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ABNT/CB-038

PROJETO ABNT NBR ISO 14030-2


MAIO 2024

Avaliação de desempenho ambiental — Instrumentos de dívida verde


Parte 2: Processo para finanças verdes

APRESENTAÇÃO
Projeto em Consulta Nacional

1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Avaliação de Desempenho Ambiental
(CE-038:004.001) do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB-038), com número de
Texto-Base 038:004.001-005/2, nas reuniões de:

21.09.2023 04.04.2024

a) é previsto para ser idêntico à ISO 14030-2:2021, que foi elaborada pelo pelo Technical
Committee Environmental Management (ISO/TC 207), Subcommittee Environmental
performance evaluation (SC 04);

b) não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Analista ABNT – Antonio Cordeiro.

© ABNT 2024
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

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MAIO 2024

Avaliação de desempenho ambiental — Instrumentos de dívida verde


Parte 2: Processo para finanças verdes

Environmental performance evaluation — Green debt instruments


Part 2: Process for green loans
Projeto em Consulta Nacional

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos internacionais adotados são elaborados conforme as regras da


ABNT Diretiva 3.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR ISO 14030-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB-038),
pela Comissão de Estudo de Avaliação de Desempenho Ambiental (CE-038:004.001). O Projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

A ABNT NBR ISO 14030-2 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à
ISO 14030-2:2021, que foi elaborada pelo Technical Committee Environmental Management (ISO/TC 207),
Subcommittee Environmental performance evaluation (SC 04).

O Escopo em inglês da ABNT NBR ISO 14030-2 é o seguinte:

Scope
This document establishes principles, specifies requirements and gives guidelines:

— for designating as “green” loans which finance eligible projects, assets and supporting expenditures;

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— for managing and reporting on the use of proceeds;

— for defining, monitoring and reporting on the environmental impacts;

— for reporting to interested parties;

— for validation and verification.


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This document is applicable to any borrower seeking financing by way of a green loan for eligible green
projects, assets and supporting expenditures. It is also applicable to lenders.

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Introdução

O financiamento de dívida verde tornou-se uma ferramenta importante para fornecer recursos financeiros
para atender aos crescentes desafios ambientais. Para instituições financeiras e outras instituições
que oferecem financiamentos, a designação “verde” pode ser utilizada para financiar projetos, ativos
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e suporte de gastos que resultem em potenciais benefícios ambientais, como o alinhamento com
as metas climáticas globais, a proteção do meio ambiente e a conservação dos recursos naturais. Para
mutuantes, mutuários e intermediários, as finanças verdes são uma opção atrativa com crescente
apelo de mercado.

O crescimento na demanda para investimentos verdes também tem levado a preocupações sobre
a “lavagem verde” (greenwashing), isto é, deturpação intencional ou involuntária de atributos
relacionados ao verde. Entretanto, a avaliação, a gestão e os relatórios claros, consistentes, robustos
e transparentes dos impactos positivos e negativos podem oferecer confiança e tranquilidade aos
investidores e a outras partes interessadas.

Este documento expande sobre os Loan Market Association’s Green Loan Principles[13], oferecendo
requisitos e orientações específicos para a elegibilidade de financiamentos verdes. O resultado
pretendido é prover clareza às finanças verdes e melhorar a sua credibilidade. Assim como na
ABNT NBR ISO 14030-1, isto é alcançado por meio do estabelecimento de requisitos para a alocação
de recursos financeiros para projetos, ativos e despesas de suporte, e para os relatórios requeridos
sobre os impactos reais ou esperados.

Os seguintes elementos do processo de emissão e gestão de uma finança verde foram provenientes
do processo especificado no escopo da ABNT NBR ISO 14030-1 e nos Green Loan Principles, com
vista a promover consistência entre os instrumentos de dívida:

— uso dos recursos;

— processo para avaliação e seleção;

— gestão dos recursos;

— relatórios.

Este documento também fornece requisitos específicos para as responsabilidades do mutuante e mutuário
relacionadas à documentação adicional, ao refinanciamento de empréstimos e aos relatórios.

O processo para financiamentos verdes é similar ao da ABNT NBR ISO 14030-1. Ambos os processos
se concentram nos elementos de financiamento verde: uso dos recursos, processo para avaliação
e seleção do projeto, gestão dos recursos e relatórios.

A Figura 1 apresenta a relação entre as quatro partes da série ABNT NBR ISO 14030.

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ABNT NBR ISO 14030-1: ABNT NBR ISO 14030-2:


Títulos verdes Financiamentos verdes
Avaliação de projetos, ativos e suporte de Avaliação de projetos, ativos e suporte de

ABNT NBR ISO 14030-4: Requisitos do programa de verificação


gastos elegíveis e relatórios de desempenho gastos elegíveis e relatório de desempenho

Opiniões de verificação de transação pré e pós-dívida


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Reportar aos investidores, ao verificador e ao público


a) Lista de projetos, ativos e suporte de gastos selecionados da ABNT NBR ISO 14030-3, ou outra
taxonomia adequada
b) Descrição de alocação, rastreamento e gestão previstos de títulos verdes/recursos de
financiamento
c) Descrição de indicadores de desempenho, metodologia e dados afins selecionados, utilizados
para avaliação
d) Resultados e relatórios de desempenho de transação pré e pós-dívida

ABNT NBR ISO 14030-3:


Taxonomia (ou outra taxonomia adequada)
Seleção de itens apropriados:
a) Categorias/subcategorias de investimento elegíveis
b) Benefícios ambientais
c) Critérios de elegibilidade
d) Métricas de desempenho

Requisitos adicionais de programas de financiamento verde (por exemplo, certificação de norma de títulos climáticos)

Figura 1 – Relação entre as partes da série ABNT NBR ISO 14030

Neste documento:

— “deve” indica um requisito;

— “convém que” indica uma recomendação;

— ”pode” (may/can) indica uma permissão/possibilidade ou capacidade.

