

Requerente: Jairson Rosa Vaz e Adriana Chaves Valente Vaz.

Requerida: Orion Incorporadora LTDA e Construtora Leal Moreira LTDA.

Despacho

1- Redesigno a audiência de Conciliação, do dia 08/06/2021, para a data de 17/08/2021, às 09:00h, a


ser realizada por videoconferência, em conformidade com as Portarias Conjuntas nº 01/2020-GP-VP-CGJ;
nº 10/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI e nº 12/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI.

2-Esclareço que, para evitar aglomerações na sala de audiências, que tem tamanho reduzido, patronos
judiciais, membros da Defensoria Pública e do Ministério Público deverão, preferencialmente, acompanhar
a audiência de modo remoto, razão pela qual concedo o prazo de 03 (três) dias para apresentar endereço
eletrônico (e-mail) mediante o qual terão acesso à audiência, bem como contato telefônico em que possam
ser encontrados.

3-Os interessados poderão obter o Guia Prático de Audiências e Sessões por Videoconferência (versão
2.0), disponível em: http://www.tjpa.jus.br/PortalExterno/institucional/Secretaria-de-informatica/542280-
teletrabalho.xhtml.

Serve a presente como carta, mandado ou ofício.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no Sistema.

Augusto Cesar da Luz Cavalcante

Juiz de Direito, Titular da 6ª vara Cível da Capital.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0826221-58.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BEBIDAS DUELO LTDA


Participação: ADVOGADO Nome: FELIPE AUGUSTO HANEMANN COIMBRA OAB: 20247/PA
Participação: ADVOGADO Nome: BERNARDO MENDONCA NOBREGA OAB: 20422/PA Participação:
REU Nome: UNITECH AUTOMACAO INDUSTRIAL EIRELI - EPP Participação: ADVOGADO Nome:
ARMINDO DOS SANTOS LOBATO NETO OAB: 1085/AP

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

6ª Vara Cível e Empresarial de Belém

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

ATO ORDINATÓRIO

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

0826221-58.2021.8.14.0301

AUTOR: BEBIDAS DUELO LTDA

REU: UNITECH AUTOMACAO INDUSTRIAL EIRELI - EPP

Fica intimada a parte autora para se manifestar sobre a contestação , no prazo legal (Provimento 006/2006
- CRMB, §2, inciso II).

BELéM, 16 de agosto de 2021

FABRICIO NASCIMENTO SAMPAIO

Número do processo: 0835176-78.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO SANTANDER


(BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO Nome: DAVID SOMBRA PEIXOTO OAB: 24346-A/PA
Participação: REU Nome: PAULO FERNANDO COLARES DE OLIVEIRA VIEIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo n° 0835176-78.2021.8.14.0301
Parte Requerente: AUTOR: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.

Parte Requerida: Nome: PAULO FERNANDO COLARES DE OLIVEIRA VIEIRA


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 5000, Q 10 L 15, Parque Verde, BELéM - PA - CEP: 66635-110
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R. H.

1. Com fundamento no art. 292, §3º, do Código de Processo Civil, que permite ao juiz a correção de ofício
do valor da causa, este juízo retifica o valor da causa para R$ 73.102,56, referente ao valor total do
financiamento (soma das 48 parcelas de R$ 1.522,97), já que a parte Requerente optou pela rescisão
contratual e o vencimento antecipado das parcelas (CPC, art. 292, II).

2. Intime-se o Requerente para recolher a totalidade das custas complementares, no prazo de 30 dias, sob
pena de extinção do feito.

3. Trata-se de ação de busca e apreensão, com base no decreto-lei n° 911/69.

Relativamente a tais ações, o Superior Tribunal de Justiça assim decidiu a respeito do título que as
embasa:

‘‘RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO - DETERMINAÇÃO DE EMENDA À INICIAL


A FIM DE QUE FOSSE APRESENTADO O TÍTULO ORIGINAL DA CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO -
PROVIDÊNCIA NÃO ATENDIDA SEM CONSISTENTE DEMONSTRAÇÃO DA INVIABILIDADE PARA
TANTO - TRIBUNAL A QUO QUE MANTEVE A SENTENÇA DE INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO
INICIAL, NOS TERMOS DO ART. 267, INC. I, DO CPC, POR AFIRMAR QUE A CÓPIA DO CONTRATO
DE FINANCIAMENTO É INÁBIL PARA EMBASAR A DEMANDA. INSURGÊNCIA DA CASA BANCÁRIA.

Hipótese: Controvérsia acerca da necessidade de apresentação do título original do contrato de


financiamento com garantia fiduciária (cédula de crédito bancário) para instruir a ação de busca e
apreensão.

1. Possibilidade de recorrer do "despacho de emenda à inicial".

Excepciona-se a regra do art. 162, §§ 2º e 3º, do Código de Processo Civil quando a decisão interlocutória
puder ocasionar prejuízo às partes. Precedentes.

2. Nos termos da Lei nº 10.931/2004, a cédula de crédito bancário é título de crédito com força executiva,
possuindo as características gerais atinentes à literalidade, cartularidade, autonomia, abstração,
independência e circulação.

O Tribunal a quo, atento às peculiaridades inerentes aos títulos de crédito, notadamente à circulação da
cártula, diligente na prevenção do eventual ilegítimo trânsito do título, bem como a potencial dúplice
cobrança contra o devedor, conclamou a obrigatoriedade de apresentação do original da cédula, ainda que
para instruir a ação de busca e apreensão, processada pelo Decreto-Lei nº 911/69.

A ação de busca e apreensão, processada sob o rito do Decreto-Lei nº 911/69, admite que, ultrapassada a
sua fase inicial, nos termos do artigo 4º do referido regramento normativo, deferida a liminar de apreensão
do bem alienado fiduciariamente, se esse não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, o
credor tem a faculdade de, nos mesmos autos, requerer a conversão do pedido de busca e apreensão em
ação executiva.

A juntada do original do documento representativo de crédito líquido, certo e exigível, consubstanciado em


título de crédito com força executiva, é a regra, sendo requisito indispensável não só para a execução
propriamente dita, mas, também, para todas as demandas nas quais a pretensão esteja amparada na
referida cártula.

A dispensa da juntada do original do título somente ocorre quando há motivo plausível e justificado para
tal, o que não se verifica na presente hipótese, notadamente quando as partes devem contribuir para o
adequado andamento do feito, sem causar obstáculos protelatórios.
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Desta forma, quer por força do não-preenchimento dos requisitos exigidos nos arts. 282 e 283 do CPC,
quer pela verificação de defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, o
indeferimento da petição inicial, após a concessão de prévia oportunidade de emenda pelo autor (art. 284,
CPC), é medida que se impõe. Precedentes.

3. Recurso especial desprovido.

(REsp 1277394/SC, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe
28/03/2016)’’ (grifou-se).

Atento à realidade do processo eletrônico, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, assim já decidiu:

‘‘EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.


INFEDERIMENTO DA INICIAL. NÃO CUMPRIMENTO DA DETERMINAÇÃO DE EMENDA A INICIAL
PARA DIGITALIZAÇÃO DO CONTRATO ORIGINAL DA CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO.
DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

1. A cédula de crédito bancário, ainda que utilizada na ação de busca e apreensão, deve ser juntada no
original, salvo quando a parte demonstre motivo plausível para não o fazer. Precedentes do STJ.

2. Tramitando a demanda por meio eletrônico, o autor deve apresentar o original do contrato em
secretaria, para que possa ser certificada tal condição.

3. Desnecessária a intimação pessoal da parte para emendar a inicial, para apresentação do documento
original a ser digitalizado. Acertada a decisão de extinção do feito.

4. Recurso Conhecido e desprovido.

Acordam, os Senhores Desembargadores componentes da 2ª Turma de Direito

Privado, por unanimidade, em CONHECER DO RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL E NEGAR-LHE


PROVIMENTO, nos termos do voto do relator. Plenário Virtual do Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
aos 17 dias do mês de setembro do ano de 2019.

Esta Sessão foi presidida pelo(a) Exma. Sra. Desembargadora Dra. Gleide Pereira de Moura.
Desembargador JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO’’ (grifou-se).

Tomando como base o decisum do E.TJE/PA acima transcrito, verifica-se que, tramitando a demanda por
meio eletrônico, como no caso dos autos, o autor deve apresentar o original do contrato em secretaria,
para que possa ser certificada tal condição.

Este juízo chancela esse entendimento, dada até mesmo as dificuldades de estrutura física de se
acautelar documentos originais, que comumente possuem um valor econômico elevado, correndo um sério
risco de ser extraviado.

Por conseguinte, este juízo determina que a parte Requerente apresente a cártula original, em 30 dias, em
Secretaria, devendo a Serventia certificar sua autenticidade em comparação a cópia já juntada nos autos
com a exordial, tudo sob pena de extinção do feito.

4. Na hipótese de pagas as custas complementares, bem como, após a apresentação do contrato, caso o
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documento original confira com a cópia já juntada nos autos, considerando que a mora está devidamente
comprovada, tendo em vista o contrato (id 28784412 - Pág. 2) e notificação extrajudicial (id 28784413 -
Pág. 2), este juízo defere liminarmente a medida de busca e apreensão do veículo discriminado na
exordial, conforme §2º do art. 2º do Decreto-lei nº 911/69 com redação alterada pela Lei nº 13.043/2014:

‘‘A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por carta
registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido seja a do
próprio’’.

5. Expeça-se Mandado de Citação, Busca e Apreensão, depositando-se o bem em mãos da parte


Requerente.

6. Cite-se, cumprida ou não a liminar, a parte requerida, conforme pleiteado para que, em 15 (quinze) dias,
conteste (§3º do art. 3º - Redação dada pela Lei 10.931, de 2004), ou querendo, efetue, no prazo de 5
(cinco) dias, o pagamento da integralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo
credor (§2º do art. 3º – Redação dada pela Lei 10.931 de 2004).

7. Ressalte-se que nesse mesmo prazo, ou seja, de 5 (cinco) dias após executada a liminar, não paga a
integralidade da dívida, consolidarse-ão a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no patrimônio
do credor (§1º do art. 3º - Redação dada pela Lei 13.043 de 2014).

8. Na hipótese de pagas as custas complementares, será inserida restrição de “circulação” sobre o veículo
objeto da lide, na forma do que dispõe o art. 3º, §9º, do Decreto-lei nº 911/69.

9. Retire-se o segredo de justiça, uma vez que ausentes as hipóteses do art. 189, do CPC.

10. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no sistema.

AUGUSTO CÉSAR DA LUZ CAVALCANTE

Juiz de Direito da 6ª Vara Cível e Empresarial da Capital

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CHAVES DE ACESSO:

Documentos associados ao processo

Título Tipo Chave de acesso**


21062911143848500000026952
Petição Inicial Petição Inicial
176

21062911143863800000026952
Inicial - Busca e Apreensão Petição
177
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21062911143873200000026952
Doc. 01 - Atos Constitutivos - Eleição Diretoria 03.05.2019 Procuração
983

21062911143904100000026952
Doc. 02 - Estatuto Social - AGE 10.06.20 Procuração
984

21062911143932100000026952
Doc. 03 - CNPJ Procuração
985

21062911143940600000026952
Doc. 04 - Procuração Ad Negotia 2020-2021 Procuração
986

21062911143973000000026952
Doc. 05 - Ata Retificadora procuração Ad negotia Procuração
987

21062911143991000000026952
Doc. 06 - Procuracao AD JUDICIA Procuração
988

21062911144014000000026952
Doc. 07 - SUBSTABELECIMENTO VP. 2021 Substabelecimento
989

21062911144035100000026952
Doc. 08 - CONTRATO Documento de Comprovação
990

21062911144055900000026952
Doc. 09 - NOTIFICAÇÃO POSITIVA Documento de Comprovação
991

21062911144073700000026952
Doc. 10 - PLANILHA DE CÁLCULOS Documento de Comprovação
992

21071314012922000000027635
Guias de Recolhimento/ Deposito/ Custas Guias de Recolhimento/ Deposito/ Custas
496

21071314012928600000027635
boletoCusta Boleto
497

21071314012932700000027635
contaprocesso Relatório
498

21071314162972400000027635
Certidão Certidão
513

21071314162972400000027635
Certidão Certidão
513

21071609264385700000027792
Petição Petição
489

21071609264519900000027792
Petição - Juntada de Custas (PAULO) Petição
490

COMPROVANTE DE PAGAMENTO INICIAL - PAULO Comprovante de Pagamento de Custas 21071609264528900000027792


FERNANDO Iniciais 491

21071609264534900000027792
CUSTAS INICIAIS - PAULO FERNANDO Documento de Comprovação
495

21071609264540500000027792
GUIA - PAULO FERNANDO Documento de Comprovação
497

21080912405004600000029156
Petição Petição
586

21080912405142500000029156
Petição - Juntada de Custas Petição
587

21080912405149400000029156
GUIA - CUSTAS COMPLEMENTARES Documento de Comprovação
588
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21080912405158000000029156
COMPROVANTE - CUSTAS COMPLEMENTARES Documento de Comprovação
590

21081111295526400000029370
Certidão Certidão
862

Número do processo: 0848552-05.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M. W. S. EVENTOS E


BUFFET LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: UGO VASCONCELLOS FREIRE OAB:
010725/PA Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A
Participação: ADVOGADO Nome: ANA LUIZA MIRANDA DE BRITO OAB: 30923/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

6ª Vara Cível e Empresarial de Belém

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

ATO ORDINATÓRIO

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

0848552-05.2019.8.14.0301

AUTOR: M. W. S. EVENTOS E BUFFET LTDA - EPP

REU: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A

Fica intimada a parte autora para se manifestar sobre a contestação, no prazo legal (Provimento 006/2006
- CRMB, §2, inciso II).

BELéM, 16 de agosto de 2021

FABRICIO NASCIMENTO SAMPAIO

Número do processo: 0801442-39.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ALVES & LIMA


MOVEIS LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: MARIO FERNANDO SIMOES DOS SANTOS
JUNIOR OAB: 550PA/PA Participação: EXECUTADO Nome: NEW MEDICA COMERCIO E SERVICOS
DE PRODUTOS HOSPITALARES LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO DI LYOON
PEDROSA VILLALBA registrado(a) civilmente como THIAGO DI LYOON PEDROSA VILLALBA OAB:
21288PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: LARS DANIEL SILVA ANDERSEN TRINDADE OAB:
19501

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL
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Processo nº 0801442-39.2021.8.14.0301

Excipiente: New Medica Comercio e Serviços de Produtos Hospitalares LTDA - ME.

Excepto: Alves & Lima Moveis LTDA

Decisão

Trata-se de Exceção de Pré Executividade oposta por New Medica Comercio e Serviços de Produtos
Hospitalares LTDA - ME em face de Alves & Lima Moveis LTDA

Após citado, para responder a Ação Executiva, no importe de R$ 454.494,10 (quatrocentos e cinquenta e
quatro mil reais quatrocentos e noventa e quatro reais e dez centavos), o excipiente opôs a presente
exceção alegando falsidade da nota fiscal apresentada, em virtude da adulteração dos valores dos bens
adquiridos, a sustação dos 03 cheques, por motivo de coação sofrida, por ato da Excepta e a constatação
de defeitos nos utensílios hospitalares fornecidos, que se apresentaram sem o revestimento de inox, o que
lhe ocasionou a ferrugem precoce.

A Exceção de Pré Executividade está apta a ser apreciada pelos fundamentos doravante apresentados.

Éo que se tem para relatar. Passa-se a decidir:

Prefacialmente, mister elucidar que o CPC/2015 não mencionou expressamente o instituto da exceção de
Pré- Executividade como forma de defesa, nas ações de Execução.

Nada obstante, o art. 803 do CPC trouxe a possibilidade da análise, de oficio, de nulidade presentes nas
demandas executivas, independentemente de embargos a Execução. Em sendo assim, a exceção
continuará a ser apreciada como uma forma atípica de defesa do Executado. vejamos:

"Art. 803. É nula a execução se:

I – o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;

II - o executado não for regularmente citado;

III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo. Parágrafo único. A nulidade de
que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, independentemente
de embargos à execução.").

Em sua obra, o ilustre professor Daniel Amorim Assunção Neves ressalta o posicionamento do c. STJ
quanto a propositura da Exceção de Pré executividade e a presença de requisitos indispensáveis, quais
sejam:

“O Superior Tribunal de Justiça é tranquilo na admissão da Exceção de pré executividade, desde que a
matéria alegada seja conhecível de oficio e não haja a necessidade de instrução probatória para o Juiz
decidir seu pedido de extinção da execução” (Manual de Direito Processual Civil, 8ª ed. Ed Juspodivm.
Salvador, 2016, p. 1284)
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Defende, ainda, o autor, que a Súmula 393 do c.STJ, mesmo se referindo a execução fiscal, é plenamente
possível ser aplicada nas execuções comuns:

“A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis


de ofício que não demandem dilação probatória.” (Sumula 393 do STJ)

Desta forma, no caso em estudo, visualiza-se que a parte Executada/Excipiente requereu a extinção da
Execução, arguindo:

a) Adulterações nos títulos apresentados, especificamente quanto a falsidade da nota fiscal, no importe de
R$ 710.000,00 (setecentos e dez mil reais), apresentada no ID 22317235 - Pág. 1, quando que o valor real
seria de R$ 358.500,00 (trezentos e cinquenta e oito mil e quinhentos reais), o que demonstra a falsidade
do documento apresentado na inicial.

b) que a qualidade dos materiais hospitalares fornecido pela Excepta não correspondem com o que foi
apontado no documento de compra, haja vista não tratar de bens fabricados com "inox", o que ocasionou
a ferrugem precoce dos utensílios.

c) que a emissão dos 03 cheques, um dos títulos, objeto da execução, ocorreu mediante coação física
irresistível.

Compulsando os autos, constata-se a inexistência de provas pré-constituídas das alegações da


Excipiente, haja vista que todos os vícios apontados não podem ser constatados pelo Juízo em cognição
sumária.

Neste quadro, ainda que possam existir as nulidades alegadas, em razão da falsidade, coação na emissão
dos cheques ou má qualidade dos produtos adquiridos, todos apontados no bojo da exceção, a análise
das questões prescinde de dilação probatória, incluindo perícia de documentos e nos materiais
hospitalares em questão.

A jurisprudência dos Tribunais Estaduais têm reproduzido os julgados do c. STJ, acerca da impossibilidade
de dilação probatória nas Exceções de Pré-Executividade, assim tem se manifestado:

(TJCE-0079550) PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. QUESTÕES CUJA SOLUÇÃO DEMANDA CONTRADITÓRIO E INSTRUÇÃO
PROCESSUAL. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA PACÍFICA NO ÂMBITO DAS TURMAS DO STJ. AGRAVO
DE INSTRUMENTO NÃO PROVIDO. 1. ENCONTRA-SE SEDIMENTADA NO ÂMBITO DAS TURMAS
QUE COMPÕEM O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA A COMPREENSÃO DE QUE A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE É CABÍVEL QUANDO ATENDIDOS SIMULTANEAMENTE DOIS REQUISITOS,
UM DE ORDEM MATERIAL E OUTRO DE ORDEM FORMAL, OU SEJA: (A) É INDISPENSÁVEL QUE A
MATÉRIA INVOCADA SEJA SUSCETÍVEL DE CONHECIMENTO DE OFÍCIO PELO JUIZ; E (B) É
INDISPENSÁVEL QUE A DECISÃO POSSA SER TOMADA SEM NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA. 2. NO CASO, NÃO HÁ ILIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO POIS OS VALORES SÃO
DETERMINÁVEIS POR MEROS CÁLCULOS ARITMÉTICOS. ASSIM, DO TÍTULO EXTRAEM-SE TODOS
OS ELEMENTOS, FALTANDO APENAS DEFINIR A QUANTIDADE, NÃO SE PODENDO DIZER QUE
ELE É ILÍQUIDO. 3. PORTANTO, A DECISÃO AGRAVADA ESTÁ CORRETA E NÃO HÁ PROGNÓSTICO
FAVORÁVEL AO DIREITO ALEGADO PELA AGRAVANTE. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO
E NÃO PROVIDO. (Agravo de Instrumento nº 0622156-32.2016.8.06.0000, 2ª Câmara de Direito Privado
do TJCE, Rel. Teodoro Silva Santos. DJe 14.02.2018).

(TJGO-0163575) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ARGUIÇÃO DE


AUSÊNCIA DE CERTEZA, LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CABIMENTO. OMISSÃO RECONHECIDA SEM ALTERAR RESULTADO DO JULGAMENTO. EFEITO
MODIFICATIVO. IMPOSSIBILIDADE. 1. O incidente de exceção de pré-executividade somente é
cabível para arguição de vícios que possam ser analisados de ofício e desde que desnecessária a
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dilação probatória. 2. A nulidade da Execução com base no art. 803 do Código de Processo Civil pode
ser alegada a qualquer tempo, por Objeção ou Exceção de Pré-executividade, dentro do próprio processo
executivo, não estando sujeita à preclusão. 3. A matéria acerca do preenchimento dos caracteres e
requisitos (certeza, liquidez e exigibilidade) inerentes ao título executivo extrajudicial tem caráter
de ordem pública, até mesmo pelo fato de possibilitar a decretação de nulidade de todo o processo
de Execução, podendo, portanto, ser apreciada a qualquer momento pelo Julgador. 4. Configurada a
omissão no Acórdão vergastado, devem os embargos serem acolhidos para saná-la, complementando-o,
sem, contudo, alterar o seu julgamento. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E ACOLHIDOS.
(Agravo de Instrumento nº 5252528-57.2016.8.09.0000, 2ª Câmara Cível do TJGO, Rel. Maurício Porfirio
Rosa. DJ 19.09.2017).

Assim, identificada necessidade de dilação probatória para provar os fatos trazidos pela Excipiente, a
Exceção de Pré-Executividade não pode ser acolhida pelo Juízo.

Dispositivo:

1-Isto posto, rejeito a Exceção de Pré-Executividade oposta pela executada New Medica Comercio e
Serviços de Produtos Hospitalares LTDA - ME, nos termos do art. 803 do CPC/2015, haja vista a
necessidade de dilação probatória para análise dos fatos trazidos aos autos. Em consequência, segue
rejeitada a tutela de evidência.

2-Desta forma, determino a continuidade da Execução, devendo, a parte Excepta, Alves & Lima Moveis
LTDA, no prazo de 15 (quinze) dias, juntar a duplicata correspondente a nota fiscal ID 22317235 - Pág. 1.

3- Sem custa e honorários sucumbenciais, nos termos da pacificada jurisprudência do c. STJ (e.g: Resp
1.256.724-RS/ Rel.Min. Mauro Campbell Marques).

Intime-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no Sistema.

Augusto Cesar da Luz Cavalcante

Juiz de Direito, Titular da 6ª vara Cível da Capital.

Número do processo: 0022792-97.2013.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: AILSON DE OLIVEIRA


CARTAGENES Participação: ADVOGADO Nome: JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO OAB: 007261/PA
Participação: REU Nome: BANCO BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: STHEFANNI
CRISTINNI PINTO DE FREITAS OAB: 24634/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANDREA OLIVEIRA
DA SILVA OAB: 018405/PA

ATO ORDINATÓRIO

Ato ordinatório disciplinado no Provimento 006/2006 - CRMB, §2, inciso XI: Ficam intimadas as partes para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

recolherem as custas intermediárias (expedição de alvarás), devendo os mesmos serem apresentados no


prazo de 15 (Quinze) dias.

Belém, 16 de agosto de 2021.

EDMILTON PINTO SAMPAIO

Diretor de Secretaria

Número do processo: 0831806-96.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: PIRES E CRUZ


LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: HUGO PINTO BARROSO OAB: 012727/PA Participação:
EXECUTADO Nome: ADAWILTUR TRANSPORTE E TURISMO LTDA - ME Participação: EXECUTADO
Nome: WILSON RAMOS Participação: EXECUTADO Nome: ADAZILA DE OLIVEIRA RAMOS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº: 0831806-96.2018.8.14.0301

Exequente: PIRES E CRUZ LTDA - ME

Executado: ADAWILTUR TRANSPORTE E TURISMO LTDA – ME e outros

DECISÃO

Vistos, etc.

Trata-se de execução de título extrajudicial em que a parte exequente pleiteia que seja efetuado o
pagamento do valor R$ 160.922,25 (cento e sessenta mil e novecentos e vinte e dois reais e vinte e cinco
centavos) em virtude do negócio jurídico firmado entre as partes.

A parte executada foi citada por carta precatória (ID 10716201 - Pág. 7).

A parte exequente requereu o bloqueio via SISBAJUD, RENAJUD e INFOJUD (ID 19871987).

Éo que importa relatar.

Tendo em vista que a parte executada, apesar de devidamente intimada, não efetuou o pagamento
voluntário no prazo legal, bem como há informação nos autos de que opôs embargos à execução, passo a
analisar o pedido de bloqueio via SISBAJUD, requerido na petição de ID 19871987.

No que concerne a penhora eletrônica, assim dispõe o Código de Processo Civil:

“Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a
requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições
financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro
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nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a
indisponibilidade ao valor indicado na execução”. (grifo nosso).

Comentando acerca do dispositivo que trata da penhora eletrônica, MARINONI, ARENHART e MITIDIERO
prelecionam:

[...] O direito à penhora eletrônica é corolário do direito fundamental à tutela jurisdicional adequada e
efetiva, na medida em que esse tem como consequência imediata o direito ao meio executivo adequado à
tutela do direito material. Não há dúvida de que a penhora eletrônica é a principal modalidade executiva
destinada à execução pecuniária, razão pela qual não se pode negá-la ao exequente. (MARINONI, Luiz
Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 2ª
ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 915).

Nessa lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a consulta aos sistemas
disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica. Destaca-se, ainda, que o
bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme se verifica de
entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº 425, o qual
dispõe:

A utilização do Sistema BACEN-JUD, no período posterior à vacatio legis da Lei 11.382/2006


(21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por parte do exequente, a fim de se
autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações financeiras.

Desse modo e em observância aos princípios da economia processual, efetividade da prestação


jurisdicional, duração razoável do processo, bem como considerando o que dispõe o Código de Processo
Civil sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do diploma
processual, procedo a tentativa de constrição de valores em desfavor de ADAWILTUR TRANSPORTE E
TURISMO LTDA (CNPJ 03.871.114/0001-03), WILSON RAMOS (CPF Nº 347.233.230-15) e ADAZILDA
DE OLIVEIRA RAMOS (CPF Nº 466.008.680-15) no valor de R$ 160.922,25 (cento e sessenta mil e
novecentos e vinte e dois reais e vinte e cinco centavos), conforme planilha de cálculo de ID 4797470 -
Pág. 9.

Considerando a possibilidade de a penhora online não lograr êxito ou ser insuficiente para adimplir o
débito, procedo a tentativa de bloqueio via sistema RENAJUD, destacando que essa medida é
perfeitamente possível para adimplir o débito. De fato, nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO


FISCAL. RESTRIÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE VEÍCULO. RENAJUD. POSSIBILIDADE. 1. O Superior
Tribunal de Justiça possui precedentes favoráveis à possibilidade de restrição de circulação de veículo,
por via do sistema RENAJUD, para viabilizar a localização e apreensão do bem, a fim de que seja
realizada a penhora e a consequente satisfação do crédito exequendo. Nesse sentido, as seguintes
decisões monocráticas: REsp 1.669.427/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, DJe 9/6/2017;
AREsp 1.165.070/MG, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, DJe 7/11/2017; AREsp 1.076.857/MG, Rel.
Ministro Luis Felipe Salomão, DJe 5/5/2017; AREsp 1.071.742/MG, Rel. Ministra Isabel Gallotti, DJe
18/4/2017; AREsp 1.062.167/MG, Rel. Ministro Antonio Carlos Ferreira, DJe 5/9/2017; e AREsp
1.155.900/MG, Rel. Ministro Moura Ribeiro, DJe 2/10/2017. 2. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no REsp 1678675/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/03/2018,
DJe 13/03/2018) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO


FISCAL. RESTRIÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE VEÍCULO. RENAJUD. POSSIBILIDADE. 1. O Superior
Tribunal de Justiça possui precedentes favoráveis à possibilidade de restrição de circulação de veículo,
por via do sistema Renajud, para viabilizar a localização e apreensão do bem, a fim de que seja realizada
a penhora e a consequente satisfação do crédito exequendo. 2. Agravo Interno não provido. (AgInt no
REsp 1820182/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/10/2019, DJe
18/10/2019) (grifo nosso).
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Sobre a sujeição dos bens do devedor à satisfação do exequente, ensina o professor ENRICO TULLIO
LIEBMAN:

Conseqüentemente a responsabilidade, ao invés de ser elemento da relação jurídica obrigacional, como


sustenta a doutrina acima referida, é vínculo de direito público processual, consistente na sujeição dos
bens do devedor a serem destinados a satisfazer o credor, que não recebeu a prestação devida, por meio
da realização da sanção por parte do órgão judiciário. Ação executória e responsabilidade executória
contrapõem-se exatamente: ambas são elementos da relação sancionadora (acima, n. 7 e 8), relação
trilateral em que o Estado ocupa posição central, como titular do poder de realizar a sanção. (Processo de
Execução. Enrico Tullio Liebman. Atualização Joaquim Munhoz de Melo. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 1986,
p. 37 e 38).

Fica a parte exequente advertida, desde já, que não sofrerão constrição veículos alienados fiduciariamente
ou já gravados com créditos preferenciais.

No que concerne ao pedido, destaca-se que a jurisprudência pátria estende o entendimento acerca do
SISBAJUD ao INFOJUD, que pode ser consultado a fim de localizar bens passíveis de penhora do
devedor.

(STJ-1128657) PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. UTILIZAÇÃO DO SISTEMA


INFOJUD. ESGOTAMENTO DOS MEIOS DE LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR.
DESNECESSIDADE. EFETIVIDADE DA EXECUÇÃO. I - O Superior Tribunal de Justiça firmou
jurisprudência de que o entendimento adotado para o BACENJUD deve ser estendido para o
sistema INFOJUD, como meio de prestigiar a efetividade da execução, não sendo necessário o
exaurimento de todas as vias extrajudiciais de localização de bens do devedor para a utilização do
sistema de penhora eletrônica. Precedentes: AgInt no REsp nº 1.636.161/PE, Rel. Ministra Regina
Helena Costa, Primeira Turma, DJe 11.05.2017 e REsp nº 1.582.421/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin,
Segunda Turma, DJe 27.05.2016. II - Agravo em recurso especial conhecido para dar provimento ao
recurso especial. (Agravo em Recurso Especial nº 1.376.209/RJ (2018/0252459-5), 2ª Turma do STJ, Rel.
Francisco Falcão. DJe 13.12.2018) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. SISTEMA INFOJUD. ESGOTAMENTO DE DILIGÊNCIAS. DESNECESSIDADE. 1.


O posicionamento da Corte de origem destoa da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o
tema. É desnecessário o esgotamento das diligências na busca de bens a serem penhorados a fim de
autorizar-se a penhora on-line (sistemas Bacen-jud, Renajud ou Infojud), em execução civil ou fiscal, após
o advento da Lei n. 11.382/2006, com vigência a partir de 21.1.2007. Precedentes: REsp 1.582.421/SP,
Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 27.5.2016; REsp 1.667.529/RJ, Min Rel. Herman
Benjamin, Segunda Turma, Dje 29.6.2017. 2. Agravo conhecido para dar provimento ao Recurso Especial
e permitir a utilização do sistema Infojud independentemente do esgotamento de diligências. (AREsp
1528536/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/11/2019, DJe
19/12/2019) (grifo nosso).

Assim, considerando que até o momento não existem bens garantindo o juízo, na hipótese de as medidas
anteriores não lograrem êxito, defiro o pedido da parte exequente para a quebra do sigilo fiscal da parte
executada ADAWILTUR TRANSPORTE E TURISMO LTDA (CNPJ 03.871.114/0001-03), WILSON
RAMOS (CPF Nº 347.233.230-15) e ADAZILDA DE OLIVEIRA RAMOS (CPF Nº 466.008.680-15), sendo
que A PARTIR DESTA DATA DETERMINO QUE SOMENTE AS PARTES E SEUS ADVOGADOS
TENHAM ACESSO AOS AUTOS (CONSULTA E CARGA), VEDADO A QUAISQUER OUTRAS
PESSOAS, SE FRUTÍFERO O RESULTADO. ISTO PORQUE HÁ INFORMAÇÕES PROTEGIDAS POR
SIGILO FISCAL. PROCEDA-SE, A SECRETARIA JUDICIAL, A INDICAÇÃO OSTENSIVA DO SIGILO NO
PROCESSO, POR MEIO DE ETIQUETA.

Logrando êxito as medidas constritivas, intime-se imediatamente a parte executada, por meio de seu
procurador devidamente habilitado, na forma do art. 854, §2º, do Código de Processo Civil, ficando desde
já ciente de que o silêncio importará em anuência em relação a constrição.
1363
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

No que concerne às custas processuais, determino o seu recolhimento após a prática dos atos, tendo em
vista que o próprio Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite que as tentativas de constrição
sejam realizadas sem a ciência prévia do executado – o que inevitavelmente se daria, caso houvesse
intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão somente, de medida que visa conferir efetividade
às medidas.

Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento das despesas processuais, fica a parte exequente
intimada para o pagamento das custas processuais referentes às diligências deferidas, bem como as
eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias, ficando desde já advertido de que o pagamento é
condição de eficácia das medidas e análise de novos pedidos.

Caso as tentativas anteriores restem infrutíferas, aplico os efeitos do art. 921, §2º, do Código de Processo
Civil, suspendendo a execução pelo prazo de 1 (um) ano para que a parte exequente indique bens do
executado à penhora, sob pena de arquivamento do feito.

Intime-se. Cumpra-se.

Belém/PA, data registrada no sistema.

ALESSANDRO OZANAN

Juiz de Direito da 6ª Vara Cível e Empresarial da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 7 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0845267-33.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: JOSIANE


SANTOS DE ARAGAO DE MENEZES registrado(a) civilmente como JOSIANE SANTOS DE ARAGAO DE
MENEZES Participação: ADVOGADO Nome: ZENILDO SANTOS DE CARVALHO OAB: 26760/PA
Participação: REQUERIDO Nome: BANPARA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0845267-33.2021.8.14.0301

REPRESENTANTE: JOSIANE SANTOS DE ARAGAO DE MENEZES

REQUERIDO: BANPARA

DESPACHO

Vistos.

Em face dos indícios de patrimônio ou renda incompatíveis com o benefício da justiça gratuita, intime-se a
parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias, comprovar o preenchimento dos pressupostos legais para a
concessão da gratuidade, sob pena de indeferimento, na forma do art. 99, § 2º do Código de Processo
Civil – CPC.

Após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0832634-58.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA LUZIA DE JESUS


GUALBERTO Participação: ADVOGADO Nome: INGRID DE LIMA RABELO MENDES OAB: 17214/PA
Participação: REU Nome: EDUARDO LUIZ DA COSTA GUALBERTO

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0832634-58.2019.8.14.0301

AUTOR: MARIA LUZIA DE JESUS GUALBERTO

REU: EDUARDO LUIZ DA COSTA GUALBERTO

DESPACHO

Vistos.

Em virtude do grande lapso temporal já decorrido, indefiro o requerimento constante em petição ID


21951991.

Intime-se a parte autora para que, no prazo máximo e improrrogável de 05 (cinco) dias, dê cumprimento
ao despacho ID 21825851, sob pena de extinção do feito.

Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0842371-85.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO J. SAFRA S.A


Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO BRAZ DA SILVA OAB: 20638/PA Participação: REU Nome:
EDUARDA CATARINA RODRIGUES LUCENA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0842371-85.2019.8.14.0301
AUTOR: BANCO J. SAFRA S.A
REU: EDUARDA CATARINA RODRIGUES LUCENA

DESPACHO
Vistos.
Defiro o pedido de ID. 28706082.
A 2ª UPJ para as providências necessárias.
Após, certifique-se o trânsito em julgado e arquivem-se os autos.
Intime-se. Cumpra-se.
1366
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juiz de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA

Número do processo: 0826987-19.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: BANCO


BRADESCO SA Participação: ADVOGADO Nome: EDSON ROSAS JUNIOR OAB: 25196/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MAURO PAULO GALERA MARI OAB: 20455-A/PA Participação:
ADVOGADO Nome: CLAUDIO KAZUYOSHI KAWASAKI OAB: 18335/PA Participação: EXECUTADO
Nome: JOSE MARIA MARQUES MAUES

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0826987-19.2018.8.14.0301
EXEQUENTE: BANCO BRADESCO SA
EXECUTADO: JOSE MARIA MARQUES MAUES

DESPACHO
Vistos.
Defiro parcialmente o pedido de ID. 22071032, apenas quanto à realização de pesquisa online via
INFOJUD do endereço atualizado do executado.
Não havendo custas pendentes de recolhimento, retornem os autos conclusos para o cumprimento da
ordem.
Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juiz de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA

Número do processo: 0846332-63.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: REGINALDO


ALMEIDA DELGADO Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA DE ARAUJO ASSUNCAO OAB:
10577/PA Participação: REQUERENTE Nome: OSVALDINA ALMEIDA DELGADO Participação:
ADVOGADO Nome: MARCIA DE ARAUJO ASSUNCAO OAB: 10577/PA Participação: REQUERENTE
Nome: JOSE MARIA ALMEIDA DELGADO Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA DE ARAUJO
ASSUNCAO OAB: 10577/PA Participação: REQUERENTE Nome: ORIVALDO DE ALMEIDA DELGADO
Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA DE ARAUJO ASSUNCAO OAB: 10577/PA Participação:
REQUERENTE Nome: ANA MARIA DE ALMEIDA DELGADO DE OLIVEIRA Participação: ADVOGADO
Nome: MARCIA DE ARAUJO ASSUNCAO OAB: 10577/PA Participação: REQUERENTE Nome:
MARIVALDO DE ALMEIDA DELGADO Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA DE ARAUJO
1367
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ASSUNCAO OAB: 10577/PA Participação: REQUERENTE Nome: JOAO BOSCO ALMEIDA DELGADO
Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA DE ARAUJO ASSUNCAO OAB: 10577/PA Participação:
REQUERENTE Nome: EDINALDO ALMEIDA DELGADO Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA DE
ARAUJO ASSUNCAO OAB: 10577/PA Participação: REQUERENTE Nome: JOSE OSVALDO ALMEIDA
DELGADO Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA DE ARAUJO ASSUNCAO OAB: 10577/PA
Participação: INVENTARIADO Nome: JOSE MARIA DELGADO

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0846332-63.2021.8.14.0301

REQUERENTE: REGINALDO ALMEIDA DELGADO, OSVALDINA ALMEIDA DELGADO, JOSE MARIA


ALMEIDA DELGADO, ORIVALDO DE ALMEIDA DELGADO, ANA MARIA DE ALMEIDA DELGADO DE
OLIVEIRA, MARIVALDO DE ALMEIDA DELGADO, JOAO BOSCO ALMEIDA DELGADO, EDINALDO
ALMEIDA DELGADO, JOSE OSVALDO ALMEIDA DELGADO

INVENTARIADO: JOSE MARIA DELGADO

DESPACHO

Vistos.

Em face dos indícios de patrimônio ou renda incompatíveis com o benefício da justiça gratuita, intime-se a
parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias, comprovar o preenchimento dos pressupostos legais para a
concessão da gratuidade, sob pena de indeferimento, na forma do art. 99, § 2º do Código de Processo
Civil – CPC.

Após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0803165-64.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO BRADESCO S.A


Participação: ADVOGADO Nome: LUCIA CRISTINA PINHO ROSAS registrado(a) civilmente como LUCIA
CRISTINA PINHO ROSAS OAB: 25.197/PA Participação: ADVOGADO Nome: EDSON ROSAS JUNIOR
OAB: 25196/PA Participação: REU Nome: A F ROCHA TURISMO LTDA - ME Participação: REU Nome:
CARLOS ALEXANDRE JORGE DA ROCHA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0803165-64.2019.8.14.0301

AUTOR: BANCO BRADESCO S.A

REU: A F ROCHA TURISMO LTDA - ME, CARLOS ALEXANDRE JORGE DA ROCHA

DESPACHO

Vistos.

Verifico que em despacho ID 20611182 deixou de constar a data para a realização da audiência de
conciliação.

Assim, designo para o dia 10.11.2021 às 9h.

Ressalto que a referida audiência ocorrerá por meio de videoconferência ma Sala de Audiências virtuais
desta 7ª Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:

h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
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Intime-se. Cite-se.

Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0845408-57.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: LIDER COMERCIO E


INDUSTRIA LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: PAULA AMANDA RIBEIRO TEIXEIRA
VASCONCELOS OAB: 22540/PA Participação: ADVOGADO Nome: ISIS KRISHINA REZENDE SADECK
OAB: 9296/PA Participação: REU Nome: FRANCISCO JOSE GOMES DE PINHO

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Processo nº0845408-57.2018.8.14.0301

Autor: LIDER COMERCIO E INDUSTRIA LTDA.

Réu: FRANCISCO JOSE GOMES DE PINHO

DESPACHO

Vistos.

Defiro o requerido em petição ID 22731971.

Designo o dia 09.11.2021 às 9h30 para audiência de conciliação.

Ressalto que a audiência de conciliação se dará por meio de videoconferência na sala da audiências
virtuais desta 7ª Vara Cível, cujo endereço eletrônico é:

h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
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Intime-se a parte autora na pessoa de seu advogado (CPC, art. 334, § 3º).

Cite-se e intime-se a parte ré no endereço indicado em petição ID 22731971.

Cumpra-se, expedindo-se o necessário.

Belém, 16 de agosto de 2021

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0846100-51.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROLANDO MOLINA


ALVARO Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO CARLOS SILVA PANTOJA OAB: 5441/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: BANPARA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0846100-51.2021.8.14.0301
1370
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AUTOR: ROLANDO MOLINA ALVARO

AUTORIDADE: BANPARA

DESPACHO

Vistos.

Em face dos indícios de patrimônio ou renda incompatíveis com o benefício da justiça gratuita, intime-se a
parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias, comprovar o preenchimento dos pressupostos legais para a
concessão da gratuidade, sob pena de indeferimento, na forma do art. 99, § 2º do Código de Processo
Civil – CPC.

Após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0853231-82.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: DIRCE DA SILVA


BARBOSA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0853231-82.2018.8.14.0301
REQUERENTE: DIRCE DA SILVA BARBOSA

DESPACHO
Vistos.
Expeça-se ofício ao INSS para que, no prazo de 10 (dez) dias, manifeste-se sobre a petição de ID.
19332305.
Após, conclusos.
Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO


1371
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juiz de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA

Número do processo: 0823898-80.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. G. S. G.


Participação: ADVOGADO Nome: ARACELY DOS SANTOS EVANGELISTA OAB: 013325/PA
Participação: INVENTARIADO Nome: A. S. D. R. Participação: INTERESSADO Nome: A. S. D. R.
Participação: ADVOGADO Nome: LEONEL VINHAS COSTA SOUZA OAB: 1441PA/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MAYARA CARNEIRO LEDO MACOLA OAB: 016976/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ROSINEIDE SILVA DO ROSARIO OAB: 9535/PA Participação: INTERESSADO Nome: C. G. B. M.
Participação: ADVOGADO Nome: MAYARA CARNEIRO LEDO MACOLA OAB: 016976/PA Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: Z. D. S. C. Participação: ADVOGADO Nome: LUIS DENIVAL NETO
OAB: 13475/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0823898-80.2021.8.14.0301
REQUERENTE: LUIS GUILHERME SOARES GURJAO
INVENTARIADO: ALDO SILVA DO ROSARIO
INTERESSADO: ALTAMIRA SILVA DO ROSARIO, CARLOS GEOVANNY BAHIA MAGALHAES

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Vistos.

Tendo em vista a decisão proferida nos autos do AI 0807200-29.2021.814.0000, tomo as seguintes


providências:
1) Nomeio a Sra ALTAMIRA SILVA DO ROSÁRIO como inventariante, que deverá prestar compromisso
no prazo de 05 (cinco) dias e apresentar as primeiras declarações, por termo, nos 20 (vinte) dias
subseqüentes (art. 620 do CPC).
2) Intime-se o Sr. ZILDOMAR DA SILVA CAMPELO, antigo inventariante, para que, no prazo de 30 (trinta)
dias, apresente relatório de gestão.

Belém, 13 de agosto de 2021

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito em exercício pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0002874-44.2012.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARIA BENIGNA


JACO LIMA SAMSELSKI Participação: INVENTARIADO Nome: BRONISLAW SAMSELSKI Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: BRUNA JACO LIMA SAMSELSKI

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM
1372
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

0002874-44.2012.8.14.0301
REQUERENTE: MARIA BENIGNA JACO LIMA SAMSELSKI
INVENTARIADO: BRONISLAW SAMSELSKI

DESPACHO

Vistos.

INTIME-SE, pessoalmente, a parte inventariante para manifestar interesse no


prosseguimento do feito, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de arquivamento dos autos.

Após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juiz de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA

Número do processo: 0845759-25.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: FRANCISCO


CARLOS DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: ITA CAVALEIRO DE MACEDO MENDONCA OAB:
10159PA/PA Participação: REQUERENTE Nome: CINTIA DE FIGUEIREDO SILVA Participação:
ADVOGADO Nome: ITA CAVALEIRO DE MACEDO MENDONCA OAB: 10159PA/PA Participação:
REQUERIDO Nome: LIA DE FIGUEIREDO SILVA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0845759-25.2021.8.14.0301

REQUERENTE: FRANCISCO CARLOS DA SILVA, CINTIA DE FIGUEIREDO SILVA

REQUERIDO: LIA DE FIGUEIREDO SILVA

DESPACHO

Vistos.
1373
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em face dos indícios de patrimônio ou renda incompatíveis com o benefício da justiça gratuita, intime-se a
parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias, comprovar o preenchimento dos pressupostos legais para a
concessão da gratuidade, sob pena de indeferimento, na forma do art. 99, § 2º do Código de Processo
Civil – CPC.

Após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0805009-58.2020.8.14.0028 Participação: REQUERENTE Nome: JOSELITA


SOARES BECHARA Participação: ADVOGADO Nome: KAYO CESAR ARAUJO DA SILVA OAB:
22627/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ CARLOS AUGUSTO DOS SANTOS OAB: 009285/PA
Participação: REQUERIDO Nome: MARCIO FELIPE SANTOS BECHARA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0805009-58.2020.8.14.0028
REQUERENTE: JOSELITA SOARES BECHARA
REQUERIDO: MARCIO FELIPE SANTOS BECHARA

DESPACHO
Vistos.
Defiro o pedido de justiça gratuita.
Modifico o valor da causa para R$ 737.154,86 (setecentos e trinta e sete mil, cento e cinquenta e quatro
reais e oitenta e seis centavos).
A 2ª UPJ para as alterações cadastrais necessárias.
Cumpra-se integralmente o despacho de ID. 19458714, a partir do item iii.1.
Intime-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juiz de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA


1374
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0835115-23.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DAS GRACAS


OLIVEIRA DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: ALEX ANDREY LOURENCO SOARES OAB:
6459/PA Participação: AUTOR Nome: PAULA CRISTINA DOS SANTOS ALVES Participação:
ADVOGADO Nome: ALEX ANDREY LOURENCO SOARES OAB: 6459/PA Participação: INVENTARIADO
Nome: JORGE LUIZ CORREA DOS SANTOS Participação: INVENTARIADO Nome: CLAUDIA CRISTINA
OLIVEIRA DOS SANTOS

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 2.ª UPJ Cível e Empresarial

Intime-se a Inventariante para que proceda a juntada da Certidão de Óbito do Inventariado JORGE LUIZ
CORREA DOS SANTOS, tendo em vista que o referido não consta nos rol de documentos apresentados
pela Requerente. (Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 16 de agosto de 2021

__________________________________________

SAMANTHA CUNHA SZEKACS

SERVIDOR 2.ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0852955-51.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: JOAO CARLOS MOTA


BEZERRA Participação: ADVOGADO Nome: ALCINDO VOGADO NETO OAB: 6266/PA Participação:
REU Nome: BANPARA Participação: ADVOGADO Nome: PAULO ROBERTO AREVALO BARROS FILHO
OAB: 10676/PA Participação: ADVOGADO Nome: VITOR CABRAL VIEIRA OAB: 16350/PA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL
.
.
PROCESSO nº 0852955-51.2018.8.14.0301
AUTOR: JOAO CARLOS MOTA BEZERRA
REU: BANPARA

SENTENÇA

Vistos.

JOAO CARLOS MOTA BEZERRA ajuizou AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face do BANCO DO ESTADO DO PARÁ
1375
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

S/A - BANPARÁ, ambos qualificados na Exordial.

Narra a inicial que o autor é correntista do requerido, devido sua condição de funcionário pública estadual
(conta corrente nº 0002126281, agência 0020/00 ANANINDEUA) lotado na Polícia Militar do Estado do
Pará, como SubOficial, e como correntista, adquiriu direito a contratação de empréstimos junto ao
requerido.

O Autor alegou que Tais débitos são descontados de 02 (duas) formas: em folha de pagamento, mediante
empréstimos consignados, o que pode ser confirmado pelo contracheque do mês de julho de 2018, e em
sua conta corrente, o que pode ser confirmados pelo extrato bancário desta, do mês de julho de 2018.

Aduziu ter uma grande parte de seu salário comprometido com o requerido, na monta de 55,97%.
Pretende a redução dos descontos havidos no contracheque e na conta corrente do requerente, no
patamar legal em 30% (trinta por cento) da remuneração líquida percebida, após deduzidos os descontos
obrigatórios (Previdência e Imposto de Renda).

Sustentou também a ocorrência de dano moral, pela má-fé subjetiva e objetiva do réu para com o
promovente, ao pré-estabelecer contratos excessivamente onerosos para com o autor, que alega se
encontrar em uma situação financeira delicada, não tendo outra alternativa senão a de se submeter às
pesadas prestações para conseguir um empréstimo que pudesse lhe garantir uma quantia que garantisse
o suprimento apenas das necessidades básicas desta e de sua família, porém, em troca disto, sofre até
hoje os reflexos deste negócio jurídico indevidamente realizado, onde sua vontade não foi de forma livre e
espontânea, mas sim diante de uma forte pressão psicológica por conta das dificuldades financeiras em
que se encontrava e ainda se encontra.

Requereu os benefícios da justiça gratuita.

Requereu a inversão do ônus da prova.

Requereu a concessão de tutela de urgência antecipada para determinar a redução dos descontos
havidos no contracheque e na conta corrente do requerente, no patamar legal em 30% (trinta por cento) da
remuneração líquida, após deduzidos os descontos obrigatórios, bem como seja depositado em juízo, no
prazo de 10 (dez) dias, os valores debitados em folha de pagamento ou conta bancária que tiverem
excedido a margem consignável, a partir do ajuizamento da presente ação, sendo cada dia de atraso no
cumprimento desta ordem, punido com multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais), revertidos em favor do
requerente.

Requereu que fosse determinado ao Requerido que se abstenha, sob pena de multa diária de R$ 1,000.00
(um mil reais), revertidos em favor do requerente, de proceder informações acerca deste débito, ora em
discussão judicial, à Central de Riscos do Banco Central do Brasil – BACEN, bem como a quaisquer
órgãos de restrições.

Requereu, por fim, a procedência da ação, para que seja confirmada a antecipação dos efeitos da tutela
pretendida, nos termos do artigo 461, para que seja mantido no patamar legal de 30% (trinta por cento) a
redução dos descontos havidos na folha de pagamento e na conta corrente do requerente, do que nela for
depositado como salário; requereu a condenação o requerido a pagar à requerente indenização por dano
moral em R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Requereu a condenação do Requerido ao pagamento de verbas de sucumbência sobre o valor da


condenação e multas diárias se houver.

Juntou os documentos.

Decisão de ID 7591321 dos autos, deferindo os pedidos de justiça gratuita e de inversão do ônus da
prova, nos termos do art. 373, § 1º do CPC c/c art. 6º, inciso VIII do CDC em favor do Autor. Foi indeferida
1376
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

a tutela de urgência antecipada. Foi designada audiência de conciliação para o dia 02.04.2019, às 09h30 e
determinada a citação do réu.

Petição do autor de ID 7801547, informando a interposição de Agravo de Instrumento.

Certidão de citação do Requerido juntada no ID 8796948.

Contestação oferecida no ID 9187216.

Decisão proferida no ID 10395866, mantendo a decisão antes proferida em todos os seus termos e
intimando o banco Réu para que cumpra integralmente a decisão que concedeu efeito ativo ao Agravo de
Instrumento n°. 0802304-11.2019.8.14.0000.

Contestação do réu oferecida no ID 10572086.

Termo de Audiência de Conciliação juntado no ID 9259574, no qual foi registrado ter sido prejudicada a
tentativa de conciliação devido à ausência da parte autora. O Réu requereu a aplicação da multa prevista
no art. 334, §8º/CPC. Houve deliberação do Juízo no sentido de que o Requerimento do Réu fosse
apreciado quando do saneamento do feito. Também foi determinada a intimação do Autor para apresentar
réplica à contestação no prazo legal.

Réplica apresentada no ID 10478125.

Certificada no ID 11643767 a tempestividade da Réplica.

Réplica oferecida no Id 13574274.

Despacho proferido no ID 14384421, intimando a autora para apresentar réplica.

Contrarrazões apresentadas no ID 11982851.

Despacho de ID 14334408, intimando as partes para especificarem as provas a serem produzidas.

Certificado no ID 19831552 o transcurso in albis do prazo para as partes.

Despacho de ID 21321640 determinando a conclusão dos autos para sentença, em razão de o feito
comportar julgamento antecipado da lide.

Vieram os autos conclusos.

É o relatório.

DECIDO.

Trata-se de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE


URGÊNCIA.

O processo comporta o julgamento antecipado do pedido, nos termos do art. 355, inciso I, do CPC.

Da multa por ato atentatório à dignidade da justiça

Tendo em vista que o Autor não comprovou justificativa para o não comparecimento à audiência de
conciliação realizada no dia 27 de agosto de 2019, defiro o pedido formulado pelo Réu no ID 9259574,
1377
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

para condenar a parte autora ao pagamento de multa no valor de 1% sobre o valor da causa a ser
revestido em favor do Fundo Estadual, nos termos do artigo 334, §8º do CPC.

Mérito

Ab initio, importante frisar que estamos diante de uma relação de consumo, haja vista a presença das
figuras do consumidor e do fornecedor, conforme arts. 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor –
CDC, devendo-se, portanto, analisar o caso sub judice com base nas normas consumeristas.

Compulsando os autos, verifico que o autor ingressou com a presente ação a fim de obter, especialmente,
a revisão dos contratos de empréstimos consignados e empréstimo na modalidade conta corrente
BANPARACARD firmados perante a instituição financeira ré, sob a alegação de que os descontos
mensais têm ultrapassado o patamar legal de 30% sobre a sua remuneração enquanto servidor público.

Em sua defesa, o réu defendeu a validade dos pactos firmados pelo autor, para requerer a improcedência
total da ação.

Pois bem. Analisando o acervo probatório existente nos autos, constato que o autor firmou 01 (um)
contrato de empréstimo consignado com o réu, com parcelas mensais que totalizam o importe de R$
1.334,23 (mil trezentos e trinta e quatro reais e vinte e três centavos), conforme fazem prova o
contracheque de ID 6311581 e contrato de ID 9187210.

Constato, outrossim, que o autor contraiu empréstimo denominado BANPARACARD (ID 9187215 e ID
9187213).

No que se refere ao pedido de limitação dos descontos ao patamar de 30%, analisando o acervo
probatório constante nos autos, observo que o salário bruto do autor é no importe de R$ 7528,45. Com os
descontos obrigatórios (Previdência, Imposto de Renda), o salário líquido da parte autora fica na margem
de R$ 6679,15.

Diante disso, considerando que os descontos de empréstimo consignado realizado com o réu totalizam a
importância de R$ 1334,23, não há que se falar em revisão do contrato de empréstimo consignado, uma
vez que os descontos não ultrapassam o patamar de 30% da remuneração da parte autora, estando
circunscritos à base de 19,97%, limite consignável aceitável pelo ordenamento jurídico pátrio.

Por outro lado, cabe analisar o pedido referente aos descontos de valores em razão dos demais
empréstimos bancários acima elencados, os quais são realizados diretamente na conta corrente da parte
autora.

A Lei Estadual n°. 5.810/1994, que dispõe sobre o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da
Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado do Pará, estabelece no art.126
que: "As consignações em folha de pagamento, para efeito de desconto, não poderão, as facultativas,
exceder a 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração."

Ademais, o Decreto Estadual nº 4.665, de 7 de junho de 2001, que estabelece normas sobre
consignações em folha de pagamento dos servidores públicos civis e militares do Estado do Pará, dispõe
em seu art. 2º que:

“As consignações em folha de pagamento, para efeito de desconto, não poderão exceder a 1/3 (um terço)
da remuneração para os servidores civis e 30% (trinta por cento) para os militares, ressalvados os
descontos para pagamento da contribuição providenciaria e imposto de renda, bem como o disposto nas
alíneas "b", "c" e "d" do item 3 do art. 107 da Lei nº 4.491, de 28 de novembro 1973.”

Logo, de acordo com a leitura dos dispositivos supracitados, observa-se que a limitação de descontos se
aplica tão somente em caso de empréstimo consignado, não se estendendo a referida limitação às demais
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

situações de financiamento, empréstimos ou outros tipos de negociações realizadas com a instituição


financeira.

Em verdade, cabe pontuar que, atualmente, não há legislação pátria que regulamente a questão do
superendividamento ou sobreendividamento, especialmente em se tratando de dívidas decorrentes da
prestação do mútuo firmado com a instituição financeira administradora da conta corrente.

Cabe pontuar, outrossim, que a redução de descontos para o limite de 30% da remuneração do
consumidor é questão controversa, inclusive, perante o Colendo Superior Tribunal de Justiça – C. STJ,
exatamente porque não há lei dispondo expressamente sobre o tema.

Todavia, cito a seguinte ementa da decisão proferida nos autos do RECURSO ESPECIAL Nº 1.586.910 –
SP, de lavra do Ministro Luís Felipe Salomão, a qual me filio, a fim de lançar luz sobre o tema em análise.
Confira-se:

“RECURSO ESPECIAL. PRESTAÇÕES DE MÚTUO FIRMADO COM INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.


DESCONTO EM CONTA-CORRENTE E DESCONTO EM FOLHA. HIPÓTESES DISTINTAS.
APLICAÇÃO, POR ANALOGIA, DA LIMITAÇÃO LEGAL AO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO AO MERO
DESCONTO EM CONTA-CORRENTE, SUPERVENIENTE AO RECEBIMENTO DA REMUNERAÇÃO.
INVIABILIDADE. DIRIGISMO CONTRATUAL, SEM SUPEDÂNEO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE.

1. A regra legal que fixa a limitação do desconto em folha é salutar, possibilitando ao consumidor que tome
empréstimos, obtendo condições e prazos mais vantajosos, em decorrência da maior segurança
propiciada ao financiador. O legislador ordinário concretiza, na relação privada, o respeito à dignidade
humana, pois, com razoabilidade, limitam-se os descontos compulsórios que incidirão sobre verba
alimentar, sem menosprezar a autonomia privada.

2. O contrato de conta-corrente é modalidade absorvida pela prática bancária, que traz praticidade
e simplificação contábil, da qual dependem várias outras prestações do banco e mesmo o
cumprimento de pagamento de obrigações contratuais diversas para com terceiros, que têm, nessa
relação contratual, o meio de sua viabilização. A instituição financeira assume o papel de
administradora dos recursos do cliente, registrando lançamentos de créditos e débitos conforme
os recursos depositados, sacados ou transferidos de outra conta, pelo próprio correntista ou por
terceiros.

3. Como característica do contrato, por questão de praticidade, segurança e pelo desuso, a cada
dia mais acentuado, do pagamento de despesas em dinheiro, costumeiramente o consumidor
centraliza, na conta-corrente, suas despesas pessoais, como, v.g., luz, água, telefone, tv a cabo,
cartão de crédito, cheques, boletos variados e demais despesas com débito automático em conta.

4. Consta, na própria petição inicial, que a adesão ao contrato de conta-corrente, em que o autor percebe
sua remuneração, foi espontânea, e que os descontos das parcelas da prestação - conjuntamente com
prestações de outras obrigações firmadas com terceiros - têm expressa previsão contratual e ocorrem
posteriormente ao recebimento de seus proventos, não caracterizando consignação em folha de
pagamento.

5. Não há supedâneo legal e razoabilidade na adoção da mesma limitação, referente a empréstimo


para desconto em folha, para a prestação do mútuo firmado com a instituição financeira
administradora da conta-corrente. Com efeito, no âmbito do direito comparado, não se extrai
nenhuma experiência similar - os exemplos das legislações estrangeiras, costumeiramente
invocados, buscam, por vezes, com medidas extrajudiciais, solução para o superendividamento ou
sobreendividamento que, isonomicamente, envolvem todos os credores, propiciando, a médio ou
longo prazo, a quitação do débito.

6. À míngua de novas disposições legais específicas, há procedimento, já previsto no ordenamento


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

jurídico, para casos de superendividamento ou sobreendividamento - do qual podem lançar mão os


próprios devedores -, que é o da insolvência civil.

7. A solução concebida pelas instâncias ordinárias, em vez de solucionar o superendividamento, opera no


sentido oposto, tendo o condão de eternizar a obrigação, visto que leva à amortização negativa do débito,
resultando em aumento mês a mês do saldo devedor. Ademais, uma vinculação perene do devedor à
obrigação, como a que conduz as decisões das instâncias ordinárias, não se compadece com o sistema
do direito obrigacional, que tende a ter termo.

8. O art. 6º, parágrafo 1º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro confere proteção ao ato
jurídico perfeito, e, consoante os arts. 313 e 314 do CC, o credor não pode ser obrigado a receber
prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.

9. A limitação imposta pela decisão recorrida é de difícil operacionalização, e resultaria, no comércio


bancário e nas vendas a prazo, em encarecimento ou até mesmo restrição do crédito, sobretudo para
aqueles que não conseguem comprovar a renda.

10. Recurso especial do réu provido, julgado prejudicado o do autor.” (RECURSO ESPECIAL Nº 1.586.910
- SP - 2016/0047238-7 - RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO. Data de julgamento: 29 de
agosto de 2017.

Assim sendo, na linha da atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, não há que se falar em
limitação de descontos efetuados sobre os valores depositados em conta corrente da parte autora, em
razão de empréstimo em virtude de empréstimo diverso da modalidade consignada em folha. Não há que
se falar igualmente em repetição de indébito, uma vez que a cobrança possui amparo legal.

Pedido improcedente.

Do pedido de dano moral

Em regra, para a caracterização do dano moral são necessários os seguintes elementos: a) o ato ilícito;
b) o dano; c) nexo de causalidade entre o ato e o dano; e d) o dolo ou a culpa do agente causador do
dano.

Para configuração da responsabilidade civil, via de regra, faz-se necessária a presença dos seguintes
requisitos legais: a existência de um fato lesivo voluntário, causado pelo agente, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência; a ocorrência de um dano patrimonial ou moral e o nexo de
causalidade entre o dano e o comportamento do agente.

No caso vertente, constato haver relação de consumo entre as partes, uma vez que a atividade
desempenhada pela Ré se amolda ao conceito de fornecedor, e o Autor se enquadra no conceito de
consumidor, o qual utilizaram como destinatários finais dos serviços prestados pela empresa Requerida,
nos termos dos artigos 2ª e 3º da Lei 8.078/1990 (CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR).

Nesse contexto, como se trata de caso afeto às normas de proteção do consumidor, eventual
responsabilidade, caso imputável à ré seria objetiva e não a subjetiva prevista no CCB, nos termos do
art. 12 e 14 do CDC, de maneira que é dever do fornecedor de produtos e serviços indenizar pelos danos
causados, independente de culpa.

Entretanto, no caso concreto, entendo que não houve dano moral indenizável pela parte contrária, haja
vista o não preenchimento dos requisitos legais. De fato, os descontos relativos aos empréstimos
consignados ocorreram dentro da limitação prevista em lei, ao passo que os descontos das prestações
relativas ao empréstimo em conta corrente, na forma contratada pelo Autor, devem ocorrer sem
limitação. Dessa forma, inexiste ato ilícito perpetrado pelo Réu a ensejar lesão
extrapatrimonial em prejuízo do Autor.
1380
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Pedido improcedente

DISPOSITIVO

Ante o exposto JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS e, por via de consequência, JULGO EXTINTO
O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, com base no art. 487, inciso I do CPC.

Condeno a parte autora ao pagamento das custas, despesas processuais, e honorários advocatícios que
fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa, cuja exigibilidade fica suspensa, na forma do art. 98, § 3º
do CPC.

Condeno a parte autora ao pagamento de multa no valor de 1% sobre o valor da causa a ser revestido em
favor do Fundo Estadual, nos termos do artigo 334, §8º do CPC, por ato atentatório à dignidade da justiça.

P.R.I.

Transitado em julgado, arquivem-se.

Belém, 10 de agosto de 2021.

ROBERTO CEZAR OLIVEIRA MONTEIRO

Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0838950-58.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SEMASA INDUSTRIA


COMERCIO E EXPORTACAO DE MADEIRAS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: HUGO PINTO
BARROSO OAB: 012727/PA Participação: REU Nome: KELLY HORRANA ASSIS DA ROCHA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0838950-58.2017.8.14.0301

AUTOR: SEMASA INDUSTRIA COMERCIO E EXPORTACAO DE MADEIRAS LTDA

REU: KELLY HORRANA ASSIS DA ROCHA

DESPACHO

Vistos.

Tendo em vista a não realização da audiência de conciliação agendada nestes autos para o dia
17.03.2021, redesigno a mesma para o dia 10.11.2021 às 9h30.

Ressalto que a mesma se dará por meio de videoconferência na sala de audiências virtuais desta 7ª Vara
Cível, cujo endereço eletrônico é:
1381
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

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Intimem-se as partes.

Cumpra-se, expedindo o necessário.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0832832-61.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO VOLKSWAGEN


S.A. Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO NEVES COSTA OAB: 153447/SP Participação: REU
Nome: JOSE RICARDO NUNES DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA SILVA LAVOR
OAB: 27828/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALINE PAMPOLHA TAVARES OAB: 23058/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0832832-61.2020.8.14.0301
AUTOR: BANCO VOLKSWAGEN S.A.
REU: JOSE RICARDO NUNES DA SILVA

DECISÃO
Vistos.
Aguarde-se o julgamento definitivo do Agravo de Instrumento nº. 080039-65.2021.8.14.0000.
Após, conclusos.
Intime-se. Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juiz de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA

Número do processo: 0842585-76.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: VALDEMIR DOS


1382
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SANTOS VIEIRA Participação: ADVOGADO Nome: MARLON TAVARES DANTAS OAB: 1832/RR
Participação: REU Nome: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.
Participação: ADVOGADO Nome: MARILIA DIAS ANDRADE registrado(a) civilmente como MARILIA DIAS
ANDRADE OAB: 14351/PA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0842585-76.2019.8.14.0301
AUTOR: VALDEMIR DOS SANTOS VIEIRA
REU: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.

DESPACHO

Vistos.

Defiro o pedido de perícia médica.

01- Nomeio o Sr. LUCIO WEBER RABELO, contato luciowrabelo@uol.com.br, para atuar como perito nos
presentes autos;

02- Intimem-se as partes para que apresentem, no prazo de 15 (quinze) dias, os seus quesitos e indiquem
seus assistentes técnicos (art. 465, §1º, CPC);

03- Fixo honorários periciais no valor de R$ 300,00 (trezentos reais), nos termos do Acordo de
Cooperação Técnica n°. 021/2016;

04- Proceda a parte ré, no prazo de 15 (quinze) dias, ao depósito do montante acima mencionado;

05- Por fim, intime-se o perito para designar data, hora e local para o início dos trabalhos periciais, a
serem informados às partes com a antecedência mínima de cinco dias (art. 466, §2º, CPC);

06- Fixo o prazo de 30 (trinta) dias para entrega do laudo pericial, o qual deverá descrever o método
utilizado e responder conclusivamente os quesitos formulados (art. 473, CPC);

07- Após, intimem-se as partes para que, no prazo comum de 10 (dez) dias, manifestem-se sobre o laudo
pericial;

08- Somente após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juiz de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA


1383
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0840020-71.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: LUIZ MARCELO


SOUZA SALGADO Participação: ADVOGADO Nome: KAROANE BEATRIZ LOPES CARDOSO OAB:
15461/PA Participação: EXECUTADO Nome: PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

0840020-71.2021.8.14.0301
EXEQUENTE: LUIZ MARCELO SOUZA SALGADO
EXECUTADO: PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS

DESPACHO

Vistos.

INTIME-SE a parte exequente para que emende a inicial no prazo de 15 (quinze) dias,
devendo depositar em Secretaria o original do título que embasa a presente execução, sob pena de
indeferimento da inicial, nos termos do art. 321, parágrafo único do CPC.

Com o referido depósito, certifique-se, devendo o título executivo permanecer arquivado em


pasta própria até decisão ulterior.

Somente após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juiz de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA

Número do processo: 0845853-70.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PATRICIA LOPES DE


FREITAS Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO DA SILVA PEREIRA OAB: 18392PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: DAVI COSTA LIMA OAB: 12374/PA Participação: ADVOGADO Nome:
RONE MIRANDA PIRES OAB: 12387/PA Participação: REQUERENTE Nome: M. L. F. R. Participação:
ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO DA SILVA PEREIRA OAB: 18392PA/PA Participação:
ADVOGADO Nome: DAVI COSTA LIMA OAB: 12374/PA Participação: ADVOGADO Nome: RONE
MIRANDA PIRES OAB: 12387/PA Participação: REQUERENTE Nome: ALINE ALICE DE ALMEIDA
RODRIGUES NASCIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANTONIO DA SILVA PEREIRA
1384
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

OAB: 18392PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: DAVI COSTA LIMA OAB: 12374/PA Participação:
ADVOGADO Nome: RONE MIRANDA PIRES OAB: 12387/PA Participação: INVENTARIADO Nome:
HENRIQUE SEBASTIAO BRAZAO RODRIGUES

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL

Processo nº 0845853-70.2021.8.14.0301

AUTOR: PATRICIA LOPES DE FREITAS


REQUERENTE: M. L. F. R., ALINE ALICE DE ALMEIDA RODRIGUES NASCIMENTO

INVENTARIADO: HENRIQUE SEBASTIAO BRAZAO RODRIGUES

DESPACHO

Vistos.

Em face dos indícios de patrimônio ou renda incompatíveis com o benefício da justiça gratuita, intime-se a
parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias, comprovar o preenchimento dos pressupostos legais para a
concessão da gratuidade, sob pena de indeferimento, na forma do art. 99, § 2º do Código de Processo
Civil – CPC.

Após, conclusos.

Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARROM DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Número do processo: 0815129-25.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MANOEL DOS SANTOS


FREITAS Participação: REU Nome: M.C.M CONSTRUCOES LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
BERNARDO JOSE MENDES DE LIMA OAB: 18913/PA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO
SODRE LEAO OAB: 23994/PA Participação: REU Nome: ENGTOWER ENGENHARIA LTDA.
Participação: ADVOGADO Nome: BERNARDO JOSE MENDES DE LIMA OAB: 18913/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNO SODRE LEAO OAB: 23994/PA

PODER JUDICIÁRIO DO PARÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL


1385
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo nº 0815129-25.2017.8.14.0301

AUTOR: MANOEL DOS SANTOS FREITAS

REU: M.C.M CONSTRUCOES LTDA, ENGTOWER ENGENHARIA LTDA.

DESPACHO

Vistos.

Considerando as férias do MM. Juiz Titular desta 7ª Vara Cível e a impossibilidade de realização da
audiência pela magistrada que o substitui em razão de conflito de pautas, redesigno a audiência de
instrução e julgamento para o dia 23/09/2021 às 10h.

Ressalto que a audiência se dará de forma híbrida, devendo o autor comparecer pessoalmente à Sala de
Audiências da 7ª Vara Cível e as demais partes participarão da mesma por meio de videoconferência em
nossa Sala de Audiências Virtuais, cujo endereço eletrônico é:

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Intimem-se as partes.

Belém, 13 de agosto de 2021.

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza de Direito respondendo pela 7ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0046102-30.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: IZAM NASCIMENTO


FERREIRA DE SOUZA Participação: ADVOGADO Nome: KENIA SOARES DA COSTA OAB: 15650/PA
Participação: REU Nome: POSTO DE GASOLINA PIT STOP LTDA. Participação: ADVOGADO Nome:
PATRICIA PASTOR DA SILVA PINHEIRO OAB: 018656/PA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DE BELÉM

SECRETARIA DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0046102-30.2016.8.14.0301

ASSUNTO: [Indenização por Dano Material]


1386
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: IZAM NASCIMENTO FERREIRA DE SOUZA

Considerando o retorno dos presentes autos da instância superior, manifeste-se a parte interessada no
prazo de 15 (quinze) dias, requerendo o que entender pertinente.

De ordem, em 16 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM


1387
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 8 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

RESENHA: 22/06/2021 A 22/06/2021 - SECRETARIA 2ª UPJ VARAS CIVEIS E EMPRESARIAL -


COMERCIO E SUCESSAO - VARA: 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM PROCESSO:
00004551720138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Despejo em: 22/06/2021 AUTOR:VENISE CATIVO
ROSA DA COSTA NUNES Representante(s): OAB 15812 - SAUL FALCAO BEMERGUY (ADVOGADO)
REU:LUIZ ANTONIO MELO DE MORAES Representante(s): OAB 18903 - DIEGO MAGNO MOURA DE
MORAES (ADVOGADO) . Vistos etc. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE DESPEJO POR POR DENUNCIA
VAZIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA proposta por VENISE CATIVO ROSA DA COSTA
NUNES, em face de LUIZ ANTONIO MELO DE MORAES com fundamento na Lei 8.245/1991, arts. 9º,
III, 59, § 1º, IX e 62, I (redação dada pela Lei 12.112/2009).      Alega que celebrou com a
parte ré contrato de locação que teve inicio em 10 de setembro de 2010 com prazo de término de
1(um) ano. Aduz que em virtude do contrato já ter expirado, estando por prazo indeterminado e em
razão de não mais interessar ao requerente a continuação da locação este notificou
extrajudicialmente a requerida para que desocupasse o imóvel no prazo de trinta dias.      Pontua
que ultrapassados os trinta dias da notificação a requerida não desocupou o imóvel nem mesmo
prometeram fazê-lo, continuado a locação por prazo indeterminado. Por fim, requer que seja
determinada a desocupação do imóvel e a efetiva entrega as chaves do bem.      Juntou
documentos.      Citada a ré apresentou contestação de fls. 22/31.      Informações
da interposição de agravo de Instrumento à s fls. 32/46.      Réplica à s fls. 57/60.     Â
Resposta do agravo denegando o efeito suspensivo à s fls. 69/72      Ãs fls. 75 o indeferimento do
levantamento da caução.      Peidos de provas indeferido às fls. 80 com determinações para
cumprimento, sem manifestação certificado às fls. 81      Autos conclusos.      à o
relatório. Decido.      Vindo os autos conclusos, e, verificando, que a questão de mérito é de
direito e de fato, mas não havendo mais necessidade de produção de provas em audiência, com
base no art. 330, I, CPC,      Pretende a autora seja decretada a rescisão do contrato firmado,
assim como o despejo do imóvel objeto da lide, além da condenação da parte ré ao pagamento do
débito existente e dos ônus da sucumbência.      O contrato celebrado entre as partes está
dotado de licitude e assinado por ambas, a locatária/ré é a legalmente contratada no respectivo termo
de locação. Assim, resta-se configurada o contrato de locação entre as partes.      A autora
juntou o contrato de locação em fls. 13. Notificação extrajudicial às fls. 14/15 Logo, a demanda
está inteiramente instruÃ-da com os documentos indispensáveis a sua análise. Matéria
eminentemente de direito. Â Â Â Â Â Compulsando os autos, verifica-se que a requerida limitou-se em
contestar a ação sem produzir provas contundentes para comprovar suas alegações, ou seja, fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito alegado pelos autores.      Outrossim, alega que a
autora seria sublocatária e não proprietária do referido imóvel, porém o requerido não juntou os
documentos comprovantes do alegado. Sendo assim, não há prova ou evidência válida dos referidos
pagamentos.      Ainda, em consulta ao sistema, verifico que o agravo fora negado o provimento,
mantendo a decisão deste magistrado.      Em se tratando de locação para fins não
residenciais, qualquer que seja o prazo estipulado no contrato, com o seu término, o locador pode
requerer o imóvel por denúncia vazia. A retomada do imóvel por denúncia vazia é fundada
exclusivamente na conveniência do locador. Assim, tem ele o direito de reclamar a desocupação do
imóvel locado, esgotados, pelo autor, os meios de desocupação amigável.      Sobre o
assunto: AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÃÃO COMERCIAL. AÃÃO DE DESPEJO POR DENÃNCIA
VAZIA. LIMINAR INDEFERIDA. NOTIFICAÃÃO PRÃVIA E AJUIZAMENTO DA AÃÃO DE DESPEJO POR
DENÃNCIA VAZIA EM ATÃ TRINTA DIAS DO TERMO FINAL PARA DESOCUPAÃÃO VOLUNTÃRIA.
DECISÃO AGRAVADA REFORMADA EM PARTE. Agravo de instrumento provido, nos termos do
acórdão. (TJ-SP 20161206020188260000 SP 2016120-60.2018.8.26.0000, Relator: Cristina Zucchi,
Data de Julgamento: 20/03/2018, 34ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 20/03/2018)
EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO DE DESPEJO POR DENÃNCIA VAZIA. Aplicação da Lei nº
8.245/91 à hipótese em tela, onde se pretende a retomada do imóvel de forma imotivada. Agravo Retido
não conhecido. Aplicação da norma legal prevista no art. 57 da Lei nº 8.245/91 à hipótese em tela,
onde se pretende a retomada do imóvel de forma imotivada, desde que denunciado o contrato com
fixação de prazo mÃ-nimo de 30 (trinta) dias para desocupação. Relação contratual entre as
partes litigantes que restou devidamente demonstrada nos autos. Legitimidade Ativa demonstrada. A
1388
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

abertura, registro e cumprimento do testamento foram devidamente comprovados pelo Autor, ora Apelado,
havendo verossimilhança em suas alegações, no sentido de que recebeu o imóvel do antigo
proprietário em testamento. Pouco importa o tempo que o Réu, ora Apelante, permaneceu sem pagar
aluguel, não se traduzindo em usucapião, pois na relação contratual em apreço a posse é
precária e jamais convalesce, pouco importando se realizou o pagamento das despesas do imóvel ou
benfeitorias. Tendo em vista que o JuÃ-zo a quo arbitrou os honorários advocatÃ-cios em R$ 1.000,00 (mil
reais), por força da sucumbência recursal, fixam-se os honorários sucumbenciais recursais no valor de
R$ 500,00 (quinhentos reais), totalizando em R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), com fundamento no
artigo 85, §§ 2º e 11 do Código de Processo Civil vigente. MANUTENÃÃO DA R. SENTENÃA.
RECURSO DESPROVIDO. (TJ-RJ - APL: 02387867320138190001, Relator: Des(a). ANDREA FORTUNA
TEIXEIRA, Data de Julgamento: 03/02/2021, VIGÃSIMA QUARTA CÃMARA CÃVEL, Data de
Publicação: 04/02/2021)      Logo, foram preenchidas as condições para o despejo por
denúncia vazia, ou desalijo imotivado, que, como é cediço, é o meio processual indicado para as
hipóteses de locação com duração igual ou superior a 30 (trinta) meses, se, expirado esse prazo, o
locatário permanecer na posse do imóvel, sem oposição do locador, por mais de 30 (trinta) dias,
conforme dispõe a Lei do Inquilinato sobre o tema em seu art. 46.      Ante o exposto, e
considerando o que mais dos autos consta, JULGO PROCEDENTE A AÃÃO com resolução de
mérito na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil para declarar rescindido o contrato na forma
pedida na inicial, bem como decretar o despejo da locatária.      Condeno a parte ré a pagar os
aluguéis em atraso bem como os prejuÃ-zos porventura existentes, referentes ao inadimplemento das
cláusulas contratuais, como o pagamento das parcelas de IPTU e faturas da COSANPA, atualizados a
partir da citação, com a aplicação da taxa Selic (EMBARGOS DE DIVERGÃNCIA EM RESP Nº
727.842 - SP (2008/0012948-4). Para tanto, deve o autor providenciar a atualização do débito ao
réu no momento da satisfação desta condenação.      Caso o imóvel não esteja
desocupado: CONDENDO a ré ao despejo e fixo o prazo de 15 dias para desocupação voluntária
(Lei 8.245/1991, art. 63, § 1º, ¿a¿), após, caso não seja desocupado voluntariamente, determino a
realização do despejo compulsório, sem necessidade de expedição de novo mandado. Caso
necessário, defiro desde já o uso de força policial.      Condeno a parte ré, por fim, ao
pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatÃ-cios do advogado da autora, que fixo
em 10% sobre o valor da causa.      Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado,
arquivem-se os autos, dando-se baixa na distribuição.      Expeçam-se os mandados
necessários.      P.R.I.C.      Belém, 17 de junho de 2021.          MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO          Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial
da Capital PROCESSO: 00027177120128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:JOAO ALMEIDA MACIEL
REPRESENTANTE:JOSE ALMEIDA MACIEL Representante(s): OAB 7158 - AMIRALDO NUNES
PARDAUIL (ADVOGADO) REU:BANCO BRADESCO Representante(s): OAB 9354 - GEORGE SILVA
VIANA DE ARAUJO (ADVOGADO) OAB 128341 - NELSON WILLIANS FRATONI RODRIGUES
(ADVOGADO) . Trata-se de AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS movida por
JOSÃ ALMEIDA MACIEL em face de BANCO BRADESCO S/A. Â Â Â Â Â Â Informa o autor que nunca
celebrou contrato de serviço com a ré e que foi surpreendida com um empréstimo no valor de R$
1.800,00 (hum mil e oitocentos reais) sem ter sido solicitado, mesmo lhe tendo sido apresentado
documento supostamente por ele assinado. Informa que é pessoa idosa e que caso tenha assinado, fora
levado por ludibrio. Informa que o dinheiro, logo após empréstimo, fora sacado em agência de São
Sebastião da Boa Vista por Elias Dias Pastana.       Diante do inconveniente, ingressou com a
presente demanda pleiteando danos morais e materiais. Â Â Â Â Â Â Citado, o requerido apresentou
contestação em fls. 24/32.       Réplica em fls. 45/47.       Autos conclusos.    Â
  à o relatório.       DECIDO.      Trata-se de relação de consumo que será
analisada sob a ótica da Lei 8.078/90, uma vez que as partes se encontram enquadradas nos artigos 2°
e 3° do referido diploma legal. O caso dos autos cinge-se sobre cobrança indevida, por força de um
contrato de empréstimo cuja celebração nega.      Com isso, tem-se que o caso se enquadra
na esfera da responsabilidade civil contratual objetiva. A responsabilidade objetiva se configura
independentemente da culpa. Nos casos de responsabilidade objetiva, não se exige prova de culpa do
agente para que seja obrigado a reparar o dano. Em alguns, ela é presumida pela lei. Em outros, é de
todo prescindÃ-vel, porque a responsabilidade se funda no risco (objetiva propriamente dita ou pura).
Quando a culpa é presumida, inverte-se o ônus da prova. O autor da ação só precisa provar a
ação ou omissão e o dano resultante da conduta do réu, porque sua culpa já é presumida. Trata-
1389
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

se, portanto, de classificação baseada no ônus da prova. à objetiva porque dispensa a vÃ-tima do
referido ônus. Mas, como se baseia em culpa presumida, denomina-se objetiva imprópria ou impura.  Â
   Vale dizer, que a responsabilidade civil do réu, como fornecedor de serviços, é objetiva na
forma do art. 14 do CDC, sendo excludentes aquelas previstas no § 3º do mesmo dispositivo. Assim,
competia ao réu demonstrar de forma cabal a existência de causa excludente da responsabilidade
objetiva prevista no CDC. Friso que a narrativa do consumidor goza de presunção de boa-fé, na
forma do art. 4°, I e III, do Código de Defesa do Consumidor. Segundo o art. 20 do CDC, o fornecedor
de serviço responde pelos vÃ-cios de qualidade que o tornem impróprio para o consumo. Conforme o §
2º do mencionado dispositivo legal, têm-se por impróprio o serviço que não atenda aos fins a que
razoavelmente se esperam ou que não atendam à s normas regulamentares de prestabilidade.    Â
 Dito isso, resta perquirir se houve efetiva falha nos serviços prestados pela ré a ensejar a
reparação pelos alegados danos causados à autora. E, examinando tudo o que dos autos consta,
tenho que a demanda não merece prosperar, senão vejamos.      Analisando detidamente a
demanda, sopesando a documentação carreada aos autos, constato que a ré, de fato, não fez prova
de que o autor assinou, de fato, o contrato de empréstimo ou que foi ele mesmo que fez o saque dos
valores informados. Ora, se a reclamada não fez prova de fato que legitimamente as arguições do
autor, não tem como este juÃ-zo adentrar ao mérito de suas alegações. A parte requerida não
trouxe provas aos autos que desconstituÃ-ssem as legações da autora, mesmo sendo a parte
tecnicamente e economicamente mais preponderante na relação. A requerida só juntou aos autos seu
Estatuto Social e Procuração, ou seja, documentos meramente instrutórios. Aplicando-se ao caso a
Inversão do Ãnus da Prova, deveria a parte requerida provar que não houve falha na prestação de
serviço e, logo, tão pouco houve danos causados ao autor. Não provou.      Entretanto, no que
diz respeito ao autor, o mesmo alegou que não reconhece o empréstimo feito, mas juntou documento
em fls. 08 um contrato de Empréstimo Pessoal cuja assinatura leva o seu nome. Não tem como este
juÃ-zo aferir se a assinatura corresponde ou não ao mesmo, posto não haver perÃ-cia grafotécnica que
indique a fraude e o autor sequer pleiteou perÃ-cia neste sentido, de modo que preclusa está a matéria
e não pode o magistrado imputar ao réu as alegações do autor em seu inteiro teor, até porque,
apesar de não ter trazido provas aos autos, não é revel. E mais, informa o autor que um suposto
terceiro efetuou o saque dos empréstimos, Elias Dias Pastana, mas não colaciona nada neste sentido.
     A inversão do ônus da prova não é absoluta. A inversão do ônus da prova, medida
prevista no Código de Defesa do Consumidor, não deve ser usada de forma absoluta e não exclui
disposição do Código Civil segundo a qual a prova deve ser feita por quem faz a alegação.    Â
 Nesse contexto, a meu sentir, não restou configurado o ato ilÃ-cito praticado pela requerida. Logo,
entendo que a demanda careceu de lastro probatório mais sólido para formar a convicção mÃ-nima
deste magistrado, inclusive para aplicar o instituo da inversão, que não pode ser confundida com
revelia. Restando prejudicada a análise da Responsabilidade da requerida, entendo como prudente julgar
os pedidos do autor improcedentes. Â Â Â Â Â Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido,
condenando o Autor, em consequência, ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatÃ-cios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, devidamente corrigido, com
ressalva do art. 98 e seguintes do CPC/2015 (com respeito ao art. 12, da antiga Lei 1.060/50), em
relação à parte autora, beneficiária da justiça gratuita, cuja a presente exigibilidade restará
suspensa.      Após o trânsito em julgado, não havendo requerimentos, dê-se baixa e
arquivem-se os autos. Â Â Â Â Â Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Publique-se.          Registre-se. Intime-se.          Belém, 21 de junho de 2021.
         MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO          Juiz de Direito da
8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 00034716520018140301 PROCESSO ANTIGO:
200110042585 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO
CASTELO BRANCO A??o: Despejo por Falta de Pagamento em: 22/06/2021 REU:MAUICIO AYRES DE
AZEVEDO Representante(s): OAB 9140 - LUCYANA SOARES PINTO (ADVOGADO) AUTOR:SERGIO
VILLAR MARCELINO Representante(s): OAB 10153 - ADRIANA DE OLIVEIRA SILVA CASTRO
(ADVOGADO) . Conforme resultado da consulta realizada no sistema RENAJUD acerca de bens a
penhorar em nome dos executados, observa-se que a pesquisa restou infrutÃ-fera, posto que os veÃ-culos
ali constantes já possuÃ-rem restrição realizada por vários TRIBUNAIS REGIONAIS conforme minuta
em anexo.      Ainda, determino que seja feita a avaliação e penhora do referido bem imóvel
descrito em fls. 126, que seja feita por oficial de justiça avaliador, nos termos do art. 870 do CPC.   Â
  Por fim, defiro o pedido de inclusão do nome do executado no cadastro de inadimplentes. Assim,
segue tela do sistema SERAJUD com a referida inclusão.      Defiro, desde logo, a expedição
de carta precatória      Quitadas eventuais custas expeça-se o necessário.      Intimar e
1390
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

cumprir.      Belém, 16 de junho de 2021      Marco Antonio Lobo Castelo Branco    Â


 Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00055913019968140301
PROCESSO ANTIGO: 199610081891 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 22/06/2021
AUTOR:BANCO DO ESTADO DO PARA SA Representante(s): WALCIMARA ALINE MOREIRA
CARDOSO (ADVOGADO) ADVOGADO:ANA CRISTINA SOARES REU:LUIZ MENDES DA FONSECA
REU:CONSTRUTORA E IMOBILIARIA FONSECA LTDA. REU:ANA MARIA GAMA DA FONSECA.
Conflito de Competência dirimido, conforme fls. 114. Este JuÃ-zo quedou-se competente para processar e
julgar o feito, conforme decisão retro.      O exequente nada trouxe de novo quanto ao pedido de
satisfação do crédito após o conflito de competência ter sido resolvido. Neste sentido, para
prosseguimento no feito e quanto aos valores pleiteados em sede satisfativa desta execução, intime-se
o exequente para, no prazo de 15 (quinze) dias, acostar a atualização do débito ou apresentar bens Ã
penhora, sob pena de aplicação do art. 921, III, §1º do CPC, bem como se manifestar pleiteando
aquilo que entender de direito.      A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do
art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.            Intime-se. Cumpra-se. Â
          Belém, 17 de junho de 2021.            Marco Antonio Lobo Castelo
Branco            Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00059717620178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021
REQUERENTE:IPIRANGA PRODUTOS DE PETROLEO SA Representante(s): OAB 15.201-A - NELSON
WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) REQUERIDO:POSTO AJURUTEUA LTDA
Representante(s): OAB 14800 - RICARDO NASSER SEFER (ADVOGADO) OAB 20739 - BRENDA
LUANA VIANA RIBEIRO (ADVOGADO) REQUERIDO:JOAO CLAUDIONOR MONTEIRO ABDON
Representante(s): OAB 14800 - RICARDO NASSER SEFER (ADVOGADO) REQUERIDO:MARGARIDA
RISUENHO ABDON Representante(s): OAB 14800 - RICARDO NASSER SEFER (ADVOGADO) .
Entendo que a matéria, aparentemente, não parece ser de difÃ-cil apreciação, porém, em respeito
ao devido processo legal, como acima dito, deve ser oportunizado às partes a manifestação sobre
eventual interesse na produção de provas que entendam ser fundamental para a resolução do
mérito, ressaltando que a manifestação deve estar de acordo com os deveres das partes, elencado
no diploma processual (art. 77 do CPC) e aplicação da penalidade lá estabelecida, como ato
atentatório dignidade da justiça, em caso de descumprimento dos deveres.      Tomo como
pontos controvertidos os apresentados na inicial, pelo autor, e na contestação, pelo réu, os quais
serão objeto da decisão, posto que a delimitação do tema a ser enfrentado e resolvido no
julgamento de mérito estão apresentados nas respectivas peças.      Assim, determino que as
partes se manifestem sobre interesse na produção de provas e acerca de eventual audiência de
instrução e julgamento, justificando o requerimento. Caso contrário, pedido sem fundamento sobre a
utilidade do ato processual a ser realizado para deslinde do processo, será considerado ato protelatório,
sendo a parte condenada por prática de ato atentatório a dignidade da justiça.      Caso as
partes requeiram prova testemunhal no mesmo ato apresente o devido rol das testemunhas, devendo vir o
feito concluso para ¿designação de audiência¿.      Ausente de manifestação das partes
e/ou com manifestação pela desnecessidade de produção de qualquer tipo de prova, deve o
processo vir concluso para sentença.      Voltem os autos para decisão.      Intimem-se.
Cumpra-se.      Belém, 18 de junho de 2021.               Marco Antonio Lobo
Castelo Branco               Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial
PROCESSO: 00067498520138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Monitória em: 22/06/2021 AUTOR:CAIXA DE ASSISTENCIA DOS PROFISSIONAIS DO CREAPA
Representante(s): OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) REU:JOAO
FLAVIO MARTINS PINTO Representante(s): OAB 15132 - FLAVIA GUEDES PINTO (ADVOGADO) .
Vistos.            Trata-se Ação Monitória proposta por CAIXA DE ASSISTENCIA DOS
PROFISSIONAIS DO CREA-PA/MUTUA-PA contra JOÃO FLÃVIO PINTO MARTINS em que o autor alega
que é credor do réu no valor apresentado na inicial, sendo a referida dÃ-vida comprovada pelo
documento juntado aos autos.            Logo, pugna pela procedência da demanda.   Â
        Junta amplo lastro probatório, com documentos suficientes que atestam seu crédito. Â
          Devidamente citado, a parte requerida apresentou EMBARGOS à MONITÃRIA
conforme fls. 42/53.            à o sintético relatório.            Decido.   Â
        à o caso de julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/15.  Â
         Trata-se de Ação Monitória proposta com base em documento emitido e não pago
1391
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

pelo réu juntado aos autos. Sabe-se que a presente ação é cabÃ-vel nos casos em que há prova
escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, nos termos do art. 700 do Código de Processo Civil.     Â
      Compulsando os autos, verifica-se que, apesar de devidamente citado, o réu apresentou
Embargos Monitórios alegando em suma que não pagou a dÃ-vida devido à situação econômica
difÃ-cil por qual passava a época.            A ação monitória é um procedimento
especial de cobrança, previsto nos artigos 700 a 702 do Novo Código de Processo Civil (Lei nº
13.105/15), que possibilita ao autor de uma ação um caminho menos moroso para a obtenção de
um crédito ou de um bem daquele que o deve. à uma Ação eminentemente de direito, bastando estar
provado o tÃ-tulo inexigÃ-vel apto a ser convertido em tÃ-tulo exigÃ-vel. De fato, a ação monitória é
uma espécie de atalho dentro do âmbito judicial, fazendo com que um credor de um bem ou uma
quantia de dinheiro possa cobrar essa dÃ-vida sem ter que passar por todo o trâmite de uma ação de
execução judicial.            Temos, portanto, que a ação monitória tem a
caracterÃ-stica de ser resolvida de forma mais dinâmica que um processo comum, cortando alguns
caminhos e possibilitando que o devedor não precise arcar com custas processuais, caso decida acatar
ao pedido. Sua dinâmica é mais célere, tendo o autor a possibilidade de pedir para que a outra parte
pague a quantia de dinheiro devida, entregue o bem devido ou cumpra uma ação especÃ-fica a qual
tenha se comprometido (por meio de contrato, nota fiscal ou outros tÃ-tulos, por exemplo). A grande
facilidade da demanda é sua celeridade frente as ser a mesma analisada com base nos tÃ-tulos
apresentados. Ou seja, não necessita de amplo espectro probatório.            Por fim,
para entrar com uma ação monitória, o autor precisa comprovar que pode cobrar o devedor. Essa
comprovação é feita a partir de uma prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo (como uma nota
promissória ou um cheque), conforme o artigo 700 do Novo CPC. Logo, restou provado na exordial os
requisitos a que se funda a ação.            Insta salientar que o silêncio do réu quanto
a determinação de constituição do tÃ-tulo judicial em caso de não impugnação provoca a
consequência, necessária, qual seja, a atribuição de efeito executivo ao tÃ-tulo apresentado.
Entretanto, o mesmo impugnou por meio dos Embargos Monitórios, porém seus fundamentos não se
sustentam e suas alegações são descabidas de provas, motivo que as rejeito em face do
preenchimento, por parte do autor, dos requisitos ensejadores da Monitória.           Â
Nesse sentido, APELAÃÃES CÃVEIS. ENSINO PRIVADO. AÃÃO MONITÃRIA. ÃNUS DA PROVA.
APELAÃÃES CÃVEIS. ENSINO PRIVADO. AÃÃO MONITÃRIA. ÃNUS DA PROVA. APELAÃÃES
CÃVEIS. ENSINO PRIVADO. AÃÃO MONITÃRIA. ÃNUS DA PROVA. APELAÃÃES CÃVEIS. ENSINO
PRIVADO. AÃÃO MONITÃRIA. ÃNUS DA PROVA. Preliminares de ilegitimidade passiva e ausência de
interesse processual afastadas. O documento apresentado pelo credor caracteriza inÃ-cio de prova escrita
quanto à existência do negócio subjacente, cabendo ao devedor, através dos embargos, opor-se,
fundamentadamente, à cobrança. Nesse sentido, a prova é uma faculdade atribuÃ-da à s partes, para
que demonstrem os fatos alegados. Na hipótese, em desatenção ao art. 373, II do CPC/2015, as
embargantes não se desincumbiram do ônus de provar o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito da autora, notadamente o pagamento do débito, impondo-se a manutenção da sentença.
APELOS DESPROVIDOS. UNÃNIME. (Apelação CÃ-vel Nº 70080906670, Vigésima Câmara
CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Dilso Domingos Pereira, Julgado em 10/04/2019). (TJ-RS -
AC: 70080906670 RS, Relator: Dilso Domingos Pereira, Data de Julgamento: 10/04/2019, Vigésima
Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 22/04/2019).           Â
No que concerne a abusividade contratual alegada e a aplicação do Código de Defesa do
Consumidor, entendo que, de fato, deve ser aplicado o estatuto consumerista às relações com
Instituições Financeiras, mas isso não induz de maneira imediata a Inversão do Ãnus da Prova.
Estamos diante de uma Ação com rito célere, cuja a produção ampla e instrutória é dispensada,
posto valer-se de prova eminentemente documental. O que pretende o requerido em Embargos
Monitórios é uma verdadeira Ação Revisional.            De fato, o Código de Defesa
do consumidor é aplicável às instituições financeiras e, portanto, aos contratos bancários, nos
termos do seu art. 3º , § 2º , e da orientação contida na Súmula nº 297 do Superior Tribunal de
Justiça. Não decorre daÃ- a conclusão automática de que todo e qualquer contrato de adesão seja
ilegal ou abusivo.          No que concerne aos juros aduzidos, o Superior Tribunal de Justiça
já pacificou o entendimento de que as instituições públicas ou privadas que integram o sistema
financeiro podem praticar taxas de juros superiores a 12% (doze por cento) ao ano, senão vejamos:
CIVIL E PROCESSUAL. CARTÃO DE CRÃDITO. DÃVIDA. AÃÃO REVISIONAL. JUROS. LIMITAÃÃO.
COMISSÃES. I. As administradoras de cartão de crédito inserem-se entre as instituições financeiras
regidas pela Lei n. 4.595/1964. II. Não se aplica a limitação de juros de 12% ao ano prevista na Lei de
Usura aos contratos de cartão de crédito. III. Ausência de prequestionamento impeditiva do exame do
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recurso especial em toda a pretensão deduzida pela parte. IV. Recurso especial não conhecido (REsp
471752/RS, T4, STJ, Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, j. 12/09/2006, DJ 13/08/2007, p. 373). AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. AÃÃO REVISIONAL. JUROS REMUNERATÃRIOS. COMISSÃO DE
PERMANÃNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. Eventual abusividade da pactuação dos juros
remuneratórios deve ser cabalmente demonstrada em cada caso, com a comprovação do
desequilÃ-brio contratual ou de lucros excessivos, sendo insuficiente o só fato de a estipulação
ultrapassar 12% ao ano ou de haver estabilidade inflacionária no perÃ-odo (REsp's ns. 271.214/RS,
407.097/RS e 420.111/RS). A comissão de permanência pode ser contratada para o perÃ-odo de
inadimplência, não cumulada com juros remuneratórios, correção monetária, juros de mora e multa
contratual (enunciados ns. 294 e 296 da Súmula do STJ e AgRg no REsp n. 712.801/RS, relatado pelo
eminente Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, DJ 04.05.05). Subsistentes os fundamentos do
decisório agravado nega-se provimento ao agravo (AgRg no REsp 748570/RS, T4, STJ, Rel. Min. Cesar
Asfor Rocha, j. 02/08/2005, DJ 14/11/2005, p. 341). AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. - A abusividade
da pactuação dos juros remuneratórios deve ser cabalmente demonstrada em cada caso, com a
comprovação do desequilÃ-brio contratual ou de lucros excessivos, sendo insuficiente o só fato de a
estipulação ultrapassar 12% ao ano ou de haver estabilidade inflacionária do perÃ-odo (REsp's ns.
271.214/RS, 407.097/RS e 420.111/RS). - Subsistente o fundamento do decisório agravado, nego
provimento ao agravo (AgRg no REsp 588781/RS, T4, STJ, Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, j. 02/03/2004,
DJ 02/08/2004, p. 410).          Assim, nossos tribunais superiores têm decidido que não se
pode falar de abusividade na pactuação dos juros remuneratórios só pelo fato de a estipulação
ultrapassar 12% ao ano. Ao contrário, a abusividade destes só pode ser declarada, caso a caso, à vista
de taxa comprovadamente discrepe, de modo substancial, da média do mercado na praça do
empréstimo.          Já sobre os juros compostos, O entendimento do STJ autoriza a
aplicação de juros compostos, não havendo irregularidade alguma nessa aplicação       Â
  Aliás, também, é pacifico o entendimento jurisprudencial que é permitida a capitalização de
juros pelas instituições bancárias, in verbis: APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO MONITÃRIA. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÃDITO EM CONTA-CORRENTE E CONFISSÃO DE DÃVIDA. INTERESSE
PROCESSUAL CARACTERIZADO. PRESCRIÃÃO. INOCORRÃNCIA. REVISÃO DOS ENCARGOS.
POSSIBILIDADE. CARÃNCIA DE AÃÃO: Caracteriza-se o interesse processual quando a parte tem a
necessidade de vir a juÃ-zo para obter a tutela pretendida, conferindo utilidade e eficácia ao
pronunciamento judicial. Caso em que a instituição financeira possui interesse processual, em razão
do inadimplemento do instrumento particular de confissão de dÃ-vida assumido pelo correntista e que
não se constitui tÃ-tulo executivo extrajudicial. PRESCRIÃÃO: A cobrança de dÃ-vida oriunda de
contrato de confissão de dÃ-vida, sob a égide do Código Civil de 1916, obedece à prescrição
vintenária, nos termos de seu art. 177. Sob a ótica do Código de 2002, ante a incorporação de novas
hipóteses de prescrição ao Diploma, a prescrição passa a ser qüinqüenal e regulada pelo
inciso I, do §5º, do art. 206. De acordo com a regra de transição prevista no art. 2.028, do CC/02, se
não transcorrido metade do prazo prescricional, contado na fórmula do Código derrogado, conta-se a
prescrição pelas disposições do novo Digesto Civil, com termo `a quo no inÃ-cio de sua vigência
(11/01/2003). Considerando a data de ajuizamento da demanda, inocorreu, no caso, a prescrição.
REVISÃO DE TODOS OS CONTRATOS: Muito embora seja viável a revisão de toda a relação
contratual, em caso de sucessão negocial, no caso concreto a parte autora trouxe aos autos, apenas, o
contrato de abertura de crédito em conta-corrente e confissão de dÃ-vida, sendo estes pactos, portanto,
objeto de revisão. JUROS REMUNERATÃRIOS: A modificação da cláusula contratual relativa à taxa
de juros remuneratórios apenas se justifica se demonstrada, de forma inequÃ-voca, abusividade, o que
não se verifica no caso. CAPITALIZAÃÃO DOS JUROS. A cobrança da capitalização mensal dos
juros é permitida em contratos firmados posteriormente à edição da MP n° 1.963-17, de 30.03.2000,
reeditada sob o nº 2.170-36/2000. Caso em que não se verifica a incidência do encargo sobre o
débito reivindicado. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA: Apenas pode ser mantida para o perÃ-odo da
inadimplência, afastando-se, contudo, os demais encargos: correção monetária, juros de mora, juros
remuneratórios e multa moratória. REPETIÃÃO DO INDÃBITO: Compensação/Repetição do
indébito possÃ-veis, decorrentes da revisão do contrato e diante da impossibilidade de enriquecimento
indevido. desnecessidade de prova de erro, conforme a súmula 322 do stj. ENCARGOS DA MORA:
Evidenciada a inadimplência, incidem os encargos decorrentes da mora (no caso, comissão de
permanência). PRELIMINAR REJEITADA. APELO PROVIDO, EM PARTE (Apelação CÃ-vel nº
70035925189, Décima Sexta Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Rel. Marco Aurélio dos
Santos Caminha, j. 28/07/2011, DJ 01/08/2011).          Assim, eventual capitalização e
juros, como requerido, seria apreciada e comprovada quando houvesse a cobrança de juros no momento
1393
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da inadimplência.          Por fim, O Superior Tribunal de Justiça tem entendido também


que não se aplica o art. 591 c/c 406 do Código Civil aos contratos bancários, não estando submetidos
à limitação de juros remuneratórios. Apenas os juros moratórios ficam circunscritos ao teto de 1% ao
mês para os contratos bancários não regidos por legislação especÃ-fica. Rememorando, juros
remuneratórios são aqueles pactuados entre as partes como uma forma de retribuição pela
disponibilidade do numerário, enquanto que juros moratórios são aqueles estipulados como uma forma
de punição pelo atraso no cumprimento da obrigação estabelecida.               Â
De acordo com a Súmula 596 do STF, as instituições financeiras não se sujeitam também Ã
limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), salvo hipóteses
especÃ-ficas. São possÃ-veis que sejam pactuados juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, sem
que essa cláusula, por si só, seja inválida. à necessário analisar se os Ã-ndices aplicáveis
desfavoravelmente ao consumidor se encontram flagrantemente exorbitantes para que somente então se
possa falar em revisão por parte do judiciário do que fora aventado pelas partes.         Â
Além do que, ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisÃ-vel, não pode o credor ser
obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou, conforme dispõe o art.
314 do Código Civil Brasileiro.          Neste sentido, nossos tribunais têm pacificado o
entendimento de que na ação de consignação em pagamento a parte deve depositar exatamente a
prestação que se obrigou, pois, o credor não é obrigado a receber coisa diversa da que lhe é
devida (art. 313 do CCB), in verbis: RECURSO ESPECIAL. AÃÃO DE CONSIGNAÃÃO EM PAGAMENTO.
ALEGAÃÃO DE VIOLAÃÃO AOS ARTIGOS 334 E 335, I DO NOVO CÃDIGO CIVIL; 535 E 890 DO CPC E
DISSÃDIO PRETORIANO. PRETENSÃO DE DEPOSITAR DINHEIRO NO LUGAR DE COISA DEVIDA:
SACAS DE SOJA. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO. 1. Não há violação
ao artigo 535, II do CPC quando o acórdão examinou as questões controvertidas na lide, expondo os
fundamentos que o levaram às conclusões assumidas. 2. A consignação em pagamento visa
exonerar o devedor de sua obrigação, mediante o depósito da quantia ou da coisa devida, e só
poderá ter força de pagamento se concorrerem "em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo,
todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento" (artigo 336 do NCC). 3. Celebrado
contrato entre as partes para a entrega de 372 sacas de soja de 60kg, a US$9,00 cada uma, sem
estipulação de outra forma alternativa de cumprimento dessa obrigação, não é possÃ-vel o uso
da ação de consignação em pagamento para depósito em dinheiro daquilo que o devedor entende
devido. 4. A consignação exige que o depósito judicial compreenda o mesmo objeto que seria preciso
prestar, para que o pagamento possa extinguir a obrigação, pois "o credor não é obrigado a receber
a prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa" (art. 313 do NCC) 5. Recurso
especial não-provido (REsp 1194264/PR, T4, STJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 01/03/2011, DJe
04/03/2011). APELAÃÃO CÃVEL. ENSINO PARTICULAR. AÃÃO DE COBRANÃA. INADIMPLEMENTO
DAS MENSALIDADES. PEDIDO DE PARCELAMENTO DO DÃBITO. AUSÃNCIA DE PREVISÃO LEGAL.
OBRIGAÃÃO DE DAR VALOR LÃQUIDO. SENTENÃA MANTIDA. Mérito do recurso em exame 1. No
processo em que se exerce uma pretensão de eficácia preponderantemente condenatória, tal como na
ação de cobrança, analisa-se existência do direito, constituindo-se um tÃ-tulo executivo judicial se
procedente o pedido formulado, o qual é exigÃ-vel de pronto. 2. Portanto, reconhecido o crédito na fase
de conhecimento e constituÃ-do o tÃ-tulo executivo judicial, descabe a parte devedora indicar a forma de
cumprimento da obrigação existente, quanto mais quando esta resulta de inadimplemento, sem causa
jurÃ-dica para tanto, de direito preexistente. 3. Desse modo, os créditos consolidados mediante a via
judicial não são passÃ-veis de parcelamento, pois a faculdade de receber este de forma diversa da qual
foi reconhecida é do credor, inexistindo possibilidade jurÃ-dica deste ser coagido a aceitar a oferta de
pagamento parcelado pelo devedor, quanto mais em obrigação de dar valor lÃ-quido e exigÃ-vel de
pronto. Logo, a obrigação constituÃ-da não é alternativa, cuja opção de escolha da prestação
a ser dada é do devedor, na forma do art. 252 da atual lei civil, ao contrário, se está diante de
estipulação certa a ser cumprida. 4.Ademais, o credor não pode ser obrigado a aceitar o pagamento
do débito de forma diversa do avençado e reconhecida como devida. Inteligência do art. 314 do CC.
Destarte, inexistindo acordo entre as partes, não há embasamento legal para que se proceda da forma
pretendida pela ré. Negado provimento ao apelo (Apelação CÃ-vel nº 70035000751, Quinta
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Rel. Jorge Luiz Lopes do Canto, j. 31/03/2010, DJ
07/04/2010). COMINATÃRIA. CARTÃO DE CRÃDITO. IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO INTEGRAL
E IMEDIATO. PRETENSÃO AO PARCELAMENTO DO DÃBITO. DESCABIMENTO. CREDOR QUE NÃO
ESTÃ OBRIGADO A RECEBER A PRESTAÃÃO DE FORMA DIVERSA DA AJUSTADA. EXEGESE DO
ART. 314 DO CCB. INTERVENÃÃO DO JUDICIÃRIO, ALTERANDO TAL REGRA, DEVE OCORRER
APENAS EXCEPCIONALMENTE. IMPOSSIBILIDADE DE COMPELIR A CREDORA A ACATAR A
1394
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PROPOSTA DE RENEGOCIAÃÃO DA DÃVIDA. RECURSO DESPROVIDO (Recurso CÃ-vel nº


71002857431, Terceira Turma Recursal CÃ-vel, Turmas Recursais RS, Relator: Eugênio Facchini Neto,
Julgado em 14/04/2011, DJ 20/04/2011). Â Â Â Â Â Â Â Â Â O caso, como em muitos outros, vem tratar de
matéria já pacificada pelos tribunais superiores e a parte autora vem pretendendo a modificação dos
termos contratuais utilizando argumentos que a jurisprudência já entendeu não aplicável para o caso.
         Muito embora o judiciário não pode ser furtar de apreciar perigo de lesão, o caso
não requer apenas a apreciação do que realmente pode ser tido como pertinente para juÃ-zo.    Â
     Neste sentido: Ação revisional de contrato bancário - alegações genéricas que têm
por objetivo modificar o que foi livremente pactuado - inexistência de limitação, constitucional ou
legal, de cobrança de juros em 12% ao ano - impossibilidade de se limiar os ganhos dos bancos, bem
como de se modificar o contrato para se reduzir os juros e encargos - inexistência de abusividade na
capitalização dos juros e de excessos a serem reduzidos - possibilidade de cobrar-se comissão de
permanência, desde que não se cumule com a correção monetária - Acolhimento parcial tão só
do recurso do réu (Apelação com Revisão n.º 1.177.643-7, 11ª Câmara de Direito Privado,
Tribunal de Justiça SP, Rel. Des. Claudio Villar, j. 25/03/2011, DJ 07/06/2011)           Â
Destarte, o tÃ-tulo executivo apresentado não sendo exigÃ-vel comprovou o vÃ-nculo e o débito entre as
partes. E, muito embora se possa aplicar o Código de Defesa do Consumidor ao caso, a Inversão do
Ãnus da prova se mostra desnecessária, uma vez que o autor provou na inicial com amplo lastro
probatório os fatos aduzidos e o direito perquirido.            Isto posto, JULGO
PROCEDENTE O PEDIDO do autor com resolução de mérito, nos termos dos arts. 487, I, e 701,
§2º, ambos do CPC, constituindo de pleno direito o documento juntado em tÃ-tulo executivo judicial,
reconhecendo-o como credor do réu da importância descrita na inicial incidindo correção monetária
desde o efetivo prejuÃ-zo e juros moratórios contados a partir do vencimento da obrigação.     Â
      Nos termos do art. 85 do CPC, condeno o réu no pagamento das custas processuais e
honorários advocatÃ-cios, que fixo em 10% do valor da causa.            Deve o feito
prosseguir na forma dos arts. 523 e seguintes do CPC.            Após, decorrido o prazo
recursal, com o trânsito em julgado, sem requerimento da parte, arquivem-se os autos.        Â
   P.R.I.C.            Belém, 31 de maio 2021.            MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO            Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00076791920038140301 PROCESSO ANTIGO: 200310109316
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Cumprimento de sentença em: 22/06/2021 REU:MARIA DO PERPETUO SOCORRO NOBRE
CARVALHO Representante(s): OAB 11960 - ANDRE LUIZ SERRAO PINHEIRO (ADVOGADO)
REU:EDUARDO JORGE MAKLOUF CARVALHO Representante(s): OAB 16990 - MANY RABEL
BRANDAO DE LIMA (ADVOGADO) OAB 18608 - EMERSON ALMEIDA LIMA JUNIOR (ADVOGADO)
OAB 19552 - ADELE DO SOCORO SERRAO PINHEIRO (ADVOGADO) OAB 23017 - ANA CAMILA
FERNANDES RODRIGUEZ (ADVOGADO) AUTOR:YEUNG SHUI PIK YUK Representante(s): OAB 12209
- MARCIO ANDRE AFFONSO MIRANDA (ADVOGADO) REU:EDILENE MARIA PINHEIRO DE SOUZA
Representante(s): OAB 11960 - ANDRE LUIZ SERRAO PINHEIRO (ADVOGADO) EXEQUENTE:ANDRÉ
LUIZ SERRÃO PINHEIRO Representante(s): OAB 18608 - EMERSON ALMEIDA LIMA JUNIOR
(ADVOGADO) . Indefiro, por ora, o pedido de penhora nos proveitos de aluguéis do, possÃ-vel, imóvel
do executado, requerido em fls. retro. Â Â Â Â Â Ainda, uma vez esgotadas as medidas disponÃ-veis para
localizar bens penhoráveis da parte devedora, cabÃ-vel a expedição de ofÃ-cio à Receita Federal, para
obter cópia das últimas três declarações de imposto de renda da executada      Expeça-se
ofÃ-cio à Receita Federal para que sejam apresentadas as três últimas declarações de renda do
executado YEUNG SHUI PIK YUK de CPF:148.438.541-15 para busca de bens em nome do devedor. Â Â
   Quitadas, eventuais custas, expeça-se o necessário.      A cópia deste despacho servirá
como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.     Â
Intime-se. Cumpra-se.      Expeça-se o necessário.      Belém, 17 de junho de 2021.Â
Marco Antônio Lobo Castelo Branco Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
PROCESSO: 00077392319998140301 PROCESSO ANTIGO: 199910118698
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 22/06/2021 AUTOR:AGENCIA BANCO DO BRASIL SA
Representante(s): OAB 211648 - RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO) OAB 15201-A -
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) ADVOGADO:ANTONIO ALVES DA CUNHA
NETO ADVOGADO:JOSE CANTO REU:GETULIO MARQUES LOPES. Defiro pedido de fls. 85
(frente/verso), assim sendo, intime-se MARIVALDA MARQUES LOPES, no endereço: PSG NELIO
LOBATO, 43, CIDADE VELHA, BELÃM-PA, CEP 66020420, para que informe sobre eventual abertura de
1395
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

inventário em nome do executado GETULIO MARQUES LOPES.      Não encontrando a mesma


naquele local, proceder intimação nos demais endereços fornecidos, quais sejam: TV CARLOS DE
CARVALHO, 186 - CS 36, CIDADE VELHA - BELÃM/PA -CEP 66020-680; e TV C C VL S RAIMUNDO, 36
CIDADE VELHA - BELÃM-PA, CEP 66020-590.      Destaca-se que a cada diligência intimativa
será expedido mandado especÃ-fico a ser cumprido por Oficial de Justiça, devendo a exequente
recolher as custas necessárias concernentes a diligência.      A cópia deste despacho servirá
como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.     Â
Intime-se. Cumpra-se.      Expeça-se o necessário.  Belém, 18 de junho de 2021. Marco
Antônio Lobo Castelo Branco Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00081716820078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710250363
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 EXECUTADO:RUBERVAL DE JESUS PINHEIRO
EXECUTADO:ROSIMAR LEAO BARBOSA EXECUTADO:SERGIO PAMPOLHA DE LIMA
Representante(s): PAULO OLIVEIRA (ADVOGADO) EXECUTADO:CONSTRUTORA ENGECOM LTDA
Representante(s): PAULO OLIVEIRA (ADVOGADO) EXEQUENTE:BANCO DO BRASIL SA
Representante(s): OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) . Manifeste-
se o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre pesquisa do sistema INFOJUD, em anexo, sob pena de
suspensão do processo por 90 dias.        A cópia deste despacho servirá como mandado nos
termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.          Intime-se e
cumpra-se.          Belém, 18 de junho de 2021. MARCO ANTÃNIO LOBO CASTELO
BRANCO Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel PROCESSO: 00090417220158140301 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 22/06/2021
REQUERENTE:SUELEN CRISTINA LEITE REIS Representante(s): OAB 15461 - KAROANE BEATRIZ
CAMPELO LOPES (ADVOGADO) REQUERIDO:TANIA LAURA DA SILVA MACIEL Representante(s):
OAB 7105 - MARIA DO SOCORRO OLIVEIRA PIMENTA (ADVOGADO) OAB 7613 - TANIA LAURA DA
SILVA MACIEL (ADVOGADO) REQUERIDO:LUCIANO SILVA DA SILVA Representante(s): OAB 7105 -
MARIA DO SOCORRO OLIVEIRA PIMENTA (ADVOGADO) OAB 7613 - TANIA LAURA DA SILVA
MACIEL (ADVOGADO) . Vistos etc. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE DESPEJO POR FALTA DE
PAGAMENTO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA C/C COBRANÃA DE ALUGUEIS E
ACESSÃRIOS DA LOCAÃÃO proposta por SUELEN CRISTINA LEITE REIS, em face de TANIA LAURA
DA SILVA MACIEL e LUCIANO SILVA E SILVA com fundamento na Lei 8.245/1991, arts. 9º, III, 59, §
1º, IX e 62, I (redação dada pela Lei 12.112/2009).          Alega que celebrou com a parte
ré contrato de locação. Ocorre que, de acordo com a requerente, o locatário deixou de pagar os
aluguéis, no que fundamentou seu pedido de decretação do despejo e a condenação do mesmo
ao pagamento dos valores respectivos ao descumprimento do contrato, ou seja, ou aluguéis e
acessórios em atraso.          Juntou documentos.          Citada a ré
apresentou contestação de fls. 38/53.          Audiência de conciliação à s fls. 67.   Â
      Atualização de débito à s fls. 68/72.          Manifestação à s fls. 75/76 Â
        Autos conclusos.          à o relatório. Decido.          Vindo os
autos conclusos, e, verificando, que a questão de mérito é de direito e de fato, mas não havendo
mais necessidade de produção de provas em audiência, com base no art. 330, I, CPC,       Â
  Pretende a autora seja decretada a rescisão do contrato firmado, assim como o despejo do imóvel
objeto da lide, além da condenação da parte ré ao pagamento do débito existente e dos ônus da
sucumbência.          O contrato celebrado entre as partes está dotado de licitude e
assinado por ambas, a locatária/ré é a legalmente contratada no respectivo termo de locação.
Assim, resta-se configurada o contrato de locação entre as partes.          A autora juntou o
contrato de locação em fls. 22/25. Logo, a demanda está inteiramente instruÃ-da com os documentos
indispensáveis a sua análise. Matéria eminentemente de direito.          Compulsando os
autos, verifica-se que a requerida limitou-se em contestar a ação sem produzir provas contundentesÂ
para comprovar suas alegações, ou seja, fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito alegado
pelos autores.          Outrossim, ao afirmarem que pagaram os aluguéis ao corretor, Sr.
Jaerso Albuquerque Athaide, fls. 75/76, as requeridas não juntam os comprovantes do alegado. Sendo
assim, não há prova ou evidência válida dos referidos pagamentos.          Dessa forma,
homologo para que surta seus efeitos jurÃ-dicos os cálculos apresentados pela autora em fls. 69.    Â
     Ante o exposto, e considerando o que mais dos autos consta, JULGO PROCEDENTE A AÃÃO
com resolução de mérito na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil para declarar
rescindido o contrato na forma pedida na inicial, bem como decretar o despejo da locatária.       Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

  Condeno a parte ré a pagar os aluguéis em atraso bem como os prejuÃ-zos porventura existentes,
referentes ao inadimplemento das cláusulas contratuais, como o pagamento das parcelas de IPTU e
faturas da COSANPA, atualizados a partir da citação, com a aplicação da taxa Selic (EMBARGOS
DE DIVERGÃNCIA EM RESP Nº 727.842 - SP (2008/0012948-4). Para tanto, deve o autor providenciar
a atualização do débito ao réu no momento da satisfação desta condenação.       Â
  Caso o imóvel não esteja desocupado: CONDENDO a ré ao despejo e fixo o prazo de 15 dias
para desocupação voluntária (Lei 8.245/1991, art. 63, § 1º, ¿a¿), após, caso não seja
desocupado voluntariamente, determino a realização do despejo compulsório, sem necessidade de
expedição de novo mandado. Caso necessário, defiro desde já o uso de força policial.      Â
   Condeno a parte ré, por fim, ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários
advocatÃ-cios do advogado da autora, que fixo em 10% sobre o valor da causa. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na
distribuição.          Expeçam-se os mandados necessários.          P.R.I.C.
         Belém, 17 de junho de 2021.          MARCO ANTONIO LOBO CASTELO
BRANCO          Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00100027320098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910226502
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 22/06/2021 EXEQUENTE:BANCO ITAU S/A.
Representante(s): MAURICIO COIMBRA GUILHERME FERREIRA (ADVOGADO)
EXECUTADO:ANTONIO PEREIRA REBOUCAS Representante(s): OAB 11495 - WALDER PATRICIO
CARVALHO FLORENZANO (ADVOGADO) EXECUTADO:DFA - DISTRIBUIDORA FORTALEZA DE
ALIMENTOS LTDA Representante(s): OAB 11495 - WALDER PATRICIO CARVALHO FLORENZANO
(ADVOGADO) EXECUTADO:MARIA DOS SANTOS REBOUCAS Representante(s): OAB 11495 -
WALDER PATRICIO CARVALHO FLORENZANO (ADVOGADO) . Os presentes autos vieram conclusos
após transcurso do prazo de suspensão a que alude o art. 921, III, §1º do CPC. Conforme certidão
em fls. retro, o exequente até o presente momento manteve-se inerte. Assim, vejamos: Art. 921.
Suspende-se a execução: (...) III - quando o executado não possuir bens penhoráveis; (...) § 1ºÂ
Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se
suspenderá a prescrição. § 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado
o executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.
(grifos nossos) (...) § 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do exequente,
começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.       Logo, como não foram indicados
outros bens, transcorrido o prazo de suspensão do processo, nos termos do artigo 921, III, § 1º, do
CPC, o processo aguardará arquivado, facultada a reativação a qualquer tempo, ex vi do § 3º
desse mesmo artigo. Â Â Â Â Â Â Nestes termos, DETERMINO o ARQUIVAMENTO administrativo dos
autos sem baixa, conforme §2º do art. 921 do CPC.       Intime-se. Cumpra-se.      A
cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB,
de 22.01.2009.      Belém, 18 de junho de 2021.            Marco Antonio Lobo
Castelo Branco            Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
PROCESSO: 00108904020118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo em: 22/06/2021 REU:RAIMUNDO SIMOES DE OLIVEIRA FILHO Representante(s): OAB
15956 - TAISE ARAUJO BARBALHO (ADVOGADO) OAB 13152 - LEONARDO NASCIMENTO
RODRIGUES (ADVOGADO) REU:EDVALDO ROGERIO DA SILVA AUTOR:ESPOLIO DE FERNANDO
ALIPIO ROLLO Representante(s): OAB 2979 - JOSE MARIA VIANNA OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB
16128 - DIEGO NERY DE MENEZES (ADVOGADO) . Indefiro o pedido de fls. Retro. Â Â Â Â Â Certifique
a secretaria quanto ao trânsito em julgado da sentença, após arquive-se o feito, dando-se as devidas
baixas.      Cumpra-se, expedindo-se o necessário.        Belém, 16 de junho de 2021.
Marco Antonio Lobo Castelo Branco      Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
PROCESSO: 00110588120158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo em: 22/06/2021 AUTOR:ALVANA MARIA CUNHA PARA Representante(s): OAB 15809-B -
IGOR CUOCO SAMPAIO (ADVOGADO) OAB 21288 - THIAGO DI LYOON PEDROSA VILLALBA
(ADVOGADO) REU:JOELMA COSTA SARAIVA TERCEIRO:JOAQUIM DE CARVALHO. Vistos etc. Â Â Â
      Trata-se de Ação de Despejo por Falta de Pagamento c/c Resolução do Contrato de
Locação e a Cobrança de Aluguéis e Acessórios proposta por ALVANA MARIA CUNHA PARà em
face de JOELMA COSTA SARAIVA com fundamento na Lei 8.245/1991, arts. 9º, III, c/c art. 318 do CPC.
         Alega que celebrou com a parte ré contrato de locação. Ocorre que, de acordo
1397
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

com o requerente, a locatária deixou de pagar os aluguéis, no que fundamentou seu pedido de
decretação do despejo e a condenação do mesmo ao pagamento dos valores respectivos ao
descumprimento do contrato, ou seja, ou aluguéis e acessórios em atraso.          Juntou
documentos.          Devidamente citada, conforme fls. 79, a ré não apresentou
contestação, certidão de fls. 99.          Certidão de desocupação do imóvel às fls.
89.          Autos conclusos.          à o breve relatório.         Â
Decido.          Observa-se que a ré apesar de devidamente citada não apresentou
contestação nos termos da certidão de fl. 99. Assim, faz nascer à presunção de veracidade dos
fatos alegados pelo autor, nos termos 344 do CPC. Por consequência, o feito comporta julgamento
antecipado nos termos do art. 355, II, do CPC.          Com efeito, há nos autos documentos
que corroboram o alegado pelo autor, são eles: contrato de locação do imóvel, bem como as
despesas do mesmo, dentre outros. Â Â Â Â Â Â Â Â Â O processo encontra-se devidamente instruÃ-do
com ausência de manifestação da ré nos autos.          Cumpre destacar que a parte
ré, locatária, não se manifestou sobre nenhum dos fundamentos sustentados pelo autor, mesmo
sendo devidamente citada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, e considerando o que mais dos autos
consta, JULGO PROCEDENTE A AÃÃO com resolução de mérito na forma do art. 485, I, do Código
de Processo Civil para declarar rescindido o contrato na forma pedida na inicial, bem como decretar o
despejo da locatária com a imissão da posse do autor.          Condeno a parte ré a pagar
os aluguéis em atraso, atualizados a partir da citação, com a aplicação da taxa Selic (EMBARGOS
DE DIVERGÃNCIA EM RESP Nº 727.842 - SP (2008/0012948-4).          Condeno
igualmente a ré ao pagamento dos prejuÃ-zos porventura existentes, referentes ao inadimplemento das
cláusulas contratuais, como por exemplo, o pagamento das parcelas de IPTU, faturas da COSANPA,
todas as demais estipuladas em contrato, devidamente atualizadas. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Condeno a parte
ré, por fim, ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatÃ-cios do advogado da
autora, que fixo em 10% sobre o valor da causa.          Expeça-se alvará para o
levantamento da caução, que porventura, fora deposita na conta do juÃ-zo vinculada ao processo.   Â
      Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se
baixa na distribuição.          Expeçam-se os mandados necessários.         Â
P.R.I.C.          Belém, 17 de junho de 2021.          Marco Antonio Lobo Castelo
Branco          Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00115418320118140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021
AUTOR:RAIMUNDO SIMOES DE OLIVERIA FILHO Representante(s): OAB 15956 - TAISE ARAUJO
BARBALHO (ADVOGADO) OAB 13152 - LEONARDO NASCIMENTO RODRIGUES (ADVOGADO)
REU:FERNANDO ALIPIO ROLLO Representante(s): OAB 2979 - JOSE MARIA VIANNA OLIVEIRA
(ADVOGADO) OAB 16128 - DIEGO NERY DE MENEZES (ADVOGADO) . Indefiro o pedido de fls. Retro.
     Certifique a secretaria quanto ao trânsito em julgado da sentença, após arquive-se o feito,
dando-se as devidas baixas.      Cumpra-se, expedindo-se o necessário.        Belém,
16 de junho de 2021. Marco Antonio Lobo Castelo Branco      Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00116562419948140301 PROCESSO ANTIGO: 199410139223
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Cumprimento de sentença em: 22/06/2021 REU:ALFA ESQUADRIAS DE ALUMINIO LTDA.
Representante(s): POSSIDONIO DA COSTA NETO (ADVOGADO) INTERESSADO:MARIA COELI JUCA
BARGE Representante(s): OAB 6238-B - JOSE NEWTON CAMPBELL MOUTINHO (ADVOGADO)
AUTOR:FRANCISCA SOUZA Representante(s): OAB 18666-B - ANA PAULA ARAUJO AMAZONAS
(ADVOGADO) . à Secretaria para que verifique o cumprimento da decisão de fls. retro, que até o
momento não consta nos autos.      Ainda, defiro o pedido da requerida e concedo os benefÃ-cios
da Justiça Gratuita à parte requerente constante em fls. 65/71, nos termos da Lei n. 1.060/50, bem como
nos dos artigos 98 e 99, §3º, ambos do NCPC.      Intime-se, cumpra-se.      Belém, 16
de junho de 2021. Marco Antonio Lobo Castelo Branco      Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00116562419948140301 PROCESSO ANTIGO: 199410139223
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Cumprimento de sentença em: 22/06/2021 REU:ALFA ESQUADRIAS DE ALUMINIO LTDA.
Representante(s): POSSIDONIO DA COSTA NETO (ADVOGADO) INTERESSADO:MARIA COELI JUCA
BARGE Representante(s): OAB 6238-B - JOSE NEWTON CAMPBELL MOUTINHO (ADVOGADO)
AUTOR:FRANCISCA SOUZA Representante(s): OAB 18666-B - ANA PAULA ARAUJO AMAZONAS
(ADVOGADO) . Compulsando os autos, verifico que o pedido de fls. retro se mostra cabÃ-vel nestes autos,
posto já ter sido decido em fls. 168, na qual esclarece que o referido patrono não teve atuação nos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

autos de despejo n° 00116562419948140301. Assim sendo, indefiro o pedido da referida penhora.   Â
  Ainda, verifico que em fls. 217/220, a autora requer o cumprimento de sentença, dessa forma passo
a decidir:      Trata-se de CUMPRIMENTO DE SENTENÃA assim, procedam-se as alterações
necessárias no sistema Libra e na capa dos autos.      Intime-se, pois, o réu/executado, na forma
do art. 513, §2º do CPC, na pessoa do seu advogado, através de simples publicação no Diário da
Justiça (art. 513, §2º, I, do CPC) para, no prazo de 15 (quinze) dias, efetuar o pagamento do
montante da condenação, liquidado às fls. retro, acrescido de custas, se houver, sob pena de não o
fazendo ser acrescida a multa de 10% (dez por cento) e, também, de honorários de advogado de 10%
(dez por cento) nos termos do art. 523, caput e §1º do CPC.      O devedor poderá oferecer
bens à penhora, juntando prova da propriedade, se for bem imóvel.      Não ocorrendo o
pagamento, expeça-se mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação, na
forma do art. 523, § 3º do CPC, dando prioridade ao bloqueio online das contas do executado, caso
tenha sido requerido pelo exequente (art. 854 do CPC). Â Â Â Â Â Tornando-se indisponÃ-veis os ativos
financeiros do executado, intime-o na forma do art. 854, §2º, do CPC, bem como o exequente para se
manifestar sobre a penhora.      Decorrido o prazo acima sem que haja o pagamento voluntário do
débito, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado apresente, nos próprios autos sua
impugnação, consoante o art. 525 do CPC.      A cópia deste despacho servirá como
mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.       Â
Quitadas eventuais custas, expeça-se o necessário.        Cite-se. Intima-se. Cumpra-se.  Â
     A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento
003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.        Cumpra-se, expedindo-se o necessário.       Â
Belém, 16 de junho de 2021. Marco Antonio Lobo Castelo Branco      Juiz de Direito da 8ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00132262720138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 22/06/2021 EXEQUENTE:BANCO BRADESCO SA
Representante(s): OAB 128341 - NELSON WILLIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO)
EXECUTADO:ANTONIO DOS SANTOS CARVALHO. Os presentes autos vieram conclusos após
transcurso do prazo de suspensão a que alude o art. 921, III, §1º do CPC. Conforme certidão em fls.
retro, o exequente até o presente momento manteve-se inerte. Assim, vejamos: Art. 921. Suspende-se a
execução: (...) III - quando o executado não possuir bens penhoráveis; (...) § 1º Na hipótese
do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a
prescrição. § 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou
que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos. (grifos nossos) (...)
§ 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do exequente, começa a correr o
prazo de prescrição intercorrente.       Logo, como não foram indicados outros bens,
transcorrido o prazo de suspensão do processo, nos termos do artigo 921, III, § 1º, do CPC, o
processo aguardará arquivado, facultada a reativação a qualquer tempo, ex vi do § 3º desse
mesmo artigo. Â Â Â Â Â Â Nestes termos, DETERMINO o ARQUIVAMENTO administrativo dos autos
sem baixa, conforme §2º do art. 921 do CPC.       Intime-se. Cumpra-se.      A cópia
deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de
22.01.2009.      Belém, 18 de junho de 2021.            Marco Antonio Lobo Castelo
Branco            Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00134523220138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021
AUTOR:MARCIO SILVA NASCIMENTO Representante(s): OAB 15903 - JULLY CLEIA FERREIRA
OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 17794-A - BIANCA DOS SANTOS (ADVOGADO) REU:BANCO
DAYCOVAL S/A Representante(s): OAB 147386 - FABIO ROBERTO DE ALMEIDA TAVARES
(ADVOGADO) OAB 24532-A - DENNER DE BARROS E MASCARENHAS BARBOSA (ADVOGADO) .
Vistos etc.      Trata-se de Ação Declaratória com Preceito Cominatório de Limitação de
Desconto de 30% dos Vencimentos com pedido de Tutela Antecipada c/c Danos Materiais e Morais e
Pedido de Exibição de Documento proposta por Márcio Silva Nascimento, contra Banco Daycoval S/A.
     Alega o autor firmou com a parte requerida um empréstimo consignado em folha de
pagamento na data de 20/10/2011, ao total foram feitos 4 (quatro) empréstimos consignados em folha no
valor de R$2.133,40, para pagamento em 60 parcelas.      Aduz que os empréstimos acima,
somados a outros, representam o percentual de 132,36 % do salário recebido. Sustenta que nunca
recebeu qualquer contrato bancário destes empréstimos.      Decisão concedendo a tutela
provisória às fls. 64/66.      Contestação em fls. 85/143, na qual o requerido alega que o
requerente deixou de pagar as parcelas devido a problemas financeiros e que o contrato segue em
1399
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

consonância com os parâmetros legais.      Réplica às fls. /151.      Audiência de


conciliação às fls. 154 na qual as partes requerem o julgamento antecipado da lide.      Autos
conclusos.      à o relatório. Decido.      Tendo em vista que o conjunto probatório
colacionado aos autos é suficiente para a formação do convencimento do juÃ-zo, sendo
desnecessária a produção de outras provas, promovo o julgamento antecipado dos pedidos, nos
termos do art. 355, I, do CPC. Â Â Â Â Â Objetiva a Recorrente ver limitados os descontos efetuados em
sua folha de pagamento sobre empréstimos realizados, no patamar de 30% (trinta por cento), e, ser
indenizada pelos danos imateriais suportados.      A relação jurÃ-dica entre as partes é de
consumo, sendo impositiva a aplicação do Código de Defesa do Consumidor.      A questão
não é nova nos Tribunais. Trata-se do chamado superendividamento, sendo pacÃ-fico nesses casos o
entendimento da jurisprudência no sentido de limitar os descontos a 30% dos ganhos do trabalhador.
Nestes termos colaciono jurisprudência deste tribunal: PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE
INSTRUMENTO EMPRÃSTIMO CONSIGNADO DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO LIMITE
FIXADO EM 30% - SERVIDOR PÃBLICO MILITAR RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. . Assiste
razão ao ora agravante, posto que em relação à condição de hipossuficiência do mesmo, o
caráter alimentar de sua remuneração, bem como a não juntada do contrato de financiamento (que
poderia fazer prova do alegado pelo ora agravado), restou o entendimento de que deve ser firmado os
descontos para consignação conforme o Decreto nº 6386/08: no percentual de 30% sobre o salário
do servidor militar. Destarte, há necessidade de ser observado o limite de 30%, contudo, o ora agravante
possui outros empréstimos com outros Bancos que perfazem 14.82% de sua renda, assim, para o caso
em apreço deverá ser considerado o percentual de 15,18% para desconto em folha de pagamento. (TJ-
PA - AI: 201330086005 PA, Relator: MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Data de Julgamento:
08/11/2013, 1ª CÃMARA CÃVEL ISOLADA, Data de Publicação: 12/11/2013)      Assim, deve
ser acolhido o pedido para limitar os descontos sofridos pelo autor em seu contracheque decorrentes dos
contratos firmados com os réus ao patamar de trinta por cento. Ainda que válidos e eficazes os
contratos de empréstimos firmados, o valor dos descontos excede, se somados, o percentual de trinta
por cento dos vencimentos lÃ-quidos auferidos pelo autor, o que pode fazer com que fique privado do
mÃ-nimo necessário à sua subsistência.      Importante salientar, contudo que não é exigÃ-vel
que a instituição financeira arque com as consequências do mau uso, pelo contratante, do
empréstimo concedido. No entanto, cabe a ela a ponderação dos riscos inerentes aos contratos que
celebra, bem analisando a capacidade de endividamento do cliente. Se observa que o mesmo já está
com seus vencimentos comprometidos, por que conhecer novo empréstimo? Cabe sim à s
Instituições Financeiras igualmente informarem seus clientes acerca da impossibilidade do
empréstimo sob pena de sempre se recorrer ao judiciário, posto saber que o mesmo não conseguirá
honrar com seus compromissos afetando seu mÃ-nimo existencial.      Sendo assim, é mais do
que razoável que os descontos de parcelas de empréstimo não ultrapassem 30% (trinta por cento)
sobre o valor lÃ-quido dos rendimentos, já que, desta forma, estará preservada a livre vontade das partes
e também a parcela alimentar do salário. Colaciono: APELAÃÃO CÃVEL. DIREITO CIVIL. SERVIDOR
FEDERAL. EMPRÃSTIMO CONSIGNADO. PERDA SALARIAL. MARGEM CONSIGNÃVEL.
READEQUAÃÃO DO VALOR DAS PARCELAS DESCONTOS NO CONTRACHEQUE. LIMITAÃÃO A 30%
DA RENDA BRUTA. 1. Os descontos em folha de pagamento dos servidores públicos relativos a
empréstimos consignados devem ser limitados ao percentual de 30% do seu rendimento bruto, abatidos
os descontos compulsórios (Lei 8.112/90 45 e Decreto 3.297/1999 11). 2. Havendo redução da
remuneração em razão da alteração da função comissionada antes recebida pelo servidor, é
necessária a readequação do valor das parcelas do empréstimo consignado a fim de obedecer ao
limite legal da margem consignável. 3. Deu-se provimento ao apelo. (TJ-DF 07181936820198070007 DF
0718193-68.2019.8.07.0007, Relator: SÃRGIO ROCHA, Data de Julgamento: 05/11/2020, 4ª Turma
CÃ-vel, Data de Publicação: Publicado no DJE : 23/11/2020 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)    Â
 à cediço que o devedor não pode se escusar de suas obrigações alegando mero descontrole
financeiro, mas igualmente também não podem ser executados em seus exatos termos os contratos
que importem em uma onerosidade excessiva ao consumidor, colocando-o em estado de insolvência.
Repiso, cabe à Instituição Financeira, com seu corpo técnico e burocrático, orientar seus clientes
quanto aos seus limites financeiros. Não deve perseguir somente o lucro.      Destarte, mostra-se
cabÃ-vel a limitação de descontos pleiteada, porque, mesmo que os descontos tenham sido objeto de
livre estipulação pelos contratantes conforme contrato acostados aos autos, não podem as
Instituições Financeiras descontar a quase integralidade do salário do contratante por se tratar de
verba necessária à sua sobrevivência e de sua famÃ-lia. Posto ter ficado nÃ-tido e indelével que está
tendo e muito o comprometimento dos seus vencimentos, conforme se analisa das folhas de pagamentos
1400
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

apresentadas.      Como já se aventou alhures, tal conduta importa em flagrante afronta ao
princÃ-pio da dignidade da pessoa humana, assegurado pelo art. 1º, III da Constituição Federal.   Â
  Frise-se, ainda, que, em linha com a obrigação do órgão pagador de efetuar controle sob a
oneração da margem consignável de seus servidores, está a obrigação das instituições
financeiras e bancárias de realizar análise mais criteriosa quanto às reais possibilidades econômicas
do consumidor e da legislação aplicável a esse tipo de contrato, evitando a concessão de crédito
de maneira indiscriminada.      Em relação ao pedido de indenização de dano moral, este
pressupõe um prejuÃ-zo causado à orbita de direitos que não se circunscreve a valores materiais ou
privados, porém, atingem de forma indiscriminada a pessoa naquilo que lhe é mais caro - com a
devida licença poético-jurÃ-dica - : Sua parcela de individualidade que está assentada em princÃ-pios
que suportam o que é fundamental no ser humano, que o torna diferente dos outros animais e das outras
pessoas, que é essencialmente voltada para uma vida digna, que o integra a sua coletividade e que o
vincula ao mundo de maneira viável enquanto personalidade criativa e dinâmica. Sem isto, é a dor do
menoscabo, da discriminação, da injustiça, da sensação de que estamos sendo vilipendiados
covardemente diante de uma situação da qual não podemos oferecer resistência.      A
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça reconhece em um de seus inúmeros acórdãos a
respeito do tema que: ¿Na atual sistemática constitucional, o conceito de dano moral deve levar em
consideração, eminentemente, a dignidade da pessoa humana - vértice valorativo e fundamental do
Estado Democrático de Direito - conferindo-se à lesão de natureza extrapatrimonial dimensões mais
amplas, em variadas perspectivas. O dano experimentado pelo ofendido qualifica-se como dano psÃ-quico,
conceituado pelo ilustre Desembargador RUI STOCO como o distúrbio ou perturbação causado Ã
pessoa através de sensações anÃ-micas desagradáveis (...), em que a pessoa é atingida na sua
parte interior, anÃ-mica ou psÃ-quica, através de inúmeras sensações dolorosas e importunastes,
como, por exemplo, a ansiedade, a angústia, o sofrimento, a tristeza, o vazio, o medo, a insegurança, o
desolamento e outros (Tratado de Responsabilidade Civil, S¿o Paulo, RT, 2007, p. 1.678)¿ (Embargos
de Divergência em REsp nº 1.127.913/RS (2013/0076325-0), Corte Especial do STJ, Rel. Napoleão
Nunes Maia Filho. j. 04.06.2014, DJe 05.08.2014).      Estas são as premissas para a
condenação em danos morais. Uma matriz principiológica que alberga uma série de possibilidades,
uma vez que o ser humano não se cansa de criar novas formas de ofender a própria espécie.    Â
 Revela notar que, no caso, o autor é o único responsável pela situação em que se encontra, já
que, livre e voluntariamente, quis celebrar e celebrou vários contratos de empréstimos consignados,
colocando-se em situação de inadimplemento, logo não pode pretender haver compensação por
danos morais, mas apenas a limitação do desconto a percentual que não lhe prejudique a
sobrevivência digna.  Assim, a parte autora não juntou lastro probatório convincente acerca de suas
alegações, de modo que a maioria do alegado ficou por conta apenas dos fatos narrados.      Â
Assim sendo, não restou configurado a ocorrência dos danos alegados pelo autor.      No tocante
ao pedido de repetição do indébito, não merece acolhimento. O valor já descontado do autor acima
do patamar de 30% (trinta por cento) não enseja devolução, eis que realmente devido pelo mesmo. Â
      Os demais pedidos formulados também são improcedentes. Não há como se deferir
comando genérico para que os réus se abstenham de inscrever o nome do autor nos cadastros de
maus pagadores, pois, em sobrevindo eventual inadimplemento, é direito dos credores da obrigação
inadimplida cobrá-la, inclusive por meio da inscrição do nome do contratante nos cadastros de maus
pagadores.        Ante o exposto, ratifico a decisão que concedeu a antecipação parcial dos
efeitos da tutela, e JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO DO AUTOR para determinar a
expedição de ofÃ-cio à fonte pagadora para que, em caráter definitivo, proceda a adequação das
parcelas referentes aos empréstimos consignados tomados pelo autor junto aos réus, de forma que os
descontos não superem 30 (trinta) % dos vencimentos brutos recebidos pelo autor, abatendo-se os
descontos obrigatórios, vedado ainda aos réus efetuar cobrança de encargos moratórios do autor
pela só redução do valor dos descontos das parcelas contratuais.      Considerando a
sucumbência recÃ-proca, as despesas processuais serão rateadas e cada parte arcará com os
honorários advocatÃ-cios de seus respectivos patronos, fixados em 10% sobre o valor da causa, com
ressalva do art. 98 e seguintes do CPC/2015 (com respeito ao art. 12, da antiga Lei 1.060/50), em
relação à parte autora, beneficiária da justiça gratuita.          Publique-se.       Â
  Registre-se. Intime-se.          Belém, 21 de junho de 2021.          MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO          Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial
PROCESSO: 00135830820048140301 PROCESSO ANTIGO: 200410455908
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Cumprimento de sentença em: 22/06/2021 REQUERENTE:SOFIA PATINO DUARTE
1401
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Representante(s): OAB 5916 - JOAO JORGE HAGE NETO (ADVOGADO) OAB 18456 - GISELLE
MEDEIROS DE PARIJOS (ADVOGADO) FABIO AUGUSTO HAGE SOARES (ADVOGADO)
REQUERIDO:IMA SUMAC PEREIRA RODRIGUES. Levando em consideração que o pedido foi feito
há um lapso temporal considerável, bem como a deserção do recurso extraordinário, intime-se o
autor pessoalmente para, no prazo de 5 (cinco) dias, manifestar se ainda possui interesse na causa, sob
pena de extinção do processo sem resolução do mérito (CPC, Art. 485, §1º).      Caso
ainda tenha interesse, manifeste-se de forma objetiva e clara, requerendo o que for de relevância para
efetiva resolução do feito. O que, não sendo manifesto como pretendido, será compreendido como
ausência de manifestação acarretando, por consequência a extinção do feito.      O último
pedido feito nos autos foi há tempos e pelo decurso do tempo, deve a parte promover o andamento do
feito, de modo que o juÃ-zo aprecie e decida de acordo com as circunstâncias atuais, fáticas, de modo a
efetivar a prestação jurisdicional.      Intimar e cumprir.      Belém, 16 de junho de 2021.
              MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO             Â
 Juiz de Direito da 8a Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00140742020068140301
PROCESSO ANTIGO: 200610470045 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Cumprimento de sentença em: 22/06/2021
EXEQUENTE:ISOLINA ROSA FREITAS BORGES Representante(s): OAB 5077 - MARCELO SILVA DE
FREITAS (ADVOGADO) PAULO SERGIO WEYL ALBUQUERQUE COSTA (ADVOGADO) OAB 5077 -
MARCELO SILVA DE FREITAS (ADVOGADO) PAULO SERGIO WEYL ALBUQUERQUE COSTA
(ADVOGADO) AUTOR:MARIA EDIENE ALMEIDA FERNANDES EXECUTADO:CAIXA DE PREVIDENCIA
E ASSISTENCIA AOS FUNCIONARIOS DO BASA - CAPAF Representante(s): OAB 3574 - THALES
EDUARDO RODRIGUES PEREIRA (ADVOGADO) OAB 12719 - RODOLFO MEIRA ROESSING
(ADVOGADO) OAB 16786 - MARCEL DE SANTA BRIGIDA BITTENCOURT (ADVOGADO) . Por cautela,
verifica-se a interposição de um agravo de instrumento às fls. 471/481, assim, antes de decidir a
impugnação apresentada, que culminará no levantamento de valores, determino que as partes
informem o andamento do agravo de instrumento no prazo de 15 (quinze) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Ademais acautelem-se os autos em secretaria até julgamento do referido recurso.          Â
 Intimar e cumprir.            Belém, 18 de junho de 2021.            Marco
Antonio Lobo Castelo Branco            Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital PROCESSO: 00144432620118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 INVENTARIANTE:DORALICE LOBATO BRITO
Representante(s): OAB 4614 - JOAO ASSUNCAO DOS SANTOS (ADVOGADO) INVENTARIADO:MARIA
DA CONCEICAO LOBATO BRITO INVENTARIADO:PEDRO DA COSTA BRITO
INTERESSADO:MANOEL FRANCISCO LOBATO BRITO Representante(s): OAB 16247 - CAMILA
CAROLINA PEREIRA SERRA (ADVOGADO) OAB 12915 - DANIEL RODRIGUES CRUZ (ADVOGADO)
OAB 13281 - MARCELA MACEDO DE QUEIROZ (ADVOGADO) INTERESSADO:MARIA ALEXANDRINA
LOBATO BRITO Representante(s): OAB 8289 - LUIZ CLAUDIO AFFONSO MIRANDA (ADVOGADO) OAB
8512 - ANA AMELIA BARROS MIRANDA (ADVOGADO) OAB 13281 - MARCELA MACEDO DE
QUEIROZ (ADVOGADO) INTERESSADO:PEDRO PAULO LOBATO BRITO Representante(s): OAB
16247 - CAMILA CAROLINA PEREIRA SERRA (ADVOGADO) INTERESSADO:JOVITA LOBATO BRITO
Representante(s): OAB 8289 - LUIZ CLAUDIO AFFONSO MIRANDA (ADVOGADO)
INTERESSADO:MARIA LUIZA BRITO BARROSO Representante(s): OAB 16247 - CAMILA CAROLINA
PEREIRA SERRA (ADVOGADO) INTERESSADO:GUILHERME LOBATO BRITO Representante(s): OAB
13281 - MARCELA MACEDO DE QUEIROZ (ADVOGADO) INTERESSADO:CESAR LOBATO BRITO
Representante(s): OAB 16247 - CAMILA CAROLINA PEREIRA SERRA (ADVOGADO)
INTERESSADO:HIGINO LOBATO BRITO Representante(s): OAB 13281 - MARCELA MACEDO DE
QUEIROZ (ADVOGADO) INTERESSADO:DANIEL LOBATO BRITO Representante(s): OAB 16247 -
CAMILA CAROLINA PEREIRA SERRA (ADVOGADO) INTERESSADO:JOSE LUIZ LOBATO BRITO
Representante(s): OAB 8512 - ANA AMELIA BARROS MIRANDA (ADVOGADO) . Defiro o pedido de
prorrogação de prazo conforme fls. retro.      Após, conclusos.      Intimar e cumprir.  Â
   Belém, 21 de junho de 2021.            Marco Antonio Lobo Castelo Branco  Juiz
de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 00145583320118140301 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:LEILA NIVEA NOGUEIRA BANDEIRA
BASTOS Representante(s): OAB 9933 - DANIEL LACERDA FARIAS (ADVOGADO) OAB 13919 - SAULO
COELHO CAVALEIRO DE MACEDO PEREIRA (ADVOGADO) OAB 11454-B - MICHEL RODRIGUES
VIANA (ADVOGADO) REU:RAIMUNDO NONATO LIMA VIEIRA Representante(s): OAB 21454 - GISELLE
1402
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RIBEIRO ALMEIDA (ADVOGADO) . RAIMUNDO NONATO LIMA VIEIRA ingressou com exceção de
Pré-executividade em face da LEILA NIVEA NOGUEIRA BANDEIRA BASTOS, alegando em sÃ-ntese
que o processo não merece prosperar em face de ilegitimidade da parte e consequente ausência de
interesse processual.            Breve relatório.            Passo a decidir.  Â
         A presente exceção, de fato, suspende o processo de execução em face de ter
ingressado o executado/excipiente com a presente peça antes do Código de Processo Civil de 2015.
Logo, a matéria de ordem pública, deve ser objeto de deliberação.            A
exceção de Pré-executividade é cabÃ-vel quando atendidos simultaneamente dois requisitos, um de
ordem material e outro de ordem formal, ou seja:            1. à indispensável que a
matéria invocada seja suscetÃ-vel de conhecimento de ofÃ-cio pelo juiz;            2. Ã
indispensável que a decisão possa ser tomada sem necessidade de dilação probatória.      Â
     A alegação do excipiente de que a ação deve ser extinta por ilegitimidade da parte não
deve prosperar. Estamos diante de uma Fase de Cumprimento de Sentença, no qual o excipiente já
deveria ter feito tal arguição em tempo oportuno, tendo a ação sido sentenciada e com o trânsito
já transitado em julgado. Colaciono: EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÃÃO FISCAL -
REDIRECIONAMENTO DA EXECUÃÃO PARA OS SÃCIOS - ARGUIÃÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA
VIA EXCEÃÃO DE PRÃ-EXECUTIVIDADE - RESPONSABILIDADE DOS SÃCIOS - NECESSIDADE DE
DILAÃÃO PROBATÃRIA - MATÃRIA QUE DEVERÃ SER DISCUTIDA POR MEIO DE EMBARGOS -
EXCEÃÃO ACOLHIDA EM PRIMEIRO GRAU - REFORMA DA DECISÃO. - A exceção de pré-
executividade é cabÃ-vel quando atendidos simultaneamente dois requisitos, um de ordem material e
outro de ordem formal, ou seja: (a) é indispensável que a matéria invocada seja suscetÃ-vel de
conhecimento de ofÃ-cio pelo juiz; e (b) é indispensável que a decisão possa ser tomada sem
necessidade de dilação probatória - Neste contexto, inviável a via de exceção de pré-
executividade para arguir tese defensiva de ilegitimidade passiva uma vez que a análise de tal matéria
necessita do contraditório, bem como da dilação probatória. (TJ-MG - AI: 10079130362167001
Contagem, Relator: Paulo Balbino, Data de Julgamento: 28/04/2017, Câmaras CÃ-veis / 8ª CÃMARA
CÃVEL, Data de Publicação: 24/05/2017).            Logo, deve ser afastada a
arguição da ilegitimidade passiva. A exceção de pré-executividade é servil à suscitação de
questões que devam ser conhecidas de ofÃ-cio pelo juiz, como as atinentes à liquidez do tÃ-tulo
executivo, os pressupostos processuais e as condições da ação executiva, desde que não
demande dilação probatória. A via eleita comporta o exame de prova, desde que seja pré-
constituÃ-da, o que não é o caso destes autos. De igual modo, não há que se falar em ausência do
interesse processual, justamente porque o exequente vem oportunizando interesse no mesmo para
garantir a satisfação do crédito que, até o presente momento, não fora satisfeito.        Â
   Ante o exposto, rejeito a presente exceção pelos argumentos acima expendidos.       Â
    Quanto aos valores pleiteados em sede satisfativa desta execução, intime-se o exequente
para, no prazo de 15 (quinze) dias, acostar a atualização do débito ou apresentar bens à penhora,
sob pena de aplicação do art. 921, III, §1º do CPC.            Honorários incabÃ-veis
na espécie.            Intime-se.            Belém, 17 de junho de 2021.  Â
         Marco Antonio Lobo Castelo Branco            Juiz de Direito da 8ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00173967120158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 22/06/2021
REQUERENTE:CONDOMÍNIO VOLUNTÁRIO PÁTIO BELÉM Representante(s): OAB 4147 - HELENA
MARIA ROCHA LOBATO (ADVOGADO) OAB 3393 - IRACY PAMPLONA (ADVOGADO)
REQUERIDO:MK COMERCIO DE UTILIDADES DOMESTICAS LTDA EPP REQUERIDO:ANTONIO
RAMAO MARCONDES CARVALHO REQUERIDO:ANA MARIA FERREIRA DIAS MARCONDES. Vistos
etc.          Trata-se de Ação de Despejo por Falta de Pagamento c/c Cobrança de
Aluguéis proposta por CONDOMINIO VOLUNTÃRIO PÃTIO BELÃM, em face de ANTONIO RAMÃO
MARCONDES CARVALHO e ANA MARIA FERREIRA MARCONDES, com fundamento na Lei 8.245/91. Â
        A autora alega que celebrou com o réu contrato de locação de um imóvel tal qual
descrito na inicial por meio de contrato escrito. Ocorre que, de acordo com a requerente, o réu deixou de
pagar os aluguéis e demais encargos, no que fundamentou seu pedido de decretação do despejo e a
condenação ao pagamento dos valores respectivos ao descumprimento do contrato, ou seja, as
dÃ-vidas locatÃ-cias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou documentos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Citados os requeridos, por
edital, às fls. 80/83, o requerido não apresentou contestação.          Pedido de
julgamento antecipado à s fls. 88.          Termo de entrega das chaves à s fls. 89      Â
   Autos conclusos.          à o relatório.          Decido.         Â
1403
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Observa-se que o réu apesar de devidamente citado não apresentou contestação nos termos da
certidão de fl. 87. Assim, faz nascer à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora, nos
termos 344 do CPC. Por consequência, o feito comporta julgamento antecipado nos termos do art. 355,
II, do CPC.          Com efeito, há nos autos documentos que corroboram o alegado pela
parte autora, são eles: contrato de locação do imóvel, bem como notificação enviada a parte
requerida.          Cumpre destacar que a parte ré, locatária, não se manifestou sobre
nenhum dos fundamentos sustentados pelo autor, mesmo sendo devidamente citada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Ante o exposto, e considerando o que mais dos autos consta, julgo procedente a ação com
resolução de mérito na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil para declarar rescindido o
contrato pelo descumprimento da parte ré em flagrante desrespeito ao Pacta Sunt Servanda, bem como
para consolidar o despejo do locatário e manter consolidada a posse da parte autora em face da
desocupação voluntária do réu.          Expeça-se mandado de imissão na posse, a
fim de que o Oficial de Justiça certifique a imissão e o estado em se encontra o imóvel, caso
necessário.           Ainda, condeno a parte ré ao pagamento dos aluguéis em atraso,
atualizados a partir da citação, acrescidos dos juros moratórios de 1% ao mês e multa de 10% sobre
o valor da causa corrigido. Cuja cobrança ficará suspensa, face o réu, eventualmente for, beneficiário
da justiça gratuita, nos termos do art. 98, §3º do CPC           E mais, condeno a parte
ré, por fim, ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatÃ-cios do advogado da
autora, que fixo em 10% sobre o valor da causa. Cuja cobrança ficará suspensa, face o réu,
eventualmente for, beneficiário da justiça gratuita, nos termos do art. 98, §3º do CPC       Â
  Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na
distribuição.          Expeçam-se os mandados necessários.          P.R.I.C.
         Belém, 16 de junho de 2021.      MARCO ANTONIO LOBO CASTELO
BRANCO      Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00174487220128140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 22/06/2021
EXEQUENTE:MARGI LTDA Representante(s): OAB 5875 - KELMA SOUSA DE OLIVEIRA REUTER
COUTINHO (ADVOGADO) EXECUTADO:JOSÉ MARIA ROSSETTI FILHO. Cumpra-se a Secretaria na
Ã-ntegra despacho de fls. retro            Cumpra-se.            Belém, 18 de
junho de 2021. Marco Antonio Lobo Castelo Branco Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial
PROCESSO: 00175465720128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 22/06/2021 AUTOR:MARIA
ANGÉLICA ALMEIDA DE MEIRA Representante(s): OAB 11853 - JOSE BRANDAO FACIOLA DE SOUZA
(ADVOGADO) OAB 5586 - PAULO AUGUSTO DE AZEVEDO MEIRA (ADVOGADO) REU:HUGO
NAZARENO DIAS CARDOSO. Vistos etc.          Trata-se de Ação de Despejo por Falta de
Pagamento c/c Cobrança de Aluguéis proposta por MARIA ANGELICA ALMEIDA DE MEIRA, em face
de HUGO NAZARENO DIAS CARDOSO, com fundamento na Lei 8.245/91. Â Â Â Â Â Â Â Â Â A autora
alega que celebrou com o réu contrato de locação de um imóvel tal qual descrito na inicial por meio
de contrato escrito. Ocorre que, de acordo com a requerente, o réu deixou de pagar os aluguéis e
demais encargos, no que fundamentou seu pedido de decretação do despejo e a condenação ao
pagamento dos valores respectivos ao descumprimento do contrato, ou seja, as dÃ-vidas locatÃ-cias. Â Â Â
      Juntou documentos.          Conforme certidão de fls. 37 o imóvel encontra-se
desocupado.          Devidamente citados, conforme certidão de fls. 58, o requerido não
apresentou contestação, conforme certidão de fls. 66.          Instado a se manifestar, o
autor requereu o julgamento antecipado da lide. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Autos conclusos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã
o relatório.          Decido.          Observa-se que o réu apesar de devidamente
citado não apresentou contestação nos termos da certidão de fl. 66. Assim, faz nascer Ã
presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora, nos termos 344 do CPC. Por consequência,
o feito comporta julgamento antecipado nos termos do art. 355, II, do CPC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Com efeito,
há nos autos documentos que corroboram o alegado pela parte autora, são eles: contrato de locação
do imóvel, bem como notificação enviada a parte requerida.          Cumpre destacar que
a parte ré, locatária, não se manifestou sobre nenhum dos fundamentos sustentados pelo autor,
mesmo sendo devidamente citada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, e considerando o que mais dos
autos consta, julgo procedente a ação com resolução de mérito na forma do art. 487, I, do Código
de Processo Civil para declarar rescindido o contrato pelo descumprimento da parte ré em flagrante
desrespeito ao Pacta Sunt Servanda, bem como para consolidar o despejo do locatário e manter
consolidada a posse da parte autora em face da desocupação voluntária do réu.         Â
1404
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Expeça-se mandado de imissão na posse, a fim de que o Oficial de Justiça certifique a imissão e o
estado em se encontra o imóvel, caso necessário.           Ainda, condeno a parte ré ao
pagamento dos aluguéis e despesas e os acessórios da locação em atraso, atualizados a partir da
citação, acrescidos dos juros moratórios de 1% ao mês e multa de 10% sobre o valor da causa
corrigido. Cuja cobrança ficará suspensa, face o réu, eventualmente for, beneficiário da justiça
gratuita, nos termos do art. 98, §3º do CPC           E mais, condeno a parte ré, por fim,
ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatÃ-cios do advogado da autora, que
fixo em 10% sobre o valor da causa. Cuja cobrança ficará suspensa, face o réu, eventualmente for,
beneficiário da justiça gratuita, nos termos do art. 98, §3º do CPC          Quitadas as
custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na distribuição.   Â
      Expeçam-se os mandados necessários.          P.R.I.C.         Â
Belém, 16 de junho de 2021.      MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO      Juiz
de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00188822820148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO
LOBO CASTELO BRANCO A??o: Cumprimento de sentença em: 22/06/2021 REQUERENTE:HERNANI
DIAS DA CRUZ Representante(s): OAB 5041 - FERNANDO FLAVIO LOPES SILVA (ADVOGADO) OAB
23986 - JOSUE DE FREITAS COSTA (ADVOGADO) REQUERIDO:EDGAR CHARLES FIGUEIREDO
BARROS Representante(s): OAB 4590 - SANDRA BRAZAO E SILVA BECHARA ROCHA (ADVOGADO)
OAB 23422 - LUCIANA DOLORES ARAUJO MIRANDA (ADVOGADO) . Trata-se de CUMPRIMENTO DE
SENTENÃA.            Intime-se, pois, o réu/executado, na forma do art. 513, §2º do
CPC, na pessoa do seu advogado, através de simples publicação no Diário da Justiça (art. 513,
§2º, I, do CPC) para, no prazo de 15 (quinze) dias, efetuar o pagamento do montante da
condenação, liquidado às fls. retro, acrescido de custas, se houver, sob pena de não o fazendo ser
acrescida a multa de 10% (dez por cento) e, também, de honorários de advogado de 10% (dez por
cento) nos termos do art. 523, caput e §1º do CPC.            O devedor poderá oferecer
bens à penhora, juntando prova da propriedade, se for bem imóvel.            Não
ocorrendo o pagamento, expeça-se mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de
expropriação, na forma do art. 523, § 3º do CPC, dando prioridade ao bloqueio online das contas do
executado, caso tenha sido requerido pelo exequente (art. 854 do CPC). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Tornando-
se indisponÃ-veis os ativos financeiros do executado, intime-o na forma do art. 854, §2º, do CPC, bem
como o exequente para se manifestar sobre a penhora. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Decorrido o prazo acima
sem que haja o pagamento voluntário do débito, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o
executado apresente, nos próprios autos sua impugnação, consoante o art. 525 do CPC.      Â
     A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento
003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.            Cumpra-se, expedindo-se o necessário, após
quitadas eventuais custas.               Belém, 18 de junho de 2021. MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO:
00209741020048140301 PROCESSO ANTIGO: 200410709678
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Agravo de Instrumento em: 22/06/2021 REQUERIDO:ASS. BRAS. DA IGREJA DE J. CRISTO DOS
SANTOS DOS ULTIMOS DIAS Representante(s): OAB 260454 - JOAO MARCELO MAXIMO RICARDO
DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 292.121 - JULIANO NICOLAU DE CASTRO (ADVOGADO) OAB
84.676 - KEILA CHRISTIAN ZANATTA MANANGAO RODRIGUES (ADVOGADO) REQUERENTE:CELIO
DE SALES MOURA Representante(s): LUIS CARLOS DA SILVA MENDONCA (ADVOGADO) OAB 7682 -
KATIA REGINA PEREIRA AMERICO (ADVOGADO) . Em face da apresentação da perÃ-cia técnica
judicial em fls. retro, tomo como dirimido os pontos controvertidos entre as partes com referência aos
cálculos apresentados, ratificando os cálculos judiciais apresentados.      Mantenho a decisão
que indeferiu os cálculos apresentados pelas partes em fls. 600 em seus próprios fundamentos.    Â
 Intimem-se as partes para se manifestarem, no prazo de 05 (cinco) dias, no que entenderem de direito.
     A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento
003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.      Intime-se. Cumpra-se.      Expeça-se o necessário.
 Belém, 18 de junho de 2021. Marco Antônio Lobo Castelo Branco Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel
e Empresarial da Capital PROCESSO: 00213113620128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:SUELY ALAMAR SEABRA Representante(s):
OAB 13232-B - JOAO PERES DE ANDRADE FILHO (DEFENSOR) REU:AUTENTIC INCORPORADORA
E CONSTRUTORA LTDA Representante(s): OAB 23942 - THAIS BITTI DE OLIVEIRA ALMEIDA
(ADVOGADO) . Levando em consideração petição de acordo juntado às fls. 153/164, bem como
1405
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

petição de fls. retro, cancelo a audiência marcada para o dia 29 de junho de 2021, às 11:00, e
determino que as partes informem sobre o cumprimento do acordo, no prazo de 15 (quinze) dias. Â Â Â Â
 Intimar e cumprir.      Belém, 22 de junho de 2021.               MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO               Juiz de Direito da 8a Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00226170620138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 22/06/2021 EXEQUENTE:BANCO BRADESCO SA
Representante(s): OAB 25197-A - LUCIA CRISTINA PINHO ROSAS (ADVOGADO) OAB 25196-A -
EDSON ROSAS JUNIOR (ADVOGADO) EXECUTADO:VENEZA LTDA ME EXECUTADO:ERCSON
CARVALHO SILVA. Os presentes autos vieram conclusos após transcurso do prazo de suspensão a
que alude o art. 921, III, §1º do CPC. Conforme certidão em fls. retro, o exequente até o presente
momento manteve-se inerte. Assim, vejamos: Art. 921. Suspende-se a execução: (...) III - quando o
executado não possuir bens penhoráveis; (...) § 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a
execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição. § 2º Decorrido
o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que sejam encontrados bens
penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos. (grifos nossos) (...) § 4º Decorrido o prazo
de que trata o § 1º sem manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição
intercorrente.       Logo, como não foram indicados outros bens, transcorrido o prazo de
suspensão do processo, nos termos do artigo 921, III, § 1º, do CPC, o processo aguardará
arquivado, facultada a reativação a qualquer tempo, ex vi do § 3º desse mesmo artigo.      Â
Nestes termos, DETERMINO o ARQUIVAMENTO administrativo dos autos sem baixa, conforme §2º do
art. 921 do CPC.       Intime-se. Cumpra-se.      A cópia deste despacho servirá como
mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.      Belém, 18
de junho de 2021.            Marco Antonio Lobo Castelo Branco            Juiz
de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00228354620108140301
PROCESSO ANTIGO: 201010342983 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança
em: 22/06/2021 REU:JUAREZ MATHIAS DE CASTRO REU:OLAVO SOUZA DE CARVALHO
AUTOR:CARLOS URSULINO MOSCOSO VINHAS Representante(s): OAB 8210 - IZACARMEN
MARTINS DA SILVA (ADVOGADO) NELSON RUBENS ROFFE BORGES (ADVOGADO) . Compulsando
os autos verifica-se que até o presente momento o réu sequer foi citado, mesmo este JuÃ-zo e a parte
autora terem empreendido esforços para tanto. Assim sendo, o deferimento da citação por Edital é a
medida que se impõe ao caso.      A citação por edital se aperfeiçoa com a publicação na
rede mundial de computadores ou em jornal (art. 257 do CPC ). Nestes termos, DEFIRO a citação por
edital, na forma do art. 256 do CPC.     Não tendo sido localizado o réu, em que pese as
tentativas realizadas, determino sua citação por edital, nos termos do art. 256 do Código de Processo
Civil, com prazo de 30 dias, devendo ser afixado e certificado pela Secretaria, publicando-se no Diário de
Justiça Eletrônico uma vez e pelo menos 2 (duas) vezes em jornais de ampla circulação, com prazo
mÃ-nimo de 15 dias entre as publicações, juntando-se exemplares de todas as publicações, inclusive
do Dje. Â Â Â Â No entanto, para que o procedimento acima seja realizado, certifique a secretaria o autor
acerca do recolhimento referente aos valores das custas necessárias para o ato, caso o mesmo não
seja beneficiário da Justiça Gratuita.     Cumpra-se, expedindo-se o necessário.     Após,
conclusos.     Belém, 13 de outubro de 2020. MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO Juiz
de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 00244285920178140301 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 22/06/2021
REQUERENTE:MIRYAM DE ALMEIDA CARVALHO DUARTE Representante(s): OAB 6436 - ROBERTO
AFONSO DA SILVA CARVALHO (ADVOGADO) REQUERIDO:JANDER BRAGA BOAVENTURA. Vistos
etc.          Trata-se de Ação de Despejo por Falta de Pagamento c/c Cobrança de
Aluguéis e Acessórios proposta por MIRIYM DE ALMEIDA CARVALHO DUARTE, em face de JANDER
BRAGA BOAVENTURA (locatário) com fundamento na Lei 8.245/1991, arts. 9º, III, 59, § 1º, IX e 62, I
(redação dada pela Lei 12.112/2009).          Alega que celebrou com a parte ré contrato
de locação. Ocorre que, de acordo com a requerente, o locatário deixou de pagar os aluguéis, no
que fundamentou seu pedido de decretação do despejo e a condenação do mesmo ao pagamento
dos valores respectivos ao descumprimento do contrato, ou seja, ou aluguéis e acessórios em atraso. Â
        Juntou documentos.          Liminar deferida em fls. 17/19.         Â
Devidamente citada, conforme fls. 23, a ré não apresentou contestação.          A autora
alega que a ré desocupou o imóvel, conforme fls. 26.          Autos conclusos.      Â
1406
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

   à o relatório.          Decido.          Observa-se que o réu apesar de


devidamente citado não apresentou contestação nos termos da certidão de fl. 23. Assim, faz nascer
à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora, nos termos 344 do CPC. Por
consequência, o feito comporta julgamento antecipado nos termos do art. 355, II, do CPC.       Â
  Com efeito, há nos autos documentos que corroboram o alegado pela parte autora, são eles:
contrato de locação do imóvel, bem como notificação enviada à parte requerida, dentre outros.  Â
       O processo encontra-se devidamente instruÃ-do com ausência de manifestação do
réu nos autos. A autora alega que a ré desocupou o imóvel, conforme fls. 26.         Â
Cumpre destacar que a parte ré, locatária, não se manifestou sobre nenhum dos fundamentos
sustentados pelo autor, mesmo sendo devidamente citada, neste sentido a aplicação dos efeitos da
Revelia é a medida que se impõe ao caso.          Ante o exposto, e considerando o que
mais dos autos consta, JULGO PROCEDENTE A AÃÃO com resolução de mérito na forma do art.
485, I, do Código de Processo Civil para declarar rescindido o contrato na forma pedida na inicial, bem
como decretar o despejo da locatária, que já ocorreu, conforme fls. 26, consolidando a posse em nome
da autora.          Condeno a parte ré a pagar os aluguéis em atraso, atualizados a partir
da citação, com a aplicação da taxa Selic (EMBARGOS DE DIVERGÃNCIA EM RESP Nº 727.842
- SP (2008/0012948-4).          Condeno igualmente a ré ao pagamento dos prejuÃ-zos
porventura existentes, referentes ao inadimplemento das cláusulas contratuais, como por exemplo, o
pagamento das parcelas de IPTU, faturas da COSANPA, todas as demais estipuladas em contrato
(desconsiderando as que não estiverem ali expressas), devidamente atualizadas.         Â
Condeno a parte ré, por fim, ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatÃ-cios
do advogado da autora, que fixo em 10% sobre o valor da causa. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Quitadas as custas e
certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na distribuição.       Â
  Expeçam-se os mandados necessários.          P.R.I.C.          Belém, 17
de junho de 2021.       Marco Antonio Lobo Castelo Branco Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00245094420028140301 PROCESSO ANTIGO: 199910148361
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:ANICIO JACOB Representante(s): OAB 3847 -
ELIETE DE SOUZA COLARES (ADVOGADO) REU:HELIO GARCIA CAMARA. Intime-se o autor para, no
prazo de 05 (cinco) dias, se manifestar de forma objetiva sobre a certidão de óbito acostada em fls. 155,
bem como se digne a cumprir a determinação em fls. 162, sob pena de extinção do feito sem
julgamento do mérito, por perda superveniente do objeto da ação. Colaciono: PROCESSUAL CIVIL.
TRATAMENTO MÃDICO. FALECIMENTO DA PARTE AUTORA APÃS PROLAÃÃO DA SENTENÃA.
EXTINÃÃO DO PROCESSO. APELAÃÃES PREJUDICADAS. 1. Em se tratando de ação de cunho
personalÃ-ssimo atinente à pretensão de condenação do Estado ao fornecimento de tratamento
médico, é de se reconhecer que o falecimento da parte autora enseja a extinção do processo sem
julgamento do mérito, por perda superveniente do objeto da ação. 2. Em atenção ao princÃ-pio da
causalidade, é devida a condenação dos réus em honorários advocatÃ-cios, devendo ser mantido o
valor fixado na origem (R$ 2.000,00) pro rata. 3. Extinção do feito sem exame do mérito e
apelações e remessa prejudicadas. (TRF-1 - AC: 00090498320134013803, Relator:
DESEMBARGADORA FEDERAL DANIELE MARANHÃO COSTA, Data de Julgamento: 13/02/2019,
QUINTA TURMA, Data de Publicação: 11/03/2019).      Intime-se, cumpra-se.     Â
Belém, 17 de junho de 2021.      Marco Antonio Lobo Castelo Branco      Juiz de Direito da
8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00248841420148140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 REQUERENTE:BANCO DO BRASIL SOCIEDADE
ANONIMA Representante(s): OAB 21078-A - JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA (ADVOGADO)
OAB 44698 - SERVIO TULIO DE BARCELOS (ADVOGADO) REQUERIDO:AUTO POSTO MARAJO
LTDA REQUERIDO:LUIZ FURTADO REBELO FILHO REQUERIDO:MARIA CLEIDE ALVES VIEIRA
REQUERIDO:JOSE JAIR DE SOUZA REQUERIDO:ANDREA FREITAS DA SILVA. Manifeste-se o autor,
no prazo de 15 (quinze) dias, sobre pesquisa do sistema INFOJUD, em anexo, sob pena de suspensão
do processo por 90 dias.        A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do
art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.          Intime-se e cumpra-se.  Â
       Belém, 18 de junho de 2021. MARCO ANTÃNIO LOBO CASTELO BRANCO Juiz de
Direito da 8ª Vara CÃ-vel PROCESSO: 00270660220168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:PATRICIA ZANGEROLAME COSTA
AUTOR:CLAUDIO DE ROBERTO DE ALMEIDA COSTA Representante(s): OAB 17720 - RENA
1407
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

MARGALHO SILVA (ADVOGADO) REU:AC PARTICIPACAOES LTDA Representante(s): OAB 21313 -


GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA (ADVOGADO) OAB 22237-A - RODRIGO MATTAR
COSTA ALVES DA SILVA (ADVOGADO) OAB 18107 - ZARAH EMANUELLE MARTINHO TRINDADE
(ADVOGADO) REU:CONSTRUTORA TENDA SA Representante(s): OAB 21313 - GUSTAVO DE
CARVALHO AMAZONAS COTTA (ADVOGADO) OAB 22237-A - RODRIGO MATTAR COSTA ALVES DA
SILVA (ADVOGADO) OAB 18107 - ZARAH EMANUELLE MARTINHO TRINDADE (ADVOGADO) REU:A
CAIXA ECONOMICA FEDERAL Representante(s): OAB 12625-B - MARCELO SILVEIRA CALANDRINI
DE AZEVEDO (ADVOGADO) . Vieram os autos conclusos ao Gabinete para análise após ato
ordinatório em fls. retro. Entretanto, verifico que as diligências determinadas por este JuÃ-zo em
decisão anterior pendem de cumprimento.      Nestes termos, determino que a Secretaria
certifique quanto ao cumprimento integral da decisão de fls. 521.      Após, conclusos.     Â
Cumpra-se.      Belém 17 de junho de 2021.            MARCO ANTONIO LOBO
CASTELO BRANCO            Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
PROCESSO: 00276054120118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Inventário em: 22/06/2021 INVENTARIANTE:ANTONIO FIGUEIREDO OLIVEIRA Representante(s):
OAB 12233 - SEVERO ALVES DO CARMO (ADVOGADO) INVENTARIADO:MARIA DA GRACA MUNIZ
PINTO. Em recente tramitação dos processos conclusos no gabinete deste juÃ-zo, o presente auto
não fora localizado. Dessa forma, intime-se as partes, para manifestarem seu interesse na
restauração do processo, no prazo de 5 (cinco) dias sob pena de extinção e arquivamento no
sistema.      Caso haja o interesse, com fulcro no art. 712 do CPC, presentes as circunstâncias,
determino a restauração dos autos.      Devem as partes apresentarem os documentos que
tenham em seu poder, em formato PDF, junto a secretaria, no prazo de 15 (quinze) dias. Â Â Â Â Â
Decorrido o prazo e cumpridas as diligências, deve a secretaria providenciar o protocolo, autuação em
formato eletrônico e conclusão dos autos, com a respectiva habilitação dos advogados.     Â
Intimem-se. Cumpra-se.      Belém, 18 de junho de 2021.      Marco Antonio Lobo Castelo
Branco      Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial. PROCESSO: 00320255820008140301
PROCESSO ANTIGO: 200010116265 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Cumprimento de sentença em: 22/06/2021 REU:NEY
ALBERTO MARTINS MONTEIRO Representante(s): FERNANDO DA SILVA GONCALVES (ADVOGADO)
AUTOR:PARAGAS DISTRIBUIDORA LIMITADA. Representante(s): OAB 15410-A - CARLOS ROBERTO
DE SIQUEIRA CASTRO (ADVOGADO) OAB 20666-A - GUSTAVO GONCALVES GOMES (ADVOGADO)
OAB 12268 - CASSIO CHAVES CUNHA (ADVOGADO) REU:N. A. MARTINS MONTEIRO LTDA.
Representante(s): FERNANDO DA SILVA GONCALVES (ADVOGADO) AUTOR:NACIONAL GAS
BUTANO DISTRIBUIDORA LTDA Representante(s): OAB 20666-A - GUSTAVO GONCALVES GOMES
(ADVOGADO) . Por cautela, suspendo a decisão que deferiu a desocupação do imóvel objeto da lide
até o julgamento dos embargos de terceiros.      Ainda, defiro o pedido de fls. 230 no que tange a
sucessão processual da autora.      Proceda a secretaria a alteração necessária.     Â
Intimar e cumprir.      Belém, 17 de junho de 2021        MARCO ANTONIO LOBO
CASTELO BRANCO Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel PROCESSO: 00323667320088140301
PROCESSO ANTIGO: 200810923547 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO
ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021
REU:ALEXANDRE NUNES NOBRE Representante(s): RAIMUNDO RUBENS FAGUNDES LOPES
(ADVOGADO) OAB 16254-A - LEANDRO MEDEIROS GALVAO (ADVOGADO) AUTOR:DULCE ONDINA
HUET DE BACELAR LEAL Representante(s): OAB 5432 - SAMIR ABFADILL TOUTENGE JUNIOR
(ADVOGADO) OAB 12721 - LARA CASTANHEIRA IGLEZIAS DIAS (ADVOGADO) REQUERIDO:JOANA
DARC DEMACHI PORTO. Defiro o pedido de Justiça Gratuita nos termos do art. 98 e seguintes dos
CPC/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Para o devido prosseguimento do feito, intime-se a parte
exequente para apresentar, no prazo de 05 (cinco) dias, demonstrativo atualizado do débito e, no
mesmo prazo, pleiteie o que entender de direito, como medidas constritivas, renovação de mandando,
dentre outros.            Impende destacar que a inércia da exequente importará na
suspensão do processo e aplicação do art. 921, III, §1º do CPC.      A cópia deste
despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de
22.01.2009.            Intime-se. Cumpra-se.            Belém, 17 de junho de
2021.            Marco Antonio Lobo Castelo Branco            Juiz de Direito
da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00324877520138140301 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 22/06/2021 REQUERIDO:ALDÉRIO LEITE DA SILVA JÚNIOR
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REQUERIDO:CLAUDIA PATRICIA MACHADO LEITE DA SILVA EXEQUENTE:FUNDO DE


INVESTIMENTO EM DIREITO CREDNAO PADRONIZADO NPL II Representante(s): OAB 217897 -
NEILDES ARAUJO AGUIAR DI GESU (ADVOGADO) . Manifeste-se o autor, no prazo de 15 (quinze) dias,
sobre pesquisa do sistema INFOJUD, em anexo, sob pena de suspensão do processo por 90 dias.   Â
    A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento
003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.          Intime-se e cumpra-se.          Belém,
18 de junho de 2021. MARCO ANTÃNIO LOBO CASTELO BRANCO Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel
PROCESSO: 00336214820108140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 22/06/2021 EXECUTADO:PROTEÇÃO MÉDICA S/C LTDA
EXEQUENTE:PINHEIRO COMERCIO IMPORTACAO EXORTACAO DE EQUIPAMENTOS MEDICOS
LTDA Representante(s): OAB 12724 - GUSTAVO FREIRE DA FONSECA (ADVOGADO) OAB 18701 -
FRANCISCO MIRANDA PINHEIRO NETO (ADVOGADO) . Manifeste-se o autor, no prazo de 15 (quinze)
dias, sobre pesquisa do sistema INFOJUD, em anexo, sob pena de suspensão do processo por 90 dias.
       A cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento
003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.          Intime-se e cumpra-se.          Belém,
18 de junho de 2021. MARCO ANTÃNIO LOBO CASTELO BRANCO Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel
PROCESSO: 00352390920108140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo por Falta de Pagamento em: 22/06/2021 AUTOR:ESPOLIO DE MARIA FERREIRA DA
COSTA BRITO Representante(s): OAB 25431 - FERNANDA PINHEIRO DA SILVA (ADVOGADO)
REPRESENTANTE:GISELLE MARIA COSTA BRITO Representante(s): OAB 13209 - MARCIO
AUGUSTO MOURA DE MORAES (ADVOGADO) REU:VALERIA BACELAR MARTINS Representante(s):
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR DATIVO) REU:FERNANDO AUGUSTO
STIVAL MENDES DA ROCHA LOPES DA SILVA Representante(s): OAB 10676 - PAULO ROBERTO
AREVALO BARROS FILHO (ADVOGADO) . Vistos etc.          Trata-se de Ação de
Despejo por Falta de Pagamento c/c Cobrança de Aluguéis e Acessórios proposta por ESPÃLIO DE
MARIA FERREIRA DA COSTA BRITO, em face de VALÃRIA BACELAR MARTINS e FERNANDO
AUGUSTO STIVAL MENDES DA ROCHA LOPES DA SILVA com fundamento na Lei 8.245/1991, arts.
9º, III, 59, § 1º, IX e 62, I (redação dada pela Lei 12.112/2009).          Alega que
celebrou com a parte ré contrato de locação. Ocorre que, de acordo com a requerente, o locatário
deixou de pagar os aluguéis, no que fundamentou seu pedido de decretação do despejo e a
condenação do mesmo ao pagamento dos valores respectivos ao descumprimento do contrato, ou
seja, ou aluguéis e acessórios em atraso.          Juntou documentos.          O
imóvel fora abandonado, como atesta o Auto de Imissão de Posse, conforme fls. 55.         Â
Manifestação do requerido FERNANDO AUGUSTO STIVAL MENDES DA ROCHA LOPES DA SILVA
em fls. 118/129 alegando, basicamente, ilegitimidade passiva, necessidade de outorga uxória, carência
de ação por este motivo, pugna pela improcedência da demanda.          A segunda
requerida, não tendo sido localizada, fora citada por Edital e apresentado defesa genérica por parte da
Defensoria Pública, conforme fls. 163/167.          Autos conclusos.          à o
relatório.          Decido.          Vindo os autos conclusos, e, verificando, que a
questão de mérito é de direito e de fato, mas não havendo mais necessidade de produção de
provas em audiência, com base no art. 330, I, CPC, seria o caso do julgamento antecipado da lide.
Matéria eminentemente de direito.          DAS PRELIMINARES: SOBRE ALEGAÃÃO DA
NULIDADE DO CONTRATO POR AUSÃNCIA DE OUTORGA UXÃRIA E ILEGITIMIDADE DA RÃ Â Â Â Â
     O autor alega nulidade do contrato por ausência de outorga uxória, o que rejeito de plano. A
época da assinatura do contrato o requerido/fiador fez assinatura do mesmo na condição de solteiro,
logo, ao tempo não estava sob nenhum regime matrimonial, o que não pode ser arguido neste
momento para invalidar o contrato que ao tempo era lÃ-cito e munido de todos os seus consectários
principiológicos: Boa-fé objetiva, Eticidade e Socialidade. Ademais, a nulidade da fiança só pode ser
demanda pelo cônjuge que não a subscreveu, ou por seus respectivos herdeiros, sendo inadmissÃ-vel
sua arguição pelo próprio fiador. à o que entende o STJ, que entende que para que a fiança
subscrita sem a anuência da mulher seja considerada nula, é necessário que ela a conteste na
Justiça. O marido que dá fiança sem consultar a mulher não pode invocar a nulidade do ato que
praticou e valer-se da própria ilicitude para desfazer o negócio (RESP 772.419).         Â
Além do mais, no que concerne a arguição de ilegitimidade passiva nestes termos, igualmente rejeito
a preliminar, pois a parte requerida/fiadora é legÃ-tima para figurar no polo passivo da demanda, sua
assinatura ratificada no contrato é cabal em vinculá-lo aos termos do negócio.         Â
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Logo, a arguição de ilegitimidade passiva não merece prosperar, uma vez que o contrato celebrado
entre as partes está dotado de licitude e assinado por ambas, a fiadora/ré é a legalmente contratada
no respectivo termo de locação. Assim, deve-se afastar tal arguição mantendo a mesma como
legitima para figurar no polo passivo da demanda. Â Â Â Â Â Â Â Â Â DO MÃRITO Â Â Â Â Â Â Â Â Â A
autora juntou o instrumento particular de contrato de locação para fins não residenciais e outra
avenças conforme fls.10/19, bem como Notificação Extrajudicial conforme fls. 21. Analisando
detidamente o contrato, não se vislumbra qualquer ilicitude na mesma, devendo ser mantida a autonomia
da vontade das partes celebrantes, posto ter cumprido os requisitos inerentes aos contratos de boa-fé:
licitude, forma não prescrita ou defesa em lei, eticidade, etc. Além do mais, como não se trata de uma
relação de consumo o princÃ-pio da Pacta Sunt Servanda deve prevalecer no caso em comento.
Colaciono: APELAÃÃO. LOCAÃÃO. EMBARGOS Ã EXECUÃÃO. ONEROSIDADE EXCESSIVA
DECORRENTE DA COBRANÃA DE "RES SPERATA". INOCORRÃNCIA. PREVISÃO CONTRATUAL
QUE NÃO SE MOSTRA ABUSIVA. PREVALÃNCIA DO PRINCÃPIO "PACTA SUNT SERVANDA".
SENTENÃA MANTIDA. 1. A chamada "res sperata", cobrada em locações comerciais em shopping
centers ou centros comerciais, decorre do aproveitamento, pelo locatário, do fundo de comércio,
patrimônio imaterial pertencente ao empreendimento, que proporciona ao lojista que nele se estabelece
as vantagens decorrentes da própria atividade comercial de tais estabelecimentos, não se mostrando
abusiva se decorrente de expressa previsão contratual, nem muito menos configurando onerosidade
excessiva nos termos da lei civil, sendo lÃ-cita a sua cobrança. Precedentes desta Câmara. 2. A mera
alegação de que uma cláusula contratual configura onerosidade excessiva não se sustenta, pois esta
somente se observa nas hipóteses previstas no art. 478 do Código Civil, segundo o qual "nos contratos
de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente
onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e
imprevisÃ-veis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato", não sendo esse o caso dos autos. 3.
Recurso improvido. (TJ-SP - AC: 10048369220208260100 SP 1004836-92.2020.8.26.0100, Relator: Artur
Marques, Data de Julgamento: 31/08/2020, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
31/08/2020) Â Â Â Â Â Como se pode observar, a Lei 8.245/91 estabeleceu regras diferentes para cada
uma das benfeitorias, porém autorizou a livre negociação contratual dos contratantes, de forma que
poderão convencionar de forma diversa. No caso em apreço, o contrato estipulado entre as partes foi
expresso ao permitir a compensação dos valores despendidos com as benfeitorias úteis/necessárias,
caso houvesse consentimento prévio da locatária, o que não se comprovou nos autos. A
contestação dos requeridos nada trouxe para refutar o direito da autora, tenho como frágeis as
contestações apresentadas pela locatária por meio da Defensoria Pública e a apresentada pelo
fiador.          Matéria eminentemente de direito que assiste razão a autora.       Â
  DO DISPOSITIVO          Ante o exposto, e considerando o que mais dos autos consta,
JULGO PROCEDENTE A AÃÃO com resolução de mérito na forma do art. 487, I, do Código de
Processo Civil para declarar rescindido o contrato na forma pedida na inicial, entretanto dispenso o
despejo da mesma uma vez que há auto de imissão na posse por abandono do imóvel por parte das
requeridas com forme fls. 55.          Condeno as partes rés a pagar os aluguéis em atraso
bem como os prejuÃ-zos porventura existentes, referentes ao inadimplemento das cláusulas contratuais,
como o pagamento das parcelas de IPTU, faturas da COSANPA, dentre outros previstos no contrato
(excluindo os encargos ali não especificados expressamente), atualizados a partir da citação, com a
aplicação da taxa Selic (EMBARGOS DE DIVERGÃNCIA EM RESP Nº 727.842 - SP (2008/0012948-
4).          Condeno as partes rés, por fim, ao pagamento de custas, despesas processuais e
honorários advocatÃ-cios do advogado da autora, que fixo em 10% sobre o valor da causa.       Â
  Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na
distribuição.          P.R.I.C.          Belém, 17 de junho de 2021.      Â
   Marco Antonio Lobo Castelo Branco          Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00361456820178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 22/06/2021
REQUERENTE:ELAYNE DO SOCORRO DOS SANTOS E SILVA Representante(s): OAB 11111 -
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) REQUERIDO:KELEN MAD BASTOS
PINHEIRO Representante(s): OAB 11898 - VANESSA GERALDINNE DA ROCHA RAIOL (ADVOGADO)
OAB 24541 - WELLINGTON SILVA DOS SANTOS (ADVOGADO) . Em face das arguições
apresentadas pela autora em fls. 44/46, certifique a Secretaria acerca da tempestividade da
contestação e da reconvenção apresentada em fls. 33/40.      Após, conclusos.      A
cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB,
1410
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

de 22.01.2009.        Intime-se. Cumpra-se.  Belém, 17 de junho de 2021.         Â


     Marco Antonio Lobo Castelo Branco               Juiz de Direito da 8ª Vara
CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 00361907220178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Inventário em: 22/06/2021 INVENTARIANTE:CLEYDE DINELLY DE SOUZA Representante(s):
OAB 17368 - RAFAELLA CARREIRA BEZERRA PICANCO (ADVOGADO) INVENTARIADO:SAPHYRA
DINELLY DE SOUZA INTERESSADO:PAULA FRANSSINETTI DE SOUZA BEZERRA Representante(s):
OAB 17368 - RAFAELLA CARREIRA BEZERRA PICANCO (ADVOGADO) INTERESSADO:SAPHYRA
RUFFEIL ALVES Representante(s): OAB 18948 - FABIO ANTONIO BORGES CHIMOKA (ADVOGADO)
OAB 1821 - SUZANA CHRISTINA DIAS DA SILVA (ADVOGADO) OAB 25052 - DEBORA ELEONORA
DIAS DA SILVA LEAL (ADVOGADO) INTERESSADO:ORLANDA DE SOUZA PARENTE
Representante(s): OAB 25866 - DANIELLE ANGELA RODRIGUES SAITO (ADVOGADO) OAB 37410 -
RICARDO SALDANHA DE LIMA (ADVOGADO) INTERESSADO:DAYLZA DINELLY DE SOUZA
NAVARRO Representante(s): OAB 20125 - DIEGO GONÇALVES BARROS (ADVOGADO) OAB 20545 -
GUSTAVO NASCIMENTO BARBI (ADVOGADO) HERDEIRO:CARMEN YOLANDA DE SOUZA NOVAES
DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 17368 - RAFAELLA CARREIRA BEZERRA PICANCO
(ADVOGADO) HERDEIRO:MARIA AUXILIADORA DE SOUZA MORAIS Representante(s): OAB 17368 -
RAFAELLA CARREIRA BEZERRA PICANCO (ADVOGADO) HERDEIRO:FRANCISCO HARALD
DINELLY DE SOUZA Representante(s): OAB 17368 - RAFAELLA CARREIRA BEZERRA PICANCO
(ADVOGADO) . Por cautela, intime-se os herdeiros para se manifestarem sobre petição de fls. retro, no
prazo de 15 (quinze) dias.      Intimar e cumprir.      Belém, 18 de junho de 2021     Â
  MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel PROCESSO:
00383288020158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Despejo em: 22/06/2021 AUTOR:JULIAO DA
COSTA NETO Representante(s): OAB 14697 - ROSINEI MENDONCA DUTRA DA COSTA (ADVOGADO)
REU:MARCELO ARERO DA ANUNCIACAO REU:ANA CLAUDIA MOUTINHO DA ANUNCIACAO
Representante(s): OAB 1286 - HAROLDO FERNANDES (ADVOGADO) . Ã autora, intime-se para
apresentar manifestação às contestações, no prazo de 15 (quinze) dias.      Defiro o pedido
de justiça gratuita a parte requerida.      Intime-se. Cumpra-se.      A cópia deste
despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de
22.01.2009.  Belém, 18 de junho de 2021.               Marco Antonio Lobo Castelo
Branco               Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO:
00389864620118140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Inventário em: 22/06/2021 INTERESSADO:LEA
DIAS AMARAL Representante(s): OAB 10164 - ANTONIO NONATO DO AMARAL JUNIOR (ADVOGADO)
OAB 17481 - LILIAN GOMES DA COSTA (ADVOGADO) INVENTARIADO:ARLETE DA FONSECA DIAS
INTERESSADO:CLAUDIO MONARD DIAS Representante(s): OAB 6258 - JOSE CELIO SANTOS LIMA
(ADVOGADO) INTERESSADO:SERGIO DA FONSECA DIAS Representante(s): OAB 4559 - JOSE DE
ARIMATEIA CHAVES SOUSA (ADVOGADO) INVENTARIANTE:SELMA DIAS LEITE Representante(s):
OAB 4559 - JOSE DE ARIMATEIA CHAVES SOUSA (ADVOGADO) INTERESSADO:LUCIA DIAS
CARVALHO Representante(s): OAB 4559 - JOSE DE ARIMATEIA CHAVES SOUSA (ADVOGADO) .
Verifico que a partilha fora apresentada em fls. 10029/10090 pela partilhadora nomeada por este juÃ-zo,
ainda, consta nos autos as impugnações aquela, apresentadas pelos herdeiros, nesse sentindo, intime-
se a partidora para que no prazo de 20 (vinte dias) se manifeste sobre as impugnações apresentadas.
     Apresentada, voltem conclusos para deliberações.      Após, conclusos.     Â
Intime-se.      Belém, 15 de junho de 2021. MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO Juiz
de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00434707020128140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO
LOBO CASTELO BRANCO A??o: Consignação em Pagamento em: 22/06/2021 AUTOR:LUCIANA
CARVALHO MOTA Representante(s): OAB 16150 - BRUNO BARAUNA ARAUJO (ADVOGADO) OAB
12989 - JOAO DANIEL MACEDO SA (ADVOGADO) REU:BANCO BMG SA Representante(s): OAB 23255
- ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO (ADVOGADO) . Vistos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cuida-se de
Ação de Consignação em Pagamento com Pedido Liminar de Cessação de Descontos em Folha
com Indenização por Danos Morais proposta por           LUCIANA CARVALHO MOTA
em face de BANCO BMG S/A, devidamente qualificados nos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Alega o autor
que celebrou com o requerido contrato de empréstimo para (Contratos nºs 212478144 e 221524289).
Para quitar a dÃ-vida junto ao mesmo, posto ter chegado ao valor de R$ 63.395,74 (sessenta e três mil,
trezentos e noventa e cinco reais e setenta e quatro centavos), celebrou com a Caixa Econômica Federal
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outro contrato de empréstimo para quitar a dÃ-vida com o requerido. Informa que entrou em contato com
o requerido para solucionar a quitação da dÃ-vida, mas lhe informaram que só poderia resolver tal
pendencia pessoalmente, lá comparecendo e sendo informada que o valor da dÃ-vida já havia
aumentado para R$ 64.316,00 (sessenta e quatro mil, trezentos e dezesseis reais) e que chegaria em sua
casa boleto de quitação. Inconformada com o procedimento imposto para autora, a mesma fez
reclamação na Ouvidoria da requerida e lá lhe informaram que o procedimento seria aquele. Alega
que, após o pedido de requerimento de quitação, já foram realizados três descontos nos
rendimentos da autora, sem que lhe tenha sido oportunizado quitar o saldo devedor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Diante da situação, que entende abusiva, ingressou com a presente ação. Ingressou com a presente
ação de consignação em pagamento pleiteando o depósito judicial de valores que entende devido.
          Decisão deferindo a consignação conforme fls. 68.          Â
Contestação do requerido em fls. 73/81 alegando que o valor devido informado pela autora carece de
veracidade, devendo ser depositado a mais e não a menos como foi.           Devidamente
intimada para apresentar manifestação/réplica, a autora assim o fez conforme fls. 91, informando que
continua recebendo cobranças pelo requerido.           à o sucinto relatório.       Â
   Decido.           A ação de consignação em pagamento é procedimento
especial que visa a permitir a realização daquele instituto de direito material, por meio do qual o autor
da ação busca uma sentença declaratória da extinção da obrigação. No presente caso, o autor
intenta extinguir sua obrigação com o réu pelo pagamento de valor que entende devido, qual seja, R$
63.395,74 (sessenta e três mil, trezentos e noventa e cinco reais e setenta e quatro centavos).     Â
  Nos termos do Art. 335 do Código Civil a consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou,
sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não
for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de
receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difÃ-cil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender
litÃ-gio sobre o objeto do pagamento.        Assim, demonstrada a resistência no recebimento do
valor que o autor entende devido, cabÃ-vel a presente ação de consignação. No presente caso,
requer a autora que seja dada como satisfeito o valor relativo a dÃ-vida concernente a dois empréstimos
realizados junto com a requerida (Contratos nºs 212478144 e 221524289).        A discussão
gira em torno do valor depositado a tÃ-tulo de consignação e não do contrato em si. O que concerne
ao valor controverso a requerida deverá buscar a via adequada para discutir os termos contratuais e
valores que entende correto que lhe sejam restituÃ-dos. A ação de consignação visa tão somente
assegurar o adimplemento de uma obrigação que o requerido, subtende-se, não querer aceitar nos
termos de local e prazo estipulados em contrato. Â Â Â Â Â Â Â No caso dos autos, o valor incontroverso
da consignação, qual seja, R$ 55.642,66 (cinquenta e cinco mil, seiscentos e quarenta e dois reais e
sessenta e seis centavos) foram devidamente depositados. O valor referido está deduzido em face de
três parcelas cobrado a posteriori do pedido de quitação da dÃ-vida junto a requerida, no valor de R$
7.753,08 (sete mil, setecentos e cinquenta e três reais e oito centavos). Assim, o desiderato da
consignação em pagamento está concluÃ-do quanto aos seus requisitos ensejadores, posto estarmos
diante do levantamento daquilo que é incontroverso para ambas as partes, porém a requerida entende
que o devido é o valor de R$ 64.316,00 (sessenta e quatro mil, trezentos e dezesseis reais) e não de
R$ 63.395,74 (sessenta e três mil, trezentos e noventa e cinco reais e setenta e quatro centavos).   Â
    Importante destacar que, no que diz respeito aos valores incontroversos e do que mais gravita em
relação aos autos a autora apresentou os documentos concernentes que comprovam o empréstimo
contraÃ-do e o valor que entende devido. Do seu turno, o requerido apresentou os dois contratos
pactuados com a autora, porém no que diz respeito a diferença entre o devido e o valor cobrado,
subsiste uma diferença de R$ 920,26 (novecentos e vinte reais e vinte e seis centavos) que a autora
entende não ser devido e o réu entende ser devido.        Pois bem, a ação de
consignação se pauta em elementos documentais e não adentra ao mérito de ações tipicamente
revisionais, nestes termos, não está se discutindo aqui a abusividade das taxas, mas apenas se o valor
consignado é o devido ou não. Entendo que, diante dos fatos e documentos expostos aos autos, a
autora fez comprova de suas alegações e, no momento em que houvera o pedido para quitação dos
valores remanescentes, o mesmo deveria ter sido o que entende a autora, não podendo ter mais sido
atualizado. Assim, sendo uma instituição financeira dotada de capacidade técnica e econômica
relevante, não há motivo de ter protelado a emissão de um boleto de quitação, no sentido de gerar
mais uma atualização no montante da dÃ-vida que deveria ter sido consolidada quando do pedido
administrativo da autora junto à Instituição Financeira. Do seu turno, a ré não comprova que a
atualização é devida e que já houvera ocorrida quando do pedido de pagamento de quitação da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

autora, apenas demonstra que a mesma fez o contrato de dos empréstimos, quanto a isso não resta
dúvida, pois a própria autora informa tal disposição na sua exordial.        Assim, do
conjunto probante e fático que subsistem nos autos, entendo que, de fato, o valor a tÃ-tulo consignado é
o de R$ 63.395,74 (sessenta e três mil, trezentos e noventa e cinco reais e setenta e quatro centavos),
que deduzido os valores já cobrados pela requerida e descontados da folha de pagamento da autora,
alcançaram o patamar de R$ 55.642,66 (cinquenta e cinco mil, seiscentos e quarenta e dois reais e
sessenta e seis centavos). Â Â Â Â Â Por fim, aos danos morais, de tudo o que consta nos autos, a
matéria versa sobre ação de consignação em pagamento e que, devido ao imbróglio
oportunizado pela requerida, gerou uma série de inconvenientes que sugerem danos subjetivos, se
vislumbrando prejuÃ-zos que levam a entender um dano que ultrapasse a esfera patrimonial na magnitude
do quantum pleiteado. Sabe-se que o arbitramento se entrelaça com o instituto dos danos morais, posto
serem arbitrados de maneira subjetiva pelo magistrado levando-se em consideração os fatos e
matéria. Logo, no que diz respeito aos danos morais, me inclino a decidir favorável ao autor, porém
arbitrando um quantum razoável. As práticas abusivas que as empresas capitalistas têm perpetrado
contra seus clientes, nos leva a aplicar um valor de dano moral a tÃ-tulo pedagógico contra tal
abusividade.      Assim, se vislumbra ser o caso para a concessão de danos subjetivos/morais. Ã
inconteste, portanto, que sofreu e sofrerá ininterruptos inconvenientes por conta de não ter sido
executado o serviço de maneira diligente e ter ficado a autora com a impossibilidade de ter visto quitada
sua dÃ-vida, inclusive houvera inscrição indevida do nome da autora no SERASA no curso do processo,
que não poderia ter ocorrido. Entendo como razoável o valor do dano moral aplicado neste juÃ-zo no
valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), até porque o dano moral aqui emanado é a tÃ-tulo pedagógico e
não pode ser aplicado em patamares que gerem enriquecimento sem causa e banalizem a finalidade do
instituto. Â Â Â Â Â Assim, diante dos fundamentos antes expostos, JULGO PROCEDENTE OS
PEDIDOS, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I do Código de
Processo Civil, para: Â Â Â Â Â - Declarar que o valor incontroverso devido pela parte autora em
relação ao contrato apresentado indicado na petição inicial é de R$ 63.395,74 (sessenta e três
mil, trezentos e noventa e cinco reais e setenta e quatro centavos). Â Â Â Â Â Â Â - Declarar extinta a
obrigação da parcela incontroversa tendo em vista o depósito efetuado no valor de R$ 55.642,66
(cinquenta e cinco mil, seiscentos e quarenta e dois reais e sessenta e seis centavos), deduzido os valores
já cobrados pela requerida e descontados da folha de pagamento da autora no aporte de R$ 7.753,08
(sete mil, setecentos e cinquenta e três reais e oito centavos).      - Condenar a requerida a pagar
o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a tÃ-tulo de danos morais, com correção monetária pelo INPC e
juros de 1% ao mês a partir da sentença/arbitramento, consoante súmula 362 do STJ.       -
Condenar a parte ré em custas e honorários que arbitro em 10% sobre o valor da causa.     Â
Expeça-se Alvará em favor da requerida/consignada no valor de R$ 55.642,66 (cinquenta e cinco mil,
seiscentos e quarenta e dois reais e sessenta e seis centavos). Â Â Â Â Â No que tange ao saldo
remanescente devidamente atualizado depositado em juÃ-zo, defiro desde já a expedição de Alvará
neste sentido em favor da consignante. Â Â Â Â Â P.R.I.C. Â Â Â Â Â 18 de junho de 2021. Â Â Â Â Â Â Â
    MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO            Juiz de Direito da 8ª
Vara Civil e Empresarial de Belém PROCESSO: 00480499020148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 REQUERENTE:JOANA RITA AVELAR DE ALMEIDA
Representante(s): OAB 5041 - FERNANDO FLAVIO LOPES SILVA (ADVOGADO)
REQUERIDO:CEBTRAIS ELETRICAS DO PARA SA CELPA Representante(s): OAB 12358 - FLAVIO
AUGUSTO QUEIROZ DAS NEVES (ADVOGADO) OAB 18329 - JIMMY SOUZA DO CARMO
(ADVOGADO) . Importante destacar que a presente ação se amolda a matéria debatida em sede de
INCIDENTE DE RESOLUÃÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS - IRDR (12085) - 0801251-
63.2017.8.14.0000, o que atrai a suspensão do feito até que seja dirimido o impasse ali suscitado.  Â
    O incidente de resolução de demandas repetitivas constitui instrumento de criação de
precedentes que vinculam horizontal e verticalmente os demais órgãos judiciais, e tem natureza
jurÃ-dica de ¿procedimento modelo¿. Por isso mesmo, é possÃ-vel a admissão do IRDR em ação
originária dos Juizados Especiais, sendo que, nessa hipótese, o julgamento do incidente se limitará Ã
definição da tese, afastando a obrigatoriedade do art. 978, parágrafo único do CPC.      Â
Logo, tendo em vista que a presente matéria se amolda ao caso em discussão nesses autos,
determino a SUSPENSÃO do feito até decisão definitiva nos autos daquele incidente.      Â
Acautelem-se os autos em Secretaria até análise do mérito do IRDR.       Cumpra-se.   Â
  A cópia desta decisão servirá como mandado de citação e intimação, nos termos do
Provimento n.º 03/2009-CJRMB, de 22.01.2009.      Belém, 18 de junho de 2021.  Marco
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Antonio Lobo Castelo Branco            Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital PROCESSO: 00485034120128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:JOSINETE OLIVEIRA AFONSO
Representante(s): OAB 17847 - ANDRE ARAUJO FERREIRA (ADVOGADO) OAB 24556 - RAYLA
ADRIANA PEREIRA PINTO SOUSA (ADVOGADO) REU:FACULDADE ESTACIO DO PARA ESTACIO
FAP Representante(s): OAB 15783 - NELSON BRUNO DE REGO VALENCA (ADVOGADO) OAB 23495 -
MARCIO RAFAEL GAZZINEO (ADVOGADO) OAB 15785 - ANDRE RODRIGUES PARENTE
(ADVOGADO) . Trata-se de AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS C/C PEDIDO
DE RESCISÃO CONTRATUAL movida por JOSINETE OLIVEIRA AFONSO em desfavor de FACULDADE
ESTÃCIO DO PARà - FAP.      Trata-se de ação indenizatória na qual a autora alega falha na
prestação de serviços educacionais, posto ter se submetido a vestibular para uma graduação Ã
distância e mesmo tendo sido aprovada, só fora disponibilizado momentos antes das provas o que
prejudicou a autora. Informa autora que fez o pedido de cancelamento da matrÃ-cula por conta dos
inconvenientes, mas não fora atendida a contento o que gerou cobranças que ele entende indevidas. E,
diante de tudo o que relata na exordial, pleiteia danos materiais e morais. Â Â Â Â Â Â Juntou documentos.
      Citada a ré contestou os pedidos do autor em fls. 54/66, alegando que não há nada de
abusivo na cobrança, que não cabe danos materiais ou morais, colocando-se pela total improcedência
da autora.       Juntou documentos.       As audiências marcadas ao longo do processo
quedaram-se infrutÃ-feras, conforme se depreende em fls. 106.       Petição da autora em fls.
138/139 alegando constrangimento em face de ameaças que vem sofrendo pela requerida por conta das
cobranças que entende indevida.       Autos conclusos.       à o relatório.      Â
Decido.       Ratifico/Defiro os benefÃ-cios da justiça gratuita a autora nos termos do art. 98 e
seguintes do CPC/2015.      Cinge-se a matéria sobre falha na prestação de serviços
educacionais. Assim, deve-se aplicar os corolários do Código de Defesa do Consumidor. Nestes termos,
aplica-se ao caso a Inversão do Ãnus da prova em face do desequilÃ-brio técnico e econômico entre
as partes. Isso porque aplica-se o Código de Defesa do Consumidor à relação jurÃ-dica estabelecida
com o fim de prestação de serviços educacionais. Nessa relação, o estudante é destinatário
final dos serviços educacionais e a instituição de ensino é a responsável por sua prestação,
enquadrando-se, respectivamente, nos conceitos de consumidor e fornecedor previstos nos artigos 2º e
3º do CDC.      De inÃ-cio, sobreleva anotar que a parte ré se enquadra na categoria de
fornecedora de serviços (art. 3º da Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor). A parte autora,
por sua vez, enquadra-se no conceito de consumidora, ou seja, é a destinatária final do curso/ das
aulas ministradas pelo corpo de docentes da requerida. Por conseguinte, inegável a existência da
relação de consumo no caso dos autos.      Com isso, tem-se que o caso se enquadra na esfera
da responsabilidade civil contratual objetiva. A responsabilidade objetiva se configura independentemente
da culpa. Nos casos de responsabilidade objetiva, não se exige prova de culpa do agente para que seja
obrigado a reparar o dano. Em alguns, ela é presumida pela lei. Em outros, é de todo prescindÃ-vel,
porque a responsabilidade se funda no risco (objetiva propriamente dita ou pura). Quando a culpa é
presumida, inverte-se o ônus da prova. O autor da ação só precisa provar a ação ou omissão e o
dano resultante da conduta do réu, porque sua culpa já é presumida. Trata-se, portanto, de
classificação baseada no ônus da prova. à objetiva porque dispensa a vÃ-tima do referido ônus. Mas,
como se baseia em culpa presumida, denomina-se objetiva imprópria ou impura.      Dito isso,
resta perquirir se houve efetiva falha nos serviços prestados pela ré a ensejar a reparação pelos
alegados danos causados à autora. E, examinando tudo o que dos autos consta, tenho que a razão
assiste em parte a autora, senão vejamos.      Restou incontroverso que as partes celebraram
contrato de prestação de serviços educacionais referentes ao Curso de Ensino Superior de Processos
Gerenciais, na modalidade à distância, conforme afirmado por ambas as partes (fls. 13/20).     Â
Dessa feita, sopesando a documentação carreada aos autos, constato que houve, sim, prova da falha
na prestação dos serviços educacionais contratados pela autora, a ensejar a responsabilização
civil da ré. Ora, a reclamada não fez prova de fato que legitimamente explicasse a demora no
cancelamento da matrÃ-cula da autora. Aplicando-se ao caso a Inversão do Ãnus da Prova, deveria a
parte requerida provar que disponibilizou as matérias à autora a tempo e que o pedido de cancelamento
da matrÃ-cula da mesma fora prontamente atendido e não protelado para gerar mais uma mensalidade
de cobrança.      Assim, tem-se que, por questões relacionadas à falha na prestação de
serviços educacionais pela própria requerida, a autora foi impedida de iniciar seus estudos a contento,
nos moldes como anunciado, ou melhor, no tempo programado e esperado. Em razão dessa perda de
iniciar sua trajetória acadêmica entendo que a requerida não prestou adequadamente o serviço que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

lhe era esperado. Â Â Â Â Â Nesse contexto, a meu sentir, resta configurado o ato ilÃ-cito praticado pela
requerida, a qual obstaculizou o inÃ-cio dos estudos da parte autora, bem como postergou o cancelamento
da matrÃ-cula da mesma que, diante da demora na disponibilização das matérias, se sentiu
prejudicada para se preparar para as provas, o que a desestimulou de continuar no curso. Dito isso,
cumpre perquirir-se acerca da existência dos alegados danos morais sofridos pela autora. Nestes termos,
colaciono: APELAÃÃO CÃVEL. INDENIZAÃÃO. CONTRATO DE PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS
EDUCACIONAIS. ENSINO A DISTÃNCIA. FALHA NA PRESTAÃÃO DO SERVIÃO. RESCISÃO
UNILATERAL. DANO MORAL CONFIGURADO. COMINAÃÃO DE MULTA PELO DESCUMPRIMENTO
DO COMANDO JUDICIAL. POSSIBILIDADE. DEVER DE PAGAMENTO DAS ASTREINTES. VALOR.
MODIFICAÃÃO. RAZOABILIDADE. RECURSO PROVIDO. VOTO VENCIDO. A instituição educacional
que oferece serviço defeituoso de ensino a distância e interrompe abruptamente o contrato de
prestação de serviços celebrado entre as partes, responde civilmente pelos danos causados aos
alunos. A reparação por danos morais deve consistir na fixação de um valor que seja capaz de
desencorajar o ofensor ao cometimento de novos atentados contra o patrimônio moral das pessoas e, ao
mesmo tempo, que seja suficiente para compensar os constrangimentos experimentados pela vÃ-tima. Ã
cabÃ-vel a fixação de multa por descumprimento de obrigação, a fim de compelir a parte a
concretizar o comando judicial, conforme expressamente previsto no art. 461 do CPC. (...)" (TJMG -
Apelação CÃ-vel 1.0261.11.011454-1/001, Rel. Des. Veiga de Oliveira, 10ª Câmara CÃ-vel, j.
13/08/2013, p. 23/08/2013). APELAÃÃO CÃVEL. DANOS MORAIS, MATERIAIS. CURSO DE
TECNOLOGIA EM INFORMÃTICA CLASSIFICADO COMO BACHARELADO - EXPECTATIVA DO
ESTUDANTE NÃO ALCANÃADA EM FUNÃÃO DE PROGANDA ENGANOSA - ATO ILÃCITO.
INDENIZAÃÃO DEVIDA. FALHA NA PRESTAÃÃO DO SERVIÃO. INCIDÃNCIA DO CÃDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR. Caso o aluno contrate os serviços educacionais na boa-fé, por acreditar que o
curso é ou será de bacharelado divulgado pela instituição de ensino e, esta não se confirma, fará
jus à indenização. A divulgação de propagandas enganosas e informações obscuras equivalem a
uma falha na prestação do serviço e enseja a condenação da instituição de ensino ao
pagamento de danos morais, ante a prevalência da boa-fé objetiva dos contratos. O valor da
indenização deve ser fixado com base nos princÃ-pios da proporcionalidade e razoabilidade." (TJMG -
Apelação CÃ-vel 1.0342.09.129423-7/001, Rel. Des. Newton Teixeira Carvalho, 13ª Câmara CÃ-vel,
julgamento em 03/04/2014, p. 11/04/2014). Â Â Â Â Â Por conseguinte, demonstrado o cabimento da
indenização por dano moral, passo à análise do respectivo "quantum" indenizatório. Com efeito, este
magistrado tem primado pela razoabilidade e proporcionalidade quando do arbitramento dos valores das
indenizações. A importância fixada deve proporcionar a justa compensação do ofendido e atender
ao caráter pedagógico da condenação em relação ao ofensor. Assim, a quantia não pode ser
fixada em valor tão elevado que importe enriquecimento sem causa, nem tão Ã-nfimo que não seja
capaz de reparar a ofensa causada nem sirva para coibir a conduta lesiva. Â Â Â Â Â Em vista de tais
critérios, e considerando as peculiaridades do caso em apreço, sobretudo o fato de ter a parte autora
sofrido com a demora da disponibilização das disciplinas, o que inviabilizou estudar para seu curso e a
levou desistir do mesmo, bem como a demora da requerida em proceder ao cancelamento da matrÃ-cula
da mesma, tenho que o valor de R$3.000,00 (três mil reais), mostra-se justo, proporcional e razoável
para compensar os danos sofridos pela autora. Â Â Â Â Â No que concerne aos danos materiais, alega a
autora que lhe assiste o direito indenizatório de R$ 1.120,00 (mil, cento e vinte reais), mas não junto
provas documentais que atestem tal dispêndio. Por mais que se tenha aplicado a inversão do ônus da
prova, é importante que haja ao menos um mÃ-nimo probatório neste sentido. Os danos morais e muitos
dos fatos narrados pela autora foram por ela comprovados, exceto quanto ao dano material. Â Â Â Â Â De
acordo com o art. 402, CC, os danos materiais abrangem os danos emergentes e os lucros cessantes. Por
danos emergentes, entende-se o que a vÃ-tima do ato danoso efetivamente perdeu e, por lucros
cessantes, o que deixou de perceber, em razão da sua ocorrência. à o que a doutrina intitula de perda
do lucro esperado. No caso em análise, alega a autora que assiste ao quantum indenizatório indicado,
pois bem, ao sabe-se que ao autor cabe o ônus da prova do fato constitutivo do seu direito e ao réu a
prova do fato extintivo, impeditivo ou modificativo deste mesmo direito. E, tendo que a inversão do ônus
da prova não é absoluta, quanto a este ponto, entendo que careceu por parte da autora um mÃ-nimo
probatório a tÃ-tulo de danos materiais. O dano material não se presume, deve ser comprovado, não
havendo que se falar em dever de indenizar quando não evidenciado.      Por fim, tendo em vista
que a requerida não procedeu com o cancelamento da matrÃ-cula da autora, impõe-se a rescisão
contratual pleiteada. Â Â Â Â Â DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Ante o exposto, e considerando o que mais dos
autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos da autora, extinguindo o processo
com resolução de mérito na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil, para declarar
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

rescindido o contrato na forma pedida na inicial, bem como para condenar a requerida a indenizar a autora
a tÃ-tulo de danos morais que fixo no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), com juros de mora a contar da
citação (art. 405 do CC) e correção monetária desde a data do arbitramento nos termos da
Súmula n. 362 do STJ.      Considerando a sucumbência recÃ-proca, as despesas processuais
serão rateadas e cada parte arcará com os honorários advocatÃ-cios de seus respectivos patronos,
fixados em 10% sobre o valor da causa, com ressalva do art. 98 e seguintes do CPC/2015 (com respeito
ao art. 12, da antiga Lei 1.060/50), em relação à parte autora, beneficiária da justiça gratuita, cuja a
presente exigibilidade restará suspensa.          Publique-se.          Registre-se.
Intime-se.          Belém, 21 de junho de 2021.          MARCO ANTONIO LOBO
CASTELO BRANCO          Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO:
00488105420108140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com
Cobrança em: 22/06/2021 AUTOR:ANTONIO JOSE COSTA PEREIRA REPRESENTANTE:THIAGO
TAVARES PEREIRA Representante(s): OAB 6762 - LUIZ HELENO SANTOS DO VALE (ADVOGADO)
REU:JORGINA D ARCS DO SOCORRO OLIVEIRA Representante(s): OAB 4815 - JANETE MARIA
COSTA DE JESUS (ADVOGADO) . Declino da competência para atuar nestes autos, por entender estar
conexo com Procedimento de Usucapião (Processo Nº 0022792-46.2009.8.14.0301) que tramita na 5ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital, cujo objeto da discussão além de ser idêntico, possuem as
mesmas partes e por ser aquele o JuÃ-zo prevento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Redistribua-se o feito nos
termos deste decisum.            Cumpra-se, expedindo-se o necessário.         Â
  Belém 17 de junho de 2021.            MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
           Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00565945220148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021
EMBARGANTE:SANECON - SANEAMENTO E CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA Representante(s): OAB
14815 - BERNARDO DE SOUZA MENDES (ADVOGADO) EMBARGADO:BANCO DO ESTADO DO
PARA Representante(s): OAB 9238 - ALLAN FABIO DA SILVA PINGARILHO (ADVOGADO) OAB 10328 -
CLISTENES DA SILVA VITAL (ADVOGADO) EMBARGANTE:NEIL OSNEY DOS SANTOS ROCHA
Representante(s): OAB 13919 - SAULO COELHO CAVALEIRO DE MACEDO PEREIRA (ADVOGADO)
OAB 14815 - BERNARDO DE SOUZA MENDES (ADVOGADO) EMBARGANTE:PAULO DANIEL ROCHA
DE SOUSA. Intimem-se as partes para se manifestarem, no prazo de 05 (cinco) dias, sobre os termos da
Decisão Colenda juntada aos autos em fls. retro. E, no mesmo prazo, se dignem a apresentar pleito no
que entenderem de direito.     Intimar e cumprir.     Após, conclusos.      A cópia deste
despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de
22.01.2009.     Belém, 16 de junho de 2021. MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO Juiz
de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 00566092120148140301 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:EMANOEL HENDERSON DA COSTA
JUNIOR Representante(s): OAB 13288 - PAULO DE SOUSA BASTOS SEGUNDO (ADVOGADO)
REU:ANA PAULA TOMAZ OLIVEIRA REU:EDMUNDO DE SOUZA PEREIRA AUTOR:MARLY OLIVEIRA
DOS SANTOS COSTA Representante(s): OAB 7741 - GUILHERME ROBERTO FERREIRA VIANA FILHO
(ADVOGADO) OAB 16966 - ARIANE DE NAZARE CUNHA AMORAS (ADVOGADO) . Vistos. Â Â Â Â Â Â
   Trata-se de Ação de cobrança de encargos referente a locação - rito ordinário proposta por
HEMANOEL HEMERSON DA COSTA JUNIOR em face de ANA PAULA TOMAZ OLIVEIRA e EDMUNDO
SOUZA PEREIRA          Alega o autor da presente ação que estabeleceu relação
comercial com as partes rés, de forma verbal, com inÃ-cio em 30/03/2013 a 30/04/2013 sendo
prorrogável por mais um ano. Aduz que os inquilinos sempre cumpriram com os pagamentos dos
alugueis, porém saÃ-ram do imóvel, no fim do contrato, sem entregar as chaves e realizar os
pagamentos de luz, pelo perÃ-odo de 17/09/2013 a 25/03/2013 e água dos meses de fevereiro a maio de
2014.          Juntou documentos.          Cumpre destacar que a parte ré fora
citada para se manifestar, porém não ofereceu contestação aos termos do pedido inicial, conforme
certidão em fls. 37.          à o relatório.          Decido.         Â
Observa-se que a parte ré apesar de devidamente citada não apresentou contestação nos termos
da certidão de fls. 37. Assim, faz nascer à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora,
nos termos 344 do CPC. Por consequência, o feito comporta julgamento antecipado nos termos do art.
355, II, do CPC.          Cumpre destacar que o requerido não se manifestou sobre nenhum
dos fundamentos sustentados pelo autor, mesmo sendo devidamente citada conforme certificado às fls.
37 dos autos.          Apesar da relatividade dos efeitos da revelia, o conjunto probatório
1416
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

conduz à veracidade das afirmações, considerando, sobretudo, a ausência de contestação, não


negando ou impugnando os fatos afirmados pelo Autor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, como os documentos
juntados aos autos corroboram o alegado pela parte autora, a procedência do pedido é medida que se
impõe.          Ante o exposto, e considerando o que mais dos autos consta, JULGO
PROCEDENTE o pedido com resolução de mérito na forma do art. 485, I, do Código de Processo
Civil para condenar a parte ré ao pagamento de R$ 3.422,00 (três mil quatrocentos e vinte e dois reais)
a parte autora.          Por fim, condeno a parte ré ao pagamento de custas, despesas
processuais e honorário advocatÃ-cios que arbitro em 20% sobre o valor da condenação.      Â
   Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na
distribuição.          P.R.I.C.          Belém, 21 de junho de 2021.      Â
Marco Antonio Lobo Castelo Branco Juiz De Direito Da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial Da Capital
PROCESSO: 00580397620128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:PANAMERICANO S/A Representante(s): OAB
13846-A - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES (ADVOGADO) REU:ERNANDE SANTOS DE SOUSA
Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA
SOARES DA COSTA (ADVOGADO) . Compulsando os autos verifico que o último pedido feito foi há
tempos e pelo decurso do tempo, deve a parte promover o andamento do feito, de modo que o juÃ-zo
aprecie e decida de acordo com as circunstâncias atuais, fáticas, de modo a efetivar a prestação
jurisdicional. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Dessa forma, determino que intime-se, pessoalmente, a parte
autora para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, se possui interesse na causa, sob pena de
extinção e arquivamento dos autos.               Ressalte-se que a mera
manifestação de que ainda possui interesse, sem que aponte claramente qual o interesse, por meio de
provocação do JuÃ-zo para a deliberação pretendida, será considerado falta de interesse.     Â
         Caso tenha, junte aos autos, no mesmo prazo, demonstrativo atualizado do débito. Â
             Cumpridas as determinações voltem-me os autos conclusos para análise.
Intimar e cumprir. Belém, 18 de junho de 2021.  Marco Antonio Lobo Castelo Branco Juiz de Direito da
8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 00608601920138140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:JOAO RODOLFO DOS SANTOS SILVA
Representante(s): OAB 6266 - ALCINDO VOGADO NETO (ADVOGADO) OAB 18004 - HAROLDO
SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO)
REU:BANCO BMG SA Representante(s): OAB 23255 - ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO
(ADVOGADO) . Trata-se de pedido de perÃ-cia contábil em contrato de empréstimo consignado.   Â
      Nomeio para realizar a perÃ-cia contábil o Sr. Marcelo Braga de Christo, CRC/PA nº
012728, CPF 658902212-72, com endereço em Conjunto Euclides Figueiredo Rua E, nº 15, CEP
66620-760, seguindo as determinações abaixo:          a) Intime-se o perito, para informar,
no prazo de 5 (cinco) dias, se aceita do encargo, ciente das possÃ-veis causas de escusa e de
substituição, previstas nos arts. 467 e 468 do Código de Processo Civil, respectivamente, desde que
devidamente justificadas, bem como de que este JuÃ-zo arbitra os honorários periciais em R$ 370,00
(trezentos e setenta reais), conforme o limite estabelecido pela Resolução nº 232 de 13/07/2016.  Â
       b) Deve a Sra. Perita apresentar currÃ-culo, com comprovação da especialização e
endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais, nos termos do art. 465,
§2º, do Código de Processo Civil, bem como deverá indicar data, hora e local para a realização da
perÃ-cia, com prazo suficiente para intimar as partes e seus assistentes técnicos;          c) A
Sra. Perita deverá realizar o exame pericial atentando-se aos quesitos já especificados pelas partes e
cumprir escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso;
         d) Fixo o prazo de 30 (trinta) dias para que a Sra. Perita apresente o laudo pericial;  Â
       e) O pagamento dos honorários deverão ser pagos apenas ao final, depois de entregue o
laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários conforme art. 465, §4º, do CPC, devendo
para tanto a Sra. Diretora de Secretaria expedir OfÃ-cio à Presidência deste E. Tribunal de Justiça para
que efetue o referido pagamento;          f) Após a apresentação do laudo, intimem-se as
partes para, querendo, se manifestarem no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente
técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer nos termos do art.
477, §1º do CPC.          g) Por fim, determino que a Secretaria formalize imediato
expediente à Presidência do Tribunal observando as determinações contidas no Provimento Conjunto
nº. 010/2016/CJRMB/CJCI.          Expeça-se o necessário.          Intimar e
cumprir.          Belém, 21 de junho de 2021.            Marco Antonio Lobo
1417
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Castelo Branco  Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 01006971320158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO
LOBO CASTELO BRANCO A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em:
22/06/2021 REQUERENTE:EDNEA DE MORAES FERREIRA Representante(s): OAB 8263 -
CONCEICAO AIDA PEREIRA BARBOSA (ADVOGADO) REQUERIDO:ANTONIO JORGE QUINDERÉ
FERREIRA Representante(s): OAB 4771 - ALVARO AUGUSTO DE PAULA VILHENA (ADVOGADO)
REQUERIDO:VERA LUCIA PAULA NEVES DA ROCHA Representante(s): OAB 4771 - ALVARO
AUGUSTO DE PAULA VILHENA (ADVOGADO) . Vistos etc. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE
DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÃA DE ALUGUEIS E ACESSÃRIOS DA
LOCAÃÃO proposta por EDNEA DE MORAES FERREIRA e ELCINEIA DE MORAES FERREIRA, em face
de ANTONIO JORGE QUINDERÃ FERREIRAÂ VERA LUCIA PAULA NEVES DA ROCHA com
fundamento na Lei 8.245/1991, arts. 9º, III, 59, § 1º, IX e 62, I (redação dada pela Lei 12.112/2009).
         Alega que celebrou com a parte ré contrato de locação. Ocorre que, de acordo
com a requerente, o locatário deixou de pagar os aluguéis, no que fundamentou seu pedido de
decretação do despejo e a condenação do mesmo ao pagamento dos valores respectivos ao
descumprimento do contrato, ou seja, ou aluguéis e acessórios em atraso.          Juntou
documentos.          Citada a ré apresentou contestação de fls. 56/84.         Â
Fora informado que o requerido desocupou o imóvel em fls. 87.          Certidão de imissão
compulsória na posse em fls. 95/96.          Autos conclusos.          à o
relatório. Decido.          Vindo os autos conclusos, e, verificando, que a questão de mérito
é de direito e de fato, mas não havendo mais necessidade de produção de provas em audiência,
com base no art. 330, I, CPC, seria o caso do julgamento antecipado da lide, porém a instrução e a
abertura para memoriais garantiram à s partes amplo espectro probante em apreço ao PrincÃ-pio do
Contraditório e Ampla Defesa. Pretende a autora seja decretada a rescisão do contrato firmado, assim
como o despejo do imóvel objeto da lide, além da condenação da parte ré ao pagamento do
débito existente e dos ônus da sucumbência.          O contrato celebrado entre as partes
está dotado de licitude e assinado por ambas, a locatária/ré é a legalmente contratada no respectivo
termo de locação. Assim, resta-se configurada o contrato de locação entre as partes.       Â
  A autora juntou a Notificação Extrajudicial, conforme fls. 25 e contrato de locação em fls. 12/18.
Logo, a demanda está inteiramente instruÃ-da com os documentos indispensáveis a sua análise.
Matéria eminentemente de direito.          Ante o exposto, e considerando o que mais dos
autos consta, JULGO PROCEDENTE A AÃÃO com resolução de mérito na forma do art. 487, I, do
Código de Processo Civil para declarar rescindido o contrato na forma pedida na inicial, bem como
decretar o despejo da locatária. Entretanto, inócua tal condenação, uma vez que a ré já se
encontra ausente do imóvel conforme auto de imissão de posse compulsória as fls. 96       Â
  Condeno a parte ré a pagar os aluguéis em atraso bem como os prejuÃ-zos porventura existentes,
referentes ao inadimplemento das cláusulas contratuais, como o pagamento das parcelas de IPTU e
faturas da COSANPA, atualizados a partir da citação, com a aplicação da taxa Selic (EMBARGOS
DE DIVERGÃNCIA EM RESP Nº 727.842 - SP (2008/0012948-4). Para tanto, deve o autor providenciar
a atualização do débito ao réu no momento da satisfação desta condenação.       Â
  Condeno a parte ré, por fim, ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários
advocatÃ-cios do advogado da autora, que fixo em 10% sobre o valor da causa. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na
distribuição.          Expeçam-se os mandados necessários.          P.R.I.C.
         Belém, 17 de junho de 2021.          MARCO ANTONIO LOBO CASTELO
BRANCO          Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
01356128820158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com
Cobrança em: 22/06/2021 REQUERENTE:NORTE SHOPPING BELEM SA Representante(s): OAB 15188-
A - TADEU ALVES SENA GOMES (ADVOGADO) OAB 17278 - RENATA ISIS DE AZEVEDO REIS
(ADVOGADO) REQUERIDO:SPAZIO VERDI ALIMENTOS E PRODUCOES ARTISTICAS LTDA EPP
Representante(s): OAB 18100 - KAROLINY VITELLI SILVA (ADVOGADO) OAB 18350 - EUCLIDES DA
CRUZ SIZO FILHO (ADVOGADO) OAB 31667 - ISABELA ALICE ALMEIDA DE LIMA (ADVOGADO)
REQUERIDO:EDITH MARIA CONTENTE NOBREGA Representante(s): OAB 15007 - ELLEN LARISSA
ALVES MARTINS (ADVOGADO) OAB 18100 - KAROLINY VITELLI SILVA (ADVOGADO) OAB 18350 -
EUCLIDES DA CRUZ SIZO FILHO (ADVOGADO) OAB 31667 - ISABELA ALICE ALMEIDA DE LIMA
(ADVOGADO) REQUERIDO:MARCELO VIEIRA LIMA Representante(s): OAB 15007 - ELLEN LARISSA
ALVES MARTINS (ADVOGADO) INTERESSADO:CELESTIAL COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA
1418
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Representante(s): OAB 15007 - ELLEN LARISSA ALVES MARTINS (ADVOGADO) . Vistos etc. Â Â Â Â Â
    Trata-se de Ação de Despejo por Falta de Pagamento c/c Cobrança de DÃ-vida LocatÃ-cia
proposta por NORTE SHOPPING BELÃM S/A, em face de SPAZIO VERDI ALIMENTOS E PRODUÃÃES
ARTÃSTICAS LTDA EPP; EDITH MARIA CONTENTE NÃBREGA e MARCELO VIEIRA LIMA, com
fundamento na Lei 8.245/91.          A autora alega que celebrou com o réu contrato de
locação de um imóvel tal qual descrito na inicial por meio de contrato escrito. Ocorre que, de acordo
com a requerente, o réu deixou de pagar os aluguéis e encargos condominiais, no que fundamentou
seu pedido de decretação do despejo e a condenação ao pagamento dos valores respectivos ao
descumprimento do contrato, ou seja, as dÃ-vidas locatÃ-cias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou documentos. Â Â
       Em fls. 127/128 o autor apresenta Termo de Entrega de chaves (fls. 129) informando que
as requeridas entregaram o espaço.          Citado o réu SPAZIO VERDI ALIMENTOS E
PRODUÃÃES ARTÃSTICAS LTDA EPP apresentou contestação c/c reconvenção à s fls. 145/162.
A contestação pleiteia a improcedência dos pedidos autorais. Na reconvenção o réu pede
prestação de contas do reconvindo.          Juntou documentos.          O autor
apresentou réplica à s fls. 373/400 e contestação à reconvenção em fls. 404/453.        Â
 Autos conclusos.          à o relatório.          Decido.         Â
Primeiramente, entendo que a petição protocolizada em fls. 276/369 não corresponde à demanda,
motivo que deve ser desconsiderada em seu inteiro teor. As partes ali informadas são estranhas à lide,
portanto, o presente julgado se prestará a julgar o mérito dentro do que não seja alienÃ-gena aos
autos.          Cinge-se a matéria sobre Ação de Despejo com Pedido de Cobrança de
Alugueis em Atraso na Ação Principal e pedido de Prestação de Contas na Ação de
Reconvenção. A Ação Principal e a Reconvenção serão, portanto, julgadas e analisadas
conjuntamente, uma vez que o pedido de um implica na análise do outro e como o pedido formulado na
Reconvenção centra-se na prestação de contas da autora, por ser matéria de simples análise,
reservo-me a analisar ambas ações de forma integrada, sem complexidades hermenêuticas, devendo
prevalecer a leitura atenta do contrato de locação e do PrincÃ-pio da Pacta Sunt Servanda e demais
nortes principiológicos dos contratos.           A reconvenção consiste na propositura de
uma nova ação feita pelo réu em face do autor, em que a causa de pedir tem que ser conexa com o
pedido originário da ação. Ela é feita dentro do prazo de apresentação da contestação.   Â
   Muito embora haja uma determinação do diploma processual, com caráter organizacional, para
julgamento de processos em ordem cronológica por conclusão, cumpre salientar que este processo se
enquadra no que dispõe o art. 12, §2º, II do CPC, ou seja, o juÃ-zo já possui entendimento firmando e
o mérito se repete em vários outros, mais precisamente em dezenas.       Da Revelia dos
Fiadores       Conforme certidão de fls. 126 o fiador MARCELO VIEIRA LIMA foi devidamente
citado. E em fls. 143 (frente e verso) há certidão constando a citação da outra fiadora EDITH MARIA
CONTENTE NOBREGA. E, devidamente citados, não apresentaram contestação, somente o
contratante principal SPAZIO VERDI LTDA EPP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Observa-se que os mesmos apesar
de devidamente citados não apresentaram contestação nos termos das certidões acima informadas.
Assim, faz nascer à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora, nos termos 344 do CPC.
Por consequência, o feito comporta julgamento antecipado nos termos do art. 355, II, do CPC, devendo
ser decretada a revelia dos mesmos.          Vencida as análises preliminares, passemos ao
julgamento de mérito.          Com relação ao pedido de prestação de contas na
Reconvenção          Data vênia, não existiria qualquer utilidade prática na
apresentação de contas pelo reconvindo se a parte reconvinte apenas discorda dos dispositivos
pactuados, pretendendo rever as cláusulas contratadas o que depende de um posicionamento judicial a
esse respeito, em ação especÃ-fica, de rito incompatÃ-vel com a especialidade da ação de despejo,
daÃ- porque o reconvinte ingressou com o pedido de prestação de contas, pois entende que os valores
cobrados são exorbitantes e que já efetuara o adimplemento de determinadas parcelas.       Â
  Entendo que a demanda em Reconvenção é frágil e o autor provou a contento o inadimplemento
do réu. Outrossim, caso fosse julgada procedente a referida prestação de contas, fatalmente a
ação principal estaria prejudicada posto que, inevitavelmente, a discussão recairia sobre a incidência
elevada de encargos no contrato de locação, nas prestações, abusividades de taxas e nulidades de
cláusulas contratuais, discussões tÃ-picas de ações revisionais.          As alegações
do reconvinte se enquadram nas teses de revisão dos contratos: ¿expressão genérica de uso mais
recorrente na jurisprudência e na doutrina brasileiras para açambarcar diferentes tipos de situações
jurÃ-dico-negociais e os constructos teóricos desenvolvidos a respeito da alteração das
circunstâncias. Problemas como a incidência elevada de juros nas prestações contratuais, o
aumento do valor das parcelas de contratos de mútuo em função de mudanças de câmbio a
1419
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

supervalorização de um imóvel ou a desproporção entre prestações são alguns exemplos


dessas situações jurÃ-dico-negociais.¿ (Teresa Ancona Lopez, PatrÃ-cia Faga Iglecias Lemos, Otávio
Luiz Rodrigues Júnior - Coordenadores. Sociedade de risco e direito provado. Desafios normativos,
consumeristas e ambientais. Editora Atlas. 2013. pg.470). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Entendo que estamos diante
de uma mera análise de leitura contratual, onde, por serem as partes Pessoas JurÃ-dicas, o princÃ-pio da
Pacta Sunt Servanda deve prevalecer posto nenhuma das partes estarem em desvantagem técnica e
econômica. Ora, o requerente/reconvinte questiona cláusulas contratuais que foram livremente
pactuadas pelas partes e que estão em consonância com a atual análise doutrinal da Boa-fé
objetiva, da Eticidade e Socialidade, assim, não se vislumbrando, a princÃ-pio, abusividade ou a
necessidade se fazer prestação de contas, uma vez que o autor na Ação Principal apresentou todas
as provas necessárias para comprovar o inadimplemento do réu.          De todo o exposto,
JULGO IMPROCEDENTE o pedido da Reconvenção, com julgamento do mérito, nos termos do art.
487, I, CPC.          Condeno a parte reconvinte nas custas processuais e honorários
advocatÃ-cios que arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Do Despejo e
da Cobrança          O que se observa do presente processo, à par de qualquer discussão
lateral, é que o requerido desocupou o imóvel ensejando a imissão de posse ao autor. Havendo neste
aspecto reconhecimento do pedido de forma tácita.          Quanto a cobrança de aluguéis
tenho que o pedido é procedente à luz da documentação trazida aos autos, não havendo dúvidas
em relação a este pedido.          A inicial foi devidamente instruÃ-da e a demanda versa,
oportunamente, de matéria eminentemente contratual, qual seja, o inadimplemento da parte ré pelo
descumprimento de pagar pelo valor devido a tÃ-tulo de locação. Não apresentou elementos
probatórios suficientes na contestação que levassem a crer os alugueis serem indevidos. Além do
mais não negou a existência do débito.          Não acato os argumentos do réu, uma
vez que não comprovou de forma cabal seus intentos. A apresentação da Reconvenção também
nada trouxe de significativo para firmar o convencimento do magistrado em sentido contrário ao do autor.
         O que se observa do presente processo, à par de qualquer discussão lateral, é que
o requerido desocupou o imóvel ensejando a imissão de posse ao autor. Havendo neste aspecto
reconhecimento do pedido de forma tácita.          Quanto a cobrança de aluguéis tenho
que o pedido é procedente à luz da documentação trazida aos autos, não havendo dúvidas em
relação a este pedido.          A inicial foi devidamente instruÃ-da e a demanda versa,
oportunamente, de matéria eminentemente contratual, qual seja, o inadimplemento da parte ré pelo
descumprimento de pagar pelo valor devido a tÃ-tulo de locação. Não apresentou elementos
probatórios suficientes na contestação que levassem a crer os alugueis serem indevidos.      Â
   Por fim, a obrigação recairá sobre os fiadores de forma solidária, posto estarem
contratualmente obrigados ao adimplemento, conforme contrato apresentado em fls. 43, com a assinatura
dos mesmos em fls. 56, ratificando que recai sobre os mesmos os efeitos da Revelia. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Ante o exposto, e considerando o que mais dos autos consta, JULGO PROCEDENTE a ação de
Despejo com resolução de mérito na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil para declarar
rescindido o contrato pelo descumprimento da parte ré em flagrante desrespeito ao Pacta Sunt
Servanda, bem como para consolidar o despejo da locatária e manter consolidada a posse da mesma em
face da desocupação voluntária da ré, conforme informado em fls. 129.          Ainda,
condeno a parte ré a pagar os aluguéis em atraso, bem como todos os demais encargos apresentados
em contrato (taxas referentes a luz, água, IPTU, e o que estiver estipulado em contrato, desconsiderando
o que lá não consta) devidamente atualizados a partir da citação, acrescidos dos juros moratórios
de 1% ao mês e multa de 10% sobre o valor corrigido.          E mais, condeno a parte ré,
por fim, ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatÃ-cios do advogado da
autora, que fixo em 10% sobre o valor da causa. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Quitadas as custas e certificado o
trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na distribuição.         Â
Expeçam-se os mandados necessários.          P.R.I.C.          Belém, 17 de
junho de 2021.      Marco Antonio Lobo Castelo Branco      Juiz de Direito da 8ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 01420751220168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Produção Antecipada da Prova em: 22/06/2021 REQUERENTE:INTEGRADA SERVICOS DE
COMUNICACAO LTDA Representante(s): OAB 6557 - JOSE AUGUSTO FREIRE FIGUEIREDO
(ADVOGADO) OAB 26903 - GERSON NYLANDER BRITO FILHO (ADVOGADO) OAB 9432 - LUCYANA
PEREIRA DE LIMA (ADVOGADO) REQUERIDO:LEYARD BRAZIL LATIN AMERICA
REQUERIDO:CELPA CENTRAIS ELETRICA DO PARA. Compulsando os autos verifico que o último
pedido feito foi há tempos e pelo decurso do tempo, deve a parte promover o andamento do feito, de
1420
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

modo que o juÃ-zo aprecie e decida de acordo com as circunstâncias atuais, fáticas, de modo a efetivar
a prestação jurisdicional.               Dessa forma, determino que intime-se,
pessoalmente, a parte autora para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, se possui interesse na causa,
sob pena de extinção e arquivamento dos autos.               Ressalte-se que a mera
manifestação de que ainda possui interesse, sem que aponte claramente qual o interesse, por meio de
provocação do JuÃ-zo para a deliberação pretendida, será considerado falta de interesse.     Â
         Caso tenha, junte aos autos, no mesmo prazo, demonstrativo atualizado do débito. Â
             Cumpridas as determinações voltem-me os autos conclusos para análise.
Intimar e cumprir. Belém, 18 de junho de 2021.  Marco Antonio Lobo Castelo Branco Juiz de Direito da
8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 01792642420168140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 AUTOR:SIDIANA CONRRADO PANTOJA
Representante(s): OAB 19591 - ERIVALDO NAZARENO DO NASCIMENTO FILHO (ADVOGADO)
REU:SPE PROGRESSO INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 16956 - LUCAS NUNES
C H AM A ( ADVOGA DO) OA B 21074-A - F A B I O RI V E L L I (A DV O G A DO ) RE U: A S A C O R P
EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES LTDA Representante(s): OAB 16956 - LUCAS NUNES
CHAMA (ADVOGADO) REU:ELO INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 12724 - GUSTAVO
FREIRE DA FONSECA (ADVOGADO) OAB 13179 - EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL
(ADVOGADO) REU:PDG REALTY SA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES Representante(s):
OAB 16956 - LUCAS NUNES CHAMA (ADVOGADO) REU:LEAL MOREIRA ENGENHARIA LTDA
Representante(s): OAB 13179 - EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL (ADVOGADO) . Compulsando os
autos verifico que até o presente momento não fora dado oportunidade para a autora manifestar-se a
cerda das contestações apresentadas.      Assim, buscando -se evitar uma possÃ-vel nulidade
dos atos proferidos, intime-se a autora para apresentar manifestação às contestações, no prazo de
15 (quinze) dias.      Intime-se. Cumpra-se.      A cópia deste despacho servirá como
mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB, de 22.01.2009.  Belém, 18 de junho
de 2021.               Marco Antonio Lobo Castelo Branco              Â
Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 02292452220168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO
BRANCO A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 22/06/2021 REQUERENTE:BANCO DO BRASIL S/A
Representante(s): OAB 17295 - LEONARDO SOUSA FURTADO DA SILVA (ADVOGADO) OAB 44698 -
SERVIO TULIO DE BARCELOS (ADVOGADO) REQUERIDO:SOUZA E CARNEIRO LTDA
REQUERIDO:VANESSA CARNEIRO CARMONA. Ante o pleito de fls. retro, HOMOLOGO o acordo de
vontades de fls. 94/99 e JULGO EXTINTO o feito, com resolução do mérito, nos termos do art. 487,
III, b, do Código de Processo Civil.            Custas processuais e honorários
advocatÃ-cios na forma da transação. Considerando-se que haverá isenção das custas
remanescentes nos termos do art. 90, § 3° do CPC.            Determino o arquivamento
do feito após o transcurso do prazo recursal, procedendo à s anotações e baixas devidas.      Â
     Expeça-se o necessário.            P.R.I.C.      Belém, 18 de junho de
2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juiz de Direito
da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial PROCESSO: 03202970220168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 22/06/2021
REQUERENTE:SANTANA E SILVA LTDA Representante(s): OAB 23858 - ALESSANDRA DA GAMA
MALCHER GODINHO (ADVOGADO) REQUERIDO:SACHA EPSTEIN FAINSTEIN. Vistos etc. Â Â Â Â Â
    Trata-se de Ação de Despejo por Falta de Pagamento c/c Cobrança de Aluguéis proposta
por SANTANA E SILVA LTDA - ME, em face de SACHA EPSTEIN FAISTEN, com fundamento na Lei
8.245/91.          A autora alega que celebrou com o réu contrato de locação de um
imóvel tal qual descrito na inicial por meio de contrato escrito. Ocorre que, de acordo com a requerente, o
réu deixou de pagar os aluguéis e demais encargos, no que fundamentou seu pedido de
decretação do despejo e a condenação ao pagamento dos valores respectivos ao descumprimento
do contrato, ou seja, as dÃ-vidas locatÃ-cias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou documentos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Conforme certidão de fls. 112 o imóvel encontra-se desocupado.          Devidamente
citados, conforme certidão de fls. 123, o requerido não apresentou contestação, conforme certidão
de fls. 124.          Autos conclusos.          à o relatório.         Â
Decido.          Observa-se que o réu apesar de devidamente citado não apresentou
contestação nos termos da certidão de fl. 123. Assim, faz nascer à presunção de veracidade dos
fatos alegados pela autora, nos termos 344 do CPC. Por consequência, o feito comporta julgamento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

antecipado nos termos do art. 355, II, do CPC.          Com efeito, há nos autos documentos
que corroboram o alegado pela parte autora, são eles: contrato de locação do imóvel, bem como
notificação enviada a parte requerida.          Cumpre destacar que a parte ré, locatária,
não se manifestou sobre nenhum dos fundamentos sustentados pelo autor, mesmo sendo devidamente
citada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, e considerando o que mais dos autos consta, julgo procedente
a ação com resolução de mérito na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil para
declarar rescindido o contrato pelo descumprimento da parte ré em flagrante desrespeito ao Pacta Sunt
Servanda, bem como para consolidar o despejo do locatário e manter consolidada a posse da parte
autora em face da desocupação voluntária do réu.          Expeça-se mandado de
imissão na posse, a fim de que o Oficial de Justiça certifique a imissão e o estado em se encontra o
imóvel, caso necessário.           Ainda, condeno a parte ré ao pagamento dos aluguéis
em atraso, atualizados a partir da citação, acrescidos dos juros moratórios de 1% ao mês e multa de
10% sobre o valor da causa corrigido. Cuja cobrança ficará suspensa, face o réu, eventualmente for,
beneficiário da justiça gratuita, nos termos do art. 98, §3º do CPC           E mais,
condeno a parte ré, por fim, ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatÃ-cios
do advogado da autora, que fixo em 10% sobre o valor da causa. Cuja cobrança ficará suspensa, face o
réu, eventualmente for, beneficiário da justiça gratuita, nos termos do art. 98, §3º do CPC    Â
     Quitadas as custas e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa
na distribuição.          Expeçam-se os mandados necessários.         Â
P.R.I.C.          Belém, 16 de junho de 2021.      MARCO ANTONIO LOBO CASTELO
BRANCO      Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
03763232020168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021
REQUERENTE:SUELY BEZERRA TEIXEIRA Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA
COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO)
REQUERIDO:CONSORCIO NACIONAL VOLKSWAGEN ADMINISTRADORA DE CONSORCIO
Representante(s): OAB 20397 - MANUELA MOTTA MOURA DA FONTE (ADVOGADO) OAB 23551 -
IGOR LOPES DUARTE (ADVOGADO) . Tomo como pontos controvertidos os apresentados na inicial, pelo
autor, e na contestação, pelo réu, os quais serão objeto da decisão, posto que a delimitação do
tema a ser enfrentado e resolvido no julgamento de mérito estão apresentados nas respectivas
peças.      Assim, determino que as partes se manifestem, no prazo de 05 (cinco) dias, sobre
interesse na produção de provas e acerca de eventual audiência de instrução e julgamento,
justificando o requerimento. Caso contrário, pedido sem fundamento sobre a utilidade do ato processual a
ser realizado para deslinde do processo, será considerado ato protelatório, sendo a parte condenada por
prática de ato atentatório a dignidade da justiça.      Caso as partes requeiram prova
testemunhal no mesmo ato apresente o devido rol das testemunhas, devendo vir o feito concluso para
¿designação de audiência¿.      Ausente de manifestação das partes e/ou com
manifestação pela desnecessidade de produção de qualquer tipo de prova, deve o processo vir
concluso para sentença.      Voltem os autos para decisão.  Intime-se. Cumpra-se.      A
cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB,
de 22.01.2009.  Belém, 21 de junho de 2021.               Marco Antonio Lobo
Castelo Branco               Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial
PROCESSO: 04706470220168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Consignação em Pagamento em: 22/06/2021 REQUERENTE:MARIA ANGELICA FERNANDES DA
SILVA Representante(s): OAB 6436 - ROBERTO AFONSO DA SILVA CARVALHO (ADVOGADO)
REQUERIDO:CONDOMINIO DO EDIFICIO MURUBIRA Representante(s): OAB 12815 - RAPHAEL
AUGUSTO CORREA (ADVOGADO) . Verificando-se que a sentença de fl. 130 contém um erro
material, chamo o feito à ordem para retificar no que tange a expedição de alvará, para que este seja
expedido em nome do CONDOMINIO EDFICIO MURUBIRA, via transferência bancária, conforme
petição de fls. retro.     Por fim, mantenho a decisão nos seus próprios fundamentos.    Â
Sem mais, cumpra-se, expedindo o necessário.     Após arquive-se     Belém, 22 de junho
de 2021. Marco Antonio Lobo Castelo Branco Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial
PROCESSO: 04726286620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Infância e Juventude em: 22/06/2021 AUTOR:ESPOLIO DE JULIA MACEDO
CORREA REPRESENTANTE:DALGIZA DE NAZARE MACEDO CORREA Representante(s): OAB 11011 -
AMALIA XAVIER DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 4305 - RAIMUNDO RUBENS FAGUNDES LOPES
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(ADVOGADO) REU:CELPA CENTRAIS ELETRICAS DO PARA Representante(s): OAB 18329 - JIMMY


SOUZA DO CARMO (ADVOGADO) . Importante destacar que a presente ação se amolda a matéria
debatida em sede de INCIDENTE DE RESOLUÃÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS - IRDR (12085) -
0801251-63.2017.8.14.0000, o que atrai a suspensão do feito até que seja dirimido o impasse ali
suscitado.       O incidente de resolução de demandas repetitivas constitui instrumento de
criação de precedentes que vinculam horizontal e verticalmente os demais órgãos judiciais, e tem
natureza jurÃ-dica de ¿procedimento modelo¿. Por isso mesmo, é possÃ-vel a admissão do IRDR em
ação originária dos Juizados Especiais, sendo que, nessa hipótese, o julgamento do incidente se
limitará à definição da tese, afastando a obrigatoriedade do art. 978, parágrafo único do CPC.   Â
   Logo, tendo em vista que a presente matéria se amolda ao caso em discussão nesses autos,
determino a SUSPENSÃO do feito até decisão definitiva nos autos daquele incidente.      Â
Acautelem-se os autos em Secretaria até análise do mérito do IRDR.       Cumpra-se.   Â
  A cópia desta decisão servirá como mandado de citação e intimação, nos termos do
Provimento n.º 03/2009-CJRMB, de 22.01.2009.      Belém, 21 de junho de 2021.  Marco
Antonio Lobo Castelo Branco            Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital PROCESSO: 05696450520168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Procedimento Comum Cível em: 22/06/2021 REQUERENTE:J E TAVARES BARROS COMERCIO
ME REQUERENTE:JOSE EVERALDO TAVARES BARROS Representante(s): OAB 18656 - PATRICIA
PASTOR DA SILVA PINHEIRO (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO DO BRASIL SA Representante(s):
OAB 14084 - ELINALDO LUZ SANTANA (ADVOGADO) OAB 24494-B - SAYMON FRANKLLIN MAZZARO
(ADVOGADO) . Vistos. Â Â Â Â Â Ante o pleito de fls. retro, HOMOLOGO o acordo de vontades, juntado
aos autos, para que produza seus efeitos, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, III, b, do
Código de Processo Civil, ao cumprimento do acordo, ora homologado.      Autorizo o
desentranhamento dos documentos que instruÃ-ram a inicial mediante termo nos autos. Â Â Â Â Â As
partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver, conforme
alude o Art. 90, § 3° do CPC.      Cumpra-se expedindo o necessário.        Belém,
16 de junho de 2021.            Marco Antonio Lobo Castelo Branco      Juiz de Direito
da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 06816697320168140301 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 22/06/2021
REQUERENTE:CONDOMINIO VOLUNTARIO PATIO BELEM Representante(s): OAB 4147 - HELENA
MARIA ROCHA LOBATO (ADVOGADO) OAB 3393 - IRACY PAMPLONA (ADVOGADO) OAB 9232 -
ARLEN PINTO MOREIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:TLL COMERCIO DE VESTUARIO EIRELIME
Representante(s): OAB 11013 - ROBERTA DANTAS DE SOUSA CALDAS (ADVOGADO) OAB 19775 -
THAIS MARTINS MERGULHAO (ADVOGADO) REQUERIDO:RENALDO AZANCOT REQUERIDO:NELLY
DE QUEIROZ AZANCOT. Vistos etc.          Trata-se de Ação de Despejo por Falta de
Pagamento c/c Cobrança de Aluguéis proposta por CONDOMINIO VOLUNTÃRIO PÃTIO BELÃM, em
face de TLL COMERCIO DE VESTUARIO EIRELI- ME, RENALDO AZANOT e NELLY DE QUEIROZ
AZANCOT, com fundamento na Lei 8.245/91.          A autora alega que celebrou com o réu
contrato de locação de um imóvel tal qual descrito na inicial por meio de contrato escrito. Ocorre que,
de acordo com a requerente, o réu deixou de pagar os aluguéis e demais encargos, no que
fundamentou seu pedido de decretação do despejo e a condenação ao pagamento dos valores
respectivos ao descumprimento do contrato, ou seja, as dÃ-vidas locatÃ-cias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juntou
documentos.          Citados os requeridos, apresentaram contestação as fls. 55/80 e
88/97.          Réplica à s fls. 100/120.          Manifestação da parte autora Ã
s fls. 131/137.          Audiência de conciliação à s fls. 138, restou infrutÃ-fera.      Â
   Proposta de acordo juntada pela parte requerida à s fls. 141/142.         Â
Manifestação a proposta de acordo fls. 144/146.          Entrega das chaves às fls.
147/148.          Autos conclusos.          à o relatório.          Decido.
         O que se observa do presente processo, à par de qualquer discussão lateral, é que
o requerido desocupou o imóvel ensejando a imissão de posse à autora, conformo termo de fls.
RETRO. Havendo neste aspecto reconhecimento do pedido de forma tácita.          Quanto a
cobrança de aluguéis tenho que o pedido é procedente à luz da documentação trazida aos autos,
não havendo dúvidas em relação a este pedido.          A inicial foi devidamente
instruÃ-da e a demanda versa, oportunamente, de matéria eminentemente contratual, qual seja, o
inadimplemento da parte ré pelo descumprimento de pagar pelo valor devido a tÃ-tulo de locação.
Não apresentou elementos probatórios suficientes na contestação que levassem a crer os aluguéis
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

serem indevidos. Além do mais não negou a existência do débito, não fazendo prova do
pagamento, até a efetiva desocupação do mesmo.          Ademais, em contra partida, o
requerido limitou-se em contestar a ação sem produzir qualquer prova para comprovar suas
alegações, ou seja, fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito alegado pelos autores.    Â
     Ante o exposto, e considerando o que mais dos autos consta, julgo procedente a ação com
resolução de mérito na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil para declarar rescindido o
contrato pelo descumprimento da parte ré em flagrante desrespeito ao Pacta Sunt Servanda, bem como
para consolidar o despejo do locatário e manter consolidada a posse da parte autora em face da
desocupação voluntária do réu.          Expeça-se mandado de imissão na posse, a
fim de que o Oficial de Justiça certifique a imissão e o estado em se encontra o imóvel, caso
necessário.           Ainda, condeno a parte ré ao pagamento dos aluguéis em atraso,
bem como os e os acessórios da locação, atualizados a partir da citação, acrescidos dos juros
moratórios de 1% ao mês e multa de 10% sobre o valor da causa corrigido. Cuja cobrança ficará
suspensa, face o réu, eventualmente for, beneficiário da justiça gratuita, nos termos do art. 98, §3º
do CPC           E mais, condeno a parte ré, por fim, ao pagamento de custas, despesas
processuais e honorários advocatÃ-cios do advogado da autora, que fixo em 10% sobre o valor da causa.
Cuja cobrança ficará suspensa, face o réu, eventualmente for, beneficiário da justiça gratuita, nos
termos do art. 98, §3º do CPC          Quitadas as custas e certificado o trânsito em
julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa na distribuição.          Expeçam-se os
mandados necessários.          P.R.I.C.          Belém, 16 de junho de 2021. Â
    MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO      Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital PROCESSO: 07047228320168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO
A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 22/06/2021
REQUERENTE:HELOISA HELENA TITAN DE AZEVEDO Representante(s): OAB 9316 - CARLOS
AUGUSTO TEIXEIRA DE B.NOBRE (ADVOGADO) OAB 21806 - VANESSA DE CASSIA PINHEIRO DE
MACEDO (ADVOGADO) REQUERIDO:AMON FRONTIN CUNHA Representante(s): OAB 17713 - ALINE
CRISTINA SILVEIRA DE AMORIM (ADVOGADO) . Defiro o pedido de fls. retro, devendo ser
desconsideradas as manifestações da autora/reconvinda em face da intempestividade das mesmas,
conforme certidão em fls. 310. Assim, determino o desentranhamento dos autos a referida
manifestação (fls. 316/338).      Ademais, tomo como pontos controvertidos os apresentados na
inicial, pelo autor, e na contestação, pelo réu, os quais serão objeto da decisão, posto que a
delimitação do tema a ser enfrentado e resolvido no julgamento de mérito estão apresentados nas
respectivas peças.      Assim, determino que as partes se manifestem, no prazo de 05 (cinco)
dias, sobre interesse na produção de provas e acerca de eventual audiência de instrução e
julgamento, justificando o requerimento. Caso contrário, pedido sem fundamento sobre a utilidade do ato
processual a ser realizado para deslinde do processo, será considerado ato protelatório, sendo a parte
condenada por prática de ato atentatório a dignidade da justiça.      Caso as partes requeiram
prova testemunhal no mesmo ato apresente o devido rol das testemunhas, devendo vir o feito concluso
para ¿designação de audiência¿.      Ausente de manifestação das partes e/ou com
manifestação pela desnecessidade de produção de qualquer tipo de prova, deve o processo vir
concluso para sentença.      Voltem os autos para decisão.  Intime-se. Cumpra-se.      A
cópia deste despacho servirá como mandado nos termos do art. 1º, do Provimento 003/2009-CJRMB,
de 22.01.2009.  Belém, 17 de junho de 2021.               Marco Antonio Lobo
Castelo Branco               Juiz de Direito da 8ª Vara CÃ-vel e Empresarial

Número do processo: 0825297-18.2019.8.14.0301 Participação: INTERESSADO Nome: KAY DIONE


CARRILHO BENTES DONIS ROMERO Participação: REQUERENTE Nome: MARIA AMELIA BATISTA
BERBARY Participação: ADVOGADO Nome: IGOR COSME QUEIROZ MARTINS OAB: 016124/PA
Participação: ADVOGADO Nome: CAMILY ANNE TRINDADE DOS SANTOS OAB: 012725/PA
Participação: INVENTARIADO Nome: ERNANI AUGUSTO ANDRADE BERBARY Participação:
TERCEIRO INTERESSADO Nome: JULIO PEREIRA BARROS Participação: ADVOGADO Nome:
SILVANIA CRISTINA SILVA DE SOUSA BARROS OAB: 021902/PA Participação: TERCEIRO
INTERESSADO Nome: SILVANIA CRISTINA SILVA DE SOUSA BARROS Participação: ADVOGADO
Nome: SILVANIA CRISTINA SILVA DE SOUSA BARROS OAB: 021902/PA Participação: INTERESSADO
Nome: SILVANA CRISTINA BATISTA BERBARY Participação: ADVOGADO Nome: IGOR COSME
1424
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

QUEIROZ MARTINS OAB: 016124/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILY ANNE TRINDADE DOS
SANTOS OAB: 012725/PA Participação: INTERESSADO Nome: MIGUEL AUGUSTO BATISTA
BERBARY Participação: ADVOGADO Nome: SIMONE CRISTINA AZEVEDO DOS SANTOS OAB:
6048/PA Participação: INTERESSADO Nome: HERNAN JOSE BATISTA BERBARY Participação:
ADVOGADO Nome: IGOR COSME QUEIROZ MARTINS OAB: 016124/PA Participação: ADVOGADO
Nome: CAMILY ANNE TRINDADE DOS SANTOS OAB: 012725/PA Participação: AUTORIDADE Nome:
FAZENDA NACIONAL NO ESTADO DO PARÁ Participação: AUTORIDADE Nome: ESTADO DO PARA
Participação: AUTORIDADE Nome: MUNICÍPIO DE BELÉM

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0825297-18.2019.8.14.0301

Classe: INVENTÁRIO (39)

AUTOR: Nome: MARIA AMELIA BATISTA BERBARY


Endereço: Travessa Dom Pedro I, 802, apt. 101, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66050-100
Nome: KAY DIONE CARRILHO BENTES DONIS ROMERO
Endereço: PADRE PRUDENCIO, 706, CAMPINA, BELéM - PA - CEP: 66015-180

RÉU: Nome: ERNANI AUGUSTO ANDRADE BERBARY


Endereço: Travessa Dom Pedro I, 802, apt.101, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66050-100

Cumpra-se decisão de ID. 31361873, na sua íntegra.

Expeça-se os competentes alvarás, em Caráter de Urgência, a serem entregues na mão da inventariante


Judicial.

Ainda, manifeste-se as partes sobre os embargos de declaração apresentados em ID 28828118, no prazo


de 15 (quinze) dias.

Cumpra-se com o Necessário.

Expeça-se, os competentes alvarás, SOB MEDIDA DE URGENCIA.

Intimar e Cumprir expedindo o necessário

Belém, 16 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0846132-56.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: BANCO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SANTANDER (BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIO NEVES COSTA OAB: 153447/SP
Participação: EXECUTADO Nome: R.R CARDOSO MELO -ME MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Participação: EXECUTADO Nome: RAIMUNDO ROBERTO CARDOSO MELO

ATO ORDINATÓRIO

Assunto: [Contratos Bancários]

Classe: EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL (159)

Autor: EXEQUENTE: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.

Nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo de 15
(quinze) dias (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º
da referida lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento), sob pena de cancelamento da distribuição.
(Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)

Belém, (Pa), 16 de agosto de 2021.

_______________________________________________

SERVIDOR DA 2º UPJ CÍVEL DE BELÉM

Número do processo: 0849158-67.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL RIO VOLGA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL AUGUSTO LAGOS KOURY OAB:
21352/PA Participação: REU Nome: NELSON CASEMIRO L MONTÃO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0849158-67.2018.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: Nome: CONDOMINIO RESIDENCIAL RIO VOLGA


Endereço: Alameda São João, S/N, RIO VOLGA, Tapanã (Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66825-110

RÉU: Nome: NELSON CASEMIRO L MONTÃO


Endereço: Alameda São João, S/N, RIO VOLGA, Tapanã (Icoaraci), BELéM - PA - CEP: 66825-110

Compulsando os autos verificou-se que ainda não houve por este juízo apreciação do
pedido de concessão da justiça gratuita, o que passo a fazer:

Em relação à gratuidade judiciária à pessoa jurídica, destaco o previsto no Enunciado n.º


481 da Súmula do STJ: “Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins
lucrativos que demonstra sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”
1426
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Entendo que estão ausentes elementos suficientes para comprovar a impossibilidade do


autor em arcar com as custas processuais.

Nesse sentido, a jurisprudência nos diz que:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO MONITÓRIA. CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA


JUDICIÁRIA GRATUITA. AUSÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. Nos termos do que
dispõe a Súmula 481 do STJ, a concessão do benefício da gratuidade da justiça à pessoa jurídica
está condicionada a demonstração de sua incapacidade econômica. No caso em tela, nenhum
documento foi juntado aos autos a fim de comprovar a alegada carência de recursos do requerente, o que
era essencial para o deferimento do benefício pleiteado. NEGADO PROVIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO, EM DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº 70070845383, Décima Nona
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Eduardo João Lima Costa, Julgado em 17/10/2016).

Porém, defiro o parcelamento das custas processuais a serem pagas pela parte autora em 4 (quatro)
parcelas, nos termos nos termos do art. 98, §6º do Código de Processo Civil. Ainda, determino que a
primeira seja paga no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de cancelamento da distribuição nos termos do
art. 290 do CPC.

Caso haja o referido pagamento no prazo acima referido remetam-se os autos conclusos para deliberação,
em especial ao pedido de citação por edital da parte ré.

Decorrido o prazo sem o cumprimento da referida diligência, proceda a Secretaria o respectivo


cancelamento e arquive-se o feito.

Intimar e cumprir.

Belém, 11 de março de 2020.

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0841985-55.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ALTINEIA FANELI


MOREIRA DOS SANTOS Participação: REU Nome: MIDWAY S.A.- CREDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB:
15201/PA Participação: REU Nome: LOJAS RIACHUELO SA Participação: ADVOGADO Nome: NELSON
WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB: 15201/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0841985-55.2019.8.14.0301
1427
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: ALTINEIA FANELI MOREIRA DOS SANTOS

RÉU: REU: MIDWAY S.A.- CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO e outros

Trata-se de AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL C/C DANOS MORAIS E TUTELA DE URGÊNCIA movida
por ALTINEIA FANELI MOREIRA DOS SANTOS em face de MIDWAY S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO e LOJAS RIACHUELO S/A.

Alega a autora que realizou um empréstimo no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil) reais perante a requerida,
sendo solicitado que tal débito fosse parcelado em cinco vezes. Ao se deparar com a fatura, percebeu que
as parcelas foram divididas em quinze vezes, somando um débito com os juros de montante de R$
13.052,40 (treze mil, cinquenta e dois reais e quarenta centavos). Alega a autora que a taxa de juros que
estava sendo incidido no contrato era de 19,63% ao mês, sendo que o que deveria ser cobrado era de
6,6% ao mês. Retornou a loja para transacionar e fazer reclamação contra a prestação do serviço, mas
não dirimiu a contenda.

Diante das abusividades que alega, ingressou com a presente demanda pleiteando tutela.

Devidamente citada, a parte requerida apresentou contestação, conforme acostado em ID. 13021057,
alega ilegitimidade da LOJAS RIACHUELO S/A, outras preliminares. Alega que não houve abusividade na
contratação do empréstimo, que a requerente anuiu de forma livre ao contrato, somente não se conforma
com sua inadimplência e pretende revisar o contrato em benefício próprio, dentre outros argumentos.

Réplica em ID. 17614956, no qual a autora ratifica seus argumentos quando da inicial e pretende ver seu
contrato revisado em face da abusividade das parcelas pagas.

Autos conclusos.

É o relatório.

DECIDO.

Sobre as Preliminares Arguidas

A regra elencada no CDC é a responsabilidade solidária de todos aqueles que participaram da cadeia de
consumo, no que tange à reparação dos danos suportados pelo consumidor. Observa-se que o cartão de
crédito no qual foi lançada a despesa não reconhecida pela parte autora é administrado ora promovidas,
sendo elas que deram origem ao apontamento negativo discutido nos autos. Indubitável, assim, que as
promovidas em questão integram a cadeia de consumo, neste caso. Dessa forma, rejeita-se a preliminar
em tela.

Presentes os pressupostos processuais e as condições da ação, e sem quaisquer nulidades a sanar,


tampouco outras preliminares a serem enfrentadas, passo ao exame do mérito.

Sobre Aplicação do Código de Defesa do Consumidor ao caso e demais consectários

Em relação à inversão do ônus da prova nas relações consumeristas, a regra, ou a falta de regra
específica, fez com que a maioria absoluta da doutrina concluísse por ser até a sentença, inclusive na
própria sentença, o momento adequado para que o juiz decida sobre a fixação do ônus da prova. Assim,
cabe ao fornecedor adotar uma postura mais ativa no tocante à produção da prova nas relações de
consumo, sob pena de sua inércia ter como corolário uma indenização pelo simples fato de que poderia ter
produzido prova em contrário, mas não o fez.
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Dessa forma, em que pese a impugnação das promovidas, perfeitamente cabível a inversão do ônus da
prova neste feito, pois presentes os elementos do art. 6º, VIII do CDC; exceto quanto a dano moral
propriamente dito, cuja prova incumbe à parte requerente.

Na presente lide, há uma relação de consumo, enquadrando-se as partes nos conceitos de consumidor e
fornecedor, constantes dos artigos 2º e 3º, da Lei n. 8.078/90, aplicáveis, por conseguinte, os preceitos de
tal diploma.

Do Mérito – Da Possibilidade da Revisão Contratual: cláusulas abusivas e Responsabilidade Civil.

A parte requerida acosta a aprovação do pedido de empréstimo da requerente, conforme documento de


ID. 13021059, ali consta a assinatura da requerente aderindo ao contrato de empréstimo de nº 10994139.
Assim, vislumbro que o referido contrato se traveste da natureza de um verdadeiro contrato de adesão,
onde a parte já sabe, antes de contratar, os valores e cláusulas ali estipuladas. Está expresso ali que o
valor a ser pago é de R$ 870,16 (oitocentos e setenta reais e dezesseis centavos), em 15 (quinze)
parcelas.

Pela natureza do contrato de adesão, vê-se que as possibilidades de revisão das cláusulas contratuais
restringem-se ao limite estreito das gritantes ofensas ao direito e a boa-fé, tendo em vista o que dispõe o
CDC.

Em acréscimo, segundo a norma do CC e do CPC verifica-se que tão importante quanto a estrutura do
contrato é o ato volitivo das partes, que fazem a opção com conhecimento prévio dos termos
estabelecidos, sendo que estes só podem ser alterados quando afrontosamente ofendem a boa-fé, e isso,
entendo, como engano deliberado, simulação ou mesmo fraude, que de modo inevitável limita e/ou induz o
contratante a fazer uma escolha, que, ao fim e ao cabo, está viciada.

Não é desconhecida as vantagens que as empresas financeiras alcançam com sua atividade, porque
manuseiam um produto inexistente, abstrato e especulativo, de caráter, porque não afirmar, metafísico,
digo com isso: o dinheiro, o crédito não possui corpo, porém, influência de forma substancial nas vidas
das pessoas.

Qualquer homem de consciência mediana sabe que o lucro é o objetivo das empresas, porém, o lucro não
pode ser ofensivo à moralidade de tal modo que suprima ou corrompa a dignidade humana, e neste
sentido as instituições estatais, forjadas no liberalismo, uma função precípua de não permitir que tais
lucros sejam imorais, de modo que não possam ser reconhecidos como legais. E nestes termos, o contrato
de adesão, com suas condições, estão de acordo com as previsões legais e solidificado pelo entendimento
do STJ.

Pelo que se verifica no contrato, as cláusulas foram previamente apresentadas e as condições estipuladas
pela ré para a concessão do crédito, clausulas que foram aceitas pelo autor, como manifestação volitiva.

Quanto aos princípios da boa fé e da função social do contrato, de modo algum, tais princípios devem
significar uma permissividade para atos que atentem contra a boa conduta comercial e intersubjetiva, ou
seja, nem mesmo a pressuposição da hipossuficiência, em todos os termos, do consumidor e a leitura
vantajosa em caso de ambiguidade de cláusulas, deve significar um pressuposto assegurado de
legitimidade para atos viciados e presumidos pelos consumidores.

Com isso quero dizer que não se pode pressupor uma ilegalidade do contrato partindo da incapacidade ou
impossibilidade do devedor fiduciário de cumprir com as prestações contratuais, as quais foram
apresentadas no momento da assinatura do contrato.

A boa-fé é conduta substancial exigida nos contratos modernos, e deve fica clara na expressão da vontade
das partes. O que, no caso de contrato de adesão, se resume no contratar ou não, como já dito.
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Sem entrar em maiores meandros que envolvem o ato de contratar, no caso em análise, a parte autora já
sabia de imediato, no ato da assinatura do contrato, os valores fixos de cada parcela, os quais deveriam
ser pagos até o final do contrato.

Salvo melhor juízo, não há nos autos nenhum elemento que comprovem que a autora foi surpreendida de
qualquer forma por uma modificação das cláusulas ou condições contratuais.

Assim, a opção que restou à parte autora foi contratar ou não contratar, e mesmo sabendo das condições
que pretende revisar por meio de ação judicial, decidiu por um ato voluntário comprometer-se com as
cláusulas contratuais. Confira-se a jurisprudência:

APELAÇÃO EM AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE ADESÃO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO


CUMULADA COM PEDIDO DE REAJUSTAMENTO DAS PRESTAÇÕES: MÉRITO: ALEGAÇÃO DE
ABUSIVIDADE DE CLÁUSULAS APRECIADA A PARTIR DAS SÚMULAS N. 596, STF E 382 E 379 DO
STJ? TEMÁTICA DECIDIDA À LUZ DOS RECURSOS REPETITIVOS? LIVRE PACTUAÇÃO? FRUIÇÃO
DO BEM? JUROS ATINENTES À TAXA MÉDIA DO MERCADO, CONFORME ESTABELECIDO PELO
BANCO CENTRAL? POSSIBILIDADE DE CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS PELAS INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS? CUMPRIMENTO DO DEVER DE INFORMAÇÃO? RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO? DECISÃO UNÂNIME. (2017.03605935-34, 179.727, Rel. MARIA DE NAZARE SAAVEDRA
GUIMARAES, Órgão Julgador 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-08-22, publicado em
2017-08-25)

Construída tal premissa, enfrento as questões que este juízo acompanha em entendimento os tribunais
superiores.

A respeito pedido de repetição de indébito, a legislação pátria preceitua que quem recebe pagamento
indevido deve devolvê-lo, sob pena de locupletamento. Sendo, portanto, dois os requisitos, a saber, a
cobrança extrajudicial indevida de dívida e o efetivo pagamento do indébito.

Art. 876 - Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que
incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição. (código civil de 2002).

Art. 42 - Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. Parágrafo único - O consumidor cobrado em
quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. (Código de Defesa
do Consumidor).

Atento ao entendimento jurisprudencial que vem sendo formado sobre o tema, entendo que a devolução
deve se dar em dobro nos casos em que são cobrados valores acima do previsto em contrato, posto que
configura a má-fé do réu a cobrança infringindo cláusula contratual. Entendo que o contrato pactuado
livremente pelas partes não guarnece de abusividade alguma. Neste sentido, quanto ao pedido de
repetição de indébito, tenho que a determinação do pagamento dos valores do empréstimo, de acordo
com a previsão da autora, compromete a argumentação de devolução de valores pagos a maior. Mesmo
porque não entendo ser necessário a revisão do contrato.

Trata-se de contrato com parcelas prefixadas, com a inadimplência das prestações, aplicando-se taxas,
juros e capitalização em valores acima do previsto no contrato para esta situação específica, estaríamos
diante de motivos para revisar cálculos que estariam eventualmente contrários as regras do contrato. De
outra feita, nada há no contrato, salvo se houvesse a cumulação de comissão de permanência e juros
moratórios, uma comum nestes contratos.

A repetição de indébito, prevista no parágrafo único do Art. 42 do CDC, tem como requisito a presença de
dolo ou culpa ou má-fé do credor. Ausente qualquer desses requisitos, não há que se falar em repetição
de indébito, muito menos em valores pagos a mais.
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No caso em tela, não há que se falar em devolução em dobro pois não restaram configurados os
elementos propostos pelo CDC, e nem há que se alegar a abusividade dos juros remuneratórios, tendo em
vista que a taxa de juros de crédito pessoal cobrada ao tempo do contrato não pode ser considerada
abusiva. Quanto a cumulação de encargos para a fase de inadimplência devemos rever a jurisprudência
do STJ. Citamos os seguintes enunciados das súmulas da jurisprudência dominante do Tribunal superior:

Súmula nº 30: A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis.

Súmula nº 296: Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a comissão de permanência, são devidos
no período de inadimplência, à taxa média de mercado estipulada pelo Banco Central do Brasil, limitada
ao percentual contratado.

Súmula nº 472: A cobrança de comissão de permanência – cujo valor não pode ultrapassar a soma dos
encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato – exclui a exigibilidade dos juros
remuneratórios, moratórios e da multa contratual.

Nesse sentido, permite-se cobrança de comissão de permanência, juros moratórios, juros remuneratórios,
multa contratual e correção monetária, desde que a cobrança dos referidos encargos não seja cumulada,
posto que se revela inadmissível a coexistência da comissão de permanência com outros encargos
moratórios, sob pena da ocorrência do bis in idem. Como no caso em tela, restou demonstrado que não
houve cumulação dos referidos encargos, portanto, não há que se falar em ilegalidade. A jurisprudência é
assente em casos como esses. Colaciono:

APELAÇÃO CÍVEL - EMBARGOS DO DEVEDOR - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA - CAPITALIZAÇÃO -


PACTUAÇÃO EXPRESSA - POSSIBILIDADE - COBRANÇA DE COMISSÃO DE PERMANÊNCIA NÃO
CUMULADA COM DEMAIS ENCARGOS - LEGALIDADE. As normas do CDC são aplicáveis às relações
estabelecidas com instituições financeiras conforme prevê a Súmula 297 do STJ. Após a edição da MP
1963-17, a capitalização mensal de juros é possível, desde que expressamente pactuada no instrumento
contratual. É possível a cobrança de comissão de permanência, desde que contratada entre as partes e
limitada à taxa do contrato, vedada apenas sua cumulação com juros remuneratórios, moratórios e
correção monetária. Recurso parcialmente provido. Restando comprovado através de laudo pericial não
ter havido a cobrança cumulada da comissão de permanência, devem os embargos ser julgados
improcedentes. (Apelação Cível 1.0145.10.050259-3/001, Relator(a): Des.(a) Estevão Lucchesi , 14ª
CÂMARA CÍVEL, julgamento em 09/02/2012, publicação da súmula em 17/02/2012).

Ora, o requerente questiona cláusulas contratuais que foram livremente pactuadas pelas partes e que
estão em consonância com a atual jurisprudência do STJ, não se vislumbrando, a princípio, abusividade.

Inclusive, o Superior Tribunal de Justiça já pacificou o entendimento de que não se pode falar de
abusividade na pactuação dos juros remuneratórios só pelo fato de a estipulação ultrapassar, por exemplo,
12% ao ano – como no presente. Ao contrário, a abusividade destes só pode ser declarada, caso a caso, à
vista de taxa comprovadamente discrepante, de modo substancial, da média do mercado na praça do
empréstimo.

Aliás, também é pacifico o entendimento jurisprudencial no sentido de que é permitida a capitalização de


juros pelas instituições bancárias, in verbis:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO COM PACTO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. JUROS REMUNERATÓRIOS
PACTUADOS. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. TARIFAS BANCÁRIAS.
MORA CONFIGURADA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. O Tribunal de origem consignou
que a taxa de juros praticada pela Instituição bancária deveria observar a taxa média de mercado apurada
pelo Banco central para o período de contratação, não sendo abusiva a taxa de juros pactuada. Rever este
entendimento implicaria no reexame do acervo fático-probatório da demanda, o que é vedado pelo teor da
Súmula 7 do STJ.
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2. "É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos celebrados após
31.3.2000, data da publicação da Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (em vigor como MP 2.170-36/2001),
desde que expressamente pactuada." (REsp 973.827/RS, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 24/09/2012). 3. Admite-se a comissão de
permanência durante o período de inadimplemento contratual, à taxa média dos juros de mercado, limitada
ao percentual fixado no contrato (Súmula nº 294/STJ), desde que não cumulada com a correção monetária
(Súmula nº 30/STJ), com os juros remuneratórios (Súmula nº 296/STJ) e moratórios, nem com a multa
contratual. 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AgRg no AREsp 613.726/RS, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 05/05/2015, DJe 14/05/2015)

Destaque-se que o precedente citado se amolda perfeitamente ao caso, porquanto se trata igualmente de
ação revisional de contrato.

Conclui-se, desta forma, que inexiste abusividade liminarmente detectada na taxa de juros cobrada, assim
como na capitalização de juros, na medida em que nos contratos bancários é permitida tanto uma como
outra.

Não bastasse, as taxas de juros são fiscalizadas pelo Banco Central com vistas a controlar o consumo e a
inflação, pelo que não pode o interesse particular sobrepor-se ao interesse coletivo, sobretudo quando não
comprovou na inicial o desacordo entre a taxa média de mercado e a cobrada.

Sabe-se, também, que este não é um serviço necessário, portanto, cabia ao consumidor a opção da
compra e a verificação de taxa menor existente no mercado, sendo certo que lhe foi dada a oportunidade
de analisar os termos do contrato por ele assinado, tendo o autor ciência do valor das prestações fixas.

Impossível, pois, a procedência dos pedidos do autor de modo que este magistrado deve respeitar a
autonomia da vontade das partes não se podendo ignorar os termos do contrato celebrado livremente
entre as partes. Assim, declaro ausente de abusividade as cláusulas por ora questionadas.

Fica indeferida igualmente os demais pedidos, tudo nos termos do fundamento contido neste decisum.
Isso porque o julgador não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes,
quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. O julgador possui o dever de
enfrentar apenas as questões capazes de infirmar (enfraquecer) a conclusão adotada na decisão, o que
entendo que pelo que se fundamentou, o convencimento já foi firmado.

Do Dispositivo

Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido autoral e resolvido o mérito, na forma do art. 487, I
do CPC.

Condeno o Autor ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios que arbitro em 10%
do valor da causa, cuja cobrança fica sobrestada em face de o mesmo ser beneficiário da Justiça Gratuita,
nos termos da decisão de ID. 12281498.

Após o trânsito em julgado, não havendo requerimentos, dê-se baixa e arquivem-se os autos.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 16 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital


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Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0807795-66.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: KAREN MIRANDA


CASSEB Participação: ADVOGADO Nome: LUANA MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 349PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LIANDRO MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 611-A/AP Participação:
ADVOGADO Nome: ANTONIO JOSE MARTINS FERNANDES OAB: 26632/PA Participação: AUTOR
Nome: O. MATOS EDIFICACOES LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: LUANA MOREIRA DA
CUNHA FARO OAB: 349PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: LIANDRO MOREIRA DA CUNHA
FARO OAB: 611-A/AP Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO JOSE MARTINS FERNANDES OAB:
26632/PA Participação: AUTOR Nome: JULIANA CASALI RODRIGUES FERNANDES Participação:
ADVOGADO Nome: LUANA MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 349PA/PA Participação: ADVOGADO
Nome: LIANDRO MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 611-A/AP Participação: ADVOGADO Nome:
ANTONIO JOSE MARTINS FERNANDES OAB: 26632/PA Participação: AUTOR Nome: SAULLO ABREU
DA SILVA Participação: ADVOGADO Nome: LUANA MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 349PA/PA
Participação: ADVOGADO Nome: LIANDRO MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 611-A/AP Participação:
ADVOGADO Nome: ANTONIO JOSE MARTINS FERNANDES OAB: 26632/PA Participação: AUTOR
Nome: PALMIRA DA CONCEICAO SILVA Participação: ADVOGADO Nome: LUANA MOREIRA DA
CUNHA FARO OAB: 349PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: LIANDRO MOREIRA DA CUNHA
FARO OAB: 611-A/AP Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO JOSE MARTINS FERNANDES OAB:
26632/PA Participação: AUTOR Nome: ARTHUR DINIZ FERREIRA DE MELO Participação: ADVOGADO
Nome: LUANA MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 349PA/PA Participação: ADVOGADO Nome:
LIANDRO MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 611-A/AP Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO
JOSE MARTINS FERNANDES OAB: 26632/PA Participação: AUTOR Nome: OSVALDO RYOHEI KATO
Participação: ADVOGADO Nome: LUANA MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 349PA/PA Participação:
ADVOGADO Nome: LIANDRO MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 611-A/AP Participação: ADVOGADO
Nome: ANTONIO JOSE MARTINS FERNANDES OAB: 26632/PA Participação: AUTOR Nome: GLAUCO
ALEXANDER DA SILVA LIMA Participação: ADVOGADO Nome: LUANA MOREIRA DA CUNHA FARO
OAB: 349PA/PA Participação: ADVOGADO Nome: LIANDRO MOREIRA DA CUNHA FARO OAB: 611-
A/AP Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO JOSE MARTINS FERNANDES OAB: 26632/PA
Participação: AUTOR Nome: RAIMUNDO VALENTIM SAMPAIO LOBATO Participação: REU Nome:
CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ
BRASIL OAB: 13179/PA Participação: REU Nome: IMPERIAL INCORPORADORA LTDA Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: REU Nome:
BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ADAHILTON DE OLIVEIRA
PINHO OAB: 23123/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DA CAPITAL


GABINETE DA 8ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Processo: 0807795-66.2019.8.14.0301

Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: KAREN MIRANDA CASSEB e outros (8)

RÉU: REU: CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA e outros (2)

Tratam-se os autos da AÇÃO DE DESCONSTITUIÇÃO DE HIPOTECA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS, COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA movida por KAREN MIRANDA CASSEB, O.
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MATOS EDIFICAÇÕES LTDA – EPP, JULIANA CASALI RODRIGUES FERNANDES e SAULLO ABREU
DA SILVA,PALMIRA DA CONCEIÇÃO SILVA,ARTHUR DINIZ FERREIRA DE MELO, GLAUCO
ALEXANDER DA SILVA LIMA e OSVALDO RYOHEI KATO em face de BANCO SANTANDER S.A,
CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA e IMPERIAL INCORPORADORA LTDA.

As autoras juntaram amplo lastro probatório aos autos padecendo todas do mesmo transtorno, qual seja,
de verem seus imóveis – devidamente quitados – gravados com o ônus hipotecário. Vieram presente este
juízo pedirem em sede de urgência a desconstituição do ônus em comento, tendo em vista o pagamento
das respectivas unidades residenciais situadas no condomínio “ED. VITTA OFFICE”, conforme
especificado na exordial.

Conforme se depreende nos autos, todos os autores cumpriram com suas obrigações firmadas em
contrato, inclusive recebendo suas respectivas unidades, porém, mesmo passando para a maioria mais de
30 (trinta) meses do adimplemento, com exceção dos últimos litigantes que foram de 5 (cinco) meses, os
imóveis ainda continuam gravados com ônus hipotecário, ou seja, não houve baixa da inscrição da
hipoteca por parte da construtora perante cartório oficial.

Juntaram documentos.

Deferida a tutela antecipada pleiteada, conforme ID. 9904086.

Devidamente citadas, as requeridas CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA e IMPERIAL


INCORPORADORA LTDA apresentaram contestação em ID. 11229337, alegando basicamente
inexistência da obrigação de dar baixa na hipoteca.

A requerida BANCO SANTANDER S/A junta sua contestação em ID. 12150126, alegando em síntese
ilegitimidade passiva, dentre outros.

Pediram o julgamento antecipado da lide.

É o relatório.

DECIDO.

No que concerne a arguição de ilegitimidade passiva da requerida BANCO SANTANDER S/A, rejeito a
preliminar, uma vez que há responsabilidade solidária da construtora e da instituição financeira, porque as
duas tinham as atribuições para o cancelamento da hipoteca. Colaciono:

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. SENTENÇA CITRA PETITA. BAIXA


DA HIPOTECA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA CONSTRUTORA E DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA . DANOS MORAIS. REANÁLISE VÍCIOS DESCRITOS NO ARTIGO 1.022 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. MERO INCONFORMISMO DA PARTE COM O RESULTADO DO JULGAMENTO.
Verificando que a sentença é citra petita e, diante da desnecessidade de qualquer outro ato instrutório,
estando o processo apto para julgamento, nos termos do art. 1.013, § 3º, III, do CPC, possível a análise do
pedido em sede recursal, em vista dos princípios da primazia da decisão de mérito e da razoável duração
do processo, na forma do artigo art. 4º do CPC. Embargos acolhidos, no ponto, a fim de suprir a omissão
apontada. O credor hipotecário é litisconsorte necessário, devendo figurar no polo passivo juntamente com
a construtora, porquanto inócua se revelaria a imposição de referida obrigação unicamente contra a
incorporadora. A oposição dos embargos pressupõe a existência de obscuridade, contradição, omissão ou
erro material no julgado. O fato de o recorrente não concordar com o decisório impugnado no que se
refere aos danos morais não enseja a interposição de embargos declaratórios, cabendo à parte
interessada valer-se dos meios próprios para alcançar a sua pretensão de reforma da decisão. Correção
de erro material no acórdão. Embargos acolhidos em parte.

(TJ-MG - ED: 10702150446731007 MG, Relator: Amorim Siqueira, Data de Julgamento: 04/06/2019, Data
1434
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de Publicação: 19/06/2019).

A regra elencada no CDC é a responsabilidade solidária de todos aqueles que participaram da cadeia de
consumo, no que tange à reparação dos danos suportados pelo consumidor. Observa-se que o cartão de
crédito no qual foi lançada a despesa não reconhecida pela parte autora é administrado ora promovidas,
sendo elas que deram origem ao apontamento negativo discutido nos autos. Indubitável, assim, que as
promovidas em questão integram a cadeia de consumo, neste caso. Dessa forma, rejeita-se a preliminar
em tela.

Presentes os pressupostos processuais e as condições da ação, e sem quaisquer nulidades a sanar,


tampouco outras preliminares a serem enfrentadas, passo ao exame do mérito.

A presente demanda está assentada em entendimento já consolidado por este juízo.

A matéria está consubstanciada na Súmula 308 do STJ: “A hipoteca firmada entre a construtora e o
agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia
perante os adquirentes”. De fato, no caso da incorporadora-construtora não ter pago à instituição
financeira o contrato firmado, não guarda qualquer relação com o direito incontestável dos autores de
terem liberadas as hipotecas de seus imóveis. Tal intento é um direito dos adquirentes de não ver
frustrada sua propriedade, devidamente adimplida, por ônus dessa natureza.

A tutela, conforme deferida em decisão prolatada em ID. 9904086, compeliu o réu a obrigação de fazer
que, até então, não havia sido cumprida. Importante lembrar aqui, nos termos das medidas liminares já
concedidas, que não há dúvida, do ponto de vista do direito precedentalista, quanto ao direito dos
querentes, uma vez que a questão, há muito é consolidada pela súmula 308 do C. STJ, como já exposta
alhures.

Éevidente, assim, que o cumprimento apenas parcial das medidas aqui determinadas gera insegurança
jurídica, concretiza o sentimento de tratamento desigual entre os autores, além de favorecer
financeiramente o construtor/incorporador e o agente financeiro, tudo em detrimento do consumidor que
arcou com toda e qualquer obrigação, mas se vê impedido de exercitar a total fruição do seu patrimônio.

Ao liquidar o financiamento, a parte autora adquiriu o direito de obter a propriedade plena do bem, livre e
desembaraçada de gravames. Neste sentido vem se posicionando a jurisprudência em torno da hipótese:

"SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO. PAGAMENTO DAS PRESTAÇÕES. PAGAMENTO


ANTECIPADO. HIPOTECA: BAIXA E CANCELAMENTO. Ação ordinária pretendendo liberação de
gravame em virtude de quitação antecipada de financiamento de imóvel através do SFH. Irrelevante o fato
de o mutuário Ter mais de um financiamento, eis que a Lei no. 4.380/64 não prevê penalidade para a
situação. Possibilidade de utilização do FCVS, eis que o mutuário contribuiu para o mesmo. Correta a
sentença que determinou a baixa do gravame hipotecário, tendo em vista a quitação antecipada."
(Apelação Cível no. 2001.001.28156, 15ª Câmara Cível do TJ/RJ, Rel. Des. Galdino Siqueira Netto;
Julgado em 29/05/2002, Unânime).

Logo, resta cristalina o intento dos autores de verem a obrigação da baixa hipotecária satisfeita pelo
réu. Motivo que me inclino a ir de encontro às arguições da ré e me posiciono ao encontro do pleito dos
autores, tal qual expostas na exordial.

Quanto às consequências decorrentes do episódio, a narrativa dos fatos revela que, em razão da omissão
imputada ao réu, e de sua injustificável relutância em cumprir os termos do contrato, os autores tiveram
frustrada a legítima expectativa de usufruir da vantagem econômica almejada na transação imobiliária,
através do recebimento da propriedade livre e desembaraçada do imóvel descrito na avença. Os entraves
colocados pelo réu são injustos e infundados, e acarretaram para os autores sentimento de revolta,
indignação e angústia que, por ultrapassarem a esfera do mero inadimplemento contratual, mostram-se
compatíveis com o conceito do dano moral.
1435
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Presentes os pressupostos necessários à configuração do dever de indenizar, diante da verificação


de ocorrência de fato lesivo a direito dos autores por conduta ilícita atribuível ao réu, impõe-se o
acolhimento da pretensão deduzida na inicial, de modo a determinar a reparação pelos danos morais
experimentados. Conforme vem sustentando a doutrina, o dano moral deflui da própria ofensa narrada, de
modo que sua prova decorre da gravidade do ilícito descrito pelo ofendido ao postular o ressarcimento.

A prova do dano moral não é exigida nos mesmos moldes dos prejuízos materiais, porquanto não se pode
comprovar a dor, o sofrimento, o vexame pelos meios de prova tradicionalmente empregados. Com
referência à fixação do quantum debeatur da indenização, deve-se considerar que o montante a ser
arbitrado necessita corresponder a um valor suficiente para reparar o dano sofrido, sem jamais constituir-
se em fonte de lucro indevido para aquele que sofreu a ofensa. Não se pode, tampouco, deixar de apreciar
a questão à luz dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

De acordo com estes critérios acima expostos, o valor da indenização deve guardar exata correlação com
a intensidade e duração do sofrimento do ofendido, a reprovabilidade da conduta ilícita, a capacidade
econômica do causador do dano, e as condições pessoais da vítima. Levando-se em consideração as
características do caso em concreto, sobretudo em atenção à reprovabilidade evidente da conduta do réu,
e ao porte econômico da empresa, mas sem deixar de observar a moderada repercussão do evento,
revela-se adequada a fixação do quantum reparatório em importância correspondente a R$3.000,00 (três
mil reais) a cada autor.

Isto posto, JULGO PROCEDENTE a pretensão deduzida pelos autores para confirmar a tutela antecipada
anteriormente deferida e condenar os réus a promoverem a liberação das hipotecas registradas nas
unidades imobiliárias mencionadas, junto ao Cartório de Registro de Imóveis do 1º Ofício, sobre o imóvel
descrito na inicial, no prazo de 20 dias, sob pena do pagamento de multa de R$500,00 (quinhentos reais)
por cada dia de atraso, até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais), caso ainda não tenham procedido
com a obrigação de fazer aqui imposta.

Ainda, condeno os demandados ao pagamento de indenização por danos morais em quantia equivalente a
R$ 3.000,00 (três mil reais) para cada autor, com correção monetária nos termos da súmula 362 do STJ.

Outrossim, condeno os réus, na mesma proporção acima informado, ao pagamento das custas
processuais e dos honorários advocatícios que arbitro em 10% sobre o valor total da condenação a título
de danos morais.

Transitada em julgado, pagas as custas devidas, dê-se baixa e arquive-se.

P.R.I.C

Belém, 16 de agosto de 2021

MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCO

Juiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital

Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260

Número do processo: 0846563-90.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANDRESSA MALCHER


MORAES DA FONSECA Participação: ADVOGADO Nome: CLOVIS CUNHA DA GAMA MALCHER FILHO
OAB: 3312/PA Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO GUILHERME LOBATO DE MIRANDA FILHO
1436
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

OAB: 20299/PA Participação: REU Nome: ONCOLOGICA BRASIL S/S LTDA - EPP

ATO ORDINATÓRIO

Assunto: [Obrigação de Fazer / Não Fazer]

Classe: PRODUÇÃO ANTECIPADA DA PROVA (193)

Autor: AUTOR: ANDRESSA MALCHER MORAES DA FONSECA

Nos termos do §3 do art. 10 da lei 8328/2015, intimo a parte autora para que proceda, no prazo de 15
(quinze) dias (Art. 290 NCPC), o recolhimento de custas iniciais, o fazendo nos moldes do §1º do art. 9º
da referida lei (Relatório+Boleto+Comprovante pagamento), sob pena de cancelamento da distribuição.
(Art. 1º, § 2º, I do Prov.06/2006 da CJRMB)

Belém, (Pa), 16 de agosto de 2021.

_______________________________________________

SERVIDOR DA 2º UPJ CÍVEL DE BELÉM

Número do processo: 0841842-66.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA BENEDITA


MORAIS FONSECA Participação: ADVOGADO Nome: KARINA TUMA MAUES OAB: 18634/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA OAB: 003404/PA
Participação: REU Nome: EQUATORIAL PARÁ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A Participação:
ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ MONTEIRO DE OLIVEIRA OAB: 017515/PA Participação: ADVOGADO
Nome: GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA OAB: 21313/PA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

[Reivindicação, Indenização por Dano Material]

PROCEDIMENTO SUMÁRIO (22)

AUTOR: MARIA BENEDITA MORAIS FONSECA

Tendo em vista a APELAÇÃO juntada aos autos, diga a parte apelada em contrarrazões através de seu
advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias. (Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 14 de maio de 2021

__________________________________________

TALES WILHAME GOMES DA SILVA

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM


1437
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0849158-67.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: CONDOMINIO


RESIDENCIAL RIO VOLGA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAEL AUGUSTO LAGOS KOURY OAB:
21352/PA Participação: REU Nome: NELSON CASEMIRO L MONTÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

FÓRUM CÍVEL DE BELÉM

SECRETARIA DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0849158-67.2018.8.14.0301

ASSUNTO: [Perda da Propriedade]

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: CONDOMINIO RESIDENCIAL RIO VOLGA

Manifeste-se a parte INTERESSADA no prazo de 5 (cinco) dias acerca do pagamento da primeira parcela
das custas processuais, conforme decisão de ID 16092201. (Prov.06/2006 da CJRMB).

De ordem, em 16 de agosto de 2021

__________________________________________

ALYSSON NUNES SANTOS

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM

Número do processo: 0833683-66.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ANTONIO MARIA


FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR Participação: ADVOGADO Nome: LINDIANE COSTA SENO OAB:
281854/SP Participação: REU Nome: UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Participação: ADVOGADO Nome: ARNALDO ABREU PEREIRA OAB: 14512/PA Participação:
ADVOGADO Nome: DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE OAB: 011270/PA

Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Fórum Cível de Belém

Secretaria da 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM


1438
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

[Obrigação de Fazer / Não Fazer, Sem registro na ANVISA]

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AUTOR: ANTONIO MARIA FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR

Tendo em vista a CONTESTAÇÃO TEMPESTIVA com documentos apresentados e juntados aos


presentes autos, diga a parte autora em réplica através de seu advogado(a) no prazo de 15 (quinze) dias.
(Prov. 006/2006 da CJRMB).

De ordem, em 16 de agosto de 2021

__________________________________________

TALES WILHAME GOMES DA SILVA

SERVIDOR DA 2ª UPJ CÍVEL DE BELÉM


1439
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS CÍVEIS E EMPRESARIAIS DA CAPITAL - 9 VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

Número do processo: 0850189-88.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO


CRUZEIRO DO SUL S/A-EM LIQUIDACAO EXTRAJUDICIAL Participação: ADVOGADO Nome: ORESTE
NESTOR DE SOUZA LASPRO OAB: 98628/SP Participação: REQUERIDO Nome: ARMINIO MANOEL
CANSANCAO PRESTES FILHO

0850189-88.2019.8.14.0301

Vistos, etc.

Defiro o pedido de busca de informações sobre o endereço da parte ré junto ao SIEL.

Renovem-se as diligências no endereço constante no espelho em anexo.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0813012-22.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: KARINA


MARQUES MEDRADO Participação: ADVOGADO Nome: HUGO LEONARDO PADUA MERCES OAB:
17835/PA Participação: ADVOGADO Nome: MADSON SOARES LOBATO OAB: 31287/PA Participação:
REQUERIDO Nome: VICTOR ANDRE HOLANDA PESSOA Participação: REQUERIDO Nome:
HELICOPTER CHARTER SERVICE DO BRASIL TAXI AEREO LTDA - ME

0813012-22.2021.8.14.0301

Vistos, etc.

Defiro os pedidos de evento 26196848 da parte autora para que seja oficiado aos órgãos indicado para
cumprimento da decisão de id 23797071.

Fica a parte autora intimada a indicar novo endereço dos requeridos.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0844311-17.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ADRIANO


BELFORT DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: BRENDA LEITAO DE ALMEIDA OAB: 25370/PA

0844311-17.2021.8.14.0301

Vistos, etc.
1440
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Apresentem o requerente a certidão de inexistência de dependentes habilitados junto a previdência social


(INSS- IGEPREV-IPAMB), conforme o caso, no prazo de 15 (quinze) dias.

Oficie-se ao Banco do Brasil solicitando informações sobre eventuais valores em contas, bem como sobre
saldo do PIS-PASEP em nome do falecido.

Oficie-se a Caixa Econômica Federal solicitando informações sobre saldo do FGTS em nome do falecido.

Segue espelho de pesquisa junto ao SISBAJUD.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0813265-10.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ASSOCIACAO


CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR FONSECA DE
MORAES OAB: 26113/PA Participação: ADVOGADO Nome: LAYS SOARES DOS SANTOS RODRIGUES
OAB: 20288/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO MENDES NETO OAB: 015583/PA
Participação: EXECUTADO Nome: LUIZ ALEXANDRE MEDEIROS JUNIOR

0813265-10.2021.8.14.0301

Nome: ASSOCIACAO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA


Endereço: Travessa Manoel Evaristo, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66035-170

Nome: LUIZ ALEXANDRE MEDEIROS JUNIOR


Endereço: Rodovia Augusto Montenegro, 5600, BLOCO D, APTO 201, Parque Verde, BELéM - PA - CEP:
66635-110

Vistos, etc.

Nos termos dos arts. 829, 914 e 915 do CPC/15, cite-se o executado para que, no prazo de 03 (três) dias,
efetue o pagamento da dívida no valor de R$ 3.449,43 (três mil, quatrocentos e quarenta e nove reais e
quarenta e três centavos), sob pena de penhora de tantos bens quantos bastem para garantia da
execução (principal, juros, custas, honorários advocatícios), ou para, no prazo de 15 (quinze) dias, opor-se
à execução por meio de embargos, independentemente de penhora, depósito ou caução.

No caso de não pagamento no prazo acima fixado, autorizo a inscrição do nome do devedor nos cadastros
de inadimplentes, através do SERAJUD, com fundamento no §3º do art. 782 do CPC, conforme requerido
na inicial.

Não efetuado o pagamento, certifique-se e venham os autos conclusos.

Desde logo, arbitro honorários advocatícios no valor de 10% do valor da dívida, devendo ficar cientes os
executados que no caso de integral pagamento no prazo de 03 (três) dias, a verba honorária será reduzida
pela metade.

A cópia desta decisão servirá como mandado.

Belém, 13 de agosto de 2021


1441
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0824884-34.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ASSOCIACAO


CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR FONSECA DE
MORAES OAB: 26113/PA Participação: ADVOGADO Nome: LAYS SOARES DOS SANTOS RODRIGUES
OAB: 20288/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINE FIGUEIREDO LIMA OAB: 24933/PA
Participação: EXECUTADO Nome: HELENA LUCIA PENA DE SOUSA

0824884-34.2021.8.14.0301

Nome: ASSOCIACAO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA


Endereço: Av. Nazaré, 630, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66035-170

Nome: HELENA LUCIA PENA DE SOUSA


Endereço: Travessa Carlos de Carvalho, Jurunas, BELéM - PA - CEP: 66025-130

Vistos, etc.

Nos termos dos arts. 829, 914 e 915 do CPC, cite-se o executado para que, no prazo de 03 (três) dias,
efetue o pagamento da dívida no valor de R$ 7.859,42 (sete mil oitocentos e cinquenta e nove reais e
quarenta e dois centavos), sob pena de penhora de tantos bens quantos bastem para garantia da
execução (principal, juros, custas, honorários advocatícios), ou para, no prazo de 15 (quinze) dias, opor-se
à execução por meio de embargos, independentemente de penhora, depósito ou caução.

Não efetuado o pagamento, certifique-se e venham os autos conclusos.

Desde logo, arbitro honorários advocatícios no valor de 10% do valor da dívida, devendo ficar cientes os
executados que no caso de integral pagamento no prazo de 03 (três) dias, a verba honorária será reduzida
pela metade.

A cópia desta decisão servirá como mandado.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0826590-52.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ASSOCIACAO


CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: LAYS SOARES DOS
SANTOS RODRIGUES OAB: 20288/PA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR FONSECA DE MORAES
OAB: 26113/PA Participação: REU Nome: JERONIMO VERIDIANO DO CARMO

Processo:0826590-52.2021.8.14.0301

Nome: ASSOCIACAO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA


Endereço: Avenida Almirante Barroso, 3775, Avenida Almirante Barroso 3775, Souza, BELéM - PA - CEP:
66613-903
1442
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nome: JERONIMO VERIDIANO DO CARMO


Endereço: Travessa We-71, 361, (Cj Cidade Nova VI), Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP: 67140-
615

Vistos, etc.

A pretensão visa ao cumprimento de obrigação adequada ao procedimento e vem em petição instruída por
prova escrita, sem eficácia de título executivo, de modo que a ação monitória é pertinente, conforme o art.
700 do CPC.

Defiro, pois de plano, a expedição do mandado, razão pela qual, determino a citação da Requerida, a ser
cumprido pelo correio (art. 700, §7º, do CPC), para, no prazo de quinze dias, pagar a quantia reclamada,
sujeita à atualização na data do efetivo pagamento e ao pagamento de honorários advocatícios na ordem
de 5% (cinco por cento), de acordo com o art. 701, caput, do CPC, embora isenta de custas (art. 701, §1º,
do CPC).

Informe-se que o requerido poderá, alternativamente, opor embargos, no mesmo prazo para pagamento
da dívida, com a advertência de que a não interposição dos mesmos importará, de pleno direito, na
constituição de título executivo judicial, convertendo- se o mandado inicial em mandado executivo (art.
702, caput, c/c 701, §2º, do CPC)

A oposição dos embargos suspenderá a eficácia desta decisão no que respeita à expedição do mandado,
até o julgamento da presente Ação Monitória neste primeiro grau (art. 702, §4º, do CPC).

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado de citação. Cumpra-se na forma e sob as penas da
lei. (Provimento nº 003 e 011/2009 – CJRMB).

Intime-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0814759-07.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: IPIRANGA PRODUTOS


DE PETROLEO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: CATARINA BEZERRA ALVES OAB: 29373/PE
Participação: REU Nome: AUTO POSTO ENCANTO DA ILHA EIRELI - EPP Participação: REU Nome:
GUILHERME PACHECO Participação: REU Nome: EDNOR PACHECO Participação: REU Nome: NUBIA
LOPES PACHECO

0814759-07.2021.8.14.0301

Nome: IPIRANGA PRODUTOS DE PETROLEO S.A.


Endereço: Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga S/A, 329, Rua Francisco Eugênio 329, São
Cristóvão, RIO DE JANEIRO - RJ - CEP: 20941-900

Nome: AUTO POSTO ENCANTO DA ILHA EIRELI - EPP


Endereço: Rua Vasco da Gama, 160, Murubira (Mosqueiro), BELéM - PA - CEP: 66918-290
Nome: GUILHERME PACHECO
Endereço: Avenida Amazonas, 10, Centro, IRANDUBA - AM - CEP: 69415-000
Nome: EDNOR PACHECO
Endereço: Rua João Florêncio Nunes, 10, Centro, IRANDUBA - AM - CEP: 69415-000
1443
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nome: NUBIA LOPES PACHECO


Endereço: Rua João Florêncio Nunes, 10, Centro, IRANDUBA - AM - CEP: 69415-000

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

Vistos, etc.

Em virtude da situação excepcional que torna necessária toda prevenção ao contágio pelo novo
Coronavírus, não se mostra razoável a designação de audiência de conciliação.

Assim, deixo, excepcionalmente, de designar audiência de conciliação, ficando, contudo, a secretaria


autorizada a encaminhar as parte ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania - CEJUSC
caso de ambas as partes informarem, por meio de petição, o interesse em conciliar.

CITE-SE o requerido, pela via postal, no endereço informado na petição inicial, a fim de que apresentem
contestação no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do Art. 335, III, do CPC, sob pena de revelia e
confissão quanto à matéria de fato, nos termos do Art. 344, do mesmo diploma.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício, nos termos do provimento 003/2009
CRMB.

Belém 13 de agosto de 2021.

Número do processo: 0806842-34.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: PEDRO COELHO


NASSER Participação: ADVOGADO Nome: TALES DIAS DE MEIRA OAB: 85033/RS Participação:
REQUERENTE Nome: PAULO COELHO NASSER Participação: ADVOGADO Nome: TALES DIAS DE
MEIRA OAB: 85033/RS Participação: REQUERENTE Nome: LEA MARIA NASSER SEFER Participação:
ADVOGADO Nome: TALES DIAS DE MEIRA OAB: 85033/RS Participação: REQUERIDO Nome: BANCO
DO BRASIL S.A

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

PROCESSO: 0806842-34.2021.8.14.0301

Nome: PEDRO COELHO NASSER


Endereço: Avenida Serzedelo Corrêa, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-400
Nome: PAULO COELHO NASSER
Endereço: Rua Ângelo Custódio, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66023-090
Nome: LEA MARIA NASSER SEFER
Endereço: Avenida Gentil Bittencourt, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66040-172

Nome: BANCO DO BRASIL S.A


Endereço: Banco do Brasil S/A, Avenida Presidente Vargas 248, Campina, BELéM - PA - CEP: 66010-900

Vistos, etc.
1444
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Recebo o presente como liquidação de sentença pelo procedimento comum, nos termos do art. 509, caput
e II do CPC, determinando a citação do requerido para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15
(quinze) dias (art. 511, CPC), devendo juntar apresentar a conta gráfica evolutiva do saldo devedor das
Cédula Rural Pignoratícia/Hipotecária 87/00099-7, de forma analítica e inteligível, bem como os
comprovantes de liberação dos recursos e do pagamentos realizados pelo mutuário.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício, nos termos do provimento 003/2009
CRMB.

Belém, 13 de agosto de 2021.

Número do processo: 0843307-13.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: SIMOES ENGENHARIA


LTDA Participação: ADVOGADO Nome: ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR OAB: 009117/PA
Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO BARBOSA BASTOS REZENDE OAB: 21442/PA Participação:
REU Nome: MARCELO SEBASTIAO SANTOS DA SILVA Participação: REU Nome: ANDREIA GOMES
DOS SANTOS DE OLIVEIRA

0843307-13.2019.8.14.0301

Vistos, etc.

Cumpra-se a decisão de id 16068239.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0821449-23.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA BERNADETE


FARIA ALVAREZ Participação: REU Nome: BANCO BMG S.A. Participação: ADVOGADO Nome:
MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA OAB: 63440/MG Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA
ALMEIDA MOURA DI LATELLA OAB: 109730/MG

0821449-23.2019.8.14.0301

Vistos, etc.

Cumpra-se decisão de id 17442576.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0827193-28.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: CONDOMINIO


1445
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PLENO RESIDENCIAL Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: ARY FERREIRA DE AGUIAR


OAB: null Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LUIS CARVALHO CAMPELO OAB: 28955/PA
Participação: REQUERIDO Nome: THYSSENKRUPP ELEVADORES SA

0827193-28.2021.8.14.0301

Vistos, etc.

Por se tratar de ação acessória a principal de nº 0865000-53.2019.8.14.0301 em tramite junto a 2° Vara


Cível e Empresarial da Comarca da Capital, declara a incompetência deste juízo para determinar a
redistribuição do presente feito.

REDISTRIBUA-SE.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0843670-29.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: PETROBRAS


DISTRIBUIDORA S A Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO MENDES CRUZ OAB: 25711/BA
Participação: REU Nome: AUTO POSTO VERDAO LTDA

Processo:0843670-29.2021.8.14.0301

Nome: PETROBRAS DISTRIBUIDORA S A


Endereço: Rua Correia Vasques, 250, Cidade Nova, RIO DE JANEIRO - RJ - CEP: 20211-140

Nome: AUTO POSTO VERDAO LTDA


Endereço: Avenida Engenheiro Fernando Guilhon, 1350, apto. 2603, Jurunas, BELéM - PA - CEP: 66033-
310

Vistos, etc.

A pretensão visa ao cumprimento de obrigação adequada ao procedimento e vem em petição instruída por
prova escrita, sem eficácia de título executivo, de modo que a ação monitória é pertinente, conforme o art.
700 do CPC.

Defiro, pois de plano, a expedição do mandado, razão pela qual, determino a citação da Requerida, a ser
cumprido pelo correio (art. 700, §7º do CPC), para, no prazo de quinze dias, pagar a quantia reclamada,
sujeita à atualização na data do efetivo pagamento e ao pagamento de honorários advocatícios na ordem
de 5% (cinco por cento), de acordo com o art. 701, caput, do CPC, embora isenta de custas (art. 701, §1º,
do CPC).

Informe-se que o requerido poderá, alternativamente, opor embargos, no mesmo prazo para pagamento
da dívida, com a advertência de que a não interposição dos mesmos importará, de pleno direito, na
constituição de título executivo judicial, convertendo- se o mandado inicial em mandado executivo (art.
702, caput, c/c 701, §2º, do CPC)

A oposição dos embargos suspenderá a eficácia desta decisão no que respeita à expedição do mandado,
até o julgamento da presente Ação Monitória neste primeiro grau (art. 702, §4º, do CPC).
1446
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado de citação. Cumpra-se na forma e sob as penas da
lei. (Provimento nº 003 e 011/2009 – CJRMB).

Intime-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0819111-13.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: INSTITUTO


EURO AMERICANO DE EDUCACAO CIENCIA TECNOLOGIA Participação: ADVOGADO Nome:
MIRELLA PARADA NOGUEIRA SANTOS OAB: 4915/MA Participação: REQUERIDO Nome: ROSINETE
CONCEICAO SOUZA SOARES

Vistos, etc.

Intime-se o executado, na forma do art. 513, §2º, inciso II do CPC, para oferecer adimplemento
voluntário do valor de R$ 19.776,59 (dezenove mil, setecentos e setenta e seis reais e cinquenta e nove
centavos) indicado no demonstrativo de evento 22326279 no prazo de 15 (quinze) dias (art. 523, caput,
do CPC), sob pena de multa e da incidência de honorários no percentual de 10% (dez por cento) sobre o
valor objeto da obrigação, cada, nos termos do art. 523, §1º, do CPC.

Deve constar da intimação que o executado pode, alternativamente, querendo, oferecer bens à penhora,
juntando prova da propriedade, se for bem imóvel, ou efetivar o depósito judicial em conta deste Juízo,
vinculada ao presente feito, junto ao Banco do Estado do Pará.

Não ocorrendo o pagamento tempestivo, expeça-se desde logo mandado de penhora e avaliação,
seguindo-se os atos de expropriação (§3º, do art. 523, do CPC/15), dando prioridade ao bloqueio online
das contas do executado, caso tenha sido requerido pelo exequente (art. 854, do CPC/15).

Realizada tal penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, intime-se o executado,


conforme determina o art. 854, §2º, do CPC/15.

Intime-se igualmente o exequente para se manifestar sobre o depósito.

A cópia desta decisão servirá como mandado/CARTA.

Belém, 13 de agosto de 2021

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza Titular da 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

assinado digitalmente

Número do processo: 0043390-38.2014.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: S. T. P. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: ANA CLAUDIA CORDEIRO DE ABDORAL LOPES OAB: 7901/PA
1447
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

0043390-38.2014.8.14.0301

Vistos, etc.

Verifico que a presente ação foi distribuída originalmente para 8ª Vara de Família de Belém por se tratar
de matéria referente a pensão alimentícia e reconhecimento de dependência econômica.

Após sentença de indeferimento da inicial ser desconstituída em grau de recurso, os autos retornaram a
vara de origem, conforme se vê no despacho de recebimento de id 20970665, porém a referida 8ª Vara de
Família foi extinta e transformada em 15ª Vara Cível e Empresarial, sendo determinado a redistribuição a
uma das varas de família, cabendo a remessa a 3ª Vara de Família.

Assim o juízo da 3ª Vara de Família preferiu despacho no evento 22361947 e posteriormente no evento
24927140 onde com fundamento no Resolução nº 023/2007-GP declarou sua incompetência e determinou
a redistribuição a uma das vara cíveis.

Constato que o feito foi originalmente distribuído para vara de família por conta da matéria e em data
posterior a Resolução citada

Assim, entendo que não cabe, a princípio, suscitação de conflito negativo, devendo os autos serem
devolvidos a 3ª Vara de Família diante do equivoco da aplicação da Resolução de 2007.

Redistribua-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0825760-57.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: AYMORE CREDITO,


FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO JORDAO ARAUJO
SILVA OAB: 297715/SP Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
OAB: 15201/PA Participação: REU Nome: ISAIAS DE AMARAL SIQUEIRA

0825760-57.2019.8.14.0301

Vistos, etc.

Em que pese a cessão informada nos autos ser válida e eficaz entre cedente e cessionário, temos que nos
termos do art. 290 do CCB, a cessão de crédito somente terá eficácia em relação ao devedor, ora réu,
caso tenha este sido devidamente notificado.

Assim, indefiro o pedido de sucessão ou substituição processual do pólo ativo, ante a não comprovação da
referida notificação, cabendo apenas o ingresso do cessionário como litisconsorte ativo, o qual fica desde
já intimado a prestar as informações devidas para o bom andamento da ação, principalmente sobre o atual
endereço do réu, visto que sequer foi citado.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente
1448
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0839798-74.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ITAU UNIBANCO


S.A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCO ANDRE HONDA FLORES OAB: 6171/MS Participação:
EXECUTADO Nome: A C LAMEIRA DE MELO - ME Participação: EXECUTADO Nome: DIONISIO
TEIXEIRA DA COSTA JUNIOR

0839798-74.2019.8.14.0301

Vistos, etc.

Requer o exequente a penhora dos direitos do executado sobre o bem imóvel indicado na certidão de id
21271824 alienado fiduciariamente à Caixa Econômica Federal.

Assim, nos termos do art. 835, inciso XII do CPC defiro a penhora dos direitos aquisitivos derivados do
contrato de alienação fiduciária em garantia firmado entre o executado a instituição bancária acima
referida.

Oficie-se à instituição financeira que figura como credora fiduciária, solicitando informações acerca da
referida dívida, se já houve integral pagamento ou não, indicando valor atualizado do débito, acaso
existente.

Em caso de existência de saldo devedor, o credor fiduciário deverá também informar a este juízo se há
medidas executivas em andamento, inclusive se há praça ou leilão designado para tal bem.

Com as informações do credor fiduciário, expeça-se penhora sobre os direitos do devedor fiduciário.

Belém, 13 de agosto de 2021.

assinado digitalmente

Número do processo: 0804809-42.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARIA DAS MERCES


AVELINO DE LIMA Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA DUARTE DE SOUZA OAB: 18463-B/PA
Participação: ADVOGADO Nome: WALTER COSTA JUNIOR OAB: 16275/PA Participação: ADVOGADO
Nome: THIAGO AUGUSTO OLIVEIRA DE MESQUITA OAB: 14106/PA Participação: ADVOGADO Nome:
CARLOS CEZAR FARIA DE MESQUITA FILHO OAB: 012571/PA Participação: ADVOGADO Nome: YURI
MORHY DE MENDONCA OAB: 27035/PA Participação: REU Nome: CARMEN ALVES MARANHAO
Participação: REU Nome: RUTH MIRANDA DE ANDRADE MAGALHAES

0804809-42.2019.8.14.0301

Vistos, etc.

Defiro a juntada do contrato de locação, venham os autos conclusos para julgamento conforme
determinado no evento 16283986.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente
1449
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0826604-36.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO PSA


FINANCE BRASIL S/A. Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO TESHEINER CAVASSANI OAB:
71318/SP Participação: REQUERIDO Nome: OTAVIO AUGUSTO MAIA PALHETA 97245747253

0826604-36.2021.8.14.0301

Vistos, etc.

Certifique-se sobre o total cumprimento da emenda determinada em decisão de id 26490978.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0800753-04.2021.8.14.0201 Participação: REQUERENTE Nome: BANCO


BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO BRAZ DA SILVA
OAB: 20638/PA Participação: REQUERIDO Nome: LUCAS DA SILVA ALMEIDA

0800753-04.2021.8.14.0201

Vistos etc.,

A parte autora requer a desistência do presente feito no evento 29155589.

Assim, homologo, para que produza seus legais efeitos, a desistência do feito, em consequência do que
julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, VIII, do Código de
Processo Civil.

Custas pelo desistente.

Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se, observadas as formalidades legais.

P.R.I.

Proceda-se nos termos do previsto no §§ 4º e 6º do art. 46 da Lei Estadual nº 8.328/2015 para inscrevê-lo
em dívida ativa, arquivando os presentes autos em seguida.

Belém, 13 de agosto de 2021

LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSO

Juíza Titular da 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

assinado digitalmente
1450
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0810879-07.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: ASSOCIACAO


CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR FONSECA DE
MORAES OAB: 26113/PA Participação: ADVOGADO Nome: LAYS SOARES DOS SANTOS RODRIGUES
OAB: 20288/PA Participação: EXECUTADO Nome: RAMIRO ANGELO DE PAULA RODRIGUES

0810879-07.2021.8.14.0301

Nome: ASSOCIACAO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA


Endereço: Av Nazaré, 630, Nazaré, BELéM - PA - CEP: 66035-170

Nome: RAMIRO ANGELO DE PAULA RODRIGUES


Endereço: Passagem Olinto Meira, 12, Guanabara, ANANINDEUA - PA - CEP: 67010-210

Vistos, etc.

Nos termos dos arts. 829, 914 e 915 do CPC/15, cite-se o executado para que, no prazo de 03 (três) dias,
efetue o pagamento da dívida no valor de R$ 3.570,03 (três mil quinhentos e setenta reais e três
centavos), sob pena de penhora de tantos bens quantos bastem para garantia da execução (principal,
juros, custas, honorários advocatícios), ou para, no prazo de 15 (quinze) dias, opor-se à execução por
meio de embargos, independentemente de penhora, depósito ou caução.

Não efetuado o pagamento, certifique-se e venham os autos conclusos.

Desde logo, arbitro honorários advocatícios no valor de 10% do valor da dívida, devendo ficar cientes os
executados que no caso de integral pagamento no prazo de 03 (três) dias, a verba honorária será reduzida
pela metade.

A cópia desta decisão servirá como mandado.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0813109-22.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ASSOCIACAO


CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR FONSECA DE
MORAES OAB: 26113/PA Participação: ADVOGADO Nome: LAYS SOARES DOS SANTOS RODRIGUES
OAB: 20288/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINE FIGUEIREDO LIMA OAB: 24933/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO MENDES NETO OAB: 015583/PA Participação: REU
Nome: LUCA MIRANDA PETILLO

Processo:0813109-22.2021.8.14.0301

Nome: ASSOCIACAO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA


Endereço: Travessa Manoel Evaristo, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66035-170

Nome: LUCA MIRANDA PETILLO


Endereço: Travessa Apinagés, Condor, BELéM - PA - CEP: 66045-110

Vistos, etc.
1451
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A pretensão visa ao cumprimento de obrigação adequada ao procedimento e vem em petição instruída por
prova escrita, sem eficácia de título executivo, de modo que a ação monitória é pertinente, conforme o art.
700 do CPC.

Defiro, pois de plano, a expedição do mandado, razão pela qual, determino a citação da Requerida, a ser
cumprido pelo correio (art. 700, §7º, do CPC), para, no prazo de quinze dias, pagar a quantia reclamada,
sujeita à atualização na data do efetivo pagamento e ao pagamento de honorários advocatícios na ordem
de 5% (cinco por cento), de acordo com o art. 701, caput, do CPC, embora isenta de custas (art. 701, §1º,
do CPC).

Informe-se que o requerido poderá, alternativamente, opor embargos, no mesmo prazo para pagamento
da dívida, com a advertência de que a não interposição dos mesmos importará, de pleno direito, na
constituição de título executivo judicial, convertendo- se o mandado inicial em mandado executivo (art.
702, caput, c/c 701, §2º, do CPC)

A oposição dos embargos suspenderá a eficácia desta decisão no que respeita à expedição do mandado,
até o julgamento da presente Ação Monitória neste primeiro grau (art. 702, §4º, do CPC).

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado de citação. Cumpra-se na forma e sob as penas da
lei. (Provimento nº 003 e 011/2009 – CJRMB).

Intime-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0821881-71.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: BANCO DO BRASIL SA


Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO DE BARCELOS OAB: 21148/PA Participação: REU
Nome: A G DA CRUZ FARIA EIRELI - ME Participação: REU Nome: AUGUSTO GABRIEL DA CRUZ
FARIA

Processo:0821881-71.2021.8.14.0301

Nome: BANCO DO BRASIL SA


Endereço: Avenida Júlio César, sn, I Comar, Souza, BELéM - PA - CEP: 66613-010

Nome: A G DA CRUZ FARIA EIRELI - ME


Endereço: Rua Jardim Anabiju, 35, Térreo, Castanheira, BELéM - PA - CEP: 66645-080
Nome: AUGUSTO GABRIEL DA CRUZ FARIA
Endereço: Travessa Três de Maio, 00764, Fátima, BELéM - PA - CEP: 66060-600

Vistos, etc.

A pretensão visa ao cumprimento de obrigação adequada ao procedimento e vem em petição instruída por
prova escrita, sem eficácia de título executivo, de modo que a ação monitória é pertinente, conforme o art.
700 do CPC.

Defiro, pois de plano, a expedição do mandado, razão pela qual, determino a citação da Requerida, a ser
cumprido pelo correio (art. 700, §7º, do CPC), para, no prazo de quinze dias, pagar a quantia reclamada,
sujeita à atualização na data do efetivo pagamento e ao pagamento de honorários advocatícios na ordem
1452
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

de 5% (cinco por cento), de acordo com o art. 701, caput, do CPC, embora isenta de custas (art. 701, §1º,
do CPC).

Informe-se que o requerido poderá, alternativamente, opor embargos, no mesmo prazo para pagamento
da dívida, com a advertência de que a não interposição dos mesmos importará, de pleno direito, na
constituição de título executivo judicial, convertendo- se o mandado inicial em mandado executivo (art.
702, caput, c/c 701, §2º, do CPC)

A oposição dos embargos suspenderá a eficácia desta decisão no que respeita à expedição do mandado,
até o julgamento da presente Ação Monitória neste primeiro grau (art. 702, §4º, do CPC).

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado de citação. Cumpra-se na forma e sob as penas da
lei. (Provimento nº 003 e 011/2009 – CJRMB).

Intime-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0823498-66.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ASSOCIACAO


CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA Participação: ADVOGADO Nome: LAYS SOARES DOS
SANTOS RODRIGUES OAB: 20288/PA Participação: ADVOGADO Nome: IGOR FONSECA DE MORAES
OAB: 26113/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAROLINE FIGUEIREDO LIMA OAB: 24933/PA
Participação: REU Nome: PAULO SERGIO DE OLIVEIRA BENTO JUNIOR

Processo:0823498-66.2021.8.14.0301

Nome: ASSOCIACAO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARA


Endereço: Av. Nazaré, 630, Umarizal, BELéM - PA - CEP: 66035-170

Nome: PAULO SERGIO DE OLIVEIRA BENTO JUNIOR


Endereço: Travessa WE-21, (Cidade Nova IV/V), Cidade Nova, ANANINDEUA - PA - CEP: 67130-310

Vistos, etc.

A pretensão visa ao cumprimento de obrigação adequada ao procedimento e vem em petição instruída por
prova escrita, sem eficácia de título executivo, de modo que a ação monitória é pertinente, conforme o art.
700 do CPC.

Defiro, pois de plano, a expedição do mandado, razão pela qual, determino a citação da Requerida, a ser
cumprido pelo correio (art. 700, §7º, do CPC), para, no prazo de quinze dias, pagar a quantia reclamada,
sujeita à atualização na data do efetivo pagamento e ao pagamento de honorários advocatícios na ordem
de 5% (cinco por cento), de acordo com o art. 701, caput, do CPC, embora isenta de custas (art. 701, §1º,
do CPC).

Informe-se que o requerido poderá, alternativamente, opor embargos, no mesmo prazo para pagamento
da dívida, com a advertência de que a não interposição dos mesmos importará, de pleno direito, na
constituição de título executivo judicial, convertendo- se o mandado inicial em mandado executivo (art.
702, caput, c/c 701, §2º, do CPC)
1453
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A oposição dos embargos suspenderá a eficácia desta decisão no que respeita à expedição do mandado,
até o julgamento da presente Ação Monitória neste primeiro grau (art. 702, §4º, do CPC).

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado de citação. Cumpra-se na forma e sob as penas da
lei. (Provimento nº 003 e 011/2009 – CJRMB).

Intime-se.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0821557-81.2021.8.14.0301 Participação: EMBARGANTE Nome: ELIZETH DO


SOCORRO DA SILVA BRAGA Participação: ADVOGADO Nome: OSMAR DA SILVA NEVES OAB:
28609/PA Participação: EMBARGADO Nome: UNICRED BELEM - COOPERATIVA DE ECONOMIA E
CREDITO MUTUO DOS PROFISSIONAIS DE NIVEL SUPERIOR DA SAUDE E DO FUNCIONALISMO
PUBLICO DE BELEM Participação: ADVOGADO Nome: THEO SALES REDIG registrado(a) civilmente
como THEO SALES REDIG OAB: 14810/PA

0821557-81.2021.8.14.0301

Vistos, etc.

Certifique-se sobre a tempestividade dos presente embargos.

Após conclusos para decisão.

Belém, 13 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0824529-24.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: INDUSTRIA E


COMERCIO DE ESPUMAS E COLCHOES BELEM LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANE
DE MEDEIROS FARIAS OAB: 16997/PA Participação: ADVOGADO Nome: FABRIZIO SANTOS
BORDALLO OAB: 8697/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALESSANDRO JOSE SEABRA
GONCALVES FEIO OAB: 21514/PA Participação: REU Nome: E. SILVA DE SOUZA & CIA LTDA ME - ME
Participação: REU Nome: EDIVALDO SILVA DE SOUZA Participação: REU Nome: BRENDA
CAVALCANTE DE MELO SANTIAGO Participação: REU Nome: ENEIDA CAVALCANTE DE MELO

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

PROCESSO: 0824529-24.2021.8.14.0301
1454
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nome: INDUSTRIA E COMERCIO DE ESPUMAS E COLCHOES BELEM LTDA.


Endereço: Rodovia Br 316, km 10, S/N, São João, MARITUBA - PA - CEP: 67200-000

Nome: E. SILVA DE SOUZA & CIA LTDA ME - ME


Endereço: Rua Eliézer Levy, 1900, Central, MACAPá - AP - CEP: 68900-083
Nome: EDIVALDO SILVA DE SOUZA
Endereço: Avenida Hermes Monteiro da Silva, 2230, Novo Horizonte, MACAPá - AP - CEP: 68909-095
Nome: BRENDA CAVALCANTE DE MELO SANTIAGO
Endereço: Rua Rio Macacoari, 21, Trem, MACAPá - AP - CEP: 68901-020
Nome: ENEIDA CAVALCANTE DE MELO
Endereço: Avenida Pitágoras, 368, Renascer, MACAPá - AP - CEP: 68907-040

Vistos, etc.

Em virtude da situação excepcional que torna necessária toda prevenção ao contágio pelo novo
Coronavírus, não se mostra razoável a designação de audiência de conciliação.

Assim, deixo, excepcionalmente, de designar audiência de conciliação, ficando, contudo, a secretaria


autorizada a encaminhar as parte ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania - CEJUSC
caso de ambas as partes informarem, por meio de petição, o interesse em conciliar.

CITEM-SE os requeridos, pela via postal, no endereço informado na petição inicial, a fim de que
apresentem contestação no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do Art. 335, III, do CPC, sob pena de
revelia e confissão quanto à matéria de fato, nos termos do Art. 344, do mesmo diploma.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício, nos termos do provimento 003/2009
CRMB.

Belém, 13 de agosto de 2021.

Número do processo: 0845354-86.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome:


GALVONOPLASTIA POCKEL & PRADO LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: DIJALMA PIRILLO
JUNIOR OAB: 139691/SP Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA ISMAEL PIRILLO OAB: 309746/SP
Participação: REQUERIDO Nome: CYNTHIA DE MELO AMORIM

Processo:0845354-86.2021.8.14.0301

Nome: GALVONOPLASTIA POCKEL & PRADO LTDA - ME


Endereço: Avenida Mirassolândia, 1590, sala 06, Conjunto Habitacional Costa do Sol, SãO JOSé DO RIO
PRETO - SP - CEP: 15045-000

Nome: CYNTHIA DE MELO AMORIM


Endereço: desconhecido

Vistos, etc.

Diante da comprovação de inatividade da empresa autora, defiro a gratuidade de justiça.


1455
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

A pretensão visa ao cumprimento de obrigação adequada ao procedimento e vem em petição instruída por
prova escrita, sem eficácia de título executivo, de modo que a ação monitória é pertinente, conforme o art.
700 do CPC.

Defiro, pois de plano, a expedição do mandado, razão pela qual, determino a citação da Requerida, a ser
cumprido pelo correio (art. 700, §7º, I, do CPC), para, no prazo de quinze dias, pagar a quantia reclamada,
sujeita à atualização na data do efetivo pagamento e ao pagamento de honorários advocatícios na ordem
de 5% (cinco por cento), de acordo com o art. 701, caput, do CPC, embora isenta de custas (art. 701, §1º,
do CPC).

Informe-se que o requerido poderá, alternativamente, opor embargos, no mesmo prazo para pagamento
da dívida, com a advertência de que a não interposição dos mesmos importará, de pleno direito, na
constituição de título executivo judicial, convertendo- se o mandado inicial em mandado executivo (art.
702, caput, c/c 701, §2º, do CPC)

A oposição dos embargos suspenderá a eficácia desta decisão no que respeita à expedição do mandado,
até o julgamento da presente Ação Monitória neste primeiro grau (art. 702, §4º, do CPC).

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado de citação. Cumpra-se na forma e sob as penas da
lei. (Provimento nº 003 e 011/2009 – CJRMB).

Intime-se.

Belém, 10 de agosto de 2021

assinado digitalmente

Número do processo: 0840794-04.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: DAMYLLER COMERCIO


DE CONFECCOES LTDA Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL ALCANTARA NASTRI CERVEIRA
OAB: 200121/SP Participação: REU Nome: NORTE SHOPPING BELEM S/A Participação: REU Nome: XP
MALLS FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIARIO - FII

Processo: 0840794-04.2021.8.14.0301

Vistos, etc.

Determino a emenda da petição inicial pelo autor, nos termos do caput do art. 321 c/c inciso V do art. 319
do CPC e inciso III o art. 58 da Lei nº 8.245/91, no prazo de 15 (quinze) dias, devendo o autor recolher
custas remanescentes, se houver, sob pena de indeferimento da inicial (parágrafo único do art. 321 do
CPC)

Belém, 04 de agosto de 2021.

Número do processo: 0834788-78.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: GUILHERME TURISMO


LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE ASSUNCAO FERNANDES OAB: 17637/PA
Participação: REU Nome: CHRISTHUR TRANSPORTE E TURISMO EIRELI
1456
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Tribunal de Justiça do Estado do Pará


Secretaria da 2ª UPJ cível e Empresarial de Belém
ATO ORDINATÓRIO

Considerando o deferimento da expedição do mandado de busca e apreensão na decisão de ID.


31625743, intimo a parte Autora para recolher as custas referentes a diligência do Sr. Oficial de
Justiça referentes à diligência do Oficial de Justiça – Busca e Apreensão de veículos, para o devido
prosseguimento do feito. (Provimento 006/2006-CJRMB)

De ordem, em 16 de agosto de 2021.

__________________________________________

SAMANTHA CUNHA SZEKACS

SERVIDOR 2ª UPJ CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM

Número do processo: 0852736-67.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MENEGOTTI


MAQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: FABIO BERNARDES OAB:
33221/SC Participação: REQUERIDO Nome: LEMES E LEMES CONSTRUTORA LTDA - EPP

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

0852736-67.2020.8.14.0301

EXECUÇÃO FISCAL

EXEQUENTE: REQUERENTE: MENEGOTTI MAQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA.

EXECUTADO: REQUERIDO: LEMES E LEMES CONSTRUTORA LTDA - EPP

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 1º, §2º, inciso XX, do Provimento nº 006/2006 da Corregedoria de Justiça da Região
Metropolitana de Belém, e considerando a devolução do AVISO DE RECEBIMENTO (AR), sem
cumprimento, manifeste-se o autor, no prazo de 05 (cinco) dias, para requerer o que entender de direito.

BELéM, 16 de agosto de 2021.

______________________________________

Diretor de Secretaria da 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém


1457
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0842885-67.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MARCIO GILBERTO DOS


SANTOS CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: HUDSON DAVID SOUZA DA SILVA OAB:
30744/PA Participação: REU Nome: ACADEMIA PARAENSE DE MUSICA

Processo: 0842885-67.2021.8.14.0301

Autor: MÁRCIO GILBERTO DOS SANTOS CARVALHO

Ré: ACADEMIA PARAENSE DE MUSICA


Endereço: Avenida Nazaré, 272, Ed. Club de Engenharia, sala 207, Nazaré, Belém/PA, Nazaré, Belém/PA,
CEP: 66040-141

Vistos, etc.

Trata-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGATIVA DE CONTRATAÇÃO CUMULADO


COM OBRIGAÇÃO DE FAZER E PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA DE NATUREZA
ANTECIPADA ajuizada por MÁRCIO GILBERTO DOS SANTOS CARVALHO em desfavor de Academia
Paraense de Música - APM.

Alega o autor, em síntese, que é musicista e firmou o primeiro contrato de emprego com a Academia
Paraense de Música requerida, no ano de 2011 para fazer parte da Orquestra Sinfônica do Theatro da
Paz.

Suscita que em setembro de 2020, durante a vigência do último contrato de emprego com a Requerida, o
requerente tomou posse no cargo de professor junto à Fundação Carlos Gomes, mantendo-se no
exercício das duas funções até o encerramento do contrato de emprego com a Requerida, que se deu em
janeiro de 2021.

Aduz que em abril de 2021, o edital de um novo processo seletivo foi publicado pela ré, o qual previa, com
ressalvas, vedação para contratação de servidores públicos, fundamentando-se no art. 24, II e III, alínea
“b”, do Decreto Estadual nº 1.835/2017.

Alega, contudo, que o edital publicado em abril fora retirado do site e um novo edital foi publicado em 05
de maio de 2021, porém ainda constando o impedimento de inscrição de servidores e deixando de prever
a possibilidade de recurso.

Prossegue o autor alegando que logrou êxito na aprovação, classificando-se no primeiro lugar para as
vagas de contatação imediata.

Aduz que realizou o pertinente exame médico e, em ato contínuo, a data para assinatura do contrato foi
marcada para o dia 02/07/2021 sendo exigido apenas um documento para ser apresentado na ocasião da
assinatura do contrato, qual seja, declaração constando que o candidato não possui vínculo com a
Administração Pública Estadual, ou, sendo servidor público, apresentasse comprovante de extinção do
vínculo.

Todavia, suscita o autor que a ré omite da declaração a ressalva prevista no Decreto Estadual 1.835/2017
e não considera a exceção da proibição de contratar servidor público estadual prevista no parágrafo
primeiro do art. 35 da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO do Estado do Pará, Lei nº 9.105/2020.

Ajuizou a presente ação requerendo a concessão da tutela de urgência com a finalidade de permitir a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

contratação imediata do autor, nos termos do art. 300 do CPC.

Juntou documentos.

Éo relato. Passo a decidir.

Uma detida análise do pedido autoral indica que seu pedido liminar tem natureza de tutela provisória de
urgência, que depende, para ser concedida, do preenchimento de certos requisitos, quais sejam a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (art. 300, do CPC).

Quanto à probabilidade do direito da parte autora, entendo não ter sido preenchido tal requisito nesta fase
processual, uma vez que a questão demanda dilação probatória e análise de mérito.

Para concessão da tutela de urgência, mostra-se necessário o preenchimento dos requisitos autorizadores
previstos no artigo 300 do Código de Processo Civil, a saber, a presença de elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Ausentes os
requisitos necessários para a concessão da medida, faz-se necessário o aprofundamento nas provas a
serem produzidas sob o crivo do contraditório, quando, então, o magistrado terá melhores condições de
apreciar a tutela reclamada.

Isto posto, indefiro o pedido de tutela de urgência, pela ausência dos requisitos legais previstos no art. 300
do CPC.

Defiro o pedido de gratuidade de justiça ao autor em face da presunção de sua declaração de insuficiência
de recursos, nos termos do §3º do art. 99 do CPC.

Diante da situação excepcional que o assola o país por conta da Pandemia de COVID-19, não se mostra
razoável a designação de audiência de conciliação/mediação.

Ante as circunstâncias do caso, pauta deste Juízo e inviabilidade de acordo pela impossibilidade de
realização de audiência prévia em ainda neste semestre, é razoável a adaptação do procedimento comum,
não sendo recomendável a designação de audiência de conciliação.

Urge trazer a lume o Enunciado nº 35 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados


- ENFAM possibilitando a adequação de ritos, in verbis: “35) Além das situações em que a flexibilização do
procedimento é autorizada pelo art. 139, VI, do CPC/2015, pode o juiz, de ofício, preservada a
previsibilidade do rito, adaptá-lo às especificidades da causa, observadas as garantias fundamentais do
processo.”

Assim, cite-se a requerida por aviso de recebimento para querendo, apresentar contestação, no prazo de
15 (quinze) dias, contados na forma do art. 335, III do Código de Processual Civil, sob pena de revelia.

Servirá a presente, por cópia digitalizada, como carta/mandado de citação/intimação. CUMPRA-SE NA


FORMA E SOB AS PENAS DA LEI (Provimentos ns. 003 e 011/2009–CJRMB).

Belém, 30 de julho de 2021.

Número do processo: 0861367-97.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: PETROBRAS


DISTRIBUIDORA S A Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO MENDES CRUZ OAB: 25711/BA
Participação: EXECUTADO Nome: GOLDEN NORTH LTDA - EPP Participação: EXECUTADO Nome:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

JOZIANE ARAUJO NASCIMENTO Participação: EXECUTADO Nome: ROBSON SANTANA ROCHA


FREIRES

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

0861367-97.2020.8.14.0301

EXECUÇÃO FISCAL

EXEQUENTE: EXEQUENTE: PETROBRAS DISTRIBUIDORA S A

EXECUTADO: EXECUTADO: GOLDEN NORTH LTDA - EPP, JOZIANE ARAUJO NASCIMENTO,


ROBSON SANTANA ROCHA FREIRES

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 1º, §2º, inciso XX, do Provimento nº 006/2006 da Corregedoria de Justiça da Região
Metropolitana de Belém, e considerando a devolução do AVISO DE RECEBIMENTO (AR), sem
cumprimento, manifeste-se o autor, no prazo de 05 (cinco) dias, para requerer o que entender de direito.

BELéM, 16 de agosto de 2021.

______________________________________

Diretor de Secretaria da 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

Número do processo: 0841199-40.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: JESSICA GOMES


DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO PAULO DA SILVA SILVA OAB: 31784/PA
Participação: REQUERENTE Nome: CIBELE GOMES DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome:
PEDRO PAULO DA SILVA SILVA OAB: 31784/PA Participação: REQUERENTE Nome: NANCIELLY
GOMES DE SOUSA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO PAULO DA SILVA SILVA OAB: 31784/PA

Processo: 0841199-40.2021.8.14.0301

Vistos, etc.

Concedo a gratuidade processual às autoras nos termos legais.

Ressalto que a Ação de Alvará Judicial constitui autorização legitimando o herdeiro a receber valores a
que o de cujus faria jus anteriormente ao seu falecimento.

Nesse sentido, emende as autoras a inicial, no prazo legal (art. 321, do CPC/15), sob pena de
indeferimento, para juntar aos autos Certidão de Existência ou Inexistência de Dependentes
Previdenciários do INSS, bem como juntar declaração de inexistência de bens a inventariar em nome do
de cujus, nos termos do art. 4º do Decreto n° 85.845/81, exarando expressamente que tal declaração é
feita sob as penas da lei.
1460
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Realizadas as diligências indicadas, venham os autos conclusos

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 03 de agosto de 2021.

Número do processo: 0840583-65.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: ROBINEIDE SOEIRO


PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL MOTA DE CARVALHO OAB: 23473/PA
Participação: REQUERIDO Nome: BANCO PAN S/A.

0840583-65.2021.8.14.0301

Sentença

I- relatório

Trata-se de AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO C/C CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO COM PEDIDO


DE TUTELA DE URGENCIA ajuizada por ROSINEIDE SOEIRO PEREIRA DE OLIVEIRA em face de
BANCO PAN S.A.

Alega a autora que firmou, com o banco demandado, contrato para compra do veículo VW/VOYAGE,
2012/2013, OFS0827, cor prata, sendo o valor financiado de R$18.604,56, em 48 parcelas de R$ 763,97.

Recorreu ao Poder Judiciário visando declarar a cobrança abusiva, ilegal e não contratada determinadas
cláusulas contratuais, afastando os efeitos da inadimplência, além de requerer a repetição de indébito de
valores pagos a maior diante das cobranças que entende ilegais, suscitando ofensa aos princípios da
transparência de da boa-fé.

Requereu em sede de tutela de urgência o deferimento do pedido de consignação do valor que entende
incontroverso de R$ 500,51, ou em pedido subsidiário, o depósito mensal integral das prestações, ou seja,
o depósito das parcelas constantes nos boletos emitidos pelo banco para o fim de afastamento da mora,
até a solução final da presente lide; a manutenção da posse do veículo e a abstenção da ré em inserir seu
nome nos cadastros de restrição ao crédito.

Juntou documentos, incluindo sumário de cédula de contrato celebrado com o réu ao ID 29718970.

Éo relatório. Passo ao julgamento.

II- DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO

Compulsando os autos, verifico que consta sumário de cédula de contrato de crédito bancário em
celebrado com o réu ao ID 29718970, vislumbrando-se todas informações contratuais imprescindíveis para
análise deste juízo, como valor total financiado, custo efetivo total do contrato e taxa de juros incidentes.

Nos termos do art. 332 do Código de Processo Civil, nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,
independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento
de recursos repetitivos;

III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de


competência;

IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.

Sob esse prisma, não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. Isso porque, o atual ordenamento
jurídico é pautado na valoração dos precedentes judiciais, dando a alguns o status de precedentes
obrigatórios com o efeito impeditivo.

O objetivo, nesse sentido, é obstar o ajuizamento de pretensões que já encontram com soluções
solidificadas em recursos repetitivos ou súmulas e, em conseqüência, atender ao preceito constitucional
da celeridade processual.

É o que ocorre nos presentes autos, já que a questão posta em julgamento se refere à análise de
cláusulas contratuais que prevêem a incidência de juros remuneratórios acima da taxa de 12% ao ano e a
capitalização de juros na modalidade composta, além das cláusulas que impõem a autora o repasse de
custos administrativos e operacionais. Logo, o cerne da presente demanda gira em torno do direito
pleiteado pela autora de revisar o contrato de financiamento celebrado.

Ocorre que, observo-se claramente que a parte autora suscita discussões que já foram enfrentadas
e solucionadas pelos Tribunais Superiores pátrios, se amoldando à hipótese do art. 332, incisos I, II e III do
CPC, não sendo razoável admitir ou aceitar o processamento de pretensões onde se discutam matéria já
pacificada, como se demonstrará abaixo.

III- DA LIMITAÇÃO E DA CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS

O Superior Tribunal de Justiça já pacificou o entendimento de que as instituições públicas ou privadas que
integram o sistema financeiro têm liberdade para fixar as taxas de juros que adotam, podendo inclusive
praticar taxas superiores a 12% (doze por cento) ao ano.

A temática já foi solucionada sob a égide do exame em recurso repetitivo por parte do Superior
Tribunal de Justiça, sendo este de obediência obrigatória por este juízo, conforme previsão do art. 927, III,
do Código de Processo Civil, senão vejamos:

I - JULGAMENTO DAS QUESTÕES IDÊNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE.

ORIENTAÇÃO 1 - JUROS REMUNERATÓRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação


dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;

b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade;

c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591
c/c o art. 406 do CC/02;

d) É admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que
caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em
desvantagem exagerada art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do
julgamento em concreto. (...) (REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO,
julgado em 22/10/2008, DJe 10/03/2009)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Destaco ainda que a questão já foi devidamente resolvida pelos Recursos Repetitivos de Temas 24, 25,
26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, razão pela qual não há ilegalidade a ser proclamada, nem
modificação a incidir sobre o contrato.

Nesse sentido, cito ainda as Súmulas 382 e 541 do STJ:

Súmula 382 - A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica

Abusividade

Súmula 541 - A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é
suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.

Assim, os Tribunais Superiores têm decidido que não se pode falar de abusividade na pactuação dos juros
remuneratórios só pelo fato de a estipulação ultrapassar 12% ao ano. Ao contrário, a abusividade destes
só pode ser declarada, caso a caso, à vista de taxa comprovadamente discrepante, de modo substancial,
da média do mercado na praça do empréstimo – o que não se demonstrou ser o caso.

Aliás, também é pacifico o entendimento jurisprudencial no sentido de que é permitida a capitalização de


juros pelas instituições bancárias, sendo que o STF e o STJ já pacificaram, em julgamentos em sede de
recursos repetitivos e em Súmulas, que a capitalização dos juros em contratos bancários celebrados após
a vigência da Medida Provisória 2.170-36/01, ou seja, após 31/03/2000, é admissível, senão vejamos:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO COM PACTO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. JUROS REMUNERATÓRIOS
PACTUADOS. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. TARIFAS BANCÁRIAS.
MORA CONFIGURADA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

1. O Tribunal de origem consignou que a taxa de juros praticada pela Instituição bancária deveria observar
a taxa média de mercado apurada pelo Banco central para o período de contratação, não sendo abusiva a
taxa de juros pactuada. Rever este entendimento implicaria no reexame do acervo fático-probatório da
demanda, o que é vedado pelo teor da Súmula 7 do STJ.

2. "É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos celebrados após
31.3.2000, data da publicação da Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (em vigor como MP 2.170-36/2001),
desde que expressamente pactuada." (REsp 973.827/RS, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 24/09/2012)

3. Admite-se a comissão de permanência durante o período de inadimplemento contratual, à taxa média


dos juros de mercado, limitada ao percentual fixado no contrato (Súmula nº 294/STJ), desde que não
cumulada com a correção monetária (Súmula nº 30/STJ), com os juros remuneratórios (Súmula nº
296/STJ) e moratórios, nem com a multa contratual.

4. Agravo regimental não provido.

(AgRg no AgRg no AREsp 613.726/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado
em 05/05/2015, DJe 14/05/2015)

Destaque-se que o precedente citado se amolda perfeitamente a este caso, vez que se trata
igualmente de ação revisional de contrato com pacto de alienação fiduciária. Friso ainda que a presente
tese está consolidada nos temas 246 e 247 dos Recursos Repetitivos do Superior Tribunal de Justiça.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Reforça-se que o precedente acima descrito é de cunho obrigatório (art. 927, III, do CPC), sendo que sua
não observância implicará numa sentença sem fundamentação e, em conseqüência, possível de
anulação.

Ainda sobre a matéria, fora editada a Súmula 539 do e. STJ, in verbis:

Épermitida a capitalização de juros com periodicidade inferior à anual em contratos celebrados com
instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP n. 1.963-17/2000,
reeditada como MP n. 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada.

Em razão desses julgamentos, conclui-se que é válida a cobrança de capitalização de juros com
periodicidade inferior a um ano em contratos celebrados após 31/03/00, data da publicação da Medida
Provisória 1.963-17/00 (em vigor como MP 2.170-36/01), considerada constitucional e aplicável aos
contratos bancários firmados por consumidores, mesmo que hipossuficientes.

No caso em análise, verifica-se que o contrato foi celebrado em 12/12/2018 (ID 29718970), razão
pela qual sujeita-se à MP 2.170-36/01, sendo admissível pactuar a capitalização dos juros em
periodicidade inferior à anual.

Ademais, de acordo com o entendimento do STJ, é suficiente para considerar pactuada a


capitalização, que a taxa anual efetiva seja superior a doze vezes a taxa mensal, o que ocorre no caso em
exame, pois conforme se verifica no sumário do contrato, ID 29718970, a taxa mensal de 3,21%
multiplicada por 12 equivale à taxa anual de 38,52%, enquanto o valor da taxa anual contratado foi de
46,03% ao ano.

IV- do IOF e Tarifa de Cadastro

Destaco que nos termos da divulgação constante no site do STJ, a Segunda Seção do referido Tribunal,
no julgamento do recurso repetitivo no REsp n. 1251331/RS e no julgamento do REsp 1.255.573/RS, fixou
três teses que devem servir de parâmetro para a análise da legalidade da cobrança da tarifa de abertura
de crédito (TAC), da tarifa de emissão de carnê (TEC) e do financiamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) nos contratos bancários. Essas teses, que devem orientar os julgamentos
de primeira instância, são as seguintes:

a) nos contratos bancários celebrados até 30 de abril de 2008 (fim da vigência da Resolução CMN
2.303/96), era válida a pactuação da TAC e da TEC, inclusive as que tiverem outras denominações para o
mesmo fato gerador, ressalvado o exame da abusividade em cada caso concreto;

b) com a vigência da Resolução 3.518/07, em 30 de abril de 2008, a cobrança por serviços bancários
prioritários para pessoas físicas ficou limitada às hipóteses taxativamente previstas em norma padronizada
expedida pela autoridade monetária, quando então não tem mais respaldo legal a contratação da TEC e
TAC, ou outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a tarifa de cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no início do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira;

c) as partes podem convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito


(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais.

Assim, embora de fato conste a previsão de cobrança da tarifa de cadastro e do IOF no sumário de
contrato de ID 29718970, conforme fundamentação acima a cobrança destas foram consideradas lícitas
pelo STJ em julgamento em sede de recurso repetitivo.

V- Do pedido de repetição de indébito e de cancelamento de negativação nos órgãos de


proteção ao crédito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O pedido de repetição de indébito e de cancelamento de inscrição do nome da autora nos órgãos


de proteção ao crédito, decorrem de forma lógica, da pretensão revisional de contrato. Como a pretensão
revisional deve ser liminarmente rejeitada, pois se enquadra na previsão do art. 332 do CPC, os referidos
pedidos merecem a mesma sorte, e podem ser liminarmente julgados improcedentes, porque a causa de
pedir deriva da pretensão revisional, que contraria entendimento adotado em sede de julgamento de
recurso repetitivo e em Súmulas do STJ.

Assim, cabível o julgamento de improcedência liminar, também em relação a esses pedidos.

Diante do exposto e, considerando o mais que dos autos consta, JULGO LIMINARMENTE
IMPROCEDENTES os pedidos formulados, com fundamento no artigo 332, incisos I e II, todos do CPC,
formulados iniciais, tudo nos termos da fundamentação.
Por conseguinte, resolvo o processo com análise do mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código
de Processo Civil.

Defiro o benefício da justiça gratuita em favor da autora, nos termos do artigo 5º, LXXIV, c/c artigo
2º, parágrafo único da Lei nº 1.060/50, sendo que essa prova se faz mediante simples declaração do
interessado (art. 4º), que será acolhida se não houver razão para dela se suspeitar (art. 5º).

Sem honorários em relação a estes pedidos, porque não houve citação. Condeno a autora ao pagamento
de custas processuais, porém suspensa a cobrança em razão da gratuidade concedida.

Interposto eventual recurso de apelação, venham os autos conclusos, caso em que o réu será citado para
os fins do art. 332, § 4º, do CPC.

Retifique-se o nome da autora no sistema PJE.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 03 de agosto de 2021.

Número do processo: 0860559-92.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: OTIMO INDUSTRIA DE


CONCENTRADOS DA AMAZONIA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: EDSON SAULO COVRE
OAB: 141125/SP Participação: REU Nome: BRUNO MICHAEL SOUZA E SILVA 75994755249

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

9ª Vara Cível e Empresarial de Belém

0860559-92.2020.8.14.0301

EXECUÇÃO FISCAL

EXEQUENTE: AUTOR: OTIMO INDUSTRIA DE CONCENTRADOS DA AMAZONIA LTDA

EXECUTADO: REU: BRUNO MICHAEL SOUZA E SILVA 75994755249


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 1º, §2º, inciso XX, do Provimento nº 006/2006 da Corregedoria de Justiça da Região
Metropolitana de Belém, e considerando a devolução do AVISO DE RECEBIMENTO (AR), sem
cumprimento, manifeste-se o autor, no prazo de 05 (cinco) dias, para requerer o que entender de direito.

BELéM, 16 de agosto de 2021.

______________________________________

Diretor de Secretaria da 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SECRETARIA DA VARA DE CARTA PRECATÓRIA CÍVEL DA CAPITAL

Número do processo: 0846310-05.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUIZO DA 2ª


VARA CIVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE PARAGOMINAS/PÁ Participação: ADVOGADO
Nome: BRUNO SOARES FIGUEIREDO OAB: 6777/PA Participação: INTERESSADO Nome: ANDRE
LUIS ANDRADE PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO SOARES FIGUEIREDO OAB:
6777/PA Participação: DEPRECADO Nome: JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE CARTA PRECATÓRIA
CÍVEL DA CAPITAL (BELÉM/PA) Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: CARTÓRIO DO 2º
OFÍCIO DE PESSOAS NATURAIS DE BELÉM - GUEDES OLIVEIRA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
PROCESSO:0846310-05.2021.8.14.0301
REQUERENTE: ANDRÉ LUIS ANDRADE PEREIRA
REQUERIDO: RARIZA MALENA DAVID ARAUJO PEREIRA.
Endereço da Diligência: Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais 2º Ofício, Belém - PA
DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento pelo Juízo Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.

2) Cumprida a diligência Deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens


Parauaras

BELÉM/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO

Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846614-04.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: VARA DA


FAZENDA COMARCA DE PARAUAPEBAS Participação: DEPRECADO Nome: VARA DO PLANTÃO
CÍVEL DE BELÉM Participação: REQUERENTE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
Participação: REQUERIDO Nome: ESTADO DO PARÁ Participação: INTERESSADO Nome: AURELIANO
ALVES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846614-04.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31784072.


1467
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.


Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0864965-30.2018.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUÍZO DE


DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DO RIO DE JANEIRO - REGIONAL DE JACAREPAGUÁ Participação:
ADVOGADO Nome: GUILHERME VIEIRA ASSUMPCAO OAB: 104139/RJ Participação: DEPRECADO
Nome: VARA DE CARTA PRECATÓRIA CÍVEL DA CAPITAL Participação: EXEQUENTE Nome:
RODENSTOCK BRASIL INDUSTRIA OPTICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: KARINA BASTOS
LANNES VIEIRA OAB: 227482/RJ Participação: EXECUTADO Nome: GRAND OPTICA LTA - EPP
Participação: EXECUTADO Nome: ROCHA COMERCIO DE OTICA LTDA - EPP Participação:
EXECUTADO Nome: G M DA ROCHA Participação: EXECUTADO Nome: ADEMAR MENDES DA SILVA
Participação: EXECUTADO Nome: GERALDO MENDES DA ROCHA Participação: ADVOGADO Nome:
YASMIM REGINA FEIO COELHO OAB: 017379/PA Participação: ADVOGADO Nome: ARACI FEIO
SOBRINHA OAB: 6197/PA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0864965-30.2018.8.14.0301

DESPACHO

Considerando que os 5 imóveis foram devidamente avaliados, determino:


1) Verifique a secretaria se existem custas pendentes para proceder a praça dos imóveis.
2) Estando as custas devidamente pagas, voltem conclusos para designação da praça.
3) Tendo custas a serem quitadas, encaminhem-se os autos a Unaj/Belém para expedição do boleto e
relatório de custas, para envio a parte autora para pagamento.
4) Quitadas as custas, voltem conclusos.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0843223-41.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: 1º JUIZADO


ESPECIAL CIVEL DE BOA VISTA - RR Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS
PRECATÓRIAS CÍVEIS DE BELÉM Participação: EXEQUENTE Nome: NATALY ARAÚJO DE ASSIS
PINHEIRO Participação: EXECUTADO Nome: C G NEVES STUDIO FOTOGRAFICO LTDA - EPP

PODER JUDICIÁRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0843223-41.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31592662.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0808635-76.2019.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: S. V. S. E. R. P. D.


C. P. Participação: DEPRECADO Nome: J. D. V. D. C. P. D. B. Participação: REQUERIDO Nome: Y. W.
R. Participação: INTERESSADO Nome: S. Participação: REQUERENTE Nome: C. H. W. R. Participação:
ADVOGADO Nome: RAFAEL DE BIASE CABRAL DE SOUZA OAB: 23342/PE

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0808635-76.2019.8.14.0301

DESPACHO

Tendo em vista a resposta da SEFA, ao ofício que lhe foi enviado, constante nos IDs 31468099, 31468100
e 31468103, determino:

1) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.


Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0817877-88.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: IPIRANGA


PRODUTOS DE PETROLEO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NOVAES BEZERRA
CAVALCANTI OAB: 19353/PE Participação: ADVOGADO Nome: CATARINA BEZERRA ALVES OAB:
29373/PE Participação: EXECUTADO Nome: CLAUDIO LUIZ PEREIRA Participação: EXECUTADO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Nome: MARIA DO ROCIO RODRIGUES RUTHES Participação: EXECUTADO Nome: AUTO POSTO
DESTERRO ITAJAI LTDA Participação: ADVOGADO Nome: JADERSON LUIS SCHMIDT OAB: 44181/RS
Participação: EXECUTADO Nome: AUTO POSTO BIGBOSS LTDA - ME Participação: EXECUTADO
Nome: BIG IMAGI COMBUSTIVEIS E SERVICOS LTDA Participação: INTERESSADO Nome: BANCO
BRADESCO S.A

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0817877-88.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Aguarde-se a realização da 2ª praça/leilão agendado para o dia 17/08/2021.


Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846360-31.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUÍZO DE


DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE VITÓRIA - ES Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO
DA VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DE BELÉM Participação: REQUERENTE Nome:
ONCOVIT DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS LTDA Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO
PEREZ MOREIRA OAB: 14782/ES Participação: REQUERIDO Nome: ONCOLOGICA BRASIL S/S LTDA -
EPP

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
Carta Precatória nº 0846360-31.2021.8.14.0301, oriunda de Vitória/ES, extraída dos autos da Ação
Monitória – Processo nº 5012241-15.2021.0.08.0024.

Requerente: ONCOVIT DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS LTDA

Requerido: ONCOLOGICA BRASIL S/S LTDA


Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 570, Reduto, BELÉM - PA - CEP: 66053-000

DESPACHO-OFÍCIO

Carta Precatória COM CUSTAS, no entanto, verifico não existir nos autos documento que comprove o
recolhimento das custas necessárias ao cumprimento da presente carta precatória. Assim sendo,
determino:

1) Encaminhem-se os autos à Unaj/Belém para verificação e emissão do relatório e boleto de pagamento


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

das custas necessárias ao cumprimento da ordem deprecada, para envio ao Juízo Deprecante, conforme
artigo 30 da Lei 8.328/2015.

2) Expedidos o relatório e boleto de custas, encaminhe-se ao Juízo Deprecante informando acerca da


necessidade do pagamento e comprovação nos autos, imprescindíveis para o cumprimento da
Carta Precatória.

3) Constatado o correto recolhimento das custas, o que deverá ser certificado, CUMPRA-SE, no prazo de
30 (trintas) dias, servindo esta de Mandado.

4) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens


Parauaras.

5) Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem o pagamento das custas, devolva-se sem cumprimento.

*SERVIRÁ O PRESENTE COMO OFÍCIO*

Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
1 ª) O(s) documento(s)/informações pode(m) ser encaminhado(s) através do malote digital desta Vara, do
email precatoriabelemcivel@tjpa.jus.br ou, ainda, através dos correios.
2ª) Para localização da Carta Precatória nesta Secretaria, é necessário fazer referência ao nosso número
acima citado.
3ª) A Carta Precatória será devolvida sem cumprimento caso não seja respondida a solicitação no prazo
de 30 (trinta) dias, nos termos do art. 8º do Provimento Conjunto nº 002/2017 – CJRMB/CJCI, que
dispõe: Os Juízes deverão promover a devolução de todas as cartas precatórias que aguardam, há mais
de 30 (trinta) dias, manifestação ou providência da parte interessada, desde que já tenham oficiado ao
Juízo Deprecante, solicitando a respectiva providência (manifestação sobre certidões, pagamento de
diligências e outras despesas processuais, indicação ou complementação de endereço, etc.) naquele
prazo.

Número do processo: 0844412-54.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: COMARCA DE


CONCÓRDIA DO PARÁ Participação: DEPRECADO Nome: COMARCA DE BELÉM/PA Participação:
EXECUTADO Nome: PAULO SÉRGIO SARMENTO FRADE

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0844412-54.2021.8.14.0301


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31536857.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0828252-22.2019.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUÍZO DE


DIREITO DA COMARCA DE CRICIÚMA SC Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE
CARTAS PRECATORIAS DE BELEM Participação: REQUERENTE Nome: DAGOSTIM - TRANSPORTE
E LOGISTICA LTDA Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO GREGORINI OAB: 50487/SC
Participação: ADVOGADO Nome: OSCAR URRUZOLA NETO OAB: 45772/SC Participação: REQUERIDO
Nome: TALENTO NEGOCIOS IMOBILIARIOS LTDA - EPP

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0828252-22.2019.8.14.0301

DESPACHO

Em face da certidão de ID 31269047:

1) Aguarde-se a realização da 2ª praça/leilão designada para o dia 17/08/2021.


Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0831768-79.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: J. D. V. Ú. D. M. A.


Participação: DEPRECADO Nome: J. D. V. C. D. B. Participação: REQUERENTE Nome: F. D. F. M.
Participação: REQUERENTE Nome: D. D. A. O.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS
PROCESSO: 0831768-79.2021.8.14.0301

DESPACHO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em face do ofício 0130/2021 - DSSVF, constante no ID 31607497, determino a redistribuição da carta


precatória para a Vara da Infância e Juventude da Capital.
Intime-se. Cumpra-se.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO

Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846556-98.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUIZADO


ESPECIAL ADJUNTO CÍVEL DA COMARCA DE PORTO REAL - RJ Participação: DEPRECADO Nome:
VARA DE CARTAS PRECATORIAS DA COMARCA DE BELEM Participação: REQUERENTE Nome:
COSME DAMIÃO MARTINS Participação: REQUERIDO Nome: ADONIRAM MENDES FERREIRA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846556-98.2021.8.14.0301


Requerente: COSME DAMIÃO MARTINS

Requerido: Adoniram Mendes Ferreira


Endereço 1: Rua Esperantista, nº 28 Casa - CEP: 66650-600 - Coqueiro - Belém - PA

Endereço 2: Residencial Rio D'ouro (SETOR II), 108 - BL ONZE B CEP: 66820-475 - ICOARACI - BELEM
- PA.

DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, nos termos da Lei. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846654-83.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: COMARCA DE


BELO HORIZONTE - MG Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS
PRECATORIAS DE BELEM Participação: AUTOR Nome: MARIA GONÇALVES DA SILVA Participação:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

REU Nome: GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846654-83.2021.8.14.0301


Requerente: MARIA GONÇALVES DA SILVA

Requerido: ESTADO DO PARÁ


Endereço: Rua dos Tamoios, 1671, Batista Campos, Belém/PA, CEP: 66033-172

DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846043-33.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: TAKU KADOOKA


Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA MIGUEL OSORIO DA FONSECA OAB: 237585/SP
Participação: ADVOGADO Nome: CRISTINA WADNER D ANTONIO OAB: 164983/SP Participação:
ADVOGADO Nome: RUBIANE SILVA NASCIMENTO OAB: 265868/SP Participação: DEPRECADO
Nome: JOSE LINO DE SOUSA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
PROCESSO:0846043-33.2021.8.14.0301
REQUERENTE: MITSUI O.S.K. LINES LTD, representada por TAKU KADOOKA
REQUERIDO: José Lino de Sousa
Endereço: Rua dos Mundurucus, 1257, Apto. 302, Jurunas, CEP 66025-660, Belem - PA
DESPACHO

Em face da certidão de ID 31457551, determino:

1) Intime-se a parte autora, através de seus advogados, para que no prazo de 5 (cinco) dias, promova o
pagamento da custa referente ao ato de CUMPRIMENTO DE CARTAS: EXPEDIÇÃO DE MANDADO, a
qual não foi incluída na custa já quitada.

2) Constatado o devido recolhimento da custa, o que deverá ser certificado, cumpra-se, servindo esta de
Mandado.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

3) Cumprida a diligência Deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens


Parauaras.

Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO

Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0810904-20.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: 7ª UNIDADE


JURISDICIONAL CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE - MG Participação: DEPRECADO Nome:
JUÍZO DA VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA COMARCA DE BELÉM Participação:
EXEQUENTE Nome: INCO - INDUSTRIA COSMETICA LTDA - ME Participação: ADVOGADO Nome:
NILMA COELHO OAB: 115431/MG Participação: ADVOGADO Nome: ROGERIO GOMES SANTOS OAB:
116288/MG Participação: EXECUTADO Nome: HELLENSON BRUNO PINTO DOS PASSOS

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0810904-20.2021.8.14.0301

DESPACHO

Em face da certidão de ID 31257891:

1) Aguarda-se a realização da 2ª praça/leilão designada para o dia 17/08/2021.


Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846776-96.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: Juízo de Direito da


2ª Vara da comarca de Capanema/PA Participação: DEPRECADO Nome: COMARCA DE BELÉM
Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: CARTÓRIO LAMEIRA DE MOSQUEIRO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846776-96.2021.8.14.0301


Requerente: Maria José Alves de Sousa
1475
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Endereço da Diligência: Registro Civil Santiago e Teixeira do Distrito de Mosqueiro-PA

DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846128-19.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: COMARCA DE


FORTALEZA 6ª VARA CÍVEL RUA DESEMBARGADOR FLORIANO BENEVIDES MAGALHAES 220
Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS PRECATORIAS DE BELEM
Participação: REQUERENTE Nome: RESIDENCIAL JARDINS DE IRACEMA Participação: REQUERIDO
Nome: JOSE ADMILSON GOMES PEREIRA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL
Carta Precatória nº 0846128-19.2021.8.14.0301, oriunda da Comarca de Fortaleza/CE, extraída dos
autos da Ação de Execução – Processo nº 0163989-79.2019.8.06.0001.

Requerente: CONDOMÍNIO RESIDENCIAL JARDINS IRACEMA

Requerido: JOSÉ ADMILSON GOMES PEREIRA


Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 625, Condomínio Village Moon, apto 2101, Reduto,
CEP: 66053-000, Belém/PA.

DESPACHO-OFÍCIO

Carta Precatória COM CUSTAS, no entanto, verifico não existir nos autos documento que comprove o
recolhimento das custas necessárias ao cumprimento da presente carta precatória. Assim sendo,
determino:

1) Encaminhem-se os autos à Unaj/Belém para verificação e emissão do relatório e boleto de pagamento


das custas necessárias ao cumprimento da ordem deprecada, para envio ao Juízo Deprecante, conforme
artigo 30 da Lei 8.328/2015.

2) Expedidos o relatório e boleto de custas, encaminhe-se ao Juízo Deprecante informando acerca da


necessidade do pagamento e comprovação nos autos, imprescindíveis para o cumprimento da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Carta Precatória.

3) Constatado o correto recolhimento das custas, o que deverá ser certificado, CUMPRA-SE, no prazo de
30 (trintas) dias, servindo esta de Mandado.

4) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens


Parauaras.

5) Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem o pagamento das custas, devolva-se sem cumprimento.

*SERVIRÁ O PRESENTE COMO OFÍCIO*

Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
1 ª) O(s) documento(s)/informações pode(m) ser encaminhado(s) através do malote digital desta Vara, do
email precatoriabelemcivel@tjpa.jus.br ou, ainda, através dos correios.
2ª) Para localização da Carta Precatória nesta Secretaria, é necessário fazer referência ao nosso número
acima citado.
3ª) A Carta Precatória será devolvida sem cumprimento caso não seja respondida a solicitação no prazo
de 30 (trinta) dias, nos termos do art. 8º do Provimento Conjunto nº 002/2017 – CJRMB/CJCI, que
dispõe: Os Juízes deverão promover a devolução de todas as cartas precatórias que aguardam, há mais
de 30 (trinta) dias, manifestação ou providência da parte interessada, desde que já tenham oficiado ao
Juízo Deprecante, solicitando a respectiva providência (manifestação sobre certidões, pagamento de
diligências e outras despesas processuais, indicação ou complementação de endereço, etc.) naquele
prazo.

Número do processo: 0846653-98.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: J. D. D. D. 2. V. D.


F. D. C. D. M. -. A. Participação: DEPRECADO Nome: J. D. V. D. C. P. C. D. B. Participação:
REQUERENTE Nome: W. D. O. M. Participação: REQUERIDO Nome: T. S. D. C. Participação:
INTERESSADO Nome: C. D. R. D. N. D. U. O.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846653-98.2021.8.14.0301


Requerente: WALDREOLLY DE OLIVEIRA MACIEL

Requerido: TATIARA SANTIAGO DO CARMO


Endereço da Diligência: Cartório de Registro Civil de Mosqueiro

DESPACHO
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Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846473-82.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: J. D. D. D. 4. V. D.


F. D. R. D. J. -. R. D. B. Participação: DEPRECADO Nome: J. D. V. D. C. P. C. D. B. Participação:
REQUERENTE Nome: M. O. D. S. Participação: REQUERIDO Nome: G. G. D. S.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846473-82.2021.8.14.0301


Requerente: MARIA OLIVIA DA SILVA

Requerido: GERALDO GOMES DA SILVA


Endereço: Conjunto Satélite - We7, nº 620 Casa - Coqueiro - CEP: 66650-000 - Coqueiro - Belém - PA

DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0826173-02.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUIZO DA 1ª


VARA DA FAZENDA DE ITABUNA BA Participação: DEPRECADO Nome: VARA DE CARTA
PRECATÓRIA CÍVEL BELÉM Participação: REQUERENTE Nome: MASTERFOODS BRASIL
ALIMENTOS LTDA. Participação: ADVOGADO Nome: JOAO VICTOR JUNQUEIRA ARANHA OAB:
427271/SP Participação: ADVOGADO Nome: CARINA MOISES MENDONCA OAB: 210867/SP
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Participação: REQUERIDO Nome: DETRAN PA Participação: REQUERIDO Nome: IDÉCIO ALVES DE


CARVALHO

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0826173-02.2021.8.14.0301

DESPACHO

Em face da certidão de ID 31346855, informando que ainda existem valores na subconta que se referem a
juros/correção, determino:
1) Expeça-se alvará e proceda-se a transferência do valor em subconta para o Fundo de
Reaparelhamento do Judiciário - FRJ, cujos dados bancários são os seguintes:
Beneficiário: Tribunal de Justiça do Estado do Pará
CNPJ: 04.567.897/0001-90
Banco - 037 - Banco do Estado do Pará
Agência: 026-0
Conta Corrente: 115.588-1
2) Feita a transferência, arquive-se.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0844060-96.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUIZO DE


DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE MAZAGÃO - AP Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO
DA VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DE BELÉM Participação: REQUERENTE Nome:
ADILSON ALMEIDA MONTEIRO Participação: ADVOGADO Nome: VANDERSON MACIEL FERREIRA
OAB: 3679/AP Participação: REQUERIDO Nome: OSMANDINA MONTEIRO ARANHA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0844060-96.2021.8.14.0301


Requerente: ADILSON ALMEIDA MONTEIRO

Requerido: OSMANDINA MONTEIRO ARANHA


Endereço: R T - 21, 11, Q 46 L 11 RES ARIRI, CEP 66650-375, Bairro Coqueiro, Belém - PA

Audiência: 15/10/2021, às 11:30 horas, a qual será realizada, preferencialmente, por meio de
videoconferência, na Comarca de Mazagão/AP.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DESPACHO

Em face da certidão de ID 31568824, determino:

1) Oficie-se novamente ao Juízo Deprecante solicitando que nos informe se a presente Carta Precatória
está ou não contemplada com os benefícios de justiça gratuita.
2) Sendo caso de justiça gratuita, cumpra-se, servindo esta de Mandado.
3) Não tendo sido deferida a justiça gratuita, encaminhem-se os autos a Unaj/belém para expedição do
boleto e o relatória de custas, para envio ao Juízo Deprecante.
4) Quitadas as custas, cumpra-se, servindo esta de Mandado.
5) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Servirá o presente como ofício.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0850629-84.2019.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUIZADO


ESPECIAL CIVEL, CRIMINAL E DA FAZENDA PÚBLICA DE PINHAIS PR Participação: DEPRECADO
Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS PRECATORIAS DE BELEM Participação: EXEQUENTE Nome:
LEANDRO LOPES LOIOLA Participação: EXECUTADO Nome: GILSON DE LIMA SOARES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0850629-84.2019.8.14.0301

DESPACHO

Em face da certidão de ID 31259120:


1) Aguarde-se a realização da 2ªpraça/leilão designada para o dia 17/08/2021.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846444-32.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: 3. V. D. L. D. J.


Participação: DEPRECADO Nome: V. D. C. P. D. C. D. B. Participação: EXEQUENTE Nome: C. M. V. B.
Participação: EXECUTADO Nome: C. M. R. B.
1480
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846444-32.2021.8.14.0301


Requerente: SHIRLEI TAVARES VIANA

Requerido: CHARLES MARCELO RAIOL BOLSEM


Endereço: RUA SANTA IZABEL,1431,ICOARACI,BELÉM/PA.

DESPACHO

CONSIDERANDO a Recomendação n. 62, de 17/03/2020, do CNJ, orientando os Magistrados de


competência cível que considerem a colocação em prisão domiciliar das pessoas presas por dívida
alimentícia, em função do momento de pandemia que vivemos.

CONSIDERANDO a Recomendação n. 78, de 15/09/2020, do CNJ, que alterou o prazo de vigência da


Recomendação anterior.

CONSIDERANDO a Recomendação n. 91, de 05/04/2021, do CNJ, que alterou o prazo de vigência da


Recomendação n. 62, até dezembro de 2021.

CONSIDERANDO a Decisão do Juízo Deprecante IDNum.31606528 - Pág. 6 que determinou que a prisão
seja cumprida em regime domiciliar.

CONSIDERANDO a necessidade de adequar o procedimento para viabilizar cumprimento efetivo da


ordem deprecada, determino:

1) CUMPRA-SE o mandado de prisão pelo prazo de 3 (três) meses, com as cautelas legais, estando
autorizado o arrombamento de portas, se necessário for.

2) Determino a Secretaria que expeça ofício ao Comando de Operações Especiais da Policia Militar para
auxiliar o Sr. Oficial de Justiça no cumprimento das diligências, bem como para a CIME/SEAP-PA para
recebimento e providências

3) Efetivada a prisão, deve o Sr. Oficial de Justiça encaminhar o preso à CIME/SEAP-PA, localizada na
Travessa Dr. Moraes 565, entre Conselheiro Furtado e Mundurucus, Batista Campos, Belém/PA, para
IMEDIATO registro e procedimentos pertinentes a PRISÃO DOMICILIAR.

4) Cumpridos pela CIME/SEAP-PA todos os procedimentos pertinentes ao Regime de Prisão Domiciliar do


Executado, o mesmo deverá ser conduzido pelo Sr. Oficial de Justiça até seu domicílio, onde cumprirá a
pena pelo prazo estabelecido pelo Juízo Deprecante.

5) Deve o Sr. Oficial de Justiça fazer constar em sua certidão, além das diligências para efetivar a prisão,
informações acerca do executado, tais como, endereço completo, com número da residência,
apartamento e do complemento, se houver; bairro, município, CEP, ponto de referência, telefone
para contato.

6) CIENTIFIQUE-SE o executado que em cumprimento da prisão domiciliar fica proibido de sair de


sua residência, por qualquer razão ou circunstância, inclusive laboral, sob pena de imediata
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

conversão da prisão para regime fechado.

7) Servirá a Certidão Circunstanciada do Sr. Oficial de Justiça como TERMO DE COMPROMISSO,


que deve ser assinado pelo preso.

8) Intimem-se.

9) Cumpra-se, com as cautelas e formalidades de lei.

Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0854779-74.2020.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUÍZO DE


DIREITO DO 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES
Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DE BELÉM
Participação: EXEQUENTE Nome: ISIS CLER DEPOLLI Participação: ADVOGADO Nome: IRWIN ALVES
DE CASTRO MARTINS OAB: 206778/RJ Participação: EXECUTADO Nome: INAZ DO PARA SERVICOS
DE CONCURSOS PUBLICOS LTDA - EPP Participação: ADVOGADO Nome: MARCUS CESAR SILVA
DO NASCIMENTO JUNIOR OAB: 22851/PA Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: KATIA
PATRICIA BRASIL DA CUNHA

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0854779-74.2020.8.14.0301

DESPACHO

Em face da certidão de ID 31265837:

1) Aguarde-se a realização da 2ª praça/leilão designada para o dia 17/08/2021.


Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0829459-85.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUÍZO DE


DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE JABOATÃO DOS GUARARAPES - PE Participação:
DEPRECADO Nome: JUIZO DA VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DE BELÉM Participação:
REQUERENTE Nome: AGLAY DA SILVA SANTOS Participação: REQUERIDO Nome: GENGIS FREIRE
DE SOUZA Participação: REQUERIDO Nome: ANA ROSA CAL FREIRE DE SOUZA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0829459-85.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31585972.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846659-08.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: C. D. F. -. C.


Participação: DEPRECADO Nome: J. D. V. D. C. P. D. B. Participação: REQUERIDO Nome: R. M. D. L.
Participação: REQUERENTE Nome: D. F. R.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846659-08.2021.8.14.0301


Requerente: DANIEL FÁBIO SILVA RODRIGUES

Endereço: Passagem Cabedelo, 84, Ed. Meridiano, ap 1006, Sacramenta, CEP: 66120-320,
Belém/PA.

DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Cumpra-se, servindo esta de Mandado.


2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0854802-54.2019.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: IPIRANGA


PRODUTOS DE PETROLEO S.A. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NOVAES BEZERRA
CAVALCANTI OAB: 19353/PE Participação: ADVOGADO Nome: CAIO HENRIQUE VILELA COSTA OAB:
46516/PE Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA DO NASCIMENTO SILVA OAB: 49401/PE
Participação: ADVOGADO Nome: CATARINA BEZERRA ALVES OAB: 29373/PE Participação:
DEPRECADO Nome: AUTO POSTO DESTERRO ITAJAI LTDA Participação: ADVOGADO Nome:
JADERSON LUIS SCHMIDT OAB: 44181/RS Participação: TERCEIRO INTERESSADO Nome: BANCO
BRADESCO S.A Participação: ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES OAB:
15201/PA Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA SENTO SE ROSSI OAB: 16330/BA Participação:
EXECUTADO Nome: AUTO POSTO DESTERRO LTDA Participação: EXECUTADO Nome: BIG IMAGI
COMBUSTIVEIS E SERVICOS LTDA Participação: EXECUTADO Nome: AUTO POSTO BIGBOSS LTDA
- ME Participação: EXECUTADO Nome: CLAUDIO LUIZ PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome:
ROLF DITTRICH VIGGIANO OAB: 19155/SC Participação: ADVOGADO Nome: PAULO RENE LENZ DA
SILVA OAB: 14787/SC Participação: EXECUTADO Nome: MARIA DO ROCIO RODRIGUES RUTHES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0854802-54.2019.8.14.0301

DESPACHO

1) Aguarde-se a realização da 2ª praça/leilão agendado para o dia 17/08/2021.


Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846140-33.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUIZO DA


COMARCA DA 1ª VARA CIVEL E EMPRESARIAL Participação: DEPRECADO Nome: VARA DE CARTA
PRECATÓRIA DE BELEM

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

PROCESSO:0846140-33.2021.8.14.0301

DESPACHO
Em face da certidão de ID 31474548, determino:

1) Encaminhem-se os autos a Unaj/Belém para que certifique se as custas poderão ser utilizadas na
presente carta, tendo em vista que está em nome de outra parte.

2) Após resposta da Unaj, voltem conclusos.

BELÉM/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.
1484
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

GABRIEL COSTA RIBEIRO

Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846454-76.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: J. D. D. D. 1. V. D.


F. E. S. D. C. D. T. D. S. -. S. Participação: DEPRECADO Nome: J. D. V. D. C. P. C. D. B. Participação:
REQUERENTE Nome: A. L. F. A. Participação: ADVOGADO Nome: NATALIA ALVES NASCIMENTO
OAB: 205997/MG Participação: REQUERIDO Nome: L. R. M.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

PROCESSO:0846454-76.2021.8.14.0301
AÇÃO: INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE
REQUERENTE: ANA LARA FERNANDES ALVES
REQUERIDO: LEONARDO RODRIGUES MENEZES

PESSOA(S) A SER(EM) INTIMADA(S)


1) LEONARDO RODRIGUES MENEZES
Endereço: Passagem Nena Barreto. 36. Telégrafo. CEP 66113-280. Belém-PA.

DESPACHO-MANDADO
1 – Designo o dia 07/10/2021, às 10:00 horas, para proceder a coleta do material genético do requerido.

2 – Oficie-se ao Juízo Deprecante, comunicando a data designada, para os devidos fins.

3 – Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei
(Provimentos nº 003 e 011/2009 – CJRMB).

BELÉM/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

Gabriel Costa Ribeiro


Juiz de Direito respondendo pela vara de Cartas Precatórias Cíveis da capital

Número do processo: 0833925-25.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: 2º JUIZADO


ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE RIO BRANCO - AC Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO DA
1485
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DE BELÉM Participação: EXEQUENTE Nome: DINAIR DE


ARAUJO MARTINS Participação: REQUERIDO Nome: INAZ DO PARÁ SERVIÇOS DE CONCURSOS
PÚBLICOS LTDA.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0833925-25.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31552346.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0846574-22.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. H. M. Participação:


ADVOGADO Nome: LAURA LEMOS DA SILVA LOPES OAB: 99533/RS Participação: REQUERIDO
Nome: R. V. M.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0846574-22.2021.8.14.0301


Requerente: JULIO HERBER MACIEL

Endereço: Av. Alameda Barroso, 4923, bloco F - apto. 121 - Castanheira - 66093075 - Belém
(Residencial)

DESPACHO

Carta Precatória SEM CUSTAS, visto o deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita pelo Juízo
Deprecante. Assim sendo, determino:

1) Encaminhe-se ao Setor Social deste Fórum para a realização do ESTUDO solicitado pelo Juízo
Deprecante.
2) Cumprida a diligência deprecada, devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens
Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.
1486
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital

Número do processo: 0831472-57.2021.8.14.0301 Participação: DEPRECANTE Nome: JUIZO DE


DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PALMAS/TO Participação: DEPRECADO Nome: JUIZO
DA VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DE BELÉM Participação: REQUERENTE Nome:
BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. Participação: REQUERIDO Nome: MARIO
GERSON RODRIGUES

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
VARA DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS DA CAPITAL

Carta Precatória: 0831472-57.2021.8.14.0301

DESPACHO

1) Em face da certidão de ID 31585946.


2) Devolva-se ao Juízo de origem com as nossas homenagens Parauaras.
Belém/PA, data constante na assinatura digital nos termos da Lei Federal nº 11.419/2006.

GABRIEL COSTA RIBEIRO


Juiz de Direito respondendo pela Vara de Cartas Precatórias Cíveis da Capital
1487
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 1 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0848810-78.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: S. B. R.


Participação: ADVOGADO Nome: KARLA ALESSANDRA MARTINS COSTA OAB: 29263/PA Participação:
REQUERIDO Nome: F. E. D. M. Participação: ADVOGADO Nome: LAIS BIBAS QUINTANILHA BIBAS
OAB: 20170/PA Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANO FLEXA DI PAOLO OAB: 17417/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0848810-778.2020.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Designo a data de 24 de agosto de 2021, às 09:00 horas, para audiência de tentativa de acordo. As
partes serão apresentadas por seus patronos em Juízo, sem que haja necessidade de expedir intimação
pessoal ante os poderes que os profissionais detêm, dentre tais, o de transigir.

Se houver acordo,homologamos por sentença. Caso contrário, os autos do processo voltarão ao


Gabinete para Decisão de Organização e Saneamento.

(ii) Cientes Ministério Público e Advogados.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
1488
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

bB

Número do processo: 0827649-75.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: R. I. F. H. Participação:


ADVOGADO Nome: MICHELLE PIEDADE CARNEIRO DA CUNHA OAB: 29464/PA Participação: REU
Nome: C. A. M. H. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO BENTES BANDEIRA OAB: 7683/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE ROBERTO PINHEIRO CHARONE JUNIOR OAB: 7936/PA
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO PROCECOMCIV 0827649-75.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) À réplica(15 dias úteis).

(ii) Designo a data de 25 de agosto de 2021, às 11:00 horas, para audiência de tentativa de acordo. As
partes serão trazidas por seus Advogados em Juízo sem que haja necessidade de expedir intimação
pessoal, ante os poderes que ambos detêm, dentre tais, o de transigir.

Se houver acordo, homologamos por sentença. Caso contrário, os autos do processo voltarão ao
Gabinete, findo o prazo indicado no item(i) para Decisão de Organização e Saneamento, momento em que
todas as decisões serão prolatadas.

(iii) Cientes os Advogados, com exclusão do Ministério Público por não haver interesse de menor.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO
1489
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0825776-11.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. P. F. C. D. M.


Participação: ADVOGADO Nome: ALEXANDRE ROCHA MARTINS OAB: 12079-B/PA Participação:
ADVOGADO Nome: DENIS MACHADO MELO OAB: 10307/PA Participação: REQUERIDO Nome: B. P.
M. C. D. M. Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: LANA CAROLINA MAUES DE SALES
OAB: null Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital


PROCESSO: 0825776-11.2019.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)

AÇÃO:[Alimentos]

REQUERENTE: MANOEL PAULO FERNANDES CAVALLEIRO DE MACEDO

Advogado(s) do reclamante: DENIS MACHADO MELO, ALEXANDRE ROCHA MARTINS

REQUERIDO: BENÍCIO PAULO MAUÉS CAVALLEIRO DE MACEDO


REPRESENTANTE DA PARTE: LANA CAROLINA MAUES DE SALES

DESPACHO

1-Ciente do julgamento do conflito de competência, presente no ID 27281590, que definiu o juízo da 1ª


Vara de Família da Capital para apreciar o feito.

2-À UPJ/FAM para cumprir o determinado na decisão do referido conflito, procedendo-se à redistribuição
dos autos ao juízo da 1ª Vara de Família da Capital.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0805334-53.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. M. D. O. Participação:


ADVOGADO Nome: EDUARDO MARCHIORI LAVAGNOLLI OAB: 267012/SP Participação: REQUERIDO
Nome: P. R. P. D. O. Participação: ADVOGADO Nome: IGOR FONSECA DE MORAES OAB: 26113/PA
1490
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO AMARAL DOS SANTOS OAB: 25208/PA Participação:
ADVOGADO Nome: YURI DE SOUZA DIAS OAB: 24853/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D.
E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0805334-53.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Excluo o Ministério Público da demanda, eis não haver interesse de menor.

(ii) Designo a data de 01 de setembro de 2021, às 12:00 horas, para audiência de tentativa de acordo. As
partes serão trazidas por seus Advogados em Juízo, sem que haja necessidade de expedir intimação
pessoal, ante os poderes que os patronos detêm, dentre tais, o de transigir.

Se houver acordo, homologaremos por sentença. Caso contrário, verificaremos a possibilidade de


julgamento pronto da lide, desde já avisada as partes. Agora, se assim não ocorrer, segundo o
entendimento deste Juízo, será dada Decisão de Organização e Saneamento, repito, caso não haja a
decisão imediata da demanda.

(iii) Cientes os Advogados.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)
1491
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Bb
bB

Número do processo: 0861489-47.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. F. M.


Participação: REQUERENTE Nome: L. F. M. Participação: REPRESENTANTE Nome: T. A. F.
Participação: ADVOGADO Nome: JOAO BOSCO OLIVEIRA DE ALMEIDA OAB: 9474/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BIA REGIS DE ALMEIDA OAB: 371306/SP Participação: ADVOGADO Nome:
ARTHUR DE CAMPOS PEREIRA OAB: 22300/PA Participação: ADVOGADO Nome: CRISTIANE
CARVALHO BORDIN OAB: 25076/PA Participação: REQUERIDO Nome: R. P. M. E. S. Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNO DOS SANTOS ANTUNES OAB: 10551/PA Participação: ADVOGADO Nome:
LUCIO SERGIO SARTORI SCARPARO OAB: 85080/RS Participação: ADVOGADO Nome: MONICA
SARTORI SCARPARO OAB: 23661/RS Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO ALIPRO 0861489-47.2019.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) A Autora propôs contra esta Magistrada a Reclamação Disciplinar junto ao Conselho Nacional de
Justiça, cujas alegações já foram efetivamente rebatidas mediante defesa apresentada.

O certo é que, não me sinto mais confortável para julgar esta lide e em todas as demandas existentes
nesta Unidade que envolvem a Autora Marina Flores Magno, cujo ataque, o qual reputo como vazio e
vergonhoso, faz-me agora declinar a competência para continuar a presidir esta demanda por suspeição.

(ii) À Unidade da 2ª Vara de Família eis ser o substituto legal. À redistribuição.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

p
1492
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
bB

////

Número do processo: 0013244-77.2015.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. C. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: KARINA NEVES MOURA OAB: 015308/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ELIEZER DA CONCEICAO BORGES OAB: 016102/PA Participação: ADVOGADO Nome: IVY
PINHEIRO RUFINO NEVES OAB: 017073/PA Participação: REQUERIDO Nome: H. P. G. Participação:
ADVOGADO Nome: DIRSANDRO TEIXEIRA VENDRAMINI OAB: 18900/PA Participação: AUTORIDADE
Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO CUMSEN 0013244-77.2015.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) À Secretaria da UPJ das Varas de Família expedir o competente alvará judicial a fim de que a
Exequente possa receber todo o valor existente nas contas de FGTS em nome do Executado( ID
31264877), deduzindo-se o importe do débito global de alimentos.

(ii) Mais, antes da decisão prisional, como diligência do Juízo, faço uso do Sistema Renajud e assim
determino que haja a restrição da circulação total do bem em nome do Executado, devendo a Exequente
dizer em qual local o bem pode ser encontrado para avaliação e alienação, salvo se desejar adjudicá-lo.
1493
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(iii) Após, conclusos para prosseguimento.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
bB

////

Número do processo: 0863887-64.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: E. C. R. F. Participação:


REU Nome: M. E. R. Participação: REU Nome: A. F. R.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO PROCECOMCIV 0863887-64.2019.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) À Secretaria da UPJ das Varas de Família oficiar à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará
1494
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

para que, em 10(dez) dias, contados do recebimento do expediente, mande-nos os dados pessoais
de MARIA EDUARDA RAMOS, FILHA DE ANGÉLICA FREIRE RAMOS E DE JOSÉ RAIMUNDO DA
COSTA PEREIRA, DENTRE TAIS O CPF/MF E ENDEREÇO.

(ii) Após, conclusos para prosseguimento.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
bB

Número do processo: 0869863-18.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: B. M. D. A. E. S.


N. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO DOS SANTOS ANTUNES OAB: 10551/PA Participação:
REQUERENTE Nome: W. A. G. P. M. E. S. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO DOS SANTOS
ANTUNES OAB: 10551/PA Participação: REQUERIDO Nome: T. A. F. Participação: ADVOGADO Nome:
ARTHUR DE CAMPOS PEREIRA OAB: 22300/PA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO BOSCO
OLIVEIRA DE ALMEIDA OAB: 9474/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO ALIPRO 0861489-47.2019.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje
1495
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(i) A Demandada propôs contra esta Magistrada a Reclamação Disciplinar junto ao Conselho Nacional de
Justiça, cujas alegações já foram efetivamente rebatidas mediante defesa apresentada.

O certo é que, não me sinto mais confortável para julgar esta lide e em todas as demandas existentes
nesta Unidade que envolvem a Requerida Marina Flores Magno, cujo ataque, o qual reputo como vazio e
vergonhoso, faz-me agora declinar a competência para continuar a presidir esta demanda por suspeição.

(ii) À Unidade da 2ª Vara de Família eis ser o substituto legal. À redistribuição.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Número do processo: 0165283-25.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. M. D. O. Participação:


ADVOGADO Nome: JOSE EDUARDO PEREIRA ROCHA registrado(a) civilmente como JOSE EDUARDO
PEREIRA ROCHA OAB: 18045/PA Participação: ADVOGADO Nome: EDUARDO MARCHIORI
LAVAGNOLLI OAB: 267012/SP Participação: REU Nome: M. P. D. O. Participação: ADVOGADO Nome:
VICTOR HUGO AMARAL DOS SANTOS OAB: 25208/PA Participação: REPRESENTANTE DA PARTE
Nome: REGINA CLAUDIA NASCIMENTO PINHEIRO OAB: null Participação: REU Nome: P. R. P. D. O.
Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO AMARAL DOS SANTOS OAB: 25208/PA Participação:
REPRESENTANTE DA PARTE Nome: REGINA CLAUDIA NASCIMENTO PINHEIRO OAB: null
Participação: REU Nome: M. G. P. D. O. Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR HUGO AMARAL DOS
SANTOS OAB: 25208/PA Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: REGINA CLAUDIA
NASCIMENTO PINHEIRO OAB: null

TERMO DE AUDIÊNCIA- PJE

AÇÃO: REVISIONAL DE ALIMENTOS

PROCESSO PJE Nº AlEsp 0165283-25.2016.8.14.0301

Requerente: J.M.O.

ADV.: Eduardo Marchiori Lavagnolli - OAB SP267012

Requerido: V.H.A.S. E outros

ADV.:Victor Hugo Amaral Dos Santos - OAB PA25208

Aos 16 (dezesseis) dias do mês de agosto do ano de 2021, às 10h00m, na sala de audiências da 1ª Vara
de Família da Comarca de Belém-Pará, onde presente se achava a Dra. MARGUI GASPAR
BITTENCOURT, Juíza titular da Vara, foi ABERTA A AUDIÊNCIA, verificou-se a presença das partes com
seus patronos. DELIBERAÇO EM AUDIENCIA: (i) Considerando problemas técnicos neste computador e
no teams, e que existem outras audiências designadas para esta data, e com a anuência das partes, e
1496
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

para que não haja prejuízo para ambas, suspendo e designo a presente audiência de instrução para o
dia 20 de setembro de 2021, às 10:00 horas para ouvir SOMENTE as partes. Não haverá expedição
de mandados. O patrono do autor se compromete em apresentá-lo no dia da audiência,
dispensando a intimação pessoal (ii) As partes serão apresentadas por seus Advogados em Juízo, sem
que haja necessidade de expedir intimação pela Secretaria da UPJ das Varas de Família, ante os poderes
que os profissionais detêm em sede de Procuração. Saem todos intimados deste ato em audiência. Nada
mais havendo, mandou a MM. Juíza lavrar o presente termo que, lido e achado conforme, vai devidamente
assinado. Eu, ____, digitei e assino

MM. Juíza:

Autor:

Advogado(a):

Requerida:

Advogado(a):

Número do processo: 0826748-44.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: T. D. J. A. M.


Participação: ADVOGADO Nome: STEPHANIE ABOUL HOSEN PEIXOTO OAB: 016970/PA Participação:
REU Nome: C. L. D. S. M. Participação: ADVOGADO Nome: MARCELO ALIRIO DOS SANTOS PAES
OAB: 24245/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0826748-44.2020.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Para encerrarmos a fase postulatória da demanda, à réplica à contestação da reconvenção.(15 dias
úteis).
1497
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(ii) Priorizando a conciliação, vou marcar a última data para tanto, antes da Decisão estrutural da lide e
assim o faço para o dia 24 de agosto de 2021, às 11:30 horas, para audiência de tentativa de acordo. As
partes serão trazidas por seus Advogados em Juízo, sem que haja necessidade de intimação pessoal ante
os poderes que detêm, dentre tais, o de transigir.

Se houver acordo, mesmo que parcial, homologaremos por sentença. Caso contrário, os autos do
processo, findo o prazo indicado no item (i) voltarão ao Gabinete para Decisão de Organização e
Saneamento, momento em que todas as decisões pedidas serão prolatadas.

(iii) Cientes os Advogados, eis a exclusão do Ministério Público por não ter interesse de menor.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
bB

Número do processo: 0419643-23.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. R. Participação:


ADVOGADO Nome: MAGNO EDSON ROXO DE SOUZA OAB: 27639/PA Participação: REQUERIDO
Nome: E. R. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: LARISSA MAUES DE VASCONCELOS NEVES OAB:
5680/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PROCESSO: 0419643-23.2016.8.14.0301

JOVENILDE ROXO propôs Ação Judicial em face de EDSON RIBEIRO DE SOUZA,


argumentando, em síntese, ser devido a medida eis necessidade em ter reconhecida a união estável e o
pagamento de pensão alimentícia de cunho assistencial, razão pela qual almeja o acolhimento integral do
pedido ora eleito.

Acostou documentos de ID: 20634496 - Pág. 8 e seguintes.

No ID: 20634497 - Pág. 1 consta despacho determinando a citação do requerido.

No ID: 20634498 - Pág. 1 e seguintes consta contestação.

Acostou documentos de ID: 20634498 - Pág. 11 e seguintes.

No ID: 20634501 - Pág. 1 e seguintes consta réplica.

No ID: 20634503 - Pág. 1/2 consta termo de audiência datado de 07.11.2017, onde a demanda fora
organizada e saneada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

No ID: 20634506 - Pág. 1 e seguintes consta decisão interlocutória do juízo da 1ª Vara de Família a qual
decidiu sobre as preliminares da presente demanda.

No ID: 20634507 - Pág. 1 e seguintes constam informações sobre o óbito do requerido.

No ID: 20634509 - Pág. 1 consta despacho determinando a retificação do polo passivo da demanda.

No ID: 20634511 - Pág. 1 e seguintes consta pedido de exclusão do Ministério Público.

No ID: 20634512 - Pág. 1 consta despacho determinando a retificação do polo passivo da demanda em
face da petição de ID: 20634510 - Pág. 1.

No ID: 20634513 - Pág. 1 consta habilitação de advogado pela autora.

No ID: 20634513 - Pág. 4/5 consta informações para composição do novo polo passivo da demanda.

No ID: 20634515 - Pág. 1 e seguintes consta sentença de extinção do feito com relação aos alimentos
assistenciais.

No ID: 25891145 - Pág. 1 e seguintes consta decisão interlocutória que decretou a revelia de Eulália Maria
Ribeiro Noronha, informando ainda que matéria está pronta para ser julgada, com dispensa dos demais
meios probatórios orais para tanto.

No ID: 25935060 - Pág. 1 e seguintes consta pedido de exclusão da Defensoria Pública da lide face o
documento de ID: 20634513 - Pág. 1.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

De início e nos termos do artigo 178 e 698 do Código de Processo Civil fica excluído do feito o
Ministério Público.

Digo, de pronto, que a presente demanda ater-se-á à análise do pedido suscitado, ou seja, sobre a
existência ou não de união estável entre a autora e o de cujus: EDSON RIBEIRO DE SOUZA (ID:
20634507 - Pág. 2), cujo pedido é meramente declaratório.

PROSSIGO.

Para melhor elucidar o caso em comento devemos dissertar sobre o conteúdo da presente demanda, que
é uma ação declaratória a qual deve ser entendida como uma ação que busca a eliminação da incerteza
acerca da existência ou inexistência de uma relação jurídica, ou seja, é a ação em que o autor faz pedido
de reconhecimento de uma relação jurídica que ele julga existir e que sem o acolhimento de tal pedido ele
sofrerá prejuízo.

Nesse sentido, Pontes de Miranda, Tratado das Ações, p. 335, nos ensina:

(...) ação declarativa para declarar-se, positiva ou negativamente, a existência da relação jurídica, quer de
direito privado, quer de direito público, quer de direito de propriedade, quer de direito de personalidade,
quer de direito de família, das coisas, das obrigações ou das sucessões, civis ou comerciais.

Àluz do Código de Processo Civil atual a ação declaratória visa meramente a declaração da existência ou
inexistência de uma relação jurídica, ou da falsidade ou autenticidade de um documento, sendo uma ação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

de conhecimento que apresenta efeitos fundamentalmente declaratórios, seguindo o rito de procedimento


ordinário, vejamos a disposição legal:

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:

I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;

II - da autenticidade ou da falsidade de documento.

Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.

Nas lições do doutrinador Ovídio Batista, Teoria Geral do Processo Civil. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1997, p. 248-249, sobre a utilidade da ação declaratória:

Aqui a tutela jurisdicional se esgota com a simples emissão da sentença e com a correspondente
produção da coisa julgada. O bem da vida, neste caso, na terminologia chiovendiana, é justamente, e
apenas, a obtenção de uma sentença com força de coisa julgada que torne absolutamente indiscutível,
num eventual processo futuro, a existência, ou a inexistência, daquela relação jurídica que o Juiz declarou
existir ou não existir.

A ação declaratória tem uma singularidade excepcional, pois traz em seu bojo o afastamento da dúvida ou
divergência de uma relação jurídica, ocasionando certeza e segurança jurídica para que os envolvidos na
dita relação não tenham seus direitos violados

Logo, entendo como perfeitamente cabível e plausível a analise meritória da demanda em comento.

CONTINUO.

DA UNIÃO ESTÁVEL

A União Estável, na condição de entidade familiar protegida constitucionalmente, visa assegurar e


proteger relações fáticas existentes entre homem e mulher, os quais podem fazer uso dos direitos
inseridos nas legislações infraconstitucionais outrora destinados somente ao casamento como, por
exemplo: alimentos, guarda e sucessão.

Todavia, para seu reconhecimento, imprescindível é a submissão e observância aos pressupostos


objetivos delineados na legislação civil. O artigo 1.723 do Código Civil Pátrio preconiza:

“Éreconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na
convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida como o objetivo de constituição de
família”

Como se vê, estes são os requisitos objetivos e extrínsecos à declaração da existência da entidade
familiar, vale ressaltar, exposição pública, notória e duradoura da convivência familiar, vivendo seus
personagens como se casados fossem elegendo, neste último caso, a subjetividade da relação
extramatrimonial. Ensina-nos a doutrinadora Maria Berenice Dias, em sua Obra Manual de Direito das
Famílias, 4ª Edição Revista, Atualizada e Ampliada, Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, 2007, p.
161:

“A publicidade denota notoriedade da relação no meio social frequentado pelos companheiros ,


objetivando afastar da definição de entidade familiar as relações menos compromissadas, nas quais os
envolvidos não assumem perante a sociedade a condição de “como se casados fossem”...a relação não
deve ser efêmera, circunstancial, Mas sim prolongada no tempo e sem solução de continuidade, residindo,
nesse aspecto, a durabilidade e a continuidade do vínculo...Daí serem a vida em comum e a mútua
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

assistência apontadas como seus elementos caracterizadores”

Em síntese: União Estável não decorre e tampouco será embasada em um simples relacionamento
amoroso, destituído do animus maritatis. Não. A situação fática obriga-se a estar acompanhada dos
preceitos legislativos inerentes. Nesse sentido, posiciona-se a jurisprudência:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. UNIÃO ESTÁVEL. RELACIONAMENTO AMOROSO SEM AS


CARACTERÍSTICAS EXIGIDAS EM LEI PARA CONFIGURAÇÃO DAQUELA. INSUFICIÊNCIA DE
PROVAS. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO. O relacionamento amoroso, sem os requisitos objetivos exigíveis
para constituição de família (art. 1723 do CC), não constitui união estável para os efeitos que a lei confere.
Prova testemunhal insuficiente para configuração da entidade familiar no incontroverso relacionamento
afetivo entretido pelas partes. Ausência de outras provas demonstrando a existência do animus maritatis,
como inexistência de qualquer planejamento familiar, ou documentos comprovando dependência em
órgãos previdenciários ou de plano de saúde. Improcedência da ação que se impunha forte no contexto
probatório dos autos. APELAÇÃO DO RÉU PROVIDA. APELAÇÃO DA AUTORA JULGADA
PREJUDICADA. (Apelação Cível Nº 70023174758, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 14/05/2008)”

“CIVIL E PROCESSUAL. RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE


BENS. REQUISITOS.
O art. 1.723 do CC/02, em consonância com a Lei n. 9.278/96, prevê que será reconhecida como
"entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua
e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família". O fim que o citado dispositivo se
preordena é o de reconhecer uniões que tenham por escopo a constituição de família.
Compete, a quem alegar a existência de união estável, comprovar o início da convivência com o objetivo
de constituição de família, ainda mais em se tratando de pretensa partilha de bens adquiridos na
constância da aludida união.
Inexistentes os requisitos, não há de se falar em união estável.
Recurso conhecido e não provido.(20030110162093APC, Relator ANA MARIA DUARTE AMARANTE
BRITO, 6ª Turma Cível, julgado em 21/05/2008, DJ 04/06/2008 p. 72 – TJDFT)”

Deste modo, não há o que se falar, quando não se tem o vínculo de alguma forma onde comprove este
relacionamento matrimonial, tendo em vista de que a jurisprudência mostra a importância do
preenchimento de requisitos apresentados para tal comprovação.

A título de exemplo, leiamos os julgados antes recentes advindos do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. UNIÃO ESTÁVEL. AUSÊNCIA DE PROVA DOS REQUISITOS


INDISPENSÁVEIS Á CARACTERIZAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL. COMPANHEIRO CASADO.
IMPEDIMENTO PARA CONFIGURAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL. O reconhecimento da união estável
depende de prova plena e convincente de que o relacionamento se assemelha, em tudo e perante todos,
ao casamento. A existência de relação amorosa entre as partes, sem os requisitos exigidos pela lei, ainda
que tenham tido filhos, não se caracteriza como união estável. Ausência de prova da coabitação,
continuidade, publicidade e objetivo de constituir família, ônus que incumbia à autora. Ademais, o fato de
um dos companheiros estar casado, não tendo sido comprovada a separação de fato, constitui
impedimento para o reconhecimento da união estável, cujo instituto tem natureza monogâmica.
APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70029096542, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 28/10/2009) “

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. FAMÍLIA. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CUMULADA


COM PARTILHA DE BENS. IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL.
CASAMENTO EXISTENTE. AUSÊNCIA DE SEPARAÇÃO DE FATO QUE AFASTA A RESSALVA DO §2º
DO ART. 1.723 DO CÓDIGO CIVIL. PARTILHA DE BENS. DESCABIMENTO EM FACE DA
INEXISTÊNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DO
VARÃO NA AQUISIÇÃO DOS BENS. Em existindo casamento, impossível reconhecer-se a existência de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

união estável, salvo prova cabal de separação judicial ou de fato, porquanto defeso, no direito brasileiro, o
concubinato. Tanto o casamento, quanto a união estável, têm base no princípio da monogamia. Hipótese
regida pelo §2º do art. 1.723 e art. 1.727, ambos do Código Civil. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação
Cível Nº 70029978251, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado de Souza
Júnior, Julgado em 14/10/2009)”

Continuando, devemos ainda diferençar a União Estável de um simples namoro, eis que este último
está destituído dos requisitos legais acima anunciados, sendo, portanto, matéria pacificada em nossa
jurisprudência.

Julgou assim o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios:

“CIVIL. FAMÍLIA. RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL "POST MORTEM". NÃO


COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS CONFIGURADORES. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
SENTENÇA MANTIDA.
1. Diante da multiplicidade das relações humanas, existem relações que são públicas, contínuas e
duradouras, como um "namoro" ou "caso longo", mas que não se qualificam como união estável por faltar
o ideal de constituição de um lar, traço que assemelha o instituto ao casamento. Nesse sentido, a união
estável traz em seu bojo a idéia de constituição familiar, animus que deve municiar a postura de ambos os
conviventes.
2. O fato dos pretensos conviventes não coabitarem, nada obstante não ser elemento imprescindível à
configuração da união estável (Súmula nº 382, do STF), impõe a necessidade de prova ainda mais robusta
acerca do relacionamento. Ou seja, necessário faz-se prova inconteste acerca da conjugação de esforços
para a constituição de família.
3. Apelação improvida.

(20070610028646APC, Relator J.J. COSTA CARVALHO, 2ª Turma Cível, julgado em 03/06/2009, DJ


22/06/2009 p. 119)”

“CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL.


CONVIVÊNCIA PÚBLICA E INTUITO DE CONSTITUIR ENTIDADE FAMILIAR. AUSÊNCIA DE PROVA.
01."É reconhecida como entidade familiar a união estável entre homem e mulher, configurada na
convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com objetivo de constituição de família" (artigo
1.723 do Código Civil).
02.Não se desincumbindo a parte autora de comprovar os elementos indispensáveis à constituição da
união estável, quais sejam, a convivência pública e o intuito de constituir família, a improcedência do
pedido é medida que se impõe.
03.Recurso de Apelação conhecido e não provido.

(20070110224946APC, Relator NÍDIA CORRÊA LIMA, 3ª Turma Cível, julgado em 23/09/2009, DJ


05/10/2009 p. 98)”

Atente-se muito bem: Se não houver intenção de constituir família, limitando-se o relacionamento
apenas em namoro, mesmo que haja permanência temporária de um na residência de outro, a meu sentir,
não vejo como firmar a nominada união estável, eis que, repisa-se muito bem, exige a prova inequívoca da
exposição pública, notória e duradoura da convivência familiar, vivendo seus personagens como se
casados fossem, elegendo, neste último caso, a subjetividade da relação extramatrimonial.

Colaciono, novamente, parte da jurisprudência acima colacionada para bosquejar sobre tal instituto:

(...) 2. No que diz respeito ao concubinato, todavia, a situação ganha outros contornos. De acordo com o
texto legal, caracterizam o concubinato as relações não eventuais entre homem e mulher que se
encontrem impedidos de se casarem. A relação concubinária é, portanto, aquela paralela ao casamento,
em que uma pessoa casada convive, ao mesmo tempo e de forma não eventual, com seu cônjuge e com
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uma terceira pessoa. É evidenciada, portanto, pelo lar clandestino, por encontros velados, ocultos e não
gera, por certo, os efeitos inerentes à união estável, notadamente porque não reconhecida como entidade
familiar a que alude o texto constitucional.

No caso em tela NÃO HÁ de se falar em esporadicidade da união estável alegada, bem como de lar
clandestino ou de encontros velados face a documentação juntada aos autos, em especial as constantes
nos ID’s: 20634498 - Pág. 20/26, 20634498 - Pág. 31/33, 20634498 - Pág. 49, 20634498 - Pág. 50,
20634498 - Pág. 54 e 20634504 - Pág. 28 e seguintes.

Em sede de contestação o requerido confirma que houve união estável, contudo demonstra que o período
de convivência fora bem menor do que o alegado pela autora (44 anos – ID: 20634496 - Pág. 3), pois
como bem acostado nos autos, as partes (Jovenilde Roxo e Edson Ribeiro de Souza) já litigaram inúmeras
vezes, tão qual informações contidas nos autos: 0000221-45.1993.814.0301; 0011925-24.1998.814.0301;
0001355-38.2004. 814.0301; 0016015-70.2004. 814.0301 e 0025596-07.2005.814.0301, logo, o período
informado pela requerida, face a ausência de comprovação de convivência a partir de 1989 não terá êxito.

Um dos fatores (provas) mais importantes para definição do período de convivência da união estável
encontra-se no ID: 20634504 - Pág. 28 e seguintes, tratando-se de uma petição da autora, assistida pela
Defensoria Pública, na qual informa que os litigantes conviveram por 14 anos e estavam separados desde
o ano de 1989.

As provas acostadas nos autos são firmes e capazes de demonstrar a existência de união estável entre a
autora e o falecido apenas e tão somente entre os anos de 1971 (data afirmada por ambos os litigantes)
até o ano de 1989, onde face o apresentado, já havia uma separação de fato entre os litigantes, o que faz
quedar, ainda que parcialmente, o pedido inicial.

PROSSIGO.

DO ÔNUS DA PROVA

Veja, em sede de reconhecimento de união estável, o ônus da prova compete ao Autor eis compor
fatos constitutivos do direito ora alegado. É seu encargo probatório!

A título de conhecimento, colaciono a jurisprudência advinda do Tribunal de Justiça do Distrito


Federal e Territórios:

“DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. UNIÃO ESTÁVEL. RECONHECIMENTO POST MORTEM. REQUISITOS.


PROVA. ÔNUS DA PARTE. INSUFICIÊNCIA.

1.O artigo 1º da Lei 9.278, de 10.05.1996, bem como o artigo 1.723, do vigente Código Civil, acolhem
como entidade familiar, a união estável entre o homem e a mulher, desde que demonstrada a convivência
pública, continuada e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família.
2.Na forma do inciso I do artigo 333 do CPC, o ônus da prova dos requisitos legais necessários ao
reconhecimento da união estável como entidade familiar compete à demandante.
3.Não comprovado pela parte interessada, a presença de um ou de alguns dos requisitos legais
necessários ao reconhecimento da entidade familiar, não se pode reconhecer a união estável, com os
efeitos jurídicos dela decorrentes.
4.Recurso conhecido e desprovido, sentença mantida.
(20060910043289APC, Relator JOÃO BATISTA TEIXEIRA, 1ª Turma Cível, julgado em 19/03/2009, DJ
30/03/2009 p. 66)”

“CIVIL E PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL POST MORTEM.


AUSÊNCIA DE PROVA DOS REQUISITOS CONFIGURADORES. ARTIGO 333, INCISO I, DO CPC.
1 - Escorreita se mostra a sentença que julga improcedente a ação de reconhecimento de união estável
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

post mortem quando a autora não logra trazer aos autos provas inequívocas de que houve a convivência
more uxoriu com o alegado convivente.
2 - A autora não tem direito à partilha/meação quando em seu depoimento pessoal fica evidenciado que a
parte não contribuiu para a aquisição dos imóveis que se pretende partilhar.
3 - Recurso não provido.
4 - Sentença Mantida.
(20060210016915APC, Relator CRUZ MACEDO, 4ª Turma Cível, julgado em 24/11/2008, DJ 12/01/2009
p. 117)”

“CIVIL - FAMÍLIA - UNIÃO ESTÁVEL - RECONHECIMENTO POST MORTEM - NECESSIDADE DE


DEMONSTRAÇÃO DA DURABILIDADE, PUBLICIDADE E CONTINUIDADE DO RELACIONAMENTO -
RECURSO IMPROVIDO.
O reconhecimento da existência de união estável entre um homem e uma mulher depende da cabal
demonstração de um laço afetivo duradouro, público e contínuo entre ambos, cuja prova incumbe a quem
alega, a teor do disposto no art. 333, inciso I, do CPC. A ausência de prova desse relacionamento acarreta
a improcedência do pedido.(20030111141447APC, Relator SÉRGIO BITTENCOURT, 4ª Turma Cível,
julgado em 20/08/2008, DJ 06/10/2008 p. 91)”

Atente-se muito bem: O ônus da prova acerca da formação e constituição da união estável pertence
ao Autor, pois assim o artigo 373 do Código de Processo Civil:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

Explico:

Compete à Autora provar a existência da união estável alegada na inicial contra o de cujus, deste modo,
em análise aos meios de prova acostados aos autos constata-se que a requerente NÃO desenvolveu com
eficácia de seu encargo probatório.

DAS PROVAS ACOSTADAS AOS AUTOS

As provas documentais acostadas aos autos (informações dos processos 0000221-45.1993.814.0301;


0011925-24.1998.814.0301; 0001355-38.2004. 814.0301; 0016015-70.2004. 814.0301 e 0025596-
07.2005.814.0301 e ainda as informações contidas no ID: 20634504 - Pág. 28 e seguintes) só corroboram
o entendimento de que a autora e o requerido/de cujus conviveram maritalmente, porém em período
menor do que alegado na inicial.

De posse do apresentado nos autos pude contemplar que a relação de convivência entre as partes
preencheu os requisitos necessários para que seja reconhecida como união estável, não no período
alegado pela autora, mas em período condizente com o que fora carreado aos autos.

Pois bem.

Como se vê, os documentos acostados aos autos apenas confirmam a existência de que houve a
união estável, bem como delimitam o seu período o qual deu-se desde o ano de 1971 (data afirmada por
ambos os litigantes) até 1989, perfazendo o período total de 18 anos.

Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base e fundamento nos artigos 373, inciso I, e 487,
inciso I, todos do Estatuto Processual Civil, c/c os artigos 1658 – 1666 e 1725 e seguintes do Código Civil
Pátrio, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL e firmo a união estável entre a
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autora JOVENILDE ROXO e o requerido / de cujus EDSON RIBEIRO DE SOUZA (ID: 20634507 - Pág. 2),
com início em 1971 e término em 1989, compreendendo um período total de 18 anos.

Os bens deixados pelo de cujus e os demais direitos que por ventura existirem deverão ser pleiteados em
ação própria uma vez que a presente lide se trata apenas de reconhecimento de União estável.

Não há de se falar em alimentos assistenciais face a decisão de ID: 20634515 - Pág. 1 e seguintes, bem
como não há de se falar em Partilha de bens, nestes autos, face o pedido e causa de pedir da presente
demanda e pelo discorrido no parágrafo anterior.

ÀSecretaria Única das Varas da Família Da Capital/UPJ e as partes adotarem as medidas legais cabíveis
ao feito.

ÀSecretaria Única das Varas da Família Da Capital/UPJ excluir do feito a Defensoria Pública, uma vez que
a autora habilitou advogado

Sem custas e demais despesas processuais, nesta, compreendidos honorários advocatícios, eis as partes
estarem sob o manto da gratuidade processual.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Em seguida, determino que os autos sejam arquivados com todas
as cautelas legais após o decurso de o prazo recursal.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021.

DRA. MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0806143-77.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: V. D. M. M. Participação:


REPRESENTANTE Nome: R. D. M. M. Participação: REPRESENTANTE Nome: M. S. D. M. Participação:
REU Nome: J. R. M. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0806143-77.2020.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DECISÃO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
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R.Hoje

Diretamente. Vou ter que tornar sem efeitos os termos da deliberação em audiência, eis inobservar
o rito especial ora empreendido. Isto é, o prazo de defesa, para começar a fluir, depende sim da realização
do ato processual em comento, repito, ante o procedimento que estamos adotando.

Muito bem. O Paterno já está citado, logo, se vai haver ou não revelia, é o próximo ato que dirá, o
que me permite repetir a ordem inicial com algumas alterações, sem perder de vista que a obrigação
alimentar já está vigente desde a citação. Vamos lá.

· Mantenho à Autora os benefícios da gratuidade processual, nesta compreendida honorários


advocatícios.

· Tenho a dizer que, por agora, os alimentos continuam arbitrados em termos de salário mínimo, eis
a ausência de comprovação da fonte pagadora do paterno, algo que, se ao longo da questão for
evidenciado, será alterado segundo os interesses dos menores. Noutras falas. Por enquanto, o quantum
alimentar está firmado na base de 50%(CINQUENTA POR CENTO ) de UM salário mínimo vigente,
reajustado de acordo com a política governamental, cujo valor será depositado na conta bancária da
materna( CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, Agência: 1314, Operação: 013, Conta Poupança:
000.71223.1), respeitando-se a data limite do dia 05(cinco) mensal.SE ATRASAR, MULTA DE 2%(DOIS
POR CENTO) POR CADA MÊS E JUROS DE 0,3%(ZERO VÍRGULA TRÊS POR CENTO) AO DIA, COM
ATUALIZAÇÃO PELO ÍNDICE IGP-M. Do universo alimentar em comento, destinar-se-á para cada
Autor o valor de 25%(vinte e cinco por cento) da base de cálculo acima declinado.

· Se estiver com exercendo labor formal ou, se for comprovado os rendimentos/ganhos do paterno
com sua atividade empresarial, a verba alimentar será estipulada em 30% (trinta por cento) de
seus vencimentos e vantagens do PATERNO, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas
extras, salário família, seguro desemprego auxílio alimentação, verbas rescisórias, prêmios,
subsídios, participação nos lucros e rendimentos e demais gratificações, com exclusão, apenas e tão
somente, dos descontos obrigatórios(INSS e IR)do paterno, mantendo-se a mesma forma de
pagamento(depósito bancário ), respeitando-se a data limite do recebimento dos rendimentos
correspondente. Do universo alimentar em comento, destinar-se-á para cada Autor o percentual de
15%(QUINZE por cento) da base de cálculo acima declinado.

· Quando conhecida a fonte pagadora, cuja informação será fornecida pelo Autor, deverá a
Secretaria da Vara oficiar à fonte pagadora para que, no prazo de 10(dez) dias, contados do recebimento
do expediente, informe os ganhos reais DO PATERNO , em detalhes.

· Se estiver recebendo benefício previdenciário ou seguro – desemprego, desde que comprovado


pela materna, o quantum acima incidirá sobre o importe mensal recebido, na conta bancária a ser
fornecida posteriormente, respeitando-se os ganhos do paterno.

· Redesigno o dia 07 de outubro de 2021, às 10:00 horas para a audiência de conciliação, instrução
e julgamento.

· A Autora, aqui presente em Gabinete, já está intimada do ato processual, não havendo mais falar em
expedição de intimação para a mesma, eis que receberá uma cópia do despacho para fins devidos,
mantendo-se igual sanção acaso ausente. Por outro lado, por mandado, INTIMEM-SE PESSOALMENTE,
POR CARTA PRECATÓRIA JOSÉ RENILSON MARQUES, para comparecer à sobredita audiência,
advertindo-os, repito, de que ambos deverão comparecer acompanhados de seus advogados e
testemunhas (art. 8º da Lei n.º 5.478/68) e de que a ausência do (a) autor (a) importará em arquivamento
do processo e a do(a) réu(é) em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato (art. 7º da Lei
n.º 5.478/68), anotando-se, ainda, no mandado que caso não haja acordo o(a) réu(é) poderá apresentar
contestação, desde que o faça por meio de advogado ou defensor público.
1506
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

· · Cientes Ministério Público e Defensoria Pública.

· Processe-se em segredo de justiça.

· Alerto o senhor oficial de justiça que o mandado de citação e o de intimação não deve ser deixado
com terceiros, mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que a
citação e intimação se obriga a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a
declaração de nulidade de a certidão, provocando-se a emissão de novo mandado citatório e o de
intimação.

· Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar digitalmente os
expedientes ao objetivo desejado.

Belém-Pará, 16 de AGOSTO de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

ARTIGOS DA LEI 5.478/68 ACIMA MENCIONADOS

Art. 7º O não comparecimento do autor determina o arquivamento do pedido, e a ausência do réu importa
em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

Art. 8º Autor e Réu comparecerão à audiência acompanhados de suas testemunhas, 3 (três no máximo,
apresentando, nessa ocasião, as demais provas.

Número do processo: 0838298-02.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. C. D. S.


Participação: REQUERIDO Nome: F. T. N. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0838298-02.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

LAURIENE CUNHA DOS SANTOS propôs Ação Judicial em desfavor de FABRICIO TRINDADE
NERY, ambos qualificados, expondo argumentos relativos e acostando documentos correspondentes.

O processo seguiu seu trâmite normal.

Todavia, mediante petição eletrônica, consta anúncio expresso de desistência do Autor pelos
motivos ora exarados.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

A desistência da ação é um direito da Autora, a qual, oportunamente, anuncia seu desinteresse em


prosseguir com o feito, sendo tal postura, portanto, causa de extinção processual. Diz o artigo 485, inciso
VIII, CPC:

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

VIII - homologar a desistência da ação

No caso em tela, a Requerente requer a desistência de sua pretensão eis não ter mais interesse
no prosseguimento do feito, não havendo nenhum óbice ao pedido formulado.

Isto posto, com base e fundamento no artigo 485, inciso VIII, c/c o artigo 486 ambos do Código de
Processo Civil, extingo o processo sem resolução de mérito eis o pedido de desistência ora formulado.

Deixo de condená-la em custas processuais, nesta compreendida honorários advocatícios,


uma vez lhe conceder gratuidade processual.

P.R.I e, em seguida, após a formação da coisa julgada, certifique-se e, em seguida,


arquivem-se os autos do processo com as cautelas legais.

Belém-Pará, 16 de AGOSTO de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0824767-43.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. E. D. S. N.


Participação: ADVOGADO Nome: GERALDO NATALINO PIMENTEL CARDOSO JUNIOR OAB: 24180/PA
Participação: REQUERIDO Nome: S. P. A. Participação: ADVOGADO Nome: GEIZE MARIANA COELHO
LINS OAB: 23826/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
1508
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO RegVis 0824767-43.2021.8.14.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N (PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3205-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Redesigno a data de 24 de agosto de 2021, às 11:00 horas, para audiência de acordo. As partes serão
apresentadas por seus Advogados em Juízo, sem que haja necessidade de expedir intimação pessoal
pela Secretaria da UPJ das Varas de Família, ante os poderes que os mesmos detêm, dentre tais, o de
transigir.

Se houver acordo, homologamos por sentença. Caso contrário, os autos do processo voltarão ao
Gabinete após o prazo de defesa para prosseguimento.

(ii) Cientes os Advogados e Ministério Público.

Belém - Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Número do processo: 0846517-04.2021.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: L. D. G. D. A.


Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ FILIPE LAGO DE CARVALHO OAB: 64673/DF Participação:
EXECUTADO Nome: J. M. A.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO CUMSEN 0846517-04.2021.814.0301


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

1.Adequando os autos do processo à nova sistemática do NCPC, por


mandado, intime-se pessoalmente o Executado JHONATAN MARTINS AMORIM, genitor do
alimentado, brasileiro, solteiro, profissão desconhecida, inscrito no CPF sob o n° 040.840.182-60, portador
do RG n° 7015182 SSP/PA, residente e domiciliado no endereço Estrada do Aurá, Quadra 05, Casa 49,
Águas Brancas, Ananindeua/PA, CEP: 67033-755, tel: (91) 98115-4997 para que, no prazo de 15(quinze)
dias, pague voluntariamente a dívida de R$ 2.598,43 (dois mil quinhentos e noventa e oito reais e
quarenta e três centavos). e honorários advocatícios na base de 10%(DEZ por cento) sobre o valor
exequendo, a ser revertido em prol do Advogado Luiz Filipe Lago de Carvalho * OAB/DF 64.673.

2. Ultrapassado o prazo quinzenal, sem que tenha havido o prazo voluntário


da obrigação alimentar, iniciar-se-á o prazo de 15(quinze) dias para que o Executado, independentemente
de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. Ainda, ultrapassado o
primeiro prazo quinzenal, expeça-se mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de
expropriação, após a apresentação de a planilha de a dívida atualizada pelo Exequente.

3.A Exequente litiga sob o manto da gratuidade processual.

4. Quando ultrapassado o prazo para pagamento da dívida exequenda, deve


a Secretaria da Vara oficiar aos Órgãos de Proteção de Crédito( SPC e SERASA) no sentido de inserir os
dados do Executado em seus respectivos banco de dados( deve, para tanto, inserir nos expedientes o
CPF/MF do Executado e os últimos valores atualizado do débito exequendo,, bem como havendo o
protesto do pronunciamento judicial.

5. Por medida de cautela, autorizo o bloqueio online do valor exequendo,


vindo-me os autos do processo conclusos, após o prazo de 72(setenta e duas) horas, contados da ordem
de protocolamento, para verificação da medida.

6. MAIS, OFICIE-SE AO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PARA


QUE, EM 10(DEZ) DIAS, CONTADOS DO RECEBIMENTO DO EXPEDIENTE, DIGA ACERCA DO
VÍNCULO EMPREGATÍCIO EM NOME DO EXECUTADO, OFÍCIO A SER EMITIDO APÓS O
FORNECIMENTO DO CPF/MF DO MESMO.

7. OFICIE-SE AO INSS PARA QUE, ASSIM QUE RECEBER O


EXPEDIENTE, DESCONTE O VALOR DE 50%(CINQUENTA POR CENTO) NOS GANHOS DO
EXECUTADO, COM DEPÓSITO NA CONTA BANCÁRIA DA EXEQUENTE (DESDE QUE A MESMA
TENHA FORNECIDO NA DEMANDA), ATÉ ULTERIOR DELIBERAÇÃO, ALÉM DE, EM 10(DEZ) DIAS,
INDICAR QUAIS OS GANHOS DO PATERNO PARA FINS DEVIDOS.

8. MAIS, EM FACE DE ESTARMOS EXECUTANDO VALORES, OFICIE-SE


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

À CAIXA ECONÔMICA FEDERAL PARA QUE, NO PRAZO ACIMA ASSINALADO, DIGA QUAL O VALOR
DE FGTS EM NOME DO EXECUTADO, BLOQUEANDO-O INTEGRALMENTE A PARTE DISPONÍVEL
ATÉ ULTERIOR DELIBERAÇÃO, TODAVIA, COM IGUAL DILIGÊNCIA ACIMA EXPOSTA, EM SUA
PARTE FINAL.

9. Após o decurso do prazo de defesa, CONCLUSOS PARA


PROSSEGUIMENTO.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0004572-12.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M. D. J. R. Participação:


AUTOR Nome: E. C. D. C. Participação: REU Nome: D. P. D. C.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO PROCECOMCIV 004572-12.2017.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Cite-se por edital, com prazo de 30(trinta) dias.

(ii) Decorrido o prazo de defesa em silêncio, certifique-se e ao Curador Especial à finalidade devida.

(iii) Após, conclusos.

.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
bB

Número do processo: 0834028-32.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. S. T. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: ROSANA CANAVIEIRA DE OLIVEIRA TEIXEIRA OAB: 18381PA/PA
Participação: REQUERIDO Nome: K. E. D. S. O.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO DIVLIT 0834028-32.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

SENTENÇA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

CAMILA SORAIA TOMAZ DOS SANTOS OLIVEIRA propôs Ação Judicial em desfavor
de KAIO EVERTON DE SOUSA OLIVEIRA, argumentando, em síntese, ser devido a medida
divorcista diante da impossibilidade de retorno à vida conjugal, razão pela qual requer a procedência
integral desta pretensão eleita.(a demanda seguirá quanto ao almejo guarda e direito de
visitação paterna)

Acostou documentos.

O processo segue seu trâmite normal.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

DO DIVÓRCIO

De pronto, digo que darei sentença de mérito eis o tema “ divórcio” se agendar a um direito
potestativo, o qual independe a dissolução de a vontade da outra parte.

Vamos à sentença.

O divórcio propõe o término da sociedade conjugal, permitindo um novo enlace matrimonial entre
os divorciandos, vez a impossibilidade de retorno à vida conjugal, não havendo mais falar em requisito
temporal. Diz o artigo 226, §6º, da Carta Magna:

A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado

§6.O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

Ora, em análise aos termos constantes nos autos, verifica-se a satisfação dos moldes emanados
pela Autora, permitindo-se a objetividade em julgar.

DA INICIAL

A Autora afirma estar separado faticamente, não havendo sentimentos firmes à mantença do lar,
permitindo-se a dissolução da sociedade conjugal.

DOS ALIMENTOS, DA GUARDA E DIREITO DE VISITAÇÃO

Em discussão.

DA VERBA ASSISTENCIAL ALIMENTAR

Não há, por agora, pedido nesse sentido.

DA PARTILHA DE BENS

Em discussão.

DO NOME

A Divorcianda voltará ao uso de seu nome de solteira, sendo a alteração uma faculdade sua.

Como se vê, não havendo nenhum óbice ao decreto divorcista, resta ao Juízo acolher o pedido
inicial, QUANTO AO DIVÓRCIO SOMENTE, em seus termos integrais.

Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base no artigo 1.571 e seguintes do Código
Civil , c/c o artigo 226, §6º, da Carta Magna e todos c/c o artigo 487, inciso I do Estatuto Processual
Civil, JULGO INTEGRALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL(quanto ao divórcio, somente) para
decretar o divórcio entre CAMILA SORAIA TOMAZ DOS SANTOS OLIVEIRA e KAIO EVERTON DE
SOUSA OLIVEIRA, diante de sua admissibilidade legal, extinguindo-se o processo com resolução de
mérito.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Repetindo. O Divorciando manterá o uso de seu nome de solteiro(KAIO EVERTON DE SOUSA


OLIVEIRA), pois, a quando do casamento, não alterou seu nome. Por outro lado, a Divorcianda voltará a
usar seu nome de solteira(CAMILA SORAIA TOMAZ DOS SANTOS, eis ser sua vontade em assim fazê-
lo.

A guarda, alimentos e direito de visitação, ainda em discussão.

Não há, por agora, pedido nesse sentido quanto aos alimentos assistenciais.

Quanto à partilha de bens, não há discussão, por agora.

A sentença serve como mandado de averbação/carta precatória de cunho averbatório,


observando-se os seguintes dados: Cartório Givaldo Araújo , certidão de assento de casamento
de matrícula de número 066050 01 55 2015 3 00024 129 0008009 41, documento datado de 20 de
maio de 2021.

À Secretaria da UPJ das Varas de Família e a Autora adotarem as medidas legais cabíveis ao
feito, observando-se que a mesma está com o manto da gratuidade processual.

Esta sentença serve como mandado de averbação/ofício à finalidade de direito.

Sem custas e honorários advocatícios advindo desta decisão, observando-se que a gratuidade
processual atingirá a emissão da segunda via do documento em questão(uma para a Autora, somente),
além da anotação/averbação da medida.

P.R.I e cumpra-se e expeça-se o que necessário(Não precisa esperar o trânsito em julgado para a
parte contrária, uma vez estarmos lidando com o direito potestativo que dispensa o consentimento do
outro litigante), seguindo-se a demanda quanto aos demais temas.

DA GUARDA, ALIMENTOS PRESUMIDOS E DIREITO DE VISITAÇÃO

O almejo inicial(tutela de urgência), na realidade, propõe a discussão acerca de três temas,


a saber: guarda, visitação paterna e alimentos, os quais serão um a um pontuados.

Frisa-se muito bem: Não posso falar em guarda judicial sem delinear o direito de visitação,
e vice-versa eis os assuntos estarem mesclados entre si.

Pois bem.

DA GUARDA, ALIMENTOS PRESUMIDOS E DIREITO DE VISITAÇÃO

No que tange à guarda de o(s) fruto(s) do casal, o pedido pressupõe o desfazimento da


relação afetivo emocional dos genitores, cuja responsabilidade do encargo e obrigação legal, inclusive o
dever emocional, resta designado ao responsável legal que detém melhores condições à sua assunção. É
a imposição legal inserida no artigo 1.584 do Código Civil Pátrio, em seu caput
:

Decretada a separação judicial ou divórcio, sem que haja entre as partes acordo quanto à guarda dos
filhos, será ela atribuída a quem revelar melhores condições para exercê-la

De outro norte, a guarda judicial, tão somente, pode vir a regularizar a faticidade da
responsabilidade exercida por um dos genitores em detrimento de outro que, por sua vez, concedeu-a,
reconhecidamente, a quem, de fato, detinha melhores condições físico emocional econômico financeiras à
criação do fruto.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Quanto a tal situação fática, vejamos o que dispõe a recente jurisprudência advinda do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

EMENTA: AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. AÇÃO DE REVERSÃO DE GUARDA E EXONERAÇÃO DE
ALIMENTOS. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. GUARDA DE FATO E DESCONTOS EM FOLHA DA
PENSÃO ALIMENTÍCIA. Embora a guarda do menor tenha sido atribuída à mãe quando do acordo
entabulado na separação judicial, está demonstrado nos autos que encontra-se sendo exercida de fato
pelo genitor, há aproximadamente seis meses. Na ausência de elementos, na fase, capazes de embasar
juízo modificando a guarda, e diante da ausência de pedido intentado pela genitora para retomada da
guarda, a suspensão do desconto em folha da pensão alimentícia se impõe, até decisão definitiva sobre a
guarda, ou eventual retomada da guarda da menor pela mãe. Consequência natural da situação da guarda
fática a um dos genitores é a garantia do direito de visitas ao genitor não-guardião. PRELIMINAR
REJEITADA. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº
70024873952, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho,
Julgado em 27/08/2008)

FAMÍLIA - GUARDA - MODIFICAÇÃO - PARÂMETROS - INTERESSE DA CRIANÇA - CONVENÇÃO


SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA.
1. Via de regra, o entendimento jurisprudencial dominante diz ser inviável a modificação da guarda, em
sede de antecipação da tutela, quando não demonstrada a gravidade da causa que a determine. Esta
providência atende à conveniência e bem-estar do menor de tenra idade cujo interesse deve sempre
prevalecer em qualquer patamar que se discuta, quer o social, quer o jurídico, quer a psicológico.
2. A modificação brusca da situação fática a que está habituada a criança pode, ao invés de benefícios,
acarretar-lhe prejuízo, sem qualquer motivo grave que assim justifique.
3. Negou-se provimento ao recurso.
(20080020161871AGI, Relator FLAVIO ROSTIROLA, 1ª Turma Cível, julgado em 10/12/2008, DJ
12/01/2009 p. 35)

Ora, como se depreende dos termos iniciais, constata-se que a guarda do filho do casal
(JOÃO KENEDY DOS SANTOS OLIVEIRA e MARIA CLARA DOS SANTOS OLIVEIRA) deverá
permanecer com a materna, de forma judicial, provisória e unilateral, eis a mantença da circunstância
fática ora envolvida, cumulado à ausência de comprovação de atitudes desabonadoras à conduta e
comportamento da mesma, o que, repisa-se muito bem, permite-se, por agora, manter a guarda
provisória com a genitora.

Veja, imponho assim a modalidade de guarda judicial(unilateral), até que haja elementos
fáticos substanciais para a alteração, indo de unilateral para compartilhada, SE ASSIM FOR APURADO E
NECESSÁRIO.

De outro norte, no que se refere ao direito de visitação, o mesmo encontra amparo legal no
artigo 1.589, do Código Civil Pátrio. Note os termos do
dispositivo:

O pai ou a mãe em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia ,
segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e
educação.

Como se vê, muito embora tenha havido a desestruturação da vida em comum com a
cessação de algumas obrigações legais e firmadas entre os genitores do fruto, o direito de visita de um
dos polos em relação ao seu filho não é alcançado pela dissolução do matrimônio ou união estável ou,
ainda, da simples convivência amorosa, eis a existência de relação jurídica diferenciada envolvendo
genitor-rebento.

De outra banda, a visitação não é apenas um direito pertencente a um dos genitores, não,
1515
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

pois o direito é majoritariamente do filho , eis que a convivência com a figura paterna , desde sempre
com início na terna infância, trar-lhe-á vínculo afetivossocial capaz de gerir os princípios e comandos
da trajetória de vida.

Todavia, quando comprovado ou estando presentes indícios de a existência de


agressividade e violência física dentro do seio familiar, com autoria paterna, a meu ver, o direito de
visitação deve ser observado e assegurado ao genitor, após a confecção da perícia psicossocial, eis a
natureza da discussão em anexo.

No caso em tela, configurado está a aparência do bom direito quanto à concessão


da tutela de urgência, frisa-se, eis a presença dos requisitos e pressupostos autorizadores.

A Tutela de Urgência detém como princípio estruturante o da efetividade do processo cuja


finalidade precípua é o dar celeridade ou adiantamento dos efeitos fático legais de uma futura sentença
favorável.

Regida pelo artigo do Estatuto Processual Civil:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§3 o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.

A tutela de urgência aduz a existência de os requisitos de admissão abaixo delineados:

1.DA PROBABILIDADE DO DIREITO(ANTERIOR FUMUS BONI IURIS - CONVICÇÃO DE


VEROSSIMILHANÇA

Na lição de Fredie Didier Jr, em sua obra Curso de Direito Processual Civil, Volume 2,
2007, Edição Podivm, p. 538:

Prova inequívoca não é aquela que conduza a uma verdade plena, absoluta, real ... tampouco a que
conduz à melhor verdade possível( a mais próxima da realidade)...Trata-se de prova robusta, consistente,
que conduza o magistrado a um juízo de probabilidade, o que é perfeitamente viável no contexto da
cognição sumária.

Por outro lado, Luiz Guilherme Marinoni, em sua Obra Curso de Processo Civil, volume 4, 2ª tiragem, São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 147, ensina-nos que:

O juiz julga o pedido cautelar com base em fumus boni iuris. Assim, a sua
convicção jamais deve ultrapassar a veorssimilhança, pois de outra forma estar-se-á diante de um
processo de cognição exauriente, em que a convicção é de certeza e o juízo acerca do litígio
permite a declaração capaz de gerar a coisa material. O processo cautelar é necessariamente limitado à
convicção de verossimilhança.

Ora, a convicção de verossimilhança se encontra robustamente patente quando do vínculo


consanguíneo envolvendo o Requerido e seu fruto, eis que, como dito alhures, o direito de visitação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

não pertence apenas ao genitor e sim, em nível elevadíssimo, ao fruto do casal, o qual precisa manter os
laços afetivo emocional familiares intactos, desde que não haja anúncio quanto à violência doméstica, o
que impõe cautelaridade quanto à regulamentação imediata da visitação paterna , o que, pelo menos por
agora, inocorre na demanda eleita(violência doméstica: não há mínima comprovação nesse sentido).

2.PERIGO DE DANO(ANTERIOR PERICULUM IN MORA )

O periculum in mora, HOJE MENCIONADO “PERIGO DE DANO” se posta como outro requisito
validador para a concessão de a tutela de urgência, desde que efetivamente comprovado a sua urgência e
imprescindibilidade, cuja demora acarretará prejuízos de tal monta ao necessitado, inclusive com grau
irreversível, insurgindo o nominado perigo de dano.

Atente-se: O perigo de dano se encontra vinculado ao perigo de dano cuja demora na decisão
acarretará danos irreparáveis .

Vejamos o que o doutrinador Luiz Guilherme Marinoni, em sua obra acima nominada, agora na
página28, afirmou acerca deste pressuposto de admissão:

O perigo de dano deve ser fundado em elementos objetivos, capazes de serem expostos de forma
racional, e não em meras conjecturas de ordem subjetiva. Além disto, embora o perigo de dano faça surgir
uma situação de urgência, tornando insuportável a demora do processo, não há razão para
identificar perigo de dano com o periculum in mora, como se ambos tivessem o mesmo significado. O
perigo de dano faz surgir o perigo na demora do processo, existindo, aí, uma relação de causa e efeito.
Por isto mesmo, para se evidenciar a necessidade das tutela cautelar, não basta alegar o periculum in
mora, sendo preciso demonstrar a existência de causa, ou seja, o perigo de
dano.

Assim , ser indiferente à medida é negar um direito patente dos envolvidos, visando o
respeito e a adequação aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e preservação da
família remanescente, motivo pelo qual entendo por conceder o pedido relativo à medida inicial, de modo
ponderado.

Isto posto, com base e fundamento no artigo 300 e seguintes do Código de Processo
Civil, DEFIRO, de modo parcial, o pedido de tutela de urgência (quanto aos temas guarda, direito de
visitação e alimentos presumidos) por conceder a guarda provisória, judicial e unilateral dos filhos do
casal (JOÃO KENEDY DOS SANTOS OLIVEIRA e MARIA CLARA DOS SANTOS OLIVEIRA) à materna
CAMILA SORAIA TOMAZ DOS SANTOS OLIVEIRA, brasileira, casada, manicure, portadora do RG nº
6045512 3ª via SSP/PA e CPF sob o nº 002.901.722-09, , cuja regulamentação do direito de visitação
paterna da seguinte forma(não conforme o pedido inicial):

(i) finais de semana e feriados alternados, iniciando-se com a materna. Quando da vez do paterno, os
frutos ficarão na companhia do genitor da seguinte forma: sexta-feira às 18:00 horas, com entrega no
domingo às 19:00 horas. Nos feriados de um dia, seguir-se-á o mesmo horário; nos longos, obedecerá
igual parâmetro de tempo.

(ii) dia dos pais e aniversário do mesmo, as crianças estarão na companhia de seu homenageado, no
horário inicial de 08:00 às 20:00 horas, seguindo-se a devolução na casa materna.

(iii)nas férias escolares, cada genitor terá uma quinzena dos meses correspondentes, destinando-se
sempre a primeira ao paterno.

(iv)festas de final de ano alternados, destinando-se o natal/2021 à materna e o ano novo ao paterno, com
entrega na casa materna no primeiro dia útil seguinte, até o horário de 08:00 horas e

(v) aniversário das crianças , o paterno terá a companhia de seus filhos no horário de 10:00 às 18:00
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

horas, com a outra parte do dia sendo destinado à materna, salvo ajuste melhor entre as partes( Estipulo
assim diante da necessidade de contato da criança com ambos os pais nesse dia especial).

Cumpre dizer que, ao longo da demanda, a fora de visitação poderá ser alterada, segundo os
termos e moldes legais.

O quantum alimentar será estipulado em 30% (trinta por cento) de os vencimentos e vantagens do
Paterno, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras, salário família, auxílio
alimentação, verbas rescisórias, participação nos lucros e rendimentos, prêmios, subsídios e demais
gratificações, com exclusão, apenas e tão somente, dos descontos obrigatórios(INSS e IR), cujo valor
será depositado na conta bancária da materna(CAMILA SORAIA TOMAZ DOS SANTOS OLIVEIRA, no
Banco do Bradesco S/A, agência 1396-0 e C/C 0021642-9), respeitando-se a data limite do recebimento
dos rendimentos do paterno. Do Universo alimentar delineado neste parágrafo, vai ser destinado
15%(quinze por cento) da base de cálculo para cada filho.

Oficie-se à fonte pagadora(ARBOREA INDUSTRIA PARAENSE DE PÃES), para que, assim que receber
o expediente, desconte logo os alimentos e , no prazo de 10(dez) dias, informe os ganhos reais do
paterno, em detalhes.

Se houver anúncio de aposentadoria, permanece o mesmo percentual, inclusive sobre o plano de


previdência privada a ser identificada pela materna junto à Secretaria da UPJ das Varas de Família o
qual, sem nova conclusão dos autos do processo, encaminhará ofício correspondente à finalidade de
direito.

Se estiver laborando sem carteira assinada, o valor de a verba alimentar presumida vai passar a ser de
01(um) salário mínimo vigente - 50% para cada filho-, reajustado de acordo com o salário mínimo
vigente, segundo a política governamental, cujo valor será depositado na conta bancária da
materna(acima identificada) , respeitando-se a data limite do dia 05(cinco) mensal.

SE ATRASAR, MULTA DE 2%(DOIS POR CENTO) POR CADA MÊS E JUROS DE 0,3%(ZERO
VÍRGULA TRÊS POR CENTO) AO DIA, COM APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO PELO IGP-
M/FGV.

Expeça-se o competente Termo de Guarda Provisória, Judicial à materna à finalidade de direito,


com amplos poderes de representação e assistência, com esfera de atuação no campo da educação,
saúde, assistência, bancário e dentre outras que forem necessárias para proteger os interesses da
criança.

O processo seguirá o procedimento comum ordinário, eis a cumulação de pedidos assim


possibilitar.

Cite-se, PESSOALMENTE,O SENHOR KAIO EVERTON DE SOUZA OLIVEIRA, brasileiro,


motorista, casado, portador do RG nº 5892868 PC/PA e CPF sob o nº 000.110.412-85, com endereço
eletrônico desconhecido, residente e domiciliado na Passagem Alacide Nunes nº 221, Bengui, CEP.
66.630-330, Belém/PA. (por oficial de justiça:), à luz do art. 212 do CPC, com as advertências dos artigos
344 e 345 todos do CPC. (O expediente será cumprido, também, fora do horário forense, 06:00 às 20:00
horas, com cumprimento da diligência nos dias de domingo e feriados).

O prazo para apresentação de defesa será de 15(quinze) dias, sob pena de decreto de revelia,
ante as advertências expostas no respectivo mandado.

No mais, digo ao oficial de justiça que, caso haja suspeita fundada de ocultação, em último caso, a
citação ocorrerá por hora certa, detalhando-se as diligências correspondentes.(A diligência
quanto à citação por hora certa deve ser bem detalhada, com anúncio dos dias e horários de cumprimento
e com que se falou acerca da diligência).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Alerto ao senhor oficial de justiça que o mandado de citação não deve ser deixados com
terceiros, mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que as
diligências em comento se obrigam a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a
declaração de nulidade de a certidão, permitindo-se a emissão de novos expedientes.

Observe a Secretaria da Vara que a materna se encontra com a gratuidade processual.

Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar digitalmente os
expedientes ao objetivo desejado.

Não vou designar audiência de conciliação/mediação diante da desnecessidade no feito, porque


vejo a imprescindibilidade de estabilização objetiva da demanda, em seu início, sem prejuízo de haver
mediação/conciliação ao longo da demanda.

Publique-se. Registre-se.Intime-se.Cumpra-se. Acautelem-se. Após, conclusos.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

ARTIGOS EXTRAÍDOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ACIMA NOMINADOS

(i)Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o
interessado.

(ii)Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.

(iii)Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:

I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;

II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;

III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do
ato;

IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com
prova constante dos autos.

(iv)Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do
ato decisório no órgão oficial.

Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se
encontrar.

(v)Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.

§1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo.

§2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.

§3o A citação será feita na pessoa do réu.

§4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.

(vi)Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.

Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto
os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.

(vii)Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.

§1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar


desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo.

§2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.

§3o A citação será feita na pessoa do réu.

§4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.

(viii)Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o
perecimento do direito.

(ix)Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento
comum, observado o art. 335.

Número do processo: 0843656-16.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: T. M. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: ESTEFANIA CAROLINA DO CARMO LIMA registrado(a) civilmente
como ESTEFANIA CAROLINA DO CARMO LIMA OAB: 018150/PA Participação: REQUERIDO Nome: M.
D. A. G. Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO TORRES POTIGUAR registrado(a)
civilmente como JOSE AUGUSTO TORRES POTIGUAR OAB: 001569/PA Participação: ADVOGADO
Nome: ALEX LOBATO POTIGUAR OAB: 013570/PA Participação: REQUERIDO Nome: T. D. A. G. D. C.
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE AUGUSTO TORRES POTIGUAR registrado(a) civilmente como
JOSE AUGUSTO TORRES POTIGUAR OAB: 001569/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALEX
LOBATO POTIGUAR OAB: 013570/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0843656-16.2019.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DE SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO-MANDADO DE


INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o presente, por cópia digitada, como
mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009 – CJRMB.
Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Declaro a estabilidade da Decisão de Organização e Saneamento em todos os seus moldes, seguindo-
se a definição dos meios de prova ora almejados. Vamos lá:

DA DEFINIÇÃO DOS DEMAIS DE PROVA ALMEJADOS

PELO AUTOR:

É preciso que se tenha atenção ao comando judicial, eis que a desatenção pode e provoca a presença do
instituto da preclusão. Ora, o ID 28713262 é claro ao impor a prolação da Decisão de Organização e
Saneamento em cujo teor estruturou a essência da demanda, além de conceder prazo aos litigantes a
ajustarem e indicarem meios de prova a produzir. Relembraremos:

____

...

Assim sendo, declaro saneado e organizado os autos do processo(porém, não com sua estabilidade, eis
que tal se dará logo após o final do prazo a seguir estipulado para tanto) e, concedo o prazo de cinco dias
úteis e comum a fim de que as partes possam pedir esclarecimentos ou ajustes, seguindo-se, findo o
prazo, os autos do processo ao Ministério Público para igual medida. Neste prazo, as partes devem dizer
quais meios de prova desejam, seguindo-se com igual medida ao Ministério Público.

(vi) Logo após, voltem-me conclusos para ajustar a decisão, se for necessário e pedido , e declarar a
estabilidade da decisão saneadora, seguindo-se da análise dos pedidos dos meios de prova a ser
anunciados, sem perder de vista o teor do artigo 357,§4º, do CPC.
1521
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____

Portanto, os Advogados deveriam ler o texto, entendê-lo perfeitamente para ratificá-lo ou retificá-lo
e, simultaneamente, indicar ou dizer quais meios de prova à comprovação de a tese arguida. Ou seja,
argumentar + dizer o que queriam para produzir. Se assim não o fizessem, inevitavelmente, atraído e
atrelado ao silêncio, o Instituto da Preclusão!

Bom, o Autor foi intimado para ajustar(ou não) a Decisão de Organização e Saneamento, isto é,
não deveria se deter em apenas dissertar o que já temos e sim, dizer se a Decisão estava ou não correta.
Assim não agiu, limitando-se a falar sobre pontos que já estavam firmes. Ainda, não pediu meios de prova
como, por exemplo, o depoimento pessoal e testemunhal. Não! Quer algo que é inútil à lide - todas as
comprovações ou notas fiscais das despesas da outra parte - uma vez que as alegações, a meu ver,
podem ser ligados a demais argumentos, somado ao fato de que o almejo deve ser buscado em um
Incidente ou em outra Ação Judicial, desde que manejada adequadamente.

O certo é que, após reiteradas análises do argumento, tenho a dizer que o Autor não anunciou
retificações na Decisão de Organização e Saneamento, de modo a ditá-la com acertada e não anunciou
meios de prova a produzir, ensejando a presença do Instituto da Preclusão.

Portanto, reiterando, precluso está o direito do Autor em indicar provas, firmando contra si o
Instituto da Preclusão.

PELO PATERNO:

a) Quanto à diligência aos Cartórios de Registros de Imóveis: Indefiro em todos os seus moldes,
uma vez não indiciar o território para a consulta: É nesta Cidade, é no Rio de Janeiro ou é em outro lugar?
Então, por ser diligência genérica, tenho que rejeitá-la, declarando precluso o direito de assim repetir tal
meio de prova.

b) Quanto à diligência à Imobiliária Valéria Pires Franco e Corretores Associados: Defiro, de modo
ajustado ante o teor acima. Ou seja, à Secretaria da UPJ das Varas de Família oficiar à Empresa Valéria
Pires Franco e Corretores Associados, no endereço Avenida Braz de Aguiar, 684, Nazaré, Belém/PA -
66.035-415, para que, em 10(dez) dias, contados do recebimento do expediente, diga se há contratos em
nome do Autor, a partir de agosto de 2019(início da lide) prestando as informações necessárias e
encaminhando cópia da documentação devida.

Veja, não há falar em mudança nos termos do meio de prova. Não! Pois a mesma está
sendo ajustada ante o teor acima exposto, além de ser posto o termo inicial a fim de que àquela Empresa
possa ter o suporte necessário à informação. Ainda, não vou pedir igual diligência em nome da esposa do
Autor, uma vez não ser parte na lide.

PELO MINISTÉRIO PÚBLICO :

a) Meio de Prova relativo ao Depoimento Pessoal: Defiro, eis a importância ao desfecho da lide, pelo
menos por enquanto.

b)Diligência ao Sistema Renajud: Defiro-a em todos os seus moldes. Ao conhecimento das partes(15 dias
úteis e comum) da resposta vindas do Sistema Renajud, em anexo. Em seguida sem nova conclusão, ao
Ministério Público para igual medida.
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c) Quanto à emissão de expediente ao Ministério do Trabalho e Emprego: À Secretaria da UPJ das Varas
de Família oficiar ao Ministério do Trabalho e Emprego para que, em 10(dez) dias, contados do
recebimento do expediente, diga sobre a (in) existência de eventuais vínculos empregatícios em nome do
Autor.

Ainda, creio que as partes já têm uma noção exata da estrutura, a qual firmada e intocável, da
demanda e, mais uma vez, vou tentar conciliar as partes antes a audiência de instrução e julgamento e
assim designo a data de 25 de agosto de 2021, às 12:00 horas, para audiência de acordo. As partes serão
trazidas para a Sala de Audiências por seus Advogados sem que haja necessidade de intimação pessoal.

Cientes os Advogados e Ministério Público e, após a juntada da resposta dos ofícios, conclusos
para abertura do contraditório.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

Número do processo: 0809354-87.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: D. M. D. Participação:


ADVOGADO Nome: AMANDA DE SOUZA GOMES OAB: 25536/PA Participação: ADVOGADO Nome:
IAN GUEDES PINHEIRO OAB: 28663/PA Participação: ADVOGADO Nome: ISABELA DE SOUZA
PIMENTEL OAB: 24904/PA Participação: AUTOR Nome: A. F. M. Participação: ADVOGADO Nome:
AMANDA DE SOUZA GOMES OAB: 25536/PA Participação: ADVOGADO Nome: IAN GUEDES
PINHEIRO OAB: 28663/PA Participação: ADVOGADO Nome: ISABELA DE SOUZA PIMENTEL OAB:
24904/PA Participação: REU Nome: M. D. D. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO BRASIL DE
CARVALHO OAB: 9665/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

TERMO DE AUDIÊNCIA – PJE

AÇO DE ALIEMNTOS, GUARDA E DIREITO DE VISITAÇÃO

PROCESSO: ProceComCiv 0809354-87.2021.8.14.0301

Requerente: D. M. D. menor representado por A.F.M.

Advogado(a): ISABELA DE SOUZA PIMENTEL - OAB PA24904 IAN GUEDES PINHEIRO - OAB
PA28663 - AMANDA DE SOUZA GOMES - OAB PA25536

Requerido : M.D.D.

Advogado(a): BRUNO BRASIL DE CARVALHO - OAB PA9665

Aos 16 (DEZESSEIS) dia(s) do mês de agosto do ano de 2021, às 09h00m, na sala de audiências da 1ª
Vara de Família da Comarca de Belém-Pará, onde presente se achava a Dra. MARGUI GASPAR
BITTENCOURT, Juíza titular da Vara, foi ABERTA A AUDIÊNCIA, com a presença do Ministério Público
via teams, representado pela Dra. SUMAYA SAADY MORHY PEREIRA, Promotora de Justiça e feito o
pregão de praxe verificou-se a presença das partes com seus patronos. Tentada a conciliação a mesma
restou infrutífera. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: (i) Considerando que a tentativa de acordo restou
infrutífera, findo o prazo da réplica, venham os autos ao gabinete para Decisão de Organização e
Saneamento, conforme previamente determinado em DECISÃO/DESPACHO de id 30604386. Nada mais
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

havendo, para constar, mandou o MM. Juíza lavrar o presente termo, que, lido e achado conforme, Eu
____, Analista Judiciário, digitei e assino.

MM. Juíza:

Ministério Público:

Autor(a):

Advogado(a):

Requerido(a):

Advogado(a):

Número do processo: 0848433-10.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. P. D. S.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: NICILEUDA MORAES PAMPOLHA OAB: null
Participação: REQUERENTE Nome: R. P. D. S. Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome:
NICILEUDA MORAES PAMPOLHA OAB: null Participação: REQUERENTE Nome: C. E. P. D. S.
Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: NICILEUDA MORAES PAMPOLHA OAB: null
Participação: REQUERIDO Nome: R. C. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO AIESP 0848433-10.2020.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DESPACHO-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o


presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo
Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.

R.Hoje

(i) Todos com gratuidade processual, nesta compreendida a verba honorária.

(ii) À réplica( 15 dias úteis)


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(iii) Designo a data de 22 de setembro de 2021, às 10:00 horas, para audiência de tentativa de acordo.
Ambas as partes serão intimadas pessoalmente, por mandado á finalidade devida.

Se houver acordo, homologamos por sentença. Caso contrário, os autos do processo voltarão ao
Gabinete para Decisão de Organização e Saneamento.

(iv) Cientes Ministério Público e Defensoria Pública.

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

(assinatura eletrônica)

Bb
bB

Número do processo: 0839616-20.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: F. B. M. Participação:


ADVOGADO Nome: RAISSA DIAS BIOLCATI RODRIGUES OAB: 19559/PA Participação: ADVOGADO
Nome: FELIPE JACOB CHAVES registrado(a) civilmente como FELIPE JACOB CHAVES OAB: 13992/PA
Participação: ADVOGADO Nome: KELY VILHENA DIB TAXI JACOB OAB: 018949/PA Participação: REU
Nome: A. B. S.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO PROCECOMCIV 0839616-20.2021.814.0301

ENDEREÇO: RUA CORONEL FONTOURA, S/N( PRAÇA FELIPE PATRONI, PERTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BELÉM-PARÁ)

CEP: 66.015-260, BAIRRO DA CIDADE VELHA, FONE: (91) 3025-2765.

E-MAIL: upjfamiliabelem@tjpa.jus.br

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA-MANDADO DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO-MANDADO DE


AVERBAÇÃO/OFÍCIO servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO
Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009 – CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

FLÁVIA BATISTA MONTEIRO BENDELACK propôs Ação Judicial em desfavor de ANDRÉ


BENDELACK SANTOS , argumentando, em apertada síntese, ser devido a medida inicial eis a
imprescindibilidade em firmar obrigação alimentar paterna, além de delinear o direito de visitação
correspondente, com a consequente concessão de a guarda (pedido subsequente e interligado ao último),
razão pela qual almeja a aceitabilidade da tutela de urgência em todos os seus termos.

Acostou documentos.

O processo está seguindo seu trâmite normal.

RELATADO EM APERTADA SÍNTESE

DECIDO

O almejo inicial(tutela de urgência), na realidade, propõe a discussão acerca de três temas,


a saber: guarda, visitação paterna e alimentos, os quais serão um a um pontuados.

Frisa-se muito bem: Não posso falar em guarda judicial sem delinear o direito de visitação, e
vice-versa eis os assuntos estarem mesclados entre si.

Pois bem.

DA GUARDA, ALIMENTOS PRESUMIDOS E DIREITO DE VISITAÇÃO

No que tange à guarda de o fruto do casal, o pedido pressupõe o desfazimento da relação


afetivo emocional dos genitores, cuja responsabilidade do encargo e obrigação legal, inclusive o dever
emocional, resta designado ao responsável legal que detém melhores condições à sua assunção. É a
imposição legal inserida no artigo 1.584 do Código Civil Pátrio, em seu caput:

Decretada a separação judicial ou divórcio, sem que haja entre as partes acordo quanto à guarda dos
filhos, será ela atribuída a quem revelar melhores condições para exercê-la

De outro norte, a guarda judicial, tão somente, pode vir a regularizar a faticidade da
responsabilidade exercida por um dos genitores em detrimento de outro que, por sua vez, concedeu-a,
reconhecidamente, a quem, de fato, detinha melhores condições físico emocional econômico financeiras à
criação do fruto.

Quanto a tal situação fática, vejamos o que dispõe a recente jurisprudência advinda do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

EMENTA: AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. AÇÃO DE REVERSÃO DE GUARDA E EXONERAÇÃO DE
ALIMENTOS. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. GUARDA DE FATO E DESCONTOS EM FOLHA DA
PENSÃO ALIMENTÍCIA. Embora a guarda do menor tenha sido atribuída à mãe quando do acordo
entabulado na separação judicial, está demonstrado nos autos que encontra-se sendo exercida de fato
pelo genitor, há aproximadamente seis meses. Na ausência de elementos, na fase, capazes de embasar
juízo modificando a guarda, e diante da ausência de pedido intentado pela genitora para retomada da
guarda, a suspensão do desconto em folha da pensão alimentícia se impõe, até decisão definitiva sobre a
guarda, ou eventual retomada da guarda da menor pela mãe. Consequência natural da situação da guarda
fática a um dos genitores é a garantia do direito de visitas ao genitor não-guardião. PRELIMINAR
REJEITADA. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº
70024873952, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho,
Julgado em 27/08/2008)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

FAMÍLIA - GUARDA - MODIFICAÇÃO - PARÂMETROS - INTERESSE DA CRIANÇA - CONVENÇÃO


SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA.
1. Via de regra, o entendimento jurisprudencial dominante diz ser inviável a modificação da guarda, em
sede de antecipação da tutela, quando não demonstrada a gravidade da causa que a determine. Esta
providência atende à conveniência e bem-estar do menor de tenra idade cujo interesse deve sempre
prevalecer em qualquer patamar que se discuta, quer o social, quer o jurídico, quer a psicológico.
2. A modificação brusca da situação fática a que está habituada a criança pode, ao invés de benefícios,
acarretar-lhe prejuízo, sem qualquer motivo grave que assim justifique.
3. Negou-se provimento ao recurso.
(20080020161871AGI, Relator FLAVIO ROSTIROLA, 1ª Turma Cível, julgado em 10/12/2008, DJ
12/01/2009 p. 35)

Ora, como se depreende dos termos iniciais, constata-se que a guarda da filha do casal
(GIOVANA MONTEIRO BENDELACK SANTOS, nascida em 22 de janeiro de 2010) deverá ser
COMPARTILHADA, COM DOMICÍLIO DE REFERÊNCIA O MATERNO, cuja convivência paterna será
livre.

Explico.

Não consigo conciliar a ideia de compartilhamento de guarda judicial com a limitação


de a convivência paterna, pois se assim aceitasse, a meu sentir, não estaríamos falando dessa
modalidade de guarda judicial e sim, de a unilateralidade da medida! Ora, quem pediu tal espécie de
guarda foi a Materna, logo, não pode querer agora limitar ou restringir a convivência com o Paterno.

Então, imponho o compartilhamento de a Guarda Judicial, com o Direito de


Convivência Paterna de forma Livre, com direito à pernoite, inclusive. Não obstante, imponho o prévio
aviso de 24(vinte e quatro) horas, em que os pais se comunicarão para estabelecer as próprias bases do
exercício de a convivência, sempre pontuando pelo melhor interesse da menor.

Pois bem.

No caso em tela, configurado está a aparência do bom direito quanto à


concessão da tutela de urgência, frisa-se, eis a presença dos requisitos e pressupostos autorizadores.

A Tutela de Urgência detém como princípio estruturante o da efetividade do processo cuja


finalidade precípua é o dar celeridade ou adiantamento dos efeitos fático legais de uma futura sentença
favorável.

Regida pelo artigo do Estatuto Processual Civil:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§3 o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.

A tutela de urgência aduz a existência de os requisitos de admissão abaixo delineados:


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

1.DA PROBABILIDADE DO DIREITO(ANTERIOR FUMUS BONI IURIS - CONVICÇÃO DE


VEROSSIMILHANÇA

Na lição de Fredie Didier Jr, em sua obra Curso de Direito Processual Civil, Volume 2, 2007,
Edição Podivm, p. 538:

Prova inequívoca não é aquela que conduza a uma verdade plena, absoluta, real ... tampouco a que
conduz à melhor verdade possível( a mais próxima da realidade)...Trata-se de prova robusta, consistente,
que conduza o magistrado a um juízo de probabilidade, o que é perfeitamente viável no contexto da
cognição sumária.

Por outro lado, Luiz Guilherme Marinoni, em sua Obra Curso de Processo Civil, volume 4, 2ª tiragem, São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 147, ensina-nos que:

O juiz julga o pedido cautelar com base em fumus boni iuris. Assim, a sua
convicção jamais deve ultrapassar a veorssimilhança, pois de outra forma estar-se-á diante de um
processo de cognição exauriente, em que a convicção é de certeza e o juízo acerca do litígio
permite a declaração capaz de gerar a coisa material. O processo cautelar é necessariamente limitado à
convicção de verossimilhança.

Ora, a convicção de verossimilhança se encontra robustamente patente quando do vínculo consanguíneo


envolvendo o Requerido e seu fruto, eis que, como dito alhures, o direito de visitação não pertence
apenas ao genitor e sim, em nível elevadíssimo, ao fruto do casal, o qual precisa manter os laços afetivo
emocional familiares intactos, desde que não haja anúncio quanto à violência doméstica, o que impõe
cautelaridade quanto à regulamentação imediata da visitação paterna , o que, pelo menos por agora,
inocorre na demanda eleita(violência doméstica: Não há mínima comprovação nesse sentido).

2.PERIGO DE DANO(ANTERIOR PERICULUM IN MORA )

O periculum in mora, HOJE MENCIONADO “PERIGO DE DANO” se posta como outro requisito validador
para a concessão de a tutela de urgência, desde que efetivamente comprovado a sua urgência e
imprescindibilidade, cuja demora acarretará prejuízos de tal monta ao necessitado, inclusive com grau
irreversível, insurgindo o nominado perigo de dano.

Atente-se: O perigo de dano se encontra vinculado ao perigo de dano cuja demora na decisão
acarretará danos irreparáveis .

Vejamos o que o doutrinador Luiz Guilherme Marinoni, em sua obra acima nominada, agora na
página28, afirmou acerca deste pressuposto de admissão:

O perigo de dano deve ser fundado em elementos objetivos, capazes de serem expostos de forma
racional, e não em meras conjecturas de ordem subjetiva. Além disto, embora o perigo de dano faça surgir
uma situação de urgência, tornando insuportável a demora do processo, não há razão para identificar
perigo de dano com o periculum in mora, como se ambos tivessem o mesmo significado. O perigo de
dano faz surgir o perigo na demora do processo, existindo, aí, uma relação de causa e efeito. Por isto
mesmo, para se evidenciar a necessidade das tutela cautelar, não basta alegar o periculum in mora,
sendo preciso demonstrar a existência de causa, ou seja, o perigo de
dano.

Assim , ser indiferente à medida é negar um direito patente dos envolvidos, visando o
respeito e a adequação aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e preservação da
família remanescente, motivo pelo qual entendo por conceder o pedido relativo à medida inicial, de modo
ponderado.

Isto posto, com base e fundamento no artigo 300 e seguintes do Código de Processo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Civil, DEFIRO, de modo parcial, o pedido de tutela de urgência (quanto aos temas guarda, direito de
visitação e alimentos presumidos) por conceder a GUARDA COMPARTILHADA DE A FILHA DO CASAL,
COM DOMICÍLIO DE REFERÊNCIA MATERNA, CUJA CONVIVÊNCIA PATERNA DAR-SE-Á DE FORMA
LIVRE, TODAVIA, ESTABELECENDO-SE AO PATERNO O AVISO PRÉVIO DE 24(VINTE E QUATRO)
HORAS À MATERNA, AO EXERCÍCIO DESSA CONVIVÊNCIA, SEMPRE PREZANDO O INTERESSE
DA MENOR.

Mais, imponho que, durante a vida dessa demanda, a Materna está proibida de
mudar de residência e domicílio sem conhecimento, ordem e autorização judicial a fim de que a lide não
possa ser ferida de morte e dificultaada seu fechamento com tal decisão unilateral.

A verba alimentar vai estar estipulada da seguinte forma, segundo cada fonte pagadora do
Paterno:

(i) UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA: Estabeleço a verba alimentar em 20% (vinte por cento) de
os vencimentos e vantagens do Paterno, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras,
salário família, auxílio alimentação, verbas rescisórias, participação nos lucros e rendimentos, prêmios,
subsídios e demais gratificações, com exclusão, apenas e tão somente, dos descontos obrigatórios(INSS
e IR), cujo valor será depositado na conta bancária da materna(Banpará (237), Ag 025-7, Conta
260416-7 - Flávia B. M. Bendelack), respeitando-se a data limite do recebimento dos rendimentos do
paterno.

Igual valor se perfaz quando o paterno estiver recebendo valor previdenciário e seguro-
desemprego, bastando haver informação da Autora.

Oficie-se à fonte pagadora(UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA), para que, assim que receber o
expediente, desconte logo o valor dos alimentos e, no prazo de 10(dez) dias, informar os ganhos reais
do paterno, em detalhes.

(ii)ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA BENDELACK, MUNIZ E SILVA ADVOGADOS ASSOCIADOS: O


valor dos alimentos será em termos de salário mínimo, na ordem de 01 1/2 (um e meio) do salário
mínimo vigente, reajustados de acordo com a política governamental, cujo valor será depositado na conta
bancária acima identificada, respeitando-se a data limite do dia 05(cinco) mensal.

SE ATRASAR, MULTA DE 2%(DOIS POR CENTO) POR CADA MÊS E JUROS DE 0,3%(ZERO
VÍRGULA TRÊS POR CENTO) AO DIA, COM APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO PELO IGP-
M/FGV.

Oficie-se à fonte pagadora(scritório de Advocacia BENDELACK, MUNIZ E SILVA


ADVOGADOS ASSOCIADOS), para que, assim que receber o expediente, desconte logo o valor dos
alimentos e, no prazo de 10(dez) dias, informar os ganhos reais do paterno, em detalhes.

(iii)URBE GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO CONDOMINAL LTDA: O valor dos alimentos será


em termos de salário mínimo, na ordem de 01 1/2 (um e meio) do salário mínimo vigente, reajustados de
acordo com a política governamental, cujo valor será depositado na conta bancária acima identificada,
respeitando-se a data limite do dia 05(cinco) mensal.

SE ATRASAR, MULTA DE 2%(DOIS POR CENTO) POR CADA MÊS E JUROS DE 0,3%(ZERO
VÍRGULA TRÊS POR CENTO) AO DIA, COM APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO PELO IGP-
M/FGV.

Oficie-se à fonte pagadora(URBE GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO CONDOMINAL LTDA), para que,


assim que receber o expediente, desconte logo o valor dos alimentos e, no prazo de 10(dez) dias,
informar os ganhos reais do paterno, em detalhes.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(iv)NEX TRADING MATERIAIS DE CONSTRUCAO LTDA: O valor dos alimentos será em termos de
salário mínimo, na ordem de 01 1/2 (um e meio) do salário mínimo vigente, reajustados de acordo com a
política governamental, cujo valor será depositado na conta bancária acima identificada, respeitando-se a
data limite do dia 05(cinco) mensal.

SE ATRASAR, MULTA DE 2%(DOIS POR CENTO) POR CADA MÊS E JUROS DE 0,3%(ZERO
VÍRGULA TRÊS POR CENTO) AO DIA, COM APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO PELO IGP-
M/FGV.

Oficie-se à fonte pagadora(NEX TRADING MATERIAIS DE CONSTRUCAO LTDA), para que,


assim que receber o expediente, desconte logo o valor dos alimentos e, no prazo de 10(dez) dias,
informar os ganhos reais do paterno, em detalhes.

Expeça-se(de imediato e sem esperar o trânsito em julgado desta decisão ao paterno) o competente
Termo de Guarda Compartilhada, com Domicílio Materno de referência e Direito de Convivência Paterno
Livre, estabelecendo-se o aviso prévia de 24(vinte e quatro) horas ao exercício da convivência à
finalidade de direito, com amplos poderes de ambos os genitores de representação e assistência, com
esfera de atuação no campo da educação, saúde, assistência, bancário e dentre outras que forem
necessárias para proteger os interesses da criança.

O processo seguirá o procedimento comum ordinário, eis a cumulação de pedidos assim


possibilitar.

Cite-se, PESSOALMENTE, ANDRÉ BENDELACK SANTOS, brasileiro, casado, advogado, inscrito


no RG nº. 2322482 PC/PA e no CPF 378.826.192-72, residente e domiciliado sito na Rua Boaventura da
Silva, nº. 1289, Condomínio Altos Umarizal, do Ed. Ver-o-Rio, Apto. 401, Umarizal, CEP: 66055-090,
Belém/PA(por oficial de justiça:), à luz do art. 212 do CPC, com as advertências dos artigos 344 e 345
todos do CPC. (O expediente será cumprido, também, fora do horário forense, 06:00 às 20:00 horas, com
cumprimento da diligência nos dias de domingo e feriados).

O prazo para apresentação de defesa será de 15(quinze) dias, sob pena de decreto de revelia,
ante as advertências expostas no respectivo mandado.

No mais, digo ao oficial de justiça que, caso haja suspeita fundada de ocultação, em último caso, a
citação ocorrerá por hora certa, detalhando-se as diligências correspondentes.(A diligência quanto à
citação por hora certa deve ser bem detalhada, com anúncio dos dias e horários de cumprimento e com
que se falou acerca da diligência).

Alerto ao senhor oficial de justiça que o mandado de citação não deve ser deixados com terceiros,
mesmo que tais sejam parentes dos litigantes(mãe, irmã, tio, dentre outros), uma vez que as diligências
em comento se obrigam a ser PESSOAL. A desatenção ao tema, certamente, provocará a declaração de
nulidade de a certidão, permitindo-se a emissão de novos expedientes.

Observe a Secretaria da UPJ das Varas de Família que a materna se encontra com a
gratuidade processual.

Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a assinar digitalmente os
expedientes ao objetivo desejado.

Não vou designar audiência de conciliação/mediação diante da desnecessidade no feito, porque


vejo a imprescindibilidade de estabilização objetiva da demanda, em seu início, sem prejuízo de haver
mediação/conciliação ao longo da demanda.

Publique-se. Registre-se.Intime-se.Cumpra-se. Acautelem-se. Após, conclusos.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém-Pará, 16 de agosto de 2021

DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT

JUÍZA DE DIREITO

ARTIGOS EXTRAÍDOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ACIMA NOMINADOS

(i)Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o
interessado.

(ii)Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.

(iii)Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:

I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;

II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;

III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do
ato;

IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com
prova constante dos autos.

(iv)Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do
ato decisório no órgão oficial.

Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se
encontrar.

(v)Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.

§1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar


desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo.

§2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.

§3o A citação será feita na pessoa do réu.

§4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.

(vi)Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.

Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto
os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

(vii)Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.

§1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar


desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo.

§2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.

§3o A citação será feita na pessoa do réu.

§4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.

(viii)Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o
perecimento do direito.

(ix)Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento
comum, observado o art. 335.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 2 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0801378-82.2020.8.14.0133 Participação: AUTOR Nome: M. P. D. E. D. P.


Participação: REU Nome: O. D. S. M. Participação: ADVOGADO Nome: CARLOS ANTONIO DA SILVA
FIGUEIREDO OAB: 3985/PA Participação: ADVOGADO Nome: FRANCIMAR BENTES GOMES OAB:
4577/PA Participação: ADVOGADO Nome: LETICIA MARTINS BITAR DE MORAES OAB: 7095PA/PA
Participação: CURADOR ESPECIAL Nome: CARLENE DO SOCORRO MARINHO DA CONCEIÇÃO OAB:
null Participação: REU Nome: S. D. N. P. Participação: ADVOGADO Nome: PAULO AUGUSTO RAMOS
MOREIRA LEITE OAB: 25990/PA Participação: ADVOGADO Nome: CLAUDIO MENDES PINHEIRO
FILHO OAB: 28122/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

7ª Vara de Família da Capital

PROCESSO: 0801378-82.2020.8.14.0133

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)

AÇÃO:[Nulidade / Anulação]

AUTOR: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA

REU: ODEQUIAS DA SILVA MARINHO, SANDREIA DAS NEVES PINHEIRO


CURADOR ESPECIAL: CARLENE DO SOCORRO MARINHO DA CONCEIÇÃO

Advogado(s) do reclamado: LETICIA MARTINS BITAR DE MORAES, FRANCIMAR BENTES GOMES,


CARLOS ANTONIO DA SILVA FIGUEIREDO, CLAUDIO MENDES PINHEIRO FILHO, PAULO AUGUSTO
RAMOS MOREIRA LEITE

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

RECEBI OS AUTOS REDISTRIBUÍDOS DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL, NA DATA


DE HOJE, NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRAM.

PROCESSO EM VISUALIZAÇÃO CRESCENTE E EM SEGREDO DE JUSTIÇA

Compulsando os autos, verifico que estes autos de ANULAÇÃO DE CASAMENTO, foram redistribuídos,
conforme se verifica pela decisão proveniente da 1ª Vara Cível e Empresarial da Capital, presente no ID
30508157, por ser a Vara a suposta Vara de Origem.

Entretanto, DATA MÁXIMA VÊNIA, à referida decisão, os autos foram redistribuídos equivocadamente a
este juízo, uma vez que não tramitou neste juízo, nenhuma ação originária das partes.

Verifico não se tratar de pedido de cumprimento de sentença e nem de nenhuma das hipóteses presentes
no art. 286 do CPC, que determinem a distribuição por dependência a este juízo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Portanto, uma vez não configurada nenhuma das hipóteses previstas no artigo 286 do CPC e ante o
equívoco cometido, com supedâneo nos dispositivos legais antes mencionados, determino sua
redistribuição, desde logo, à uma das Varas de Família da Capital, uma vez que segundo a nova regra
contida no art. 1.015 do CPC, das decisões que declinam a competência, não cabe Agravo de
Instrumento, a fim de que sejam redistribuídos para qualquer uma das Varas de Família desta capital,
procedendo-se, consequentemente, à necessária baixa no registro.

Intimem-se.

Belém, dia, mês e ano registrado no sistema PJE.

DRA. ROSA DE FÁTIMA NAVEGANTES DE OLIVEIRA

JUÍZA DE DIREITO

TITULAR DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Número do processo: 0845495-08.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RENAN MAIA


NUNES Participação: REQUERIDO Nome: ANNA LAURA DA CUNHA E SOUZA Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
2ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELÉM

Nº PROCESSO: 0845495-08.2021.8.14.0301

AÇÃO: AÇÃO DE INVERSÃO DE GUARDA E ALIMENTOS.

AUTOR: RENAN NUNES MAIA, domiciliado no Município de Belém-PA, na Almirante Wandenkolk, nº


898, apto 202, Ed. Torre de Ávila, CEP 66055-030, telefone (91) 985194449 e endereço eletrônico:
renanmaianunes@gmail.com.

REQUERIDA: ISABELA CUNHA NUNES, domiciliada no Município de Belém-PA, na Travessa Humaitá,


nº 967, Ed. Residencial Vitória, Torre 01, apto 1304, entre Av. Marques de Herval e Av. Pedro Miranda
Bairro Pedreira, CEP 66083-340, telefone: (91) 98060-0445, email: annalauracsouza@gmail.com.

DECISÃO-MANDADO-JUÍZO 100% DIGITAL

Vistos

1 - Da Justiça Gratuita:

Defiro provisoriamente o pedido de justiça gratuita, considerando a declaração de hipossuficiência juntada


e a inexistência de elementos nos termos do art. 98 e seguintes do CPC. Determino o processamento do
feito em sigilo, conforme artigo 189, inciso II do CPC.

2 – Dos Pedidos Liminares


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Narra a exordial que as partes foram casadas e sobreveio o nascimento da menor A. L. C. S. (5 anos). No
entanto, com o término do relacionamento conjugal, as partes acordaram que a criança permaneceria, em
guarda compartilhada, no endereço da mãe, deferindo-se ao pai direito de convivência regulamentado no
processo 0037279-33.2017.8.14.0301.

No entanto, o autor informa que a genitora é negligente nos cuidados com a filha, além de praticar
alienação parental em relação a figura paterna, posturas justificadas pela mãe sofrer transtornos
psicológicos.

O genitor narra que, por acordo informal entre as partes, a filha passou a morar temporariamente em sua
companhia na cidade de Ribamar Fiquene/MA desde 02/2021, lugar em que foi devidamente matriculada
em colégio particular e recebeu todo afeto e cuidado da família paterna.

No entanto, à pretexto de visitar a mãe em 07/2021, a menor encontra-se desde então com a genitora,
tendo esta retido a menor e proibido o contato paterno.

Destarte, requer o autor: a) inversão da guarda, de modo que a menor permaneça sob sua guarda na
modalidade unilateral e b) fixação de alimentos no importe de 50% do salário mínimo em face da mãe e
em benefício da menor.

É o relatório. DECIDO.

DA GUARDA

O ordenamento jurídico pátrio estipula como regra a guarda compartilhada, pois, em tese, é a que melhor
atende aos interesses do infante, uma vez que garante o convívio igualitário da criança com ambos os
genitores, atribuindo a estes direitos e deveres iguais, no que tange ao regular desenvolvimento dos filhos,
conforme artigo 1.583, §2º do Código Civil, podendo o juiz fixar a guarda de modo diverso, a exemplo da
modalidade unilateral, a depender do caso concreto.

Assim, a fixação da guarda é questão de grande relevância na vida dos filhos, devendo o juízo observar
com cautela a situação em apreço e, conforme o caso, decidir de acordo com o que entender ser o melhor
para a criança, não se olvidando que, a regulamentação da guarda, como regra, deve observar prévio
contraditório da parte contrária, nos termos em que disciplina o artigo 1.585 do Código Civil.

Nesse particular, extrai-se do caso concreto que a criança possui 5 (cinco) anos de idade e está sob a
guarda judicial da genitora desde o divórcio do casal. Em que pese, contudo, o pai ter informado que a
menor passou residir em sua companhia, este não apresentou a documentação necessária, como
comprovantes de vacinação, consultas médicas, matrículas em colégio na cidade de Ribamar Fiquene,
dentre outros elementos que atestem, com segurança, a possibilidade de inversão liminar da guarda.

No mais, eventual deferimento liminar deste Juízo poderia implicar, inclusive, em deslocamento de
competência para julgamento do feito, pois da leitura da inicial percebe-se que, embora o genitor possua
endereço em Belém/PA, seu domicílio principal é em Ribamar Fiquene/MA, lugar onde afirma ter realizado
a matricula escolar da filha.

Assim, até que seja realizado estudo multidisciplinar e ouvidas as partes, deve ser mantida a situação
regulada em título judicial, razão pela qual, no momento, INDEFIRO o pedido de tutela antecipada.

Ressalto, ademais, que sem se descuidar da urgência do caso, será aberta pauta excepcional de
audiência para manejá-lo.

3- Do Juízo 100% Digital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, em outubro de 2020, a Resolução nº 345, que autoriza os
tribunais brasileiros a adotarem o “Juízo 100% Digital”.

Nesse cenário, o TJPA implantou o projeto-piloto do juízo 100% digital, em caráter experimental, através
da Portaria nº 1.640/2021-GP, incluindo a 2ª Vara de Família de Belém no projeto-piloto a partir da Portaria
nº 2411/2021-GP.

O Juízo 100% digital é a possibilidade de o cidadão valer-se da tecnologia para ter acesso à Justiça sem
precisar comparecer fisicamente nos Fóruns, uma vez que, no juízo 100% digital, todos os atos
processuais serão praticados exclusivamente por meio eletrônico e remoto, pela internet. Isso vale
também para as audiências, que vão ocorrer exclusivamente por videoconferência.

Vale ressaltar que a adesão ao trâmite processual pelo juízo 100% digital é facultativa e depende da
anuência de ambas as partes envolvidas no litígio, de modo que a presente demanda apenas está sendo
pré-selecionada para participar do projeto, podendo o autor ou requerida manifestar o desejo de não
participar do juízo 100% digital.

A inexistência de dados eletrônicos da parte demandada, em um primeiro momento, não inviabiliza o


trâmite processual pelo juízo 100% digital, podendo a citação/intimação ocorrer pelos meios tradicionais.

4- Da Tentativa de Mediação

Tendo em vista o disposto nos artigos 694 e 695 do CPC, e considerando que Juiz deve primar pela
solução consensual dos conflitos, consoante artigo 3º, §§ 2º e 3º do mesmo diploma, respeitados todos os
protocolos inerentes ao período pandêmico, designo audiência de mediação para a data de 16/11/2021
às 10h, a ser realizada por videoconferência e conduzidas por mediadores ligados ao CEJUSC.

CITE-SE/INTIME-SE o (a) requerido (a) para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de 15
(quinze) dias úteis, contados da tentativa de mediação, sob pena de revelia, na forma do artigo 344 do
CPC, devendo a diligência ser cumprida por meio preferencialmente digital.

Em atenção ao disposto no artigo 22 da Portaria Conjunta nº 15/2020, observando o atual cenário de


pandemia, autorizo que as intimações/citações sejam realizadas prioritariamente por meio de correio
eletrônico ou telefone, ficando a cargo do Oficial de Justiça a correta identificação das partes, podendo
ocorrer a intimação/citação pessoal em caso de não existir nos autos os dados necessários à prática do
ato de forma virtual. Quando a parte possuir causídico habilitado nos autos, a intimação se dará
unicamente por publicação via sistema.

Para participar da audiência por videoconferência as partes devem baixar a versão gratuita do aplicativo
Microsoft Teams no smartphone ou computador com microfone e webcam, sendo-lhes
disponibilizado link via e-mail ou aplicativo de mensagens para o ingresso na sala de audiências no dia e
hora designados, ou seja, as partem devem informar nos autos o endereço de correio eletrônico.

Em caso de eventual impossibilidade estrutural dos envolvidos participarem da sessão virtual, poderão
comparecer presencialmente ao Fórum e dirigir-se ao Gabinete da 2ª Vara de Família de Belém (1º andar
do fórum cível), momento em que será disponibilizado local apropriado para que participem do ato
processual de forma virtual.

Na hipótese do item anterior, haverá rígido controle dos horários para evitar aglomeração na entrada e
corredores do fórum, apenas sendo permitida a entrada do interessado 15 (quinze) minutos antes do
horário designado para a sessão.

A necessidade de comparecimento das partes ao fórum para a realização de sessão virtual não obriga a
de seus defensores ou advogados, os quais participarão da sessão de forma virtual e do local em que se
encontrem.
1536
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Não havendo empecilhos à realização da sessão virtual, deve a Secretaria disponibilizar link para acesso à
audiência no prazo máximo de 12 (doze) horas anteriores a data designada, o qual será encaminhado
para o e-mail ou aplicativo de mensagens dos participantes.

Quando da realização da sessão as partes deverão ter em mãos documento de identificação com foto, a
fim de comprovar sua identidade e outorgar legitimidade ao ato.

Autorizo o cumprimento do mandado como MEDIDA DE URGÊNCIA, dada a brevidade da pauta de


audiência.

Cumpra-se.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei
(Provimento nº 003/2009 – CJRMB).

Belém, datado conforme assinatura eletrônica.

JOSINEIDE GADELHA PAMPLONA MEDEIROS

Juíza de Direito respondendo pela 2ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0834348-87.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. M. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL BARROS DA COSTA OAB: 014541/PA Participação:
REPRESENTANTE DA PARTE Nome: ALEXANDRA REGINA DE SENA MESQUITA OAB: null
Participação: REQUERIDO Nome: J. M. D. S. J. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

ATO ORDINATÓRIO

PROCESSO: 0834348-87.2018.8.14.0301

REQUERIDO: JOAO MARTINIANO DA SILVA JUNIOR

I. Em razão da condenação em custas processuais atribuída pela sentença exarada nos autos acima
epigrafados, e ainda, ao §4º do art. 46 da Lei Estadual nº 8.328/2015, INTIMO a parte acima, através
deste para que, no prazo de 15 (quinze) dias, proceda ao recolhimento das custas finais constantes no
boleto disponivel na Secretaria da UPJ das Varas de Família de Belém ou pela internet no endereço
eletrônico: https://apps.tjpa.jus.br/custas/ (REIMPRESSÃO E VALIDAÇÃO 2ª Via da Conta do Processo e
Boleto Bancário), digitar o numero do processo acima e seguir os demais passos.

II. Ressalte-se que uma vez não paga as referidas custas, será encaminhada certidão circunstanciada à
Procuradoria Geral do Estado do Pará, a fim de que a mesma promova a inscrição do débito na Dívida
Ativa, assim como sua consequente cobrança judicial.

Datado conforme assinatura

BRIAN ALMEIDA

Analista Judiciário da UPJ de Família de Belém


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0006843-91.2017.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A. R. L. S. A.


Participação: ADVOGADO Nome: LUAN VULCAO RANIERI BRITO OAB: 25210/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOAO JORGE HAGE NETO OAB: 005916/PA Participação: REU Nome: J. C. C.
Participação: ADVOGADO Nome: THAISE MELUL VIEIRA OAB: 21886/PA Participação: REQUERIDO
Nome: P. J. C. C. Participação: REQUERIDO Nome: P. C. C. D. M. Participação: REQUERIDO Nome: G.
G. C. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PROCESSO: 0006843-91.2017.8.14.0301

ATO ORDINATÓRIO

Intimem-se as partes sobre a expedição da precatória, nos termos do § 1º do Art. 261 do CPC (Art. 1º, §
2º, VIII do Prov. 006/20006 da CJRMB). De ordem, 16 de agosto de 2021.

Kátia Cilene Silva de Lima

Analista Judiciário da UJP-Família de Belém-PA

Número do processo: 0001392-27.2013.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. H. D. S. R.


Participação: REU Nome: J. G. P. Participação: REU Nome: S. M. D. R. Participação: REQUERIDO Nome:
A. P. D. C. Participação: ADVOGADO Nome: JOSUE DUTRA DE MORAES OAB: 10465/PA Participação:
AUTORIDADE Nome: P. M. P. -. C. 0. (. D. L.

ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
2ª VARA DE FAMÍLIA DE BELÉM

PROCESSO n.: 0001392-27.2013.8.14.0301

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) [Investigação de Paternidade]


DECISÃO

Vistos etc.

Trata-se de Ação de Investigação de Paternidade Post Mortem c/c Anulação de Registro Civil ajuizada por
Jackson Herculano de Souza Raiol (37 anos) em desfavor de João Gonçalves Paixão e Ana Pinheiro da
Costa, ascendentes de Orivaldo da Costa Paixão.

Consta no polo passivo o Sr. Sílvio Magim Dias Raiol, pai registral do autor, que teria promovido a
averbação da paternidade mediante adoção à brasileira.

Ana Pinheiro da Costa, apresentou contestação arguindo preliminares de inépcia da petição inicial e
impossibilidade jurídica do pedido. No mérito, resistiu integralmente aos pedidos iniciais (fls. 126/128-
PDF).

Réplica à contestação, onde o autor rechaça as questões processuais e ratifica os termos da exordial (fls.
155/157-PDF).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O Ministério Público pugnou pelo saneamento do feito e realização do exame de DNA (fls. 161/162-PDF).

Decisão saneadora decretando a revelia de João Gonçalves Paixão e Sílvio Magim Dias Raiol; afastando
as questões processuais e designando audiência de instrução (fls. 164/165-PDF).

Os requeridos João Gonçalves Paixão e Ana Pinheiro da Costa não compareceram à audiência designada
para a coleta de material genético em seu domicílio, mesmo que devidamente intimados e advertidos
acerca da presunção de paternidade (fls. 233/234-PDF).

O exame de DNA foi realizado apenas entre o autor, a genitora e o pai registral, tendo o resultado excluído
a paternidade do Sr. Sílvio Magim Dias Raiol (fls. 239/243-PDF).

O autor requer a aplicação da presunção de paternidade e reconhecimento do vínculo de filiação genética


com o falecido Orivaldo da Costa Paixão, com a permanência do nome do pai registral Sílvio Magim Dias
Raiol, na condição de pai socioafetivo (Id nº 21593490).

Parecer do Ministério Público pelo saneamento do feito (Id nº 27847815).

É o relatório. DECIDO.

O exame de DNA é prova amplamente aceita pela doutrina e jurisprudência, aplicando-se, inclusive, a
presunção iuris tantum de paternidade contida na Súmula nº 301 do STJ, caso haja recusa de submissão
ao exame.

Se na tentativa de efetuar a coleta do material genético o investigado esquivar-se indisfarçavelmente das


intimações, poderá ocorrer a presunção da pretensão, conforme expõe o artigo 2º-A, parágrafo único, da
Lei n. 8.560/1992: "A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético – DNA gerará a
presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório".

No mesmo sentido é o entendimento pacífico do Tribunal de Justiça, consolidado por meio da edição de
sua Súmula nº 301, que preceitua in verbis: ‘Em ação investigatória, a recusa do suposto a submeter-se
ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade. (…)". (STJ – AREsp 527565 – Publ. Em
24-3-2015).

No caso em apreço, os supostos avós paternos foram devidamente intimados, solicitaram a coleta do
material genético em seu domicílio, o que foi deferido pelo juízo, sendo novamente intimados e advertidos
pelo juízo deprecado, porém deixaram de comparecer na audiência designada.

Entretanto, a aplicação da referida súmula depende de outras provas que corroborem a atribuição da
paternidade, pois traz apenas a presunção de paternidade.

Nesse sentido, fixo como matéria controvertida de fato a paternidade biológica entre o autor e o de cujus,
bem como a paternidade socioafetiva entre o autor e o pai registral, com a permanência do vínculo
socioafetivo.

Para o deslinde processual, entendo pertinente a produção da prova oral, com a oitiva das partes e
eventuais testemunhas e a prova documental, com a juntada de documentos novos até a data da
audiência.

Sem prejuízo, caso os supostos avós paternos compareçam em audiência e desejem a realização da
coleta de material genético, a prova será deferida.

O ônus da prova pertence ao autor, na forma do art. 373, inciso I do CPC.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Designo audiência de Instrução e Julgamento para o dia 14/12/2021 às 10h, a ser realizada
preferencialmente por videoconferência.

As partes poderão arrolar as testemunhas a serem ouvidas em audiência, em um número máximo de 3


(três) por parte, no prazo de 15 (quinze) dias úteis. Na qualificação das testemunhas deve ser informado o
endereço eletrônico, a fim de que seja encaminhado link da audiência e as testemunhas participem do ato
processual de forma virtual, sob pena de sucumbência da prova.

Considerando as peculiaridades do caso concreto, autorizo a oitiva dos requeridos João Gonçalves
Paixão e Ana Pinheiro da Costa na Comarca de seu domicílio, motivo pelo qual determino a expedição de
carta precatória com prazo de 30 (trinta) dias, com a finalidade de intimação pessoal dos requeridos e
realização de audiência de instrução, que será presidida por este juízo de forma remota, apenas
pleiteando-se a cooperação do juízo deprecado com a disponibilização de ambiente adequado para que as
partes participem do ato processual.

Em atenção ao disposto no artigo 22 da Portaria Conjunta nº 15/2020, observando o atual cenário de


pandemia, autorizo que as intimações/citações sejam realizadas prioritariamente por meio de correio
eletrônico ou telefone, ficando a cargo do Oficial de Justiça a correta identificação das partes, podendo
ocorrer a intimação/citação pessoal em caso de não existir nos autos os dados necessários à prática do
ato de forma virtual. Quando a parte possuir causídico habilitado nos autos, a intimação se dará
unicamente por publicação via sistema.

Para participar da audiência por videoconferência as partes devem baixar a versão gratuita do aplicativo
Microsoft Teams no smartphone ou computador com microfone e webcam, sendo-lhes disponibilizado link
via e-mail para o ingresso na sala de audiências no dia e hora designados, ocorrendo de igual modo com
as testemunhas eventualmente arroladas pelas partes.

Em caso de eventual impossibilidade estrutural dos envolvidos participarem da sessão virtual, deverão
indicar nos autos no prazo de 5 (cinco) dias, oportunizando-se local apropriado no átrio do fórum para o
comparecimento das partes e realização da sessão de semipresencial.

Na hipótese do item anterior, haverá rígido controle dos horários para evitar aglomeração na entrada e
corredores do fórum, apenas sendo permitida a entrada do interessado 15 (quinze) minutos antes do
horário designado para a sessão.

A necessidade de comparecimento das partes ao fórum para a realização de sessão virtual não obriga a
de seus defensores, os quais participarão da sessão de forma virtual e do local em que se encontrem.

Não havendo empecilhos à realização da sessão virtual, deve a Secretaria disponibilizar link para acesso à
audiência no prazo máximo de 12 (doze) horas anteriores a data designada, o qual será encaminhado
para o e-mail dos participantes.

Quando da realização da sessão as partes deverão ter em mãos documento de identificação com foto, a
fim de comprovar sua identidade e outorgar legitimidade ao ato.

Eventual urgência ocorrida durante o lapso temporal em que o processo se encontrar na situação de
“aguardando audiência” deve ser informada nos autos, vindo-me o processo imediatamente em
conclusão.

Intimem-se pessoalmente as partes.

Ciência ao Ministério Público.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Cumpra-se.

Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei
(Provimento nº 003/2009 – CJRMB).

Belém, datado conforme assinatura eletrônica.

JOSINEIDE GADELHA PAMPLONA MEDEIROS

Juíza de Direito respondendo pela 2ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0838460-65.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. D. S. C.


Participação: REQUERIDO Nome: J. C. D. C. P. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

ESTADO DO PARÁ
PODER JUDICIÁRIO
2ª VARA DE FAMÍLIA DE BELÉM

PROCESSO n.: 0838460-65.2019.8.14.0301

ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69) [Fixação]

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Dando continuidade a redesignação de audiência determinada em deliberação de ID. 15975376 e tendo


em vista a atualização do endereço do requerido em ID. 28995821 (Travessa Jorge Maia, nº 405, bairro D.
João VI, Capanema-Pa, CEP 68.701-100), com base no art.357, V, do CPC, DESIGNO AUDIÊNCIA DE
INSTRUÇÃO E JULGAMENTO para o dia 01/12/2021 às 11h00min, a ser realizada preferencialmente
por videoconferência.

O ato processual será realizado de forma presencial a depender do estágio da pandemia à época da
audiência, se controlada e cessada a transmissão comunitária do vírus, consoante informações dos
órgãos de saúde Estadual e Municipal.

Eventual urgência ocorrida durante o lapso temporal em que o processo se encontrar na situação de
“aguardando audiência” deve ser informada nos autos, vindo-me o processo imediatamente em conclusão.

Para participar da audiência por videoconferência as partes devem baixar a versão gratuita do aplicativo
Microsoft Teams no smartphone ou computador com microfone e webcam, sendo-lhes disponibilizado link
via e-mail para o ingresso na sala de audiências no dia e hora designados, ocorrendo de igual modo com
as testemunhas eventualmente arroladas pelas partes.

Em caso de eventual impossibilidade estrutural dos envolvidos participarem da sessão virtual, deverão
indicar nos autos no prazo de 5 (cinco) dias, oportunizando-se local apropriado no átrio do fórum para o
comparecimento das partes e realização da sessão de semipresencial.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Na hipótese do item anterior, haverá rígido controle dos horários para evitar aglomeração na entrada e
corredores do fórum, apenas sendo permitida a entrada do interessado 15 (quinze) minutos antes do
horário designado para a sessão.

A necessidade de comparecimento das partes ao fórum para a realização de sessão virtual não obriga a
de seus defensores, os quais participarão da sessão de forma virtual e do local em que se encontrem.

Não havendo empecilhos à realização da sessão virtual, deve a Secretaria disponibilizar link para acesso à
audiência no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas anteriores a data designada, o qual será
encaminhado para o e-mail dos participantes.

Quando da realização da sessão as partes deverão ter em mãos documento de identificação com foto, a
fim de comprovar sua identidade e outorgar legitimidade ao ato.

Intimem-se as partes de forma pessoal por meio de mandado, bem como por publicação via sistema PJE,
podendo a intimação se dar por correio eletrônico ou telefone, desde que o Oficial de Justiça ateste a
identidade do destinatário, na forma do artigo 22 da Portaria Conjunta nº 15/2020.

Ciência à Defensoria Pública e Ministério Público.

Cumpra-se.

Belém, datado conforme assinatura eletrônica.

JOSINEIDE GADELHA PAMPLONA MEDEIROS

Juíza de Direito respondendo pela 2ª Vara de Família da Capital

EDITAL DE CITAÇÃO

PRAZO DE 45 DIAS

PROCESSO: 0872733-07.2018.8.14.0301

AÇÃO:INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE POST MORTEM

Requerente: Erika Cristina da Silva

Requerido:Silvio alves da Silva, Silvana Ribeiro da Silva, Gilmar Ribeiro da Silva, Sirlene Ribeiro da Silva e
Sergio Alves da Silva.

FINALIDADE

A Dra. JOSINEIDE GADELHA PAMPLONA MEDEIROS, JUÍZA DE DIREITO RESPONDENDO PELA 2ª


VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELÉM, na forma da Lei e etc... FAZ SABER, a todos que o
presente EDITAL virem ou dele conhecimento tomarem, que por este Juízo, processam-se os autos da
Ação de Investigação de Paternidade Post Mortem supra, tendo finalidade o presente EDITAL a CITAÇÃO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

do Requerido SÉRGIO ALVES DA SILVA, brasileiro, RG e CPF desconhecidos, para que oferte
contestação, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, nos termos dos artigos 256, inciso I, do CPC. E para que
não seja alegada ignorância no presente e no futuro, expediu-se o presente EDITAL, sendo publicado na
forma da Lei, que será afixado no local público de costume e publicado no Diário da Justiça Eletrônico.
Dado e passado nesta cidade de Belém, Estado do Pará, aos 12 dias do mês de agosto de 2021. Eu,
Emina Yamauti, Auxiliar Judiciário da UPJ das Varas de Família da Capital, assino o presente, autorizada
pelo art. 1º, §2º, IX do Provimento nº 06/2006 da CJRMB.

Emina Yamauti ¿ Auxiliar Judiciário-UPJ/Família

(assinado eletronicamente)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 3 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0052055-77.2013.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. J. D. S. D.


Participação: ADVOGADO Nome: CARLA CAROLINE SANTOS MACIEL OAB: 18319/PA Participação:
ADVOGADO Nome: MARINA RODRIGUES GOMES OAB: 18306/PA Participação: ADVOGADO Nome:
BRUNO NATAN ABRAHAM BENCHIMOL OAB: 12998/PA Participação: ADVOGADO Nome: SAUL
FALCAO BEMERGUY OAB: 15812/PA Participação: ADVOGADO Nome: RAFAELA CRISTINA BERGH
PEREIRA OAB: 011809/PA Participação: REQUERIDO Nome: T. M. D. Participação: ADVOGADO Nome:
JULIA FERREIRA BASTOS SILVA OAB: 18291/PA Participação: MENOR Nome: D. M. M. D. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO

AUTOS N.º: 00520557720138140301

AUTOR: ALTEMAR JOSÉ DA SILVA DAMOUS, residente e domiciliado na Rodovia Augusto Montenegro,
Nº 3401, Bloco C3 Ap. 401, Bairro: Mangueirão, CEP: 66640-465, Belém-PA.

