URBANIZAÇÃO
URBANIZAÇÃO
URBANIZAÇÃO
2.
a) Megacidade e megalópole
b) Megacidade e cidade global
c) Região metropolitana e megalópole
d) Região metropolitana e cidade global
3.
Neste ano, segundo dados da ONU, o número de pessoas no mundo que mora em áreas
urbanasultrapassará a população que vive em áreas rurais. Entretanto, o processo de
urbanização da humanidade é extremamente desigual, tanto em termos quantitativos como
qualitativos.
As cidades da tabela fazem parte de um grupo caracterizado por uma especificidade que o
distingue da maioria dos centros urbanos.
4. As cidades não são entidades isoladas, mas interagem entre si e articulam-se de maneira
cada vez mais complexa à medida que as funções urbanas e as atividades econômicas se
diversificame sua população cresce. Intensificam-se os fluxos de informação, pessoas, capital,
mercadorias eserviços que ligam as cidades em redes urbanas.
Sobre esse processo de complexificação dos espaços urbanos é correto afirmar que:
5. “Não houve, nos países desenvolvidos, como aconteceu nos países industriais, uma passagem
da população do setor primário para o secundário e, em seguida, para o terciário. A urbanização
se fez de maneira diferente: é uma urbanização terciária. Somente depois, evidentemente com
exceções, é que a grande cidade provocou a criação de indústrias”.
(Milton Santos, Manual de Geografia Urbana)
6. O crescimento rápido das cidades nem sempre é acompanhado, no mesmo ritmo, pelo
atendimento de infraestrutura para a melhoria da qualidade de vida.
A deficiência de redes de água tratada, de coleta e tratamento de esgoto, de pavimentação de
ruas, de galerias de águas pluviais, de áreas de lazer, de áreas verdes, de núcleos de formação
educacional e profissional, de núcleos de atendimento médico-sanitário é comum nessas cidades.
ROSS, J. L. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2009 (adaptado).
Sabendo que o acelerado crescimento populacional urbano está articulado com a escassez de
recursos financeiros e a dificuldade de implementação de leis de proteção ao meio ambiente,
pode-se estabelecer o estímulo a uma relação sustentável entre conservação e produção a partir:
a) carência de matérias-primas.
b) degradação da rede rodoviária.
c) aumento do crescimento vegetativo.
d) centralização do poder político.
e) realocação da atividade industrial.
2. (Enem, 2013) Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento
residencial dessa população, bem como de suas necessidades de trabalho, abastecimento, transportes, saúde,
energia, água etc. Ainda que o rumo tomado pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a
todas essas necessidades, o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.
MARICATO. E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis Vozes. 2001.
A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como consequência a expansão das áreas periféricas
pelo (a):
a) crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.
b) direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços.
c) delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida.
d) implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores.
e) reurbanização de moradias nas áreas centrais, mantendo o trabalhador próximo ao seu emprego, diminuindo os
deslocamentos para a periferia.
3. (Enem, 2014) No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados no centro das cidades é causa da
especialização dos bairros e de sua diferenciação social. Muitas pessoas, que não têm meios de pagar os altos
aluguéis dos bairros elegantes, são progressivamente rejeitadas para a periferia, como os subúrbios e os bairros
mais afastados.
4. (Enem, 2020) Esse processo concentra a população de renda mais elevada e maior poder político em áreas mais
centrais e privilegiadas em termos de empregos, infraestrutura básica e serviços sociais. Ao mesmo tempo, redistribui
a população menos favorecida quanto a esses aspectos, constituindo uma ocupação periférica que se estende até os
municípios limítrofes. Neles, as condições de acesso às áreas mais centrais são agravadas pelas grandes distâncias
e pelas dificuldades relacionadas à eficiência do sistema de transporte.
CAIADO, M. C. S. Deslocamentos intraurbanos e estruturação socioespacial na metrópole brasiliense. São Paulo em Perspectiva, n. 4,
out-dez. 2005.
5. (Enem, 2015) A humanidade conhece, atualmente, um fenômeno espacial novo: pela primeira vez na história
humana, a população urbana ultrapassa a rural no mundo. Todavia, a urbanização é diferenciada entre os
continentes.
