20170704155154diretrizes Nacionais Da Educacao Fiscal

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Programa Nacional de Educação Fiscal

Documento Base
Grupo Educação Fiscal - GEF
Escola de Administração Fazendária - ESAF
2a Edição
Apresentação

Este documento é um referencial sobre os principais aspectos do


Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF.

Desde a sua criação, o PNEF tem sensibilizado e capacitado mi-


lhares de pessoas, em especial educadores. Tem contribuído para
o amadurecimento das instituições democráticas republicanas ao
demonstrar a importância de se compartilhar com toda a sociedade
os princípios que regem as finanças públicas e o controle social dos
gastos públicos.

O Programa esclarece a função socioeconômica dos tributos, essen-


cial à realização dos objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil, contribuindo para o aumento da percepção do cidadão
sobre a gestão fiscal.

A pretensão é fazer com que a Educação Fiscal, o Orçamento Público


e o Controle Social se consolidem como instrumentos de incentivo
à participação social na construção de um sistema tributário mais
justo e na conversão dos impostos em obras e serviços de qualidade,
sob o olhar vigilante dos cidadãos.

Brasília, janeiro de 2015.


Sumário
Contexto......................................................................................5

Programa Nacional de Educação Fiscal ..........................................6


Compreendendo a Educação Fiscal..............................................6
Evolução da Educação Fiscal.........................................................6
Públicos........................................................................................8
Escopo..........................................................................................9
Fundamentos...............................................................................9
Referências do PNEF.....................................................................10
Estratégia e Fontes de Recursos......................................................10

Formulação estratégica do PNEF.....................................................12


Missão........................................................................................12
Visão de futuro..............................................................................12
Valores.......................................................................................12
Diretrizes...................................................................................12
Objetivos....................................................................................13

Legislação..................................................................................14
Legislação assegura Transparência e Cidadania Fiscal................14

Estruturação do PNEF.....................................................................20
Compete ao Ministério da Educação.........................................20
Compete à ESAF.........................................................................21
Compete à Secretaria da Receita Federal.............................22
Compete à Secretaria do Tesouro Nacional...............................22
Compete à Secretaria de Orçamento Federal............................23
Compete à Secretaria de Fazenda dos Estados..........................23
Compete à Secretaria de Educação dos Estados........................24
Compete à Secretaria de Fazenda ou Finanças dos Municípios......24
Compete à Secretaria de Educação dos Municípios...................25
Comitê Executivo – CE................................................................25
Comissões Temáticas – CT...........................................................27

Como Aderir ao PNEF.....................................................................28

4 Sugestões de Ações por Público.....................................................30


Serviços

Contexto
Governo Cidadão

Impostos

O Século XXI tem se caracterizado pela velocidade com que ocorrem diver-
sas mudanças no mundo nas áreas econômica, social, cultural, científica,
tecnológica, institucional e do capital humano.

É possível identificar alguns fatores mundiais que impactam as relações


econômicas e sociais e que, ao mesmo tempo, são responsáveis pela ace-
leração dessas transformações. Dentre elas estão o consumismo, a infor-
mação assimétrica1 e a concentração e transnacionalização da produção
por parte dos grandes conglomerados econômicos, onde a produção des-
centralizada de sua base nacional muitas vezes é mais barata para alguns
países. Também devem ser considerados como fatores a política fiscal,
cambial ou monetária dos países.

A realidade mundial é de profundas diferenças políticas, sociais e econô-


micas, cabendo ao Estado instituir políticas públicas nas áreas de saúde,
habitação, educação, cultura, ciência, entre outras, na busca da igualdade
de oportunidades aos cidadãos que possam alterar essa realidade, asse-
gurando a todos os cidadãos o direito a uma existência digna e solidária2 .

Para cumprir os seus objetivos fundamentais, o Estado necessita de recur-


sos financeiros, que são provenientes dos tributos arrecadados e que de-
vem ser aplicados em políticas públicas capazes de assegurar uma melhor
qualidade de vida para a população.

Somado a isso, sociedades contemporâneas exigem cada vez mais trans-


parência nas ações do governo, obrigando os administradores à gestões
mais democráticas e de maior efetividade gerencial.

1. É a informação que gera falhas de mercado, quando dois ou mais agentes econômicos estabelecem
entre si uma transação com uma das partes envolvidas detendo informações qualitativas e/ou quanti-
tativamente superiores aos da outra.

2. Segundo Pinsky (2003), a cidadania orienta-se por aqueles que sempre buscam mais direitos, maior
liberdade, melhores garantias individuais e coletivas e não se acomodam frente à dominação dos arro-
gantes, seja do próprio Estado, ou de outras instituições ou pessoas que não abdicam de seus privilé-
gios. PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. História da Cidadania. São Paulo, Ed. Contexto, 2003.
5
Programa Nacional de Educação Fiscal

Compreendendo a Educação Fiscal

A Educação Fiscal visa à construção de uma consciência voltada ao exer-


cício da cidadania, objetivando e propiciando a participação do cidadão
no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controle so-
cial e fiscal do Estado. Outros temas importantes para a Educação Fiscal
são: tributo e sua função social como instrumento que pode e deve ser
utilizado para promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais; a
qualidade da gestão dos gastos públicos; orçamento público; o combate à
sonegação, ao contrabando, ao descaminho, e a pirataria; participação e
controle social, entre outros temas.

