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Segunda Guerra Mundial

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1

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3

2 ECONOMIA MUNDIAL PÓS PRIMEIRA GUERRA ........................... 4

3 CAPITALISMO ................................................................................... 5

4 NACIONALISMO ............................................................................... 7

5 NAZISMO........................................................................................... 7

6 FACISMO........................................................................................... 8

7 ATECEDENTES DA GUERRA .......................................................... 9

8 A GUERRA ........................................................................................ 9

9 FASES DA GUERRA ....................................................................... 11

10 BATALHAS ................................................................................... 11

10.1 Invasão Da Polônia ................................................................ 11

10.2 Ataque do Japão à base americana de Pearl Harbor ............ 13

10.3 Cerco a Leningrado (1941 a 1944) ........................................ 14

10.4 Batalha de Stalingrado (1942 a 1945) .................................... 15

11 ANTISSEMITISMO ....................................................................... 16

12 CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO ................................................. 18

13 HOLOCAUSTO............................................................................. 19

14 BOMBARDEIO NUCLEAR ........................................................... 20

15 PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA


MUNDIAL.........................................................................................................23

15.1 A economia do Brasil durante o conflito ................................. 27

16 O FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL .................................. 28

17 CONSEQUÊNCIAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ............ 30

18 ECONOMIA MUNDIAL NO PÓS GUERRA .................................. 32

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 39

2
1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre
o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para
todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa.
Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo
de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

3
2 ECONOMIA MUNDIAL PÓS PRIMEIRA GUERRA

Ao fim da primeira guerra, a procura por armamentos e munições


cessaram, porém a procura por aliementos e financiamentos para recuperação
da economia crescera. Como cita Arthmar, 2002:

Se as vendas de armas e munições desapareceram quase


instantaneamente com o fim da guerra, elas foram logo substituídas
pela não menos substancial procura por alimentos, matérias-primas e
bens de capital para socorrer as populações famintas e atender às
necessidades de reconstrução das nações européias. (ARTHMAR,
2002).

Arthmar, 2002 cita que ainda que os Estados Unidos estavam com a
posição de maior potência industrial e financeira no pós guerra, não previram a
grande responsabilidade que estavam por vir com todos os problemas
econômicos causados pela guerra.

Fonte: www.bbc.com

Se os Estados Unidos lograram emergir da guerra na invejável posição


de maior potência industrial e financeira do mundo, ao mesmo tempo
a profundidade da crise prestava um testemunho inequívoco de que a
diplomacia econômica de Washington não estava à altura das novas
responsabilidades que jaziam à sua frente. Tanto assim que os graves
problemas da economia internacional no imediato pós-guerra se
projetariam com toda força pelas duas décadas seguintes.
(ARTHMAR, 2002).

4
Para entender todo o processo da Segunda Guerra é necessário entender
alguns conceitos que será abordado no decorrer da História.

3 CAPITALISMO

O capitalismo pode estar associado a diversos adjetivos, dependendo


do momento histórico, das classes sociais, da natureza da coalizão de
classes dominante, da coordenação pelo Estado e pelo mercado, da
estrutura política. Considerando apenas as formas existentes de
capitalismo e diferentes critérios e pontos de vista, temos: (a) do ponto
de vista da nova classe social emergente no século XX, o capitalismo
contemporâneo pode ser chamado de capitalismo profissional ou
tecnoburocrático; (b) do ponto de vista da coordenação da economia,
como capitalismo desenvolvimentista, como ocorreu em todas as
revoluções industriais nacionais e nos Anos de Ouro do Capitalismo no
pós-guerra, ou como capitalismo liberal, como houve na Inglaterra e na
França (que passaram originalmente por todas as etapas de
desenvolvimento capitalista) da década de 1830 à de 1920, e, mais
recentemente, de 1979 até 2008; (c) do ponto de vista da coalização
de classes dominante, como capitalismo fordista, depois da Segunda
Guerra Mundial, ou capitalismo financeiro-rentista ou neoliberal, desde
a década de 1980; (d) do ponto de vista político, podemos identificar
um capitalismo social-democrático, como nos países europeus mais
avançados e no Canadá, ou capitalismo democrático-liberal, como nos
Estados Unidos - o país mais rico, mas uma plutocracia em termos
políticos e uma forma de capitalismo regressiva em termos sociais.
(PEREIRA, 2018).

Pode-se entender o capitalismo como uma forma de organização


econômica, que se baseia no lucro e acumulo de bens, porém não se limita
apenas ao âmbito econômico, se alastra pelos âmbitos sociais, culturais,
políticos, entre outros.
Etimologicamente, capital vem do latim Capitale que significa cabeça, o
que metaforicamente pode-se relacionar com “cabeça de gado” que já foi fonte
de riqueza, ou referindo-se a uma “capital” à qual se encontra toda a
administração da mesma.

Sob o capitalismo cada indivíduo tem que obter um rendimento. Se é


um operário tem que vender o seu trabalho a preços correntes; se ele
é um proprietário, tem que obter o maior lucro possível, porque a
consideração de que gozará entre os seus semelhantes dependerá do
nível do seu rendimento. A fome e o ganho - ainda que só
indirectamente - fazem-nos arar e semear, fiar e tecer, explorar minas
de carvão e pilotar aviões. Em consequência, os membros de uma tal
sociedade pensar-se-ão como governados por estas duas motivações
gémeas. Mas na realidade o homem nunca foi tão egoísta como a
teoria exigia. Embora o mecanismo do mercado tivesse privilegiado a

5
sua dependência em relação aos bens materiais, as motivações
«económicas» nunca formaram o seu único in- centivo para trabalhar.
Os economistas e os filósofos utilitaristas exportavam-na para abstrair,
nos negócios, de todas as motivações que não fossem «materiais»,
mas em vão. Uma investigação mais profunda mostrava sempre que
ele agia por motivos extraordinariamente «mistos», não excluindo os
do dever para consigo próprio e para com os outros-e, talvez, até
encontrando um prazer secreto em trabalhar por trabalhar. (POLANYI,
1978).

O capitalismo pode ser dividido da seguinte maneira Capitalismo


Comercial (Mercantil), este predominante do século XV a XVIII, onde cresce a
ideia do comércio e da conquista de colônias.
Capitalismo Industrial, surgiu juntamente com a Revolução industrial em
meados do século XVIII, onde os produtos comercializados passaram de
artesanais para industriais, possibilitando produção de um maior número de
produtos em um curto espaço de tempo, surgiu também nesse período a classe
operária.

Fonte: www.cartamaior.com.br/

Ainda que a definição de classe social não se deva restringir ao critério


de rendimento, utiliza-se, na sequência, as informações oficiais
existentes para comprovar as hipóteses lançadas anteriormente a
respeito do desenvolvimento da classe média motivada
fundamentalmente pelo vigor do capitalismo industrial. Assim, países
em ritmo de desindustrialização tendem a perder importância relativa
de suas classes médias no total global, enquanto o contrário sucedido

6
pelo deslocamento geográfico da produção de manufatura fortalece
cada vez mais o peso da estrutura social associada à classe média não
proprietária. (BARTELT, 2013)

Capitalismo Financeiro, este fundamentado nas leis dos bancos, das


empresas e das grandes corporações por meio do monopólio industrial e
financeiro.

Quando, na década de 1990, o notável marxista francês François


Chesnais lançou a interpretação do capitalismo como capitalismo
financeirizado, estava reconhecendo o novo poder dos financistas e
das instituições financeiras. Identificara um novo fenômeno histórico
que era essencialmente diferente do "capitalismo financeiro" de
Hilferding - a fusão do capital bancário com o capital industrial nos
grandes bancos comerciais. (PEREIRA, 2018).

4 NACIONALISMO

É conceituado como o sentimento de valorização de uma nação, pelos


seus cidadãos, uma ideologia baseada na consciência de nação.
Guimarães, 2008 afirma que em grandes potências o nacionalismo se
mostra como uma pretensão de superioridade nacional, ou seja entender que a
sua nação é superior às demais, e em função dessa crença surgiu políticas de
expansionismo de forma agressiva, colocando as minorias como inferiores para
que emergisse a raça que “deveria ser” predominante.

O nacionalismo nos países desenvolvidos, em especial nas Grandes


Potências, e sua pretensão de superioridade nacional redundaram
facilmente em políticas expansionistas e agressivas, tanto no
continente europeu como também na formação dos impérios coloniais,
com a noção explícita de inferioridade dos povos e das culturas locais
e até, eventualmente, a idéia de que seriam seres humanos distintos e
mesmo inferiores. Em um exemplo chocante dessa pretensão, o
general Westmoreland, então comandante-em-chefe das forças
americanas no Vietnã, se referiu publicamente aos vietnamitas como
seres diferentes "de nós", para justificar certas ações das tropas
americanas. (GUIMARÃES, 2008)

5 NAZISMO

“O nazismo levou o racismo biológico ao seu máximo desenvolvimento,


mas as idéias de assimilação cultural e linguística também estavam presentes,

7
sendo judeus e ciganos, provavelmente, os únicos aos quais essa possibilidade
foi cem por cento negada”, de acodo com Bertonha, 2010.

A Alemanha nazista inverteu esse padrão, absorvendo os ideais do


racismo científico e levando a raça ao posto de divisor central entre
povos e pessoas. Mas um tom etno-cultural também existia. Assim,
havia eslavos mais próximos da cultura alemã, como parte dos
tchecos, que poderiam ser assimilados, enquanto os poloneses, dado
a histórica rivalidade entre os dois povos, só o seriam em mínima parte.
(BERTONHA, 2010).

Fonte: conhecimentocientifico.r7.com/

De acordo Bertonha, 2010 “o nazismo não conseguiu extrair, do


continente, tudo o que poderia em termos de força militar, o que facilitou a sua
derrota pelos Aliados”.

6 FACISMO

Pode-se conceituar este como ima política totalitária antissocialista e


antiliberal.

A transformação pretendida seria tal que o regime não deixaria


qualquer atividade pública ou privada da população alheia às
ingerências do Estado. Nesse sentido Mussolini enalteceu, em
discurso proferido em 1935, o caráter totalitário do fascismo
(ROLLEMBERG, p.361, 2017 Apud Silva, 2000: 119).

8
De acordo com Rollemberg, 2017 “mesma forma, como se sabe, o
fascismo e o nazismo gestaram-se na recusa dos valores liberais consagrados
pelas revoluções burguesas”.

7 ATECEDENTES DA GUERRA

Pode ser considerado como uma das causas da Segunda Guerra, por
exemplo, o Tratado de Versalhes, este foi um acordo assinado pelos envolvidos
na Primeira Guerra onde os países vencidos deveriam diminuir seus exércitos,
e seu poder bélico, devolver territórios, incluía também o pagamentos de taxas,
entre outros.

Os principais termos do Tratado de Versalhes foram: rendição de todas


as colônias alemãs aos países mandatários da Liga das Nações;
devolução da Alsácia-Lorena à França; cessão de regiões para
Bélgica, Lituânia, Tchecoslováquia e Polônia; reparação de 6.600
milhões de libras esterlinas; banimento da união da Alemanha e
Áustria; aceitação, pela Alemanha, da culpa pela guerra; limitação de
seu exército a cem mil homens, sem tanques, artilharia pesada, gases
venenosos, aeroplanos e hidroaviões; limitação de navios até cem mil
toneladas, sem submarinos. O tratado foi assinado pela Alemanha sob
protesto, recusando-se os Estados Unidos a ratificá-lo (SÁ e Col, 2009
Apud MacMillan, 2004).

Segundo Sá e Col, 2009 “além de perder parte de seu território para a


França e de ter suas colônias redistribuídas entre os vitoriosos do conflito, a
Alemanha sofreu outras sanções impostas pelo Tratado de Versalhes”.

8 A GUERRA

Com todo esse cenário do Tratado de Versalhes, além de ter que lidar
com as perdas ocorridas durante a Primeira Guerra, foi crescendo na Alemanha
o sentimento de nacionalismo, de defender a nação e seus cidadãos.

9
Fonte: www.dw.com

A Segunda Guerra Mundial foi, em definitiva, o método capitalista para


encontrar uma saída à depressão econômica mundial da década de
1930, originada na crise de 1929, em termos capitalistas: a destruição
das forças produtivas, do potencial produtivo da humanidade.
(COGGIOLA, p. 122, 2015).

Em 1922 Benito Mussolini se tornou o Primeiro Ministro da Itália, este que


liderava um grupo com ideais anticomunistas e antiliberal. Em 1933, na
Alemanha chegou ao poder Adolf Hitler, que defendia a superioridade da raça
ariana, ele iniciou um regime de recuperação alemã, e de perseguição as
minorias (judeus, ciganos, negros etc...), consideradas por ele, a causa da crise
econômica. Ambos os lideres possuíam a ideologia do espaço vital que se
constituía em expansão territorial, e defendiam um regime totalitário, selaram um
tratado de amizade entre as nações, em 1936. O governo alemão decidiu então
iniciar seu processo de expansão, invadindo a França e Reino Unido, que
declararam guerra à Alemanha, iniciando assim a Segunda Guerra Mundial.
As alianças feitas nesse período, foram os Aliados (Reino Unido,
França, União Soviética e Estados Unidos) e o Eixo (Alemanha, Itália e
Japão).

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9 FASES DA GUERRA

Fonte: beduka.com

A Segunda Grande Guerra pode ser dividida em três momentos, a


Supremacia do Eixo, Equilíbrio das Forças e a Derrota do Eixo.
• Supremacia do Eixo: Durou de 1939 á 1941 momento em que a
Alemanha consegue invadir diversos territórios, e os japoneses
areas dominadas por britanicos e franceses na Ásia.
• Equilíbrio das Forças: Foi o momento em que os Aliados
conseguiram se reerguer, na Ásia e na Europa, momento que
durou de 1942 a 1943.
• Derrota do Eixo: Foi o momento em que a Itália foi invadida, a
Alemanha e o Japão foram derrotados repeditas vezes, Mussolini
deposto, essa fase durou de 1944 a 1945.

10 BATALHAS

10.1 Invasão Da Polônia

.... a ocupação conjunta da Polônia pelas forças alemãs e soviéticas


(1939-1941) e, em seguida, durante a guerra entre a Alemanha e a

11
União Soviética (1941-1945), a violência em massa de um modo jamais
visto na história se abateu sobre essa região
As vítimas foram basicamente judeus, bielorrussos, ucranianos,
poloneses, russos e bálticos, os povos nativos dessas terras. Catorze
milhões foram mortos em um período de somente doze anos, entre
1933 e 1945, enquanto Hitler e Stalin estavam no poder. (COGGIOLA,
p. 7, 2015).