DURAND, M. F. et al. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009.
No texto, faz-se referência a um processo espacial de escala mundial. Um indicador das diferenças continentais
desse processo espacial está presente em:
6. (UERJ, 2018) A cidade dos sonhos do arquiteto Le Corbusier teve enorme impacto em nossas cidades. Ele
procurou fazer do planejamento para automóveis um elemento essencial do seu projeto. Traçou grandes artérias de
mão única para trânsito expresso. Reduziu o número de ruas porque “os cruzamentos são inimigos do tráfego”.
Manteve os pedestres fora das ruas e dentro dos parques. Essa visão deu enorme impulso aos defensores do
zoneamento urbano e dos conceitos de superquadra. Não importava quão vulgar ou acanhado fosse o projeto, quão
árido ou inútil o espaço, quão monótona fosse a vista, a imitação de Le Corbusier gritava: “Olhem o que eu fiz!”.
Adaptado de JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000
O texto expressa a crítica de Jane Jacobs a um modelo urbanístico importante ao longo do século XX. A escritora
defendia a mistura de usos no espaço urbano de forma a valorizá-lo e a fortalecer o convívio. A cidade que apresenta
o predomínio do padrão urbano criticado por Jane Jacobs é:
a) Brasília;
b) Curitiba;
c) São Paulo;
d) Belo Horizonte;
e) Bauru.
7. (Enem, 2013) Embora haja dados comuns que dão unidade ao fenômeno da urbanização na África, na Ásia e na
América Latina, os impactos são distintos em cada continente e mesmo dentro de cada país, ainda que as
modernizações se deem com o mesmo conjunto de inovações.
ELIAS, D. Fim do século e urbanização no Brasil. Revista Ciência Geográfica, ano IV, n. 11, set./dez. 1988.
O texto aponta para a complexidade da urbanização nos diferentes contextos socioespaciais. Comparando a
organização socioeconômica das regiões citadas, a unidade desse fenômeno é perceptível no aspecto
8. (Enem, 2009) Além dos inúmeros eletrodomésticos e bens eletrônicos, o automóvel produzido pela indústria
fordista promoveu, a partir dos anos 50, mudanças significativas no modo de vida dos consumidores e também na
habitação e nas cidades. Com a massificação do consumo dos bens modernos, dos eletroeletrônicos e também do
automóvel, mudaram radicalmente o modo de vida, os valores, a cultura e o conjunto do ambiente construído. Da
ocupação do solo urbano até o interior da moradia, a transformação foi profunda.
MARICATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras. Disponível em: http://www.scielo.br. Ace1sso em:
12 ago. 2009 (adaptado).
Uma das consequências das inovações tecnológicas das últimas décadas, que determinaram diferentes formas de
uso e ocupação do espaço geográfico, é a instituição das chamadas cidades globais, que se caracterizam por:
9. (Enem, 2018) Foi-se o tempo em que era possível mostrar um mundo econômico organizado em camadas bem
definidas, onde grandes centros urbanos se ligavam, por si próprios, a economias adjacentes “lentas”, com o ritmo
muito mais rápido do comércio e das finanças de longo alcance. Hoje tudo ocorre como se essas camadas
sobrepostas estivessem mescladas e interpermeadas. Interdependências de curto e longo alcance não podem mais
ser separadas umas das outras.
BRENNER, N. A globalização como reterritorialização. Cadernos Metrópole, n. 24, jul.-dez. 2010 (adaptado).
A maior complexidade dos espaços urbanos contemporâneos ressaltada no texto explica-se pela
10. (Enem, 2020) O planejamento deixou de controlar o crescimento urbano e passou a encorajá-lo por todos os
meios possíveis e imagináveis. Cidades, a nova mensagem soou em alto e bom som, eram máquinas de produzir
riquezas: o primeiro e principal objetivo do planejamento devia ser o de azeitar a máquina.
HALL, P. Cidades do amanhã', uma história intelectual do planejamento e do projeto urbanos no século XX. São Paulo: Perspectiva, 2016
(adaptado).
