Teste3A Março 22 6.º

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DISCIPLINA DE PORTUGUÊS

6.º ano | MARÇO 2022


TESTE DE AVALIAÇÃO
Nome: ______________________________________________________ Turma ____ Data ___/___/____
Professora:_______________________________ Avaliação: ___________________________________
Encarregado de Educação __________________________________________________________________

Áreas de Competência a avaliar


Linguagens e Textos / Informação e Comunicação (Expressão e Comunicação)

Raciocínio e resolução de problemas / Saber científico, técnico e tecnológico (Aquisição e Aplicação de Conhecimentos)

Pensamento crítico e pensamento criativo (Pensamento Crítico, Sensibilidade Artística e Criatividade)

GRUPO I – ORALIDADE
(10%)
Para poderes responder às questões que se seguem, vais ouvir / visionar uma reportagem sobre
dois bailarinos portugueses (https://sicnoticias.pt/cultura/2015-02-08-Alunos-da-Escola-de-
Danca-do-Conservatorio-Nacional-em-Lisboa-distinguidos-na-Suica).

Antes de iniciares a audição / o visionamento do documento, lê as questões. Em seguida, ouve


/ vê atentamente a reportagem duas vezes e responde ao que te é pedido.

1. Assinala com X, de 1.1. a 1.3., a opção que completa corretamente cada frase,
de acordo com a reportagem. (6%)

1.1. O prémio Prix de Lausanne, atribuído a Miguel Pinheiro, distingue bailarinos


A. entre os 15 e os 18 anos, que estão a iniciar a sua formação.
B. entre os 15 e os 18 anos, que estão a terminar a sua formação.
C. profissionais com mais de 18 anos.
D. profissionais nascidos depois de 1973.

1.2. A final da competição de dança contemporânea decorreu


A. em Portugal.
B. no Japão.
C. na Holanda.
D. na Suíça.

1.3. Miguel Pinheiro e Ito Mitsuru receberam


A. propostas de emprego.
B. bolsas de estudo.
C. uma modesta quantia em dinheiro.
D. propostas de entrevistas.
2. Assinala com X, de entre as opções apresentadas, as que correspondem a informações dadas no
documento. (4%)
A. O Prix de Lausanne tem um grau de exigência elevado.
B. Miguel Pinheiro dedicou o prémio aos seus pais.
C. Ito Mitsuru frequenta a Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa.
D. O segundo classificado foi um bailarino holandês.
E. A organização do prémio atribuiu seis bolsas de estudo
F. Nesta competição participaram outros bailarinos portugueses.

GRUPO II – LEITURA, EDUCAÇÃO LITERÁRIA E ESCRITA


(40%)
Texto A

Lê, atentamente, o texto seguinte.

MARCELINO SAMBÉ: A HISTÓRIA DO MIÚDO QUE SERÁ O NOVO


PROTAGONISTA NUMA DAS MAIORES COMPANHIAS E BAILADO DO
MUNDO

ensaios, em 2008, ganhou a medalha de prata na


Era uma questão de tempo: a partir do mês de
setembro, no arranque da temporada 2019/20, o Competição de Ballet Internacional, em Moscovo.
lisboeta Marcelino Sambé assumirá o papel de Um ano
bailarino principal da companhia de dança depois, nos EUA, recebeu o primeiro
5
britânica Royal Ballet. 35 prémio no Youth American Grand Prix.
E em 2010 voltaria de terras norte-americanas
Aos 25 anos, é o culminar de uma trajetória
com a medalha de ouro na Competição
sempre em ascensão, até ao topo da hierarquia
Internacional de Ballet.
de uma das mais prestigiadas companhias de
ballet do mundo. Desde que nela ingressou, em Esse ano mudaria a vida do bailarino português. A
10 2012, o seu talento 40
exibição num concurso de dança em Lausanne, na
levou-o a primeiro artista, em 2014, a solista, no Suíça, valeu-lhe uma bolsa de estudo para a Royal
ano seguinte, e a primeiro solista, em 2017, para Academy
agora atingir o mais alto patamar. of Dance, uma espécie de porta de entrada para
o Royal Ballet. Chegou a Londres com 16 anos e
Filho de pai guineense e mãe portuguesa,
aos 18 estava a dar o salto para a sua companhia
15 Marcelino cresceu no bairro Alto da Loba, em 45
de sonho, onde agora será uma das estrelas
Paço de Arcos, e cedo deu nas vistas pela
maiores.
agilidade com que se movia ao ritmo da música.
Aos 5 anos já andava no grupo Estrelitas “Ter um bom corpo não quer dizer nada
Africanas, do Centro Comunitário do Alto da se não houver coração”, dizia à VISÃO,
Loba, a dançar ao som de kuduro, funaná e hip- em 2010, depois de ganhar a bolsa que
20 50
hop. o levaria para Inglaterra. “Muitas vezes, olho
para as bailarinas e desiludo-me, porque é só
Coincidência ou não, Marcelino Sambé
técnica. A arte que sinto dentro de mim é que
nasceu no Dia Mundial da Dança, 29 de abril, em
me distingue.” Próximo capítulo: protagonista
1994, e o trabalho no Conservatório não demorou a
numa das maiores companhias de bailado do
dar frutos. Ao fim de quatro anos de aulas e
25 mundo.
1. Assinala com X, de 1.1. a 1.4., a opção que completa corretamente cada frase,
de acordo com o sentido do texto. (8%)

1.1. A expressão “Era uma questão de tempo” (linha 1) sugere que


A. o sucesso de Marcelino Sambé foi imediato.
B. Marcelino Sambé demorou demasiado tempo a tornar-se bailarino.
C. já se esperava que Marcelino Sambé atingisse este nível de sucesso.
D. Marcelino Sambé precisa de mais tempo para se tornar um bom bailarino.

1.2. O “mais alto patamar” (linhas 14-15) da companhia de dança Royal Ballet é o de
A. primeiro artista.
B. bailarino principal.
C. solista.
D. primeiro solista.

1.3. Os primeiros tempos de vida de Marcelino Sambé foram passados no bairro


A. Alto da Loba, em Paço de Arcos.
B. Estrelitas Africanas, em Paço de Arcos.
C. Alto da Loba, na Guiné.
D. Alto da Loba, em Paços de Ferreira.

1.4. Segundo Marcelino Sambé, o que o distingue como bailarino é


A. o ritmo que imprime à sua atuação.
B. a sua boa forma física.
C. a sua competência técnica.
D. a arte que sente dentro de si.

2. Associa cada uma das datas (coluna A) ao acontecimento da vida de Marcelino Sambé (coluna
B). (8%)
Coluna A Coluna B

1. Entrou na companhia de dança britânica Royal


A. 2009 Ballet.
2. Participou num concurso de dança
B. 2010 na Suíça.
3. Recebeu o primeiro prémio no Youth American
C. 2012 Grand Prix, nos EUA.
4. Tornou-se primeiro solista da companhia Royal
D. 2017 Ballet.

A. _____ B. _____ C. _____ D. _____


Texto B

Lê, atentamente, o texto seguinte. Se necessário, consulta o vocabulário.

A história de Catherine

Lembro-me bem da minha primeira aula de dança clássica. Foi o meu pai que escolheu a escola
de dança, no próprio bairro onde vivíamos, na rua de Maubeuge. A nossa professora, que se chamava
Galina Dismaïlova, dirigiu-se a mim dizendo:
– Tens de dançar sem óculos.
Ao princípio, sentia inveja das colegas que não precisavam de usar óculos. Para elas, tudo era
simples. Mas, pensando bem, cheguei à conclusão de que tinha uma vantagem: podia viver em dois
mundos diferentes, conforme punha ou não os meus óculos. E, na verdade, o mundo da dança não
fazia parte da vida real, era um mundo em que se andava aos saltos ou nas pontas dos pés, em vez de
simplesmente caminhar. Sim, era um mundo de sonho, vago e suave, que eu via sem os óculos. À saída,
depois dessa primeira aula, disse ao meu pai:
– Não me incomoda nada dançar sem óculos.
O meu pai ficou um tanto admirado pelo tom firme com que falei.
– Se eu visse bem sem óculos, acho que dançaria pior – acrescentei. – É uma vantagem.
– Tens razão – disse o meu pai. – Eu também sentia isso quando era novo... Os outros descobrirão
no teu olhar, quando estiveres sem os óculos, uma espécie de leveza vaporosa1 e de doçura... A isso
chama-se encanto...
As aulas realizavam-se todas as quintas-feiras, ao fim da tarde, e o meu pai ia sempre levar-
-me. A grande sala envidraçada do estúdio dava para a Gare du Nord.
As mães das alunas sentavam-se à espera num longo banco estofado de tecido vermelho.
O meu pai, que era o único homem no meio de todas essas mulheres, ficava num extremo do banco,
distanciado delas, e de vez em quando olhava através da vidraça para a Gare du Nord, para os cais
iluminados, os comboios que partiam para destinos longínquos – até à Rússia, segundo me tinham
dito, a Rússia que era pátria da nossa professora, a senhora Dismaïlova.
Numa dessas quintas-feiras, esqueci-me dos meus óculos na escola de dança e, como o meu pai
estava no trabalho, eu própria fui sozinha buscá-los à rua de Maubeuge. Bati à porta, mas ninguém
atendeu. Toquei à campainha da porteira e ela deu-me um duplicado da chave do estúdio para ir lá
buscar os óculos. Quando entrei, acendi a luz. A lâmpada espalhava uma luz velada2, incidindo sobre o
piano e deixando zonas de penumbra. Achei engraçado ver o grande estúdio deserto e o piano, ao
fundo, com o tamborete3 vazio. Os meus óculos estavam em cima do banco. Através da vidraça via-se
uma luz esbranquiçada, que vinha da Gare du Nord.
Então, de repente, deu-me vontade de dançar sozinha. Bastou-me um pouco de imaginação para
ouvir no silêncio a música do piano e a voz da senhora Dismaïlova.

Patrick Modiano, A história de Catherine, 2.ª ed., Lisboa, Editorial Presença,


2015, pp. 41-45 (texto com supressões)

Vocabulário

1 vaporosa – ténue, ligeira;


2 velada– que não se distingue bem;
3 tamborete – assento baixo.
3. Classifica o narrador desta história quanto à sua presença. (2%)
___________________________________________________________________________

3.1. Transcreve do texto uma passagem que justifique a tua resposta. (3%)
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4. Explica o que sentiu a rapariga quando, na sua primeira aula, lhe disseram que tinha de dançar
sem óculos. (4%)
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___________________________________________________________________
5. Explica as palavras de Catherine: “(...) o mundo da dança não fazia parte da vida real (...)” (linhas
7-8). (4%)
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6. Transcreve a expressão que comprova que o pai da rapariga se identifica com os sentimentos
dela. (4%)
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7. Descreve o estúdio onde decorriam as aulas de dança. (4%)


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8. Transcreve dos dois últimos parágrafos (linhas 24-32) duas passagens textuais que comprovem
duas das características de Catherine: despistada e criativa. (3%)
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GRUPO III – GRAMÁTICA
(20%)

1. Transforma as seguintes frases ativas em frases passivas, procedendo às alterações necessárias.


(4%)
a) Catherine reconhece a voz da professora.
_______________________________________________________________
b) O pai levava Catherine ao estúdio de dança.
________________________________________________________________
2. Assinala com um x a opção correta. (4%)

Frase ativa Frase passiva

a) As mães das meninas assistiam com entusiasmo.

b) As coreografias foram elaboradas pela professora.

c) Diversas danças são feitas na academia, anualmente.


d) Apreciamos aquela dança lindíssima.
e) O exercício será resolvido, amanhã, por mim.
f) Todo o trabalho foi feito pela Catherine

2. Assinala com X a subclasse a que pertencem os verbos sublinhados nas frases. (6%)

Subclasses do verbo
Frases Verbo principal Verbo Verbo
intransitivo transitivo auxiliar copulativo
a) Ela tinha deixado os óculos no estúdio.
b) A sala parecia deserta.
c) A menina dançou sem óculos.
d) Catherine abriu a porta do estúdio.

3. Estabelece a associação entre cada expressão sublinhada nas frases da coluna A e a função
sintática correspondente da coluna B. (6%)

Coluna A Coluna B
A. A azáfama do porto era interessante. 1. Complemento indireto
B. Ele enviava postais dos lugares por onde passava à 2. Sujeito
família.
3. Predicativo do sujeito
C. Chegavam novos navios todos os dias.
D. Os marinheiros iam para lugares distantes. 4. Complemento direto

E. Na infância, ele tinha brincado no cais. 5. Modificador


F. Ele não esqueceria nunca o cheiro do café. 6. Complemento oblíquo

A. _____ B. _____ C. _____ D. _____ E. _____ F. _____


GRUPO IV – ESCRITA
(30%)

O texto B inclui um relato da primeira aula de dança de Catherine.


Escreve um texto narrativo, no qual imagines o teu primeiro dia numa atividade que praticas
ou que gostarias de praticar.
O teu texto, com um mínimo de 120 e um máximo de 180 palavras, deve:
• apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão;
• conter uma descrição do espaço;
• descrever os sentimentos associados ao momento;
• incluir um momento de diálogo;
• ter um título adequado.
No final, faz a revisão do teu texto, verificando se:
• respeitaste o tema proposto e o género indicado;
• as partes estão devidamente ordenadas;
• há repetições que possam ser evitadas;
• usaste corretamente a pontuação.

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Bom trabalho!
A professora: Maria João Oliveira

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