Alimentado por uma sede de vingança, e por sua ideologia de expansão ,


Hitler em 1939 invade a Polônia dando início a Segunda Grande Guerra.
De acordo com Coggiola, 2015 “a Segunda Guerra, como se sabe,
começou “oficialmente” a 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia
ocidental pela Alemanha nazista, que derrotou não tão rapidamente quanto
inicialmente pensado (pelos líderes alemães) a resistência militar polonesa:

“Foi a primeira demonstração prática do novo estilo de guerra


conhecido como Blitzkrieg. As forças armadas alemãs misturaram os
ensinamentos táticos da Primeira Guerra Mundial com as novas
tecnologias em veículos blindados, aviões de combate e comunicações
por rádio para criar uma nova forma de guerra inter-armas. A ponta de
lança da ofensiva alemã foram as divisões blindadas (Panzer) cuja
potência de fogo e de surpresa foram incrementadas pela ação dos
bombardeiros Stuka. O exécito polonês de 1939 não era tão atrasado
como frequentemente se afirma; sua obstinada resistência deu aos
alemães mais de uma surpresa, como na contraofensiva de Bzura. O
exército alemão não tinha ainda aperfeiçoado suas novas táticas; suas
baixas foram relativamente altas para uma campanha tão curta. Isto
forneceu à Wehrmacht uma série de lições cruciais. Manifestou as
carências da doutrina e do treinamento alemão, e permitiu à
Wehrmacht aprontar a Blitzkrieg antes de seu maior desafio: a invasão
da França em 1940”. (COGGIOLA, p. 37, 2015 Apud STEVEN, p.6,
2007).

Fonte: www.megacurioso.com.br

12
“Em março de 1939, os governos britânico e francês deram garantias,
formalizadas em tratados subsequentes, de que lutariam caso houvesse
agressão alemã contra a Polônia”, de acordo com Hastings, 2015.

Se o pior acontecesse, a França prometeu à cúpula militar em


Varsóvia que seu exército atacaria a linha Siegfried de Hitler em até
treze dias depois da mobilização. A Grã-Bretanha prometeu uma
ofensiva imediata com aviões de bombardeio contra a Alemanha. As
garantias oferecidas pelas potências refletiam cinismo, pois nenhuma
delas tinha a menor intenção de cumpri-las: destinavam-se a deter
Hitler mais do que a fornecer assistência militar verdadeira à Polônia.
(HASTINGS, 2015)

10.2 Ataque do Japão à base americana de Pearl Harbor

Segundo Hastings, 2015, “o Japão deu início a seu ataque a Pearl Harbor
e ao Sudeste Asiático em 7 dezembro de 1941”.

Antes do ataque japonês às bases norte-americanas de Pearl Harbor,


muitas áreas do extenso território oriental já estavam em guerra, com
as colônias inglesas combatendo os japoneses. Depois de Peral
Harbor, o Japão invadiu a Malásia rumo a Singapura, apoiado pela
Tailândia, que permitia a utilização das suas bases pelos japoneses.
Em pouco tempo a Malásia foi conquistada; o Japão preparou o ataque
a Singapura, a principal base britânica na Ásia, considerada uma
fortaleza inexpugnável. O Japão bombardeou com seus aviões a
cidade enquanto o Exército Imperial, liderado pelo general Tomoyuki
Yamashita também conhecido como “Tigre da Malásia” lutava contra
os britânicos. Em 15 de fevereiro de 1942, Singapura caiu. A Malásia
e Singapura tornaram-se fornecedoras de matéria-prima para o Japão.
(COGGIOLA, p.35, 2015).

Fonte: veja.abril.com.br

13
De acordo com Coggiola, 2015 “na esperança de que o Japão, depois de
Pearl Harbor, também atacasse a URSS - o que seria bom para a Alemanha,
que já invadira a URSS, seis meses antes -, Hitler apressou-se em declarar
guerra aos EUA”.

A guerra foi bem-vinda para a economia norte-americana. A situação


de crise econômica nos EUA só foi superada com a Segunda Guerra
Mundial e com a aprovação do maior orçamento de defesa de sua
história: só a guerra deu, portanto, um fim à crise econômica iniciada
em 1929. Os desempregados, de 10 milhões (em 1934-35) passaram
para oito milhões (em 1936-37), mas já superavam novamente 11
milhões em 1938, e ainda eram 10 milhões em 1940. O quadro só foi
revertido em 1942, depois do ataque japonês a Pearl Harbor, quando
a máquina bélica norteamericana começou a funcionar a todo vapor.
(COGGIOLA, p.48, 2015)

10.3 Cerco a Leningrado (1941 a 1944)

Ocorreu de forma gradual, ao passo que o exército alemão avançava no


território soviético, em 1941 as forças alemãs conquistaram o norte da cidade,
tinha como intenção de aniquilar a cidade, matar a população de fome, por isso
destruíram armazéns que estocavam comida.

Em janeiro de 1943, a linha de frente alemã no Leste sofreu uma série


de golpes debilitantes. No dia 12, no extremo norte, os russos lançaram
um ataque que ao fim de 5 dias de combates, abriu um corredor ao
longo da costa do lago Lagoda, rompendo o cerco a Leningrado.
(HASTINGS, 2015).

14
10.4 Batalha de Stalingrado (1942 a 1945)

Fonte: bullmensfiction.com/

É importante relembrar que a Alemanha e a Rússia firmaram um acordo,


onde um não poderia atacar o outro, o Pacto Germano-Soviético que possibilitou
que Hitler invadisse a Polônia sem o envolvimento da URSS. Porém esse pacto
acabou sendo rompido quando o exército alemão atacou a União Soviética,
tendo como objetivo dominar seu território, porém sem sucesso.

O desastre bélico da União Soviética durante a primeira metade da


guerra não precisou esperar até a invasão da União Soviética pelo
exército de Hitler. Já na invasão à Finlândia, uma das consequências
do pacto germano-soviético, em 1940, a União Soviética perdeu 200
mil homens (quase a metade do que os Estados Unidos e a Inglaterra
perderam em toda a guerra) porque as suas tropas estavam, depois da
decapitação do Exército Vermelho em 1937, dirigidas. (COGGIOLA,
p.109 e 110, 2015).

Em 1942 começaram os avanços a cidade de Stalingrado, uma das


batalhas mais importantes e sangrentas da guerra, foram cerca de 40 mil civis
que morreram apenas nos dois primeiros dias. No entanto os soviéticos
venceram as tropas alemãs.

Os exércitos alemães foram detidos em Stalingrado (verão de 1942 —


março de 1943). Depois disso, os russos começaram por sua vez o
avanço, que só os levou a Berlim, Praga e Viena no fim da guerra. De
Stalingrado em diante, todo mundo sabia que a derrota da Alemanha
era só uma questão de tempo. (HOBSBAWM, 1994).

15
De acordo com Hobsbawm, 1994 “de Stalingrado em diante, todo mundo
sabia que a derrota da Alemanha era só uma questão de tempo”.

11 ANTISSEMITISMO

Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

De acordo com Sorj, 2007 “o termo "antissemitismo" tem sido usado para
designar, de forma genérica, as manifestações de hostilidade contra judeus
desde os tempos greco-romanos até os dias de hoje”.
Segundo Freitas, 2009 “tais ações, inéditas em sua clareza, organização
e em seu amparo na legislação e na ideologia nacionais, determinaram o
extermínio, motivado por questões raciais, de uma inteira parcela populacional”.

No entanto, um elemento determinante diferenciou os dois episódios,


colocando o segundo em um patamar singular de hediondez: o
massacre, promovido pela Alemanha nacionalsocialista, de forma
deliberada e embasada na legislação interna, de um inteiro segmento
da população civil, os judeus. (FREITAS, 2009).

