Abnt Iso TS 19657
Abnt Iso TS 19657
Abnt Iso TS 19657
APRESENTAÇÃO
Projeto em Consulta Nacional
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos
(ABNT/CEE-104), com número de Texto-Base 104:000.000-016, nas reuniões de:
09.11.2021
a) é previsto para ser idêntico à ISO/TS 19657:2017, que foi elaborada pelo Technical
Committee Food products (ISO/TC 34);
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.
© ABNT 2021
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
Prefácio Nacional
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT ISO/TS 19657 foi elaborado no Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos
(ABNT/CEE-104). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX
a XX.XX.XXXX.
A ABNT ISO/TS 19657 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação,
à ISO/TS 19657:2017, que foi elaborado pelo Technical Committee Food products (ISO/TC 34).
Scope
The document specifies definitions and technical criteria (acceptable sources, materials and processes)
to be fulfilled for food ingredients to be considered as natural.
The document is applicable in business-to-business communication (B2B) only. It does not apply
to product communication to consumers (i.e. voluntary and mandatory labelling).
It does not apply to human safety, environmental safety, socio-economic considerations (e.g. fair trade)
and the characteristics of packaging materials.
There are no requirements for genetic engineering nor for agricultural practices such as organic
production in this document. However, these can be subject to regulations and/or other requirements.
Introdução
O objetivo deste documento é fornecer os critérios técnicos para que os ingredientes alimentares
sejam considerados naturais para utilização pela indústria de alimentos e de bebidas em nível global.
A conformidade com este documento ajuda a assegurar um campo de igualdade e práticas justas nas
relações business-to-business (B2B).
Este documento não se destina a fornecer informações aos consumidores sobre ingredientes
alimentares naturais, uma vez que as expectativas dos consumidores variam muito em todo o mundo
e de produto para produto.
NOTA Podem ser aplicadas informações, reclamações ou rotulagem exigidas legalmente, ou outros
requisitos legais aplicáveis.
Os setores de ingredientes alimentares podem achar benéfico desenvolver uma interpretação setorial
específica destes critérios técnicos para que ingredientes alimentares sejam considerados naturais,
em consistência com este documento.
1 Escopo
Projeto em Consulta Nacional
Este documento especifica definições e critérios técnicos (fontes, materiais e processos aceitáveis)
a serem cumpridos para que os ingredientes alimentares sejam considerados naturais.
Este documento é aplicável apenas à comunicação business-to-business (B2B). Ele não se aplica
à comunicação de produtos aos consumidores (isto é, rotulagem voluntária e obrigatória).
Não há requisitos para a engenharia genética nem para as práticas agrícolas, como produção
orgânica, neste documento. Entretanto, estes podem estar sujeitos a regulamentos e/ou outros
requisitos.
2 Referências normativas
Não há referências normativas neste documento.
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
A ISO e a IEC mantêm as bases de dados terminológicos para uso na normalização nos seguintes
endereços:
3.1
alimento
qualquer substância processada, semiprocessada ou crua, que se destine ao consumo humano,
incluindo bebidas, gomas de mascar e qualquer substância que tenha sido utilizada na fabricação,
[FONTE: Codex Alimentarius – General Standard for the Labelling of Prepackaged Food
(CODEX STAN 1 –1985)]
3.2
Projeto em Consulta Nacional
ingrediente
qualquer substância, incluindo um aditivo alimentar (3.3), utilizada na fabricação ou preparação
de um alimento (3.1) e presente no produto final, embora possivelmente em uma forma modificada
[FONTE: Codex Alimentarius – General Standard for the Labelling of Prepackaged Food
(CODEX STAN 1-1985)]
3.3
aditivo alimentar
qualquer substância normalmente não consumida como um alimento (3.1) por si só e não utilizada
normalmente como ingrediente (3.2) comum do alimento, tendo ou não valor nutritivo, cuja adição
intencional aos alimentos para fins tecnológicos (incluindo sensoriais), na fabricação, processamento,
preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, transporte ou outros, resulte ou possa ser
razoavelmente esperado que resulte (direta ou indiretamente) em que o próprio aditivo ou seus
subprodutos se tornem um componente ou, de outra forma, afetem as características de tais alimentos
[FONTE: Codex Alimentarius – General Standard for the Labelling of Prepackaged Food
(CODEX STAN 1–1985)]
a) A matéria-prima deve consistir em uma ou mais das seguintes: plantas, algas, fungos, animais,
micro-organismos, depósitos minerais ou água do mar.
c) Os ingredientes alimentares devem ser obtidos a partir de matérias-primas por processamento
físico e/ou enzimático e/ou microbiológico. O processamento enzimático e/ou microbiológico não
pode ser utilizado para produzir deliberadamente substâncias que não ocorram na natureza.
O ajuste do pH pode ser utilizado nesses processos.
d) Para atender aos requisitos de segurança dos alimentos e/ou regulamentares, quando não
houver técnicas de processamento físico e/ou enzimático e/ou microbiológico disponíveis, outros
processos podem ser utilizados, desde que o(s) componente(s) constituinte(s) do(s) ingrediente(s)
alimentar(es) não seja(m) alterado(s).
No caso de ingredientes alimentares compostos, cada ingrediente alimentar deve cumprir os critérios
técnicos deste documento para ser considerado natural.
O uso e a incorporação de água durante a produção de um ingrediente alimentar não impede que
o ingrediente alimentar seja considerado natural.
Uma árvore de decisão é apresentada no Anexo A como uma nota explicativa, para auxiliar na utilização
deste documento.
Projeto em Consulta Nacional
Anexo A
(informativo)
Árvore de decisão
Projeto em Consulta Nacional
Esta árvore de decisão é uma nota explicativa para auxiliar no uso deste documento.
No caso de ingredientes alimentares compostos, cada ingrediente alimentar deve atender aos critérios
técnicos deste documento para ser considerado como natural.
Q1.
A substância atende
Sim Não
às definições de alimento em 3.1
e ingrediente em 3.2?
(1 Escopo)
Q2.
O ingrediente alimentar é
Não Sim Este documento
“água mineral natural" ou "água potável engarrafada“
ou "aromatizante"? não se aplica
(1 Escopo)
Q3.
A matéria-prima Sim
é um combustível fóssil?
(critério 4a)
Q4.
Não A matéria-prima
é uma ou mais das
seguintes: plantas, algas, fungos, animais, Não Não é considerado um
micro-organismos, depósitos minerais ingrediente alimentar natural
ou água do mar?
(critério 4a)
Sim
Q.5
O ingrediente alimentar é
obtido a partir da matéria-prima por
processamento físico e/ou enzimático e/ou
microbiológico? O processamento enzimático e/ou Não
microbiológico não pode ser utilizado para produzir deliberadamente
substâncias que não ocorram na natureza.
O ajuste do pH pode ser utilizado
nesses processos.
(critério 4b) Q6.
Para atender aos requisitos
de segurança dos alimentos e/ou
regulamentares, quando não houver técnicas de
processamento físico e/ou enzimático e/ou microbiológico Não
disponíveis, outros processos podem ser utilizados, desde
Sim que o(s) componente(s) constituinte(s)
do(s) ingrediente(s) alimentar(es)
não seja(m) alterado(s)?
(critério 4c)
Sim
O ingrediente alimentar é considerado um ingrediente alimentar natural
Bibliografia
[1] Codex Alimentarius – Guidelines for the Use of Flavourings (CAC/GL 66 2008)
Projeto em Consulta Nacional
[2] Codex Alimentarius – Standard for Natural Mineral Waters (CODEX STAN 108 1981)
[3] Codex Alimentarius – General standard for Bottled/Packaged Drinking Waters (Other than Natural
Mineral Waters) (CODEX STAN 227 2001)
[4] Codex Alimentarius – General Standard for the Labelling of Prepackaged Food (CODEX STAN 1
1985)