Resolução 456 - 2016

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CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 456/2016

Fixa normas para a Educação Especial e para


o Atendimento Educacional Especializado
(AEE) dos alunos com deficiência, Transtornos
Globais do Desenvolvimento (TGD), Altas
Habilidades/Superdotação, no âmbito do
Sistema de Ensino do Estado do Ceará.

O Conselho Estadual de Educação, no uso de suas atribuições legais,


fundamentado no que determinam a Constituição Federal de 1988, as Leis
nº 9.394/1996 (LDB), nº 13.146/2015, os Decretos nº s 3.956/2001, 7.611/2011,
8.368/2014, o Decreto Legislativo nº 186/2008, e referenciado no Parecer
CNE/CEB nº 13/2009 e na Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que aprova e institui
respectivamente as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional
Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial,

RESOLVE:

Art. 1º A Educação Especial, como modalidade transversal a todos os


níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular,
devendo ser prevista no projeto pedagógico da unidade escolar.

Parágrafo único. A oferta de Educação Especial é dever constitucional do


Estado e do Município, por meio das instituições de ensino públicas e privadas e
tem início na educação infantil.

Art. 2º Para fins desta Resolução, considera-se público-alvo da Educação


Especial:

I – alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo


de natureza física, intelectual, mental ou sensorial;

II – alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD): aqueles


que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias
motoras, incluindo-se nessa definição alunos com autismo clássico, autismo de
alto desempenho ou síndrome de Asperger, e transtornos invasivos sem outra
especificação;
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III – alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam


um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento
humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e
criatividade.

Art. 3º A Educação Especial fundamenta-se nos princípios:

I – éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do


respeito ao bem comum;

II – políticos: dos deveres de cidadania, do exercício da criticidade e do


respeito à ordem democrática;

III – estéticos: da sensibilidade, da criatividade, do lúdico, da qualidade e


da diversidade de manifestações artísticas e culturais;

IV – da dignidade humana: da identidade social, da individualidade, da


autoestima, da liberdade, do respeito às diferenças, como base para a
constituição e fortalecimento de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e
competências;

V – da inclusão: voltados para o reconhecimento e a valorização das


diferenças e potencialidades do aluno, bem como de suas necessidades
específicas de educação na ação pedagógica;

VI – da totalidade: concepção integradora da ação educativa.

Art. 4º Cabe ao sistema de ensino estadual ou municipal estabelecer


políticas efetivas e adequadas à implantação da Educação Especial em todos os
níveis e modalidades de ensino, em regime de colaboração.

Art. 5º A Educação Especial será oferecida nas redes de ensino a partir da


educação infantil, considerando:

I – o que estabelece a Constituição Federal, no Capítulo III, Art. 208,


Incisos III, IV, V e VI;

II – os princípios que norteiam a instituição da educação inclusiva,


expressos no documento da Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva e nas Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial.

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Art. 6º A escola deverá acolher e matricular todos os alunos, quaisquer


que sejam suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas,
devendo o atendimento ser feito em classes comuns, em todos os níveis e
modalidades de ensino, assegurando as condições necessárias para uma
educação de qualidade para todos.

Art. 7º Os sistemas de ensino deverão instituir e fazer funcionar um setor


responsável pela Educação Especial, dotando-o de todas as condições
necessárias ao estabelecimento de uma educação inclusiva.

Parágrafo único. Os sistemas de ensino deverão acompanhar e


assessorar os profissionais das redes de ensino (professores da sala de aula
regular e do Atendimento Educacional Especializado (AEE), profissionais de
apoio, coordenador e diretor escolar) quanto aos procedimentos e processos
pedagógicos a serem utilizados em relação aos alunos da Educação Especial.

Art. 8º A equipe pedagógica responsável pela Educação


Especial/Inclusiva deverá ser formada por professores das redes de ensino,
devendo ter como base de sua formação inicial e continuada conhecimentos
gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área,
adquiridos em curso de especialização em Educação Especial/Inclusiva e/ou em
curso de aperfeiçoamento na área de, no mínimo, 180 horas.

Art. 9º Os sistemas de ensino oferecerão nas unidades escolares o AEE,


que tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de
acessibilidade que atenuem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas.

§ 1º O AEE complementa e/ou suplementa a formação dos alunos no


ensino regular com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.