Antissemitismo, foi o nome dado ao ódio e repúdio dos alemães para com
os judeus. Em 1935, foi decretada a Lei de Nuremberg que excluía dos judeus
a cidadania alemã, ou seja, passaram a ser moradores da Alemanha, porém não
eram considerados cidadãos alemães, o que permitia as atrocidades cometidas
dos mesmos.
16
Tal massacre, que teve suas bases lançadas com a aprovação, pelo
governo nazista, das Leis de Nuremberg (1935)¹, que determinavam a
restrição dos direitos civis da população judia, culminou com o
deslocamento dos judeus para campos de concentração, onde eram
submetidos a trabalhos forçados, a serem cobaias em pesquisas
científicas e, sob a alcunha “solução final”, à morte por meios atrozes,
como através de câmaras de gás. Essas medidas, assim, levaram à
completa perda da cidadania da população judia que vivia sob o
domínio do nacional-socialismo. (FREITAS, 2009).

Outro acontecimento que ficou marcado na história do antissemitismo, foi


a Noite dos Cristais, onde os alemães destruíram diversos símbolos Judaicos,
como sinagogas, comércios, residências entre outros.

Os eventos dessa noite deixaram 1,6 mil sinagogas incendiadas na


Alemanha, tendo ainda como saldo a ida de 30 mil judeus para os
campos de concentração. Na noite do dia 09 de novembro de 1938, ao
que parece 91 judeus foram mortos, em um período de 24 horas de
violência contra um patrimônio e uma cultura. (BALBINO.p.162. 2016)

Segundo Balbino, 2016 “muitos judeus tinham decidido sair da Alemanha


após a Noite dos Cristais, quando o povo judeu foi atacado violentamente pelos
antissemitas , vendo o patrimônio por eles construídos ser destruído”.

O nome dado a noite e ao dia de terror Kristallnacht: a noite de cristal.


Para os que perpetraram a destruição, o nome refletia seu sentimento
tanto de triunfo como de desprezo: o triunfo diante do que havia
destruído, risada diante dos sons dos vidros que se quebravam. No
entanto, medo e sofrimento foram infligidos a cada judeu alemão
naquela noite. (BALBINO. p.162. 2016 Apud GILBERT, 2006 p.11-12).

17
12 CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO

Fonte: www.bbc.com/portuguese

Eram locais pra onde levavam os judeus e quem mais fosse considerado
inferior aos alemães estes eram aprisionados em situações desumanas,
escravizados, mal alimentados e exterminados.

Foi decisivo para os nazistas o conceito ideológico de


Volksgemeinschaft (comunidade do povo), que serviu para excluir
minorias determinadas (e também construídas) considerando-as
“inimigas internas”. Os experimentos biológicos de raça dos médicos
dos campos eram justificados como um pretenso serviço à “saúde do
povo”. (JURT. p.200, 2009)

De acordo com Jurt, 2009 “o conceito de “prisão preventiva”, que


deveria legitimar a instalação dos campos forçados a partir de 1934, contradizia
desde o início todas as normas constitucionais”.
A pratica brutal contra os judeus, denunciá-los, apreende-los, era
obrigatório por todos os cidadãos alemães, e tido como demonstração de
lealdade a Hitler, segundo Jurt, 2009.

18
13 HOLOCAUSTO

Bauman considera o Holocausto como efeito não de uma barbárie pré-


moderna, mas da própria modernidade. “O Holocausto foi o encontro
único entre as velhas tensões que a modernidade sempre ignorou,
desdenhou ou fracassou em resolver, e os poderosos instrumentos da
ação racional e eficaz aos quais a evolução moderna deu origem”
(KINOSHITA.p. 26. 2015 Apud BAUMAN, 1998, p.20).

Fonte: www.historiailustrada.com.br

A palavra Holocausto é conhecida pelo povo judeu como Shoá que


significa “calamidade”, foi o que ficou conhecido como o extermínio do povo
judeu pelos alemães durante a Segunda Guerra, chamado por eles de
Solução Final, a ideologia do governo alemão acreditava que os judeus,
homossexuais, comunistas, negros entre outras pessoas que não se
encaixavam no que era considerado a raça ariana pura, estes eram os
culpados pela crise econômica existente na Alemanha, e afirmava que
estava limpando a nação.

Com a organização de um sistema de campos de concentração no


início da década de 40, judeus, ciganos, homossexuais e oponentes
do regime foram assassinados na câmara de gás, por meio de injeções
letais ou abandonados a morte por desnutrição. (BALBINO,p.158,
2016.DIWAN, 2007, 9.79).

19
Como foi o caso de se aplicar a mais alta tecnologia para extirpar o
povo judeu da face da terra, inclusive despendendo recursos de guerra,
o que vem corroborar que a guerra engendrada por Hitler visava ao
extermínio do povo judeu. Hitler conseguiu eliminar a maior parte dos
judeus que não saíram da Europa. (OELSNER.2009)

Os judeus eram reunidos no que foi nomeado de gueto, privados de


liberdade, tiveram todos seus bens tomados pelos alemães, ou morriam durante
os ataques, ou após serem levados aos campos de concentração.
Segundo Carvalho, 2009 “na Alemanha, a cidade de Berlim ganhou um
dos maiores e mais surpreendentes memoriais a céu aberto já construído. São
mais de 2.711 blocos de cimento cinza lembrando túmulos no centro da capital
alemã”.

14 BOMBARDEIO NUCLEAR

Não há como falar sobre a Segunda Guerra Mundial sem citar os dois
maiores ataques nucleares já registrados na história, as bombas de Hiroshima e
Nagasaki são como marcos da história da Segunda Grande Guerra.
“Às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945, os americanos jogaram o "Little
Boy", uma bomba atômica, na cidade de Hiroshima, devastando-a”, cita Emico,
2015.
Segundio Reigota,2015 “em 9 de agosto, uma bomba de plutônio 239
destrói Nagasaki”.´
Foi registrado que cerca de 140 mil pessoas morreram nas semanas
seguintes ao ataque de Hiroshima, e uma média de 40 mil mortes
instantaneamente em Nagasaki, os dois ataques somatizam um total de cerca
de 250 mil mortes, de forma instantanea e gradual causadas pelos resquicios
das bombas.

20
Fonte: www.BombardeamentosdeHiroshimaeNagasaki.com

De acordo com Mourão, 2005 Hiroshima era uma “cidade industrial, com
bases militares e um importante porto de onde saíam as frotas para o Pacífico”.

Os Estados Unidos se encontravam, portanto, de posse de dois tipos


de bomba, uma usando o U235, que seria lançada sobre Hiroshima, e
uma outra de plutônio, que seria lançada em Nagasaki. Como a
quantidade de plutônio era superior à de urânio, foi possível construir
duas bombas de plutônio, sendo uma delas usada para um teste. A
bomba que usava U235, chamada Little boy (Garoto), pesava 4
toneladas e explodia pela colisão de duas cargas de urânio; a que
usava plutônio, denominada Fat man (Homem gordo ou Gordo),
explodia pela compressão do plutônio colocado no seu centro.
(MOURÃO. p.691, 2005)

É inegável que os ataques em si mataram inúmeras pessoas no instante


em que foram jogadas em suas respectivas cidades, além da destruição material,
é necessário e importante que seja levantado o fato de que esses ataques
acarretaram diversos outros problemas. As bombas eram formadas de material
tóxico, e por isso muitas pessoas foram contaminadas, desenvolvendo doenças,
crianças começaram a nascer com algum tipo de deficiência em decorrência da
toxidade do material contido nas mesmas.

