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Psicologia da

Educação e
Aprendizagem
Karin Dietz

E-book 4
E-book Psicologia da Educa-
4 ção e Aprendizagem

Neste E-book:
Introdução���������������������������������������������������� 3

Aspectos psicológicos
envolvidos na educação�������������������������� 4

Fracasso escolar����������������������������������������� 6

Medicalização da educação������������������12

Sexualidade�������������������������������������������������17

Uso de substâncias químicas�������������� 25

Afinal, o que é Psicologia


da Educação?��������������������������������������������30

Síntese��������������������������������������������������������� 33

2
INTRODUÇÃO
Olá, estudante.

Na escola, você já se deparou com situações adver-


sas que te impediram de realizar algo, de compreen-
der o conteúdo de uma disciplina, de ir bem em uma
prova ou, simplesmente, interagir com um colega?

Sabemos que o espaço pedagógico, formal e/ou in-


formal, abrange, em sua dinâmica, não só estudantes
em suas atividades de aprendizagem, como também
professores em seus esforços de ensinar e todas
outras pessoas e formas de dinâmicas sociais. É um
lugar, portanto, onde pessoas têm a possibilidade de
se apropriarem, ativamente, da produção cultural,
mas nem sempre com a qualidade que se gostaria.

A escola é um espaço em que fenômenos são apre-


endidos e criticados, o que a torna fonte humaniza-
dora, mas também, nela, pode-se reproduzir condutas
que apenas mantêm desigualdades. Problemas que
ocorrem na sociedade também são repetidos no âm-
bito escolar. Como então identificar alguns desses
problemas e superá-los? Vamos tentar?

3
ASPECTOS
PSICOLÓGICOS
ENVOLVIDOS NA
EDUCAÇÃO
Quando citamos os aspectos psicológicos envolvidos
na educação, precisamos, em um primeiro momento,
deixar claro: tais aspectos não são individuais por
serem psicológicos. São, na verdade, produtos so-
ciais, que, quando introjetadas pelo sujeito, tornam-
-se subjetivos. É em sociedade, e em comparação e
interação com os outros, que nos qualificamos como
feios ou bonitos, burros ou inteligentes, gordos ou
magros. Observe alguns exemplos:

Figura 1: Apelidos dados na escola.| Fam Online

4
Tais aspectos e situações que nos adjetivam são
produções sociais. Alguns temas envolvem a escola
(e são reproduzidos na escola) e vamos explorá-los
mais a fundo, a seguir. São eles: fracasso escolar,
medicalização da educação, sexualidade e uso de
substâncias químicas.

5
FRACASSO ESCOLAR
Muitas vezes, quando o professor, em sala de aula,
enfrenta um problema com um estudante e nota que
o processo de ensino-aprendizagem não está tendo
resultados, recorre ao trabalho do psicólogo clínico,
isso quando possível.

O professor pensa que este profissional, imbuído de


testes e métodos individualizados, possa fazer com
que as queixas escolares sejam sanadas e trans-
formadas em bom desempenho em sala de aula,
alterando fracasso em sucesso escolar.

Resultados encontrados em uma pesquisa realiza-


da no município de Ribeirão Preto, estado de São
Paulo, podem nos auxiliar no entendimento do que
seria e como lidar com o fracasso escolar. Cabral e
Sawaya (2001) tiveram como objetivo conhecer a
atuação dos psicólogos diante das queixas escolares
de crianças encaminhadas aos serviços públicos de
saúde. Analisemos a fala de um dos profissionais
entrevistados:

[...] o que acontece é que o problema escolar vem fre-


quentemente associado com problemas de compor-
tamento, então tem aprendizagem e comportamento
associados... e é difícil definir o que começa onde, mas
assim a gente tenta trabalhar de forma que esta crian-
ça possa se adaptar melhor dos dois lados, tanto em
termos do comportamento quanto na aprendizagem.

6
Fora isso, as crianças pequenas vêm com queixa de
enurese, problemas de alimentação, problemas psi-
cossomáticos [...] (CABRAL; SAWAYA, 2001, p. 146).

