Aula 16 - Prof Mirela: Corpo de Saúde Da Marinha (CSM) Conhecimentos Gerais - 2022 (Pré-Edital)
Aula 16 - Prof Mirela: Corpo de Saúde Da Marinha (CSM) Conhecimentos Gerais - 2022 (Pré-Edital)
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Autor:
Cássia Reginato, Mirela Sangoi
Barreto
15 de Abril de 2022
Sumário
1.5 Anamnese............................................................................................................................................................................. 5
1.6.1. Pulso........................................................................................................................................................................................ 7
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Para iniciarmos o nosso estudo, devemos traçar um paralelo entre as situações que são consideradas
urgências e as que de fato são emergências.
Já os casos de emergência, surgem de maneira inesperada e devem ser interpretados como um caso
perigoso, que não permite que o cirurgião dentista reveja conceitos ou se planeje para tal. Nesses
casos, uma sequência de manobras de pronto atendimento deve ser memorizada para que o
profissional consiga agir imediatamente, caso ela ocorra.
É importante ressaltar o fato de que grande parte dos casos de emergência parecem estar associadas
ao estresse cirúrgico, provocando reações como lipotimia, síncope vasodepressora (desmaio),
síndrome de hiperventilação e dores no peito.
Não confunda!
Observe as diferenças que serão abordadas no livro digital de Endodontia, onde comparamos
urgências e emergências Endodônticas.
A classe que estudaremos neste livro digital é mais abrangente, pois compreende uma ampla
classe de emergências médicas que podem ocorrer durante o atendimento odontológico e
não somente endodôntico.
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A seguir, apresentaremos uma tabela que reune as principais emergências médicas que ocorreram em
uma universidade dos Estados Unidos, na clínica Odontológica no ano de 2012.
Através dela, você pode perceber que a principal emergência médica que ocorreu foi a Síncope
(fique calmo, estudaremos cada uma delas em breve) e o principal membro afetado foi o paciente, em
tratamento.
➢ Manter a calma, pois o cirurgião dentista é o responsável pelo atendimento global do paciente;
➢ Saber quando e a quem pedir socorro, uma vez que existem situações como lipotimia e
síncope que não exigem serviço médico de urgência, pois podem ser controladas por meio de
simples manobras. Porém, quadros como aciente vascular encefálico certamente exigirá o
suporte avançado de vida;
➢ Estar treinado para realizar manobras de Suporte Básico de Vida (SBV) e Ressucitação
Cardiopulmonar (RCP): isso requer treinamento e atualizações constantes por parte do
profissional e de sua equipe;
➢ Saber lidar com o equipamento de emergência, já que o cirurgião dentista deve estar
familiarizado com sistemas portáteis de liberação e administração de oxigênio, bem como
técnicas de administração de medicamentos injetáveis.
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1.5 Anamnese
Sabemos que a anamnese é um exame subjetivo muito importante, sendo considerado pré requisito
para a consulta inicial. Através dele, podemos obter informações não só para estabelecer o diagnóstico
do paciente, mas também para estabelecer seu perfil de saúde.
Uma vez estabelecido que o paciente é portador de alguma doença sistêmica, a anamnese deve então
ser direcionada para o problema. Esse exame também permite identificar quais medicações o
paciente faz uso e se elas são capazes de interagir com os fármacos empregados na rotina clínica.
A anamnese deve então ser concluída de acordo com seu estado físico ou categoria de risco médico.
Para isto, a American Society of Anesthesiologists dos Estados Unidos propôs um sistema de
classificação baseado em seu estado físico - ASA. Nela, os pacientes são distrubuídos em seis grupos.
ASA I Paciente saudável que não apresenta anormalidades. Pouca ou nenhuma ansiedade.
ASA II Paciente com doença sistêmica moderada ou de menor tolerância que o ASA I.
Apresenta maior grau de ansiedade ou medo ao tratamento odontológico.
ASA III Paciente portador de doença sistêmica severa, que limita suas atividades.
ASA IV Paciente acometido por doença sistêmica severa que é ameaçadora à vida.
Apresenta alterações sistêmicas importantes para o planejamento do tratamento
odontológico.
ASA V Paciente em fase terminal, quase sempre hospitalizado, cuja expectativa de vida
não é maior do que 24h, com ou sem cirurgia planejada.
ASA VI Paciente com morte cerebral declarada, cujos órgãos serão removidos com
propósito de doação.
Fonte: Andrade, 2014.
ASA I
➢ paciente saudável;
➢ pouca ou nenhuma ansiedade, sendo capaz de tolerar o estresse do tratamento dentário;
➢ apresenta risco mínimo de complicações.