Os principais sinais e sintomas são: vômito dentro de poucas horas;


seguido de diarreia com duração de dias a semanas; redução nas

21
células sanguíneas; manifestações hemorrágicas; queda de pelos;
inflamação na boca e garganta; febre e esterilidade masculina
temporária. As mortes devidas à dose alta de radiação começaram
cerca de uma semana após a exposição e alcançaram o máximo em
três a quatro semanas, e cessaram praticamente após sete a oito
semanas. (EMICO, 2015)

Emico, 2015 afirma que houve diversos problemas causados pela


toxidade das bombas, tanto imediatos quanto tadios, como câncer, mutação do
DNA, afetando vários anos conseguintes à guerra

Fonte: segredosdomundo.r7.com/

Segundo Emico, 2015 as causas das mortes imediadas foram: Ondas de


calor, que causaram uma média de 30% das mortes de seres humanos num raio
que causaram queimaduras fatais. Ondas de choque, em que pessoas foram
lançadas a metros de distancia, causando ferimentos graves e morte. E
Radiação ionizante, onde compostos quimicos contamiram pessoas interna e
externamente, houve também o que ficou conhecido como Chuva Negra que
começou 20 minutos após o ataque.

A probabilidade de um sobrevivente ter um câncer causado pela


radiação da bomba depende de diversos fatores. O risco de ter câncer
induzido pela radiação é tanto maior, quanto maior a dose recebida,
quanto menor a idade do indivíduo quando é exposto à radiação, e
ligeiramente maior nas mulheres em comparação aos homens.
O aumento na incidência de leucemia foi notado a partir de dois anos
e atingiu o máximo de seis a oito anos após o bombardeio,

22
principalmente em crianças, e depende fortemente da idade da
exposição.
Outra informação obtida do projeto AHS é sobre aumento na incidência
de tumores benignos de tireoide, de paratireoide, das glândulas
salivares, uterinos e gástricos nas pessoas expostas à radiação da
bomba atômica, com aumento de dose. As principais causas de morte
são doenças cardiocirculatórias com incidência de aterosclerose
também confirmada em mulheres que fizeram radioterapia de mama,
seguido de doenças no sistema digestivo, no fígado e no sistema
respiratório. (EMICO, 2015).

15 PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Segundo Caggiola, 2015 “o Brasil declarou guerra ao Eixo em 1942, porém


só enviou soldados ao front italiano dois anos depois, em julho de 1944,
declarando que a Alemanha estava afundando navios brasileiros”.

Fonte: www.sohistoria.com.br

O início da guerra fez com que os EUA pressionassem diretamente à


América Latina, do México até a Argentina, para alinhar todos os
países contra o Eixo (ou melhor, com os EUA). Em janeiro de 1942 foi
realizada a Conferência Pan-Americana do Rio de Janeiro,
impulsionada pelos EUA (com seu novo aliado bélico, o Brasil de
Getúlio Vargas, inicialmente simpatizante declarado do Eixo) com
vistas a alinhar bélica e politicamente a America Latina: Cordell Hull,
Secretário de Estado, chegou a utilizar a ameaça de invasão militar
contra as renitentes Argentina e Chile, que não declararam guerra ao
Eixo. A necessidade de se guarnecer a costa do continente era
fundamental para os EUA e para os aliados que navegavam em águas
americanas. A defesa completa do hemisfério seria uma dificíl tarefa
para os EUA, tratando-se de 15 milhões de milhas quadradas divididas
em seis zonas estratégicas, das quais apenas a zona continental da

23
América do Norte, possuía poder militar relevante. Em caso de uma
vitória do Eixo na Eurásia, a capacidade defensiva dos EUA no
hemisfério ocidental se basearia no seu poder naval e aéreo; para isso
era imprescindível a utilização de bases aéreas e navais na América
do Sul. (COGGIOLA, p.130 2015).

Hastings, 2015 afirma que “a América do Sul foi o continente menos


afetado pela luta, apesar de o Brasil ter aderido à causa aliada em agosto de
1942 e enviado 25 mil soldados para participar, embora de uma forma quase
invisível da campanha na Itália”.

No Brasil de 1942, a pulsão da coletividade em apoiar a participação


brasileira na guerra se formou a partir da cólera, da aceitação de riscos
e do estouro da violência, após o ataque alemão aos navios mercantes
brasileiros. Ao analisar a relação intrínseca entre pulsão e pressão,
veremos que a pressão para a participação efetiva na guerra fazia
parte do projeto político-ideológico do governo, que aproveitou a
situação como forma de fortalecer a unidade nacional. A partir da
criação de aparatos próprios para a difusão ideológica - Departamento
de Imprensa e Propaganda (DIP), por exemplo - o governo foi capaz
de difundir a imagem do Estado Novo, e, a partir de 1942, conscientizar
e mobilizar a sociedade brasileira a favor da participação brasileira na
Segunda Guerra Mundial, consagrando tal posição na Revista Cultura
Política, em sua edição extraordinária, intitulada, “O Brasil na Guerra”,
de agosto de 1943. (SANTOS, p.14, 2006).

Santos, 2006 afirma que, para que a população brasileira concordasse


com a entrada do Brasil na guerra, foi feito uma política, chamada pelo autor de
pressão, onde utilizaram artigos de imprensa e esforços eleitorais, entre outros,
para difundir e manipular a sociedade brasileira, que concordou após ataque da
Alemanha a navios nacionais, surgindo dessa forma o risco de serem atacados
de forma ainda mais agressiva.
Ricardo Seitenfus, 2000 citado por Santos, 2006 afirma que “foi a
Alemanha que obrigou o Brasil a participar efetivamente da guerra ao ocasionar
o impedimento da navegação comercial brasileira no Atlântico Norte, em
particular com os Estados Unidos”.
Santos, 2006 afirma que com esse ataque, 500 brasileiros morreram, em
uma guerra à qual não fazia parte, em detrimento disso surge a necessidade de
o Brasil se posicionar. “Em 22 de agosto do mesmo ano, Getúlio reconhece o
Estado de Beligerância entre Brasil, Alemanha e Itália, que nove dias depois será
transformado em Estado de Guerra”, completa Santos, 2006.

24
A partir da metade do mês de fevereiro de 1942, os submarinos
alemães entraram em atividade no Atlântico, no Caribe e ao longo do
litoral brasileiro. Em 15 de fevereiro de 1942, o primeiro navio brasileiro
foi afundado, o cargueiro Buarque; três dias depois, o mesmo ocorre
com o cargueiro Olinda. De nada adiantaram os protestos diplomáticos
do Brasil: uma segunda leva de ataques do Eixo foi retomada em
agosto de 1942. De 15 a 17 daquele mês, cinco navios brasileiros são
afundados em águas do nosso território. (SANTOS, p.42 e 43, 2006).

Segundo Santos, 2006 “esta intervenção atuou através do uso de uma


propaganda de guerra, baseada na distribuição de panfletos escritos em
português, dirigidos aos Praças da Força Expedicionária Brasileira no front
italiano de operações”.

A escalada de destruição dos navios, trazendo à tona a força profunda


da pulsão, exaspera a população brasileira. O povo participa de
passeatas e atos públicos apoiando os aliados. Em 04 de julho
acontece marcha organizada pelos estudantes, que culmina em ato
público em frente a embaixada norte-americana. Os defensores da
neutralidade não tinham mais alternativas para justificar sua posição.
O próprio Presidente vê-se na obrigação de reagir. A população estava
inflamada de sentimentos violentos devido ao insulto aleatório.
(SANTOS, p.43, 2006).