NOTA BRASILEIRA Em inglês existem dois verbos (can/may) para expressar a forma verbal “pode” em
português.

As informações identificadas como “NOTA” servem para orientar o entendimento ou esclarecimento


do requisito associado.

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Avaliação de desempenho ambiental — Instrumentos de dívida verde


Parte 2: Processo para finanças verdes

1 Escopo
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Este documento estabelece princípios, especifica requisitos e fornece diretrizes para:

— designar finanças “verdes” que financiam projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis;

— gerenciar e reportar o uso dos recursos;

— determinar, monitorar e relatar os impactos ambientais;

— relatar às partes interessadas;

— validar e verificar.

Este documento é aplicável a qualquer mutuário que busque empréstimo por meio de uma finança
verde para projetos verdes, ativos e despesa de suporte elegíveis. Este documento também é aplicável
aos mutuantes.

2 Referências normativas
Não há referências normativas neste documento.

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

A ISO e a IEC mantêm as bases de dados terminológicos para uso na normalização nos seguintes
endereços:

— Plataforma de navegação online ISO: disponível em https://www.iso.org/obp

— IEC Electropedia: disponível em https://www.electropedia.org/

3.1 Termos relacionados aos instrumentos de dívidas

3.1.1
instrumento de dívida
obrigação que permite que uma parte angarie fundos, prometendo o reembolso a um mutuante (3.1.6),
de acordo com os termos de um contrato

3.1.2
instrumento de dívida verde
instrumento de dívida (3.1.3) cujas receitas líquidas ou um montante equivalente às receitas líquidas
serão exclusivamente aplicados para financiar ou refinanciar, parcial ou totalmente, projetos, ativos
e despesas de suporte elegíveis novos ou existentes

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3.1.3
mutuário
pessoa ou entidade que contraiu um financiamento (3.1.4)

3.1.4
financiamento
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dinheiro emprestado, geralmente com juros, por um ou mais credores (3.1.6) a um mutuário (3.1.3),
por um período limitado

3.1.5
finança verde
financiamento (3.1.4) cujas receitas líquidas serão aplicadas exclusivamente para financiar ou
refinanciar, parcial ou totalmente, projetos, ativos e suporte de gastos elegíveis novos ou existentes

3.1.6
mutuante
instituição ou outra entidade que disponibiliza fundos a um mutuário (3.1.3), com a expectativa de que
esses fundos sejam reembolsados

Nota 1 de entrada: Para os efeitos deste documento, o termo “mutuante” é genérico e inclui todas as
organizações financeiras que fazem financiamentos a pessoas físicas, pequenas e médias empresas,
independentemente das entidades de investimentos.

Nota 2 de entrada: Os “mutuantes” incluem, sem limitação, bancos autorizados, companhias de seguros,
bancos cooperativos, empresas de financiamento coletivo, empresas de crédito rotativo, bancos islâmicos,
pessoas físicas e provedores de financiamento solidário.

3.1.7
finança verde normalizada
finança verde (3.1.5) concedida com termos e condições-padrão, normalmente disponibilizada
a mutuários (3.1.3) com tamanho e recursos limitados

3.1.8
finança verde especializada
finança verde (3.1.5) concedida com termos e condições específicos, em que o mutuário (3.1.3) possui
os recursos para avaliar a elegibilidade de um projeto proposto, ativo e despesas de suporte

3.2 Termos relacionados aos objetivos e desempenho ambientais de projetos, ativos e despesas
de suporte

3.2.1
objetivo
resultado a ser alcançado

[FONTE: ABNT NBR ISO 14001:2015, 3.2.5, modificada − As notas de entrada foram excluídas.]

3.2.2
meio ambiente
circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora,
fauna, seres humanos e suas inter-relações

Nota 1 de entrada: Para os efeitos deste documento, convém que no trecho “em que uma organização opera”
seja entendido como “inerente ou afetada, direta ou indiretamente, pelos projetos, ativos e suporte de gastos
elegíveis do financiamento ou outros instrumentos de dívidas”.

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[FONTE: ABNT NBR ISO 14001:2015, 3.2.1, modificada − As Notas 1 e 2 de entrada foram excluídas
e uma nova Nota 1 de entrada foi adicionada.]

3.2.3
objetivo ambiental
objetivo (3.2.1) determinado pelo mutuário (3.1.3) ou mutuante (3.1.6), relacionado ao meio ambiente (3.2.2)
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3.2.4
desempenho ambiental
desempenho relacionado à gestão de aspectos ambientais (3.2.9)

[FONTE: ABNT NBR ISO 14001:2015, 3.4.11, modificada − A Nota 1 de entrada foi excluída.]

3.2.5
impacto
alteração que pode ter efeitos adversos ou benéficos

[FONTE: ISO 15392:2019, 3.17, modificada − O trecho “resultado de uma alteração ou condição
existente” foi “substituído por “alteração” e o trecho “pode ser adversa, neutra ou benéfica” foi
substituído por “pode ter efeitos adversos ou benéficos”.]

3.2.6
impacto ambiental
impacto (3.2.5) sobre o meio ambiente, ou conservação do meio ambiente (3.2.2), total ou parcialmente,
resultante dos projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis

3.2.7
resultado
mudança resultante do uso da saída de um projeto, ativo e despesa de suporte

[FONTE: ABNT NBR ISO 21502:2021, 3.13, modificada − o trecho “ativo e despesa de suporte” foi
adicionado.]

3.2.8
capital natural
estoque de recursos naturais renováveis e não renováveis (por exemplo, plantas, animais, ar, água,
solo, minerais) que se combina para produzir um conjunto de benefícios para as pessoas

[FONTE: Natural Capital Coalition[16]]

3.2.9
aspecto ambiental
elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que interage ou pode interagir
com o meio ambiente (3.2.2)

Nota 1 de entrada: Um aspecto ambiental pode causar impacto(s) ambiental(is) (3.2.6). Um aspecto ambiental
significativo é aquele que tem ou pode ter um ou mais impactos ambientais significativos.

Nota 2 de entrada: Aspectos ambientais significativos são determinados pela organização, aplicando um ou
mais critérios.

[FONTE: ABNT NBR ISO 14001:2015, 3.2.2]

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3.2.10
prevenção da poluição
uso de processos (3.3.3), práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços ou energia para evitar,
reduzir ou controlar (separadamente ou em conjunto) a geração, a emissão ou a descarga de qualquer
tipo de poluente ou rejeito, a fim de reduzir os impactos ambientais (3.2.6) adversos
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Nota 1 de entrada: A prevenção da poluição pode incluir redução ou eliminação da fonte; modificações
no processo, produto ou serviço; uso eficiente de recursos; substituição de material e de energia; reuso;
recuperação; reciclagem; regeneração; ou tratamento.

[FONTE: ABNT NBR ISO 14001:2015, 3.2.7]

3.3 Termos relacionados à avaliação de desempenho

3.3.1
indicador
variável quantitativa, qualitativa ou binária que pode ser medida ou descrita, representando o estado
das operações, gestão, condições ou impactos

[FONTE: ISO 14031:2021, 3.4.1]

3.3.2
monitoramento
determinação da situação de um sistema, um processo (3.3.3) ou uma atividade

[FONTE: ABNT NBR ISO 14001:2015, 3.4.8, modificada − A Nota 1 de entrada foi excluída.]

3.3.3
processo
conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam entradas em saídas

[FONTE: ABNT NBR ISO 14001:2015, 3.3.5, modificada − A Nota 1 de entrada foi excluída.]

3.3.4
validação
processo (3.3.3) para avaliação da razoabilidade das suposições, limitações e métodos que apoiam
uma declaração sobre o resultado de atividades futuras

[FONTE: ISO 14065:2020, 3.3.16]

3.3.5
verificação
processo (3.3.3) para avaliar uma declaração de dados históricos e informações, para determinar
se a declaração está materialmente correta e em conformidade com os critérios

[FONTE: ISO 14064-3:2019, 3.6.2]

3.3.6
verificador
pessoa competente e imparcial, com a responsabilidade de realizar e reportar uma verificação (3.3.5)

[FONTE: ISO 14064-3:2019, 3.2.6]

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4 Princípios
4.1 Transparência

Os relatórios e a comunicação sobre os aspectos ambientais são baseados em uma apresentação


das informações abertas, abrangentes e compreensíveis a todos.
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4.2 Exatidão

As tendências e as incertezas são reduzidas na medida do possível.

4.3 Completude

Todas as informações pertinentes são incluídas.

4.4 Pertinência

As informações e os dados são selecionados de modo que sejam apropriados às necessidades


do usuário destinado.

4.5 Robustez

As organizações utilizam abordagens metodológicas apropriadas e fontes de informação


fundamentadas na ciência mais recente para apoiar as suas tomadas de decisão e ações ambientais.
O reconhecimento das incertezas é considerado uma contribuição particularmente valiosa para
a tomada de decisão.

4.6 Accountability

As organizações reconhecem e assumem a responsabilidade por seus aspectos e processos


de avaliação ambientais positivos e negativos. Elas aceitam uma investigação/avaliação apropriada
e também aceitam a obrigação de responder a esta investigação/avaliação.

4.7 Princípio da precaução

Os riscos significativos ao meio ambiente, aos habitats naturais, à biodiversidade e à saúde e


bem-estar do ser humano são evitados, reduzidos e mitigados.

5 Requisitos de elegibilidade
5.1 Generalidades

Os projetos, ativos e despesas de suporte que atendam aos critérios de elegibilidade descritos na
ISO 14030-3 ou em outra taxonomia adequada são elegíveis para serem financiados pela finança
verde. Para projetos, ativos e despesas de suporte não descritos na ISO 14030-3 ou em outra
taxonomia adequada, a elegibilidade deve ser determinada de acordo com 6.3 ou 7.3. Um mutuário
ou mutuante deve explicar a sua escolha por uma taxonomia adequada.