ASA II
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ASA III
➢ obesidade mórbida;
➢ último trimestre de gestação;
➢ diabético tipo I (usuário de insulina), com doença controlada;
➢ hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 95-99 mm Hg;
➢ história de episódios frequentes de angina do peito, apresentando sintomas após exercícios
leves;
➢ insuficiência cardíaca congestiva, com inchaço dos tornozelos;
➢ doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema ou bronquite crônica);
➢ episódios frequentes de convulsão ou crise asmática;
➢ paciente sob quimioterapia;
➢ hemofilia;
➢ história de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de 6 meses, mas ainda com sintomas (p. ex.,
dor no peito ou falta de ar).
ASA IV
➢ pacientes com dor no peito ou falta de ar, enquanto sentados, sem atividade;
➢ incapazes de andar ou subir escadas;
➢ pacientes que acordam durante a noite com dor no peito ou falta de ar;
➢ pacientes com angina que estão piorando, mesmo com medicação;
➢ história de infarto do miocárdio ou acidente vascular encefálico, no período dos últimos 6
meses,
com pressão arterial maior que 200/100 mm Hg;
➢ pacientes que necessitam de administração suplementar de oxigênio de forma contínua.
ASA V
ASA VI
➢ pacientes com morte cerebral declarada cujos órgãos serão removidos com propósito de
doação.
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Ele é um sistema que define o estado físico do paciente, segundo a classificação ASA, auxiliando na
realização do tratamento cirúrgico com segurança.
A partir do exposto, podemos determinar o plano de tratamento mais adequado para cada caso.
Devemos obter dados relativos ao pulso, frequência respiratória, pressão arterial sanguínea e
temperatura, sempre aferidos com o paciente em repouso. Esses exames devem ser anotados junto
ao prontuário odontológico, para segurança tanto do paciente, quanto do profissional.
Observe que alguns autores ainda consideram altura, peso, índice de massa corporal como fazendo
parte dos sinais vitais.
1.6.1. Pulso
Você pode estar se perguntando o que é pulso ou pulsação. Então, vamos à definição:
Pulso é a onda de distensão de uma artéria é transmitido pela pressão que o coração
exerce no sangue. Ele pode ser avaliado por meio de qualquer artéria acessível -
exceto nos bebês, que se recomenda verificação na artéria braquial. Em crianças e
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Dito isto, é importante ressaltar os valores de referência para a frequência cardíaca normal (FC):
normalmente, um adulto em repouso deve apresentar FC entre 60-100 batimentos por minuto
(bpm), sendo mais baixas em atletas condicionados (40-60bpm) e mais alta para os indivíduos
ansiosos.
Recomenda-se que a frequência respiratória (FR) seja monitorada imediatamente após a verificação
do pulso.
Quando a FR estiver baixa, denominamos bradpneia e quando estiver alta recebe o nome de
tacpneia. Já quando o indivíduo tiver dificuldade respiratória, denominaremos dispneia, que pode
evoluir para apneia e consequente parada respiratória.
Para avaliação dentro dos padrões de normalidade, deve ser feita a correlação da idade com a
frequência respiratória por minuto. Então, vejamos os valores de referência:
FREQUÊNCIA
IDADE (ANOS)
RESPIRATÓRIA/MIN
Bebês 30-40
1-2 25-30
2-8 20-25
8-12 18-20
Adultos 14-18
Fonte: Andrade, 2014.
A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das artérias.
No momento em que o coração ejeta seu conteúdo na artéria aorta, gera força e pressão máxima.
Essa fase no ciclo é denominada pressão arterial sistólica. Imediatamente antes do próximo
batimento cardíaco, a enegia é mínima, com menor força gerando menor pressão arterial e então é
denominada pressão arterial diastólica.
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Quem nunca se deparou com alguém dizendo "gostaria de medir/aferir a minha pressão"?
Então, quais os métodos que podem ser utilizados para avaliar a pressão arterial dos pacientes?
Geralmente, a aferição da pressão arterial é feita por meio da técnica auscultatória, quando se
emprega o esfigmomanômetro. Porém, existe outro método de avaliação que é o método
oscilométrico, que vem apresentando crescente uso na Medicina.
Vale ressaltar que as bancas costumam cobras os valores de referência pela técnica
auscultatória. Nesta técnica, é importante deixa o paciente repousar, pelo menos, 5 minutos antes do
exame, na posição sentada, sem ter ingerido café, bebidas alcoólicas ou ter fumado 30 minutos antes
da avaliação.
De modo geral, entendemos que valores de 120/80 mmHg é o parâmetro ideal. No entanto, valores
até 140 mmHg para a pressão sistólica (máxima) e 90 mmHg para a pressão diastólica (mínima)
podem ser considerados normais.
Para uma melhor fixação, vejamos na tabela a classificação da pressão arterial, em adultos. Atenção!
As questões costumam abordar os valores descritos abaixo:
É importante ressaltar que valores iguais ou maiores do que 160 (sistólica) x 100 (diastólica) (ex: 199
mmHg e 109 mmHg) já requerem remoção imediata do paciente para atendimento médico
emergencial.
Quando um paciente apresentar mudança de comportamento ou acusar estar se sentindo mal, poderá
ser um indicativo de evolução para um estado de inconsciência e as manobras iniciais de pronto
atendimento deverão ser realizadas. Elas têm por objetivo a manutenção das vias aéreas livres, e
das condições respiratórias e circulatórias.
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Síncope, por sua vez, é a perda repentina e momentânea da consciência, causada pela diminuição do
fluxo sanguíneo e oxigenação cerebral. É o desmaio propriamente dito.
A síncope trata-se de uma situação relativamente inofensiva durante a qual a vítima cai
tranquilamente no chão ou é deitada por uma segunda pessoa. Existe o potencial para lesões
traumáticas relacionadas com a queda.
Mesmo possuindo esta natureza "inofensiva", qualquer perda da consciência é capaz de produzir
mudanças fisiológicas e pode colocar a vítima em perigo. Exemplos incluem as mudanças
cardiopulmonares que ocorrem secundárias a hipóxia ou anóxia, ambas produzidas pela obstrução
da via aérea no paciente inconsciente.
Embora a síncope vasodepressora seja uma situação emergencial relativamente comum, geralmente
pode ser evitada.
Existem alguns fatores que podem desencadear a síncope e eles podem ser classificados em dois
grandes grupos.
O primeiro grupo consiste nos fatores psicogênicos, como medo, ansiedade, estresse emocional e
o recebimento de notícias não bem-vindas. Outros dois fatores neste grupo são a dor – especialmente
repentina e inesperada – e a visão de sangue ou instrumentos odontológicos ou cirúrgicos (p. ex., a
seringa de anestesia local).
Já o segundo grupo, consiste nos fatores não psicogênicos. Estes incluem sentar em posição ereta ou
ficar de pé, o que permite ao sangue circular para a periferia, diminuindo o fluxo sanguíneo
cerebral, abaixo dos níveis críticos (para manutenção da consciência); a fome em função da dieta ou
ausência das refeições, o que diminui o suprimento de glicose para o cérebro, abaixo dos níveis
críticos; exaustão; condição física inadequada; e ambientes quentes, úmidos e lotados.
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Sensação de desmaio
Lipotimia
Consciência mantida
Desmaio
Síncope
Perda da consciência
Para atenuar ou prevenir a chance de ocorrência dessas emergências, o cirurgião dentista deve:
Se a recuperação da consciência não ocorrer após 3 minutos, devemos solicitar socorro médico.
1.7.2 Hipoglicemia
É uma condição que acomete indivíduos diabéticos (mais comum em diabetes tipo I) e não
diabéticos. O indivíduo é considerado hipoglicêmico quando seus níveis de glicose estão abaixo dos
valores mínimos normais: 60mg/100 mL.
Suas causas mais comuns são a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, jejum absoluto e esforço
físico extenuante. Indivíduos que fazem uso de aspirina, anti-inflamatório não esteroidal e
betabloqueadores são candidatos a terem episódios de hipoglicemia.
O maior problema associado a essa emergência é fornecimento inadequado de glicose ao cérebro. Isto
pode acarretar desde um mal estar passageiro, até o coma e, mais raramente, a morte.
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Para atenuar ou prevenir a chance de ocorrência dessas emergências, o cirurgião dentista deve:
Vale ressaltar que um paciente considerado responsivo é aquele que mantem seu nível de
consciência e capacidade de reação. Para que você compreenda melhor o assunto, dividimos o
protocolo de atendimento de acordo com essas duas possibilidades.
A hipotensão ortostática ou postural nada mais é do que uma queda brusca da pressão arterial, que
pode ocorrer quando o paciente que está deitado assume rapidamente a posição em pé. É considerada
como a segunda maior causa de perda transitória da consciência na clínica odontológica.
Com isso, o paciente fica sujeito à síncope, anteriormente descrita, você se lembra?
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Na maioria das vezes, não está relacionada ao stress emocional e não é considerada uma situação
grave.
Existem outros grupos de medicações e drogas que podem interferir de forma reversível nos reflexos
do sistema autônomo, reduzindo a pressão em posição ortostática.
•Levodopa
•Biperideno
Antiparkisonianos •Benserazida
•Meperidina
Narcóticos
•Clorpomazina
Neurolépticos
fentotiazínicos •Tioridazina
•Metildopa
•Cloridina
Antihipertensivos •Reserpina
•Prazozina
•Raramente é vista em B-
A-bloqueadores bloqueadores (propanolol)
•Imipamina
Antidepressivos •Amitriptilina
tricíclicos
•Desipramina
Não podemos nos esquecer da droga que mais interfere nos reflexos do sistema autônomo: o álcool.
Além dos fatores já elucidados, existem alguns outros que podem ser considerados predisponentes à
hipotensão ortostática.
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Para reverter um quadro de hipotensão ortostática, deve-se realizar a manobra para promover
hipertensão ortostática. Ela consiste em fazer a paciente colocar a cabeça por entre as pernas e
orientá-la a fazer força para cima, enquanto o profissional pressiona para baixo.
Basicamente, é o aumento da quantidade de ar inspirado que entra, por unidade de tempo nos
alvéolos. Geralmente, é desencadeada por situações de estresse, medo, ansiedade aguda.
1.7.5 Asma
Asma é definida como uma desordem inflamatória crônica caracterizada por obstrução reversível
das vias aéreas. Pode ser também considerada uma doença pulmonar obstrutiva.
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A asma é classificada de acordo com os fatores causais em duas categorias principais: extrínseca
(asma alérgica) e intrínseca (asma não alérgica, asma idiossincrática, asma não atópica). Indivíduos
com asma extrínseca têm história de atopia (hipersensibilidade tipo I ou reação alérgica para a qual há
um componente genético), enquanto os indivíduos com asma intrínseca não têm.
Um fator é comum em todos os pacientes asmáticos: sensibilidade extrema das vias aéreas. Essa
sensibilidade é caracterizada não só por um aumento na resposta contrátil da musculatura lisa das
vias aéreas, mas também por produção e limpeza anormais das secreções, além de um reflexo de tosse
anormalmente sensível.
A crise aguda de asma é caracterizada pelo estreitamento das grandes e pequenas vias aéreas,
devido ao espasmo da musculatura lisa dos brônquios, edema e inflamação de suas paredes.
Geralmente essa reação é autolimitada, mas existem alguns casos que exigem terapia farmacológica,
podendo oferecer risco de morte ao paciente.
Tosse, dificuldade respiratória, uso da musculatura acessória para respirar, aumento da frequência
respiratória (20 respirações/minuto ou 40/min na asma severa), aumento da frequência cardíaca
(mais de 120 batimento/minuto). Sonolência, confusão e cianose também podem ser observadas.
É preciso saber diferenciar um episódio de asma moderada de uma severa (cianose dos lábios e
unhas, uso da musculatura acessória para respirar, confusão mental, vermelhidão da face e pescoço).
No caso de severa, esta deve ser tratada em ambiente hospitalar, sob responsabilidade médica.
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➢ Caso não tenha o efeito esperado, pode ser necessário administrar solução de epinefrina,
intramuscular;
➢ Tranquilize o paciente e monitore seus sinais vitais.
1.7.6 Convulsão
Embora não sejam benignos, a maioria dos episódios convulsivos é apenas uma alteração
temporária na função cerebral, caracterizada clinicamente por um início abrupto dos sintomas
motores, sensoriais ou psíquicos. Nestes momentos, evitar danos à vítima durante a convulsão e
oferecer terapia de apoio após seu término constitui a base essencial do tratamento.
As manifestações clínicas das convulsões cobrem uma vasta faixa de atividades sensoriais e motoras,
podendo envolver um dos ou todos os seguintes fatores:
Existem algumas fases que ocorrem durante a convulsão. Estas fases são categorizadas na ordem em
que os eventos se dão:
A epilepsia, que é um tipo de convulsão generalizada, é a terceira desordem neurológica mais comum
nos Estados Unidos, atrás da doença de Alzheimer e do acidente cerebrovascular.
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Primeiro, caso paciente esteja deitado na cadeira odontológica, abaixe-a o mais próximo do solo.
Após, remova os objetos cortantes que estejam ao redor, além de colares, brincos, óculos. Solte a
gravata e o colarinho, facilitando a respiração.
Gire cuidadosamente o paciente para o lado em que você se encontra, para liberar as vias áreas e
evitar aspiração. Não tente colocar nada entre as arcadas dentárias e durante a crise, não restrinja
seus movimentos, somente proteja a cabeça.
Anote o tempo que durou o episódio convulsivo, pois isto pode ser de grande valia para o médico.
Solicite um serviço móvel de urgência, caso a crise tenha durado mais do que 3 minutos.
Caso a convulsão seja demorada ou repetitiva, administre midazolam 15mg via oral, ou diazepam
10mg intramuscular.
Cessada a convulsão, mantenha o paciente em repouso por 10 a 15 minutos, monitorando seus sinais
vitais. Converse com ele para avaliar o seu grau de consciência. Não ofereça água ou qualquer
líquido após a crise, pois há risco de aspiração para as vias aéreas.
Encaminhe o paciente para o atendimento médico. Normalmente, a medicação prescrita pelo médico
será um anticonvulsivante, como a fenitoína.
Mais comumente chamado de acidente vascular cerebral (AVC), é uma alteração neurológica
causada pela destruição de substância encefálica, em decorrência da interrupção do fluxo sanguíneo,
glicose e oxigênio para o cérebro. É considerada a principal causa de incapacidade em adultos.
O AVE pode ser definido como qualquer dano vascular que reduz o fluxo sanguíneo cerebral em
uma região específica do cérebro, causando comprometimento neurológico. O início dos sintomas
pode ser súbito ou lento e pode resultar em perda de função neurológica temporária ou permanente.
Trata-se de uma desordem neurológica provocada pela destruição da substância cerebral como um
resultado de hemorragia intracerebral, trombose, embolia ou insuficiência vascular. Também é
conhecido popularmente como “derrame”, apoplexia cerebral e “ataque cerebral".
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E se o paciente se apresentar na consulta dizendo que sofreu AVE recente, há menos de 6 meses,
qual será a nossa conduta?
Estes pacientes não devem realizar tratamento odontológico eletivo dentro de 6 meses após o
episódio de acidente vascular encefálico, pois o risco de recorrência provavelmente é maior durante
este período.
Tratamentos de emergência para dor ou infecção devem ser gerenciados, se possível, de modo não
invasivo com medicamentos. Todos os tratamentos invasivos devem ser postergados, se possível, ou
realizados de um ambiente controlado, em caso de necessidade absoluta.
• acompanhados de sonolência,
Náusea, vômito sudorese e calafrios
Quanto aos tipos de AVE, podemos classificá-los de acordo com a sua causa: AVE Isquêmico
(oclusivo) e AVE hemorrágico.
Diversos fármacos administrados aos pacientes que se submetem a cirurgia oral podem agir como um
estímulo antigênico, provocando reações alérgicas. Dos quatro tipos básicos de reações de
hipersensibilidade, somente o tipo I (hipersensibilidade imediata) pode causar uma condição aguda
ameaçadora à vida.
Vamos abordar as reações de hipersensibilidade que mais ocorrem em ambiente odontológico. São
elas:
➢ Dermatológica
➢ Do trato respiratório
➢ Anafilaxia generalizada
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Já as reações alérgicas que afetam o trato respiratório são mais graves e necessitam de uma
intervenção mais agressiva. O angioedema das cordas vocais causa obstrução parcial ou total das vias
aéreas. O paciente geralmente é incapaz de falar e produz um som alto semelhante ao grasnar
(estridor) conforme o ar passa pelas cordas vocais. À medida que o edema piora, pode ocorrer a
obstrução total das vias aéreas, caracterizando-se como uma ameaça imediata à vida.
As manifestações cutâneas logo aparecem, incluindo rubor (vermelhidão), urticária e prurido na face
e no tronco. Podem ocorrer náuseas e vômito, cólicas abdominais e incontinência urinária.
Os anestésicos locais são as medicações mais comumente utilizadas em odontologia e, por isso,
estão muito relacionados a reações adversas. Iremos abordar mais detalhadamente os tópicos
relacionados aos anestésicos locais em nossa aula de Anestesiologia, por isso neste momento iremos
focar nas reações de superdosagem aos anestésicos.
É bem provável, no entanto, que a maioria das reações adversas não sejam reportadas por serem
transitórias e suficientemente inócuas para que os profissionais não reconheçam essas reações ou não
as considerem sérias o suficiente.
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Existe uma série de fatores predisponentes relacionados à superdosagem com o uso de anestésicos
locais. Esses fatores se relacionam ao paciente e ao medicamento.
➢ peso corporal: quanto maior o peso magro, menor chance de superdosagem anestésica;
➢ processos patológicos: a presença de patologias pode desencadear modificações na absorção
e distribuição do fármaco no organismo;
➢ genética: indivíduos com deficiências enzimáticas (colinesterase sérica, por exemplo) podem
ter o nível de anestésico no sangue alterados;
➢ atitude e ambiente: pacientes mais estressados tem seu nível de consciência afetados,
podendo influenciar nos níveis dos anestésicos no sangue;
➢ gênero: mulheres grávidas têm um pequeno aumento do risco à superdosagem.
Abaixo, vamos sintetizar os fatores mais recorrentes em prova, para que você assimile o conteúdo com
maior facilidade.
Já sabemos quais os fatores que interferem no risco à superdosagem com anestésicos locais, mas
como prevenir que essa reação ocorra?
É importante destacar que quase todas as reações aos anestésicos locais podem ser
prevenidas!
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Para que você assimile o conteúdo com maior facilidade sintetizamos os procedimentos de acordo
com a causa da superdosagem.
1.7.10 Metemoglobinemia
Além das reações à superdosagem do sal anestésico e do vasoconstritor, existem algumas reações
relacionadas ao paciente. Um exemplo é a reação de metemoglobinemia. Vamos à definição?
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Essa reação está tipicamente relacionada ao uso de dois tipos de anestésicos locais de uso parenteral:
prilocaína (muito cobrada pelas bancas) e articaína (em um grau muito inferior do que a prilocaína);
e um anestésico de aplicação tópica: benzocaína. A aplicação desses anestésicos em altas doses pode
aumentar o nível de metemoglobinemia.
Embora não haja uma contraindicação absoluta para o uso desses anestésicos, eles devem ser evitados
em pacientes com metemoglobinemia congênita ou portadores de doenças que comprometam a
oxigenação dos tecidos.
Atenção! As questões sobre o tema costumam relatar um caso clínico e associá-lo aos
sinais e sintomas que o paciente apresenta.
Você deve estar se perguntando se há alguma forma de prevenção para esses casos.
A resposta é: SIM! O uso de soluções anestésicas que contenham prilocaína deve ser evitado nos
seguintes casos:
➢ gravidez
➢ anemia
➢ anemia falciforme
➢ metemoglobinemia congênita
➢ insuficiência cardíaca ou respiratória
➢ pacientes que fazem uso crônico de paracetamol
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O flúor quando ingerido é rapidamente absorvido pelo estômago e intestino. Sofre influência com a
presença de alimentos e acidez estomacal.
Quando deglutido, o íon flúor atinge o estômago e se transforma em ácido fluorídrico, que é
altamente irritante para a mucosa gástrica.
O flúor se deposita nos ossos, é incorporado na apatita, formando fluorapatita. Nos dentes, ele se
deposita apenas durante a fase de desenvolvimento dentário. Ele também se acumula na saliva, no
leite de vaca e materno.
Os principais sinais e sintomas gastrintestinais associados pela intoxicação aguda por flúor são
náusea, vômito, diarreia e dor abdominal.
A intoxicação aguda ainda pode provocar sintomas neurológicos e cardiovasculares como parestesia,
fibrilação muscular, tetania, convulsões, diminuição da contratilidade do miocárdio e colapso
cardiovascular.
Então, qual é a dose aguda de flúor considerada seguramente tolerada e qual a considerada
certamente letal?
A dose certamente letal (DCL) de flúor foi estimada de 32 a 64 mg de flúor por Kg de peso corpóreo.
Por uma questão de segurança, foi estabelecida que a dose de 5 mg de flúor por Kg deve ser
considerada como dose provavelmente tóxica (DPT).
DCL = 32 A 64MGf/Kg
DST = 9 a 16mgF/Kg
DPT = 5mgF/Kg
Para evitar que acidentes ocorram, é necessário que o cirurgião-dentista saiba calcular a quantidade
de flúor expressa nos produtos comerciais, com base nas suas diferenças de concentrações.
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A tabela a seguir, mostra a equivalência entre concentração, quantidade de flúor nos principais
produtos fluoretados e a quantidade que se ingerida submeteria uma criança pesando 20kg à dose
provavelmente tóxica.
Através dos dados expostos na tabela, é possível ajustar e calcular para qualquer peso, bastando fazer
uma regra de três, tomando como referência o peso de uma criança de 20kg.
O risco maior de intoxicação pelo flúor está relatado na deglutição de flúor, durante aplicação tópica
em Odontopediatria. Ele é capaz de reduzir em cerca de 30% a 40% do risco de cárie, servindo como
um reservatório de flúor intrabucal nos momentos de desmineralização.
Existe uma fórmula matemática que pode ser utilizada para calcular a quantidade de flúor
acidentalmente deglutida, com base no volume aproximado e na concentração da solução empregada.
Através desse cálculo, é possível estabelecer se a quantidade atingiu ou não a dose provavelmente
tóxica.
A fórmula é a seguinte:
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Se uma criança com 3 anos de idade, pesando 15 Kg deglutir 10 g de gel de flúor (1,23% de F), durante
uma aplicação tópica no consultório odontológico, teremos:
O protocolo de atendimento nesses casos é baseado na quantidade estimada de flúor que o paciente
ingeriu.
Para facilitar a compreensão, vamos utilizar a tabela do professor Andrade, que correlaciona a dose
com o procedimento indicado.
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A máxima ingestão diária para que a fluorose não ocorra é de 0,05-0,07 mgF/Kg do
paciente!
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SBV visa garantir vias aéreas livres sem a necessidade de equipamentos sofisticados,
admitindo apenas dispositivos de proteção.
De acordo com Andrade em seu livro: Emergências médicas em Odontologia, a manobra de RCP
consiste em 30 compressões torácicas seguidas de 2 ventilações, até a chegada do desfibrilador.
É preciso ressaltar que o tecido nervoso tolera a falta de oxigênio, por no máximo, 4 a 5 minutos.
Portanto, fica evidente a importância do reconhecimento precoce da PCR e início das manobras.
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Segundo Malamed, com RCP feita por leigos, a reanimação cardiopulmonar iniciada
por expectadores aumenta as taxas de sobrevivência do paciente. Quando a RCP
praticada por leigos foi iniciada, uma taxa de sobrevivência de 32% foi observada. A
taxa de sobrevida caiu para 14% quando o suporte básico de vida foi adiado até a
chegada da equipe médica de emergência.
A seguir, você terá acesso ao algoritmo contendo os passos para o SBV, descrito por Andrade, para
adultos:
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Já segundo Malamed, em 2010, a American Heart Association publicou suas mais recentes diretrizes.
O incremento mais recente dessas diretrizes foi a mudança no suporte básico de vida (BLS), mais
precisamente na sequência dos passos de “A-B-C” (Abertura de vias aéreas, Ventilação, Compressões
torácicas) para “C-A-B” (Compressões torácicas, Abertura de vias aéreas, Ventilação) para pacientes
adultos e pediátricos (crianças e bebês). (P → C → A → B → D).
Ainda que os especialistas concordassem que era muito importante reduzir o tempo até o início da
primeira compressão torácica, eles estavam conscientes de que uma mudança em um protocolo tão
bem estabelecido como o A-B-C iria demandar retreinamento de todas as pessoas que até então
tivessem aprendido a fazer RCP.
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4- QUESTÕES COMENTADAS
C.Certo
E.Errado
Comentários:
A afirmativa é considerada errada, pois na hipotensão ortostática (postural) ocorre uma diminuição
da frequência cardíaca e não um aumento como relata a questão.
Outro ponto a ser considerado é que a síncope é a perda repentina e momentânea da consciência,
causada pela diminuição do fluxo sanguíneo e oxigenação cerebral. É o desmaio propriamente dito. A
questão tentou confundir síncope com lipotimia, que não chega a resultar no desmaio, propriamente
dito.
2. (CESPE/ Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Analista Judiciário/2018) Em relação aos fatores
predisponentes da perda de consciência, a síncope vasodepressora por aumento do estresse é
a mais comum.
C.Certo
E.Errado
Comentários:
A afirmativa está certa, uma vez que a síncope vasodepressora é uma ocorrência comum,
principalmente quando o paciente está submetido a situações de stress no consultório odontológico.
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C.Certo
E.Errado
Comentários:
A afirmativa está incorreta, pois nesse caso deve-se baixar a cadeira próxima ao solo e proteger,
principalmente, a cabeça do paciente para que não se machuque durante a crise.
C.Certo
E.Errado
Comentários:
A afirmativa está certa. Apesar de não ser muito comum os pacientes apresentarem reações alérgicas
aos anestésicos locais, especialmente ao do grupamento amida, pode ocorrer sensibilização
principalmente de reações alérgicas do tipo I. Nesse caso, pode se manifestar como uma simples
urticária, erupção cutânea avermelhada no local, até reação de anafilaxia.
C.Certo
E.Errado
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Comentários:
A afirmativa está certa e é o gabarito da questão. Pacientes recém infartados (6 meses) apresentam 5x
mais chances de o evento ocorrer novamente dentro desse período do que passado os 6 meses.
6. (EBSERH/ Odontólogo UNB/ 2018) A respeito das peculiaridades das soluções anestésicas no
atendimento odontológico a pacientes grávidas, julgue os itens seguintes. Doses excessivas de
prilocaína, que atravessa a placenta mais rapidamente que os demais anestésicos locais, se
administradas à gestante, poderão acarretar metemoglobinemia na grávida ou no feto.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
Em geral, doses acima de 600mg de prilocaína são necessárias para o desenvolvimento dessa
condição.
O metabolismo hepático da prilocaína resulta na formação de ortotoluidina, que é a responsável pela
oxidação da hemoglobina para metaemoglobina.
C.Certo
E.Errado
Comentários:
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A afirmativa está incorreta, pois a hipoglicemia e a síndrome da hiperventilação é que podem levar à
crises convulsivas nos pacientes em consultório odontológico.
Julgue os seguintes itens, acerca dos temas odontológicos relacionados ao caso apresentado.
C.Certo
E.Errado
Comentários:
A afirmativa está correta, pois descreve exatamente os passos a serem seguidos em um caso de
emergência médica decorrente da administração de um fármaco: deve-se manter as vias aéreas
desobstruídas, para facilitar a respiração por parte do paciente, administrar oxigênio e realizar
ventilação mecânica (dispositivos), chamar o socorro médico para que seja feito o transporte para o
hospital.
9. (FCC/ TRE RN – 2011) O uso de ansiolíticos na prática odontológica requer alguns cuidados
por parte do paciente adulto, como
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Comentários:
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Pacientes que fazem uso de benzodiazepínicos
podem apresentar efeitos indesejados e imprevisíveis quando associado ao álcool.
A alternativa A está incorreta. O efeito paradoxal não pode ser controlado pelo paciente.
A alternativa D está incorreta. A cafeína não está indicada para neutralizar os efeitos dos
benzodiazepínicos.
Comentários:
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A medicação mais indicada pertence à classe
dos benzodiazepínicos e o Diazepam é um exemplo de medicação dessa classe. A posologia de 0,3
mg/kg de peso corporal de diazepam, 60 minutos antes do procedimento é a prescrição mais indicada.
A alternativa A está incorreta. Essa medicação é utilizada para asma, rinites alérgicas, não sendo
indicada para aliviar sintomas como ansiedade.
A alternativa B está incorreta. Essa medicação é um sedativo natural, bastante utilizado em crianças.
Porém, para tratamento odontológico, a classe mais indicada de medicação para controle de ansiedade
são os benzodiazepínicos.
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A alternativa C está incorreta. Essa medicação está indicada nos casos em que haja necessidade de
uma ação neuroléptica, sedativa em pacientes psicóticos e na terapia adjuvante para o alívio do delírio,
agitação, inquietação, confusão, associados com a dor em pacientes terminais.
A alternativa E está incorreta. A dose e posologia indicados são 0,3 mg/kg de peso corporal de
diazepam, 60 minutos antes do procedimento.
a) hipoglicemia.
b) cetoacidose.
c) coma diabético.
d) hiperglicemia.
e) choque hipovolêmico.
Comentários:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Hipoglicemia é uma condição que acomete
indivíduos diabéticos (mais comum em diabetes tipo I) e não diabéticos. O indivíduo é considerado
hipoglicêmico quando seus níveis de glicose estão abaixo dos valores mínimos normais: 60mg/100
mL.
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d) Se o paciente estiver deitado de costas na cadeira, esta deve estar o mais próximo possível
do chão.
Comentários:
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Em quadros convulsivos não se deve colocar
nenhum objeto na boca do paciente, sob risco de aspiração.
A alternativa B está correta. Não se deve oferecer água ao paciente, pois há risco de aspiração para as
vias aéreas.
A alternativa C está correta. Devemos remover objetos cortantes ou pontiagudos que estiverem
próximos, a fim de proteger o paciente que pode ter espasmos repentinos.
A alternativa D está correta. Se o paciente estiver deitado de costas na cadeira, esta deve estar o mais
próximo possível do chão.
13. (FCC/TRE PI/2009) Paciente com 53 anos de idade, sexo masculino, apresenta pressão
arterial de 170/110 mm Hg no momento da consulta odontológica. O cirurgião-dentista deve
a) monitorar a pressão arterial durante o atendimento clínico, seguindo-se controle por pelo
menos 15 dias.
c) realizar tratamento clínico ambulatorial, em sessões clínicas de curta duração, até remissão
do quadro.
d) medir a pressão arterial novamente após 5 minutos e encaminhar o paciente para cuidados
médicos se a pressão se mantiver.
Comentários:
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A pressão arterial deve ser aferida novamente
após um período de 5 minutos, para confirmação dos valores. Neste caso, o paciente não deve ser
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atendido no consultório odontológico neste momento e deve ser encaminhado para atendimento
médico.
A alternativa A está incorreta. O paciente não deve ser atendido no consultório odontológico caso o
quadro hipertensivo se confirme, devendo ser encaminhado para atendimento médico.
A alternativa B está incorreta. O cirurgião dentista não deve prescrever hipertensivos ao paciente,
cabendo ao médico avaliar o caso.
A alternativa C está incorreta. O paciente não deve ser atendido no consultório odontológico caso o
quadro hipertensivo se confirme, devendo ser encaminhado para atendimento médico.
14. (FCC /TRF 1 REGIAO -2014) São anestésicos odontológicos que mais causam a
metemoglobinemia:
a) Prilocaína e Articaína.
b) Lidocaína e Prilocaína.
c) Mepivacaína e Articaína.
d) Bupivacaína e Articaína.
e) Lidocaína e Mepivacaína.
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b) é inviável, uma vez que a reação Tipo I, mediada por linfócitos, ocorre 24 horas após o
contato com o antígeno.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Pápulas são pequenas elevações na pele e não apresentam risco de
morte ao paciente.
A alternativa B está incorreta. Reações tipo I ocorrem imediatamente após o contato com o antígeno.
A alternativa C está incorreta. O diagnóstico rápido de reação alérgica não permite a identificação de
dermatites de contato. A substituição do material causador da alergia será posteriormente
determinada.
a) Ortotoluidina
b) Bissulfito de sódio
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c) Cloreto de sódio
d) Metilparabeno
e) Alfa-metil-prilol
Comentários:
A alternativa B está incorreta. O bissulfito de sódio é um antioxidante que faz parte da composição
das soluções anestésicas com vasoconstritores adrenérgicos (epinefrina, norepinefrina, corbadrina e
fenilefrina), para impedir sua oxidação.
A alternativa C está incorreta. O Soro Fisiológico ou solução de cloreto de Sódio 0,9% é utilizado para
o restabelecimento de fluido e eletrólitos. Também é utilizado como repositor de água e eletrólitos em
caso de alcalose metabólica (aumento do pH do sangue) de grau moderado, em carência de sódio e
como diluente para medicamentos.
A alternativa D está incorreta. Metilparabeno é um dos conservantes mais utilizados nas medicações
e formulações farmacêuticas.
A alternativa E está incorreta. Alfa-metil-prilol é uma droga pertencente a classe das triptaminas,
utilizada como antidepressivo.
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5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Terapêutica medicamentosa em Odontologia. ANDRADE, 2014.
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