União Europeia

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UNIÃO EUROPEIA

HISTÓRIA GERAL
Breve análise sobre os principais objetivos da União Europeia.
A União Europeia (UE) foi criada em 1992 é uma união econômica e política de
27 Estados-membros independentes situados principalmente na Europa. A UE
tem as suas origens na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e na
Comunidade Econômica Europeia (CEE), formadas por seis países em 1957. A
CEE foi criada em 1957 e foi formada nessa época apenas pela: Alemanha,
Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Esta organização também
era chamada de "Europa dos 6".

Os Estados-membros atualmente da UE são: Alemanha, Áustria, Bélgica,


Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia,
Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia,
Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia, Suécia.

Surgimento
A União Europeia (UE) é um bloco econômico criado em 1992 para estabelecer
uma cooperação econômica e política entre os países europeus.

O contexto de criação da CEE foi na Guerra Fria, momento em que o mundo


vivia a bipolarização entre os norte-americanos e soviéticos. Como forma de
buscar uma aliança para fortalecer as comunidades europeias com uma
recuperação economicamente e enfrentar o avanço da influência norte-americana,
os europeus objetivaram criar vínculos para integração econômica.

Outro fato importante para entender a criação do bloco econômico é que nesta
época a Europa buscava se reconstruir dos danos da Segunda Guerra Mundial e,
bem como, de prosperar a paz. Dessa forma, outra intenção foi construir uma
força militar e de segurança.

A proposta da CEE foi incentivar a cooperação econômica tornando os seus


membros dependentes, mantendo uma relação de mercado comum entre os
países. Na década de 80 outros países integraram a CEE como a: Inglaterra,
Grécia, Espanha, Dinamarca, Irlanda e Portugal. Com a adesão destes países, a
comunidade europeia se chamaria de "Europa dos 12".

Nos anos que se seguiram, o território da UE foi aumentando de dimensão


através da adesão de novos Estados-membros, ao mesmo tempo que aumentava a
sua esfera de influência através da inclusão de novas competências políticas. O
Tratado de Maastricht instituiu a União

Europeia com o nome atual em 1993. A última revisão significativa aos


princípios constitucionais da UE, o Tratado de Lisboa, entrou em vigor em 2009.
Bruxelas é a capital de fato da União Europeia.

Criação de um banco central e do euro


Em 1999 foi projetada na UE a criação de um banco central e da moeda única, o
Euro. Esta nova moeda foi capaz de gerar profundas mudanças no cenário
geopolítico e pode dar condições de fortalecer a economia e influência da UE
para competir com o dólar norte-americano.

E ainda, também se iniciou políticas comuns de defesa, cidadania e de proteção


ao meio ambiente, tendo uma preocupação com as mudanças climáticas e ajuda
humanitária e proteção civil.

Com a UE permitiu-se a livre circulação de mercadorias, serviços e pessoas por


meio da eliminação dos controles das fronteiras entre os países da UE, abolindo
barreiras físicas, jurídicas e burocráticas. A União Europeia torna a Europa
praticamente como se fosse um país único.

Os principais tratados dos países europeus e adesão dos


países
1957 -Tratado de Roma. Institui a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a
Comunidade Europeia da Energia Atômica (Euratom) e aprofundou a integração
econômica europeia;

1965 – Tratado de Bruxelas. Simplifica o funcionamento das três instituições


europeias como a CEE, a Euratom e a CECA - Comunidade

Econômica Europeia do Carvão e do Aço que são substituídos pela;


1988 – Ato Único Europeu. Propõe medidas para criação de um mercado único.
Aderem Portugal e Espanha.

1992 – Tratado de Maastricht – Criação da União Europeia;

1997 – Tratado de Amsterdã – Reforma das instituições para adesão de mais


países à EU. A Áustria, Finlândia e Suécia aderem à EU;

2001 – Tratado de Nice. Nova reforma na instituição para adesão de 10 países:


República Checa, Estónia, Chipre, Letónia, Lituânia, Hungria,

Malta, Polónia, Eslováquia e Eslovénia;

2004 – Tratado de Roma - Este novo tratado em Roma buscava criar uma
Constituição para a Europa, porém, por motivos de desacordos os países não
chegaram a um consenso e não assinaram o tratado;

