Química 3 Ano 2022 - Oxidantes e Redutores

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Andréa Pacheco de Oliveira Química II

OXIDANTES E REDUTORES
Reação de oxirredução é uma transformação química em que elétrons são transferidos de uma
espécie química (molécula, íon) para outra.
Processos de transferência de elétrons ocorrem em fenômenos cotidianos, como a combustão de
substâncias e a formação de ferrugem. Além disso, acontecem em todos os seres vivos, como na
respiração celular e na fotossíntese.

1. Equacionamento de semirreações
A perda de elétrons por uma espécie química é chamada de oxidação (aumento do Nox), e o
recebimento de elétrons é denominado redução (diminuição do Nox). A oxidação e a redução
sempre acontecem simultaneamente porque os elétrons perdidos pela espécie química que se
oxida são recebidos pela espécie química que se reduz, resultando em um processo de
oxirredução.

Na reação acima o Nox do sódio aumentou de 0 para +1. O sódio sofreu oxidação.

Na reação acima, o NOX do cloro diminuiu de 0 para –1. O cloro sofreu redução.
A compreensão da transferência de elétrons nesse tipo de reação química é facilitada
desmembrando-a em duas etapas: oxidação e redução. Cada uma dessas etapas corresponde a
uma semirreação, e pode ser representada por uma equação química.
Co3+(aq) + Ni(s) → Co2+(aq) + Ni2+(aq)
Semirreação de oxidação: mostra os reagentes e produtos que participam do processo de
oxidação. Uma vez que o metal Ni está sendo oxidado para Ni2+ nesta reação, podemos começar
escrevendo esse processo da seguinte forma:
Ni(s) → Ni2+ (aq)
Nossa semirreação está balanceada em relação à massa, só falta uma coisa: os reagentes e os
produtos devem apresentar a mesma carga elétrica total, pois uma transformação química
deve estar de acordo com o fato de que a carga elétrica se conserva.
Para expressar corretamente a conservação da carga elétrica, inserimos elétrons (representados
por e─) do lado direito:
Ni (s) → Ni2+ (aq) + 2e−
Vamos conferir a carga elétrica. No primeiro membro (antes da seta), a carga elétrica total é: 0.
No segundo membro (depois da seta), a carga elétrica total é: + 2 – 2 = 0. O equacionamento da
semirreação está concluído.
Semirreação de redução: mostra os reagentes e produtos que participam da etapa de redução.
Nesse caso, nossa equação deve mostrar o Co3+ sendo reduzido em Co2+. Ela também deve
incluir um elétron do lado esquerdo da equação para o balanceamento das cargas:
Co3+ (aq) + e− → Co2+ (aq)
Agora que temos essas duas equações de semirreação, é possível deduzir a equação global.
Como os elétrons perdidos pela espécie que se oxida são integralmente recebidos pela espécie

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que se reduz, multiplicamos as equações das semirreações por números adequados visando à
igualdade do número de elétrons:
Ni (s) → Ni2+ (aq) + 2e−
2X [Co3+ (aq) + e− → Co2+ (aq)]
No momento, a semirreação de oxidação envolve a transferência de dois elétrons, enquanto a
semirreação de redução envolve a transferência de apenas um elétron. Portanto, precisamos
multiplicar a semirreação de redução por 2, o número de elétrons passe a ser 2. Somando-as e
fazendo os necessários cancelamentos, chegamos a:
Ni(s) → Ni2+(aq) + 2e−
2Co3+(aq) + 2e− → 2Co2+(aq)
________________________________
Ni(s) + 2Co3+(aq) → Ni2+(aq) + 2Co2+(aq)

2. Agente oxidante e agente redutor


Comparando os participantes da reação em seu estado inicial e final, o átomo que oxida terá
aumento de Nox e o átomo que reduz terá diminuição do número de oxidação, sendo que o
número de elétrons envolvidos nesses processos deve ser o mesmo, afinal, as transferências
eletrônicas ocorrem de um átomo para o outro.

