Autism o
Autism o
Autism o
“ As principais alterações
sensório-motoras e a abordagem
fisioterapêutica no Transtorno
do Espectro Autista
10.37885/200801118
RESUMO
Nos últimos anos, a fisioterapia se desenvolveu na área da saúde mental, discutindo no-
vas possibilidades e estratégias de atuação. Os transtornos do espectro autista cursam
com alterações motoras, como prejuízo na aquisição de sequências práxicas, da sensi-
bilidade e da percepção, do equilíbrio, da coordenação motora grossa e fina, do tônus
muscular, da resistência muscular, cardiovascular e cardiorrespiratória, da consistência
e uniformidade do desempenho motor e dos marcos motores dos primeiros meses de
vida. Portanto, o fisioterapeuta tem papel primordial no tratamento das alterações motoras
nos transtornos do espectro autista e na prevenção de agravos dessas pessoas. As ses-
sões de fisioterapia devem incluir atividades lúdicas sequenciais, envolvendo equilíbrio e
coordenação. O treinamento das trocas posturais favorece maior autonomia e indepen-
dência funcional e aumentam o tônus muscular, por meio das mudanças na descarga
de peso. Os exercícios devem ser repetidos de forma padronizada e com progressão
continuada, assegurando maior uniformidade e consistência nas respostas motoras.
A palavra autismo tem origem grega autos, que significa “por si mesmo” ou “próprio”, e
ismo, “estado de orientação”. Este é um termo utilizado pela Psiquiatria para denominar compor-
tamentos humanos que se centralizam em si mesmos, ou seja, voltados para o próprio indivíduo
(Brentani et al., 2013). O autismo é um distúrbio complexo do desenvolvimento neurológico,
que afeta órgãos e sistemas. As pessoas com autismo, ou transtorno do espectro autista, ou
TEA, apresentam prejuízos na interação e na comunicação social e padrões restritivos de
comportamento, interesses e atividades (American Psychiatric Association, DSM-V, 2014).
Essas características variam qualitativamente dentro de um espectro: desde autismo clássico,
com déficit intelectual importante, até autismo de altas habilidades intelectuais e acadêmicas,
sendo também considerados os problemas sensoriais e perceptuais (Brentani et al., 2013). Este
espectro se compõe com especificidade, intensidade e gravidade dos sintomas, qualidade da
linguagem e do comportamento e grau de autonomia (Volkmar, Reichow & McPartland, 2012).
Estima-se que haja 70 milhões de autistas no mundo, sendo 1 caso de autismo a
cada 54 pessoas (National Center for Health Statistics & Centers for Disease Control and
Prevention, EUA, 2013). Estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, pos-
sua cerca de 2 milhões de autistas. Só no Estado de São Paulo, são mais de 300 mil pes-
soas. A incidência é maior em indivíduos do sexo masculino, na proporção de 4 para 1 do
sexo feminino (Lai, Lombardo & Baron-Cohen, 2014). Houve a exclusão do critério que
determinava a idade mínima de três anos para o aparecimento e o diagnóstico dos sintomas
de TEA, o que também pode ter contribuído para o aumento no número de casos.
Muitas pessoas com autismo apresentam alterações motoras (Gong, Liu & Yi, 2020).
Essas alterações podem ser sutis ou muito limitantes, impactando no desenvolvimento ao
longo de todo o ciclo de vida (Cassidy et al., 2016). Autistas podem apresentar alterações
de postura e equilíbrio (Bojaneck et al., 2020), incoordenação motora global (Kaur et al.,
2017) e fina (Gamez et al., 2020), hipotonia (Paquet et al., 2017), dificuldades no controle
e na integração visuomotora (Hsiung et al., 2019), dificuldades no sequenciamento motor e
em lidar com objetos (Harvy et al., 2019). Além disso, as alterações intrínsecas do transtorno
do espectro autista (TEA), como dificuldades sociais e de comunicação e rigidez comporta-
mental (Asif, Vicente & Couto, 2019), podem prejudicar a aquisição das habilidades motoras.
A fisioterapia é um recurso importante para acompanhamento, orientação e interven-
ção no TEA (Bhat, 2020). As propostas terapêuticas podem ser estruturadas (programas
organizados de atendimento individual ou em grupo, orientações durante a prática de espor-
tes, orientações no ambiente e na rotina escolar) ou não-estruturadas (por meio de jogos,
atividades com a família e amigos). Considerando a característica multifatorial do TEA, as
estratégias terapêuticas e condutas devem considerar características socioambientais e
Foi realizada uma revisão de literatura, buscando artigos científicos dos últimos dez anos
(2010 – 2020). A busca foi realizada no Pubmed/Medline, Scopus, Scielo e Lilacs. Os resulta-
dos foram categorizados em Sequência práxica, Percepção, Equilíbrio, Coordenação, Tônus,
Resistência, Uniformidade, Marcos motores. As autoras desenvolveram a sigla mnemônica
SPECTRUM, para facilitar o raciocínio clínico dos fisioterapeutas. As quatro pesquisadoras
fizeram o levantamento bibliográfico e discutiram as referências incluídas no estudo.