O PNEF sugere ainda que a Educação Fiscal deve ser entendida como capaz
de interpretar as várias teorias financeiras da arrecadação e dos gastos
públicos, instigando o cidadão a aprender e entender o seu papel como
contribuinte solidário e participativo que beneficia a todos, inclusive a ele
próprio. Para que isso ocorra, deve-se estar consciente da importância da
participação no acompanhamento da aplicação dos recursos públicos, ou
seja, do controle social, que deve ser pautado na justiça, transparência,
honestidade e eficiência, minimizando o conflito da relação entre o cida-
dão “contribuinte”, e o Estado “arrecadador”.

Todas essas questões evidenciam a importância da Educação Fiscal no de-


senvolvimento do país, desafiando o cidadão a entender o seu papel como
contribuinte solidário e participativo.

Evolução da Educação Fiscal

• Em 1969, surgem as primeiras ações educativas na área da Administra-


ção Fiscal da União com a “Operação Bandeirante”. Os agentes do fisco
saiam com a missão de orientar a população “a não pagar multas”. O foco
dessa ação era o ensino sobre a função socioeconômica dos tributos e sua
presença nas obras públicas e nas políticas sociais.

6
• Em 1970, com a “Operação Brasil do Futuro”, a Educação Fiscal busca-
va chegar aos estabelecimentos de ensino. A publicação “Dona Formiga,
Mestre Tatu e o Imposto de Renda”, de autoria de Cecília Lopes da Rocha
Bastos, foi amplamente distribuída nas escolas do atual ensino fundamen-
tal. No entanto, a ação foi descontinuada em 1972.
• Em 1977, a Secretaria da Receita Federal lançou o Programa “Contribuin-
te do Futuro”, mediante trabalho junto aos estabelecimentos de ensino e
distribuição de livros e cartilhas a alunos e professores.
• Em 1992/1994, com a redemocratização do país, alguns estados brasilei-
ros, como o Espírito Santo, começaram a realizar ações mais consistentes
de Educação Tributária.
• Em maio de 1996, o CONFAZ1 reunido em Fortaleza, registra a importân-
cia de um programa de consciência tributária para despertar a prática da
cidadania. Na reunião seguinte do CONFAZ, em setembro, do mesmo ano,
foi criado o Grupo de Trabalho para este fim.
• Em fevereiro de 1998, a Portaria n.º 35, do Ministro da Fazenda, oficializa
o Grupo de Trabalho e formula seus objetivos como sendo “promover e
coordenar as ações necessárias à elaboração e à implantação de um pro-
grama nacional permanente de educação tributária” e “acompanhar as
atividades do Grupo de Educação Tributária nos Estados – GETE”.
• Em março de 1999, passam a integrar o grupo representantes da Secre-
taria do Tesouro Nacional e do Ministério da Educação.
• Em julho de 1999, tendo em vista a abrangência do Programa, que não
se restringe apenas aos tributos, mas que aborda também as questões da
alocação dos recursos públicos arrecadados e da sua gestão, o CONFAZ,
reunido na Paraíba, aprova a alteração de sua denominação que passa a
ser Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF.

3. Confaz – Conselho de Política Fazendária. Reúne Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito
Federal
7
• Em 31 de dezembro de 2002, é publicada a Portaria Interministerial nº
413 - MF/MEC, institui o Grupo de Trabalho de Educação Fiscal – GEF e
seus representantes, além de definir as competências dos órgãos res-
ponsáveis pela implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal
- PNEF. São eles:
• Ministério da Educação;
• Ministério da Fazenda, representado pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil - RFB,
• Secretaria do Tesouro Nacional – STN;
• Escola de Administração Fazendária – ESAF;
• Secretarias Estaduais de Educação e Fazenda.

O Programa conta com outros parceiros importantes que vieram aderir


voluntariamente ao GEF por a aproximação com os temas e ações desen-
volvida, a saber:
• Ministério do Planejamento,
• Orçamento e Gestão através da Secretaria de Orçamento Federal - SOF;
• Controladoria-Geral da União – CGU, por intermédio da Diretoria de
Combate à Corrupção e Ações Estratégicas;
• Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN.

Essas instituições estão representadas nos grupos de educação fiscal or-


ganizados nos três níveis de governo Grupo Nacional de Educação Fiscal -
GEF, Grupo de Educação Fiscal Estadual - GEFE e Grupo de Educação Fiscal
Municipal - GEFM. À ESAF compete a Coordenação e a Secretaria-Executi-
va do PNEF e do GEF, como também a responsabilidade de baixar os atos
necessários à sua regulamentação.

Públicos

Inicialmente, a Educação Fiscal voltava-se para professores e alunos das


escolas públicas e privadas, principalmente de ensino fundamental e mé-
dio. Hoje, dedica-se a todos os níveis do sistema de ensino e diversos seg-
mentos da sociedade, sendo reconhecido como importante instrumento
de qualificação dos atores sociais e agentes públicos.

8
P RO GRAMA NACIO NAL DE E DUCAÇÃO FISCAL

O Programa contempla os seguintes públicos:


• Estudantes do ensino fundamental
• Estudantes do ensino médio
• Servidores públicos
• Estudantes do Ensino Superior e Comunidade universitária
• Sociedade em geral

Escopo

O Programa busca o entendimento, pelo cidadão, da função socioeconô-


mica dos tributos, dos aspectos relativos à administração dos recursos pú-
blicos e do controle social, estimulando a participação popular.

Quando o cidadão se envolve com temas como as finanças públicas e o


acompanhamento dos gastos é possível, por meio desse controle social,
monitorar o desempenho dos administradores públicos e gerar melhores
resultados sociais.

A estratégia de implantação do PNEF abrange a educação formal e não for-


mal. As ações são desenvolvidas pelas instituições gestoras das três esferas
de governo a partir de projetos específicos que contemplem a realidade,
diversidade e os contextos social, político e econômico locais, observando-
se as diretrizes fixadas no PNEF.

Fundamentos

A Educação Fiscal tem como fundamentos:


• Na educação, o exercício de uma prática educativa, na perspectiva de
formar um cidadão consciente, reflexivo e mobilizador, contribuindo
para a transformação social;
• Na cidadania, incentiva o cidadão à participação individual e coletiva na
definição de políticas públicas e na elaboração de leis para sua execução;
• Na ética, fortalece conduta responsável e solidária, que valorize o bem
comum;

9
• Na política, compartilha conhecimentos sobre gestão pública eficiente,
eficaz e transparente quanto à captação, à alocação e à aplicação dos
recursos públicos, com responsabilidade fiscal, e ênfase no conceito de
bem público como patrimônio da sociedade;
• No controle social, dissemina conhecimento e instrumentos para que o ci-
dadão possa atuar no combate ao desperdício e a corrupção;
• Na relação Estado-Sociedade, desenvolve uma relação de confiança en-
tre a administração pública e o cidadão, oferecendo-lhe um atendimen-
to respeitoso e conclusivo, com ênfase na transparência das atividades;
• Na relação Administração - Contribuinte, estimula o cumprimento vo-
luntário das obrigações tributárias e o combate à sonegação fiscal, ao
contrabando, ao descaminho e à pirataria, reforçando, sempre, a neces-
sidade de prestação de serviços públicos de qualidade;
• Na condução do PNEF, realiza práticas democráticas em permanente in-
tegração com todos os segmentos sociais, de modo a contribuir para que
o Estado cumpra seu papel constitucional de reduzir as desigualdades
sociais e ser instrumento de fortalecimento permanente do estado de-
mocrático de direito.

Referências do PNEF

Baseia-se o Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF, dentre outras,


nas seguintes referências:
• A Constituição da República Federativa do Brasil;
• O arcabouço de leis e documentos oficiais que normatizam o Sistema
Tributário Nacional, a gestão do orçamento público brasileiro, bem como
as que regem o Controle Social e a Transparência pública;
• Lei nº 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação na-
cional;
• Resolução/CNE/MEC nº 07/2010 - Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental de nove anos e em seu art. 16 consagra a
Educação Fiscal como componente a ser trabalhado no currículo de for-
ma transversal;
• Estudos e publicações do Observatório da Equidade do Conselho de De-
senvolvimento Econômico e Social da Presidência da República;
10
P RO GRAMA NACIO NAL DE E DUCAÇÃO FISCAL

• Os cadernos pedagógicos relativos ao Curso de Disseminadores de Educa-


ção Fiscal, elaborados com o objetivo de contribuir para a formação perma-
nente do cidadão, na perspectiva de fomentar uma maior participação so-
cial nos processos de geração, aplicação e fiscalização dos recursos públicos.

Importante observar que todo material didático e de divulgação deve ser


produzido e socializado, segundo orientações do Programa, não devendo
ter caráter político – partidário, evitando-se, sempre que possível, a veicu-
lação de marcas de governos.

Estratégia e Fontes de Recursos

O PNEF funciona de forma descentralizada. Cada estado ou município, ob-


servadas as diretrizes nacionais, tem autonomia para executar o Programa
de acordo com suas peculiaridades sociais, econômicas, culturais e dispo-
nibilidades orçamentárias.

Cabe às instituições gestoras da União prover recursos orçamentários destina-


dos à edição de materiais nacionais, de modo a conferir identidade ao PNEF.