A tabela acima apresenta o comportamento dos agentes oxidantes e redutores nas reações de
oxirredução. Comparando-a com o exemplo acima, nota-se que:
 Ni0 sofre oxidação. Portanto, Ni0 é agente redutor de Cu2+.
 Cu2+ sofre redução. Portanto, Cu2+ é agente oxidante de Ni0.
Os elétrons perdidos pela espécie química que se oxida são integralmente recebidos pela
espécie química que se reduz, pois, elétrons se conservam durante as reações químicas. Assim,
oxidação e redução sempre acontecem de modo conjunto, não sendo possível a ocorrência de
uma sem a outra.
Denominamos agente oxidante a espécie química que recebe elétrons e que, por isso, causa a
oxidação de outra espécie, aquela que cede os elétrons. Chamamos de agente redutor a espécie
química que perde elétrons e que, por esse motivo, provoca a redução da outra espécie, para a
qual elétrons são transferidos.
Perceba que oxidante é a espécie reduzida na ocorrência da reação de oxirredução, e redutor é
a espécie que é oxidada nessa reação.

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3. Número de oxidação
Para nos ajudar a reconhecer uma reação de oxirredução e acertar os coeficientes
estequiométricos de algumas equações químicas, recorremos ao conceito de estado de oxidação
e à determinação do número de oxidação (Nox) das espécies químicas. Dessa forma, uma reação
de oxirredução pode ser entendida como aquela em que ocorre a variação do Nox de uma ou
mais espécies químicas.
Os números indicados em verde na equação química a seguir são os números de oxidação.
 Oxidação do nitrito (NO2─) em nitrato (NO3─):

 Formação de um óxido, um composto binário em que um átomo de oxigênio apresenta


Nox ─2, quando o alumínio metálico (Aℓ), usado em embalagens, é exposto ao oxigênio
atmosférico em condição ambiente:

Dentre os elementos químicos, os metais têm por tendência diminuir seu número de elétrons
(oxidar), enquanto os não metais tendem a aumentar (reduzir). Essa variação do número de
elétrons gera uma carga elétrica no átomo em questão, denominada número de oxidação.
Alguns elementos químicos, quando fora de seu estado neutro, têm número de oxidação fixo,
como é o caso dos metais alcalinos (grupo 1) e alcalinos terrosos (grupo 2), enquanto outros têm
valores variados a depender dos diferentes átomos com que interagem. Cada espécie química
apresenta um estado de oxidação que pode ser positivo, negativo ou zero, dependendo da
substância da qual faz parte.
O número de oxidação, ou estado de oxidação, é um número associado aos átomos de um
determinado elemento químico, em uma determinada espécie química, que indica carga elétrica
real no caso de íons monoatômicos (formados por um só átomo, como Na +, Ca2+ ou Fe3+) ou uma
carga parcial (nos demais casos, o que inclui as espécies químicas em que existe ligação
covalente, como H2, CO2, H2O, NH4+, NO3─ e SO42─) que se atribui aos átomos em função do
ambiente eletrônico ao seu redor.
Regras para determinação do número de oxidação

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Com base nas informações dadas, é possível calcular o NOX de cada elemento em diferentes
substâncias, com base nas seguintes regras.
• O NOX de qualquer elemento em uma substância simples é igual a zero, pois não há diferença
de eletronegatividade entre os átomos.
Exemplos: H2, Cℓ2, O2, P4, S8, Na, Fe, Aℓ.
• O NOX de qualquer elemento em um íon simples é igual à carga elétrica do íon.

• A soma dos NOX dos elementos em uma substância composta é igual a zero (toda substância
é neutra).
Exemplo:

• A soma dos NOX dos elementos em um íon composto é igual à carga elétrica do íon (o íon
necessariamente possui uma carga elétrica).
Exemplo:

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4. Número de oxidação e oxirredução


Na discussão a seguir, representaremos por ∆ o módulo do número de elétrons perdidos ou
recebidos.
Consideremos a equação da semirreação de oxidação de NH4+ a NO2─. Nesse processo, o número
de oxidação do elemento químico hidrogênio não se altera, valendo +1 no NH4+ e no H+. O
número de oxidação do elemento químico oxigênio também não se altera, sendo –2 tanto em
H2O quanto em NO2─. Já o número de oxidação do elemento químico nitrogênio aumenta de –3,
no NH4+, para +3, no NO2─. Essa variação de 6 unidades tem um significado: o átomo do
elemento nitrogênio perde 6 elétrons (∆ = 6), o que é consistente com a equação da
semirreação:

Conclusão similar pode ser tirada analisando a equação da semirreação de oxidação de NO 2─ a


NO3─, na qual o número de oxidação do elemento químico nitrogênio se altera de +3, no
reagente, para +5, no produto. O átomo de nitrogênio, nesse caso, perde 2 elétrons na oxidação
(∆ = 2):

Analisemos agora a equação da semirreação de redução de O2 a H2O. O número de oxidação do


elemento químico hidrogênio (+1) se mantém, mas o do oxigênio diminui de zero para –2. O
módulo dessa variação, que é 2, indica que cada átomo do oxigênio recebeu 2 elétrons.
Contudo, como existem dois átomos na molécula de O 2, concluímos que os dois juntos recebem
4 elétrons (∆ = 2.2 = 4), o que está de acordo com a equação da semirreação:

Observe que em qualquer reação balanceada de oxirredução o número de elétrons ganhos pelo
oxidante é igual ao número de elétrons perdidos pelo redutor.
Balanceamento de equações químicas de oxirredução
Assim como em qualquer outro processo químico, nas reações de oxirredução o balanceamento
das equações químicas deve obedecer à lei da conservação das massas. Porém, para essas
reações, é necessário considerar também o balanceamento de cargas, de forma que ao número
de elétrons cedidos corresponda igual número de elétrons recebidos.

Regras
1. Identificar os elementos que sofrem oxidação e redução com os NOX em ambos os membros.
2. Calcular a variação do NOX do oxidante e do redutor (Δ).
Δ = (variação do NOX do elemento) x (n° de átomos do elemento na espécie química)
3. Estabelecer os coeficientes: para estabelecermos os coeficientes, fazemos uma inversão dos
Δ de oxidante e redutores.

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4. Os coeficientes das outras substâncias que participam da reação, mas que não sofrem
oxirredução, serão obtidos por tentativas.
5.

Primeiro determinamos o número de oxidação de todos os elementos presentes, tanto nos


reagentes como nos produtos. A seguir, registramos os números de oxidação que variam e o
módulo dessas variações (∆):

6.

Portanto, colocando o coeficiente 3 na frente do H2S e o coeficiente 8 na frente do HNO3,


asseguramos que o balanceamento expresse que o número de elétrons perdidos é igual ao
número de elétrons recebidos.
7.

Assim temos, esquematicamente, o seguinte:

O restante do balanceamento pode ser feito por meio de tentativa e erro, como estamos
acostumados a fazer. A equação corretamente balanceada é:

Resumindo as sugestões apresentadas


 O primeiro passo para balancear a equação é calcular o NOX de cada átomo ou íon
participante, determinando qual sofreu oxidação e qual sofreu redução.
 Em seguida, devemos escolher um dos membros da equação para iniciar o
balanceamento.
 A partir do membro escolhido, calculamos o número de elétrons que foram perdidos e
ganhos. “O número de elétrons perdidos é igual a variação do NOX (∆) do átomo ou íon
que sofreu oxidação multiplicada pelo número (X) de vezes que esse átomo ou íon
aparece na fórmula da substância redutora, no membro escolhido”. Da mesma forma,
calculamos o número de elétrons que foram ganhos com base em que: “O número de
elétrons ganhos é igual a variação do NOX (∆) do átomo ou íon que sofreu redução
multiplicada pelo número (X) de vezes que esse átomo ou íon aparece na fórmula da
substância oxidante, no membro escolhido”.
 Caso seja possível, deve-se simplificar o número total de elétrons perdidos e ganhos.
 Para igualar o número de elétrons perdidos com o número de elétrons ganhos, fazemos:
o coeficiente da substância redutora é igual ao número de elétrons ganhos e o
coeficiente da substância oxidante é igual ao número de elétrons perdidos.
 Esses números (coeficientes) são o ponto de partida. O restante do balanceamento é
realizado por tentativas. Em equações iônicas, é necessário estar atento ao fato de que a
carga elétrica total no primeiro membro (reagentes) deve ser igual à carga elétrica total
no segundo membro (produtos). Isso ajuda a balancear ou a conferir o balanceamento.
Exemplos:
 Reações em que certa quantidade de determinado átomo ou íon é oxidada ou reduzida
no decorrer da reação, enquanto outra quantidade desse mesmo átomo ou íon reage
sem sofrer variação de NOX.
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Inicialmente, determinamos a variação do NOX (∆NOX) de cada elemento:

Todo o manganês (Mn) presente no KMnO4 sofreu redução, originando o MnCℓ2:

O cloro presente no HCℓ originou KCℓ, MnCℓ2 e Cℓ2, mas somente uma parte dos seus
átomos oxidou-se, originando o Cℓ2, que é a parte que nos interessa:

Relacionando o ∆NOX com a quantidade de Cℓ2 formada, notamos que cada cloro que forma
Cℓ2 perde 1 elétron; como são necessários 2 cloros para formar cada Cℓ2, nessa formação
foram perdidos 2 elétrons. Assim, temos:
 KMnO4 = ∆NOX = 5;
 Cℓ2 = 2 (∆NOX) = 2.
A seguir, determinamos os coeficientes para cada espécie em que houve variação do Nox,
sabendo que isso pode ser feito simplesmente atribuindo o ∆Nox de uma espécie como
coeficiente da outra espécie. Assim, temos:
 KMnO4 = ∆NOX = 5 ⇒ 5 será o coeficiente do Cℓ2;
 Cℓ2 = 2 (∆NOX) = 2 ⇒ 2 será o coeficiente do KMnO4.
Agora, conhecendo os coeficientes do KMnO4 e do Cℓ2, podemos determinar os outros pelo
método das tentativas, e teremos a equação balanceada:

 Reações iônicas: algumas vezes precisamos balancear equações iônicas, em que foram
escritos apenas os átomos ou íons que participam ativamente do fenômeno de
transferência de elétrons. Nessas reações não são escritos os átomos ou íons que não
possuem papel ativo na reação.

Inicialmente devemos determinar o NOX de cada espécie e suas variações.

A seguir devemos igualar o número de elétrons:

Esses números de átomos correspondem aos coeficientes dessas espécies; a partir deles
determinamos os coeficientes das outras espécies, obtendo a equação balanceada:

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Em equações químicas na forma iônica, preste atenção ao fato de que a carga elétrica total
do lado dos reagentes deve ser igual à carga elétrica total do lado dos produtos.

5. Corrosão de metais
Os metais reagem com a água sob o mecanismo de oxirredução e o comportamento dela diante
da transferência de elétrons é determinante para o processo de corrosão de metais.
A corrosão diminui a vida útil de pontes e automóveis, e a substituição do metal corroído
acarreta, todos os anos, considerável gasto econômico em todo o mundo.
As equações a seguir representam o que acontece na corrosão do ferro submetido à presença
de água que contenha gás oxigênio dissolvido ou ao ar úmido. Note que o ferro é inicialmente
oxidado de zero a +2 e, a seguir, de +2 a +3.

O processo de corrosão do ferro é também denominado enferrujamento. A ferrugem é uma


mistura de Fe(OH)2 e Fe(OH)3, sendo este último componente responsável pela coloração
marrom alaranjada característica. Ao ser formada na superfície de uma peça, a ferrugem solta-
se em flocos, deixando o metal novamente exposto e sujeito à oxidação. Na presença da água
isenta de ar (ausência de gás oxigênio) ou na presença de ar seco (ausência de água), o ferro não
enferruja (ausência de corrosão).
O ambiente litorâneo exerce influência significativa sobre a formação da ferrugem. A água do
mar acelera a reação de oxidação do ferro porque os íons livres presentes na água do mar
aumentam a mobilidade dos cátions Fe2+ e ânions hidroxila (OH -), e, consequentemente, a
formação da ferrugem. Essa mobilidade se deve à atração de cargas opostas entre os íons
presentes na água do mar, como o Cℓ-, e os íons envolvidos na formação da ferrugem. Observe,
na imagem a seguir, a maior quantidade de íons Fe2+ livres em meio aquoso marinho.

Por motivos de segurança e para evitar a contaminação gerada pela ferrugem, muito métodos
para combatê-la foram desenvolvidos. Um procedimento possível é a galvanização, que consiste
em revesti-lo com uma camada de zinco metálico. Esse metal é escolhido por apresentar maior
tendência que o ferro a se oxidar, uma vez que o Zn2+ tem menor potencial de redução que o
Fe2+:

O zinco reveste a superfície do ferro como se fosse uma camada de tinta e impede o contato
dele com o ar úmido ou com a água que contenha gás oxigênio dissolvido. O zinco também atua
como se fosse o ânodo de uma pilha, pois apresenta maior tendência a se oxidar que o ferro.
Assim, o zinco se oxida preferencialmente, ainda que o ferro esteja exposto. Em outras palavras,
se a película protetora de zinco for danificada e o ferro estiver exposto a agentes oxidantes, o
zinco atuará como metal de sacrifício, ou seja, um metal propositalmente colocado em contato
com o ferro para que seja oxidado em lugar dele, preservando-o.
O arame farpado, os alambrados e as calhas metálicas de chuva são geralmente feitos de ferro
galvanizado. Esses produtos, quando novos, têm aspecto cinza metálico que se deve à camada

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externa de zinco. Depois que essa camada é prolongadamente exposta ao oxigênio e à umidade,
ela é totalmente oxidada e removida, deixando o ferro sujeito à corrosão.
Cascos de embarcações feitos de aço são protegidos da corrosão mediante a soldagem de peças
de zinco, que se oxida mais facilmente que o ferro do casco. A técnica é denominada proteção
catódica, pois o ferro é protegido justamente por se tornar o cátodo da cela galvânica formada
por zinco e ferro. Nessas circunstâncias, o zinco é denominado ânodo de sacrifício, já que,
atuando como o ânodo da cela galvânica, oxida-se, preservando assim o ferro. A proteção é
eficiente desde que o metal do ânodo de sacrifício seja reposto periodicamente. Essa estratégia
é utilizada sempre que a pintura não pode ser feita ou não oferece eficiência completa.
A tinta zarcão é basicamente Pb3O4 (tetróxido de chumbo), que tem alta aderência às placas
metálicas de ferro, evitando assim o contato de água e oxigênio com o metal. Essa proteção
deve ter manutenção constante, pois se essa película protetora for riscada ou sofrer desgaste
com o tempo, o ferro ficará exposto e irá se oxidar. Tintas modernas, à base de películas de
polímeros, são mais eficientes que o zarcão. Algumas delas protegem uma estrutura de ferro
durante vários anos, sem necessidade de manutenção.
O estanho é um metal mais resistente à corrosão que o ferro, porém, em meio ácido, ele
também pode estar sujeito à oxidação. Usa-se, na parte interna de latas de alimentos em
conserva, a folha de flandres, que é uma película de estanho acrescida de algum óxido resistente
(como óxido de crômio III) ou de algum material sintético (como polímeros com alta resistência
à corrosão).
Latas amassadas apresentam essa proteção interna deteriorada e a possibilidade da corrosão é
muito maior, pois o ferro fica exposto e pode oxidar, gerando resíduos que contaminam os
alimentos. Em função disso, latas amassadas devem ser descartadas.