RÉ: TELMA MONTE DAMOUS, domiciliada e residente na Passagem Boa Vista, n.º 36, Bairro: Parque
Verde, CEP: 666350-20, Belém-PA.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;

Quanto ao pleito relativo à tutela de evidência, observo que não possui amparo no Código de Processo
Civil – CPC, vigente, uma vez que o art. 311 estabelece os casos de tutela de evidência poderá ser
concedida, sendo que a situação em tela não se amolda ao disposto no inciso II, como requer a
demandante, pois não há tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante.
Tampouco poderia ser entendido que a liminar seria concedida com fundamento no inciso IV (a petição
inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito da autora, a que o
réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável), pois o legislador é claro ao determinar que a
hipótese do referido inciso só pode ser verificada após a apresentação de defesa pela demandada (art.
311, § único, CPC), até porque não há como observar dúvida sobre as provas apresentadas pelo autor
sem que o réu tenha falado nos autos. Ante o exposto, indefiro o pedido de tutela;

Acolho parcialmente o parecer ministerial (ID n.º 27297587) e designo audiência de conciliação para o dia
20 de outubro de 2021 (quarta-feira), às 10h30min;

Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos (art.
695, §4º do CPC);

Citem-se as partes para comparecimento à audiência;

Ciente o MP;

P.R.I.C. Cumpra-se
1544
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém-PA, 11 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0851544-02.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: L. R. L. D. S. Participação:


REPRESENTANTE Nome: J. D. N. L. Participação: REU Nome: W. R. C. D. S. Participação: FISCAL DA
LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3.ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Juntada de termo de audiência.

Número do processo: 0829505-74.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ILZA MARIA


BENTES MACHADO Participação: ADVOGADO Nome: JOSE RAIMUNDO FARIAS CANTO OAB:
3451/PA Participação: ADVOGADO Nome: LEILA RODRIGUES FERRAO OAB: 017721/PA Participação:
REQUERIDO Nome: CAIO BRITTO RIBEIRO Participação: REQUERIDO Nome: CAMILA BRITTO
RIBEIRO MESSIAS

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL POST

MORTEM

PROCESSO N.º 0829505-74.2021.8.14.0301

REQUERENTE: ILZA MARIA BENTES MACHADO, domiciliada e residente na Rua Tiradentes, Ed. Maria
Tudor, n.º 650, Apartamento n.º 402, CEP 66.053-330, Belém-PA.

REQUERIDOS: 1) CAIO BRITTO RIBEIRO, domiciliado e residente na Trav. Dom Romualdo Coelho, nº
100, apto. 502, Bairro Umarizal, CEP 66.055-190, Belém-PA;

2) CAMILA BRITTO RIBEIRO MESSIAS, domiciliada e residente Trav. Dom Romualdo de Seixas, 1084,
apto. 1701, Bairro Umarizal, CEP 66.055-200, Belém-PA.

DECISÃO-MANDADO

Designo audiência de conciliação para o dia 16 de setembro de 2021 (quinta-feira), às 10h00min;

Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

públicos (art. 695, §4º do CPC);

Não realizado acordo, os requeridos poderão oferecer contestação no prazo de 15 dias, conforme art. 335
do CPC;

O prazo de 15 dias, contará da data da audiência, quando qualquer parte não comparecer à assentada ou,
comparecendo, não houver autocomposição (art. 335, I do CPC);

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

P.R.I.C. Cumpra-se.

Belém-PA, 06 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACEDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0812243-14.2021.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: R. T. G. F. F.


Participação: ADVOGADO Nome: FADIA YASMIN COSTA MAURO OAB: 24954/PA Participação:
ADVOGADO Nome: EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL OAB: 13179/PA Participação: REU Nome: J.
M. C. F. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

AUTOS N.º 0812243-14.2021.8.14.0301

AUTORA: GABRIELLI GIOIA BRITO FERREIRA

REPRESENTANTE LEGAL: ROSE TATIANNI GIOIA FARIAS, domiciliada e residente na Rua

Augusto Montenegro, Condomínio Greenville I, Rua Castanheira, n.º 10, Quadra 15, Bairro Parque

Verde, CEP: 66.635-010, Belém-PA.

RÉU: JORGE MANOEL COUTINHO FERREIRA, domiciliado e residente na Travessa Caldeira Castelo
Branco, n.º 1221, apto, Belém-PA.

DECISÃO-MANDADO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC.

Tratando-se de pedido de majoração da verba alimentar, com base na premissa da elevação dos gastos e
necessidades da criança, somados à sustentação do seu padrão de vida, a verificação dos argumentos da
parte demandaria dilação probatória, medida que não se alinha à fase embrionária da presente ação. A
requerente juntou, com sua inicial, alguns documentos, mas que não comprovam suficientemente o
aumento das necessidades da alimentanda, nem a atual situação financeira do demandado;

Para atendimento do pedido de majoração de alimentos em ação revisional, mostra-se imprescindível a


efetiva comprovação da capacidade econômica das partes. Somente por ocasião da fase de instrução
processual é que se formará o juízo de convicção para melhor demonstrar a capacidade da parte em
prestar alimentos, quando então, à luz das provas apresentadas, poderá ser aumentado ou não o seu
valor. Assim, indefiro por ora o pleito de tutela de urgência;

Designo audiência de conciliação para o dia 16 de setembro de 2021 (quinta-feira), às 09h30min;

Cite-se o requerido, por seu procurador para comparecimento e apresentação de contestação na


audiência. A autora e o réu comparecerão à audiência acompanhados de suas testemunhas, 3 (três) no
máximo (Lei nº 5.478/68, art. 8º). As partes deverão comparecer acompanhadas de seus respectivos
advogados;

O não comparecimento da representante legal da autora implica no arquivamento do pedido, e a ausência


do requerido, confissão quanto à matéria de fato (art. 7º da citada lei);

Intime-se a requerente da data da audiência acima aprazada, bem como o seu patrono judicial e o
representante do Ministério Público.

A Cópia desta decisão servirá como mandado.

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 06 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACEDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0843818-40.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. A. C. D. A.


Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA THAIS DA SILVA PERES OAB: 29664/PA Participação: REU
Nome: M. J. O. D. A. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Exoneração de Alimentos

Processo: 0843818-40.2021.8.14.0301

SENTENÇA

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/OFÍCIO, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Consta dos autos pedido de HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO firmado entre JOSE ADILSON CARVALHO
DE ALMEIDA e MAYANE JOYCE OLIVEIRA DE ALMEIDA.

Acordam que a alimentanda não mais necessita da pensão, haja vista ser maior de idade e estar inserida
no mercado de trabalho, podendo prover o próprio sustento, pelo que requerem a homologação do acordo
de exoneração de alimentos e a renúncia do prazo recursal.

Éo relatório.

DECIDO.

Tem-se entendido que "As sentenças meramente homologatórias não precisam ser fundamentadas" (RT
616/57), inclusive as homologatórias de transação (RT 621/182).

Ante o exposto, HOMOLOGO POR SENTENÇA para todos os fins de direito o acordo apresentado para
exonerar o autor JOSE ADILSON CARVALHO DE ALMEIDA de sua obrigação para com a alimentanda
MAYANE JOYCE OLIVEIRA DE ALMEIDA, por consequência, julgo extinto o processo com resolução de
mérito nos termos do art. 487, inciso III, b, do CPC.

Sem custas, face à gratuidade ora deferida.

Expeça-se ofício à fonte pagadora para cancelamento do desconto da pensão alimentícia em favor de
MAYANE JOYCE OLIVEIRA DE ALMEIDA.

Feitas as anotações de praxe, arquivem-se observadas as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se. Cumpra-se

Belém, 01 de agosto de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito, no exercício da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0829409-59.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. M. M.


Participação: REQUERIDO Nome: A. A. R. L.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C AVERBAÇÃO DE REGISTRO CIVIL, REGULAMENTAÇÃO DE


GUARDA E FIXAÇÃO DE ALIMENTOS

AUTOS N.º 0829409-59.2021.8.14.0301

AUTOR: LUISÂNGELA MENDES MENEZES LIMA, telefone: (91) 9.8359-1905, domiciliada e residente na
Travessa Eneas Pinheiro, n.º 200, casa 200, fundos, bairro: Pedreira, CEP: 66.083-156, Belém/PA.

RÉU: ANDERSON AUGUSTO RODRIGUES LIMA, residente e domiciliado na Avenida Pedro Álvares
Cabral, Passagem São José, n.º 323, bairro: Telégrafo, CEP: 66.113-460, Belém/PA.

DECISÃO-MANDADO

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;

Em razão do parentesco paterno comprovado em relação à filha, e diante da narrativa da inicial


suficientemente comprovada para esta fase de cognição sumária, e pela razoabilidade, arbitro os
alimentos provisórios no valor oferecido de 20% (vinte por cento) do valor do salário mínimo vigente,
reajustados anualmente de acordo com a política governamental e depositados em conta corrente
bancária de titularidade da genitora até o dia 5 de cada mês; assim, ficarão arbitrados nesta base até a
realização do contraditório e a audiência de conciliação. Os alimentos serão devidos desde a citação;

Quanto ao pedido de guarda provisória unilateral do menor, a Lei nº 13.058/2014 trouxe alterações ao
Código Civil no que pertine à modalidade de guarda a ser aplicada nos casos em que existe litigância
entre os pais;

O §2º do art. 1.584 do CC, com a redação dada pela lei em comento, estipula “quando não houver acordo
entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder
familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não
deseja a guarda do menor.”

A nova redação do art. 1.585, por sua vez, dispõe: “Em sede de medida cautelar de separação de corpos,
em sede de medida cautelar de guarda ou em outra sede de fixação liminar de guarda, a decisão sobre
guarda de filhos, mesmo que provisória, será proferida preferencialmente após a oitiva de ambas as partes
perante o juiz, salvo se a proteção aos interesses dos filhos exigir a concessão de liminar sem a oitiva da
outra parte, aplicando-se as disposições do art. 1.584.”

Ante a nova regulamentação da matéria e, não obstante as agressões contra a genitora, inexistem nos
autos de provas robustas que demonstrem a incapacidade do genitor para figurar como guardião, reservo-
me a apreciar o pleito liminar de guarda provisória após a oitiva das partes;

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se o requerido, por sua representante legal, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias,
conteste a ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
1549
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em


réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 21 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0808075-37.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. C. S. F. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: VICTOR TADEU DE SOUZA DIAS OAB: 8045/PA Participação: REU
Nome: E. A. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO NASCIMENTO RODRIGUES OAB:
13152/PA Participação: ADVOGADO Nome: EVANDRO ANTUNES COSTA OAB: 11138/PA Participação:
REU Nome: L. A. D. S. C. Participação: ADVOGADO Nome: LEONARDO NASCIMENTO RODRIGUES
OAB: 13152/PA Participação: ADVOGADO Nome: EVANDRO ANTUNES COSTA OAB: 11138/PA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS PROCESSO Nº 0808075-37.2019.8.14.0301

AUTOR:João Carlos Souza Franco de Sá

Endereço: Rodovia do Tapanã, n.813, Res.Alegro, Torre D1, Ap.201, B.Tapanã, CEP.66.825-010

RÉUS: Eric Almeida de Sá e Luana Almeida de Sá Cavaleiro

Endereço:Rua Francisco Lima e Silva, n.95, Ap.502, B.Jangurussú, Fortaleza-CE, CEP.60.865- 150

DECISÃO-MANDADO

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA/OFÍCIO, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Trata-se de ação de exoneração de alimentos com pedido liminar de EXONERAÇÃO DA PENSÃO


ALIMENTÍCIA.

Aduz o autor que os requeridos são maiores, formados e com profissão definida, declara que Erick Sá é
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

analista de sistemas já tendo trabalhando na empresa “M.I Montreal Informática” atualmente nas empresas
“Sete Tecnologia e informática” e Companhia Docas do Ceará em Fortaleza-CE, sendo sócio proprietário
da empresa “EVO WEB”, enquanto que a filha Luana de Almeida de Sá Cavaleiro é Doutora em
Fisioterapia, sendo Professora nas Universidades “Rodolfo Teófilo”, “Ateneu” e “Uninassau” em Fortaleza-
CE, sendo ambos casados .

Da análise dos documentos que acompanham a inicial, verifico serem os requeridos maiores de 24 anos,
formados e inseridos no mercado de trabalho.

A jurisprudência dominante no assunto orienta no sentido da continuidade de pagamento de pensão


alimentícia até que o alimentando atinja a idade de 24 anos ou conclua curso de nível superior, o que
ocorrer primeiro.

Nessas circunstâncias, penso haver amparo ao deferimento do pedido de tutela antecipada para
suspender a obrigação alimentar do autor, porém, oportunizando-se ao réu fazer sua defesa, que poderá
perceber eventuais valores de pensões não pagas, caso o requerente não logre êxito nesta demanda.

Posto isto, defiro o pedido de tutela antecipada para suspender temporariamente a obrigação alimentar do
requerente para com seus filhos Eric Almeida de Sá e Luana Almeida de Sá Cavaleiro, ora requeridos.

Citem-se os requeridos para apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias, na forma legal.

P.R.I. C. cumpra-se.

Belém, 06 de junho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito, no exercício da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0846801-46.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. N. G. L.


Participação: ADVOGADO Nome: MAYKO BENEDITO BRITO DE LEAO OAB: 28746/PA Participação:
REQUERIDO Nome: L. D. S. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

1 - Intime-se a parte autora para apresentar réplica à contestação no prazo de 15 (quinze) dias, na forma
do art. 350, do CPC;

2 – Após, encaminhem-se os autos ao RMP;

3 – Com as respostas, cls.

Belém/PA, 9 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0855484-72.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. W. A. S.


Participação: ADVOGADO Nome: ANDRE LUIZ ALVES DE FRANCA OAB: 23912/PA Participação:
REQUERIDO Nome: E. F. D. F. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE OFERTA DE ALIMENTOS C/C GUARDA COMPARTILHADA E TUTELA DE URGÊNCIA

Autos n.° 0855484-72.2020.8.14.0301

AUTOR: JONATHAN WILLIAM ARAÚJO SANTOS , residente e domiciliado na alameda um café liberal nº
8 rua Pará, bairro:Parque Guajara, CEP:66821140, Cidade de Belém, Estado do Pará.

RÉU: ERIANE FIGUEIREDO DE FIGUEIREDO, domiciliado e residente na Rua João Balbi, n.º 69, apto.
902, CEP: 66.055-280, Belém/Pa.

R.H.

1) Acolho o parecer do RMP; intimem-se os requerentes para, no prazo de 15 (quinze) dias,


emendarem a inicial e informem o regime de guarda e o direito de convivência com o menor;

2) Decorrido o prazo, com as certidões de praxe, cls.

Belém-Pa, 24 de novembro de 2020.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Famílias da Comarca da Capital.

Número do processo: 0835886-35.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: H. D. D. C. L.


Participação: ADVOGADO Nome: EDLENE DE FREITAS DE ARAUJO NUNES OAB: 384769/SP
Participação: ADVOGADO Nome: ESTEFANIA CAROLINA DO CARMO LIMA registrado(a) civilmente
como ESTEFANIA CAROLINA DO CARMO LIMA OAB: 018150/PA Participação: REQUERIDO Nome: V.
E. M. N. Participação: ADVOGADO Nome: ELIEZER SILVA DE SOUSA OAB: 21835/PA Participação:
FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P. Participação: MENOR Nome: J. B. N. L.

ATO ORDINATÓRIO

Amparada pelo Provimento 006/2006 da CRJMB:

- Intimo a parte autora para que, querendo, apresente réplica à contestação no prazo de 15 dias. O
referido é verdade e dou fé. Belém, 16 de agosto de 2021.

NATASHA COSTA FAVACHO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ANALISTA JUDICIÁRIA – UPJ DE FAMÍLIA DE BELÉM

Número do processo: 0811021-11.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. P. C.


Participação: REQUERENTE Nome: F. D. S. L. Participação: REQUERENTE Nome: P. R. D. S. L.
Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

R.H.

1 - Oficie-se ao Setor Social do Fórum Cível para que proceda a feitura do estudo, com a advertência de
que deverá apresentar o laudo no prazo mais exíguo possível;

2 – Após, encaminhem-se os autos ao RMP para parecer;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 10 de maio de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara da Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0800496-67.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. D. S. A.


Participação: REQUERENTE Nome: N. C. F. N. Participação: REQUERENTE Nome: N. D. (. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,

Trata-se de ação de reconhecimento e dissolução de união estável c/c divisão de bens com pedido de
homologação de acordo por sentença ajuizada conjuntamente por MAYCON DA SILVA ALVES e NAIRA
CÉLIA FERREIRA NUNES.

Pelo termo de acordo na petição inicial as partes informam que conviveram por 3 (três) anos e 8 (oito)
meses, do período de 25/03/2017 a 18/11/2020.

Não tiveram filhos.

Adquiriram bens durante a união estável, arrolando-os e estabelecendo a forma de partilha deles, na forma
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

da petição inicial, ID n.º 22284835, páginas 1 e 2.

Requerem a homologação judicial do acordo.

Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer ID n.º 26983115 deixou de se manifestar na
presente demanda pois não envolve interesse de menor oi incapaz.

É o relatório.

Passo a decidir.

O acordo atende os requisitos de validade do art.104, do Código Civil: as partes são capazes; o
objeto é lícito, possível e determinável, e; não é prescrita pela legislação do país.

Tem-se entendido que "As sentenças meramente homologatórias não precisam ser fundamentadas" (RT
616/57), inclusive as homologatórias de transação (RT 621/182).

Desta feita, com fulcro no art. 487, inciso III, alínea b, c/c art. 515, inciso III, ambos do Código de Processo
Civil, HOMOLOGO POR SENTENÇA para todos os fins de direito o termo de acordo, e por consequência,
julgo extinto o processo com resolução de mérito.

Custas pelos requerentes. Sem honorários advocatícios eis que se trata de homologação de transação
extrajudicial. Em face da gratuidade da justiça requerida, e que defiro às partes neste ato, face
hipossuficiência econômica evidente, é devida a suspensão da exigibilidade dos ônus decorrentes da
sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme previsão do art. 98, § 3º, do CPC.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Ciente o RMP.

P.R.I.C.

Belém - Pa, 15 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0829889-37.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: T. C. B. D. C. L.


Participação: ADVOGADO Nome: JOSE WILLIAM COELHO DIAS JUNIOR OAB: 7294/PA Participação:
REQUERENTE Nome: P. A. S. M. Participação: ADVOGADO Nome: JOSE WILLIAM COELHO DIAS
JUNIOR OAB: 7294/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Trata-se de Ação de Homologação De Acordo Extrajudicial de Divórcio Consensual, ajuizada por PAULO
ANDRÉ SÁ MAIA e TEREZA CRISTINA BERENGER DE CARVALHO LOBO.
No caso em comento, os divorciandos contraíram matrimônio em 01/08/1998, sob o regime de Comunhão
Parcial de Bens, conforme consta na Certidão de Casamento à fl. 09 (Id. 27360314).
Da união do casal advieram os nascimentos de PEDRO LEONARDO LOBO MAIA, em 25/05/1999, maior,
conforme a Certidão de Registro de Nascimento à fl. 10 (Id. 27360316), LUIZ ARTHUR LOBO MAIA, em
03.04.2002, maior, consoante a Certidão de Registro de Nascimento à fl. 11 (Id. 27360321) e MARIA
FERNANDA LOBO MAIA, em 03.01.2007, portanto, ainda menor, de acordo com a Certidão de Registro
de Nascimento à fl. 12 (Id. 26629697).
Os acordantes estabeleceram que a guarda da filha menor será exercida de forma unilateral pela
genitora, garantido o exercício do direito de convivência paterno de forma livre, mediante prévia
comunicação a genitora.
Dispuseram que caberá ao genitor o pagamento de pensão alimentícia à filha de forma in natura, qual
seja, efetuando o pagamento das mensalidades do colégio, aulas particulares, suplementos vitamínicos,
plano de saúde e tratamento odontológico.
Os divorciandos manifestam-se no sentido de que dispensam o pagamento de pensão alimentícia entre si.
Não houve alteração dos nomes dos cônjuges por ocasião do matrimônio.
Informam que não adquiriram bens durante o casamento.
Requerem a homologação judicial do acordo.
Foram os autos ao MP.
O MP manifestou-se favorável à homologação (Id n.º 28509007).

Éo relatório.
Passo a decidir.

A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido pelo
divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A sociedade
conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de família, o


princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer casado.

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), “de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se casar, de
constituir família”. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos Críticos à Luz do
Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: “a liberdade de casar convive com o espelho invertido da
mesma liberdade, a de não permanecer casado”.

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das partes,
não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da dissolução do
matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por advogado.

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de PAULO ANDRÉ SÁ MAIA e TEREZA CRISTINA BERENGER DE
CARVALHO LOBO, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art.
487, inciso III, alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código
de Processo Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art.
487, inciso I, do CPC.

Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita.
1555
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida, é devida a suspensão da
exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme
previsão do art. 98, § 3.º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se trata de divórcio consensual.

ÀUPJ das Varas de Família para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.
Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém-PA, 23 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACEDO DE SOUZA


Juiz de Direito respondendo pela 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0813388-08.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: F. B. P.


Participação: ADVOGADO Nome: ELZIANE DA SILVA NASCIMENTO OAB: 17551/PA Participação:
REQUERENTE Nome: J. J. C. P. Participação: ADVOGADO Nome: ELZIANE DA SILVA NASCIMENTO
OAB: 17551/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,

Tratam-se os presentes autos de DIVÓRCIO CONSENSUAL, movido conjuntamente por FLÁVIA


BARBOSA PINHEIRO e JOÃO JOSÉ COELHO PINHEIRO, ambos devidamente qualificados na
inicial.

As partes contraíram matrimônio em 14 de dezembro de 1993, sob o regime de comunhão parcial


de bens, consoante certidão de casamento anexa. Não obstante o empenho de ambos pela
manutenção do enlace matrimonial, não foi possível a continuação do relacionamento, estando
separados de fato atualmente, sem possibilidades de reconciliação.

Tiveram dois filhos nesse relacionamento: Raquel Barbosa Pinheiro, nascido na data de 12 de fevereiro de
2002, maior de idade, e Rafaela Barbosa Pinheiro, nascida na data de 28 de maio de 2004, menor de
idade.

A guarda da filha menor será exercida de forma compartilhada, com domicílio de referência paterno,
garantido o direito de convivência materno de forma livre, com disposições específicas determinadas no
item DA REGULAMENTAÇÃO DAS VISITAS, constante da exordial.

Quanto aos alimentos dispuseram que sua fixação é desnecessária, uma vez que o genitor assume arcar
com a subsistência da filha de forma voluntária. Informam que a genitora ajudará com as despesas da
menor (DA PENSÃO ALIMENTÍCIA AOS FILHOS, constante da petição inicial).

Em relação aos bens, informam que a residência da família foi construída no terreno de propriedade do pai
do interessado, sendo, portanto, partilhado a posse de 50% (cinquenta por cento) da benfeitoria
(construção) para cada um. Assim, em razão da ausência das condições financeiras de ambos em
indenizar a outra parte, concordam em construir um muro divisório no citado imóvel, ficando o autor com a
parte frontal e a autora com os fundos da residência (petição inicial, páginas 2).
1556
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Dispensam o pagamento de pensão alimentícia entre si.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome por ocasião do
casamento.

Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer doc.num.25361853 opinou pela decretação do
divórcio do casal e pela homologação do acordo mediante sentença.

É o relatório. Decido.

A Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser dissolvido
pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que dispõe: “A
sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de


família, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer
casado.

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se
casar, de constituir família. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos
Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de FLÁVIA BARBOSA PINHEIRO e JOÃO JOSÉ COELHO PINHEIRO, e
HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso III, alínea “b”,
c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de Processo Civil, e, por
consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.

A divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: FLÁVIA BARBOSA BARATA.

Expeça-se mandado de averbação ao Cartório competente, conforme documento, junto com cópia da
inicial, desta decisão e da certidão de casamento, advertindo o respectivo Cartório de registro civil
competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária independentemente
de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça gratuita.

Custas pelos requerentes. Porém, face gratuidade de justiça deferida, é devida a suspensão da
exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme previsto
no art. 98, § 3º do CPC. Sem honorários advocatícios.

ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.


1557
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Belém-Pa, 15 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara da Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0807704-05.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: G. C. D. A.


Participação: REQUERENTE Nome: R. F. D. O. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo : 0807704-05.2021.8.14.0301

Vistos etc.,

Versam os autos sobre pedido de HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO DE VONTADES firmando entre


GILMARA CARMO DOS ANJOS e RENNAN FERREIRA DE OLIVEIRA.

Aduzem os acordantes que viveram como se casados fossem por aproximadamente 06 anos, no período
compreendido entre junho de 2014 e setembro de 2020, advindo do relacionamento a menor RYANNA
GABRYELLA DOS ANJOS DE OLIVERA, nascida em 27.08.2018, consoante a Certidão de Registro de
Nascimento à fl. 14 (Id. 22742966).

Os acordantes estabeleceram a guarda compartilhada da filha, com o domicílio de referência materno.

O genitor exercerá o seu o direito de convivência de forma livre. Acordaram, ainda, que o genitor pagará à
filha, a título de pensão alimentícia, o valor equivalente a 31,81% do salário mínimo, mediante depósito em
conta bancária de titularidade da genitora.

Os interessados informam que dispensam o pagamento de alimentos recíprocos.

Informam que durante a união estável adquiriram os seguintes bens:

“- A posse/propriedade de 01 (um) imóvel residencial edificado, situado na Rua Magalhães Barata, n° 06-
A, bairro Cotijuba, Belém — PA, CEP 66846-001 que possui 04 compartimentos (01 sala, 02 quartos
(suítes) e 01 cozinha, avaliada pelos acordantes no valor de R$ 150.000,00 [cento e cinquenta mil reais];

- A posse/propriedade de 02 (dois) pontos comerciais situado no Rua Magalhães Barata, n° 06-A, bairro
Cotijuba, Belém — PA, CEP 66846-001, nos quais funcionam 01 (um) comércio de açaí e 01 (um)
comércio de açougue”.

Sobre a partilha dos bens, decidiram o seguinte:

Caberá a ambos os ACORDANTES a posse/propriedade do imóvel residencial edificado, situado no Rua


Magalhães Barata, n°06-A, bairro Cotijuba, Belém — PA, CEP 66846-001, devendo ser construída uma
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

parede dividindo a residência ao meio, ficando 01 suíte e a sala para a 1a acordante e 01 suíte e a cozinha
ao 2° acordante.

- Caberá a ambos os ACORDANTES a posse/propriedade dos 02 (dois) pontos comerciais situado no Rua
Magalhães Barata, n° 06-A, bairro Cotijuba, Belém — PA, CEP 66846-001, nos quais funcionam 01
comércio de açaí e 01 comércio de açougue, sendo os acordantes exercerão as atividades comerciais em
sociedade de interesses, no percentual de 50% para cada, dividindo-se igualmente as eventuais dívidas e
lucros decorrentes do desempenho da atividade”

Remetidos os autos ao RMP, opinou pela homologação do acordo nos termos propostos.

Éo relatório.

DECIDO.

Tem-se entendido que "As sentenças meramente homologatórias não precisam ser fundamentadas" (RT
616/57), inclusive as homologatórias de transação (RT 621/182).

Ante o exposto, HOMOLOGO POR SENTENÇA para todos os fins de direito o acordo apresentado, por
consequência, julgo extinto o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso III, b, do
CPC.

Sem custas.

Feitas as anotações de praxe arquivem-se os autos observadas as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Servirá o presente como mandado.

Belém, 29 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, titular da 3ª Vara de Família da Capital.

Número do processo: 0875846-95.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: B. A. C. D. S. F.


Participação: ADVOGADO Nome: ESTEFANIA CAROLINA DO CARMO LIMA registrado(a) civilmente
como ESTEFANIA CAROLINA DO CARMO LIMA OAB: 018150/PA Participação: ADVOGADO Nome:
DAVI RABELLO LEAO OAB: 22628/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL MARGALHO SILVA
OAB: 28776/PA Participação: REQUERENTE Nome: F. B. M. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P.
D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Vistos etc.,

Tratam-se os presentes autos de DIVÓRCIO CONSENSUAL, com termo de acordo e pedido de


homologação de acordo por sentença movido conjuntamente por BÁRBARA AGATHA DE SOUZA
FRAGOSO MONTEIRO e FELIPE BARROS MONTEIRO, ambos devidamente qualificados na inicial.

As partes contraíram matrimônio em 23 de novembro de 2018, sob o regime de comunhão parcial


de bens, consoante certidão de casamento anexa. Não obstante o empenho de ambos pela
manutenção do enlace matrimonial, não foi possível a continuação do relacionamento, estando
separados de fato atualmente, sem possibilidades de reconciliação.

Não tiveram filhos.

Não adquiriram bens.

Dispensam o pagamento de pensão alimentícia entre si.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.

É o relatório. Decido.

No mérito, a Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser
dissolvido pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que
dispõe: “A sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de


família, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer
casado.

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se
casar, de constituir família. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos
Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de FELIPE BARROS MONTEIRO e BARBARA AGATHA DE SOUZA
FRAGOSO MONTEIRO, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do
art. 487, inciso III, alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015,
Código de Processo Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos
termos do art. 487, inciso I, do CPC.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: BARBARA AGATHA CARDOSO DE SOUZA
FRAGOSO.

Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária
independentemente de recolhimento de custas ou emolumentos tendo em vista os benefícios da justiça
gratuita.

Custas pelos requerentes. Porém, face a gratuidade da justiça deferida, é devida a suspensão da
exigibilidade dos ônus decorrentes da sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme
previsão do art. 98, § 3º, do CPC. Sem honorários advocatícios eis que se trata de divórcio consensual.

ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém-Pa, 15 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0808412-55.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. L. A. A.


Participação: ADVOGADO Nome: CESAR AUGUSTO ASSAD FILHO OAB: 10672/PA Participação:
REQUERENTE Nome: K. J. P. A. Participação: ADVOGADO Nome: CESAR AUGUSTO ASSAD FILHO
OAB: 10672/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,

Tratam-se os presentes autos de DIVÓRCIO CONSENSUAL, com termo de acordo e pedido de


homologação de acordo por sentença movido conjuntamente por MARIELZA LADISLAU ABRAÃO
ALVES e KLEVERSON JOSÉ PEREIRA ALVES, ambos devidamente qualificados na inicial.

As partes contraíram matrimônio em 24 de fevereiro de 1997, sob o regime de comunhão parcial de


bens, consoante certidão de casamento anexa. Não obstante o empenho de ambos pela
manutenção do enlace matrimonial, não foi possível a continuação do relacionamento, estando
separados de fato atualmente, sem possibilidades de reconciliação.

Tiveram 3 (três) filhos: Beatriz Ladislau Abraão Alves, nascida na data de 15 de agosto de 1997;
Elzemir Cecim Abraão Neto nascido na data de 04 de dezembro de 2001, e; Bernardo Ladislau
Abraão Alves, nascido na data de 16 de junho de 2010.

A guarda e responsabilidade do filho menor será exercida de forma unilateral, pela genitora do
menor. O direito de convivência do genitor será exercido da forma estabelecida no item 2. DA
GUARDA JUDICIAL.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O Divorciando pagará pensão alimentícia em favor do filho no percentual de 50% (cinquenta por
cento) do valor do salário mínimo vigente, a serem despositados em conta bancária de titularidade
da genitora, até o dia 5 de cada mês.

Informam que não há bens a partilhar.

Dispensam o pagamento de pensão alimentícia entre si.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira. O Divorciando não alterou seu nome quando do
casamento.

Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer de num.28314336 opinou pela homologação do
acordo mediante sentença e pela decretação do divórcio do casal.

É o relatório. Decido.

No mérito, a Constituição Federal, em seu art. 226, § 6º estabelece que “O casamento civil pode ser
dissolvido pelo divórcio.” Este dispositivo foi reproduzido no art. 1.571, inciso IV, do Código Civil que
dispõe: “A sociedade conjugal termina: (...) IV - pelo divórcio.”

Considerando o atual estágio de constitucionalização do direito privado, em especial, o direito de


família, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana faz surgir o direito de não permanecer
casado.

Trata-se, segundo Cristiano Chaves de Farias (Redesenhando os Contornos da Dissolução do


Casamento, Ed. Del Rey, 2004), de um direito potestativo extintivo, que deriva do direito de se
casar, de constituir família. Conforme explica Luiz Edson Fachin, in Direito de Família: Elementos
Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. Renovar, 2003: a liberdade de casar convive com o
espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.

Por isso, se a oficialização da união dos nubentes fica condicionada exclusivamente à vontade das
partes, não é admissível a imposição de restrições burocráticas para a autorização judicial da
dissolução do matrimônio, notadamente porque ambos estão devidamente representados por
advogado.

ANTE O EXPOSTO e por tudo o que nos autos constam, com base no artigo 226 da Constituição Federal,
DECRETO O DIVÓRCIO de KLEVERSON JOSÉ PEREIRA ALVES e MARIELZA LADISLAU ABRAÃO
ALVES, e HOMOLOGO POR SENTENÇA os demais termos do acordo, nos termos do art. 487, inciso III,
alínea “b”, c/c art. 515, inciso III, ambos da Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015, Código de Processo
Civil, e, por consequência, extingo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487,
inciso I, do CPC.

A Divorcianda voltará a usar seu nome de solteira: MARIELZA LADISLAU ABRAÃO.

Cópia desta decisão servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, advertindo o respectivo Cartório de
registro civil competente a fornecer certidão de casamento atualizada com a averbação necessária.

Custas pelos requerentes. Sem honorários advocatícios eis que se trata de divórcio consensual.

ÀSecretaria da Vara para expedir o necessário à eficácia plena dos termos sentenciais.
1562
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belém-PA, 24 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0846466-90.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. E. D. S. L.


Participação: ADVOGADO Nome: FLAVIA CHRISTIANE DE ALCANTARA FIGUEIRA SECCO OAB:
20278/PA Participação: REQUERENTE Nome: J. M. R. L. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E.
D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

R.H.

Quanto ao pedido de gratuidade, vejamos:

Dispõe o § 2º do art. 99 que o juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o
pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

Ante o exposto, faculto aos autores emendar a inicial para comprovar o preenchimento dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, haja vista que não resta caracterizada a hipossuficiência alegada.
Após, conclusos.

P.R.I. Cumpra-se.

Belém, 13 de agosto de 2021.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família da Capital


1563
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0849865-64.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. B. C. D. S.


Participação: REQUERIDO Nome: R. D. M. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Juntada de termo de audiência.

Número do processo: 0819433-28.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A. D. O. B. Participação:


ADVOGADO Nome: CARLOS ROBERTO SILVEIRA DA SILVA OAB: 17351/PA Participação:
REQUERIDO Nome: D. K. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
AÇÃO DE ALIMENTOS

AUTOS N.º: 0819433-28.2021.8.14.0301

REQUERENTE: AMARO DE OLIVEIRA BRITO

REPRESENTANTE LEGAL: TÁLITA DE OLIVEIRA BRITO, telefone: (91) 98113-3352, residente e


domiciliada na Rua, Manoel Barata, n.º 533, bairro Cruzeiro, Icoaraci, Belém-PA.

REQUERIDO: DIMIE KLAUTAU, residente e domiciliado na Rua Antônio Barreto, n.º 377, Residencial
Antônio Barreto, Cobertura, CEP 66055-050, Belém-PA.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;

Em razão do parentesco paterno comprovado em relação ao filho, e diante da narrativa da inicial


suficientemente comprovada para esta fase de cognição sumária, e pela razoabilidade, arbitro os
alimentos provisórios no valor de 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo vigente, visto não constar
nos autos informações detalhadas sobre a renda do requerido, valor este que deverá ser depositado na
conta bancária da genitora do requerente; assim, ficarão arbitrados nesta base até a realização do
contraditório e a audiência de conciliação. Os alimentos serão devidos desde a citação;

Designo audiência de conciliação para o dia 21 de outubro de 2021 (quinta-feira), às 09h00min;

Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos (art.
695, §4º do CPC);

Não realizado acordo, o requerido poderá oferecer contestação no prazo de 15 dias, conforme art. 335 do
CPC;

O prazo de 15 dias, contará da data da audiência, quando qualquer parte não comparecer à assentada ou,
1564
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

comparecendo, não houver autocomposição (art. 335, I do CPC);

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Ciente o MP;

P.R.I.C. Cumpra-se

Belém-PA, 12 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0834799-10.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. P. D. S. M.


Participação: REPRESENTANTE Nome: C. R. P. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: DIEGO
RODRIGUES AREDES OAB: 18802/PA Participação: REQUERIDO Nome: R. V. D. S. M. Participação:
FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO
PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA
E SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Face o erro material constatado na decisão ID n.º 30004084, que permite correção de ofício pelo juiz,
consoante art. 494, do CPC, fica a parte dispositiva da decisão alterada da seguinte forma:

“AÇÃO DE GUARDA C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECEDENTE DE GUARDA


PROVISÓRIA, DIREITO DE VISITAS E ALIMENTOS PROVISÓRIOS

AUTOS N.º 0834799-10.2021.8.14.0301

AUTORA: ALICE PINHEIRO DOS SANTOS MELO

REPRESENTRANTE LEGAL: CLIVIA REGINA PINHEIRO DA SILVA, domiciliada e residente na


Passagem Lindolfo Collor, n.º 113 – Bairro do Marco, CEP 66.095-310, Belém-PA.

RÉU: RAFAEL VICTOR DOS SANTOS MELO, domiciliado e residente na Passagem Conduru, n.º 55 –
Bairro do Guamá, CEP 66.073-150, Belém-PA.”

Permanecem inalterados os demais itens do decisum.

P.R.I.C.

Belém-PA, 13 de agosto de 2021.


1565
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0845601-09.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. D. S. F.


Participação: REQUERIDO Nome: R. X. M. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

AÇÃO DE ALIMENTOS

Número: 0845601-09.2017.8.14.0301

REQUERENTE: VICTOR GABRIEL FERREIRA MOREIRA, menor impúbere

Representado por sua mãe MILENA DE SOUZA FERREIRA, residente e domiciliada nesta cidade, na
Passagem Jerusalém, n° 515 - B, bairro do Guamá, CEP 66000-001.

Telefone (91) 3225-4257

REQUERIDO: RENATO XAVIER MOREIRA, endereço profissional ACADEMIA VITÓRIA, localizada na


Rua Barão de Igarapé Miri, n° 379, bairro do Guamá, CEP 66075-045.

DESPACHO MANDADO

Intime-se o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida mais as que se vencerem no
curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.

Caso o executado, no prazo referido, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, será empreendido protesto do pronunciamento judicial (art.
528, §1º do CPC).

Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar
o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses (art. 528, §3º do
CPC).

Deve o Sr. Oficial de justiça atentar empreender todos os esforços o sentido de localizar o executado.

Ressalte-se que, após identificado o oficial de justiça, o porteiro, síndico, empregado ou familiar tem o
dever de prestar todas as informações que lhe forem solicitada, em especial telefone atualizado e local
onde possa ser encontrado.

Tentar retardar ou obstar a entrada do oficial de justiça portador de ordem judicial, negando-lhe
informações, prestando informações falsas, ou mediante exigência de informações sigilosas como
condicionante para ingresso, ou condicionando o ingresso do oficial a determinados dias ou horários, ou à
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

autorização de morador, são condutas que podem configurar os crimes previstos nos artigos 330 e
331 do Código Penal.

Servirá o presente como mandado.

P.R.I.C. Cumpra-se.

Belém, 05 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO DE SOUZA

Juiz de Direito, no exercício da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0842115-74.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. I. C. L.


Participação: ADVOGADO Nome: JERRY WILSON SILVA DE SOUSA OAB: 006183/PA Participação:
ADVOGADO Nome: JOAO LUIS MAUES DE CASTRO SANTOS OAB: 10232/PA Participação:
REQUERIDO Nome: T. P. M. L.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO

AUTOS N.º 0842115-74.2021.8.14.0301

AUTOR: LUIZ IRAN CORDEIRO LUCENA, residente e domiciliado na Travessa Teófilo Condurú, n.º 90 –
bairro de Canudos – CEP: 66070-530, Belém-PA.

RÉ: THAYANA PARIS MONTEIRO LUCENA, domiciliada e residente na Rodovia Augusto Montenegro, n.º
2287 – Condomínio Fit Mirante do Parque – Torre 05 – Apto. 62 – bairro do Mangueirão – CEP: 66640-
000, Belém-PA.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;

Em razão do parentesco paterno comprovado em relação aos filhos, e diante da narrativa da inicial
suficientemente comprovada para esta fase de cognição sumária, e pela razoabilidade, arbitro os
alimentos provisórios oferecidos no valor de 15% (quinze por cento) de seus rendimentos líquidos, com
incidência sobre abonos, adicionais, férias, horas extras e 13.º salário, valor este que deverá ser pago
mediante recibo, até ser informada a conta bancária da genitora dos menores; assim, ficarão arbitrados
nesta base até a realização do contraditório e a audiência de conciliação. Os alimentos serão devidos
desde a citação;

Designo audiência de conciliação para o dia 20 de outubro de 2021 (quarta-feira), às 11h00min;

Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos (art.
1567
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

695, §4º do CPC);

Não realizado acordo, a requerida poderá oferecer contestação no prazo de 15 dias, conforme art. 335 do
CPC;

O prazo de 15 dias, contará da data da audiência, quando qualquer parte não comparecer à assentada ou,
comparecendo, não houver autocomposição (art. 335, I do CPC);

A não apresentação da contestação implicará em decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras


as alegações da parte autora constantes da inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Ciente o MP;

P.R.I.C. Cumpra-se

Belém-PA, 11 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0819071-26.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: R. N. S. G. Participação:


ADVOGADO Nome: ALESSANDRO JOSE SEABRA GONCALVES FEIO OAB: 21514/PA Participação:
INTERESSADO Nome: K. C. C. P.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS

AUTOS N.º 0819071-26.2021.8.14.0301

AUTOR: RAIMUNDO NONATO SEABRA GONÇALVES, domiciliado e residente na Passagem Uberabinha


n.º 73, Telegrafo, CEP: 66.113-400, Belém-PA.

RÉ: MARIA LUIZA PACHECO CARDOSO

REPRESENTANTE LEGAL: KELLY CRISTINA CORREA PACHECO, domiciliada e residente na Travessa


Barão do Triunfo, n.º 614, CA 000, Bairro: Sacramenta, CEP: 66083-100, Belém-PA.

DECISÃO-MANDADO

R.H.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;
1568
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se a requerida, intimando-a para que, no prazo de 15 (quinze) dias, conteste a ação. Sob pena de
revelia (art. 344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 12 de maio de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0835589-91.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: D. D. S. D. Participação:


ADVOGADO Nome: HERMANN DUARTE RIBEIRO FILHO OAB: 894/PA Participação: REU Nome: H. D.
R. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Indefiro o pedido de assistência judiciária gratuita, apesar da alegação de não se poder arcar com as
despesas do processo sem prejuízo pessoal, tendo em vista a evidência de que a parte possui suporte
econômico para fazer frente aos ônus do processo, não se caracterizando, portanto, a hipótese de
pobreza nos termos estatuídos no art. 98, do CPC.

Com efeito, não há que se confundir impossibilidade de pagamento das custas, a caracterizar a pobreza,
com dificuldade para o enfrentamento desse encargo, sendo certo que apenas no primeiro caso o
benefício deve ser deferido. Neste sentido, a jurisprudência:

“Processual Civil. Assistência judiciária gratuita. Situação econômica verificada na origem. Revisão.
Exame de matéria de fato. Súmulas 7 e 83 do STJ.
1. O Tribunal a quo, procedendo com amparo nos elementos de convicção dos autos, decidiu que o
recorrente possui meios de prover as custas do processo. 2(...) 3. A Corte Especial já pacificou
jurisprudência no sentido de que o julgador pode indeferir o benefício da assistência judiciária gratuita,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

diante das evidências constantes do processo. Incidência da Súmula 83/STJ. 4. Demais disso, a
jurisprudência firmou entendimento no sentido de que a simples declaração de pobreza, firmada pelo
requerente do pedido de assistência judiciária gratuita é relativa, devendo ser comprovada pela parte a
real necessidade de concessão do benefício. Agravo regimental improvido.”
(STJ, AgRg no AREsp 769.514/SP – 2ª T. – Rel. Min. Humberto Martins, j. 15.12.2015, DJe 02.02.2016).

Concedo às partes a possibilidade de parcelar as custas em 4 (quatro) parcelas mensais e sucessivas, na


forma do art. 1º da Portaria Conjunta n.º 3/2017-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 1º de agosto de 2017;
Decorrido o prazo, com as certidões de praxe, cls.

Belém-PA, 15 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACEDO DE SOUZA


Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0810879-41.2020.8.14.0301 Participação: AUTORIDADE Nome: H. R. R. S.


Participação: ADVOGADO Nome: DANIEL DOS SANTOS OAB: 11790/PA Participação: REQUERENTE
Nome: P. C. C. S. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS CONSENSUAL

PROCESSO Nº : 0810879-41.2020.8.14.0301

Vistos etc.,

Versam os autos sobre pedido de HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO DE VONTADES PARA A


EXONERAÇÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA.

Consta da inicial que passados alguns anos da homologação do acordo que fixou os alimentos em favor
da menor a ISABELLY SANTOS DA CRUZ, os genitores da alimentanda se reconciliaram, passando a
conviver maritalmente, de modo que a filha voltou novamente a viver sob o mesmo teto do pai e
diretamente sob as expensas deste e por consequência não há mais razão para se cogitar o pagamento
de pensão alimentícia.

Remetidos os autos ao RMP, opinou pela homologação do acordo nos termos propostos.

Éo relatório.

DECIDO.

Tem-se entendido que "As sentenças meramente homologatórias não precisam ser fundamentadas" (RT
616/57), inclusive as homologatórias de transação (RT 621/182).

Ante o exposto, HOMOLOGO POR SENTENÇA para todos os fins de direito o acordo apresentado, por
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

consequência, julgo extinto o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso III, b, do
CPC.

Sem custas.

Expeça-se ofício à fonte pagadora para faça cessar definitivamente os descontos feitos em sua folha de
pagamento relativos à prestação alimentícia. em favor da alimentanda ISABELLY SANTOS DA CRUZ.

Feitas as anotações de praxe arquivem-se os autos observadas as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se.

Belém, 29 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, titular da 3ª Vara de Família da Capital.

Número do processo: 0006994-24.1998.8.14.0301 Participação: AUTORIDADE Nome: H. D. S. W. J.


Participação: ADVOGADO Nome: MARCOS TAKAKI NOBUMASA OAB: 25393/PA Participação:
REQUERENTE Nome: V. D. R. W. Participação: ADVOGADO Nome: MARCOS TAKAKI NOBUMASA
OAB: 25393/PA Participação: REQUERENTE Nome: V. D. R. W. Participação: ADVOGADO Nome:
MARCOS TAKAKI NOBUMASA OAB: 25393/PA Participação: AUTORIDADE Nome: P. M. P. -. C. 0. (. D.
L.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Exoneração de Alimentos

Processo nº 0006994-24.1998.8.14.0301

Vistos etc...

Consta dos autos pedido de HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO firmado entre HEITOR DOS SANTOS
WATRIN JUNIOR, VANESSA DA ROSA WATRIN E VERENA DA ROSA WATRIN voltado à exoneração
de alimentos.

Aduzem os acordantes que a necessidade dos alimentos não mais subsiste, em razão da maioridade e
independência financeira das alimentandas.

Éo relatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

DECIDO.

Tem-se entendido que "As sentenças meramente homologatórias não precisam ser fundamentadas" (RT
616/57), inclusive as homologatórias de transação (RT 621/182).

Ante o exposto, HOMOLOGO POR SENTENÇA para todos os fins de direito o acordo apresentado, por
consequência, julgo extinto o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso III, b, do
CPC.

Expeça-se ofício à fonte pagadora para que faça cessar imediata e definitivamente os descontos em
relação às alimentandas VANESSA DA ROSA WATRIN E VERENA DA ROSA WATRIN.

Certificado o trânsito em julgado e feitas as anotações de praxe arquivem-se observadas as formalidades


legais.

Custas na forma da lei.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se. Cumpra-se

Belém, 23 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, titular da 3ª Vara de Família da Capital.

Número do processo: 0819158-79.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. S. A. D. O.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: ELIZA GLEICE DE SOUZA E SILVA OAB: null
Participação: REQUERIDO Nome: C. H. A. D. O. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

PROCESSO N.º 0819158-79.2021.8.14.0301

REQUERENTE: ANTONELLA SILVA ARRAIAS DE OLIVEIRA REPRESENTANTE LEGAL: ELIZA


GLEICE DE SOUZA LIMA E SILVA, domiciliada e residente na Travessa Almirante Wandenkok, n.º 168,
Casa 02 altos, CEP: 66.055-030, Belém-PA.

REQUERIDO: CLÁUDIO HENRIQUE ARRAIS DE OLIVEIRA, telefone: (85) 2180-1284, residente e


domiciliado na Rua 110, n.º 567, Bairro: Planalto, CEP: 61.605-580, Caucaia- CEARÁ; e endereço laboral
no Supermercado Super. Lagoa Santos Dumont, localizado na Avenida Santos Dumont, n.º 3860 –
Aldeota, Fortaleza-CE.

DECISÃO-MANDADO

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em razão do parentesco paterno comprovado em relação à filha, e diante da narrativa da inicial


suficientemente comprovada para esta fase de cognição sumária, e pela razoabilidade, arbitro os
alimentos provisórios no valor de 15% (quinze por cento) dos vencimentos e vantagens do réu, excluindo
os descontos obrigatórios, valor este que deverá ser depositado na conta bancária de titularidade da
genitora da alimentanda; assim, ficarão arbitrados nesta base até a realização do contraditório e a
audiência de conciliação. Os alimentos serão devidos desde a citação;

Oficie-se à fonte pagadora para efeito de desconto em folha de pagamento e depósito na conta indicada
pela autora na inicial, solicitando ainda informações sobre seu rendimento bruto, descontos especificados
e líquido;

Atentando-se ao trabalho realizado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos – Varas de Família
(CEJUSC), regulamentado através da Resolução n.º 011/2013 – GP, em seus artigos 5º e ss., o qual,
certamente, atribuirá celeridade ao processo, determino a remessa dos autos ao referido setor, para o
procedimento em conciliação.

Não obtido o acordo, haverá o prosseguimento do feito normalmente pelo procedimento da lei específica,
devendo os autos retornarem imediatamente para o gabinete do juízo.

Cópia do presente servirá como mandado.

Diligencie-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 13 de maio de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0821646-07.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: N. S. Q. Participação:


ADVOGADO Nome: TIAGO RAFAEL OLIVEIRA ALEGRE OAB: 302811/SP Participação: REQUERIDO
Nome: P. G. M. F. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C PARTILHA DE BENS,
ALIMENTOS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

PROCESSO N.º 0821646-07.2021.8.14.0301

REQUERENTE: NAYANA SANTOS QUEMEL, residente e domiciliada na rua Rodrigues Santos, n.º 271
Cidade Velha, CEP 66.020-260, Belém-PA.

REQUERIDO: PAULO GILENO MARTINS FERREIRA, residente e domiciliado na “rua da UPA”, n.º 1,
Bairro São Cristóvão, CEP 68.701-614, Capanema-PA.

DECISÃO-MANDADO
1573
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;

Em razão da união estável demonstrada, e diante da narrativa da inicial suficientemente comprovada para
esta fase de cognição sumária e pela razoabilidade, arbitro os alimentos provisórios no valor de 02 (dois)
salários mínimos vigentes, valor este que deverá ser pago mediante recibo, até que seja informada a conta
bancária da requerente; assim, ficarão arbitrados nesta base até a realização do contraditório e a
audiência de conciliação. Os alimentos serão devidos desde a citação;

Atentando-se ao trabalho realizado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos – Varas de Família
(CEJUSC), regulamentado através da Resolução n.º 011/2013 – GP, em seus artigos 5º e ss., o qual,
certamente, atribuirá celeridade ao processo, determino a remessa dos autos ao referido setor, para o
procedimento em conciliação.

Não obtido o acordo, haverá o prosseguimento do feito normalmente pelo procedimento da lei específica,
devendo os autos retornarem imediatamente para o gabinete do juízo.

Cópia do presente servirá como mandado.

Diligencie-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, 13 de maio de 2021.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz Titular da 3.ª Vara de Família da Capital.

Número do processo: 0829786-30.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: R. B. D. S. Participação:


REU Nome: I. H. S. A. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS C/C REGULAMENTAÇÃO DO
DIREITO DE VISITAS.

AUTOS N.º 0829786-30.2021.8.14.0301

AUTORA: RENATA BORGES DA SILVA, e-mail: renata.borges92@yahoo.com, telefone: (91) 9.8944-


9551, domiciliada e residente na Rua Mucajás, n.º 153, bairro: Mangueirão, CEP 66.640-435, Belém-PA.

RÉU: ILSON HENRIQUE SERRÃO AMARAL, telefone: (91) 9.9839-1581, domiciliado e residente na Rua
São Francisco, n.º 02, casa A, Passagem Alvorada, bairro: Una, CEP 67.013-790, Ananindeua-PA.

DECISÃO-MANDADO

R.H.
1574
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;

Diante da narrativa da inicial existe elementos que reflitam a probabilidade do direito pretendido, relativo à
paternidade, e, em consequência, a verossimilhança das alegações uma vez que as partes tiveram um
relacionamento afetivo, comprovado pelas conversas constantes pelo telefone através do aplicativo
Whatsapp e as fotos do casal. Segundo a dicção da Lei 11.804/2008, para a fixação de alimentos
gravídicos bastam indícios de paternidade, devendo ocorrer de forma célere, uma vez que a morosidade
poderá acarretar consequências irreversíveis à gestante e ao bebê. Após o nascimento da criança com
vida, havendo dúvidas acerca da paternidade, poderá ser realizado exame hematológico (exame de DNA),
a fim de averiguar a paternidade.

Assim, DEFIRO o pedido de alimentos gravídicos em favor da requerente no percentual de 30% (trinta por
cento) do valor do salário mínimo vigente, uma vez que não consta nos autos informações sobre a
situação financeira do requerido, nem como a requerente calculou o valor apontado em sua inicial a serem
depositados em conta corrente específica de titularidade da genitora, até o dia 10 de cada mês; assim,
ficarão arbitrados nesta base até a audiência de conciliação a realização do contraditório.

Atentando-se ao trabalho realizado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos – Varas de Família
(CEJUSC), regulamentado através da Resolução n.º 011/2013 – GP, em seus artigos 5º e ss., o qual,
certamente, atribuirá celeridade ao processo, determino a remessa dos autos ao referido setor, para o
procedimento em conciliação.

Não obtido o acordo, haverá o prosseguimento do feito normalmente pelo procedimento da lei específica,
devendo os autos retornarem imediatamente para o gabinete do juízo.

Cópia do presente servirá como mandado;

Ciente o Ilustre Representante do MP;

Diligencie-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 15 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0839792-96.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: E. J. V. D. C.


Participação: ADVOGADO Nome: GEORGES AUGUSTO CORREA DA SILVA OAB: 28405/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI MESQUITA PANTOJA OAB: 12673/PA Participação:
ADVOGADO Nome: NELSON MAURICIO DE ARAUJO JASSE OAB: 18898/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNA PAIVA JASSÉ OAB: 22912/PA Participação: REQUERENTE Nome: E. P. S.
D. C. Participação: ADVOGADO Nome: GEORGES AUGUSTO CORREA DA SILVA OAB: 28405/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI MESQUITA PANTOJA OAB: 12673/PA Participação:
ADVOGADO Nome: NELSON MAURICIO DE ARAUJO JASSE OAB: 18898/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNA PAIVA JASSÉ OAB: 22912/PA Participação: REQUERIDO Nome: E. P. S. D.
C. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Exoneração Parcial de Alimentos

Processo: 0839792-96.2021.8.14.0301

SENTENÇA

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/OFÍCIO, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Consta dos autos pedido de HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO firmado entre EDUARDO JESUS VITOR DA
COSTA e EDUARDO PABLO SARAIVA DA COSTA.

Aduz o alimentante EDUARDO DE JESUS VITOR DA COSTA que é genitor de EDUARDO PABLO
SARAIVA COSTA, pagando mensalmente o valor equivalente a 20% (vinte por cento) incidente sobre seus
rendimentos, excluídos os descontos legais, a título de pensão alimentícia ao referido filho e também a
ERICK PABLO SARAIVA DA COSTA.

Informa que a exoneração de alimentos em relação ao filho ERICK PABLO SARAIVA DA COSTA está
sendo discutida nos autos do processo n. 0807719.20.2020. 814.0006, em ANANINDEUA/PA, por existir
conflito entre as partes sobre o assunto.

Em relação ao filho EDUARDO PABLO SARAIVA COSTA, ora acordante, declara ser maior de idade e
não mais necessitar da pensão pelo fato de estar servindo as Forças Armadas, razão pela qual expressou
sua manifestação de vontade livremente em favor da exoneração do referido valor, conforme exposto na
declaração em anexo, pelo que requerem a homologação do acordo de exoneração de alimentos para
exonerar o alimentante em 10% dos alimentos que lhe caberiam.

Éo relatório.

DECIDO.

Tem-se entendido que "As sentenças meramente homologatórias não precisam ser fundamentadas" (RT
616/57), inclusive as homologatórias de transação (RT 621/182).

Ante o exposto, HOMOLOGO POR SENTENÇA para todos os fins de direito o acordo apresentado para
exonerar o autor EDUARDO JESUS VITOR DA COSTA de sua obrigação tão somente para com o
alimentando EDUARDO PABLO SARAIVA DA COSTA, por consequência, julgo extinto o processo com
resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso III, b, do CPC.

Sem custas, face à gratuidade ora deferida.

Expeça-se ofício à fonte pagadora para cancelamento do desconto da pensão alimentícia em favor do
alimentando EDUARDO PABLO SARAIVA DA COSTA, no valor correspondente à 10% (dez por cento).

Certificado o trânsito em julgado e feitas as anotações de praxe, arquivem-se observadas as formalidades


legais.
1576
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se. Cumpra-se

Belém, 28 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito, no exercício da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0844773-71.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. A. D. G. L.


Participação: ADVOGADO Nome: ESTEFANIA CAROLINA DO CARMO LIMA registrado(a) civilmente
como ESTEFANIA CAROLINA DO CARMO LIMA OAB: 018150/PA Participação: REQUERENTE Nome:
D. M. S. L. Participação: REQUERENTE Nome: J. M. S. L. Participação: REQUERENTE Nome: I. B. S. L.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Exoneração de Alimentos

Processo: 0844773-71.2021.8.14.0301

SENTENÇA

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/OFÍCIO, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Vistos etc...

Consta dos autos pedido de HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO firmado entre MAURO ANTÔNIO DA GAMA
LOPES e os filhos JEFFERSON MARCIO SANCHES LOPES, 27 (vinte e sete) anos de idade, Bacharel
em Física, Bolsista de Doutorado na UFPA; DOUGLAS MARK SANCHES LOPES, 24 (vinte e quatro)
anos de idade Tele atendente de Call Center na empresa TSJ Telemarketing Eireli ME, Cursando
Engenharia Civil e INGRID BEATRIZ SANCHES LOPES, 20 (vinte) anos, convivendo em uma união
estável, autônoma.

Acordam que os alimentandos não mais necessitam da pensão, haja vista serem maiores de idade e
estarem inseridos no mercado de trabalho, podendo prover o próprio sustento, pelo que requerem a
homologação do acordo de exoneração de alimentos.

Éo relatório.

DECIDO.

Tem-se entendido que "As sentenças meramente homologatórias não precisam ser fundamentadas" (RT
616/57), inclusive as homologatórias de transação (RT 621/182).

Ante o exposto, HOMOLOGO POR SENTENÇA para todos os fins de direito o acordo apresentado para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

exonerar o autor MAURO ANTÔNIO DA GAMA LOPES de sua obrigação para com os
alimentandos JEFFERSON MARCIO SANCHES LOPES, DOUGLAS MARK SANCHES LOPES e
INGRID BEATRIZ SANCHES LOPES, por consequência, julgo extinto o processo com resolução de mérito
nos termos do art. 487, inciso III, b, do CPC.

Sem custas, face à gratuidade ora deferida.

Expeça-se ofício à fonte pagadora para cancelamento do desconto da pensão alimentícia em favor
deJEFFERSON MARCIO SANCHES LOPES, DOUGLAS MARK SANCHES LOPES e INGRID BEATRIZ
SANCHES LOPES.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se. Cumpra-se

Belém, 11 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0828400-62.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. G. S. F.


Participação: REQUERIDO Nome: R. A. C. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
AÇÃO DE OFERECIMENTO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

AUTOS N.º 0828400-62.2021.8.14.0301

AUTOR: LETÍCIA GABRIELE SOUSA FRAZÃO, lgsf051290@gmail.com, telefone: (91) 9.8283-8062,


domiciliada e residente na Travessa Timbó, Passagem Olímpia, n.º 260, entre as Avenidas Almirante
Barroso e Rômulo Maiorana, bairro: Marco, CEP: 66.093-220, Belém/PA.

RÉU: REGINALDO AUGUSTO CHAVES, e-mail: raginaldochavesimoveis@hotmail.com, residente e


domiciliado na Avenida Pedro Álvares Cabral, n.º 2099, bairro: Telégrafo, CEP: 66.113-190, Belém/PA.

DECISÃO-MANDADO

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;

Em razão do parentesco paterno comprovado em relação ao filho, e diante da narrativa da inicial


suficientemente comprovada para esta fase de cognição sumária, e pela razoabilidade, arbitro os
alimentos provisórios no valor oferecido de 50% (cinquenta por cento) do valor do salário mínimo vigente,
reajustados anualmente de acordo com a política governamental e depositados em conta corrente
bancária de titularidade da genitora até o dia 5 de cada mês; assim, ficarão arbitrados nesta base até a
realização do contraditório e a audiência de conciliação. Os alimentos serão devidos desde a citação;

Cotejando o pedido de tutela de urgência, de natureza antecipada, e os documentos acostados aos autos,
verifico que há convencimento deste juízo, em sede de cognição sumária, acerca da probabilidade do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

direito e do perigo de dano, até porque, a guarda de fato já vem sendo exercida pela requerente desde o
nascimento do menor. Este, desde a mais tenra idade e a separação de fato reside com a genitora,
devendo-se considerar que suas necessidades estão sendo atendidas pela mãe, não havendo motivo
plausível para que se determine a modificação da situação fática vivida;

Assim, fixo em sede de tutela de urgência antecipada o domicílio de residência da criança JOÃO PEDRO
FRAZÃO CHAVES com sua genitora;

Considerando a suspensão das audiências em virtude da pandemia da COVID-19, deixo, por ora, de
designar audiência conciliatória prevista no art. 334 do CPC, ressalvando que, após normalização das
atividades neste Tribunal e, havendo interesse das partes, a conciliação poderá ser obtida a qualquer
momento;

Cite-se o requerido, por sua representante legal, intimando-o para que, no prazo de 15 (quinze) dias,
conteste a ação. Sob pena de revelia (art.344, CPC);

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
apresente manifestação (oportunidade em que: I - havendo revelia, deverá informar se quer produzir
outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II – havendo contestação, deverá se manifestar em
réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões
acidentais; III – em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte
autora responder à reconvenção).

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 21 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0833708-84.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. E. D. O. C. P.


Participação: ADVOGADO Nome: PAULO VIEIRA HADAD MELO OAB: 27157/PA Participação:
REPRESENTANTE DA PARTE Nome: NAYANA LIS DE OLIVEIRA COSTA OAB: null Participação:
ADVOGADO Nome: RAQUEL BENTES CORREA OAB: 12955/PA Participação: REQUERENTE Nome: M.
E. D. O. C. P. Participação: ADVOGADO Nome: PAULO VIEIRA HADAD MELO OAB: 27157/PA
Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: NAYANA LIS DE OLIVEIRA COSTA OAB: null
Participação: ADVOGADO Nome: RAQUEL BENTES CORREA OAB: 12955/PA Participação:
REQUERIDO Nome: C. J. P. D. P. Participação: ADVOGADO Nome: CLEVERSON JORGE PALHA DE
PINHO OAB: 021704/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS

AUTOS N.º: 0833708-84.2018.8.14.0301

REQUERENTES: MARIA EDUARDA DE OLIVEIRA COSTA PINHO e MARIA ELOISA DE OLIVEIRA


COSTA PINHO

REPRESENTANTE LEGAL: NAYANA LIS COSTA SURLEMONT, residente e domiciliada na Travessa


Pirajá, n.º 857, Marco, CEP: 66.083-511, Belém-PA.

REQUERIDO: CLEVERSON JORGE PALHA DE PINHO, residente e domiciliado na Rua Padre Júlio
Maria nº 1588, Ponta Grossa, Icoaraci, Belém/PA, CEP: 66.812-470, podendo ser citado, alternativamente
em seu escritório, situado na Rua Manoel Barata nº 1300, Sala comercial, Icoaraci, CEP: 66.810-100,
Belém-PA.

SERVIRÁ A PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO/CARTA, NA FORMA DO


PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009-CJRMB. CUMPRA-SE NA FORMA E
SOB AS PENAS DA LEI. INTIMEM-SE.

Em razão do parecer ministerial (ID n.º 28731493), REDESIGNO audiência de conciliação para o dia 20 de
outubro de 2021 (quarta-feira), às 10h00min;

Cite-se o requerido para comparecimento à audiência. A autora e o requerido comparecerão à audiência


acompanhados de suas testemunhas, 3 (três) no máximo (Lei n.º 5.478/68, art. 8º). As partes deverão
comparecer acompanhadas de seus respectivos advogados ou defensores públicos;

O não comparecimento das autoras implica no arquivamento do pedido e, a ausência do réu, confissão
quanto à matéria de fato (art. 7.º da citada lei);

Intime-se as requerentes da data da audiência acima aprazada, bem como o seu patrono judicial;

Ciente o MP;

P.R.I.C. Cumpra-se

Belém-PA, 11 de agosto de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0825849-12.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: I. R. F.


Participação: ADVOGADO Nome: NAOKI DE QUEIROZ SAKAGUCHI OAB: 13620/PA Participação:
ADVOGADO Nome: IGOR DE SOUZA BORGES OAB: 31453/PA Participação: REQUERIDO Nome: M. J.
V. R.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ


1580
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

DESPACHO-MANDADO

R.H

Dispõe o art. 256, § 3º, do Código de Processo Civil que declara “O réu será considerado em local
ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo
de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços
públicos”.

Oficie-se o TRE/Pa para que informe se há registro no Cadastro Nacional de Eleitores sobre o endereço
da ré MARIA JOSÉ VELOSO RIBEIRO, brasileira, casada, filha Militino Veloso e Gliceira Lopes Veloso.

Endereço constatado, cite-se a parte requerida por mandado ou precatória, caso contrário, por edital, com
prazo de 20 (vinte) dias, cientificando-o de que o prazo para contestar passará a fluir findo esse prazo,
consignando-se as advertências dos artigos 344 e 257, inciso IV, ambos do Código de Processo Civil –
CPC.

Em caso de Revelia, será nomeado curador especial para a parte requerida, devendo ser expedida
notificação à Curadoria Especial para que eleja um de seus membros para apresentar a defesa, nos
termos do art. 72, II do CPC. Int. Cumpra-se.

Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis
apresente manifestação.

A cópia do presente servirá como mandado/ofício.

P.R.I. C. Oficie-se. Cumpra-se.

Belém, 06 de maio de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Capital

Número do processo: 0805639-71.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: J. K. F. M. Participação:


REPRESENTANTE Nome: T. C. G. F. Participação: REU Nome: J. B. L. M. Participação: FISCAL DA LEI
Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ
3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Juntada de termo de audiência.
1581
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0808910-54.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A. B. Q. D. S.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: NATALIENE ARAUJO QUINTINO OAB: null
Participação: REQUERIDO Nome: P. J. S. D. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Juntada de termo de audiência.

Número do processo: 0825809-30.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: G. T. L. M.


Participação: REQUERIDO Nome: J. P. A. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3.ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Juntada de termo de audiência.

Número do processo: 0801235-74.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: W. L. V.


Participação: ADVOGADO Nome: LUAN TORRES SILVA OAB: 22874/PA Participação: REQUERENTE
Nome: M. F. V. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: LUAN TORRES SILVA OAB: 22874/PA
Participação: REQUERIDO Nome: E. M. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: FRANCISCO AUGUSTO
CAPELA SAMPAIO OAB: 769/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Vistos etc.,

Trata-se de ação revisional de guarda e alimentos c/c pedido de alimentos provisórios ajuizada por MARIA
FLOR VALE DA SILVA, representada por sua genitora WALDILEA LOPES VALE em face de
EDINALDO MIRANDA DA SILVA.

Os autos seguiam seu trâmite regular quando as partes peticionaram apresentando acordo e requerendo a
homologação da avença por sentença.

Pelo termo de acordo as partes informam que mantiveram relação amorosa da qual adveio o nascimento
da menor Maria Flor Vale da Silva, em 26.11.2016, consoante certidão de nascimento anexa.

Estabelecem que a guarda da menor será exercida de forma unilateral pela genitora, garantido o direito de
convivência paterno de forma livre, devendo este informar a genitora, com antecedência, quando desejar
ter a menor em sua companhia.

O genitor pagará pensão alimentícia a sua filha no valor correspondente a 15% (quinze por cento) do valor
bruto de seus vencimentos e vantagens, mediante desconto em folha de pagamento, bem como arcará
com o plano de saúde e odontológico da criança.

Requerem a homologação judicial do acordo.


1582
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Os autos foram encaminhados ao RMP que, em parecer ID n.º 26486361 pela homologação do acordo
mediante sentença.

É o relatório.

Passo a decidir.

No mérito, tem-se entendido que "As sentenças meramente homologatórias não precisam ser
fundamentadas" (RT 616/57), inclusive as homologatórias de transação (RT 621/182).

Desta feita, com fulcro no art. 487, inciso III, alínea b, c/c art. 515, inciso III, ambos do Código de Processo
Civil, HOMOLOGO POR SENTENÇA para todos os fins de direito o pedido constante da petição inicial, e
por consequência, julgo extinto o processo com resolução de mérito.

Custas pelos requerentes. Sem honorários advocatícios eis que se trata de homologação de transação
extrajudicial. Em face da gratuidade da justiça requerida, e que defiro às partes neste ato, face
hipossuficiência econômica evidente, é devida a suspensão da exigibilidade dos ônus decorrentes da
sucumbência, a exemplo das custas processuais, conforme previsão do art. 98, § 3º, do CPC.

Expeça-se o que for necessário. Após, feitas as anotações e certidões de praxe, arquivem-se observadas
as formalidades legais.

P.R.I.C.

Belém - Pa, 19 de maio de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital

Número do processo: 0869840-72.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M. V. V. D. N.


Participação: AUTOR Nome: N. S. V. D. N. Participação: AUTOR Nome: E. L. V. D. N. Participação:
REPRESENTANTE Nome: C. D. A. V. Participação: REQUERIDO Nome: E. C. D. N. Participação: FISCAL
DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
AÇÃO DE GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DO DIREITO DE VISITAS C/C ALIMENTOS COM PEDIDO
DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS.

AUTOS N.º 0869840-72.2020.8.14.0301

AUTORES: CRISTYANE DE AGUIAR VIEIRA, por si e representando EMANUELLY LETÍCIA VIEIRA DAS
NEVES, MARYA VITÓRIA VIEIRA DAS NEVES e NICOLLY SOPHIA VIEIRA DAS NEVES, e-mail:
cristyaneedufisica@gmail.com , telefone: (91) 9.8440-3248, domiciliados e residentes na Travessa Carlos
de Carvalho, casa B, n.º 1586, bairro: Jurunas, CEP 66.030-000, Belém.
1583
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

RÉU: EDER CÍCERO DAS NEVES, telefone: (91) 9.8533-8707, com endereço profissional na Avenida
Central, n.º 262, Ciam Sideral, bairro: Coqueiro, CEP: 66.650-520, Belém.

DECISÃO-MANDADO

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2º, 3º e 4º, do CPC;

Quanto ao pedido de guarda provisória unilateral do menor, a Lei nº 13.058/2014 trouxe alterações ao
Código Civil no que pertine à modalidade de guarda a ser aplicada nos casos em que existe litigância
entre os pais;

O §2º do art. 1.584 do CC, com a redação dada pela lei em comento, estipula “quando não houver acordo
entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder
familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não
deseja a guarda do menor.”

A nova redação do art. 1.585, por sua vez, dispõe: “Em sede de medida cautelar de separação de corpos,
em sede de medida cautelar de guarda ou em outra sede de fixação liminar de guarda, a decisão sobre
guarda de filhos, mesmo que provisória, será proferida preferencialmente após a oitiva de ambas as partes
perante o juiz, salvo se a proteção aos interesses dos filhos exigir a concessão de liminar sem a oitiva da
outra parte, aplicando-se as disposições do art. 1.584.”

Ante a nova regulamentação da matéria, inexistem nos autos de provas robustas que demonstrem a
incapacidade do genitor para figurar como guardião, uma vez que as agressões são dirigidas somente à
genitora, reservo-me a apreciar o pleito liminar de guarda provisória após a oitiva das partes;

Visando evitar conflitos durante o andamento da demanda, defiro, em parte o direito de visitas do
requerido, que regulamento da seguinte forma: finais de semana alternados, devendo o genitor buscar a
criança na saída da escola na sexta-feira e a levando, também na escola, na segunda-feira, bem como, 15
(quinze) dias de férias; aniversário dos genitores os menores passarão o dia com o homenageado;

Considerando a guarda de fato e em razão do parentesco paterno comprovado em relação ao filho, e


diante da narrativa da inicial suficientemente comprovada para esta fase de cognição sumária, e pela
razoabilidade, arbitro os alimentos provisórios no valor de 30% (trinta por cento) dos vencimentos e
vantagens do requerido, sendo 10% (dez por cento) para cada filho, excluídos os descontos obrigatórios,
que serão descontados diretamente da fonte pagadora e depositados em conta corrente bancária de
titularidade da genitora da menor; assim, ficarão arbitrados nesta base até a realização do contraditório e a
audiência de conciliação. Os alimentos serão devidos desde a citação;

Cite-se o requerido para comparecimento à audiência de conciliação designada para o dia 16 de


novembro de 2021 (terça-feira), às 09h00min; o prazo de 15 (quinze) dias para contestar a ação será
contado do ato, se não obtida a autocomposição. A não apresentação da contestação implicará em
decretação da revelia, presumindo-se como verdadeiras as alegações da parte autora constantes da
inicial, excetuadas as hipóteses do art. 345, do CPC;

Advirta-se ao requerido que muito embora o mandado de citação esteja desacompanhado de cópia da
petição inicial, está assegurado seus direitos de examinarem seu conteúdo a qualquer tempo (art. 695, §
1º, do CPC);

Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos (art.
695, § 4º, do CPC);
1584
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Servirá o presente, por cópia digitalizada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se;

Ciente o representante do MP;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 8 de julho de 2021.

FRANCISCO ROBERTO MACÊDO DE SOUZA

Juiz de Direito respondendo pela 3ª Vara de Famílias da Comarca da Capital.

Número do processo: 0839825-23.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. A. M.


Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: TAMIRIS DA SILVA AMORIM OAB: null Participação:
ADVOGADO Nome: JOAO VELOSO DE CARVALHO OAB: 013661/PA Participação: REQUERENTE
Nome: M. A. M. Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: TAMIRIS DA SILVA AMORIM OAB:
null Participação: ADVOGADO Nome: JOAO VELOSO DE CARVALHO OAB: 013661/PA Participação:
REQUERIDO Nome: G. M. B. M. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
3.ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Juntada de termo de audiência.

Número do processo: 0879280-92.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. C. A.


Participação: ADVOGADO Nome: BEATRIZ FIGUEIREDO LEVY OAB: 28795 Participação: ADVOGADO
Nome: PAULA THAINA RAMOS BRAGA OAB: 21945/PA Participação: REQUERENTE Nome: J. A. M.
Participação: REQUERENTE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo :0879280-92.2020.8.14.0301

Vistos etc.,

Versam os autos sobre pedido de HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO DE VONTADES firmando entre


ANTONIA CRISTINA ALVES e JOAO ALVES MONTEIRO.

Aduzem os acordantes que viveram como se casados fossem por aproximadamente 11 anos, no período
compreendido entre agosto de 2009 e novembro de 2020, advindo do relacionamento o menor JOÃO LUIZ
ALVES MONTEIRO, nascido em 20.02.2019, consoante a Certidão de Registro de Nascimento à fl. 09 (Id.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

22151100).

Os acordantes estabeleceram que a guarda do filho será exercida de forma unilateral pela genitora.

O genitor exercerá o seu o direito de convivência de forma livre.

Acordaram, ainda, que o genitor pagará ao filho, a título de pensão alimentícia, o valor equivalente a 10%
do salário mínimo, mediante depósito em conta bancária de titularidade da genitora.

Os interessados dispensam o pagamento de alimentos recíprocos.

Os acordantes informam que não adquiriram bens durante a união estável.

Remetidos os autos ao RMP, opinou pela homologação do acordo nos termos propostos.

Éo relatório.

DECIDO.

Tem-se entendido que "As sentenças meramente homologatórias não precisam ser fundamentadas" (RT
616/57), inclusive as homologatórias de transação (RT 621/182).

Ante o exposto, HOMOLOGO POR SENTENÇA para todos os fins de direito o acordo apresentado,
inclusive em relação à renúncia do prazo recursal, por consequência, julgo extinto o processo com
resolução de mérito nos termos do art. 487, inciso III, b, do CPC.

Sem custas.

Feitas as anotações de praxe arquivem-se os autos observadas as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oficie-se.

Belém, 29 de abril de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito, titular da 3ª Vara de Família da Capital.

Número do processo: 0877790-06.2018.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: O. S. S. D. N.


Participação: REQUERENTE Nome: N. M. D. S. D. S. Participação: REQUERIDO Nome: M. D. N. S. S. D.
N. Participação: ADVOGADO Nome: IGOR CORREA WEIS OAB: 16504/PA Participação: ADVOGADO
Nome: MERCELINDA MOTA REGO OAB: 017496/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D.
P.

Poder Judiciário do Estado do Pará


1586
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

3ª Vara de Família de Belém

R.H.

1 - Oficie-se ao Setor Social do Fórum Cível para que proceda a feitura do estudo, com a advertência de
que deverá apresentar o laudo no prazo mais exíguo possível;

2 – Após, encaminhem-se os autos ao RMP para parecer;

Int. e Cumpra-se.

Belém-PA, 17 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara da Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0313317-39.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. S. S. F.


Participação: ADVOGADO Nome: JOSE VERAS BARBOSA OAB: 6773/PA Participação: REQUERENTE
Nome: D. S. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: SAMIR ZAIDAN E SILVA OAB: 25268/PA
Participação: ADVOGADO Nome: JOSE VERAS BARBOSA OAB: 6773/PA Participação: REQUERIDO
Nome: C. A. D. O. F. Participação: AUTORIDADE Nome: P. M. P. -. C. 0. (. D. L.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE ALIMENTOS

AUTOS N.º 0313317-39.2016.8.14.0301

AUTORA: CARLA SOPHIA SARAIVA FALCÃO

REPRESENTANTE LEGAL: DIRLE SARAIVA DA SILVA OLIVEIRA DE SOUZA, residente e domiciliada


na Travessa Francisco Caldeira Castelo Branco, n.º 1746, Bairro São Brás, CEP 660063-223, Belém-PA.

RÉU: CARLOS ANTÔNIO DE OLIVEIRA FALCÃO, residente e domiciliado na Av. Conselheiro Furtado, n.º
3446, apto n.º 203, Bairro: Guamá, CEP: 66073-160, Belém-PA.

DECISÃO-MANDADO

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;

Intime-se o executado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
Não ocorrendo pagamento voluntário no interregno supra, o débito será acrescido de multa de dez por
cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento (art. 523, §1º do CPC);

Advirta-se à executada que uma vez efetuado o pagamento parcial no prazo previsto acima, a multa e os
honorários previstos incidirão sobre o restante (art. 523, §2º do CPC);
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Certificado o trânsito em julgado da decisão e transcorrido o prazo do art. 523, mediante o recolhimento
das respectivas taxas, se for o caso, a parte exequente poderá requerer diretamente à serventia a
expedição de certidão, nos termos do art. 517 do CPC, que servirá também para os fins previstos no art.
782, §3º, do mesmo Codex;

Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, expeça-se desde logo, mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (art. 523, §3º do CPC);

Do resultado do mandado de penhora e avaliação, intime-se a exequente para manifestação;

Havendo impugnação por parte do devedor na forma do art. 525, IV do CPC, intime-se a exequente par
manifestação.

Cópia desta decisão servirá como mandado.

Faculto à exequente ou pessoa por ela indicada acompanhar o Sr. oficial de justiça quando do
cumprimento do presente mandado.

P.RI. Cumpra-se.

Belém-PA, 21 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3.ª Vara de Famílias da Comarca da Capital.

Número do processo: 0852321-84.2020.8.14.0301 Participação: REPRESENTANTE Nome: F. C. D. C. M.


Participação: ADVOGADO Nome: GEORGES AUGUSTO CORREA DA SILVA OAB: 28405/PA
Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MAURICIO DE ARAUJO JASSE OAB: 18898/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI MESQUITA PANTOJA OAB: 12673/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNA PAIVA JASSÉ OAB: 22912/PA Participação: AUTOR Nome: N. M. D. C. M.
R. Participação: ADVOGADO Nome: GEORGES AUGUSTO CORREA DA SILVA OAB: 28405/PA
Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MAURICIO DE ARAUJO JASSE OAB: 18898/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI MESQUITA PANTOJA OAB: 12673/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNA PAIVA JASSÉ OAB: 22912/PA Participação: REQUERENTE Nome: F. C. D.
C. M. Participação: ADVOGADO Nome: GEORGES AUGUSTO CORREA DA SILVA OAB: 28405/PA
Participação: ADVOGADO Nome: NELSON MAURICIO DE ARAUJO JASSE OAB: 18898/PA
Participação: ADVOGADO Nome: GIOVANNI MESQUITA PANTOJA OAB: 12673/PA Participação:
ADVOGADO Nome: BRUNA PAIVA JASSÉ OAB: 22912/PA Participação: REQUERIDO Nome: P. D. T. D.
C. R. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNA LORENA SILVA DE SOUZA OAB: 25773/PA
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3.ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
Juntada de termo de audiência.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0831333-08.2021.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: A. L. D. S. N.


Participação: ADVOGADO Nome: MONIQUE LIMA GUEDES OAB: 25179/PA Participação: ADVOGADO
Nome: CARLOS ROBERTO SILVEIRA DA SILVA OAB: 17351/PA Participação: REQUERIDO Nome: F. E.
B. G. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS C/C REGULAMENTAÇÃO DO
DIREITO DE VISITAS.

AUTOS N.º 0831333-08.2021.8.14.0301

AUTORES: ALICE EDUARDA NAZARÉ GIORDANA e RAVI EDUARDO NAZARÉ GIORDANA

REPRESENTANTE LEGAL: ALANNA LETÍCIA DA SILVA NAZARÉ, domiciliada e residente na Rua dos
Mundurucus, n.º 532, bairro: Jurunas, CEP 66.025-660, Belém-PA.

RÉU: FÁBIO EDUARDO BOUCAS GIORDANA, domiciliado e residente na Travessa Apinajés, Passagem
Motorizado, n.º 209, bairro: Condor, CEP 68.447-000, Belém-PA.

DECISÃO-MANDADO

R.H.

Defiro a AJG, ante a afirmação de Lei, sob compromisso de quem assina a inicial. Ficam ressalvadas as
disposições dos arts. 98, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CPC;

Em razão do parentesco paterno comprovado em relação ao filho, e diante da narrativa da inicial


suficientemente comprovada para esta fase de cognição sumária, e pela razoabilidade, arbitro os
alimentos provisórios no valor correspondente a 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo vigente,
valor este que deverá ser depositado na conta bancária de titularidade da genitora do alimentando; assim,
ficarão arbitrados nesta base até a realização do contraditório e a audiência de conciliação. Os alimentos
serão devidos desde a citação;

Atentando-se ao trabalho realizado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos – Varas de Família
(CEJUSC), regulamentado através da Resolução n.º 011/2013 – GP, em seus artigos 5º e ss., o qual,
certamente, atribuirá celeridade ao processo, determino a remessa dos autos ao referido setor, para o
procedimento em conciliação.

Não obtido o acordo, haverá o prosseguimento do feito normalmente pelo procedimento da lei específica,
devendo os autos retornarem imediatamente para o gabinete do juízo.

Cópia do presente servirá como mandado;

Ciente o Ilustre Representante do MP;

Diligencie-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Belém/PA, 15 de junho de 2021.

PEDRO PINHEIRO SOTERO


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juiz Titular da 3.ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0838543-47.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M. A. A. L. Participação:


ADVOGADO Nome: BRUNO ALMEIDA DE ARAUJO COSTA OAB: 13132/PA Participação: AUTOR
Nome: S. C. D. F. F. Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO ALMEIDA DE ARAUJO COSTA OAB:
13132/PA Participação: AUTOR Nome: A. L. F. L. F. Participação: AUTOR Nome: M. A. F. L. Participação:
AUTOR Nome: A. S. F. L. Participação: INTERESSADO Nome: M. A. A. L. Participação: FISCAL DA LEI
Nome: M. P. D. E. D. P.

Poder Judiciário do Estado do Pará

3ª Vara de Família de Belém

R.H.

1 - Compulsando os autos, verifico que as partes formalizaram acordo no percentual de 35% (trinta e cinco
por cento) dos alimentante em favor de somente 1 (um) filho, quando anteriormente tinha 4 (quatro)
pessoas como beneficiária dos alimentos: a ex-esposa e 3 (três) filhos, cada qual era credor de 8,75 (oito
inteiro e setenta e cinco décimos por cento) do valor pago. Porém, para esse acordo ter validade e ser
homologado, este Juízo entende ser necessário alguns ajustes:

a) Intimem-se as partes interessadas para reduzir o valor dos alimentos, face a idade avançada do
alimentante;

b) Intimem-se as partes interessadas para que fixem termo final aos alimentos, posto que, o filho é
maior de idade, capaz, em união estável, profissional liberal, o que se deduz que sua situação é transitória,
que deverá ser no máximo em 2 (dois) anos;

2 – Intimem-se as partes para que emendem a exordial corrigindo-a de acordo com as discriminações
apontadas acima, prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento da petição inicial;

3 - Após, conclusos.