Na esfera Federal o PNEF conta com ação própria dentro do Orçamento


Federal: Ação Promoção da Educação Fiscal, onde o Ministério da Fazenda,
por intermédio da ESAF, executa estes recursos.
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Formulação Estratégica do PNEF

Missão
“Compartilhar conhecimentos e interagir com a sociedade sobre a origem,
aplicação e controle dos recursos públicos, favorecendo a participação so-
cial.”

Visão de futuro
“Ser reconhecido como Programa de excelência pelo Estado, Sociedade e
pela Comunidade Internacional na promoção da cidadania fiscal.”

Valores
• Cidadania
• Comprometimento
• Efetividade
• Ética
• Justiça
• Solidariedade
• Transparência

Diretrizes
• Estimular o exercício da cidadania com vistas à organização, mobilização
e participação social no tocante às finanças públicas;
• Ênfase na comunicação mobilizadora, visando o estabelecimento de vín-
culos de corresponsabilidade;
• Ação de âmbito nacional e sua implementação deve envolver os três ní-
veis de governo;
• As ações do Programa devem ter caráter permanente, sendo recomen-
dada a desvinculação de logomarcas e mensagens que caracterizem de-
terminada gestão governamental, eliminando assim a possibilidade de
utilização do programa com objetivos político-partidários;

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• O material didático do PNEF deve estar em consonância com as Dire-
trizes e Bases Curriculares Nacionais, respeitando-se a autonomia das
instituições de ensino. Os conteúdos de educação fiscal deverão ser in-
seridos na teoria e na prática escolares;
• Todo o material produzido, inclusive o didático, é propriedade do PNEF
e deverá seguir as linhas de referências nacionais definidas neste docu-
mento e em documentos orientadores específicos, devendo haver socia-
lização das experiências realizadas e distribuição do material produzido,
vedada sua comercialização; e
• O financiamento das ações do PNEF deve ser feito, prioritariamente,
com recursos orçamentários, sem prejuízo de fontes alternativas.

Objetivos
Geral
“Promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o efetivo exercício da
cidadania.”

Específicos
• Levar a capacitação de finanças públicas aos agentes aos agentes públi-
cos e políticos;
• Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo;
• Levar conhecimentos aos cidadãos sobre cidadania, finanças públicas,
participação e controle social;
• Incentivar o acompanhamento e a participação da sociedade na aplica-
ção dos recursos públicos e no controle dos gastos públicos; e
• Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

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Lesgislação

Legislação assegura Transparência e Cidadania Fiscal

A Constituição da República é um marco na consolidação do Estado De-


mocrático de Direito. Tal fato pode ser comprovado em alguns princípios
nela inseridos, tais como:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel


dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Consti-
tuição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do


Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualda-
des sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (BRASIL.
Constituição, 1988).
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Para assegurar a igualdade de direitos dos cidadãos é primordial que as
democracias saibam conjugar a máxima popular, atribuída a Aristóteles:
“Isonomia consiste em tratar desigualmente os desiguais, à exata medi-
da que se desigualam.”

Avanços em matéria de finanças públicas e controle social encontram


amparo em artigos da Carta Magna, Leis Complementares e Ordinárias
que regulamentam o cumprimento dos dispositivos constitucionais:

Art. 5º da CF/88: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual-
quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residen-
tes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
desta Constituição;
“XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o
sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
“XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informa-
ções de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral,
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento
de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou
contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

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…§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anual-
mente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação,
o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. (BRASIL.
Constituição, 1988).

Artigo 37 da CF/88: “A administração pública direta e indireta de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu-
blicidade e eficiência...”

Seção IX do capítulo I da CF/88 - DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEI-


RA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subven-
ções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, me-
diante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros,
bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome
desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido


com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma


integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia
e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos ór-
gãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;

16
LESGISL AÇÃO

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem


como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento
de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal
de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades
perante o Tribunal de Contas da União.

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à


organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Esta-
dos e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas
dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de
Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.”

Art. 165 da CF/88: Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.

As leis complementares que regulamentam os artigos 5º e 37 da Constituição:


Lei Complementar nº 101 de 2000 – Conhecida como Lei de Responsa-
bilidade Fiscal – Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal - municípios são autônomos constitucio-
nalmente – modelo sistêmico – nenhuma despesa pode ser feita fora do
orçamento – receita x despesas.

Lei Complementar nº 131, de 27/05/2009 – Determina a disponibilização,


em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orça-
mentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios. (Portais da Transparência-participação popular).

17
Lei nº 12.527, de 18/11/2011 – Conhecida como Lei de Acesso à Informa-
ção – Trata do acesso à informação pública, como direito universal, sendo
a acesso a regra e o sigilo a exceção.

Lei nº 12.741, de 08/12/2012 - Lei de Transparência Tributária - Dispõe


sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor, de que trata o § 5º do
artigo 150 da Constituição Federal; altera o inciso III do art. 6º e o inciso IV
do art. 106 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa
do Consumidor.

Diante de todo esse cenário, fica evidenciado que o Direito à Educação


desempenha historicamente a função de ponte entre os direitos políticos
e os direitos sociais. É garantido pela Constituição da República, no seu art.
6º, quando trata dos direitos sociais e no art. 205, que salienta a educação
como direito de todos e dever do Estado e da família, promovida e incenti-
vada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho.

De acordo com as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96),


a Educação Básica compreende a Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio. Ao Sistema Estadual cabe assegurar o ensino fundamental
e oferecer com prioridade o ensino médio. Cabe ao Sistema Municipal as-
segurar o ensino infantil e oferecer com prioridade o ensino fundamental.

A Lei supracitada assinala como diretrizes: a inclusão, a valorização da


diversidade, a flexibilidade, a qualidade e a autonomia, assim como, a
competência para o trabalho e a cidadania . O exercício da cidadania é
garantido no artigo 22 da LDB, devendo ser entendida como resultado da
formação integral do sujeito, ou seja, a formação ética, estética, política,
cultural e cognitiva.

A Educação Fiscal é componente da educação formal, contemplada na Re-


solução do Conselho Nacional de Educação nº 007/2010, por seu conteúdo
atender aos desafios do mundo contemporâneo, como a busca pela dignida-
de do ser humano, a igualdade de direitos, a recusa categórica de qualquer
forma de discriminação, a importância da solidariedade e a capacidade de
vivenciar as diferentes formas de inserções sociopolítica e cultural.
18
LESGISL AÇÃO

A Educação Fiscal estimula a cidadania participativa e impõe a transposi-


ção dos muros da escola, com foco na prática cidadã. No entanto, para que
isso aconteça torna-se necessário possibilitar que o educando, em todos
os níveis e modalidades de ensino, com a utilização de metodologia apro-
priada a cada etapa de sua escolarização, se aproprie dos fundamentos das
finanças públicas, desenvolvidos em linguagem lúdica e clara, possibilitan-
do-lhe a compreensão de quais são os caminhos possíveis para interferir
na formulação das políticas públicas e no controle das atividades estatais.

19
Estruturação do PNEF

Compete ao Ministério da Educação:


I - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
II - destinar recursos para a divulgação nacional e o desenvolvimento
institucional (consultorias e assessoramento) do PNEF;
III - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras e outras
ações necessárias à implementação do PNEF;
IV - integrar e articular o PNEF às ações dos diversos programas desen-
volvidos pelo MEC;
V - inserir o tema Educação Fiscal nos Parâmetros Curriculares Nacionais;
VI - incentivar as Secretarias de Educação dos Estados e dos Municípios a
tratar Educação Fiscal como temática a ser trabalhada nos currículos de
educação básica e de educação de jovens e adultos;
VII - propor medidas que garantam a reflexão sobre políticas tributária
e fiscal no ensino superior, nas modalidades de graduação e pós-gradu-
ação;
VIII - propor medidas objetivando o tratamento de Educação Fiscal como
temática a ser trabalhada no ensino superior, nos currículos destinados à
formação docente, em especial à formação pedagógica;
IX - manter um representante permanente junto ao GEF;
X - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e formação
de servidores e nos demais eventos realizados;
XI - sensibilizar e propor medidas e ações que garantam o envolvimento
das Secretarias de Educação dos Estados e Municípios na implementação
do PNEF.

20
Compete à ESAF:
I - sediar o GEF e manter em sua estrutura uma gerência específica do
Programa, provendo os recursos necessários ao seu funcionamento;
II - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
III - atuar como integrador e articulador de experiências das esferas go-
vernamentais federal, estadual e municipal, assim como de entidades
não-governamentais;
IV - efetivar atividades do PNEF relativas a: organização de eventos, ações em
esfera superior, articulações com os Governos Federal, Estaduais e Municipais
visando a estimular o desenvolvimento do PNEF, a divulgação no país e no
exterior e outras atividades inerentes à Coordenação Nacional do Programa;
V - organizar e manter a memória do PNEF;
VI - realizar parcerias de interesse do Programa;
VII - elaborar e/ou produzir material de divulgação do Programa;
VIII - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e formação
de seus servidores e nos demais eventos realizados;
IX - propor medidas que garantam a implementação do PNEF nos Estados;
X - destinar recursos regulares à implementação do PNEF, no âmbito de sua atuação.
XI - sediar as reuniões nacionais de trabalho e reuniões de subgrupos temáticos;
XII - coordenar a capacitação dos membros do GEF, conforme pauta anu-
al a ser definida pelo grupo;
XIII - participar de eventos dos GEFEs, GEFFs e GEFMs;
XIV - Representar juridicamente o PNEF, para fins de realização de par-
cerias, recebimento de doação de bens tangíveis ou intangíveis, assim
como de outros negócios jurídicos não-onerosos, de interesse do PNEF e
aprovados previamente pelo GEF.
21
Compete à Secretaria da Receita Federal
I - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
II - institucionalizar e coordenar o Grupo de Educação Fiscal da Secreta-
ria da Receita Federal – GEFF;
III - baixar os atos necessários e garantir os recursos, no âmbito de sua
atuação, destinados à implementação do PNEF;
IV - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras, ela-
boração de materiais diversos e outras ações necessárias à implemen-
tação do PNEF;
V - manter um representante permanente junto ao GEF;
VI - indicar um representante para participar de cada um dos grupos
GEFEs e GEFMs, para o desenvolvimento de ações conjuntas, indepen-
dentemente ou sem prejuízo das atividades próprias do Programa na
SRF;
VII - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e forma-
ção de seus servidores e nos demais eventos realizados;
VIII - realizar a divulgação do PNEF;
IX - realizar parcerias de interesse do Programa;
X - subsidiar tecnicamente, quando solicitado, os grupos GEF, GEFE e
GEFM na elaboração de material didático.

Compete à Secretaria do Tesouro Nacional


I - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
II - auxiliar tecnicamente o GEF e os GEFEs na elaboração de material
didático referente ao orçamento e a gasto público;
III - elaborar e disponibilizar documentos, estudos e relatórios, de fácil
entendimento, sobre administração financeira;
IV - baixar os atos necessários e garantir os recursos, no âmbito de sua
atuação, destinados à implementação do PNEF;
V - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras, elaboração
de materiais diversos e outras ações necessárias à implementação do PNEF;

22 VI - manter um representante permanente junto ao GEF;


ESTRUTURAÇÃO DO PNEF

VII - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e formação


de seus servidores e nos demais eventos realizados;
VIII - realizar a divulgação do PNEF.

Compete à Secretaria de Orçamento Federal


I - Disponibilizar informações orçamentárias à sociedade;
II - Capacitar a sociedade em orçamento público;
III - Realizar pesquisa para captar a percepção da sociedade sobre o or-
çamento público;
IV - Induzir o processo participativo da sociedade na elaboração do orça-
mento federal.

Compete à Secretaria de Fazenda dos Estados


I - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
II - institucionalizar e coordenar o Grupo de Educação Fiscal Estadual
– GEFE;
III - baixar os atos necessários e garantir os recursos, no âmbito de sua
atuação, destinados à implementação do PNEF;
IV - subsidiar tecnicamente, quando solicitado, o GEF, o GEFF e o GEFM
na elaboração de material didático;
V - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras, elabo-
ração de materiais diversos e outras ações necessárias à implementa-
ção do PNEF;
VI - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e formação
de seus servidores e nos demais eventos realizados;
VII - realizar a divulgação do PNEF;
VIII - manter um representante permanente junto ao GEF;
IX - realizar parcerias de interesse do Programa;
X - indicar um representante para participar de cada um dos grupos GEFF
e /ou suas projeções e GEFMs, para o desenvolvimento de ações con-
juntas, independentemente ou sem prejuízo das atividades próprias do
Programa no Estado. 23
Compete à Secretaria de Educação dos Estados
I - subsidiar pedagogicamente, quando solicitado, os grupos GEF, GEFE,
GEFF e GEFM na elaboração de material didático;
II - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
III - baixar os atos necessários e garantir os recursos, no âmbito de sua
atuação, destinados à implementação do PNEF;
IV - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras, elaboração
de materiais diversos e outras ações necessárias à implementação do PNEF;
V - incluir a Educação Fiscal nos seus programas de capacitação e forma-
ção de seus servidores e nos demais eventos realizados;
VI - realizar a divulgação do PNEF;
VII - manter um representante permanente junto ao GEF;
VIII - manter representantes permanentes junto ao GEFE de cada Estado;
IX - indicar um representante para participar de cada um dos grupos
GEFFs e /ou suas projeções e GEFMs, para o desenvolvimento de ações
conjuntas, independentemente ou sem prejuízo das atividades próprias
do Programa no Estado;
X - realizar parcerias de interesse do Programa;
XI - fornecer dados referentes ao censo escolar, solicitados pela coorde-
nação do PNEF.

Compete à Secretaria de Fazenda ou Finanças dos Municípios


I - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
II - institucionalizar e coordenar o Grupo de Educação Fiscal Municipal – GEFM;
III - baixar os atos necessários e garantir os recursos, no âmbito de sua
atuação, destinados à implementação do PNEF;
IV - subsidiar tecnicamente, quando solicitado, os grupos GEF, GEFE e
GEFF na elaboração de material didático;
V - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras, elabo-
ração de materiais diversos e outras ações necessárias à implementa-
ção do PNEF;
24
ESTRUTURAÇÃO DO PNEF

VI - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e formação


de seus servidores e nos demais eventos realizados;
VII - realizar a divulgação do PNEF;
VIII - realizar parcerias de interesse do Programa.

