20170704155154diretrizes Nacionais Da Educacao Fiscal
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20170704155154diretrizes Nacionais Da Educacao Fiscal
Documento Base
Grupo Educação Fiscal - GEF
Escola de Administração Fazendária - ESAF
2a Edição
Apresentação
Legislação..................................................................................14
Legislação assegura Transparência e Cidadania Fiscal................14
Estruturação do PNEF.....................................................................20
Compete ao Ministério da Educação.........................................20
Compete à ESAF.........................................................................21
Compete à Secretaria da Receita Federal.............................22
Compete à Secretaria do Tesouro Nacional...............................22
Compete à Secretaria de Orçamento Federal............................23
Compete à Secretaria de Fazenda dos Estados..........................23
Compete à Secretaria de Educação dos Estados........................24
Compete à Secretaria de Fazenda ou Finanças dos Municípios......24
Compete à Secretaria de Educação dos Municípios...................25
Comitê Executivo – CE................................................................25
Comissões Temáticas – CT...........................................................27
Contexto
Governo Cidadão
Impostos
O Século XXI tem se caracterizado pela velocidade com que ocorrem diver-
sas mudanças no mundo nas áreas econômica, social, cultural, científica,
tecnológica, institucional e do capital humano.
1. É a informação que gera falhas de mercado, quando dois ou mais agentes econômicos estabelecem
entre si uma transação com uma das partes envolvidas detendo informações qualitativas e/ou quanti-
tativamente superiores aos da outra.
2. Segundo Pinsky (2003), a cidadania orienta-se por aqueles que sempre buscam mais direitos, maior
liberdade, melhores garantias individuais e coletivas e não se acomodam frente à dominação dos arro-
gantes, seja do próprio Estado, ou de outras instituições ou pessoas que não abdicam de seus privilé-
gios. PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. História da Cidadania. São Paulo, Ed. Contexto, 2003.
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Programa Nacional de Educação Fiscal
O PNEF sugere ainda que a Educação Fiscal deve ser entendida como capaz
de interpretar as várias teorias financeiras da arrecadação e dos gastos
públicos, instigando o cidadão a aprender e entender o seu papel como
contribuinte solidário e participativo que beneficia a todos, inclusive a ele
próprio. Para que isso ocorra, deve-se estar consciente da importância da
participação no acompanhamento da aplicação dos recursos públicos, ou
seja, do controle social, que deve ser pautado na justiça, transparência,
honestidade e eficiência, minimizando o conflito da relação entre o cida-
dão “contribuinte”, e o Estado “arrecadador”.
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• Em 1970, com a “Operação Brasil do Futuro”, a Educação Fiscal busca-
va chegar aos estabelecimentos de ensino. A publicação “Dona Formiga,
Mestre Tatu e o Imposto de Renda”, de autoria de Cecília Lopes da Rocha
Bastos, foi amplamente distribuída nas escolas do atual ensino fundamen-
tal. No entanto, a ação foi descontinuada em 1972.
• Em 1977, a Secretaria da Receita Federal lançou o Programa “Contribuin-
te do Futuro”, mediante trabalho junto aos estabelecimentos de ensino e
distribuição de livros e cartilhas a alunos e professores.
• Em 1992/1994, com a redemocratização do país, alguns estados brasilei-
ros, como o Espírito Santo, começaram a realizar ações mais consistentes
de Educação Tributária.
• Em maio de 1996, o CONFAZ1 reunido em Fortaleza, registra a importân-
cia de um programa de consciência tributária para despertar a prática da
cidadania. Na reunião seguinte do CONFAZ, em setembro, do mesmo ano,
foi criado o Grupo de Trabalho para este fim.
• Em fevereiro de 1998, a Portaria n.º 35, do Ministro da Fazenda, oficializa
o Grupo de Trabalho e formula seus objetivos como sendo “promover e
coordenar as ações necessárias à elaboração e à implantação de um pro-
grama nacional permanente de educação tributária” e “acompanhar as
atividades do Grupo de Educação Tributária nos Estados – GETE”.
• Em março de 1999, passam a integrar o grupo representantes da Secre-
taria do Tesouro Nacional e do Ministério da Educação.
• Em julho de 1999, tendo em vista a abrangência do Programa, que não
se restringe apenas aos tributos, mas que aborda também as questões da
alocação dos recursos públicos arrecadados e da sua gestão, o CONFAZ,
reunido na Paraíba, aprova a alteração de sua denominação que passa a
ser Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF.