2. A
As cidades brasileiras são constantemente transformadas a partir da ação de diversos atores, o que atrai grandes
contingentes populacionais. Dentre esses agentes, identificam-se os agentes imobiliários, que interferem no espaço,
contribuindo para a valorização e especulação de certas áreas das cidades que, por estarem associadas a um alto
valor para serem ocupadas, acabam gerando as áreas periféricas, caracterizadas por moradias mais simples, entre
outras características.
3. D
O processo descrito no texto é também conhecido como segregação, em que uma cidade é dividida de acordo com
as classes sociais e suas condições econômicas. Neste sentido, os terrenos e imóveis mais distantes dos grandes
centros são mais baratos e é onde, portanto, estão localizadas as classes mais baixas, que diariamente necessitam
se deslocar para os grandes centros por conta de trabalho ou estudo, contribuindo, assim, para o problema da
mobilidade urbana (trânsito).
4. A
O texto menciona características diferenciadas dos espaços a partir da existência de infraestrutura. O acesso a esses
espaços de melhor infraestrutura é mediado pelo poder aquisitivo da população. Nesse sentido, o texto demonstra a
segregação do espaço urbano.
5. E
A urbanização, definida como o crescimento populacional das cidades maior do que do campo, relaciona-se com o
grau de modernização das atividades econômicas na medida em que essas atividades são o principal atrativo deste
deslocamento. Se estas atividades se tornam altamente modernizadas, passam a demandar cada vez menos mão de
obra e, assim, as cidades deixam de ser tão atraentes para a população.
6. A
A questão fala acerca dos tipos de urbanização e suas consequências espaciais, sendo Brasília a cidade mais
planejada e, portanto, a mais delimitada em termos de funções dos espaços urbanos.
7. C
Apesar de se tratar de cidades que apresentam características socioeconômicas e culturais distintas, pode-se
observar que, em comum, elas possuem a questão demográfica, pois algumas apresentam grandes aglomerações
urbanas, que são atraídas por uma melhor infraestrutura, deslocando-se, assim, das áreas rurais para as áreas
urbanas.
8. D
As cidades globais são metrópoles que se destacam por exercer influência em escala planetária. Essa influência se
tornou cada vez mais possível e real com o avanço dos meios de comunicação após a década de 1970, a exemplo
da possibilidade de internacionalização da economia.
9. D
A questão fala da inter-relação comercial dos processos urbanos contemporâneos. Com a crescente globalização e
complexificação dos meios produtivos, existe também o aumento da dependência entre redes, sejam elas materiais,
como os transportes, ou imateriais, como comunicação. É característica da contemporaneidade a terceirização e a
distribuição industrial de um mesmo setor produtivo entre países, em diferentes cidades.
10. E
O texto comenta como o planejamento urbano transformou as cidades em máquinas de produzir riquezas. Essa
concepção da cidade favorece os agentes privados, como o mercado imobiliário, no planejamento urbano.
Portanto a afirmativa sobre ampliação da participação empresarial está correta. Tal questão também marca a
redução da soberania do agente do Estado.
Urbanização brasileira e a segregação socioespacial
1. (Enem, 2019)
E a situação sempre mais ou menos,
Sempre uns com mais e outros com menos.
A cidade não para, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce.
(CHICO SCIENCE e Nação Zumbi. In: Da lama ao caos. Rio de Janeiro: Chaos; Sony Music, 1994 - fragmento)
A letra da canção do início dos anos 1990 destaca uma questão presente nos centros urbano brasileiros que se
refere ao (à):
2. (Fuvest, 2009)-
A recente urbanização brasileira tem características parcialmente representadas nas situações I e II dos esquemas
acima. Considerando essas situações, é correto afirmar que, entre outros processos,
3. (Enem, 2014) Na primeira década do século XX, reformar a cidade do Rio de Janeiro passou a ser o sinal mais
evidente da modernização que se desejava promover no Brasil. O ponto culminante do esforço de modernização se
deu na gestão do prefeito Pereira Passos, entre 1902 e 1906. “O Rio civilizava-se” era frase célebre à época e
condensava o esforço para iluminar as vielas escuras e esburacadas, controlar as epidemias, destruir os cortiços e
remover as camadas populares do centro da cidade.