Compete à Secretaria de Educação dos Municípios


I - subsidiar pedagogicamente, quando solicitado, os grupos GEF, GEFE e
GEFF na elaboração de material didático;
II - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;
III - baixar os atos necessários e garantir os recursos, no âmbito de sua
atuação, destinados à implementação do PNEF;
IV - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras, elabo-
ração de materiais diversos e outras ações necessárias à implementação
do PNEF;
V - incluir a Educação Fiscal nos seus programas de capacitação e forma-
ção de seus servidores e nos demais eventos realizados;
VI - realizar a divulgação do PNEF;
VII - realizar parcerias de interesse do Programa;
VIII - fornecer dados referentes ao censo escolar, solicitados pela coorde-
nação do PNEF.
Tais estruturas têm como desafio implementar as ações de Educação Fiscal
nos estados e municípios, a partir do estabelecimento de parcerias estra-
tégicas e segundo as diretrizes do PNEF.

Comitê Executivo – CE
A ESAF conta com a participação do Comitê Executivo com o objetivo de
colaborar na coordenação e secretaria-executiva do Programa Nacional de
Educação Fiscal - PNEF e do Grupo de Trabalho de Educação Fiscal - GEF.

O Comitê é composto por 12 (doze) membros, sendo:


I - Um (01) representante da Escola de Administração Fazendária - ESAF;
II - Um (01) representante da Receita Federal do Brasil - RFB;
25
III - Um (01) representante da Secretaria do Tesouro Nacional - STN;
IV - Um (01) representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN;
V - Um (01) representante do Ministério da Educação - MEC;
VI - Um (01) representante da Secretaria do Orçamento Federal - SOF;
VII - Um (01) representante da Controladoria-Geral da União - CGU;
VIII - Um (01) representante de cada região: norte, nordeste, centro-
oeste, sudeste e sul, pertencentes às Secretarias Estaduais de Fazenda
e/ou de Educação, indicados pelos integrantes do GEF de cada uma das
regiões e ratificados pelo órgão gestor que representar.

Comitê Executivo tem como atribuições

I - Aprimorar a gestão estratégica do PNEF;


II - Propor políticas de parcerias, de financiamento, de capacitação e de
comunicação para o PNEF;
III - Avaliar as diretrizes e os documentos de referência do PNEF;
IV - Integrar e articular as experiências das esferas governamentais fede-
ral, estadual e municipal, assim como de entidades não-governamentais
e conselhos de participação social;
V - Analisar a compatibilidade das ações e materiais produzidos com os
objetivos e as diretrizes do PNEF;
VI - Promover a realização de ações e eventos com os governos federal,
estaduais e municipais, estimulando o desenvolvimento do PNEF e a sua
divulgação no país e no exterior;
VII - Realizar as reuniões nacionais de trabalho;
VIII - Coordenar os trabalhos das comissões temáticas;
IX - Planejar, executar, acompanhar e avaliar as ações do PNEF, fomen-
tando o seu desenvolvimento nos estados e municípios.

26
ESTRUTURAÇÃO DO PNEF

Comissões Temáticas - CT

Com o objetivo de favorecer o desenvolvimento das ações de Educação


Fiscal, foram criadas algumas comissões temáticas com as seguintes com-
petências:
I - Comissão de Planejamento Estratégico:
a) auxiliar na elaboração e no acompanhamento dos Planos Estraté-
gicos do PNEF;
b) revisar o plano estratégico.

II - Comissão de Referencial Teórico e Metodológico:


a) atuar na concepção e adequação do referencial teórico para o PNEF;
b) auxiliar na elaboração e atualização do material pedagógico do PNEF.

III - Comissão de Sensibilização e Marketing:


a) atuar na concepção e na implementação do plano de comunicação
do PNEF;
b) colaborar com os Grupos de Educação Fiscal dos Estados - GEFE e
os Grupos de Educação Fiscal dos Municípios - GEFM, na concepção e
desenvolvimento de ações de comunicação e fortalecimento do PNEF.

IV - Comissão de Implantação e acompanhamento nas Instituições de Ensino:


a) propor estratégias e modelos de inserção, acompanhamento e sus-
tentabilidade do PNEF nas instituições de ensino;
b) articular parcerias com os sistemas de ensino federal, estaduais e
municipais e conselhos;

V - Comissão de Ensino a Distância:


a) acompanhar o Curso de Disseminadores e a formação e atuação
de tutores;
b) avaliar resultados e propor ajustes.

27
Como aderir ao PNEF

1º Passo: Contato inicial

A tarefa inicial é contatar o GEFE (Grupo de Educação Fiscal Estadual) de


seu Estado. Ele está pronto para atendê-lo. Para localizá-lo, consulte a re-
lação de representantes disponível no sítio do PNEF .

2º Passo: Sensibilização

Para que haja uma familiarização com o Programa, os integrantes do GEFE


destacarão uma equipe que irá a seu município realizar diversas ativida-
des: reuniões técnicas, exibição de vídeos, realização de palestras e ofici-
nas, dentre outras atividades. Esse esforço é dirigido a toda a sociedade
civil: educadores, alunos do ensino fundamental e médio, lideranças lo-
cais, conselhos escolares, agentes públicos, autoridades dos Três Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário). Essa é uma forma dos cidadãos e au-
toridades do seu município e a equipe da Educação Fiscal trocarem
informações e experiências.