A fala desse profissional vai ao encontro do que mui-


to se pensa sobre aqueles que enfrentam problemas
no entendimento do conteúdo escolar: ainda com-
preendemos a queixa como um problema da criança
e de sua família, “passível de ser analisado e tratado
fora do contexto da instituição escolar, na qual o
fracasso escolar é produzido” (p. 143).

Diante desse panorama, o que você responderia para


a pergunta: o que a criança tem que produz proble-
mas de aprendizagem? Ou então, como você lidaria
com a situação exposta no quadrinho?

Figura 2: Dificuldades de aprendizagem. | Fonte: https://gazetadoes-


tado.com.br/uploads/arquivos/2017/11/3330.pdf

7
Temos a falsa ideia de que se deve ter um diagnósti-
co, um laudo em que se liste os problemas da crian-
ça, no o intuito de definir melhor o que o estudante
tem, no entanto, esse olhar, que produz graus de de-
ficiência e definições individualistas, é que deve ser
posto em questão (MACHADO, 1997).

Saiba mais
Imagine-se como educador de uma escola de
Ensino Fundamental. Estudantes de sua classe
não tiveram um bom desempenho nas avalia-
ções e foram reprovados. Agora, para explicar tal
problema, você ficou curioso: vai em busca dos
principais fatores que causaram essa elevação
no índice de repetência. Para ampliar os dados
de sua pesquisa, você acabou coletando dados
em duas instituições distintas: a Escola A, onde
trabalha, classificada como escola de extrema
carência, de acordo com os dados da Secretaria
da Educação e outra, classificada como de “mais
alto nível”, com predominância de famílias com
melhor poder aquisitivo. Quer saber mais sobre
os resultados dessa pesquisa? Leia o artigo: “A
reprovação na primeira série do primeiro grau:
um estudo de caso”. Esta pesquisa é antiga, mas
revela muito sobre o sistema educacional atual.
Disponível em: http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/
index.php/cp/article/view/1608/1601.

Leia o que Souza (2010) relata sobre o assunto:

8
Até o início dos anos 1980, um significativo número de
pesquisas foi produzido no Brasil atribuindo o fracasso
dos alunos das séries iniciais a problemas nutricionais,
cognitivos, afetivos e culturais. Tais trabalhos, com-
prometidos com uma visão estreita dos processos
escolares, produziram explicações preconceituosas e
distorcidas a respeito das crianças e de suas famílias
[...]. No caso específico das explicações dominantes a
respeito do fracasso escolar, era preciso mudar o eixo
de discussão, descentralizando-as das explicações
atribuídas aos alunos e/ou professores e construir um
conjunto de conhecimentos que contextuasse tais expli-
cações no conjunto do pensamento histórico brasileiro
e que possibilitasse conhecer como esse processo de
escolarização produz alunos que repetem e que “desis-
tem” de continuar na escola (p. 144-145).

A pergunta feita anteriormente (o que a criança tem


que produz problemas de aprendizagem?) revela
que o problema está no estudante e que ele estaria
fazendo algo que é "anormal". Sendo assim, a criança
vive o seu não saber como fracasso e incapacidade,
e não como desafio.

Nesse cenário, a queixa escolar nos remete a uma


forma ideal, um padrão, um "dever ser", criados sem-
pre segundo uma ordem social. Problemas de ordem
pedagógica e institucional são transformados em
problemas de saúde mental, desconsiderando as
relações e as práticas que causam aquilo que obser-
vamos. É confundida condição de aprendizagem que

9
levam ao mau rendimento escolar, com problemas
de aprendizagem.

Para refletir mais sobre o tema, ouça o podcast a


seguir, no qual se narra o texto de Lígia de Medeiros,
"A profecia do fracasso", que vincula fracasso escolar
com desigualdade social.

Podcast 1 

Assim sendo, consoante a todos os processos que


constituem o cotidiano escolar, é possível destacar
que existem, para além do indivíduo que não vai bem
na escola, questões políticas, institucionais e estrutu-
rais que constituem o cotidiano e que conduzem ao
fracasso, mantendo elevados índices de repetência,
desistência, abandono e exclusão, principalmente
daqueles que formam as camadas mais pobres de
nossa sociedade.

Como possibilidade de superação, sugere-se a aná-


lise da queixa escolar como sendo um fenômeno
constituído coletivamente. É importante compreender
o estudante em sua totalidade e não o classificar
com palavras.

10
Figura 3: Como identificar e entender as dificuldades de aprendizagem
do estudante? | Fonte: Autora

Deve-se, portanto, tomar o estudante em todos os


seus aspectos, considerando-o como um ser social,
representante de uma cultura, com significados, va-
lores e linguagem próprios.

Saiba mais
Maria Helena Souza Patto foi uma das primeiras
psicólogas a tratar sobre o tema fracasso esco-
lar no Brasil. Para aprofundar seus estudos sobre
o tema, leia o livro “A produção do fracasso esco-
lar: histórias de submissão e rebeldia”, de 1990.

11
MEDICALIZAÇÃO DA
EDUCAÇÃO
Você já ouviu falar sobre DSM-V e CID 10? Esses são
manuais utilizados na área da saúde que possibili-
tam classificar e diagnosticar transtornos mentais
e problemas de saúde.

O DSM-V, em sua tradução para a língua portugue-


sa, significa Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais. Foi formulado pela American
Psychiatric Association e está em sua quinta versão.

Já CID 10 é a sigla utilizada para Classificação


Internacional de Doenças e Problemas Relacionados
à Saúde, publicada pela Organização Mundial de
Saúde (OMS). Tal classificação fornece códigos re-
lativos a doenças e a uma grande variedade de sinais,
sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstân-
cias sociais e causas externas para ferimentos ou
doenças. A cada estado de saúde é atribuída uma
categoria única a qual corresponde um código CID
10. Você, se já passou por uma consulta médica, já
foi classificado com um código do CID 10. Veja um
exemplo:

Enxaqueca: G43
• Enxaqueca sem aura (enxaqueca comum): G43.0

• Enxaqueca com aura (enxaqueca clássica): G43.0

12
• Estado de mal enxaquecoso: G43.2

• Enxaqueca complicada: G43.3

• Outras formas de enxaqueca: G43.8

• Enxaqueca, sem especificação: G43.9

Assim, da mais simples a mais complexa condição


de saúde-doença, se tem uma classificação, des-
crição de sintomas e um código. Isso, com certeza,
facilita e torna mais objetivo um diagnóstico, mas
também viabiliza a falta de sensibilidade diante de
um sofrimento psíquico, no qual se ignora a gênese
da doença e como o sujeito lida com ela. Categoriza-
se, classifica-se e estigmatiza-se a pessoa, transfor-
mando-a em um código.

Imagine agora uma criança na escola. Ela não para


quieta. Não consegue ficar uma aula inteira sentada
na carteira. A professora chama os pais para con-
versar. Diretor e coordenador participam. Dizem: "É
preciso levar ao médico. Essa criança é hiperativa,
não é possível! Ela não se concentra e tira a atenção
dos demais". Como você lidaria com esse caso?

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade


(TDAH) é evidenciado, segundo o DSM-V (2014), pela
presença, por, no mínimo, seis meses consecutivos
de duração, de seis sintomas de desatenção e/ou
nove sintomas de hiperatividade e, também, pela

13
identificação de prejuízos em, ao menos, dois am-
bientes distintos.

Esse transtorno é tratado com Ritalina, um remédio


que tem como princípio ativo o cloridrato de me-
tilfenidato. Sobre esse assunto, vejam o quão inte-
ressante é o dado divulgado pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária ANVISA (2012): é possível
observar, no Brasil, uma diminuição do consumo de
metilfenidato durante os períodos de férias escolares.
Ou seja, o medicamento é mais vendido quando as
crianças estão frequentando a escola.

Diante dessa informação, pergunta-se: o remédio


deve ser dado, então, à criança ou "à escola"?

Nota-se que muitos educadores esperam encontrar,


dentro de sala de aula, determinados comportamen-
tos que não fazem correspondência com o real. Na
contramão dessa idealização, temos estudantes
cada vez mais agitados e ativos e aulas cada vez
mais monótonas e pouco interessantes. Analise o
quadrinho abaixo:

Figura 4: Armandinho: Medicar para controlar. | Fonte: http://redehu-


manizasus.net/sites/default/files/166/10685350_84786939859170
1_8525490351129865878_n_0.png

14
Entende-se que psicoestimulantes, como o presente
na Ritalina, aumentam a concentração e a atenção,
melhorando o raciocínio e a cognição, mas a que
preço? Seria isso um "doping intelectual? ``.

