Literatura e Saúde Publica
Literatura e Saúde Publica
Literatura e Saúde Publica
011/2019
EDITORA REDE UNIDA
Como pode a literatura e a política servirem de inspiração mútua nos dias de hoje? O que o
tensionamento entre ficção e realidade pode nos fazer apreender sobre as políticas públicas
de saúde? A obra Sonhos Tropicais
Tropicais, de Moacyr Scliar, é uma referência para este projeto,
ao construir um romance ambientado nas políticas públicas de saúde do início do século
passado, tratando com sensibilidade os elementos do sanitarismo campanhista e
articulando desde as tramas políticas arquitetadas pelas elites econômicas até a vida
cotidiana da população mais pobre.
Porém, lembramos que o aparentemente inusitado elo entre Literatura e Saúde nos remonta
ao século XIX, quando o escritor francês Émile Zola se inspirava em um tratado de Medicina
para construir
ir o importante manifesto do Realismo-Naturalismo.. A ideia era pedir que a
literatura tirasse uma fotografia da corrupção da natureza e do corpo biológico do homem
com suas patologias que levam aos maus hábitos para, então, gerar um corpo social
saudável: da mesma forma como fazia a ciência médica. Literatura e Medicina, no caso,
complementando-se
se para normatizar o comportamento social e o uso dos corpos.
Ao contrário, sobretudo a partir do século XX, a arte passa a se confrontar com a norma e
apresentar, por
or meio de formas variadas, condutas alternativas; assim como as ciências da
saúde, especialmente após a experiência dos campos de concentração durante a Segunda
Guerra Mundial, consideram a importância da informação para prover segurança na prática
dos diferentes
ferentes modos de usufruto do corpo.
O biográfico e o histórico poderão, então, ser conjugados com a invenção, assim como os
fatos inverossímeis, fantásticos, insólitos ou mitológicos podem servir para matizar o contato
do corpo com a norma, o Estado e as políticas públicas da saúde. E com isto mostrar
antigos problemas como, por exemplo, o higienismo, ao qual Machado de Assis já ironizava
com a personagem coxa Eugênia, em Memórias Póstumas de Brás Cubas;
Cubas apontar futuras
soluções, além de outros lugares ainda desconhecidos, que somente a escrita e a
imaginação, ao acabar com o elo desgastado ao qual as palavras submete as coisas no uso
cotidiano, podem dar lugar.
NORMAS DE SUBMISSÃO E AVALIAÇÃO
O livro só será publicado se pelo menos 10 contos forem aprovados para publicação. Se o
número de páginas dos contos aprovados ultrapassar as 200 páginas, o conteúdo poderá
ser dividido em dois ou mais volumes. Nesse caso, a ordem de publicação obedecerá a
data de chegada dos manuscritos e a organização temática, à critério dos organizadores. O
livro tem previsão de publicação para o início de 2020.
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