3. Confaz – Conselho de Política Fazendária. Reúne Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito
Federal
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• Em 31 de dezembro de 2002, é publicada a Portaria Interministerial nº
413 - MF/MEC, institui o Grupo de Trabalho de Educação Fiscal – GEF e
seus representantes, além de definir as competências dos órgãos res-
ponsáveis pela implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal
- PNEF. São eles:
• Ministério da Educação;
• Ministério da Fazenda, representado pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil - RFB,
• Secretaria do Tesouro Nacional – STN;
• Escola de Administração Fazendária – ESAF;
• Secretarias Estaduais de Educação e Fazenda.
Públicos
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P RO GRAMA NACIO NAL DE E DUCAÇÃO FISCAL
Escopo
Fundamentos
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• Na política, compartilha conhecimentos sobre gestão pública eficiente,
eficaz e transparente quanto à captação, à alocação e à aplicação dos
recursos públicos, com responsabilidade fiscal, e ênfase no conceito de
bem público como patrimônio da sociedade;
• No controle social, dissemina conhecimento e instrumentos para que o ci-
dadão possa atuar no combate ao desperdício e a corrupção;
• Na relação Estado-Sociedade, desenvolve uma relação de confiança en-
tre a administração pública e o cidadão, oferecendo-lhe um atendimen-
to respeitoso e conclusivo, com ênfase na transparência das atividades;
• Na relação Administração - Contribuinte, estimula o cumprimento vo-
luntário das obrigações tributárias e o combate à sonegação fiscal, ao
contrabando, ao descaminho e à pirataria, reforçando, sempre, a neces-
sidade de prestação de serviços públicos de qualidade;
• Na condução do PNEF, realiza práticas democráticas em permanente in-
tegração com todos os segmentos sociais, de modo a contribuir para que
o Estado cumpra seu papel constitucional de reduzir as desigualdades
sociais e ser instrumento de fortalecimento permanente do estado de-
mocrático de direito.
Referências do PNEF
Missão
“Compartilhar conhecimentos e interagir com a sociedade sobre a origem,
aplicação e controle dos recursos públicos, favorecendo a participação so-
cial.”
Visão de futuro
“Ser reconhecido como Programa de excelência pelo Estado, Sociedade e
pela Comunidade Internacional na promoção da cidadania fiscal.”
Valores
• Cidadania
• Comprometimento
• Efetividade
• Ética
• Justiça
• Solidariedade
• Transparência
Diretrizes
• Estimular o exercício da cidadania com vistas à organização, mobilização
e participação social no tocante às finanças públicas;
• Ênfase na comunicação mobilizadora, visando o estabelecimento de vín-
culos de corresponsabilidade;
• Ação de âmbito nacional e sua implementação deve envolver os três ní-
veis de governo;
• As ações do Programa devem ter caráter permanente, sendo recomen-
dada a desvinculação de logomarcas e mensagens que caracterizem de-
terminada gestão governamental, eliminando assim a possibilidade de
utilização do programa com objetivos político-partidários;
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• O material didático do PNEF deve estar em consonância com as Dire-
trizes e Bases Curriculares Nacionais, respeitando-se a autonomia das
instituições de ensino. Os conteúdos de educação fiscal deverão ser in-
seridos na teoria e na prática escolares;
• Todo o material produzido, inclusive o didático, é propriedade do PNEF
e deverá seguir as linhas de referências nacionais definidas neste docu-
mento e em documentos orientadores específicos, devendo haver socia-
lização das experiências realizadas e distribuição do material produzido,
vedada sua comercialização; e
• O financiamento das ações do PNEF deve ser feito, prioritariamente,
com recursos orçamentários, sem prejuízo de fontes alternativas.
Objetivos
Geral
“Promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o efetivo exercício da
cidadania.”
Específicos
• Levar a capacitação de finanças públicas aos agentes aos agentes públi-
cos e políticos;
• Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo;
• Levar conhecimentos aos cidadãos sobre cidadania, finanças públicas,
participação e controle social;
• Incentivar o acompanhamento e a participação da sociedade na aplica-
ção dos recursos públicos e no controle dos gastos públicos; e
• Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.
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Lesgislação
Art. 5º da CF/88: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual-
quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residen-
tes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
desta Constituição;
“XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o
sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
“XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informa-
ções de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral,
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento
de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou
contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
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…§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anual-
mente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação,
o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. (BRASIL.
Constituição, 1988).
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LESGISL AÇÃO
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Lei nº 12.527, de 18/11/2011 – Conhecida como Lei de Acesso à Informa-
ção – Trata do acesso à informação pública, como direito universal, sendo
a acesso a regra e o sigilo a exceção.