Pouquíssimas drogas são seguras e sem efeitos


colaterais. É claro que precisamos pensar que exis-
tem pessoas com déficits intelectuais, sensoriais,
motores, e que precisam de remédios. Mas vamos
refletir: o que separa uma tristeza de uma depressão,
uma noite mal dormida da insônia, uma criança que
se comporta como tal de uma com um determinado
transtorno?

Vale destacar, conforme pontua Rose (2008):

[...] crianças recebendo Ritalina por prescrição médica


estão sendo drogadas como método de controle so-
cial. Isto é, me parece, uma questão ética real. Se nós
não reconhecemos a situação do mundo real em que
drogas são compradas, prescritas e usadas, então o
debate ético é vazio (ROSE, 2008, p. 521 apud MOYSÉS;
COLLARES, 2015, p.121).

Por isso, é preciso sempre se questionar sobre a


medicalização da vida e, sobretudo, a medicalização
da educação.

Foucault (2011), ao explicar sobre a medicalização


da sociedade, relata que sujeito e população, nesse
processo, são governados por saberes originados
da medicina, tornando-se inofensivos e produtivos,

15
colocando no eixo aquele que desvia da linha a ser
seguida pelo “normal”.

De maneira sintética:

O termo medicalização refere-se como o processo de


transformar questões não-médicas, eminentemente de
origem social e política, em questões médicas, isto é,
tentar encontrar no campo médico as causas de solu-
ções para problemas desta natureza. A medicalização
ocorre segundo uma concepção de ciência médica que
discute o processo saúde-doença centrado no indiví-
duo, privilegiando a abordagem biológica, organicista.
Daí as questões médicas serem apresentadas como
problemas individuais, perdendo sua determinação
coletiva. Omite-se que o processo saúde-doença é de-
terminado pela inserção social do indivíduo, sendo, ao
mesmo tempo, a expressão do individual e do coletivo
(COLLARES; MOYSÉS, 1994, p.25).

Por isso, torna-se importante, na educação, questio-


nar a escola, o método e as condições de aprendiza-
gem. Não se deve justificar, pela criança, a incapa-
cidade de acompanhar os conteúdos escolares, de
aprender, pois essa conduta e falta de crítica apenas
mantêm práticas educativas que consideram padrões
escolares de normalidade.

16
SEXUALIDADE
A Educação Sexual é um processo que abarca tan-
to a orientação quanto a intervenção, oferece infor-
mações científicas sobre sexualidade e possibilita,
sobretudo, a discussão e desvelamento de assuntos
que, na sociedade atual, muitas vezes, podem ser
considerados tabus.

Essa reflexão faz-se necessária na escola, pois é nes-


se ambiente que se forma, humaniza e se superam
preconceitos. É nesse espaço também que se tem a
obrigatoriedade, adotando-se uma perspectiva legal,
de oferecer, formalmente, o esclarecimento sobre
sexualidade (BRASIL, 1997; 2017).

Sobre o assunto, analise as falas de alguns professo-


res do Ensino Fundamental, anos iniciais, elencadas
no estudo de Ribeiro, Souza e Souza (2004):

Professor 1: “Um menino na sala tinha outro colega


da sala ao lado. Os dois andavam sempre juntos. O
da outra sala só queria beijá-lo e abraçá-lo. A pro-
fessora alertou seu aluno de que iriam chamá-lo de
‘bichinha’ e ele se afastou um pouco do colega, e
este, por sua vez, está andando com outro menino”.

Professor 2: “Um aluno aparece com gravuras de


mulher pelada, leva revista para a sala e procura li-
vros na biblioteca. Contou para os colegas que o pai

17
leva a mãe para o motel. Enfim, o aluno fala ou faz
gestos sobre sexo”.

Professor 3: “Pelo que eu vejo, eu dei aula na


Educação Infantil, eles começam a perguntar quan-
do são pequenininhos. Se não responde, deixa no
escuro, acontecem essas coisas assim, a criança
fica sem saber”.

