Apostila Piaget
Apostila Piaget
Apostila Piaget
Jean Piaget
Sua contribuição para a Educação
Segundo Piaget, o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos,
e nem de uma programação inata pré-formada pelo individuo como é sustentado por
outras correntes da psicologia. Este conhecimento aplica-se pela construção e
elaboração de novas estruturas na mente humana, defendendo assim, que o
conhecimento não é inato. Na verdade a capacidade de evolução da inteligência do
individuo seria ativado pelas experiências que ocorre entre o sujeito e o objeto a
conhecer, é uma espécie de dependência.
Se não existe um objeto ou um sujeito, não se desenvolve esses conhecimentos,
desta maneira não existira um conhecimento sobre tais objetos. Essas vivências
trabalham aquilo que seriam as formas primitivas da mente (biologicamente falando)
uma vez que essa “socialização” possibilita um equilíbrio entre o organismo e o meio ao
qual este está inserido.
Contudo esse equilíbrio não é uma condição estática e inalterável, podendo sofrer
abalos em contextos situacionais diferentes. Tais abalos obrigam o organismo a procurar
se reajustar a nova realidade, o que ocorre pelos processos de Assimilação e
Acomodação. No primeiro processo, o ser pensante tenta encontrar explicação para a
nova realidade nos conhecimentos pré-concebidos, observando o objeto ou a nova
realidade, buscando identificar aspetos que lhe sejam familiares a fim de desvendar o
“novo”, com o propósito de restabelecer seu “conforto”. Quando esta tentativa é
frustrada e não produz o resultado desejado, o ser pensante faz uso da acomodação com
o propósito de que suas estruturas pré-estabelecidas possam ser alteradas, visando
retomar o domínio sobre o contexto situacional ou a nova realidade. Na verdade é o
momento em que o “novo” age sobre o indivíduo reformulando seus esquemas mentais
com as informações novas. A este processo dá-se o nome de Acomodação.
Todas estas condicionantes, e vai-e-vem de construção e reconstrução do
conhecimento, e os conflitos que deles advém, exigem um esforço cognitivo interessado
em que o todo o processo de equilíbrio seja restabelecido. Para Piaget, essa
transformação da cognição e desenvolvimento do organismo ocorre em quatro fases:
De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua
forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que
persistirá durante a idade adulta. Isso não quer dizer que ocorra uma estagnação das
funções cognitivas, a partir do ápice adquirido na adolescência, como enfatiza
Rappaport (op.cit. 63), "esta será a forma predominante de raciocínio utilizada pelo
adulto. Seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos
tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos de
funcionamento mental".
Piaget afirma e se fundamentam ainda em outras três etapas que fundamentam a
inteligência, e que está ligada a moral:
A própria moral pressupõe inteligência, haja vista que as relações entre moral x
inteligência têm a mesma lógica atribuídas às relações inteligência x linguagem. A
inteligência embora necessária não seja uma condicionante para que se desenvolva a
moral. A moralidade manifesta-se racionalmente em três níveis:
Referências:
https://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm/10 de
junho 2020 às 03h45