Belém-Pa, 27 de outubro de 2020.

PEDRO PINHEIRO SOTERO

Juiz de Direito Titular da 3ª Vara de Família da Comarca da Capital.

Número do processo: 0861829-88.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. M. M. R.


Participação: REQUERIDO Nome: J. D. C. X. F. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.
Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PAR´´A
3.ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL
1590
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Juntada de termo de audiência.


1591
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 4 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0808600-82.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: V. D. S. B.


Participação: ADVOGADO Nome: CASSIO ANDRE CORREA PEREIRA OAB: 16199/PA Participação:
REQUERIDO Nome: M. S. M. B. Participação: ADVOGADO Nome: TANIA LAURA DA SILVA MACIEL
OAB: 7613/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0808600-82.2020.8.14.0301
Decisão

Com fins de dar prosseguimento ao feito, fixo como pontos controvertidos: a existência e partilha dos bens
amealhados pelo casal. Com relação aos alimentos pleiteados pela requerida, a questão está sendo
tratada em processo autônomo. Outrossim, estando os autos devidamente formalizados e as partes
devidamente representadas no processo, sem nenhuma nulidade a ser declarada ou preliminar a ser
apreciada, declaro os autos saneados.

A parte autora não apresentou provas.

Defiro as provas pela parte requerida em id 28708905

Estando os autos saneados, designo audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no dia
11/11/2021, às 11:00 horas, na sala de audiências da 4ª Vara de Família desta Capital. As partes e
seus patronos poderão comparecer pessoalmente ou participar por videoconferência através do
aplicativo Microsoft Teams. No caso da segunda alternativa, deverão informar por petição com até
05 (cinco) antes da realização do ato, informando seus endereço eletrônicos para envio do link da
audiência

Na ocasião em que serão ouvidas as partes e suas testemunhas, as quais se ainda não arroladas
deverão ser depositadas em cartório no prazo comum de 15 (quinze) dias (§4º do art. 357, do CPC).

Intimem-se. Ciente o MP.

Servirá o presente como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0202233-33.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. A. P. R.


Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ FERNANDO GALIZA CARDOSO OAB: 018325/PA Participação:
REQUERENTE Nome: V. C. G. Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ FERNANDO GALIZA CARDOSO
OAB: 018325/PA Participação: REQUERIDO Nome: J. L. D. S. Participação: AUTORIDADE Nome: P. M.
1592
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

P. -. C. 0. (. D. L.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0202233-33.2016.8.14.0301
R.H.

Tratam os autos de AÇÃO DE ANULAÇÃO DE REGISTRO CIVIL C/C PEDIDO DE


RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE, proposta VERÔNICA CARDOSO GALIZA e CARLOS
ALBERTO PINA RIBEIRO, em face de JOSÉ LUIS DA SILVA.

Despacho proferido em ID 20907729, determinou a intimação dos autores para apresentarem


emenda a inicial, informando o endereço do requerido.

Por meio de petição de ID 20907732, os autores informaram desconhecer o endereço do suplicado,


reiterando o pedido de citação por edital, conforme consta na exordial.

Despacho de ID 20907735, determinou a intimação das partes para se manifestarem acerca do


teor da Certidão de fls. 14, devendo informar o endereço atualizado do requerido e/ou as informações
necessárias para busca junto ao site do TRE.

Os autores em ID 20907735, informaram o nome da genitora do requerido; solicitaram expedição


de ofício ao TRE/PA; a citação por edital do requerido ou a designação de audiência de esclarecimento.

Decisão proferida em ID 20907840, deferiu os benefícios da justiça gratuita; determinou a citação


do requerido por Precatória e designou data para a realização da audiência de conciliação.

Consta do Termo de Audiência de ID 20907843, que a carta precatória não foi devolvida, tendo sido
determinada a expedição de ofício à comarca deprecada, solicitando informações acerca do cumprimento
ou não da precatória.

Certidão de ID 20907843, informou que o requerido não foi citado.

Despacho de ID 20907844, determinou a intimação dos autores para informarem o endereço


atualizado do requerido.

Por meio de petição de ID 20907844, os autores requereram a citação do demandado por edital.

Despacho de ID 20907844, determinou a citação do requerido por Edital.

Edital de citação em ID 20907845.

Certidão de ID 20907845, que o requerido não contestou a ação dentro do prazo legal.

A Defensoria Pública como Curadora Especial, apresentou Contestação por negativa geral dos
fatos, requerendo a improcedência da ação (ID 20907846).

Os autores em manifestação à contestação, requereram a designação de audiência de instrução e


julgamento (ID 20907847).

Despacho de ID 20907848 - Pág. 1, determinou a remessa dos autos ao Parquet.


1593
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Em petição de ID 20907849, os autores pugnaram pela reconsideração da decisão proferida,


posto ser descabida a remessa dos autos ao MP. Requereram o julgamento e procedência de todos os
pedidos formulados na inicial.

Decisão de ID 20907850, chamou o feito a ordem tornando sem efeito o despacho de ID


20907848 - Pág. 1 e, em razão da pandemia do novo corona vírus determinou a suspensão do processo
por trinta dias.

Despacho de ID 25682949, determinou a intimação dos autores, por seu patrono, para
informarem, em 05 (cinco) dias, os pontos controvertidos e as provas que ainda pretendem produzir.

Por meio de petitório de ID 26044093, os autores informaram não possuírem interesse novas
provas; requereram fossem acolhidos os pedidos na exordial e o prosseguimento do feito.

Despacho de ID 26889255, determinou a remessa dos autos ao MP.

Em petição de ID 27189811, os autores, em síntese, requereram o julgamento pela procedência


de todos os pedidos formulados na exordial.

Em manifestação de ID 27632975, o Ministério Público requereu sua exclusão do feito.

Em razão da necessidade de realização do exame de DNA, indefiro o requerido em ID 27189811.

Verificando não constar dos autos qualquer documento acerca da realização da coleta de DNA e,
havendo necessidade de se comprovar a existência da paternidade do segundo requerente e a primeira, e,
considerando que a pandemia ainda não foi superada, persistindo a necessidade de medidas de
distanciamento controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço reduzido
da sala de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os participantes, respeitado o
distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro indicativo da OMS, Ministério da Saúde e
Anvisa, designo audiência, na qual ocorrerá a coleta de DNA, a ser realizada no dia 29/10/2021, às
10:30 horas, e será realizada na Sala de Audiências da 4ª Vara de Família desta Capital, SALA 114,
1º andar do Fórum Cível da Capital, na Praça Felipe Patroni, S/N – Cidade Velha. As partes autoras
deverão comparecer pessoalmente a audiência, entretanto Defensores, Advogados e Representante do
Ministério Público poderão participar por videoconferência através do aplicativo Microsoft Teams.

Intimem-se.

Comunique-se ao Setor Social do Fórum Cível para as providências pertinentes.

Servirá o presente como mandado/ofício.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício


1594
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0861233-07.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. H. M.


Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO CUNHA DA CUNHA OAB: 013784/PA Participação:
ADVOGADO Nome: HERBERT JUNIOR E SILVA OAB: 20583/PA Participação: ADVOGADO Nome:
ALISSON ALMEIDA DE OLIVEIRA OAB: 21836/PA Participação: REQUERIDO Nome: A. N. D. C.
Participação: ADVOGADO Nome: VIVIANNE SARAIVA SANTOS OAB: 017440/PA Participação: FISCAL
DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0861233-07.2019.8.14.0301
R.H.

Considerando que na presente demanda existe interesse de menor impubere envolvido, determino a
remessa dos autos ao Ministerio Publico para se manifestar.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0836887-21.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: MARCO


ANTONIO SANTOS DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: BARBARA ARCOVERDE DE
OLIVEIRA OAB: 21491/PA Participação: ADVOGADO Nome: CAMILA CHAVES JACOB SAMPAIO OAB:
15.405/PA Participação: REQUERENTE Nome: JOANA INEZ LOBATO DOS SANTOS Participação:
ADVOGADO Nome: MARIANA SORAYA MENDONCA BASTOS OAB: 14873/PA Participação:
ADVOGADO Nome: CAMILA CHAVES JACOB SAMPAIO OAB: 15.405/PA Participação: FISCAL DA LEI
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0836887-21.2021.8.14.0301
Decisão

Intimem-se os requerentes, por seu patrono, para emendar a exordial, no prazo de 15 (quinze) dias,
informando o valor da causa, nos termos do art. 292 do CPC, e juntando poderes da filha maior do casal,
GIOVANNA LOBATO DOS SANTOS.

Após, conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia


1595
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0836431-42.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: MIRALDA MONTEIRO


SALES Participação: ADVOGADO Nome: FERNANDO ROGERIO LIMA FARAH OAB: 017971/PA
Participação: REU Nome: RONALDO CARDOSO VILHENA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0836431-42.2019.8.14.0301

R.h.

ÀSecretaria para cumprimento da decisão id 30772870, certificando se decorreu o prazo e se todas as


partes apresentaram manifestaçao tendo em vista que declarada a revelia desta na decorreu efeitos.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0002012-51.2013.8.14.0006 Participação: REQUERENTE Nome: JOAQUIM DA


SILVA BRITO Participação: ADVOGADO Nome: RODRIGO FERREIRA DOS SANTOS OAB: 28465/PA
Participação: REQUERIDO Nome: CELYNE MELO DE BRITO Participação: ADVOGADO Nome: RENA
MARGALHO SILVA OAB: 017720/PA

termo de audiência em anexo

Número do processo: 0830017-96.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: VICTOR HUGO


BATISTA VASCONCELOS Participação: ADVOGADO Nome: TAMIRES VASCONCELOS TAVARES
OAB: 23283/PA Participação: REQUERIDO Nome: NEUZA HELENA VASCONCELOS SANTOS
Participação: ADVOGADO Nome: HUGO DE ASSIS GONCALVES VIEIRA OAB: 28105/PA

R.H.

Considerando que de fato houve equívoco no protocolamento da petições de ID 23754993, 23754996 e


2374997, defiro o pedido para o desentranhamento desses documentos.

ÀUPJ para que proceda o desentranhamento (cancelamento do documento).


1596
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Cumpra-se a decisão de ID 18363514.

Após, conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0842311-78.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: EVANDRO OLIVEIRA


ROCHA Participação: ADVOGADO Nome: POLLYANA NASCIMENTO MARTINES OAB: 29105/PA
Participação: REQUERIDO Nome: MARCOS LUTERO DA SILVA ROCHA Participação: FISCAL DA LEI
Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0842311-78.2020.8.14.0301
Decisão

Com fins de dar prosseguimento ao feito, fixo como ponto controvertido: a necessidade do alimentando
continuar a receber a verba alimentar. Outrossim, estando os autos devidamente formalizados e as partes
devidamente representadas no processo, sem nenhuma nulidade a ser declarada ou preliminar a ser
apreciada, declaro os autos saneados.

Defiro as provas requeridas pela parte autora em id 28109908

Defiro as provas pela parte requerida em id 28151606

Designo audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no dia 27/10/2021, às 11.00 horas, na
sala de audiências da 4ª Vara de Família desta Capital. As partes e seus patronos poderão
comparecer pessoalmente ou participar por videoconferência através do aplicativo Microsoft Team.
Caso optem pela segunda modalidade, deverão informar por petição no prazo de até 05 (cinco) dias
antes da realização do ato, para que lhes seja enviado o link da audiência.

Na ocasião serão ouvidas as partes e suas testemunhas, as quais se ainda não arroladas deverão ser
depositadas em cartório no prazo comum de 15 (quinze) dias (§4º do art. 357, do CPC).

Intimem-se. Ciente o MP

Servirá o presente como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia


1597
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0078108-90.2016.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: M. M. P. Participação:


AUTOR Nome: M. D. L. M. Participação: REU Nome: J. M. C. P. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P.
D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0078108-90.2016.8.14.0301

R.h.

Considerando a manifestaçao id 30626698 Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias, considerando o lapso temporal decorrido, apresente planilha atualizada do débito, e endereco
atualizado do executado.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0022327-49.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. C. D. S.


Participação: REQUERENTE Nome: M. K. D. S. E. P. Participação: REQUERIDO Nome: J. P. E. P.
Participação: AUTORIDADE Nome: P. M. P. -. C. 0. (. D. L.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0022327-49.2017.8.14.0301
R.h.

Considerando a manifestaçao id 30263369 Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias, considerando o lapso temporal decorrido, apresente planilha atualizada do débito, e endereco
atualizado do executado.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia


1598
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0861442-39.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: E. M. F. D. N.


Participação: ADVOGADO Nome: GEIZE MARIANA COELHO LINS OAB: 23826/PA Participação: REU
Nome: M. A. V. M. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0861442-39.2020.8.14.0301
R.h.
Considerando a petição de id 31323097, retiro de pauta a audiencia designada e Considerando que a
pandemia ainda não foi superada, persistindo a necessidade de medidas de distanciamento controlado,
com a observância dos protocolos de segurança sanitária e da Portaria Conjunta N.º 17/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI de 13/07/2020 determino a citaçao da parte requerida no endereco de
id 31323097 para oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze dias), contados da juntada do
mandado.
Ressalta-se que, decorrido o prazo supra, sem oferta de contestação, será decretada a revelia da parte
suplicada.

Apresentada a contestação, havendo alegação de preliminares (art. 337 do CPC) ou de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 350 do CPC), intime-se a parte autora para que, em 15
(quinze) dias, manifeste-se acerca da contestação (artigos 350 e 351 do CPC).

Servirá o presente como mandado.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0869856-26.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: N. P. O. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: WALDIR RODRIGUES LOPES OAB: 21493/PA Participação:
REPRESENTANTE Nome: N. O. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: WALDIR RODRIGUES LOPES
OAB: 21493/PA Participação: REQUERIDO Nome: D. B. D. C. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P.
D. E. D. P.

Termo de audiência em anexo.

Número do processo: 0856272-23.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: SANDRA LOBATO


GOMES Participação: EXEQUENTE Nome: JOSE WILLIAM LOBATO BITENCOURT Participação:
EXECUTADO Nome: josé luis dos santos bitencourt Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ
1599
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0856272-23.2019.8.14.0301

R.h.

Considerando a manifestaçao id 28851028 Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias, considerando o lapso temporal decorrido, apresente planilha atualizada do débito, e endereco
atualizado do executado.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0851554-80.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: R. B. C.


Participação: EXECUTADO Nome: T. D. S. M. D. O. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0851554-80.2019.8.14.0301

R.h.

Considerando a manifestaçao id 31139610 Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias, considerando o lapso temporal decorrido, apresente planilha atualizada do débito, e endereco
atualizado do executado.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0022680-12.2005.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: N. M. B. M.


Participação: EXECUTADO Nome: L. C. D. L. M. Participação: AUTORIDADE Nome: P. M. P. -. C. 0. (. D.
1600
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

L.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0022680-12.2005.8.14.0301

R.h.

Considerando a manifestaçao id 31139598 Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias, considerando o lapso temporal decorrido, apresente planilha atualizada do débito, e endereco
atualizado do executado.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0854753-13.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: E. D. N. P.


Participação: EXECUTADO Nome: F. B. D. A. J. Participação: ADVOGADO Nome: MARIA DO SOCORRO
DIAS BOTELHO OAB: 1577PA/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0854753-13.2019.8.14.0301

R.h.

Considerando a manifestaçao id 25166287 Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias, considerando o lapso temporal decorrido, apresente planilha atualizada do débito, e endereco
atualizado do executado.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia


1601
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0847539-68.2019.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: K. M. C. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: IVY PINHEIRO RUFINO NEVES OAB: 017073/PA Participação:
EXECUTADO Nome: S. R. D. S. B. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0847539-68.2019.8.14.0301

R.h.

Considerando a manifestaçao id 26761629 Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias, considerando o lapso temporal decorrido, apresente planilha atualizada do débito, e endereco
atualizado do executado.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0845307-15.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. D. S. V.


Participação: ADVOGADO Nome: ELZIANE DA SILVA NASCIMENTO OAB: 17551/PA Participação:
REQUERIDO Nome: G. A. F.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0845307-15.2021.8.14.0301
Decisão

Concedo os benefícios da justiça gratuita, consoante o estatuído no art. 4º, da Lei n.º 1.060/50 c/c art. 98
do CPC.

Processe-se em segredo de justiça (art. 189, inc. II do CPC).

Considerando as alegações da autora e o pedido de dispensa da realização de audiência de conciliação,


determino a citação da parte requerida, no endereço informado na inicial, para oferecer contestação, por
petição, no prazo de 15 (quinze dias), contados da juntada do mandado. Se necessário, desde já defiro a
citação por hora certa.

Ressalta-se que, decorrido o prazo supra, sem oferta de contestação, será decretada a revelia da
parte suplicada.

Apresentada a contestação, havendo alegação de preliminares (art. 337 do CPC) ou de fato


impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da autora (art. 350 do CPC), intime-se a parte autora para
que, em 15 (quinze) dias, manifeste-se acerca da contestação (artigos 350 e 351 do CPC).
1602
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Servirá o presente como mandado.

Intimem-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0737675-03.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. R. M.


Participação: AUTOR Nome: A. R. M. Participação: REQUERIDO Nome: A. M. C. M. Participação:
AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P. M.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0737675-03.2016.8.14.0301

R.h.

Considerando a manifestaçao id 28810398 Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias, considerando o lapso temporal decorrido, apresente planilha atualizada do débito, e endereco
atualizado do executado.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0841689-96.2020.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: O. D. M. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: ENILDO RAMOS DA CONCEICAO OAB: 25209/PA Participação: REU
Nome: A. R. E. R.

Termo de audiência em anexo


1603
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0824096-54.2020.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: MINISTERIO


PUBLICO DO ESTADO DO PARA Participação: REPRESENTANTE Nome: SUELEN GAIA LEAL
Participação: EXECUTADO Nome: LUAN HELENO DO NASCIMENTO SILVA Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0824096-54.2020.8.14.0301

R.h.

Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze) dias, manifeste-se sobre petição id 28762496.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0868766-80.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: P. I. S. B. D. P.


Participação: ADVOGADO Nome: MARCIA ARAUJO TEIXEIRA OAB: 013664/PA Participação:
REQUERIDO Nome: A. V. D. P. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0868766-80.2020.8.14.0301

R.h.

Ante a proximidade da data da audiencia designada, cumpra-se a decisao id 31120189 . Se negativa a


diligencia de citação, voltem-me conclusos para analise do pedido de citação por edital e demais pedidos
nao urgentes de id 30424717 e 31218480.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia


1604
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0872899-39.2018.8.14.0301 Participação: EXEQUENTE Nome: A. D. S. P. M.


Participação: EXECUTADO Nome: J. A. C. F. F. T. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0872899-39.2018.8.14.0301

R.h.

À Secretaria para cumprimento da decisão id 19514204 no endereço fornecido em id 29286638

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0859908-60.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: W. L. T.


Participação: ADVOGADO Nome: EZENILDA BENJO DE FREITAS OAB: 18414PA/PA Participação:
REQUERIDO Nome: G. A. D. S. T.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0859908-60.2020.8.14.0301

R.H.

Considerando o documento de id 28874391 . Intime-se a parte autora, para que no prazo de 15 (quinze)
dias manifeste-se sobre o documento id 29838792 informando o endereço atualizado da requerida.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia


1605
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0844007-86.2019.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: VALDILEIA SILVA DE


CARVALHO Participação: ADVOGADO Nome: LUCIANA DE CASSIA LIMA PEREIRA OAB: 29958/PA
Participação: ADVOGADO Nome: MYLENE DE JESUS FONSECA OAB: 015350/PA Participação:
REQUERIDO Nome: Keyla Patricia de Almeida Lima Participação: REQUERIDO Nome: Fábio Rodrigo de
Almeida Lima Participação: REQUERIDO Nome: Kelly Priscila de Lima da Paixão Participação: REU
Nome: ANTONIO REGINALDO MARTINS LIMA Participação: AUTORIDADE Nome: MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0844007-86.2019.8.14.0301
Decisão

Considerando a certidão id 31376301 decreto a revelia da parte requerida com fulcro no artigo 344 do
CPC, porém sem dela decorrer seus efeitos tendo em vista tratar a causa de direitos indisponíveis
conforme artigo 345, II do CPC.

Determino a intimação da parte autora no prazo de 10 dias, para apresentar os pontos controvertidos e
indicar as provas que ainda pretendem produzir.

Após encaminhem-se os autos ao Ministério Público para manifestação.

Após conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0849174-84.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ROSINEIDE DIAS


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: SAMMIDY MONTEIRO MENDES OAB: 18853/PA Participação:
1606
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

REQUERENTE Nome: LEANDRO COSTA BARBOSA Participação: REQUERENTE Nome: LUANY


COSTA BARBOSA Participação: REQUERENTE Nome: MARCOS AURELIO GUIMARAES BARBOSA
Participação: REQUERENTE Nome: JOSAFAT GUIMARAES BARBOSA Participação: REQUERENTE
Nome: MARILIA GUIMARAES BARBOSA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo: 0849174-84.2019.8.14.0301

SENTENÇA

Tratam os autos de AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNlÃO


ESTÁVEL POST MORTEM, movida por ROSINEIDE DIAS COSTA em face dos herdeiros de JOSÉ
PINHEIRO BARBOSA, quais sejam, LEANDRO COSTA BARBOSA, LUANY COSTA BARBOSA,
MARCOS AURÉLIO GUIMARÃES BARBOSA, JOSAFT GUIMARÃES BARBOSA e MARÍLIA
GUIMARÃES BARBOSA, qualificados na exordial.

A autora narra na exordial, em síntese, que conheceu o falecido no primeiro


semestre de 1987 na cidade de Manaus e em julho de 1987 passaram a conviver de forma pública,
contínua, duradoura e com o objetivo de constituir família (além de o falecido já possuir filhos de
relacionamento anterior, da sua união advieram dois filhos). Acrescentou que chegaram a celebrar
cerimônia religiosa de matrimônio, contudo, no âmbito civil a união se manteve sob os parâmetros da
união estável. Informou que a união permaneceu até o falecimento de seu companheiro, ocorrido em
08/02/2015.

Esclareceu que todos os filhos do falecido reconhecem e confirmam a união


estável havida, de modo que voluntária e conjuntamente requerem a homologação judicial do acordo que
reconhece a aludida união.

Requereu a concessão dos benefícios da justiça gratuita; fosse julgada totalmente


procedente a presente ação, homologando o acordo, sendo declarado o reconhecimento da união estável
havida entre si e o de cujus, com termo inicial em julho/1987 e termo final em 09/02/2015; seja dispensada
a citação/intimação, bem como a realização de audiência para oitivas das partes, visto terem manifestado
sua ciência e anuência ao pleito e a renúncia ao prazo recursal.

Com o fito de comprovar suas alegações, acostou documentos aos autos.

Em despacho inaugural foi determinada a emenda à inicial no prazo de 15 (quinze) dias,


para juntar aos autos, cópia do RG de Rosineide, pois o que foi juntado está inelegível, bem como, RG,
CPF, comprovante de residência, e procuração judicial de todos os requerentes, para instruírem a inicial,
pois estes documentos são imprescindíveis, sob pena de indeferimento, nos termos do art. 321 do CPC.
(ID 13131444).

Emenda à inicial em ID 13520174.

Decisão de ID 13740046, deferiu os benefícios da justiça gratuita e designou data para a


realização da audiência de conciliação.

Por meio de petição de ID 13878041, as partes requereram a homologação do acordo


extrajudicial.
1607
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Consta do Termo de Audiência de ID 15637421, que as partes não compareceram à


audiência, ainda que intimadas por meio de seu patrono.

Despacho proferido em ID 16814508, determinou a citação dos requeridos para contestarem


a ação.

Em ID 17438444, manifestação do requerido Josafat Guimarães Barbosa, requerendo a


procedência do feito; Em ID 17438443, manifestação da requerida Marília Guimarães Barbosa,
requerendo a procedência do feito; Em ID 17438442, manifestação do requerido Marcos Aurélio
Guimarães Barbosa, requerendo a procedência do feito.

Despacho de ID 20633966, determinou a intimação dos requerentes para que se


manifestassem no prazo de 10 (dez) dias, se o falecido foi casado com a Sra. MARIA GUIMARÃES
BARBOSA, em caso positivo, juntassem cópia da certidão de casamento; se o falecido era divorciado da
mesma, em caso positivo, juntando cópia da averbação do divórcio; se referida Sra. ainda fosse viva, em
caso de óbito, o mesmo deve ser comprovado. No caso da Sra. MARIA GUIMARÃES BARBOSA, ter sido
esposa do falecido, sem que nunca tenha havido o divórcio e ainda ser viva, deve ser qualificada nos
autos.

Por meio de petição de ID 21037360, informaram que a Sra. Maria Guimarães Barbosa é
atualmente viva, porém fora casada com o Sr. José Pinheiro Barbosa antes de este ter se unido de fato à
Sra. Rosineide Dias Costa, como faz prova a certidão de casamento anexa aos autos.

Despacho de ID 29776185, determinou a intimação das partes para apresentarem as provas que
ainda pretendiam produzir, para então, posterior despacho saneador, instrução, análise das possibilidades
de julgamento conforme o estado do processo ou sentença de julgamento antecipado.

As partes se manifestaram por meio de petição de ID 30083512, informando não possuírem


interesse na produção de novas provas, requerendo o julgamento do mérito do presente feito.

Relatados. Decido.

Verifica-se, in casu, desnecessária a instrução, com arrimo no art. 355, inciso I, do CPC, razão pela qual,
passo a julgar antecipadamente o pedido.

No caso em análise, a autora requer o reconhecimento da união estável que manteve com o Sr.
JOSÉ PINHEIRO BARBOSA do período de julho de 1987 até o seu falecimento em 08/02/2015.

A União Estável equipara-se à entidade familiar e recebe a proteção do Estado ex vi do art.


226, § 3º da Lei Maior, aí residindo o legítimo interesse da Autora, em ver assegurados direitos dela
resultantes.

Art. 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento (CF/88).

O art. 1.723 do CC dispõe que: “É reconhecida como entidade familiar a união estável entre homem e a
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família”.

Insta ressaltar que, em que pese o dispositivo legal supracitado faça menção à expressão
1608
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

“entre homem e mulher”, não se pode olvidar que o Direito Brasileiro consagra a possibilidade do
reconhecimento de união estável homoafetiva. O referido artigo deve ser interpretado analogicamente, a
teor do art. 4º da LINDB, de modo que as uniões mantidas por casais do mesmo sexo como entidade
familiar tenham o mesmo tratamento das uniões estáveis heterossexuais, em observância aos Princípios
Constitucionais da Dignidade da pessoa Humana (art. 1º, inciso III) e da Igualdade (art. 3º, inciso IV).

Sobre a caracterização do instituto da união estável, a ilustre jurista Maria Berenice Dias
leciona:

“A publicidade denota a notoriedade da relação no meio social frequentado pelos companheiros,


objetivando afastar de definição de entidade familiar as relações menos compromissadas, nas quais os
envolvidos não assumem perante a sociedade a condição de como se casados fossem. Ainda que não
exigido decurso de lapso temporal mínimo para a caracterização da união estável, a relação não deve ser
efêmera, circunstancial, mas sim prolongada no tempo e sem solução de continuidade do vínculo. A
unicidade do enlace afetivo é detectada sopesando-se todos os requisitos legais de forma conjunta e, ao
mesmo tempo, maleável. (Manual de Direito das Famílias, 9ª ed. , Editora RT, 2013, pág. 180.)

Portanto, uma vez presentes os requisitos caracterizadores da união estável seja ela mantida por
casais heterossexuais ou do mesmo sexo, merece proteção mediante tutela jurisdicional.

Ressalte-se que cabe ao autor o ônus probante quanto ao fato constitutivo de seu direito; e ao réu, quanto
à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor nos termos do art. 373 do CPC.

Nessa esteira caminha a Jurisprudência pátria:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. ÔNUS DA PROVA.


INSUFICIÊNCIA COMPROBATÓRIA. SENTENÇA MANTIDA. 1. Para a configuração da união estável é
imprescindível a convivência pública, contínua e duradoura entre o casal, estabelecida com o objetivo de
constituição de família, além da ausência de impedimento matrimonial entre os conviventes e da presença
da notoriedade de afeições recíprocas e da honorabilidade. 2. Nos termos do art. 373, I, do CPC/2015
incumbe à parte autora o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. 3. Os documentos acostados
nos autos não restaram contundentes em comprovar que a parte autora manteve relação amorosa com o
de cujus, com o objetivo de constituir família, restando frágeis por demais e não houve produção de outras
provas na audiência designada para tanto. 4. O desprovimento do recurso impõe a majoração dos
honorários de sucumbência, à luz do art. 85, § 11 do CPC. Recurso de apelação conhecido e desprovido.
(TJ-GO - APL: 00172918620178090132, Relator: ROMÉRIO DO CARMO CORDEIRO, Data de
Julgamento: 02/08/2019, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 02/08/2019).

In casu, observamos que os requisitos caracterizadores da União Estável, quais sejam: a


convivência more uxorio, affectio maritalis, continuidade e notoriedade encontram-se robustamente
provados no caso concreto. A união marital vivenciada entre a autora e de cujus, é fato incontroverso,
havendo plena e irrestrita anuência dos requeridos (herdeiros do falecido).

Isto posto, por tudo que dos autos constam e pelas razões acima alinhadas, com fulcro no art. 487,
inciso I, do CPC, JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO, para declarar como de
fato declaro a existência da União Estável havida entre ROSINEIDE DIAS COSTA e JOSÉ PINHEIRO
BARBOSA pelo período compreendido de julho/1987 a 08/02/2015, data do falecimento do
companheiro. Por fim julgo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I do CPC.

Sem custas e honorários, em razão da gratuidade deferida a qual estendo as partes requeridas.

Após transitar em julgado, arquive-se.


1609
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0809131-71.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. J. L. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO OAB: 20650/PA Participação:
REQUERENTE Nome: A. V. R. R. Participação: ADVOGADO Nome: JOAO PAULO RODRIGUES
RIBEIRO OAB: 20650/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo: 0809131-71.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Tratam os presentes autos de AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL proposta por ANNE VALÉRIA
RODRIGUES RIBEIRO e RODRIGO JOSÉ LIMA DOS SANTOS, pelos fatos e fundamentos esposados na
exordial de ID 15431518 e aditamento de ID 21763257.

Os interessados informam que contraíram matrimônio em 16.06.2010, sob o regime da comunhão


parcial de bens, advindo dessa união o nascimento de duas filhas MARIA PAULA RIBEIRO LIMA DOS
SANTOS e ISABELLE RIBEIRO LIMA DOS SANTOS, nascidas, respectivamente, em 17.05.2011 e
07.07.2015.

Acordam que a guarda de suas filhas menores será compartilhada entre eles, adotando-se como lar de
referência o de ambos os pais, considerando que atualmente residem no mesmo endereço, anuindo que a
convivência será flexibilizada, devendo ocorrer mediante prévio entendimento entre os interessados.

O divorciando compromete-se em pensionar as menores com o valor de R$5.000,00 (cinco mil reais),
montante que deverá ser reajustado pelo INPC e depositado em conta bancária de titularidade da
divorcianda até o dia 05 (cinco) de cada mês subsequente ao vencido.

Informam que o divorciando ficará com os seguintes bens: 1 – Fundo de Investimentos. Caixa.
(documento 3 ou ID:15432141) – Valor estimado na data 29.01.2020: R$1.172.680,71; 2 – Previdência.
Caixa. (documento 4 ou ID:15432144) - Valor estimado na data 29.01.2020: R$3.322.324,85; 3 –
Previdência. Bradesco. (documento 5 ou ID:15432146) – Valor estimado na data 28.01.2020:
R$1.287.516,41; 4 – Previdência. ICATU. (documento 6 ou ID:15432147) - Valor estimado na data
12/2019: R$2.626.263,15; 5 – Carro. Chevrolet-S10. (documento 7 ou ID:15432149) - Valor estimado na
data 02.02.2020: R$150.000,00; 6 – Carro. Evoque. (documento 8 ou ID:15432151) - Valor estimado na
data 02.02.2020: R$180.000,00; 7 – Imóvel. Apartamento. (documento 9 ou ID:15432152) - Valor estimado
na data 02.02.2020: R$400.000,00; 8 – Empresa com seus respectivos bens (documento 10 ou
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

ID:15432153,15432155 e 15432156) - Valor estimado na data 02.02.2020:R$1.050.000,00; 9. Imóvel.


Casa. (documento 11 ou ID:15432157) - Valor estimado na data 02.02.2020: R$900.000,00; e 10. Home
Broker. Fundo Imobiliário. (documento 12 ou ID:15432158) - Valor estimado na data 28.01.2020:
R$226.365,75.

Indicam que a divorcianda ficará com os seguintes bens: 1 – Banco Oldmutual. Investimento no
exterior. Renda Fixa. (documento 13 ou ID:15432164) - Valor estimado na data 24.01.2020:
USD1.753.484,38; 2 – XP. Investimento em renda fixa e renda variável. (documento 14 ou ID:15432166) -
Valor estimado na data 30.01.2020: R$458.355,90; 3 – ICATU. Previdência. (documento 15 ou
ID:15432168) - Valor estimado na data 27.01.2020: R$399.050,93; 4 – CAIXA. Renda fixa. (documento 16
ou ID:15432169) - Valor estimado na data 29.01.2020: R$403.062,42; 5 – Home Broker. Fundo imobiliário
e fundo de ações. (documento 17 ou ID:15432170) - Valor estimado na data 29.01.2020: R$246.897,02; 6
– Carro. Jeep. Valéria. (documento 18 ou ID:15432172) - Valor estimado na data 03.02.2020:
R$120.000,00; 7 – ICATU. Previdência. Valéria (documento 19 ou ID:15432173) – Valor estimado na data
27.01.2020: R$392.923,32, que pertence a sua filha e será administrada por si e; 8 – Imóvel. Apartamento.
(documento 20 ou ID:15432175, 15432176,15432178 e 15432179).

Dispensam o pagamento de alimentos entre si.

Requerem a homologação da avença celebrada.

Instado a se manifestar, o Ministério Público, posicionou-se, favoravelmente à homologação do divórcio


dos interessados ANNE VALÉRIA RODRIGUES RIBEIRO e RODRIGO JOSÉ LIMA DOS SANTOS, de
conformidade com o disposto no art. 226, § 6º, da Constituição Federal c/c o art. 40, § 2º, da Lei nº
6.515/77, expedindo-se o mandado averbatório ao Cartório de Registro Civil competente, para a produção
dos jurídicos e legais efeitos, e observando-se as demais cautelas legais. (ID 23863782).

As diligências foram devidamente cumpridas pelos requerentes.

Relatados. Decido.

Compulsando os autos, verifica-se que o ajuste entabulado preenche as formalidades legais, tendo as
partes convencionado Acordam que a guarda de suas filhas menores será compartilhada entre eles,
adotando-se como lar de referência o de ambos os pais, considerando que atualmente residem no mesmo
endereço, anuindo que a convivência será flexibilizada, devendo ocorrer mediante prévio entendimento
entre os interessados.

O divorciando compromete-se em pensionar as menores com o valor de R$5.000,00 (cinco mil reais),
montante que deverá ser reajustado pelo INPC e depositado em conta bancária de titularidade da
divorcianda até o dia 05 (cinco) de cada mês subsequente ao vencido.

Informam que o divorciando ficará com os seguintes bens: 1 – Fundo de Investimentos. Caixa.
(documento 3 ou ID:15432141) – Valor estimado na data 29.01.2020: R$1.172.680,71; 2 – Previdência.
Caixa. (documento 4 ou ID:15432144) - Valor estimado na data 29.01.2020: R$3.322.324,85; 3 –
Previdência. Bradesco. (documento 5 ou ID:15432146) – Valor estimado na data 28.01.2020:
R$1.287.516,41; 4 – Previdência. ICATU. (documento 6 ou ID:15432147) - Valor estimado na data
12/2019: R$2.626.263,15; 5 – Carro. Chevrolet-S10. (documento 7 ou ID:15432149) - Valor estimado na
data 02.02.2020: R$150.000,00; 6 – Carro. Evoque. (documento 8 ou ID:15432151) - Valor estimado na
data 02.02.2020: R$180.000,00; 7 – Imóvel. Apartamento. (documento 9 ou ID:15432152) - Valor estimado
na data 02.02.2020: R$400.000,00; 8 – Empresa com seus respectivos bens (documento 10 ou
ID:15432153,15432155 e 15432156) - Valor estimado na data 02.02.2020:R$1.050.000,00; 9. Imóvel.
Casa. (documento 11 ou ID:15432157) - Valor estimado na data 02.02.2020: R$900.000,00; e 10. Home
Broker. Fundo Imobiliário. (documento 12 ou ID:15432158) - Valor estimado na data 28.01.2020:
R$226.365,75.
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Indicam que a divorcianda ficará com os seguintes bens: 1 – Banco Oldmutual. Investimento no
exterior. Renda Fixa. (documento 13 ou ID:15432164) - Valor estimado na data 24.01.2020:
USD1.753.484,38; 2 – XP. Investimento em renda fixa e renda variável. (documento 14 ou ID:15432166) -
Valor estimado na data 30.01.2020: R$458.355,90; 3 – ICATU. Previdência. (documento 15 ou
ID:15432168) - Valor estimado na data 27.01.2020: R$399.050,93; 4 – CAIXA. Renda fixa. (documento 16
ou ID:15432169) - Valor estimado na data 29.01.2020: R$403.062,42; 5 – Home Broker. Fundo imobiliário
e fundo de ações. (documento 17 ou ID:15432170) - Valor estimado na data 29.01.2020: R$246.897,02; 6
– Carro. Jeep. Valéria. (documento 18 ou ID:15432172) - Valor estimado na data 03.02.2020:
R$120.000,00; 7 – ICATU. Previdência. Valéria (documento 19 ou ID:15432173) – Valor estimado na data
27.01.2020: R$392.923,32, que pertence a sua filha e será administrada por si e; 8 – Imóvel. Apartamento.
(documento 20 ou ID:15432175, 15432176,15432178 e 15432179).

Dispensam o pagamento de alimentos entre si.

Requerem a homologação da avença celebrada.

A doutrina e a jurisprudência entendem que com a nova redação dada pela Emenda n° 66 ao art. 226,
§6º da Constituição Federal, tem-se desnecessário a comprovação do lapso temporal de separação do
casal para a decretação do divórcio, posto que o artigo 1.580 do Código Civil e o art. 40 da lei nº 6.515/77
não foram recepcionados pela Constituição Federal, sendo a vontade das partes o único requisito
necessário para a decretação do divórcio do casal.

Ao analisarmos o pedido, observamos que nos autos as partes apresentaram elementos necessários
para a comprovação da união havida entre estas, preenchendo assim os requisitos legais exigidos à
c a r a c t e r i z a ç ã o d o
casamento.

Isto posto, nos termos do art. 200, do CPC, corroborando o parecer ministerial e, considerando que o
acordo resguarda os interesses de todas as partes, com fulcro no art. 226, § 6º da Constituição Federal c/c
o art. 40, § 2°, da lei n° 6.515/77, HOMOLOGO POR SENTENÇA, decretando o divórcio do casal
ANNE VALÉRIA RODRIGUES RIBEIRO e RODRIGO JOSÉ LIMA DOS SANTOS, devendo a
divorcianda permanecer usando seu nome de solteira, qual seja, ANNE VALÉRIA RODRIGUES
RIBEIRO, em razão de não ter havido mudança por ocasião do casamento, extinguindo a presente
ação com resolução de mérito, com base no art. 487, III, b, do CPC.

Em homenagem aos princípios da celeridade e economia processuais, confiro a esta Sentença força de
Mandado de Averbação, o que, em cópia autenticada, dispensa a expedição de qualquer outro
documento.

Custas de lei.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dra. Rosa de Fátima Navegantes de Oliveira

Juíza da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício


1612
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0018114-73.2012.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: R. L. S. D. R.


Participação: REQUERENTE Nome: C. T. A. S. Participação: ADVOGADO Nome: VERA LUCIA FARACO
MACIEL OAB: 5087/PA Participação: REQUERENTE Nome: S. T. S. D. R. Participação: REQUERIDO
Nome: A. N. D. R. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
DECISAO

Verificando os documentos constantes dos autos ID 31238923, determino a intimação pessoal do


executado para efetuar o pagamento do débito exequendo com fulcro no art. 528, §8º c/c o art. 523, CPC,
concernente aos alimentos pretéritos, no valor de R$12.069.63 ( doze mil, sessenta e nove reais e
sessenta e tres centavos ), conforme planilha de ID 29052083, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescidos
de custas, se houver, sob pena de o débito ser acrescido de multa de 10% e também de honorários de
advogado de 10% (art. 523 e §1º do CPC/2015).

Escoado o prazo sem o pagamento voluntário, devidamente certificado nos autos, determino a expedição,
desde logo do mandado de penhora e avaliação (art. 523, §3º do CPC).

Transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o
Executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua
impugnação (art. 525 do CPC);

Intime-se.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia


1613
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0833521-71.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. J. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: AVERALDO PEREIRA LIMA FILHO OAB: 15751/PA Participação:
REQUERIDO Nome: C. A. D. A. T. Participação: ADVOGADO Nome: SERVIO TULIO MACEDO ESTACIO
OAB: 30261/PA Participação: ADVOGADO Nome: GABRIEL DE QUEIROZ COLARES OAB: 30066/PA
Participação: REQUERIDO Nome: S. P. D. O. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0833521-71.2021.8.14.0301
Decisão

Trata-se de Medida Cautelar Inominada proposta por ALDONAY JOSE DA SILVA, em desfavor de
CAIO ARIEL DE ALMEIDA TEIXEIRA e SUELLEN PINHEIRO DE OLIVEIRA, alegando que o primeiro
requerido, na qualidade de namorado da genitora da criança e segunda requerida, em determinado
momento teria mantido comportamento inapropriado com a criança, fato que foi revelado pela mesma
após ser entregue aos familiares do Requerente. Relata, ainda, que os requeridos praticam alienação
parental. Dessa feita, o autor pretende o afastamento do primeiro requerido de convívio com a criança e a
concessão liminar da guarda.

Acolho o parecer id 31520207 considerando que compulsando os autos, entendo que a inicial não
apresenta provas de, em nível de cognição sumária, indicar a existência de comportamento inadequado
ou indevido por parte do primeiro requerido, de modo a alterar a guarda da segunda Requerida. Essa
conclusão se firmou após a leitura do relatório de escuta especializada de ID 28318752 cujo teor revela
que a criança é conhecedora do conflito entre os genitores em razão da disputa pela guarda, o que lhe
causa sofrimento psíquico.

Determino a citação da parte requerida que poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de
15 (quinze dias).

Ressalta-se que, decorrido o prazo supra, sem oferta de contestação, será decretada a revelia da
parte suplicada.

Apresentada a contestação, havendo alegação de preliminares (art. 337 do CPC) ou de fato


impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 350 do CPC), intime-se a parte autora para
que, em 15 (quinze) dias, manifeste-se acerca da contestação (artigos 350 e 351 do CPC).

Servirá o presente como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia


1614
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0850845-79.2018.8.14.0301 Participação: AUTOR Nome: L. C. A. F. Participação:


ADVOGADO Nome: PAULO ARTHUR CAVALLEIRO DE MACEDO DE OLIVEIRA OAB: 27205/PA
Participação: REU Nome: I. P. D. S. (. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo: 0850845-79.2018.8.14.0301

SENTENÇA

Chamo o feito a ordem para tornar sem efeito a sentença proferida em ID 27350946, em
razão do equívoco a quando de seu cadastramento.

Defiro o requerido em ID 30117933, desconstituindo a certidão de trânsito em julgado


constante em ID 30011846.

Tratam os autos de AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO E RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE POST


MORTEM CUMULADA COM RETIFICAÇÃO/AVERBAÇÃO DE REGISTRO CIVIL ajuizada por LUIS
CLAUDIO AMORIM FEITOSA em face de MARIA DIAS DOS SANTOS genitora do falecido IVALDO
PEREIRA DE SOUZA , qualificados nos autos.

Narra o requerente na exordial, que é fruto do relacionamento amoroso entre o falecido e sua
genitora CLAUDIA ROSELY AMORIM FEITOSA, contudo, apesar de ser filho do falecido, não teve na
certidão de nascimento o registro da paternidade de seu pai, constando apenas da maternidade.

Esclarece, que a família paterna (família de IVALDO PEREIRA DE SOUZA) o reconhece como filho
legítimo do falecido, tanto que estão dispostos a declarar tal ato perante o juízo, em data que venha a ser
designada, sendo essas manifestações uma prova inequívoca de que a sua paternidade deve ser
reconhecida para todos os fins de direito. Esclarece ainda, que os envolvidos apenas não apresentam
certidão pública, reconhecendo a sua condição de filho do requerente, em razão do alto custo envolvido no
ato.

Informa que, não há sequer lide no que consiste a pretensão jurídica qualificada pela resistência
assistida, uma vez que a herdeira do de cujus, sua genitora, bem como demais membros da família,
reconhecem a procedência jurídica do pedido, conforme poderá ser ratificado em oitiva destas, bem como
a partir de fotos de infância do requerente com o seu pai. Quanto ao exame do DNA, em razão de culminar
na exumação do falecido, a família deste solicita que seja determinado apenas em última instância,
devendo antes prevalecer a simples declaração dos familiares do falecido, como irmãs e mãe, e demais
provas, como análise de fotos, e, subsidiariamente, dentre outros meios de prova que o juízo julgue
persistente.

Requer a concessão do benefício da justiça gratuita; seja julgado totalmente procedente o pedido, no
sentido de reconhecer a paternidade de IVALDO PEREIRA DE SOUZA com relação a si e que seja
ordenado a retificação do seu registro civil, bem como a Certidão de Óbito de IVALDO PEREIRA DE
SOUZA, e conste o nome do pai nos registros, bem como o sobrenome “SOUZA” no seu sobrenome; caso
necessário, seja designada audiência para oitiva das seguintes testemunhas que compõem o núcleo
familiar do falecido, para que ratifiquem o fato de que RECONHECEM a sua condição de filho em relação
ao falecido IVALDO PEREIRA DOS SANTOS: - MARIA DIAS DOS SANTOS, genitora do falecido do
1615
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

autor; - ANA LÚCIA DOS SANTOS DE SOUSA, irmã do falecido e CLAUDIA ROSELY AMORIM
FEITOSA, sua genitora. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,
inclusive testemunhal e pericial.

Com a exordial, vieram documentos.

Despacho inicial em ID 8598316, concedeu os benefícios da Justiça Gratuita e designou data para a
realização de audiência de justificação.

Em audiência cujo termo consta em ID 10675885, foram ouvidas as Sras. Maria Dia dos Santos e
Ana Lucia dos Santos de Sousa.

Decisão de ID 16852513, determinou a suspensão do processo pelo prazo de trinta dias, em razão
dos termos da PORTARIA CONJUNTA COVID-19, No. 5/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI de 23 de Março de
2020.

Certidão de ID 26987736, informa que decorreu o prazo estabelecido no despacho proferido no feito.

Relatados. Decido.

Para que seja declarada a paternidade em uma aço de Investigação de Paternidade, é preciso que os
elementos sejam puros de convicção, para que o juiz, ao analisar os autos tenha noção exata dos fatos.

A investigação de paternidade é uma aço peculiar, o seu objetivo será sempre uma investigação que
poderá ou no ser satisfatória. Já a sentença, no caso de ser positiva, é declaratória do estado de filiação e
a filiação é um fenômeno biológico.

O Código Civil, no artigo 1.616, dá amparo legal para este tipo de aço de investigação de paternidade e
em consequência, o reconhecimento da paternidade e seus reflexos previstos no art. 6º da Carta Magna.

Nesse entendimento leciona Maria Berenice Dias, em seu livro Manual do Direito das Famílias, 4ª Ed. RT,
pág. 367, in verbis:

“A evolução científica veio solucionar o reconhecimento da relação parental através de técnicas


sofisticadas e métodos cada vez mais seguros de identificação dos indicadores genéticos, tornando-os
meio probatório por excelência.

Com o exame de DNA surgiu a possibilidade de substituir a verdade ficta pela verdade real.”

É cediço que com o advento do exame de DNA, tornou-se possível com certeza científica quase
absoluta determinar a filiação do Investigante, com margem de probabilidades superiores a 99,99%. A
importância do Exame de DNA é indiscutível no âmbito da filiação, pois consegue praticamente sem
margem de erro determinar a paternidade.

Neste sentido, vale expor o posicionamento jurisprudencial acerca da veracidade do exame de


DNA:

EMENTA:APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. EXTINÇÃO DO


PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. COISA JULGADA. RELATIVIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
EXAME DE DNA REALIZADO NA PRIMEIRA AÇÃO. INEXISTÊNCIA DE MÁCULA NO PROCEDIMENTO
DE PRODUÇÃO DA PROVA PERICIAL. Não se controverte que,em caso de colisão entre a segurança
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

jurídica resultante da coisa julgada e o direito sobre a paternidade, prevalece esse, que deriva diretamente
da garantia de dignidade da pessoa humana, emergindo, assim, a possibilidade de relativização da coisa
julgada e a realização de novo exame de DNA, caso não haja higidez na primeira perícia. Tendo, o exame
de DNA que supedanou a sentença de improcedência proferida na primeira demanda manejada pela
parte, sido realizado em Juízo, sob o crivo do contraditório, por meio do experto designado pelo
magistrado, com posterior oportunidade para as partes se manifestarem sobre o laudo produzido e não se
vislumbrando vícios na produção da prova técnica nem na conclusão alcançada, não há como se admitir a
relativização da coisa julgada. (TJ-DF 20161010054746 - Segredo de Justiça 0005385-68.2016.8.07.0010,
Relator: CARMELITA BRASIL, Data de Julgamento: 14/03/2018, 2ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 16/03/2018 . Pág.: 253/259)

In casu, não houve a necessidade de realização do exame de DNA, em razão da plena anuência da
parte requerida, bem como da irmã do falecido, demonstrando por certa e contundente a existência do
vínculo de paternidade entre o investigante e o falecido, revelando-se prova robusta, lídima e escorreita.

Trechos do depoimento da Sra. Maria Dias dos Santos (genitora do falecido) ID 10675885 - Pág. 1:

“Que reconhece Luis Cláudio como seu neto filho de seu filho Ivaldo Pereira de Souza; Que soube da
existência de do requerente Luis Cláudio através de sua filha Ivanete; Que algumas vezes perguntou para
Ivaldo porque não registrou o filho e o mesmo respondeu que ia fazer mas nunca registrou; Que Ivaldo
tinha Luis Cláudio como filho; Que o falecido sempre apresentou o requerente como seu filho; Que Ivaldo
sempre deu as coisas para o requerente; Que o requerente sempre teve convivência familiar materna
desde tenra idade”.

Trechos do depoimento da Sra. Ana Lucia dos Santos de Souza (irmã do falecido) ID 10675885 -
Pág. 1:

“Que reconhece o requerente como seu sobrinho do seu irmão falecido Ivaldo; Que conhece o requerente
desde que nasceu; Que descobriram que o mesmo era filho de Ivaldo através de sua irmã Ivanete, que
Ivanete contou para todos, que foram visitar a criança e de lá pra cá sempre mantiveram contato; Que
acredita que o falecido não registrou o filho porque passava pouco tempo em terra; Que Ivaldo não deixou
outros filhos além do requerente, que Ivaldo sempre reconheceu o requerente como filho e assim o
tratava, o requerente costumava passar finais de semana na casa da filha paterna...”.

Isto exposto, com fulcro no art. 227 § 6º da CF de 1988 c/c art. 27 da lei nº 8069/90, JULGO
PROCEDENTE O PEDIDO FORMULADO NA PETIÇO INICIAL, PARA DECLARAR A PATERNIDADE
DO DE CUJUS, IVALDO PEREIRA DE SOUZA, em relação ao filho INVESTIGANTE, LUIS CLAUDIO
AMORIM FEITOSA, bem como, determino a retificação em seu registro de nascimento, com a
inclusão do nome do pai biológico, bem como o patronímico paterno, e os nomes dos avós
paternos. Julgo extinta a presente ação com resolução de mérito, com fulcro no art. 487, I do CPC.

Em homenagem aos princípios da celeridade e economia processuais, confiro a esta Sentença força de
Mandado de Averbação, o que, em cópia autenticada, dispensa a expedição de qualquer outro
documento.

Sem custas.

Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Belém, data registrada no sistema.


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0844169-52.2017.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: L. C. R. D. M.


Participação: ADVOGADO Nome: MARIA CELIA NENA SALES PINHEIRO OAB: 8311/PA Participação:
REQUERIDO Nome: B. B. A. D. S. Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

R.H

Considerando que não mais subsiste a causa da suspeição, retornem os autos ao juízo da 4ª Vara de
Família da Capital para os ulteriores legais.

P.R. Cumpra-se.

Belém, 08 de junho de 2021.

Pedro Sotero Pinheiro

Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara de Família

Número do processo: 0844677-56.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: RAFAEL


CAMBRAIA DO AMARAL Participação: REQUERIDO Nome: PATRICIA DA SILVA MARTINS Participação:
AUTORIDADE Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA - MANDADO

I. Concedo ao requerente os benefícios da gratuidade da justiça (artigo 98 do CPC).

II. Processe o feito em segredo de justiça (artigo 189, II, do CPC).

III. Apreciando o pedido formulado pelo requerente, quanto à decretação do divórcio do casal antes da
conclusão do presente feito, entendo que o mesmo é pertinente e deve ser deferido.

A Emenda Constitucional nº 66/2010 veio a dar uma nova dimensão a questão do divórcio, ao extirpar do
ordenamento jurídico o debate sobre a culpa pelo rompimento. Assim, o divórcio é, hoje, apenas um direito
potestativo das partes, isto é, trata-se de um direito de interferência. Vale dizer, cuida-se de um direito que,
ao ser exercido, interfere na esfera jurídica de terceiro, sem que esta pessoa nada possa fazer.

Nos dias atuais, o divórcio não se encontra submetido a qualquer tipo de questionamento. É, portanto, um
pleito incontroverso. E no caso do presente feito, o autor alega, expressamente, que não convive mais
com a requerida.
1618
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

O casal já está separado de fato, de modo que não há mais sentido manter o vínculo matrimonial vigente,
prolongando, desnecessariamente, a situação de casados das partes.

Vê-se, portanto, que não há óbice para a concessão do divórcio do casal, porque, como já referido
alhures, trata-se de uma questão incontroversa.

Ante o exposto, com fundamento no artigo 311, IV, do CPC, concedo a tutela provisória satisfativa de
evidência, para decretar, liminarmente, o divórcio do casal RAFAEL CAMBRAIA DO AMARAL e PATRÍCIA
DA SILVA MARTINS.

Intimem as partes e, decorrido o prazo recursal, expeça o respectivo mandado ao cartório de registro civil
competente, para proceder à averbação do divórcio ora concedido.

IV. Dada a condição do requerente de pai da menor NICOLY RAFAELY MARTINS AMARAL, comprovada
pela certidão de nascimento (ID 10995330), e diante das prescrições contidas no § 2º do artigo 1.584 do
Código Civil e, em especial, na Lei nº 13.058/2014 que impõem, como regra, a guarda compartilhada dos
filhos, estabeleço a guarda nesta modalidade, uma vez que é a mais benéfica e que melhor atende aos
interesses da menor envolvida, não havendo, no momento, elementos nos autos que possam convencer
este juízo do contrário.

Ante as supracitadas razões, considerando que a menor fixará residência no lar paterno, asseguro a
mãe/requerida o direito de visitar e ter a filha em sua companhia nos moldes, usualmente, adotados por
este Juízo em casos análogos, quais sejam:

1) Finais de semanas alternados, podendo apanhá-la na sexta-feira, a partir das 18h e devolvê-la ao
pai/requerente, na residência deste, no domingo até as 18h, a começar no final de semana posterior a
intimação desta decisão. Se o final de semana for prolongado em razão de feriado, essa devolução
ocorrerá até as 19h do feriado que encerrar o fim de semana;

2) Nas férias escolares nos meses de dezembro, janeiro e julho, a menor as desfrutará uma metade com
um dos pais e a subsequente com o outro, com início alternado de ano a ano, sendo os primeiros 15
(quinze) dias com o pai/requerente, ou mediante entendimento direto entre os genitores;

3) O Dia dos Pais e o Dia das Mães serão passados com os respectivos genitores; se coincidirem com o
final de semana reservado ao genitor do evento, haverá compensação em favor do outro, no fim de
semana seguinte;

4) A menor passará as festas de final de ano com ambos os pais, alternadamente, iniciando-se no
Natal/2021 com o pai/requerente e Ano Novo 2021/2022, com a mãe/requerida, podendo ser alterado,
mediante entendimento direto entre os genitores;

5) A data natalícia da menor será festejada, de comum acordo com ambos os pais, atendidos, sempre, o
interesse da aniversariante, podendo o pai/requerente visitá-la se o aniversário for passado com a
mãe/requerida e vice-versa;

6) As datas natalícias dos genitores da menor e seus respectivos avós serão desfrutadas na companhia
dos mesmos; se coincidirem com o final de semana reservado ao genitor do evento, haverá compensação
em favor do outro, no fim de semana seguinte;

V. Em virtude da relação materno-filial existente entre o requerida e a referida menor, e que o dever de
sustento da prole incumbe a ambos os pais (artigo 1.566 do Código Civil), entendo, por justo e razoável,
considerando o trinômio necessidade x possibilidade x proporcionalidade e os elementos de prova que ora
se apresentam, em arbitrar os alimentos provisórios em 20% (vinte por cento) do vencimento e demais
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vantagens auferidos pela requerida, excluídos apenas os descontos obrigatórios (imposto de renda e
contribuição previdenciária), quando esta possuir relação laboral fixa ou o mesmo percentual sobre o
salário mínimo, quando esta não tiver emprego certo, cujo valor deverá ser depositado, até o dia 05 (cinco)
de cada mês subsequente ao vencido, na conta bancária do representante legal da menor.

VI. Intimem o requerente e a requerida, pessoalmente, da presente decisão.

VII. Cumprida a determinação supra, e nos termos do artigo 694 do CPC, segundo o qual: “Nas ações de
família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da controvérsia, devendo o juiz
dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação”,
determino que os autos sejam encaminhados ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos das Varas de
Família – CEJUSC/VF, a fim de que seja realizada sessão de conciliação ou mediação entre as partes.

VIII. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei .

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juiz de Direito titular da 5ª vara de Família, respondendo pela 4ª vara de Família

Número do processo: 0876959-84.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: FABIO ROGERIO


MOURA MONTALVÃO DAS NEVES Participação: ADVOGADO Nome: FABIO ROGERIO MOURA
MONTALVÃO DAS NEVES OAB: 14220/PA Participação: REQUERENTE Nome: SANDRA POMBO
CORDEIRO MOURA Participação: FISCAL DA LEI Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO
PARÁ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo: 0876959-84.2020.8.14.0301

SENTENÇA

Defiro o requerido em petitório de ID 27330694.

Tratam os presentes autos de AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL proposta por FÁBIO ROGÉRIO
MOURA MONTALVÃO DAS NEVES (em causa própria) e SANDRA POMBO CORDEIRO MOURA, pelos
fatos e fundamentos constantes da exordial de ID 21959055.

Os interessados informam que contraíram matrimônio em 27.11.2009, sob o regime da comunhão


parcial de bens, advindo dessa união o nascimento de dois filhos, FÁBIO ROGÉRIO MOURA
MONTALVÃO DAS NEVES FILHO e FLÁVIO ROGÉRIO CORDEIRO MOURA MONTALVÃO DAS
NEVES, em 29.12.2011 e 12.04.2016, respectivamente.
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Acordam que a guarda de seus filhos menores será compartilhada entre eles, adotando-se como lar de
referência o materno e resguardado ao pai o livre exercício de seu direito de visitas.

O divorciando compromete-se em prestar alimentos in natura aos filhos, com o pagamento de


despesas concernentes à alimentação, plano de saúde, educação escolar e extraescolar e despesas
domésticas (condominiais, telefone e energia elétrica).

Informam que adquiriram os seguintes bens, os quais serão partilhados da seguinte forma: 1 –
Apartamento no Edifício Porto Seguro de nº 901, Marco, Belém/PA, o qual ficará para os filhos,
garantindo-se o usufruto vitalício da divorcianda. 2 – Casa situada no distrito de Mosqueiro, na Travessa
Pratiquara, nº 522, Vila, Belém/PA, o qual ficará para os filhos, garantindo-se o usufruto vitalício do
divorciando. 3 – Terreno localizado no município de Salinópolis, Jardim Valle do Sal, lote nº 08, quadra 29,
o qual será vendido e o valor partilhado igualmente entre as partes. 4 – Veículo marca BMW, 32 Oi, o qual
ficará para o divorciando. 5 – Veículo marca Hyundai, modelo HB 20, o qual ficará para a divorcianda. 6 –
Bens móveis e utensílios que guarnecem o imóvel, os quais ficarão para a divorcianda. 7 – Quotas
societárias da Sociedade de Advogados Moura, Montalvão e Silva Advogados Associados e da empresa
Quartzo Imóveis Ltda, cujos direitos pertencerão exclusivamente ao divorciando.

Os divorciandos dispensam o pagamento de alimentos entre si e a divorcianda declara que deseja


voltar a usar seu nome de solteira.

Requerem a homologação da avença celebrada.

Instado a se manifestar, o Ministério Público, requereu o cumprimento de diligências pelos


interessados, devendo os mesmos acostarem aos autos os documentos relativos aos seguintes bens: a)
Terreno localizado no município de Salinópolis, Jardim Valle do Sal, lote nº 08, quadra 29; b) Veículo
marca BMW, 32 Oi; c) Veículo marca Hyundai, modelo HB 20; e d) Quotas societárias da Sociedade de
Advogados Moura, Montalvão e Silva Advogados Associados e da empresa Quartzo Imóveis Ltda.
Requereu também a juntada aos autos da certidão de casamento dos requerentes. Após o cumprimento
da diligência, posicionou-se, favoravelmente à homologação do divórcio dos interessados FÁBIO
ROGÉRIO MOURA MONTALVÃO DAS NEVES e SANDRA POMBO CORDEIRO MOURA, de
conformidade com o disposto no art. 226, § 6º, da Constituição Federal c/c o art. 40, § 2º, da Lei nº
6.515/77, expedindo-se o mandado averbatório ao Cartório de Registro Civil competente, para a produção
dos jurídicos e legais efeitos, e observando-se as demais cautelas legais (ID 26917999).

As diligências foram devidamente cumpridas pelos requerentes.

Relatados. Decido.

Compulsando os autos, verifica-se que o ajuste entabulado preenche as formalidades legais, tendo
as partes convencionado que a guarda de seus filhos menores será compartilhada entre eles, adotando-se
como lar de referência o materno e resguardado ao pai o livre exercício de seu direito de visitas.

O divorciando compromete-se em prestar alimentos in natura aos filhos, com o pagamento de


despesas concernentes à alimentação, plano de saúde, educação escolar e extraescolar e despesas
domésticas (condominiais, telefone e energia elétrica).

Informam que adquiriram os seguintes bens, os quais serão partilhados da seguinte forma: 1 –
Apartamento no Edifício Porto Seguro de nº 901, Marco, Belém/PA, o qual ficará para os filhos,
garantindo-se o usufruto vitalício da divorcianda. 2 – Casa situada no distrito de Mosqueiro, na Travessa
Pratiquara, nº 522, Vila, Belém/PA, o qual ficará para os filhos, garantindo-se o usufruto vitalício do
divorciando. 3 – Terreno localizado no município de Salinópolis, Jardim Valle do Sal, lote nº 08, quadra 29,
o qual será vendido e o valor partilhado igualmente entre as partes. 4 – Veículo marca BMW, 32 Oi, o qual
ficará para o divorciando. 5 – Veículo marca Hyundai, modelo HB 20, o qual ficará para adivorcianda. 6 –
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Bens móveis e utensílios que guarnecem o imóvel, os quais ficarão para a divorcianda. 7 – Quotas
societárias da Sociedade de Advogados Moura, Montalvão e Silva Advogados Associados e da empresa
Quartzo Imóveis Ltda, cujos direitos pertencerão exclusivamente ao divorciando.

Os divorciandos dispensam o pagamento de alimentos entre si e a divorcianda declara que deseja


voltar a usar seu nome de solteira.

Requerem a homologação da avença celebrada.

A doutrina e a jurisprudência entendem que com a nova redação dada pela Emenda n° 66 ao art.
226, §6º da Constituição Federal, tem-se desnecessário a comprovação do lapso temporal de separação
do casal para a decretação do divórcio, posto que o artigo 1.580 do Código Civil e o art. 40 da lei nº
6.515/77 não foram recepcionados pela Constituição Federal, sendo a vontade das partes o único requisito
necessário para a decretação do divórcio do casal.

Ao analisarmos o pedido, observamos que nos autos as partes apresentaram elementos


necessários para a comprovação da união havida entre estas, preenchendo assim os requisitos legais
e x i g i d o s à c a r a c t e r i z a ç ã o d o
casamento.

Isto posto, nos termos do art. 200, do CPC, corroborando o parecer ministerial e, considerando que
o acordo resguarda os interesses de todas as partes, com fulcro no art. 226, § 6º da Constituição Federal
c/c o art. 40, § 2°, da lei n° 6.515/77, HOMOLOGO POR SENTENÇA, decretando o divórcio do casal
FÁBIO ROGÉRIO MOURA MONTALVÃO DAS NEVES e SANDRA POMBO CORDEIRO MOURA,
devendo a divorcianda voltar a usar seu nome de solteira, qual seja, SANDRA POMBO CORDEIRO,
extinguindo a presente ação com resolução de mérito, com base no art. 487, III, b, do CPC.

Em homenagem aos princípios da celeridade e economia processuais, confiro a esta Sentença força de
Mandado de Averbação, o que, em cópia autenticada, dispensa a expedição de qualquer outro
documento.

Custas de lei.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dra. Rosa de Fátima Navegantes de Oliveira

Juíza da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0202233-33.2016.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. A. P. R.


Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ FERNANDO GALIZA CARDOSO OAB: 018325/PA Participação:
REQUERENTE Nome: V. C. G. Participação: ADVOGADO Nome: LUIZ FERNANDO GALIZA CARDOSO
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OAB: 018325/PA Participação: REQUERIDO Nome: J. L. D. S. Participação: AUTORIDADE Nome: P. M.


P. -. C. 0. (. D. L.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
Processo nº: 0202233-33.2016.8.14.0301
R.H.

Tratam os autos de AÇÃO DE ANULAÇÃO DE REGISTRO CIVIL C/C PEDIDO DE


RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE, proposta VERÔNICA CARDOSO GALIZA e CARLOS
ALBERTO PINA RIBEIRO, em face de JOSÉ LUIS DA SILVA.

Despacho proferido em ID 20907729, determinou a intimação dos autores para apresentarem


emenda a inicial, informando o endereço do requerido.

Por meio de petição de ID 20907732, os autores informaram desconhecer o endereço do suplicado,


reiterando o pedido de citação por edital, conforme consta na exordial.

Despacho de ID 20907735, determinou a intimação das partes para se manifestarem acerca do


teor da Certidão de fls. 14, devendo informar o endereço atualizado do requerido e/ou as informações
necessárias para busca junto ao site do TRE.

Os autores em ID 20907735, informaram o nome da genitora do requerido; solicitaram expedição


de ofício ao TRE/PA; a citação por edital do requerido ou a designação de audiência de esclarecimento.

Decisão proferida em ID 20907840, deferiu os benefícios da justiça gratuita; determinou a citação


do requerido por Precatória e designou data para a realização da audiência de conciliação.

Consta do Termo de Audiência de ID 20907843, que a carta precatória não foi devolvida, tendo sido
determinada a expedição de ofício à comarca deprecada, solicitando informações acerca do cumprimento
ou não da precatória.

Certidão de ID 20907843, informou que o requerido não foi citado.

Despacho de ID 20907844, determinou a intimação dos autores para informarem o endereço


atualizado do requerido.

Por meio de petição de ID 20907844, os autores requereram a citação do demandado por edital.

Despacho de ID 20907844, determinou a citação do requerido por Edital.

Edital de citação em ID 20907845.

Certidão de ID 20907845, que o requerido não contestou a ação dentro do prazo legal.

A Defensoria Pública como Curadora Especial, apresentou Contestação por negativa geral dos
fatos, requerendo a improcedência da ação (ID 20907846).

Os autores em manifestação à contestação, requereram a designação de audiência de instrução e


julgamento (ID 20907847).
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Despacho de ID 20907848 - Pág. 1, determinou a remessa dos autos ao Parquet.

Em petição de ID 20907849, os autores pugnaram pela reconsideração da decisão proferida,


posto ser descabida a remessa dos autos ao MP. Requereram o julgamento e procedência de todos os
pedidos formulados na inicial.

Decisão de ID 20907850, chamou o feito a ordem tornando sem efeito o despacho de ID


20907848 - Pág. 1 e, em razão da pandemia do novo corona vírus determinou a suspensão do processo
por trinta dias.

Despacho de ID 25682949, determinou a intimação dos autores, por seu patrono, para
informarem, em 05 (cinco) dias, os pontos controvertidos e as provas que ainda pretendem produzir.

Por meio de petitório de ID 26044093, os autores informaram não possuírem interesse novas
provas; requereram fossem acolhidos os pedidos na exordial e o prosseguimento do feito.

Despacho de ID 26889255, determinou a remessa dos autos ao MP.

Em petição de ID 27189811, os autores, em síntese, requereram o julgamento pela procedência


de todos os pedidos formulados na exordial.

Em manifestação de ID 27632975, o Ministério Público requereu sua exclusão do feito.

Em razão da necessidade de realização do exame de DNA, indefiro o requerido em ID 27189811.

Verificando não constar dos autos qualquer documento acerca da realização da coleta de DNA e,
havendo necessidade de se comprovar a existência da paternidade do segundo requerente e a primeira, e,
considerando que a pandemia ainda não foi superada, persistindo a necessidade de medidas de
distanciamento controlado, com a observância dos protocolos de segurança sanitária e o espaço reduzido
da sala de audiências deste Juízo, que não comporta a presença de todos os participantes, respeitado o
distanciamento social de 1,5m de cada um, conforme parâmetro indicativo da OMS, Ministério da Saúde e
Anvisa, designo audiência, na qual ocorrerá a coleta de DNA, a ser realizada no dia 29/10/2021, às
10:30 horas, e será realizada na Sala de Audiências da 4ª Vara de Família desta Capital, SALA 114,
1º andar do Fórum Cível da Capital, na Praça Felipe Patroni, S/N – Cidade Velha. As partes autoras
deverão comparecer pessoalmente a audiência, entretanto Defensores, Advogados e Representante do
Ministério Público poderão participar por videoconferência através do aplicativo Microsoft Teams.

Intimem-se.

Comunique-se ao Setor Social do Fórum Cível para as providências pertinentes.

Servirá o presente como mandado/ofício.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0849174-84.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ROSINEIDE DIAS


COSTA Participação: ADVOGADO Nome: SAMMIDY MONTEIRO MENDES OAB: 18853/PA Participação:
REQUERENTE Nome: LEANDRO COSTA BARBOSA Participação: REQUERENTE Nome: LUANY
COSTA BARBOSA Participação: REQUERENTE Nome: MARCOS AURELIO GUIMARAES BARBOSA
Participação: REQUERENTE Nome: JOSAFAT GUIMARAES BARBOSA Participação: REQUERENTE
Nome: MARILIA GUIMARAES BARBOSA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Processo: 0849174-84.2019.8.14.0301

SENTENÇA

Tratam os autos de AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNlÃO


ESTÁVEL POST MORTEM, movida por ROSINEIDE DIAS COSTA em face dos herdeiros de JOSÉ
PINHEIRO BARBOSA, quais sejam, LEANDRO COSTA BARBOSA, LUANY COSTA BARBOSA,
MARCOS AURÉLIO GUIMARÃES BARBOSA, JOSAFT GUIMARÃES BARBOSA e MARÍLIA
GUIMARÃES BARBOSA, qualificados na exordial.

A autora narra na exordial, em síntese, que conheceu o falecido no primeiro


semestre de 1987 na cidade de Manaus e em julho de 1987 passaram a conviver de forma pública,
contínua, duradoura e com o objetivo de constituir família (além de o falecido já possuir filhos de
relacionamento anterior, da sua união advieram dois filhos). Acrescentou que chegaram a celebrar
cerimônia religiosa de matrimônio, contudo, no âmbito civil a união se manteve sob os parâmetros da
união estável. Informou que a união permaneceu até o falecimento de seu companheiro, ocorrido em
08/02/2015.

Esclareceu que todos os filhos do falecido reconhecem e confirmam a união


estável havida, de modo que voluntária e conjuntamente requerem a homologação judicial do acordo que
reconhece a aludida união.

Requereu a concessão dos benefícios da justiça gratuita; fosse julgada totalmente


procedente a presente ação, homologando o acordo, sendo declarado o reconhecimento da união estável
havida entre si e o de cujus, com termo inicial em julho/1987 e termo final em 09/02/2015; seja dispensada
a citação/intimação, bem como a realização de audiência para oitivas das partes, visto terem manifestado
sua ciência e anuência ao pleito e a renúncia ao prazo recursal.

Com o fito de comprovar suas alegações, acostou documentos aos autos.

Em despacho inaugural foi determinada a emenda à inicial no prazo de 15 (quinze) dias,


para juntar aos autos, cópia do RG de Rosineide, pois o que foi juntado está inelegível, bem como, RG,
CPF, comprovante de residência, e procuração judicial de todos os requerentes, para instruírem a inicial,
pois estes documentos são imprescindíveis, sob pena de indeferimento, nos termos do art. 321 do CPC.
(ID 13131444).

Emenda à inicial em ID 13520174.

Decisão de ID 13740046, deferiu os benefícios da justiça gratuita e designou data para a


realização da audiência de conciliação.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Por meio de petição de ID 13878041, as partes requereram a homologação do acordo


extrajudicial.

Consta do Termo de Audiência de ID 15637421, que as partes não compareceram à


audiência, ainda que intimadas por meio de seu patrono.

Despacho proferido em ID 16814508, determinou a citação dos requeridos para contestarem


a ação.

Em ID 17438444, manifestação do requerido Josafat Guimarães Barbosa, requerendo a


procedência do feito; Em ID 17438443, manifestação da requerida Marília Guimarães Barbosa,
requerendo a procedência do feito; Em ID 17438442, manifestação do requerido Marcos Aurélio
Guimarães Barbosa, requerendo a procedência do feito.

Despacho de ID 20633966, determinou a intimação dos requerentes para que se


manifestassem no prazo de 10 (dez) dias, se o falecido foi casado com a Sra. MARIA GUIMARÃES
BARBOSA, em caso positivo, juntassem cópia da certidão de casamento; se o falecido era divorciado da
mesma, em caso positivo, juntando cópia da averbação do divórcio; se referida Sra. ainda fosse viva, em
caso de óbito, o mesmo deve ser comprovado. No caso da Sra. MARIA GUIMARÃES BARBOSA, ter sido
esposa do falecido, sem que nunca tenha havido o divórcio e ainda ser viva, deve ser qualificada nos
autos.

Por meio de petição de ID 21037360, informaram que a Sra. Maria Guimarães Barbosa é
atualmente viva, porém fora casada com o Sr. José Pinheiro Barbosa antes de este ter se unido de fato à
Sra. Rosineide Dias Costa, como faz prova a certidão de casamento anexa aos autos.

Despacho de ID 29776185, determinou a intimação das partes para apresentarem as provas que
ainda pretendiam produzir, para então, posterior despacho saneador, instrução, análise das possibilidades
de julgamento conforme o estado do processo ou sentença de julgamento antecipado.

As partes se manifestaram por meio de petição de ID 30083512, informando não possuírem


interesse na produção de novas provas, requerendo o julgamento do mérito do presente feito.

Relatados. Decido.

Verifica-se, in casu, desnecessária a instrução, com arrimo no art. 355, inciso I, do CPC, razão pela qual,
passo a julgar antecipadamente o pedido.

No caso em análise, a autora requer o reconhecimento da união estável que manteve com o Sr.
JOSÉ PINHEIRO BARBOSA do período de julho de 1987 até o seu falecimento em 08/02/2015.

A União Estável equipara-se à entidade familiar e recebe a proteção do Estado ex vi do art.


226, § 3º da Lei Maior, aí residindo o legítimo interesse da Autora, em ver assegurados direitos dela
resultantes.

Art. 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento (CF/88).

O art. 1.723 do CC dispõe que: “É reconhecida como entidade familiar a união estável entre homem e a
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

constituição de família”.

Insta ressaltar que, em que pese o dispositivo legal supracitado faça menção à expressão
“entre homem e mulher”, não se pode olvidar que o Direito Brasileiro consagra a possibilidade do
reconhecimento de união estável homoafetiva. O referido artigo deve ser interpretado analogicamente, a
teor do art. 4º da LINDB, de modo que as uniões mantidas por casais do mesmo sexo como entidade
familiar tenham o mesmo tratamento das uniões estáveis heterossexuais, em observância aos Princípios
Constitucionais da Dignidade da pessoa Humana (art. 1º, inciso III) e da Igualdade (art. 3º, inciso IV).

Sobre a caracterização do instituto da união estável, a ilustre jurista Maria Berenice Dias
leciona:

“A publicidade denota a notoriedade da relação no meio social frequentado pelos companheiros,


objetivando afastar de definição de entidade familiar as relações menos compromissadas, nas quais os
envolvidos não assumem perante a sociedade a condição de como se casados fossem. Ainda que não
exigido decurso de lapso temporal mínimo para a caracterização da união estável, a relação não deve ser
efêmera, circunstancial, mas sim prolongada no tempo e sem solução de continuidade do vínculo. A
unicidade do enlace afetivo é detectada sopesando-se todos os requisitos legais de forma conjunta e, ao
mesmo tempo, maleável. (Manual de Direito das Famílias, 9ª ed. , Editora RT, 2013, pág. 180.)

Portanto, uma vez presentes os requisitos caracterizadores da união estável seja ela mantida por
casais heterossexuais ou do mesmo sexo, merece proteção mediante tutela jurisdicional.

Ressalte-se que cabe ao autor o ônus probante quanto ao fato constitutivo de seu direito; e ao réu, quanto
à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor nos termos do art. 373 do CPC.

Nessa esteira caminha a Jurisprudência pátria:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. ÔNUS DA PROVA.


INSUFICIÊNCIA COMPROBATÓRIA. SENTENÇA MANTIDA. 1. Para a configuração da união estável é
imprescindível a convivência pública, contínua e duradoura entre o casal, estabelecida com o objetivo de
constituição de família, além da ausência de impedimento matrimonial entre os conviventes e da presença
da notoriedade de afeições recíprocas e da honorabilidade. 2. Nos termos do art. 373, I, do CPC/2015
incumbe à parte autora o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. 3. Os documentos acostados
nos autos não restaram contundentes em comprovar que a parte autora manteve relação amorosa com o
de cujus, com o objetivo de constituir família, restando frágeis por demais e não houve produção de outras
provas na audiência designada para tanto. 4. O desprovimento do recurso impõe a majoração dos
honorários de sucumbência, à luz do art. 85, § 11 do CPC. Recurso de apelação conhecido e desprovido.
(TJ-GO - APL: 00172918620178090132, Relator: ROMÉRIO DO CARMO CORDEIRO, Data de
Julgamento: 02/08/2019, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 02/08/2019).

In casu, observamos que os requisitos caracterizadores da União Estável, quais sejam: a


convivência more uxorio, affectio maritalis, continuidade e notoriedade encontram-se robustamente
provados no caso concreto. A união marital vivenciada entre a autora e de cujus, é fato incontroverso,
havendo plena e irrestrita anuência dos requeridos (herdeiros do falecido).

Isto posto, por tudo que dos autos constam e pelas razões acima alinhadas, com fulcro no art. 487,
inciso I, do CPC, JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO, para declarar como de
fato declaro a existência da União Estável havida entre ROSINEIDE DIAS COSTA e JOSÉ PINHEIRO
BARBOSA pelo período compreendido de julho/1987 a 08/02/2015, data do falecimento do
companheiro. Por fim julgo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I do CPC.

Sem custas e honorários, em razão da gratuidade deferida a qual estendo as partes requeridas.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Após transitar em julgado, arquive-se.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Servirá o presente por cópia digitada como mandado.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0866870-36.2019.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: S. B. C.


Participação: REQUERENTE Nome: J. V. B. C. Participação: REQUERENTE Nome: J. B. C. Participação:
REQUERIDO Nome: JORGE BATISTA MACHADO DE CARVALHO Participação: FISCAL DA LEI Nome:
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARÁ Participação: REPRESENTANTE Nome: WALERIA DA
SILVA BITENCOURT

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0866870-36.2019.8.14.0301

R.H.

Considerando que na presente demanda existe interesse de menor impubere envolvido, determino a
remessa dos autos ao Ministerio Publico para se manifestar.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia

Número do processo: 0823468-31.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: A. P. R. C.


Participação: ADVOGADO Nome: BRUNO NATAN ABRAHAM BENCHIMOL OAB: 12998/PA Participação:
REQUERIDO Nome: M. R. C.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Processo nº: 0823468-31.2021.8.14.0301

R.H.

Intimem-se as partes requerentes, para que, no prazo de 10 (dez) dias, juntem aos autos o Termo de
Acordo devidamente assinado, sob pena de extinção do feito.

Após, conclusos.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. José Antônio Ferreira Cavalcante

Juiz da 4ª Vara de Família da Capital, em exercício

Número do processo: 0853410-45.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: M. B. D. S.


Participação: ADVOGADO Nome: JOSE BRUNO MODESTO ALVES DE SOUSA OAB: 29268/PA
Participação: REQUERIDO Nome: A. T. D. S. Participação: ADVOGADO Nome: ZENILDO SANTOS DE
CARVALHO OAB: 26760/PA Participação: ADVOGADO Nome: MARLUCE MARTINS DA SILVA OAB:
24633/PA Participação: AUTORIDADE Nome: M. P. D. E. D. P.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ


4ª VARA DE FAMÍLIA
Processo nº 0853410-45.2020.8.14.0301

R.H.

Considerando que na presente demanda existe interesse de menor impubere envolvido, determino a
remessa dos autos ao Ministerio Publico para se manifestar.

Belém, data registrada no sistema.

Dr. JOSÉ ANTÔNIO FERREIRA CAVALCANTE

Juíz de Direito titular da 5ª vara de Familia, respondendo pela 4ª vara de Familia


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

UPJ DAS VARAS DE FAMÍLIA DA CAPITAL - 5 VARA DE FAMÍLIA

Número do processo: 0859905-08.2020.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: J. C. R. N.


Participação: ADVOGADO Nome: ANA CLAUDIA CORDEIRO DE ABDORAL LOPES OAB: 7901/PA
Participação: REU Nome: M. E. D. C. R. Participação: ADVOGADO Nome: SAMARA CHAAR LIMA LEITE
OAB: 10827/PA Participação: REPRESENTANTE DA PARTE Nome: GECILA AMOEDO DA CUNHA
RUBIN OAB: null Participação: REU Nome: M. F. D. C. R. Participação: ADVOGADO Nome: SAMARA
CHAAR LIMA LEITE OAB: 10827/PA Participação: REU Nome: G. A. D. C. R. Participação: ADVOGADO
Nome: SAMARA CHAAR LIMA LEITE OAB: 10827/PA Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D.
P.

DESPACHO

1) Intime-se o autor para no prazo de 15 dias se manifestar sobre a contestação e documentos anexos
pelo parte ré.

2) Após, conclusos.

Belém,13/08/2021

JOSE ANTONIO CAVALCANTE

Juiz de Direito

Número do processo: 0840877-20.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: ELMIRO DE


NORONHA PEREIRA Participação: ADVOGADO Nome: JOAO JORGE HAGE NETO OAB: 005916/PA
Participação: ADVOGADO Nome: NATALIA VELOSO SOUZA MORAES OAB: 25539/PA Participação:
REQUERIDO Nome: NATERCIA ALBUQUERQUE COELHO PEREIRA

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

3ª VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL

Redistribuam-se os autos imediatamente para o juízo da 5ª Vara de Família da capital, onde tramitam as
ações de divórcio, cumulada com guarda e oferta de alimentos (Proc. Nº 0841824-11.2020.814.0301),
bem como a ação de alimentos (Proc. Nº 0858128-85.2020.8.14.0301) envolvendo as mesmas partes.

Belém, 11 de agosto de 2021.

Pedro Pinheiro Sotero

Juiz de Direito, titular da 3ª Vara de Família da Capital


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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7206/2021 - Terça-feira, 17 de Agosto de 2021

Número do processo: 0834553-14.2021.8.14.0301 Participação: REQUERENTE Nome: C. C. D. P. R.


Participação: ADVOGADO Nome: PRESSILA PEREIRA DE SOUZA OAB: 24213/PA Participação:
REQUERIDO Nome: J. E. D. S. S. Participação: FISCAL DA LEI Nome: M. P. D. E. D. P.

AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA E CONVIVÊNCIA

DECISÃO/MANDADO

1) Quanto ao pedido de guarda, provisória, unilateral, indefiro-o, por ora, tendo em vista que a partir da
edição da Lei nº 13.058/2014 se estabeleceu que a guarda dos filhos deva, em regra, ser estabelecida de
forma compartilhada, uma vez que esta modalidade de guarda é a mais benéfica e que melhor atende aos
interesses dos menores envolvidos, não havendo, no momento, elementos nos autos que possam
convencer este juízo do contrário.

2) No que pertine ao pedido de modificação do direito de convivência paterno, verifico que a sentença
originária homologou a visitação de forma bem flexível resguardando a convivência paterna sempre que
lhe for pertinente, contudo a autora alega que tal ajuste está acarretando situações inconvenientes, assim,
entendo por deferir o pedido para que a convivência do requerido com os seus filhos seja:

a) Em finais de semanas alternados, podendo o requerido ir buscar os menores na sexta feira após as
atividades escolares e devolvendo-os ao domingo no final do dia, até as 19h;

b) No dia dos pais, os menores deverão passar o dia com o requerido, cabendo a este buscar os filhos e
devolve-los a sua genitora;

c)

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