Essas falas, desses três professores, possibilitam


entender a dificuldade de se abordar esse tema na
escola. As falas revelam também diferentes temas
que envolvem a sexualidade: a homossexualidade,
a sexualização e a curiosidade sobre o tema.

Além desses temas, outros mais envolvem a


sexualidade:
• valores culturais estabelecidos socialmente refe-
rentes a meninos e meninas;

• padrões vigentes de heteronormatividade;

• diferença entre sexo e sexualidade;

• padrões de beleza, corpo e estética;

• funcionamento fisiológico do corpo humano femi-


nino e masculino;

• menstruação, gestação, gravidez;

• abuso sexual e situações de violência.

18
Formas de experimentar e manifestar a sexualidade,
mais do que ações individuais, devem ser compreen-
didas como questões sociais e culturais. A sociedade
trata desigualmente homens e mulheres e atribui
valores a diferentes atos realizados por cada um.
Sobre o tema, vamos analisar o quadrinho abaixo:

Figura 5: Meninos e meninas em sala de aula. | Fonte: https://www.


google.com/url?sa=i&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjt9rfB29L
gAhXiHLkGHehfA9EQjRx6BAgBEAQ&url=https%3A%2F%2Ftransfer
enciausp.files.wordpress.com%2F2012%2F05%2Ftran2010bio.pdf&
psig=AOvVaw2nVNtmwL7KbkgDObVg1_LT&ust=1551040831350152

Existe, na sociedade, o que chamamos de desigual-


dade de gênero. As crianças, desde muito pequenas,
escutam que existem diferenças entre homens e
mulheres, mas não há apenas diferença, há uma atri-
buição de valor, o que torna um mais do que o outro
e um menos que o outro, isto é, há um teor pejorativo
na conversa (o que pode ser notado quando Calvin,
o menino do quadrinho, diz que são os homens que
mudam o mundo). E é preciso ensinar que essa di-
ferença nunca pode ser tratada como sinônimo de
desigualdade.

19
Saiba mais
“Qual o problema de discutir gênero na escola?”
Existem muitas possibilidades de ser mulher,
muitas possibilidades de ser homem e não ne-
cessariamente uma precisa valer mais que a ou-
tra. Saiba mais sobre o assunto acessando o ví-
deo do canal Carta Capital, disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=Kz_vl9FRkGk.

No estudo sobre sexualidade, é preciso entender que


este fenômeno supõe mais do que corpos. Nele estão
envolvidos valores, fantasias, linguagens e outros
tantos determinantes sociais e históricos.

E qual seria a diferença entre gênero e sexo? Ao pre-


enchermos fichas cadastrais, escolhemos dizer que
somos do sexo feminino ou masculino, mas de que
gênero somos?

O gênero, conforme pontua Louro (2018), é consti-


tuinte da identidade das pessoas. E aqui, entende-se
identidade como transformação, como algo plural e
dinâmico e, sobretudo, contraditório, pois somos e
não somos ao mesmo tempo.

Agora, vamos tentar entender sobre identidade sexual


e identidade de gênero.

Sujeitos podem expressar a sua sexualidade de dife-


rentes formas, constituindo suas identidades sexuais
por meio das formas como vivem e se relacionam
com os outros. Por outro lado, os sujeitos também

20
têm identidades de gênero, pois se identificam, de
acordo com classificações construídas historicamen-
te, com o masculino ou feminino. E essas identidades
não têm momento certo para nascer. Assim como
Louro (1997) esclarece:

[...] não é possível fixar um momento – seja esse o


nascimento, a adolescência, ou a maturidade – que
possa ser tomado como aquele em que a identidade
sexual e/ou a identidade de gênero seja “assentada”
ou estabelecida. As identidades estão sempre se cons-
tituindo, elas são instáveis e, portanto, passíveis de
transformação (LOURO, 1997, p. 27).

Analise a imagem abaixo e identifique as diversida-


des de gênero. O desenho nos mostra a possibilidade
de classificação dessas identidades, porém, entenda
essas classificações como mutáveis e não estáticas.

