Dimensões Morfofuncionais Do Movimento Humano

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Dimensões morfofuncionais

Dimensões morfofuncionais
do movimento humano
e do movimento

Prof. Dr. Francisco de Assis Manoel


Para começo de conversa
Olá, caro (a) aluno (a),

A conquista de um objetivo é algo gratificante, um momento único. E


se você chegou até aqui é poque está preste a finalizar mais essa jornada
que é a graduação, e em breve seremos colegas de profissão. Eu sei que a
caminhada foi difícil e longa, mas você conseguiu e tenha certeza que valeu
muito a pena.
Neste Ebook venho compartilhar com você alguns dos principais
conteúdos de Fisiologia Geral e do Movimento que serão exigidos em sua
prática profissional. Foi preparado um material com textos e vídeos
explicativos para auxiliar no entendimento do conteúdo. Para acessar os
vídeos basta copiar o link e colar na barra do navegador de internet, ou
apenas apontar a câmera do celular para o QR Code que você
já será direcionado para o vídeo.
Espero que esse material possa contribuir para a sua formação.

Bons estudos!
BIOENERGÉTICA – VIAS ENERGÉTICAS

Caríssimo (a) aluno (a), antes de falarmos sobres as vias energéticas, precisamos
relembrar de uma molécula importantíssima que é a única fonte de energia imediata para
o funcionamento do corpo humano, o trifosfato de adenosina (ATP). Essa molécula também
é conhecida como “moeda energética” das células, porque ela armazena energia química
em suas ligações que, quando são quebradas, nos fornece energia para realizarmos
nossas atividades diárias e manter as funções básicas do nosso organismo (McARDLE;
KATCH; KATCH, 2018).
O termo bioenergética engloba as vias energéticas envolvidas no processo de
síntese de ATP a partir de substratos energéticos, possibilitando a constante renovação
dos estoques de ATP (ALMEIDA, 2018).

Se a energia reconhecida
pelo nosso corpo é a
molécula de ATP, e os
alimentos consumidos?

ATP

Ou seja, todo alimento que consumimos tem que ser convertido


em ATP para conseguirmos utilizar essa energia.
VIAS ENERGÉTICAS
As vias de renovação de ATP são subdivididas em vias anaeróbias(sistema ATP-CP
e Glicólise anaeróbia, que realizam a produção de energia mediante a ausência de
oxigênio) e via aeróbia (composta pelo ciclo do ácido cítrico ou também chamada de ciclo
de Krebs) e a cadeia transportadora de elétrons (que se complementam, além de
produzirem energia na presença do oxigênio e dentro da mitocôndria).

VIAS ANAERÓBIAS

ATP – CP Glicólise anaeróbia


O sistema fosfagênio representa a A glicólise envolve a quebra de glicose (que
fonte de ATP de disponibilidade mais também pode ser obtida através das reservas de
rápida para ser usada pelo músculo. glicogênio) para formação de duas moléculas de
Característico em atividades de alta piruvato, que na ausência de oxigênio serão
intensidade e curta duração. Envolve convertidas em duas moléculas de lactato. Ou
a doação da energia contida na seja, essa via é usada para transferir energia das
fosfocreatina (PCr) à adenosina ligações existentes na molécula de glicose para
difosfato ADP, para que ele possa se unir a adenosina difosfato (o ADP) com o fosfato
unir ao fosfato inorgânico (Pi) e inorgânico (Pi) formando ATP (NELSON; COX,
formar o ATP. Esta reação é 2014; ALMEIDA, 2018).
catalisada pela enzima creatina
quinase e consiste, primeiramente, Saldo final
na quebra da PC em creatina livre e 1 molécula de glicose = 2 ATPs
Pi e, posteriormente, a utilização da 1 molécula de glicogênio = 3 ATPs
energia liberada desta quebra para
unir o ADP com o Pi (MAUGHAN;
GLEESON; GREEENHAFF, 2000).
LACTATO
NÃO CAUSA
FADIGA

Figura 1. Quebra e ressíntese da molécula de ATP.


Fonte: McArdle, Katch e Katch (2011, p. 142) Figura 2. Glicólise anaeróbia e formação de lactato.
Fonte: McArdle, Katch e Katch (2018, p. 147)

Assista um vídeo Assista um vídeo


sobre este tema! sobre este tema!