Fonte: medium.com

25
Linebarger, 1962 citado por Santos, 2006 afirma que “trata-se de Guerra
Psicológica, que está presente cada vez mais nos tempos contemporâneos, e
utiliza propaganda e assertivas a respeito da força adversária, na busca por
reforçar o “moral” dos seus, erodir o do inimigo e causar boa impressão aos
neutros”.
“A propaganda políticoidológica difundida a partir do governo autoritário
de Getúlio Vargas funcionava como força de pressão para impulsionar a
população a favor da participação brasileira na II Guerra Mundial”, completa
Santos, 2006.

O conjunto da sociedade reagiu bem às medidas nacionalistas, não


tendo ocorrido manifestações contundentes contra as ações
governamentais. Inclusive, quando declarou guerra aos países do
Eixo, Vargas o fez com o apoio da população, e quando ocorreu o envio
de tropas para participar da Segunda Guerra Mundial. (SANTOS, p. 39
e 40, 2006).

Santos, 2006, cita ainda que “a população, com sua indignação


asseverada pelo afundamento dos navios mercantes por submarinos alemães,
já estava imbuída de espíritos revanchistas, pela força de pulsão”.
De acordo com Santos,2006 “o nacionalismo era o único sentido visível
para a política externa brasileira a partir de 1939, com decisões que visavam o
desenvolvimento industrial e econômico, e a garantia da soberania nacional”.

A configuração política das forças internas do Estado Novo estava


representada na inserção de atores que buscavam desenvolvimento
industrial interno e nas antigas elites voltadas para o mercado externo,
o que fazia com que seus interesses muitas vezes não coincidissem
com as opções possíveis à política internacional. (SANTOS, p. 40,
2006).

“Procurando atender aos diferentes grupos que o apoiavam, incluindo-se


aí as Forças Armadas, Vargas desenvolveu uma política de equidistância
pragmática”, segundo Santos, 2006.
“Com esta fórmula queria atender simultaneamente aos segmentos que
defendiam uma relação próxima aos Estados Unidos e aos que idealizavam uma
parceria mais forte com a Alemanha”, completa Santos, 2006.

Mas em dezembro de 1941, com o ataque japonês a Pearl Harbor, o


cenário mundial começou a delinear sua nova configuração. O
Presidente convocou uma reunião ministerial, onde todos os Ministros

26
brasileiros manifestaram sua solidariedade aos EUA. Desta forma, o
governo cumpria os tratados assinados nas Conferências dos Ministros
das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas, realizadas em
Lima, (dezembro, 1938) , no Panamá (outubro, 1939), e em Havana,
(julho, 1940), que afirmaram e reafirmaram a solidariedade continental,
na busca de fortalecer a cooperação econômica e financeira entre os
países americanos, além de uma declaração geral de neutralidade,
consubstanciada na manutenção de paz no continente, mas que não
excluía a possibilidade de empreender todos os meios e recursos
materiais e espirituais para a conservação de paz, ou seja,
solidariedade em caso de ataque aos países do território
americano.(SANTOS, p.41, 2006).

15.1 A economia do Brasil durante o conflito

“A eclosão da II Guerra Mundial criou para a agroindústria canavieira do


Brasil uma situação bem diversa da que havia prevalecido durante e
imediatamente após o conflito de 1914-18”, de acordo com Szmrecsányi e Col,
1991.

Fonte: /www.defesa.tv.br

“Contrariamente ao que teria sido de se esperar, ela não provocou um


aumento das exportações de açúcar”, cita Szmrecsányi e Col, 1991.
Em contrapartida, a Segunda Guerra trouxe algumas dificuldades, que
ainda que tivessem sido previstas, todo o cenário da guerra impossibilitou a
preparação para evita-las. Dentre essas dificuldades era o transporte marítimo,

27
por causa de possiveis ataques, o que proporcionou uma queda nas exportações
de açucar, confome Szmrecsányi e Col, 1991.

Uma dessas dificuldades eram os riscos do transporte marítimo em


decorrência da guerra submarina. Tais riscos, que tinham sido muito
menos intensos durante a I Guerra Mundial, foram um dos principais
fatores subjacentes ao declínio das exportações de açúcar naqueles
anos. O volume das mesmas diminuiu de um total de 226,5 mil
toneladas métricas (TM) entre 1935 e 1939, nos últimos anos da
depressão antes da guerra, para 218,2 mil TM no quinqüênio seguinte.
Uma boa parte dessas últimas exportações foi destinada aos países
vizinhos da América do Sul e, a rigor, a única vantagem derivada das
condições de guerra residiu na alta dos preços do produto. Graças a
ela, o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), que fora criado em 1933,
pôde parar de ter prejuízo com as exportações de açúcar, um
monopólio que ele manteria praticamente até o final de sua longa
existência. (SZMRECSÁNYU e Col, 1991).

Szmrecsányi e Col, 1991, cita ainda os problemas no transporte marítimo


não afetaram apenas as exportações e importações, afetou também transporte
de produtos feitos por cabotagem, que nessa época ianda era muito utilizada,
afetando principalemente o comércio do açucar

As dificuldades no transporte marítimo afetaram não apenas o volume


das exportações do Brasil, e o das suas importações, mas também o
volume dos seus produtos transportados por cabotagem. A navegação
costeira tinha naquela época uma importância muito maior do que hoje,
devido às deficiências da rede de transportes internos então existentes.
Uma boa parte do comércio interno de mercadorias entre o norte e o
sul do país ainda era feita por seu intermédio, e um dos produtos mais
afetados pela guerra submarina foi precisamente o açúcar, cujo
abastecimento interno dependia fundamentalmente da produção
nordestina, enquanto que os seus principais centros consumidores se
achavam localizados no Centro-Sul, mais particularmente nas cidades
dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Um dos primeiros e
principais efeitos do conflito foi o de ter cortado o país em duas partes,
com uma vendo-se repentinamente à frente de uma grande
superprodução de açúcar, e a outra passando a sofrer uma crescente
escassez do mesmo produto. SZMRECSÁNYU e Col, 1991).

16 O FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

O eixo começou a se desestabilizar em meados do ano de 1943 as forças


americanas chegaram a Sicília, tomando parte da Itália, o líder político Benito
Mussolini acabou morto por integrantes do movimento antifascista formado por

28
italianos, além disso a resistência italiana expôs o corpo de Mussolini na cidade
de Milão. Após esse acontecimento a Itália derrotada, sai da guerra.
O próximo país do eixo a ser atacado foi a Alemanha, na batalha de
Stalingrado em 1943, onde milhares de soldados alemães morreram. A
resistência foram avançando de Stalingrado a Berlin derrotando as tropas
alemãs em 1944, Hitler e sua esposa se suicidam em abril de 1945, dessa forma
Alemanha derrotada sai da Segunda Guerra.
Houve o que foi chamado de Dia D, também conhecida como Operação
Overlord, ocorrida em 1944, onde a França foi libertada das forças militares
nazista.
Após a Alemanha, o país do eixo a ser derrotado foi o Japão, com os
ataques nucleares às cidades de Hiroshima e Nagasaki, que se rendeu, pondo
fim assim a Segunda Grande Guerra.

O objetivo da bomba atômica não era o extermínio da população


japonesa como fim autônomo. Tratava-se sobretudo de acelerar o fim
da guerra e demonstrar a supremacia militar americana face à União
Soviética”.95 E pendurar a ameaça da destruição atômica sobre o
conjunto da humanidade, caberia acrescentar. (COGGIOLA. p .66,
2015)

Segundo Plato, 2000 “ao final da Segunda Guerra Mundial, a catastrófica


política da Alemanha de Hitler foi derrotada, com consequências dificilmente
imaginadas”.

A partir de Kursk, Hitler não mais reuniu condições para uma grande
ofensiva contra a URSS: os alemães se empenharam apenas em
batalhas defensivas, tentando adiar ao máximo o desfecho fatal. Para
os soviéticos, Kursk produziu uma série de resultados imediatos. Não
somente garantiu a reconquista de vastas áreas industriais e do imenso
celeiro da Ucrânia, como ainda contribuiu para convencer os soldados
soviéticos que nada ficavam a dever aos alemães. Se a defesa de
Leningrado, a vitória em Moscou e a derrota imposta aos alemães em
Stalingrado tinham dependido muito da iniciativa de alguns militares de
talento, da capacidade de improvisação e da exploração de fatos
circunstanciais, Kursk demonstrou que o novo Exército Vermelho,
forjado na guerra, tinha condições de enfrentar as melhores, mais bem
equipadas e mais bem comandadas forças alemãs em terreno e
momento escolhido por elas, detê-las, batê-las e compeli-las a recuar.
A partir de Kursk, a iniciativa em toda a frente oriental escapou
definitivamente aos alemães e passou a ser detida pêlos soviéticos. As
consequências políticas da batalha também seriam cruciais: Bulgária,
Roménia, Hungria e a própria Finlândia, considerando sua própria
segurança, reconsiderariam sua posição em relação à Alemanha, com

29
a consequente aceleração do colapso do nazismo. (COGGIOLA,p. 89,
2015).

Fonte: acervo.oglobo.globo.com

“Em todo o mundo, de acordo com as estatísticas conhecidas, morreram


55 milhões de pessoas, especialmente nos países da Europa Oriental, como a
Polônia e a União Soviética”, completa Plato, 2000.

17 CONSEQUÊNCIAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A guerra teve como consequência a morte de dezenas de milhares de


pessoas, outras dezenas de milhares ficaram feridas, desabrigadas, centenas
de cidades destruídas, e nações falidas.
Segundo Coggiola, 2015 “Os EUA emergiram da Segunda Guerra
Mundial como a mais forte economia capitalista do mundo, com rápido
crescimento industrial, forte acumulação de capital e alto grau de monopolização
da economia”.

Para os EUA, a guerra mundial foi o grande reativador econômico


interno e o alicerce de sua hegemonia econômica mundial; os países
europeus em guerra converteram-se de exportadores para
importadores de mercadorias e de capital. O parque industrial militar
virou, em todos eles, um fator decisivo para a realização da mais-valia.
O monopólio da emissão de uma moeda de aceitação mundial, como
determinado em Bretton Woods, foi fundamental para o financiamento

30
da expansão capitalista dos EUA. As pesquisas feitas com dinheiro
público para garantir a defesa nacional foram transformadas em
elementos da reestruturação produtiva (energia nuclear, aviação,
telecomunicação, computação): as inovações surgidas nos centros de
pesquisas militares acabaram transformadas em bens industriais
produzidos pelos monopólios privados. (COGGIOLA, p.233, 2015)

“A guerra mundial obrigou à criação de novas áreas de produção, que


exigiram a construção de centenas de novas fábricas, financiadas pelo governo,
e vendidas ao final do conflito aos gigantes industriais a preços nominais”,
completa Coggiola, 2015.

Fonte: /www.novomilenio.inf.br

Segundo Carvalho e Col, 2017 no início do ano de 1940 os


aconteciemntos estavam direta e indiretamente ligados à Segunda Guerra
Mundial, ficou marcado na história a triste ideologia da existencia de uma raça
superior, permanecendo os traumas fisicos e morais acarretados pela eugenia .

Na história contemporânea, o início dos anos 1940 foi fortemente


marcado pelos acontecimentos ligados à Segunda Guerra Mundial, um
evento traumático em que a eugenia teve um papel central na
legitimação da suposta superioridade da “raça ariana” e na eliminação
das populações consideradas degeneradas. Entre suas cicatrizes
físicas e morais, a eugenia seria lembrada pela memória coletiva como
uma falsa ciência responsável por sofrimentos, segregações e
tragédias em nome de idealizações racistas e nacionalistas de
formação de uma “raça superior”. (CARVALHO e Col, 2017).

31
Uma das consequências desse conflito foi a ocorrência do estudo da
eugenia, do sentimento de superioridade de uma raça em relação a outra. A
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco),
que foi criada em 1946 com objetivo de promover e garantir a paz, educação,
ciência e cultura, teve papel estratégico nas discussões sobre raça e relações
raciais, opondo-se ao racismo científico, ao determinismo biológico e à eugenia,
cita Carvalho e Col, 2017.

Sendo assim, no campo intelectual e científico, um esforço emergiu no


pós-Segunda Guerra, na tentativa de desconstruir a eugenia e as
teorias raciais como um produto científico carregado de sentidos
ideológicos. De certo modo, ela deveria ser desmistificada, negada e
estereotipada enquanto “pseudociência”, um termo que implica
ausência de legitimidade científica ou de racionalidade técnica.”.
(CARVALHO e Col, 2017).

Segundo Coggiola, 2015 a expressão máxima da barbárie capitalista


ocorreu na Segunda Guerra Mundial, o maior genocídio já visto na história.

A “glória” tardia do capitalismo teve por base a barbárie. A Segunda


Guerra Mundial foi a expressão dessa barbárie, a maior destruição de
forças produtivas sociais já experimentada, o teatro do maior e mais
concentrado genocídio da história, a manifestação aberta do declínio
histórico do capitalismo. Nessas condições e sobre essa base teve
depois lugar a expansão de pósguerra da economia capitalista
internacional, expansão que se ergueu sobre o pedestal do maior
massacre já perpetrado na história do gênero humano, entre a década
de 1930 e a primeira metade da década de 1950. Na história geral do
capitalismo, a Segunda Guerra Mundial marcou a transição para uma
economia cujo (precário) equilíbrio tornou-se dependente da despesa
estatalarmamentista dos principais Estados (isto é, relativamente
independente de uma situação de guerra declarada). Suas
consequências e desdobramentos evidenciaram um regime social
sobrevivente às suas próprias contradições imanentes mediante a
intervenção econômica estatal, a economia de guerra, a ameaça
permanente de novas guerras mais mortíferas do que as precedentes
e, finalmente, novas guerras de fato, que só sua substituição por um
novo regime de produção e de propriedade poderá afastar do horizonte
do gênero humano.(COGGIOLA. p.243, 2015)

18 ECONOMIA MUNDIAL NO PÓS GUERRA

De acordo com Gaspar, 2015 em julho de 1944, foram definidas como


seria a organização econômica internacional no pós guerra, impostas regras de
relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados.

32
Ficou estabelecida a indexação da taxa de câmbio das principais
moedas em relação ao dólar e uma paridade fixa desse em relação ao
ouro. Novas instituições foram criadas, como o Banco Internacional
para a Reconstrução e o Desenvolvimento – BIRD –, o atual Banco
Mundial, e o Fundo Monetário Internacional – FMI. O sistema de
Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial, de uma
ordem monetária totalmente negociada, tendo como objetivo governar
as relações monetárias entre estados-nações independentes. No
esforço de promover a cooperação internacional sobre uma base
consensual e estável, deve ser citada, também, a criação, em 1945, da
Organização das Nações Unidas – ONU. (GASPAR, 2015).