§ 2º O AEE é realizado, prioritariamente, na Sala de Recursos


Multifuncionais (SRM) da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no
turno inverso da escolarização, podendo ser realizado, ainda em Centros de
Atendimento Educacional Especializado públicos ou privados, sem fins lucrativos,
conveniados com as Secretarias Estadual e Municipais de Educação.

§ 3º O AEE é de oferta obrigatória pela escola e de caráter facultativo


para a família.

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Art. 10. A Instituição oportunizará o acesso, o ingresso, a permanência e o


sucesso da pessoa com deficiência em todos os atendimentos escolares e nos
serviços oferecidos pela escola.

Art. 11. O AEE pode ocorrer fora do espaço escolar, ou seja, de forma
itinerante em ambiente hospitalar e domiciliar para prover, mediante atendimento
especializado, em parceria com a família, a educação escolar, e dar continuidade
ao processo de desenvolvimento e ao processo de aprendizagem de alunos
matriculados nas escolas regulares.

Art. 12. A organização dos atendimentos nas SRM deverá ser feita em
pequenos grupos ou em atendimento individualizado, quando necessário.

Art. 13. A escolha da sala de aula regular onde o aluno será escolarizado
priorizará como critério a idade cronológica, considerando sua maturidade
biológica, cognitiva, psicológica e social e a especificidade de suas diferenças.

§ 1º As escolas deverão estabelecer no seu projeto pedagógico os


parâmetros para enturmação dos alunos com deficiência nas salas de aula,
respeitando uma distribuição equitativa nas diferentes classes e uma relação
adequada entre o número de alunos e o professor, e as condições físicas e
materiais da sala para o atendimento às necessidades específicas dos alunos,
sem que seja necessária uma padronização quantitativa.

§ 2º Os alunos com surdez deverão ser matriculados, se possível, em


maior número na mesma sala de aula ou em escolas e/ou salas de aula bilíngues,
preservando, assim, a interação entre os pares surdos e a socialização da Língua
Brasileira de Sinais (Libras).

§ 3º Nos casos extraordinários, observar-se-ão as diretrizes ou


orientações do setor responsável pela Educação Especial dos sistemas de ensino
estadual ou municipal.

Art. 14. Para alunos com algum comprometimento motor, devem ser
previstas adaptações no mobiliário e nas formas de acesso, em atendimento as
suas necessidades físicas e pedagógicas, respeitando-se os parâmetros de
acessibilidade.

Art. 15. A normatização referente à estrutura física e equipamentos


adequados para a SRM seguirá as determinações do Ministério da Educação
(MEC).
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Art. 16. O projeto pedagógico da escola de ensino regular


institucionalizará a oferta do AEE prevista na sua organização, considerando:

I – Sala de Recursos Multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais


didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;

II – matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria


ou de outra escola;

III – cronograma de atendimento aos alunos;

IV – plano do AEE: identificação das necessidades educacionais


específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a
serem desenvolvidas;

V – professores para o exercício da docência do AEE;

VI – profissionais da educação: tradutor e intérprete de Libras, guia


intérprete e outros que atuem no apoio escolar, principalmente às atividades de
alimentação, higiene e locomoção, conforme indicações da Nota Técnica
nº 19/2010 MEC/SEESP/GAB, da Lei nº 12.764/2012 e Decreto nº 8.368/2014, e
da Lei nº 13.146/2015;

VII – profissional de apoio escolar para o desenvolvimento de atividades


de alimentação, higiene e locomoção do aluno com deficiência e atuação em
todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e
modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as
atividades técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente
estabelecidas;

VIII – redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do


desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos,
entre outros que maximizem o AEE.
§ 1º Os profissionais referidos nos Incisos VI e VII devem atuar com os
alunos público-alvo da Educação Especial em todas as atividades escolares nas
quais se fizerem necessárias.
§ 2º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino, é
vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas
mensalidades, anuidades e matrículas, no cumprimento das determinações
estabelecidas no art. 28, § 1º, da Lei nº 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
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Art. 17. Para atuação no AEE, o professor terá formação inicial que o
habilite para o exercício da docência e formação específica na Educação
Especial/Inclusiva ou cursos de formação em AEE.