3º Passo: Formalização

Percorridas as fases acima, seu município estará em melhores condições


para criar o Grupo de Educação Fiscal Municipal - GEFM.

Existem duas maneiras de criação do GEFM: por intermédio do Poder Exe-


cutivo, com a edição de um decreto, ou pela Câmara de Vereadores, por
meio de lei municipal. A ESAF disponibiliza modelos no sítio do Programa.

Sugerimos que o processo de formalização do GEFM tenha o acompanha-


mento de, no mínimo, um representante da Secretaria de Finanças do Mu-
nicípio e um Representante da Secretaria de Educação.

28
Importante para o sucesso do Programa Municipal de Educação Fiscal que
tal atividade seja incorporada ao planejamento estratégico das instituições
participantes, com alocação de recursos humanos e financeiros, além da
adoção de metodologia própria de acompanhamento.

4º Passo: Capacitação

Para que representantes do Município possam atuar como multiplicadores


de Educação Fiscal, o GEFE disponibilizará vagas para o Curso de Dissemi-
nador de Educação Fiscal, inicialmente para professores da rede pública,
sem custos para os participantes. Os professores capacitados, caso te-
nham interesse, poderão desenvolver projetos pedagógicos que envolvam
atividades do Programa de Educação Fiscal.

Além do curso oferecido aos professores, o Programa oferece ao cidadão


com curso superior, participantes das ações de sensibilização, o Curso On-
line de Disseminador de Educação Fiscal, também sem custo para o aluno.

29
Sugestão de Ações por Públicos

Público – estudantes do ensino fundamental


• Realização de palestras educadores e estudantes.
• Realização de reunião com os responsáveis pela execução do programa
nos estabelecimentos de ensino.
• Negociação das estratégias ou metodologia de ensino dos temas a se-
rem ministrados;
• Avaliação do material didático a ser utilizado por esses alunos adequan-
do-o às peculiaridades regionais.

Público – estudantes do ensino médio


• Avaliação do material didático a ser utilizado pelos alunos, adequando-o
às peculiaridades regionais;
• Realização de reunião com os responsáveis pela execução do programa
nos estabelecimentos de ensino;
• Realização de palestras voltadas para os sindicatos e associações dos es-
tabelecimentos de ensino;
• Realização de palestras ou seminários para os estudantes.

Público – servidores públicos


• Realização de reuniões, seminários, palestras e teleconferências;
• Elaboração de manuais de orientação;
• Criação e apresentação de vídeos institucionais;
• Utilização de redes de telensino;
• Realização de exposição institucional;
• Inclusão do tema Educação Fiscal nos treinamentos/cursos de formação
ou de capacitação de funcionários;

30
• Criação de boletins informativos;
• Estabelecimento de parcerias com entidades como associações e sindi-
catos de funcionários da Fazenda, associações e sindicatos da Educação;
• Aposição de mensagens de Educação Fiscal nos comprovantes de paga-
mento dos funcionários públicos;
• Concurso interno para trabalhos realizados (monografias, cartazes, fo-
lhetos e outros);
• Parcerias com sindicatos, clubes e associações de funcionários para
ações conjuntas na área de Educação Fiscal.

Público - comunidade universitária


• Negociação com o MEC para inclusão do tema nos currículos básicos dos
cursos universitários;
• Elaboração de material didático específico para esse público;
• Realização de palestras, seminários e teleconferências para estudantes e
professores universitários;
• Criação e apresentação de vídeos institucionais;
• Estabelecimento de parcerias com os centros acadêmicos para ações
conjuntas de Educação Fiscal;
• Inclusão do tema como proposta de monografia de graduação;
• Negociação com centros de pesquisa, como CNPq, para inclusão do tema
nas propostas de pesquisa.

Público - sociedade em geral


• Utilização da TV Educativa para veicular mensagens ou programas sobre
o tema junto ao público de todas as idades;
• Realização de teleconferências;

31
• Produção e distribuição de material educativo;
• Criação de página na Internet para intercâmbio de informações e escla-
recimentos de dúvidas;
• Divulgação de mensagens educativas por meio de placas afixadas em
obras e repartições públicas;
• Realização de palestras em entidades de classe, associações e sindicatos;
• Estabelecimento de parcerias com entidades de classe, associações, sin-
dicatos e outros órgãos que possam divulgar ou colaborar com ações
voltadas para o programa;
• Estabelecimento de parcerias com: bancos; companhias de eletricidade,
água e esgotos, telefonia; indústrias e outros segmentos para divulgação
de mensagens tributárias educativas em extratos bancários, contas men-
sais e embalagens de produtos;
• Estabelecimento de parcerias com as Secretarias de Cultura para divul-
gação de mensagens e inclusão do tema em programas culturais;
• Sensibilização de atores sociais cuja atividade possa ter influência no
processo de Educação Fiscal: jornalistas, juízes, promotores de justiça,
empresários, cientistas, políticos e outros, por meio de realização de en-
contros, seminários, debates e outros eventos.

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