Descarte Ensaio
Descarte Ensaio
Descarte Ensaio
Chegado aqui, Descartes pode dizer que tem certezas na primeira pessoa acerca de si
próprio como eu pensante. Mas isto é pouco. Subsiste a questão de saber se o mundo
exterior existe. Daí que Descartes precise de uma ligação ou “ponte” que lhe permita
vencer a distância entre este eu pensante e o mundo. A premissa “Deus existe e não é
enganador” irá desempenhar esse papel. Ora, a existência deste Deus que não é
enganador precisa, por sua vez, de ser provada. Sem essa prova não há maneira de
refutar o cepticismo. Descartes teria nesse caso apenas umas quantas verdades acerca
de si próprio e nada mais seria seguro. Destruindo a hipótese do génio maligno ao
estabelecer a existência de um Deus sumamente bom e sábio, Descartes obtém a
garantia absoluta de que o mundo é como pensamos que é, na condição de usarmos
correctamente as faculdades com que Deus equipou o homem.
Introdução
Ao longo da história da filosofia são várias as concepções que nos chegam sobre o
conhecimento. Vários filósofos tentaram responder a diversas perguntas
epistemológicas: ‘’O que é o conhecimento? É este possível? Como o alcançar?’’.
Dois dos principais filósofos que envergaram pelo caminho da epistemologia foram
René Descartes e David Hume. Apesar de ambos se debruçarem sobre as mesmas
questões, dão respostas bastantes diferentes e é sobre elas que vou reflectir neste
ensaio.
Porém, apesar de ambos acreditarem que o conhecimento é possível, existe quem lhe
chame de cépticos. Mas o cepticismo praticado por Descartes e Hume não é o mesmo
que era praticado pelos cépticos clássicos, e é sobre isto que irei trabalhar primeiro.
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Problema e Tese
Argumentação