HD 2
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Faculdade de Direito
Turma:1P2LDR2
Herminio Cossa
Ivan Nhamtumbo
Jaime Binga
Contextualização
Moçambique é um pais que teve a sua independência no dia 25 de junho de 1975, cuja
tal independência foi conquistada pela via da luta armada, que durou cerca de uma
década, com o colonialismo português, portanto que impossível falar do direito
moçambicano sem incluir o período da colonização ate o da independência nacional. Os
princípios da justiça moçambicana estão associados ao colonialismo português. Desta
forma Moçambique tem o seu sistema de justiça com forte caracter da justiça
portuguesa apesar, de últimos tempos parece que a tendência de adequar a realidade
moçambicana.
Justificativa
O tema surge pelo facto de termos verificado a sua importância enorme para o Direito
moçambicano, no vertente histórico jurídico. A relevância de tema parece na altura em
que precisamos de aprimorar cada vez mais o conhecimento sobre o Direito
moçambicano no que tange a sua Historia. O tema tem extrema importância para nos
como estudantes do curso de Direito, ´porque através dela podemos proporcionar vários
diretrizes do conhecimento jurídico moçambicano. Esperamos que com este tema de
investigação consiga clarificar e lançar mais conhecimento em torno do contexto
jurídico em Moçambique.
OBJECTIVO DE ESTUDO
Objetivo geral
Objetivos específico
No que diz respeito aos colonos europeus e assimilados, o sistema de justiça era claro,
sendo regulado pelo Direito português oriundo de Lisboa e que era presidido pelo
magistrados e com o apoio dos oficias da justiça.
Quanto aos chamados indígenas, considerados não cidadãos, o sistema era diferente,
pois era tutelado pelas autoridades administrativas coloniais e apoiadas por demais
funcionários da administração e serviços indígenas, entre os quais os régulos.
De acordo com o professor John Gilissen ele dizia que, quando no mesmo território
coabita duas populações com sistemas jurídicos diferentes, poderá existir dois possíveis
soluções:
O vencedor impõe o seu direito aos vencidos, onde o mesmo direito passa a ser
aplicado a todos os cidadãos seja qual for a sua origem, chamado princípio da
territorialidade do Direito;
O vencedor pode deixar que os vencidos vivam segundo o seu próprio direito,
aplicando com tudo, o seu direito aos próprios cidadãos, o chamado a aplicação
do princípio da personalidade do Direito.
Desta forma, no caso de Moçambique, de acordo com o professor David Hedges dizia
que, um conjunto de legislação viria a contrariar as ideias de assimilação imposta no
seculo XIX.
De igual modo o professor Carlos Serra, também sustenta que, apos a queda de
Monarquia e o estabelecimento da República portuguesa, em 1910, e com a criação dos
Ministérios das Colónias, se convencionou que, a partir daquele momento, as Colónias
teriam descentralização administrativa.
Segundo o Hipólito Sengulane, dizia que, o moderno, associado aos europeus, foi
assumido como valor supremo. O oposto foi definido por termo tradicional, ao qual se
lhe ligavam como o atrasado ou incivilizado, atribuídos aos africanos. Onde
pressupunha que a missão dos avançados (europeus) era de civilizar os atrasados
(africanos).
Moçambique neste período tornou se uma nova nação e um novo território, com um
Projeto socialista, que a finalidade de retirar todos nos vestígios coloniais e de
construção de uma nova sociedade, que passa não só pela destruição do Direito
costumeiro, como dos chefes tradicionais (régulos), que eram vistos como os aliados do
poder colonial.
Segundo os professores João Carlos Trindade e João Pedroso, defendem que ser
possível existir três períodos da evolução organizacional judiciaria de Moçambique, a
saber:
1.3.1 Características
Este período constitui a transição do sistema colonial para a construção de uma nova
legalidade moçambicana. Mais, antes da proclamação da independência ocorreu um
período transitório, que cobriu os finais de 1974 até a data da independência, a 25 de
junho de 1975.
Tal como faz menção Victor Alexandre Lourenço na obra que temos vindo a citar,
“Estado, Autoridades Tradicionais e Transição Democrática em Moçambique: Questões
teóricas, dinâmicas sociais e estratégias políticas”, a FRELIMO rotulou todas as
instituições políticas e sociais que baseavam a sua reprodução social nas lógicas do
parentesco e asseguravam os lugares da autoridade política legítima pela sucessão
hereditária, como “feudais, obscurantistas e retrógradas” (Serra, 1993).
Por outro lado, os agentes políticos locais da FRELIMO, dos quais se destacam os
grupos dinamizadores, não manifestavam empenho, ou conhecimento social suficiente
para lidar com algumas particularidades socioculturais das comunidades rurais (como
por exemplo o casamento, o divórcio, questões de herança, resolução de conflitos
familiares e/ou comunitários, a encenação de rituais de iniciação, de chuva, a súplica
aos antepassados e o controlo da feitiçaria), porém as Autoridades Tradicionais –
queriam que fossem comprometidas ou não – eram usualmente mais sensíveis a estas
questões sociais e mais competentes para lidar com elas (Lundin, 1995).
Por outro lado, alguns governantes locais, nomeados pelo Estado, mantiveram uma
relação de tolerância e até de trabalho com as Autoridades Tradicionais, recorrendo a
estes para o exercício e manutenção do poder através de práticas mágico-religiosas, na
clandestinidade e geralmente à noite.
Banimento da advocacia
1.5.1 Características
Este período foi marcado pela passagem do regime monopartidária e socialista, para o
sistema pluripartidária ou seja, multipartidarismo e economia do mercado.
Para além dos três períodos defendidos pelos professores, João Carlos; Jorge Bacelar e
João Pedroso, acrescenta se um outro período que é marcada pela evolução da
organização judiciária moçambicana, designadamente:
Contudo, segundo o Valdemiro Sócrates, sustenta que a Constituição de 2004 não é uma
nova Constituição, em ternos matérias, pois não foram preenchidos os requisitos para a
existência de uma nova Constituição da Republica, por exemplo: nascimento de um
novo Estado.
2. Pluralismo jurídico
2.1. Conceito
Segundo o Kelsen, diz que o pluralismo jurídico de uma forma geral, a coexistência de
mais do que uma ordem jurídica ou sistema legal.
De acordo com Henriques José, diz que período colonial a coexistência das ordens
normativas na sociedade colonial esteve consagrado a vicissitudes políticas, sociais e
económicas dos Estados colonizadores. Com a proclamação da independência em
Moçambique, nasce se um Estado Novo, com a ideologia e estrutura marxista-leninista,
no qual se confundia o Direito com o Estado e o Estado com o Direito. Criou se um
Sistema unitário e monismo jurídico.
Direito Pluralista
O direito vigorado logo após a independência, era um Direito Plural, quer no contexto
rural, como no periurbano, sendo que as autoridades tradicionais foram substituídas
pelos Grupos Dinamizadores.
Importa aqui salientar que apesar de todo uns esforços tendentes a evitar, as Autoridades
Tradicionais continuaram a existir e a aplicar o Direito Tradicional, à pedida, quer das
populações, quer das autoridades oficiais locais.
Podemos concluir que o direito moçambicano no período colonial pelo dois sistemas de
justiça cujo os mesmos separavam claramente os direitos dos povos vivendo no mesmo
território moçambicano e que foi desta forma que os tais sistemas promoveram
discriminação entre os povos, porque visto que vedava as populações nativas a sua
integração plena na sociedade colonial. Com a proclamação da independência nacional
em 1975, moçambique viu a nascer o novo Estado através da sua nova constituição,
passando para o socialismo com a finalidade de formar uma nova legalidade
moçambicana, foi desta que destruiu se o Direito costumeiro e como dos líderes
tradicionais. Mais tarde volta se ao reconhecimento do pluralismo jurídico
moçambicano na base legal ou constitucional na constituição de 2004.
Bibliografia
PAUL, Leandro. (2019). Noções sobre sociologia do Direito e pluralismo jurídico
Moçambicano. Edição FDS. Maputo. (Paul, p.63 at al.,).