Dimensões Morfofuncionais Do Movimento Humano
Dimensões Morfofuncionais Do Movimento Humano
Dimensões Morfofuncionais Do Movimento Humano
Dimensões morfofuncionais
do movimento humano
e do movimento
Bons estudos!
BIOENERGÉTICA – VIAS ENERGÉTICAS
Caríssimo (a) aluno (a), antes de falarmos sobres as vias energéticas, precisamos
relembrar de uma molécula importantíssima que é a única fonte de energia imediata para
o funcionamento do corpo humano, o trifosfato de adenosina (ATP). Essa molécula também
é conhecida como “moeda energética” das células, porque ela armazena energia química
em suas ligações que, quando são quebradas, nos fornece energia para realizarmos
nossas atividades diárias e manter as funções básicas do nosso organismo (McARDLE;
KATCH; KATCH, 2018).
O termo bioenergética engloba as vias energéticas envolvidas no processo de
síntese de ATP a partir de substratos energéticos, possibilitando a constante renovação
dos estoques de ATP (ALMEIDA, 2018).
Se a energia reconhecida
pelo nosso corpo é a
molécula de ATP, e os
alimentos consumidos?
ATP
VIAS ANAERÓBIAS
SALDO FINAL
1 molécula de glicose 32
ATP
Figura 3. Metabolismo energético aeróbio: Ciclo do ácido cítrico e Cadeia transportadora de elétrons.
Fonte: McArdle, Katch e Katch (2018, p. 148).
Caro (a) aluno (a), você já deve estar se perguntando, “qual a aplicabilidade de tudo
isso?”, ou “quando esse conteúdo será aplicado na prática?”. Essa parte será mais
direcionada para a prática, aprenderemos uma parte importante da bioenergética, que é a
classificação bioenergética das modalidades esportiva.
Anteriormente vimos as três vias de fornecimento de energia separadas para melhor
entendimento, entretanto no nosso corpo elas nos fornecem energia ao mesmo tempo, ou
seja, as reações são acopladas. O que temos é o “predomínio” (grave essa palavra) de
um sistema ou via metabólica em comparação a outra para o fornecimento de energia. A
predominância da Via energética para o fornecimento de energia vai depender da
intensidade e duração da atividade.
Nesse capítulo também iremos tratar de dois termos: Potência e capacidade das
vias energéticas.
CAPACIDADE: Quantidade de energia
ENERGIA disponível para ser utilizada em um
intervalo de tempo.
POTÊNCIA: Representada pela torneira,
capacidade é a quantidade de energia utilizada em
um intervalo de tempo.
OBS: Uma mesma modalidade pode ter predomínio de vias diferentes de acordo
com o momento.
NA PRÁTICA
Modalidade esportiva:
100 metros rasos – duração: aproximadamente 9,58 seg.
Veja outras modalidades que apresentam como predomínio o sistema ou via ATP-CP para
fornecimento de energia: Salto com vara, arremesso de peso, lançamento de disco e
dardo. O saque, ataque, bloqueio no voleibol. A cobrança do pênalti, falta ou tiro de
meta no futebol, (considerando apenas o movimento isolado) entre outros.
Modalidade esportiva:
50 metros de natação – duração: aproximadamente22 seg.
Veja outras modalidades que apresentam como predomínio o sistema ou via da glicose
anaeróbia para fornecimento de energia: 200m e 400m no atletismo, o sprint do jogador
que joga na posição de lateral quando tem que deslocar de um lado ao outro do
campo. Ou até mesmo a atacante quando sai driblando muitos adversários até a
finalização que é o chute ao gol (lembrando quando duram mais de 15 seg.).
VIA AERÓBIA
Assista um vídeo
Potência: ~ de 2 a 10min. sobre esta prova!
Capacidades:– acima de 10min Acesse: https://bit.ly/2VCv2C7
(FOSS, KETEYIAN, FOX, 2000)
Modalidade esportiva:
1500m de patinação – duração: aproximadamente 2:15 min.
Nesse sistema ou via energética temos o predomínio de fornecimento por mais sistemas
além da via aeróbia, quando depararmos com modalidades assim, podemos classifica-las
da seguinte maneira:
Pela duração do jogo ele é classificado como predomínio de energia pela via aeróbia. E
temos que completar que nos momentos decisivos do jogo como chute ao gol, a cobrança
de pênalti ou falta podemos dizer que o predomínio é da Via anaeróbia. Da mesma forma
devemos fazer essa classificação para as outras modalidades coletivas como: voleibol,
basquete, handebol, entre outros.
Veja outras modalidades que apresentam como predomínio do sistema ou via aeróbia para
fornecimento de energia: Mountain bike, maratona (42,195m), Ironman, entre outras.
CORRIDA CICLISMO
Acesse: https://bit.ly/2W0MEGC
Acesse: https://bit.ly/2W253Ty
Curiosidade
CANOAGEM
O V̇O2max é uma variável muito popular, porque antes mesmo
Assista um vídeo dela ser investigada na área da Educação Física, médicos
sobre este tema! utilizavam essa mesma variável para diagnosticar problemas
Acesse: https://bit.ly/3aAphsR
de saúde relacionado ao Sistema Cardiorrespiratório.
Déficit de oxigênio
No início do exercício temos um atraso do consumo de oxigênio, considerado um
déficit de oxigênio, que pode ser expresso quantitativamente pela diferença entre o
consumo total de oxigênio durante a atividade e o total que teria sido consumido se o
consumo de oxigênio em estado estável tivesse sido alcançado desde o início (McArdle,
Katch e Katch 2018). Observamos um menor déficit de oxigênio em indivíduos treinados
comparado a indivíduos destreinados.
Figura 6. As figuras mostram consumo de oxigênio pós-exercício. Figura 6 a) Apresenta uma atividade com
uma intensidade menor em qeu foi atingido o estado estável do oxigênio durante o exercício resultando em
um EPOC curto. 6 b) Apresenta uma atividade com uma intensidade menor em que não foi atingido o estado
estável do oxigênio durante o exercício resultando em um EPOC prolongado.
Fonte: ALMEIDA, 2018; POWERS E HOWLEY (2014, p. 72).
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS AO EXERCÍCIO
Em conformidade com o princípio da especificidade do treinamento esportivo, o
treinamento anaeróbio trará a sua maioria adaptações específicas anaeróbias com
pequenas alterações aeróbias. Por outro lado, no treinamento aeróbio as adaptações
serão em sua maioria aeróbias com poucas alterações anaeróbias.
Fibras musculares
O treinamento aeróbico induz adaptações metabólicas em cada tipo de fibra muscular.
Figura 7. Adaptações na função cardiovascular pelo treinamento aeróbico que fazem aumentar o
fornecimento de oxigênio aos músculos ativos.
Fonte: McArdle, Katch e Katch (2018, p. 473).
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1191463936540589