RESULTADOS
Sequência práxica
Percepção
Equilíbrio
Coordenação
Tônus
Tônus muscular é o estado de tensão elástica (contração ligeira) que apresenta o mús-
culo em repouso, e que lhe facilita iniciar a contração após a sinalização neural. É o estado
parcial de contração (prontidão) de um músculo em repouso. É regulador da ação reflexa,
automática e voluntária. O tônus muscular está ligado aos processos de atenção, formando
assim uma inter-relação entre atividade tônica muscular e atividade tônica cerebral. Portanto,
ao intervir no controle do tônus, inevitavelmente intervimos no controle dos processos de
atenção, imprescindíveis para qualquer processo de aprendizagem. Cerca de 50% das crian-
ças com autismo apresentam hipotonia, que é uma condição na qual o tônus muscular está
anormalmente baixo, podendo também envolver redução da força muscular. A prevalência
da hipotonia em crianças com autismo é maior que em crianças com desenvolvimento típico
(Shetreat-Kelin et al.,2014). A hipotonia leva à lentidão para iniciar uma contração muscular,
sendo essa contração muitas vezes realizada parcialmente, favorecendo a fadiga precoce
Resistência
Ao menos 1 em cada 3 crianças e adolescentes com TEA está acima do peso ou com
obesidade, segundo levantamento com 3 mil indivíduos (Associação Brasileira para o es-
tudo da Obesidade e Síndrome Metabólica). A falta de sociabilidade é um dos fatores que
contribuem para a incidência da obesidade entre crianças e jovens autistas, uma vez que
eles tendem a se exercitar menos. Alterações hormonais ou genéticas podem ajudar a ex-
plicar a ligação entre autismo e excesso de peso. O condicionamento físico cardiovascular
por meio de um plano de treinamento personalizado é fundamental para evitar problemas
metabólicos e cardiovasculares na vida adulta de indivíduos com TEA.
Sabemos que indivíduos com TEA apresentam repertório motor mais pobre que os
com desenvolvimento típico, além de presença de baixo tônus (o qual implica na alteração
do controle postural). Esse conjunto de alterações favorece a produção de movimentos
pouco dissociados, desarmônicos, menos fluidos e ágeis e com pior destreza. A fadiga
muscular é comum e a chance de desistência da prática motora impacta negativamente no
comportamento motor. É importante estimular a prática regular de exercícios físicos e incluir
treinamento aeróbico no programa de reabilitação de pessoas com TEA.
Uniformidade
Marcos motores
DISCUSSÃO
É pelo brincar que a criança desenvolve seus componentes sensoriais, cognitivos, mo-
tores, sua interação com o ambiente e suas relações sociais. É a atividade inerente à criança,
Cinesioterapia
Equoterapia
Fisioterapia Aquática
A fisioterapia aquática fundamenta sua aplicabilidade por meio dos efeitos fisiológicos
que os princípios físicos da água favorecem. São eles: densidade relativa, tensão superficial,
pressão hidrostática e redução do impacto. Essa modalidade de terapia trabalha concomi-
tantemente a estimulação motora, a estimulação sensorial, o desenvolvimento afetivo, o
comportamento social e as habilidades como confiança e autoestima, promovendo o suporte
global do paciente. A fisioterapia aquática é benéfica para crianças com TEA (Borges et al.,
2016). O direcionamento dos tratamentos se voltou principalmente para as habilidades
aquáticas e comportamentais.
O conceito Bobath foi criado e desenvolvido no início dos anos 1940 pelo Dr. Karel
Bobath (Psiquiatra-Neurofisiologista) e Berta Busse Bobath (Fisioteapeuta). É um conceito
terapêutico para a solução de problemas, avaliação e reabilitação de pacientes de todas as
idades que apresentem distúrbios de controle postural, movimento e função, causados por
fisiopatologia do Sistema Nervoso Central. Nessa abordagem, o paciente aprende a sensa-
ção do movimento, e não o movimento em si. Inicialmente, a ênfase do conceito foi para o
trabalho com bebês, com o objetivo de prevenir as deformidades incapacitantes causadas
pela paralisia cerebral, observadas em crianças de mais idade. NO entanto, seu uso se
expandiu e, atualmente, tem sido usada para pessoas com TEA (Afzal, & Manzoor, 2017).
Fisioterapia pélvica
CONCLUSÃO
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