Guia Os Lusiadas
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OS LUSÍADAS
Índice
Do autor__________________________________ 3
Resumo da obra ____________________________ 7
Personagens ________________________________ 15
Chaves de interpretação_______________________ 17
Do autor
LUÍS DE CAMÕES: Um vate português
HÁ QUEM imagine – não sem razão – que os poetas são meninos fran-
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boa, em 1524, tiveram Luís Vaz de Camões, filho único. Em 1527,
uma epidemia de peste bubônica tomou conta da cidade, obrigando a
família a mudar-se para Coimbra. Bento Vaz da Camões, tio do poeta
que ingressara no sacerdócio e estudara letras no Mosteiro de Santa
Cruz dos Agostinhos, deu as primeiras letras a seu sobrinho quando
este contava doze ou treze anos. Alguns anos depois, Camões ingres-
sa no Colégio das Artes, escola preparatória para a universidade de
Coimbra. Apesar de não ter jamais concluído os estudos e de, segundo
se diz, ter sido estudante indisciplinado, a obra de Camões mostra que
o poeta tinha grande erudição, pois dá mostras de conhecimento de
literaturas clássica e moderna, geografia, cosmografia, história e das
línguas castelhana, latina e italiana.
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composto uma sátira criticando os governantes daquela colônia e, por
isso, condenado à prisão. Em 1561 seria liberto e empregado pelo
novo vice-rei D. Francisco Coutinho, que o tinha em alta estima. No
ano seguinte, recebeu um cargo burocrático em Macau, à época um
entreposto comercial pouquíssimo desenvolvido.
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ximo. Passou mais de dois anos na ilha, sobrevivendo da caridade de
amigos. No final de 1569 embarcou na nau Santa Clara, atracando em
Cascais em abril de 1570.
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Resumo
da obra
I
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II
III
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Os dois iniciaram um romance, que foi descoberto pelo rei Afonso.
Os conselheiros do rei insistiram para que a relação fosse rompida e
a dama, assassinada. Afonso assim o fez, tornando o filho viúvo e os
netos órfãos. Quando herdou o trono, Pedro vingou a morte de Inês e
fez de sua amada rainha de Portugal.
IV
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frem com o escorbuto. Por fim, Vasco narra a chegada a Melinde e o
poeta censura por iletrados seus conterrâneos.
VI
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VII
Camões compara os feitos dos portugueses, que pela guerra santa es-
palharam a fé cristã, com as guerras entre cristãos promovidas por
franceses, alemães e ingleses.
Ao final do canto, Camões sente falta de inspiração, faz breve relato au-
tobiográfico e lamenta o modo como os nobres portugueses o tratam.
VIII
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acata os conselhos, temendo ser dominado pelos portugueses, e acusa
Vasco de pirataria. O capitão, porém, defende-se com dignidade, e
sai do encontro com permissão para comercializar. Influenciado pelos
muçulmanos, Catual faz Vasco de refém, tenta trair e assaltar o restan-
te, mas termina libertando o capitão em troca de mercadorias.
IX
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X
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Principais Personagens
ADAMASTOR – Gigante mítico que agita as águas do Cabo das Tor-
mentas
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VASCO DA GAMA – Herói da epopeia, Vasco da Gama é inspirado no
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Chaves de interpretação
A FÉ E O IMPÉRIO
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Os ideais da cavalaria já não podiam ser integralmente copiados pelos
jovens que buscavam se engrandecer nas lutas. Os cristãos, dentes de
Cadmo desparzidos, estavam mais preocupados em brigar entre si do
que em manter o costume milenar de combater o inimigo muçulma-
no. Além do mais, as mudanças econômicas e as inovações tecnológi-
cas como que lançavam os portugueses ao mar.
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CAMÕES E ALCÁCER-QUIBIR
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de alemães, franceses, italianos, ingleses e de todos aqueles que ousarem
se pôr no caminho das glórias portuguesas (Canto X, 152).
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reinado de Afonso IV, detém-se na história de Inês de Castro, amante
do príncipe Pedro I que foi assassinada pelo sogro. Neste ponto, há
expansão lírica, com espaço para subjetividade, emprego de muitos
adjetivos, lamentações, censuras ao Amor e momentos de maior con-
centração no julgamento das ações do que nas ações em si.
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As ninfas, inicialmente, dedicam-se a um jogo de falsa resistência aos
portugueses, para lhes aumentar o desejo. Enfim entregam-se aos na-
vegantes, e a volúpia do episódio atinge seu ápice: