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Projeto de Graduação:

Pesquisa
Material Teórico
Textos Científicos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Victor Barbosa Felix

Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Textos Científicos

• Introdução;
• A Elaboração de Trabalhos Científicos:
Fichamento, Resumo, Resenha e Artigo.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Mostrar ao aluno as etapas para a elaboração de trabalhos científicos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Textos Científicos

Introdução
Um trabalho científico é uma aventura, uma expedição intelectual que se asse-
melha ao ato de desvendar um mistério; é uma forma de exploração que nos leva
a descobertas.

Temos utilizado com frequência a expressão “trabalho científico” como se ela


se referisse a algo definido ou individual. Entretanto, existem diversos tipos de
trabalhos científicos: trabalhos de síntese (sinopses e resumos), resenhas críticas,
trabalhos de divulgação científica (notas ou comunicações científicas apresentadas
oralmente em simpósios, congressos ou outros eventos científicos; artigos em
publicações periódicas), relatórios e informes científicos, trabalhos monográficos e/
ou acadêmicos (monografia, ensaio, trabalhos de conclusão de cursos de graduação
e pós-graduação lato sensu, dissertação de mestrado ou tese de doutorado), paper
(texto escrito a partir de uma comunicação oral) etc.

A preparação planejada e metódica de um trabalho científico, tal como o que


é exigido nos cursos de graduação e pós-graduação, supõe uma sequência de
etapas. As principais etapas para elaboração dos trabalhos são: determinação e
delimitação do tema, levantamento bibliográfico e de fontes primárias de pesquisa
acerca do tema, leitura e análise da documentação, construção lógica do trabalho
e, finalmente, redação do texto.

Determinação e delimitação do tema


A determinação do assunto a ser tratado envolve a escolha e a delimitação do
tema. A escolha do tema deve estar vinculada a dois aspectos fundamentais: forma-
ção do pesquisador e sua prática cotidiana. As vivências dos problemas no desem-
penho profissional diário ajudam a alcançar a clareza necessária ao investigador na
delimitação e resolução do problema (TRIVINÕS,1987, p. 93). O tema delimitado
facilita a pesquisa.

A partir de uma visão clara do tema, sob determinada perspectiva, faz-se a


problematização. A formulação do problema, a hipótese ou questões de pesquisa a
ser investigada, deve ser redigida com precisão e objetividade. Devemos ter maiores
cuidados em relação a temas que já foram objeto de outros estudos. Isso, no entanto,
não deve impedir que um mesmo tema seja abordado por vários estudiosos, desde
que façam uso de diferentes enfoques, o que permitirá, ao invés de redundância,
alcançar conclusões inovadoras e complementares.

Levantamento bibliográfico e de fontes primárias


As fontes documentais ou fontes primárias referem-se a documentos, escritos
ou não, tais como: documentos de arquivos públicos (jornais, documentos oficiais,
dados estatísticos, dados históricos, material cartográfico, entre outros) documentos
de arquivos privados (diários, memoriais, cartas, autobiografias e outros).

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As fontes bibliográficas ou secundárias abrangem todo o material que tenha sido
tornado público por um profissional ou pesquisador, que tenha analisado as fontes
primárias de pesquisa.

O levantamento de fontes faz-se mediante consultas a catálogos e fichários de


bibliotecas, sumários de publicações, bancos de teses e dissertações, material de
divulgações, material de divulgação de editoras, listas bibliográficas constantes de
livros e artigos ligados ao tema, programas de busca da Internet etc.

Levantando o material, faz-se necessária uma triagem, já que nem tudo será lido
e estudado. Neste ponto, as resenhas são importantes por indicarem se o material é
ou não útil ao desenvolvimento da pesquisa. Quando não há resenhas disponíveis,
deve-se procurar informações diretamente na obra: prefácios, “orelhas”, sumários,
passagens do texto etc.

É no momento da triagem que se identifica aquele material, não só relevante,


como mais adequado ao desenvolvimento do trabalho, deixando-se de lado obras
genéricas como enciclopédias, revistas não especializadas, livros didáticos, enfim,
todo material que não apresente um grau de complexidade compatível com o nível
que o pesquisador pretende alcançar.

Ao contrário do que se pensa, não se deve pesquisar apenas em documentos


recentes e atualizados. Uma pesquisa científica deve ser iniciada a partir de refe-
rências antigas quando o assunto assim o ensejar. Os livros, as revistas e jornais e
mesmo a Internet podem ser fontes valiosas de informações relevantes na pesquisa
que se deseja realizar. São necessários dados quantitativos e qualitativos que pos-
sam validar os fundamentos do estudo desejado.

Leitura e análise da documentação


De posse das informações obtidas mediante a busca, levantamento e leitura
preliminar das fontes de pesquisas, faz-se necessária a elaboração de um plano
prévio do trabalho a ser desenvolvido. Trata-se de um esboço traçado a partir das
grandes linhas que estruturarão o estudo. Sendo provisório, este plano inicial, na
medida em que incorpora ganhos de leitura, sugestões de especialistas, dados de
observação da realidade, poderá sofrer reformulações mais ou menos profundas.

Estabelecido o plano prévio, inicia-se a leitura propriamente dita do material


selecionado, leitura esta seguida de anotações: fichamentos, resumos, resenhas e
mesmo comentários pessoais, os quais devem ser classificados e arquivados tendo
em vista a redação do texto final.

A construção lógica do trabalho


A construção lógica do trabalho é expressa mediante o encadeamento lógico
das ideias, com o objetivo de comunicar ao leitor todo o percurso do estudo e suas
conclusões. Qualquer que seja sua natureza: resenha, artigo, monografia etc., o
trabalho científico deve se constituir numa totalidade inteligível e organicamente

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UNIDADE Textos Científicos

estruturado. Para tanto, é preciso que as seções do trabalho, os capítulos, os pará-


grafos, organizem-se de modo coeso, numa sequência lógica, de modo que o leitor
seja capaz de seguir o fio condutor do raciocínio.

Redação do texto
A redação de um trabalho acadêmico deve ser realizada com atenção para
evitar problemas de digitação, problemas com pontuação, ortografia, concordância
ou incoerência dos dados apresentados, entre outros. É muito importante no
momento da redação final do trabalho que o estudante/pesquisador tenha em mãos
dicionários, dicionários de sinônimos, manuais de redação, entre outros materiais,
para evitar problemas de ortografia e também a repetição constante de palavras.

A formatação do trabalho científico deverá seguir o padrão de normas técnicas


da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. As normas atualizadas da
ABNT encontram-se na biblioteca da universidade.

Nunca uma primeira redação pode ser dada como definitiva: é indispensável a
redação prévia das partes e outra redação global do trabalho. Esta redação deverá
ser revista, criticada, uma ou duas vezes, para que se possa considerá-la como
definitiva (ANDRADE, 2003, p. 89).

A Elaboração de Trabalhos Científicos:


Fichamento, Resumo, Resenha e Artigo
Fichamento
O fichamento consiste em armazenar em fichas informações relevantes para a
pesquisa. Ao conjunto de fichas denominamos arquivo. Este trabalho pressupõe a
anotação, que é um procedimento de seleção de dados para futura utilização.

Uma das principais características de uma anotação adequada é possibilitar a


redação. Desta forma, elas não podem ser sintéticas demais, a ponto de serem
incompreensíveis. Às vezes, durante o estudo, queremos reduzir a informação e
usamos códigos que não são lembrados posteriormente, inviabilizando a escritura
a partir deles.

Em geral, as fichas compreendem: cabeçalho, corpo da ficha e referências


bibliográficas.

O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da sequência


das fichas, caso seja utilizada mais de uma. O corpo da ficha engloba as informações
propriamente ditas.

A referência equivale à indicação da fonte bibliográfica do material, ou seja, a


procedência do material. As clássicas fichas de cartolina têm perdido espaço para

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programas de computador que garantem economia de trabalho e de tempo. A
vantagem de se fichar o conteúdo em computador é a facilidade de transposição
delas para o texto. Basta digitar o dado a ser anotado para um arquivo de documento,
copiá-lo e colá-lo ao texto do pesquisador quando for conveniente.

Além disso, qualquer arquivo de documento pode ser impresso e catalogado


como se fosse uma ficha comum. Segundo Bastos e Keller (2000), os fichamentos
podem ser:
• Obra inteira: comentário de toda obra, de modo resumido, com as pró-
prias palavras;
• Tipo citação: resumo das ideias principais apresentadas no texto, utilizando
transcrições fiéis, literais que devem vir entre aspas e apresentar o número da
página ao final da citação;
• Tipo esboço ou sumário: apresenta as ideias principais de uma obra de
forma sintética, mas detalhada. O número das páginas onde se encontram tais
informações deve ser indicado;
• Vocabulário técnico: anota-se definições, termos técnicos e conceitos.

Resumo
O resumo deve se limitar ao conteúdo do trabalho, sem qualquer julgamento
de valor. Consiste na leitura e síntese das ideias principais do texto com suas pró-
prias palavras.

O resumo do texto é, na realidade, uma síntese das ideias e não das palavras
do texto. Não se trata de uma miniaturização do texto. Resumindo um texto com
as próprias palavras, o estudante mantém-se fiel às ideias do autor sintetizado.
(SEVERINO, 2002, p. 131)

No resumo não há crítica, pois tem a finalidade de apontar as ideias centrais do


texto, os pontos relevantes.

Resenha
Resenha é a apresentação do conteúdo de uma obra (resumo), acompanhada de
uma avaliação crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo da
obra, o propósito da obra e o método que segue para posteriormente desenvolver
uma apreciação crítica do conteúdo, da disposição das partes, do método, de
sua forma ou estilo e, se for o caso, da apresentação tipográfica, formulando um
conceito do livro.

Para a elaboração do comentário crítico, utilizam-se opiniões de diversos autores


da comunidade científica em relação às defendidas pelo autor e se estabelece
todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de investigação e formas de
exposição de outros autores.

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UNIDADE Textos Científicos

Artigo
O artigo científico é um texto que discute ideias, técnicas, métodos e resultados
de pesquisa nas diferentes áreas do conhecimento. O objetivo principal dos artigos
científicos é a divulgação do conhecimento. Segundo Barbosa (2006, p. 33), o
artigo científico tem a seguinte estrutura:
• Título;
• Nome(s) do(s) autor(es);
• Resumo: parágrafo que sintetiza os objetivos pretendidos, a metodologia
empregada e as conclusões alcançadas no artigo;
• Abstract: resumo em inglês;
• Introdução: deve ser breve, tratando das intenções que motivaram a elabo-
ração do artigo e da metodologia da pesquisa que forneceu subsídios para a
compreensão da temática;
• Desenvolvimento: É uma argumentação na qual o autor pretende persuadir
o leitor com base nos fatos apresentados, na descrição dos elementos e na
análise dos dados da pesquisa. Pode-se dividir esta parte em itens para melhor
expor as ideias;
• Conclusão: É uma apresentação sucinta do que foi exposto, tecendo consi-
derações que fazem inferências sobre as ideias básicas e expondo os resulta-
dos obtidos;
• Referências: Havendo citações de autores, deve-se indicar a bibliografia ao final.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
A Ciência por dentro
FREIRE-MAIA, N. A Ciência por dentro. 6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
O Método Científico: Teoria e Prática
GALLIANO, A. C. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986.
Metodologia Científica na Era da Informática
MÁTTAR NETO, J. A. Metodologia científica na Era da informática. São Paulo:
Saraiva, 2002.

Leitura
Análise de desconforto térmico local em ambientes cirúrgicos com o uso de manequim, medição de variáveis
ambientais e avaliação subjetiva
Exemplo de Artigo
https://goo.gl/wQvRNW

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UNIDADE Textos Científicos

Referências
ALVES, R. A filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo:
Loyola, 2000.

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo:


Atlas, 2003.

BARBOSA, D. Metodologia de estudos e elaboração de monografia. São


Paulo: Expressão & Arte, 2006.

BASTOS, C.; KELLER, V. Aprendendo a aprender: introdução à metodolo-


gia científica.Petrópolis: Vozes, 2000.

DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

GALLIANO, A. C. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986.

GIL, A . C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989.

HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis:


Vozes, 2003.

JAPIASSU, H. Nascimento e morte das ciências humanas. Rio de Janeiro: F.


Alves, 1978.

KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica. 12. ed. Petrópolis:


Vozes, 1997.

KUHM, T. S. A. Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1991.

MÁTTAR NETO, J. A. Metodologia científica na era da informática. São Paulo:


Saraiva, 2002.

SALONON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

SANTORO, M. I. Diretrizes para a apresentação de dissertações e teses da


Unicsul. São Paulo; SP: [s.n.], 2007.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo:


Cortez, 2000.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21. Ed. São Paulo:


Cortez, 2002.

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