NOTA Orientações sobre a seleção de uma taxonomia adequada são fornecidas no Anexo A.

Todos os projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis devem contribuir positivamente com pelo menos
um objetivo ambiental, o qual deve ser identificado. Sempre que possível, a medida em que os projetos,

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ativos e despesas de apoio contribuem para o(s) objetivo(s) ambiental(is) deve ser quantificada pelo
mutuário ou mutuante, conforme aplicável. O mutuário ou mutuante, conforme aplicável, somente deve
alocar recursos para projetos, ativos e despesas de suporte quando aspectos ambientais significativos
forem gerenciados e os impactos ambientais negativos significativos forem mitigados.

Convém que o atendimento de um objetivo primário de projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis
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não entre em conflito significativo com outros objetivos ambientais (ver 6.2).

No caso da seleção de projetos, ativos e despesas de suporte novos ou substitutos que ocorra durante
o período de vigência do financiamento, o mutuante ou mutuário deve realizar o mesmo processo
de identificação e quantificação, com os resultados sendo divulgados nos relatórios de empréstimo
subsequentes (ver 6.8.4 e 7.5.4).

5.2 Objetivos ambientais

Os objetivos ambientais podem incluir, porém não estão limitados a:

— mitigação das mudanças climáticas;

— adaptação às mudanças climáticas;

— uso sustentável e proteção da água e dos recursos marinhos;

— transição para uma economia circular, prevenção e reciclagem de resíduos;

— controle e prevenção da poluição;

— proteção e restauração de ecossistemas.

Convém que os objetivos sejam qualitativa ou quantitativamente mensuráveis.

6 Requisitos normalizados de finanças verdes


6.1 Uso de recursos

O mutuante de uma finança verde normalizada deve estabelecer, documentar, implementar e manter
um processo para avaliar e selecionar projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis.

O mutuário deve alocar um montante equivalente às receitas líquidas de qualquer finança verde
normalizada para projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis que atendam aos requisitos
de elegibilidade deste documento.

6.2 Avaliação e seleção do projeto

O mutuante deve avaliar o impacto ambiental de cada projeto, ativo e despesas de suporte , considerando
os objetivos ambientais pertinentes (ver 5.2), incluindo as possíveis interações entre eles. O princípio da
precaução deve ser considerado na avaliação do projeto, ativo e despesas de suporte.

O processo de avaliação e seleção deve incluir:

a) o estabelecimento de um ou mais objetivos ambientais para projetos, ativos e despesas de suporte


financiados ou refinanciados pela finança verde normalizada (ver 5.2);

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b) o desenvolvimento de uma lista de projetos, ativos e despesas de suporte, ou categorias para


alocação do montante equivalente às receitas líquidas;

c) a seleção de uma taxonomia adequada com a qual os projetos, ativos e despesas de suporte
devem estar em conformidade.
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NOTA Orientações sobre a seleção de uma taxonomia adequada são fornecidas no Anexo A.

6.3 Ensaio do processo de elegibilidade

6.3.1 Descrição de projetos, ativos e despesas de suporte

O mutuante deve aplicar um ensaio do processo de elegibilidade para determinar a elegibilidade


de projetos, ativos e despesas de suporte que não estejam descritos na ISO 14030-3 ou em uma
taxonomia alternativa adequada. Para os projetos, ativos e despesas de suporte propostos, o mutuante
deve documentar o seguinte:

a) escopo;

b) necessidade de adicionar os projetos, ativos e despesas de suporte à taxonomia;

c) termos e definições necessários;

d) contribuição positiva para pelo menos um objetivo ambiental;

e) riscos ambientais ou impactos ambientais negativos;

f) exclusão(ões) de projeto(s), quando aplicável;

g) uma metodologia para identificar, avaliar, monitorar, gerenciar e reportar os impactos ambientais,
riscos e exclusões.

Os resultados da avaliação das alíneas a) a g) devem ser documentados.

6.3.2 Desenvolvimento de critérios de elegibilidade

O mutuante deve desenvolver critérios de elegibilidade para os projetos, ativos e despesas de suporte
propostos.

6.3.3 Validação de elegibilidade

O mutuante deve obter uma validação independente da elegibilidade dos projetos, ativos e despesas
de suporte propostos.

6.4 Requisitos para projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis

O mutuante deve estabelecer uma documentação para produtos de finança verde normalizada para
descrever:

a) benefícios ambientais proporcionados pelos projetos, ativos e despesas de suporte;

b) projeto, ativos e despesas de suporte que podem ser financiados, com os montantes mínimo e
máximo;

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c) como o mutuário pode acessar a finança verde normalizada;

d) duração do financiamento, ponto de partida e ponto final da finança verde normalizada;

e) casos em que subsídios públicos sejam aplicados devido aos benefícios ambientais alcançados
e à duração destes;
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f) métricas utilizadas para avaliar os benefícios ambientais;

g) unidades de benefício ambiental (por exemplo, kgCO2 e reduzido).