Acesse: https://bit.ly/3cKdV78 Acesse: https://bit.ly/2KzGo3q


VIA AERÓBIA

Ciclo do ácido cítrico Cadeia de transporte de


A função primária do ciclo do ácido elétrons
cítrico é completar a oxidação de Nesta etapa os elétrons ricos em
carboidratos, gorduras ou proteínas, energia capturados na glicose (NADH
usando o NAD+ e o FAD como e FADH2) devem ser convertidos em
transportadores de elétrons que serão ATP. O oxigênio não participa das
enviados para a cadeia transportadora reações do ciclo do ácido cítrico e é
de elétrons onde os doarão para os utilizado apenas na cadeia respiratória
componentes dessa via. como o último aceptor de elétrons,
sendo convertido em H2O.

SALDO FINAL
1 molécula de glicose 32
ATP

Figura 3. Metabolismo energético aeróbio: Ciclo do ácido cítrico e Cadeia transportadora de elétrons.
Fonte: McArdle, Katch e Katch (2018, p. 148).

Assista um vídeo Assista um vídeo


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Acesse: Acesse: https://bit.ly/2yGbfss


https://bit.ly/3bC3Rgd
CLASSIFICAÇÃO BIOENERGÉTICA DOS ESPORTES

Caro (a) aluno (a), você já deve estar se perguntando, “qual a aplicabilidade de tudo
isso?”, ou “quando esse conteúdo será aplicado na prática?”. Essa parte será mais
direcionada para a prática, aprenderemos uma parte importante da bioenergética, que é a
classificação bioenergética das modalidades esportiva.
Anteriormente vimos as três vias de fornecimento de energia separadas para melhor
entendimento, entretanto no nosso corpo elas nos fornecem energia ao mesmo tempo, ou
seja, as reações são acopladas. O que temos é o “predomínio” (grave essa palavra) de
um sistema ou via metabólica em comparação a outra para o fornecimento de energia. A
predominância da Via energética para o fornecimento de energia vai depender da
intensidade e duração da atividade.
Nesse capítulo também iremos tratar de dois termos: Potência e capacidade das
vias energéticas.
CAPACIDADE: Quantidade de energia
ENERGIA disponível para ser utilizada em um
intervalo de tempo.
POTÊNCIA: Representada pela torneira,
capacidade é a quantidade de energia utilizada em
um intervalo de tempo.

e+ e+ Então, se a torneira tiver um calibre


grande rapidamente a caixa irá esvaziar,
caso do sistema ou via ATP – CP.
Figura 4. Capacidade e potência energética. Grande fornecimento de energia em um
e+
intervalo curto de tempo, porém sua
reserva é curta.
IMPORTANTE Por outro lado, se você tem uma caixa
Dependendo do livro ou artigo que você estiver muito grande e a torneira abre pouco, vai
lendo, poderá encontrar alguns nomes diferentes demorar muito tempo para ela esvaziar,
para as três vias energéticas, porém a explicação é representando o sistema ou via aeróbia,
a mesma para o fornecimento de energia. Assim que fornece energia mais lentamente,
como a duração de cada via energética pode haver porém tem uma reserva enorme.
a diferença de acordo com o autor. O importante é
sempre citar a referência que está seguindo.

Agora já podemos fazer a classificação bioenergética dos esportes. Pontos importantes


que devemos observar para realizar a classificação:
Temos que considerar que a atividade esteja sendo realizada em alta intensidade;
Observar a duração da atividade e verificar abaixo em qual sistema ou via ela se
encaixa;

OBS: Uma mesma modalidade pode ter predomínio de vias diferentes de acordo
com o momento.
NA PRÁTICA

VIA ANAERÓBIA ATP – CP

É a via mais potente e de menor capacidade. Fornece uma grande quantidade


de energia em um intervalo curto de tempo, predominante em modalidades ou
atividades de curta duração e elevada intensidade.
Assista um vídeo
sobre esta prova!
Potência: ~ 6, 8 seg.
Acesse: https://bit.ly/3cMs8Ap
Capacidade: ~ 15 seg.
(FOSS, KETEYIAN, FOX, 2000.)

Modalidade esportiva:
100 metros rasos – duração: aproximadamente 9,58 seg.

Veja outras modalidades que apresentam como predomínio o sistema ou via ATP-CP para
fornecimento de energia: Salto com vara, arremesso de peso, lançamento de disco e
dardo. O saque, ataque, bloqueio no voleibol. A cobrança do pênalti, falta ou tiro de
meta no futebol, (considerando apenas o movimento isolado) entre outros.

VIA GLICÓLISE ANAERÓBIA

Essa via é a segunda mais potente e a segunda de maior capacidade. Atividades


com duração nesse sistema temos produção de lactato.

Potência: acima de 15seg até 30seg.


Assista um vídeo
Capacidade: ~ 1,5min; 2min. sobre esta prova!
(FOSS, KETEYIAN, FOX, 2000)
Acesse: https://bit.ly/2x7FhF2

Modalidade esportiva:
50 metros de natação – duração: aproximadamente22 seg.

Veja outras modalidades que apresentam como predomínio o sistema ou via da glicose
anaeróbia para fornecimento de energia: 200m e 400m no atletismo, o sprint do jogador
que joga na posição de lateral quando tem que deslocar de um lado ao outro do
campo. Ou até mesmo a atacante quando sai driblando muitos adversários até a
finalização que é o chute ao gol (lembrando quando duram mais de 15 seg.).
VIA AERÓBIA

É a via menos potente e de maior capacidade. Fornece uma elevada quantidade


de energia, porém essa energia é fornecida mais lentamente comparado as outras
vias. Predominante em modalidades de longa duração.

Assista um vídeo
Potência: ~ de 2 a 10min. sobre esta prova!
Capacidades:– acima de 10min Acesse: https://bit.ly/2VCv2C7
(FOSS, KETEYIAN, FOX, 2000)

Modalidade esportiva:
1500m de patinação – duração: aproximadamente 2:15 min.

Nesse sistema ou via energética temos o predomínio de fornecimento por mais sistemas
além da via aeróbia, quando depararmos com modalidades assim, podemos classifica-las
da seguinte maneira:

Por exemplo Modalidade esportiva – futebol: duração 90min.

Pela duração do jogo ele é classificado como predomínio de energia pela via aeróbia. E
temos que completar que nos momentos decisivos do jogo como chute ao gol, a cobrança
de pênalti ou falta podemos dizer que o predomínio é da Via anaeróbia. Da mesma forma
devemos fazer essa classificação para as outras modalidades coletivas como: voleibol,
basquete, handebol, entre outros.

Veja outras modalidades que apresentam como predomínio do sistema ou via aeróbia para
fornecimento de energia: Mountain bike, maratona (42,195m), Ironman, entre outras.

Resumo das Vias Energéticas

Via Combustível alimentar O2 Velocidade Produção


Energética ou químico necessário relativa de ATP
ATP - CP Fosfocreatina Não Mais rápida Pouca, limitada
Glicólise
Glicogênio e glicose Não Rápida Pouca, limitada
Anaeróbia
Aeróbio Glicogênio, glicose, gorduras Sim Lenta Muita, ilimitada
e proteínas
Fonte: FOSS, KETEYIAN, FOX, 2000.
CONDICIONAMENTO CARDIORRESPIRATÓRIO

Quando falamos de condicionamento cardiorrespiratório em Educação Física


lembramos de uma variável muito popular, que você já deve ter ouvido falar nela até mesmo
antes de entrar na faculdade. Estou me referindo ao consumo máximo de Oxigênio
(V̇O2max), que é definido como a máxima capacidade de captação, transporte e utilização
de oxigênio (DENADAI, 2000).

Os Testes incrementais máximos (podem ser incrementais, com aumento de


velocidade e/ou inclinação da esteira, ou também pode ser aumento de potência como
acontece no ciclismo) são os mais adequados para a determinação do consumo máximo
de oxigênio (V̇O2max). Esses testes podem ser realizados dentro ou fora do laboratório. Além
disso, temos a opção de determinar a variável por métodos indiretos (sem utilização de
analisador de gases) ou por métodos diretos (com utilização do analisador de gases). Para
que o teste forneça resultados confiáveis e podendo ser utilizados para a prescrição de
treinamento, é necessário que o teste seja realizado em condições semelhantes à da
prática esportiva do sujeito.

Vamos assistir parte de alguns testes incrementais para determinação do


V̇O2max

CORRIDA CICLISMO

Assista um vídeo Assista um vídeo


V̇ O2max.
Sobre o teste! Sobre o teste!

Acesse: https://bit.ly/2W0MEGC
Acesse: https://bit.ly/2W253Ty

Curiosidade
CANOAGEM
O V̇O2max é uma variável muito popular, porque antes mesmo
Assista um vídeo dela ser investigada na área da Educação Física, médicos
sobre este tema! utilizavam essa mesma variável para diagnosticar problemas

Acesse: https://bit.ly/3aAphsR
de saúde relacionado ao Sistema Cardiorrespiratório.

Existe um teste muito popular que você já ouviu falar ou já


realizou: o teste de 12 minutos ou o teste Cooper, que leva
esse nome devido ao seu criador, o médico Kenneth H.
Cooper.
V̇O2max E FORNECIMENTO DE ENERGIA
Além do consumo de oxigênio ser utilizado para avaliar o condicionamento aeróbio,
ele também é utilizado em exercícios com predominância aeróbia para o fornecimento de
energia, como um índice de produção aeróbia de ATP.

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA FASE INICIAL DO EXERCÍCIO


Quando saímos da condição do repouso para a condição exercício, as necessidades
energéticas também aumentam e com ela o consumo de oxigênio (ALMEIDA, 2018).
Porém, durante esta fase de transição, o aumento do consumo de oxigênio não é
proporcional à nova demanda energética do organismo. Desta maneira, até o corpo atingir
o estado estável (período em que o corpo se readequou à nova demanda e é capaz de
fornecer oxigênio de forma satisfatória), as fontes de energia anaeróbia contribuem para
geração de ATP no início do exercício (ALMEIDA, 2018; POWERS; HOWLEY, 2014).

Algumas adaptações agudas com o início do exercício

*Aumento da frequência cardíaca; * Redistribuição de fluxo sanguíneo;


*Aumento da temperatura corporal; * Aumento do débito cardíaco;
*Aumento no consumo de oxigênio;

Déficit de oxigênio
No início do exercício temos um atraso do consumo de oxigênio, considerado um
déficit de oxigênio, que pode ser expresso quantitativamente pela diferença entre o
consumo total de oxigênio durante a atividade e o total que teria sido consumido se o
consumo de oxigênio em estado estável tivesse sido alcançado desde o início (McArdle,
Katch e Katch 2018). Observamos um menor déficit de oxigênio em indivíduos treinados
comparado a indivíduos destreinados.

Figura 5. Deficit de oxigênio. Fonte: Powers e Howley (2014, p. 69).


ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA FASE DE RECUPERAÇÃO APÓS
EXERCÍCIO

Ao final do exercício as taxas metabólicas ainda permanecem elevadas por um


período de tempo antes de retornarem aos níveis basais. O consumo excessivo de
oxigênio pós-esforço, o EPOC (do nome em inglês excess post-exercise oxygen
consumption) é o nome dado ao consumo elevado de oxigênio após a interrupção do
exercício físico (POWERS; HOWLEY, 2014). Além disso o EPOC pode ser dividido em
duas partes: 1) componente rápido, imediatamente subsequente ao exercício e 2)
componente lento, que persiste por mais de 30 minutos após o exercício (POWERS;
HOWLEY, 2014; ALMEIDA, 2018). Além disso, o tempo dessa recuperação vai depender,
do tipo, intensidade, duração da atividade, da alimentação e descanso logo após o término
da atividade.

Figura 6. As figuras mostram consumo de oxigênio pós-exercício. Figura 6 a) Apresenta uma atividade com
uma intensidade menor em qeu foi atingido o estado estável do oxigênio durante o exercício resultando em
um EPOC curto. 6 b) Apresenta uma atividade com uma intensidade menor em que não foi atingido o estado
estável do oxigênio durante o exercício resultando em um EPOC prolongado.
Fonte: ALMEIDA, 2018; POWERS E HOWLEY (2014, p. 72).
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS AO EXERCÍCIO
Em conformidade com o princípio da especificidade do treinamento esportivo, o
treinamento anaeróbio trará a sua maioria adaptações específicas anaeróbias com
pequenas alterações aeróbias. Por outro lado, no treinamento aeróbio as adaptações
serão em sua maioria aeróbias com poucas alterações anaeróbias.

ADAPTAÇÕES ANAERÓBIAS AO TREINAMENTO


Segundo McArdle, Katch e Katch (2018) ocorrem três alterações importantes com
o treinamento de potência anaeróbia:

1. Maiores níveis de substratos anaeróbios.


Aumento nos níveis em repouso do músculo treinado para ATP, PCr, creatina livre e
glicogênio acompanhados por uma melhora na força muscular.
O treinamento de velocidade-potência faz aumentar também o conteúdo de PCr no
músculo esquelético treinado.

2. Maior quantidade e atividade das enzimas-chave que controlam a fase anaeróbia


(glicolítica) do catabolismo da glicose.
Os aumentos mais expressivos na função das enzimas anaeróbias e no tamanho das
fibras ocorre nas fibras musculares de contração rápida.

3. Maior capacidade de gerar e tolerar altos níveis de lactato sanguíneo durante o


esforço explosivo.

ADAPTAÇÕES AERÓBIAS AO TREINAMENTO


São inúmeras as adaptações com o treinamento aeróbio, vou destacar as principais:

Melhoria do Maquinário metabólico


Melhoras no metabolismo de gorduras em repouso e de carboidrato em alta intensidade.

Fibras musculares
O treinamento aeróbico induz adaptações metabólicas em cada tipo de fibra muscular.