1. (UFU-MG) O dióxido de cloro vem substituindo o cloro, Cℓ2, em muitas estações de tratamento
de água para abastecimento público de países desenvolvidos, pois investigações em laboratório
têm mostrado que o Cℓ2, na presença de matéria orgânica, pode produzir compostos
organoclorados, altamente tóxicos. O dióxido de cloro pode ser obtido pela reação entre clorito
de sódio e Cℓ2, de acordo com:

O estado de oxidação do cloro nos compostos NaCℓO2, Cℓ2, NaCℓ e CℓO2 é, respectivamente:
a) –1, 0, –1 e +2.
b) +1, –1, 0 e –4.
c) +1, –1, 0 e –4.
d) +3, 0, –1 e +4

2. (Fuvest) Na reação abaixo utilizada na siderurgia para a obtenção de ferro metálico:


1 Fe3O4(s) + 4 CO(g) → 3 Fe(s) + 4 CO2(g)
a) o carbono e o ferro são oxidados.
b) o carbono e o ferro são reduzidos.
c) o ferro e o oxigênio são reduzidos.
d) o ferro é oxidado, e o carbono, reduzido.
e) o ferro é reduzido, e o carbono, oxidado.

3. Nos detergentes, dentre as várias substâncias que os constituem, encontram-se o bórax,


Na2B4O7∙10 H2O, que elimina odores, e o silicato de sódio, Na 2SiO3, que evita a corrosão das

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máquinas de lavar. Nesses compostos, boro e silício possuem números de oxidação,


respectivamente iguais a:
a) +3 e +4. c) +4 e +3. e) +7 e +3.
b) +2 e +3. d) +2 e +4.

4. Após acertar a equação redox


IO3– + I– + H+ → I2 + H2O
a soma dos coeficientes inteiros mínimos das espécies que nela aparecem é
a) 24 b) 6 c) 18 d) 12 e) 5

5. (Vunesp-SP) Em contato com ar úmido, um telhado de cobre é lentamente coberto por uma
camada verde de carbonato de cobre, CuCO3, formado pela sequência de reações representadas
pelas equações a seguir:

Com relação ao processo global, pode-se afirmar:


a) as duas reações são de oxirredução.
b) apenas a reação 1 é de oxirredução.
c) apenas a reação 2 é de oxirredução.
d) nenhuma das reações é de oxirredução.
e) O Cu(s) é o agente oxidante da reação 1.

6. (Enem) Algumas moedas utilizam cobre metálico em sua composição. Esse metal, ao ser exposto
ao ar úmido, na presença de CO2, sofre oxidação formando o zinabre, um carbonato básico de
fórmula Cu2(OH)2CO3, que é tóxico ao homem e, portanto, caracteriza-se como um poluente do
meio ambiente. Com o objetivo de reduzir a contaminação com o zinabre, diminuir o custo de
fabricação e aumentar a durabilidade das moedas, é comum utilizar ligas resultantes da
associação do cobre com outro elemento metálico. A propriedade que o metal associado ao
cobre deve apresentar para impedir a formação de zinabre nas moedas é, em relação ao cobre,
a) maior caráter ácido.
b) maior número de oxidação.
c) menor potencial de redução.
d) menor capacidade de reação.
e) menor número de elétrons na camada de valência.

REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: ciências da natureza e suas tecnologias. 1ª ed. São
Paulo: Moderna, 2020.
GODOY, Leandro; AGNOLO, Rosana Maria Dell; MELO, Wolney C. Ciências da Natureza: eletricidade
na sociedade e na vida. 1º ed. São Paulo: Editora FTD, 2020.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Ciências da Natureza: energia e consumo sustentável. 1º ed. São
Paulo: Moderna, 2020.
FONSECA, Martha Reis Marques. Química: ensino médio. 2º ed. São Paulo: Ática, 2016.

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