OLIVEIRA, L. L. Sinais de modernidade na Era Vargas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007
O processo de modernização mencionado no texto trazia um paradoxo que se expressava no (a):
4. (Enem, 2011) Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas fazem parte da
paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A situação das favelas no país reporta a graves problemas de desordenamento territorial. Nesse sentido, uma
característica comum a esses espaços tem sido
a) o planejamento para a implantação de infraestruturas urbanas necessárias para atender as necessidades básicas
dos moradores.
b) a organização de associações de moradores interessadas na melhoria do espaço urbano e financiadas pelo poder
público.
c) a presença de ações referentes à educação ambiental com consequente preservação dos espaços naturais
circundantes.
d) a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos com consequentes perdas materiais
e humanas.
e) o isolamento socioeconômico dos moradores ocupantes desses espaços com a resultante multiplicação de
políticas que tentam reverter esse quadro.
5. (Uerj 2019)
A história da Maré começa nos anos 40. No final dessa década, já havia palafitas – barracos de madeira sobre a lama
e a água. Surgem as comunidades da Baixa do Sapateiro, Parque Maré e Morro do Timbau
– este em terra firme. A construção da avenida Brasil, concluída em 1946, foi determinante para a ocupação da área,
que prosseguiu pela década de 50. Nos anos 60, um novo fluxo de ocupação teve início, quando moradores da Praia
do Pinto, Morro da Formiga, Favela do Esqueleto e desabrigados das margens do rio Faria-Timbó foram transferidos
para moradias “provisórias” construídas na Maré. O início dos anos 80, quando a Maré das palafitas era símbolo da
miséria nacional, marca a primeira grande intervenção do governo federal: o Projeto Rio, que previa o aterramento e a
transferência dos moradores das palafitas para construções pré-fabricadas. Em 1988, foi criada a 30ª Região
Administrativa (R.A.), abarcando a área da Maré. A primeira R.A. da cidade a se instalar numa favela marcou seu
reconhecimento como um bairro.
Adaptado de museudamare.org.br.
Composta, hoje, por 16 comunidades, a Maré é o maior complexo de favelas do Rio de Janeiro. Sua história, em parte,
está relacionada com as transformações na cidade entre meados do século XX e o momento atual. Considerando tais
transformações, a análise das fotos e do texto permite concluir que a história da Maré é marcada pelo seguinte processo
urbano:
6. (Enem, 2019) O consumo da habitação, em especial aquela dotada de atributos especiais no espaço urbano,
contribui para o entendimento do fenômeno, pois certas áreas tornam-se alvos de operações comerciais de prestígio
com a produção e/ou a renovação de construções, diferente de outras porções da cidade, dotadas de menor
infraestrutura.
(SANTOS, A. R. O consumo da habitação de luxo no espaço urbano parisiense. Confins, n. 23, 2015 - adaptado)
a) escala cartográfica;
b) conurbação metropolitana;
c) território nacional;
d) especulação imobiliária;
e) paisagem natural.
7. (Enem, 2020) A expansão das cidades e a formação das aglomerações urbanas no Brasil foram marcadas pela
produção industrial e pela consolidação das metrópoles como locais de seu desenvolvimento. Na segunda metade do
século XX, as metrópoles brasileiras estenderam-se por áreas de ocupação contínua, configurando densas regiões
urbanizadas.
MOURA, R. Arranjos urbano-regionais no Brasil: especificidades e reprodução de padrões. Disponível em: www.ub.edu Acesso em: 11
fev. 2015.
8. (Unicamp, 2011) O Brasil experimentou, na segunda metade do século 20, uma das mais rápidas transições
urbanas da história mundial. Ela transformou rapidamente um país rural e agrícola em um país urbano e
metropolitano, no qual grande parte da população passou a morar em cidades grandes. Hoje, quase dois quintos da
população total residem em uma cidade de pelo menos um milhão de habitantes.