Art. 18. São atribuições do professor do AEE:

I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos


pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades
específicas dos alunos, público-alvo da Educação Especial;

II – elaborar e executar plano de AEE, avaliando a funcionalidade e a


aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;

III – organizar o tipo e número de atendimentos aos alunos na SRM;

IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos


pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem
como em outros ambientes da escola;

V – estabelecer parcerias com áreas intersetoriais na elaboração de


estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;

VI – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de


acessibilidade utilizados pelo aluno;

VII – orientar o uso de recursos de Tecnologias Assistivas, tais como: as


tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e
aumentativa, a informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não
ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de
orientação e mobilidade, utilizando-os, entre outros, de forma a ampliar
habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e
participação;

VIII – articular com os professores da sala de aula regular, visando à


disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e
das estratégias que promovam a participação dos alunos nas atividades
escolares;

IX – promover atividades e espaço de participação da família e a interface


com os serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros.
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Parágrafo único. Deverão ser designados para o AEE, nas SRM, somente
profissionais com curso na área de Educação Especial/Inclusiva e/ou cursos de
aperfeiçoamento, com carga horária de, no mínimo, 180 horas.

Art. 19. Os alunos com deficiência, TGD, altas habilidades/superdotação


serão matriculados no ensino regular em período que antecede as demais
matrículas, estipulado pelas redes de ensino.

§ 1º No ato da matrícula inicial na unidade escolar, o aluno será


matriculado na sala de aula compatível com sua idade cronológica e
encaminhado para uma avaliação pedagógica realizada pelo professor do AEE,
em parceria com a família, considerando-se, quando houver, as observações do
professor de sua turma e/ou escola de origem, expressa em relatório.

§ 2º A partir do resultado dessa avaliação, o aluno será encaminhado, ou


não, para atendimento nas SRM;

§ 3º Alunos oriundos de classes ou escolas especiais transferidos para o


ensino regular serão matriculados em turmas de alunos com idade cronológica
compatível.

Art. 20. O currículo a ser desenvolvido com alunos que apresentam


deficiência, TGD, altas habilidades/superdotação será o mesmo oferecido aos
demais alunos, respeitando seus ritmos e interesses de aprendizagem.

Art. 21. A avaliação da aprendizagem dos alunos será feita pela escola,
sob a responsabilidade do professor, e deve considerar também a avaliação do
professor do AEE, em parceria com a família, vinculada a um sistema de
avaliação de caráter processual e formativo, que ultrapasse os processos
meramente classificatórios.

Art. 22. A verificação do rendimento escolar do aluno deverá considerar a


expressão dos seus conhecimentos de acordo com as possibilidades e com o
nível de desenvolvimento em que se encontra, bem como os aspectos básicos de
seu comportamento social.

Art. 23. No processo de avaliação, a escola deverá propor a diversificação


dos instrumentos de avaliação, das atividades e das estratégias metodológicas
que possibilitem aos alunos a expressão dos conhecimentos adquiridos.

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Art. 24. A avaliação deve seguir o princípio da equidade que exige que
cada aluno seja comparado consigo mesmo, considere ainda os avanços e as
dificuldades a serem trabalhadas por meio do acompanhamento de sua trajetória
individual, bem como a aprendizagem e a construção do conhecimento
acadêmico como uma conquista individual e intransferível do educando, que
extrapola padrões e modelos idealizados.
Art. 25. O histórico escolar dos alunos que apresentam deficiência e/ou
TGD será acompanhado, quando necessário, de ata e relatório descritivo das
competências e habilidades adquiridas, que traduzam as características
qualitativas do aluno, além de notas e/ou conceitos.
Art. 26. A instituição escolar viabilizará ao aluno com deficiência
intelectual ou TGD que apresente alta e comprovada defasagem idade/série/ano,
encaminhamento devido para a educação de jovens e adultos ou para a
educação profissional, de acordo com os limites de idade estabelecida para essas
modalidades.
Art. 27. As transferências de alunos que apresentam deficiências, TGD,
altas habilidades/superdotação que estejam devidamente matriculados no sistema
de ensino respeitarão as normas vigentes.
Parágrafo único. Ao ser transferido, o aluno receberá da escola o histórico
escolar acompanhado de seu relatório assinado pelo professor regente de sua
turma e pelo coordenador pedagógico da escola, para ser enviado, em caráter
confidencial, quando necessário, à escola que o receber.
Art. 28. A oferta da educação profissional para alunos com deficiências,
visando a sua inserção social no mundo do trabalho, dar-se-á de acordo com o
preconizado nos Artigos 39 a 42 da LDB.
Parágrafo único. Aos alunos que, por suas características, não puderem
receber educação profissional na conformidade do caput deste artigo, será
conferida a oportunidade de educação para o trabalho por intermédio de oficinas
pedagógicas em convênio com instituições especializadas ou outras parcerias.
Art. 29. Ao aluno que apresente forma de comunicação diferenciada dos
demais será assegurado o acesso tanto às informações quanto aos conteúdos
curriculares, conforme padrões de aprendizagem requeridos na instituição
escolar, mediante linguagens e códigos aplicáveis, como o Sistema Braille, Libras,
recursos de informática e outros meios técnicos, sem prejuízo da língua
portuguesa.
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Art. 30. Ao aluno que possui altas habilidades será oferecido serviço
suplementar organizado para favorecer o aprofundamento e o enriquecimento das
atividades curriculares, de conformidade com a sua capacidade cognitiva, visando
ao seu atendimento global.

Parágrafo único. Ao aluno referido no caput deste Artigo permitir-se-á o


recurso do avanço progressivo, conforme o disposto no Art. 24 da LDB.

Art. 31. A prática da educação física e do desporto reger-se-á pelo que


estabelece o Artigo 26, § 3º da LDB, e pela Lei nº 10.793, de 1º de dezembro de
2003, considerando a natureza e o comprometimento da deficiência apresentada,
respeitando a avaliação clínica a que o aluno tenha sido submetido, devendo a
escola garantir o acesso do aluno com deficiência a jogos, atividades recreativas,
esportivas e de lazer, no sistema escolar;

Art. 32. A formação de professores para a educação especial processar-


se-á de conformidade com o estabelecido pela LDB, Artigos 59, Incisos III e 62, e
com as diretrizes curriculares nacionais para a formação de docentes.

§ 1º A formação de que trata o caput deste artigo complementar-se-á por


cursos de atualização, aperfeiçoamento e especialização.

§ 2º Aos professores que já se encontram exercendo o magistério nessa


modalidade de ensino, ou que atuarão junto a esses alunos público-alvo da
Educação Especial, serão oferecidas oportunidades de formação continuada,
inclusive no nível de pós-graduação.

§ 3º Os sistemas de ensino e as instituições educativas públicas e


privadas devem assegurar aos professores que atuam na sala de aula comum e
no atendimento educacional especializado, bem como aos integrantes da equipe
técnico-pedagógica, formação continuada voltada para a educação dos alunos da
Educação Especial e para o atendimento às diferenças.

§ 4º Os sistemas de ensino devem articular convênios e parcerias para


garantir a formação continuada dos educadores, a investigação e a avaliação
permanente do processo educacional inclusivo na rede estadual de ensino.

Art. 33. Na área da Educação Especial, compete aos Sistemas de Ensino:

I – zelar pelo cumprimento desta Resolução;


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II – difundir esta Resolução junto às direções, educadores e funcionários


das escolas;

III – garantir a matrícula dos alunos com deficiência, TGD e altas


habilidades/superdotação na rede regular de ensino;

IV – manter atualizado o cadastro dos alunos que recebem Educação


Especial no âmbito de seu Sistema, identificando a demanda real por atendimento
a alunos com deficiência, TGD e altas habilidades/superdotação, mediante a
criação de sistemas de informação;

V – zelar pela formação básica dos alunos com deficiência, TGD, altas
habilidades/superdotação, visando à construção da cidadania;

VI – assegurar o acesso dos alunos com deficiência e/ou TGD e altas


habilidades/superdotação aos espaços sociais da sua comunidade, mediante a
eliminação de barreiras arquitetônicas e o estabelecimento de sinalizações
sonoras e visuais, assim como transporte escolar adaptado às necessidades dos
alunos público-alvo da Educação Especial.