Regido pela economia capitalista, o principal foco era garantir o


crescimento mundial, e aumento das taxas de emprego, como cita Gaspar, 2015.

A prioridade da economia capitalista passava a ser garantir, de forma


sustentada, o crescimento mundial e a elevação dos níveis de
emprego. Para isso, era preciso reestruturar as instituições existentes
e criar outras novas, tanto no âmbito interno dos países, quanto no
internacional. Nesse último, buscava-se constituir um sistema
multilateral, estabelecido sobre parâmetros cambiais pré-definidos,
agora utilizando o dólar americano como padrão monetário
internacional. (GASPAR, 2015).

Fonte: www.historialivre.com/

33
Esse plano organizado pelos Estados Unidos, que saíram praticamente
ilesos da Guerra, não tiveram territórios atacados e sua rede industrial estavam
intactas. Os EUA se tornaram o maior credor no pós guerra, de acordo com
Gaspar, 2015.

Numa situação tão assimétrica, não haveria possibilidade de instituir


qualquer sistema de comércio multilateral e equilíbrio interestatal
minimamente saudável. Um período de transição foi assim instaurado,
dentro do qual os Estados Unidos injetaram vultosas somas de
recursos para reconstruir as principais economias capitalistas
devastadas pelo conflito bélico, pelo Plano Marshall. Recursos a fundo
perdido, direcionados especialmente para Japão e Alemanha.
(GASPAR, 2015 Apud FIORI, 1999).

Gaspar, 2015, cita ainda que, em função da tentativa de reconstruir o


sistema econômico e a ideia de uma instituição do comunismo, foi motivo para
iniciar um novo conflito. A URSS, que ainda havendo tido uma enorme perda
humana e material durante a Guerra, aumentou seu poder político com a
transferência de países europeus para o bloco socialista.

...em 1949, com a vitória da revolução comunista na China. Essa nova


realidade geopolítica planetária, de cunho ideológico, aliada ao
confronto militar que irrompeu na Coreia no início da década de 1950,
forneceu o pretexto para maciças injeções de recursos norte-
americanos para o fortalecimento de sua capacidade bélica, o que
envolvia gigantescas transferências ao exterior com fins bélicos.
(GASPAR, 2015).

Segundo Gaspar, 2015 de um lado existia o Pacto de Varsóvia constituído


pela União Soviética e países socialistas do leste europeu, e do outro lado havia
a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), formada por países
capitalistas do ocidente da Europa e Os Estados Unidos, começou assim o que
foi chamada de Guerra Fria.

Essa nova realidade geopolítica planetária, de cunho ideológico, aliada


ao confronto militar que irrompeu na Coreia no início da década de
1950, forneceu o pretexto para maciças injeções de recursos norte-
americanos para o fortalecimento de sua capacidade bélica, o que
envolvia gigantescas transferências ao exterior com fins bélicos. Era a
guerra fria, que marcou a política e a economia globais na segunda
metade do século XX. Na perspectiva estritamente político-militar,
constituíram-se blocos opostos. De um lado, o Pacto de Varsóvia, uma
aliança militar formada pela URSS e os países socialistas do leste
europeu, com exceção da Iugoslávia (a Albânia viria a deixar a aliança
anos mais tarde). De outro, a Organização do Tratado do Atlântico
Norte – OTAN, que uniu as nações capitalistas da Europa Ocidental e

34
os Estados Unidos para prevenir e defender países membros de
eventuais ataques vindos do leste comunista. A ameaça de conflito
nuclear pairou sobre a humanidade ao longo de todo o período de
vigência da guerra fria. (GASPAR, 2015).

35
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - CRONOLOGIA
DATA ACONTECIMENTO HISTÓRICO
Julho de 1937 Começa guerra entre Japão e China

Entre março e Alemanha anexa a Áustria e a Tchecoslováquia


setembro de
1938
Agosto de Acordado o pacto de não agressão Nazi-soviético, o
1939 pacto Germano-Soviético
Setembro de A Alemanha invade a Polônia, dando início à Segunda
1939 Guerra Mundial na Europa
Setembro de Inglaterra e França declaram Guerra à Alemanha
1939
Setembro de A URSS invade o Leste da Polônia
1939
Entre A URSS invade a Finlândia, iniciando a chamada Guerra
novembro de de Inverno.
1939 e março
de 1940
Alemanha invade Dinamarca e Noruega
Abril de 1940
Maio de 1940 Alemanha invade Bélgica e Holanda

Entre maio e Batalha da França


junho de 1940
Junho de Itália invade a França
1940
Junho de Alemanha inicia a ocupação da França
1940

36
Entre julho e Batalha da Inglaterra
agosto de
1940
Setembro de Itália invade o Egito
1940
Setembro de Aliança entre Itália, Alemanha e Japão é
1940 assinada Pacto Tripartite, formando o Eixo
Março de A Bulgária une-se ao Eixo.
1941
Junho de A Alemanha nazista e seus parceiros do Eixo invadem a
1941 URSS
Dezembro de Uma contra-ofensiva soviética leva os alemães a se
1941 retirar de Moscou.
Dezembro de O Japão bombardeia a base naval norte-americana de
1941 Pearl Harbor.
Dezembro de A Alemanha nazista e seus parceiros do Eixo declaram
1941 guerra aos Estados Unidos.
Junho de A Alemanha e seus parceiros do Eixo iniciam uma nova
1942 ofensiva na URSS, o exército alemão avança
para Stalingrado.
Maio de 1943 As forças do Eixo na Tunísia se rendem aos Aliados,
acabando com a campanha no norte da África.
Julho de 1943 Mussolini é deposto, o Marechal italiano Pietro Badoglio
instituí um novo governo. Rendição da Itália.
Setembro de O novo governo italiano se rende aos aliado. A
1943 Alemanha controla parte de roma estabelecendo o
regime fascista.
Março de Com receio de perder o apoio da Hungria,a Alemanha
1994 impõe que seja colocado um representante pró-alemão.
Junho de Os aliados libertam Roma das forças alemãs
1994

37
Setembro de A Finlândia conclui um armistício com a União Soviética,
1994 abandonando a parceria no Eixo.
Outubro de As tropas norte-americanas desembarcam nas Filipinas.
1994
Outubro de Membros da ideologia fascista na Hungria da um golpe
1994 de Estado pra impedir que o governo húngaro se renda
aos aliados.
Janeiro de Os soviéticos iniciam uma nova ofensiva em janeiro,
1945 libertando Varsóvia e a Cracóvia, orçam a rendição da
Eslováquia e expulsando os alemães e seus
colaboradores húngaros da Hungria
Abril de 1945 Os soviéticos iniciam sua ofensiva final e cercam Berlim.

30 de abril de Hitler comete suicídio.


1945
7 de maio de A Alemanha se rende aos Aliados ocidentais.
1945
9 de maio de A Alemanha se rende aos soviéticos.
1945
Maio de 1945 As tropas Aliadas conquistam Okinawa, ilha japonesa.

6 de agosto Os Estados Unidos lançam uma bomba atômica sobre a


de 1945 cidade de Hiroshima, no Japão.
Agosto de A URSS declara guerra ao Japão
1945
9 de agosto Os Estados Unidos lançam uma bomba atômica sobre a
de 1945 cidade de Nagasaki, no Japão.
Setembro de Japão se rende oficialmente, pondo fim à Segunda
1945 Guerra Mundial.

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REFERÊNCIAS

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