Adaptado de George Martine e Gordon McGranahan, “A transição urbana brasileira: trajetória, dificuldades e lições aprendidas”, em
Rosana Baeninger (org.), População e cidades: subsídios para o planejamento e para as políticas sociais. Campinas: Nepo / Brasília:
UNFPA, 2010, p. 11.
a) A partir de 1930, a ocupação das fronteiras agrícolas (na Amazônia, no Centro-Oeste, no Paraná) foi o fator
gerador de deslocamentos de população no Brasil.
b) Uma das características mais marcantes da urbanização no período 1930-1980 foi a distribuição da população
urbana em cidades de diferentes tamanhos, em especial nas cidades médias.
c) Os últimos censos têm mostrado que as grandes cidades (mais de 500 mil habitantes) têm tido crescimento
relativo mais acelerado em comparação com as médias e as pequenas.
d) Com a crise de 1929, o Brasil voltou-se para o desenvolvimento do mercado interno através de uma
industrialização por substituição de importações, o que demandou mão de obra urbana numerosa.
e) Com a crise de 30, todos os esforços para industrialização interna foram em vão, momento no qual Vargas passou
a investir na indústria para exportação criando as primeiras cidades.
9. (Enem, 2016) O Rio de Janeiro tem projeção imediata no próprio estado e no Espírito Santo, em parcela do sul do
estado da Bahia, e na Zona da Mata, em Minas Gerais, onde a rede urbana do Rio de Janeiro, entre outras cidades:
Vitória, Juiz de Fora, Cachoeiro de Itapemirim, Campo dos Goytacazes, Volta Redonda - Barra Mansa, Teixeira de
Freitas, Angra dos Reis e Teresópolis.
O conceito que expressa a relação entre o espaço apresentado e a cidade do Rio de Janeiro é:
a) Frente pioneira;
b) Zona de transição;
c) Região polarizada;
d) Área de conurbação;
e) Periferia metropolitana.
Fala-se, aqui, de uma arte criada nas ruas e para as ruas, marcadas antes de tudo pela vida cotidiana, seus conflitos
e suas possibilidades, que poderiam envolver técnicas, agentes e temas que não fossem encontrados nas
instituições mais tradicionais e formais.
VALVERDE, R. R. H. F. Os limites da inversão: a heterotopia do Beco do Batman. Boletim Goiano de Geografia (Online). Goiânia, v. 37, n.
2, maio/ago. 2017 (adaptado).
2. D
O fenômeno da conurbação fala sobre o crescimento horizontal de duas cidades, a ponto de se perder de vista o
limite claro entre as duas. A região metropolitana é sua metrópole mais os municípios que ela influencia diretamente,
sendo comum que ocorra conurbação nessas áreas de intenso crescimento e troca de fluxos.
3. C
O processo de urbanização no Brasil ocorreu de forma concomitante com a exclusão do acesso à terra do
trabalhador rural, que se viu obrigado a migrar em busca de trabalho nos novos polos industriais. O crescimento
urbano-industrial foi feito, então, concomitantemente, em conjunto com o discurso desenvolvimentista da
modernização e civilidade. É muito comum ouvir a ideia de que o campo é atrasado e primitivo, enquanto a cidade
simboliza o moderno e civilizado. A urbanização foi feita com uma promessa de melhores condições de trabalho;
mas, na verdade, gerou problemas sociais profundos, pela desigualdade na distribuição de renda e a segregação
socioespacial.
4. D
Nos grandes centros do Brasil, é visível a desigualdade territorial a partir das favelas, que ocupam áreas de risco, de
não interesse imobiliário, como as encostas de morros e margens de rios. São áreas carentes de infraestrutura
básica, nas quais ocorrem problemas como desmoronamentos e enchentes, que atingem a população local.
5. C
A questão aborda a segregação socioespacial como consequência da estrutura de especulação sobre as terras
urbanas, tornando comum as habitações em espaços desvalorizados.
6. D
O texto faz menção ao processo de diferenciação dos espaços urbanos a partir de suas qualidades, o que se associa
à especulação imobiliária.