2007 – Tratado de Lisboa – Busca tornar a UE mais democrática e eficaz para


resolver problemas sociais e ambientais, como as mudanças climáticas e ajuda
humanitária. Romênia e Bulgária aderem à EU;

2008 – Uma crise financeira atingiu toda a economia mundial, derivada dos
empréstimos hipotecários dos Estados Unidos. Nesse período, alguns bancos da
Europa enfrentaram problemas e a crise foi um dos elementos que auxiliou os
países do bloco a terem uma cooperação econômica mais estreita. Houveram
outros momentos que desestabilizaram a economia da EU;

2011 – Por exemplo, ocorreu outra crise que deixou vários países endividados
como Grécia, Portugal, Itália, Espanha e Irlanda;

2013 – A Croácia adere à EU;

2016 – Num plebiscito popular o Reino Unido vota a favor de sua saída da UE.
Em junho desse ano ocorreu um plebiscito onde 51% das pessoas votaram a
favor da saída. Essa ação foi chamada de "Brexit", termo que surgiu pela união
das palavras "Britain" ("Bretanha") e "exit" ("saída").
Os objetivos da União Europeia
Promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus cidadãos;
Garantir a liberdade, a segurança e a justiça, sem fronteiras internas;
Favorecer o desenvolvimento sustentável, assente num crescimento económico
equilibrado e na estabilidade dos preços, uma economia de mercado altamente
competitiva, com pleno emprego e progresso social, e a proteção do ambiente;
Lutar contra a exclusão social e a discriminação;
Promover o progresso científico e tecnológico;
Reforçar a coesão econômica, social e territorial e a solidariedade entre os países
da EU;
Respeitar a grande diversidade cultural e linguística da EU;
Estabelecer uma união econômica e monetária cuja moeda é o euro.
Os valores da UE são comuns aos países que a compõem, numa sociedade em
que prevalecem a inclusão, a tolerância, a justiça, a solidariedade e a não
discriminação. Estes valores são parte integrante do modo de vida europeu:

Dignidade do ser humano:

A dignidade do ser humano é inviolável. Deve ser respeitada e protegida,


constituindo a base de todos os direitos fundamentais.

Liberdade

A liberdade de circulação confere aos cidadãos europeus o direito de viajarem e


residirem onde quiserem no território da União. As liberdades individuais, como
o respeito pela vida privada, a liberdade de pensamento, de religião, de reunião,
de expressão e de informação, são consagradas na Carta dos Direitos
Fundamentais da UE.

Democracia

O funcionamento da União assenta na democracia representativa. Ser cidadão


europeu também confere direitos políticos: todos os cidadãos europeus adultos
têm o direito de se apresentar como candidatos e de votar nas eleições para o
Parlamento Europeu. Os cidadãos europeus têm o direito de se apresentar como
candidatos e de votar no seu país de residência ou no seu país de origem.
Igualdade

A igualdade implica que todos os cidadãos têm os mesmos direitos perante a lei.
O princípio da igualdade entre homens e mulheres está subjacente a todas as
políticas europeias e é a base da integração europeia, aplicando-se em todas as
áreas. O princípio da remuneração igual para trabalho igual foi consagrado no
Tratado em 1957. Apesar de continuarem a existir desigualdades, a UE realizou
progressos significativos.

Estado de Direito

A UE assenta no Estado de Direito. Tudo o que a UE faz assenta em Tratados


acordados voluntária e democraticamente pelos países que a constituem. O
direito e a justiça são garantidos por um poder judicial independente. Os países
da UE conferiram competência jurisdicional ao Tribunal de Justiça da União
Europeia, cujos acórdãos devem ser respeitados por todos.

Direitos humanos

Os direitos humanos são protegidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da UE,
que proíbe a discriminação em razão, designadamente, do sexo, origem étnica ou
racial, religião ou convicções, deficiência, idade ou orientação sexual, e consagra
o direito à proteção dos dados pessoais e o direito a acesso à justiça.

Estes objetivos e valores constituem a base da UE e estão estabelecidos no


Tratado de Lisboa e na Carta dos Direitos Fundamentais da UE.

Em 2012, a UE recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelos seus esforços em prol da


paz, da reconciliação, da democracia e dos direitos humanos na Europa.

A UE é, há mais de meio século, um fator de paz, de estabilidade e de


prosperidade, tendo contribuído para melhorar o nível de vida dos europeus e
dado origem a uma moeda única, o euro. Mais de 340 milhões de cidadãos
europeus de 19 países utilizam o euro como moeda e usufruem das suas
vantagens.
Graças à supressão dos controlos nas fronteiras entre os países da UE, as pessoas
podem circular livremente em quase todo o continente, sendo muito mais fácil
viver, trabalhar e viajar noutros países da UE. Todos os cidadãos europeus têm o
direito e a liberdade de escolher em que país da UE querem trabalhar, estudar ou
passar a sua reforma. Em termos de emprego, segurança social e impostos, os
países da UE devem tratar os outros cidadãos europeus exatamente da mesma
forma que tratam os seus próprios cidadãos.

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O principal motor da economia europeia é o mercado único, que permite que a
maioria das pessoas, bens, serviços e capitais circulem livremente. O objetivo da
UE é desenvolver este enorme recurso também noutras áreas, como os mercados
da energia, do conhecimento e dos capitais, para que os europeus possam tirar o
máximo partido do seu potencial.

A UE mantém-se empenhada em reforçar a transparência e o funcionamento


democrático das suas instituições. As decisões são tomadas com a maior
transparência possível e de uma forma tão próxima do cidadão quanto possível.

Os poderes do Parlamento Europeu, eleito por sufrágio universal direto, têm sido
progressivamente alargados. Por sua vez, os parlamentos nacionais, que
trabalham em paralelo com as instituições europeias, têm assumido um papel
cada vez mais importante.

A UE norteia-se pelo princípio da democracia representativa, com os cidadãos


diretamente representados ao nível da União no Parlamento Europeu os Estados-
Membros no Conselho Europeu e no Conselho da UE.

Os cidadãos europeus são incentivados a contribuir para a vida democrática da


União dando a sua opinião sobre as políticas europeias durante a sua elaboração e
sugerindo melhorias das leis e políticas em vigor. A iniciativa de cidadania
europeia permite que os cidadãos tenham uma palavra a dizer sobre as políticas
da UE que afetam as suas vidas. Os cidadãos podem igualmente apresentar
queixas sobre a aplicação do direito europeu.

Comércio
A União Europeia é o principal bloco comercial do mundo. A UE é o maior
exportador mundial de bens e serviços e o maior mercado de importação para
mais de 100 países. Ela engloba 23 línguas oficiais e cerca de 150 línguas
regionais.
O comércio livre entre os países da UE foi um dos princípios fundadores da UE,
concretizado no mercado único. Fora das suas fronteiras, a UE está igualmente
empenhada na liberalização do comércio mundial.

Ajuda humanitária

A UE está empenhada em ajudar as vítimas de catástrofes naturais e causadas


pelo Homem em todo o mundo, prestando apoio a mais de 120 milhões de
pessoas por ano. No seu conjunto, a UE e os países que a compõem são o
principal doador mundial de ajuda humanitária.

Diplomacia e segurança

A UE desempenha um papel importante no plano diplomático, procurando


promover a estabilidade, a segurança e a prosperidade, a democracia, as
liberdades fundamentais e o Estado de direito a nível internacional.

O Dia da União Europeia é comemorado 9 de maio.

A bandeira oficial da União Europeia é composta por doze estrelas douradas


dispostas sobre um fundo azul formando um círculo. Ao contrário do que muitos
pensam, o número de estrelas da bandeira não está relacionado com a quantidade
de Estados-membros que formam o bloco europeu.

A chamada "Zona Euro" corresponde aos 17 países membros da UE que


adotaram a moeda, sendo a Estônia o último país a adotar a moeda, em 2011.

A população europeia estimada é de 500 milhões de pessoas, o que corresponde a


7% da população mundial.

A União Europeia participa de fóruns de reunião importantes como o G7 - Grupo


dos Sete, G8 - Grupo dos Oito e o G20 - Grupo dos Vinte.
Instituições da União Europeia
Parlamento Europeu
O Parlamento tem as seguintes competências:

Examinar e opinar sobre as propostas da Comissão e do Conselho. Exercer o


poder de controle sobre a Comissão Europeia (e a possibilidade de censurá-
la).Compartilhar o poder orçamentário com o Conselho, votando o orçamento
anual. 

Comissão Europeia
A Comissão é o órgão executivo da União Europeia. Tem três funções principais:
a iniciativa legislativa, isto é, a política comunitária mediante a elaboração de
propostas que apresenta ao Conselho e ao Parlamento; o controle da aplicação do
direito comunitário e o poder de negociação internacional.

Conselho da União Europeia


O Conselho da União Europeia é seu principal órgão legislativo e tem outras
duas funções fundamentais: a coordenação das políticas econômicas dos países-
membros e a responsabilidade em matéria de relações exteriores. Originalmente
era chamado de "Conselho de Ministros". Tem sua sede em Bruxelas, na Bélgica.

Tribunal de Justiça
Sua principal missão é assegurar o respeito ao direito comunitário por parte dos
países-membros. Tem sede em Luxemburgo. É formado por um juiz de cada
Estado- -membro e um juiz rotativo entre os Estados considerados "grandes",
com mandatos de seis anos, e por seis "advogados gerais".

Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas europeu, cuja sede está em Luxemburgo, é formado por 15
membros (até 2005) nomeados por seis anos, mediante decisão unânime do
Conselho da União Europeia. Sua principal missão é comprovar a legalidade e a
regularidade da receita e dos gastos da União Europeia (UE), assim como a boa
gestão financeira.
Etapas de formação da União Europeia
O processo de formação da União Europeia passou por quatro etapas principais,
que receberam diferentes nomes conforme a evolução do bloco constituía-se.

Bandeiras da União
Europeia em frente à sua sede em Bruxelas
A União Europeia é, sem dúvidas, o bloco econômico mais importante do
mundo, pois além de ter sido capaz de reunir as maiores potências do
continente europeu, conseguiu atingir o nível de integração que nenhum outro
acordo transnacional conseguiu almejar até o presente momento. Para entender
como esse bloco consolidou-se como tal, é importante conhecer suas
sucessivas etapas de evolução, que vão da criação do Benelux até a formação
da Zona do Euro.

O Benelux

Antes da criação do bloco europeu, primeiramente surgiu um acordo regional


anterior a ele, o Benelux, sigla com as iniciais de seus três países
integrantes: Bélgica, Holanda (Netherlands) e Luxemburgo. Esse pequeno
acordo surgiu no ano de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, com o
objetivo de facilitar o comércio entre os membros e promover uma maior
integração econômica, principalmente com a redução ou eliminação das
barreiras alfandegárias

A CECA

Com o sucesso do Benelux, novas tentativas no mesmo sentido passaram a


acontecer por outros países europeus no pós-guerra, com o intuito de
promoverem uma maior evolução e cooperação econômica entre si. Assim, foi
criada a CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço) no ano de 1952,
envolvendo os países do Benelux, a Alemanha, a França e também a Itália. Esses
três últimos foram justamente os países europeus mais afetados com as
grandes guerras do século XX, além da Inglaterra, que, até então, não integrava
o bloco.

Como o próprio nome diz, a CECA promoveu uma maior cooperação


econômica no âmbito da produção de recursos naturais, notadamente o carvão
e o aço, o que era simbólico naquela época, haja vista que franceses e alemães
disputaram arduamente territórios que continham esses minerais, tais como
o Vale do Ruhr  e a Alsácia-Lorena.

O Tratado de Roma

A maior integração promovida pela CECA logou serviu de exemplo para outros
países europeus, que passaram a encaminhar vários acordos que culminaram na
assinatura do Tratado de Roma no ano de 1957. Esse acordo instituiu a criação
do Mercado Comum Europeu, também chamado de Comunidade Econômica
Europeia.

A criação desse novo bloco foi inovadora por ir muito além de um mero acordo
econômico, pois propiciava uma livre circulação entre mercadorias, capitais,
serviços e pessoas, algo impensável para o mundo até então. A força das
fronteiras foi deixada de lado para a promoção de uma maior integração
política, econômica e territorial entre diferentes países.

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Posteriormente, ingressaram no Mercado Comum Europeu a Dinamarca, o
Reino Unido e a Irlanda, em 1973. Já no ano de 1981, ingressou a Grécia e, em
1986, a Espanha e Portugal, tornando-se aquilo que na época ficou conhecido
como a Europa dos Doze.

O Tratado de Maastricht

No início dos anos 1990, após a reunificação alemã e o fim do sistema soviético
capitalista de Estado, ampliaram-se as discussões para que se aprofundassem
ainda mais os níveis de integração do bloco econômico europeu. Em 1992, foi
assinado o Tratado de Maastricht, que transformava o bloco de mercado
comum em uma união econômica e monetária, que recebeu o nome, então,
de União Europeia.

Dessa forma, além da livre circulação de mercadorias, bens, capitais e pessoas,


foram estabelecidas novas medidas de integração, tais como a adoção de um
passaporte único para os cidadãos e a união monetária, ou seja, a criação de
uma moeda única, o euro, com a consequente criação de um Banco Central
Europeu, órgão responsável por regular a moeda em questão. Inicialmente, no
ano de 1999, o euro envolvia apenas alguns acordos comerciais do bloco e não
circulava entre a população, o que só ocorreu posteriormente.

Em 1995, Suécia, Finlândia e Áustria ingressaram na União Europeia, passando a


adotar todos os seus termos, totalizando quinze membros no bloco.

No ano de 2002, conforme previsto pelo Tratado de Maastricht, o euro


começou a vigorar, passando a circular em todos os países da UE, com exceção
da Inglaterra e Dinamarca. Os demais membros então adotaram integralmente
a moeda e constituíram aquilo que se convencionou chamar de “Zona do
Euro”.

Depois do ingresso de vários países na União Europeia, todos esses


gradativamente cumprindo acordos para a também adoção do Euro, o bloco
passou a contar com 28 países-membros em 2014.

Organização dos Países Exportadores


de Petróleo (Opep)
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) é
um organismo intergovernamental criado no ano de
1960 durante a Conferência de Bagdá, realizada em setembro
daquele ano. Com sede em Viena, na Áustria, conta atualmente
com 13 membros: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã,
Iraque, Líbia, Kuwait, Nigéria, Argélia, Angola, Gabão, Congo,
Guiné Equatorial e Venezuela.
A sua missão principal, conforme descrito no site da organização,
é a união e coordenação das políticas do petróleo para os
países que a integram, o que, em tese, traduz-se em retornos
positivos para toda a cadeia produtiva: produtores, consumidores
e até mesmo os investidores desse mercado.
Leia também: Otan – instituição de integração e cooperação
em âmbito militar

Função da Opep
Símbolo da Opep, representando a sigla do organismo em inglês
(Opec).
A Opep tem como função a regulamentação da produção e
comercialização do petróleo para os seus membros, tornando o
produto deles mais competitivo no mercado. Isso é feito
pelo controle do preço dos barris de modo a torná-lo estável,
controlando quaisquer alterações que possam prejudicar os
países-membros.
As políticas da Opep atuam, ainda, no controle da produção,
mais especificamente na quantidade de petróleo produzida e que
ingressa no mercado (oferta). Assim, por conta da sua forma de
atuação, a Opep é, muitas vezes, descrita como um cartel.
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Membros da Opep

A Opep separa os seus membros em dois grupos: fundadores e


plenos. O primeiro grupo diz respeito àqueles países que fizeram
parte do processo de fundação do organismo no ano de 1960.
Por sua vez, o segundo grupo diz respeito a todas as nações
aprovadas para o ingresso.
Atualmente, 13 países integram a Opep. Os membros
fundadores são:
 Arábia Saudita

 Kuwait

 Irã

 Iraque

 Venezuela

Os demais são:
 Líbia

 Emirados Árabes Unidos

 Argélia

 Nigéria

 Angola

 Guiné Equatorial

 Gabão

 Congo (o mais recente ingressante, em 2018)

Além dos países listados, outros três tiveram participação


temporária na Opep e acabaram por desligar-se da organização:
 O Catar tornou-se membro em 1961 e desligou-se em 2019.

 O Equador passou a integrar o quadro de países-membros em


1973, suspendeu sua afiliação entre 1992 e 2007, e desligou-
se novamente em 2020.

 A Indonésia também pertenceu à Opep entre 1962 e 2016.


O Gabão, hoje membro pleno, aderiu à organização em 1975 e
havia suspendido sua adesão em 1995, retornando 11 anos mais
tarde.
Veja também: 10 países mais pobres do mundo

Importância da Opep

O petróleo é a principal fonte de energia do mundo atual,


representando uma parcela de 31,5% da matriz energética. Ao
mesmo tempo, constitui-se em uma matéria-prima altamente
dinâmica e utilizada na confecção de uma série de produtos
utilizados no dia a dia.
Por tratar-se de uma fonte não-renovável, o petróleo tornou-se
uma ferramenta central de grandes disputas geopolíticas.
Soma-se a isso o fato de flutuações no mercado do petróleo
interferirem diretamente na economia em escala global,
repercutindo em diversos setores produtivos, como aconteceu
durante as duas crises do petróleo da década de 1970.
A importância da Opep, dessa forma, reside na regulação
mercadológica por meio do controle dos preços; no balanço do
fornecimento de petróleo; e também na sua atuação como
um agente diplomático no cenário político internacional.
A Opep adquiriu papel central na geopolítica do petróleo a partir
da década de 1970.

Políticas de controle da Opep

As primeiras políticas de controle da Opep surgiram na década


de 1970, logo após o embargo imposto pelos países árabes
sobre o envio de petróleo para os países europeus e para
os Estados Unidos. Essa medida foi tomada pelo apoio dado por
essas nações a Israel durante o conflito árabe-israelense nos
anos anteriores.
Em 1973, a Opep elevou o preço do petróleo em duas
ocasiões, fazendo com que o valor dos barris quadruplicassem,
eclodindo, assim, a primeira crise do petróleo daquela década. A
produção também passou por medidas de controle, o que
refletiu no desequilíbrio dos preços.
Ao final do período, em 1979, uma nova crise do petróleo foi
desencadeada. No início da década de 1980, os valores do barril
do petróleo haviam aumentado quase 10 vezes
comparativamente a 1973. Com as oscilações constantes no
preço, que caíram significativamente em 1986, e a queda na
receita dos países-membros, a Opep passou a estabelecer um
teto produtivo e um referencial de preços.
Os países da Opep experimentaram nova alta nos preços com
a Guerra do Golfo, no início dos anos 1990. Não obstante a lenta
recuperação nos anos seguintes, a Opep criou, no início dos
anos 2000, uma faixa de valores dentro da qual o barril de
petróleo deveria oscilar na tentativa de estabilização.
Nos momentos de crise e alta de preços a partir de 2017, a Opep
tem atuado com a determinação de uma menor produção diária.

História da Opep

A Opep foi criada no ano de 1960, durante a Conferência de


Bagdá realizada entre os dias 10 e 14 de setembro pelos cinco
países conhecidos hoje como membros fundadores. O
reconhecimento da Opep pela Organização das Nações Unidas
(ONU) deu-se em 6 de novembro de 1962, quando contava com
mais três integrantes: Catar, Indonésia e Líbia. Desde então,
outros países passaram a integrar a organização, que conta
atualmente com oito membros plenos e cinco membros
fundadores.
A sede da Opep localiza-se em Viena, na Áustria, onde se
instalou em 1965. Anteriormente, as instalações da organização
ficavam em Genebra, na Suíça.
O objetivo de criação da Opep era fazer frente
ao monopólio constituído pelas empresas petrolíferas conhecidas
como “sete irmãs”: Amoco, Chevron, Exxon, Mobil, Texaco
(estadunidenses), Royal Dutch e Shell (anglo-holandesas) e a
britânica British Petroleum. A detenção do controle do mercado
de petróleo por tais empresas passava pela determinação dos
preços, que foram submetidos a uma baixa considerável entre
1959 e 1960 pelas corporações.
Embora fossem os maiores fornecedores da matéria-prima, os
fundadores da Opep não viam retornos positivos dos acordos
com as sete irmãs. Diante disso, criou-se a Opep com o intuito
de unificar as políticas de petróleo para os países-
membros e garantir melhores condições de mercado para o seu
produto.

COME
A COMECON era uma organização de países socialistas criada com o
objetivo de competir com o Plano Marshall, criado pelos Estados Unidos.
O assunto é cobrado pelas mais variadas questões de história e de
geografia das maiores provas do país, como o ENEM e os vestibulares.
COMECON: Introdução
O Conselho para Assistência Econômica Mútua, termo abreviado pela
sigla COMECON, foi uma organização internacional fundada no ano de
1949, durante a Guerra Fria, e que tinha como objetivo a integração
econômica dos países do Leste Europeu, que seguiam a ideologia
socialista.
O conselho existiu até 1991, ano em que a URSS foi dissolvida.
COMECON: Contexto Histórico
A COMECON foi criada no contexto pós-Segunda Guerra Mundial, como
uma resposta da URSS ao Plano Marshall, plano americano que visava
apoiar a reconstrução econômica da Europa Ocidental. Vale ressaltar
que os Estados Unidos pretendiam, com as suas medidas de ajuda
econômica, expandir a sua influência sobre os países europeus. Desse
modo, o principal objetivo da COMECON era consolidar a ideologia
socialista no Leste Europeu, realizando uma cooperação econômica
entre os países membros do grupo.

SADC
Países que fazem parte da
SADC
A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral)
é um bloco econômico formado pelos países da África Austral.
São eles: África do Sul, Angola, Botswana, República
Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia,
Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia,
Zimbábue.

A Southern Africa Development Community como é chamada


oficialmente, se originou em 1992 a partir da transformação da
SADCC, criada desde 1980 e que era constituída por nove
nações. Atualmente, a SADC é formada por 14 países-membros,
totalizando um PIB de cerca de 226 bilhões de dólares e uma
população de 210 milhões de pessoas.

Os objetivos do bloco é, em síntese, proporcionar o crescimento


das economias dos países africanos e conseqüentemente, o
desenvolvimento e a melhoria na qualidade de vida de seu povo.
Outros objetivos não menos importantes são: a promoção da paz
e da estabilidade da região, do desenvolvimento sustentável e do
combate à AIDS; e a reafirmação dos legados sócio-culturais
africanos.

Esses países, com exceção da África do Sul, que se situa em um


grau bem mais elevado de desenvolvimento econômico,
passaram a adotar medidas para alcançar o mercado regional,
sendo que nesse caso, o desenvolvimento da indústria local é
fundamental para a diminuição da dependência dos produtos
estrangeiros. Dessa forma, a produção desses países referidos
tem se concentrado na produção de produtos de base.

O principal parceiro econômico da SADC é a União Européia, no


entanto, essas relações comerciais vêm diminuindo bastante: de
7% na década de 80 para 3% atualmente. Além disso, diversas
medidas estão sendo adotadas para tentar diminuir a
dependência desses países com as nações desenvolvidas.

Referências bibliográficas
FERREIRA, Tahiana Fernandes de Macêdo. União europeia: o diálogo e a
cooperação contribuindo para a construção da democracia supranacional.
Curitiba: Juruá, 2013.
FINKELSTEIN, Cláudio. O processo de formação de bloco. São Paulo: IOB-
Thomson, 2003.
FURLAN, Fernando de Magalhães. Supranacionalidade nas associações de
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JUNG, Salete. Uma Introdução ao Direito da Integração e Direito
Comunitário. Disponível em: . Acesso em: 12/05/2018.
JUNQUEIRA, Bráulio. A Institucionalização Política da União
Europeia. Coimbra: Almedina, 2008.
PORTO, Manuel Carlos Lopes. Teoria e políticas de integração na União
Europeia e no Mercosul. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
QUADROS, Fausto. Direito das Comunidades Europeias, Contributo para o
estudo da natureza jurídica do Direito Comunitário Europeu. Lisboa:
Almedina, 1994.
3. SADC,1992: Declaração e o Tratado da SADC, Gaberone, Botswana 4. SADC, 1999:
Protocolo sobre Conservação de Fauna Bravia e Policiamento, Gaberone, Botswana 5.
SADC, 2002: Protocolo sobre os Cursos de Água Partilhados, Gaberone, Botswana 6.
SADC, 2001: Plano de Desenvolvimento Estratégico Indicativo Regional. Gaberone,
Botswana 7. SADC, 2007: Quadro da SADC para as Áreas de Conservação
Transfronteiriças, Gaberone, Botswana

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