NOTA As declarações e relatórios ambientais emitidos de acordo com a ABNT NBR ISO 14034 (VTA)
podem ser utilizados para identificar as métricas para avaliar os benefícios ambientais.

O mutuante deve assegurar a elegibilidade de todas as finanças verdes normalizadas que são
transacionadas, e um processo de verificação deve ser implementado. O mutuante deve manter um
registro atualizado das finanças normalizadas não liquidadas e dos projetos, ativos e despesas de
suporte associados durante o período de vigência da finança normalizada.

O mutuante não pode alocar recursos para projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis aos
quais os recursos tenham sido alocados sob outra finança verde, a menos que isto seja para separar
distinguir partes dos projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis identificados pelo mutuário.

6.5 Cronograma para alocação de finança verde normalizada

Os recursos da finança devem ser alocados para projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis
assim que sejam praticáveis.

6.6 Refinanciamento

No caso de refinanciamento, o mutuante deve assegurar que as finanças verdes normalizadas possam
ser identificadas em um portfólio. Convém que o mutuário forneça informações relacionadas ao seu
próprio projeto verde, ativo e despesa de suporte ao mutuante.

6.7 Gestão de recursos

Os montantes não liquidados de financiamentos verdes normalizados devem ser rastreados pelo
mutuante de maneira apropriada, de forma a manter a transparência e promover a integridade do
instrumento de dívida.

Convém que os mutuários estabeleçam um processo de governança interna pelo qual eles possam
rastrear a alocação de fundos para projetos verdes.

6.8 Relatórios

6.8.1 Generalidades

O mutuário deve disponibilizar e manter atualizadas as informações sobre o uso dos recursos.

Estas informações devem ser revisadas pelo menos anualmente até a alocação total, e em tempo
hábil no caso de desenvolvimentos materiais.

NOTA Os desenvolvimentos materiais podem incluir, porém não estão limitados a, reembolso antecipado,
mudança de controle ou aquisição, mudança de nome, alterações na elegibilidade de ativos e projetos,

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bem como quaisquer alterações, complementos e outras atualizações materiais para tratar dos documentos,
inclusive durante o período de vigência do instrumento de dívida (incluindo qualquer processo ou execução
de liquidação).

6.8.2 Indicadores de desempenho ambiental

O mutuante deve identificar os aspectos ambientais significativos associados a um projeto, ativo


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e despesa de suporte, e deve caracterizar o seu impacto.

Os mutuários com capacidade de monitorar os impactos alcançados devem incluir estes impactos em
seus relatórios.

NOTA Orientações sobre o planejamento para a coleta de informações ambientais quantitativas são
fornecidas na ISO 14033.

6.8.3 Relatório antes do financiamento

O mutuante deve disponibilizar ao mutuário as seguintes informações antes que a finança verde
normalizada seja fechada:

a) categorias de projetos verdes, ativos e despesas de suporte elegíveis;

b) métodos e critérios de elegibilidade (quantitativos ou qualitativos) para avaliação de projetos,


ativos e despesas de suporte elegíveis de acordo com 6.2;

c) frequência com que os relatórios são requeridos sobre indicadores de desempenho e métricas
associadas aos impactos ambientais de projetos e ativos financiados durante o período
de vigência da finança verde normalizada.

6.8.4 Relatório após o financiamento

O mutuante deve manter e disponibilizar os resultados dos indicadores de desempenho ambiental,


conforme fornecido na taxonomia especificada, descrevendo projetos, ativos e despesas de suporte,
antes que a finança verde normalizada seja fechada.

Quando aplicável e possível, os mutuários ou mutuantes podem calcular a contribuição para


a conservação, restauração ou melhoria do capital natural por meio de uma avaliação monetária dos
impactos ambientais e aspectos relacionados.

NOTA Exemplos de contribuições são encontrados no Natural Capital Protocol [15] e na ISO 14008.

6.9 Verificação

Ao declarar conformidade com este documento para financiamentos verdes normalizados, o mutuante
deve assegurar que a conformidade com os requisitos deste documento foi verificada.

7 Requisitos de finança verde especializada


7.1 Uso de recursos

O mutuário de uma finança verde especializada deve estabelecer, documentar, implementar e manter
um processo para avaliar e selecionar projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis. Em seguida,
o mutuário deve atribuir um montante equivalente às receitas líquidas de qualquer finança verde

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especializada para projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis que atendam aos requisitos
de elegibilidade deste documento.

7.2 Avaliação e seleção do projeto

O mutuário deve avaliar o impacto ambiental de cada projeto, ativo e despesa de suporte, considerando
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a pertinência dos objetivos ambientais (ver 5.2), incluindo possíveis interações entre eles. O princípio
da precaução descrito em 4.7 deve ser considerado na avaliação do projeto, ativo e despesa
de suporte.

O processo de avaliação e seleção deve incluir:

a) estabelecer um ou mais objetivos ambientais para projetos, ativos e despesas de suporte


financiados ou refinanciados pela finança verde (ver 5.2);

b) desenvolver uma lista de projetos ou categorias elegíveis para alocação do montante equivalente
aos recursos líquidos;

c) determinar se os projetos, ativos e despesas de suporte estão em conformidade com os critérios de


elegibilidade e se eles se enquadram dentro da taxonomia de projetos verdes, ativos e despesas
de suporte especificados na ISO 14030-3 ou em uma taxonomia adequada selecionada pelo
mutuário.

NOTA Orientações sobre a seleção de uma taxonomia adequada são fornecidas no Anexo A.

Se a ISO 14030-3 não for utilizada, o mutuário deve explicar a sua escolha por uma taxonomia
adequada.

As taxonomias adequadas são: iniciativas públicas ou privadas; publicamente disponíveis; localmente


apropriadas; aceitas nacional, regional ou internacionalmente; comumente reconhecidas pelos
participantes de mercado; e alinhadas com os princípios apresentados na Seção 4.

Quando projetos, ativos e despesas de suporte não estiverem descritos na ISO 14030-3 ou em uma
taxonomia alternativa adequada, o mutuário deve atender aos requisitos de 7.3.

7.3 Ensaio do processo de elegibilidade

7.3.1 Descrição de projetos, ativos e despesas de suporte

O mutuário deve aplicar um ensaio do processo de elegibilidade para determinar a elegibilidade


de projetos, ativos e despesas de suporte que não estejam descritos na ISO 14030-3 ou em uma
taxonomia alternativa adequada. Para os projetos, ativos e despesas de suporte propostos, o mutuário
deve documentar o seguinte:

a) escopo dos projetos, ativos e despesas de suporte propostos;

b) necessidade de adicionar projetos, ativos e despesas de suporte à taxonomia;

c) termos e definições necessários;

d) uma metodologia para identificar os impactos ambientais, riscos e exclusões;

e) impactos ambientais positivos resultantes dos projetos, ativos e despesas de suporte;

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f) riscos ambientais ou impactos negativos resultantes de projetos, ativos e despesas de suporte;

g) quaisquer critérios de exclusão que foram aplicados.

Os resultados da avaliação das alíneas a) a g) devem ser documentados.

7.3.2 Critérios de elegibilidade de projetos, ativos e despesas de suporte propostos


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O mutuário deve desenvolver critérios de elegibilidade para os projetos, ativos e despesas de suporte
propostos.

7.3.3 Validação de elegibilidade

O mutuário deve obter uma validação independente da elegibilidade de projetos, ativos e despesas
de suporte propostos.

7.4 Gestão de recusos

7.4.1 Alocação de recursos líquidos

O mutuário deve alocar um montante equivalente a 100 % dos recursos líquidos para projetos, ativos
e despesas de suporte elegíveis assim que seja praticável, porém antes do vencimento da finança
verde especializada. O mutuário deve manter uma lista atualizada de projetos, ativos e despesas de
suporte alocados durante o período de vigência do financiamento.

O mutuário não pode alocar recursos para projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis aos quais
os recursos tenham sido alocados sob outra finança verde especializada, a menos que isto seja
para separar e distinguir partes de projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis identificados pelo
mutuário.

7.4.2 Rastreamento de recursos

Convém que o montante equivalente de recursos líquidos da finança verde especializada seja
creditado em uma subconta, transferido para um subportfólio, ou de outra forma, rastreado pelo
mutuário de maneira sistemática. Isto deve ser documentado no processo e nos procedimentos
internos apropriados.

O mutuário deve estabelecer, implementar e manter um processo de rastreamento dos recursos


líquidos ou de um montante equivalente aos recursos líquidos de cada finança verde especializada.
O mutuário deve rastrear, conforme aplicável:

a) recursos líquidos ou um montante equivalente aos recursos líquidos;

b) recursos não alocados;

c) alocação de recursos líquidos ou um montante equivalente aos recursos líquidos para projetos,
ativos e despesas de suporte elegíveis.

7.4.3 Gestão de recursos não alocados

Enquanto a finança verde especializada permanecer não liquidada, o saldo dos recursos rastreados ou
um montante equivalente aos recursos líquidos deve ser ajustado periodicamente para corresponder
às alocações para projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis. Para a pendência da alocação

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desses saldos para projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis, convém que as receitas não
alocadas sejam mantidas em:

a) instrumentos de investimento temporário que sejam ativos, com alta liquidez e segurança, como
dinheiro, instrumentos equivalentes a dinheiro ou ativos financeiros de curto prazo, dentro de uma
função de tesouraria; ou
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b) colocações temporárias que não incluam projetos, ativos e despesas de suporte que sejam
inconsistentes com a natureza de um financiamento verde.

O mutuário deve disponibilizar aos mutuantes os tipos previstos de colocação temporária para o saldo
de recursos não alocados.

7.4.4 Refinanciamento

No caso de projetos, ativos e despesas de suporte elegíveis para refinanciamento, em que os fundos
devem ser utilizados, total ou parcialmente, para refinanciamento, convém que o mutuário forneça
uma estimativa do compartilhamento do financiamento versus refinanciamento. Quando apropriado,
convém que o mutuário também esclareça quais investimentos ou portfólios de projetos podem ser
refinanciados e, na medida em que seja pertinente, o período retroativo esperado para projetos verdes
refinanciados.

7.4.5 Não conformidade com alocação de recursos

Se os recursos líquidos do financiamento não forem alocados para projetos, ativos e despesas de
suporte elegíveis, o mutuário deve divulgar a não conformidade ao mutuante. Convém que o mutuante
remova qualquer designação verde do financiamento após a divulgação da não conformidade.

7.5 Relatórios

7.5.1 Generalidades

O mutuário deve disponibilizar a qualquer mutuante informações atualizadas sobre o uso dos recursos.

Convém que o mutuário renove estas informações pelo menos anualmente até a retirada total, e em
tempo hábil, no caso de desenvolvimentos materiais.

7.5.2 Indicadores de desempenho ambiental

O mutuário deve identificar os aspectos ambientais significativos associados a um projeto, ativo


e despesa de suporte, e deve caracterizar o seu respectivo impacto.

Convém que os mutuantes e mutuários com capacidade de monitorar os impactos alcançados incluam
estes impactos em seus relatórios.

NOTA Orientações sobre o planejamento para a coleta de informações ambientais quantitativas são
fornecidas na ISO 14033.

7.5.3 Informações para mutuantes

Convém que os mutuários disponibilizem as seguintes informações aos potenciais mutuantes e,


quando apropriado, a outras partes interessadas:

a) seus objetivos ambientais;

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b) categorias de projetos verdes, ativos e despesas de suporte elegíveis;

c) métodos e critérios de elegibilidade (quantitativos ou qualitativos) para avaliação de projetos,


ativos e despesas de suporte elegíveis de acordo com 7.2;

d) resultados esperados dos indicadores de desempenho ambiental conforme fornecido na ISO 14030-3
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ou em outra taxonomia adequada;

e) frequência dos relatórios sobre indicadores de desempenho e métricas associadas aos impactos
ambientais de projetos e ativos financiados durante o período de vigência da finança verde
especializada.

7.5.4 Relatórios após o empréstimo

7.5.4.1 Relatórios atualizados

O mutuário deve preparar um relatório atualizado pelo menos anualmente enquanto a finança verde
especializada permanecer pendente. Os mutuários devem fornecer um relatório atualizado aos
mutuantes em tempo hábil, no caso de fatos pertinentes.

O relatório de atualização deve:

a) estar disponível aos mutuantes;

b) incluir relatório de alocação (ver 7.5.4.2);

c) incluir relatório de elegibilidade (ver 7.5.4.3), quando o relatório de elegibilidade for pertinente
para os projetos verdes, ativos e despesas de suporte elegíveis;

d) incluir relatório de impacto (ver 7.5.4.4).

Convém que o relatório atualizado do mutuário esteja disponível ao público, a menos que acordos
de confidencialidade, considerações de concorrência ou um grande número de ativos fundamentais
limitem a quantidade de detalhes que podem ser disponibilizados.

Os mutuários devem disponibilizar ao público quaisquer relatórios do verificador ou outro material


pertinente que suporte o relatório de atualização, quando apropriado.

NOTA Os desenvolvimentos materiais podem incluir, porém não estão limitados a, reembolso antecipado,
mudança de controle ou aquisição, mudança de nome, alterações na elegibilidade de ativos e projetos,
bem como quaisquer alterações, complementos e outras atualizações materiais para tratar documentos,
inclusive durante o período de vigência do instrumento de dívida (incluindo qualquer processo ou execução
de liquidação).

7.5.4.2 Relatório de alocação

O relatório de alocação deve incluir, sem limitação:

a) confirmação de que a finança verde especializada está em conformidade com este documento;

b) uma declaração sobre os objetivos ambientais da finança verde especializada;

c) uma lista de projetos verdes, ativos e despesas de suporte elegíveis aos quais os recursos líquidos
tenham sido alocados (ou realocados);

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d) montantes alocados aos projetos verdes, ativos e despesas de suporte elegíveis;

e) uma estimativa da parcela dos recursos líquidos utilizados para financiamento e refinanciamento,
e quais projetos verdes, ativos e despesas de suporte elegíveis foram refinanciados (isto também
pode incluir o período retroativo esperado para refinanciamento de projetos verdes, ativos
e despesas de suporte elegíveis);
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f) distribuição geográfica dos projetos verdes, ativos e despesas de suporte elegíveis.

7.5.4.3 Relatório de elegibilidade

O relatório de elegibilidade deve incluir, sem limitação:

a) confirmação de que os projetos verdes, ativos e despesas de suporte elegíveis continuam a


atender aos requisitos de elegibilidade pertinentes especificados na ISO 14030-3 ou na taxonomia
alternativa selecionada, ou descritos no ensaio do processo de elegibilidade (ver 7.3);

b) informações sobre os indicadores e métricas de desempenho ambiental que são utilizados para
demonstrar a elegibilidade contínua de projetos verdes, ativos e despesas de suporte, conforme
contido na ISO 14030-3 ou na taxonomia alternativa selecionada, ou conforme descrito no ensaio
do processo de elegibilidade (ver 7.3).

NOTA Alguns financiamentos verdes especializados possuem alocação muito estável de receitas
e não precisam rastrear quaisquer indicadores de desempenho para manter a elegibilidade dos projetos
verdes, ativos e despesas de suporte (como o financiamento de uma única instalação solar de larga escala).
Isto significa que o relatório de atualização fornecido pelo mutuário a cada ano pode ser muito conciso
e simplesmente declarar novamente as informações de relatórios anteriores.