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Estruturação do PNEF
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Compete à ESAF:
I - sediar o GEF e manter em sua estrutura uma gerência específica do
Programa, provendo os recursos necessários ao seu funcionamento;
II - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
III - atuar como integrador e articulador de experiências das esferas go-
vernamentais federal, estadual e municipal, assim como de entidades
não-governamentais;
IV - efetivar atividades do PNEF relativas a: organização de eventos, ações em
esfera superior, articulações com os Governos Federal, Estaduais e Municipais
visando a estimular o desenvolvimento do PNEF, a divulgação no país e no
exterior e outras atividades inerentes à Coordenação Nacional do Programa;
V - organizar e manter a memória do PNEF;
VI - realizar parcerias de interesse do Programa;
VII - elaborar e/ou produzir material de divulgação do Programa;
VIII - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e formação
de seus servidores e nos demais eventos realizados;
IX - propor medidas que garantam a implementação do PNEF nos Estados;
X - destinar recursos regulares à implementação do PNEF, no âmbito de sua atuação.
XI - sediar as reuniões nacionais de trabalho e reuniões de subgrupos temáticos;
XII - coordenar a capacitação dos membros do GEF, conforme pauta anu-
al a ser definida pelo grupo;
XIII - participar de eventos dos GEFEs, GEFFs e GEFMs;
XIV - Representar juridicamente o PNEF, para fins de realização de par-
cerias, recebimento de doação de bens tangíveis ou intangíveis, assim
como de outros negócios jurídicos não-onerosos, de interesse do PNEF e
aprovados previamente pelo GEF.
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Compete à Secretaria da Receita Federal
I - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
II - institucionalizar e coordenar o Grupo de Educação Fiscal da Secreta-
ria da Receita Federal – GEFF;
III - baixar os atos necessários e garantir os recursos, no âmbito de sua
atuação, destinados à implementação do PNEF;
IV - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras, ela-
boração de materiais diversos e outras ações necessárias à implemen-
tação do PNEF;
V - manter um representante permanente junto ao GEF;
VI - indicar um representante para participar de cada um dos grupos
GEFEs e GEFMs, para o desenvolvimento de ações conjuntas, indepen-
dentemente ou sem prejuízo das atividades próprias do Programa na
SRF;
VII - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e forma-
ção de seus servidores e nos demais eventos realizados;
VIII - realizar a divulgação do PNEF;
IX - realizar parcerias de interesse do Programa;
X - subsidiar tecnicamente, quando solicitado, os grupos GEF, GEFE e
GEFM na elaboração de material didático.
Comitê Executivo – CE
A ESAF conta com a participação do Comitê Executivo com o objetivo de
colaborar na coordenação e secretaria-executiva do Programa Nacional de
Educação Fiscal - PNEF e do Grupo de Trabalho de Educação Fiscal - GEF.
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ESTRUTURAÇÃO DO PNEF
Comissões Temáticas - CT
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Como aderir ao PNEF
2º Passo: Sensibilização
3º Passo: Formalização
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Importante para o sucesso do Programa Municipal de Educação Fiscal que
tal atividade seja incorporada ao planejamento estratégico das instituições
participantes, com alocação de recursos humanos e financeiros, além da
adoção de metodologia própria de acompanhamento.
4º Passo: Capacitação
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Sugestão de Ações por Públicos
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• Criação de boletins informativos;
• Estabelecimento de parcerias com entidades como associações e sindi-
catos de funcionários da Fazenda, associações e sindicatos da Educação;
• Aposição de mensagens de Educação Fiscal nos comprovantes de paga-
mento dos funcionários públicos;
• Concurso interno para trabalhos realizados (monografias, cartazes, fo-
lhetos e outros);
• Parcerias com sindicatos, clubes e associações de funcionários para
ações conjuntas na área de Educação Fiscal.
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• Produção e distribuição de material educativo;
• Criação de página na Internet para intercâmbio de informações e escla-
recimentos de dúvidas;
• Divulgação de mensagens educativas por meio de placas afixadas em
obras e repartições públicas;
• Realização de palestras em entidades de classe, associações e sindicatos;
• Estabelecimento de parcerias com entidades de classe, associações, sin-
dicatos e outros órgãos que possam divulgar ou colaborar com ações
voltadas para o programa;
• Estabelecimento de parcerias com: bancos; companhias de eletricidade,
água e esgotos, telefonia; indústrias e outros segmentos para divulgação
de mensagens tributárias educativas em extratos bancários, contas men-
sais e embalagens de produtos;
• Estabelecimento de parcerias com as Secretarias de Cultura para divul-
gação de mensagens e inclusão do tema em programas culturais;
• Sensibilização de atores sociais cuja atividade possa ter influência no
processo de Educação Fiscal: jornalistas, juízes, promotores de justiça,
empresários, cientistas, políticos e outros, por meio de realização de en-
contros, seminários, debates e outros eventos.
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