21
Figura 6: Diversidade de gêneros. Fonte: https://3.bp.blogspot.
com/-Cg4oaJw2ztw/Wd0wpbmO9VI/AAAAAAAAIh8/
AoDauLoFLig7cxPRvFvvDF7MHiDLfuUMQCLcBGAs/s1600/diversi-
dade-de-generos.jpg

O que é, então, ser homem e mulher? Como podemos


nos definir como tal? Como ensinar a criança essa
diferença e não reproduzir essa desigualdade contida
na sociedade? Comece lendo às perguntas abaixo e
se questione: há resposta exata?

• Jogar bola é atividade de (?) e brincar de boneca


é atividade de (?). ​

22
• (?) não choram, são racionais, (?) são sensíveis.

• Estimulam-se os encontros sexuais fortuitos de


(?) desde a tenra juventude e reprimem-se (?) se-
xualmente, estimulando a procura de um “príncipe”
para quem ela possa se entregar e ter a sua primeira
experiência sexual.

• (?) ainda possuem os maiores salários para os


mesmos cargos desempenhados por (?). 

• Os cargos de chefia e de política são assumidos


por (?) em sua maioria. ​

• Tem liberdade sexual sem serem rotulados: (?)


são os garanhões, enquanto (?) são consideradas
levianas.

• (?) podem trair, mas se sentem no direito de es-


pancar ou matar quando é traído(a). 

• Quando resolvem trabalhar em áreas socialmente


consideradas como tipicamente "femininas", (?) têm
maior ascensão: se tornam chefs de cozinha, estilis-
tas de alta-costura, etc.

• A gramática é (?).

Assim, para se trabalhar sexualidade na escola, é


preciso:

23
• Desconstruir e problematizar categorias e clas-
sificações identitárias binárias relacionadas à se-
xualidade, tais como masculino versus feminino,
homossexual  versus  heterossexual,  dentre ou-
tras, denunciando as relações de poder presentes
nessas categorizações;​

• Problematizar tanto a oposição entre masculino


e feminino, quanto a unidade interna de cada um (o
masculino contém o feminino);​

• Perceber que cada um desses polos é internamente


fragmentado e dividido (não existe uma mulher, mas
várias mulheres). ​

24
USO DE
SUBSTÂNCIAS
QUÍMICAS
Na maioria das culturas, o consumo de drogas está
presente, variando seus padrões de uso, sua frequên-
cia, alcance e funções. O que torna esse uso um pro-
blema se instala em dois níveis: individual e social.

Figura 7: Efeitos da Droga. | Fonte: Autora

Temos variados tipos de drogas que podem ser divi-


didas em lícitas (álcool, cigarro, medicamentos, ina-

25
lantes, como cola de sapateiro) e ilícitas (maconha,
cocaína, crack, alucinógenos e derivados do ópio,
como a heroína). No entanto, a cultura e o período
da história podem diferenciar essa classificação. Por
exemplo, bebidas alcoólicas são proibidas em países
islâmicos e a folha de coca é utilizada por quem vive
na Cordilheira dos Andes para vencer o cansaço,
a sede e a fome, por seu efeito anestésico. Além
disso, recentemente, houve mudanças no consumo
do tabaco, sendo divulgadas, na própria embalagem
desse produto, campanhas antitabagistas e leis para
coibir o uso de cigarros.

Desse modo, o conceito de drogas lícitas e ilícitas,


para uma determinada sociedade, depende mais
do contexto sociocultural e histórico do que dos as-
pectos psicológicos do usuário e das propriedades
químicas das drogas.

Verifique a classificação genérica das drogas, se-


gundo o tipo de efeito predominante causado sobre
a atividade mental:

• estimulantes: aumentam a atividade mental.

• depressoras: inibidoras do sistema nervoso.

• alucinógenas: alteram o funcionamento mental


(ocasionam estados psíquicos complexos de per-
turbações) à experiências transcendentais, mudança
de percepção (delírio, ilusão), alucinação.

26
Analise os efeitos prejudiciais de algumas drogas à
saúde e à sociabilidade:
• Álcool: Gastrite, hipertensão arterial, cirrose hepáti-
ca e distúrbios neurológicos. Dificuldade em exercer
atividades profissionais (ausências, acidentes e baixa
produtividade); dissolução das relações familiares e
conjugais; dificuldade de vínculo afetivo.