VII – disponibilizar professores e profissionais de apoio qualificados para


atuarem na Educação Especial, conforme a necessidade;

VIII – desenvolver programas de formação continuada com vistas à


qualificação de profissionais para a área da Educação Especial;

IX – responsabilizar-se pelo planejamento, acompanhamento e avaliação


dessa modalidade de ensino;

X – estabelecer parcerias com organizações governamentais e não


governamentais na área educacional e profissional;

XI – firmar convênios com instituições públicas ou privadas nas áreas de


educação, saúde, trabalho, esporte, cultura e lazer, visando à qualidade do
atendimento aos alunos com deficiência;

XII – equipar as SRMs para o atendimento educacional especializado de


qualidade;

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XIII – assegurar recursos financeiros, técnicos, humanos e materiais às


unidades escolares, provendo-as das condições necessárias ao atendimento
dessa modalidade de ensino.

Art. 34. O aluno que apresentar necessidade de atendimentos


complementares para a sua aprendizagem será encaminhado para profissionais
especializados da área de saúde, tais como neuropediatra, psiquiatra,
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo e assistente social em escolas e
instituições especiais com as quais as redes públicas e particulares poderão
manter parceria.

§ 1º O encaminhamento dos alunos para os atendimentos


complementares de que trata o caput do artigo dependerá das avaliações de
suas necessidades, sempre com a participação da família.

§ 2º A organização do atendimento educacional da Educação Especial


ficará a critério da equipe pedagógica das Secretarias Estadual e Municipais de
Educação.

Art. 35. As creches e escolas de educação infantil oportunizarão


atendimento e estimulação precoce para as crianças de zero a três anos e onze
meses, público-alvo da Educação Especial, matriculados nas escolas municipais
de educação infantil, podendo firmar parcerias com instituições especializadas.

Art. 36. As instituições de ensino buscarão mecanismos de cooperação


com a educação para o trabalho, em parceria com organizações governamentais
e não governamentais, visando ao desenvolvimento de programas de qualificação
profissional para alunos com deficiência, promovendo sua inserção no mercado
de trabalho.

Art. 37. Deverá ser instituído, no âmbito do Sistema de Ensino Estadual,


sob a responsabilidade da Secretaria da Educação, banco de dados que reúna
informações sobre a situação das pessoas com necessidades educacionais
especiais e fomente pesquisas e estudos sobre o assunto.

Art. 38. Os prédios e equipamentos escolares, públicos ou privados,


obedecerão aos padrões mínimos de infraestrutura estabelecidos pelas normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), garantindo acessibilidade
a todos os alunos e a comunidade escolar.

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Art. 39. Cabe ao Conselho Estadual de Educação o


credenciamento/recredenciamento e autorização de funcionamento, dos Centros
de Atendimento Educacional Especializado, em consonância com as orientações
preconizadas na Nota Técnica nº 09/2010 do MEC/SEESP/GAB, que orienta a
organização desses Centros.

Art. 40. Os casos não contemplados na presente Resolução deverão ser


submetidos ao Conselho Estadual de Educação.

Art. 41. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação,


revogada a Resolução CEE nº 436/2012.

Sala das sessões do Conselho Estadual de Educação, em Fortaleza, ao


1º de junho de 2016.

PE. JOSÉ LINHARES PONTE – Presidente do CEE

ADA PIMENTEL GOMES FERNANDES VIEIRA – Vice-Presidente

SEBASTIÃO TEOBERTO MOURÃO LANDIM – Presidente da CEB

SAMUEL BRASILEIRO FILHO – Presidente da CESP

SELENE MARIA PENAFORTE SILVEIRA – Conselheira Relatora

FRANCISCO OLAVO SILVA COLARES

JOSÉ BATISTA DE LIMA

JOSÉ MARCELO FARIAS LIMA


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JOSÉ NELSON ARRUDA FILHO

LUCIANA LOBO MIRANDA

LUCIANO CARMELO DE MESQUITA PRADO

LÚCIA MARIA BESERRA VERAS

MARIA CLÁUDIA LEITE COÊLHO

MARIA DE FÁTIMA AZEVEDO FERREIRA LIMA

MARIA LUZIA ALVES JESUÍNO

MARIA PALMIRA SOARES DE MESQUITA

NOHEMY REZENDE IBANEZ

OROZIMBO LEÃO DE CARVALHO NETO

PAULO ROBERTO ESTEVES ARARIPE

RAIMUNDA AURILA MAIA FREIRE

TÁLIA FAUSTA FONTENELE MORAES PINHEIRO

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