7.5.4.4 Relatório de impacto

O relatório de impacto deve, sem limitação:

a) fornecer os resultados ou impactos esperados ou reais dos projetos verdes, ativos e despesas de
suporte elegíveis em relação aos objetivos ambientais da finança verde especializada;

b) utilizar indicadores de desempenho qualitativo e, quando viável, medidas de desempenho


quantitativo dos resultados ou impactos dos projetos verdes, ativos e despesas de suporte
elegíveis em relação aos objetivos ambientais da finança verde especializada;

c) fornecer os métodos e as premissas-chave fundamentais utilizados na preparação dos indicadores


e das métricas de desempenho.

7.6 Verificação

Ao declarar conformidade com este documento para finanças verdes especializadas, o mutuário deve
assegurar que a conformidade com os requisitos deste documento foi verificada.

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Anexo A
(informativo)

Orientações sobre a seleção de uma taxonomia adequada


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A.1 Generalidades
As ABNT NBR ISO 14030-1 e ABNT NBR ISO 14030-2 permitem que os usuários determinem
a elegibilidade de um projeto, referenciando a inclusão de sua descrição setorial na ISO 14030-3
e aplicando limites e exclusões. Alternativamente, um usuário das ABNT NBR ISO 14030-1
e ABNT NBR ISO 14030-2 pode selecionar uma taxonomia que tenha sido desenvolvida para uso
no país do usuário ou em uma taxonomia especificada por um operador de programa de instrumento
de dívida verde.

As orientações deste Anexo são destinadas a assegurar que taxonomias adequadas estejam em
conformidade para uso e sejam confiáveis.

A.2 Divulgações ao usuário


Convém que o emissor/mutuário/mutuante documente seu fundamento para a seleção de uma taxonomia
adequada que no mínimo:

— expresse os objetivos ambientais;

— contenha critérios ou limites para elegibilidade e exclusões, se aplicável, de projetos, ativos


e despesas de suporte;

— tenha sido desenvolvida por uma fonte reconhecida, que pode ser governamental ou não governamental;

— esteja disponível ao público;

— seja apropriada à(s) jurisdição(ões) destinada(s) da emissão, geração ou financiamento;

— seja apropriada à localização dos projetos, ativos e despesas de suporte propostos;

— seja reconhecida pelos participantes de mercado;

— seja aplicável local, nacional, regional ou internacionalmente.

A.3 Verificação de adequação da taxonomia


Quando for verificada a conformidade com os requisitos da ABNT NBR ISO 14030-1 ou
ABNT NBR ISO 14030-2 de um instrumento de dívida verde, convém que os verificadores avaliem
a adequação da taxonomia e incluam suas conclusões em qualquer relatório ou opinião resultante.

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Bibliografia

[1]  ISO 5127, Information and documentation − Foundation and vocabulary


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[2]  ABNT NBR ISO 13065, Critérios de sustentabilidade em bioenergia

[3]  ABNT NBR ISO 14001:2015, Sistemas de gestão ambiental − Requisitos com orientações para uso

[4]  ABNT NBR ISO 14008, Avaliação monetária de impactos ambientais e de aspectos ambientais
relacionados

[5]  ABNT NBR ISO 14030-1, Avaliação de desempenho ambiental − Instrumentos de dívida verde −
Parte 1: Processo para títulos verdes

[6]  ABNT NBR ISO 14030-3, Avaliação de desempenho ambiental − Instrumentos de dívida verde −
Parte 3:Taxonomia

[7]  ABNT NBR ISO 14030-4, Avaliação de desempenho ambiental − Instrumentos de dívida verde −
Parte 4: Requisitos do programa de verificação

[8]  ISO 14033, Environmental management − Quantitative environmental information − Guidelines


and examples

[9]  ABNT NBR ISO 14034, Gestão ambiental − Verificação da tecnologia ambiental (VTA)

[10]  ABNT NBR ISO 14064-3:2019, Gases de efeito de estufa − Parte 3: Especificação com orientações
para a verificação e validação das declarações de gases com efeito de estufa

[11]  ISO 15392:2019, Sustainability in buildings and civil engineering works − General principles

[12]  ABNT NBR ISO 21502:2021, Gerenciamento de projetos, programas e portfólios − Orientação
sobre gerenciamento de projetos

NOTA BRASILEIRA A ABNT NBR ISO 21502:2021 não é citada na Bibliografia da ISO 14030-2:2021,
portanto, ela foi adicionada na Bibliografia deste documento por ser mencionada em 3.2.7.

[13]  ABNT ISO Guia 64, Guia para consideração de questões ambientais em normas de produtos

[14]  Loan Market Association, Green Loan Principles. Disponível em: https://www.lma.eu.com/
application/files/9115/4452/5458/741_LM_Green_Loan_Principles_Booklet_V8.pdf

[15]  Green Bond Guidelines Green Loan and Sustainability Linked Loan Guidelines, Ministry of the
Environment of Japan, 2020. Disponível em: http://www.env.go.jp/policy/guidelines_set_version_
with%20cover.pdf

[16]  Natural Capital Coalition. What is natural capital? (online). Disponível em: https://
naturalcapitalcoalition.org/natural-capital-2/

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