7. B
O processo de urbanização no Brasil, intensificado a partir da industrialização durante os governos de Getúlio Vargas
e Juscelino Kubitschek, criou um processo de metropolização excludente, no qual a população mais rica ocupa as
áreas centrais, com maior infraestrutura, e a população mais pobre, as áreas periféricas, com menor infraestrutura.
8. D
Foi a partir da política de substituição de importações, em Vargas, que a industrialização do Brasil começou a tomar
forma, com as indústrias de base colocadas no que seriam os principais centros urbanos. É importante entender que
colocar uma indústria no local onde já havia uma infraestrutura de produção e escoamento – como foi o caso do Rio
de Janeiro, com a economia do café – direciona os fluxos de crescimento, regulando a organização do espaço
urbano.
9. C
O texto retrata o nível de importância da cidade do Rio de Janeiro, pois destaca a área que é diretamente
influenciada pela capital carioca (englobando o próprio estado, Espírito Santo e Minas Gerais – até o encontro com a
área de influência de Belo Horizonte). Sendo assim, a opção que mostra corretamente o conceito que se relaciona à
dinâmica é o que fala em polarização (termo que indica a ideia de centralidade), típica das grandes metrópoles
brasileiras.
10. B
A manifestação artística contemporânea expressa na imagem trata da apropriação dos espaços públicos e urbanos
para desenvolver sua arte de inscrição nas paredes.
Processo de Urbanização no Brasil
1. Nota intitulada “Urbano ou rural?” foi destaque na coluna Radar, na revista Veja. Ela apresenta
o caso extremo de União da Serra (RS), município de 1900 habitantes, dos quais 286 são
considerados urbanos. A reportagem da revista apontou as seguintes evidências: a) A totalidade
dos moradores sobrevive de rendimentos associados à agropecuária; b) A “população” de
galinhas e bois é 200 vezes maior que a de pessoas; c) Nenhuma residência é atendida por
redede esgoto; d) Não há agência bancária
JOSÉ ELI DA VEIGA. (Adaptado de www.zeeli.pro.br)
A situação descrita no texto ocorre porque, no Brasil, a classificação oficial de uma aglomeração
urbana se dá exclusivamente a partir do seguinte critério:
a) Hierárquico-funcional
b) Econômico-financeiro
c) Político-administrativo
d) Demográfico-quantitativo
2. O Brasil experimentou, na segunda metade do século 20, uma das mais rápidas transições
urbanas da história mundial. Ela transformou rapidamente um país rural e agrícola em um país
urbano e metropolitano, no qual grande parte da população passou a morar em cidades
grandes. Hoje, quase dois quintos da população total residem em uma cidade de pelo menos
um milhão dehabitantes.
(Adaptado de George Martine e Gordon McGranahan, “A transição urbana brasileira: trajetória,dificuldades e lições aprendidas”,
em Rosana Baeninger (org.), População e cidades: subsídios para o planejamento e para as políticas sociais. Campinas: Nepo /
Brasília: UNFPA, 2010, p. 11.)
a) Favelização
b) Conurbação
c) Gentrificação
d) Verticalização
4.
CIDADE MÉDIA LIDERA CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
Os novos dados do crescimento urbano no Brasil mostram que as maiores taxas de crescimento
estão agora com as chamadas cidades médias e não mais com as grandes metrópoles.
Uma dupla de fatores que ajudam a explicar esta tendência é:
5.
“Em Cidade de Muros, Tereza Caldeira [apresenta uma visão panorâmica]. Fala de São Paulo,
mas sua leitura […] vale para boa parte das cidades do país: „A segregação – tanto social quanto
espacial – e uma característica importante das cidades. As regras que organizam o espaço
urbano são basicamente padrões de social e de separação. Essas regras variam cultural e
historicamente, revelam os princípios que estruturam a vida publica e indicam como os grupos
sociais se inter-relacionam no espaço da cidade.”
(Antonio RISERIO. A Cidade no Brasil. São Paulo: Editora 34, 2012. p. 307).
A situação das favelas no país reporta a graves problemas de desordenamento territorial. Nesse
sentido, uma característica comum a esses espaços tem sido: