Almeida Garrett

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ALMEIDA GARRET

Diferenças entre o clássico e o romântico

Advertência a Folhas Caídas de Almeida Garrett


1. O livro não é fruto do acaso, mas de uma selecção criteriosa.

2. Qualquer que seja a reacção do público aos poemas (“gozo ou


admiração”) será sempre em segunda mão, porque o autor já sentiu o
mesmo.
3. O poeta sente necessidade de justificar a publicação dos seus
poemas, porque antes tinha afirmado que já não era poeta. Afinal,
assume-se poeta até ao fim da vida.
4. Os poemas referem-se a uma época de vida íntima e não foram feitos
para o público.
5. Os poemas foram inspirados por um “deus” a quem o autor os
consagrou.
6. O “Ignoto Deo” permanece misterioso.
7. O poeta é louco porque aspira sempre ao impossível.
8. O mundo material e o poético são incompatíveis e o que permanece é
o espírito do poeta.
9. Nos poetas apenas o corpo é mortal.
Aspetos fundamentais da poesia de Folhas Caídas

Um Auto de Gil Vicente (Almeida Garrett)


Acto I (Pátio dos Paços de Sintra)
• Cena I – Pêro Safio ensaia Cortes de Júpiter e levanta suspeitas
sobre a fidelidade de D.Beatriz para com o Duque de Sabóia.
• Cena II - Pêro, Bernardim e Paula: Estes últimos saem dos paços
com ar comprometido; Paula vai-se embora e Bernardim prepara-se
para enfrentar Pêro Safio.
• Cena III – Pêro identifica Bernardim e mostra-lhe que conhece o seu
segredo. Esta tenta convencê-lo a ficar calado. Nesta cena,
Bernardim começa a delinear o seu plano ao tomar conhecimento
do enredo das Cortes de Júpiter.
• Cena IV – Monólogo de Pêro, mostrando-se incomodado por saber
o segredo de Bernardim e da Infanta.
• Cena V – Conversa entre Pêro e Chatel em que este último tenta
“tirar nabos da púcara”, mas Pêro consegue sempre “dar a volta por
cima”.
• Cena VI – D. Manuel e acompanhantes, Dona Beatriz, Gil Vicente e
Paula: D. Manuel e D. Beatriz conversam sobre a partida desta; O
rei mostra-se espantado com a ausência de Bernardim, perturbando
a Infanta que está cada vez mais atormentada. Gil Vicente entra em
cena como um dos responsáveis pela arte no reino de D. Manuel.
• Cena VII/VIII – D. Beatriz confessa a Paula que se sente a
desfalecer de tanto amor e comunica a vontade de rever Bernardim.

Acto II (Paços da Ribeira)


• Cena I – Paula Vicente lamenta a vida que leva, a sua origem
humilde. Entra Gil Vicente e chama Paula. Paula (para si) lamenta a
vida do pai, o facto de viver enganado. Paula recebe um bilhete de
Bernardim em que pede para ser recebido por ela e por seu pai, Gil
Vicente.
• Cena II – Gil Vicente lamenta o facto de ter posto Joana a fazer de
Moura. Paula relê a carta de Bernardim e pede ao pai para o
receber. Este manda chamar Bernardim, mas avisa Paula que é uma
imprudência.
• Cena III – Conversa entre Paula e Gil Vicente sobre o auto e a
Infanta. Paula diz que não quer fazer o auto e amaldiçoa a Infanta,
mas o pai recusa que a filha mostre ingratidão. Gil Vicente elogia a
filha e fala-lhe sobre a sua personagem no auto.
• Cena V – É o ensaio geral que é feito de maneira apressada.
• Cena VI – Bernardim Ribeiro ao ver o pajem põe a máscara para
não ser reconhecido. El-rei entra para a sala do trono e manda o
mordomo-mor que aprontem as figuras e que saia o auto. O grupo
entra em palco.
• Cena VII – Bernardim diz estar receoso em relação ao seu papel.
Paula diz-lhe que ainda está a tempo de desistir, mas este quer ver
D. Beatriz. Paula e Bernardim falam sobre o casamento da Infanta.
• Cena VIII – Pêro diz a Paula que se não a conhecesse teria ciúmes
da moura.
• Cena IX – Bernardim conclui que é impossível decorar o papel da
moura, mas avança para o palco.
• Cena X – Rei D. Manuel está a gostar do auto e afirma a sua filha
que esta vai ter saudades de Portugal. Gil Vicente duvida que
Bernardim se porte bem em palco.
• Cena XI – Estão presentes em cena Bernardim e ditos. Decorrendo
o auto, Bernardim em trajos de moura entra em cena e começa a
declamar os seus poemas. Gil Vicente em pânico tenta orientar
Bernardim, mas este não o entende. Gil Vicente pede a Pêro Safio
para o retirar do palco, mas Pêro pede para o deixar ficar e ver até
onde vai, e diz-lhe para o interromper a fala de Bernardim com a
autoridade de Júpiter. Bernardim ajoelha-se perante a Infanta e
entrega-lhe o anel, esta apercebe-se que é Bernardim e acaba por
desmaiar. D. Manuel diz que não está feliz com o desenrolar do
auto.
• Cena XII – D. Beatriz; Saint-Germain, Chatel, Paula, Inês de Melo,
Damas, etc. Saint- Germain pede a Beatriz que o avise quando
desejar partir. D. Beatriz pede a Paula que a acompanhe e Chatel
fica desconfiado.

Acto III (Galeão de Santa Catarina)


• O galeão está prestes a partir e os senhores da Corte conversam
sobre a viagem.
• D. Manuel despede-se da filha.
• D. Beatriz pede que a deixem sozinha e escreve uma carta a Paula,
provocando a desconfiança de Chatel.
• Paula chega ao galeão e convence Chatel de que está tudo,
afirmando que o amor de Bernardim é-lhe dirigido.
• Bernardim chega ao galeão sob a protecção de Paula.
• Beatriz conversa com Paula e revela o desejo de reencontrar
Bernardim que está escondido.
• Bernardim aparece e a Infanta desfalece.
• Bernardim fala coma Infanta, reafirmando-lhe o seu amor e
confessando a sua perdição.
• Beatriz prefere morrer a ficar sem Bernardim.
• Paula sente piedade dos dois.
• O galeão está prestes a partir e D. Manuel regressa para falar com a
filha.
• Bernardim despede-se e atira-se do galeão.
• D. Manuel apercebe-se do sofrimento da filha e sente-se culpado.

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