Frequência Cardíaca e Pressão arterial


Redução da Frequência Cardíaca e das pressões sistólica e diastólica durante o repouso
e a atividade física submáxima.

Consumo máximo de oxigênio (V̇O2max)


É uma variável que modifica pouco com o treinamento, porém é possível observar
melhoras.
Adaptações Cardiovasculares

Figura 7. Adaptações na função cardiovascular pelo treinamento aeróbico que fazem aumentar o
fornecimento de oxigênio aos músculos ativos.
Fonte: McArdle, Katch e Katch (2018, p. 473).

Apesar das diversas melhoras provocadas pelo treinamento, é necessário mantê-


lo treinamento para que essas adaptações não sejam perdidas.

Figura 8. Adaptações advindas de 24 meses de treinamento aeróbio.


Fonte: McArdle, Katch e Katch (2018, p. 473).

O destreinamento definitivo ocorre com o envelhecimento. Atividades físicas


regulares lentificam, porém, não conseguem eliminar a atrofia muscular, a fraqueza e o
estado de estar mais susceptível a fadiga que acompanham o envelhecimento.

Vistos todos os benefícios do treinamento e os prejuízos acarretados pelo


destreino, a melhor escolha é se manter ativo durante toda vida.
Fim de papo!

Caro(a) aluno(a), chegamos ao fim de nossa conversa!

Espero que você tenha compreendido sobre as três vias energéticas


responsáveis para o fornecimento de energia, sendo de grande
importância para a compreensão do fornecimento de energia
durante as atividades físicas.
Naquilo que se diz respeito à condicionamento cardiorrespiratório,
vimos sobre o consumo máximo de oxigênio, que além de ser uma
indicativa de condicionamento aeróbio, ele também é utilizado em
exercícios com predominância aeróbia para o fornecimento de
energia, como um índice de produção aeróbia de ATP.
E por fim, foi possível compreender adaptações fisiológicas
provocadas pelo treinamento anaeróbio e aeróbio. Além da
importância de se manter ativo para minimizar as perdas com o
destreino e o envelhecimento.
Essa foi uma revisão de alguns temas da Fisiologia do Humana e do
Movimento, o entendimento desses assuntos muitas vezes não é tão
fácil, mas acredito que para você ter chegado até aqui, foi preciso
ter dedicação e disciplina nos estudos.
Após essa nossa conversa, desejo que você se sinta incentivado a
continuar seus estudos afim de sempre estar aprendendo algo novo.
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu
tamanho original.”
Albert Einstein
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, F.N. Fisiologia Geral e do movimento. Maringá: Unicesumar, 2018.

DENADAI, B. S. Avaliação aeróbia: consumo máximo de oxigênio ou resposta do lactato


sanguíneo? In: Denadai BS, editor. Avaliação aeróbia: determinação indireta da resposta
do lactato sanguíneo. Rio Claro: Motrix, 2000;3-24.

FOSS, M. L, KETEYIAN, S. J. FOX. Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6ª


ed. 2000.

MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I. E.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: energia,


nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: 7ª Ed., Guanabara Koogan, 2011.

MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I. E.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: energia,


nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: 8ª Ed., Guanabara Koogan, 2018.

POWERS S. K.; HOWLEY E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao


condicionamento e ao desempenho. São Paulo: Manole, 2014.

MAUGHAN, R.; GLEESON, M.; GREEENHAFF, P. L. Bioquímica do exercício e do


treinamento. São Paulo: Manole, 2000.

NELSON, D. L; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. São Paulo:


Artmed, 2014.
Sobre o autor

Prof. Dr. Francisco de Assis Manoel

Graduado em Educação Física (Bacharelado)


pela Universidade Federal de Lavras (2013),
Mestrado e Doutorado em Educação Física pela
Universidade Estadual de Maringá na área de
Desempenho Humano e Atividade Física e na linha
de pesquisa Ajustes e respostas metabólicas e
fisiológicas ao exercício físico (2016 e 2020).
Treinador Nível 1 de Atletismo pela confederação
Brasileira de Atletismo, membro da comissão
técnica do Centro Regional de Iniciação ao
Atletismo, CRIA Lavras. Atualmente é membro do
Grupo de Estudos em Fisiologia do Exercício
Aplicada a Humanos (GEFEAH), da Universidade
Estadual de Maringá-PR.
Atualmente atua como Professor Mediador
do curso de Educação Física - Bacharelado -
EAD/UniCesumar.
Tem experiência e realiza pesquisa nas áreas:
Fatores determinantes da aptidão aeróbia,
fisiologia do exercício aplicada ao treinamento
esportivo e iniciação esportiva e atletismo.

Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1191463936540589

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