• Cocaína: Debilitação do organismo por emagreci-


mento acentuado, insônia e lesão na mucosa nasal.
Distúrbios psíquicos: da euforia à depressão, irritabi-
lidade, sensações persecutórias (violência).

• Tabaco: Problemas respiratórios, aumenta a pro-


babilidade de infecção nos brônquios, câncer no
pulmão e problema cardiovascular.

• Maconha: Diminuição da memória recente, disfun-


ções reversíveis dos hormônios sexuais. Pode haver
dificuldade em se manter no trabalho e em relações
afetivas.

Diante dessa diversidade de possibilidades de con-


sumo de drogas, as duas instâncias que envolvem o
consumo de drogas (individual e social) devem ser
analisadas em conjunto, para que se possa elaborar
e desenvolver estratégias de enfrentamento de um
problema que é interdisciplinar e multidimensional. E
é sob essa perspectiva que a sala de aula que pode
se tornar "ambiente de educação preventiva e de va-

27
lorização social da vida" (LORENCINI JÚNIOR, 1998,
p. 31).

Figura 8: Educação preventiva na escola. | Fonte: Autora

O que fazer quando os problemas determinam o con-


sumo de drogas? Solução deve ser desenvolvida na
escola, com a educação preventiva. Como?

• Contemplar as drogas nos conteúdos das discipli-


nas (informação científica).

• Conhecer o grau de disseminação das drogas entre


os estudantes.

28
• Ter materiais atualizados sobre a temática.

• Reunir pais, alunos, professores, funcionários, ges-


tores, especialistas em torno da discussão sobre
drogas.

• Não despertar atitudes contrárias daqueles que já


usam e nem o interesse daqueles que não possuem
contato.

• Informações não necessariamente provocam mu-


danças no comportamento. É necessário ir além do
conhecimento científico: entender o indivíduo no seu
contexto sociocultural (fatores que influenciam ou
provocam o uso das drogas).

• Contextualizar o problema e estruturar novos esta-


dos de desejos e expansão para a liberdade humana.

Saiba mais como trabalhar esse conteúdo na escola


ao ouvir o podcast a seguir.

Podcast 2 

29
AFINAL, O QUE É
PSICOLOGIA DA
EDUCAÇÃO?
Diante de todas as temáticas que estudamos, nota-
mos que o processo educativo vai além da simples
memorização daquilo que foi historicamente produ-
zido e acumulado. Abarca, sobretudo, a convivên-
cia com o conflito, o respeito à multiplicidade e à
divergência de posicionamentos. É por meio dessa
noção de conhecimento – multideterminado, social
e contraditório – que dá à educação o papel que lhe
é próprio, de ferramenta que apoia a transformação
efetiva da sociedade.

E é sob essa perspectiva que se constitui a


Psicologia da Educação e Escolar nos dias atuais.
Sinteticamente, Souza (2009, p. 179) esclarece que
este campo, de intervenção e pesquisa:

30
Figura 9: Pontos de intervenção e pesquisa da Psicologia Escolar e
Educacional. | Fonte: Autora

Reflita
Você sabe a diferença entre Psicologia Escolar e
Psicologia Educacional? Por muito tempo, a pri-
meira era tida como o campo da prática profissio-
nal e a segunda área de pesquisa da Psicologia.
No entanto, entendendo que teoria e prática não
devem ser separadas, passou-se a repensar essa
divisão, superando tal dicotomia. Saiba mais so-
bre o assunto ao ler o artigo da psicóloga e pes-
quisadora Mitsuko Aparecida Makino Antunes,
“Psicologia Escolar e Educacional: história, com-
promissos e perspectivas”, de 2008. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1413-85572008000200020&lng=en
&nrm=iso.

31
Busca-se, portanto, compreender a educação como
um fenômeno determinado pelas relações que se
estabelecem no interior da escola, mas que são me-
diadas e constituídas, também, por políticas edu-
cacionais, pela história da comunidade, por fatores
econômicos e culturais e pelas contradições sociais.

32
Síntese
Referências
Bibliográficas
& Consultadas
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
Prescrição e consumo de metilfenidato no Brasil:
Identificando riscos para o monitoramento e controle
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v.2, n.2, p.01-14, 2012.

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